CCE0327 – – Refrigeração e Climatização
Aula 1: Apresentação da Disciplina História da Refrigeração Revisão de Termodinâmica
Navegar sempre sempr e olhando olhand o para a PROA PROA
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Disci pli na : CCE032 CCE0327 7 –
Refrigeração e Climatização
Turma 3001 3001 - Campus Campus Niterói
Carga Horária Horári a - Teórica 44
- Campo mpo 44
Prof. Marco Antonio Gre reco co
Engenharia
AULA 1: Apresentação da Discipl ina
Objetivos 1. Apresentação da Disciplina de Refrigeração e Climatização 2. Bibliografia 3. História do Ar Condicionado 4. Início da Revisão de Termodinâmica
Antes de começar o Curs o : Perguntas. . . 1. Escolha da monitora ou do monitor 2. Quem trabalha na área de Refrigeração ? – monitor anota 3. Quem é dono de empresa de Refrigeração ? – monitor anota 4. Quem pretende trabalhar na área de Refrigeração ? – monitor anota 5. Quem vai fazer ou está fazendo TCC na área de Refrigeração ? – monitor anota
TCC’s de Refrigeração
Antes de iniciarmos a matéria; falemos um pouco sobre TCC em Refrigeração Muito procurado ! por quê ? - o Projeto é mais simples ; - mais atraente aos professores - maior visibilidade de aplicação prática - oportunidade no mercado de trabalho
História do Ar Condicionado
Em defesa de TCC2 no 2º semestre de 2015: um grupo de 3 alunos da Estácio – Campus Praça XI; mostr ou em sua defesa um protótipo de um aparelho de Ar-Condic ionado com inovação; que ao julgamento da banca examinadora merecia uma Patente. e assim foi feito : além da Nota 10 – com louvor; têm seu invento patenteado no INPI e estão negociando a cessão da tecnologi a para empresa do ramo no Rio de janeiro
Fiquem atentos a este mercado !
O mercado é carente de bons profissionais nesta área !
Pré-Requisitos CCE0327 – REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO – 8º
CCE0385 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA – 7º CCE0375 – TERMODINÂMICA – 5º CCE0187 - FENÔMENOS DE TRANSPORTES – 4º
CCE0189 - FÍSICA TEÓRICA II – 3º CCE0056 - FÍSICA TEÓRICA I - 2º
AULA 1: Apresentação da Disciplina
Conteúdo do Curso História e Desenvolvimento do Ar Condicionado Termodinâmica (Revisão) Cargas Térmicas e Psicr ometria Ciclos de Refrigeração Sistemas de Refrigeração Equipamentos de Refrigeração e Ar Condicionado. Controles de Sistema de Condicionamento de Ar Segurança
Objetivos Gerais Fornecer conhecimentos sobre Refrigeração nos seus diversos segmentos para que possam ser aplicados ao nível de sua competência e utilizados como base para estudos mais aprofundados
Objetivos Específicos Capacitar o estudante a : •
analisar sistemas de refrigeração de conforto ou industrial;
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calcular cargas térmicas;
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compreender os ciclo de refrigeração e sua importância;
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compreender o funcionamento dos sistemas de controle e automação,
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identificar, entender e descrever os componentes e acessórios;
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avaliar o funcionamento e o desempenho de sistemas de refrigeração ;
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conhecer as regras de segurança aplicáveis a estes sistemas.
Metodologia de Ensino •
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Atividades Teóricas em sala de aula : conteúdo programático será desenvolvido por meio de exposições dialogadas e exercícios.
Atividades de Campo : a disciplina contém atividades de campo a serem desenvolvidas pelo aluno e avaliadas pelo professor da disciplina. Atividades Estruturadas : a disciplina contém atividades estruturadas a serem desenvolvidas pelo aluno e debatidas em sala de aula pelo professor da disciplina.
