´ lgebra Moderna A
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
´ Livro: Algebra Moderna - Editora Atual (Higino H. Domingues e Gelson Iezzi) nibblediego@ nibblediego @gmail.com Compilado dia 26/09/2016
´ Solucion´ ario ario da 4a edi¸c˜ c˜ao ao do livro de Algebra Moderna dos autore autoress Hig Higino ino H. Doming Domingues ues e Gelson Gelson Iezzi. Iezzi. Um dos melhores melhores livros de ´algebra algebra moderna em portuguˆes. es. At´ e porque existem poucos pouco s t´ıtulos semelhantes semelha ntes em nossa l´ıngua, j´ a que a produ¸c˜ c˜ao ao de livros did´aticos aticos (principalmente (princi palmente para n´ıvel ıvel de gradua¸c˜ cao a˜o e p´os), ´e um mercado pouco lucrativo. Para quem desejar; uma c´opia opia do livro do Higino pode ser baixada em https://pt.scribd.com/doc/74399512/AlgebraModerna-Domingues-Iezzi.. Moderna-Domingues-Iezzi A expecta ex pectativa tiva ´e que seja respondido respo ndido um cap ca p´ıtulo do livro l ivro por mˆ es. es. Contudo, Contudo, pode po de haver atrasos, atrasos, uma vez que digitar digitar todo o texto consome mais tempo temp o do que resolver os exerc´ exerc´ıcios. De todo, modo n˜ ao deixe de acompanhar este documento no link a seguir ao para obter todas as atualiza¸c˜ c˜oes. oes. www.number.890m.com
1
Sum´ ario 1 Noc˜ c¸oes o ˜es Sobre Conjuntos e Demonstra¸ c˜ c˜ oe s ´ ´ ` 1.1 1.1 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 13 A 16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ ` 28 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 1.2 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 25 A
3 3 18
2 Intr Introdu odu¸ c˜ c¸ao a ˜o ` a Aritm´ Ari tm´etica eti ca dos do s N´ umeros ´ GINA 33 . . . . 2.1 2.1 EXER EXERC C´ICIOS DA PA ´ ` 39 . 2.2 2.2 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 38 A ´ ` 45 . 2.3 2.3 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 44 A ´ ` 49 . 2.4 2.4 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 48 A ´ GINA 52 . . . . 2.5 2.5 EXER EXERC C´ICIOS DA PA ´ ´ ` 62 . 2.6 2.6 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 61 A
. . . . . .
30 30 35 46 51 58 65
. . . . .
77 77 84 91 95 102
3 Relac˜ c¸˜ oes, oes, Opera¸ c˜ coes, ˜ oes, Aplica¸ c˜ c˜ oe s ´ ´ 3.1 3.1 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 70 ´ 3.2 3.2 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 75 ´ GINA 77 3.3 3.3 EXER EXERC C´ICIOS DA PA ´ 3.4 3.4 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 79 ´ ´ 3.5 3.5 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 81 4 Agradecimentos
` 71 A ` 76 A . . . ` A 82 ` 82 A
. . . . .
Inteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Sum´ ario 1 Noc˜ c¸oes o ˜es Sobre Conjuntos e Demonstra¸ c˜ c˜ oe s ´ ´ ` 1.1 1.1 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 13 A 16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ ` 28 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 1.2 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 25 A
3 3 18
2 Intr Introdu odu¸ c˜ c¸ao a ˜o ` a Aritm´ Ari tm´etica eti ca dos do s N´ umeros ´ GINA 33 . . . . 2.1 2.1 EXER EXERC C´ICIOS DA PA ´ ` 39 . 2.2 2.2 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 38 A ´ ` 45 . 2.3 2.3 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 44 A ´ ` 49 . 2.4 2.4 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 48 A ´ GINA 52 . . . . 2.5 2.5 EXER EXERC C´ICIOS DA PA ´ ´ ` 62 . 2.6 2.6 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 61 A
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30 30 35 46 51 58 65
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77 77 84 91 95 102
3 Relac˜ c¸˜ oes, oes, Opera¸ c˜ coes, ˜ oes, Aplica¸ c˜ c˜ oe s ´ ´ 3.1 3.1 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 70 ´ 3.2 3.2 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 75 ´ GINA 77 3.3 3.3 EXER EXERC C´ICIOS DA PA ´ 3.4 3.4 EXER EXERC C´ICIOS DA PAGINA 79 ´ ´ 3.5 3.5 EXER EXERC CICIOS DA PAGINA 81 4 Agradecimentos
` 71 A ` 76 A . . . ` A 82 ` 82 A
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Inteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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´ lgebra Moderna A
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Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
No¸c˜ c˜ oes Sobre Conjuntos e Demonstra¸c˜ oes coes o ˜es
1.1
´ ` 16 EXERC´ICIOS DA PAGINA 13 A
1. Considere os seguintes subconjuntos de R de R (aqui considerado como conjunto universo):
{ ∈ R|x2 < 4}, B = {x ∈ R|x2 − x ≥ 2}, C = {1/2, 1/31 31//4,...} e D = {x ∈ R| − 2 < x < −1}. A= x
Classifique cada rela¸c˜ c˜ao ao seguinte como verdadeira ou falsa e justifique.
⊂ ∩ ⊂
∪ ⊃ Ø e) C∩D=
a) A B b) A B = D c) C Bc
d) B A C
c
Solu¸ c˜ cao ˜ de a: Observe que exceto pelo conjunto C, todos os conjuntos est˜ao ao sendo caracterizados por meio de uma inequa¸c˜ c˜ao. ao.
{ ∈ R | x inequa¸c˜ c˜aaoo}
B = x
Normalmente a resolu¸c˜ cao a˜o de problemas que envolve envolvem m opera¸c˜ coes o˜es entre entre conjun conjuntos tos,, em que os conjuntos s˜ao ao caracterizados por uma inequa¸c˜ c˜ao, ao, depende da passagem do conjunto de sua nota¸c˜ cao a˜o entre chaves para a sua representa¸c˜ c˜ao ao como intervalo. Veja: Para expressar o conjunto A como intervalo primeiro resolvemos a inequa¸c˜ ao ao que caracteriza o conjunto. x2 < 4 x < 2 ou x ou x >
−2
Logo A ´e o intervalo ( 2, 2).
−
-2
2 Conjunto Conjunto A
Por meio da imagem acima fica f´acil acil definir o complementar A. -2
2 Conjunto Conjunto A
3
c
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{ ∈ R | x > 2 ou x < −2}.
A = x c
Vamos agora determinar o conjunto B em termos de intervalo. Assim como feito anteriormente primeiro resolvemos a inequa¸c˜ao que caracteriza o conjunto. x2
−x≥ 2 ⇒ x ≥ 2 ou x ≤ −1 Logo B ´e a uni˜ ao dos intervalos (
−∞, −1] ∪ [2, ∞). -1
2 Conjunto B
Comparando agora o intervalo que representa o conjunto A e o intervalo que representa o conjunto B, verificamos que Ac B. c
⊂
-2
2
Conjunto A
c
sobre o conjunto B
Portanto a afirma¸ca˜o ´e VERDADEIRA. Solu¸ cao ˜ de b: Como j´a foi demonstrado os conjuntos A e B podem ser representado por intervalos. B = [2,
∞) ∪ (−∞, −1]
A = (-2, 2) Como A
∩ B ´e a intercess˜ao entre A e B ent˜ao: A ∩ B = (−2, −1]
Note que
−1 ∈ A ∩ B, contudo −1 ∈/ D. Assim, a afirmativa ´e FALSA.
Solu¸ cao ˜ de c: Se B = [2,
∞) ∪ (−∞, −1] ent˜ao B
c
−
= ( 1, 2).
4
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Note que o maior termo de C ´e maior que zero e todos os seus termos s˜ao n˜ao nulos, ou seja est˜ao entre 0 e 1. Como (0, 1) B ent˜ ao a afirmativa ´e VERDADEIRA.
∈
c
Solu¸ cao ˜ de d:
∪
B A = R. Assim a afirmativa ´e VERDADEIRA. Solu¸ cao ˜ de e: Todos os elementos de D s˜ao negativos, ao passo que todo elemento de C s˜ao positivos. Assim, n˜ ao existe interse¸c˜ao entre eles, isto ´e C D = Ø.
∩
Assim, a afirmativa ´e FALSA.
2. Construa um exemplo envolvendo dois conjuntos, B e C, para os quais se verifiquem as seguintes rela¸c˜oes: Ø C, B C, B C.
∈
∈
⊂
Solu¸ cao: ˜
{
{ } { } } e B = {1}.
C = Ø, 1, 1 , 1, 2
3A. Descubra conjuntos A, B e C, tais que B = C e A
∪ B = A ∪ C.
Solu¸ cao ˜ de a:
{ } {1} ∪ {1} = {1} ∪ Ø {1} = {1}
Se A = B = 1 e C = Ø (o que cumpre a condi¸ca˜ o de C = B), ent˜ao:
{
}
{ }
{
Outra solu¸c˜ao seria A = 1, 2, 3, 4 , B = 4, 5 e C = 3, 4, 5
}
3B. Com um exemplo, mostre que pode ocorrer o seguinte: B = C e A
∩ B = A ∩ C
Solu¸ cao ˜ de b: Neste caso se A = Ø, C = 2 e B = 1 ent˜ ao:
{ }
{ }
∩ B = A ∩ C Ø ∩ {1} = Ø ∩{2} A
Ø=Ø Outra solu¸c˜ao seria A = 1, 2, 3, 4, 5 , B = 4, 5, 6, 7 e C = 4, 5, 6, 7, 8
{
}
{
5
}
{
}
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4. Se A, B e C s˜ao conjuntos tais que A
∪ B = A ∪ C e A ∩ B = A ∩ C, prove que B = C.
Solu¸ cao: ˜ A prova da igualdade entre conjuntos na maioria das vezes consiste em: 1◦ Passo: Tomar um elemento gen´erico do lado direito da igualdade e mostrar que ele pertence tamb´em ao lado esquerdo; 2◦ Passo: Tomar um elemento gen´erico do lado esquerdo da igualdade e mostrar que ele pertence tamb´em ao lado direito; 3◦ Passo: Evocar a propriedade anti-sim´etrica. A conclus˜ao do primeiro passo implica na inclus˜ao do conjunto a direita da igualdade no conjunto a esquerda. Enquanto a conclus˜ao do segundo passo implica na inclus˜ao do conjunto a esquerda da igualdade no conjunto a direita. O terceiro passo usa as duas implica¸c˜oes dos passos anteriores para garantir a igualdade.
∈
b
∈
(1◦ Passo) Se b B ent˜ao b C ou b pertence a ambos.
∈ A ∪ B. Como por hip´otese A ∪ B = A ∪ C ent˜ao b ∈ A ou
Se b A, ent˜ao b A B. Como por hip´otese A B = A elemento de B ´e tamb´em elemento de C. Se b C ou a ambos (A e C) a mesma conclus˜ao ´e imediata.
∈ ∈
c
∈
∈ ∩
∈
∩
(2◦ Passo) Se c C ent˜ao c B ou c pertence a ambos.
∩ C ent˜ao b ∈ C. Assim, todo
∈ A ∪ C. Como por hip´otese A ∪ C = A ∪ B ent˜ao c ∈ A ou
Se c A, ent˜ ao c A C. Como por hip´otese A C = A elemento de C ´e tamb´em elemento de B. Se c B ou a ambos (A e B) a mesma conclus˜ao ´e imediata.
∈ ∈
∈ ∩
∪
∪ B ent˜ao c ∈ B. Assim, todo
(3◦ Passo) Como todo elemento de B pertence a C (passo 1) e vice-versa (passo 2) ent˜ao pela propriedade anti-sim´etrica fica provado que B = C.
5. Sejam A e B conjuntos tais que A
∪ B = A ∩ B. Prove que A = B.
Solu¸ cao ˜ por absurdo: Na quest˜ao anterior foi mostrada uma t´ecnica para a demonstra¸c˜ao de igualdade entre con juntos. Nessa quest˜ ao vamos usar a prova por absurdo. Suponha por absurdo que A = B. Ent˜ao existe um a B e n˜ao pertencente a A.
∈
∈
Se a A e n˜ao pertence a B ent˜ao a B o que resulta em absurdo.
∈ A e n˜ao pertencente a B, ou um b ∈
∈ A ∪ B. Como por hip´otese A ∪ B = A ∩ B ent˜ao a
Racioc´ınio an´alogo se desenvolve para b
∈ B. 6
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6. Se A e B s˜ao conjuntos arbitr´arios, demonstre as seguintes propriedades conhecidas como leis de absor¸ca˜o.
∩ ∪ B) = A ∪ ∩ B) = A
a) A (A b) A (A
Solu¸ cao ˜ de a:
∈ A ∩ (A ∪ B) ent˜ao x ∈ A. Ou seja, todo elemento de A ∩ (A ∪ B) pertence a A. Se a ∈ A ent˜ao tamb´em pertence a (A ∪ B) e portanto A ∩ (A ∪ B). Assim, todo elemento de A pertence a A ∩ (A ∪ B). Como todo elemento de A est´a contido em A ∩ (A ∪ B) e vice versa pela propriedade antiSe x
sim´etrica fica provado a igualdade. Solu¸ cao ˜ de b: Se x a A.
∈ A ∪ (A ∩ B) ent˜ao x ∈ A. Ou seja, todo elemento de A ∪ (A ∩ B) tamb´em pertence
∈ ∪ ∩
Se a A ent˜ao a a A (A B).
∈ A ∪ (A ∩ B). O que implica no fato de que todo elemento de A pertence
Como todo elemento de A
∪ (A ∩ B) pertence a A, e vice versa, ent˜ao pela propriedade
anti-sim´ etrica fica provado a igualdade.
7. Dado um conjunto A, chama-se conjunto das partes de A e indica-se por (A) o conjunto de todos os subconjuntos de A. Por exemplo, se A = 1, 2 , ent˜ ao (A) = Ø, 1 , 2 , 1, 2
{ }
P { { } { } { }}
P
P (A) quando A = {Ø, 1, {1}}.
a) Determine
b) Prove que se um conjunto A tˆem n elementos ent˜ao
n
P (A) tˆem 2
elementos.
c) Se o n´ umero de subconjuntos bin´arios (formados de dois elementos) de um conjunto dado ´e 15, quantos subconjuntos tˆem esse conjunto? Solu¸ cao ˜ de a:
P (A) = {Ø, {Ø}, {1}, {{1}}, {Ø, 1}, {Ø, {1}}, {1, {1}}, {Ø, 1, {1}} Solu¸ cao ˜ de b: Como ensina a an´alise combinat´oria o n´ umero de subconjuntos de A com um elemento ´e n1 , o n´ umero de subconjuntos com dois elementos ´e n2 , e etc. Usando os n´ umeros n0 e nn para contar o conjunto vazio e o pr´oprio A, ent˜ao o total de subconjuntos de A ´e n0 + n1 + n2 + + nn . Mas essa soma, segundo o teorema das linhas1 , 1
···
A soma dos n´ umeros binomiais de uma mesma linha ´e uma potencia de base 2 cujo expo ente ´e a ordem da linha.
7
´ Algebra Moderna
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´e igual a 2n . Provando a afirma¸ca˜o. Solu¸ cao ˜ de c: O n´ umero de subconjuntos bin´arios de um conjunto qualquer ´e igual ao n´umero binomial Se esse n´ umero ´e igual a 15 ent˜ao:
n 2
n
. 2
= 15
n! = 15 2!(n 2)!
−
n! 2(n n(n
− 2)! = 15
− 1)(n − 2)! = 15 2(n − 2)! n(n
− 1) = 15
2 n(n
− 1) = 30 ⇒ n = −5 ou n = 6
Como n ´e o n´ umero de elementos do conjunto n˜ao pode ser negativo. Com isso conclu´ımos que o conjunto em quest˜ao tˆem 6 elementos e portanto, 26 = 64 subconjuntos.
8. Para indicar o n´ umero de elementos de um conjunto finito X, adotemos a nota¸c˜ao n(X). Mostre ent˜a o que se, A e B s˜ao conjuntos finitos, verifica-se a importante rela¸c˜a o: n(A B) = n(A) + n(B) n(A B)
−
∪
∩
Solu¸ cao: ˜ De fato se indicarmos por A’ e B’ respectivamente as partes de A e B formadas pelos elementos que n˜ao est˜a o em A B ent˜ao n(A B) = n(A’) + n(A B) + n(B’). Mas n(A’) = n(A) n(A B) e n(B’) = n(B) n(A B). Substituindo estas duas u ´ltimas igualdades na anterior, obtemos a igualdade proposta.
∩
∩
−
∩
∪
∩
−
9. Numa pesquisa a respeito da assinatura das revistas A e B, foram entrevistadas 500 pessoas. Verificou-se que 20 delas assinavam a revista A, 14 a revista B e 4 as duas revistas. Quantas das pessoas entrevistadas n˜ao assinavam nenhuma das revistas? Solu¸ cao: ˜
8
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O diagrama seguinte ilustra a situa¸ca˜o. A
B
20
4
14
O nu ´mero de asisinates das revistas (independente de qual revista seja ou de quantas), ´e igual a 30, pois
∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B) n(A ∪ B) = 20 + 14 − 4 = 30
n(A
Subtraindo este resultado do total de entrevistados (500 ´e o total de 470 pessoas.
− 30), chega-se a resposta final que
10. Se A, B e C s˜ao conjuntos finitos, mostre que:
∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) − n(A ∩ B) − n(A ∩ C) − n(B ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C)
n(A
Solu¸ cao: ˜ Observe a figura seguinte.
C C∩A
C∩B C∩B∩A
A
A
∩B
B
Nela temos trˆes conjuntos A, B e C que se interceptam mutuamente. Primeiro fazemos a soma dos elementos de cada regi˜ao.
∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C)
n(A
Em seguida subtra´ımos as regi˜oes que s˜ao intercess˜oes. 9
´ Algebra Moderna
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∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) − n(C∩A) − n(C∩B) − n(A∩B) Nesse processo o n´umero de elementos da regi˜ao (C ∩ B ∩ A) foi subtra´ıda do c´alculo. Assim n(A
efetua-se a corre¸ca˜o.
∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) − n(C∩A) − n(C∩B) − n(A∩B) + n(C∩B∩A) Reorganizando os elementos e levando em conta que n(A∩C) = n(C∩A), e que assim ocorre n(A
para as demais regi˜oes, chega se a conclus˜ao que: n(A B C) = n(A) + n(B) + n(C)
− n(A∩B) − n(A∩C) − n(B∩C) + n(A∩B∩C)
∪ ∪
Obs: Este exerc´ıcio tamb´em pode ser resolvido de modo an´alogo ao utilizado na quest˜ao 8. Contudo, ser´a um processo mais trabalhoso.
11. Define-se a diferen¸ca entre dois conjuntos, A e B da seguinte maneira: A B = x x A e x / B . Ache a diferen¸ca A B nos seguintes casos:
−
{ | ∈
−
∈ }
a) A = Q e B = R b) A = R e B = Q c) A = x
{ ∈ R|2 < x < 5} e B = {x ∈ R|x ≥ 2}
d) A =
n n = 1, 2, 3,... n + 1
e B =
2n n = 1, 2, 3,... 2n + 1
{ ∈ R|1 < x < 3} e B = {x ∈ R|x2 − 3x − 4 > 0}
e) A = x Solu¸ cao: ˜
(a) Como Q B= .
