Resumo A relíquia de Eça de Queirós Publicado em 1887, o volume A relíquia de Eça de Queirós substitui a literatura predominantemente de observação de Eça de Queirós para dar vazão a um veio irônico e cômico que já aparecera na novela O Mandarim. Trata-se de um volume de crítica social contra a beatice e a hipocrisia. Pode ser visto dividido em três Relíquia é uma obra que associa à narrativa de viagem um olhar bem-humorado partes. A Relíquia bem -humorado sobre a condição de adaptação humana, em seus interesses de posse e em suas ilusões sociais e afetivas, por meio de negociações íntimas, por vezes conflitivas, entre o sacrifício e a recompensa. Do mesmo modo, o autor desenvolve as reflexões do protagonista em um constante diálogo entre a verdade e a fantasia, como anuncia em uma famosa epígrafe editada junto ao título: “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”. A parte principal principa l é apresentada como reminiscências reminiscênci as de viagens e as outras duas constituem constitu em um traçado da vivência exageradamente beata da personagem D. Maria Patrocínio das Neves; e um apanhado psicológico da hipocrisia, representada pelo sobrinho de D. Patrocínio, Teodorico Raposo, homem de tendências liberais e libertinas. A relíquia de Eça de Queirós: Narrado em primeira pessoa, traz Teodorico, apelidado Raposão, recordando-se de uma visita que fizera à Terra Santa. Teodorico é órfão desde a infância e criado por uma endinheirada tia materna, D. Patrocínio, a Titi. Faz Direito em Coimbra e frequenta com assiduidade as rodas boêmias, mas não deixa de adular a tia, na esperança de conseguir ser seu herdeiro universal. O herdeiro mantém, portanto, duas faces, a libertina e a “beata”. Depois de uma briga com a amante, parte para a Palestina, em excursão financiada pela tia. Surgem personagens personagens interessantes interessantes como o alemão alemão Tópsuis e o português Alpedrinha. No Egito Egito é apresentado à inglesa inglesa Mary, com quem tem um intenso relacionamento amoroso. A relíquia de Eça de Queirós: Ao partir para Jerusalém, Mary o presenteia com uma camisola. Teodorico compra uma imitação da coroa de Cristo para levar de relíquia à tia beata e garantir assim sua herança. Ao retornar a Portugal, o rapaz entrega o pacote em que supõe estar a camisola de Mary a uma mendiga e ao chegar em Lisboa Lisboa vê-se diante da Titi e sua corte eclesiástica, presenteando-as presenteando-as com uma série de relíquias e relatando detalhadamente a viagem. A relíquia rel íquia de Eça de Queirós: No momento de maior expectativa, entrega o pacote com a suposta relíquia da tia, é desmascarado e deserdado. Consegue Consegue um emprego, casa- se, mas aparentemente continua um oportunista, como relata em páginas finais: “E tudo isto perdera! Por quê? Porque houve um momento em que me faltou esse descarado heroísmo de afirmar …” afirmar …” que a camisola de Mary era a camisa de dormir de Santa Maria Madalena. Se isso ocorresse, não teria ele herdado a fortuna de Titi?
FOCO NARRATIVO O romance é narrado em primeira pessoa. Teodorico Raposo, o “Raposão”, assume a empreitada da escrita com o seguinte propósito, segundo afirma no prólogo: “decidi compor, nos vagares deste verão, na minha quinta do Mosteiro […], as memórias da minha vida” […] “Esta jornada à terra do Egito e à Palestina permanecerá sempre como a glória superior da minha carreira; e bem desejaria que dela ficasse f icasse nas letras, para a posteridade, posteridade, um “monumento “monumento airoso e maciço”. maciço”.
TEMPO E ESPAÇO As memórias de Teodorico Raposo se distribuem progressivamente, em um tempo psicológico que recupera os fatos de sua infância, com o pai; da adolescência, já órfão, sob os cuidados da tia; da juventude, em Lisboa, tendo passado pela faculdade de Coimbra e, depois, a empreender a longa viagem à Terra Santa, ambiente central da narrativa, onde se passa a maior parte das suas aventuras. CONEXÕES Ao criar um “narrador -autor” de suas memórias, um tanto cético, prepotente, orgulhoso de sua “carreira”, sem o peso do trabalho nas próprias costas, dado aos desejos mundanos e à boa vida burguesa, o leitor brasileiro logo o associará ao Brás Cubas, protag onista das “Memórias póstumas…”, obra maior do Realismo brasileiro, escrita por Machado de Assis, publicada em 1881.
