PCA PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA
PCA - PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL
Responsáveis: Renato Augusto Dezotti Giovanni Siqueira Novaes
Contratante: INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA
Projeto de adequação ambiental referente às exigências de licenciamento de instalação e operação no licenciamento prévio.
PCA - PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL
Responsáveis: Renato Augusto Dezotti Giovanni Siqueira Novaes
Contratante: INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA
Projeto de adequação ambiental referente às exigências de licenciamento de instalação e operação no licenciamento prévio.
Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... .......................................................................................................................................... ................................ 6 CONCEPÇÃO, FINALIDADES E OBJETIVOS ............................................................................................... ............................................................................................... 7 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... 8 INFORMAÇÕES CADASTRAIS E DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................... ........................................................................... 10 1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS .................................................................................................... ......................................................................................................... ..... 11 1.1 Disposições Gerais .......................................................................... ................................................................................................................... ......................................... 11 1.2 Origem da Indústria............................................................ ................................................................................................................. ..................................................... 11 1.3 Fonte abastecedora de água ................................................................................................... ................................................................................................... 11 1.4 Corpo receptor (vazão e parâmetros) ..................................................................... ..................................................................................... ................ 11 1.5 Área onde será implantada a atividade .................................................................................. .................................................................................. 12 1.6 Número de funcionários.......................................... funcionários.......................................................................................................... ................................................................ 12 1.7 Horário de turno de trabalho ......................................................... .................................................................................................. ......................................... 12 1.8 Matéria-prima e insumos ................................................................................................... ........................................................................................................ ..... 12 12 1.9 Produto P roduto a ser fabricado .................................................................. ........................................................................................................... ......................................... 12 1.10 Descrição do processo produtivo, indicando os pontos de geração de resíduos ................. 12 1.11 Balanço hidráulico ................................................................................................................. ................................................................................................................. 13 1.12 Diversificação industrial ........................................................................................................ ........................................................................................................ 13 INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO HÍDRICA .......................................................................................... .......................................................................................... 14 2. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO POL UIÇÃO HÍDRICA .................................................................................. .................................................................................. 15 Algumas normas pertinentes à poluição hídrica:..................................................................... .......................................................................... ..... 15 2.1 Informações sobre a água utilizada uti lizada na indústria .................................................................... 15 2.1.1 Qualitativa: ........................................................................................................ ........................................................................................................................... ................... 15 2.1.2 Quantitativa: .................................................................... ........................................................................................................................ .................................................... 15 2.2 Informações sobre resíduos r esíduos líquidos ...................................................................................... ...................................................................................... 15 2.2.1 Descrição do sistema de captação e disposição de águas pluviais ...................................... 16 2.2.2 Informações sobre rede, vazão e destino final dos esgotos sanitários ............................... 16 2.2.3 Informações sobre a disposição e quantidade de resíduos sólidos e gasosos, inclusive os provenientes da estação de tratamento......................................................... ....................................................................................... .............................. 16 2.2.4 Informações sobre a quantidade de resíduos líquidos industriais ...................................... 18 2.2.5 Qualidade dos efluentes líquidos ...................................................................... ......................................................................................... ................... 18 2.2.6 Análise do corpo co rpo receptor, a montante do ponto po nto de descarga ............. ........................................... .............................. 20 2.3 Projeto hidráulico do tratamento de resíduo líquido ............................................................. ............................................................. 20 2.3.1 Descrição do(s) sistema(s) de tratamento(s) adotado(s) ..................................................... 21 2.3.2 Justificativa da escolha do(s) tipo(s) de tratamento(s) adotado .......................................... 21
