EQU QUIPANDO LI DERA RANÇAS PARA RA O SERVI VI ÇO DO REINO
PRINCÍPIOS DE LITURGIA TEXTOSDI VERSOSSOBRE CULTO,LI TURGI A E MÚSI CANAI GREJA PROFESSOR:
Rev. ADILSON MACIEL DE ARAÚJO
% O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Contemporânea Ruens Cir!ueira " Influência Humanista na Música Evangélica Contemporânea Introdu#$o
Diante de tudo que já foi aordado anteriormente, a intenção nossa, nesta parte é mostrar como a música na nossa época tem sido minada por conceitos filosóficos que não condizem com as Escrituras. Percebemos que a música é utilizada por diersas culturas, para diferentes finalidades. !os tempos atuais, apenas a música performática comercial tem sido alorizada, mas seu caráter lúdico é ancestral na "umanidade. # álido ressaltar que a ci$ncia que estuda e inesti%a a utilização do som para
atin%ir
objetios
terap$uticos cos
é
a
musicote oterapia,
que
sur%e
definitiamente neste século, tratando dos neuróticos da se%unda %uerra, nos Estados &nidos e dos sobreientes de uma epidemia de poliomielite, na 'r%entina. Dent entre os dier ierso soss usos sos da músic úsicaa podem odemos os dest destac acar ar al% al%uns com como( psicanal)tico * ' música é usada para liberar puls+es seuais e a%ressias repr reprim imid idas as.. -e"a -e"ai ior oris ista ta * ' músi música ca é usad usadaa para para elim elimin inar ar assoc associa iaç+e ç+ess inap inapro ropr pria iada dass que que o indi indi) )du duo o apre aprend ndeu eu e subs substi titu tu)* )*la lass por por outr outras as,, mais mais apropriadas. Eistencial umanista * ' música é usada para ajudar o indi)duo a desenoler seu maior potencial "umano. /nterpessoal * ' música é usada para ajudar o indi)duo a desenoler a capacidade de relacionamento e comunicação. /sto já t$m sido usado "á al%um tempo, mas, noos modelos tem sur%ido nestes últimos anos. 0omo por eemplo( a música como instrumento de socialização que, considera que a sociedade atual é orientada principalmente para a necessidade de encontrar a identidade e o alor pessoal, e não para a
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luta pelas necessidades básicas e sucesso. 1úsica or%anicista que utiliza a música como instrumento de epansão da consci$ncia, de indiiduação e de saúde. ' -iomúsica, que se utiliza da i$ncia sensorial inte%ratia, o fazer music musical al,, que que se util utiliz izaa de sons sons e moi moime ment ntos os para para o dese desen nol oli ime ment nto o indi indii idu dual al e cole coleti tio o das das pote potenc ncia ialilida dade dess "uma "umana nas. s. ' danç dançaa e a músi música ca,, desinculadas da preocupação estética, tornam*se uma lin%ua%em uniersal para a epressão dos conteúdos indiiduais. ' -iomúsica desenole*se a part partir ir de um trab trabal al"o "o dife difere renc ncia iado do com com musi musicot coter erap apia ia,, músi música ca popu popula larr trad tradic icio iona nall 2folc 2folclo lore re3, 3, e epr pres essão são corpo corpora ral, l, educ educaç ação ão,, e músi música ca or%4 or%4ni nica. ca. 0remos que a tend$ncia contempor4nea é justamente utilizar, da música para satisfazer as emoç+es, o f)sico e até manipular pessoas para conduzi*las a um determinado fim pré*meditado. !ão são poucas as i%rejas que tem lançado mão destas práticas e destes conceitos para atrair pessoas e a%radá*las a fim de manter o maior número poss)el de fiéis, trazendo aquilo que as pessoas mais %ostam. 5oão 0alino no se tempo já dizia que, 6a adoração diina marcada por tantas opini+es falsas, e perertida por tantas supertiç+es )mpias e tolas, insulta a majestade sa%rada de Deus com atrocidades, profana seu nome e sua %lória7. %lória7. !ão precisamos de técnicas noas, porque Deus instituiu a maneira de como Ele deseja ser louado. lo uado. 6' luz da natureza reela que eiste um Deus que mantém o sen"orio e soberania sobre tudo8 que é bom e faz o bem a todos8 portanto dee ser temido, amado, louado, inocado, crido e serido de todo o coração, de toda a alma e todas as forças. 1as a forma aceitáel de cultuar o Deus erdadeiro é institu)da por Ele mesmo e, portanto, delimitada por sua própria ontade reelada, de modo que ele não pode ser cultuado se%undo as ima%inaç+es "umanas, nem se%undo as su%est+es de 9atanás, sob al%uma representação is)el, ou por qualquer outra forma não prescrita na 9a%rada Escritura7 :;<
+ Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira 'arte I( O Ministério Levítico Capítulo )*
=s leitas, ou fil"os de >ei, eram antes uma tribo secular, mas que se tornou a tribo sacerdotal, pois deles procederam os sacerdotes 2descendentes de 'rão3 e os leitas 2os demais membros da tribo3.:;< =s descendentes de >ei descendiam de seus tr$s fil"os, ?érson, 0oate e 1erari. !o sentido mais estrito, o termo leitas desi%na todos os descendentes de >ei que ocuparam of)cios subordinados ao sacerdócio, a fim de distin%ui*los dos descendentes de 'rão, que eram os sacerdotes. 6 Eleazar, fil"o de 'rão, tomou por mul"er, para si, uma das fil"as de Putiel8 e ela l"e deu @ Ainéias8 Ainéias8 são estes os c"efes de suas casas, se%undo as suas fam)las7:B<. 6 1as, com respeito ás cidades dos leitas, @s casas das cidades da sua possessão, terão direito perpétuo de res%ate os leitas7:C< 6 E os fil"os de /srael deram aos leitas, da sua "erança, se%undo o mandado do 9en"or, estas cidades e os seus arredores. 's cidades, pois, dos leitas, no meio da "erança dos fil"os de /srael, foram ao todo, quarenta e oito cidades com seus arredores7:< odaia, em um outro sentido, o termo leitas aponta para aquele se%mento da trib tribo o que que foi foi sepa separa rado do para para o ser seriç iço o do sant santuá uári rio, o, e que que atua atuaa subordinado aos sacerdotes 26 oma os leitas do meio dos fil"os de /srael e puri purifi fica ca*os *os7: 7:F< F< * 6=s 6=s sace sacerd rdot otes es,, os lei leita tass e al%u al%uns ns do poo poo,, tant tanto o os cantores como os porteiros e os seridores do templo "abitaram nas suas cidades, como também todo o /srael7:G< * 6Este foi o testemun"o de 5oão, quando os judeus l"e eniaram de 5erusalém sacerdotes e leitas para l"e per%untarem(quem és tuH:I< 3. # por isso que se l$ uma epressão como 6...sacerdotes e leitas...7 26E ordenaram ao poo dizendo( Juando irdes a arca da aliança do 9en"or, osso Deus, e que os leitas sacerdotes a leam, partireis ós também do osso lu%ar e a se%uireis7:K< L 61as os sacerdotes lei leita tas, s, os fil" fil"os os de Madoq adoque ue,, que que cump cumpri rira ram m as pres prescr criç iç+e +ess do meu meu sant santuá uári rio, o, quan quando do os fil" fil"os os de /sra /srael el se e etr traaiar iaram am de mim, mim, eles eles se
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c"e%aram a mim, para me serirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem a %ordura e o san%ue, diz o 9en"or Deus7:N< embora a nossa ersão portu%uesa di%a ali, respectiamente 6leitas sacerdotes7 e sacerdotes le)ticos73. =s leitas seriam no caráter de representantes da nação inteira, quanto @s quest+es de "onra, priilé%io e obri%aç+es do sacerdócio. ' tr)plice diisão do sacerdócio era( ;3 = sumo sacerdote8 B3 os sacerdotes comuns8 C3 os leitas. odas das tr$s tr$s dii diis+ s+es es desc descen endi diam am dire direta tame ment ntee de >ei >ei.. 'ssi 'ssim, m, todo todoss os sacerdotes eram leitas8 mas nem todos os leitas eram sacerdotes. ' ordem menor do sacerdócio era constitu)da pelos leitas, que cuidaam de ários seriços no santuário. 'l%uns de seus deeres são descritos no liro de Oodo que diz( 0onsa%ra* me todo o primo%$nito8 todo que abre a madre de sua mãe entre os fil"os de /srael, tanto de "omens como de animais, é meu7:;Q< L 6!ão tardarás em trazer ofertas do mel"or das tuas ceifas e das tuas in"as8 o primo%$nito de teus fil"os me darás7:;;< L 61as se for de um animal imundo, res%atar*se*á, se%undo a tua aaliação, e sobre ele acrescentará a quinta parte8 se não for res%atado, ender*se*á, se%undo a tua aaliação7:;B< L 6Eis que eu ten"o tomado os leitas do meio dos fil"os de /srael, em lu%ar de todo primo%$nito que abre a madre, entre os fil"os de /srael8 e os leitas serão s erão meus7:;C<. Estas eram al%umas funç+es dos leitas, ou seja, todo o seriço do templo. ' or%anização e a orientação do poo dependia deles que foram separados por Deus para isso. =s fil"os de 'arão, que foram separados para serirem especialmen especialmente te como sacerdotes, sacerdotes, eram os superiores superiores dos leitas. leitas. 9omente 9omente os sacerdotes podiam ministrar nos sacrif)cios do altar. altar. =s leitas seriam ao santuário como um todo. =s sacerdotes formaam um %rupo sacerdotal. 'pós a idolatria que enoleu o bezerro de ouro, foram os leitas que se juntaram em torno de 1oisés, ajudando*o restaurar a boa
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ordem.:;< Desde então, eles passaram a ocupar uma posição distinta entre as tribos de /srael. ornaram*se os %uardiães do tabernáculo, e nin%uém mais tin"a permissão de aproimar*se do mesmo, sob pena de morte. Desde o começo os coatitas 2descendentes de 0oate3, por serem os parentes mais c"e%ados dos sacerdotes, receberam os of)cios mais eleados. Eram os coatitas que transportaam os asos do santuário e a própria arca da aliança. &m arranjo permanente foi feito, para que recebessem o sustento com base nos d)zimos pa%os por todo o poo de /srael. Da tribo de >ei, finalmente foram destacadas quarenta e oito cidades, seis das quais também eram cidades de refú%io. Entre as tarefas dos leitas estaam aquelas de preserar, copiar e interpretar a lei mosaica. =s leitas não foram inclu)dos no recenseamento %eral, mas tieram o seu próprio censo. 6Aoram contados os leitas de trinta anos para cima8 seu número, contados um por um, foi de trinta e oito mil "omens7:;F<. Eles preparaam os animais a serem sacrificados, mantin"am i%il4ncia, faziam trabal"os braçais, limpaam o lu%ar de adoração e a%iam como assistentes e seros dos sacerdotes araRnicos. 'l%uns leitas aproimaam*se dos sacerdotes quanto @ di%nidade, mas outros eram poucos mais que escraos. erminado o catieiro babilRnico, quando o remanescente de /srael retornou a 5erusalém, não mais do que trinta e oito leitas puderam ser reunidos. ' pureza de san%ue deles e suas posiç+es foram cuidadosamente preseradas por Esdras e !eemias. E, quando os romanos destru)ram o templo de 5erusalém, em IQ D.0., os leitas desapareceram da "istória como um %rupo distinto, misturando*se a multidão dos catios e pere%rinos judeus pelo mundo inteiro. -O."/
:;< 0'1P>/!, Sussel !orman , Enciclopédia de -)blia eolo%ia e Ailosofia ol. C, 9ão Paulo, a%nos, p. INC :B< ERdo G(BF :C< >e)tico BF(CB :< 5osué B;(C,; :F< !úmeros K(G
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:G< Esdras B(IQ :I< 5oão ;(;N :K< 5osué C(C :N< Ezequiel (;F :;Q< Eodo ;C(B :;;< ERdo BB(BN :;B< >e)tico BI(BI :;C< !úmeros C(;B :;< 6E fizeram os fil"os de >ei se%undo a palara de 1oisés8 e ca)ram do poo, naquele dia, uns tr$s mil "omens7. Oodo CB. BK :;F< / 0rRnicas BC(C
4 O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira 'arte I( O Ministério Levítico Capítulo )%
Em al%uns tetos b)blicos podemos obserar al%umas caracter)sticas quanto @ natureza dos instrumentos musicais empre%ados nas terras b)blicas do mundo anti%o. ' 'rqueolo%ia muito tem feito para dar*nos informaç+es mais eatas sobre a questão. Podemos diidir os anti%os instrumentos musicais em tr$s cate%orias( ; * os de corda8 B * os de sopro8 C * e os de percussão. %2* 3 Instrumentos de Corda2
a) A harpa (no hebraico, Kinnor). [1]
Esse é o primeiro de todos os instrumentos musicais mencionados na -)blia 6= nome de seu irmão era 5ubal8 este foi o pai de todos os que tocam "arpa e flauta L Por que fu%iste ocultamente, e me lo%raste, e nada me fizeste saber para que eu te despedisse com ale%ria, e com c4nticos, e com tamboril, e com "arpaH7:B<. 'l%umas traduç+es dizem ali lira, conforme a opinião da maioria dos eruditos. Esse era um instrumento portátil, o que se demonstra pelo fato de que os joens profetas leaam*na juntamente com tr$s outros tipos, 6Então, se%uirás a ?ibeá*Eloim, onde estáa %uarnição dos filisteus8 e "á de ser que, entrando na cidade, encontrarás um %rupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e flautas, e "arpas, e eles estarão profetizando7:C<. !ão sabemos dizer se esse instrumento era tocado com as pontas dos dedos ou com al%um objeto de tan%er. 's anti%as pinturas murais dos túmulos dos e%)pcios mostram al%um objeto de tan%er, mas isso não tem de corresponder ao uso dominante em /srael. = trec"o de / 9amuel indica que o instrumento era tocado com as pontas dos dedos( 61anda, pois,
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sen"or nosso, que teus seros que estão em tua presença, busquem um "omem que saiba tocar "arpa8 e será que, quando o esp)rito mali%no, da parte do 9en"or, ier sobre ti, então, ele a dedil"ará, e te ac"arás mel"or7:<. ambém não sabemos dizer quantas cordas tin"a uma "arpa. Proaelmente, esse número ariaa. 5osefo fala de uma Tinnor de dez cordas. ' "arpa era feita de madeira, embora presas as cordas. = termo aramaico qiros que fi%ura em Daniel C, em da mesma raiz de onde se deria a palara portu%uesa %uitarra.:F< b) Saltério (no grego psalterion).
&m instrumento de cordas tocado com as pontas dos dedos. = termo %re%o psallo si%nifica 6tocar7 ou 6tan%er7, o que eplica o nome desse instrumento. Essa palara %re%a traduzia o termo "ebraico nebel. ' maioria dos eruditos pensa que ários tipos de "arpa eram assim c"amados, de forma %eral, ou mesmo eclusiamente o trec"o de / 9amuel alude ao instrumento, o que parece mostrar uma ori%em fen)cia do mesmo, isto que naquela porção do 'nti%o estamento, o pano de fundo era a cultura fen)cia.2teto citado acima nota de n. ;F3. &ma das formas do instrumento tin"a uma caia de resson4ncia bojuda, parecida com a %uitarra portu%uesa, na etremidade inferior. Esse instrumento era feito de madeira. = termo "ebraico Uasor, que indica um instrumento de dez cordas, e, na septua%inta, al%umas ezes é traduzido pelo ocábulo %re%o psalterion. Porém, também é poss)el que a Uasor fosse apenas um tipo de nebel. c) Cítara –
= trec"o de Daniel 6!o momento em que ouirdes o som da trombeta, do p)faro, da "arpa, da c)tara, do saltério, da %aita de foles e de toda sorte de música, os prostrareis e adorareis a ima%em de ouro que o rei !abucodonosor leantou7.:G< menciona esse instrumento musical como um daqueles que faziam parte da orquestra de !abucodonosor. 'l%uns estudiosos pensam que a c)tara no "ebraico sabbeVa:I< era uma espécie de "arpa, pequena, de formato trian%ular, dotada de quatro ou mais cordas, e que tocaa em tom alto. Estrabão 2.I;3 diz que se ori%inara entre bárbaros. á traduç+es que dão a esse instrumento o nome de tr)%ono, deido ao seu formato trian%ular.
*) d) Saltério de dez cordas.
!o "ebraico Uasor. Proaelmente, uma lira com dez cordas como é citado pelo salmista 60elebrai o 9en"or com "arpa, louai*o com c4nticos no saltério de dez cordas L 0om instrumentos de dez cordas, com saltério e com a solenidade da "arpa L ' ti, ó Deus, entoarei noo c4ntico8 no saltério de dez cordas, te cantarei louores7.:K< á quem pense que este instrumento era c"amado Vitara pelos %re%os. 1as esse tin"a de trinta a quarenta cordas e era tocado com um plectro:N<, o que mostra que não era o mesmo instrumento referido no 'nti%o estamento. %2% 3 Instrumentos de /opro2 a) aitas (no hebraico, chalil).
'l%umas traduç+es também traduzem essa palara por 6flauta7. ' palara "ebraica c"alil deria*se da idéia de 6furar7 ou 6cortar7. = termo %re%o correspondente, aulós, enole a idéia de 6soprar7. =s eruditos "esitam entre um tipo de oboé e uma flauta. Essa palara também pode ter um sentido %eral, incluindo ários tipos de instrumentos de sopro. !o liro de Primeiro Seis na festa de coroação do rei 9alomão podemos perceber que a %aita era muito usada( 6'pós ele, subiu todo o poo tocando %aitas e ale%rando*se com %rande ale%ria, de maneira que, com seu clamor, parecia fender*se a terra7. ?aita de foles, instrumento também aparece no teto de Daniel citado acima. 0omo palara deriada do aramaico, sumponWa, proaelmente um ocábulo tomado por empréstimo do %re%o:;Q<. b) !í"aro. (no ara#aico, #ashro$ita).
Esse termo ac"a*se somente no liro de Daniel em um dos tetos citado acima. &m dos instrumentos babilRnicos ali mencionados. ' raiz dessa palara, saraq, si%nifica 6soprar7 ou 6silar7. Xários instrumentos poderiam estar em foco, e talez o flautim esteja em eid$ncia entre as possibilidades. c) %la&ta. 'o hebraico &gab.
# dif)cl saber eatamente que instrumento musical seria esse podendo ser um nome %enérico para ários tipos de instrumentos de sopro. 6cantam com tamboril e "arpa e ale%ram*se ao som da flauta7.:;;< ' 9eptua%inta dá nada
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menos de tr$s traduç+es diferentes para a palara "ebraica enolida, mas nen"uma delas parece corresponder a um instrumento de sopro, a saber( a %uitarra, e o saltério. d) Corneta. 'o hebraico shophar. 'o grego, éras, no lati#, corn&.
Essa palara "ebraica pode indicar frascos para lear l)quidos em pequenas porç+es, pois esses frascos eram feitos de c"ifres de boi. E também podia apontar para um pequeno instrumento como aquele que aparece no seto cap)tulo do liro de 5osué, quando trombetas foram sopradas e as mural"as de 5ericó ru)ram. 6?ritou, pois, o poo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. endo ouido o poo o sonido da trombeta e leantando %rande %rito, ru)ram as mural"as, e o poo subiu @ cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram7.:;B< e) *ro#beta. 'o hebraico, chatsotserah[1+] .
Dee ser feita a distinção entre a corneta, feita de c"ifre de boi e a trombeta, que era um instrumento de metal. 'lém disso, a corneta era um instrumento militar, embora também pudesse ser usado em funç+es reli%iosas. 'ssim, esse instrumento até "oje é usado nas sina%o%as judaicas. 5á a trombeta era um instrumento sa%rado, e nunca usado para fins militares. 0omo eremos nos tetos a se%uir( 6Aaze duas trombetas de prata8 de obra batida as farás8 serir*te*ão para conocares a con%re%ação e para a partida dos arraiais7:;< L 6ocai a trombeta na Aesta da >ua !oa, na lua c"eia, dia da nossa festa7:;F< L 60om trombetas e ao som de buzinas eultai perante o 9en"or, que é rei7.:;G< L 60lama a plenos pulm+es, não te deten"as, er%ue a oz como a trombeta e anuncia ao meu poo a sua trans%ressão e @ casa de 5acó, os seus pecados7.:;I< L 6'nunciai em 5udá, fazei ouir em 5erusalém e dizei( tocai a trombeta na terraY ?ritai em alta oz, dizendo( ajuntai*os, e entremos nas cidades fortificadasY7.:;K< 9omente no teto de / 0or)ntios cap)tulo ; erso K que diz 6Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batal"aH7, Paulo escreendo aos cor)ntios usa a fi%ura da trombeta sem distin%uir claramente, deiando entender que poderia ser usado no conteto militar. 1as, quando analisamos o teto percebemos que não é a intenção de Paulo, falar a respeito de instrumento, por isso ele
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não deia claro o tipo e trombeta que seria usado, como nós já referimos era a trombeta de c"ifre de c"ifre e não a de metal.:;N< alez também que Paulo era cidadão romano e na época eles a usaam para sa)das militares.:BQ< %2& 3 Instrumentos de 'ercuss$o2
Cí#balo.
!o "ebraico, 1enaZ naZim, uma palara "ebraica de dúbio sentido, que a ul%ata traduziu como sistra, 6%uizos7. ' septua%inta traduziu esta palara por Tumbala, o que eplica a tradução portu%uesa. !o entanto dificilmente tratar* se*ia, realmente, do c)mbalo 6Dai e toda a casa de /srael ale%raam*se perante o 9en"or, com faia, com "arpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros e com c)mbalos,:B;<,esta palara no "ebraico si%nifica 6ibrar7. ' arqueolo%ia tem ilustrado ários tipos de %uizos. alez se trate de al%o assim. Dois tipos de c)mbalos t$m sido ac"ados pelos arqueólo%os. &m desses tipos consiste em dois pratos ac"atados feitos de metal, que eram batidos um no outro de forma ritmada8 o outro tipo consiste em duas espécies de conc"as, batida uma na outra. 'queles termos "ebraicos t$m sentido de zunir. Por esta razão que no salmo ;FQ erso F, faz a distinção( 6c)mbalos sonoros7 e 6c)mbalos retumbantes7. !o %re%o Túmbalon, 6[cimbalo7, palara que ocorre somente uma ez em todo o !oo estamento 6'inda que eu fale as l)n%uas dos "omens e dos anjos, se não tier amor, serei como o bronze que soa ou como c)mbalo que retine7.:BB< b) *a#bori#.
!o "ebraico, top", como emos no liro de ERdo 6' profetisa 1iriã, irmã de 'rão, tomou um tamborim, e todas as mul"eres sa)ram atrás dela com tamborins e com danças7.:BC< 6= substantio top" é um termo %enérico para tamborins e tambores médios 2os instrumentos de percussão mais comuns nos tempos anti%os3, dos quais foram encontrados eemplares em escaaç+es no E%ito e na 1esopot4mia. Entretanto, o tamboril não está entre os instrumentos mencionados em 0rRnicas e preceituados para a adoração no templo7:B<. Este instrumento era parecido com o pandeiro brasileiro, tan%ido
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com a mão. Era usado para acompan"ar, ritmadamente, a música e a dança, nas festiidades e nos cortejos. c) Ad&"es.
' palara é a da mesma raiz o "ebraico para tamborim 6top"7. Proaelmente era outro nome para se referir ao pandeiro.:BF< -O."/
:;< 0'1P>/!, Sussel !ormam, Enciclopédia de -)blia e Ailosofia, ol C, p.BN :B< ?$nesis (B;8 C;(BI :C< / 9amuel Q(F :< / 9amuel ;G(;G :F< &m instrumento musical com cordas e feito de madeira. 0omumente associado ao júbilo e @ ale%ria. = que parece a palara é de ori%em indiana, pois na \ndia eiste um instrumento de cordas denominado Tinnara. # poss)el que a palara, se não o próprio instrumento, ten"a indo para o ocabulário "ebraico atraés do "itita. Proaelmente o Vinnor era uma lira, e não uma erdadeira "arpa. >iras aparecem em árias pinturas e esculturas anti%as. Embora a maioria das refer$ncias @ "arpa ocorra num conteto de adoração pública, cerca de seis refer$ncias indicam que ela era um instrumento de recreação e descontração. Era comum a "arpa ser tocada em festas, presumielmente por dançarinas 6oma a "arpa, rodeia a cidade, é meretriz, entre%ue ao esquecimento8 canta bem, toca, multiplica as tuas canç+es, para que se recordem de ti.7/s. BC(;G.2-S=]!, 0olin, Dicionário /nternacional de eolo%ia do 'nti%o estamento,9ão Paulo, Xida !oa, BQQQ p.;QQ,F3 :G< Daniel C(F :I< >ira, c)tara. um empréstimo lin%u)stico do %re%o Vit"aris. Juanto @ import4ncia dessa palara e de outros empréstimos lin%^)sticos do %re%o para a datação de Daniel. -S=]!, 0olin, Dicionário /nternacional de eolo%ia do 'nti%o estamento, p.;;NN.3 :K< 9almos CC(B8 NB(C8 ;(N :N< s. m. ;. 'nt. Pequena ara de marfim, com que se feriam as cordas da lira. B. Ai%. Poesia, inspiração poética. Dicionário 1ic"aelis
*+
:;Q< !a atualidade %eralmente se aceita que, uma ez que "oue muitos contatos anteriores entre %re%os e persas, esse nome de instrumento musical pode muito bem ter sido encontrado junto com o instrumento na corte persa. = mesmo se pode dizer das tr$s outras palaras %re%as nesse trec"o de Daniel( q_teros, 6"arpa7, sabbeVa, 6trombone78 psalter_n, 6saltério7. -S=]!, 0olin, Dicionário /nternacional de eolo%ia do 'nti%o estamento. p.IBG :;;< 5ó B;(;B :;B< 5osué. G.BQ :;C< alez ori%inária de uma raiz com o sentido de 6ser estreito7, descreendo sua forma, a palara ocorre BN ezes sempre no plural, com eceção de =séias F(K 6ocai a trombeta em ?ibeá e em Sama tocai a rebateY >eantai %ritos em -ete*`enY 0uidado, -enjamim7. Dessas ocorr$ncias, ;G encontram*se em ; e B 0rRnicas. # traduzida por salpi%s na > e por tuba na ul%ata, tendo ambas as palaras o sentido de 6trombeta7. -S=]!, 0olin, Dicionário /nternacional de eolo%ia do 'nti%o estamento, 9ão Paulo, Xida !oa, BQQQ p.F;K,F;N3. :;< !úmeros ;Q(B :;F< 9almos K;(C :;G< 9almos NK(G :;I< /sa)as FK(; :;K< 5eremias (F :;N< -S=]!, 0olin, Dicionário /nternacional de eolo%ia do 'nti%o estamento,p. IBG :BQ< P'0TES, 5. /.8 E!!E, 1erril 0.8 ]/E, ]illian, = 1undo do !oo estamento, 9ão Paulo, Xida !oa, BQQQ p. FK*G; :B;< // 9amuel G(F :BB< / 0or)ntios ;C(; :BC< Oodo ;F(BQ :B< -S=]!, 0olin, Dicionário /nternacional de eolo%ia do 'nti%o estamento,, p. BFCI :BF< D'X/9, 5o"n D. Diconário da -)blia. Editora 0andeia e 5uerp BQ ed. ;NNK p. FK;
*, O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira Capítulo )& 'arte I 3 &2* 6 Características da música 7udaica
Juando ol"amos para a "istória percebemos que reli%ião e arte andam quase sempre juntas. ' relação 0riadorcriatura foi estabelecida atraés de ofertas e cultos a partir da necessidade de transposição para uma esfera diferente da natural cotidiana, o comportamento do ser "umano transformou a ul%aridade dos %estos naturais, dando a esses %estos noas si%nificaç+es diante do diino, tornando*os assim ritualizados. Entre o poo judeu, a maneira de se epressar eio a ser con"ecida, já no presente
século,
pelo ocábulo
cantilena,
técnica
al%umas
ezes
denominada de salmodiai, ou de recitatio, e ainda de declamação. Esse processo declamatório diferenciado, classificado entre a fala e o canto, é releante para a compreensão dos re%istros b)blicos do 'nti%o estamento 2'3 sobre música, pois diferem da concepção que "oje os ocidentais t$m do que seja melodia. 1elodia para o poo "ebreu era um tipo de recitatio ou declamatório, como "oje se $ entre os árabes.:;< ' literatura rab)nica adertia que os tetos das Escrituras fossem não só lidos, mas também cantados, se%uindo os modos indicatios do canto, que podiam ariar de acordo com a litur%ia ou com o teto a que aludiam. ' música empre%ada para essa finalidade era, por ecel$ncia, de caráter improisatório, cabendo ao eecutante con"ecer e ser muito "ábil dominando as estruturas melódicas cab)eis no teto. 9em dúida, o teto era o condutor de todo o processo de eecução de uma cantilena. Partindo desse con"ecimento, "aia uma mar%em de liberdade poss)el para a ornamentação musical.
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' música judaica tem caracter)sticas da música sem)tica oriental, que é modal:B< em sua forma e cujo sistema está baseado em quartos de tom. ' composição dessa música é feita de motios, con"ecidos ainda como pequenas células musicais de uma certa escala, e não eiste "armonização. Porque a música oriental tem caracter)sticas populares, suas frases são curtas, o que facilita a sua apreensão pela maioria do poo e é transmitida oralmente. = canto judaico empre%aa sinais efonéticos, denominados acentos pelo teto b)blico dos massoretas. !esse sistema, a entonação usa sinais que indicam quando leantar e quando abaiar o tom da oz durante a leitura do teto b)blico. Esses sinais foram adaptados dos acentos %ramaticais %reco* romanos, que foram inentados por 'ristófanes 2FQ ou F* CKK a.0.3. ' entonação é dada pela estrutura frasal e pelas relaç+es sintáticas e ló%icas dos elementos da frase, contribuindo ainda para flu$ncia r)tmica da mesma. 9ó muito mais tarde é que os sinais efonéticos foram usados para indicar a flu$ncia da cantilena. =s c"amados acentos b)blicos foram, desde cedo, releantes para a leitura do Pentateuco, re%ida por re%ras precisas, e, ainda importantes para a manutenção da tradição oral. = propósito desses acentos era ressaltar o si%nificado do teto e tornar clara sua compreensão. ' sabedoria rab)nica considera que esse tipo de leitura modulada tee seu in)cio com Esdras, na ocasião em que fora conclu)da, a reconstrução do emplo e o poo se reuniu para a leitura do Pentateuco. 'lém do componente musical, usaa*se o recurso da quironomia, que, no caso, era a arte que o l)der utilizaa de %esticular as mãos a fim de traduzir a altura dos sons e o ritmo para a pessoa que interpretaa o discurso musical. oje, é con"ecido por nós como re%ente, que na maioria das ezes só é usada para os corais separados para essa finalidade, ao contrário do outro que re%ia toda a con%re%ação. =s re%istros que aparecem no ' a respeito de música abordam tanto a música secular quanto a sacra. 's narratias do primeiro liro da -)blia relatam os acontecimentos dos antepassados do poo judeu, con"ecidos
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como a "istória dos patriarcas. Entretanto, a "istória da relação de Deus com o poo eleito tem seu in)cio descrito no Oodo. # na pré*"istória do poo judeu que se fala de 5ubal, descendente de 0aim, que seria o antepassado de todos os que tocam "arpa e flauta. &ma canção secular re%istrada nesse mesmo cap)tulo é um canto lú%ubre, em que >ameque eplica o "omic)dio de al%uém que o "aia ferido. ' última refer$ncia sobre música nesse primeiro liro da -)blia relata a censura que >abão fez a 5acó, que fu%ia dele, sem permitir uma festa de despedida, com canç+es acompan"adas de pandeiros e "arpas. 'l%umas canç+es falaam de %uerras, itórias e outros assuntos da época "eróica de /srael:C< e, juntamente com outros dados "istóricos, eram re%istradas em liros. Dois desses liros são citados na -)blia( os >iros das -atal"as do Deus Eterno, 6Pelo que se diz no liro das ?uerras do 9en"or...7, e o >iro do 5usto ,6...não está isto escrito no >iro dos 5ustosH...7:< = ' apresenta outros re%istros de música secular( /sa)as fala da canção da prostituta,:F< de canç+es da bebida, como a da plantação de uas e do in"o na festa:G<. -arzilai, conidado por Dai para ir morar em 5erusalém, abdicou do conite por ser el"o e já não poder mais ouir a oz dos cantores.:I< 9alomão, descreendo suas riquezas, fala dos "omens e mul"eres que cantaram para dierti*lo.:K< Essas canç+es seculares também podiam ter um caráter melancólico. Dai entoou lamento por 9aul, 5Rnatas:N< e 'bner.:;Q< 5eremias conclamou as carpideiras e compRs uma canção de enterro em "onra ao rei 5osias. Juando analisamos estes tetos fica muito dif)cil e quase não é poss)el caracterizar com ri%or as diferenças entre música secular e sacra no '. !aquela época os limites de cada tipo de música ficam dif)ceis de serem determinados. 'l%uns profetas associaam a música com a corrupção dos ricos, conforme 'mós G:;;<. 9c"leifer considera que a música só eio a ser parte inte%rante do culto a partir da transfer$ncia da arca para 5erusalém. odas as alus+es anteriores feitas ao trompete e ao s"ofar indicam que eles
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pertenciam @s funç+es dos sacerdotes durante os sacrif)cios, funç+es essas não musicais. :;B< !o >iro do profeta Daniel fica mais fácil identificar um tipo de música secular, pois estaa tratando de uma nação pa%ã. Xemos claramente a fi%ura de uma orquestra, que trabal"aa em prol das ontades do rei !abucodonosor tocando músicas para determinadas ocasi+es.:;C<
&2% 3 /almos 3 " Maior E8press$o da Música do 'ovo Hereu2
Passados mais de BQQQ anos o >iro de 9almos tem sido a colet4nea mais popular de escritos das 9a%radas Escrituras. =s salmos eram usados nos cultos de adoração dos israelitas desde os tempos da)dicos. ' /%reja 0ristã incorporou os 9almos na litur%ia e no ritual, atraés dos séculos. ' popularidade dos salmos reside no fato de que refletem a eperi$ncia comum da raça "umana. endo sido compostos por numerosos autores, os ários salmos epressam as emoç+es, os sentimentos pessoais, as atitudes, a %ratidão e os interesses do indi)duo comum. &niersalmente, os poos t$m identificado sua sorte na ida com a sorte dos salmistas.:;< Secebeu o nome "ebraico seper te"ill_m, liro de louores, usado principalmente sob a responsabilidade dos músicos leitas durante a litur%ia "ebraica. = nome 9almos eio da ersão %re%a do '. 9ua estrutura atual só foi definida no século /X da era cristã, quando passou a ser lido como etensão da lei mosaica e diidido em cinco liros. Essa diisão leou em consideração a epressão -endito seja o 9en"or Deus de /srael, elemento diisor dos cinco liros dos 9almos, por analo%ia com o Pentateuco. 9ua colocação litúr%ica poderia ser ou no in)cio ou no fim de uma oração. 9up+e* se que os escribas a ten"am re%istrado no final de pequenas coleç+es de salmos. = >iro / abarca os 9almos ; a ; e a %rande maioria deles pode ser catalo%ada como oraç+es de pequenos %rupos8
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o >iro //, contendo os 9almos B a IB, é con"ecido como o saltério elo)stico, porque "á ;G ocorr$ncias da palara Elo"im, em contraste com CQ menç+es de 5aé8 o >iro /// tem duas seç+es( de IC a KC são salmos elo)sticos e de I a KN são ja)sticos8 os >iros /X 29almos NQ a ;QG3 e X 29almos ;QI a ;FQ3 en%lobam uma série de salmos dos mais ariados assuntos. = último bloco mostra uma lin%ua%em de júbilo, na sua maioria, sendo que os cinco últimos salientam o tom de louor enaltecedor a 5aé. !o emplo, um salmo era destacado para cada culto diário e, nas %randes festas, o %rupo dos salmos con"ecidos como allel %an"aa destaque. !ão são todos os t)tulos que cont$m os nomes dos autores, mas quando consta o nome, produz*se o se%uinte quadro tradicional( um 9almo de 1oisés 29l NQ38 setenta e tr$s de Dai 2a maioria se ac"a nos >iros / e //38 doze de 'safe 2FQ, IC*KC38 dez dos descendentes de 0ore 2B, *N, KI,KK38 um ou dois de 9alomão 2IBH, ;BI38 um de emã o Ezra)ta 2KK38 um de Etã o Ezra)ta 2KN3.:;F< =s salmos de louor são mais numerosos. Essas epress+es de eultação e %ratidão com freq^$ncia sur%iram como seq^$ncia natural de al%um %rande liramento. = louor a Deus muitas ezes foi eprimido por indi)duos que se pun"am a contemplar as obras criatias de Deus na natureza. 9ão considerados salmos de louor todos os que iniciam com uma epressão "ebraica traduzida por canção de louor. Encontram*se classificados aqui os "inos que usam o modo imperatio 2como >ouai o 9en"or3, os "inos indiiduais, os que aclamam 5aé como rei, os que o louam como 0riador, as canç+es de col"eita e os "inos para o in)cio do culto. Entre os cantos de oração incluem*se os salmos para oração indiidual 2em que o pronome pessoal é eu3, os cantos para oração coletia 2em que o pronome usado é nós3 e os de aç+es de %raça. =s salmos reais são os que falam de reis e cont$m elementos literários encontrados na literatura do anti%o =riente Próimo( o oráculo, a prosperidade para o rei, a intercessão que profetas e
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sacerdotes fazem a 5aé em faor do rei bem como elementos que descreem ritos, como os do 9almo ;Q; em que o rei declara sua lealdade a Deus. 's canç+es de 9ião estão baseadas no 9almo ;CI.C e eram con"ecidas por todos, no e)lio, pela epressão c4nticos de 9ião. 's canç+es didáticas são aquelas em que aparecem os termos "ebraicos equialentes a sabedoria e entendimento, sendo os salmos da orá um eemplo. 'l%uns salmos que narram idas a serem imitadas e se%uidas como eemplo incluem*se aqui, como o 9almo IK. =utros traços retirados da sabedoria proerbial também ilustram esse tipo de salmos( a efemeridade da ida "umana 29almo NQ3, a construção da casa e a proteção da cidade 29almo ;BI3 e a ida de comun"ão que dee eistir entre irmãos 29almo ;CC3. Juanto aos salmos de festiais e de litur%ias, Traus mais uma ez epressa*se cautelosamente ao afirmar a dificuldade de reconstituição inte%ral dos cultos do ', mas aponta fra%mentos que ajudam a conceber, mesmo que parcialmente, esses rituais. Ele retira do >iro dos 9almos tr$s festiais ali narrados( 9almos FQ, K; e NF, sendo que somente o K; define o local do acontecimento. 'aliando a relação dos 9almos com a "istória de /srael atraés da análise de quatro caracter)sticas( a lin%ua%em e o estilo dos salmos8 a "istória dos rituais reli%iosos de /srael8 a obseração de fatos "istóricos anti%os e sua adaptação @ narratia i%ente nos salmos e as refer$ncias diretas a um determinado eento "istórico, sobretudo as canç+es de oração comunitária.
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Implica#9es
da
Música
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no
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' 'ntropolo%ia nos diz que todas as pessoas adoram, as sociedades primitias faziam seus rituais e sacrif)cios a al%um ser que para a cultura de cada um era transcendente. 1as precisamos fazer uma distinção bem clara do que é música de adoração a Deus 2sacra3 e música que tem única finalidade de distrair, diertir e fazer com que as pessoas se sintam bem. ' adoração cristã é a nossa resposta afirmatia á auto reelação do Deus trino. Diferentemente dos primitios, não estamos procurando con"ecer um ser obscuro e amedrontador a fim de tentar aplacar sua ira.
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= "ino cantado pelo coro, o solo ou o número apresentado por um conjunto não é planejado principalmente para o prazer da con%re%ação, ou %ratificação dos cantores ou músicos. Esperamos que estes estejam ao cantar ou tocar, epressando o seu louor pessoal a Deus, mas eles estarão também epressando*o no lu%ar de cada adorador que não faz parte do coro. 'doração tem que ser como uma oferta a Deus, e sendo assim tem que partir de coraç+es %ratos e realmente satisfeitos com o ato que estão propondo. Juando ol"amos para os eemplos de adoradores no 'nti%o estamento percebemos que o caráter da mesma era estritamente teoc$ntrico não cabendo neste meio qualquer outro tipo de epressão que não eidenciasse isto.:;G< ' distinção podia não ser tão clara quando se trataa do poo "ebreu, ol"ando a música como um todo fazendo uma análise %eral. 1as quando estudamos as cerimRnias e os rituais do poo de Deus, percebemos isto claramente. Porque mesmo que fosse para festejar, celebrar as itórias, a%radecer pelas col"eitas as letras eram oltadas para 'quele que era capaz de l"es proporcionar isto, ou seja Deus. 0ontudo, quando se trataa de uma adoração no templo em forma solene( ' música tin"a que ter suas letras oltadas eclusiamente para enaltecer e en%randecer o nome de Deus e neste ponto não tin"a espaço para improisos. ' música tin"a que ser bem trabal"ada e acima de tudo muito bem tocada, para isso eram separados músicos que se dedicaam eclusiamente para esta obra, cabendo a eles eecutar uma música da mel"or qualidade poss)el. ' música também dee ser cantada com a mente. &m "ino, um solo, um número coral ou uma cantata, é antes de tudo um conceito teoló%ico epresso em palaras. 0onseq^entemente toda a adoração musical dee enoler e transformar a mente. # claro que este processo dee começar com os planejadores da adoração. Eles deem escol"er uma peça musical tomando como base não as suas idéias e conceitos, mas os conceitos b)blicos que normatizam a adoração.
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= relacionamento entre emoção e a compreensão tem sua import4ncia na esfera total da adoração. ' erdade de Deus pode ser entendida pela mente, acontecendo @s ezes um enolimento emocional sem que isso seja a re%ra para todas as eperi$ncias.&m indi)duo pode ter uma eperi$ncia emocional8 mas se ela não for baseada em conceitos b)blicos, depressa ela é esquecida na desesperada corrida de buscar um episódio emocional ainda mais intenso. !a tradição litúr%ica, os diri%entes da adoração se%uem a litur%ia de confissão e preparação antes de começar o culto público, para asse%urar*se de que os seus coraç+es estão puros diante de Deus. =casionalmente um ministro de música dee lembrar a si próprio e aos coristas, o propósito e a forma de se c"e%ar a Deus para adorá*lo lembrando das palaras de Deus ao profeta 'mós 6'borreço e desprezo as ossas festas solenes e com as ossas assembléias não ten"o nen"um prazer. E, ainda que me ofereçais "olocaustos e ossas ofertas de manjares, não me a%radarei deles, nem atentarei para as ofertas pac)ficas de ossos animais ceados. 'fasta de mim o estrépito dos teus c4nticos porque não ouirei as melodias das tuas liras7.:;I< !essa passa%em, o profeta narra a censura de Deus @ artificialidade dos atos litúr%icos empreendidos por quem não está iendo sob a retidão ei%ida por ele. 0om eceção da menção dos instrumentos usados e das indicaç+es litúr%icas do uso da música para os leitas, o ' nada mais oferece em relação ao modo do canto. = mais importante em relação @ eposição eterotestamentária sobre música sacra são, os eemplos retirados da ida "umana. Pelo que se pode depreender da leitura desses relatos b)blicos, a preocupação diina %ira em torno da conduta de quem está na liderança da eecução musical.
&2+ 3 Estaelecimento da Música /acra2
Dai era um musicista consumado como podemos perceber em / 9amuel ;G(;*BC,:;K< e anelaa por mel"orar o aspecto musical do culto diino. Dai eio a ser uma espécie de patrono da "inolo%ia judaica. =s arqueólo%os t$m descoberto monumentos e documentos que confirmam a import4ncia da
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música em /srael e nos pa)ses em redor. á monumentos mesopot4micos do século / a. 0. que proam isso. =s art)fices semitas learam instrumentos musicais com eles, quando entraram no E%ito, se%undo se $ nos releos de -eni*asã. Esses ficam cerca de duzentos e setenta quilRmetros do 0airo. ' literatura reli%iosa épica, encontrada em Sãs 9"amra, fala sobre os s"arim, 6cantores7, informando*nos de que eles formaam uma classe, em &%arite, desde ;QQ a. 0. Portanto,nada "á de anacrRnico acerca da $nfase de Dai sobre a 1úsica. =s próprios salmos confirmam o ponto, pois muitos deles eram musicados e de fato, compostos como peças musicais.:;N< 9ó na era da instituição do emplo por Dai e por seu sucessor 9alomão é que a música de /srael mudou si%nificatiamente. # nessa ocasião que o canto começou a atrair o foco do interesse musical, com toda a or%anização profissional que demandaa. # no relato da mudança da arca para 5erusalém que os nomes dos leitas foram listados. Eram "omens com treinamento e "abilidade musicais de tal ener%adura que foram selecionados por Dai para essa tarefa. =s primeiros a serem mencionados são os cantores solistas emã, 'safe e Etã, certamente os mais dotados e que foram indicados tanto para o canto quanto para a eecução dos c)mbalos, função que denotaa %rande distinção. ' se%uir mencionam*se %rupos de um escalão mais baio, como os instrumentistas l)deres da melodia e outros instrumentistas acompan"adores do canto, todos liderados por Juenanias:BQ<. 'lém dos cantores leitas, al%uns sacerdotes mais li%ados @ parte litúr%ica também atuaam como trompetistas. = número total dos músicos leitas era de B mil,:B;< os quais ficaram responsáeis pela música do emplo e se%uiam um plano bem elaborado para atuar em todos os cultos ali efetuados. # de etrema rele4ncia constar que a -)blia diz que esses leitas utilizaam* se de instrumentos inentados pelo próprio Dai.:BB< =s pertencentes ao coral foram distribu)dos em B %rupos, cada um formado por ;B coralistas, num total de BKK componentes.:BC< =s tr$s cultos diários para os sacrif)cios juntamente com os cultos do sábado ei%iam que todos os %rupos estiessem atuando de al%uma forma durante a semana. # proáel que para as %randes festiidades anuais fossem todos c"amados @ participação conjunta. =s
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músicos leitas só eram admitidos para atuarem nos cultos com a idade de CQ anos,:B< portanto, só faziam parte dessa cate%oria profissional os já amadurecidos e lon%amente treinados na prática musical. = tempo de seriço era de BQ anos e o tempo anterior de aprendiza%em espec)fica leaa cerca de cinco anos, não contados os anos de inf4ncia dedicados @ memorização de todos os detal"es ritual)sticos. ' música do emplo era feita em un)ssono, em olume alto e a%udo, %rande parte do tempo. =s leitas, portanto, foram os responsáeis pela manutenção de uma tradição musical, pois eram os que possu)am "abilitação e dom)nio das técnicas requeridas para a eecução da música litúr%ica. 'lém disso, se%undo a compreensão do ', eles foram inestidos por Deus nessa função.
6Ealtar*te*ei, ó Deus meu e Sei8 bendirei o teu nome para todo o sempre7 9almo ;F(;. Este 9almo como muitos outros na -)blia, re%istra o caráter da erdadeira adoração a Deus. 1ostra com clareza o objeto de toda adoração e como dee ser a música de louor ao 9en"or. Juando ol"amos para o 1inistério >e)tico, é imposs)el não enc"er nossos coraç+es de ale%ria e plena certeza de que Deus instituiu a forma que Ele deseja ser adorado. Em todos os tetos que utilizamos percebemos a or%anização, a seriedade, o preparo e acima de tudo o caráter teoc$ntrico que a música sacra possu)a. = mais interessante é obserar que o modelo de coral, com diis+es de ozes8 a orquestra fazendo a base para o coral8 diri%entes dos c4nticos8 e instrumentistas que ensaiaam constantemente para estarem "abilitados para o louor. 9e notarmos bem esta forma institu)da no tempo de Dai i%ora até "oje e tem dado certo se com a mesma seriedade for feito. Por mais que os músicos fossem e)mios peritos na arte de tocar seus instrumentos, em momento al%um nas Escrituras percebemos al%uma forma de 6"umanismo7 i%orando no meio do poo. ' noção da centralidade da
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adoração a Deus era entendida e praticada atraés da ida de cada músico. 's letras das músicas ressaltaam isto, %lorificando, ealtando a majestade do Deus io. !o 'nti%o estamento, portanto, a adoração era um dos alos centrais na ida do poo de Deus. =s feitos de Deus, a salação que Ele proporcionara ao seu poo era cantado e %eração após %eração e em forma de canto, a "istória da salação diina era passada @s noas %eraç+es em diferentes ocasi+es. 6Sendei %raças ao 9en"or, inocai o seu !ome, fazei con"ecidos, entre os poos, os seus feitos. 0antai*l"e, cantai*l"e salmos8 narrai todas as marail"as. ?loriai*os no seu santo nome8 ale%re*se o coração dos que buscam o 9en"or. Ele é o 9en"or nosso Deus8 os seus ju)zos permeiam toda a terra.7 9almos ;QF. ;*C,I.
-O."/
:;< "ttp.tetosdareforma.net :B< DE>X/!0=&S, Delincout. D&A=&S0J, !obert. >a 1usique Des =r)%enes a !os 5ours 2>$ 1usique bragque3. Ed. >ibrairie >arousse L Paris ;NG :C< Oodo ;F(; 6Então, entoou 1oisés e os fil"os de /srael este c4ntico ao 9en"or, e disseram( 0antarei ao 9en"or, porque triunfou %loriosamente8 lançou no mar o caalo e o seu caaleiro.7 L !úmeros B;(;I6Então cantou /srael este c4ntico( -rota, ó poçoY Entoai*l"e c4nticosY7 L DeuteronRmio C;(;N6Escreei para ós outros este c4ntico e ensinai*o aos fil"os de /srael8 ponde*o na sua boca, para que este c4ntico me seja por testemun"a contra os fil"os de /srael7 L / Seis (CB60ompRs tr$s mil proérbios, e foram os seus c4nticos mil e cinco7. :< !úmeros B;(; e 5osué ;Q(;C :F< /sa)as BC(;F 6!aquele dia, iro será posta em esquecimento por setenta anos, se%undo os dias de um rei8 mas no fim dos setenta anos dar*se*á com iro o que consta na canção da 1eretriz7. :G< /sa)as F(; 6'%ora, cantarei ao meu amado o c4ntico do meu amado a respeito da sua in"a...7
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:I< // 9amuel ;N(CF 6=itenta anos ten"o "oje8 poderia eu discernir entre o bom e o mauH Poderia o teu sero ter o %osto no que come e no que bebeH Poderia eu mais ouir a oz dos cantores e cantorasH E por que "á de ser o teu sero ainda pesado ao re, meu sen"orH7 :K< Eclesiastes B(K 6'montoei também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de pro)ncias8 proi*me de cant+es e cantoras e das del)cias dos fil"os dos "omens( mul"eres e mul"eres7. N< / 9amuel ;(;I*BI 6Pranteou Dai a 9aul e a 5Rnatas, seu fil"o com esta lamentação, determinando que fosse ensinado aos fil"os de 5udá o "ino ao 'rco, o qual está escrito no liro dos justos. ' ua ?lória, ó /srael, Aoi morta sobre os teus altosY 0omo ca)ram os alentesY !ão noticieis em ?ate, nem publiqueis nas ruas de 'squelom, para que se ale%rem as fil"as dos filisteus nem saltem as fil"as dos incircuncisos. 1ontes de ?ilboa, não caia sobre ós nem oral"o, nem c"ua, nem "aja a) campos que produzam ofertas, pois neles foi profanado o escudo dos alentes, o escudo de 9aul, que jamais será un%ido com óleo. 9em san%ue dos feridos, sem %ordura dos alentes, nunca se recol"eu o arco de 5Rnatas, nem oltou azia a espada de 9aul. 9aul e 5Rnatas, queridos e amáeis tanto na ida como na morte não se separaramY Eram mais li%eiros do que as á%uias, mais fortes do que os le+es. Xós, fil"as de /srael, 0"orai por 9aul, que os estia de rica escarlata, que os pun"a sobre estidos adornos de ouro. 0mo ca)ram os alentes no meio da pelejaY 5Rnatas sobre os montes foi mortoY 'n%ustiado estou por ti, meu irmão 5Rnatas8 tu eras amabil)ssimo para comi%oY Ecepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mul"eres. 0omo ca)ram os alentes, e pereceram as armas de %uerraY7 :;Q< // 9amuel C(CC 6E o rei, pranteando a 'bner, disse( eria de morrer 'bner como se fora um perersoH 's tuas mãos não estaam atadas, nem os teus pés, carre%ados de %ril"+es8 ca)ste como os que caem diante dos fil"os da maldadeY7 :;;< 'mós G(F 6...que cantais @ toa ao som da lira e inentais, como Dai, instrumentos músicos para ós mesmos87 :;B< "ttp.tetosdareforma.net :;C< Daniel C(F 6no momento em que ouirdes o som da trombeta, do p)faro, da "arpa, da c)tara, do saltério, da %aita de foles e de toda sorte de música,
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os prostrareis e adorareis a ima%em de ouro que o rei !abucodonosor leantou7. :;< 90&>M, 9amuel 5. ' istória de /srael no 'nti%o estamento.9ão Paulo, Xida !oa P%.BI; :;F< 'S0ES, ?leason >. 5r. 1erece 0onfiança o 'nti%o estamentoH 9ão Paulo, Xida !oa, ;NN;. p. CNQ :;G< &9'D, Donald P. rad. 'diel 'lmeida de =lieira, 5ubilateY ' 1úsica na /%reja, 9ão Paulo,Xida !oa, ;NKG. p.IB :;I< 'mós F(B;*B :;K< 6endo*se retirado de 9aul o Esp)rito do 9en"or, da parte deste um esp)rito mali%no o atormentaa. Então, os seros de 9aul l"e disseram( Eis que, a%ora, um esp)rito mali%no, eniado de Deus, te atormentaa. 1anda, pois, 9en"or nosso, que teus seros, que estão em tua presença, busquem um "omem que saiba tocar "arpa8 e será que, quando o esp)rito mali%no, da parte do 9en"or, ier sobre ti, então, ela a dedel"ará, e te ac"arás mel"or. Disse 9aul aos seus seros( -uscai*me, pois, um "omem que saiba tocar bem e trazei*mo. Então, respondeu um dos moços e disse( 0on"eço um fil"o de 5essé, o belemita, que sabe tocar e é forte e alente, "omem de %uerra, sisudo em palaras e de boa apar$ncia8 e o 9en"or é com ele. 9aul eniou mensa%eiros a 5essé, dizendo( Enia*me Dai, teu fil"o, o que está com as oel"as. omou, pois, 5essé um jumento, e o carre%ou de pão, um odre de in"o e um cabrito, e eniou*os a 9aul por intermédio de Dai, seu Ail"o. 'ssim, Dai foi a 9aul e estee perante ele8 este o amou muito e o fez seu escudeiro. 9aul mandou dizer a 5essé( Deia estar Dai perante mim, pois me caiu em %raça. E sucedia que, quando o esp)rito mali%no, da parte de Deus, in"a sobre 9aul sentia al)io e se ac"aa mel"or, e o esp)rito mali%no se retiraa dele7. :;N< 0'1P>/!, Sussel !orman, Enciclopédia de -)blia eolo%ia e Ailosofia, p.BQ ol. B 2D*?3 :BQ< / 0rRnicas ;F(BB :B;< / 0rRnicas BC( :BB< / 0rRnicas BC(F 6Juatro mil porteiros e quatro mil para louarem o 9en"or com os instrumentos que Dai fez para esse mister7. :BC< / 0rRnicas BF(I
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:B< / 0rRnicas BC(C
%5 O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira Capítulo )* 'arte II( O Humanismo e /uas Influências I 3 :efini#$o
!o latim "umanitas 2atis3 6"umanidade7, natureza "umana, sentimentos "umanos. Xem do termo latino básico "umanus 6"umano7, relatio aos seres "umanos, @ raça "umana. = termo básico é "omo, 6"omem7, 6ser "umano7. Essa palara era usada para fazer contraste com os animais irracionais.:;< Definiç+es -ásicas dos Dicionários. m. ;. 1oimento dos "umanistas da Senascença, que ressuscitam o culto das l)n%uas e das literaturas anti%as. B. Doutrina que coloca o "omem no centro do unierso e das preocupaç+es filosóficas.:B< ' cultura deriada do treinamento nos clássicos8 uma erudição bem polida8 um sistema de pensamento no qual o "omem e os seus interesses e desenolimento tornam*se o ponto central. !esse sentido, al%umas ezes a palara é usada para fazer contraste com o te)smo. De acordo com este sistema, Deus aparece como c$ntrico, como o criador, o %uia e o alo de toda a eist$ncia. !o "umanismo, pois, o "omem é o alo de toda a eist$ncia, a medida padrão de todas as coisas. 1as o termo também é usado para fazer contraste com o absolutismo, aquelas filosofias que ealtam al%um tipo de poder cósmico e abstrato, como a erdadeira realidade, da qual o "omem é uma minúscula porção. II 3 "lguns usos ;ist
Protá%oras em NQ*;Q a.0. afirmaa que o "omem é 6a medida de todas as coisas7, de tal modo que, se%undo o "umanismo, todas as consideraç+es éticas, metaf)sicas e práticas dependem do "omem, e não de forças cósmicas,
&)
dos deuses, etc. 'ssim, criou*se uma filosofia relatiista, sem alores fios ou absolutos. ' partir da) criou*se a base para a 6doutrina7 "umanista e ários nomes sur%iram que estruturaram essa filosofia. Aoi assim que foi cun"ado a si%nificação clássica do termo, ou aquele tipo de cultura e $nfase promoidas por certos filósofos %re%os. Durante a Senascença, "omens como Petrarca e Erasmo de Soterdã retornaram @s ra)zes %re%as quanto a muitos alores8 e assim foi rejeitado, pelo menos em parte, o modo de pensar que se desenolera no escolasticismo, com sua autoridade reli%iosa centralizada, que também caracterizaa a /%reja 1edieal e a sociedade. Erasmo, naturalmente, como cristão, daa alor @ missão de 0risto, tendo adicionado isso @ sua clássica maneira de pensar sobre o "omem. # em "omens do tipo de Erasmo que ac"amos o c"amado "umanismo 0ristão:C<. Esse "umanismo possibilitou o sur%imento da ci$ncia, isto que ajudou o poder autoritário mais fraco. 6Desde Petrarca 2;CQ L ;CI3, o primeiro "omem moderno até Erasmo 2;GI L ;FCG3, o primeiro "omem europeu, uma notáel sucessão de eruditos recuperou o esp)rito e os tesouros da cultura anti%a, tendo*se desenolido, %radualmente, desde então, todo um noo sistema de educação e de lire inquirição. 9e, em nossa época de imensa concentração da atenção sobre a ci$ncia e a tecnolo%ia, ne%li%enciarmos a tradição "umana e desalorizamos o estudo das "umanidades, então perderemos as inestimáeis riquezas da nossa "erança, incluindo a liberdade acad$mica e tornando*nos a população autRmata de um Estado totalitário. = "umanismo cristão da /dade 1édia e da Senascença tem mostrado ser o único fundamento da liberdade pessoal e acad$mica da era moderna. hanis#o #oderno, antiteísta. :<
= termo "umanismo é usado para fazer contraste com o te)smo. = "omem aparece como a base de todos os alores e de toda eist$ncia, bem como o objeto de todas as atiidades. 'u%usto 0omte foi o %rande campeão dessa forma de "umanismo. Ele fazia da "umanidade o único objeto da nossa adoração.
&* neo-hanis#o.
á muitas ariedades de "umanismo antite)sta, que compartil"am de uma atitude anti*reli%iosa. Juase todas essas ariedades são atéias embora diferindo quanto @s combinaç+es espec)ficas. = comunismo é uma combinação estran"a de totalitarismo com a reiindicação de que todo o sentido da ida precisa ser definido em termos "umanos econRmicos. Esse sistema toma por empréstimo o absolutismo de e%el, com sua tr)ade de tese, ant)tese e s)ntese e, dessa maneira, promoe determinismo que destrói totalmente a liberdade "umana. Porém, isto que coletiamente falando, o "omem seria a medida de todas as coisas, então poder)amos c"amar esse sistema de "umanismo. ]alter >ippman:F< introduziu o termo hanis#o cientí"ico. Esse aponta para um sistema de ate)smo dentro do qual a ci$ncia, e aquilo que a ci$ncia tem a oferecer ao "omem, tornam*se uma diindade. 5ean*Paul 9artre promoeu uma forma eistencial de "umanismo, de mistura com ideais tipicamente comunistas. Ele supun"a que a última s)ntese seja o comunismo, que é contrário a tudo quanto a "istória tem para ensinar. !en"uma s)ntese eiste sem que, finalmente, "aja uma ant)tese contrária, de onde emer%e, finalmente, uma noa s)ntese. 9eja como for, somente o "omem, sem qualquer ajuda diina, considerado em sua miséria, é a medida de todas as coisas8 e essas coisas todas operariam atraés de tens+es econRmicas. Dee* se admitir que apesar dos neo*"umanistas rejeitarem a fé cristã, muitos deles também rejeitam o ni"ilismo e a irresponsabilidade moral. III 6 Humanismo Religioso= -$o .eísta2
=s fatores que produziram um "umanismo reli%ioso, mas não*te)sta, foram muitos( mas "á al%uns poucos fatores principais, que poder)amos salientar( a ci$ncia moderna, com sua $nfase sobre todas as coisas "umanas, e suas atitudes céticas sobre quest+es metaf)sicas, sobre o te)smo e sobre os alores absolutos. = modernismo na fé reli%iosa que rejeita os conceitos de autoridade absoluta, p+e em dúida a autoridade das Escrituras, dado mais alor @ eperi$ncia reli%iosa "umana do que @ reelação b)blica. = unitarismo, dentro desse sistema, uma reli%ião formalizada e não*te)sta, acabou
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desenolendo*se. 5o"n . Dietric", um ministro unitário, é c"amado de pai do "umanismo reli%ioso8 e a maioria dos l)deres do "umanismo reli%ioso sur%iu dentre a i%reja &nitária. 's i%rejas "umanistas constituem uma espécie de ala esquerdista do unitarismo. Em maio de ;NCC, o c"amado 1anifesto "umanista foi publicado por essa i%reja.:G< # contraste *eísta.
