A Moral dos Idealistas
Muitas pessoas não se impressionam com as grandes obras dos grandes pensadores, essas pessoas não exercitam a capacidade de se elevar, de apreciar e se inspirar pelos homens de excelência. O homem que concentra toda sua capacidade em ações virtuosas, é povoado de ideais. Os ideais são formações naturais, eles nos permitem elevar nosso desenvolvimento imaginativo, isso se deve quando a função de pensar atingi seu mais alto patamar. patamar. ssa função tem como ob!etivo o aperfeiçoamento aperfeiçoamento da adaptação ao meio que est" inserido, por meio da imaginação imaginação é poss#vel poss#vel antecipar os resultados resultados das ações, ações, podendo aperfeiçoar o resultado. $ imaginação imaginação se fa% importante, pois por meio dela podemos elaborar idéias gerais que podem ser hip&tese hip&tese sobre o imprevisto. imprevisto. 'odo 'odo ideal ideal representa uma uma estabilidade entre o passado e o futuro. Os ideais são são como crenças, crenças, que influem em nossa nossa conduta conduta na medida em que acreditamos nele. (&s ideali%amos o futuro e esperamos dele a perfeição, pois ele ele é visto como o melhor do presente, presente, e os ideais por por serem visões antecipadas do incerto, influem sobre a conduta, como processo de evolução do ser humano. $ medida que o homem evolui, adquirindo conhecimento sobre a realidade vivida, os ideais passam a ser modificados pela imaginação. imaginação. $ imaginação é a ferramenta de toda originalidade, moldando o real até aperfeiço")lo atingindo o resultado que se espera. Os ideais por mais efica%es que pareçam, se forem racionalmente analisados, são uma visão remota, e, portanto inexata, nunca sendo absoluto. O que impede de ser bem executado seria a falta de idéias. $ evolução evolução dos ideais não segue de forma uniforme. *" momento em que diversos povos, raças, raças, classes etc. criam criam ideais e se esforçam esforçam para que o mesmo possa possa ser reali%ado. ste fato est" na evolução de cada homem, de forma singular. 'ambém existem momentos em que os ideais são deixados, pois a presente realidade oferece condições satisfat&rias. Outros ideais também são deixados de lado quando são crenças falsas, idéias ilus&rias sobre si mesmo. +em ideais seria inexplic"vel a evolução humana, os ideais se mantêm em equil#brio inst"vel. O homem que não vai em busca de seus sonhos, não aprimora seus conhecimentos conhecimentos intelectuais, não plane!a suas ações, não evolui. iante disso, o homem med#ocre não fa% mais que tirar proveito do esforço alheio, mantendo)se sempre - sombra dos homens excelentes. Os idealistas estão sempre em busca de inspiração inspiração para suas suas mentes, numa numa procura por sabedoria. sabedoria. o equil#brio entre entre a inspiração e a sabedoria nasce o gênio. Os idealistas costumam ser colocar frente aos dogmas sociais que possam oprimi)los. 'odo idealismo é exagerado, e necessita ser. ois a evolução é equivalente a excelência. (enhum ideal é falso para quem o professa, crê)se que é verdadeiro, e esforça)se para reali%")lo. /uando o idealista é portador de uma mente superior, seu ideal assume formas definitivas, modelando a verdade e a virtude.
O Homem Medíocre
Os homens sem personalidade agem de forma branda, sendo apenas um ob!eto, para ele todas as coisas sempre foram assim e continuarão assim, pois ele não se preocupa em modificar as coisas a sua volta. +e limita apenas aquilo que lhe foi imposto, ele não busca novos conhecimentos, não exerce a pr"tica de suas virtudes, sua capacidade de analisar em cada situação qual ação ser" mais benéfica. ode ser definido como um ser com uma ausência de caracter#sticas pessoais que permitam distingui)lo em sua sociedade. Os ideais do homem superior permaneceriam 0intoc"veis1, se não fossem freq2entemente copiados pelos homens de mente inferior, com grande ausência de idéias pr&prias. O homem sem idéias leva consigo apenas o elemento da sorte, não se baseia na ciência, e nem nas experiências pr&prias, pois vivenciam resultados alheios que não se adéquam - sua realidade. O homem que não se eleva fica imposto a dogmas impostos por outros, escravos de f&rmulas inefica%es, pois não evolu#ram com o tempo. +ua mente limitada devido a experiências sem originalidade molda o limite de sua mente. ntretanto, sua existência é necess"ria, pois a partir disso é poss#vel distinguir o talento e a tolice. 3 natural que o homem med#ocre não acredite no poder de transformação que a originalidade tra%, pois ele tende a confundir o senso comum com o bom senso. O senso comum é coletivo, sendo muitas ve%es ultrapassado e dogm"tico. 4" o bom senso é individual, sendo sempre inovador e libert"rio. $ personalidade individual começa quando o individuo cria a capacidade de se diferenciar dos demais. (o homem med#ocre este ponto é imagin"rio, sua existência é negativa como unidades sociais. les caminham sem nada acrescentar em sua existência, não aprendem e não ensinam, por esta ra%ão sofrem por todas as influências. $ conduta do med#ocre por mais in5til que se defina, é legitima. or isso são considerados seres pensantes aqueles que tiram o melhor proveito de suas vidas. $ partir dessas experiências virtuosas o homem s"bio adquiri a percepção de que a vida pode ser intensa e conservar)se digna.
