Relato de preparação para o Exame ANPEC
Antes de começar, gostaria de fazer uma advertência. Cada candidato se prepara de uma forma diferente, de acordo com suas preferências e restrições de tempo, local l ocal de estudo, dinheiro e meio social. Não digo que minha preparação foi melhor que dos demais candidatos, mesmo porque desconheço qual foi a da grande maioria deles. Mas é apenas um exemplo de uma preparação que deu certo para mim. Vamos ao que interessa. Passo 1: Planejamento Em fevereiro comecei a estudar e me planejar. Já imaginava, pelos anos anteriores, que a deadline estava cravada no final de setembro, porém não tinha t inha certeza do dia uma vez que manual do candidato sairia somente em abril. Não tinha experiência experiência alguma sobre sobre como me preparar para o exame da ANPEC, então fui aprendendo no decorrer do ano. ano . Alterei algumas vezes a maneira que estudava, e dessa forma o planejamento que fiz foi também alterado. É importante destacar que conversei com muitas pessoas sobre o exame. Inclusive com professores da da USP que já tinham tinham passado por por essa situação. situação. De longe, quem quem mais me ajudou ajudou nesse ano ano foi a professora Maria professora Maria Dolores com quem tive a oportunidade de trabalhar. Conversamos durante horas sobre o exame e sobre minhas preocupações acadêmicas. Além disso, falei com muitos colegas que estavam se preparando para o exame, o que foi f oi importantíssimo, principalmente pela pela troca de informações e material. material . Conversamos sobre como cada um se preparava e sobre assuntos específicos do conteúdo do exame. Contudo nunca participei de nenhum grupo para resolução de exercícios em conjunto, preferia tentar fazer sozinho os exercícios que apareciam e, os que não conseguia resolver na hora ficava pensando durante alguns dias nele até encontrar uma forma de fazer. Por fim, se não descobrisse conversava conversava sobre ele com alguém. 1º Plano: Fevereiro – Maio Maio Inicialmente, eu acreditava que era importante estudar o conteúdo por blocos. blocos . Queria esgotar o conteúdo completo de Macroeconomia e Matemática até julho. Durante julho e agosto estudaria Microeconomia e Estatística e no mês de setembro pretendia revisar todo o conteúdo. Essa estratégia não funcionou. funcionou . O principal problema dela era a quantidade de conteúdo. Comecei a perceber que não daria tempo para estudar tudo no nível de profundidade que eu estava querendo. Além disso, eu ficava semanas pensando em determinada prova, Macroeconomia, Macroeconomia, e quando ia fazer f azer as demais, a nota vinha abaixo das minhas expectativas. Esse plano durou até maio, mas já no início de julho tinha estudado todo o conteúdo de Macro e o conteúdo de Álgebra Ál gebra Linear da prova de matemática. 2º Plano: Maio – Julho Julho Como o primeiro não deu certo, fui aos poucos alterando a maneira de estudar. Continuei com a ideia dos blocos, mas dividi em bloquinhos menores. menores . Então eu estudava determinado assunto, por exemplo Teoria do Consumidor, fazia um resumo e passava para outro bloquinho de outra matéria, Integrais, fazia um resumo e assim seguindo. Sempre fazia todos os exercícios que encontrava sobre determinado assunto antes de fazer o resumo. Este segundo método durou até o fim de julho. 3º Plano: Agosto – Setembro Setembro No início do ano ano estipulei uma meta meta que teria que terminar terminar o conteúdo até até julho ficando assim assim livre em agosto e setembro para me focar na revisão final e nos últimos simulados. Não deu certo. Como o conteúdo era muito abrangente não foi possível estudar ele todo da maneira que eu queria até julho. O negócio então era estudar o conteúdo que me proporcionasse a maior nota esperada, condicional ao tempo de estudo que me restava. Foi então que decidi pôr em prática o que já estava pensando durante todo o ano. A partir de agosto, fazer simulados todas as semanas para semanas para avaliar quais quais eram os conteúdos conteúdos em que eu estava mais deficiente, possibilitando também também a vantagem vantagem de revisar todo o conteúdo que já tinha visto. Assim, eu teria o prazo de uma semana para estudar aquelas questões que tinha errado no simulado, para que no próximo eu tivesse uma chance melhor nas questões parecidas. Esse plano foi super efetivo. efetivo . Fiz quatro simulados em agosto e três simulados em setembro. Nas quartasfeiras fazia as provas de Macroeconomia, Macroeconomia, Estatística e nas quintas-feiras fazia as provas de Matemática e Microeconomia. Microeconomia. Sempre tomando o cuidado para fazer as provas dentro dos horários que estavam
