Flavio de Campos Roteiro de Cinema e Televisão A arte e a técnica de imaginar, perceber e narrar uma estória ZAHAR Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro Copyright © 2007, !a"io de Campos #!a"io$decampos%yahoo$com Copyright desta edi&'o © 2007( Jorge Zahar Editor )tda$ rua *é+ico - sobre!o.a 200-/- Rio de Janeiro, RJ te!( 12- 2-03/0303 4 #a+( 12- 2-03/0300 e/mai!( .5e%5ahar$co e/mai!( .5e%5ahar$com$br m$br site( 666$5ahar$com$br odos os direitos reser"ados$ A reprodu&'o n'o/autori5ada desta pub!ica&'o, no todo ou em parte, constitui "io!a&'o de direitos autorais$ 1)ei 8$9-0483 Capa( :érgio Campante sobre imagem © ;ar
C2-2r
C>;/?rasi!$ Cata!oga&'o/na/#onte :indicato @aciona! dos Editores de )i"ros, RJ$ Campos, !a"io de Roteiro de cinema e te!e"is'o( A arte e a técnica de imaginar, perceber e narrar uma estória 4 !a"io de Campos$ Rio de Janeiro( Janeiro( Jorge Zahar Ed$, Ed$, 2007$ Contém g!ossBrio >nc!ui bib!iogra#ia >:?@ 873/3/7--0/83/3 -$ Roteiros cinematogrB#icos / écnica$ 2$ Roteiros de te!e"is'o / écnica$ >$ Dtu!o$
07-0687
CDD: 791.437 CDU: 791.43
a capa do !i"ro( Roteiro de cinema e televisão de#ine e descre"e conceitos #undamentais da teoria da narrati"a, sem se preocupar apenas em transmitir #órmu!as de sucesso e ditar regras de Fcomo #a5erF$ Apóia/se tanto em obras c!Bssicas do cinema e da !iteratura como em no"e!as e programas de te!e"is'o, e ousa propor no"as estratégias e c!assi#ica&Ges, c!assi#ica&Ges, a"an&ando no campo do cinema autora! e meta!ingHDstico$ I resu!tado é um rico embasamento teórico e prBtico, ti! para iniciantes e iniciados na arte de estruturar e escre"er roteiros$ @um inte!igente diB!ogo com o !eitor, !a"io de Campos / roteirista e pro#essor com mais de 0 anos de e+periKncia / #a5 de seu !i"ro uma re#erKncia obrigatória para estudantes e escritores de todos os gKneros$ ;or tudo isso, esta é sem d"ida uma obra nica no mercado brasi!eiro$ L rata de narrati"a em gera! e de roteiro de cinema e t" em particu!ar L Aborda cerca de -90 obras de #ic&'o, entre #i!mes, pe&as de teatro, no"e!as e seriados de t", romances, contos e poemas L Mai de :ó#oc!es a Nuimar'es Rosa, nos inmeros e+emp!os !iterBrios L Abrange mais de 80 #i!mes, de I poderoso chefão a Um cão andaluz L >nc!ui duas esca!etas comp!etas L Om manua! de carBter didBtico, sem estar preso a normas > @C)O> A>@A( L ?ib!iogra#ia teórica L N!ossBrio com mais de -30 termos L Dndice remissi"o de assuntos e obras
e
)AM>I E CA*;I: nasceu no Rio de Janeiro, em -83$ S #ormado em )etras pe!a ORJ e mestre em Artes ramBticas pe!a Oni"ersidade da Ca!i#órnia/?er=e!ey$ Ca!i#órnia/?er=e!ey$ oi pro#essor de teatro na Oni/Rio de -87 a -88-$ S pro#essor de roteiro e consu!tor (script doctor) na M N!obo, onde traba!ha desde -83$ Escre"eu os especiais Auto de @$:$ de @$:$ da Luz e verdadeiro !oel Rosa e, como co!aborador, as no"e!as "edra so#re pedra, $era ferida e %alha&ão.
Sumário
Para Letícia, minha mulher adorada, e meus filhos Kawe, Clara e Raul, evidentemente.
Apresentaço '"ara dizerem milho dizem mio "ara melhor dizem mi "ara pior pi "ara telha dizem teia "ara telhado dizem teiado vão fazendo telhados' I:TA) E A @RAE, FMDcio na #a!aF
Eu era garoto
Este livro, portanto, trata de narrativa em geral e de roteiro de cinema e tv em particular. A base da dramaturgia dramBtica estB na tragédia grega e a base da sua descri&'o, na "o*tica de Aristóte!es$ *as Es
Apesar de conter passagens prescriti"as FI Coro $$$ de"e participar da a&'o a&'o co como mo :ó#o :ó#oc! c!es es e n' n'oo co como mo EurD EurDpi pide dess rea! rea!i5 i5ou ouFF , a "o*tica se propunha #undamenta!mente #undamenta!mente a descre"er um teatro
mpério Romano, no @eoc!assicismo e, em "asta medida, ho.e , a "o*tica ganhou status de norma, a norma ganhou #ei&'o de norma!idade e a produ&'o de te+tos para a cena passou a se pautar pe!a dramaturgia dramBtica$ e5/se prescri&'o do
o prim primei eiro ro cabe cabe&a &a!h !hoo !tim !timaa rub rubrica rica da !ti !tima ma cena cena,, au auto torres/ es/ roteiristas osci!am entre si e o seu narrador, entre decisGes narrati"as suas e decisGes do seu narrador$ A seme!han&a do
1 Vida, estória e narrativa 'ntão vem, então vamos +ue a noite se esparrama so# o c*u Como um paciente anestesiado so#re a mesa. em, vamos por certas ruas semidesertas, "or antros antros murmurantes murmurantes -e noites insones em em hot*is #aratos #aratos restaurantes restaurantes com serragem serragem e conchas conchas de de ostra Ruas /ue vão como discussão discussão vã -e insidiosa insidiosa inten&ão inten&ão A levar voc0 voc0 1 pergunta pergunta das perguntas. perguntas. Ah, não pergunta, pergunta, não pergunta pergunta 2+ue pergunta32, 2+ue pergunta32 em, vem, vamos fazer a nossa visita.' $:$ E)>I, os primeiros "ersos de FA can&'o de amor de J$ A!#red ;ru#roc=F
Mida se parece mais com macarronada do
anos !onge de casa, austino #ina!mente "o!ta"a para a sua *ara&antibia&aba, no !itora! baiano$ e "o!ta ma&aroca da rua, go5ando a tran
Om #!ash de F)as babas dei diab!oF !he !embra
"o!ta"a de na"io para os seus$ FIh, eusF, suspirou o honrado austino, ao a"istar ao !onge a terra nata!, Fn'o me castigues pe!os pecados nem me recompenses por n#e >n#e!i !i5m 5men ente te,, só muit muitoo raro raro essa essass pe pess ssoa oass conseguem tradu5ir tradu5ir suas estórias de "ida para !i"ro, pa!co ou te!a$ I
muito raro, gera pessoas abarrotadas de estórias, so#redoras disso, tagare!as sem prumo nem rumo$ ;essoas
Fio de estória é o percurso ue um incidente ou uma se!"ncia de incidentes tra#a dentro de uma massa de estória. $assa de estória é o incidente ou o con%unto de incidentes imaginados. $assa de estória é o mesmo ue estória. &arrativa é o produto da percep#ão, interpreta#ão, sele#ão e organi'a#ão de alguns elementos de uma estória. S massa de estória
n'o com uma massa de incidentes imaginados, mas com uma massa de incidentes co!etados, a partir da
PERCEBER, INFERIR E IMAGINAR E!ementos de percep&'o s'o a
Assim, da estória do austino, "ocK !ista, sucessi"amente, os e!ementos 1a de percep&'o, 1b de in#erKncia e 1c de imagina&'o$ QOE* os personagens$ austino( a Rico, a"arento, honrado, re!igioso, pecador, preocupado com prosperidade$
b Ze!oso com a #amD!ia 1depois de enri
c S uma garota de no"e anos, com precoce senso de e
a austino passou - anos !onge de casa e pertences, de esposa e #i!hos, traba!hou na cidade grande, enri
sua #amD!ia ou assimi!ar a
(maginar uma estória Em geral, os )ios de uma estória são imaginados como as teias de aran*a são tecidas+ eles prov"m do cerne da estória ue voc" uer narrar, são ditados pelo imaginrio ue voc" possui e são -ali'ados pelo imaginrio das pessoas para uem voc" escreve. Essas ba!i5as inc!uem a "erossimi!han&a$ @o inDcio do CapDtu!o > da sua "o*tica, Aristóte!es a#irma
ma das técnicas mais e)ica'es para voc" estimular a sua imagina#ão e -ali'ar a verossimil*an#a do ue imaginou é perguntar, a cada passo da gera#ão da sua estória, /E se...0/ Constantin :tanis!a"s=y chamou essa técnica de FI *Bgico 8e'. *ais e+atamente, o FE se$$$PF é um estDmu!o imagina&'o de hipóteses e seus desdobramentos, e a#eri&'o da probabi!idade e da necessidade dessas
hipóteses e desdobramentos$ @o nosso cotidiano, #a5emos isso s!and e pergunta( FE se o tubar'o se apro+imasse do !itora!P E se e!e n'o
E se, depois disso, e!a hesitasse entre o pro"edor e o amante, a ra5'o e a emo&'oP E se *arina tomasse a de#esa do i5iuP E se e!Kmaco tomasse a de#esa do austinoP E se os #i!hos mais mo&os #uncionassem, dentro da candura de cada um, como comentadores do
:im, Fgaroto encontra garotaF pode ser o incidente inicia! do #io da estória Fgaroto encontra garota, garoto perde garota, garoto conbsen #ormu!ou a premissa segundo a bsen nos conta como traba!hou para #ornecer matéria a essa premissa( inserindo a personagem @ora Ve!mer numa situa&'o
1arta de onde partir, a imagina#ão de uma estória culmina num )io de estória, com come#o, meio e )im.
;or e+emp!o, Fhomem cu!to, rico e e!egante aposta com amigo
i!cide!te
co!tm
os
;ara perceber os desdobramentos, perceba os per#is dos personagens e a nature5a do incidente em
*ais do
passou a escre"er cada "e5 mais #reneticamente, para descobrir o
E * escritores ue pre)erem come#ar pelo )im. I .orna!ista John ?rady perguntou ao roteirista ;addy Chaye#s=y 1do #i!me Rede de intrigas, entre outros( FI sso é
:e, no #im da estória, o garoto e a garota se casam e partem para a #e!icidade eterna, o pró+imo passo é "ocK imaginar os dois se encontrando e percebendo
os incidentes
@uma narrati"a dramBtica, é no #im
3 &arrador, ponto de vista e ponto de )oco I dia .B "em nascendo magine a !eitora gre.a do Carmo, ou"indo uma da
A massa da estória do #i!me Chinato;n 1-87 pode ser resumida assim( @a década de -8-0, um empresBrio e um engenheiro se associaram na constru&'o de um sistema de abastecimento de Bgua para a cidade de )os Ange!es, a represa do sistema de Bgua ruiu e mais de 00 pessoas morreram$ Em seguida, a esposa do empresBrio morreu, o empresBrio sedu5iu e engra"idou a #i!ha de - anos e e!a se casou com o engenheiro$ ;ouco depois, o engenheiro descobriu ncon#ormado por ter sido !ogrado e descrendo da "ers'o de suicDdio, o deteti"e des"endou a "erdade,
*u!6ray, uma mu!her aturdida entre o ódio
A sele#ão do principal ponto de )oco do seu narrador segue a demanda por uma re)er"ncia a partir da ual a narrativa ser composta e, mais tarde, rece-ida pelo espectador 2 e, assim, dar unidade e )acilitar composi#ão e recep#ão.
@a sua estória, o principa! ponto de #oco é o austino, o #io de estória tra&ado pe!o austino, pe!a sua a&'o de "o!tar e o
I #ina! de uma narrati"a .ornada mostra a "itória ou, mais raramente, a derrota do personagem principa!$ I #ina! de uma narrati"a ritua! mostra a assimi!a&'o de uma a&'o ou ho.e mais raro do
destrui&'o do personagem principa! e dos
Entre outras ra5Ges, por conhecer o austino e se sentir mais con#ortB"e! compondo uma narrati"a .ornada, "ocK se!eciona o austino como o principa! ponto de #oco do seu narrador$ MocK "ai até a massa da estória, se prepara para de"o!"K/!a ao computador, mas "K
;ode ser um ob.eto, um personagem, uma a&'o, o #io de estória
I principa! ponto de #oco da estória e o principa! ponto de #oco da narrati"a podem coincidir ou n'o$ @a sua estória, "ocK optou por #a5er coincidirem os pontos de #oco da estória e da narrati"a( personagens e narrador tKm por principa! ponto de #oco o austino, as a&Ges do austino, o #io da estória do austino$ Como em Chinato;n, em >anela indiscreta 1-8 o principa! ponto de #oco da estória n'o coincide com o principa! ponto de #oco da narrati"a$ @o #i!me, o principa! ponto de #oco de )$?$ Je##ries 1James :te6art e dos personagens em torno de!e s'o as pessoas dos apartamentos em #rente, dentre as anela indiscreta é o distante )ars hor6a!d$ :'o as a&Ges de!e matar um pe
>anela indiscreta ? é o bisbi!hoteiro )$?$ Je##ries, o Je##, o herói
&a imensa maioria dos casos, o principal ponto de )oco do narrador é um personagem. :e "ocK tem um tema por ponto de #oco principa! Fo amorF, Fos pecados capitaisF, Fa podrid'o da humanidadeF ou o
Entendo
@arrador dramBtico, cu.o #oco recai principa!mente nos .ogos das a&Ges, tem os personagens como seu principa! ponto de #oco( apenas personagens e+ecutam .ogos de a&Ges$ @arrador !Drico, cu.o #oco recai principa!mente numa sub.eti"idade, tem como principa! ponto de #oco um personagem ou e!e próprio( apenas personagens e narradores possuem sub.eti"idades$ ;onto de "ista também tem suas idiossincrasias$ @a te!a, os créditos de abertura ro!am sobre uma né"oa,
1onto de vista é o lugar e a postura a partir dos uais o narrador ou um personagem perce-e e interpreta os pontos de )oco da estória. I #i!me se5to sentido 1-888 nos #ornece um e+emp!o de ponto de "ista pautado por !ugar$ Co!e, o menino com
@arrador estB muito atre!ado a ponto de "ista$ Narrador 5 um recurso de !arrati%a ue, a artir de um o!to de %ista, erce$e, i!terreta, selecio!a, orga!ia e, or #im, !arra os o!tos de #oco ue selecio!ou de uma massa de est)ria+
oi num ponto de "ista onisciente e acima de uma "asta massa de estória shmae!
esectador 7 e, assim, dar u!idade e #acilitar comosi*ão e rece*ão+
:e a sua primeira tare#a é imaginar a estória a ser narrada, se a sua segunda tare#a é se!ecionar, da massa dessa estória, os pontos de #oco
personagem principa!, como ocorre nos #i!mes I %ágico de z , ito e meio e 6eleza americana, ou o de um personagem secundBrio, como ocorre no #i!me se5to sentido, sempre
@o dia de setembro de -87, s -3(23(2, uma mosca ca!i#orDdea, capa5 de -$970 batidas de asa por minuto, pousou na rua :aint Mincent, em *ontmartre$ @o mesmo segundo, num restaurante perto do *ou!in/de/!a/Na!ette, o "ento se esgueirou, como por magia e sem
Como "ocK "K, esse ponto de "ista rea!&a a estória$ @arrador cu.o ponto de "ista estB do !ado de personagem é recurso
descobriu e transitar entre um #io de estória e outro n'o numa !u#ada mBgica, como o narrador de cima, mas usando um meio #Dsico, um carro, !ombo de ca"a!o ou as próprias pernas e, com isso, ir des"e!ando a estória para si e para o espectador$ Assim, o espectador se apro+ima das ma5e!as de @oah Cross .unto com o deteti"e Ja=e NittesW .unto com o repórter hompson, e!e se apro+ima dos ganhos e perdas do cidad'o _ane$ Como "ocK "K, esse ponto de "ista rea!&a um personagem se.a aanela indiscreta, John *ichae! Vayes nos mostra Je##, o personagem principa!, preso a uma cadeira de rodas por conta de uma perna
o incompetente repórter n'o "iu nem deci#rou( o trenó,
@arrador dentro de personagem principa! rodopia no Fo!ho do #urac'oF com ou sem aspas e ainda tem de narrar o
esesperada com a amea&a de A!mira Nu!ch, a so!teirona #eia e ma!/ amada, de !e"ar seu cachorrinho otó para o eri#e matar, orothy Na!e, no #i!me %ágico de z , canta( :ome6here o"er the rainbo6$$$ !B no a!to, muito a!to, e+iste uma terra eu ou"i #a!ar, numa can&'o de ninar onde o céu é a5u!, a5u!, e os sonhos
aD, orothy rodopia no o!ho de um #urac'o e "ai erra de I5 buscar so!u&'o para o seu prob!ema( encontrar Fum !ugar onde n'o e+ista nenhum prob!emaF, suspira e!a$ E o #i!me %ágico de z narra, de dentro de orothy, o seu mundo preto/e/branco e o seu sonho co!orido$ ;ara e+emp!o de narrador cu.o principa! ponto de "ista é dentro de personagem secundBrio, !embro do especia! de t" !egro L*o 1M N!obo, -839$ @e!e, o repórter po!icia! e ;au!a é con"ocado a #a5er uma matéria sobre @egro )éo
apresenta"a dese
Apesar da !egenda de abertura FEra uma "e5$$$F e das !egendas de !oca!i5a&'o no tempo FIito anos depoisF, F)B pe!as trKs horas da manh'F, Fe5esseis anos antesF e F@a prima"eraF , Um cão andaluz é #i!me !Drico a e+ibir, para usar uma e+press'o do F*ani#esto surrea!istaF
iane a uma #esta e nós entendemos onde estB o narrador de Cidade dos sonhos. E!e estB "o!tado para dentro de si mesmo, a narrar principa!mente a #orma como percebe essa massa de estória$ aD, entre tantas outras coisas, entendemos por anela indiscreta, "ocK ta!"e5 tenha o me!hor e+emp!o da essKncia do cinema de Vitchcoc=( o uso do ponto de "ista sub.eti"o$ MocK tem um p!ano no James :te6art, "ocK "K o anela indiscreta é tare#a para
narrador do !ado de Nittes ou de Je##( bisbi!hoteiro a bisbi!hotar bisbi!hoteiro bisbi!hotar$ A materialia*ão mais e8l0cita de !arrador de!tro de erso!agem 5 a c9mera su$4eti%a+
@a p$80 do roteiro de Chinato;n 1"ers'o de 8 de outubro de -87, temos um dos poucos momentos em @>:>@I !ogo se de#ine como :I* E ;E::IA: QOE A)A* E* MIZ ?A>A sobre se de"em ou n'o mo"er, sobre médicos etc$ -93 C)I:E EME)@ *O)TRA
#ita Nittes, deitado na "aranda da #a5enda$ Est'o !B a esposa, a a5endeira das aces Rosadas, o Nrande a5endeiro, bem como o cachorro$$$$ -98 E$ RE@E A CA:A A AZE@E>RA A: ACE: RI:AA: REAklI N>E: ;E@O*?RA Nittes #i+a o o!har em E"e!yn$$$ @outro e+emp!o, em 6eleza americana 1-888, o narrador, do !ado do personagem )ester ?urnham 1_e"in :pacey, nos mostra uma be!a garota
@'o é estan
um ponto de "ista pode ser, ao mesmo tempo, onisciente e estar do !ado ou dentro de personagem$ E n'o é #i+o, por
traba!ho ou so5inhas, para, mais adiante, descer, #icar do !ado do namorado da #i!ha ou entrar ne!e também, #a5er "er o
A "asta massa de estória de uma no"e!a e seus e!ementos dramBticos pedem ponto de "ista de cima$ A cria&'o de simpatia, empatia ou identi#ica&'o entre personagem e espectador pede ponto de "ista do !ado ou dentro de personagem$ Com isso, narrador de no"e!a estB constantemente 5an5ando nesse sobe, desce, encosta, entra, sai e sobe dos "Brios pontos de "ista$ ;or outro !ado, narrador de me!odrama em gera! e de no"e!a em particu!ar raramente se apro+ima do "i!'o$ @esse uni"erso mani
: G!eros de est)ria e
g!eros de !arrati%a
A indstria de cinema e t" costuma c!assi#icar as estórias em dois grandes gKneros drama e comédia
A poesia é a arte de imitar com pa!a"ras, no
)embremos as primeiras pa!a"ras do conto F)as babas dei diab!oF, de J!io CortB5ar( F@unca se saberB como contar isto$ :e na primeira pessoa ou na segunda, usando a terceira do p!ura! ou in"entando continuamente #ormas
Me.amos como isto se dB$ A "ida e as gramBticas !he di5em
;or e+emp!o, no poema F*eus oito anosF, de Casimiro de Abreu, o narrador e+c!ama( FIh]
FeuF de!e$ @o #i!me fa#uloso destino de Am*lie "oulain, a personagem/tDtu!o estB "i"endo o trauma da perda de Cacha!ot, seu pei+inho de estima&'o, e, para compensar, sua m'e !he dB de presente uma cYmera _oda= >nstamatic$ A menina sai rua e aponta a cYmera para o céu$ @esse momento, o narrador entra no FeuF de Amé!ie, se con#unde com e!a para, de dentro de!a ou, agora, de dentro de si mostrar o
S o
BATTY E# "#er 0i0er mais/ 'il+1da1!#ta.
S também o
3e o principal ponto de )oco do seu narrador é uma terceira pessoa, /ele/ ou /eles/, a narrativa gerada a partir da4 ser um relato so-re esse /ele/ ou /eles/5 ser uma narrativa épica. S o
A "ida também nos #ornece e+emp!os dos trKs gKneros de narrati"a$ FQuerido, como #oi no traba!ho, ho.ePF e o marido sonso re!ata esposa orgu!hosa,
no !Drico, sacode os de5 dedos ao !éu e prague.a contra so!id'o, onisciKncia e tédio$ 1:im, a imagem emb!emBtica do !Drico s'o os de5 dedos ao !éu, a do dramBtico é o dedo em riste e a do épico, o dedo duro, indicati"o$ A o*ão or uma das trs essoas ro!omi!ais co!du o !arrador a um dos trs temos %er$ais $/sicos+
A "ida e as gramBticas !he di5em
@o e+emp!o citado acima, FIh]
:e o narrador narra o
ngmar ?ergman$ 2' a!nta !ara c#.
2O4 L5 est- eles/ 6ia7 L5 est- eles7 L5 n c# esc#r e tem!est#s. Est- tds l57 O 'erreir/ Lisa/ ca0aleir/ Ra0al/ 28ns e :at. E a 6rte/ s)erana e im!lac50el/ s )ri;a a dan,ar. Ela rdena "#e eles d&em as m-s #ns as #trs e "#e dancem/ "#e dancem em 'ila. A 6rte 0ai < 'rente/ cm #ma enrme 'ice e a am!#l+eta/ e :at/ cm a lira/ )am)leia n 'im da 'ila. A dan,a slene. Eles se a'astam d sl e se;#em em dire,-
2' se cala e deia cair a m-. e# 'il+ 6i:ael/ "#e #0ira as s#as !ala0ras/ 0ai !ara cl de 6ia.
