CUSTO PADRÃO
1) Introdução: A melhor arma de controle em Custos, é o uso do Custo-Padrão. Este pode ser o ideal, fixado com base em condições idéias de qualidade de materiais, mão de obra e equipamento, bem como de volumes de produção, ou Corrente, fixado com fundamento em desempenhos desses itens considerados altos, mas não impossíveis de se alcançar. O método do custo padrão tem como função principal fornecer suporte para o controle de custos da empresa, proporcionando um padrão de comportamento para os custos. "O custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto, em quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado espaço de tempo" (Dutra, 1992, p. 166). O Custo-padrão é estabelecido para os materiais, a mão-de-obra e os custos indiretos. Os materiais consideram-se todos os fatores passíveis de modificação, destacando-se a especificação, a quantidade, o preço, a taxa de aproveitamento, as perdas naturais etc. Para a mão-de-obra, considera-se o tempo de execução de cada ca da etap etapa, a, o pe perío ríodo do mé médi dioo de te temp mpoo im impr prod odut utiv ivo, o, a taxa taxa ho horá rária ria de ca cada da componente da equipe, as alterações salariais, etc. Para os custos indiretos, há dificuldade para estabelecer um padrão. Existem várias concepções de Custo-Padrão: Custo-padrão ideal, corrente e estimado.
2) Conceitos: 2.1) Custo-Padrão Ideal: Custo ideal de produção de um determinado bem ou serviço. Seria o valor conseguido com o uso dos melhores matérias possíveis, com a mais eficiente mãode-obra viável, a 100% da capacidade da empresa, sem nenhuma parada por qual qu alqu quer er mo motitivo vo,, a nã nãoo se serr as já prog progra ram mad adas as em funç função ão de um umaa pe perf rfei eita ta manutenção preventiva. Está em desuso, nasceu da tentativa de se fabricar um custo em laboratório. É extremamente restrito, pois só serviria para comparações realizadas no máximo uma vez ao ano. É uma meta a longo prazo, e não uma meta fixada para o próximo ano ou para um determinado período.
2.2) Custo-Padrão Corrente: Mais válido e prático, diz respeito ao valor que a empresa fixa com custo de produção para o próximo período para um determinado produto ou serviço, levandose em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos, fornecimento de energia etc., ou seja, inclui no custo do produto algumas ineficiências da empresa, só excluindo aquelas que a empresa julga possam ser sanadas. È tomado como meta para todos os setores da empresa, mas em patamares que, ao mesmo tempo que ideais e com certa dificuldade de obtenção, permitem, porém, seu atendimento. È um custo ideal, adaptado, permitindo-se seu alcance, ou seja se ja,, é um va valo lorr qu quee a em empr pres esaa co cons nside idera ra difí difíci cill de se serr alca alcanç nçad ado, o, ma mass nã nãoo impossível. Além de experiências passadas, utiliza-se de experiências simuladas dentro de condições normais de produção. Os dados físicos e monetários são determinados com bases racionais, considera as perdas e as sobras normais de materiais, a ineficiência ou ganho de produtividade da mão-de-obra. É uma meta de curto e médio prazo pois fixa-se um montante que a empresa deverá empenhar-se para alcançar no próximo período.
2.3) Custo-Padrão Estimado ou Orçado: É o custo que deverá ser, ou seja, é aquele que procura identificar os custos que deverão alcançar no futuro. Consiste no custo em que normalmente a empresa deverá obter e parte da hipótese de que a média do passado é um número válido, e apenas introduz algumas modificações esperadas, tais como: volume de atividades, mudanças de equipamentos, etc. Para a fixação deste custo, pega-se apenas a média passada, e se por um problema de regulagem a máquina estivesse consumindo mais energia do que deveria, esse fato nem seria percebido.
2.4) Custo Real: O Cu Cust stoo Re Real al repr repres esen enta ta o cu cust stoo ac acon onte teci cido do.. Co Como mo inst instru rum men ento to de planejamento estratégico, o custo real têm pouco significado. Para a reavaliação de inventário serve apenas para atender às necessidades legais e fiscais. Tem validade no sentido em que, após a análise de suas variações, em cima de um custo-padrão, se identificam as causas do porquê das variações, e através dela, se permitem corrigir os rumos r umos atuais.