A Mediocridade Intelectual
$ rotina é o h"bito de se negar a pensar. (os rotineiros tudo é m#nimo, eles !amais elevam suas mentes - pratica da virtude. $ rotina restringe a capacidade de pensar do homem, pois ele se farda a conhecimentos !" impostos, se caracteri%a pelo h"bito de se negar a pensar, pois a rotina fa% com que o homem raciocine com a l&gica do outro, tornando)se pass#veis a submissão de erros alheios. 'odos os indiv#duos possuem h"bitos mentais, os conhecimentos intelectuais adquiridos agem como facilitadores e marcam seu rumo. 4" os h"bitos adquiridos pelos homens originais são genuinamente seus, constituem seu critério quando pensam, e seu car"ter quando atuam. ifere)se da rotina que é coletiva, comum a sociedade. Os homens excelentes desdenham a opinião alheia na mesma proporção em que respeitam a sua pr&pria. Os esp#ritos med#ocres caminham lado a lado - rotina, tem preferência por vivenciaram o mal !" conhecido, do que o bem não vivido. 6gnoram o fato de que o homem vale pelo seu saber, negam que a cultura é a mais profunda fonte da virtude. O novo sem os trar" o desassossego, pois eles se ocupam apenas em desfrutar o que !" é existente, pois sua incapacidade para assimilar idéias novas os restringe a utili%ar apenas as antigas, !" impostas. O homem med#ocre se apega as suas crenças, se tornando fan"tico, por sua falta de conhecimento. esconfiam de sua imaginação, renegam a verdade e a virtude se ambas mostram os erros de suas limitações. (ão pensar é a 5nica maneira de não se equivocarem. +e a humanidade fosse somente habitada pelos homens rotineiros nossos conhecimentos não seriam maiores do que dos nossos ancestrais irracionais. (ão necessitam ser curiosos ou observadores. $ cultura é o fruto da curiosidade, da inquietude misteriosa que convida a um olhar mais profundo. O ignorante nunca interroga a nature%a. $ mediocridade intelectual fa% o homem solene, modesto e indeciso. etestam aqueles a quem não podem se igualar, pois consideram uma ofensa apenas por existirem. Os homens em sua excelência despre%am todo tipo de submissão ao presente, vivem pelo seu conhecimento e pela sua sabedoria.
Os Valores Morais
$ hipocrisia é a falta de virtude do homem med#ocre para renunciar ao mal e de coragem para assumir sua responsabilidade. Os homens rebaixados pela hipocrisia vivem sem sonho, ocultando suas intenções, mascarando seus sentimentos. 6nconscientemente têm conhecimento de seus atos indignos, vergonhosos e nocivos. or isso, sua moral é insolvente e sempre implica uma simulação. (enhuma fé os move, pois desconhecem o valor da crença. O homem med#ocre entende como valor moral a simulação de ações !" premeditadas, se negam a se responsabili%ar pelos seus atos, são traidores e desleais. 'entam se passar pelos excelentes e se vangloriam de suas ações sem originalidade. le fantasia aptidões e qualidades que consideram vanta!osas para aumentar a sombra que pro!etam em sua vivência sem sentido. 3 comum o hip&crita tirar mais proveito de sua virtude sem originalidade do que o verdadeiro virtuoso. +ão obrigados a se escorarem na religião, tendo preferência pelas que punem o mal feito, e possa redimir o pecado por dinheiro. 6sso se deve, pois o hip&crita não tem fé em nenhuma crença. O hip&crita transforma sua vida inteira numa mentira metodicamente organi%ada. 7a% sempre o contrario do que di%, todas as ve%es em que isso lhe tra% uma vantagem imediata. 8ive tropeçando em suas palavras, quando é chegada a hora de pronunciar uma verdade. st" sempre disposto a adular os poderosos e a enganar os humildes, mentindo para ambos. /uem se acostuma a pronunciar palavras falsas, acaba por não ter palavra, perdendo a noção de lealdade a si pr&prio. 6sso se deve porque o hip&crita ignora o fato de que a verdade é a condição fundamental da virtude. sses indiv#duos também fa%em suas vitimas, que crêem que estão ouvindo a verdade. O disfarce serve somente ao fraco, que apenas finge ter o que se acha que tem. 3 o culto das aparências, pois o hip&crita não é virtuoso, mas aparenta, não admira e nem pratica atos de virtudes, mas quer ser mencionado entre os virtuosos. ia ap&s dia perdem relações de ami%ade. le s& pensa em si mesmo e esta é sua maior pobre%a.