Procedimentos de Avaliação - 1 Composto de 3 etapas : Avaliação 1 (AV1) Avaliação 2 (AV2) Avaliação 3 (AV3) a AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até sua realização; as AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina; • •
Para aprovação na disciplina o aluno deverá : atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis), calculado a partir da média aritmética entre os graus da avaliação, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação ( AV1, AV2 e AV3); obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações; frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. •
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Procedimentos de Avaliação - 2 Presença : Marcação de em folha de presença, se marcar um dia a frente responderá pessoalmente pela presença. Mais de 50% faltas antes da AV1 ou da AV2 – direito a sentar-se nas primeiras carteiras durante a prova. Mais de 6 faltas depois da AV2 – Abono com apresentação de atestado •
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Provas AV1 e AV2 : Opção da turma – Sem Consulta ou Com consulta. Sem consulta – a qualquer dispositivo ou material e ao colega. Com consulta – a qualquer dispositivo, material e a nenhum colega. Não será permitido falar de celular, receber ligações, fotografar ou enviar Whatsapp. Cuidado com o “Cola”. • • • •
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Bibliografia Bibliografia Básica 1.
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Livro : Refrigeração Industrial Wilbert F. STOECKER e J. M. JABARDO – Edit. Blücher - SP Livro : Instalações de ar condicionado Helio CREDER – Edit. LTC - RJ
Bibliografia Complementar 1.
2.
3.
4.
Livro : Ar Condicionado e Refrigeração Rex Miller e Mark r. Miller – Edit. LTC Livro : Introdução à tecnologia da Refrigeração e da Climatização J. G. SILVA – Edit. Artliber – SP Livro : Refrigeração e ar condicionado W. F. STOECKER e J.W. JONES – Edit. McGraw-Hill - SP Livro : Princípios de refrigeração : teoria, prática, exemplos, problemas, soluções Roy J. DOSSAT – Edit. Hemus - SP
História do Ar Condicionado Arquimedes e o peso em our o : Empuxo Newton X Leibniz Newton X Einstein
:
Cálculo : :
Física
Edison X Tesla : Corrente Elétric a Einstein X Planck : Relatividade e Mec. Quântica e muitos outros – proc urem saber a histór ia . . .
História e Desenvolvimento do Ar Condicionado Roma antiga a água de aquedutos circu lava através das paredes de certas casas para arrefecer (diminuição de calor, resfriamento)
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China – século II inventor chinês Ding Huan , criou um ventilador rotativo , constit uído de sete rodas de 3 m de diâmetro, operado manualmente para condici onar o ar. Pérsia medieval edifícios com cisternas e torres de vento (badgirs) para épocas quentes, as cisternas semelhantes a pis cinas (recolhiam a água d as chuvas); as torres de vento d ispunh am de abertur as que captavam o vento e de cataventos direcion avam o flu xo de ar para o interior do edifício, nor malmente passando sob re a cisterna e saindo por uma torre de arrefecimento sit uada a Jusante da direção do vento.
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Egito medieval foram inventados os venti ladores, usados nas casas do Cairo, estavam orientados na direção de Qibla, seguindo a orientação de flux o de ar da cidade. Década de 1600 o inventor holandês Cornelius Drebbel fez a demonstração
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“transformando o verão em inverno” perante o Rei Jaime VI da Escócia. •
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Em 1758 Benjamin Franklin e o britânico John Hadley conduziram uma experiência para mostrar o pr incípio da evaporação como meio de arrefecer rapidamente um objeto. Em 1820 o cientista britânico Michael Faraday descobr iu que comprimi r e liquefazer a amônia poderia resfr iar o ar, quando a amônia liq uefeita foss e permitida evaporar.
História do Ar Condicionado História extraída do livro
Além d a histór ia do Frio, tem -
Vidro Som Higiene Tempo Luz
História do Ar Condicionado
De onde vocês acham que surgiu o Ar Condicionado ?
do FRIO ou do CALOR !
Como ?