3) Finalidades e Utilidades: 3.1) Finalidades: A grande finalidade do Custo-padrão (a partir de agora, ao falarmos em Custopadrão, estaremos nos referindo ao Custo-padrão corrente), é o planejamento e controle dos custos, tendo como objetivo é de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. Na realidade, ele só se torna eficaz na medida em que exista um Custo Real, para se extrair, da comparação de ambos, as divergências existentes, ou seja, só tem utilidade à medida que a empresa tem um bom sistema de custo real (quer absorção, quer variável ou qualquer combinação entre eles). Outra finalidade é o efeito psicológico sobre o pessoal, podendo este efeito ser positivo ou negativo. Os pontos positivos, se o padrão for fixado considerando-se metas difíceis, mas não impossíveis de serem alcançados, acabará por funcionar como alvos e desafio realmente de todo pessoal, com mais ênfase ainda, se tiver sido firmado com a participação dos responsáveis pela produção. Haverá uma preocupação por parte doss alto do altoss ad admi mini nist stra rado dore ress em an anal alis isar ar as co comp mpar araç açõe õess e elim elimin inaç ação ão da dass divergências. Quanto aos pontos negativos, se o padrão for fixado com base num conceito ideal, cada funcionário já saberá de antemão que o valor é inatingível, que todo e qualquer esforço jamais culminará na satisfação máxima de objetivo alcançado, e poderá haver a criação de um espírito psicológico individual e coletivo amplamente desfa desfavoráv vorável. el. Há tend tendência ência dos admi administra nistradores dores se acostumar acostumarem em aos relatórios relatórios (considerará utópico para a realidade) e não se preocuparem com as informações nele contidas. Além disso, cria-se na empresa uma obrigação de registrar e controlar não só os valores em reais de custos, custos, mas tamb também, ém, das quan quantidad tidades es físicas de fatores fatores de produção utilizados. Contudo, o sucesso do custo-padrão vai depender do grau de seriedade que a empresa der á localização e saneamento das diferenças entre o custo-padrão e o Real. Assim, as vantagens mais importantes do custo padrão são: remover e medir a efi eficiê ciênc ncia ia do sistem sistemaa produt produtivo ivo;; Con Contro trolar lar e reduzi reduzirr os custos custos;; Simpli Simplific ficar ar os processos de custo; Avaliar inventários e desempenho; e Fixar preços de venda.
3.2) Utilidades: O custo-padrão pode ser utilizado para diversas metas ou objetivos.
Os seus principais objetivos são: determinar o custo que deve ser o custo corr co rret eto; o; de defifini nirr as resp respon onsa sabil bilida idade dess e a ob obte tenç nção ão do co comp mpro rome metim timen ento to do doss responsáveis por cada atividade padronizada; e avaliar o desempenho e a eficácia operacional. Podemos, Podemos, ainda, ident identifica ificarr outros outros aspe aspectos ctos importante importantess do custo-padr custo-padrão, ão, como por exemplo:
a) Substituir o custo real: O custo real real representa o custo acontecido. acontecido. Como instrumento de planejamento estratégico, o custo real não tem nenhum significado. O cus usto to rea eall pa para ra ava valiliaç ação ão de inv nveentár ntário io serv erve ape pennas para ara atend tender er às necessidades legais e fiscais da contabilidade empresarial. O custo real tem validade apenas no sentido de que, após a análise de suas variações, em cima de um custo-padrão, se identificam as causas do porquê das variações, e através delas, se permitam corrigir os rumos atuais. atuais. Para o dia-a-dia, o custo-padrão representa muito mais utilidade que o custo real. Outra vantagem na substituição do custo real está em que o custo-padrão não precis precisaa ser calcula calculado do mensalm mensalment ente. e. Seu cálculo cálculo pode ser feito a períod períodos os de tempos tem pos mai maiore ores, s, como seis meses meses ou um ano. Sua Sua atu atuali alizaç zação ão se fará fará pel pelos os critérios de inflação da empresa, se possível.