A R ELÍQUIA, DE EÇA DE QUEIRÓS EXERCÍCIOS SOBRE A R
1 - No trecho final da obra Relíquia , reafirma-se a objetividade realista diante dos fatos da vida. obra A Relíquia “E tudo isso perdera! Por quê? Porque houve um momento em que me falou esse descarado heroísmo de afirmar, que, batendo na terra com o pé forte, ou palidamente elevando os olhos ao céu, cria, através da universal ilusão, ciência e religiões” (QUEIRÓS, Eça de. A Relíquia, Coleção Clássicos, p. 208)
a) Segundo o trecho, como são criadas as ciências e as religiões? _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ b) De que forma tal afirmação confirma o projeto ideológico i deológico dos realistas? _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ 2 - Eça de Queirós fez parte da chamada geração de 1870, que lutou ferrenhamente contra a ordem social lisboeta, passional e romântica, liderada, politicamente, pela monarquia, pela burguesia e pelo clero. Além dele, foram figuras importantes dessa geração a) Camilo Castelo Branco, Antônio Feliciano de Castilho e Oliveira Oli veira Martins. b) Antero de Quental, Oliveira Martins e Teófilo Braga. c) Júlio Dinis, Alexandre Herculano e Antero de Quental.
d) Antônio Feliciano de Castilho, Camilo Castelo Branco e Teófilo Braga. e) Alexandre Herculano, Oliveira Martins e Júlio Dinis.
3 - (UNICAMP) Em A Relíquia, de Eça de Queirós, várias são as mulheres mul heres com quem Teodorico Raposo, o herói e narrador, se vê envolvido. Dentre elas, podemos citar Mary, Adélia, Titi, Jesuína, Cíbele. a) uma dessas personagens é importantíssima para a trama do romance, já que acompanha o narrador desde a infância, e deve-se a ela a origem de todos os seus infortúnios posteriores. Quem é e o que fez ela para que o plano de Raposo não desse certo? _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ _________________________________ _______________________ ______________________ ______________________ ______________________ _______________ ____ b) a qual delas Raposo se refere como “Tinha trinta e dois anos e era zarolha”? Que relações tem essa personagem com com Crispim, a quem quem o narrador denomina denomina como “a firma”? firma”? ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ _______________________ _______________________ ______________________ ______________________ _______________ ____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____
4 – O O uso do diminutivo é característica queirosiana bastante presente em A Relíquia. Além de tamanho, tal sufixo pode acrescer à palavra primitiva os sentidos de afeto, desprezo, ironia etc. Analise as passagens seguintes da obra e indique o valor expressivo expressivo do diminutivo em cada caso: a) Isidoro Júnior, ante de eu sair, examinava-me sempre os ouvidos e as unhas; muitas vezes, mesmo na bacia dele, dava-me uma ensaboadela furiosa, chamando-me baixo sebento. Depois trazia-me até a porta, fazia-me uma carícia, tratava-me de seu querido amiguinho e mandava pela Vicência os seus respeitos à Sr. D. Patrocínio das Neves. _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ _________________________________ _______________________ ______________________ ______________________ ______________________ _______________ ____ b) Então, antes dos abraços, perguntei aos meus leais amigos que “lembrançazinha” desejavam dessas terras remotas onde vivera o Senhor. Padre Pinheiro queria um frasquinho de água do Jordão. Justino
(que já me pedira no vão da janela j anela um pacote de tabaco turco), diante da titi, só apetecia um raminho de oliveira, do Monte Olivete. _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ _________________________________ _______________________ ______________________ ______________________ ______________________ _______________ ____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ _______________________ _______________________ ______________________ _______________ ____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ c) - Cá por mim – mim – disse disse ela no meio do sofá como dum altar, tesa nos cetins de domingo -, o que desejo é que faças essa viagem com toda a devoção, sem deixar pedia por beijar, nem perder novena, nem ficar lugarzinho em que não rezes ou o terço ou a coroa … _____________________ _________________________________ _______________________ ______________________ ______________________ ______________________ _______________ ____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ _______________________ _______________________ ______________________ ______________________ _______________ ____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ d) - Pote, Pote! – Pote! – gritei radiante – radiante – Nem Nem tu saber que grossa moeda me vai render esse galhinho, dentro desse pacotinho! _____________________ ________________________________ ______________________ ________________________ _______________________ _____________________ _______________ ____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ________________________ ________________________ ______________ ___ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____
5 - Considere o trecho: trecho: […] Numa sala forrada de papel escuro, encontramos um senhora muito alta, muito seca, vestida de preto, com um grilhão de ouro no peito, um lenço roxo, amarrado no queixo, caía-lhe num bioco lúgubre sobre a testa; t esta; […] - Esta é a Titi – disse-me disse-me o Senhor Matias – É – É necessário gostar muito da Titi… É necessário dizer sempre que sim à titi! a) Por que se ressalta, no t recho, a “necessidade” de se agradar à senhora ? _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ b) De que maneira essa necessidade marcará a história de vida do narrador em A Relíquia? Relíquia?
