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Resumão H UM A N A S- l
FILOSOFIA .* ♦*
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ÉTICA IC A
O conjunto das regras morais.
Definiç Definiç ões õe s preliminares Moral - Conjunto de normas de conduta adotado como universalmente válido por uma comu nidade humana ou cultura, num lugar e num tempo determinados. Ética - Conjunto das regras morais, que se cons titui em um importante ramo da filosofia que procura entender a natureza, a finalidade, finalidade, a justi ficativa ficativa e os princípios fundamentais das normas morais e dos seus sistemas relacionais no con texto de dada sociedade. sociedade. Escolhas morais - As escolhas morais podem caracterizar-se como oriundas de fatores sub jetiv os ou oriundas or iundas de fato res objetiv os. Fatores objetivos - Estão relacionados às nor mas e costumes estabelecidos previamente. Fatores subjetivos - Estão relacionados às prefe rênci as pessoais . De igual modo, estão ligados aos princípios da liberdade e da res ponsa bilidade . Só podem ser falsos se houver desonestidade ou intenção de enganar por par te de quem faz a escolha. Não se espera que os outros tenham as mesmas preferências. J ulgament ulgamentos os morais morais - Geralmente relacio nados a temas objetivos de avaliação de com portam port ament ento. o. Espera Esp era-se -se que as pes soas soa s est e jam ja m de acor do com as conv icções icç ões mora is do tecido social. A falta de conformidade e/ou violação resultam normalmente na penalização de quem viola determinado princípio de conduta social. A pessoa que passa por essa situação em geral sofre a censura moral, a condenação e o escárnio.
ÉTICA NÃO NORMATIVA C ientíf ientífic ica a / Desc Desc ritiva itiva 1. Investigação factual do comportamento moral Abordagem adotada pelas ciências sociais, especialmente pela antropologia e pela psico psi co log ia. 2. Absolutismo ético Padrão moral único, universal, eterno e está tico. Há apenas um padrão moral verdadeiro, mas ainda não foi descoberto. 3. Relativismo ético simples Não há um único p adrão moral objetivo que se aplique a todos os comportamentos humanos. A moral está sempre relacionada à época, ao espaço e ao grupo social. O que um grupo social julga correto, é correto (em um determinado tempo e lugar). 4. Relativismo ético-funcional O que uma sociedade considera bom e correto decorre da sua experiência histórica. A aceita ção mútua e a obediência a esses códigos mo rais se estabelecem de forma benéfica, contri buindo para a boa bo a re solução soluç ão do corpo c orpo social e propic iando a ordem, a estabi lidade, a coexis c oexis tência pacífica e o bem -estar social. Alguns comportamentos perderam eficácia funcional ao longo do tempo. São erronea mente considerados "bons” baseados em pre cedentes históricos e atualmente se tornaram anacronismos (retrógrados).
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5. Objetivismo Uma teoria objetivista defende que: a) os "julgamentos éticos” são verdadeiros ou falsos, mas nunca os dois juntos; b) os “jul gamentos éticos” são detentores de valores verdadeiros que nascem a partir da experiên cia, portanto não são originários de psicologismos subjetivos. Estabelecem-se a partir da livre transação do valor para benefício mútuo, consistindo justamente na realização de um valor positivo sem o sacrifício dos va lores superiores e completamente de acordo com o caráter de cada personalidade (conf. Max Scheler). 6. Subjetivismo O que é normalmente chamado de julgamen to ético não possui valor verdadeiro, pois não é nem verdadeiro nem falso, pois que ligado aos conceitos de liberdade e respon sabilidade pessoal. Julgamentos éticos são verdadeiros ou falsos e apenas dizem respeito à responsabilidade da pess oa que o exprime.
Mefaética Campo da filosofia destinado à pesquisa do significado “da linguagem da ética” ou dos ter mos éticos que examina criticamente as condi ções referentes para a sua comprovação. 1. Análise conceituai Explica conceitos pela formulação de condi ções necessárias e suficientes para a sua apli cabilidade, mais precisamente na chamada “linguagem moral”. E a “ferramenta” pela qual as investigações a respeito das formulações dos termos no cam po filosófico config uram -se como pres criticriti vas, fugindo-se, assim, das análises indicati vas e formativas. 2. Naturalismo As questões da liberdade e da vontade se defrontaram com as faces do determinismo da natureza e da relação entre lei moral e lei da natureza durante os séculos XVII e XVIII. Originou-se, assim, a corrente ética do naturalismo. Os julgamentos morais são verdadeiros ou falsos, e esses julgamentos estão ligados a alguma ciência natural, por exemplo, a psicologia. Caracteriza-se pelas declarações prescritivas éticas que podem ser traduzidas por declarações descritivas não éticas. 3. Não naturalismo Declarações éticas possuem valor verdadeiro e no final não podem ser reduzidas a declarações não éticas. Alguns termos éticos apenas podem ser de finidos via outros termos éticos. Isso gera o problem a de como se determ ina a veracida de de julgamentos éticos se não há recurso para fatores não éticos. 4. Não cognitivismo/emotivismo Os julgamentos morais não podem ser postos nas categorias de verdadeiros ou falsos. São, antes, meras manifestações verbais dos senti mentos daqueles que os expressam e evocativo dos sentimentos daqueles que os escutam. As declarações éticas são usadas para evo car uma reação predeterminada ou para en corajar um comportamento predeterminado. Declarações éticas não podem ser reduzidas a problemas de psicologia ou outras declara ções não éticas.
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Naturali sta: declara ções éticas são subjetivas e variáveis. Emotivista: Emotivista: declarações éticas são subjetivas e não variáveis.
ÉTICA IC A NOR NORMAT MATIVA Procura determinar quais são os padrões mo rais a serem seguidos pelos indivíduos para que sua conduta seja moralmente correta.
Ética normativa aplicada 1. Procura explicar e justificar problemas morais específicos, pretendendo ser ao mesmo tempo uma ciência natural. natural. 2. A aplicação de uma ética normativa dá-se pela consideração da expressão “deve” no arcabou ço de uma preferência moral. Por exemplo: “você deve ser bom para as pessoas”. A razão dessa argumentação, afirma-se, é que não teria sentido formular uma norma m oral se uma valoração não a apoiasse.
Ética normativa geral 1. Estuda criticamente os principais preceitos mo rais (por exemplo: o que é bom? Que atitudes são corretas? Quais obrigações são genuínas?). 2. De igual modo, determina os princípios mo rais corretos para todos os indivíduos racionais autônomos.
TEORIA EORIAS S TELEOLÓG EOLÓGICA IC AS / CONSEQUENCIAIS Os referenciais de certo e errado presentes nas estruturas'das ações dependem das consequências ou dos efeitos destas mesmas ações.
