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Louis Jacolliot
O Espiritismo na Índia (Fenômenos e manifestações exteriores produzidos pelos sectários dos Pitris ou iniciados dos pagodes da Índia) Se eu ouia falar dos esp!ritos "ue oltam# das feitiçarias ou de "ual"uer outra $istoria "ue n%o podia compreender# in$a me compaix%o pelas po&res pessoas iludidas. 'oe# ac$o "ue# pelo menos# mereço eu ser igualmente lamentado. ontaigne
Tradutor da obra Francisco Klors Werneck
Louis Jacolliot - Le Spiritisme Dans le Monde (!"#$
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Sumário + , -s iniciados na posse do c$amado poder oculto % &' ++ , casa % &" +++ , -s fa"uires encantadores % +/ , dança das fol$as % / , - aso de &ronze , Pancadas compassadas acompan$ando um fragmento musical % )* /+ , oimento dágua. , - &ast%o mágico % +) /++ , Fenômenos de leitaç%o , Pancadas noturnas % +' /+++ , - fa"uir e o esca&elo de &am&u , -s arrões a0reos e o pan1a$ misterioso % *& +2 , - elador preso ao solo , 3ranizada de golpes , - moin$o , Penas oadoras. , - $armonium % *) 2 , 4eproduç%o de escritos na areia , asil$a dágua e o cozin$eiro , 5xtinç%o de canto , 6raduç%o do pensamento , 7eitura duma palara num liro cerrado , 4u!dos melodiosos no ar , fol$a de palmeira , 7eitaç%o do fa"uir fa"uir % ' 2+ , /egetaç%o espont8nea % '' 2++ , %os misteriosas , 6ransportes de flores# coroas# etc , 7etras de fogo , - espectro do &r8mane sacrificador , - m9sico fantasma % !# 2+++ , - fantasma de :arli % !"
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- poder pertence a"uele "ue sa&e (gruc$ada Pari1c$ai) (- 7iro dos 5sp!ritos) "uele "ue penetrou o segredo das coisas# "ue se eleou pela contemplaç%o < ci=ncia do princ!pio imortal# "ue macerou o corpo e desenoleu a alma# "ue con$ece todos os mist0rios do Ser e do n%o Ser# "ue estudou todas as transformações da mol0cula ital desde >rama at0 o $omem e do $omem at0 >rama# 0 o 9nico "ue está em comunicaç%o com os Pitris e goerna as forças celestes. (t$ara /0da) (- 7iro dos Poderes Ps!"uicos) -s &utams ? 5sp!ritos mal0olos , tremem diante da"uele "ue tem a ca&eça raspada# "ue está reestido do tr!plice cord%o e da este amarela e "ue lea o &ast%o de sete n@s. (gruc$ada Pari1c$ai) (- 7iro dos 5sp!ritos)
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o 7eitor So& o t!tulo B- 5spiritismo no mundo , iniciaç%o e as ci=ncias ocultas na Índia e em todos os poos da antiguidadeB# escreeu 7ouis Cacolliot# em meados do s0culo passado# um interessant!ssimo e pouco con$ecido liro em "ue narrou as suas o&serações pessoais so&re os temas acima enunciados. Da sua o&ra# diidida em "uatro partes# completamente independentes entre si# traduzimos apenas a 9ltima# por ser a "ue mais se austa ao caráter desta >i&lioteca de Ei=ncias Ps!"uicas. -uçamos as suas palaras no Bo leitorB# da ediç%o francesa Bntes de começar a narraç%o dos fenômenos e manifestações exteriores por meio dos "uais as $indus pretendem proar "ue est%o na posse do poder oculto# poder "ue 0 uma conse"G=ncia l@gica da sua sua cren crença ça reli religi gios osaa na inte inter ren enç% ç%oo do doss 5sp! 5sp!ri rito toss no un uni ier erso so## "ueremos ressalar a nossa responsa&ilidade responsa&ilidade pessoal. Hada a&solutamente afirmamos afirmamos so&re a maioria dos estran$os fatos "ue amos relatar# $a&ilidade "ue uma asta prática proporciona# c$ar c$ arla lata tani nism smo# o# aluc alucin inaç aç%o %o incl inclus usi ie# e# tudo tudo po pode de co conc ncor orre rerr pa para ra explicá,los# por0m para ser imparcial e erdadeiro# deo declarar "ue# apesar da seer!ssima fiscalizaç%o a "ue os fa"uires e iniciados se prestaram# sempre oluntariamente# oluntariamente# amais conseguimos surpreender um s@ deles em flagrante delito de fraude# o "ue# n@s o recon$ecemos# n%o 0 uma proa irrefutáel da sua &oa f0. - miss issioná ionári rioo 'u 'uc# c# (I) (I) "ue foi foi tes testem temun un$$a da dalg lguuns de desstes tes fenômenos# no 6i&ete# t%o pouco l$es pôde surpreender o segredo. (*) Souvenir d'un voyage dans la Tartarie, le Thibet et la Chine. N. do T. T.
Deemos confessar "ue# nem na Índia# nem no Eeil%o# con$ecemos um 9nico europeu# at0 mesmo entre os mais antigos residentes no pa!s# "ue nos ten$a podido indicar "ue meios empregam os fa"uires para a produç%o destes fenômenos. fenômenos.
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Kuer isto significar "ue acreditamos na interenç%o dos inis!eisL H%o sou adepto do 5spiritismo# por0m# se considerarmos "ue o $omem# na sua ignor8ncia# tem apenas o direito de negar# deemos acre acresc scen enta tarr po porr ou outr troo lado lado## "u "uee a afir afirma maç% ç%oo cien cient! t!fi fica ca n% n%oo de dee e produzir,se sen%o depois de detido exame# &aseado em proas contradit@rias. 5xiste# n%o $á d9ida# certos fenômenos "ue nos induziriam a atri&u!,los a forças naturais cuas leis o $omem ainda n%o con$ece. H%o somos nem podemos ser autoridade nesta mat0ria# por0m# cada ez "ue emos atacar com desd0m ou ironia (I) o ilustre Milliam Eroo1es# mem&ro da Sociedade 4eal de 7ondres# por causa dos estudos a "ue se entrega para c$egar a desco&rir essas leis# inoluntariamente nos recordamos das seguintes palaras de 3alani# ao "ual dee o mundo ocidental
-s fenô fenôme meno noss "u "uee a amo moss rela relata tarr pe pert rten ence cem m
suprimir!amos deste liro por n%o prestar,se a exame cient!fico# se n%o ti0ssemos lem&rado "ue# na antiguidade# todas as religiões# com o Eristianismo < frente# $aiam inclu!do estes fenômenos nos seus mist0rios e milagres por isto pensamos "ue $á# pelo menos# um inte intere ress ssee de cu curi rios osid idad adee $ist $ist@r @ric icaa em ree reela larr a na natu ture reza za de dest stas as práticas singulares ? ainda em uso na Índia ? destinadas a influir so&re o esp!rito das massas e "ue foram a &ase de todas as superstições antigas. -&sera raç%o Eom o escopo de auxiliar 7ouis Cacolliot na demonstraç%o da semel$ança entre os fenômenos produzidos pelos se"uazes dos Pitris (5sp!ritos) na Índia# e os m0diuns esp!ritas na +nglaterra# colocamos# na o&ra# ários asteriscos# em sua maioria relatios a fatos acontecidos nesse segundo pa!s# escol$endo,os# de prefer=ncia# nos liros 4esearc$es in to t$e Prenomena of Spiritualism e iracles and odern Spiritualism# respectiamente# de Milliam Eroo1es e lfred 4ussel Mallace# os "uais# untamente com 7ord :elin# foram os $omens mais sá&ios da +nglaterra em sua 0poca. 5stes dois liros foram escritos depois de Cacolliot ter deixado a 5uropa e sem "ue ele tiesse a menor id0ia dos fenômenos "ue os esp!ritas atri&uem aos seus m0diuns# conforme declarou no cap!tulo +/. Francisco :lors Mernec1
+ -s iniciados na posse do c$amado poder oculto Para passar pelos diferentes graus de iniciaç%o# impõe,se aos noiços uma longa ida de orações# macerações# a&luções e euns. -s iniciados possuem poderes mais ou menos extensos# segundo a categoria a "ue pertencem. primeira categoria dos iniciados compreende *.N ? -s gri$astasQ ;.N ? -s puro$itasQ A.N ? -s fa"uires. -s gri$astas# ou pais de fam!lia# n%o a&andonam o mundo e s%o o laço mediador mediador entre o templo templo e o poo. 5 l$es formalmente formalmente proi&ida proi&ida toda a manifestaç%o de fenômenos exterioresQ s@ t=m o direito e o deer de eocar# num lugar secreto da sua casa# consagrado a esta prática# as almas dos antepassados e na sua árore geneal@gica# Rnicamente# para rece&er os ensinamentos "ue os deem guiar na ida terrestre. -s puro$itas# ou sacerdotes do culto ulgar s%o c$amados em todas as cerimônias de fam!lia# eocam os 5sp!ritos familiares# expulsam os maus maus## form formul ulam am $o $or@ r@sc scop opos os## pres presid idem em os na nasc scim imen ento tos# s# os matrimônios# os funerais# realizam todos os fenômenos de presságio feliz ou infeliz e inter=m em todos os casos de exaltaç%o e possess%o para lirar o paciente de influ=ncias malignas. H%o saem do terreno religioso. -s fa"uires encantadores s%o os encarregados de pedir esmolas para os templosQ percorrem aldeias e cidades# produzindo < ontade os mais estran$os fatos# contrários# na apar=ncia# ao "ue conimos c$amar leis naturais# audados pelos 5sp!ritos "ue assistem a todas as
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suas operaçõesQ segundo pretendem# t=m tam&0m autorizaç%o e poder para eocá,los. segunda categoria compreende -s sannTassis. terceira *.N ? -s niranTs ;.N ? -s iogues. Hestes dois graus superiores# o poder dos iniciados 0 da mesma natureza# ariando apenas em extens%o. 6=m a pretens%o de $aer su& su&meti metido do < sua sua onta ntade os mun unddos is! is!e ell e in inis! is!el el e n%o produzem manifestações so&renaturais sen%o no interior dos templos e# em casos rar!ssimos# nos palácios dos raás e outras personagens poderosos da Índia. Índia. Dizem "ue o tempo# o espaço# a el$ice# a pr@pria ida# nada s%o para elesQ gozam da faculdade de a&andonar o seu enolt@rio mortal e de recuperá,loQ goernam os elementos# transportam as montan$as e secam os rios. So& So&re este este pon onto to## a ima imagin ginaç%o aç%o orie orienntal tal# "ue n%o co conn$ece ece o&stáculos# dá larga a toda a fantasia e estes iniciados s%o ol$ados na Índia como deuses. 5xis 5xiste te## co como mo se =# uma organ rganiz izaç aç%%o co com mpleta leta## desti estina nadda# apoi ap oian ando do,s ,see na nass cast castas as## a mant manter er um esta estado do soci social al## inte inteir iram amen ente te sacerdotal. Pretende,se "ue nos santuários su&terr8neos dos pagodes# estes diersos iniciados se su&metem# durante largos anos# a um m0todo de trei treinno "u "ue# e# modifi dificcan anddo,l$e ,l$ess o organ rganis ismo mo no pon onto to de ista ista fisiol@gico# aumenta# numa proporç%o consideráel# a produç%o do fluido puro "ue se c$ama acaso. H%o nos foi poss!el poss!el o&ter informações so&re so&re estas práticas ocultas. 5 co com m os fa"u fa"uir ires es## espe especi cial alme ment nte# e# "u "uee e emo moss estu estuda darr este estess diferentes fenômenos.
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++ casa fim de "ue seamos &em compreendidos num assunto em "ue n%o $á um modo de falar ainda aceito por todos# digamos o "ue entendemos pela palara força esp!rita (*). () () Cons Consid ider erem emos os ue ue este este livr livro o oi oi es#r es#rit ito o em + +,, uan uando do do adve advent nto o do Espiritismo #ienti#o. (N. do do T)
Por força esp!rita# entendemos a aliança da intelig=ncia e das forças f!sicas para agirem so&re o&etos inanimados# sem preudicar em nada a causa "ue faz o&rar esta força. - sentido desta palara n%o pode ser# de maneira muito exata# a"uele "ue# em geral# se l$e confereQ apressamo,nos a dizer "ue Rnicamente dela nos serimos para classificar os fenômenos "ue amos relatar e "ue os termos desta "ualificaç%o correspondem# exatamente# <"ueles empregados pelos $indus. causa suprema de todos os fenômenos 0# segundo os &r8manes# o fluido puro# acaso# ou flui fluido do ital ital## "u "ue# e# esp espal$ al$an ando do,s ,see por tod toda a natu atureza reza## põ põee em comunicaç%o todos os seres animados e inanimados# is!eis ou inis!eis. - calor# a eletricidade# todas as forças naturais# numa palara# n%o s%o mais do "ue estados particulares particulares deste fluido. - ser "ue possui maior soma desta força ital ad"uire um poder proporcional so&re os seres animados menos &em dotados e so&re os inanimados. -s pr@prios 5sp!ritos s%o sens!eis < comunicaç%o esta&elecida pelo fluido uniersal e podem pôr o seu poder ao seriço da"ueles "ue possuem força suficiente para eocá,los. Para alguns &r8manes# o acaso 0 o pensamento atuante da alma uniersal# dirigindo todas as almas "ue estariam entre si em constante comun$%o# se o grosseiro enolt@rio do corpo n%o se l$e ocupasse de certo modo. Kuanto mais
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a alma se desprende da sua roupagem terrena pela contemplaç%o# tanto mais sens!el se faz < corrente uniersal# "ue une todos os seres is!eis e inis!eis. 6al 0 a teoria $indu# "ue nos limitamos a expor# sem sair do nosso estrito papel de tradutor.
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+++ -s fa"uires encantadores H%o $á um s@ europeu "ue n%o ten$a ouido falar da $a&ilidade extraordinária dos fa"uires $indus# "ue se designam ulgarmente pelos nomes de encantadores ou peloti"ueiros. Pretendem estar inestidos dum poder so&renaturalQ eis a crença de todos os poos da Xsia. Has narrações dos seus fatos e gestos nos nossos pa!ses# oue,se# ordinariamente# esta resposta BDirigi,os aos prestidigitadores# eles os mostrar%o outro tantoB. Para "ue o leitor possa por si mesmo apre ap reci ciar ar o fund fundam amen ento to de dest staa op opin ini% i%o# o# pa pare rece ce,n ,nos os indi indisp spen ensá sáe ell indicar como operam os fa"uires. 5is os fatos "ue afirmamos e "ue n%o ser%o contraditados por nen$um iaante l .N ? -s fa"uires fa"uires n%o d%o representa representações ções p9&licas p9&licas em lugares lugares onde a reuni%o de muitas centenas de pessoas torna toda a fiscalizaç%o imposs!el. ;.N ? H%o andam acompan$ados de nen$um audante ou compadre. A.N ? p pre rese sent ntam am,s ,see no inte interi rioor da dass cas casas co com mpleta letam men ente te despidos# trazendo por pudor um pedacin$o de pano pouco maior do "ue a m%o. J.N ? H%o con$ecem nem os copos dos prestidigitadores# nem os sacos encantados# nem as caixas de fundo duplo# nem as mesas preparadas# nem nen$um dos mil e um o&etos necessários necessários aos nossos escamoteadores europeus. O.N ? H%o consera conseram m a&solutam a&solutamente ente nada# nada# em seu seu poder# poder# al0m duma arin$a de &am&u tenro com sete n@s# da grossura duma caneta# "ue seguram com a m%o direita# e um pe"ueno apito de tr=s r=s
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polegadas de comprido# "ue dependuram numa mec$a dos seus long longes es ca&e ca&elo los# s# po pois is n% n%oo po poss ssui uind ndoo roup roupaa ne nem m &o &ols lsos os## seri seriam am forçados a traz=,lo na m%o. .N ? -peram segundo a ontade da pessoa em cua casa se encontram# sentados ou de p0s e# segundo o caso# so&re a esteira de setim da sala de isitas# so&re as lousas de mármore# de granito ou de estu"ue da aranda# ou so&re a terra dos ardins. .N ? Kuando precisam duma pessoa para produzirem fenômenos de magnetismo ou de sonam&ulismo# aceitam "ual"uer dos ossos criados e tra&al$am com a mesma facilidade com o europeu "ue se prestar a isto. U.N ? Se um o&eto "ual"uer 0 necessário# sea um instrumento de m9sica# &ast%o# papel# lápis# etc... eles pedem "ue l$os forneçam. V.N ? 4ecomeçam so& os ossos ol$os as experi=ncias# tantas ezes "uantas exigirdes a fim de "ue possais fiscalizá,las. *W.N ? 5nfim# eles nunca pedem salário# limitando,se a aceitar a esmola "ue l$es for oferecida# para o templo de "ue dependem. Durante os longos anos em "ue eu percorri a Índia# em todos os sentidos# posso afirmar "ue amais i um 9nico fa"uir "ue tiesse procurado su&trair,se a "ual"uer "ual"uer destas prescrições. prescrições. 4esta,nos perguntar se o mais famoso dos nossos escamoteadores consentiria em priar,se dos seus acess@rios e operar nas mesmas circunst8ncias. resposta n%o seria duidosa. Sem nada determinar so&re as causas e os meios# limitamo,nos a consignar os fatos.