∅
(b) R = Q
⊂ R ent˜ao n˜ao existe nenhum elemento de Q que n˜ao esteja em R. Assim A −
∪ I e como Q e I s˜ao conjunto disjuntos ent˜ao A − B = I
(c) Observe as retas a seguir: 2
5
∞
2
A primeira reta representa o conjunto A, enquanto a segunda o conjunto B. Pelo desenho podemos notar que A B, assim A B = Ø.
⊂
−
{
(d) Sabemos que A = 1/2; 2/3; 3/4; 4/5; 5/6; 6/7...
} e B = { 2/3; 4/5; 6/7;... }.
Observe que os elementos que est˜ao em A e que n˜ao est˜ao em B s˜ao as fra¸co˜es cujo numerador s˜ao impares. 10
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A
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− B = { 1/2; 3/4; 5/6; ... }
Ou em outras palavras:
2n − 1 A − B = n = 1, 2,... 2n
(e) Primeiro vamos resolver a inequa¸ca˜o que caracteriza o conjunto B. x2
− 3x − 4 > 0
⇒ (x − 4)(x + 1) > 0 ⇒ (x − 4) > 0 ou (x + 1) > 0 ⇒ x > 4 ou x < −1 Assim, a inequa¸c˜ao ocorre quando x > 4 e x <
−1.
Com base na solu¸c˜ao considere as seguintes retas. 1
3
-1
4
A reta mais acima representa o conjunto A, enquanto a segunda o conjunto B. Pelo esquema ´e f´acil ver que todos os elemento de A n˜ao pertencem a B. Sendo assim A B = A.
−
∪
∩
−
12. Sejam A e B conjuntos finitos tais que n(A B) = 40, n(A B) = 10 e n(A B) = 26. Determine n(B A).
−
Solu¸ cao: ˜ Observe o diagrama A
B
∩
A B
Nele tiramos que: n(A
− B) = n(A) − n(A ∩ B) 11
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⇒ 26 = n(A) − 10 ⇒ n(A) = 36 (1) Tamb´em vemos que:
∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B) ⇒ 40 = n(A) + n(B) − 10 ⇒ n(A) + n(B) = 50 (2) n(A
E por ultimo
− A) = n(B) − n(A ∩ B) ⇒ n(B − A) = n(B) − 10 (3) n(B
Com (2) e (1) conclu´ımos que n(B) = 14. Usando esse resultado em (3): n(B Assim, n(B
− A) = 14 − 10 = 4
− A) = 4
13. Denomina-se diferen¸ca sim´etrica entre dois conjuntos A e B e denota-se por A∆B o seguinte conjunto: A∆B = (A B) (B A). Isso posto:
− ∪ −
a) Ache a diferen¸ca sim´etrica entre os pares de conjuntos do exerc´ıcio 11. b) Mostre que qualquer que seja o conjunto A, valem A∆Ø = A e A∆A = Ø; c) Mostre que, para quaisquer conjuntos A e B, vale A∆B = B∆A. Solu¸ cao ˜ de a:
a) Como visto no exerc´ıcio 11 (A
− B) = Ø.
Como R = Q I e Q e I s˜ao conjuntos disjuntos ent˜ao se existe um r r Q ent˜ ao I Sendo assim:
∈
∪
− A = I
B Portanto,
− B) ∪ (B − A) A∆B = Ø ∪ I
A∆B = (A
A∆B = I 12
∈ R tal que
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b) A
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− B = I e B − A = Ø, portanto − B) ∪ (B − A) A∆B = I ∪ Ø
A∆B = (A
A∆B = I
c) Observe as retas a seguir: 2
5 A B
Por elas fica evidente que n˜ao existe nenhum ponto do conjunto A que ao mesmo tempo n˜ ao esteja contido na reta B. Sendo assim:
− B = Ø Contudo, o conjunto de pontos b ∈ B sendo b ≥ 5 est˜ao contidos em B, mas n˜ ao em A
A. Sendo assim:
B
− A = {x|x ≥ 5}
Concluindo que
− B)∪(B − A) A∆B = Ø ∪ {x|x ≥ 5} A∆B = {x| ≥ 5} d) A = {1/2, 2/3, 3/4,...} e B = {2/3, 4/5, ...}. Sendo assim: A – B = {1/2, 3/4, 5/6} A∆B = (A
E B – A = Ø. Logo:
{
} ∪ Ø A∆B = {1/2, 3/4, 5/6,...}
A∆B = 1/2, 3/4, 5/6,...
e) Observe as retas a seguir: –1
3 1
3
A B
13
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A – B = A e B – A = B sendo assim:
∪ A∆B = A∪B A∆B = (−∞, -1)∪(1,3)∪(4,∞) A∆B = (A–B) (B–A)
Solu¸ cao ˜ de b: Por defini¸c˜ao:
∪
A∆B = (A–Ø) (Ø–A)
∈
∈
Dado a A ent˜ ao a / Ø, pois se assim fosse Ø n˜ao seria vazio. Logo todos os elementos de A n˜ ao est˜ao em B. Em outras palavras, A–Ø = A Tamb´em por defini¸c˜ao Ø A. Sendo assim: (B–A) = Ø. Portanto,
⊂
A∆B = A
∪ Ø = A.
Analogamente se prova que A∆A = Ø. Solu¸ cao ˜ de c: Por defini¸c˜ao A∆B= Bδ A
∪
∪
(A–B) (B–A) = (B–A) (A–B) Como na opera¸ca˜o de uni˜ao vale a comutatividade fica provada a afirma¸c˜ao.
14. Sejam A e B subconjuntos de um conjunto U. Prove as seguintes propriedades: a) Se A B = Ø e A B = U, ent˜a o B = Ac e A = Bc
∩ ∪ b) Se A∩B = Ø, ent˜ao B⊂A e A⊂B . c) B⊂A se, e somente se, A ⊂B . c
c
c
c
Solu¸ cao ˜ de a:
∪
∩
Como A B = U e A B = Ø ent˜ a o A e B s˜ao disjuntos. Sendo assim U – A = B e portanto, A = B. Analogamente se prova que B c = A. c
Solu¸ cao ˜ de b: Como A e B s˜ao subconjuntos de U ent˜ao vamos supor a existˆ encia de um conjunto X (vazio ou n˜ ao), de modo que X contenha todos os elementos de U que n˜ao est˜ao contidos em A ou B. Em outras palavras U = A B X. Chamando de B’ a uni˜ao do conjunto X com o conjunto B ent˜a o, U = A B’.
∪
∪ ∪
14
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∩ ∈
∩
Como por hip´otese A B = Ø, e X n˜ao possui nenhum elemento de A, ent˜ao B’ A = Ø. Esse resultado implica que U – A = B’. Como tamb´ em U – A = Ac ent˜ a o B’ = A c . Assim tomando um b B ent˜ao b B’ (pois B’ = X B), e como B’ = A c ent˜ao, b Ac . Assim todo elemento de B pertence a A c que implica em B A c
∈
∪ ⊂
∈
Analogamente se prova que A Bc .
⊂
Solu¸ cao ˜ de c:
⇒
( ) Para facilitar a compreens˜ao da resposta que ser´a dada veja o seguinte diagrama. U A B
X
Como B A ent˜ ao Ac = U – A = X. J´ a Bc = (A – B) X. Essas afirma¸co˜es podem ser visualizadas na imagem acima. Como Bc = (A – B) X ent˜ ao X Bc e como Ac = X ent˜ ao Ac Bc . C.Q.D2 .
⊂
∪
∪
⊂
⊂
( ) Se U = A B X ent˜ ao Bc = X A e Ac = X B. Como por hip´otese Ac B c ent˜ao X A X B que s´o pode ocorrer quando A B. C.Q.D.
⇐
∪ ∪
⊂
∪ ∪ ∪ ⊂ ∪
⊂
15. Prove as seguinte propriedades, evolvendo o conceito de diferen¸ca de conjuntos:
− ∩ − − ∪ b) (A−C)∩(B−C) = (A∩B)−C c) (A∪B)−B = A se, e somente se, A ∩B = ∅ a) (A B) (A C) = A (B C)
Solu¸ cao ˜ de b:
• Seja x ∈ (A – C)∩(B – C) vamos mostrar que x ∈ (A ∩B) – C. Se x ∈ (A – C)∩(B – C), ent˜ao x ∈ (A − C) e x ∈ (B − C). Sendo assim pode se afirmar que x ∈ A, x ∈ B e n˜ao pertence a C. Da´ı se conclui que x ∈ A ∩B que implica em x ∈ (A ∩B) – C. Isso prova que (A – C)∩(B – C)⊂(A∩B) – C. (1) • Para provar a inclus˜ao contr´aria agora tomemos x ∈ (A∩B) – C e vamos demostrar que x ∈ (A – C)∩(B – C). 2
A sigla C.Q.D significa Como se Queria Demonstrar. Ocorrendo no final de v´arias demonstra¸c˜ oes matem´ aticas indicando o fim da demonstra¸c˜ ao.
15
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∈ ∩
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∈ ∩
∈
Se x (A B) – C ent˜ ao x (A B) e x / C o que implica em x x (A – C) e x (B – C), ou seja, x (A – B) (A – C).
∈
∈
∈ ∩ Isso prova que (A∩B) – C⊂(A – C)∩(B – C). (2)
∈ A e x ∈ B. Sendo assim,
De (1) e (2) e pela propriedade anti-sim´etrica dos conjuntos fica provado que:
∩
∩
(A B) – C = (A – C) (B – C) Para mais detalhes de como provar a igualdade entre conjuntos veja o exerc´ıcio 4 desta apostila.
16. Encontre um exemplo para mostrar que pode ocorrer a desigualdade seguinte:
∪ − ∪ − ∪
A (B C) = (A B) (A C)
Solu¸ cao: ˜
{
}
{ } { } A∪(B – C) = {1, 2, 3, 4} ∪ ( {6} – {5, 6, 7}) = {1, 2, 3, 4} ∪ ∅ A∪(B – C) = {1, 2, 3, 4} (1) Se A = 1, 2, 3, 4 , B = 6 e C = 5, 6, 7 ent˜ ao:
Considerando agora o 2 o membro
∪ − (A∪C) = {1, 2, 3, 4}∪{6} − {1, 2, 3, 4}∪{5, 6, 7} = {1, 2, 3, 4, 6 } − {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 } (A B)
= Ø (2) Como (1) = (2) fica provado a afirma¸ca˜o.
16
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Quer saber quando sair´a a pr´oxima atualiza¸ca˜o desse documento? Nesse caso vocˆ e pode:
• verificar diretamente no blog (www.number.890m.com); • ou me seguir no Facebook ( www.facebook.com/diegoguntz). E se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para ao.
[email protected] para que possa ser feito a devida corre¸c˜
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Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´atica acesse: www.number.890m.com
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1.2
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´ ` 28 EXERC´ICIOS DA PAGINA 25 A
Come¸co essa parte com uma das minhas cita¸c˜oes preferidas. “A l´ ogica de Arist´ oteles ´ e otima ´ para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de util ´ para a humanidade”.
(Francis Bacon).
AVISO!! Muitas quest˜oes desta se¸ca˜o admitem mais de uma resposta. Assim, n˜ao conclua-a de imediato que sua resposta est´a errada apenas porque est´a diferente da resposta do livro, do seu amigo ou do professor. Agora, aproveitando que vocˆ e est´a lendo essa parte, quero pedir que caso algum erro de digita¸ca˜o, ou l´ogica na resolu¸ca˜o dos exerc´ıcios seja identificado, por favor, escreva para
[email protected] para que eles possam ser corrigidos.
17. Qual ´e o valor l´ogico das seguintes proposi¸c˜oes? a) 2 + 5 = 1 ou 3 > 1. b) 2 ´e primo e 2 ´e par. c) Se 1 > 2, ent˜ ao 1 = 2. d) Todo numero primo ´e um numero real. e) Qualquer que seja o numero real x, vale x 2 > x. f) Existe um numero real x tal que x 3 =
−2.
g) Para que um triangulo seja retˆangulo, ´e necess´ario e suficiente que o quadrado de um de seus lados seja igual a soma dos quadrados dos outros dois. h) Se f ´e uma fun¸c˜ao real de vari´avel real, ent˜ao f ´e uma fun¸c˜ao par ou uma fun¸c˜ao ´ımpar. i) Se x ´e um numero inteiro e x 3 ´e impar, ent˜ ao x ´e impar. j) Duas matrizes quadradas de mesma ordem s˜ ao iguais se, e somente se, seus determinantes s˜ ao iguais.
Solu¸ cao: ˜ a) F ou V = V. b) V e V = V.
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c) Se F ent˜a o F = V. d) Verdadeiro.
∈ R e 0.52 < 0.5. √ ao, x 3 = −2. f) Verdadeiro. Se x = −2 ent˜ e) Falso, pois 0.5
3
g) Verdadeiro. Partindo da lei dos cossenos (valida para qualquer triangulo), e tomando um triangulo de lados a, b e c tal que: a2 = b 2 + c2
− 2cos(θ)
para que o quadrado de a seja igual a soma dos quadrados de b e c ent˜ ao ´e necess´ario que π ∗ cos(θ) = 0. O que s´o ocorre para θ = + kπ, com k Z . No entanto, para k > 0 ter´ıamos um 2 triangulo com angulo interno maior que 180 ◦ (o que n˜ao pode ocorrer, pois a soma dos ˆangulos π internos de qualquer triangulo deve ser igual a 180 ◦ ), sendo assim a ´unica solu¸c˜ao vi´avel ´e θ = . 2 E como θ ´e o angulo entre b e c. Ent˜ ao o triangulo possui um angulo reto e portanto ´e retˆangulo.
∈
h) Falso. Como exemplo temos a fun¸c˜ao f (x) = 2x + 1 que n˜ao ´e nem par nem impar. i) Verdadeiro. j) Falso. Basta por exemplo considerar as matrizes A =
2 1 2 0
e B =
0 2 1 2
.
18. Considere que numa universidade se tenha a seguinte situa¸c˜ao: h´a pesquisadores que n˜ao s˜ao professores e professores que n˜ao s˜ao pesquisadores, mas alguns pesquisadores s˜ao professores. Isso posto, quais das seguintes afirma¸c˜oes relativas a essa universidade s˜ao verdadeiras?
a) Existem professores que s˜ao pesquisadores. b) Se P indica o conjunto dos professores e Q o conjunto dos pesquisadores, ent˜ao P Q = .
∩ {}
c) Todo pesquisador ´e professor. d) O conjunto dos professores n˜ao est´a contido no conjunto dos pesquisadores. e) Existem pesquisadores que n˜ao s˜ao professores. f) O conjunto dos pesquisadores est´a contido no conjunto dos professores.
Solu¸ cao: ˜ O diagrama a seguir ilustra a situa¸c˜ao descrita.
19
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Professor
Pesquisador
a) V; b) V; c) F; d) V; e) V; f) F.
19. Escreva na forma “se...ent˜ao...”:
a) Qualquer lado de um triangulo ´e menor que a soma dos outros dois lados. b) Todo numero primo diferente de 2 ´e impar.
−2 < x < 2, vale x 2 < 4.
c) Para um numero real x tal que
d) Duas retas quaisquer, paralelas ente si e n˜ao paralelas ao eixo das ordenadas, tˆem o mesmo coeficiente angular. e) Sempre que uma fun¸c˜ao real de vari´avel real ´e diferenci´avel num ponto, ela ´e continua nesse ponto. f) Um determinante ´e nulo quando uma de suas filas ´e formada de zeros.
Solu¸ cao: ˜
a) Se ∆ ´e um triangulo, ent˜ ao qualquer lado de ∆ ´e menor que a soma dos outros dois. b) Se p ´ e um numero primo diferente de 2, ent˜ ao p ´e impar. c) Se x ´e um numero real tal que
−2 < x < 2, ent˜ao x 2 < 4.
d) Se duas retas s˜ao paralelas entre si e se n˜ao s˜ao paralelas ao eixo das ordenadas, ent˜ ao essas retas tˆem o mesmo coeficiente angular. e) Se uma fun¸c˜ao real de vari´avel real ´e diferenci´avel num ponto, ent˜ao ela ´e continua nesse ponto. f) Se uma das filas de um determinante ´e formada de zeros, ent˜ ao esse determinante ´e nulo.
20
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20. Sejam p, q e r proposi¸c˜oes, as duas primeiras verdadeiras e a terceira falsa. Indique o valor l´ogico de:
a) p e (
∼ q ):
∼ r) ou (∼ p):
b) (
c) se ( p e r ), ent˜ ao q : d) p se, e somente se, r.
Solu¸ cao: ˜
a) V e F = F. b) V ou F = V. c) Se (V e F), ent˜ao V
⇒ se F, ent˜ao V = V.
d) V se, e somente se, F = F.
21. Negue as seguintes proposi¸co˜es:
a) Se x
∈ R e x > 2, ent˜ao x 2 ≥ 4.
b) Nenhum triˆ angulo retˆangulo ´e equil´atero. c) Qualquer que seja o numero real x, existe um numero inteiro n tal que n > x. d) Existe um numero complexo z tal que z 5 =
−2.
e) Todo retˆangulo ´e um paralelogramo. f) Se dois planos s˜ao paralelos, ent˜ao toda reta de um deles ´e paralela ao outro plano.
Solu¸ cao: ˜
a) Existe x,x > 2, tal que x 2 < 4. b) Existe um triˆangulo retˆangulo equil´atero. c) Existe um numero real x tal que, qualquer que seja o inteiro n, verifica-se n d) Qualquer que seja o numero complexo z , vale z 5 =
−2.
21
≤ x.
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e) Existem retˆangulos que n˜ao s˜ao paralelogramos. f) Existem planos paralelos tais que um deles cont´em uma reta que n˜ ao ´e paralela ao outro.
22. Quantifique as fun¸c˜oes proposicionais que seguem de modo a torna-las verdadeiras (para todas o universo e conjunto dos n´ umeros reais):
a) x 2
− 5x + 6 = 0 b) x 2 − 16 = (x − 4)(x + 4) c) sen 2 (x) + cos2 (x) = 1 d) sen 2 (x) e) x 2
− sen(x) = 0
− 3x + 3 > 1
f) x 2 > 2x3 Solu¸ cao: ˜
a) Note que x 2 existe.
− 5x +6 = 0 ⇒ x1 = 3 e x2 = 2. Assim, podemos usar o quantificador
A forma geral para esse quantificador ´e: “Existe um objeto x, elemento do conjunto A, que goza das seguintes propriedades”.
Veja como ficaria a resposta neste caso: Existe um x, pertencente a R, tal que x 2
− 5x + 6 = 0.
b) Observe que se (x 4)(x + 4) ´e a fatora¸c˜ao de x2 16. Ou seja para qualquer valor de x teremos a igualdade x2 16 = (x 4)(x = 4). Assim podemos usar o quantificador para todo.
−
−
−
−
A forma geral para esse quantificador ´e: “Para todo x
∈ A, afirma¸c˜ oes sobre x.”
Veja como ficaria a resposta: Para todo x
∈ R, x 2 − 16 = (x − 4)(x + 4). 22
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c) De fato a identidade pitag´ orica ´e verdadeira para qualquer valor de x sendo assim uma resposta poss´ıvel seria: Para todo x
∈ R, sen 2(x) + cos2(x) = 1.
d) Fazendo sen(x) = y ent˜ ao: sen2 (x) sen(x) = 0 y 2 y = 0. Cuja solu¸c˜ao ocorre apenas para y = 0 ou y = 1. Sendo assim sen(x) = 0 ou sen(x) = 1. O que implica em x = 90 ou x = 1.57. Com isso uma resposta poss´ıvel seria:
−
⇒ −
Existe um x, pertencente a R, tal que sen 2 (x)
− sen(x) = 0.
e) Resolvendo a inequa¸c˜ao chegamos a conclus˜ao de que a inequa¸c˜ao ´e verdadeira para x > 2 e x < 1. Ent˜ ao uma solu¸ca˜o aceit´avel seria: Existe um x, pertencente a R, tal que x 2
− 3x + 3 > 1.
f) A solu¸c˜ao dessa inequa¸c˜ao ocorre apenas para x < 1, assim: Existe um x, pertencente a R, tal que x 2 > 2x3 .
