TÉCNICA VOCAL: guia básico para professores
Trabalho realizado por:
Filomena Cabral Rocha Liliete Maria Silvestre Mestre Mª Adelaide Amaro Rebelo Mª Júlia Jesus Miguel (Grupo Atómico)
Lisboa, Novembro de 2002
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Minha Voz, Minha Vida Minha voz, minha vida Meu segredo e minha revelação Minha luz escondida Minha bússola e minha desorientação Minha voz é precisa Vida que não é menos minha que da canção Por ser feliz, por sofrer, por esperar eu canto Por ser feliz, pra sofrer, para esperar eu canto Meu amor, acredite Que se pode crescer assim pra nós Uma flor sem limite É somente porque eu trago a vida aqui na voz Caetano Veloso
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Índice
I. Introdução ........................ .................................... ......................... ......................... ........................ ......................... ......................... ........................ .......................3 ...........3 II. O aparelho fonador ......................... ..................................... ......................... ......................... ........................ ......................... ......................... ...................4 .......4 III. Exercícios de aquecimento vocal ........................ ..................................... ......................... ........................ ......................... .....................7 ........7 IV. A respiração respiração ......................... ..................................... ........................ ......................... ......................... ......................... ......................... ........................ ................8 ....8 IV.1 Postura ....................... .................................... ......................... ........................ ......................... ......................... ........................ ......................... ...............9 ..9 IV.2 Apoio respiratório ......................... ..................................... ......................... ......................... ........................ ......................... ..................11 .....11 IV.3 Exercícios Respiratórios ........................ .................................... ........................ ......................... ......................... .....................12 .........12 IV.4 Exercícios para desobstrução das vias respiratórias respiratórias ......................... ..................................... ............13 13 IV.5 Exercícios respiratórios com produção de som ......................... ..................................... .....................13 .........13 V. Exercícios de colocação de voz ....................... .................................... ......................... ........................ ......................... .......................1 ..........15 5 VI. Relaxamento ........................ .................................... ......................... ......................... ........................ ......................... ......................... ........................ ..............17 ..17 VI.1 Exercícios de relaxamento relaxamento ......................... ..................................... ......................... ......................... ........................ ................17 ....17 VI.2 Exercícios para a flexibilidade dos órgãos vocais ........................ ..................................... ..................18 .....18 VII. Higiene vocal ........................ ..................................... ......................... ........................ ......................... ......................... ........................ ........................2 ............20 0 VIII. Teste: Cuida bem da sua voz? ......................... ..................................... ........................ ......................... ......................... ....................22 ........22 IX. Conclusão ......................... ..................................... ........................ ......................... ......................... ........................ ......................... ......................... ..................23 ......23 4
X. Bibliografia ....................... .................................... ......................... ........................ ......................... ......................... ........................ ......................... ...................25 ......25 Anexos ........................ .................................... ........................ ......................... ......................... ........................ ......................... ......................... ...................... .......... .......26
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I. Introdução Para um professor, a voz é o seu instrumento diário de trabalho mais precioso. É a voz voz que que nos nos poss possib ibili ilita ta exer exerce cerr a noss nossa a funç função ão enqu enquan anto to prof profes esso sore res, s, e sem sem ela, ela, dificilmen dificilmente te saberíam saberíamos os comunicar comunicar,, interagir interagir com os nossos nossos alunos alunos e transmit transmitir-lh ir-lhes es conhecimento. Tod Todos os nós nós, com como prof profe essores ores,, sabem bemos com como é compl omplic ica ado usa usar a voz corr correc ecta tame ment nte e e, embo embora ra por por veze vezess tenh tenham amos os cons consci ciên ênci cia a da algu alguns ns erro erross que que comete cometemos mos enquan enquanto to falam falamos, os, rara rarame mente nte conhec conhecem emos os o modo modo como como os podem podemos os corrigir, facilitando-nos uma correcta utilização da voz. Contudo, estamos cientes de que um mau uso da nossa capacidade vocal pode conduzir, por um lado, a dificuldades no processo de ensino-aprendizagem, e por outro, a problemas do foro fisiológico, que acabarão por comprometer o bom desempenho do professor e mesmo a sua saúde. Assim, e por considerarmos considerarmos importante criar um meio de ajudar aqueles que, como nós, são professores e não sabem como actuar para melhorar a sua técnica vocal, decidimos compilar os conhecimentos que nos foram transmitidos durante a acção de formação “Curso de Prática Vocal”, organizada pelo Instituto Irene Lisboa, e conduzida pelo Dr. Marco Mascarenhas, para os fazer chegar aos nossos colegas de profissão. A todos aqueles que venham a tomar conhecimento deste trabalho, desejamos que possam fazer bom uso destas técnicas e sugestões, e que lhes sejam úteis no seu dia-adia.