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+/ dança das fol$as Sem ordem# recol$emos os fatos "ue o&seramos# tais como est%o consignados nas nossas notas# limitando,nos a agrupá,los segundo as diisões "ue adotamos para tornar mais clara a classificaç%o $indu. - "ue c$amamos força rça esp!rit rita denominam,na os $indus artaa$ancarasTa# ou força do eu. III 'aia ários anos "ue $a&itaa Pondic$0rT# capital dos nossos esta&elecimentos de Earnatic# "uando# certa man$%# entre as onze e meia# meu do&ac$T (criado de "uarto) eio dizer,me "ue um fa"uir deseaa fazer,me uma isita. 5u $aia deixado a 5uropa sem ter a menor id0ia dos fenômenos "ue os esp esp!rit !ritas as atri atri&u &uem em ao aoss seu euss m0d 0diu iunns. +gno +gnora raa at0 at0 os princ!pios em "ue se &aseia esta f0 "ue eu ulgaa noa e "ue $oe sei "ue 0 t%o antiga "uanto os templos da Índia# da Eald0ia e do 5gito# "ue todas as religiões começaram pela crença nos inis!eis e nas suas manifestações exteriores "ue s%o a fonte da pretendida reelaç%o celeste. Hem se"uer $aia isto um simples elador moer,se so& a imposiç%o de m%osQ os exageros da crença nos inis!eis# com "ue os adeptos conictos fazem sempre as suas narratias# se assemel$aam de tal modo aos =xtases#
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6odai 6odaia# a# ou ouind indoo sempre sempre falar falar da sua $a& $a&ili ilidad dadee marai marail$o l$osa# sa# sentia,me tentado pela curiosidade. - $indu $aia sido introduzido e me dirigi ao seu encontro# numa das arandas internas da min$a $a&itaç%o. +mpressionou,me a sua magreza. 6in$a o rosto descarnado dum asceta e os ol$os# "ue pareciam meio apagados# me reproduziram a sensaç%o "ue $aia á experimentado# ao fitar os ol$os glaucos e im@eis dos grandes es"ualos do -ceano. 5n"uanto me esperaa# $aia ele se sentado na lae de mármore. ssim "ue me iu# leantou,se# lentamente# e# inclinando,se com as m%os m%os o olt ltad adas as pa para ra a fren frente te## diss disse e?S ?Sar aran anai ai aT aTaa (sa9 (sa9do do,t ,tee resp respei eito tosa same ment nte# e# sen$ sen$or or)Q )Q sou sou Sal Salan anad adim im ? -d -d0a 0ar# r# fil$ fil$oo de EanagaraTen ? -d0ar. Kue o imortal /ixinu ele por tiY ? Solam Salanadim ? -d0ar# fil$o de EanagaraTen ? -d0ar. Possas tu morrer
? - guru (A) do pagode# prosseguiu o $indu# disse,me esta man$% +de espigar ao acaso como os pássaros nos arrozais. 5 3aneza# o Deus "ue prot rotege os iaores# me conduziu < tua $a&itaç%oY (3) 4estre, ini#iado hieroante. (N. do T.)
? S= &em,indoY ? Kue deseas de mimL ? Diz,se "ue tens a faculdade de comunicar moimento a corpos inertes sem necessidade de tocá,los. 6en$o deseo de er,te operar esta marail$a. ? Salanadin ? -d0ar n%o tem este poderQ ele eoca os 5sp!ritos e s%o estes "ue =m prestar,l$e o seu aux!lio. ? Pois &em# "ue Salanadin ? -d0ar eo"ue os 5sp!ritos e me mostre o seu poder.
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penas pronunciadas estas palaras# o fa"uir se sentou de noo no solo# colocando entre as pernas cruzadas o &ast%o de sete n@s. Pediu,me "ue ordenasse ao meu criado "ue l$e trouxesse sete pe"uenos potes c$eios de terra# sete delgados pedaços de madeira do comprimento de dois côados e sete fol$as arrancadas de "ual"uer árore. Kuando l$e trouxeram os o&etos pedidos# sem se"uer tocá,los f=, los colocar em lin$a $orizontal a uns dois metros de dist8ncia do seu &raço estendido. -rdenou ao meu criado "ue enterrasse cada um dos pedaços de pau em cada pote de terra e "ue fizesse passar por eles cada fol$a de árore atraessada no meio. Eada fol$a foi atraessada em cada pedaço de pau e ca!a so&re cada pote# < guisa de tampa. +sto feito# eleou as m%os unidas so&re a ca&eça# murmurando na l!ngua tamul a seguinte eocaç%o Kue todas as po pot= t=nncias cias "ue elam elam so&r so&ree o prin rinc!p c!pio inte inteli lige gent ntee da id ida (1c$etradna) e so&re o princ!pio da mat0ria (&utatoma) me proteam contra a c@lera dos pisatc$as (5sp!ritos maus) e "ue o esp!rito imortal "ue tem tr=s formas (ma$atatridandia trindade) n%o me entregue < ingança de Zama. o terminar# estendeu as m%os na direç%o dos potes e ficou im@el# como em =xtase. De tempos em tempos# os seus lá&ios se agitaam como se ele continuasse uma inocaç%o oculta# mas som algum me c$egaa aos ouidos. 5u segu seguia ia toda toda esta esta en ence cena naç% ç%oo co com m indi indiz! z!e ell sent sentim imen ento to de curiosidade e o sorriso nos lá&ios# sem duidar do "ue se ia passar. De repente# pareceu,me "ue um ento me agitaa docemente os ca&elos e me acariciaa o rosto# como essas raadas de &risa "ue circulam no ar# ao pôr do sol. 5ntretanto# as grandes cortinas de fi&ras egetais# "ue guarneciam os espaços azios entre as colunas da aranda# permaneciam im@eis.
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Eri num erro de sensaç%o# por0m o fenômeno se renoou árias ezes seguidas. 'aia transcorrido aproximadamente um "uarto de $ora sem "ue o fa"uir mudasse de posiç%o "uando as fol$as de figueira começaram a su&ir e a descer# insensielmente# ao longo dos pedaços de madeira "ue "ue as mantin$am catias. catias. proximei,me e# com ia atenç%o# segui o moimento das fol$as. H%o sem certa emoç%o# deo confessar# notei uma aus=ncia a&soluta de todo o laço de comunicaç%o is!el entre o $indu e as fol$as. Passei e repassei# árias ezes# o espaço "ue separaa o fa"uir encantador# dos potes de terra e interrupç%o alguma se produziu na descida e su&ida das fol$as. 6endo pedido ent%o para inspecionar o aparel$o# cousa "ue me foi concedida sem $esitaç%o# tirei as fol$as dos paus# os paus dos potes e esaziei no c$%o toda a terra contida nos recipientes. E$amei depois o cozin$eiro e mandei trazer sete copos de p0# noa terra do ardim e outras fol$as. Parti eu mesmo uma cana de &am&u em sete pedaços e arranei tudo de noo# colocando,o a uns "uatro metros do fa"uir# "ue contemplaa a operaç%o sem fazer nen$uma reflex%o ou moimento. ? Er=s# disse,l$e eu# "ue os 5sp!ritos "ue te assistem podem continuar operando agoraL Eomo 9nica res resposta# o $indu estendeu os &raços# como anteriormente $aia feito. inda n%o $aiam passado cinco minutos "uando as fol$as se agitaram de noo e recomeçaram o seu moimento ao longo das aras de &am&u. Fi"u Fi"uei ei estu estupe pefa fato to e# de dee e,s ,see co conf nfes essa sar# r# o meu meu asso assom& m&ro ro era era ustificado. H%o me dei# contudo# por encido e# depois de perguntar ao fa"uir se os asos e a terra eram necessários < produç%o do fenômeno# fenômeno# sendo a sua resposta negatia# fiz praticar sete furos f uros num pedaço de madeira
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e fixei nele os pedaços de &am&u. 5m pouco tempo# os mesmos fatos se reproduziram com igual regularidade. Durante duas $oras# ensaiei inte maneiras diferentes e o resultado foi sempre o mesmo. Pensaa se n%o estaria so& a influ=ncia duma poderosa aç%o magn0tica# magn0tica# "uando o fa"uir fa"uir me disse ? H%o tens nada a pedir aos aos inis!eis# antes "ue "ue me separe delesL H%o esperaa por esta pergunta# por0m# como oui dizer "ue os m0diuns europeus se serem dum alfa&eto para as suas pretensas conersas com os 5sp!ritos# expli"uei o fato ao $indu e l$e perguntei de "ue maneira se podia esta&elecer uma comunicaç%o por um meio semel$ante. 4espondeu,me# textualmente ? +nterroga como "uiseresQ as fol$as permanecer%o im@eis "uando os 5sp!ritos nada tierem a dizer,teQ ao contrário# elas su&ir%o ao longo das aras de &am&u "uando "uiserem fazer,te con$ecer o pensamento da"ueles da"ueles "ue as dirigem. +a traçar#
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H%o posso ocultar a emoç%o "ue senti# endo esta ascens%o de fol$as coincidir com o aparecimento da primeira letra do nome do meu amigo. Kuando o saco ficou azio# tornei a colocar nele as letras e os n9meros e continuei a operaç%o. -&tie# sucessiamente# letra por letra# n9mero por n9mero# a seguinte frase l&ain >runier# falecido em >ourgen,>resse (in)# a A de aneiro de *UO. Home# data# cidade# tudo era exato. fluiu,me o sangue ao c0re&ro ao ler e reler estas palaras "ue me &ril$aam diante dos ol$os de maneira estran$a. - golpe era tanto mais rude "uanto eu n%o tin$a id0ia alguma so&re este g=nero de fenômenos e n%o estaa de modo algum preparado para o&será,los. 6in$a necessidade de ac$ar,me a s@s# de refletir liremente# e# por isso# despedi o fa"uir# sem prosseguir na"uele dia com as min$as o&serações# fazendo,o prometer "ue oltaria no dia seguinte# < mesma $ora. 5le n%o faltou ao encontro marcado. 4epetimos as experi=ncias da 0spera e o&tiemos o mesmo =xito. min$a primeira emoç%o# perfeitamente compreens!el dentro do am&iente em "ue se produziu# $aia desaparecidoQ por0m eu n%o $aia dado um s@ passo para a crença no marail$oso# nem nas eoc e ocaç açõe ões. s. 7imi 7imita taa a,m ,mee a form formul ular ar## a mim mim mesm mesmo# o# a segu seguin inte te suposiç%o se isto 0 puro c$arlatanismo# influ=ncia magn0tica ou alucinaç%o# "ue s%o as causas "ue deemos considerar# principalmente# como origens destes fatos... talez exista uma força natural# natural# cuas leis s%o ainda descon$ecid descon$ecidas# as# a "ual permite# permite# a "uem a possui# influir so&re o&etos inanimados e traduzir o nosso pensamento# como o tel0grafo "ue põe em comunicaç%o duas ontades em dois pontos opostos do planeta.
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Passei parte da noite refletindo neste assunto e# depois duma primeira sess%o# na "ual fiz reproduzir todos os fenômenos do dia precedente# pedi ao fa"uir "ue os recomeçasse e austei a min$a conduta < suposiç%o "ue aca&aa de# a mim mesmo# formular. Pedindo
:h? disse a senhora, isto n"o tem sentido@ temos obtido #oisas melhores at6 ho9e. > Austamente nesta o#asi"o veio um E, E , e, reletindo #omigo mesmo per#ebi o ue isso era. > Se vos apraB, disse eu, #ontinuai, eu #ompreendo isso > #omuni#a7"o #omuni#a7"o inteira oi em seguida dada por este modoD <=NE2C:E11EA. Sra. #ompreendera essas letras tanto #omo a prin#pio, prin#pio, at6 ue separei separei desta orma o ditadoD ditadoD <=NE2C:E11EA, <=NE2C:E11EA, ou 2EN=< AE11E:C, o nome do amigo ue ela dese9ava, ditado s avessas. (lred =ussel Falla#e > 4ira#les and 4odern 4odern Spiritualism). N. do T.)
Deo acrescentar# todaia# "ue $aendo "uerido mudar o nome da cidade e a data da morte# n%o o consegui e a transmiss%o persistiu assim Falecido em >our,en,>resse (in)# a A de aneiro de *UO. Durante "uinze dias# consegui "ue o fa"uir me isitasse# prestando, se ele# de &oa ontade# a todas as min$as exig=ncias. s min$as experi=ncias ariaram da seguinte maneira. Persistindo em n%o sair da primeira transmiss%o "ue rece&i# "uis assegurar,me# de maneira formal# da possi&ilidade de influenciar completamente os diferentes termos da comunicaç%o supra. Eonsegui se mudassem as letras "ue compun$am o nome at0 faz=,lo descon$ecido e pude do mesmo modo fazer modificações na data do dia# do m=s# e do ano#
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por0m me foi imposs!el o&ter a menor alteraç%o "uanto ao nome da cidade "ue foi sempre exatamente transmitido >ourg,en,>resse Disto inferi# &aseando,me sempre na opini%o "ue $aia formulado# e admitindo "ue ali $ouesse realmente uma força natural "ue pun$a o fa"uir em relaç%o a mim e
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5stas foram as min$as primeiras o&serações em Pondic$erT. s min$as funções udiciais e a especialidade dos meus estudos so&re a Índia n%o me permitiram continuar com as min$as experi exp eri=nc =ncias ias## so&ret so&retudo udo diante diante do result resultado ado o& o&tid tido# o# afirma afirmati tio# o# 0 cert certo# o# no noss fenô fenôme meno noss mate materi riai ais# s# po por0 r0m m du dui ido doso soss e inst instá áei eiss na tran transm smis iss% s%oo do pe pens nsam amen ento to en entr tree du duas as pe pess ssoa oass acor acorda dada das# s# nu numa ma pretendida comunicaç%o comunicaç%o flu!dica. 6eria# acaso# enseo de estudar esta força material# admitida a sua exis ex ist= t=nc ncia ia## de desp spo oan ando do,a ,a do ap apar arat atoo e da teat teatra rali lida dade de de "u "uee se rodeiam os fa"uires encantadores# para impressionar a imaginaç%o das massasL H%o acreditei "ue fosse esta a min$a miss%o# ocupado# como á disse# com os meus deeres profissionais e as min$as inestigações acerca dos poos primitios da Xsia. 6odaia# ainda "ue me desinteressando do fato# ad"uiri o $á&ito de no curso dos meus estudos# pôr de parte tudo o "ue se referia < doutrina dos Pitris (manes ou 5sp!ritos dos antepassados) ou aos se"uazes dos 5sp!ritos# pensando pu&licar mais tarde tudo o "ue tiesse ac$ado so&re t%o estran$o tema# o "ual talez apaixone o mundo ocidental tanto "uanto o mundo asiático. notei# igualmente# todos os fenômenos materiais com "ue os fa"uires afirmam o seu pretenso poder por"ue me pareceu "ue a narr na rraç aç%o %o de dest stes es fato fatoss po podi diaa ser serir ir de co colo lori rido do < ex expo posi siç% ç%oo da doutrina. ind indaa "u "uee ten$ ten$aa sido sido meu meu prop prop@s @sit itoo mant manter er,m ,mee no pap apel el de $istoriador# "uero neste cap!tulo relatar a 9nica tentatia s0ria "ue fiz para con$ecer esta força "ue os fa"uires parecem possuir e "ue# segundo eles# os põe em comunicaç%o com os inis!eis# coisa "ue pretendem poss!el alguns g=nios da nossa 0poca e n%o certamente dos pior dotados.
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Pareceu,me "ue deia responder a esta pergunta do leitor Por "ue o autor separa assim a sua personalidadeL H%o tem# pois# uma opini%o so&re a mat0riaL Eom efeito# n%o ten$o ainda uma opini%o cient!fica formada so&re o presente assunto. 5stou persuadido de "ue existe na natureza e no $omem# átomo no conunto# imensas forças cuas leis ignoramos. Ereio "ue o $omem desco&rirá essas leis e "ue o porir conerterá em realidades o "ue $oe se ol$a como son$os# e estudará fenômenos dos "uais nem se"uer se suspeita atualmente. Eomo no mundo f!sico# no mundo das id0ias tudo tem necessidade dum per!odo de gestaç%o e de eclos%o. Kuem sa&e se esta força f!sica# como dizem os ingleses# esta força do eu# segundo os $indus# "ue este $umilde fa"uir desenoleu# talez# diante de mim# n%o será mais tarde uma das maiores forças da $umanidadeY Kue n%o se diga "ue os $indus "ue# $á mais de dez mil anos disto se ocupam# n%o ten$am c$egado a formular as leis desta pretendida força e "ue o presente e o futuro n%o deem perder# como eles# o tempo. -s &r8manes tudo su&meteram < f0 religiosa e para a f0 n%o existe nem experi=ncias nem proas cient!ficas. /ede o "ue no dom!nio das ci=ncias exatas fez a +dade 0dia# procurando os seus seus axiomas nos textos textos da >!&lia. Desde a mais remota antiguidade# nos pagodes se faziam estourar asos nos "uais comprimiam apor e $aiam igualmente o&serado certos fenômenos el0tricos. +sto n%o os leou nem
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Ho ar lire e com as conulsões atmosf0ricas o fio condutor n%o o&edeceria. 5 $oe esse fio rodeia o mundo inteiro e se su&merge no mais profundo dos mares. -&serai# pois# o tra&al$o do conunto das sociedades $umanas. Eada s0culo ole e reole em todas as suas faces uma id0iaQ cada sá&io a desenole# apresenta um sistema ao "ual se aferra tenazmenteQ cada entidade cient!fica emite uma opini%o e nela se fec$aQ se n%o diz Bn%o se á mais longeB# cada "ual sente o "ue pensa# posto "ue repila toda a id0ia "ue n%o nasceu no seu seio# toda a id0ia noa e atreida. E$ega a noa geraç%o# os fil$os se insurgem contra a in0rcia dos pais... e a $0lice percorre os mares contra entos e mar0s# e o fluido el0t el0tri rico co tran transp spor orta ta o pe pens nsam amen ento to $u $um man anoo ao aoss "u "uat atro ro cant cantos os do planeta. Cá "ue me deixei arrastar ao terreno das apreciações pessoais# concluo de tudo o "ue i na Índia# despoando,o do fantástico de "ue os $indus gostam de cercar,se "ue dee $aer no $omem uma força especial so& uma direç%o descon$ecida e# ami9de# inteligente# forças cuas leis deem ser estudadas por $omens isentos de preconceito e rotina. H%o se desenoleria essa força pela educaç%o# e um certo m0todo de treino "ue os sacerdotes dos templos antigos pun$am em ogo para impressionar a imaginaç%o das tur&as com pretensos prod!giosL 6udo n%o seria ent%o desproido de fundamento nas narrações antigas e# ao lado de superstições grosseiras# $aeria realmente a atuaç%o duma força natural# agitando# < dist8ncia# fol$as de árores# tapeça tapeçaria rias# s# grinal grinaldas das de flores flores suspen suspensas sas nos santuá santuário rios# s# fazend fazendoo pesar UW "uilos uma simples pena de pa%o ou ainda ouir sons $armoniosos com o aux!lio de instrumentos inis!eis. Dignar,se,%o os nossos sá&ios# algum dia# estudar seriamente como se produzem estes fenômenos "ue# inte ezes repetidos de&aixo dos
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meus ol$os# n%o me pareceram prestar,se < mais lee suspeita de fraudeL +gnoro,oQ a sua miss%o seria# entretanto 9til# ou surpreendendo práticas fraudulentas# ou desco&rindo desco&rindo mais mais uma força na Hatureza. III o pôr em ordem# para imprimir# as diersas partes deste olume# escrito em Pondic$erT# em *U e "ue# por especiais razões eu $aia deixado# at0 ent%o# dormir entre os meus escritos guardados# tie# no primeiro momento# a intenç%o de suprimir todo o presente cap!tulo# no "ual# contrariamente ao meu papel de simples narrador# parecia inclinar,me a crer numa força puramente natural# 0 erdade# mas "ue produzia fenômenos# fenômenos# na apar=ncia# so&renaturais. so&renaturais. t0 a"ui# no resto da min$a o&ra# $aia omitido toda a opini%o pessoal. Deia a&andonar esta regra precisamente ao falar das práticas mais ou menos fantásticas dos $indusL 5 por outro lado# deia acilar em proclamar as realidades proáeis# "ue me pareciam fora do so&renaturalL 5staa ainda indeciso# "uando# graças < ama&ilidade do Dr. Puel (O)# tie con$ecimento dum artigo so&re a força ps!"uica# pu&licado pelo sá&io Milliam Eroo1es# mem&ro da 4eal Sociedade de 7ondres# no Kua uart rteerlT rlT Cou Cournal rnal of Sci Scien ence ce## um dos mais ais s0ri s0rioos @rg%o rg%oss cient!ficos da +nglaterra. (G) Hr. T. Iuel, m6di#o, autor de diversos trabalhos, entre os uais um #lJssi#o sobre a Catalepsia. (N. do T.)