23. Se uma fun¸c˜ao proposicional envolve n vari´aveis, ent˜ao ´e preciso quantifica-la n vezes a fim de que ela se torne uma proposi¸c˜ao. Quanto a isso, ´e importante observar que os quantificadores existencial e universal nem sempre comutam entre si, como se pode verificar pelas proposi¸c˜oes que se seguem, a primeira verdadeira e a segunda falsa (em ambas o dom´ınio da vari´ avel ´e R). “Qualquer que seja x, existe y tal que x + y = 1” e “Existe x tal que, qualquer que seja y, x + y = 1”. Isso posto, quantifique as seguintes fun¸co˜es proposicionais de modo a torna-las verdadeiras (em todas, o universo das duas vari´aveis ´e o conjunto dos n´umeros reais):
a) y > x b) (x + y)2 = x 2 + 2xy + y 2 c) x 2 = y d) sen(x + y) = sen(x) + sen(y) e) x 2 + y 2
≥0
Solu¸ cao: ˜
23
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a) Para todo y , existe um x, tal que y > x. b) Para todo x e para todo y ocorre que (x + y)2 = x 2 + 2xy + y 2 . c) Existe um x e existe um y , tal que x 2 = y. d) Existe um x e existe um y , sen(x + y) = sen(x) + sen(y). e) Para todo x e para todo y ocorre que x 2 + y 2
≥ 0. {
24. Determine o valor l´ogico das proposi¸co˜es seguintes, nas quais x e y s˜ ao vari´aveis em 1, 2, 3 :
}
a) Existe x tal que, qualquer que seja y , x < y2 + 1. b) Para todo x existe y tal que x 2 + y 2 = 4. c) Existem x e y tais que x 2 + y 2 = x 3 .
Solu¸ cao: ˜
a) Verdadeira. Por exemplo, tomando y = x = 1 a condi¸c˜ao ´e satisfeita. x < y 2+ 1 < 1 + 12 A mesma veracidade se verifica para y = 2 ou y = 3. b) Falsa. Tomando x = 3, por exemplo, chegar´ıamos a y 2 =
−5 ∈/ {1, 2, 3}
c) Verdadeira. Usando x = y = 2 teremos: 22 + 22 = 23 .
25. Em quais das condi¸co˜es seguintes ´e correto afirmar que a primeira proposi¸c˜ao (fun¸ca˜o proposicional na vari´avel real x) acarreta a segunda?
a) Se 2 = 0, ent˜ao 4 ´e um numero primo. b) Se x 2 + x
− 2 = 0, ent˜ao x = −2.
c) Se x ´e um numero real, ent˜ao x ´e um numero complexo. 24
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d) Se x 2
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− 4 < 0, ent˜ao x < 2.
e) Se tg(x) > 1, ent˜ ao x > π/4.
Solu¸ cao: ˜
a) Verdadeira. b) Falsa. As ra´ızes de x 2 + x n˜ ao pode ser igual a 2.
−
− 2 = 0 ocorrem apenas para x = 2 ou x = −1. Logo x
c) Correto. Todo conjunto R est´ a contido em C. d) Correto. Resolvendo a inequa¸c˜ao em quest˜ao chegamos a prova a condi¸c˜ao de x < 2.
−2 < x < 2.
π π e) Correto. A solu¸ca˜o para a equa¸ca˜o ´e + kπ > x > + kπ com k 2 4 π que prova a condi¸ca˜o de x > . 4
O que
∈ {0, 1,...}. O
26. Para quais das bicondicionais seguintes seria correto dizer que a primeira proposi¸ca˜o (fun¸c˜ao proposicional na vari´avel real x) acarreta a segunda?
a) 2x
− 5 ≥ 5 se, e somente se, x > 5.
b) Se x 2 + 3x + 2 < 0 se, e somente se,
−2 < x < −1.
c) sen(x) = sen(2x) se, e somente se, x = 0.
d) Uma matriz quadrada A ´e invers´ıvel se, e somente se, det(A) = 0. e) As retas y = 2x e y = mx + n s˜ao perpendiculares se, e somente sem 2m + 1 = 0.
Solu¸ cao: ˜
a) Incorreto. Resolvendo 2x
− 5 ≥ 5 chegamos a x ≥ 5.
b) Correto. A solu¸ca˜o de x 2 + 3x + 2 < 0 de fato ocorre para
−2 < x < −1. sen(x) = sen(2x) ⇒ x = 2kπ com k ∈ {0, 1,...}. Assim, a primeira
c) Correto. proposi¸c˜ao acarreta na segunda quando fazemos k = 0.
d) Correto. A demonstra¸c˜ao desta proposi¸ca˜o ´e simples mas, razoavelmente longa. Como o problema n˜ao pede demonstra¸ca˜o deixo a cargo do leitor que tenha interesse.
25
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e) Correto. Recorrendo ao c´alculo diferencial se a reta y = mx + n ´e perpendicular 1 1 a y = 2x ent˜ ao m = , o que implica em m = . Dessa ultima equa¸c˜ao f (2x) 2 tiramos que 2m 1 = 0. Assim, a primeira proposi¸c˜ao acarreta na segunda.
−
−
−
27. Enuncie as reciprocas e as contra positivas das seguintes proposi¸c˜ oes:
a) Se dois n´ umeros inteiros s˜ao impares, ent˜ao a soma deles ´e um numero par. b) Se uma fun¸ca˜o real de vari´avel real ´e continua num ponto, ent˜ ao ela ´e diferenci´avel nesse ponto. c) Se uma matriz quadrada ´e invers´ıvel, ent˜ao seu determinante ´e diferente de zero. d) Se o grau de um polinˆ omio real ´e 2, ent˜ao esse polinˆomio tem duas e apenas duas ra´ızes complexas. e) Se dois planos s˜ao perpendiculares, ent˜ao toda reta de um deles ´e perpendicular ao a outro.
Solu¸ cao: ˜
a) (Reciproca ): Se a soma de dois n´ umeros inteiros ´e par, ent˜ao esses n´ umeros s˜ao impares. (Contrapositiva ): Se a soma de dois n´ umeros inteiros ´e impar, ent˜ao um deles ´e par. b) (Reciproca ): Se uma fun¸c˜ao real de vari´avel real ´e diferenci´avel num ponto, ent˜ao ela ´e cont´ınua nesse ponto. (Contrapositiva ): Se uma fun¸ca˜o real de vari´avel real n˜ao ´e diferenci´avel num ponto, ent˜ ao ela n˜ao cont´ınua nesse ponto. c) (Reciproca ): Se o determinante de uma matriz ´e diferente de zero, ent˜ao a matriz correspondente ´e invers´ıvel. (Contrapositiva ): Se o determinante de uma matriz ´e igual a zero, ent˜ao essa matriz n˜ ao ´e invers´ıvel. d) (Reciproca ): Se um polinˆ omio real tem duas e apenas duas ra´ızes complexas, ent˜ ao esse polinˆomio tem grau 2. (Contrapositiva ): Se o numero de ra´ızes complexas de um polinˆomio real ´e diferente de 2, ent˜ ao o grau desse polinˆomio ´e diferente de 2.
26
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e) (Reciproca ): Se todas as retas de um plano s˜ao perpendiculares a um outro plano, ent˜ ao os dois planos s˜ao perpendiculares entre si. (Contrapositiva ): Se num plano h´ a uma reta que n˜ao ´e perpendicular a um segundo plano, ent˜ ao os dois planos n˜ao s˜ao perpendiculares.
28. Classifique como verdadeiras ou falsas as reciprocas e as contra positivas das proposi¸c˜oes do exerc´ıcio 27. Solu¸ cao: ˜ Letra A: F e V. Letra B: V e F. Letra C: V e V. Letra D: V e V. Letra E: V e F.
29. Enuncie a contrapositiva da propriedade transitiva da reta “maior que” em R, ou sejam da propriedade: “Se a > b e b > c, ent˜ ao a > c”. Solu¸ cao: ˜ Se a
≤ c, ent˜ao a ≤ b ou b ≤ c
30. Enuncie a contrapositiva da seguinte proposi¸ca˜o: “Sejam A, B e C pontos distintos de um plano. Se esses pontos n˜ao s˜ao colineares, ent˜ao AB < BC + AC”. Solu¸ cao: ˜ Sejam A, B e C pontos distintos de um plano. Se esses pontos s˜ ao colineares, ent˜ao AB BC + AC.
31. Ache um contra exemplo para cada uma das seguintes afirma¸co˜es:
∈ R, x 2 − 1 > 60. b) Para todo x ∈ R, x 3 − 4x2 < 20. c) Para todo x ∈ R, cosx > cos(x + 1). d) Para todo x ∈ R+ , vale log10 (x) > log 10 (x)2 . a) Para todo x
∗
27
≥
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Solu¸ cao: ˜
a) Para x = 1 temos 12
− 1 > 60 ⇒ 0 > 60. b) Para x = 10 temos 103 − 4(10)2 < 20 ⇒ 600 < 20. c) Para x = 0 temos cos(0) > cos(0 + 1) ⇒ 0 > cos(1). d) Para x = 1, vale log 10 (1) > log 10 (1)2 ⇒ 0 > 0. 32. Justifique a propriedade seguinte de duas maneiras, a primeira atrav´ es de sua contrapos3 itiva e a segunda por redu¸c˜ao ao absurdo: “Se m ´e um inteiro tal que m + 2 ´e impar, ent˜ao m ´e impar”. Solu¸ cao ˜ por contrapositiva: A contra positiva da proposi¸c˜ao ´e: “Se m ´e um inteiro tal que m 3 + 2 ´e par, ent˜ao m ´e par”. O que de fato ´e verdade pois o produto entre n´umeros pares ´e par e a soma de pares tamb´em. Assim, como a contrapositiva da proposi¸ca˜o ´e verdadeira ent˜ao a proposi¸c˜ao tamb´em ´e. Solu¸ cao ˜ por absurdo: Suponha por absurdo que m ´e par. Nesse caso m = 2k com k
∈ Z. Sendo assim:
m3 + 2 = (2k)3 + 2 = 8k 3 + 2 = 2(4k 3 + 1) Como todo numero divis´ıvel por dois ´e par ent˜ao m3 + 2 = 2(4k3 + 1 ´e par. O que ´e um absurdo, pois por hip´otese m 3 + 2 ´e impar. Logo m tamb´em deve ser impar.
33. Prove, por meio de um contra exemplo, que n2 +n+41 (em que n ´e um inteiro estritamente positivo) nem sempre ´e um n´ umero primo. Solu¸ cao: ˜ Essa f´ormula ´e conhecida como formula de Euler e s´o ´e valida para n = 1, ..., 39 at´e o momento. Assim poder´ıamos dar como contra exemplo n = 40. Onde ter´ıamos 402 + 40 + 41 = 1681 que ´e divis´ıvel por 41.
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Introdu¸c˜ ao ` a Aritm´ etica dos N´ umeros Inteiros
2.1
´ EXERC´ICIOS DA PAGINA 33
1. Demonstre por indu¸ca˜o:
1) ··· + n = n(n + (n ≥ 1) 2 b) 1 + 3 + 5 + ··· + (2n − 1) = n 2 (n ≥ 1) c) 13 + 23 + ··· + n3 = (1 + 2 + ... + n)2 (n ≥ 1) n(n + 1)(n + 2) d) 1 · 2 + 2 · 3 + ··· + n · (n + 1) = (n ≥ 1) 3 e) n2 > n + 1 (n ≥ 2) a) 1 + 2 +
Solu¸ cao ˜ de a: i) Observe que a proposi¸ca˜o ´e verdadeira para n = 1, pois 1=
1(1 + 1) =1 2
ii) Admitindo que a proposi¸c˜ao seja verdadeira para um k 1+
∈ A ent˜ao:
1) ··· + k = k(k + 2
Somando (k + 1) em ambos os termos 1+
1) ··· + k + (k + 1) = k(k + + (k + 1) 2
chegamos ´a: 1+
2) ··· + k + (k + 1) = (k + 1)(k + 2
O que mostra que a proposi¸ca˜o tamb´em seria v´alida para k + 1. Assim, pelo princ´ıpio de indu¸c˜ao a proposi¸ca˜o ´e valida para todo n Solu¸ cao ˜ de b: Prova de i: A proposi¸ca˜o ´e verdadeira para 1 pois, 1 = 1 2 .
30
∈ N maiores que 1.
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Prova de ii: Se a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para k ent˜ ao: 1+3+5+
··· + (2k − 1) = k 2
Note que os valores a direita crescem de 2 em 2 (1, 3, 5,...). Assim o pr´ oximo termo da sequencia depois de 2k 1 seria 2k + 1.
−
1+3+5+
··· + (2k − 1) + (2k + 1) = k 2 + (2k + 1)
1+3+5+
··· + (2k − 1) + (2k + 1) = (k + 1)2
Ou seja, se a proposi¸ca˜o ´e valida para k ent˜ ao ela ´e v´alida para k + 1. Sendo assim, pelo princ´ıpio de indu¸c˜ao a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para todo n 1.
≥
Solu¸ cao ˜ de c: prova de i: A proposi¸ca˜o ´e v´alida para 1, pois 13 = 12 . Prova de ii: Se a proposi¸c˜ao ´e v´alida para k ent˜ ao 13 + 23 +
··· + k3 = (1 + 2 + ... + k)2
Somando (k + 1) 3 em ambos os membros ent˜ao 13 + 2 3 +
··· + k3 + (k + 1)3 = (1 + 2 + ... + k)2 + (k + 1)3
Como visto na letra a do exerc´ıcio 1 + 2 + ... + k = substitui¸c˜ao
k(k + 1) . Assim, podemos fazer a seguinte 2
2
2
3
(1 + 2 + ... + k) + (k + 1) =
k(k + 1) 2
(1 + 2 + ... + k)2 + (k + 1) 3 =
2
3
(1 + 2 + ... + k) + (k + 1) =
31
+ (k + 1) 3
(k + 1) 2 (k + 2) 2 22
(k + 1)(k + 2) 2
2
´ Algebra Moderna
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(1 + 2 + ... + k)2 + (k + 1) 3 = (1 + 2 + ... + (k + 1))2 Com isso mostramos que se a proposi¸ca˜o ´e v´alida para k ent˜ ao ela tamb´em ´e v´alida para k + 1. Assim, pelo princ´ıpio de indu¸ca˜o a proposi¸ca˜o ´e v´alida para todo n 1.
≥
Solu¸ cao ˜ de d: Prova de i: A proposi¸ca˜o ´e v´alida para 1.
·
1 2=
1(1 + 1)(1 + 2) 3 6=6
Prova de ii: Tomando a proposi¸c˜ao como verdadeira para k ent˜ ao:
1 2+2 3+
·
·
2) ··· + k · (k + 1) = k(k + 1)(k + 3
Somando a ambos os membros (k + 1)(k + 2)
·
·
1 2+2 3+
2) ··· + k · (k + 1) + (k + 1) · (k + 2) = k(k + 1)(k + + (k + 1)(k + 2) 3
·
·
1 2+2 3+
··· + (k + 1) · (k + 2) = (k + 1)(k +3 2)(k + 3)
Com isso mostramos que se a proposi¸ca˜o ´e v´alida para k ent˜ ao ela tamb´em ´e v´alida para k + 1. Assim, pelo princ´ıpio de indu¸ca˜o a proposi¸ca˜o ´e v´alida para todo n 1.
≥
Solu¸ cao ˜ de d: Prova de i: A proposi¸ca˜o ´e verdadeira para 2. 22 > 2 + 1 4 > 3 Prova de ii: Se a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para k ent˜ ao:
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´ Algebra Moderna
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k2 > k + 1 Somando 1 em ambos os membros ent˜ao: k2 + 1 > k + 2 Como (k + 1) 2 > k 2 + 1 ent˜ao (k + 1) 2 > k 2 + 1 > k + 2 O que resulta em (k + 1) 2 > k + 2 Com isso mostramos que se a proposi¸ca˜o ´e v´alida para k ent˜ ao ela tamb´em ´e v´alida para k + 1. Assim, pelo princ´ıpio de indu¸ca˜o a proposi¸ca˜o ´e v´alida para todo n 2.
≥
2. Demonstre o segundo princ´ıpio de indu¸c˜ao. Solu¸ cao: ˜ Na pr´atica a condi¸ca˜o i e ii da indu¸c˜ao fraca e forte, respectivamente dizem a mesma coisa. Assim, a mesma demonstra¸c˜ao usada para o primeiro princ´ıpio pode ser usada para justificar o segundo.
33
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Quer saber quando sair´a a pr´oxima atualiza¸ca˜o desse documento? Nesse caso vocˆ e pode:
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[email protected] para que possa ser feito a devida corre¸c˜
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34
´ Algebra Moderna
2.2
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´ ` 39 EXERC´ICIOS DA PAGINA 38 A
3. Sejam m e n inteiros impares. Prove que:
| − 2n) b) 8|(m2 − n2 ) c) 8|(m2 + n2 − 2) a) 4 (2m
Solu¸ cao ˜ de a: Se m e n ´e ´ımpar ent˜ ao, m = 2 p + 1 e n = 2t + 1, para algum p e t
∈ Z. Sendo assim:
| − 2n ⇒ 4|2(2 p + 1) − 2(2t + 1) ⇒ 4|4 p − 4t ⇒ 4|4( p − t) 4 2m
Finalizando a demonstra¸c˜ao. Solu¸ cao ˜ de b: Se m e n ´e ´ımpar ent˜ ao, m = 2 p + 1 e n = 2t + 1, para algum p e t
∈ Z. Sendo assim:
8 m2
| − n2 ⇒ 8|(2 p + 1)2 − (2t + 1)2 ⇒ 8|4( p2 − t2) + 4( p − t) Analisando p 2 − t2 e p − t temos as seguintes possibilidade: (i) Se p ´e par e t ´e ´ımpar p 2
− t2 ´e ´ımpar e p − t tamb´em.
Prova de que p2
− t2 ´e impar.
Seja p = 2 p e t = 2t + 1 para algum p e t inteiros, ent˜ao: p2
− t2 = (2 p )2 − (2t + 1)2 p2 − t2 = 4 p2 − (4t2 + 4t + 1) p2 − t2 = 2(2 p2 − 2t2 − 2t ) − 1
35
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Fazendo k = 2 p2 p2
− 2t2 − 2t
ent˜ao
− t2 = 2k − 1
Que ´e a forma de um n´ umero ´ımpar. Prova de que p
− t tamb´em ser´a impar
− t = (2 p ) − (2t + 1) p − t = 2( p − t ) − 1 Fazendo k = 2( p − t ) ent˜ ao: p − t = 2k − 1 p
Que ´e a forma de um numero ´ımpar. (ii) Se t ´e par e p ´e ´ımpar p2 anterior.
− t2 e p − t ser˜ao ´ımpares.
(iii) Se p e t s˜ ao pares ent˜ao p2 do leitor).
A demonstra¸c˜ao ´e an´aloga a
− t2 e p − t tamb´em ser˜ao pares (Demonstra¸ca˜o a cargo
(iv) Se p e t s˜ao ´ımpares ent˜ao p2 do leitor).