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6 – Leia Leia o trecho a seguir: […] Amargamente mostrei-lhe as minhas botas cambadas. Parámos n'um banco, junto d'uma trepadeira de rosas; e aí, no silencio e no perfume, narrei a camisa funesta da Mary1, a Relíquia no seu embrulho 2, o desastre no Oratório 3, o óculo 4, o meu quarto miserável na travessa da Palha... […] a) Apresente cada um dos elementos enumerados pelo narrador e explique de que maneira foram decisivos para a mudança que ocorreu em sua vida. _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ________________________ ________________________ ______________ ___ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ b) Identifique com quem o narrador conversa no trecho apresentado e por que tal personagem, de certa forma, também se torna responsável responsável por mais uma mudança em sua vida. _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ ______________________ _________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____ _____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ________________ _____
7 - (Unicamp) - O trecho que segue relata um diálogo entre o narrador-personagem de A Relíquia e o Doutor Margaride, e contém referências básicas para o desenvolvimento do romance: “Eu arrisquei outra palavra tímida. – A A titi, é verdade, tem-me tem-me amizade… – A A titi tem-lhe amizade – atalhou atalhou com a boca cheia o magistrado – e – e você é o seu único parente… Mas a questão é outra, Teodorico. É que você tem um rival. – Rebento-o! – Rebento-o! – gritei gritei eu, irresistivelmente, com os olhos em chamas, esmurrando o mármore da mesa.
O moço triste, lá ao fundo, ergueu a face de cima do seu capilé. E o Dr. Margaride reprovou com severidade a minha violência. – Essa Essa expressão é imprópria de um cavalheiro, e de um moço comedido. Em geral não se rebenta ninguém… E além disso o seu rival não é outro, Teodorico, senão Jesus Cristo! Nosso Senhor Jesus Cristo? E só compreendi quando o esclarecido jurisconsulto, já mais calmo, me revelou que a titi, ainda no último ano da minha mi nha formatura, tencionava deixar a sua fortuna, terras e prédios, a irmandades da sua simpatia e a padres da sua devoção. ” a) Localize no trecho ao menos uma dessas referências e explique qual a sua relevância para a trama central. _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ b) O trecho fala da importância da figura de Jesus Cristo para a personagem personagem denominada “titi”. Descreva essa personagem, segundo segundo o prisma do próprio narrador, Teodorico Raposo, e tente demonstrar como o mesmo trata sarcasticamente sarcasticamente o seu “rival” de herança. _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________
8 – (UNICAMP (UNICAMP 1998) Em A RELÍQUIA, de Eça de Queirós, encontramos a seguinte resposta de Lino, comprador habitual das relíquias de Raposo: “Está o mercado abarrotado, já não há maneira de vender nem um cueirinho do Menino Jesus, uma relíquia que se vendia tão bem! O seu negócio com as ferraduras é perfeitamente indecente… Perfeitamente Perfeitamente indecente! É o que me dizia noutro dia um capelão, primo meu: ‘São ferraduras demais para um país tão pequeno!…’ Catorze Catorze ferraduras, senhor! senhor! É abusar! Sabe Sabe vossa Senhoria Senhoria quantos pregos, pregos, dos que pregaram Cristo na Cruz, Vossa Senhoria tem impingido, todos com docume ntos? Setenta e cinco, Senhor!… Não lhe digo mais nada… Setenta e cinco!” a) Relate o episódio que faz com que Lino dê essa resposta a Raposo. _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _______________________ ______________________ _____________________ ___________________ ________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________
