Língua Portuguesa Questões comentadas do CESPE/UnB Prof. Fernando Pestana – Aula 05
AULA 05: Concordância Verbal e Nominal SUMÁRIO RESUMIDO 1- Questões do CESPE/UnB 2- Gabarito Comentado
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Salve, salve, meus alunos inquietos! O assunto de hoje apresenta algumas peculiaridades (quando em Português não há isso, não é? (rs)). É uma pena que sua banca não explicita nenhuma gramática que sirva de suporte para a feitura das questões deste assunto, o que seria ótimo para termos um “norte”. Em Concordância, Concordância, também chamada de Sintaxe de concordância (pois diz respeito à relação e variação entre os termos de uma frase), faço questão de apresentar justificativas minuciosas dos gramáticos em que me apoiei. Pois “Vai que... o elaborador da questão resolva criar uma questão ‘chatinha’, ou seja, polêmica”. Por isso, você terá de estar atento a algumas pluralidades no tocante às regras de concordância. Antes que você se desespere, arrancando seus cabelos, quero dizer que a sua banca não tem o hábito de trabalhar questões desse assunto em um viés não consensual. “Ufa! Que alívio, Pestana!” É verdade. Ela procura elaborar questões em cima do que não é polêmico, mas... como bom concurseiro... concurseiro... sabedor das pontuais polêmicas de questões em provas de concurso... enfim... você já entendeu o que eu quis dizer, não? Esteja preparado para tudo, resolvendo cada questão com calma, olhando todas as opções sem pressa. Resumindo: ao fazer uma questão de concordância, olhos bem abertos, pois não sabemos o que se passa na cabeça dos ‘homens da banca’ quando elaboram as questões. E sempre há uma questão de concordância nas provas do CESPE/UnB!!! CE SPE/UnB!!! Meu/minha nobre, respire fundo... tranquilidade, perseverança, que a vaga é sua! Falta pouco! Pensamento sempre positivo! Mãos à obra!
Questões do CESPE/UnB Vamos lá! Sabe qual é a onda do CESPE/UnB quando cria questões de concordância? 1) Inverter a ordem dos termos. termos. Como sabemos, o sujeito normalmente vem antes do verbo, certo? Exemplo: “ As “ As famílias brasileiras vêm sendo alienadas por muitos programas fúteis”. Aí, o que o Prof. Fernando Pestana
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CESPE/UnB faz com esta frase, que está na ordem direta? Inverte a posição do sujeito: “Por muitos programas fúteis vem sendo alienadas as famílias brasileiras”. brasileiras”. Isso quando o texto de onde foi retirada a questão já não está todo invertido. Percebeu que o verbo ‘vir’ agora não está com acento circunflexo? Por quê? Porque o CESPE/UnB quer te induzir ao erro, meu nobre. Os verbos ‘vir’ e ‘ter’ na 3ª pessoa do plural, independentemente de o sujeito vir invertido (após o verbo), recebem acento circunflexo. Portanto, a concordância culta entre o sujeito e o verbo (concordância verbal) deve-se manter, ou seja: “Por muitos programas fúteis vêm sendo alienadas as famílias brasileiras”. brasileiras”. Safo? Cuidado com as inversões!!! 2) Sujeitos extensos com adjuntos adnominais no plural ou expressões entre o sujeito e o verbo. verbo. Vou logo te dar um exemplo para você sacar a maldade no coração dos caras, quando elaboram questõezinhas de concordância verbal (a concordância nominal é bem básica e não é tão trabalhada assim): “O homem das primeiras cavernas, moradia inicial deste ser primevo, habitadas por outros seres igualmente primitivos desde sua origem, conseguiram evoluir paulatinamente.” Se você não se ligou na maldade... nem o word , meu nobre!!! A frase deveria estar assim (note que o núcleo do sujeito está destacado assim como o seu verbo: “O “O homem das primeiras cavernas, cavernas, moradia inicial deste ser primevo, habitadas por outros seres igualmente primitivos desde sua origem, conseguiu evoluir paulatinamente.” Sacou? Sacou? O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Fique ligado no perfil de questões do CESPE, parceiro(a)! Agora, chega de papo e vamos nessa! As últimas últimas questões questões são atualís atualíssimas!!! simas!!! CESPE/UnB – BRB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011
1- Os vocábulos “destinado” (L.21) e “destinados” (L.23) concordam, respectivamente, com os numerais indicativos de porcentagem que os antecedem: “0,05%” e “8,76%”.
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CESPE/UnB faz com esta frase, que está na ordem direta? Inverte a posição do sujeito: “Por muitos programas fúteis vem sendo alienadas as famílias brasileiras”. brasileiras”. Isso quando o texto de onde foi retirada a questão já não está todo invertido. Percebeu que o verbo ‘vir’ agora não está com acento circunflexo? Por quê? Porque o CESPE/UnB quer te induzir ao erro, meu nobre. Os verbos ‘vir’ e ‘ter’ na 3ª pessoa do plural, independentemente de o sujeito vir invertido (após o verbo), recebem acento circunflexo. Portanto, a concordância culta entre o sujeito e o verbo (concordância verbal) deve-se manter, ou seja: “Por muitos programas fúteis vêm sendo alienadas as famílias brasileiras”. brasileiras”. Safo? Cuidado com as inversões!!! 2) Sujeitos extensos com adjuntos adnominais no plural ou expressões entre o sujeito e o verbo. verbo. Vou logo te dar um exemplo para você sacar a maldade no coração dos caras, quando elaboram questõezinhas de concordância verbal (a concordância nominal é bem básica e não é tão trabalhada assim): “O homem das primeiras cavernas, moradia inicial deste ser primevo, habitadas por outros seres igualmente primitivos desde sua origem, conseguiram evoluir paulatinamente.” Se você não se ligou na maldade... nem o word , meu nobre!!! A frase deveria estar assim (note que o núcleo do sujeito está destacado assim como o seu verbo: “O “O homem das primeiras cavernas, cavernas, moradia inicial deste ser primevo, habitadas por outros seres igualmente primitivos desde sua origem, conseguiu evoluir paulatinamente.” Sacou? Sacou? O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Fique ligado no perfil de questões do CESPE, parceiro(a)! Agora, chega de papo e vamos nessa! As últimas últimas questões questões são atualís atualíssimas!!! simas!!! CESPE/UnB – BRB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011
1- Os vocábulos “destinado” (L.21) e “destinados” (L.23) concordam, respectivamente, com os numerais indicativos de porcentagem que os antecedem: “0,05%” e “8,76%”.
