ÉfcRevolução Industrial ^ ^u m en to progressi progressivo vo da da técnic técnicaa Tawrecendo a preponderância da máquina teve particular incidência sobre o campo industrial. Os sécu séculos los X IX e XX testemunharam uma autêntica revolução que influiu de forma decisiva nas ideias e na vida do homem contemporâneo. O presente estudo abre uma luz nova sobre os acontecimentos e os nomes que estiveram na origem e na sequência deste fenómeno social de repercussões ainda imprevisíveis.
História Ilustrada da Europa Volumes publicados: Romantismo e Revolta A Formação da Europa Cristã O Ancien Régime A Evolução da Rússia O Século XV A Revolução Industrial
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Próximo volume: Bizâncio e Europa
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História Ilustrada
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 1 7 8 0 - 1 9 1 4
y/. O. HENDERSON
1. Utensílio s da indústria moderna orgulhosamente exibidos no certificado de membro de uma associação inglesa de operários, 1844.
E D I TO T OR R IA I AL L V ER E R B O • L I SB SB OA OA
ÍNDICE
I
II
O D E S E N V O L V I M E N T O IN IN D U S T R I A L As grandes invenções A revolução do caminhodeferro
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A O A O
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adaptação social choque da guerra promoção da indústria, 18401870 progresso industrial, 18701914
OS INVENTORES Os magnates do ferro Os arquitectos da idade do vapor Os construtores navais Os pioneiros dos caminhosdeferro Os inovadores têxteis Os engenheiros A segunda grande vaga de invenções Os químicos industriais Os técnicos da electricidade Os engenheiros engenheiros do automobilismo Inventores americanos americanos Incentiv os para a invenção
III ESTE LIVRO FOI PUBLICADO ORIGINALMENTE POR THAMES AND HUDSON, LONDRES, COM O TÍTULO «THE INDUSTRIALIZATION OF EUROPE» COPYRIGHT BY W. O. HENDERSON, 1969 TRADUÇÃO DE MARIA ONDINA N.° ED .449 IMPRESSO POR G RIS, IMPRE SSORES, S. A. R. L. — CACÉM
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OS EMPRE SÁRIOS Prússia: Friedrich von Motz Prússia: Peter Beuth Prússia: Christian von Rother França: Luís Napoleão Rússia: Sergei Witte
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26 28 32
35 35 37 40 43 46 49 52 53 57
60 60 61
65 69 72 74 77
85
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O empresário-inventor empresário-inventor Werner Siemens O empresário-comerciante John Marshall O empresário-artífice empresário-artífice Alfred Krupp Os empresários-financeir empresários-financeiros os Emílio e Isaac Pereira O empresário feudal István Szécheny i Os empresários-s ervos russos IV
OS OPERÁ RIOS
89 93 98 107 117 120 122 122
Patrões esclarecidos Acção do Estado O movimento de entreajuda As cooperativas O desenvolvimento dos sindicalismo operário
136 137 142 146 153
Os cartistas Os socialistas alemães Os Luddites Insurreiçõ es dos operários de Lião A revolta dos operários na Silésia Os motins plu g-p lot Anarquis tas e sindicalistas Emigração A Europa em 1914