Jo# "iu a cena
I diretor de cinema Raou! Ta!sh dogmati5a sobre essa estratégia narrati"a,
ob.eti"o$ 1:obre narrati"a e causa!idade, "e.a a se&'o Fempo e progress'oF$ :e, no dramBtico, o ob.eti"o #ornece rumo e destino s a&Ges e, conse
e #ato, muitas narrati"as dramBticas s'o narrati"as épicas nas
"ocK di!ui ou impossibi!ita o .ogo de a&Ges e as re"e!a&Ges
JB em -7-, )odo"ico Caste!"etro, o ensaDsta e intérprete de Aristóte!es, di5ia
de!tro de si ou de um erso!agem, o !arrador 5ico as erce$e e !arra de #ora do erso!agem e o dram/tico erce$e e !arra ae!as as a*;es e8terioriadas a artir delas+
*ais do sso é o prédio de um .orna!F$ ;ara esse segmento, o roteirista Verman *an=ie6ic5 pre#eriu a narrati"a dramBtica e, em meio a um .ogo de a&Ges, narrou 9?. ... #ma carr,a de entre;a encsta na cal,ada. Nela/ a'#ndad entre cama/ r#!as de cama/ )a@s/ "#adrs etc/ est5 Bernstein/ "#e sai dali cm di'ic#ldade. BERNTEIN !ara carrceir %ams l57 E# te a*#d cm essas cisas. CARROCEIRO N- tem "#art nessa es!el#nca. Iss !rdi de #m *rnal. BERNTEIN O ca0al+eir est5 send !a; !ara 'aer carret # !ara dar !ini-$ isso!"e$
Retomemos, para conc!uir( G!eros de !arrati%a se di#ere!ciam u!s dos outros !ão s) ela #orma como !arram, mas tam$5m elo co!te
Em -879, o esti"a! de Cannes concedeu a ;a!ma de Iuro de me!hor #i!me a 4a5i -river, um #i!me "io!ento$ ambém #oram e+ibidos no esti"a! da
rea&'o, o dramaturgo e roteirista ennessee Ti!!iams, presidente do .ri, #e5 uma dec!ara&'o contra a "io!Kncia e a #a"or do cinema !Drico$ e #ato, da mesma #orma
A sub.eti"idade dos personagens
de Nue!!en, na :uD&a a!em',
Entre narrador !Drico e estória, a distYncia é mDnima ou nenhuma$ @arrador !Drico e+ibe, principa!mente, a #orma como e!e ou um personagem percebe a estória( personagem, estória, narrador, narrati"a e, se o narrador ti"er sucesso, espectador , todos #undidos numa só percep&'o, todos indistanciados$ I narrador de Cidadão :ane estB, a maior parte do tempo, do !ado do repórter hompson, mas s'o #re
um shmae! rememora e narra, a!guns anos depois, Fn'o importa
@arrador épico narra a
:e.a #Dsica ou emociona!, a distYncia entre estória e narrador épico pode "ariar, mas estB sempre presente e nDtida$ Is !ances de uma competi&'o esporti"a s'o narrados de #orma épica o narrador #a!a de Fe!esF, poucos segundos depois de ocorrerem e por um narrador distante de!es$ *as n'o t'o distante
de !arrar uma est)ria+
@uma #i!magem, os personagens se materia!i5am nos atores, e o narrador, principa!mente, nos instrumentos de capta&'o de imagem e de som, a cYmera e o micro#one$ :endo cYmera, o narrador "erB os pontos de #oco da sua aten&'o o personagem
> orta!to i!g!uo 7 se4a !um li%ro, !um roteiro ou !o
ue #or 7 algu5m rete!der comor uma !arrati%a 7 dram/tica ou a ue #or 7 sem media*ão de erce$edor, i!t5rrete, selecio!ador e orga!iador 7 isto 5, sem !arrador+
@arrati"a sem narrador é sombra sem !u5( uma impossibi!idade$ I ules e >im. @uma narrati"a dramBtica, se "ocK re"e!ar o narrador, "ocK estarB dando um susto no espectador, estarB #!agrando o espectador a bisbi!hotar, estarB roubando do espectador a i!us'o de ser o nico bisbi!hoteiro a i!us'o, para e!e sim, de raro &a%er g!ero uro+
irando casos como o das cenas constituDdas de apenas um p!ano de !oca!i5a&'o cu.a #un&'o, épica, é in#ormar o !ugar onde estB um e!emento da estória , as narrati"as contKm, em di#erentes graus, os trKs gKneros$ ;or e+emp!o, o #i!me %ágico de z é principa!mente dramBtico( e!e narra principa!mente os .ogos das a&Ges da menina orothy Na!e, para atingir o ob.eti"o de encontrar Fum !ugar onde n'o e+ista nenhum prob!ema$ Om !ugar distante, muito distanteW um !ugar acima do arco/DrisF$ *as também é !Drico, .B
orothy Na!e$ Como "amos "er no capDtu!o FE!ementos de estória e recursos de narrati"aF, o
I gKnero !Drico n'o se restringe poesia, nem o épico prosa, nem o dramBtico ao pa!co ou s te!as$ I teatro de :amue! ?ec=ett e o cinema de ederico e!!ini s'o #undamenta!mente !Dricos, o poema A diss*ia@, de Vomero, é principa!mente épico e o !i"ro As liga&Des perigosas, de Choder!os de )ac!os, é essencia!mente dramBtico$ 6 rocesso !arrati%o de cada um dos g!eros !ão 5 o mesmo+
@o dramBtico, o narrador mostra o
6
Bis$il&otice, #o#oca, e8i$icio!ismo e %o?eurismo Cidadão :ane3 Ah, eu nem te conto] Inde é
homens$$$ I Ti!!iam Vearst também escre"eu um editoria! de#endendo o assassinato po!Dtico e, poucos meses depois, o presidente *c_in!ey #oi assassinado$ I editoria! #oi causa, o assassinato, conse
Om dos mais assDduos #re
ser cantora de ópera, e daD
por cimaP @'o preciso e+p!icar nada, n'o é mesmoP I Varo!d e a mu!her de!e, a ta! Roc=e#e!!er, eram os patronos da Chicago Ipera Company e a Nanna Ta!s=a era uma cantora #a.uta de ópera$ Quando a Nanna conheceu o Varo!d, em -820, e!a só tinha cantado uma ópera na "ida, a $edora, de Omberto Niordano, na pera de Va"ana, trKs anos antes$ Quando a ópera terminou, a Nanna #oi tocada pa!co a#ora, debai+o de "aia, tomate e pa!a"r'o em espanho!$ Nanna era uma gordinha parruda, morena e 1
esta"a, de
Fo)oca, s.). 7-rasileirismo popular8. re"e!a&'o de matéria Dntima, sigi!osa ou escanda!osa de outra pessoa$ 9is-il*otar, v.int. e v.t.d. 7de /-is-il*oteiro/8. in"estigar matéria Dntima, sigi!osa ou escanda!osa de outra pessoaW e+aminar, pes
e en"o!to em bruma, entra pe!a .ane!a de um , ;atterson, de Chicago, ?on#i!s e :ommes, de en"er, Roc=e#e!!er, John oe e os ing!eses @orthc!i##e e ?ea"erbroo=$ *as n'o hB por
*uitos roteiros épicos s'o, em !arga medida, documentBrios sobre a "ida de personagensW s'o FdocumentBrios de #ic&'oF$ Me.amos isso com um pouco mais de deta!he$ @um primeiro momento, se.a o gKnero de narrati"a anela indiscreta acompanha( FI!har pe!a .ane!a para matar o tempo é uma coisa$ *as #a5er como "ocK #a5, com binócu!os e opiniGes a!ucinadas sobre tudo o
@o #ina! do processo, estB outro vo=eur B"ido e sem conserto, para o
> Eleme!tos de est)ria e
recursos de !arrati%a
Eleme!to de est)ria 5 o ue %oc ou o seu !arrador odem col&er !uma massa de est)ria, a #im de comor uma !arrati%a+
:'o e!ementos de estória, entre outros, os personagens e suas a&Ges, os incidentes
;ersonagem so!tar pa!a"r'o é incidente !Drico se sua #un&'o principa! #or e+pressar um desaba#o, é incidente épico se sua #un&'o principa! #or in#ormar um tra&o do per#i! do personagem digamos, !i"re de con"en&Ges ou rude , e é incidente dramBtico se sua #un&'o principa! #or moti"ar a rea&'o de outro personagem digamos, o#ender ou intimidar o outro$ S a propor&'o de e!ementos !Dricos, épicos ou dramBticos
:'o recursos de narrati"a, entre outros, o narrador, o seu ponto de "ista e esti!o ou se.a, a sua #orma de perceber e de narrar , as "o5es incidentais, o"er, os #!ashbac=s e #!ash#or6ards épicos 1mas n'o os !Dricos, as !egendas 1mas n'o os !etreiros, os sons incidentais 1mas n'o os emitidos na estória, os cabe&a!hos das cenas e as rubricas de costura$ Recursos de narrati"a, como o nome indica, pertencem ao Ymbito da narrati"a$
Em !arga medida, o mo"imento cinematogrB#ico Fogma 8F ena!tece o uso de e!ementos de estória, enAE - As #i!magens de"em se dar em !oca&'o$ Ib.etos de cena e cenBrios n'o de"em ser agregados$ 1:e um determinado ob.eto de cena #or necessBrio estória, de"e ser encontrada uma !oca&'o
4i de estria/ trama/ tril+a :e massa de estória é um grande sert'o, #ios de estória s'o "eredas
Ao compor uma narrati"a, o narrador se!eciona, de dentro da massa de estória, os #ios
A cantiga de roda F;ai ranciscoF narra um #io de estória
:'o tri!has os percursos tra&ados pe!o personagem ;ai rancisco
I poema FQuadri!haF, de Car!os rummond de Andrade, trata de seis tramas
Jo'o ama"a eresa
>maginemos os per#is dos personagens, a partir do des#echo de cada um$ Jo'o era um su.eito e+pansi"o,
con
Trama principal, trama secundária e subtramas rama ri!cial 5 o #io de est)ria ue o !arrador selecio!ou como ri!cial+ rama secu!d/ria 5 o #io de est)ria ue o !arrador selecio!ou como secu!d/rio+ .u$tramas são as demais+
Em >anela indiscreta, o narrador se!ecionou como principa! o #io de estória composto pe!a tri!ha de Je##, o personagem principa! bisbi!hotar, in"estigar se o seu "i5inho )ars hor6a!d matou a esposa , e pe!as tri!has reunidas a!i( a de sua namorada )isa remont, a de sua en#ermeira :te!!a, a do deteti"e e amigo homas oy!e, bem como as tri!has de )ars hor6a!d e da esposa$ A trama secundBria é o #io da estória de amor entre Je## e )isa$ reanela indiscreta s'o tra&adas pe!os "i5inhos de Je##( a dan&arina
composi&'o, o casa! em inDcio de casamento, o casa! em #im de casamento, o casa! sem #i!hos
@a Nrécia Antiga, o ob.eti"o principa! da tragédia era moti"ar um arrebatamento e+tremo no espectador( a catarse$ ;or essa ra5'o, a tragédia n'o podia prescindir da condensa&'o anela indiscreta. I msico !uta para compor uma pe&a musica!, traba!ha, so#re, se esgota e, por #im, consegue$ A so!teirona tenta arrumar um namorado, n'o consegue, tenta se matar, n'o o #a5 e, no #im do #i!me, "ai ao apartamento do msico, iniciar um romance$ A primeira "e5
tem en"o!"imento apenas circunstancia!$ Me.amos isso$ @uma pe
Stor!line 'Uma estria, seGa ela adaptada ou inventada, deve primeiro ser es#o&ada em suas linhas gerais.' AR>:E)E:, ;oética
'9osto de imaginar uma garota chegando em casa satisfeita com o filme /ue aca#ou de ver, sua mãe perguntando 28o#re o /ue era o filme32 e a garota respondendo 2ra so#re uma mulher /ue etc. etc. etc2 Antes de filmar, voc0 tem de ser capaz de narrar a estria inteira de maneira clara e resumida, come&o, meio e fim.' A)RE V>CVCIC_ @o #ina! do CapDtu!o M>> da sua "o*tica, Aristóte!es descre"e assim a story!ine da diss*ia Om certo homem este"e ausente de casa por muitos anos, abandonado e "igiado pe!o deus ;oseidon$ En
Ao
3tor=line é o sumo do resumo da trama principal. ;ro#issionais de pub!icidade s'o Bgeis em identi#icar a imagem principa! da mensagem pub!icitBria
penetrando no
MocK pode escre"er uma story!ine a partir de trKs #rases simp!es abaF, de Carybé$
Incidente '60#ado #ate a cara numa vitrine. 60#ado ao lado dele 2-e novo32' >ncidente ocorrido em @o"a or=, na rua 2, entre ?road6ay e ;ar= A"enue, e narrado no site 666$o"erheardinne6yor=$com
>ncidente é termo c!Bssico da dramaturgia
Om incidente pode ser gerado por a&'o de personagem ou n'o$ ;ara e+emp!o do primeiro caso, om oniphon mata )iberty Ma!anceW para e+emp!o do segundo caso, cho"e$ C&ama-se "#eito" o i!cide!te gerado or a*ão de erso!agemD c&ama-se "#ato" o ue !ão+
omemos a story!ine do conto F>abaF, de Carybé( Zu!mira ama AntXnio aba$ AntXnio se apai+ona por >aba e e!a, con#orme o combinado, o #a5 so#rer$ Quando acha aba embora, mas a pan.ira, apai+onada por AntXnio, decide #icar$ AntXnio rompe com Zu!mira e ama >aba, aba e "o!ta para Zu!mira$ Zu!mira e a "i!a hosti!i5am >aba, aba nascerB humano ou diaboP Zu!mira pede aba, a "i!a n'o concorda com isso e >aba dB !u5 uma be!a menina( >aba tinha se tornado humana$ AntXnio, >aba e a "i!a comemoram esse nascimento e hosti!i5am Zu!mira$ Zu!mira "ai ao terreiro de macumba, para obter au+D!io$ )B, e!a é trans#ormada numa pan.ira muito #eia e desaparece$ AntXnio e >aba #icam .untos$ ecupemos essa trama nos seus incidentes constituintes$ - Zu!mira ama AntXnio e so#re por isso$ 2 Zu!mira pede au+D!io contra AntXnio, surge >aba$ AntXnio ama >aba e so#re por isso$ Zu!mira manda >aba embora, >aba decide #icar$ AntXnio se separa de Zu!mira e se .unta a >aba$ 9 Zu!mira separa AntXnio de >aba e se .unta a AntXnio$ 7 Zu!mira e a "i!a hosti!i5am >aba$ 3 >aba se descobre grB"ida de AntXnio e dB !u5 uma meninaW AntXnio, >aba e a "i!a comemoram esse nascimento$ 8 AntXnio, >aba e a "i!a hosti!i5am Zu!mira, Zu!mira desaparece$ -0 AntXnio e >aba #icam .untos$ Esses incidentes podem ser decupados e, com isso, re"e!ar incidentes mais deta!hados$ ecupemos, para e+emp!o, o >ncidente 2( 2/- Zu!mira "ai ao terreiro de macumba$ 2/2 Zu!mira in"oca uma pan.ira$ 2/ :urge >aba$ >ncidentes esses ncidente 2/-( 2/-/- Zu!mira decide ir ao terreiro de macumba$ 2/2/2 Zu!mira se "este com um dis#arce$
2/2/ Zu!mira caminha pe!as ruas, se esconde das pessoas$ 2/2/ Zu!mira encontra o ;adre, com
)embremos( personagem so!tar pa!a"r'o é incidente !Drico se sua #un&'o principa! #or e+pressar um desaba#o, é incidente épico se sua #un&'o principa! #or in#ormar um tra&o do per#i! do personagem digamos, !i"re de con"en&Ges ou rude , e é incidente dramBtico se sua #un&'o principa! #or moti"ar a rea&'o de outro personagem digamos, o#ender ou intimidar o outro$
Incidente essencial
FI nome da rosa nasceu /uando fui invadido pela imagem do assassinato de um monge numa #i#lioteca.' O*?ERI ECI I!cide!te esse!cial 5 auele ue, esse!cial, tem de ser !arrado+
Om incidente essencia! a!icer&a uma trama, ao mesmo tempo em
Ro!and ?arthes chamou os incidentes essenciais de Fnc!eosF (no=au5) e os acessórios, de Fcata!isesF (catal=ses). :eymour Chatman chamou os incidentes essenciais de FcernesF (Fernels) e os acessórios, de Fsaté!itesF (satellites). Om te!e#onema essencia! a uma trama pode tra5er, em torno de si, "Brios incidentes acessórios( a personagem descru5a as pernas, !arga o copo de uDs
Situação ' palha&o e a mulher consultavam@se em sil0ncio fazBamos um perfeito e insuportável triPngulo. Algo /ue tinha de se partir com um estalido.'
J)>I CIRZAR , F)as babas dei diab!oF .itua*ão 5 a #orma como, !um dado mome!to, os eleme!tos de um i!cide!te se relacio!am e!tre si+
A!ém da epDgra#e, "e.amos mais a!guns e+emp!os de situa&'o$ U F*onarca reso!"e di"idir o seu patrimXnio entre as trKs #i!has e passar os seus !timos anos de "ida com cada uma de!as$F (Rei Lear, de :ha=espeare U F*i!ionBrio se #inge de morto, para "er ulieta, de :ha=espeare U FApós "i"er anos no e+terior, mu!her a"oada "o!ta casa de sua in#Yncia, ardim das cereGeiras, de che=ho" Ao decidir
escritos os per#is e os estados de a!ma, seus personagens s'o meras "irtua!idades$ a!ta imaginar uma situa&'o para
casamentoF$ *oti"ado pe!a situa&'o, cada personagem age e, com isso, re"e!a tra&os de per#i! e estados de a!ma
n0amente/ 0c& tem #m 0Hr#s... 6as t#d iss acad&mic.%c& 'i cnce)id da mel+r maneira "#e ns 'i !ssH0el cnce)er. BATTY Cnce)id !ara d#rar !#c$ Tyrell 0ai at a cama e/ !aternal/ clca a m- s)re m)r de Batty. TYRELL A l# "#e )ril+a cm intensidade d)rada se es;ta d#as 0ees mais r5!id. E 0c&/ Ry/ 0c& )ril+# t-/ t- intensamente. Batty cntem!la !ai Tyrell/ "#e est5 in'lad de r;#l+. TYRELL O mel+r de tds s re!licantes !ssH0eis. Estams r;#l+ss d nss 'il+ !rdi;... Estams 'elies !r ele ter 0ltad.%c& #m )el tr'#. #r!reendentemente +#milde/ Batty 'ala cm c#l!a na 0. BATTY 4i cisas "#estin50eis. TYRELL 4e tam)m cisas admir50eis. BATTY 6as nada "#e le0asse de#s da )imecnica a a)rir as !rtas d c#. Tyrell ensaia #ma ;ar;al+ada "#e sa cm #m ;#inc+. Batty est5 !restes a a)ra,ar Tyrell. T#d !arece estar )em. Batty se le0anta/ clca as m-s n rst de Tyrell e — crac:7 — a ca)e,a de Tyrell se "#e)ra cm madeira seca.
*ais do
:itua&'o/!imite é o mesmo
Problema dramático ' tempo saiu dos ei5os. %aldi&ão 4er eu vindo ao mundo para endireitá@loQ' :VA_E:;EARE , , Cena M
:obre a te!a escura e os créditos de abertura, a msica é meditati"a e imponente$ A te!a se di"ide em duas #ai+as hori5ontais, a de cima, a5u!, a de bai+o, "erde$ @e!as, !ogo distinguimos, respecti"amente, o céu e a "egeta&'o
ronco dos motores e "emos o primeiro Dndice do con#ronto entre as duas cu!turas
abra&ado m'e$ E "emos, pe!a primeira "e5, o correto, o incorruptD"e! po!icia! John ?oo= ?oo= a co!her depoimentos, depoimentos, a dar ordens, ordens, a agir$ Alguma coisa saiu dos ei5os, alguma coisa precisa ser feita. I come&o do #i!me A #i!me A testemunha é e+emp!o de apresenta&'o canXnica n"ersamente, en
I surgimento do prob!ema dramBtico assina!a o
personagem personagem principa! e os .ogos de a&Ges
CENA CENA J. INT. CKE%ROLET M — 6ANK Um 0el+ C+e0rlet =9M/ )ranc/ )e)err- e s#*/ desce #ma r#a de Kllyd c+eia de indi;entes. Dis caras *0ens — #m )ranc e #m !ret — 0- n )anc da 'rente. Eles 0estem terns !rets )arats e ;ra0atas !retas estreitas/ s) ln;s ;#arda1!s 0er erd des es.. Eles Eles se c+am +amam %INC INCENT ENT %EPA EPA )ra ranc nc e 2UL 2ULE INN4IELD !ret. 2#les diri;e carr.
2ULE ... O:. A;ra 'ala ds )ares de +aie. %INCENT Q#e "#e 0c& "#er sa)er$ 2ULE L5/ +aie le;aliad/ n- $ %INCENT / mas n- cem !r cent le;aliad/ le;aliad/ n-. Q#er dier/ 0c& n- !de entrar n#m resta#rante/ a!ertar #m )asead e car)#rar. %c& s !de '#mar na s#a resid&ncia # em lcais determinads. 2ULE Ns )ares de +aie$ %INCENT . O res#m da !arada se;#inteS le;aliad le;aliad cm!rar/ le;aliad ter e/ se 0c& !r!riet5ri !r!riet5ri de #m )ar de +aie/ le;aliad 0ender. Tam)m le;aliad !rtar — "#e n- 'a di'eren,a/ !r"#e/ saca s/ se a !lHcia te !5ra/ ile;al re0istar 0c&. Re0istar cidad- #m direit "#e a !lHcia de Amsterdam n- tem. 2ULE %ale#. %INCENT 6as sa)e "#al a cisa mais en;ra,ada da E#r!a$ 2ULE Q#al$ %INCENT - as di'eren,as s#tis. 6#itas das !aradas "#e a ;ente tem a"#i/ eles t&m l5. 6as/ l5/ elas s- di'erentes. 2ULE Eem!l.
%INCENT Em Amsterdam/ 0c& !de cm!rar cer0e*a n cinema. E n- cer0e*a em c! de !a!el/ n-. Eles te d- n#m c! de 0idr/ "#e nem n#m )ar. Em (aris/ 0c& !de cm!rar cer0e*a n 6cDnalds.%c& 6cDnalds.%c& sa)e cm "#e eles c+amam Q#arteir- cm Q#ei*/ em (aris$ 2ULE N- Q#arteir- cm Q#ei*$ %INCENT N-. L5 sistema mtric. Eles n- sa)em "#e "#art de li)ra. 2ULE Cm "#e eles c+amam Q#arteir- cm Q#ei*$ %INCENT Ryale cm Q#ei*. 2ULE re!ete Ryale cm Q#ei*... Cm "#e eles c+amam Bi; 6ac$ %INCENT Bi; 6ac Bi; 6ac/ mas ele c+amam de Le Bi; 6ac. 2ULE Cm "#e eles c+amam +!!er$ %INCENT N- sei. N- '#i n#m B#r;er in;. 6as/ na Klanda/ 0c& sa)e "#e "#e eles )tam na )atata 'rita/ em 0e de :etc+#!$ 2ULE O "#&$ %INCENT 6ainese.
