João Batista Gomes
REGÊNCIA CRASE Concursos e Vestibulares
SOUCONCURSEIRO Linguativa Manaus 2013
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– João Batista Gomes
SUMÁRIO REGÊNCIA ................................................................................................................................ 5 Definição .................................................................................................................................... 5 Nomenclatura ............................................................................................................................ 5 Tipos de regência ..................................................................................................................... 6 Classificação dos verbos quanto à predicação ....................................................................... 6 VERBO TRANSITIVO DIRETO ................................................................................................. 6 Definição .................................................................................................................................... 6 Objeto direto preposicionado ................................................................................................... 6 Aplicação 1 ................................................................................................................................ 7 Objeto direto x pronomes átonos ............................................................................................ 8 Verbo transitivo direto X lhe ...................................................................................................... 8 Aplicação 2 e 3 .......................................................................................................................... 8 Verbo transitivo direto x voz passiva ........................................................................................ 9 Verbo transitivo direto x oração substantiva objetiva direta ................................................... 9 Aplicação 4 e 5 .......................................................................................................................... 9 Verbo transitivo direto + se .................................................................................................... 10 Verbos transobjetivos ............................................................................................................. 10 Reforço 1 ................................................................................................................................. 10 Aplicação 6 e 7 ........................................................................................................................ 10 Principais verbos transobjetivos ............................................................................................. 11 Lista de verbos transitivos diretos .......................................................................................... 11 Reforço 2 ................................................................................................................................. 13 TESTES 1 ................................................................................................................................ 13 VERBO TRANSITIVO INDIRETO ........................................................................................... 16 Definição .................................................................................................................................. 16 Preposição obrigatória ............................................................................................................ 16 Aplicação 8 a 11 ...................................................................................................................... 16 Verbo transitivo indireto x pronomes ..................................................................................... 17 Aplicação 12 a 16 ................................................................................................................... 17 Verbo transitivo indireto x me, te, se, nos, vos ..................................................................... 18 Aplicação 17 a 21 ................................................................................................................... 18 Verbo transitivo indireto x voz passiva ................................................................................... 19 Transitivo indireto + se (pis) .................................................................................................. 19 Aplicação 22 a 25 ................................................................................................................... 19 Verbo transitivo indireto x oração substantiva objetiva indireta ........................................... 20 Aplicação 26 a 31 ................................................................................................................... 19 Lista de verbos transitivos indiretos ....................................................................................... 21 VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO ......................................................................... 22 Dois complementos ................................................................................................................ 22 Aplicação 32 ............................................................................................................................ 22 Combinação de pronomes ..................................................................................................... 23 Objeto indireto x predicativo do objeto .................................................................................. 23 Aplicação 33 e 34 ................................................................................................................... 23 Objeto indireto x adn............................................................................................................... 24 Lista de verbos transitivos diretos e indiretos ....................................................................... 24 Aplicação 35 ............................................................................................................................ 24 Aplicação 36 a 38 ................................................................................................................... 28 VERBO INTRANSITIVO .......................................................................................................... 29 Sem complemento .................................................................................................................. 29 Aplicação 39 a 43 ................................................................................................................... 29 Regência e Crase –
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Intransitivo X transitivo indireto .............................................................................................. 30 Aplicação 44 a 47 ................................................................................................................... 30 Lista de verbos intransitivos ................................................................................................... 31 VERBO DE LIGAÇÃO ............................................................................................................ 34 Sem ação ................................................................................................................................ 34 Sentido dos verbos de ligação ............................................................................................... 34 Aplicação 51 ............................................................................................................................ 34 Lista de verbos de ligação ...................................................................................................... 35 TESTES 2 ................................................................................................................................ 37 VERBOS ESPECIAIS .............................................................................................................. 43 Assistir ..................................................................................................................................... 43 Aplicação 52 e 53 ................................................................................................................... 43 Aspirar ..................................................................................................................................... 44 Avisar, certificar, informar, notificar, proibir ............................................................................ 44 Aplicação 54 e 56 ................................................................................................................... 44 Chamar .................................................................................................................................... 45 Chegar, ir, voltar, retornar ...................................................................................................... 45 Aplicação 57 e 58 ................................................................................................................... 45 Estar, ficar, morar, residir ....................................................................................................... 46 Custar ...................................................................................................................................... 46 Aplicação 59 e 61 ................................................................................................................... 46 Esquecer, lembrar, recordar, admirar .................................................................................... 47 Preferir ..................................................................................................................................... 47 Aplicação 62 e 63 ................................................................................................................... 47 Querer ..................................................................................................................................... 48 Simpatizar, antipatizar ............................................................................................................ 48 Aplicação 64 e 65 ................................................................................................................... 48 Visar ......................................................................................................................................... 49 Aplicação 66 a 68 ................................................................................................................... 49 Abdicar ..................................................................................................................................... 50 Aborrecer-lhe ou aborrecê-la? ............................................................................................... 50 Aplicação 69 a 70 ................................................................................................................... 50 Implicar, pisar, a domicílio, em domicílio ................................................................................ 51 Aplicação 71 a 72 ................................................................................................................... 51 Ao telefone, a prazo, a vista, chutar, fazer que, dar-se o, dar à luz .................................... 52 Aplicação 73 a 74 ................................................................................................................... 54 CRASE ..................................................................................................................................... 55 Aplicação 1 e 2 ........................................................................................................................ 55 Aplicação 3 e 4 ........................................................................................................................ 56 Aplicação 5 a 7 ........................................................................................................................ 57 CASOS ESPECIAIS DE CRASE ............................................................................................. 57 Aplicação 8 a 12 ...................................................................................................................... 58 Aplicação 13 a 16 ................................................................................................................... 59 Aplicação 17 a 20 ................................................................................................................... 60 Aplicação 21 a 26 ................................................................................................................... 61 Aplicação 27 ............................................................................................................................ 62 TESTES 1 ................................................................................................................................ 65 RESPOSTAS (Regência) ....................................................................................................... 75 RESPOSTAS (Crase) ............................................................................................................. 76 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 77
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REGÊNCIA
Vamos discutir novas construções: a) Ela votou em Eduardo. Note que “votar” exige a preposição “em” para a eufonia da frase. A expressão “em Eduardo” não pode ser chamada de “adjunto adverbial”: não sugere tempo, lugar, modo, causa, etc.
1. Definição Regência é a relação de dependência ou de subordinação que as palavras têm entre si dentro da frase. Isso sugere que uma palavra (a regida) completa o sentido da outra (a regente). Vejamos na prática: a) A criança nasceu. b) O vereador morreu. c) O estudante desapareceu. Notamos que os verbos nascer, morrer e desaparecer não precisam de complemento verbal, ou seja, não precisam de objeto direto ou de objeto indireto. Importante: só existem dois complementos verbais: a) objeto direto – completa o sentido do verbo sem auxílio de preposição; b) objeto indireto – completa o sentido do verbo com auxílio de preposição. Vamos acrescentar mais palavras às frases em discussão: a) A criança nasceu à noite. A expressão “à noite” sugere tempo, portanto é adjunto adverbial de tempo; não é complemento verbal.
b) O vereador morreu no motel. A expressão “no motel” sugere lugar, portanto é adjunto adverbial de lugar; não é complemento verbal.
c) O estudante desapareceu na selva. A expressão “na selva” sugere lugar, portanto é adjunto adverbial de lugar; não é complemento verbal.
Conclusão: a expressão “em Eduardo” é objeto indireto. Classificação de “votar”: transitivo indireto.
b) Ela votou em Manacapuru. Note que “votar” exige a preposição “em” para a eufonia da frase. A expressão “em Manacapuru” indica circunstância de lugar. Conclusão: “em Manacapuru” é adjunto adverbial de lugar. Classificação de “votar”: intransitivo.
c) Ela votou em branco. Note que “votar” exige a preposição “em”. A expressão “em branco” indica circunstância de modo. Conclusão: “em branco” é adjunto adverbial de modo. Classificação de “votar”: intransitivo.
2. Nomenclatura a) Transitivo – Verbo que exige complemento (objeto direto ou indireto). b) Intransitivo – Verbo que não exige complemento; pode vir sozinho ou acompanhado de adjunto adverbial ou de predicativo do sujeito. c) Direto – Complemento sem preposição. d) Indireto – Complemento com preposição. e) Circunstância – Condição de tempo, lugar ou modo que cerca ou acompanha um fato ou uma situação que lhes é essencial à natureza. f) Predicação verbal – Particularidade de cada verbo (ou de suas diferentes acepções) de aceitar ou não complemento(s). Regência e Crase –
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3. Tipos de regência A regência pode ser verbal ou nominal. Os exemplos a seguir são esclarecedores. a) Temos necessidade de paz. O termo regente (que exige a preposição “de”) é um nome (necessidade = substantivo); portanto regência nominal.
b) Pedro gosta de futebol. O termo regente (que exige a preposição “de”) é um verbo (gostar); portanto regência verbal.
c) Todos assistiram aos jogos.
VERBO TRANSITIVO DIRETO 1. Definição – Entende-se por transitivo o verbo que precisa de complemento. Transitivo direto é, pois, o verbo que exige complemento sem preposição. Exemplos: a) De repente, a vida exige pressa. Função de “pressa”: objeto direto. Regência de “exigir”: verbo transitivo direto.
b) Os paramédicos assistiram as vítimas do acidente. Função de “as vítimas do acidente”: ob-
O termo regente (que exige a preposição
jeto direto.
“a”) é um verbo (assistir); portanto re-
Regência de “assistir”: verbo transitivo
gência verbal.
direto.
d) Na reunião, fizeram alusão à mobilidade urbana.
c) Convém visar todos os documentos antes da viagem.
O termo regente (que exige a preposição
Função de “todos os documentos”: obje-
“a”) é um nome (alusão = substantivo);
to direto.
portanto regência nominal.
Regência de “visar”: verbo transitivo direto.
4. Classificação dos verbos quanto à predicação Quanto à regência (relação entre o verbo e os termos ou expressões que lhe completam o sentido ou a ele atribuem uma circunstância), podemos dividir todos os verbos da língua portuguesa em três categorias: a) transitivos (exigem complemento); b) intransitivos (sem complemento); c) de ligação (exigem predicativo). Os transitivos podem ser: a) diretos; b) indiretos; c) diretos e indiretos. Importante: verbo de ligação serve para ligar o predicativo ao sujeito.
d) Traição amorosa implica sofrimento e decepção. Função de “sofrimento e decepção”: objeto direto. Regência de “implicar”: verbo transitivo direto.
e) Na delegacia, pisaram seu corpo para que confessasse o delito. Função de “seu corpo”: objeto direto. Regência de “pisar”: verbo transitivo direto.
2. Objeto direto preposicionado Se o verbo transitivo direto vier preposicionado, com certeza a preposição não é exigida pelo verbo. O complemento recebe, então, o nome de objeto direto preposicionado. Exemplos:
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a) Ela só ouve a mim. Regência de “ouvir”: transitivo direto. Função sintática da expressão “a mim”: objeto direto preposicionado. Preposição “a”: exigida pelo pronome tônico “mim”.
b) Venceu ao pai o filho. Regência de “vencer”: transitivo direto. Função sintática da expressão “ao pai”: objeto direto preposicionado. Preposição “a”: exigida pelo contexto – a frase ficaria ambígua sem a preposição.
c) Em casa, ele não respeitava a ninguém. Regência de “respeitar”: transitivo direto. Função sintática da expressão “a ninguém”: objeto direto preposicionado.
3. Objeto direto x pronomes átonos Ao lado de verbos transitivos diretos, na função de complemento, podem aparecer os seguintes pronomes átonos: a) o, a, os, as – Podem aparecer antes (próclise), no meio (mesóclise) ou depois (ênclise) do verbo, representando pessoas ou coisas. Exemplos: 1. Nos momentos difíceis, eu sempre a apoio. Regência de “apoiar”: transitivo direto. Função morfológica do “a”: pronome átono. Função sintática do “a”: objeto direto de “apoiar”.
2. Convivendo com ela, eu a mudei..
Preposição “a”: exigida pelo pronome
Regência de “mudar”: transitivo direto.
indefinido “ninguém”.
Função morfológica do “a”: pronome
d) Não devemos magoar as pessoas a quem amamos. Regência de “amar”: transitivo direto. Função sintática da expressão “a quem”: objeto direto preposicionado. Preposição “a”: exigida pelo pronome relativo “quem”.
Aplicação 1 Escolha a letra com objeto direto preposicionado. a) Convém promover a devassa fiscal para combater a sonegação. b) Ainda nesta semana, a Receita Federal anuncia a lista de empresas devedoras. c) O combate à sonegação tem a finalidade de coibir a evasão de divisas. d) As corretoras devem demonstrar que recolheram a contento os impostos sobre os ganhos de capital. e) O passo seguinte do aperto planejado é chegar a pessoas físicas a quem o leão não tem atacado ultimamente.
átono. Função sintática do “a”: objeto direto de “mudar”.
3. Na entrada da fazenda, eu o avistei. Regência de “avistar”: transitivo direto. Função morfológica do “o”: pronome átono. Função sintática do “o”: objeto direto de “avistar”.
b) lo, la, los, las – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos (depois do verbo) ou mesoclíticos (no meio do verbo). Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por r, s ou z. Exemplos: 1. Vou ouvi-la nos momentos difíceis. Regência de “ouvir”: transitivo direto. Função morfológica do “la”: pronome átono. Função sintática do “la”: objeto direto de “ouvir”.
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2. Com o tempo, mudá-la-ei. Regência de “mudar”: transitivo direto. Função morfológica do “la”: pronome átono. Função sintática do “la”: objeto direto de “mudar”.
b) no, na, nos, nas – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos (depois do verbo). Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por m, ão ou õe. Exemplos: 1. Com relação ao dinheiro, ele repõeno ainda hoje. Regência de “repor”: transitivo direto. Função morfológica do “no”: pronome átono. Função sintática do “no”: objeto direto de “repor”.
2. Lições de esperança? Eles dão-nas todos os dias.
4. Verbo transitivo direto x lhe Se o pronome lhe estiver ao lado de verbo transitivo direto, com certeza estará no papel de pronome possessivo: pode ser trocado por seu (dele), sua (dela), seus (deles), suas (delas). A função sintática, nesse caso, é de adjunto adnominal. Exemplos: 1. Ouço-lhe muito as opiniões. Ouço muito as suas opiniões. Regência de “ouvir”: transitivo direto. Função de “as opiniões”: objeto direto. Função morfológica do “lhe”: pronome possessivo. Função sintática do “lhe”: adjunto adnominal.
2. Amo-lhe muito o caráter. Amo muito o seu caráter. Regência de “amar”: transitivo direto. Função de “o caráter”: objeto direto Função morfológica do “lhe”: pronome possessivo.
Regência de “dar”: transitivo direto.
Função sintática do “lhe”: adjunto adno-
Função morfológica do “nas”: pronome
minal.
átono. Função sintática do “nas”: objeto direto de “dar”.
3. Em plena rua, roubaram-lhe a bolsa. Em plena rua, roubaram a sua bolsa. Regência de “roubar”: transitivo direto.
Aplicação 2 Julgue as frases seguintes quanto ao uso de pronomes. a. ( ) Reponho o dinheiro ainda hoje = Reponho-lhe. b. ( ) Reponho o dinheiro ainda hoje = Reponho-o. c. ( ) Transpomos com cautela o obstáculo = Transpomos-lhe. d. ( ) Transpomos com cautela o obstáculo = Transpomo-no. e. ( ) Transpomos com cautela o obstáculo = Transpomo-lo.
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Função de “a bolsa”: objeto direto Função morfológica do “lhe”: pronome possessivo. Função sintática do “lhe”: adjunto adnominal.
Aplicação 3 Julgue as frases seguintes quanto ao uso de pronomes. a. ( ) Conheço-lhe de algum lugar. b. ( ) Conheço-a de algum lugar. c. ( ) Conheço-lhe a família há muitos anos. d. ( ) Conheço sua família há muitos anos. e. ( ) Se o vir hoje, talvez não lhe reconheça.
5. Verbo transitivo direto x voz passiva
6. Verbo transitivo direto x oração substantiva objetiva direta
Os verbos transitivos diretos aceitam mudança da voz ativa para a passiva e viceversa. Os verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação não aceitam mudança para a voz passiva.
O complemento do verbo transitivo direto pode ser uma oração inteira: é a oração subordinada substantiva objetiva direta.
1. A empresa contratou novos operários. (voz ativa) Novos operários foram contratados pela empresa. (voz passiva) Regência de “contratar”: transitivo direto. Função de “novos operários”: objeto direto (voz ativa) e sujeito (voz passiva). Função de “a empresa”: sujeito (voz ativa) e agente da passiva (voz passiva).
2. Após a assembleia, os funcionários protocolizaram o pedido . (voz ativa) Após a assembleia, o pedido foi protocolizado pelos funcionários (voz passiva) Regência de “protocolizar”: transitivo direto. Função de “o pedido”: objeto direto (voz ativa) e sujeito (voz passiva). Função de “os funcionários”: sujeito (voz ativa) e agente da passiva (voz passiva).
1. Sinto que ela ainda me ama. Sinto isso. Regência de “sentir”: transitivo direto. Objeto direto de “sentir”: “que ela ainda me ama”. Função morfológica do “que”: conjunção integrante. Classificação da oração subordinada: substantiva objetiva direta.
2. Não sei se a empresa ainda me aceita. Não sei isso. Regência de “saber”: transitivo direto. Objeto direto de “saber”: “se a empresa ainda me aceita”. Função morfológica do “se”: conjunção integrante. Classificação da oração subordinada: substantiva objetiva direta.
3. Convém considerar que nada é eterno. Convém considerar isso.
3. Ouviram-se as reclamações dos operários. (voz passiva) Ouviram as reclamações dos operários. (voz ativa)
Regência de “considerar”: transitivo direto. Objeto direto de “considerar”: “que nada é eterno”.
Regência de “ouvir”: transitivo direto. Função de “as reclamações”: objeto direto (voz ativa) e sujeito (voz passiva). Sujeito de “ouviram”: simples (voz passiva) e indeterminado (voz ativa).
Função morfológica do “que”: conjunção integrante. Classificação da oração subordinada: substantiva objetiva direta.
Aplicação 4
Aplicação 5
Escolha a alternativa em que o verbo admita mudança para a voz passiva.
Escolha a alternativa com objeto direto oracional.
a) b) c) d) e)
a) b) c) d) e)
Lembrou-se da infância e chorou. Hoje, quem não gosta de futebol? Precisamos de carpinteiros. Ela se referiu ao marido com ironia. Apresentou as desculpas e saiu.
Elisa? Não a vejo desde o Carnaval. Não convém desistir agora. Ocorre que não temos mais prestígio. Entendeu que estava derrotado. Coube a mim denunciar o esquema. Regência e Crase –
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7. Verbo transitivo direto + se O se é a partícula formadora da voz passiva pronominal ou sintética. Nesse caso, tem as seguintes características: a) Vem sempre ligado a verbo sem preposição (transitivo direto ou transitivos direto e indireto). b) O verbo apassivado pelo pronome “se” concordará normalmente com o seu sujeito, que vem, quase sempre, posposto. c) A mudança da frase para a voz ativa é feita com supressão do “se”; o verbo irá obrigatoriamente para o plural para que, na voz ativa, tenha sujeito indeterminado. d) O “se” não tem função sintática.
Aplicação 6 Julgue as frases seguintes quanto à correção gramatical. a. ( ) Conserta-se aparelhos eletrônicos. b. ( ) Consertam-se aparelhos eletrônicos. c. ( ) Consertam aparelhos eletrônicos. d. ( ) Aparelhos eletrônicos são consertados. e. ( ) Construiu-se, ultimamente, inúmeras creches na cidade.
Aplicação 7 “Não se pode mudar as práticas de produção sem educar devidamente as gerações”. No período acima: a) O “se” indica sujeito indeterminado. b) A troca de “Não se pode mudar” por “não se podem mudar” corrige erro gramatical. c) O verbo “poder” é transitivo direto. d) Trata-se de período simples. e) Trata-se de período composto com três orações.
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8. Verbos transobjetivos Alguns verbos transitivos diretos requerem um complemento após o objeto direto: é o complemento-predicativo (ou predicativo do objeto). São conhecidos como transobjetivos. Predicado – Nesse caso, o predicado será verbo-nominal. 1. Julgamos Teotônio incapaz dessa atitude. Regência de “julgar”: transitivo direto. Objeto direto de “julgar”: “Teotônio”. Função de “incapaz”: predicativo do objeto. Predicado: verbo-nominal.
2. Elegeram-na vereadora. Regência de “eleger”: transitivo direto. Objeto direto de “eleger”: “na”. Função de “vereadora”: predicativo do objeto. Predicado: verbo-nominal.
3. Ele fez a criança feliz. Regência de “fazer”: transitivo direto. Objeto direto de “fazer”: “a criança”. Função de “feliz”: predicativo do objeto. Predicado: verbo-nominal.
4. O povo chamava-o de corrupto. Regência de “chamar”: transitivo direto. Objeto direto de “chamar”: “o”. Função de “de corrupto”: predicativo do objeto. Predicado: verbo-nominal.
Reforço 1 Conheça aqui as preposições: a) Acidental – Palavra que pode funcionar como preposição: afora, conforme, consoante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, trás. b) Essencial – Palavra invariável que sempre funciona como preposição: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, durante, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre.
9. Principais verbos transobjetivos Os verbos seguintes, quando empregados em sentido especial, são transobjetivos: transitivos diretos (raramente indiretos) + predicativo. Vêm acompanhados de predicativo do objeto, formando o predicado verbo-nominal. ACHAR Eu sempre a achei atraente. ACLAMAR Os funcionários aclamaram-no líder. ACUSAR O povo acusava-o de corrupto. CALCULAR Os familiares calculavam-na morta. CHAMAR Os moleques chamavam-na de galinhagarnisé. CONSIDERAR Sempre a considerei infiel. CONSTITUIR No jornal, constituíram-no revisor-chefe. COROAR Coroaram-na rainha caipira. CRER Na infância, todos me criam um santo. DAR Apesar das evidências, ele não se dava por vencido. DECLARAR Depois dos testes, declararam-me habilitado. DEIXAR Usaram o livro e deixaram-no rasgado. ELEGER O povo elegeu-o senador pelo Amazonas. ENCONTRAR Para minha decepção, fui encontrá-la muito feliz. FAZER A minha intenção era fazê-la secretária. IMAGINAR Eu a imaginava menos gorda. INTITULAR Os ribeirinhos intitularam-no herói. JULGAR Todos o julgavam culpado.
NOMEAR Nomearam meu primo inspetor-chefe. SABER Ali, ninguém o sabia bandido. SUPOR A família supunha-o íntegro. TACHAR Por causa da briga, tacharam-no de louco. TER Todos o tinham como doido.