168 171 178 180 182 183 186 193 196
BIBLIOGRAFIA
202
LISTA DE ILUSTRAÇÕ ES
2 05 05
ÍNDICE IDEOGR ÁFICO
2 10 10
2. O bilhete do príncipe Alberto para a Qranj e Exposição de 1851.
Quando o reformador chinês Huang-Tsun-Hsien visitou Londres, cerca de 1890, custou-lhe a crer que, apenas um século antes, a economia da sua pátria e da Grã-Bretanha se tivessem bàsicamente parecido. Viu a Grã-Bretanha com as suas indús trias florescentes, ao passo que a China, que acabava de deixar, era ainda uma terra de artes campesinas e arrozais. No século XVIII, a economia de todas as nações fora predominantemente agrária. A grande transformação económica e social que havia de permitir a ascendência da Europa nos negócios mundiais ainda não se dera. Mas, à volta de 1890, a industrialização da maior parte do Continente estava já virtualmente completa, O poder europeu tornara-se indomável e os territórios da Ásia, África e Pacífico nas mãos dos construtores de impérios. Foi uma das maiores transformações da história: em cerca de cem anos, a Europa de quintas, rendeiros e artesãos tornou-se uma Europa de cidades abertamente industriais. Os utensílios manuais e os dispositivos mecânicos simples foram substituídos por máquinas; a lojinha do artífice pela fábrica. O vapor e a electricidade suplantaram as fontes tradicionais de energia — água, vento e músculo. Os aldeãos, com o as suas antigas antigas ocupações se tornavam supérfluas, emigravam para as minas e para as cidades fabris, tornando-se os operários da nova era, enquanto uma classe profissional de empreiteiros, financeiros e empresários, de cientistas, inventores e engenheiros se salien tava e se expandia ràpidamente. Era a Revolução Industrial. E claro que esta «revolução» não constou de uma única operação. E possível, por exemplo, distinguir entre uma «revo-
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lução de carvão e ferro», que durou aproximadamente de 1780 a 1850, e uma «revolução de aço e electricidade», entre 185Q e 1914. É também possível mostrar que a industrialização afec tou os países da Europa em épocas e a ritmos diferentes. Enquanto na Grã-Bretanha, o primeiro país a tomar-se indus trializado, o processo começou no século XVIII (em 1780, de acordo com alguns historiadores; segundo outros, em 1740), certas partes da Europa não foram industrializadas senão muito mais tarde. Por exemplo, até 1914 deu-se um progresso compa rativamente pequeno ao sul dos Pirenéus ou dos Alpes. Em grande parte, contudo, a industrialização da Europa teve lugar antes de 1900. A Grã-Bretanha indicara o caminho. Na segunda metade. do século XVIII a sua expansiva economia começou a «trepar». Em 1790 a produção britânica de carvão excedia 10 milhões de toneladas; cem anos antes, era inferior a 3 milhões de tone ladas. A produção de lingotes de ferro subiu de 17 000 toneladas em 1740 a 25 0 000 em 1 806. As importações de algodão algodão cru aumentaram aumentaram de cerca de 1 milhão milhão de libras libras em em 1743 para cerca de 60 milhões em 1802. Nos princípios da década de 1820 as manufacturas de algodão representavam 46 % das expor tações totais da Grã-Bretanha, e na ocasião da Grande Exposição de 1851 a indústria algodoeira era igual, em tamanho, a todas as outras indústrias de algodão europeias juntas. Em 1800 já várias regiões estavam a especializar-se no fabrico de certos produto s. O fio fio de algodão e os tecidos eram feitos no Lan cashire, as lãs no West Riding, as malhas em Nottinghamshire,. o aço e as cutelarias em Sheffield, ferro e aço no Sul do País de Gales, objectos de metal e ferragens em Birmingham e no «Black Country», e cerâmica em Staffordshire. A Giã-Bretanha tornara-se, indiscutivelmente, a «oficina do Múrido». Em contraste, a Alemanha, a França e a Itália continuavam países agrários em 1815. Na Alemanha, a produção de artigos 3. À direita, o prenúncio da época fabril, a fábrica de algodão de Richard Arkwright, construída em Cromford em 1771. Pormenor de uma pintura de Jos eph Wr igh t, de Der by.
manufacturados estava principalmente nas mãos de artífices, ao passo que a moderna indústria se limitava a algumas bolsas na Renânia, Saxónia e Alta Silésia. Só depois da unificação das alfândegas alemãs (Zollverein) e da construção dos caminhos-de-ferro em 1840 é que um rápido progresso se conseguiu, e a região do Rur experimentou então a sua primeira explosão industrial. Só depois da unificação política de 1871 é que o ritmo da industrialização alemã alcançou o movimento febril que carac terizou o último último quartel do século XI X . Em França, apesar das perdas territoriais e financeiras sofridas após Waterloo, as reformas revolucionárias e napoleónicas sobre viveram. A abolição do feudalismo, a criação de um banco central