b) Formação de preços de venda: É uma das melhores utilizações do custopadrão pad rão.. Apesa Apesarr de, teorica teoricame mente nte,, ser o mercad mercadoo que dá o preço preço de ve venda nda dos produtos, ele deve ser inicialmente calculado em cima de condições de custo das empresas. Dessa forma, como como elemento inicial para formação formação de preços de venda, devemos utilizar o custo-padrão, pois ele traz todos os elementos necessários para parametrizar um preço de venda ideal. c) Acompanhamento da inflação interna da empresa : Outra utilização do custo-padrão é no acompanhamento acompanhamento da da inflação interna da empresa. empresa. Mensalmente, utilizaremos as estruturar padrões para avaliar o crescimento do nível dos custos internos da empresa. 4) Fixação do Padrão: Cabe a Contabilidade de Custos, a transformação dos padrões físicos, em valores monetários. Uma vez que não é papel de custos fazer o levantamento das horas, kwh, toneladas etc. dos fatores de produção dados como padrão; cabe-lhe a transformação desses itens em reais e o levantamento posterior do Real; se ficar a fixação do Padrão como tarefa de custos, poderá esta fazer simplesmente da média passada e próprio Padrão, o que não é absolutamente desejável. Portanto, cabe a Engenharia de Produção e a Contabilidade de Custos, em um trabalho conjunto, a fixação final do Custo-Padrão de cada bem ou serviço produzidos.
Recomenda-se que esta fixação não seja imposta totalmente à empresa, e sim a certos produtos ou departamentos ou para certos tipos de custos, pois deve ser instalado onde onde se julgue julgue necessário assim, deve-se optar pela implantação do do sistema gradualmente, para melhor sucesso do próprio sistema. Primeiro pode estabelece o Padrão de um Produto, serviço ou setor da produção, para alguns meses depois ampliar-se a outros.
EX: FAZER UM DIAGRAMA COM ALGUM EXEMPLO.
Devido ao seu aspecto dinâmico o Custo-Padrão precisa ser periodicamente revisto, tendo em vista as mudanças freqüentes, inclusive a tecnológica, que existem nos processos de produção.
4.1) Problema da Fixação do Padrão: Por ocasião da comparação entre o Custo-Padrão e o Custo Real, fica eviden evi dente te qu quee qua quando ndo exi existe stem m grande grandess variaç variações ões,, ac acend ende-s e-see uma luz verme vermelha lha aler alerta tand ndoo os resp respon onsá sáve veis is pe pelo lo co cont ntro role le de dess sses es ob obje jeto toss de cu cust steio eio.. Lo Logo go os contadores de custos, em conjunto com o pessoal de operações e da administração, definem o que são variações grandes e pequenas. Mas, cada caso é um caso, não existindo medidas padronizadas que possam ser adaptadas a qualquer situação.
5) Construção do Padrão: As situações mais comuns de construção de um padrão são:
a) Materiais diretos: Os materiais necessários, com suas respectivas quantidades, para produzir determinado produto, são evidenciados pela estrutura do produto. Normalmente esses dados são originados pela engenharia de desenvolvimento de produtos, quando da feitura do projeto original, mais suas atualizações. Muitos produtos, principalmente os que são elaborados por processo contínuo utilizando matéria-prima a granel, têm certo grau de perda ou refugo, que, dentro de condições técnicas ou científicas, devem ser incorporados ao padrão de quantidade. O preço-padrão dos materiais diretos são obtidos em condições normais e boass de negocia boa negociaçã çãoo de compra. compra. A ele dev devem em ser incorpor incorporada adass as eventua eventuais is despesas desp esas que devem devem fazer parte do custo unitário unitário dos materiais. materiais. O preço-padrão preço-padrão dos mat materi eriais ais e dem demais ais ins insum umos os ind indust ustria riais is dev devem em ser sem sempre pre cal calcul culado adoss na condição cond ição de compra com pagamen pagamento to a vista. vista. Com isso será possível possível a adoção de um cu cust stoo-pa padr drão ão nu numa ma da data ta-b -bas ase, e, e su suaa atua atualiz lizaç ação ão pe pela la infl inflaç ação ão inte intern rnaa da empresa.
