GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA: GESTÃO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA PROFESSOR:
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM E SUA IMPORTÂNCIA LOGÍSTICA
Nome:
Agudos, 16 de Setembro de 2014
Sumário 1.
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 3
2.
DEFINIÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................... 3
3.
IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM.................................................................................... 4
4.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM QUANTO À MOVIMENTAÇÃO INTERNA .................. 4 4.1.
SISTEMA ESTÁTICO .............................................................................................................................. 5
4.2.
SISTEMA DINÂMICO ............................................................................................................................ 7
5.
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES DOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM ...................................................... 8 5.1.
ARMAZENAGEM LEVE.......................................................................................................................... 8
5.2.
ARMAZENAGEM PESADA .................................................................................................................... 9
6.
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO ....................................................................................................... 9 6.1.
PALLETS................................................................................................................................................ 9
6.2.
TRANSPALLET MANUAL ..................................................................................................................... 10
6.3.
EMPILHADEIRAS ................................................................................................................................ 11
6.3.1.
EMPILHADEIRAS ELÉTRICAS....................................................................................................... 11
6.3.2.
TIPOS DE EMPILHADEIRA MANUAL ........................................................................................... 12
6.3.3.
EMPILHADEIRAS A GÁS .............................................................................................................. 12
6.3.4.
EMPILHADEIRAS A DIESEL ......................................................................................................... 13
6.3.5.
TIPOS DE EMPILHADEIRAS PORTUÁRIAS ................................................................................... 14
6.4. 7.
TRANSELEVADORES ............................................................................................................................... 15 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS (WMS) ........................................................................... 16
7.1.
LOCALIZADORES DE ESTOQUE...............................................................Error! Bookmark not defined.
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................................... 1 7
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho busca apresentar uma pequena visão do uso de Sistemas de Armazenagem na ampla cadeia Logística. O uso de Sistemas de Armazenagem, tornou-se item ideal para a organização e em muitos casos otimização de espaço de uma área de estocagem. Dada a competitividade do mercado, possuir uma lo gística eficiente pode significar um diferencial de sobrevivência para as empresas. Por este motivo, serão apresentados neste trabalho os principais sistemas, as características partic ulares de cada aplicação.
2. DEFINIÇÕES GERAIS Os termos "armazenagem" e "estocagem" são muito usados para identificar coisas semelhantes. Mas, alguns autores preferem distinguir os dois: Armazenagem: Guarda de produtos acabados; Estocagem: Guarda de matérias-primas; A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área de suprimento é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e insumos, o que reduz custos (ativos alocados em estoque, sem haver consumo). No processo de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às exigências e flutuações do mercado. O “Sistema de armazenagem” pode ser definido como a perfeita disposição das partes de um todo,
coordenadas entre si e que devem funcionar como uma estrutura organizada.
3. IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM A armazenagem se faz necessária pelos seguintes fatores:
Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de produção;
Garantia da continuidade da produção;
Redução de custos de Mão de Obra;
Redução das perdas de materiais por avarias;
Melhoria na organização e controle da armazenagem;
Melhoria nas condições de segurança e operação no recinto;
Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de produção;
Equilíbrio sazonal;
Garantia da continuidade da produção;
Aumento da velocidade na movimentação.
O sistema de armazenagem deve buscar a integração entre os departamentos de Suprimentos, Produção e Distribuição/Expedição da empresa. O planejamento desta integração deve ser efetuado segundo os seguintes fatores: • Estratégico, por meio de estudos de localização. • Técnico, por meio de estudos de gerenciamento. • Operacional, por meio de estudos de equipamentos de movimentação, armazenagem e layout.
A integração da função armazenagem ao sistema logístico deve ser total, pois é um elo importante no equilíbrio do fluxo de materiais.
4. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM QUANTO À MOVIMENTAÇÃO INTERNA Os sistemas de armazenagem podem ser classificados, no que diz respeito à movimentação interna de carga, como: Estático e Dinâmico.
4.1.