História do Ar Condicionado Frederic Tudor – empreendedor de Bosto n, Massachusetts de família abastada cresceu admirando o s lagos congelados de Bosto n armazenavam blocos de água congelada em frigoríficos – bloc os de 90 kg que permaneciam indis solúv eis até aos meses de verão lascavam em fatias para fazer sorv ete, beber água gelada e resfriar o banho du rante a onda de verão
História do Ar Condicionado Tudor sabia que um bloc o de gelo podia dur ar meses, mesmo no v erão, se resguardado das temperaturas máximas Quando tinha 17 anos, foi ao Caribe, levando o irmão para tentar melhorar de uma doença nos joelhos em cli mas mais quentes, voltou desiludido tendo sofrido muito com o calor. surgiu então a ideia porqu e não vender água congelada para os lugares quentes ?
História do Ar Condicionado o mercado de gelo tor nou a família Tudor tão rica e com inc alculável fortun a, tinha dinheiro para arrendar navios ou c omprá-los. em novembro de 1805 mandou seu irmão e o pr imo para Martinica para negociar contrato exclusivo de fornecimento; comprou o navio Favorite por US$4.750. a embarcação zarpou c om um a carga de 80 toneladas para aquele porto, o povo não se interessou, até 1800 a maiori a dos seres humanos literalmente nunca tinha experimentado alguma cois a fria. “ água congelada era tão fantasiosa para os moradores de Martinica quanto um iphone”.
o padrão se repetiu nos anos s eguintes com r esultados cada vez mais catastróficos, a fortu na da família entrou em co lapso, mudaram-se para uma fazenda; mas a esperança da família ainda era colh er gelo.
História do Ar Condicionado foi pr eso por dívida, mas perseverou, embora houvesse um pro blema ainda: o armazenamento e o transpo rte; viu que precisava de locais para armazenar o gelo. o único lug ar em que a troca de calor pode ocorrer é a superfície do gelo, é por isso que os grandes blocos sobrevivem por tanto tempo- todas as ligações do hid rogênio de seu interior estão perfeitamente isoladas da temperatura exterior. se for cr iado, entre o calor externo e o gelo, um tampão que conduz o calor precariamente, o gelo preservará seu estado cri stalino por muito mais tempo. como condutor t érmico, o ar é cerca de 2 mil vezes menos efic iente que o metal e mais de 20 vezes menos eficiente que o vi dro.
História do Ar Condicionado nos depósitos de gelo, Tudor c riou u m isolante de ar que mantinha o calor do verão longe do gelo; os invólucr os de serragem nos navios criavam inúmeros bolsões de ar entre as aparas de madeira que mantinham o gelo isolado. isolantes modernos como o is opor, contam com a mesma técnica: o cooler que se leva em piqueniq ues é feito de cadeias de poli ester intercaladas com pequenos bols ões de gás. em 1815 , Tudor tinha afinal m ontado as peças-chave do quebra-cabeça do gelo : colheita, isolamento, transpor te e armazenamento.
História do Ar Condicionado Curiosidade : em 1834, um navio de três m astros chamado Madagascar, entrou no port o do Rio de Janeiro tr azendo em seu porão uma carga impl ausível : um lago co ngelado da Nova Inglaterra – tripulação e navio a serviço de Frederic Tudor.
História do Brasil : Quem governava o p aís Dom Pedro I abdi cou em 1830 Dom Pedro II , teve sua maiorid ade proclamada então estava com 14 anos - quem governava era regência tri na (provi sór ia e permanente), una de Feijó e una de Araújo Li ma. Revoltas : Cabanagem no Pará, Balaiada no Maranhão, Sabin ada na Bahia e Farrapos no Rio Grande do Sul.
História do Ar Condicionado Tudor morr eu em 1864, havia acumulado uma fo rtuna de mais de US$200 milhões em valo r atual em 1860; 2 em cada 3 casas de Nova York contavam, com entregas diárias de gelo, em oficinas, gráficas, escritórios, os operários ju ntavam-se para ter seu fornecimento diário de gelo. em menos de meio século o gelo t inha deixado de ser uma curiosi dade para se torn ar um luxo depois uma necessidade. em Chicago, a carne de porco “in natura” era privilégio de
lá, mas a carne começou a ser enviada em barris, como conserva e, em 1840 e 1850, a oferta desta carne não c onseguia atender ao aumento da d emanda.
