4. O PENSAM PENSAMENT ENTOO CONTEM CONTEMPOR PORÂNE ÂNEOO FRANCÊS SOBRE A COMUNICAÇÃO Juremi Mohod do SPv
Elaborar uma síntese do pensamento ancês sobre a co unicação é ua tare ingl ing lória ória.. Para que o texto ua e o lei tor iniciante - para quem ess tipo d texo poderá, talve�, ser útil não se aborreça e vá procurar algo mais údico, será evitada uma sobrecarga de citações apsar d qu isso acar etará e la de rigor de precisão Pensar com leveza ex ge riscos Um desses iscos, vdenteente, o da supr cialidade Resta Rest a crer que na superfcie se esconde nôe nos prondos Por mais que se le de ua "escoa ancesa, quas sempre com intenção pejorativa, a expressão é um paradoxo Coo homogeneizar o que é heterogêneo por deniço e es coha? Coo agrpar pensadoes que sepre zeram qes tão de combatrse? Coo dar unidade ao que sempre bus cou a diversidade? Como conectar o que nunca passou de s mulação de rede? Como teorizar o qu não se apresenta sob a rma de teoria? Coo justapor recortes? É certo que muitos intel intel ectuais anceses, preocupados com teas coo culura d massa indústria cultural mdia comunicação estiveram próximos, participaram de grupos de estudos, ndaram revisas partilharam pontos de vista • Professor da PUCRS.
Juremi Machdo da Slva
Mas, para cada gupo de estudiosos em sintonia, sugiu ou tro, em contraposição, explorando a divergência, delimitan do territórios conceituais, brigando por ideias, ideologias, visões de mundo e utopias. Sem nnhuma dúvida, pode-se a frmar desde o princpio que nunca houve uma escola ancesa de reexão sore a co municação. Existiu uma perspectiva estruturaista, uma cor ente derivada da Escola de Frankrt, uma tendência cultu alista, etc Para não se perder tempo com um lso dilema, basta tomar a atualidade e perguntar: como agregar numa es cola ancesa Pierre Bourdieu, Edgar Morin, Paul Viriio, Micel Maesoli, Jean Baudrillard, Lucien Sz, acques Derrida, Dominique Woton, Pierre Lévy e Régis Debray? A lista citada acima, claro, é aleatória e poderia ser ei quecida com muitos outros nomes. A miragem da escola an cesa z-se acompanhar, em gera, de um diagnóstico sobre a decadência do pensamento ancês, em geral, com destaque para a situação dos estudos em comunicação Em outras pa lavras, a França já não produziria re exão d primeira qua lidade. Delicioso paradoxo, pois os nomes apresentados acima continuam a ter repercussão inteacional. De resto, no geral, Miche Foucault, Jean-François Lyotard, Gilles Deleuze,á lecidos, e ean Baudrilard tm rte inuência nas universidads do novo Império Romano, os stados Unidos da Améica Alguém poderia aegar, com legitimidade, que nm to dos os intelectuais apesntados até agora se dedicaram de rma continuada procua aos estudos de comunicação. O argumento, verdadiro, talvez encontre explicação na con cepção ancesa de intelectual, um ator que deve, ao mesmo tempo, pertencr a um "campo ser especialista e sair dele para participar das questões da "esra pública. Assim, á mais exiilidade maleabilidade e, quem sabe, trânsito entre disciplinas na França. De crto modo, os anceses nunca chegaram a fchar questão sobe o "campo da comunicação. Nação mergulha-
O pensamento contemporâneo fanês sobe a comuicação
a no pósestruturalismo e na desconstrução, a França, em ora possua culdades de ciências da inrmação, não atra vessa uma época de encanto spremo com a categoria ciên cia. A comunicação é uma área disputada, studada, atraves sada por outras disciplinas: sociologia, antropologia, lin guística, losoa, ciências políticas... Bourdieu não vacila ria os estudos de comunicação pertencem inexoravelmente à sociologia da cultura 1. Da semiologia ao pós-moderno
Tria a França gerado uma teoria da comunicação no sentido atribuído, por um lado, à "teoria crítica e, por outro lado, ao ncionalismo americano das pesquisas administra tivas A primira pat deste artigo, á se vê, pretende muito mais navegar em meio a uma séri de generalidades para, en m, chegar a uma robmatzação mais especíca, a da clas sicação das perspectivas comunicacionais fancesas atais m três eixos: a comunicação como nômno d domina ção; a comunicação como nômno extremo a comunica ção como vnculo social complexo. O strutura ismo marcou época no pensamento ancês. No qu se rere aos estudos culturais capazs d nglobar, no sentido amplo, o nômeno da comunicação, coube a Ro and Barthes encabeçar o campo da semioogia studo d todos os sistemas de signos , abrindo um vasto canteiro de ensaios, pistas, contradições e voos. Talvez a maior contri buição de Barthes tenha sido, com Mitologias, a legitimação, nas humanidads, dos mitos modos da mídia m outros termos, Barthes reconhcu e esudou a nova fábrica de mi tos sem os reduzir a uma mera manipulação da consciência. Armand e Michle Mattelart ( 1995: 49-52) reremse a uma escola ancesa, surgida em 1960, com o Cntro d Estudos de Comunicação de Massas (CCMAS), na qual pontifcaram os sociólogos Georges Frimann e Edgar Mo-
Jurei Machado d Silv
rin, do qual também participou Barthes e de onde nasceu a revista Comunications. Por esse catalisador de reexão, embram os Mattelart, passaram quase todos os pesquisado res anceses, ou radicados na rança, que obtiveram ma mundial, de Cristian Metz a Julia Kristeva. Também auro Wolf, em seu manual de teoria da comu nicação (995: 89-95), reserva um lugar de honra para Edgar Morin nos "pioneiros estudos anceses de comunicação, com O epírito do teo. Wol cataloga essa saa de pesqui sas como uma "teoria cuturoógica Estari a menos em co à mídia e o destinatário e mais um novo imaginário cultural Com Morin, os estudos de comunicação enverdaram para uma perspectiva complexa e imagina: motor e movido de uma sociedade da imagem. Se nos anos 6, com brilhantismo e utopia, a França dis sminou signos sobre a comunicação, tendo em Guy Debord um dos inseminadores mais radicais e, depois, em Jean Bau drillard um dos analistas menos articiais aos poucos a re exão astou-se do modo de uso para centrars na vrti gem do contato Debord radiograu a "socidad do spetá culo visão de mundo, relação entre pesoas e Baudril lard dissecou a "sociedade de consumo, as "maiorias silen ciosas e, nalmente, as "estratgia ftais A Escola de Frankrt no ntender de Baudrillard, sm pre acrditou na recuperação da mídia, no bom uso dos mios de comunicação de massa Bastaria tomar o controle da emissão para que o destino da recepção saísse da adminis tração da consciência para enrar na emancipação do cons ciente De maneira grosseira, a rança de hoje dividese n tre os que ainda acreditam no bom uso turo da mdia (Bourdieu, Sz, Virilio); o que, apesar de tudo, á veem nela, ou nas suas novas rmas, tor d vínculo social (aesoli, Lévy e, em certo sentido, Wolton) e os qu a consideram um "nômno extremo, irredutívl lógica da utilidade social (Baudrillard)
O pensamento ontepoâeo faê obe a onação
A década de 6 gura como uma préhistória recente, caso se possa aceitar o oxímoro leviano, do sonho n a comu icação como ciência, desvendamento revolução Curiosa mente, naqueles mesmos anos de utopia encantamento, armavase o pósmoderno, uma sensibilidade que uniria ceticis10, lúdico, reencantamento e desconstrução num só movimento veriginoso e implacável. Certas análises de Barthes, lidas agora, parecem de uma ingenuidade extraordinária e doc, dignas de um paraso perdido que conndia verdade e vontade de saber 2. Da espiral ao vínculo
No tempo de Roland Bartes, com novos e soisticados instmentos ainda se acreditava na possibilidade de arran car o homm ao torpor ministrado pelos idia Em tal pers pectiva, o meios de comunicação de massa neutralizam a masa que, estimulada, poderá invertr o processo de mani pulação libertarse. Baudrillard acredita que a massa neu traliza os idia pela indierença Neste incio de terceiro milênio da era cristã ainda res soa a morte anunciada do bom uso da televisão por Baudril lard: "A imagem do homem sentado, contemlando, num dia d greve, sua tela de televisão vazia, constituirá no turo uma das mais belas imagens da antropologia do século XX (99 9). Temse aí um prito seguidor da "toria críti ca? Di fcilmente Baudrillard singulariza-se por um "paro xismo indi rente Em ntse, ao mesmo tempo mais céti co, mais pessimista e mais realista irônico. Régis Debray, com a édiologie, deslocou a discussão para o édi. Lucien Sz persiste numa lina de virulên cia crítica, denunciando o "tautismo do destinatário Paul Virilio inverteu um dos pilares da crítica t radicional aos idia: a geração de isolamento Para Virilio a lógica da acele ração total comprime o tepo, suprime o espaço elimina a
Juremi Machdo do Silvo
O pensaeto ontemoâeo faês sobe o omiação
ca, não a mídia. MaesoJi, por outro lado, ocupa-se da ima gem Debray do médium. Sz, das tecnologias do espírito Morin, do imaginário social Baudrillard, das teorias ccio nais que imaginam explicar nômenos que não chegam a compreender, produzindo circulação vira de signos paa preencher o vácuo das verdades emeras
da inrmação: a mídia la dela mesma; a mídia pautase por outros veículos da mídia a mídia saiu do acontecimento ara entrar no culto personalidade Baudrllard também de unciou esse astamento da mitologia da inrmação e do srviço ao público:
Em contrapartida, Pierre Bourdieu e Serge Halimi entra ram no exame das práticas da mídia O olhar apessado redu quase todos os intelectuais anceses interessados nos nô menos de mdia, de cultura de massa, de indústria cultura e de comunicação a hrdeiros de Frankrt No entanto, cada um tomou algo da "teoria crítica e i além Bourdieu, por exemplo, saiu da pertinente análise estrutural, já conhecida e satrada, para uma investigação sobre o cotidiano do campo jornalístico
, médiu , (BAUDRlLLARD, 1999: 157).
A análise estrutual, de algum modo, absolvia os joa istas, meros empregados ou pequenos executores, das res ponsabilidades e consequências do nômeno mediático Pierre Boudieu, não cabe dúvida, não escrve para absolver os pa trões ou o sistema capitalista, mas toa os joalistas no mí nmo coniventes (até certo ponto conscientes) com os proce dimentos de dominação Boudieu ressalva a resistência do campo à sua "objetivação, o que também é sinal de lta de consciência. as esse mal não apaga o cinismo de muitos Sobre a televsão (BOUDIU, 1997) é um dos mais vi
olentos panetos das últimas décadas contra as estratégias de espetacularização da mídia pelos prossionais da comu nicação Assim como attelart e Ariel Dorfman tinham dis secado, por um viés hoje considerado um tanto maniqueísta, o imaginário da indústria da consciência contido nos perso nagens de Disney, Bourdeu revelou aos joalistas o que ees são, sabem que são, mas não aceitam que seja dito como objetivação sociológica Se para Sz a mídia mergulhou no "tautismo (tautolo gia + autismo, para Bourdieu i dominada a circularidade
A
ntre Bourdieu e Badilard há um abismo. Para o autor de Tla toal, Boudieu, ao zer a crítica da mídia do ponto d vista d um possível bom uso dos meios, acaba po servir aos seus inimigos, que se reapropriam do material crítico para corrigir deitos e assgurr a navegação com ventos menos agrssivos Bourdieu e Baudrilard sabem que o jor nalismo é um produto do mercado contemporâneo as o prmeiro, ao qu parece, ainda sonha com outra ógica, outro sistema, outro imaginário para a comunicação. Basta ver o seu exercíco de equilibrista da rtórica , ecansos prr lga sb os joalstas - , , , f R 997 101
Assim, de modo ampo redutor, parece que os ance ses se ncontram numa convicção tudo comunicação ou, dto de outra rma, chegou a era da comunicação total, da verigem do sgno, da crculação permanente, da avalanche comuncacional que tudo permeia, contamina, devora, im-
O pens ameto contemoâeo faês sobe o concação
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