'l%uns "umanistas que se ape%am aos princ)pios %erais, conforme damos acima, nem por isso rejeitam a crença te)sta. Eles não são cristãos conseradores, mas também não são ateus. 'creditam que Deus eiste e que a sua ajuda, para atin%irem alos "uman)sticos é al%o essencial. Eles não salientam a ida futura, pensando que o "omem tem o bastante para ocupar a sua atenção, neste mundo, e que dee procurar apenas mel"orar as condiç+es da ida presente. Juanto @ ida futura, eles contentam*se em deiar isso aos consel"os de um Deus sábio e bondoso.:I< I> 3 O -ovo Humanismo2
/rin% -abitt, Paul Elmer 1ote e seus se%uidores salientaam a eperi$ncia "umana, em contraste com a eist$ncia dos animais. Eles faziam do ser "umano o modelo da natureza ética, afirmando que o lire*arb)trio "umano reeste*se da maior import4ncia. ' liberdade final é definida como lire de todas as restriç+es eternas, embora sujeita a uma lei interior. ' escola do noo "umanismo tende por enfatizar os alores "elenistas8 mas al%uns de seus membros t$m procurado encontrar uma s)ntese com as c"amadas reli%i+es, como o cristianismo.:K< > 3 O Humanismo Crist$o2
# o conceito de que os indi)duos e sua cultura t$m alor na ida cristã. 5ustino 1ártir parece ter sido o primeiro a oferecer uma formulação do cristianismo que inclu)a uma aceitação das realizaç+es clássicas, conforme declarou na 'polo%ia 2;.G3 que 0risto, erbo, tin"a colocado a cultura sob seu controle. 9emel"ante aborda%em, se%undo ele acreditaa, refrearia os crentes de ierem idas %rosseiras. :N<
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9e%undo aqueles que defendem o "umanismo, Deus foi o %rande "umanista, quando amou ao mundo inteiro e eniou o seu Ail"o para salar as almas "umanas. 0risto foi um %rande "umanista quando cumpriu sua missão salat)cia e restauradora. Ele ampliou ainda mais o seu "umanismo quando realizou sua missão saladora e restauradora no "ades, o lu%ar mesmo do jul%amento. E Ele continua em seu empreendimento "umanista mediante sua obra intercessória nos lu%ares celestiais. Porém a maior manifestação do "umanismo de 0risto tornar*se*á eidente quando ele restaurar todas as coisas, conforme é ei%ido pelo mistério da ontade de Deus.:;Q< ' /%reja =riental, ao recon"ecer as dimens+es maiores do amor de Deus e a etensão maior da oportunidade de salação, inerentes na missão de 0risto, tem*se mostrado mais "umanista em suas posiç+es do que a /%reja =cidental. ' i%reja =cidental declara que os salos serão poucos, e que os condenados sofrerão a%onias eternas no inferno. /sso não reflete um ponto de ista muito "umanista, sendo especialmente desa%radáel diante do fato de que diz que a oportunidade de salação termina por ocasião da morte bioló%ica de cada pessoa, o que é contrário ao que diz o trec"o de / Pd. (G. Juase todos os %rupos protestantes e denominaç+es ean%élicas t$m "erdado o ponto de ista pessimista da /%reja =cidental.
Durante a /dade 1édia, pouca atenção foi prestada ao "umanismo, mas com o in)cio da Senascença, "oue um reaiamento daquela perspectia. = umanismo renascentista era não somente uma cosmoisão como também um método. Ele foi descrito como 6a descoberta que o "omem fez de si mesmo e do mundo7. :;;<= alor da eist$ncia terrena em si mesma foi aceito, e o não*mundanismo do cristianismo medieal foi criticado. =s "umanistas acreditaam que a promoção da ida secular não somente era apropriada como também até mesmo meritória. Em estreita aliança com este noo conceito da ida terrena "aia deoção @ natureza e @ sua beleza como parte de um noo conceito reli%ioso mais amplo. 'pesar disso, o "umanismo renascentista dee ser eaminado de outro ponto de ista. =s que se
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enoliam no moimento dedicaam*se @s studia "umanitatis, @s artes liberais, incluindo "istória, cr)tica literária, %ramática, poesia, filolo%ia e retórica. Estas matérias eram ensinadas com base nos tetos clássicos do per)odo %reco*romano e isaam ajudar os estudantes a compreenderem outras pessoas e a lidarem com elas. 'lém disso, os "umanistas daam muito alor aos artefatos e manuscritos anti%os, e procuraam reaiar estilos clássicos de ida.:;B< 1uitos cristãos, incluindo 9aonarola e Mu)n%lio, rea%iram contra a aborda%em mais secular do "umanismo8 mas outros, tais como 5oão 0olet, "omas 1ore e Erasmo ac"aam que %randes benef)cios adiriam do reaiamento do classicismo e do desenolimento da cr)tica "istórica. em sido afirmado que até mesmo 5oão 0alino reela a influ$ncia do "umanismo. 's noas ferramentas filoló%icas da Senascença foram úteis para o estudo da -)blia, e o conceito anti%o do "omem contin"a a promessa de um %oerno mel"or e de maior justiça social. &ma fusão entre a preocupação ética e social da renascença e a força introspectia do cristianismo contin"a a possibilidade de renoação nas mentes de muitos estudiosos no século X/. = ensino "umanista cristão foi mantido io por muitos an%licanos, pelos moderados na /%reja da Escócia, por certos pietistas alemães e mediante a filosofia de Tant. 0ontinua no século entre escritores tais como 5acques 1aritain e ans T^n%.:;C< 'queles que acreditam que a reelação cristã tem uma $nfase "umanista ressaltam os fatos de o "omem ter sido feito @ ima%em de Deus, de 5esus 0risto ter se tornado "omem mediante a encarnação e de o alor do indi)duo ser um tema consistente no ensino de 5esus. Sealmente, quando 0risto recebeu um pedido para oferecer um resumo da ida que a%rada a Deus, 9eu consel"o aos ouintes foi( 6amarás o sen"or teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento7 e( 6amarás o teu próimo como a ti mesmo7 21t. BB.CI,CN3. =s "umanistas cristãos recon"ecem as contribuiç+es de outras formas de "umanismo, tais como a ariedade clássica, que descobriu o alor da liberdade "umana, e a dos maristas, que recon"ecem que o "omem foi
&,
alienado da ida que ale a pena ser iida porque está desapropriado de bens e subordinado a forças materiais e econRmicas. 1esmo assim, acautelam*se de que estas outras formas podem de%enerar em indiidualismo ecessio ou coletiismo sela%em, porque atuam sem Deus. = "umanista cristão atribui um alto alor @ cultura, mas confessa que o "omem está plenamente desenolido somente @ medida que entra num relacionamento certo com 0risto. Juando isto acontece, uma pessoa pode começar a eperimentar crescimento em todas as áreas da ida como a noa criação da reelação. :;< Poder)amos definir o umanismo 0ristão como aquela isão da missão de 0risto que declara que sua missão, finalmente, "aerá de beneficiar a todos os "omens e não apenas aos eleitos e que a oportunidade de salação é ampla, não podendo limitar*se @ ida bioló%ica pela qual passa cada indi)duo.
I> 6 Humanismo /ecular
umanismo 9ecular é um termo que tem sido usado nos últimos trinta anos para descreer uma isão de mundo com os se%uintes elementos e princ)pios( &ma conicção de que do%mas, ideolo%ias e tradiç+es, quer reli%iosas, pol)ticas ou sociais, deem ser aaliados e testados por cada pessoa indiidual em ez de simplesmente aceitas por uma questão de fé. 0ompromisso com o uso da razão cr)tica, eid$ncia factual, e método cient)fico de pesquisa, em lu%ar da fé e misticismo, na busca de soluç+es para os problemas "umanos e respostas para as quest+es "umanas mais importantes. :;F< &ma preocupação primeira com a satisfação, desenolimento e criatiidade tanto para o indi)duo quanto para a "umanidade em %eral, e a busca constante pela erdade objetia, tendo entendido que nossa imperfeita percepção
dessa
erdade
con"ecimentos e eperi$ncias.
é
constantemente
alterada
por
noos
&0
&ma preocupação com esta ida e um compromisso de dotá*la de sentido atraés de um mel"or con"ecimento de nós mesmos, nossa "istória, nossas conquistas intelectuais e art)sticas, e as perspectias daqueles que diferem de nós. ' busca por princ)pios iáeis de conduta ética 2tanto indiiduais quanto sociais e pol)ticos3, jul%ando*os por sua capacidade de mel"orar o bem*estar "umano e a responsabilidade indiidual. &ma conicção de que com a razão, um mercado aberto de idéias, boa ontade, e toler4ncia, pode*se obter pro%resso na construção de um mundo mel"or para nós mesmos e nossas crianças. :;G< =s umanistas 9eculares se%uem uma perspectia ou filosofia c"amada de !aturalismo, na qual as leis f)sicas do unierso não são subordinadas a entidades imateriais ou sobrenaturais como demRnios, deuses, ou outros seres espirituais fora do dom)nio do unierso natural. Eentos sobrenaturais como mila%res 2que contradizem as leis f)sicas3 e fenRmenos ps)quicos, como percepção
etra*sensorial,
telecinese,
etc.,
não
são
descartados
automaticamente, mas são istos com um alto %rau de ceticismo =s umanistas 9eculares não dependem de deuses ou outras forças sobrenaturais para resoler seus problemas ou oferecer orientação para suas condutas. Em ez disso, dependem da aplicação da razão, das liç+es da "istória, e eperi$ncia pessoal para formar um fundamento moral e ético e para criar sentido na ida. umanistas 9eculares $em a metodolo%ia da ci$ncia como a mais confiáel fonte de informação sobre o que é factual ou erdadeiro sobre o unierso que todos partil"amos, recon"ecendo que noas descobertas sempre estarão alterando e epandindo nossa compreensão deste, e possielmente mudarão também nossa aborda%em de assuntos éticos. :;I< = umanismo 9ecular enquanto um sistema filosófico or%anizado é
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relatiamente noo, mas seus fundamentos podem ser encontrados nas idéias de filósofos %re%os clássicos como os Estóicos e Epicurianos, bem como no 0onfucionismo c"in$s. Estas posiç+es filosóficas buscaam as soluç+es de problemas "umanos em seres "umanos em ez de deuses. Durante a /dade das reas da Europa =cidental, as filosofias "umanistas foram suprimidas pelo poder pol)tico da i%reja. 'queles que ousaam epressar opini+es em oposição aos do%mas reli%iosos dominantes eram banidos, torturados ou eecutados. Aoi apenas na Senascença dos séculos quatorze a dezessete, com o desenolimento da arte, música, literatura, filosofia e as %randes nae%aç+es, que a consideração @ alternatia "umanista a uma eist$ncia centrada em Deus passou a ser permitida. Durante o /luminismo do século dezoito, com o desenolimento da ci$ncia, os filósofos finalmente começaram a criticar abertamente a autoridade da i%reja e a se en%ajar no que tornou*se con"ecido como >ire*Pensamento. = moimento >ire*Pensador do século dezenoe na 'mérica do !orte e Europa =cidental finalmente tornou poss)el para o cidadão comum a rejeição da fé ce%a e superstição sem o risco de perse%uição. ' influ$ncia da ci$ncia e tecnolo%ia, conjuntamente com os desafios @ ortodoia reli%iosa por célebres lires*pensadores como 1arV ain e Sobert ?. /n%ersoll troueram elementos da filosofia "umanista até mesmo para i%rejas cristãs tradicionais, que tornaram*se mais preocupadas com este mundo, e menos com o próimo. :;K< !o século inte, cientistas, filósofos e teólo%os pro%ressistas começaram a se or%anizar em um esforço para promoer a alternatia "umanista @s tradicionais perspectias baseadas na fé. Esses primeiros or%anizadores classificaram o "umanismo como uma reli%ião não*te)sta que preenc"eria a necessidade "umana de um sistema ético e filosófico or%anizado para orientar nossas idas, uma espiritualidade sem o sobrenatural. !os últimos trinta anos, aqueles que rejeitam o sobrenaturalismo enquanto opção filosófica iáel adotaram o termo "umanismo secular para descreer sua postura de ida não*reli%iosa.
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9eus cr)ticos frequentemente tentam classificar o "umanismo secular como uma reli%ião. !o entanto, o "umanismo secular carece das caracter)sticas essenciais de uma reli%ião, inclusie a crença em uma diindade e uma ordem transcendente que a acompan"a. =s "umanistas seculares mantém que assuntos referentes a ética, conduta social e le%al adequadas, e metodolo%ia da ci$ncia são filosóficos e não pertencem ao dom)nio da reli%ião, que lida com o sobrenatural, m)stico e transcendente. = umanismo 9ecular, portanto, é uma filosofia e perspectia que se concentra nos assuntos "umanos e empre%a métodos racionais e cient)ficos para lidar com a lar%a ariedade de assuntos importantes para todos nós. 'o mesmo tempo que o "umanismo secular é aderso aos sistemas reli%iosos baseados em fé em muitos pontos, ele se dedica ao desenolimento do indi)duo e da "umanidade em %eral. Para alcançar esta meta, o "umanismo secular encoraja a dedicação a um conjunto de princ)pios que promoem o desenolimento da toler4ncia e compaião e uma compreensão dos métodos da ci$ncia, análise cr)tica, e refleão filosófica.
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:;< 0'1P>/!, Sussel !orman P".D. Enciclopédia de eolo%ia e Ailosofia.l.C 2*>3,p.;IK :B< Dicionário 1ic"aelis L &=> :C< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. Xol.B 2E*13.Editora Xida !oa. ;ed. ;NNB. :< 0'1P>/!, Sussel !ormam, Enciclopédia de -)blia eolo%ia e Ailosofia, p.;IK :F< ibid.p.;IK :G< 6= "umanismo asseera que a natureza do &nierso, pintada pela ci$ncia moderna, torna inaceitáel qualquer %arantia sobrenatural ou cósmica dos alores "umanos. ' reli%ião dee formular seus planos e esperanças @ luz do esp)rito e do método cient)ficos7. h 6' reli%ião consiste naqueles atos, propósitos e eperi$ncias que são "umanamente si%nificatios. !en"um
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interesse "umano está desli%ado da reli%ião. Estão inclu)dos o labor, as artes as ci$ncias, a filosofia, as amizades e as recreaç+es8 tudo quanto está enolido epressa uma eist$ncia "umana satisfatória. ' distinção entre o sa%rado e o secular não pode continuar sendo mantida7. h 6= alo do "umanismo é uma sociedade lire e uniersal, de acordo com a qual as pessoas cooperam oluntária e inteli%entemente para o bem comum. =s "umanistas ei%em uma ida compartil"ada e um mundo compartil"ado7. /bid. p.;IK,N :I< ibid. ;IN :K< "ttp.Dantas.comate)smoinde."tm :N< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. Xol.B 2E*13.Editora Xida !oa. ;ed. ;NNB. :;Q< 0'1P>/!, S.!. P".D. Enciclopédia de eolo%ia e Ailosofia.l.C 2* >3Editora a%nos Fed.BQQ;.p.;IN :;;< 6"ttp(("Wstoria."p%.i%.com.-rrenascB7 :;B< ibid :;C< 0'1P>/!, S.!. P".D. Enciclopédia de eolo%ia e Ailosofia..p.;IN :;< 6"ttp.secular"umanism.or%"omeVurtz7 :;F< 6"ttp.dantas.comateismodefh"s."tmnt7 :;G< ibid. :;I< 6"ttp.secular"umanism.or%"omeVurtz7 :;K< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. p. BIG,I
+) O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira 3 Capítulo )% 'arte II( O Humanismo e /uas Influências
I 6 O Renascimento( ?ma -ova Concep#$o :as "rtes
= moimento renascentista foi a eolução das artes, sobretudo da Pintura, da Escultura, da 'rquitetura, da >iteratura e da 1úsica com caracter)sticas e propostas noas. &tilizando*se de temas cristãos ou da anti%uidade %reco* romana, a arte renascentista alorizou o "omem como a medida de todas as coisas. :;N< ' Escultura e a Pintura adquiriram autonomia em relação @ arquitetura. 's obras dos artistas retrataam a beleza, a "armonia e o moimento do corpo "umano, em perfeitas construç+es anatRmicas. ' técnica da pintura desenoleu*se rapidamente, pois os artistas precisaam retratar o bur%u$s, sua fam)lia e os objetos de luo de sua resid$ncia com minúcias de detal"es. oue o florescimento de ários %$neros literários como a poesia, o romance, a epopéia, a "istória e a ci$ncia pol)tica. a multiplicação das uniersidades e a inenção da imprensa de tipos móeis pelo alemão 5o"annes ?utember% 2;QQ;GK3 permitiu uma asta difusão do saber. ' música tornou*se uma arte independente e não simplesmente um instrumento auiliar das cerimRnias reli%iosas. 'lém da música sacra, desenoleram*se a profana e a arte do canto coral. ' polifonia foi a principal manifestação musical da época renascentista e a música reli%iosa passou a sofrer influ$ncia da música profana. 'os poucos, abandonou*se o 0anto ?re%oriano e temas de 0anç+es populares foram penetrando na litur%ia cristã. 0ompositores e músicos, em suas criaç+es e interpretaç+es uniam a "abilidade técnica, emoção, conse%uindo efeitos etraordinários. :BQ<
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0om as riquezas acumuladas com o comércio, a bur%uesia italiana incentiaa o embelezamento das cidades, com a construção de palácios, catedrais, capelas, pontes e monumentos em praças públicas, patrocinando o desenolimento das artes em %eral. !obres, bur%ueses, papas e bispos financiaam e contrataam os artistas para decorarem seus palácios, capelas e i%rejas e eram c"amados de mecenas. er a sua olta um pun"ado de artistas e intelectuais si%nificaa prest)%io e poder para as ricas fam)lias da época. =s 1édicis, que controlaram a cidade de Alorença de ;C a ;NB transformaram*na em capital do renascimento. 'rquitetos, pintores, es cultores, literatos e músicos como Donatello, -runellesc"i, ?"iberti, Ailippo >ippi, -otticelli, 1ic"elan%elo, >eonardo da Xinci deram @ corte dos 1édicis bril"o e sofisticação incomparáeis.:B;< 0osme de 1édicis 2;CKN;G3 patrocinou em ;Q a fundação de uma academia, copiada da famosa escola ao ar lire mantida por Platão em 'tenas, no século /X a.0. !o %oerno de seu neto >ourenço, = 1a%n)fico 2;N;NB3, sob a direção do "umanista 1arcilio Aicino 2;CCNN3 a academia platRnica realizou um imenso trabal"o de tradução e comentário rio das obras de Platão. Dela participaam também eruditos bizantinos que c"e%aram @ /tália após a tomada de 0onstantinopla pelos turcos em ;FC. 9ua biblioteca reunia uma enorme coleção de manuscritos %re%os. Em Soma, os papas 'leandre X/ 2da fam)lia -ór%ia * ;NB;*FQC3, 5úlio // 2;FQC;F;C3 e >eão 2da fam)lia 1édicis * ;F;C;FB;3 utilizaram*se dos recursos da i%reja arrecadados em toda a Europa cristã para a construção de i%rejas e palácios, isando a transformar a cidade na capital de um unierso ampliado a partir das %randes descobertas. !a /tália renascentista, sobressa)ram*se escultores como ?"iberti 2Porta do Para)so, do batistério de Alorença, em bronze3, Donatello 2estátua de Daid, em bronze3, 1ic"elan%elo 2estátuas Piet@, *Daid, 1oisés em mármore38 arquitetos como -runellesc"i 2cúpula da i%reja de santa 1aria Del Piore, em
+%
Alorença3, -ramante 2bas)lica de são Pedro, em Soma38 pintores como -otticelli 2'le%oria da Primaera3, Safael 9anzio 2madonas3 iciano 2X$nus de &rbino3 1ic"elan%elo 2; pintura das paredes e do teto da capela sistina em Soma38 músicos como Palestrina e =rlandus >assu e >eonardo da Xinci que foi pintor 21onalisa3, escultor, en%en"eiro, matemático, músico e filosofo, sendo o primeiro considerado um erdadeiro %$nio renascentista. = moimento renascentista epandiu*se e atin%iu outros pa)ses. !a 'leman"a, destacaram*se os pintores 'lbert Durer 2=s Juatro 'póstolos e ans olbein 2Setrato de Erasmo de Soterdã38 nos pa)ses baios, 5an Xan EWcV 20Rnju%es 'rnolfini;;3 e Pedro -reu%"el 20açadores na !ee3 e, na Espan"a, El ?reco 21onte 9inai3.:BB< = renascimento literário tee como principais epoentes( na /tália( Dante 'li%"ieri 2' Diina 0omédia3, 1aquiael 2= Pr)ncipe, ' 1andrá%ora3, -ocaccio 2Decameron3, orquato asso 25erusalém >ibertada38 na Espan"a( 1i%uel de 0erantes 2Dom* Juiote de >a 1anc"a38 na /n%laterra( ]illiam 9"aVespeare 2Someu e 5ulieta, amlet =telo 3 e "omas 1orus 2&topia38 em Portu%al( >u)s de 0am+es 2=s >us)adas38 nos pa)ses baios( Erasmo de Soterdã 2Elo%io da >oucura3 e na Arança, Sabelais 2Penta%ruel e ?ar%antua3.:BC< odas essas obras reelam um acentuado esp)rito cr)tico da época, uma alorização dos feitos "umanos e uma utilização pro%ressia das l)n%uas nacionais. !esse sentido, podemos destacar como uma influ$ncia marcante do esp)rito "umanista, a tradução da -)blia do latim para o alemão pelo mon%e 1artim >utero, responsáel pela reforma protestante, moimento contra a supremacia papal iniciado na 'leman"a e inspirado no princ)pio de que todo fiel deeria ser capaz de ler e interpretar, por conta própria as 9a%radas Escrituras. II 6 -ascimento do Melodrama @%+A
?ioanni -ardi, conde de Xernio 2;FC*;G;B3,:BF< c"efe de uma anti%a e poderosa fam)lia florentina, é o tipo de mecenas do Senascimento. Ailósofo, matemático, "elenista imbu)do das idéias neo*platRnicas, reunia, em sua casa, desde ;FIG, um pequeno cenário de filósofos, poetas e músicos, todos
+&
"elenistas ou crendo*se assim. 0omo muitas outras 'cademias deste tipo, desde a 'cademia de 1ars)lio Aicino no século X, a 0amerata de -ardi persuadia*se da superioridade dos 'nti%os, em todos os dom)nios da arte e do pensamento. = mesmo zelo "umanista, de que saiu a idéia de Senascença, tin"a animado >ourenço de 1édicis e o seu meio, os poetas da Pleiade, 'ntoine de -agf e a sua 'cademia. ?eralmente, atribui*se a criação do melodrama @ influ$ncia dos "umanistas florentinos o que, em parte, é eato e muito especialmente aos trabal"os da 0amerata -ardi, o que é falso. =s membros desta assembléia, se%undo -agf, preconizam, como outros "umanistas, uma noa associação entre a música e a poesia, sob o modelo do que se cr$ ser a recitação l)rica dos ?re%os e Somanos. ' sua ori%inalidade é a reiindicação da epressão, isto é, de uma certa independ$ncia relatiamente aos métodos de composição em o%a8 o estilo, na música ocal, dee ser o encontro do sentido poético e do sentimento indiidual. 's sábias construç+es da polifonia querem se substituir pela lire epressão musical das pai+es.:BG< ' associação da música com o teatro é, contudo, cada ez mais freq^ente( intermédios de numerosas festas florentinas, espetáculos de máscaras na /n%laterra, notáel música de 'ndrea ?abrieli, para os coros de #dipo rei do 9ófocles, em Xicenza 2;FKF3, -allet comique de la SoWne, no >oure 2;FK;3, etc. 's influ$ncias "umanistas são importantes na maior parte destas realizaç+es, sobretudo na adaptação do Edipo rei, deida @ iniciatia da 'cademia =l)mpica( o estilo dos coros de ?abrieli é, absolutamente diferente de tudo o que se fazia na época, realizando na polifonia, nota contra nota, uma fusão eemplar da música e do poema.:BI< = noo mecenas influente é 5acopo 0orsi 2;FGQ*;GQ3, compositor e craista amador. # um esp)rito ori%inal, oltado para o futuro. ' partir de ;FNQ, mais ou menos, or%aniza em sua casa reuni+es poéticas e musicais que os poetas Sinuccini e asso 2asso, cuja 'minta alcançou um %rande sucesso, em ;FIC, eerceu, certamente, uma influ$ncia pessoal no desenolimento do melodrama. Ele próprio bom músico, i%iaa as adaptaç+es das suas pastorais 2pastoral * composição que reflete cenas campestres3 e o compositor Emilio
++
de 0aalieri freq^entam. Este, que nunca concordou com -ardi, estética e polifonicamente, acaba de ser nomeado superintendente das artes pelo duque Aerdinando. De ;FNQ a ;FNF, compRs a música de uma série de pastorais, infelizmente perdidas. Siniccini e 0orsi, fundamentando*se nas tentatias de 0aalieri, c"amam, em ;FN, um músico da corte, 5acopo Peri 2;FG;*;GCC3, cantor reputado e %rande maestro de "armonia encarre%am*no de compor, inteiramente, a Dafne de Sinuccini. rata*se de fazer, no teatro, a eperi$ncia do noo estilo, essencialmente dramático, intermediário entre a declamação e o canto8 e, em bree, classificar*se a este estilo de representatio ou recitatio. Esta Dafne, de que subsistem, apenas, dois curtos fra%mentos, é representada, uma primeira ez, na casa de 0orsi, durante o carnaal de ;FN*;FNF, depois repetida, tr$s anos mais tarde. #, proaelmente, o primeiro melodrama todo cantado.:BK< rata*se, sem dúida, de um noo %$nero de espetáculo, que não se pode confundir nem com o madri%al dramático, composto em estilo polifRnico e, especificamente, não representatio, nem do drama ou da comédia, interrompida com intermédios em estilo madri%alesco, nem por uma oz acompan"ada. 9eriam ainda os coros de Edipo rei do el"o ?abrieli que mel"or faziam pressentir o noo stile rappresentatio. !este, os persona%ens eprimem*se
musicalmente(
a
música
não
tem
autonomia,
está,
essencialmente, na epressão dramática. # o que tin"am preisto os autores anRnimos do 5eu de Daniel, no século //.:BN< %2* 3 Orat
's denominaç+es de oratório e cantata foram muitas ezes confundidas. = próprio -ac" batizou de =ratório de !atal um conjunto de cantatas. 0ontudo, estas palaras desi%nam dois %$neros de composição ocal, não c$nica, normalmente muito diferentes.
= oratório é essencialmente narratio e dramático( conta sem mostrar uma ação de caráter sa%rado ou moralista. = 1essias de aendel, é a mais famosa composição no %$nero.:CB<
' cantata é l)rica( eprime sentimentos que podem ser tanto reli%iosos, como profanos.
+,
0ontudo, se o oratório se torna profano ou l)rico e se a cantata se torna dramática ou narratia, a confusão dos %$neros é ineitáel. Desde o fim do século X//, a mesma denominação en%loba %$neros diferentes, conforme os pa)ses. ' cantata italiana e a cantata francesa são profanas8 a primeira é mais l)rica, a se%unda mais narratia. ' Tantate alemã é uma composição reli%iosa, para solistas, coros e orquestra, sem elemento narratio, o que em /tália, em Arança e em /n%laterra se c"ama sinfonia sacra, motet, concert spiritual ou ant"em.:CC< %2% 6 " Música Instrumental
Durante este per)odo, a música instrumental passou a ter import4ncia i%ual @ da música ocal. ' orquestra passou a tomar forma. !o século X//, o aperfeiçoamento dos instrumentos de corda, principalmente os iolinos, fez com que a seção de cordas se tornasse uma unidade independente. =s iolinos passaram a ser o centro da orquestra, ao qual os compositores acrescentaam outros instrumentos( flautas, fa%otes, trompas, trompetes e t)mpanos. &m traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a presença do crao ou ór%ão como cont)nuo, fazendo o baio preenc"endo a "armonia. !oas formas de composição foram criadas, como a fu%a:C<, a sonata:CF<, a su)te:CG< e o concerto:CI<. Diante de toda perspectia lançada no adento renascentista, obseramos as principais idéias que permeaam a época, qual a concepção do "omem acerca de si próprio e o começo de uma noa maneira de entender e situar o ser "umano na sociedade e no mundo. 0remos que o entendimento correto daquilo que foi proposto pelos filósofos "umanistas, nos trará uma ampla isão com respeito ao momento que estamos iendo principalmente na arte que foi nosso enfoque maior e dentro da arte a música que é a nossa proposta de análise neste trabal"o. ' nossa intenção nesta parte foi mostrar a ori%em de ários moimentos para entendermos mel"or aquilo que proporemos nos cap)tulos se%uintes. 'creditamos que para todo leitor, aquilo que salta aos nossos ol"os como declaração primária do "umanismo é( “O Homem é a Medida de Todas As Coisas” . Por trás desta talez, simples frase, percebemos um turbil"ão de
+0
idéias que colocam o "omem quase que sen"or do unierso, e que todas as coisas deem ser feitas para seu bem*estar, para seu deleite e por que não dizer “para seu louvor”. ' arte sacra "oje é carre%ada de conceitos profanos que mudaram a ordem das coisas, ou seja, que tudo aquilo que nos fizermos e até a nossa própria ida é para louor da %lória do nosso Deus.:CK< Deus é que tem que ser louado e é a Ele que temos que a%radar, não a "omens.
-O."/
:;< 0'1P>/!, Sussel !orman P".D. Enciclopédia de eolo%ia e Ailosofia.l.C 2*>3,p.;IK :B< Dicionário 1ic"aelis L &=> :C< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. Xol.B 2E*13.Editora Xida !oa. ;ed. ;NNB. :< 0'1P>/!, Sussel !ormam, Enciclopédia de -)blia eolo%ia e Ailosofia, p.;IK :F< ibid.p.;IK :G< 6= "umanismo asseera que a natureza do &nierso, pintada pela ci$ncia moderna, torna inaceitáel qualquer %arantia sobrenatural ou cósmica dos alores "umanos. ' reli%ião dee formular seus planos e esperanças @ luz do esp)rito e do método cient)ficos7. h 6' reli%ião consiste naqueles atos, propósitos e eperi$ncias que são "umanamente si%nificatios. !en"um interesse "umano está desli%ado da reli%ião. Estão inclu)dos o labor, as artes as ci$ncias, a filosofia, as amizades e as recreaç+es8 tudo quanto está enolido epressa uma eist$ncia "umana satisfatória. ' distinção entre o sa%rado e o secular não pode continuar sendo mantida7. h 6= alo do "umanismo é uma sociedade lire e uniersal, de acordo com a qual as pessoas cooperam oluntária e inteli%entemente para o bem comum. =s "umanistas ei%em uma ida compartil"ada e um mundo compartil"ado7. /bid. p.;IK,N :I< ibid. ;IN :K< "ttp.Dantas.comate)smoinde."tm
+1
:N< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. Xol.B 2E*13.Editora Xida !oa. ;ed. ;NNB. :;Q< 0'1P>/!, S.!. P".D. Enciclopédia de eolo%ia e Ailosofia.l.C 2* >3Editora a%nos Fed.BQQ;.p.;IN :;;< 6"ttp(("Wstoria."p%.i%.com.-rrenascB7 :;B< ibid :;C< 0'1P>/!, S.!. P".D. Enciclopédia de eolo%ia e Ailosofia..p.;IN :;< 6"ttp.secular"umanism.or%"omeVurtz7 :;F< 6"ttp.dantas.comateismodefh"s."tmnt7 :;G< ibid. :;I< 6"ttp.secular"umanism.or%"omeVurtz7 :;K< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. p. BIG,I :;N< 9S/0T>'!D, 0arol. P".D. rad. 'n%ela >obo de 'ndrade. 'rte 0omentada da pré*"istória ao pós*moderno. Editora Ediouro. G ed. ;NNN, p.CB :BQ< M/11ES1'!!, !ilsa. ' 1úsica 'traés dos empos. Editora Paulinas. B ed. BQQ;. p.BI :B;< 9S/0T>'!D, 0arol. P".D. 'rte 0omentada da pré*"istória ao pós* moderno. p.CC,C :BB< ibid. p. CG,I,K :BC
por
música
instrumental.
1ic"aelis
*
&=>
:BF< M/11ES1'!!, !ilsa . ' 1úsica 'traés dos empos. p.CQ :BG< 0'SPE'&, =tto 1aria. &ma !oa istória da 1úsica. Editora Ediouro. ; ed. ;NNN. p.CQ :BI< &D9=!, "ames. 1úsica 0lássica( &ma "istória 0oncisa.Editora Ma"ar. B ed.;NN; p.B,C :BK< 0'SPE'&, =tto 1aria. &ma !oa istória da 1úsica. Editora Ediouro. ; ed. ;NNN. p. ;QF :BN< ibid. p. ;QG
+4
:CQ< ?$nero dramático musical, de assunto reli%ioso. irado %eralmente da -)blia, com solos, coros e orquestra, eecuta*se sem cenário uma dramatização sem apresentação c$nica. =ri%inou*se do teatro sacro medieal. M/11ES1'!!,
!ilsa
.
'
1úsica
'traés
dos
empos.
p.;CB
:C;< Poema l)rico cantado. Em suas ori%ens, peça musical que deeria ser cantada 2do italiano 6cantare73, em oposição Ua tocata, para ser tocada. /nicialmente composta para cantor solista e acompan"amento instrumental. 1ais tarde 2século X//3, foi*l"e acrescentado coral e orquestra. 5.9. -ac" cRmpos BNF cantatas. /bid. p.;B :CB< ?&9'XE, Tobbé. Tobbé( o liro da ópera. Editado pelo conde de areood8 trad. 0lóis 1arques ed. ;NNI. p. ; :CC< S=EDESES, 0"arlote. 9c"irmer istorW of music. ' Diision of 1acmillan Publis"in% 0o., /nc. ; ed. ;NKBP.CG,I :C< 0omposição polifRnica escrita em estilo contrapont)stico, sobre um tema único ou 6sujeito7, eposto sucessiamente em ordem tonal determinada por certas leis. -aseia*se principalmente na imitação, isto é, na reprodução sucessia dos mesmos desen"os melódicos ou r)tmicos, por duas ou mais ozes distintas. &ma frase parece estar fu%indo da outra. ' fu%a é a forma mais elaborada em contraponto. 's ozes apresentam o tema em constante superposição e perse%uição. 9ur%iu na /tália quin"entista, atin%indo o seu apo%eu com 5. 9. -ac" que, em sua 'rte da Au%a, fiou os princ)pios do %$nero. 'daptada @s noas concepç+es tonais, ela ressur%iu em compositores modernos como 9trainsVW. -artóV, 'lban -er% e outros. M/11ES1'!!, !ilsa . ' 1úsica 'traés dos empos. p.;BI :CF< 2Do italiano 6suonare7, 6tocar7.3 =ri%inariamente, destinaa*se a qualquer composição instrumental tocada, em oposição @ cantata 2cantada3. ' sonata passou por eoluç+es até que P"ilipp Emanuel -ac" a fiou numa forma definida. 's partes da sonata são %eralmente( ;* 'le%ro8 B * 'dá%io8 e C Ainale. s ezes, se incluem trec"os curtos como minueto, 9c"erzo etc. aWdn, 1ozart e -eet"oen learam a sonata @ mais alta epressão. ' forma sonata sere de base para a sinfonia e para o concerto. /bid. p.;CG :CG< 2Do franc$s 6suite7, 6seq^$ncia73. &ma série de danças populares eecutadas por conjuntos orquestrais, todas no mesmo tom, ariando @s
+5
ezes do modo maior para o menor. Danças que podem fazer parte da su)te( alemanda, sarabanda, %i%a etc. ibid. p. ;CG :CI<
Aorma
musical
escrita
para
um
instrumento
solista,
com
acompan"amento de orquestra. Aoi criado por olta de ;IQQ, pelos compositores 'lbinoni e torelli, %an"ando forma definitia com Xialdi. !o in)cio do século X///, adquiriu a forma sonata 2em tr$s moimentos3. ' partir da), o concerto eoluiu muito e, no Somantismo, adquiriu maior liberdade formal. = concerto pode ter ainda uma ou árias cad$ncias 2um solo, que ei%e maior irtuosidade do concertista3. /bid. p. ;BF :CK< Efésios ;. ;B 6a fim de sermos para louor da sua %lória, nós os que de antemão esperamos em 0risto7.
,) O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira 'arte
III(
"
Influência
Humanista
na
Música
Evangélica
Contemporânea Capítulo )* I2 :efini#$o
9istema ético que rejeita toda forma de fé e deoção reli%iosas e aceita
como diretrizes apenas fatos e influ$ncia deriados da ida presente.:;<
1odo de ida e de pensamento que é se%uido sem refer$ncia a Deus
ou @ reli%ião. ' raiz latina saeculum referia*se a uma %eração ou a uma era 6secular7 eio a si%nificar 6pertencente a esta era, mundana7. Em termos %erais, o secularismo enole uma afirmação das realidades imanentes deste mundo, lado a lado com uma ne%ação ou eclusão das realidades transcendentes do outro mundo. # uma cosmoisão e um estilo de ida que se inclina para profano mais do que para o sa%rado, o natural mais do que o sobrenatural. = secularismo é uma aborda%em não reli%iosa da ida indiidual e social.:B< istoricamente 6secularização7 referia*se primeiramente ao processo de transferir os bens da jurisdição eclesiástica para o estado ou outra autoridade não*eclesiástica. !esse sentido institucional, 6secularização7 ainda si%nifica a redução da autoridade reli%iosa formal. ' secularização institucional tem sido alimentada pelo colapso de um cristianismo unificado desde a reforma, por um lado, e pela racionalização cada ez maior da sociedade e da cultura desde o iluminismo até @ sociedade tecnoló%ica moderna, por outro. 'l%uns analistas preferem o termo 6laicização, de laicato7 para descreer essa secularização institucional da sociedade, ou seja, a substituição do controle reli%ioso oficial pela autoridade não eclesiástica. &ma se%unda maneira de se entender 6secularização7 está li%ada a uma
,*
mudança nos modos de pensar e ier, para lon%e de Deus e em direção a este mundo. = "umanismo renascentista, o racionalismo iluminista, o poder e a influ$ncia cada ez maiores da ci$ncia, o colapso das estruturas tradicionais 2da fam)lia, da i%reja3, a tecnização da sociedade e a competição oferecida pelo nacionalismo, o eolucionismo e o marimo, todos t$m contribu)do para aquilo que 1a ]eber c"amou de 6desencantamento7 do mundo moderno.:C< = 9ecularismo carre%a uma fal"a fatal pelo seu conceito reducionista da realidade, porque ne%a e eclui Deus e o sobrenatural numa fiação m)ope naquilo que é imanente e natural. !a discussão contempor4nea, o secularismo e o "umanismo são aborda%ens da ida e da sociedade que %lorifica a criatura e rejeita o criador. = secularismo, como tal, constitui*se num rial do cristianismo. 9proul comentando a respeito desse assunto diz que “a cultura em que vivemos no momento atual oferece pouco espaço para pensamentos referentes à providência de eus. !a mel"or das "ip#teses$ vivemos em uma atmosfera moderna de neode%smo& na pior$ a cultura é definida por uma atmosfera de neopa'anismo. A suposiç(o que predomina em nossos dias é que vivemos em um universo mec)nico e fec"ado$ onde as coisas acontecem por meio de leis impessoais e fi*as impostas por forças impessoais + ou simplesmente por acaso. , a era do secularismo$ onde parece n(o "aver acesso ao transcendente ou ao so-renatural. A reli'i(o$ se é permitida$ fica rele'ada a um compartimento isolado$ uma reserva com limites -em definidos. As pessoas ainda podem se entre'ar à atividade reli'iosa o-etivando -em/estar pessoal e reali0aç(o psicol#'ica& contudo$ a reli'i(o n(o tem papel relevante na praça p1-lica ou nas refle*2es sérias so-re a nature0a do cosmos ou o curso da "ist#ria do mundo. O eus do cristianismo est3 no e*%lio.” :< Sussel 9"edd fazendo uma análise sobre isso diz que( “A i'rea se confronta com um desafio de proporç2es 'i'antescas. 4e os 'randes inimi'os do crist(o s(o descon"ecidos ou passam desperce-idos$ resta/nos esperar as conseq5ências. O mundo se infiltra na 6'rea$ tornando/a indistin'u%vel da
,%
cultura e dos valores ao redor. O que so-revive é a cristandade com vest%'ios dos tempos passados. Os templos servem de museus e pontos tur%sticos. A mentalidade a-erta acomoda novas crenças$ tais como espiritismo e a macum-a$ dentro de sua estrutura teol#'ica. O mundanismo$ a carnalidade e o dem7nio conquistam a 6'rea de forma t(o sutil e paulatina que as defesas s(o inefica0es. 8ara vencer tais forças do mal$ os crist(os precisam con"ecer profundamente
esses
inimi'os
e
criar
planos
para
se
manterem
incontaminados”.:F< !ós "oje col"emos os resultados do fracasso. = adorador ordinário quando ele usa ou escuta uma passa%em da b)blia pode dar a isto um si%nificado quase o oposto de seu si%nificado ori%inal ou pode não ser poss)el a ele dar ao que leu nen"um si%nificado. =s "omens "oje raramente estão preparados para aceitar al%uma coisa, eles desejam er a declaração eaminada ou a su%estão colocar a teste e aaliar para só depois dar o seu parecer e concordar. á uma consci$ncia crescente disto entre esses que são a%ora responsáeis para preparar formas de adoração, mas tem as concepç+es 6podres7.:G< 0amin"ando nesta perspectia, con"ecemos qual é a ia por onde entram tantas influ$ncias no meio cristão. ' secularização com toda certeza não se resume apenas na área da música, que é o nosso objetio, mas atin%e de modo aassalador todas as áreas de atuação da i%reja. 1as nos manteremos no nosso propósito de mostrar no meio da música aquilo que a tem afastado da proposta inicial, mostrada na primeira parte deste trabal"o que é uma adoração atraés da música, totalmente teoc$ntrica.
-O."/
:;< Dicionário 1ic"aelis L &=> :B< E>]E>>, ]alter '. Enciclopédia istórico*eoló%ica da /%reja 0ristã. p. CG. :C< ibid. CGF :< 9PS=&>, S.0. ' 1ão /nis)el. 9ão Paulo, -ompastor, BQQ;. P. B :F< 9EDD. Sussel. = mundo a 0arne e o Diabo. 9ão Paulo, Xida !oa, BQQ;, p. ;B;.
,&
:G< T/S-, 5o"n 0. ]ord and 'ction, 0anadá, 9eaburW,;NGN, p. QG
,+ O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira 'arte
III(
"
Influência
Humanista
na
Música
Evangélica
Contemporânea Capítulo )%
!a erdade o culto a Deus não admite espectadores. odos são atores e deem saber o que estão 6dizendo7, de forma literal ou dramática 2ritual3, porque o Deus do culto sonda os coraç+es. Subem 'morese compara o culto com um espetáculo de ópera, e é interessante poder obserar essa analo%ia. 0om toda certeza para quem já obserou um espetáculo assim, ai ter a sensação de que seja talez a epressão art)stica mais completa de que o ser "umano ten"a sido capaz. !ão se trata de comparar essa forma de epressão com outras, como o teatro, o cinema, a oratória, ou mesmo a pintura. ' idéia de completude está apenas no fato de que a ópera enole, em sua compleidade a %rande maioria dessas formas de arte. Em seu seio "á espaço para a dramatur%ia, para o canto l)rico, para a epressão pictórica, atraés dos cenários e efeitos especiais, para a música instrumental, na forma de solos, duos, quartetos, e sinfRnica. :;< Xejamos al%umas semel"anças. %2* 3 O Clima de EspetBculo ?m dos elementos menos palpáeis, todaia mais buscados em qualquer
apresentação pública dessa natureza é um clima faoráel. Xon 0arajan, o famoso maestro recém*falecido, ao se propor a %raar %randes peças sinfRnicas pela técnica di%ital, se deu conta, rapidamente, que todos os recursos de %raação, estúdio, e edição eram infrut)feros para produzir essa qualidade especial de um %rande espetáculo( aquela noite, aquele auditório especial, aquele momento má%ico. Passou a ei%ir que as %raaç+es fossem feitas
a
partir
de
espetáculos
reais,
com
platéias
reais.
,,
0omo compreender esse fenRmenoH 9eria poss)el desseca*loH Seproduzi*loH Por que al%uns espetáculos são tão euberantes, e outros parecem ser feitos por máquinasH ') estão quest+es dif)ceis.:B< # de etrema alia menciona que, no entanto, al%o parecido acontece em nossos cultos. E não está li%ado, apenas ao preparo do sermão, ao ensaio do coral, ao preparo dos celebrantes. Está li%ado a um clima especial, adequado ao que se ai fazer. &ma predisposição para o que se pretende naquela "ora e naquele lu%ar, compartil"ada por um %rande %rupo. E é preciso que cada um esteja consciente no propósito a que ele eio até ali e na sua participação, como parte importante e inte%rante do espetáculo. # poss)el que "aja li%ação com fatos e acontecimentos recentes, seja na i%reja, seja no pa)s. 9ejam bons ou maus, eles são capazes de desencadear uma uniformidade de sentimentos e de predisposiç+es. # poss)el também que "aja li%ação com o ambiente criado no local da celebração. Percebemos que "á cultos que começam com improisaç+es, %ente conersando animadamente no templo, já iniciados os trabal"os, música inadequada, e tantos
outros
fatores
que
podem
%erar
o
clima
indesejado.
!esse sentido, o dom)nio da lin%ua%em musical pode muito ajudar, se trabal"ada em "armonia com o todo litúr%ico. ' música tem o poder de nos a%itar ou acalmar8 predispor ou indispor para dada tarefa ou atitude. %2% 3 'latéia e "rtistas
Precisamos entender que Deus nos c"amou para sermos adoradores, e que cada um tem que fazer sua parte como al%o que é fundamental naquela 6apresentação7. odos nós somos artistas e precisamos fazer o mel"or para Deus. Percebemos que "á uma confusão nestes papéis, não sei se por displic$ncia ou fruto da filosofia da época, mas se as pessoas forem a uma i%reja, sentarem no banco e se portarem como platéia, estarão tomando o lu%ar de Deus, que está ali para er seus artistas que também são seus fil"os.
,0
!o caso da ópera não é muito dif)cil de dizer( aquele que tem o bil"ete de entrada pa%o é platéia. = resto, ou trabal"a na casa ou é artista. 9e considerarmos o momento de culto, isolado da din4mica administratia da i%reja, diremos que só "á dois papéis( o do artista e o da platéia. = artista é aquele que cultua o 9en"or. E platéia é o próprio 9en"or. = resto é mob)lia. 1esmo que de carne e osso. !ão "á platéia "umana na erdadeira adoração. odos somos c"amados a ser artistas.:C< 1uitas ezes ouimos pessoas dizerem que não %ostaram do culto, que ão procurar coisas mel"ores, que não %ostam de assistir a tal ou qual pre%ador, etc. 5á temos dito que o fenRmeno da celebração certamente tem um efeito refleio, ou seja, comunicamos coisas para nós mesmos. 's nossas epress+es se oltam sobre nós. !esse sentido restrito, somos platéia. !o eato sentido em que um iolinista é platéia de si mesmo e pode não %ostar de tal ou qual apresentação. endo senso cr)tico, ele é capaz de tal aaliação. =corre en%ano, no entanto, quando subimos ao templo para assistir ao espetáculo. ' postura está equiocada, no nosso modo de entender. udo tem que ser montado, ensaiado, produzido, no sentido de que nosso público eclusio e catio se a%rade da nossa performance. E essa preparação não é somente de forma, como já foi isto. !osso 6público7 sonda os coraç+es. /ma%inamos que o 9en"or ai @ nossa apresentação como um pai assiste @ audição da banda da escola, em que seus fil"os tocam. 0om toda a indul%$ncia e compreensão. 0om coração mole de pai. 1as certamente ele saberá se essas crianças l"e estão oferecendo o que t$m de mel"or ou sobras e restos. 9aberá, portanto, reelar com compreensão todos os erros dos fil"os. 1as não se deiará en%anar com subterfú%ios e leiandades. %2& 3 " ;armonia
=utro elemento que se dee considerar, ao comparar o culto @ ópera, é o elemento da "armonia. 0onquanto al%uns 'rtistas possam ser de calibre
,1
internacional, ali, terão que trabal"ar em %rupo. !ão poderão sobressair*se, e dar asas aos floreios de um solista. ' idéia de conjunto de "armonia entre as partes é fundamental, do ponto de ista da platéia. /ma%ine um solista que resola aparecer, e mostrar todo o seu 6alor7, em meio ao espetáculo. 'cabará aiado pelo público, por mel"or que seja sua técnica pessoal. 0onjunto, afinação, sincronismo, são coisas que se conse%uem com muito ensa ensaio io,,
com com
mui muita
pro proimid imidad adee
muita ita
con coni$ i$ncia ncia
e
ide identif ntific icaação. ção.
/ma%ino que nosso 6público7 se a%rade mais de um sin%elo iolão bem afinado no louor que toda uma banda em que os inte%rantes não são capazes de ensaiar, ensaiar, de trabal"ar juntos, separados por outros interesses, senão por rias. De uma coi coisa ten"o cer certeza( se depender de uma platéia quente, incentiadora, atenta, silenciosa, no sentido do interesse, e estimulante para os artistas, não "aerá mel"or público que o nosso. &m público que c"e%a ao ponto de interir na apresentação, estimulando a cada um, no sentido de dar o máimo de si. 's platéias de ópera não entendem nada de Esp)rito 9anto. %2+ 3 Características da Música na "dora#$o
á tr$s caracter)sticas principais da música no que tan%e @ adoração. ' primeira é que ela permite ao cristão responder á reelação b)blica de Deus. &m estudo sobre "inos da fé cristã nos %uiará a "omens e mul"eres que islumbraram islumbraram o caráter de Deus.
AannW 0rosbW, a compositora de "inos ce%a desde pequena, entendeu a %randeza de Deus e escreeu( “A eus sea a 'l#ria9 :randes coisas ele fe09”
Edard Perronet c"e%ou a 0risto por intermédio do ministério de 5oão ]esleW. Ele cresceu na fé e iu a 5esus como Sei do &nierso. Ele rea%iu, escree escreendo ndo(( “4audai o nome de ;esus9 Arcanos$ adorai9 Ao rei que se "umil"ou na cru0$ com 'l#ria coroai9”
1artin"o >utero enfrentou seera oposição, mas meditando no salmo G(;, ele escreeu( “Castelo
,4
' música, porém, é muito mais do que resposta @ reelação dos atributos de Deus. Ela é também epressão de adoração e aç+es de %raça pela ida transfo nsform rmaada media ediant ntee um enco encont ntro ro com com Deus Deus.. Ela rep represe resent ntaa um test testem emun un"o "o das das obra obrass de Deus Deus no cora coraçã ção o do "ome "omem. m. = !a !asc scim imen ento to miraculoso, a ida perfeita, a morte cruel, e a %loriosa ressurreição de 0risto aplicados
ao
pecador
que
sofre
produzem
música
marail"osa.
Percebemos também que por meio da música de adoração recon"ecemos os camin"os de Deus. 1uitas ezes descobrimos o caráter de Deus no drama da tristeza e da dor "umana. =s camin"os de Deus estão muito além do dom)nio do "omem. Entretanto, muitas ezes seus camin"os se tornam con"ecidos atraés atraés das dores da ida. ida. ' adoração adoração se torna miraculosa miraculosa quando quando a miséria miséria se transforma em música no teatro da eperi$ncia "umana. 'penas com seis semanas de ida, AannW 0rosbW apan"ou um resfriado que result resultou ou em sua ce%uei ce%ueira ra.. 'quilo 'quilo que parecia parecia tra%éd tra%édia ia tornou tornou*se *se triunf triunfo o diino. Deus deu a AannW 0rosbW ol"os espirituais para contemplar a %lória de Deus. Ela escreeu mais de oito mil c4nticos c 4nticos e "inos sacros. &m deles é( “=ue se'urança9 Ten"o em ;esus$ pois nele 'o0o pa0$ vida e lu09 Com Cristo "erdeiro$
eus
me
aceitou
mediante
o
que
me
salvou”.
Sussel 9"edd falando sobre adoração, ressalta o preparo que deemos ter para nos tornamos adoradores %enu)nos. “8oucas s(o as atividades das quais participamos e que n(o podem ser aperfeiçoadas com preparo e treinamento. >*erc%cios f%sicos d(o ao atleta possi-ilidades numa competiç(o$ que ser(o ne'adas a um pretenso esportista que n(o tem tempo ou ener'ia para condicionar o seu corpo. Todas as profiss2es e artes requerem i'ual ou maior esforço e dedicaç(o para serem apreciadas. 4e qualquer pianista oferecer um concer concerto to$$ sem prim primei eira rame ment ntee consa' consa'ra rarr inco incont nt3v 3vei eiss "ora "orass de ensai ensaio o e aperfeiçoamento$ sem d1vida ele rece-er3 vaias em ve0 de elo'ios. Cultuar tam-ém e*i'e preparo. ?econ"ecemos$ em princ%pio$ que eus tem$ para n#s$ seus fil"os$ import)ncia infinitamente maior do que qualquer audit#rio ou recipiente de serviço profissional. Mas$ na pr3tica$ comumente esquecemos Aquele a quem oferecemos nossa adoraç(o. O preparo que presti'iamos é o
,5
do l%der do culto ou do coro$ ou de qualquer outra pessoa que faça uso da palavra. A maioria na i'rea$ para n(o di0er todos os participantes$ naturalmente conclui que est3 sendo "onrada com um serm(o que e*i'iu um alto preço em "oras de concentraç(o e preparo. 8orém$ o culto n(o tem o prop#sito principal de a'radar aos participantes mas$ sim$ devemos nos lem-rar lem-rar continuamente continuamente que a condiç(o condiç(o de um “verdadeiro “verdadeiro adorador” adorador” s# ser3 alcançada se os participantes se prepararem conscientemente.” :< :<
%2+2* 3 Música /acra
' principal função da música sacra 2música eclesiástica ou música litur%ica3 é acre acresc scen enta tarr uma uma dime dimens nsão ão mais mais prof profun unda da de eno enol lim imen ento to ao cult culto. o. 'tualmente é proáel que quase toda sala de coral ten"a um cartaz com a citação de '%ostin"o se%undo a qual a pessoa que canta ora duas ezes, só que os temores de '%ostin"o sobre atratiidade ecessia da música nunca parecem ser mencionados. á muita erdade nessa afirmação sobre orar em dobro8 para cantar, é preciso ter a consci$ncia plena do que está fazendo. ' dança acrescentaria ainda outro n)el de consci$ncia. Para se contar um teto é prec precis iso o mais mais conc concen entr traç ação ão do que que reci recita tarr al%o al%o,, embo embora ra e ece cess sso o de familiaridade possa fazer com que o canto por ezes fique muito batido. Juando "á música, %eralmente se atin%e um n)el de desempen"o ou atenção mais profundo do que quando não "á música. ' música, portanto, acrescenta uma dimensão noa a qualquer eento. s ezes é preciso perceber o quanto ela incrementa a participação plena. :F< &m fator que a música produz é a beleza. Precisamos ser cautelosos neste ponto, porque a criação de beleza não é o objetio do culto 2nem de certos tipos de música3, embora a beleza possa ter consideráel alor no culto. á música com qualidades estéticas m)nimas que mesmo assim parece funcionar bem como e)culo satisfatório para certos indi)duos epressarem seu culto. !ão se dee criticar um culto usando os mesmos critérios que se aplicariam a um concerto. &ma função da música, então é oferecer al%o que consideramos belo, não
0)
importa quão e)%ua seja nossa própria "abilidade musical. # por isso que, quando a própria pessoa canta, isto implica mais participação atia do que quando ela oue outra pessoa cantando, por mais superiores que sejam os méritos musicais da mesma. Aelizmente não são tantas as ezes em que precisamos optar entre as duas possibilidades8 podemos ter música coral e con con%re% %re%ac acio iona nall no mesm mesmo o cult culto. o. Poré Porém m o cant canto o con% con%re re%a %aci cion onal al tem tem a anta%em espec)fica de dar a cada pessoa a oportunidade de oferecer a Deus o mel"or som que ela pode criar. !ão se pode substituir isso pelo esforço de outra pessoa. :G< %2+2% 3 Música Instrumental
' utilização da música instrumental, é motio de muita discórdia e pouco consenso dentro da i%reja. á aqueles que apreciam e cr$em, que é poss)el louar a Deus ouindo uma orquestra. 1as a %rande maioria não compartil"a dessa dessa opin opiniã ião, o, pedi pedind ndo o um cult culto o que que "aja "aja uma uma part partici icipa pação ção e epr press essi iaa con con%re% %re%ac acio ion nal, al, ond onde todo todoss t$m a opor oporttunid unidaade par para se e ep press ressar ar.. 's necessidades de música instrumental ariam até certo ponto conforme o instrumento ou a combinação de instrumentos usada. ?eralmente se deseja um som bril"ante e io, preferindo*se um pouco de reerberação, mas não sufi sufici cieente nte par para cria criarr eco eco que preju rejudi diqu quee a fala fala.. = uso cres cresce cent ntee de instrumentos que não o piano ou ór%ão ei%e que se proidencie espaço. :I< E é por isso que quase sempre a música instrumental é dispensada nas i%rejas, como preteto principal, para que não "aja discuss+es mais acirradas. Porque muitos não acreditam que a só ouindo, não é uma forma de adorar a Deus. %2+2& 3 Música Coral
9e a prin princi cipa pall funç função ão do cora corall é conc conceb ebid idaa como como um comp compar arti til" l"ar ar do ministério da palara * canto para a con%re%ação *, isto pode requerer uma localização de frente para a con%re%ação. 1as um coral se destina a ser ouido, não propriamente isto, e esta localização pode causar problemas. 1ass onde 1a onde quer quer que que o cora corall este esteja ja local localiz izad ado, o, isto isto dete determ rmin inar aráá com com que que sensação e si%nificado o coral e a con%re%ação ão ouir o que é cantado. :K<
0*
0rem 0remos os que que se "ou "ouer er equi equil)l)br brio io onde onde a con% con%re re%a %ação ção possa possa tamb também ém se epressar, é mais uma forma de adorar a Deus. = que tem acontecido é uma 6queda de braço7 entre partidários somente do canto con%re%acional com aqueles que muitas ezes ac"am que somente o coral deeria cantar, porque isso requer técnica. ' i%reja precisa aprender ouir e cantar adorando a Deus. %2+2+ 3 Canto Congregacional
= principal critério aqui não é beleza, mas a adequação da epressiidade. = canto con%re%acional precisa passar pelo teste de epressar os mais )ntimos sentimentos e pensamentos dos cultuantes. = canto con%re%acional é diidido em(
salmódia 2c4nticos de salmos3,
"inódia 2c4nticos de "inos3 e
04nticos. Eles ariam enormemente em termos de forma e conteto.
' canção %ospel é um tipo informal e etremamente indiidualista.
' impo import rt4n 4nci ciaa do cant canto o con% con%re re%a %aci cion onal al nem nem semp sempre re impe impede de que que seja seja ne%li% ne%li%enc enciad iado. o. 1uitas 1uitas ezes ezes tendem tendemos os a trata tratarr o coral coral como como se ele fosse a con%re%ação, ao passo que deer)amos, ao inés, tratar a con%re%ação como se fosse o coral. = coral sempre é apenas suplemento da con%re%ação, eceto em conc conceertos rtos sacr sacros os.. = cor coral e eis iste te apen penas par para faze fazerr aquil quilo o que que a con%re%ação não conse%ue realizar, ou para ajudar a con%re%ação a cantar mel"or. mel"or. 1úsica coral não é substituto do canto con%re%acional. :N< %2, 3 'recau#9es uanto D "dora#$o mediante a Música
' música é e)culo. Em si mesma ela não é adoração. #, antes, meio pelo qual os crentes transportam os sentimentos mais profundos do seu coração ao coração de Deus. # método de epressão de nosso amor a Deus. = método contudo, nunca dee substituir a ess$ncia da adoração. # preciso que ten"amos sempre em mente al%umas precauç+es básicas a respeito da música de adoração. ' primeira é que deemos %uardar*nos
0%
contra a familiaridade da música. # fácil demais reunir*nos com outros cristãos e cantar os %randes c4nticos da fé. 0om freq^$ncia os cultos de c4nticos de uma i%reja são apenas tradição e ritual, em ez de adoração e louor. Percebe*se isso não só entre os cristãos mais tradicionais, mas também entre cristãos que se consideram não tradicionais. 1uitas ezes os tradicionais se ac"am simplesmente declamando palaras em ez de louar a Deus da profundeza do coração. = mesmo se pode dizer dos que cantam músicas mais modernas, não tradicionais. 0antam músicas b)blicas familiares a eles, mas esses c4nticos perderam a ess$ncia da adoração sincera. Deemos precaer*nos contra a familiaridade da música. :;Q< ' se%unda, é que a erdadeira adoração está arrai%ada na %raça de Deus e não no desempen"o do "omem. Portanto, deemos tomar todo o cuidado para jamais permitirmos que a música seja simplesmente itrina de nosso talento. = objetio da erdadeira adoração é a %lória de Deus L jamais a %randeza de nossos talentos. ' música é arte que deeria ser bem "armonizada a fim de epressar a majestade de Deus. ' música que produz adoração será participatia por natureza. ' erdadeira adoração não tem espaço para um coração espectador8 o 4ma%o da adoração está no coração que participa. ' adoração não pode sentar*se nas tribunas de "onra da i%reja obserando o desempen"o dos mais talentosos. =utra precaução com refer$ncia @ música relaciona*se com a compreensão cultural errRnea. ' única fonte de unidade cristã deeria ser adoração a 5esus 0risto. !ão obstante, muitas ezes a música em nossa adoração passa a ser elemento de contenda e diisão entre os cristãos. Principalmente no pa)s que iemos onde "á uma riqueza de ritmos e um re%ionalismo muito %rande, obri%ar pessoas a cantarem num ritmo que não l"es é familiar, é muito mais complicado. 5o"n -lanc"ard fala a respeito do uso do rocV na ean%elização em seu liro 6SocV in /%reja7, e, apesar de sua proposta inicial era fazer uma análise equilibrada do assunto, recorre lo%o ao ar%umento mais simplista de que o rocV é totalmente carre%ado de ocultismo, c"e%ando a insinuar que este
0&
ritmo tem ori%em sat4nica. !o quarto cap)tulo intitulado fo%o estran"o, o autor admite que é iniáel utilizar deste ritmo para adoração a Deus.:;;< Ainalmente, a música nunca dee tomar a prioridade das Escrituras na adoração. Deemos ser cuidadosos, porém, em lembrar*nos que a música eicula uma resposta @ reelação de Deus no coração. Ela lea essa resposta ao trono do céu.