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II. O aparelho fonador A produção de som pelos seres humanos, e já que não possuímos nenhum aparelho aparelho excl exclus usiv ivam amen ente te dest destina inado do a esse esse fim, fim, envo envolv lve e a acçã acção o de vári vários os órgã órgãos os que, que, em conjunto, tornam possível a obtenção de sons. Designa-se por aparelho fonador o conjunto dos órgãos que permitem produzir sons, e divide-se em cinco partes [1]: Parte Componentes Função PRODUTORES Pulmões, músculos abdominais, diafragma, músculos intercostais, músculos extensores da coluna Produzem a coluna de ar que pressiona a laringe, produzindo som nas cordas vocais VIBRADOR Laringe Produz som fundamental fundamental RESSONADORES Cavidade nasal, faringe, boca Ampliam o som ARTICULADORES Lábios, língua, palato mole, palato duro, maxilar inferior Articulam e dão sentido ao som, transformando sons em orais e nasais SENSOR / COORDENADOR Ouvido - capta, localiza e conduz o som; cérebro - analisa, regista e arquiva o som
Captam, seleccionam e interpretam o som A produção do som resulta, basicamente, da passagem do ar pela laringe, onde se situam as cordas vocais. A laringe situa-se na parte mediana do pescoço e é composta por três anéis de cartilagem, dentro dos quais estão as cordas vocais. A laringe possui uma grande mobilidade, podendo assumir vários movimentos, consoante o tipo de som que é emitido. As cord cordas as ou preg pregas as voca vocais is (figu (figura ra 1) são são pequ pequen enos os músc músculo uloss com com gran grande de elasticidade. São classificadas em verdadeiras (com cerca de 1 cm nos homens e até 1,5 cm nas mulheres) e falsas. As verdadeiras estão na parte inferior da laringe e as falsas na parte superior. O som da voz normal é produzido pelas verdadeiras e o falsete pelas falsas. Entre as pregas vocais verdadeiras e as falsas, encontra-se uma fenda, o ventrículo 7
da laringe, que é uma das primeiras caixas de ressonância que o som encontra para a sua amplificação. Durante a respiração, o ar inspirado passa pelas cordas vocais que permanecem abertas, enquanto que na expiração, elas fecham, e o ar faz pressão, causando uma vibração que produz o som. Assim, podemos concluir que a voz é produzida durante o processo de respiração. respiração. As pre pregas gas voca ocais faze zem m um movim ovime ento nto alternado de abrir e fechar, ou seja, quando estamos calados elas estão abertas (momento da respiração) e quand uando o falam lamos ou canta ntamos elas las fecha echam m-se -se (momento da fonação). Figura 1 [2] Contud Contudo, o, elas elas também também execut executam am outros outros movime movimento ntos, s, como como por exemp exemplo, lo, o choque entre elas quando são submetidas a abusos vocais como: gritos, pigarreios e tosses excessivos, ou ao uso de tons graves ou agudos demais, competição sonora, etc.. Estes choques podem prejudicar gravemente gravemente as pregas vocais. Os excessos vocais podem provocar alterações tais como: Calos vocais: são nódulos que se formam nas bordas das pregas vocais, o
o
como defesa do traumatismo que sofrem devido à emissão vocal inadequada. Pólipos: pode podem m resu esulta ltar da evoluç oluçã ão de nódu nódulo loss, e só pod podem ser removidos cirurgicamente. cirurgicamente. Edemas o
o
Fendas
entre outras alterações ocasionadas pelas constantes formas de abuso vocal. Conhecer bem a anatomia e a produção da voz, o funcionamento do aparelho fonador, e o quanto as pregas vocais são sensíveis e frágeis, leva-nos a valorizar e cuidar melhor melhor da nossa nossa voz, voz, prese preserva rvando ndo-a -a e proteg protegend endo-a o-a do event eventual ual apar apareci ecime mento nto de problemas.
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III. Exercícios de aquecimento vocal O aqueci aquecime mento nto vocal vocal é tão tão import important ante e para para o profes professor sor/co /comun munica icador dor como como o aquecimento físico é para um atleta, pois pode evitar lesões. Este aquecimento não deve ser muito demorado, sendo suficiente cinco minutos de exercícios. Demasiado tempo de aqueci aquecimen mento to acaba acabará rá por ser prejudi prejudicia cial, l, podend podendo o até produz produzir ir uma disten distensã são o das cordas vocais. Além disso, um maior tempo de exercícios de aquecimento, e ao contrário do que possa parecer, resultará em pouca produtividade no desempenho vocal que se segue a este período. Depois de acordarmos, o aparelho fonador demora cerca de duas horas a aquecer. Se necessitamos de o usar antes desse tempo, convém efectuar breves técnicas de aquecimento, tais como: 1. Ench Encha a as boch bochec echa hass de ar e mass massaj aje e o quei queixo xo com com o pole polega garr em círc círcul ulos os pequenos. 2. Ench Encha a uma uma boch bochec echa ha de ar e empu empurr rree-o o dent dentro ro da boca boca,, de boch bochec echa ha em bochecha, cerca de dez vezes em cada uma delas, sem mexer o maxilar. Pode ajudar com a mão, segurando as bochechas, para evitar mexer o maxilar. 3. Abrindo ligeira iramente a boca, comprima ima o interior ior de cada bochecha, alternadamente, alternadamente, com a ponta da língua. Repita dez vezes. 4. Faça estalid estalidos os com a língua, língua, colocando-a colocando-a entre entre o palato palato duro e a base da língua. língua. 5. Abri Abrind ndo o lige ligeir iram amen ente te a boca boca,, solt solte e o maxi maxila lar. r. Esti Estiqu que e a líng língua ua até até cons conseg egui uirr chegar ao queixo. Conte mentalmente até dez. Repita o ponto 4. 6. Mante Mantendo ndo o maxil maxilar ar solto, solto, estique estique a língua língua tenta tentando ndo chegar chegar à ponta ponta do nariz. nariz. Conte mentalmente até dez. Repita o ponto 4. 7. Mantendo Mantendo o maxilar maxilar solto, estique estique a língua horizonta horizontalment lmente e para fora fora e recolha-a recolha-a rapidamente. Repita dez vezes. Repita o ponto 4. 8. Com o maxilar maxilar solto solto e a boca ligeirament ligeiramente e aberta, aberta, empurre empurre suaveme suavemente nte o cano da laringe, com os dedos, de um lado para o outro. Importante: Não emita qualquer som enquanto efectua este exercício. 9.
Mova o maxilar verticalmente, para cima e para baixo, com os lábios fechados, mas sem fazerem força, como se mastigasse a letra m.