História do Ar Condicionado Em 1868, o magnata da carne de porco, Benjamin Hutchinson construiu uma nova fábrica de embalagem apresentando “salas refrigeradas com gelo natural que permitiam embalar a carne de porco durante todo o ano; uma das principais inovações da indústria” Em 1878, Gustavus Franklin Swift contratou um engenheiro para construir um avançado carro frigorífico, projetado da estaca zero para transportar carne para a Costa Leste durante todo o ano. O gelo foi armazenado em caixas colocadas acima da carne; nas paradas ao longo da viagem, os funcionários podiam trocar os blocos de gelo de cima por novos blocos, sem perturbar a carne. "Foi essa aplicação da Física elementar", que " transformou o antigo comércio e abate de carne bovina locais em negócio internacional, com carros refrigerados que resultaram naturalmente em navios refrigerados, levando a carne de Chicago para os 4 continentes”. Os currais de Chicago abatiam, em média , por ano, 14 milhões de animais.
História do Ar Condicionado O crescimento descontrolado de Chicago nunca teria sido possível sem as propriedades químicas peculiares da água, sua capacidade de armazenamento e liberaçao lenta do frio com um mínimo de intervenção humana. Se, por alguma razão, as propriedades químicas da água líquida fossem diferentes, a vida na Terra também teria uma forma radicalmente diversa (ou, mais provavelmente, nem teria evoluído !). Se a água também não tivesse a peculiar aptidão para se congelar, quase certamente a trajetória da América do século XIX teria sido diferente. Depois de um século de Revolução Industrial, o frio artificial ainda era uma ficção
História do Ar Condicionado Novas ideias nem sempre são motivadas, como as de Tudor, por sonhos de "fortunas tão grandes que nem saberíamos o que fazer com elas", A arte da invenção humana tem mais de uma musa, Enquanto o comércio de gelo começou com o sonho de um jovem em busca de riquezas incalculáveis; a história do frio artificial começou com uma necessidade mais urgente e humanitária: um médico tentando manter vivos seus pacientes. Essa é uma história que começa com ínsetos: em Apalachicola, na Flórida , cidade de 10 mil habitantes que vivem ao lado de um pântano, num clima subtropical, ambiente perfeito para a procriação de mosquitos. Em 1842, essa abundância de mosquitos signific ava, inevitavelmente, risco de malária. No modesto hospital do lugar, um médico chamado John Gorrie sentia-se impotente diante de dezenas de pacientes ardendo em febre.
História do Ar Condicionado Desesperado por uma forma de reduzir a temperatura dos pacientes, Gorrie tentou suspender blocos de gelo no teto do hospital. Isso se revelou uma solução eficaz: os blocos de gelo esfriavam o ar; o ar esfriava os pacientes. com a febre reduzida, alguns pacientes sobreviveram à doença. Mas a sagaz experiência de Gorrie, destinada a combater os efeitos perigosos de climas subtropicais, acabou prejudicada por outro subproduto do ambiente. A umidade tr opical que fazia da Flór ida um cl ima tão hospitaleiro par a os mosquitos também ajudou a criar outra ameaça: os furacões. Uma série de naufrágios atrasou os embarques de gelo de Tudor, da Nova Inglaterra, deixando Corrie sem o suprimento habitual." E assim o jovem médico começou a remoer uma solução mais duradoura para o hospital: fazer seu próprio gelo. Felizmente para Gorrie, por acaso aquele era o momento perfeito para ter essa ideia.