− t2 e p − t s˜ao tamb´em pares (Demonstra¸c˜ao a cargo
Se ocorrer o primeiro caso ent˜ao podemos substituir p2 respectivamente. Assim:
− t2 e p − t por 2k + 1 e 2k
+ 1,
8 4( p2
| − t2) − 4( p − t) ⇒ 8|4(2k + 1) + 4(2k + 1) ⇒ 8|8k + 4 + 8k + 4 ⇒ 8|8(k + k ) + 8 ⇒ 8|8((k + k ) + 1)
O que completa a demonstra¸ca˜o. Se ocorrer o segundo, terceiro ou quarto caso a conclus˜ao ser´a a mesma. Essas demonstra¸c˜oes ficam a cargo do leitor. Solu¸ cao ˜ de c: Se m e n ´e ´ımpar ent˜ ao, m = 2 p + 1 e n = 2t + 1, para algum p e t 8 m2 + n2
| −2 ⇒ 8|(2 p + 1)(2 p + 1) + (2t + 1)2 − 2 36
∈ Z. Sendo assim:
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⇒ 8|4( p2 − t2 + p + t) Independente da natureza (par ou ´ımpar) de p e t. O que est´a entre parenteses ser´a um valor par. Sendo assim: 8 4( p2
| − t2 + p + t) ⇒ 8|4(2k) ⇒ 8|8k Completando a demonstra¸c˜ao.
4. Mostre que entre dois n´umeros pares consecutivos um ´e divis´ıvel por 4. Solu¸ cao: ˜ Se p ´e um par ent˜ao: p = 2k com k
∈Z
e o par consecutivo ser´a p + 2 = 2k + 2.
• Se k for = 0 ent˜ao 4| p. Prova: p = 2k, mas se k = 0 ent˜ ao p = 0. Como 4 0 ent˜ ao 4 p.
|
• Se k for ´ımpar ent˜ao 4| p + 2. Prova: p + 2 = 2k + 2 = 2(2k + 1) + 2 = 4k + 2 + 2 = 4(k + 1)
|
|
como 4 4(k + 1) ent˜ ao 4 p + 2.
• Se k for par ent˜ao 4| p. Prova: p = 2k = 2(2k ) = 4k 37
|
´ Algebra Moderna
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|
|
como 4 4k ent˜ ao 4 p. Assim, em qualquer hip´otese p ou p + 2 ´e divis´ıvel por 4.
5. Mostre que a diferen¸ca entre os quadrados de dois inteiros consecutivos ´e sempre um numero ´ımpar. E a diferen¸ca entre os cubos de dois inteiros consecutivos? Solu¸ cao ˜ de a: Seja p e q n´ umeros consecutivos um deve ser par e o outro ´ımpar. Tomando p ´ımpar ent˜ ao: p2
− q 2
= (2k + 1) 2
− (2t)2 para algum k e t ∈ Z = 4k2 + 2k + 1 − 4t2 = 2(2k2 − 2t2 + k) + 1 Fazendo z = 2k2 − 2 p2 + k ent˜ ao, p2 − q 2 = 2z + 1 que ´e a forma de um n´ umero ´ımpar. Solu¸ cao ˜ de b: Se p e q s˜ao consecutivos ent˜ao um ´e par e outro ´e ´ımpar. Escolhendo p ´ımpar, ent˜ ao: p3
− q 3
= (2k + 1) 3
− (2t)3 para algum k e t ∈ Z
= 2(4k3
− 4t3 + 6k2 + 4k) + 1 Fazendo w = 4k 3 − 4t3 + 6k 2 + 4k ent˜ ao (2k + 1) 3 − (2 p)3 = 2w + 1 Que ´e a forma de um n´ umero ´ımpar.
6. Demonstre por indu¸ca˜o que:
a) 7 (23n
| − 1) (n ≥ 0) b) 8|(32 + 7) (n ≥ 0) c) 11|(22 · 3 +2 + 1) (n ≥ 1) d) 7|(32 +1 + 2 +2 ) (n ≥ 1) n
n
n
n
n
38
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e) 17 (34n+2 + 2 43n+1 ) (
|
·
≥ 0)
Solu¸ cao ˜ de a: i) Para n = 0 temos: 23(0)
−1 = 20 − 1 =0
|
como 7 0 a proposi¸ca˜o ´e verdadeira para n = 0. ii) Se a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para k ent˜ ao 7 23k
| − 1.
⇒ (23 − 1) = 7 p com p ∈ Z k
Multiplicando ambos os termos por 2 3 (23k
− 1)23 = 7 p · 23 23 +3 − 8 = 7(8 p) 23( +1) − 1 = 7(8 p) + 7 23( +1) − 1 = 7(8 p + 1) como 7|7(8 p + 1) ent˜ ao 7|23( +1) − 1. k
k
k
k
Como quer´ıamos demostrar. Solu¸ cao ˜ de 6b: i) Tomando n = 0 temos 32(0) + 7 =1+7 =8 Logo a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para n = 0. ii) Se a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para k ent˜ ao 8 32k + 7.
|
⇒ 32
k
+ 7 = 8 p para algum p
∈ Z. 39
´ Algebra Moderna
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multiplicando ambos os lados por 3 2 . (32k + 7) 32 = 8 p 32
·
·
32k+2 + 63 = 8(9 p) 32(k+1) + 7 = 8(9 p)
− 56 32( +1) + 7 = 8(9 p − 7) Como 8|8(9 p − 7) ent˜ ao 8|3 +1 + 7. k
k
Como quer´ıamos demonstrar. Solu¸ cao ˜ de c: i) Para n = 1 temos 22(1)−1 31+2 + 1 = 2 33 + 1
·
= 55
|
como 11 55 ent˜ ao, a proposi¸c˜ao ´e verdadeira para n = 1 ii) Se a proposi¸c˜ao for verdadeira para k ent˜ ao: 11 (22k 3k+2 + 1)
|
⇒ 22
·
k−1
3k+2 + 1 = 11 p para algum p
∈Z
Multiplicando por 22 3 ambos os membros.
·
22 3(22k+1 3k+2 + 1) = 11 p 22 3
·
·
· ·
22k−1 22 3k+2 3 + 12 = 11(12 p)
· · · 2(2 1)+2 · 3( +2)+1 + 1 = 11(12 p) − 11 22( +1) 1 · 3( +1)+2 + 1 = 11(12 p − 1) Como 11|11(12 p − 1) ent˜ ao, 11|22( +1) 1 3 k−
k
k
−
k
k
− ·
(k+1)+2
Como quer´ıamos demonstrar. Solu¸ c˜ ao de d: i) Para n = 1 temos:
40
+1
´ Algebra Moderna
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32(1)+1 + 21+2 = 3 3 + 23 = 35 como 7 35 ent˜ ao a proposi¸ca˜o ´e verdadeira para n = 1.
|
ii) Se verdadeira para k ent˜ ao 7 32k+1 + 2k+2
| ⇒ 32 +1 + 2 +2 = 7 p para algum p ∈ Z. k
k
Multiplicando ambos os membros da equa¸ca˜o acima por 182 182 (32k+1 + 2k+2 ) = 182 (7 p) 18(3(2k+2)+1 2 + 2(k+1) 9) = 7(182 p)
· · 3(2 +2)+1 · 2 · 32 + 2( +1)+2 · 9 · 2 = 7(182 p) 3(2 +2)+1 · 18 + 2( +1)+2 · 18 = 7(182 p) k
k
k
k
32(k+1)+1 + 2(k+1)+2 = 7(18 p) como 7 18 ent˜ ao 7 32(k+1)+1 + 2(k+1)+2 .
|
|
Como quer´ıamos demonstrar.
7. Prove que:
a) Um dos inteiros a, a + 2, a + 4 ´e divis´ıvel por 3. b) Um dos inteiros a, a + 1, a + 2, a + 3 ´e divis´ıvel por 4. Solu¸ c˜ ao de a (Retirada do blog do Everton Alves3 ): De acordo com o algoritmo da divis˜ao, a = 3q ou a = 3q + 1 ou a = 3q + 2. Isto ´e, os restos da divis˜ao por 3 somente podem ser 0, 1 ou 2.
• Se a = 3q , est´a comprovada a hip´otese. • Se a = 3q + 1, ent˜ao a + 2 = 3q + 2 + 1 = 3q + 3 = 3(q + 1) ⇒ a + 2 ´e divis´ıvel por 3. • Se a = 3q + 2, ent˜ao a + 1 = 3q + 2 + 1 = 3q + 3 = 3(q + 1) ⇒ a + 1 ´e divis´ıvel por 3. Portanto, uma das trˆes formas ser´a divis´ıvel por 3. 3
Blog pessoal: http://ellalves.net.br/blog/posts/single/7/teoria dos numeros exercicios de divisibilidade
41
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8. Prove que o produto de dois n´umeros inteiros ´e impar se, e somente se, ambos os n´ umeros s˜ao ´ımpares. Solu¸ c˜ ao:
⇒
( ) Admita dois n´ umeros ´ımpares p e q tal que p = 2k + 1 e q = 2k + 1.
·
Fazendo p q p q = (2k + 1)(2k + 1)
·
= 4kk + 2k + 2k + 1 = 2(2kk + k + k ) + 1
⇐
( ) Considere um n´ umero w = pq . Onde w ´e um n´ umero ´ımpar. Supondo por absurdo que p e/ou q s˜ ao pares chegamos ao absurdo de que w ´e par. Assim, p e q devem ser ´ımpares.
9. Prove que, quaisquer que sejam os inteiros a e b, a express˜ao a + b + a2 + b2 representa um par. Solu¸ c˜ ao: Se a ´e par, a 2 tamb´em ´e par, mas se a ´e ´ımpar, a 2 tamb´em ´e ´ımpar. O mesmo acontece com b e b 2 . Sendo assim, a2 +a ´e um n´ umero par e b2 +b tamb´em ´e um n´ umero par e portanto, a2 +a+b2 +b tamb´em ´e par.
10. Na divis˜ ao euclidiana de 802 por a, o quociente ´e 14. Determine os valores poss´ıveis de a e do resto. Solu¸ c˜ ao: Pelo algoritmo de divis˜ ao euclidiana 802 = 14a + r com 0
≤ r < a.
Uma solu¸ca˜o particular ´e (a, r) = (57, 4), assim as solu¸co˜es gerais s˜ao: a = 57+t e r = 4 14t. Mas, como 0 r < a, temos
−
≤
≤ 4 − 14t < 57 + t Isto ´e, −3 < t ≤ 0, logo, t = {−3, −2, −1, 0}. 0
Assim, valores poss´ıveis de a e do resto s˜ao: (a, r) = (54, 46), (55, 32), (56, 18), (57, 4) 42
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´ poss´ıvel encontrar dois interior m´ultiplos de 5 tais que o resto da divis˜ao euclidiana de 11. E um pelo outro seja 13? Justifique a resposta. Solu¸ c˜ ao: Se um numero m´ ultiplo de 5 ´e dividido por um outro m´ ultiplo de 5, ou a divis˜ao ser´a exata, ou ter´a um resto tamb´em m´ ultiplo de 5. Como 13 n˜ao ´e divis´ıvel por 5 o resto n˜ao poder´a ser 13.
12. Quantos n´ umeros naturais entre 1 e 1000 s˜ao divis´ıveis por 9? Justifique a resposta. Solu¸ c˜ ao: Todos os n´ umeros entre 1 e 1000 podem ser colocados sob a forma de uma PA onde a1 = 9 e an = 999 com raz˜ao r = 9. Assim, determinar o numero de termos dessa PA ´e conhecer a quantidade de n´ umeros naturais entre 1 e 1000 que s˜ao divis´ıveis por 9. 999 = 9 + (n
− 1) · 9
9n = 999 n = 111 Ou seja, temos 111 n´ umeros.
13. Sejam m um inteiro cujo resto da divis˜ao por 6 ´e 5. Mostre que o resto da divis˜ao de m por 3 ´e 2. Solu¸ca˜o no pr´oprio livro.
14. Se o resto na divis˜ ao euclidiana de um inteiro m por 8 ´e 5, qual ´e o resto da divis˜ao m por 4? Solu¸ c˜ ao: m = 8k + 5
·
m = 4 2k + (4 + 1) m = 4(2k + 1) Fazendo a divis˜ao de m por 4 m = 2k + 1 4 Assim, o resto ´e 1.
43
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15. Se m ´e um inteiro ´ımpar, mostre que o resto da divis˜ao de m2 por 4 ´e 1. Solu¸ c˜ ao: m m = (2k + 1) (2k + 1)
·
·
m2 = 4k2 + 4k + 1 m2 = 4(k 2 + k) + 1 Chamando k 2 + k = q ent˜ ao: m2 = 4q + 1 Assim, o resto ´e 1.
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´ ` 45 EXERC´ICIOS DA PAGINA 44 A
2.3
16. Encontre o m´aximo divisor dos pares de n´ umeros que seguem e, para cada caso, dˆe uma identidade de Bezout. Solu¸ c˜ ao de a: 70 = 20(3) + 14 (i) 20 = 14(1) + 6 (ii) 14 = 6(2) + 2 (iii) 6 = 2(3) + 0 (iv)
⇒ mdc(74, 20) = 2 Da equa¸ca˜o (iii) escreve-se 14
− 6(2) = 2 (v)
Combinando v e ii
− (20 − 14)2 = 2 14(3) − 20(2) = 2 (vi) 14
Combinando vi com i (74
− 20(3))(3) − 20(2) = 2 74(3) − 20(9) − 20(2) = 2 74(3) + 20(−11) = 2 Assim o mdc(20, 74) = 2 e uma identidade ´e 74(3) + 20( 11) = 2.
−
Solu¸ c˜ ao de b:
−
O mdc(68, 120) = 4 e uma identidade ´e 68( 7) + 120(4) = 4. Solu¸ c˜ ao de c: O mdc(42, 96) = 6 e uma identidade ´e 42(7) + 96( 3) = 6.
−
−
46
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17. O m´aximo divisor comum de dois n´umeros ´e 48 e o maior deles ´e 384. Encontre o outro n´ umero. Solu¸ c˜ ao: Como 384 ´e divis´ıvel por 48 ent˜ao 48 ´e a resposta.
18. O m´aximo divisor comum de dois n´ umeros ´e 20. Para se chegar a esse resultado pelo processo das divis˜oes sucessivas, os quocientes encontrados foram, pela ordem, 2, 1, 3 e 2. Encontre os dois n´ umeros. Solu¸ c˜ ao (Retirada do PROFMAT 2014.1): Utilizando o processo das divis˜oes sucessivas, para os inteiros positivos a, b, obt´em-se:
• a = b · 1 + r; 0 < r < b • b = r · 5 + r1; 0 < r1 < r • r = r1 · 3 + r2; 0 < r2 < r1 • r 1 = r2 · 3 + r3; 0 < r3 < r2 • r 2 = r3 · 1 + r4; 0 < r4 < r3 • r 3 = r4 · 3 Portanto, r 4 = mdc(a, b) e por hip´ otese r4 = 20 o que implica em r 3 = 60. Substituindo esses valores nas equa¸c˜oes anteriores encontra-se a = 180 e b = 500.
19. a) Prove que mdc(a. mdc(b,c)) = mdc(a, b, c). b) Use esse fato para encontrar o m´aximo divisor comum de 46, 64, e 124. Solu¸ c˜ ao de a: Seja d = mdc(a,b,c) e provemos que d = mdc(a, mdc(b, c)).
≥ 0, pela defini¸ca˜o de m´aximo divisor comum. (ii) Como d|a, d |b e d |c, por hip´otese, ent˜ao d |a e d |mdc(b, c), visto que todo divisor de b e c (i) d
´e divisor do m´aximo divisor comum desses n´ umeros.
(iii) Seja d um divisor de a e de mdc(b, c); ent˜ ao d a, d b e d c e, portanto, divide o m´aximo divisor comum desses n´ umeros, ou seja, divide d.
|
|
|
Solu¸ c˜ ao de b: mdc(46, 64, 124) = mdc(46, mdc(64, 124)) = mdc(46, 4) = 2
47
´ Algebra Moderna
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20. Prove que mdc(n, 2n+1) = 1, qualquer que seja o inteiro n. Solu¸ c˜ ao: Usando o m´etodo de divis˜oes sucessivas mdc(n, 2n+1) = mdc(n, 1) = 1.
21. Sejam a e b n´ umeros inteiros tais que mdc(a, a + b) = 1. Prove que mdc(a, b) = 1. O reciproco desse resultado tamb´ em ´e verdadeiro. Enuncie-o e demonstre-o. Sugest˜ ao: Para a primeira parte, tome um divisor de c de a e b e mostre que ele tamb´em ´e divisor de a e a + b. Solu¸ c˜ ao: Se mdc(a, a + b) = 1, ent˜ao existem os inteiros x e y , tais que (a)x + (a + b)y = 1
⇒ ax + ay + by = 1 ⇒ a(x + y) + by = 1 ⇒ mdc(a, b) = 1 Por outro lado, se mdc(a, b) = 1, ent˜ao existe um x e y tais que ax + by = 1. Fazendo x = y + z, teremos a(y + z) + by = 1 (a + b)y + az = 1 mdc (a, (a + b)) = 1. Como quer´ıamos demonstrar.
⇒
⇒
| |
|
22. Demonstre que, se a c, b c e mdc(a, b) = d, ent˜ ao ab cd. Sugest˜ ao: Use a identidade de Bezout para a, b e d. Solu¸ c˜ ao:
| ·
Se a c ent˜ ao existe um k a c = d k. d
·
∈ Z tal que c = a · k.
|
Como mdc(a, b) = d ent˜ ao d a e ent˜ao
a Portanto, existe um inteiro x = dk, tal que c = · x (i). d b Da mesma forma pode-se escrever c = y (ii). d a b Multiplicando (i) por (ii), temos c 2 =
d
d
xy
⇒ c2 · d2 = (ab)xy ⇒ (cd)2 = (ab)xy ⇒ (ab)|(cd)2. Suponha agora que ab cd. O que implicaria em cd = k(ab) + r com k , r 48
∈Z
∗
e ab > r
≥1
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Sendo assim: (cd)2 = (k(ab) + r)2
⇒ (cd)2 = (k2(ab)2 + 2k(abr) + r2) Mesmo supondo que ab cd provamos que ab|(cd)2 assim, cada termo do polinˆomio acima deve ter divis˜ao exata por ab, o que ocorre para os dois primeiros termos mas n˜ ao para o ultimo, 2 o que ´e um absurdo pois contraria a divisibilidade de (cd) por (ab). Portanto, ab|cd. Como quer´ıamos demonstrar.
23. Se a e b s˜ao inteiros primos entre si, demonstre que mdc(2a + b, a + 2b) = 1 ou 3. Solu¸ c˜ ao: Se a e b s˜ ao primos entre si, ent˜ao mdc(a, b) = 1. Pelo algoritmo do MDC de Euclides, mdc(a, b) = mdc(a, b c a), assim,
− ·
− 2a − b) = mdc(2a + b, b − a). mdc(2a + b, b − a) = mdc(b − a, 2a + b − b + a) = mdc(b − a, 3a) Deste modo, mdc(2a + b, a + 2b) = mdc(b − a, 3a). Se 3|b − a, teremos mdc(2a + b, a + 2b) = 3 Se 3 b − a, teremos mdc(2a + b, a + 2b) = 1 mdc(2a + b, a + 2b) = mdc(2a + b, a + 2b
Completando a demonstra¸c˜ao.