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CESPE/UnB – IFB – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO - 2011
2A substituição da forma verbal “parecerem” (L.8) por parecer acarretaria prejuízo para a correção gramatical do texto. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO (LETRAS) – 2011 Texto I
3- No primeiro período, que resume a ideia principal do texto, o emprego, na oração principal, da forma verbal “tem” (L.2), no singular, é exigido pelo sujeito dessa oração. Texto II
4- Na linha 7, é obrigatória a flexão de plural em “englobam” porque o sujeito da oração, o pronome relativo “que”, refere-se a “fontes”. “fontes”. Texto III
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5- Com o emprego de “os contextos” (l.11-12), no plural, generaliza-se o significado desse termo, que, em seguida, é especificado por meio do trecho “histórico, político, econômico, cultural e social” (l.12); estariam preservadas a coerência e a correção gramatical do texto caso se empregasse e mpregasse o referido termo no singular — o contexto. contexto. Texto IV
6- Justifica-se a flexão de singular em “é” (l.15) tanto pelo fato de o sujeito da oração ser oracional quanto pelo fato de o trecho “o primeiro identificador” (l.15) estar no singular. CESPE/UnB – STM – ANALISTA JUDICIÁRIO – ECONOMISTA – 2011 Texto
7- As formas verbais infinitivas “misturar” (L.9) e “provocar” (L.10) poderiam ser corretamente substituídas por suas formas flexionadas, misturarem e provocarem. CESPE/UnB – CORREIOS – ANALISTA DE CORREIOS (LETRAS) – 2011 Texto
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8- A forma de particípio “contaminado” (L.10), empregada, no texto, com valor adjetivo, concorda, em gênero e número, com o sujeito gramatical de “gosto” (L.9), que remete à expressão “um escrevedor de cartas” (L.2). 9- A respeito da reescritura do período “A despeito da sucessão de crises financeiras e cambiais que se abateram nos últimos 30 anos sobre os experiféricos (agora emergentes), a turma do Fundo Monetário continua a acreditar na fábula dos mercados eficientes”, entre as linhas 11 e 14 do texto, julgue os itens que se seguem. Identifica-se erro de concordância verbal e de regência na seguinte reescritura: Em que pese as sucessivas crises financeiras e cambiais que arremeteram, nos últimos 30 anos, os ex-periféricos (agora emergentes), os integrantes do grupo do FMI seguem persuadidos no conto dos mercados eficientes. 10- Se, na oração “De quem é a memória?” (L.3), o substantivo “memória” estivesse flexionado no plural, a concordância verbal não seria alterada, devido à possibilidade de o verbo ser concordar com o predicativo da oração. CESPE/UnB – FUB – MÉDICO – 2011 11- No trecho “está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas” (L.32-33), a estrutura permaneceria correta caso o termo “profundas” estivesse no singular. Texto
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12- Na linha 26, a forma verbal “vêm” concorda com o termo “Descobertas” e estaria igualmente correta se fosse grafada sem o acento circunflexo, dada a possibilidade, nesse caso, de concordância verbal com o termo mais próximo, o pronome “essa”. CESPE/UnB – FUB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011 Texto
13- A inclusão de e a escrever logo após o trecho “já demonstraram que aprender a ler” (L.3) não implicaria alteração das formas verbais “altera” (L.4) e “engrossa” (L.5), que devem permanecer no singular. CESPE/UnB – PC/ES – PERITO CRIMINAL ESPECIAL – 2011 Texto I
14- Na linha 8, para concordar com os referentes “medo” e “insegurança”, a forma verbal “tem” poderia ser flexionada no plural: têm. Texto II
15- Na linha 8, a forma verbal “são” está no plural porque concorda com o nome “crimes”.
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CESPE/UnB – PC/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Texto
16- A substituição da expressão "um crescimento contínuo" (L.2-3) por elevações constantes não exigiria a mudança de número do verbo haver — "há" (L.2) —, mas alteraria o sentido original do texto. CESPE/UnB – FUB – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – 2011 Texto
17- Na linha 27, dado o sentido da palavra “maioria”, a forma verbal “acaba” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical do texto, estar flexionada na 3 a pessoa do plural.
CESPE/UnB – TRE/ES –TÉCNICO – 2011 Texto
18- Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir ‘Consideram-se’ (L.9) por São considerados.
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CESPE/UnB – PC/ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2011 Texto
19- Na linha 5, a substituição de "foram anunciados" por foi anunciado manteria a correção gramatical do texto. CESPE/UnB – TRT/RN (21R) – ANALISTA JUDICIÁRIO - 2010 Texto I
20- Atenderia à prescrição gramatical o emprego, na linha 1, da forma verbal foi enfatizada, em vez de “enfatizou-se”. Perfeita a afirmação, pois veja a reescritura: “No século XIX, foi enfatizada, nos mais diversos domínios, a busca de explicações...”. Texto II
21- Atenderia à norma gramatical a substituição da forma verbal "há" (L.29) por existem. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 Texto Prof. Fernando Pestana
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22- A forma adjetiva “livre” (L.30) está empregada no singular para concordar com o elemento a que se liga: “cada indivíduo” (L.29). CESPE/UnB – DETRAN/ES – ADVOGADO – 2010 Texto
23- O trecho “são fatores que” (L.17) poderia ser suprimido sem prejuízo da correção gramatical e das relações semânticas do período, pois se manteria a concordância da forma verbal “interagem” (L.18) com o termo que exerce a função de sujeito. CESPE/UnB – MPU – ANALISTA DE INFORMÁTICA – 2010 Texto
24- Na linha 19, o emprego do adjetivo "necessário", no masculino, estabelece a concordância com a oração que a ele se segue; por isso, a retirada de "investir em" manteria a coerência textual, mas exigiria a concordância de "necessário" com "pesquisa".
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CESPE/UnB – MPU – ANALISTA (ARQUIVOLOGIA) – 2010 Texto I (...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade 12 vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a 14 fluidez das relações interpessoais. (...) 25- A forma verbal "surge" (L.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração anterior. Texto II
26- Na linha 16, na concordância com "cada uma das ideologias", a flexão de plural em "fundamentam" reforça a ideia de pluralidade de "ideologias"; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar "cada uma", empregando-se o referido verbo no singular. CESPE/UnB – PGM/RR – PROCURADOR MUNICIPAL – 2010 Texto I
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27- Na linha 13, o uso da flexão de masculino em "comprovado" respeita as regras de concordância da norma culta porque está subentendida a palavra país antes de "Costa Rica".
CESPE/UnB – TCU – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – 2010 Texto I
28- A flexão de masculino nos pronomes em "compreendê-los" e "aproximando-os", ambos na linha 5, mostra que esses pronomes remetem a "eventos" (L.3); mas, como o sujeito da oração se inicia pela qualificação de "questões" (L.3), seria coerente ressaltar, na argumentação, o referente "questões", fazendo-se uso da concordância no feminino. 29- O uso da flexão de terceira pessoa do plural em "afetarem" (L.4) estabelece a relação desse verbo com "novas questões e os eventos" (L.2-3). Texto II
30- Na linha 10, a flexão de masculino em "necessário" estabelece concordância desse termo com "imaginário social"; no desenvolvimento da argumentação, essa relação sintática enfatiza "imaginário social" como o primeiro termo na comparação com "evolução" (L.11). Texto III
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31- Na linha 22, a flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas seria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um", enfatizando este termo pelo uso do verbo no singular: corresponde. CESPE/UnB – MPS – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – 2010 Texto
32- Na linha 13, a forma verbal "tornavam" está no plural para concordar com a expressão "diversas categorias profissionais". CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 Texto
33- Como o fato expresso pela forma verbal "coube" (l.20) pode ser atribuído aos dois núcleos do sujeito, relacionados por adição, a substituição dela por couberam seria gramaticalmente correta. CESPE/UnB – BRB – ADVOGADO – 2010 Texto
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34- O emprego do adjetivo "lucrativo" (L.2) no masculino deve-se à concordância desse termo com a oração "ser ético e socialmente responsável" (L.1-2). CESPE/UnB – ABIN – AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2010 Texto
35- A forma verbal "surge" (L.15) poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade" (L.14-15). CESPE/UnB – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010 36- Se o verbo da oração "mas a maioria dos analistas aposta" (l.6) estivesse flexionado no plural - apostam -, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa natureza, deve ser feita com o termo "maioria". CESPE/UnB – IRBr – DIPLOMATA – 2012 37- No período “Mas é assim mesmo que se vive: perdida no tempo e no espaço.” (trecho retirado de um registro literário), o particípio do verbo perder, empregado em estrutura de indeterminação do sujeito da oração, poderia, conforme regra de concordância nominal, estar na forma masculina, regra da qual, no entanto, a obra literária prescinde, dada a liberdade que preside a criação artística. CESPE/UnB – PF – AGENTE – 2012 38- No período “Nesse caso, puxar a corda, afiar a faca ou assistir à execução seria simples...”, como o conector “ou” está empregado com sentido aditivo, e não, de exclusão, a forma verbal do predicado “seria simples” poderia, conforme faculta a prescrição gramatical, ter sido flexionada na terceira pessoa do plural: seriam. Prof. Fernando Pestana
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Fragmento de texto “... que fortalezas seguras, que duro peso de algemas, que profundas sepulturas nascidas de vossas penas...” 39- No verso 23, a forma verbal “nascidas”, apesar de referir-se a todas as expressões nominais que a antecedem, concorda apenas com a mais próxima, conforme faculta regra de concordância nominal. CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012 Fragmento de texto “O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento... representaram...” 40- A forma verbal “representaram” está no plural para concordar com o sujeito composto da oração, cujos núcleos são “fim”, “século” e “ressurgimento”. CESPE/UnB - PC/CE – INSPETOR – 2012 41- No trecho “É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas”, o emprego da forma verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito explícito.