História do Ar Condicionado Como explicar essa descoberta? Não se trata apenas do caso de um gênio solitário que chega com uma invençao brilhante por ser mais inteligente os outros. As ideias são fundamentalmente redes de outras ideias Mas em 1850 as peças já tinham se juntado
História do Ar Condicionado A pr imeir a cois a que tinha de acontecer par ece hoie quase cômica par a nós: tivemos de descobrir que o ar era feito de alguma coisa, que não era apenas um espaço vazio entre os objetos. Nos anos 1600, cientistas amadores descobriram um fenômeno bizarro, o vácuo, um ar que na verdade parecia ser composto de nada e que se comportava de forma diferente do ar normal. Chamas podiam ser extintas no vácuo; uma vedação a vácuo era tão forte que duas parelhas de cavalos não conseguiam rompê-la. Em 1659 o cientista inglês Robert Boyle colocou um pássaro numa jarra e sugou o ar com uma bomba de vácuo. O pássaro morreu como Boyle desconfiava que aconteceria mas, curiosamente ele também congelou.
História do Ar Condicionado Se o vácuo era tão diferente do ar normal a ponto de extinguir a vida, isso significava que devia haver alguma substância invisível que compunha o ar normal. Isso sugeriu que a alteração do volume ou da pressão dos gases podia alterar sua temperatura.
Nosso conhecimento expandiu-se no século XVIII , quando o motor a vapor obrigou os engenheiros a descobrir exatamente como o calor se converte em energia inventando toda uma ciência da Termodinâmica. Ferramentas de medição calor e peso de maior precisão foram desenvolvidas, juntamente com escalas normatizadas, como as dos graus Celsius e Fahrenheit. Como acontece com frequência na história da ciência e das inovações, quando se dá um salto para diante na precisão das medidas, surgem novas possibilidades.
História do Ar Condicionado
Todos esses blocos de construção circulavam na cabeça de Gorrie, como moléculas de um gás pululando, formando novas conexões, Em seu tempo livre, ele começou a construir uma máquina de refrigeração utilizando a energia de uma bomba para comprimir o ar. A compres são aqueci a o ar. A máquina refrigerava o ar comprimido passando-o pelos can os resfri ados com água, Quando o ar é expandido, remove calor do ambiente; e, assim como as ligações tetraédricas o hidrogênio dissolvem-se na água líquida, a extração de calor refrigera o ar circundante. Aquilo podia até ser usado par a produzir gelo,
História do Ar Condicionado Por incrível que pareça, a máquina de Gorrie funcionou. Não mais dependente do gelo enviado de mil quilômetros de distância, ele reduziu a febre dos pacientes com frio caseiro. Gorrie solicitou uma patente, prevendo corretamente um futuro em que o frio artificial como escreveu : “poderia servir melhor a humanidade. ... frutas, legumes e carnes serão preservados em trânsito pelo meu sistema de refrigeração e assim seriam apreciados por todos!". No entanto, apesar de seu sucesso como ínventor, Gorrie não chegou a lugar nenhum como homem de negócios. Graças ao êxito de Tudor, o gelo natural era abundante e barato quando as tempestades não pertubavam o comércio. Para piorar as coisas, Tudor Iançou uma campanha de difamação contra Gorrie, alegando que o gelo produzido por sua máquina era infectado de bactérias. Esse foi um caso clássico de indústría dominante sabotando uma nova tecnologia muito mais poderosa. John Gorrie morreu pobre , sem vender uma só máquina. Todavia, a ideia do frio artificial não morreu com Gorrie. . .
História do Ar Condicionado A maior ia das descober tas torna-se imaginável num momento muito específico da históri a, e a partir daí várias pessoas começam a pensar nelas. A bateri a elétrica, a telegrafia, a máquina a vapor e a biblioteca digital de músic a foram inventadas de forma independente por vários indivíduos num período de poucos anos. Com a refrigeração não foi diferente. O conhecimento da Termodínâmica e da Química básica do ar, combinado com as fortunas iniciadas com comércio de gelo, tornou o frio artificial maduro para a invenção. Um desses inventores simultâneos foi o engenheiro francês Ferdinand Carré, que proietou , de forma independente uma máquina de refrigerção que seguia os mesmos princípios básicos utilizados por Gorrie. Ele construiu protótipos da máquina de refrigeração em Paris, mas sua ideia acabaria por triunfar devido a eventos que se desdobraram do outro lado do Atlântico: um tipo diferente de fome de gelo na região Sul dos Estados Unidos. A ecl osão da Guerr a Civi l, em 1861.