49
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2.4
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´ ` 49 EXERC´ICIOS DA PAGINA 48 A
24. Decomponha em fatores primos 234, 456 e 780. Solu¸ c˜ ao de a: Dividindo o numero 234 sempre pelo menor numero primo poss´ıvel chega-se at´e: 234 = 117 2 117 = 39 3 39 = 13 3 13 =1 13 Sendo assim: 234 = 2 32 13
· ·
Solu¸ c˜ ao de b: 456 = 23 3 19
· ·
Solu¸ c˜ ao de c: 780 = 22 3 5 13
· · ·
25. Ache o m´aximo divisor comum dos seguintes pares de n´ umeros atrav´es da decomposi¸c˜ao desses n´ umeros em fatores primos: a) 234 e 456 b) 456 e 780 c) 200 e 480 Solu¸ c˜ ao: A decomposi¸c˜ao de 234 e 456 ´e: 234 = 21 32 13 456 = 23 31 19
· · · ·
Note que na decomposi¸ca˜o de ambos existe em comum o numero 2 e 3. Fazendo o produto desses valores elevados a menor potencia dada determinamos o mdc. 51
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mdc(234, 456) = 21 31
·
mdc(234, 456) = 6 Solu¸ c˜ ao de b: 456 = 23 3 19
· · 780 = 22 · 3 · 5 · 13 ⇒ mdc(456, 780) = 22 · 3 = 12 Solu¸ c˜ ao de c: 200 = 23 52
· 480 = 25 · 3 · 5 ⇒ mdc(200, 480) = 23 · 5 = 40 26. Determine todos os n´umeros primos que podem ser expressos na forma n 2 –1. umero primo e fatore o segundo membro dessa igualdade. Sugest˜ ao: Suponha p = n2 – 1 um n´ Solu¸ c˜ ao: Seja “p” um numero primo que possa ser expresso como: p = n 2 sendo assim p = n 2
−1
− 1 = (n − 1)(n + 1)
⇒ p = (n − 1)(n + 1)
Observe que nesta condi¸ca˜o “p” seria divis´ıvel por 1, por ele mesmo, por n poderia contrarias a defini¸c˜ao de primo. Para evitar que isso ocorra devemos considerar que n
− 1 = 1 ou n + 1 seja igual a 1.
• Se (n − 1) = 1 ent˜ao n = 2 e assim p = 3. Que ´e um numero primo. • Se (n + 1) = 1 ent˜ao n = 0 e p = −1. Que n˜ao ´e primo. Portanto, o numero 3 ´e o u ´nico valor poss´ıvel.
27. Se n ´e um inteiro e n 3 –1 ´e primo, prove que n = 2 ou n = 52
− 1 e n + 1, o que
−1.
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Solu¸ c˜ ao: Seja p um primo escrito como: p = n 3 p = (n
−1
− 1)(n2 + n + 1)
Um numero primo s´o pode ser fator´avel por 2 valores, o um e ele mesmo. Sendo assim, ou (n 1) = 1 ou (n2 + n + 1) = 1.
−
• Se (n − 1) = 1 ent˜ao n = 2; • Se (n2 + n + 1) = 1 ent˜ao n = 0 ou n = −1. Como n = 0 implicaria em um p negativo, ent˜ ao n = 2 o u n = demonstrar.
−1.
Como se queria
28. Em 1742, o russo Christian Goldbach formulou a seguinte conjectura (conhecida como conjectura de Goldbach): “Todo inteiro par maior que 2 ´e igual `a soma de dois n´ umeros primos positivos”. Por exemplo: 4 = 2 + 2, 6 = 3 + 3, 8 = 3 + 5, 10 = 3 + 7, etc. At´ e hoje continua em aberto a quest˜ao de saber se essa proposi¸ca˜o ´e falsa ou verdadeira. Admitindo a conjectura de Goldbach, prove que todo inteiro maior que 5 ´e soma de trˆ es n´ umeros primos. Por exemplo: 6 = 2 + 2 + 2 , 7 = 2 + 2 + 3, etc. Sugest˜ ao: Devido `a conjectura, se n (soma de trˆes n´umeros primos).
≥ 3, 2n–2 = p +q ( p e q primos). Portanto, 2n = p +q +2
Solu¸ c˜ ao: Tome um numero k > 5 ent˜ ao: k = 5 + t com t
∈N
∗
Para t = 1 ou t = 2 a demonstra¸c˜ao ´e evidente. k = (3 + 2) + 1 k = (3 + 2) + 2 Para t 3 e admitindo que a conjectura seja sempre v´alida, existe dois primos t 1 e t 2 tal que t = t 1 + t2 . Sendo assim:
≥
k = 5 + t k = 5 + t1 + t2 Como 5 ´e primo e t 1 e t 2 por hip´ otese fica mostrado a proposi¸c˜ao. 53
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29. Ache o menor n´ umero inteiro positivo n para o qual a express˜ao h(n) = n 2 + n + 17 ´e um n´ umero composto. Solu¸ c˜ ao: Essa f´ormula gera n´ umeros primos para n = 0, 1,..., 15. Assim, o menor numero composto adquirido atrav´es desse polinˆomio ocorre para n = 16. Obs: Como o polinˆomio acima n˜ao pode ser fator´avel a forma mais trivial de se chegar a solu¸c˜ao ´e por meio de tentativas, embora essa f´ormula e esse resultado sejam bastante conhecidos na teoria dos n´ umeros.
30. Se n 2 + 2 ´e um n´umero primo, prove que n ´e m´ ultiplo de 3 ou n = 1. a trˆes possibilidades de expressar um numero inteiro n; n = 3q , n = 3q + 1, Sugest˜ ao: H´ n = 3q + 2, conforme o resto da divis˜ao de n por 3 seja 0, 1 ou 2. Mostre que as duas u ´ ltimas s˜ao imposs´ıveis, no caso. Solu¸ c˜ ao: Seguindo a sugest˜ ao do livro temos 3 possibilidades para escrever um inteiro n. Sendo assim podemos escrever p como: p = (3q )2 + 2 ou p = (3q + 1) 2 + 2 ou p = (3q + 2) 2 + 2.
• Se p = (3q + 2)2 + 2 ent˜ao: p = (9q 2 + 12q + 4) + 2 p = 9q 2 + 12q + 6 p = 3(3q 2 + 4q + 2) Como p ´e primo ent˜ ao (3q 2 + 4q + 2) = 1. Contudo essa equa¸ ca˜o n˜ao tˆem solu¸ca˜o em Z, assim podemos descartar essa hip´otese pois os valores obtidos para q n˜ao resultaria em um n inteiro.
• Se p = (3q + 1)2 + 2 ent˜ao: p = (9q 2 + 6q + 1) + 2
54
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p = 9q 2 + 6q + 3 p = 3(3q 2 + 2q + 1) Como p ´e primo ent˜ao (3q 2 + 2q + 1) = 1. Contudo, essa equa¸ca˜o possui somente uma solu¸ca˜o inteira que ocorre para q = 0. O que implicaria em n = 3(0) + 1 = 1.
• Se p = (3q )2 + 2 ent˜ao, claramente n ´e m´ultiplo de 3. Portanto, se p = n2 + 1 ´e primo ent˜ao, ou n = 1 ou n ´e m´ ultiplo de trˆes. Como se queria demonstrar.
31. Qual ´e o menor numero inteiro positivo que tem 15 divisores? α 1 α2 e a decomposi¸c˜a o do n´ umero procurado em fatores primos, Sugest˜ ao: Se a = pα 1 p2 ...pm ´ m
ent˜ao 15 = (α1 + 1)(α2 + 1)...(αm + 1). Observe que s´o h´ a duas maneira (salvo quanto `a ordem) de decompor 15 em fatores inteiros positivos. Solu¸ c˜ ao: Fatorando o n´ umero 15 chegamos ao seguinte:
15 = 3 5
·
15 = (2 + 1)(4 + 1) Sendo assim, o n´ umero procurado ter´a a forma a = p 21 p42
·
Como desejamos o menor inteiro e como p 1 e p 2 s˜ao primos ent˜ ao fica claro que os valores de p1 e p 2 s˜ ao primos, ent˜ao os valores de p 1 e p 2 ser˜ao 3 e 2, respectivamente. Sendo assim: a = 32 24
·
= 144
32. Demonstre que o conjunto dos n´ umeros primos positivos ´e infinito. A primeira demonstra¸c˜ao conhecida desse resultado, alias a mesma que esbo¸caremos a seguir, foi dada por Euclides em seus Elementos. Esbo¸ co da demonstra¸cao: ˜ Suponha que esse conjunto fosse finito: digamos que seus elementos
fossem p1 , p2 ,...,pn . Construa o n´ umero p = p 1 p2 ...pn + 1. Esse numero n˜ao ´e nenhum dos pi , 55
´ Algebra Moderna
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≤ ≤
(por que?). Logo, ´e composto (Por que?). Ent˜ ao ´e divis´ıvel por um dos pi , (1 i n)(por que?). Segue, ent˜ao, que p 1 (por que?). Esse absurdo (por que?) garante a infinitude do conjunto dos primos.
|
Solu¸ c˜ ao:
·
Suponha por absurdo que p1 ,...pn fossem todos os primos. Nesse caso o numero p = p1 p2 pn + 1 n˜ ao seria divis´ıvel por nenhum primo, o que contr´ aria o teorema fundamental da aritm´etica.
·····
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´ EXERC´ICIOS DA PAGINA 52
2.5
33. Resolva as seguintes equa¸co˜es diofantinas lineares: a) 3x + 4y = 20 b) 5x–2y = 2
−
c) 18x–20y = 8 d) 24x + 138y = 18
Solu¸ cao ˜ de a: O problema j´a afirma que as equa¸c˜oes possuem solu¸ca˜o, entretanto ´e bom que se crie o h´abito de sempre verificar se a equa¸c˜ao possui ou n˜ao solu¸ca˜o. A n´ıvel de exemplo vamos verificar a primeira equa¸c˜ao. Para isso basta conferir se mdc(3, 4) 20.
|
Como mdc(3, 4) = 1 e 1 20 ent˜ ao a equa¸c˜ao possui solu¸c˜ao.
|
Agora que sabemos que a equa¸ca˜o possui solu¸ c˜ao evocamos o teorema de bezout para afirmar que 3α + 4β = 1 Atrav´es do algoritmo estendido de Euclides obtemos como solu¸ca˜o da equa¸c˜ao acima α = e β = 1.
−1
3( 1) + 4(1) = 1
−
Multiplicando a igualdade acima por 20 3( 20) + 4(20) = 20
−
e comparando a igualdade acima com a identidade original (3x + 4y = 20) fica evidente que x = 20 e y = 20. Assim, uma solu¸c˜ao particular da equa¸ca˜o ´e (x, y) = ( 20, 20) e a solu¸c˜ao geral ser´a:
−
−
−
4 20 + k, 20 mdc(3, 4)
·
−
3 k = ( 20 + 4k, 20 mdc(3, 4)
·
−
− 3k)
onde k ´e qualquer n´umero inteiro. Solu¸ cao ˜ de b: Nesse caso vamos resolver a equa¸c˜ao por um m´etodo diferente. Vamos faze-la por tentativa. Primeiro evidenciamos y na equa¸c˜ao. 5x–2y = 2
⇒ y = 25 x − 1
Agora nos perguntamos: qual o valor para x que nos fornece um valor inteiro para y ?
58
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Veja que o 2 ´e um dos muitos valores poss´ıveis. y =
5 2 2
· − 1 = 4
⇒ y = 4 Assim, uma solu¸c˜ao particular ser´a x = 2 e y = 4. 5(2)
− 2(4) = 2
A solu¸c˜ao geral fica a cargo do leitor. Solu¸ cao ˜ de c e d: An´alogas as anteriores.
34. Decomponha o n´umero 100 em duas parcelas positivas tais que uma ´e m´ ultipla de 7 e a outra de 11. (Problema do matem´atico L. Euler [1707-1783]). Solu¸ cao: ˜ O problema equivale a resolver a seguinte equa¸c˜ao diofantina 7a + 11b = 100 (1) Como 7 e 11 s˜ao primos ent˜ ao mdc(7, 11) = 1 e pelo teorema de bezout 7a + 11b = 1 (2) Pelo algoritmo estendido de Euclides a solu¸ca˜o de (2) ´e 2 e
−3.
Sendo assim:
−
7a + 11b = 7( 3) + 11(2) = 1
⇒ 7(−3) + 11(2) = 1
(3)
Multiplicando (3) por 100
−
7( 300) + 11(200) = 100 A equa¸c˜ao acima j´a pode ser considerada uma solu¸c˜ao se o problema n˜ao exigisse que as duas parcelas provenientes da decomposi¸ca˜o do 100 fossem positivas. Para chegar a um resultado que satisfa¸ca a essa exigˆ encia primeiro determinamos a solu¸ca˜o geral da equa¸ca˜o
59
´ Algebra Moderna
−
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11 300 + k, 200 mdc(7, 11)
·
−
7 k = ( 300 + 11k, 200 mdc(7, 11)
·
−
− 7k)
E escolhemos um k que cumpra as seguintes inequa¸co˜es:
− 7k > 0 ⇒ k < 200/7 −300 + 11k > 0 ⇒ k > 300/11 200
No intervalo (300/11, 200/7) temos apenas o 28 que cumpre as condi¸c˜oes impostas. E pela solu¸c˜ao geral nos d´a a seguinte solu¸c˜ao particular ( 300 + 11(28), 200
−
− 7(28)) = (8, 4).
Observe que essa solu¸c˜ao nos entrega agora a resposta. 7(8) + 11(4) = 100
·
Assim, o 100 pode ser decomposto em duas parcelas sendo uma igual a 7 8 = 56 e outra igual a 11 4 = 44.
·
35. Ache todos os n´ umeros inteiros estritamente positivos com a seguinte propriedade: d˜ ao resto 6 quando divididos por 11 e resto 3 quando divididos por 7. Solu¸ cao: ˜ Seja p um numero que satisfa¸ca as condi¸co˜es impostas ent˜ao: p = 11k + 6 e p = 7q + 3 igualando as identidades acima chegamos a uma equa¸c˜ao diofantina. 11k + 6 = 7q + 3
⇒ 11k − 7q = −3 ⇒ 7q − 11k = 3 Cuja solu¸c˜ao geral ocorre para k = 8
− 7t e q = 13 − 11t, com t ∈ Z.
Sendo assim p = 11k + 6 60
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⇒ p = 11(8 − 7t) + 6 ⇒ p = 94 − 77t com t ∈ Z Como o problema imp˜oe que p seja positivo ent˜ao:
≥0 ⇒ 94 − 77t ≥ 0 ⇒ t ≤ 0
p
{ − 77t|t = 1, 0, −1, −2,...}
Assim, a solu¸ca˜o ´e: todos os n´umeros do conjunto 94 Observa¸ca ˜o:
A solu¸c˜ao mostrada no livro ´e equivalente a mostrada aqui. A diferen¸ca entre elas se deve apenas ao fato de que aqui foi tomada uma solu¸c˜ao particular da diofantina diferente da tomada pelo autor. Da mesma forma o aluno pode chegar a mesma solu¸c˜ao escrita de uma terceira forma.
36. O valor da entrada de um cinema ´e R$ 8,00 e da meia entrada R$ 5,00. Qual ´e o menor numero de pessoas que pode assistir a uma sess˜ao de maneira que a bilheteria seja de R$ 500,00? (Em tempo: a capacidade desse cinema ´e suficiente para esse n´umero de pessoas). Solu¸ cao: ˜ O problema equivale a resolver a seguinte equa¸c˜ao 8x + 5y = 500 Ora 8(2) + 5( 3) = 1 ent˜ao 8(1000) + 5( 1500) = 500, assim uma solu¸ca˜o particular seria (x, y) = (1000, 1500).
−
−
−
E a solu¸c˜ao geral (1000
− 5k, −1500 + 8k)
Como x e y s˜ao o numero de pessoas que pagam inteira e meia, respectivamente, ent˜ao a solu¸c˜ao n˜ ao pode ser negativa. Em outras palavras devemos encontrar um k tal que: 1000
− 5k ≥ 0 e −1500 + 8k ≥ 0
. Dessas duas inequa¸co˜es conclui-se que k deve estar no intervalo [187.5, 200]. Como k Z e o problema pede o menor numero de pessoas ent˜ ao necessitamos testar apenas os dois valores extremos do intervalo.
∈
Para k = 188 a solu¸ca˜o ser´a: (1000
− 5k, −1500 + 8k) = (60, 4) 61
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Para k = 200 a solu¸ca˜o ser´a: (1000
− 5k, −1500 + 8k) = (0, 100)
Como 64 < 100 a solu¸c˜ao ´e vender 60 inteiras e 4 meias.
37. Ao entrar num bosque, alguns viajantes avistam 37 montes de ma¸c˜ a. Ap´os serem retiradas 17 frutas, o restante foi vendido igualmente entre 79 pessoas. Qual a parte de cada pessoa? (Problema de Mahaviracarya, matem´atico hindu). Solu¸ cao: ˜ Suponha que tenham x ma¸cas em cada monte. Assim foram vistas 37x ma¸cas ao todo. Em seguida foram retiradas 17 ficando apenas 37x
− 17
Como esse total foi totalmente dividido, e em partes iguais, ent˜ao conclu´ımos que a divis˜ao foi exata, assim pelo teorema da divis˜ao euclidiana 37x
− 17 = 79k
⇒ 37x − 79k = 17 (1) Com k
∈ Z e representando a parte de ma¸cas recebidas por cada pessoa.
Resolvendo a equa¸c˜ao 37a + 79b = 1 pelo algoritmo de Euclides estendido chegamos a solu¸ca˜o particular (a, b) = ( 32, 15). Que nos leva a uma solu¸c˜ao particular para (1).
−
(37( 32) + 79(15)) 17 = 1 17
−
·
·
−
37( 544) + 79(255) = 17
⇒ 37(−544) − 79(−255) = 17 ⇒ (x, k) = (−544, −255) Dessa solu¸c˜ao particular chega-se a seguinte solu¸c˜ao geral para (1) (x, k) = ( 554
− − 79t, −225 − 37t)
Com t
∈ Z. 62
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Como k ´e o numero de ma¸cas recebidas por cada um ele deve ser inteiro, ou seja, deve satisfazer a inequa¸c˜ao 225 37t > 0 cuja solu¸ca˜o ocorre para t ( , 225/8).
− −
∈ −∞ −
Ou em outras palavras: As quantidades poss´ıveis de ma¸cas recebidas por cada um formam o conjunto
{−225 − 37t|t = −7, −8, −9,...}
63
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2.6
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´ ` 62 EXERC´ICIOS DA PAGINA 61 A
38. Ache os restos das seguintes divis˜oes: a) 245 por 7 b) 11100 por 100
c) 310 425 + 68 por 5 d) 52 4841 + 285 por 3
·
·
Solu¸ cao ˜ de a: Se 23
≡ 1 (mod 7), ent˜ao: (23 )15 ≡ 115 (mod 7) ⇒ 245 ≡ 1 (mod 7) Ou seja, o resto de 2 45 por 7 ´e 1. Solu¸ cao ˜ de b: Se 112
≡ 21 (mod 100) ent˜ao: (112 )50 ≡ 2150 mod(100). Como 212 ≡ 41 (mod 100) ent˜ao: (212 )25 ≡ 4125 (mod 100) ⇒ 2150 ≡ 4125 (mod 100). Como 41 ´e um numero de dois d´ıgitos e termina com 1 ´e f´acil concluir que 41 25 100). Sendo assim: (112 )50
≡ 2150 ≡ 4125 ≡ 1 (mod 100) ⇒ 11100 ≡ 1 (mod 100) portanto, o resto da divis˜ ao citada ´e 1. Solu¸ cao ˜ de c: Se 32
≡ 4 (mod 5) ent˜ao: (32 )5 ≡ 45 (mod 5) 310 ≡ 45 (mod 5) e como 44 = 1024 ent˜ ao: 310
≡ 4 (mod 5) 65
(1)
≡ 1 (mod
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Sabe-se que 40 ´e divis´ıvel por 5, ent˜ao 42
Como 62
≡ 2 (mod 5).