c$aa,me ausente da 5uropa# "uando o artigo apareceu# e isto# unid un idoo a ou outr tros os estu estudo dos# s# n% n%oo me $a $ai iaa pe perm rmit itid idoo mant manter er,m ,mee ao corrente desse g=nero de pes"uisas. Kual n%o foi o meu assom&ro ao er "ue o ilustre "u!mico e fisi@logo ingl=s# em conse"G=ncia de expe ex peri ri=n =nci cias as seme emel$an l$ante tess
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$umano $uma no## a "u "ual al muit muitoo timi timida dame ment nte# e# á ári rios os an anos os an ante tess eu $a $ai iaa entreisto por suposiç%o. 4esoli# pois# deixar o cap!tulo tal "ual estaa escrito# por0m fazendo,o seguir do artigo do sá&io ingl=s# a t!tulo de apoio. Se# apesar de todas as precauções "ue ulgo ter tomado# afastando toda a crença no so&renatural e n%o formulando mesmo uma opini%o ainda "ue de maneira algo $ipot0tica# me for dirigida a censura de $aer sido cr0dulo em excesso# suporta,lo,ei mais facilmente em comp co mpan an$$ia dum dos mem& em&ros ros mais ais dis distin tintos tos da mais ais ilus lustre tre sociedade cient!fica da +nglaterra. 5is o notáel artigo "ue# sem d9ida# muitos con$ecem# o "ual será talez para alguns# como o foi para mim# uma reelaç%o. Pes" Pes"ui uisa sass ex expe peri rime ment ntai aiss so&r so&ree a forç forçaa ps!" ps!"ui uica ca po porr Mill Millia iam m Eroo1es# mem&ro da sociedade real de 7ondres# +nglaterra 'á um ano# escrei# neste peri@dico# um artigo ()# no "ual# depois de $aer expressado# da maneira mais formal# a min$a crença# so& certas condições# na realidade de fenômenos "ue n%o se poderiam explicar per nen$uma lei natural con$ecida# assinalaa árias proas "ue os $omens de ci=ncia tin$am o direito de exigir antes de acreditar na eracidade dos fenômenos narradosQ entre as proas indicadas# apresentaa o fato de "ue Buma &alança delicadamente nielada seria posta em moimento# em condições de rigoroso controle Be "ueB a produç%o duma força e"uialente a um certo n9mero de foot,pounds () se manifestaria no la&orat@rio dum experimentador# o "ual deia pesar e medir essa força# su&metendo,a# por si mesmo# a uma proa concludente.B () : Kuarterly Aournal o S#ien#e, vol. L, pJg. 3, 9unho de +LM. (L) 4edida anJloga ao uilogmetro, do ual 6 uma ra7"o.
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6am& 6am&0m 0m dizi diziaa "u "uee n% n%oo po podi diaa co comp mpro rome mete ter, r,me me a trat tratar ar de dest stee assunto duma maneira mais completa por causa das dificuldades "ue existem para se o&terem ocasiões faoráeis# tam&0m por causa de numerosos insucessos em certas inestigações# e ademais# por"ue Bas pessoas em presença das "uais esses fenômenos se realizam s%o em pe"ueno n9mero e ainda s%o mais raras as oportunidades para a realizaç%o de experi=ncias com um aparel$o preiamente disposto.B Depa De para ranndo,s o,se,m e,me de deppois en ense seo o para co conntin tinua uarr as min min$as ine inesstig tigaçõ ações# es# ap apro roeite eitei, i,as as co com m praz prazer er pa para ra ap apli lica carr a esse essess fenô fenôme meno noss pro proas as escr escrup upul ulos osam amen ente te cien cient! t!fi fica cass e logr logrei ei o& o&te terr determinados resultados "ue ulgo coneniente pu&licar. 5ssas experi=ncias parecem esta&elecer# de maneira concludente# a exist=ncia duma noa força ligada de modo descon$ecido < organizaç%o $umana e "ue# para maior facilidade# podemos c$amar força ps!"uica. mais ais notá otáel el de tod todas as pe pesssoas soas dota otada dass dum pod oder erooso desenolimento desenolimento dessa força ps!"uica e as "uais se c$amam m0diuns# segundo uma teoria completamente diferente so&re a origem da dita força# 0 Daniel Dunglas 'ome (U). (+) 2ome, grande m6dium de eeitos si#os, natural dos Estados /nidos da m6ri#a, morreu em Iaris, num estado viBinho ao da mis6ria. (N. do T.)
3raç 3raçaas
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5ntre os notáeis fenômenos "ue se produzem so& a influ=ncia do Sr. 'ome# os mais impressionantes# como tam&0m os mais fáceis de comproar com exatid%o cient!fica# s%o os seguintes *.N ? lteraç%o no peso dos corposQ ;.N ? Produç%o de sons melodiosos em instrumentos de m9sicas geralmente num acorde%o# por causa do seu fácil transporte# sem interenç%o $umana direta# em condições "ue tornaam imposs!el todo o contacto ou toda a relaç%o com as suas c$aes. Somente depois de t=,los testemun$ado uma dezena de ezes 0 "ue me conenci da sua realidade# tendo# empregado# nesse estudo# todo o esp!rito de cr!tica de "ue sou capaz. 6odaia# para "ue n%o restasse a mais lee som&ra de d9ida# conidei muitas ezes o Sr. 'ome a ir < min$a casa# a fim de su&meter esses fenômenos a proas decisias# na presença dum pe"ueno n9mero de pes"uisadores cient!ficos. s reuniões se realizaram < noite numa grande sala iluminada a gás. - aparel$o preparado para demonstrar os moimentos do acorde%o consistia numa gaiola formada de dois c!rculos de madeira# um de um p0 e dez polegadas# outro de dois p0s de di8metro# unidos por doze r0guas estreitas# cada uma de um p0 e dez polegadas de comprimento# < semel$ança dum tam&or# a&erto em am&as as extremidades# e rod rodead eados por cin cin"Ge Gennta metro etross de fio fios de co& o&re re iso isolad lado# "ue descreiam inte e "uatro oltas# distantes uma da outra pouco menos duma polegada. 5sses fios de co&re estaam unidos entre si# formando uma rede de "ue cada mal$a tin$a pouco menos de duas polegadas de comprimento so&re uma de altura. altura dessa gaiola era tal "ue podia ser colocada de&aixo da mesa de refeições# por0m era t%o fec$ada nas extremidades "ue era imposs!el introduzir a m%o na parte superior ou meter o p0 na a&ertura inferior.
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Houtra peça $aia duas pil$as de 3roe das "uais partiam fios "ue penetraam na sala de antar com o fim de esta&elecer# se se deseasse# uma comunicaç%o com os da gaiola. - acorde%o era nooQ eu mesmo comprei,o# para essas experi=ncias# na Easa M$eatstone# na Eonduit Street. - Sr. 'ome n%o iu nem tocou nesse instrumento# antes do começo de nossas proas experimentais. experimentais. Houtra parte do aposento# estaa o aparel$o destinado a fazer inestigações so&re a modificaç%o do peso dos corpos. Eonsistia numa tá&ua de acau# de trinta e seis polegadas de comprimento por noe e meia de larguraQ em cada uma das suas extremidades estaa fixa uma tira da mesma madeira# duma polegada e meia de largura# a "ual seria de suporte. Rma das extremidades dessa pranc$a repousaa so&re uma mesa s@lida# en"uanto a outra descansaa so&re uma &alança de mola suspensa num trip0. 5ssa 5ssa &a &ala lanç nçaa tin$ tin$aa um !nde !ndexx "u "uee regi regist stra raa a o pe peso so máxi máximo mo marcado pela agul$a. - aparel$o estaa de tal forma disposto "ue a tá&ua de acau ficaa em posiç%o $orizontal e a sua &ase descansaa so&re o suporte# nesta posiç%o# o peso marcado pela agul$a da &alança era de tr=s li&ras. - Sr. 'ome n%o examinou# antes da sess%o# nen$uma das partes do aparel$o "ue fora instalado antes da sua c$egada. 6al 6alez ez co con nen en$a $a acre acresc scen enta tar# r# pa para ra co colo loca car, r,me me a caa caale leir iroo da dass o&eções "ue me ser%o feitas# sem d9ida alguma# "ue# $aendo ido < casa do Sr. 'ome# < tarde rde# e# deendo mudar este de roupa# acompan$ei,o ao "uarto# a fim de continuar a conersa "ue $a!amos encetado# e posso asseerar "ue n%o leou so&re o seu corpo nem má"uina nem aparel$o de "ual"uer esp0cie. s pess essoa oass prese resenntes tes < ex expperi= eri=nncia cia fora foram m as segu seguin inte tes s em primeiro lugar# um eminente f!sico "ue ocupa eleado posto na Sociedade 4eal e a "uem designarei so& o nome de Dr. . >.Q depois#
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um con$ecido doutor em direito# ao "ual c$amarei o adogado E. D. e por 9ltimo meu irm%o e meu preparador de "u!mica (V). () : Hr. . %. 6 o Hr. Filliam 2uggins@ o advogado C. H. 6 o Hr. EdOard Filliam Co8, #u9as #artas-testemunhos leremos adiante. (N. do T.)
Huma cadeira &aixa# ao lado lado da mesa# o Sr. 'ome tomou tomou assento. Defronte dele# em&aixo desse m@el# encontraa,se a gaiola de "ue antes falamos e em cada lado dessa as pernas do experimentador. Sentei,me < sua es"uerda# outro o&serador < direita e as demais pessoas se colocaram a coneniente coneniente dist8ncia# dist8ncia# ao redor da mesa. Durante a maior parte da sess%o e# principalmente# "uando se procedem a algumas experi=ncias importantes# os o&seradores# colocados em am&os os lados do Sr. 'ome# puseram os seus p0s em cima dos deste# de forma "ue podiam sentir todos os seus moimentos. temperatura do "uarto oscilaa entre U e W graus Fa$ren$eit (;W e ;* graus cent!grados). Depois de a&rir com as min$as m%os a c$ae da parte &aixa do instrumento# a gaiola foi retirada de so& a mesa e nela se introduziu o acorde%o com as c$aes oltadas para &aixo. 5mpurrou,se depois a gaiola para de&aixo do m@el# tanto "uanto o permitiu o &raço do Sr. 'ome# mas sem l$e ocultar a m%o da"ueles "ue estaam do seu lado. 7ogo# os "ue estaam de cada lado iram o acorde%o &alançar,se de mane maneir iraa cu curi rios osa# a# de depo pois is de desp spre rend nder erem em,s ,see de dele le algu alguns ns sons sons e# finalmente# uma sucess%o de notas. 5n"uanto isto ocorria# o meu preparador $aia deslizado por &aixo da mesa e erificado "ue o acorde%o se contra!a e dilataa alternatiamenteQ iu# na mesma ocasi%o# "ue a m%o do Sr. 'ome# a "ual seguraa o instrumento# permanecia im@el# en"uanto en"uanto a outra repousaa repousaa so&re a mesa. Depois# os "ue estaam dos dois lodos do Sr. 'ome iram o acorde%o moer,se# oscilar# oltear em torno da gaiola e tocar ao mesmo tempo. - Dr. . >. ol$ou ent%o para &aixo da mesa e disse
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"ue a m%o do mesmo Sr. parecia completamente im@el en"uanto o acorde%o moia,se e fazia ouir sons distintos. - Sr. Sr. 'o 'om me man ante tee e ain ainda o aco acorde% rde%oo na gaiol aiola# a# na form formaa $a&itualQ seus p0s ac$aam,se seguros pelas pessoas "ue estaam unto dele# tin$a a outra m%o em cima da mesa e# ainda assim# oui ou imo mos# s# prim primei eiro ro## no nota tass suce sucess ssi ias as e de depo pois is uma uma sing singel elaa ária ária musical. Eomo tal resultado n%o podia ser produzido sen%o pelas dife difere rent ntes es c$ c$a aes es do inst instru rume ment nto# o# po post stas as em aç%o aç%o de mane maneir iraa $armoniosa# todos os presentes consideraram essa experi=ncia como decisia. as o "ue se seguiu foi ainda mais surpreendente. - Sr. 'ome afastou inteiramente a m%o do acorde%o# retirou,a completamente da gaiola# colocando,a em cima so&re a de um dos izin$osQ o acorde%o continuou a tocar sem "ue pessoa alguma o tocasse e sem m%o alguma perto dele. Kuis depois experimentar "ue efeito produz!amos fazendo passar a corrente el0trica da &ateria em torno do fio isolado da gaiola. Para esse fio# o meu audante esta&eleceu a comunicaç%o com os fios "ue partiam das pil$as de 3roe. De noo# o Sr. 'ome segurou no instrumento dentro da gaiola# do mesmo modo "ue precedentemente e# imediatamente# imediatamente# ele ressoou# agitando,se dum lado a outro lado com igor# mas 0 imposs!el declarar se a corrente el0trica# passando em torno da gaiola# eio em aux!lio da força "ue se manifestaa no interior. - acorde%o foi colocado de noo dentro da gaiola# por0m sem contato is!el com a m%o do Sr. 'ome. 5le retirou,a inteiramente do instrumento e colocou,a so&re a mesa# onde foi segura pela m%o da pessoa "ue se l$e aizin$aaQ todos os presentes iram &em "ue as suas m%os estaam ali seguras. /imos ent%o distintamente# e duas outras pessoas# o acorde%o flutuar no interior da gaiola# sem nen$um suporte is!el.
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p@s curto interalo# esse fato repetiu,se. 5nt%o o Sr. 'ome tornou a pôr a m%o na gaiola e tomou de noo o acorde%o# "ue começou a tocar acordes e $arpeos# a princ!pio# e depois uma doce e plangente melodia# muito con$ecida# "ue foi executada de modo perfeito e &el!ssimo. 5n"uanto essa ária era tocada# peguei no &raço do Sr. 'ome# acima do cotoelo# e fiz correr docemente a min$a m%o at0 "ue ela tocasse a parte superior do acorde%o. H%o se moia nen$um m9sculo. outra m%o do Sr. 'ome estaa so&re a mesa# is!el a todos os presentes# e os seus p0s conseraam,se so& os p0s da"ueles "ue estaam ao seu lado. Depo De pois is de $a aer erm mos o&tid &tidoo t%o t%o notá otáei eiss res result ultad adoos co com m o acorde%o# dentro da gaiola# passamos a experimentar com o aparel$o, &alança á descrito. Eolocou o Sr. 'ome# delicadamente# a ponta dos dedos so&re a extremidade do pranc$a de acau# "ue descansaa so&re o suporte# en"uanto o Dr. . >. e eu nos mant!n$amos de cada lado do aparel$o# igiando o moimento "ue deia produzir,se. Kuase no mesmo instante# imos descer a agul$a da &alança e su&ir minutos depois# repetindo,se árias ezes esses moimentos como se fossem produzidos por ondas sucessias de força ps!"uica. -&serou,se tam&0m "ue o extremo da pranc$a oscilaa lentamente de cima para &aixo# durante a experi=ncia. - Sr. 'ome tomou# em seguida# por sua pr@pria ontade# uma campain$a e uma caixin$a de f@sforos# "ue se encontraa ao seu lado e colocou cada um desses o&etos de&aixo de cada m%o para proar, nos# declarou,nos# "ue ele n%o exercia press%o alguma de cima para &aixo. s oscilações lent!ssimas da &alança de mola se fizeram mais acentuadas e o Dr. . >.# "ue igiaa o !ndex# disse "ue ia descer e marcar li&ras e meia.
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- peso normal da pranc$a suspensa na &alança era de A li&rasQ a carga adicional era# portanto# de A li&ras e meia. -l$amos o registrador automático e imos "ue o !ndex# em dado momento# &aixou at0 V li&ras# e indicaa tam&0m um peso máximo de li&ras# sendo o peso normal da tá&ua# de A li&ras. Eom o fim de assegurar,me se era poss!el produzir um efeito semel$ante em uma &alança elástica# por uma press%o exercida do lugar em "ue o Sr. 'ome tin$a posto os dedos# su&i na mesa e me mantie so&re um p0# na extremidade da pranc$a de acau. - Dr. . >. "ue o&seraa o !ndex da &alança declarou "ue o peso do meu corpo (*JW li&ras)# assim colocado# n%o tin$a feito &aixar o !ndex sen%o de * li&ra e meia a ; li&ras# por pressões sucessias "ue eu exercia saltando. - Sr. 'ome estaa sentado numa poltrona &aixa e n%o podia# portanto# mesmo empregando toda a força de "ue era capaz# exercer influ=ncia material alguma so&re os resultados "ue o&tie. 6en$o apenas a acrescentar "ue os seus p0s# tanto "uanto as m%os# eram# atentamente# igiados por todas as pessoas presentes. 5ssa experi=ncia pareceu,me mais impressionante do "ue a do acorde%o. Eomo se erificará pela graura "ue ilustra o artigo# a pranc$a estaa perfeitamente $orizontal e 0 preciso notar "ue o Sr. 'ome n%o aançou nunca os seus dedos a mais de uma polegada e meia da &orda da"uela como indicaa uma marca "ue eu $aia feito# com o assentimento do Dr. . >. Pois &em# n%o tendo o suporte de madeira mais do "ue uma polegada e meia de largura e estando apertado contra a mesa# nen$ ne n$um umaa pres press% s%oo ex exer erci cida da so&r so&ree esse esse espa espaço ço po pode deria ria prod produz uzir ir a menor aç%o so&re a &alança. Demais# 0 igualmente eidente "ue# "uando a extremidade da tá&ua mais afastada do Sr. 'ome# &aixaa# o lado oposto da pranc$a giraa
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so&re o suporte como so&re um ponto de apoio. 5sta disposiç%o era a duma alaanca de A polegadas de comprido# cuo ponto de apoio se ac$aa a uma polegada e meia dum dos lados# de maneira "ue# se o Sr. 'ome $ouesse exercido press%o de cima para &aixo $aeria estado esta em oposiç%o < força "ue leaa a descer a outra extremidade da pranc$a. ligeira press%o indicada pela &alança proin$a# proaelmente# do fato de meu p0 ter aançado al0m do seu ponto de apoio. singela exposiç%o "ue aca&o de fazer desses fatos foi extra!da de notas tomados no momento em "ue eles se produziram. Ha erdade# se# por pouco "ue fosse# eu $ouesse exagerado alguma cousa# teria sido em preu!zo do meu prop@sito de proocar o exame cient!fico desses fenômenos# por"ue# ainda "ue o Dr. . >. estea# na narraç%o# representado por iniciais impessoais# estas letras significam para mim uma pot=ncia no mundo cient!fico# o "ual se leantaria contra mim se eu $ouesse feito um relato pouco fiel dos fatos produzidos. Eonfesso "ue me surpreende e me aflige a timidez e a apatia "ue# so&re este assunto# demonstram os $omens de ci=ncia. 'á pouco tempo# "uando se me apresentou# pela primeira ez# o enseo de inestigar# pedi a cola&oraç%o de alguns sá&ios# amigos meus# para empreendermos um estudo sistemático# por0m# desde logo erifi"uei "ue n%o podia conseguir a formaç%o duma comiss%o de inestigadores desta categoria de fenômenos e "ue deia contar# Rnicamente# com os meus pr@prios esforços# secundado# de ez em "uando# por um pe"ueno n9mero de amigos# sá&ios e letrados# "ue "ueriam audar,me. inda agora# penso "ue seria muito tal comiss%o se compusesse de pessoas con$ecidas# "ue consentissem# francamente e sem preconceitos# em pôr,se em relaç%o com o Sr. 'ome e me consideraria feliz em contri&uir para a formaç%o da dita comiss%o# por0m as dificuldades s%o enormes.
