Resumo / manual para confecção Prótese F ixa – FOPLAC
Adriana de Fátima Ferreira Soares
Prótese fixa – passo a passo FOPLAC
Etapa inicial: Obter uma excelente imagem radiográfica da região em questão. A endodontia precisa estar de tamanho satisfatório. Lembre-se que a durabilidade da prótese fixa é diretamente proporcional a vida útil do dente.
Segunda etapa
Desobturação:
Alguns professores permitem a desobturação de modos diferentes, abaixo algumas particularidades: Professor Vantuilte, permite a desobturação sem a exata odontometria, ele avalia inicialmente e indica o tanto a ser desobturado e vai verificando toda a desobturação por meio de várias tomadas radiográficas. Professor Arlindo exige o cálculo exato dos dois terços (preconizado na literatura), para isso, realizar a equação odontométrica. CRD: CRI x CAD CAI
CRD / 2 x 3 = Tamanho a desobturar
Para desobturar, use a sequência abaixo (baixa rotação) 1.Gattes 1.Gattes Glidden n° 01 2.Gattes 2.Gattes Glidden n° 02 3.Gattes 3.Gattes Glidden n° 03 4.Largo 4.Largo n° 01 Cuidado!! Não extrapolar o tamanho da obturação!! Sempre radiografar!! Cuidado para não remover o cone principal! Use cursores nas brocas ou marcas com pincel!!
1 a n i g á P
Em caso de muitos alunos fazendo prótese ao mesmo tempo, os condutos podem ser desobturados sobre a supervisão dos professores da endodontia, contudo, estes exigem que o dente esteja isolado. Nesse caso atente para o calcador de Paiva, ele deve estar flambrado ao rubro, avermelhado de tão quente, para cortar e não grudar a guta-percha. Princípios biológicos endodônticos preconiza-se que o espaço entre gutapercha e pino provisório seja preenchido com Hidróxido de cálcio PA, para preservar a qualidade da endodontia executada.
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Terceira etapa
Moldagem do núcleo / Provisório:
Materiais: Pinget Resina acrílica duralay vermelha pó e liquido, duralay 62/65/66 Pincel pêlo de Marta (qualidade e ponta do pincel) Pote dappen (2) Vaselina Instrumentais Pontas diamantadas, brocas maxi e mini cutes A região adjacente ao elemento em questão, já deve estar preparada para prótese fixa, avaliando bem a qualidade da terminação cervical! Vaselinar toda a região do dente, interna e externa, umedecer o pinget com liquido de acrílico, e levar um pouco de pó (vermelho), já embebido ao liquido a entrada do conduto, assim como levar pó ao pinget, colocar com força moderada para que o pinget desça em toda a profundidade do conduto, após início da presa, movimentos de inserção e retirada, o espaço intra radicular deve ser todo moldado, se necessário adcionar mais resina. A parte coronária do dente deve ser reconstruída em duralay, utilizar brocas para dar a anatomia correspondente a parte coronária do dente. Esse núcleo deve ser conservado em boas condição e enviado ao protético, e solicitado núcleo em liga de Prata. •
O provisório deve ser confeccionado, para isso várias técnicas devem ser utilizadas, faceta, dente de estoque, bolinha de resina. Para cimentação, utilizar cimento a base de hidróxido de cálcio (hidro C / dycal)
Quarta etapa
Cimentação do núcleo / Provisório:
O núcleo deve ser levado ao espaço intrarradicular e deve estar bem adaptado, se necessário pode-se fazer desgastes com pontas diamantadas, após a inserção no núcleo este deve ser radiografado para observar a boa adaptação. A cimentação pode ser feita a base de cimento de Óxido de Zinco e eugenol ou Fosfato, dependendo do professor. A manipulação e correta proporção do cimento deve ser muito bem observada (nos casos do Fosfato, uma porção de pó para 4 gotas de liquido e misturado em uma placa de vidro limpa, onde o pó será dividido em 32 partes e manipulado gradativamente). Alguns professores pode solicitar que o cimento seja levado ao interior do conduto utilizando propulsores Lêntulos,quando levado com lêntulo geralmente este é cortado, o tamanho reduzido, e outros indicar que o cimento seja espalhado ao longo do núcleo, o operador deve segurar firme o núcleo por 3 minutos, e depois esperar mais 10 minutos antes de continuar o trabalho. O desgaste do núcleo deve ser feito, respeitando o espaço mínimo de 2 mm (para o copping e porcelana). O provisório deve ser reembasado, lembrando que agora é fundamental uma boa terminação cervical para quando for moldado o copping a terminação esteja nítida na moldagem com o casquete. 2 a n i g á P
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Quinta etapa
Casquete:
O casquete pode ser feito pelo operador ou vir do laboratório de prótese. No caso onde o operador confecciona o casquete, é feito da seguinte forma, o provisório quando bem adaptado é retirado e limpo, prepara-se uma pequena porção de alginato que é vertida em um potte dappen, esse provisório é submergido dentro do dappen, onde a incisal/oclusão é voltada para o fundo do dappen. Uma dica é colocar um pouco de alginato na parte internet do provisório antes de verter a mesma no dappen com alginato. Após a presa do alginato o provisório é retirado de dentro do potte dappen, e o ‘buraco’ correspondente a ele é preenchido com duralay vermelha. Após presa é feira uma base, um ‘pé’, para este casquete que é levado ao núcleo e reembasado. Um operador mais experiente pode confeccionar o casquete direto no núcleo preparado, utilizando pincel e acrílico, ou bolinha de resina, mas observação, a terminação cervical é de suma importância. Para quem não quiser preparar o casquete, quando na etapa anterior foi feito o preparo do núcleo ele deve moldar com alginato, vazar o gesso e enviar para o protético que fará o casquete. Em casos de moldagem de mais de um núcleo adjacentes os casquetes devem estar unidos. O próprio operador com o modelo em gesso pode confeccionar o casquete, lembrando que, em qualquer tipo de preparo, o casquete terá que ser reembasado em sua terminação, uma fina camada, um colarinho com pó e liquido é feito no preparo, na cervical, onde o casquete deve ser levado e ‘apertado’ até que extravase material, depois esse casquete é alisado e polido.
Sexta etapa
Moldagem com Casquete:
Com o casquete muito bem adaptado, uma moldagem fiel deve ser feita, para obter a terminação cervical, a técnica preconizada na universidade é com o uso de Impregnum F. O núcleo deve estar limpo e seco, o casquete recebe uma pincelada de adesivo, o Impregnum F, deve ser respeitado o tempo mínimo de 3 minutos para que o adesivo esteja pronto para receber o material de moldagem, é manipulado de acordo com a orientação do fabricante, inserido em uma seringa própria para moldagem e aplicado no casquete, esse casquete com Impregnum é levado ao núcleo e segurado com boa estabilidade até tomar presa, o paciente é orientado a não fechar a boca. Onde será feita a moldagem de transferência, em uma moldeira é preparada com um bom alginato ou silicona, podendo ser de condensação ou adição, essa moldeira é levada a boca ainda com o casquete no núcleo, o objetivo é que o casquete venha preso na moldagem. Alguns professores irão exigir que se coloque fio retrator, nesse caso o fio deve ser de espessura de 3mm e de boa qualidade, o fio é inserido com um instrumental adequado para inserção de fio e depois deve receber o hemostop, não antes pois pode levar ao aumento do volume do fio. Importante se a coroa for fresada, avisar o protético desde a confecção do copping.
Sétima etapa 3 a n i g á P
Prova do copping (estrutura metálica):
O copping é levado ao núcleo, onde será verificado altura, adaptação cervical. Se necessário feito desgaste. O copping é radiografado para se observar a adptação. É feito agora a escolha da cor dos dentes, é ideal utilizar uma boa escala e na presença de luz natural. O protético deve ser informado qual a escala foi utilizada e se é uma coroa fresada ou não e também situação atípicas, como dentes em giroversão. Resumo / manual para confecção Prótese Fixa – FOPLAC
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Obs.: Dependendo do professor o aluno pode ser orientado a fazer uma moldagem de transferência com silicona. Com o copping no núcleo é realizada uma moldagem, esta moldagem deve ser feita por duas pessoas, o auxiliar manipula o denso, o pesado, e ao mesmo tempo o operador está manipulado o catalisador e o base, que com o uso de uma seringa para aplicação é levado ao pesado, que já deve estar na moldeira, e também levado ao contorno do copping.
Oitava etapa
Prova da coroa com porcelana não polida:
A coroa já em porcelana não glazeada, deve ser provada, mais uma vez observando adaptação cervical, altura, contatos oclusais (um bom carbono é necessário), é o último momento para desgastes.
Nona etapa
Cimentação definitiva:
A coroa já glazeada passa por mais uma checagem de oclusão, e deverá ser cimentada, para isso, antes limpar o metal interno com álcool, assim como o núcleo, cimentar com cimento de fosfato de zinco e eugenol. Se tiver sido feitos desgastes, as borrachas de exacerapol, cinza e rosa pode ser utilizadas para polimento.
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