1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 1.1. Conceito 1.2. Recursos 1.3. Objectivos 1.4. Critérios de Classificação
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1.1. CONCEITO Empresa - é uma unidade de meios humanos, técnicos e financeiros organizados e tem por objectivo, através da produção e/ou venda de bens e serviços, satisfazer necessidades.
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1.1. CONCEITO Empresa - é uma unidade de meios humanos, técnicos e financeiros organizados e tem por objectivo, através da produção e/ou venda de bens e serviços, satisfazer necessidades.
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1.1. CONCEITO (cont.)
Organismo
Social Reúne diferentes pessoas num local onde passam a maior parte do seu tempo. Conjunto de Meios Humanos, materiais, técnicos e financeiros. Sistema de Relações É necessário combinar os diferentes meios da melhor forma. Centro de Decisões É necessário a constante tomada de decisões, visto a emp empresa resa esta estarr inse inseri rida da num num meio meio em cons consta tant ntee mutação. Organização e Gestão Empresarial
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1.2. RECURSOS
Humanos
Trabalho exercido pelo homem (execução, direcção, organização e invenção. Técnicos Ferramentas, máquinas e instalações. Financeiros Capitais.
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1.3. OBJECTIVOS
Económicos Têm como finalidade a optimização dos recursos com vista a maximizar o lucro (rendibilidade).
Sociais Têm por finalidade satisfazer as necessidades e interesses dos colaboradores da empresa provocando ³efeitos positivos´ na produção e/ou venda de bens ou serviços.
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1.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO As empresas podem classificar-se segundo vários critérios:
Económico
Indicadores
Sector de Actividade
Dimensão
Jurídico Organização e Gestão Empresarial
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1.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO (CONT.) Critério
Económico:
Empresas Comerciais ± essencialmente vocacionadas para a comercialização. Adquirem um bem e vendem esse mesmo bem sem transformá-lo. Empresas Industriais ± directamente relacionadas com o processo produtivo. Adquirem matérias-primas e outras e transformam-nas.
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1.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO (CONT.) Critérios
dos Indicadores:
As empresas são classificadas em conformidade com os valores obtidos pelos seguintes indicadores: - volume de negócios - resultado liquido do exercício - capitais próprios - valor acrescentado bruto - número de trabalhadores
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1.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO (CONT.) Sector de Actividade: As empresas encontram-se agrupadas em ramos de actividade:
sector Primário (agricultura, silvicultura, pesca, pecuária e indústrias extractivas). sector Secundário (indústrias transformadoras, electricidade, gás, água, construção civil e obras públicas). sector Terciário (comércio, transportes, armazenagem, comunicações, bancos, seguros e restantes serviços). Organização e Gestão Empresarial
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1.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO (CONT.) Critério
da Dimensão:
As empresas encontram-se agrupadas em:
pequenas (menos de 250 trabalhadores)
médias (entre 250 e 500 trabalhadores)
grandes (mais de 500 trabalhadores)
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1.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO (CONT.) Critério
Jurídico:
Empresas Individuais
Sociedades: - Em Nome Colectivo - Em Comandita - Por Quotas - Anónimas
Cooperativas Organização e Gestão Empresarial
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2. ORGANIZAÇÃO GERAL DA EMPRESA 2.1. Componentes da Organização 2.2. Hierarquia da Empresa 2.3. Descrição de funções 2.4. Departamentos
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2.1. COMPONENTES DA ORGANIZAÇÃO ± é a definição de funções dentro da empresa e a repartição das várias tarefas pelas diferentes pessoas, ou seja, a criação de uma estrutura. Organização
O organigrama é a representação dessa organização.
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2.2. HIERARQUIA DA EMPRESA Tipos
de Organigramas:
Estrutura linear
Estrutura ³one-man-show´
Estrutura Funcional
Estrutura linear com orgãos consultivos (staff)
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2.3. DESCRIÇÃO DE FUNÇÕES A descrição de funções é fundamental para que cada trabalhador saiba o que se espera dele! Deve incluir:
Nome da função
Funções ou atribuições
Responsabilidade/autoridade
Superiores hierárquicos/subordinados
Pessoa que o substitui nos impedimentos Organização e Gestão Empresarial
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2.4. DEPARTAMENTOS
Financeiro
Produção Comercial Administrativo Aprovisionamento Pessoal
Dividir o trabalho em departamentos contribui para uma administração eficiente! Organização e Gestão Empresarial
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3. O ESCRITÓRIO NA EMPRESA 3.1. Organização 3.2. Ergonomia 3.3. Arquivo 3.4. Documentos: normalização e codificação 3.5. Tecnologias da comunicação e informação no âmbito administrativo
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3.1. ORGANIZAÇÃO A organização num escritório assume um papel crucial numa Empresa, pois é no escritório que funciona toda a gestão e preparação da actividade desta. Toda esta preocupação em ter um escritório organizado se irá traduzir numa maior produtividade dos trabalhadores, o que é um objectivo de qualquer empresa.
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3.2. ERGONOMIA Ergonomia ± é a ciência que tem como objectivo a compreensão das interacções entre o Homem e os outros elementos de um sistema de trabalho. Visa a segurança e bem estar do trabalhador e a eficácia dos sistemas.
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3.3. ARQUIVO de Arquivo ± conjunto de documentos produzidos por uma instituição no decurso da sua actividade e conservados organicamente. É uma unidade de informação que recolhe, trata e conserva, os documentos relativos à história de uma empresa. Conceito
Tipos
de Arquivos: Correntes ou administrativos Intermédios Histórico Organização e Gestão Empresarial
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3.4. DOCUMENTOS: NORMALIZAÇÃO E CODIFICAÇÃO
A informação existente na empresa é muito importante, devendo por isso ser sempre tratada e organizada, para que esteja acessível sempre que necessário. Como vantagens da normalização dos documentos, temos o facto de que sendo normalizados, todos os vão entender e saber manusear sem grandes dificuldades e mais rapidamente, e o facto de serem todos iguais não vai gerar diferentes procedimentos. Organização e Gestão Empresarial
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3.5. TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO De um modo geral, estas tecnologias vierem trazer: Maior rapidez de execução de certas tarefas. Maior economia no que respeita aos custos das tarefas diárias. Maior disponibilidade dos trabalhadores para tarefas mais importantes.
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4. O CONTRATO 4.1. Conceito de contrato 4.2. Requisitos do contrato 4.3. Contrato de compra e venda
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4.1. CONCEITO DE CONTRATO Um contrato é um acordo entre duas ou mais vontades para criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações.
Acordo Pelo menos duas partes Objecto Acto jurídico
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4.2. REQUISITOS DO CONTRATO
Capacidade
dos contraentes Incapacidades: Menoridade Interdição Inabilitação
Mútuo consenso
Objecto
Forma
possível
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4.2. REQUISITOS DO CONTRATO (CONT.) Quanto à sua natureza o contrato pode ser:
Civil Comercial Civil e comercial
Quanto às garantias, estas podem ser:
Pessoais Reais Judiciais Extrajudiciais
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4.2. REQUISITOS DO CONTRATO (CONT.)
Garantias Pessoais
Fiança ± fiador compromete-se perante o credor a
cumprir a obrigação caso o devedor não o faça na devida altura.