Egoísmo ético A atitude é correta enquanto ela de alguma forma aumenta, beneficia beneficia ou promove o interesse próprio de seu agente em prazo indistinto. Essa perspec tiva filosófica está presen te na obra de Thomas Hobbes. O “interesse próprio”, característica crucial do egoísmo ético, pode ser interpretado como pra zer, poder, riqueza, conhecimento ou qualquer outra combinação desses fatores. fatores. O efeito nos outros é irrelevante, a menos que esses efeitos tenham alguma consequência nos interesses pessoais do que manifesta seu próprio interesse.
Altruísmo ético A atitude é correta enquanto ela de alguma forma aumenta, beneficia ou promove por tempo indeterminado o interesse de todas as pessoas envolvidas ou grupo social, podendo ou não bene ficiar o agente. O interesse de todas as pessoas é relevante mo ralmente; o interesse próprio do agente é irrele vante, a menos que o efeito altere as consequên cias dos interesses das outras pessoas.
Utilitarismo Teoria do “interesse” em que interesse do indivíduo coincide com interesse da comuni dade. Assim, se uma pessoa X faz algo moral mente correto ou incorreto, as consequências dessas ações, sejam elas boas ou más, coincjdirão com os interesses de todas as outras pes soas so as envolvidas envol vidas .
Resumão
O interesse das outras pessoas, nesta teoria, é fundamental e relevante, ou seja, possui um mes mo nível de importância. ♦ Teoria pragmática: instrumentalismo (John Dewey 1859-1952)
Baseia-se na forma como, em seu entender, o pensame pen same nto humano hum ano aprecia aprec ia e avalia o mundo . Apreciar e avaliar: nós apreciamos, queremos, desejamos e gostamos das coisas e atividades. Entretanto, elas apresentam fa ct o value (valor de fato) simplesmente porque as queremos. Por outro lado, trata-se de determinar se as coisas que apresentam fa ct o value devem ser tão apreciadas e desejadas. Se a resposta for positiva, afirmamos afirmam os que apresentam aprese ntam o ju re value (valor de juízo ) - ou seja, almejamos as coisas que queremos. A avaliação é o processo pelo qual de terminamos se as coisas que desejamos devem mesmo ser desejadas. Ética e o método científico: o processo de avaliação é em última análise a aplicação do método científico em julgamentos morais. A hipótese a ser testada é se o que possui fa ct o value também apresenta ju re value. Falibilismo moral: em virtude do princípio da consequência, todas as valorações estão sujei tas ao princípio do falibilismo. Todos os fins morais seguem uma con tinuidade moral que sempre está sujeita a re visão e modificação. Não há moral absoluta. Assim, “os fins não justificam os meios”. Criticismo: o conceito de moralidade fundada no imperativo categórico (Kant) se estabelece na própria forma da razão em seu uso prático.
TEORIA DEONTOLÓGICA / NÃO CONSEQUENCIAL Nega que as consequên cons equên cias de uma ação ou norma são o único critério para a determinação da moral dessa ação ou norma. Ramo das ciên cias normativas, isto é, as que perguntam “qual deve ser o ente para que seja perfeito”, cujo ápice é a perspectiva ética.
É dividida em quat quatro class c lassif ific ica aç ões: õe s: 1. Extrema: as consequências boas ou más
intrínsecas a uma ação são totalmente irrele vantes para determinar se a ação é correta ou incorreta. 2. Moderada: as consequências boas ou más intrínsecas a uma ação não são os únicos fa tores observados para determinar se uma ação é correta ou incorreta; em alguns casos, essas consequências não têm grande importância. 3. Ato: cada situação em particular que requei ra uma decisão moral deve ser julgada caso a caso. Não há regras eficazes para guiar o com portamen port amen to ético. 4. Regra: há uma ou mais regras que servem como padrões, morais. As consequências boas que possam ter a violação de uma regra não importam. Alguns atos sempre estão errados.
Intuic Intuicionismo ionismo ♦ Teoria Ética de Moore - Principia Ethica (George Edward Moore 1873-1958) 1873-1958)
Conceito de “bom”: trata-se de uma quali
dade simples, não somente possuída por uma única coisa, mas por muitas. O caráter não analisável, não redutível e não natural de “bom” é a única coisa que, segundo Moore, pode dar um fundamento à ética. O ideal (bens intrínsecos): conduta universal mente associada ao que é bom. Dessa forma, a conduta produz mais bem do que mal ao mundo.
Como o bem depende de consequêcias, o co nhecimento do que é correto não pode ser in tuído imediatamente. O que é correto com relação ao dever e a obrigação: o correto promove um bem máximo, ao passo que o dever e a obrigação promovem o bem máximo. Muitos atos podem produzir o
mesmo bem, e portanto são igualmente corre tos, mas a obrigação vai produzir apenas um desses bens. Ao passo que no caso de um ato er rado proíbe-se cometer todos os atos desse tipo. Crítica: é difícil explicar imparcial e pondera damente como as pessoas podem ter intuições diametralmente opostas sobre um mesmo di reito herdado como, por exemplo, o aborto. ♦ Teoria da Obrigação Moral (Harold Arthur Prichard 1871-1947) 1871-1947)
Irredutibilidade de conceitos morais: morais: o ju st o e a obrigação são tão únicos e intuitivos como
o bem, e não podem ser determinados apenas em termos do bem. Justificativa para a obrigação: como as obri gações morais são evidentes por si só, a busca pelas razões são ilegítim as; e na n a verdade verdad e a fi losofia moral no senso comum não é possível. Crítica: como se explica a divergência entre os julgamentos julgame ntos morais de pessoas e g rupos diferen tes? Uma forma de explicar o assunto é afirmar que alguns indivíduos possuem um senso de obrigação moral mais desenvolvido que qu e outros. outros. ♦ Ética “Intuicionista” (David Ross 1877-1971) 1877-1971)
Os deveres prima fac ie são os deveres básicos. O intuicionismo refere-se aos deveres autoevidentes. O bem: uma qualidade simples, irredutível única e indefinível. O bem moral: um senso especial do bem que se aplica a ações, desejos, motivações e caráter - que desobriga o raciocínio sobre prin cípios morais básicos. O correto e o devido: a “adequação"de um ato a um conjunto de circunstâncias e situações não pode entender-se como uma propriedade de ações, mas sim como algo relativo aos agentes. O correto e o devido de um ato são condições para um sujeito atuar ou deixar de atuar. atuar. Não é corre to dizer que um ato deveria realizar-se, realizar-se, por outro lado, um sujeito tem a obrigação de realizá-lo. realizá-lo. O correto, o devido e o conceito de pri ma fa d e : o correto correto prima fac ie é a tendência que um
ato tem de estar correto. O conhecimento do é imediato e intuitivo mes mo que ele seja ocasionado por circunstâncias particulares. partic ulares. O correto total geralmente envol ve cálculo e é menos exato. Dever e obrigação: diferencia-se de “correto” principalm prin cipalm ente porque porq ue o direito envolve alter nativas ou ações que não necessariamente de vem ser feitas. feitas. Crítica: classificar valores morais em níveis como obrigações, deveres, direitos e até níveis para o bem, é, no final das contas, tão co mple mp le xo que a teoria acaba sendo impraticável. correto correto prima fac ie
METAFÍSIC ÍSICA A - PARTE I Princípios universais
Ciência do ser enquanto ser, que se ocu pa da natureza nature za última últim a do que existe, a Meta física questiona o mundo natural “de fora", fora", por assim dizer, e suas questões ques tões que não po dem ser abordadas pelos métodos da ciência. Apresentou-se em sua história sob três for mas fundamentais, a saber: como teologia; como ontologia; como gnosiología. 2
TRÊS QUES QUEST TÕES QUE QUE PRO PROBLEMAT EMATIZAM A MET METAFISIC FISICA A Todas estão conectadas pela lógica e se apoiam ou se anulam reciprocamente: 1. A questão ontológica - “O que existe existe na na rea lidade que se ajusta aos conceitos universais?” “Os princípios universais existem? conceitos 2. A questão psicológica - “Como os conceitos universais são formados na nossa mente?” “Como pode 3. A questão epistemológica - “Como mos “conhecer/saber” qualquer coisa sobre a realidade?”