_____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _______________________ ______________________ _____________________ ___________________ ________ b) Sabendo que o autor usa da ironia para suas críticas, dê os sentidos, literal e irônico, que pode tomar t omar dentr o da narrativa a frase: fr ase: “São ferraduras demais para um país tão pequeno!…” pequeno!…” _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _______________________ _______________________ ______________________ __________________ _______ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _____________________ ______________________ ____________________ _________ _____________________ ________________________________ ______________________ _____________________ _______________________ ________________________ __________________ _______
9 - (UFMT) Sobre a nudez forte da verdade – verdade – o o manto diáfano da fantasia, epigrafe do romance A Relíquia, de Eça de Queiros, explicita uma crítica: a) À hipocrisia religiosa e ao falseamento dos princípios do Cristianismo, percebidos por Teodorico Raposo na peregrinação que empreende até a Terra Santa. b) À hipocrisia religiosa, com a menção da venda de relíquias, sobretudo a coroa de espinho de Cristo, que Teodorico Raposo encontra na Terra Santa e com que presenteia sua tia beata. c) Aos preconceitos religiosos, através dos pressupostos do Naturalismo, expostos pelo sábio Topsius à personagem principal, principal, Teodorico Raposo. Raposo. d) Aos princípios estéticos do Romantismo que, ao valorizarem a ideia de fuga da realidade, levavam o homem às alienação. e) À hipocrisia religiosa, presente na sociedade oitocentista portuguesa, por meio da incursão pelo mundo dos sonhos, que simbolicamente acontece durante a peregrinação do Teodorico Raposo pela Terra Santa.
10 - (FEI-SP) Leia atentamente: I.
II. III. IV.
"Segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o progresso tecnológico, o socialismo utópico, a filosofia positivista de Auguste Comte, o evolucionismo formam o contexto sociopolíticoeconômico-filosófico-científico econômico-filosófico-científico em que se desenvolveu a estética realista." rea lista." "O escritor realista acerca-se dos objetos e das pessoas de um modo pessoal, apoiando-se na intuição e nos sentimentos." "Os maiores representantes da estética realista/naturalista no Brasil foram: Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompéia." "Poderíamos citar como característica da estética realista: o individualismo, a linguagem erudita e a visão fantasiosa da sociedade."
Verificamos que em relação ao Realismo/naturalismo está (estão) correta (corretas): a) apenas I e II. b) apenas I e III.
c) apenas II e IV. d) apenas II e III. e) apenas III e IV.
11 - (USF-SP) Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que: a) b) c) d) e)
se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação. pretende expressar expressar com naturalidade naturalidade a vida simples simples dos homens homens rústicos nas nas comunidades comunidades primitivas. defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social. analisa as perversões sexuais, condenando-as condenando-as em nome da moral religiosa. estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta das personagens. personagens.
12 - (MACK-SP) O cientificismo ci entificismo comunicou feitio próprio ao Realismo-Naturalismo. Assinale a alternativa que não apresenta o cientista e a respectiva teoria científica ou filosófica correspondentes à época daquele movimento literário. a) b) c) d)
Darwin – Darwin – Teoria Teoria da evolução das espécies e sua revolução biológica. Comte – Comte – Teoria Teoria positivista, que explica todos os fenômenos sujeitos às leis l eis naturais. Taine – Taine – Teoria Teoria do ambientalismo determinante: a obra de arte como produto do meio, momento e raça. Claude Bernard - Teorias da medicina experimental, mostrando a importância da fisiologia no comportamento do indivíduo. e) Kant – Kant – Teoria Teoria segundo a qual a razão constrói o mundo da ciência servindo-se das aparências das coisas, formas de nossa sensibilidade.
13 - (UFPR) Eça de Queirós afirmava: "O Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mau na nossa sociedade." Para realizar essa proposta literária, quais os recursos utilizados no discurso realista? Selecione-os na relação abaixo e depois assinale a alternativa que os contém: 1. Preocupação revolucionária, atitude de crítica e de combate; 2. imaginação criadora; 3. personagens fruto da observação; tipos concretos e vivos; 4. linguagem natural, sem rebuscamentos; 5. preocupação com mensagem que revela concepção materialista do homem; 6. senso de mistério; 7. retorno ao passado; 8. determinismo biológico ou social.
a) b) c) d) e)
1, 2, 3, 5, 7, 8. 1, 3, 4, 5, 8. 2, 3, 4, 6, 7, 3, 4, 5, 6, 8. 2, 3, 4, 5, 8.