SISTEMA ESTÁTICO
São sistemas de armazenagem onde os produtos estocados não sofrem movimentos internos, sendo colocados manualmente ou através de equipamentos específicos nas seguintes estruturas de armazenagem: (a) Porta-pallets convencional: É uma estrutura pesada, onde as prateleiras são substituídas por um plano de carga, construído por vigas que encaixam nas colunas, sendo possível o ajuste de altura entre os patamares. As vantagens deste sistema são: Possibilita a localização e a movimentação de qualquer pallet, adaptável a um grande número e tipo de produtos, possibilita rearranjo da altura, para acomodar diversas cargas, há facilidade em montar e desmontar as estruturas, compatível com a maioria dos equipamentos de movimentação
(b) Drive-in: Sistema Constituído por um bloco continuo de estruturas não separadas por corredores intermediários. As empilhadeiras movimentam-se dentro da estrutura, por ruas, onde não existem vigas que poderiam bloquear o acesso das máquinas. Os pallets são suportados por braços em balanço, fixados nos montantes. Alguma das vantagens no uso deste sistema são: Proporciona uma alta densidade de estocagem, por não haver corredores. Evita-se o esmagamento e risco de queda das pilhas, pode-se utilizar empilhadeiras comuns com acessórios de proteção ao operador. Tal sistema é recomendado para casos onde a entrada e saída de produto são feitas separadamente ou quando todo o estoque é movimentado de uma vez só. Alguns dos inconvenientes desta estrutura é que é preciso movimentar os pallets primeiro que estão na frente.
(c) Drive-thru: Sistema similar ao drive-in, com a possibilidade de se movimentar qualquer pallet da estrutura, diferentemente do que é proporcionado pela estrutura drive-in. No sistema DriveThrough, a empilhadeira atravessa toda a extensão das ruas fora à fora.
(d) Cantillever: Este Sistema é ideal para armazenar produtos com dimensões, formas, volumes e pesos variados, tais como tubos, madeiras, moveis, etc. para viabilizar tal estrutura, os seguintes aspectos devem ser analisados: Área de pé direito disponível, forma de recebimento dos produtos – padronizada ou não e equipamentos a serem utilizados para movimentação.
(e) Estanterias Leves: São estruturas leves, de fácil montagem e desmontagem, com grande aproveitamento de uso do espaço, ideias para produtos diversos.
Tabela 1 – Tipos de Estruturas de Armazenagem: Movimentação Interna Estática
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(e)
4.2.
SISTEMA DINÂMICO
São os sistemas de armazenagem nos quais os produtos estocados sofrem movimentos internos, após serem colocados manualmente ou através de equipamentos de movimentação nas seguintes estruturas e armazenagem: (a) Porta-pallets dinâmico; (b) Porta-pallets push-back; (c) Flow Rack.
Tabela 2 – Tipos de Estruturas de Armazenagem: Movimentação Interna Dinâmica
(a)
(c)
(b)
(c)
5. CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES DOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM Existem no mercado vários tipos de estruturas de armazenagem, que são utilizadas de acordo com a necessidade específica dos produtos, área disponível, etc. Tais estruturas de maneira geral são classificadas, quanto à sua forma construtiva, em estruturas de armazenagem leve ou pesada.
5.1.
ARMAZENAGEM LEVE
São as tradicionais cantoneiras metálicas, conhecidas como estanterias metálicas leves, fabricadas em cantoneira “L”. Suportam cargas máximas de 50 a 300 kgf, distribuídos uniformemente em cada prateleira.
São de armazenagem manual, para bibliotecas, pequenas peças, arquivos mortos, etc. Podem conter acessórios como gaveteiros, separadores, escadas tipo farmácia, fechamentos. Os seguintes dados devem ser considerados no projeto destas cidades:
Carga por bandeja (kgf);
Número de bandejas por módulo;
Altura total da estante;
Vão livres necessários entre as bandejas;
Tipo de material a ser armazenado.
Figura 1 – Cantoneira “L”empregada em estanterias leves
5.2.