estipulados no Manual do Candidato. Suspeitava que a prova seria realizada na USP nesse ano, pois no ano anterior tinha ocorrido na FGV-EESP e algumas pessoas me contaram que existe um revezamento dos locais onde é realizado a prova em São Paulo. Não sei até que ponto isso pode continuar, então acho melhor não contar com isso. De qualquer forma eu fazia os simulados nos dias da semana, horário e local onde ocorreriam as provas. Acho que isso me ajudou marginalmente, principalmente com relação ao estado de espírito e a confiança que seriam necessários no dia definitivo. Passo 2: Horas de estudo Sabia que ia gastar um bom tempo me preparando para esse exame. No dia 20 de março, decidi começar a anotar as horas que estudava por dia. Conforme as semanas foram passando, decidi anotar quanto estudava para cada prova, e por fim decidi colocar tudo em uma planilha e começar a anotar por lá. Pelo que computei de horas efetivas estudadas, contando com os simulados, foram mais de 600 horas de preparação. Além disso fiz um cursinho preparatório também, que no total deu 270 horas de aula, mas essas horas não foram computadas no cálculo. Pela tabela abaixo dá para ver o quanto me dediquei (quantitativamente) para cada prova. Durante o ano houve alguma variação na dedicação para os estudos. Houve semanas que estudei mais de 40 horas, e outras que estudei menos de 10 horas. Construí um gráfico com as médias móveis de 7 e 14 observações para dar uma ideia melhor de como foi essa variação. Passo 3: Simulados Um conselho é começar a fazer os simulados o quanto antes. Comecei a fazer simulados em abril e pretendia fazer 1 por mês até julho e 1 por semana em agosto e setembro como comentei acima. Foi bom fazer muitos simulados, pois comecei a conhecer a prova entendendo quais eram suas peculiaridades desde cedo. A primeira coisa a aprender quanto à prova é o funcionamento da pontuação. Conforme especificado no Manual do Candidato esta é uma prova que pune o chute. Um indivíduo que é ligeiramente avesso ao risco terá que ponderar bem se vale a pena chutar ou não. A afirmação: “A pontuação esperada de um item chutado é zero, então não vale a pena deixar o item em branco.” é uma pegadinha e, eu demorei um tempo
para aprender isso. Você já começa a prova com zero. Só com a prática de muitas provas fui entendendo quando valia a pena deixar uma questão em branco e quando não. Minha meta para os simulados era pontuar 3/5 por questão, pois eu tinha conversado com alguns candidatos dos anos anteriores que me disseram que isso seria o suficiente para entrar em um bom centro de pós-graduação. Quanto aos simulados, fiz todas as provas de 2006 até 2015, com exceção da prova de Economia Brasileira que fiz somente de 2010. Os simulados me ajudaram tanto, que se prestar atenção tive uma melhora significativa na média das provas durante o ano. Por conta do grande desvio padrão dos meus simulados de matemática precisei me dedicar mais para essa prova. Isso refletiu nas horas de estudo que apresentei na outra tabela. Uma curiosidade interessante é que eu fiz somente um simulado da prova de Economia Brasileira, fiz a prova de 2010 em abril de 2015. Minha nota nesse simulado foi 4,6, exatamente minha nota no exame oficial de 2016. Coincidência, acho que não. [risos] Passo 4: A prova Outra coisa que aprendi é que a prova não pode ser subestimada. Subestimar a prova é deixar de se preocupar com ela. Eu sempre estava preocupado com ela, achava que ia ser difícil e que não daria tempo para fazer todas as questões. Isso ficou muito claro para mim quando fiz o primeiro simulado. E mesmo nos outros simulados, foram raras as vezes que consegui fazer todas as questões. Além disso, subestimar a prova não significa que você está se comparando somente com à prova diretamente, mas sim com todas as outras pessoas que irão realizar a prova. E nesse caso subestimar