Exemplo: Padrão de quantidade Quilos de material A por unidade de produto Estimativa de perda no processo Estimativa de refugos Quantidade-padrão por unidade de produto
1,10 0,04 0,01 1,15
Padrão de Preço Preço de compra sem impostos recuperáveis (-) Custo financeiro de pagamento a prazo Preço de compra a vista Frete e despesas de recebimento Preço-padrão do Material A
$ 20,70 (2,70) 18,00 2,00 $ 20,00
b) Mão-de-obra direta: Normalmente a mão-de-obra direta padrão é determinada pela quantidade de horas necessárias do pessoal, ou da quantidade de funcionários diretos, em todas as fases do processo de fabricação do produto. A base para a construção dos padrões de mão-de-obra direta é então o processo de fabricação. fabricação. Todas as atividades atividades e processos necessários para fazer fazer o produto requerem operários para manuseio dos materiais ou dos equipamentos durante os processos. As estimativas ou padrões de necessidade de mão-de-obra direta podem ser cientificamente calculados quando se trabalha em ambientes de alta tecnologia de produção, produção, gerenciad gerenciados os compu computacion tacionalme almente. nte. Em outros casos, casos, podem se fazer estudos de tempo, através de operações simuladas antecipadamente em ambientes reais. Em todos os casos casos deve haver um estudo estudo para quebras, refugos, refugos, retrabalhos, manutenção e necessidades do pessoal. A base para a valorização dos custos de mão-de-obra direta deve incluir toda a remuneração dos dos trabalhadores mais mais os encargos sociais sociais de caráter genérico. De modo mo do ge gera ral,l, ut utililiz izaa-se se o crit critér ério io de cu cust stoo mé médi dioo ho horá rári rioo do doss sa salá lári rios os de ca cada da departamento de produção ou da célula/atividade de processo por onde passa o produto, através dos centros de custos ou centros de acumulação por atividades.
Exemplo: Padrão de quantidade Horas necessárias de mão-de-obra para montagem completa de uma unidade do produto final Paradas para manutenção e necessidades pessoais Horas estimadas de retrabalhos de qualidade Horas-padrão por unidade de produto
50,00 7,00 3,00 60,00
Padrão de valor Salário horário médio do setor de montagem Encargos sociais legais Benefícios espontâneos Custo horário de mão-de-obra direta
$ 2,20 1,32 0,29 $ 3,81
c) Custos Custos indiretos indiretos variáveis variáveis:: Os custos indiretos variáveis são padronizados normalmente através da construção de taxas predeterminadas em relação a uma medida de atividade atividade escolhida. Sempre que possível possível deve-se evitar evitar o uso de taxas taxas baseadas em valores, uma vez que isso impede a correta mensuração das variações de quantidade que ocorrerão, bem como o padrão fica sujeito a eventuais problemas de variação nos preços. A at ativ ivid idad adee a se serr es esco colh lhid idaa co com mo ba base se pa para ra a co cons nstr truç ução ão da dass taxa taxass predeterminadas de custos indiretos variáveis deve ter uma relação causal com os diversos custos indiretos variáveis. variáveis. Também a base de de atividade escolhida deve ser ser simples de ser entendida, para posterior atribuição de responsabilidades. Exemplos de bases de atividades para elaboração das taxas predeterminadas de custos indiretos variáveis são horas de máquinas trabalhadas, quantidade de produto final, horas de mão-de-obra direta etc., dependendo sempre do gasto e melhor relação que existe entre os custos variáveis e as atividades envolvidas. Como exemplo, o consumo de energia elétrica é um custo variável indireto para tipos de indúst indústrias. rias. Para algumas algumas empresa empresass as horas de máquinas máquinas são os principais principais fa fato tore res, s, pa para ra ou outra trass há um umaa rela relaçã çãoo dire direta ta co com m o prod produt utoo fina final.l. Ga Gast stos os co com m lubrificantes e materiais indiretos normalmente têm relação com a quantidade de horas máquinas trabalhadas, e assim por diante.