42
≡ 2 (mod 5)
(2)
68
≡ 1 (mod 5)
(3)
≡ 1 (modulo 5) ent˜ao:
(62 )4
≡ 14 (mod 5) ⇒ 68 ≡ 1 (mod 5)
Usando (1), (2) e (3) 310 425 + 68
·
≡ 4 · (2)5 + 1 = 129 ⇒ 129 ≡ 4 (mod 5)
Ou seja, o resto da divis˜ao solicitada ´e 4. Solu¸ cao ˜ de d: Facilmente se conclui que 5 2 como resto dessa divis˜ao
≡ 1 (mod 3).
Fazendo a divis˜ ao de 4841 por 3 encontramos 2
4841 = 1613(3) + 2 3
≡ 1 (mod 3), portanto 285 ≡ 1 (mod 3). Sendo assim: 52 · 4841 + 285 ≡ 1 · 2 + 1 (mod 3) ≡ 3 mod(3) ≡ 0 (mod 3).
Tamb´ em sabe-se que 28
Ou seja, o resto da divis˜ao solicitada ´e 0.
39. Mostre que o numero 2 20
− 1 ´e divis´ıvel por 41
Solu¸ cao: ˜ 25
≡ −9 mod(41) ⇒ (25)4 ≡ (−9)4 mod(41) ⇒ 220 ≡ (−9)4 mod(41). Como −94 = 6561 e a divis˜ao de 6561 por 41 tem resto 1 ent˜ao: 66
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220
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≡ 1 mod(41)
Sendo assim, 220
−1 ≡ 1−1 =0 O que implica em 220 − 1 mod(41). Como se queria demonstrar.
40. Qual ´e o resto da divis˜ao euclidiana de 15 + 25 + 35 + ... + 995 + 1005 por 4? Justifique. Sugest˜ ao: Dividir a soma dada em 25 grupos de 4 parcelas.
Solu¸ cao: ˜ No m´ odulo 4 a soma pode ser escrita assim: 15 + 2 5 + 3 5 + 0 5 + 1 5 + 2 5 + 3 5 + 0 5 +
··· + 15 + 25 + 35 + 05
Como a ordem dos fatores n˜ao altera o resultado da soma em R, ent˜ ao podemos deslocar o 5 u ´ ltimo termo da soma (0 ) para agrupa-la em grupos de 4 termos. (05 + 15 + 25 + 35 ) + (05 + 15 + 25 + 35 ) +
··· (05 + 15 + 25 + 35)
Dividindo 100 por 4 o resultado ser´a 25. Ent˜ao, conclu´ı-se que existam 25 grupos de quatro termos na soma acima. Isto ´e:
(05 + 15 + 25 + 35 ) + (05 + 15 + 25 + 35 ) +
··· (05 + 15 + 25 + 35) = 25 × (05 + 15 + 25 + 35)
= 25
× (1 + 32 + 243) = 25 × (276) Como 276 ≡ 0 no m´ odulo 4 ent˜ ao: 25 × (276) = 25 × 0 = 0 ⇒ 15 + 25 + ··· + 995 + 1005 ≡ 0 (mod 4). Ou seja, o resto ´e zero.
41. a) Mostre que o resto da divis˜ao de um numero por 10 ´e seu algarismo das unidades e que o resto da divis˜ao por 100 ´e o numero formado pelo dois u ´ ltimos algarismos do numero dado. 100
b) Ache o algarismo das unidades de 7(7
).
9
c) Ache os dois ´ultimos algarismos de 9(9 ) .
67
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Solu¸ cao ˜ de a: Seja n um n´ umero qualquer se n < 10 ent˜ ao a demonstra¸c˜ao ´e evidente. Se n > 10 ent˜ ao existe um q e p Z onde pelo teorema da divis˜ao euclidiana pode-se afirmar que n = 10q + p com 10 > p > 0. O que implica em n p (mod 10). Em outras palavras a divis˜ ao de n por 10 ´e igual a p que como ´e menor que dez ´e o algarismo que representa a unidade (ou o u ´ ltimo algarismo do n´ umero dado).
∈
≡
Analogamente se prova para n negativo. Solu¸ cao ˜ de b: Considere a seguinte sequˆencia: 70 = 1 n´ umero terminado em 1. 71 = 7 n´ umero terminado em 7. 72 = 49 n´ umero terminado em 9. 73 = 343 n´ umero terminado em 3. 74 = 2401 n´ umero terminado em 1. 75 = 16807 n´ umero terminado em 7. .. . se continu´assemos com ela perceber´ıamos que o final dos demais n´umeros ainda seria, e na ordem, os n´ umeros 1, 7, 9 e 3 at´e o fim. Como as potˆ encias de 7 seguem esse padr˜ ao e tˆ em somente 4 algarismos diferentes para compor seu algarismo das unidades (1, 3, 7 e 9), ent˜ao podemos determinar o n´ umero p tal que: 100
77
≡ p (mod. 4)
pois com base nele facilmente descobrimos qual o algarismo das unidades. Veja: Como 7 100
≡ 3 (mod 4) e 100 ≡ 0 (mod 4) ent˜ao, 0
77
≡ 33 (mod. 4) ⇒ 77 ≡ 31 (mod. 4) ⇒ 77 ≡ 3 (mod. 4). 100
100
100
Ent˜ao, o algarismo da unidade de 7 7
´e 3.
Solu¸ cao ˜ de c: Esse m´etodo pode ser aplicado sempre que se desejar encontrar os dois ´ultimos algarismos de um numero n n (com n N). n
∈
68
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• Primeiro determina-se um inteiro r tal que 99 ≡ r (mod 10). 99 = 93
como 729
3
= (729)3
≡ 9 no m´odulo 10 ent˜ao:
99
≡ 93 (mod 10) ⇒ 99 ≡ 729 (mod 10) ⇒ 99 ≡ 9 (mod 10) ⇒ r = 9 r
• Finalmente determinamos um inteiro p tal que 9 ≡ p (mod 100). 99 = (93 )3 = (729)3
≡ (29)3 (mod 100) Como 293 = 24389 ent˜ao (29)3 ≡ 89 (mod 100).
O que implica em
p = 89.
9
Sendo assim, os dois ´ultimos d´ıgitos de 99 ´e 89.
´ o caso, por 42. Se p e p + 2 s˜ao n´ umeros primos, ent˜ao eles se denominam primos gˆemeos. E exemplo, de 3 e 5. Se p > 3 e os n´umeros p e p + 2 s˜ao primos gˆemeos, prove que a soma p + ( p + 2) = 2 p + 2 ´e m´ ultiplo de 12. Sugest˜ ao: Sendo a soma um numero par, ent˜ao a principio essa soma poderia ser cˆongrua a
0, 2, 4, 6, 8, 10 m´odulo 12. Mostrar que todas essas possibilidades, exceto a primeira, levam a uma contradi¸c˜ao. Solu¸ cao: ˜ Seguindo a sugest˜ ao vamos provar que 2p + 2 n˜ao pode ser equivalente a 2, 4, 6, 8 ou 10 no m´ odulo 12. Suponha por absurdo que 2 p + 2
≡ 2 (mod 12). Nesse caso, poder´ıamos afirmar ent˜ao que:
2 p + 2 = 12q + 2 para algum q
∈ Z.
Sendo assim: 2 p = 12q
⇒ p = 6q 69
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O que ´e um absurdo, pois p sendo primo s´o pode ter dois divisores. E sendo p = 6q teria como divisores 6, q e o pr´oprio p, isto ´e 3. De forma similar se prova os demais casos.
43. Prove que se a
≡ b (mod m) e n ´e um divisor de m, maior que 1, ent˜ao a ≡ b (mod n).
Solu¸ cao: ˜
≡
∈ Z). Se n e´ um divisor de m, ent˜ao m = nk com
Se a b (mod m) ent˜ ao a = mq + b (q k Z. Sendo assim:
∈
a = mq + b
⇒ a = (nk)q + b ⇒ a = n(kq ) + b Essa u ´ ltima implica¸c˜ao resulta em a
≡ b (mod n).
44. Demonstre: a) a 3
≡ a (mod 6) b) a 3 ≡ 0, 1 ou 8 (mod 9) c) Se a ´e um inteiro que n˜ao ´e divis´ıvel por 2 nem por 3, ent˜ao a 2 d) Se a ´e um cubo perfeito, ent˜ao a
≡ 1 (mod 24).
≡ 0, 1 ou −1 (mod 9).
Solu¸ cao ˜ de a: Dizer que a 3
≡ a (mod 6) ´e equivalente a dizer que a 3 − a ≡ 0 (mod 6). a3
≡ a (mod 6) ⇔ a 3 − a ≡ 0 (mod 6)
Sendo assim, podemos provar o que se pede provando apenas que a 3
− a ≡ 0 (mod 6).
Note que a3 a = (a 1)a(a + 1). Um resultado conhecido da Teoria dos N´umeros ´e o de que entre trˆes n´umeros consecutivos um deles ´e divis´ıvel por 3 ent˜ao:
−
−
− 1) ´e divis´ıvel por 3, ent˜ao (a − 1) = 3k com k ∈ Z. Logo a 3 = 3k · a · (a + 1). Se (a
Como a e a + 1 s˜ao de paridades diferentes ent˜ao seu produto ´e par. Ou seja a(a + 1) = 2q para algum q Z.
∈
Sendo assim: 70
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a3
− a = 3k · 2q = 6(kq )
⇒ a3 − a ≡ 0 (mod 6). Analogamente se prova no caso de a ou (a+1) divis´ıveis por 3. Completando a demonstra¸c˜ao. Solu¸ cao ˜ de b (Retirada da p´ agina do Ell Alves4 ): Todo n´ umero inteiro tem a forma: 3k, 3k + 1 ou 3k + 2, com k
∈ Z.
Para os seus cubos, temos: (3k)3 = 27k 3 = 9(3k 3 ) + 0
≡ 0 (mod 9) (3k + 1) 3 = 9(3k3 + 3k 2 + k) + 1 ≡ 1 (mod 9) (3k + 2) 3 = 9(3k3 + 6k 2 + 4k) + 8 ≡ 8 (mod 9). Solu¸ cao ˜ de c: Todo n´ umero inteiro tem a forma: 3k, 3k + 1 ou 3k + 2, com k
∈ Z.
Note que a n˜ a o pode ser igual 3k, pois a n˜ ao ´e divis´ıvel por 3. Assim, resta nos duas possibilidades: ou a = 3k + 1 ou a = 3k + 2. Se a for igual a 3k + 1 ent˜ ao k deve ser par, pois se k for impar implicar´a em a divis´ıvel por 2. Veja: (Prova de que k ´ e par ) a = 3k + 1
⇒ a = 3(2q + 1) + 1 ⇒ a = 2(3q + 2) que ´e par. Supondo a = 3k + 1 ent˜ ao: a2 = (3k + 1) 2 = 9k 2 + 6k + 1 Como k ´e par pode-se fazer k = 2q com q
∈ Z, assim:
a2 = 9(2q )2 + 6(2q ) + 1
⇒ a2 = 36q 2 + 12q + 1 ⇒ a2 = 12q (3q + 1) + 1 4
http://ellalves.net.br/blog/posts/single/21/teoria dos numeros exercicios de congruencia linear
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Finalmente por indu¸ca˜o podemos terminar a demonstra¸ca˜o. (Base:) Para q = 0 temos a 2 = 12(0)(3 0 + 1) + 1 = 1
· Como 1 ≡ 1 (mod 24) ent˜ ao a 2 ≡ 1 (mod 24). (Passo indutivo:)
Supondo que a proposi¸ca˜o seja verdadeira para a = k ent˜ ao: a2 = 12k(3k + 1) + 1
≡ 1 (mod 24)
⇒ 12k(3k + 1) ≡ 0 (mod 24) ⇒ (12k(3k + 1)) + 24(3k + 3) ≡ 0 (mod 24) ⇒ (12(k + 1))(3(k + 1) + 1)) ≡ 0 (mod 24) ⇒ (12(k + 1))(3(k + 1) + 1)) + 1 ≡ 1 (mod 24) ⇒ a2 ≡ 1 (mod 24) Completando a demonstra¸c˜ao do passo indutivo. Analogamente se prova para o caso de a = 3k + 2.
45. a) Encontre um inteiro x tal que x 17)(Regiomantanus, s´eculo XVI). b) Encontre um inteiro x tal que x seculo XVIII).
≡ 3 (mod 10), x ≡ 11 (mod 13) e x ≡ 15 (mod
≡ 3 (mod 11), x ≡ 5 (mod 19) e x ≡ 10 (mod 29)(Euler,
Solu¸ cao ˜ de a: Usando o teorema chines dos restos x = 1103. Solu¸ cao ˜ de b: x = 4128
46. Resolva, mediante o teorema chinˆes do resto, os seguintes sistemas: a) x
≡ 1 (mod 10), x ≡ 4 (mod 11), x ≡ 6 (mod 13) b) x ≡ 5 (mod 7), x ≡ −1 (mod 9), x ≡ 6 (mod 10) Solu¸ cao: ˜
72
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A cargo do leitor.
47. Um bando de 17 piratas, ao tentar dividir igualmente entre si as moedas de uma arca, verificou que haveria uma sobra de 3 moedas. Seguiu-se uma discuss˜ a o, na qual um pirata foi morto. Na nova tentativa de divis˜ a o j´ a com um pirata a menos, verificou-se que haveria uma sobra de 10 moedas. Nova confus˜ a o, e mais um pirata foi morto. Ent˜ a o, por fim, eles conseguiram dividir igualmente as moedas entre si. Qual o menor numero de moedas que a arca poderia conter? Solu¸ cao ˜ (Retirada do yahoo perguntas: ) Considere o n ◦ de moedas igual a “x”. Ent˜ao: x = q 1 + 3 17 x = q 2 + 10 16 x = q 3 + 0 15
⇒ x = 17q 1 + 3 ⇒ x ≡ 3 (mod 17) ⇒ x = 16q 2 + 10 ⇒ x ≡ 10 (mod 16)
⇒ x = 15q 3 + 0 ⇒ x ≡ 0 (mod 15)
Pelo Teorema Chinˆes do Resto:
≡ a1 (mod m 1) x ≡ a2 (mod m 2 ) x ≡ a3 (mod m 3 ) X = a 1 · M 1 · x1 + a2 · M 2 · x2 + a3 · M 3 · x3 x
Onde: “M a ” ´e o produto de todos os “mk ” com exce¸ca˜o de “ma ” Exemplo:
· M 2 = m1 · m3 M 3 = m1 · m2 M 1 = m2 m3
· ≡ 1 (mod ”m ”)
“xa ” ´e o n´ umero que torna M a xa
a
No nosso caso:
· · ·
· · ·
· · ·
X = 3 16 15 x1 + 10 17 15 x2 + 0 17 16 x3
73
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·
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·
X = 720 x1 + 2550 x2 Calculando o “x1 ”:
· · ≡ 1 (mod 17)
x1 16 15 como: 16
≡ −1 (mod 17)
e
≡ −2 (mod 17) x1 · 16 · 15 ≡ 1 (mod 17) x1 · (−1) · (−2) ≡ 1 (mod 17) 2 · x1 ≡ 1 (mod 17) 15
Como
≡ 18 (mod 17) 2 · x1 ≡ 1 (mod 17) 2 · x1 ≡ 18 (mod 17) 18 x1 ≡ (mod 17) 2 x1 ≡ 9 (mod 17) 1
Calculando o “x2 ”:
· · ≡ 1 (mod 16)
x2 17 15 Como: 17
≡ 1 (mod 16)
e 15
≡ −1 (mod 16) x2 · 17 · 15 ≡ 1 (mod 16) x2 · 1 · (−1) ≡ 1 (mod 16) −x2 ≡ 1 (mod 16) x2 ≡ −1 (mod 16) Como:
74
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−1 ≡ 15 (mod 16) x2 ≡ −1 (mod 16) x2 ≡ 15 (mod 16) Substituindo “x1 ” e “x2 ”: X = 720 x1 + 2550 x2
· · X = 720 · 9 + 2550 · 15 X = 6480 + 38250 X = 44730 Para finalizar:
≡ 44730 (mod 17 · 16 · 15) x ≡ 44730 (mod 4080) x
Como: 44730
≡ 3930 (mod 4080)
Obs: Como queremos o menor n´umero de moedas poss´ıvel, temos que encontrar o primeiro valor positivo que seja congruente de 44730 no modulo 4080. No caso ´e o 3930. Logo, o menor n´ umero de moedas poss´ıvel ´e 3930.
75
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Quer saber quando sair´a a pr´oxima atualiza¸ca˜o desse documento? Nesse caso vocˆ e pode:
• verificar diretamente no blog (www.number.890m.com); • ou me seguir no Facebook ( www.facebook.com/diegoguntz). E se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para ao.
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3
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Rela¸co ˜es, Opera¸ c˜ oes, Aplica¸co ˜es
3.1
´ ` 71 EXERC´ICIOS DA PAGINA 70 A
1. Sejam E = 1, 3, 5, 7, 9 e F = 0, 2, 4, 6 .
{
}
{
}
a) Enumere os elementos das seguintes rela¸c˜oes de E em F:
{ | − 1} R2 = {(x, y)|x < y} R3 = {(x, y)|y = 3x} R1 = (x, y) y = x
b) Estabele¸ca o dom´ınio e a imagem de cada uma. Solu¸ cao ˜ de a: Seja R 1 : E
→ F ent˜ao R1 (1) = 1 − 1 = 0 R1 (3) = 3 − 1 = 2 R1 (5) = 5 − 1 = 4 R1 (7) = 7 − 1 = 6 R1 (9) = 9 − 1 = 8 Sendo assim: R1 = {(1, 0); (3, 2);(5, 4); (7, 6); (9, 8)}. J´a quanto as rela¸c˜oes da ordem entre E e F pode-se dizer o seguinte:
• Existe apenas uma rela¸c˜ao de ordem que envolva o 2; 1 < 2
• duas que envolvem o 4; 1 < 4 e 3 < 4
• e trˆes que envolvem o 6 1 < 6, 3 < 6 e 5 < 6
Sendo assim: R2 = (1, 2);(1, 4), (3, 4); (1, 6); (3, 6);(5, 6)
{
}
Usando racioc´ınio an´alogo a R 1 conclui-se que R 3 =
77
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Solu¸ cao ˜ de b: Dado R1 = (1, 0); (3, 2);(5, 4); (7, 6); (9, 8) chama-se de dom´ınio de R 1 o conjunto formado pelo primeiro elemento de cada par ordenado de R 1 , ou seja:
{
}
{
}
Dm (R1 ) = 1,3,5,7,9
J´a a imagem de R 1 ´e o conjunto formado pelo segundo elemento de cada par. Isto ´e:
{
}
Im (R1 ) = 0,2,4,6,8
Analogamente se chega `a: Dm (R2 ) = 1,3,5 e Im (R2 ) = 2,4,6
{
}
{
}
Dm (R3 ) = Im (R3 ) =
2. Sabe-se que E ´e um conjunto com 5 elementos e R = (a, b), (b, c), (c, d), (d, e) ´e uma rela¸ca˜o sobre E. Pede-se obter:
{
}
a) os elementos de E; b) dom´ınio e imagem de R; c) os elementos, dom´ınio e imagem de R−1 ; d) esquema de flechas de R; Solu¸ cao ˜ de a: Se R ´e uma rela¸c˜ao sobre o conjunto “E” ent˜ao todos os seus pares devem ser formados pelos elementos do pr´oprio “E”, e como este tˆem apenas 5 elementos (mesma quantidade de elementos que comp˜oem os pares ordenados de R) ent˜ao:
{
E = a,b,c,d,e
}
Solu¸ cao ˜ de b: Dm (R) = a,b,c,d e Im (R) = b,c,d,e
{
}
{
}
Solu¸ cao ˜ de c: Se R = (a, b); (b, c); (c, d); (d, e) a invers˜ao dos elementos de seus pares ser´a R −1 . Assim:
{ } 1 = {(b, a); (c, d); (d, c); (e, d)}
R−
De modo que Dm (R−1 ) = b,c,d,e e Im (R−1 ) = a,b,c,d
{
}
{
}
Solu¸ cao ˜ de d: 78
´ Algebra Moderna
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a
b
b
c
c
d
d
e
3. Sendo R = (x, y) 4x2 + y 2 = 4 uma rela¸c˜ao sobre R, pede-se:
{
|
}
a) o gr´ afico cartesiano de R; b) o dom´ınio de R; c) a imagem de R; d) descrever R−1 . Solu¸ cao ˜ de a: 2 -1
1 -2
Solu¸ cao ˜ de b:
−
Atrav´es do gr´afico percebe-se que Dm = [ 1, 1] Solu¸ cao ˜ de c: Atrav´es do gr´afico percebe-se que I m (R) = [ 2, 2]
−
Solu¸ cao ˜ de d: Partindo da equa¸ca˜o 4x2 + y 2 = 4 ent˜ ao:
±√ 4 − 4x2 ⇒ y = ±2√ 1 − x2 y =
Trocando y por x ent˜ ao:
79
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± 2 1 − y2 x2 = ( ±2 1 − y2 )2 x2 = 4(1 − y2 ) = 1 − y2 4 y2 = 1 − 4 4y2 = 4 − x2
x2 =
⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒
2 x
2 x
4y2 + x2 = 4
Sendo assim: R−1 = (x, y)
{
∈ R2/x2 + 4y2 = 4 }
4. Seja R a rela¸c˜ao sobre o conjunto N∗ definida pela senten¸ca x + 3y = 10. Pede-se determinar: a) os elementos de R; b) o dom´ınio de R; c) a imagem de R; d) os elementos de R−1) . Solu¸ cao ˜ de a: Note que a senten¸ca x + 3y = 10 tamb´em pode ser escrita como: 10
y =
−x
3 Como a R ´e uma rela¸c˜ao sobre N ent˜ao a desigualdade a seguir deve ser satisfeita. ∗
10
− x > 0
3 O que implica em x < 10 Note que para x = 1 temos: y(1) = Como 3
∈N
∗
ent˜ ao o par (1, 3)
Note que para x = 2,
y(2) =
10
−1 =3
3
∈R
··· , 10 temos:
8 7 5 4 2 1 10 ; y(3) = ; y(4) = 2; y(5) = ; y(6) = ; y(7) = 1; y(8) ; y(9) = ; y(10) = 3 3 3 3 3 3 3 80
´ Algebra Moderna
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∈
∈ R. Os demais valores para x fornecem apenas
Como 2, 7 N ∗ ent˜ao os pares (4, 2);(7, 1) n´ umeros n˜ao naturais de modo que
{
}
R = (1, 3), (4, 2), (7, 1) Solu¸ cao ˜ de b: D(R) = 1, 4, 7
{
}
Solu¸ cao ˜ de c:
{
Im (R) = 1, 2, 3
}
Solu¸ cao ˜ de d: R− 1 = (3, 1), (2, 4), (1, 7)
{
}
5. Sejam E e F dois conjuntos finitos com m e n elementos, respectivamente.
×
a) Qual ´e o n´umero de elementos de E F? b) Qual ´e o n´umero de rela¸c˜oes de E em F? Solu¸ cao ˜ de a:
×
Usando o princ´ıpio fundamental da contagem o n´ umero de elementos de E F ´e igual a m
× n.
Solu¸ cao ˜ de b: Se um conjunto possui m
× n elementos ent˜ao ele ter´a sempre 2
m×n
subconjuntos.
{
6. Seja R uma rela¸ca˜o bin´ aria sobre o conjunto E e R a nega¸c˜ao de R, isto ´e, R = (x, y) x Ry . O que se pode concluir sobre R R e R R ?
}
∩
∪
|
Solu¸ cao: ˜
×
Nesse caso temos R’ = E E - R, ent˜ao: R
∩ R = Ø e R ∪ R = E × E .
7. Sejam R1 e R2 duas rela¸c˜oes bin´arias em E. Que significado tˆem R 1 R2 e R1 R2 ? O que significa a inclus˜ ao R1 R2 ?
∪
⊂
Solu¸ cao: ˜ R1
∪ R 2 = {(x, y) | xR1y ou xR2y} R1 ∩ R 2 = {(x, y) | xR1 y ou xR2 y } 81
∩
´ Algebra Moderna
Se R1
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
⊂ R 2 ent˜ao todo elemento de R1 tamb´em pertence a R2.
82
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
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´ Algebra Moderna
3.2
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ ` 76 EXERC´ICIOS DA PAGINA 75 A
{
}
8. Seja R a rela¸ca˜o em E = 1, 2, 3, 4, 5 tal que xRy se, e somente se, x
− y ´e m´ultiplo de 2.
a) Quais s˜ ao os elementos de R? b) Fa¸ca o diagrama de flechas para R. c) R ´e reflexiva? R ´e sim´etrica? R ´e transitiva? R ´e antissim´etrica? Solu¸ cao ˜ de a:
∈ E .
Comece listando todos os pares (x, y) com x, y (1, 1) (1, 2) .. . (1, 5) .. . (2, 1) (2, 2) .. . (5, 4) (5, 5)
Agora verifique quais desses pares cumprem a condi¸c˜ao de serem divis´ıveis por 2.
(1, 1) (1, 2)
⇒1−1 = 0 ⇒ 1 − 2 = −1 .. .
(1, 5)
⇒ 1 − 5 = −4 .. .
(2, 1) (2, 2)
⇒2−1 = 1 ⇒2−2 = 0 .. .
(5, 4) (5, 5)
⇒5−4 = 1 ⇒5−5 = 0
Observe que das opera¸co˜es listadas acima as ´unicas que satisfazem as condi¸c˜oes de R, isto ´e, ser divis´ıvel por 2 e pertencer a E s˜ao as que formam os pares: (1,1),(1,3),(1,5),(2,2),(2,4),(3,1),(3,3),(3,5),(4,4),(4,2),(5,5),(5,3),(5,1) Portanto, a rela¸ca˜o R ser´a:
84
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
{
}
R = (1, 1), (1, 3), (1, 5), (2, 2), (2, 4), (3, 1), (3, 3), (3, 5), (4, 4), (4, 2), (5, 5), (5, 3), (5, 1) Solu¸ cao ˜ de b:
R = (1, 1), (1, 3), (1, 5), (2, 2), (2, 4), (3, 3), (3, 1), (3, 5), (4, 4), (4, 2), (5, 5), (5, 1), (5, 3) sobre o conjunto E.
{
}
Solu¸ cao ˜ de c: A rela¸c˜ao R ´e reflexiva, pois x anti-sim´etrica.
∀ ∈ E temos xRx. Tamb´em ´e sim´etrica e transitiva.
R n˜ao ´e
9. R ´e uma rela¸c˜a o sobre E = a,b,c,d dada pelo esquema de flechas ao lado. Que propriedades R apresenta?
{
}
a
b
c
d
E Solu¸ cao: ˜ Reflexividade, simetria e transitividade.
10. Que propriedades apresenta a rela¸ca˜o S dada pelo esquema ao lado?
E
a
b
c
d
Solu¸ cao: ˜ S n˜ ao ´e reflexiva, sim´etrica, anti-sim´etrica e transitiva.
{
}
11. O conjunto E = a,b,c,d,e ´e formado pelos cinco filhos de um mesmo casamento. Seja R a rela¸ca˜o sobre E assim definida: 85
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
xRy se, e somente se, x ´e irm˜ao de y Que propriedade R apresenta?
Nota : x ´e irm˜ao de y quando x = y e x e y tˆem os mesmos pais. Solu¸ cao: ˜ Todas as combina¸c˜oes poss´ıveis de pares ordenados sobre o conjunto E ´e dada pelo produto cartesiano E E.
×
E2 = (a, a), (a, b), (a, c), (a, d), (a, e), (b, a), (b, b), (b, c), (b, d), (b, e), (c, a), (c, b), (c, c), (c, e), (d, a), (d, b), (d, c), (d, e), (d, d), (e, a), (e, b), (e, c), (e, d), (e, e)
{
}
Os elementos (a, a), (b, b), (c, c), (d, d) e (e, e) n˜ ao representam irm˜aos, pois n˜ao se pode ser irm˜ ao de si mesmo. Sendo assim a rela¸c˜ao R requerida ´e: R = E 2
− {(a, a), (b, b), (c, c), (d, d), (e, e)} ⇒ R = {(a, b), (a, c), (a, d), (a, e), (b, a), (b, c), (b, d), (b, e), (c, a), (c, b), (c, e), (d, a), (d, b), (d, c), (d, e), (e, a), (e, b), (e, c), (e, d)} De posse da rela¸ca˜o R testamos a existˆ encia das seguintes propriedades sobre R: reflex˜ ao, simetria, transitividade e anti-simetria.
• Conferindo a reflex˜ao. Como R = E 2 − {(a, a), (b, b), (c, c), (d, d), (e, e)} ent˜ ao R n˜ao goza da propriedade reflexiva. • Conferindo a simetria. Olhando para a rela¸ca˜o R pode se observar o que ∀ x, y ∈ E; xRy ⇒ yRx. Assim, a rela¸c˜ao
´e sim´etrica.
• Conferindo a transitividade. Suponha por absurdo que a rela¸ca˜o seja transitiva. Sendo assim, tomando a, b e bRa pela transitividade ter´ıamos aRa. O que gera o absurdo.
∈ E como aRb
• Conferindo a anti-simetria. Como o conjunto E tˆem cinco elementos (por hip´otese) se a rela¸c˜ao fosse anti-sim´etrica ent˜ ao pela rela¸ca˜o R o conjunto E seria unit´a rio. (Obs: essa explica¸c˜ao pode ser colocada sobre a forma de prova por absurdo). Conclus˜ao: A rela¸ca˜o ´e somente sim´etrica.
12. Seja E o conjunto das retas que contˆ em os lados de um hex´agono regular abcde.
86
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
a) Quantos elementos tˆem o conjunto E? b) Indique quais s˜ao os pares ordenados que constituem a rela¸ca˜o R em E assim definida: xRy
⇔ x ´e paralela a y
c) Quais s˜ao as propriedades que R apresenta? Nota : x ´e paralela a y quando x = y ou x
∩ y = ∅, com x e y coplanares.
Solu¸ cao ˜ de a: Imagine o seguinte hex´agono. C
B
D
A
E
F
Note que o hex´agono ´e composto de seis segmentos que s˜ao: CB, BA, AF FE, ED e DC . Ou seja, o conjunto E tˆem seis elementos. E = (c, b), (b, a), (a, f ), (f, e), (e, d), (d, c)
{
}
Solu¸ cao ˜ de b: Note que CB//EF , BA//DE , AF//CD e tamb´em as rec´ıprocas EF//CB, DE//BA e CD//AF . Outro detalhe ´e que pela nota fornecida um segmento ´e paralelo a ele mesmo, sendo assim:
{
R = (ab, ab), (ab,de), (de, ab), (de,de), (bc, bc), (bc, ef ), (ef,bc), (ef,ef ), (cd,cd), (cd,fa), (fa,cd), (fa,fa)
}
Solu¸ cao ˜ de c: Com base na observa¸c˜ao da rela¸c˜ao R conclui-se que a mesma ´e reflexiva, sim´ etrica e transitiva.
{
}
13. Seja E = 1, 2, 3 . Considerem-se as seguintes rela¸co˜es em E:
{ } R2 = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 2), (2, 3), (3, 3)} R1 = (1, 1), (2, 2), (3, 3)
87
´ lgebra Moderna A
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
{
}
R3 = (1, (1, 2), 2), (1, (1, 3), 3), (2, (2, 1), 1), (2, (2, 3), 3), (3, (3, 1), 1), (3, (3, 2), 2), (3, (3, 3) R4 = E E
×
R5 =
∅
Quais s˜ao ao reflexivas? r eflexivas? E sim´etricas? etricas? E transitivas? tra nsitivas? E anti-sim´ anti- sim´etricas? etricas ? Solu¸ c˜ ao: Reflexivas: R1 , R2 e R4 ; sim´etricas: etri cas: R1 , R3 , R4 e R5 ; transitivas: R1 , R2 , R4 e R5 ; anti-si anti -sim´ m´etricas: etri cas:R R1 , R2 e R5 .
{
}
14. Construa sobre o conjunto E = 1, 2, 3, 4 quatro rela¸c˜ c˜oes oes R1 , R2 , R3 e R4 de modo que R1 s´o tem a propriedade reflexiva, R2 s´ o a sim´etrica, etri ca, R3 s´ o a transitiva e R4 s´ o a anti-sim´ anti -sim´etrica. etr ica. ca os diagramas de flechas. Sugest˜ ao: Fa¸ca Solu¸ c˜ cao: ˜ R1 = R2 = R3 = R4 =
{(1, (1, 1), 1), (2, (2, 2), 2), (3, (3, 3), 3), (4, (4, 4)(1, 4)(1, 2), 2), (2, (2, 3), 3), (3, (3, 2)} (1, 2), 2), (2, (2, 1), 1), (1, (1, 3), 3), (3, (3, 1)} {(1, {(1, (1, 2), 2), (2, (2, 3), 3), (1, (1, 3), 3), (2, (2, 1)} {(1, (1, 2), 2), (2, (2, 3), 3), (3, (3, 4)} {
}
15. Dˆ e um exemplo de rela¸c˜ cao a˜o R sobre o conjunto E = a,b,c que tenha as propriedades sim´etrica etri ca e antia nti-sim´ sim´etrica. etri ca. Dˆe um u m exemplo exem plo de rela¸ rela ¸c˜ cao a˜o S sobre E que n˜ao ao tenhas as propriedades sim´ si m´etric et ricaa e antiant i-si sim´ m´etric et rica. a. Solu¸ c˜ cao: ˜
{
}
{
}
No exerc´ exerc´ıcio 13 determinamos que a rela¸c˜ cao a˜o R1 = (1, (1, 1), 1), (2, (2, 2), 2), (3, (3, 3) sobre E = 1, 2, 3 ´e tanto tant o sim´etrica etri ca como anti-si anti -sim´ m´etrica. etri ca. Se troc´assemos assemos 1 por a por a,, 2 por por b e 3 por c no conjunto E e segu´ segu´ıssemos a mesma l´ ogica ogica para a forma¸c˜ cao a˜ o de R1 ter´ t er´ıamo ıa mos: s:
{
}
{
R = (a, a), (b, b), (c, c) sobre E = a,b,c
}
Que Qu e tamb´ ta mb´em em ´e sim´ si m´etri et rica ca e antiant i-si sim´ m´etri et rica ca..
{ }
16 16.. Desc Descre rev va uma uma a uma uma todas todas as rela rela¸¸c˜ c˜oes oes bin´ bin´arias a rias sobre o conjunto E = a, b . Em seguida, identifique quais s˜ ao ao reflexivas, quais s˜ao ao sim´etricas, etricas , quais s˜ao ao transitivas e quais s˜aaoo antiant i-si sim´ m´etric et ricas. as. Solu¸ c˜ cao: ˜ 88
´ lgebra Moderna A
{
{
}{ } {
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
}{ }{ } { } ×
}{
}{
}{ } {
}{
}
Ø, (a, a) , (a, b) , (b, b) , (b, a) , (a, a), (a, b) , (a, a), (b, b) , (a, a), (b, a) , (a, b), (b, b) , (a, b), (b, a) , (b, b), (b, a) , (a, a), (a, b), (b, b) , (a, a), (b, b), (b, a) , (a, a), (a, b), (b, a) , (a, b), (b, b), (b, a) , E E
{
} {
89
}
´ lgebra Moderna A
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90
´ Algebra Moderna
3.3
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIOS DA PAGINA 77
17. Esboce os gr´aficos cartesianos das seguintes rela¸c˜oes sobre R: R1 = (x, y) x + y
{ | ≤ 2} R2 = {(x, y)|x2 + y 2 = 1} R3 = {(x, y)|x2 + y 2 ≤ 4} R4 = {(x, y)|x2 + x = y 2 + y } R5 = {(x, y)|x2 + y 2 ≥ 16} Solu¸ cao: ˜
2
2
Gr´ a fico de R 1
1 1
1
1 Gr´ a fico de R 2
2 2
2
2 Gr´ a fico de R 3
91
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
-2
-1
1 -1
Gr´ a fico de R 4
2 2
2
2 Gr´ a fico de R 5
18. Das rela¸c˜oes do exerc´ıcio anterior, quais s˜ao reflexivas? Quais s˜ao sim´etricas? Solu¸ cao: ˜ Reflexiva: R4 ; sim´etricas: todas.
19. Esboce os gr´aficos cartesianos das seguintes rela¸c˜oes sobre R: R6 = (x, y) y = x 2
{ | } R7 = {(x, y)|xy = 12} R8 = {(x, y)|x2 + 4y 2 ≤ 4} R9 = {(x, y)|x2 = y 2 } R10 = {(x, y)|y ≥ x3 } Solu¸ cao: ˜ Devido a simplicidade e semelhan¸ca com a quest˜ao 17 deixarei essa quest˜ao a cargo do leitor. Caso o mesmo tenha dificuldade, ou apenas deseje conferir suas respostas, recomendo o uso do software Geogebra.
92
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
20. Das rela¸c˜oes do exerc´ıcio anterior, quais s˜ao reflexivas? Quais s˜ao sim´etricas? Solu¸ cao: ˜ Reflexiva: R9 ; sim´etricas: R7 e R9 .
93
´ Algebra Moderna
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´ Algebra Moderna
3.4
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ ` 82 EXERC´ICIOS DA PAGINA 79 A
{
}
21. Quais das rela¸co˜es abaixo s˜ao rela¸c˜oes de equivalˆencia sobre E = a,b,c ? R1 = (a, a), (b, b), (c, c)
{ } R2 = {(a, a), (b, b), (c, c), (a, b), (b, c), (a, c)} R3 = {(a, a), (b, b), (a, b), (b, a)} R4 = E×E R5 = Ø Solu¸ cao: ˜ Apenas as rela¸c˜oes R1 e R4 s˜ao rela¸c˜oes de equivalˆencia. A rela¸ca˜o R2 n˜ ao pode ser pois n˜ao ´e sim´etrica. A rela¸ca˜o R3 n˜ ao pode ser pois n˜ao ´e reflexiva. A rela¸ca˜o R5 n˜ ao pode ser pois n˜ao ´e reflexiva.
22. Quais das senten¸cas abertas abaixo definem uma rela¸ca˜o de equivalˆencia em Z?
≡ y (mod 3) b) xB| y c) x ≤ y a) x
d) mdc(x, y) = 1 e) x + y = 7 Solu¸ cao ˜ de a:
∈
≡ ≡
Para todo x Z temos x x (mod 3) logo ´e reflexiva. Se x y (mod 3) ent˜ao y x (mod 3) logo ´e sim´etrica. Se x y (mod 3) e y z (mod 3) ent˜ ao x z (mod 3) logo a rela¸c˜ao ´e transitiva.
≡ ≡
≡
≡
Sendo assim, ´e uma rela¸c˜ao de ordem. Solu¸ cao ˜ de b: Para todo x Z temos x x logo ´e reflexiva. Se x y e y = x ent˜ ao y x, logo n˜ao ´e transitiva. Se n˜ao ´e transitiva n˜ao pode ser uma rela¸c˜ao de ordem.
|
∈
|
Solu¸ cao ˜ de c:
95
´ Algebra Moderna
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
N˜ao ´e rela¸c˜ao de ordem. Solu¸ cao ˜ de d: N˜ao ´e rela¸c˜ao de ordem. Solu¸ cao ˜ de e: N˜ao ´e rela¸c˜ao de ordem.
23. Seja E o conjunto dos triˆ angulos do espa¸co geom´etrico euclidiano. Seja R a rela¸ca˜o em E definida por: xRy se, e somente se, x ´e semelhante a y. Prove que R ´e de equivalˆencia. Solu¸ cao: ˜ Prova da reflexividade. Por defini¸c˜ao todo triˆ angulo ´e semelhante a ele mesmo, isso prova a reflexividade. Prova de simetria. Se ∆1 ,∆2 E de modo que ∆1 pode se dizer o seguinte:
∈
∼ ∆ 2 ent˜ao sobre os ˆangulos internos de ∆1 e ∆2, (α,γ,ω)
α1 = α 2 ; γ 1 = γ 2 ; ω 1 = ω 2 Onde α, γ,ω s˜ao os ˆangulos internos de ∆1 e ∆2 . As figuras a seguir ilustram a situa¸ca˜o
ω1 ∆1 = γ 1
α1
Tri^ angulo ∆1
ω2 ∆2 = γ 2
α2
Tri^ angulo ∆2
96
´ Algebra Moderna
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Como as trˆes igualdades acima implicam nas trˆes igualdades abaixo: α1 = α 2 ; γ 1 = γ 2 ; ω 1 = ω 2
∼ ∆2 provando a simetria.
Ent˜ao ∆1
Prova da transitividade
∈
∼
∼ ∆3. Ent˜ao pode se dizer o seguinte sobre os ˆangulos
Se ∆ 1 , ∆2 , ∆3 E com ∆1 ∆2 e ∆2 internos (α,γ,ω) dos triˆangulos.
α1 = α 2 ; γ 1 = γ 2 ; ω1 = ω 2 (1) E tamb´em α 2 = α 3 ; γ 2 = γ 3 ; ω2 = ω 3 (2)
ω1 ∆1 = γ 1
α1
Triangulo ∆1
ω2 ∆2 = γ 2
α2
Triangulo ∆2
ω3 ∆3 = γ 3
α3
Triangulo ∆3
Atrav´es das igualdades de (1) e (2) chega-se a: α1 = α 3 ; γ 1 = γ 3 ; ω1 = ω 3 .
∼ ∆3. Provando a transitividade.
O que implica em ∆1
24. Seja E o conjunto das retas de um plano α. Quais das rela¸c˜oes abaixo definidas s˜ao rela¸co˜es de equivalˆencia em E?
97
´ Algebra Moderna
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y b) xSy se, e somente se, x ⊥ y a) xRy se, e somente se, x
Solu¸ cao ˜ de a: Prova de i: Com base no exemplo 4 da p´agina 78 o autor considera que uma reta pode ser paralela a ela mesma. Sendo assim se x E ent˜ ao xRx, ou seja, pode-se dizer que a 1 a condi¸c˜ao ´e satisfeita pela pr´opria defini¸c˜ao de reta.
∈
∈
Prova de ii: Se x, y E s˜ao paralelas ent˜ao, x e y possuem o mesmo coeficiente angular, o que implica tamb´em em y x, satisfazendo a 2a condi¸c˜ao.
∈
Prova de iii: Se x,y, z E com x y e y z ent˜ ao x possui o mesmo coeficiente regular que z. O que implica na igualdade do coeficiente angular de x e z. O que consequentemente comprova a 3a condi¸c˜ao, pois assim x z.
Solu¸ cao ˜ de b: Por defini¸ca˜o uma reta n˜ ao pode interceptar a si mesma, em qualquer um de seus pontos, de modo a formar um ˆangulo de 90◦ . Sendo assim, a 1 a condi¸c˜ao n˜ ao ´e satisfeita de modo a n˜ ao termos uma rela¸ca˜o de equivalˆencia.
25. Considere a rela¸ca˜o R sobre N
× N definida por:
(a,b)R(c,d) se, e somente se, a + b = c + d Prove que R ´e uma rela¸ca˜o de equivalˆencia. Solu¸ cao: ˜ Prova de i: Dado (a, b)
∈ N2 como a + b = a + b ent˜ao (a, b)R(a, b) provando i.
Prova de ii: Dado (a, b), (c, d)
∈ N2 com (a,b)R(c,d) ent˜ao: a + b = c + d
Subtraindo (a + b) de ambos os membros da igualdade, temos: (a + b)
− (a + b) = (c + d) − (a + b)
0 = (c + d) + ( a + ( b))
−
−
Subtraindo (c + d) de ambos os membros da equa¸c˜ao
98
´ Algebra Moderna
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0
− (c + d) = [(c + d) + (−a + (−b))] − (c + d)
⇒ −(c + d) = [(c + d) + (−a + (−b))] + (−c + (−d)) Usando a associativade no 2◦ membro:
−(c + d) = [(c + d) + (−c + (−d))] + (−a + (−b)) −(c + d) = [(c + d) − (c + d)] + (−a + (−b)) −(c + d) = (−a + (−b)) −(c + d) = −(a + b) −1
Multiplicando ambos os membros por
(c + d) = (a + b)
⇒ (c, d)R(a, b) Provando a segunda condi¸ca˜o Prova de iii: Dado (a, b), (c, d) e (e, f )
∈ N2 com (a,b)R(c,d) e (c,d)R(e,f) ent˜ao: a + b = c + d e c + d = e + f
⇒ a + b = e + f ⇒ (a, b)R(e, f ) Provando a terceira condi¸ca˜o. Logo ´e uma rela¸c˜ao de equivalˆencia.
26. Pense na rela¸c˜ao S em Z
×Z
∗
definidas por:
(a,b)S(c,d) se, e somente se, ad=bc
99
´ Algebra Moderna
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Prove que R ´e uma rela¸ca˜o de equivalˆencia. Solu¸ cao: ˜ Prova de i: Dado (a, b)
∈ Z × Z . Como ab = ab ent˜ao (a, b)R(a, b). Satisfazendo a primeira condi¸c˜ao. ∗
Prova de ii: Dado (a, b) e (c, d)
∈Z×Z
∗
com (a, b)R(a, b) ent˜ ao:
ab = cd
− ab = cd − ab 0 − cd = (cd + ( −ab)) − cd ab
Usando a associatividade a esquerda:
−cd = (cd + (−cd)) + (−ab) −cd = −ab −
Multiplicando ambos os termos por ( 1) ( 1)( cd) = ( 1)( ab)
− − − − ⇒ cd = ab ⇒ (c, d)R(a, b) Prova de iii:
Se (a, b), (c, d) e (e, f )
∈ E com (a,b)R(c,d) e (c,d)R(e,f) ent˜ao: ab = cdecd = ef
⇒ ab = ef ⇒ (a, b)R(e, f ) Comprovando a terceira afirmativa
100
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101
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3.5
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´ ` 82 EXERC´ICIOS DA PAGINA 81 A
{ ∈ Z | −5 ≤ x ≤ 5} e seja R a rela¸c˜ao sobre E definida por
27. Seja E = x
xRy se, e somente se, x 2 + 2x = y 2 + 2y a) Mostre que R ´e uma rela¸c˜ao de equivalˆencia. b) Descreva as classes de equivalˆencia 0, 2 e 4.
−
Solu¸ cao ˜ de A: A rela¸ ca ˜o ´ e reflexiva! Note que para todo x
∈ E a igualdade x2 + 2x = x 2 + 2x
´e valida. Logo a rela¸ca˜o ´e reflexiva. A rela¸ ca ˜o ´ e transitiva! Dado x,y, z
∈ E com xRy e yRz ent˜ao: x2 + 2x = y 2 + 2y e y 2 + 2y = z 2 + 2z
Combinando as duas equa¸co˜es acima se chega `a: x2 + 2x = z 2 + 2z
⇒ xRz provando a transitividade da rela¸ca˜o. A rela¸ ca ˜o ´ e sim´ etrica!
∈ E com xRy ent˜ao:
Dado x, y
x2 + 2x = y 2 + 2y Subtraindo x 2 + 2x de ambos os membros (x2 + 2x)
− (x2 + 2x) = (y2 + 2y) − (x2 + 2x) ⇒ 0 = (y2 + 2y) − (x2 + 2x) 102
´ Algebra Moderna
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subtraindo agora y 2 + 2y de ambos os membros
− (y2 + 2y) = ((y2 + 2y) − (x2 + 2x)) − (y2 + 2y) −(y2 + 2y) = ((y2 + 2y) + (−x2 − 2x)) − (y2 + 2y)
0
Usando a comutativa no 2◦ membro
−(y2 + 2y) = ((−x2 − 2x) + (y2 + 2y)) − (y2 + 2y) Usando a associatividade no 2 ◦ membro
−(y2 + 2y) = (−x2 − 2x) + ((y2 + 2y) − (y2 + 2y)) ⇒ −(y2 + 2y) = −(x2 + 2x) ⇒ −(y2 + 2y) = (x2 + 2x) ⇒ yRx Provando a simetria Como a rela¸c˜ao ´e reflexiva, transitiva e sim´etrica ent˜ao ´e uma rela¸ca˜o de equivalˆencia. Solu¸ cao ˜ de B: Como ficou provado no item A rela¸c˜ao R ´e uma rela¸c˜ao de equivalˆencia sobre E. Sendo assim:
{ ∈ E | |xR0}
0= x
Ou seja, 0 ´e o conjunto solu¸c˜ao da seguinte equa¸c˜ao: x2 + 2x = (0)2 + 2(0)
⇒ x2 + 2x = 0 ⇒ x(x + 2) = 0 ⇒ x = 0 ou x = −2. Sendo assim:
{ −}
0 = 0, 2 Analogamente se chega a conclus˜ao de que
−2 = {0, −2} e 4 = {4, −6}.
{ ∈ Z | |x| ≤ 3} e seja R a rela¸c˜ao sobre E definida por
28. Sejam E = x
||
||
xRy se, e somente se, x + x = y + y 103
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a) Mostre que R ´e uma rela¸c˜ao de equivalˆencia. b) Descreva o conjunto-quociente E/R. Solu¸ cao ˜ de A: Prova de simetria.
∈ E com xRy ent˜ao:
Dado x, y
||
||
x + x = y + y
− − |x|) a ambos os termos (x + |x|) + ( −x − |x|) = (y + |y |) + ( −x − |x|) ⇒ (x + |x|) − (x + |x|) = (y + |y|) + (−x − |x|) ⇒ 0 = (y + |y|) + (−x − |x|) Somando (−y − |y |) a ambos os termos 0 + ( −y − |y |) = [(y + |y |) + ( −x − |x|)] + (−y − |y|) Somando ( x
Usando a comutatividade de Z no 2◦ membro
− − |y|) = [(−x − |x|) + (y + |y|)] + (−y − |y|)
( y
Usando a associatividade da soma em Z no 2◦ membro ( y
− − |y|) = (−x − |x|) + [(y + |y|) + (−y − |y|)] ⇒ (−y − |y|) = ( −x − |x|) + [(y + |y|) − (y + |y|)] ⇒ −(y + |y|) = −(x + |x|) Multiplicando ambos os membros da equa¸ca˜o acima por ( 1)
−
(y + y ) = (x + x )
||
||
⇒ yRx provando a simetria. Prova da reflexividade Dado x
∈ E como a igualdade a seguir ´e sempre v´alida x + |x| = x + |x|
ent˜ao xRx provando a reflex˜ao.
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´ Algebra Moderna
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Prova da transitividade Dado x, y e z
∈ E de modo que xRy e y Rz ent˜ao: ||
||
||
||
x + x = y + y e y + y = z + z combinando as igualdades acima chega-se `a: x + x = z + z
||
||
⇒ xRz Provando a transitividade. Como a rela¸c˜ao ´e reflexiva, transitiva e sim´etrica ent˜ao ´e uma rela¸ca˜o de equivalˆencia. Solu¸ cao ˜ de B: Como E = x
{ ∈ Z | |x| ≤ 3} ent˜ao os elementos de E s˜ao os n´umeros −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3.
Por defini¸c˜ao o conjunto quociente ´e o conjunto das classes de equivalˆencia de cada um dos elementos de E. Que no caso s˜ao:
−3 = {x ∈ E | (xR − 3)} = {−3, −2, −1, 0} −2 = {−3, −2, −1, 0} −1 = {−3, −2, −1, 0} 0 = {−3, −2, −1, 0} 1 = {1} 2 = {2} 3 = {3} Como os elementos de −3 a 0 geram a mesma classe ent˜ao: E/R =
{{−3, −2, −1, 0}, {1}, {2}, {3}}
{ ∈ Z | |0 ≤ x ≤ 10} e sobre ele a rela¸c˜ao de congruˆencia
29. Considere o conjunto E = x m´ odulo 4, que ´e de equivalˆencia.
a) Descreva as classes de equivalˆencia 0 e 1. b) Descreva o conjunto-quociente E/R.
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´ Algebra Moderna
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Solu¸ c˜ ao de A: Para determinar 0 devemos encontrar o conjunto solu¸ca˜o da seguinte equa¸ca˜o sobre E x
≡ 0 (mod 4)
Sendo E = x
{ ∈ Z|0 ≤ x ≤ 10} ent˜ao os u´nicos valores que satisfazem a equa¸c˜ao s˜ao 0, 4 e 8. 0 − 0 = 0 e como 0 |4 ent˜ ao 0 ≡ 0 (mod 4) − | 4 0 = 4 e como 4 4 ent˜ ao 4 ≡ 0 (mod 4) 8 − 0 = 8 e como 8 |4 ent˜ ao 8 ≡ 0 (mod 4) Sendo assim 0 = {0, 4, 8}. Analogamente se conclui que I = {1, 5, 9} Solu¸ c˜ao de B 29.
E = R
{{0, 4, 8}, {1, 5, 9}, {2, 6, 10}, {3, 7}} (veja a quest˜ao 28).
30. Seja R a rela¸c˜ao sobre Q definida da seguinte forma: xRy se, e somente se, x
− y ∈ Z
a) Prove que R ´e uma rela¸ca˜o de equivalˆencia. b) Descreva a classe 100. c) Descreva a classe 0, 5. Solu¸ cao ˜ de A: Prova da reflexividade Dado x
∈ Q como x − x = 0 e 0 ∈ Z, ent˜ao xRx. Provando a reflex˜ao.
Prova da simetria Dado x e y
∈ Q com xRy ent˜ao: (x
o que implica na existˆencia de um k
− y) ∈ Z
∈ Z tal que: x − y = k
Multiplicando ambos os membros da igualdade acima por -1 ent˜ao:
−x + y = −k ⇒ y − x = −k 106
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Como k
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∈ Z obviamente −k tamb´em pertence sendo assim yRx.
Provando ent˜ ao a simetria. Prova de transitividade Dado x, y e z
∈ Q tal que xRy e y Rz ent˜ao: (x
− y) ∈ Z e (y − z) ∈ Z
Sendo assim, existe um k e um k , ambos pertencentes a Z tal que x De y
− z = k
− y = k e y − z = k
chega-se a y = k + z. Usando esse resultado na primeira equa¸ca˜o
− (k + z) = k ⇒ x − k − z = k ⇒ x − z = k + k x
Como a soma de inteiros resulta num inteiro ent˜ao (x
− z) ∈ Z
⇒ xRz Provando a transitividade Solu¸ cao ˜ de B: 100 = Z Solu¸ cao ˜ de C: Para que x
− 0, 5 ∈ Z ´e necess´ario que x seja um inteiro somado a 0,5. Sendo assim: 0, 5 =
1 x + x 2
| ∈ Z
ou 0, 5 =
2x + 1 2
|x∈Z
31. Considere a rela¸ca˜o S sobre R definida da seguinte forma: xSy se, e somente se, x a) Prove que S ´e uma rela¸c˜ao de equivalˆencia. b) Descreva a classe representada por 1/2.
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− y ∈ Q
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c) Descreva a classe a, quando a d) Descreva a classe
√ 2.
∈ Q.
Solu¸ c˜ ao de A: Prova da reflexividade Dado x
∈ Q como x − x = 0 e 0 ∈ Q ent˜ao xS x. Provando a reflexividade.
Prova da simetria Dado x, y
∈ Q tal que xS y ent˜ao: x
− y ∈ Q
Sendo assim existe um k Q tal que x y = k. Como k ent˜ao xSx. Provando a simetria.
∈
−
∈ Q ent˜ao −k ∈ Q e como −k = y − x
Prova da transitividade (Veja quest˜ ao 30). Solu¸ cao ˜ de B:
1 1 = x R x Q por defini¸c˜ao, mas como 2 2 escrever a classe de equivalˆencia tamb´em como:
∈ |
−
∈
x
−
1 2
∈ Q ∀x ∈ Q ent˜ao podemos
1 =Q 2 Solu¸ c˜ ao de C: a = Q, a
∈ Q (ver quest˜ao 30)
Solu¸ c˜ ao de D:
√ 2 = {x + √ 2 | x ∈ Q} (ver quest˜ao 30) 32. Pense na rela¸c˜ao T sobre C definida por (x+yi)T (z +ti) se, e somente se, x 2 +y 2 = z 2 +t2 com x, y,z e t reais. a) Prove que T ´e uma rela¸ca˜o de equivalˆencia. b) Descreva a classe (1 + i). Solu¸ cao ˜ de A: Prova da reflexividade 108
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Dado α
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∈ C, com α = (w + si) como a igualdade a seguir ´e sempre verdadeira (w2 + s2 ) = (w2 + s2 )
ent˜ao αTα provando a reflexividade. Prova da simetria Dado (x + yi) e (z + ti) com (x + yi)T (z + ti) ent˜ ao x2 + y 2 = z 2 + t2 Onde por meio das propriedades operativas de R (ver exerc´ıcio 30) chega-se a z 2 + t2 = x 2 + y 2
⇒ (z + ti)T (x + yi) Provando a simetria Prova da transitividade Dado (x + yi), (z + ti) e (w + si) tal que (x + yi)T (z + ti) e (z + ti)T (w + si) ent˜ ao: x2 + y 2 = z 2 + t2 e z 2 + t2 = w 2 + s2 Combinando ambas as equa¸c˜oes chegamos `a: x2 + y 2 = w 2 + s2
⇒ (x + yi)T (w + si) Provando a transitividade Logo a rela¸c˜ao T ´e de equivalˆencia Solu¸ cao ˜ de B:
{
1 + 1i = (x + yi)
∈ C | x2 + y2 = 1 2 + 12}
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