a prova significa se superestimar em relação a todos os outros candidatos. Conheci muitos candidatos bons, inclusive conhecia o histórico de alguns deles por ter estudado junto durante a graduação. E sabia que muitos deles eram alunos exemplos. Além disso pensava em todos os bons candidatos que eu não conhecia, por isso sabia que não podia subestimar o exame. Durante a prova não tem segredo, você vai marcar a afirmativa que for verdadeira com V, a que for falsa com F e a que você não souber não vai marcar. Na semana anterior aos exames da Anpec eu tive uma prova de econometria. Durante a prova, para nos dar motivação, o professor falou para a sala. “Vocês
acham que isso aqui é difícil? Difícil é Chicago! Vocês tem que ter sangue frio, ler a questão e marcar o que é certo”. Essas palavras me deram muita motivação para a ANPEC, apesar de ter tirado 4,7 na prova dele…
Por fim, um último conselho com relação à prova. Uma pessoa muito sábia e, que me ajudou bastante durante meu ano de preparação me disse que a Anpec é como um jogo de tênis. Se você perdeu um ponto, tem que esquecer ele e continuar jogando. Não pode se afobar para tentar recuperar, porque se não, você vai perder a partida. Se você acha que foi muito mal em uma das provas, esqueça ela e faça as outras, sem a memória do que aconteceu. Eu deixei algumas questões em branco nas provas do primeiro dia, mas mantive a cabeça tranquila para não tentar recuperar eles depois. Cada prova devia ser tratada como única, e foi isso que eu fiz. O ponto que você ganha é sempre marginal, você já começa com zero, por isso trabalhe bem cada questão. Tirando isso, só posso desejar boa prova para os candidatos e futuros candidatos.
Referências de Matemática
A banca baseia-se no conteúdo de pelo menos 7 disciplinas para fazer a prova de Matemática. É muito coisa para ver e rever em tão pouco tempo. Por isso, nos assuntos que você já tiver alguma familiaridade, a dica é rever rapidamente a teoria, fazer um breve resumo e focar nos exercícios. Tentei detalhar abaixo todos os tópicos que caem no Exame e suas respectivas referências. Reforço que é muito importante fazer os exercícios dos anos anteriores. Referências por tema: Conjuntos: Capítulo 1 do Cysne ou Capítulo 1 do Elon ou Seção 2.1 do Hoy. Cálculo de 1 variável
Funções: Capítulo 2 do Guidorizzi (vol. 1) e Seção 13.5 do Simon ou Seção 2.4 do Hoy. Limites, Continuidade e Derivadas: Capítulos 3 a 9 e 15, 16 do Guidorizzi (vol. 1) ou Capítulos 6 a 10 do Chiang ou Capítulos 5 e 6 do Hoy. Integrais: Capítulos 10 a 12 do Guidorizzi (vol. 1) e 1 a 3 do Guidorizzi (vol. 2) ou Capítulo 14 do Chiang. Cálculo de Várias Variáveis
Funções de Várias Variáveis: Capítulos 6 a 8 do Guidorizzi (vol. 2) ou Seções 13.1 e 13.2 do Simon ou 11.1 e 11.2 do Chiang. Formas Quadráticas: Seção 13.3 do Simon ou 11.3 do Chiang. Limites e Continuidade: Capítulo 9 do Guidorizzi (vol. 2) ou Seção 13.4 do Simon. Derivada parcial, derivada total e plano tangente: Capítulos 10 a 12 do Guidorizzi (vol. 2) ou Seções 14.1 a 14.5 do Simon ou Seções 11.1 e 11.3 do Hoy. Derivada Direcional e Gradiente: Capítulo 13 do Guidorizzi (vol. 2) ou Seção 14.6 do Simon. Derivadas de ordens superiores: Capítulos 14 e 16 do Guidorizzi (vol. 2) ou Seção 14.8 do Simon ou Seções 11.2 e 11.3 do Hoy. Função Implícita: Capítulo 15 do Simon. Homogeneidade e Homoteticidade: Capítulo 20 do Simon. Integrais Múltiplas: Capítulos 2 a 4 do Guidorizzi (vol. 3) . Otimização sem e com restrições: Capítulos 17, 18, 19 e 21 do Simon ou Seções 11.4 e 11.5 e Capítulos 12 e 13 do Chiang ou Capítulos 12, 13 e 15 do Hoy. Matrizes, Determinantes e Inversa: Capítulos 8, 9 e 26 do Simon ou Capítulos 4 e 5 do Chiang. Sistemas lineares: Capítulo 7 do Simon (atenção aos fatos 7.1 a 7.11 da seção 7.4). Geometria Analítica: Capítulos 1 a 20 do Boulos. Álgebra linear: Capítulos 4 a 7 do Boldrini. Equações Diferenciais: Capítulos 15, 16 do Chiang ou 24, 25 do Simon ou 21 a 23 e Seções 24.1 e 24.2 do Hoy. Equação de Diferenças: Capítulos 17 a 19 do Chiang ou 18 a 20 e Seção 24.3 do Hoy. Sequências e Séries: Capítulos 1 a 8 do Guidorizzi (vol. 4). Introdução à Análise: Seções 12.3 a 12.5 e 29.1 a 29.5 do Simon ou Capítulo 3 do Cysne. Matemática Financeira: Capítulos 1 e 2 do Assaf .