Exemplo: Padrão de custos indiretos variáveis Custos Cust os indi indire reto toss var variá iáve veis is est estim imad ados os pa para ra o pe perí ríod odoo Horas diretas previstas Custo variável por hora direta Horas necessárias para uma unidade de produto final Custos indiretos variáveis por unidade
$ 275 275.0 .000 00,0 ,000 453.600 $ 0,60 60 $ 36,00
d) Custos indiretos fixos e volume de produção ou atividade: Quando se deseja fazer faz er o custocusto-pad padrão rão uti utiliz lizand andoo o mé métod todoo de custeio custeio po porr abs absorç orção, ão, tem temos os que elaborar elabo rar também o padrão padrão de custos indiretos indiretos fixos. fixos. A diferença diferença básica básica entre os custos indiretos fixos e os custos indiretos variáveis é que os custos indiretos fixos estão normalmente relacionados com denominadores de capacidade de produção e não necess necessaria ariame mente nte com os vo volum lumes es atu atuais ais produzi produzidos dos.. De qua qualqu lquer er forma, forma, partindo do pressuposto de que o custo-padrão vai estimar o volume de produção ou
atividade para os próximos períodos, podemos utilizar como denominador o volume de produção orçada ou estimada. Nesse sentido, nada impede que também se construa o padrão de custos indiretos fixos por unidade, em cima dos mesmos denominadores utilizáveis para os custos indiretos variáveis, como horas de mão-de-obra direta, horas de máquinas trabalhadas, quantidade de produto produzido etc.
Exemplo: Padrão de custos indiretos fixos Custos indiretos fixos estimados para o período Volume de produção previsto Custos fixo ixos ind indiretos por unidade de produto fina inal
$ 484.680,00 11.540 unidades $ 42,00
O custocusto-pad padrão rão dev devee ser ela elabor borado ado em de deter termin minado ado mês mês,, co consi nsider derand andoo aspectos de projeções e metas a serem alcançadas dentro de determinado período, seja seis meses ou um ano. Pode ser elaborado em uma moeda forte, seja nacional (UFIR, UMC, etc.), ou seja, est estrange rangeira ira (dólar, (dólar, marco, iene, etc.). etc.). Se elaborado elaborado em moed moedaa nacion nacional al de determinado mês, deve ser atualizado de tempos em tempos por um indicador de inflação interna da empresa.
6) Variação e Custo-Padrão: Compreende-se como variação, qualquer afastamento de uma variável em relação a um parâmetro pré-estabelecido, e dessa maneira já se fica implícito de que será necessário haver uma base quantitativa para se mensurar o evento (custopadrão), a fim de permitir uma análise qualitativa dos desvios a partir da variação, requerendo assim a utilização de modelos matemáticos e estatísticos para o estudo do significado das variações e seus efeitos no resultado desejado. As variações se verificam normalmente em qualquer organização, dado a dinamicidade da economia e das inúmeras variáveis que circundam a vida de qualquer empresa. A capacidade administrativa de um gerente pode ser medida através das variações que seu departamento incorre num determinado período. Este se defronta com problemas de todos os níveis e setores do organismo empresarial.
7) Tipos de variações: Fixado o padrão e posto em prática, sua composição final abrangerá matéria prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação, e cuja realização trará desvios em quatro significativos aspectos:
a) Vari Variaç açõe õess de preç preços os: Assim Assim com compre preend endido ido qua qualqu lquer er des desvio vio ent entre re o preço preço estabelecido e o preço realizado. O mercado é o responsável por tais variações e o critério de reduzi-las ao mínimo é através de estudo econômico baseado no conceito de preç preçoo de merca ercado do na fo form rmaa em qu quee se en enco cont ntra ra a indú indúst stri riaa em qu ques estã tãoo (monopólio, oligopólio, concorrência). Deve-se eliminar o efeito da inflação embutido no preço; b) Vari Variaç açõe õess de qu quan anti tida dade dess : É a rela relaçção entre tre a qua uanntid tidad adee de ins insum umoo estabelecida para a produção sob análise e aquela efetivamente incorrida. São variações de natureza técnica, e a melhor forma de controle é aquela realizada concomitante ao processo de fabricação, e sua eliminação se torna relativamente fácil, salvo casos de matérias-primas deficientes qualitativamente ou mão-de-obra despreparada; c) Vari Variaç ação ão mi mist staa: Neste caso ocorre o efeito das variações de preço na variação de quantidades e seu isolamento deve ser realizado, dado sua importância nas análises. Sua eliminação depende das medidas tomadas quanto às variações de preço e eficiência e d) Vari Variaç ação ão po porr mu muda danç nçaa técn técnic icaa : Só de deve ve ex exis istitirr qu quan ando do a oc ocor orrê rênc ncia ia for for transitória, pois em caso contrário far-se-ia necessário a fixação de novos padrões. É um instrumento que permite se verificar os resultados de algumas experiências geradas no processo produtivo por técnicas inovadoras ou em casos de escassez de um determinado insumo sem alteração básica no produto. É tipicamente o caso de substituição de uma qualidade de matéria prima por outra substituta. 8) Análise das Variações entre o Padrão e o Real: Chamamos de variação a diferença entre o custo real e o custo-padrão. Essas variações podem ser do material, da mão-de-obra ou dos custos indiretos de fabricação, podendo ser de preço ou quantidade.