Gabarito Comentado das Questões CESPE/UnB – BRB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011
1- Os vocábulos “destinado” (L.21) e “destinados” (L.23) concordam, respectivamente, com os numerais indicativos de porcentagem que os antecedem: “0,05%” e “8,76%”.
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O vocábulo destinado (particípio com valor de adjetivo) concorda em gênero (masculino) e número (singular) com o substantivo patamar. Já destinados (masculino/plural) de fato concorda com o numerador (8) do numeral percentual 8, 76%. Só de curiosidade, se o numerador for 0 (zero) ou 1 (um), o verbo e o adjetivo concordando com ele, ficará no singular, ok? Exemplo: “Somente 1,99% das pessoas possui mais de 5 televisões em casa”. Sacou? GABARITO: E. Saiba mais sobre concordância com numeral fracionário e percentual: Sujeito formado de número percentual ou fracionário (o verbo concorda com o numerador, mas pode concordar com o núcleo do especificador dele, a locução adjetiva) Ex.: Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é MSN. Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é MSN. Apenas 30% do povo sabem (ou sabe) o que é MSN.
Obs.: Note que, no primeiro exemplo, o verbo concordou com o 1 de 1/3, o mesmo ocorre com 0 em “Só 0,9% das pessoas sabe o que significa ‘lóxia’.” Importante é também dizer que a mesma regra vale para os adjetivos ou particípios ligados a numerais: “Ontem 55% da verba pública foram destinados a pagamento de impostos” ou “Ontem 55% da verba pública foi destinada a pagamento de impostos”.
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2A substituição da forma verbal “parecerem” (L.8) por parecer acarretaria prejuízo para a correção gramatical do texto. O verbo no infinitivo parecer pode ficar no plural ou no singular, pois faz parte de uma estrutura em que se permite isso. A estrutura é esta: MANDAR/DEIXAR/FAZER/VER/OUVIR/SENTIR + SUBSTANTIVO + VERBO NO INFINITIVO/GERÚNDIO. Prof. Fernando Pestana
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Neste caso (... fazendo as tripulações parecer(em)...), a variação do infinitivo é facultativa. Logo não acarretaria prejuízo para a correção gramatical se o verbo ficasse no singular. GABARITO: E. Saiba mais sobre concordância com o infinitivo: Concordância com o infinitivo Infinitivo Flexionado •
Quando o sujeito for claro
Ex.:
Não é necessário vocês chegarem mais cedo. Nunca mediremos esforços para vós serdes bem recebidos.
•
Mesmo não sendo claro o sujeito, é possível a flexão do infinitivo (favorece muitas vezes a clareza)
Ex.: •
Está na hora de começarmos o trabalho. (se fosse ‘começar’, não haveria clareza de quem praticaria a ação)
Frase com dois sujeitos não expressos
Ex.:
(Eu) Falei sobre o desejo de (nós) aprontarmos o site logo.
Obs.: Se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo do verbo da outra oração, a flexão do infinitivo não é necessária, mas não é proibida: “Falamos sobre o desejo de aprontar o site logo” ou “Falamos sobre o desejo de aprontarmos o site logo”. •
Antecedido de preposição
Ex.: •
Para seres bem sucedido, empenha-te nos estudos.
Com verbos pronominais ou acompanhados de pronome reflexivo ou apassivador
Ex.:
Para nós nos precavermos, precisaremos de víveres. Eles ficaram sem se cumprimentarem durante anos. Por se reunirem os familiares, tudo ficou bem.
•
Verbo ‘ser’ indicando tempo, concorda com o numeral.
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Ex.: •
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Visto serem dez horas, deixei o local.
Querendo-se indeterminar o sujeito (3ª pessoa do plural)
Ex.:
Faço isso para não me considerarem um inútil. Precisamos agir assim para nos admitirem na empresa.
•
Infinitivo pessoal composto
Verbo auxiliar ter ou haver no “infinitivo pessoal simples + o principal no particípio” , indicando ação passada em relação ao momento da fala. Ex.: Para vocês terem adquirido este conhecimento todo, precisou de muito estudo? Infinitivo não flexionado •
Nas locuções verbais (como auxiliar ou principal):
Ex.:
Os alunos desejam sair mais cedo. Elas não poderiam ter feito isso comigo. Tornou a discutir devaneios e vãs filosofias. Acabou de passar na prova.
Obs.: Cuidado com o infinitivo que faz parte de uma locução verbal, mas vem distante
do auxiliar ou este está subentendido, é incrivelmente (na minha opinião) facultativo: “Poderemos , depois das lutas acirradas, vencidas duramente, cantarmos vitória” ou “Poderemos , depois das lutas acirradas, vencidas duramente, cantar vitórias." E, antes que você duvide de mim, o camarada que fala isso é nada mais, nada menos que o senhor Evanildo Bechara. •
Sujeito do infinitivo é um pronome oblíquo átono ou um substantivo no singular (normalmente tais verbos são causativos (mandar, deixar, fazer, permitir ) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir ))
Ex.:
Deixei-os brincar aqui. Deixaram-nos brincar ali. Deixaste o garoto brincar lá? A menina deixou-se ficar na janela. (o se é reflexivo)
Obs.: Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo no plural, pode-se usar tanto o Prof. Fernando Pestana
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infinitivo flexionado quanto o infinitivo não flexionado: “Mandei os garotos sair” ou “Mandei os garotos saírem”. •
O infinitivo não se refere a sujeito algum, com valor genérico
Ex.:
Navegar é preciso, viver não é preciso.
É proibido proibir . •
Após adjetivo ou substantivo, precedidos, respectivamente, de preposição ‘de’ ou ‘para’
Ex.:
São casos difíceis de solucionar . Eles têm aptidão para aprender línguas estrangeiras.
Obs.: Neste último caso, alguns gramáticos toleram o plural: Eles têm aptidão para aprenderem línguas estrangeiras. •
Quando der ao infinitivo valor de imperativo
Ex.:
Soldados, recuar ! Esquerda, volver ! Dar descarga ao usar o vaso. Grato.