Onde encontrar exercícios resolvidos do Exame: livro de Matemática da Campus (contém todos os exercícios dos anos recentes) e livro da UFMG (1993-2007). Recursos on-line: Aulas de Cálculo I, Cálculo II, Cálculo III, Geometria Analítica e Álgebra Linear.
Referências de Micro
No início dos tempos, a prova de micro era predominantemente conceitual. Havia um ou outro item para fazer conta mas nada exagerado. Ocorre que ano a após ano a prova de micro foi se tornando mais quantitativa. Nos últimos anos, no entanto, as questões conceituais voltaram a ter um pouco mais de participação no Exame. Como ainda não sabemos se esta mudança é temporária ou permanente, o candidato precisa se preparar para tudo. Sobre as referências, acredito que o livro do Nicholson é o mais indicado para a ANPEC. Ele mescla teoria e prática de um jeito similar ao que é cobrado na prova. Cada capítulo tem vários exemplos resolvidos, e alguns deles já apareceram nas questões do Exame. O livro do Varian é outra referência importante, além de ser muito bem visto pela banca. Ele tem mais texto e gráfico que o Nicholson, sendo ideal para fixar a teoria. O Pindyck também é interessante, mas fala muito… Referências por tema: Teoria do Consumidor: Capítulos 3 a 6 do Nicholson, 1 a 8, 14 e 15 do Varian ou 2 a 4 do Pindyck. Incerteza: Capítulos 7 do Nicholson, 12 e 13 do Varian ou 5 do Pindyck. Teoria da Firma: Capítulos 9 a 11 do Nicholson, 18 a 21 do Varian ou 6 a 8 do Pindyck. Mercados: Capítulos 12 e 14 a 17 do Nicholson, 16 e 22 a 27 do Varian ou 9 a 12 e 14 do Pindyck. Teoria dos Jogos: Capítulos 1 a 4 do Fiani, 8 do Nicholson, 28 e 29 do Varian ou 13 do Pindyck. Equilíbrio Geral e Bem-Estar: Capítulos 13 do Nicholson, 31 a 33 do Varian ou 16 do Pindyck. Externalidades e Bens Públicos: Capítulos 19 do Nicholson, 34 a 36 do Varian ou Capítulo 18 do Pindyck. Informação Assimétrica: Capítulos 18 do Nicholson, 37 do Varian ou 17 do Pindyck. Para quem quer mais: Mas-Colell, Jehle-Reny, Kreps e Varian-hard são excelentes — embora mais indicados para a pós. Onde encontrar exercícios resolvidos do Exame: livro de Micro da Campus (contém todos os exercícios dos anos recentes) e livro da Viegas (1991-2004), este vive esgotado mas há uma versão “digital” no site do Cedeplar. Recursos on-line: material do Guena (professor do ProAnpec), resumos do Varian (por capítulo), Aulas do Cookson (professor da Univ. Colorado) e Khan-Academy (introdutório).
Referências de Economia Brasileira
Existe uma considerável heterogeneidade entre os candidatos que fazem a prova de Economia Brasileira. Uns fazem tanto a parte objetiva quanto a dissertativa e, portanto, precisam ter um excelente desempenho. Outros fazem só a parte objetiva. Há ainda um terceiro grupo que não está nem aí para essa prova, já que os centros que ele quer dá peso nulo para Brasileira. Com base nestes 3 perfis de candidatos , aí vão as referências: Candidato 01: “Quero mais folha!”