10. Lista de verbos transitivos diretos Listamos aqui os verbos transitivos diretos mais empregados no dia a dia. Ao lado deles, servindo-lhes de complemento, não se pode usar o pronome átono lhe(s). ABENÇOAR Eu o abençoo, meu filho. Antes de partir, abençoou todos os filhos. ABORRECER Os bêbados aborreciam-no, mas ele não se zangava. De hoje em diante, vou procurar não mais aborrecê-la. ABRAÇAR Abracei-a poucas vezes. Quando chegava, abraçava todos de casa. ACHAR Eu a achei meio gorda, mas bem interessante. Na juventude, achamos tudo muito engraçado. ACOLHER O juiz acolheu o nosso pedido. AMAR Amo-a muito. Devemos amar a vida com muita intensidade. CASTIGAR Castiguei-o poucas vezes quando era criança. Ela o castiga, mas gosta dele. COLHER As mangas, colhi-as ainda meio verdes. Meu tio Ananias ganha dinheiro colhendo milho. COMENTAR Essas decisões, devemos comentá-las em reunião. Na próxima aula, comentaremos a prova. COMER As flores que você mandou? Comi-as no almoço. Regência e Crase –
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COMPRAR Frutas e verduras? Evite comprá-las em excesso. Comecei a vida comprando dívidas dos outros. CONTRARIAR Por causa do derrame, evite contrariá-la. Por qualquer besteira, contrariava pais. CONVIDAR Eu estou convidando-a para um passeio de barco. Fiz um grande festas, mas convidei só os familiares.
Podiam prendê-la, mas matá-la foi um erro. Fazendo isso, vocês matarão as plantações. Vez por outra, matava serviço para passear. PERSEGUIR Não vou mais persegui-la. Depois das eleições, os cabos eleitorais deixaram de perseguir o deputado. PRENDER Além de prendê-la, torturaram-na. Fomos obrigados a prender três dos parti-
DESCULPAR Eu já a desculpei. Antes de mais nada, quero dizer que já desculpei todos vocês.
cipantes.
ESTUPRAR Estupraram-na antes do casamento. Não apenas estupraram a moça: mataram-na.
Jamais o prejudicaria.
ESTIMAR Estimo-a muito, Cristina. Dede cedo, aprendi a estimar os livros. Estimo que estejas com saúde.
RECEBER
ESPERAR Espero-a na igreja, na parte de trás, é claro. Espero que você encontre logo um novo amor. Da parte dela, nunca pude esperar aquele comportamento.
herança.
ELOGIAR Eu já o elogiei mais do que devia. Comprazia-se em elogiar os amigos. Todos elogiaram muito o seu primeiro romance.
Ela consegue prender a respiração por três minutos. PREJUDICAR Fazia tudo para prejudicar os alunos. Tanto sol assim pode prejudicar sua beleza. Recebi-a em casa, à noite. Tinha prazer em receber os amigos. Depois de dois anos, conseguimos receber a De manhã cedo, recebeu a má notícia. SAUDAR Saúdo-a pela coragem. Todos saudaram as candidatas. Os convidados saudaram-se. SOCORRER Sem querer, eu a socorri.
ENCONTRAR Encontrá-la-ei na esquina, pode esperar. Até que enfim encontrei alguém que me ama. Não demore muito a encontrar uma solução.
Nosso trabalho era socorrer animais feridos.
FERIR Jamais quis feri-la; foi um acidente. Sem querer, feri um pássaro. Uma luz forte feriu-lhe os olhos.
Só vou ter férias em janeiro.
IMITAR No início, eu o imitava. Comecei minha carreira imitando os grandes mestres. Em sua arte, procure não imitar o real, mas recriá-lo. LEVAR Se viajar, eu a levarei comigo. Você pode partir, mas não permitirei que leve as crianças. Partirei, mas levarei saudades.
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MATAR
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Um pequeno barco socorreu-nos. TER Eu tive-a em meus braços. No passado, tive muitos cargos importantes. Ela não pode pegar chuva: tem asma. VER Vim vê-la. Pela primeira vez, vi o sol nascer quadrado. Antes de assumir, viu os prós e os contras da repartição. Eu não os vejo há mais de dois anos. VISITAR Visito-a todas as tardes. Elas se visitam com assiduidade. O fiscal visitou o nosso estabelecimento, mas não o multou.
Reforço 2
TESTES 1
Vícios de linguagem: a) Barbarismo – Qualquer erro gramatical que fira a norma culta da língua. Pode ser: 1. Ortoépico (troca ou omissão de fonemas, como a pronúncia aberta do “o” tônico de “bolsos”, a pronúncia “poblema” em vez de “problema”, ou ainda mudança da sílaba acentuada “rúbrica” em vez de “rubrica”). 2. Gráfico (troca de letras, como a troca de “s” por “z”, “ss”, “ç”, etc.). 3. Gramatical (inadequação nas flexões, como em “quando eu ver” em vez de “quando eu vir”, ou erro de flexão de gênero, como “ela está meia triste”, ou “coma menas farinha”). 4. Semântico (emprego inadequado de uma palavra ou locução, por não se conhecer seu sentido preciso, como usar-se “ir de encontro a” [chocar-se com] com o sentido de “estar conforme, combinar” ou “ir ao encontro de” [combinar, estar conforme] com o sentido de “chocar-se”).
b) Solecismo – Erro de sintaxe (concordância, crase, colocação pronominal, regência, etc.). c) Cacofonia – repetição de sons (fonemas ou sílabas) considerada desagradável ao ouvido: 1. Dei um beijo na boca dela. (cadela) 2. Vou-me já. (mijar) 3. Paguei por cada favor seu. (porcada)
d) Pleonasmo vicioso – repetição desnecessária, redundância de termos. 1. É preciso encarar de frente o problema da violência urbana. 2. Morreu de hemorragia sanguínea. 3. Entre para dentro, saia da chuva. 4. Perdemos nosso elo de ligação com os índios.
01. Nas frases com o verbo abençoar, indique a única com erro. a) Sem autorização do bispo, não posso abençoá-la. b) Que Deus lhe abençoe os passos! c) Que Deus lhe abençoe! d) Vamos pedir a Sua Santidade que nos abençoe. e) Meu pai já te abençoou; isso é o bastante.
02. Nas frases com o verbo aborrecer, indique a única com erro. a) Não adianta: hoje você não vai conseguir aborrecer-me. b) Vovó, quem lhe aborrece tanto assim? c) Ele está ficando velho: qualquer besteira o aborrece. d) Não a queremos aborrecer. e) Viemos aborrecê-lo mais uma vez.
03. Nas construções seguintes, as expressões destacadas são respectivamente: 1. Admiro-lhe a capacidade de fingir. 2. Todos lhe admiram o corpo esguio. 3. Até os treze anos, ninguém a admirava. a) adjunto adnominal, adjunto adnominal e objeto direto. b) objeto indireto, objeto indireto e objeto direto. c) adjunto adnominal, objeto indireto e objeto direto. d) objeto indireto, adjunto adnominal e objeto direto. e) adjunto adnominal, objeto indireto e objeto indireto. Regência e Crase –
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04. Nas construções seguintes, as expressões destaque são respectivamente: 1. Mesmo sem me conhecerem, eles ajudaram a mim. 2. São pessoas humildes que eu quero ajudar por uma questão de humanidade. 3. Quer ajudar-me? Então, comece pela limpeza dos livros. a) objeto direto preposicionado, objeto direto e objeto direto. b) objeto direto preposicionado, objeto direto e objeto indireto. c) objeto indireto, objeto direto e objeto direto. d) objeto indireto, sujeito e objeto direto. e) objeto indireto, sujeito e objeto indireto.
05. Nas construções seguintes, as expressões em negrito são respectivamente: 1. Que São Judas Tadeu te abençoe! 2. Que São Judas Tadeu te abençoe o caminho! a) pronome pessoal oblíquo átono (objeto indireto) e pronome possessivo (adjunto adnominal). b) pronome pessoal oblíquo átono (objeto direto) e pronome pessoal oblíquo átono (objeto direto). c) pronome pessoal oblíquo átono (objeto direto) e pronome possessivo (adjunto adnominal). d) pronome possessivo (adjunto adnominal) e pronome possessivo (adjunto adnominal). e) pronome possessivo (adjunto adnominal) e pronome possessivo (objeto direto).
06. Nas construções seguintes, substitua o complemento do verbo por um pronome átono conveniente; depois, escolha a letra com a sequência correta. 14
– João Batista Gomes
1. Apoiamos a tua decisão. 2. Apoiarei a tua decisão. a) b) c) d) e)
Apoiamo-la Apoiamo-la Apoiamos ela Apoiamos-lhe Apoiamos-lhe
– – – – –
apoiarei-a apoiá-la-ei apoiá-la-ei apoiarei-a apoiá-la-ei
07. Nas construções seguintes, as expressões em negrito são respectivamente: 1. Conheço-te todas as tramas. 2. Sei que vocês não conhecem a mim, mas provarei que sou honesto. 3. As minhas dúvidas dissiparam-se quando lhe conheci a família. a) objeto direto, objeto direto e objeto direto. b) objeto direto, objeto direto preposicionado e objeto indireto. c) adjunto adnominal, objeto direto preposicionado e adjunto adnominal. d) adjunto adnominal, objeto indireto e adjunto adnominal. e) objeto direto, objeto indireto e objeto indireto.
08. Julgue as construções seguintes quanto ao emprego de pronomes. a. ( ) Saiba que errei, mas ainda lhe amo muito. b. ( ) Eu lhe admiro desde a época de colégio. c. ( ) Por sua idade, ela devia respeitarlhe mais. d. ( ) Vou visitar-lhe no próximo fim de semana. e. ( ) Antes de firmar compromisso, quero conhecer-lhe melhor.
09. Nas construções seguintes com o verbo estimar, indique a única com erro gramatical. a) Estimo-a muito, Cristina; sempre te vou estimar. b) Por causa disso, vou estimar-te para sempre.
c) Enquanto viver, estimar-te-ei. d) Eu sei que ela me trai; mesmo assim, eu a estimo. e) Com o tempo, passei a estimá-la mais.
10. (CETRO–Pref Pinheiral-SP) Assinale a alternativa que possua, na mesma ordem, dois verbos com a mesma transitividade dos grifados na oração: “Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa...”
a) Pronome oblíquo tônico / “mim” e “me”. b) Pronome oblíquo átono / “os meses e os anos”. c) Pronome possessivo / “mim” e “me”. d) Pronome pessoal do caso reto / o sujeito oculto da oração (eu). e) Pronome demonstrativo / “os meses e os anos”.
13. (CETRO–Pref. Cruzeiro) Assinale a alternativa que apresenta o uso correto do pronome.
a) O rapaz agrediu o chefe, porque não tinha argumentos de defesa. b) Embora gostasse de praia, preferiu o campo. c) Jorge conversou com a filha e resolveu as mágoas. d) A atriz conquistou a plateia que necessitava daquele humor. e) O acidente provocou mortes e atrapalhou o trânsito.
a) Logo ao chegar, cumprimentou-lhe pela vitória. b) Forçou a visão, mas não avistou-o mais. c) Nunca lhe ocorrera uma sorte tão grande. d) Me comunicaram a chegada do navio ontem. e) Você venha logo, que te conto o que ocorreu.
11. (FEI-SP) Identifique a alternativa em que há objeto direto preposicionado:
14. (FGV–IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o pronome “lhe”:
a) Passou aos alunos, para estudo, o texto impresso. b) Naquela época, era difícil viajar para a Europa. c) Em dias chuvosos, gosto de ler um bom livro. d) Sentamo-nos numa das mesas e pedimos o jantar. e) Amou a João com o mais puro amor.
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... felicidades. e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo.
12. (CETRO–Pref Araçatuba-SP–2008) Leia a seguinte frase:
15. (UFF–RJ) Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.
“Que venham os meses e os anos, não conseguirão tirar mais nada de mim, não podem me tirar mais nada. Estou tão só e sem esperança, que posso enfrentálos sem medo.”
Assinale a alternativa que apresenta a classificação do pronome em destaque e o termo a que se refere.
a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez. c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação. e) Vou visitar-lhe na próxima semana. Regência e Crase –
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VERBO TRANSITIVO INDIRETO 1. Definição – É o verbo que exige complemento (objeto indireto) com preposição. a) Ela assistiu o filme de terror. (errado) Ela assistiu ao filme de terror. (certo) Regência de “assistir”: transitivo indireto. Função de “ao filme de terror”: objeto indireto.
b) O trabalhador precisa assistência médica. (errado) O trabalhador precisa de assistência médica. (certo) Regência de “precisar”: transitivo indireto. Função de “de assistência médica”: objeto indireto.
c) A assistência médica que o trabalhador precisa deve ser custeada pela empresa. (errado) A assistência médica de que o trabalhador precisa deve ser custeada pela empresa. (certo) A assistência médica da qual o trabalhador precisa deve ser custeada pela empresa. (certo) Regência de “precisar”: transitivo indireto. Função morfológica do “que” (= da qual) pronome relativo. Função sintática de “de que / do qual”: objeto indireto.
Aplicação 8 Escolha a alternativa com erro de regência verbal. a) A palestra a que assistimos terminou tarde. b) A palestra à qual assistimos terminou tarde. c) São poucas as pessoas em que confio. d) Casamento implica em filhos. e) São muitas as pessoas a que amo.
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– João Batista Gomes
2. Preposição obrigatória A preposição é obrigatória para verbos transitivos indiretos. É comum, na linguagem popular, a construção de frases sem o devido emprego da preposição, principalmente no período composto por subordinação (oração substantiva e oração adjetiva).
Aplicação 9 Julgue os itens a seguir quanto à regência verbal. a. ( ) O Brasil precisa este homem. b. ( ) O Brasil precisa deste homem. c. ( ) Este é o homem que o Brasil precisa. e. ( ) Este é o homem de que o Brasil precisa. e. ( ) Este é o homem de quem o Brasil precisa.
Aplicação 10 Julgue os itens a seguir quanto à regência verbal. a. ( ) O filme que assistimos ganhou vários prêmios nacionais. b. ( ) O filme que presenciamos ganhou vários prêmios nacionais. c. ( ) O livro que te referes pertence ao Realismo brasileiro. d. ( ) O dinheiro que você necessita está aqui. e. ( ) Esta é a mulher que gosto desde a infância.
Aplicação 11 Julgue os itens a seguir quanto à regência verbal. a. ( ) São poucas as mulheres porque me apaixonei de verdade. b. ( ) São poucas as mulheres por que me apaixonei de verdade. c. ( ) São poucas as mulheres pelas quais me apaixonei de verdade.
d. ( ) São poucas as mulheres por quem me apaixonei de verdade. e. ( ) São muitas as causas por que lutamos.
Aplicação 12 (CONSULPLAN–2010) NÃO há erro de regência verbal em: a) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos escolares. b) Falta de punição implica violência. c) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que pessoas honestas. d) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. e) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.
Aplicação 13 Julgue os itens a seguir quanto à regência verbal. a. ( ) Os problemas que se referiu o secretário afetam a todos. b. ( ) Os problemas à que se referiu o secretário afetam a todos. c. ( ) Os problemas a que se referiu o secretário afetam a todos. d. ( ) Os problemas aos quais se referiu o secretário afetam a todos. e. ( ) Os produtos que trabalhamos são perigosos.
Aplicação 14 (CEPERJ–2008) “Refiro-me a esta bula e não aquela poesia que relemos ontem.” Nesta frase, a falta de um acento gráfico indica erro de: a) b) c) d) e)
concordância verbal; regência verbal; concordância nominal; regência nominal; pontuação.
3. Transitivo indireto x pronomes Os verbos transitivos indiretos podem ter o objeto indireto representado pelos seguintes pronomes: a) lhe, lhes (para pessoas ou coisas); só podem ser usados com verbos que exijam preposição “a” ou “para”. b) a ele, a ela, a eles, a elas, a isso (para pessoas ou coisas). c) me, te, se, nos, vos (para pessoas).
Aplicação 15 Julgue os itens a seguir quanto ao uso de pronomes. a. ( ) Os trabalhadores assistiram a um debate sobre mobilidade urbana. Os trabalhadores assistiram-no. b. ( ) Os trabalhadores assistiram a um debate sobre mobilidade urbana. Os trabalhadores assistiram-lhe. c. ( ) Os trabalhadores assistiram a um debate sobre mobilidade urbana. Os trabalhadores assistiram a ele. d. ( ) Muitos não obedecem às leis de trânsito. Muitos não lhes obedecem. e. ) Muitos não obedecem às leis de trânsito. Muitos não obedecem a elas.
Aplicação 16 Julgue os itens a seguir quanto ao uso de pronomes. a. ( ) Os eleitores acreditam nos políticos. Os eleitores acreditam-lhes. b. ( ) Os eleitores acreditam nos políticos. Os eleitores acreditam neles. c. ( ) Os brasileiros creem nas empresas do terceiro setor. Os brasileiros creem-lhes. Regência e Crase –
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d. ( ) Os brasileiros creem nas empresas do terceiro setor. Os brasileiros creem nelas. e. ( ) A maioria não gosta do horário eleitoral gratuito. A maioria não lhe gosta.
Aplicação 17 Julgue os itens a seguir quanto ao uso de pronomes. a. ( ) Ao filme de ontem, assistimo-lo pela tevê. b. ( ) Ao filme de ontem, assistimos-lhe pela tevê. c. ( ) Ao filme de ontem, assistimos a ele pela tevê. d. ( ) São tantas as leis que fica difícil obedecer-lhes na íntegra. e. ( ) São tantas as leis que fica difícil obedecê-las na íntegra.
Aplicação 18 Julgue os itens a seguir quanto à correção gramatical. a. ( ) À consagração do papa, não chegamos a assisti-la. b. ( ) À consagração do papa, não chegamos a assistir-lhe. c. ( ) À consagração do papa, não chegamos a assistir a ela. d. ( ) Gosto-lhe muito, mas tenho vergonha de lhe dizer isso. e. ( ) A uma vida melhor? Sempre aspiramos a ela.
Aplicação 19 Julgue os itens a seguir quanto ao uso de pronomes. a. ( ) O filme era muito longo; não conseguimos assisti-lo todo. b. ( ) O filme era muito longo; não conseguimos assistir-lhe todo. c. ( ) O filme era muito longo; não conseguimos assistir a todo ele. d. ( ) O filme era muito longo; não conseguimos ver-lhe todo. e. ( ) O filme era muito longo; não conseguimos vê-lo todo.
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4. Transitivo indireto x me, te, se, nos, vos Também podem representar o objeto indireto os pronomes me, te, se, nos, vos.
Aplicação 20 Julgue os itens a seguir quanto ao uso de pronomes. a. ( ) Na empresa, todos me obedecem. b. ( ) Na empresa, todos obedecem a mim. c. ( ) Convém que te atendam primeiro. d. ( ) Convém que atendam primeiro a ti. e. ( ) No primeiro dia de mandato, ofereceram-nos propina.
Aplicação 21 (Cesgranrio–Petrobrás–2011) Substituindo o verbo destacado por outro, a frase, quanto à regência verbal, torna-se INCORRETA em: a) O líder da equipe, finalmente, viu a apresentação do projeto. O líder da equipe, finalmente, assistiu à apresentação do projeto. b) Mesmo não concordando, ele acatou as ordens do seu superior. Mesmo não concordando, ele obedeceu às ordens do seu superior. c) Gostava de recordar os fatos de sua infância. Gostava de lembrar dos fatos de sua infância. d) O candidato desejava uma melhor colocação no ranking. O candidato aspirava a uma melhor colocação no ranking. e) Naquele momento, o empresário trocou a família pela carreira. Naquele momento, o empresário preferiu a carreira à família.
5. Transitivo indireto x voz passiva Os verbos transitivos indiretos não aceitam, em rigor, voz passiva. Alguns verbos, porém, por força do uso, são apassivados. É o caso de obedecer, desobedecer, atender e responder. Mas atenção: só aceitam a voz passiva analítica (verbo “ser” + particípio).
Aplicação 22 Julgue os itens a seguir quanto à correção gramatical. a. ( ) O jogo foi assistido por todos nós. b. ( ) Todos nós assistimos ao jogo. c. ( ) As viagens espaciais são muito visadas pelos cientistas. d. ( ) Os cientistas visam muito às viagens espaciais. e. ( ) As leis foram feitas para serem obedecidas.
Aplicação 23 A frase em que a forma destacada está apropriada às normas gramaticais é: a) O sucesso do projeto incentivou-lhes a continuar perseguindo as metas iniciais. b) Apesar de o prefeito ter apoio popular, a imprensa escrita resolveu ignorarlhe. c) Na administração pública, o bomsenso manda confiar-lhe pouco. d) Para a conquista de um diploma em nível superior, a família incentivou-lhe muito. e) Tinha consciência de sua condição subalterna; por isso, aos chefes imediatos, obedecia-lhes cegamente.
6. Transitivo indireto + se (pis) Os verbos transitivos indiretos, quando acompanhados do pronome “se”, caracterizam o sujeito indeterminado. Nesse caso, o verbo fica na terceira pessoa do singular. 1. Precisam-se de pedreiros. (errado) Precisa-se de pedreiros. (certo) Regência de “precisar”: vti. Função do “se”: pronome que indetermina o sujeito (pis). Sujeito da frase: indeterminado. Função de “de pedreiros”: objeto indireto.
Aplicação 24 Julgue os itens a seguir quanto à correção gramatical. a. ( ) Obedecem-se aos princípios ecológicos. b. ( ) Obedece-se aos princípios ecológicos. c. ( ) Diariamente, assistem-se a cenas de violência contra as mulheres. d. ( ) Diariamente, assiste-se a cenas de violência contra as mulheres. e. ( ) Na política, devem-se visar às necessidades prementes do povo.
Aplicação 25 Julgue os itens a seguir quanto à correção gramatical. a. ( ) Nesse caso, não se tratam de simples agressões ao meio ambiente. b. ( ) Nesse caso, não se trata de simples agressões ao meio ambiente. c. ( ) Ainda hoje, recorrem-se a métodos violentos para combater o uso de drogas. d. ( ) Ainda hoje, recorre-se a métodos violentos para combater o uso de drogas. e. ( ) Nas indústrias, necessitam-se mais de técnicos que de engenheiros. Regência e Crase –
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Aplicação 26 (EPCAR) O “que” devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção: a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. b) Eis a razão ....... não compareci. c) Rui é o orador ....... mais admiro. d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
Aplicação 27 (FGV–IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua: a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido.
Aplicação 28 (FCC–TRT–20 reg–2011) “A leitura em profundidade foi substituída pela massa de informações, em sua maioria superficiais”. Com a transposição da frase acima para a voz ativa, o verbo passará a ser a) b) c) d) e)
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substituíram. substituiu. substituíra. tinham substituído. substituiriam.