CONCORDÂNCIA DO VERBO PARECER Com o verbo PARECER , impessoal (flexiona-se o infinitivo) Ex.: Pareceu-me estarem os candidatos confiantes. Neste exemplo, a construção nos mostra duas orações. 1ª: Pareceu-me (verbo que exprime dúvida) 2ª: estarem os candidatos confiantes (isto é, ‘que os candidatos estavam confiantes’ (infinitivo flexionado por apresentar sujeito próprio)). O verbo parecer pode ser auxiliar de uma locução verbal, aí varia se o sujeito estiver no plural; o infinitivo não se flexiona, pois verbo principal nunca varia: Ex.: Eles parecem estudar bastante. ---------------------------------------------------------------------------------------------CONCORDÂNCIA COM PODER/DEVER + SE + INFINITIVO + SUBSTANTIVO NO PLURAL Prof. Fernando Pestana
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Existem duas análises possíveis para esta construção: Em “Devem-se resolver rapidamente as questões de Português”, analisamos ‘devemse resolver’ como uma locução verbal com partícula ‘se’ apassivadora, concordando o verbo auxiliar da locução com o sujeito ‘as questões de Português’. Afinal de contas, ‘O que se devem resolver rapidamente?’ Resposta: ‘As questões de Português’, certo? Passe para a voz passiva analítica que vai ficar mais fácil ainda: “ As questões de Português devem ser resolvidas rapidamente”. Percebeu? Agora, a segunda análise possível é feita se o verbo PODER/DEVER estiver no singular, não mais formando uma locução verbal, mas sim um verbo principal seguido de uma oração reduzida. “Como assim, Pest?” Veja a frase abaixo e sua análise: “Pode-se / resolver rapidamente estas questões de Português.” O que ‘se pode’? Ou seja, o que é possível? Resposta: ‘resolver rapidamente estas questões de Português’ é possível (pode-se). Logo, ‘resolver rapidamente estas questões de Português’ é a oração reduzida com função de sujeito da oração principal ‘Pode-se’. Lembra-se de que eu falei um pouco lá em cima (página 12 e 13) que o verbo fica no singular quando seu sujeito é uma oração? Então. É isso. Resumindo: Devem/Podem-se resolver questões de Português (locução verbal com ‘se’ apassivador concordando com sujeito no plural) ou Deve/Pode-se / resolver questões de Português. (oração principal / oração reduzida de infinitivo com função de sujeito)
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3- No primeiro período, que resume a ideia principal do texto, o emprego, na oração principal, da forma verbal “tem” (L.2), no singular, é exigido pelo sujeito dessa oração. Veja de novo: “O fato... tem...”. Sendo assim, apesar de o núcleo do sujeito estar distanciado do seu verbo, percebemos que o verbo ter fica no singular para concordar com um núcleo do sujeito igualmente no singular. Se o núcleo do sujeito estivesse no plural, o verbo ter receberia acento circunflexo: “Os fatos... têm...”. Safo? Prof. Fernando Pestana
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GABARITO: C. Texto II
4- Na linha 7, é obrigatória a flexão de plural em “englobam” porque o sujeito da oração, o pronome relativo “que”, refere-se a “fontes”. O verbo que vem após o pronome relativo com função de sujeito sempre concorda com o antecedente do relativo, nesse caso: “fontes”, por isso o verbo deve ficar no plural mesmo! Sem pestanejar. ☺ GABARITO: C. Saiba mais sobre concordância com pronome relativo: O sujeito é o pronome relativo QUE (o verbo posterior a ele concorda com seu antecedente) Ex.: Depois de participar da promoção, presentearam a mim, que nunca ganhei um ‘par ou ímpar’. Obs.: 1- Se houver pronome pessoal reto antes do relativo, mesmo que venha outro vocábulo entre eles, o verbo após o relativo concorda com o reto. Ex.:
Não seremos nós os que, depois de tudo, mentiremos.
2- Expressão “um dos + substantivo/pronome” vindo antes do pronome relativo que (VSP) Ex.:
Aquela aluna é uma das pessoas que precisava/precisavam de ajuda.
Texto III
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5- Com o emprego de “os contextos” (l.11-12), no plural, generaliza-se o significado desse termo, que, em seguida, é especificado por meio do trecho “histórico, político, econômico, cultural e social” (l.12); estariam preservadas a coerência e a correção gramatical do texto caso se empregasse o referido termo no singular — o contexto. Os gramáticos Napoleão Mendes de Almeida, Eduardo Carlos Pereira, Hildebrando André, Evanildo Bechara (já ouviu falar nele? rs), Ulisses Infante e Luiz Antonio Sacconi registram tais construções em suas gramáticas. Os quatro primeiros não se opõem a esta construção, a saber, de substantivo no singular com vários adjetivos ligados a ele; portanto é forma culta: "o contexto histórico, político, econômico, cultural e social”, ou “os contextos histórico, político, econômico, cultural e social”, ou “o contexto histórico, o político, o econômico, o cultural e o social.” É regra, parceiro(a)!!! Eis o homem! Bechara ainda chega a dizer assim, para quem quiser ver, em sua Moderna Gramática Portuguesa: “O vocábulo determinado irá para o plural ou ficará no singular, sendo, neste último caso, facultativa a repetição do artigo: As literaturas brasileira e portuguesa, ou A literatura brasileira e portuguesa, ou A literatura brasileira e a portuguesa.” Safo? GABARITO: C. Texto IV
6- Justifica-se a flexão de singular em “é” (l.15) tanto pelo fato de o sujeito da oração ser oracional quanto pelo fato de o trecho “o primeiro identificador” (l.15) estar no singular. Segundo um amigo meu dizia, professor também, ‘o verbo ser tem um rol (ele gostava dessa palavra!) hierárquico de preferências para que sofra variação:
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- Pronome Pessoal: Eu sou quem te ama. - Nome de Pessoa: João sempre foi múltiplos seres em um. - Termo no Plural (sujeito ou predicativo): Tudo são flores. (concordância preferencial)
Nesta questão, o predicativo do sujeito oracional (o primeiro identificador para a luta em defesa dos direitos humanos) também influencia na manutenção do verbo ser no singular, o que só ocorre porque não há nem sujeito nem predicativo do sujeito no plural; portanto o verbo ser concorda com o sujeito oracional (Aceitar sem discriminação a diversidade), ficando na 3ª pessoa do singular. Na verdade, todo verbo que tem como sujeito uma oração, fica na 3ª pessoa do singular. GABARITO: C. Saiba mais sobre a concordância com o verbo ser: O verbo SER concorda com o sujeito (pronome pessoal reto) Ex.: Nós somos unha e carne. O verbo SER concorda com o sujeito (pessoa) Ex.: Fernando Pessoa foi muitos poetas em um devido a seus heterônimos. Obs.: 1- Quando pessoa concorre com pronome reto, o verbo ser concorda com o pronome reto (predicativo): Ex.:
Fernando Pestana sou eu.
2- Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando-o como sujeito da oração. Ex.:
Eu não sou tu, e tu não és eu.
Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO ou “coisas”, o verbo SER concordará com o predicativo (preferencialmente) ou com o sujeito Ex.: No início, tudo é/são flores. Tua Palavra sempre foi/foram as Sagradas Escrituras.
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O verbo SER concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM Ex.: Que são anacolutos? Quem foram os classificados? Em indicações de horas, datas, tempo, distância (predicativos), a concordância será com a expressão numérica Ex.: São nove horas. É frio aqui. Seria meio-dia e meia? Daqui à Cidade são só dez quilômetros. Obs.: 1- Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia. Ex.:
Hoje são 4 de setembro. Hoje é (dia) 4 de setembro.
2- Indicando horas e seguido de locuções como "perto de", "cerca de", "mais de", o verbo "ser" tanto pode concordar no singular como no plural Ex.:
Era/Eram cerca de dez horas.
Fica no singular quando a ele se seguem termos como muito, pouco, nada, tudo, bastante, mais, menos, etc. junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância, etc. Ou o pronome demonstrativo o. Ex.: Cento e cinquenta reais é nada. Cem metros é muito. Duas surras será pouco para ele aprender. Divertimentos é o que não lhe falta. Na expressão expletiva é que, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo ser e o que, o ser ficará invariável. Se o ser vier separado do que estiver separado, o verbo concordará com o sujeito.
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Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados.
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São eles que sempre chegam atrasados.
CESPE/UnB – STM – ANALISTA JUDICIÁRIO – ECONOMISTA – 2011 Texto
7- As formas verbais infinitivas “misturar” (L.9) e “provocar” (L.10) poderiam ser corretamente substituídas por suas formas flexionadas, misturarem e provocarem. No caso de misturar, não há possibilidade alguma de variação, pois é o verbo principal da locução verbal “voltam a se misturar”. Verbo principal nunca varia! No caso de provocar, por estar afastado do seu sujeito e por querer-se realçar (os vândalos), pode haver flexão. GABARITO: E. CESPE/UnB – CORREIOS – ANALISTA DE CORREIOS (LETRAS) – 2011 Texto
8- A forma de particípio “contaminado” (L.10), empregada, no texto, com valor adjetivo, concorda, em gênero e número, com o sujeito gramatical Prof. Fernando Pestana
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de “gosto” (L.9), que remete à expressão “um escrevedor de cartas” (L.2). A forma contaminado tem valor adjetivo pelo fato de caracterizar o sujeito oculto da forma verbal gosto (eu) e de concordar em gênero (masculino) e número (singular) com ele. O sujeito oculto de gosto (eu) remete de fato à expressão um escrevedor de cartas, pois na linha 2 se diz: “Não fui, e não sou, um escrevedor de cartas”. GABARITO: C. 9- A respeito da reescritura do período “A despeito da sucessão de crises financeiras e cambiais que se abateram nos últimos 30 anos sobre os experiféricos (agora emergentes), a turma do Fundo Monetário continua a acreditar na fábula dos mercados eficientes”, entre as linhas 11 e 14 do texto, julgue os itens que se seguem. Identifica-se erro de concordância verbal e de regência na seguinte reescritura: Em que pese as sucessivas crises financeiras e cambiais que arremeteram, nos últimos 30 anos, os ex-periféricos (agora emergentes), os integrantes do grupo do FMI seguem persuadidos no conto dos mercados eficientes. A reescritura correta é esta: Em que pesem (verbo no plural) as sucessivas crises financeiras e cambiais (sujeito no plural) sobre as quais arremeteram, nos últimos 30 anos, os ex-periféricos (agora emergentes), os integrantes do grupo do FMI seguem persuadidos no conto dos mercados eficientes. Concordância clássica com sujeito deslocado. GABARITO: C. 10- Se, na oração “De quem é a memória?” (L.3), o substantivo “memória” estivesse flexionado no plural, a concordância verbal não seria alterada, devido à possibilidade de o verbo ser concordar com o predicativo da oração. O verbo ser tem como sujeito “a memória”; o predicativo do sujeito é “de quem”. A regra do verbo ser diz que ele nunca concorda com “quem”, logo a única flexão possível nesta frase é o verbo ser concordar, no singular, com o sujeito “a memória”. Logo se estivesse o sujeito no plural, o verbo ser ainda concordaria com ele no plural: “De quem são as memórias?” GABARITO: E.