Aval ± garantia pessoal do pagamento das dividas representadas por por letras e cheques.
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4.2. REQUISITOS DO CONTRATO (CONT.)
Reais
Judiciais Arresto- apreensão preventiva dos bens do devedor Penhora ± apreensão dos bens do devedor necessários para cobrir o valor da divida.
Extrajudiciais Penhor Hipoteca Consignação de rendimentos
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4.3. CONTRATO DE COMPRA E VENDA A compra e venda é o contrato pelo qual um dos contraentes ± vendedor ± transmite a propriedade de um bem ou de um direito a ouro contraente - comprador -,mediante um preço previamente combinado. O contrato de compra e venda pode ser:
Comercial
(art.º 463º Código Comercial)
Não comercial (art.º 464º Código Comercial)
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA necessário proceder à escolha da mercadoria, quer em qualidade, quer em quantidade e fixar condições: É
Prazo de entrega ± imediata; a pronto; a prazo. Local ± no armazém do vendedor; no domicilio ou armazém do comprador. Preço Forma de pagamento Etc.
Qualidade ± à vista; por amostra; por análise; por tipo determinado; por marca. Quantidade ± a esmo, em bloco ou por partida inteira; por conta peso ou medida. Organização e Gestão Empresarial
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA mais usados nos contratos de importação e exportação: Termos Comerciais
Válidos para todos os meios de transporte: EXW ± na fábrica FCA ± franco transportador CIP ± porte e seguros pagos at é... DDU ± entregue sem direitos pagos DDP ± entregue com direitos pagos
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA mais usados nos contratos de importação e exportação: Termos Comerciais
Válidos apenas para o transporte marítimo ou fluvial: FAS ± franco ao lado do navio FOB ± franco a bordo CIF ± custo, seguro e frete DES ± entregue no navio DEQ ± entregue no cais (direitos pagos)
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA Relativamente ao preço é importante decidir a moeda a usar. Quantidade de moeda a usar:
Por acordo dos contraentes Por lei Por concurso público Por cotação na bolsa Em leilão
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA Descontos:
De revenda ± possibilita o lucro do intermediário
De qualidade ± quando a qualidade da mercadoria não corresponde ao combinado.
Bónus
ou rappel ± ultrapassar determinado montante de compras.
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA Descontos (cont.): peso ± quantidade de mercadorias não facturadas para fazer face a possíveis quebras.
Bom
Pronto pagamento ± pagamento feito no acto da entrega ou até 8 dias após a mesma.
Por antecipação de pagamento ± mercadorias pagas entes do prazo estipulado.
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA Imposto Sobre o Valor Acrescentado:
um imposto que incide sobre o valor acrescentado pelas empresas.
É
É
um imposto sobre o consumo.
É
um imposto suportado pelo consumidor.
As taxas em vigor são 5%, 12% e 21%.
As empresas prestam à Administração fiscal, mensalmente ou trimestralmente de acordo com o seu volume de vendas.
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4.3.1. CONDIÇÕES DE COMPRA E VENDA Designações utilizadas:
IVA dedutível ± imposto suportado nas aquisisões de existências, imobilizado e outros bens e serviços que a empresa tem o direito de deduzir.
IVA liquidado ± imposto liquidado aos clientes nas facturas de vendas de bens ou serviços.
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4.3.2. FASES DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA
Encomenda ± comprador comunica ao vendedor a quantidade, qualidade e preço das mercadorias que deseja adquirir e combina as condições de entrega e pagamento.
Entrega ± o vendedor envia as mercadorias.
Liquidação ± o vendedor indica ao comprador o
Pagamento ± entrega do comprador ao vendedor do valor em divida.
montante em divida.
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4.3.2. FASES DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA Modalidades de pagamento:
Antecipado Imediato A pronto A prazo A prestações A termo Contra documentos
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4.3.2. FASES DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA Documentação da compra e venda:
Nota de encomenda Nota de venda
Requisição Guia de remessa Factura Nota de débito e nota de cr édito Recibo
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4.3.2. FASES DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA
Caso
prático!
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5. OPERAÇÕES BANCÁRIAS 5.1. Depósitos Bancários 5.2. Outras Operações Bancárias 5.3. Regime de Juros
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5. OPERAÇÕES BANCÁRIAS passivas: os bancos recebem capital dos seus clientes a quem pagam um certo juro (custo financeiro para o Banco).
Operações
Operações
activas: os bancos cedem capital aos seus clientes de quem recebem um certo juro (proveito financeiro para o Banco).
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5.1. DEPÓSITOS BANCÁRIOS
Depósitos à ordem: o depositante pode movimentar, em qualquer momento, o dinheiro à ordem por meio de cheque, cartão de débito, ordem de transferência ou de pagamento.
Depósitos a prazo: o depositante só pode movimentar o dinheiro depositado a prazo após ter expirado o tempo acordado, se pretender beneficiar de juros mais elevados.
Depósitos com aviso prévio: o depositante pode movimentar a conta, desde que tenha avisado o Banco da sua pretensão, dentro do prazo estabelecido.
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5.1. DEPÓSITOS BANCÁRIOS Abertura de contas pode ser:
Singulares ± apenas um titular
Colectivas
± vários titulares
± as ordens de levantamento têm que ser assinadas por todos os titulares.
Conjuntas
Solidárias ± as contas podem ser movimentadas por qualquer um dos titulares.
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5.2. OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS Existem contas especiais de depósito: poupança-habitação ± visam a aquisição ou a construção de casa própria ou obras de beneficiação. O depositante é obrigado a proceder a depósitos mínimos mensais ou trimestrais.
Conta
Conta
poupança-reformado ± destina-se a reformados, cuja pensão mensal, no momento da abertura de conta, não exceda o triplo do salário mínimo nacional.
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5.2. OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS Operações Complementares:
Aluguer de cofres Cobranças transferência de conta a conta Recebimentos e pagamentos por conta dos clientes Depósitos de títulos de cobrança de juros e dividendos Colocação de títulos Execução de ordens de bolsa de fortunas e administração de Gestão propriedades. Organização e Gestão Empresarial
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5.3. REGIME DE JUROS Juro ± é todo o rendimento recebido pelo credor para compensar a utilização do capital.
Resulta da aplicação de uma percentagem ao valor em divida (capital utilizado pelo devedor) durante determinado espaço de tempo.
Juro simples Juro composto
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5.3.1. REGIME DE JUROS SIMPLES Juro simples ± caracteriza-se pela aplicação de uma percentagem ao capital em dívida durante o período acordado, o que origina que o capital e o juro se alterem durante o período de vigência do contrato. Fórmula: j=cni Onde:
c ± capital em dívida n ± tempo durante o qual é aplicado i ± taxa utilizada
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5.3.2. REGIME DE JUROS COMPOSTO Juro composto ± neste regime o juro produzido durante o período acordado adiciona-se ao capital inicial para produzir novos juros. Produzem-se juros de juros.
Distingue-se do juro simples apenas a partir do fim do primeiro período acordado. Os juros vão produzir novamente juros no período seguinte, o que conduz a juros totais superiores. Fórmula: Sn = c (1+i)n Onde:
Sn ± capital acumulado n ± períodos de tempo
c ± capital inicial i ± taxa utilizada
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6. TÍTULOS DE CRÉDITO 6.1. O cheque 6.2. Cartões bancários 6.3. A letra
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6. TITULOS DE CRÉDITO todo o documento representativo de um crédito que uma pessoa ± credor - tem sobre outra ± devedor. É
Quanto à natureza dos intervenientes os títulos podem ser:
Públicos ± emitidos pelo estado ou entidades de direito público.