-O."/
:;< '1=SE9E, Subem 1artins. 0elebração do Ean%el"o L
compreendendo culto e litur%ia. Xiçosa* 1?, <imato, ;NNF p. IK :B< ibid. p.KQ :C< ibid, p.K; :< 9EDD, Sussel P. 'doração -)blica. 9ão Paulo, Xida !oa, ;NN;, p.FB :F< ]/E, 5ames A. /ntrodução ao culto cristão, 9ão >eopoldo*S9, 9inodal, ;NNI, p.KF :G< ibid p.KG :I< ibid p. KG :K< ibid KI :N< ibid p.KK :;Q< /PP/, 9ammW, Di%no de 'doração. 9ão Paulo, Xida, ;NNB, p. ;;I*;BK :;;< ->'!0'SD, 5o"n, '!DES9=!, Peter, 0>E'XE, DereV, rad. Eros Pasquini, SocV in /%rejaHY, 9ão Paulo, Aiel, ;NKF. P. C
0+ O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira 'arte
III(
"
Influência
Humanista
na
Música
Evangélica
Contemporânea Capítulo )&
'o começarmos este assunto é de etrema alia obserar como 0alino já combatia estas influ$ncias "umanistas em ?enebra no século X/. “O que o 4en"or requer é somente a verdade interior do coraç(o. >*erc%cios so-repostos a ela devem ser aprovados$ desde que supervisionados pela verdade ri'orosamente 1til ou marcas da profiss(o de nossa fé atestada aos "omens. Tam-ém n(o reeitamos o que tende à preservaç(o da Ordem e da isciplina. Mas quando as consciências s(o colocadas so- 'ril"2es e li'adas pelas o-ri'aç2es reli'iosas em assuntos em que pela vontade de eus foram li-ertos$ ent(o devemos protestar coraosamente de modo que a adoraç(o a eus n(o se vicie pelas ficç2es "umanas” .:;< 0om o passar dos anos, a eolução da 1úsica ean%élica, ou utilizando das palaras de moda, 61ercado da 1úsica ?ospel7, tem sido percebida por muitos inestidores que de ol"o nessa fonte rentáel, tem inestido somas consideráeis na produção de artistas e trabal"os direcionado para o público ean%élico. oje aquele caráter 6amador7 de músicos ean%élicos tem sido deiado para trás. Do ponto de ista musical, creio que era necessário como forma de aperfeiçoar a arte, mas para louar o 9en"or. 1as o mercado fono%ráfico tem inestido em artistas e formado super*stars para satisfazer o desejo do ser "umano de consumismo. 'doração passou a ser um produto, e as pessoas que ão até uma i%reja, são os consumidores. 9e se%uirmos este racioc)nio de mercado, c"e%aremos a uma conclusão de que aquele que não estier satisfeito com o produto tem todo o direito de procurar outro que l"e satisfaça. De fato, o crescimento numérico e a presença de pessoas socialmente
0,
importantes na i%reja t$m atra)do os ol"os do mundo. ' i%reja tem sido considerada como um %rupo si%nificatio pelos pol)ticos, pelos sociólo%os, pela m)dia eletrRnica, enfim, ela tem sido ista. Dee*se per%untar, entretanto, se ser isto é o mesmo que ser releante, se receber a atenção da m)dia é sinal de import4ncia real. :B< 'u%ustus !icodemos em um de seus arti%os falando sobre esse assunto comenta que, “em certa ocasi(o o 4en"or ;esus teve de fa0er uma escol"a entre ter @ mil pessoas que o se'uiam por causa dos -enef%cios que poderiam o-ter dele$ ou ter do0e se'uidores leais$ que o se'uiam pelo motivo certo e mesmo assim$ um deles o traiuB. >m outras palavras$ uma decis(o entre muitos consumidores e poucos fiéis disc%pulos. ?efiro/me ao evento da multiplicaç(o dos p(es narrado em ;o(o . Demos que a multid(o$ e*tasiada com o mila're$ quis proclamar ;esus como rei$ mas ele recusou/se ;o(o .E@B. !o dia se'uinte$ ;esus tam-ém se recusa a fa0er mais mila'res diante da multid(o pois perce-e que o est(o se'uindo por causa dos p(es que comeram .F$GB. 4ua palavra acerca do p(o da vida afu'enta quase que todos da multid(o .$B$ à e*ceç(o dos do0e disc%pulos$ que afirmam se'ui/lo por sa-er que ele é o 4alvador$ o que tem as palavras devida eterna .I/JB.” :C< = 9en"or 5esus poderia ter satisfeito @s necessidades da multidão e saciado o desejo dela de ter mais mila%res, sinais e pão. eria sido feito rei, e teria o poo ao seu lado. 1as o 9en"or preferiu ter um pun"ado de pessoas que o se%uiam pelos motios certos, a ter uma asta multidão que o fazia pelos motios errados. Preferiu disc)pulos a consumidores. /nfelizmente, parece prealecer em nossos dias uma mentalidade entre os ean%élicos bem semel"ante @ da multidão nos dias de 5esus. Parece*nos que muitos, @ semel"ança da sociedade em que iemos, tem uma mentalidade de consumidores quando se trata das coisas do Seino de Deus. = consumismo caracter)stico da nossa época parece ter ac"ado a porta da i%reja ean%élica, tem entrado com toda a força, e para ficar.
00
= consumidor é orientado a ficar permanentemente insatisfeito e procurar satisfação nas noas eperi$ncias. = resultado mais %rae de tudo isso é que, em meio a esse turbil"ão de insatisfação, as pessoas se percebem sentindo necessidade de ter coisas absolutamente dispensáeis para sua ida, mas que elas jul%am ser essenciais. :< Por consumismo quero dizer o impulso de satisfazer as necessidades, reais ou não, pelo uso de bens ou seriços prestados por outrem. !o consumismo, as necessidades pessoais são o centro8 e a escol"a das pessoas, o mais respeitado de seus direitos. udo %ira em torno da pessoa, e tudo eiste para satisfazer as suas necessidades. 's coisas %an"am import4ncia, alidade e rele4ncia @ medida em que são capazes de atender estas necessidades. Esta mentalidade tem permeado, em %rande medida, as pro%ramaç+es das i%rejas, a forma e o conteúdo das pre%aç+es, a escol"a das músicas, o tipo de litur%ia, e as estraté%ias para crescimento de comunidades locais. udo é feito com o objetio de satisfazer as necessidades emocionais, psicoló%icas, f)sicas e materiais das pessoas. E neste afã, prealece o fim sobre os meios. 1étodos são justificados @ medida em que se prestam para atrair mais freq^entadores, e torná*los mais felizes, mais ale%res, mais satisfeitos, e dispostos a continuar a freq^entar as i%rejas. ' indústria de música cristã tem crescido assustadoramente, abandonando por ezes seu propósito inicial de difundir o Ean%el"o, e tornando*se cada ez mais um mercado rentáel como outro qualquer. ' maioria das %raadoras ean%élicas nos Estados &nidos pertence @ corporaç+es seculares de entretenimento. 's estrelas do %ospel music cobram cac"$s alt)ssimos para suas apresentaç+es. á al%uns 6cientistas reli%iosos7 que defendem abertamente que o ne%ócio das i%rejas é serir ao poo. Eles defendem que a i%reja dee ter uma mentalidade oltada para o cliente, e traçar seus planos e estraté%ias isando suas necessidades básicas, e especialmente faze* los sentir*se bem. :F<
01
5o"n 1acart"ur também compartil"a das mesmas idéias, comentando sobre isso ele diz( “!(o é dif%cil ac"ar evidência desse tipo de pensamento na 6'rea. Al'uns ministérios contempor)neos cate'oricamente admitem que atender as necessidades das pessoas é seu o-etivo principal.” :G< &m efeito da mentalidade consumista das i%rejas é o que tem sido c"amado de a s)ndrome da porta de ai*e*em. 's i%rejas estão repletas de pessoas buscando sentido para a ida, al)io para suas ansiedades e preocupaç+es. 'ssim, elas escol"em i%rejas como escol"em refri%erantes. ão lo%o a i%reja que freq^entam deia de satisfazer as suas necessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. 's pessoas buscam i%rejas onde se sintam confortáeis, e se esquecem de que precisam na erdade de uma i%reja que as faça crescer em 0risto e no amor para com os outros. Xaldeci dos 9antos comentando sobre esse tema diz que, estamos iendo numa época da 61c'doração7, ou seja, comparando*a a um lanc"e popular, a al%o produzido em escala industrial. = público ean%élico atual espera que as i%rejas “providenciem um menu de diferentes e diver'entes estilos de adoraç(o e e*periência. 8orém a perspectiva -%-lica e "ist#rica so-re adoraç(o n(o vê o culto p1-lico como focali0ado na esperte0a ou criatividade "umana$ mas na santidade de eus. :I< 'u%ustus !icodemus acredita que tudo isso que estamos iendo é em sua maioria fruto da ação de 0"arles AinneW no seu método de crescimento de i%reja. Ele diz( “Creio que "3 v3rios fatores que provocaram a presente situaç(o. Ao meu ver$ um dos mais decisivos é a influência da teolo'ia e dos métodos de C"arles :.
le é o "er#i de ;errK
04
1ic"ael orton afirma que %rande parte das dificuldades que a i%reja ean%élica moderna passa é deida @ influ$ncia de AinneW, particularmente de al%uns dos seus desios teoló%icos( 8ara demonstrar o dé-ito do evan'elicalismo moderno a stes desvios fi0eram de
"oje.
Em sua obra sobre teolo%ia sistemática 29Wstematic "eolo%W :-et"anW, ;NIG<3, escrita pelo fim de seu ministério, quando era professor do seminário de =berlin, AinneW reela ter abraçado ensinos estran"os ao 0ristianismo "istórico. Eis al%uns de seus 6estran"os7 ensinos( Ele ensina que a perfeição moral é condição para justificação, e que
nin%uém poderá ser justificado de seus pecados enquanto tier pecado em si 2p. FI38
afirma
que
o
erdadeiro
cristão
perde
sua
justificação
2e
conseq^entemente, a salação3 toda ez que peca 2p. G38
demonstra que não acredita em pecado ori%inal e nem na depraação inerente ao ser "umano 2p. ;IN38 afirma que o "omem é perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo, sem a ajuda do Esp)rito 9anto, a oferta do Ean%el"o.
1ais surpreendente ainda, AinneW ne%a que 0risto morreu para pa%ar os pecados de al%uém8 ele "aia morrido com um propósito, o de reafirmar
05
o %oerno moral de Deus, e nos dar o eemplo de como a%radar a Deus 2pp. BQG*B;I3.
AinneW ne%a ainda, de forma eemente, a imputação dos méritos de 0risto ao pecador, e rejeita a idéia da justificação com base da obra de 0risto em lu%ar dos pecadores 2pp. CBQ*CCC3.
Juanto @ aplicação da redenção, AinneW ne%a a idéia de que o noo nascimento é um mila%re operado sobrenaturalmente por Deus na alma "umana. Para ele, re%eneração consiste no pecador mudar sua escol"a última, sua intenção e suas prefer$ncia8 ou ainda, mudar do e%o)smo para o amor e a beneol$ncia, e tudo isto moido pela influ$ncia moral do eemplo de 0risto ao morrer na cruz 2p. BB3. :N<
AinneW, rea%indo contra a influ$ncia calinista que predominaa no ?rande 'iamento ocorrido na !oa /n%laterra do século passado, mudou a $nfase que "aia @ pre%ação doutrinária para uma $nfase @ fazer com que as pessoas tomassem uma decisão, ou que fizessem uma escol"a. !o prefácio da sua eolo%ia 9istemática ele declara a base da sua metodolo%ia( Qm reavivamento n(o é um mila're ou n(o depende de um mila're$ em qualquer sentido. , meramente o resultado filos#fico da aplicaç(o correta dos métodos. :;Q< !a teolo%ia de AinneW(
Deus não é soberano,
o "omem não é um pecador por natureza,
a epiação de 0risto não é um pa%amento álido pelo pecado,
a doutrina da justificação pela imputação é insultante @ razão e @ moralidade,
o noo nascimento é produzido simplesmente por técnicas bem sucedidas,
e aiamento é o resultado de campan"as bem planejadas com os métodos corretos.
1)
= 9en"or 5esus preferiu doze se%uidores %enu)nos a ter uma multidão de consumidores. :;;< 0reio que a i%reja ean%élica brasileira precisa se%uir a 0risto também aqui. # preciso que recon"eçamos que as tend$ncias modernas em al%uns quartéis ean%élicos é a de produzir consumidores, muito mais que reais disc)pulos de 0risto, pela forma de culto, litur%ias, atraç+es, e eentos que promoem. &m retorno @s anti%as doutrinas da %raça, pre%adas pelos apóstolos e pelos reformadores, enfatizando a busca da %lória de Deus como alo maior do "omem, poderá mel"orar esse estado de coisas. Aazendo essa análise "istórica, notamos que a música ean%élica tem tomado os mesmos rumos da teolo%ia que é pre%ada "oje. á uma máima cristã que diz 6le orandi, le credendi7, cuja tradução pode ser 6o que se ora é o que se cr$7. Pla%iando esta frase cremos que não seria errado se disséssemos "oje 6o que se canta é o que se cr$7. ' música ean%élica "oje é permeada de citaç+es e frases que eleam muito mais o "omem do que a Deus. 's músicas já são fabricadas com um propósito definido, ou seja, a%radar o público. ?randes %rupos tem sur%ido no cenário nacional, fazendo %randes eentos reunindo mil"ares de pessoas, tudo isso, em nome de uma proposta de formação de 6erdadeiros adoradores7. 1as, quando analisamos o que está por trás, de tudo isso é uma proposta mercantilista, oltada para os 6consumidores de adoração7.
-O."/
:;< -'/SD, 0"arles ]. ' >itur%ia Seformada. Ensaio "istórico. 9ão Paulo, 9=0EP, BQQ;, p. ;I :B< 1'S/!9, 5adiel 9ousa. 0"arles AinneW e ' 9ecularização da /%reja.9ão Paulo, ParaVletos, BQQB, p.B :C< 'u%usto !icodemus. 'rti%o não publicado, 'doradores ou consumidoresH :< 1'S/!9, 5adiel 9ousa. 0"arles AinneW e ' 9ecularização da /%reja. p.BF :F< 'u%usto !icodemus. 'rti%o não publicado, 'doradores ou consumidoresH :G< 1'0'S&S, 5o"n A. 5r. !ossa 9ufici$ncia em 0risto, 9ão Paulo, Aiel, ;NNF, p. ;CB
1*
:I< 9'!=9, Xaldeci. Aides Seformata L Sefletindo sobre a 'doração e o 0ulto 0ristão. p.;; :K< !/0=DE1&9, 'u%ustus >opes. 'rti%o 'doradores e 0onsumidores :N< 1'S/!9, 5adiel 9ousa. 0"arles AinneW e a 9ecularização da /%reja. p. ;QG*;B :;Q< ibid p. ;QI :;;< !/0=DE1&9, 'u%ustus >opes. 'rti%o * 'doradores e 0onsumidores
1% O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea Ruens Cir!ueira
Conclus$o
!esta nossa refleão sobre a música de caráter teoc$ntrico temos procurado mostrar que o assunto é essencialmente espiritual e di%no de nossa atenção especial. Por sua natureza espiritual, a erdadeira música de adoração só é poss)el quando impulsionada pela obra do Esp)rito 9anto, dentro de nós. 'lém do mais, os passos a serem tomados para uma redescoberta da erdadeira adoração são eerc)cios altamente espirituais e contradizem profundamente nossa natureza e impulsos carnais. 1as a erdadeira música de adoração sempre ealtará a 0risto, transformará o adorador, conencerá o incrédulo da presença do adorado ente os adoradores. ' noa i%reja "erdou uma tradição dos judeus, epressa no canto dos salmos. 1as, porque sofreu influ$ncias, a i%reja acabou por admitir práticas musicais distintas da tradição. Essas mudanças começaram a ser notadas de forma mais clara no in)cio da i%reja, sob a influ$ncia das tradiç+es %ent)licas incorporadas no culto cristão. Diante da nossa proposta, princ)pios básicos mostrados pela analise do ministério le)tico, é o ponto c"ae para que a i%reja contempor4nea retorne aos princ)pios teoc$ntricos da adoração. Precisamos não somente procurar a or%anização mostrada pelos leitas, ou a técnica de instrumentalização e canto. 1as, ter os princ)pios bem definidos de adoração, e saber a quem estão cultuando se ao "omem ou a Deus. ' profissionalização da música ean%élica tee seus pontos positios, no que diz respeito a qualidade de arranjos e "armonia, entendemos que Deus merece o mel"or que nós, criaturas, podemos fazer. 1as, tudo isso se tornou em laço para os 6leitas7, atuais, pois iemos numa época onde a qualidade e representada por números e cifras. = mercado da música ean%élica é "oje um dos se%mentos da sociedade que mais tem crescido nos últimos anos,
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tanto é erdade que inestidores que antes eram con"ecidos no meio secular, "oje tomam as rédeas das %randes %raadoras ean%élicas, com as mesmas técnicas e estraté%ias que conduzem as outras %raadoras. 9eria muita in%enuidade de nossa parte se não esperássemos que com tudo isso, sur%issem no nosso meio 6super*stars7 que determinam o a%ir de Deus e condicionam a presença diina somente onde eles estão. ' célebre frase "umanista que 6o "omem é a medida de todas as coisas7, nunca estee tão atual quando notamos o "omem querendo controlar o a%ir de Deus dependente da sua ontade. = moimento "umanista fundamentou e disseminou suas principais filosofias no seu tempo por olta do século X/, e ao lon%o deste tempo esses ensinos $m se enraizando em todos os 4mbitos da sociedade. !ão que "oje essas filosofias ten"a c"e%ado ao seu ponto máimo, mas o momento em que iemos "oje se tornou prop)cio para que aliada ao consumismo, que se tornou o mau do século, formasse o quadro que se $ no nosso meio. udo aquilo que é contrário as Escrituras tem "oje uma porta de fácil acesso dentro das i%rejas ean%élicas, que é a secularização. ' todo o momento buscamos nos resultados obtidos lá fora, a c"ae para o sucesso de determinadas ideais no meio cristão. ' música é parte fundamental disso, por causa do seu poder de persuasão e ensino comproado ao lon%o dos séculos. = poder que a música tem é usado "á muito tempo para se obter @quilo que se deseja de um determinado %rupo, assim passou a ser fundamental dentro das i%rejas não com o objetio primário, que era adorar a Deus, mas para satisfazer ao "omem e mant$*lo preso na i%reja e não em Deus. Ainalmente, temos que admitir que, de acordo com as Escrituras e a "istória cristã, adorar a Deus corretamente ei%e tempo e "umildade. Preparação é essencial. Eaminar nossas intenç+es e aaliar nossas aç+es deem ser eerc)cios constantes em nossa ida de adoradores. 'lém do mais, nosso coração dee ser continuamente %uardado contra o e%ocentrismo a fim de
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que possamos dizer( “n(o a n#s$ sen"or$ n(o a n#s$ mas ao teu nome d3 'l#ria” 4l. [email protected]. # somente adorando o 9en"or de modo erdadeiro que seremos encontrados por Ele e, ac"aremos o sentido da nossa eist$ncia.
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Música sacra e Música profana Parcival Módulo
(Texto extraído da revista Servos Ordenados – Casa Editora Presbiteriana)
!os dias de "oje, música ocal e instrumental é prática intensa, cons* tante e natural nas i%rejas fil"as da Seforma. !ão temos qualquer dificuldade em aceitar como parte do culto al%o que costumamos c"amar de música sacra. Porém, nem sempre é fácil definir esse %$nero. !ão é raro ouirmos que música sacra é qualquer música que ten"a teto sacro, b)blico, que fale de coisas sa%radas. 1as é fácil perceber o quão imprecisa essa definição pode ser pois, aceitando*a, definir)amos como sa* cras dezenas de canç+es comerciais, de Soberto 0ar/os, com seu 5esus 0risto, eu estou aqui, ao %rupo >e%ião &rbana, cantando o teto de ; 0orintios ;C, canç+es essas compostas sobre tetos sacros, mas sem qual* quer pretensão de sacralidade. emos também ouido que talez a intenção do compositor poderia definir se uma música é sacra( se o compositor escre* eu música que para ele era sacra, então ela dee ser. á quem afirme, ain* da, que o par4metro do sacro é a qualidade( música bem escrita tecnicamen* te, por compositor bem preparado academicamente, dee ser sacra8 qualquer outra, profana. ' discussão pode se tomar ainda mais complicada quando lembramos que, se o critério de aaliação for o funcional, é poss)el fazer distinção entre 1úsica 9acra e 1úsica litúr%ica( sacra seria toda música cujo tema central, ou %$nero, ou forma, tem como ponto de partida o ambiente reli%ioso, utiliza tetos reli%iosos ou da "istória da reli%ião, mesmo que não ten"a sido composta para qualquer i%reja ou culto. litúr%icas são apenas as músicas produzidas para al%um culto, comprometidas com al%uma litur%ia, com o ambiente, com o cultuante e o cultuado. # sacro, por eemplo, mas não litúr%ico, o oratório = Messias$ de ?. A. andel, já que não foi não
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composto para qualquer culto, mas sim como peça de teatro8 são sacras, ainda, as %randes Missas$ os Te eum$ os Ma'nificatdos compositores do 0lassicismo ou do Somantismo, mas não obras litúr%icas, já que, apesar de seus tetos, natos em ambiente reli%ioso, não foram compostas para qualquer culto, não t$m caracter)sticas litúr%icas, antes as de espetáculos musicais para o teatro. Por outro lado, são litúr%icos os 8rel1dios Corais e as Cantatas 9acras de 5. 9. -ac", por eemplo, ou as obras de outros tantos compositores que compun"am para a litur%ia dos cultos das i%rejas onde trabal"aam, comprometidos com o ambiente cúltico, com a tradição e com a forma da cerimRnia. De acordo com esse critério, portanto, nem toda música sacra é litúr%ica. 0omo se pode perceber, definir música sacra não é tarefa tão simples quanto parece @ primeira ista. alez nos ajude tentar resoler antes, o que é sacro, ou sa%rado * Distin%uir sa%rado e profano. Porém, é tarefa para a qual necessitamos de refer$ncias, que nos ajudem a construir sobre bases sólidas para al%umas %randes per%untas que a "umanidade tem feito durante sua is* tória. Diferentes ci$ncias costumam oferecer respostas diferentes. Per%unte o que é a Xerdade, por eemplo, a um matemático e a um filósofo8 ou peça @ 1edicina e @ eolo%ia para definirem Xida e 1orte( oc$ certamente obterá respostas diferentes. ambém é assim com os conceitos de 9a%rado e Profano * e de sa)da deemos deiar claro que profano, aqui, não é palara que dea trazer qualquer car%a ne%atia. # comum ao conceito de sa%rado, li%ar*se o de puro e bom, e ao de profano o de impuro, desprez)el e mau. Porém, profano, por enquanto, si%nifica simplesmente aquilo que não é sa%rado. !esse caso, sa%rado e profano se op+e, portanto, e se complementam, como freq^entemen* te acontece com as ant)teses. Para os antropólo%os, sa%rado e profano são duas cate%orias utilizadas para analisar s)mbolos sociais. = sa%rado seria tudo o que é etraordinário, anormal, especial, do outro mundo. = profano seria o normal, cotidiano, deste mundo. Sudolf =ttol fala do sa%rado como al%o que denota a manifestação do numen$ do poder diino, do outro absoluto, al%o totalmente distinto de qualquer outra eperi$ncia. = sa%rado é uma realidade de ordem absolutamente diersa da
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realidade natural. 1ircea EliadeB fala em momento sa%rado e o concebe como etraordinário, especial, quando "á uma "ierop"anK$ ou seja, quando al%o sa%rado se mostra ao "omem. = indi)duo só se toma consciente do sa%rado na medida em que essa eperi$ncia se op+e ao profano. Para #mile DurV"eim,C sa%rado e profano pertencem a dois mundos contrários, em tomo dos quais %raita a ida reli%iosa( odas as crenças reli%iosas con"ecidas :...< sup+e uma classificação das coisas :...< em duas classes ou em dois %$neros opostos, desi%nados :...< pelas palaras profano e sa'rado. ' diisão do mundo em dois dom)nios, compreendendo, um tudo o que é sa%rado, e outro tudo o que é profano, tal é o traço distintio do pensamento reli%ioso :...<2p. GK3. 'ssim, mesmo considerando suas diferentes $nfases, parece que os tr$s autores concordam que essas são cate%orias opostas e ecludentes( só é sa* %rado aquilo que não é profano. 1as como é que podemos distin%uir um do outroH 0omo é que as coisas sa%radas se distin%uem das profanasH Em lin"as %erais parece que as coisas sa%radas são facilmente consideradas como superiores em di%nidade e em poder, @s coisas profanas. Para Du* rV"eim, o que mel"or diferencia o sa%rado do profano é eatamente sua enorme "etero%eneidade, sua distinção. 'liás, ele ac"a que, afora isso, essa "etero%eneidade, essa oposição, não resta nada para qualificá*/os. Ele epli* ca( o que faz com que essa "etero%eneidade seja suficiente para caracteri* zar essa classificação das coisas :em sa%radas ou profanas< e para distin%ui* la de qualquer outra é o fato de que ela é muito particular( ela é a-soluta. 9eu ar%umento é que não eiste na "istória do pensamento "umano outro tipo de duas cate%orias de coisas tão profundamente diferenciadas, tão radicalmente opostas uma @ outra. Para ele, o sa%rado e o profano foram sempre e por toda a parte concebidos pelo esp)rito "umano como %$neros separados, como dois mundos entre os quais não "á nada em comum. 2p. IQ3. = profano não poderá jamais tocar impunemente o sa%rado, pois nesse confronto certamente "aerá atrito. ' partir de a%ora, e utilizando as ferramentas de que até aqui dispomos, podemos dizer que música sacra é tudo aquilo * mas somente aquilo * que não é música profana. Jue não pode ser confundida em sua forma e
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ess$ncia. !esse caso, porém, o conceito de 1úsica 9acra terá que ser adaptado a cada cultura( ela será diferente da secular daquele povo& produzida por instrumentos musicais que não estejam unicamente associados @ música profana daquela re'i(o$ e deerá ser sempre coerente com o teto que a acompan"a. &m bom eemplo disso é a música trazida ao -rasil pelos missionários ean%élicos americanos no século ;N. 'l%uns daqueles "inos eram canç+es folclóricas do seu pa)s, com teto sacro adap* tado. !o -rasil, porém, soaram absolutamente sacras, pois eram diferentes de tudo o que os brasileiros de então con"eciam, associadas imediatamente @ noa fé. Aoram recebidas como a música sacra por ecel$ncia, como a música de i%reja, par4metro e modelo para toda música daquelas i%rejas, mesmo a que foi sendo composta aqui. 'final, ela era diferente da música profana con"ecida em nosso pa)s naquela época8 tacada em instrumentos diferen* tes dos usados fora da i%reja, os "armRnios trazidos pelos próprios missio* nários e nunca antes ouidos por aqui. =utro eemplo, a%ora "ipotético, é a ida de um brasileiro contempor4neo ao ibete, em missão ean%el)stica entre mon%es budistas, oferecendo a eles uma cu)ca como instrumento sa%rado para acompan"ar as canç+es da noa fé. 'ceita pelo %rupo, a cu)ca serB sa%rada ali e produzirá, a partir de então, sons absolutamente sacros para aquelas pessoas. >embre como foi dif)cil para as i%rejas ean%élicas brasileiras aceitarem, em seus cultos mais solenes, %uitarras e baterias, antes delas o iolão, e ainda antes o piano. /sso por causa de sua identidade, cada qual a seu tempo, com o profano( o piano, nas décadas de FQ e GQ, estaa associado aos clubes e bares, apenas. = iolão, nas décadas de GQ e IQ, estaa associado @ música mais informal e bo$mia. ?uitarras e baterias, mais recentemente, e ainda "oje, são por demais identificadas com música, postura e ideolo%ia secular, profana, para que sejam aceitas impunemente no ambiente reli%ioso, especialmente nos cultos mais solenes. Por outro lado, podemos per%untar por que nunca foi dif)cil a inserção de iolinos, oboés, ioloncelos, no ambiente sa%rado. !ão é dif)cil perceber que é por sua identidade com o erudito, o solene, o nobre, caracter)sticas mais aproimadas @s do sa%rado, já que este, o sa%rado, se identifica
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facilmente com o que é etraordinário, anormal, especial, e se li%a ao que se mostra * ou ao que se sup+e * puro e bom. Xejamos o que diz DurV"eim sobre esse fenRmeno( &ma ez que a noção do sa%rado é, no pensamento dos "omens, sempre e por toda parte separada da noção do profano, porque concebemos entre elas uma espécie de azio ló%ico, ao esp)rito repu%na de forma irresist)el o fato de as coisas correspondentes serem confundidas ou simplesmente postas em contato 2p.I;3. Ele ai mais lon%e ao afirmar que esse contato deia seq^elas( ' coisa sa%rada é, por ecel$ncia, aquela que o profano não dee, não pode impunemente tocar 2p. IB3. razer o profano para o sa%rado demanda desse al%uma mudança de caracter)stica( 1as, além desse relacionamento ser sempre, por si mesmo, operação delicada que ei%e precauç+es e iniciação mais ou menos complicada, ela sequer é poss)el sem que o profano perca seus caracteres espec)ficos, sem que ele próprio se torne sa%rado em al%uma medida e em al%um %rau 2p. IB3. Xoc$ já notou que canç+es sacras compostas nos ritmos mais populares, samba, rocR$ sertanejo, só são razoaelmente aceitos no ambiente litúr%ico quando sofrem al%uma alteração, ou em sua estrutura r)tmica, ou em sua instrumentação, ou ainda na postura dos intérpretesH !oamente DurV"eim( =s dois %$neros não podem se aproimar e conserar ao mesmo tempo sua natureza própria 2p. IB3. " igre7a
Podemos, finalmente, per%untar por que a música tem diidido tantos %rupos reli%iosos e causado tanto distúrbio nas i%rejas. !oamente DurV"eim( &ma sociedade cujos membros estão unidos pelo fato de conceber, da mesma maneira, o mundo sa%rado e suas relaç+es com o mundo profano, e de traduzir essa concepção comum em práticas id$nticas é o que se c"ama de i%reja 2p. IF3. /sso é, um %rupo reli%ioso só se mantém unido, coeso, quando seu conceito de sa%rado é comum, quando tem a mesma opinião ao discernir o sa%rado do profano. Juando "á discórdia em relação ao sa%rado e ao profano o %rupo tende a desfazerse, ou no m)nimo ier em constante atrito. 'final, uma reli%ião é, nas próprias palaras de
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DurV"eim, um sistema solidário de crenças ... e de práticas relatias a coisas sa%radas, ou seja, separadas, proibidas8 crenças e práticas que unem na mesma comunidade moral, c"amada i%reja, todos os que a ela aderem 2p. IN3. Seli%ião é, pois, inseparáel da idéia de i%reja, o que, ainda se%undo DurV"eim, faz pressentir que a reli%ião dee ser coisa eminentemente coletia 2p. IN3. udo isso nos lea de olta ao in)cio, @ definição de 1úsica 9acra. 9acra para quemH Esse conceito terá que ser álido pelo %rupo c"amado i%reja, a partir do conceito de %rupos maiores, as reli%i+es, inseridas em diferentes culturas. Para todas elas, porém, i%rejas e reli%i+es, 1úsica 9acra será sempre * e necessariamente * diferente da secular daquele poo8 produzida por instrumentos musicais que não estejam unicamente associados @ música profana daquele lu%ar. E terá que ser sempre coerente com o teto que a acompan"a, serindo não como espetáculo, em si, mas como e)culo fiel para a mensa%em que dee proclamar. 'ssim, se para oc$ o samba está sempre e unicamente associado ao carnaal, aos seus ouidos jamais soarása%rado, mesmo que seja um samba com teto b)blico. Xoc$ pode até se esforçar muito por aceitá*/o no culto( será sempre música profana. 1as oc$ dee estar consciente de que, para uma %eração que nasceu e cresceu numa i%reja ou num %rupo reli%ioso que tin"a como prática comum e usual o c4ntico de músicas em ritmo de samba durante seus cultos, tal música soará tão sa%rada quanto o 0astelo Aorte. = que fazer, poisH Penso que bom senso, paci$ncia, conersa e respeito mútuo muito ajudarão. 'final, uma i%reja é uma coletiidade e o culto é a manifestação pública e comunitária da sua fé. 0omunitária, note bemY = seu culto, particular e indiidual, é da forma que oc$ quiser, em local e "ora que oc$ preferir * e dele só oc$ prestará contas a Deus. = culto da i%reja, porém, é da i%reja, e não seu8 é do %rupo que se juntou em torno de um conceito de sa%rado, formulado coletiamente e que dee ser compreendido, respeitado e fortalecido, sob pena de ermos o %rupo desfazer*se.
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"dora#$o transformada Romanos 52* 6 **2&0 Efésios *2*6*+ F"rtigo e8traído da Revista /ervos Ordenados 3 Casa Editora 'resiterianaG
Jue diferença faz se oc$ cr$ nas doutrinas da depraação total do "omem e da soberania absoluta de DeusH Elas realmente produzem al%um impacto na ida de al%uémH Deie*me falar pessoalmente. ' primeira %rande diferença que essas doutrinas fizeram em min"a ida foi a transformação de uma pessoa e%o)sta, de um espectador sentado no banco da i%reja, em um adora* dor de Deus. Juando tie meu primeiro contato com as %randes doutrinas da soberania de Deus e da depraação do "omem e me reconciliei com o ensino da -)blia, fui dominado pela admiração. 'té ali, o con"ecimento de Deus tin"a sido proeitoso para mim. Eu tin"a amadurecido consideraelmente na faculdade. 1as eu realmente não tin"a relaç+es com Deus eceto para tirar al%uma anta%em pessoal. Ele estaa @ min"a disposição. 0ertamente, é desta forma que muito do ensino b)blico de "oje faz parecer. Deus é retratado como o 'u)lio Ainal no tratamento da auto*ima%em, da raia, da tomada de decisão, do medo, dos relacionamentos, das finanças, etc. Juando compreendi que ele me salou e que eu estaa em suas soberanas mãos, isso reordenou min"a perspectia. Eu im a compreender tanto que ele estaa muito além das pequenas caias que eu tin"a constru)do para ele, quanto que eu eistia para ele, não ele para mim. /sto fez com que me curasse em adoração perante o Deus a quem eu fui feito para %lorificar. 1in"a eperi$ncia com as doutrinas da %raça 2um outro de nossos si* nRnimos, c"amadas anti%amente de depraação total e de soberania abso* luta3 é incomumH !ão somente é comum, mas eu penso que ela assume al%o que se aproima das epectaç+es normatias no !oo estamento. ' doutrina da predestinação não foi dada para ser um ponto de discussão teoló* %ica, mas um c"amado @ adoração. Eatamente deste modo que Paulo trata do assunto tanto em Somanos N a ;;= quanto em El)seos ;, o que consi* deraremos a%ora em al%uns detal"es.
4% " grandea de seu poder FRomanos 5 a **G
0omo é que se eplica que as pessoas mais familiarizadas com a Escritura, que mel"or con"eciam as promessas a respeito da inda do 1essias, não o compreenderam quando ele eioH Esse é um problema sério que Paulo trabal"a para eplicar em Somanos N a ;;. # um problema a ser encontrado no próprio Deus ou no ean%el"o de DeusH !ão. E não pensemos que a palara de Deus "aja fal"ado, ele diz. Então, qual é a respostaH Ele continua. ...porque nem todos os de /srael são, de fato, israelitas 2Sm N.G3. ' fé dos crentes dee ser eplicada pela doutrina da eleição. ' escol"a soberana de Deus é a razão última por que al%uns cr$em. 1as não pense que essa é uma eplicação ori%inal. 9empre foi desse modo, desde o começo da "istória da redenção 2da -)blia3, ele /"es diz. Xolte a 'braão. !ão foi ele eleito dentre as naç+esH Por que ele e seus descendentes deeriam ser separados como poo escol"idoH Porque Deus determinou que deeria ser assim. Deus o ele%eu soberanamente. Dentre os descendentes de 'braão, todos foram salosH !ão. /smael foi eclu)do. nem por serem descendentes de 'braão são todos seus fil"os8 mas, em /saque será c"amada a tua descend$ncia 2Sm N.I3. /saque foi eleito e /smael não. Então, passe para a próima %eração. /saque e Sebeca tieram %$meos, 5acó e Esaú. = que se diz delesH E ainda não eram os %$meos nascidos, nem tin"am praticado o bem ou o mal 2para que o propósito de Deus, quanto @ eleição, prealecesse, não por obras, mas por aquele que c"ama3, já fora dito a ela. = mais el"o será sero do mais moço. 0omo está escrito. 'mei 5acó, porém me aborreci de Esaú 2Sm N.;;*;C3. Esta é uma ilustração particularmente conincente da questão, pois por critérios "umanos, os dois eram tão indistin%u)eis quanto dois seres "uma* nos podem ser * compartil"ando a mesma mãe e entre ao mesmo tempo. odaia, antes deles nascerem, foi feita uma escol"a por Deus. 'ssim, 'braão foi eleito e nin%uém mais, /saque foi eleito e /smael não, e 5acó foi eleito e Esaú não. Paulo continua a mostrar que mesmo em seus dias eistia um remanes* cente crente no meio de /srael por meio da eleição. 'ssim, pois, também a%ora, no tempo de "oje, sobreie um remanescente se%undo a eleição da %raça 2Sm ;;.F3. /srael não foi rejeitado, mas ainda é eleito atraés do
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remanescente. Por meio do remanescente eleito, todo /srael será salo 2Sm ;;.BG3. /sso é justoH # interessante que oc$ per%unte. Paulo antecipa sua questão. Jue diremos, poisH á injustiça da parte de DeusH De modo nen"umY2Sm N.;3 1as note qual é sua resposta. Pois ele diz a 1oisés. erei misericórdia de quem me aprouer ter misericórdia e compadecer*me*ei de quem me aprouer ter compaião. 'ssim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia 2Sm N.;F,;G3. Paulo não eplica como isso é justo. Ele simplesmente declara o direito de Deus de fazer como l"e a%rada. Deus não responde a nin%uém. 9e ele deseja mostrar misericórdia, ele o faz. 1as ele não é obri%ado a faz$. Paulo então, aponta para o eemplo de Aaraó, cujo coração Deus endureceu e conclui. >o%o, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem l"e apraz 2Sm N.;K3. 1as isto não é justo, oc$ diz. 0omo ele pode responsabilizar Aaraó quando ele endureceu seu coraçãoH De noo, Paulo antecipa sua acusação. u, porém, me dirás. De que se queia ele aindaH Pois quem jamais resistiu @ sua ontadeH 2Sm N.;N3 Jual é a resposta a essa questãoH !ão eiste. !ão eiste nen"uma ne%ação de que sua ontade não possa ser resistida. >*iste somente uma lembrança de que se está se aproimando da impertin$ncia. Xoc$ começou a desafiar os camin"os de Deus e não sabe sobre o que está falando. 6Juem és tu, ó "omem, para discutires com DeusH Porentura, pode o objeto per%untar a quem o fez, Por que me fizeste assimH =u não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um aso para "onra e ou* tro, para desonraH Jue diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a con"ecer o seu poder, suportou com muita lon%animidade os asos de ira, preparados para a perdição7 2Sm N.BQ*BB3. Essas erdades não podem ser debatidas. Elas deem ser recebidas. Paulo não está pedindo para oc$ entender, mas submeter*se. 9uas quest+es deem passar muito lon%e, ele diz. '%ora oc$ dee sentar*se e estar quieto. Juem és tu, ó "omemH, ele per%unta. Xoc$ desafiaria DeusH ' propósito,
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as próprias quest+es proam que nós entendemos Paulo corretamente. >*iste a apar$ncia de injustiçaY odaia, a justiça n(o é eplicada8 a soberania é declarada. !otaelmente em Somanos ;Q Paulo continua a esclarecer que o portão do céu não está fec"ado para nin%uém. 0omo al%uém pode ser saloH 9e, com a tua boca, confessares 5esus como 9en"or e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salo 2Sm ;Q.N3. =utra ez, Pois não "á distinção entre judeu e %re%o, uma ez que o mesmo é o 9en"or de todos, rico para com todos os que o inocam 2Sm ;Q.;B3. E ainda, Por* que todo aquele que inocar o nome do 9en"or será salo 2Sm ;Q.;C3. 0omo oc$ eplica que ele pode falar sobre eleição num momento e en* tão dizer odo aquele que cr$ serás aloH '%ora c"e%amos ao ponto que quer)amos. Xoc$ não o eplica. =s calinistas aceitam as aparentes contradi* ç+es entre a 9oberania de Deus e a responsabilidade "umana. Pensamos que a -)blia ensina as duas erdades, então ensinamos ambas. = que faremos com elasH !os curamos em adoração. # eatamente isto que Paulo faz. Por tr$s cap)tulos ele perse%ue o assunto. Ainalmente, no fim do cap)tulo ;;= ele não pode mais conter*se, er%ue suas mãos 2por assim di* zer3 para o mistério e eclama, G profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do con"ecimento de DeusY Juão insondáeis são os seus ju)* zos, e quão inescrutáeis, os seus camin"osY Juem, pois, con"eceu a mente do 9en"orH =u quem foi o seu consel"eiroH =u quem primeiro deu a ele para que l"e en"a a ser restitu)doH Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. ' ele, pois, a %lória eternamente. 'mémY 2Sm ;;.CC*CG3 = amor soberano, eletio de Deus lea Paulo a louar a Deus por sua sa* bedoria, seu con"ecimento e sua incompreensibilidade. Este é um Deus maior do que Paulo. Ele não se ajusta dentro do taman"o de qualquer caia de Pau* lo. Ele olta*se para /sa)as para uma lin%ua%em apropriada. Juem con"eceu a mente do 9en"orH !in%uém. !in%uém l"e deu consel"os. 'liás, nin%uém l"e deu nada. Para Paulo, tudo isso é para o maior louor de sua %lória. Esse é o Deus de quem são todas as coisas e por meio de quem são todas as coisas e para quem são todas as coisas. Todas as coisas são de e por meio
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de nosso Deus e para a sua %lória. /sso é o que é tão ital. !ós todos deemos c"e%ar a um ponto em nossa ida onde compreendemos que estamos lidando com al%uém que está fora do nosso controle. 9ua ontade não está sujeita @ nossa. Deus ele%e sobe* ranamente. Ele não pode ser mudado. !ão pode ser desafiado. !ão pode ser manipulado. Ele não pode ser controlado. /sto é al%o assustador. Eu estou completamente sujeito @ misericórdia soberana desse Deus. Eu não posso discutir com ele. !ão posso bar%an"ar com ele. Eu não posso nem ao menos entend$*/o. Ele transcende @ min"a ló%ica. Ele ecede todas as cate%orias da min"a eperi$ncia e até mesmo da min"a ima%inação. 9eus camin"os são insondáeis. Eu posso ser um dos %randes da terra. Posso ter %rande poder e autoridade neste mundo. Juando eu dou ordens, as pessoas podem dar tudo de si tentando obedecer. Eu posso conse%uir sempre o que quero. Posso sempre alcançar o meu desejo. 1as com Deus esse arranjo c"e%a a um fim. Ele está no controle absoluto, e eu estou impotentemente @ sua merc$. Xoc$ con"ece esse DeusH Eu não estou per%untando se oc$ o con"ece intelectual ou teoricamente. Estou per%untando se oc$ ol"ou na face daquele que é ontade e poder absolutos e sentiu seus joel"os dobrarem*seH !ada o fará prostrar*se em adoração como a conicção de que Deus é soberano. Eu di%o que essa reelação é uma transformação de ida porque ela pro* duzirá noa seriedade a respeito da ida. 9abendo que esse é o Deus a quem eu deo serir, eu serei mais cuidadoso acerca da adoração dominical. 9erei também mais sério a respeito da ida em %eral, sabendo que um dia eu esta* rei diante da face desse Deus. alez antes eu ten"a brincado com as coisas de Deus. !ão brincarei mais. '%ora eu me torno mais cuidadoso para ier em conformidade com seus mandamentos.
" grandea de sua gra#a FEfésios *2%G !a carta aos Efésios, temos a mesma perspectia. 9inclair Aer%uson faz uma comparação útil. Enquanto em Somanos K as doutrinas da salação constituem elos de uma corrente 2predestinação, c"amada, justificação, %lo*
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rificação3, em Efésios *= elas são raios de uma roda cujo centro é 0risto. =s cap)tulos ;.C*C.B; são uma ininterrupta oração de louor, cujo tema central é o amor eletio de Deus. ... assim como nos escol"eu, nele, antes da fun* dação do mundo, diz Paulo, ... nos predestinou para ele, para a adoção de fil"os, ... ele continua. ' base desta escol"aH ... se%undo o beneplácito de sua ontade, para louor da %lória de sua %raça... 2;.*G3. Este não é um ponto de discussão. Paulo re%ozija*se no fato. Sepetidamente ele fala da on* tade de Deus, da intenção e do propósito, dizendo ainda, ... no qual fomos também feitos "erança, predestinados se%undo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o consel"o da sua ontade, e tudo ... para louor da sua %lória... 2;.;;,;B3. = que a %raça tem a er com sua escol"aH = apóstolo Paulo realmente não eplica. 1as eiste uma suposição crucial que se encontra no fundo de toda esta discussão, a qual precisa ser entendida para que al%o disto faça sentido. Ele não a reela até o cap B.;, estando ós mortos nos ossos delitos e pecados 2Ef B.;3. Por que Paulo está tão dominado pelas ... riquezas da sua %raça, que Deus derramou abundantemente sobre nós 2;.I,K3H Porque ele sabe que ela eio a al%uém que estaa espiritualmente morto. = amor de Deus em a um rebelde. Juando Deus escol"e ou ele%e uma pessoa, é uma decisão para amar al%uém que está perdido na multidão de ca)dos, da "umanidade rebel* de. Dentro de uma raça "umana morta em pecados, que ama a escuridão, que odeia a Deus 2Sm ;.CQ,C;3, Deus decide amar e salar al%uns. Ele não é obri%ado a salar nin%uém, mas decide salar al%uns. Ele eniou seu fil"o para morrer por eles, eniou um pre%ador para eplicar o ean%el"o, operou a fé em seus coraç+es, justificou, adotou, selou e os %lorificará um dia. Então Paulo re%ozija*se. Ele sabe o que merecia * o inferno. = que ele recebeH 0éu. Em amor ele nos predestinou diz ele. Aoi amorY Ele nos predestinou ... se * %undo o beneplácito da sua ontade. Ele foi bondoso. 9ua %raça é uma %raça di%na de louor, uma %raça %loriosa e uma %raça concedida %ratuitamente 2Ef ;.G3. 0onsidere as riquezas da sua %raça tal como foi derramada sobre nós 2Ef ;. I ,K3. 0omo imos, um erdadeiro entendimento da soberania de Deus e da
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depraação "umana, nos lea a apreciar não somente a %randeza de Deus, mas a %randeza de sua %raça. 9omente quando erdadeiramente entendo a profundidade da min"a própria depraação, da min"a total incapacidade, e do amor soberano ori%inado no próprio Deus, eu posso entender a imensidade da %raça de Deus. !en"um outro sistema de teolo%ia "umil"a tanto o "omem. !en"um outro diz que o "omem é tão imundo e incapaz. !en"um outro, como conseq^$ncia, diz que Deus fez tanto para nos salar. =s dois ão de mãos dadas. Juanto maior necessidade do "omem, a maior dee ser a %raça de Deus. Juando um fil"o de Deus entende isto, ele é "umil"ado. Ele cura*se. 'quele que muito é perdoado muito ama 2>c I.I3. = calinista sabe o quanto ele foi perdoado. Ele per%unta juntamente com /saac ]atts. 1eu Deus e meu salador san%rou e meu soberano morreuH Ele deotaria aquela cabeça sa%rada por um miser3vel como euS Escute a adoração cali* nista. Aoi pelos pecados que eu cometi que ele sofreu sobre aquele madeiroH 1arail"osa compaiãoY ?raça descon"ecidaY # amor além de qualquer medidaY E ele responde, 1as %otas de pesar nunca podem reparar a d)ida de amor que eu ten"o8 aqui, 9en"or, eu me dou8 é tudo que eu posso fazer. Para onde nos leam uma erdadeira compreensão das doutrinas da %raçaH Para nossos joel"os em adoração. alez uma razão por que tão pou* cos são motiados a adorar a
Deus com feror, é que reduzimos Deus a
uma ersão leemente maior de nós mesmos. Ele pode ser compreendido por nossa ló%ica. Ele opera dentro dos limites de nossas re%ras e raz+es. Ele é tão parecido conosco, que não emos uma razão erdadeira para adorá*/o. # patético, mas erdadeiro. Jual é o ant)dotoH &m Deus que é soberano sobre as almas dos maus, pecadores indi%nos, incluindo a mim. Este foi o discernimento que transformou a min"a ida. /nau%urou uma reolução copérnica em min"a perspectia * eu compreendi que fui deposto do centro do meu unierso, e que Deus foi entronizado ali. # uma reolução que continua. Jue diferença prática o calinismo fazH Esta primeira é ital para todo o resto. Ele transformará oc$ num adorador. Juando oc$ ier a compreender
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que Deus não está sujeito a seus desejos, que ele é soberano sobre sua eternidade, e quando oc$ compreender a %randeza de sua misericórdia e %raça, oc$ começará a ansiar por uma adoração %enu)na, que prostra oc$ e ealta a Deus. 'lém disso, oc$ começará a eperimentar um diino descontentamento com a adoração que não é adoração. = entretenimento que se apresenta como adoração se tomará repu%nante para oc$. =s encontros de reaiamento que se apresentam como adoração, deiarão sua alma insatisfeita. 9eriços musicais superficiais, seriços de pre%ação e seriços de comun"ão que finalmente fracassam por não conencer a adorar, deiarão a alma desejando pela adoração que adora. 9ua alma almejará e ei%irá a adoração que está centralizada em Deus, que está c"eia de alto louor e "umilde confissão, e caracterizada por um esp)rito de reer$ncia e temor pela rindade onipotente. Juando oc$ compreender a %randeza do Deus soberano, sua adoração será transformada porque você será transformado, para daqui em diante ter a perspectia de al%uém que ie de joel"os.
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Refleti ndosobreaAdoraçãoeoCul toCri stão V al de c ido sSant o s *
( Arti goextraí dodaRevist aFi desRef ormata) Introdução At émesmoumaanál i sesi mpl eser ápi dasobr eot emaem f ocoésufici ent e para convencer nos de que a " ver dadei r a ador ação é a mai s al t a e nobr e at i vi dadeda qualohomem,pel agr açadeDeus,écapaz. " 1O t ema" ador ação" possuipr of undas i mpl i cações escat ol ógi cas,poi s" desde que a ador ação ser á cent r alnavi dadocéu ( Ap4. 811;5. 914;7. 917;11. 1518;15. 24e19. 110) , el adevesercent r alnavi dadai gr ej anat er r a. " 2Al ém domai s,opuri t anoJohn Owen nosl embra quea ver dadei r a ador ação,ai nda queof er eci da na t er r a,é conect adanoscéus. 3Out r oel ement odei mport ânci adaador açãoéresul t ant e e xo r andi ,l e xc r e de ndi daapl i caçãodamáxi macri st ãl ,cuj at r aduçãopodeser" o
que se or a, é o que se cr ê. " Segundo es t e pri ncí pi o, ador ação e t eol ogi a cami nham j unt as e gr ande part e de nossa t eol ogi a( cert a ou err ada) ,é i nfluenci adapornossal i t ur gi a( f ormadeadoração) . 4 Char l esR.Swi ndol leMar k Ear ey cor r et ament echamam nossa at enção parai mport ant esef ei t osi nt eri oresda ver dadei r a adoração.Swi ndol lr el embr anosqueaador açãoal arganossoshori zont esenosdescent r al i zadenosso ego, enf r aquecenossost emores,al t er anossasper spect i vasenosmost r aol adodi gno do nosso t r abal ho di ári o. 5Nes t e sent i do, Ear ey afirma que a ador ação é pot enci al ment e uma exper i ênci a de cur a. 6Pot enci al ment e, por que uma ador açãocor r ompi da t r azmai senf er mi dadesdoqueger al ment eper cebemos( 1 Co 11. 30) .Fi nal ment e,a ver dadei r a ador ação éo obj et i voeo combust í velda at i vi dade mi ssi onári a. 7El a é o obj et i vo no sent i do de que mi ssões al mej am t r azer pessoas ao r egozi j o e à ador ação do ver dadei r o Deus.Também,r eal
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compromet i ment o na obr a mi ssi onári aéf rut o de um cor ação devot ado ao Senhor .Port ant o,mi ssõescomeçam et er mi nam com adoração. Qual querpesqui sa sobre a adoração evi denci a um r enovado i nt er esse nest eassunt onosúl t i mosdi as. 8A gr andef orçamot oraparaat r ansf er ênci ade membros ent r ei gr ej as j á não é mai s o aspect o dout ri nári o,geogr áfico ou o ensi no bí bl i co,mas o es t i l o deador ação ecul t o.Mar k Eareyl embr anosque vi vemosem uma cul t ur a consumi st a et odosnós" assumi mosqueescol hemos nosso l ocalde ador ação da mesma manei r a que escol hemos nosso l ocalde comprasou deassi st i raum fil me…ét udobaseadonosnossosdi r ei t osaoi nvés deem nossasr esponsabi l i dades. " 9Comoresul t adoi medi at o,nadamai sparece est ávelou sól i do em r el ação ao t ópi coda ador ação cr i st ã,mas a cont r ovér si a domi nanossaconver saçãosobreoassunt o. 10Tudoi st onosl evaaconcl ui rque havi aum el ement opr of ét i conaafirmaçãodopast orcanadenseA.W.Toz erde queaver dadei r aadoração" éaj ói aperdi dadai grej acri st ã. " 11 O pr esent eart i gopr opõeumareflexãot ri di mensi onalsobr eaador açãoeo cul t o cr i st ão.Talr eflexão envol ve:1)uma vi são ger alsobr e o ensi nament o bí bl i coa r espei t odoassunt o,2)uma anál i sedeal gunsdospri nci pai sf at or es quet êm desvi adoof ococr i st ão daver dadei r aador ação,e3)umapr opost ade vol t aaospr i ncí pi ost eocênt ri cosexi st ent esnaador açãocri st ã.A pr essuposi ção bási ca do aut or ,de que" af orma acei t ávelde se ador aro ver dadei r o Deus é i nst i t uí daporel emesmo, " 12vem doPur i t ani smoi ngl êsdosécul oXVI I .Assi m, comoem qual querout r oassunt or el evant eparaa i gr ej acr i st ã,osupr emoj uí z nest ecasoéoEspí ri t oSant of al andonasEscr i t ur as. 13Al ém di sso,comoot ema adoraçãoémui t oabr angent e, 14nossareflexãoser áf ocal i zadasobr eaador ação públ i ca,ousej a,ocul t ocri st ão.
I .AdoraçãonasEscri turas Ador açãoéum assunt odomi nant eem t odaaEscr i t ur a.NoÉden,ar ecusa do homem em obedecera Deus i ncondi ci onal ment ef oi ,num cer t o sent i do,a
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r ecusa a uma ador ação i ncondi ci onalao Senhor com base em sua vont ade r evel ada( Gn3. 16) .Porout r ol ado,ol i vr odoApocal i psedescr eveodest i nofinal dai gr ej acomoumacomuni dadeadoradoranapr esençadoSenhor( Ap19. 1-8) . Aador açãocomoumar esponsabi l i dadeuni ver saléum dospri nci pai st emasdos Sal mos ( 22. 27; 29. 2; 66. 4; 86. 9; 95. 6; 96. 9, e t c) . Al ém do mai s,os doi s pri mei r os dos dez mandament os convi dam e dão as di r et ri zes par a uma ver dadei r aador ação( Ex20. 16) .Aador açãocorr ompi daeai dol at ri aest ãoent r e ascausaspri nci pai sdamani f est açãodoj ul gament odi vi no( 2Rs17. 720;2Cr 26. 1620;I s1. 1117;Am 4. 411;Rm 1. 2132,et c. ) . NoAnt i goTes t ament o,port ant o,aador açãoer aum dosal voscent r ai sna vi da do povo deDeus.A const rução eo l ugardo Tabernácul o em I sr ael ,por exempl o,evi denci am a ênf ase na pri ori dade da ador ação.Nes t e sent i do,é i nt er essant eobserv arquecer cade40capí t ul osdasEscr i t ur assãodedi cadosà descr i ção,const rução,dedi cação eusodo Taber nácul o,enquant o queapenas doi s são dedi cados ao r el at o da cr i ação.Al ém do mai s,o Taber nácul o er a posi ci onado no cent r o do acampament oi sr ael i t a( Nm 1. 5253 e 2. 1-2) ,como r ef er ênci a àcent r al i dadedocul t oparaanação.Podemosconcor dar ,port ant o, quea" t i pol ogi adoAnt i goTest ament odáum l ugarpr oemi nent eàador ação. " 15 NoNovoTest ament o,oanúnci oenasci ment odoMessi asér espondi docom adoraçãoporMari a( Lc1. 4656) ,Zacari as( Lc1. 6879) ,ospast oreseami l í ci a cel est i al( Lc 2. 816) ,os magos( Mt2. 11)eSi meão ( Lc2. 2835) .Em r ecusa à pr opost a de Sat anás,Jesusci t a enf at i cament e as Escr i t ur as:" Ao Senhort eu Deusador arás,esóael edaráscul t o"( Lc4. 8) .Jesust ambém evi denci ou zel o pel ol ocaldedi cadoaocul t opúbl i coat r avésdapuri ficaçãodot empl o( Jo2. 1317 eMt21. 1217) .El eai ndaensi nou àsamari t anaqueaver dadei r aador açãodeve serem espí ri t oeem ver dade( Jo4. 2324) ,ul t r apassandobarr ei r asgeográficase cul t ur ai s.E,mai s uma vez ,confirmando sua di vi ndade aos di scí pul os,el e acei t ouadoração( Jo20. 28) .
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AI gr ej aPr i mi t i vacont i nuouol handopar aaador açãocomoumaat i vi dade di ári a e const ant e( At2. 4247) .Para os pri mei r os di scí pul os,como di zMark Earey ," aador açãonãoer aum t emposeparadonavi dadi ári a;el aer aapr ópr i a vi dadi ári a. " 16Osacont eci ment osi medi at osàconver sãodePaul ot ambém nos ensi nam quesomos sal vos par a ador ar( At9. 11) . 17O própri o apóst ol o Paul o r ef er i usemai st ardeàvi dacr i st ãcomoum cont í nuoat odeador ação( Rm 12. 12) . E em Hebr eus t emos expl í ci t o mandament o quant o à necessi dade da ador ação públ i cado povode Deus( Hb 10. 25) .Porfim,o i mper at i vo " ador aa Deus"éumadasúl t i masadmoest açõesdol i vr odoApocal i pse( Ap22. 9) . Est es dados da Bí bl i a conduzemnos a uma séri e de concl usões com aador ação.Nave r espei t oàadoração.Pri mei r o,Deusdesej r dade,el eordenaque
o ador emos ( Mt4. 10) ,e el e própri o busca seus ador ador es ( Jo 4. 23) .É no cont ext odeadoraçãoqueoSenhorser evel acomoum Deusci ument o( Ex20. 45) .Em vi st adi st o,Ever et tF.Harri son afirmaque" nenhumaof ensaaDeusse compar a com o at o de negar sua si ngul ar i dade e t r ansf eri r a out r oo e Deus r econheci ment o[ ador ação]devi do a el e. " 18Em segundo l ugar , soment devese rador ado.Es t aver dadef oir essal t adaporJesus( Mt4. 10)eéaessênci a
dosdoi spri mei r osmandament os( Ex20. 35) .Nest esent i do,Cl owneynosl embr a que " a ador ação t ornasepri mei r ament e cor r ompi da,não com a prost i t ui ção cul t ualou r i t uai s de sangue e sensual i dade,mas na r ecusa humana em r econheceroúni coedi gnodeabsol ut aei ncondi ci onaldevoção. " 19Post oqueé t ão f áci lcai rnesseer r o,a exi st ênci a deuma ador açãocr i st ã corrupt a éuma possi bi l i dadesempr epresent e. Uma t er cei r a concl usão sobr e a Bí bl i a ea ador ação é o f at o de que a ver dadei r a ador açãoéuma mar ca da f ésal vador a. Um cl ar oexempl odessa
ver dade encont r ase em Fi l i penses 3. 3, em que Paul o descr eve t r ês caract erí st i casdaf écri stã: 1)ai ndependênci adacarne,
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2)agl óri aem Cri st o,e 3)aadoraçãoaDeusnoEspí ri t o. açãoé I nt i mament erel aci onadocom est epri ncí pi oéof at odeque a ador uma at i vi dade pr i vada e cor por at i va. Asduascoi sasnãosãomut uament e
excl usi vas,masrecebem ênf asesemel hant enasEscri t ur as( Mt6. 6eHb10. 25) . A sal vação é i ndi vi dual , mas não nos confina ao i ndi vi dual i smo nem ao i sol ament o.Comodi sseMat t hew Henry:" A ador açãopúbl i canãonosdi spensa daador açãopri vada. " 20O cul t opúbl i coéapenasumapor çãodanossavi dade adoração. O quart opri ncí pi oexpl i ci t ament emenci onadonasEscr i t ur aséo deque nem t odaador açãoagr adaaDeus. Hásempreoperi godet r azermosum " f ogo
es t r anho"di ant e do al t are t r ono do Senhor( Lv 10. 1-2)econt r a o mesmo devemosest arsempre em guarda.Não apenas a ador ação a f al sosdeusesé proi bi danasEscri t ur as,mast ambém aador açãoaover dadei r oDeuscom uma at i t udeerr ada( Ml1. 710;I s1. 1115;Os6. 46;Am 5. 21;Mt5. 2326,et c. ) .Foio ent endi ment odessaver dadequel evou oref ormadorJoãoCal vi noacl assi ficara adoraçãodi st or ci dacomoumadasnecessi dadesder ef ormadai gr ej acr i st ã. 21
I I .Ri scosdeDi st orções Em Leví t i co10 t emosor egi st r onãoapenasdamor t edeNadabeeAbi ú, mast ambém somosi nst ruí dos sobr eo f at ode queo " f ogoes t r anho"queel es t r ouxer am per ant e o Senhor consi st i a naqui l o que er a cont r ári o aos mandament os di vi nos quant o à adoração.Paul or epr eendeu os cr i st ãos de Cori nt o por que el esnão seaj unt avam " par a mel hor ,e si m par a pi or "( 1 Co 11. 17) ,eomesmof ezAmóscom anaçãodeI sr ael( Am 4. 4) .Ref er ênci ascomo essas— sobr ea i r a di vi na quant o a uma ador ação di st or ci da — podem ser f aci l ment emul t i pl i cadas.