DIVISÕES DIVISÕES TEÓRICA EÓRIC AS Realismo Os princípios universais existiriam mesmo se não houvesse mentes para compreendê-los. As coisas são chamadas de x porque são ,r.
Conceitualismo Os conceitos universais existem na medida em que existem mentes para compreendê-los. As coisas são chamadas de x porque porqu e são con sideradas x. Problema: os conceitos universais existi riam se houvesse pensamento não verbal e não linguístico?
Nominalismo Os conceitos universais existem porque existe lógica na dou trina das palavras. Não existiriam existiria m conceitos conce itos universais univers ais se as as sociações mentais ocorressem, mesmo com a au sência da linguagem. As coisas são x porque são chamadas cham adas de x, embora sob o ponto de vista positivo, o nomina lismo admita que o universal ou conceito é um sinal dotado da capacidade de ser predicado de mais coisas.
OBJET BJ ETOS DE EXEMPL EXEMPLIFIC IFICAÇ AÇ ÃO MÚLTIPLA Conceito universal Objetos de exemplificação múltipla; tais no ções como propriedade, ação, relação e espécie, pressupõe press upõem m uma ontolo gia de objetos objeto s de exem plificação múltipla.
Realismo metafísico platônico Objetos diferentes de uma lista podem entrar em uma e na mesma relação: 1. Objetos diferentes podem po ssu ir uma e a mesma propriedade. 2. Pessoas diferentes podem ter a mesma atitude. 3. Coisas diferentes podem pe rte nce r a uma e a mesma espécie. Todos esses casos podem ser considerados como exemplificação múltipla; o que é conjun tamente possuído, apresentado, parte ou perten cente é um conceito universal.
DEFESAS DO REALISMO BASEADO EM TERMOS ERMOS SING ULA ULARES RES ABST BSTRATOS RATOS As expressões (“humanidade”, “azul”) são termos singulares abstratos, ocupam um papel específico e seus referentes parecem ser concei tos universais.
Contextos que contêm termos singulares abs tratos podem ser transformados sem perda de conteúdo em contextos nos quais termos singula res abstratos são trocados por termos predicados correspondentes; ex. “sábio” —> “sabedoria”, etc.
Resumão
• Resposta: transformação do conceito de ne
cessariamente X a “necessariamente todas as coisas X” não é plausível, pois não há contra dição decorrente da negação “de todas as coi sas X”. O esquema não funciona para todos os termos abstratos e é incompleto.
Objeção da teoria do “objeto explodido” Embora termos singulares abstratos não devam ser elimináveis via esquemas de transformação sintática, eles devem ser reduzidos aos seus pró prios referen tes que qu e não são con ceitos ceit os un iversais. Tal referente seria um “objeto explodido”, cujo objeto seria uma partícula global com característi cas e que foi distribuída numa região espaço-tem poral descontín desc ontín ua do mundo mun do que é co mpo sta por todas essas propriedades que o termo indica. • Resposta: essa visão é deficiente pois, a prio ri, exclui-se a possibilidade de entidades não especiais abstratas.
Objeção da referência aos tipos Termos singulares abstratos se referem a tipos de objetos e não se referem a objetos metafísicos chamados universais. • Resposta: isto resultaria em tipos estendi dos que seriam referidos por termos abstra tos idênticos. a) Claramente falso: falso: termos singulares abs tratos como “ter um coração” e “ter um rim” têm predicados (“tem um coração” e “tem um rim”, respectivamente) que se aplicam a tipos estendidos, mas termos abstratos correspondentes não se referem ao mesmo objeto (pois coração e rim não são o mesmo órgão!).
Objeção dos tipos de indivíduos Reinterpreta termos singulares abstratos como tipos de propriedades individuais. • Resposta: a reinterpretação acima é sufi ciente apenas em alguns casos, ou seja, per manecem as exceções: a) Esvaziamento dos termos predicados: é o caso das entidades fictícias fictícias (ex: dragão, uni u ni córnio, anjo, etc); trata-se, outrossim, de uma entidade abstrata simples que corresponde a todos os predicados vazios. Portanto, “ser um demônio” e “ser um anjo” possuem um referente idêntico - mas isso é falso. b) Predicados plenos: no que se refere aos pre dicados plenos surgem dificuldades análogas análogas (duais), por exemplo: exemplo: "estar "esta r no universo”.
DEFESAS DO REALISMO BASEA BASEADAS NA SEMEL SEMELHANÇ HANÇ A Afirmações do tipo “X se assemelham a Y” e estão sempre incompletas à medida que não apre sentam um senso determinante definido. Quando se objetiva chegar ao senso, deve-se expli car em que os objetos similares se parecem; isto só se alcança propondo algum conceito universal que cor responda ao que o objeto conjuntamente exemplifica. • Resposta: a Suposta universalidade da rela ção de semelhança não supõe a imperfeição das reivindicações da semelhança.
DEFESAS LING LING UÍST UÍSTICA IC AS DO REALISMO Discussão da predicação Expressões predicativas de proposições verda deiras possuem referência e seu referente deve ser identificado com conceitos universais. Mediante um termo predicado X que pode ser aplicado a uma classe de objetos {a, b, c, ... n¡, decorre-se outras possibilidades que indicarão indicarão um conceito universal, “U” , o qual a, b, b, c , ... n podem se apresentar como d emonstração ou exemplos.