Particulares particulares.
±
aqueles
que
são
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emitidos
por
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6. TITULOS DE CRÉDITO Quanto à transmissão os títulos podem ser:
Nominativos ± indicam o nome do credor originário e
À ordem ± transmitem-se por meio de endosso (ordem
Ao portador ± não indicam o nome do credor originário e transmitem-se pela sua entrega real.
só podem ser transmitidos através de uma declaração escrita da qual conste o nome do novo possuidor. dada ao devedor para pagar a uma terceira pessoa).
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6. TITULOS DE CRÉDITO Quanto ao vencimento:
À vista ± têm que ser pagos no momento em que se
apresentam ao devedor. A prazo ± têm que ser pagos após um certo prazo.
Quanto à espécie de bens:
Representativos de moeda Representativos de mercadorias Representativos de participações de capital Representativos de serviços Organização e Gestão Empresarial
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6.1. O CHEQUE uma ordem de pagamento dada pelo depositante sacador ± ao seu banqueiro ± depositário ou sacado ± para que lhe pague a si ou à sua ordem ± beneficiário ± determinada quantia que pode ir até ao montante. É
O
cheque pode ser:
Nominativo ± é aquele que contém o nome da pessoa
Ao portador ± é aquele que não contém o nome da pessoa a quem deve ser pago, e pode pagar-se a quem o apresentar a pagamento. O cheque transmite-se ao portador por simples entrega.
a quem deve ser pago.
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6.1. O CHEQUE O
cheque pode ser: (cont.) ± é aquele que é atravessado por duas linhas paralelas traçadas na face e que só pode ser pago a um banqueiro ou a um cliente sacado.
Cruzado
A levar em conta ± é aquele em que o portador de um cheque pode proibir o pagamento em numerário, inserindo transversalmente na face do cheque a cláusula para levar em conta.
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6.1. O CHEQUE O
cheque pode ser: (cont.)
Visado ± o cheque garante ao seu beneficiário a existência de provisão. Contém na face a palavra visado.
De viagem ± cheque pessoais e intransmissíveis, emitidos pelo banco a pedido de clientes e são pagos pelos correspondentes bancos no estrangeiro.
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6.1. O CHEQUE Operações
sobre o cheque:
Endosso ± é a transmissão a uma pessoa diferente da que figura como beneficiário. Isto é possível porque os cheques normalizados referem a expressão ³à ordem´.
O endosso efectua-se através da aposição, no verso do cheque, da assinatura da pessoa que à ordem de quem o cheque foi emitido e da indicação da entidade a favor de quem o mesmo é transmitido.
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6.1. O CHEQUE Operações
sobre o cheque:
Pagamento ± o cheque é um titulo pagável à vista, no dia da apresentação. Os
prazos de apresentação a pagamento são: 8 dias ± cheque pagável no país em que foi emitido. 20 ou 70 dias ± cheque pagável num país diferente daquele em que foi emitido (mesma parte ou diferentes partes do mundo). Os prazos começam a contar a partir da data de emissão do cheque. Organização e Gestão Empresarial
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6.1. O CHEQUE Operações
sobre o cheque:
Acção por falta de cobertura ± o portador pode exercer os seus direitos de acção contra os endossantes e sacador se o cheque apresentado em tempo útil, não for pago.
O saque de cheques sem cobertura é considerado crime, pelo qual terá de responder o sacador do cheque.
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6.2. CARTÕES BANCÁRIOS São cartões de plástico com uma banda magnética, onde se encontra a informação necessária à identificação completa da conta do utilizador. Através de uma operação simples, rápida e económica, realizada por caixas automáticas, o titular de uma conta bancária pode efectuar pagamentos ou recebimentos em qualquer momento.
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6.2. CARTÕES BANCÁRIOS Tipos
de cartões bancários:
de débito ± tem associada uma conta de depósitos à ordem. Quando utilizado para pagamentos, levantamentos ou transferências, a conta de depósitos à ordem é debitada pelo valor correspondente, havendo assim, uma redução do saldo da conta por esse valor.
Cartão
Cartão
de crédito ± tem associada uma linha de crédito. O titular utiliza o cartão para fazer pagamentos ou adiantamentos de dinheiro.
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6.3. LETRAS A letra é um titulo de crédito à ordem, sujeito a formalidades, pelo qual uma pessoa ± sacador ± ordena a outra ± sacado ± que lhe pague a si ou a terceiro ± tomador ± certa quantia em determinada data. Os intervenientes na letra são:
Sacador ± pessoa que dá a ordem de pagamento, sacando a letra.
Sacado ± pessoa a quem é dada a ordem de pagamento e que tem de aceitar a letra, responsabilizando-se pelo seu pagamento.
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6.3. LETRAS Os
intervenientes na letra são:
Tomador
Portador ± pessoa que apresenta a letra a pagamento. Tanto pode ser o sacador, o tomador ou o endossado.
Avalista ± pessoa que garante o pagamento da letra.
Endossado ± pessoa a quem o sacador ou endossante transmitiu a letra por meio de endosso.
± pessoa a quem o sacador transmite todos os direitos emergentes da letra.
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6.3. LETRAS Requisitos da Letra:
A palavra letra inserida no próprio texto do titulo. O mandato de pagar uma quantia determinada. O nome daquele que deve pagar (sacado). A época do pagamento. A indicação do lugar em que se deve efectuar o pagamento. O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga. A data e o lugar onde a letra é passada. A assinatura de quem passa a letra (sacador).
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6.3. LETRAS Operações
sobre a letra:
saque ± é o acto pelo qual o sacador procede à emissão da letra. É através desta operação que a dívida do cliente (sacado) passa a estar representada na contabilidade.
O
O
aceite ± é o acto pelo qual o sacado se obriga a pagar a letra na data do vencimento. Até à data do vencimento, a letra pode ser apresentada pelo portador para aceite no domicilio do sacado.
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6.3. LETRAS Operações
sobre a letra:
aval ± é uma garantia dada por um terceiro ± avalista ± ao pagamento total ou parcial da letra. Este é responsável pelo pagamento da letra no caso de ter de a pagar.
O
O
O vencimento ± é a data em que o portador pode exigir o seu pagamento. À vista ± é pagável no dia da sua apresentação. A termo ± é pagável no prazo nela indicado. Em dia fixo ± vence no dia nela fixado.
endosso ± é a transferência de todos os direitos dela emergentes, efectuada pelo endossante, a favor de outrém ± endossado.
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6.3. LETRAS Operações
sobre a letra:
O pagamento ± deve ter lugar no dia do seu vencimento, ou num dos dois dias úteis seguintes.
A cobrança ± pode ser efectuada pelo portador ± cobrança directa ± ou através do banco ± cobrança bancária. No caso da cobrança bancária, o endossante terá de suportar os custos.