2ULE (#ta "#e !ari#7 %INCENT E# 0i eles )tand. E n- 'i #m )cadin+/ )cadin+/ d lad d !rat/ n-. Eles a';am a !rra da )atata na mainese. 2ULE Ar;+7 CORTA (ARAS
$$$ Esta Estamo moss no co come me&o &o do #i!me #i!me "ulp $iction 1-88 e, em seguida aos créditos, temos essa Cena 2$ @a primeira #a!a, as reticKncias e a primeira pa!a"ra indicam
:e muda o !ugar, muda a cena mesmo
%INCENT Q#ants s-/ l5 em cima$ 2ULE Tr&s # "#atr. %INCENT Cntand nss$ 2ULE N- sei. %INCENT Ent-/ !de ter cinc caras/ l5 em cima$ 2ULE (de. %INCENT A ;ente tin+a "#e ter es!in;arda. Eles 'ec+am a mala d carr. CORTA (ARAS
$$$ Como tudo o maginar de #orma a!eatória o !ugar onde se passa uma cena é con#undir o espectador e desperdi&ar uma importante #onte de in#orma&'o ainda mais numa narrati"a
Assim, o !ugar em
Cenas !Dricas e épicas to!eram a ausKncia de por /ue ou para /u0. @e!as, muitas "e5es, as coisas s'o o
cena !Drica, mais do @ 1interior ou E 1e+terior do CVEMRI)E 7 e o /uando e!a se passa por e+emp!o, *A@Vl$ A rubrica
@a gra"a&'o de uma cena, os atores precisam dessas in#orma&Ges para responder s perguntas #undamentais e "aria&Ges dos hei , !istadas por Constantin :tanis!a"s=y( Quem sou euP Inde estouP I
@este momento, "ocK se "K diante da tare#a de se!ecionar, dentre todos os e!ementos da!i, a
sendo "ista$ =ma ce!a ode ser l0rica, 5ica ou dram/tica+
:'o épicas as cenas cu.a #un&'o principa! é passar in#orma&'o como as duas cenas transcritas acima$ Om e+emp!o ainda mais e+p!Dcito s'o as cenas constituDdas apenas de um p!ano de !oca!i5a&'o( sua #un&'o é in#ormar o !ugar onde estB um e!emento da estória$ :'o dramBticas as cenas cu.a #un&'o principa! é mostrar a&Ges a moti"arem rea&Ges$ omemos a Cena de "ulp $iction. ?utch Coo!idge, com cinco anos de idade, estB assistindo t",
N- es"#ece rel;i d me# !ai7
;or estar #undada na causa!idade, a narrati"a dramBtica pede
Cena essencial, peripécia e ponto de virada '-r. Cro;e 8eu pai contava estrias para voc0 dormir3 ( menino Cole não responde.) -r. Cro;e ra uma vez um Govem prBncipe /ue resolveu fazer um passeio de carro e aB ele chamou o motorista dele e eles passearam, passearam, passearam. les passearam 1 #eca. "assearam tanto /ue o prBncipe dormiu e, /uando acordou, perce#eu /ue eles ainda estavam passeando. ra um passeio longo. Cole -r. Cro;e, o senhor nunca contou estria antes. -r. Cro;e verdade. Cole senhor tem /ue acrescentar umas viradas, coisas assim. -r. Cro;e iradas como3 %e dá um e5emplo.
Cole A gasolina deles pode ter aca#ado.' o #i!me I se5to sentido Ce!a esse!cial 5 auela ue, col&ida de i!cide!te esse!cial, o !arrador co!sidera o$rigat)ria, i!dise!s/%el, esse!cial+
A!guns autores chamam cena essencia! de Fcena obrigatóriaF$ @esse sentido, o roteirista Robert o6ne di5
E+emp!os c!Bssicos de cenas essenciais s'o Fgaroto encontra garota, garoto perde garota, garoto con da sua "o*tica, Arist)teles de#i!iu o termo "eri5cia" como "muda!*a !a ual uma a*ão toma rumo i!%erso ao ue %i!&a toma!do"+
E e!e e+emp!i#ica com incidentes nos
;eripécia e ponto de "irada est'o contidos num incidente essencia! e ocorrem num momento preciso da narrati"a$ ;or e+emp!o, a ascens'o do cidad'o _ane muda para decadKncia a partir de um incidente essencia!$ Char!es oster _ane, poderoso, #amoso, rico e casado com a sobrinha do presidente dos Estados Onidos, segue so5inho pe!as ruas de @o"a or=, Fa caminho do Nuarda/*ó"eis Testern *anhattan, procura da minha in#YnciaF,
Até o menino Co!e, citado na epDgra#e, sabe
e passeiaW ou personagem é bom, personagem é mau #uncionam como matri5
Rubrica omemos a cena de um roteiro . RUA DO CENTRO DA CIDADE. EVTERIOR. DIA. 4inici#s a tele'ne. An;lica ali. ANPLICA — cantarla Q#and 0c& se re"#e)rarX Caia !r cima de mimX Caia !r cima de mimX Caia !r cima de mim... 4inici#s ta!a )cal d tele'ne. 4INICIU— tens +++7 E# est# 'aland cm Ar"#i0 Nacinal7 TELE4ONITA — '' en+r/ Nel Rsa/ Nel de 6edeirs Rsa/ nasce# em %ila Isa)el/ em == de deem)r de =9=?/ mas ele n- 'i cm!sitr/ nem m@sic. Nel Rsa/ recrdista m#ndial de maratna/ mdic tisil;ista e est5 0i0. O ser0i, de cli!in; me in'rma "#e/ neste mment/ ele est5 dand #ma cn'er&ncia na 4ac#ldade de 6edicina.
4inici#s desli;a tele'ne e crre/ le0and An;lica. CORTA (ARAS ...
Ru$rica 5 a !ota*ão ue, !um roteiro, descre%e eleme!tos de est)ria ou recursos de !arrati%a+
:'o cinco os tipos de rubrica( de situa&'o, de cena, de #a!a, de costura e o cabe&a!ho$ Ru$rica de situa*ão 5 a !ota*ão ue descre%e os eleme!tos da situa*ão com ue a ce!a a$re+
@a cena acima( Finicius ao te!e#one$ Angé!ica a!i$F Ru$rica de ce!a 5 a !ota*ão ue descre%e um i!cide!te+
@a cena acima( Finicius tapa o boca! do te!e#one$F E( Finicius des!iga o te!e#one e corre, !e"ando Angé!ica$F Ru$rica de #ala 5 a !ota*ão ue, e!tre ar!teses e de!tro de uma #ala, i!dica o$4eti%o, emo*ão, tom ou ritmo com ue a #ala 5 dada+
@a cena acima( 4INICIU — tens +++7 E# est# 'aland cm Ar"#i0 Nacinal7
ambém s'o rubricas de #a!a as abre"ia&Ges 1, a indicar mudan&a de tom, e 1;, a indicar pausa na #a!a$ ;or outro !ado, Fum tempoF é rubrica de cena a indicar pausa na a&'o$ CENA =>. CALADA E6 4RENTE AO BAR. EVTERIOR. NOITE. in+ ali/ Nel Rsa se escra n#m !ste/ tsse m#it. 4inici#s c+e;a/ )ser0a a"#il cm tristea. Um tem! e ANTENOR — '' N#nca !ensei... Um cm!sitr assim/ t- anti;... CORTA (ARAS ...
Como nesse e+emp!o, pausas ocorrem depois de impacto emociona! personagens 1e espectadores precisam de tempo para assimi!ar o impacto , ou depois de piada personagens 1e espectadores precisam de tempo
para
Entre nós, essas indica&Ges "Km na abertura da cena, usua!mente em maiscu!as, separadas por ponto e sub!inhadas( CENA J>. RUA DO CENTRO DA CIDADE. EVTERIOR. DIA.
Entre nós, é pouco usua! a #ormata&'o dos roteiros norte/americanos, como este cabe&a!ho de "ulp $iction CENA J. INT. CKE%ROLET M — 6ANK
Entre nós, s'o pouco usuais tanto a seA ou @I>E$ :e #or necessBrio especi#icar manh' ou a!"orecer ou entardecer ou so! a pino ou o
Rubricas de costura, portanto, "Km no #ina! ou, mais raramente, no correr da cena$ Como na maioria dos casos a nota&'o é FCIRA ;ARA(F a indicar I ;ARA( a indicar @O>AE
;ARA( ou CIRE E:CI@\@OI ;ARA( a indicar @( a indicar
I roteirista e diretor Anthony *inghe!!a a#irmou
a!"e5 se.a esta a "erdadeira ra5'o por
;or e+emp!o, se hB mais de um possD"e! inter!ocutor, rubri
E# s# a"#ela "#e 'in;i# ser a sra. 6#lray/ lem)ra$ als+ aca)# de cntar a s#a estria e s dis +mens caem na ;ar;al+ada. Pittes ... ta!a )cal d 'ne. PITTE !ara D#''y e als+ Cala a )ca/ !rra7 de 0lta a Ida im/ e# lem)r. N-/ sen+rita essins/ n- 'i nada. E# esta0a a!enas acertand #ns detal+es cm me#s assistentes. O "#e a sen+rita ia diend$
e maneira gera!, roteiro de t" pri"i!egia #a!a e roteiro de cinema, imagem$ :e "ocK escre"e para t", narre a estória principa!mente atra"és das #a!as dos personagens$ ;ara cinema, siga a recomenda&'o de Vitchcoc= FQuando narramos uma estória no cinema, de"emos recorrer s #a!as apenas
Rubrica é nota&'o para ator, diretor e e
Assim( CENA 3?. PARAPE6 DO 4INICIU. INTERIOR. DIA. A l# !#ca/ tds s mnitres desli;ads. Antenr/ cm a mesma r#!a/ desa)ad n#ma cadeira. 4inici#s entra a!ressad/ li;a mais l#. 4inici#s 0ai at Antenr/ indica a m5"#ina d tem!/ !ede al; "#e n-
#0ims. Cansad e '#scad !ela l#/ Antenr 'a "#e n-. 4inici#s arma a m5"#ina/ !e;a s:ate/ se estica td/ acina circ#it cm a !nta d s:ate. 6ais l#/ e 4inici#s e s:ate desa!arecem.
Oma obser"a&'o #ina!$ Em contraste com a a#irma&'o de Anthony *inghe!!a mencionada acima, o roteirista e diretor ?i!!y Ti!der a#irmou( F:ou basicamente um escritor$ oi só depois
Letreiro, legenda @o come&o do #i!me s intocáveis 1-837, uma !egenda nos in#orma( Em -80, a )ei :eca #e5 de Chicago uma cidade em guerra$ Quadri!has ri"ais !uta"am pe!o contro!e do império de bi!hGes de dó!ares do trB#ico de bebidas a!coó!icas, impondo seu domDnio com granadas e metra!hadoras$ Era o tempo dos poderosos che#Ges$ Era o tempo de A! Capone$ @o come&o do #i!me Cidadão :ane, pouco depois de um !etreiro escrito numa p!aca indicar FEntrada proibidaF, um narrador anXnimo #a!a em "o5 o"er sobre a imagem de um caste!o no a!to de uma montanha( )endBria #oi anadu, onde _ub!a _han estabe!eceu o seu monumento ao pra5er$ Vo.e,
Como "ocK "K, !egenda, muitas "e5es, é o esso #oi em -373$
@o roteiro de a"id Tebb ;eop!es, esse te+to "em na #orma de "o5 o"er$ I diretor C!int East6ood pre#eriu inseri/!o como !egenda$ )egenda e !etreiro s'o te+tos escritos na te!a$ Lege!da 5 te8to ue #oi agregado @ !arrati%a, isto 5, ue #oi escrito so$re #u!do !eutro ou so$reosto @ imagem+ Letreiro 5 te8to ue #oi col&ido da massa de est)ria, isto 5, ue esta%a i!scrito !um ce!/rio, loca*ão ou o$4eto de ce!a+
;ortanto, !etreiro é e!emento de estória, !egenda é recurso de narrati"a$ @o primeiro p!ano do #i!me A felicidade não se compra 1-89, um !etreiro inscrito numa p!aca coberta de ge!o e em meio ne"e, na entrada da cidade di5( FAgora, "ocK estB em ?ed#ord a!!s$F Esse !etreiro, como todos, se dirige ao espectador e aos personagens$ osse uma !egenda, esse te+to estaria sobre #undo neutro ou sobreposto imagem da cidade de ?ed#ord a!!s, e dirigido apenas ao espectador$ Repito( sobreposto imagem e n'o dentro da cena$ )onge "'o os #i!mes mudos, nos
(ERONAPE6 @o !i"ro 9rande 8ertão veredas, de Nuimar'es Rosa, o personagem/ narrador Rioba!do atarana di5
*ichae! Cor!eone é representa&'o de ma#ioso norte/americano, ?ambi é representa&'o de pessoa desprotegida, os personagens ormosura e )i"re/ ArbDtrio do teatro de Ca!derón de !a ?arca s'o representa&'o dos conceitos de #ormosura e !i"re/arbDtrio na #orma de pessoas, as trKs ErDnias do teatro grego isi#one, A!ecto e *egera s'o entidades
representa&'o de pessoas tornadas ob.etos pe!a eiticeira$ S inconsistente di5er
@a denomina&'o tomada de E$*$ orster( Perso!agem redo!do 5 auele co!stitu0do de tra*os lurais de er#il e erso!agem raso 5 auele co!stitu0do de um ou ouco mais de um tra*o de er#il+ Perso!agem raso 5 o mesmo ue tio+
:egundo orster, Fpara saber se o personagem é redondo, "eri#i
tornou a
:e a sua narrati"a pri"i!egia o co!eti"o acima do indi"idua! e "ocK sabe como é precBrio, custoso e en#adonho co!ocar um co!eti"o em cena , "ocK "ai pre#erir o tipo ao personagem redondo$ Com oucos tra*os de er#il, o tio rerese!ta mel&or um coleti%o do ue um i!di%0duo+
:e a sua narrati"a pri"i!egia estória acima dos personagens, "ocK "ai pre#erir traba!har com tipos, de modo
con#irma o tra&o .B sabido o
As tragédias gregas nos #ornecem e+emp!os desse personagem/ ar
narrati"o$ Oma ga!eria
Quatro dos e+emp!os mais proeminentes entre nós s'o( Cindere!a, a signi#icar ascens'o cu!tura! e socia!W @arciso, a signi#icar a pai+'o por si mesmoW austo, a pai+'o por matérias mundanasW e on Juan, a manipu!a&'o de emo&Ges e aparKncias$ Esses personagens deram origem a estórias matri5es, uan, de *o!ifre, A ltima noite de -on >uan, de Rostand, a ópera -on 9iovanni, de *o5art, -on >uan no Mnferno e uan e $aust, de Nrabbe,
@uma conceitua&'o seme!hante de Emi! :taiger,
;ara e+emp!o, "e.a os personagens do teatro de :amue! ?ec=ett, de ernando ;essoa e dos simbo!istas$ Como personagem épico é a
;ara e+emp!o, "e.a os personagens do teatro de Jean Racine e de ?erto!t ?recht, a re!atarem o
;ara e+emp!o, "e.a os "i!Ges dentre e!es, o Misconde de Ma!mont, do !i"ro As liga&Des perigosas, na de#ini&'o da :ra$ de Mo!anges, em carta *adame de our"e!( F@unca, desde os seus mais "erdes anos, deu e!e um passo ou disse uma pa!a"ra sem ter um ob.eti"o e nunca te"e ob.eti"o
Quando, diante da massa da estória, o seu narrador e!ege ponto de #oco e ponto de "ista principais, e!e dB inDcio distribui&'o das #un&Ges dos seus personagens$ Ao #ina! da composi&'o da narrati"a, estas ser'o as #un&Ges mais encontradi&as( U Agente(
#or&osamente secundBrio$ :'o coad.u"antes o personagem escada, o orelha e o avesso. "ersonagem@escada é aanela indiscreta. :'o trKs os personagens
Personagem
principal,
personagem
secundário ;Btio de esco!a na hora do recreio n'o possui personagem principa!$ Quando muito, ha"eria Fpersonagens principaisF em cada nc!eo de a!unos( A!ice, no nc!eo das meninas cd# da a série, ?erimbau, no dos bagunceiros da 3a etc$ Om a!uno sobe num banco para dar um a"iso e, pronto, e!e gera estória a de dar um a"iso e se torna o principa! ponto de #oco da aten&'o da
principa!$ Perso!agem ri!cial 5 auele ue o !arrador selecio!ou como ri!cial+ Perso!agem secu!d/rio 5 auele ue o !arrador selecio!ou como secu!d/rio+
Va"er personagem principa! n'o é uma imposi&'o, é uma estratégia narrati"a$ A sele*ão de erso!agem ri!cial da !arrati%a segue a mesma dema!da da sele*ão do ri!cial o!to de %ista do seu !arrador2 esta$elecer uma re#er!cia a artir da ual a !arrati%a ser/ comosta e, mais tarde, rece$ida elo esectador 7 e, assim, dar u!idade e #acilitar comosi*ão e rece*ão+
Compor narrati"a sem personagem principa! como #a5em a!guns narradores #rancamente épicos, como os dos #i!mes 8hort Cuts Cenas da vida 1-88 e %agnlia 1-888 ni"e!a as tramas e trans#ere para estória, tema, premissa ou esti!o a tare#a de #ornecer re#erKncia para sua composi&'o e recep&'o$ poderoso chefão M narra a sucess'o do poder do pai, on Mito Cor!eone 1*ar!on ?rando, para o #i!ho, *ichae! Cor!eone 1A! ;acino daD possuir dois personagens principais( o pai, antes da sucess'o, e o #i!ho, depois$ *udar de personagem principa! no curso da narrati"a como também #e5 o roteirista Joseph :te#ano, em "sicose 1-890, ao trocar a "Dtima pe!o a!go5 é raro e re
pode antagoni5ar outro na estória toda, num incidente, numa cena, num segmento de cena ou apenas numa #a!a, num gesto$ I senso comum costuma contrapor antagonista a protagonista$ @'o é necessariamente assim( antagonista é personagem n"ersamente, Ado!# Vit!er protagoni5ou a :egunda Nuerra *undia! e, ho.e, poucas pessoas o consideram um herói$ Mou tornar a #a!ar de antagonista na se&'o FJogo de a&Ges, con#!ito, di!emaF$ e herói e "i!'o, #a!o em seguida$
er!i, vilão e anti"#er!i '>ornalista Americano Msso de fazer filme sem heri... %ulher do >ornalista Americano -o /ue * /ue voc0 está falando, /ueridoQ3 >ornalista Americano $$$ !ão acho gra&a. "ode funcionar num livro, mas filme tem de ter heri.' o #i!me $ellini oito e meio
Om truDsmo !he di5
;ouco antes, a #i!ha de @oah Cross, E"e!yn *u!6ray, esbo&ara uma a#irma&'o seme!hante$ E%ELYN ... me# !ai te0e #m cla!s ner0s... a re!resa r#i#... min+a m-e mrre#... ele se trn# #m meninin+... e# tin+a =W ans... ele me !er;#nta0a "#e cmer n ca' da man+-/ "#e r#!as #sar7... e acntece#...