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At ual ment eogr andei nt er essesobr eot emadaador ação,asdi ver gênci as sobr e o assunt o e as f er i das causadas por di scussões passadas são f ort es i ndí ci osdequeoenf oquecri st ão desseassunt ot em si dodi st orci doem gr ande or mat i on and Revi val escal a.John H.Amst r ong,o edi t orda r evi st a Ref ,acusa
gr andepart edaador açãomodernadeser" McAdoração, "ousej a,compar ando-a a um l anche popul ar ,a al go produzi do em escal ai ndust ri al . 22 Concor dando com es t a opi ni ão,Ear eyafirma queo públ i coevangél i coat ualesper a queas i gr ej as" pr ovi denci em um menu dedi f er ent esedi ver gent esest i l osdeadoraçãoe experi ênci a. " 23 Porém,a per spect i va cri st ã bí bl i ca e hi st óri ca sobr e adoração não vêo cul t o públ i cocomo f ocal i zado na esper t ez a ou cr i at i vi dadehumana, mas na sant i dade deDeus. 24 É i mpr esci ndí velcor r i gi ro quet emos f ei t o de er r ado em t er mosdeadoração;nãoapenast erumavi sãopanor âmi casobr eo assunt o,mast ambém umadi agnosedosel ement osdeerr oem nossomei o. Menci onar emos apenas al guns dos err os mai s comuns ent r e o pov o cr i st ão,no que di zr espei t o à adoração.Uma ment e zel osa e observadora cert ament eser á capazdedi agnost i carout r ost ant os em seu pr ópr i o cont ext o i medi at o.A i mport ânci a desse exer cí ci o podeservi st a,em part e,na conexão exi st ent eent r eadoraçãoet eol ogi a.Assi m comonossat eol ogi aéi nfluenci adapor nossal i t ur gi a( adoração) ,nossal i t ur gi a,em cer t opont o,éum r eflexodenossa t eol ogi a. Como r esul t ado di r et o, uma t eol ogi a cor r ompi da produzi r á uma ador ação di st or ci da.E como di sse Cal vi no," a ador ação di vi na mar cada por t ant as opi ni ões f al sas,e perver t i da por t ant as super st i ções í mpi as e t ol as, i nsul t aamaj est adesagr adadeDeuscom at r oci dades,prof anaseu nomeesua gl ór i a. " 25 Um doser r osexpl í ci t osnomei ocr i st ão,especi al ment er eflet i doem nossa
nfluênci a do exi st enci al i smo. ador ação,vem da i Ai ndaqueoexi st enci al i smo sej a uma fil osofia abrangent ee compl exa,podemosafirmarque sua essênci a consi st e na ênf ase na experi ênci a,ant esque na r azão. 26A port a de ent r ada dest afil osofianomei opr ot est ant et em si doat ri buí daaot r abal hodeHei degger ,
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Schl ei er machereat émesmoaomovi ment ocari smát i conosanosr ecent es. 27A i nfluênci aexi st enci al i st anaadoraçãocri st ãéevi denci adapel aat ualênf aseaos sent i ment os. Nes t e sent i do, a l i t ur gi a cont empor ânea t em si do f ort ement e acusadadeserum mei oparaseat i ngi remoções. 28Assi m équegr andepart e dosnossoscânt i cosehi nossãoi nst rument osdeaut oaj udaeaut oacei t ação,e mui t asdasnossasor açõessãomei osdeaut or econci l i ação.O r esul t adofinalé quepodemosi rparacasa" descarr egados"enossent i ndobem,massem t er mos ador adover dadei r ament e. Out r oel ement oest r anhopr esent enaador açãocont empor âneaéa ênfase humaní st i ca. Jame s M. Boi ce cor r et ament e afir ma que nossa ger ação é
cent r al i zadanohomem ei nf el i zment e" ai gr ej a,t r ai çoei r ament e,t em set ornado egocênt ri ca. " 29Um dos mei ospel os quai s essa ênf asehumaní st i ca em nosso mei o se mani f es t a é at r avés de nossa busca f r enét i ca por ent r et eni ment o. Vi vemosem umaer at ecnol ógi caondeadi st r açãoeoent r et eni ment ot ornar amse a or dem do di a. 30Como fil hos dest a nossa ger ação,exi gi mos que cada moment odocul t ovenhasat i sf azernossasnecessi dades.Nest econt ext o,ocul t o f oi t r ansf or mado em um " progr ama" e o desej o de se obt er " f el i ci dade" é cert ament e mai or do que o de se obt er " sant i dade. " Quer emos avi dament e al egr i a,maso compromet i ment ot ornousesecundári o.Jul gamosocul t ocomo " agr adável , "não com basena i nst rução bí bl i ca apr esent ada,mas no gr au de " sat i sf ação"pessoalal cançada.Assi m,nossapr egaçãot ornouseumahomi l ét i ca deconsenso,naqualaboamensagem nãoéaqueconf r ont anossospecados, masa quenosf azsent i rmel hor .Al ém do mai s,ossermõest or nar amsemai s cur t ospor quenossaat ençãoememóri asãocur t as. 31Nest esent i do,J.I .Packer observa:" Ger al ment er ecl amamos que os mi ni st r os não sabem como pregar ; masnãoéi gual ment ever dadequenossascongr egaçõesnãosabem mai scomo ouvi r ?" 32Temos que concor dar com Mar k Ear ey que o gr ande per i go dessa adoraçãoéode" usaraDeus,ant esqueat ri bui r l he"adevi dagl óri a. 33
50 s t a em Um t er cei r o el ement o de er r o em nosso mei o éa presença deí
noss apraxi schr i st i ana.Popul arment ef al ando,odeí smoéi dent i ficadocomoa fil osofiado" cr i adorr emot o"quenãoi nt er f er enacr i ação,masagover naat r avés de l ei s pr éest abel eci das. 34Est a fil osofia t em vi si t ado o mei o cr i st ão em di f er ent es r oupagens ao l ongo dos anos: gnost i ci smo, 35t eol ogi a do pr ocesso, 36et c.Nosúl t i mosdi as,porém,el at em r essur gi donomei ocr i st ãosob apr esunçãodeque,umavezt endo" t omadoposse"daspromessasdi vi naspara nós,podemos" r ecl amar"nossosdi r ei t osj unt oao t r ono doPai .A i déi a éque, umavezcumpri dososr equi si t os( asl ei sespi ri t uai s) ,Deuspassaaest arànossa mer cê.Com i st o,acr edi t amosnai l usãodequenossaspal avr ast êm podereo que" decl aramos, "ou" pr of et i zamos"sobr eavi daunsdosout r os,emesmosobr e anossavi dai ndi vi dual ,cert ament eacont ecer á. Porúl t i mo,nossal i t ur gi aeador açãosãomarcadasporumaf ort edosede pr agmat i smo. A pressuposi çãocent r aldafil osofiapragmat i st aéquenenhuma
ver dade é aut oevi dent e. Assi m, ver dade e si gni ficado são dependent es de ver i ficações empí ri cas, ou sej a, de um t est e pr át i co. 37Se um pri ncí pi o " f unci ona"( at ende à f unção desej ada) ,j ul gamos server dadei r a a pr oposi ção. Umadeci sãosobbasespr agmát i caséumadeci sãot omada nãopel aessênci a, maspel oef ei t o( r esul t ado)causadonamai ori adopovocri st ão.JohnMacArt hur , Jr .éum dosquel evant am a vozpar a denunci ara i nfluênci a pr agmát i ca em nossaador açãopúbl i ca.Segundoel e,t udooquequer emossabernest esent i doé " sef unci ona…quer emosf ór mul as… eem al gum l ugarnesseprocesso,dei xamos aqui l opara oqueDeus t em noschamado. " 38Noquedi zr espei t oà adoração, comoem t ant asout r asáreas,aapl i cação dest epri ncí pi opodeserdesast r osa, poi so j ui zsupr emopassaaserum gr upo depessoasenãooEspí r i t oSant o. Al ém do mai s,ai nda que um est i l o" f unci one"em um det er mi nado grupo,a deci sãocom basenosr esul t adosénadamai squeumaconf ormaçãoaopresent e sécul o( Rm 12. 2) .
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A pr esença dest es el ement os de err o em nossa ador ação pr oduz doi s r esul t ados i medi at os.A ador ação,quedev er i a ocuparo cent r o de nossa vi da cri st ã," sendo secul ari zada,éi ncapazdenut ri r ,edi ficar ,desafiar ,i nspi r arou f ormar"nossa espi ri t ual i dade. 39 E como out r os no passado,podemos es t ar at r aí ndosobr enósmal di çõesenãobênçãosaoapr esent armos" f ogoes t r anho" di ant edoSenhorem adoração.
I I I .Redescobri ndoaJói aPerdi da Em al guns l ugar es a ver dadei r a ador ação t em si do há mui t o uma j ói a per di da na i gr ej a. 40Mas essa preci osi dade não preci sa cont i nuar per di da. 41Redescobri l a,por ém,podesermai sdi f í ci ldoqueparece.Comonos l embra JamesM.Boi ce," odesas t r equet em t omado a i gr ej a em nossosdi as, com r espei t oàador ação,nãoser ácur adodeum di aparaoout r o. " 42Há,por ém, cert os passosbási cosquecont ri bui r ão para o sucesso finaldo nossoesf or ço nest esent i do. st er que se ent enda o que est amos per dendo com uma Pri mei ro – é mi ador ação di st or ci da.Seg undo as Escr i t ur as,o que per demos não é uma
congr egaçãonumer osa,nem umaceri môni amai sel aborada,masapr esençado própri oDeusem nossaadoração( I s1. 15) .A presençadeDeusnaadoraçãoé umadasmai or esbênçãosdo povocr i st ão ( 2 Cr5. 1314) .É nes t econt ext oda presença di vi na naador açãoqueo sal mi st adecl ara:" A mi nha al masuspi r ae desf al ecepel osát ri osdoSenhor ;omeu cor açãoeami nhacarneexul t am pel o Deusvi vo! "( Sl84. 2) .E ai nda:" Um di anost eusát ri osval emai squemi l ,pr efir o es t aràpor t adacasadomeuDeus,aper manecernast endasdaperver si dade" ( v .10) .É sempr ei mport ant el embr arqueapósa mani f es t ação da gr aça,es t a bênçãoassumi u di mensõesmai or ese" pel onovoevi vocami nho"queJesusnos consagr ou, somos exor t ados a nos apr oxi mar da presença do Senhor com " si ncer ocor açãoepl enacert ez a def é"( Hb 10. 1922) .Comodi zi aJohn Owen, " napri mei r aent r egadal ei ,nai nst i t ui çãol egaldaadoração,aspessoasf oram i nst ruí das a guardarcert a di st ânci a. "Sob o pact o da gr aça," a ador ação éo
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nosso acesso,o nosso aproxi mardeDeussem nenhum véu. " 43O escri t orde Hebreus di z que no at o da ador ação chegamos à ci dade do Deus vi vo ( Hb 12.22).44 Assi m,amai orper daenvol vi daem umaador açãodi st or ci daéapr esença doAdor ado.Est aper dar esul t aem out r as,segundoasEscri t ur as.Porexempl o, per dendoapresençadeDeusnaadoraçãoper demos,al ém deout r ascoi sas,a pl eni t udedeal egri a( Sl16. 11) ,o socorr o di vi no ( 2 Cr20. 2122)eo el ement o efici ent eno t es t emunho ev angel í st i code queDeus es t á em nossomei o( 1 Co 14. 25) .Al ém domai s,quandoes t aper daocor r e,háosent i ment oconst ant eda r epr ovaçãodi vi nasobr enossosat osdecul t o( I s1. 1115) .O sómedi t arnest as coi sasdever i al evar nosaum pr of undol ament o( 1Sm 4. 2122) .
Em segundo l ugar ,a t ent at i vader edescobri ra j ói a per di da i mpl i ca em uma vol t a aos pr i ncí pi os t eocênt r i cos da ador ação bí bl i ca.PaulBas den nos
l embr aque" aador açãoqueédi gnadeseunomedevesert eocênt ri ca. " 45Nest a mesmal i nhader aci ocí ni o,Manson afir maque" nocor açãodaador açãocri st ã est áopr ópri oDeus. " 46Est easpect ot eocênt ri conaador açãopodeserr esumi do em doi ssubt ópi coscl arament eensi nadosnasEscr i t ur as:1)éa gl óri a di vi na que r equer nossa ador ação,e 2) é a vont ade di vi na que nor mat i za nossa adoração. Com r el açãoaopri mei r oaspect o,Edmund Cl owneycorr et ament eafir ma que" nem r el i gi ão nem adoraçãopodem serdefini das à part edeDeus,poi sa adoração éa r espost a da cr i at ur a à gl óri ar evel ada do Cri ador . " 47I dol at ri aé dei xar de gl or i ficar a Deus e mudar " a gl ór i a do Deus i ncorrupt í velem semel hança da i magem dehomem cor rupt í vel "( Rm 1. 21 e23) .Logo,a fim de r edescobri rmosaver dadei r aadoraçãocr i st ãéi mpr esci ndí velquet enhamosem ment e os mei os pel os quai s Deus r ev el a sua gl óri a a nós.Nes t e sent i do,as Escri t ur aspri mei r ament eafir mam que" oscéusprocl amam agl óri adeDeus"( Sl 19. 1) .Um si mpl est r ovãomani f est aoseu poder( Sl29. 3)edesdeopri ncí pi odo mundopodeser econhecersuadi vi ndade,poderesabedori apormei odascoi sas
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cr i adas( At14. 1517;17. 2428 eRm 1. 2021) .Al ém do mai s,Deusmani f es t a sua gl óri a at r avés de seus mui t os nomesr egi st r ados nas Escr i t ur as.El eéo Al t í ssi mo( Sl83. 18) ,oDeusquevê( Gn 16. 13) ,um escudo( Sl84. 11) ,oSenhor dos Exér ci t os ( 1 Sm 4. 4) ,et c.Como di z Cl owney ," os nomes de Deus são sí mbol osparaadoração. " 48 O Senhort ambém mani f est a sua gl óri a at r avésdeseusat ossal vador es. Em r espost aàl i ber t açãodopovohebreudocat i vei r oegí pci o,anaçãoador ouao Senhor( Ex15) .E em f ormadecant o,ahi st óri adasal vaçãodi vi naer apassada àsnovasger açõesem di f er ent esocasi ões( Sl105) .NoNovoTest ament o,agl óri a di vi na é mar avi l hosament e demonst r ada na " gr ande sal vação" que el e nos proporci ona em Cr i st o Jesus ( Hb 2. 3) .Mas a gl ór i a di vi na é supr emament e mani f est anar evel açãodesuagr açaem Jesus( Jo 1. 1418) .Nest econt ext oda gr aça r ev el ada,à medi da que cont empl amos," como porespel ho,a gl óri a do Senhor ,somost r ansf ormadosdegl óri aem gl óri a,nasuapr ópri ai magem,como pel oSenhor ,oEspí ri t o"( 2Co3. 18) .Cadaum dessesmei osdemani f est açãoda gl óri adi vi naéum convi t eabert oàver dadei r aadoração. Ospri ncí pi ost eocênt ri cosdaador açãocr i st ãnosensi nam queavont ade di vi na nor mat i za a ver dadei r a adoração.Com es t e pri ncí pi o em ment e,os puri t anosenf at i zaram queem ador ação,assi m comoem dout ri na,ai gr ej anão podeul t r apassaraver dadedeDeusrevel ada nasEscr i t ur as. 49É i nt er essant e obser varquenoAnt i goTest ament oI sr aelnãof oipr oi bi dodeadqui ri rmét odos agr í col asou arqui t et ôni cosdoscananeus,mashouveexpl í ci t apr oi bi çãodeque copi assequal queraspect odaadoraçãopagã( Dt12. 3032) .Com basenest ef at o, Cl owney observa que " ai gr ej at em aut ori dade par a es t abel ecera or dem da ador ação( 1Co14. 40) ,masnãot em al i ber dadedei nt r oduzi rnovosel ement os al ém dos queDeust em or denado. " 50Nes t esent i do Boi cesuger equeadorál o em " Espí ri t oeem ver dade"es t ár el aci onadocom:1)um pr of undoexer cí ci ode si nceri dade,2) uma aproxi mação baseada na r ev el ação bí bl i ca,e 3) uma apr oxi mação cr i st ocênt r i ca. 51Em out r as pal avr as,t emos quesempr el embr ar queDeusnosconvi daàador açãonosseust er mos,nãonosnossos.
*))
Out r o mei o( emos para r edescobri r a ver dadei r a tercei ro passo)que t har par a os sant os do passado.A ur ador ação é ol gênci a dest a at i vi dade
encont r aseem acusaçõescomoadeRober tWebberdequea adoraçãocr i st ã " curv ouse à cul t ur a ao i nvés de t er se mant i do fielàs t r adi ções bí bl i ca e hi st óri ca. " 52Comonossai nt ençãonest eart i gonãoécobri rvari adosper í odosda hi st óri adai gr ej a,nosdet er emosnopuri t ani smoi ngl êsdosécul oXVI Idesdeque háum consensoger aldequeomesmodeu" f ort eênf asenapur ez adaadoração bí bl i caepol í t i caecl esi ást i ca. " 53Lel andRykennosl embr aqueo" nomepuri t ano r ef eresepri mei r ament eaodesej odepuri ficaraI grej adaI ngl at err adosvest í gi os cat ól i cosnaador açãoenaf ormadegover nodai gr ej a. " 54Deacor docom J.I . Packer , os puri t anos apresent avamse para a ador ação públ i ca como que apr esent andose ao própr i o Deus. 55É cert o que el es t i ver am al gumas di ver gênci as i nt er nas nest et ópi co, 56mas mesmo t ai s di ver gênci as não os fizer am per derdevi st aoessenci alnaadoração. 57 Desdequeaador açãonoPur i t ani smoer avi st acomoumaapr oxi maçãoa Deus,t oda a l i t ur gi a er af ormul ada vi sando edi ficação ( 1 Co 14. 26) .Como r esul t ado,ocul t opuri t anoeracar act eri zadopordoi spri ncí pi os:si mpl i ci dadee bi bl i ci dade.Ref eri ndoseàsi mpl i ci dadenocul t opuri t ano,di zRyken:" O cul t o puri t anocomoum t odoer amarcadopel oesf or çoem despoj ar sedosupér fluoe concent r ar senoessenci al ,oqueevi denci ava oi dealdeedi ficação. " 58Naquel e cont ext o,a exposi ção bí bl i ca er a a mai s sol ene e exal t ada at i vi dade,sendo t ambém ot est esupr emodomi ni st r o. 59Assi m,asi mpl i ci dadeer aparael esuma pr ot eção cont r aasvai dadesdaal ma,easEscr i t ur as,umapr ot eção cont r aas di st or çõesf ant asi osas.Com r espei t oàor dem docul t o,Al an Cl i ffor dafirmaque nocul t opuri t anoapr egação,ocont eúdodasor ações,ocânt i codosSal mosea guar da do domi ngo const i t uí am el ement os de di st i nção especi al na época. 60Al ém domai s,porquenaador açãoocr i st ãonãoapenasbuscaaDeus, mast ambém oencont r a,aador açãoer avi st apel ospuri t anoscomoum mei ode gr aça,ondeof ami nt oéal i ment ado. 61JohnOwenevi denci aest epont oaodi zer quenaador ação,Cri st o" t omaosador ador espel asmãoseosconduzàpresença
*)*
de Deus;eapr esent ando-osl á el edi z:‘ Ei smeaqui ,eosfil hosqueDeusme deu’ . " 62Talabordagem daadoraçãocri st ãsempr edever i anosmot i varei nst r ui r .
Fi nal mente ( quarto passo) ,uma r edescober t a da ver dadei r a ador ação i cação do amor cri st ão par a sol uci onar di ver gênci as i ncl ui a apl se cundár i as. Or ef omadorCal vi noent endeuquenest amat ér i a,comoem vári os
out r os assunt os i mport ant es para a i gr ej a cr i st ã,há aspect os pri mári os e aspect os secundári os.Quant o aos aspect os pri mári os da ador ação,ou sej a, aquel esquedi zem r espei t oàr et i dãodocri st ão,àmaj est adedeDeus,equal quer out r oassunt onecessári oàsal vação," soment eoMest r edeveserouvi do. " 63Em aspect ossecundári os,ou sej a,assunt osquenão sãonecessári osà sal vação e cos t umes de di f er ent es povos e ger ações,não deveri a haver i mposi ção de mudanças,por causas i nsufici ent es.Assi m el e concl uidi zendo que o " amor j ul gar ámel horent r eoquedani ficaeoqueedi fica;esedei xarmosoamorsero nossogui a,t udoest arásal vo. " 64Out r oexempl odest emesmopri ncí pi ovem de John Owen em seu t r at ado sobr edi vi sõesent r ecri st ãos.Naquel a obr a Owen conf essa:" Eupr ef er i ri agast art odoomeut empoemeusdi ascur andoasf er i das e di vi sões ent r e os cr i st ãos do que gast ar uma hor a procur ando j ust i ficál as. " 65Tai s i l ust r ações de sabedor i a são não apenas bemvi ndas, mas ur gent ement enecessári asem nossadi scussãosobreador ação.
Concl usão Nes t a nossa r eflexão sobr e ador ação e cul t o cr i st ão t emos procur ado most r arque o assunt o é essenci al ment e espi ri t uale di gno de nossa at enção especi al .Porsuanat ur ezaespi ri t ual ,aver dadei r aadoraçãosóépossí velquando i mpul si onadapel aobr adoEspí ri t oSant odent r odenós( Jo 4. 2324) .Al ém do mai s, os passos a ser em t omados par a uma r edescobert a da ver dadei r a ador ação são exer cí ci os al t ament e espi ri t uai s e cont r adi zem pr of undament e nossanat ur ez aei mpul soscarnai s.Masaver dadei r aador açãosempr eexal t ará Cri st o( Ap5. 12) ,t r ansf ormaráoadorador( 2Co3. 1819) ,convencer áoi ncr édul o da presença do adorado ent r e os adoradores ( 1 Co 14. 2425)e i nvocar áo
*)%
" amém"decada um dos servosde Deus.Ai nda,a ver dadei r a ador ação nos capaci t a par a ot es t emunho e o servi çodi ári o na seara do Mes t r e.Como di z Ar mst r ong:" Não est amos no negóci o de const rui rmost ei r os evangél i cos,mas congr egações que servi r ão o ver dadei r o Deus como r esul t ado di r et o da adoração."66 Fi nal ment e,t emos que admi t i rque,de acor do com as Escri t ur as e a hi st ór i a cri st ã, ador ar a Deus cor r et ament e exi ge t empo e humi l dade. Pr eparaçãoéessenci al .Exami narnossasi nt ençõeseaval i arnossasaçõesdevem serexer cí ci osconst ant esem nossavi dadeadorador es( Sl66. 18e131) .Al ém do mai s,nossocor açãodevesercont i nuament eguardadocont r aoegocent ri smoa fim dequepossamosdi zer :" Nãoanós,Senhor ,nãoanós,masaot eunomedá gl ór i a" ( Sl115. 1) . É soment e ador ando o Senhor de modo ver dadei r o que ser emosencont r adosporel ee,como di sseRi char d Baxt er :" Seé a Deusque vocêest ábuscandoem suaador ação,vocênãoficar ásat i sf ei t osem Deus. " 67
Notas i s tt heCo nt r o v er s i al i s t :A St udyi nSo meEs se nt i al so fEv ang el i c alRe l i g i o n 1JohnR.W.St ot t ,Chr
( Londr es:Tyndal e,1970) ,160. 2J.I .Packer,Conci ( Wheat on:Tyndal e,1993) ,99. s eThe o l o g y kso fJo hnOwen 3JohnOwen,TheWor ( Carl i sl e:TheBannerofTrut h,1990) ,I X:77. shi pasTheol ogy 4Mai or esdet al hesem DonE.Sal i er s,Wor ( Nashvi l l e:Abi ngdon,1994) . o wi ngDe e pi nt heChr i s t i anL i f e 5Charl esR.Swi ndol l ,Gr ( Port l and:Mul t nomah,1977) ,397.
6Mar k Ear ey ," Wor shi p –WhatDoWeThi nk WeAreDoi ng, "em Evangel 16 ( Pri maver a1998) , 10. 7JohnPi per ,Lett ( Gr andRapi ds:Baker ,1993) ,11. heNat i o nsbeGl ad! 8Aabundant el i t er at ur asobr eesset ópi coésufici ent epar adesest i mul arqual querpr et ençãode sedaruma r es post a preci sa a t odas as per gunt as l ev ant adas sobre o mesmo.Vermai or es shi p:Redi sco ver i ng t he Mi ssi ng Jewel det al hes em Ronal d Al l en,Wor ( Port l and:Mul t nomah,
1982) . 9Earey ," Worshi p, "8. c h 10EdmundP.Cl owney ,TheChur ( DownersGr ove:I nt ervarsi t yPr ess,1995) ,117.
11VerA.W.Tozer ,TheBestofA.W.Tozer ( Gr andRapi ds:Baker ,1995) ,217222.
*)& mi nst er 12ConfissãodeFédeWest ,XXI . i . bi d. 13I ,I . x.
14 O t er mo " adoração"pode serusado em um t ri pl o sent i do:1)públ i co,2)f ami l i are 3) r i t ualDi s c i pl i ne sf o rt heChr i s t i anLi f e( i ndi vi dual .D.S.Whi t ney,Spi Col oradoSpri ngs:Navpr ess,
1991) ,7991. shi p 15A.P.N.D.Gi bbs,Wor ( KansasCi t y:Wal t eri ck,s.d. ) ,69.
16Earey ," Worshi p, "11. 17 Ness ecaso,umadasevi dênci asusadasparaconfir maraAnani asaconver sãodePaul of oio f at odequeel eest avaorando. ’ s Di c t i o nar yo fT he o l o g y( 18 Ever et tF.Harr i son," Wor shi p, "em Baker Gr and Rapi ds:Baker ,
1960) ,561. c h,118. 19Cl owney ,TheChur
20Ci t adoporJohnBl anchar d,Gat ( Wel wyn:Evangel i cal ,1984) ,344. her edGol d t yo fRe f o r mi ngt heChur c h 21JoãoCal vi no,TheNecessi ( Dal l as:Prot est antHeri t age,1995) ,16. or mat i on and Revi val 22 John H.Armst r ong," How Shoul d WeThen Wor shi p?, "Ref 2 ( I nverno
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*)+ owi ngDee p,390. 40Swi ndol l ,Gr s hi p,18-19. 41Al l en,Wor
42Boi ce," What everHappenedt oGod?, "15. ks,I 43Owen,Wor X:58.
44O v .28dest ecapí t ul or eve l aqueest aafir maçãof oif ei t aem um cont ext osobr eadoração.O at r e o me n éum dost t er mo gr ego l er most r aduzi dospor" adoração"no Novo Test ament o ena
Sept uagi nt a. 45PaulBasden," TheTheol ogyandPr act i ceofWorshi p, "TheTheol 57( Pri maver a o g i c a lEduc a t o r 1998) :85. c t i o nar yo fThe o l o g y,730. 46P.D.Manson," Worshi p, "New Di c h,118. 47Cl owney ,TheChur bi d. 48I ,119.
49ConfissãodeFédeWest ,XX. 2. mi nst er c h,122. 50Cl owney ,TheChur i o nsoft heChr i s t i anFai t h 51J.M.Boi ce,Foundat ( Downer sGr ove:I nt ervarsi t yPr ess,1986) ,592.
52Webber ," Pr econdi t i onsf orWorshi pRenewal , "4. 53I .Br eward," Puri t an Theol ogy, "em New Di c t i o nar yo fThe o l o g y,550. dl ySai nt s 54Lel andRyken,Wor ( Gr andRapi ds:Zondervan,1990) ,111.
55Br eward," Puri t an Theol ogy, "245. 56 Al an Cl i ffor d," TheWest mi nst erDi r ect oryofPubl i cWorshi p( 1645) , "em TheRef or mat i on of ( Londr es:TheWest mi nst erConf er ence,1989) ,5456. Wor shi p orGodl i ness, 57Packe A r , Questf 246. dl ySai nt s,120. 58Ryken,Wor to fP r o phe s yi ng 59Wi l l i am Per ki ns,TheAr ( Car l i sl e:Banner ,1996) ,3.
60Cl i fford," West mi nst erDi r ect ory, "6570. orGodl i ness,252. 61Packe A r , Questf ks,I 62Owen,Wor X:58.VerI saí as8. 18. ns t i t ut esofChr i s t i anRel i gi on 63JoãoCal vi no,I ( Fi l adél fia:Westmi nst er ,1960) ,I V. x. 30. bi d. 64I ,I V. x. 30. ks,XI 65Owen,Wor I I :95.
66Armst r ong," How Shoul dWeThenWor shi p?, "16. i s t i anDi r ec t o r y 67Ri chardBaxt e A r , Chr ( Morgan:Sol iDeoGl ori a,1996) ,551.
*),
NovosTempos,Vel hasCrenças: Crí ti cadoNeoPagani smo sobumaÓti caCri stã ( Arti goextraí dodaRevist aFi desRef ormata)
Ri c ar doQuadr osGouvêa*
Introdução Em 1925,o l endári o pensadorcri st ão i ngl êsG.K.Ches t er t on ( 1)afirmou que,senão houvessesi dopel osur gi ment oef ort al eci ment oda i gr ej a cr i st ã,a Eur opa t eri a cont i nuadopagã,aci vi l i zaçãooci dent alnãot eri aj amai sexi st i do na f orma como a conhecemos,e,cul t ur al ment e," a Eur opa ser i a hoj e mui t o pareci dacom aÁsi a. "( 2)Chest ert onsuger i uai ndaque, seo pagani smocl ássi cohouvessesepr ol ongadoat éhoj e[ nooci dent e] . . . haveri aai ndapi t agóri cosensi nandor eencarnação,assi m comoai ndahá hi nduí st as ensi nando r eencar nação na Ási a. Haver i a ai nda es t ói cos cr i andoumar el i gi ãoapart i rdar azãoedavi rt ude,assi m comoai ndahá conf uci oni st asnaÁsi acri andoumarel i gi ãoapart i rdarazãoedavi rt ude. Haveri a ai nda neopl at oni st as est udando ver dades t r anscendent es cuj o sent i do seri a mi st er i osopara asout r aspessoasedi sput ado at émesmo ent r e el es, assi m como ai nda há budi st as na Ási a est udando um t r anscendent al i smo mi st er i oso par a os out r os e di sput ado at é mesmo ent r e el es. Haver i a ai nda apol oni anos i nt el i gent es aparent ement e ador ando o deussolmas expl i cando que na ver dade el es ador am o pri ncí pi o di vi no, assi m
como ai nda há na Ási a zor oast ri anos
aparent ement e ador ando o solmas expl i cando que est ão ador ando a
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di vi ndade. Hav er i a ai nda di oni sí acos dançando sel vagement e nas mont anhas, assi m como ai nda há na Ási a dervi ches dançando sel vagement e no desert o.Haver i a ai nda mul t i dões i ndo às f es t as dos deuses. . .ehaveri amui t osdeusespar aser em ador ados,comohánaÁsi a, ai ndapagã. . .Haveri aai ndasacri f í ci oshumanossecre t osaMol oque,assi m comoai ndahánaÁsi asacri f í ci oshumanossecr et osàdeusaKal i .Haver i a ai nda mui t af ei t i çari a,e boa part e dessa f ei t i çari a ser i a magi a negr a. Haver i a ai nda mui t a admi r ação porSêneca,e mui t ai mi t ação de Ner o, assi m comonaÁsi aosel ev adosepi gr amasdeConf úci ocoexi st i r am com ast ort uraschi nesas.( 3) Tal vezChest ert on nuncat enhachegadoaper ceberquesuaspal avr aser am pr of ét i cas.A ci vi l i zação oci dent alhámui t oj á cami nhava a passos l argospara um quadroi mpressi onant ement esemel hant eaopi nt adoporel e,um quadroque hoj eéar epr oduçãofieldar el i gi osi dademoder na.O queChest er t on nãopr evi u f oiqueo chamadoneopagani smot er i a car act er í st i casmui t opi or esqueasdo ant i gopagani smo— acosmovi sãor el i gi osadaant i güi dadequehavi asi dopost a del adocom osur gi ment odai gr ej aeaconver sãodaEur opaaocr i st i ani smo.A casa f oivar ri da,mas,como nas pal avr as de Cri st or el at adas porMat eus,o úl t i moest adot ornousepi ordoqueopri mei r o( Mt12. 4345) .
I .AscensãoeQuedadoneopagani smo( eal gumasquestõesmetodol ógi cas) Umadaspri nci pai scar act er í st i casdachamadaEr aModer na( sécs. 16–20) f oio sur gi ment o do neopagani smo,cuj a decadênci a est amos hoj e assi st i ndo naqui l oquet emsechamadode" Nova Er a" .Esse" movi ment o"r el i gi osonãoé, port ant o,genui nament enovo,enem énaver dadeum movi ment o,e,aci made t udo,nãoédef at opósmoderno,comoal gunst êm suger i do.O pósmoderni smo i mpl i ca em i ral ém do beco sem saí da da moderni dade e i ncl usi ve da t í pi ca r el i gi osi dade moder na.( 4)A chamada Nova Er a pode ser t udo menos pósmoder na.Pel ocont r ári o,el aémoder ní ssi ma.Mas,nest af asedet r ansi çãoem quees t amosvi vendo,el arepr esent aomoderni smonãonoseuapogeu,massi m nasuamai scompl et adecadênci a.( 5)
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O neopagani smonãoénovi dade.Tr at ase,par acomeçodeconver sa,da r ecuper ação eapr opri ação da ment al i dader el i gi osa da ant i güi dadepr écr i st ã. Comoi r oni cament esuger i u Chest er t on," t r at asedeumapr of undaver dadeque o mundo ant i go er a mai s moder no que o mundo cr i st ão. "( 6)I st o é,a I dade Moder na es t á mai spróxi ma do pagani smoquedo cr i st i ani smo.Al ém di sso,o neopagani smonãoénovopor queest ar ecuper açãoeapr opr i açãot i ver am i ní ci o hásei ssécul osat r ás,nopri ncí pi odachamadaI dadeModer na.Ospr i mei r osa es t ar em envol vi dos nessepr ocesso de r eapropri ação do pagani smo f or am os humani st asdossécul osXV eXVI .Numaat i vi dadegenui nament earqueol ógi ca, essespensadoresefil ól ogosdedi caram suasvi dasàr ecuper açãodal i t er at ur ae per cul t ur a daant i güi dadegrecor omana.( 7)Essaat i vi dadenão écondenável se.Por ém,uma vezl ev ada a cabo,permi t i u ar eapropri ação da ment al i dade
pagãporpart edoserudi t oseur opeusdaépocaquesent i amsei nsat i sf ei t oscom o cr i st i ani smo e a r el i gi osi dade que l hes er a of er eci da. Em part e, essa i nsat i sf açãoécompr eensí vel ,umavezqueai grej adaépocavi vi at al vezamai or cr i se espi r i t ualde sua hi st óri a.Mas nem t odos os humani st as sent i r amse at r aí dos pel ar el i gi osi dade pagã.Mui t os consi der aram mai s sensat ol ut arpor uma r ef orma ecl esi ást i ca e ansi ar por um avi vament o espi ri t ual . Tant oo avi vament oquant oar ef ormavi er am porfim aacont ecer ,f rut o,em gr andepart e, do esf or ço dessesmesmospi onei r oshumani st as.Nessesent i do,osl í der esda Ref or ma Prot es t ant et ambém er am humani st as,sem dei xar em desercr i st ãos. ( 8)Aver dade,por ém,équeasement edoneopagani smof oii gual ment el ançada noscamposdai nt el ect ual i dadeeur opéi a,eospri mei r osf rut osmadur osdessa semeadur af or am col hi dos nossécul ossubseqüent es,dando porfim i ní ci o ao movi ment oi nt el ect ualconheci dopel onomedeI l umi ni smo. OI l umi ni smodosécul oXVI I Ir epresent ou oest abel eci ment odefini t i vodo neopagani smo como o i deali nt el ect ualpor excel ênci a da moder ni dade.( 9) Todososmai si mport ant espensador esi l umi ni st asou r ej ei t ar am ocri st i ani smo por compl et o, t r ocandoo por uma ment al i dade r el i gi osa pagã ( Di der ot , D’ Hol bach,Hume) ,ou pr ocur aram adapt araf écr i st ãàsconcepçõeshel eni st as r ecémr ecuper adas e assi mi l adas,pr oduzi ndo het er odoxi as gri t ant es como o
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deí smo( JohnLocke,JohnTol and,Vol t ai r e,LaMet ri e)eat eol ogi akant i ana.( 10) Amaçonari aéout r aaberr açãoneopagãquet eveori gem noi l umi ni smof r ancês. Tant o os t eóri cos da Revol ução Fr ancesa quant o os " Pai s" f eder al i st as amer i canos,t eóri cosdaRevol ução Amer i cana,est avam al i cer çadosna fil osofia i l umi ni st aenoneopagani smo.O Moderni smohavi achegadoaoseuapogeu.Os sécul ossubseqüent es,XI X eXX,assi st i r i am apart i rdeent ãoaol ent odecl í ni o da moder ni dade ( o marxi smo eo exi st enci al i smo mar cam,porexempl o,ede f ormasdi f er ent es,essedecl í no) .Ent r et ant o,nuncaodecl í ni odoneopagani smo est ev et ãoevi dent equant oagor a,em queel esemani f est aem suasf ormasmai s cr uas e vul gar es,nos di f er ent es component esdesse congl omer ado de noções r el i gi osas pagãs que chamamos de Nova Er a.Cabenos,port ant o,enquant o pensadorescr i st ãos,compreendera nat ur ez a do neopagani smo,um aspect o i mport ant edahi st óri adat eol ogi amoderna,et ambém dareal i dadedi ári adest es t emposdet r ansi çãoem quees t amosvi vendo. ANovaEr aé,sem dúvi da,um f enômenocul t ur al ,masnãoépr opri ament e uma r el i gi ão,uma nova organi zação r el i gi osa;não possuil í der es expl í ci t os, membr os,est rut ur ahi er árqui ca,est at ut os,confissão def é,et c.Di f er ent ement e doquemui t osl i vr osevangél i cospopul aresquer em nosf azercr er ,a NovaEr a não é t ampouco uma conspi r ação secr et a.( 11)Est et i po de sensaci onal i smo evangél i co pat r oci nado pel al i der ança denossasi gr ej as,es t i mul ado porout r a f al áci at eol ógi ca chamada " bat al ha espi ri t ual " ,possuium grave ef ei t o noci vo. ( 12) Nós, cri st ãos, passamos a l ut ar cont r a um i ni mi go i nexi st ent e, um f ant asma, uma ficção da nossa i magi nação, em vez de enf r ent ar mos a ver dadei r ahor daquenoscer ca.A mi scel âni achamadaNovaEr aécompost ade mani f est ações neopagãs di f er ent es umas das out r as, que vão desde popul ari zaçõesder el i gi õesori ent ai scomoohi nduí smo,obudi smoeot aoí smo, at éas mai scr assas super st i çõespagãscomo ast r ol ogi a,o podercur at i vodos cr i st ai s, adi vi nhações e necr omanci a. Nós, br asi l ei r os, mui t o ant es de i mport armosdosEst adosUni dosoconcei t odeNovaEr a,j áest ávamoshámui t o t empo acos t umadoscom asf or masmai sdecadent esda r el i gi osi dademoder na, poi soespi r i t i smoéum excel ent eexempl odeneopagani smo.Dopont odevi st a
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apol ogét i co,cada uma dessas mani f est açõesneopagãs devesercombat i da e der r ot ada i ndi vi dual ment e, e não como uma amál gama i nf orme e uma abst r ação,comof r eqüent ement et em acont eci do. I ssonãosi gni fica,porout r ol ado,queof enômenonãopossaseranal i sado do pont o devi st a ant r opol ógi co,fil osófico ou t eol ógi co.Sem dúvi da,cabenos buscar compr eender o neopagani smo em t ermos genéri cos. I sso não é cont r adi t óri o,poi sest aanál i senãot em porobj et i voami st ur aeaconf usãodas di f er ent es mani f es t ações neopagãs sob um mesmo r ót ul o e o subseqüent e conf r ont o apol ogé t i co com es t a qui mer a, est e monst r o de Fr ankenst ei n, compost odepart esj unt adasdedi f er ent escor poseori gens.Essa" arqueol ogi a epi st emol ógi ca"( 13)i mpl i ca em descobri ras pr essuposi ções f undament ai s do f enômeno, e produzi r dessa manei r a um ar senal de noções fil osóficas e t eol ógi casquepossam def at oauxi l i arnocombat eespecí ficoei ndi vi dualdessas di f erent esexpr essõesr el i gi osasneopagãs.( 14)
I I .O Pagani smo,o NeoPagani smo e a Fé Cri stã:Esboço de um Estudo Comparati vo Ar el i gi osi dadepagãnadamai séqueoespí ri t ohumanosubmet i doàf or ça da gr avi dade,i st o é,l i mi t ado a um est ado de mí ni ma r esi st ênci a.Em out r a pal avr as,éar el i gi osi dadehumananoseuest adonat ur al ,sof r endoapr essãoeo i mpact oda Queda em t oda a sua i nt ei r ez a.( 15)O t er mo" pagani smo"vem da pagani que s pal avr al at i na i gni fica " camponeses" ou " gent e do campo, do paganiganhou a co i nt eri or" .O t ermo not açãoat ualpor queessescamponeses
f or am os úl t i mos a se conver t er em ao cr i st i ani smo após sua i nst i t ui ção no sécul oI V comor el i gi ãoofici aldoI mpér i oRomano,eosúl t i mosaabandonarem ascr ençasepr át i casdar el i gi osi dadegr ecor omana.( 16)É curi osonot arque, i nver sament e,o neopagani smo t ev e ori gem nas ci dades, e at é hoj e é nos gr andescent r osur banosenospaí sesmai sdesenvol vi dosqueomesmoencont r a mai oracei t açãoemenosresi st ênci a.
**)
É um er r opensarqueopagani smoéumagrandet ol i ce,quenadat em de apr ovei t ável( ai nda que o decadent e neopagani smo às vezes nos dei xe essa i mpressão) . Ches t er t on r esume bri l hant ement e a hi st óri a espi ri t ual da humani dadeem umadesuasf r asesmai sf amosas:" O pagani smoer aamel hor coi saquehavi a nomundo;ea f écri st ã sur gi u,eer a mel horai nda.E t udoo mai sdepoi sdi ssot em si docomparat i vament epi orepequeno. "( 17)Comosuger e Ri st ,( 18)Agost i nho,assi m como mui t os out r os i nt el ect uai s convert i dos ao cr i st i ani smonospri mei r ossécul osdaer acr i st ã," vi u suaconver são não t ant o comoumasubst i t ui çãomascomoumaexpansãoeum enr i queci ment odesuas posi ções ant er i or es. "( 19)Há pel o menos t r ês el ement os no pagani smo précr i st ão queo f azem r espei t ável :( i )um senso depi edade,( i i )uma moral i dade obj et i vaeabsol ut a,e( i i i )um sensodet r anscendênci a,deper cepçãododi vi noe de r espei t o em f ace do mi st er i oso.( 20) O cr i st i ani smo r esgat ou o que o pagani smopossuí ademel horàl uzdar evel açãodi vi na,num l ent opr ocessoque t evei ní ci onopri mei r osécul oesegui useat éofim daI dadeMédi a.( 21)Noneopagani smodonossot empo essesel ement osdesapar ecer am,eoquesobr aéo i nvól ucr o,a superf í ci e,a super st i ção vazi a ei rr aci onal .O neopagani smo é, port ant o,nãosoment eum ant i cr i st i ani smomast ambém um ant i pagani smo, pori ncr í velquepareça.Anal i semoscadaum dest esel ement osi sol adament e.
A.Pi edade pi e t as)aq O sensodepi edade( l at i m ueest amosnosr ef eri ndor ef er eseao
i nst i nt or el i gi osonat ur alderespei t oaal gomai orqueoserhumano.I st oi mpl i ca nahumi l dadedeser econhecercomopart esubordi nada do gr andeprocessoe esquema uni ver sal .Vemoso r eflexodessament al i dadeno neopagani smo na adoçãodochamadomodel onewt oni ano.( 22)O r esul t adodi ssonopagani smoda ant i güi dade er a uma r el i gi osi dade em quea pal avr a de or dem er a moder ação o syne ) ,( ( gregosophr 23)expressanaf r ase" nadaem demasi a"i nscri t aem t odos
ost empl osdeApol o,j unt o ao f amoso" conhecet ea t imesmo"( 24)( o mesmo
*** n me di ov i r t us) sent i ment o aparecena expr essão ari st ot él i ca i .( 25)Asr e l i gi õe s
pagãsda Ási a na sua mai ori a ai nda mant ém es t at r adi ção de r ev er ênci a,de r et i cênci aedemoder ação.A ci vi l i zaçãooci dent alnãopr at i canem compr eende essa r ever ênci a e o neopagani smo,port ant o,di f er e do seu ances t r alnest e i mport ant e aspect o.Ao cont r ári o,o neopagani smo di vi ni za o homem,é a r el i gi ãodohomem comoonovodeus,pregando" oval ori nfini t odoserhumano" e" a aut onomi a do pensament o cr í t i co. "( 26)O neopagani smo conf undese, por t ant o,com o humani smo cont empor âneo,o qualse t r ansf or mou em uma quaser el i gi ão.( 27)Nomovi ment odaNovaEr a,queset r at adoneopagani smo em avançado est ado deput r ef ação,ohumani smosemani f es t a def or ma mai s cr assa,como,porexempl o,nof at odequequaset odasaspr át i cas,t er api ase cr ençasdaNovaEr asãovol t adaspar aobemes t ardoserhumano,par aoseu aper f ei çoament o,para o seu conf ort o e pr azer .Al ém di sso,há o pr essupost o i mpl í ci t oem t odasasdi f er ent esmani f est açõesneopagãsdequeoserhumanoé capaz de r esol ver os seus probl emas espi r i t uai s por simesmo, at r avés de exercí ci os,medi t açãoou ut i l i zação" r aci onal "( ou i rr aci onal )deobj et osnat urai s comopl ant asecri st ai s. É evi dent e queum r et or no mai sfielao pagani smo da ant i güi dade não seri aasol uçãopar aabuscarel i gi osadoserhumanomoderno,emui t omenos doserhumanopósmoderno.Apenasaf écri st ãpossuiaqui l oqueoserhumano necessi t a e busca.A pi edade cr i st ã não é soment e superi orà pi edade pagã ( pi edade es t a que,como di ssemos,o neopagani smo não possui ) ,masé uma pi edadequal i t at i vament edi f er ent e.Um aspect of undament aldapi edadecr i st ã est á em r econhecer secomocr i at ur adi ant edoCri ador .Qual querpi edadeque t or ne opaca a di st i nção ent r e o Cri ador e as cr i at ur as é i ner ent ement e i ncompat í velcom api edadecr i st ã.Comoafirmou Ches t er t on,anat ur ez anãoé mi nhamãe;naver dade,el aémi nhai rmã,comodi zi aFr anci scodeAssi s.Mai s i mport ant equei ssoéof at odequeapi edadecr i st ãassumecomopr essupost oa ver dade t eol ógi ca do pecado ori gi nal .O ser humano não é apenas um ser corr ompi doat éomai spr of undodoseuser ,masét ambém corr ompi doem t odos os aspectos do seu ser ,i ncl usi ve sua r azão,que sof r e os chamados ef ei t os
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noét i cos do pecado. Nossa r azão não é confiável , somos const ant ement e condi ci onados pel os i mpul sos r ecebi dos do mei o em que vi vemos,e somos i gual ment ei mpul si onadospori nst i nt osi nconsci ent essobr eosquai snãot emos qual quercont r ol e.Masadi f er ençacruci alepri mordi alent r eapi edadecri st ãea pi edadepagãest á na cer t ez a cri st ã dequenãohá nada queum serhumano possa f azer par a obt er o f avor di vi no.A pi edade pagã t em como el ement o f undament aloesf orçohumanoparaobt erof avordi vi nopormei odesacri f í ci os, r i t uai s e pr omessas. I nf el i zment e mui t os cr i st ãos dei xamse i l udi r pel a ment al i dadepagãquecont i nuai nfluenci andoai gr ej a,l evandomui t osaabr açar umacosmovi sãopagã,ai ndaquesobodi sf arcedeel ement oscr i st ãos.Api edade cr i st ãt em,como pont o depart i da,o r ender sedi ant e da sober ani a di vi na,o t ornar se r ecept ácul o da gr aça di vi na i mer eci dament e out or gada àquel es que humi l dement e se apr oxi mam de Deus em um at o de ar r ependi ment o pel o pecado,cont ri çãosi ncer aeconfiançanoper dãodi vi no.
B.Mor al i dade
O quechamamos,asegui r ,demoral i dadeobj et i vaeabsol ut a,r ef er eseao f at odequeosant i gospagãosquel evavam asér i ooseupagani smoi nsi st i am na exi st ênci adel ei smorai si nquest i onávei s,i negoci ávei sepermanent es.Essasl ei s mor ai s er am vi st as como nat ur ai s, evi dent es na nat ur eza das coi sas, descobert as e não cr i adas pel o homem.O neopagani smo procur ou r esgat ar essamoral i daderaci onal i st apagã,l evál aàsúl t i masconseqüênci aseadapt ál a àr eal i dadedavi damoder na.Esseext r emor aci onal i smoacabou ser ever t endo em um i rr aci onal i smo,eporfim t ornouserel at i vi st a,subj et i vi st aepr agmát i co, chegandosel ent ament eà concl usãodequeo serhumanocr i a suas própri as l ei smor ai s,equeest asvari am conf ormeot empoeacul t ur a.Osval or esmorai s de um i ndi ví duo não podem ser consi der ados er r ados,poi s não exi st e um padr ão ou nor ma absol ut osquedet er mi nem o cert o eo err ado em quest ões ét i cas.Agrandei moral i dadedopont odevi st aneopagãoéj ust ament edi zerque al go é mor al ment e err ado. O gr ande err o é di zer que al gum t i po de comport ament o éerr ado.O úni coabsol ut o équenão há absol ut os.A úni ca
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coi saquedevel evaral guém asent i r secul padoéessamesmapessoasent i r se cul padaporal go. Est er el at i vi smo mor alde hoj e em di a é o cor r espondent e moder no do pol i t eí smo da ant i güi dade.O quees t á ver dadei r ament eport r ás dessa gr ande vari edadedemor al i dades,debensmor ai s,éumaenormevar i edadededeuses modernos:osucesso,af el i ci dade,osexo,odi nhei r oeopr ogr esso,porexempl o. O neopagani smo é, por t ant o,não apenas uma f or ma de humani smo ( de di vi ni zaçãodoserhumano) ,mast ambém umaf ormadepol i t eí smoi dól at r aem quecadaserhumanot or naseum deus,um absol ut osagr ado,t r ansmi ssorem vezder ecept ordal eimor al .( 28) Mas i sso não si gni fica que um r et or no à mor al i dade précr i st ãéa r espost a.Essaal i ás,t em si do a pr opost a da fil osofia moder na r aci onal i st a no úl t i mos t r ezent os anos.( 29)A ét i ca cr i st ã compart i l ha da obj et i vi dade e da absol ut i vi dadecaract erí st i casdaét i capagã ( queoneopagani smonão possui ) , masassemel hançast er mi nam aí .Ébem ver dadequeaét i cacr i st ãt em sof ri doa má i nfluênci a da fil osofia r aci onal i st a, e t em adqui ri do dessa f or ma uma si mi l ari dade à ét i ca pagã mai or do que é r ecomendável .Mas sob o pri sma corr et o per cebesequeos pont os devi st a pagãos ecr i st ãossão r adi cal ment e di f er ent es. Enquant o a ét i ca r aci onal i st a encont r a seu f undament o na supremaci aenaaut onomi adarazãohumana,aét i cacr i st ãf undament asena r evel ação especi al de Deus, nas Escr i t ur as Sagradas. A ét i ca r aci onal i st a, quando t eí st a, suger e que Deus aprova cer t a at i t ude ou comport ament o humanospor queel essãobonsem simesmos.Cr ei oqueaét i cacr i st ãdeveopor se a es t a cosmovi são e sugeri ro opost o,i st o é,que uma cert a at i t ude ou comport ament ohumanossãobonspor queDeusosaprova.Essai nver sãoi l ust r a anat ur ezaessenci al ment edi ver saeem cer t osent i doopost adasét i cascr i st ãe clássica-pagã.
C.Rel i gi osi dade
Fi nal ment e,osensodet r anscendênci aaqueem segui danosr ef er i moséo maravi l har se di ant e do mi st ér i o, que l evava o pagão pr écr i st ão ao at o de
**+ per ador ação.Nomundomoder no,osent i do,oi nst i nt oeapr át i cadaador ação se ent r aram em decl í ni o.Naci vi l i zaçãooci dent alécadavezmenoronúmer ode
pessoasqueador am sej a quem ou oquef or .Mesmoem nossasi gr ej ast emos vi st oessai nfluênci anef ast adoneopagani smo,l evandonossascomuni dadesa adot arl i t ur gi asem queosent i ment oder ever ênci acedel ugaràdescont r açãoeo bemest ardoador adort ornasemai si mport ant equesuacont r i çãoededi cação. Osef ei t ossef azem pr esent est ambém nat eol ogi amoder na,em queasdout ri nas são desmi t ol ogi zadas,desmi r acul i zadas e desdi vi ni zadas.Assi m,at é mesmo t eól ogoscri st ãost ornaramseadept osdament al i dademoder naneopagã,uma vezqueo neopagani smo,di f er ent ement edo vel ho pagani smo da ant i güi dade, abandonou acrençanosobr enat ur alenot r anscendent eet ornousenat ur al i st a ei manent i st a.Aos poucos a r el i gi osi dade neopagã f oi set ornando,port ant o, nãosoment eumaf or madehumani smodi sf ar çadoeumareedi çãopi or adado pol i t eí smo,mast ambém umaf ormapopul ardepant eí smo.O pant eí smopopul ar moder no é uma r el i gi osi dade mui t o conf ort ávelem que Deus é t r ansf or mado r a nas Est r el as, di numa espéci e de " f or ça" à l a Guer sponí vel sempre que
necessár i o,masquenãoi ncomoda.( 30)É conveni ent eparaosser eshumanos ver emsecomo" bol hasdagr andeespumadi vi na"em vezdecompr eender emse comofil hosrebel desdeum Paidi vi noej ust o,desesper adament ecarent esdese r econci l i arem com el e,e absol ut ament ei mpot ent es no que se r ef er e a essa condi ção espi ri t ual .O pant eí smo r ej ei t a qual queri déi a que se assemel he ao concei t obí bl i codepecadopor quepecadoi mpl i caem separaçãoent r eDeuseo pecador( Rm 3. 1920;5. 12;8. 7-8;11. 32) ,eni nguém podees t arseparado da t ot al i dade.Por i sso,não pode haver t emor de Deus sob uma per spect i va pant eí st a.Port ant o,do pont o de vi st a neopagão,o que a Bí bl i a chama de " pri ncí pi odasabedori a"( Pv1. 6)éaqui l oquepr eci sasererr adi cadodasment es aci madet udo. A sol ução,port ant o,nãoseencont r aem umaapr opri açãomai scaut el osa ou mai sexat adopagani smocl ássi copr écr i st ão.Apenasaf écri st ãpossuias r espost asparaospr obl emaspr át i cos,t eóri coserel i gi ososdomundodehoj e.O sensodet r anscendênci adopagani smonãopodeservi st ocomoequi val ent eao
**,
senso de t r anscendênci a cr i st ão. Est e úl t i mo é qual i t at i vament e di f er ent e daquel e.Nãoéà t oaquea mai sexpl i ci t ament epagãdet odasashet er odoxi as moder nas,odeí smo,sej aumat eol ogi aqueenf at i zeat r anscendênci adi vi naao pr eçodai manênci adi vi na.Af écri st ãort odoxar ej ei t aambasasopçõesradi cai s det r anscendênci a( deí smo)edei manênci a( t eol ogi al i ber aldosécul oXI X)das corr ent est eol ógi casquebuscar am así nt esedopagani smocom ocri st i ani smo.A concl usão a que se chega é que o neopagani smo acaba por cai r , ou no r aci onal i smo,ou noi rr aci onal i smo.Osgrandespensadorescri st ãosdosúl t i mos sécul os,per cebendo essa t er rí velencruzi l hada,i nsi st i r am na necessi dade de enf at i zarat ot al i dadehumana,desal i ent arof at odequeoserhumanopr eci sa ser compreendi do em
sua i nt ei r eza, sem
ser di vi di do, f r aci onado,
compar t i ment al i zado.O ser humano não é apenas r azão, ou emoção, ou vont ade,ou corpo,ou espí ri t o.O ser humano é um t odo,e só pode ser compr eendi docorr et ament esevi st ocomoum t odo.Mi nhaopi ni ãoéquet eor i as di cot omi st as ou t ri cot omi st as são r aci onal i smos que dev em ser r ej ei t ados. Afirmando a uni dade do ser humano, e as si mul t âneas e compl et as t r anscendênci a ei manênci a de Deus,o cr i st i ani smo não dei xa espaço para noções pant eí st as,e semost r a superi ort ant o ao pagani smo quant o ao neopagani smo.
Post-Scriptum Comoafirmeinoi ní ci o,achamadaNov aEr anãoéumaconspi r ação.Mas na uni ficação dos i ni mi gos da f é cr i st ã, a saber , pant eí smo, pol i t eí smo e humani smo, uni ficação est a l evada a cabo pel o neopagani smo, podese per ceberaest r at égi adoi nf erno,quet odavi anãopodepr eval ecercont r aai grej a. Pel o cont r ári o,éa i gr ej a queest á porl hearr ombarasport as ( Mt16. 18) .No Cal vár i o,quandoasf or çasant i cr i st ãsdosmundosgrego,r omanoehebreu se uni r am na cr uci ficação de Cr i st o( f at o est e si mbol i cament er epresent ado na acusação cont r a Cr i st o afixada na cr uz,escri t a em t r êsl í nguas:Lc23. 38;Jo 19. 1920) ,ot ri unf odomalf oit ambém ader r ot adomal ,eamort edoFi l hode Deus si gni ficou a r edenção do ser humano ( verCl1. 1314) .Nós est ávamos
**0
condenados pel as nossas t r ansgr essões, e Deus nos deu vi da em Cr i st o, per doandonos nossos del i t os," t endo cancel ado o escri t o de dí vi da que er a cont r anósequeconst avadeordenanças,oqualnoserapr ej udi ci al ,r emoveuo i nt ei r ament e, encr avandoo na cr uz; e, despoj ando os pri nci pados e as pot est ades,publ i cament eosexpôsaodesprezo,t ri unf andosobr eel esnacr uz" ( Cl2. 1315) .Cer t ament e,oneopagani smodenossosdi asest aráem br evet ão mort o eent er r ado quant oovel ho pagani smodos ant i gosest á hoj e.E o Deus r ev el ado em Jesus Cri st o,aquel e que pronunci ou a pri mei r a pal avr a,t er á nov ament e a úl t i ma pal avr a." Eu sou o Al f a eo Ômega,di zo SenhorDeus, aquel equeé,queer a,equehádevi r ,oTodopoder oso"( Ap1. 8) .
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ NOTAS *O aut oré mi ni st r o presbi t er i ano e t em o gr au de Mes t r ado em Teol ogi a pel o Wes t mi nst er Theol ogi calSemi nary ,em Fi l adél fia,Est adosUni dos,ondeat ual ment econcl uioseu dout or ado ( Ph. D. )namesmaárea. 1G.K.Chest er t on ( 18741936)éum aut orquepr eci sasermai sl i donoBr asi l .Chest er t on er a um gr ande ami godeC.S.Lewi s.Seusl i vr osensi nam comosef azfil osofia cr i st ã de pri mei r a qual i dade e f or am al gumas das mel hor es respost as cr i st ãs ao pensament o moder no. Eu r ecomendo,porexempl o,os l i vr os Ort hodoxy ( Nova Yor k:Doubl eday,1990 [ 1908] ) ,Her et i cs ( Londr es:G.Lane,1905)eTheEver l ast i ngMan( SanFr anci sco:I gnat i usPr ess,1993[ 1925] ) . 2Chest er t on,TheEver l ast i ngMan,237. 3I bi d. ,23738.Mi nhat r adução. 4Parasabermai ssobreochamadopósmoder ni smo,verSt anl eyJ.Gr enz,Pósmoderni smo:Um Gui aparaEnt enderaFi l osofiadoNossoTempo( SãoPaul o:Vi da Nova,1997) .Essel i vr oéuma boa i nt r odução ao assunt o.Out r os l i vr os que podem serde auxí l i o nesse compl i cado t ema fil osófico e cul t ur al são: Bri an D. I ngr affia, Post moder n Theory and Bi bl i cal Theol ogy ( Cambri dge,I ngl at err a:Cambri dgeUni ver si t yPr ess,1995) ,especi al ment epp.167ss. ;J.Ri chard Mi ddl et on e Bri an J.Wal sh,Trut hI s St r angert han I tUsed t o Be ( Downer s Gr ove ,I l l i noi s: I nt er Varsi t yPr ess,1995) ,especi al ment eapri mei rapart e,pp.784;Davi d S.Dockery ,ed. ,The Chal l engeofPost moder ni sm ( Wheat on,I l l i noi s:Bri dgePoi nt ,1995) ;eGeneEdward Vei t h,Jr . , Post modern Ti mes( Wheat on:Cr ossway ,1995) .Vert ambém omeuart i go" A Mor t eeaMor t eda Moder ni dade:Quão Pósmoder no éo Posmoder ni smo?"Fi desRef or mat a 1: 2( Jul hoDez embro 1996) ,5970.
**1 5 O que se chama de moderni smo éa cosmovi são que pr eval ec eu dur ant e osúl t i most r ês sécul os,caract eri zadapel oseu ci ent i fici smo,hi st ori ci smo,r aci onal i smo,eot i mi smohumani st a, ent r e out r as coi sas.Ver Rober tB.Pi ppi n,Moder ni sm as a Phi l osophi calProbl em ( Oxf or d: Bl ackwel l ,1991) . 6Chest er t on,Ort hodoxy,259.Mi nhat r adução. 7VerPet erGay ,TheEnl i ght enment :TheRi seofModer n Pagani sm ( NovaYor k:W.W.Nort on & Company ,1966) ,256321.At eori abási cadePet erGayser vi ut ambém debaseparaest eart i go, i st o é,que " oi l umi ni smo f oiuma mi st ur a vol át i lde cl assi ci smo,i mpi edade,eci ênci a;l es phi l osophes,r esumi ndo,er am pagãosmoder nos. "I bi d. ,8. 8 Os especi al i st as di ve r gem, cont udo, quant o ao r el aci onament o e envol vi ment o ent r e humani st as eref ormadores,eseseri a hi st ori cament ecorr et o consi der arest esum subgrupo daquel es.Ver ,porexempl o,os est udos do er udi t o cal vi ni st at checo JosefBohat ecsobr eesse assunt o:Di eRel i gi onsphi l osophi eKant s,1938,r ei mpr essoem 1966. 9ConfiraGay ,TheEnl i ght enment ,327. 10 Ver I mmanuelKant , Rel i gi on wi t hi nt he Li mi t s of Reason Al one ( Nova Yor k: Harper Tor chbooks,1960) . 11Ver ,pore xempl o,aspopul aresobrasdeficçãodeFr ankPer et t i( e. g. ,Est eMundoTenebr oso) , el i vr oscomo:John Bev er e,TheBai tofSat an ( Or l ando:Cr eat i on House,1994)eBob Larson, St r ai ghtAnswersont heNew Age( Nashvi l l e:Nel sonPubl i shers,1989) .Nãoqueest esl i vr ossej am i mprest ávei s,ou queseusaut or essej am charl at ães.Masháumaat i t udequemepareceer r ada ent r e os chamados " prof et as da desgr aça" do ev angel i cal i smo amer i cano, uma vont ade de f ormul art eori asmí st i casemani queí st asdeconspi r açãoedeumaespéci ede" ocul t i smocri st ão" queconsi der ohet er odoxoepr ej udi ci alparaasaúdeespi ri t ualdai grej a. 12 Par a sabermai s sobr eo t ema " bat al ha espi ri t ual , "v ero l i vr o de Davi d Powl i son,Power Encount er s:Recl ai mi ng Spi ri t ualWarf are ( Gr and Rapi ds:Baker ,1995)e t ambém o l i vr o de August usNi codemusG.Lopes,O queVocêPr eci saSabersobr eBat al haEspi r i t ual( SãoPaul o: Edi t oraCul t ur aCri st ã,1997) . 13 Ai nda que eu es t ej a aquif azendo usoda expr essãocunhada pel o pensadorpósmoder no Mi chelFoucaul te m Ar queol ogi a do Conheci ment o,i ssonão si gni fica queest ou adot ando i psi s l i t t eri somét ododofil ósof of r ancês,queporsi nalpossuiboasqual i dades. 14 O mét odo aquiadot ado enquadr asemel hordent r o da t r adi ção est abel eci da pel o fil ósof o cal vi ni st a hol andês Her man Dooyeweer d. Ver , por exempl o, Root s of t he Wes t er n Cul t ur e ( Toront o:WedgePubl i shi ngFoundat i on,1979) . 15 Verocapí t ul o" Chr i st i ani t yand t heNew Pagani sm, "em Pet erKr eef t ,Fundament al soft he Fai t h:Essaysi nChri st i an Apol oget i cs( San Fr anci sco:I gnati usPr ess,1988) ,102. 16I bi d.