2.3.3 Cálculo do dimensionamento hidráulico das diversas unidades que compõem o sistema. Escolha e justificativa das vazões adotadas .................................................................................. 21 2.3.4 Características prováveis dos resíduos líquidos tratados .................................................... 29 2.3.5 Características do sistema de esgoto sanitário .................................................................... 31 2.3.6 Características prováveis do corpo receptor, logo após receber os resíduos líquidos tratados ......................................................................................................................................... 35 INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO DO AR ............................................................................................. 36 3. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO DO AR ..................................................................................... 37 3.1 Combustíveis: .......................................................................................................................... 37 3.2 Caldeiras. ................................................................................................................................. 37 3.3 Outros equipamentos de queima de combustíveis: ............................................................... 37 3.4 Outras fontes de poluição do ar: ............................................................................................. 38 3.5 Chaminés: ................................................................................................................................ 38 3.6 Plano de controle de poluição do ar: ...................................................................................... 38 3.7 Memorial Descritivo e de Cálculos .......................................................................................... 39 3.8 Informações sobre emissão de sons e ruídos ......................................................................... 47 INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................. 48 4.INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................... 49 4.1 Informações sobre os resíduos sólidos gerados ..................................................................... 49 4.2 Informações sobre disposição final ......................................................................................... 50 4.3 Tratamento adotado ............................................................................................................... 52 OBSERVAÇÕES ....................................................................................................................................... 53 5.OBSERVAÇÕES .................................................................................................................................... 54 5.1Instruções e recomendações para operação do sistema de tr atamento ................................ 54 5.2 Especificação setor de encarregado da operação e manutenção do(s) sistema(s) de controle de poluição .................................................................................................................................... 54 5.3 Especificação do número de funcionários especialmente contratados para operação e manutenção do(s) sistema(s) de controle de poluição ................................................................. 54 5.4 Cronograma provável de execução das obras ........................................................................ 54 CONCLUSÕES ......................................................................................................................................... 55 CONCLUSÕES ..................................................................................................................................... 56 Gerais ............................................................................................................................................ 56 Especificas ..................................................................................................................................... 5 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 59 TERMO DE COMPROMISSO................................................................................................................... 60 Responsável Técnico: ........................................................................................................................ 60
Contratante: ...................................................................................................................................... 60
INTRODUÇÃO Este PCA – Plano de Controle Ambiental é fruto da consciência do empreendedor e do seu necessário e desejável licenciamento ambiental. Para que os objetivos e alcance do Projeto fossem alcançados, decidiu-se, inicialmente, pela execução de um diagnóstico de pré-viabilidade do empreendimento. Uma visita técnica, para avaliar a sustentabilidade ambiental de todos os pontos de possíveis impactos ambientais, deu ciência a isso e assegurou o seu melhor detalhamento. Com as ideias lançadas um roteiro metodológico específico e dirigido à realidade operacional da empresa surgiu. Espera-se, à luz dos seus procedimentos, alcançar com objetividade e menor custo, a aprovação do necessário e tão esperado Licenciamento Ambiental. O objetivo é que está empresa abandone a margem do improviso e venha, muito mais do que produzir com as portas abertas, se tornar uma referência na racionalidade do trato e na solução das questões ambientais. Para que os resultados sejam alcançados, e objetivamente solucionados, os seguintes tópicos foram desenvolvidos: 1.Localização geográfica do complexo empresarial e análise preliminar dos elementos do meio físico que interferem e/ou condicionam sua área direta de influência ambiental. 2.A ciência dos procedimentos que serão aplicados na obtenção do Licenciamento Ambiental e os fundamentos (a seleção) das hipóteses de trabalho que melhor justificarão os custos e os resultados. 3.As justificativas, no atual contexto ecológico, da implantação de sistemas de contenção de resíduos líquidos e sólidos, bem como a recuperação e a reciclagem dos efluentes líquidos. 4.A análise de custo do Projeto de Controle Ambiental das diversas e distintas fases de trabalho.