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7. Transitivo indireto x oração subordinada substantiva objetiva indireta O complemento do verbo transitivo indireto (objeto indireto) pode ser uma oração inteira: é a oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Aplicação 29 “Gostava de que todos a bajulassem.” Sobre período acima, assinale a alternativa incorreta. a) A preposição “de” pode ser eliminada sem prejuízo à correção gramatical. b) Trata-se de período composto por subordinação. c) O período contém objeto indireto oracional. d) O “que” é conjunção integrante. e) O período contém dois pronomes.
Aplicação 30 “Precisava de que ela estivesse sempre ao seu lado.” Sobre período acima, assinale a alternativa incorreta. a) O verbo “precisar” é transitivo indireto. b) Objeto indireto de “precisar” é oracional. c) O “que” é conjunção integrante. d) A preposição “de” é expletiva. e) O período contém dois pronomes e uma conjunção.
Aplicação 31 Há erro de regência verbal em: a) Lembro-me de que tudo não passou de uma ilusão. b) Lembro que tudo não passou de uma ilusão. c) Nunca se esqueça de mim. d) São muitas as leis que se obedece. e) As posições a que aspiro são simples.
8. Lista de verbos transitivos indiretos Listamos aqui os verbos transitivos indiretos mais empregados no dia a dia. ABSTER-SE A muito custo, absteve-se do álcool. Os vícios de que me abstive são muitos. ACENAR Finalmente, o governo acenou com a possibilidade de renúncia. ACONTECER Aconteceu-nos, outrora, muito contratempo. ADERIR Chegou a hora de aderirmos à proposta da oposição. O movimento a que os estudantes aderiram é democrático. ADMIRAR-SE Admiramo-nos de sua coragem. ALUDIR No discurso, ela aludiu ao nosso passado. Os problemas a que aludimos são sérios. ANSIAR Sempre ansiei por dias melhores. Os ideais por que anseio são nobres. ANTIPATIZAR Sempre simpatizei com esse seu sorriso. APRAZER Apraz-me muito a tua presença. ARGUMENTAR Temos motivos para argumentar contra suas atitudes. BASTAR Pouca coisa basta ao homem sóbrio. BATER Não se deve bater em mulheres. Altas horas, bateu à porta.
CONFIAR Eu estava certo; não podíamos confiar neles. São poucas as pessoas em que confiamos. CONTENTAR-SE Eu me contento com pouca coisa. DEPARAR Na rua, deparei (com) duas pessoas estranhas. DESOBEDECER Quando adolescente, ela sempre lhe desobedecia. ESQUECER-SE Jamais me esquecerei de você. São traumas de que jamais me esquecerei. FALTAR Muita coisa falta aos mais humildes. GOSTAR São muitos os estilos de música de que gosto. LEMBRAR-SE Lembrei-me de minha infância e chorei. São muitas as coisas de que me lembro quando penso na infância. NECESSITAR Nessa campanha, vamos necessitar de todos. São poucas as coisas de que necessitamos para viver bem. OBEDECER Depois de adulta, ela passou a lhe obedecer. Os preceitos a que obedecemos devem ser justos. PENSAR Da próxima vez, pense nas crianças pobres. PERTENCER Essa terra nos pertence. Cada um deve voltar à região a que pertence. PRECISAR Desculpe, compadre, mas preciso destes animais. Os trabalhadores de que preciso podem ser leigos.
Cabe ao povo o direito de controlar as ações
PROCEDER Procederam contra o patrão e saíram vitoriosos. A campanha a que procedemos incomoda
do governo.
muita gente.
CARECER
REAGIR O povo precisa reagir contra as arbitrariedades da polícia. O assalto a que ela reagiu terminou em tragédia. Quando abordado, ele reagiu com socos e pontapés.
CABER
Esse seu argumento carece de prova. CEDER Fiz tudo para não ceder 6tentação. CUSTAR Custou-lhe acreditar na derrota.
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RECORDAR-SE Recordar-me-ei sempre de você. Um filme de cujo nome não me recordo motivou-me a continuar. RECORRER Sempre que preciso, recorro aos meus pais. O médico a quem recorremos foi muito gentil. REFERIR-SE São coisas sem nexo a que estou sempre me referindo. Refiro-me a situações vexatórias. RESISTIR Só nos resta resistir à opressão dos poderosos. São poucos os apelos publicitários a que o consumir resiste. RESPONDER Convém responder às cartas. As questões a que respondi são poucas. REVIDAR Convém não revidarmos às agressões. SIMPATIZAR Sei que ela não simpatiza comigo. As pessoas com quem simpatizo são poucas. SOBRESSAIR Eu nunca sobressaí em Química. Ela sobressai a todos pela inteligência. TELEFONAR Desculpe não ter telefonado antes para você. Quando puder, telefone para mim. TORCER Nessa questão, estou torcendo por você. O time por que torço está perdendo. VACILAR Eles não vacilavam em denunciar as irregularidades. ZOMBAR Os animais pareciam zombar de mim.
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO 1. Dois complementos Há verbos que possuem dupla predicação, exigindo dois complementos: um sem preposição (objeto direto), outro com preposição (objeto indireto). São chamados de transitivos diretos e indiretos ou bitransitivos. Outros nomes: biobjetivos e transitivos relativos. Exemplos: a) Ele ofertou flores à sogra. Ele ofertou-lhe flores. Regência de “ofertar”: vtdi. Função de “flores”: objeto direto. Função de “à sogra / lhe”: objeto indireto.
b) Deram muito carinho à criança. Deram-lhe muito carinho. Regência de “dar”: vtdi. Função de “muito carinho”: objeto direto. Função de “à criança/lhe”: objeto indireto.
c) Enviaram fotos comprometedoras ao marido traído. Enviaram-lhe fotos comprometedoras. Regência de “enviar”: vtdi. Função de “fotos comprometedoras”: objeto direto. Função de “ao marido traído/lhe”: objeto indireto.
Aplicação 32 Julgue as frases seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Informaram aos moradores do rompimento da adutora. b. ( ) Informaram os moradores do rompimento da adutora. c. ( ) Informaram aos moradores o rompimento da adutora. d. ( ) Ela se deu o vexame de telefonar para a amante do marido. e. ( ) Ela se deu ao vexame de telefonar para a amante do marido.
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2. Combinação de pronomes Com verbos transitivos diretos e indiretos, pode ocorrer a combinação dos pronomes átonos, incomum na língua coloquial brasileira, mas muito empregada pelos autores da literatura. a) Ela me dizia coisas absurdas. Ela mas dizia (me + as = mas). Ela dizia-mas. Regência de “dizer”: vtdi. Função sintática do “mas”: objeto direto e objeto indireto.
b) Ofertaram-lhe flores. Ofertaram-lhas (lhe + as = lhas). Regência de “ofertar”: vtdi. Função sintática do “lhas”: objeto direto e objeto indireto.
c) Os alunos deram-nos flores. Os alunos deram-no-las (nos + as = no-las).
3. Objeto indireto x predicativo do objeto Em construções com verbos transobjetivos (achar, apelidar, chamar, fazer, ter, xingar, etc.), o verbo não é transitivo direto e indireto: é apenas transitivo direto, acompanhado de “objeto direto + predicativo do objeto”. Nesse caso, a oração tem predicado verbo-nominal. a) À frente de todas, ela chamou-o de frouxo. Regência de “chamar”: vtd (não vtdi). Função sintática do “o”: objeto direto. Função sintática de “de frouxo”: predicativo do objeto (não objeto indireto). Predicado: verbo-nominal.
b) À frente de todas, ela chamou-lhe de frouxo. Regência de “chamar”: vti (não vtdi). Função sintática do “lhe”: objeto indire-
Função sintática do “no-las”: objeto
to. Função sintática de “de frouxo”: predicativo do objeto (não objeto indireto).
direto e objeto indireto.
Predicado: verbo-nominal.
Regência de “dar”: vtdi.
d) Eu lhes peço desculpas. Eu lhas peço (lhes + as = lhas). Regência de “pedir”: vtdi. Função sintática do “lhas”: objeto direto e objeto indireto.
c) Quando bebia, xingava a esposa de muitos nomes feios. Regência de “xingar”: vtd (não vtdi). Função sintática de “a esposa”: objeto direto. Função sintática de “de muitos nomes
Aplicação 33 Assinale a letra errada quanto ao uso de pronomes. a) Enviamos flores à família = Enviamos-lhas. b) Deram um presente à filha caçula. = Deram-lho. c) Pediram desculpa aos funcionários. = Pediram-lhas. d) Informaram o prazo aos clientes. = Informaram-lho. e) Disseram palavras doces à viúva. = Disseram-lhas.
feios”: predicativo do objeto (não objeto indireto). Predicado: verbo-nominal.
Aplicação 34 Assinale a alternativa em que o termo sublinhado seja objeto indireto. a) Chamaram-no de corrupto. b) Durante muitos anos, fizeram-no de bobo. c) Eu o considero honesto. d) Rasgaram-lhe toda a roupa. e) Convém adequar o vocabulário à plateia. Regência e Crase –
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4. Objeto indireto x adn Em construções do tipo “Roubaram-lhe o carro”, o verbo não é transitivo direto e indireto: é apenas transitivo direto, com o lhe (ou me, te, nos, vos) na função de adjunto adnominal. Nesse caso, os pronomes me, te, nos, vos e lhe são possessivos: correspondem a meu, teu, nosso, vosso e seu. a) Rasgaram-lhe a roupa. Rasgaram a sua roupa. Regência de “rasgar”: vtd (não vtdi). Função sintática de “a roupa”: objeto direto. Função sintática do “lhe” / “sua”: adjunto adnominal (não objeto indireto).
b) Doía-lhe a cabeça. Doía a sua cabeça. Regência de “doer”: vi (não vtdi). Função sintática de “a cabeça”: sujeito. Função sintática do “lhe” / “sua”: adjunto adnominal (não objeto indireto).
c) Amassaram-lhe o carro. Amassaram o seu carro. Regência de “amassar”: vtd (não vtdi). Função sintática de “o carro”: objeto direto. Função sintática do “lhe” / “seu”: adjunto adnominal (não objeto indireto).
Aplicação 35 Assinale a alternativa em que o termo sublinhado seja objeto indireto. a) Sempre lhe obedeci às ordens. b) Logo cedo, o público reconheceu-lhe o talento. c) Apesar da insistência, não lhe concederam o aumento pleiteado. d) A justiça confiscou-lhe todos os bens. e) Traçaram um plano para subtrair-lhe a riqueza pouco a pouco.
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– João Batista Gomes
5. Lista de verbos transitivos diretos e indiretos Eis uma relação dos verbos transitivos diretos e indiretos mais empregados no dia a dia. ACARRETAR A decisão da diretoria acarretou prejuízos aos operários. A notícia nos jornais acarretou-lhe constrangimentos. ACOMODAR É preciso acomodar as nossas ideias à formação de funcionários eficientes. ACONSELHAR Neste caso, eu lhe aconselho prudência. Desde o início, eu aconselhei isso a você. O médico aconselhou-me repouso. ADAPTAR Em pouco tempo, adaptei-me à nova função. Depois do acidente, demorei a adaptar-me à nova realidade. Com o tempo, os alunos foram-se adaptando à nova didática. ADEQUAR Sem dinheiro, fomos obrigados a adequar a casa aos novos membros da família. Procuro adequar o meu vocabulário à plateia a quem me dirijo. ALIAR Aliei o meu desejo à boa vontade dos professores e consegui formar-me. Além de tudo, ela sabe aliar beleza à dignidade de espírito. APLICAR Aplicou-lhe um golpe e fugiu pelos fundos. Em um mês, aplicaram-lhe trinta injeções. Na cadeia, aplicaram-lhe chutes e pescoções, mas não confessou nada. APRESENTAR Quando retornou, apresentei-lhe a dívida; ficou assustado. Na mesma noite, apresentei-a aos meus pais. Apresentei-lhe as minhas desculpas, mas ela não aceitou. ATRIBUIR Temos que atribuir o fracasso à ignorância do nosso líder. O nosso erro foi atribuir-lhe muitos afazeres. Na repartição, atribuíram-me funções inesperadas.
AUTORIZAR
CONCILIAR
Estou fora do hospital porque me autorizaram a
Foi preciso conciliar a família com o trabalho
sair.
noturno.
Eu não lhe autorizei o empréstimo. Fui eu quem lhe autorizou a saída.
Ela consegue conciliar ternura com um modo severo de conduzir os negócios.
AVISAR
CONDUZIR
Avisaram-me do acidente, mas não pude
As más companhias conduziram-no à de-
comparecer.
linquência.
Eu lhe avisei que a moça era casada, não
Os amigos conduziram-no à posição de líder.
avisei?
CONFERIR
Avisamo-lo da audiência, mas ele não com-
Conferiram-lhe o título de baronesa.
pareceu.
A escola conferiu o título de mestre a um aluno
BAIXAR
superdotado.
O diretor baixou uma instrução para todos os
Ela conferiu à banda um ar de solenidade.
professores de nível médio.
CONFRONTAR
O ministro vai baixar normas para todos os
Nosso trabalho é confrontar o texto atual com o
prestadores de serviços.
antigo.
BARATEAR Por causa da quantidade, baratearam-me a
É possível confrontar as ideias de Machado de Assis com as de Lima Barreto.
cachaça.
CONSENTIR
Diante da escassez, não quiseram baratear-lhe
Não consinto esse tratamento desrespeitoso a
a carne bovina.
mim.
CAUSAR As chuvas causaram-nos enormes prejuízos. O aspecto dele, todo maltrapilho, causava-nos asco. Você pode ficar, desde que não me cause aborrecimentos. COLHER Disso tudo colhemos uma lição: todos podem errar. Desse episódio colhemos que a política é imprevisível.
A patroa não lhe consente uma horinha de descanso. Na cadeia, consentem maus-tratos aos presos. DAR Na época de namoro, ele lhe dava toda a atenção. Deram-lhe tudo, menos educação. Ela deu-se o direito de abandonar os estudos. DEDICAR Quando jovem, dediquei vários poemas ao demônio. Por tudo isso, vou dedicar-lhe o meu próximo
COMUNICAR
livro.
Já era noite quando comunicaram-lhe o
Os alunos dedicaram-me uma festa.
acidente. Já era noite quando comunicaram-no do acidente. COMPARAR
DEFENDER Os cães defenderam-nos dos ladrões. Quem nos defenderá contra os terroristas?
É possível comparar os poetas com os loucos.
DEMONSTRAR Ela demonstra-me pouco o seu amor.
Graciliano ramos, comparamo-lo a Machado de
Demonstramos-lhe a verdade, mas ele não nos
Assis.
deu ouvidos.
CONCEDER
Quis demonstrar a mim mesmo que a ilusão
Apesar da urgência, não me quiseram conceder
pode virar realidade.
uma licença. Seria possível conceder-lhe três dias para
DESTINAR Destinei a ela a maior parte dos meus livros.
tratamento de saúde?
Sempre destinamos uma parte dos lucros para
A muito custo, concederam-me permissão para
assistência social.
falar de drogas nas salas de aula.
Destinava a filha para uma carreira médica. Regência e Crase –
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DETERMINAR
EXPLICAR
O professor determinou-lhes que estudassem
Expliquei-lhe as minhas razões, mas não fui
toda a matéria.
perdoado.
Reconhecendo o meu erro, determinei-lhe
Deixe que lhe explico tudo mais tarde; agora,
metade dos meus bens.
tenho de sair.
DIRIGIR
EXPOR
Dirigiu a correspondência ao próprio ministro.
Não exponha seu corpo ao sol do meio-dia.
No palanque, dirigiu palavras ásperas à
O acontecido expôs-me aos superiores,
oposição.
abalando minha posição de líder.
DISTRIBUIR
Os novos produtos foram expostos ao público.
No fim da vida, distribuiu toda a riqueza aos
EXPRIMIR
pobres.
Esforcei-me, mas não consegui exprimir-lhe a
Em época de eleição, costuma distribuir
minha ideia.
dinheiro a quem dele se aproxima.
Com muita calma, ela exprimiu-me suas razões;
Precisamos distribuir melhor as tarefas entre
eu concordei.
os funcionários.
GUARDAR
DIVIDIR
Guardei estes doces para você.
É hora de dividirmos as terras entre os pos-
Guarde o que sobrou para os vaqueiros.
seiros.
HABILITAR
O dinheiro do prêmio, vou dividi-lo entre nós
Sua destreza habilita-o à prática de qualquer
três.
arte marcial.
DIZER
A maior missão é habilitar todo o grupo para a
Cristina, diga-me a verdade: você me trai?
prova.
Já ouvi tudo; não me diga mais nada.
HABITUAR
Não tivemos coragem de lhe dizer toda a
Com muito esforço, conseguimos habituá-la às
verdade.
aulas de religião.
EMPREGAR
Habituei os meus filhos a defenderem-se dos
Empregava até madeira na construção de
agressores das ruas.
automóveis.
INDICAR
Hoje, emprego o meu tempo em ações sociais.
Cheguei até aqui porque indicaram-me o
EMPRESTAR
caminho.
Ela emprestava aos pobres o dinheiro que
Por favor, indique-me um bom médico para
arrancava dos ricos.
coceiras entre os dedos.
Muitas vezes, emprestei-lhe gêneros ali-
Indiquei-a ao chefe, mas ele não a contratou.
mentícios.
IMPRIMIR
O novo filho emprestou sentido à vida do casal.
Quando falava, procurava imprimir um tom
ENSINAR
austero às palavras.
Meus pais ensinaram-me os caminhos da vida.
Procuramos imprimir velocidade às nossas
Era ainda criança quando me ensinaram o latim.
ações.
Tento ensinar-lhes Português brincado.
INFLIGIR
ENVIAR
Costumava infligir aos filhos castigos corporais.
Só recentemente lhe enviaram os compro-
Passaram a infligir aos motoristas faltosos
vantes.
multas pesadas.
Enviamos-lhe os documentos pedidos.
INFORMAR
Nunca lhe enviaram o dinheiro prometido.
Informamos-lhe o resultado do concurso.
EXERCITAR
Eles informaram o resultado aos alunos.
Na escola, procuro exercitá-los no manejo
INTIMAR
correto da língua.
O juiz intimou-os a comparecer.
Vou tentar exercitá-la no jogo do xadrez
Foi preciso intimá-los a prestar esclarecimento.
– João Batista Gomes
INVESTIR A posição política investia-o de certa autoridade local. Investiu metade do dinheiro do prêmio em ações. LANÇAR Antes de morrer, lançou um olhar de súplica à família. Numa manifestação de raiva, lançou os documentos ao lixo. LECIONAR Quando lhe lecionei o grego, ela dominou-o com rapidez. Ela foi minha aluna, mas lhe lecionei poucas lições LEVAR Acudiu-a um vizinho, levando-lhe água e comida. Levaram-lhe roupas e calçados, numa demonstração de solidariedade. O meio em que vivia levou-o a proceder incorretamente. LIVRAR Já o livrei várias vezes da cadeia. É bom que nos livremos do mal. MANIFESTAR No outro dia, manifestei-lhe a minha gratidão. Estamos aqui para lhe manifestar agradecimentos. MOSTRAR Eles me mostravam a verdade, mas eu estava cego. NARRAR Em poucos minutos, narraram-me tudo, sem nada omitir. Começou a narrar aos pais toda a piada contada pelo professor. NOTICIAR No mesmo dia, noticiaram-lhe a tragédia. Noticiamos-lhe o ocorrido um dia depois. NOTIFICAR Antes de partir, notifiquei-o da minha resolução. Antes de partir, notifiquei-lhe a minha resolução. Sentimos notificá-lo de tudo isso. Sentimos notificar-lhe tudo isso. OFERECER Ela me ofereceu o carro, mas eu não aceitei. Na época de namoro, ele me oferecia flores todos os dias. Hoje, nem os espinhos. Nada lhe ofereço porque nada tenho.
OFERTAR Quando estava no governo, ofertei-lhe cargos de chefia. Se vencer, ofertar-lhe-ei muitos presentes. ORDENAR Com voz firme, ordenei-lhes que saíssem. Com um gesto brusco, ordenou silêncio à plateia. PARTIR Ele tem mais de dez filhos com quem parte todo o dinheiro que ganha. Na despedida, partiu a comida comigo. PERMITIR Apesar da insistência, não nos permitiram entrar. Permitimos-lhe que saísse, mas sob vigilância. Permitiram-me falar, desde que não difamasse o colégio. PREGAR Procure pregar-lhes a verdade. Dentro da igreja, pregou os olhos na freira como se a quisesse devorar. À meia-noite, pregou-lhe um susto. PREPARAR Venho preparando-os, desde cedo, para concursos públicos. Preparamos uma grande festa para a matriarca da família. Preparamos os ânimos para uma derrota. PREVENIR Quero preveni-los da chegada de um novo membro no grupo. Previno-os de que a narrativa é trágica. Conseguimos prevenir os pais em favor da prisão da filha. PRODUZIR O emprego produz-lhe o sustento de duas famílias. O livro não lhe produziu o prestígio esperado. PROIBIR Hoje à noite, proíbo-a de sair. Hoje à noite, proíbo-lhe sair. Proibimos-lhe falar sobre o ocorrido. PROVAR Hei de provar a todos que sou inocente. Provar-te-ei que o dinheiro foi desviado. Provamos a todos que a bondade traz felicidade. REMETER Em uma semana, remeteram-me milhares de e-mails. Remeter-lhe-emos as boletos por e-mail.
Regência e Crase –
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RENDER O processo contra o supermercado rendeu-lhe boa indenização. O filho mais novo já lhe rendeu muitas dores de cabeça.
VALER O seu modo agressivo valeu-lhe muitas inimizades
REPARTIR Em dado momento, fomos obrigados a repartir os lucros entre os empregados. A partir de hoje, vou repartir o meu dia em obrigações mais leves. Se chegarmos a casar, repartirei meus bens com você.
Aplicação 36
RESPONDER Quanto questionada, respondeu-me que estivera com a mãe. Respondi-lhe que estava com fome. SALVAR Foi Deus quem o salvou da morte. Fazendo isso, você o salvará das drogas. SOLICITAR Solicitaram-me que comparecesse ao quartel no outro dia. Diante das ameaças, solicitou proteção à polícia. Solicito-lhe que remeta as encomendas ainda hoje. SUSPENDER Suspenderam-no da função de secretário. As índias suspendiam às tetas seus filhos magros. TRANSMITIR Os mestres transmitiram-nos grandes lições. Procuro transmitir-lhes ensinamentos práticos. A presença dela transmite-me paz. O mosquito transmitiu-lhe dengue. TOMAR Quando dei por mim, haviam tomado-me tudo. No meio da rua, tomou-a nos braços. Depois do acidente, os filhos tomaram ódio ao pai. UTILIZAR Os médicos utilizaram em mim uma técnica nova. O governo vem utilizando na lavoura os incentivos fiscais. Utilizaram a mão-de-obra dos presidiários na construção de casas populares. VACINAR Ainda criança, vacinaram-no contra a varíola. A prefeitura exige que os cães sejam vacinados contra a raiva.