Desconto bancário ± o portador da letra pode antecipar o vencimento da mesma pela operação de desconto comercial, que consiste no recebimento antecipado do seu valor liquido de desconto (valor nominal menos os encargos). Organização e Gestão Empresarial
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6.3. LETRAS Operações
sobre a letra:
Reforma da letra ± quando na data do vencimento o aceitante não pode pagar a letra, solicitando a sua substituição total ou parcial por um ou mais títulos.
A reforma pode ser total ou parcial.
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7.CONTRATOS DE TRABALHO 7.1. Conceito de Contrato de Trabalho 7.2. Período Experimental 7.3. Caducidade 7.4. Revogação por Acordo das Partes 7.5. Horário de Trabalho 7.6. Faltas 7.7. Segurança Social 7.8. Tipos de Contratos de Trabalho 7.9. Recibos Verdes
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7.1. CONCEITO DE CONTRATO DE TRABALHO Contrato de Trabalho é aquele pelo qual uma pessoa se obriga,
mediante retribuição, a prestar a sua actividade intelectual ou manual a outra pessoa, sob a autoridade e direc ção desta (art. 1º da Lei do Contrato de Trabalho).
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7.2. PERÍODO EXPERIMENTAL do experimental corresponde ao per ío do inicial de execução O Per ío do contrato e, sem prejuí zo do disposto para os contratos a termo, tem a duração de 60 dias para a generalidade dos trabalhadores, 180 dias para cargos de complexidade t écnica ou elevado grau de responsabilidade e 240 dias para pessoal de direcção e quadros superiores.
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7.3. CADUCIDADE O contrato de trabalho caduca nas seguintes situações:
Verificando-se o seu termo, quando se trate de contrato a termo.
Verificando-se a impossibilidade superveniente, absoluta e definitiva de o trabalhador prestar o seu trabalho ou de a entidade empregadora o receber.
Com a reforma do trabalhador por velhice ou invalidez.
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7.4. REVOGAÇÃO POR ACORDO DAS PARTES A entidade empregadora e o trabalhador podem fazer cessar o contrato de trabalho por acordo, desde que respeitem os seguintes requisitos:
O acordo de cessação do contrato deve constar de documento assinado por ambas as partes, ficando cada uma com um exemplar.
O documento deve mencionar expressamente a data da celebração do acordo e a de início da produção dos respectivos efeitos.
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7.4. REVOGAÇÃO POR ACORDO DAS PARTES
No mesmo documento podem as partes acordar na produção de outros efeitos, desde que não contrariem a lei.
Se no acordo de cessação, ou conjuntamente com este, as partes estabelecerem uma compensação pecuniária de natureza global para o trabalhador, entende-se, na falta de estipulação em contrário, que naquela foram pelas partes incluídos e liquidados os créditos já vencidos à data da cessação do contrato ou exigíveis em virtude dessa cessação.
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7.5. HORÁRIO DE TRABALHO Horário de Trabalho é o período de tempo durante o qual o Trabalhador tem a obrigação de colocar ao dispor da entidade patronal a sua força de trabalho, manual ou intelectual.
Compete às entidades patronais estabelecer o horário do trabalho do pessoal ao seu serviço, dentro dos condicionalismos legais. Entende-se por "horário de trabalho" a determinação das horas do início e do termo do período normal de trabalho diário, bem como dos Intervalos.
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7.6. FALT AS trabalhador durante o período normal de A falta é a ausência do trabalhador durante trabalho a que este obrigado, ou seja, a não comparência no local de trabalho e dentro do horário que contratualmente foi estipulado. trabalhador por períodos períodos inferiores ao Os casos de ausência do trabalhador por período normal de trabalho a que está obrigado, os respectivos tempos serão adicionados para determinação dos períodos normais de trabalho diário em falta.
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7.6. FALT AS para justificação de faltas: Procedimentos para justificação
O trabalhador deve obrigatoriamente comunicar à entidade patronal que vai faltar, invocando o motivo por que o faz, com a seguinte antecedência:
O mínimo de 5 dias, se a falta for previsível, embora para certos caso casos s se espe espere re que que o trab trabal alha hado dorr proc proced eda a a essa essa comu comuni nica caçã ção o muito antes desse prazo estipulado (ex.: casamento). Logo que possível, se a falta for imprevisível (ex. acidente, doença).
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7.7. SEGURANÇA SOCIAL Por parte do trabalhador: Os trabalhadores obrigatoriamente abrangidos pelo regime geral de
segurança soci social al dos dos tra trabalh balhad ador ores es por por cont conta a de outr outr ém deve devem m comunicar às inst instit itui uições de seg seguran urança socia sociall compe compete tent ntes es,, por por qual qualqu quer er meio meio esc scrrito, ito, o iní cio da sua actividade e o da sua vinculação a uma nova entidade empregadora.
Esta comunicação deve ser apresentada até vinte a quatro horas após após o iní início cio de efei efeito tos s do contr ontrat ato o de trab traba alho lho que vincu inculle o trabalhador à respectiva entidade empregadora.
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7.7. SEGURANÇA SOCIAL Por parte da entidade empregadora: As entidades empregadoras são obrigadas a comunicar às instituições de segurança social competentes, por qualquer meio escrito, a admissão de novos trabalhadores.
Esta comunicação deve ser efectuada no início da produção de efeitos do contrato de trabalho, até ao fim da primeira metade do período normal de trabalho diário, e não dispensa as entidades empregadoras da inserção dos novos trabalhadores admitidos na folha de remunerações correspondente ao mês em que iniciam a prestação da actividade. Organização e Gestão Empresarial
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO 7.8.1. EFECTIVO Estamos perante um contrato efectivo quando ao mesmo não é
oposto um tempo para o seu término, ou seja uma data que faça com que o contrato cesse. Aplica-se geralmente a actividades contí nuas e de duração ilimitada.
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO 7.8.2. CONTRATO DE TRABALHO A TERMO A celebração do contrato de trabalho a termo só é admitida nos casos seguintes:
Substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se encontre impedido de prestar serviço.
Acréscimo temporário ou excepcional da actividade da empresa.
Actividades sazonais ou ocasionais e não duradouras. Organização e Gestão Empresarial
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO
Lançamento de uma nova actividade de duração incerta.
Desenvolvimento de projectos, não inseridos na actividade corrente da empresa.
Contratação de trabalhadores à procura do primeiro emprego ou de desempregados de longa duração ou noutras situações previstas em legislação especial de política de emprego.
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO 7.8.3. CONTRATO A TERMO INCERTO É admitida a celebração de contrato de trabalho a termo incerto nas
seguintes situações:
Substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se encontre impedido de prestar serviço ou em relação ao qual esteja pendente em juízo acção de apreciação a licitude do despedimento.
Actividades sazonais.
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO
Execução, direcção e fiscalização de trabalhos de construção civil, obras públicas, montagens e reparações industriais, incluindo os respectivos projectos outras actividades complementares de controlo e acompanhamento, bem como os outros trabalhos de análoga natureza e temporalidade, tanto em regime de empreitada como de administração directa.
Desenvolvimento
de projectos, incluindo concepção, investigação, direcção e fiscalização, não inseridos na actividade corrente da entidade empregadora;
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO 7.8.4. CONTRATO A TEMPO PARCIAL (PART-TIME) É o que corresponde a um período normal de trabalho semanal igual ou inferior a 75% do praticado a tempo completo numa situação comparável (a situação só é comparável se estiver em causa o mesmo tipo de trabalho). O contrato de trabalho a tempo parcial deve ser celebrado por escrito, nele constando expressamente o número de horas semanais e o horário de trabalho. (Ver L. 103/99 de 26 de Julho).