ARMAZENAGEM PESADA
São estruturas mais robustas, também com regulagem vertical dos planos de carga ao longo da altura ao longo das colunas, apropriadas a suportarem cargas unitizadas, consideradas altas, cujo peso exige que sejam utilizados equipamentos para movimentação e elevação, como empilhadeiras, pontes rolantes ou transelevadores. Alguns fatores devem ser observados no projeto destas estruturas, como: Seletividade esperada, número de acessos a carga e locais, ordem de entrada e saída (fluxo) e o volume de armazenagem desejado. Entre as estruturas pesadas encontram-se os porta-pallets, drive-in e drive through, cantillevers e push-backs.
6. EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO A seguir serão apresentados os principais equipamentos e acessórios utilizados na estocagem e armazenagem de produtos.
6.1.
PALLETS
Estrado de madeira, plástico ou metálico utilizado como base de apoio de produtos acabados, matériasprimas, sacarias, caixas, etc. Para operação nas estruturas porta-pallets é mais seguro o pallet, cujos apoios sobre as longarinas sejam totais, sem saliência entre elas e preferencialmente que o pallet utilizado seja de madeira nobre, pois embora tenha um custo de aquisição maior, torna-se vantajoso, em termos de economia pela vida útil prolongada e pela maior segurança obtida. Existem diversos modelos e medidas de pallets, porém, atualmente o mais utilizado é o de padrão PBR confeccionado em madeira de lei que mede 1,00x1,20m, conforme mostra a figura a seguir.
Figura 2 - Pallet Padrão PBR
6.2.
TRANSPALLET MANUAL
O transpallet manual é um equipamento utilizado na movimentação de cargas dispostas em pallets. Também conhecido como transpallet hidráulico, paleteira ou carro hidráulico, é considerado o equipamento básico da logística e está presente em praticamente todas as empresas que precisam movimentar ou armazenar cargas paletizadas. Há diversos tipos de transpallets, específicos para cada necessidade: (a) Transpallet Convencional em aço carbono pintado; (b) Transpallet com Balança; (c) Transpallet Zincado (em aço carbono com zincagem); (d) Transpallet Inox (em aço inoxidável); (e) Transpallet Elétrico.
Tabela 03 - Tipos de Transpallets Manuais
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
6.3.
EMPILHADEIRAS
Basicamente os grupos básicos de empilhadeiras costumam ser: Empilhadeiras manuais, empilhadeiras elétricas e empilhadeiras a combustão, embora haja diversos sub tipos de empilhadeiras.
6.3.1. EMPILHADEIRAS ELÉTRICAS
São empilhadeiras que são alimentadas através de energia elétrica de baterias. São recomendadas para locais abrigados da chuva, como depósitos, galpões, almoxarifados, câmaras frigoríficas. Esse tipo de empilhadeira é extremamente versátil, e possui a vantagem de ser extremamente silenciosa, por funcionar através de baterias. Normalmente as empilhadeiras elétricas possuem torre de elevação, isto é, a peça que possibilita erguer as cargas em pallets a metros do chão, permitindo coloca-las em prateleiras elevadas, embora haja tipos de empilhadeira elétrica que sejam específicos apenas para carregar pallets ao nível do solo.
Figura 3 – Exemplo de empilhadeira elétrica
6.3.2. TIPOS DE EMPILHADEIRA MANUAL
É como são chamados os tipos de empilhadeiras que funcionam basicamente à partir da força motriz humana, isto é, todo esforço para movimenta-las é feito por força braçal. Apesar de serem movimentadas pela força humana, não é necessário uma força sobre-humana para ser um operador de empilhadeira manual, já que, por exemplo, as rodas e pneus de empilhadeiras manuais são dotados de sistemas de rolamentos que facilitam muito a movimentação do equipamento, e a torre de elevação conta com um sistema de roldanas que diminui muito o esforço necessário para se erguer uma grande carga com a empilhadeira manual.
Figura 4 – Empilhadeira Manual
6.3.3. EMPILHADEIRAS A GÁS As empilhadeiras a gás são o tipo de empilhadeira a combustão que é movido a gás liquefeito. Basicamente, a vantagem deste tipo de empilhadeira mora no fato de possuírem mais capacidade de carga em relação às empilhadeiras manuais e elétricas. Em compensação, a desvantagem é que por serem do grupo de empilhadeiras que funciona a base de combustão, acabam emitindo fumaça e poluentes, o que pode ser ruim em locais fechados em longo prazo.