AJ
'á alguns meses# uma comiss%o de sá&ios de S%o Peters&urgo realizou uma 9nica sess%o com o Sr. 'omeQ os resultados foram negati neg atios os e eles eles pu pu&li &licar caram am um relato relato inteir inteirame amente nte desfa desfaorá oráel el <"ue <" uelle sen en$o $or. r. ex expplica licaç% ç%oo desse esse frac fracas assso# do "u "ual al todo todoss o acusaram# parece,me simplic!ssima. - poder do Sr. 'ome 0# com efeito# muito ariáel em sua natureza e ainda#
AO
eitar# "uando deles se fal fala# o reesti,lo ,los duma linguagem sensacional. as# para "ue este g=nero de inestigações o&ten$a resultado# 0 mist mister er sea seam m empr empree eend ndid idos os pe pelo lo f!si f!sico co## sem sem prec precon once ceit itoo e sem sem paix%o# afastando ele toda a id0ia noelesca e supersticiosa# com esp!rito t%o frio e impass!el "uanto os instrumentos de "ue se sere. Desde "ue se conença# por si mesmo# de "ue está
A
na"uele momento por /. S.a e pela pessoa sentada do outro lado do referido Sr. 5ssa 5ssass ex expe peri ri=n =nci cias as pa pare rece cem m de demo mons nstr trar ar "u "uee seri seriaa impo import rtan ante te fazerem,se noas pes"uisas# mas deseo deixar &em entendido "ue n%oo ex n% expr prim imoo op opin ini% i%oo algu alguma ma "u "uan anto to < caus causaa do fenô fenôme meno no "u "uee ocorreu. Sou# etc. De /. S.a Milliam 'uggins Earta do Sr. 5d. M. Eox ao Sr. M. Eroo1es ? A# 4ussel S"uare# U de Cun$o de *U*. ++m ++mo. Sr. Mill Millia iam m Eroo roo1es# es# em& em&ro da Soci Socied edad adee 4eal 4eal ? (Milliam Eroo1es# 5s".# F. 4. S.) Prezado Sen$or 6endo assistido# com o escopo de fiscalizá,las cientificamente# as proas experimentais relatadas no KuarterlT Cournal of Science# apresso,me em testemun$ar a perfeita exatid%o da sua descriç%o# assim como o cuidado e as precauções de "ue as diersas proas decisias foram rodeadas. -s resultados o&tidos parecem esta&elecer# de maneira concludente# um fato# importante a exist=ncia duma força procedente do sistema neroso# capaz de imprimir moimentos a corpos s@lidos e de aumentar,l$es o peso# na esfera da sua influ=ncia. -&serei "ue a dita força se manifestaa por pulsações &ruscas# n%o so& a forma duma press%o cont!nua e seguida# por"ue o !ndex su&ia e &aixaa incessantemente durante a experi=ncia. 5sse 5sse fato fato me pa pare rece ce ter ter gran grande de sign signif ific icaç aç%o %o## po por" r"ue ue tend tendee a confirmar a opini%o "ue faz emanar essa força do sistema neroso e cont co ntri ri&&ui para ara ap apooiar iar a imp importan rtante te de desc scoo&e &ert rtaa feit feitaa pe pelo lo Dr. Dr.
A
4ic$ardson de "ue uma atmosfera nerosa# de intensidade ariáel# enole o corpo $umano. s experi=ncias de /. S.a confirmam# plenamente# a conclus%o a "ue c$ c$eg egar aram am os mem& em&ros ros da co com miss% iss%oo de ine inest stig igaç açõões da Sociedade Dial0tica# ap@s mais de "uarenta sessões de experi=ncias rigorosas e decisias. Permita,me /. S.a acrescentar "ue nada# na min$a opini%o# tende a proar "ue esta força sea diferente duma força "ue procedesse ou dependesse diretamente da orga rganizaç%o $umana e "ue# por conse"G=ncia# como as demais forças da Hatureza# pertencesse a inestigaç%o estritamente cient!fica < "ual /. S. a a su&meteu pela primeira ez. Psicologia 0 um ramo cient!fico# "uase inteiramente inexplorado at0 $oe e a essa neglig=ncia se dee# proaelmente# o fato# na apar=ncia estran$o# de "ue uma força nerosa# com exist=ncia real# ten ten$a perm erman anec ecid idoo tan tanto tem tempo sem sem ser ser su& u&m metid etidaa a pro roas experimentais# sem ser examinada e mesmo sem ser recon$ecida. goora "ue está g está proa roadda po porr exp xper eri= i=nncias cias mec8n ec8nic icas as a sua exist=ncia na Hatureza (e# partindo deste princ!pio# n%o se poderia deixar de exagerar,l$e a import8ncia para a fisiologia# e a luz "ue pode orrar so&re leis o&scuras da ida# do esp!rito e da ci=ncia m0dica) a sua discuss%o# o seu exame imediato e s0rio s@ podem ser feitos por fisiologistas e por todos a"ueles "ue temam a peito o con$ec con $ecime imento nto do B$o B$omem memB# B# con con$ec $ecime imento nto esse esse den denomi ominad nadoo com raz%o# Bo mais &elo estudo do esp!rito $umanoB. fim de eitar a apar=ncia de toda a conclus%o preconce&ida# eu recomendaria se adotasse para essa força um termo "ue l$e sea pr@prio e ouso sugerir se l$e denomine Bforça ps!"uicaBQ para as pessoas nas "uais se manifesta o nome de ps!"uicas e para a ci=ncia "ue dela tratar Psi"uismo# considerado como um ramo de Psicologia.
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Perm Permit ita, a,me me /. S.a S.a "u "uee prop propon on$a $a a fund fundaç aç%o %o du duma ma soci socied edad adee psicol@gica "ue ten$a por escopo o estudo dessa ci=ncia# at0 $oe negligenciado# e faorecer,l$e o progresso por meio de experi=ncias# escritos e pela discuss%o. Sou# etc. De /.S.a 5dward Milliam Eox Eomo corolário desses notáeis documentos emanados# n%o de ilu iluminad inadoos# mas de $omens mens perte ertenncen centes tes < ci=n ci=nci ciaa ofici ficial al da +nglaterra# o leitor agradecerá a transcriç%o "ue fazemos do relat@rio duma das comissões de experimentaç%o da Sociedade Dial0tica de 7ondres# fundada para su&meter ao exame da ci=ncia os fenômenos atri&u!dos por uns aos 5sp!ritos e por outros a uma força nerosa do $omem. 5
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s mesas empregadas foram sempre
JW
meios "ue nos permitissem erificar as o&serações e desiar toda a possi&ilidade de impostura impostura ou de ilus%o. ilus%o. 7imitamo,nos aos fatos dos "uais fomos coletiamente testemun$as# fatos "ue foram palpáeis aos sentidos e cua realidade 0 suscet!el duma proa demonstratia. Eerc Eercaa de "u "uat atro ro "u "uin inta tass pa part rtes es do doss mem& mem&ro ross prin princi cipi piar aram am as inestigações com o ceticismo mais completo# no tocante < realidade dos fenômenos anunciados e com a firme crença de "ue eles eram o resu result ltad adoo# "ue uerr da impo impost stuura# ra# "uer da ilus lus%o "u "uer er duma aç% aç%o inolu inoluntá ntária ria dos m9scul m9sculos. os. Foi soment somentee dep depois ois duma duma irresi irresist! st!el el eid=ncia# em condições "ue exclu!am essas $ip@teses e em seguida a experi=ncia e proas rigorosas muitas ezes repetidas# "ue os mais c0ticos ficaram# com o correr do tempo e a seu despeito# conencidos de "ue eram erdadeiros fatos os fenômenos "ue se produziram# en"uanto durou esse prolongado in"u0rito. - resultado das nossas experi=ncias# muito tempo prosseguidas e dirigidas com cuidado# induz,nos# depois de proas analisadas so& todas as formas# a esta&elecer o seguinte Primeiro 5m certas condições de corpo e de esp!rito# em "ue se ac$ ac$em uma ou mais ais pesso essoas as pres resen ente tes# s# pro produz uz,s ,see uma forç forçaa suficiente para pôr em moimento o&etos pesados# sem o emprego de nen$um esforço muscular# sem contacto# nem conex%o material de alguma natureza entre esses o&etos e o corpo de alguma pessoa presente. Segundo 5ssa força pode fazer se produzirem sons "ue cada "ual oue distintamente em o&etos s@lidos# "ue n%o t=m nen$um contacto entre si# nem conex%o is!el ou material com o corpo de alguma pessoaQ está# portanto# proado "ue esses sons pro=m desses o&etos por i&rações "ue s%o perfeitamente distintas ao tato. 6erceiro 5ssa força 0# fre"Gentemente# dirigida com intelig=ncia.
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lguns desses fenômenos se produziram em trinta e "uatro sessões das "uarenta "ue realizamos. descriç%o duma dessas sessões e a mane maneir iraa pe pela la "u "ual al foi foi diri dirigi gidda# mel$ mel$or or most mostra rará rá o cu cuid idad adoo e a circunspeç%o com "ue prosseguimos as inestigações. Kuando $aia contacto ou possi&ilidade de contacto pelas m%os# pelos p0s e pelas estes# duma das pessoas "ue estaam no "uarto# com co m o o& o&e eto to em moi moime ment ntoo ou emit emitin indo do sons sons## po podi dia, a,se se fica ficarr perfeitamente certo de "ue esses moimentos ou sons n%o eram produzidos pela pessoa pessoa "ue a$ estaa. Fize Fizemo moss a segu seguin inte te ex expe peri= ri=nc ncia ia -n -nze ze mem& mem&ro ross da Eo Eomi miss ss%o %o sentaram,se# durante "uarenta minutos# em torno duma das mesas da sala de antar# precedentemente descritas# e# "uando se produziram moi moime ment ntos os e sons sons a ari riad ados os## o olt ltar aram am (com (com o fim fim du duma ma mais mais rigorosa inestigaç%o) o espaldar das cadeiras para a mesa# cerca de V polegadas desteQ depois# aoel$aram,se so&re as cadeiras# colocando os &raços so&re o espaldar delas. Hesta posiç%o# os seus p0s estaam necessariamente irados para trás# longe da mesa# e# por conse"G=ncia# n%o podiam ser colocados por &aixo nem tocar no assoal$o. s m%os de cada um estaam estendidas por cima da mesa# cerca de J polegadas da sua superf!cie. Hen$um contacto com tema parte "ual"uer da mesa podia# conseguintemente# conseguintemente# operar,se sem "ue se o&serasse. 5m menos dum minuto# a mesa# sem ter sido tocada# deslocou,se "uatro ezes a primeira ez cerca de O polegadas de ladoQ depois# *; polegadas para o lado oposto e# em segunda# deslocou,se J e polegadas. s m%os de todas as pessoas presentes foram ent%o postas so&re o espaldar das cadeiras# a um p0# mais ou menos# distante da mesa# a "ual foi# como antes# posta em moimento# com uma deslocaç%o ariando entre J e polegadas.
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5nfim# todas as cadeiras foram afastadas da mesa na dist8ncia de *; polegadas e cada uma das pessoas aoel$ou,se so&re a sua cadeira# como precedentemente# mas desta ez tendo as m%os atrás das costas e# por conse"G=ncia# com o corpo colocado pouco mais ou menos a *U polegadas da mesa# ac$ando,se assim o espaldar da cadeira entre o experimentador e a mesa. 5sta deslocou,se "uatro ezes# em árias direções. Durante essa experi=ncia decisia e em menos de meia $ora# a mesa moeu,se treze ezes sem contacto ou possi&ilidade de contacto com co m algu alguma ma pe pess ssoa oa pres presen ente te## efet efetuuan ando do,s ,see os moi moime ment ntos os em dire direçõ ções es dife difere rent ntes es e algu alguns ns de dest stes es resp respon onde dend ndoo a pe perg rgun unta tass de diersos mem&ros da Eomiss%o. 5xaminou,se a mesa# irando,a para cima e para &aixo# peça por peça# por0m nada se desco&riu "ue pudesse elucidar os fenômenos. experimentaç%o se fez em plena luz do gás# colocada por cima da mesa. 5m resumo# a Eomiss%o foi testemun$a# mais de cin"Genta ezes# de semel$antes moimentos sem contacto# em oito sessões diferentes e nas casas dos seus mem&rosQ as proas foram as mais concludentes. 5m toda todass essa essass ex expe peri ri=n =nci cias as## a $ip@ $ip@te tese se de um moi moime ment ntoo mec8nico# ou outra "ual"uer# foi completamente &anida# pelo fato de serem os moimentos realizados em árias direções# ora para um lado lado## ora ora pa para ra ou outr tro# o# "u "uer er su&i su&ind ndoo no ap apos osen ento to## "u "uer er de desc scen endo doQQ moimentos esses "ue teriam exigido a cooperaç%o de um grande n9mero de m%os e de p0s# e "ue# deido ao olume consideráel e ao peso das mesas# n%o poderia produzir,se sem o emprego is!el de um esforço muscular. 6odas as m%os e todos os p0s estaam perfeitamente < ista e nen$ ne n$um um de dele less po pode deri riaa moe moer, r,se se sem sem "u "uee imed imedia iata tame ment ntee foss fossee perce&ido. $ip@tese duma duma ilus%o tam&0m foi posta de lado.
JA
-s moi moime ment ntos os op oper erar aram am,s ,see em difer diferen ente tess dire direçõ ções es## e fora foram m simultaneamente testemun$ados testemun$ados por todas as pessoas presentes. 5xiste nisto uma "uest%o de fato e n%o de opini%o ou de imaginaç%o. 5sses moimentos reproduziram,se tantas ezes# em condições t%o numerosas# t%o diersas# com tantas garantias contra o erro ou contra a frau fraude de e co com m resu result ltad ados os t%o t%o ina inari riá áei eis# s# "u "uee os mem& mem&ro ross da Eomi Eo miss ss%o %o "u "uee tent tentar aram am tais tais ex expe peri ri=n =nci cias as## de depo pois is de tere terem m sido sido## anteriormente# na maior parte c0ticos# conenceram,se de "ue existe uma força capaz de moer corpos pesados sem contacto material# força essa "ue depende# de um modo descon$ecido# da presença de seres $umanos. Eomiss%o n%o pôde coletiamente certificar,se a respeito da natureza e da origem dessa força# mas ad"uiriu a proa da realidade de sua exist=ncia. Eomiss%o pensa "ue n%o existe fundamento na crença de "ue a presença de pessoas c0ticas contraria a produç%o ou a aç%o dessa força. 5m resumo# a Eomiss%o Rnicamente exprime a opini%o de "ue a exist=ncia dum fato f!sico importante ac$a,se assim demonstrado# a sa&er "ue moimentos podem produzir,se em corpos s@lidos# sem contacto material# por uma força descon$ecida at0 o presente# agindo a uma dist8ncia indeterminada do organismo $umano e completamente independente da aç%o muscular# força essa "ue dee ser su&metida a um exame cient!fico mais aprofundado# no intuito de con$ecer,se a sua erdadeira origem# a sua naturez reza e a sua pot=nciaB. ssi ssim# m# essa essa forç forçaa "u "uee eu imag imagin inar ara# a# em *U *U ## para ara ex expl plic icar ar fenômeno "ue se produziram diante de mim# na Índia# n%o podendo nem "uerendo admitir o so&renatural... (*W)# f!sicos# astrônomos# naturalistas# mem&ros da Sociedade 4eal de 7ondres# Sociedade "ue
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reuniu a nata dos sá&ios da +nglaterra# como a nossa cademia de Ei=ncias na França# $omens considerados e con$ecidos em todo o mundo atra0s dos seus tra&al$os# recon$eceram,na# por sua ez# n%o criando# como eu# uma $ip@tese por necessidade de explicaç%o# mas sustentando ap@s dois anos de experi=ncias (M) :s espritas tamb6m n"o admitem o sobrenatural. sobrenatural. Iara eles, o /niverso se rege por leis eternas, imutJveis imutJveis e naturais. (N. do T.)
* ? Kue existe uma força capaz de moer corpos pesados# sem contacto material# força "ue# de modo ignorado# depende da presença de seres $umanosQ ;.N ? Kue n%o se pôde o&ter certeza relatiamente < natureza e origem dessa força# por0m "ue se ad"uiriu a proa da sua exist=nciaQ A.N ? Kue essa força# at0 $oe descon$ecida# agindo a dist8ncia indefinida do organismo $umano e completamente independente da aç%o muscular# pode produzir moimentos em corpos s@lidos# sem contacto material. J.N ? Kue essa força pode fazer nascerem sons# "ue todos ouem claramente# de o&etos s@lidos "ue n%o t=m nen$um contacto ou conex%o is!el ou material com o corpo de "ual"uer pessoa presente# estando proado "ue os ditos sons pro=m de o&etos por i&rações "ue s%o perfeitamente percept!eis pelo tatoQ O.N ? Kue essa força 0# fre"Gentemente# dirigido com intelig=ncia# 5 essa a força# con$ecida $á mil$ares de anos# "ue os sacerdotes $ind $indus us se ap apli lica cara ram m em de dese sen nol ole err em pesso essoas as "u "uee a isso isso se prestassem e as "uais# em seguida# com o intuito de dom!nio religioso# atri&u!ram a manifestações de 5sp!ritos superioresL Sem formular opini%o alguma "uanto < sua natureza e origem# inclinamo,nos a cr=,lo# por0m n%o foi com o o&etio de elucidar a "uest%o por uma discuss%o contradit@ria "ue fizemos um sumário dos tra&al$os "ue sá&ios ingleses redigiram so&re a mat0ria.
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nossa intenç%o foi simplesmente a de proar "ue a ci=ncia oficial inglesa recon$eceu a exist=ncia duma força independente da aç%o muscular# a "ual faz moer corpos# produz sons engala e pelos ales do 'imalaia. H%o fizemos mais do "ue encurtar as partes descritias e suprimir fatos sem import8ncia# de natureza pessoal.
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/ - aso de &ronze ? pancadas compassadas acompan$ando um fragmento musical B5m presença de fenômenos estran$os# ainda descon$ecidos e inexplicáeis# "ue se sucedem t%o rapidamente# diz o sá&io Eroo1es# confesso "ue 0 dif!cil eitar# "uando deles se fala# o reesti,los duma linguagem sensacionalB. Se estes fenômenos est%o en"uadrados pela incomparáel luz do sol dos tr@picos e os esplendores da paisagem $indu 0 ainda mais fáci fácill inco incorr rrer er no de defe feit itoo "ue ass assinal inalaa o emin eminen entte "u "u!m !mic icoo da Sociedade 4eal de 7ondres. Eremos "ue 0 poss!el# entretanto# n%o aumentar# ainda com palaras# o marail$oso "ue á se encontra nos fatos# dando de cada fenômeno uma descriç%o t%o simples "uanto exata. H%o renoamos as s0ries de estudos so&re um fato especial# do "ual demos conta no cap!tulo precedente# por0m amais perdemos a ocasi%o# durante a nossa longa estadia nas possessões francesas da Índia e nas nossas diferentes iagens atra0s deste imenso pa!s# de o&serar# com atenç%o# todas as manifestações "ue se referiam ao nosso assunto. A de aneiro de *U# parti de E$andernagor num dingui# esp0cie de em&arcaç%o do pa!s# proida dum pe"ueno camaroteQ "uinze dias depois c$eguei a >enar0s# a cidade santa. compan$aam,me dois criados ind!genas# um cansama ou criado de "uarto# e um metor# encarregado de preparar,me as refeições. min$a in$a em&a em&arc rcaç aç%o %o era trip tripul ulad adaa po porr um cerca ercarr ou c$e $efe fe &ateleiro# e seis macuas ou remeiros remeiros da casta dos pescadores. pescadores. tracamos nas escadas do 3at$# n%o longe do c0le&re pagode de Sia# pouco antes do pôr do sol. H%o existem palaras com "ue possa
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descreer o espetáculo "ue se me deparou aos ol$os. Poucas cidades# entre as mais &elas# diz 5. 4o&erts# possuem o grandioso aspecto de >enar0s. Kuando o iaante# curioso por o&serar# so&e o 3anges# o "ue l$e anuncia a proximidade da grande cidade s%o eleados minaretes# cua cu ass torr torres es## do domi mina nand ndoo de dens nsas as mass massas as de pa palá láci cios os## ap apar arec ecem em diss dissem emin inad adas as em ap apar aren ente te e pito pitore resc scaa de deso sord rdem em ao long longoo da dass margens onduladas do rio# numa extens%o de cerca de duas l0guas. ] imposs!el ficar,se insens!el ante o magn!fico panorama "ue oferecem estes templos# estas torres# estas longas arcadas sustentadas por colunas# estes cais# estes terraços guarnecidos de &alaustradas# "ue se desen$am em releo e se misturam como fol$agem luxuriante dos &ao&a&s# dos tamarindeiros e &ananeiras e "ue# co&ertos a"ui e ali de erdadeiros ramos de flores de ariados matizes# se mostram entre os ed edif if!c !cio ioss ad adoornad rnados os de pro profus fusas escu escult ltur uras as## ele elean anddo,s o,se# maestosamente# por cima de ardins floridos# colocados no meio destes espaçosos pátios. aus=ncia de todo o pano regular# a mistura do austero e do solene com o ligeiro e o fantástico# d%o uma apar=ncia &izarra a algumas partes do cenário# por0m o efeito do conunto 0 magn!fico e a maior parte dos detal$es s%o duma duma &eleza indescrit!el. indescrit!el. -s gat$s# esp0cie dos monumentos compostos de "uatro colunas unidas entre si por uma cornia 9nica e colocados no alto das gigantescas escadarias "ue &an$am os seus 9ltimos degraus nas águas do 3anges# s%o os 9nicos cais "ue possuem esta el$a cidade# a antiga :assT dos raás da primeira raça. Desde "ue sai at0 "ue se põe o sol# est%o esses cais c$eios de coolis "ue carregam e descarregam as pe"uenas em&arcações "ue sulcam o tanges em todas as direções# trazendo a este mercado da lta,>engala todas as mercadorias da !ndia e da Xsia.
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Ho momento em "ue ordenaa ao cercar "ue dirigisse a.em&arcaç%o para o gat$ de Sia# enc$eu,me de assom&ro er "ue $ind $indus us e muçu muçulm lman anos os## t%o t%o prof profun unda dame ment ntee dii diidi dido doss po porr @d @dio ioss seculares# no sul da !ndia# onde os 9ltimos est%o em !nfima minoria# faziam untas as suas a&luções aos p0s do gat$ de >enar0s. inda "ue os se"uazes do profeta ten$am sempre perseguido a ferro e a fogo ao "ue c$amam idolatria# at0 o reinado de urengze& respeitaram a cidade sagrada dos encidos# "ue l$es inspiraa misterioso temor. -s &r8manes pretendiam "ue >enar0s $aia sido edificada por Sia para serir de aiso aos $omens ustos "uando o mal e a dor inadissem a terra e "ue ela n%o experimentaria amais nen$uma das icissitudes "ue atingem as cousas deste mundo. Para $umil$ar o seu orgul$o# urengze& mandou derru&ar um dos pagodes mais antigos e enerados# eleando no seu lugar a espl=ndida mes"uita "ue lea o seu nome e cuas agudas flec$as# reestidas de l8minas de ouro# anunciam aos iaantes a cidade antes "ue possam perce&=,la. tualmente# muitos templos muçulmanos se eleam ao lado dos pagodes indianos e os &r8manes =em# sem poder opor,se# por0m com um $orror "ue mal dissimulam# correr sangue de !timas para os sacrif!cios ou a alimentaç%o# na cidade santa onde nem se"uer o sangue dum animal correra at0 a inas%o dos mong@is. pesar do andalismo "ue destruiu alguns dos mais antigos e &elos monumentos da Índia e ainda "ue nas demais regiões su&metidas enar0s# da mais ampla toler8ncia para com as crenças# usos e costumes dos encidos. Por isto# sem d9ida# s%o mel$ores as relações entre as duas nações nesta parte de >engala. Ha erdade# at0 a"uele dia eu n%o tin$a crido "ue indianos e muçulmanos consentissem em fazer as suas a&luções
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religiosas no mesmo lugar. Ho sul da Índia# se um muçulmano se &an$asse num tan"ue tan"ue sagrado dum pagode pagode seria imolado imolado no ato. 6in$a intenç%o de permanecer dois meses em >enar0s# tempo nada exagerado para os estudos "ue pensaa fazer so&re as antiguidades do pa!s# por0m demasiado longo para "ue me acomodasse num $otel# por isto resoli alugar uma casa e instalar,me. 5star na sua casa# no -riente e em todo o 5xtremo -riente# 0 uma das primeiras condições de ida. +a eniar o meu cansama < procura de casa# "uando o Peis$w$a# pr!ncipe márata retirado em >enar0s# com o "ual fiz con$ecimento na casa do raá de E$andernagor# sa&endo da min$a c$egada# me fez oferecer um apartamento no magn!fico palácio de sete andares "ue possui as margens do 3anges# < es"uerda da c0le&re mes"uita de urengze&. H%o 0 raro "ue pr!ncipes e raás do 'indust%o# ainda "ue $a&itando distritos muito afastados de >enar0s# façam edificar nesta cidade iendas "ue l$es siram de retiro durante os dias das suas festas particulares# ou "uando cansados do mundo deseam aca&ar os seus dias ias seg segund ndoo a lei lei de an anu# u# na práti rática ca de de eoç oçõe õess auste ustera ras. s. Eonforme a crença religiosa# a"ueles "ue morrem na cidade sagrada aca&aram com as reencarnações sucessias e as suas almas so&em imediatamente para >rama e se a&sorem na grande lma. /=em,se c$eg c$ egaar# diari iariam amen entte# de tod todos os pon onto toss da Índ Índia# numeros erosos os peregrinos "ue %o orar# sea pela sua pr@pria conta# conta# sea pela de ricos particulares "ue l$es pagam# nas margens do rio sagrado# cuas águas t=m mais irtudes "ue em parte alguma aos p0s da cidade santa. 6anto assim 0 "ue leam em sa"uin$os# recol$idos depois da cremaç%o# os ossos dos raás ou de "ual"uer outro grande personagem "ue podem pagar a iagem# com a miss%o de lançá,los no rio.
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suprema esperança do $indu 0 a de morrer enar0s# o fa"uir mais extraordinário "ue talez encontrei em toda a Índia. /in$a de 6rianderam# perto do ca&o Eomorim# e $aia sido encarregado de transportar os restos f9ne&res dum rico mala&ar da casta dos cummutTs (comerciantes). - Peis$wa# cua fam!lia era originária do Sul# tin$a o costume de dar $ospedagem nas depe de pend nd=n =nci cias as do seu seu pa palá láci cioo ao aoss pe pere regr grin inos os de 6ra 6raen enco cor# r# de aissur# de 6andior e do antigo pa!s márata# e o fez aloar numa pe"uena ca&ana# enar0s. E$amaa,se EoindasamT. Depois de $aer,me assegurado da sua &oa ontade# fi,lo conduzir ao meu apartamento# certa ez# ao meio dia# no momento em "ue# deido ao calor# todos os moradores do palácio faziam a sesta. - "uarto em "ue o rece&i daa para um terraço# com istas para o 3anges# e era protegido dos ardores do sol por um toldo m@el# de fi&ras egetais. Ho meio do terraço# $aia um repuxo "ue# caindo em c$ua fin!ssima so&re um recipiente de mármore# espal$aa ao seu redor uma frescura erdadeiramente deliciosa. Perguntei ao fa"uir se deseaa colocar,se num lugar determinado. ? 5stou
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? Sa&es se uma força "ual"uer se desenole em ti "uando produzes os teus fenômenosL H%o sentiste nunca produzir,se no teu c0re&ro ou nos teus m9sculos uma modificaç%o "ual"uerL ? força "ue opera n%o 0 uma força naturalQ n%o sou mais do "ue um instrumento eoco as almas dos antepassados e s%o elas "ue manifestam o seu poder. +nterroguei uma porç%o de fa"uires so&re o mesmo assunto e todos me deram a mesma respostaQ apenas se consideram como intermediários entre este mundo e os inis!eis. 6endo erificado mais uma ez esta crença# n%o insisti e deixei "ue EonindasamT desse começo < s0rie de fenômenos "ue iria produzir. - fa"uir á $aia estendido as m%os na direç%o dum enorme aso de &ronze c$eio d^água... penas cinco minutos $aiam transcorrido# "uando o aso começou a oscilar so&re a sua &ase e a se aproximar insensielmente# e sem sacudidelas aparentes# do fa"uir encantador. _ medida "ue a dist8ncia diminu!a# sons metálicos partiam do aso como se l$e &atessem com uma arin$a de ferro. 5m dado momento# as pancadas se tornaram ram t%o numeros osaas e t%o rápidas "ue se assemel$aam < "ueda de granizo num tel$ado de zinco. Pedi a EoindasamT "ue me permitisse dirigir a operaç%o# no "ue cons co nsen enti tiuu imed imedia iata tame ment nte. e. - a aso so## semp sempre re so& so& a sua sua infl influ= u=nc ncia ia## aan a anço çou# u# recu recuou ou e pe perm rman anec eceu eu im@ im@el el## o& o&ed edec ecen endo do ao aoss meus meus deseos. 6%o 6%o pron ronto# to# a uma ordem rdem min$ in$a# as pa panncad cadas soa soaam am sem sem interrupç%o# para logo ao contrário# com lentid%o e regularidade# imitarem as &atidas por um rel@gio. Pedi ent%o "ue soasse apenas uma pancada cada dez segundos# coisa "ue executou# seguindo eu no meu cronômetro a marc$a dos ponteiros. Dez pancadas secas e sonoras se fizeram ouir# regularmente# em cinco segundos. So&re a mesa da sala do meu apartamento# encontraa,se uma dessas caixas de m9sica# de "ue tanto gostam os
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indianos e a "ual# sem d9ida# o Peis$wa mandara ir de Ealcutá. -rdenei ao meu cansama "ue a leasse para o terraço e pedi "ue as pancadas dadas no aso de &ronze o fossem de modo a acompan$ar a ária "ue o instrumento ia tocar. Dei corda no instrumento de m9sica e o pus em marc$a sem preocupar,me com a peça "ue ia tocar. 6ocou# como um tur&il$%o# de maneira exagerada# as notas frescas e rápidas da alsa de B4o&in dos >os"uesB. Ho aso de &ronze# golpes secos e apressados acompan$aam a cad=ncia com a regularidade da &atuta dum diretor de or"uestra. 6erminada esta ária# fiz tocar a marc$a do BProfetaB# moderando as pancadas a sua rapidez e seguindo seguindo fielmente o compasso. 5 tudo isto se fazia sem aparato# sem solenidade# sem mist0rio# num terraço de alguns metros "uadrados. Sem água# o aso de &ronze apenas podiam mo=,lo dois $omensQ azio e colocado de maneira a rece&er a c$ua do repuxo# seria para as a&luções da man$% "ue# na Índia# alem por um erdadeiro &an$o. Kual era a força "ue dirigia esta pesada massaL 4epeti# de noo# esta estass die diers rsas as ex expe peri ri=n =nci cias asQQ elas elas se repr reprod oduz uzir iram am co com m a mesm mesmaa ordem e a mesma regularidade. - fa"uir# "ue n%o $aia deixado o seu lugar# nem mudado de posiç%o# leantou,se ent%o e apoiou a ponta dos dedos na &orda do aso# o "ual em poucos instantes começou a se &alançar em cad=ncia da direi reita para a es"uerda# aumentando gradualmente a sua elocidade# sem "ue o seu p0# "ue se deslocaa alternatiamente# de cada lado# produzisse o menor ru!do no estu"ue do c$%o. as o "ue mais me espantou foi a água permanecer im@el no aso# como se uma forte press%o se opusesse a "ue ela reco&rasse o seu centro de graidade "ue os moimentos do recipiente l$e fizeram perder.
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6r=s 6r=s e eze zess duran urante te este estess &alan alanço ços# s# o aso aso se le ean anto touu# por completo# umas sete a oito polegadas do solo# e# "uando saiu# n%o produziu c$o"ue c$o"ue apreciáel. 'aia árias $oras "ue eu estaa so& esta magia# tomando notas# o&serando# fazendo repetir cada fenômeno com matizes diferentes# "uando o sol# "ue começaa a &aixar no $orizonte# eio adertir,nos "ue era $ora de eu começar as min$as excursões atra0s dos el$os monumentos e das ru!nas da antiga :assT# centro do poder religioso dos &r8manes# "uando# depois das suas lutas com os raás# perderam o poder temporal... e tempo á para o fa"uir ir ao tempo de Sia preparar,se# com as preces do ritual# para as a&luç%es e cerimônias funerárias "ue deia executar cada noite enar0s. - po&re dia&o se consideraa muito feliz por ter,me encontradoQ eu $aia $a&itado# longos anos# o sul da Índia e falaa a doce e sonora l!ngua do pa!s de Draida (o tamul)# "ue n%o se ouia em >enar0s. 5le podia ent%o falar deste marail$oso pa!s# c$eio de ru!nas antigas# de el$os pagodes som&reados por uma egetaç%o sem igual# e de manuscritos graados a &uril# s0culos antes do limo do Hilo unir o >aixo,5gito
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/+ oimento d^água ? o &ast%o mágico EoindasamT foi pontual ao encontro marcado 5staa eu ocupado em admirar as cataratas de luz "ue o sol despeaa so&re as águas do 3anges# "uando o fa"uir# leantando uma das cortinas "ue nos ocultaa a porta de entrada da aranda# se aproximou de mim e se sentou so&re os calcan$ares# < moda $indu. ? Saiam d0r0 (&ons dias# sen$or)# disse,me ele na sua l!ngua materna. ? Saiam tam&i (&ons dias# camarada)# respondi,l$e no mesmo idioma. /ale o arroz de >engala o de 6andaorL ? - arroz "ue eu como no palácio do Peis$wa em >enar0s n%o ale as ra!zes "ue eu col$o ao redor da min$a paillote# em 6rianderam. ? Kue te falta a"uiL -s gr%os de carrT n%o s%o t%o puros nas margens do 3anges "uanto na costa mala&arL ? 5scuta a"ui n%o nasce o mamoeiro# a água do rio sagrado n%o pode su&stituir a água salgada. Sou um $omem da costa assim como ele 0 uma árore da costa e n@s morremos am&os "uando nos afastam do oceano. Rma &risa lee# inda do sul# "uente como efl9ios de apor# passaa ent%o em raadas so&re a cidade adormecida no calor. -s ol$os do fa"uir se animaram. ? 5 o ento de meu pa!s. H%o o sentesL 6odos os seus perfumes est%o saturados de recordações... Permaneceu largo tempo# de c@coras# son$ando# sem d9ida# com os grandes &os"ues som&rios da costa mala&ar# onde $aia decorrido a sua inf8ncia# e os misteriosos su&terr8neos do pagode de
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6ri 6riaade dera ram m# nos "ua uais is os &r8m r8man anees o inst instru ru!r !ram am na arte arte das eocações. De repente# leantou,se e# aproximando,se do aso de &ronze "ue l$e tin$a serido na 0spera para manifestar a sua força# impôs as m%os so&re a superf!cie d^água "ue o enc$ia at0 as &ordas# por0m sem tocá,la e permaneceu im@el. proximei,me sem pensar ainda "ue fenômenos "ueria ele produzir. H%o sei se o seu poder se manifestaa com mais tra&al$o na"uele dia# por0m o certo 0 "ue se passou uma $ora sem "ue nada# nem no aso# nem na água# correspondesse < aç%o do fa"uir. Desesperaa,me eu de "ue n%o se o&tiesse um resultado "ual"uer# "uando a água começou a agitar,se suaemente# como se uma d0&il &risa l$e enrugasse a superf!cieQ pus as m%os so&re as suas &ordas e rece&i uma ligeira sensaç%o de frescura "ue me pareceu proceder da mesma causa e uma p0tala de rosa "ue lancei na água foi# em poucos segundos# c$ocar,se na &orda oposta. H%o fazia o fa"uir moimento algumQ tin$a a &oca fec$ada e# circ circun unst st8n 8nci ciaa ex extr trao aord rdin inár ária ia "u "uee supr suprim imia ia todo todo o pe pens nsam amen ento to de fraude# ligeiras ondulações d^água se formaam do lado oposto do operador e morriam# docemente# nas &ordas do aso# na sua direç%o. Pouco a pouco# o moimento d^água aumentou de intensidade e aca&ou por se romper em todos os sentidos# como se $ouesse sido su&metida pelo calor a uma forte e&uliç%o. Pedi a EoindasamT "ue reti retira rass ssee as m%os m%os e o moi moime ment nto# o# sem sem cess cessar ar co comp mple leta tame ment nte# e# diminuiu pouco a pouco tal como acontece com o l!"uido ferente# "uando se l$e afasta o recipiente do fogo. o contrário# cada ez "ue o fa"uir impun$a as m%es# o moimento oltaa e acentuar,se. 9ltima parte da sess%o foi a mais extraordinária. 'aendo,me pedido "ue l$e emprestasse um pe"ueno &ast%o# dei, l$e um lápis de madeira# sem afinar. Eolocou,o na água e# em poucos
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minu minuto tos# s# pe pela la impo imposi siç% ç%oo da dass m%os m%os## f=,l f=,loo moe moer, r,se se em tod todas as direções tal "ual a agul$a duma &9ssola "uando l$e aproximam uma ara de ferro. Pôs logo depois o !ndes no centro do lápis# t%o delicadamente "ue n%o l$e modificou a posiç%o nágua. /i# dentro de poucos instantes# o pedacin$o de madeira afundar lentamente no l!"uido e tocar o fundo do aso. Pondo de lado a "uest%o de $a&ilidade e c$arlatanismo# "ue n%o posso afirmar nem regar completamente# ainda "ue# nas circunst8ncias em "ue se produziu o fenômeno# uma fraude "ual"uer dificilmente me escapasse# pensei "ue o fa"uir# carregando de fluidos o lápis# tiesse talez aumentado o seu peso espec!fico# fazendo,o mais pesado do "ue a água. +ncr0dulo "uanto < aç%o dos 5sp!ritos# em cada experi=ncia deste g=nero perguntaa a mim mesmo se n%o estaam# ali postas# em ogo# forças naturais ainda descon$ecidas. descon$ecidas. Eonsigno fatos# sem mais comentários.
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/++ Fenômenos de leitaç%o , Pancadas Hoturnas terceira isita do fa"uir foi curta# pois tin$a de passar a noite orando nas margens do rio sagrado (o 3anges)# por motio de uma festa religiosa# um srad$a f9ne&re# "ue deeria cele&rar,se no dia seguinte e para o "ual rece&era conite. Fora somente dar,me conta disto e se preparaa para regressar < sua sua c$ c$oç oçaa "u "uan ando do## a meu meu pe pedi dido do## co cons nsen enti tiuu em repr reprod oduz uzir ir um fenômeno de leitaç%o# "ue eu ira outros fa"uires executarem muitas ezes# sem poder compreender os meios "ue empregaam. 6omou de um &ast%o de pau,ferro# "ue eu trouxera do Eeil%o# apoiou,l$e no ca&o a m%o direita e# com os ol$os fixos em terra# pronunciou conuros mágicos do seu ritual# de "ue n%o me dera con$ecimento nas suas isitas anteriores. Pensaa eu# diante de tal encenaç%o# "ue ia mais uma ez ser testemun$a de um fato "ue sempre se me afigurará simples façan$a de acro&ata... Eom efeito# min$a raz%o recusaa dar outro nome ao seguinte fenômeno. poiado por uma das m%os no &ast%o# o fa"uir se eleou gradualmente a uns dois p0s acima do solo# com as pernas cruzadas < oriental# e assim permaneceu im@el# em posiç%o &astante parecida com a desses &udas de &ronze "ue os excursionistas leam do 5xtremo -riente sem pensarem "ue a maioria destas estatuazin$as procedem das oficinas de fundiç%o de 7ondres 7ondres (**). () :s #asos mais surpreendentes de ue ui testemunha se produBiram #om o Sr. 2ome. Em tr;s #ir#unstn#ias dierentes, eu o vi elevar-se #ompletamente para #ima do teto do uarto. (Filliam. CrooPes > =esear#hes in to the Ihenomena o Spiritualism). (N. do T.)
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Durante mais de inte minutos# procurei compreender como podia EoindasamT &urlar todas as leis con$ecidas do e"uil!&rio. H%o o conseguiQ nen$um suporte is!el o prendia ao &ast%o "ue n%o estaa em contacto com seu corpo mais do "ue pela palma de sua m%o direita. o despedir,se de mim# disse,me EoindasamT "ue# no momento em "ue os elefantes sagrados anunciassem a meia noite# &atendo nos gong go ngos os de co co&r &ree do pa pago gode de de Sia Sia## ele ele e eoocari cariaa os 5sp! 5sp!ri rito toss familiares dos franguTs (franceses) e "ue esses 5sp!ritos manifestariam a sua presença em min$a pr@pria alcoa. -s $indus se entendem# admiraelmente# entre si e# para preenir, me contra "ual"uer trapaça# mandei um dos meus criados passar a noite na em&arcaç%o com o &ar"ueiro e os remadores. Pouca propens%o tin$a eu para acreditar no so&renatural# por0m# n%o o&stante# se o fato se produzisse# n%o "ueria ser !tima de fraude ulgar. o mesmo tempo# preparei,me para criar ao fa"uir erdadeiras dificuldades. - palácio do Peis$wa fora constru!do de modo singular. penas tem anelas na parte do rio e conta sete grandes andares# cuas $a&itações d%o todas para galerias co&ertos e terraços# "ue aançam so&re o cais. forma adotada para comunicar os andares entre si 0 curios!ssima. Rm s@ lanço de escada conduz do andar mais &aixo ao superiorQ c$egando a este e atraessando,o# a pessoa dá# num 9ltimo compartimento# com um segundo lanço sem comunicaç%o com o primeiro# o "ual dá acesso ao andar de cima e assim sucessiamente at0 o s0timo onde se c$ega por um lanço m@el# "ue se pode leantar# como uma ponte leadiça# por meio de correntes. 5sse s0timo andar# cuo mo&iliário n%o era oriental nem europeu# donde se gozaa do ar mais fresco e da ista mais &ela# era o "ue o Peis$wa cedia aos seus isitantes estrangeiros. penas caiu < noite#
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isitei# minuciosamente# as diferentes peças do meu apartamento# assegurando,me de "ue ningu0m se $aia ocultado neleQ leantei a ponte leadiça e cortei assim toda comunicaç%o com o exterior. _ $era "ue $aia indicado o fa"uir# pareceu,me ouir duas pancadas dadas claramente na pr@pria parede da min$a $a&itaç%oQ dirigi,me para o ponto. donde se me afigurara partirem os ru!dos# "uando uma pancada seca no "ue&ra,luz# "ue protegia dos mos"uitos e mariposas# a l8mpada suspensa# me fez oltar atrásQ outros rumores oui a interalos desiguais# nas igas de cedro do tetoQ depois# tudo ficou em sil=ncio (*;). 5ncamin$ei,me para o terraço. 5ra uma dessas noites prateadas# descon$ecidas em nossas regiõesQ o rio sagrado deslizaa silenciosamente aos p0s da cidade adormecida. () Has Qpan#adasQ de 2ysdesville, nas#eu a histRria do moderno espiritualismo (Emma 2arding %ritten > 2istory o 4odern meri#an Spiritualism. (N. do T.)
So&re o parapeito do cais# ume figura $umana se destacaa em negro# deixando er a sua sil$ueta im@el. 5ra o fa"uir de 6rianderam "ue oraa pelo eterno descanso dos mortos.
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/+++ - fa"uir e o esca&elo de &am&u , -s arrões a0reos e o pan1a$ misterioso Parte da noite passei procurando ac$ar# inutilmente# a c$ae do enigma. Desde "ue residia na Índia# ira in9meras ezes os mesmos fenô fenôm men enos os e pod oder eria ia co com mpara arar os ex exec ecut utad adoos pe pello fa"u fa"uir ir de 6rianderam com muitos outros# n%o menos marail$osos# marail$osos# "ue por0m n%o proam mais "ue a erdade da teoria $indu so&re a eocaç%o das almas dos antepassados. 6odaia o "ue faço "uest%o de repetir# por"ue 0 a express%o da realidade# 0 "ue ningu0m con$ece# no 'indust%o# os meios por "ue tais fenômenos s%o produzidos. 5speraa com impaci=ncia a c$egada do fa"uir# pois tin$a o prop@sito de prosseguir nos meus estudos so&re a antiga doutrina dos Pitris# com a exposiç%o de fenômenos materiais "ue os $indus ligam enar0s e n%o regressei ao palácio sen%o ao pôr do sol. Ea!a a noite "uando o fa"uir penetrou silenciosamente no terraço onde eu costumaa esperá,lo. s pessoas da sua classe gozam do priil0gio de entrar a todas as $oras nas casas dos mais altos personagens $indus sem se fazerem anunciar e# ainda "ue# geralmente# n%o procedam da mesma maneira com os europeus# desde o primeiro dia eu resolera deixar "ue EoindasamT o&rasse como "uisesseQ o "ue# unto ao meu
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con$ec con$ ecim imen ento to da sua sua l!ng l!ngua ua mate matern rna# a# l$e l$e $a $ai iaa co con" n"ui uist stad adoo a amizade. ? -ui os ru!dos "ue me anunciaste# disse,meQ o fa"uir 0 muito $á&il. ? - fa"uir n%o 0 nada# replicou,me com o maior sangue,frioQ ele pronuncia os mantrans (conuros mágicos) e os 5sp!ritos os ouem. Foram os manes dos franguTs (franceses) "ue te isitaram. ? 6ens ent%o poder so&re so&re os 5sp!ritos estrangeirosL estrangeirosL ? Hingu0m pode pode mandar nos 5sp!ritos. ? 5xpressei,me mal. Eomo 0 poss!el "ue os 5sp!ritos dos franguTs escutem# faoraelmente# as preces de um $indu# se n%o s%o da tua castaL ? H%o $á castas nos mundos mundos superiores. ? Foram ent%o os meus ancestrais "ue se manifestaram em min$a casa# esta noiteL ? 6u o disseste. H%o $oue meios de faz=,lo sair da!. Eada ez "ue o interrogaa so&re este assunto# o&seraa,l$e atentamente o rosto# procurando surpreender nos seus ol$ares# no seu sorriso# em "ual"uer gesto# algum ind!cio de incredulidade# por0m a sua express%o era sempre impenetráel# de frio conencimento. conencimento. Depois deste diálogo sem esperar "ue l$o pedisse pôs,se em disposiç%o de continuar os seus exerc!cios. 'aendo apan$ado um esca&=lo de &am&u# "ue estaa a poucos passos dele# sentou,se com as pernas cruzadas# < moda muçulmana# e os &raços so&re o peito. 'aia eu feito iluminar# Ba giornoB# o terraço pelo meu criado e me preparei para n%o perder um s@ detal$e do "ue acontecesse. Eomo nos relatos anteriores suprimo tudo o "ue se refere < encenaç%o e
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o ca&o de alguns instantes em "ue o fa"uir pareceu concentrar sua ontade# o esca&=lo de &am&u so&re o "ual estaa sentado come co meço çouu a de desl sliz izar ar sem sem ru!d ru!doo so&r so&ree o solo solo## da dand ndoo pe" e"uuen enas as sacudidelas "ue o faziam aançar# cada ez# uns dez cent!metros. terraço teria sete metros "uadrados e em dez minutos foi percorridoQ c$egado < sua extremidade# o esca&=lo continuou desta ez para trás at0 alcançar o ponto de partida. Fiz "ue se repetisse por tr=s ezes a operaç%o# logrando o mesmo =xito. Deo fazer notar "ue as pernas do fa"uir# cruzadas < oriental# estaam separadas do c$%o por toda a altura do esca&elo de &am&u. Fizera durante o dia inteiro um calor a&rasadorQ a &risa noturna# t%o regular nesta regi%o# a "ual em todas as noites dos montes 'imalaia refrescar os nossos pulmões a&rasados# n%o sopraa ainda e o metor (criado)# por meio de uma corda de fi&ras de côco# &alançaa so&re as nossas ca&eças um enorme pan1a$# suspenso
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ezes repetidos# nos $aiam ocupado muito tempoQ n%o o&stante# antes de ir,me em&ora# "uis o fa"uir dar,me outra proa do seu poder. 6r=s arrões de flores# &astante pesados e "ue exigiam todo o esforço dum $omem para leantá,los# se ac$aam nos cantos do terraço. 5scol$eu EoindasamT um deles e# impondo,l$e as m%os# de forma "ue tocaa a &orda com a ponta dos dedos# imprimiu,l$e um &alanço t%o t%o regu regula larr co como mo o du dum m p= p=nd ndul ulo. o. De Dent ntro ro de po pouc ucos os inst instan ante tes# s# pareceu,me "ue o arr%o# sem modificar modificar o seu moimento# se eleaa# eleaa# e ulg ulgue ueii = =,l ,loo flut flutua uar# r# clar claram amen ente te## no á ácu cuo# o# da dire direit itaa pa para ra a es"uerda# segundo a direç%o "ue l$e imprimia o fa"uir (*A). (3) : mais #urioso eeito obtido diante de nRs por Slade e por diversas veBes oi a levita7"o #ompleta da mesa ue serve em nossas e8peri;n#ias (sem me#anismo, bem entendido). Ior simples imposi7"o das m"os de Slade, a mesa erguia-se, voltava-se de pernas para #ima e ia to#ar o teto #om os seus uatro p6s sobre as nossas #abe7as@ isso em meno menoss temp tempo o do ue ue 6 pre# pre#is iso o para para diB; diB;-l -lo. o. > Iaul Iaul 0ibi 0ibier er > : au auir iris ismo mo :#idental. (N. do T.)
H%o posso empregar mais do "ue uma forma du&itatia para dar cont co ntaa de dest stee fenô fenôme meno no## po por" r"ue ue semp sempre re o ten$ ten$oo co cons nsid ider erad adoo uma uma ilus%o dos meus sentidos# ainda "ue# ami9de# os ten$a presenciado# em pleno dia.
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+2 - elador (*J) preso ao solo ? granizada de golpes ? o moin$o penas oadoras ? o $armonium $armonium penas tr=s dias deia permanecer o fa"uir em >enar0s e resoli dedicar a 9ltima sess%o a experi=ncias de magnetismo e sonam&ulismoQ "uando l$e participei o meu deseo# pareceu ficar asso assom& m&ra rado do## co com m esta estass ex expr pres essõ sões es no noa ass "u "ue# e# &e &em m ou mal# mal# l$e l$e traduzi na sua l!ngua. (5) !elador > suporte verti#al de pau ue assenta sobre sua base ou p6 e ue termina superiormente por um dis#o #ir#ular onde se #olo#a um #andeeiro ou vela (Caldas ulette > Hi#ionJrio da &ngua Iortuguesa) (N. do T .)
