Será que espírito é senti do ù segunda p otêneia?>” Sobre alma, espírito e ânimo, cf. PliL, II, 831, p. 98: “Alma é vida atrativa, excitabilidade do ânimo, espírito é vida do entendimento; pru dê nc ia é entendim en to moral — " PliL, IV, 972, p. 276: “Espírito é crít ica, alm aé história (grandeza das almas) c ânimo é ética — ".Ânimo traduz aqui Gemiit, palavra que, na terminologia técnica kantiana, abarca o conjunto de iodas as faculdades superiores (faculdade de conhecer, de desejar e senlimento de prazer e desprazer) e que cm outras passagens também foi traduzida por “menle”. Na Crítica do juízo, Kant fala , por exemplo, dos “poderes” e “ facul dades da mente (ou do âniino)” que com põem o gênio ( B 192 e segs) . 192) En rapport (cm relação): em francês no srcinal. 193) No srcinal ihres Wertes geineiiisclmftlich fro h. Geineinscluiftlicli é advérbio (lambéin adjeti vo) derivado de Gemeinschaft — com unidade, coletivi dade. Aparecerá logo a seguir, no fragmento A 3 4 4 .0 context o é, natura lmente, o da sinfilosofiaesim poes ia. Cf. acima/l 112 e 125. 194) Schlcgel se apropria de duas imagens das Cartas a Mos es Menclelssolm sobre a doutrina de Espinosa. Ali Jacobi afirma que, p ara poder crer na existência de uma causa inteligente e pessoal do mundo, é preciso um salto mortale. Também lança mão de um a descri ção que Mendelssohn — numa das carta s publicadas por J acobi — z de teLcs a humor, que L ess6 in põecambalhotas su bitam ente se guid inteirfaamen de sing: acordo “A comid éi seu umg apro dessas comem as quais faziaa es tá menção de, por assim dizer , saltar por sobre si m esmo e, por essa razão, não saía do lugar". In: Oeuvres philos ophiq ues de F.-/ I. Jacobi. Tradução, introdução e notas de J. J. Anstett. Paris, Aubier, s.d., p. 111. A metáf ora do im pu lso que se deve to m ar para dar o salto pode ter sido sugerida pela famosa recomendação de Leibniz: “Qu’on recule pour mieux sauter". (De l'srcine radicale des choses, 15). Trechos do
200
fragmento aparecem p. 116.
, ligeiramente diferent
es, cm
PhL, II 1047, p. 115, c 1049,
195) A d de po situm (em depósito, caução): cm latim no srcinal. 196) PhL, II, 428, p. 62: “Kant raramente constrói e jamais caracteriza. No entanto, sempre quer as duas coisas. — Ideal da confusão — coro do caos de Kant . — Nele, porém, a confusão é ao me nos ordenadamente construída; é o prim eiro caos de arte filos ófico." Sobre Lessing c a Bíblia, cf. / 95. 197) Cela peut aller ju sq u ’au sentiment (isso pode ir até o sentimento) c cela peut aller ju sq u '« la philosophie (isso pode ir até a filosofia): em franc cs no srcinal. A pritneira expre ssão é usada p or Leibniz, falando da inônada , nos Princ ípios da natureza e da graça, IV, também citada por Jacobi nas Cartas a M oses Mendelssohn sobre a doutrin a de Espinosa (Irad. cit., p . 185). De acor do com os editores d a KA (II, p. 229, n. 358), o fragm ento é de Schl egel, mas calcado em passagens dos estudos de Schlcierm acher sobre Leibni z, por exemplo, D, 72: “Le ibnizjuntou uma porção d e perc ep tion es non satis dixtinctas e vibrações monádicas e pensou: cela peut aller ju sq u ’à la ph iloso ph ie’’. D, 73: “O que pode surgir de um a ciência que é tratada por seus maiores adeptos como um jogo de charadas? É assim que Leibniz e os Bernouillis procedem com a matemática". 198) PhL, 11, 311, p. 49: “Tudo aquilo que ainda 6 bom nele [Leibniz], ó instinto. Sua intenção = 0. Assim também sua form a e seu interior . Não h á nada aí. a nulidade aí é absoluta—”. PhL, II, 312, p. 49: “Seu talento era de talento puro; sabia tão pouco do que fazia, quanto o castor de sua art e. Sua m ania dc s egredo s, mais diplom ática que teológica; gostava muito de saber os s egredos dc gabinete da natureza. Seus escritos têm algo de despachos — PhL, II, 314, p . 49: “cL eib n iz é um filósofo por inst into, contra a sua intenção, e um alemão por acaso". PhL, IV, 1134, p. 290: “A universalidade de L eibni z consiste em que unifi ca em si o pedantismo e a charlatanice dc todas as tr ês faculdades. — É o ideal de um autor ruim. — Ganhou seus melhores pe ns am en tos na loteria — ”. 199) PliL, II. 49, p. 126: “A mor ó am izade universal, e amiza de é am or abstrato, casam ento parcial — PhL, III, 53, p. 126: “Am izade é uni pedaço dc casam ento, a m oré amizade da cabeça aos pés — ”. 200) M agia negra se di z cm alemão schwa rze Kunst , que significa literalmente “arte negra", mas também, cm sentido figurado, “imprensa" ou a “arle de imprimir". 201) M au va ise plaisanter ie (brincade ira de mau gosto): cm franc ês no srcinal . 202) Atribuição duvidosa a Friedrich. A primeira frase do fragmento sc encontra quase literalmente nos estudos de Schleicrniacher sobre Leibniz. 203) PhL, III, 70, p. 128 : “I lá três unidades no espírit o, com o na natureza, a me cânica, a química, bei n como a orgân ica— PhL, IV, 295, p. 218: “Sentido [él universalidade filosófica, ânimo universalidade ética, razão universalidade mecânica, chiste universalidade química, espírito universalidade orgânica”.
201
204) Em K\ “mais ordinárias”. 205) PhL, III, 78, p. 128: “O poder sacerdotal no Estado é mítico, o com anda nte é físi co, o juiz é históri co, polític o. Juntos, dãu uin rei espartano. A pa atX fiia de Platão é uma idéia semelhante. — Muitas vezes, o rei (príncipe mítico, físico, histórico) [é] representant e. O comandante [é] sempre um déspota lega l — ”, PhL, III, 79, p. 129: "A constituição espartana é inteiramente roinSntica —”. PhL, III, 82, p. 129: “Um deputado e uin repres entante são conceitos essencialmente disti ntos". 206) PhL, III, 87, p. 129: “O conce ito oposto ao de gabin ete é parlamento', muitas vezes existe sem o nome. — A qui (no gabinete) se quer, se ordena, sem se voltar para as formas, se têm segredos etc. e se deixa que seja m ditos. — O Diretório francês é uin verdadeiro gabinete. Os administradores têm de ser pagos. Os deputados não o podem ser; só eles são capazes de crime de lesa-majestade. Os rep resentantes são sacrossantos
207) FPL, V, 1090, p. 175: “A ssim como os filóso fos entre os antigos, assim tamb ém os artistas formam, entre os modernos, um Estado no Estado. — No mais das vezes, porém, os ho men s ve rdade iram en te morais també m es tão in ecclesia pressa contra os filósofos — PhL, IV, 689, p. 251: “A filosofia atual é militans, a próxima será triuinphtins." PhL, IV, 896, p. 269: “Até agora filósofos e poetas viveram tão in ecclesia pressa quanto os prime iros cris tãos — ". 208) PhL, III, 47, p. 126: "O virtuoso, o homem genial quer conseguir um fim determinado, con stituir uma obra etc.. O homem enérgico sempre utiliza o momento, está sempre pronto, tem inumeráveis projclos ou nenhum; infinitamente flexível. —” . 209) A tradução emprega a palavra italiana satanisci (diabretes) para verter Satanisken (forma germanizada também usada por Ticck), assim como amorini (do italiano amoríno: criança, pintada ou esculpida, que representa o deus do Amor) para verter Amorinen . En miniature está em francês no ori ginal. Sobre o satanismo como invenção alemã. cf. PhL, II, 1052, p. 116: “O ncgócio de Satã c desencaminhar, aniquilar interiormente, esp alhar pecado. Satã [é] , por instinto, pura intenção. Satanismo < uma invenção alemã> , um conceito da estética grotesca, só verdadeiramente desen volvido na Alemanha”. 210) PhL, III, 378, p. 154: “O físi co tem de lidar com a n atureza, o ma temático com o universo. A físi ca é uma arte — nela, chiste e crenç a igualm ente bastan te dominantes. — Toda física qu e nã o visa a astrologia é ninharia . Na verdade , o esp inosisino da físi ca significa somente a afinidade dela com a poesia. O método do físico tem de se r histórico — se u fim último, mitologia. — ” PhL. III. 379, p. 155: “A suprema exp osiç ão da física se torna necessa riamente um romance. Idéias da mitologia', os fragmentos [Bruchstücke] da história da natureza. Mas isso já e mitologia”. 211) FPL, V, 1162, p. 180: "Sem conhecer novelas, não se pode entender, na forma, as
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peças de Shake sp ea re —” , As conversas de emigrados alemães (Unrerhaltungen deutscher Ausgewanderler) foram escritas por Goethe em 1795. 212) PliL, II, 608, p. 80 : “Bacon cra quase um pré-Leibniz, assim com o D escartes um préEspinosa — PliL, 11, 609, p. 80: “Há um a mística + críti ca — como o po nlo de Fichtc.