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IV. A respiração Os professores que usam muito ar durante a aula estão sujeitos a uma elevada pressão de ar exercida pela sua passagem na laringe. Esta pressão, feita pela base pulmonar, quando sobrecarregada pelo excesso de ar, dificulta o controlo da fala do professor, que acaba por desenvolver toques bruscos com as pregas vocais enquanto fala. Assim, contrai a região do pescoço e até mesmo os ombros e a face, o que leva à produção de sons desagradáveis que podem conduzir à rouquidão. O principal músculo da respiração é o diafragma, situado na base dos pulmões: quando inspiramos, o diafragma é estendido, tornando-se quase plano, deslocando a cavidade abdominal e ampliando a cavidade torácica; quando expiramos, o diafragma sobe. A respiração, sempre que possível, deve ser nasal (ainda que seja de boca aberta), pois assim o ar é filtrado e aquecido pelas narinas. Deve De vemo moss ench encher er prof profun unda dame ment nte e os pulm pulmõe ões, s, sem sem leva levant ntar ar os ombr ombros os.. Se elevarmos as costelas e as clavículas, mantendo os músculos abdominais contraídos, e ergue erguermo rmoss os ombros ombros,, estam estamos os a fazer fazer uma respi respira raçã ção o força forçada da com conse consequê quênci ncias as graves para a nossa voz. Quando Quando fazem fazemos os , por vezes vezes,, uma leitur leitura a expre express ssiva iva,, precis precisam amos os contro controlar lar o tempo de entrada e saída do ar. Precisamos dosear a saída do ar conforme a extensão das frases e a inspiração também deve surgir num momento preciso, de acordo com a pontuação do texto. À medida que o ar vai acabando, deve-se aumentar a pressão da musculatura abdominal. Na leitura em voz alta, é preciso economizar o sopro na expiração e evitar a exau exaust stão ão comp comple leta ta,, libe libert rtan ando do-no -noss da horr horrív ível el falt falta a de folgo folgo.. Para Para isso isso,, temo temoss a pontuação que nos dá a possibilidade de renovar frequentemente a provisão de ar. A respiração respiração pode ser feita de acordo com as seguintes normas: Vírgula ______________________1/4 de respiração respiração Ponto e vírgula_________________1/2 vírgula_________________1/2 de respiração •
•
•
Dois pontos ___________________1/2 ___________________1/2 de respiração respiração
Ponto ________________________respiraç ________________________respiração ão completa A duração das pausas depende também da expressão, da sensibilidade e da inteligência de quem lê, que podem determinar a pontuação e as pausas a fazer. •
IV.1 POSTURA 10
Uma Uma boa boa real realiz izaç ação ão na fala fala só é poss possív ível el se cont contro rola larm rmos os a resp respir iraç ação ão.. A respiração e a postura estão intimamente interligadas. Para realizar uma respiração correcta é preciso estar numa postura adequada. Em que consiste uma boa postura? Ter uma boa postura é fazer com que a sustentação e o equilíbrio do nosso corpo estejam de acordo com as leis da gravidade. Uma boa postura ... ... é menos cansativa do que uma postura má ou relaxada, pois os ossos e os músculos fìcam posicionados de modo que haja o mínimo de esforço e tensão. ... causa um melhor aproveitamento respiratório. ... dá um melhor aspecto à visualização, além de transmitir maior segurança. ... coloca coloca o mecani mecanism smo o vocal vocal na melhor melhor posiçã posição o para para o seu posicio posicionam nament ento, o, tornando mais fácil a produção de uma sonoridade com qualidade. ... traz confiança, bem estar psicológico e físico a todo o organismo. ... faz o corpo funcionar melhor e, consequentemente, beneficia a saúde vocal. Quando se está sentado, o principal apoio do corpo é o assento. O tronco e a cabeça devem estar alinhados, com a coluna direita, devendo os quadris estar bem apoiados no encosto, sem, no entanto, fazer com que o abdómen fique projectado para a frente, ou pelo contrário, que a coluna fique inclinada para a frente. Em ambas as situações a respiração ficará comprometida, e sentir-se-á cansado em pouco tempo. Se estiver sentado numa cadeira com braços, não deve apoiar os seus próprios braços sobre os da cadeira, pois haverá maior sobrecarga nos ombros, prejudicando a coluna. Para assumir uma postura correcta, tenha em conta as dez regras que se seguem, adequadas a diferentes partes do corpo:
1. Pés Pés: uma uma boa boa base base dá maio maiorr segu segura ranç nça a e firm firmez eza. a. Inic Inicia ialm lmen ente te,,
deve deverã rão o esta estarr um pouc pouco o afas afasta tado dos. s. Se esti estive verr de pé dura durant nte e muito muito tempo, o ideal é variar a sustentação do peso entre os pés, mas não de forma demorada, para evitar fadiga e tensão. Não se deve colocar o peso apenas sobre os calcanhares.
2. Pernas: como ajudam a fixar e sustentar o corpo, elas nunca ficam
totalm totalment ente e relax relaxada adas. s. No entant entanto, o, elas elas devem devem ficar ficar flexív flexíveis eis,, nunca nunca rígidas, prontas para o movimento. Não se deve apoiar todo o peso do corpo somente numa perna, pois haverá uma forte tendência a tremer. 11
Para Para ajud ajudar ar a reso resolv lver er a tens tensão ão nas nas pern pernas as e pés, pés, pode podemm-se se faze fazerr alongamentos nesta região.
3. Quadris: devem estar equilibrados, evitando que um lado esteja mais
elevado que o outro. Porém, uma leve alternância ou movimentação ajuda a relaxar esta região, pois não é desejável que esteja muito rígida.
4. Abdómen: não deve estar exageradamente projectado para dentro
nem para fora. Devem-se evitar tensões excessivas neste local, pois a musculatura desta região é de extrema importância para a respiração controlada, imprescindível ao professor.
5. Costas: manter a coluna direita de forma não rígida favorece o bem
esta estarr da voz, voz, pois pois melh melhor ora a as cond condiç içõe õess da expa expans nsão ão do tóra tórax, x, e cons onseque equent ntem eme ente nte, auxil uxilia ia a respi espirração. ção. Devem per permanece necerr equilibradas, sem inclinações exageradas. exageradas. 6. Tóra Tórax x: deve deve estar estar numa numa posiçã posição o relax relaxada ada,, evita evitando ndo-se -se qualqu qualquer er
contracção muscular excessiva, para facilitar a respiração. Deve-se sentir todo o tórax agindo em conjunto. 7. Ombros: devem estar descontraídos, sem nenhuma tensão nestas
articulações. Qualquer rigidez nesta região pode comprometer a acção dos músculos do tórax e do pescoço. Não devem mover-se muito para frente, nem para trás, nem para baixo, muito menos para cima. A rigidez local pode comprometer toda a postura.
8. Braços e mãos: devem estar caídos livremente ao longo do corpo, de
forma natural, o mais livres possível de tensão. Os maneirismos devem ser ser evit evitad ados os,, como como fica ficarr aper aperta tand ndo o as mãos mãos à fren frente te ou atrá atrás, s, ou torcendo-as, pois isso causa uma tremenda tensão nos braços e no tórax, além de interferir na acção dos outros músculos do corpo. Deve-se ter o cuidado, enquanto se fala, de manter os ombros e braços relaxados, para 12
evitar tensão no pescoço. 9. Cabeça: deve estar centrada. O olhar deve estar na direcção dos
alunos, e o queixo deve estar em ângulo recto com a cabeça. Quando as pessoas enterram a cabeça no tórax ou alongam o pescoço para cima, dificu dificulta ltam m os movime movimento ntoss da laringe laringe,, e natura naturalme lmente nte,, a sua emiss emissão ão vocal.