Equação Fundamental de Custo Custo do Insumo = Preço do Insumo X Quantidade de Insumo Utilizada C=PxQ
Esquematicamente, Esquematicamente, temos:
VARIAÇÃO TOTAL Variação de Preço (A - B)
Variação de Quantidade (B – C)
- de materiais - de taxa horária - custos indiretos variáveis
A
- de materiais - eficiência de mão-de-obra - eficiência de custos indiretos variáveis
B
Quantidade Real X Preço Real
Quantidade Real X Preço Padrão
(QR X PR)
(QR X PP)
C Quantidade Padrão X Preço Padrão (QP X PP)
Exemplo: PRODUTO “A” DADOS:
QUANTIDADE Real
Material A Material B Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos Variáveis
5.000 10.000 50.000 50.000
Padrão 5.100 9.800 51.000 51.000
PREÇO Real
Padrão
117,09 49,54 14,84 4,71
104,99 49,73 16,71 4,03
Espécie de Custo
Custo Real
Custo-Padrão
Variação
5 85. 450 D 4 95. 400
535 .44 9
50. 001
1 . 0 8 0 . 8 50
1 . 0 22 . 8 0 3
58. 047
Mão-de-Obra Direta
7 42. 000 F
852 .21 0
110 .21 0
Custos Indiretos Variáveis
2 35. 500 D
205 .53 0
29. 970
Custos Indiretos Fixos
9 3 2. 5 1 6 D
9 05 . 7 5 0
26 . 7 6 6
2.9 90. 897 D
2 . 9 8 6 . 12 4
4 .77 3
Matérias-primas: Material A Material B D
487 .35 4
D/ F
8.0 46
D
TOTAL - quantidade produzida F
5.200 unidades
- custo unitário F
5.000 unidades
$ 5 7 5 , 17
$ 5 97 , 2 2
200 unidades $
23, 87
Análise das variações de materiais: Material A: Variação total : $ 49.958 (D)
Variação de Preço A (QR x PR) 5.000 x 117,09
Variação de Quantidade B (QR x PP)
C (QP x PP)
5.000 x 104,99 $ 524.950
$ 585.450 (A - B) $ 60.500 (D)
5.100 x 104,99 $ 535.449 (B - C) $ 10.499 (F)
$ 50.001 (D)
Material B: Variação total : $ 8.046 (D) Variação de Preço
Variação de Quantidade
A (QR x PR) 1 0 .0 0 0 x 4 9 ,5 4 $ 4 9 5 .4 0 0
B (QR x PP) 1 0 . 0 0 0 x 4 9, 7 3 $ 4 97. 300 (A - B) $ 1.900 (F)
C (QP x PP) 9.800x 49,73 $ 48 7.3 54 (B - C) $ 9 . 9 4 6 ( D)
$ 8.046 (D)
Variação Mista (Material A) $ 117,09
Variação Mista (VM) Diferença de Quantidade x Diferença de Preço
Variação de Preço
104,99 Variação de Quantidade 5 .0 0 0
5 ,10 0
Q td e
Diferença de quantidade = (5.100 - 5.000) = 100 kg Diferença de preço = (117,09 - 104,99) = $ 12,10 Variação mista = 100 x $ 12,10 = $ 1.210 Em nossa análise, a variação de preço incorpora a variação mista, já que na maioria dos casos ela representa um valor pequeno. Como exemplo, vejamos como ficaria a análise se desejássemos trabalhar com a variação mista. Variação de Quantidade = Diferença de Quantidade x Preço Padrão Variação de Preço = Diferença de Preço x Quantidade Padrão
Variação Mista
= Diferença de Quantidade x Diferença de Preço
Variação de Quantidade = 100 kg x $ 104,99 = $ 10.499 (F) Variação de Preço = $ 12m10 x 5.100 kg = $ 61.710 (D) Variação Mista = 100 kg x $ 12,10 = $ 1.210 1. 210 (F) Variação Total $ 50.001 (D)