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CONCEPÇÃO, FINALIDADES E OBJETIVOS Já são antigos os problemas associados à degradação do meio ambiente pela população, pelos órgãos públicos e pela empresa privadas. Atualmente, inclusive, há certo consenso de que o país já não pode crescer a qualquer custo, provando com isto uma deterioração irreversível do ambiente. A proteção ao meio ambiente ganhou amplitude mundial e passou a ser devidamente reconhecida a partir do momento em que a degradação ambiental atingiu índices alarmantes e a pessoa humana tomou consciência de que a preservação de um ambiente sadio está intimamente ligada a preservação de sua própria espécie. Nestas condições, tem-se tornado cada vez mais importante incorporar tais problemas na análise do projeto, nos seus aspectos positivos e negativos. Do ponto de vista dos aspectos positivos, devem ser consideradas as chamadas economias externas decorrentes do projeto, tais como: nível de emprego, treinamento dado aos empregados, construção de escolas e de creches, desenvolvimento da comunidade onde se instala o empreendimento, etc. No que diz respeito aos aspectos negativos, ou seja, as deseconomias externas podem ser citadas pelo menos os seguintes impactos: poluição (do ar, da água, do solo, no nível de ruído, etc.), degradação ecológica (da vida animal e vegetal, do clima, etc.), periculosidade para os próprios trabalhadores e para a comunidade, etc. Já existe no Brasil um conjunto crescente de regulamentação governamental feita no sentido de proteger o ambiente. Deve ser observado, entretanto, que é a própria empresa que deve procurar incorporar estes problemas na elaboração do projeto, fazendo uma análise de custo/benefício. Entretanto, em razão da necessidade da preservação do meio ambiente associando-se a ideia da preservação da espécie humana, a proteção ambiental torna-se uma prioridade da agenda internacional contemporânea, com o desenvolvimento de Tratados Internacionais e programas com o fito de preservá-lo; requerem do direito internacional público, em processo de continua expansão, soluções aos problemas globais que apresentam, além de um enriquecimento conceitual para fazer face às realidades dos novos tempos o desenvolvimento das leis nacionais e dos órgãos que delegam no âmbito nacional e regional. Do mesmo modo, para se buscar uma maior efetividade das normas existentes de direito ambiental é igualmente necessário a maior participação da sociedade neste empreendimento e, por várias vezes, as informações não chegam de forma verdadeira e transparente para a população posto que em alguns casos que envolvem danos ao meio ambiente tem-se uma informação manipulada. Com efeito, o papel da pessoa humana adquire destaque na implementação de um meio ambiente sadio em razão do deslocamento de um status até então passivo para compartilhar das responsabilidades na gestão de interesses de todo a coletividade. Este status pode ser detectado, no Brasil, através do artigo 225 da Constituição Federal de 1988: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Partindo deste pressuposto, este projeto tem o objetivo de adequar a empresa, ambientalmente, o que está diretamente ligado ao bem estar das pessoas envolvidas nas atividades relacionadas ao empreendimento, bem como das pessoas envolvidas indiretamente, ou seja, os vizinhos. Logo a finalidade deste projeto é a elaboração de um PLANO DE
CONTROLE AMBIENTAL (PCA) que contemplará um sistema de tratamento de efluentes, projeto de tratamento de resíduos atmosféricos, plano de gerenciamento de resíduos sólidos e projeto de esgoto sanitário, para este empreendimento. Este projeto foi elaborado observando-se as disposições do órgão ambiental e visa manter os parâmetros ambientais dentro dos padrões permissíveis conforme Licença Prévia. Conforme: LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA N0 237, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997 – Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente.
JUSTIFICATIVA No mundo atual, globalmente interligado, não há mais fronteira geopolítica. As empresas que não atingirem níveis internacionais de qualidade, produtividade e competitividade irão à falência. Assim, no modelo de globalização, imposto pelo mercado, não é nada recomendável desenvolver quaisquer projetos sem alcance ambiental e sem a análise de custos e resultados. A história tem demonstrado que não faz mais sentido gerenciar uma empresa sem ciência e tecnologia. Os tempos são outros. Os recursos são escassos. O universo de informações cresceu muito nestas últimas décadas, e as empresas, para se tornarem mais competitivas e acompanharem os desafios do mercado globalizado, estão sofrendo rápidas, constantes e profundas transformações. Com este empreendimento não deve ser diferente. Em face do exposto são definidos neste PCA, os procedimentos e diretrizes que melhor irão justificar a sustentabilidade ambiental do empreendimento. Por outro lado, é fundamental, também, dar ao empreendedor ciência das diversas e necessárias fases de desembolso. Não é necessário salientar a importância que o mundo empresarial tem no campo socioeconômico de uma região ou de um município. Dentro desse cenário são as pequenas e médias empresas que produzem a maior parte do mercado de trabalho das regiões interiorizadas do Brasil. Para que o País possa uniformemente crescer dentro do conceito de sustentabilidade é necessário, contudo, disponibilizar, às regiões interiorizadas, os recursos tecnológicos já conhecidos e dominados nas áreas metropolitanas mais desenvolvidas do Brasil. É claro que, juntamente com as inovações tecnológicas, as questões de controle ambiental não podem mais ser desprezadas. No atual contexto ecológico é fundamental e de indiscutível interesse a implantação de sistemas que racionalmente contenham a geração de resíduos líquidos, sólidos e gasosos. A recuperação e reciclagem das matérias primas utilizadas nas linhas de produção são outros fatores que fazem a diferença e que cada vez mais estão auxiliando, conceituando melhor as empresas, na busca do alcance das séries de ISO’s no Brasil. No caso específico deste empreendimento as adequações e projetos que serão implantados e que estão sendo sugeridos nesta fase do licenciamento ambiental,
proporcionarão, além da legalização do empreendimento junto ao órgão ambiental, uma melhor condição de trabalho e uma melhor convivência com os empreendimentos vizinhos. Desta forma, este PCA faz o papel de divisor de águas, do empreendimento antigo, para o empreendimento novo; não somente do ponto de vista de instalações e prédios, mas também novo no ponto de vista de deveres sociais com a comunidade onde o mesmo está inserido.