IV.2 APOIO RESPIRATÓRIO
É necessário saber controlar a entrada e a saída do ar que se respira. A esse controlo dá-se o nome de apoio respiratório. O apoio é o controlo consciente da força passiva e espontânea do movimento de elevação do diafragma na expiração e tem a finalidade de manter o equilíbrio da coluna e aplicá-la à fonação. Para que se possa lançar o som vocal à distância que se deseja, é necessário termos um ponto de apoio. Incorrectamente Incorrectamente os professores fazem da região da garganta esse ponto de apoio, o que magoa a laringe e as cordas vocais, dilatando as veias do pescoço, tão grande é o esforço que fazem para falar. Aconselha-se, pois, que os professores professores ou quaisquer outros comunicadores situem o seu ponto de apoio correctamente, ou seja, que a pressão exercida se situe entre os dois diafragmas: o diafragma torácico e o diafragma pélvico. Como fazê-lo? O professor deve exercer uma leve pressão abdominal (baixo-ventre), mais ou menos quatro dedos abaixo do umbigo, seguindo-se de uma leve contracção glútea. É para esta região pélvica que o professor p rofessor deve encaminhar encaminhar a sua atenção quando desejar uma projecção da voz mais consistente. Esta disposição corporal, a que nós chamamos cinturão pélvico , é indispensável para a situação da sala de aula. Se for necessário sussurrarmos ou gritarmos, devemos fazer uma compressão máxima do cinturão pélvico. Nunca devemos, num momento de exaltação, levantar os ombros antes do grito pois assim o cinturão pélvico soltar-se-á e o grito cairá na nossa garganta. Este Este exer exercí cíci cio o deve deve torn tornar ar-s -se e um hábi hábito to natu natura rall e cons consta tant nte e da sua sua vida vida profissional. Recomenda-se pois muito cuidado, observação e treino. Nunca nos podemos esquecer que, durante qualquer leitura devemo-nos apoiar sempre no cinturão pélvico. IV.3 EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS 13
Exercício para percepção da inspiração involuntária
Este exercício serve para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora e se perceber que não há necessidade de se fazer esforço para que o ar entre pois tal facto acontece naturalmente, quando sentimos necessidade de inspirar. Solt Solte e o ar, ar, esva esvazia ziand ndo o a barr barrig iga. a. Fique Fique algu alguns ns inst instan ante tess sem sem ar. ar. Rela Relaxe xe a musculatura, deixando então o ar entrar, mas sem forçar a sua entrada. Exercício para treinar a saída do ar com controlo (APOIO):
Este exercício pode ser feito contando o tempo de saída do ar para aos poucos aprender a controlar e aumentar o tempo de saída do ar (por exemplo, soltar o ar em dez tempos, depois em quinze, vinte, etc.). Podemos também controlar o tempo da entrada do ar, que muitas vezes deve ser rápida, dependendo das frases que lemos. Assim, além de controlar a entrada do ar, fazemos uma contagem também para a inspiração e procuramos gradualmente diminuir esse tempo de inspiração. Exercício para treinar a pressão da saída do ar:
Se precisar precisarmos mos fazer um som com uma intensidade intensidade mais forte, devemos utilizar utilizar mais o apoio respiratório respiratório para não sobrecarregar as cordas vocais. Part Partind indo o do exer exercí cíci cio o ante anteri rior or,, vamo vamos, s, na saída saída do ar, ar, faze fazerr movi movime ment ntos os abdominais com pressão alternada. A expu expuls lsão ão do ar, ar, acom acompa panha nhada da por por um “sss “sssss ss”” prol prolon onga gado do,, deve deve ser ser feit feita a pressionando o abdómen e dominando essa pressão, alternadamente. Deve fazer-se num único único sopro, sopro, sem interr interrupç upções ões.. Verific Verificam amos os então então que quando quando aument aumentam amos os a pressão do abdómen, aumentamos a pressão do ar. Exercício para treinar a parte baixa do abdómen:
A maior maioria ia das das pess pessoa oass tem tem tend tendên ênci cia a para para usar usar muit muito o pouc pouco o os músc músculo uloss abdominais quando respira. Pessoas mais ansiosas ou com uma vida mais agitada, raramente fazem esta respiração mais baixa. Já referimos anteriormente como isso é prejudicial. Quando a respiração “não desce” e se mantém muito no tórax, a melhor maneira de a fazermos “baixar” é através da contracção dos músculos glúteos. Deve-se experimentar expirar o ar lentamente e, ao mesmo tempo, fazer uma contracção anal. Quando se encontrar sem ar, relaxe o abdómen e vai sentir que a respiração respiração se torna mais ampla. 14
Repita este exercício várias vezes, até que o interiorize de tal modo que se torne habitual e o faça espontaneamente. espontaneamente. IV.4 EXERCÍCIOS PARA DESOBSTRUÇÃO AS VIAS RESPIRATÓRIAS
1. De pé, pernas pernas afasta afastadas das e joelh joelhos os ligeir ligeiram ament ente e flec flectid tidos, os, inspir inspirar ar profun profunda da e lentamente enquanto estende os braços à altura dos ombros. Expirar lentamente voltando à posição inicial. 1. Inspir Inspirar ar eleva elevando ndo os braços braços acima acima da cabeç cabeça. a. Baixá Baixá-los -los durant durante e a expir expiraçã ação. o. 1. Pernas nas afast fasta adas das, pés pés fir firmes. Inspi nspirrando, ndo, lev levanta ntar os bra braços ços acim cima da cabeça, juntando depois as mãos, e expirando deixar cair os braços e o tronco para a frente em movimento de lenhador. 1. Inspira irar, levantando os braços à altu ltura dos ombros, fazendo depois pequenas rotações. Expirar, fazendo uma rotação ampla com os braços. 1. Deit De itad ado, o, lev levan anta tarr os braç braços os aci acima ma da da cabe cabeça ça dur duran ante te a ins inspi pira raçã ção. o. Volt Voltar ar à posição inicial na expiração. IV.5 EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS COM PRODUÇÃO DE SOM
Os exer exercí cíci cios os resp respir irat atór ório ioss são são muit muito o impo import rtan ante tess para para a corr correc ecçã ção o das das deficiências da voz e são feitos em combinação com a emissão de sons. 1. Insp Inspir iraç ação ão pelo pelo nar nariz iz,, len lenta ta e pro prolo long ngad adam amen ente te em silê silênc ncio io.. PAUSA Expiração nasal, lenta e prolongada. 1. A mes mesm ma ins insp pira iração ção do exer xercíci cício o ant ante erior ior. PAUSA Expiração pela boca soprando suavemente com os lábios em posição de assobiar. 1. Insp Inspir iraç ação ão idên idênti tica ca à do exer exercí cíci cio o ant anter erio ior. r. PAUSA Expiração pela boca em A afónico.
1.
O mesmo exercício expirando em O afónico.