O Candidato 01 estudou muito e quer escrever tudo o que sabe na prova. Merece uma lista caprichada. O livro “A Ordem do Progresso” do M.P. Abreu [edição atualizada] é a referência principal. Os livros do Giambiagi e do Gremaud são muito bons para o período pós-40 e são leituras mais tranquilas e com gráficos. 1ª República (1889-1930): Texto do Gustavo Franco (pdf), Capítulos 2 e 3 do Abreu e 30 a 36 do Furtado. Era Getúlio (1930-1945): Capítulo 4 do Abreu e Seções 14.1 a 14.5 do Gremaud. Pós-guerra (1946-1955): Capítulos 1 do Giambiagi e 5 a 7 do Abreu. JK e Jan-Jan (1956-1963): Capítulos 2 do Giambiagi, 8 e 9 do Abreu, Seções 14.6 e 15.1 do Gremaud. Crise ao “Milagre” (1964-1973): Capítulos 3 do Giambiagi, Texto do Fábio Earp (pdf), 10 e 11 do Abreu
e Seções 15.2 a 15.4 do Gremaud. Crescimento forçado à Crise da Dívida (1974-1984): Capítulos 4 do Giambiagi, 12 e 13 do Abreu e 16 do Gremaud. Sarney (1985-1989): Capítulos 5 do Giambiagi, 14 do Abreu e Seção 17.1 do Gremaud. Collor e Itamar (1990-1994): Capítulos 6 do Giambiagi, 15 do Abreu e Seção 17.2 do Gremaud. FHC (1995-2002): Capítulos 16 do Abreu, 7 do Giambiagi e Seções 18.1 e 18.2 do Gremaud. Lula (2003-2010): Capítulos 17 do Abreu, 8 do Giambiagi e Seção 18.3 do Gremaud. Dilma (2011-?): Coletânea Sob a luz do Sol . Referências adicionais (contidas no edital): Suzigan (1889-1945), Tavares (substituição de importações), Versiani, Baer e Bonelli (industrialização), Fonseca (Era Vargas), Cano (19301995), Tavares (desajuste global), Castro (marcha forçada), Carneiro (final do século XX), Belluzzo (desenvolvimento), Lafer, Kon e Cardoso (planos econômicos), Simonsen (diagnóstico de inflação), Filgueiras (Plano Real), FHC (globalização) e Paes de Barros (desigualdade e pobreza). Exercícios resolvidos do Exame: livro de Economia Brasileira da Campus . Candidato 02: “Acabei a parte objetiva, posso sair?”
O candidato 02 fará apenas a parte objetiva da prova. Provavelmente, ele está focado em centros que dão peso baixo para a nota de Economia Brasileira. Por isso, em geral, ele estuda um bom resumo (pdf) do Ordem do Progresso e uns capítulos selecionados do Giambiagi. O que focar: Planos Trienal, Metas, PAEG e II PND e Planos de Estabilização (Cruzado, Bresser, Collor e Real). Não esquecer de: memorizar as principais Instruções da Sumoc (70, 99, 105, 106, 108, 113 e 204) e as datas de criação de estatais — coisas que a banca adora perguntar. Candidato 03: “Posso estudar matemática enquanto isso?”
O candidato 03 comparece à prova de Brasileira só por obrigação. Ele vai lá, preenche um item da prova e já quer estudar matemática. Não faça isso, 03. Em último caso, tome este resumão (pdf), e leia-o antes de fazer a prova. Mas tome cuidado, 03, se você por algum motivo se importar com a classificação geral, observe que Economia Brasileira tem peso igual à Matemática. Suponha que o candidato 02 está concorrendo com você, e vocês tenham desempenho igual nas demais disciplinas, à exceção que ele tira 5 e você tira zero em Brasileira. Sua classificação pode ser 40 (ou +) posições abaixo da dele. Mudança de peso na USP: Recentemente, a FEA-SP decidiu que, a partir de 2015, dará peso zero para Economia Brasileira — assim como FGVs e PUC-Rio já faziam.