Figura 5 - Empilhadeira movida a GLP
6.3.4. EMPILHADEIRAS A DIESEL
As empilhadeiras a diesel são outro dos tipos de empilhadeiras movidas a combustão. Sua vantagem primária é que o diesel é um combustível comum, e muito mais acessível que os cilindros de gás das empilhadeiras a gás. Além disso, sua capacidade operacional é geralmente maior que a das empilhadeiras a gás e de outros tipos de empilhadeiras.
Figura 6 - Empilhadeira movida a Diesel
6.3.5. TIPOS DE EMPILHADEIRAS PORTUÁRIAS
As empilhadeiras portuárias são empilhadeiras de grande escala, especializada para portos e capazes de transportar containers inteiros, especialmente para o carregamento e descarregamento de cargas de navios. Pode-se dizer que são as mais poderosas dentre os diversos tipos de empilhadeira, e são capazes de transportar diversas toneladas de mercadorias de uma só vez.
Figura 7 - Empilhadeira Portuária
6.4.
TRANSELEVADORES
São máquinas criadas para o armazenamento automático de pallets ou caixas. Deslocam-se nos corredores e realizam as funções de entrada, posicionamento e saída de mercadorias. Os transelevadores são guiados por um software de gestão que coordena todos os movimentos. A gama de transelevadores se adapta facilmente as necessidades de cada armazém em quanto a capacidade de carga, dimensões, altura de construção e tempos de ciclo, por isto cobrem um vasto leque de aplicações. Vantagens:
Automação das operações de entrada e saída dos produtos.
Permitem a gestão de inventários controlados e atualizados a qualquer momento.
Eliminam os erros derivados da gestão manual.
Possibilidade de adequar-se as condições de trabalho especiais como temperatura de congelamento (-30º C). Umidade extrema ou prestações especiais como a de incrementar as velocidades de trabalho padrão.
Figura 8 – Transelevadores de Pallets
7. SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS (WMS) São sistemas de gestão com o auxílio de software, que otimizam operações de armazenagem a partir de um eficiente gerenciamento de informação e conclusão de atividades com alto nível de controle e acuracidade do inventário. Para elaboração e aperfeiçoamento do sistema, deve-se coletar informações junto com todos os envolvidos na cadeia (transportadores, fabricantes, fornecedores e clientes). Desta forma, é possível detalhar o planejamento dos processos no armazém, o que gera maior eficiência em todos os subsetores ( recepção, inspeção, estocagem, separação, embalagem e expedição de mercadorias), o que implica em redução de custos e de mão de obra ociosa.
O sistema conta com as seguintes características operacionais:
Processamento de pedidos (inclusive os em atraso);
Controle de inventário e lote (Atualização online);
Controle de divergências e capacidade de previsão;
Endereçamento automático e otimização de estoque;
Programação de necessidades de mão de obra;
Análise de desempenho e produtividade de mão de obra;
Roteamento e sequenciamento de paradas na separação;
Preparação de documentos de expedição;
Banco de dados com taxas de frete;
Auxílio em projetos de layout;
Priorização de cargas e descargas;
Gerenciamento de Pátio.
Existem os seguintes tipos de WMS ( Warehouse Managment System ):
Localizadores de Estoque;
Controladores de Armazéns (WCS);
Gerenciadores de Armazéns (WMS);
BIBLIOGRAFIA http://www.claudioguerra.com/ http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/B07B6A2ADA84165C03256 D520059AF5B/$File/NT00001D2A.pdf http://www.geocities.ws/seiguerra/MSA.pdf http://www.ahmsolution.com.br/blog/index.php/tipos-de-empilhadeiras/ http://www.transpallet.com.br/ http://www.mecalux.com.br/armazens-automaticos-para-paletes/transelevadores http://www.ie.ufrj.br/download/AparecidaAulaLogistica-Armazenagem.pdf
MOURA, Reinaldo Aparecido. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais. São Paulo, IMAM, 1998. JESUS, José Elias. Gestão de Armazenagem - Sistemas de Armazenagem. ISEP – Instituto Sinergia de Extensão e Pós Graduação. Fortaleza, 2008.