1. Inspira iração rápid pida e profunda. PAUSA Expiração sonora com a boca fechada mas com os maxilares separados em vibração. 1. A mes mesm ma ins insp pira iração ção do exer xercíci cício o ant ante erior ior. PAUSA 15
Expiração inicialmente com a boca fechada emitindo um som médio e terminando com a boca aberta mmooommmm. 1. Pequ Pequen enas as inspi inspira raçõ ções es nas nasai aiss ráp rápid idas as até até sen senti tirr o pei peito to che cheio io de de ar. ar. PAUSA Expirar rápida e fortemente. 1. Inspira iração pr profunda pelo pelo nariz. iz. PAUSA Expiração emitindo consoantes fricativas: SSSSSS / JJJJJJ / CHCHCHCHC / ZZZZZ 1. Inspira iração id idêntica à anterior. PAUSA Expirar contando em voz alta 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,... As consoantes oclusivas ( P, B, T, D, G e Q) fornecem bons exemplos para dominar a expiração, porque gastam mais ar. Inspirar e expirar repetindo muitas vezes, lentamente, P B T D G Q. Ler frases longas em que se encontrem frequentemente essas consoantes, como por exemplo as que se encontram em anexo. Esta leitura deve ser feita, inspirando profundamente e atacando de imediato, no início da expiração, para não desperdiçar ar. Devemo-nos esforçar por sustentar os finais das frases, economizando o ar expirado. 11. Outro tipo de exercício será a leitura de um poema/ texto numa só expiração que inclua algumas consoantes fricativas. fricativas. •
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V. Exercícios de colocação de voz Estes Estes exerc exercício ícioss devem devem ser reali realizad zados os usando usando o apoio apoio respir respirat atóri ório, o, confor conforme me explicado em IV.2. Sentado ou de pé com as costas direitas e as pernas abertas: Inspirar pelo nariz lenta e prolongadamente. PAUSA Expirar pela boca emitindo o som eemmm Inspirar pelo nariz lenta e prolongadamente. PAUSA Expirar pela boca emitindo o som uuuuuuu Inspiração do exercício anterior PAUSA Expirar pela boca emitindo o som iiiiiiiiiii A mesma inspiração do exercício anterior PAUSA Expiração pela boca emitindo o som oooooooooo Inspiração do exercício anterior PAUSA Expiração pela boca emitindo o som eeeeeeeeee Inspiração do exercício anterior PAUSA Expiração pela boca emitindo o som aaaaaaaaaa Inspiração do exercício anterior PAUSA Expiração pela boca emitindo o som ôôôôôôôô Inspiração do exercício anterior PAUSA Expiração pela boca emitindo o som êêêêêêêêê
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Inspiração do exercício anterior PAUSA Expiração pela boca emitindo o som uueeooiiaa Repetir três vezes
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VI. Relaxamento Segundo Eudósia (1989) a luta que travamos, no dia a dia, pode desenvolver tensões musculares variadas, variadas, e em regiões muito específicas, que se vão agravando com a repetição de uso. Estas tensões irão afectar o desempenho vocal, sendo responsáveis por dificuldades respiratórias, articulatórias e outros envolvimentos da produção da voz e da fala. fala. Haven Havendo do constr constran angim giment ento, o, a energi energia a psíquic psíquica a não flui flui para para facilit facilitar ar a boa interligação entre respiração, postura e relaxamento. relaxamento. Adaptando ao comunicador / professor a investigação feita por Eudósia, tendo como público alvo os cantores, é através do auto-conhecimento do nosso corpo que podemos eliminar posturas incorrectas e tensões. O desenvolvimento de um trabalho corpor corporal al diário diário,, confor conforme me as neces necessid sidade ades, s, é muito muito import important ante. e. O autor autor sugere sugere-no -noss algumas técnicas corporais que beneficiam todo o corpo e, em especial, o aparelho fonador, tais como Ioga, Bioenergética, Massagem, RPG (Reeducação Postural Global), Técn Técnica ica de Alexa Alexande nder, r, entre entre outra outrass (esta (esta inform informaç ação ão foi apres apresent entad ada a em aula aula pelo pelo professor). VI.1 EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO
Passamos a descrever alguns exercícios que têm como fim o relaxamento. Devem ser acompanhados por uma música relaxante e tranquila, e podem ser executados de olho olhoss fech fechad ados os.. Em todo todoss eles eles,, tenh tenha a pres presen ente te que que o seu seu maxi maxila larr deve deve esta estarr bem bem relaxado. O ideal é manter a boca entreaberta entreaberta e a língua lí ngua encostada aos dentes inferiores. 1. Rela Relaxa xame ment nto o dos dos ombr ombros os:: sent sentad ado o ou de de pé, pé, insp inspir irar ar lev levan anta tand ndo o os omb ombro ross para cima o mais que puder. Soltar o ar deixando os ombros caírem. Acompanhar com um suspiro de alívio, deixando toda a tensão sair quando soltar o ar. Pode soltar-se o ar com um AAAHHH!!! Bem sonoro. Repetir algumas vezes. 1. Rela Relaxa xame ment nto o dos ombr ombros os:: girar girar os os ombro ombross lenta lentame ment nte e para para a fren frente te num numa a rotação completa, como se estivesse desenhando um círculo. Fazer o mesmo para trás. Não esquecer de manter a respiração. Fazer o contrário. Respirar bastante para ajudar a sair a tensão. 1. Rela Relax xamento nto do pesc pescoç oço: o: mov movime imenta ntar a cabe cabeçça em toda odas as direc irecçõ ções es.. Primeiro para a frente, depois para trás. Movimentar a cabeça para um l ado e depois para outro. Por fim fazer rotação completa com a cabeça, deixando-a bem relaxada como se 19
fosse uma “bola solta”, girando-a para um lado e para outro. VI.2 EXERCÍCIOS PARA A FLEXIBILIDADE DOS ÓRGÃOS VOCAIS [4]
1 - MAXILARES 1. Abri Abrirr e fech fechar ar a boca boca lent lentam amen ente te a dize dizer: r: ma.. ma.... ma.. ma.... e tamb também ém muit muito o lentamente a dizer: IARA - IATE - IAGA - IANSÃ. 1. Abrir e fechar fechar a boca com firmeza firmeza e rapidez dizendo dizendo muitas muitas vezes: vezes: ba-ba-baba-ba-baba... 1. Dizer Dizer lentament lentamente: e: não há luar luar - não não há luar.... luar.... 2 - PALATINO 1. Bocejar Bocejar e dizer dizer lentamen lentamente: te: gong, gong, gong, gong, gong... gong... 1. Emitir Emitir e alternar alternar a vogal vogal oral oral com a vogal nasal: nasal: á - ã; e - en; i - in; o - on; u um; 1. Fazer Fazer gargar gargarejos ejos - com com água. água. 3 - LÍNGUA 1.Pôr a língua para fora e recolhê-la rapidamente. 1.Arquear a língua até encostar a ponta no palatino. 1.Arquear a língua para baixo e para cima. 1.Bater com a ponta da língua na face anterior e logo na posterior dos dentes incisivos inferiores, fazer o mesmo com os incisivos superiores. Rapidamente, várias vezes. 1.Fazer rotações com a língua contornando os lábios com a boca aberta e também contra os lábios cerrados. 1.Firmar todo o contorno da língua nos malares superiores deixando apenas a ponta livre para golpear o palato dizendo: la - le - li - lo - lu - lo - li - le - la. 1.Articular lentamente, apressando aos poucos: tê - rê -tê - rê; variar as consoantes iniciais com as vogais mantendo o rá (fará). 1.Articular lentamente apressando aos poucos tê - lê -tê - lê; tê - rê - tê - rê; variar as consoantes consoantes iniciais e as vogais: fa - rá, fa - rá , fa - rá. 1.Firmar a ponta da língua atrás dos incisivos superiores e experimentar com muita pressão para provocar vibrações na ponta da língua. 2731 27312. 2. Imitar Imitar campa campainha inhas: s: trim, trim, trim; trim; sinos: sinos: belelé belelém, m, belel belelém; ém; tambo tambores res:: prrrr, prrrr. 1.Consoantes que são articuladas com movimentos da língua contra o palato: la - le - li - lo - lu - lo - li - le - la / na - ne - ni - no - nu - no - ni - ne - na / ta - ti 20
to - tu - to - ti - te - ta / da - de - di - do - du - do - di - de - da. “ Teu tio Tadeu te deu dois tetéus” ... várias vezes. “Lana, Lina, Lena e Lola levam Nilia e Madalena nas salinas sonolentas ver a lua em plenilúnio”. 1.