*as, !ogo em seguida, E"e!yn e+ecra o pai
i#erente de E"e!yn *u!6ray, o narrador de Chinato;n n'o se apro+ima de @oah Cross para tentar perceber /ue Fdeterminada horaF e /ue Fdeterminado !ugarF #i5eram Cross #a5er o
Om narrador assim priori5a a estória n"ersamente, um narrador
Om narrador
Verói é o personagem
Mi!'o é personagem
re"o!tas, mas empatia e entendimento$ @o teatro, entre tantos outros, che=ho" é e+emp!o de dramaturgia assim$ @o cinema, entre tantos, os #i!mes adaptados dos !i"ros de @ic= Vornby como Alta fidelidade 12000 e Um grande garoto 12002 s'o e+emp!os$ 6lade Runner pede uma aten&'o mais detida$ I #i!me possui um personagem principa! de#inido, o #lade runner Ric= ec=ard$ A princDpio um herói, a e!e é dada a miss'o de e+terminar os "i!Ges, um bando de
I roteiro de 6lade Runner, a!ém disso, dei+a aberta a interpreta&'o
segundo a
:'o e+emp!os de anti/heróis o Car!itos, personagem de Char!es Chap!in, o deteti"e A+e! o!ey 1Eddie *urphy, da série de #i!mes Um tira da pesada 1-83, -837, -88, Car!'o 1rancisco Cuoco, da no"e!a "ecado capital, o :aci/;ererK, a gorar o"os e perseguir "ia.antes, e *acunaDma, na de#ini&'o do seu autor *Brio de Andrade, Fo herói sem nenhum carBterF$
Per$il de personagem '+ue os personagens de uma narrativa seGam tão claramente definidos /ue o leitor seGa capaz de antecipar o /ue cada um fará diante de uma emerg0ncia.' *AR_ TA>@
@o #i!me %elhor impossBvel 1-887, a recepcionista da editora pergunta ao escritor *e!"in Oda!! 1Jac= @icho!son( FComo o senhor escre"e t'o bem as mu!heresPF E Oda!!, sua maneira, dB uma pe
;or e+emp!o( austino homem honrado, rDgido, despro"ido de humor, obcecado por seguran&a e pe!a opini'o dos outros, !o
CapDtu!o M> da sua "o*tica, como Fa
U ad.eti"os
A sele,- d !rinci!al tra, de !er'il de #m !ersna;em se;#e a mesma demanda da sele,- de !ersna;em !rinci!alS esta)elecer #ma re'er&ncia a !artir da "#al #m !er'il ser5 narrad e/ mais tarde/ rece)id !el es!ectadr — e/ assim/ dar #nidade e 'acilitar narrati0a e rece!,-. Como "imos na se&'o F;ersonagemF, a magine, por e+emp!o, as situa&Ges entre a #reira !inda e sua irm' #eia e
promDscua, ou entre o at!eta pregui&oso e seu pai gigo!X de #i!hos$ esde a Nrécia Antiga, a distribui&'o de #un&Ges numa narrati"a a#eta per#i! de personagem$ omemos Creonte, o irm'o de Jocasta, na ri!ogia ebana, de :ó#oc!es$ Em dipo rei, Creonte é um nobre caridoso e sem ambi&'o, em dipo em Colona, e!e é um rei ambicioso e sonso, e em AntBgona, um tirano obcecado$ un&Ges a pautarem e+istKncia e distribui&'o de personagens é o pró+imo assunto$
%apa e n&cleo de personagens I segmento de cena a seguir #oi co!hido da pe&a #alcão, de Jean Nenet$ JO>Z( MocK é bem .o"em$ S menorP )ARA( @'o, senhor$ JO>Z( rate/me de :enhor Jui5$ esde Z( ei+e Z( ?em$$$ Até agora correu tudo bem$$$ *eu carrasco espancou "ocK, pois e!e também tem sua #un&'o$ Estamos !igados( "ocK, e!e e eu$ ;or e+emp!o, se e!e n'o espancasse "ocK, como é Z( Va] Va] :eu pra5er depende de mim] Nosta de bater, n'o éP Estou satis#eito, Carrasco] *onumenta! amontoado de carne
^ seme!han&a da e+istKncia e da distribui&'o de papéis sociais, numa narrati"a, a e+istKncia e distribui&'o de personagens também s'o pautadas
segundo a #un&'o de cada um$ E8ist!cia e distri$ui*ão de erso!agem %m de duas !ecessidades2 dar coro a tra*os de er#il e a*;es 7 e, com isso, criar um u!i%erso e gerar um #io de est)ria 7 e esta$elecer rela*;es+
Re!a&Ges entre personagens se estabe!ecem segundo os seus per#is se comp!ementares ou contrastantes e as a&Ges
;ermita/me retomar a estória do austino$ austino é rico, a"arento, honrado, re!igioso e pecador$ Essas s'o de#ini&Ges abso!utas e "irtuais( o personagem é assim, mesmo imó"e! e mudo, na so!id'o do seu
A!ém de descre"er re!a&Ges, um mapa e"idencia a redundYncia ou a #a!ta de personagens$
@'o s'o poucos os roteiristas
A pa!a"ra FempatiaF signi#ica Fnos sentirmos dentro de outra pessoaF$ Ao nos #a5er sentir dentro de um personagem, a empatia suspende a nossa descren&a sobre e!e( como descrer, se somos nós
Roteiristas de no"e!a tKm o conceito de nc!eo muito c!aro diante de si$ *uitos de!es costumam traba!har com cinco ou seis nc!eos
como geradores de cinco ou seis tramas, distribuDdas segundo as respecti"as posi&Ges na hierar
'ome de personagem '4eve um nome, um cara /ue apareceu em tr0s ou /uatro filmes meus. ra um nome /ue eu gostava 8heldraFe. 4em uma ressonPncia aB. 4em um perfil. !ão * /ue nem %r. >ones, nem %r. Ke#er, nem coisa do tipo.' ?>)) T>)ER
Om dos conceitos #undamentais da !ingHDstica moderna é o da arbitrariedade do signo !ingHDstico$ :eu #undador, erdinand de :aussure, chegou a chamar esse conceito de Fprimeiro princDpioF$ isse e!e( FA idéia de mar n'o possui nenhuma re!a&'o interior com a se
muito di#erente do outor Antonini, da!ina de !onge, e por aD "amos nós$ I re"erso disso é "ocK a#rontar personagem com um nome
;ortanto, a!ém de atentar para o da!ina e >so!dina, *utuca e *u"uca s'o #ontes de con#us'o para a produ&'o e para o espectador$ :ugestGes de nomes, "ocK as encontra nas !istas te!e#Xnicas, nos !i"ros de nomes de bebK e em sites na internet como 666$babynames$com$
AO
VB a!gum tempo "enho a#inando certa mania$ @os come&os chuta"a tudo o
A#ão é a atividade ou )ala gerada por elemento de estória. 1a!a é a&'o
sérioF, FsensatoF, com responsabi!idades e até uma noi"a$ I irm'o é pessoa maginemos, ent'o,
*as uma a&'o n'o ganha e+istKncia simp!esmente por possuir moti"a&'o e ob.eti"o$ E!a tem de ter #orma, materia!idade chutar tampinhas ou o maginemos um outro percurso para chegar a&'o do personagem chutador do conto do Jo'o AntXnio$ *oti"ada por encrencas ancestrais com o irm'o, !ate.a dentro do chutador uma a&'o
diante da tare#a de imaginar uma ati"idade ou #a!a
I segmento de cena
Is dois, #e!i5es, entram no sa!'o, onde no"e .orna!istas traba!ham$ _ane, um passo #rente de Jedediah, passa pe!a direita de uma co!una$ Jedediah "ai
passar pe!a esnt$ Quarto de :usan anadu -82,
I #i!me é poderoso chefão MM 1-87$ @o "e!ório da m'e, *ichae! Cor!eone estB rompido com o irm'o redo e, por isso, hB uma e+pectati"a sobre como serB o encontro dos dois$ *ichae! entra na sa!a, "ai até redo e o abra&a$ Is demais personagens e os espectadores entendem
Ao perceber o nconsciente$ Em torno de 0 a$C, Aristóte!es escre"eu, no CapDtu!o M> da sua "o*tica,
rua, #otogra#a o marido com uma garota, entrega as #otos, recebe o pagamento e o caso estB aparentemente encerrado$ A a&'o de Nittes partiu da sua moti"a&'o de e+ercer um traba!ho$ *as Nittes #oi !ogrado$ A mu!her #ingira ser a esposa do homem #otogra#ado$ Ao saber disso, Nittes passa a agir impu!sionado por outras moti"a&Ges suas( pai+'o pe!a "erdade, sentido de honra, impetuosidade e "aidade$ os pDncaros do I!impo, passando pe!as brumas do sobrenatura!, ho.e entendemos
%otivação e ob(etivo '+uando a linha de interpreta&ão surge, * por/ue o ator perce#eu para onde vai e por /ue vai' CI@:A@>@ :A@>:)AM:_
Rau! estB deitado no so#B da sa!a$ @'o hB mais ninguém em casa, nem traba!ho a #a5er, nada$ :uas contas est'o pagas, o te!e#one n'o toca, e!e n'o sente dor, nem ca!or, nem #rio, nem sede, nem #ome$ Rau! estB posto em sossego e, assim, go5a o simp!es pra5er de e+istir$ I narrador entra na sa!a, para cumprir a #un&'o de bisbi!hotar o Rau!, descobrir o
n'o hB possibi!idade de #a!a , e um narrador t'o intrinsecamente dramBtico como o seu n'o "ai usar "o5 o"er$ *ostrados os sons e as imagens da!i, n'o hB mais o
$otiva#ão é o ue motiva e impulsiona uma a#ão. ?-%etivo é o ue uma a#ão o-%etiva. Oma a&'o, portanto, é constituDda de trKs e!ementos( uma moti"a&'o
daD$ Oma a&'o de personagem assim pode até ter ob.eti"oe+trDnseco( agradar o espectador , mas n'o tem moti"a&'o intrDnseca nconsciente , portanto, #ora dos personagens, pree+istentes a e!es$ @as narrati"as com personagens/tipos, a moti"a&'o pode estar redu5ida a um tra&o de per#i!( o herói pratica bondades por
Como "imos na se&'o anterior, o ob.eti"o da a&'o de chutar tampinhas só serB dramBtico se "isar moti"ar rea&'o do irm'o do chutador$ :e, ao chutar tampinhas, o chutador n'o tem o irm'o como ponto de #oco, chutar tampinhas n'o possui ob.eti"o dramBtico$ Como "imos na se&'o FA&'oF, um ob.eti"o pode pautar o subte+to do
E+iste moti"a&'o dos personagens no por
)ogo de aç*es, con$lito, dilema @a se&'o anterior, a a&'o do Rau! gerou o re!ato de uma p!Bcida .ornada até a co5inha, sem .ogos de a&Ges entre personagens mesmo por
@o e+emp!o anterior, ha"erB .ogo de a&Ges entre os personagens Romeu e Ju!ieta,
1Caro!ina iec=mann, Ve!ena 1Mera ischer rompe com *igue! 1ony Ramos, o namorado a
Co!#lito 5 o 4ogo de a*;es ue se d/ atra%5s de em$ate+ A Cena 32 do #i!me Cidadão :ane abre com *atisti, cu.o ob.eti"o de interromper as au!as de canto de :usan A!e+ander di"erge do de _ane, de tornar :usan uma cantora !Drica de sucesso$ A cena mostra o .ogo de a&Ges ou, se "ocK pre#erir, a argumenta&'o irre#utB"e!, press'o esmagadora, chantagem "e!ada ou con#!ito humi!hante entre esses dois personagens, e se encerra com a derrota do F.ogadorF mais #raco$ Cena >J — Int. ala de Estar — Casa de ane em N0a Yr: — Dia — =9=1=9=>. #san Aleander canta. 6atisti/ se# !r'essr de 0/ tca !ian. ane est5 sentad !r ali. \N 'ilme/ ane entra na sala.] 6atisti !5ra. 6ATITI Im!ssH0el7 Im!ssH0el7 ANE N- 'a !arte d se# tra)al+ emitir !ini- s)re s talents da sra. ane. O sen+r de0e tra)al+ar a 0 dela. iss. 6ATITI #and 6as im!ssH0el7 E# 0# me trnar a !iada d mei m#sical7 As !essas 0- dier "#e...X ANE 25 "#e sen+r est5 interessad n "#e as !essas 0- dier/ i;nr 6atisti/ !ss il#minar #m !#c a s#a mente. Os *rnais/ !r eem!l. # #ma a#tridade n "#e s *rnais 0- dier/ i;nr 6atisti/ !r"#e s# dn de it deles/ entre esta cidade e - 4rancisc. Est5 t#d )em/ "#erida. O i;nr 6atisti 0ai dar #0ids < ra-. N- 0ai/ maestr$ 6ATITI en+r ane/ cm !ss cn0encer sen+r de "#e...X
ANE N- !de. il&nci. 6atisti se le0anta. \N 'ilme/ ele se senta.] ANE E# sa)ia "#e sen+r ia me entender. Dissl0e.
*as _ane é muito mais #orte do
Apesar de a grande indstria muitas "e5es identi#icar narrati"a dramBtica a competi&'o esporti"a, o ob.eti"o principa! de um .ogo de a&Ges n'o é mostrar um personagem "encer ou ser derrotado$ Mitória, num .ogo de a&Ges, é ob.eti"o dos personagens, n'o do narrador$ 1esconsidero, por e+ce&'o, o narrador
;or e+emp!o, no #i!me 6utch Cassid=, ?utch Cassidy e o :undance _id tKm atrBs de si um grupo de poderosos perseguidores e, diante de!es, um precipDcio com um rio !B embai+o$ ?utch ordena
A!ém dos personagens en"o!"idos, um .ogo de a&Ges possui um terceiro e!emento( o pó!o$ P)lo 5 o eleme!to da est)ria em tor!o do ual o 4ogo de a*;es se d/+
@o e+emp!o citado acima, o pó!o é #a5er de :usan A!e+ander uma cantora !Drica de sucesso$ Em senhor dos an*is, o pó!o é o ane!, a posse do ane! mBgico$ :e o personagem
@o #i!me ra uma vez na Am*rica 1-83, o garoto compra um doce com o !!inois$ Robert _incaid 1C!int East6ood chega sua casa, para pedir uma in#orma&'o$ E!e dese.a saber onde #icam as pontes Roseman e Vo!!i6e!!, para #otogra#B/!as para a re"ista !ational 9eographic. A partir daD, Robert e rancesca se tornam amantes e o di!ema se insta!a dentro de cada um( rancesca
magine um #ogo, a!to ou bai+oW imagine um "ento, #raco ou #orte$ I "ento e o #ogo s'o dois e!ementos
?eetho"en chegou a de#inir esse diB!ogo como F!uta de princDpiosF$ Como o #ogo e o "ento, primeiro a pe&a musica! e+pGe cada um dos temas$ Em seguida, e!a desen"o!"e esses temas em #rases, e daD em diB!ogo$ Como !abaredas
O6 .om 5 toda emissão so!ora+
:'o e!ementos de estória os sons
@o roteiro do #i!me poderoso chefão M, esta é a cena do assassinato de ;au!ie, o motorista
(AULIE est5 mrt/ san;#e escrre da s#a )ca/ as *anelas estil+a,adas. CLE6ENZA Lar;a a arma. LA6(ONE sai d carr/ s dis +mens se;#em !ela 0e;eta,-/ at #tr carr. Eles entram n carr e 0-.
6 som da uri!a $ate!do !o solo e o som dos dois tiros são eleme!tos com #u!*ão 5ica2 eles estão ali ara assar i!#orma*ão so$re os erso!age!s e suas a*;es+
I #i!me Chinato;n se encaminha para o #im$ S noite, Nittes "ai casa onde E"e!yn *u!6ray esconde sua #i!ha/irm' _atherine 1?e!inda ;a!mer$ Nittes bisbi!hota a casa, entra no carro de E"e!yn, espera por e!a$ E"e!yn "em descontro!ada e distraDda, entra no carro, se assusta com Nittes a!i e, derrotada no .ogo de a&Ges com Nittes !emos no roteiro ,Fa cabe&a de E"e!yn desaba sobre o "o!ante do carro, o cabe!o escondendo/!he o rostoF$ @o #i!me, ou"imos o som de uma bu5inada curta$ Esse som, incon"eniente aos personagens, e+pressa o descontro!e de E"e!yn e !emos no roteiro( FE"e!yn $$$ n'o chora, mas o#ega de histeria$F @a !tima cena do #i!me, diante de Nittes e dos homens da po!Dcia de )os Ange!es, E"e!yn se de#ronta com o pai, e+/amante e a!go5$ @oah Cross
Como apenas personagens possuem ob.eti"os e reagem, sons dramBticos,
como todos os e!ementos dramBticos, partem de personagens e "isam principa!mente a personagens$ ;or e+emp!o, no come&o do #i!me 8hreF 1200, a princesa iona é con"idada por seus pais, o Rei e a Rainha do Reino *uito *uito istante, para o bai!e rea! em homenagem ao seu casamento com :hre=$ I Reino *uito *uito istante é muito, muito distante e a "iagem na carro&a demora, demora$ I ?urro, #ie! escudeiro de iona e :hre=, pergunta e pergunta( FJB chegamosPF, FJB chegamosPF iona e :hre= n'o agHentam mais a "o5 do ?urro, o ?urro rec!ama do tédio, :hre= manda
E nos !embramos do som da msica anela indiscreta, o compositor e "i5inho de Je## toca e anela indiscreta me con"ida a uma pe>, Cena >>, ao imp!orar a nge!o pe!a "ida de seu irm'o C!Budio, a atri5 sabe!!a permanecesse em si!Kncio até a p!atéia n'o agHentar mais e ?roo= re!ata( >sso para"a a pe&a por apro+imadamente dois minutos e se tornou um totem de "odu( um si!Kncio durante o
reuniam, um si!Kncio atra"és do
a!"e5 pe!o tamanho da sua te!a, ta!"e5 pe!o !ugar onde se encontra o seu espectador, o cinema entende, mais c!aramente do
+ala '8e não contarmos /ue a mulher de Mvan Mvanovitch o a#andonou, não vai haver nenhuma estria.... o triste acontecimento na vida de Mvan Mvanovitch * coisa /ue não podemos transmitir com raios, gestos ou e5pressDes faciais. preciso falarQ' CI@:A@>@ :A@>:)AM:_
Comecemos pe!as negati"as( #a!a de dramaturgia n'o é transcri&'o de #a!a da "ida rea!, nem é papo, muito menos papo #urado$ @a "ida rea!, duas pessoas se encontram, se pGem #rente a #rente e #a!am, hesitam, di"agam, trocam in#orma&Ges
e+cessi"amente redundantes, sinta+e
E #a!ar é uma #orma de agir$ Om personagem pode in#ormar ignorYncia atra"és de uma #a!a ou de um gesto, pode e+pressar a!egria atra"és de uma #a!a ou de uma dan&a, pode reagir a uma o#ensa com uma #a!a, com uma e+press'o #acia! ou com um soco$ *as costumamos di#erenciar as #a!as das demais a&Ges$ =ma #ala ode ser l0rica, 5ica ou dram/tica+
S !Drica a #a!a cu.a #un&'o principa! é e+pressar uma sub.eti"idade$ S épica a #a!a cu.a #un&'o principa! é re!atar uma in#orma&'o$ S dramBtica a #a!a cu.a #un&'o principa! é moti"ar rea&'o de outro personagem$ @a p$0 do roteiro de Chinato;n, após ter sido arrastado por uma en+urrada de Bgua, Ja=e Nittes desaba#a a sua re"o!ta no sapato caro e chi
po!Dcia$ $$$ 1indica o chesso pode parecer
@o teatro, a #a!a é de !onge o "eDcu!o mais importante de in#orma&'o, e+press'o e a&'o$ @a te!e"is'o, a #a!a prepondera, mas a imagem tem grande importYncia$ @o cinema e+iste ou um e
o
Ao entre"istar Vitchcoc=, ran&ois ru##aut !ou"a a apresenta&'o do #i!me >anela indiscreta I senhor abre com o rosto suarento de James :te6art, mo"e a cYmera para mostrar a sua perna engessada e, em seguida, numa mesa ao !ado, uma mB
Ao
Jonathan :hie!ds 1_ir= oug!as, o produtor de cinema, no #i!me Assim estava escrito 1-82, pensa de maneira seme!hante$ +ields risca rteir de Bartl. BARTLO 2nat+an/ esta a min+a mel+r cena7 %c& s dei# tr&s 'alas7 Ol+a/2nat+an/ ac+ "#e 0c& n- entende#. O menin 0ai !artir/ !r0a0elmente 0ai ser mrt. (r iss/ "#and a m-e 'ala... 2ONATKAN Ela n- 'ala. Dams #m dse nela/ ela a)re a )ca/ mas n- cnse;#e 'alar. em,- demais. E a em,- "#e ela sente/ a ;ente deia !ara a !latia ima;inar. Acredite em mim/ Bartl/ "#e eles 0- ima;inar m#it mel+r d "#e "#al"#er cisa "#e a ;ente escre0a.
@a te!e"is'o, in"ersamente, é raro uma in#orma&'o importante ser comunicada apenas por imagem$
e!a de t" é re!ati"amente pe
@o"e!a de t" acrescenta outro #ator a c!amar por redundYncia( sua narrati"a espraiada por muitas de5enas de personagens e a!gumas centenas de capDtu!os$ Om inter"a!o de uns poucos capDtu!os e o espectador se esanela indiscreta. i/logo 5 a troca de #alas e!tre erso!age!s+
:ob o Rea!ismo/@atura!ismo
do personagem moti"a b!ocos de pensamento
conota&'o$ Como, muitas %ees, o o$4eti%o de erso!agem dram/tico 5 i!co!#ess/%el, as #alas dram/ticas te!dem, mais do ue as demais, a ossuir su$te8to+
Como "imos na #a!a do :inho5inho *a!ta, o signi#icado do subte+to de #a!a dramBtica reside no ob.eti"o a
Como, por e+emp!o, nos atos #a!hos$ Me.amos mais a!gumas a=F, FNu!pF, F:ma=F, FIopF, FNurpF, F:napF, in#!uKncia das estórias em
ao escre"er( FEu a encontreiF etc$ @o ?rasi!, apenas os portugueses, os hiper#ormais, os cabotinos e os personagens ma! dub!ados usam esses pronomes e nossos ou"idos recebem #a!as como F;eguem/no]F$ Is demais personagens di5em( FEncontrei e!aF ou F;ega e!e]F$ A!ém disso, e como tudo o mais num roteiro, as #a!as também s'o pautadas pe!o per#i! do espectador$ Quando as normas !ingHDsticas de personagem e espectador est'o muito distantes uma da outra, "ocK "ai priori5ar uma de!as, ou buscar uma con"ergKncia$ ;or priori5ar o espectador, Vo!!y6ood tornou o ing!Ks a !Dngua/padr'o do Egito Antigo, da Na!i!éia, do >mpério Romano e de todas as demais ci"i!i5a&Ges da AntigHidade ou do Espa&o :idera!$ Com a coni"Kncia do espectador, C!eópatra, Jesus, Ca!Dgu!a e E$$ #a!am ing!Ks moderno e norte/ americano$ @o ?rasi!, as no"e!as de época baniram os pronomes FtuF e F"ósF$ Com a coni"Kncia do espectador, o imperador dom Jo'o M> usa F"ocKF e F"ocKsF ou 1muitas "e5es em e+cesso a #orma arcaica F"osmecKF$ @a outra a!ternati"a, "ocK priori5a a norma !ingHDstica dos personagens ou se.a, o idio!eto, o dia!eto pessoa! e as gDrias de!es$ Ah, !igue os seus a!armes] >dio!etos, dia!etos e gDrias s'o e+ce!entes para retratar a rea!idade dos personagens, e+pu!sar o espectador e datar o roteiro$ @orma !ingHDstica de personagem estrangeiro é uma "ariante dessa
ei+ar de obser"ar isso #a5 com >>, o u
6ATILDE —2se'ina n- tem a menr 0ca,- !ara ed#car 'il+. %c& me ima;ina cmend "#ia)$
obrigam a atri5 a traba!har a transi&'o entre os pontos de #oco, e o espectador, a acompanhar a transi&'o$ Oma atri5 ruim ou um espectador desatento, e "ocK tem uma !acuna na narrati"a$ Esta obser"a&'o é especia!mente dirigida a roteirista de t"
S em torno desse ponto de #oco principa!
Atores s'o "acas sagradas
e, por isso, passD"e! de apro#undamento maior$ ^s "e5es, um ator dentro do personagem é capa5 de Fescre"erF #a!as me!hores do
6nl; e slil"#i @o come&o do #i!me >anela indiscreta, Je## con#idencia a sua en#ermeira :te!!a( F)isa espera
Ao mono!ogar, o personagem pode e+ternar !embran&as, pensamentos, sentimentos, emo&Ges, segredos, di!emas ou p!anos, rep!icar o
dramBticos$ Mo!)logo 5 eleme!to esse!cialme!te 5ico+
:eu principa! ponto de #oco gera!mente estB no passado, na moti"a&'o da
*ais do do Ato >>>, e!e #a!a sobre o signi#icado da e+istKncia( F:er ou n'o ser, eis a
ada a e+istKncia con#orme re"e!aram os recentes traba!hos pb!icos de ;uncher e Tattmann de um eus pessoa!
Como os monó!ogos e pe!a mesma ra5'o( por n'o ob.eti"arem rea&'o de outro personagem , so!i!ó
:eu principa! ponto de #oco estB na sub.eti"idade de um personagem$ @arrati"as para a te!a podem e+pressar monó!ogos interiores atra"és de so!i!ó
A!arte/ 'ala em ''/ 0 em '' e 0 0er I #i!me é +uase famosos 12000, a ado!escente Anita entra em casa e sua m'e a interpe!a( FMocK andou bei.ando, "ocK estB com um disco
Em gera!, o aparte é emitido na presen&a, mas apartado dos demais personagens e com entona&'o di#erente da #a!a anterior$ ;e!o
de desaba#o, o aparte é muito usado para re"e!ar a postura do personagem diante da situa&'o em
;or ser, como o aparte, co!hida de uma massa de estória, "o5 em o## é e!emento de estóriaW por ser, como o aparte, e+press'o de sub.eti"idade, "o5 em o## é e!emento !Drico$ o o%er 5 a %o agregada so$re 'em i!gls, o%er( a imagemD em geral, 5 %o de !arrador e8ter!o @ massa de est)ria, ou de erso!agem ue !arra+
Mo5 o"er é o e
o narrador sabe tudo, e de antem'o$ pagamento final 1-88 abre com o personagem Car!ito 1A! ;acino sendo morta!mente #erido$ Om #!ashbac= nos co!oca no come&o da estória, com Car!ito num tribuna!, sendo abso!"ido e seguindo em !iberdade pe!as ruas de @o"a or=$ @o correr do #i!me, muitas das passagens da "ida de Car!ito s'o narradas e comentadas em "o5 o"er por e!e mesmo$ @o #im do #i!me, a cena inicia! tem continua&'o e Car!ito morre$ entro do rea!ismo do #i!me, seria impreciso Car!ito, morto, narrar em "o5 o"er o
@um roteiro, poderDamos ter( ANDERTON — 0 em '' Est# 'icand careca. Careca e ;rd e 0el+.
Iu( NARRADOR — 0 0er A !rimeira cisa "#e Andertn !ens# "#and 0i# ra!a 'i Est# 'icand careca. Careca e ;rd e
0el+.
Como os apartes, monó!ogos e !egendas, as "o5es em o## e o"er muitas "e5es s'o usadas de"ido economia e c!are5a
Como a "o5 em o## e pe!a mesma ra5'o( por ser co!hida de uma massa de estória , #a!a em o## é e!emento de estória$ i#erente da "o5 em o##, #a!a em o## pode ser ou"ida pe!os demais personagens na cena e, portanto, pode ser um e!emento dramBtico$ @uma hipótese e seguindo com o e+emp!o anterior( RA(AZ — em '' r. Andertn$ Andertn l+a !ara a !rta e !erce)e ra!a.
