Resenha do artigo:“Administração artigo:“Administração ciências ou arte?” O que podemos aprender com este mal-entendido? Autor:Pedro Lincoln C. L. de Mattos,professor Mattos,professor do Centro de ciências ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Pernambuco-PE, Brasil. Resenhado por: Wellington Gaspar Ferreira da Silva graduando em Administração pela Universidade Federal Rural do Semi Árido. O Artigo composto por 12 páginas mostra as controvérsias entre ciência e arte, fazendo assim referências de outros autores para mostrar a ambiguidade sobre o assunto descrito, em várias análises. O mesmo foi divido em tópicos -O Dictum - Porque e quando alguém alguém faria essa pergunta? - A que está se referindo mesmo quem faz a pergunta? - A saga da ciência racional, moderna e excludente - Mas estará a ciência tão distante de uma arte? Uma “Linha Divisória” entre ciência e não-ciência? - O critério popperiano da refutabilidade, diferenciando ciência de não-ciência- Como evolui a controvérsia da “Demarcação Científica”?- Uma Concepção social e institucional na própria epistemologia da ciência- O que resta da pergunta inicial? O Dicum O autor começa falando que o título do artigo é muito usado pelos professores para causar curiosidade “Administração ciências ou arte?” Claro que uma pergunta como essa vai levantar todo um público e como consequência levantar outros temas. Mas essas pergunta já vem de certo tempo atrás e faz com que autores até discordem entre si. Nas linhas seguintes ele cita vários autores como Koontz, O'donnell e Weihrich que dizem que a ciência influencia a arte e depois o renomado Peter Drucker nas linhas mais abaixo, mostrando que ele ignorou a pergunta a cerca de dois volumes do “ Administração: Tarefas, responsabilidades e práticas” (1975[1973]). E para mostra como a pergunta e bem levantada ele usa do Autor Pereira,Ferreira e Reis(1997) A ciência é algo concreto e embasado por um corpo de estudo e análise para ter um fim certo. Já a arte e a habilidade baseada na intuição que não tem nem um estudo e análise e que pode não obter os resultados desejados. A discussão estende-se pelos próximos tópicos com perguntas sucessivas que serão analisadas por meio de linguagem pragmática, semântica e teoria da ciência. Por que e quando alguém faria essa pergunta? Para Mattos (2009), essa pergunta é feita em algumas situações da vida. No Dictum ele cita um exemplo de um professor ao fazer para incitar curiosidade nas pessoas e l evantar a opinião das mesmas. Mas na frente ele explica também que o autor da pergunta pode já ter sua resposta já pronta e coloca meio que sutilmente no própria pergunta como:
“Administração é CIÊNCIA ou (só) arte?” ou inverte ela dizendo “Administração é arte ou ciência?” Isso vai depender muito de quem faz a pergunta. A que está se referindo quem faz a pergunta? Está parte do dictum ,Mattos , trata da semântica e diz que administração significa conhecimento, saber, e não a prática em si e ressalta que a prática é a arte. Neste ponto afirma ele, que ambos( ciência e arte) podem ter o mesmo valor ou seja “ambos estão sobre o mesmo predicado” Nas linhas que se segue mostra que administração pode ser observada, calculada, definida, e tem como pretensão a busca da certeza, portanto, cientificamente é uma ciência. Explica que arte é uma habilidade baseada na intuição, A saga da ciência racional, moderna e excludente. Mattos (2009), usa da ideia platônica e aristotélica de que a razão humana, corretamente operada, leva à verdade e segue nas linhas abaixo falando sobre a arte que mesmo ela estando no espaço universitário com a filosofia e as ciências naturais, ela não podia contribuir com as questões de verdade. Segue falando de matemáticos como: Galileu,leibniz e Newton mostrando o caminho superior da racionalidadeaté o il uminismo. Contudo, Mattos, usa de Nietzche dizendo que a arte é mais humana é que a ciência não é e mostra isso mais a frente quando fala dos horrores da guerra dizendo que a ciência sem arte e cega e altamente destrutiva. Mas estará a ciência tão distante de uma arte? O autor afirma que ciência é considerada uma arte (no sentido de craft, ofício), pois as peças científicas e até mesmo pesquisa – embora baseadas em outras – são originais e únicas. Ressalta haver “presença de espírito humano, criativo e estético” tanto na produção artística como científica Uma “linha divisória” entre ciência e não-ciência? Nesta parte o autor explicar o entrave que houve durante um tempo do que era ciência e o que é não-ciência e a linha divisória que existia e existe em alguns meios mais conservadores. Os interesses principais eram: “afirmar a independência da ciência em relação ao saber elevado, inclusive o da teologia, distinguir entre teorias mais e menos científicas, entre outros”. O autor conclui ressaltando ter a questão, tomado rumo diferente, contudo, rompido a barreira entre ciência da sociologia e filosofia. O critério popperiano da refutabilidade, diferenciando a ciência de não-ciência.