ssim "ue l$e fiz compreender o sentido "ue se l$es dá na 5uropa# sorr sorriu iu e me resp respoond ndeu eu## seg segund ndoo o seu seu co cost stuume# "ue os dito itos fenômenos eram tam&0m o&ra dos Pitris (5sp!ritos)# como os outros "ue eu $aia presenciado. Eomo Eo mo "u "ual al"u "uer er disc discus uss% s%oo so&r so&ree este este assu assunt ntoo era era in9t in9til il## sem sem preocupar,me com as suas crenças religiosas e as causas a "ue atri&u!a o seu poder# limitei,me a perguntar,l$e se consentia em prestar,se a este g=nero de experi=ncia. experi=ncia. ? - franc=s# respondeu,me# falou ao fa"uir na sua l!ngua natal. fa"uir n%o l$e pode negar nada. Satisfeito com a sua resposta# formulei logo outra pergunta. ? H%o poderias permitir,me# disse,l$e# disse,l$e# "ue eu mesmo indicasse indicasse os fenômenos "ue "uisesse er,te realizar# em ez de deixá,los < tua escol$aL inda "ue# pelas circunst8ncias particulares em "ue se $aiam produzido os fenômenos# me parecesse pouco proáel "ue o fa"uir tiesse podido preparar de antem%o as anteriores experi=ncias# de com&inaç%o com os meus criados# deseaa# na erdade# er se
O
EoindasamT lograa o&ter manifestações "ue eu n%o con$eciaQ nem podia preer. ? Farei o "ue te aprouer# respondeu,me respondeu,me simplesmente. simplesmente. Eom fre"G=ncia# eu $aia isto fa"uires fazer com "ue "ual"uer o&eto aderisse ao solo# sea deido < explicaç%o "ue me deu um maor ingl=s "ue se ocupaa destas "uestões e# segundo o "ual# tudo consistia em aumentar,l$e o peso espec!fico carregando,o de fluidos# sea por outro meio descon$ecido. 4esoli repetir a experi=ncia. pan$ei um pe"ueno elador d e madeira "ue eu leantaa sem esforço entre o dedo polegar e o !ndex# leei,o para o terraço e perguntei ao fa"uir se podia prend=,lo ao c$%o de modo tal "ue fosse imposs!el transportá,lo para outra parte. Dirigiu,se# imediatamente# o mala&ar para a mesin$a# impôs as m%os so&re a sua superf!cie# permaneceu im@el nesta posiç%o perto dum "uarto de $ora e# transcorrido este tempo# me disse sorrindo B-s 5sp!ritos á ieram e ningu0m poderá moer este elador contra a sua ontadeB. pro p roxi xim mei,m ei,mee co com m cert certaa incr incred eduulid lidad adee e fiz fiz o mo oim imen ento to necessário para leantá,lo# por0m n%o consegui se"uer faz=,lo oscilar# como se estiesse soldado# in"ue&rantaelmente#
4oguei ao fa"uir "ue se colocasse no extremo oposto do terraço# causa "ue executou de &om grado# e# com efeito# ao ca&o de poucos minutos# pude deslocar o pe"ueno m@el. li# pois# $aia uma força. H%o podia negá,la# a menos "ue tiesse de admitir uma fraude f raude imposs!el na"uelas circunst8ncias. Se tiess tiessee "ue "uerid ridoo fiscal fiscalizá izá,la ,la## cienti cientific ficame amente nte## necess necessita itaria ria de meses inteiros para esta 9nica experi=nciaQ n%o tin$a tempo para isto e me limito a narrá,lo como as demais# sem pronunciar,me so&re os meios e as causas. ? -s Pitris se foram# disse,me o $indu# < guisa de explicaç%o# por"ue se rompeu o laço de comunicaç%o terrestre. -l$aY /oltam outra ezYY +sto dizendo# impôs as m%os so&re uma dessas grandes &andeas de co&re# incrustadas de prata# das "uais os ind!genas ricos se serem para ogar dados e# "uase no mesmo instante# soaram so&re a sua superf!cie t%o grande "uantidade de pancadas# com tal iol=ncia# "ue parecia uma granizada so&re um teto metálico. Culguei er (olto < min$a linguagem du&itatio) uma s0rie de fulgores fosforescentes# &astante intensos para serem istos em pleno dia# passar e repassar em todos os sentidos so&re a face da &andea. - fenômeno cessaa ou se reproduzia# < ontade do fa"uir. Cá diss dissee "u "uee os ap apar arta tame ment ntos os "u "uee eu oc ocup upa aaa no pa palá láci cioo do Peis$wa estaam mo&iliados# meio < europ0ia# meio < oriental. So&re uma estante# ia,se uma porç%o de o&etos# como moin$os de ento# soldados de c$um&o# ogos de madeira de Hurem&erg# com seus eter eternnos pin$e in$eiiros ros e erd rdes es "ue s%o pa para ra as cria crianç nças as a prim rimeira eira representaç%o da Hatureza... 6odos os m@eis estaam atraancados de produtos nossos. -s mais pueris como os mais art!sticos apareciam em pinturesca confus%o# ao gasto dos criados ind!genas. as n%o r!amos as tr=s "uartas partes dos o&etos c$ineses# $indus ou polin0sios com "ue
adorna ador namo mos# s# po pomp mpos osam amen ente te## as no noss ssas as pret preten ensi sios osas as mora morada dass n% n%oo permitiriam a um dos ditos ind!genas conserar a sua seriedade... Diisei um pe"uenino moin$o "ue o mais ligeiro sopro pun$a em moimento# comunicando este a ários personagens. ssinalei,o a EoindasamT e l$e pedi "ue o pusesse em moi moime ment nto# o# sem sem tocá tocá,l ,lo. o. `n `nic icam amen ente te pe pela la po posi siç% ç%oo de m%os m%os## o moin$o se pôs a dar oltas com extraordi rdinária rap rapidezQ "ue aumentaa ou diminu!a# segundo a distancia em "ue se colocaa o fa"uir. - fato era singel!ssimo e# sem d9ida# um dos "ue mais me impressionaram pela impossi&ilidade de uma pr0ia preparaç%o. Eontarei outro da mesma natureza# por0m ainda mais surpreendente. 5ntre os o&etos "ue compun$am o museu do Peis$wa# encontraa, se um $armonium. Passei uma corda pelo ret8ngulo de madeira "ue en"uadraa o fole (parte do instrumento "ue# como se sa&e# 0 oposta < das teclas) e o suspendi a uma das &arras de ferro do terraço# deixando,o flutuar no ácuo# a alguns p0s do solo. Pedi# ent%o# ao fa"uir "ue o fizesse soar# sem o tocar. cedendo imediatamente ao meu deseo# segurou ele# entre o polegar e o !ndex de cada m%o# a corda "ue sustin$a o $armonium# e se concentrou na mais completa imo&ilidade. 7ogo o instrumento se agitou suaemente# o fole se contraiu num moimento de ai0m# como se o tiesse imprimido m%o m%o ini inis! s!e el# l# e o inst instru rume ment ntoo prod produz uziu iu sons sons prol prolon onga gado dos# s# sem sem $armonia entre si# 0 certo# por0m perfeitamente n!tidos (*O). (G) ueles ue estavam de #ada lado do Sr. 2ome viram o a#orde"o mover-se, os#ilar, voltear em terno da gaiola e to#ar ao mesmo tempo. : Hr. . %. (o Iro. 2uggins) olhou ent"o para #ima da mesa e disse ue a m"o do m6dium pare#ia #omple #ompletam tament entee imRvel imRvel,, enuan enuanto to o a#orde a#orde"o "o se movia movia e aBia aBia ouvir ouvir sons sons distin distintos tos (Filliam CrooPes, =esear#hes in to the Ihenomena o Spiritualism). (N. do T.)
? H% H%oo poder poderia iass o&ter o&ter "ue tocas tocasse sem m uma uma ária áriaLL pergun pergunte teii a EoindasamT.
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? /ou eocar o 5sp!rito dum antigo m9sico dos pagodes# respondeu,me com a maior simplicidade. 5sperei. Passado algum tempo# em sil=ncio# o instrumento "ue cessara de ressoar assim "ue fiz a min$a pergunta# se agitou de noo e emitiu primeiro uma s0rie de acordes muito semel$antes a um prel9dio e logo começou# desem&araçadamente# a modular uma das árias mais populares de casta mala&ar mala&ar 6ait9 mucuti conda run0 conT pomel0# etc# (6razei @ias para a oem irgem de run0# etc.) Durante todo o tempo "ue durou a execuç%o da peça# o fa"uir n%o fez fez o mais mais lige ligeir iroo moi moime ment nto# o# limi limita tand ndo, o,se se a ter ter os de dedo doss em contacto com a corda "ue o pun$a em comunicaç%o com o $armonium. Para fiscalizar o fenômeno# acer"uei,me para o&serar os diferentes moimentos do instrumento e i# de modo a poder afirmá,lo# a menos "ue fosse uma ilus%o dos meus sentidos# as teclas &aixando e leantando leantando para dar execuç%o < m9sica. m9sica. Rma ez mais consigno fatos sem formular conclusões. Supon$amos "ue n%o tiesse $aido nem ilus%o# nem c$ar c$ arla lata tani nism smoo na prod produç uç%o %o do doss dito ditoss fenô fenôme meno nos. s. 6er! 6er!am amos os "u "uee &uscar as leisL BH%oB# dizem# a priori# os sá&ios oficiais de FrançaQ semel$antes loucuras n%o merecem exameB. BSimB# respondem os sá&ios n%o menos oficiais de +nglaterra. H@s pr@prios comproamos fatos materiais# nos "uais nem ilus%o nem c$arlatanismo tomaram parte 0 para n@s empen$o de $onra &uscar,l$es as leis e dizer a erdadeY erdadeY 5is a! o estado da "uest%o. Duma parte# a negaç%oQ da outra# o estudo. -s nossos sá&ios franceses ? para c$amá,los pelo nome "ue entre si se d%o ? n%o perdem# como se =# as tradições "ue l$es fizeram repelir todos os
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grandes inentos "ue $onram a nossa 0poca. Eonce&e,se "ue eu n%o tome uma parte atia no de&ate. Se eu me atreesse a formular uma lei so&re os fatos "ue ten$o o&serado todo o mundo me diria sen$ sen$or or ex expe peri rime ment ntou ou## cien cienti tifi fica came ment nte# e# todo todoss os fato fatoss sing singul ular ares es executados pelos fa"uires de "ue nos falaL 5 como eu n%o fiz construir de&aixo da min$a igil8ncia nem &alanças# nem pesos# nem asos# nem enfim nen$um dos instrumentos de "ue os fa"uires se utilizam# teria de responder cientificamente# n%o. Por0m# por outro lado# "uando me lem&ro "ue os fa"uires se seriram de o&etos de min$a propriedade e# mais a mi9de# de causas "ue# segundo todas as pro&a&ilidades# nunca $aiam tocado# nem isto# digo com Eroo1es# 'uggins# Eox e outros 'á a"ui fatos dignos de estudo# posto "ue t%o interessante 0 poro a ci=ncia negá,los como afirmá,los com con$ecimento de causa... - acaso f=z,me ac$ar EoindasamT# de oel$os# enar0s e o 9ltimo das cerimônias f9ne&res. - fa"uir dee permanecer da primeira < segunda sa!da do sol (inte e "uatro $oras) em oraç%oQ cumprida a sua miss%o# partirá para 6rianderam# por0m antes de empreender a iagem para meu pa!s# te dedicará um dia e uma noite inteira# por"ue tu tens sido &om para comigoQ min$a &oca# tanto tempo fec$ada# a&riu,se de noo para falar contigo# a l!ngua com "ue min$a el$a ama (m%e) me acalentaa "uando criançaB. 7ágrimas l$e em&argaam a oz "uando pronunciou estas 9ltimas palaras. Hunca i um fa"uir fa"uir falar de sua m%e# sem emoç%o. emoç%o.
W
Ho momento em "ue ia transpor o um&ral da porta do terraço# perce&endo num aso um ramal$ete de árias penas dos mais raros pássaros da Índia# col$eu algumas delas e as arroou para o altoQ "uando as penas iam cair# o fa"uir fazia passes de&aixo delas e# < medida "ue tocaam em suas m%os# tornaam o su&ir em espiral at0 o tapete "ue seria de teto m@el ao terraço. 6odas seguiram igual direç%o# por0m# ao fim dum instante# o&edeceram de noo
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2 4eproduç%o de escritos na areia a asil$a d^água e o cozin$eiro cozin$eiro ? extinç%o de canto ? traduç%o do pensamento ? leitura duma palara num liro cerrado ? ru!dos melodiosos no ar ? a fol$a de palmeira ? leitaç%o do fa"uir ? B'aia,me prometido EoindasamT "ue antes de separar,se de mim para regressar a 6rianderam (sua terra natal# perto do ca&o Eomorim)# faria um apelo a todas as forças de "ue dispun$a# a todos os 5sp!ritos "ue o auxiliaam# segundo uma express%o sua cua responsa&ilidade l$e deixo# e "ue me faria er marail$as# das "uais eu guardaria eterna recordaç%o. De!amos a"uele dia realizar duas sessões uma < luz meridiana# como as anteriores e outra < noite# por0m com inteira li&erdade de iluminar < min$a ontade o local das nossas experi=ncias. penas douraa o sol o gat$ de Sia "uando o $indu cua miss%o# determinante da sua inda ali# $aia terminado# se fez anunciar pelo meu cansama (empregado)# temendo ac$ar,me adormecido. BSarana! aTa (Sa9do,te respeitosamente# sen$or)# disse,me ele ao entrar. man$% dee oltar o fa"uir ao pa!s de seus antepassadosB. ? eus otos te acompan$ar%o# respondi,l$e. -xalá ten$am os pisatc$as (5sp!ritos mal0olos) respeitado a tua morada durante a tua aus=nciaY Segu Segunndo o seu seu co cosstume tume## n%o trat tratoou o fa" fa"uir uir de co conntin tinua uarr a conersa e# depois das saudações $a&ituais# acocorou,se no c$%o e deu in!cio a uma s0rie de fenômenos. 6rouxera consigo um sa"uin$o c$ei c$ eioo de arei areiaa fin! fin!ss ssim ima# a# "u "uee esa esazi ziou ou no pa pai ime ment ntoo de lous lousa# a# fazendo,a# com a m%o# co&rir uma superf!cie de OW cent!metros "uadrados. Rma ez feito isto# pediu,me "ue apan$asse papel e lápis e me colocasse < sua frente. Pediu,me# pedais# um pedacin$o de
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madeira. Dei,l$e uma caneta# "ue ele colocou delicadamente so&re a areia. ? B/ou eocar os Pitris# disse,meQ "uando ires "ue o o&eto# "ue aca&aste de dar,me# se leanta# erticalmente# permanecendo em contacto com o solo por uma das extremidades# podes traçar no papel os sinais "ue desees e os erás reproduzidos na areiaB. 5ste 5stend ndeu eu as m%os m%os $oriz rizon onta talm lmen ente te## pa parra dian diante te e pos,s os,see a murm urmurar rar f@rm f@rmuulas las secre ecrettas de e eoocaç% caç%oo. o ca& ca&o de alg algun unss instantes# a caneta "ue eu l$e $aia dado se eleou# pouco a pouco# acima da areiaQ imediatamente# comecei a desen$ar no papel as figuras mais estran$as e ariadas. /i "ue a caneta copiaa fielmente todos os meus moimentos# desen$ando na areia os sinais e ara&escos por mim desen$ados. Kuando eu paraa# paraa tam&0m o improisado lápisQ continuaa eu e ele seguia os meus moimentos. (*). () Tendo sido a mesa previamente e8aminada, e8aminada, uma olha de papel de #arta oi, em segredo, #er#ada por mim e #olo#ada 9untamente #om um lJpis de #humbo sob o p6 #entral do mRvel, #onservando todos os assistentes as suas m"os sobre a mesa. Iassados alguns minutos ouviram-se alguns rudos e, retirado o papel, a#hei nele tra7ada tra7ada #om #ara#teres #ara#teres leves a palavra palavra Filliam. (lred (lred =ussell =ussell Falla#e Falla#e > 4ira#les 4ira#les and 4odern Spiritulaism) (N. do T.)
- fa"uir n%o $aia mudado de posiç%o e nada# na apar=ncia# esta&elecia contacto entre ele e a caneta. Deseando erificar se# do s!tio em "ue ele se ac$aa# se podiam er os moimentos "ue eu fazia com o lápis no papel# deixei a mesa e me colo"uei em torno tal "ue tie de me conencer "ue a EoindasamT era imposs!el perce&er o "ue eu desen$aa. Eomparei imediatamente os sinais na areia com os do papel e a semel$ança era perfeita. 5le alisou com a m%o a areia e me disse ? Pensa uma palara na l!ngua l!ngua dos deuses# o s8nscrito. ? Por "ue neste idiomaL idiomaL perguntei,l$e.