O)*et '4hompson retira o seu so#retudo de cima de um pe/ueno tren o mesmo tren com /ue o menino Charles $oster :ane #ateu em 4hatcher, no inBcio do filme.' o roteiro de Cidadão :ane, Cena --9
@a primeira cena de Chinato;n, re#este!ado em seu escritório, o deteti"e Ja=e Nittes re"e!a ao c!iente Cur!y
As "ene5ianas insta!adas recentemente, a mesa re!u5ente, o terno de !inho branco, as garra#as de bebida e o is
@uma narrati"a, os ob.etos possuem as #un&Ges n'o/e+c!udentes de situar a estória, passar in#orma&'o, e+pressar sub.eti"idade ou moti"ar rea&'o de personagem$ Porta!to, um o$4eto ode ser l0rico, 5ico ou dram/tico+
^ seme!han&a dos ob.etos de Nittes e do trenó de Char!es oster _ane citado na epDgra#e, agu!ha, cani"ete, "estido, tesoura, mesa marchetada, corta/pape! ornado, de!#im e cande!abros, cadeiras encapadas, "e!has e preciosas estampas ing!esas, prataria e !en&o estampado s'o e!ementos com #un&'o essencia!mente épica( o narrador os se!ecionou para situar a estória e in#ormar, entre outras coisas,
@o #i!me A testemunha, a m'e amish e o #i!ho esperam, no banco da esta&'o, o trem para ?a!timore$ I menino sussurra a!guma coisa para a m'e, e!a #a5
cabe&a e o menino segue em dire&'o ao banheiro$ Om homem !a"a o rosto a!i, e o menino entra numa das baias de 6c$ ois homens entram !ogo em seguida e matam o homem mmanue! Rath es
Como todas as tril*as, tril*a tra#ada por o-%eto tem come#o, meio e )im. ?i!!y Ti!der e Char!es ?rac=ett esta"am escre"endo o roteiro do #i!me !inotchFa e n'o sabiam como narrar a progressi"a derrota da personagem/ tDtu!o #ace aos encantos do capita!ismo$ I produtor Ernst )ubitsch sugeriu
Tem! e !r;ress- 'A ha#ilidade de encurtar ou alongar o tempo * um re/uisito #ásico para se fazer cinema.' A)RE V>CVCIC_
A mu!her, muito chi
I tempo da estória de um homem
200-$ emo da !arrati%a 5 auele ue uma est)ria le%a ara ser !arrada+
Ao ignorar ou omitir os incidentes
:e e!e dedicar pouca ou nenhuma aten&'o, a !ocomo&'o da amiga, na estorinha acima, "irB numa e!ipse entre a cena do te!e#onema e a cena em
;or narrar #atias de "ida, uma narrati"a épica aco!he o tempo
a!ém de espa&o restrito ou se.a, pro+imidade entre agentes e reagentes , um perDodo curto de tempo ou se.a, o tempo das a&Ges e das rea&Ges consecuti"as$ E "ocK pode agregar urgKncia a esse tempo( s'o apenas 30 dias para o personagem dar a "o!ta ao mundo, ao meio/dia em ponto serB o due!o #ata! entre o bandido e o mocinho, se o antDdoto n'o chegar dentro de meia hora, o herói morre$ Com isso, o tempo atua como re#or&o da tens'o dramBtica, como mais um obstBcu!o
S domingo, s'o -- horas da manh', a mesa do ca#é ainda estB posta, hB miga!has de p'o sobre a toa!ha e, na pia, .B usados, dois pratos, duas +Dcaras e ta!heres$ *a! o garoto entra na co5inha, cheio de sono, #ome e re"o!ta pe!a noite passada na casa da tia A!merinda, sua irm' de - anos irrompe, eu#órica com a #esta da noite anterior$ Con#rontar o seu padecimento com a eu#oria da irm' era tudo o
*uito pro"a"e!mente, a progress'o da narrati"a da #esta percorre a progress'o do tempo da estória$ E o garoto ou"e, repetidamente, o ad"érbio Fe aDF, Fe aDF$ Até
Em Cidadão :ane, Jedediah )e!and !K o programa da óperaW depois disso, )e!and #a5 trKs picotes no programa da óperaW depois disso, )e!and se abana com o programa da ópera todo picotado$ @outro e+emp!o de narrati"a post hoc, o #i!me 6arr= L=ndon percorre a progress'o tempora! da estória do personagem/tDtu!o, da sua ado!escKncia sua decadKncia$ JB no #i!me s imperdoáveis, a prostituta e!i!ah it5gera!d di5
descabidas as puni&Ges$ ;or causa disso, rene as economias das suas !ideradas e o#erece mi! dó!ares a
Oma causa gera uma conse
Assim, as nu"ens se condensam e, depois e por causa disso, cho"e e, depois e por causa disso, o Vomem de )ata se en#erru.a e, depois e por causa disso, e!e n'o pode mais se mo"er e, depois e por causa disso, orothy !ubri#ica as suas .un&Ges e, depois e por causa disso, ele se mo"e e, depois e por causa disso, ele #ica #e!i5$ Ao compor uma narrati"a de progress'o causa!, "ocK co!he de dentro da progress'o tempora! da estória a
*as hB cuidados a se tomar$ :e, por e+emp!o, "ocK narra a progress'o tempora! tra&ada por uma pes
;rogress'o tempora! da estória é asso e+p!ica por
da estória$
@uanto mais alto, maior é a ueda, uanto mais distante, maior é o percurso+ a progressão do personagem ser tanto maior uanto mais a)astado ele estiver do des)ec*o da trama. :erB maior a progress'o da mo&a pobre sso é minha #amD!ia, _ay$ Eu n'o sou assim$F @o meio do #i!me, diante do pai semi/inconsciente numa cama de hospita!, *ichae! a#irma( FEu "ou cuidar do senhor$ A partir de agora, eu estou com o senhor$F e "o!ta para casa, *ichae! surpreende os irm'os e os a!iados, ao a#irmar nterpe!ado por _ay, agora sua mu!her, sobre se #oi e!e
come&o de poderoso chefão M. S ani"ersBrio do pai de *ichae!, on Mito Cor!eone, sua irm' Connie é apresentada a Cario Ri55i e *ichae! a#irma, diante dos irm'os redo, :onny, Connie e do irm'o por ado&'o om Vagen a sua independKncia da #amD!ia( e!e "ai seguir carreira mi!itar$ Mo!tamos do #!ashbac= para o p!ano #ina! de poderoso chefão MM *ichae!, na casa de )a=e ahoe, o o!har perdido no nada$ A mando desse outrora pacato mi!itar, seu irm'o redo acabara de ser assassinado$
Ritmo e gradação '!ingu*m faz se5o num thriller. Ralenta demais a a&ão. oc0 perde o p#lico Govem. !o má5imo, voc0 tem um #eiGo no fim.' I)>MER :$ >ME:, no !i"ro As horas, de *ichae! Cunningham Ritmo 5 a co!sta!te ue ema!a de uma reeti*ão !o temo+
Ritmo emana, por e+emp!o, das patas de um ca"a!o
@uma narrati"a dramBtica canXnica, a apresenta&'o do mundo posto em
sossego pede ritmo !ento, o surgimento e a comp!ica&'o do prob!ema pedem ace!era&'o do ritmo, até o ponto mB+imo, o c!Dma+ da narrati"a, depois do
A primeira recomenda&'o "isa criar uma re#erKncia, a segunda "isa a#astar o tédio e a terceira, e"itar sustos e a#rontas credibi!idade$ :aber traba!har ritmo e grada&'o é uma das marcas
I traba!ho de grada&'o, portanto, se e"idencia na esca!eta$ I #i!me é Cora&ão satPnico e cho"e em @o"a Ir!eans$ Varo!d Ange! chega ao hote!$ Epiphany ;roud#oot 1)isa ?onet estB porta do
Dissl0e. Nta n rteirSAs cenas se;#intes !ercrrem #m !erHd de n0e ans e acntecem n mesm cen5ri/ cm m#dan,as a!enas na il#mina,-/ ns e'eits es!eciais 'ra da *anela e ns 'i;#rins. Cena WJ — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?=. ane/ de 'ra"#e e ;ra0ata )ranca/ e Emily cm r#!a 'rmal. ane ser0e #m c! de leite !ara Emily/ inclina1se s)re a m#l+er e a'a;a a s#a n#ca. \N 'ilme/ esta a)ert#ra de cena di'erente.] E6ILY Ecitada C+arles7 Pstand %5 se sentar n se# l#;ar. ANE Ind !ara a s#a cadeira %c& est5 linda. E6ILY N- !ss estar. N#nca na min+a 0ida e# '#i a seis 'estas n#ma mesma nite. N#nca '#i drmir t- tarde. ANE ...Adr 0c&. Eles l+am #m !ara #tr. ... Dissl0e #t.
Dissl0e in. Cena W3 — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?J. ane e Emily — 'i;#rins di'erentes/ cmida di'erente. E6ILY %c& 'a idia d "#ant me 'e 'icar es!erand/ ntem < nite/ en"#ant da0a a"#ela s#a !assadin+a de de min#ts n escritri$ ... ANE %c& a es!sa mais )nita "#e e# *5 ti0e.
... Dissl0e.
E6ILY C+arles/ se e# n- cn'iasse em 0c&...
Cena WM — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?M.
ane e Emily — 'i;#rins di'erentes/ cmida di'erente. Emily est5 0estida !ara sair. E6ILY Amena Ac+ "#e !re'eria #ma ri0al de carne e ss. ANE A+/ Emily/ at "#e e# n- !ass tant tem!... E6ILY N- s tem!. - as cisas "#e 0c& !#)lica/ atacand !residente...
... Dissl0e.
ANE %c& "#er dier ti 2+n.
Cena WW — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?W. \Esta cena cnsta a!enas d rteir.] ane e Emily — 'i;#rins di'erentes/ cmida di'erente. E6ILY Q#and as !essas trnam #ma "#est- de +nra n- admitir Inquirer em s#as casas/ C+arles... 6ar;aret+ En;lis+ di "#e ;r#! de leit#ra da Assem)lia *5 tem mais de M? nmes "#e decidiram cancelar a assinat#ra d *rnal... ANE Iss tim. 6r. Bernstein 0ai 'icar radiante. Emily/ "#and #m ami; se# cancela a assinat#ra d *rnal/ iss si;ni'ica #m nme a mens na lista ds de0edres.%c& sa)e m#it )em "#e "#ase #ma "#est- de +nra entre s rics n- !a;ar *rnaleir. ... Dissl0e #t. Dissl0e in. Cena W^ — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?^. ane e Emily — 'i;#rins di'erentes/ cmida di'erente. E6ILY Ontem/ se# ami; Bernstein mand# de !resente !ara 2@nir a mais incrH0el das mnstr#sidades. sim!lesmente im!ssH0el clcar a"#il n "#art d menin. ANE 6r. Bernstein !de 'aer #ma 0isitin+a a "#art d menin. E6ILY
(de/ mesm$ ANE ec (de.
Dissl0e.
Cena W — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?>. ane e Emily — 'i;#rins di'erentes/ cmida di'erente. \A"#i/ transcre0 di5l; d 'ilme.] E6ILY a)e/ C+arles/ as !essas 0- !ensar... ANE ... O "#e e# mand elas !ensarem.
Dissl0e.
Cena W> — Int. Casa de ane — ala de Ca' da 6an+- — Dia — =9?9. ane e Emily — 'i;#rins di'erentes/ cmida di'erente. Os dis em sil&nci/ lend *rnais. ane l& se# Inquirer, Emily l& #m eem!lar d C#ronicle Dissl0e #t.
@o mesmo #i!me, a incompetKncia da segunda mu!her de _ane como cantora de ópera é narrada seguindo o gradua! en#ra
3e a apresenta#ão da narrativa deve conuistar a aten#ão do espectador, o ue se segue a ela deve reter a aten#ão conuistada. Oma estratégia narrati"a, ta!"e5 mais "o!tada para cinema, recomenda apresenta&Ges !entas, si!entes, a.ustadas ao ritmo e ao si!Kncio em torno do espectador,
ace!eradas e estrepitosas, se.a para arrebatar de imediato, se.a para se a.ustar ao ritmo e ao ruDdo em torno do espectador$ @a comp!ica&'o da narrati"a, também chamada de Ato >>, a grada&'o é crucia!$ S a!i >>, o c!Dma+/des#echo( é o c!Dma+/ des#echo
*uitos dramaturgos e roteiristas costumam desace!erar o ritmo da narrati"a no segmento
;e!o correr da narrati"a, desace!era&Ges pontuais de ritmo podem indicar o #im de um incidente e o [inDcio do seguinte permitindo, com isso,
espectador tome #X!ego$ Iu, com A!#red Vitchcoc=, FdK p!atéia um descanso, antes de "o!tar ao horrorF$ i
ser, "ós estais condenado ao in#ortnio]FW U Sdipo descobre
+las#bac- e $las#$or.ard Flas&$ac 5 a e8i$i*ão 'em i!gls, flash% de i!cide!te ue ocorreu a!tes 'em i!gls, 'ac(% do ue est/ se!do !arrado+
A retórica c!Bssica chama #!ashbac= de analepsis. I #!ashbac= se !iga ao momento presente da narrati"a por re!a&'o conceituai do narrador ou de um personagem em gera!, por moti"a&'o, causa ou !embran&a, associa&'o de idéias$ Flas&$ac 5 5ico ou l0rico, 4amais dram/tico+
I #!ashbac= é épico se a re!a&'o conceituai
e!emento conecti"o de come&o de #!ashbac= é a #a!a FEu me !embro de$$$F$ Om mesmo ob.eto de cena em ambos os tempos da estória é outro conecti"o usua!$ Em te!e"is'o, o uso de #!ashbac= re
A retórica c!Bssica chama o #!ash#or6ard de prolepsis ou de anticipatio. ;or hipótese, um personagem tem uma intui&'o ou um raciocDnio induti"o poderoso
!ash#or6ard é !Drico se e+ibir as antecipa&Ges de um personagem
como, por e+emp!o, as do personagem imaginado no parBgra#o anterior$ @esse caso, sua #un&'o principa! é e+pressar a sub.eti"idade do personagem$ !ash#or6ard é épico se e+ibir as antecipa&Ges de um narrador$ @esse caso, sua #un&'o principa! é in#ormar e, muitas "e5es, #uncionar como um teaser, um instigador a cra"ar ganchos de e+pectati"a no espectador$ poderoso chefão MMM nos dB um e+emp!o de #!ash#or6ard ditado por narrador$ En
/lipse '!o final das contas, dramaturgia * a vida sem as partes chatas.' A)RE V>CVCIC_ '+uando escrevo, dei5o de fora as partes /ue as pessoas pulam.' E)*IRE )EI@AR Elise 5 a omissão de eleme!to de est)ria+
I #i!me é incrBvel e5*rcito de 6rancaleone 1-899, a p!anta&'o de trigo se estende até o a!to da co!ina e ?ranca!eone da @orcia 1Mittorio Nassman e eo#i!atto dei )eon5i 1Nian *aria Mo!onté iniciam uma contenda com espadas$ I primeiro go!pe de ?ranca!eone n'o atinge o antagonista, mas cei#a um tanto de trigo, eo#i!atto responde com go!pe seme!hante,
!onga do
$uitas ve'es, a narrativa co-re segmentos el4ticos de uma trama com segmentos de outra trama. @o e+emp!o acima, os segmentos e!Dticos podem ser cobertos com cenas da "isita #Bbrica de um dos ingredientes ou um papo com um con"idado ou piadas ou péro!as de sabedoria sobre cu!inBria e "ida$ @o #i!me CerimOnia de casamento, um Ro!!s/Royce dourado assoma na a!ameda da mans'o em
uma na"e espacia!$ I con"ite e!ipse ocorre
perpetrara$ E os incidentes, antes e!Dticos, s'o mostrados$ Me.amos, em seguida, como Cora&ão satPnico e outras narrati"as traba!ham Dndices e
0ndice, meton1mia e metá$ora 'u estava preocupado /ue a plat*ia se perguntasse 2nde estão os pássaros32 "or isso, tivemos um ata/ue isolado de uma gaivota em %elanie, um pássaro morto Gunto 1 casa da professora e pássaros nos fios, /uando a garota sai de casa. 4udo isso dizia para a plat*ia 2!ão se preocupe. s pássaros estão vindo aB.2' A)RE V>CVCIC_
Ro!am os créditos de abertura do #i!me Cora&ão satPnico e
"odu, a a!ma e a identidade de um so!dado, Varo!d Ange!,
;or e+emp!o, a compra de re"ó!"er, a indicar anela indiscreta, o Dndice da trama principa! "em, !ogo no come&o do #i!me, numa #a!a da en#ermeira :te!!a, a personagem/ore!ha de Je##( FEu de"ia ser "idente, em "e5 de en#ermeira$ enho #aro para prob!ema$$$$ are.o prob!ema bem a
grada&'o da narrati"a "'o #a5er #arto uso de Dndices$ @arrati"as po!iciais, estas "'o se re#este!ar em Dndices$ )ogo no primeiro encontro dos dois, o deteti"e :her!oc= Vo!mes encanta o dr$ John Tatson, ao re!acionar os Dndices aos incidentes
$eton4mia é a )igura de retórica na ual um termo é usado no lugar de outro, com o ual mantém rela#ão de contig!idade. Om e+emp!o cé!ebre de metonDmia é a e+press'o de *arco AntXnio, na pe&a >lio C*sar, de :ha=espeare, ao pedir a aten&'o da sua p!atéia( FEmprestai/me "ossos ou"idos]F A metonDmia opera atra"és da contigHidade entre e!ementos da rea!idade( Fou"idosF por Faten&'oF$ @um Dndice, nu"ens densas indicam um e!emento contDguo a e!as( a chu"a$ Como é tDpico de narrati"as po!iciais, Chinato;n contém muitos e+emp!os disso$ @um de!es, Nittes chega casa da sra$ *u!6ray, obser"a a Bgua
$et)ora é a )igura de retórica na ual um termo é usado no lugar de outro, com o ual mantém rela#ão de similaridade. Oma metB#ora opera atra"és da simi!aridade entre e!ementos conceituais
do personagem ou do narrador$ Ao chamar de FgatoF o rapa5 sua #rente, a garota #a5 uso de uma metB#ora
;ara se!ecionar os Dndices para a sua narrati"a, "ocK precisa conhecer o #ina! da estória$ :ó assim "ocK pode saber
Suspense, surpresa, ganc#o e ironia dramática '8eGa /ual for a forma /ue voc0 escolher para encenar a a&ão, sua preocupa&ão fundamental * reter ao má5imo a aten&ão da plat*ia.' A)RE V>CVCIC_
;artamos de uma premissa( E i!
@o inDcio do sécu!o passado, o Fpai da !inguagem cinematogrB#icaF $T$ Nri##ith 1-37/-83 .B preconi5a"a( Fa&am com
do #i!me ou programa de t"
F:uspenseF "em do !atim suspendere FsuspenderF, FpendurarF$ @esse sentido, o seu e+emp!o canXnico é o do personagem suspenso beira de um precipDcio o
Oma narrati"a de suspense come&a com uma in#orma&'o A!go pode acontecer , seguida de uma pergunta I
@arrati"a de suspense trata de incidentes nos
A narrati"a do !i"ro 8o#re meninos e lo#os
de in#Yncia dos dois, chegara em casa coberto de sangue e dissera sua mu!her
A estratégia narrati"a da surpresa se baseia no desconhecimento do espectador sobre o /ue "ai acontecer e, como o nome di5, na surpresa da percep&'o desse /u0. A disti!*ão esse!cial e!tre suse!se e surresa reside em #uando o !arrador assa as i!#orma*;es ara o esectador+
:e in#orma cedo, ha"erB suspenseW se in#orma tarde, ha"erB surpresa$ A estratégia da surpresa con"ida o narrador a se co!ocar dentro ou do !ado do personagem a ser surpreendido, e o seu #oco principa! recai, .unto com o do personagem, sobre o /ue acontece na estória$ @outras pa!a"ras, na estratégia da surpresa, o #oco principa! do narrador recai sobre a estória$ :ua esca!eta, em gera! de uma ou poucas tramas, de"e indicar seguidamente as possibi!idades de percurso dos personagens, a op&'o por um dos percursos
ao
Em sua !onga entre"ista a ran&ois ru##aut, A!#red Vitchcoc= e+emp!i#icou assim a di#eren&a entre suspense e surpresa( Estamos batendo um papinho muito inocente, agora$ Mamos supor
:uspense n'o estB necessariamente re!acionado a medo, terror e "o!tamos a Vitchcoc=( @o terror, todos, dentro e #ora da te!a, tKm consciKncia do perigo$ JB no
suspense, en
Como e+emp!o de #i!me de terror, !embro de s pássaros 1-89, dirigido pe!o próprio Vitchcoc=
Nancho, portanto, é uma moda!idade de suspense( in#orma&'o seguida de pergunta$ Como os antigos #o!hetins cu.os capDtu!os chega"am .unto com o .orna! diBrio casa de nossas tatara"ós, como os seriados de cinema
seriado se encerram no #im de um incidente$ @o caso de minissérie, a ra5'o para isso reside no #ato de seus espectadores serem in#ensos a manipu!a&'o narrati"a t'o e"idente como é o gancho$ @o caso de seriado, por
Assim é lio C*sar, de :ha=espeare, nos dB um e+emp!o cé!ebre de ironia, >>, Cena >>, *arco AntXnio repete, em seu discurso ao :enado de Roma, FI nobre ?rutusF, F;ois ?rutus é um homem honradoF, FE ?rutus é um homem honradoF, FE ?rutus é um homem honradoF, FE, sem d"ida, e!e é um homem honradoF$ I espectador percebe
>ronia dramBtica, portanto, é outra moda!idade de suspense( a
o espectador recebe in#orma&Ges
urante o #i!me, o espectador se a#!ige ou Fse di"erte com o .ogo de cabra/cegaF
Tema 'Cameron Cro;e 4odos os seus filmes tinham um tema principal3 "or e5emplo, ao escrever um filme como :e meu apartamento #a!asse, /uando o senhor se perdia, o senhor e Mzz= sempre eram capazes de dizer um para o outro 2ste * um filme so#re um homem pe/ueno numa grande companhia2...3 6ill= Kilder 8im. "assamos por isso. 8a#Bamos /ual era o tema. 8e não tBnhamos um tema principal, nem come&ávamos a escrever.' Em Conversations ;ith Kilder ema 5 o co!ceito a artir do ual o !arrador erce$e, i!terreta, selecio!a e orga!ia os eleme!tos de uma est)ria+
:e "ocK permite
"ocK "ai percebendo$ :e, por e+emp!o, "ocK anda cismado com respeitabi!idade, esse tema "ai #a5er com
Estamos dentro de um cenBrio anela #i!me >anela indiscreta e Je## tem de encontrar a!guma coisa anela indiscreta John *ichae! Vayes se negasse a se!ecionar tema e ponto de #oco principais, se optasse por narrar tudo o anela indiscreta possui seis subtramas, tra&adas pe!as a&Ges dos "i5inhos anela em >anela indiscreta, o tema tenha emergido da narrati"a esbo&ada$ Assim, diante do principa! ponto de #oco da estória, #oi de#inido o principa! ponto de #oco da narrati"a respecti"amente, respecti"amente, o "i5inho assassino e Je## W em seguida, #oi de#inido o principa! ponto de "ista do narrador do !ado de Je##, para daD emergir o tema Fbisbi!hoticeF$ ;or hipótese, Je## poderia ter sobre"i"ido ao seu FpYntano de tédioF #otogra#ando
sua !inda namorada e seus !indos "estidos e, .unto com o seu ponto de #oco, o tema dessa narrati"a, pro"a"e!mente mais amena, seria bem di"erso$ @uma outra instYncia, se!e&'o de tema se prende ao interesse do espectador$ :e o espectador é de no"e!a de t" e de no"e!a de ta! horBrio , "ocK tem sua #rente um uni"erso especD#ico de temas$ :e é de cinema e de ta! cinema o uni"erso serB outro$ Cada momento histórico também pri"i!egia temas e e+c!ui outros$ ;or e+emp!o, "ida de co;#o=, ho.e, pouco nos interessa$ interessa$
Tema atual é auele ue materiali'a o imaginrio e as uestes ue /pairam no ar/. ;or essa ra5'o, tema é uma das preocupa&Ges centrais de um produtor$ @as no"e!as de t", os principais temas s'o o amor, as dores do amor a in#ide!idade, a separa&'o, a mentira, o segredo, a trai&'o , e as a!egrias do amor o romance, a pai+'o, o casamento$ En#im, o amor$ E hB temas tabus$ @o"e!a n'o #a!a de aborto "o!untBrio nem de suicDdio de heróis, por temor de !e"ar pessoas a isso$ @o ?rasi! e em muitos paDses, romance entre pessoas do mesmo se+o ainda é tabu$ tabu$ 1As séries norte/americanas norte/americanas a"an&aram cont co ntra ra a!gu a!guns ns de dess sses es tabu tabuss e ho ho.e .e "e "emo moss uma uma soap opera como All m= Children ou um seriado como A como A sete palmos (8i5 $eet Under) tratarem o homosse+ua!ismo homosse+ua!ismo com natura!idade$ natura!idade$ o o!to de %ista do esectador, tema 5 um co!ceito ue ema!a ou 5 e8licitame!te %eiculado or uma !arrati%a+
Iu se.a( tema é a resposta mais resumida possD"e! pergunta F:obre o
A sele sele*ã *ão o de tema tema ri! ri!ci ci al segu segue e a mesm mesma a dema dema!d !da a da sele*ão do ri!cial o!to de #oco e do ri!cial o!to de %ista do seu seu !arr !arrad ador or22 esta esta$ $elec elecer er um uma a re#e re#er r!c !cia ia a arti artirr da u ual al a !arrati%a ser/ comosta e, mais tarde, rece$ida elo esectador 7 e, assim, dar u!idade e #acilitar comosi*ão e rece*ão+
Como ima Como imagina ginamo moss ter oc ocor orri riddo em >anela indiscreta, n'o é uma imposi&'o de#inir pre!iminarmente um tema para a sua narrati"a$ MocK pode se apro+imar de uma massa de estória, se!ecionar o principa! ponto de #oco da narrati"a e os demais, de#inir o principa! ponto de "ista do narrador, para ent'o in#erir
E hB casos em
A primeira estória retrata a atua!idade de ent'o( e!a se passa em -8-, na Ca!i#órnia, durante os con#!itos entre capita! e traba!ho, e narra a into!erYncia so#rida por um operBrio, tomado por assassino e condenado morte$ A segunda estória e a mais curta das $ A
a ou outr tra, a, toda todass subm submet etid idas as ao tema tema,, este ste sim, sim, o e!em e!emen ento to un uni# i#ic icad ador or e principa!$ A sele*ão da remissa ri!cial segue a mesma dema!da da sele*ão de tema ri!cial2 esta$elecer uma re#er!cia a artir da ual u al a !arr !arrat ati% i%a a ser/ ser/ com comos osta ta e, mais mais tard tarde, e, rece rece$ $ida ida elo elo esec secta tado dorr 7 e, assi assim, m, dar u! u!id idad ade e e #aci #acili lita tarr com comos osi* i*ão ão e rece*ão+
ratemos, pois, de premissa$
(remissa '<á entre mim e o mundo uma n*voa /ue impede impede /ue eu veGa as cousas como verdadeiramente são' ER@A@I ;E::IA
MocK ma! chega em casa, seu cachorro "em e, com os o!hos #i+os e assombrados, !he di5( FMocK me dB ra&'o, carinho carinho e aten&'o, dirige carro, me !e"a ao "eterinBrio sempre
anos mais, Fcom outros o!hos aindaF$ Essa Fmudan&a de o!hosF e"idencia
;or e+emp!o, a partir da sua postura, o narrador do #i!me $ogueira das vaidades 1-880 percebeu todos os personagens personagens da estória como despre5D"eis e todos os personagens personagens #oram #oram narrados como despre5D"eis$ despre5D"eis$ eoria e ideo!ogia s'o outros dois con.untos de conceitos
Esse trYnsito de mensagens indicati"as e imperati"as se dB, de #orma anB!oga, entre po"o e go"erno 1e!ei&Ges, mani#esta&Ges, !eis e decretos, entre empregados e patrGes 1rei"indica&Ges, gre"es, negocia&Ges e p!anos de carreira, entre réu e .ui5 1in"estiga&'o, depoimento, instru&'o do processo, .u!gamento e estabe!ecimento da pena etc$ E!e também se dB entre espectadores e produtores cu!turais$ e #orma espontYnea ou indu5ida pe!as pes
;or e+emp!o, este !i"ro pretende descre"er um segmento da rea!idade
cinema e t"W este !i"ro pretende ser uma teoria de roteiro de cinema e t"$ @o e+emp!o acima, o seu médico traba!ha com uma teoria
;ara re"o!ta e escBrnio dos crist'os, o con.unto dos conceitos
;or e+emp!o, o "ene5iano Nio"anni Niacomo Casano"a di :einga!t 1-72/83 se "ia como um inte!ectua!