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7.8. TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO 7.8.6. CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO É o contrato de trabalho celebrado entre uma empresa de trabalho temporário e um trabalhador, pelo qual este se obriga, mediante retribuição daquela, a prestar temporariamente a sua actividade a utilizadores (cfr. Artigo 2º do Decreto-Lei Nº 358/1989).
Ou seja, é um contrato de trabalho "triangular" em que a posição contratual da entidade empregadora é desdobrada entre a empresa de trabalho temporário (que contrata, remunera e exerce poder disciplinar) e o utilizador (que recebe nas suas instalações um trabalhador que não integra os seus quadros e exerce em relação a ele, por delegação da empresa de trabalho temporário, os poderes de autoridade e direcção próprios da entidade empregadora). Organização e Gestão Empresarial
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7.9. RECIBOS VERDES
É frequente certas empresas recorrerem ao mecanismo dos contratos de prestação de serviços e à emissão do recibo verde contra a entrega da remuneração, embora mantenham com os trabalhadores relações que em tudo se assemelham a verdadeiros contratos de trabalho.
Isto acontece com o intuito de não assegurar ao trabalhador a protecção que lhe caberia ao abrigo de um contrato de trabalho, deixando-o numa situação precária e desprotegida.
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8. GESTÃO DE STOCKS 8.1. Função Aprovisionamento 8.2. Compras 8.3. Gestão de Stocks
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8.1. FUNÇÃO APROVISION AMENTO O aprovisionamento é uma das funções da empresa, empr esa, tem em vista o abastecimento atempado de todos os bens e serviços necessários ao ao seu eficaz funcionamento, em quantidade e qualidade desejadas desejadas e sempre ao menor m enor custo.
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8.1. FUNÇÃO APROVISION AMENTO As classes de bens e serviços necessários ao normal funcionamento da empresa são, em regra:
Mercadorias Matérias-primas Materiais diversos Artigos de higiene Imobilizado Assistência técnica
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8.1. FUNÇÃO APROVISION AMENTO Uma gestão racional do aprovisionamento evita:
Investimentos desnecessários em stocks Rupturas de stocks Elevados custos de encomenda Grandes áreas para armazenagem Excesso de meios humanos e materiais para controlo do armazém
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8.2. COMPRAS O departamento de compras tem como objectivos:
Criar um sistema eficaz, com base em documentos normalizados, que permita que as encomendas:
Sejam feitas em tempo oportuno.
Sejam precisas, indicando correctamente quantidades, qualidades e demais especificações.
Referenciem prazos, locais de entrega, transporte, acondicionamento, preços e outras condições de compra. Organização e Gestão Empresarial
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8.2. COMPRAS
Implementar um sistema de informação para cada produto ou grupo de produtos, sobre os fornecedores, qualidades dos seus produtos, condições de venda, preços, prazos de aprovisionamento, etc.
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8.2. COMPRAS Para realizar uma compra é necessário que:
Seja feita uma requisição de materiais, assinada pelo chefe de departamento requisitante, ao departamento de compras, especificando a quantidade e qualidade dos produtos a adquirir. O departamento de compras proceda à consulta do seu ficheiro de fornecedores ou à prospecção do mercado, de modo a encontrar o produto necessário nas melhores condições de qualidade e preço. O departamento de compras realiza a encomenda, preenchendo a nota de encomenda, que é enviada ao fornecedor escolhido, devendo especificar as condições de compra. Organização e Gestão Empresarial
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8.2. COMPRAS A recepção e controlo das encomendas é efectuada pelo departamento de recepção (confere os bens recebidos), pelo departamento de compras (recebe a guia de remessa do departamento de recepção e envia todos os documentos à contabilidade) e o departamento de contabilidade (procede ao registo da compra e respectivo pagamento).
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8.3. GESTÃO DE STOCKS Stock é todo o bem que se encontra armazenado com vista a uma utilização futura. O objectivo dos stocks é:
Anular ou minimizar as variações imprevisíveis da procura, do consumo, dos prazos de entrega e da qualidade dos materiais recebidos. Conseguir uma certa autonomia entre a produção, as vendas e as compras, não fazendo reflectir na produção e nas vendas as variações sazonais. Permitir a compra a custos mais favoráveis e, consequentemente, a produção de bens a custos inferiores. Organização e Gestão Empresarial
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8.3. GESTÃO DE STOCKS A gestão de stocks tem como objectivo:
Estudar a localização dos materiais e os equipamentos de arrumação tendo em vista: Minimizar os custos de armazenagem. Evitar a deterioração dos materiais ou produtos armazenados. Facilitar a correcta identificação de cada material ou produto. Racionalizar as movimentações dentro dos armazéns. Promover o oportuno e correcto fornecimento de bens requisitados. Organização e Gestão Empresarial
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8.3. GESTÃO DE STOCKS A gestão de stocks tem como objectivo (cont.):
Implementar e gerir um sistema administrativo que permita: Fazer o correcto e oportuno registo de qualquer movimentação de materiais nos armazéns. Controlar as quantidades existentes, em cada momento, dos produtos em armazém. Conhecer as quantidades de materiais ainda em armazém mas já comprometidas. Previsionar as entradas de novos materiais e produtos, ventiladas em quantidades e datas previstas. Organização e Gestão Empresarial
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8.3. GESTÃO DE STOCKS A gestão de stocks tem como objectivo (cont.):
Estudar as quantidades a manter em stock, com vista a controlar: Custo financeiro incluindo em stocks Custo de posse em armazém Os stocks obsoletos A ruptura de stocks
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8.3. GESTÃO DE STOCKS A gestão de stocks pode dividir-se em três funções de acordo com os objectivos por ela prosseguidos: Gestão material ± facilita a recepção, conferência e
arrumação dos bens; protege os bens de deterioração ou roubo; racionalizar as tarefas dos trabalhadores e minimizar a ocorrência de acidentes. Para tal são necessários armazéns apropriados, equipamentos para arrumação dos materiais e pessoal competente. Os armazéns devem encontrar-se instalados próximos dos utilizadores dos bens e a dimensão e configuração do armazém devem ser cuidadosamente estudados. Organização e Gestão Empresarial
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8.3. GESTÃO DE STOCKS Gestão administrativa ± regista as entradas e saídas de
bens; conhece as quantidades existentes em armazém; planeia a entrega de encomendas aos clientes; analisa desvios entre as quantidades existentes e as que deveriam existir. Esta gestão faz-se no armazém, preenchendo guias de entrada e de saída e fichas de armazém, e no departamento administrativo, controlando os stocks e analisando desvios.