PARA OS LÁBIOS 1.Dizer muitas vezes iu - iu - iu - ...; tuim - tuira - tuiuca - tuiuiú - suíno - suiurá - siúba - siusi. 2. Ler com os dentes cerrados, exagerando a articulação labial. 1.Comprimir fortemente os lábios e soprar com explosão: p - p- p -p- p-, primeiro sem som, depois dizendo: pa - pe - pi - po - pu - po - pi - pe -pa, com muita rapidez e firmeza. 1.Assobiar. 1.Soprar tiras de papel. 1.Leitura afónica exagerando as articulações. 1.Repetir a mesma leitura relaxando o maxilar inferior.
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VII Higiene vocal A higiene vocal consiste em algumas normas básicas que auxiliam na preservação da saúde vocal e prevenção do aparecimento aparecimento de alterações e doenças. Para manter uma boa qualidade de voz, deve assim observar alguns aspectos gerais relevantes, tais como: DEVE...
NÃO DEVE...
Dar Dar prefer preferênc ência ia a colchõ colchões es semi ortopédicos
Falar abusivamente telefone
ao
Consumir álcool, em excesso
Automedicar-se
Falar enquanto exercício
pratica
Falar em ambientes ruidosos ou abertos
Praticar o polifacetismo vocal
Falar no processo de digestão
Inge Ingeri rirr líqu líquid idos os fres fresco coss ou muito quentes Falar durante estados gripais ou crises alérgicas Subme ubmete terr-se -se a muda udança nças bruscas de temperatura temperatura
Também deve observar diariamente, e em particular, quando utiliza a sua voz, as seguintes regras:
DEVE...
Pratica icar
exer xercíci cícios os
NÃO DEVE...
voca ocais
Gritar sem suporte respiratório 22
antes antes e depois depois da expos exposiçã ição o vocal
Manter uma boa postura
Falar sempre de pé
Usar roupas folgadas
Inge Ingeri rirr alim alimen ento toss leve levess mas mas que necessite item de muita mastigação mastigação antes de falar
Beber água frequentemente frequentemente
Falar no meio da sala de aula
Faze Fazerr repo repous uso o voca vocall após pós o uso indispensável da voz
Falar com golpes da glote Tossir ou pigarrear Usar adornos que comprimam a laringe Falar lar dem demasiada iadam ment ente discutir frequentemente frequentemente
ou
Rir alto Falar sentado posicionado
ou
mal
Fala Falarr enqua nquant nto o escr escrev eve e no quadro de giz
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VIII. Teste: Cuida bem da sua voz? [3]: Responda às questões que se seguem como uma forma de auto avaliação sobre o cuidado que tem com a sua voz. 1.
Perc Perceb ebe e se se no no fin final al de um dia dia de de tra traba balh lho o a sua sua voz voz está está mais mais fra fraca ca??
2. Quando leccion iona ou fala em público ico, as suas veias ias ou músculos do pescoço saltam? 3.
Sente dores na região do pescoço?
4.
Após Após fala falarr dur duran ante te algu algum m tem tempo po,, sen sente te dore doress de de cab cabeç eça? a?
5.
Fala Fala diar iariam iament ente dur dura ante nte hor hora as seg segui uida das? s?
6.
Tem co constipações fr frequentes?
7.
É fumador?
8.
Pigarreia muito?
9.
Tem Tem alg algum uma a ale alerg rgia ia das das via viass res respi pirratór tórias? ias?
10. 10.
Tem freque frequente nteme mente nte farin faringit gites, es, amigd amigdali alites tes ou laring laringite ites? s?
11. 11.
Cost Costum uma a auto auto-m -med edic icar ar-s -se e quand quando o tem tem probl problem emas as na na voz? voz?
12.
Tem dificuldade dificuldadess digest digestivas ivas,, tais tais como azia, azia, úlcera úlcera,, reflux refluxo o gastr gastroesof oesofágico ágico,, etc.? etc.?