Os Caráteres Medíocres
O homem med#ocre não adota a postura de um ser pensante, que ideali%a suas ações, que buscam cada ve% mais o aperfeiçoamento de seus resultados, podendo assim evoluir. ssa postura adotada pelo homem med#ocre não contribui com a ética, pois a ética ocupa)se constantemente dos atos morais e dos h"bitos no sentido de virtudes. la tem sido o principal regulador do desenvolvimento hist&rico)cultural da humanidade. O homem que não busca o conhecimento torna sua existência sem sentido. 9rescem porque sabem adaptar)se - hipocrisia social. +ua vida é uma eterna cumplicidade com a dos outros. +ustentam fielmente todas as doutrinas e preconceitos carregados através de séculos. 8ivem dos outros e para os outros. 'udo neles é tomado por empréstimo. +em nenhuma inteligência é imposs#vel ascender pelos caminhos da virtude. +em qualquer virtude os caminhos da sabedoria tornassem inacess#veis. (ão implicam um conhecimento exato da realidade, são simples !u#%os a seu respeito. 'oda negação é, em si mesma, afirmativa, negar é afirmar uma negação, acredita)se no que se afirma ou se nega. stas caracter#sticas o diferem do homem excelente. ois o homem excelente pensa com sua pr&pria cabeça, por este fato parecem pertencer a mundos distintos. O homem s"bio mantém sua opinião inconstante, e suas mudanças obedecem a solicitações grosseiras de conveniências imediatas. voluem de acordo com a variação de suas crenças e não as mantém fixas, podendo mud")las ao passo que continuam aprendendo. $s crenças são o que movem a humanidade. (ão necessitam serem concretas, pois cremos antes de qualquer racioc#nio e todo novo conhecimento adquirido é através de crenças pré)estabelecidas. $s crenças e convicções do homem s"bio são firmes. ois a cultura e a inteligência adquirida por eles corrigem as f"ceis ilusões primitivas e as rotinas impostas pela sociedade. 4" os med#ocres são obra dos outros e estão em toda parte, o que é uma maneira de não ser ninguém e de ninguém estar em lugar nenhum. $gem como indiv#duos domesticados, nascem para servir em todas as circunst:ncias e situações. 4amais se impõem e vão contra ao que lhes é proposto, seguem disciplinadamente a imposição coletiva, são submissos a vontade alheia de maneira hier"rquica, podendo facilmente serem comparados aos escravos.