**4 17 Ci t ado porKr eef t ,Fundament al s oft he Fai t h,102.Mi nha t r adução.Vero capí t ul o" The Escapef r om Pagani sm, "em Chest er t on,TheEver l ast i ngMan,232-49,eocapí t ul o" Aut hori t y andt heAdvent ur er , "em Ort hodoxy ,141-60. 18JohnM.Ri st ,est udi osodeAgost i nhoepr of essornaUni ver si dadedeToront o,Canadá,éuma dasmai or esaut ori dadesvi vassobreopensament odocel ebradobi spodeHi pona. 19 John M.Ri st ,August i ne:Anci ent Thought Bapt i zed ( Cambri dge,I ngl at er r a: Cambri dge Uni ver si t yPr ess,1994) ,12.Mi nhat r adução.Eu cr ei o,t odavi a,queéi nadequadoi nt er pr et ara experi ênci adeconver sãodessaf orma.Ai ndaquehaj aumai negávelcont i nui dade,aconver são i mpl i ca numa compl et at r ansf or mação do i ndi ví duo no mai sí nt i mo do se u ser ,e t oda cont i nui dadequeocorr ert em queseri nt erpr et adaàl uzdessat r ansf ormaçãoessenci al .Navi da dopr ópri oAgost i nhopodemosv ercomot odaabagagem t r azi dadopagani smor ecebeuem suas mãosumanovasi gni ficação.Masacont i nui dadeexi st e,et al vezamel horf ormadeexpl i cál aé perceberqueaconver sãor eprese nt a,nãoum gi r ode180graus,massi m um gi r ode360gr aus, i st o é,a vi da prossegue,e o i ndi ví duo i ni ci a,após sua conver são,um l ongo process o de r eaval i açãodesuasi déi aseconcepçõesat r avésdoqualel er edi mensi onasuaexi st ênci a. 20Kr eef t ,Fundament al soft heFai t h,102106. 21Umadasquest õesmai scont r over t i dasdahi st óri adat eol ogi aref er esej ust ament eaogr au de penet r ação ei nfluênci a das i déi as pagãsdur ant ea const r ução do edi f í ci ot eóri co da t eol ogi a cr i st ã.Nãoexi st em r espost asf ácei sparaessecompl exopr obl ema.Mui t odoquehádemel horna t eol ogi aconser vadoradosúl t i most r ezent osanosr epresent aum esf orçonosent i dodepr ocur ar uma aproxi mação mai or e mai s pur a ao ensi no das Escr i t ur as,l i vr e dos preconcei t os e di st orçõespr ovocadospel ai nfluênci apagãnai grej aenat eol ogi acri st ãdesdeopri mei r osécul o at éosnossosdi as. 22JohnLockeeI saacNewt onf or am osmai si mport ant esment or esdoi l umi ni smo.Todavi a,el es f unci onaram mai scomo í cones,sí mbol osde uma r ev ol uçãodo pensament oquepr opri ament e umai nfluênci aconcr et a em t er mosdei déi asquemui t asvezesnão er am conheci dasou er am malcompreendi das.Ver ,por exempl o,o excel ent e es t udo de Ger d Buchdahl ,The I mage of Newt onandLockei nt heAgeofReason( Londres:Sheed& Ward,1961) .Af í si canewt oni anat ev e dequal quermodoum papeli mport ant enoi l umi ni smoservi ndodei nspi r açãoepar adi gmapara t odas as ár easdo conheci ment o.Boas i nt r oduções para os aspect os ger ai s do pensament o newt oni ano,eboasbi ogr afiasdeNewt on ( omét odobi ogr áficoaj udabast ant eaquel esque,como eu,t êm di ficul dadesdecompr eenderasnuancesdaf í si canewt oni ana) ,sãoLoui sT.Mor e,I saac Newt on:A Bi ogr aphy ( Nova Yor k: Dover ,1962) ;J. D.Nort h,I saac Newt on ( Oxf or d: Oxf or d Uni ver si t y Pr ess, 1967) ; Ri char d S. West f al l , The Li f e of I saac Newt on ( Cambri dge, I ngl . : Cambri dge Uni ver si t y Press, 1993) ; A. Rupert Hal l ,I saac Newt on: Advent ur er i n Thought ( Oxf ord:Bl ackwel l ,1992) ;Fr ank E.Manuel ,TheRel i gi on ofI saac Newt on ( Oxf or d:Cl are ndon
**5 Press,1974)e I .Ber nar d Cohen,The Newt oni an Rev ol ut i on ( Cambri dge,I ngl . :Cambri dge Uni versi t yPress) . 23Verosdi ál ogosdePl at ão,especi al ment eMênoneÊut i f r on. 24O f amosognot hiseaut ondeSócr at es. 25 VerAr i st ót el es,Ét i ca a Ni cômaco.Como suger eChest er t on," o pagani smo decl aravaquea vi rt udeest avanoequi l í bri o;ocri st i ani smodecl ar ou queavi rt udeest ánoconfli t o:acol i sãode duaspai xõesaparent ement eopost as" .Ort hodoxy,92." SãoFr anci sco,aol ouvart udoqueébom, consegui aserum ot i mi st amai sexager ado queWal tWhi t man.SãoJer ôni mo,aocondenart oda mal dade,er acapazdepi nt arum quadr oai ndamai sescur odoqueSchopenhauer . "I bi d. ,96." O l eão sedei t arácom ocor dei r o.Masnot equeest et ext ot em si doi nt er pr et ado def orma mui t o suave.Nóssomosconst ant ement eassegur adospornossast endênci ast ol st oyanasque,quandoo l eãosedei t acom ocordei r o,el eset ornai gualaum cordei r o.Masi ssoéumaanexaçãobrut ale um i mperi al i smoda part edocor dei r o.I ssoéapenaso cor dei r oabsor vendo ol eãoem vezdeo l eão comendo o cor dei r o.O ver dadei r o eni gma é:podeo l eão sedei t arao l ado do cor dei r oe t odavi amant ert odasuaf er oci dadereal ?Esseéoeni gmaqueai gr ej at ent ou r esol ver ;esseéo mi l agrequeel aal cançou. "I bi d. ,98. 26Gay ,TheEnl i ght enment ,226. 27O concei t odequaser el i gi õesf oicri adonosanos60pel ot eól ogoneol i ber alPaulTi l l i ch para r ef er i r seaf enômenossecul ari st as,como,porexempl o,omarxi smo,onazi smo,ohumani smoe oci ent i fici smo. 28Ver ,porexempl o,ovol umedeensai ossobr ecr i st i ani smoecul t ur aedi t adoporOsGui nnesse JohnSeel ,NoGodbutGod:Br eaki ngwi t ht heI dol sofourAge( Chi cago:MoodyPr ess,1992) . 29 A ét i ca moderna em ger alt em pri vi l egi ado uma met odol ogi ar aci onal i st a.Tant o a ét i ca deont ol ógi cadeKanteseussegui dores,quant oaét i caut i l i t ari st adosi ngl esesBent ham eSt uart Mi l lsão cal cadas na ét i ca pagã,e desconhecem a noçãode uma ét i ca baseada na r ev el ação especi aldeDeus.Ospr essupost osbási cosport r ásdasét i casraci onal i st assãoasupr emaci aea aut onomi adar azãohumana. 30Veracrí t i caqueocel ebr adopensadorcr i st ãoi ngl êsC.S.Lewi sj áf azi anosanos40aessa ment al i dadeem seul i vr oMi r acl es( NovaYor k:Macmi l l an,1947) .
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Músi ca: Expl i cati oTextus, Praedi cati oSonora Par c i v alMó do l o
Quando Mart i nho Lut er or ef eri use à músi ca de boa qual i dade como efici ent eveí cul oparaexpl i caçãodot ext o,serva,port ant o,enãoespet ácul opor simesma,es t ava,na ver dade,r eflet i ndo part e do pensament o de sua época: músi caboaagradavaaDeus,músi camáagr adavaaSat anás,i ndependent ede el aest arassoci adaaocul t oou não.Oscri t ér i osquedefini am aqual i dadeea conseqüent eut i l i dadedamúsi caer am absol ut ament ecl aros.Fal avase,assi m, obj et i vament e, em músi ca pr ópr i a par a ador ação a Deus e em músi ca obj et i vament ei mpr ópri apar aoservi çol i t úr gi co. Se Lut er o enf at i zava a i mport ânci a da anunci ação da Pal avr a de Deus at r avésdapr édi canocul t o,ent endi aqueboamúsi capoder i afixarasver dades t eol ógi cas anunci adas.É nest e cont ext o quedeveseent endersua concessão: " Depoi s( ao l ado)da t eol ogi a,à músi ca o l ugarmai s pr óxi mo e a mai s al t a honr a" . ( 1)É que,par a el e,t eol ogi a e músi ca per t encemse,r el aci onamse est r ei t ament e,j á quemúsi ca éveí cul o apr opri ado para anunci ara Pal avr a de Deus,eof azdef ormaespeci al ,em sons.Ent endeu Lut er oquedomaravi l hoso pr esent edi vi no( donum di vi num etexcel l ent i ssi mum)dadoexcl usi vament eaos homens,auni ãodossonsvocál i cos( vox)àpal avr a( ser mo) ,demúsi caecant o, devi am sercorr et ament eut i l i zadosparaqueessesmesmoshomensador assem seuDeus. ( 2)
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" As not as musi cai s vi vi ficam o t ext o" . ( 3)El as i nt ensi ficam a f or ça da pal avr a.Nat r adi çãomusi calr ef ormadal ut er ana,amúsi car evel aot ext o.El ao expl i ca( expl i cat i ot ext us) .Nessesent i doel adever áserumaespéci edeexegese, uma expl anaçãodot ext o,um " sermãoem sons"( prædi cat i osonora) .Segundo Lut er o," Deusmesmof ezcom queoevangel hof osseanunci adocom músi ca" . ( 4) O cânt i cocongr egaci onalsóat i ngi r áseuobj et i voseaPal avr adeDeuspuderser anunci ada,absorvi daepr eservadapel opovopormei odel e. ( 5)É est eo" cânt i co popul ar" def endi do por Lut er o para o cul t o. Um cânt i co que expl i casse o evangel hopar aopovoeoi nt eri ori zasse." Cânt i copopul ar " ,nest econt ext o,não seref er e à músi ca pr of ana da época,seconsi der ada músi ca má,eport ant o, agr adávelapenasaosouvi dosdeSat anás.A músi caquesecant anocul t odeve " f ort al ecerei nt ensi ficaroSant oEvangel hoet ambém i mpul si onál o" . ( 6)
Boamúsi ca,músi camá
O concei t ode" qual i dade" ,ouadefini çãodoqueser i abom oumaunoque se r ef eri a à músi ca,er a,nos sécul os XVIa XVI I I ,bast ant e obj et i vo e cl aro. Fal avaseem músi caboaemáusandoseparâmet r osmui t obem det er mi nadose quei am al ém dabel ez adopr odut ofinal ,dai nt ençãodequem opr oduzi r ae,at é mesmo,dafinal i dadedaobra. No ano de 1700 f oiedi t ado em Hambur go uma espéci e de mét odo de es t udo par a o Bai xoci f r ado,t écni ca musi calbast ant e comum na época.O edi t or ,Fri edri chEr har dNi edt ,escreveu nopr ef áci o:“ . . . afinal i dadeear azãode t oda músi cadev em sersoment eagl ór i adeDeusear ecr eaçãosadi ada al ma. Ondei st onãoél evado em cont a,nãohámúsi capr opri ament e,eaquel esque abusam des t a nobreedi vi na art esão " musi cant es"do demôni o,poi sSat anás t em seu pr azerem ouvi rt ai scoi sasi nf amant es.Par a el e,t almúsi ca éboa o sufici ent e,maspar aosouvi dosdeDeus,sãober r osi nf amant es.Quem desej a, nasuapr ofissãodemúsi co,t eragraçadeDeuseumaconsci ênci al i mpa,não desonr aest agr andedádi vadeDeus,pel oseuabuso. ( 7)
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Ni edtnosrev el aaquipart edopensament ocor r ent edoseu t empo eque, por sua vez ,er a uma sí nt ese do pensament o dos doi s sécul os ant er i or es. Segui ndose seu r aci ocí ni o,t oda músi ca,mesmo a secul ar ,devi a serescr i t a " para a gl óri a de Deus" .Para i sso,devi a pr eencher ,nat ur al ment e,al guns r equi si t os.Se o fizesse agr adari a a Deus.Mas senão o fizesse,agr adari aa Sat anás,mesmoquehouvessesi docompost apar aagr adaraDeus!
O Pri ncí pi odaordem edonúmero
No per í odo do barr oco," boa músi ca"est ava associ ada ao pri ncí pi o da or dem edo númer o.Fal avaseem " harmoni a sonora" ,uma art ebaseada em r egr asbem det er mi nadas.O pri ncí pi odaor dem,musi calou não,er adi vi no.O pri ncí pi odocaos,musi calou não,er asat âni co.Sat anásera,al i ás,opri nci pal desest rut ur adorda or dem di vi na.A músi caquerecebi a acei t ação eapr ovação como" boa"er aaquel apossí veldeserr aci onalei nt el ect ual ment edecodi ficada. Devi a" f al araoi nt el ect o" .Quandoi st oacont eci a,ent ão podi a-sef al arem uma ver dadei r a Ar s,ou sej a,em Art e no sent i do mai sr est ri t o da pal avr a.A Ar s Musi ca baseavase no pri ncí pi o da or dem e do númer o.Se não o f osse er a obj et i vament emá. Asr aí zesdest aconcepçãovãoat éaI dadeMédi a,ouai ndamai sl onge.Não só a músi ca,como t ambém out r as f ormas de expr essão art í st i ca,par eci am t ent arr eflet i ressadual i dadequasemani queí st adobem edomal ,dobom edo r ui m. Obras da pi nt ur a, escul t ur a, r el at os de vi sões que se conservaram escri t as,mi t os e l endas a part i rde figur as bí bl i cas,nos r evel am sempr e um uni ver sobi pol ari zado.Seost empl osabri gam i magensdesant oseanj osem seu i nt er i or ,admi t em t ambém dragões,gór gones e demôni os escul pi dos no seu ext eri or .Seast el as,af r escoser et ábul osr et r at am corosdeanj ost ocandobel os i nst rument os nos céus,r et r at am t ambém o l ament oeor anger caót i co da músi cadodi aboem esf er asmai sbai xas. Por causa da sua est r ut ur a or denada numeri cament e,a músi ca er a apr opri adaparar eflet i reat émesmoparar epresent arocosmos,ouni ver so,a
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cr i açãodi vi na,que,damesmaf orma,est avam or denadosàpart i rdonúmer o.Já not r at adoanôni modemúsi ca,sur gi doant esdo ano900,Musi caEnchi r i adi s, encont r a-seopri ncí pi o:" Naf ormaçãodamel odi a,oqueégraci osoegent i lser á det er mi nado pel onúmer o,aosquai sost onssecondi ci onam.O quea músi ca of er ece[ . . . ] ,t udoéf ormadoapart i rdonúmer o.Ost onspassam r api dament e, masosnúmer os[ . . . ] ,essesper manecem" . ( 8)Em 1538 escr ev eu Lut er oem seu " Encomi onmusi ces" :" Nadahásem [ . . . ]onúmer osonor o" . ( 9) Quasedoi ssécul osmai st arde,em 1707,naépocadeJ.S.Bach,Andr eas Wer ckmei st er escr eveu:" As pr opor ções musi cai s são coi sas perf ei t as que o i nt el ect opodecompr eender .Pori ssosãoagr adávei s.Masoqueoi nt el ect onão compr eende,oqueconf undeeper t ur ba,i ssooserhumanoabomi na" . ( 10) Ei s aí ,em t odos esses r egi st r os,de di f er ent es per í odos hi st óri cos,a defini çãodeboamúsi caedemúsi camá.Er aaessaboamúsi caqueLut er ose r ef eri a quando di zi a quer ervêl a" expl i cando o t ext o"e " pr egando at r avés de sons".
Exegesedotextonamúsi cavocal
Johann Got t f ri ed Wal t her , em seu Pr aecept a der Musi cal i schen Composi t i on de 1708,afirma queseum composi t orqui ser" . . . compormúsi ca paraum t ext o especí fico" ,dever epr esent ar" . . . não sóa i déi a ger aldo mesmo mas t ambém r epresent armusi cal ment e o si gni ficado e a expr essão de cada pal avraespecí fica" . ( 11) Wal t her não est ava di zendo nada novo. Est ava, ant es, r eflet i ndo o pensament o de sua época, que ent endi a boa músi ca como aquel a que, or gani zada numer i cament e,r epresent asseo t ext o da qualdevi a serser va.Só assi m agr adari aaDeus. É assi m quedev eserent endi da,pore xempl o,t oda aobradeJ.S.Bach. Todael aé" Boamúsi ca" ,t odael aescri t apar aagr adaraDeus,sempr ebaseada nopri ncí pi odo númer o,semprer epr esent ando cada pal avr a do t ext o,quando músi ca vocal . Por i sso " S. D. G. "( Sol i Deo Gl ori a) , expr essão que Bach
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i nvar i avel ment eassi nal ava no finaldassuasobr as,mesmo daquel asquenão eram escri t aspar aoservi çol i t úr gi co. Bacher aami goepar ent edeWal t her :oavôdeWal t herer amei oi rmãoda mãe de Bach.Tor naramse ami gos em Wei mar ,onde ambos t r abal haram na mesmaépoca,Wal t hercomoorgani st a,Bach comomúsi codeorques t r a,emai s t ar de Mes t r e de Capel a.Bach f oipadr i nho de bat i smo do pri mei r o fil ho de Wal t her .Foiem Wei mar ,poressa época,queWal t herescr eveu seu t r at adode composi ção musi cal . Bach conheci a o cont eúdo do vol ume e cert ament e t r abal houcom Wal t hernasuael abor ação. Repr esent arcadapal avr adot ext oerapr eocupaçãoant i ga,ant eri oraBach eaWal t her .Al ipel oanode1606,um grupodecomposi t ores,r egent eset eóri cos de Hambur go,r euni use para el abor ar uma espéci e de cat ál ogo de figur as r et óri comusi cai s. Er am ci nco músi cos concei t uados: Ni kol aus Li st eni us, Hei nri ch Faber , Johann Andreas Her bst , Joachi m Bur mei st er e Chri st oph Ber nhar d.O vol ume produzi do chamouse Musi ca Poet i ca e ut i l i zavase de expressões gr egas para cl assi ficar di f er ent es figur as musi cai s. Assi m, por exempl o,expr essõesnot ext ocomo" El er essusci t ou"dever i am serr epr esent adas por uma Anabasi s( em gr ego " subi da" ," ascensão" ) ,uma l i nha mel ódi ca de mui t as not as ascendent es.Se o t ext o,ao cont r ári o,t r ouxesse pal avr as que f al assem em desci da,oAdvent o,porexempl o,ou quem sabeapal avr a" i nf er no" , o composi t or deveri a ut i l i zar se de uma Kat abasi s( em gr ego " desci da" ) , r epresent adamusi cal ment eporumal ongafigur adenot asdescendent es. ( 12) O cat ál ogoMusi caPoet i caf al a ai nda em Par anomasi a,em Apocope,em Kat achr esi s,em Aposi opesi s,em Pat hopoei a,em Hypot yposi s,em Anaphor a,em Kykl osi s,em Hyper bat on,em Pal i l l ogi a e em mui t as out r as expressõesmai s, t odas el as r epresent ando figur as musi cai s que descr ev er i am o t ext o ao qual est i vessem associ adas. Essamúsi caagr adavaaDeus.Essamúsi caer af ei t anai gr ej aeser vi ade model oparaamúsi casecul arprat i cadanascort esdaépoca.Composi t or esnão sacr osvi aj avam di st ânci asenormespara apr ender em com osmúsi cossacr os,
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i mi t arem seuest i l o,copi arem suasf ormasmusi cai s.E éessaat r adi çãomusi cal r ef ormada.Édessamúsi caquesomosher dei r os. Ent r et ant o,dei xamosdeser" r ef er ênci a"hámui t ot empo.Amúsi casecul ar nãomai sseespel hananossa.Osmúsi cossecul ar esnãomai sprocur am i mi t ar nosso es t i l o.Ao cont r ári o,nós é que cor r emos desesper adament e at r ás da secul ari zaçãode nossamúsi ca.Nósevangél i coséquebuscamosmai semai s model ossecul ar esparaa músi cadonossocul t oaDeus.Nãof al amosmai sem " boamúsi ca"eem " músi camá" .Nãomai spensamosem músi caobj et i vament e boapar aagr adaraDeus,nem ent endemosseupol ocont r ár i ocomomúsi caque agradaaSat anás.Nãot emosmai scr i t ér i osobj et i vosquenosaj udem af al arde um t i podemúsi caver dadei r ament esacr a. Al ém di sso,músi canãot em mai ssi doservadaPal avr adeDeus,massi m espet ácul onosnossoscul t os.Nãomai scant amost eol ogi a:cant amosaqui l oque agradaaum ou aout r ogrupodai gr ej a.Al i ás,músi ca,quesempr ef oioel ode l i gaçãoent r edi f erent esgerações,hoj et ornouseopri nci palf at ordedi scór di a, quandonão desepar ação" i nt r aou ext r amur os"em nossasi gr ej as.Não mai s cant amosnossa f éref or mada,não mai scant amosaqui l o em quecr emos,da f or ma como cr emos.É pores t emot i vo quet ant of azcant armosos hi nosdos nossoshi nári os ou qual querout r o cânt i co,dequal querout r a sei t a,quedi ga qual quercoi sa,desde quenosdei xef el i zesou emoci onados.E ét ambém por est ar azãoquet ant of azf r eqüent aranossai gr ej aou adovi zi nho,ou qual quer novasei t aquevi er . Não acr edi t o,comomúsi co,queopr obl ema sej a,t odoel e,causadopel a músi ca.Pensoqueel aéapenassi nt oma,r eflexo.Temoquehaj amui t omai sa consi der ar . Mas é t ambém como músi co que acr edi t o que a músi ca ver dadei r ament esacr a poder á nosaj udara r eencont r arcami nhosporvent ur a per di dos,af al ardanossai dent i dadee,cer t ament e,pr ocl amaronomedaquel e em quem cr emos,porquecr emosecomo cr emos.Nossa músi ca poder á ser novament eexpl i cat i ot ext us,pr aedi cat i osonora.
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*%0 Notas NachderTheol ogi aderMusi c adennähest enLoc um undhöchst eEhr e" 1" ( M.Lut ero," Ti schreden, " t i nLut he r sWe r k e,v em D.Mar ol . 6( Wei mar ,1921)n.7030) .
2M.Lut er o," Encomi onmusi ces , "em ol . 50( Wei mar ,1914)372. D.Mar t i nLut herWer ke,v Di eNot en machen den Textl ebendi g"( t i n Lut her sWer ke, 3" M.Lut er o," Ti schr eden, "e m D.Mar
vol . 2[ Wei mar ,1913]n.2545) . bi d. 4I ,n.1258 i n Lut her sWer ke,Vol 5 Cart a de Lut er oa G.Spal at i n em 1523 ( " Br i ef wechsel , "em D.Mart .3
[ Wei mar ,1969]220) . Dashe yl i g eEv ang el i o n[ . . . ]t r e ybe nundi hns c hwanc k[ . . . ]br i ng en"( 6" M.Lut er o,nopr ef áci oda1a. s t l i c he nGe s anbüc h l e i n edi çãodoGei deWi t t enber g,edi t adoporJ.Wal t her ,1524) . c a l i s c he Handl e i t ung [ . . . ]v o m Ge ne r al Bas s( 7 F.E.Ni edt ,Musi Hambur go,1700) .Ci t ado em
,334 BachDokument eI I 8" Musi caEnchi ri adi s. "Schol i en,em:Scr ed.M. i pt o r e se c c l e si as t i c idemus i c as ac r apo t i s si mum, Gerbert ,vol . 1( St .Bl asi en,1784)195 Ni hi le ni me sts i ne[ . . . ]nume r oso no r o . " 9" ( Lut her ," Encomi onmusi ces, "369) . c al i s c hePar ado x al Di s c our s e[ . . . ] 10A.Wer ckmei st er ,Musi ( Quedl i nbur g,1707)13. ae c e p t ade rMus i c a l i s c h e n Co mp os i t i o n 11J.G.Wal t her ,Pr ( 1708) ,ed.P.Benary( Lei pzi g,1955)
14. c aP oe t i c a 12J.Bur mei st er ,Musi ( Rost ock,1606) ;ed.f acsi mi l eporM.Ruhnke( Kassel , 1955) .
*%1
DANÇA E COREOGRAFIA COMO EXPRESSÕES LITÚRGICAS Ludgero Bonilh Mori! "Te#$o "Te#$o e#$r%do do &ornl O Medidor ' Pre!(i$)rio de Pinheiro! ' SP* INTRODUÇÃO É nosso dever debater sobre assuntos que versam sobre a vida da Igreja, quanto à sua Doutrina, Prátia e !iturgia" É #ato sobejamente e$%erimentado em noss no ssos os dias dias,, qu quee &á uma uma in' in'in ina( a()o )o aen aentu tuad adaa %a %ara ra a no novi vida dade de e *n *n#a #ase se na riatividade &umana omo e$%ress)o 'it+rgia 'it+rgia e teo'gia" -ste te$to se %ro%.e a estudar um tema em %artiu'ar/ 0 A dn+ ,o-o
e#.re!!/o li$0rgi,12 Uma %rátia muito omum nos s&ou1s gos%e's e Igrejas evang2'ias, es%eia'mente as de orienta()o neo %estesosta' e at2 mesmo em a'gum a'gumas as Igre Igreja jass Pres Presbi bite teri rian anas as""
Para Para res% res%a' a'da darr ta' ta' %rát %ráti ia, a, te$t te$tos os do 3ntig ntigoo
Testamento Testamento s)o itados, onde 0su%ostamente está a base b4b'ia %ara tais %rátias"
I 3 DEFINIÇ4O ' 3 %a'avr %a'avraa da dan( n(aa 2 uma uma da dass %o %oss ss4v 4vei eiss trad tradu( u(.es .es da %a %a'a 'avr vraa greg gregaa παιζο 5%aid6 5%aid6o7 o7 e suas suas orre' orre'ada adass e da %a'avr %a'avraa &eb &ebrai raia a
Neeriiiv
5s&irem7" Tanto em
grego omo em &ebraio, ambas s)o omunmente o munmente tradu6idas %or agir como criança, dançar, gesticular, zombar, imitar. O
verbo παιζω 2 re'aionado om o substantivo
παιδια 5%aidiá7, ta6endo sem%re a id2ia sem%re de jogos de entretenimento entretenimento eróticos.
O verbo παιζω, que entre outras oisas, signi#ia dan(ar, era usado sem%re neste sentid sentidoo signi# signi#ia iando ndo ent)o ent)o falta de seriedade com alguma coisa em termos de atitude ou de conduta.
8igni#ia 8igni#ia tamb2m, tamb2m, saga levianamente tratada ou inventada,
gesticular, gesticular, zombar, ridicularizar, ridicularizar, lascívia, libertinagem, licenciosidade, tolice, estupidez.
*%4
II ' O ENSINO NO ANTIGO TESTAMENTO ' No onte$to do 3ntigo Testamento Testamento e da 8%tuaginta, a brinadeira enontra e$%ress)o na nature6a re'igiosa e +'tia dos jogos e dan(as do mundo orienta' %rimitivo e antigo" an tigo" Os deuses eram venerados %or meio de jogos e dan(as" No u'to do mundo ao redor da 3ntigo Testamento, se enontra muitos jogos e dan(as omo meio de e$%resar a %iedade" 8e enontra tamb2m no 3ntigo Testamento, na desri()o da &istria do %ovo de Deus, a %rátia de dan(as %or oasi)o das e'ebra(.es e'ebra(.es de vitria" 9$odo :;/<= e em >ui6es ::/?@/ “Por “Porqu que e os ca cava valo loss de Faraó araó co co! ! os se seus us ca carr rros os e co co! ! os se seus us ca cava vala lari ria" a"os os e"#rara! "o !ar e o SEN$OR %e& #or"ar so're eles as ()uas do !ar* !as os +l,os de Israel Israel -assara! a - e"/u#o -elo -elo !eio do !ar. !ar. A -ro%e#isa -ro%e#isa Miri0 ir!0 ir!0 de Ar0o #o!ou u! #a!'ori! e #odas as !ul,eres sa1ra! a#r(s dela co! #a!'ori"s e co! da"2as.3 45/odo 67869:;<= “ >i"do -ois Je%# a Mis-a a sua casa saiu:l,e a +l,a ao seu e"co"#ro co! adu%es e co! da"2as* e era ela +l,a ?"ica* "0o #i",a ele ou#ro +l,o "e! +l,a.3 4Ju1&es 668@ RA=
Note que estas e'ebra(.es aonteem em um ambiente a%s o triun#o de uma guerra" Outros te$tos usados tamb2m %e'os que querem res%a'dar a dan(a 'it+rgia om %assagens b4b'ias s)o I ArBnias :?/C :;/
Ger tamb2m :F/:"
“I"#rodu&ira! -ois a arca de Deus e a -usera! "o !eio da #e"da que l,e ar!ara Davi* e #rou/era! ,olocaus#os e o%er#as -ac1+cas -era"#e Deus.3 46 Cr"icas 686 RA= “Davi da"2ava co! #odas as suas %or2as dia"#e do SEN$OR* e es#ava ci")ido de u!a es#o es#ola la sacerd sacerdo# o#al al de li",o. li",o.
Assi Assi! ! Davi Davi co co! ! #odo #odo o Isra Israel el %e& su'ir su'ir a arca arca do
SEN$OR co! ?'ilo e ao so! so! de #ro!'e#as. Ao e"#rar a arca arca do SEN$OR "a Cidade de Davi Mical +l,a de Saul es#ava ol,a"do -ela a"ela e ve"do ao rei Davi que ia sal#a"do e da"2a"do dia"#e dia"#e do SEN$OR o des-re&ou des-re&ou "o seu cora20o. I"#rodu&ira! a
*%5
arca do SEN$OR e -usera!:"a "o seu lu)ar "a #e"da que l,e ar!ara Davi* e es#e #rou/e ,olocaus#os e o%er#as -ac1+cas -era"#e o SEN$OR.3 4; Sa!uel 86:6G RA=.
N/o !e .ode dei#r de no$r 5ue $od! e!$! o,!i6e! e- 5ue ,on$e,edn+! en$re o .o7o de Deu!8 ) nu- ,on$e#$o de 7i$9ri de guerr1 Haviam tamb2m mani#esta(.es de dan(a omo registra >u46es <:/<:/ “ e ol,ai* e eis a1 sai"do as +l,as de Siló a da"2ar e! rodas sa1 vós das vi",as e arre'a#ai de"#re elas cada u! sua !ul,er e ide:vos H #erra de e"a!i!.3 4Ju1&es ;68;6 ;68;6 RA="
Nesta %assagem, embora a dan(a oorresse num onte$to de #esta
re'igiosa, a oasi)o em que e'a 2 registrada 2 num momento de de%'oráve' estado na na()o de Israe'" 3qui, os #i'&os da tribo de enjamim est)o seqJestrando mo(as %ara serem suas es%osas" 3s mani mani#e #est sta( a(.es .es de dan dan(a (a %o %orr o oas asi) i)oo da dass #est #estas as re'i re'igi gios osas as de Isra Israe' e',, es%e es%ei ia' a'me ment ntee a Kest Kestas as da dass Ao Ao'& '&ei eita tas, s, se trat tratav avam am sem% sem%re re de mani mani#e #est sta( a(.es .es #o''rias" -ram uma dan(a &armoniamente desenvo'vida %or um gru%o e sem%re se%a se%ara rado dos, s, &omen &omenss o om m &o &ome mens ns e mu'& mu'&er eres es o om m mu'& mu'&er eres es"" Ne Nest stas as da dan( n(as as,, se dramat dramati6a i6ava va ou inter% inter%ret retava ava uma &istr &istria" ia" -ram -ram soment somentee e$% e$%res ress.e s.ess art4st art4stia iass e$%res e$% ressan sando do a u'tur u'turaa e o #o''o #o''ores res de um %ovo" N/o !e $r$7 de re5ue(ro!8
in!inu+6e! !en!ui!8 (ln+o de ,or.o !e- r$e8 ,o- in$en+/o ,rnl de dr e7id:n,i ;! ,ur7! do ,or.o e de!$5ue ;! .r$e! er9$i,!1 Nos sa'mos tamb2m a%aree a e$%ress)o
Neeriiiv
5s&i 5s&ire re&7 &7,, qu quee 2
omunmente tradu6ida %or 0dan(arL" Na divis)o dos sa'mos, trataMse dos 8a'mos +'tios" - estas %assagens s)o/ “ Lavo as !0os "a i"oc"cia e assi! , andarei (Neeriiiv M
s&ire&7, SEN$OR ao
redor do #eu al#ar3 4Sal!os ;8 RA= “ Le!'r Le!'ro:!e o:!e des#as des#as coisas coisasKe Ke de"#r de"#ro o de !i! se !e derra! derra!a a a al!aK al!aKde de co!o co!o passava
Neeriiiv
(
M s&ir s&ire& e&7, 7, eu co! a !ul#id0o de -ovo e os )uiava e!
-rociss0o H Casa de Deus e"#re )ri#os de ale)ria e louvor !ul#id0o e! %es#a.3 4Sal!os ;8 RA= “ Lo Louv uve! e!:l, :l,e e o "o!e "o!e co co! ! au# au#a* a* cantem-lhe (Neeriiiv
M s&ire&7 sal!os co!
adu%e e ,ar-a.3 4Sal!os 698@ RA= “ Louvai:o co! adu%es e da"2as (Neeriiiv cordas e co! au#as.3 4Sal!os 67<8 RA=
M s&ire&7* louvai:o co! i"s#ru!e"#os de
*&)
É %reiso destaar que os onte$tos dos sa'mos +'tios sem%re aonteiam nas %roiss.es %romovidas %e'o %ovo rumo ao tem%'o" -nquanto amin&avam rumo ao tem%'o %ara sari#iar e adorar ao 8en&or, o %ovo ia se juntando" ada esquina de >erusa' >erusa'2m, 2m, a %rois %roiss)o s)o resi resiaa em n+mero n+mero e a vo6 dos romeir romeiros os em #esta #esta ia #ormando um grande oro" -stas %roiss.es aonteiam em meio a muita m+sia de 'ouvor a Deus, aom%an&adas dos instrumentos musiais/ 5&ar%a instrumento em #orma de tringu'o om :< ordas tangido %e'os dedos adu#e instrumento %areido om a nossa vio'a 4mba'os dois %ratos de bron6e que eram batidos um no outro %ara dar ritmo à m+sia7" No tem%'o, %or2m, o u'to era o mais im%editivo %oss4ve'" Os que entravam no santuário eram somente os saerdotes e somente o sumo saerdote entrava no santo santo dos santos santos e isto isto uma +nia +nia ve6 %or %or ano" Do auditri auditrio, o, que #iava #iava no átrio, átrio, %arte e$terna do tem%'o, n)o se ouvia nen&um som, os antores, ministros de m+sia ou do anto que eram tamb2m saerdotes, %ois os antores eram todos 'evitas, entoavam os 'ouvores" 3o %ovo em gera', n)o era dado o direito de %isar no santuário" No átrio, os &omens tin&am o seu 'ugar e as mu'&eres %artii%avam, num 'ugar tamb2m #ora do santuário, atras dos &omens" Os gentios s %odiam %artii%ar das so'enidades atras do muro do átrio" Pereba que o u'to no tem%'o era o mais so'ene %oss4ve'" 3s %essoas omuns n)o %artii%avam diretamente de'as" 34,ent)o, a mu'tid)o dos #i2is enontravam um modo de e$%ress)o %ara e$ternar a sua a'egria e %ra6er de servir ao 8en&or/ -nquanto se dirigiam %ara o tem%o, antavam ao som de instrumentos musiais, e às ve6es at2 dan(avam" Nesse caminhar para o templo , ia se ajuntando a mu'tid)o dos #i2is, engrossando a mu'tid)o e antando o sa't2rio 5o'etnea de sa'mos7" É a esses eventos que os sa'mos +'tios, que 'emos ainda a %ouo se re%ortam" Note que nem sem%re sem%re a %a'avra %a'avra (Neeriiiv M s&ire&7 2 tradu6ida %or dan(a, às ve6es a tradu()o 2 0andareiL ou 0antareiL" Outras %assagens ainda %odem ser itadas, onde a %a'avra Neeriiiv s&ire& nem sem%re 2 tradu6ida %or dan(a/
*&*
“ Ai"da #e edi+carei e ser(s edi+cada ó vir)e! de Israel Ai"da ser(s ador"ada co! os #eus #eus adu% adu%es es e sa sair ir(s (s co co! ! o coro oro dos dos que que dançam (Neeriiiv
M s&ire&7.3
4Jere!ias @68 RA= “ Sair0o deles a2es de )ra2as e o júbilo 4Neeriiiv s&ire& dos que se ale)ra!. Mul#i-lic(:los:ei e "0o ser0o di!i"u1dos* )lori+c(:los:ei e "0o ser0o a-oucados.3 4Jere!ias @<869 RA= “ As -ra2as -ra2as da cidade cidade se e"c,er0o e"c,er0o de !e"i"o !e"i"oss e !e"i"a !e"i"as s que "elas brincarão. 4Neeriiiv
M s&ire&73 4acarias 87 RA=
III ' O ENSINO DO NO
Pau'o está tratando nestes a%4tu'os, aera da onduta dos rentes diante da soiedade e do testemun&o que e'es devem dar %ara que nem mesmo os mais imaturos na #2 ven&am a se esanda'i6ar" No aso es%e4#io deste vers4u'o, o a%sto'o está #a'ando a ido'atria" O te$to de 9$odo se re#ere a uma dan(a +'tia" uandoS uando os israe'itas #i6eram o be6erro de ouro e ome(aram ome(aram a adoraM'o" 3 %a'avra orre'ata do verbo Neeriiiv s&ire&, usada aqui 2 a mesma usada em n"
Neeriiiv a Re'eca sua !ul,er.3
4"esis ;8 RA= “ c,a!ou -elos ,o!e"s de sua casa e l,es disse8 >ede #rou/e:"os !eu !arido es#e ,e'reu -ara i"sul#ar:"os* veio a# !i! -ara se deitar
Neeriiiv co!i)o* !as eu
)ri#ei e! al#a vo&. Ouvi"do ele que eu leva"#ava a vo& e )ri#ava dei/ou as ves#es ves#es ao !eu lado e saiu %u)i"do -ara %ora. Co"servou ela u"#o de si as ves#es dele a# que
*&%
seu se",or #or"ou a casa. E"#0o l,e %alou se)u"do as !es!as -alavras e disse8 O servo ,e'reu que "os #rou/es#e veio #er co!i)o para insultar-me* Neeriiiv3 4"esis @986:6G RA=
Note que a %a'avra usada em outros te$tos %ara dan(a, aqui tem um sentido ertio" Isto 2 assim %orque na '4ngua &ebraia, o signi#iado e o sentido da %a'avra de%ende do onte$to onde e'a 2 usada" Pereba ent)o que
Neeriiiv s&ire& ou
παιζω %odem denotar, tanto dan(a +'tia, omo u'to id'atra, omo tamb2m
'ieniosidade +'tia" Tertu'iano, um antigo Pai da Igreja, em sua obra De =e&unio #a'a seis ve6es do 0!usus im%udiusL se re#erindo ao aonteimento narrado em -$" ?
-sta %a'avra %ertene ao gru%o de
%a'avras usadas %ara depreciação, ou baixa estima dos outros, quer seja em palavras, atitudes ou gestos, insulto, escárnio, ridicularizar, levantar o nariz, balançar a cabeça, bater as mão como sinal de insulto ou escárnio, fazer brincadeiras de mau gosto.
Portanto, a %a'avra deriva de arrogncia, mostrar
superioridade, hostilidade, aversão.
Todas as %assagens em que a %a'avra ενπαιζω oorre s)o re'aionadas a >esus" Na %redi()o da sua %ai$)o sigin#iado/ esarneer" “ E o e"#re)ar0o aos )e"#ios -ara ser escarnecido ενπαιζω a2oi#ado e cruci+cado* !as ao #erceiro dia ressur)ir(.3 4Ma#eus ;<869 RA= “ ,0o de escarnecê-lo ενπαιζω cus-ir "ele a2oi#(:lo e !a#(:lo* !as de-ois de #rs dias ressusci#ar(.3 4Marcos 6<8@ RA=
Na &istria de sua Pai$)o, um%rindo as sua %r%rias %redi(.es/
*&&
“ E"#0o os soldados o levara! -ara de"#ro do -al(cio que o -re#ório e reu"ira! #odo o des#aca!e"#o. >es#ira!:"o de -?r-ura e #ece"do u!a coroa de es-i",os l,a -usera! "a ca'e2a. E o saudava! di&e"do8 Salve rei dos udeus Dava!:l,e "a ca'e2a co! u! ca"i2o cus-ia! "ele e -o"do:se de oel,os o adorava!. De-ois de o #ere! escarnecido ενπαιζω des-ira!:l,e a -?r-ura e o ves#ira! co! as suas -ró-rias ves#es. E"#0o co"du&ira! Jesus -ara %ora co! o +! de o cruci+care!.3 4Marcos 6786:;< RA= “ Lo)o a se)uir os soldados do )over"ador leva"do Jesus -ara o -re#ório reu"ira! e! #or"o dele #oda a coor#e. Des-oa"do:o das ves#es co'rira!:"o co! u! !a"#o escarla#e* #ece"do u!a coroa de es-i",os -usera!:l,a "a ca'e2a e "a !0o direi#a u! ca"i2o* e aoel,a"do:se dia"#e dele o escar"ecia! di&e"do8 Salve rei dos udeus E cus-i"do "ele #o!ara! o ca"i2o e dava!:l,e co! ele "a ca'e2a. De-ois de o #ere! escarnecido ενπαιζω des-ira!:l,e o !a"#o e o ves#ira! co! as suas -ró-rias ves#es. E! se)uida o levara! -ara ser cruci+cado.3 4Ma#eus ;G8;G:@6 RA=
Note que o ato dos so'dados o'oando uma oroa de es%in&os, um manto de %+r%ura, saudandoM o, esbo#eteandoMo, us%indo e urvandoMse diante de'e onstitui o esárnio" O te$to de >o)o usa a mesma %a'avra e"-ai&o %ara desrever o inidente omo um todo" “ E"#0o -or isso Pila#os #o!ou a Jesus e !a"dou a2oi#(:lo. Os soldados #e"do #ecido u!a coroa de es-i",os -usera!:l,a "a ca'e2a e ves#ira!:"o co! u! !a"#o de -?r-ura. C,e)ava!:se a ele e di&ia!8 Salve rei dos udeus E dava!:l,e 'o%e#adas.3 4Jo0o 6986:@ RA="
Para aque'es so'dados romanos %ag)os,
aque'a ena maabra era um es%etáu'o Preste aten()o agora nesta re'a()o/ Geja %rimeiro este dois te$tos do Novo Testamento/ “ E"#0o u"s cus-ira!:l,e "o ros#o e l,e dava! !urros e ou#ros o es'o%e#eava! di&e"do8 Pro%e#i&a:"os ó Cris#o que! que #e 'a#eu3 4Ma#eus ;8G: RA= “ Pusera!:se al)u"s a cus-ir "ele a co'rir:l,e o ros#o a dar:l,e !urros e a di&er:l,e8 Pro%e#i&a E os )uardas o #o!ara! a 'o%e#adas.3 4Marcos 687 RA=
E!$e! doi! $e#$o! $e- !u ,on$r.r$id e- =ere-i! >?@?3?/ “ Qodo ,o!e! se #or"ou es#?-ido e "0o #e! sa'er* #odo ourives e"ver)o",ado -ela i!a)e! que escul-iu* -ois as suas i!a)e"s s0o !e"#ira e "elas "0o ,( %le)o. >aidade s0o o'ra rid1cula* "o #e!-o do seu cas#i)o vir0o a -erecer.3 4Jere!ias 7686G:6 RA=
*&+
3 motiva()o om que os %ag)os e 4m%ios so'dados romanos tratavam >esus era e$atamente esta" O ridiu'ari6avam, esbo#eteando e 6ombando de'e" Tratando >esus omo objeto de esárnio re%resentando um bai'ado maabro ao seu derredor" !sse "esus que arroga ser deus, não # outra coisa nessa sanha diabólica, senão, nas palavras de "eremias, $obra ridícula% É
o in#erno que se 'evanta ontra o Ungido
de Deus" Naque'e momento dramátio, Aristo em sua agonia 2 o rid4u'o %ersonagem da oreogra#ia satnia" No 3ntigo Testamento, em nen&um 'ugar, em %assagem a'guma vemos mani#esta(.es de dan(a omo u'to ao 8en&or" Todas as oasi.es em que aonteiam dan(as, ou eram em onte$tos de guerra, %ara omemorar vitria sobre os inimigos, ou era nas Kestas Re'igiosas, ou nas %roiss.es no amin&o %ara o Tem%'o" !á, no tem%'o, o Au'to era ordenado, reverente e so'ene" No Novo Testamento, ao 'ongo do minist2rio de >esus, em nen&um 'ugar nos -vange'&os a dan(a 2 menionada omo e$%ress)o de u'to a Deus" Nas artas, onde a Igreja 2 doutrinada, nen&uma re#er*nia &á sobre a %resen(a da dan(a nos u'tos" Nem mesmo no 3%oa'i%se, onde vários momentos de u'to a Deus s)o narrados %or jo)o em sua vis)o, nada 2 dito sobre dan(a" Na &istria da Igreja, nem durante a era %atr4stia, nos %rimeiros s2u'os, nem mesmo durante a era das trevas em que a Igreja mergu'&ou em grande esurid)o es%iritua', a#astando da Pa'avra e onsequentemente, de Deus, n)o &á registro de dan(as omo e$%ress)o de u'to a Deus" Durante a re#orma, em que o %aganismo e os e$essos de #orma'ismos #oram banidos de dentro da Igreja e a #orma sim%'es e %ura de se u'tuar a Deus #oi resgatada" Nem mesmo durante o %er4odo do á%ie do 'ibera'ismo teo'gio, tais mani#esta(.es #oram registradas" Diante das evid*nias 4b'ias aera da %resen(a da dan(a no u'to a Deus e do registro da &istria, nada menionando, o que se %resume na om%'eta aus*nia de tais mani#esta(.es no seio da Igreja e do u'to a Deus uma %ergunta muito s2ria aree de res%osta/ Seri (i(li,-en$e ,orre$o o u!o d dn+ no ,ul$o ho&e Pastor mas n)o 2 dan(a, 2 oreogra#ia" Proure em qua'quer diionário o signi#iado de oreogra#ia É uma #orma de dan(a
*&,
Pois bem, se no %er4odo do 3ntigo Testamento, do Novo Testamento, dos Pais da Igreja, dos Re#ormadores, a dan(a nuna esteve %resente no u'to a Deus %restado em es%4rito e em verdade, qua' seria a ra6)o de'a n)o estar %resente no u'to que a Igreja de &oje %resta a DeusS uero a%ontar quatro ra6.es/
? 3 Pelo $i.o de ,o!$u-e ' 3 dan(a era um ostume %ag)o no mundo do Novo Testamento e a Igreja a%ost'ia sem%re %rourou evitar qua'quer assoia()o om o mundo e o %aganismo de'e" E!! ) u- 5ue!$/o -ui$o !)ri8 .oi! o .rin,%.io d !!o,i+/o .re,i! !er
le7do e- ,on$1 N)o somente aqui'o que 2 ma', mas aqui'o que %ode %areer ma' deve ser evitado" 8e a Igreja a%ost'ia #i6esse o %ovo 'embrar os u'tos %ag)os dos quais muitos rentes &aviam sa4do, qua' seria a rea()o de'esS 8erá que o %rin4%io mudouS 3s %essoas do mundo que busam re#+gio %ara as suas a'mas na Igreja devem %ereber assoia(.es das %rátia da Igreja om as %rátias do mundoS
3 Pel! o.or$unidde! (er$! ' %e'o #ato, que #oi dei$ado em re'evo %or Pau'o esrevendo aos Aor4ntios" -'e e$%'ia que a dan(a se tratava de ido'atria" 8e isso #osse 'iberado e usado na Igreja, abrirMseMia as %ortas %ara a 'ieniosidade daria va6)o ao erotismo, %ois era om este %ro%sito que a dan(a era %ratiada nos u'tos %ag)os daque'es tem%os" Por isso, Pau'o dei$a 'aro à Igreja/ nada de dan(a a Igreja de >esus 2 uma omunidade de se%arados, &amados à %ure6a e à santidade
3 Pel 5ue!$/o ,ul$url ' 3'gu2m %oderá argumentar/ No aso do Novo testamento, o uso da dan(a no u'to n)o era reomendado %or uma quest)o u'tura'" Dan(a estava assoiada om u'tos %ag)os" Vas &oje 2 di#erente" 8eráS 8e n)o temos o uso da dan(a em ambientes re'igiosos, om e$e()o da dan(a usada nos terreiros de maumba, e'a 2 usada omo #orma de des%ertar a 'ieniosidade, a sensua'idade, o erotismo" Todo e qua'quer meneio de or%o, mesmo que seja sem a inten()o, #ará %areer %ara o
*&0
inr2du'o ou %ara o imaturo na #2, vindo de um ambiente mundano, que está aostumado a ver a dan(a ser usada om outros #ins omo a'go assoiáve' ao mundo" Ta've6 n)o d* tem%o nem de e$%'iar a e'e que os %assos, os meneios e os movimentos s)o a%enas gestos que tentam inter%retar a m+sia que se está ouvindo e n)o requebros e #ormas de se e$travasar a sensua'idade"
3 Pel r,ionlidde do ,ul$o ' 8e no 3ntigo Testamento o u'to era reverente, ordenado e so'ene e %reisasse de reursos visuais %ara 'evar o %ovo ao entendimento daqui'o que estava %or vir no Novo Testamento, e'e deve ser em es%4rito e em verdade e deve ser tamb2m raiona'" Nas %a'avras de Pau'o 2 o λογικεν λατρια 5u'to raiona'7, #eito em es%4rito e em verdade, om de*nia e ordem, sem reursos e$ternos que nos 'eve a ver qua'quer oisa que seja, %ois o u'to 2 %restado em es%4rito, %ois Deus 2 -s%4rito" O u'to %restado em verdade, deve ser to*ntrio, ou seja, Deus deve ser o entro, e n)o o ser &umano" 3s ora(.es, os &inos, os ntios, os testemun&os, as a(.es de gra(a devem e$a'tar a Deus e objetivar a sua g'ria" Tudo deve ser #eito %ara %romover isto/ a 'ria de Deus" O u'to n)o %ode ser rea'i6ado %ara %romover o bem estar do ser &umano" ua'quer oisa que atrair a aten()o, im%edindo que Deus seja o ento, deve ser rejeitado" -$" quando o oregra#o está rea'i6ando a sua %er#ormane, a sua aten()o está aondeS Na m+sia e nos %assos" 3 aten()o da %'at2ia está aondeS Na %er#ormane do oregra#o" -s%ere a4, e DeusS Kiou em segundo %'ano"""" 5S7 Isso 2 u'to teo*ntrioS Aom a %a'avra os ade%tos de'e"
*&1
O Mercado da "dora#$o
'o começarmos este assunto é de etrema alia obserar como 0alino já combatia estas influ$ncias "umanistas em ?enebra no século X/. 6= que o 9en"or requer é somente a erdade interior do coração. Eerc)cios sobrepostos a ela deem ser aproados, desde que superisionados pela erdade ri%orosamente útil ou marcas da profissão de nossa fé atestada aos "omens. ambém não rejeitamos o que tende @ preseração da =rdem e da Disciplina. 1as quando as consci$ncias são colocadas sob %ril"+es e li%adas pelas obri%aç+es reli%iosas em assuntos em que pela ontade de Deus foram libertos, então deemos protestar corajosamente de modo que a adoração a Deus não se icie pelas ficç+es "umanas7.;:;< 0om o passar dos anos, a eolução da 1úsica ean%élica, ou utilizando das palaras de moda, 61ercado da 1úsica ?ospel7, tem sido percebida por muitos inestidores que de ol"o nessa fonte rentáel, tem inestido somas consideráeis na produção de artistas e trabal"os direcionado para o público ean%élico. oje aquele caráter 6amador7 de músicos ean%élicos tem sido deiado para trás. Do ponto de ista musical, creio que era necessário como forma de aperfeiçoar a arte, mas para louar o 9en"or. 1as o mercado fono%ráfico tem inestido em artistas e formado super*stars para satisfazer o desejo do ser "umano de consumismo. 'doração passou a ser um produto, e as pessoas que ão até uma i%reja, são os consumidores. 9e se%uirmos este racioc)nio de mercado, c"e%aremos a uma conclusão de que aquele que não estier satisfeito com o produto tem todo o direito de procurar outro que l"e satisfaça. De fato, o crescimento numérico e a presença de pessoas socialmente importantes na i%reja t$m atra)do os ol"os do mundo. ' i%reja tem sido considerada como um %rupo si%nificatio pelos pol)ticos, pelos sociólo%os, pela m)dia eletrRnica, enfim, ela tem sido ista. Dee*se per%untar, entretanto, se :
*&4
ser isto é o mesmo que ser releante, se receber a atenção da m)dia é sinal de import4ncia real. B:B< 'u%ustus !icodemos em um de seus arti%os falando sobre esse assunto comenta que, 6em certa ocasião o 9en"or 5esus tee de fazer uma escol"a entre ter F mil pessoas que o se%uiam por causa dos benef)cios que poderiam obter dele, ou ter doze se%uidores leais, que o se%uiam pelo motio certo 2e mesmo assim, um deles o traiu3. Em outras palaras, uma decisão entre muitos consumidores e poucos fiéis disc)pulos. Sefiro*me ao eento da multiplicação dos pães narrado em 5oão G. >emos que a multidão, etasiada com o mila%re, quis proclamar 5esus como rei, mas ele recusou*se 25oão G.;F3. !o dia se%uinte, 5esus também se recusa a fazer mais mila%res diante da multidão pois percebe que o estão se%uindo por causa dos pães que comeram 2G.BG,CQ3. 9ua palara acerca do pão da ida afu%enta quase que todos da multidão 2G.GQ,GG3, @ eceção dos doze disc)pulos, que afirmam se%ui*lo por saber que ele é o 9alador, o que tem as palaras deida eterna 2G.GI*GN3.7 C:C< = 9en"or 5esus poderia ter satisfeito @s necessidades da multidão e saciado o desejo dela de ter mais mila%res, sinais e pão. eria sido feito rei, e teria o poo ao seu lado. 1as o 9en"or preferiu ter um pun"ado de pessoas que o se%uiam pelos motios certos, a ter uma asta multidão que o fazia pelos motios errados. Preferiu disc)pulos a consumidores. /nfelizmente, parece prealecer em nossos dias uma mentalidade entre os ean%élicos bem semel"ante @ da multidão nos dias de 5esus. Parece*nos que muitos, @ semel"ança da sociedade em que iemos, tem uma mentalidade de consumidores quando se trata das coisas do Seino de Deus. = consumismo caracter)stico da nossa época parece ter ac"ado a porta da i%reja ean%élica, tem entrado com toda a força, e para ficar. = consumidor é orientado a ficar permanentemente insatisfeito e procurar satisfação nas noas eperi$ncias. = resultado mais %rae de tudo isso é que, em meio a esse turbil"ão de insatisfação, as pessoas se percebem < ?
*&5
sentindo necessidade de ter coisas absolutamente dispensáeis para sua ida, mas que elas jul%am ser essenciais. :< Por consumismo quero dizer o impulso de satisfazer as necessidades, reais ou não, pelo uso de bens ou seriços prestados por outrem. !o consumismo, as necessidades pessoais são o centro8 e a escol"a das pessoas, o mais respeitado de seus direitos. udo %ira em torno da pessoa, e tudo eiste para satisfazer as suas necessidades. 's coisas %an"am import4ncia, alidade e rele4ncia @ medida em que são capazes de atender estas necessidades. Esta mentalidade tem permeado, em %rande medida, as pro%ramaç+es das i%rejas, a forma e o conteúdo das pre%aç+es, a escol"a das músicas, o tipo de litur%ia, e as estraté%ias para crescimento de comunidades locais. udo é feito com o objetio de satisfazer as necessidades emocionais, psicoló%icas, f)sicas e materiais das pessoas. E neste afã, prealece o fim sobre os meios. 1étodos são justificados @ medida em que se prestam para atrair mais freq^entadores, e torná*los mais felizes, mais ale%res, mais satisfeitos, e dispostos a continuar a freq^entar as i%rejas. '
indústria de
música cristã tem crescido
assustadoramente,
abandonando por ezes seu propósito inicial de difundir o Ean%el"o, e tornando*se cada ez mais um mercado rentáel como outro qualquer. ' maioria das %raadoras ean%élicas nos Estados &nidos pertence @ corporaç+es seculares de entretenimento. 's estrelas do %ospel music cobram cac"$s alt)ssimos para suas apresentaç+es. á al%uns 6cientistas reli%iosos7 que defendem abertamente que o ne%ócio das i%rejas é serir ao poo. Ele defende que a i%reja dee ter uma mentalidade oltada para o cliente, e traçar seus planos e estraté%ias isando suas necessidades básicas, e especialmente faze*los sentir*se bem. F:F< 5o"n 1acart"ur também compartil"a das mesmas idéias, comentando sobre isso ele diz( 6!ão é dif)cil ac"ar eid$ncia desse tipo de pensamento na /%reja. 'l%uns ministérios
@ ;
*+)
contempor4neos cate%oricamente admitem que atender as necessidades das pessoas é seu objetio principal.7 G:G< &m efeito da mentalidade consumista das i%rejas é o que tem sido c"amado de a s)ndrome da porta de ai*e*em. 's i%rejas estão repletas de pessoas buscando sentido para a ida, al)io para suas ansiedades e preocupaç+es. 'ssim, elas escol"em i%rejas como escol"em refri%erantes. ão lo%o a i%reja que freq^entam deia de satisfazer as suas necessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. 's pessoas buscam i%rejas onde se sintam confortáeis, e se esquecem de que precisam na erdade de uma i%reja que as faça crescer em 0risto e no amor para com os outros. Xaldeci 9antos comentando sobre esse tema diz que, estamos iendo numa época da 61c'doração7, ou seja, comparando*a a um lanc"e popular, a al%o produzido em escala industrial. = público ean%élico atual espera que as i%rejas 6proidenciem um menu de diferentes e dier%entes estilos de adoração e eperi$ncia. Porém a perspectia b)blica e "istórica sobre adoração não $ o culto público como focalizado na esperteza ou criatiidade "umana, mas na santidade de Deus. I:I< 'u%ustus !icodemus acredita que tudo isso que estamos iendo é em sua maioria fruto da ação de 0"arles AinneW no seu método de crescimento de i%reja. 60reio que "á ários fatores que proocaram a presente situação. 'o meu er, um dos mais decisios é a influ$ncia da teolo%ia e dos métodos de 0"arles ?. AinneW no ean%elicalismo moderno. oue uma profunda mudança no conceito de ean%elização ocorrida no século passado, deido ao trabal"o de 0"arles AinneW. 1ais do que a teolo%ia do próprio Tarl -art", a teolo%ia e os métodos de AinneW t$m moldado o moderno ean%elicalismo. Ele é o "erói de 5errW Aalell, -ill -ri%"t e de -illW ?ra"am8 é o celebrado campeão de Teit" ?reen, do moimento de sinais e prod)%ios, do moimento neopentecostal, e do moimento de crescimento da i%reja. 1ic"ael orton afirma que %rande parte das dificuldades que a i%reja ean%élica moderna passa é deida @ influ$ncia de AinneW, particularmente de al%uns dos seus F Q
*+*
desios teoló%icos( Para demonstrar o débito do ean%elicalismo moderno a AinneW, deemos obserar em primeiro lu%ar os desios teoló%icos de AinneW Estes desios fizeram de AinneW o pai dos fatores antecedentes aos %randes desafios dentro da própria i%reja ean%élica "oje( o moimento de crescimento de i%rejas, o neopentecostalismo, e o reaialismo pol)tico. K:K< Para muitos no -rasil seria uma surpresa tomar con"ecimento do pensamento teoló%ico de AinneW. Ele é tido como um dos %randes ean%elistas da /%reja 0ristã, e estimado e enerado por ean%élicos no -rasil como modelo de fé e ida. E não poderia ser diferente, isto que se tem publicado no -rasil apenas obras que ealtam AinneW. Descon"ecemos qualquer obra em portu%u$s que apresente o outro lado. !osso alo, neste arti%o, não é escreer etensamente sobre o assunto, mas mostrar a relação de causa e efeito que eiste entre o ensino e métodos de AinneW e a mentalidade consumista dos ean%élicos "oje. Em sua obra sobre teolo%ia sistemática 29Wstematic "eolo%W :-et"anW, ;NIG<3, escrita pelo fim de seu ministério, quando era professor do seminário de =berlin, AinneW reela ter abraçado ensinos estran"os ao 0ristianismo "istórico. Ele ensina que a perfeição moral é condição para justificação, e que nin%uém poderá ser justificado de seus pecados enquanto tier pecado em si 2p. FI38 afirma que o erdadeiro cristão perde sua justificação 2e conseq^entemente, a salação3 toda ez que peca 2p. G38 demonstra que não acredita em pecado ori%inal e nem na depraação inerente ao ser "umano 2p. ;IN38 afirma que o "omem é perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo, sem a ajuda do Esp)rito 9anto, a oferta do Ean%el"o. 1ais surpreendente ainda, AinneW ne%a que 0risto morreu para pa%ar os pecados de al%uém8 ele "aia morrido com um propósito, o de reafirmar o %oerno moral de Deus, e nos dar o eemplo de como a%radar a Deus 2pp. BQG*B;I3. AinneW ne%a ainda, de forma eemente, a imputação dos méritos de 0risto ao pecador, e rejeita a idéia da justificação com base da obra de 0risto em lu%ar dos pecadores 2pp. CBQ*CCC3. Juanto @ aplicação da redenção, AinneW ne%a a idéia de que o noo nascimento é um mila%re operado sobrenaturalmente por Deus na alma "umana. Para ele, re%eneração consiste no pecador mudar sua C
*+%
escol"a última, sua intenção e suas prefer$ncia8 ou ainda, mudar do e%o)smo para o amor e a beneol$ncia, e tudo isto moido pela influ$ncia moral do eemplo de 0risto ao morrer na cruz 2p. BB3. N:N< AinneW, rea%indo contra a influ$ncia calinista que predominaa no ?rande 'iamento ocorrido na !oa /n%laterra do século passado, mudou a $nfase que "aia @ pre%ação doutrinária para uma $nfase @ fazer com que as pessoas tomassem uma decisão, ou que fizessem uma escol"a. !o prefácio da sua eolo%ia 9istemática ele declara a base da sua metodolo%ia( &m reaiamento não é um mila%re ou não depende de um mila%re, em qualquer sentido. # meramente o resultado filosófico da aplicação correta dos métodos. ;Q:;Q< !a teolo%ia de AinneW, Deus não é soberano, o "omem não é um pecador por natureza, a epiação de 0risto não é um pa%amento álido pelo pecado, a doutrina da justificação pela imputação é insultante @ razão e @ moralidade, o noo nascimento é produzido simplesmente por técnicas bem sucedidas, e aiamento é o resultado de campan"as bem planejadas com os métodos corretos. = 9en"or 5esus preferiu doze se%uidores %enu)nos a ter uma multidão de consumidores.;;:;;< 0reio que a i%reja ean%élica brasileira precisa se%uir a 0risto também aqui. # preciso que recon"eçamos que as tend$ncias modernas em al%uns quartéis ean%élicos é a de produzir consumidores, muito mais que reais disc)pulos de 0risto, pela forma de culto, litur%ias, atraç+es, e eentos que promoem. &m retorno @s anti%as doutrinas da %raça, pre%adas pelos apóstolos e pelos reformadores, enfatizando a busca da %lória de Deus como alo maior do "omem, poderá mel"orar esse estado de coisas. Aazendo essa análise "istórica, notamos que a música ean%élica tem tomado os mesmos rumos da teolo%ia que é pre%ada "oje. á uma máima cristã que diz 6le orandi, le credendi7, cuja tradução pode ser 6o que se ora é o que se cr$7. Pla%iando esta frase cremos que não seria errado se E := ::
*+&
disséssemos "oje 6o que se canta é o que se cr$7. ' música ean%élica "oje é permeada de citaç+es e frases que eleam muito mais o "omem do que a Deus. 's músicas já são fabricadas com um propósito definido, ou seja, a%radar o público. ?randes %rupos tem sur%ido no cenário nacional, fazendo %randes eentos reunindo mil"ares de pessoas, tudo isso, em nome de uma proposta de formação de 6erdadeiros adoradores7. 1as, quando analisamos o que está por trás, de tudo isso é uma proposta mercantilista, oltada para os 6consumidores de adoração7.