Se respondeu afirmativamente a mais do que quatro itens, fique atento e procure tomar alguma providência no sentido de modificar os seus hábitos. •
Se respondeu afirmativamente a mais de seis itens, procure um especialista para que ele possa avaliar o estado de suas pregas vocais; com estes sintomas, tem que ficar atento para que não ocorram problemas maiores num futuro próximo. •
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IX. CONCLUSÃO
O professor é um profissional que tem, como sabemos, a voz como principal instrumento de trabalho e que, na maioria das vezes, convive com a seguinte situação: Grande número de horas de trabalho consecutivas, acarretando o uso da voz por muitas horas seguidas, quando tal não deveria exceder as oito horas diárias; Excesso de trabalho, obrigando o professor a levar trabalho para casa, o que diminui o seu tempo de repouso e lazer; Núme Número ro exce excess ssiv ivo o de alun alunos os em sala sala de aula aula,, tend tendo o o prof profes esso sorr que que aumentar a intensidade de sua voz para ser ouvido por todos; A indisciplina dos alunos, alunos, que gera um desgaste emocional emocional no professor; professor; Cond Condiç içõe õess físi física cass de trab trabal alho ho inade inadequ quad adas as,, como como sala salass de aula aula mal mal projectadas do ponto de vista da acústica, ruído externo e interno, sala de aula e sala dos professores com estrutura inadequada; Falta de informações sobre cuidados com a saúde vocal na sua formação profissional, já que, ao contrário do que seria desejável, nenhum curso de formação de professores do nosso país inclui no seu currículo uma disciplina de Técnica Vocal. Essa Essa situ situaç ação ão faz faz com com que que o prof profes esso sorr seja seja um dos dos prof profis issi sion onai aiss que que mais mais aprese apresenta nta proble problema mass vocais vocais.. Freque Frequente nteme mente nte,, ele possui possui as queixa queixass de garga garganta nta arranhada e ardendo, de sensação de ter um corpo estranho na garganta, de tensão no pescoço, de cansaço vocal, de voz mais fraca no final do dia, de alterações na qualidade voca vocal, l, de nece necess ssida idade de de piga pigarr rrea ear, r, entr entre e outr outros os sint sintom omas as que que denu denunc ncia iam m o uso uso inadequado das estruturas que produzem a voz e/ou o abuso vocal. O idea ideall seria que o prof profes esssor proc procur ura asse a prev preven ençção, ou seja seja,, que que se aconselhasse com profissionais da área (fonoaudiólogo e médico otorrinolaringologista) que verificassem as condições da sua voz. O otorrinolaringologista é quem diagnostica e trata lesões nas pregas vocais, como nódulos ("calos"), pólipos, cistos, fendas, entre outros problemas. Já Já o fono fonoau audi diól ólog ogo o veri verifi fica ca como como está está o func funcio iona name ment nto o das das estr estrut utur uras as que que produzem a voz, a qualidade vocal e, quando necessário, é responsável pela reabilitação reabilitação do paciente. Portanto, é fundamental o trabalho conjunto entre esses dois profissionais. Sentimos que, após sermos despertas para a importância de toda a beleza e complexidade que suporta a voz, a partir de agora, estaremos atentas para prevenir posturas incorrectas que nos possam provocar algum desconforto. •
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E enquanto esta disciplina não for introduzida i ntroduzida nos currículos dos professores e dos alunos alunos,, desde desde os prime primeiro iross contac contactos tos com a escola escola,, procur procurem em també também m todos todos vós, vós, professores, professores, fazer algo pela vossa voz. Assim, se tiver dúvidas sobre a capacidade da sua comunicação ou perceber uma rouquid rouquidão ão que persis persiste te por mais mais de 15 dias dias seguid seguidos, os, ou mesmo mesmo um descon desconfor forto to prolon prolongad gado o ao falar falar,, procur procure e um espec especial ialist ista. a. Não Não se autome automediq dique ue nem recorr recorra a a panaceias caseiras. Cuidar da voz é um compromisso que cada um de nós tem com a sua saúde e com a sua profissão.
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X. Bibliografia [1] http://www.escolaunileiser.hpg.ig.com. http://www.esco launileiser.hpg.ig.com.br/Ciencia_e_Educac br/Ciencia_e_Educacao/1/aparelhofo ao/1/aparelhofonador.htm nador.htm [2]:http://www.geocities. [2]:http://www.geocities.com/Vienna/917 com/Vienna/9177/aparelho.ht 7/aparelho.htm m [3]:http://www.mvhp.com.br/canto4.htm [3]:http://www.mvhp.com.br/canto4.htm [4]:Mascarenhas, Marco, Curso de Prática Vocal, Lisboa, 2002 http://www.sinprosp.org.br/extra http://www.sinpros p.org.br/extrahp.asp?id_extra hp.asp?id_extra=58 =58 http://www.fonolabor.hpg.ig.com.br/higiene_vocal.htm http://netpage.estaminas.com. http://netpage.es taminas.com.br/waldirp/fisiologia_da_v br/waldirp/fisiologia_da_voz.htm oz.htm
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ANEXOS (trabalhos realizados durante as aulas)
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EXERCÍCIOS PARA ARTICULAÇÃO DAS CONSOANTES
Apresentamos a seguir exercícios para a correcção das articulações de todas as consoantes. Devem ser lidas inicialmente i nicialmente muito devagar, exagerando as articulações até que possam ser recitadas rapidamente e com muita nitidez. 1 - CONSOANTES OCLUSIVAS M Minha mãe mandou-me marcar mesa na melhor e mais moderna manjedoura de Madrid. P Para pôr painéis nas portas, o Paulo preparou pedaços de papel pardo pintado. NH
Tenho um ninho com um casali nho de passari nhos num pinheiro da minha cunhada Tininha. N
Não necessitamos ecessitamos de nenhuma norma que negue o nosso natural narcisismo. T
Em Tavira avira,, o Tiago temperou três toneladas oneladas de tomates com tâmaras âmaras para turistas tipicamente Tailandeses. D David, deixa-me dar à dona Dina dois damascos doces e deliciosos.
C
O caçador caçava coelhos com casca ascass de castanhas cozidas com canela e cominhos. Q
O Quim quis um queque de queijo e agora quer uma queijada quente. G Guilhermina deu um grande grito ao grotesco gato gordo que gostava de gomas.
2 - CONSOANTES CONSTRITIVAS FRICATIVAS F 29
Filomena e o f ilho ilho f oram oram à f antástica antástica f esta esta de Faro onde f ocas ocas f arejam arejam f lores lores e f azem azem f uror. uror. V
O vocalista voltou-se no vazio e viu o vandalismo do vampiro vitorioso na vila vasta e verde. S
A Sónia sussurrou ao Simão que soltasse a serpente sibilante no silvado do seminário. Z
A Zebra do Zé Zarolho zangou-se e zarpou ziguezagueando pelo Zimbabwe. J
Em Janeiro, o João jantou no jardim e jogou jasmins junto à janela da jovem Julieta.
CH Chovia quando Xavier chegou com o chapéu axadrezado e chamou a Xana para
o chá da China.
3- CONSOANTES CONSTRITIVAS LATERAIS: L
A luz límpida da lâmpada ilumina os lábios lânguidos da Luisa que lambe o licor de laranja que Leonel levou. LH
O fedelho do coelho meteu o bedelho no entulho e a fi lha do Fialho, que malhava o milho no atalho, deu-lhe com o mal ho.