Objeções e respostas A incoerência da exemplificação
a) O universo é mostrado e identificado por objetos físicos diferentes e diversos, e ain da é uma entidade singu lar unificada unificada - o que sugere que o universo existe em luga res diferentes ao mesmo tempo, embora não seja possível a comprovação dessa ar gumentação ou do fato. b) Resposta: isso apenas demonstra que os conceitos universais não são espaciais mas suas infinidades de aplicações e concreto são espaciais; em segundo lugar, os con ceitos universais universais podem ser compreendidos como algo que subexiste subexiste em um modelo d i vidido espacialmente.
Objeção: as declarações acima são complexas e de difícil difícil resolução - parece não haver con tradição em que dois ou mais objetos diversos possuam poss uam exatament exata mentee as mesm as características caracte rísticas , entretanto, um objeto material pode sofrer trans formações com respeito a uma ou mais de suas proprieda prop riedades des e ainda ain da possuir pos suir sua identificação. identific ação. A dissolução do pressuposto da individuação desa parece parec e com o princípio princ ípio da prioridad prior idadee ontológi onto lógica ca da substância comum.
Partic Particulares ulares revela revelados dos
Características secundárias do particular pro movem a individuação dos particulares. Objeção: é redundante, já que a localização espaço-temporal diferente de cada material é su ficiente para garan tir sua diversificação. A objeçã o de regressão (remontage m dos Resposta: as diferenças espaço-temporais efeitos às causas) pres supõem sup õem mais do que explic am as diferen ças a) Dado um conjunto de objetos e os conceitos conceitos e possibilidades múltiplas ou diversificação. Objeção: o particular revelado é epistemoló universais que eles exemplificam, a relação de “exemplificação” regressa a uma relação gicamente suspeito devido ao fato que eles não possuem pos suem característi carac terísticas cas diferen ciáveis ciáve is (como (com o o intermediária chamada "similaridade”, mas a conexão entre essa predicação interme númeno kantiano) e tampouco podem ser expe diária entre os efeitos e as causas precisa ser rimentados ou concebidos. estabelecida através da apresentação de um Essencialismo intermediário de ordem maior. Esse proces so poderia ser repetido infinitamente, culmi A distinção tem de ser feita entre as caracte nando numa regressão viciosa. rísticas essenciais e acidentais dos particulares. bjResposta: esse regresso não é vicioso nem Característica “essencial”: é inconcebível real porque como o predicado repetido é que um particular não tenha algo e ainda assim pro duzív du zív el sin tatica tat ica me nte, nt e, o con teú do se se perm aneç a sendo um e o m esmo objeto. Objeção: o exemplo contrário da tradição da mântico de cada predicado é indistinguí vel dentro dentro dessas repetições - portanto portanto Filosofia Analítica de Willard Van Orman Quine não se inicia nenhum regresso que apre (1908-2000): defende uma forma de holismo se sente significado. mântico que se caracteriza pelo fato de que todas A objeção da circularidade as teorias (e as proposições derivadas delas) estão a) Realista: termos predicados aplicam-se a subdeterminadas por dados empíricos ou sensoobjetos diferentes porque cada um exempli riais justificáveis ou contraditórios. Dessa contra fica um objeto e um mesmo conceito uni dição do essencialismo, surge, por exemplo: . Sl: “eticistas “eticistas teólogos teólogos são são necessariament necessariamentee versal. A forma realista deve identificar o conceito universal supondo a aplicabilidade teístas, mas não necessariamente bípedes.” do termo predicado sem referência reversa • S2: “corredores são necessariamente bípe des, mas não necessariamente teístas.” ao termo predicado respectivo. Dizer que as coisas são chamadas X porque porq ue demonstram demo nstram • S3: “Bete é eticista teóloga e corredora.” conceitos universais X é circular. • Portánto: Portánto: 4: "Bete é necessariam ente teísta e não necessariamente bípede e ainda ne b) Resposta: a critica confunde o uso e a men cessariamente bípede e não necessariamen ção de uma palavra, e portanto não há circu te teísta.” laridade na definição. E então, a partir do (4) concluímos erronea A objeção à teoria de grupo mente que Bete não existe porque sua descrição (Ludi wig W. Wittgenstein 18 89-195 1 ) a) Certos termos gerais não possuem um nú (3) gera uma contradição! perman ece se “essencial” “essen cial” Resposta: a crítica só permanece cleo referente ou um denominador semân tico comum. for interpretado como uma coisa necessária jus b ) Resposta: a crítica não se aplica a todas as tificável; a contradição não se estabelece quando ocorrer uma constatação do dito necessário. necessário. expressões predicativas. c) Em última instância, todas as expressões predic ativas culm inam em predicad pred icados os bási bás i cos que devem ser fundamentados em uma O PROBLEMA PROBLEMA MENTE - C ORPO RPO ontologia formada por objetos de exemplifi cação múltipla. Questões preliminares que se relacionam dire tamente ao problema proposto: 1. Como interpretamos a relação entre o físico e a mente? 2. Como é possível existir cognição e sensação Particulares se o materialismo estiver correto e apenas as substâncias físicas existirem? 3. Como um cérebro - um órgão puramente fí O PRO PROBLEMA DA INDIVIDUAÇ INDIVIDUAÇÃ ÃO sico - “possui” pensamentos e sensações sensações que aparentemente são fenômenos mentais? É o problema da constituição da individua Doutrina Doutrinas s filosó filosófic fica as lidade a partir de uma substância ou natureza comum.
METAFÍSIC ÍSICA A - PARTE II
Q uantidade uantidades s e agr a grupament upamentos os Realista: o objeto não é mais do que o total de características associadas a ele. 1. O objeto não é mais do que uma quantidade ou agrupamento de propriedades. 2. Pela lógica é impossível que dois ou mais particula parti culares res po ssuam ssu am ex atamente atam ente as mesmas mesm as propriedade propri edades. s.
Dualismo tradicional - mente (alma) e corpo
Duas substâncias distintas constituem a rea lidade, sendo que nessa doutrina é possível falar-se de duas categorias distintas - uma vez que cada uma delas é definida justamente por exclusão da outra: a) física (temporal e extensão espacial); b) b ) mental (magnitude profunda, temporal e sem expansão espacial).
Dualismo interativo interativo cartesiano - consti tui-se no paradigma para todo dualismo A experiência manifesta interação entre o físico e o mental. Ao se separar comple tamente a substância pensante da extensa, esta última tica, por assim dizer, “libera da” para ser tratada de modo puramente mecánico. A alma é exatamente o contrá rio de urna máquina, mas o corpo funciona mecanicamente.
SOLUÇ SOLUÇ O ES PRO PRO POST POSTAS Ocasionalismo
Realismo
Teoria da identidade
(George Berkeley 1685-1753)
Fenômenos cerebrais (fenômenos físicos) são idênticos a estados mentais. Objeção; sentido e referência: dois termos pode m ser coex tens ivos (x = y) mas isso não implica que apresentem o mesmo sentido ou signifiquem a mesma coisa. Objeção: identidade e predicação: se duas coisas são estritamente idênticas, compartem os mesmos conjuntos de predicados. Com esse princípio, as sensações e os estados ce rebrais não são idênticos. Resposta: estados cerebrais causais podem “causar” sensações resultando-se em efei tos. As dificuldades anteriores são elimina das, pois as sensações e os estados mentais são respectivamente causas e efeitos, e não a mesma coisa. Objeção: a aceitação inconteste dessa teoria pode fazer ressurgir os problemas referentes ao epifenomenalismo: como um pro ce sso físi co pode "ca us ar ” , “pro duz ir" ou “suscitar” uma experiência não física?