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CESPE/UnB – FUB – MÉDICO – 2011
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11- No trecho “está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas” (L.32-33), a estrutura permaneceria correta caso o termo “profundas” estivesse no singular. Sim! Quando o adjetivo em função de adjunto adnominal vem após dois substantivo, pode ele concordar com o núcleo mais próximo: “está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profunda”. GABARITO: C. Saiba mais sobre a concordância nominal: Adjetivo com função de Adjunto Adnominal •
Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos, concordará com todos os substantivos ou com o mais próximo.
Ex.: •
Os alunos e as alunas atentos (ou atentas) entenderam tudo.
Se o adjetivo vem antes dos substantivos, a concordância se faz obrigatoriamente com o mais próximo; mas se os substantivos exprimirem nomes próprios ou parentesco, o adjetivo aceitará apenas a concordância gramatical (prevalecendo o masculino).
Ex.:
Comprei as velhas revistas e jornal de que precisava. Queridos pai e mãe, estou com muita saudade de vocês. Os talentosos Renato Russo e Cazuza deixaram suas marcas.
•
É obrigatória a concordância com o substantivo mais próximo quando o sentido exige ou quando os substantivos são sinônimos, antônimos ou em gradação.
Ex.:
Eu comprei frango e carne bovina. Você tem ideias e pensamentos fixos. (sinônimos) Neste lugar, é sempre calor e frio absurdo. (antônimos) O sorriso, o riso, a gargalhada solta era sua maior característica. (gradação)
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Adjetivo com função de Predicativo do Sujeito (PS) ou do Objeto (PO) Os adjetivos predicativos fazem concordância gramatical em qualquer circunstância; no entanto, o PS só poderá concordar com o núcleo mais próximo se o sujeito composto vier após o verbo no singular*. Ex.: O rapaz e a garota estavam tristonhos. (PS) Estavam tristonhos a garota e o rapaz. (PS) *Estava tristonha a garota e o rapaz. (PS) Considerei a garota e o rapaz tristonhos. (PO) Considerei tristonhos a garota e o rapaz. (PO) Obs.: O gramático Manoel Pinto Ribeiro entende que o adjetivo (predicativo do objeto) anteposto aos substantivos pode concordar com o mais próximo: “Considerei tristonho o rapaz e a garota”.
Casos Especiais
•
Adjetivo Composto: varia-se apenas o último elemento do adjetivo composto, concordando com o termo de valor substantivo ao qual se refere, em gênero e número.
Ex.:
As clínicas médico-cirúrgicas estão milionárias. (‘cirúrgicas’ (adjetivo) concorda em gênero e número com ‘clínicas’ (substantivo))
Obs.: 1- Surdo(a/s)-mudo(a/s) e pele(s)-vermelha(s) são exceções; todos os elementos podem variar. 2- São invariáveis sempre: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-musgo... 3- Se o último elemento do composto for um substantivo, o adjetivo ficará invariável: blusas verde-garrafa, amarelo-ouro, marrom-café...
•
Variam normalmente: mesmo, próprio, só, extra, junto, quite, leso, obrigado, anexo, incluso.
Ex.:
A mulher mesma fez o trabalho.
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As mulheres vivem acusando a si próprias. As crianças ficaram sós. (=sozinhas) As moças disseram obrigadas (ou seja, que estavam agradecidas) ao homem. Seguem anexas (ou em anexo) as fotos. Estão inclusos os prejuízos. (...) Obs.: 1- Mesmo não varia quando equivale a realmente, de fato. Ex.:
A mulher acusou mesmo o marido?
2- Só não varia quando equivale a somente. Por si sós é expressão culta. Ex.:
As crianças comeram só feijão. / Os alunos, por si sós, resolveram a prova.
3- Junto não varia quando faz parte de locução prepositiva. (junto com/ de/ a) Ex.: •
Eles não estão junto do (com o/ ao) pai.
Não variam quando advérbios: caro, barato, bastante, meio; entretanto, quando adjetivos, variam normalmente.
Ex.:
A gasolina não custa caro, nem barato. (advérbios) Está meio (advérbios)
nervosa,
porque
trabalhamos
bastante.
A gasolina não está cara, nem barata. (adjetivos) Comprei bastantes frutas e meias melancias. (adjetivos) •
Todo pode sofrer concordância atrativa, mas a concordância gramatical é própria da norma culta.
Ex.:
Encontrei os portões todo(s) abertos. Ela ficou todo(a) religiosa depois do culto.
•
Não variam nunca: padrão, fantasma, relâmpago, pirata, monstro, surpresa, menos, alerta (Aurélio diz que varia), salvo, exceto, a olhos vistos, pseudo...
Ex.:
Fizeram duas festas monstro.
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Existem muitas firmas fantasma. Sofreram vitórias relâmpago. Sempre realizamos festas surpresa. Seus filhos estão crescendo a olhos vistos. •
Expressões como “É preciso, É necessário, É bom...” ficam invariáveis quando se ligam a um substantivo não determinado por artigo ou pronome adjetivo; mas quando determinado, variam.
Ex.:
Água é bom. / A água é boa. É proibido entrada. / Sua entrada é proibida. (...)
Obs.: Proibida entrada está correto. •
Os particípios de orações reduzidas concordam com o sujeito; só não variam quando fazem parte de tempo composto da voz ativa.
Ex.:
Elas tinham feito a denúncia ontem. (voz ativa) Feita a denúncia, regressaram. Dados os retoques finais, partimos.
•
Possível não varia se fizer parte de uma expressão superlativa com o elemento o no singular (o mais, o menos, o pior, o melhor...) ou se estiver acompanhando quanto; varia se o estiver no plural.
Ex.:
Traga cervejas tão geladas quanto possível. São exemplos os mais difíceis possíveis. Comprei máquinas o melhor possível.
•
Dois ou mais adjetivos podem modificar um mesmo substantivo, que fica no plural; no entanto, se colocarmos um determinante antes do 2º adjetivo, o substantivo fica no singular.
Ex.:
Os setores público e privado formaram uma parceria. O setor público e o privado formaram uma parceria.
Obs.:
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1- Modernamente, entende-se que, na última frase, o último artigo pode ser retirado: “O
setor público e privado formaram uma parceria.” Quem apoia esta ideia é o Bechara,
por exemplo. É importante dizer também que, em alguns casos, a ausência do artigo torna o sentido um pouco incoerente; veja: “A polícia civil e militar continua com a imagem ‘queimada’”. (explico: existe uma polícia que seja civil e militar, ao mesmo tempo?) •
Semelhante ao acima: Numeral ordinal + substantivo
Ex.:
A primeira e segunda séries foram aprovadas. A primeira e a segunda série foram aprovadas
Obs.: O plural é obrigatório se o substantivo vem antes dos numerais. Ex.: As séries primeira e segunda foram aprovadas. •
As expressões um e outro e nem um nem outro exigem o substantivo posposto no singular; o adjetivo fica no plural.