Análise das Variações de Mão-de-Obra Direta Variação da Taxa Horária A (QR x PR) 5 0 . 0 0 0 x 1 4, 8 4 $ 7 4 2 .0 0 0
(A - B) $ 93.500 (F)
Variação de Eficiência B (QR x PP) 5 0 . 0 0 0 x 1 6, 7 1 $ 8 35. 500
(B - C) $ 15.710 (F)
C (QP x PP) 51.000x 16,71 $ 8 5 2. 2 1 0
$ 110.210 (F)
Análise das Variações dos Custos Indiretos Variáveis Variação de Gastos A (QR x PR) 5 0 .0 0 0 x 4 , 7 1 $ 2 3 5 .5 0 0
Variação de Eficiência B (QR x PP) 50 .00 0 x 4,0 3 $ 2 01. 500
(A - B) $ 3 4 . 0 0 0 ( D)
C (QP x PP) 51.000x 4,03 $ 205 .53 0 (B - C) $ 4.030 (F)
$ 29.970 (D)
Análise das Variações dos Custos Indiretos Fixos O denominador de atividade escolhido em nosso exemplo para os custos indiretos fixos é o volume padrão. Variação de Valor
Variação de Volume
A (QR x PR) 5.200 unidades x 179,33 $ 9 3 2 .5 1 6
B (QR x PP) 5.000 unidades x 181,15 $ 9 05. 750
(A - B) $ 26.766 (D)
CUSTOS CONTROLÁVEIS
E CUSTOS NÃO
C (QP x PP) 5.200x 181,15 $ 9 4 1. 9 8 0
(B - C) $ 36.230 (F)
– CONTROLÁVEIS
$ 9.464 (F)
São os passíveis de serem influenciados diretamente por um supervisor ou gerente durante um lapso de tempo. Sabe-se que o maior ou menor grau de controle de um responsável sobre um item de custo está diretamente associado ao nível de especificação de sua autoridade. Desta forma um custo pode recair em determinado centro de custo, entretanto seu controle controle pode escapar escapar de seu responsável. responsável. Diante desse problema é que existe uma contradição entre a acumulação tradicional de custos em centros de custos e suas conseqüentes variações entre pre previsõ visões es (pad (padrõ rõees) e real realiz izaç açõe ões, s, e a nec eces essi siddad adee de se atri atribbuíre uírem m responsabilidades a nível de pessoa, pelo desempenho. Observa-se então que os custos ou parte dos custos de um departamento podem ser influenciados por decisões eficientes e ineficientes originadas em outros departamentos, Tabela 1. Observa-se que a depreciação pelo método da linha reta é incontrolável por qualquer setor ou função da empresa, pois independe seu volume da decisão de qualquer pessoa, estando associada ao uso de uma mera fórmula. Também, apesar da matéria prima ser controlada pelo departamento de produtividade e do diretor de produção, o departamento de vendas não exerce decisão sobre ela. Sob o ponto de vista de contabilidade por responsabilidade pura, somente deve de veri riam am se serr repo report rtad ados os co como mo resp respon onsa sabi bililida dade de de um se seto torr os cu cust stos os controláveis pelo responsável do setor, EXCLUINDO-SE os não controláveis, que seriam alocados como responsabilidade de mais alguém, dentro da entidade.