A Inveja
$ inve!a é uma adoração dos homens pelas sombras. $quele que inve!a se rebaixa sem saber, se confessa subalterno. sse sentimento é o estigma psicol&gico de uma humilhante inferioridade, sentida e reconhecida. (esse sofrimento est" o n5cleo moral da inve!a. O &dio que in!uria e ofende é tem#vel, a inve!a que cala e conspira é repugnante. O inve!oso é ingrato, como o sol é luminoso, a nuvem é opaca; naturalmente. or deformação da tendência ego#sta, alguns homens estão naturalmente inclinados a inve!ar os que possuem tal superioridade por eles dese!ada inutilmente. /uanto mais imposs#vel se fa% a aquisição do bem cobiçado, maior é a inve!a. 9ada um sofre a inve!a apropriada -s inferioridades sentidas, se!a qual for seu valor ob!etivo. O ob!etivo da inve!a se confunde com o da admiração, sendo ambas aspectos de um mesmo fen
A Velhice Niveladora
$ decadência do homem que envelhece est" representada por uma regressão sistem"tica da intelectualidade. (o principio, a velhice torna med#ocre todo homem superior, ap&s essa fase a decrepitude inferiori%a o velho !" med#ocre. /uando o corpo se nega a servir a todas as nossas intenções e dese!os ou quando estes são medidos em previsão de fracassos poss#veis, podemos afirmar que a velhice começou. O homem envelhece quando o c"lculo utilit"rio substitui a alegria !uvenil. /uando se coloca no lugar de depositar um olhar se o que tem ser" bastante para seu futuro poss#vel, !" não é !ovem. /uando opina que é melhor ter a mais do que a menos, est" velho. Os cabelos brancos são avaros, e a avare%a é uma arvore estéril, a humanidade pereceria, se tivesse que se alimentar de seus frutos. $ avare%a, como paixão, compara)se como - inve!a. $ velhice começa por fa%er de todo individuo um homem med#ocre. $ m#ngua mental, porém, este processo não pode ser evitado. 3 como o empobrecimento de um pobre. , quando em plena senilidade sua mentalidade social se redu% - mentalidade da espécie, inferiori%ando)se, a ninguém surpreende a passagem da pobre%a - miséria. (os velhos, a sensibilidade se atenua, e as vias de comunicação com o mundo que os cerca se embotam. O velho tende - inércia, busca o menor esforço. $ssim como a preguiça é uma velhice antecipada, a velhice é uma preguiça que chega fatalmente em certa hora da vida. Os movimentos perdem sua agilidade e precisão. $ dissolução da vida intelectual e afetiva segue o curso fatal, a medida que envelhece, o homem se torna infantil, tanto por sua inépcia criadora, quanto por seu esva%iamento moral. $ psicologia da velhice denuncia idéias obsessivas, absorventes. 'odo velho crê que os !ovens o despre%am e dese!am sua morte para suplant")lo. Os velhos esquecem que !" foram !ovens e estes parecem ignorar que !" foram velhos. O caminho a percorrer é sempre o mesmo, da originalidade a mediocridade e desta inferioridade intelectual.
A Mediocracia
+empre h" med#ocres. les são in5meros e eternos. O que varia é o seu prestigio e sua influência. (inguém os nota, não ousam imiscuir em nada. assam a ter consciência de seu numero, unem)se grupos, arrebanham)se em partidos. $ mediocridade se condensa, converte)se em sistema. /uando as misérias morais assolam um pa#s, a culpa é de todos os que, por falta de cultura e de ideal, não souberam am")lo como "tria, de todos os que viveram dela, sem para ela trabalhar. (ão h" maneira mais baixa de amar a "tria que odiando as p"trias de outros homens, como se todas não fossem igualmente dignas de engendrar em seus filhos iguais sentimentos. 9ada p"tria é um elemento da humanidade. O dese!o da dignificação humana. 'oda raça ascende a seu mais alto n#vel como p"tria e, pelo esforço de todos, remontar" o n#vel da espécie, como humanidade. $s nações mais homogêneas são as que contam com homens capa%es de sentir e de servir esse ideal. *" aristocracia natural, quando o esforço das mentes mais aptas converge para guiar os destinos comuns da nação. $ aristocracia do mérito é o regime ideal, diante das mediocracias que ensombrecem a hist&ria. 'em sua formula absoluta; 0a !ustiça na desigualdade1.
Os Forjadores de Ideais
m certas etapas da historia humana, quando se forma um povo, cria)se um estilo ou se formula uma doutrina, alguns homens excepcionais antecipam sua visão - de todos, concreti%am)se em um ideal e a expressam de tal maneira que perdura nos séculos. 4" o med#ocre os escuta, enchem de novas verdades, criando harmonias e for!ando bele%as. O gênio é excelente por sua moral ou não é gênio. Mas sua moralidade não pode ser medida com preceitos correntes. +e busca o =em, segue reto e seguro acima de todas as tentações. O gênio ignora as artes do escalamento e as industrias da prosperidade material. 8ive como é, buscando a verdade e decidido a não desviar dela. $quele que pode domesticar suas convicções não é, e não pode ser um homem genial. Os gênios ampliam sua sensibilidade, - proporção que elevem sua inteligência. odem subordinar os pequenos aos grandes sentimentos, os pr&ximos aos remotos, os concretos aos abstratos. $ força que move o gênio é sua fé, para imentar uma era é preciso amar seu ideal e transform")lo em paixão. $ falta de crenças solidamente fundamentadas converte o med#ocre em fan"tico. $ firme%a do gênio é uma suprema dignidade do pr&prio ideal.