4 - CONSOANTES CONSTRITIVAS VIBRANTES R
Paira no ar e na areia o aroma da caruma que cura a ira do Faraó de f aro aro apurado. O Fe rreira carrega no carro carradas de rosas roxas e romãs para a fanfa rra de Torres. 30
Com base no Capítulo X e XI do Curso de Técnica Vocal [4], a emoção do texto depende da cor que é impressa nas palavras pronunciadas. Assim como a cor é uma caracte acterí rísstica tica do pint pintor or,, o “tim “timbr bre” e” da voz é o que tor torna os seres res hum humanos nos inconfundíveis. E acrescentamos também que, se nada houver que prejudique muito o aparelho fonador, mesmo atendendo às “oxidações” que o tempo comporta, podemos ver o corpo envelhecendo... mas a voz continuando a presença cristalina do ser. Se na expressão escrita há toda a riqueza da Língua que envolve e atrai (referindo só o lado positivo), na expressão oral não basta saber correctamente o lugar de cada significante. Vimos bem neste Curso, e sentimos em todos os nossos poros, que saber ler colori coloridam dament ente, e, capta captando ndo o recept receptor or,, com emotiv emotivida idade, de, é ainda ainda outra outra coisa coisa... ..... tão complexa quanto fascinante!... fascinante!... Ler com emoção é como se fosse compor uma música e um silêncio, uma pausa e um som, som, vibr vibran ando do no corp corpo o e no ar.. ar.... cujo cujo inst instru rume ment nto o foss fosse e uma uma vast vasta a sala sala de inspiraçã inspiração, o, expiraçã expiração, o, respiraç respiração, ão, pontuação, pontuação, pausa pausa visualizaçã visualização, o, dramatiza dramatização, ção, ... Depois seleccionamos textos, e a partir deles elaborámos um outro para trabalhar estes contextos , que anexamos. anexamos. E adorámos! E como iríamos colorir, sonoramente esta expressão sublinhada? Exclamando? Descendo? Subindo? Prolongando?
Marcação de pausas de respiração nos textos: I
Jack Ryan é um ex-fuzileiro, / que trabalha para a CIA. // No decorrer de uma missão de reconhecimento, / toma conhecimento do desaparecimento de três cientistas russos, / mas... // que fazem eles na Ucrânia, / a trabalhar num projecto ultra-secreto? // Um ataque nuclear ao EUA implica ica um respos posta dos americanos que terá invariavelmente, / de passar por um contra-ataque. // Os dois presidentes das duas potências não têm alternativa / e cabe a Jack Ryan tentar evitar o desastre...// Folheto publicitário da Warner-Lusomundo, cobre o filme “ A soma de todos os medos”
II
Fiquei só Como um cavalo só / Quando no pasto não há noite nem dia, / Apenas sal do Inverno. // 31
Fiquei Tão sem ninguém, / tão vazio Que choravam as folhas, / As últimas, / e depois Caíam como lágrimas. // Nunca antes Nem depois Fiquei tão de repente só. // E foi à espera de quem, / Não me recordo, / Foi totalmente, / Passageiramente, / Mas aquilo foi a instantânea solidão, (...) Pablo o Neru Neruda da,, in Anto Antolo logi gia a Esque Esquecid cido o no Outon Outono o, Pabl Breve, 5ª ed., Publicações D. Quixote
III
Atenção filhos, / maridos, / pais e sogros: // As mães de todo o Mundo / (... não sou viajada mas estou convicta de que é universal...) / exigem que fique ponto assente nas mentalidades de toda a família que “Mãe não é pastilha elástica” / —pode esticar para todo o lado até rebentar como um balão, / mas é “gente”, / igual a todos! Mãe não é pastilha elástica
Luísa Maria In revista “Adolescentes”, ano 1, nº 4
IV
Voltando à Joana, / eu sei que ela sabe / que eu sei / que ela tem tanta vontade de experimentar experimentar vir a minha casa / como eu. // Bem vi / como lhe ficaram a brilhar os olhos / quando, / como quem não quer a coisa / (e quem é que não quer a coisa? / ), eu lhe disse / que à quarta-feira à tarde, estou sozinho cá em casa. // Isto é que me irrita: i rrita: / sabemos que os dois queremos a mesma coisa / mas parece que é obrigatório ser eu a convidá-la, / depois ela dizer / duas ou três vezes que não pode / e só à terceira aceitar. aceitar. // O meu pai / e o meu tio estavam outro dia a conversar sobre sobre isso / e a dizerem / que 32
depois de casarem é a mesma coisa. // Queres Ver a Minha Tarântula
Vasco Prazeres In revista “Adolescentes”, ano 4, nº 18
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Textos aglutinados: Voltando à Joana Fiquei só Como um cavalo só No decorrer de uma missão De reconhecimento. Atenção filhos, maridos, pais e sogros: Eu sei que ela sabe que eu sei Do desaparecimento de três cientistas russos Quando no pasto não há noite nem dia Não sou viajada mas estou convicta De que é universal Mas que fazem eles na Ucrânia? Bem vi como lhe ficaram a brilhar os olhos E depois caíram como lágrimas Até rebentarem como um balão. Os dois presidentes não têm alternativa Quando eu lhes disse que à Quarta-feira à tarde Estou sozinha em casa. Fiquei tão sem ninguém, tão vazio, Que as mães de todo o mundo exigem Evitar o desastre.
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EXERCÍCIO PROPOSTO À TURMA NO DIA 6/11/2002 1.
RESPIRAÇÃO:
Inspirar profundamente pelo nariz.
Apoiar no cinturão pélvico.
Caminhar, subir ou descer escadas soltando o ar em cada passo.
Repetir pelo menos três vezes.
2.
ARTICULAÇÃO:
Inspirar profundamente pelo nariz.
Apoiar no cinturão pélvico.
Soltar o ar lentamente dizendo o som Fa, Fa, Fa, Fa...
Repetir pelo menos três vezes.
3.
RESPIRAÇÃO CO COM AR ARTICULAÇÃO:
Inspirar profundamente pelo nariz.
Apoiar no cinturão pélvico.
Dizer de um só fôlego a frase: “Filomena e o filho foram à fantástica festa
de Faro”.
Repetir pelo menos três vezes.
Descontraia, inspirando profundamente enquanto sobe os ombros e solte o ar energicamente, energicamente, soltando também as tensões. Repetir pelo menos três vezes.
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