Ex.:
Um e outro aluno esforçados passou. Nem um nem outro aluno esforçados passou.
•
A presença da preposição de entre uma palavra de valor substantivo e um adjetivo permite que este fique invariável.
Ex.: •
Essas criaturas não tem nada de puro.
As locuções de todo tipo não variam nunca.
Ex.:
As camisas foram feitas sob medida. As vendas a prazo foram realizadas. Os documentos foram averbados por escrito. (...)
•
A expressão haja vista
É dito que a expressão é invariável, preferencialmente. Ex.: •
A situação do Mengão deu uma piorada, haja(m) vista os resultados.
O vocábulo tal também pode se apresentar na expressão TAL QUAL, em que tal concorda com o antecedente e o qual com o consequente. É meio estranho, mas a regra é clara.
Ex.:
O filho age tal qual o pai.
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Os filhos agem tais qual o pai. O filho age tal quais os pais. Os filhos agem tais quais os pais. •
Mil, Milhão e Milhares
Mil: Passou de ‘um’, o numeral concorda com o substantivo: Ex.:
Duas mil pessoas, dois mil alunos, foram aprovados.
Milhão: Concorda com a parte inteira do numeral cardinal a ele relacionado. Ex.:
Minha empresa investiu 1,9 milhão de reais em mão de obra qualificada.
O artigo e o numeral que o antecederem devem concordar com ele, no masculino: Ex.:
Os cinco milhões de pessoas chegaram a prestigiar o cantor
neste ano.
Milhares: substantivo sempre masculino. Ex.: Os milhares de torcedoras fizeram o ‘Maraca’ tremer. •
Lembrem-se da concordância dos pronomes relativos e demonstrativos com seus referentes!
Ex.:
O ideal pelo qual entreguei minha vida, a ideologia pela qual eu vivi, tornou-me um homem melhor. Havia um aluno e uma aluna capazes na sala 1, mas a da sala 2 era especialmente capaz e inteligentíssima.
Texto
12- Na linha 26, a forma verbal “vêm” concorda com o termo “Descobertas” e estaria igualmente correta se fosse grafada sem o acento circunflexo, dada a possibilidade, nesse caso, de concordância verbal com o termo mais próximo, o pronome “essa”. Prof. Fernando Pestana
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O verbo não concorda com o termo mais próximo nesse caso, isso ocorre no caso de numeral que a gente já viu e num outro caso. Veja: O núcleo do sujeito é uma palavra de sentido COLETIVO Ex.: A multidão gritou entusiasticamente o nome do jogador. Obs.: Coletivo especificado ou partitivo: a metade de, a maior parte de, a maioria de, porção de, parte de, grande parte, uma turba de, resto de, um bom número de... (verbo no singular ou no plural) Ex.:
A multidão de torcedores gritou entusiasticamente. A multidão de fãs gritaram.
GABARITO: E. CESPE/UnB – FUB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011 Texto
13- A inclusão de e a escrever logo após o trecho “já demonstraram que aprender a ler” (L.3) não implicaria alteração das formas verbais “altera” (L.4) e “engrossa” (L.5), que devem permanecer no singular. O que a banca sugere é esta reescritura: “... que aprender a ler e a escrever... altera... e engrossa...”. De fato, as formas verbais altera e engrossa não variam, pois seu sujeito é oracional, o que faz com que os verbos fiquem na 3ª pessoa do singular, sempre. GABARITO: C. CESPE/UnB – PC/ES – PERITO CRIMINAL ESPECIAL – 2011 Texto I
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14- Na linha 8, para concordar com os referentes “medo” e “insegurança”, a forma verbal “tem” poderia ser flexionada no plural: têm. Não poderia ser flexionada no plural, pois o verbo concorda com o núcleo do sujeito e não com o núcleo do adjunto, exceto naqueles casos que eu já abordei anteriormente. Fica esperto! GABARITO: E. Texto II
15- Na linha 8, a forma verbal “são” está no plural porque concorda com o nome “crimes”. Os computadores são as armas dos crimes, e não o contrário. Portanto, o verbo ser concorda com “os computadores”. GABARITO: E. CESPE/UnB – PC/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Texto
16- A substituição da expressão "um crescimento contínuo" (L.2-3) por elevações constantes não exigiria a mudança de número do verbo haver — "há" (L.2) —, mas alteraria o sentido original do texto. Com a alteração, o verbo permanecerá no singular, pois o verbo haver no sentido de existir é invariável. Prof. Fernando Pestana
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Haverá, todavia, alteração de sentido com a substituição proposta pela banca, pois há uma sensível diferença entre contínuo e constantes. Veja: Crescimento contínuo: ininterrupto. Elevações constantes: frequente. GABARITO: C. Saiba mais sobre este caso de concordância verbal: Verbos impessoais (cai muito em prova!) São aqueles que não possuem sujeito (oração sem sujeito), ficarão sempre na 3ª pessoa do singular. Lembra-se da aula de oração sem sujeito? É importante lembrar! O “campeão” em aparições é o verbo HAVER, mas há também os verbos fazer, estar, verbos que indicam fenômenos naturais, etc. Ex.: Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Deve haver sérios problemas na cidade. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. (...) Trata-se de problemas pedagógicos, meu caro. Geou muitas horas no Sul. Obs.: Note que o verbo auxiliar da locução verbal fica no singular!
CESPE/UnB – FUB – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – 2011 Texto
17- Na linha 27, dado o sentido da palavra “maioria”, a forma verbal “acaba” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical do texto, estar flexionada na 3 a pessoa do plural.
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Não! Independente de a ideia ser plural (coletiva), é um erro pôr o verbo no plural. Isso só ocorreria, se o núcleo do especificador estivesse no plural: “A maioria dos professores acaba/acabam deixando a profissão”. Foi? GABARITO: E. CESPE/UnB – TRE/ES –TÉCNICO – 2011 Texto
18- Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir ‘Consideram-se’ (L.9) por São considerados. Questão interessante! O ‘homem da banca’ trabalha aqui seu conhecimento de passagem de voz passiva sintética para passiva analítica e concordância verbal e nominal ao mesmo tempo. Perceba que em ‘Consideram-se’, o verbo está na voz passiva sintética, pois ele é VTD e está acompanhado de uma partícula apassivadora (se). Passando para a voz passiva analítica, temos de transformar o verbo em locução verbal formada por ser + particípio; nessa passagem devemos observar a manutenção do tempo e modo verbais e a concordância verbal e nominal. Note que o sujeito do verbo considerar é ‘os grupos étnico-raciais’, portanto, na voz passiva analítica, o verbo ser da locução verbal vai ficar no presente do indicativo, como estava o verbo considerar na voz passiva sintética, e no plural; já o particípio vai ficar no masculino plural concordando com o núcleo ‘grupos’. Portanto, ‘Consideram-se... os grupos étnico-raciais...’ = ‘Os grupos étnico-raciais são considerados...’. Desse modo, não há prejuízo algum na correção gramatical na reescritura. GABARITO: E. CESPE/UnB – PC/ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2011 Texto
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19- Na linha 5, a substituição de "foram anunciados" por foi anunciado manteria a correção gramatical do texto. Não manteria a correção gramatical, pois o verbo auxiliar da locução verbal (foram) e o principal (particípio: anunciados) concorda com os núcleos do sujeito composto (a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um programa habitacional...). Vale dizer que, a locução verbal também poderia concordar com o núcleo mais próximo (foi anunciad a a construção...), pois há uma regra que diz o seguinte: o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo de um sujeito composto posposto a ele. Veja: Regra Geral: o verbo concorda em número e pessoa com os núcleos do sujeito. Ex.: A Copa do Mundo e as Olimpíadas vão beneficiar muito o Brasil. O verbo está no plural porque os núcleos do sujeito também estão. Ok? Obs.: Por concordância atrativa, o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo do sujeito composto posposto ao verbo. Pode também concordar com os dois núcleos, normalmente. Ex.:
Vai trazer benefícios a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Vão trazer benefícios a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
GABARITO: E. CESPE/UnB – TRT/RN (21R) – ANALISTA JUDICIÁRIO - 2010 Texto I
20- Atenderia à prescrição gramatical o emprego, na linha 1, da forma verbal foi enfatizada, em vez de “enfatizou-se”.
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Perfeita a afirmação, pois veja a reescritura: “No século XIX, foi enfatizada, nos mais diversos domínios, a busca de explicações...”. Percebeu que a locução verbal tem seus elementos concordando em número, pessoa e gênero (no caso do particípio) com o núcleo feminino singular ‘busca’? É isso aí! Portanto, atenderia à prescrição gramatical o emprego da forma verbal foi enfatizada, em vez de “enfatizou-se”. GABARITO: C. Texto II
21- Atenderia à norma gramatical a substituição da forma verbal "há" (L.29) por existem. O verbo haver com sentido de existir é impessoal, não tem sujeito, logo fica na 3ª pessoa do plural. Ele é também VTD, ou seja, exige objeto direto. Se substituirmos o verbo haver por existir, o antes objeto direto vira sujeito e o verbo existir sempre tem sujeito e sempre concorda em número e pessoa com ele. Logo, teríamos: “... fora da qual não existem possibilidades...”. Ou seja, “... possibilidades (sujeito) não existem (verbo)...”. Molezinha! GABARITO: C. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 Texto
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22- A forma adjetiva “livre” (L.30) está empregada no singular para concordar com o elemento a que se liga: “cada indivíduo” (L.29). Questão maldosa! O termo “livre” nem é adjetivo, pois modifica o verbo acessar, assim como imediatamente. O que ocorre é o seguinte, quando se repetem advérbios terminados em –mente, o usual é que se omitam os primeiros sufixos: “O Brasil cresceu econômica, social e politicamente” (ou seja, “O Brasil cresceu economicamente, socialmente e politicamente”). O mesmo ocorre na questão. Veja o contexto: “... acessar, livremente e politicamente...”. Cuidado com alguns adjetivos que, no contexto, se tornam verdadeiros advérbios: “Eles nadam rápido”, ou seja, “Eles nadam rapidamente”. O termo “rápido” modifica o verbo nadar, logo é um advérbio. GABARITO: E. CESPE/UnB – DETRAN/ES – ADVOGADO – 2010 Texto
23- O trecho “são fatores que” (L.17) poderia ser suprimido sem prejuízo da correção gramatical e das relações semânticas do período, pois se manteria a concordância da forma verbal “interagem” (L.18) com o termo que exerce a função de sujeito. Perfeita a afirmação! Veja a reescritura (sem “são fatores que”): “ O Estado, o setor privado, os indivíduos, os processos migratórios, o valor da terra urbana e a dinâmica da economia interagem de forma complexa...”. Logo, o trecho “são fatores que” pode ser suprimido sem prejuízo da correção gramatical e das relações semânticas do período, pois se manteria a concordância da forma verbal “interagem” com o sujeito composto. GABARITO: C. CESPE/UnB – MPU – ANALISTA DE INFORMÁTICA – 2010 Prof. Fernando Pestana
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Texto
24- Na linha 19, o emprego do adjetivo "necessário", no masculino, estabelece a concordância com a oração que a ele se segue; por isso, a retirada de "investir em" manteria a coerência textual, mas exigiria a concordância de "necessário" com "pesquisa". Em “É necessário investir em pesquisa...”, de fato o adjetivo fica no masculino e no singular quando concorda com um sujeito oracional. Com a retirada de “investir em”, o sentido do texto não iria ficar 100% igual, mas também não iria ficar comprometido. Ainda existiria coerência sim. A concordância de ‘necessário’ com ‘pesquisa’ iria ocorrer, pois ‘pesquisa’ passaria a ser o sujeito da frase. Note que o adjetivo não poderia ficar no feminino, pois ele faz parte de uma estrutura com o verbo ser (É necessário) seguida de um substantivo desacompanhado de determinante (artigo ou pronome, normalmente). Lembra-se desta regra? Veja: •
Expressões como “É preciso, É necessário, É bom...” (ser + adjetivo) ficam invariáveis quando se ligam a um substantivo não determinado por artigo ou pronome adjetivo; mas quando determinado, variam.
Ex.:
Água é bom. / A água é boa. É proibido entrada. / Sua entrada é proibida. (...)
Obs.: Proibida entrada está correto.
GABARITO: E. CESPE/UnB – MPU – ANALISTA (ARQUIVOLOGIA) – 2010 Texto I (...)
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Como tentativas de acompanhar essa velocidade 12 vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a 14 fluidez das relações interpessoais. (...) 25- A forma verbal "surge" (L.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração anterior. Claro que não! A forma verbal surge concorda em número e pessoa com o núcleo mais próximo do sujeito composto posposto “a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações interpessoais”. GABARITO: E. Saiba mais sobre concordância com sujeito composto: Os núcleos do sujeito estão acompanhados da palavra CADA (VS)
Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deles deve manter o espírito esportivo. Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes (VP, seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª) Ex.: Eu e ele (=Nós) nos tornaremos pessoas melhores Tu e ele (=Vós) vos tornareis pessoas melhores. Obs.: 1- No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa. Ex.:
Tu e ele (=Vocês) se tornarão pessoas melhores.
2- Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.:
Tornar-me-ei eu e meus amigos pessoas melhores.
3- No sujeito posposto, quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Ex.:
Cumprimentaram-se o professor e o aluno.
Os núcleos do sujeito são sinônimos e estão no singular (VSP)
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Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava a se concentrar.
A angústia e a ansiedade não o ajudavam a se concentrar. Gradação entre os núcleos do sujeito (VSP) Ex.: Um toque, um cheiro, um olhar bastou para me seduzir. Um toque, um cheiro, um olhar bastaram para me seduzir. Os núcleos do sujeito são infinitivos (VS) Ex.: Andar e nadar faz bem à saúde. Obs.: Se os infinitivos vierem determinados ou se forem antônimos, o verbo pode ir para o plural. Ex.:
O andar e o nadar fazem bem à saúde. Rir e chorar se alternam no ser humano.
Os núcleos do sujeito são resumidos por um aposto resumitivo ( nada, tudo, ninguém...) (VS) Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. Sujeito constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro (e variações) (VSP) Ex.: Um e outro já veio/vieram aqui. Nem um nem outro já veio/vieram aqui. Obs.: 1- Ao indicar reciprocidade, é obrigatório o verbo no plural. Ex.:
Nem um nem outro se abraçaram aqui.
2- Se o sujeito for constituído pela expressão um ou outro, o verbo fica no singular . Ex.: Uma ou outra conseguirá uma boa classificação.
Os núcleos do sujeito são ligados por OU/NEM – (VS, ideia de exclusão; VP, ideia de adição, inclusão) Ex.: Vasco ou Corinthians ganhará o Campeonato Brasileiro. (exclusão)
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O Vasco ou o Corinthians têm grande chance de conquistar o Campeonato. (adição, inclusão)
Nem o Vasco nem o Corinthians ganhará o Campeonato
Brasileiro. (exclusão)
Nem o Vasco nem o Corinthians conquistaram meu coração,
mas sim o Mengão! (adição, inclusão) Obs.:
1- A conjunção ou exige o verbo no plural também se houver antonímia. Ex.: O amor ou o ódio exacerbados não levam a lugar algum. 2- Se os núcleos estiverem ligados pela conjunção ou com valor retificativo (correção do que foi dito no núcleo anterior), o verbo vai concordar com o mais próximo. Ex.:
O Celso Cunha ou o Bechara ainda está vivo. (Celso Cunha é um gramático já falecido, portanto o OU equivale a ‘ou melhor’)
Núcleos do sujeito ligados por COM (VS, separados por vírgula; VP, sem separação) Ex.: O técnico, com seus jogadores, formou uma equipe muito coesa O técnico com seus jogadores formaram uma equipe muito coesa. Obs.: Assim como alguns gramáticos, o conceituado Rocha Lima entende que a expressão (entre vírgulas) iniciada por com é um adjunto adverbial de companhia, por isso o verbo não concorda com o seu núcleo (1ª frase do exemplo), mas sim com o antecedente do com (técnico).
Entre os núcleos do sujeito aparecem as palavras “como, menos, inclusive, exceto” ou as expressões “bem como, assim como, tanto quanto” (geralmente entre vírgulas)... (VSP) Ex.: Vocês, assim como eu, gostam/gostamos muito de Português. (a preferência é a concordância com o primeiro elemento do sujeito composto) Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas aditivas enfáticas (tanto... como/ assim como/ não só... mas também, etc.) (VSP) Ex.: Tanto Dilma quanto Lula mantém/mantêm sua popularidade em alta.
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Não só o Lula mas também a Dilma apresenta/apresentam o
mesmo discurso.
Quando dois ou mais adjuntos modificam um único núcleo, o verbo fica no singular concordando com o núcleo único. Mas, se houver determinante após a conjunção, o verbo fica no plural. Ex.: O preço dos combustíveis e dos alimentos aumentou. O preço dos alimentos e o dos combustíveis aumentaram. Texto II
26- Na linha 16, na concordância com "cada uma das ideologias", a flexão de plural em "fundamentam" reforça a ideia de pluralidade de "ideologias"; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar "cada uma", empregando-se o referido verbo no singular. O verbo fundamentar não concorda dessa vez com o antecedente do pronome relativo (não exerce função de sujeito no contexto). Note que o verbo fundamentar está acompanhado da partícula apassivadora. Normalmente quando o verbo está acompanhado dessa partícula, o sujeito dele vem depois, o que é o caso. Veja: “... em que se fundamentam essas teorias políticas...”, ou seja, “... em que essas teorias políticas são fundamentadas...”. Gostei da questão! GABARITO: E. CESPE/UnB – PGM/RR – PROCURADOR MUNICIPAL – 2010 Texto I
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27- Na linha 13, o uso da flexão de masculino em "comprovado" respeita as regras de concordância da norma culta porque está subentendida a palavra país antes de "Costa Rica". O termo ‘comprovado’ está (e fica sempre!) no masculino singular para concordar com o sujeito oracional (que práticas éticas fazem bem à economia...) GABARITO: E. CESPE/UnB – TCU – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – 2010 Texto I
28- A flexão de masculino nos pronomes em "compreendê-los" e "aproximando-os", ambos na linha 5, mostra que esses pronomes remetem a "eventos" (L.3); mas, como o sujeito da oração se inicia pela qualificação de "questões" (L.3), seria coerente ressaltar, na argumentação, o referente "questões", fazendo-se uso da concordância no feminino. Negativo! Quando um pronome oblíquo átono retoma termos de gêneros diferentes e um deles é masculino, sempre prevalece a forma masculina e plural. Portanto, não poderíamos colocar no feminino os oblíquos átonos, pois se referem a “questões” e “eventos”. GABARITO: E. 29- O uso da flexão de terceira pessoa do plural em "afetarem" (L.4) estabelece a relação desse verbo com "novas questões e os eventos" (L.2-3).
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Sim! O sujeito oculto do verbo afetar (... por (eles) nos afetarem) tem como referente “novas questões e os eventos”, no contexto, por isso está no plural. GABARITO: C. Texto II
30- Na linha 10, a flexão de masculino em "necessário" estabelece concordância desse termo com "imaginário social"; no desenvolvimento da argumentação, essa relação sintática enfatiza "imaginário social" como o primeiro termo na comparação com "evolução" (L.11). Afirmação totalmente equivocada! O adjetivo necessário está no masculino e no singular concordando com o sujeito oracional “frisar”. GABARITO: E. Texto III
31- Na linha 22, a flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas seria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um", enfatizando este termo pelo uso do verbo no singular: corresponde. De fato, a flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com "maneiras". O verbo, entretanto, não pode concordar com “cada um”, pois esta expressão faz parte de “a cada um deles”, objeto indireto. Verbo não concorda com núcleo de objeto indireto. GABARITO: E.
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CESPE/UnB – MPS – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – 2010 Texto
32- Na linha 13, a forma verbal "tornavam" está no plural para concordar com a expressão "diversas categorias profissionais". O sujeito do verbo tornar é ‘várias conquistas trabalhistas’. Veja: “... várias conquistas trabalhistas... tornavam necessária a criação...” GABARITO: E. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 Texto
33- Como o fato expresso pela forma verbal "coube" (l.20) pode ser atribuído aos dois núcleos do sujeito, relacionados por adição, a substituição dela por couberam seria gramaticalmente correta. O sujeito composto posposto do verbo caber é ‘nem o verso nem a arte’. Por isso o verbo pode concordar com o mais próximo (coube) ou com ambos (couberam)! GABARITO: C. CESPE/UnB – BRB – ADVOGADO – 2010 Texto
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34- O emprego do adjetivo "lucrativo" (L.2) no masculino deve-se à concordância desse termo com a oração "ser ético e socialmente responsável" (L.1-2). Afirmação autoexplicativa! Perfeita! Lembra-se daquele bizu de substituir o sujeito oracional por ISSO? Ficaria assim neste caso: “As empresas já se convenceram de que ISSO é lucrativo.” Olha aí o adjetivo no masculino singular! Foi? GABARITO: C. CESPE/UnB – ABIN – AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2010 Texto
35- A forma verbal "surge" (L.15) poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade" (L.14-15). O sujeito de surge é ‘a noção contemporânea de agilidade’, por isso o verbo fica no singular. Veja: “A noção contemporânea de agilidade surge da combinação entre...”. Sacou? GABARITO: E. CESPE/UnB – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010 36- Se o verbo da oração "mas a maioria dos analistas aposta" (l.6) estivesse flexionado no plural - apostam -, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa natureza, deve ser feita com o termo "maioria". Segundo as regras de concordância nesse caso, pode haver dupla concordância, como já vimos: “mas a maioria dos analistas aposta” ou “mas a maioria dos analistas apostam”. O verbo pode concordar com o núcleo do sujeito ou com o núcleo do adjunto adnominal. Logo o período NÃO estaria incorreto como diz a banca. Simples assim! GABARITO: E. Prof. Fernando Pestana
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CESPE/UnB – IRBr – DIPLOMATA – 2012 37- No período “Mas é assim mesmo que se vive: perdida no tempo e no espaço.” (trecho retirado de um registro literário), o particípio do verbo perder, empregado em estrutura de indeterminação do sujeito da oração, poderia, conforme regra de concordância nominal, estar na forma masculina, regra da qual, no entanto, a obra literária prescinde, dada a liberdade que preside a criação artística. Note que antes do particípio do verbo perder (perdida), há uma estrutura de indeterminação do sujeito: “... que se vive...”. Logo, o verbo perder, no particípio, deveria ficar no masculino singular, que é uma forma neutra para se referir ao sujeito indeterminado, a saber: “Mas é assim mesmo que se vive: perdido no tempo e no espaço”. Isto é o que diz a norma culta. No entanto, como esse trecho foi retirado de uma obra literária, o autor tem licença poética para usar o particípio se referindo a uma personagem, por exemplo. GABARITO: C. CESPE/UnB – PF – AGENTE – 2012 38- No período “Nesse caso, puxar a corda, afiar a faca ou assistir à execução seria simples...”, como o conector “ou” está empregado com sentido aditivo, e não, de exclusão, a forma verbal do predicado “seria simples” poderia, conforme faculta a prescrição gramatical, ter sido flexionada na terceira pessoa do plural: seriam. O “ou” tem valor de exclusão, sim! Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados por este “ou” exclusivo, o verbo ficará no singular, sempre! GABARITO: E. Fragmento de texto “... que fortalezas seguras, que duro peso de algemas, que profundas sepulturas nascidas de vossas penas...” 39- No verso 23, a forma verbal “nascidas”, apesar de referir-se a todas as expressões nominais que a antecedem, concorda apenas com a mais próxima, conforme faculta regra de concordância nominal. “Nascidas” se refere tão somente a “sepulturas”, assim como “seguras” se refere a “fortalezas” e “duro” se refere a peso. A afirmação não procede. Prof. Fernando Pestana
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