0 era verossimilmente Todo filósofo tem, precisa ter um tal ponto. Em Espinosa, m ístic a + éiica + lóg ica, poi s Espinosa é uma natuivza extremamente ética. Um
filósofo
0 progre ssiv o pode te r mais do que um tal ponto , sucessiv os. Em F ic htc , ta lv ez mística + skensis. •0 Todo filósofo tem outros pontos instigantes [reninlajl er.de Piinkle ] , que não raro o limitam realmente, cm que se acomoda ctc. — Assim [é] Descar tes para E spino sa, Kant para Fichtc etc. É em tais pontos que ficam enlão, no sistema, as passagens obscuras". PliL, II, 61 1, p. 80: "Lockc o pré-Rou sscau, M ontaignc o pré-Voltairc — ”. PhL, II, 891, p. 103: “Fichtc não está para Kant, assim como Espinosa para Dcscaites? —" PhL transformados, , III, 94, p. 130: “Os problemas mitos, freqüentemente da poesia antiga —”.da filosofia moderna são os 213) PhL, II, 624, p. 81- 2: "O hom em trivial julga todos os outros homens c om o homens, porém os trata c om o coisa s e não co m preende que os ou tro s homen s s ão co mo ele. A de que um não pode ser necessidade da polcinica deve ser deduzida principalmente tudo. S e um dev e ser ist o, o outro, aquilo, então já surge, de si mesm o, o conflito, a fim de que tudo o que deva ser por si se conserve cm sua clássica diferença c no rigorismo que lhe é necessário, e s e preserve cm seus direitos em re lação ao ou tro” . 214) PhL, II. 645, p. 83: “A filosofia alemã também leria podido se tornar crítica Kanr, mas assim é certamente melhor.
sem
com o se tend tivesse 654, p. 84: "A poesia alem crítica po ética ia, caído muitodoancéu tes de—>". Kant, PhL, para II, a filosofia crítica, c igua lm en ãte—a afilosofiade-ari e alem ã —". 215) Phl., 11,634, p. 82 : “ Nada é absolutam ente transcendente; tudo tem su a esfera. Aquilo Phl., II, 636. p. 82: que seria absolutamente transcendente, não pode existir — “Transcendente é apenas quando alguém ultrapassa seu fim, suplanta suas forças; o homem m t ’ £^ ox nv nü o pod e sê-l o. Seri a inj úria pensá- lo —", 216) Em K: "arabescos”. PhL, II, 884, p. 103: “Moral c direito natural [são] formas transcend entais para matéria abstrat a, ou ontologia, cosmo logia c psicolo gia, formas abstratas para matéria tr anscende ntal — arabescos e grotescos da filosofia”. PhL, II, 886, p. 103: “Teologia é um conceito contraditório — não há cicncia de Deus. — A leol ogia é um trai am ento ira nsccn de nlal c abs trat o da m até ri a da filoso fia absolut a. Port anto, também grotescos — chave da abóboda do sistema dos grotes cos fil osófi cos — ”. 217) Em K : “desorganização lógica". 218) FPL. V, 1082, p . 174: “A filosofia do bom senso (um g rotesc o), aplic ad a à poesia sem
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sentido para a poesia, dá a crítica inglesa. —>". Os autores citados no texto, James H arris (1709- 1780), Hcnry H ome (1796-17 82) e Samuel Johnson (1 709 -1784), são críticos e ensaístas. A condenaç ão da crít ica ingle sa, que ocorre t ambém na Conversa sobre a poesia (trad. cit., p . 34), se deve em grand e parte à diferença de aprecia ção da ob ra de Shakespeare, em quem Friedri ch vê “o clássico da geniali dade, isto é, aquele au tor cm que se pode construir esse conceito... Genialidade consiste na artificialidade involuntária c nn naturalidade voluntária —", (FPL, V, 1223, p. 186). Além de L 121, pode-se ler também a referência a S . Johnson em FPL, V, 165, p. 98: “Shakespeare, diz Johnson, escrevia without rules. — Quem então jamais escreveu com rtilesT’ 219) Em alemão õkonomen, assim traduzido para preservar a raiz que aparecerá também no adjetivo “cconômico". A palavra foi anteriormente ( A 150) vertida por “administrador”. 220) FPL, IV (I I), 82, p. 68: “L ír significa satisfazer o impu lso filológico. N ão se pode ler po r pura filos ofia sem filologia. Também dificilm ent e por pu ro sentimento e impulso artísticos”. FPL, IV (II), 80, p. 68: “ L er significa afetar, limitar, determinar fil ologicamente a si mesmo. M as isso t ambém é possível sem ler — ", FPL, IV (II), 83, p. 82 : “ ”. Plil., IV, 1229, p. 297: “ Letra é esp írito fixado . Ler significa liberta r o espírito estabil izado, porta nto uma ação mágica”. Sobre a fi lologia, cf. ab aixo /l 4 04 .0 pap el da leitura no romantismo, estudada em particular no caso de Novalis, é o temu do ensaio “For que estudamos?", de Rubens Rodrigues Torres Filho (in: Revista cia USP.n. 10, jun/jul/ago. de 1991, pp. 189-190).
221) FPL. V, 988, p. 167: “Num a massa tudo tem de se r sublinhado, com o no fragmento, mas não naquilo que é rapsódico” . 222) Misticismo, ccticismo e empirismo são temas das primeiras reflexões filosóficas de Schlegel, ligadas ao estudo da doutrina-da-ciência. PhL, I, 9, p. 4: “O místico põe somente um a contradição, admitindo espontaneamente que seja uma; o einpirista [põej uma porção indeterminada e o cético uma porção infinita, uma totalidade de contradições. — Portanto, entre todos os desvarios, o misticismo é o mais módico e ba rato. — A es sê nc ia e início d o c eticismo é pfir u m a po rção infinita de co ntradiçõ es , o que só pode ser inteiramente arbitrário —". PhL, I, 13, p. 5: “O místico é mais livr e que o cétic o e o empirist a; ele engendra sua con tradição; aqueles deixam que ela lhe seja dada — aquilo é contradição h terceira potência — uma contradição po sitiva . — O empirista constr ói sobre o vazio , sobre contradições negativas. — O misticismo [é] também o mais sóbrio e sólido de todos os delírios, assim como o mais módico — PliL, 1, 32, p. 7: “ Quan do se po stula ciênc ia e se busca som ente a condição de sua possibilidade, se cai nodomisticismo ponto éde—vista, conse quente e única sol ução possível problema c, desse [Auf^abe] pôr aummais eu ab so luto — , co m iss o estão ao mosino tempo da do s a fo rm a e o co nteúd o da do utrina -dacicncia absoluta — 223) Sobre a exigência incondicional de comunicabilidade, cf. fragmento não consta da edição K.