Aceita o empirismo de John Locke, entre tanto não aceita a passagem dos conhecimen tos absorvidos pelos dados da experiência para o co nce ito de subs tânc ia mate rial. Assim, uma substância material não pode ser conhecida em si mesma. Dessa forma, o que se conhece sintetiza-se nas qualidades apreendidas durante o processo perceptivo da relação sujeito-objeto.
Fenomenología (Edmund Husserl 1859-1938) 1859-1938)
(Nicolas Malebranche 1638-1715 1638-1715)) O físico e o mental nunca interagem. A intervenção se dá através da intervenção de Deus em uma ocasião apropriada. Deus faz com que essa lacuna lógica e transcenden te entre o físico e o mental seja uma experiên cia plausível. Por exemplo: numa “ocasião” em que o telefone esteja tocando perto de um determinado sujeito. Deus interfere fazendo com que a sensação simultânea ocorra, es tabelecendo o contato com o que ouve. No caso, a plausibilidade ao se ouvir o som do telefone consiste-se em interferência de Deus. Objeção: não há garantia para a pressu posi ção de que exis te Deus e que a natu reza de Deus apresente capacidades exclusivas mútuas. Ou mesmo que a ideia Deus seja res ponsá vel pela inter ferên cia em dete rmin ado sujeito em dois meios, a saber: o espacial e o não espacial.
Paralelismo (Gottfried (Gottfrie d Wilhelm Leibniz 1646-1716)
No início dos tempos, os fenómenos mentais e físicos foram postos em ação em sincronia paralela exata: existe apenas uma aparência ilusoria de interação; mas é essencialmente um perfeito ajuste na sincro nia dos fenômenos. Assim, na perspectiva da sincronia dos fenómenos, podemos dis tinguir as verdades de razão e as verdades de fato. As primeiras enunciam que uma coisa é, necessária e universalmente, não podendo de modo algum ser diferente do que é e de como é. Portanto, é inata. As segundas de pen de m, ne ce ssa ria m en te, da ex pe riê nc ia, poi s são ori un da s da pe rce pç ão , d as ide ias e da memória. Com efeito, Leibniz ensina que o mundo consiste só de mónadas (pontos, forças, almas e indivíduos) e suas ideias, e de mais nada. As mónadas juntas consti tuem o todo harmônico do mundo. Há uma multiplicidade de mónadas, uma ao lado da outra no espaço. Objeção: isso pressupõe um mecanismo que se torna responsável pela iniciação das sequências causais que regulam e mantêm os fenômenos físicos e mentais sincro nizados em pãralelo. Isso se exemplifica pel a co nt rad içã o que ex ist e en tre a ide ia de harmonia preestabelecida, que implica um determinismo, já que Deus estabeleceu de antemão o curso de tudo, e o reconhecimento do livre-arbítrio humano.
Materialismo (Thomas Hobbes 1588-1679)
Apenas substâncias materiais têm exis tência. Assim, essas qualidades das substân cias ou propriedades da matéria são percebi das de forma dissociadas. Não há interação porque toda a reali dade é no final mat eria li zada; não há problema, pois a interação não
O questionamento da suposta existência dos objetos desvinculada de sua própria conscientização deve ser desconsiderado. A busca por uma relação com a “coisa” em uma perspectiva “universal” se apre senta como o desafio da fenomenología. A imersão nos meandros da experiência pos sui sui uma característica irracional. De fato, os princípios de uma fenomeno logía nos lançam à caracterização dos mo dos pelos quais, no âmbito da consciência, nos relacionamos com o “aparecer” da coi sa em si. E é importante frisar que essa consciên cia se caracteriza como uma relação livre com a coisa. Assim, o status ontológico de objetos transcendentes da consciência deve ser mantido em suspensão epistêmica. Devemos manter o foco num esfor ço descritivo para entender a natureza da consciência por ela mesma como uma consciência não adulterada (desvinculada da especulação sobre a realidade hipotéti ca dos objetos).
COMPROMISSOS ONTOLÓGICOS Finalidade: Quine oferece um critério para esclarecer os compromissos ontológicos reais de uma teoria. Entretanto, esse critério não ju lga a c orre ção das teor ias rivais . “Ser” significa ser o valor de uma variá vel: se as pressuposições de uma teoria são verdadeiras, então ela deve estar compro metida exclusivamente com as entidades às quais as variáveis vinculadas da teoria podem tratar efetivamente.
A FILOSOFIA DA LINGUAGEM
Dualismo não redutivo (Epifenominalismo) Embora apenas a substância material te nha existência em certas configurações de suficiente complexidade (por exemplo, o cérebro humano), essa substância apresen tará estados específicos (exemplo: certos pro ce sso s ne ur oló gi co s), que pro duz em um fenômeno secundário dependente, não explicável ou reduzível a processos físicos (exemplo: sensações, pensamentos). Objeção: é um conceito incoerente afir mar que um processo material possa produ zir um fenômeno secundário não explicável em termos físicos, mesmo que esse mesmo fenômeno exista e seja originado em decor rência de uma matéria física.