História do Ar Condicionado A máquina de refrigeração de Carré utilizavam amoníaco como refrigerante e podiam cuspir 180 quilos de gelo por hora. Em 1870, os estados do Sul produziam mais gelo artificial que qualquer outro lugar do mundo. Quase tudo na história do frio do século XIX girava em torno de fazê-Io cada vez maior, mais ambicioso. No entanto, a próxima revolução no frio artificíal seguíría em direção oposta. O frio estava prestes a ficar pequeno. Aqueles longos bloc os de refr igerad ores logo encolher iam par a caber em cada cozin ha dos Estados Unidos. Ironicamente, porém, essa miniiaturizaçao do frio artificiá acabaria desencadeando mudanças enormes na sociedade humana.
História do Ar Condicionado No Inverno 1916, um excêntrico naturalista e empresário se mudou com sua jovem família para as remotas planícies de Labrador. Ele já tinha passado vários invernos ali, sozinho, criando raposas, iniciando uma empresa de peles e, ocasionalmente, transportando animais e fornecendo informações para a U.S. Biol ogical Survey. Labrador não era, para dizer o mínimo, o lugar ideal para um recém-nascido. O clima era implacável, com temperaturas atingindo regularmente menos 35º C e a região era totalmente desprovida de modernas instalações. A comida deixava muito a desejar. O clima sombrio em Labrador significava que tudo o que se comia no inverno era congelado ou em conserva; com exceção do peixe, não havia nenhuma fonte de alimentos frescos.
História do Ar Condicionado Clarence Bir dseye , naturalista, era um gourmet aventureiro, fascinado pela culinária de diferentes culturas. (Em seus diários, ele registrou que comia de tudo, de cascavel a gambá.) Por isso, aprendeu a pescar no gelo com alguns dos esquimós locais, abrindo buracos em lago congelados e lançando uma linha para pescar trutas. Com temperaturas do ar muito abaixo de zero, um peixe retirado do lago congelava em questão de segundos. Sem querer, o jovem naturalista tinha topado com um podereso experimento científico ao se sentar para comer com a família em Labrador.
História do Ar Condicionado Ao des congelar em a truta das expedições de pesc a no gelo, eles descobr ir am que o peixe tinha um sabor muito mais fresco que a comida habitual. A di ferença, era tão marcante que ele ficou obcecado par a desco brir por que as trutas congeladas mantinham o sabor de forma tão eficaz. Assi m Clar ence inic iou uma investigação que acabaria por estampar seu nome nas embalagens de ervilhas congeladas e varas de pesca em supermercados no mundo todo. Ele analisou a comida com um microscópio e notou uma diferença marcante nos cristais de gelo formados durante o processo de congelamento: o produto congelado que perdia seu sabor tinha cristais significativamente maiores, que pareciam quebrar a estrutura molecular do próprio alimento.
História do Ar Condicionado
Afinal Bird seye enc ontrou uma explicação coerente para a radii cal difer ença de sabor: tudo tinha a ver com a velocidade do processo de congelamento. Um congelamento lento permitia que as ligações de hidrogênio do gelo formassem configurações cristalinas maiores. Mas um congelamento que acontece em segundos - "congelamento-relâmpago ” como chamamos hoje - gerava cristais menores , que causavam menos danos aos alimentos. À medida que continuava suas experiências, uma ideia começou a se for mar na cabeça de Birdseye: com a refrigeração artificial cada vez mais comum, o mercado de alimentos congelados poderia ser imenso, se o problema da qualidade fosse resolvido. Assi m, como Tudor fizera antes.