INFORMAÇÕES CADASTRAIS E DISPOSIÇÕES GERAIS
1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS Razão Social: INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA. CNPJ: 27.250.737/0001-19 Insc. Estadual: 082.723.587-23 Indicação Fiscal: 2678966 End.: Rod. BR 262, Km 16 Bairro: Centro Cidade: Viana Estado: ES CEP: 29135-000
1.1 Disposições Gerais Com base nos requisitos de licenciamento de instalação e operação exigidas pelo Instituto Ambiental, contidos na licença prévia, este projeto tem a finalidade de adequar a referida empresa na legislação ambiental e demais normas pertinentes. Para isto, este PCA apresentará o projeto de controle do sistema de tratamento de efluentes líquidos, projeto de tratamento de resíduos atmosféricos, projeto de tratamento do esgoto sanitário, com respectivos memoriais descritivos e de cálculo, plano de gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pela atividade, entre outros aspectos relacionados à proteção ambiental.
1.2 Origem da Indústria A empresa, nomeada aqui INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA, situada à Rod. BR 262, Km 16 – Centro – Viana/ES, tem como atividade principal o processamento de resíduos cárnicos e penas, oriundos de abatedouros frigoríficos, a qual tem finalidade da obtenção de farinhas e óleos para serem destinados, através de comercialização, para fábricas de rações. A origem da indústria se deu devido à localização do empreendimento, no que tange uma facilidade logística para tal. 1.3 Fonte abastecedora de água A água a ser utilizada, no processamento e limpeza em geral, será oriunda de poço artesiano, o qual terá vazão aproximada de 8m³/h. Tal poço está em processo de outorga junto a SIGERH/ES, com a LEI nº 5.818 de 29 de dezembro de 1998. 1.4 Corpo receptor (vazão e parâmetros) A água residuária do processo, a qual estará livre de poluição acima dos índices permitidos devido ao tratamento no processo, será canalizada e destinada ao Rio Santo
Agostinho, o qual faz divisa do terreno de localização da Fábrica. Estima-se uma vazão máxima de 6m³/h e que o restante da água utilizada será evaporada pelo sistema de biofiltros para a atmosfera.
1.5 Área onde será implantada a atividade A área utilizada pela indústria, situada à Rod. BR 262, Km 16 – Centro – Viana/ES onde se poderão verificar a área construída e a área livre do lote em questão. Descrição: Área Total do lote: 106.000,00 m2 Área construída: 2.474,80 m2 Área livre: 103.525,20 m2
1.6 Número de funcionários 100 funcionários de mão de obra direta são contemplados atualmente no empreendimento, com o aumento produtivo. 1.7 Horário de turno de trabalho O horário de trabalho adotado pela indústria é de 24 h diárias; com 3 turnos de trabalho distribuídos no período de 24 horas. 1.8 Matéria-prima e insumos Matérias-primas:
Vísceras in natura (200 ton/dia); Penas in natura (120 ton/dia).
Insumos:
Antioxidante (etoxiquim líquido); Sacaria de ráfia.
1.9 Produto a ser fabricado Farinha de vísceras de aves; Farinha de penas; Óleo (gordura) de origem animal.
1.10 Descrição do processo produtivo, indicando os pontos de geração de resíduos As matérias-primas serão transportadas, até a fábrica, via caminhão com caçambas hermeticamente fechadas. As vísceras serão descarregadas em uma moega e transportada por rosca até os digestores onde serão processadas através de aquecimento, por meio de vapor.
Depois de processadas no digestor são descarregadas num percolador de óleo, onde é extraído o óleo através de uma separação dos sólidos do óleo. Os sólidos sofrem um processo de prensagem contínua para se retirar o máximo de gordura, e depois a torta que sai da prensa é moída em moinho a martelos, para obtenção da farinha; enquanto que o óleo sofre processo de limpeza por meio de filtro prensa e centrífuga. A armazenagem da farinha se dá por meio de sacos/bag, e o óleo em depósitos a granel. Nas vísceras o único efluente que sai são os vapores de cocção que serão destinados ao sistema de tratamento tipo biofiltro. As penas in natura são descarregadas em um silo de recebimento apropriado e enviadas até os digestores por meio de roscas. Nos digestores sofrem processo de hidrolise e depois passam pelo processo pré-secagem da umidade remanescente. Os efluentes (água), que por ventura existirem nas penas in natura, serão destinados ao processo de tratamento.