Dualismo redutivo materialismo eliminatório ( Beh av ior ism o) Todos os fenômenos mentais são reduzí veis no final a processos físicos; todos os argumentos da existência dos fenômenos mentais podem ser eliminados pela sim pli fic aç ão dos ar gu me nto s dos pr oce sso s físicos inerentes. Isso significa que, diante da investigação e a descrição de processos ps íq ui co s, po r ex em plo , o uso de qua lqu er recurso como pensamentos, sentimentos, afetos que estão sob a égide da subjetivida de seja descartado. Objeção: duas pessoas podem estar em uma mesma situação fisiológica e interpre tá-la de forma completamente diferente; exemplo: duas pessoas estão passando por sintomas fisiológicos de ansiedade. Uma interpreta isso como “medo” e a outra como
Wittgenstein
O
TRA C TA TUS
A teoria da imagem do significado: re fere-se a uma proposição que se estabelece por int erm édi o de um a imagem lógica da realidade ( Isso Isso se dá po r int erm édi o de se n tenças aforismáticas que são alinhavadas com números decimais. Notamos, então, o uso e emprego de conceito s e sinais form ais da lógica matemática). O modelo dessa re pre sen taç ão lóg ica é algo que a prop osiç ão “mostra” e não “diz”. Mostrar e dizer: a “sensação" de uma pr op osi çã o se dá at rav és das for ma s pel as quais as condições verdadeiras daquela pr op osi çã o são esp ec ific ad as. Um a pr op o sição mostra o seu sentido - mostra como as coisas se posicionam se fossem verda deiras - e diz que elas são assim. A forma lógica de uma proposição só pode ser exi bi da , de m on str ad a ou rev ela da pel a pró pri a pro po siç ão . As sim , ela não pod e ser dit a, po de nd o-s e ass im afi rm ar que um a pr op o sição não pode dizer qual é a sua própria fo rm a. O que po de ser de mo nst rad o não po de se r d ito . Os limites da linguagem e do mundo: "os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo". Decorre-se dessa afirmação de Wittgenstein duas perspectivas de análise: a) A linguagem que se possui é manifestação dos limites do próprio mundo: b) Por out ro lad o, o mun do não pod e ser li mitado à linguagem. Doutra forma, não po demos usar a linguagem para definir os limi
Resumão
J OGOS OG OS DA LINGU INGUAGE AGEM M Aparência: uma palavra não pode ter um significado essencial único que possa ser de rivado de uma análise lógica. Similaridades, dentro de uma estrutura solta e sobreposta, são o que caracterizam o uso de uma palav ra e seu significado correspondente. Por exemplo: na palavra “jogo”, não há nenhuma conotação de propriedades que sejam essenciais a todos os jogos, mas sim um conjunto de semelhan ças em uma continuidade de atividades que normalmente são chamadas de “jogos”. Significado e uso: não há uso fundamen tal ou único na linguagem. A linguagem apresenta muitos usos (exemplo: o uso poé tico, o uso interrogativo, o uso afirmativo, o uso m etafórico, etc.). Jogos de linguagem: há tantos jogos de linguagem quantos usos de linguagem ou formas para usar sentenças. O uso de uma pala vra na estr utu ra de um a ling uag em pos suirá um significado próprio. Não se pode “interpretar” diretamente uma sentença so bre qual uso ela re pre sen ta. A ssim , pa ra uma ampliação da interpretação, o contexto pre cisa ser conhecido. Questões empíricas: algumas vezes, o que parece ser uma ques tão emp írica (exemp lo: "As máquinas podem pensar?”) é de fato uma questão que almeja esclarecimento grama tical em relação à frase. Usualmente, não se pode dar definiçõ es por caus a das inad equa ções das análises, mas sim porque a definição "real" não é existente (como quando caracte rizada pelo uso linguístico). A autonomia da gramática: a construção da linguagem é um produto da atividade huma na. A adoção adoção de certa gramática ou regras gra maticais não se dá por causa das regras supe riores, mas sim por causa das convenções. As razões para a gramática só podem ser dadas através dos jogos de linguagem. Não linguagem. Não pod emos usar a linguagem para sair da sair da linguagem.
1. “Verdades” e “verdades evidentes” por si só, como as da geometria e da lógica, precisam prime iro ser apreend idas através de expe riências empíricas, seguindo o princípio da parcimô nia; ap enas atrav és das ex periências sensíveis que se dão pela responsabilidade sobre as ideias da razão e pelo controle do trabalho da própria razão. 2. A diferença entre a verdade analítica e sintética de uma proposição não é qua litativa, mas sim observada em graus de veracidade. 3. A diferença em níveis trata de níveis de con vicção com relação ao conceito da verdade. 4. Em formulações mais radicais (como as de Quine) essa proposta abandona a distinção sintético-analítica. Problema: essa visão é questionada pelo idealismo, pois apenas a realidade reconhe cida é a que se estabelece como percepção imediata e realidade do mundo externo, se separando dos dados sensoriais imediatos, constituindo-se constituindo-se como duvidosa.
A esc esc ola es e sc oc esa: sens senso o comu c omum m Tese primária: essencialmente se esta beleceu com o reação ao cetic ismo de David Hume. O senso comum restaura a prima zia ontológica dos objetos através do apelo consensual, devolvendo o apelo aos objetos pos suido res d e ev idên cia próp ria e aberto s ao entendimento e compreensão de todos. O status da mente: postu la-se que a mente é um agente ativo para o processamento de uma multiplicidade de associações. Alcança-se essa organização e o seu respectivo pro cessamento p elas várias leis de sugestão como semelhança, contraste e unidade temporal. Contribuição primária: primária: com a apresenta ção da noção da mente como um agente ativo de organização e processamento, a Escola Escoces a prep arou os prime iros fun dame ntos para o idealismo transcendental de Kant.
Idea lismo lismo transc nsc endental endental (Immanuel Kant) Kant)
EPIST ISTEMOLOG IA Teoria Teoriass do conhecimento
Rac ionalismo ionalismo (Platão e René Descartes ) Se alguém realmente sabe algo, então ele não pode em última análise estar errado so bre esse algo. O conh ecim ento emp írico está sempre sujeito a erro; nunca pode ser quali ficado como conhecimento, mas sim como crença ou opinião. Platão, por exemplo, distingue quatro graus de conhecimento, que vão do inferior para o superior: crença, opinião, raciocínio e intui ção intelectual. Para Descartes, o conhecimento verdadei ro é puramente intelectual, ou seja, parte das ideias inatas e controla as investigações fi losóficas, científicas e técnicas. De qualquer forma, a fonte de conhecimento verdadeiro é a razão. Problema: essa visão faz da ciência algo impossível. As alegações do conhecimento científico empírico são consideradas suspei tas e erradas.
Empirismo (John Locke, Berkeley e David Hume ) Todo conhecimento é derivado da experiên
Teoria e convicção da precedência das ideias gerais e sua elevada realidade perante as coisas isoladas. O conhecimento é resul tado da interação combinada entre intuição (dados sensoriais primitivos) e categorias de conhecimento (conceitos). As intuições sem conceitos seriam cegas, os conceitos sem in tuições seriam vazios. Trata-se da capacidade que o sentido tem de conhecimento. Os sen tidos e somente eles, nos fornecem intuições, isto é, representações imediatas de objetos individuais. Entretanto, os sentidos nos trans mitem sensações, mas há algo em nós que ordena as sensações, e de fato as ordena de um modo bem determinado: em uma unidade espacial e temporal.
C eptic eptic ismo ismo 1. Cepticismo epistemológico: se S se sabe está absolutamente certo de que P, então S está não se engana com respeito a P. Mas en S não tão S tem de descartar infinitas formas de que S possa estar enganado. E impossível que S descarte descarte infinitas séries de possibili dades em um espaço de tempo finito. Por tanto, S não não pode nu nca ter a certeza de que não está enganado. E então, S nunca nunca pode S não dizer que se sabe P. 2. Alcance do cepticismo: a) Global: aplica-se a todas as proposições supostamente conhecidas ou que possam ser conhecidas e a todas as proposições justificadas ou que possam ser justificadas,
b ) Moderado: ligeiramente mais reduzi do que o cepticismo global. Quase ne nhuma pro po siçã o é con hec ida ou pod e ser conhecida e é justificada ou pode ser just ifica da. c) Local: alguns tipos específicos de propo sições não são conhecidas, ou podem ser conhecidas ou justificadas ou podem ser justif icad as: exem plo, pro posiç ões sobre o mundo externo, a existência de outras mentes, etc. 3. Força do cepticismo: a ) Grande: nenhuma proposição é ou será um dia conhecida. b ) Moderada: nenhuma proposição é co nhecida de fato (contingência). c) Fraca: nenhuma proposição é ou será conhecida com certeza.