Referências de Macro
A escolha certa do material de estudo é fundamental para o êxito no Exame, já que a banca costuma seguir fielmente a mesma abordagem de alguns livros. Em macro, creio que o livro teórico principal é o Manual de Macro da USP, mas este precisa ser complementado com capítulos de outros livros. Além de ser adequado ao nível da ANPEC, o Manual de Macro traz, ao final de cada capítulo, um conjunto de exercícios comentados da era pré-histórica do Exame. Assim, compensa dar uma olhada neles antes de resolver os exercícios dos anos mais recentes. Referências por tema:
Contas Nacionais: Capítulo 2 do Simonsen . Balanço de Pagamentos: Capítulo 5 do livro de Contabilidade Social do Bobik (seção 5.3 é ultra didática). Economia Monetária: Capítulo 1 do Simonsen (seção 1.6 é preciosa). Modelo Clássico: Capítulos 3 do Manual de Macro ou 3 e 4 do Froyen. Modelo Keynesiano: Capítulo 4 do Manual de Macro. IS-LM: Capítulos 5 do Manual de Macro ou 4 e 5 do Dornbusch . Macro Aberta: Capítulo 6 do Dornbusch. Consumo: Capítulo 17 do Mankiw.
Investimento: Capítulo 18 do Mankiw. Dívida Pública: Capítulos 16 do Mankiw e 11 do Manual de Macro. Crescimento Econômico: Capítulos 12 do Manual de Macro ou 10 do Dornbusch. Oferta Agregada: Capítulos 13 e 14 do Mankiw ou 7 do Manual de Macro. Ciclos Econômicos: Capítulo 8 do Manual de Macro. Onde encontrar exercícios resolvidos do Exame: livro de Macro da Campus (contém todos os exercícios dos anos recentes), livro de Macro do CAEN (1997 a 2006) e Manual de Macro (Pré-história).
Referências de Probabilidade, Estatística e Econometria
Por abordar o conteúdo de várias disciplinas, a prova de Estatística é muito ampla. A dica é dividir o t empo entre teoria e prática, de modo que o foco principal seja resolver os exercícios dos anos anteriores. O único livro que conheço que tem (quase) todo o conteúdo do programa é o “Estatística e Introdução à Econometria” do Alexandre Sartoris (professor do ProAnpec). Mas atenção: este livro é muito resumido e necessariamente precisa ser acompanhado de outros livros. Referências por tema:
Probabilidade: Capítulos 1 a 9 e 12 do Meyer ou 1 a 5 do Sartoris. Estatística: Capítulos 13 a 15 do Meyer ou 6 e 7 do Sartoris. Regressão (MQO – estimação e inferência): Capítulos 2, 3, 4 e 6 do Wooldridge ou 2 a 9 do Gujarati ou 8 do Sartoris. Regressão (Propriedades Assintóticas): Apêndice E e Capítulo 5 do Wooldridge. Regressão (violação dos pressupostos básicos): Capítulos 8 e 9 do Wooldridge ou 10, 11 e 12 do Gujarati ou 9 do Sartoris. Variáveis Instrumentais e MQ2E: Capítulo 15 do Wooldridge. Variáveis explicativas dummies: Capítulos 7 do Wooldridge ou 15 do Gujarati ou seção 8.7 do Sartoris. Variável dependente dummy: não costuma cair no Exame, mas os Capítulos seriam 17 do Wooldridge ou 16 do Gujarati. Equações Simultâneas: Capítulos 16 do Wooldridge ou 18 a 20 do Gujarati ou Seção 9.4 do Sartoris. Painel: não costuma cair no Exame, os Capítulos seriam 13 e 14 do Wooldridge. Séries Temporais: Capítulos 2 do Enders , 10 a 12 do Wooldridge ou 21 e 22 do Gujarati ou 10 do Sartoris. Números-Índices: Capítulo 11 do Sartoris. Aqui vale uma observação importante. Apesar de Econometria ser bem mais divertido, os dois primeiros temas (Probabilidade e Estatística) representam juntos, em média, cerca de 50% das questões da prova. Mesmo assim, acredito que estudar tudo continua sendo a melhor estratégia, já que as questões mais fáceis podem ser, justamente, as de Econometria. Séries Temporais, tópico que poucos candidatos estudam, representa cerca de 15% da prova (e costumam ser questões tranquilas). Onde encontrar exercícios resolvidos do Exame: livro de Estatística da Campus (contém todos os exercícios dos anos recentes). Recursos on-line: Aulas de Econometria do Lambert e do Thoma; Econometria em Diagramas de Venn (parte 1, parte 2).