1.11 Balanço hidráulico O empreendimento utilizará aproximadamente 72m³/d de água. Toda a água utilizada será para consumo humano (7m³/d), lavagem de pisos (3m³/d), equipamentos (2m³/d), lavagem da frota (1,5m³/d) e produção (58,5m³/d). 1.12 Diversificação industrial O empreendimento contará com um sistema de lavagem para sua frota, e além disto, um tanque de combustível para abastecimento da mesma. Estes dois projetos serão colocados em andamento no decorrer dos próximos 12 meses. E, para tanto, foi contratado um profissional na área de geologia para realizar um estudo hidro geológico da área onde serão implantados futuramente estes projetos. Vale ressaltar que, o tanque de combustível será instalado acima da superfície do solo, contando com todos os equipamentos de contenção de vazamento. E, o sistema de lavagem contará com uma caixa de separação de óleo/água do tipo coalescente; da qual os efluentes serão destinados para o sistema de tratamento de efluentes da empresa.
INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO HÍDRICA
2. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO HÍDRICA Algumas normas pertinentes à poluição hídrica: DECRETO Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934 – Decreta o Código as águas. LEI N0 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000 – Estrutura Regimental (ANA) Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. DECRETO N0 4.871, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2003 – Dispõe sobre a instituição dos Planos de Áreas para o combate à poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. MEDIDA PROVISÓRIA N0 165, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2004 – Dispõe sobre o contrato de gestão entre a Agência Nacional de Águas e as entidades delegatárias das funções de Agência de Água, nos termos do art. 51 da Lei n0 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. 2.1 Informações sobre a água utilizada na indústria A água utilizada é proveniente de poço artesiano, e será empregada no processo sem tratamento ou qualquer adição de produtos químicos ou outra natureza. A água que abastecerá a caldeira de geração de vapor sofrerá o tratamento químico necessário para a redução de dureza, caso esta exista após a sua constatação por meio de análise química. No emprego desta para produção, a mesma será utilizada na hidrólise da pena e para limpeza de equipamentos e instalações. 2.1.1 Qualitativa: Água potável. 2.1.2 Quantitativa: A quantidade global de água a ser utilizada é de aproximadamente 72m³/d. 2.2 Informações sobre resíduos líquidos Haverá somente quatro tipos de resíduos líquidos, primeiro para consumo humano (7m³/d), segundo para lavagem de pisos e equipamentos (5m³/d), terceiro para lavagem da frota (1,5m³/d) e quarto para produção (58,5m³/d). Estes resíduos serão destinados por gravidade para o a estação de tratamento de efluentes; já devidamente isentos de resíduos sólidos. Os
resíduos líquidos provenientes do consumo humano serão encaminhados para sistema tratamento biológico (fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro); que será separado do sistema de tratamento dos outros efluentes. Os demais seguirão uma caixa separadora água/sólidos (decantador) e em seguida para um tratamento biológico para posterior descarte no corpo receptor.
2.2.1 Descrição do sistema de captação e disposição de águas pluviais As águas pluviais não terão captação especificamente para utilização no empreendimento, somente serão provenientes aquelas que escoarem dos telhados que fazem parte da cobertura total do empreendimento, não tendo contado direto com equipamentos e/ou pisos, sendo assim livre de qualquer contaminação. Estas águas serão destinadas via canalização diretamente para fora da área do empreendimento; uma vez que o ministério da Agricultura proíbe categoricamente a utilização deste tipo de água dentro do processo produtivo de farinhas para alimentação animal. 2.2.2 Informações sobre rede, vazão e destino final dos esgotos sanitários Esgotos sanitários: Os efluentes do esgoto sanitário serão destinados à fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro. A rede de destinação deste tipo de resíduo são tubulações enterradas e apropriadas para tal procedimento. A quantidade de efluentes sanitários prevista é de 7.000 l/dia, com carga orgânica de 300mg DBO/l. Despejos sanitários. Aqueles utilizados em banheiros, cozinhas, entre outros. Vazão: 1. 1.470 l/dia = 1,47 m3/dia de despejo líquido 2. Esgoto sanitário = 100 pessoas x 70 l/funcionário = 7.000 l/dia 3. Vazão de projeto = 7 m3/dia
2.2.3 Informações sobre a disposição e quantidade de resíduos sólidos e gasosos, inclusive os provenientes da estação de tratamento Resíduos sólidos: Pontos de geração de resíduos
Escritórios
Vestiário
Tipo de Resíduos Papel Plásticos I, II e III Orgânicos Lâmpadas Pilhas I, II e III Papel Classe
Quant./mês 70 kg 25 kg 15 kg 2 unid. 10 unid. 20 kg