204
L 108. O restante do
224) Cf. acima nota 222. 225) FPL, IV, 992, p. 168: “Na verdade, crítica nada mais é que com paração entre espírito c letr a de uma obra, que é tratada c omo infi nito , como absoluto c como indivíduo. — Criticar significa entender um autor melhor do que ele próprio se entendeu”. Cf. PliL, II, 434, p. 63: "Para entender alguém é preciso, primeiro, ser mais esperto [klug] do que ele, depois tão esperto e tão tolo quanto ele. Não é suficiente que se entenda o verdadei ro sentido de uma obra confusa m elhor do que o próprio autor a entendeu. É preciso também con hecer a própria confusão até os princípios, é preciso po der caracterizá-la e até construí-la.". PliL, 11, 651, p. 84: "Ninguém entende a si mes mo, enquanto é apenas ele mesmo e For exemplo, quem é ao mesmo tempo não ao mesmo tempo também um outro. filólogo e filósofo, entende su a filosofia por meio de sua filologia e sua filologia por meio de sua filosofia — PhL, II, 997, p. 112: “Um filósofo entende um outro tão po uc o quan to e ta lv ez até menos que um poeta o outro . So mente o cr ítico histór ico entende a ambos. Sem crítica absol uta, porém, o historia dor não é nada” .
226) Cf. acima fragmento 227) Sobre a “resenha”, cf.
A 393. A 44 e 439.
228) Correspondendo à imp ortânci a estratégica da filologia em seu “ sistema”. Fricdr ich dela se ocupou cm duas séries de reflexões publicadas nos Fragm entos sobre poesia e literatura, nas quais se podem identificar passagens retomadas neste fragmento: FPI., IV (I), 14, p. 36; 61, p. 40; 1 27,1 28, p .45 ; 14 0,p .46; 153, p .47; IV (I I) ,75. C f. também acima A 391 (nota 220). 229) Phl., II, 351, p. 54: “Teoria (característica) da
divindad e com v ariações —
230) PliL, III, 4, p. 123: “Sempre é importante distin guir fantasmas m atemático s e ideais. Ideais são atingíveis, pois repousam, todos, cm síntese e contradição, oscilação, flutuação. Sem dúvida, sempre se pode sintetizar de novo; permanecem, porém, scmpie atingíveis— ”. Phl., III, 112, p. 131: “Ge ralm ente se con cebe m ideais apenas de mo do matcmático-niecãnico: também com Ireqiiênci a de modo quím ico-mecânico, agora aqui e ali de modo químico, mas ai nda rar amente de modo orgâ nico— ” Sobra a última frase, onde se faz re ferência a Schd ling , (“um a físic a da filosofia”) cf . acima A 304 (nota 175). 231) Sobre o “paradoxo” da moralidade, cf. / 76. Sobre a Igreja invisível, cf.
L 35 (nota 20).
232) Oposto ao “objetivo”, que é o caráter fundamental da poesia antiga, o “interessante” é o ideal da poesia inodci na. com o explica Schlegcl no Estudo da poesia grega : “F.la [a poesi a m oderna] jam ais tem pretensão à objetividade, o que, no entanto, é a prime ira cond ição do valor estético puro e incondiciona do, e o id eal dela é o interessante, isto é, força estética subjetiva” (KA, II, 208). 233) W illiam Lovcll é a personage m principal do romance, em três volumes, A histó ria do senh or Willi am Loveil ( 1795-96), assi m como Frnnz Stcrnbald, cit ado abaixo, o é em /U pereg rina çõ es de Sie m bald , ambos os romances de autoria dc Johann I.udwig
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Ticck. 0 “M onge", citado a seguir , é a personagem-título das Efusões de um monge am aine ilas artes, escritas cm 1797 pelo am igo dc Ticck, Wilhelm W ackcnroder . 234) Ao lado do grotesco, o arabesco constitui, para Schlcgcl, um dos elementos fundamentais da fantasia moderna. Na Carta sobre o romance, Antônio afirma que o Ja cq ue s. o Fatalista dc Didcrot é sem exagero unia “obra de arte”, c comenta: “Certamente, não é alt a poesia mas apena s um — arabesco. Mas justame nte p or is so não tem menos merecimento a meus olhos; pois consider o o arabesco uma forma ou maneira de exteriorização inteiramente determinada c essencial da poesia” (In: KA, II, p. 331; trad. cit., p. 63). PhL, II, 978, p. III: “Sistema da filo so fia caótic a. Um arabesco transcendental'.
235) FPL, V, 526, p. 128: “Em muitos romances (como no Lovcll), [há] um homem cm segund o plano que jog a xadrez com todos os outros, e é t ão grande cm es pírito que não entra pela porta —" FI.P, V, 527. p. 128: “O único caráter cm Lovcll é ele mesmo, um hom em sem car áte r. — Sentime nto dominante no L ove ll — aversão à vida c medo da morte; pensament o dominante — tudo e despr ezível c tudo é a mesma coisa. — Seu caráter, no entanto, é poesia da poesia. — Espírito do livr o, desprezo incondicionado da prosa c auto-aniquilainento da poesia. — Transitoriedade de todo jogo , sentime ntos e imagens poéticos. Se permanece ssem, tanto pi or: desaf inari am com a vida — ” , 236) A respeito dos últimos fragmentos e do pro blem a da “serieda de'’ , diz Fricdricli numa carta a August (6 de março de 1798): “P enso ainda em en cerrar a massa no n úme ro I [do Athen iiitm ] com surpreendente seriedade; com alguns [fragmentos] não muito longos, mas bem grande s: — sobre o entusi asmo c geniali dade, onde F ichte d eve ser elevado ao céu — sobre a grandeza — sobre a sagrada seriedade” (KA, p. 245, nota). 237) PhL, IV, 576. p. 241: “O caráter de Kousscau, uma mescla de infantilidade e feminil idade. Não um herói , como cie mesm o freqüentemente sonhava, mas também nenhum misérable. Mais comum e mais singular do que o sabia; po is sua singular idade não está ali onde a busca. — Aventureiro apenas num reino de falsas tendências do idealismo— ".PhL, II, 1041, p. 115: “A doutrina-da-feminil idade [Weibliclikeitslehre], uma parte int egrante da estéti ca grotesca” . 238) Sobre Jean Paul (Friedrich Richter), criador da personagem Leibgeber do romance Siebenküs (ambos citados mais abaixo), cf. A 125 (nota 76). 239) “Boa tirada": a expressão aparece na forma germ 240) Louvei de Couvrait, autor de
anizada
Bon mot.
Les um ours du ch ev alier de Fa itb las, romance citado
também em Z.41. 241) Wie ein aiifyeklãrter Kandidat. Aqui, “candidato" é alguém prest es a fazer os exames finais na universidade. Em FPL, V, 826, p. I55, fica mais claro de que candida to se trata: “Richter nos descreve Maria como uma mulher de chantre sentimental, mas Cristo como um candidato de teologia — 242) PhL, II, I 06 I, p. 11 6: "Descartes e Mnlebranclie dc
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modo algum são franceses — tão
pou co quan lo Esp inosa pe rtence a um a na ção. — Foi Richclicu qu em pro priam en te fez a França — 243) PhL, 11, 380, p. 57: “A Revolução [ é] o arabesc o tr ágico da época — Revolução Francesa, cf. A 2 16. 244) A Noi va de Co rin to, balada de Goethe escrita em
Sob re a
1797.
245) PhL, 719, p. 89: “ Há re al idade que n ão sc pode tratar melhor do q ue quando é tratada como poesia. Inimizade, a chamada infelicidade, desequilíbrio. Existe muitíssimo dessa poesia no mundo. Todos os termos intermediários [Mitteldinge] entre homem e coisas são poesia. Teórica e artisticamente, o homem tem de poder se afinar a seu bel-p raze r." 246) Sobrc a ironia e urbanidade,
L 42 e 108.
247) Sobre o tom e estil o cm relaç ão ao Geist, cf. FPL, V, 443, p. 122: “O espirito de unia obra é semp re algo indeterminado, portant o incondicionado. — Espírito é a unidade e totalidade determinada de uma maioria indeterminada de singularidades incondicionadas. — To m é a unidade indeterminada das cspecificidades [ F-inentii mlichkeiten]. Forma é uma totalidade de limit es absolutos. — Matéria [Stoff é um a parte da realidade absolut a. — Escritos cl ássi cos, com o tais, não têm tom. mas apenas estilo". FPL, V, 447, p. 122: “Forma e estilo são intencionais, mas não espírito, tom e tendência — ", 248) Na Conversa sobre a poesia, a primeira posição — a poesia deve ser dividida em gêner os — 6 defendida por Marcus , Lotár io e Ludovico, a segund a — a poesia é una e indivisível — , por Aindli a. Ludo vico, explicitando o ino do de agir de um poeta cm geral, afirma que este, “por força de sua própria at ividade e me diante ela m esma, tem necessaria mente de se limitare dividir [sich beschränk en u nd teilen muß]" ( KA , 11, p. 305; trad. cit„ p. 47) . Assim. no prop rio alo de criar se dá um a cisão (Teilung) que é a srcem da divisã o (Einteilung) dos gêneros. Am ália, ao con trário, diz: “Po r qu e de novo apenas espécies e meios? — Porq ue não poesia intei ra c indivisí vel [unteilbare]... Nosso am igo [referindo- se a M arcu s)... tem se mpre de se para r e div id ir [sondern und teilen] onde, no entanto, somente o todo como força indivisa pode atuar c satisfazer” (ibid., p. 3 10; tra d. cit„ p. 49). É claio que, tanto no fragm ento quan to na Conversa, se pensa a ação da refl exão como u ma oscilação, um “alternai” (wechseln), entre uma coisa e outra. Sobre essa “alternância”, cf. a apresentação a este volume. 249) Schlegel est á pensando num a “revolução copcmicana" da poesia? C omo esta poderá se tornar uma ciência, uma arte? Seria então possível “construir a priori poemas futuros?” (Conversa sobre a poesia, KA II, p. 350; trad. cit., p. 79.) 250) Fiirstenspiegei. livr os para inst rução dos governantes, segun do o modelo do Príncipe de M achiave l. Na Alemanha, Wieland escr eveu um a novela no gênero, intit ulada O espelho doura do on o s reis da Silésia, em 1772. 251) F.n rapport (em ligação): em francês no srcinal .
207
252) In usam de iphini (para uso do delfim): palavras inscritas nas edições de clássicos latinos que Luis XIV m andava imprimir para uso de seu filh o, nas quais se eliminavam as passagens mais "picantes”. Em latim no srcinal. 253) Hum an io ra (humanidades, estudos clássicos): ein latim no srcinal. 254) Visum rcpcrlum (uma perspectiva descoberta): cm latim no srcinal. 255) FPL, V, 629, p . 183: “A caracterizaç ão é um gê nero próprio, específico, difere ntel cuja totali dade não é hist órica, mas CRÍTICA. —". FPL, V, 676, p. 142: “Na caracteriza ção se unificam poe sia, história, filosofia, críti ca hermenêutica, crítica filológica. — ”. PliL, II, 486, p. 99: “Caracteri zação 6 a obra d a crítica. Delectus classicorum, o único sistema crític. —", 256) PliL, 11,971, p. 110: "As deduções cst3o propriamente em casa na filosofia s istemática . São com o se apresenta a pr ova ge ne aló gi ca da genuína descendência de um teorema a partir da intuição intelectual, de um problema a partir do imperativo categórico. Construção e caracterização fazem parte da filosofia absoluta. A demonstração, da filosofia transcendental —”. 257) FPL, V, 1130, p. 178: “Toda música pura lêm de se r fil osófi ca e i nstr umental (música para pe nsar) — ". 258) FPL, V, 1114, p. 177: “Ainda não há, rigorosamente, um autor moral (assim como Gocthc £ poeta, F ichte, filósofo) — (para isso se teria de sintetizar Jacobi, Forster e Miiller). Schillerc um filósofo poético, mas não poeta filosófico. M iiller è ético do com eço ao fi m. —
260) PhL, II, 637, pp. 82-3: “Formação [llildung] 6 síntese antitética, c perfeição e aca ba m ento até a ironia. — Num ho m em qu e alca nço u certa a ltura e univ er salidad e da formação, seu inlerio ré uma cadeia ininterrupt a das mais terr íveis revoluções — ",
208
Id éi as 1) Publicadas na revista Athen iium, número III, volume I (Berlim, 1800). Assinaladas nas notas com a letra //, as variantes mais importantes são de uma cópia do manuscrito feita por Dorothca Selilegel, na margem da qual August Wilhclm propõe algumas alterações. Sobre o tí tulo, convém lem bra ra diferença entre idéias c fragm ento s. Numa das cartas cm que relata estar escrevendo uma nova leva de pensamentos p ara a revi sta, Fricdrich escreve ao irmão: “NSo silo propriamente fragmentos, pelo menos não na maneira antiga” . K pouco m ais tar de, ao lhe env iar o manuscrito: “Aqui estão as Idéias, pois é as sim que, co m mais propried ad e, as qu ero den om in ar” (A pu d KA, II, p. LXXX1II). Friedrich também dá uma definição de idéia na Idéia de número 10. 2) Em alemão: ein Geistlicher, que po de ser um sacerdote, pastor ou padre (os tradutores franceses sugerem “clérigo” ). A palavra é cogna ta do substantivo Geist (espírito). 3) Em H, no lugar de “o único infinitamente pleno”: “o único querer infinito”. 4) Em H, “o orador da Religião" (Redner der R eligi on) aparece cm lugar de “o autor dos D iscu rsos sobre a religião". A referência é Friedrich Schlciermacher, que publicou uma obra c om esse título cm 1799. A propósito desta, Schlegel diz num a caria a ele de 20 de setembro de 1797: “Aquilo que, nas 'Idéias', parece estar em referência mais direta aos seus ‘Discursos’ do que o restant e, não é propriamente nem para você nem contra você; mas apenas... propiciado por você [aus Gelegenheit Deitier], As ‘Idéias’ todas se afastam certamente de você ou, antes, de seus ‘Discursos’; tendem para outro lado dos ‘Discursos’. Já que você pende fortemente para um lado, me coloquei do outro e. ao que parece, me juntei, por assim dizer, a I Iardcnbcrg” . (Sobre essa última afirmaçã o, sobre as diferenças entre Schlegel c Novalis e m m atéria d e religião, vejani se as Anotações rleste no final do volume.) 5) Em lugar de “divinos"
(g/fitlich), em II: “semelhantes a Deus”
(gottillwlich).