passou pe!o mundo sem .amais ter e+istido, um #antasma errante de sua própria "ida$ i5 um #i!me sobre um su.eito
Is chamados mo"imentos !iterBrios também costumam "eicu!ar premissas
"ocK de"e corrigir a sua narrati"a, de modo
@o #i!me A felicidade não se compra 1-89, o an.o C!arence desce do céu para dissuadir Neorge ?ai!ey de se suicidar e para asse"erar a premissa a partir da nstituto Austra!iano de Cinema, me!hor #i!me estrangeiro do FCésarF da ran&a, me!hor #i!me do CDrcu!o dos CrDticos de Cinema de @o"a or=, me!hor dire&'o do esti"a! de Cannes e o F?AAF de me!hor dire&'o$ MocK assiste a $argo de #orma apressada e !he "em a pergunta( FComo é t'o pre5ado um #i!me
apesar da !uta tena5 e !onga contra a doen&a, "eio a #a!ecer$ omado por choro con"u!so, *i=e con#essa uliet 1-92( FIbser"e, piedoso !eitor, no ulieta,
Jorge )uis ?orges também tratou no seu conto Fema do traidor e do heróiF( FI po"o pre#ere mitos rea!idade$F :egundo )a.os Egri, a pe&a %ac#eth, de :ha=espeare, tem por premissa FA ambi&'o imp!acB"e! !e"a sua própria destrui&'oF$ ormu!a&'o de premissa também é pautada pe!os con.untos conceituais de
A esse respeito, o produtor de cinema :amue! No!d6yn rep!icou a um roteirista C>C)EA Carteiro] Carteiro] *ensagem para a p!atéia] *ensagem do autor]
Como em $argo, sso é Chinato6n$F @um e+emp!o cha"'o em seriados de t", cabia ao personagem principa! e+p!icitar a premissa segundo a
i;nram se +5 # at eecram +a0er !remissa.
Cito trKs e+emp!os$ @uma carta com data de ; de abri! de -380, Anton che=ho" escre"eu a seu editor A!e=sei :u"orin( I senhor me repreende pe!a ob.eti"idade, chamando/a de indi#eren&a para com o bem e o ma!, de ausKncia de ideais, de idéias etc$ I senhor
Em -8, o dramaturgo Eugene >onesco escre"eu( F@'o tenho nenhuma inten&'o de "eicu!ar .uD5os de "a!or em minhas pe&as$ @'o cabe a mim #a5K/ !o$ A organi5a&'o
Estil 'stilo * a materializa&ão de um ponto de vistaQ2 R>CVAR E?ERVAR
e #ato, circunscrito a percep&'o, interpreta&'o e se!e&'o dos e!ementos de uma estória, um ponto de "ista é recurso imateria!$ :ua materia!i5a&'o se dB
eleme!tos de uma est)ria, estilo 5 a #orma como, a artir disso, ele os orga!ia e !arra+
@arrador acima da estória percebe, interpreta, se!eciona, organi5a e narra segundo a sua própria postura$ @arrador do !ado de personagem osci!a entre a sua postura e a do personagem do !ado do
&arrativa é o produto de um narrador ue perce-e, interpreta, seleciona, organi'a e narra alguns elementos de uma estória. :e manti"ermos a dicotomia su.eito 1narrador/ob.eto 1e!ementos da estória com
B realista o estilo ditado pela postura ue priori'a o o-%eto, os elementos da estória. B impressionista o estilo ditado pela postura ue priori'a a impressão, a percep#ão dos elementos da estória. B e:pressionista o estilo ditado pela postura ue priori'a a e:pressão dos elementos da estória. Como a distin&'o entre esti!o impressionista e e+pressionista resu!taria numa discuss'o "' para este !i"ro, #i
e+pressionista e suas materia!i5a&Ges( uma percep&'o com admira&'o se materia!i5arB numa e+press'o de admira&'o, uma percep&'o in#anti! se materia!i5arB numa e+press'o in#anti! etc$ urante a maior parte do #i!me 6eleza americana, o narrador estB dentro de )ester ?urnham, o personagem principa!$ *as o narrador se des!oca constantemente para cima da estória, para dentro ou para o !ado de personagem secundBrio e para o !ado de )ester ?urnham$ :'o, portanto, muitos os !ugares e, conse
*ais do
Unidade '...e tudo tem rela&ão com tudo, tudo corresponde a tudo, tudo depende de tudo e de tal forma /ue, se algo for retirado ou mudado de lugar, tudo será destruBdo.' IRQOAI A::I
Quando "ocK come&a a imaginar uma estória, tudo é possD"e!$ Quando "ocK come&a a compor a narrati"a da estória
Onidade é precondi&'o coerKncia interna e inte!igibi!idade do seu roteiro
"idas
@o CapDtu!o M>> da sua "o*tica, Aristóte!es recomendou
se ati"esse a narrar Fuma a&'o comp!eta e inteiraF o M( FA nature5a da tragédia n'o comporta a imita&'o de a&Ges simu!tYneas, mas apenas da
@o épico e no !Drico, os e!ementos da estória s'o se!ecionados n'o por estarem atados, como no dramBtico, a ta! a&'o
principa!, sua moti"a&'o e s "e5es até um ob.eti"o$ *as é percurso #rou+o
#ornecem unidade s narrati"as das no"e!as de t"$ Com e!as na #rente ou nos ca#undós da mente, seus roteiristas de#inem com n"ersamente, é narrati"a #rou+a a
&arrar uma estória 'A parte mais importante * a disposi&ão das a&Des.' AR>:E)E:, "o*tica
A imagina&'o da estória se segue a composi&'o da narrati"a ou se.a, a percep&'o, interpreta&'o, se!e&'o e organi5a&'o 1Fdisposi&'oF dos e!ementos > da sua "o*tica, Aristóte!es di5
Entre nós, Come&o, *eio e im tKm por sinXnimos, respecti"amente, Apresenta&'o, esen"o!"imento e Conc!us'oW Apresenta&'o, Comp!ica&'o e C!Dma+/des#echoW Ato >, Ato >> e Ato >>>( FNaroto encontra garota, garoto perde garota, garoto con
antecedentes épicos ou dramBticos da e+press'o !Drica , "ocK apresenta o prob!ema, no Ato >>, "ocK comp!ica o prob!ema e, no Ato >>>, "ocK so!uciona o prob!ema$F ;osto de #orma mais deta!hada, no Ato >, "ocK responde aos loci da retórica, para apresentar o mundo da e o inDcio do Ato >>$ @o Ato >>, "ocK comp!ica progressi"amente o prob!ema inicia! até atingir uma situa&'o/!imite, a partir da > e o inDcio do Ato >>>$ @o Ato >>>, o con#ronto #ina! se rea!i5a num c!Dma+, , em sintonia com o do espectador
:e dese.ar imprimir um ritmo mais ace!erado, "ocK pode come&ar a narrati"a no ornal do 6rasil de - de maio de -870, responde aos loci I
Est)ria regressa 5 a ue ocorreu a!tes da est)ria ue se !arra+ Est)ria #utura 5 a ue ocorre deois da est)ria ue se !arra+
Oma narrati"a cobre o segmento !sa 1>ngrid ?ergman chega a Casab!anca, é re"e!ado !sa re"e!a( e!a era casada$ I #i!me $argo também di!ui a sua estória pregressa pe!o curso da narrati"a( a re"e!a&'o de parte de!a é moti"ada pe!o .ogo das a&Ges da Cena , outras partes "Km um pouco mais adiante$ @a Cena , com atraso de uma hora, Jerry )undegaard chega ao bar para tratar, com os bandidos Car! :ho6a!ter e Naear Nrimsrud, dos acertos #inais do se
espectador, Car!
@o pró!ogo do #i!me 8hreF 1200-, en
@o pró!ogo do #i!me 6lade Runner, também dentro da me!hor tradi&'o épica, a estória pregressa é narrada atra"és de uma !egenda sto n'o era chamado de e+ecu&'o$ Era uma Fremo&'oF$
Ao pró!ogo se seguem as primeiras cenas da apresenta&'o( FNaroto encontra garota$F E !embremos o truDsmo( no come&o, o espectador ignora tudo$
@o come&o, portanto, cabe apresentar o
@a apresenta&'o de 6eleza americana e também na me!hor tradi&'o épica , o narrador desce dos céus, ensso n'o é por acaso$ $$$ Cara, eu #ico e+austo só de o!har para e!a$ E!a n'o era assim$ E!a era #e!i5$ A gente era #e!i5$ 1:obre a imagem de uma ado!escente
Is sete loci iniciais #oram respondidos, os principais pontos de #oco de 6eleza americana #oram apresentados$ Quanto s tramas, no come&o da narrati"a, "ocK pode apresentar apenas a principa! e, mais tarde, as demais como #a5 6eleza americana , ou todas as tramas centrais$ @o primeiro caso, "ocK in#orma, desde o come&o, o principa! ponto de #oco, Fo #io condutorF e o espectador é até capa5 de re!atar, a
pe!os
@o come&o de Chinato;n, o deteti"e Ja=e Nittes é procurado por uma mu!her
Crise é sinXnimo de situa&'o/!imite$ A tens'o se torna crise pe!o surgimento de um e!emento comp!icador como uma descoberta ou uma no"a a#ronta$ :e "ocK escre"e para cinema, é recomendB"e!
;or ser cu!minante, só hB um c!Dma+ numa narrati"a$ ;e!a mesma ra5'o, é recomendB"e!
A
@as narrati"as épicas e !Dricas, nas
tramas( a
Des'ec+ se;ment "#e encerra #m incidente/ #ma s#cess- de incidentes # #ma narrati0a. :'o duas as posturas sobre como encerrar uma narrati"a$ A mais popu!ar di5
E!Hl; #ma 0aria,- # #m cm!lement d des'ec+/ n "#al a estria reca!it#lada e/
;or e+emp!o, #unciona como epD!ogo e premissa a can&'o de :érgio Ricardo
app2 end '!o fim, tudo dá certo. 8e não deu certo, * por/ue ainda não chegou ao fim.' ER@A@I :A?>@I, em ncontro marcado
enho d"idas de
Assim,
pe&a satDrica
.i!ose e pitch '8empre escrevo uma sinopse sinopse para organizar os elementos elementos da estria e não não me perder, /uando estiver escrevendo escrevendo o roteiro' ;A CVAE:_ .i!ose 5 a descri*ão da est)ria ue se %ai !arrar !um roteiro+
Em cinema usa/se, com o mesmo signi#icado, a pa!a"ra FargumentoF$ a!"e5 por
3inopse de tra-al*o é ponto de partida e re)er"ncia para voc" escrever a sinopse de apresenta#ão, a escaleta e o roteiro.
MocK retorna sinopse de traba!ho sempre
ra5'o e por #a5er da identi#ica&'o a base da sua comunica&'o, uma no"e!a cont co ntém ém n nc! c!eo eoss de pe pers rson onag agen enss di"e di"ers rsos os,, co com m
prestDgio$ :e "ocK "ocK n'o é um roteirista de prestDgio prestDgio e precisa de uma uma indica&'o de tamanho, pense num nmero entre -0 e 20 pBginas se.a a sinopse para #i!me ou para no"e!a$ :e #or ora!, a sinopse de apresenta&'o recebe o nome de FpitchF do ing!Ks Fto pitchF, Fcontar uma estóriaF$ Pitch 5 a reu!ião !a ual o roteirista arese!ta a sua est)ria+
Ao se preparar para um pitch, pes
AAPAO6 '!a histria histria do teatro e do cinema, a adapta&ão adapta&ão talvez seGa mais regra regra do /ue e5ce&ão.' V$ ;IRER A A??I
Adata*ão 5 a tra!sosi*ão de uma est)ria ara outro temo, lugar, #ormato ou g!ero+
Is dramaturgos da Nrécia Antiga escre"eram suas tragédias a partir de mitos #ornecidos pe!a tradi&'o, Vomero compXs a MlBada e a diss*ia a partir de mitos #ornecidos pe!a tradi&'o e de re!atos de bata!ha, MirgD!io escre"eu a neida a partir de Vomero, ante escre"eu I Mnferno a partir dos re!atos da "iagem de O!isses s pro#unde5as do Vades e de passagens de a neida de MirgD!io, James Joyce escre"eu Ulisses a partir da diss*ia de Vomero, o #i!me Kest 8ide 8tor= trou+e para a cidade de @o"a or= do sécu!o 20 a pe&a Romeu pe&a Romeu e >ulieta, > ulieta, de -89, cu.a estória Ti!!iam :ha=espeare escre"eu a partir do poema narrati"o A histria trágica de Romeus e >uliet 1-92 de Arthur ?roo=e,
hou"e uma en+urrada de adapta&Ges para cinema e t" dos !i"ros de Venry James, Jane Austen, anie! e#oe, homas Vardy, Char!otte ?ront e Char!es ic=ens$ Como "ocK "K, #a5 um bocado de tempo sso n'o é no"idade$ esde a primeira adapta&'o A morte de !anc= 8=Fes, um sFetch mudo #eito em -387 a partir de liver 4;ist , até ho.e, se somam mais de 200 as adapta&Ges de suas obras para as te!as$ A!ém da ri
Com isso em mente, assina!e tudo o
pregressa, a estória #utura e o esti!o da narrati"a$ >sto #eito, ana!ise se "ocK tem ou pode obter( U uma story!ine comp!eta, coesa e c!araW U tramas
:im, um conto é menor do t Vad to be *urderF, de Corne!! Too!rich, até se chegar ao roteiro do #i!me >anela indiscreta. *as, se.a conto, !i"ro ou o
trope!$ Cheguei .ane!a$ Om grupo de ca"a!eiros$ >sto é, "endo me!hor( um ca"a!eiro rente, #rente minha porta, esso por isso,
@outros casos, ocorre o contrBrio$ @a edi&'o r!anda ido!atra"a _i!patric=$ A mais !e"e suspeita de sua "i!e5a teria comprometido a re"o!u&'o$ @o!an, ent'o, sugeriu um p!ano
@o!an, pressionado pe!o tempo, n'o soube in"entar todas as circunstYncias da e+ecu&'o e te"e de p!agiar outro dramaturgo, o inimigo ing!Ks Ti!!iam :ha=espeare$ Repetiu cenas de %ac#eth e de >lio C*sar. A representa&'o, pb!ica e secreta, tomou "Brios dias$ I condenado entrou em ub!in, discutiu, agiu, re5ou, repro"ou, pronunciou pa!a"ras patéticas, e cada um desses atos r!anda$ _i!patric=, arrebatado por esse minucioso destino
Icupa uma pBgina mas, como "ocK "K, esse segmento do conto do ?orges, di#erente do te+to do Nuimar'es Rosa, contém estória bastante para roteiro de #i!me !ongo
ennessee Ti!!iams 1-83, os pais de ?ric= 1;au! @e6man sa!tarem do trem, serem recepcionados na esta&'o e seguirem de carro para casa$ Atente para outro caso de impermeabi!idade a adapta&'o para a te!a( a!gumas pe&as de teatro só entregam o
Adaptar implica manter a ess"ncia da narrativa original. Adaptar imp!ica recompor uma narrati"a a partir da sua trama principa!, manter as tramas secundBrias mais importantes, manter tema e premissa, bem como a essKncia dos per#is dos personagens centrais$ ranspor uma estória para outro !ugar ou tempo, mudar o esti!o, as estratégias ou o #ormato da narrati"a origina! n'o descaracteri5a o traba!ho como sendo adapta&'o$ eita a adapta&'o, nos créditos de atribui&'o "irB( Adaptado de 1o nome da obra adaptada e o do seu autor$ :e "ocK n'o obser"ar a!guns dos pontos indicados acima notadamente, se "ocK guindar uma trama secundBria condi&'o de principa!, pin&ar apenas um incidente da obra origina!, modi#icar a essKncia dos per#is dos personagens centrais, ou mudar tema ou premissa , "ocK n'o estarB #a5endo adapta&'oW "ocK estarB se baseando numa estória para criar outra$ @os créditos, a atribui&'o serB( A partir de$$$, ou Estória baseada em$$$, ou Estória inspirada em$$$
ma adapta#ão só estar plenamente reali'ada se, ao )inal, ela se sustentar como o-ra autnoma. @o ?rasi!, os direitos autorais se tornam de domDnio pb!ico depois de 70 anos da morte do autor$ ora esse caso, antes de
THt#l I #i!me 6lo; Up,
@o primeiro caso, a #un&'o principa! de um tDtu!o é resumir ou a!udir estória narrada pe!o #i!me ou programa de t"$ ;or e+emp!o, Robert o6ne, o roteirista de Chinato;n, conta( I tDtu!o do #i!me "eio de um po!icia! do departamento de entorpecentes$ E!e
disse
@o segundo caso, a #un&'o principa! é atrair o espectador, persuadi/!o a assistir ao #i!me ou programa de t"$ A
dos #i!mes do seu diretor, ederico e!!ini( e!e é, ent'o 1em -89, o seu oita"o #i!me e meio o FmeioF é por conta da soma dos episódios FOma agKncia matrimonia!F, do #i!me LWAmore in citt1, e FA tenta&'o do doutor AntXnioF, do #i!me 6occaccio [J.) S e+ce&'o um tDtu!o como o do #i!me Conseguirão os nossos heris encontrar o amigo misteriosamente desaparecido na \frica3 no origina!, Riusciranno i !ostri roi a Ritrovare H2Amico %isteriosamente 8comparso in \frica3, roteiro de Agenore >ncrocci e urio :carpe!!i, -893$ A #ormu!a&'o mais #re
D Escaleta 'A maioria das pessoas acha /ue escrever roteiro * escrever diálogo, mas a verdade * /ue a contri#ui&ão mais importante do roteirista * a estrutura' T>))>A* NI)*A@
Escaleta é a descri#ão resumida das cenas de um roteiro, na sua se!"ncia. :e durante a imagina&'o da estória e a composi&'o da sinopse "ocK #oi #iandeiro a #iar #ios de trama, durante a montagem da esca!eta "ocK é costureiro dos #ios de trama
Escaleta reuer dois tra-al*os de corte e um de costura. @o primeiro corte, "ocK pega os #ios de trama descritos na sinopse e se!eciona, de dentro de!es, os incidentes sso #eito, "ocK costura, numa se
@arrador do !ado ou dentro de personagem narra uma trama, a
aglutina essas tramas numa só por e+emp!o,
Como, em gera!, essa esca!eta possui trama principa!, uma #uga possui "o5 predominante, anela indiscreta, o compositor toca com a!egria a msica
cantora de ópera etc$ I roteiro
dramBtico, a secundBria #unciona"a como contraponto da principa!, muitas "e5es como a!D"io cXmico, e a subtrama narra"a o cotidiano dos personagens #i+os$ Cada capDtu!o de soap opera norte/americana e+ibe
Ao esca!etar uma sinopse, primeiro tome a trama principa!, se!ecione de!a os incidentes n"ersamente, e+c!us'o de cenas pode ser pautada por respostas negati"as a todas essas perguntas$ @um segundo momento, #a&a o mesmo com a trama secundBria e, sempre decrescendo nas suas prioridades narrati"as, com as demais$ A cena mais importante dos roteiros em gera! e do roteiro dramBtico em particu!ar é a de c!Dma+, para a
@arrador acima da massa da estória mostra os e!ementos
personagem, narrador "o!tado para dentro de si ou dentro de personagem mostra apenas os e!ementos
A!guns roteiristas costumam costurar cenas seguindo uma re!a&'o #orma! entre e!ementos da estória por e+emp!o, cortam de uma #!or num .ardim para uma #!or na estampa do "estido da mo&a$ :e criar uma sinta+e entre e!ementos
Transi#ão é a passagem de um incidente a outro. @um sentido mais !argo, transi&'o é a passagem de uma cena a outra, de uma #a!a a outra, de um ponto de #oco a outro en#im, transi&'o é sinXnimo de passagem$
Transi#ão rpida é a passagem rpida de um incidente a outro. Oma transi&'o rBpida possui come&o, meio e #im próprios, n'o admite cortes para outra trama e é constituDda de cenas curtas, com pouca ou nenhuma #a!a$ @o segmento #ina! de I poderoso chefão M, ao som de órg'o, choro de bebK e pa!a"ras em !atim
Al4vio cmico é o incidente usado para aliviar com comédia a tensão e a dor. I a!D"io cXmico ocorre imediatamente antes ou depois do incidente do
B na escaleta ue voc" assinala o tempo ue decorre entre um incidente e o seguinte. E as conse
!ista as propriedades de _ane, obser"a o
Como de necessidades de narrati"a este !i"ro "em se ocupando desde o inDcio e como capacidade da produ&'o estB #ora do seu #oco, #a!emos da aten&'o do espectador amea&ada, gera!mente, por a#rontas sua memória ou ao seu entendimento$ E !embremos A!#red Vitchcoc=( FMocK de"e p!ane.ar os seus #i!mes da mesma #orma
CENA ==. QUARTO DE 6ARIA. INTERIOR. NOITE. 6aria cm a 't de Ra#l na m-/ c! de #Hs"#e a lad. Um tem! e Crta !araS ...