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– João Batista Gomes
A obra satírica valeu-lhe críticas e xingamentos.
Faça opção pela frase que contém objeto direto interno. a) Eles se amaram por toda a vida. b) Despede-se o amigo que muito o estima. c) Vivemos, por muitos anos, uma vida de sacrifícios. d) Para defender a família, ele pegou da arma disposto a matar. e) Se fosse verdade, ela me diria a mim, não aos outros.
Aplicação 37 Faça opção pela frase que contém objeto indireto pleonástico. a) Quando estou na repartição, todos atendem aos meus chamados. b) Às ordens do chefe, procuro obedecer a elas sem questionar. c) Meus filhos, eles estimam a mim visivelmente. d) Quando moleque, chamavam-me de tamanco. e) Pedimos a todos que fossem buscar os livros.
Aplicação 38 (CETRO–CRM-PB-2010) Assinale a alternativa cuja regência esteja correta. a) O país que nasci é muito frio. Prefiro o Brasil. b) Passeava por entre as folhas quando o encontrei. c) Prefiro assistir televisão do que ler um livro. d) Tenho de ir ao consultório hoje, não há como ficar aqui. e) Faltou-lhe encorajamento em continuar o tratamento.
VERBO INTRANSTIVO 1. Sem complemento Os verbos intransitivos não precisam de complemento, ou seja, não precisam de objeto direto nem de objeto indireto. Mas atenção: o verbo intransitivo pode vir acompanhado de adjunto adverbial e/ou de predicativo do sujeito. a) A criança nasceu. Regência de “nascer”: verbo intransitivo.
b) A criança nasceu ontem. Regência de “nascer”: verbo intransitivo. Função de “ontem”: adjunto adverbial de tempo.
Aplicação 39 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. b. c. d. e.
( ( ( ( (
) ) ) ) )
Aplicação 40 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. b. c. d. e.
( ( ( ( (
) ) ) ) )
c) A criança nasceu ontem, no hospital. Regência de “nascer”: verbo intransitivo. Função de “ontem”: adjunto adverbial de tempo. Função de “no hospital”: adjunto adverbial de lugar.
d) A criança nasceu ontem, no hospital, sadia. Regência de “nascer”: verbo intransitivo. Função de “ontem”: adjunto adverbial de tempo. Função de “no hospital”: adjunto adverbial de lugar. Função de “sadia”: predicativo do sujeito.
e) Os eleitores votaram em Eduardo. Regência de “votar”: verbo transitivo indireto. Função de “em Eduardo”: objeto indireto.
f) Os eleitores votaram em Itacoatiara.
Ele dormiu sozinho. Ele dormiu bem. Ele dormiu com a prima. Ele se casou com a prima. Ele disse que não se casa mais.
Ela sempre morou em Manaus. Ela sempre morou sozinha. Ela sempre morou com os pais. Eles não moram mais aqui. A casa em que moramos pertence aos nossos avós.
Aplicação 41 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. b. c. d.
( ( ( (
) ) ) )
Ela está muito magra. Ela está em casa. Ela está com câncer. Ele confessou que já esteve com muitos mulheres. e. ( ) Não está em mim julgá-la.
Aplicação 42 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. ( ) Todos chegaram a casa, cansados. b. ( ) Chegamos à conclusão de que não houve intenção de matar. c. ( ) Chegou, enfim, a hora da eleição. d. ( ) José de Alencar não conseguiu chegar a senador. e. ( ) Chega de reclamações.
Regência de “votar”: verbo intransitivo. Função de “em Itacoatiara”: adjunto adverbial de lugar.
g) Os eleitores votaram em branco. Regência de “votar”: verbo intransitivo. Função de “em branco”: adjunto adverbial de modo.
Aplicação 43 Assinale a alternativa errada. a) A conclusão a que chegamos é óbvia. *b)A casa em que chegamos parecia abandonada. c) A situação em que estamos é triste. d) O prédio em que moro fica no Centro. e) O drama que vivemos é surreal. Regência e Crase –
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2. Intransitivo x transitivo indireto A classificação do verbo quanto à predicação depende do sentido e do contexto. Numa frase, o verbo pode ser intransitivo; em outra, pode ser transitivo indireto. O verbo transitivo indireto exige preposição, mas a preposição não é “propriedade” do verbo transitivo indireto. É comum que um verbo intransitivo venha acompanhado de preposição, introduzindo o adjunto adverbial. a) Convém não ir para casa, agora. Regência de “ir”: verbo intransitivo. Função de “para casa”: adjunto adverbial de lugar.
b) Convém não ir ao ponto principal logo no início. Regência de “ir”: verbo transitivo indireto. Função de “ao ponto principal”: objeto indireto.
c) No início do ano, ela voltou para casa. Regência de “voltar”: verbo intransitivo. Função de “para casa”: adjunto adverbial de lugar.
d) No início do ano, ela voltou a praticar esportes. Regência de “voltar”: verbo transitivo indireto. Função de “a praticar esportes”: objeto indireto oracional.
e) Este procedimento não é ideal para você. Regência de “ser”: verbo de ligação. Função de “ideal”: predicativo do sujeito.
f) Este procedimento não é de pessoa séria. Regência de “ser”: verbo transitivo indireto. Função de “de pessoa séria”: objeto indireto.
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– João Batista Gomes
Aplicação 44 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. b. c. d. e.
( ( ( ( (
) ) ) ) )
O barco virou. O vento virou o barco. A lagarta virou borboleta. O bêbado virou a mesa. O bêbado virou veado.
Aplicação 45 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. b. c. d. e.
( ( ( ( (
) ) ) ) )
A filha virou-se contra o pai. Maria passou toda a roupa. Maria passou mal. Maria passou a governanta. Maria passou em concurso.
Aplicação 46 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. b. c. d.
( ( ( (
) ) ) )
Ela bebeu e caiu na calçada. Minha prima caiu na vida. Caiu a cortina, e todos choraram. Durante o depoimento, caiu em contradição. e. ( ) Depois do carnaval, caiu doente.
Aplicação 47 Classifique os verbos em destaque quanto à regência. a. ( ) Convém precisar a época em que o fato aconteceu. b. ( ) Ele precisou a balança da mercearia conforme orientação do fiscal. c. ( ) Ela cresceu e não precisa mais de mim. d. ( ) Os documentos de que precisamos podem ser obtidos pela Internet. e. ( ) Ela trabalha porque precisa.
3. Lista de verbos intransitivos Veja uma lista de verbos intransitivos empregados no dia a dia. Depois deles, aparecem palavras ou expressões que traduzem ideias adverbiais (tempo, lugar, modo, intensidade, companhia, condição, causa, finalidade, etc.) ou atribuições do sujeito (predicativo do sujeito).
DESABAR Por causa da chuva, várias casas desabaram. Um aguaceiro forte desabou sobre a cidade, causando pânico e prejuízo. DESAPARECER O gato pulou o muro e desapareceu na escuridão. Os sintomas podem sumir, mas a doença não desaparece.
AGIR
DESCER
Logo depois das ordens, procuramos agir.
Desça daí, menino!
Aja com cuidado neste caso.
Com a enchente, as canoas desceram e nunca
Agimos rapidamente, mas não conseguimos
mais foram vistas.
salvá-la.
As águas desciam de arrancada.
APROXIMAR-SE
DORMIR
Quando o som foi ligado, alguns garimpeiros
Depois de certa idade, muita gente não con-
se aproximaram.
segue dormir.
Não tenha medo, aproxime-se.
Na fazenda, dormíamos em rede, espalhadas
ASSOMAR
pela varanda.
Quando menos esperávamos, eles assomaram
ENTRAR
no alto da serra.
À meia-noite, ela entrou no bar disposta a tudo.
Quando a lua assomou, partimos para a cidade.
Entramos na gruta, meio desconfiados.
BATER Ela é perversa, gosta de bater.
Depois que os guardas foram embora, todos nós entramos.
Quando venta muito, as janelas batem sem
ESPLENDER
parar.
Mal a lua esplendeu, o barulho recomeçou.
BATUCAR Aqui perto, os negros batucam a noite inteira. Desde criança, ela gosta de batucar. CAIR Todos ficaram chocados quando o avião caiu. Ela permaneceu no meio da chuva, indiferente aos pingos grossos que caíam. CHEGAR Os convidados chegaram atrasados. A comitiva chegou à meia-noite. Sempre procurei chegar a casa na hora certa. CHORAR Criança de barriga cheia não chora. Você não precisa chorar; lágrimas não resolvem problemas. CONVIR Essas coisas que estão acontecendo não convém.
No meio da noite, os lampiões esplendiam, e a marcha continuava. ESTAR Estávamos na varanda quando tudo aconteceu. Na juventude, estive muito tempo no interior. Quando a procuro, ela nunca está. ESTUAR A água estuava na panela, e as cozinheiras a depenar frangos. Ao sol, os corpos estuavam, e nada podíamos fazer para amenizar o sofrimento. FALHAR Perdemos porque a nossa tática falhou. Falharam todas as promessas. FALTAR O processo parou porque faltam provas para incriminá-lo. De hoje em diante, prometemos não faltar mais. GRITAR
CORRER
No desespero, pôs-se a gritar no meio da noite.
Não podia ver carro de polícia que principiava
Aqui, você pode gritar à vontade: ninguém vai
a correr.
ouvir. Regência e Crase –
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IMPLICAR
PISAR
Casamento implica responsabilidade.
Não pise a grama.
INSTALAR-SE
Convém não pisar os que estão por baixo.
A família instalou-se na praça.
RABEAR
Fomos obrigados a nos instalar em uma casa
Sempre que chegávamos, o cão rabeava em sinal de alegria.
abandonada. IR
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No aquário, os peixinhos rabeavam com-
Naquela noite, todos foram à festa.
passadamente.
Fui a Manacapuru apenas três vezes.
RELUZIR
Devemos ir atrás dos nossos sonhos.
Mesmo quando está sem mandato político, ele
MEDRAR
reluz.
Aqui, à beira-rio, as plantas medram a olhos
Os olhos dela reluzem como estrela brilhante.
vistos.
RESIDIR
Aos meus olhos, tua beleza medra mais a cada
Por muito anos, residimos no interior.
dia.
No início, residíamos na casa de nossos pais.
MORAR
Já residi na cidade, no interior e até fora do
Aqui moro desde que nasci.
Brasil.
Sempre moramos neste bairro.
RETORNAR
A casa em que moro é alugada.
Tente retornar o mais cedo possível.
MORRER
Retornamos à fazenda, mas tudo estava
As esperanças, mesmo com a idade, não
mudado.
morrem.
Seguirei viagem, mas tenho certeza de que
Morreram em mim todas as crenças.
jamais retornarei.
NASCER
REUNIR-SE
Ela nasceu no Amazonas, mas estudou em São
Depois da aula, reuníamo-nos nos fundos da
Paulo.
escola.
Ainda criança, nasceu em mim o gosto pelos
Os professores não se reuniram como estava
livros.
prevista.
OCORRER
RIR
Ocorreram coisas estranhas nesta casa.
Depois da morte da esposa, ele não riu mais.
PARAR
Quando tudo parece dar errado, ele estra-
Ela parou no meio da rua, desafiando a polícia.
nhamente ri.
Pára aí, ladrão!
RUGIR
PARTIR
As águas rugiam, amedrontando os caboclos.
No meio da tarde, ele partiu para a fazenda.
Ao longe, rugiam as cachoeiras com seu
E assim, partimos todos em direção ao mar.
barulho abafado.
PEREGRINAR
SECAR
Por muitos anos, peregrinei à procura de Deus.
Por causa da agressão ao meio ambiente, os
Quem nunca peregrinou por terras distantes?
buritizeiros secaram.
Peregrinamos pelo interior, mas nada des-
As roupas secavam ao sol, como bandeiras ao
cobrimos.
vento.
PIGARREAR
SENTAR-SE
Antes de começar a história, o professor
Depois do jantar, o velho veio sentar-se ao meu
pigarreou três vezes.
lado.
Acordava cedo e ficava andando pela casa,
Queiram sentar-se, por favor, nessas cadeiras
pigarreando, acordando a todos.
rústicas.
– João Batista Gomes
SITUAR-SE A casa situa-se na beira da estrada. A mesa dela situava-se à direita de quem entra na sala. SOPRAR Um vento frio soprava, anunciando morte. Aqui, a brisa sopra a noite inteira. SUBIR O sucesso subiu-lhe logo à cabeça. Com apenas dezesseis anos, ele subiu à tribuna e impressionou a todos. Milagrosamente, o balão subiu. SUMIR Sem explicação, o dinheiro sumiu dos cofres públicos. Ela sumiu da cidade e nunca mais foi vista. Com a tempestade, vários barcos sumiram. SURGIR O palhaço surgiu no palco. O sol surgiu no horizonte. O viajante surgiu ao longe.
Aplicação 48 (FUVEST) Indique a alternativa correta: a) b) c) d) e)
Preferia Preferia Preferia Preferia Preferia
brincar do que trabalhar. mais brincar a trabalhar. brincar a trabalhar. brincar à trabalhar. mais brincar que trabalhar.
Aplicação 49 (CETRO–Pref Pinheiral-SP) Assinale a alternativa cuja regência verbal esteja de acordo com a norma culta. I. Quem assistiu a esse jogo viu que o árbitro foi injusto. II. Não assisto esse tipo de programa. III. O piloto precisou o local do pouso e aterrou. IV. Visei ao alvo e atirei. V. Se ele quer morrer, ele aspira a morte.
TREMER De repente, a terra tremeu, com estrondo. Ela não conseguia falar nada, apenas tremia. Ele tremeu de febre a noite toda. TREPIDAR Não consegui dormir: o ônibus trepidava muito. Esta máquina trepida muito. URGIR Urge que se tomem providências. O tempo urge; precisamos arranjar-lhe o dinheiro. URINAR Depois da operação, ela urina a todo instante. Ela urinou na cama até os dezoito anos.
a) Somente os períodos II, IV e V estão corretos. b) Todos os períodos estão corretos. c) Somente o período I está correto. d) Somente os períodos I e III estão corretos. e) Somente os períodos IV e V estão corretos.
Aplicação 50 (CONSULPLAN–Pref Campo VerdeMT–2010) NÃO há erro de regência verbal em:
VIVER Ele viveu sempre na maior credulidade. Ela sempre viveu para a família, sem pensar em si própria. VIRAR Sem que ninguém nada entendesse, o barco virou. Fiquei tonto, a cabeça virou e caí ao solo, debatendo-me. VOLTAR Sempre tive receio de voltar à minha terra natal. O lugar a que voltamos parecia outro, tão mudado estava.
a) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos escolares. b) Falta de punição implica violência. c) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que pessoas honestas. d) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. e) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.
Fica sossegada que eu voltarei. Regência e Crase –
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VERBO DE LIGAÇÃO 1. Sem ação Os verbos de ligação não indicam ação. Retratam o lado estático da vida, indicando o estado das pessoas ou coisas. O verbo de ligação entra na constituição do predicado nominal. Sua função é ligar ao sujeito um estado, uma qualidade, uma condição. Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar. Mas atenção: mesmo esses verbos podem apresentar-se como intransitivos, e outros verbos, tidos como transitivos, podem tornar-se de ligação.
2. Sentido dos verbos de ligação a) Estado permanente: 1. João é estudioso. Regência de “ser”: verbo de ligação. Função de “estudioso”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
2. Tatiane vive cansada. . Regência de “viver”: verbo de ligação.
b) Estado passageiro: 1. Você agora está estudiosa. Regência de “estar”: verbo de ligação. Função de “estudiosa”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
2. Depois do fracasso da Seleção, o povo anda triste. Regência de “andar”: verbo de ligação.
c) Continuidade de estado: 1. Pedro continua deprimido. Regência de “continuar”: verbo de ligação. Função de “deprimido”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
34
– João Batista Gomes
2. A crise passou, mas ela permanece calada. Regência de “permanecer”: verbo de ligação. Função de “calada”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
d) Mudança de estado: 1. Marta tornou-se arquiteta. Regência de “tornar-se”: verbo de ligação. Função de “arquiteta”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
2. Com o casamento, a vida ficou insuportável. Regência de “ficar”: verbo de ligação. Função de “insuportável”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
e) Aparência: 1. Esta garota parece comportada. Regência de “parecer”: verbo de ligação. Função de “comportada”: predicativo do sujeito. Classificação do predicado: nominal.
Aplicação 51 (CETRO–Pref Manaus–Implurb–2012) Assinale a alternativa que apresenta a mesma figura de sintaxe presente no exemplo abaixo. Ex.: Prefiro cozinhar do que lavar a louça. a) Subimos morro acima para encontrar um bom local para acampar. b) Aguardamos o feedback da empresa em relação à reclamação que fizemos. c) No pronto-socorro havia muitas pessoas com hemorragia de sangue. d) Haviam muitos erros na prova. e) Pagaram por cada centavo que deviam.
3. Lista de verbos de ligação Veja uma lista dos verbos de ligação mais empregados no dia a dia. Depois deles, aparecem palavras ou expressões que indicam atribuições do sujeito (predicativo do sujeito). ACHAR-SE Ela não pôde vir porque se acha doente. As matrículas acham-se abertas. Ele se acha o melhor da turma. ANDAR Ultimamente, você anda meio esquisita. Ando meio preocupado com você, minha filha. Na cidade, andávamos sobressaltados com a violência. Ando triste, e a culpa é sua. CAIR Por causa da derrota no vestibular, ela caiu doente.
PERMANECER Durante todo o julgamento, ele permaneceu calado. A mulher vociferava, mas o marido permanecia mudo. Para não complicar a situação, permanecemos calados. RESULTAR Queria corrigir a feiúra, mas a operação resultou inútil. Os protestos, apesar de fortes, resultaram inúteis. SAIR Minha proposta saiu vitoriosa. Na eleição, ela saiu vencedora. Na relação entre mim e ela, eu saí machucado. SER João é estudioso. Ela, desde criança, sempre foi atenciosa. Maria, apesar da idade, é criança.
Depois das provas, Isabel caiu doente. CONTINUAR Apesar da vitória, o povo continua deprimido. Apesar dos mal-entendidos, continuaremos firmes. ENCONTRAR-SE No meio do mato, ela se encontrava caída, semimorta. Pelo aspecto, ela encontra-se doente. A julgar pela cara, ele se encontra zangado. ESTAR
TORNAR-SE Com os constantes assaltos, a vida tornou-se insuportável. Depois dos quarenta, ele tornou-se homossexual. VIRAR A lagarta virou borboleta. Ninguém acreditava que ele, às sextas-feiras, virava lobisomem. Depois que foi abandonada pelo marido, ela virou santa.
Você, ultimamente, está mais bonita. Cada vez mais, estamos solitários. Se ele voltar e nos vir juntos, estaremos perdidos. FICAR Sou meio esquisito, mas não fique zangada comigo. Danielle, na faculdade, ficou estudiosa. Sempre que chove, fico meio triste. PARECER Ultimamente, ela parece abatida. É impressão minha, ou você parece aflita? No meio da confusão, parecíamos doidos, gritando coisas sem nexo.
Regência e Crase –
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– João Batista Gomes
TESTES 2
01. (FGV–IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição: a) b) c) d) e)
ávido / bom / inconsequente indigno / odioso / perito leal / limpo / oneroso orgulhoso / rico / sedento oposto / pálido / sábio
02. (FGV–BB) Regência imprópria: a) Não o via desde o ano passado. b) Fomos à cidade pela manhã. c) Informou ao cliente que o aviso chegara. d) Respondeu à carta no mesmo dia. e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
03. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia. a) b) c) d) e)
de que a cujos por que cujos a que
– que – cujos – que – cujo – a que
04. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no silêncio. A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é: a) b) c) d) e)
as quais / de cujo a que / no qual de que / o qual às quais / cujo que / em cujo
05. (SANTA CASA) É tal a simplicidade ....... se reveste a redação desse documento, que ele não comporta as formalidades ....... demais. a) b) c) d) e)
que – os de que– dos com que – para os em que – nos a que – dos
06. (PUC–RS) Diferentes são os tratamentos ....... se pode submeter o texto literário. Sempre se deve aspirar, no entanto, ....... objetividade científica, fugindo ....... subjetivismo. a) b) c) d) e)
à que que à que a que a que
–a –a –à –a –à
– do – ao – ao – do – ao
07. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão ..... exames, porque nunca se empenharam o suficiente ..... utilização do tempo ..... dispunham para o estudo. a) b) c) d) e)
com – pela – de que por – com – que a – na – que com – na – que a – na – de que
08. (FGV–BB) “Ele não ..... viu”. Não cabe na frase: a) b) c) d) e)
nos lhe me te o
09. (FGV–BB) Emprego indevido de “o”: a) b) c) d) e)
O irmão o abraçou. O irmão o encontrou. O irmão o atendeu. O irmão o obedeceu. O irmão o ouviu. Regência e Crase –
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10. (UF–RS) Isso ..... autorizava ..... tomar a iniciativa. a) b) c) d) e)
o lhe o o lhe
–à – de – de –a –a
11. (CESESP-PE) "... trepado numa rede afavelada cujas varandas serviamlhe de divisórias do casebre". Em qual das alternativas o uso de “cujo” não está conforme a norma culta? a) Tenho um amigo cujos filhos vivem na Europa. b) Rico é o livro cujas páginas há lições de vida. c) Naquela sociedade, havia um mito cuja memória não se apagava. d) Eis o poeta cujo valor exaltamos. e) Afirmam-se muitos fatos de cuja veracidade se deve desconfiar.