ITENS DE CUSTO Custo de matéria prima Mão-de-obra Depreciação pelo método
FIXO(F) OU VARIÁVEL(V )
CONTROLAD O PELO DIRETOR DE VENDAS
CONTROLADO PELO DPTO PRODUTIVOACABAMENTO
CONTROLAD O PELO DIRETOR DE PRODUÇÃO
V
Não
Sim
Sim
V
Não Não
Não Não
Sim Não
F
da linha reta no depto de Comissão a vendedores Honorário do presidente
V V
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Tabela 1 - Exemplo da controlabilidade de custos padrões relacionada às 10) Análise a Relação Custo/ Benefício: Uma ve Uma vezz qu quee um umaa va varia riaçã çãoo fo foii de dete term rmin inad ada, a, a resp respos osta ta de pe peso so do questionamento é se a causa da variação deveria ser investigada, de forma que as ações corretivas pudessem ser ativadas em decorrência de investigar ou não a variação. A análise custo/benefício compara o custo de investigar uma variação e corrigir o processo (se uma variação em relação ao padrão ocorreu) com a perda que aconteceria se houvesse a divergência e nenhuma ação corretiva fosse realizada.
11) Custo-Padrão em Novas Tecnologias de Produção e em Just-in-Time: As nov novas as tec tecnol nologi ogias as co compu mputad tadori orizad zadas as de produç produção, ão, exp expres ressas sas pe pelo lo Computer Integrated Integrated Manufactu Manufacturing ring ), conc co ncei eito to de CIM CIM (Computer ), pos possib sibili ilitam tam eno enorm rmee avanço avan ço na qualidade qualidade dos padrões de produção. produção. As estruturas estruturas de produtos produtos e os processos de fabricação em ambientes computadorizados devem promover um aumento de qualidade dos padrões quantitativos, de forma significativa, já que as partes a serem fabricadas são objeto de um trabalho pormenorizado, ligando a estrutura do produto, do processo e dos equipamentos de produção. Num sentido inverso, porém, a crescente automação tende a diminuir a importância dos custos de mão-de-obra direta, ensejando menor necessidade de controle de seus custos. É possível, ainda, até, que o tratamento da mão-de-obra direta como um custo fixo seja possível ou necessário, já que a necessidade de manipulação do produto por pessoas também é reduzida. Com relaçã relaçãoo aos ma mater teriai iais, s, tam também bém se dim diminu inuem em as pos possib sibili ilidad dades es de perdas, quebras ou utilização não padronizada, tendo em vista o rigoroso controle de qualidade dos materiais exigido por ambientes automatizados. Em ambientes administrados pelo conceito de JIT, há uma tendência natural de maiores ociosidades de pessoal, objetivando a redução dos estoques a nível zero, assumida naturalmente pelas empresas que implementam esse conceito de administra admi nistração ção de produção. produção. Nesse Nesse sentido, as variações variações de eficiência eficiência de mão mão-de-obra também tendem a não ser relevantes como instrumento de controle e administração de custos.
12) Conclusão: A grande finalidade do Custo-Padrão é o controle dos custos, tendo como objetivo o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. O custo padrão não elimina o Real, nem diminui diminui sua tarefa, aliás, a implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom Sistema de Custo Real. Para que se possa exercer o controle, para que se saiba o grau de eficiência ou ineficiência que se estar produzindo, não basta, pois, conhecer a variação do quanto custou aquilo que estava previsto. É necessário, pois, que as variações ocorridas sejam analisadas como alguma medida. A economia da info inform rmaaçã çãoo é essa ssa med edid idaa crit criteerios riosaa para ara deter eterm minar inar se a varia ariaçção é suficientemente importante para ser investigada evitando, portanto, decisões que possibilitem um gasto maior para se investigar uma variação e corrigir o processo que o resultado auferido em decorrência da decisão de investigar e corrigir. Devemos analisar o custo/benefícios para não cometermos nenhum erro e pormos tudo que já foi pré-estabelecido a perder. O ad admi mini nist stra rado dorr de deve ve te tent ntar ar co corr rrig igir ir em prim primei eiro ro luga lugarr as va vari riaç açõe õess desfavoráveis de valores maiores. Como na empresa o volume de dados é muito grande, devemos trabalhar o conceito de análise das variações de tempos em tempos e por amostragem.