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A MÚSICA NA IGREJA Palestra apresentada pelo maestro Parcival Módolo*, durante o 4º Encontro de Líderes da IPCB, em 04/0/!" #s mar$ens dos rios de Ba%il&nia nós nos assent'vamos e c(or'vamos, lem%rando)nos de *i+o -os sal$ueiros .ue l' (avia pendur'vamos as nossas (arpas, pois a.ueles .ue nos levaram cativos nos pediam can/0es, e os nossos opressores, .ue 1&ssemos ale$res, di2endo3 Entoai)nos al$um dos c4nticos de *i+o Como, por5m, (averíamos de entoar o canto do *en(or em terra estran(a6 7*l 89:
;emos $rande pra2er em 1alar so%re este t+o importante assunto e .ueremos deissim, trataremos ?untos deste tema .ue vem ocupando, cada ve2 mais, espao na I$re?a em d@vida, esse 5 um assunto delicado e di1ícil, mas cu?o de%ate n+o pode ser adiado ;em sido dito .ue a m@sica vem se tornando um pro%lema nas I$re?as evan$5licas da atualidade -+o concordamos inteiramente com isso Estamos convencidos de .ue seria mais correto di2er .ue a m@sica re1lete um pro%lema ?' essum)preto .ue tem .ue cantar mais e mais .uando l(e 1uram os ol(os > 1rase nos deissum)preto 5 um p'ssaro criado em $aiola, por a.ueles .ue $ostam de p'ssaros cativos, cu?o canto 5 muito %onito e constante >pesar disso, desco%riu)se um modo de 1a2er com .ue esse p'ssaro cante ainda mais Eles 1uram os ol(os dele
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e, assim, na triste escurid+o de sua vida, ao inv5s de se calar, ele canta ainda mais Isso serve de enlevo para os .ue o mantDm na $aiola Essa triste (istória trou
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Criando uma atmosfera Costumamos di2er, a $rosso modo, .ue a m@sica tem, pelo menos, dois pap5is muito importantes no culto3 o de impress+o e o de e Impress+o tem a ver com a cria+o de um am%iente próprio, de uma atmos1era .ue me esse poder, a essa característica .ue a m@sica tem, c(amamos de 1un+o su%?etiva u se?a, em al$uns ocorre uma rea+o, em outros parece nada ocorrer > ciDncia tem procurado de1inir e m@sica, at5 mesmo sem palavras, cria um clima Estivemos, nos dois @ltimos dias, em um encontro de adolescentes > participa+o 1oi de OO00 adolescentes -o plen'rio, .uando estavam todos ?untos, o diri$ente do louvor apresentou uma s5rie de cnticosJ uns %arul(entos e outros piores Como o volume estava alto demais, 1icamos na porta =epois de al$uns minutos, perce%emos .ue al$uns adolescentes comearam a sair ;odos eles com 1isionomia a%atida Per$unt'vamos a cada um3 ocD est' com o est&ma$o en?oado e a
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ca%ea late?ando6 Eles nos ol(avam curiosos pelo 1ato da per$unta identi1icar o .ue sentiam > verdade 5 .ue eles estavam doentes de m@sica e de som =epois disso, o povo 1oi entrando numa eu1oria t+o $rande .ue .uando terminou essa sess+o de 40 minutos de %arul(o, o pre$ador n+o conse$uiu desenvolver o seu serm+o ouve, ent+o, um dram'tico apelo para .ue se 1i2esse silDncio diri$ente di2ia3 >$ora precisamos ouvir, =eus est' nesse lu$ar etc Como o auditório n+o atendia ao pedido de silDncio, o diri$ente %ail5m disso, a m@sica pode me
importantes da (istória do povo de Israel -os primeiros nove capítulos o reino de alom+o a%ran$ia toda a na+o de Israel Esse 1oi o período em .ue o rei atin$iu o apo$eu tanto social .uanto economicamente Qoi o momento 'ureo de Israel > se$unda parte do livro, a partir do capítulo 80, re$istra o ocorrido depois da morte de alom+o > (istória de outros vinte reis 5 contada nesses capítulos >l$uns eram %ons e outros maus reino ?' estava dividido3 Israel e ud', e a (istória a$ora 5 vista sempre da perspectiva do templo %om rei era o .ue $overnava com =eus, o mau rei era o .ue se a1astava de =eus E2e.uias 1oi um desses vinte reis, mais eca2, e (avia sido um p5ssimo rei Ele (avia, entre outras coisas, pro1anado os utensílios sa$rados do templo e ?o$ado muitos deles 1ora utros utensílios 1oram levados para o pal'cio e o templo 1icou a%andonado durante toda uma $era+o Mas .uanto a E2e.uias, a sua
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primeira providDncia 1oi restaurar o ;emplo e cele%rar o primeiro culto >ssim, a.uelas pessoas .ue nasceram no reinado de >ca2 entraram no templo pela primeira ve2 > $rande maioria, certamente, n+o sa%ia o .ue encontraria l' ;alve2 per$untassem3 Como 5 .ue 5, a$ora .ue o rei mandou a $ente cele%rar o culto, como 5 .ue vai ser6 > cele%ra+o do sacri1ício n+o era esteticamente nem um pouco %onita ocDs todos con(ecem relatos importantes da.uela 5poca .uando animais, de2enas e centenas, eram sacri1icados em um @nico dia >.ueles .ue imolavam os animais 1icavam com san$ue at5 acima do ?oel(o e sentiam)se mal Isso n+o era uma cerim&nia %onita ou esteticamente a$rad'vel c(eiro n+o era de c(urrasco >s entran(as sendo limpas, lavadas e .ueimadas Isso n+o era a$rad'vel Contudo, era assim .ue =eus (avia ordenado .ue se cele%rasse o sacri1ício, e era, portanto, assim .ue deveria ser 1eito Era uma cele%ra+o assim .ue estava para ser 1eita, depois da restaura+o do templo =epois .ue E2e.uias restaurou o templo, ele reuniu os levitas e devolveu)l(es a 1un+o .ue l(es ca%ia Essa tri%o tin(a sido separada desde os tempos de Mois5s para um minist5rio li$ado casa do en(or3 en.uanto o templo n+o estava construído, eles eram respons'veis por carre$ar todos os utensílios relacionados ao ta%ern'culo3 seu transporte e sua monta$em Kuando o templo 1oi construído, eles 1icam a servio do templo Rma tri%o inteira, 8/8O de toda a popula+o, destinada para esse servio N deles .ue saíam os sacerdotes, mas era tam%5m a tri%o de Levi a respons'vel pela in1ra)estrutura do templo3 s porteiros, os serventes, os cantores sacros, os instrumentistas, etc eram dessa tri%o Evidentemente, durante todo o período de >ca2 os levitas n+o tiveram ocupa+o no templo E2e.uias, contudo, re@ne)os e manda 1a2er uma limpe2a no templo 7II Cr&n O!38": > partir daí, ele esta%eleceu os levitas na casa do en(or, com cím%alos, ala@des e (arpas 7O!3OF: Kuando o sacri1ício teve o seu início, uma cerim&nia estran(a para muitos, um cntico 1oi entoado ao en(or ao som das trom%etas e dos instrumentos de =avi 7O!3O)OG: N a @nica ve2 em .ue se toca m@sica durante o sacri1ício Em todo o relato do el(o
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;estamento n+o vamos encontrar, nen(uma ve2, m@sica sendo tocada durante o sacri1ício >ssim, o escritor sa$rado re$istra .ue toda a con$re$a+o se prostrou en.uanto se entoava o cntico e as trom%etas soavam E 1oi assim, at5 o 1inal do (olocausto 7O!3OG: =e repente, sem nin$u5m mandar =epois disso, o verso 9" do capítulo O! nos in1orma .ue E2e.uias e todo povo se ale$rava por causa da.uilo .ue =eus 1i2era para o povo, por.ue su%itamente se 1e2 esta o%ra Essa 1rase est' conectada com o momento em .ue o povo adorou o en(or su%itamente se 1e2 esta o%ra 1oi o momento em .ue de repente, sem ordem de nin$u5m, o povo caiu e adorou o en(or Isso, curiosamente, aconteceu no momento em .ue a m@sica soou no espao Esse 5 o papel de impress+o .ue a m@sica tem, de criar uma atmos1era, de apropriar a.uela verdade .ue acontece num am%iente para .ue vocD a%sorva a.uela verdade Pes"uisas reentes ! s cientistas tDm se preocupado muito com essa
característica da m@sica Pessoas tDm at5 usado essas e m@sica certa para o am%iente Pode acreditar .ue ela est' cumprindo o seu papel e 1a2endo o cliente comprar mais e vocD tem um %om dentista, ele ter' sempre uma m@sica ade.uada em seu $a%inete para .ue vocD sinta menos dor Rm restaurante 1ast)1ood tem cores e m@sica escol(idas de acordo com seus propósitos3 impressionar os clientes mas satur')los e 1a2e)los ir em%ora lo$o Por .ue isso acontece6 Como 5 .ue isso acontece6 s cientistas tDm desco%erto .ue isso n+o acontece su%?etivamente, n+o 5 só uma .uest+o de $ostar ou n+o, de me primeira coisa .ue precisamos considerar 5 .ue a m@sica 5 1ormada de trDs elementos %'sicos e esses trDs elementos me
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elementos# ritmo$ melodia e %armonia Essa de1ini+o, (o?e, ?' est' ultrapassada, por.ue m@sica 5 muito mais do .ue só esses trDs elementos ' outras coisas envolvidas Contudo, esses trDs elementos est+o presentes sempre .ue m@sica soa no espao e $ostaríamos de .uali1icar cada um deles3 O "ue & ritmo'
Por el$umas pessoas di2em3 n+o $osto de determinada m@sica por.ue ela n+o tem ritmo Isso 5 um e.uívoco ritmo 5 o es.ueleto da m@sica, a passa$em do tempo na m@sica N verdade .ue econtece .ue o ritmo mel$uns se$undos depois de comear uma m@sica .ue tem uma estrutura di1erente, nosso pulso imediatamente se altera E isto pode acontecer mesmo .ue vocD n+o este?a consciente da m@sica soando no espao princípio rítmico tem sido muito utili2ado at5 na medicina Por e
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O "ue & melodia'
> melodia mel$u5m di23 .uando ouo a.uela m@sica sinto uma triste2aT u se?a3 a melodia nos dei melodia me melodia mel$uns minutos depois, muitos est+o c(orando Aepetimos o processo e mudamos a melodia, ent+o muitos dormem Como se vD, um auditório pode ser 1acilmente manipulado, desde .ue se use a melodia certa E isto nós temos visto com muita 1re.SDncia, nas i$re?as novas, principalmente N 1'cil 1a2er um auditório c(orar O "ue & %armonia' > (armonia pode ser de1inida como sons simultneos e tín(amos melodia como sons sucessivos, uma nota, depois outra, depois outraJ a$ora podemos di2er .ue (armonia s+o melodias ?untas Kuando um $rupo est' cantando ou tocando, se?a
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m@sica ?ovem, se?a um coro, se?a um $rupo instrumental, uma 1lauta, um sa<, uma clarineta, cada um deles toca uma melodia, e a com%ina+o de todos 1orma uma (armonia 7ou desarmonia: -as .uatro vo2es do coro, cada uma canta uma melodia, e a com%ina+o delas 1orma uma (armonia > (armonia 5 vertical, portanto e a melodia 5 (ori2ontal3 uma nota após a outraJ a (armonia 5 verticalidade, 5 a estrutura .ue soa simultaneamente > armonia meos mamí1eros 5 possível 1a2er com .ue se comportem mais a$ressiva ou mais moderadamente, por in1luDncia pura de sons melódicos Mas eles n+o conse$uem entender (armonia omente os seres (umanos entendem (armonia Kuanto mais ela%orada e complicada a (armonia, mais di1ícil de ser apreciada e entendida, por.ue, de 1ato, ela tem .ue ser entendida -ós costumamos di2er .ue (armonias muito simples s+o a.uelas .ue, no caso do viol+o, nunca saem da primeira, se$unda e terceira posi+o Kuanto mais complicada a (armonia, mais complicada 5 para ser ouvida Eli's, Bac( só podia ter nascido na >leman(a s alem+es pensam (armonicamente >ssim, o elemento mais importante na m@sica deles 5 e
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(iferentes nfases
-a (istória da (umanidade, di1erentes povos en1ati2am esses di1erentes elementos na sua m@sica, con1orme as características .ue cada povo tem s povos a1ricanos d+o uma tremenda Dn1ase aos m@sculos e ao corpo Eles dependem disso para so%reviver %viamente, a m@sica deles 5 construída, %asicamente, em cima do ritmo -o .ue se re1ere melodia, os italianos, no s5culo8!, a en1ati2aram tremendamente em sua m@sica > Upera só podia ter nascido na It'lia, pois a melodia 5 o seu centro > Melodia 5 sempre muito c(orosa e os italianos c(oram mesmo durante a ópera ;am%5m %ri$am, depois se a%raamJ 5 típico do temperamento italiano essa e Dn1ase essim, por essas duas características do ritmo, por.ue ele me
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escola de dana .ue tin(a uma 1rase incrível3 .uem dana n+o pensaT en(a esva2iar sua ca%ea, ven(a danar conosco Essa 5 uma 1rase verdadeira es melodias s+o 1i.uilo 1icar' ar.uivado para sempre, independentemente das pessoas dese?arem ou n+o Rma ve2 .ue a mensa$em 1oi aprendida, as pessoas nunca mais estar+o livres dela Ela pode ser es.uecida temporariamente, mas nunca apa$ada Isso pode ser visto no dia)a)dia3 ocD teve uma determinada e mesma coisa acontece com os per1umes >li's, os per1umes tam%5m s+o decodi1icados em nosso c5re%ro na re$i+o mamal ol1ato 5 o @nico dos cinco sentidos .ue 5 decodi1icado pelo c5re%ro mamal > m@sica, como o ol1ato, 1issassinas -+o 5 uma des$raa6 .ue as crianas est+o cantando em nossas i$re?as6 ' pensaram .ue da.ui a trinta anos, se elas estiverem 1ora da I$re?a, .ueira =eus .ue n+o, elas poder+o se
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lem%rar das melodias .ue cantaram sem .ue isso 1aa .ual.uer di1erena para a vidas delas6 -+o seria %om pensar mais seriamente na m@sica .ue as crianas da nossa I$re?a est+o cantando6 >s crianas, ao contr'rio dos ?ovens, s+o perme'veis ;emos dado muita Dn1ase em nossas i$re?as ao tra%al(o com os ?ovens Em nossa opini+o, 5 tarde demaisT s ?ovens n+o s+o perme'veis e n+o s+o a%ertos a novas in1ormaes Costuma)se di2er isso3 s ?ovens s+o a%ertos -+o 5 verdadeT ?ovem sempre aceita o novo -+o 5 verdadeT ?ovem n+o aceita o novo at5 .ue esse novo se?a aprovado pelo seu $rupo $rupo em .ue o ?ovem est', pode ser de cinco, .uatro, trDs, ou duas pessoas, 5 determinante $rupo de identidade dele precisa primeiro admitir determinada coisa para, ent+o, ele passar a 1a2D)la e, no $rupo dele, todo mundo usar cala a2ul, n+o pense .ue ele vai usar amarela e, no $rupo dele, todo mundo ouve rapp, n+o pense .ue ele vai ac(ar .ue outro tipo de m@sica presta s ?ovens s+o tremendamente imperme'veis ' as crianas, s+o perme'veis *Abobrin%as teol+,ias-
> m@sica 1i I$re?a tem passado, e eu a ten(o visitado no Brasil inteiro, por uma 1ase de esva2iamento doutrin'rio, tam%5m por.ue tem cantado a%o%rin(a Rma 1orma lit@r$ica estran(a, muito comum nas i$re?as (o?e em dia, 5 o c(amado Momento de Louvor Rm $rupo de pessoas vai 1rente, ?ovens .ue sa%em tocar al$uns instrumentos e cantar, e, por 40 minutos, apresentam uma s5rie de m@sicas E para piorar, o líder do $rupo, sem nen(uma 1orma+o teoló$ica, comea a
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doutrinar a I$re?a, 1alando sempre entre 4 a F minutos antes ou depois de cada m@sica Ele e I$re?a est' perdendo a sua identidade ;anto 1a2, para o ?ovem, ir sua I$re?a ou ir comunidade n+o sei o .uD Por.ue em am%as ele canta a mesma m@sica repleta de mentiras teoló$icas, sem apro1undamento %í%lico eus cnticos s+o sempre va2ios e 1alam de ale$ria e eu1oria ' pelo menos um deles .ue 1ale3 e temos de perder, 1amília, %ens, mul(er, se a morte en1im c(e$ar, com ele reinaremos como Lutero 1a2ia6 > I$re?a dele n+o tin(a pro%lemas com a teolo$ia da prosperidade, tin(a6 Por.ue ele cantava isso > nossa I$re?a dei
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convincente3 a m@sica, o som M@sica ou .ual.uer mani1esta+o sonora -+o 5 sem ra2+o .ue ollVYood premia n+o só os mel(ores e1eitos ac@sticos, sonoros, dos 1ilmes, como tam%5m as mel(ores m@sicas >s m@sicas e os sons complementam e 1a2em o 1ilme acontecer cinema mudo n+o dispensava a m@sica =ispensava a palavra, mas n+o a m@sica > m@sica variava de acordo com a atmos1era do 1ilme e estava acontecendo uma cena de movimento, a m@sica, evidentemente levava a $ente ao movimentoJ se a cena era de triste2a, a m@sica acompan(ava esse momento Qa2ia com .ue a $ente se convencesse da cena > m@sica 5 usada at5 preparar)nos para o .ue vem em se$uida, antes da cena acontecer Endossando o te.to
Mas (' outro papel importante da m@sica em nosso culto3 %: O Papel da E.pressão Isso acontece .uando ela di2 al$uma coisa ?unto com o te
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1il(os dos levitas trou
constituíssem a seus irm+os, cantores, para .ue, com instrumentos m@sicos, com ala@des, (arpas, e cím%alos se 1i2essem ouvir, e levantassem a vo2 com ale$ria -o verso 8!, lemos .ue3 os cantores, en+, >sa1e e Et+ se 1a2iam ouvir com cím%alos de %ron2e 7instrumentos sonoros, altissonantes, %arul(entíssimos:J no verso O03 Hacarias, >2iel, emiramote, eiel, Rni, Elia%e, Maas5ias e Benaia, com ala@des, em vo2 de sopranoJ no verso O83 Matitias, Eli1eleu, Micn5is, %ede)Edom, eiel e >2a2ias, com (arpas, em tom de oitava, e(T Ele est' 1a2endo por.ue n+o tem nin$u5m .ue 1aa Por .ue ra2+o al$uns $rupos tocam
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na I$re?a6 Eles tocam por.ue eles compraram os instrumentosT N como ?o$o de %ola em time de v'r2ea dono da %ola ?o$a sempre -+o importa se ele ?o$a %em ou mal Em Brasília, (' uns dois meses, est'vamos 1alando a um $rande $rupo de ?ovens .uando um deles nos procurou, mostrou)nos uma m@sica e disse3 en(or me deu um cntico Estava (orrívelT Portu$uDs errado, m@sica ruim, uma l'stimaT Ent+o, dissemo)l(e e vocD tem ?eito e tem talento, vai estudar e torne)se um instrumento ('%il para transmitir %em o .ue =eus l(e d' Kuenanias era o c(e1e dos m@sicos por.ue ele era o mel(or er o mel(or na 5poca n+o era %rincadeira s levitas, lo$o depois dessa narrativa, s+o vistos em um treinamento sistem'tico de aproos trinta entravam para o servio e1etivo e tra%al(avam at5 os cin.Senta -o verso O43 e%anias, osa1', -atanael, >masai, Hacarias, Benaia e Elie2er, os sacerdotes, tocavam as trom%etas perante a arca de =eusJ %ede)Edom e eías eram porteiros da arca E ai comeou a cerim&nia =avi saiu com os capit+es de mil(ares para 1a2er su%ir com ale$ria a >rca da >liana do en(or, da casa de %ede)Edom -o verso O"3 ;endo =eus a?udado os levitas .ue levavam a arca da aliana do en(or, o1ereceram em sacri1ício sete novil(os e sete carneiros -o verso O3 =avi ia vestido de um manto de lin(o 1ino, como tam%5m todos os levitas .ue levavam a >rca, e os cantores, e Kuenanias, c(e1e dos .ue levavam a arca e dos cantoresJ =avi vestia tam%5m uma estola sacerdotal de lin(o Eles estavam de to$a, paramentados s cantores, o coro e a or.uestra =avi vestia uma estola sacerdotal de lin(o -o verso OG3 >ssim todo o Israel 1e2 su%ir com ?@%ilo a arca da aliana do en(or ao som de clarins, de trom%etas e de cím%alos, 1a2endo ressoar ala@des e (arpas -o capítulo 8", versos 4 a 3 =esi$nou dentre os levitas os .ue (aviam de ministrar diante da arca do en(or, e de cele%rar, louvar e esa1e, o c(e1e, Hacarias o se$undo, e depois eiel, emiramote, eiel, Matitias, Elia%e, Benaia, %ede)Edom e eiel, com ala@des e (arpasJ e >sa1e 1a2ia ressoar os cím%alos s sacerdotes Benaia e aa2iel estavam continuamente com trom%etas, perante a arca da aliana de =eus -a.uele
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dia 1oi .ue =avi encarre$ou pela primeira ve2 a >sa1e e a seus irm+os de cele%rarem com (inos o en(or 0m bom asamento ! E ent+o se$ue)se o (ino, um salmo .ue =avi comp&s
especialmente para a.uela ocasi+o -o 1inal do (ino, lemos3 Bendito se?a o en(or =eus de Israel, desde a eternidade at5 a eternidade E todo o povo disse3 >m5mT e louvou ao en(or >contece isso (o?e Papel de edeste Qidelis Por al$um tempo ela 1oi associada em nossas i$re?as letra 3 L(T vós .ue passais pela cru2 do calv'rioT -+o tem nada a verT > m@sica di2 uma coisa, a letra outra > comunica+o 5 va2ia Mau casamento entre letra e m@sica .ue as i$re?as normalmente 1a2em 5 cantar %em deva$ar e ZmoleZ a melodia para, inconscientemente adapt')la ao teli's, essa 5 a 1un+o mais importante da m@sica no culto3 ser su%sídio para a Palavra e ela n+o tem essa 1un+o, 5 s(oY e n+o tem lu$ar no culto > @nica 1un+o da m@sica 5 ser su%sídio para o te
m@sica certa para a.uele especí1ico lu$ar no culto -+o serve .ual.uer m@sica em .ual.uer lu$ar ;em .ue ser a.uela Pode ser at5 uma @nica estro1e, na.uele lu$ar,
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por.ue ela tem a 1inalidade @nica de re1orar o .ue 1oi dito, tornar claro o .ue 1oi dito, su%sidiar a Palavra utra ve2 Lutero3 em nome da teolo$ia, concedo m@sica o lu$ar maior no culto Ele n+o est' di2endo .ue a m@sica 5 mais importante .ue a Palavra, ou .ue a teolo$ia > m@sica tem .ue ser su%sídio para a PalavraJ se n+o 1or, ela estar' 1ora do conte 1esta era (ori2ontal, era a (ora de se ale$rar no en(or ;odo mundo se ale$rava Esta era a (ora dos instrumentos, das danas, dos cnticos #s ve2es at5 no espao do templo, inclusive, mas eram 1estas Mas o culto sacri1icial, o sacri1ício, nem ale$re era o?e temos misturado as coisas3 ;emos culto do pastor, culto do %e%D, culto de 1ormatura, culto das m+es Isso nos parece, cria al$uma di1iculdade para nós mesmos esta%elecermos os limites >t5 onde 5 da m+e e at5 onde 5 de =eus6 Como vamos preparar o pro$rama do culto e o serm+o6 Para a m+e de =eus6 Os babil3nios de %o4e ! ;en(o ouvido muitas ve2es pastores di2erem3 a
$ente precisa manter os ?ovens na I$re?a, os cultos precisam ser atraentes Eu odeio essa m@sica, mas ten(o .ue dei romaria at5 Leip2i$ para aprender com Bac( era enorme Bac( passou 4F anos de sua vida tra%al(ando como m@sico de uma @nica I$re?a 7a I$re?a de t ;(oma2, em Leip2i$: ua o%ra inteira 1oi =X 7 *oli =eo
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Xlori : Ele assinava assim Essa era a sua 1inalidadeJ por isso ele 1a2ia o mel(or .ue
podia, e
Mas a m@sica continua tendo dois pap5is no culto de impressão, de atmos1era, .ue ela ?' 1a2 só com o instrumental Mas o seu papel central no culto 5 o de e.pressão ) 5 su%sidiar o te m@sica conse$ue ser ouvida epidermicamente > m@sica in1luencia pessoas completamente surdas e altera o seu comportamento e se delinear na mente de al$u5m a id5ia de .ue estamos de1endendo a m@sica do (in'rio em detrimento dos novos cnticos, ou de1endendo coral em detrimento de con?unto, isso a%solutamente n+o 5 verdade Entendemos .ue e maior parte ruim por uma ra2+o simples, por.ue elas ainda n+o 1oram 1iltradas pelo tempoJ o tempo 5 um ótimo 1iltro -o s5c ]II tam%5m 1oi produ2ida muita coisa ruim, mas 1oi em%ora ó 1icaram as mel(ores E
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produ2idas e, por outro lado, nos nossos (in'rios, e nossa proposta 5 .ue 1aamos uma leitura cuidadosa do te nossa vis+o do .ue se?a a m@sica incorporada
no momento de culto 5 .ue (a?a, primeiro, um tra%al(o muito consciente do líder na
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escol(a do .ue vai se cantarJ depois, onde vai se cantar Eu $ostaria de esclarecer um ponto em .ue a $ente 1a2 certa con1us+o E nossa proposta 5 .ue cantemos as estro1es .ue servirem para a.uele momento de culto Pode at5 ser somente a terceira, se 1or a estro1e .ue sirva para a.uele momento Evidentemente, (' (inos .ue n+o tDm como ser partidos Eles tDm comeo, meio e 1im Mas (' muitos .ue s+o a%solutamente compartimentados, eles 1oram pensados assim, para serem usados compartimentados ocDs devem estar perce%endo .ue isso e
uma nova dimens+o Por e%re)se o parDntese3 o $rupo vai para a 1rente, a1ina os instrumentos e diri$e o louvor Canta)se uma ve2 uma m@sica com todos, depois só as
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mul(eres, ent+o só os (omens, e $era+o dos anos 80 e O0, ou parte dela, 1oi
convertida ainda pelos primeiros mission'rios ou, .uando n+o, pelos (erdeiros dessa convers+o Essa $era+o, e a $era+o .ue veio imediatamente depois, 1oi uma $era+o conversionista, ou se?a, convertida Qoi um momento de conversionismo Isto 5, os nossos avós .ue 1re.Sentaram a I$re?a evan$5lica ?' tin(am sido católicos antes de serem convertidos Kuando eles se converteram, cantaram um tipo de can+o completamente di1erente de tudo .ue eles tin(am ouvido at5 ent+o Kuando os nossos avós cantaram os (inos dos almos e inos 7o primeiro volume tradu2ido inte$ralmente: eles cantaram m@sica sacra, a%solutamente sacra, por.ue a.ueles sons nunca (aviam sido ouvidos antes -+o interessa se era m@sica de %ar americano >.ui 5 um terreno complicado por.ue toca mesmo no .ue 5 m@sica sacra e o .ue n+o 5 m@sica sacra Modernamente, de1inimos m@sica sacra para um $rupoJ 5 impossível
*00
de1ini+o de m@sica sacra $en5rica, por uma ra2+o muito simples3 o sacro, na verdade, a.uilo .ue 5 verdadeiramente aceito por =eus, n+o tem nada a ver com a .ualidade dos sonsJ tem a ver com o cora+o e l'%ios limpos, tem a ver com o cantante e com =eus estilo .ue est' soando no espao 5 mais ou menos convencional para um $rupo de pessoas, e isso 5 .ue 5 sacro ou n+o para a.uelas pessoas .ue est+o ali Cuíca 5 um instrumento sacro ou pro1ano, na sua ca%ea6 Pro1ano Por .ue6 Por.ue a $ente 1a2 associa+o com um tipo de coisas, etc >$ora, leva essa cuíca para o ;i%et, converte os ti%etanos e di2 a eles .ue esse instrumento vai a%rir todos os cultos ao en(or Esse som vai ser o introdutório do culto Pronto, a partir de ent+o, a.uilo l' vai ser o som santo por e cuíca n+o 5 menos santa do .ue o violino violino 5 1eito de madeira, tripa e metal > cuíca 5 1eita de madeira, pele e metal I$ual2in(o Materialmente, n+o (' di1erena Portanto, temos .ue pensar o .ue vale para as m@sicas ;emos ouvido muito isto3 a $ente canta [passarin(os, %elas 1loresW, 7cantava, (o?e ?' n+o canta tanto mais: isso era m@sica de %ar, etc Era mesmo, só .ue nin$u5m sa%ia .ue era >.uele som nunca (avia sido ouvido a.uiJ a.uele tipo de melodia 1oi identi1icado pelos nossos avós, %isavós, como m@sica sacra Por .ue6 Por.ue ela era di1erente da .ue eles cantavam nos %ailin(os de 1inal de semana, ou na I$re?a católica .ue eles 1re.Sentavam N e se$unda 5 .ue ela 5, %asicamente, acompan(amento para o teltamente os c5us proclamam, muitos sentem)se elevados com essa m@sica sacra Rma ve2 em .ue eu estive passando 15rias no Brasil, morando na >leman(a, veio comi$o uma 1amília ami$a, de l', e nós 1omos a uma I$re?a, e o coro levantou e comeou a cantar
*01
esse (ino Eles 1icaram assom%rados, por.ue esse 5 o (ino nacional alem+o, .ue itler o%ri$ava todo mundo a aprender, inclusive Para .uem 1ica sa%endo disso, 5 um c(o.ue Mas isso n+o .uer di2er .ue a melodia .ue est' l' 5 ruim N aVdn, uma maravil(a Mas .uando a $ente sa%e, ent+o complica utro e sacra 5 a di1erente da .ue, na.uele momento, 5 secular Compromisso om o di6ino ! N preciso di2er .ue, em%ora os m@sicos nos
s5culos 8 e 8G procurassem aprender com os da I$re?a, n+o 5 verdade .ue a m@sica .ue estava 1ora se identi1icava com a da I$re?a, por.ue a m@sica .ue est' 1ora sempre tem compromisso com o pro1ano e a da I$re?a sempre tem compromisso com o divino Isto estava muito claro na ca%ea do compositor da 5pocaJ si$ni1ica .ue o m@sico secular aprendia tecnicamente a 1a2er m@sicaJ só .ue, no pal'cio, ele tin(a .ue 1a2er m@sica como o rei .ueria Rsava princípios t5cnicos, mas a característica da m@sica .uem comandava, na verdade, era o rei, n+o o compositor >l5m disso, a m@sica sacra, com esse compromisso e
*04
aprender tecnicamente com Bac(, ou com os m@sicos da I$re?a, o .ue reprodu2iam l' 1ora n+o era a.uela m@sica, nunca era M@sica sacra 5 a .ue 5 1eita com a inten+o de ser sacra6 -+o sei Pode ser sacra para .uem 1e2, pode n+o ser para o vi2in(o N muito di1ícil determinar (o?e isso, por.ue n+o temos crit5rios t+o comprometidos com a m@sica .uantos ?' (ouve em outros tempos -os s5culos 8", 8 e 8G, entendia)se .ue (avia uma m@sica o%?etivamente %oa e uma m@sica o%?etivamente m' > m@sica o%?etivamente %oa era %aseada em princípios num5ricos, da ordem, do n@mero, e a$radava a =eus -+o interessa se ela tin(a te
m@sica secular6 -+o er' .ue, ent+o, estamos de1endendo a.ui .ue a $ente só tem .ue cantar os vel(os (inos do (in'rio6 ;am%5m n+o er' .ue estamos di2endo .ue os ?ovens n+o tDm participa+o no culto6 ;am%5m n+o Xostaríamos muito de ver outra ve2 a m@sica da I$re?a liderando o movimento cultural, .ue ela 1osse mel(or e nitidamente mel(or Isso n+o 5 impossível Eu ten(o visto isso acontecer em outros lu$ares, n+o no Brasil -ós, in1eli2mente, no Brasil, tivemos uma censura, uma lacuna muito $rande Kuando os ?ovens procuravam por uma coisa nova n+o tin(am isso sendo 1ornecido > $era+o dos anos 90 cantou os (inos do (in'rio sem pro%lemasJ a dos anos 40, tam%5m, mas ?' cantou um ou outro corin(oJ a dos anos F0 cantou mais corin(osJ a dos anos "0, só cantava corin(osJ a dos 0 n+o .uer cantar nada .ue n+o
*05
se?am as m@sicas novas Por .ue6 Por.ue .uando a $era+o dos anos F0 e "0 procurou al$uma coisa, n+o encontrouJ os m@sicos sacros, se (avia, estavam caladosJ n+o (avia nin$u5m compondo (ino, %oa coisa mesmo, .ue pudesse ao lado do (in'rio aparecer como alternativa %oa Por.ue 5 muito 1'cil a $ente 1alar para o ?ovem3 isso 5 uma dro$a =i1ícil 5 1alar3 isso 5 mel(or .ue isso e 1a2D)lo sentir .ue 5 mel(or mesmo ;emos visto muito nas nossas i$re?as $ente 1alando assim3 roc` n+o pode Por .ue6 Por.ue n+o Mas por .ue n+o6, Por.ue 5 do dia%o Mas por .ue 5 do dia%o6 Por.ue 5 Isso 5 resposta6 Esse tipo de m@sica n+o pode por causa disso, disso, e dissoJ por.ue tem uma outra muito mel(or, oua nde est' essa parte6 -+o 5 só criticar3 esse con?unto de ?ovens 5 uma dro$a N mesmo, muitas ve2es, mas onde est' um mel(or6 Qalta mostrar como 1a2er mel(or, como 1a2er di1erente Pe$ar essa criatividade .ue est' ai e multiplicar isso Eu ten(o uma certa tran.Silidade em di2er isso at5 por estar coordenando uma 1aculdade de m@sica sacra .ue tenta e $era+o passada .uando .uis cantar coisas novas n+o encontrou nada u cantava as coisas vel(as ou importava E importou, num primeiro momento, dos Estados Rnidos nem sempre as mel(ores coisasJ num se$undo momento imitou a.uela m@sica -as primeiras $ravaes de $rupos alternativos ?ovens no Brasil, vocD tem m@sica americana, autenticamente americana, tradu2ida para o portu$uDs M@sica ?ovem americana -um se$undo momento, m@sica escrita no Brasil por eles mesmos, mas imitando o estilo .ue (avia sido importado -um terceiro momento, nacionalismo e
*1)
do Aio Xrande do ul e de anta Catarina, o coral alem+o era muito mais m@sica deles do .ue %ai+o E com a $ente tam%5m era assim 8oa per,unta# E a$ora, o .ue a $ente 1a2 domin$o .ue vem6 ) > primeira
coisa3 ?' vai mel(orar muito .uando lermos os te
*1*
Irm+os, passamos por um momento complicado sim, mas se 5 verdade .ue o comeo da solu+o do pro%lema 5 e
*1%
O CULTO
OPÚSCULO II
APÊNDICE I – LOUVOR APÊNDICE II – ORAÇÃO
Rev. Onezio Figueiredo
“Deus é Espírito; e importa ue os seus a!ora!ores o a!orem em espírito e em "er!a!e# $%o &'(&)'
*1&
HNDICE 01-Apr esent ação:MaryCl emeSi l vér i oNeves 02-Defini ção 03-Ter mi nol ogi a 04-Expr essõescúl t i casdeI sr ael 05-Expr essõescúl t i casdaI grej a 06-I grej a,um sant uári o 07-O Cul t odaI gr ej a 08-Conj unt ol i t úr gi co 09-Conj unt odi acôni co 10-Art esl i t úrgi cas 11-Est ét i cadi ri genci al 12-Est ét i cat empl ári a 13-Li t urgi acri st ã,herançaj udai ca 14-Li t ur gi asi nagogal 15-Or dem docul t osi nagogal 16-O queDeusqueconvoca 17-Cul t o,real i zaçãodoEspí ri t o 18-Model ol i t úr gi co 19-Fundament osl i t úr gi cosdaDi daquê 20-Li t ur gi asegundoJust i noMárt i r 21-Li t ur gi anofim doI I Isécul oei ní ci odoI V 22-Cul t ocal vi ni st a 23-Cal vi noeoCul t o 24-Or dem docul t ocal vi ni st a 25-Cul t osegundoasnor masdeWes t mi nst er 26-Li t ur gi asegundoO l i vr odeOr açãoComum 27-Li çõespar aaI grej ahoj e 28-Or dem psi col ógi cadocul t o 29-Templ o,t r onodeDeus 30-Li t ur gi adaOr açãoDomi ni cal
*1+
31-I mport ânci adaor dem psi col ógi cadocul t o 32-Bi bl i ogr afia 33-Apêndi cesI-Lourv or 34-Apêndi ceI I-Or ação
*1,
02-Defini çãodeCul to ço pres t ado a Deus pel o sal vo e pel a comu muni dade em t odas as Cul to:Servi at i vi dadesvi t ai seexi st enci ai s.Servi réacondi çãoessenci aldoservo. Nopri mei r ocaso,t r at asedaat i vi dadeconst ant e dor ealservi dordeDe Deus, queoservededi aedenoi t ecom suavi da,t est emu munho,pr ofissãoeador ação. No segundo,t emmse em vi st aal i t ur gi a comuni t ári a,a adoração dos i rmãoscongr egados,osereavoz daI grej a.
*10
03-Termi nol ogi a Todasaspal avr asgr egaspar acul t osi gni ficam t r abal ho,servi çopr est adoa um super i or ,servi çopr est ado a Deus.Cul t o,port ant o,como moficou defini do,é um servi çoqueseprest aaDeus. Mui t os,modername ment e,ent endem quecul t o é“i nvocação da di vi ndade” , paraqueoDeusi nvocadosecol oqueaser vi çodosi nvocador es.Out r ospensam quecul t oéumaf est aespi r i t ualcom oobj et i vodeal egr arosfiéi s.Quant omai s f est i vo,mai s“ espi ri t ual ”éocul t o,pensam osl udi ni st as.Osi dól at r asacham que cul t o évener ação eador ação do di vi no consubst anci ado ou mat er i al i zado em í cones,quel hesservem desí mbol oseobj et osdef é.Háosquer evi vem oscul t os or gí acosdopagani smo mogr ecor oma mano. Out r osressusci t am o dual i smo mo per sa da l ut a do deusdo bem cont r ao deus do mal , do Espí ri t o Sant o cont r a o espí ri t o sat âni co.A dout r i na do sat ani smo mover susdi vi ni smo mosubst i t uiapessoadopr egadorpel adoexorci st a;eo cul t oset r ansf ormanumabat al haent r eDe DeuseSat ã. Al guns,não poucos,ent endem quecul t o éuma r euni ão depedi nt esde bênçãosespi ri t uai semat er i ai s,mai sest asqueaquel as. Osquema mai spedem sãoosqueme menosservem.Numer ososhoj e,ama mai or i a i nconsci ent eme ment e,t r ansf ormam ocul t onumasessãoor denat óri aedecobrança na qual o home mem poder oso, super cr ent e, pel af é posi t i va e pel a pal avr a aut ori t at i va,exi gedoCri adorr espost asuni cament eposi t i vasàssuaspet i çõese l he cobr a os di r ei t os que,na qual i dade de fil ho,possuipor cr i ação e por nat ur eza. É o suser ano comandando o Sober ano. Cr ença absur da, mas popul arí ssi maent r eoscari smá mát i cos“ pr osperi st as” . Noespaçosagrado,umapropri edadeexcl usi va deDeus,ondeocul t ose r eal i zava em I sr ael ,não havi al ugarpara “ mani f est açõesdemo moní acas” ,poi saí Deussemani f est ava,eexcl usi vame ment eel e,não como moescr avo dosador ador es, mas como mo Senhor sober ano e absol ut o em sant i dade,sabedor i a,gr andez a, bondade,j ust i çaepoder . Ospri nci pai st er mosconot ador esedenot ador esdocul t osão:
*11
01-
-Doul eo: Ser vi ço escr avo do “
s - doul os” ,sem qual quer di r ei t o pessoal ,
t r abal hi st a,sal ari al ;e mai s,sem l i vr e arbí t ri o.O escr avo e sua pr odução per t enci am aoseu senhor .Tudoqueum escr avof azéparari quez aegl óri ade seu senhor .O cr ent eé“
s – doul os - servo” de Deus,um cul t uador ,
portanto.
02-
Therapeuo: Servi çovol unt ári o,sem r emu muner ação;ger al ment eexer ci donaáreacari t a-
t i va ou
no servi ço públ i co, mas sempr e de cunho soci al . O
θεραπευτα − t “ her apeut a”er al i vr epara“ doar ”oseut r abal hocomo moexpr essãode
amo morf r at ernalecomu muni t ári o.
03-
-Hypereteo: Servi ço de r emador ;r emar como escr avo sob coma mando i mper at i vo do
admi ni st r adordaemb mbarcação.Er aum t r abal hodeaçãosi ncr oni zada,conf orme o gri t o decadenci ame ment o do di ri gent e.O “
! 3 hyperet ês”er a um dent r e
vári os,mas seu t r abal ho si ncr ôni co compunha a f or ça conj unt a de manei r a i ndi spensável .O navegardo barco na vel oci dade i deale na di r eção pr opost a dependi adauni ãoedoesf or çoharmô môni codet odos.
04-
Di aconeo: Ser vi ço f undame ment ado uni came ment e no amo mor , na consagr ação, na
abnegação.Di ácono éaquel equeservesem esper arqual quert i po de r et orno como mo r ecomp mpensa,r econheci ment o,gr at i dão.Ser vese,movi do pel o amo morao pr óxi mo,j ama mai sporvenal i dade,publ i ci dadeou ost ent ação.
05-
Leitourgeo:
*14 λαοs M l aos”=povo,e“εργον − er gon”=t r abal ho.O “Leitourgeo v ” em de“
quesef azem benef í ci odacomu muni dade.Si gni fica,port ant o,pr est açãodeservi ço públ i co,nobr eounão,t ant onopal áci orealcomo monot emp mpl o. λειτουργουs M Lei “ t our gos” ,no âmb mbi t or el i gi oso,er a quem se dedi cava
excl usi vame ment eaoser vi çodot emp mpl oquernaor dem cer i moni aleri t ualquerna manut ençãoeadmi ni st r açãodoi móvel ,dosmó móvei sedosobj et osconsagr adosa Deusedest i nadosaocul t o.
06-
Latr euo-
Latreia:
Ser vi ço sacer dot al , o que of er ece sacri f í ci o a Deus, o que promo move i nt ermedi açãor el i gi osa,oqueseof ert aem ador ação.“λατρεια − Lat rei a”sof reu conot açõesdi f er ent esem decor r ênci adousoquedel af azoroma mani smo mo.O cul t o r oma manodi vi deseem t r êsmodosdeador ação:
ιπερδυλια − “ Hi per dul i a” ,ocul t oquesepr est aaDeuse ao“ Sant í ssi mo
Sacr ament o” ,especi al ment eàhóst i aque,pel at r ansubst anci açãodi vi ni zaseesevi t al i za,i gual andoseaDe Deus,mer ecendoamesma mahonr a.Ahóst i a dei ficada é t amb mbém chama mada de “ Cor pus Chri st i ” - Cor po de Cr i st o. δυλια − dul “ i a”-dedoul os-δουλοs -éocul t opr est adoàVi r gem Mari a.Por
est a or dem se vê que a Vi r gem ocupa o segundo l ugar na hi er ar qui a dol at r i adi vi na,uma ma semi deusa.Daíent ão a conheci da expr essão i
ιδολοs í dol o-λατρια − l at ri a=cul t oquesepr est aaossant osou í dol os.A
pal avr a λατρια -l at ri a vem de λατρον − l at r on = sal ári o.Er a,port ant o, ori gi nal ment e,t r abal hoassal ari ado,nãoescravo. Todo t r abal ho do cr i st ão,no t empl o ou f or a del e,r eal i zado com dedi cação, efici ênci a econsagração,écul t o ao Cri adoreSal vador .A adoração éfil ha da mor domi mi a.
*15
04-ExpressõesCúl ti casdeI srael 01-Cl eri cal i smo moel ai ci smo mo: Sendo uma nação sant a,um povo t eocr át i co,t odas as f es t as de I sr ael t i nham sent i do dupl oi nt egrado:Ci vi lerel i gi oso.A l i t ur gi a,poi s,se real i zava cl er i cal ment e no t emp mpl o,especi al ment e no Sant o dos Sant os,e l ai came ment e, emb mbora sob ori ent ação sacer dot al ,no ext er i ordo r eci nt o sagrado.O cul t o do al t ar ,cl er i calpor excel ênci a,t i nha f orma mas rí gi das em seu ri t ualor denado e or gani zadoporDeus. O cul t ol ai co, exer ci do nas f est as sagr adas, ef et i vavase com mai s l i ber dadedeaçãoeexpr essão,ondear el i gi osi dadeconf undi asecom oci vi smo mo, especi al ment enahi nol ogi asal t eri al .O l ei gonão t i nhaacessoaol ugarsant o,masi ssonãol hei mpedi adeserum ador adorde Javé,àpar t edori t ual i smosacri fici alem quesef azi ar epr esent arpel osacer dot e. Ossi mbol i smo mosdocul t osacer dot alr eal i zarammseeseconcr et i zar am em Cri st oJesusesãor eme memo mor adosnamesadaeucari st i a,nopúl pi t odopr of et a, nacongregaçãoconf essant e,nacomu muni dadequer ecebeo per dãodo Sal vador , nocoraldosnovosl evi t as,oscant or esdaI grej asacerdotal . A essenci al i dadedo cul t o deI sr aelpr eservasena I gr ej a:A ador ação;a confissão;osacri f í ci odeCr Cri st ot i pi ficadonaCei a;osacri f í ci odocrent eef et i vado porsua dedi cação a Deus ( Rm 12. 1, 2) ;a confissão de pecados,i ndi vi duale comu muni t ári a;oper dãorecebi domedi ant eosacri f í ci odoCordei r o;agrat i dãoem expr essõesgrat ul at óri aseem of er endas;ol ouvor .
02-Asf estas: Asf est asdeI sr aeler am memor at i vas,comemor at i vas,consagr ador ase sacrame ment ai s.At r êsdel ast odososi sr ael i t ast i nham aobri gaçãodecomp mparecer :
a.Páscoa: Come memor açãosegui dadaf est adospãesasmos,r ememor andoasaí dado Egi t oeadádi vadaTer r adaPr omi mi ssão.Cont eúdo:Lemb mbr ançadosof r i ment osob a escr avi dão f araôni ca e da l i bert ação,al ém de r eme memo mor aro pact o mosai co, ni s an” . ger adordanaçãoi sr ael i t a.Come memo mor ava-sedodi a14a21de “
*4)
b.FestasdoPentecostesedasSemanas: s i v an” Comemor açãonomêsde“ ,r el embr andoadádi vadal einoSi naiea
bênçãodascol hei t asnanovat err a,quandonãomai shavi af ami nt os. Cont eúdo:Renovaçãodopact oel embrança da provi dênci a di vi napormei ode t odososat osl i bert adoresdeDeus,i ncl usi venasguer r assant asdeconqui st a.
c.FestadaExpi ação: Segui dapel adost aber nácul os,nosdi as10e15a21de“ t i shri ” ,começo do ano ci vi l .Cont eúdo:Sal vação,per egr i nação no deser t o e vi cari edade de t i shr i ” I sr ael .No di a 10 de “ ,o di a da expi ação,não podi a haverhi l ari dade
l i t úr gi ca,poi sI sr aeli nt ei r oest avaem cont ri ção,medi t ação,r eflexãoeconfissão. Er ao“ di a da t r i st eza” pel a const at ação da exi st ênci a e da per si st ênci a do pecado. Af est adaexpi açãoer aaúni caem queoSumoSacer dot e, vest i dodebr anco,ent r avanoSant odosSant ospar ai nt er cederpel opovo. Al ém dasgr andesf est as,havi aasf est asdasl uasnovas,mar candooi ní ci o de cada mêsl unar .Dest as,a mai si mport ant e er a a do sé t i mo mês( t i shri ) , comemor ando a abert ur a do mês,consagr ando- o.Nest af est at ambém se comemor avaoanonovo,ocomeçodoanoci vi l . Dasf est asr el i gi osascom f ort econt eúdodeci vi smonãosehádededuzi r nenhumaordem l i t úr gi ca,poi socul t oorgani zado,dur ant easf est as,cel ebr avasenoi nt er i ordot empl odespi dode qual querhi l ari dade,especi al ment eodoDi adaExpi ação.Ossal mosr eflet em as al egr i as l audat óri as das i númer as f est i vi dades de I sr ael , sem est abel ecer f r ont ei r asní t i dasent r eocí vi coeor el i gi oso,massepar andocom mui t acl ar eza, nosevent osdeadoração,osagradodopr of ano.
03-AsTeof ani as: Naconsagr açãodot empl odeSal omãoagl óri a( sheki nah)deJavédesceu sobreot abernácul oparaal ipermanecer ,mar candoapresençadeDeuscom o seu povo ( IRs 8. 2;I ICr7) .No Sant o dos Sant os,poi s,onde est ava a arca
*4*
cober t a pel o pr opi ci at óri o,habi t ava a “ sheki nah”deJavé.“ O sumo sacer dot e ficava sozi nho,separado de t odo povo,naquel el ugarmi st er i oso e sombri o,o mai ssant odet odos,i l umi nadoapenaspel obri l hodasbr asasdot urí bul o” .“ A arcadeDeusseachava al i ,cobert a pel opr opi ci at óri o;aci madel a,apr esença Edershei m;Festasde I srael ,p.128,Uni ão vi sí veldeJavénanuvem de“ sheki nah”( Cul turalEdi tora,SP) .
Sem apr esençat eof âni ca,gl ori osaegl ori ficant edeJavé,nãohavi acul t o. O DeusdeI sr aelnuncaf oium Deusausent eesecundári o.Di ant edesuagl óri a ( sheki nah)e maj est ade o povo prost r avase em ador ação.Todo fielador ador r econheci a a pr esença deJavéno t empl o,seu poderper doador ,sua r egênci a sobr e os el ei t os;e ent ão l he pr est ava cul t o pel a confissão,pel a of er enda do ani malsubst i t ut oem sacri f í ci o,pel arecepçãodoanúnci osacer dot aldoper dãoe pel aal egr i adeserper doadogr aci osament e,emboraadádi vadoper dãosóf osse possí velmedi ant eoderr amament odosanguedaví t i ma,mort aem seu l ugar .O queerasí mbol o,t ornousereal i dadenaI gr ej a,onovoI sr ael ,pormei odeJesus Cri st o.Naessênci a,al i t ur gi apermanece. A t eof ani at empl ár i a est eve na vi são dos pr of et as,pr ovocando nel es a r ever ênci aeosmovi ment oscúl t i cosdequem sedef r ont acom oTodoPoder oso. Caso t í pi co é I sai as 6,al ém das vi sões de Ezequi el .Di ant e do “ Maj est oso e Numi noso” :Respei t o,consagr açãoerever ênci aabsol ut a. Per ant eDeus,espi ri t ual i zant epornat ur eza,aespi ri t ual i dadedohomem aflora,super ando,mas não el i mi nando,a sensori al i dade.A subl i mação do homem acont ece,quando el e é col ocado f r ent ea f r ent e com o Subl i me,seu Cri ador ,Sal vadoreRei .Di ssemosqueel e“ écol ocado” ,i st omesmo.Deuséquem o el ege,chamao,col ocao na f r at erni dadedos r edi mi dos,pr ost r ao di ant ede seu al t arcomoadorador ,r edi meopel osacri f í ci odeseu Fi l ho,sant i ficaopel o poderdesuapal avr a.
04-HekaleDebhi r: Podemosdi vi di rocul t odeI sr aelem:
*4%
est aspr ogr amadasporDeusereal i zadasf or adot empl o. Festivo,odasf Não er am anár qui cas e nem desproposi t adas. Obj et i vavam mant er a memóri adosf ei t osdeJavé.
Sem odepósi t odeont em não haveri a ar eservadehoj e.A I gr ej aexi st epor causa dos at os cr i ador es,prot et or es e r edent or es de Deus na hi st óri a da r edenção. A eucari st i a, mi st éri o e f est a, t em o mesmo propósi t o das comemor ações de I sr ael :Mant ervi vaa l embrança do queDeusj áf ez ;ees t a l embr ançaéum al i ment odaf é.
t oef et i vadono“ hekal ”ou l ugarsant o,ondecost umei r ament e Solene:Cul os sacer dot es sacri ficavam
i nt er cessori ament e pel os pecadores e
medi avaml hesasof er endasgr at ul at óri as.
Sol ení ssi mo:Cul t o execut ado pel o sumo sacer dot e,e soment e porel e, uma vezporano,no “ debhi r ”ou Sant osdos Sant os.Al ier a ol ocaldo si l ênci o,ondeaf al adeDeuser apr i ori t ári a,nãoadohomem.
No “ debhi r ” Deus f al av a e o homem ouvi a.Nenhum hi no se cant av a no Sant í ssi mo, apenas o di ál ogo Deus - homem. No ‘ hekal ” ,l ocaldos ri t uai s ordi nári os( f al amosdot empl odeSal omão) ,soment eossacri f í ci os,asorações, os or ácul os e os cânt i cos cor ai sl eví t i cos compunham a l i t ur gi a.No mundo ext eri or ,porém,o povo al egr avase nas f est as pr eor denadas,est abel eci das e r egul ament adasporDeus,cant ando,aosom dei nst rument os,edançando. Est equadr ot em deserl evadoem cont a,quandoset r ansf er em expressõese i magens l i t úr gi cas de I sr aelpara a I gr ej a.Toda I gr ej a agora é mai s que um “ hekal ” ,éum “ debhi r ” ,um Sant osdosSant os,um sant uári o,i st o é,l ugarde sant os,decoi sassant as,depal avr assant as.Ondedoi sou t r êssereunem,aíé um “ debhi r ” ,l ugarondeCri st oest ácomosuj ei t oeobj et odenossaadoração.A r ever ênci a,poi s,é,em simesma,eumaf ormadecul t uaraDeus.
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05-ExpressõesCúl ti casdaI grej a 01-Tradi çãoi erosol omi ta: Jerusal ém, uma t r adi ção l i t úr gi ca pr of undament e j udai ca e uma admi ni st r ação ecl esi ást i ca i nst i t uci onal . Vej am a el ei ção de di áconos e a est abi l i dademi ni st eri al :Ti ago,past oref et i vo.AI grej a deJerusal ém f oial í derdet odasasout r as,edever i aservi rdepar âmet r opar aas i grej ascri st ãsdet odosost empos.
02-Tradi çãosi nagogal : No mundo gent í l i co a I gr ej a apoi ouse, i ni ci al ment e, nas si nagogas, her dandodel asast r adi çõesl i t úr gi cas,adapt adasedesenvol vi das,segundoaf é cri st ãeanovaecl esi ol ogi a.Ver emosdepoi saest rut ur adal i t ur gi asi nagogal .
03-Tradi çãocari smáti ca: A I gr ej adeCori nt opr oduzi u et r ansmi t i u ocari smat i smot ant onaor dem admi ni st r at i vacomonal i t úr gi ca.Nel a,osl í derescari smát i cosi nst i t uí amsepor “ i ndi cação di r et a” , supunham, do Espí ri t o Sant o, não por el ei ção ou por i ndi cação apost ól i ca,como acont eci a em Jerusal ém.A gr osso modo,podemos afir mar que as i gr ej as hi st óri cas, como a Pr esbi t er i ana, são her dei r as da t r adi çãoi er osol omi t a,eascari smát i casmi r amseesebasei am nosi rr equi et ose conf usosi rmãoscorí nt i os.Aespont anei dadel i t úr gi capr eci sadel i mi t es,ePaul o osdeu,enf át i cos.
04-Tradi çãocri st of âni ca: A “ sheki nah”est ásobr eeem JesusCri st o,oquesemant ém pr esent ena I gr ej ae,em consequênci a,noscul t os.Cri st oéa cabeçadoorgani smoecl esi al ; nós,osmembr os.El e,a“ sheki nah”deDeusnomei odosel ei t os,éi nseparável
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desuaI gr ej a.Sem apr esençagl ori osadeCri st onãoháI gr ej aeocul t o,sem a emul açãodesuapr esença,t orna-sevazi odesent i doef al so. Apocal i pseéum t est emunhodagl óri a( sheki nah)deDeusem Cri st o,em queoCordei r oécol ocadonocent r odaador açãodossant os,queseef et i vanos céus e se r eal i za t ambém na t er r a.A sol eni dade do cul t o cel est e,na vi são apocal í pt i ca, enri queceu mui t o a adoração t er r est r e da I gr ej a pr i mi t i va e sof r edora.A exal t açãodoCordei r osef azpel apal avraoralepel ocânt i cocoral , compost o do l evi r at o cel est i al( os anj os,os quat r o ser es vi vent es e os vi nt ee quat r oanci ãos) . A est essomar amse,num cânt i cocomuni t ári o,t odososr edi mi dos,uma i ncont ávelmul t i dão( Ap4. 1011;5.814;7. 11, 12; 11. 16, 18;12. 1012;14. 2, 3; 15. 24 cf19. 17) .I nst rument ol i t úr gi co do coral cel est e:Aharpa( Ap5. 8,14. 2; 15. 2) . O cul t odopovodeDeusnat er r adeveserfigur adoqueacont ecenocéu.E l áar ev er ênci aél ev ada a séri o, a cr i st ocent ri ci dade da ador ação é uma r eal i dade. O per sonal i smo não exi st e. I nf el i zment e, aqui na t er r a, mui t os cant oresest ãocant andoparasimesmos,mer cant i l i zandoocant osacr o( sacro?) . Cant am,do al t ardo Senhor ,para venda de di scos,CDse fit as.Lament ável di st orçãodocul t o!
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06-I grej a,um sant uári o O cul t onoVel hoTest ament oer aest ri t ament esacer dot al .Ossacer dot es,e soment e el es,t i nham acesso à part e mai s sagr ada do t empl o,i st o é,aquel a i nt ei r ament e sant i ficada, compl et ament e separada do mundo e das coi sas prof anas. Os l ei gos ficavam no ext er i or ,i ncl uí dos no prof ano, onde a sensori al i dadeseexpandi aeondeoespi r i t ualseconf undi acom omat er i alna l i t urgi adasf est as. Aspai xões,ossent i ment oseasemoçõesespi ri t uai smi st ur avamsecom as nat ur ai seascarnai snosat os“ cúl t i cos” .Hoj e,i gual ment e,ocul t oésacerdot al , poi sa I gr ej at odaéum r ei nodesacer dot es,eo t empl ot odopassou aserum “ hekal ” ,l ugar sant o,r euni ão do povo sacer dot alem Cr i st o Jesus,o Sumo Sacerdot edot empl o,CabeçadaI grej a. A sol eni dade do “ hekal ”vet ot est ament ár i o deve sermant i da no “ hekal ” neot est ament ári o,a I gr ej ar euni da.Ondequerqueos sacer dot esdeDeusse r eunem,aíest aráoTabernácul o,JesusCr i st o,Deusconosco.Eol ocalbási code r euni ãoéot empl o.Todaa I gr ej a, à semel hança do cor al l eví t i co, é um cor al sacer dot al r ever ent e, r e spe i t os o,z el os o,bí bl i c oear t í s t i c o. Um povo sacer dot alnão apresent a a Deusmúsi ca de má qual i dade,de pr ocedênci a duvi dosa, de rí t mos que l evant em associ ações mundanas concupi scent es.O ver dadei r o cânt i co espi ri t ualsoment ea I grej ai nvi sí veldos ver dadei r osel ei t osapr ende,apr eendeeexecut a,poi snãopr ocededoscér ebr os humanosi r r egener ados,masdar ev el açãodeDeus:*1amb&m a 6o9 "ue ou6i era omo
de %arpistas "uando tan,e as suas %arpas: Entoa6am no6o ;ntio diante do trono$ diante dos "uatro seres 6i6entes e dos aniãos: E nin,u&m pode aprender o ;ntio$ senão os ento e "uarenta e "uatro mil "ue foram omprados da terra- : ?b$@): O novosal t éri odaI grej a,verdadei rament eespi ri t ual ,di f ere,e mui t o,dahi nol ogi at r ansi t óri a,emer gent edossent i ment osedasci r cunst ânci as cul t ur ai s.Osel ei t os,i l umi nadospel oEspí ri t o,separam bem ocânt i coreal ment e sacr odaquel ecom pr et ensõesdesacr al i dade.A espi ri t ual i dadedocant oéuma
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obr adoEspí ri t oenãoum pr odut ocomer ci aldest i nadoaosegui ment or el i gi oso domer cadoconsumi dor .
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07-O Cul t onaI grej a Cri st opr esent e,a“ sheki nah”di vi na,éosuj ei t oeoobj et ol i t úr gi cos.Cul t o não éuma f es t a de r el i gi ososexal t ando um í coneou buscando bênçãos dos céus;éoencont r odoSenhor ,pr omovi do por es t e,com seus servos na assembl éi al i t úr gi ca,a comunhão dos sal vos convocados por Cri st oer euni dos pel o Espí ri t o Sant o par a a edi ficação,a comunhãoear espei t osaador açãoaoRedent or . Paul o ent ende queo mot i vo úl t i mo do cul t o éa edi ficação do corpo de Cri st o,habi l i t ando o conj unt o e cada membro par a o exer cí ci o da f é e do t est emunhocr i st ão. Nocul t o,exat ament ecomoacont eci ano“ hekal ”dot empl odeSal omão,as expressões corporai s devem ser r ev er ent es e dest i nadas à r ever ênci a, consent âneascom ol ocaldeador ação,a subl i mi dadel i t úr gi ca,apr esençadoRei .No“ hekal ”dot empl oosmovi ment os f í si cos não i am al ém de f echar os ol hos,curvar se,aj oel har se,l evant ar se, moversuavement easmãos.Nada de pul os,danças,cor eogr afias,bat essãode pal mas,apl ausos.O hedoni smoeol udi ni smoer am pr ópr i osdoscul t ospagãos. No t empo da “ nova er a” ,da t eol ogi a da prosper i dade,do “ Cri st o da sat i sf açãot emporal ” ,a hi l ari dadeconf undesecom a espi ri t ual i dade.O Cri st o dacruzt em si dosubst i t uí dopel o“ Cri st o da gl óri at err ena” ;a f é sal vadora f oit r ocada pel a“ f é posi t i va” ,r equerent e de “ di rei t oshumanos”ori gi nai sei nal i enávei s. São dever es de Deus e di r ei t os do ser humano, di zem, a saúde,a pr osperi dade,areal i zaçãodosdesej osnobr eseaf el i ci dade.Semel hant et eol ogi a t r ocou a or ação súpl i ce, submi ssa à sober ani a de Deus, pel a“ confissão posi t i va” ,oraçãoquenão admi t erespost anegat i va,poi sosupl i cant enãopede f avor ,r ei vi ndi cadi r ei t os.Asober ani adohomem est ásendocol ocadanol ugarda sober ani a de Deus.E oSenhorde t odos edet odasascoi sasconver t eseem submi ssoservodohomem.Lamentável !