História do Ar Condiciona ondicion ado
No início início da décad década a de 1920 1920,, Birdseye Birdseye tinha desenvolido desenvolido um processo processo de congela congelame mento nto rápido rápido utiliz utiliza ando caixa caixass empilha mpilhada dass de peixe peixe conge congelado lado a menos menos 40 C . Inspirado nspirado pelo pelo novo Modelo Modelo T, da fábrica fábrica de Hen Henry ry Ford, ele ele criou um " conge congelador lador de correia correia dupla dupla", que acompa acompanha nhava va o processo processo de conge congelame lamento nto ao longo longo de uma linha de produçã produção o mais mais eficaz eficaz.. Utiliza tilizando essas ssas novas novas técnica técnicass de produçã produção, o, ele abriu uma empresa empresa chamad chamada a GeneralS eneralSea eafood food , descobriu descobriu que tudo que congela congelava va com esse método método – frutas, frut as, legumes legumes , carnes – se matinha matinha extrema extremamen mente te fresco fresco depois depois do desconge descongelam lamen ento. to. Clarende Birdseye, Bir dseye, 1912 1912 Canadá
História do Ar Condiciona ondicion ado
História do Ar Condiciona ondicion ado
História do Ar Condicionado Levou mais de uma década para os alimentos congelados se tornarem um dos principais produtos da dieta americana; (isso exigiu uma massa crítica de freezers, supermercados e nas cozinhas das casas, só plenamente atendida nos anos do pós-guerra). Mas as experiências de Birdseye foram tão promissoras que em 1929, poucos meses antes do “crash” da bolsa de valores, a General Seafood foi adquirida pela Postum Cereal Company, que imediatamente mudou o nome para General Foods. As aventuras de Bir ds eye com a pesca no gelo o tor nar am multimilionário. Seu nome permanece nas embalagens de filés de peixe congelados até hoje . Na década de 1950, os americanos tinham adotado um estilo de vida profundamente moldado pelo frio artificial, comprando comida congelada nos corredores refrigerados do supermercado local e empilhando-a no congelador de suas novas geladeiras, que representavam o que havia de mais recente em tecnologia de fabricação de gelo.
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História do Ar Condicionado Nessa icónica família americana dos anos 1950, o mais novo aparelho produtor de frio não estava armazenando filés de peixe para o jantar nem fazendo gelo para os martínis. Estava resfriando (e desumidificando) a casa inteira. O primeiro "aparelho para o tratamento de ar" foi sonhado por um jovem engenheiro de 25 anos chamado Willis Carrier em 1902. Carrier foi contratado por uma empresa de impressão no Brooklyn para elaborar um esquema que os ajudasse a manter a tinta sem manchas nos meses úmidos do Verão. A invenção de Carrier não apenas removeu a umidade da sala de impressão, como também refrigerou o ar. Ele notou que , de repente, todo mundo queria almoçar ao lado das prensas, e assim começou a projetar engenhocas para regular a temperatura e a umidade nos espaços internos.
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História do Ar Condicionado Em alguns anos, Carrier havia formado uma empresa - ainda hoje um dos maíores fabricantes de ar-condicionado no mundo - que se concentrou nos usos industriais da tecnologia. Mas ele estava convencido de que o ar-condicionado devia também pertencer às massas. O primeiro grande teste aconteceu no fim de semna do Memorial Day de 1925, quando Carrier estreou um sistema experimental de ar-condicionado no cinema Rivoli, o novo carro-chefe da Paramount Pictures. E foi assim que Carrier convenceu Adolph Zukor, o lendário chefe da Paramount, de que ele ganharia dinheiro investindo em ar-condicionado central para seus cinemas. O próprio Zukor compareceu ao teste do fim de semana do Memorial Day, acomodado discretamente numa das cadeiras do balcão. Carrier e sua equipe tiveram algumas dificuldades técnicas para levantar o aparelho e colocá-lo em funcionamento.