14 - (MACK SP) Assinale a afirmativa correta sobre Eça de Queirós. a) Fiel aos pressupostos da escola naturalista, adotou postura doutrinária ao dissertar sobre a degeneração degeneração do clero, resultante do acelerado progresso industrial das cidades portuguesas. b) Lançou um olhar crítico sobre a sociedade de seu tempo, procurando analisar e registrar, através do romance realista, as contradições de um mundo em transformação. c) Em pleno apogeu do capitalismo, defendeu a tese de que os princípios religiosos eram a única forma de salvaguardar a sociedade de valores excessivamente excessivamente materialistas. d) Nacionalista convicto, acreditava que a literatura romântica era instrumento legítimo e eficaz para enaltecer e preservar os valores da tradição portuguesa. e) Serviu-se da ficção para tecer comentários irônicos às classes baixas, responsáveis, segundo segundo ele, pelo marasmo em que se encontrava Portugal no século XIX.
15 - (ENEM - 2015) “Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e eu parti. Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação. Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor que de tempos t empos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios. O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte com a sua invasão i nvasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia- se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. pátri a. Os lugares que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito. POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.
Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a inserção social do colégio demarcado pela a) b) c) d) e)
ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais. interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional. produção pioneira pioneira de material didático, didático, responsável responsável pela facilitação do ensino. ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares. cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo interesse comum do avanço social.
16 – (ENEM (ENEM - 2014) “Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter ferozmente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um modelo. Arguíam-no de avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude, e as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o déficit. Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que chegavam a acusá-lo de bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência frequência escravos escravos ao calabouço, calabouço, donde donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara, dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e não única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão de várias irmandades, i rmandades, e até irmão remido de uma destas, o que não se coaduna muito com a reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de que ele fora juiz) mandara-lhe tirar t irar o retrato a óleo. ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. Obra que inaugura o Realismo na literatura li teratura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas condensa uma expressividade expressividade que caracterizaria o estilo machadiano: a ironia. Descrevendo Descrevendo a moral de seu cunhado, Cotrim, o narrador-personagem Brás Cubas refina a percepção irônica ao a) b) c) d) e)
acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se injustiçado na divisão da herança paterna. atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade com que Cotrim prendia e torturava os escravos. considerar os “sentimentos pios” demonstrados pelo personagem quando da perda da filha Sara. menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma confraria e membro remido de várias irmandades. insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo.
17 - (ENEM - 2015) A pátria Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos. Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Vê que grande extensão de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece! Criança! não verás país nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929. Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que a) b) c) d) e)
a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza. a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo. os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais. a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento. a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.
18 - (ENEM - 2013) Mal secreto Se a cólera que espuma, a dor que mora N'alma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, causa, então piedade piedade nos causasse! causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste Em parecer aos outros venturosa! CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.
Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção o eu lírico, esse julgamento revela que a) b) c) d) e)
a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada. o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social. a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja. o instinto de solidariedade conduz conduz o indivíduo a apiedar-se apiedar -se do próximo. a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.