12. (CESGRANRIO) Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchida pela preposição entre parênteses: a) uma companheira desta, ..... cuja figura os mais velhos se comoviam. (com) b) uma companheira desta, ..... cuja figura já nos referimos anteriormente. (a) c) uma companheira desta, ..... cuja figura havia um ar de grande dama decadente. (em) d) uma companheira desta, ..... cuja figura andara todo o regimento apaixonado. (por) e) uma companheira desta, ..... cuja figura as crianças se assustavam. (de)
13. (UF-PR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras sublinhadas: 38
– João Batista Gomes
1. Assistimos à inauguração da piscina. 2. O governo assiste os flagelados. 3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque. 4. Ele aspirava o aroma das flores. 5. O aluno obedece aos mestres. a) b) c) d) e)
lhe, os, a ela, a ele, lhes a ela, os, a ela, o, lhe a ela, os, a, a ele, os a ela, a eles, lhe, lhe, lhes lhe, a eles, a ela, o, lhes
14. (FCC) “…umas das poucas formas de circulação da renda monetária provém justamente do rendimento daquelas duas categorias”. A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima é: a) Um dos resultados favoráveis da pesquisa diz respeito ao aumento da renda média do trabalhador. b) Houve queda no nível de desigualdade nos rendimentos obtidos por trabalhadores do sexo masculino e naqueles obtidos por mulheres. c) A pesquisa remete a conclusões otimistas acerca da queda da desigualdade social no Brasil, apesar da permanência da violência urbana. d) Os dados da pesquisa assinalam uma recuperação significativa do rendimento médio do trabalhador, especialmente em algumas regiões. e) Os dados, apesar de positivos, mostram um quadro social ainda bastante violento, contrário a qualquer comemoração mais otimista.
15. (CETRO–Pref Manaus–Implurb– 2012) De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação à regência verbal, assinale a alternativa incorreta. a) É comum adolescentes viciados abandonarem os estudos. b) Respondeu às perguntas dos jornalistas de forma breve.
c) Assistiu, encantada, a peça encenada por seu artista favorito. d) Não se contentou em reclamar dos serviços que a empresa oferecia. e) Chegamos, enfim, ao nosso destino.
16. (ESAF–MDIC–2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações. Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. Mais um setor pede proteção contra a (1) concorrência externa: em resposta a pedido, de julho de 2011, de entidades de produtores de vinhos finos, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC abriu investigação para decidir se (2) aplica restrições à (3) importação do produto. O MDIC vai apurar os motivos pela qual (4) a entrada do produto estrangeiro quase triplicou desde 2002, chegando a 72 milhões de litros em 2011. Caso conclua que há prejuízo grave à (5) indústria brasileira, pode estabelecer salvaguardas - a saber: cotas para a entrada de vinhos estrangeiros ou aumento da alíquota do imposto de importação (hoje de 27%). (Editorial, Folha de S. Paulo, 28/3/2012) a) 1 b) 2 c) 3
d) 4 e) 5
17. (CESGRANRIO) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: “Toda comunidade, ..... aspirações e necessidades devem vincular-se os temas da pesquisa científica, possui uma cultura própria, ..... precisa ser preservada.” a) b) c) d) e)
cujas a cujas cujas cuja a cujas
– de que – que – pela qual – que – de que
18. (FUVEST) Assinale a alternativa gramaticalmente correta: a) Não tenham dúvidas que ele vencerá. b) O escravo ama e obedece o seu senhor. c) Prefiro estudar do que trabalhar. d) O livro que te referes é célebre. e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no.
19. (UF–UBERLÂNDIA) Assinale o período em que foi empregado o pronome relativo inadequado: a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noite. b) Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém duvida. c) O livro em cujos dados nos apoiamos é este. d) A pessoa perante a qual comparecemos foi muito agradável. e) O moço de cujo lhe falei ontem é este.
20. (PUC) Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas abaixo: 1. Veja bem estes olhos ....... se tem ouvido falar. 2. Veja bem estes olhos ....... se dedicaram muitos versos. 3. Veja bem estes olhos ....... brilho fala o poeta. 4. Veja bem estes olhos ....... se extraem confissões e promessas. a) b) c) d)
de que, a que, sobre o qual, dos quais que, que, sobre o qual, que sobre os quais, que, de que, de onde dos quais, aos quais, sobre cujo, dos quais e) em quais, aos quais, a cujo, que
21. (CETRO–PMM–Implurb–2012) De acordo com a norma-padrão de Língua Portuguesa e em relação à regência nominal, assinale a alternativa incorreta. a) A diretoria era pouco acessível aos estudantes. Regência e Crase –
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b) Existe a necessidade, diante da atual conjuntura, em melhorar a qualidade da educação. c) A estrutura do animal encontrado era análoga à de animais pré-históricos. d) Escreva uma carta referente à proposta de compra. e) Vivem em São Paulo, mas são naturais de Manaus.
22. (FCC–TC–SP–2012) A frase em que a regência está em conformidade com o padrão culto escrito é: a) Em seu fingimento, só restou de que dissesse ao ex-sócio que sentia saudades dele. b) Tudo isso considerado, é necessário fazer que ele sinta o peso da responsabilidade. c) Em atenção por seu talento indiscutível, o pouparam as devidas multas. d) Passou os documentos a mão do técnico e não os perdeu de vista até ao final da reunião. e) Inconformado de que eles propalavam injúrias a seu respeito, decidiu denunciá-los.
23. (FGV–FNDE–2007) “Novas tecnologias e novos desafios pela frente. O cenário está montado. Emerge um espaço para construção de um diálogo contínuo por várias lentes e percepções das dinâmicas de conversação, de desenvolvimento e ação que as novas tecnologias permitem a partir da construção de novas formas de redes sociais. Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho “construção de um diálogo (...) que as novas tecnologias permitem”, não se obedeceu às regras gramaticais de regência verbal. Ignore as alterações de sentido em relação ao texto original. a) construção de um diálogo (...) a que as novas tecnologias aludem
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b) construção de um diálogo (...) que as novas tecnologias carecem c) construção de um diálogo (...) a que as novas tecnologias procedem d) construção de um diálogo (...) a que as novas tecnologias se referem e) construção de um diálogo (...) que as novas tecnologias atingem
24. (ESAF–CGU–AFC–2008) As opções trazem propostas de continuidade ao trecho abaixo, diferentemente redigidas. Assinale a que contém erro de regência e/ou de concordância. Como ninguém quer falar em aumento de impostos, todos se aferram à expressão mágica: reforma tributária. O tema evoca um país moderno, com distribuição mais justa dos valores arrecadados. (Krieger, Gustavo. “Agenda necessária e agenda possível”, Correio Braziliense, 7/1/2008, p. 4)
a) Bonito na retórica. Quando o assunto chega à mesa de discussões, o clima muda. O governo federal não quer dividir seu caixa. Estados e Municípios sempre querem mais dinheiro. b) É bonito até chegar à mesa de discussões. Aí ninguém quer perder. Ao contrário: todos lutam para aumentar sua fatia do bolo. c) Tudo vai bem até o assunto chegar à mesa de discussões. União, Estados e Municípios se digladiam para não perderem nenhuma partezinha do que arrecadam. O que querem mesmo é ganhar mais. d) Todos concordam até se sentarem na mesa de discussões, quando se inicia os mais acalorados debates. Ninguém quer perder. Estados e Municípios buscam aumentar seu quinhão na nova divisão do dinheiro arrecadado. e) Falar em reforma tributária é bonito. O xis da questão é botá-la no papel, quando os interesses da União, Estados e Municípios se chocam na busca de uma fatia maior do bolo para cada um.
25. (FGV-TRE-PA-2011) “Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos...” No trecho acima, foi empregada a regência do verbo em completo acordo com a norma culta. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. a) O povo aspira a governos menos corruptos. b) Ele assiste em Belém. c) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas. d) As empresas pagaram aos funcionários na data correta. e) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos.
26. (FCC–TC-SP–2012) A frase em que a regência está em conformidade com o padrão culto escrito é: a) Em seu fingimento, só restou de que dissesse ao ex-sócio que sentia saudades dele. b) Tudo isso considerado, é necessário fazer que ele sinta o peso da responsabilidade. c) Em atenção por seu talento indiscutível, o pouparam as devidas multas. d) Passou os documentos a mão do técnico e não os perdeu de vista até ao final da reunião. e) Inconformado de que eles propalavam injúrias a seu respeito, decidiu denunciá-los.
d) O Estado à que Machado preferia... e) O Estado que Machado se referia...
28. (FCC–MP/RS–2010) A expressão pronominal “em que” preenche corretamente a lacuna da frase: a) O aumento da frota de veículos, evidente em inúmeras cidades, pode afetar a qualidade do ar ...... se respira nessas regiões. b) O controle da poluição do ar nas grandes cidades é um assunto ...... se trata em todas as discussões sobre o meio ambiente. c) Seria necessário propiciar transporte de qualidade ...... a população das grandes cidades deixe seu carro na garagem. d) Nas grandes cidades, ...... os moradores dependem de transporte coletivo eficiente, tem aumentado consideravelmente a frota de carros particulares. e) O carro próprio, ...... sonham muitos brasileiros, tornou-se possível com a oferta de crédito e a isenção de impostos.
27. (FGV–SF–2008) “O Estado a que Machado serviu...” Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, mantevese adequação à norma culta. a) O Estado que Machado necessitava... b) O Estado de que Machado lembrava... c) O Estado por que Machado ansiava... Regência e Crase –
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VERBOS ESPECIAIS No âmbito da regência, especiais são os verbos que admitem mais de uma predicação, quase sempre em função da mudança de sentido.
O médico assiste os pacientes. O médico assiste-os. Regência de “assistir”: vtd. Função de “os doentes” / “os”: objeto direto.
d) Assistir = morar; estar presente
1. Assistir a) Assistir = ver 1. É verbo transitivo indireto (pede complemento com preposição “a”). 2. Admite construção com o pronome lhe(s) ou com as formas tônicas a ele(a), a eles(as). 3. Não admite voz passiva. Exemplo: Assistimos às mudanças políticas. Assistimos-lhes. Assistimos a elas. Regência de “assistir”: vti. Função de “às mudanças políticas” / “lhes” / “a elas”: objeto indireto.
b) Assistir = caber 1. É verbo transitivo indireto (pede complemento com preposição “a”). 2. Admite construção com o pronome lhe(s) ou com as formas tônicas a ele(a), a eles(as). 3. Não admite voz passiva. Exemplo: O direito de reclamar assiste aos alunos. O direito de reclamar assiste-lhes. O direito de reclamar assiste a eles. Regência de “assistir”: vti. Função de “aos alunos” / “lhes” / “a elas”: objeto indireto.
c) Assistir = ajudar; prestar socorro 1. É verbo transitivo direto (pede complemento sem preposição). 2. Não aceita para complemento o pronome lhe(s). 3. Admite voz passiva. Exemplo:
1. É verbo intransitivo (vem acompanhado de adjunto adverbial de lugar, regido pela preposição “em”). Exemplo: Depois de eleita, ala passou a assistir em Brasília. Regência de “assistir”: verbo intransitivo. Função de “em Brasília”: adjunto adverbial de lugar.
Aplicação 52 Julgue as construções seguintes com o verbo assistir. a. ( ) Nos últimos anos, a população jamais assistiu crimes tão bárbaros. b. ( ) Nos últimos anos, a população jamais assistiu a crimes tão bárbaros. c. ( ) Algumas famílias assistiam assustadas ao espetáculo. d. ( ) Algumas famílias assistiam assustadas o espetáculo. e. ( ) As cenas que agora vamos assistir são desaconselhadas para crianças.
Aplicação 53 Escolha a construção gramaticalmente correta. a) A peça teatral foi assistida por todos os alunos. b) Ao jogo de ontem, assistimo-lo pela tevê. c) Queríamos ver o espetáculo ao vivo, mas só foi possível assisti-lo pela tv. d) Logo depois do incidente, assistimos a reportagem pela tevê. e) Jogos de futebol? Gosto de assistir a eles pela tevê. Regência e Crase –
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2. Aspirar a) Aspirar = desejar, pretender
3. Avisar, certificar, informar, notificar, proibir
1. É verbo transitivo indireto (pede complemento com a preposição “a”).
1. São todos transitivos diretos e indiretos.
2. Admite construção com o pronome lhe(s) ou com as formas tônicas a ele(a), a eles(as).
2. pedem dois complementos: um com preposição (objeto indireto), outro sem (objeto direto). Um é pessoa, outro coisa.
3. Não admite voz passiva. Exemplo: Todos aspiram a um bom emprego. Todos lhe aspiram. Todos aspiram a ele. Regência de “aspirar”: vti.
3. Não há vinculação obrigatória com pessoa ou coisa. Há sempre duas maneiras corretas para a construção de frases. 4. Admitem voz passiva. Exemplo 1:
Função de “a um bom emprego” / “lhe” / “a
Proíbo-lhe de sair. (errado) Proíbo-lhe sair. (certo) Proíbo-a de sair. (certo)
ele”: objeto indireto.
b) Aspirar = inalar, inspirar, sorver 1. É verbo transitivo direto (pede complemento sem preposição). 2. Admite construção com os pronomes o(s), a(as).
Regência de “proibir”: vtdi. Função do “lhe” / “de sair”: objeto indireto. Função do “a” / “sair”: objeto direto.
3. Admite voz passiva.
Exemplo 2:
Exemplo:
Avisei-lhe do perigo. (errado) Avisei-lhe o perigo. (certo) Avisei-o do perigo. (certo)
Todos aspiram o ar poluído das cidades. Todos o aspiram. Regência de “aspirar”: vtd. Função de “o ar poluído das cidades” / “o”: objeto direto.
Aplicação 54 Julgue as construções seguintes com o verbo aspirar. a. ( ) Os políticos, no afã de se tornarem famosos, aspiram cargos públicos cada vez mais altos. b. ( ) Ele aspira a este pó de madeira há muito tempo. c. ( ) Convém trabalhar, sempre aspirando à posições nobres. d. ( ) Ser eleito governador do estado: era essa a maior dignidade a que aspirava. e. ( ) As mulheres brasileiras aspiram cargos políticos compatíveis com o painel internacional.
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Aplicação 55 Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Avisarei as moças de que não sairemos hoje. b. ( ) Avisarei às moças que não sairemos hoje. c. ( ) Avisarei às moças de que não sairemos hoje. d. ( ) Certificar-lhe-ei de minha decisão. e. ( ) Certificar-lhe-ei minha decisão.
Aplicação 56 Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal. a. b. c. d. e.
( ( ( ( (
) ) ) ) )
Informo-lhe de que cheguei. Informo-lhe que cheguei. Informo-o de que cheguei. Informo-o que cheguei. Informaram os alunos o resultado.
4. Chamar a) Chamar = apelidar, xingar 1. Admite qualquer construção. Pode ser transitivo direto ou indireto indiferentemente. 2. Vem acompanhado de predicativo do objeto (com ou sem preposição). 3. Tem predicado verbo-nominal. Exemplo 1: Todos chamam ao vereador de corrupto. Todos lhe chamam de corrupto. Regência de “chamar”: vti. Função de “ao vereador” / “lhe”: objeto indireto. Função de “de corrupto”: predicativo do objeto.
1. Associados à ideia de lugar, são verbos intransitivos. 2. Exigem adjunto adverbial de lugar regido pela preposição “a” e/ou “para”. 3. Rejeitam a preposição “em”. 4. Aceitam “aonde” e rejeitam “onde”. Exemplo 1: Todos chegaram no mercado, atrasados. (errado) Todos chegaram ao mercado, atrasados. (certo)
Exemplo 2:
Regência de “chegar”: verbo intransitivo. Função de “ao mercado”: adjunto adverbial de lugar.
Todos chamam o vereador de corrupto. Todos o chamam de corrupto.
Função de “atrasados”: predicativo do sujeito.
Regência de “chamar”: vtd. Função de “o vereador” / “o”: objeto direto. Função de “de corrupto”: predicativo do objeto.
b) Chamar = convidar, convocar 1. É transitivo direto (pede complemento sem preposição). 2. O complemento pode vir representado pelos pronomes átonos o(s), a(as), me, te, nos, vos. 3. Não aceita o pronome lhe(s) para complemento. 4. Tem predicado verbal. Exemplo: Chamei Cristina para almoçar. Chamei-a para almoçar. Regência de “chamar”: vtd. Função de “Cristina” / “a”: objeto direto.
Aplicação 57 Julgue as frases seguintes quanto à regência verbal. a. b. c. d. e.
5. Chegar, ir, voltar, retornar
( ( ( ( (
) ) ) ) )
O rei chamou-lhe à sua presença. Chamamos-lhe de covarde. Chamamos-lhe covarde. Chamaram-lhe de pretensiosa. À noite, chamava por ela aos gritos.
Exemplo 2: A casa onde chegamos parecia abandonada. (errado) A casa aonde chegamos parecia abandonada. (certo) A casa em que chegamos parecia abandonada. (certo) A casa na qual chegamos parecia abandonada. (certo) Regência de “chegar”: verbo intransitivo. Função de “aonde” / “em que” / “na qual”: adjunto adverbial de lugar. Classificação da oração “aonde chegamos” / “em que chegamos” / “na qual chegamos”: subordinada adjetiva restritiva.
Aplicação 58 Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Até aonde você quer chegar? b. ( ) Até onde você quer chegar? c. ( ) Deixamos a cidade quando a comitiva ia chegando na praça. d. ( ) Demoramos muito, mas chegamos no sopé da montanha. e. ( ) No mesmo dia, fizeram-no ir para o hospital. Regência e Crase –
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6. Estar, ficar, morar, residir, situar-se
7. Custar = ser difícil, demorar
1. Associados à ideia de lugar, são verbos intransitivos.
1. É transitivo indireto (exige complemento com a preposição “a”).
2. Exigem adjunto adverbial de lugar regido pela preposição “em”.
2. O complemento (objeto indireto) pode vir representado pelos pronomes átonos me, te, nos, vos, lhe(s), a ele(s), a ela(s).
3. Rejeitam a preposição “a”. 4. Aceitam “onde” e rejeitam “aonde”. Exemplo 1: Já moramos na Rua Silva Ramos. Regência de “morar”: verbo intransitivo. Função de “na Rua Silva Ramos”: adjunto adverbial de lugar.
Exemplo 2: O lugar em que ficamos era úmido. O lugar no qual ficamos era úmido. O lugar onde ficamos era úmido.
3. Só pode ser usado na terceira pessoa do singular, tendo como sujeito uma oração reduzida de infinitivo. Exemplo 1: Eu custei muito a acreditar em você. (errado) Custou-me muito acreditar em você. (certo) Regência de “custar”: vti.
Regência de “ficar”: verbo intransitivo. Função de “em que” / “no qual” / “onde:
Função do “me”: objeto indireto.
adjunto adverbial de lugar.
oração subordinada substantiva subjetiva
Sujeito de “custou”: “acreditar em você” = reduzida de infinitivo.
Aplicação 59 Julgue as frases seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Para aonde você foi ontem à noite? b. ( ) Para onde você foi ontem à noite? c. ( ) São muitos os lugares aonde moramos, todos em casas alugadas. d. ( ) O terreno de que falamos situase à beira da estrada. e. ( ) O casebre em que eles moravam ficava na beira de um igarapé.
Aplicação 60 Assinale a alternativa que respeita a norma culta da língua. a) b) c) d)
Sempre residimos à Rua Aurora. Elas residem à Praça da Bandeira. A casa que morava era de madeira. Recordo-me de todos os lugares em que estivemos. e) As tribos em que fomos eram modernas.
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Exemplo 2: Nós custamos a pegar a um táxi. (errado) Custou-nos pegar um táxi. (certo) Regência de “custar”: vti. Função do “nos”: objeto indireto. Sujeito de “custou”: “pegar um táxi” = oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
Aplicação 61 Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Maria custou a compreender os meandros da política. b. ( ) Custou à Maria compreender os meandros da política. c. ( ) A maioria dos candidatos custa a perceber as armadilhas das provas dos concursos públicos. d. ( ) Custa à maioria dos candidatos perceber as armadilhas das provas dos concursos públicos. e. ( ) As pessoas custam a reconhecer as boas ações.
8. Esquecer, lembrar, recordar, admirar 1. Acompanhados de pronome átono (me, te, se, nos, vos): são transitivos indiretos (preposição “de”). 2. Sem pronome átono: são transitivos diretos (rejeitam a preposição “de”). 3. Função do pronome átono: pronome que integra o verbo (piv). Exemplo 1: Perdão, esqueci do seu aniversário. (errado) Perdão, esqueci-me do seu aniversário. (certo) Regência de “esquecer”: vti. Função de “do seu aniversário”: objeto indireto. Função do “me”: piv.
Exemplo 2: Perdão, esqueci do seu aniversário. (errado) Perdão, esqueci o seu aniversário. (certo) Regência de “esquecer”: vtd. Função de “o seu aniversário”: objeto direto.
Aplicação 62
9. Preferir 1. É verbo transitivo direto e indireto: exige dois complementos (objeto direto e objeto indireto). 2. A construção não admite as seguintes palavras ou expressões: mais, menos, muito mais, muito menos, antes, que, do que, mil vezes. 3. Deve-se tomar especial cuidado quanto à presença (ou à omissão) da crase. 4. O adjetivo “preferível” segue a regência de “preferir”. Exemplo 1: Prefiro mil vezes morrer do que casar. (errado) Prefiro morrer a casar. (certo) Regência de “preferir”: vtdi. Função de “morrer”: objeto direto. Função de “a casar”: objeto indireto.
Exemplo 2: É preferível antes perder do que vencer de modo desonesto. (errado) É preferível perder a vencer de modo desonesto. (certo) Regência de “preferível”: adjetivo transitivo (exige preposição “a”). Função de “perder”: sujeito. Função de “a vencer”: complemento nominal
Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal.
de “preferível”.
a. ( ) Nunca me esqueci de minha primeira namorada. b. ( ) Nunca esqueci de minha primeira namorada. c. ( ) Nunca esqueci minha primeira namorada. d. ( ) Tatisa e Lu, como esquecer essas personagens de Lygia Fagundes Telles? e. ( ) Esqueci-me do nome dele.
Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal.
Aplicação 63
a. ( ) Ele preferiu antes a morte do que enfrentar a violência na penitenciária. b. ( ) Ele preferiu a morte a enfrentar a violência na penitenciária. c. ( ) Ele preferiu morrer a enfrentar a violência na penitenciária. d. ( ) Ele preferiu morrer a entregar-se à polícia. e. ( ) Ele preferiu ser enterrado vivo do que trabalhar. Regência e Crase –
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10. Querer a) Querer = desejar, ter intenção de 1. É verbo transitivo direto: exige complemento (objeto direto) sem preposição.
A ideia lógica é simpatizar (ou antipatizar) “com algo” ou “com alguém”. 1. São transitivos indiretos: exigem complemento com a preposição “com”.
2. O complemento pode vir representado pelos pronomes átonos o, a, os, as.
2. Não podem ser pronominais; rejeitam os pronomes átonos me, te, se, nos, vos, lhe(s).
3. Rejeita o pronome lhe(s) para a função de complemento.
3. O objeto indireto pode vir representado pelos pronomes tônicos comigo, contigo, com ele, com ela, com você.
Exemplo 1: Ele não quer você para esposa. Ele não lhe quer para esposa. (errado) Ele não a quer para esposa. (certo)
Exemplo 1:
Regência de “querer”: vtd.
Sempre me simpatizei com você. (errado) Sempre simpatizei com você. (certo)
Função de “você” / “a”: objeto direto.