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8.3. GESTÃO DE STOCKS Gestão económica ± visa racionalizar o aprovisionamento
com o fim de minimizar o custo do bem à saída do armazém. O custo do produto à saída do armazém é composto por: Custo de aquisição (custo de compra + custo transporte) Custo de efectivação da encomenda (engloba o custo de funcionamento da secção de compras, custos de recepção das encomendas, despesas com portes, despesas com serviços de contabilidade e custo com a documentação a emitir). Custo de posse do stock (custo anual de posse pode exprimir-se em valores absolutos ou em percentagem do valor médio investido em existências durante o ano. Organização e Gestão Empresarial
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8.3. GESTÃO DE STOCKS Stock de segurança
Tem como objectivo minimizar a probabilidade de ruptura do stock. Representa uma imobilização de capital, pois a empresa, para não correr risco de ruptura, não deve permitir que o stock baixe para além daquele limite. Para se determinar este stock de segurança, deve analisar-se a evolução dos consumos reais e dos prazos de resposta de cada fornecedor; prever ritmos de consumo; e determinar os custos de um stock de segurança e de uma situação de ruptura. Organização e Gestão Empresarial
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9. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 9.1. Função Pessoal 9.2. Processo de Gestão dos Recursos Humanos 9.2.1. Conhecer o trabalho 9.2.2. Conhecer as pessoas 9.3. Gestão Previsional de pessoal 9.4. Reconversão de Pessoal 9.5. Formação Profissional
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9. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS O objectivo da Gestão de Recursos Humanos de uma empresa é harmonizar os interesses antagónicos entre o patrão e os trabalhadores, e atender às necessidades das pessoas e das organizações. É uma ferramenta que auxilia a gestão e que se propõe resolver os problemas dos recursos humanos.
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9.1. FUNÇÃO PESSOAL Surgiu quando um grupo de trabalhadores se organizou para produzir algo em comum, ou um indivíduo contratou outro para executar esse trabalho. Evolução da Função de Pessoal como função: 1ª Etapa ± disciplina (o homem era considerado uma máquina, era um meio de produção). 2ª Etapa ± administrativa (o homem era visto como uma
máquina especial, que obedece a comandos próprios). Organização e Gestão Empresarial
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9.1. FUNÇÃO PESSOAL 3ª Etapa ± paternalista (período de falso humanismo após a 1ª guerra mundial, a empresa substituía-se ao estado). 4ª Etapa ± tecnológica (introdução dos técnicos de gestão num período de liberalização económica). 5ª Etapa ± participativa (visa a participação das pessoas nos objectivos da organização, visa a integração dos objectivos individuais e organizacionais).
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9.1. FUNÇÃO PESSOAL Evolução da Função Pessoal no papel dos gestores: 1ª fase ± reconhecimento: face às pressões das forças externas, que o gestor não consegue controlar, é obrigado a reconhecer a necessidade da gestão de pessoal. 2ª fase ± autonomia: para que a função pessoal atinja os seus objectivos é necessário dar-lhe alguma autonomia semelhante às outras funções da empresa, delegando os poderes necessários num especialista que se lhe dedique por exclusivo. 3ª fase ± delegação completa: surge quando se tornam necessários os especialistas, para que possam definir e executar as políticas de pessoal com delegação completa e incondicional. Organização e Gestão Empresarial
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9.1. FUNÇÃO PESSOAL Como principais causas desta evolução temos:
Desenvolvimento industrial Desenvolvimento de legislação do trabalho e da Segurança Social Sindicalismo Flutuações do mercado de trabalho Influência das duas guerras mundiais Técnicas ligadas à função pessoal
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9.2. O PROCESSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 9.2.1. CONHECER O TRABALHO
Função é um conjunto de actividades que podem ser
atribuídas a um só trabalhador ou a um conjunto de postos de trabalho com tarefas afins.
é qualquer actividade em que se pode decompor uma função que requeira um esforço físico e/ou mental com o fim de atingir um objectivo especifico. Tarefa
Posto de trabalho é um conjunto de actividades e respectivos meios de execução atribuídos a um só trabalhador. Organização e Gestão Empresarial
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9.2. O PROCESSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS As políticas de recrutamento têm uma repercussão muito grande nas empresas e são essenciais. As fontes de recrutamento são a forma como se chega ao contacto com as pessoas, contacto esse que pode ser interno ou externo. A informação dos candidatos é colocada em ficheiros.
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9.2. O PROCESSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Canais
de recrutamento:
Espontâneos ± aviso interno Encaminhamento Agência ± seleccionam as pessoas a apresentam às empresas Escolas/estágios Associações profissionais Outplacement ± reinserção profissional
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9.2. O PROCESSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Fases de selecção:
Após a recepção do candidato há uma primeira entrevista Testes/Exames profissionais Antecedentes Avaliação médica Última Entrevista Decisão
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9.2. O PROCESSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Depois da selecção é feito o acolhimento e integração dos trabalhadores que consiste em:
Assinatura do contrato Execução de formalidades Visita às instalações Apresentação aos colegas Informações
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9.2. O PROCESSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Numa fase posterior é importante tentar analisar em que medida é que o posto de trabalho é ou não adequado a esse trabalhador. Para isso é feita uma avaliação de desempenho. A apreciação final dessa avaliação serve para recolocar o trabalhador num posto de trabalho mais adequado ou para rectificar a remuneração por este auferida.
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9.3. GESTÃO PREVISIONAL DE PESSOAL Consiste na projecção para médio e longo prazo das necessidades e recursos em pessoal de uma empresa. As necessidades de pessoal surgem das outras áreas funcionais.
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9.4. RECONVERSÃO DE PESSOAL Quando não há identidade entre a pessoa e o posto de trabalho, dado esta já não ter capacidade para continuar a exerce-lo, deve então orientá-lo para um posto de trabalho onde ele ainda possa utilizar essas capacidades. As causas da reconversão podem ser políticas, tecnológicas ou psicossomáticas (acidente, velhice, etc.).
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9.4. RECONVERSÃO DE PESSOAL Classificação dos trabalhadores a reconverter:
Recuperabilidade: Inteiramente recuperáveis Parcialmente recuperáveis Irrecuperáveis Urgência: Absoluta Relativa Duração: Temporária Definitiva Organização e Gestão Empresarial
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9.4. RECONVERSÃO DE PESSOAL A reconversão é um dever da sociedade e deverá ficar a carg cargo o da Segur eguraança nça Soci Social al.. Aind Aindaa assi ssim, a inici niciat ativ ivaa da reconversão pode partir do trabalhador, de um superior ou de um médico do trabalho. As soluções para este problema podem ser: Inactividade Subsidio estatal Reforma Emprego selectivo ou protegido
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9.5. FORMAÇÃO PROFISSIONAL a transmissão de conhecimentos, cujo objectivo é levar as pessoas a interessarem-se por algo e fazer com que estas consigam chegar ao saber fazer e à mudança de atitudes.
