UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Arquitetura e Urbanismo HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II
Nome: Luana Rodrigues da Silva; Matrícula: !"#
%$O conceito de pré-urbanismo No século XIX, a revolução industrial implicou num grande crescimento demográfco das cidades, seguindo o nível e ordem de industrialização dos países. Além de acarretar transormaçes nos meios de transporte e produção, surgiram novas unçes ur!anas, culminando num novo ordenamento ordenamento da cidade, numa espécie de "adaptação da cidade # sociedade $ue nela %a!ita&. A ordem ordem criada caracterizava'se, portanto, na racionalização das vias de comunicação da cidade, na especialização dos setores ur!anos, na criação de novos (rgãos e na su!ur!anização pela classe média e operária. )ssa ormação da cidade gerou um movimento de o!servação e re*e+ão, $uestionamentos acerca de sua estrutura e das relaçes sociais $ue nela são esta!elecidas. No grupo de pensadores com o ponto de vista político, as inormaçes tin%am um caráter preciso, numa orma de denncia a situação ísica deplorável das cidades industriais. Além disso, !uscavam propor modelos de ordenamento para a cidade, segundo suas concepçes acerca do %omem e suas necessidades. )sse con-unto de re*e+es e propostas nos é apontado pelo autor como o ré'/r!anismo0 trata'se da o!ra de generalistas 1%istoriadores, economistas ou políticos2 em !usca do ordenamento ur!ano por meio de modelos organização. A crítica da cidade industrial do ponto de vista quantitativo e estrutural. 3omo dito anteriormente, a revolução industrial trou+e consigo um impressionante aumento da população nas cidades 1em 4ondres o nmero de %a!itantes $uintuplicou em menos de cem anos2, en5meno $ue resultou num desenvolvimento ur!ano sem plane-amento e precedentes0 aglomerados ur!anos inormes, condiçes deploráveis deploráveis de %a!itação, etc. Além disso, do ponto de vista estrutural oi necessária uma adaptação do desen%o ur!ano0 a fm de acilitar a comunicação das vias oram a!ertas grandes artérias, %ouve uma especialização de setores ur!anos, além do surgimento surgimento de grandes lo-as, %otéis e etc. Aspectos do estudo da cidade do século XIX
6 estudo da cidade, decorrente da o!servação e re*e+ão dos seu processo de ordenamento, assumiu aspectos dierentes no século XIX0 ' no aspecto descritivo, os atos eram o!servados de orma isolada e organizados de maneira $uantitativa0 " tenta-se formular as leis de crescimento das cidades &. A$ui os pensadores !uscavam entender o desenvolvimento espont7neo das cidades segundo uma rede de causas e eeitos8 ' no aspecto dito "polemista&, os pensadores conce!iam as inormaçes por meio de uma o!servação crítica e normativa. Alguns eram inspirados por sentimentos %umanitários, denunciando o estado deplorável no $ual se encontrava o proletariado, e aca!aram contri!uindo para a criação da legislação inglesa do tra!al%o e da %a!itação. 6utro grupo de polemistas era o de pensadores políticos, cu-as inormaçes eram caracterizadas pela sua precisão. 9enunciavam a %igiene ísica, a moradia insalu!re do tra!al%ador, além da %igiene moral da sociedade. Premissas ideológicas, características espaciais, representantes e as críticas dos dois modelos. :69)46 ;6<;)==I=>A0 concepção do %omem como tipo, dotado de necessidades'tipo cientifcamente dedutíveis. Nesse modelo o racionalismo, a ci?ncia e a técnica devem possi!ilitar a resolução dos pro!lemas relacionais dos %omens e o meio e entre si. A ideia de progresso !aseia'se num modelo orientado para o uturo. "A análise racional vai permitir a determinação de uma ordem'tipo, suscetível a aplicar'se a $ual$uer agrupamento %umano, em $ual$uer tempo, $ual$uer lugar&. 6 espaço do modelo progressista é0 ' amplamente a!erto @ vazios e verdes. Isso está ligado diretamente # ideia de %igiene e satisação8 'traçado de acordo com as unçes %umanas0 locais distintos para morar, tra!al%ar, para a cultura e para o lazer8 ' tem um princípio de simplicidade e racionalidade !aseado numa geometria "natural&, onde a estética e é uma -unção da l(gica e da !eleza. ' trazia o conceito de cidade'campo. >odas essas premissas geravam sistemas limitadores e repressivos, por causa de sua rigidez 1%avia uma ordem específca e calculada, onde espaços estavam defnidos de uma vez por todas2 e da sua limitação política. =eus representantes eram0 6en, Bourier, ;ic%ardson, 3a!et e roud%on. :69)46 3/4>/;A4I=>A0 seu ponto de vista crítico é o da situação de agrupamento do %omem, e toma o indivíduo por suas particularidades e originalidades, colocando'o como elemento insu!stituível da comunidade $ue constitui. "6 ponto capital ideol(gico desse modelo não é mais o conceito de progresso, mas o
de cultura&. 6 plane-amento ur!ano é eito de acordo com circunst7ncias menos rigorosamente determinadas. A cidade culturalista deve0 ' estar !em circunscrita no interior de limites precisos, sem ormar contraste com o am!iente natural, $ue deve ser conservado no seu estado mais selvagem8 ' tem dimenses inspiradas nas cidades medievais8 'no interior da cidade não %á nen%um traço de geometrismo0 a irregularidade e a assimetria marcam uma ordem org7nica8 ' não %aviam prot(tipos nem padres. 6 pro!lema do modelo em $uestão repousa no ato de $ue, para o seu uncionamento, seria necessário reintroduzir o passado no presente, eliminando o $ue é imprevisível. =eus representantes são0 ;usCin, Dilliam :orris, )!enezer Eoard. As premissas ideológicas e os representantes da Crítica sem modelo. :ar+ e )ngels eram os representantes de tal crítica. Não associavam #s grandes cidades industriais uma condição de desordem, antes conce!iam $ue a nova estruturação tratava'se da ordem na $ual a !urguesia se desenvolveu e $ue esta FordemGdeveria ser destruída e ultrapassada. ara eles o uturo não poderia ser previsto ou plane-ado, logo, não %averia uma "contra'ordem& defnida. )les apenas procuravam "garantir aos proletários, por $ual$uer meio, uma espécie de mínimo e+istencial&. Antiurbanismo Americano. 6 antiur!anismo americano é caracterizado por uma crítica # cidade, !aseada numa "nostalgia da natureza&, $ue inspira na$uele país "uma violenta corrente antiur!ana&. A grande cidade é criticada so! diversos 7ngulos por Heerson, )merson e >%oureau. >odos eles esperavam uma restauração do estado natural, -á $ue acreditavam ser compatível com o desenvolvimento econ5mico da sociedade industrial , além de garantir "a maniestação da personalidade e a verdadeira socia!ilidade&.