Esca!eta de roteiro para cinema contém menos cenas e p!anos de !oca!i5a&'o$ @o #i!me poderoso chefão M, uma cena assim e+ibe uma mans'o muito a!ta e, com isso, !oca!i5a a casa de Jac= To!t5, o produtor de cinema
$ontagem de escaleta é pautada por uma de tr"s estratégias narrativas+ o espectador sa-e mais e antes ue os personagens5 o espectador sa-e tanto uanto e %unto com os personagens5 o espectador sa-e menos e depois ue os personagens. :e o ob.eti"o principa! é #a!ar emo&'o do espectador, "ocK de"e montar a esca!eta de modo
, o homem P e
3e, ao )im e ao ca-o, a leitura da sua escaleta transmitir a sensa#ão de ue as cenas são )las*es ue espocam, acione os seus alarmes+ sua escaleta não passa de uma )ieira de espasmos narrativos. )eitura de esca!eta de"e e+ibir uma narrati"a
de"e transmitir a sensa&'o de
Dis eem!ls de escaleta A primeira esca!eta, Aguina!do :i!"a e Ni!berto ?raga escre"eram para o capDtu!o -7 da no"e!a ale tudo, da M N!obo 1-833, na
A esca!eta de ale tudo é e+emp!o de narrati"a de no"e!a de t", ou se.a, de capDtu!o cu.a estória dB seguimento aos capDtu!os anteriores e indica o
A rande Fam4lia GI I>E@A *>)VE: E ANI:>@VI: ?ernardo Nui!herme e @i!ton ?raga Reda&'o #ina! C!Budio ;ai"a ?)ICI CE@A - / CA:A E ?E?E) E ANI:>@VI / QOARI / >@4>A ?ebe! acorda Agostinho com uma no"idade$ oi cedo na #armBcia e comprou um teste de gra"ide5$ Acha @VI / :A)A / >@4>A En@4>A Ca#é da manh'$ )ineu pergunta por uco$ @enK acaba contando A / E4>A Agostinho estB a!i"iado$ ;assa uma mu!her gostosa, ?ei&o!a o!ha$ Agostinho des"ia o o!har e"itando a tenta&'o$ ?ei&o!a estranha$ I ta+ista e+p!ica h, esklI4CA:A / >@4>A )ineu atende a um te!e#onema na reparti&'o$ S @enK preocupada com uco$ E!e n'o apareceu em :'o ;au!o] )ineu acha
a!guma merda, a cu!pa é sua] @enK des!iga$ @este momento, uco aparece$ @enK o abra&a a!i"iada$ I @VI / :A)A / >@4@I>E Agostinho chega, de ócu!os escuros, e se depara com a arapuca$ ?ebe! armou para sedu5i/!o$ EstB de !ingerie no"a e botou um C de .a55 1msica de abate$ ?ebe! ataca$ Agostinho in"enta @4@I>E @enK rresponsB"e!, "ocK tem um #i!ho] em namorada] uco( @VI / :A)A / >@4@I>E ?ebe!, nua, tenta pegar Agostinho, ainda de ócu!os escuros, para tomarem banho .untos$ Agostinho #a5 de tudo para n'o o!har ?ebe! nua$ E!e #oge, mas como n'o en+erga bem com os ócu!os, trope&a e cai no ch'o$ E!e machuca o pé e #a5 drama, di5endo
CE@A 8 / CA:A E ?E?E) E ANI:>@VI / QOARI / >@4@I>E Agostinho, ainda de ócu!os, acorda após ter transado com ?ebe!$ E!a e!ogia a per#ormance de!e$ Assim, rapidinho engra"ida$ E!e estB arrasado( @VI / :A)A / >@4>A ia seguinte$ Agostinho, arrasado, #a5 drama com ?ebe!( eu sou estéri!] E!a tenta aca!mB/!o$ Ca!ma, eu #a!ei de supet'o, a gente n'o tem certe5a] @'o adianta$ Agostinho #a5 um drama!h'o( como "ai ser a nossa "ida sem #i!hosP Essa casa "a5ia, sem crian&asP] S t'o triste] ?ebe! n'o entende$ *as "ocK n'o sso era antes$ Agora @4>A Ca#é da manh'$ )ineu pergunta por uco e *arcinha$ Est'o dormindo$ E!a dormiu no @4>A @enK, irritada, acorda uco$ MocK n'o #a!ou nada sobre Mi"iP @'o$ MocK precisa contar CA / >@4>A Agostinho chega com ?ebe! para #a5er o e+ame$ A en#ermeira o condu5 para a cabina e !he dB umas re"istas de mu!her nua$ ?ebe! tra"a( meu marido n'o precisa disso$ E!e di5
!ado de #ora$ )ogo, e!e aparece di5endo @4>A Agostinho esco!he a re"ista de sua pre#erKncia$ ?ebe!, en"ergonhada, #isca!i5a o marido$ E!e esco!he uma e n'o @4>* I >A )ineu chega do traba!ho e pergunta por uco$ @enK( #oi !e"ar a prima da Mi"i pra conhecer o ;'o de A&car$ E!e pergunta mais a!guma coisa sobre a garota$ ;ara e"itar ter * I >A Agostinho com o resu!tado do e+ame na m'o$ ica a!i, sem coragem de abrir o en"e!ope$ Ons meninos brincam$ E!e #ica o!hando$ ;M de Agostinho$ E!e é o pai do menino e .oga bo!a com o garoto$ I garoto chuta a bo!a com #or&a$ A bo!a bate na cabe&a de Agostinho e o tira do transe$ I garoto "em buscar a bo!a$ Agostinho sorri para e!e$ I mo!e@4@I>E )ineu dB esporro em @enK$ Assim
n'o entende e uco !he pede dinheiro para a passagem$ CE@A -3 / CA:A E ANI:>@VI E ?E?E) / QOARI / >@4@I>E Agostinho chega com o resu!tado do e+ame$ ;re#ere nem o!har$ em coisas @VI E ?E?E) / :A)A / >@4@I>E Agostinho re5a para :'o Cristó"'o$ ?ebe! sai do banheiro com a notDcia( Agostinho n'o é estéri!] eu tudo norma!, inc!usi"e a contagem$ E!e tem 30 mi!hGes de espermato5óides por m!$ Agostinho #ica a!i"iado( s'o 30 mi!hGes de Agostinhos] Eu sou muito macho] ?ebe!
1 Roteiro ' /ue eu /uero, atrav*s da palavra escrita, * fazer voc0 ouvir, sentir e, acima de tudo, ver.' JI:E;V CI@RA, em -387 ' /ue eu /uero, acima de tudo, * fazer voc0 ver.' $T$ NR>>V, em -8-
Em -823, o cineasta Mse"o!od ;udo"=in a#irmou r"ing ha!berg, o produtor de 38 #i!mes, pergunta"a( FQua! é o mistério em ser escritorP S só escre"er uma pa!a"ra depois da outra]F E Varry Cohn, produtor de -- #i!mes, dispara"a broncas sempre
Roteiro se parece mais com as tran#as da Jorot*=, do )ilme ? Mágico de ?' , do ue com macarronada. MocK o!ha a macarronada, "K um #io de macarr'o e e!e !ogo some, macarronada adentro$ MocK "K outro #io,
@um roteiro 1ou nas trancas da orothy, "ocK "K os #ios de estória 1ou de cabe!o, segue os #ios, e!es também somem, mas somem na mesma dire&'o, !ado a !ado, arrumadinhos$ E reaparecem mais adiante, para sumirem em seguida, e reaparecerem, e assim "'o, todos .untos, até o #im 1ou até depois da #ita a5u!$ VB
Roteiro é o es-o#o de uma narrativa ue ser reali'ada através de imagens e sons numa tela de cinema ou tv. *as hB umas tantas di#eren&as entre roteiro de cinema e de t"$ Om roteiro de te!e"is'o tem dia e hora para ir ao ar, um roteiro de cinema chegarB s te!as se e
materia! supér#!uo sem
@o entanto, os #i!mes poderoso chefão e Cidade de -eus, os seriados .R. e A grande famBlia, as no"e!as Ro/ue 8anteiro, ale tudo e 8enhora do destino, ou mesmo as pe&as de )ope de Mega, como $uente oveGuna, nos !embram
O rteir dram5tic '] possBvel contar uma estria ... ou dei5ar as personagens imitadas agirem.... <á /uem diga /ue os dramas são assim chamados por imitarem pessoas em a&ão.' AR>:E)E:, ;oética
oc com;e um roteiro dram/tico a artir dos 4ogos de a*;es ue i!*ou, de de!tro de uma massa de est)ria, como o ri!cial o!to de #oco do seu !arrador+
:e tu!ipas s'o o
uma rea&'o, rea&'o esta anela indiscreta, Je## tem de des"endar o crime no apartamento de#ronte ao seu e reso!"er o seu romance com )isaW e em Chinato;n, J$J$ Nittes tem de descobrir o anela indiscreta e 6lade Runner, a trama principa! se encerra no c!Dma+ e a amorosa, no des#echo$ Como #oi dito neste !i"ro, a narrati"a dramBtica de"e muito do seu sucesso ao #ato de atrair a aten&'o do espectador para um dup!o ponto de #oco( o
Iutra ra5'o do sucesso dos roteiros dramBticos é
Roteiros dramBticos se dirigem a espectadores
O rteir !ic '] isso o /ue ns devemos fazer em cinema. !ão temos de ter a/ueles finais grandiosos, a/ueles clBma5es. 6asta pegar essas pessoas e mostrar uma fatia das suas vidas.' R I?ER A)*A@, sobre o seu #i!me 8hort Cuts oc com;e um roteiro 5ico a artir da #atia de %ida ue i!*ou, de de!tro de uma massa de est)ria, como o ri!cial o!to do #oco de seu !arrador+
I narrador do !i"ro Cem anos de solidão, de Nabrie! Narcia *Br
#u5i!amentoP ;or
I roteiro do #i!me Cortina de fuma&a 1-88, de ;au! Auster, narra os incidentes "i"idos por um gerente de tabacaria
:e, numa narrati"a dramBtica, a descri&'o "em como pano de #undo a situar os .ogos das a&Ges dos personagens, numa narrati"a épica e!a "em em primeiro p!ano$ >ncidentes cotidianos
^s "e5es, a narrati"a épica #unciona como coad.u"ante da dramBtica por e+emp!o,
prob!ema,
O rteir lHric '"recisamos preparar o palco para a ri/ueza do lirismo moderno, para uma arte /ue está pr5ima da msica, para as energias /ue li#ertam as artes da imita&ão^ T$ ?$ EA:, em carta a )ady Nregory oc com;e um roteiro l0rico a artir do o!to de %ista ue i!-*ou, de de!tro de uma massa de est)ria, como o ri!cial o!to de #oco do seu !arrador+
@outras pa!a"ras, num roteiro !Drico, o narrador centra o seu #oco n'o em #atias de "ida nem em .ogos de a&Ges, mas na percep&'o, ce/rebra&'o ou e+press'o
Nato n"e.o a sorte
ernando ;essoa chegou a esbo&ar uma teoria do teatro !Drico
I roteiro de fa#uloso destino de Am*lie "oulain nos dB outro e+emp!o disso$ E!e come&a épico, se torna dramBtico e, ao se apro+imar do #im, #a5 incursGes decisi"as no !Drico$ I #i!me abre com a "o5 o"er de um narrador épico nos re!atando a concep&'o, o nascimento e os primeiros anos de Amé!ie ;ou!ain, enng!aterra, )ady i, a tampa do #rasco de per#ume !he escapa da m'o e ro!a até onde estB escondida uma cai+a contendo as re!D
@a
Assim, ao centrar o seu ponto de #oco num .ogo de a&Ges procurar o dono da cai+a, com o ob.eti"o de de"o!"er/!he a cai+a e #a5K/!o emocionar/ se , a narrati"a se torna dramBtica$ *as é drama #ronteiri&o do épico, com obstBcu!os pen#e!i5es, sucumbia ao cansa&o e+tremo$ :ob as .ane!as de uma ;aris de"astada pe!a triste5a, mi!hGes de pessoas en!utadas acompanharam o
#unera! e e+pressaram, em si!Kncio, a dor incomensurB"e! de se sentirem ór#'os$ Estranho o destino dessa .o"em mu!her pri"ada de!a mesma, mas t'o sensD"e! ao charme discreto das coisas simp!es da "ida$ Como om Qui+ote, e!a atacou o moinho imp!acB"e! das a#!i&Ges humanas$ )uta perdida de antem'o,
A re#erKncia ao pai #a5 Amé!ie sair de si mesma e da narrati"a !Drica e dar continuidade ao seu ob.eti"o de Fatacar o moinho imp!acB"e! das a#!i&Ges humanasF$ E!a "ai procurar o pai a#!ito e a narrati"a retoma o seu tri!ho dramBtico$ Amé!ie !iberta o pai da c!ausura em
.i!gular, um roteiro l0rico 4amais ser/ ca!H!ico, !em tamouco traçará se!cia re%is0%el+
@um roteiro !Drico, uma "e5 se!ecionada a sub.eti"idade
S da "ida de e!!ini
engarra#amento, dentro de um tne!, encurra!ado pe!os o!hares acusadores das pessoas sua "o!ta para, em seguida, nos #a5er perceber tratar/se de um sonho
@uma entre"ista a Neorges :imenon (LW5press, -877, e!!ini reitera esse ponto( F:o#ro do sentimento e+asperante de n'o ter me interessado por ninguém a n'o ser eu mesmo$F
Em decorr"ncia disso, um roteiro l4rico costuma ser uma sucessão de apro:ima#es e compara#es entre elementos o-%etivos e su-%etivos 2 e tem na met)ora a sua e:pressão essencial. Esse pendor re!aciona! entre mundo e ponto de "ista #ica e"idente inc!usi"e na
@o #i!me 8hreF, o ogro do tDtu!o, num dos seus momentos de !irismo, compara ogros a cebo!as( KRES— Os ;rs s- )em mel+res d "#e as !essas !ensam. BURROS— Eem!l...$ KRES— Eem!l$ O:. Os ;rs s- cm ce)las. \A miss- d element B le0a B#rr a tentar s#!ri1l.] BURROS—Eles 'edem$ KRES — i...X N-7 BURROS— Eles 'aem 0c& c+rar. KRES—N-... BURROS — A+/ se 0c& deiar n sl/ eles 'icam marrns. KRES— N-7 Camadas7 As ce)las t&m camadas. Os ;rs t&m camadas. Entende#$ Ce)las e ;rs t&m camadas.
Roteiro !Drico n'o só con"ida, como muitas "e5es impGe
11 Epi)ania '8ertão * isto o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. 8ertão * /uando menos se espera7 digo.... 8ertão se diz , o senhor /uerendo procurar, nunca não encontra. -e repente, por si, /uando a gente não espera, o sertão vem.' R >I?A)I AARA@A, o personagem/narrador de 9rande sertão veredas, de Nuimar'es Rosa
@a Nrécia Antiga, epi#ania 1do grego epipháneia, Fmani#esta&'oF era um conceito re!igioso bastante di#undido e signi#ica"a mani#esta&'o de di"indade atra"és de uma pessoa ou de um incidente$ @'o obstante, em -29, em seu !i"ro Legenda áurea vidas de santos, Jacopo de Mara55e descre"ia assim a origem da pa!a"ra Fepi#aniaF( FJesus tinha - dias
1or e:tensão, /epi)ania/ passou a signi)icar a narrativa de uma revela#ão 2 divina ou mundana. @o capDtu!o - de seu !i"ro Lord >im, Joseph Conrad descre"e assim a ocorrKncia de uma epi#ania( :bito mas n'o abrupto, como se ti"esse chegado a hora da sua "o5 rouca e ca!ma romper a imobi!idade, e!e disse( '%on -ieu, como o tempo passa]F @ada poderia ser mais !ugar/comum do
Com esse no"o signi#icado, a !iteratura do sécu!o 20 narrou uma enorme
Em contraste com momentos como esse, est'o Fos muitos momentos de n'o/e+istKnciaF
sso #oi num desses dias, pouco antes de ne"ar$ E+iste uma e!etricidade no ar,
Re"e!a&'o atra"és da
narra a estória de um eu
orta!to,
se
alicer*a
so$re
i!cide!tes
A epi#ania de A!icate #oi percebida e narrada de dentro de!e, mas uma epi#ania pode ser percebida e narrada a partir de outros pontos de "ista e de di#erentes gKneros de narrati"a, por
drama como #a5, por e+emp!o, um deteti"e, se.a e!e J$J$ Nittes, Varry Ange! ou o rei Sdipo$ @o #i!me Chinato;n, o deteti"e J$J$ Nittes, espica&ado na sua honra pessoa! e "aidade pro#issiona!, ob.eti"a descobrir
@o #i!me Cora&ão satPnico, o deteti"e Varry Ange! ob.eti"a descobrir o paradeiro de um #a!sBrio e assassino, um certo Johnny a"orite, in"estiga e, ao #im e ao cabo, descobre( Johnny a"orite é e!e próprio, Varry Ange!$ Aterrori5ado, Varry Ange! urra repetidamente( FEu sei
dipo rei e Cora&ão satPnico s'o narrati"as dramBticas, mas com uma "ariante, em #ace de Chinato;n o personagem principa!, independente do ob.eti"o da sua a&'o, é co!ocado diante de uma re"e!a&'o essencia! sobre si mesmo( a sua identidade$ @esses dois e+emp!os, o
e #orma anB!oga, "ocK pode contornar a bre"idade de uma epi#ania co!ocando/a a rebo
da sua "o*tica, Aristóte!es enumera cinco tipos de reconhecimento( a partir de um sina! como um tra&o #Dsico ou uma cicatri5 , a partir de um adendo estória como uma carta , a partir da memória do personagem, a partir do raciocDnio do personagem e, por #im, a
:e apro+ima&Ges com msica !he tra5em bene#Dcio, numa epi#ania, "ocK n'o percebe a persegui&'o de uma "o5 atrBs de outra "o5
1 Estra!&ame!to e t5dio2
as regras
' esperado leva ao t*dio /ue leva as trag*dias a fracassarem no palco.... !as trag*dias, o poeta deve inserir o elemento inesperado.' AR>:E)E:, "o*tica
I narrador da cantiga de roda F?ar
:im, o diagnóstico do narrador estB correto( essa estória é muito chata$ E!a repete a mesma coisa$ @o cotidiano, repetimos hinos, ora&Ges re!igiosas e ditos popu!ares, mais para a#irmar ades'o a determinado con.unto de conceitos do
Estra!&ame!to 5 termo da ret)rica cl/ssica e sig!i#ica "o e#eito a!0mico e8ercido !o i!di%0duo elo i!eserado"+
E Veinrich )ausberg prossegue( FI estranhamento con#ronta o esperado, cu.a #orma e+trema é o tédio$F A distinguir estranhamento de surpresa Fa percep&'o do inesperadoF estB o grau do inesperado( estranhamento é o e#eito e+ercido por a!go muito inesperado$ :e, no cotidiano, "ocK pre"K
édio e estranhamento est'o associados a submiss'o e insubmiss'o a regras$ Regras, se.am as da !Dngua ou as de narrati"a, se di"idem em duas categorias( as
!i"ro , o
;erceba, de um !ado, os rogos da sua estória
*ar= 6ain, no seu FI#ensas !iterBrias de enimore CooperF, !istou as regras de narrati"a
!eitor se.a capa5 de antecipar o
;ara roteiristas, ?i!!y Ti!der !istou as seguintes regras( U A p!atéia é "o!Bti!$ U Agarre/a pe!o pesco&o e n'o so!te$ U esen"o!"a uma c!ara !inha de a&'o para o personagem principa!$ U :aiba para onde "ocK estB indo$ U Quanto mais suti! e capa5 de esconder os seus pontos de "irada, me!hor escritor "ocK é$ U :e o terceiro ato tem prob!ema, o "erdadeiro prob!ema estB no primeiro ato$ U Oma dica de )ubitsch( permita
Re0er/ crtar/ reescre0er_ doctor
script
'A ferramenta essencial do escritor * um introGetado e infalBvel detetor de #osta.' ER@E: VE*>@NTA
$ :cott it5gera!d di"idia os escritores em Fce"adoresF e FpodadoresF$ Ce"adores s'o a
:e #or roteiro de cinema ou especia! de t", "ocK "ai a!ém e corta tudo o sso eu n'o posso #a5er$F I go"ernador se espantou mas, antes
:e "ocK tem uma boa estória, mas o roteiro
Quando a necessidade de cortar se dB, n'o por impertinKncia, mas por
U se os e!ementos da estória percorrem, de #orma c!ara, #!uente e coerente, o #!u+o tempora!W se #or narrati"a dramBtica, se percorrem, de #orma c!ara, #!uente e coerente, um #!u+o causa!W U se os e!ementos da estória descre"em tri!has c!aras, #!uentes e coerentesW U se s'o distintos os per#is e as #un&Ges dos personagensW U se o personagem principa! é percebido como ta! e desde o come&oW U se as #a!as e as a&Ges de cada personagem s'o c!aras, #!uentes e coerentes com o seu per#i!W U se sobra ou #a!ta personagemW U se as #a!as e as a&Ges #a5em a estória progredir ou passam in#orma&'o necessBriaW U se os e!ementos centrais ditam o curso e o ritmo das suas respecti"as tramas$ Ao re"er tramas e tri!has, con#ira( U se as tri!has contribuem para a trama em
centrais, o narrador dita o esti!o e o ritmo da narrati"aW U se o esti!o e o ritmo da narrati"a s'o c!aros, #!uentes e coerentes, do come&o ao #imW U se, no curso da narrati"a principa!mente se #or dramBtica , o ritmo se ace!eraW U se, no #im, o ritmo desace!era$ Ao traba!har o tratamento #ina!, con#ira( U se sobram ou #a!tam e!ementos de estória ou recursos de narrati"aW U se hB #orma mais econXmica e e#ica5 de narrar o
@um paDs de intuiti"os como o nosso, o primeiro atributo n'o é muito encontradi&o$ @um paDs de padrinhos e apadrinhados, o terceiro atributo também n'o$ ;e!os trKs atributos, #a&a um es#or&o e dK boas/"indas ao script doctor. E!e "em para somar, n'o para pi!har$ Quatro notas #inais$ :'o a#rontas unidade reescre"er sem considerar o todo$ Ao #im e ao
cabo, "ocK pode até obter ganhos !oca!i5ados, mas a perda
Cola#ora&ão Escritores de !iteratura n'o costumam #a!ar sobre o
capDtu!os$ @a manh' da sso #eito, o co!aborador A en"ia os capDtu!os para o co!aborador ?,
con"i"er uns com os outros$ Roteiristas com no"e!a no ar costumam ter mais contato uns com os outros do
3 leitor pro$issional @uma estória em
>dea!mente, o !eitor é um técnico em narrati"a para a te!a, anXnimo e a!heio a tudo o
ao per#i! da empresa e ao produto
13 A guisa de des#ec&o 'Ao imitador competente, aconselharei /ue preste aten&ão 1 vida e aos costumes e daB gere vivido discurso.' VIRC>I$ "o*tica. - A$C$
I re!ato
I poeta E5ra ;ound disse
Is boce.os da pregui&a, os bei.os do dinheiro e os berros da urgKncia "'o !he di5er
A "ida é #onte mais "igorosa, #ecunda, pro#unda, in#inita e rica do
Complementar K vida, est a )onte da sua imagina#ão. :ua imagina&'o traba!ha a partir do
Complementar K imagina#ão, est a sua memória. urante anos, em minhas au!as, usei como e+emp!o de grada&'o um segmento de 6lo; Up, #i!me
#i!me, homas sai do c!ube e imediatamente .oga o cabo da guitarra no ch'o$ Vo.e,
Complementar K vida, K imagina#ão e K memória, sim, estão as outras estórias. >sso dito e posto, capte da "ida e das estórias os personagens e incidentes
Voc" só pode escrever so-re o ue con*ece. Ao compor um roteiro, "ocK cria e dB trYnsito a rea!idades e conceitos
EPKL6G6
@o .orna! 9lo#o de 02$--$-839, Car!os rummond de Andrade escre"eu( Oma grande pai+'o me !e"ou, certa "e5, a >tabira$ ui para a #a5enda do meu irm'o e !B, no a!to de uma Br"ore, grita"a pa!a"rGes$ u!ana é isso, #u!ana é a
a!"e5, ao narrar amores e ódios, pai+Ges e mBgoas, uma das #un&Ges da narrati"a este.a em aprontar Fa "o!ta por cimaF$ a!"e5, para a!ém do mero happ= end ou mesmo do unhapp= end das estórias
)lossário ALM?. Ati"idade ou #a!a gerada por e!emento de estóriaW "etor de #or&a ncidente usado para a!i"iar, com comédia, a tens'o e a dor$
A&AQ(3TA JE TET? ou A&AQ(3TA JE E3TUR(A. O mesmo que QE(T?R. A&TA?&(3TA 1do grego antB, FcontrBrioF, e agonist*s, FcombatenteF$ ;ersonagem dramBtico @I;:E$
AR@BT(1?. mesmo /ue 1ER3?&AE$
9Q?C? JE CE&A3. @um programa de t", o con.unto das cenas entre os inter"a!os comerciais$ 9?RJM?. a!a ou e+press'o #reRCEO$ :A)A$ >@ER>IR$ >A$ C$ERA ?9OET(VA. Quando a cYmera se identi#ica com o o!ho de um narrador
C?&FQ(T?. Jogo de a&Ges
E$9QE$A. E!emento de estória ncidente ou con.unto de incidentes imaginadosW o
/FAJE ?T/. Escurecimento gradua! da imagem, até o escuro tota!W a rubrica
FAQA. Emiss'o "erba! ora!$ er tam#*m ALM?5 3?$. FAQA JRA$NT(CA. a!a cu.o ob.eti"o principa! é moti"ar rea&'o de outro personagem$ FAQA E$ ?FF. a!a emitida por personagem presente na cena, mas #ora 1em ing!Ks, off) da imagem$ i#erente da "o5 em o##, uma #a!a em o## pode ser ou"ida pe!os personagens na cena$ er tam#*m /?FF/5V?Z E$ ?FF5 V?Z ?VER. F(? JE E3TUR(A. ;ercurso magem ou som nterrup&'o da narrati"a na e+pectati"a de um incidente$ er tam#*m 331E&3E. RAJALM?. Maria&'o do ritmo da narrati"a, da intensidade da a&'o e4ou da e"o!u&'o dos incidentes$ I
HAPPY E&J 1do ing!Ks, F#ina! #e!i5F$ ina! #e!i5 de uma estória$
HERU(. ;ersonagem correto, .usto, auda5, ta!"e5 bonito, mas com certe5a atraente e bomW personagem com ncidente ou con.unto de incidentes reais ncidente muito curto inserido numa cena de outro incidenteW
#!ashbac= ou #!ash#or6ard FQA3HF?RXARJ.