Regência de “simpatizar”: vti.
b) Querer = amar, estimar, querer bem 1. É verbo transitivo indireto: exige complemento (objeto indireto) com a preposição “a”. 2. O complemento pode vir representado pelos pronomes átonos lhe(s), a ele(s), a ela(s).
Função de “com você”: objeto indireto.
Exemplo 2: No ambiente de trabalho, são poucas as pessoas com que me simpatizo. (errado) No ambiente de trabalho, são poucas as pessoas com que simpatizo.(certo)
3. Rejeita os pronomes o(s), a(s) para a função de complemento.
Regência de “simpatizar”: vti.
Exemplo 2:
Classificação da oração “com que simpa-
Quero muito a você, minha filha. Quero-a muito, minha filha. (errado) Quero-lhe muito, minha filha. (certo) Regência de “querer”: vti. Função de “a você” / “lhe”: objeto indireto.
Aplicação 64 Julgue as construções seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Do filho que muito lhe quer. b. ( ) Do filho que muito a quer. c. ( ) Os pais queriam muito aqueles filhos. d. ( ) Os pais queriam muito àqueles filhos. e. ( ) Aquela é a mulher a quem quero bem.
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11. Simpatizar, antipatizar
– João Batista Gomes
Função de “com que”: objeto indireto. tizo”: subordinada adjetiva restritiva.
Aplicação 65 Julgue as frases seguintes quanto à regência verbal. a. ( ) Há muito tempo, venho simpatizando você, Januária. b. ( ) Há muito tempo, venho simpatizando com você, Januária. c. ( ) Há muito tempo, venho simpatizando-me com você, Januária. d. ( ) Simpatizei-me contigo logo que te vi. e. ( ) Simpatizei contigo logo que te vi.
12. Visar a) Visar = dirigir o olhar, apontar arma; pôr o visto em, assinar 1. É verbo transitivo direto: exige complemento sem preposição. 2. O objeto direto pode vir representado pelos pronomes o(s), a(s) e suas variações lo(s), la(s), no(s), na(s). 3. Rejeita o pronome lhe(s) para a função de complemento. Exemplo 1: Convém visar aos passaportes. (errado) Convém visar os passaportes. (certo) Regência de “visar”: vtd. Função de “os passaportes”: objeto direto.
Exemplo 2: Ele visava a mais bela jovem da festa. Regência de “visar”: vtd. Função de “a mais bela jovem da festa”: objeto direto.
b) Visar = ter em vista, pretender 1. É verbo transitivo indireto: exige complemento com a preposição “a”. 2. O objeto indireto pode vir representado pelos pronomes lhe(s), a ele(s), a ela(s). Exemplo 1: O ser humano sempre visa a liberdade. (errado) O ser humano sempre visa à liberdade. (certo)
Aplicação 66 (Cesgranrio–Petrobrás–2011) Substituindo o verbo destacado por outro, a frase, quanto à regência verbal, torna-se INCORRETA em: a) O líder da equipe, finalmente, viu a apresentação do projeto. O líder da equipe, finalmente, assistiu à apresentação do projeto. b) Mesmo não concordando, ele acatou as ordens do seu superior. Mesmo não concordando, ele obedeceu às ordens do seu superior. c) Gostava de recordar os fatos de sua infância. Gostava de lembrar dos fatos de sua infância. d) O candidato desejava uma melhor colocação no ranking. O candidato aspirava a uma melhor colocação no ranking. e) Naquele momento, o empresário trocou a família pela carreira. Naquele momento, o empresário preferiu a carreira à família.
Aplicação 67 (EJEF–TJ–MG–2008) Assinale a alternativa que contém ERRO de regência verbal:
Função de “à liberdade”: objeto indireto.
a) Não gosto de lembrar o passado. b) Consta dos autos que José não compareceu à audiência. c) É preciso obedecer às leis. d) Todos aspiram o progresso na vida.
Exemplo 2:
Aplicação 68
A posição a que visamos depende de conchavos políticos. (certo) A posição à qual visamos depende de conchavos políticos. (certo)
(EJEF–TJ–MG–2008) Assinale a alternativa em que a regência verbal está CORRETA.
Regência de “visar”: vti.
Regência de “visar”: vti. Função de “a que” / “à qual”: objeto indireto. Classificação da oração “a que visamos” / “à qual visamos”: subordinada adjetiva restritiva.
a) b) c) d)
Assisti o filme de que você gostou. Prefiro mais a cidade do que o campo. Este é o museu de que mais gosto. Finalmente chegamos em Diamantina. Regência e Crase –
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13. Abdicar ou abdicar de? No sentido de “renunciar, desistir de”, abdicar é transitivo direto (abdicar algo) ou transitivo indireto (abdicar de algo) indiferentemente. Exemplo 1: Abdicou os prazeres terrenos quando entrou para a igreja. Regência de “abdicar”: vtd. Função de “os prazeres terrenos”: objeto direto.
Exemplo 2: Abdicou dos prazeres terrenos quando entrou para a igreja. Regência de “abdicar”: vti. Função de “dos prazeres terrenos”: objeto indireto.
14. Abençoá-lo ou abençoar-lhe? Abençoar (dar a bênção a; benzer) transitivo direto: o complemento não pode vir representado pelo pronome lhe(s).
Regência de “aborrecer”: vtd. Função do pronome “a”: objeto direto.
Aplicação 69 (COVEST–HC-UF–PE–2010) Assinale a única alternativa que está em desacordo com a norma padrão da língua, no que se refere às regras de regência (verbal e nominal). a) Os vários tipos de discriminação são atitudes contra as quais todos devemos lutar. b) O palestrante, de cujo nome me esqueci, enfatizou a necessidade de uma mudança ética. c) Não sabia aonde se dirigir para denunciar as aplicações irresponsáveis da ciência e tecnologia. d) O público perante o qual discursou ficou animado com a possibilidade de mudanças éticas. e) As autoridades prometem solucionar em breve o problema que todos estávamos preocupados.
Exemplos: Deus lhe abençoe, minha filha. (errado) Deus a abençoe, minha filha. (certo) Regência de “abençoar”: vtd. Função do pronome “a”: objeto direto. Função de “minha filha”: vocativo.
Que Deus abençoe a este recém-nascido. (errado) Que Deus abençoe este recém-nascido. (certo) Regência de “abençoar”: vtd. Função de “este recém-nascido”: objeto direto.
15. Aborrecê-la ou aborrecer-lhe? Aborrecer (causar aborrecimento a; desgostar) é verbo transitivo direto: o complemento não pode vir representado pelo pronome lhe(s). Exemplo: Vou tentar não lhe aborrecer. (errado) Vou tentar não a aborrecer. (certo)
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– João Batista Gomes
Aplicação 70 (FUMARC–CEMIG–2010) A mudança na regência verbal NÃO implica mudança de sentido em: a) O nome do funcionário não constou do relatório de atividades. O nome do funcionário não constou no relatório de atividades. b) Segundo o chefe do cerimonial, poucos convidados beberam o vinho. Segundo o chefe do cerimonial, poucos convidados beberam do vinho. c) Conforme se comprovou posteriormente, os dois rapazes visavam os cheques. Conforme se comprovou posteriormente, os dois rapazes visavam aos cheques. d) Durante a mesa-redonda, falou com colegas do curso de Engenharia. Durante a mesa-redonda, falou a colegas do curso de Engenharia.
16. Implicar ou implicar em? Implicar (ter como consequência, acarretar, originar) é verbo transitivo direto: o complemento não pode vir acompanhado da preposição “em”. Exemplo: Casamento implica em chifres. (errado) Casamento implica chifres. (certo) Regência de “implicar”: vtd. Função do “chifres”: objeto direto.
17. Pisar ou pisar em?
Em domicílio – Usa-se com verbos a cujo sentido se associe a ideia de “em algum lugar”. É o caso de “fazer entrega”: a ideia completa é “fazer entrega em algum lugar”, ou seja, “fazer entrega em domicílio”. Exemplo 1: Fazem-se entregas a domicílio. (errado) Fazem-se entregas em domicílio. (certo) Regência de “fazer”: vtd. Função de “entregas”: sujeito. Função de “em domicílio”: adjunto adver-
Pisar (andar, pôr os pés, calcar, passar por cima) é verbo transitivo direto: o complemento não pode vir acompanhado da preposição “em”.
bial de lugar.
Exemplo 1:
Regência de “dar”: vtd. Função de “aulas”: sujeito.
Não pise na grama. (errado) Não pise a grama. (certo) Regência de “pisar”: vtd. Função do “a grama”: objeto direto.
Exemplo 2: Os objetos em que pisamos eram cortantes. (errado) Os objetos que pisamos eram cortantes. (certo) Regência de “pisar”: vtd. Função do “que”: objeto direto. Classificação da oração “que pisamos”: su-
Exemplo 2: Dão-se aulas a domicílio. (errado) Dão-se aulas em domicílio. (certo)
Função de “em domicílio”: adjunto adverbial de lugar.
Aplicação 71 (Inst. Cidades–Unifesp–2009) “E não esqueça de trazer força e magia.” Quanto à regência do verbo “Esquecer” no verso destacado, é CORRETO afirmar:
A domicílio – Usa-se com verbos intransitivos (dão ideia de movimento; pedem preposição “a”: chegar, ir, voltar, retornar). Função sintática da expressão “a domicílio”: adjunto adverbial de lugar.
a) Seu uso está correto, visto que utiliza a preposição “de”. b) Seu uso está correto, pois, como segue em locução verbal, não poderia deixar de usar a preposição. c) Seu uso está incorreto, pois deveria, quando transitivo indireto, ser também pronominal. d) Seu uso está incorreto, pois é sempre transitivo direto.
Exemplo:
Aplicação 72
Depois de morar no exterior, ela voltou em domicílio. (errado) Depois de morar no exterior, ela voltou a domicílio. (certo)
Há erro de regência em:
bordinada adjetiva restritiva.
18. A domicílio, em domicílio
Regência de “voltar”: verbo intransitivo. Função de “a domicílio”: adjunto adverbial de lugar.
a) b) c) d) e)
É bom pisar com cautela essas terras. Entregamos lanche em domicílio. Casamento implica em filhos. Em breve, voltaremos a domicílio. Faz-se macumba em domicílio. Regência e Crase –
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19. Ao telefone, no telefone O correto é estar, falar, conversar, namorar, brincar “ao telefone”. Exemplo: Dormia pouco: passava a noite inteira no telefone. (errado) Dormia pouco: passava a noite inteira ao telefone. (certo)
22. Fazer que ou fazer com que? O correto é “fazer que”; nesse caso, “fazer” significa “motivar”. Apesar de ser construção popular, “fazer com que” fere a norma culta da língua. Exemplo: Isso fez com que ela desistisse. (errado) Isso fez que ela desistisse. (certo)
Regência de “passar”: verbo intransitivo.
Regência de “fazer”: vtd.
Função de “ao telefone”: adjunto adverbial.
Função de “que ela desistisse”: objeto direto
20. A prazo, a vista As expressões “a prazo” e “a vista”, no sentido de pagar, comprar, adquirir, não admitem artigo (portanto sem crase). O “a” é apenas preposição. A locução “à vista de” é automaticamente com crase. Exemplo: Compramos os móveis à vista. (errado) Compramos os móveis a vista. (certo) Compramos os móveis a prazo. (certo) Regência de “comprar”: vtd. Função de “os móveis”: objeto direto. Função de “a vista” / “a prazo”: adjunto adverbial de modo.
21. Chutar em ou chutar a?
oracional. Classificação da oração “que ela desistisse”: subordinada substantiva objetiva direta.
23. Dar-se o ou dar-se ao luxo? A lógica do verbo dar é de bitransitividade (dar alguma coisa a alguém). Por isso, “dar-se ao luxo” não é construção com lógica gramatical. O correto é “dar-se o luxo”. O “se” (pessoa) é objeto indireto; a expressão “o luxo” (coisa), o objeto direto. Exemplo: Em pleno período letivo, ela deu-se ao luxo de viajar. (errado) Em pleno período letivo, ela deu-se o luxo de viajar. (certo)
O correto é “chutar a gol” ou “contra o gol” ou “para o gol”, mas nunca “em gol” ou “no gol”.
Regência de “dar”: vtdi.
Exemplo:
indireto).
Só naquele jogo, chutaram mais de dez vezes a bola na trave. (errado) Só naquele jogo, chutaram mais de dez vezes a bola à trave. (certo) Só naquele jogo, chutaram mais de dez vezes a bola contra a trave. (certo) Sem querer, chutou a bola para o adversário. (certo)
Função de “o luxo”: objeto direto. Função do “se”: pronome reflexivo (objeto
24. Dar luz a ou dar à luz? A ideia de “dar luz a alguém” não significa “parir”. Para o ato de parir, a ideia é “dar alguém à luz” (“luz”, nesse caso, simboliza vida, mundo – eufemismo consagrado em nossa língua). Exemplo:
Função de “a bola”: objeto direto.
Ela deu luz a trigêmeos. (errado) Ela deu à luz trigêmeos. (certo)
Função de “à trave” / “contra a trave”: ad-
Regência de “dar”: vtdi.
junto adverbial.
Função de “trigêmeos”: objeto direto.
Regência de “chutar”: vtd.
Função de “à luz”: objeto indireto.
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– João Batista Gomes
25. Debater sobre “Debater sobre” é expressão errada. Devemos “debater alguma coisa” (debater pacto salarial, debater a questão da reforma agrária), e nunca “debater sobre alguma coisa”. Debater (examinar em debate; tratar de; discutir) é verbo transitivo direto; o complemento não aceita preposição. Exemplo: Na reunião, debatemos sobre o aumento salarial dos empregados. (errado) Na reunião, debatemos o aumento salarial dos empregados. (certo) Regência de “debater”: vtd. Função de “o aumento salarial dos empregados”: objeto direto.
26. Defender que “Defender que” é expressão errada. Deve-se “defender alguma coisa” ou “alguém”. Defender (prestar socorro ou auxílio a; proteger, amparar) é verbo transitivo direto. O complemento não pode vir representado por oração substantiva objetiva direta. Exemplo: Os funcionários defendem que os salários devem ser reajustados. (errado) Os funcionários defendem o reajuste salarial. (certo) Regência de “defender”: vtd. Função de “o reajuste salarial”: objeto direto.
27. Defronte a, defronte de As duas expressões são corretas, mas prefira “defronte de”. Significa “em frente de”, “diante de”, “em comparação com”. Pode-se dizer “em frente a” ou “em frente de”, “junto a” ou “junto de”. Exemplo: Ela é bonita, mas defronte de Tatiane aparenta feiura.
Ela é bonita, mas defronte a Tatiane aparenta feiura. Classe gramatical de “defronte a, defronte de”: locução prepositiva. Função de “defronte de Tatiane” / “defronte a Tatiane”: adjunto adverbial.
28. Deparar com Deparar (encontrar inesperadamente; defrontar-se) pode ser transitivo direto ou transitivo indireto (exige preposição “com”) indiferentemente. Quando pronominal, é apenas transitivo indireto. Exemplo 1: Deparei com ela em frente ao correio; parecia assustada. Deparei-me com ela em frente ao correio; parecia assustada. Regência de “deparar”: vti. Função de “com ela”: objeto indireto.
Exemplo 2: Deparei-a em frente ao correio; parecia assustada. Regência de “deparar”: vtd. Função do “a”: objeto direto.
29. A princípio, em princípio Em princípio – Em tese; teoricamente; antes de qualquer consideração. A princípio – No começo; no início; inicialmente. Exemplo 1: Em princípio, o ser humano nasceu para ser honesto. Função de “em princípio”: adjunto adverbial.
Exemplo 2: A princípio, vendíamos livros de porta em porta; depois, montamos a editora. Função de “a princípio”: adjunto adverbial.
30. A rigor, em rigor As duas expressões são corretas; prefira “em rigor”. Significa “na verdade; rigorosamente falando; a bem dizer”. Regência e Crase –
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Exemplo: A rigor, o casamento poda a liberdade individual. Em rigor, o casamento poda a liberdade individual. Função de “a rigor” / “em rigor”: adjunto adverbial.
31. Estimo em vê-lo O correto é “estimo vê-lo”. Estimar, como sinônimo de “alegrar-se”, não aceita “em”. A expressão “estimar em” existe: é sinônimo de calcular, avaliar. Exemplo: Estimo em vê-la com saúde. (errado) Estimo vê-la com saúde. (certo) Regência de “estimar”: vtd. Função da oração “vê-la com saúde”: objeto direto.
32. Ficar de pé, ficar em pé As duas construções são corretas. Mas “ficar de joelhos” e “ficar de quatro” não têm variações. Exemplo: Fiquem todos de pé. Fiquem todos em pé. Regência de “ficar”: verbo intransitivo. Função de “de pé” / “em pé”: adjunto adverbial.
Aplicação 73 (VUNESP–TJ–SP 2011) Leia o que segue. I. Muitos dos que assistiram o simpósio sobre reciclagem saíram desapontados. II. Muitos catadores antipatizam com os projetos da prefeitura. III. A comunidade visa uma política mais eficiente para a destinação do lixo. IV. Alguns moradores aspiram uma cidade mais limpa.
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– João Batista Gomes
De acordo com a norma padrão da língua, a regência verbal está correta em a) b) c) d) e)
I. II. III. I e III. II e IV.
Aplicação 74 (CESPE–ABIN–2010) “A delinquência e a violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando apreensão e medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação às instituições estatais responsáveis pela manutenção da paz social”. Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de “toda a população” – a toda a população – visto que a forma verbal “afetam” apresenta dupla regência. (
) Certo
(
) Errado
CRASE
a) objeto indireto; b) complemento nominal; c) adjunto adverbial. Com base no princípio sintático, a crase passa a ser absurda com: a) sujeito (não pode ser preposicionado); b) objeto direto.
1. Definição Crase não é acento! O acento sobre o “à” denomina-se grave. Crase (do grego krasis) é, portanto, fusão. É o fenômeno da contração da preposição a com, por exemplo, o artigo a.
2. Teste do artigo ou regra do “ao” Emprega-se o acento grave para indicar crase sempre que, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, aparecer a contração ao. O vocábulo masculino não precisa ser sinônimo do feminino. Precisa, sim, fazer sentido para a frase em que se está fazendo a substituição.
A seguir, veja construções certas e erradas: 1. Visitei à praia. (errado) Crase absurda porque a expressão “a praia” tem função de objeto direto do verbo visitar.
2. Você mesma viu à cena de terror. (errado) Crase absurda porque a expressão “a cena” tem função de objeto direto do verbo ver.
3. Você mesma assistiu à cena de terror. (certo) Crase normal porque a expressão “à cena” tem função de objeto indireto do verbo assistir.
Aplicação 1 Complete as construções seguintes com “a” ou com “à”. Escolha, depois, a alternativa com a sequência correta. 1. 2. 3. 4. 5.
Fomos .... fazenda. Ela era candidata .... vereadora. Obedecemos .... lei. Conhecemos .... lei. Retornei .... praia.
a) b) c) d) e)
à– à– à– a– a–
a–à à–à a–a à–a a–à
–a –à –à –a –à
–à –à –a –à –a
3. Princípios sintáticos da crase O fenômeno da crase está associado à regência (nominal e verbal) e, portanto, atrelado à estrutura sintática da frase. Dentro da oração, os termos que admitem crase são os que exigem preposição “a”:
Aplicação 2 Assinale a frase em que a expressão com crase não seja objeto indireto. a) b) c) d) e)
Prefiro isto àquilo. Obedecemos às leis. Ele mandava flores às vítimas. Refiro-me à Catiane, prima da Raquel. Os índios têm amor à Amazônia.
4. Crase proibida Não ocorrerá crase quando o a estiver: a) Antes de verbo (verbo não aceita artigo; o “a” é apenas preposição): Fomos obrigados a aceitar. Desde criança, obrigaram-nos a trabalhar.
b) Antes de palavra masculina (o “a” é apenas preposição): Na fazenda, andávamos a cavalo. Faz bem ao corpo andar a pé. Regência e Crase –
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c) Antes de pronomes pessoais (o “a” é apenas preposição): Não fiz referência a ela. Lá em casa, todos obedecem a mim.
d) Entre palavras repetidas (o “a” é apenas preposição): As lágrimas caíam gota a gota. No comício, os inimigos ficaram face a face.
e) Antes de pronomes de tratamento (o “a” é apenas preposição): Enviei o relatório a Vossa Senhoria. Os dados foram enviados a Vossa Excelência.
Exceções: dona, madama, senhora e senhorita (tornaram-se populares e passaram a admitir artigo). Enviei o relatório à dona Cláudia.
f) Antes de pronomes indefinidos (alguém, alguma, nada, ninguém, nenhuma, qualquer). O “a” é apenas preposição: Não devo nada a ninguém. Isso pode acontecer a qualquer pessoa.
g) Antes de artigos indefinidos: Prestei socorro a uma mulher desconhecida. Todos visam a uma vida melhor.
h) Antes dos demonstrativos esta(s), essa(s), isto, isso (o “a” é apenas preposição): Nunca tive respeito a essa pessoa.
i) Antes dos pronomes relativos que, quem, cujo(s), cuja(s): A peça a que assisti terminou tarde. A peça à qual assisti terminou tarde. O debate a cuja parte final assisti terminou tarde.
j) Não haverá crase quando o “a” estiver no singular, e a palavra seguinte no plural (o “a” é apenas preposição): Fizeram referência a pessoas desaparecidas. Fizeram referência às pessoas desaparecidas. Já assistimos a cenas bem violentas.
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– João Batista Gomes
Aplicação 3 (FCC–TJ-RJ–2012) “Ele chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.” Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de crase em destaque na frase acima, está correto o seu emprego em: a) e chegou à uma conclusão totalmente inesperada. b) e chegou então à tirar conclusões precipitadas. c) e chegou à tempo de ouvir as conclusões finais. d) e chegou finalmente à inevitável conclusão. e) e chegou à conclusões as mais disparatadas. a procura de outra mulher.