Nesta parte é citado o Karl Raimund Popper foi um filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico criador da teoria da “falsificabilidade, refutabilidade ou testabilidade”. A teoria afirma que toda teoria científica pode ser refutada( negada) exemplo: "todos os corvos são pretos" poderia ser falseada pela observação de um corvo vermelho.Contudo essa teoria tem em si um paradoxo. Se tudo pode ser refutado então a própria teoria da falsificabilidade deve ser falseada. Essa teoria mostra erros como por exemplo na medicina que nem todos os resultados podem ser garantidos como também na química e biologia. Todavia, ele deixa lições sobre o ser crítico e criterioso na formação, na experiência, nos fatos relatados, “sob o estereótipo do fato de pura realidade ou fato, argumento definitivo”, proporcionando uma má orientação e induzindo à prática de erros sem, contudo, obter um aprendizado Como evoluiu a controvérsia da “demarcação científica”? Mattos, mostra que que até o fim de 1980 foi ainda tentado distinguir o que era ciência de não-ciência ,mas começou a esse pensamento mudar mostrando que as práticas metodológicas sofrem com o tempo e são mutáveis e que o saber científico é histórico ou culturalmente inseparável dos outros saberes. Assim não tem como segurar um status especial para o conhecimento científico e, também por isso, a questão da demarcação perde o sentido. Uma concepção social e institucional na própria epistemologia da ciência. Segundo Mattos (2009), o conceito de ciência do ponto de vista “racional e verdadeiro” fora modificado graças a estudos históricos sobre a prática científica. Enquanto a questão da demarcação era esquecida, surgia outra: “Que lugar deve-se atribuir às circunstancias pessoais, histórico social e cultural na própria obra de um cientista?”. Essa questão fazia parte da sociologia, onde a ciência era estudada como social e institucional. Respondendo a indagação anterior, afirma que esses aspectos podem influenciar na escolha do problema (objeto de estudo) ou resultado da pesquisa. Todavia, há uma linha divisória clara entre seus campos. Em Filosofia e epistemologia da ciência, a questão era distinguir entre “contexto de descoberta” e “contexto de justificação”. Segundo o autor, a descoberta se dá em decorrência de um contexto (pessoal, social, outros); no segundo, o conhecimento se justifica pela virtude do método racional. Afirma o autor que, as barreiras de legitimidade entre filosofia e sociologia para falar de cientificidade foram rompidas. A ciência passou a ter um conceito conotativo mais sociológico do que epistemológico. Finalizando, enfatiza que perguntar se administração é ciência ou arte dá a entender que houve um mal entendido.
O que resta da pergunta inicial? O autor introduz o contexto salientando que se a questão fosse respondida agora, seria como desconsiderar toda a argumentação vista até este ponto. Contudo, para não deixar o leitor sem resposta, sugeriu desdobrar em termos de perguntas. Assim, diz que se não é cabível, então que possa explicar o tipo de saber a que se referiu na frase; tente-se refrasear o dictum; ou ainda, verificar se algo deixou de ser dito e explicitá-lo. O autor conclui que, pouco restou da pergunta inicial, enfatizando que a mesma deixa espaço para críticas. considerações finais Conclui-se que o artigo deixa em aberto a pergunta, pois o mesmo cita que se respondida desconsiderar toda a argumentação vista e seus conceitos históricos e impactantes, e deixa por nós formar a opinião sobre: Administração é ciência ou arte?