Gabarito 1 - Resposta: a) São frutos de ilusões, criadas por um "descarado heroísmo de afirmações", mentirosas, mas convíctas. E, por meio dessas mentiras, firmam-se teorias teorias e alimentam-se ideologias. ideologias. b) Para os realistas, a objetividade era a chave das artes e das ciências. Não espaço para a subjetividade ou para o culto ao "eu", "eu", tal qual advindos do Romantismo. Romantismo. O homem não seria seria um ser elevado e virtuoso, virtuoso, capaz da melhor atitude sempre; seria capz de mentir para não mudar o seu destino ou até mesmo de fracassar dia nte da possibilidade de fazê-lo. O homem seria manipulável e facielmente conduzido por ilusões criads por terceiros no intuito de se dar bem. 2-B 3a) Entre as diversas personagens femininas citadas no enunciado da questão, apenas uma acompanhou Teodorico Raposo desde a infância. Trata-se de titi, sua tia, a cuja herança ele teria direito caso se comportasse como um perfeito católico (na acepção de sua tia). Como isso não aconteceu o engodo que Raposo lhe preparava foi descoberto, descoberto, titi deserdou-o. deserdou-o. b) Jesuína Jesuína é a referida referida personagem. personagem. É, finalmente, finalmente, com ela ela que que Teodorico Teodorico se casa. Trata-se da da irmã de Crispim, Crispim, o próspero amigo, herdeiro da firma Crispim & Cia. Não sem ironia, Teodorico o chama de "a firma" para sugerir que a identidade do amigo se sustentava mais no valor financeiro do que no afetivo. 4a) O uso de "querido amiguinho" enfatiza a ironia do narrador em relação ao tratamento que recebia no colégio dos Isidoros. Mantinha-se a aparência de um tratamento carinhoso; no entanto, mesmo sendo tratado por "querido amiguinho" na frente de seus responsáveis, responsáveis, era chamado de "sebento" em secreto. A infantilização i nfantilização e o afeto projetados no diminutivo, por não serem verdadeiros, configuram a ironia. b) As palavras no diminutivo pretendem tornar mais simples os objetos que representam. "lembrançazinha" significa um presente simples, barato, algo bem comum para que a pessoa se lembre de relance do lugar de onde o presente veio; as palavras "raminho" e "frasquinho" também carregam essa ideia de diminuição, de simplicidade. c) Não se refere a um "lugar pequeno" ou "ordinário", "ordinário", e sim à totalidade. Significa Significa que a tia desejava que todo lugar santo, sem exceção, fosse visitado, beijado e adorado pelo pupilo. d) A imagem é de ironia. O galho espinhoso comum na Judeia, tecerá a coroa que servirá para enganar a tia; torna-se, pois, um galho valioso em um pacote valioso para o fim a que se destina. A coroa de espinhos é a relíquia em foco na obra. 5a) A necessidade advém do fato de o narrador ter ficado órfão aos nove anos de idade e, a partir daquele momento, depender economicamente economicamente da velha senhora. Muito rica, somente ela poderia garantir que nada lhe faltasse. b) Com o intuito de receber a herança da tia, o narrador acabará por assumir uma vida dupla, vivendo na luxúria, mas representando o papel de jovem honrado e piedoso para agradar à senhora. 6a) A camisa de Mary era a roupa íntima de uma prostituta inglesa - com quem o narrador teria se envolvido em Alexandria - e se opõe à relíquia no embrulho, uma coroa feita com um arbusto espinhoso, que representaria para a tia, a Paixão de Cristo. Entretanto, os embrulhos foram trocados e, à frente de todos os amigos da família, diante do oratório, o narrador foi deserdado, sendo obrigado a viver à míngua, em um quarto de um hotel ordinário da cidade. Como herança da tia, recebeu apenas sem óculos, "para ver de longe a sombra de sua herança". herança". b) O narrador conversa sobre os fatos com Crispim, um antigo colega do internato. Essa reaproximação será vantajosa porque Crispim lhe arranjará um novo emprego e um casamento digno, que novamente proporcionarão ao narrador uma vida de posses. posses.
7 – a) “É que você tem um rival” ou “o seu rival não é outro, Teodorico, senão Jesus Cristo!”, ou “tencionava deixar a sua fortuna, terras e prédios, a irmandade da sua simpatia e a padres da sua devoção”. Os trechos selecionados denunciam denunciam o caráter do personagem principal que acaba fundamentando fundamentando a trama: tr ama: um trapaceiro que busca, a todo custo, herdar a vasta fortuna de uma tia. Por isso, o anúncio de um rival viria a prejudicar as investidas do interesseiro int eresseiro Teodorico. b) Titi é uma rica beata, autoritária, moralista que não consegue perceber os limites da religiosidade. O personagem Teodorico utiliza-se dos elementos religiosos em benefício benefício próprio, próprio, isto é, finge finge ser ser extremamente carola a fim de que a tia deixe a fortuna para ele e não para seu “rival” (Cristo, “as irmandades de sua simpatia e padres de sua devoção”). 8 – a) Após ter sido expulso pela “Titi”, dona Patrocínio das Neves, Teodorico Raposo para sobreviver passa a vender as falsas relíquias sagradas a Lino. Entretanto, ele próprio desacreditou as suas relíquias. Por isso, Lino responde: “Está o mercado abarrotado.” b) No sentido literal significa que as “ferraduras” são demasiadas para um país pequeno como Portugal. No sentido irônico essas “ferraduras” referem -se aos “burros” que fazem par te par te da população de Portugal. 9 - Resposta: E 10 - Resposta: B 11 – 11 – Resposta: Resposta: E 12 – 12 – Resposta: Resposta: E 13 - Resposta: B 14 - Resposta: A 15 - Resposta: A 16 - Resposta: B 17 - Resposta: B 18 - Resposta: A