6) H: “em geral ” . 7) H: “cingir”. 8) PhL, IV. 1475, p. 315: “T er gênio, se r um dainwn, é o estado nnt ural do homem. Mas ele teve de sair robusto da mão da natureza; na época de ouro todos tinham gênio — que ele se tenha perdido é explicável pelo princípio srcinal da corrupção; que não tenha desaparecido completamente, pela condição humana [Mensclilichkeit].”. 9) O nexo entre chiste c fantasia também aparece cm L 34 e I 109 e será retomado na Conversa sobre a poesi a: “ A fantasia luta com todas as forças pa ra se exteriorizar, mas o divino só se comu nica e exterioriza indiretamente na esfera da natureza. E is por qu e, do que era srcinalmente fantasia, só resta no mundo dos fenômenos aquilo que chamam os chiste” (KA, II, p. 334; trad. cit., ligeiramente modificada, p. 66). FP!., IX, 122, p. 263 : “Entendimento e arbítrio têm de ser caotizados na poesi a justam ente porqu e são os agen tes da fil osofia. Chiste, porém, é tão inseparável da fantasia e tem sua pátria inteira na poesia —" PhL, IV, 1456, p. 314: “Chiste é pha ntas ia ph en om en on ".
209
10) Conform e observam L acouc-Labarthe e J.-L. Naii cy, a única palavra que apare ce grifada nas Id éia s 6 o primeiro dos lermos que compõem Eidgenossen (literalmente “companheiros dc ju ram ento ”, termo que também dá, por combinação, srcem ao vocábulo francês Uuguenot). Em H, a palavra n3o está grifada (variante seguida em KA). 11) FPL, p o esiaIX,—298, p. 278: “O único reconhecimento válido do sacerdote é que fale 12) PliL, IV, 1075 , p. 286: “Em vez de virtudes — um a virtude. Em vez de preceitos, máximas, deveres — um ideal. — Há apenas um dever, o de se formar [siclt zu bilden], — Forma ção [Bildung] é o sumo bem para esta e para a outra vida. — D ev er oscila cnlr e destinação, vocação c formação”. 13) N a revista Allieniiitm , ve rd am men d (condenando), versão corrigida cm 14) Sobre o “ mediador” no valian o./l 234 (nota
errat a.
127).
15) Não <5dem ais lem brar que, cm sua clim olo gia, religio 6 termo cognato do verbo (ligar).
religare
16) O fragm ento contém um jog o dc palavras intraduzível: o espírito ( Geist ) tem de tornar a usar sua varinha mágica (Txmber + Stab). que não é outra senão a leira (Buch + Stab, literalmente: varinha, bastão do livro). PliL, IV, 846, p. 265: “". No número 191 dos Fragmentos ou tarefas de pen sa m ento . Novalis diz: “Todo contacto espiritual compara-se ao toque dc uma varinha mágica" (trad. cit., p. 164. Cf. também Fragmentos I e II, 189, p. 159). 17) Em H não consta a vírgula cnlre "agilidade” e “do caos”. Sobre a ironia c clareza de consciência, PliL, IV, 411 , p. 228: "Ironia é claro caos ein atividade, intu ição intelectual de um caos eterno, de um caos infinitamente pleno, genial, eternamente cíclico. —” . Veja-se também L 37 (no ta 21). 18) Para uma crítica d a estética, L 40 (n ota 25). 19) Em //: “antes que nos tornásse mos um”. 20) Em H, as duas últimas frases (“Se o... ” c "O infinito... ”) eslão cm ordem inversa. 21) As duas frases aparecem, ligeiramente modificadas, cm PliL, IV, 643, p. 246. Sobre o final, PliL, IV, 644, p. 246: “ Arte c ciência são mediadores. Religião, moral, poesia, filosofia dc modo algum podem ser diretamente aplicadas a política c economia. Woldemar é uma exposição baslante impura do amor puro. iacobi, mais moral que reli gioso — ".
22) Em H, em lugar de “incita” (
anregt), aparece “excita” ( erregt ).
23) Em H: ‘‘moral [Wilhelm assin ala “virtude“] da b eleza".
210
24) O fragmento 87 não consta em
II.
25) H: “singular (individual)”. O novo evangelho e anunciado por Lessing no parágrafo 86 da Educação do gênero Inim/ino: "Hla certamente chegará, a época de um novo evangelho eterno, que nos é prometida mesmo nos li vros el ementares da Nova Aliança” (cd. cil., vol. III, p. 561). 26) Em H se propõe a tradução de
Bíblia para livros.
27) H: “ela”. 28) FPL, IX, 605, p. 304: “Aquilo que é distintivo na form a da poesia reside na idéia de que todos os poem as devem ser um poema. Essa idéia, poré m, só se deixa compreen der a partir
ão,
33) Referência às acusações de ateísmo contra Fichtc devido a um aitigo publicado no Jorn aI filo só fico, cujo título era Sobre o funda m ento d e nossa crença numa ordem divina do mundo. A querela do ateísmo (Atheismusstreit) levou Fichte a deixar a universidade deJenaeni 1799. 34) A referência de Friedrich são os fragme ntos de Novalis, intitulados Fé e amor, ou o rei e a rainha. Hardenberg responde nas Anotações às Id éias (traduzidas no final deste volume) dizendo: “Seguirei essas palavras, caro amigo”. 35) Em H, o número 107 de Idéia s diz: “Quase ninguém ouvirá a musa solitária daquele que pe nsa apenas na harm onia e fala da pura luz da human idade eternam ente hela. Se já tiv essem sentido form ado para relig ião c moral, e ntão também teriam sentido para aquilo que é ambas as coisas ao mcsino tempo no limite da filosofia para a poesia”. 36) H: "poesia e filosofia”. 37) //: “ o orador d a Religião" . Cf. acima / 8 (not a 4). 38) PltL, IV, 1322, p. 304: "A representaç ão da filosofia que cabe nes ta época é a de um a elipse com dois centros , um ideal, da razão, outro real, do universo”.
211
39) Em H o texto continua assim: “Vocês mas desejo muito que possam mc ouv
justam ente não devem mc entend er [versiehen], ir [vernehmen]".
40) Três foram as gerações dos Décios que se devotaram aos deuses infernais a fim do obte r vitórias para as forças romanas. 4 1) H: em lugar de Wodan, Odin. 42) PliL, IV, 1527, p. 319: “O cristianismo, mais uma religião da morte, opõe vida o religião — A rel igião da m orte deve cessar e com eçar a da vida. — Não é a m orte, mas o mundo, que 6 o oposto da vida —". 43) O alemão contém um redobro que se per de cm português: só o homem espiritual ( Geisilicltc ) tem espírito ( Geisi ). Cf. / 2 (no ta 2). 44) Retomada da diferença entre “gênio” e “lalento", estabelecida em
A 119.
45) Em alemão: grofie Welt, que si gnifica l iter almente “ grande mundo” . 46) Em H: “de toda a humanidade". 47) Em H, as Id éias 152 e 153 estão em ordem inversa.
212
de r
APÊNDICES Crítica dos fragmentos em fragmentos' Novalis
Crítica dos fragmentos
Athenäum'
Volume 2
[3]
3 .3
A expressão é condenável.
[41
3 .4
Não entendo, também não é fragmento.
[15]
5 .4
N o n li q u e t.
[17]
6 .5
Confuso.
[22]
8 .2
M ístico arb itrário ee sp ec ífi co e, porta nto , ininteli gível.
[27]
10.2
N ão é fra gmen to — completamente ininteligível.
[44]
13.4
Ininteligível.
[51]
14.4
o pri meir o p eríodo ininteligível.
[52]
15.2
não é bastante pessoal — por isso, I[n]I[nteIi gível].
[69]
18.5
N e s c io .
[74]
19.4
Não é fragmento, seco. Ininteligível.
[75]
19.5
Esmerado — mas fi ngido.
215
[76]
20 .2
Não ente ndo bem e é escolástico dem ais.
[80]
20 .6
N ão é bem o con c[ci(o] d[e] prof eta .
[8 2 1
2 1 .2
Confuso e em pormenor ininteligível.
[83]
22 .2
esco lástico dem ais e I[n]I[nteligível].
[89]
23.3
N on li q u e t.
[91]
23.5
N e s c io .
[100]
25.3
Não é fra gmento — e I[n]I[ nteligí vel].
[102]
25.5
De onde você sabe isso ?
[113]
28.1
N ão é fragmento.
[116]
28 .4
For ça do demais específico — não-genéti co — ou gerando — a últ ima frase supri m e todo o antecedente.
[120]
31.2 N ão ente ndo.
[121 ]
31 .3
Um ta nto obscuro na metade.
[123]
33.2
N e scio .
[126]
34.2
N e scio.
[145]
38. 1
A morali dade de Homero eu não entendo.
[263]
73.3
fals o.
[266]
73 .6
I[n]I[nteligível].
216
[322]
90 .2 A m úsica de Kan t eu nã o entendo.
[339]
94.4
[347]
102.2
[362]
Belo — mas obs cur o. I[n]I[nteligívcl],
107.2 M uit o bom, mas sonolento.
[364]
110
A crença mc despraz com o um trecho da Inês d[os] Lírios'.
[365]
111 .2
N ão entendo .
[366] 111 .3 [37 7]
115 .1
Nã o é bem um fr agment o ee [m ] pa|it e] «on //ç«er. O ce g o d[a] cor.
[385]
118. 3 N ão é fra gment o — e I[n]I[ntel igível],
[388 ]
1L 9.3 a nada , pa ra nad a. por nada — e m esm o falso .
[390]
120.2
N ão entendo — ou é confu so e não-v erda deir o.
[398]
122.5
Na da cer to.
[399]
122.6 Tam bém isso eu não ter ia admitido.
[404]
124.2
não entendo.
[411]
126.5
I[n|I|nteligível].
[414]
127.3
I[n]I[nteligível].
[420] [426 ]
130.2 A nad a, e por nada — numa palav ra un 134.3
não entendo bem.
rien.
217
[4 2 7 ]
1 3 5 .2
I[n]I[nteligível].
[4 3 2 ]
1 4 0 .3
não é bastante pessoal. No todo I[n]I[nteligível],
[4 3 9 ]
1 4 3 .1
[44 0]
1 4 3 .2
I[n]I[nteligívelJ.
[44 5 ]
1 4 4 .3
N ã o p ercebo.
[447]
145.2
[4 4 8 ]
1 4 5 .3
[449]
145.4
Não entendo bem
todos os 3.
218
Títulos dos fragmentos"
1.
A qu ilo sobre o qu al rar ame nt e se fil[oso fa].
2. Téd io e ar emp esteado. um sím il e. 3. O Kant negativo. 4. Reprimenda pel a f alt a de subdivisões na poética
com um exem plo.
5. Símile da ch[amada] boa sociedade.
6. U m a crít ica, com o contribuição à cr ítica da vida do mé stica do crít ico. 7. Postulado e contrapostulado. 8.
Resposta aos encómiastas da literatura antiga, moderna.
221
9. Infelicidade, se a poesia esperasse pela teoria.
10. O que é dever pa ra Kan t — com um episódio. 11.
Mingau para a sociedade parisiense. 12 .
Amável livro privado. Uma passagem. 13. Dançar e julgar a respeito são duas coisas distintas. 14. A quem é permitido ser lúbrico? 15. Do suicídio. 16. No va descober ta so bre o Xstianismo5 . 17. M otiv os pa ra a forma dramá tic a.
222
18 . O cão preguiçoso diante do espeto. 19. Meio seguro e comprovado de ser ininteligível.
20. Valor e valores da atividade de esc rit or.
21.
Filosofia de Kant e uma carta forjada, um símile.
22. Que é um projeto? 23. D o imp ri mir — com um conso lo no fi nal . 24. Fragmentos que se tornaram tais e fragmentos natos. 25 . A inocência dos exeget
as. 26.
Por qu e a german idade tem tanta força atraente para o s caracteiiz adores.
223
27. Há poucos e xislentes. 28 . Os desideratos mais importantes. 2 9. Que são achados chistosos. 3 0. O símbolo mais atraente da vontade boa. 31. Falso pudor e seu ensejo. 32 . Zombaria. 32. [34] Ainda não há matrimônio, com perspectivas para tempos melhores. 33. [35] O cínico , e o hipercínico, com o propri et ári os. 34. [36] Rxige-se demais da poesia retórica ou cênica.
224
35. [37] Pensa m entos que se ree nco ntr am. 36. [38] Paciência e É ta t d ’Ê p ig r a m m e . uma proporç ão. 37. [39] Perfis de pensamentos. 38. [40] Notas a um poema. Um símile. 39. [41] Proposição disjuntiva sobre os intérpretes de Kant. 40. [42] Bo ns dramas — em que ru br ic a da M a t é r i a m e d i c a 6 têm de estar? 41. [43] A filosofia não deve caminhar em linha reta. 42. [44] O que uma resen[ha] fil[osófica] ainda deve ser? 43. [45] Novo ou não? Questão mais alta e mais baixa.
225
44. [46] Que é um sistema para muitos? 45. [47] Por que a fiI[osofia] d[os] kantianos se chama crítica? 46. [49] As mulheres na nossa poesia. 47. [50] Verdadeiro amor. 48. [51] Ingenuidade. 49. [52] Entusiasmo do tédio. 50.153| Veneno e co n\ .x av en en o espiritual. 51. [54] O que só sc pode
vir a ser,
não ser. 52. [55]
Classificações características.
226
53. [56J Crítica da filos[ofia] como represália. 54. [57] Também na atividade literária tudo não passa dc pura sorte. 55. [58] Retrato, sem nome. 56. [59] Queixa recíproca sobre tirania. 57. [60] Liberdade e b eleza no singular e plu ral . 58. [61] Epidem ia antika nti ana , uma enfermidade
inglesa.
59. [62] Pôr para imprimir e recuperação após parto. Uma proporção. 60. [63] Falta de cu ltivo e caric atur a de si m esmo. 61. [64] Moderantismo?
227
62. [65] Apologetas ingênuos, antitéticos.
63. [66] Fazer e julgar. 64. [67J Pressuposiç ão dif eren te no fil óso fo e poeta — com uma exce ção. 65. [68] Sintoma do genuíno amor artístico. 66. 169] O que já não existe isoladamente, mas ainda existe no todo. 67. [70] Sem juiz, não há acusador. 68. [71]
d it o 1 sobre 65.
Anatomia e justa predileção. Um
69. [72] Modo moderno de passar por alto.
70. [73] Crescimento populacional e verdade. Uma semelhança.
228
71. [74] Do verossímil. 72. [75] Grotescos f ilosóficos — um desmas car amento . 73. [76] Imperativo categórico da teoria. 74. [77] D iálogo , car ta e mem órias, uma sé rie geométric a. 75. [78] De onde em geral provém o não-entender? 76. [79] Loucura e sandice, uma distinção feliz para muitos. 77. [80] A qu ele que vê par a t rás. U m a pessoa conhecida. 78. [81] Aq uilo qu e todos sabem e pa ra o qual, no entanto, t ão pou cos têm sentido — com uma conseq üên cia i nter essa nte.
229
79. [82] Demonstrações, deduções e definições — ou os titulares fil[osóficosJ — com uma af irmação sobre o af ir ma r.
80. [85] Uma outra a c l i o n e g a t i v a contra o contradição.
c i - d e v a n t princípio de
81. [84] Fil[osofi a] e epopéi a. Um a semelhança. 82. [85] Proposições fundamentais e instruções do conselho de guerra. 83. [86] A que se refere a genuína benevolência? 84. [87] O que vem em primeiro e o mais elevado no amor. 85. [88] Sobre os senhores do não. 86. [89] Sucedâneo da matemática moral.
230
87. [90] O objeto da história. 88.[91J Lóg ica — o que el a é e não
6. 89.
[92]
Quanto antes a gramática retornar. 90. [93] Que dout ri na põe fil[ osofia] e filologia em
r a p p o r t.