C rític ítica a do d o cepti c eptic c ismo ismo A negação da tese pela própria tese: é ab surdo dizer que se sabe que nada é sabido (ou conhecido), pois dessa forma se saberia pelo menos que não se sabe nada - uma contradi ção; ou não se sabe que nada é sabido sabido - uma negação do cepticismo. A tese inicia uma regressão infinita: o cepticismo exige que haja o comprometi mento a uma série de afirmações metaepistêmicas do tipo; “5 sabe que S sabe que S sabe... que P ". Isso ". Isso estabelece uma condição impossível de facto par a o con hec ime nto . Na ver dad e, isso po der ia sus ten tar que de fato S conhece sempre todos os tipos de P (porque S não não está enganado sobre P), mas S não pode afirmar legítimamente conhecer P (porque S não não pode eliminar todas as possi bili dad es de que est eja eng anad o). Razões para a ruína da tese pela tese: as mesmas premissas usadas para chegar às conclusões do cepticismo propriamente dito se tornam suspeitas e duvidosas baseadas na pró pria conc lusão em que chega m. Portanto, paradoxalmente, a força do ar gumento usado para defender uma tese céptica vai variar proporcionalmente de acordo com a própria tese!
Fundacionalismo Algumas proposições não são justificadas pela inferên cia. Qua lque r prop osiçã o ju sti ficada, mas não justificada pela inferência, apresenta pelo menos uma cadeia ancestral de justifi cativa de um a pr opos ição a outra p rop o sição (ou dela mesma) que não é justificada pela inferên cia. E por con sequ ência, os tipos de proposições que não são justificadas pela inferência formam o fundamento de todas as justifi cativ as por infer ência (pela form a de suas cadeias ancestrais). Problema: o fundacionalismo justifica como proposições não justificadas pela in ferência por uma pessoa num determinado tempo. Esse problema depende de como certezas empíricas são compreendidas, o que é determinado pela maneira como se entende e explica a relação arraigada entre linguagem e experiência não linguística que ela descreve.
Teor eo ria da c orrespondênc espondê ncia ia A verdade da proposição corresponde a um correlato da realidade empírica. Daí o ditado de Alfred Tarski: “A neve é branca”. Isso é verdade se, e somente se, a neve for branca; ou seja, uma proposição é verdadeira se, e so mente se, ela corresponder à realidade que ela aparenta descrever. descrever. Problema: como se comprova que uma pro po siçã o “co rre sp on de ” à rea lidad e?
Resumão
Coerência A justificativa para uma crença não justificada pel a inferê ncia é a crença de que ela tem coesã o (em condições de consistência) com outras cren ças num sistema de crenças. Problema: a circularidade na coerência da teo ria parece ser uma circularidade complexa: como uma teoria pode evitar ser acusada de teoria vazia? Resposta: a objeção afirma que é possível, lo gicamente, que dois sistemas de crença incompa tíveis sejam em sua estrutura interna, tanto coe rente como consistente. Entretanto, esta é uma suposição falsa, pois seria logicamente possivel apenas em um mundo onde nenhum sistema ti vesse correspondência com a realidade. Exem plo: dois sistem as de crenç a mística . Mas essa argumentação ignora o fato de que a intenção do proje to epist êmic o seja con ectar a crença com realidade numa tentativa de assegurar as afirma ções sobre verdade e conhecimento.
Pragmatismo (William James, John Dewey e Charles S. Peirce)
A verdade sobre algo é a opinião que é predes tinada a ser aceita por todos os que investigam essa matéria. O pragmatismo é uma “postura que se abstrai de coisas primeiras, princípios, categorias e su pos tas neces sida des e se dirig e para coisa s últi mas, frutos, consequências e fatos”. Problema: o característico no pragmatismo é seu conceito particular de verdade: utilidade, va lor e resultado são os critérios da verdade. • Presume que a verdade não pode ser adquiri da por outros meios diferentes da investigação (exemplo: por critérios “místicos”). • Ignora a possibilidade de que que o consenso entre entre os pesquisadores possa ser alcançado apenas temporariamente, sendo que posteriormente venha a desaparecer mediante o surgimento de novas supostas provas.
REA REALISMO DE SENSO ENSO CO C OMUM Panorama da teoria ( G.E. Moore)
As proposições de senso comum: G. E. Moo re defende que certas proposições são conhecidas com absoluta clareza - se considerarmos que ab soluta clareza apresenta um limite de certeza de monstrado por pessoas comuns na aceitação de al guma verdade ou afirmação. afirmação. Desse modo, o senso comum, segundo Moore, aceita a verdade de uma afirmação como “a existência de objetos mate riais” e “a existência dos atos de consciência”. A questão da análise: deve-se fazer uma dis tinção entre a análise de uma afirmação de conhe cimento e uma compreensão comum de tal afir mação. As dificuldades na primeira situação não ocorrem, necessariamente, na segunda situação. situação.
C rític ítica a da teoria teoria ( Wiitgenstein)
Na fundamentação da crença bem funda mentada está a crença não fundamentada: Moore usa a frase “Eu sei que X é verdadeiro” inapropriadamente. As afirmações que o realis mo de senso comum aprova não podem ser en tendidas pelo sentido normal. Em vez disso, elas prepar am os fund amen tos para toda s as outras afirmações da nossa “visão de mundo”. Sobre a certeza: para qu esti ona r se algu mas pro po siçõ es são duv ido sas, não se po de du vida r das outras. Essas proposições anteriores for mam o ambiente para que a dúvida exista como pos sib ilid ade , mas elas não são de form a alg u ma inalteráveis.
O conjunto de crenças anteriores: essas crenças que são isentas de dúvida (contingência), não são um conjunto de axiomas dedutiveis. Em vez disso, elas formam uma coleção de pressupo sições soltas sobre o mundo que gradualmente e ao mesmo tempo são aceitas como verdadeiras.