É
As fases de um processo de acções de formação são:
Levantamento das necessidades Determinação dos objectivos da formação Análise do trabalho a ensinar Programa da formação Preparação do material pedagógico Cursos e seminários Organização e Gestão Empresarial
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10.GESTÃO COMERCIAL 10.1. Conceito e Contexto de Marketing 10.1.1. Actividades de Marketing 10.1.2. Mercado 10.1.3. Segmentação do Mercado 10.1.4. Mercados Alvo 10.1.5. Posicionamento 10.1.6. Previsão de Vendas 10.1.7. Formas de Mercado 10.1.8. Análise do Mercado Organização e Gestão Empresarial
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10.GESTÃO COMERCIAL 10.2. Estratégias de Marketing 10.2.1. Análise Externa e Interna 10.2.2. Definição dos Objectivos de Marketing 10.3. Marketing Mix 10.3.1. Produto (Ciclo de vida do produto) 10.3.2. Preço 10.3.3. Distribuição 10.3.4. Comunicação Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING Conceito
de Marketing
o conjunto de actividades efectuadas antes, durante e depois da venda, que têm como objectivo satisfazer da melhor maneira o consumidor e ao mesmo tempo aumentar o lucro da empresa. É
O marketing é uma função complementar da função comercial ou vendas e tem como objectivos: a definição dos preços e condições de venda; a repartição das vendas; a escolha dos canais de distribuição e a opção dos tipos de promoção de vendas. Enquanto que a função comercial é responsável pelo produto desde a saída da fábrica até ao consumidor final. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING Evolução do conceito de Marketing 1ª fase ± até 1929 ± orientada para a produção (aproveitamento da capacidade de produção dada a grande procura de produtos básicos). 2ª fase ± até a 2ª Guerra Mundial ± orientada para as vendas (preocupação de escoamento dos produtos acumulados devido às dificuldades económicas provocadas pela crise). 3ª fase ± após a 2ª Guerra Mundial ± orientada para o mercado.
Actualmente o Marketing é orientado para o cliente. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.1. ACTIVIDADES DE MARKETING Que produtos distribuir? A empresa deve conhecer as necessidades dos consumidores para definir os produtos (dimensão, duração, utilização, design, embalagem, etc.) Que preços praticar? Os preços formam-se no mercado pelo encontro dos interesses dos consumidores e empresas vendedoras.
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.1. ACTIVIDADES DE MARKETING Quais os circuitos de distribuição a utilizar? Escolhem-se os que se traduzem no menor custo, garantindo que os produtos chegam ao consumidor em boas condições; que têm assistência técnica eficaz pós-venda. Quais as acções de promoção a desenvolver? Os produtos devem chegar ao consumidor ao longo dos canais de venda, através da publicidade ou da promoção de vendas. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.2. MER CADO
o conjunto de todos os consumidores efectivos e potenciais em relação a um produto ou gama de produtos É
Mercado Total - formado pelos consumidores efectivos e potenciais. Mercado Real ± representado pelo volume de compras efectivamente realizadas relativamente a um produto ou gama de produtos. Quota de Mercado ± representada pela procura (conjunto de compradores constituído pelos comerciantes e consumidores) definida pelas vendas da empresa. Organização e Gestão Empresarial
128
10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.2. MER CADO
Para determinar a quota de mercado de uma empresa é necessário conhecer a sua zona de mercado (vendas da empresa), ou seja, o mercado efectivo da empresa. Quota de Mercado = ( vendas da empresa / mercado total ) x 100 Grau de concentração de mercado de um produto ± é a
relação entre o número de empresas vendedoras e a soma das respectivas quotas de mercado. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.3. SEGMENTAÇÃO DO MER CADO
Consiste em dividir o mercado em grupos de consumidores com características idênticas de modo a criar subconjuntos o mais homogéneos possível, para que as empresas adoptem uma política de marketing para cada um desses conjuntos. O processo de segmentação tem quatro etapas:
Escolha dos critérios de segmentação ± definir o critério a usar no agrupamento dos consumidores: sexo, idade, região, etc. Estudo das características de cada segmento ± depois de escolhidos os critérios é necessário caracterizá-los. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.3. SEGMENTAÇÃO DO MER CADO
Escolha de um ou mais segmentos de mercado ± após as etapas anteriores é necessário decidir em quais se vai actuar: todos (estratégia diferenciada) ou alguns (estratégia centrada).
Definição da política de marketing para cada um dos segmentos escolhidos ± é necessário definir para cada um dos segmentos escolhidos: os produtos a oferecer; o preço a praticar; os canais de distribuição a utilizar; a política de publicidade e promoção. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING Principais critérios de segmentação:
Geográficos ± incluindo continente, país, região, cidade,
Demográficos ± incluindo grupo etário, sexo, dimensão e composição do agregado familiar, densidade populacional, etc.
Socioeconómicos ± incluindo rendimento, profissão, classe social, religião, nacionalidade, etnia, etc.
Psicográficos ± incluindo classes sociais, estilos de vida, personalidade, etc.
clima, etc.
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING O objectivo da segmentação do mercado é evidenciar as diversas oportunidades que surgem nas empresas. Cada oportunidade corresponde a um segmento de mercado que a empresa deve avaliar com o objectivo de escolher os segmentos onde vai actuar. Essa avaliação incide sobre três aspectos:
Dimensão/crescimento ± perante dois segmentos de mercado com o mesmo índice, a empresa deve escolher aquele que tem mais consumidores, na medida em que oferece mais hipóteses de crescimento.
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING
Interesse cultural ± o segmento deve ser atractivo do ponto de vista de rendibilidade. O modelo de M. Porter (modelo das cinco forças), é um exemplo para a avaliação dos interesse cultural. Este modelo permite analisar as seguintes variáveis:
Novas entradas ± ameaça de mobilidade Fornecedores ± poder dos fornecedores
Concorrência
± rivalidade no segmento Clientes ± poder dos clientes Substitutos ± ameaça dos substitutos Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING
e recursos ± a empresa deve avaliar se o segmento escolhido é compatível com os seus objectivos (rendibilidade) e recursos. Objectivos
Segmento simples de concentração ± a empresa concentra-se exclusivamente num segmento escolhido. Esse segmento deve caracterizar-se por fraca concorrência e um preço médio, para não o tornar aliciante para a concorrência.
Especialização selectiva ± a empresa selecciona um determinado número de segmentos definindo, para cada um, um objectivo a atingir. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING
Especialização por produto ± a empresa especializase num único produto que irá vender a diversos tipos de clientes.
Especialização por mercados ± a empresa tenta com o seu produto atingir um determinado grupo especifico de clientes, que necessariamente não tem a mesma localização geográfica.