91. [94] Exegese absol[utamente] srcinal dos grandes filósofos. 92. [95] O que a filosofia pode fazer provisoriamente para sempre e por que o pode? 93. [96] O sofista. 94. [97] Insurreição e anarquia lógica. 95. [98] Que é tu do que é filosófico?
231
96. [99] Sobre a fil[osofia], como propriedade. 97. [100] Aparênci a de aç |ões] e jog o de represe ntaç ões . 98. [101] Onde algo nunca ou sempre acontece. 99. [102] O que as mulheres têm e o que não têm. 100. [103] A genu ína filosofia tem natur eza de fênix.
101. |104] Kant ia nos s egundo o conc eito cósm ico, segundo o conceito escolar e segun do um co nceito anti go. 102. [105] A fil[osofia] de Schelling e o Prometeu de Ésquilo. 103. [106] Onde a boa vontade é o valor de tudo, e onde é o valor de nada? Ao leitor r est a a i nferência sobre sua pá tr ia segu nd o um provérbio conhecido.
232
104. [107] O primeiro postulado das harmonias dos evangelhos kantianos. 105. [108] Aquilo que simultaneamente excita e deprime. 106. [109] M acrom icrologia e crença do
mestr e na aut ori dade. 107. [110]
Do gosto em coisas de segunda mão. 108. [111] O romance didático. 109. [112] Simpatia filosófica. 110.1113] Class if ic ação — quid '? 111. [114] Da definição da poesia. 112.[115] Se o pagamento faz o poeta ou o aniquila.
233
113.[116] Po esia universal progressi
va. 114.[117]
Genuínas obras de arte têm de ser pessoais. 115.
[118]
C onstituição republi cana do romance . 116. [119] Sentido profundo da língua, com um exemplo. 117. |120]
Desdenhadores do chiste, ou matemáticos confusos. 118.
[ 121]
A idéia e o ide al indivi dual, um sistema de fragmentos. 119. [122] Bürger sobre livros mornos. 120. [ 123]
O que a poesia d eve ao s drama s? 121. [124] Inconsequência de leit
ores psicoló gico s de roman ce .
234
122. [125] Nova cpoca da literatura, ou simpráxis universal. 122. [124] Mimos romantizados. 123.[127] O poeta recíproco e o gramático. 124.
[128]
O que é o mais lastimável? 125. [129] Lembrança de certos teóricos devido à bela mentira. 126.|130] O que também há — 7 Com um exemp lo. 127.[131] Quem precisa pouco do filósofo, e de quem o filósofo precisa muito? 128.
[132]
Eternos narcisos. 129. [133] As mãos e os apetrechos, ou as mulheres e os homens.
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130. [134] A sucessão matriarcal dos naires. Perspectiva de aprimoramento do gênero humano. 131. [135] Os novos pedagogos, como fornecedores de matéria do drama moderno. 132. [136] Espíritos rígidos, ou a broca, como furador. 133. [137] A ret óri ca mat eri al — a amiga sublime de R ousseau e Fichte. 134. [138] Dramas proféticos. 135. [139] O ponto de vista correto para o monstruoso da poesia. 136. [140] Magnanimidade e amor ou o poeta dramático e lírico. 137.[141] A grande violação, ou as tragédias francesas.
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138. [142] Hem sterhuis e Jacobi . 139.[143] Pode-se obrigar alguém à crença filológica? 140.
[144]
O ouro genial e a prata correta. 141. [145] Moral como poeta, imoral como moralista. 142. [ 146]
Sátira e romance, uma semelhança. 143.|147] Quem se esforça para realizar a antigüidade, e que c exigido para isso? 144.
[148]
A maior de todas as antíteses. 145. [149] O inventor da doutrina material da antigüidade. 146. [150] Sobre uma canonização histórica da antigüidade.
237
147. [151] O que cad a qual encont ra nos antigos? 148. [152] Cícero, o que foi, não foi e podia ser. 149. [153] Popularidade e romantismo. 150. |154] O O limpo da com édia e a t roç a românt ica . 151.[155] Romanos, os místicos do despotismo. 152.
[156]
Homero e Arquíl oco — em vínc ulo químico. 153.[157] Ovídio e Eurípides. uma semelhança. 154.
[158]
Marcial, enquanto Catulo. 155. [159] O antigo antiquário na antigüidade moderna.
238
156. [160] E os primeiros serão os últimos, um paradoxo filológico pessoal. 157. [161] Per sonificação Aristóteles.
de u ma manei ra fil[ osó fica] —
em Platã o e
158. [162] M it ologia grega — o fun dament o de sua fo rmação — com um acorde final fil[osófico]. 159. [163] A história dos primeiros césares romanos, como tema musical. 160. [164] Instinto filosófico dos sofistas gregos. 161. [165] Platão, como mostruário das prosas gregas. 162. [166] O Suetônio crítico e o Tácito poético. 163.[167] Formas de doença dos juízos artísticos.
239
164 . [ 168] A filos ofia para o poeta. 165. [169] A bem-aventurança dc demonstrar
a p r í o r i.
166. [170] Escrever romances e representar romances, ou as inglesas e francesas. 167.[171] Tolices exorbi tant es, com exem plos. 168.
[172]
Quem sabe mais do que sabe que sabe. 169. [173] O hieroglifista. 170. [174] Música suave e pintura evanescente. uma síntese. 17 1. - 18 9.[1 75 - 19 3] Das a r t e s p l á s t i c a s . 171.[175] O observador de olhos fechados.
240
172 . [ 176] Onde está o sétimo
céu? 173. [177]
O artista da palavra, cm quadros. 174. [178] O átrio alemão do templo de Rafael. 175. [179] Consolo para o gosto holandês. 176. [180] A pudicícia específica dos artistas gregos. 177.[181] Pena que fosse flamengo. 178.
[182]
Luxo verdadeiramente imperial. Um fragmento de liberalidade inglesa para com Diderot.
179. [183] O b i z a r r o Hogarth. 180. [184] Colonos holandeses na Itália.
241
181 . [ 185] O objeto c suas dimensões. 182. LI86] Os chineses e os cimérios. 183. [187] U m a n ti v e n e re u m . 184. [188] Uma taberna e um copo de aguardente, ou o caminho peculiar para o artista srcinal. 185.[189| O E s s a i d e p e i n t u r e de Didcrot. 186.
[190]
Fo rm ação antitética do arti st a. 187.[191] Minia tur a escultura — seu fundamento. 188. O destino da a rte — um re v e n a n t. 189. [193] Os artistas plásticos.
242
[192]
190. [194] O numismata do gcnero humano, ou da ferrugem nobre. 191. [195] Monumento a Condorcet. 192. [196] Classificação
dos autobi ógraf os. 193. [197]
Prova literária de que somos hiperbóreos. 194. [198] Natureza e ideal, ou os
inseparables. 195. [199]
Quem observou pri meir o asu blim idad e do ca rá te r naci onal inglês? 196.[200]
P a p i e r m â c h é dos escritos de Kant, com uma citação. Uma suposição. 197.[201] A verdade impudica, ou o verdadeiro Diderot, c sua observação. 198. A ave do ideal c o sal da estética.
243
[202]
199. [203] Moritz. um ensaio à maneira de Moritz. 200.|204] Onde falta a melhor alegria? 201.[205] A c r í t i c a c m p e s s o a s . Um retrato. 202. O porco-espinho —
[206]
um ide al . 203.[207]
A escala do livre-pensamento. 204. Alm as de pensamentos, uma alma
[208] de p ensamentos.
205. [2091 Uma questão em referência a uma língua pobre, prisioneira. 206. [210]
A M arselhesa — hom icida de seus ir mão s. 207.[211] O que se tem e nã o se tem de faze r com a plebe — segun do a l ei do direito e segundo a lei moral.
244
208. [212] Dignidade para liberdade. 209. [213] Gen uína arist ocraci a.