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08-Conj unt ol i t úr gi co NumaI gr ej aqueexer ci t aosacerdóci oger aldet odososhomens,al i t ur gi a éf unçãodemui t oseaçãodet odos,nãodeal gunscl éri gospr i vi l egi ados.Assi m, aI gr ej a possuium “ conj unt ol i t úr gi co”bem defini do,compost o de:Mi ni st r os ( pr esbí t eros docent es e regent es) ,di áconos,l í deresdi ri gent es,cant ores,coral , i nst rument i st as.Est econj unt oharmôni codi ri geoservi çol i t úr gi codoqualt oda a comuni dadepart i ci pa pormei o do r esponso:Cânt i cos,l ei t ur as r esponsi vas, l ei t ur asuní ssonas,oraçõesereci t açõescr edai s. Ot r abal ho di aconaldur ant e o cul t of az part e del e como component e necessári odal i t ur gi a,queét ambém di aconi a.O Cul t oaDeusédi acôni copor excel ênci a.
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09-Conj unt odi acôni co Aexi st ênci adaI gr ej a,em simesma,éum cul t oaoCri adoreSenhor .Tudo queel af azet udooquesef azdent r odel aeporel a,f azseaoseuCabeça,Jesus Cri st o.São ver dadei r os ador ador esos quet r abal ham na I gr ej a em quai squer f unções,at i vi dades,of í ci osemi ni st éri os. Enganamse osque pensam queo cul t o soment e se ef et i va na r euni ão devoci onaldoscr ent es.Cul t oéqual querservi çopr est adoaDeus,especi al ment e osquecooper am paraaor dem eauni dadedaI gr ej a.Al i ás,aconsagr açãomai or nãoédosquesão“ at i vos”nar euni ão,masdosquesãodi nâmi cos,dedi cadose efici ent esnocumpr i ment odeseusmi ni st ér i osdi ver sos. O conj unt odi acôni codaI gr ej asecompôede:
Consel ho,
J unt aDi aconal ,
Super i nt endent edaEscol aDomi ni cal ,
professores,
di r i g ent e si nf ant i s ,
regent es,
di r et ori asdepart ament ai s,
secretarias,
servi çodesom,
servi çosgráficos,
servi çodemanut enção,
servi çosdi pl omát i coseout r os.
Sem asat uaçõesset ori ai sdosvári osservi çosdi acôni cos,ordenadosporum si st ema gl obal i zant eeharmoni zados pel o espí ri t o decooper ação,a I gr ej a não ser áumaboa comuni dadel i t úr gi ca.Osser vi çosi nt egr adoshabi l i t am aI gr ej a, qual i ficandoal i t urgi aexi st enci aldocorpoecl esi al .Part i ci pardal i t urgi a,poi s,é t r abal harnaeparaaI gr ej aem quai squerat i vi dades,i ncl usi veadi sposi çãode secongregar .
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10-Art esl i t úr gi cas SendoDeusoCr i adoreSenhordet odasascoi sas,Sal vadordosel ei t os, dono de t udo o que exi st e,o mel hor ,evi dent ement e,t em de ser para el e, especi al ment e no campo das art es,onde a cr i at i vi dade humana,por doação di vi na, evi denci a a sensi bi l i dade daquel e que Deus cr i ou à sua i magem e semel hança. Asart esl i t úr gi caspr i nci pai ssão:
01-Reci tati va: Na Si nagoga havi a pessoas t r ei nadas para l ei t ur as bí bl i cas.Na I gr ej a t ambém devehaver .O quet em di ficul dades,t r ei neem casa.Repi t amui t asvezes a l ei t ur a em voz al t a, cadenci ada, r espi r ando nas pausas vi r gul ar es, pr onunci andobem aspal avr as.Nãol ei acorr endo,at r opel andoaspal avr as.Lei a para a I gr ej a,pausadament e,não para simesmo,com a mel hor ent onação vocál i capossí vel .Nal ei t ur adossal mos,observeosver sospar al el os,pr ocur ando aênf asei deográfica.
02-Artedal ei turacomuni tári a: Na l ei t ur ar esponsi va o di ri gent e não dev e quebraro t ext o com er r os e pont uações i nexi st ent es ou desr espei t ar os acent os gr áficos e as pausas marcadaspel asví r gul as.Cadal edort em deouvi ral ei t ur adosi r mãosparanão seat r asarou adi ant ar se. Al ei t ur auní ssonasi gni fica:Lei t ur af ei t aaumasóvoz,i st oé,aI gr ej af al a aDeusem uní ssono.Nomoment odal ei t ur aaI gr ej aéumaúni cabocaeum só ouvi do,f al andoeouvi ndoaomesmot empo.
03-Artemusi cal :
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A mel hormúsi cadeI sr aeler aacant adanot empl oenasf est assol enes como a da expi ação. Not ase i st o pel al et r a dos sal mos,part i cul arment eo “ hal el ” ,sal mosde113a118. As i gr ej as r ef or madas el evar am o ní vel da músi ca popul ar não concupi scent e,adapt andoaàr ever ênci adaadoração.A músi casacr acl ássi ca devemui t oàRef orma,pri ori t ari ament eaol ut er ani smocom suafigur amáxi ma, J.S.Bach.Os ant i gos cor ai s,l ut er anos a cal vi ni st as,nobi l i t avamse pel a qual i dadel i t er ári a,zel odout ri nári oet écni camusi caldeseushi nosecant at as. Deus,cert ament e,éoPaidasart es,vi st oseroPaidosar t i st as.Al ém domai s,é oReidosr ei s,august o,sober ano.Não sehá del ouvál ocom vul gari dadepor mei o de l et r as,mel odi as e r i t mos popul arescos,sem qual i dade e nobr ez a.A mel hormúsi ca,como acont eci a em I sr aele nost empos da Ref or ma,precisa vol t araosnossost empl os,subl i maroscul t os,enri quecerasl i t ur gi asmoder nas, engrandeceroCri ador . A I gr ej a, em qual quer aspect o, t em de ser model o par a o mundo, i nfluenci á-l o,cr i arparael e,j amai sseri nfluenci adaporel e.Quandoseouvem hi nos,cori nhosecançõesori gi nári osdacul t ur apopul arou advi ndosdof ol cl ore i dol at r i zadocom r i t mosdesambael i nhasmel ódi casher dadasde“ f ol i asder ei s” e candombl és, a t ri st ez ai nvade o cor ação dos el ei t os de bom senso,poi s pr esenci am a ant es i macul ada noi va do Cor dei r o sambando; f azendo cor eogr afias cêni cas,pr ópri as das art es de r epresent ação nos pal cos e nos pal anques;r eproduzi ndogest osmí mi cosdaador açãopagã,t í pi cosde“ mães-desant o” ,oude“ ôl a”deest ádi osdef ut ebol . Longe,mui t ol ongeest ãot ai s“ cul t osdel ouvor”daadoraçãoi nst i t uí dapor Deus em I sr ael ; do cul t o si nagogal ; das cel ebrações cúl t i cas da I gr ej a pri mi t i vada; da l i t ur gi ar ef ormada cal vi ni st a; da pr oj eção do cul t o cel est e r evel adoem Apocal i pse.Deus,august oe sober ano,não deve ser exal t ado e acl amado da mesma f or ma com que se ovaci onaesel ouvao“ ReiMomo”ou sevul gari zaum sant odof ol cl orebr asi l ei r o. At ent em par a ost ermosr espei t ososer ever ent escom queCri st o sedi ri gi u ao
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Pai .I gr ej aemundosãoant i t ét i cosent esi .O povosagradocont i nuaseparadodo mundopr of ano,eassi m hádeseret er nament e.
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11-Est ét i cadi ri genci al Nãof oisem mot i voqueDeusdet er mi nou queossacer dot essevest i ssem adequadament e,eat écom r equi nt eel uxo,paraascel ebr açõesl i t úr gi cas.Nãose r equer em hoj eves t essacer dot ai s,masadi gni dadedapessoadeCr i st o,Senhore cabeça da I gr ej a,exi ge do di r i gent ei ndument ári a decent e,di gna,di scr et a, r espei t osa.Comoosí mbol omoder noder espei t oéot er nocom cami sasoci ale gravat a,queassi m sevi st am odi ri gent el i t úr gi coeopr egador .Nãoseesqueçam opr egadoreodi ri gent edocul t odesuascondi çõesdeservosdeCr i st oaservi ço deDeusem nomedaI gr ej aecom el a. A vest i ment ai nadequada do di ri gent e, al ém de ser desr espei t osa, é péssi moexempl oparaacomuni dade,quepodedescui dar seda i ndument ári a, mi r andoseem seus l í der es,e acabarr el axando o comport ament o na I gr ej a dur ant eo cul t o.A vest edescont r aí da i nduzà descont r ação.E mai s,ot empl o dei xadeserv er dadei r ament ea CasadeDeusparaset ornar ,noent endi ment o dos agr egados,apenas num l ocalde r euni ão onde se t r at am de assunt os r e l i gi os os ,s oc i ai s ,mor ai sepol í t i c os . O ambi ent e da I gr ej a ea r ev er ênci a ao Sal vador r equer em vest i ment a adequada,despi dadequal querapel açãoaol uxoexager adoeàsedução.
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12-Est ét i cat empl ári a Exami ne a const rução do t empl o.Vej a como Deus or denou art í st i ca e est et i cament easuaconst ruçãoeadi sposi çãodosmóvei seut ensí l i osl i t úr gi cos. Est edesvel oest ét i codevepr eval ecerem nossost empl ospel a arqui t et ur a adequadaàr eal i zaçãoeà sol eni dadedosser vi çossagradospel adi sposi çãodo púl pi t o,pel a col ocação do cor al ,do órgão,do pi ano,da or quest r a,dos vasos ornament ai s. Lembremse de que a comuni dade se post a de f r ent e par a osmóv ei s, ut ensí l i os, coral , di ri gent e e pr egador . A desarmoni a do compl exo l i t úr gi co pr ovocamal est arnacomuni dade.O bel oeoharmôni cof azem part edal i t ur gi a. O ambi ent edecul t odevesersol ene,t eral egri adi scr et aeof er ecerum ambi ent e de r eflexão,medi t ação e cont r i ção.A nave preci sa ev ocar o sent i ment o de r everênci aei nt r ospecçãomedi t at i va.
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13-Li t ur gi acri st ã,herançaj udai ca 01-Li turgi adosacri f í ci o: O pont odeconver gênci adocul t ot empl ári oem I sr aeler aosacri f í ci o.Sem el e não se adorava a Deus,não se l he demonst r avam cont ri ção,gr at i dão e submi ssão;nãosel heconf essav am ospecados,nãoser ecebi aoper dão.Enfim, sem sacri f í ci onãohavi aservi çol i t úr gi co( pul chan) . NoNovoTest ament o,dei gualmanei r a,ocul t ocent r al i zasenosacri f í ci o deCri st oreconst i t uí domemorat i vament enori t oeucarí st i co,napr ocl amaçãoda pal avr a sal vadora e na confissão de pecados.O cul t o,por sua nat ur ez a,é cr i st ocênt ri co,mas de um cr i st ocent ri smo f undament ado excl usi vament e da Pal avr a de Deus;Cri st o segundo a r evel ação bí bl i ca;não o das “ r evel ações” ext r abí bl i cas;nãoot r ansubst anci ado( sacrament ado)nosal t aresporor denação sacerdotal.
02-Ordem docul tosacerdotal : Aor dem nat ur aldocul t osacer dot alem I sr aeler a:
a.Reconheci ment odapr esençarealdeDeus. b.Consci ênci adequeDeusr eal ment eper doaospecadosconf essados. essandosobr eacabeçadoví t i ma c.Confissãodepecadoscom asmãosdoconf oferecida.
d.Mort edaví t i ma,si mbol i cament ecarr egandoospecadosconf essados. e.Decl araçãodeper dãopormei odosacer dot e. f . çãodegraçaspel A ami seri cór di adoper dão. O sacri f í ci odaví t i maem l ugardopecadorerai mpr esci ndí vel ,poi s“ sem der r amament odesanguenãoháremi ssãodepecados” .Hoj eCri st oéosacr i f í ci o em l ugardo pecador ,mast ambém éor essurr et oporel e.O queacont eci aem I sr ael ,acont ece,noessenci al ,naI grej a:Nossospecadossãodeposi t adosaospés da cr uz de Cri st o em confissão,par a que seu per dão et er no t enha poder di nâmi coer est aur adornacont i nui dadedaexi st ênci adoescol hi do.A confissão,
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port ant o,é cent r ale essenci alno cul t o cr i st ão.A I gr ej a que conf essa seus pecadosesehumi l ha:Louva,adoraeser veaoSal vador . NoVel hoTes t ament oo pecadorer asacr i ficadosi mbol i cament enaví t i ma queof er eci aem hol ocaust o.NoNovoTest ament oopecadorér eal ment emort oe r essurr et oem Cri st o,ao mesmot empo,Cor dei r oeSacer dot e.A I gr ej a é,poi s, conf essi onalnot est emunhoeconf essant enocul t o.
03-Herançasi nagogal : Não l he sendo per mi t i do o sacri f í ci o,a Si nagoga cent r al i zou o cul t o no ensi no( l i mud) ,especi al ment eodaTorah edospr of et asbem comonaconfissão i ndi vi duale col et i va de pecados e cul pas,na esper ança de mer eci ment o do per dãoanualnograndedi adaexpi ação.A “ di daquê”eo“ kerygma”ori gi naramsedal i t urgi asi nagogal ,i st oé,l áest ãosuasraí zes.Ênf asesdoCul t oSi nagogal :
Ensi no,confissão,pregação. A si nagoga usava o sal t éri o,compunha cânt i cos,segui ndo a t r adi ção sal t eri al ,epr oduzi ahi nosnovos,sempr econf ormeasl i nhasmest r asdapoesi ae damel odi adossal mos.O quecaract eri zavaseu“ cânt i coespi ri t ual ”nãoer am as “ i nspi r ações”sent i ment ai s e mí st i cas,mas a fidel i dade mel ódi ca e t ext ualàs Sagr adasEscr i t ur aseàhi nódi asal t eri al .Dessemodo,ocul t osepr eservavada i nvasão das “ novi dades”l i t úr gi cas do pagani smo r ei nant e,mui t oi nfluent ee at r aent e,sobr et udo no que se r ef er i a às ador ações de di vi ndades l i gadas ao sort i l égi o eà f ert i l i dade;evi t ava t ambém as i nfluênci as pr of anas das orgi as, secul ar esousacr al i zadas,dasbacanai s. E não se deve esquecer que os cânt i cos,hi nol ógi cos ou não,podi am causara cont ami nação do al t arpel os r i t mos per cut i doresacompanhados de cor eogr afias e danças sensuai s dos cul t os da prost i t ui ção sagr ada em que o sensual i smoeo sexual i smoer am conf undi doscom espi ri t ual i dade.O or gasmo marcava a “ ent r ada”do espí r i t o da di vi ndadepagã no cor po do sacer dot eem coi t o“ sagrado”com asacer dot i sa.Nãoseper mi t i at ambém ai nt r omi ssão
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das “ canções de har ém” ,que as mul her es e odal i scas ent oavam ao sul t ão, macho querepr esent ava o “ r epr odut orsagr ado” ,o deusda r epr odução edas r essurr ei çõesest aci onai s.Tai scançõesromânt i casvi savam mai soerot i smoque oagapi smo,ecarr egav amsedegemi dosesuspi r ossensuai s.O harém,com seu r i t ual i smo sensor i al , é her dei r o dos cul t os da f er t i l i dade nos quai s as sacer dot i sas, t ambém prof et i sas, prost i t ui amse sacr ament al ment e com o sacer dot epormei odoqualadi vi ndadepagãf ecundavaomundo.O f al o(θαλοs M phal os)er aosí mbol osagradodaf ecundi dade,odeusdar eprodução.Canções er ót i cas pr oveni ent esdoscul t osda f er t i l i dadeou dossensual i smosdeharéns j amai s penet r ar am os cul t os do t empl o e da si nagoga,mesmo est a est ando i nseri danomundogent í l i co. Naver dade,asi nagoga f oiobal uart efirmedoj udaí smona di sper são,o sust ent ácul odaf éj udai ca,af orçamant enedoradast r adi çõesmosai cas;ei st o porseucul t of undament adonoensi no,naconfissão,naesper ançadeper dãoe napr ocl amaçãodal eiedospr of et as,al ém depr eservarocânt i cosal t eri al .São i nest i mávei sospapéi sdot empl oedasi nagoga,com seusr espect i voscul t os,na f ormação,est r ut ur ação,normat i zação,pr opagação e conserv ação dos val or es cul t urai sdaf édeI srael ,mant i dosat éhoj e. O mesmo papel t em o cul t or ef or mado. Desvi rt uál o é des t rui r os monument osdaRef orma,r asgarosnossosri quí ssi mosanai s,esquecendosede queospassosdo fim da j or nada dependem dosquef or am dadosnoi ní ci o.A Ref orma,sem dúvi da,r est aur ou opat ri môni ocul t ur aldo“ kerygma”edal i t ur gi a si nagogal , enquant o o r omani smo preser vava a r i t ual í st i ca ceri moni al e sacr ament aldot empl oj udai co,sem l evarem cont aasuasubst i t ui çãoem Cri st o Jesus,onovot empl odeDeusnomundo. Umaat ent al ei t ur adeHebr eusf ari abem aosri t ual i st assacri fici ai s,ai nda apegadosa sacri f í ci os i ncr uent os,conser vando hol ocaust os eal t aresem seus t empl os onde Cri st o é,“ l i t er al ment e sacri ficado”i ncr uent ament e em f avordo peni t ent e,segundoori t ualdami ssa. Fal t aanóscul t ur al i t úr gi ca,queI sr aelt i nhadesobr a.A I grej aquenão esqueceocami nhoporondepassou,saber á,com cer t ez a,ondeest áeparaonde
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vai .No t empl o,o acesso dos gent i os est ava vedado,mas na si nagoga,com obj et i voscat equét i cos,permi t i asel heso i ngresso,masnãol hesdavat odosos di r ei t ospr ópr i osdosj udeus.I st o,supomos,cont ri bui u paraosur gi ment o,na I gr ej a pr i mi t i va, de duas l i t ur gi as di st i nt as: A da Pal avr a, di dát i ca e quer i gmát i ca,e a do Aposent o Al t o,sacr ament ale r est ri t a aos membr os.O her met i smo l i t úrt i co dos pri mei r os t empos da I gr ej a ét ambém at ri buí do às per segui çõeseàsdel açõesdecrent esf r acosouf al sos. A si nagoga cel ebr ava a l i t ur gi a da pal avr a;o t empl o,a dos sacri f í ci os. Lembremosquea I gr ej ar omana cont i nuacom adossacri f í ci os,poi sem cada mi ssa o Cri st o ésacr i ficado na hóst i ai ncr uent ament epara queseu “ munus” vi cári osej aefici ent enaexpi açãodopecadoveni al .O al t ar ,noqualseconservao sacr ári o,ocupa ol ugarcent r aldocul t o,sendooofici ant ei ndi spensávelcomo “ medi ador”dagraçasal vadora.Éumal i t ur gi asacrament al i st a. Gr andepart edar ef ormamant ev ea di cot omi aj udai cadosdoi scul t os,um dos sacri f í ci os,agora subst i t uí do pel a Sant a Cei a,ant i ga cer i môni a do Aposent o Al t o,eodaPal avr a,dest i nadoaoscat ecúmenoseàspessoasnãoi ncl uí dasna membr esi adaI gr ej a. Cal vi noel i mi nou t aldi cot omi aao est abel ecerauni dadeeuni ver sal i dade dal i t ur gi anabi pol ari dade:Pal avra-eucari st i a.Def endeu at esedequeaSant a Cei a dever i a est ar pr esent e,como part e essenci al ,em t odo cul t o e,mesmo ausent e,suat eol ogi ahaver i adeper manecernai nt ençãoenapr ocl amação do pact oassi m comonor eavi vament odaesper ançaescat ol ógi ca:Por.ue todas as ve2es
.ue comerdes este p+o e %e%erdes o c'lice, anunciais Ahi st óri adar edençãosumari zaseese a morte do en(or, at5 .ue ele ven(a 7I Co 88O": at ual i zanocul t opel apr esençadeJesusCr i st osem aqualnãoser eal i zadef at o. A Cei a doSenhorr eat ual i za a al i ança e,em consequênci a,vi abi l i za a I gr ej ae aprof unda-l he a esper ança escat ol ógi ca,f or ça que a mant ém no cami nho do êxodocri st ão. Nosi st emaepi scopaldecul t o,sacrament al i st a,opúl pi t oficar el egadoao segundopl ano,enquant oamesaeucarí st i ca,equi val ent eaoal t ar ,t omaol ugar
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cent r aldo “ debhi r ” do t empl o,poi s o sacr ament o é mai si mport ant e que a palavra. Nal i t ur gi acal vi ni st a,opúl pi t o,al t ardapal avra,deondesepr onunci ao orácul opr of ét i co,i st oé,amensagem bí bl i ca,t ant oquant oamesaeucarí st i ca, onde secel ebr a a Cei a do Senhor ,r ememori zação do Cal vár i o,r enovação do pact o da gr aça, ret r ovi são dos gr andes f ei t os r edent or es de Cri st o Jesus, ant evi sãodosevent osescat ol ógi cos,est ãonocent r odocul t o,nomesmograu de i mport ânci a,depr oemi nênci a,desi mbol i smo,desi gni ficado;por ém,apal avr a ant ecede,naest rut ural í t úrgi ca,aeucari st i a. Ei s uma her ança si nagogalr eabi l i t ada pel a Ref or ma e que deve ser conser vada na I gr ej a.O arr anj o do espaço r eserv ado ao ser vi ço l i t úr gi co do t empl o deve cl ari ficar i st o ao ent endi ment o e ao sent i ment o dos fiéi s.El es preci sam saberque no cul t o ouvi r ão a pal avr a de Deus e comungar ão,pel a Sant aCei a,com oRedent orecom seusi rmãosr edi mi dos.Asdemai spart esda l i t ur gi adecorr em dest aseasr ef or çam econfirmam.A Pal avr adeDeus,l i dae procl amada,ea cel ebr ação da Cei a do Senhor ,sãoas duascol unassobreas quai sconst r ói seal i t ur gi acri st ã.Noent ant o,nament edosl ei gosena“ pr axe” daI gr ej aapr egaçãoea Cei aficam f or adaor dem l i t úr gi ca.Fr asescomoest as Eu di r i j oa l i t ur g i a eos e nho rpr e g a” .“ De po i s do c u l t oo são comuní ssi mas:“ se nhorfica c om a pal avr a par ac el ebr ara Cei a” . Cal vi no cor ari a de “ sant a
i ndi gnação”com t alcompr eensãodocul t o,col ocandoosecundári onol ugardo
A avradeDeuseaCei adoSenhorsãoaessênci ae pri nci pal .Rei t eremos : Pal of undamentodocul to,dal i turgi a.
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14-Li t ur gi aSi nagogal A l i t ur gi a da Si nagoga possuí a,como j á del i neamos,el ement osbási cos, quel hedavam f or maeest rut ur ael heper mi t i am umaor denaçãomai soumenos consi st ent eeest ável .Porexempl o:A oração de“ l ouvorpel o conheci ment o da gl óri a de Javé” ,poruma enf át i ca det er mi nação t al múdi ca,obri gat ori ament e dava i ní ci o ao cul t o.Depoi s vi nha a “ confissão de pecados” ,que precedi a, si st emat i cament e,ao sacr i f í ci o,no t empl o.Sem confissão a ador ação não se r eal i zava.Of er ecendo o sacri f í ci o,o peni t ent e cri ava a cer t eza do per dão de Deus,eent ãoagr adeci a.Er aomoment odegr at i dão. Nest a part edocul t o,oadoradorci ent i ficavasedosf avoresdi vi nosael e pr opi ci ados, i ni ci ando o moment o de or ações gr at ul at óri as, l audat óri as e i nt er cessóri as.Segui ase o ensi no,especi al ment e da “ Torah”e dos pr of et as. Encer r ava-seoser vi çol i t úr gi cocom aBênçãoAaraôni ca.O pecadonãoer avi st o como“ at odef al hamor al ” ,mascomot r ansgr essãodaal i ança,desobedi ênci aa Javé. Jamai ssei magi navaum “ Deusausent e” ,uma“ di vi ndadedi st ant e”aser “ i nvocada” ,poi soDeusdeI sr aelt aber nacul avacom seupovo.Er am asef et i vas r eal i dadesdaexi st ênci adeJavéedesuapr esençar ealascausasger adorase mant enedoras:Da vi da dos el ei t os,da bênção do pact o,da dádi va do l ei ,da r eal i zaçãodocul t o,daesper ançanor ei noporvi rdoMessi as.
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15-Or dem docul t osi nagogal Aspart esdocul t osi nagogaler am permanent es,podendovari arapenasa col ocação del as na or dem l i t úr gi ca,mas não si st emat i cament e.Ei s como se cel ebr avaocul t osi nagogal :
01-Pri mei raParte a. Louvor: Quando se reconheci a a gl ór i a ( sheki nah) de Javé. Lei t ur a f r eqüent ement eusada:Ne.9. 523.
b.Oração : ot Y zer( oCri ador ) ,oquef azt odasascoi sas,oquedáavi daeger aos movi ment os. Est a or ação r eafirmav aaf é no Deus Cr i ador , governador e Sal vador .
c.Confissão de pecados:Sem confissão não sef azi a a ent r ega da ví t i ma sacri fici ale,port ant o,não havi a cul t o,t ant o o col et i vo como o i ndi vi dual .A confissãopr epar avaofiel ,naSi nagoga,paraogrande“ Di adoPer dão”naci onal .
d.Perdão : ví A t i masubst i t ut a,of er eci daport odos,gar ant i aoper dãot ant ona esf er ai ndi vi dualcomonacomuni t ári a.NaSi nagoganãohavi asacri f í ci o,masa i déi aeal embr ançadaví t i masacri fici alest avam pr esent eseer am cent r al i zant es nocul t o. aseaDeusoper dãor ecebi doet odasasdemai sgr aças. e.Grati dão A : gradeci Oscânt i cossal t er i ai s,ger al ment e,masnãoobri gat ori ament e,ent r avam aqui .
02-Segundaparte: a.Oraçãodo amor( Ahabah) :Porest aoraçãoopeni t ent esedecl aravaescr avo deJavé,sempr eàsuadi sposi çãoem quai squerci r cunst ânci as.Amor dedi cação er aoquenel aser equeri a. a serepudi ava a b.Oração de crença no Deus úni co ( Ehad -úni co) :Nest i dol at r i aeseafirmavapert enceraum úni coSenhor .I sr ael ,anoi va,sót i nhaum esposo,Javé.Af éver dadei r aj amai sédesvi adadoCri adorpar aacri at ur a. aseal ei t ur adeDt6. 49ouNm 15. 1741. c.Decl araçãodefé( Shemah) :Fazi
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t ooraçõesou uma or açãosócom dezoi t o d.Oração das bênçãos:Eram dezoi seções,agrupadasem:Adoração,grat i dãoei nt er cessão.
e.Ensi no:Leieprof et as.Comuni caçãodi dát i ca,nãor et óri ca. f .Bênção Aaraôni ca:Observequeest aordem obedeceaumaseqüênci al ógi ca, l i t ur gi cament ef al ando,poi sacompanhaosmovi ment osda al maem es t ado de adoração. A I gr ej a pri mi t i va,não mai s vi ncul ada ao si st ema sacri fici aldo t empl o, adot ou,com asmodi ficaçõesnecessári as,al i t ur gi adaSi nagoga,com ênf asena Pal avr a de Deus e na cel ebr ação da Cei a do Senhor ,subst i t ut a da páscoa j udai caememori aldosacri f í ci odeCri st o.
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16-O Deusqueconvoca O cul t o,t ant oodot empl ocomoodasi nagogae,conseqüent ement e,oda I gr ej a,ef et i vaseporconvocação deDeus,i st o é,el econvoca oseu povopara est arr euni dono l ocalondeseu nomese f azpr esent e.Port ant o,a assembl éi a l i t úr gi ca se r eune em Deus, congr egase pel o poder at r at i vo e pel af or ça i mper at i vadoSal vador .Di rí amosqueaI grej a( ekkl esi a-qahal )éemi nent ement e t eocênt ri ca. Seucent r ovi t aléDeus,nãoqueel aot enhachamadoparasi ;pel ocont r ári o,o Redent oréquecongr egaem t ornodesiosseusel ei t os.Sem apr esençadeDeus nãohácul t over dadei r o. Ret enhamosbem i st o:A I gr ej aéa assembl éi a dosqueDeusescol heem Cri st oJesus,nãoareuni ãodosquei nvocam adi vi ndadeparaqueel adesçaao l ocaldos i nvocador es. Também não se define como “ r omari a” a sí t i os de “ apari ções”em que a “ di vi ndade”apareci da sel i mi t a ao espaço e ao t empo, aguardando a “ vi si t a”dos fiéi s.Cul t o,porout r ol ado,não pode ser“ ascese” ext át i cademí st i cosquepr et endem “ sai r ”domei of í si copara“subi r em”aoscéus el á,em “ espí ri t o” ,est arem com Deus.O cul t oéosi naldequeDeus“ desceu”at é nós,agregounos a el e,f ez nos seus ador ador es.A pr esença de Deus ger ao cul t o,não ocul t o“ chama”Deusparaest arpr esent e.Havi anocul t odaI gr ej a pri mi t i va a “ api kl esi s” ,um t i po dei nvocação,não para“ at r ai r ”apr esença de Deus,comoseocul t ocomeçassesem el eef osseum mei odet r azêl oàt er r a, buscandoo do t r anscendent epar a oi manent e.A “ api kl esi s”er a uma súpl i ca paraqueCri st o consagrasseosel ement oseucarí st i cos,dessea el escont eúdo espi ri t ualparaqueacomunhãoset r ansf or massenum mei odegr açasparaos comungant es. Também se usava a “ epi kl esi s” escat ol ogi cament e como j acul at ór i a:“ Vem,SenhorJesus( Mar anat a) .O mesmosent i doepi cl ét i cosedava àpet i çãodaOr açãodoSenhor :“ Venhaot eur ei no” . AI gr ej apodei nvocaropoderdoDeuspr esent e,aut oreconsumadordaf é, paraqueest ej asempr esobr eel a,j amai sapessoadeDeuspara“ comparecer ”à
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r euni ão,poi sest a exi st ecomo consequênci a desua pr esença.Deus,pel o seu Sant oEspí ri t o,pr oduzocul t oquesuaI grej aexpr essaem at osl i t úr gi cos.
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17-Cul t o,umar eal i zaçãodoEspí ri t o É pel o Espí ri t o que a I gr ej a afirma que “ Cri st o é Senhor ” .Sem el et al confissãodef éver dadei r ament enãosepr onunci a:“ Ni nguém podedi zer :Senhor Jesus!senãopel oEspí r i t oSant o( ICo12. 3b) .Adi st i nt i vasabedori adeconhecer epr ocl amaraPal avr adeDeus,nosacer dóci ouni ver saldet odososcr ent es,vem doEspí ri t oSant o( ICo12. 8) ,i st oé,osdonsdapr egação,dapr of eci a( ICo14. 3)e doensi no( Rm 12. 7;Ef4. 11, 12) . O Espí r i t o,pormei odocul t o,t r abal haoaper f ei çoament odos sant os, poi s a l i t ur gi a cont ém os i nst r ument os necessár i os para i sso: “ Reconheci ment o da present e gl ór i a de Deus,confissão,per dão,adoração, l ouvor ,dedi cação,consagr ação,i nt er cessão,ensi no,pr ocl amação,comunhão.O convenci ment odoi ncr édul oéobr adoEspí ri t o( ICo14. 24, 25;Jo16. 811) . Ao pr of et a, i st o é, ao pr egador compet e pr egar sempr e. A ador ação ver dadei r aépr oduzi dapel oEspí ri t oSant o( Fp3. 3cfJo4. 24;Rm 8. 26, 27;ICo 14. 15;Ef6. 18;Jd 20) .A hi nol ogi a de queDeusse agr ada vem do Espí ri t o, i nspi r adordal et r aedamúsi ca( ICo14. 2, 25;Ef5. 19) . Ét ambém oEspí ri t oquenosl ev aaCri st oees t enoscol ocaem comunhão com oPai( Ef2. 28) .Porout r ol ado,oamorquenosvi ncul aaDeusenosuneaos i rmãosédádi vadeCri st omedi ant eoEspí r i t o( Rm 5. 5cfICo13) .Deusorgani za ocul t ocri st ão,comof eznoVel hoTest ament o,eoexecut apormei odesuaI gr ej a i nst rument al i zadapel oEspí ri t o.Nocul t opagão,ohomem est abel eceasnormas deador açãodeseusdeuseseaspr at i ca,sempr econf ormeosseusi nt er esses, sat i sf ações edesej os.O cul t o bí bl i co éi nst i t ui ção di vi na.E deuso cri ou eo or gani zoupara queohomem osat i sf aça.O cul t odev eseragr adávelaDeus,nãoaohomem ( Rm 12. 1. 2) .Est e só exper i ment aa“ boa,agradávele per f ei t a vont ade de Deus” , quandoof er eceael eat ot al i dadedesua vi da,cor poespí ri t o( Rm 12. 2) .I st osedádeduasmanei r as:Pel anegaçãodesi mesmo:pel aconsagr açãodesimesmo( Lc9. 23-27) .
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18-Model ol i t úr gi co 01-El ementosl i túrgi cosnoNovoTestamento: O Nov ot est ament onãocont ém um manualdel i t ur gi a,comot ambém não nos i nst ruiexpl i ci t ament e sobr ea r esponsabi l i dade da ent r ega do dí zi mo,a f orma bat i smal ,a Sant a Cei a par a as mul her es, a el ei ção de pr esbí t er os docent eseregent es,aguarda dodomi ngo.Est assãobí bl i caspori nf er ênci ase anal ogi as.Há del as “ si nai s”f ort es e i nconf undí vei s pel os quai s deduzi mos e concl uí mos cont eúdos e f ormas.Assi m acont ece com o cul t o.Al ém de sua bi bl i ci dade e f ormasve t ot est ament ári as,encont r amos,embor a não or denados,osel ement os essenci ai sdocul t oem t ext oscomo:ITs5. 1622;Cl3. 1618;Ef5. 1821.Nos t ext osci t adosseencont r am:a-Louvor ; b-Or ação; c-Açãodegraças; d-Pregação; e-Ensi no; f -Submi ssãoporvi aconf essi onal ; g- Regozi j o espi ri t ual . Não conf undi ro r egozi j o espi r i t ual com l udi ni smo sensori al .O r egozi j o sensori aldespert a ossent i dosenosi nduzaopr azereà sat i sf açãosensóri os.O regozi j oespi ri t ual ,i nt rospect i vopornat ureza,éaal egri a deest arcom Deuseservi l odi aenoi t e. Observamos, pel as i nf or mações r ecebi das por mei o dos t r echos menci onados,que o cul t o do Nov o Test ament o não er a anárqui co e nem i mpr ovi sado,poi sPaul o,oaut orsagradodel es,nosescl arecequet udodeveser f ei t ocom ordem edecênci a( ICo14. 33, 40) .
02-Model ol i túrgi co: A I gr ej a de Cori nt ot erservi do de base ecl esi ol ógi ca,pneumat ol ógi ca e l i t úr gi ca para mui t as i gr ej as,como se uma camuni dade pri mi t i va,a mai s pr obl emát i ca de t odas,pudesseservi rde parâmet r o para a I gr ej a uni ver sal .
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Cadacomuni dadepossuí avi rt udesedef ei t os,morment easgent í l i cas,comoade Cori nt o,quesedi st anci avadaI gr ej a-mãe,adeJer usal ém,cuj ocul t onadat i nha decari smat i smo. Al i t ur gi anumai gr ej acom di vi sõesepart i dos,com pecadodei ncest o,com i rmãos apel ando aos t ri bunai ssecul arescont r a out r osi rmãos,com avar ez ae car nal i dade,com cr ent esquenãopodi am serchamadosdeespi ri t uai s,masde carnai s( ICo3. 15;6)nãoservi r ádemodel oespi ri t ual ,poi sespi ri t ual i dadede f at onãoexi st i a.Mi r emonosnaI gr ej ai er osol omi t aou nadeFi l adél fiacont r aa qualoEspí ri t onãot ever est ri ções.Ael aocordei r odi z:Conserve o .ue tens, para .ue
nin$u5m tome a tua coroa 7>p 988%: Conservar,ei saordem! O cul t o deveserr aci onalsem el i mi naro emoci onal( ICo 14. 15 cfRm 12. 1, 2) ;nãoper dendonuncaseusf undament osbí bl i cos:
a.Of er t adeDeusaohomem: a-APal avrabí bl i ca,osacri f í ci ovi cári odeCri st o, oper dão. t ação, cont ri ção, confissão, dedi cação ou b. Responso do homem: Acei consagração,gr at i dão e mi ssão.Ei sa l i t ur gi a da r euni ão e da di spersão,da comuni dadeedecadafiel .
03-Exorci smo: O exor ci smonãoconst avadocul t ovet ot est ament ári o,dosi nagogaledal i t ur gi a da I gr ej a pr i mi t i va.Onde a I gr ej a se r eune é o “ Sant o dos Sant os” ,l ocalde encont r ol i t úr gi codeCri st ocom seusr emi dos 7Mt 8GO0:3 nde estiverem dois ou trDs
reunidos em meu nome, aí eu estou no meio deles E assi m comonada i mpur o podi a penet r aral ém do véu,no Templ o de Sal omão,domesmomodo,oi mpur odosi mpur os,o“ porco” ,deusdol i xoedas moscas,nãopenet r ao“ sant uári o”deCri st o,doSumosacer dot e,queéaI gr ej a, cor po do Cor dei r o;enem seapossa denenhum deseusmembros,poi st odos sãot empl osdoEspí ri t oSant o.Admi t i rqueSat anáspodeadent r aroCorpo de Cri st o,sua I gr ej a,epossui ros quesão t empl os do Espí r i t o,éo mesmo que admi t i rosacri f í ci odeporconoal t arsant í ssi mo,j amai spr of anado,ondeJesus
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Cri st o exer ceo mi ni st ér i o de Sumo Sacer dot e.O l ugarque o Espí r i t o Sant o ocupa não dei xa espaço para o Demôni o.Tr ansf or maro cul t o em sessão de exor ci smo é pr of anar a Casa de Deus,é desconhecer que o cul t o é uma ant evi são, uma ant eci pação escat ol ógi ca da comunhão cel es t e dos fil hos r edi mi doscom oCor dei r oremi dor . O cul t o bi pol ari zasena Pal avr a de Deus e na cel ebr ação da Cei a do Senhor ,doi spoder osí ssi mosmei osdegraçasconcedi dosàI grej ami l i t ant evi sí vel parasuaedi ficação.
04-Lí nguas: A l í ngua est r anha,bem como a est r angei r a não i nt erpr et ada,em nada edi fica a I gr ej a. Port ant o, como r ecomenda Paul o, deve ser evi t ada ( I Co 14. 3, 5, 9, 10, 12, 18, l 9) .A l í nguaest r anha(γλοσολαλια -gl ossol al i a)eoexor ci smo nãoconst avam da or dem docul t oraci onal(λογικοs M l ogi kos)daI grej apri mi t i va i er osol omi t a,f undament ada na t r adi ção j udai ca do t empl o e da si nagoga.O mai oremel hordom ger alpara a f r at er ni dadecomuni t ári a éo amor .O mai s i mport ant ecari smapar aaedi ficaçãodaI grej aéapr of eci a,pr egaçãodi dát i caou queri gmát i ca. Osdonsdeexor ci zaredecur arsãoequi pament osdosapóst ol os,exer ci dos na i mpl ant ação do r ei no de Cr i st o,mas el esnão osl ev avam para dent r o da I gr ej a como or dem pr ogr amát i ca da l i t ur gi a.Deus,quecui da deseusserv os, sabeoquel hesébom ou conveni ent e( Mt6. 6) .O cul t onãoéenem podeser uma“ di sput a”ent r eoEspí ri t odeDeuseoespí ri t osat âni co.Cul t o,r epet i mos,é ar euni ãodossal vosem Cri st oJesus,convocadosporDeuspar aador açãoem espí ri t oeem ver dade. Também,f ri semos,o Corpo deCri st o,a I gr ej a,eo corpo do cr ent e,do r egener ado,sãot empl osdoEspí ri t oSant o,ondeoDemôni onãopodepenet r ar .A I gr ej a,poi s,nãodevet r ansf ormar seem si nagogadeBel zebu.Nãoseorgul hede nocul t odesuaI gr ej a“ aparecer ”mui t o“ espí ri t omau” .AgradeçaaDeussenel e omal i gnonão semani f est a,poi sa mani f est açãodeDeus( t eof ani a) ,deCri st o
%)5
( cr i st of ani a) , ef et i vadas per enement e na I gr ej a, são i ncompat í vei s com mani f est açõessat âni cas. O cul t o é,aci ma de t udo, uma “ cr i st of ani a” permanent e, sent i da e per cebi dapel oscr ent es,i l umi nadospel oEspí ri t oSant o,nossi nai si nvi sí vei sdo gozoespi ri t ual ,da paz i nt eri or ,da edi ficação da al ma cont ri t a,da al egri a do sal vo,doper dão,daconsagr ação,dodesej oi r r epri mí veldeser vi r ,daharmoni a com Deusecom osi r mãos.
%*)
19-Li t ur gi anaDi daquê A Di daquê ( ou o Di daquê) ,document o ori gi nári o do pri mei r o sécul o, most r a,em pr i ncí pi o,como se cel ebravam os servi ços l i t úr gi cos na I gr ej a pri mi t i va:
01-Cul todomi ni cal : “Reunindo-vos no Dia do
Senhor, parti o pão e
dai graças, depois de
Aquiaordem confessado as vossas transgressões”.
haver
i ni ci aldocul t oaar aôni cose
obedece: azi a à vi st a do r econheci ment o da gr andeza e a.Confissão T : alconfissão sef maj est ade de Deus:“Porque isto é o que foi dito peo Senhor! "# todo ugar e te#po oferecer-#e-eis u# sacrif$cio puro, porque eu sou Rei grande, disse o Senhor, e #eu no#e é ad#ir%ve entre as nações”.
b.Ação de graças:Grat i dão pel a cer t eza do per dão eda r edenção,gr aci osas dádi vasdoFi l hodeDeus.
c. Comunhão: At o memor at i vo de vi ncul ação a Cri st o e de f r at erni dade comuni t ári a.
02-Cel ebraçãoeucarí st i ca: “ Ar espei t odeaçãodegraçasassi mf arei s” : egr aças( eucari st i a) ,nossoPai ,pel asant avi nha a.“Acerca do cál i ce:Damos-t deDavi ,t eu ser vo,aqualnosfizest econheci dapormei odeJesusCri st o,t eu servo.At iagl óri apar asempr e” . t egr aças,nosso Pai ,pel a vi da eo b.“E sobre o f ragmento de pão:Damosconheci ment o quenosdest ea saberat r avésdeJesusCri st o,t eu ser vo” .“ At i sej a a gl óri a pel os sécul os” .“ Como esse f r agment o est ava di sperso sobr e os mont ese,r ecol hi do,f ezseum,assi m sej ar euni daat uaI gr ej adesdeosconfins dat err aem t eur ei no!Porquet uaéagl óri a,t euopoderat r avésdeJesusCri st o par asempre” .
%**
t egrat os,Pai c.“Depoi sdadi st ri bui ção dosel ementoseucarí st i cos:Somossant o,port eunome,quefizest ehabi t arem nossoscor ações,pel oconheci ment o, ef é,ei mort al i dade,quenosdest easaberpormei odeJesusCri st o.A t isej aa gl óri apel ossécul os”. T pot ent e, d.“Ação de graças pel a cri ação e pel a provi dênci a : u,Senhoroni cr i ast et odasascoi sasporcausadot eu nome,edest eal i ment oebebi da aos homensparadel ei t e,paraquet esej am agradeci dos,masanósnosagr aci ast e com oal i ment oespi r i t ualeabebi dadavi daet er napori nst rument al i dadedet eu ser vo.Aci ma det udo,damost egr açaspor queéspoder oso.A t isej a a gl óri a par asempre” . e,Senhor ,det uaI grej a,par al i vr ál ade e.“I ntercessão pel aI grej a:Lembra-t t odo male f azêl a perf ei t a em t eu amor ,r eunea desde os quat r o vent os, sant i ficaa em t eu nome,quepar a el a pr eparast e.“ Porquet eu éo poderea gl óri apar asempr e” .
f .“Súpl i ca para vol ta de Cri st o( Maranata) : enha a graça,e passe est V e mundo!HosanaaoDeusdeDavi !Seal guém ésant o,aproxi mese;senãoo é, arr ependase:Mar anat a.Amém” . Not e bem: Toda seção t ermi na com uma doxol ogi a, uma decl ar ação exal t at óri adagl óri adeDeus,ger al ment ereci t adapel acongregação.Depoi sdas doxol ogi ascomument el i amseossegui nt est ext os:Ap4. 11;Mt24. 31;21. 9, 15;I Co16. 22. A Di daquê most r anos que a I gr ej a dos pri mei r os sécul os possuí a uma l i t ur gi a el abor a, execut ada pel o di r i gent e com r espost as da comuni dade. El abor açãoeregul ament açãoobser vamse.Nadadei mprovi soedei nfluênci as l ocal i st as.Mant i nhamseosví ncul oscom avel hadi spensação,ent endendoque aI grej aé,def at o,aconsumadaher ançadaví di ca.
%*%
20-Li t ur gi asegundoJust i noMárt i r( 140d. C. ) Em suaApol ogi aaAnt oni noPi o,r egi st r aossegui nt espr i ncí pi osde
OrdenaçãodoCul to: 01-Proanáf oraouLi turgi adaPal avra:(*) asdosapóst ol os:Text osdospr of et as,dosevangel hosedasepí st ol as. a.Memóri
b.I nst r uçãocom basenost ext osl i dos. açõesr equeri daspel asl i çõesmi ni st r adas.Dest aquesexort at óri os. c.Exort
d.Oraçõescomuni t ári asem f ormadel i t ani a. e.Sal mosehi nos. Hi nosecânt i cosespi ri t uai s,acr edi t ase,sej am osgrandescant osvet oe neot est ament ári os t ai s como: O Cânt i co de Mí r i am, o Cânt i co de Débor a, Benedi ct us,Magni ficat eet ext osdoNovoTest ament omet ri ficadosemusi cados.
02-Anáf oraouLi turgi adoAposentoAl to:(**) a.Óscul odapazour ecepçãocari nhosadosi rmãos. er t óri oem f avordosi rmãoshumi l des. b.Of
c.I nt r oduçãodosel ement os.Pal avrasdai nst i t ui ção. d.OraçãodeConsagração. e . çãodegraçaspel A acri ação,pr ovi dênci aer edenção( CfDi daquê) . f . namneses,r A ecor daçãodaPai xão.( 1) g.Dedi cação;col ocaçãodedonsevi rt udesnasmãosdeDeus. h.Epi cl esi s,i nvocaçãodoVer boedoEspí ri t oSant oparaabençoarem opãoeo vi nho.( 2) nt er cessões. i .I
j . mém congregaci A onal . st ri bui çãodosel ement os. k.Di
l .Comunhão. Despedi dadosfiéi s. m.
%*&
(*) -Pr oanáf or a:Mi ssaCat echumenorum. (* *) -Mi ssa Fi del i um.A pal avr a mi ssa si gni fica:Cel ebração da eucari st i a, sacr i f í ci o.
%*+
21-Li t ur gi adofim doI I Isécul oei ní ci odoI V. Como model o ger al ,a l i t ur gi a do perí odo menci onado pode ser apr esent adacom asegui nt eor dem:
01-Li turgi adaPal avra: a.Li ções:Lei ,prof et as,epí st ol as,At oseevangel hos. b.Sal mossel eci onados:Ent oados,podendoseri nt er cal adosent r el i ções. A el ui as:Açãodegr açasaoSal vador . c .l
d.Mensagem:( Umaoumai s) . t ani adi aconalparacat ecúmenosepeni t ent es.( * ) e.Li
f .Despedi dadoscat ecúmenosepeni t ent es.
02-Li turgi adoAposentoAl to: t ani adi aconalpar aosfiéi s,apósaqualsel i am osnomesdosmembrosda a.Li I gr e j al ocal , i ncl usi vadosf al eci dos.( 3) Pazsej aconvosco) . b.Bênçãodapazousaudação(
c.Of ert óri o. d . present A açãodosel ement oseucarí st i cos. ement os.Mi st ur avaseáguaaovi nho. e.Preparaçãodosel
f .Sursum Corda:( ci t adaem segui da) .( 4) onal( àsvez esoPaiNosso) . g.Oraçãocongregaci
h A . ção degraçaspel a:Cri ação,pr ovi dênci a,governo esal vação.( Acr ésci mo: Gover no) .
i .Sanct us( ci t adoasegui r ) . j . çãodegraçaspel A ar edençãoem Cri st o. k.Pal avrasdai nst i t ui ção. l . namneses( A r ecor daçãodaPai xão) .( 1) m. Epi c l e si s .( 2)
%*,
nt ercessão. n.I
o.Oraçãodomi ni cal . i çãodosel ement os. p.Part
q.El evação:“ O Sant oparaossant os” . avamseoshi nosdossal mos34e43. r .Comunhão:Cant
s . çãodegraçaspel A acomunhão. t ani adi aconalfinal .( 3) t.Li
u.Despedi dadosfiéi s.
Notas: 1.O Sanctuspodi aserapenasmonol ogadopel omi ni st r o. 2.Kyri eEl ei son : part A i rdot er cei r osécul ocomeçaseousodo“ Kyri eEl ei son” após a or ação de confissão ou depoi s da cada confissão dent r o da or ação conf essi onal :“ Tem mi seri córdi adenós” .
3.Li turgi adoaposentoal to: Nos perí odos de per segui ção da I gr ej aa“ l i t ur gi a do aposent o al t o”er a cel ebradasecr et ament e.Soment eosmembr os“ t est ados”del apodi am part i ci par . Talceri môni asecr et adenomi navase“ Di sci pl i naAr candi ” .O cel ebr ant edegl ut i a opãoei nger i a ovi nhopri mei r o.Guardavaseum t empo em si l ênci oeoração para depoi s ef et uar a di st ri bui ção. I sso se f azi a para evi t ar possí vei s envenenament o da comuni dade.As t r ai ções er am f r eqüent es.Também havi a, nãoraro,i nfil t r ações,apesardoext r emozel onavi gi l ânci a.
4.Sursum Corda: Mi ni st r o:Levant aivossoscor ações. Congr egação:Levant emol osaoSenhor . Mi ni st r o:Demosgr açasaoSenhor . Congr egação:Dar l hasédi gnoej ust o.
%*0
5.Sanctus: Mi ni st r o:Sant o,sant o,sant o,SenhorDeus,t odopoder oso. Congr egação:Pl enosest ãooscéuseat er r adat uagl óri a. Mi ni st r o:Gl óri asej aat i ,Senhor!
*Peni tentes:Osqueest avam sobdi sci pl i naou em obser vação.
%*1
22-Cul t oref ormado Na l i t ur gi a si nagogal ,com poucas modi ficações e adapt ações,a I gr ej a pri mi t i vabuscou f undament arseu cul t o,segui ndo aproxi madament ea mesma or dem.A Ref orma,especi al ment ea dal i nhacal vi ni st a,r et ornandoaost empos apost ól i cos e à pri mei r af ase da pat rí st i ca,est rut ur ou sua l i t ur gi a,como ver emos. Negando a cent r al i zação da I gr ej a no cl er o e a cent r al i dade da l i t ur gi a r omananami ssa,nahóst i at r ansubst anci adaem Cr i st o,aRef orma,mai spel as mãosdeCal vi no,fir maasbasesdocul t onof undament obi col unardaPal avr ade DeusedaCei adoSenhor ,t alcomosef azi anaI gr ej adasori gens,evi t andoa t odo cust o pr oemi nênci as ou evi dênci as sacer dot ai s,que desvi am do Cri ador paraa cr i at ur a oal vol i t úr t i coou,pel omenos,a i mport ânci a docul t oque,a part i rdo quart o sécul o,conf orme sevêno manual“ Const i t ui ção Apost ól i ca” , sur gi doporvol t a doano300 d.C. ,l i vr osI IeVI I I ,t ornousedemasi adament e ceri moni al i st a,sacrament al i st aecl eri cal i st a. Passamos,poi s,dost empospri mi t i vosda I gr ej aaodaRef orma,fixandonosno ext r aordi nári o ei nsuper ávelCal vi no,sem nosesquecer mosdequef oi Lut er oor esponsávelpel oscant oscor ai secomuni t ári osdaI grej a.O essenci aldo cul t or omanoéosacer dot e,medi adordoper dão edosacri f í ci odeCri st o pel a t r ansubst anci ação do pão em hóst i a.A comuni dade l ei ga depende,poi s,do sacer dot e,pararel aci onar secom Deusedel ereceberoper dão. A Ref orma quebr ou,est ri bada nasEscr i t ur asena I gr ej a pri mi t i va,est a di cot omi a ent r ecl er oel ei go,est abel ecendoosacer dóci ouni ver saldet odosos cr ent es.Ent ão,ocul t odei xou deseruma“ pr oduçãosacer dot al ”parat ornar se uma“ expr essão”det odacomuni dader el aci onadamedi ant eoEspí r i t o,aPal avr a i l umi nada, os sacr ament os da Cei a e do bat i smo e a or ação.Os hi nos, pr ocedent es dos mesmos f undament os e expondo as mesmas ver dades, enr i queci am,sem dúvi da,ocul t or ef ormado.
%*4
23-Cal vi noeoCul t o: Cal vi no,ao chegara Est r asbur go,vi ndo como exi l ado da Sui ça,( 1538) , encont r ou um cul t ovi br ant e,masdesor denado.Cadacomuni dade,àf ei çãode seul í der ,prest avaseucul t ol ocaldi f erenci ado. Não havi a uni dade l i t úr gi ca ent r e as i gr ej as. Pr ocur ando l ev ar as comuni dades,de mai ori a de compost a de exi l ados f r anceses,a um consenso l i t úr gi co,poi smui t asdi ver gênci as dout r i nári as começam com i ndi vi dual i smos cúl t i cos, t r at ou de est abel ecer parâmet r os, pr i ncí pi os normat i vos, para caract er i zareper sonal i zarocul t or ef ormado,f azendodel eum evi denci adordas novas dout r i nas ext r aí das das Escr i t ur as. Ent ão r edi gi u o seu pri mei r o A Fo r ma dasOr aç õe se a Manei r a de f ormul ári ol i t úr gi co,a quedenomi nou:“ Admi ni s t r aros Sac r ament os c onf or me o uso da I gr ej a Pr i mi t i v a” ( Est r ar bur go,
1540) .Est emanualcont i nhanormasger ai sdocul t o,t r azendot ambém vár i os sal mosmet ri ficadoscom suasr espect i vaspart i t ur asmusi cai s.Apri mei r aedi ção desapareceu, masasegunda( 1542)podeserencont r adanaBi bl i ot ecadeGenebra.Nomesmo anodasegundaedi ção,apareceu apri mei r aedi çãogenebri na.Ambas,al ém de est abel ecer am normas cl aras para o cul t o comuni t ári o,t r azem f órmul as para casament o,bat i zado,sepul t ament o. Cal vi no ent endi a que a I gr ej a,par a ser uni da,deveri a submet er se a r egras par amet r ai s dout ri nári as, di sci pl i nar es, governament ai sel i t úr gi cas. Cada comuni dade pres t ando cul t o à sua manei r a,a port a ficari a abert a às di st orções,aosdesvi oseàsdi vi sões.O cul t oéi mport ant edemai sparaficarà mer cêdei di ossi ncr asi asdel i der anças,nem sempr ebem f ormadas,ou expost o àsi nfluênci asext ernas.O cul t or eflet ea t eol ogi aecl esi ol ógi caedevemar cara f r ont ei r aent r eomundanoconcupi scent eeosagr adoespi ri t ual i zado. O gozoeaal egri aespi ri t uai svi br am oespí ri t oeent ernecem ocor ação.A orgi a, porém,i ncl usi veapi edosa,agi t aocorpoeest i mul aopr azersensóri o.Nocul t oa Deus,cel ebr adoem espí ri t oeem ver dade,aal maseel eva;nasor gi assagradaso sensór i o evi denci asee os sent i ment os (pur os ou i mpur os )conf undem-se.
%*5
Cal vi nosabi a,edout r i nou a r espei t o,quea Bí bl i a éa úni canorma da f é,da condut amoraleespi ri t ual ,daadoraçãocomuni t ári aei ndi vi dual .
%%)
24-Or dem docul t ocal vi ni st a ( ManualFr ancêsdeEst r asbur go)
01-Li turgi adaPal avra: a.Lei t urai nt rodut óri a:l 8O4G3 nosso socorro est' em o nome do en(or, Criador do c5u e da terra b.Confissãodepecados( i ndi vi duai secol et i vos) . c.Pal avrabí bl i cadeper dão. d .Absol vi ção ( Decl ar ação de que o per dão vem de Deus,decl ar ado porsua pal avranasEscri t ur as.Text osdecl ar at óri osdoper dão) . t ura do Decál ogo com a comuni dade r espondendo, após cada e. Lei mandament o,com o“ Kyri eEl ei son” :“ Senhor ,t em mi ser i cór di adenós” . Col ect a”pori l umi nação:Or açãobr evedededi cação( 6) . f .“
g.Li ção( ou past orai s) . h.Sermão.
02-Li turgi adoAposentoAl to: a . present A açãodaof er enda. b.I nt ercessões. c.“ PaiNosso”par af r aseado. d.Preparaçãodosel ement osenquant osecant aoCr edoApost ól i co. e.Oraçãodeconsagração( el i mi nouseaEpi cl esi s) . f .Pal avrasdai nst i t ui ção. ação. g.Exort
h.Partição. st r i bui çãodosel ement os. i .Di
j .Comunhão,enquant osecant aum Sal mo. Col ect a”póscomunhão( Or açãobr evedegr at i dãoedespedi dadosfiéi s) . k.“
l .BênçãoAaraôni caeApost ól i ca.
%%*
Despedi dadosfiéi spel opast or . m. A l i t ur gi a de Cal vi no f oiadot ada pel as i gr ej as cal vi ni st as da I ngl at er r a, Fr ança, Al emanha do Sul , Hol anda, Di namar ca e out r os, const ando, com The For m ofPr ayer s and modi ficaçõesquenão l heaf et avam a essênci a,no “ Mi ni s t r at i o no fSac r ame nt s ” daI gr ej aRef ormadaI ngl esa,publ i cadoem Genebra The Book ofCommon Pr aye r ”( r ec t o r yf o r Publ i c em “ 1552)e t ambém no “Di Wor shi p” daAssembl éi adeWest mi nst er .Est aúl t i maf ezal gumasmodi ficações,
masconser vouoessenci al .Ei saor dem docul t oconf ormeo“Di r ect ory” :
%%%
25-Cul t oSegundoDet ermi naçãode West mi nst er 01-Li turgi adaPal avra: ençasbí bl i cas. a.Chamadaàadoraçãocom sent
b.OraçãodeI nvocação( Nãodapessoa,masdopoderdeDeus) . noouSal momet ri ficado. c.Hi
d.Moment osdeOr ação( Adoração,gr at i dãoesúpl i ca) . noouSal momet ri ficado. e.Hi
f .Li çãodoAnt i goTest ament o. g.Sal mo,hi noouant í f ona. çãodoNovoTest ament o. h.Li
i .Mensagem paracri anças. noparacri anças. j .Hi
k.Reci t açãodoCr edodosApóst ol os. nt ercessões. l .I
m. Past orai seanúnci os. Col ect a”dededi cação. n.“
o.Hi no. mão( concl uí doounãocom or ação) . p.Ser
q.Hi no. ogi afinal . r .Doxol
02-Li turgi adoAposentoAl to: a.Pal avrasbí bl i casdeconvi t eàadoração. b.“ Col ect a”depur eza( Or açãobr evepar aDeuspur i ficaravi dadocr ent e) . c.Hi noouSal mo. d.Pal avrasdai nst i t ui ção.
%%&
A açãodosel ement os. e . present
f .Oraçãodeconsagração. st ri bui ção. g.Di
h.Comunhão. avr as de Consol o póscomunhão:Recor damse os i r mãos mor t os, j á i . Pal t ri unf ant es,par aconsol o dosquemi l i t am. nt er cessões. j .Brevesi
k.Sal mo,hi noou doxol ogi a. l .BênçãoApost ól i ca.
%%+
26-Li t ur gi adoLi vr odeOr açãoComum 1-Hi no. 2-Sent ençasBí bl i cas. 3-Exort ação. 4-ConfissãodePecados. 5-Or açãoDomi ni cal . 6-I nt r odução( Versí cul oserespost assegui dosde“ Gl óri aPat ri ” ) . 7-Sal mosem pr osae“ Gl óri aPat ri ” . 8-Li çãodoAnt i goTest ament o. 9-Cânt i co. 10-Cr edoApost ól i co. 11-Kyri e. 12-PaiNosso. 13-Suf rági os( 7) . 14-Col ect as. 15-Ant í f onas. 16-Açãodegr aças. 17-Sermão. 18-BênçãoApost ól i ca.
Notas: 1.Anamnesi s: Part e da l i t ur gi a quer el embr a a pai xão de Cri st o com t ext os bí bl i cos e hi nossacr osal usi vos.
2.Epi cl esi s: I nvocação do Deus Paipara vi t al i zaros el ement os eucarí st i cos.Cal vi no el i mi nouadesual i t ur gi a.
Model odeEpi cl esi s:
%%,
6Pai misericordioso8 ro%amos*te que, de acordo com a santa instituição de teu Ail"o nosso 9alador, sejamos feitos part)cipes de seu mui bendito corpo e san%ue. Enia, ó 9en"orY tua b$nção sobre este 9acramento para que nos seja o instrumento que eiba efetiamente o 9en"or 5esus7 2Da litur%ia escocesa de ;GBN3. 3.Li tani a: A l i t ani acompõesedecl áusul asi nt er cessór i asdi t aspel odi r i gent ecom a
eEl ei son”: 69en"or, tem misericórdia de nós7 . r espost adacongr egaçãopel o“Kyri Suaori gem r emont aàSi nagoga.Foimui t ousadanaI gr ej apr i mi t i va.Const ada l i t ur gi adet odaaI dadeMédi a,eLut er oi nseri uaem suaor dem docul t ocom pequenasmodi ficaçõeseadapt açõesànovael esi ol ogi a.
4.Sursum Corda: Er a o apel o do di ri gent el i t úr gi co para que os fiéi s se consagr assem a Deus: 6>eantai ossos coraç+es7 , o que equi val e: Dedi cai vos ao Senhor . I nvari avel ment eaoapel o( Sur sum Cor da)segui aseaoraçãodeconsagração.