Cobertura
total ± a empresa tenta a cobertura total, lançando vários tipos de produtos que visam criar diferentes tipos de necessidades. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.5. POSICIONAMENTO
Após ter escolhido o mercado alvo a empresa necessita definir uma estratégia de posicionamento do produto, ou serviço, isto é, a empresa deve explicar aos seus clientes em que é que o seu produto é diferente dos concorrentes. Posicionar um produto num mercado consiste em criar-lhe valor e imagem. Para se proceder ao posicionamento de um produto é necessário:
Identificar as potenciais vantagens competitivas ± uma vantagem competitiva resulta do valor que a empresa é capaz de criar para os seus clientes e que ultrapassa o custo que a empresa tem na sua produção. Seleccionar as vantagens competitivas. Organização e Gestão Empresarial
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.6. PREVISÃO DE VENDAS
essencial na gestão de uma empresa, é com base nela que a empresa decide o que produzir, o que comprar, que meios financeiros utilizar, quais as necessidades de mão-de-obra. A previsão de vendas torna o controlo mais eficaz, na medida em que da comparação entre o previsto e o real, se determinam os desvios. É
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING Para realizar a previsão de vendas é necessário analisar alguns registos existentes nas empresas, tais como por exemplo:
Registo de encomendas
Registo de facturas
Conta-corrente de clientes
Relatórios de vendedores
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.7. FORMAS DE MER CADO Dependendo do número de empresas existentes num determinado sector, o mercado pode assumir as seguintes formas: OFER TA
PR OCURA MUITAS UNIDADES PEQUENAS UMA UNIDADE GRANDE ALGUMAS UNIDADES GRANDES
MUITAS UNIDADES PEQUENAS
UMA UNIDADE GRANDE
ALGUMAS UNIDADES GRANDES
CONCORRÊNCIA BILATERAL
MONOPÓLIO
OLIGOPÓLIO
MONOPSÓNIO
MONOPÓLIO BILATERAL MONOPÓLIO LIMITADO
MONOPSÓNIO LIMITADO OLIGOPÓLIO BILATERAL
OLIGOPSÓNIO
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10.1. CONCEITO E CONTEXTO DE MARKETING 10.1.8. ANÁLISE DO MER CADO
Para determinar com alguma precisão a dimensão de um mercado ou serviço, é necessário proceder a estudos de mercado. Estes consistem na recolha, elaboração e análise sistemática de dados relativos a problemas relacionados com marketing de bens e serviços. Os estudos de mercado têm como objectivos:
Fornecer
conhecimentos profundos sobre o mercado em que a empresa actua ou pretende actuar Favorecer decisões Definir estratégias Diminuir os riscos da actividade Organização e Gestão Empresarial
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10.2. ESTRATÉGIAS DE MARKETING 10.2.1. ANÁLISE EXTER NA E INTER NA
A definição de uma estratégia de marketing adequada ao mercado a atingir visa proporcionar à empresa o melhor poder de penetração no mercado. Para implementar uma estratégia de marketing dever-se-á seguir as seguintes etapas:
Análise Externa ± consiste em analisar o mercado onde se situará o produto:
Caracterização do meio envolvente Dimensão, estrutura e tendência do mercado Hábitos de compra e consumo Motivações, atitudes e critérios de escolha dos compradores Rede de distribuição Conclusão da análise externa: evolução espontânea provável, ameaças e oportunidades. Organização e Gestão Empresarial
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10.2. ESTRATÉGIAS DE MARKETING 10.2.1. ANÁLISE EXTER NA E INTER NA
Análise Interna ± incide sobre os recursos da empresa, suas dificuldades e evolução possível:
Recursos financeiros disponíveis. Capacidade de produção. Eficácia dos serviços comerciais. Atitudes dos compradores, consumidores e prescritores relativamente ao produto. Quota de mercado Imagem de marca/relação qualidade/preço Conclusão da análise interna: pontos fortes e pontos fracos.
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10.2. ESTRATÉGIAS DE MARKETING 10.2.2. DEFINIÇÃO DOS OBJECTIVOS DE MARKETING
Gerais ± respeitam à actividade global de um departamento de marketing. São quantidades de vendas; notoriedade obtida; custos; resultados obtidos e satisfação dos clientes, que deve ser sempre o ponto central de todas as actividades de marketing.
Específ icos ± visam a concretização dos objectivos gerais a n í vel do produto, preço, distribuição, comunicação e actividades de vendas.
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10.3. MARKETING MIX a combinação das variáveis estratégicas: produto, preço, distribuição e comunicação. É
10.3.1. PR ODUTO (CICLO DE VIDA DO PR ODUTO)
Para a empresa satisfazer as necessidades do consumidor com um produto, num determinado momento a um dado preço, apoiada por uma promoção adequada e nos locais mais convenientes para o consumidor, pressupõe um prolongado estudo, que vai desde a pesquisa da necessidade do consumidor, passando pelo estudo do produto, meios técnicos a utilizar e acabando na sua comercialização. Organização e Gestão Empresarial
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10.3. MARKETING MIX No produto é importante criar marcas, estas são constituídas por sinais nominativos, figurativos e/ou emblemáticos, que distinguem o produto dos outros seus concorrentes atribuindo-lhes determinadas características de qualidade, apresentação e preço. A embalagem é igualmente importante e permite ao consumidor identificar o produto, logo tem funções técnicas (acondicionamento, conservação e transporte do produto) e de marketing (funcionalidade, estética e diferenciação do produto dos seus concorrentes). Organização e Gestão Empresarial
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10.3. MARKETING MIX Ciclo
de vida de um produto
A duração da vida de um produto depende da taxa de inovação técnica, da taxa de aceitação do mercado e da força da concorrência. Assim, os produtos têm uma vida limitada; os rendimentos do produto tendem a seguir um curso previsível ao longo da sua vida; e os produtos necessitam de uma estratégia adequada a cada fase.
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10.3. MARKETING MIX 1ª Fase ± Introdução: o produto é lançado no mercado, o conhecimento e a aceitação praticamente não existem.
2ª Fase ± Crescimento : devido às acções de promoção e à influência do conhecimento do produto pelo mercado verificam-se ganhos crescentes nas vendas.
3ª Fase ± Maturidade: as vendas continuam a crescer, embora a uma taxa menor.
4ª Fase ± Saturação: as vendas atingem o seu valor máximo e mantêm-se nesse ní vel.
5ª Fase ± Declínio: o valor absoluto das vendas começa a diminuir à medida que o produto vai sendo substituí do por outros de melhor qualidade. Organização e Gestão Empresarial
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10.3. MARKETING MIX 10.3.2. PREÇO
A fixação do preço é uma decisão estratégica e tem como objectivos: o preenchimento de uma determinada quota de mercado; a obtenção de uma taxa de crescimento de vendas; e a obtenção de uma taxa de rendibilidade. O ponto critico das vendas de uma empresa representa o volume de vendas ou de produção para o qual os custos são totalmente cobertos, isto é, o volume para o qual a empresa nem ganha nem perde.
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10.3. MARKETING MIX 10.3.3. DISTRIBUIÇÃO
Distribuir produtos e/ou serviços consiste em entregá-los ou prestá-los no local certo, nas quantidades pretendidas e com os serviços necessários à sua venda, consumo e, por vezes, manutenção. O circuito de distribuição é o percurso percorrido pelo produto/serviço desde o produtor até ao consumidor. A distribuição pode ser directa (produtor ± consumidor) ou indirecta (produtor ± grossista ± retalhista ± consumidor).
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10.3. MARKETING MIX Força de Vendas É muito importante numa empresa e tem como objectivo
organizar os seguintes factores:
Funções a desempenhar pelos vendedores (natureza dos
Número de vendedores (carga de trabalho total da for ça de vendas e número de visitas).
Divisão das tarefas pelos vendedores (áreas geogr áficas;
destinatários; local onde é exercida a actividade; outras tarefas a desempenhar pelos vendedores).
especialização por produto, por cliente ou por missões). Organização e Gestão Empresarial
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10.3. MARKETING MIX 10.3.4. COMUNICAÇÃO
o conjunto dos sinais emitidos por uma empresa em direcção aos seus clientes, aos seus destinatários, aos distribuidores, aos líderes de opinião, aos prescritores e a todos os alvos. Os principais meios de comunicação são: É
Publicidade Promoção de vendas Relações públicas Força de vendas Merchandising Organização e Gestão Empresarial
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10.3. MARKETING MIX Comunicar é transmitir uma ideia ou atitude. Num sistema de comunicação, existe sempre: um emissor, uma mensagem, um receptor e um suporte de mensagem que permite encaminh á-la até ao receptor. Para que se tenha a certeza que a mensagem foi recebida e entendida é necessária a resposta do receptor (feedback).
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