muito
curto$
er
tam#*m
FQA3H9ACW5
(R?&(A JRA$NT(CA. Quando um ou mais personagens percebem apenas o signi#icado aparente de um incidente e o espectador percebe tanto o signi#icado aparente
$A1A JE 1ER3?&AE&3. Representa&'o grB#ica das re!a&Ges entre os personagens de uma narrati"a$ $A33A JE E3TUR(A. ? mesmo que E3TUR(A. $EQ?JRA$A 1do grego meios e drama, Fdrama cantadoF$ rama
$ETAQ(&AE$. Quando a !inguagem #a!a da própria !inguagem como em Fcasa tem
personagens da casa do protagonista$
?9OET(V?. @o Ymbito da estória, o da sua "o*tica, para designar a Fmudan&a na nconsciente do
1ER3?&AE$
um produtor$
1QA&?. Campo coberto pe!a imagem$ 1QA&? JE (JE&T(F(CALM?. ;!ano sintBtico
Q?CAQ(ZALM?. 1UQ?. E!emento de estória em torno do ncidente
1R(&C(1AQ. REC?&HEC($E&T? 1em grego, anagnorisis). ermo RR>AklIF$ R9R(CA JE 3(TALM?. @ota&'o
(&C(JE&TE. 3(TALM? JRA$NT(CA. :itua&'o
TBJ(?. E#eito pro"ocado no espectador pe!a repeti&'o do esperado$ er tam#*m E3TRA&HA$E&T?. TE$A. Conceito a partir do
CS$(C?5 1ER(1BC(A. TRA&3(LM? RN1(JA. ;assagem rBpida de um incidente a outro$ ConstituDda de cenas curtas, com pouca ou nenhuma #a!a, possui come&o, meio e #im próprios e n'o admite cortes para outra trama$ TR(QHA. ;ercurso AW RECOR:I E @ARRA>MA$ V(QM?. ;ersonagem errado, pér#ido, ta!"e5 #eio e "estido de preto, mas com certe5a repu!si"o e mauW personagem com
*i'lio&rafia te+rica Is trechos citados ao !ongo do !i"ro #oram tradu5idos pe!o próprio autor$ >ndicamos a
ARR>NOCC> JR$, a"i$ escorpião encalacrado a po*tica da destrui&ão em >lio Cortázar. :'o ;au!o, ;erspecti"a, -87$ AR>:E)E:$ "oetics. radu&'o de :$V$ ?utcher$ 666$6ordp!ayer$com Ed$ bras$( Arte po*tica. :'o ;au!o, *artin C!aret, 200$j ?ARVE:, Ro!and$ F>ntroduction -[ana!yse structura!e des récitsF, Communications, 3$ ;aris, :eui!, -899$ ?E@)E, Eric 1org$$ 4he 4heor= of the %odem 8tage. @o"a or=, ;enguin, -830$ ?IRTE)), a"id$ !arration in the $iction $ilm. *adison, Oni"ersity o# Tisconsin, -83$ ?RA, John$ 4he Craft of the 8creen;riter. @o"a or=, :irnon and :chuster, -832$ ?RII_, ;eter$ 4he mpt= 8pace. @o"a or=, Atheneum, -83-$ CA:CA)E:, rancisco$ Cartas filolgicas. )ibro >( EpDsto!as 3, 8 e -0$ CA:E)MERI, )odo"ico$ 4he "oetics of Aristotle 4ranslated and Annotated 1-7-, in A!!an Ni!bert, Literar= Criticism from "lato to -r=den. etroit, Tayne :tate Oni"ersity, -892$ CAMA)CA@>, A!berto$ $ilme e realidade. Rio de Janeiro, Casa do Estudante do ?rasi!, -87$ CVA*A@, :eymour$ 8tor= and -iscourse !arrative 8tructure in $iction and
$ilm. >thaca, Corne!!, -830$ CI)E, oby 1org$$ "la=;rights on "la=;riting. @o"a or=, arrar, :traus and Nirou+, -830$ CIZAR>@:_, Edgardo$ 6orges emEeEso#re cinema. :'o ;au!o, >!uminuras, 2000$ CRE::I, *arce!$ Le st=le et ses techni/ues. ;aris, ;O, -898$ CRITE, Cameron$ Conversations ;ith Kilder. @o"a or=, A!#red A$ _nop#, 200-$ A@>E) >)VI$ I circo eletrOnico fazendo tv no 6rasil. Rio de Janeiro, Jorge Zahar,200-$ ECI, Omberto$ 8o#re a literatura. Rio de Janeiro, Record, 200$ ENR>, )a.os$ 4he Art of -ramatic Kriting. @o"a or=, :imon and :chuster, -89$ E))>@>, ederico$ $azer um filme. Rio de Janeiro, Ci"i!i5a&'o ?rasi!eira, 2000$ IR:ER, E$ *$ Aspects of the !ovel @o"a or=, Var"est/Varcourt, -83$ Ed$ bras$( Aspectos do romance. ;orto A!egre, N!obo, 200$j NE@EE, Nérard$ !arrative -iscourse An ssa= in %ethod. @o"a or=, Corne!! Oni"ersity ;ress, -83$ N>)?ER, A!!an 1org$$ Literar= Criticism from "lato to -r=den. etroit, Tayne :tate Oni"ersity, -892$ NIEVE, Johann To!#gang$ n pic and -ramatic "oetr=. radu&'o de E"e!yn )ant5$ NI)*A@, Ti!!iam$ Adventures in the 8creen 4rade. @o"a or=, Tarner ?oo=s, -83$ VINE, rancis$ "la= -irecting. @e6 Jersey, ;rentice/Va!!, -87-$ JA_I?:I@, Roman$ Ling_Bstica e comunica&ão. :'o ;au!o, Cu!tri+, -898$ JICE, James$ "ortrait of the Artist as a oung %an. )ondres, ;enguin, -877$ Ed$ bras$( Retrato do artista /uando Govem. Rio de Janeiro, Ib.eti"a, 2009$j JO@N, Car! N$ %an and his 8=m#ols. @o"a or=, e!!, -878$ Ed$ bras$( I
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ROAO, ran&ois$ ourne=. :tudio City, *ichae! Tiese, -882$ Ed$ bras$( A Gornada do escritor. Rio de Janeiro, @o"a ronteira, 2009$j TII), Mirginia$ %oments of 6eing. @o"a or=, Var"est/Varcourt, -83$ $ A Kriter2s -iar=. @o"a or=, Var"est/Varcourt, -832$
-ndice das o'ras de ficço FILME. H gramas `H 9rams, 200, roteiro Nui!!ermo Arriaga Jordanj, - HIJJ `HIJJ,-879, roteiro ranco Arca!!i e ?ernardo ?erto!uccij, 73 Alta fidelidade `$ A$ )$ iamondj, -83 6arr= L=ndon `6arr= L=ndon, -87, roteiro :tan!ey _ubric=j, 8, 98, 2-, 293 6ela e a $era, A `6eaut= and the 6east, -88-, roteiro Roger A!!ers, Chris :anders e outrosj, -0 6eleza americana `American 6eaut=, -888, roteiro A!an ?a!ij, 8,90/-,20,29/ , 277/3,3/8, 6lade Runner `6lade Runner, -832, roteiro Vampton ancher, a"id ;eop!es e Ro!and _ibbeej, 3, 93,-8, -/, 202, 22, 23, 279, 9 6lo; Up @ depois da/uele #eiGo `6lo; Up, -899, roteiro *iche!ange!o Antonioni e onino Nuerraj, 00/-, 7/ 6rutos tam#*m amam, s `8hane, -8, roteiro A$?$ Nuthrie Jr$j, -Ca#ezas cortadas `Ca#ezas cortadas, -870, roteiro Augusto *artine5 orresj, 3 Cão andaluz, Um `Un Chien Andalou, -828, roteiro :a!"ador a!i e )uDs ?unue!j, 8,7
Casa#lanca `Casa#lanca, -82, roteiro Ju!ius Epstein, ;hi!ip Epstein e Vo6ard _ochj,27,02 CerimOnia de casamento `A Kedding, -873, roteiro John Considine, ;atrDcia Resnic=, A!!an @icho!!s e Robert A!tmanj, 20 Chinato;n `Chinato;n, -87, roteiro Robert o6nej, 3/8,2,,3/ 8,7,8,-9, -8,-2,-9,-72,-3,-37/3,20,2,290, 278, 239/7,0-/2,-, 2, 2/ Cidadão :ane `Citizen :ane, -80, roteiro Verman *an=ie6ic5j, /9, 8, 2/ , 7, 77, 30, 37, 80/-, 8/, --7, -0, -3, -, -70, -77, 20, 2-0, 2-, 2-, 2-8, 227,292,07,-2,-, Cidade de -eus 2002, roteiro ?rBu!io *anto"anij, 8,9-,-2,--,-37, 202, 29, 232/, 239/7, 02, 0, 3, 0 Cidade dos sonhos `%ulholland -rive, 200-, roteiro a"id )ynchj, 8, 7/3, 2 Cora&ão satPnico `Angel -,-,2-9,2-8,22/,3,2/
-837,
roteiro
A!an
;ar=erj,
Corpo /ue cai, Um `ertigo, -83, roteiro A!ec Coppe! e :amue! ay!orj, 2-3, 23 Cortina de fuma&a `8moFe, -88, roteiro ;au! Austerj, Crepsculo dos deuses `8unset 6oulevard, -80, roteiro ?i!!y Ti!der, Char!es ?rac=ett e $*$ *arshman Jr$j, 20, 227, 232, 7 -eus e o -ia#o na 4erra do 8ol -89, roteiro Ta!ter )ima Jr$, ;au!o Ni! :oares e N!auber Rochaj, 23, 02 -ia#o disse não, `
ra uma vez no este `nce Upon a 4ime in the Kest, -893, roteiro :érgio onati, ario Argento, ?ernardo ?erto!ucci e :érgio )eonej, -0, -38 spBrito de 8t. Louis, ` 4he 8pirit of 8t. Louis, -87, roteiro ?i!!y Ti!derj ,-83 s/ueceram de mim `
>ncrocci e *ario *onice!!ij, 228 Mntocáveis, s `4he Untoucha#les, -837, roteiro a"id *ametj, -7 MntolerPncia `Mntolerance, -8-9, roteiro a"id Tar= Nri##ithj, 20, 293 >anela indiscreta `Rear Kindo;, -8, roteiro John *ichae! Vayesj, ,2, 8,89, -02/, -9, -3, -38, -8-, -83, 2, 27/8, 289, 07, 2 :o=aanis/atsi `:o=aanis/atsi, -832, roteiro Ron ric=e e *ichae! Voenigj, LadrDes de #icicleta `Ladri di #iciclette, -83, roteiro Cesare Za"attinij, 03 Leone
pensionista `4he Lodger, -827, roteiro *arie ?e!!oc )o6ndes e E!iot :tannardj, "oderoso chefão, `4he 9odfather M, MM e MMM, -87-, -87, -880, roteiros rancis ord Coppo!a e *ario ;u5oj, -7,-0,-3,-7-,-3,-39,-38,2-9/ 7,223,--,-,0 "ontes de %adison, As ` 4he 6ridges of %adison Count=, -88, roteiro Robert Ta!!er e Richard )aNra"enesej, 7,-30/-, "sicose `"s=co, -890, roteiro Joseph :te#anoj, -0, 02 "ulp $iction `"ulp $iction, -88, roteiro Quentin arantino e Roger A"aryj, -22, -29,-,-37,207 "unhos de campeão `4he 8et@Up, -88, roteiro Art Cohnj, 2-0 +uase famosos `Almost $amous, 2000, roteiro Cameron Cro6ej, 20 Regra do Gogo, A `La rZgle du Geu, -88, roteiro Jean Renoirj, - RelB/uia maca#ra `4he %altese $alcon, -8-, roteiro John Vustonj, 3-, 207 Retorno, `ozvraschenie, 200, roteiro M!adimir *oiseyen=o e A!e=sandr @o"otots=yj,-,7, 0 8at=ricon `8at=ricon, -898, roteiro ederico e!!inij, 8e meu apartamento falasse `4he Apartment, -890, roteiro ?i!!y Ti!der e >$A$)$ iamondj, 2 8enhor dos an*is, `4he Lord of the Rings, 200-,2002,200, roteiros ran Ta!shj, -30,207 8*timo selo, `-et 8Gunde Mnseglet, -89, roteiro >ngmar ?ergmanj, 7-, 02 8e5to sentido, `4he 8i5th 8ense, -888, roteiro *$ @ight :hyama!anj, 9,8,/9, -23,227,3 8hort Cuts / Cenas da vida `8hort Cuts, -88, roteiro Robert A!tman e ran= ?arhydtj,89,-0, -0 8hreF `8hreF, 200-, roteiro ed E!!iott, erry Rossio, Joe :ti!!man e Roger :chu!manj,279,
8hreF `8hreF , 200, roteiro Andre6 Adamson, Joe :ti!!man, J$ :tem e a"id Teissj, -3 8o#re meninos e lo#os `%=stic River, 200, roteiro ?rian Ve!ge!andj, 28 4a5i -river `4a5i -river, -879, roteiro ;au! :chraderj, -9,9, 73, 03 4eorema `4eorema, -893, roteiro ;ier ;ao!o ;aso!inij, 2 4estemunha, A `Kitness, -83, roteiro Ear! Ta!!ace e Ti!!iam _e!!eyj, 2, 3,--, --7,207,208,02,23 4ira da pesada, Um `6everl= a;s, -87, roteiro ;eter ?ench!ey e Car! Nott!iebj, 23,-8 4;ister `4;ister, -889, roteiro *ichae! Crichton e Anne/*arie *artinj, , -8
.>RIE., MINI..>RIE. E .ERIA6. E V
N6ELA. E AlL m= Children `soap opera, -870/, A?C, criada por Agnes @i+onj, 28 -ono do mundo, -88-, M N!obo, roteiro Ni!berto ?ragaj, 273 La&os de famBlia 2000, M N!obo, roteiro *anoe! Car!osj, -77 "ecado capital -87/79, M N!obo, roteiro Janete C!airj, -9 Ro/ue 8anteiro -83, M N!obo, roteiro ias Nomes e Aguina!do :i!"aj, -82,28, 02, 0 8alvador da pátria, -838, M N!obo, roteiro )auro César *uni5j, 288enhora do destino -880, M N!obo, roteiro Aguina!do :i!"aj, 0 4ieta -880, M N!obo, roteiro Aguina!do :i!"a, Ana *aria *oret5sohn e Ricardo )inharesj, 78, 28 ale tudo -833, M N!obo, roteiro Ni!berto ?raga, Aguina!do :i!"a e )eonor ?assfresj,298,02,-9,0
PEA. E EAR6 AntBgona 2 a$C, :ó#oc!esj, -8,-8, 22, 290 6alcão, `Le #alcon, -89, Jean Nenetj, --, -8 6arrela -83, ;!Dnio *arcosj, 283 6onde chamado deseGo, Um `A 8treetcar !amed -esire, -87, ennessee Ti!!iamsj, 283 Casa de #oneca `t duFFehGem, -378, Venri= >bsenj, dipo em Colona 0- a$C, :ó#oc!esj, -8, 23 dipo rei c$2 a$C, :ó#oc!esj, -8, 22, 2, 2/,
sperando 9odot `n attendant 9odot, -82, :amue! ?ec=ettj, 200/ $im de partida `$in departie, -87, :amue! ?ec=ettj, 283 lio C*sar `>ulius Caesar, -88, Ti!!iam :ha=espearej, 2, 2, 287 %edida por medida `%easure for %easure, -90, Ti!!iam :ha=espearej, -3 %ercador de eneza, `%erchant of enice, -83, Ti!!iam :ha=espearej, -0 %orte do cai5eiro viaGante, A `-eath of a 8alesman, -88, Arthur *i!!erj, 283 !a floresta do alheamento, marinheiro e "rimeiro $austo ernando ;essoaj, 3 telo `thello, c$ -90, Ti!!iam :ha=espearej, -9 "igmalião `"=gmalion, -8-2, Neorge ?ernard :ha6j, 0 Rei Lear `:ing Lear, -90, Ti!!iam :ha=espearej, -0, -- Ricardo MMM `Richard MMM, -82, Ti!!iam :ha=espearej, -89 4r0s irmãs, As -800, Anton che=ho"j, -0 4r0s mulheres altas `4hree 4all Komen, -88, Ed6ard A!beej, 288 isita da velha senhora, A `-er 6esuch der Alten -ame, -89, riedrich Hrrenmattj,78,28,288
C6N6., P6EMA. E R6MANCE. FA#ina&'o da arte de chutar tampinhasF Jo'o AntXnioj, -97 Anna :arenina )eon o!stoij, Apanhador no campo de centeio, `4he Catcher in the R=e, J$$ :a!ingerj, 7
F?abas dei diab!o, )asF J!io CortB5arj, -9/7, 99, ---, 27, 00, 2, 2, 3, FCan&'o de amor de J$ A!#red ;ru#roc=, AF Fhe )o"e :ong o# J$ A!#red ;ru#roc=F, $:$E!iotj,-,230 FCantiga de esponsaisF *achado de Assisj, 3 Cem anos de solidão `Cien anos de soledad, Nabrie! 9arcia *Brim `Lord >im, Joseph Conradj, 3 %a&ã no escuro, A C!arice )ispectorj, 293 F*inority Report, heF ;hi!ip _$ ic=j, , 79, 20 F*orte de >"an >!itch, AF )eon o!stoij,79 %rs. -allo;a= `%rs. -allo;a=, Mirginia Too!#j, 7, 20, 232 F@e"es do _i!iman.aro, AsF Fhe :no6s o# _i!iman.aroF, Ernest Veming6ayj, 3,79 F;ai ranciscoF cantiga de rodaj, 88/-00 8o#re meninos e lo#os `%=stic River, ennis )ehanej, 28