ANÁL ANÁ LISE ISE TRADICIO DIC IONA NAL L: C RENÇA NÇ A VERDADEIR VERDADEIRA A J UST USTIFIC IFICA ADA Uma pessoa, S, conhece uma proposição, Y, se e somen te se: 1. Y for verdade iro; 2. Se S acredita em Y; Y; 3. Se Y é justificad o por S. Além disso, 1 e 3 são considerados necessários e suficientes para a proposição “S conhece Y”. Crítica: o exemplo contrário de Gettier; a análi se tradicional é inadequada como revela o seguinte exemplo de Gettier: o agente, Alberto, possui evi dência adequada para a seguinte conjuntura: a) “Bete quer que eu me case com ela e ela ela tem dez moedas no bolso.” Alberto acredita justifi cadamente na associação de a porque: a 1) A mãe de d e Bete, que é uma pessoa totalmente con fiável, fiável, disse que q ue a filha que r ser sua esposa. a2) Alberto contou as moedas que estão no bolso de Bete: dez. Consequentemente: a) acima faz supor que: b) a m ulhe r q ue que r s er es pos a de Alberto tem dez moedas no bolso. Alberto vê que a supõe b. a e b fazem sentido, e aceita b. Portanto, jus tific a-se que Alb erto acred ite em b. Con tudo, há um fato que Alberto desconhece: Uma outra mulher chamada Adriana quer se casar seriamente com ele e, coincidentemen te, também tem dez moedas no bolso. Conclusão: embora b seja verdade e Alberto just ifica dam ente acred ite em b, Alberto não co nhece b por c ausa de o utras variáveis . Portanto , a análise puramente tradicional é inadequada. Objeção: exemplos do tipo de Gettier não se apoiam em princípios plausíveis. O princípio da dedução para a justificativa: para qualquer proposição, Y, se éjustificado S, acre ditar em Y, sendo que Y supõe supõe Z, e S deduz deduz Z de V, e aceita Z como resultado de sua dedução, então é justificável S aceitar Z. O problema é que enquanto Y (ou al acima) é verdade para um exemplo especí fico, Z (ou a2 acima) é uma proposição geral cujas condições verdadeiras podem ser satisfeitas de vá rias formas (algumas apenas coincidentemente). Portanto o Princípio d e Dedução p ara a Justificativa deve ser rejeitado como princípio, e isso anula os exemplos de oposiç ão de Gettier. Resposta: a objeção recai no seguinte princípio (P): P: é justificável que uma pessoa S acredite acredite em uma proposição Y, apenas se S tiver tiver justificativa para acre ditar n o esta do das c oisas que realmen te fazem, ou fariam Y verdadeiro. verdadeiro. O princípio P não pare ce mais plaus ível intui tivam ente que o P rin cípio de Dedução para a Justificativa.
ANÁLISE ANÁLISES S DE RAZÕES RAZÕES CONC CO NCL LUSIVAS IVAS A pessoa S tem conhecimento de Y se, e ape nas se, não for de nenhuma maneira coincidente ou acidental que S esteja certo sob re Y. Objeção: a afirmação acima deixa em aberto a pergunta sobre o que significa coincidência. Con forme o exemplo da situação anterior, Bete e Adria na podem ter inventado juntas a situação intencio nalmente para “enganar” Alberto, mas isso dificil mente faria com que Alberto acreditasse em 2. Resposta: condição causal: o que é necessá rio para se ter razões fortes para a conclusão: a pes soa S sabe que Y com base em prova E, ape nas se for logicamente impossível que a prova E seja verdadeira enq uanto Y é falso. Se a prova de garante pela lógica que Y é é verdadeiro, dificil S garante mente será acidental que S esteja esteja correto sobre Y. é verdadeiro não por acidente. S é
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Objeção: os comentários acima são tanto fortes como fracos em relação às exigências necessárias: a) Fortes porque excluiriam qualquer prova indu tiva e razão baseada nela. b) Fracos porq ue devem haver inúm eros casos onde um teorema de lógica estritamente dedutível é aceito baseado em prova de um especia lista, prova esta errada. Resposta: condição causal: a pessoa S sabe que Y somente somente se for casualmente, ou fisicamen te, impossível que a prova de S seja verdadeira enquanto Y é é falso. Objeção: essa proposição também é tanto fo r te como frac a. a) Fraca porque Y pode ser uma lei d a física. S acredita em Y baseado em trabalhos de um ga nhador do prêmio Nobel, porém as convicções do físico foram baseadas em provas falsas. Mesmo sendo impossível que S tenha a prova que tem e que Y seja falsa, não se pode dizer que S conhece Y. b ) Forte porq ue se Y for for uma proposição contin gente que descreve um tema atual H, então em muitos casos onde uma pessoa tem o conhe cimento de Y, fatos contrários a essa situação pode m ser in duzid os para torn ar F falso, ainda se as provas que fizeram com que S acreditasse acreditasse em Y continuarem continuarem existindo existindo - mesmo que as leis da natureza não sejam violadas.
TEORIAS EORIAS CAUS C AUSAIS AIS Uma pessoa S pode dizer conhecer Y apenas se for realmente fato que Y está conectado por uma causa “de maneira apropriada” com a crença de S em Y. acredita que Y está está conectado por uma causa S acredita com o fato de Y, porque a crença de S em em Y é é cau sa dependente de ser razão para Y. Se S acreditar acreditar nisso, S não pode chegar a acreditar que Y não não pod e te r razão para Y. Objeções: esta condição causal não pode acomo dar afirmações universais ou generalizações induti vas. Assim, a condição de que o agente seja capaz de reconstruir com causas o caminho pelo qual ele ad quire conhecimento, negaria conhecimento às crian ças e aos animais. Por fim, também estaria excluindo o ato de conhecer ou prever o futuro. futuro. Ignorar a ques tão da análise de justificativa por causa indica ignorar um fator primordial de análise de conhecimento.
Barros, Fischer & Associados
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TIRAGEM - MA IO 2012 2012
Autores: Albert Lyngzeidetson, Ph.D. isés Abdon C oppe - Mestre em C iência iência da Religi Religião ão C onsultoria: Mo isés pela pela UFJ F; Tradução: C ássia Girolamo; Girolamo; Edição: Andréa Barros; Sc alzite; alzite; Revisão: Paulo R. Pompêo Arte: Cláud io Sc Resumão Resumão - Filosofia ilosofia (série de C iências Humana s n.° 12) 12) é uma publi caç ão da Barros, Fisc he r & Associad os Ltda., Ltda., sob licença ed itorial de Spring Pub lishing G roup, Inc. C opyright opyright © 2012 2012 Barc Barc harts, harts, Inc. USA. Tod Tod os os direitos direitos desta edição reservad reservad os para Barros, Fische Fische r & As sociad os Ltda. Ltda. A série de Ciênc ias Humanas, Humanas, devido ao seu formato cond ensado, co ntém os c once itos itos bá sico co s das matérias de que trata, trata, sendo e xcelente ferramenta pa ra estuda ntes e profission profission a is da área. 05050-020 Endereço: Rua Ulpiano, 86 - Lapa, São Paulo, C EP 05050-020 Telefone/ Telefone/ fax: 0 (xx) 11 3675-0508
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