Aplicação 4 (ESAF–CGU–2012) No que diz respeito ao uso do sinal de crase, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. Uma mera observação __(1)__olho nu já basta para constatar que parcela relevante do spread está ligada direta ou indiretamente, __(2)__ políticas públicas, sejam tributárias regulatórias ou de outra natureza. Parece, pois, difícil avançar na questão dos spreads, sem que tais políticas sejam, no mínimo, reavaliadas, obviamente não perdendo de vista os legítimos objetivos de cada uma delas. Por outro lado, o aumento da eficiência do sistema bancário é igualmente relevante para __(3)__ queda dos spreads. Isso sugere que “parte da bola”, pelo menos, está com os bancos, públicos e privados, que devem se tornar cada vez mais eficientes nas funções de intermediários financeiros. Em suma, é necessário um permanente diálogo entre o setor bancário e o governo, com vistas __(4)__ imple-
mentação de medidas sustentáveis para redução de spread, objetivo que deve ser atingido sem ameaças __(5)__ estabilidade financeira. (Adaptado de Gustavo Loyola, O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)
a) b) c) d) e)
à– a– à– a– a–
às as a às a
–a –a –à –a –à
–à –à –a –à –a
–à –a –à –à –a
Aplicação 5 (UGF) Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento de crase: a) Os ecologistas se dispuseram a colaborar. O viajante descansava a sombras do ipê. b) Ando a procura de uma guia florestal. O caboclo está acostumado a uma vida fácil. c) A caravana parou junto a velha ermida. Irei a Amazônia em breve. d) Ele atravessou o rio a cavalo. Ninguém se sujeita a ordens absurdas. e) Francisco é fiel a seus amigos. Pouco a pouco, as nuvens cobriam o céu.
Aplicação 6 (NCE–MPE–RJ–2007) Assim como está adequado o emprego de À antes de "responsabilidade" (L 42), também está correto o uso do acento de crase em: a) Solicitei à V. S.a a observância deste dispositivo. b) Fomos chamados à prestigiar a solenidade à toa. c) Para evitar à fraude, assinarei as carteiras à mão. d) Compram comida à quilo e querem comer à jato. e) À uma hora, assistiremos à chegada do novo chefe.
CASOS ESPECIAIS DE CRASE 1. Casa A fusão de a (prep.) + a (artigo) só ocorre antes da palavra “casa” se houver uma expressão que a determine. Observe que “casa determinada” é casa que não é sua, mas de alguém, ou casa comercial. Exemplos comentados: a) Voltou apressado à casa de Cristina. A crase acontece porque voltar (intransitivo) exige a preposição “a”, e a palavra casa (determinada) aceita o artigo “a”. Função de “à casa de Cristina”: adjunto adverbial de lugar.
b) Voltou apressado a casa para trocar de roupa. A crase não acontece; voltar (intransitivo) exige a preposição “a”, mas a palavra casa (indeterminada) não aceita o artigo “a”. Função de “a casa”: adjunto adverbial de lugar.
c) Já completara dezoito anos e não conhecia a casa paterna. A crase não acontece porque o verbo conhecer é transitivo direto. Nesse caso, temos apenas o “a” artigo, exigido pela palavra casa, que está determinada. Função de “a casa paterna”: objeto direto de conhecer.
Aplicação 7 Assinale a opção em que há erro quanto à presença ou à ausência do acento grave. a) Poucas vezes, nos últimos dez anos, visitei à casa dos meus avós. b) Sempre tive muito apego à casa em que nasci. c) Por uma questão de segurança, não convém chegar a casa muito tarde. d) Quando jovens, retornávamos a casa sempre depois da meia-noite. e) Realizamos um sonho: conhecemos a casa em que viveram nossos pais. Regência e Crase –
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2. Distância A palavra distância só pode ser antecedida de “à” quando está determinada. Considera-se a distância determinada quando se conhece o seu tamanho, a sua medida. Se a determinação não é clara, não há artigo, e o acento grave não deve ser usado.
Aplicação 8 Assinale a opção em que há erro quanto à presença ou à ausência do acento grave. a) Olhei de cima do barranco e enxerguei o barco a distância. b) Avistei-o à distância de dez metros. c) Ponte quebrada à quinhentos metros. d) Ponte quebrada à distância de quinhentos metros. e) Estava meio escuro, mas consegui avistá-la a certa distância, remando uma pequena canoa.
3. Terra Não acontecerá o fenômeno da crase se a palavra terra estiver em oposição à ideia de bordo, ou seja, se tivermos a ideia de que alguma coisa (ou alguém) está na água (barco, navio) ou em um avião ou nave espacial e vem à terra firme. Fora disso, a palavra aceita artigo e, consequentemente, crase.
Aplicação 9 Assinale a opção em que há erro quanto à presença ou à ausência do acento grave. a) Após navegar por três dias nas águas do Amazonas, dirigiram-se a terra. b) O corpo do pobre mendigo desceu à terra. c) Ela voltará, em breve, à terra natal. d) Os pescadores desceram a terra para reabastecer o navio-motor. e) Os astronautas, depois de muito suspense, conseguiram chegar sãos e salvos à Terra.
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– João Batista Gomes
4. A vista, a prazo A prazo – Sem crase por ser locução adverbial masculina. Note bem: a locução é “a prazo”, sem artigo (não “ao prazo”). Isso já é bastante para concluir que a expressão “a vista”, no sentido de comprar, pagar ou vender, também não admite crase por falta de artigo. À vista de – Assim mesmo, com crase. É uma locução prepositiva. Significa “tendo em vista”. À vista – Locução que, fora do sentido de comprar, pagar ou vender, aceita crase com normalidade.
Aplicação 10 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) Compramos uma geladeira e um fogão à vista. b. ( ) Compramos tudo a vista. c. ( ) Não vendemos à prazo. d. ( ) Compramos carros à vista. e. ( ) Compramos carros a vista.
Aplicação 11 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) Atenção: temos problemas à vista. b. ( ) À vista do que compramos, perguntaram se íamos casar. c. ( ) O guia avisou: turbulência à vista. d. ( ) Despediu-se com um “até à vista”. e. ( ) Daqui, à vista é esplendorosa.
Aplicação 12 (VUNESP–SAP–SP–2011 Assinale a frase em que o acento indicador de crase está empregado corretamente. a) Vendemos CDs à partir de R$ 10. b Todos nossos produtos podem ser comprados à prazo. c) Você será encaminhado à um de nossos gerentes. d) As peças do mostruário também estão à venda. e) Você está convidado à conhecer nosso setor de eletrodomésticos.
5. Nome próprio geográfico Com nomes de lugar (cidade, estado, país, continente, planeta), o fenômeno da crase acontece quando a palavra admite artigo “a”. Teste prático – Para tirar dúvidas, faz-se o seguinte teste prático, usando os verbos vir ou ser: a) Venho de ou venha da? b) Sou de ou sou da? Se o resultado for de, conclui-se que o nome não admite artigo (portanto sem crase); se o resultado for da, conclui-se que o nome admite artigo (o fenômeno da crase pode ocorrer). Observação – Se o nome da localidade vier especificado, a lógica é que admita artigo.
Exemplos comentados: 1. Nas férias, retornei a Itacoatiara. Sem crase porque Itacoatiara não admite artigo (sou de Itacoatiara).
2. Nas férias escolares, conheci a Bahia de Jorge Amado. Sem crase porque, apesar de Bahia admitir artigo (sou da Bahia), o verbo conhecer (vtd) não admite preposição.
3. Nas férias, fui à Bahia. Com crase porque Bahia admite naturalmente o artigo “a” (sou da Bahia).
Aplicação 13 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) À meia-noite, chegamos à Manaus. b. ( ) À meia-noite, chegamos à Manaus da Zona Franca. c. ( ) Meu maior desejo é visitar à Argentina. d. ( ) Nas férias, conheci à Bahia de Jorge Amado. e. ( ) Nas férias, retornarei à Bahia de Jorge Amado.
Aplicação 14 (FGV–SEFAZ-RJ–2011) “Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandas sociais, com maior controle sobre a coisa pública.” No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômeno da crase. Assinale a alternativa em que o acento grave tenha sido empregado corretamente. a) Em visita ao Rio, fomos à Copacabana da Bossa Nova. b) Esta prova vai de 13h às 18h. c) Finalmente fiquei face à face com a tão esperada prova. d) Os candidatos somente podem deixar o local de prova à partir das 15h. e) Pedimos um bife à cavalo.
Aplicação 15 (Cesgranrio–Transpetro–2011) O sinal indicativo de crase é necessário em: a) A venda de computadores chegou a reduzir o preço do equipamento. b) Os atendentes devem vir a ter novo treinamento. c) É possível ir as aulas sem levar o notebook. d) Não desejo a ninguém uma vida infeliz. e) A instrutora chegou a tempo para a prova.
Aplicação 16 (CESPE–Correios–2011) O emprego do sinal indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” manteria a correção gramatical da oração. (
) Certo
(
) Errado Regência e Crase –
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6. Nome de mulher Para usar (ou não) crase com nome de mulher, temos de considerar três condições: a) Pessoa determinada (íntima, familiar) – Admite artigo e, por isso, o fenômeno da crase pode acontecer. Sabemos se a pessoa é ou não de nosso convívio pelas informações contidas na frase. b) Pessoa não especificada – Admite artigo facultativamente; por isso, o uso da crase também é facultativo. c) Nome histórico – Por não admitir artigo, não admite crase.
Aplicação 17 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) Na reunião, fiz referência à Amélia, minha prima. b. ( ) Enderecei vários e-mails à Vitória, namorada do Júnior. c. ( ) Na aula de História, o professor fez alusão à Helena de Troia. d. ( ) Aproveitei o feriado e fui ver à Gabriela, irmã do Tenório. e. ( ) No seminário, fizeram uma homenagem à Helena.
Aplicação 18 (MPE–MS–2011) Assinale a alternativa em que o sinal indicador da crase foi empregado incorretamente: a) Dirigimos até à Assembléia Legislativa para participarmos de uma solenidade de posse. b) Ele não se referiu à ninguém da festa, apenas comentou o caso para puxar assunto. c) Quanto àquela expressão, não deixe de incluí-la no texto. d) Fui à bela Veneza passar quinze dias de férias. e) nenhuma das alternativas anteriores.
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– João Batista Gomes
7. À moda (de), à maneira de As expressões à moda, à maneira de, desde que sejam locuções adverbiais, provocam o fenômeno da crase, mesmo estando subentendidas e antes de palavra masculina.
Aplicação 19 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) O jovem escritor tem estilo à Machado de Assis. b. ( ) Ela escreve à Márcio Souza. c. ( ) Ela escreve a Márcio Souza. d. ( ) Quando sai à noite, ela se veste à 1920, imitando alguma personagem da literatura. e. ( ) Sempre admirei à maneira como ela se veste.
Aplicação 20 (TJ–SC–2010) Marque a proposição que contém erro no uso ou não do acento indicativo de crase: a) O mesmo mecanismo será aplicado àqueles que quiserem utilizar bônus antigos. b) Atendeu-se à maioria das exigências. c) Servem refeições à base de frutos do mar. d) O desrespeito a lei desmoraliza o regime democrático. e) Somos contrários a qualquer proibição.
8. Bife a cavalo, à milanesa Bife a cavalo – Sem crase porque não se pode entender que o bife seja “à moda cavalo”. Convém lembrar que cavalo é vegetariano. Bife à milanesa – Com crase porque se pode entender “bife à moda de Milão”. Bife à Camões – Com crase porque se pode entender “bife à maneira de Camões”.
9. Locuções femininas (adverbiais, conjuntivas, prepositivas) As locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas, desde que femininas, provocam o fenômeno da crase.
Aplicação 21 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) Entrem e fiquem à vontade. b. ( ) Sempre estivemos à espera de milagres. c. ( ) Saímos à procura de emprego. d. ( ) Acirrou-se à procura por emprego na área técnica. e) ( ) À espera foi longa e demorada.
10. Palavra oculta Entenda-se por palavra oculta aquela que está subentendida para evitar repetição desnecessária.
Aplicação 22 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) Vou à igreja de Santo Amaro, depois à de Santo Antônio. b. ( ) Refiro-me à moça da esquerda, não à da direita. c. ( ) O assunto vai da página 5 a 10. d. ( ) O assunto vai da página 5 à 10. e. ( ) Fizeram referência à atitude dela, não a do marido.
Aplicação 23 (CEPERJ–DEGASE–2007) A frase correta quanto à necessidade de uso do sinal indicativo de crase é: a) Ele esperou de duas às três horas da madrugada. b) Ele esperou das duas às três horas da madrugada. c) Ele esperou das duas à três horas da madrugada. d) Ele esperou das duas as três horas da madrugada. e) Ele esperou de duas à três horas da madrugada.
11. Crase com pronomes relativos Para usar crase com pronomes relativos, temos de dividi-los em dois grupos: a) Que, quem, cujo(a), cujos(as) – Jamais admitem crase porque não admitem artigo. b) Qual, quais – Admitem crase (porque aceitam artigo) quando regidos por um verbo (ou substantivo/adjetivo) que exija a preposição “a”.
Aplicação 24 Julgue as frases seguintes quanto à crase. a. ( ) Esta foi a única conclusão à que chegamos b. ( ) Esta foi a única conclusão à qual chegamos. c. ( ) Esta foi a única solução à qual encontramos. d. ( ) Estão aqui as provas a que nos referimos no processo. e. ( ) Estão aqui as provas às quais nos referimos no processo.
Aplicação 25 Assinale a frase com erro de crase. a) Ainda está em cartaz o filme à cuja parte final assisti. b) São muitas as pessoas as quais amamos. c) São muitas as pessoas às quais estamos dedicados. d) São muitas as pessoas a quem estamos dedicados. e) A reunião vai de 14h a 15h30.
Aplicação 26 Assinale a frase com erro de crase. a) b) c) d) e)
Fomos convocados à toa. Retornamos à uma hora da manhã. Ele anda à procura de aventuras. Estou aqui desde às dez horas. Ficamos muito tempo à espera de socorro. Regência e Crase –
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12. Crase semântica Nos casos seguintes, a presença (ou a ausência) da crase implica mudança de sentido. Não se trata, pois, ao pé da letra, de crase facultativa. 1. Ele escreve à Luís Fernando Veríssimo. Sentido: Ele escreve à maneira de Luís Fernando Veríssimo.
2. Ele escreve a Luís Fernando Veríssimo. Sentido: Ele escreve para Luís Fernando Veríssimo (corresponde-se com ele).
3. Ele sempre namorou às cegas. Sentido: Ele sempre namorou sem medir consequências, adoidadamente. Função da expressão “às cegas”: adjunto adverbial de modo.
4. Ele sempre namorou as cegas. Sentido: Ele sempre namorou mulheres cegas. Função da expressão “as cegas”: objeto direto de “namorar”.
13. Crase com pronomes demonstrativos Admitem crase os demonstrativos que têm letra “a” inicial: aquele(s), aquela(s) e aquilo. Nesse caso, o fenômeno da crase é a fusão de “a” (preposição) + “a” (primeira letra dos pronomes demonstrativos). Exemplos comentados: 1. Estamos fazendo alusão àqueles que enganaram o povo. Crase: fusão de “a” (preposição exigida por alusão) + “a” (de aquele). Função de “àqueles”: complemento nominal de “alusão”.
2. Remetemos esta mensagem àqueles que tudo perderam nas enchentes. Crase: fusão de “a” (preposição exigida por remeter) + “a” (de aqueles). Função de “ àqueles”: objeto indireto de “remeter”.
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– João Batista Gomes
14. Crase com o demonstrativo “a” Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) podem vir representados pelo monossílabo a(s). Quando isso se dá em sintonia com exigência da preposição “a”, a crase acontece com naturalidade. Exemplos comentados: 1. Não me refiro a você, mas à que chegou atrasado. Crase: fusão de “a” (preposição exigida pelo verbo referir-se) + “a” (demonstrativo que simboliza aquele). Função do “à” = “àquele”: objeto indireto de “referir-se”.
2. Na reunião, fez alusão às mulheres de hoje e às que lutaram pela igualdade no passado. Crase: fusão de “a” (preposição exigida pelo substantivo alusão) + “as” (que simboliza o demonstrativo aquelas). Função sintática do “às” = “àquelas”: complemento nominal de “alusão”.
3. Esta blusa é semelhante à que você me deu no Natal passado. Crase: fusão de “a” (preposição exigida pelo adjetivo semelhante) + “a” (que simboliza o demonstrativo aquela). Função sintática do “à” = “àquela”: complemento nominal de “semelhante”.
Aplicação 27 (FCC–TRT–24R–2011) Justifica-se plenamente o emprego de ambos os sinais de crase em: a) Ela pode voltar à qualquer momento, fiquemos atentos à sua chegada. b) Dispôs-se à devolver o livro, à condição de o liberarem da multa por atraso. c) Postei-me à entrada do cinema, mas ela faltou também à esse compromisso. d) Àquela altura da velhice já não assistia à filmes trágicos, apenas aos de humor. e) Não confie à priminha os documentos que obtive à revelia do nosso advogado.
15. Toa, à toa Toa – Toa é substantivo. Significa corda com que uma embarcação reboca outra que está à deriva. À toa – À toa (com crase e sem hífen) é locução adverbial de modo ou adjetivo. Dependendo do contexto, significa: a) Ao acaso; a esmo; à doida.
Exemplo: Chegando a uma hora dessas, rapaz. Assim você vai perder o emprego. Regência de “chegar”: verbo intransitivo. Função sintática de “a uma hora dessas”: adjunto adverbial de tempo.
19. À zero hora
toa, sem me fixar em nenhum lugar.
Na função de adjunto adverbial, a expressão “à zero hora” tem o “a” acentuado. Pode-se também dizer “à hora zero”.
b) Sem razão, ou por motivo frívolo; irrefletidamente; inutilmente.
A expressão “ficar a zero” (ficar sem nada) é sem crase.
Depois da separação, pus-me a viajar à
Quase sempre, ela briga com os filhos à toa, à toa.
c) Impensado, irrefletido.
Exemplos: O desastre aconteceu à zero hora de ontem.
Fez um gesto à toa, sem intenção de
Regência de “acontecer”: verbo intransitivo.
ferir ninguém.
Função sintática de “à zero hora de ontem”:
d) Sem préstimo; inútil; desprezível; fácil. Depois da morte do pai, virou um indivíduo à toa.
16. À uma Com crase quando significa “ao mesmo tempo; simultaneamente, juntamente”.
Exemplo: Todos, à uma, exceção feita ao gordo, se ergueram das cadeiras para bater palmas. Função sintática de “à uma”: adjunto adverbial de modo.
17. À uma hora
adjunto adverbial de tempo.
O voo atrasou; anunciaram que o avião só chegaria à zero hora. Regência de “chegar”: verbo intransitivo. Função sintática de “à zero hora”: adjunto adverbial de tempo.
20. Barco a vela Sem crase. Plural: barcos a vela. Nesse caso, se trocarmos a expressão “a vela” pela expressão “a álcool”, notaremos que não há artigo; o “a” é apenas preposição. Exemplos:
Com crase. É uma locução adverbial feminina. Nesse caso, “uma” é numeral.
Meu sonho é comprar um barco a vela.
Exemplo:
Função sintática de “um barco a vela”: obje-
O avião só chegou à uma hora. Regência de “chegar”: verbo intransitivo. Função sintática de “à uma hora”: adjunto adverbial de tempo.
18. A uma hora dessas Sem crase. O demonstrativo dessas altera o sentido da locução original “à uma hora”. Por isso, a crase é proibida.
Regência de “comprar”: vtd. to direto. Função sintática de “a vela”: adjunto adnominal de “barco”.
Compramos um carro a gasolina. Regência de “comprar”: vtd. Função sintática de “um carro a gasolina”: objeto direto. Função sintática de “a gasolina”: adjunto adnominal de “carro”. Regência e Crase –
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21. Bife a cavalo A expressão “bife a cavalo” deve ser grafada sem crase. A ideia de bife à moda ou à maneira cavalo é absurda. Raciocinemos. Quando se diz “bife à portuguesa”, subentende-se à moda dos portugueses. E os portugueses têm capacidade para inventar bife. Mas imaginar bife à moda dos cavalos, quando cavalo é vegetariano, fica de uma incoerência sem medida.
22. Locuções adverbiais femininas Já nascem com crase. Veja as mais importantes: à altura às apalpadelas às avessas à baila à beça à cata de às cegas às claras à direita à escolha à escuta às escuras à espera à espreita à esquerda à força de à José de Alencar à Luís XV à Machado de Assis à maneira de à medida que
à meia-luz à meia-noite à milanesa à moda de à noite à noitinha às ocultas às ordens à primeira vista à procura de à proporção que à queima-roupa à revelia à risca à semelhança de à toa à tona à uma hora às vésperas de às vezes à vista de
23. Marcha a ré Estudiosos renomados (Houaiss e Aurélio) grafam a expressão sem crase.
24. À medida que, na medida em que Locuções conjuntivas corretas: à medida que; à proporção que; na medida em que. Locuções conjuntivas erradas:
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– João Batista Gomes
à medida em que; à proporção em que; na medida que.
24. A partir de Sem crase com o “a” separado de “partir”. Significa “a começar de”. Redundância – “Começar a partir de”, “ter início a partir de” são expressões condenadas pela norma culta da língua. Entrar em vigor – As expressões “entrar em vigor a partir de”, “entrar em operação a partir de” são erradas; “entrar” pressupõe um dado momento e não uma ação continuada. Exemplos: 1. A partir da próxima sexta-feira, as tropas israelenses começarão a retirada da margem ocidental do Canal de Suez. (errado) 2. Na próxima sexta-feira, as tropas israelenses começarão a retirada da margem ocidental do Canal de Suez. (certo) 3. A partir da próxima segunda-feira, terão início as provas para Supletivo de Primeiro Grau. (errado) 4. Na próxima segunda-feira, terão início as provas para Supletivo de Primeiro Grau. (certo) 5. Esta lei entrará em vigor a partir de sua publicação no Diário Oficial. (errado) 6. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial. (certo) 7. A partir de amanhã, estaremos atendendo no endereço abaixo. (certo)
TESTES 1
01. Identifique o item com erro gramatical. a) Todos apoiam as nossas ideias. b) É bom que todos deem apoio às nossas ideias. c) Esta blusa é semelhante à que usei no Carnaval. d) O texto faz referência à inúmeras situações em que o bom-senso teria evitado tragédias. e) Sei que tu apoias outro candidato; assim mesmo, vim reivindicar a tua ajuda.
02. (CETRO–CRM-PB-2010) Assinale a alternativa em que a ocorrência de crase é facultativa. a) Lavou a mão, sorriu para a família e sentou-se à mesa como se nada tivesse acontecido. b) Vire à esquerda depois daquele cruzamento, por favor. c) Precisamos, sem falta, marcar a reunião com João às duas horas. d) Depois de ter enviado flores à Renata, percebi a mudança de comportamento. e) Ela deu à luz um lindo menino, que vai se chamar Pedro.