5.Sanctus: 69anto, 9anto, 9anto, 9en"or Deus odo PoderosoY Plenos estão os céus e a terra de tua %lóriaY ?lória seja a ti, 9en"orY7 ( ou:Nóst ambém t edamosGl óri a) .
6.Col ecta: Col ect aéumaoraçãobr eve,conci sa,di r et a,com l ei sest rut ur ai sdefini das: “ Invocação: u, 9en"or... Cl áusul a rel ati va:Jue sondas os coraç+es... Petição: Seela*nos qual destes dois tens escol"ido... Afirmaçãodepropósi tos:Para preenc"er a
( VerAt os a%a neste ministério e apostolado... Concl usão:Do qual 5udas se transiou.7 1.24,25). Out r o model o de“ Col ect a” ,queconservar i gor osament easci ncopart es: “ ;único que podes %oernar as ontades e afetos rebeldes Deus todo poderoso ( i nvocação) dos pecadores ( Cl áusul a rel ati va) ; concede a teu poo a %raça de amar teus
;para que deste mundo, em meio aos mandamentos e aspirar as tuas promessas (Petição) acontecimentos ários e mudanças frequentes, nossas almas ol"em para a felicidade
%%0
;mediante 5esus 0risto, nosso 9en"or erdadeira e eterna ( Afirmação de Propósi tos)
( Concl usão) . Port ant o,asci ncopart esdaCol ect asão: 1-I nvocação. 2-Cl áusul ar el at i va. 3-Pet i ção. 4-Afirmaçãodepropósi t os. 5-Concl usão,quepodesercom umadoxol ogi a.
7.Suf rági os: Suf r ági ossãodi ál ogosent r eodi ri gent el i t úr gi coeacomuni dade,al gumas vezesi nt er cal adosdeor ações. Exempl odesuf r ági odal i t ur gi aangl i cana: Mi ni s t r o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .:O Senhorsej aconv osco. Congregação. . . . . . . . . . . . . . . . .:E com ot eu espí ri t o. Mi ni str o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .:Oremos:Senhort em mi seri córdi adenós. Congregação. . . . . . . . . . . . . . . . .:Cri st o,t em mi seri córdi adenós. Todos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .:Or açãodoSenhor .
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27-Li çõespar aaI grej adenossosdi as 01-Em nenhumaépocadaI grej aal i turgi af oidesordenada. Semprehouvepar âmet r ospar aquet odasascomuni dades,noessenci al , cel ebrassem omesmocul t o.Nuncaa I gr ej a dei xou a l i t ur gi a ficaràmer cêde “ esti l os”i ndi vi duai sdomi ni st ro,evi t ando i nt r odução,pel asport asdoi ndi vi dual i smo,deel ement osest r anhosaocul t oou dei nfluênci asmoder ni zant es.
02-Devemosf azerhoj eoqueosnossosantepassadosfizeram. A I gr ej anãopodeol vi darsuasr aí zesbí bl i casdocul t o.Jesusdecl ar ou à mul hersamari t anaqueaadoraçãomant ém ví ncul oscom ovel hopovo,poi sa sal vaçãovem deI sr ael :ós adorais o .ue
n+o con(eceis, nós 7os ?udeus: adoramos o .ue con(ecemos, por.ue a salva+o vem dos ?udeus 7 & 4OO: O Di vi noMest r euni ver sal i zaocul t o(Jo4, 21)eespi ri t ual i zaaadoração (Jo4. 23, 24) ,masnãor ompeol i ameent r eaant i gaeanovaor dem cúl t i ca,poi s aúl t i mapr ocededapri mei r a.
03-Nexosou herançasdavel hal i turgi adeIsrael : a.A i déi adeum Deuspresente,nãoinvocável . NoVel hoTest ament oocul t or eal i zav asenopr essupost oda“ pr esença”de Javé que,ant es “ t aber nacul ava”com seu povo;i a no mei o del e.Depoi s,no Templ o, “ r esi di a” no “ Sant o dos Sant os” , onde r ecebi a o cul t o que seus escol hi dosl hepr est avam:“ O Senhorest ánoseuSant oTempl o” .Agl óri adeJavé ( Sheki nah)não seaf ast avadol ugarsant í ssi mo.O Cul t o,port ant o,er a omei o pel oqualoador adorpodi aapr oxi mar -sedoDeuspresent e. NaI grej aof at oserepet e:nde se re@nem dois ou trDs em nome de esus, aí ele est'
7Mt8GO0:,oDeusquet aber nacul aconosco:E eis .ue estou convosco todos os dias at5 consuma+o dos s5culos 7Mt OGO0%: b.A confissãodepecados:
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Aof ert anãopodi aserof er eci dasem adevi daconfissãodepecadosaDeus pormei odosacer dot e.Nonov opov odeDeust ambém éassi m:Sem confissão ver dadei r ament econt ri t adenossos pecadosaDeuspormei odoSacer dot e,JesusCr i st o,nãoreceber emosoper dão. O arr ependi ment ol ev a àconfissão,quenãoési mpl esment edecl araçãof ormal de cul pa,mas arr ependi ment o si ncer o,cont ri ção,ent r ega de nossas vi das a JesusCri st oem “ sacri f í ci ovi vo,sant oeagr adávelaDeus,queéonossocul t o r aci onal ” .Ar r ependi ment ol á,arr ependi ment oaqui ;Confissãol á,confissãoaqui . O nexopermanece.
c.Sacri f í ci o: Osnossosant epassadosj udai cosof er t aram ani mai s,si mbol i cament epara nós,masreal ment eparael es.A novahumani dadeof er t ouseem hol ocaust ona pessoadeJesusCri st o,o Cordeiro de =eus .ue tira o pecado do mundo ASant aCei anos f azl embrart almi st éri o:Isto 5 o meu corpo, .ue ser' partidoJ “ I st oéomeusangue,o sangue da Nova Al i ança,der r amado em f avor de mui t os,para r emi ssão de pecados” .Toda a t eol ogi ar ef ormada sust ent a que a Sant a Cei a subst i t ui ua Páscoa;l ogo,el anãomorr eu,seucont eúdoesi gni ficadof oram t r ansf eri dospara aSant aCei a.Ei spor queaI gr ej apri mi t i vaet ambém ar ef ormadader am mui t o val orao“ Cul t odoAposent oAl t o” ,i st oé,eucar í st i co.
d.O Bati smo: O bat i smo, par a os r ef or mados, é subst i t ut o da ci r cunci são.O que acont eceu com a Sant a Cei a apl i case i gual ment e ao bat i smo:Mudouse a f or ma;mudar amse os el ement os, mas não se al t er ar am o si mbol i smo,o si gni ficado e o cont eúdo.O que a Ci r cunci são r eal i zava,em r el ação a I sr ael , r eal i zaoBat i smoem r el açãoàI grej a.
e.Outrosel ementosl i túrgi cos:
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Osout r osel eme ment osl i t úr gi cosdoCul t odeI sr aelcomo mo:Adoração,l ouvor , grat i dão, súpl i ca, i nt er cessão, dedi cação, consagr ação, pet i ção. . . est ão pr esent es,emui t oat uai s,nal i t ur gi adaI grej a.Somo mospoi sher dei r osdeI sr ael , por queanossasal vaçãovem del eporJesus.
04-Ordem fixa: Nãodef endemo mosumaor dem rí gi da,i nflexí vel ,decul t o.I st oseri ai nsensat o pori gnor arapr ópri adi nâmi mi cadavi daedahi st óri a.Por ém, m,hácoi sasquenão podem sermudadasporf azer em part edanat ur ez adof enôme meno,dof at oou do s e r . Exemp mpl os:Podeseachara l eidagr avi dademu mui t ovel ha,ant i quada,mas nãosehádemu mudál a.O Bat i smo mo,aCei a,osacri f í ci odeCri st o,ar essurr ei ção do Sal vador ,a confissão depecados,a r ecepção do per dão são coi sasvel has, masnãosuper adas.Fazem part edocul t ohoj ecomo mofizer am nospri mei r osanos da I gr ej a.Tamb mbém vocênãopodemu mudaraor dem l ógi cadascoi sas.Naor dem numér i cao“ doi s”vem depoi sdo“ um” .Ant esdeocr ent er eceberobat i smo monão pode t oma mara Sant a Cei a.Est a é a or dem l ógi ca,t eol ógi ca,psi col ógi ca e at é cr onol ógi ca. Na l i t ur gi a,o per dão não pode vi rant es da confissão por ques t ão de or denação psi col ógi ca.O Cul t o,port ant o,possuiuma or dem psi col ógi ca,que nãodeveseri nver t i da,especi al ment enoessenci alouf undament al :Ei l a:
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28-Or dem Psi col ógi cadoCul t o 01-Consci ênci adapresençadeDeus:Chama madaàAdoração: O cr ent e,paraqueocul t osej aver dadei r oeel esei nt egr ereal ment ecomo mo
ênci a”de queest adoradorem espí ri t o eem ver dade,t em de t oma mar “consci á f r ent eaf r ent ecom Deusnuma “audiência” pr of undaepermanent e.Di ant ede Deusoser voquenãosehumi l haédesr espei t osoei rr ever ent e. O pri mei r ogest odosúdi t odi ant edeseur eier aai nflexão.Tamb mbém assi m deve nossa post ur a na presença de nosso Rei ,que não é aci dent al ,mas per manent e.O i ní ci o do cul t o públ i co deve possi bi l i t ar a “ consci ênci a da presençadeDeus”nacomu muni dadee“ chamá mál aàador ação” .
02-Vi sãodagl óri adeDe Deus: A consci ênci adapr esençadeDeuspossi bi l i t aa“ vi sãodesuagl óri a” .Não l hevi sual i zaagl óri a,nãol hereconheceamaj est adequem nãot em consci ênci a desuapr esençar ealcomo moCri ador ,Sal vador ,obj et oesuj ei t odocul t o.O cul t oé como mo uma t r ansfigur ação,t endo Cri st o no cent r o,ospr of et as eMo Moi séscomo mo t es t emu munhas hi st óri cas e r ev el aci onai s, e os ador ador es perpl exos com o i nusi t adodagl ori osacomp mpanhi adaTri ndade. O ador adorquenãot oma maconsci ênci adama maj es t osagr andezadeDeus,da i ncr í veldi f er ençaent r eohumanoeodi vi noconf r ont adosnot emp mpoenoespaço l i t úr gi cos,dai ndescri t í velsant i dadedeseu Sal vador ,nãoest á pr epar adopar a r econhecer sepecador ,i ndi gno,mort aler el at i vament edespr ezí vel .
03 -Confissão: Di ant edasant í ssi mapessoadeCri st o,obj et i vame ment epr esent e,segundoa prome mes sa,7Eis .ue estou convosco: ,eo t est emu munho i nt er no do Espí ri t o Sant o,o cr ent e se vê na presença de Deus Pai ,Todo Poder oso,de r oupa suj a,não prepar ado para f es t a.Ol ha para dent r o de simesmo e sedescobre pecador, i ndi gnodeest ardi ant edoSal vador .Est a“ descobert a” ,obr adoEspí ri t oSant o,
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l evaoaprost r ar seaospésdoRedent orem humi l deconfissãodeseuspecados, del i t osecul pas. Como moj ádi ssemos,sem confissão,nocul t ovet ot est ame ment ári o,nãohavi aa of ert a doani malsacri fici alsubst i t ut o.O pecado er a ant esconf essado sobr ea ví t i mapar aent ãoof er ecêl aem sacr i f í ci o pori nt er medi açãosacer dot al .Assi m ocorr enocul t odadi spensação dagr aça: Quem se conf essa a Cr i st o e se humi l ha per ant e sua i macul ada pessoa, cer t ame ment er eceber áoper dão.
04-Perdão: Após a of er enda do sacri f í ci o havi a o conseqüent e per dão.O of ert ant e sabi aqueseuspecadosconf essadoshavi am si doexpi adosnamo mort eequei mada ví t i ma.Al i vi avase e se consi der ava mai s di gno per ant e o Redent or .Não é di f er ent enaI grej adeCr i st o.El anoschama maaoarr ependi ment oe,arr ependi dos, conf essamo mosl heos pecados edel erecebemoso per dão.No f undo da al ma o cr ent esabequeseuspecadosf or am per doadoseel econservadonacomunhão dosremi mi dossem r est ri ções. Cri st opodedi zeraoseuserv oqueseuspecadosf or am per doados,quando si ncer ame ment econf essados,pel ot est emu munho i nt er no do Espí ri t o Sant o ou pel a pal avradeper dãoqueel e,oVer bo,f al apel asEscri t ur asSagradas. Hápecadosi ndi vi duai seháoscol et i vos,comu muni t ári os.Tant ooi ndi ví duo comoacomuni dadedevem conf es saraDe Deusosseuspec ados.A consci ênci ade per dão,um gost osoal í vi o,conduzà gr at i dão,ao r econheci ment odedébi t o,ao agr adeci ment o, à home menagem gozosa prest ada ao benf ei t or , ao i mpul so l audat óri o.
05-Louvor: O Louvorexpres sa,em gr au el ev adí ssi mo,a gr at i dão do per doado ao Perdoador .E i st odema manei r aespont ânea,nat ur al .Aflor adedent r o,doí nt i mo, quasei nst i nt i vo.Aocor açãogr at oascoi sasficam mai si mpr essi vas,mai sl i ndas,
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mai s sugest i vas.O mesmo hi no,domi mi ni cal ment e cont ado,t ornase bel í ssi mo, subl i me,sent i ment aleespi ri t ualnosl ábi os docr ent ecuj o coraçãoéat i ngi do pel o per dão de Cri st o er epl et o de gr at i dão.Nest e est ado,o fielcant a com a ment e, com o cor ação e com o espí r i t o. A gr at i dão conduz ao servi ço, à dedi cação,àconsagração.
06-Dedi caçãoouConsagração: A gr at i dão éa expr essão ét i ca doamor .O gr at oéo queama epr ocur a demo monst r aro seu amo morporm me ei o de al guma f or ma de servi ço,de dádi va,de present e.O cr ent e que saide um cul t o sem vont ade de servi ra Cri st o,de dedi car seael edecorpoeal ma,depr ocl ama marasuaexi st ênci a,suapessoa,seu mi ni st ér i o esua del i ci osí ssi ma ami mi zade,est evenocul t o,masver dadei r ame ment e del e não part i ci pou e,em consequênci a,não sebenefici ou de suas bêncãos santificadoras. Quem ama ma quersempre:Ouvi ro ama mado f al ar;f al arcom el e;f al ardel e; f al ar a r espei t o del e em t odas as oport uni dades.O assundo do cr ent eéo Sal vador .Ansei avert odososseusami mi gose par ent esgoz andoasme mesmasgraçasem Cr i st oJesus.Seui mpul soéi nt er ceder j unt oaoDeusporel es.
07-I ntercessão: A i nt er cessãoeaedi ficaçãoest ãonomesmobl ocopsi col ógi co.O queeu quer oparami mi m,t amb mbém al mej oparaosmeusami mi gos.Edi ficomecom aPal avr a deDe Deus;pori ssodesej oomesmopar ael es,supl i candoqueDeusat ueem suas vi das,segundo o benepl áci t o do Sal vador ,t ant o par a cur af í si ca como par aa sal vaçãodaal ma.O mi ni st éri odai nt er cessãoéoexer cí ci odosacer dóci oger ale i ndi vi dual .Cri st oi nt er cedepormi mi mj unt oaoPai ;eu i nt er cedopel ospecadores j unt oaoFi l honoqualmeencont r o,r eal i zadoef el i z.
08-Edi ficação:
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Edi ficar é const rui r pel o ensi no,pel o consol o,pel af r at er ni dade,pel o amo mor servi ço,pel a dedi cação,pel acomp mpr eensão,pel oper dão,pel acooper ação, pel asi nceri dade,pel aami mi zade,pel acomu munhão,pel oespí ri t odei gual dade,pel o servi çoaopróxi mo,pel a consagração a Deus,pel a submi mi ssão ao Evangel ho e pel auni ãocom osconservos.Um ser mãopr eg adoaumaI gr ej anãoedi ficada é como movozquecl ama madodeser t o. Aedi ficação,poi s,i ncl uiapr ocl amação,masnãoser esumenel a.Deveser omo mome ment odoCu Cul t oem queseser veobanquet epar asust ent odopov odeDe Deus ef ort al eci ment o,pri nci pal ment edosf r acos. A Sant a Cei a ent r a no uni ver so cúl t i co da dedi cação.O andament o psi col ógi coconduzoadoradoraocl í max,ao est ági ol i t úr gi coda i nst rução,do pr eparo,dahabi l i t açãoparaasl ut asdurí ssi masnabat al hacr i st ãcont r aoma mal dopecado,damu mundani dade,dai ncr edul i dade. Dent r o dest a vi são psi col ógi ca,o di ri gent el i t úr gi co cami nhar áat ri l ha nat ur al ,cr emo mos,doespí r i t ohumanoquesecol ocaem ador ação di ant edeseu August oCri ador ,Sal vadorePai .Nadaf or çado,nadaest er eot i pado,nadar í gi do, nadame mecani zado.O Cul t ot em r egr asef ormas:Si gamo mol assem aut oma mat i zál as.
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29-Templ o,Tr onodeDeus ParaI sr aelot empl oer aot r onodeDeusnat er r a,l ocaldesuapr esença, si naldesuagl óri a,at est adodeseugovernosobr eseu povo,pont ode“ encont r o” ent r eoReidosrei seseussúdi t os.Est ai magem f oit ãof ort equeconst avanas vi sõesapocal í pt i cast ant odoVel hocomodoNovoTest ament os. Est et r ono t er r est r e vei o a sero sí mbol o do cel est e,poi s nel e est ava o Sant o dos Sant os,ondepousav a a gl óri a( Sheki nah)de Deus.Ao penet r aro t empl o,oi srael i t aerapossuí dodeumar ever ênci ai ndescri t í vel ,poi ssegni ficava es t arnaCasadoSenhor ,napr esençadoDeusal t í ssi mo.Seui mpul soer aode pr ost r ar se, conf essar e ador ar . Os pr of et as que most r aram, em vi sões, o t aber nácul ocel est e,davam,naver dade,um cont eúdoescat ol ógi coao cul t ono t empl o,t aber nácul odeDeusent r ehomens. O cul t o,port ant o,éuma assembl éi a deant eci pação escat ol ógi ca.Vej am que Cri st ol he dá es t a di mensão quando di z,na i nst i t ui ção da Sant a Cei a, subst i t ut adaPáscoaj udai ca:Pois vos di$o .ue nunca mais a comerei, at5 .ue ela 7a P'scoa:
se cumpra no reino de =eus 7Lc OO8": Todavez,poi s,quesecel ebraaSant aCei ao quadr osi mból i codocul t osacri fici alser epet eeumaant evi são escat ol ógi case r eal i za.Onde est á o sant uári o,Jesus Cri st o,aíest ão seus r edi mi dos.Essa r eal i dademí st i caseconfigur anareuni ãodoscr ent es,sempr eem Cr i st o,em um det er mi nado l ocalseparado e consagr ado par at alfim,o t empl o.O val ordo t empl or esi de noqueel econt ém,a comuni dadedossant os,enoquenel ese r eal i za,ocul t ocomuni t ári oem espí ri t oeem ver dade.
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30-Li t ur gi anaOr açãoDomi ni cal A Or ação Domi ni cal ,ensi nada e r ecomendada pornosso SenhorJesus Cri st o, cont ém prof undo cont eúdo l i t úr gi co e es t áf or mul ada em or dem decr escent e,part i ndodamaj est adedeDeus,ent r oni zadonoscéuset er mi nando com o homem em si t uação r el aci onaldeconfli t o com oseu semel hant eeem est ado def r agi l i dadedi ant edo t ent ador .A doxol ogi a final ,*Pois teu & o reino$ o oiusada na I grej a pr i mi t i va,mui t as vez es, poder e a ,l+ria para sempre: Am&m-$ f como r esponsocomuni t ári o,depoi sde cada pet i ção.Ei sa or dem do superi or paraoi nf er i or ,doSant oesober anoparaopecadori ncapazet ent ado:
a.Contempl açãodagl óri aedamaj estadedeDeus: Pai nosso .ue est's nos c5us b.Reconheci mentodasanti dadedeDeus: r ont a com o “ Sant o”e sent ea anti1icado se?a o teu nome O pecador se conf necessi dadedesant i ficaroseunome.
c.Reconheci mentodaexi stênci adorei nodeDeus: en(a o teu reino.A I grej a,r ei nomessi âni co pr esent e,supl i ca a vi nda dor ei no porvi r ,“ maranat a” .
d.Reconheci mentodorei nadodeDeustantonoscéuscomonaterra: Qaa)se a tua vontade assim na terra como 75: no c5u O pecadorsei ncl uinosroldosque f azem avont adedeDeus.Fazeravont adedeDeuséservi l o,eservi l oepr est ar l hecul t o.
e.Reconheci mentodadi ári aprovi dênci adi vi na: p+o nosso de cada dia d')nos (o?e f .Reconheci mentodoperdãodi vi no: em Perdoa)nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores .Deust uma r el açãodeper dão com oredi mi do para quees t et enha a mesma r el ação com oseupróxi mo.
g.Reconheci mentodaproteçãodi vi na:
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-+o nos dei
a.Cont empl açãodagl óri adeDeus,osant í ssi mo. ênci adapr esençadeDeus. b.Consci
c.Queavont adedeDeusser eal i zepel ot est emunhoemi ssãodeseupovo. d.Confissão. e. Consci ênci a do per dão di vi no. 6- Rel ações i nt er pessoai s de per dão. Convi vênci acomuni t ári a.
f .Enf r ent ament odot ent adoredat ent ação. Podese,poi s,or gani zarumaor dem decul t o,mui t ori caemui t obí bl i ca, baseada nost emas pet i ci onai s da Or ação do Senhore sua doxol ogi a final .A Or ação do Senhor pr ocur a conf r ont ar a cr i at ur a com o Cr i ador ,o pecador car ent edeper dãocom oSal vador ,odesprot egi docom oseu pr ot et or .E i st ose pr ocessa l i t ur gi cament e na r eal i dade coi nôni ca da I gr ej a e na vi da de cada cr ent e. El a não pode, port ant o, ser el i mi nada si st emat i cament e da or dem l i t úr gi ca.Al ém de seruma or denação de Cri st o,éri quí ssi ma em cont eúdo e necessári a à ador ação e à compreensão do que Deus exi ge de nóse do que devemossupl i carael e.
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31-I mport ânci adaOr dem Psi col ógi cadoCul t o A or dem psi col ógi ca do cul t o ét ão i mport ant e,quesef azpr esent enas grandest eof ani as deI sr ael ,t odas dent r o da i déi a da pr esença ent r oni zada de Deusnot empl ocel est eet err est r edoRei dosrei s,enascri st of ani asescat ol ógi casdoApocal i pse.A noçãodapr esençado Cor dei r o e a vi são de sua gl óri a provocam,i nt ui t i vament e,a genuflexão do vi dent eem t emoreador ação( Ap1. 117com dest aquedov . 17) . Nocapí t ul oci nco,avi sãodagl óri adoCordei r o,i mpr essi onant ecri st of ani a,há umal i t ur gi acósmi casegui daporout r at err est r e.Pri mei r o,adoramnoosquat r o seresvi vent eseosvi nt eequat r oanci ãos,opr esbi t erat ocel est e( Ap5. 11, 12)Em segui da,t odasasdemai scri at ur asdat er r aedoscéus( Ap5. 13, 14) . O encerr ament o de t ão f aust osa l i t ur gi a dásecom o Amém dos quat r o ser esvi vent es( Ap5. 14) ,osmesmosque,com ospr esbí t er os( 24anci ãos)der am i ní ci oaoexuberant eerev erent e cul t oaDeus. Osi l umi nadosvêem agl óri adeDeusesent em suamaj es t ade,prest andol he,conseqüent ement e,ador açãoel ouvor .Osr épr obos,vêem of aust o,af al sa gr andeza das best as emer gent es r espect i vament e do mar e da t er r a el hes prest am cul t oi dól at r acomot ambém seprost r am di ant edeSat anás,oDr agão quedápoderàsbest as( Ap13. 4, 12) . A i déi a da “ pr esença” do al ém por mei o de supost as “ ent i dades” ,de “ espí ri t osencost ados” ,de“ di vi ndades”pr et ensament erepresent adasem í cones ouser esdanat ur eza,l evam mi l har esàpr ost r açãoi dol át ri ca. Os prodí gi ose mi l agr es,f ei t osou não em nomede Deus ou de Cri st o, i l udem osi ncaut osporl hesdar em i mpr essãoda“ pr esençadodi vi no” ,eacabam adorando ant i cr i st os.Mui t os,os mai si nfiéi s e desonest os,espi r i t ual ment e f al ando, não procur am os “ mi l agr ei r os” por causa da “ adoração” a um ser t r anscendent e,masàpr ocur adebenef í ci ospessoai si medi at os. Quando es t abel ecicomo parâmet r o do cul t o,baseado em I saí as 6, a l i t ur gi a pr opost a no pri mei r o opúscul o,firmavame,como se pode obser var ,
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numa vi são ampl a vét er o e neot est ament ár i a da l i t ur gi a nasci da da “ mani f est ação”deDeus,dai mpl ant açãodocul t osacri fici al ,danecessi dadeda confissãodepecados,daof er endadesacri f í ci os,dael ei çãodeum povoespeci al e adorador . Tudo agor a, por ém, se consuma, l i t ur gi cament ef al ando, na encarnaçãodoVer bo,naorgani zaçãoda“ l i t ur gi adaCei a”,napr est açãodocul t o ant eci padordascoi sasdofim (at équeeuvenha) . A or dem psi col ógi ca do cul t o observase nas t eof ani as,na cri st of ani a, encarnaçãoepr esençadoCordei r or edent or ,nasvi sõesapocal í pt i casdaI gr ej a escat ol ógi cat ant onoest adoi nt er medi ári ocomonaconsumação. Com Rm 12. 1, 2em ment e,prest emosum cul t or aci onal( l ogi kós)aDeus. Tr abal hoescr i t oem 1993.Reescr i t oem 1995.
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Bi bl i ogr afia 01 - Maxwel l , Wi l l i am D. : El Cul t o Cri st i ano. Bi bl i ot eca de Est udos Teol ógi cos. Met hopr essEdi t ori al yGr afica.BuenosAi r es.Ar gent i na,1963. 02-Mart i n,Ral phP.:AdoraçãonaI gr ej aPri mi t i va.Edi çõesVi daNova,SP,1982. 03 -Sant os,Jonat han F.dos:O Cul t ono Ant i goTest ament o.Edi çõesVi da Nova,SP, 1986. 04-Von Al l men,J. J. :O Cul t oCri st ão,Teol ogi aePr át i ca.ASTE.SP,1968. 05-Eder shei m,Al f r edo:Fest asdeI sr ael .Uni ãoCul t ur alEdi t oraLt da.SP, 06-VonRad,G. :Teol ogi adoAnt i goTest ament o.ASTE,SP,1973. 07-Davi es,G.Hent on:Worshi pi nt heOT;art i goem TheI nt erpr et er ’ sDi ct i onaryoft he Bi bl e. Abi ngdonPr ess.New Yor k,1962. 08-Cr onbach,Abr ahan:Worshi pi n NTTi mes.Art i goem “ TheI nt er pr et er ” sDi ct i onary oft heBi bl e, Abi ngdonPr ess,N. Y. ,1962. 09 -Ri chardson,C. C. :Worshi pi nt he Ti mes Chri st i ans.Art i go em The I nt er pr et er ’ s Di ct i onaryof t heBi bl e.Abi ngdon Pr ess, ,N. Y. ,1962. 10-Davi es,G.Hent on:Theophany .Art i goem TheI nt erpret er ’ sDi ct i onaryoft heBi bl e. 11-Sonne,I . :Synagogue.Art i goem TheI nt erpret er ’ sDi ct i onaryoft heBi bl e. 12-Ri char dson,Al an:I nt r oduçãoàTeol ogi adoNovoTest ament o.ASTE,SP1966. 13-Kai serJr . ,Wal t erC. :Teol ogi adoAnt i goTest ament o.Edi çõesVi daNova,SP,1980. 14-Er hard,S.Ger st enber ger(Or gani zador) :DeusnoAnt i goTest ament o.ASTE,1981. 15 -Von Gr oni ngen,Ger ar d:Rev el ação Messi âni ca no Vel ho Test ament o.Luzpara o Cami nho.Campi nas, SP. 16 -Cal vi no,João :As I nst i t ut as ou Trat ado da Rel i gi ão Cri st ã.CEP.Tradução de Wal dyrC. Luz. 17 -Art i gos sobr e Cul t o,Adoração,Louvor ,Sacri f í ci os,Per dão,Confissão,Si nagoga, Templ o, Tabernácul o,hol ocaust oeout r osnossegui nt esdi ci onári os: 01-O NovoDi ci onári odaBí bl i a.Junt aEdi t ori alCri st ã.
%+) 02-Di ci onári odeTeol ogi a,Gr andRapi ds,Mi chi gan. 03-Di ci onári odaBí bl i a,JohnD.Davi s,JUERP. 04-Enci cl opédi aHi st óri coTeol ógi cadaI grej aCri st ã,Ed.Vi daNova. 05-Di ci onári oI nt ernaci onaldeTeol ogi adoNovoTest ament o,Ed.Vi daNova. 06-Vocabul ári oBí bl i co,VonAl l men,ASTE.
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APÊNDI CES Apêndi ceI– Louvor Louvor ,para a nova ger ação de evangél i cos,é cant armui t os cor i nhos, ger al ment e sem nenhuma or denação t emát i ca ou coor denação l i t úr gi ca. Si mpl esment ecant ar .Seot empodaseçãodecant osémenor :“ Louvor zi nho” .Se mai or:“ Louvor zão” . Mui t os ent endem que o “ l ouvor ” é uma espéci e de ext er nal i smo do cont ent ament oi nt ernodoespí ri t oque,r epr i mi do,expl odeem cânt i cosl údi cos, al gumasvezesdei ncont r ol ávelhi l ari dade. Háosquedefinem “ l ouvor ”como“ gr at i dãoaDeus” .umaf or maal egr ede agradeci ment o.Sãoconcei t osedefini çõespar ci ai sdel ouvor .Est e,par aI sr aele paraaI grej apr i mi t i va,si gni ficavaat ot al i dadedaconsagr açãodoservoaoseu Senhor . Cant ar l ouvor es er a uma part e si gni ficat i va do cul t o, mas não se const i t uí aem úni caenem apri nci paldel as,poi st odososat osl i t úr gi coser am at osdel ouvor .É si gni ficat i voqueoverbol ouvarem hebr ai co( hôdah) ,t r aduzi do ανειο − ai ευκαριστεο − euchari pel aSept uagi nt apor“ neo”e“ st eo”t em aconot ação
bási ca,pri már i a,de“ conf essar ”( Gn49. 8;ICr16. 7, 35, 41;23. 30;I ICr5. 13;7. 3; 31. 12;I s38. 18) .Out r ast emasl i t úr gi cosdocul t ovet ot est ament ári opodem ser t raduzi dos,event ual ment e,porl ouvor .Ei l os:
“ Barak” ,abençoar ,pr onunci arumabênção( Sl100. 4) :
“ Sabah” ,l ouvar ,el ogi ar ,enal t ecer( Sl117. 1;Dn2. 23;5. 23) ;
“ Rûa” ,acl amar ,cl amar ,gri t ar( Jó38. 7) . Aqui ,ami m mepar ece,at r aduçãodaBí bl i adeJerusal ém émai scorr et a:
Entre as aclamaes dos astros da man(+ e o aplauso de todos os 1il(os de =eus6 Ai ndat emos “ sî r ” ,cant ar( Sl106. 12) ,masnem t odososhi nosdosal t ér i oer am del ouvora Deus.Havi aosdel ouvaçãodorei .
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01-Louvorexi st enci al : I sr aelf oir et i r adodeent r easnaçõesparaserum povoexcl usi vodeDeus, andar em sua pr esença e l ouvál o cont i nuament e pel a permanent e e i ncondi ci onalservi çal i dade.A vi dadoservodeDeus,pel asubmi ssãoobedi ent e e espont ânea ao seu Senhor ,é,em simesmo,um “ l ouvor ”ao Pai ,Cri ador , Sal vadoreRei .Aocr i arahumani dadeem Adão eEva,qui sDeusqueel al he f ossei nt ei r ament efielequecadaserhumanot i vessecomofim pri nci pall ouvál o cont i nuament e por sua exi st ênci a di r eci onada pel a fidel i dade, honest i dade, i nt egri dade,consagraçãoi rr est ri t a,comunhãor est ri t a,sant i dadei macul ada. A queda,por ém, .r ompeu osl açosdacr i at ur acom oCri ador .O homem, al i enado de seu Pai ,cor r ompeuse,i sol ouseem simesmo,cai u em mi séri a mor ale espi ri t ual ,pecou.Pel os pact os noét i co e abr aâmi co Deus pr et endeu r eor gani zar um povo excl usi vament e seu, z el oso e de boas obras,que l he cul t uassecom excl usi vi dade.Nãof oipossí velem consequênci adaf r agi l i dadedo homem. Deus,depoi sder et ardara pr omessa com ocat i vei r oegí pci o,r ecol heu o seu povo,f r ági lerecal ci t r ant e,aopédoMont eSi nai ;firmou com el eum novo pact oel heconcedeu normaspact uai spel al ei ,paraquenãoal egassem ausênci a de pr i ncí pi os r egul ador es e paramét r i cos de comport ament os ét i cos,mor ai s, soci ai s, pol í t i cos, l i t úr gi cos e espi ri t uai s. Foi um
pact o de gr ande
r esponsabi l i dadebi l at eral ,masI sraelf racassou. Deusent ão,mant endoosf undament osdopact osi naí t i co,envi ou um seu Jesus Cr i st o,o Fi l ho do Homem,que,por sua encarnação,vi da,mort ee r essurr ei ção,r ecri ou uma nova humani dade de r egener ados,const i t uí da de servosparaoservi çodol ouvorperpét uonest aenaexi st ênci aet er na.O cr ent e, poi sé,obri gat ori ament e,umavi dadel ouvor ,umacart avi vadeCri st o,um cul t o per eneao Sal vadorpel os seusat os,pensament os,pal avr as,f ei t os edi aconi a. Sal gar ,f erment ar ,i l umi nar ,sãof ormasexi st enci ai sdel ouvor .Nãohásepar ação ou di cot omi a ent r evi da ver dadei r ament ecr i st ã eadoração,por queovi verem Cri st oé“λογικη λατρεια − l ogi kèl at r éi a”(Rm 12. 1cfRm 6. 13) .
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02-Em tudodaigraças. Louvorpara I sr ael ,e t ambém para a I gr ej a,não er a um det er mi nado moment o de cânt i cos al egr es, l audat óri os, mas a t ot al i dade do cul t o na i nt egral i dadedavi dadosal voservoenosservi çosl i t úgi cos.Assi mt emos:
a.Confissãodel ouvor: Ol ouvorer a,em I sr ael ,pr i ori t ari ament e,umaconfissãosi ncer adef éede pecado.“ O ver bo “ hodah” ,t r aduzi do ger al ment e por “ l ouvar ” ,si gni fica,na r eal i dade,“ conf essar ,r econhecer ,apr ovar ,eser ef er esempr ea um f at odi vi no acont eci doant eri orment e”( Von Rad,Teol ogi adoV.Test ament o,Vl .I ,pág.342. ASTE,SP,1973) . Pel a confissão de f é e de pecados o fielcol ocavase,e ai nda secol oca, per ant e o Sal vador sem r eser vas, t r ansparent ement e,despi do de qual quer hi pocri si aedomi nadosoment epel aver dadeepel asi ncer i dade. Confissãoi nsi ncer anãoél ouvor ,poi snãoseconst i t uiem r econheci ment o compl et oeent r egat ot al .Confissãosi gni ficaqueocr ent enãomai sseescondede Deusenem ocul t adel eseuserr os,f al has,del i t osedesej osperver t i dos.Todaa ador ação em I sr aelcomeçava com a confissão de f ée de pecados.Nenhuma ví t i ma se consumi a no f ogo do al t arsem port aros pecados conf essados do pecador subst i t ut o. E conf essar é l ouvar , poi s i mpl i ca em submi ssão, r econheci ment o,humi l hação,pr ost r açãodi ant edoSal vadoreconfiançadeque oper dão,emanadodo úni coquepodeper doar ,cert ament evi r ácomor espost a r est aur adora.E vem.PorqueI sr aelconsi der avaaconfissãocomoat odel ouvor ? Porser: a-Reconheci ment odopoderdeDeus. b-Reconheci ment odequeopecadoéof ensaàdi vi ndade. c-Reconheci ment odequesoment eDeusper doaopecadorconf esso. d-Reconheci ment o dequehá uma r el açãodedependênci a da cri at ur a com o seuCri ador . e-Reconheci ment odeumarel açãoservi çal doservocom oseuSenhor . f -I nt ei r asubmi ssãodosal voaoSal vador .
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b.Sacri f í ci odel ouvor: Al ém do l ouvor cost umei r o da confissão,f or ça emul ador a do cul t o,a l i t ur gi adeI sr aelpossuí a,porordenaçãodi vi na,ochamado sacri1ício de louvor 7Lv
88)OF: em queos pãessem f er ment o e a ví t i ma sacri fici aler am of er eci dos a Deus,oConf essor ,oPer doador ,O Sal vador ,em açãodegr açaspel aexi st ênci a doof ert ant eesuapermanênci anapr esençadoReideI sr ael .Est esacri f í ci oera, naver dade,umaconfissãodef é,l i t ur gi cament ef ormal i zada,noDeusdeI sr ael , o poder oso Senhor ,que r et i r ou seu povo do Egi t o com mão f or t e e braço est endi do. O aut orda Cart aaosHebr eusret omat alsi mbol i smo,most r ando queel e se t r ansf ormou em r eal i dade para o cr i st ão aut ênt i co: Por meio de esus, pois,
o1ereamos a =eus, sempre, sacri1ício de louvor, .ue 5 o 1ruto de l'%ios .ue con1essam o seu nome 7% 898F: Sacri f í ci odel ouvor ,poi s,“ éof rut odel ábi osqueconf essam onomede Cri st o” .A confissãodef épel aqualnost ornamosser vosdeDeusei ngr essamos na I gr ej a deCr i st o enel a per manecemos énossos“ sacri f í ci o del ouvor ” ,mas com aut ent i ci dadee ser i edade.Porout r ol ado,a l ei t ur a de um t ext o bí bl i co conf essi onalno cont ext ol i t úr gi co ou ar eci t ação do Cr edo dos Apóst ol os são pr ocedi ment osdel ouvoraDeus.
c.Louvordej ul gamento: Oj udeu condenado,ant esde ouvi ra sent ença de j ul gament o,t i nha de l ouvaroj ust oJui z.O exempl omai scl aroéodeAcã:Ent+o disse osu5 a >c+3 Qil(o
meu, d' $lória ao en(or =eus de Israel, e a ele rende louvoresJ e daclara)me a$ora o .ue 1i2esteJ n+o mo ocultes Aespondeu >c+ a osu5 e disse3 erdadeiramente pe.uei contra o en(or =eus de Israel, se e 1i2 assim e assim 7s 8!,O0: A confissão de pecados de Acã,reconhecendof al t oso,t r ai dordaconfiançadeJavé,f oium at odel ouvorqueVonRadchamade “ ConfissãodeLouvor ”( hodaht odah) . Nessa confissão,o “ l ouvor ” não cont ém na da de agr adeci ment o,de grat i dão,der egozi j o;éum l ouvorpeni t enci alext r emament egr ave,cont undent e, penoso,dol or oso,masqueoJust oJui zr equerparaqueocondenador econheça aj ust i çai rr et ocávelenecessári adoj ul gament o.Reconhecerasober ani ade
%+,
Deust ant oparaper doarcomoparacondenaréat i t udedel ouvor .Nãoset r at a de l ouvoragradável ,mas i rr emedi ável .O cr ent et em de saber ,mesmo com sacri f í ci odesuavi da,queDeuséaverdade,aj ust i çaeoamorabsol ut os.
d.Louvordeacei tação: É ocasodeJó que,depoi sder eceberas mai st r ági casnot í ci as,asque davam cont a de per das i rr eparávei s de seu pat r i môni o,empregados e fil hos, pr est ou aDeusum “ l ouvordeacei t ação” :Ent+o ó se levantou, ras$ou seu manto, rapou a
ca%ea, lanou)se em terra e adorouJ e disse3 -u saí do ventre de min(a m+e, e nu voltarei3 o en(or o deu, o en(or o tomou3 %endito 7louvado: se?a o nome do en(or 7ó 8O0,O8: Osconcei t osde queol ouvoréapenasum agr adeci ment oaDeuspor“ boasdádi vas”( aj uí zodo cr ent e) ,“ expr essãodeel ogi o”aoSal vadorou “ expl osãodeal egri a”docr ent enão são bi bl i cament e cor r et os.Jó l ouvou o seu Deus por f at os t r ági cos, mas r econheci dosporel ecomodepr ocedênci adi vi na,emborai nexpl i cávei s. O l ouvor de Jó f oi pr est ado em est ado de pr of unda t ri st eza de const er nação i nt ensa:nada deal egr i aj ubi l osa.O ser vo deCr i st ot em deser capaz de “ l ouvara Deus” ,mesmo em ci r cunst ânci as de penúri a,de j uí zo,de t ri st eza,def al ênci a,depobr eza,dosof ri ment o,deenf ermi dadesededor .
e.Louvordeexpectati vadel i vramento: O cr ent ever dadei r o,conf r ont adocom umasi t uaçãodeconfli t oou di ant e deum pr obl emahumanament ei nsol úvel ,j amai sdescr êdar espost adi vi na,sej a si m ou não,el ouva a Deusdo boj o da cri secomo Jonaso f ezno vent r e do gr andepei xe.Em tudo dai $raas Foiassi m com Jesusnot úmul odeLázar o:E
esus, levantando os ol(os para o c5u, disse3 Pai, $raas de dou por.ue me ouviste 7o 8848: Não l ouvor de agr adeci ment o,mas de esper ança, de confiança e de cert eza da r espost a do Deusquesemprenosouvee nosat ende segundo sua sober ana vont adeeconf ormeasnossasnecessi dades,j amai sdeacor do com osnossos desej os, nossos concei t os de bem e nossos precei t os de bênção. Deus, compr ovadament e,j ánosouvi u nopassado,t r ansport ounosdast r ev asparao r ei nodoFi l hodeseuamor .Logo,podemost ercer t ezadequees t ánosouvi ndoe nosr esponder á.E,naexpect at i vadeser mosat endi dos,l ouvamol oeexal t amos oseunome.
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f .Louvoreucarí sti co: ευκαριστεο − ευκαριστια − Euchari “ st eo, euchari st i a” , si gni ficam l ouvar e
l ouvoraDeus.A Cei ado Senhorr ecebeu onomede“ eucar i st i a”porcausado l ouvordeCr i st o no at o desua i nst i t ui ção:E, tomando o c'lice, (avendo dado $raas ευκαριστηεσαs M e ( uchari st êsas) ,disse3 Aece%ei e reparti entre vós 7Lc OO8:
O mesmo l ouvor se r egi st r a no at o di st r i but i vo do pão ( Lc 22. 19) .A cel ebração da Cei a,port ant o,éum l ouvora Deus,denat ur ez a conf essi onale escat ol ógi ca,pormei o de Jesus Cri st o,que não pode seresqueci do porsua I g r e j a .
g.Louvordegrati dão: O gr at ol ouva,não soment eporbênçãospessoai s,maspel a pr ovi dênci a di vi naepel osf ei t osabençoadoreseredent oresdeDeusnomundo,nahi st óri ae na I gr ej a.Tall ouvor ,por ém,não ser est ri nge à gr at i dão e ao cont ent ament o pel as bênçãos r ecebi das,mas,e pri nci pal ment e,pel o gr ande l i vr ament o por mei odaobr ar edent oradeCri st oJesus. NoVel hoTest ament ot emosmemorávei scant osdevi t óri aedej úbi l o:
O deMoi sés( Ex15. 119) ;
O deMí ri am ( Ex15. 20, 21) ;
O deDébor a( Jz5) .
NoNovoTes t ament o:
O“ NuncDi mi t t i s”deSi meão( Lc2. 2932) ;
O“ magni ficat ”deMari a( Lc1. 4655) .
O“ benedi ct us”deZacari as( Lc1.6879) .
Todos oscânt i cosmenci onadosi ncl uem gr at i dão,esper ança,confiança em Deuseconfissãodef é. A j ubi l açãodosal voéumar eal i dade,masel el ouvaoseu Deusem t odasas ci r cunst ânci as de sua vi da e da exi st ênci a de sua I gr ej a.Reduzi r ,por ém,o l ouvoracânt i cossoment eénão compreendera nat ur ez a docul t oeos vári os pr opósi t osdol ouvor ,pr esent eem t odasasat i vi dadesdaI gr ej aedecadaum de seusmembros.Cant arl ouvor esnosmoment osdeal egr i as,si m;masdei xarde
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f azêl onosmoment osdeangúst i aet r i st ez a,não.O cr ent equesoment el ouva porr egozi j oéedoni st a,possui ndoumaf émui t of r ági l ,queflor escenost empos dej ubi l açãoef enecenosmoment osdet r agédi a.Em tudo dai $raas, i st oé,l ouvar em t odasasci r cunst ânci as.
h.Louvordesati sf ação: Os concei t os de aut oafirmação r el i gi osa,de subl i mação espi r i t ualpor esf orçospr ópri os,desant i ficaçãopormér i t ospessoai spodem l evarof al sament e pi edosoapal avrasegest osdel ouvor ,e“ t est emunhos”beat í ficos,at ési ncer os,e à exi bi ção de si mesmo como model o dos supost ament ef r acos, suj os e i nf eri ores.FoioqueJesusCri st or et r at ou napar ábol adof ari seuedopubl i cano. st ôsoi )por.ue Of ari seu“ l ouvou”aDeus:U =eus, $raas te dou ( ευκαριστω σοι euchari
n+o sou como os demais (omens 7Lc 8G88: Há, ai nda hoj e, pessoas que se col ocam à semel hança do f ar i seu, orgul hosaeexal t adament e,comosí mbol osdesant i dade,deper f ei çãoespi r i t ual , gent equenadamai st êm paraconf essar ,humi l dement e,aDeus.Quem seaut o j ust i ficanãoéj ust i ficado.
i .Louvorj ubi l oso: Ae$o2i?ai)vos sempre rai sem cessar Em tudo dai $raas, por.ue esta 5 a vontade de =eus em Cristo esus para convosco 7I ;s F8")8G: Obser vem ast r êsor denaçõesi mper at i vas: 01-Regozi j ai vossempr e. 02-Or aisem cessar . 03-Em t udodaigr aças,i st oé,avi dadocr ent eé:Um per manent el ouvor ;uma oraçãoi ni nt errupt a;umagr at i dãoconst ant e. Ol ouvorj ubi l osonãopodeserapenasi nt er mi t ent e,pr ogr amadoparauma det er mi nada hor a e mar cado para um l ocalespecí fico.Não se o l i mi t ar á excl usi vament ea“ l ouvoressacr os”ou pr et ensament esacr os.A pr esençadoEspí ri t oSant onoi nt er i ordor egener ado conf er el he um per manent e est ado gozoso ( I Ts 1. 6) , mesmo no mei o de t ri bul ações,i ncer t ezaseangúst i as.Per derogozodaesper ançaeapazi nt er na, que procedem da gr aça em Cri st o Jesus,é “ apagar o Espí ri t o” par a cai r ,
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conseqüent ement e,em desesper ada i nsegur ança e e em f al t a de per spect i vas e spi r i t uai s . O cr ent e ver dadei r o, nat ur al ment e, por i mpul são de sua nat ur eza r egener ada, exer ci t a as t r ês or denanças paul i nas: Regozi j o permanent ee i ni nt errupt o;vi gi l ânci aem persi st ent eor ação:grat i dãosem l i mi t ação.O crent e quesópedebênçãospessoai set emporai s;sóagradecea Deusascoi sasboas quer ecebe,aseuj uí zo,nãopassadef al soservo,poi sseu i nt eresseéserservi do não servi r . O aut ênt i co sal vo é sempre gr at o ao Sal vador ;l ouvao permanent ement ecom suavi dar egener adoecom ocul t oper enequel heprest a porsuaexi st ênci aecom suaador açãoi ndi vi dualecomuni t ári a.Cant aàsvez es com osl ábi os,masnãocessadecant arcom oespí r i t opoi snel eCri st ohabi t a com suaet er nagl óri a,dandol hei marcescí velesper ança.Cri st ocol ocou noser do r edi mi do a essênci a da nova vi da:Fé,esper ança,amor ,paz,beni gni dade, gozo,sat i sf ação,fidel i dadeej ust i ça.O Espí ri t oSant onocr ent egeraodesej ode cul t o e de ador ação em espí ri t o e em ver dade, sem qual quer ost ent ação, egocent ri zação,edoni smo ou mer cant i l i zação,i st o é,per mut a da pi edade por benessesdi vi nas.
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Apêndi ceI I– Or ação 01-Oração,Dom deDeus. Aor ação,àsemel hançadaf é,éum dom deDeus,par aque,em espí ri t o,o fil horedi mi do semant enhaem di ál ogoconst ant eeem comunhãoper manent e com seuPaicel est eem quai squersi t uaçõesambi ent ai sevari açõesemoci onai s. A or açãoest á na vi da da comuni dadeedocr ent eenãoapenasem si t uações l i t úr gi cas,ver bal i zaçõesocasi onai s,ci r cunst anci ai seoport uni st as.Or açãosem comunhãocom Deusnadasi gni fica,nadar epresent aespi r i t ual ment e.O desej o eanecessi dadedeorari ncessant ement esãocar act er í st i casdoregener ado.
02-Oração,ObradoEspí ri to. A or açãoéobr adoEspí ri t oem nós,nãopr oduçãodenossoi nt el ect o,de nossar azãoou denossaemoção( Rm 8. 15, 26;Gl4. 6) .Jesuscol oca,pormei odo Espí ri t oSant o,em seu Corpo,I gr ej a,eem cadaum deseusmembr osal i t ur gi a eaor ação( Ef6. 18;Jo4. 23, 24cfRm 1. 8;7. 25) . Port ant o,quem abr eaal mado cr ent eàoraçãoéDeus( Sl51. 15) .Pert i nent e,poi s,nospar eceadefini çãodeJ. J. Von Al l men:“ Or ação é a part i l ha vol unt ári a que Deus f az conosco de sua vont ade,deseu poderedeseu amorpormei odapal avr ahumana” .Deusoper a t udoem t odos,t ant ooquer ercomooreal i zar .
03-Ef ei tosdaOração. O exer cí ci oi nt enso econt i nuado da or ação produzna vi da do servo de Deusossegui nt esr esul t ados: a-Pl enoreconheci ment odapat er ni dadedi vi na. b- Cert eza de que Deus r ecebe t odas as nossas or ações, supl i cat i vas ou i nt er cessóri as,easr espondeposi t i vament e,i st oé,sempr eparaobem deseu el ei t o,mesmo que a r espost a posi t i va l he sej a um “ não” cont undent e. A
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posi t i vi dadedar espost a per t encea Deus.A nósnoscompet eaacei t ação com humi l dadeer esi gnação,poi snãosabemosor arcomoconvém (Rm 8. 26) . c-Submi ssão i ncondi ci onalà sober ana vont ade de Deus,segui ndo o Model o, JesusCri st o.Avont adeeosdesej osdacri at ur anãopodem pr eval ecerdi ant edo Cri ador ,quedel adi spõecomol heapr ouver ,segundoosseuspr opósi t os. d-Consci ênci a pl ena de que di ant e do Oni pot ent e Cri ador ,et er no,absol ut o, i mut ável e i nf al í vel em seus decr et os, pl anos, vont ade, at os e pal avr as, o r edi mi do se col oca dent r o de seu est ado r eal : Pecador , mort al ,i mpot ent e, i nefici ent e,i ncapaz,l i mi t adí ssi mo.A oraçãonãoéor ecur sodavi rt udehumana pel o quala cr i at ur a manobra o Cri ador ,masuma concessão da gr açadi vi na par aqueoregener adosemant enhasobar egênci aecui dadosdoRegener ador . Poderf al arcom Deusem or açãoéumagr aça,um pr i vi l égi o,j amai sum di r ei t o ou um poderdafini t a,f al í vel ,l i mi t adaemort alcr i at ur ahumana.Comonãose i magi naum sol dadocomandando um gener al ,nãosehádepensaracr i at ur a dandoor densaoCri ador . Osi nf ort úni osnãosi l enci am over dadei r ocrent e,nãol het i r am dosl ábi os ocul t oaoRedent or .Comonada nossepar adoamordeCri st o,nada i mpedea oração do cr ent er eal ,que,nos sof ri ment os e na angúst i a,el eva ao Sal vador t ant oaspr ecessúpl i cescomoasgr at ul at óri as.Éomi l agr edagraça!
04-Ti posdeOração. O cul t osi nagogaldeI sr aelpossuí adoi smodel osessenci ai sdeoração:
a.Shemah(Dt6. 49cf11. 1321;Nm 15. 3741) . t o Bênçãosem queast r êspri mei r assãode b.Tephi l ah ou OraçãodasDezoi r econheci ment odagrandez a,dopoderedasant i dadedeDeus;apenúl t i maéde açãodegr aças;aúl t i ma,uma doxol ogi asobr eograndeei ndi scut í velaut ordapaz. Jesusensi naqueaor açãodeveser :
%,*
ndoparapr oj eçãodoegodequem or a( Mt5. 5) .Or açãona a.Di screta,nãoservi comuni dadenão édi scur sopúbl i co,masdi ál ogocom Deus de f orma di r et ae si mpl es. A ernadeum el osecr et oest abel eci dopel o b.Í nti ma . oraçãoéaexpressãoext Espí ri t oSant oent r eoseradoradoeoadorador( Mt5. 6) . A or ação não deve ser l onga, r epet i t i va, di scur si va, c. Obj eti va e curta. expl i cat i va.Nãoépel omui t of al arqueser emosouvi dos,eDeusnãopr eci sade nossas expl i caçõesedescr i ções def at os.El eéoni sci ent e,conheceas nossas necessi dadesat uai seaquel asquet er emosnof ut ur o( Mt5. 7) .
05-Paul o,Teól ogodaOração: Paul o é o aut or neot est ament ári o mai s pr eocupado com a or ação, especi al ment eacomuni t ári a. Nel eencont r amosossegui nt esaspect osdaoraçãol i t úr gi ca: Rm 1. 21;4. 20; 11. 36;15. 6, 9;16. 2527;ICo6. 20; a.Doxol ogi adegl ori ficação( 10. 31;I ICo1. 20;4. 15;9. 13;Gl1. 5, 24;Ef3. 20, 21;Fp1. 11;2. 11;4. 20) .
b.Louvor ( Rm 14. 11;15. 912;Ef1. 6, 12, 14;Fp1. 11;2. 11) .Paul ousaomesmover bopara l ouvareconf essar :“εχοµολογεοµαι − Exomol ogeomai ” .
c.Bendi zer ,bênção,benedi ctus: ( Rm 1. 25;9. 15;ICo14. 26;I ICo1. 3, 4;11. 31;Ef1. 3) .
d.Adoração ( ICo14. 25) .
e.Açãodegraças ( Rm 1. 8, 21;6. 17, 18;7. 25; 14. 6;ICo1. 4, 14;10. 30; 11. 24;14. 6, 7, 18;I ICo2. 14; 4. 15;8. 16, 17;9. 11, 12;Ef1. 15, 16;5. 4, 20;Fp1. 3, 4;4. 6;Cl1. 3;2. 5, 7;3. 15;4. 2; ITs1. 2;2. 13;3. 9;5. 18;I ITs1. 3;2. 13;Fm 4)
f .Exul taçãoegozo ( Rm 5. 2, 3, 11; 15. 17;ICo1. 29;I ICo1. 12;7. 4;Fp1. 26;2. 16;3. 3;ITs2. 19) .
g.Súpl i ca,pedi dopessoal
%,%
( Rm 1. 10;7. 24; ICo14. 13;I ICo12. 8;ITs3. 10) bênçãooumal di ção) h.I ntercessão( ( Rm 1. 7, 9, 10; 8. 15, 16, 2326, 27, 34; 9. 13; 10. 1; 11. 25; 12. 12, 14; 15. 5, 6; 13. 3033;16. 20;ICo1. 3, 8;2. 916;5. 311. 1025. 29;16. 22, 23;I ICo1. 2, 7, 11, 14; 13. 7, 9, 11, 14;Gl1. 3, 8, 9;4. 6;6. 16, 18;Ef1. 2, 1623;3. 1419;6. 18;Fp 1. 2, 4, 9; 4. 6, 7, 9, 23; Cl 1. 2, 3, 911, 29; 2. 13, 5; 4. 2, 12, 18; I Ts 1. 1, 2, 3; 3. 1013; 5. 17, 18, 2325, 28;I ITs1. 2, 11, 12;2. 16, 17;3. 13, 5, 16, 18;Fm 3, 4, 6) . Comosenot ou,aOr açãoébem defini daeor denadanasEscr i t ur as.Deus r equeror dem e especi ficação.Cada par t e em seu l ugarpr ópri o na es t rut ur a l i t úr gi ca.
06-A OraçãonaOrdem Li túrgi ca. Mui t os i rmãos ai nda não aprender am que a l i t ur gi a comuni t ári a é um t odo compost o de part es di st i nt as. No Cul t o há moment os especí ficos de ador ação, confissão, ação de gr aças, l ouvor , consagração e i nt er cessão. Desor gani zaal i t ur gi aumaor açãodesvi adadeseusobj et i vosedesl ocadadeseu moment oadequado.É mui t ocomum pedi rmosum i r mãoqueor e,porexempl o, em confissão,eel el ouva,agradece,i nt er cede,supl i ca per dão depecados,at é sem conf essál os.Não,oraçãodeconfissãodeveserexcl usi vament edeconfissão como a deador ação pr eci sa serespeci ficament edeador ação.Rest ri ngi r seao assunt opr opost osi gni fica queaquel equeor acompreendea or dem do cul t oe com el a col abor a.O que se di zaquida or ação val et ambém para oshi nos, mui t asvezesi nadequadament eescol hi dos,desor gani zandooconj unt ol i t úr gi co. Não se há de cant ar um hi no de l ouvor ou de ador ação no moment o de i nt ercessão. Exempl osor i ent ador es:
07-OraçãodeAdoração: Moment oem quea I gr ej aécol ocada pel oEspí ri t oSant odi ant edeDeus comoservaador ador a.Exempl o:
%,& Senhor, “
senti#os a &ee'a, a #a(estade, a santidade e a g)ria da tua
presença. Por isso te adora#os face a face tra'idos peas #ãos de teu *iho e congregados peo teu Santo "sp$rito. +u és "sp$rito, e i#porta que teus adoradores o adore# e# esp$rito e e# verdade. dora#os-
te e#
no#e de teu *iho esus, osso Senhor. #é#/
08 -OraçãodeConfissão: Moment o em que a I gr ej a conf essa seus pecados.Como pov o de Deus const i t uí dodepecadores,aI gr ej apeca,al gumasvez espori nfidel i dadeeout r as por omi ssão. El ar econhece suas f r aquez as e conf essa publ i cament e seus pecadospel abocadeum deseusmembros.Exempl o: “Senhor, tu nos constitu$ste e# tua fa#$ia para ser#os u# s) corpo, viver#os e# perfeita e santa unidade, proca#ar#os o teu "vangeho, #as a vaidade, a inve(a,
o
orguho
consequ0ncia, fraternidade
não e
e
a
prega#os
santidade.
ostentação a
tua
2uere#os
separa#-
paavra fa'er
co# o
nos o
&e#,
uns
nosso #as
o
dos
outros
e1e#po pecado
de nos
e,
e#
unidade, i#pede.
Perdoa-nos, Pai, e# no#e de teu *iho esus. #é#/
Naver dade,aoraçãodeconfissãodi vi deseem duaspart es:
A pri mei ra, expõeaDeus,sem r eserv as,i ni bi çõeset ruques,t odosospecados consci ent ese t ambém osi nconsci ent es,masconheci dosporCri st o,queest ão i mpedi ndoocr esci ment oespi r i t ualda I gr ej aedecadaum deseusmembros. ncer opedi dodeper dão.O Sal mo51 nos most r aexat ament e A segunda,éosi esset i podeoração( cont ri ção-per dão) .
Confissão:Pe.uei contra ti, contra ti somente, e 1i2 o .ue 5 mal perante os teus ol(osJ de maneira .ue ser's tido por ?usto no teu 1alar e puro no teu ?ul$ar Eu nasci na ini.Sidade e em pecado me conce%eu min(a m+e7l Fl4,F: .
Pedi do deperdão:Puri1ica)me com (issopo, e 1icarei limpoJ lava)me, e 1icarei mais alvo .ue a neve Qa2e)me ouvir ?@%ilo e ale$ria, para .ue e
Confissãoesúpl i ca deper dão f azem part edo mesmoconj unt o.Ospecados pessoai seí nt i mosdev em serconf essadosaDeuspessoalei nt i mament e,nãoem
%,+
cul t opúbl i co.Porém,seopecadoi ndi vi dualécont r aacomuni dadeou l heaf et a a or dem, a di gni dade e a pur eza, deve ser conf essado, especi al ment e no moment odeor açãosi l enci osadeconfissão.
09-OraçãodeLouvor: Moment o em que a I gr ej ar econhece a gl or i osa sober ani a de Deus nas obr asdacri ação,dapr ovi dênci a,dogoverno,daredenção,doper dãoedagr aça. Exempl o: “Senhor, a 3gre(a te ouva porque é tua fiha, e a ea deste ohos para ver e coração para sentir as tuas infinitas grande'as, o teu i#ensur%ve a#or e a tua inco#par%ve #iseric)rdia. 4ouvado se(a se#pre o teu no#e. #es#a 3gre(a que te
e1ata
nos
céus,
ouva-te
na
terra.
Rece&e,
Senhor,
o
ouvor,
e#&ora
i#perfeito, de teu povo e# no#e de esus, teu *iho a#ado. #é#/”
10-OraçãodeAçãodegraças: Moment oem queaI gr ej aagr adecebênçãosr ecebi daspel acomuni dadee porqual querdeseusmembr os.Exempl odeaçãodegr açasger al : “gradece#os-te,
Senhor,
a
vida
f$sica
pea
qua
nos
reaciona#os
co#
a
nature'a e co# a sociedade. gradece#os-te a vida espiritua, a nossa co#unhão contigo e a fraternidade co#unit%ria. gradece#os-te a 3gre(a e a fa#$ia por sere# &0nçãos e# nossas vidas e indispens%veis 5 nossa e1ist0ncia. gradece#oste todas as d%divas #ateriais, espirituais, sociais e econ6#icas, incusiva as graças da savação, da esperança. do a#or e da fé. "1terna#os a nossa sincera gratidão a ti e# no#e de esus, teu *iho, nosso Savador. #é#/
Podeseesedev ef azeror açãodeaçãodegraçasespecí ficasporbênçãos especi ai sr ecebi das ou por al go que se obt eve na or dem nat ur al como: Ani ver sári o,casament o,Di a das Mães,aqui si ção de i móvei s,r ecuper ação da saúdeet ant asout r as.
11-OraçãodeIntercessão: Moment o em que a I gr ej a, como sacer dóci o uni ver salpor or denação di vi na,i nt er cedeporel a mesma,pel osseusmembr os,pel asaut ori dades,pel a pát ri aepel omundo.Exempl o: