Psicoactivos, misticismo y religión e n el mundo antiguo CARLOS
GONZÁLEZZ W AGNER GONZÁLE
D e s d e q u e e l h o m b r e a d q u i r i ó l a c a pa c i d a d d e c o n c e b i r l a e x i s t e n c i a d e u n u n i v e r s o i n m a t e r i a l n o t a n g i b l e , e n t o r n o s u y o , l a e x pe ri e nc ia m i s t i c a f u e e l a s p e c t o n u c l e a r d e l a s v i v e n c i a s d e t i p o religioso 1 ~ En s i misma, u n a e x p e r i e n c i a d e c a r á c t e r m í st ic o n o e s m á s q u e u n e s t a d o a l t e r n o d e l a conci e ncia o , s i s e prefiere, u na f a s e d e p s i q u i s m o e x t r a - o r d i n a r i o . T a l e s ta d o d e p s i q u i s m o n o h abit ual c o n o c e u na g r a da ci ón s i e n d o s u punto á lgi do e l t r a n c e e x t á t i c o . «En e l é x t a s i s l i b e r a c i ó n d e l alma d e l a s a t a d u ra s d e l c u e r p o y c o m u n i c a c i ó n c o n l a d i v i n i d a d , a l alma l e n a c e n i m p u l s o s d e l o s q u e n a d a s a b e e n s u e x i s t e n c i a cotidiana, cohibida como está en la envoltura de su c u e r p o . P e r o a h o r a q u e v i v e e n l i b e r t a d como u n e s p í r i t u e n t r e l o s d e m á s e s p í r i t u s , a l z a d a s o b r e e l t i e m p o y s u s l i m i t a c i o n e s , e l alma s e e n c u e n t r a e n c o n d i c i o n e s d e l a n za z a r s u v i s i ó n a c o s a s l e j a n a s e n e l e s p a c i o , adonde s ó l o 2 . E st e é x t a s i s m í s t i c o , p r o p i c i o p a r a e l p u e d e n m i r a r l o s oj os d e l e s p í r i t u » e n c u e n t r o y l a c o m u n i c a c i ó n c o n l a r e a l i d a d t r a s c e n d e n t e , c o n u n mundo d o m i n a d o p o r l a presen presencia cia divi divina, na, requiere de unas técnicas y prácticas a d e cu a d a s . A l o l a r g o d e t o d a s l a s ép o ca s y e n l a s m á s d i v e r s a s c u l t u r a s , l o s t r a n c e s d e é x t a s i s m í s t i c o h a n sido provocados por procedimientos destinados a aislar al
individuo de la realidad concreta, alterando su estado de conciencia. Existen diversos medios para ello que pueden emplearse solos o , más a menudo, en ciertas combinaciones: e l ayuno prolongado, la privación del sueño y los sentidos, e l ejercicio físico violento y desmesurado, la flagel flagelación ación y la a u t o t o r t u r a , l a m e d i t a c i ó n y l a a u t o co n c e n tr a c i ó n , a s í como l a i n g e s t i ó n d e
sustancias tóxicas. Todos estos procedimientos pueden ser definidos globalH. Leuba, Psyc/¡ologie didi.. misticisme religieux, Paris, 1925; 5. Spencer, Mysticism in Londres, l966; J. Campbell (cd.), TIte Mystic Vision, Princeton, 1968. culto de la lass almas y la creencia en la inmortalidad entre los griegos. 2 E. Rohde, Psique. El culto Barcelona, 1973, p. 316. 1
J~
World Religion,
Gerión,
2 . 1984.
Editorial de la Universidad Complutense de Madrid.
32
Carlos González Wagner
m e n t e como p s i c o a c t i v o s , y a q u e s u f i n a l i d a d n o e s o t r a q u e l a d e a l t e r a r e l psiquismo o r d i n a r i o , d e a c t i v a r l o e n d i r e c c i ó n a l a c o n s e c u ci ó n d e u n e s t a d o d e t r a n c e e x t á t i c o . De t o d o s e l l o s , e s e l ú n i co c i t a d o e l q u e h a s i d o u t i l i z a d o d e forma m ás g e n e r a l i z a d a e n t r e l a s c u l t u r a s p r i m i t i v a s y a r c a i c a s 3, e n l a s q u e h a desempeñado un rol cultural que con frecuencia ha pasado inadverti-
do4 y que, como veremos, conoció también una amplia difusión en las antiguas culturas y pueblos del Viejo Mundo. Ello es debido al hecho de que l a i n g e s t i ó n d e sustancias de carácter tóxico o , si se quiere, de propiedades p s i c o a c t i v a s e s e l m e d i o má s cómodo y r á pi p i d o d e o b te te n e r u n e st ad o a l t e r n o
de conciencia. El origen vegetal de todas ellas es además un dato sintomático,
p u e s s e t r a t a d e c u l t u r a s a g r a r i a s o e n e st re ch o co n t a ct o c o n l a n a t u r a l e z a . Y s i e s bi e n c o n o c i d a l a a m p l i t u d y h a s t a e l o r i g e n d e l o s c o n o c i m i e n t o s h e r b á ce o s e n e l mundo a n t i g u o , a s í como s u a p l i c a c i ó n m e d i c i n a l 5 , c o n f r e c u e n c i a n o s e p r e s t a l a s u f i c i e n t e a t e n ci ó n a l e m p l e o d e l a s p l a n t a s p s i c o t r ó p i c a s y su s i g n i f i c a d o e n d e t e r m i n a d o s r i t u a l e s religiosos d e aqu ella s c u l t u r a s . A pe sa r d e e l l o , l a e vi de ncia l i t e r a r i a , y e n muchos c a s o s t a m b i é n a r qu e o l óg i ca , n o d e ja l u g a r a d u d a s s o b r e e l c o n o c i m i e n t o p or l o s a n t i gu o s p i e d a d e s s o b r e e l p s i q u i s m o , a s í como d e s u d e t a l e s p l a n t a s y d e s u s p r o pi u t i l i z a c i ó n e n c o nt e x t o s m í s t i c o - r e l i g i o s o s . E l cáñamo (cannabis sativa) f u e , s e g ú n l o s t e s t i m o n i o s d e q u e d i s p o n e mos, u n a d e l a s p l a n t a s p s i c o t r ó p i c a s c u y o u s o e s t u v o m á s d i f u n d i d o d u r a n t e l a A n t i g Ue U e d a d . D e s d e l a s o r i l l a s d e l m ar C a s p i o y l a s re gio ne s d e l I rá n O r i e n t a l , d o n d e c o n m u c h a p r o b a b i l i d a d t u v o s u o r i g e n l a costumbre d e u t i l i z a r l o como u n m e d i o d e s u m e r g i r s e e n u n a e m b r i a g u e z s a g r a d a , s e e x te n d i ó d e s d e muy a n t i g u o a o t r a s r e g i o n e s 6 . L o s a n t i g u o s i r a n i o s l o d e n o m i n a r o n bangha, t é r m i n o q u e a l c a n z ó u n a g r a n d i f u s i ó n p o r e l A s i a C e n t r a l — a p a r e c i e n d o también e n s á n s c r i t o como u n a p l a n ta s a n t a e x t r a í d a d e l O c é a n o p o r S iv a y u t i l i z a d a como a t r i bu b u t o f a v o ra ra b l e a l a m e d i t a c i ó n r e l i g i o s a — , y s i g n i f i c a n d o t a n t o l a p l a n ta e n s i como e l p r e p a r a d o e m b r i e g a n t e q u e d e e l l a s e e x t r a e 7 . E l cáñamo y s u s p r o p i e d a d b s f u e c o n o c i d o e n M e s o p o t a m i a 8 , e n d o n d e l o s a s i r i o s l o l l a m a r o n quunabu, a p a r e c i e n d o mencionado e n s u s t e x t o s d e c a r á c t e r médico y e n s u l i t e r at u r a r e li g i o sa 9 . S u s Halhucinogens, Nueva York, 1972; R . E . 3 P. T. Furst Flash of tIte Gocis: TIte Ritual use of dioses ses.. Origenes del uso de alucinógenos, Madrid, 1982. Scbultes-A. Hofmann Plantas de los dio ~ A este respecto, cf. P . T. Furst, Alucinógenos y cultura, México, 1976. 5 E . A. W. Budge Herh-Doctors a n d Physicians in tIte Ancient World: TIte Divine Origen of tIte Herbalist, Chicago 1978; 5. N. Kramer «First Pharmacopeia in Mans Recordered History», Pharmacy. 126, 1954, Pp. 76-84; R . A. Campbell Thompson, TIte Assyrian Herbal, Am. Jote, of Pharmacy. Londres, 1924; Idem A Dictionary of Assyrian Assyrian Bo¡any. Londres 1949; W. Walker, TIte Plants of ¡he Bible, Londres, 1959; J. Thorwald, E l alba de la medicina, Barcelona, 1968, P P . 61-64 y 167171. 6 Ph. de Felice, Venenos sagrados, embriaguez divina, Madrid, 1975, p. 132. ‘Felice Venenos sagrados..., p. 132; M. Eliade, E l chamaniszno y las técnicas arcaicas del éxtasis, México, 1982, p. 313. 8 Thorwald, E l alba de la medicina, p. 170. J. L . Brau: Historia de las las drogas. drogas. Barcelona, 1973, p. 1 2 . 9 L. Lewin, Les Paradis art~iciets, Paris, 1928, Pp. 134-135; Campbelí Tompson, A Dictionary of Assyrian Botany, p. 98-99.
Psícoactívos, misticismo y religión en el mundo antiguo
33
e f e c t o s como i n d u ct o r d e trances extáticos eran bien conocidos por pueblos como l o s e s c i t a s lO y l o s t r a c i o s II E s t a m b i é n p r o b a b l e , como í n t e r p r e t a E l i a d e , q u e e l p o d e r e x t á t i c o d e l cáñamo h a y a s i d o c o n o c i d o p o r l o s g e t a s t m 2 y q u i z á , a u n q u e l a i d e n t i f i c a c i ó n s e a a q u í m á s p r o b l e m á t i ca , s e t r a t e d e cáñamo t a m b i é n l a p l a n t a c u y o humo e r a i n h a l a d o , s e gú n n o s n a r r a
H e r ó d o t o , d u r a n t e las ceremonias colectivas de los massagetas 1 3 • Mucho m á s a b u n d a n t e s s o n l a s r e f e r e n c i a s literarias al opio y a la a d o r m i d e r a (papaver sornnjfenum, papaver rhoeas). E l l o e s d e b i d o a q u e l a a d o r m i d e r a f u e c o n o c i d a e n l a A n t i g ú e d a d t a n t o e n e l M e d i t e r r á n e o como e n e l P r ó x i m o Q r i e n t e , y a q u e d e h e c h o h a y pocos ambientes geográficos en que n o f l o r e z c a ¡4. Las menciones e n l o s d o c u m e n t o s p r o c e d e n te s d e E g i p t o , e n d o n d e s e u t i l i z a b a como s e d a n t e , a n e s t é s i c o y n a r c ó t i c o , h a n s i d o r e c o p i l a d a s p o r G a b r a y p a r e c e b a s t a n t e s e g u r o q u e e l o pi o c o m e n z a b a y a a s e r pr od uc i do e n e l p a í s d e lo s faraones d u r a n t e e l r e i n a d o de Amenhotep UT E l c é l e b r e P a pi r o E b e r s c o n t i e n e referencias concretas a la adormidera y su u t i l i z a c i ó n m e d i c i n a l . Las a l u s i o n e s s o n t a m b i é n f r e c u e n t e s e n l o s t ex to s a s i r i o s 16 y , s e g ún p a r e c e , l a a do rm id er a n o e r a tampoco d e sco n oci d a e n e l mundo h e b r e o 1 7 • De i g u a l f o r m a , l a l i t e r a t u r a g r i e g a y l a t i n a a b u n d a e n r e f e r e n c i a s y menciones a l a a d o r m i d e r a y a l o pi o 1 8 ~ E s a s í , q u e H e s í o d o c u e n ta que Prometeo u r d i ó e l engaño d e Z e u s c on e l f i n d e r o b a r l e e l f u e go s a g r a d o e n u n l u g a r l l a m a d o Mecone 1 9, e l m i s m o vocablo utilizado por los g r i e g o s a n ti g u o s p a r a d e n o m i n a r a l a a d o r m i d e r a . E s t a s i g n i f i c a c i ó n g e o g r á f i c a l a encontramos d e n u e v o e n E s t r a b ó n q u e d i c e q u e e n u n p r i n c i p i o Sicyon e r a l l a m a d a Mecone20. L o s e f e c t o s d e l a a d o r m i d e r a f u e r o n c o n o c i d o s d e s d e muy p r o n t o p o r l o s g r i e g o s y a s í e n l a Odisea, H e l e n a p r e t e n d e c a l m a r l a a f l i c c i ó n d e Telémaco diluyendo en el vino que le ofrece una droga llamada nephenes q u e l e h a b í a proporcionado l a e g i p c i a P o l i d a m n a « c u y a f é r t i l t i e r r a ~
produce muchísimas»21. A este respecto Diodoro de Sicilia, hablando de las viejas relaciones entre Grecia y Egipto cuenta que « . . . c o m o p r u e b a d e l a p r e s e n c i a d e Homero e n E g i pt o s e a d u c e n v a r i a s e v i d e n c i a s , y e s pe c i a l m e n t e l a d r o g a q u e p r o p o r c i o n a e l o l vi v i do d o d e t o do do s l o s m a l e s , q u e f u e d a d a a T e l é m a c o por Helena e n c a s a d e M e n e l a o . Ya q u e e s m a n i f i e s t o q u e e l P o e t a
Herodoto IV, 74. II Mela II II,, 21, cf Rohde, Psique..., p. 314. 1 2 Estrabón, VII 3.3; C. 296; cf Eliade, El Chamanisnzo..., p. 306. ‘3 Herodoto, 1 , 202,2. II,, Londres f Opium Opium Civilisation and ¡he Trade of Opuum, II 1 4 J ~ J ~ Adelens, TIte Distribu ¡ion of 1939 p. 1 3 . 15 S . Gabra «Papaver Species and Opium through Ihe Ages», Rulletin de lInstitut dEgipte, 27,1, 1954-SS, p. 48 ss.; R . S . Merrillees, «Opium Trade in the Bronce Age Levant» Antiquity, 36, 1962, Pp. 290-1. ‘6 Thorwald E l alba de la medicina, p . 61; Campbell Thompson, A Dictionary of Assyrian 2233 ss. Botany. P P . 22 i~ Walker, TIte Plants of tIte Bible, p. 88. XV22 Pp. 2434-2443. 1 8 R. E., XV ‘9 Hesiodo, Teog.. 536. 29 Estrabón VIII 6,25. 21 Od., IV 219 ss. lO
Carlos González Wagner
34
h a b í a a d q u i r i d o u n c o n o c i m i e n t o e x a c t o d e l a d r o g a nephentes, q u e é l d i c e q u e H e l e n a c o n si s i g u i ó d e Tebas e g i p c i a h a b i é n d o l e s i d o p r o p o r c i o n a d a p o r Polidamma, l a m u j e r d e T o n ; a d e m á s , s e a l e g a , i n c l u s o h o y l a s m u j e r e s d e e s t a c i u d a d e m p l e a n e s t e r e m e d i o , y s e d i c e q u e e n t i e m po s a n t i g u o s u n a d r o g a p a r a c u r a r e l miedo y l a t r i s t e z a f u e de scu bie rt a e n p ri nc i p i o e n tr e l a s m u j e r e s d e D i o s p o l i s ; p e r o Tebas y Diospolis, se añade, son la misma c i u d a d » 22 E l nephentes s e i d e n t i f i c a g e n e r a l m e n t e como u n p r e p a r a d o a b a s e 2 3 y , como s e p u e d e a p r e c i a r , s u c o n o c i m i e n t o e n G r e c i a p a r e ce h a b e r d e o pi o s i d o i n t r o d u c i d o a p a r t i r d e E g i pt o o , a l m e n o s , e s o e r a l o q u e p e n s a ba ba n l o s a nt i gu os g r i e g o s . la
Qtras menciones se encuentran en Heródoto, quien compara la forma de a d o r m i d e r a c o n e l c o r a z ó n d e l l o t o 2 4 , y e n Aristóteles, que habla de su
e f e c t o n a r c ó t i c o como i n d u ct o r d e l s u e ñ o 2 5 . D i o s c ó r i d e s h a b l a a menudo d e
e l l a e n su De materia medica y explica los procedimientos adecuados para re cog e r y e l a b o r a r e l o p i o , a s í como s u s a p l i c a c i o n e s medicinales 2Q T g u a l Plantarum rum,, s e r e f i e r e a e l l a como m a l e z a mente T e o f r a s t o , e n su Historia Planta o r d i n a r i a e n l o s c e b a d a l e s 2 7 . En este s e n t i d o Virgilio se ñal a en ocas ion es e l p e l i g r o q u e s u p o n e p a r a l a a g r i c u l t u r a , p u e s «quema l o s c a m p o s como l a c o s e ch a d e l i n o y l a d e a v e n a » 28 y , p o r t a n t o , e s preciso «ocultarlas bajo t i e r r a . . cuando L i b ra h a g a l a s h o r a s d e l d í a y d e l s u e ñ o i g u a l e s » 2 9 . Su s i g n i f i c a d o e n r e l a c i ó n c o n c o n t e x t o s m á g i c o s y r i t u a l e s a pa r e c e e n e l m i s m o a u t o r : e n l a Eneida s e m e n c i o n a p o r b o c a d e D i d o a u n a h e c h i c e r a , g u a r d i a n a d e l t e m p l o d e l a s H e s p é r i d e s , « q u e d a b a d e comer a l d r a g ó n , y c o n s e r v a b a e n e l á r b o l l a s r a m a s s a g r a d a s , d e r r a m a n d o h ú m e d a s m ie le s y soporífera a d o r m i d e r a »3 » 3 0 . Aún l a c i t a d e n u e v o e l p o e t a como p a r t e d e l r i t u a l q u e l a n i n f a Ci r e ne e ns e ña a su h i j o , e l pastor A r i s t e o , pa ra c a l m a r l a furia d e E u r í d i c e , q u e h a b í a exterminado a s u s a b e j a s : « e n v i a r á s como f ú n e b r e o f r e n d a a Q r f e o l a s adormideras d e L e te » 3 1 P a u s a n i a s 32 , Q v i d i o 3 3 y Columela34 r e c o ge n o t r a s t a n t a s a l u s i o n e s , p o r n o c i t a r m á s q u e o t r o s t r e s e j e m p l o s s i g n i f i c a t i v o s d e l o q u e c o n s t i t u y e u n a l i s t a b a s t a n te e x t e n s a . P e r o d e t o d o s l o s t e s t i m o n i o s a n t i g u o s s o b r e e l o pi o y l a adormidera, q u i z á s e a e l d e P l i n i o e l V i e j o , q u e r e c o g e a D i o s có có r i d e s y T e o f r a s t o , u no d e
los más completos y sugerentes. Conoce este autor la existencia de al menos
Diodoro, 1, 1,97 97 77-9. 9. p Kriticos-S. Papadaki «MÍp
rszcoacui«~, rnzsticismo y religión en el mundo antiguo
35
35.. 35
t r e s e s p e c i e s d e a d o r m i d e r a s c u l t i v a d a s y o t r a s t r e s e s p e c i e s silvestres C u e n t a , a s i m i s m o , q u e e l o pi o q u e d e e l l a s s e e x tr ae e s u n s o p o r í f e r o d e t a l p o te n c i a q u e p u e d e l l e g a r a c a u s a r l a m u e r t e y q u e e s t a d r o g a e r a o b j e t o d e g r a n d e s d e b a t e s , p u e s , u n o s , como D i á g o r a s d e Ch ipr e , m é d i c o d e f i n a l e s d e l s . n l a . C . , y e l propio Erasístrato, mantenían que era un veneno mortal, m i e n tr t r a s q u e o t r o s l o d e f e n d í a n a f i r m a n d o q u e fo fort rtal alec ecía ía la vi vist staa 36 A n d r e a s , m é d i c o p e r s o n a l d e Ptolomeo F i l ó p a t o r , a f i r m a b a a s u v e z q u e s i n o p r o d u c í a u n a c e gu e r a i n m e d i a t a e r a porque s e l e h a b í a a d u l t e r a d o p r e v i a me n t e e n A le j a n d rí a 3 7. S in embargo c o nt i nú a Plinio, n a d i e h ab í a c o n d e n a d o e l dia codyon u n p r e p a r a d o a b a s e d e o pi o m uy r e c e t a d o p o r l o s médios g r i e g o s y l a t i n o s , y q u e e r a u t i l i z a d o d e forma g e n e r a l i z a d a como s o n m í f e r o y co ntr a e l d o l o r de c a b e z a 3 8 .
Como se puede fácilmente apreciar, la información que nos proporciona P l i n i o a c t u a l i z a d e u n a forma t o ta l m e n t e insospechada e l debate existente s o b r e e l o pi o e n l a Antigúedad h e l e n í s t i c a y romana. P o r l o d e m á s e s t a d u a l i d a d h a c i a l o s e f e c t o s d e l a a d o r m i d e r a y e l o p i o , a s í como h a c i a t o d a s l a s d r o g a s e n g e n e r a l , ocupa u n l u g a r c o m ú n e n e l mundo g r e c o -r -r o m a n o , como s e a d v i e r t e e n Homero c u a n d o s e r e f i e r e a E g i pt o como t i e r r a q u e p r o d u c e muchísimas d r o g a s , « s i e n d o l a m e z c l a d e u n a s s a l u d a b l e s y l a d e o t r a s n o c i v a » 3 9 , o e n P a u s a n i as as , q u e re éog e u n a t r a d i c i ó n s e g ú n l a c u a l , c u a n d o n a c i ó H e r a c l e s , H e r a cr e ó e n T e b a s a l a s farmacides o « h i j a s d e l a d r o ga » , d o s g r u p o s d e mu j e re s, si e nd o u n o d e c a r á c t e r b e n é v o l o y p e r v e r s o e l
otro4tk
L a A r q u e o l o g í a d o c u m e n t a i g u a l m e n t e l a d i f u s i ó n d e l u s o d e l o pi o y l a a d o r m i d e r a e n t r e l a s c u l t u r a s d e l mundo a n t i g u o . A s í , p o r n o c i t a r m á s q u e u n o s c u a nt o s e j e m pl o s r e p r e s e n t a t i v o s 4 1 , d i r e m o s que p i p a s r i t u a l e s pa ra f u m a r o pi o h a n s i d o h a l l a d a s e n K i t i o n ( Ch ip r e ) y e n G a z i ( C r e t a ) e n u n c o n te x t o d e l Bronce F i n a l 4 2 . D e l m i s m o modo, y e n b a s e a l a e v i d e n c i a a r q u e o l ó g i c a , M e r r i l l e s h a llamado l a a t e n ci ó n s o b r e l a e x i s t e n c i a e n e l m i s m o p e r í o d o d e u n comercio c h i p r i o t a d e e x p o r t a ci ó n d e o pi o h a c i a E g i p t o 4 3 . P r e ci s a m e n te d e l p a í s d e l N i l o y p r o c e d e n t e d e l a t u m b a d e l a r q u i t e c t o C h a , q u e m u r i ó d u r a n t e e l r e i n a d o d e Amenhotep IIT, contamos c on u n r e c i p i e n t e d e a l a b a s t r o q u e c o n t e n í a u n a c e i t e v e g e t a l « m e d i c a t o c on f e r r o e c o n o p i o » 4 4 . En A n a t o l i a y p r o c e d e n t e d e l a s r u i n a s d e l p a l a c i o d e 3~
Plinio, HL. Nat., X X , 7 6 - 8 0 .
Plinio, His. Nat., XX,76 (¡99-200); cf Dioscórides, IV,64,4. 3 7 Plinio, His. Na:., XX,76 (200). 3 8 Plinio, His. Nat., XX,76 (201); cf. Oribasio, 1 , Pp. 371-382 (Daremberg). ~ Od.. IV 224. 4 0 Pausanias, IX, 11,2. 4 1 Para una visión más completa de la arqueología de la adormidera, cf Kriticos-Papadaki, «Mhxcovog xa, ñiz¡ov iazop¡a...», pp. 90 ss ss.. 4 2 V . Karageorghis «A Twelfth-century B C opium pipe from Kition», Antiquity, 198, 1976, Pp. 125-29. 4 3 Merrillees «Opium Trade...», P P . 287-292. ~ E . Schiaparelli, La To,nba dellArcItitetto C Ita nella Necropoli di Tebe, Turin, 1927, p. 1 5 4 : cf H . R. Hall, Jour. of f Egyp. Egyp. Archeology, 14 1928, p. 205. 36
36
Carlos González Wagner
B e y c e s u l t a n , d e s t r u i d o a l p a r e ce r p o r u n i n ce ce n d i o e n t o r n o a l 1 9 0 0 a . C . s e h a e n c o n t r a d o u n r e c i p i e n t e r i t u a l ( «f oo te d b o w l ») q u e c o n t e n í a s e m i l l a s d e a d o r m i d e r a . Y l o s a n á l i s i s p a l e o b o t á n i c o s demuestran q u e l a papaver sornn¿ferum e s t u v o pr e se nte e n C a r t a g o d e s d e l a é p o c a p ú n i ca h a s t a e l
45.. 45 período bizantino Además d e l cáñamo
y l a a d o r m i d e r a , o tr a s p la nt as p s i c o t r ó p i c a s e r a n c o n o ci c i d a s p o r l o s a n t i g u o s . T a l f u e l a mandrágora (inandragora olficianarum)46, q u e e r a u t i l i z a d a como u n a n e s t é s i c o e n E gi pt o4 7 , e n d o n d e a pa r e c e e n u n relieve d e Amenofis I V , s i e n d o i gu a lm e nt e u t i l i z a d a e n l a m e d ic i n a a s i r i a , como s e d e s p r e n d e d e las tablillas cuneiformes encontradas en la b i b l i o t e c a d e l p a l a c i o d e Ní ni ve 4 8 . S u s e f e c t o s como n a r c ó t i c o s o n c i t a d o s i g u a l m e n t e p o r A r i s t ó t e l e s 4 9 J e n o f o n t e 5 0 y T e o f r a s t o 5 t . Tampoco p a s a r o n d e s a p e r c i b i d a s l a s p r o p i e d a d e s y e f e c t o s d e l b e l e ñ o (hyoscyainus niger), q u e a pa r e ce m e n c i o n a d o e n e l P a pi r o E be rs , y f u e c o n o c i d o t a m b i é n e n Mesopotamia, d o n d e , además d e s u s a p li c a c io n e s m e di c i na l es , e r a utilizado po r lo s a s i r i o s y b a b i l o n i o s como a l u ci n ó g e n o , « b a j o s u s h e ch i z o s s a c e r d o t e s y a d i v i n o s h a c í a n p r o f e c í a s y l o s s a n t o s v e í a n v i s i o n e s » 5 2 . De s u s p r o p i e d a d e s e m b r i a g a n t e s n os h ab la n además Je nof ont e53, D i o s có r i d e s 5 4 y Plinio55. Se c o n o cí a , a s i m i s m o , e l e s t r a m o n i o (datura stramoniunj, q u e a pa r e c e mencio n a d o e n t e x t o s e g i p c i o s y q u e f u e ampliamente u t i l i z a d o p o r l o s m a g o s y l o s e x o r c i s t a s d e l a A n t i g u e d a d 56, d e donde p a s ó a f o r m a r p a r t e d e u n o d e l o s u n g ú e n t o s m ás u t i l i z a d o s p o r l a b r u j e r í a d e l M e d i o e v o 57 57,, a l i g u a l q u e l a b e l l a d o n a (an¡hropa belladona), q u e e r a bi e n c o n o ci ci d a e n M e s o p o t a m i a y e n e l mundo c l á s i c o 5 8 . E n e s t e s e n t i d o n o de j a de s e r c u r i o s o q u e u n a forma d e m e t a m o r f o s i s r e l a c i o n a d a c o n l a h e c h i c e r í a g r e c o - l a t i n a como e s l a l i ca n t r o p í a 5 9 , h a y a p e r v i v i d o e n l o s s i g l o s p o s t e r i o r e s e s t r e ch c h a m e n t e v i n cu cu la da a u n ungúento d e p r o p i e d a d e s a l u c i n ó g e n a s e n t r e c u y o s i n g r e d i e n t e s s e e n c o n t r a 4 5 Cf. Karageorghis, «A Twelfth-century B C opium pipe pipe...», ...», p. 127. W. van Zeits-S. Boltema, «Paleobotanical Studies of Carthage», Cedac CartItage. 5junio 1983, p. 19 . 4 6 y. C. B. Randolph, «The Mandragora of the Ancients in Folklore and Medicine», Proc, of tIte Am Arts a n d Sciences, XL, pp. 485-537. Am.. A c. of Arts Pharaonic Medicine, E l Cairo, 1965, pp. 288-289. 4 7 H. Kamal, A Dictionary of Pharaonic 4 8 Thorwald, E l alba de la medicina pp. 62 y 167. 4566 b. 4~ Aristóteles, De somno, 45 5 0 Jenofonte, Symp.. 11,24. S I Teofrasto, His. Plan:., VI29. 5 2 Thorwald, El alba de la medicina, pp. 63 y 167; E. Crespo, Plantas venenosas útiles, Bilbao, 1978. p. 32 . ~1 jenofonte Oecon., 1 , ¡3. ~ Dioscórides De mal. mned., VI, 1 5. ~ Plinio, His. Nat., XXV, 35-77; cf. XV, 30 y XXHI94. 5 6 Thorwald, E l alba de la medicina, p. 65; Crespo, Plantas venenosas..., p. 64 . Lass brujas y su mundo. Madrid, 1973, pp. 56-57; F. Donovan Historia de 5 7 J. Caro Baroja, La la brujería. Madrid, 1971, pp. 53-55; M. J. Rarner «El rol de las plantas alucinógenas en la brujería europea», Alucinógenos y chanzanismo (M. J. Harner, Ed.) Madrid, 1976 Pp. 1 37 ss. 5 8 Teofrasto, His. Planí.. VI,2,9; Thorwald El alb alba a de la medicina, p. ¡68. ~9 Plinio, His. Naz., VIII, 81 ; Pausanias, VIII, 3-6; Ovidio Mez., 1,226; Petronio, Sat., 63; Lass Virgilio, Suc., VIII,97; Apolodoro, 111,8,1; Agustín, De civ. Dei, XV111,17; cf. Caro Baroja, La brujas y sv mundo, p. 5 8.
Psicoacíivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
37
6 0 . Tampoco c a r e c e d e s i g n i f i c a c i ó n e l h e c h o, p o c o b a la belladona y el beleño c o n o ci d o , d e q u e u n o d e l o s i n g r e d i e n t e s t í p i c o s d e l a s pócimas y u n g ú e n t o s Antig tigued uedad, ad, el sapo6t, cuyas glándulas pilares d e b r u j a s y hechiceras desde la An c o n t i e n e n u n a s u s t a n c i a q u í m i c a d e a l t o p o d e r a l u ci n ó g e n o , l a « b u f o te te n i n a >, s e a u n e l e m e n t o p s í c o t r ó p i c o m á s e n t o d o e s t e a m p l i o repertorio. De i g u a l f o r m a , s e c o n o c í a n l o s e f e c t o s p s i c o a c t i v o s d e a l g u n o s hongos a l u c i n ó g e n o s . L o s g r i e g o s , p o r e j e m pl pl o , s a b í a n d e l a s p r o pi e d ad e s d e u n hongo r e l a c i o n a d o c o n e l r o b l e , q u e d e s g r a c i a d a m e n t e n o h e m o s p o d i d o i d e n t i f i c a r , a l que se l e r e pu t a ba p r o v o c a r e sta dos d e c l a r i v i d e n c i a 6 2 . I g u a l m e n t e s e é o n o c í a n e n G r e c i a l o s e f e c t o s d e l a c i z a ñ a , q u e s e gú n A r i s t ó t e l e s e r a u n s o m n í f e r o q u e provocaba u n a p e s a n t e z a n á l o g a a l a p r o d u c i d a p o r a l g u n o s v i n o s 6 3 , y a l a q u e s e d e n o m i n a b a como « p l a n t a d e l a l o cu c u r a » 64, L o s a u t o r e s l a t i n o s t a m p o c o d e s c o n o c í a n s u s p r o p i e d a d e s , y a s í , e n u na comedia d e P l a u t o , u n pe r s o n a j e l e d i c e a o t r o que d e b e h a b e r c o m i d o c i z a ñ a , p u e s v e c o s a s q u e n o e s t á n a l l í 6 5 . P l i n i o , p or s u p a r t e , a n o t a q u e e l p a n p r e p a r a d o c o n h a r i n a c o n t a m i n a d a d e c i z a ñ a p r o d u c e v é r t i g o 6 6 . Ahora b i e n , e n s í , la c i z a ñ a , que e s una e s p e c i e de variedad s i l v e s t r e d e l a ce b a d a , n o p o s e e n i n g u n a p r o p i e d a d p s í c o a c t i v a . É s t a s ú n i c a m e n t e l e vi e ne n d a d a s p o r s u i n f e s t a c i ó n p o r u n p o t e n t e hongo a l u ci n ó g e n o , e l c o r n e z u e l o (c/aviceps purpurea), a p a r t i r d e l c u a l Hofmann s i n t e t i z ó e n l o s L a b o r a t o r i o s Sandoz l a « d i e t i l a m i d a d e l á c i d o l i s é r g í c o » , m ás c o m ú n m e n t e c o n o c i d a p o r s u n o m b r e e n c l a v e d e l a b o r a t o r i o : L S D - 2 5 . L o s a n t i g u o s g r i e g o s y l a t i n o s p a r e ce n h a b e r e s t a d o a l t a n t o d e l a s p r o p i e d a d e s d e e s t e hongo q u e a t a c a t a m b i é n a l a c e b a d a y e l ce nt e no . En p r o b a b l e r e l a c i ó n c o n e l l o T e o f r a s t o s e ñ a l a q u e l a cizaña d e S i c i l i a s e d i s t i n g u í a d e l a d e G r ec i a e n que n o po s e ía l a s p r o pi e d ad e s s e ñ a l a d a s 6 7 . E ll o t i e n e u na e xp li ca ci ón o b v ía : a q u é l l a n o so lía e s t a r i n f e s t a d a p o r e l c o r n e z u e l o . E s t e hongo e r a d e n o m i n a d o erysibe p o r l o s g r i e g o s y s e c o n s i d e r a b a a l a c e b a d a como e s pe c i a l m e n t e s u s c e p t i b l e d e s u i n f e s t a c i ó n 6 8 l o que e s s i n d u d a u na c l a r a p r u e b a d e s u c o n o c i m i e n t o botá nico . T g u a l m e n t e l o s g r i e g o s a f i rm rm ab a b an a n q u e e l narkissos c o n e l q u e f u e e n g a ñ a d a Pe r sé f on e p a r a f a c i l i t a r s u r a p t o , e r a u na p l a n t a n a r c ó t i c a y que s u n o m b r e s e d e r i v a b a d e l a d o rm rm e c i mi mi e n t o q u e p r o v o c a b a 69 . Q t r o p o d e r o s o n a r c ó t i c o , e l h e l é b o r o n e g r o (he/leborus niger), e r a i g u a l m e n t e c o n o c i d o y s e 3. de Nynald, De la lycanthropie zransformaxion el l extase extase des sorciers, Paris, 1615 citado en Harner, «El rol de las plantas alucmnogenas...» p. 1 54 S s.; cf. Donovan, Historia de la bnujeria, p. 68-69. ~ Horacio, Epod., 2277 (Edmonds). 6 2 Antifanes,frag. 22 6 3 Aristóteles, De somno, 4 5 6 b 2 9. 64 Dioscórides, De ,nat. mc mcd., d., II, ¡00. ~5 Plauto Miles Olor.. 315-323. ~ Plinio, Bis. Na:., XVIII, 44. 6 ? Teofrasto, Bis. Plan:., VIII, 8,3. 6 8 Teofrasto, Bis. Plan:., VIII 8,3; VIII, 10,2. 6 9 Plutarco, Mor., II 647 b ; Dioscórides, D e m n a t. mcd., IV, 161. 60
Carlos González Wagner
38
d e c í a q u e s u e f e c t o e r a t a n p o t e n t e q u e p o d í a i n t o x i c a r a qu ie ne s l o a r r a n c a b a n 7<>, Tan e x t e n s o c o n o c i m i e n t o s o b r e p l a n t a s p s i c o t r ó p i c a s r e p e r c u t i ó d e forma s i g n i f i c a t i v a e n l a s p r o p i e d a d e s e m b r i a g a n t e s d e l o s v i n o s a n t i g u o s , y e n p a r t i c u l a r d e l v i n o g r i e g o : «Como s u ce d e c o n e l d e c a s i t o d o s l o s p u e b l o s p r i m i t i v o s , e l v i n o g r i e g o n o c o n t e n í a s o l a m e n t e al coh ol como ú n i c a t e , s i n o qu e , p o r l o c o m ú n , e r a u n a m e z c l a d e v a r i o s s u s t a n c i a e m b r i a g a n te p r i n c i p i o s t ó x i c o s . A pe sa r d e l a s te nde ncia s p u r i t a n a s d e l o s e s t u d i o s c l á s i c o s p o d e m o s e s t a r a b s o l u t a m e n t e s e g u r o s d e e s t o . Como e l a r t e d e l a d e s t i l a c i ó n c i d o e n Europa s i n o h a s t a l a E d a d M e d i a , e l c o n te n i d o a l c o h ó l i c o n o f u e c o n o ci d e l v i n o g r i e g o ( y p or e n d e d e t o d o e l v i n o a n t i g u o ) n o p o d í a e x c e d e r d e u n c a t o r c e p or c i e n t o , c o n c e n t r a c i ó n a l a c u a l e l a l c o h o l d e l a f e r m e n t a c i ó n n a t u r a l resulta l e t a l pa ra l a l e v a d u r a que l o p r o d u c e y po r consi guie nte a c a b a e l p r o c e s o . L a ú n i c a m a n e r a d e p r e p a r a r v i n o s m ás f u e r t e s e s r e f o r z a n d o l a b e b i d a c on a l c o h o l a d i c i o n a l , a i s l a d o m e d i a n t e e l a l q u i t a r a m i e n t o ; l a s i m p l e e v a p o r a c i ó n n o e l e v a r í a e l contenido alcohólico del vino, ya que el alcohol, c u y o p u n t o d e e b u l l i c i ó n e s i n f e r i o r a l d e l a g u a , s e n c i l l a m e n t e e s c a p a r í a p or e l a i r e , d e j a n d o e l p r o d u c t o f i n a l m á s f l o j o y n o m ás c o n c e n tr a d o . E l a l c o h o l m i s m o e r a d e s co n o c i d o , y e n g r i e g o a n t i gu o n o e x i s t e p a l a b r a p a r a nombrar -
lo»
70b No o b s t a n t e , e l v i n o g r i e g o e r a t a n p o t e n t e q u e e r a p r e c i s o d i l u i r l o e n a g u a , l o q u e s e h a cí a g e n e r a l m e n t e e n u n a proporción de tres partes a una. P e r o h a b í a v i n o s m á s f u e r t e s q u e e x i g í a n u n a c o n c e n tr a ci ó n a ú n m e n o r : P l i n i o i n f o r m a d e u n o q u e p a r a s e r b e b i d o s i7n1 p. e l Ei gnr o oecraas inoenceess a rsie o mmeeznccliaornl ao o r aml eo ntme e nq ou se , e nocho o n ,e cípfic e l v i np oa r ht ae sy ud ne a ad gu r oag a , como e l e j e m p l o y a c i t a d o d e ec sp H e l e n a 7 2 , y P l u t a r c o , c o n o c a s i ó n d e l a s A n t e s t e r i a s , s e ñ a l a asimismo que e n e l v i n o h a b í a u n a d r o g a c a u s a n te d e q u e s e a b r i e s e n l o s s e p u l c r o s y l o s e s p í r i t u s d e lo s difuntos pu d i e r an r e g r e s a r a A t e n a s p a ra e l b a n q ue t e 7 3 . T a m b i é n P l i n i o i n f o r m a e n e s t e s e n t i d o : l a a d e l f a (neruum oleander) s e a ñ a d í a e n o c a s i o n e s a l v i n o c on o b j e t o d e a u m e n t a r s u p o d e r e m b r i a g a n t e 7 4 . No s e p r e t e n d e a f i r m a r c o n e s t o q u e t o d o s l o s v i n o s a n ti g u o s s e d i s t i n g u i e r a n p o r s u s i n g u l a r p o te n c i a p s i c o a c t i v a como r e s u l t a d o d e l a a d ic i c ci ci ó n d e e l e m e nt o s t ó x i c o s ; e v i d e n t e m e n t e e s t o n o e r a a s í . P e r o e n d e t e r m i n a d a s o c a s i o n e s l o s v i n o s , y e n c o n cr e t o l o s v i n o s g r i e g o s , p o d í a n a c t u a r como p o d e r o s o s i n d u c t o r e s d e e s t a d o s d e t r a n c e e x t á t i c o s a l habérse l e s a u m e n t a d o s u p o te n c i a e m b r i a g a n t e a ñ a d i é n d o l e s h i e r b a s y p l a n t a s d e c a r ác t e r p s i co t r óp i c o. E l p r op i o Pl at ó n a f i r m a b a e n e s t e s e n t i d o que lo s v i n o s r e s e r v a d o s p a r a p r o p ó s i t o s r e l i g i o s o s e r a n m u c h o más t ó x i c o s q u e l o s 70
Teofrasto,
70b
Bis. Plata.,
IX, 8-lo.
Eleu eusi sis. s. Un Una a solu soluci ción ón R . Gordon Wasson-A. Hofíman-C. C . P . Ruck, El camino a El México, 1980, Pp. 148-49. 53;; cf. Wasson-Hofmann-Ruck, El camino a Eleusis.... p. 149. XIV 53
enigma de lo loss misterios. 7’ Plinio, Bis. Nal., 7 2 od., IV, 220 ss.
6555 e. Plutarco Mor., III, 65 45.. ~ Plinio, Bis. Nat., XXI, 45 73
al
Psicoactivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
39
75.. Como veremos habituales ya qu quee co conn ellos se pretendía provocar la locura75 en seguida, un licor sem semeja ejante nte debía debía ser bebido bebido po porr las ménades en sus
r i t u a l e s e x t á t i c o s e n honor a D i o n i s o s . Las p r o pi e d ad e s e x t á t i c a s de a l g u n o s v i n o s a nti gu os n os llevan a t o c a r e l tema de l a s b e b i d a s r i t u a l e s e n t r e l o s i n d o e ur o pe o s . F e l iz me n te e l etnom¡col o g o R . Gordon W a s s o n h a i d e n t i f i c a d o e l p r i n c i p i o a c t i v o d e l Soma, l a p ó c i m a r i t u a l d e l o s t e x t o s v é d i c o s , c o n e l p o t e n t e hongo a l u c i n ó g e n o amanita nuuscaria76. Ahora b i e n , e l Haoma d e l A v e s t a r e s p o n d e e x a c t a m e n t e a l Soma d e l o s V e d a s . L a o f r e n d a d e l Haoma e s e l c e n t r o d e l r i t u a l m a z d e i c o , como l a o f r e n d a d e l Soma c o n s t i t u y e e l c e n t r o d e l r i t u a l v é d i c o . A l i g u a l q u e e l Soma, e l Haoma e s a l a v e z u n d i o s , u n a p l a n t a s a gr gr a da y l a b e b i d a m í s t i c a q u e d e e l l a s e e x t r a e . Y t a n t o e n u n c a s o como e n o t r o s e t r a t a d e u n a p l a n ta
embriagante que concentra en si las virtudes naturales y las sobrenaturales.
A s í , l a l i t u r g i a a v é s t i c a a t r i b u y e a l a b e b i d a s a gr gr a da l a s v i r t u d e s d e c u r a c i ó n , d e f u e r z a , d e l o n g e v i d a d d e p r o s p e r i d a d d e sabiduría y de inmortalidad que l o s himnos v é d i c o s c e l e b r a n a p o r f í a c u a n d o c a n t a n a l Soma77. Todo e l l o h a c e m uy p o s i b l e , a u n q u e l o s t e x t o s d e l A v e s t a se an m u c h o menos a n ti g u o s q u e l o s himnos v é d i c o s q u e e n l a r e l i g i ó n d e l o s a n t i g u o s i r a n i o s l a b e b i d a procedimi dimiento ento litúrg litúrgico ico r i t u a l q u e s e constituía en el centro de todo e l proce c o n t u v i e r a a l g ú n t i p o d e principio psicoactivo de origen vegetal, aunque no t i e n e p o r q u é s e r n e c e s a r i a m e n t e e l q u e c a r a c t e r i z a b a a l Soma. P o r o t r a p a r t e , W a t k i n s h a r e v e l a d o q u e l a s f ó r m u l a s empleadas e n e l p o n d e n ci c i a s p r e c i s a s y f o r m a l e s c on l o s r i t u a l v éd i co d e l Soma m u e s t r a n c o r r e s po i n g r e d i e n t e s y p r o c e d i m i e n t o s p a r a l a p r e pa r a c i ó n d e a l g u n a s pócimas r i t u a l e s o m á g i c a s e n e l mundo g r i e g o , como l a p ó c i m a d e C i r c e 78, l a b e b i d a p o n d e n ci c i a s re pre se nta n O , p o r l o q u e t a l e s c o r r e s po d e N é s t o r 7 9 y l a d e D é m e t e r 8 O, u n i n d i c i o s e gu r o d e que e l p a t ró n gr ie go r e f l e j a e n e s t e c a s o l a s l i b a c i o n e s r i t u a l e s d e l a v i e j a r e l i g i ó n indo-irania8’. P r e ci s a m e n t e u n a p a r t e e s e n c i a l d e l r i t u a l c on e l q u e c u l m i n a b a n l o s m i s t e r i o s d e E l e u s i s c o n s i s t í a e n b e b e r e l
había preparado para Démeter a instancias de la diosa y cuyos ingredientes eran la cebada, la menta y e l agua83. Nadie pone actualmente en duda que lo que ocurría en e l Telesterion
82,, l a b e b i d a s a g r a d a q u e M e t a n i r a kykeon 82
~ Platón, en Diógenes Laercio III, 39 ; cf Wasson.Hofmann-Ruck. El camino a Eleusis.... p. 152. Jmmortaliíy, Nueva York, 1968: cf D. H . 7 6 It. Gordon Wasson, Soma, Divine Mushroom of Ingalis, «Remarks on Mr. Wassons Soma,> Jour. of Am. Am. Or. Socieíy. 91,1, 1971, Pp. 188-191; W. la Barre American Aníhropologist, 72,5, ¡970, Pp. 368-373. 7 7 Felice, Venenos sagrados..., p. 208; E . O. James, Historia de las religiones, Madrid, 1975, Less religions de lOriente Ancicn, Paris, p. 80 ; E. Drioton.G. Contenau-J. Duchesne Guillemin, Le 1957, p. 106: J. Duchesne Guillemin, «La religión del antiguo Irán», Historia Religionum (C. J. dell Pasado, Madrid, 1973, Pp. 327-28 y 348. Bleeker-G. Widengren, eds.). 1, Religiones de 7’ 0< 1, X, 233 ss., 314 ss. 7~ II., XI 634 ss ss.. ~ Himno homérico a Démezer, 210. ~~C . Watkins, Indo-European Suudies III, Cambridge, 1977, pp. 468-98, citado en WassonHofmann-Ruck, El camino a Eleusis..., p . ¡32. II.. 1 8 . 8 2 Clemente de Alejandría, Prot., II Dénzet zeter, er, 206-211; cf. W. F . Otto, «The Mean Meaning ing of Eleusian 8 3 Himno Itomérico a Dén Mysteriess>, TIte Mysteries (J(J.. Campbell, cd.) Nueva York, 1955 p. 1 8 .
Carlos González Wagner
40
de
E l e u s i s n o con consis sistía, tía, com comoo alg algun unaa vez se había imaginado, en una
representación dramática. Tal cosa no tiene soporte alguno en la evidencia 84.. Era una «visión» que proporcionaba un en la literaria 84 arqueológica ni conocimiento absolutamente nuevo, asombroso, y que no podía ser aprendid o p or v í a d e l a r a z ó n n i d e l a e x p e r i e n c i a 8 5 ; a l g o q u e d i f e r e n c i a b a a l i n i c i a d o («epoptes»: e l q u e h a b i a v i s t o ) d e a q u e l l o s q u e n o l o e r a n , y q u e , p o r t a n t o , p e r m a n e c í a n c o n l o s oj os c e r r a d o s (niystai)56. E s t a r e v e l a c i ó n espritual se p r o d u c í a d e forma h o m o g é n e a e n t o d o s l o s a s p i r a n t e s a l a i n i c i a c i ó n y d e b í a s e r p r o v o c a d a , p o r t a n t o , p o r a l g ú n m e d i o q u e a c t u a s e d e l a m i s m a forma s o b r e t o d o s e l l o s . H a c e y a a l g ú n t i e m p o q u e K e r e n y i ha insinuado que el kykeon, l a b e b i d a r i t u a l d e E l e u s i s , p o s e í a p r o p i e d a d e s p s i c o a c t i v a s c a p a c e s d e p r o d u c i r u n a e x p e r i e n c i a h o m o g é n e a e n l o s q u e r e c i b í a n l a iniciación; t a l e s p r o pi e d ad e s r e s i d i r í a n , s e g ú n e s t e a u t o r , e n u no d e s u s i n g r e d i e n t e s : l a m e n t a o Nec/ion, o r d i n a r i a m e n t e i d e n t i f i c a d a como pó l e o (nientha pulegium), planta con una ligera actividad psicot rópica87. Ta l interpret ación h a sido r e ci e n te m e n te r e c h a z a d a por Wasson, Hofmann y R u c k q u i e n e s , basándose e n u n amplio y profundo e s t u d i o d e l o s contenidos herbóreos y botánicos de d i v e r s o s m i to s g r i e g o s c o n t r a s t a d o s c o n l a e v i d e n c i a l i t e r a r i a y a r q u e o l ó g i c a ,
sostienen que e l kyleon eleusiano debía sus potentes propiedades psicoactivas a la infestación de uno de su suss componentes, la cebada, por el activo hongo a l u c i n ó g e n o claviceps purpureo88. E l l o v e n d r í a a e x p l i c a r d e p a s o , l a e x i s t e n c i a d e d e t e r m i n a d o s s í n t o m a s f i s i c o s que acompañaban l a r e v e l a c i ó n :
sudores fríos y sensación de vértigo89, comunes en las experiencias con a l u ci n ó g e n o s . En E l e u s i s s e mezclaban d e e s t a forma d o s t r a d i c i o n e s , l a c t ó n i c a y l a o l í m p i c a , p o r l o q u e c o n s t i t u y e u n t e s t i m o n i o d e l desarrollo de la r e l i g i ó n d e l o s t i e m p o s p r e - h e l é n i c o s a l o s h e l é n i c o s 9 0 : «A s í t a m b i én , e n l a s t r a di c i on e s m í t i ca s Démeter llega a E l e u s i s p r oce de nt e de la i s l a minoana de C r e t a m i e n t r a s e l p r i m e r hierofante de los misterios de la diosa remontaba c e n d e n ci c i a a u n a f a m i l i a d e l septentrión de Tracia- El propio cornezuelo, s u a s ce como e l v i n o q u e s e o r i g i n ó e n l a s t i e r r a s d e l M e d i t e r r á n e o , pr e se nta u n a 84
Otto, «The Meaning of the Eleusian Mysteriess> P P . 24 y 26-7; C . O. JungJung-C. C. Kerenyi Kerenyi,,
Essays on a
Science of Mythology. TIte MyzIt of tIte tIte Divine CItU d
an d tIte Mysteries of Eleusis,
Princeton 1963 p. 141; C . Kerenyi. Eleusis: ArcItetypal Image of MotIter and Daugíher, Nueva York, 1967, Pp. 26-27. 8 5 Aristóteles frag. 1 5, citado por Sinesio Or., 48; cf. Otto, «The Meaning of the Eleusian Mysteries» P P . 21-24; Jung-Kerenyi, Essays on a Setence of Mythology..., Pp. 1 5 2 y 181. 8 6 Los mystai eran los iniciados en los ritos menores de Agrai; el significado de «cerrar» que contiene este término ha sido interpretado en el sentido de que el neófito cerraba los ojos y la Myrhology.... p. 139; boca, encerrándose en s i mismo (cf. Jung-Kerenyi, Essays on a Science of Myrhology.... Kerenyi Eleusis.... p. 46). Los mystai eran, por tanto, los aspirantes a los misterios mayores que se celebraban en Eleusis (cf. Kerenyi, Eleusis... Pp. 46-7), oponiendo de esta forma la oscuridad propia de la iniciación menor (cf. Jung-Kerenyi, op. cit.. p . 139) con la «víston,> de la inícíaclon mayor. 8 7 Kerenyi, Eleusis..., Pp. 171-180. ss.. 1 96 ss (passim). 8 8 Wasson-Hofmann-Ruck, E l camino a Eleusis.... pp. 53 ss. 1 3 1 ss.. ¡69 ss 8 9 Plutarco,frag. 1 78 (Estobeo,IV,52,49): Temisrio, Or.,XX,235; cf. Wasson-Hofmann-Ruck, El camino a Eleusis..., P P. 137-38. 9 0 Otto, «The Meaning of M e Eleusian Mysteries». P P . 15-16; Jung-Kerenyi, Essay.s on a Scicnce of Mvthologv Pp. 1 3 6 ss.
Psicoaetivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
41
t r a s m u ta c i ó n p e r f e c t a d e l e n t e ó g e n o ( e q u i v a l e n t e a p s i c o a c t i v o ) i n d o e u r o p e o 9 l. s i l v e s t r e , e n una v a r i e d a d c u l t i v a d a > Todo l o d i c h o e n ú l t i m o t é r m i n o n o s l l e v a a p l a n t e a r d i r e ct a m e n t e , a l a l u z d e l o s t e s t i m o n i o s a r q u e o l ó g i c o s y l i t e r a r i o s l a relación existente entre la ingestión de plantas ps ic otr óp ic as y determina dos r i t u a l e s religiosos e n l a A n t i g u e d a d . En e s t a l í n e a , H e r ó d o t o c u e n ta como l o s e s c i t a s e n e l c u r s o d e s u s c e r e m o n i a s f u n e r a r i a s « s e encierran en sus cabañas y después arrojan e l g r a n o ( d e l c á ñ a m o ) s o b r e p i e d r a s e n c e n d i d a s p o r e l f u e g o . Y l o a r r o j a d o
aromatiza y ofrece una evaporación tal, que ninguna evaporación griega lo a v e n t a j a r í a ; p e r o l o s e s c i t a s , complacidos por la evaporación, prorrumpen en a l a r i d o s » 9 2 . E l c á ñ a m o e r a también u t i l i z a d o p o r l o s t r a c i o s e n e l c u r s o d e s u s c e r e m o n i a s r e l a c i o n a d a s c o n e l c u l t o a S a b a c i o 9 3 , y muy p r e s u m i b l e m e n t e , y e n u n s e n t i d o s i m i l a r , p or l o s g e t a s 9 4 . H e r ó d o t o s e ñ a l a t a m b i é n q u e l o s
massagetas, parientes de los escitas, «han descubierto ciertos árboles que producen f r u t o s c o n las siguientes características: cuando se reúnen en grupos ta d os e n c í r c u l o a s u e n u n l u g a r d e t e r m i n a d o , e n c i e n d e n f u e g o y l u e g o , s e n ta
alrededor los arrojan a las llamas; y mie mientr ntras as el fruto arrojado se va consumiendo, se embriagan al aspirar su aroma como los griegos con el vino; c u a n t a más f r u t a a r r o j a n má s s e e m b r i a g a n , h a s t a q u e a c a b a n p o r l e v a n t a r s e a b a i l a r y po n er s e a c a n t a r » 9 5 . S i n embargo, e l u s o d e p o te n t e s p s i c o a c t i v o s d e o r i g e n v e g e t a l e n e l c o n te x t o d e c e l e b r a c i o n e s r i t u a l e s , n o e r a a l g o e x c l u s i v o d e l a s c e r e m o n i a s d e c a r á c t e r c h a m a n í s t i co co pr op i as d e e s t a s c u l t u r a s n o u r b a n a s , e n l a s que l a s c r e e n c í a s r e l i g i o s a s g i r a n fundamentalmente e n t o r n o a u n c h a m a n i s m o e x t á t i c o q u e impone l a e x i s t e n c i a d e e s t a d o s d e t r a n c e 9 6 . L a e m b r i a g u e z r i t u a l provocada p o r l a s emanaciones d e l c á ñ a m o n o e r a d e s c o n o c i d a p a r a l o s a s i r i o s , q u e u t i l i z a b a n e l quunahu como i n c i e n s o e i n d u c t o r d e t a l e s e s t a d o s 9 7 . Tampoco e r a d e s c o n o c i d a p a r a l o s a n t i g u o s i r a n i o s 9 8 , e n c u y a i m po r ta n ci a r e l i g i ó n d e b i ó o c u p a r e n a l g ú n momento u n l u g a r d e s t a c a d o : ~
significa asimismo «enbriaguez borrachera». Los himnos a las divinidades Wasson-Hofn,ann-Ruck, El carnina a Eleusis p. 229. Herodoto, IV 74-75. 93 Mela, II 21 ; cf Rohde, Psique..., p. 314. ~ Est Estrab rabón ón VII,3,3; cf Eliade El Chamanismo..., p. 306. ~ Herodoto, 1,202,2. ~ Eliade, El cIta,nanismo..., pp. 3 06 y 309. Less Paradis art
Carlos González Wagner
42
a l u d e n t a m b i é n a l é x t a s i s p r ov ov o c a d o p o r l a i n t o x i c a c i ó n c o n s e t a s . . E s t a s p r u e b a s d e m u e s t r a n q u e e l prestigio mágico-religioso de la intoxiación con -
99.. fines extáticos es de origen iranio»99
No s o n é s t o s , p o r s u p u e s t o , l o s ú n i c o s e j e m p l o s . Ya h e m o s a l u d i d o a l a
utilización del estramonio y el beleño por los magos y adivinos en Mesopotamia, Egipto y otros lugares del mundo antiguo. Kriticos ha mostrado en un excelente trabajo cómo durante el Min Minoic oicoo Tardío III el opio era consu consumido mido p o r los participantes en determinadas ceremonias religiosas, ya que provocaba estados de éxtasis durante el desarrollo del ritual l O O La existe existencia ncia de p r ác t ic a s s i mi l ar e s e n Ch ip r e d u r a n t e e l mismo pe r í od o h a sido, a s i m i s m o ,
señalada por Karag Karageorgh eorghis, is, quie quienn las relaciona, al igual que en e l caso a n t e r i o r , c o n e l c u l t o a a l g u n a d i v i n i d a d d e l a f e r t i l i d a d s e m e j a n t e a la «D «Dio iosa sa d e l a s a d o r m i d e r a s » d e Oazi
Aunque 10¾
l a e vid e nci a e s e n e s t e caso menos
clara, Merrilles apunta que un uso similar del opio en relación con contextos
d e c a r á c t e r r i t u a l s e p o d ía h a be r p ro d uc id o e n E g ip t o 102 En cual qui e r c a so l a l i t u r g i a e g i p c i a n o e r a d e l t o d o e x t r a ñ a a prácticas semejantes, como se
desprende, por ejemplo, del uso de bebidas fuertem fuertemente ente embr embriaga iagantes ntes d u r a n t e l a f i e s t a d e H a t h o r , « d i o s a protectora de la alegría extática y festiva q u e s i g u e a l a embriaguez» 1 0 3 E l mundo m i c é n i c o también p a r e ce h a b e r c o n o c i d o l a u t i l i z a c i ó n r i t u a l d e l o pi o e n r e l a c i ó n c o n a l g ú n t i p o d e c u l t o a l a f e r t i l i d a d lO ’~ En u n bi e n c o n o c i d o s e l l o de u n anillo de o r o pr o ce d e n t e de Micenas l a a d o r m i d e r a a pa r e c e a s o ci a d a a u n a d i v i n i d a d femenina v i n cu c u l a d a c o n a l g u n a forma d e c u l t o a l á r b o l 1 0 5 Como e s s a b i d o , l a a d o r m i d e r a e s u n a m a l e z a t í p i c a d e l o s
cultivos de gramíneas, lo que viene a explicar su relación con las divinidades d e l a f e r t i l i d a d y a q u e e s t e ú l t i m o a s pe ct o e s t a m b i é n u n r a s g o g e n e r a l i z a d o d e l a s d i v i n i d a d e s a g r í c o l a s . No e s d e e x t r a ñ a r , p o r t a n t o , e l u s o f r e c u e n t e d e e s t a d r o g a e n los santuarios de Astarté-Afrodita en el Mediterráneo Oriental, e n l o s q u e e l « u s o d e l o pi o c o n t r i b u í a e n l o s s a c r i f i c i o s e n s u honor e x ci t a n d o e l d e s e o s e x u a l » ’ 0 6 ; n i q u e d i v i n i d a d e s a g r í c o l a s como D é m e t e r a p a r e z ca n
~ Elia Eliade de El chananismo..., p. 3 13 Bemerkun-O. Kriticos «Ocr Mohn, das Opium und Un Gebrauch im Spátminoic Spátminoicum um III. Bemerkun gen zu dem gefundenem Idol der minoischen Gottheit des Mohns», Prakiika ¡es Akademias AtItenon, 351 1960, p. 7 1. 1 0 1 Karageorghis «A Twelfth-century B C opium pipen, pp. 125-29. 1 0 2 Merrillees, «Opium Trade...», p. 292. 1 0 3 C . O. Bleeker, «La religión de¡ Antiguo Egipto», Historia Religionun, (C. J. Bleeker-O. Widiengreen, eds.) 1 . Religiones del Pasado, p . 80 80.. Sobre las bebidas embriagantesen la fiesta de Hathor, cfcf.. ANET. 1 , p. II; Ch. Maystre, filFA .0.. XL, 1941, P P . 72-73. Es preciso tener e n cuenta que Hathor es desde un principio, una Diosa-Madre y , por tanto, una divinidad de la fertilidad, cf. &G. Baumgártel, TIte Cultures of Prehisíoric Egypt. Oxford 1955, p. 3¡; E. O. religión ión del hombre prehistórico, Madrid 1973, Pp. 311-12; 1 - 1 . Frankfort, Reyes y James, La relig Dioses. Madrid, ¡983, pp. 89-90 y ¡92s. P P . 99 S s.; E . A. 5 . Buuerworth, art 1 0 4 Kritikos-Papadaki, «M qxr‘ña; cropí•Y ¡he Pre-Olyinpian World fi, (Jreek Lii eroture and MytIt, Berlin, 1966, p . 175, Some Som e Trace Tracess of ¡he 0 5 M. P . Nilsson, TIte Minoan-Mycenean Religion and fis Survival in Greek Religion. Lund, 1969, p . 347. 1 0 4 Karageorghis, ‘ < A Twelfth-century B C Opium pipo...». p. 129. ‘~
ti
...»,
Psicoactivos. misticismo y religión en el mundo antiguo
43
d e s d e u n p r i n c i p i o c l a r a m e n t e r e l a c i o n a d a s c o n l a a d o r m i d e r a 897, E s t a c o n e x i ó n e n t r e l a s d i v i n i d a d e s a g r í c o l a s y d e l a f e r t i l i d a d y l a adormidera a pa r e ce t a m b i é n c o n c l a r i d a d e n l a s f u e n t e s literarias: por no citar más que c o r d a r q u e P a u s a n i a s r e f i e r e como e n l a s p r o x i m i d a d e s d o s e j e m pl os , b a s t e r e co d e l s a n t u a r i o de Asc Asclép lépido idoss en Sicyón —que, según vimos, en un principio se l l a m a b a Mecone ( a d o r m i d e r a ) — s e l e v a n t a b a u n a e s t a t u a d e A f r o d i t a q u e s o s t e n i a u na a d o r m i d e ra e n l a m a n o 1 0 8 . V i r g i l i o h a b l a , asimismo de l a
«adormidera de Ceres»’69. El uso ritual de psicoactivos vegetales tampoco escapó a la posterior
c u l t u r a g r e c o - r o m a n a . Como d i c e N i l s s o n , « h a y e n t o d o hombre, p o r humilde q u e s e a s u c o n d i c i ó n , u n a n h e l o l a t e n t e d e c o m u n i ó n c o n l o d i v i n o d e s e n t i r s e e l e v a d o d e l o t e m p o r a l a l o e s p i r i t u a l . E s t a forma d e é x t a s i s e n c o n t r ó s u h e r a l d o e n e l d i o s q u e , j u n t o c on A p o l o , s e h a b í a g r a b a d o c q n
m a y o r f u e r z a e n e l sentido religioso de la época: Dionisos» lí líQ Q P r e ci s a m e n t e e x i s t e n u na serie d e t e s ti m o ni o s que muestran l a r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e e s t a d i v i n i d a d y a l g u n a s p l a n t a s p s i c o t r ó p i c a s . Conservamos, p o r e j e m p l o , r e p r e s e n t a c i o n e s d e v a s o s g r i e g o s e n l o s q u e D i o n i s o s a pa r e ce a t e n d i d o p o r l a s m é n a d e s y coronado d e c á p s u l a s d e a d o r m i d e r a 111, N u e s t r a s p r o p i a s f u e n t e s a f i r m a n q u e l a h ie dr a q u e l a s m é n a d e s r e c o g í a n e n s u s thyrsoi — e s p e c i e d e c a ñ a s h u e c a s q u e l o s r e c o l e c t o r e s d e h i e r b a s usaban p a r a m a n t e n e r l a s f r e s c a s ( T e o f r a s t o , !-Iis. Plan., I X 1 6 , 2 ) — p o s e í a p r o p i e d a d e s p s i c o a c t i v a s 1 1 2 Dc i g u a l f o r m a , a l o d i ch o a n t e r i o r m e n t e e n r e l a c i ó n a l a nat ura le za de a l g u n o s v i n o s g ri e go s a los q ue s i n d u d a , s e a g r e g a b a a l g ú n t i p o d e p l a n t a s p s i c o t r ó p i c a s c on e l f i n d e p o t e n c i a r s u s p r o p i e d a d e s e m b r i a g a n t e s , d e b e m o s a ñ a d i r a h o r a q u e e x i s t e u n a evidencia semejante respecto al v i n o u t i l i z a d o como i n d u ct o r d e l o s t r a n c e s e x t á t i c o s e n l a s c e r e m o n i a s d i o n i s i a c a s . A s í , l a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e l o s v a s o s u t i l i z a d o s p a r a l a ceremo n i a d e l a s L e n e a s muestran cómo s e a g r e g a n h i e r b a s a l v i n o s a g r a d o d u r a n t e ch o , « e s t o s v a s o s l a m i x tu t u r a , e n p r e s e n c i a d e l a e f i g i e d e D i o n i s o s 1 1 3 . De h e ch muestran a l a s d e v o t a s d e l d i o s e n e s t a d o s d e é x t a s i s o l o c u r a , m i e n t r a s m e z c l a n e l v i n o e n u n Krater, o « v a s i j a p a r a m e z c l a s » , e n u n a m e s a t r a s d e l a cual s e y e r gu e e l p e d e s t a l enmarcado d e l dios. Encima d e l a mesa o Una a v a s i j a pr e se nta i n c l u s o pendiendo d e e l l a h a y d i v e r s a s p l a n t a s y h i e r b a s . Un a u n a m u j e r q u e a ñ a d e a l krater u n a p i z c a d e a l g u n a h i e r b a »” 4 . T o d o e s t o a u m e n t a l a s o s pe c h a d e q u e e l t r a n c e m e n á d i c o e s t a b a fundamentalmente p r o v o c a d o p o r l a ingestión de un vino al que se le habían añadido
Nilsson TIte Minoan-Mycenean Religion..., p. 347, nota 22 . Pausanias, II, 10,5. vfr~llk~, Georg., IIII,, 214. Greek Religion, Oxford, 1925, p. 205. líO M. P . Nilsson, A History of Greek III A. D . Trendalí, Frúhitaliotische Vasen, Leipzig, ¡938, lám. 24 . 75;; Nicandro, Alex., 11,176, cf. Wasson-Hofmann-Ruck 1 1 2 Plinio Bis. Nal., XXIV, 75 camino a Eleusis.,., p . 146. ‘‘3 Cf. A . Frickenhaus, Lenilenvasen. Berlin, 1 91 91 2 f igig . 72 7 2 ; A. Picard-Cambridge. .4¡henian Dramatic Fesrivals, Oxford, 1962, p. 30 30.. ‘4 Wasson-Hoffmann-Ruck El camino a Eleusis..,, p. 152, nota 7 7. 10 7 08 10 9
El The
Carlos González Wagner
44
d e t e r m i n a d a s p l a n t a s c on e l f i n d e c o n v e r t i r l e e n u n l i c o r d e p r o p i e d a d e s p s i e o a c t i v a s . E l t r a n c e e x t á t i c o p r o v o c a d o p or s e m e j a n t e l i c o r e r a r e f or z a d o
mediante otros procedimientos y técnicas paralelas, como son sobre todo las
c a r r e r a s y d a n z a s r i t u a l e s , q u e c o n s ti t u y e n t a m b i é n u n medio d e p r o v o c a r e l t r a n c e , m uy d i f u n d i d o e n l a A n t i g u e d a d . . A s í , e n O r i e n t e d e s t a ca n l o s nebt¡n h e b r e o s y e l p r o f e t i s m o e x t á t i c o cananeo (naMs), a m b o s muy i n t e r r e l a c i o n a d o s , que e n m i t a d de l a e x a l t a c i ó n de l a m ú s i c a y l a d a n z a r e a l i z a b a n s u s p r o f e c í a s 1 1 5 . T a m b i é n e n G r e c i a p o s e e m o s m a n i f e s ta c i o n e s e n a l g ú n modo
semejantes, como la de los que se iniciaban en los misterios de Eléusis, que
to a l pasaban l a s e x t a n o c h e c a n t a n d o y d a n z a n d o i n i n t e r r u m p i d a m e n t e j u n to pozo s a g r a d o , a l a p u e r t a d e l s a n t u a r i o t m 1 6 • Asimismo, e l p r o f e t i s m o e x t á t i c o t a m p o c o f u e d e s c o n o c i d o e n G r e c i a . B a jo l a denominación d e b áq ui da s y s i b i l a s , p r o f e t a s y adivinos d e ambos s e x o s h a b í a n r e c o r r i d o G r e c i a y «mediante u n o s c o n o c i m i e n t o s n o aprendi t e » 1 1 7 hacían sus vaticinios y utilizaban la catarsis para d o s p r o f e s i o n a l m e n te a l i v i a r l o s m a l e s d e l e s p í r i t u 11k E l é x t a s i s q u e l o s iluminaba lo encontramos también e n a q u e l l o s o t r o s qu e , como l a p i t o n i s a e n D e l f o s , permanecían v i n cu c u l a d o s a l o r á cu l o d e a l g ú n s a n t u a r i o . E n e s t e s e n t i d o , q u i z á t e n g a a l g u n a s i g n i f i c a c i ó n l a r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e D i o pi p i s o s y A p o l o c on l a m á n t i c a e x t á t i c a q u e c o m e n z ó a p r a c t i c a r s e e n D e l f o s , «t a n a l e j a d a d e l a a n t i g u a
manera apolínea de vaticinar mediante signos susceptib susceptibles les de interpreta c i o n . . . » H9 Qúizá g u a r d e también a l g u n a s i g n i f i c a c i ó n l a a s o c i a c i ó n d e l a P i t i a d é l f i c a c o n e l l a u r e l 120, c u y o s e f e c t o s s o b r e l a p s i q u e n o h a n s i d o
siempre, deliberadamente, ponderados 12¾ Volviendo de nuevo a los misterios de Eleusis, encontramos todo un s i m b o l i s m o v i n c u l a d o a p l a n t a s narcóticas y psicotrópicas a cuyos orígenes y a h e m o s a l u d i d o . Como d i v i n i d a d a g r í c o l a o e s p í r i t u d e l g r a n o 122, D é m e t e r a pa r e c e f r e c u e n t e m e n t e a s o c i a d a a l a a d o r m i d e r a . E s p o r e l l o q u e l a s a d o r m i d e r a s c o n s t i t u y e n u n motivo muy f r e c u e n t e e n l a d e co r a c i ó n e l e u s i n a , s i m b o l i z a n d o , j u n t o c o n l a g r a n a d a —de l a q u e l o s a n t i g u o s g r i e g o s c r e í a n ‘‘5 ‘‘ 5 M. T
Kuenen.
Garcia Cordero, La Biblia
4be
yel legado delAntiguo Oriente,
Madrid. 1977, p. 575, cf. A.
Prophets a n d PropItecv in Israel, Londres, 1877: J. Lindb¡om. Prophecv in Ancient
1963; F . Notscher, «Prophetie im Umkreis des alten Isracís,> Bibí. Zei¡schs., nf., X, 1966 Pp. 161-197; 0. Widenbreen, «Reli «Religión gión judeo-cristia judeo-cristiana», na», Historia Religionum 1. p. 242. 11 6 Eurípides, Ion. 1074 ss cf. Kerenyi, Eleusis..., p. 79 . Otros ejemplos similares los Dass La Labyrinth byrinth,, Túbingen, 1921, p . 91) e n las ceremonias en tenemos en Delos (cf H . Dicís Da honor del joven Apo¡o, o en las Megalesias romanas (cf Ovidio, Fast., IV 2 57 ss., 29¡ ss.). En realidad, danzas rituales y extáticas se encuentran m u y difundidas e n todas las culturas; e n contextos eclesiásticos suelen acompa acompañar ñar determ determinadas inadas ceremonias, cf nota 185. ~ Rohde, Psique..., p . 350. Iii Herodoto 1 , 6 2; IX, 94 ; Pausanias, X , 121; Plinio Bis. Nal., VII 1 7 0 S s.; Esquilo, 364ss. Psique..., 19 Rohde, p. 344; religión griega, Madrid 1977 Pp. cf R . Martin-H. Agam., 1114, ¡216; Cicerón, De divinat., 1,18,34; Metzger, cf. Rohde,LaPsique..., 1 77 S s.; H. W. Parke, Greek Oracles, Londres, 1967, Pp. 39 ss. 20 Parke, Greek Oracles, p. 75 . 1 2 1 Martin-Metzger, La religión griega, p. 5 5. Gréce antiq antique, ue, Paris. cf.. La religion populaire dans la Gréce 1 22 Esta última es la tesis de Nilsson cf ¡954, Pp. 69 ss., contra: Otto, «The Meaning of the Fleusinian Mysteriesss, p. ¡7. Israel, Oxford
Psicoactivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
45
q u e e r a u n a evolución comestible de la adormidera— tanto e l rapto marital como l a f é r t i l r e s u r r e c c i ó n a p a r t i r d e l a m u e r t e 1 2 3 De e s t a f o r m a , l a a d o r m i d e r a s e c o n v i e r t e también e n u n a t r i b u t o d e los sacerdotes de Eleusis, como s e comprueba, por e j e m pl pl o , e n l a c é l e b r e u r n a L o v a t e l l i q u e r e p r e s e n t a l a i n i c i a c i ó n d e Heracles 1 2 4 T a m b i é n Core a pa r e c e a s o ci ci a d a a f l o r e s y plantas narcóticas como e l m i s m o narkissos 125; y asimismo P l u t o , f r u t o d e l o s amores d e D é m e t e r y l a s i ó n , l l a m a d o a f a v o r e c e r a a q u e l l o s q u e h a b í a n r e c i b i d o l a i n i c i a c i ó n e n E l e u s i s , a pa r e c e t a m b i é n e n o c a s i o n e s a s o ci ci a d o a l a a d o r m i d e r a 1 2 6 Todo e l l o , creemos t r a s c i e n d e d e l m e r o simbolismo mitoló -
gico; representa, en realidad, la pervivencia de un unaa ant antigu iguaa tra tradic dición ión que que arranca de la utiliz utilizac ació iónn ri ritu tual al de la adormidera y e l opio en los cultos relacionados con divinidades agrícolas y de la fertilidad en e l Mediterráneo Oriental durante el período prehelénico. Esto puede venir a ser corroborado p o r u n a p r u e b a documental: poseemos una inscripción procedente del Ática
q u e s e r e f i e r e a l a c e l e b r a c i ó n d e l a s T e s m o f o r i a s , f e c h a d a h a c i a mediados d e l siglo IV a.C y e n l a q u e s e m e n c i o n a n distintas clases de panecillos que eran u t i l i z a d o s d u ra n te e l r i t u a l , e n t r e e l l o s a l g u n o s e s t á n h e ch o s d e c áp s u l a s d e adormidera 127• En su relación con Démeter-Perséfone esta vieja tendencia de
carácter tamb carácter también ién ct ctón ónico ico tu tuvo vo un unoo de sus escenarios adecuados en la celebración d e l o s l l a m a d o s m i s t e r i o s menores e n A g r a i. i . En ellos se recordaba el rapto —es decir, la muerte— de Perséfone 128; no es preciso insistir sobre la asociación de este hecho con el narcótico narkissos, pero cabe recordar que la adormidera «quema los campos» 129, por lo que representa la muerte del cereal y del grano. Tampoco hay que olvidar que Dionisos —que en ocasiones aparece asociado a la adormidera— es el «Zeus de Nisa», el lugar en que ocurrió el rapto de Perséfone, por lo cual estaba también presen pre sente te en Agrai 130, y que las connotaciones de esta divinidad son fundamentalmente extáticas. Tal vez, todo ello tenga que ver con el vocablo utilizado para denominar a esta primera iniciación —páqazg---- que significa «cerrar»; «cerrado sobre sí mismo como una flor» 131, el iniciado reexperi ex perimenta mentaba, ba, media mediante nte un acto interno la pasividad de Perséfone, la
prístina llegada de la muerte 1 3 2
Kerenyi, Eleusis..., Pp. 74-75, 130-144, 1 80 y 184. 1 24 Roussel, B.C.H. 5 4 , 1930, p. 5 1; cf. Kerenyi, Eleusis..., Pp. 55 y 7 5. ‘255 Jung-Kerenyi, Essays on a Science of Mythology.... p. 108. ‘2 1 26 Martin-Metzger, La religión griega, p. ¡95. 1 27 10., It, 1184 cf. Karageorghis «A Twelfth-century nC opium pipe..>,, p. 127. p . 139, 12 8 Jung-Kerenyi, Essays on a Science of Mythology ‘29 Virgilio, Georg.. 1 7 8. 1 30 Sobre el «Zeus de Nisa» cf cf?? Wasson-Hofmann-Ruck, E l camino a Eleusis... p. 145; Martin-Metzger La religión griega, p . 170; sobre Dionisos en Agrai, cf. F. Foucart, Les mysteres dEleusis. Paris, 1914, pp. 1 41 S s.; Jung-Kerenyi, Essays o n a Science of MytItology..., p. 139; f MytItology..., Kerenyi, Eleusis... 51-52; contra: O. Milonas, Eleusis and tIte Eleusian Mysxeries Princeton, 1961, Pp. 2 7 5 ss.; refutado por Ruck en El camino a Eleusis pp. 2¡3-219. ‘3’ Kerenyi. Eleusis. .. p. 46. 1 32 Jung-Kerenyi, Essays o n a Science of Myxhology..., 139; cf. Otto «The Meaning of the Eleusinian Myhteries», Pp. 20-21. 12 3
46
Carlos González Wagner
En Eleusis las viejas tradiciones ctónicas de iniciación que proporciona ban su auténtico sentido a los Misterios se rec recon oncili cilian an con el un unive iverso rso olímpico, como Démeter se reconcilió finalmente con Zeus, tras recuperar a su hija 3 3 ~ Es por ello que el antiquísimo brebaje ritual indoeuropeo ocupa un lugar destacado. Pero lo que e l kykeon enseñaba en Eleusis «no es que las almas viven cuando se separan del cuerpo, sino cómo será e se su vivir» 1 3 4 Esta enseñanza que no podía ser encerrada en palabras ni, por tanto, ser trasmitida con ellas, esta «inefable visión» 1 3 5 era, en realidad, una resurrección dentro del ind indivi ividu duo, o, un nac nacer er a s í mis mismo mo qu quee abría los ojos a la auténtica vida del espíritu; una conmoción espiritual tan fuerte que a partir de entonces hacía considerar de otra manera las cosas de este mundo y adquirir la certeza de una verdadera y luminosa existencia espiritual «después de la mue muerte rte,, cuando descienda a la oscuridad teneb tenebrosa» rosa» ¡36 Es de esta forma que el kykeon presenta precisas equivalencias con la antigua bebida sagrada indoirania (Soma-Haoma) en tanto que, como aquélla, proporciona una exi existen stencia cia más serena y próspera en esta vida y una dichosa inmortalidad en la otra: «hemos bebido el Soma, hemos llegado a ser inmortales hemos llegado a la luz, hemos alcanzado a los dioses» 137• Conn el ti Co tiem empo po,, lo loss misterios de Eleusis, sin pe perd rder er su importancia, encontrarían la competencia de otros cultos mistéricos, de entre los cuales los isíacos habrían de adquirir una especial relevancia. Una vez más, uno de los atributos de Isis y de sus sacerdotes es la adormidera 1 3 8 Igu Igualm alment entee la sucinta descripción de los misterios isíacos que nos es proporcionada por Apuleyo evoca mucho de lo que sabemos acerca de los misterios de Eleusis: «Llegué a las fronteras de la muerte, pisé el umbral de Proserpina y a su regreso crucé todos los elementos; en plena noche v i e l Sol que brillaba en todo su esplendor; me acerq acerqué ué a las diosas del infierno y del cielo; las contemplé cara a cara y las adoré de cerca» ¡3~. Hacía mucho tiempo, por lo demás, que en Egipto Isis había asimilado los rasgos específicos de Hathor —ambas se representan, por ejemplo, coronadas con los cuernos liriformes que encierran un disco solar—, diosa del amor y de la fertilidad en cuyas ceremonias, ya vimos, se producían ritua rituales les extát extáticos icos mediante bebidas embriagantes. Id Iden enti tifi fica cada da ta tamb mbié iénn co conn la Astarté-Afrodita oriental, en Grecia algunos rasgos del culto de Isis fueron introducidos en Eleusis de la mano de Démeter; a la inversa, allí donde la diosa egipcia había sido adorada desde siempre los griegos la consideraban la «Sagrada Madre de Eleusis» y «llegaron incluso a igualar a las dos diosas» ¡40 S e produce, por tanto, en e l 13 3 13 4
‘355 ‘3
102.
1 36
‘3 7 ‘37 ¡388 ¡3 ‘399 ‘3 l~00 l~
Himno homérico a Démezer, Rolide, Psique.... p. 279.
460 ssss..
Otto, «The Meaning of the Eleusinian Mysteriesss, P P . 2 1-23; Kerenyi, Eleusis..., P P . 95Himno Himn o homér homérico ico a Démezer, 483. Rig. Vda, VItI, 48 3. Cf Daremberg-Saglio XIII,I, p. 580. Apuleyo Met., XI, 23,7. Herodoto, 1159; Jung-Kerenyi, Essays o n a Science of My¡hology p. 181.
Psicoactivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
47
culto de la Isis greco greco-roma -romana na la convergen convergencia cia de dos antiguas tradiciones vinculadas con ritos de carácter extático asociados a la ingestión o consumo de psicoactivos vegetales: la propia de esta divinidad nilótica estrechamente relacionada con tradiciones y ritos semejantes del Mediterráneo Oriental 1 4 1 y aquella otra que caracteri caracterizaba zaba la «inefable visión» en la Sagrada Noche de Eleusis. Creo que es suficientemente evidente que e l impulso místico-religioso, común a todos los pueblos y a todas las culturas, fue a menudo satisfecho en la Antigúedad mediante la utilización de plantas psicotrópicas capaces de provocar estados de trance, de inducir al éxtasis. En este sentido el mundo antiguo no hace sino participar en una tendencia universalmente expresada, como había sido ya observado por Rohde: «El afán por llegar a encontrar la unión con el dios, por sumirse por entero en la divi divinidad nidad,, form formaa la base sobr sobree la que se estructura toda la mística de los pueblos civilizados, así como e l culto entusiástico de los pueblos primitivos. Esta mística no siempre puede prescindir de los medios exteriores que provocan las excitación y el entusiasmo. Dichos medios suelen ser siempre los mismos, como muy bien sabemos por las orgias religiosas de estos pueblos: música, danza frenética y estimu1422 14 lantes narcóticos» Históricamente, la Antigúedad her hereda eda esta práctica de los tiempos precedentes y hay datos como para hacernos sospechar que e l uso ritual de los psico psicoactivo activoss vegetales procede en últ último imo tér términ minoo del chamanismo extático practicado por los cazado cazadores res euro-asiáticos euro-asiáticos del Mesolítico, e incluso del Paleolítico. La existenc existencia ia de este sustrato de chamanismo prehistórico ha sido pu pues esta ta de relieve fundamentalmente por Kirchner, que recoge la evidencia de prácticas chamanísticas en los tiempos neolíticos, y que sugiere un origen común para Oriente y Europa en e l desarrollo y expansión de la última cultura paleolítica desde las estepas del SO. de Siberia ¡43. PrecisaEn su ca¡idad de diosa del amor y de la fertilidad Hathor se identifica con AstartéAfrodita (cf Herodoto, 11,40,5); más tarde, Isis, a l asumir estos rasgos de «Gran Madre» entra también dentro de este sincretismo (cf Frankfort, Reves ¡dioses, Pp. 68 ¡93 ss. y 306; J. Sainte Fare Garnot, La vi vida da religiosa en el Antiguo Eg’~to. Buenos Aires, ¡971, Pp. 46-7). Sobre la utilización de la adormidera cu¡tua¡: cf. Karageorghis. «A Twelfth-century B C Opium pipe. o, p . 129. haberse se dado 1 42 Rohde, Psique..., p. 320. La combinación de todos estos elementos parece haber también e n la celebración de los misterios frigios e n honor a Cibeles. Esta divinidad y sus sacerdotes aparecen de nuevo asociados a la adormidera (por ejemplo, cf A. García Bellido, 4266 fig. 736), lo que se explica por el sincretismo de la Magna Arte Romano, Madrid, 1972, p. 42 divinidades Mater con otras agrícolas similares. E l entusiasmo extático que se producía e n la celebración de estos misterios era comparado con el entusiasmo báquico de los cultos a Dionisos, en virtud de un procedimiento común: la música (cf Plutarco, Amat., 7 58 E). Esta ocupaba un papel preponderante como inductor a l éxtasis e n los mistérios de Cibeles (cf. 1 ’ . Boyancé, «Sur ¡e ¡ess mystéres phrygiens», RFA.. XXXVII, 1935 pp. 161-164), pero podia no haber sido el único factor; sabemos que los iniciados bebían del cymbalo cymbalo y que en éste se vertía a¡guna especie de licor (cf. M. Oraillot, Le culte de Cybéle, París, 1912, pp. 1 8 1 ss.). Kirch chner ner,, « E m archuiologischer Beitrag mr Urgeschíchte des Schamanismus,>, 4 3 H. Kir Anthropos, 47. 1952, Pp. 245 Ss Ss.. y 28 2 S s.: este autor remonta los testimonios más antiguos de prácticas chamáníc chamánícas as a l paleolít paleolítico ico (Lasca (Lascaux); ux); origenes origenes paleolíticos son también defendidos por K. i. NarT, «Bárenzeremonielí und Schamanismus in der á¡teren Steinzeit Europas>s, Saecul,,ñ,. 10,3, 1959, Pp. 233-72. 1 41
48
Carlos González Wagner
mente en siberiano moderno basado en laestrato e l chamanismo amanila muscade del fósil una extáticoencuentra Wasson especie antiguo 144, ría chamanista en el cual tendrían también su suss raíces los ritos védicos de inicios del segundo milenio 1 4 5 Por su parte el conocido antropólogo La Barre ha argumentado un origen común del uso de alucinógenos y psicotrópicos en los contextos rituales del Viejo y del Nuevo Mundo en el chamanismo prehistórico euro-asiático. La diferencia entre ambos estribada en que, mientras en el Viejo Mundo la Revolución Neolítica y los subsecuentes desarrollos socieconómicos e ideológicos fundamentales produjeron cambios profundos en las viejas religiones y en ocasiones su supresión total —como en el caso del chamanismo extático asociado a las plantas psicotrópicas que desapareció en sus aspectos más específicos erradicado por las nuevas religiones estatales—, en el Nuevo Mundo se da, por el contrario, debido a una evolución histórica diferente, la supervivencia de un chamanismo esencialmente paleomesolítico euroasiático, que lo loss an antig tiguo uoss caz cazad ador ores es de gr gran ande dess an anim imal ales es llevaron consigo desde e l Asia nororiental En las páginas anteriores hemos podido observar la ex exis iste tenc ncia ia de ri rito toss y ceremonias típi típicamen camente te chamani chamanistas, stas, incluida la uti utiliza lizació ciónn de psi psicoa coactiv ctivos os vegetales, en alg algun unas as culturas no urbanizadas como las de los tracios, escitas y massagetas 1 4 7 Ahora bien, se puede apreciar la exi existe stenci nciaa de las vie viejas jas raíc raíces es chamanísticas en los complejos religiosos de Egipto y Mesopotamia. Tal ocurre, por ejemplo, con el desmembramiento del cadáver de Osiris que evoca una vieja práctica común en el rito de iniciación de un nuevo chamán’45. Asimismo, Jaritz y Butterworth han ob obser servad vadoo la existencia de un fon fondo do cha chaman manísti ístico co en algunas de las ceremonias descritas en e l Poema de Gilgamesh 149, De igual forma, un tema tan generalizado en el mito y la religión del antiguo Oriente, representado una y otra vez en el ar arte te y la literatura, como es el del Árbol de la Verdad y el Árbo Árboll de la Vida 150, está muy estrechamente asociado con un elemento que ocupa un papel central en la cosmología del chamanismo: el Árbol del Mundo o e l Arbol Cósmico vinculado con buena parte de los poderes que posee el cha chamán mán;; «pero importa recordar desde ahora que en un ~
f ¡he ¡he Expedition» tion» Memories of Koryak yak.. Re Repor portt of the Jessup Expedi W. 1 . Jochelson, «The Kor American American Mu Musewn sewn of Natural II istory, istory, 102, 1908, Pp. 58 3 S s.; R . Gordon Wasson, «Ely Agaric and Man», EtnopItarmacologisc Scarehfor Psychoactive Drugs (D. H. Efron, cd.), Washington, 1967, pp. 405414; Furst, Alucinógenos y cultura, Pp. 164-175. 14 5 R . Gordon Wasson, «What was the Soma of the Aryans%. Elesiz of ¡he Gods TIte Ruad Pp.. 201 201-21 -213. 3. Lo Loss indicios de Use of f l-lallucinogens l-lallucinogens (P. T. l
‘~
Psicoactivos, misticismo misticismo y y religión en el mundo
antiguo
49
sin número de tradiciones arcaicas, e l Árbol Cósmico, expresando e l propio carácter sagrado del mundo, su fec fecun undid didad ad y su perennidad, se halla estrechamente relacionado con las ideas de reacción, de fe ferti rtili lida dadd y de iniciación y en última instancia, con la idea de la realidad absoluta y de la del Mundo se convierte así en el Árb inmortalidad. El Árbol Árbol ol de la Vida yredea Cordero, 151. «en Pero Pe ro, , como co mo obse ob serv rva a Garc Ga rcía ía la Inmortalidad» lidad no es dificil establecer una relación conceptual entre el «Árbol de la Vida» qu quee deb debía ía conferir la inmortalidad y «la Planta de la Vida» que e l rejuvenecimiento en busca del cual se f u e Gilgamesh a la desembocadura de los ríos...» 1 5 2 Tampoco faltan autores que hayan señalado la existencia de un sustrato de chamanismo en la antigua Grecia. A los viejos trabajos de Rohde 1 5 3 y Meuli, que vio indicios de chamanismo en la épica griega 154, siguieron los de Dodd Do dds, s, qu quee encuentra una gran influ influencia encia del chamanismo escita en la evolución de la espiritualidad griega ¡55, y Eliade, que destaca la presencia en el mito de Orfeo de muchos elemen elementos tos que se pueden comparar con la ideología y la técnica chamánicas. Igualmente señala este autor la existencia de algunos personajes relacionados con Apolo, como el legendario Abaris y Aristeas de Proconeso, así como otros caSos y leyendas —-Hermotimo de Clazomenes, Epiménides de Creta— entre las que destaca el trance extático de Er narrado por Platón 156, manifestando todos ellos un contenido típicamente chamánico157. Más reciente es el de Butterworth, que analiza la existencia de un chamanismo pre-olímpico propio de los clanes y jefes que dieron lugar a los rei reinos nos micénicos. Este viejo sustrato chamanístico, cuyo origen, según el autor, podría encontrarse en las prácticas similares de Siberia y el Asia Central, se situaba en la base de algunos de los cultos de clanes que existían en Grecia durante los siglos xlv y XIII a.C.; y f u e igualmente el punto de partida de alg algun unas as po poster sterior iores es div divini inidad dades es del panteón olímp olímpico, ico, como Poseidón o Hermes, mientras que el mito recuerda la existencia de antiguos chamanes como Tántalo, Perseo, Pélope y Belerofontes. El propio Agamenón aparece muy relacionado con la figura de un chamán158. De igual forma, la célebre Sibila de Cumas parece haber pertenecido a una destacada familia de chaman chamanes. es. El Ella la mi mism smaa er eraa hi hija ja de Glauco 159, personaje mitico directamente vinculado con toda una serie de tradiciones etnobotánicas relativas a plantas de carácter psicotrópico 1 6 0 y que poseía Eliade, El chamanismo..., pp. 2¡9-222. (52 Oarcia Cordero, La Biblia.... p. 3 2. (533 Rohde. Psique..., p. 3 4 6 ss.. habla de los antiguos extáticos entre los griegos sin hacer (5 ninguna referencia con concre creta ta al cha chaman manism ismo. o. Muchos de los casos que pre presen senta ta ser seran an interpretados e n este sentido por autores posteriores (cl. nota 158). K. Meuli, «Scythica», Hermes. 70, 1935, P P . 137-172. E. R . Dodds, TIte Greeks and tIte Irrational, Berkeley-Los Ángeles ¡951 Pp. 1 3 5 ssss.. (566 Platón, Rep., 614 B ss. (5 (5’ Eliade, El cha,nanismo..., P P . 304-8. Pp. 135-173. ¡he Pre-Olympian World 15 8 Butterworth, Some Traces of ¡he ‘599 Virgilio. Aeneid., VI, 36 . ‘5 Wasson-Hofmann-Ruck, El camino a Eleasis.... p. 2 0 1 ss., nota Sí. ‘“
‘~ “
‘~
‘~
50
Carlos González Wagner
algunas de las cualidades más típicas de un chamán; así, se dice que podía predecir el futuro 161, y que tras comer la hierba maravillosa de las Islas de los Bein Beinavetu aveturado radoss —hierba que había sido sembrada por Cronos y que daba a los caballos de Helios el vigor necesario para volar por los aíres— había adquirido e l don de la inmortalidad 1 6 2 Para terminar, sólo queda por destacar que indicios de la existencia de chamanismo relacionados con determinadas creencias de ultratumba y de viajes al Infierno han sido rastreados por Muster en el mundo etrusco Llegados a este punto, es preciso seilalar, contrariámente a lo que piensa Eliade 164, la estrecha relación existente desde un principio entre el chamanis mo extático y el uso de plantas plantas psico psicotróp trópicas icas y alucinógenas 1 6 5 Pero, tal y como ha observado Furst, «todo el tema de las sustancias químicas en la naturaleza y su relación, rea reall o po pote tenc ncia iall con estados alternos de la conciencia es vasto y complejo. S e extiende hasta e l origen de lo que Jung llamó arquet,~os, temas universales que generan mitos en la tradición oral (especialme (espec ialmente nte el cont contenid enidoo sorp sorprend rendentem entemente ente similar de la mit mitolo ología gía funeraria, heróica y chamanística que existe en todo e l mundo), e l arte y la iconografía...» 1 6 6 Es en este sen senti tido do qu quee pu pued edee resultar singularmente sugestiva la idea de Wasson en torno a los orígenes del Árbol de la Vida. Según este autor el mero concepto del Arbol de la Vida y de la Hierba Maravillosa que crece en su base puede tener muy bien su génesis en la relación micorrizal entre la amaniza muscaria y determinados árboles, como el abedul y e l pino. La cuna de este arquetipo habría sido, por tanto, e l bosque del cinturón asiático en tiempos prehistóricos desde donde se había extendido posteriormente hacia Mesopotamia y el Cer Cercan canoo Oriente 1 6 7 pueda eda par parece ecerr extraordinariamente Ahora bien aunque tal sugerencia pu aventurada, algunas consideraciones paralelas son dignas de merecer atención; así, la serpiente aparece muy frecuentemente asociada a las raíces del Árbol del Mundo 168; pero resulta que es bien conocida la relación existente entre el papel preponderante y prácticamente universal de la serpiente en la simbología chamánica y las visiones provocadas por la ingestión de alucinógenos en este mismo contexto 1 6 0 También resultará interesante recordar que los antiguos asociaban a las serpientes con las cualidades tóxicas y psicotrópicas de determinadas plantas, ya que se pensaba que estas últimas adquirían ~
Diodoro IV,4,89. 16 2 Ateneo, VII, 296 ss ss.. 6 3 W. Muster, «Der Schamanismus bei des Etruskens,, Fri¿hgeschichte und Sprachwissens(W.. Braudestein ed.), Viena, 1948 Pp. 60-77. ehaft (W (644 Eliade, E l chamanismo..., p . 313. (6 1 65 La Barre, <¿ O íd and New World Narcotics...», Pp. 36 8 S s.; Harner, Alucinógenos y loss chaman ismo, passim; Furst, Alucinógenos y cultura, passim passim;; Schultes-Hofmann Plantas de lo passim; Butterworth, Sorne Traces of tIte Pre-Olympian World..., p. ¡55; cf nota 189. dioses 6 6 Furst, Alucinógenos y cultura, P P . 39 y 101-113. (677 Wasson, «What was the Soma..?», P P . 211-213. (6 (688 Fliade, El chamanismo..., p. 221; Wasson, «What was the Soma...?» p . 213. (6 (699 Harner, Alucinógenos y chamanismo, Pp. 23, 26. ¡67 y 171-186; Furst, Alucinógenos y (6 líO O y 263-265. ¿ultura, pp. lí [61
Psicoactivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
Sí
tales propiedades por contaminación de estos reptiles 1 7 0 Especial interés tiene, en relación con todo ello, el mito de Erictonio. Como se recordará, este personaje mitad hombre, mitad serpiente, era e l hijo adoptivo de Atenea, de la que se han señalado sus íntimas conexiones con e l chamanismo (—había sido en otro tiempo patrona de los chamanes—) 171; su padre era Hefaistos, e l dios que fue expulsado del Olimpo por su propia madre, Hera, a causa de su deformidad congénita. Est Estee rasg rasgoo es particularmente interesante, ya que, como observa Eliade, muy frecuentemente las taras físicas son interpretadas como signo de una predestinación de los dioses o espíritus hacia el futuro chamán 1 7 2 Pero el mito continúa de una forma especialmente reveladora: expulsado del Olimp Olimpo, o, Hefais Hefaistos tos cae en en el elOcéan Océano; o; ahora bien, «como se creía que Océano rodeaba el mundo habitado, é l y s u s hijas señalaban la última frontera, más allá de la cu cual al se extendía el otro mundo» 173; es por ello que el Océano y las aguas simbolizaban e l tránsito a la muerte, e l camino hacia el Hades. También Glauco y su inmortalidad está asociada con el mar; y el rapto de Perséfone se produce estando acompañada de las hijas de Océano; baste recordar que en los confines de la tierra, en el Océano, se encontraban los «Campos Elíseos», las «Islas de los Bienaventurados» 1 7 4 Hefaistos cae, pues, en dirección a la muerte, lo que recuerda muy cercanamente los ritos chamánicos de iniciación en los que el cándidato debe primero morir simbólicamente para resucitar luego a su nueva vida en contacto con las fuerzas supranaturales 1 7 5 Posteriormente Hefaistos, salvado por las hijas de Océano, se venga de su madre enviándola un trono de oro que la aprisiona con invisibles cadenas, lo que puede ser una alusi alusión ón a los pod poderes eres mágicos del dios deforme. Mucho más significativo es el hecho de que la reconciliación se produzca por la mediación de Dionisos, e l dios extático por excelencia, así como que e l hermano de Hefaistos fuera Ares, que ha sido identificado como una divinidad de la posesión y del éxtasis 176, Por lo demás, Hefaistos es el herrero arquetípico, amén de dios del fuego, y en todas partes herreros y chamanes han est estado ado siem siempre pre estrechamente relacionados: «el oficio de herrero viene, por su importancia, inmediatamente después de la vocación del chamáít.. su poder sobre el fuego, y especialmente la magia de los metales, leless han conseguido en todas partes a los herreros la reputación que tienen de temibles hechiceros» 1 7 7 Todo parece indicar que e l padre de Erictonio, el hombre-serpiente, era un poderoso chamán. Su relación con las plantas psicotrópicas y sus efectos viene atestiguada por su vinculación con Dionísos, y por el hecho de haber sido padre padre tambi también én de Egipto, del que se decía que era la tierra de las drogas. Alex.. 5 2 1 S s.; Plinio, Bis. Nat., IX,5. tIte Pre-Olympian World..., Pp. 160-73. 1 71 Butterworth, Sorne Traces of tIte (722 Eliade, E l chamanismo..., p. 43 (7 43.. 1 73 Wasson-Hofmann-Ruck El camino a Eleusis..., p. 167. ~‘ Rohde, Psiqae..., Pp. 88 ss. ~ Eliade, El ehamanismo..., Pp. 4 5 ss. (766 Buííerworth, Sorne Traces of tIte Pre-Olympian World..., p. 160. (7 ~ Eliade, El chainanismo.... PP . 361-64. ‘7~~ Nicandro, ‘7
Carlos González Wagner
52
El mismo Erictonio está asociado al éxtasis en la locura que produce a sus ayas, cuando, desobedeciendo a su madre Atenea, abrieron e l canasto en e l que estaba encerrado ~7k El rol de la serpiente en un contexto chamanístico y herbario aparece también en el Poema de Gilgamesh, en e l que e l héroe desciende también hasta el fondo del mar para conseguir la «planta de la vida» que conferia el porr un unaa serp serpien iente te mientras se rejuvenecimiento, y que le fue arrebatada po bañaba en una laguna 179• Y un dios serpiente aparece también en época de Gudea; era llamado Nin-gis-zi-da o «señor del Arbol de la Verdad», lo que una vez más nos muestra la relación ya indicada 18O • Como se ha visto, e l chamanismo extático íntimamente conectado con el uso de psicoactivos vegetales, amén de ser el probable origen de algunos arquetipos, como la serpiente o e l Árbol de la Vida f u e con casi absoluta seguridad e l medio por e l que la Antigtiedad heredó la utilización ritual de tóxicos y psicotrópicos con fines místico-extáticos- Una vez más, la Arqueología nos ha proporcionado alguna documentación al respecto, ayudándonos a est estab able lece cerr la certeza de que nuestros ances ancestros tros prehi prehistóric stóricos os pose poseían ían conocimientos concretos sobre plantas psicoactivas que tan importante papel juegan y han jugado en culturas más modernas similares a las suyas. Así, en Shanidar (Iraq) hay un entierro neanderthaliense en e l que los investigadores descubrieron grupos de polen de ocho clases de plantas, de las cuales a l menos siete poseen valor medicinal y una de ellas —-ephedra— contiene un efedrina181 Tal v e z nos encontra activo y conocido nervioso, la estimulante mos ante los primeros «medicine-Men» muy vinculados con el origen del chamanismo. En e l enterramiento neolítico de la Cueva de los Murciélagos en Albuñol (Granada) aparecieron algunos cadáveres situados en el fondo de la caverna asociados a cestillos que contenían restos de flores y semillas de adormidera 1 8 2 De igual modo, en los palafitos de Suiza e Italia han sido cáps psul ulas as de adormidera en gr gran ande dess cantidades y de una encontradas cá variedad, al parecer, cultivada, lo que presupone un conocimiento específico y unos fines concretos 1 8 3 A lo largo de las anteriores páginas hemos comprobado cómo e l hombre antiguo antig uo satisfací satisfacíaa un poderoso impulso que nace en los individuos de los más diversos pueblo p uebloss y culturas. Esta universalidad del trance extático de carácter místico-religioso es asumida de forma generalizada por eruditos y especialistas. Todo el mundo parece estar de acuerdo en que el hombre, sea cual fuere -
1 78 Pausanias,
1 , 38,3; Eurípides, Ion, 2 15 ss., 270 ss.
‘7 9 Gilgamesh. XI,305. ‘79 [St> Ohorme, «L’arbre de la (~ I Solecki, «Shanidar
venté...». p. 99. I V , a Neanderthal Flower Burial in Nothern Iraq», Science 190, R . S. 1975 Pp. 880-1. 8 2 M. de Góngora, Antigñedades Prehistóricas de Andalucia, Madrid, 1936, pp. 23-36, citado Pueblo bloss de Esp España aña,, 1, Madrid, 1975, p. 42 42.. e n J. Caro Baroja Los Pue E.,, XV, 2, p. 2435; cf. Lewin Les paradis art Éflciels, Éflciels, Pp. 46-7; Nilsson, TIte minoan1 83 R. E. Mycenean Religion..., p. 347, nota 2 2.
Psicoactivos, misticismo yreligión en el mundo antiguo
53
su condición y la cultura histórica a que pertenezca, necesita en ocasiones trascender de su realidad cotidiana para alcanzar un universo y un estado lo sobrenatural, más sublime en el que se facilita e84 con másentre allá l encuentro 84. . Tal éxtasis requiere unas técnicas del tiempo y el espacio ordinarios’ las que los psicoactivos vegetales no son sino una de las más rápidas y eficaces; esta eficacia radica también en el hecho de que permite obtener una experiencia ext extática ática relativ relativamente amente homo homogén génea ea a grup grupos os num numeroso erososs de personas con un coste físico muy bajo. Aun así, otras técnicas fueron también ampliamente em empl plea eada dass en la Antiguedad: música y danzas frenéticas acompañadas a menudo de copiosas libaciones aparecen aquí y allá confirmando la univ universalid ersalidad ad del impulso extático185. Todo ello indica muy claramente que el origen de este impulso no se encuentra en los condicionamientos socio-culturales por más que éstos transformen posteriormente sus manifestaciones concretas. En este punt puntoo adqu adquiere iere toda su significación la argumentación del doctor Andrew T. Weil, que mantiene que el deseo de conseguir periódicamente estados alternos de conciencia es en el hombre un impulso innato, biológico y normal, análogo al hambre o al impulso sexual, que se encuentra enclavado en la estructura neurofisiológica del cerebro186. Si da damo moss cr créd édit itoo a los postulados científicos de la Biología Evolutiva tendremos forzosamente que concluir que entonces la necesidad de alterar periódicamente la conciencia viene condicionada por la propia estructura genética y por tanto, forma parte de algún modo, o se relaciona de alguna forma, con una estrategia biológica cuyo fin último es siempre la conservación de la especie aunque tales implicaciones se nos es esca capa pann ya por completo. En cualquier caso, la experiencia místico-religiosa asociada a los trances extáticos tendría sus orígenes más remotos en la propia naturaleza biológica del individuo y posteriormente se moldearía y transformaría en su valoración de acuerdo con los condicionamientos y pautas socio-culturales l87~ Tal vez resida también aquí la explicación, al menos en parte de las crisis extáticas colectivas que se han producido de tanto en tanto a lo largo de la Historia. En la Antigúedad fueron conocidas con el nombre de coribantismo o furor báquico y los afectados, «fuera de toda circunstancia exterior capaz de provocar el fenómeno» padecían alucinaciones visuales y audit auditiva ivass caía caíann
18 4
Rohde,
Psiqae...,
Pp. 318 Ss.; Nilsson,
A History of Grcek Religion,
p. 265; Eliade
El
p . 384. Sobre la danza, cfcf.. Rohde, Psique..., p. 318. Los cultos y ceremonias de carácter Sobre orgiástico se encuentran muy difundidos por el mundo antiguo. En el Próximo Oriente sc documentan en relación a lsthar, Astarté y Baal, asi como e n los nehim cananeos; e n Egipto los encontramos en la Fiesta Fiesta de Opet, enlas en las cerem ceremonia oniass de Hathor y en los festivales de Isis y Osiris; en Ch Chipr ipree y Cre Creta ta sc vinculan al culto de Afrodita; en Tracia aparecen relacionados con el culto a griego go se documentan relacionados con el Sabacio, y e n Frigia con el de Cibeles; e n el mundo grie culto a Zeus e n Creta, con determinadas divinidades femeninas, como Artemis, y con los rituales dionisiacos; en Italia también penetró, como e n Grecia, el furor báquico-dionisíaco y las orgias de la Magna Mater. 18 6 A. T. Weil TIte Natural Mmd, Boston, 1972, Pp. 17 ss. 18 7 Eliade, El chamanismo.... p . 348. chaman is,no..., ¡855 ¡8
54
Carlos González Wagner
en un profundo paroxismo y eran atacados «por el furor irresistible de la 88 danza»l Todo lo dicho en último lugar tiene un especial interés porque muy bien podría resultar que el impulso innato a alterar la conciencia en su vertiente místico-religiosa159 se haya encontrado entre los factores que acompañaron la aparición de las burocracias y demás corporaciones sacerdotales en torno a los cultos eclesiásticos. Pues, si el impulso y el trance extático ha singulanzado al chamán en las sociedades simples como especialista en el contacto y comunicación con los Otros Mundos’90, al mismo tiempo el chamán cumple a su vez una función integradora. Porque resulta que, en s í misma, mis ma, la exp experi erienc encia ia extática no es socialmente aglutinadora si no es integrada en una perspectiva ideológico-cultural adecuada. En otras palabras, el trance extático por sí sólo no promueve la solidaridad n i la cohesión identi ntific ficació aciónn ide ideoló ológic gicoo cul cultur tural al 191, si antes no ha sido social, ni la ide previamente «programado» en este sentido, que es lo que normalmente suele suceder 1 9 2 Ello no es menos cierto cuando tales trances extáticos han sido inducidos mediante algún agente psi psicot cotróp rópico ico o alu alucin cinóg ógeno eno,, com comoo es frecuente en las sociedades primitivas y arcaicas, e incluso, como señala Harner, el uso extendido de ellos para obtener exper experienci iencias as extáti extáticas cas entre la gente del pueblo tiende muy probablemente a competir con la autoridad de las jerarquías sacerdotales 193; y ello puede ser un fac factor tor qu quee dificulte la expansión ideológica de la ¿lite. En relación con todo ello, las danzas y ordalias que suelen acompañar este tipo de manifestaciones y experiencias actúan, no sólo intensificando la potencia del trance extático, sino también, como ceremonias colectivas que son, programando culturalmente tal experiencia; ello equivale a decir que e l trance extático se convierte en un elemento integrado e integrador mediante Rohde, Psique..., pp. 336-337; para otros ejemplos históricos similares, cfcf.. ibidem, P P . 332-33 y 337, nota 13 . (899 En este sentido se ha especulado con la posibilidad de que la técnica del trance extático (8 «haya podido contener desde un principio, esto es, desde los meros inicios de la religión misma, el potencial psicodélico del medio ambiente natural. Esta posibilidad se vuelve más factible e n cuanto que el reno mismo, con el cual el hombre, primero como cazador y después como domesticador, ha vivido e n una relación íntima durante decenas de miles de años, tiene una relación intrigante con el hongo alucinógeno amanita muse musearia, aria, incluso hasta el punto de la enervación. Este fenómeno dificilmente pudo pasar desaperc~bido para los pueblos paleocuroasiáticos desde mucho tiempo atrás asi como e n realidad iinpresionó a las tribus recientes de Siberia»; cf. Furst, Alucinógenos y cultura, Pp. 20-1, ver también Pp. 292-96. En cualquier caso, «la evidencia arqueológica y de otro tipo es tal que podemos afirmar con segu se guri rida dadd qu quee la ma mayo yorí ríaa de la lass sociedades si no tod todas, as, que todavía todavía utilizan plantas alucinógenas en sus rituales lo han venido haciendo desde hace muchos siglos s i no es que milenios>’. Ci ibidem, p. 41; Harner, Alucinógenos y chamanismo, p. lO . st.. [90 Eliade, El ch amanismo..., Pp. 25 st conmociónn del ser entero en la cual parecen abolidas todas las 1 9 1 Ya que se trata de ¿¿una conmoció leyes de la vida normal... E l éxtasis es una locura pasajera, asi como la locura es un éxtasis permanente», cf. Rohde Psique..., p. 315. Para un ejemplo cercano cf. M. 1-larris, Vacas, cerdos, 2099 ss. guerras y hrujas, Madrid, 1982 Pp. 20 19 2 Eliade, El chamanismo..., pp. 16 y 24-25; Furst, Alucinógenos y cultura, Pp. 41-42. 19 3 Harner, Alucinógenos y chamanismo, p. II. 18 8
Psicoactiv Psicoa ctivos os misticism isticismo o y religión en el mundo antiguo
55
la ritualización 194, pues gracias a ella adquiere un contenido simbólico reconocible. El chamán es, por consiguiente, la pieza clave en estas ceremonias, ya que por su propia experiencia singularizada es e l encargado de dirigir la emotividad extática del grupo hacia e l objetivo perseguido y culturalmente identificable. Pre Previa viamen mente, te, la interpretación de su propias ias expe experienci riencias as suss prop extáticas extáti cas ha sido condicionada en gran parte por los factores socio-culturales dominantes d e ! grupo a l que pertenece 1 9 5 Aun en los trances extáticos más solitarios, en aquellos que no forman parte de una ceremonia colectiva e l índividuo tanto si se trata de un neófito como de un profano, es o ha sido adoctrinado por algún otro chamán, por su suss parientes, o en último término por cualquier otro’ individuo de la comunidad. Sólo en este contexto la experiencia extática se revela como algo socio-culturalmente valioso, que en las sociedades iletradas —aquellas donde existe precisamente una tendencia más fuerte a provocar e ! trance extático mediante psicoactivos vegetales— de permite verificar mediante la propia confrontación personal 196. la existencia Al tiempo los poderes sobrenaturales y sus relaciones con e l individuo también permite comprobar y , por consiguiente, ayuda a asumir culturaliden enti tifi ficar car,, la validez de las viejas tradi tradicione cioness socio socio-cult -culturales urales mente e id propias del grupo que ha escuchado recitar a s u s mayores desde su primera infancia 197, A partir de ahí, e l trance extático sé convierte en una forma de íntegrar y valid validar ar la cultura, y cuando es provocado por plantas psicotrópicas o alucinógenas, éstas se convierten en elementos culturales significativos, ya que en este contexto las «plantas mágicas» actúan ratificando la cultura, no medios os temp temporales orales de escapar a ella. En este terreno e l proporcionando medi chamán es e l aglutinador de los impulsos extáticos de la comunidad a la que pert pe rten enec ece, e, y co como mo tal institucionaliza una función integradora de las percepciones sobrenaturales, dándoles un sentido concreto dentro del funcionamiento social del grupo, al que no es tampoco extraño la defensa de éste contra las fuerzas sobrenaturales de carácter maléfico 1 9 8 Con la aparición del Estado y de los complejos religiosos a él asociados, las cosas van a cambiar de fo form rmaa significativa. A partir de ahora, se control ol sobr sobree los estados alternos de acentuarán las tendencias a ejercer un contr conciencia, susceptibles de desembocar en experiencias místico-religiosas. De este modo, las burocracias y corporaciones sacerdotales ejercerán un monopolio sobre la mística de una manera análoga al monopolio que se ejerce ‘9 4 Ello es así en tan tanto to que el rito es un mito en acción, esto es: «la repetición de un fragmento del tiempo original»; y no hay que olvidar que el hombre primitivo encuentra e n el mito «no sólo una verdad, sino aun la razón de la realidad existente, flor consiguiente una realidad original»; cf G. van der Leeuw. L‘¡Jome prirnitif prirnitif e et la religion. Dude an¡hropologique, Paris 1940, Pp. 1 2 0 y lOS. De esta forma, mediante una concepción sacramental del simbolismo, el ritual se convierte e n un instrumento eficaz para actuar sobre los fenómenos y las ley leyes es naturales. C F . James, La religión del hombre prehistórico, P P . 304-9. 9 5 Eliade, El ehamanismo..., Pp. 16 , 24-5 y 213 ss ss.. p. 7. 19 6 llarner, Alucinógenos y chamanismo Fursí, Alucinógenos y caltara, Pp. 41-2 y 94-8. 1 9 8 Eliade, El chamantrmo..., Pp. 38 7 ss ss.. ‘~
Carlos González Wagner
56
sobre la celebración de los ritos ‘99. La experiencia mística queda centralizada en un estrecho círculo de especialistas, y se tiende a considerar a los extáticos que están al margen de las estructuras eclesiásticas como brujos y «magos» de carácter antisocial. Ello se debe probablemente al hecho de que el trance extático ha sido considerado siempre como una manifestación de posesión sobrenatural y divina, que atenta ahora contra el monopolio de las corpora200. La mística monopolizada por las estrucsacerdotales ciones hereditarias turas eclesiásticas es dirigida y conformada según unos objetivos ideológicos que sancionan e l predominio de la élite; esto se enmarca en un contexto en el que en últ último imo tér términ minoo las fuerzas sobrenaturales que emanan de las potencias divinas son las responsables y garantes del orden establecido sobre la tierra, que se pretende inmutable, y cuya voluntad y designios se expresan de forma exclusiva po porr me medi dioo de sus «servidores» en este mu mund ndo, o, qu quee obviamente no son otros que los miembros de las corporaciones sacerdotales, o de individuos muy vinculados ideológidamente a ellas. No en vano unos y otros suelen pertenecer casi siempre a las mismas élites qu que, e, med median iante te la construcción de templos, altares, estatuas monumentales y otros edificios de carácter religioso, pretenden convencer al resto de la sociedad de que trabajan para tratar de controlar en beneficio de todos las fue fuerza rzass nat natura urales les y sobrenaturales, de las que dependen en último grado e l bienestar humano201. En general, cuanto más centralizado se encuentre e l sistema político, más lo estará también la jerarquía eclesiástica y más estrecho será e l control que se ejerza sob sobre re los est estado adoss de conciencia de los individuos y sus manifestacio nes alternas. La ideología juega aquí un papel preponderante y no es ajeno a ello el hecho de que, allí donde e l Estado consagra una sociedad de clases, los dioses tienen un particular interés en castigar las conductas y pensamientos moralmente depravados o éíicamente subversivos202. Tal v e z por todo ello no hay hayaa exi existi stido do nun nunca ca un auténtico profetismo extático en el An Antig tiguo uo Egipto, sino una especie de pseudoprofetismo de carácter sapiencial, un vaticiniunz ex eventu203; y quiz izáá la mis ism ma ra razó zónn ex exppli liqque por qué e l profetismo extático tuvo en Mesopotamia una existencia institucional en la que e l majió no era sino «una especie de funcionario en un organismo en e l que e l jefe supremo era e l rey»204. Por idénticos motivos los extáicos de la Grecia arcaica gozaban de una mayor autonomia; «las sibilas y los báquidas Wallace, Religion: An Anthropological Viet.’. Nueva York. 1966. pp. 1 3 7 ss. Xli También e n Eleusis, como es sabido, había dos familias que ostentaban la dirección de los actos rituales y la celebración de los misterios: los Eumólpidas y los Cérices que pretendían ser tan antiguas como el propio santuario fundado, según la tradición, por mandato de la propia Démeter. Goverment», Origin of ¡h e of Goverment», 20 1 E . Service «Classical and Modern Theories of the Origin of 5mw (R. Cohen-E. Service, eds.), Filadelfia. 1978, pp. 3 ¡ ss. f Primitire Primitire Reliefs, An Arbor, 1960, 2022 G . E . Swanson, TIte Birth of ¡ h e Gods: TIte Origias of 20 pp. 1 6 0 ssss.. 203 Bleeker, «La religión del Antiguo Egipto...», p. 6 1; C . J. Gadd, Ideas of Di,ine Rule in ¡h e Ancient Ancient Neor East, Londres, 1948. p. 2 4 . 2044 G. Contenau, La dirinotione che: les Assyries et les Babylonies. Paris., ¡940, p . 361; A . 20 Neher, Lesence da prophetisme. Paris, 1954, p . 24 ; c l. Garcia Cordero, La biblia,.., pp. 572-73. ‘~‘
A . F. C .
Fsieoactivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
57
son profetas que no se encuentran al margen de un culto ordenado a los dioses, aunque tampoco están sujetos a ningún templo determinado»205. Tal relación entre centralización político-eclesiástica y control de las manifestaciones extáticas puede encontrar una hipotética explicación en un hecho concreto que se ha repetido a lo largo de las distintas épocas históricas: frecuentemente la contestación socio-política o socioeconómica de minorías o clases marginadas y/o explotadas ha adquirido un contenido religioso en e l que las creencias y los ritos tienden tienden a reivindicar reivindicar un cambio en la situacióñ de las condiciones prácticas y en el que las experiencias y manifestaciones extáticas suelen tener una gran importancia206. En la Antig Antigúeda úedadd cono conocemos cemos algunos ejemplos: as así, í, la op opos osic ició iónn so soci cioo-po polí líti tica ca de lo loss pr prof ofet etas as an ante te la monarquía sincretista hebrea2O7; igualmente la reforma de Zaratustra tiene un sentido similar, en tanto que los man manifie ifiesto stoss del profeta contenidos en los Gathas expresan el conflicto entre los pastores sedentarios y los guerreros predadores208. Pod Podemos emos conc concluir luir señalando las cuestiones políticas y de Estado inherentes a la drástica represión de las Bacanales romanas209. control ol sobr sobree los estado estadoss alternos de conciencia de carácter Ahora bien e l contr extático implica e l control sobre los mét método odoss capaces de producir tales trances. Posiblemente por ello, las burocracias y corporaciones sacerdotales sustituyeron paulatinamente los métodos rápidos o relativamente rápidos, a la vez que relativamente sencillos de obtener, por las prácticas más complejas que antes solían acompañar la obtención del trance extático como elementos rituales e intensificadores de éste. Alargando de este modo el período preextático se pretendía en realidad desanimar a los profanos; paralelamente se ejerció en ocasiones un poder policíaco sobre e l derecho del individuo para transformar su conciencia con cualquier medio que deseara21O. Cuando por Rohde, Psiqa p. 349. Precisamente porque rompen con eí monopolio de las estructuras eclesiásticas propias del grupo marginador o explotador, lo que es un medio de sancionar ideológicamente las propias reivindicaciones y luchas.. E l sentido religioso de estos movimientos es sumament sumamentee importante importante:: C . l-lerrmann lo ha destacado como un instrumento revolucionario en relación a las Bacanales romanas (cf. «Le róle judiciaire el politique des femmes sous la République romaine», Lato,nus, LXVII, 1964, p. 71). 2077 R. de Vaux, Histoire ancienne dIsrael, Paris, 1971, Pp. 2 81 S s.; O. Widengren, «Religión 20 Pp. 265 ssss.. judeo-cristiana. 2 1 > 8 T. Ling Las grandes religiones de Oriente y occidente. 1 Madrid, ¡968, p. 148. E l ejemplo de Zaratustra es particularmenie importante por su clara personalidad de extá extático tico (cf. Eliade, El dess A/ten Iran, P P . 1 8 2 ss.), relacionado con el chamanismo..., p . 311; Nyberg, Dic Religionen de Haoma alucinógeno al que privó de elementos orgiástico orgiásticoss fomentándo fomentándolo lo «en su forma más esenciall del culto pura, pues de ot otro ro modo no habria llegado a convertirse en el núcleo esencia zoroástrico», cf Duchesne Guillemin, «La religión del Antiguo Irán...», p. 327. Urrue uela, la, «La represióiá de las Bacanales en Roma e n el ¡86 a.J.C.», Hispania 20 9 Cf. J. Urr Antiqua, VI, 1974, Pp. 60-1, con la bibliografia pertinente. 21 0 Aquel que diese muestras de una vocación mística de especial intensidad siempre podía ser captado por el entramado ideológico desplegado desde las élites sacerdotales; era la «llamada de lo divino»; sisi,, por el contrario, persistía e n permanecer al margen de tal llamada, podia ser fácilmente identificado como un aliado de las fuerzas maléficas sobrenaturales; el cristianismo posteriormente ente cuantioso cuantiososs ejemplos a l respecto. En determinadas circunstancias el daria posteriorm fanatismo intolerante característico del cristianismo desarrolló auténticas persecuciones contra algunas de las manifestaciones de estados de conci conciencia encia alter alternos nos más caracteristicos dcl 20 5
2066 20
..»,
58
Carlos González
Wagner
su propio carácter —como es e l caso de los psicoactivos vegetales— no siempre resultaba fácil ejercer este control, se recurría entonces a desviar la atención mística de ellos mediante procedimientos ideológicos —identifican do, por ejemplo, la embriaguez como síntoma de depravación moral, o e l trance extático producido fuera del control de las estructuras eclesiásticas como locura o enajenación mental— aceptándoseles, en últim últimaa instan instancia, cia, remedios edios medic medicinale inaless o «drogas sociales» útiles en tanto en cuanto como rem de la cansina tensión conciencia sirven para aliviar momentáneamente la los 211. La utilización místic mís tica a de psicot psi cotróp rópico icoss y alucinógenos cotidiana quedaba entonces monopolizada para la celebración de cultos y ritos de carácter mistérico, a los que sólo tenían acceso una restringida proporción de iniciados. Aun así, la centralización de las experiencias místico-extáticas en manos de la élite de especialistas eclesiásticos, acentuada todavía más por e l papel meramente pasivo que adquieren los fieles en las celebraciones rituales212, requería algún tipo de compensación, habida cuenta de la tendencia innata e universal del hombre a alterar su conciencia. Ello solía realizarse de dos maneras: 1) Mediante la celebración de ceremonias colecti colectivas vas y multitudina emotiv tivida idadd rel religi igiosa osa solía alcanzar un grado elevado, rias, en las que la emo cercano en muchas ocasiones al trance, al que los individuos especialmente predispuestos podían incluso acceder. Tales celebraciones cumplían una triple finalidad: mis mistifi tificar car a los participantes en e l con conven vencím címien iento to de qu quee e l desarrollo del ritual ejercería un efecto benéfico sobre la comunidad social; liberar de forma controlada y dentro del contexto ideológico emanado de la élite, la tendencia innata hacia estado estadoss alternos de conciencia en su sentido místico-religioso; y actuar a la vez sobre uná masa considerable de gente reduciendo, por consiguiente, los costos del procedimiento. De esta forma, dando satisfacción controlada a la tendencia dentro del sistema se evitaban Medi dian ante te la iniciación, desviaciones y conductas peligrosas para éste. 2) Me mucho más restringida en determinados cultos y ritos de carácter mistéric& en los que e l trance extático jugaba un papel fundamental y , que, como hemos visto, era frecuentemente inducido mediante psicoactivos vegetales, ya que éstos permitían, como en Eleusis, una experiencia homogénea y común paganismo; sirva como botón de muestra la prohibición eclesiástica y estatal de las guildas e n el Imperio Franco, cf. y. Balauze, Cap Capitularia itularia Regam Francorum, Paris, ¡677, col. 244, 860; citado en Felice, venenos sagrados..., pp. 276-77. visto,, sigu siguió ió utilizándose de forma generalizada como opio, o, com comoo liemos visto 21 1 Así el opi medicamento y como narcótico; asimismo, un psicoactivo tan potente potente com comoo el beleño era utilizado en la preparación de una bebida muy comú común, n, que se consumía por sus virtudes embriagantes (cf. Jenofonte, Econo., 1,13), sobre todo entre los jóvenes (cf Ferócrates,frag. 72 . Edmonds). 21 2 Ello es debido a que la presencia de organizaciones eclesiásticas provoca una profunda escisión entre los participantes e n la celebración de los ritos debido a su monopo monopolio lio sobr sobree la realización del ritual (cf. Wallace, Religión..., p. 155). Es bien conocido que tanto e n Egipto participación ón de como en Mesopotamia el culto cotidiano se realizaba en el templo sin la menor participaci público. Incluso en la celebración de las ceremonias mullitudinarias los sacerdotes dirigían el desarrollo del ritual mientras que la gente actuaba de meros espectadores o comparsas.
Psicoaetivos, misticismo y religión en el mundo antiguo
59
sobre los grupos relativamente numerosos que participaban en los misterios. En general, e l carácter no excesivamente multitudinario de estas ceremonias se explica po porr la mayor mayor necesidad de controlar durante su desarrollo un trance extático singularmente potente. Para ello, la experiencia había sido además previamente programada mediante la participación en un complejo 213, ayunos, purificaciones, procesiones, ritual anterior que incluía danzas abstinencia sexual, aislamiento de los neófitos, etc., común a todos estos cultos y ceremonias. Los misterios y ritos de iniciación actuaban de este modo como cebos ideológicos mediante los cuales se captaba a los individuos especialmente propensos a la mística. En ambos cas casos os el control control estaba garantizado por las corporaciones sacerdotal sacerd otales es hered hereditari itarias as que dirigían las ceremonias y celebraban los misterios. Cuando los medios ideológicos de control habituales no bastaban se perseguía a lo loss ex extá táti tico coss qu quee ac actu tuab aban an al ma marg rgen en de las estructuras eclesiásticas y se castigaba la profanación y revelación de los misterios. Las religiones eclesiásticas actuaban de esta forma como un monopolio de las experiencias trascendentales, susceptibles de proporcionar al individuo una comunicación di dire rect ctaa co conn la di divi vini nida dad, d, en un momento en que otras estructuras de poder monopolizaban los recursos económicos, la violencia fisica y las decisiones organizativas.
Según Luciano (cf. De la danza, 1 , 438484) éste era un elemento caracteristico de todos los cultos místéricos. De hecho estaba presente e n Eleusis, e n la celebración de los ritos báquicodionisiacos, e n los misterios isiacos y e n aquellos de la Magna Mater. 2133 21