03. (CETRO–Pref Piracicaba-SP–2008) Identifique a alternativa que completa corretamente a frase quanto à regência verbal. “Sr. Vicente aspira ..... cargo de advogado. Para tanto, ele assiste ..... todas as audiências. Ele visa ..... promoção imediata.
a) b) c) d) e)
o/a/à ao / /– / à o / /– / a ao / a / à o/a/a
04. (CETRO–Pref Pinheiral-SP) Complete os períodos abaixo de acordo com a regência nominal correta. I. Ela possui ânsia ..... progredir. II. Prestem atenção ..... recomendações. III. Os alunos não têm acesso ..... notas. IV. Os heróis demonstram amor ..... Pátria. a) b) c) d) e)
I - de I - por I - por I - em I - em
II - às II - às II - às II - as II - nas
III - as IV - à III - à IV- à III - às IV - pela III - à IV - para com III - das IV - à
05. (CETRO–PRODESP) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. “....... uma semana atrás, ....... poesias de Bandeira, uma ....... uma, eram enviadas ....... gráfica. a) b) c) d) e)
Há, às, a, a A, as, à, a A, às, à, à Há, as, a, à Há, a, à, a
06. (Convest–2006) Assinale a opção em que há erro no emprego do “a” acentuado: a) O cortejo de dignitários da hierarquia eclesiástica que abria as procissões, teria dado origem à comissão de frente das escolas. b) Sem nenhum desrespeito, há quem compare a estrutura das escolas de samba à das procissões. c) Como é elevado, o custo das fantasias só é acessível à pessoas abastadas. Regência e Crase –
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d) Quem assiste à passagem de uma escola, verifica que o negro figura apenas nos setores que exigem talento. e) À semelhança das procissões, que dispunham de uma pequena orquestra para acompanhar os hinos, as escolas contam com a bateria, os músicos e os puxadores.
07. (ESAF–SMF-RJ–2010) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. De todo navio que aporta no país são exigidos, em média, 112 documentos, com __1__ obrigatoriedade de serem fornecidas 935 informações. É um calhamaço de formulários com diversas vias __2__ serem remetidas__3__ órgãos diferentes e em duplicidade. Apenas no porto de Santos, o maior do país, __4__ burocracia exige, por ano, o preenchimento de 3.773.800 folhas, 17,4 toneladas de papel, segundo estimativa do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Por ser de navio que qualquer país faz __5__ maior parte das exportações e importações, conclui-se que__6__ burocracia é poderoso entrave ao comércio exterior brasileiro. (O Globo, 27/7/2010, com adaptações)
a) b) c) d) e)
à– a– à– a– a–
a– à– à– a– a–
à–à a–à a–a à–à a–a
–a –à –à –a –a
–a –a –a –à –a
08. (FGV–SEN FED–2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamente por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase. a) Vou à Brasília dos meus sonhos. b) Nosso expediente é de segunda à sexta. c) Pretendo viajar a Paraíba. d) Ele gosta de bife à cavalo. e) Ele tem dinheiro à valer.
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– João Batista Gomes
09. (Cesgranrio–TJ-RO–2010 Indique a opção em que o sinal indicativo de crase está corretamente usado. a) Essa proposta convém à todos. b) O governo aumentou à quantidade de subsídios. c) A empresa considerou a oferta inferior à outra. d) Ele está propenso à deixar o cargo. e) Não vou aderir à modismos passageiros.
10. (Vunesp–TJ–SP–2010) Na expressão “distância a pé” não se emprega o acento de crase no “a”. Isso acontece, pelo mesmo motivo, na alternativa: a) b) c) d) e)
É preciso comparecer a festas. Vai pagar a perder de vista. Gostava de andar a cavalo. Viajou a Brasília. Vai começar a viajar.
11. (Vunesp–CRM-SP – 2011) Assinale a alternativa correta quanto ao uso ou não do acento indicativo da crase. a) Doenças ocasionadas pelo uso de pesticidas em alimentos podem levar a morte. b) As pessoas são obrigadas à parar de comer alimentos com agrotóxicos. c) Os dados da pesquisa da Anvisa referem-se a alimentos in natura. d) A medida que as pesquisas avançam, mais testes com animais são feitos. e) Os trabalhadores rurais devem se submeter à uma avaliação médica constante.
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão. Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas,
após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento. (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor – 17/10/2010)
12. (FGV–DETRAN-RN–2010) No segundo parágrafo, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento”, o emprego do acento grave: a É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de “equipe”. b) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo. c) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de mentiras”. d) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância. e) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.
13. (FGV–DETRAN-RN–2010) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase: a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória. b) Ele se referiu às pessoas de boa memória. c) As pessoas aludem à uma causa específica. d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória. e) Os livros foram entregues à ele.
14. (FCC–TRT-9.a Reg–2010) A erupção de um vulcão provocou perdas ...... economia europeia bem superiores ...... trazidas pelos atentados terroristas de 2001, fato que obrigou a ONU ...... criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) b) c) d) e)
a– a– à– à– à–
aquelas àquelas aquelas aquelas àquelas
– – – – –
a à a à a
15. (Acafe–PC-SC–2010) Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase a seguir. ......................... muitas mudanças neste projeto a serem sugeridas ..... construtora, principalmente quanto ..... regras do novo código de posturas municipais, mas o consenso entre você e o arquiteto pode identificar rapidamente ..... adaptações necessárias. a) b) c) d) e)
Deve haver Deve haver Devem haver Devem haver Devem haver
–a –à –à –a –à
– as – às – as – às – às
– às – as – as – as – as
16. (Acafe–PC-SC–2010) Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase a seguir. “O vereador que reside ...... Rua Miguel Deodoro corre o risco de ter seu .................. ................ assim que o processo chegar ...... mãos do Presidente. a) b) c) d) e)
à à na na à
– mandado caçado – mandato caçado – mandado cassado – mandato cassado – mandato cassado
– as – às – as – às – às
Regência e Crase –
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17. (Sesgranrio–BNDS–2011) O sinal indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão em:
20. (CESGRANRIO) “O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente...”
a) Depois de aportar no Brasil, Cabral retomou à viagem ao Oriente. b) O capitão e sua frota obedeceram às ordens do rei de Portugal. c) O ponto de partida da frota ficava no rio Tejo à alguns metros do mar. d) O capitão planejou sua rota à partir da medição de marinheiros experientes. e) Navegantes anteriores a Cabral haviam feito menção à terras a oeste do Atlântico.
Assinale a opção cujas lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por “a” (preposição) e “à” (preposição e artigo), tal como na frase anterior:
18. (Cesgranrio–Petrobras–2010) Em “...inerentes a minha condição”, segundo o registro culto e formal da língua, o acento grave indicativo da crase é facultativo. A crase também é facultativa na frase a) A ninguém interessam os meus erros. b) Contou os seus problemas a um profissional especializado. c) Ele estava disposto a tentar de novo. d) Correu até a amiga para pedir desculpas. e) Fez, de caso pensado, críticas a ela.
19. (Cesgranrio–FINEP–2011) O sinal indicativo da crase é necessário em: a) Os cartões-postais traziam as novas notícias de quem estava viajando. b) Recife abriga a mostra de antigos cartões-postais, fruto do esforço de um colecionador. c) Reconhecer a importância de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais, é valorizar o passado. d) Enviar um cartão-postal aquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor. e) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, a moda de trocar cartões-postais permaneceu.
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– João Batista Gomes
a) A crise a obriga a comprar sempre ..... prazo, fazendo-a voltar ..... loja para quitar as prestações. b) Mesmo sem ..... ajuda financeira dos pais, minha amiga vem-se dedicando ..... dança. c) Ontem ..... médica custou ..... atenderme. d) Só ..... noite decidimos faltar ..... reunião do dia seguinte. e) Já comecei ..... ter problemas, mas não estou disposto ..... desistir da luta.
21. (PUC) Assinale a opção em que há ERRO no emprego do acento grave, indicativo da crase: a) Quando iremos à Portugal? b) Terminei o trabalho às 11 horas da noite. c) Hoje distribuíram balas às crianças do bairro. d) Emprestei vários livros à secretaria. e) Ele não compareceu à reunião de sexta-feira.
22. (PUC) “Eu solto aos ecos da serra / Suspiros dessa saudade”. Caso substituíssemos ECOS por BRISAS, nos versos acima, teríamos que usar a contração da preposição A com o artigo definido AS, com o acento grave indicador de crase. Indique a opção em que, de acordo com a norma culta, NÃO ocorreria essa contração e, consequentemente, não apareceria o acento grave indicador de crase:
a) Agora vamos .... últimas questões. b) Os parlamentares corresponderam .... expectativas dos seus eleitores. c) Entregamos .... alunas as entradas para o espetáculo. d) Anteriormente .... reclamações, o reparo do equipamento já havia sido providenciado. e) O guia lembrava .... crianças de que não deveriam afastar-se dele.
23. (TIRADENTES) “Na cidade das Tartarugas, os visitantes assistem .... postura dos ovos (de maio .... junho), admiram os bebês de um .... três anos na enfermaria e veem a clínica, o laboratório e as diferentes espécies doadas .... particulares. Depois de 5 ou 6 anos, os pequenos animais são soltos entre os adultos nas zonas de repovoamento do maciço de Maures, na costa da Provença”. (Revista Geográfica Universal)
Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas do texto: a) b) c) d) e)
à à a a a
–a –à –à –a –à
–a –à –à – aos – aos
– por – por – de – de –a
24. (UGF) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da frase a seguir: “Quando o cidadão levar ..... frente tudo aquilo ..... sonha, todo o grupo social ..... ele pertence se movimentará em .................”. a) b) c) d) e)
à – com que à – com que a – o qual em– que a – que
– a que – ascenção. – a que – ascensão. – ao qual – ascenção. – que – ascensão. – ao qual – ascenção.
25. (FCC) Os elefantes apresentam necessidades parecidas com ...... dos seres humanos e, para oferecer ...... eles os cuidados exigidos, os espe-
cialistas têm recorrido até mesmo ...... táticas inovadoras. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por a) b) c) d) e)
as as as às às
–a –a –à –à –a
–à –a –à –a –a
26. (FCC) A ocorrência do sinal de crase justifica-se apenas na frase: a) Há máscaras que envergamos com relativa naturalidade e àquelas de que nos socorremos com grande constrangimento. b) As máscaras à que recorrem os atores lembram as que também nós envergamos em nosso dia a dia. c) Quando assistimos à uma peça teatral, intensificamos nossa percepção das verdades simuladas. d) As mentiras por vezes não se distinguem das verdades, sobretudo quando se passa a considerar àquelas como absolutamente necessárias. e) O autor não se refere a um amigo qualquer, mas àquele a quem pedimos que nos olhe nos olhos.
27. (FCC) Muitos consumidores não se mostram atentos ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema e não chegam ...... boicotar empresas poluentes; outros se queixam de falta de tempo para se dedicarem ...... alguma causa que defenda o meio ambiente. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por a) b) c) d) e)
à-a à-a à-à a-a a-à
-a -à -a -à -à Regência e Crase –
69
28. (FCC) Considere as frases abaixo. I. ...... quem não o podia pegar o grito foi lançado. II. Aludiam ...... uma imensa tela dourada os fios de sol que se cruzavam. III. O resultado de seu trabalho foi comparado ...... luz da manhã.
Preenchem corretamente as lacunas, respectivamente: a) b) c) d) e)
A A À A À
–a –a –à –à –a
–à –a –a –à –à
29. (FCC) Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em: a) Não é preciso agarrar-se à nenhuma teoria linguística para se chegar à conclusão de que uma língua se constitui a partir de muitos intercâmbios com outras. b) Ao se referir à língua de Cabral, o autor do texto lembra que, àquela época, certas sonoridades não eram estranhas às do português que se fala hoje no Brasil. c) Assim, à primeira vista, não é fácil avaliar o que há de idêntico entre a prosódia brasileira e aquela que se verifica em Lisboa. d) Tendo em vista a necessidade de se preservar a estrutura de uma língua, apela-se, com frequência, às sistematizações da gramática normativa. e) Daqui a um bom tempo, o português falado no Brasil poderá estar a uma considerável distância do que se fala hoje.
30. (FCC) Busca-se ...... muito tempo uma linguagem adequada ...... expressão das leis e ...... outras questões sociais. As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por 70
– João Batista Gomes
a) b) c) d) e)
a há a a há
–à –a –a –à –à
–à –a –à –a –a
31. (FCC) Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em: a) Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se mantinham a margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta. b) Einstein não se limitou à escrever textos científicos; lançou-se à roda dos grandes debates políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões cruciais do pós-guerra. c) O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários, leva a indignação coletiva às alturas quando os que mais têm a dizer são intimados a calar-se. d) Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas à toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas da ciência. e) Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV à uma cena em que um homem rude, promovido a condição de milagreiro, dava início a tão anunciada intervenção cirúrgica.
32. (FCC) A população de miseráveis não tem acesso ...... quantidade mínima de alimentos necessária ...... manutenção de uma vida saudável, equivalente ...... uma dieta de 2000 calorias diárias. A alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada é: a) b) c) d) e)
à à a a à
–à –a –a –à –à
–à –a –à –a –a
33. (FCC) Justificam-se ambas as ocorrências do sinal de crase em: a) Na entrevista que concedeu à TV, a juíza recorreu à uma frase de Disraeli. b) A frase à que se reportou a juíza diz respeito à distinções éticas. c) Faltam audácia e iniciativa à quem deveria propor-se às ações afirmativas. d) Não se abra àqueles inescrupulosos o campo favorável à impunidade. e) A comunidade dos justos assiste à obrigação de dar combate à tal ousadia.
34. (FCC) Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, está inteiramente correto o seguinte período: a) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas interessa a discussão das questões que se ligam à essa faixa de delinquência. b) Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune à toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos. c) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência disso, aspira à inclusão social, quer ascender a posições mais dignas, elevar-se a uma condição semelhante àquela em que vivem os jovens da classe média. d) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da vantagem da pena de morte, extensiva a criminalidade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da formação integral dos jovens. e) Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta
àquela participação maior no combate a criminalidade, falta à adolescência pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos problemas.
35. (FCC) Justifica-se inteiramente o emprego do sinal de crase em: a) À partir do momento em que não haja obediência à qualquer norma, estará comprometida a prática mesma da liberdade. b) Não cabe às autoridades constituídas definir o que seja liberdade, mas permitir que todos tenham acesso às práticas previstas em lei. c) É preciso avaliar à distância que existe entre a prática autoritária e àquela que respeita um controle social de liberdade. d) Não será permitido à ninguém recorrer a uma concepção de liberdade que venha a contrariar àquela que é de consenso social. e) Os que reagem irritados à uma demonstração prática de liberdade são os mesmos que aplaudem às medidas de força e de exceção.
36. (FCC) Está correto o emprego do sinal de crase em: a) Não dá para ensinar jornalismo à todo aquele que se dispõe à fazer o curso. b) Ocorrendo à falta de talento, um diplomado não terá acesso à nenhum órgão da imprensa. c) Instituindo-se à obrigatoriedade do diploma, muitos profissionais competentes poderão ficar à ver navios. d) Deve-se à essa obrigatoriedade o fato de que muita gente se obrigou a frequentar às faculdades de comunicação. e) Quem recorre às escolas de jornalismo deve saber que terá acesso apenas às informações básicas acerca da profissão. Regência e Crase –
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37. (FCC) Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramente correta é: a) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me à tempo. b) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de socorro. c) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse dinheiro, estaríamos às boas. d) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa causa. e) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos à qualquer conclusão.
38. (FCC) Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase: a) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os resultados à que chegaram. b) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à sua teoria dos buracos negros. c) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho, sempre sujeitas à alguma revisão. d) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam curvar-se às evidências de um equívoco. e) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro.
e) Trouxera a mão várias armas, que lançou as costas dos inimigos.
40. (FGV 2002) Escolha a alternativa que preencha corretamente as lacunas a seguir. 1. Nunca vi um acidente igual ............. . 2. Sempre vou ............. loja para comprar roupas. 3. ............. hora, eu estava viajando para o Rio de Janeiro. 4. Na audiência, diga a verdade, mas limite-se ............. que lhe perguntarem. 5. Quero uma moto igual ..... que estava ..... venda na exposição. a) b) c) d) e)
àquele, aquele, àquele, aquele, aquele,
àquela, aquela, aquela, àquela, àquela,
àquela, àquilo, aquela, aquilo, àquela, àquilo, aquela, àquilo, àquela, aquilo,
à, a, a, à, a,
à a à a à
41. (FGV 2001) Escolha a alternativa que completa corretamente o período: “Marta acaba de receber ..... visita do professor de artes cênicas, que ..... convidou para assistirem ..... peça teatral, em exibição ..... uma semana, ..... poucos metros de sua casa”. a) b) c) d) e)
a a a à a
–à –a –a –a –a
–à –à –à –a –à
–a – há –à – há –a
– há –a – há –à –a
39. (FGV 2003) Assinale a alternativa correta quanto à ocorrência ou não da crase.
42. (FCC) A frase inteiramente correta, considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é:
a) Juliana enviou os papéis à Secretaria, que os encaminhou à Gerência. b) Devido a morte do pai, deixou de comparecer à solenidade. c) Passaram-se três meses até que Lucas atendesse à qualquer cliente. d) O médico costumava atender de segunda à sexta-feira, das 14 as 18h.
a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados. b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos.
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– João Batista Gomes
c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação política seja vista como verdadeira representação da vontade popular. d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos. e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.
43. (FCC) Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase em: a) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo. b) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo. c) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregarse à determinada sensação, a determinado humor. d) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências. e) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da fronteira entre o pessimismo e o otimismo.
44. (FCC) Atente para as seguintes frases: I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido. II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção.
III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos.
Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em a) b) c) d) e)
I. III. II e III. I e II. I e III.
45. (FCC) A mandioca é bastante cultivada no Nordeste, graças ..... resistência ..... altas temperaturas e ..... pragas. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima: a) b) c) d) e)
à a à à a
– às – às – as – as – as
–a –à –a –à –a
46. (FCC) Os povos indígenas brasileiros começaram ...... registrar, ...... partir da década de 1990, um crescimento demográfico superior ...... média geral do país. As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas por a) b) c) d) e)
a a a à à
–a –à –a –à –à
–a –à –à –à –a
47. (FCC) O Brasil é um país favorável ...... ascensão social, ao contrário dos países ricos, onde quem chega ...... uma posição social de prestígio já parte de condições favoráveis ...... essa situação. As lacunas da frase apresentada acima estão corretamente preenchidas por Regência e Crase –
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a) b) c) d) e)
a a à à à
–a –à –à –a –à
–à –à –à –a –a
48. (ESAF) Ocorre crase da preposição “a” e do artigo “a(s)”, que deveria ter sido assinalada, nos seguintes períodos do texto: I O reconhecimento da imunidade de que trata o inciso III é subordinado a efetiva observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas. II Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado. III Aplicarem, integralmente, no País, os seus recursos visando a manutenção dos seus objetivos institucionais. IV O disposto neste artigo não exclui a atribuição, as entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter. V O disposto neste artigo não as dispensa da prática de atos previsto neste Código. a) b) c) d) e)
em em em em em
I, III e IV II, III e V I I, II e IV III e IV
49. (FCC) Assinale, na folha de respostas, a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada. Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito do projeto. a) b) c) d) e)
74
a a à à à
–a –à –a –à –à
–à –a –à –a –à
– João Batista Gomes
50. (FCC) A presença de núcleos habitacionais próximos ...... regiões costeiras oferece riscos ...... manutenção do ecossistema marinho, com prejuízos incalculáveis ...... diversas espécies. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por a) b) c) d) e)
as as às às às
–à –a –à –a –à
–à –a –à –a –a
51. (FCC) Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a frase inteiramente correta é: a) Não falta à perspectiva adotada pelo autor o subjetivismo de quem se apega àquelas razões que a ciência não considera. b) Os homens desconheciam, à princípio, que o sol constituía o centro do nosso sistema, que cabia à essa estrela a primazia de protagonista. c) Na Antiguidade, àqueles astrônomos e teólogos que consideravam a Terra como o centro do universo não se oferecia à menor contestação. d) Sempre coube a grande poesia, como no caso da de Fernando Pessoa, celebrar às visões totalizadoras do nosso planeta. e) Uma à uma, as teorias da astrofísica vão atualizando os conhecimentos que se destinam à descrever o funcionamento do universo.
RESPOSTAS REGÊNCIA Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E a-F, b-V, c-F, d-F, e-V a-F, b-V, c-V, d-V, e-F E D a-F, b-V, c-V, d-V, e-F B D a-F, b-V, c-F, d-V, e-V a-F, b-V, c-F, d-F, e-F a-F, b-V, c-V, d-V, e-V B a-F, b-F, c-V, d-V, e-F B a-F, b-V, c-V, d-V, e-V a-F, b-V, c-F, d-V, e-F a-F, b-V, c-V, d-V, e-F a-F, b-V, c-V, d-F, e-V a-F, b-V, c-V, d-F, e-V a-V, b-V, c-V, d-V, e-V C a-F, b-V, c-F, d-V, e-V E a-F, b-V, c-F, d-V, e-F a-F, b-V, c-F, d-V, e-F C D B A D D a-F, b-V, c-V, d-V, e-F C E C C B D a-vi, b-vi, c-vi, d-vti, e-vi a-vi, b-vi, c-vi, d-vi, e-vi a-vl, b-vi, c-vti, d-vti, e-vti a-vi, b-vti, c-vi, d-vti, e-vti B a-vi, b-vtd, c-vl, d-vtd, e-vl a-vti, b-vtd, c-vi, d-vti, e-vti a-vi, b-vti, c-vi, d-vti, e-vl a-vtd, b-vtd, c-vti, d-vti, e-vi C D B
Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73
D a-F, b-V, c-V, d-F, e-F E a-F, b-F, c-F, d-V, e-F a-V, b-V, c-F, d-F, e-V a-F, b-V, c-V, d-F, e-F a-F, b-V, c-V, d-V, e-V a-F, b-V, c-F, d-F, e-V a-F, b-V, c-F, d-F, e-V D a-F, b-V, c-F, d-V, e-F a-V, b-F, c-V, d-V, e-V a-F, b-F, c-V, d-V, e-F a-V, b-F, c-V, d-V, e-V a-F, b-V, c-F, d-F, e-V C D C E A C C B
Aplicação 74 F
TESTES 1 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14.
C B A A C B C a-F, b-F, c-F, d-F, e-F A D E B C C
15. E
TESTES 2 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10.
D E E D B E E B D D Regência e Crase –
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11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29.
B E B C C D B E E D B B B D C B C D C
30. C
RESPOSTAS CRASE Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
A E D D C E A C E a-F, b-V, c-F, d-F, e-V a-V, b-V, c-V, d-V, e-F D a-F, b-V, c-F, d-F, e-V A C C a-V, b-V, c-F, d-F, e-V B a-V, b-V, c-V, d-V, e-F D a-V, b-V, c-V, d-F, e-F a-V, b-V, c-F, d-V, e-F B a-F, b-V, c-F, d-V, e-V A D
TESTES 1 01. D 02. D
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03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51.
D C D C E A C C C A B E B D B D D A A E A B B E A A A E C E D C B E B D A A B D E C A C D A B E A
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