245
Anotações às Idéias de Friedrich Schlegel (1799)8
[8.] (Não é o coração?) [9,] (D e fato, ele abrang e com a vist a t oda a com po siçã o, na qua l essa com paixão é apen as a no ta de uma voz .) [10.] (Elas são pensamen tos na tu rai s — pensam entos nece ssários, ídolos de mundos por nascer.) [12.] ** (I lu st rar fazia parte da dou trina-da -dom esticaçã o-do-sen tido.) [13.] (O a rti sta é comp letam ente irreligioso — po r isso pode trabalhar na religião como em bronze. Pertence à Igreja de Schleiermacher.) 11 4.] (Ela m e par ece ser mais completa e essencialm d ’o e u v r e .)
ente um h o r s
[15.] (De D eus nada sei — de deu ses quero f ala r e então a proposição é verdadeira em cada religioso.) [16.] (O religioso não pode absol utamente fo rma r — caso formar seja ser ativo. Inativo até a paixão é o homem de disposição espiritual.) [18.] (De fato, a religião é um mar envolvente, onde cada m ovim ento, em vez de uma o nda , produ z uma visão.) [19.] (Agora estou conv encid o de que gênio, se não é confundido com espírito, nada m ais é que espíri to es p ec ífic o e, port ant o, uma limitação antinatural, uma paixão do espírito.)
249
[20. | (Não deveria ser o diletant e — Cultivando então é artista.)
c o m seu sentido,
[22.] (Quando você fala de religião, me parece em geral querer dizer o entusiasmo, aplicação.) **
de que a religião é somente uma
(Tu mba é muito pr opr ia ment e um co nceito religi oso - Só a rel igi ão e seus con fessos jazem em tu mbas . A foguei ra faz par te do rit o dos co nfe sso s do universo.) [ 2 9 .] ( in t u i1-*) [30.] (M as também sim ples até o aniquilam ento de to da quantidade e qualidade.) [46.] (Falta a moral, como o terceiro substrato mediador.) [50.] ***(As causas da Revolução e sua essência própria, se é efetiva, histór ica, genuína, todo contemp orâne o te rá de poder encontrar em si mesmo.) [51.] (Nã o sei por que sempre se fala de uma hum anidade isolada. An ima is, plant as e pedra s, astr os c atmosferas não pertencem também à humanida de e não é ela um mero feixe de nervos em que se cruzam infinitos fios em diversas direções? Pode ser com preendida se m a nat ureza — ? é então assim tã o diferente das demais espécies naturais?) [63.] (O pecad o não deveri a se r somen te o não-e ii do Xstianism o — ou talvez mesm o ser posto apenas a n m h i l a n d o pelo Xstianismo?) [67.] (Entretanto apenas modificações diferentes.)
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[91.] ** (Assim como você pensa, tem razão, de resto não há, certamente, d iferença entre o nat ur al e o divin o e o hu man o.) [95.] (Bíblia é um conceito genérico sob a classe dos livros. Subsum e po r esp écies e indivíduos. As Bíblias são os hom ens e deuses entre os livros. De certo modo, têm até parte no surgi mento deles — e a ori gem de les é pur a e simp lesmen te inexplicável. Por isso têm necessariamente de ser srcinais. São amados e odiados, idola tra dos e desprezados c om o seres part icul ares . Querer escrev er uma Bíblia — é u ma inclinação pa ra a sandice, co m o todo ser humano diligen te a tem de ter para ser completo.) [96.] (Ativa inati vidade, genuíno quietismo é o idea lism o crít ico. Você facilmente perc eber á qua nto a d[cutrina-da]-c[iência] de Fichte nada mais é que o esquema de um ser artístico interior. Realismo é a s te n ia — s e n ti m e n to — Ide al is mo — estenia, visão ou f i c ç ã o . ) [106.] (Seguirei essas palavras, caro amigo.) [126.] (Caroline Schlegel.) [1 31 .| (Ao verd adei ro Deu s todos nós dever íamos ser s acrif icados, mas não é terrível que a flor do mundo ainda seja diariamente sacrificada a falsos ídolos ou mutilada para honra deles?) [151.] (Como já disse acima, para você religião é sensibilidade espiritual e mundo espiritual dos corpos cm geral.) A Júlio Se há alguém que con vém e nasceu para apóstolo e m nossa época, este é você. Você será o Paulo da nova religião que por toda parte irr ompe — um dos prim eiros d a nova era — da era religio sa. C om
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essa religião se inicia uma nova história mundial. Você entende os m ist ério s da época — sobr e voc ê a revol ução efetuou o que tinha de efetuar ou, antes, você é um membro invisível da revo luçã o sagrada que sur giu na terra co m o um M ess ias no plu ral . Um sentimento esplêndido me vivifica ao pensa r que é meu am igo e qu e di rigiu a mim e ssas palavras mais íntimas. Sei que em muitas coisas somos um e creio que o somos inteiramente, porque uma única es perança, uma única nostalgia é no ssa vida e n ossa mor te .
25 2
Notas
1) O tít ulo n âo está nas obras de N ovalis. É no n úm ero 414 dos Fragm entos de Teplil z que Nov alis faz referência it idéia de um “p re fá cio e crítica dos fragm entos cm frag m en tos” (ed. cit., p. 613). 2) Esta Crítica se encontra no fragmento 443 dos Fragmentos de Teplilz (edição de P. Kluckhohn c R. Samuel, pp. 623-4) . O núm ero entre colchet es remete aos fragmentos do Athenäum-, os número s que antecedem o comentário indicam a página da revista e o número d o fragmento ness a página. Os acréscimo s em co lchete s são dos editore s. 3) Agnes von Lilien , romance escrito pela cunhada de Schiller, Karoline von Wolzogen, e pu blica do na r evista At horas em 1796. À época do lançamento, hou ve rumo res de que Friedrich teria atribuído a autoria a Goethe. 4) N úmero 444 dos Fragmentos de Tepii tz (ed. cit., pp. 625-639). A numeração é de N ovalis; correções c acréscimos, entre colchetes, são dos editores do volum e II das Werke. No número 328 dos Fragm entos de Tepiit z, Novalis anot a: “Títulos para os fragmentos. O que deve ser um tí tulo? uma pa lavra orgânica, i ndivid ual— ou um a definição genéti ca — ou o p lano com um a única palavra — um a fórm ula un iv[crsal]. Mas po de aind a ser mais — e ainda algo inteiramente o utro ” (ed. cit ., p. 597). 5) Abreviatura novaliana para cristianismo. 6) Assim, em lati m, no srcinal. 7) Assim, ein lati m, no srcinal . 8) Publicadas na edição de R. Samuel, volum e III, pp. 481-49 3. As anotações se encontram nas margens da cópia feita por Dorothea Schlegel. De acordo com o editor, Novalis assinala as Id éias com um , dois ou três asteriscos, segund o uma ordem de importância para ele. Com *: 1 1, 4-6, 21, 39-41,49, 61,77 c 117. Com **: / 2, 12,22, 24,27,35. 38 .47, 6 4,8 0,9 1, 107 e 120 . Com ***: 1 1 , 44, 50,60,69,71,94, 104, 123, 127-129 e 137. R. Samuel afirma que esses asteriscos indicariam conc ordân cia de Novalis com as idéias expostas, ainda que as anotações sejam em geral críticas c as diferenças em relaçSo à religi ão bem marcadas (sobretudo q uanto á signific ação do pecado) . 9) O verbo “intui” se refere a “produz ou toma Deus visível” de 1 29.
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Friedrich é um homem profundo, freqüentemente ensimesmado, um grande homem em seu interior, mas que parece exteriormente um tolo. C a ROU NE SCHEEGEL-SCHEI
Muitas veze s Friedrich Schl egel perm anec eu incompreensível, mesm
o para seus amigo s. W alter
ISB N 85-73 21-057-5
9 788573 BIBLÍO
210576
TECA PÓLE
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ILUMl^lJRAS