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História do Ar Condicionado Entre 1925 e 1950, a maioria dos americanos usufruia o ar-condicionado apenas em grandes espaços comerciais como cinemas, lojas de deparmentos, hotéis ou edifícios de escritórios.
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Carrier sabia que o ar-condicionado estava se encaminhando para a esfera doméstica, mas as máquinas eram muito grandes e caras para uma casa de classe média.
A Carri er Corp or ation oferec eu um visl umbr e desse futuro como atr ação na Feir a Mundial de 1939, " O Iglu do Amanhã" . Em uma bizarra estrutura que parecia um sorvete de baunilha de cinco andares, Carrier apresentou as maravilhas do ar-condicionado doméstico, acompanhadas por um esquadrão de "coelhinhas da neve" .
História do Ar Condicionado
História do Ar Condicionado Mas a visão de Carrier sobre a refrigeração doméstica seria adiada pela eclosão da Segunda Guerra Mundial. Somente nos anos de 1940, depois de quase 50 anos de experimentação, o ar-condiconado afinal chegou às fachadas das casas, com o lançamento no mercado, das primeiras unidades encaixáveis nas janelas .
Em meia década os americanos já instalavam mais de 1 milhão de unidades por ano.
História do Ar Condicionado OS SONHADORES E INVENTORES que anunciaram a revolução do frio não tiveram momentos eureca, e suas brilhantes ideias não transformaram o mundo de imediato.
Em quase todos os casos, eles tiveram palpites, mas foram tenazes o suficiente para manter esses palpites vivos durante anos, e mesmo décadas, até que as peças se juntassem.
Hoje, algumas dessas inovações podem nos parecer triviais. Toda essa criatividade coletiva concentrada, década após década, só para tornar o mundo seguro para se comer uma refeição congelada diante da TV?
História do Ar Condicionado Quando pensamos em ideias inovadoras, tendemos a nos restringir à escala da invenção original. Quando descobrimos uma maneira de fazer frio artificial, achamos que isso só tornaria nossos quartos mais agradáveis, que dormiríamos melhor nas noites quentes, ou que teríamos fontes confiáveis de cubos de gelo para os nossos refrigerantes.
Esse é o aspecto mais fácil de entender. No entanto, se contarmos a história do frio somente sob essa ótica, vamos perder seu escopo épico.
História do Ar Condicionado Apenas dois séculos depois de Frederic Tudor começar a pensar sobr e o transp orte de gelo para Savannah, nosso domínio do frio está ajudando a reorganizar os padrões de assentamento em todo o planeta e a trazer milhões de novos bebês ao mundo.
À pri meira vista, o gelo parece um avanço tr ivial, um item de luxo, não uma necess idade. Contudo, ao longo dos dois últimos séculos, seu impacto tem sido impressionante, se analisado de uma perspectiva de zoom longo: da transformação da paisagem das grandes planícies americanas às novas vidas e estilos de vida resultantes de embriões congelados, até chegarmos às grandes cidades que florescem no deserto.
História do Ar Condicionado Outros fatos – não extraídos do livro citado Em 1906 Stuart W. Cramer, outr o americano, exploro u formas de adicionar umidade ao ar na sua fábrica têxtil para torn ar os materiais têxteis mais fáceis de processar; combino u a umidade com a ventil ação para condic ionar a alterar o ar das fábric as.
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Esse efeito é hoje conhecido como “arrefecimento evaporativo”.
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Em 1928 Thomas Midglev Jr. criou o Freon para substituir os gases dos condicionadores que eram tóxicos ou inflamáveis como a amônia, clorometano e o propano que em caso de vazamento poderiam causar acidentes fatais.
O Freon é uma marca comerci al pertencente a Dupont e se aplica a qualquer refrig erante dos tipos clor ofluorcarboneto (CFC), CFC hidr ogenado (HCFC) ou hidrofluorcarboneto (HFC).
História do Ar Condicionado
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