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? Por"ue os 5sp!ritos se serem mais facilmente desta l!ngua imortal# proi&ida aos impuros# respondeu. 6in$a eu o costume de n%o discutir as opiniões do fa"uir e me dei por satisfeito com a sua explicaç%o. explicaç%o. - $indu estendeu as m%os# como antes $aia feito# e a caneta mágica se leantou gradualmente e escreeu sem acilar Purus$aY (- gerador celeste). 5sta era# realmente# a palara em "ue eu $aia pensado. ? Pensa uma frase inteira. ? Pronto# respondi,l$e. respondi,l$e. 5 a cane caneta ta escr escre eeu eu na arei areiaa as segu seguin inte tess pa pala lar ras as d dic icet et00 /ie1untam 'aris (/ixinu dorme no monte /ei1unta). ? Pode recitar,me# o 5sp!rito "ue te auxilia# a est8ncia ;JA do "uarto liro de anuL ? perguntei a EoindasamT. EoindasamT. penas $aia expressado o meu deseo# e o improisado instrumento de escrita traçou na areia a est8ncia pedida Darmapradanam purus$am tapasa $ata1ilsan Para1an na!ati acu&asuantam :asaririnam. (- $omem# cuas irtudes todas t=m por o&eto a irtude e cuos pecados t=m sido apagadas# por sacrif!cios e atos piedosos# c$ega < celestial morada resplandecente de luz e reestido de uma forma espiritual). 5nfim# como 9ltima experi=ncia pergunteiQ colocando a m%o so&re um li&reto fec$ado# "ue contin$a alguns $inos do 4ig,/eda# "ual era a primeira palara da "uinta lin$a da página inte e um. resposta foi Deadatla. /erifi"uei e era exato. ? Kueres fazer uma pergunta pergunta mentalL ? in"uiriu o fa"uir. "uiesci com um moimento de ca&eça e apareceu so&re a areia a palara seguinte /asundara. /asundara. ( terra). 5u perguntara Kual 0 a nossa m%e comumL
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Hada explico ou afirmo so&re as causas. 5\ $a&ilidadeL 5\ inspiraç%oL +gnoro,o. Harro o "ue i. /i e respondo pelas circunst8ncias em "ue os fatos se produziram. aterialmente# n%o creio poss!el a id0ia de fraude. primeira parte desta sess%o $aia durado um pouco e por isto pedi ao fa"uir "ue interrompesse por alguns minutos o curso dos seus fenô fenôme meno nos# s# diri dirigi gind ndo, o,me me em segu seguid idaa pa para ra o ex extr trem emoo do terr terraç açoo aonde ele me seguiu. Seriam dez da man$%. - sol fazia espel$ar as águas do 3anges. _ nossa es"uerda# este estend ndia ia,s ,see um a ast stoo ard ardim im em cu cuo o cent centro ro um cria criado do tira tiraa a## preguiçosamente# água dum poço ao despeaa num conduto de &am&u "ue# por sua sua ez a leaa at0 o "uarto de de &an$o. +mpôs EoindasamT as m%os em direç%o ao poço e# no mesmo inst instan ante te## i o po po&r &ree ind! ind!ge gena na pu puxa xarr furi furios osam amen ente te a co cord rda# a# sem sem conseguir "ue esta cedesse aos seus cont!nuos esforços. Sempre "ue algo se opõe ao "ue executo# um $indu atri&ui o o&stáculo "ue n%o pode encer a influ=ncia de maus g=nios# e logo lança so&re eles todo a sorte de conuros mágicos# cuo pretenso segredo tem pago#
O
Kuando oltamos ao lugar das nossas experi=ncias# o calor estaa sufocante e o fiz o&serar ao fa"uir# "ue t%o concentrado parecia# "ue ulguei n%o me tiesse tiesse ouido. H%o pensaa mais nele "uando um desses a&anin$os de fol$as de palmeira# de "ue se utilizam os criados $indus para dar,nos ar nas $a&itações em "ue n%o existe pon1a$# se eleou# olteando# da mesin$a em "ue estaa colocado e eio em direç%o a mim# agitando# suaemente# o ar unto ao meu rosto. inda "ue o seu moimento foss fossee lent lent!s !ssi simo mo## o& o&se ser rei ei "u "uee me propo roporc rcio iona naa a uma uma fres frescu cura ra extraordinária. Ho mesmo instante# pareceu,me ouir o som $armonioso duma oz $umana "ue nada tin$a de $indu# i&rar e extinguir,se no espaço# como esses cantos idealizados pela dist8ncia# os "uais os caçadores montan$eses ouem# no crep9sculo# ascender do fundo dos ales. 7ogo "ue a fol$a de palmeira oltou a ocupar o seu lugar so&re a mesa# cessaram os sons e eu perguntei a mim mesmo se n%o $aia sido !tima duma ilus%o. Ho momento em "ue ele me deixaa para comer alguma cousa e dormir algumas $oras# coisas "ue n%o fazia# $aia inte e "uatro $oras# o fa"uir se detee no %o da porta "ue daa do terraço para a escada e# cruzando os &raços so&re o peito# se eleou# pouco a pouco# sem apoio aparente# a uma altura aproximada de inte e cinco a trinta cent!metros. Pud Pude fix fixar ex exat atam amen ente te est esta dist8 ist8nncia cia graça raçass a um pon onto to de comparaç%o "ue marcara en"uanto duraa o fenômeno. Por detrás do fa"uir# $aia uma tapeçaria de seda "ue seria de reposteiro# raiada de ouro e &ranco em listas iguais# e eu o&serei "ue os p0s de EaindasamT estaam na altura da sexta lista. o er começar a sua leitaç%o puxei de meu cronômetro a duraç%o total do fenômeno# desde "ue ele começou a estender at0 de noo tocar o solo# foi pouco mais de oito minutos permanecendo# durante cinco# im@el na sua
altura máxima. Ho momento em "ue o fa"uir se despediu de mim# perguntei,l$e se l$e era poss!el reproduzir# < ontade# o 9ltimo fenômeno. ? - fa"uir# respondeu enfaticamente# pode elear,se at0
2+ /egetaç%o espont8nea Ho relato das suas iagens pelo ti&ete# narrou o missionário 'uc um fenô fenôm men enoo semel emel$$an antte ao "ue o ouu rel relatar atar e "ue n% n%oo posso sso considerar sen%o como $a&il!ssimo ogo de m%os. H%o o mencionaria# se n%o fizesse parte integrante da &agagem das manifestações exteriores dos se"uazes dos Pitris e se# fiel o meu papel de $istoriador# n%o tiesse empen$o em n%o ocultar nen$uma das suas singulares práticas. 5ntre as mais extraordinárias pretensões dos fa"uires# figura a de influ!rem de maneira direta so&re a egetaç%o das plantas# e poderem acelerar de tal forma o seu crescimento# "ue logram em poucas $oras um resultado "ue# ordinariamente# exige meses e at0 anos de cultio. uitas ezes# presenciei o fenômeno# por0m# como n%o $aia isto nele mais "ue $a&il!ssima trapaça desden$ara de anotar exatamente as circunst8ncias em "ue se produzia. Por mais fantástico "ue fosse# resoli# disposto "ue estaa a fazer "ue EoindasamT cua força era realmente marail$osa# reproduzisse todos os fenômenos "ue eu ira executados por outros# experimentar com ele este fato a&surdo# por0m curioso# da egetaç%o espont8nea# exercendo seera igil8ncia so&re cada um dos seus atos# de modo "ue nen$um escapasse < min$a atenç%o. nu!ra ele em conceder,me duas $oras de experi=ncia em pleno dia# das A
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lgo desconsertado ante essa firmeza# sempre repli"uei ? Deixar,me,ás escol$er a terra# o aso e o gr%o "ue ais fazer germinar diante de mimL ? - aso e o gr%o# simQ por0m# a terra deerá ser col$ida num nin$o de carias. Eari Earias as s%o s%o pe pe"u "uen enas as form formig igas as &ran &ranca cas# s# "u "uee co cons nstr troe oem m suas suas $a&itações em forma de mont!culos "ue alcançam# em geral# uma altura de oito a dez metros. uito comuns na Índia# nada mais fácil $aia do "ue conseguir um pouco de terra "ue elas acumulam destramente para constru!rem suas moradas. -rdenei ao meu criado "ue trouxesse uma asil$a de regular taman$o e alguns gr%os de diferentes esp0cies. 4ecomendou,l$e o fa"uir "ue desfizesse# com duas pedras# a terra "ue s@ pudesse arrancar em torrões. 5ra &oa a recomendaç%o# uma ez "ue n%o pod!amos executar# dentro da casa# essa operaç%o# exigida pela dureza do material de "ue necessitáamos. Rm "uarto de $ora depois estaa o criado de olta com tudo o "ue fora fora pe pedi diddo e me ap apre ress sseei a despe espeddi,lo i,lo an ante tess "ue fala falassse co com m EoindasamT. Dei a este o aso c$eio da terra es&ran"uiçada# "ue $aia de estar saturada do licor leitoso "ue as carias segregam. 5le a desmanc$ou# lentam lentament ente# e# num pou pouco co d^águ d^água# a# murmu murmuran rando do mantra mantrans ns (conu (conuros ros mágicos) # cuas palaras n%o me c$egaram at0 os ouidos. Kuando ulgou "ue á estaa conenientemente preparada# pediu, me o gr%o "ue eu $aia escol$ido e alguns palmos de tela &ranca. pan$ei# ao acaso# uma semente de mamoeiroQ mas# antes de dar, l$e# pedi licença para marcá,la. 'aendo acedido# fiz um corte na pel!cula do gr%o e dei,l$e# untamente com alguns metros de musselina pr@pria para mos"uiteiro.
V
? Dentro em pouco dormirei o sono dos 5sp!ritos# disse,me EoindasamTQ ura "ue n%o me tocarás# nem no aso. Prometi,l$e. Plantou ent%o o gr%o na terra "ue $aia passado ao estado l!"uido# enterrou o &ast%o de sete n@s# s!m&olo da iniciaç%o# "ue nunca a&andonaa# na asil$a e estendeu so&re esta o pedaço de mussellina "ue eu l$e aca&ara de entregar. Depois de $aer ocultado assim o o&eto so&re o "ual ia operar# sentou,se no c$%o# estendeu as m%os $orizontalmente so&re o aparel$o e caiu# pouco a pouco# num estado de completa catalepsia. 'aia urado n%o o tocar e# a princ!pio# duidei de "ue fosse real a sua situaç%o. Culguei,a simulada# por0m# "uando i "ue transcorrera meia $ora e ele n%o fazia nen$um moimento# tie "ue me render < eid=ncia# pois nen$um $omem desperto# "ual"uer "ue sea a sua força# 0 capaz de manter# por dez minutos "ue sea# os &raços estendidos para a frente# $orizontalmente. $orizontalmente. 6ranscorreu uma $ora# sem "ue o menor moimento de m9sculos denotasse ida... Kuase inteiramente nu# o corpo luzidio e &runido pelo calor# os ol$os a&ertos a&ertos e im@eis# o fa"uir parecia parecia uma estátua de &ronze# numa atitude atitude de eocaç%o m!stica. Desde o primeiro momento# eu me colocara diante dele# mas n%o l$e pude suportar o ol$ar "ue# mesmo apagado# me parecia carregado de efl9ios magn0ticos... 5m dado instante# afigurou,se,me "ue tudo giraa em torno de mim# inclusie o fa"uir. Para escapar a essa alucinaç%o dos meus sentidos# produzida# sem d9ida# pela excessia tens%o dos meus ol$ares so&re um mesmo ponto# leantei,me e# sem perder de ista a EoindasamT# im@el como cadáer# fui sentar,me no extremo do terraço# fixando alternatiamente min$a atenç%o no rio e no fa"u fa"uir ir## pa para ra lir lirar ar,m ,mee du duma ma infl influ= u=nc ncia ia de dema masi siad adoo dire direta ta e prolongada.
UW
'aia duas $oras "ue eu esperaa e á o sol começaa a sumir,se no $orizonte# "uando um ligeiro suspiro me fez estremecer. - fa"uir oltara a si. Fez,me sinal para "ue me aproximasse e# leantando a musselina# me mostrou um ramin$o fresco e erde# de uns inte cent!metros de altura. (*). (L) Q No Ias das Sombras). Sombras). (N. do T.)
diin$ando o meu pensamento# enterrou os dedos na terra "ue# durante a operaç%o# $aia perdido "uase toda a sua umidade# e# reti retira rand ndoo cu cuid idad ados osam amen ente te a plan planti tin$ n$a# a# most mostro rou, u,me me## na pe pel! l!cu cula la aderida
U*
? 5nganas,te# replicou,me. s manifestações de "ue falas s%o fenô fenôme meno noss de tran transp spor orte te (app (appor orts ts)) de áro árore ress co com m frut frutos os## pe pelo loss 5sp!ritos. - "ue aca&as de er 0 uma erdadeira egetaç%o espont8neaQ nunca o fluido puro (acaso)# dirigido pelos Pitris# pôde produzir# num s@ dia# as tr=s fases de nascimento# floraç%o e frutificaç%o. proximaa,se a $ora das a&luções# isto 0# o pôr do solQ o fa"uir se apressou a deixar,me para oltar a experimentar comigo# pela 9ltima ez# ez#
U;
2++ %os misteriosas ? transportes de flores# coroas# etc. ? letras de fogo ? o espectro do &r8mane sacrificador ? o m9sico,fantasma o reler fragmentos das min$as notas de iagem# escritas no dia seguinte ao desta extraordinária sess%o# erifi"uei "ue as emoções da 0spera $aiam influ!do demasiado na redaç%o da narratia e "ue n%o me era poss!el reproduzi,las inteiro sem sair do papel de simples narrador "ue eu mesmo me impusera. - leitor curioso destes usos e práticas singulares poderá ac$á,los# com todos os detal$es# noutra o&ra /iagem ao Pa!s dos Fa"uires 5ncantadores. Deo limitar,me# como com relaç%o aos fenômenos anteriores# a apresentar# por assim dizer# uma singela ata dos fatos "ue presenciei na"uela surpreendente noite. _ $o $ora ra co com& m&in inad ada# a# Eo Eoi ind ndas asam amTT en entr tra aaa sile silenc ncio iosa same ment ntee em meus aposentos. ? - fa"uir# disse,l$e eu amistosamente# n%o parece fatigado pelos seus inte e um dias de oraç%o e eum. ? - corpo do fa"uir n%o se cansa nunca# 0 um escrao "ue s@ tem "ue o&edecer# respondeu,me sentenciosamente. sentenciosamente. ntes de entrar na min$a $a&itaç%o# depusera num dos degraus da escada um pe"ueno pedaço de tela c$amado +angutT# "ue compun$a# de ordiná ordinário rio## sua 9n 9nica ica estim estiment enta. a. 5ntrou 5ntrou## pois# pois# comple completam tament entee despido# tendo preso o &ast%o de &am&u de sete n@s numa longa mec$a dos ca&elos. ? Hada de impuro dee tocar o corpo do eocador# disse,me# se "uer conserar em toda a potencialidade sua força de comunicaç%o com os 5sp!ritos.
UA
Eada ez "ue ia um fa"uir neste estado# perguntaa a mim mesmo se n%o seriam iniciados desta ordem "ue os gregos aistaram nas margens do +ndo e aos "uais c$amaram Bpenitentes nusB. in$a alcoa daa para o terraço e dispus este e a"uela para as nossas experi=ncias# cerrando com cuidado todas as peças# "ue < primeira daam acesso# á "ue o terraço# $ermeticamente fec$ado# deido ao seu teto m@el e
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urras# coisa singular# se materializaam de certo modo# -utras se faziam mais luminosas. Rmas se tornaam opacas e proetaam som&ra de&aixo da luzQ outras tin$am tal transpar=ncia "ue permitiam se issem os o&etos colocados por detrás delas# Eontei at0 dezesseis m%os. Perguntei ao fa"uir se eu as podia tocar e# apenas $aia formulado o meu deseo# uma delas eio# reoluteando# estreitar a m%o "ue l$e eu estendia. 5ra pe"uena# delicada# fresca# como a de uma oem. ? - 5sp!rito está a"ui# disse EoindasamT. EoindasamT. inda "ue s@ sea is!el uma de suas m%os# podes falar,l$e# se "uiseres. Sorrindo# perguntei se o 5sp!rito# dono da"uela m%o encantadora# consentiria em deixar,me uma lem&rança. Eomo resposta# a m%o se desaneceu na min$a e se dirigiu para um ramo de fiares# arrancou dele um &ot%o de rosa# arroou,me aos p0s e desapareceu. (*U). Durante duas $oras# assisti uma cena capaz de causar ertigem. (+) /ma m"o peuena, de orma muito bela, elevou-se de uma mesa da sala de 9antar e deu-me uma lor@ apare#eu e desapare#eu por tr;s veBes, dando-me toda a a#ilidade de #onven#er-me ue ela era t"o real uanto a minha prRpria m"o. sso passou-se em plena luB, na minha prRpria sala, uando os p6s e as m"os do m6dium estava estavam m seguro seguross por mim. (Filli (Filliam am CrooPe CrooPess > =esear =esear#he #hess in to the Ihenomen Ihenomena a o Spiritualism). (N. do T.)
al uma m%o me acariciaa o rosto ou me a&anaa# outra deixaa cair uma c$ua de flores# ou traçaa no espaço# com letras de fogo# palaras "ue desapareciam desde "ue a 9ltima letra $aia sido escrita. /arias destas frases me c$amaram tanto a atenç%o# "ue as escrei# r
UO
Durante todo este tempo# fulgurantes rel8mpagos cruzaam os dois compartimentos. Pouco a pouco todas as m%os desapareceramQ a nuem donde pareciam &rotar tam&0m desapareceu gradualmente# < medida "ue as m%os se materializaam. Ho lugar em "ue se sumiu a 9ltima# ac$amos uma coroa de semp sempre re, ,i ias as amar amarel elas as## de pe pene netr tran ante te pe perf rfum ume# e# "u "uee os $ind $indus us empregam em todas as suas cerimônias. H%o procuro explicar os fatos... 4elato e deixo lire o campo a todas as suposições. - "ue posso afirmar 0 "ue as portas dos dois aposentos se ac$aam fec$ados# "ue as respectias c$aes estaam no meu &olso e "ue o fa"uir f a"uir n%o mudara de posiç%o. estes fenômenos sucederam outros# ainda mais surpreendentes. Pouco depois da desapariç%o das m%os# continuando o fa"uir com mais ardor as suas eocações# uma nuem# semel$ante < primeira# por0m dum matiz mais colorido e de maior opacidade# desceu at0 unto do &raseirin$o# &raseirin$o# "ue fora mantido constantemente constantemente aceso. Pouco a pouco# a nuem tomou forma $umana e distingui o espectro# n%o posso c$amá,lo de outro modo# dum el$o &r8mane sacrificador# aoel$ado ao lado do &raseirin$o. 6razia na fronte os signos consagrados a /ixinu e# ao redor do corpo# o tr!plice cord%o# sinal dos iniciados da casta dos sacerdotes. Rnia as m%os so&re a ca&eça e seus lá&ios se agitaam como se murm murmur uras asse se oraç oraçõe ões. s. 5m da dado do mome moment nto# o# co col$ l$eu eu um po pouc ucoo do perfumado p@ e o lançou no no &raseirin$oQ deia ser grande grande a dose# pois "ue espessa fumaceira enc$eu num instante os dois compartimentos. Kuando essa nuem se dissipou# perce&i o espectro# "ue# a dois passos de mim# me estendia a m%o descarnada. pertei,a e fi"uei surpreendido por ac$ar nela algo de ossudo# duro# "uente e io. (*V). () Heste e8ame resultou ue na m"o de atie n"o en#ontrei ossos@ ao notJ-lo, tornei a e8aminJ-la e, uando o observei a atie, ela respondeu rindo-seD QEspere um momentoQ. Ent"o passeou algum entre os presentes, depois do ue se apro8imou de mim, #olo#ou seu bra7o em minhas m"os e me #hamou a aten7"o aten7"o para sua m"o. 4aravilhoso?
U E8istiam ossos. (2istoria de las apari#iRnes de Qatie ingQ, por um adepto testemunho do Hr. 0eorges 2. Tapp), (N. do T.)
5s# realmente# perguntei em alta oz# um antigo $a&itante da terraL H%o $aia ainda terminado a pergunta# "uando a palara mY (SimY) aparecia e desaparecia em letras de fogo# so&re o peito do el$o &r8mane# por um efeito semel$ante ao "ue produziria esta palara escrita na o&scuridade# o&scuridade# com um pedaço de de f@sforo. ? H%o me deixarás nada como como recordaç%o da tua isitaL isitaL - 5sp!rito rompeu o tr!plice cord%o "ue l$e cingia os rins# deu,mo e se me desaneceu aos p0s. Culgaa terminada a sess%o e ia leantar uma das cortinas do terraço para renoar o ar do interior# "ue me sufocaa materialmente# "uando erifi"uei "ue o fa"uir n%o pensaa em a&andonar o seu posto e oui uma modulaç%o estran$a# executada num instrumento "ue me pareceu o $armonium de "ue nos $a!amos utilizado dois dias antes. 5ntretanto# isso n%o se me afiguraa poss!el# isto "ue# na 0spera# o Peis$wa mo $aia pedido e o retirara dos meus aposentos. -s sons# a princ!pio afastados# se aproximaram tanto# "ue pareciam proir dos compartimentos izin$os. Depois# foi como se proiessem da min$a alcoa... e i# deslizando ao longo da parede# o fantasma do m9sico do pagode a tirar de seu $armonium sons plangentes e mon@tonos# caracter!sticos da m9sica religiosa $indu. 6endo dado olta completa# < min$a alcoa e ao terraço# desapareceu e# no pr@prio lugar em "ue isto se erificou# ac$ei o instrumento de "ue se $aia ele serido. (;W). (M) /ma orma de antasma avan7ou do undo da sala, oi tomar um harmonium e depois desliBou pela rente de todos to#ando o instrumento. instrumento. Essa orma oi visvel a todas as pessoas presentes, ao mesmo tempo em ue era visto o Sr. 2ome. : antasma apro8i apro8imou mou-se -se de uma dama ue se a#hava a#hava sentada sentada a alguma alguma distn#i distn#ia a dos outros outros assistentes@ esta deu um peueno grito e em seguida a sombra desapare#eu. (Filliam CrooPes, obra #itada). (N. do T )
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5ra realmente o $armonium do raá. s postas estaam $ermeticamente fec$adas e as c$aes no meu &olso. 7eantou,se ent%o EoindasamTQ o suor l$e &an$aa o corpo. coitado estaa esgotado de forças e ia pôr,se a camin$o dentro de algumas $oras... ? -&rigado# mala&ar# disse,l$e eu# c$amando,o pelo nome "ue l$e enc$ia o coraç%o de 9&ilo# por"ue recordaa o seu pa!s. Kue a"uele "ue possui os tr=s poderes misteriosos (a trindade &ram8nica) te protea no teu trato para o doce pa!s do Sul e eas# ao c$egar# "ue a alegria e a felicidade reinaram em tua ca&ana durante a tua aus=ncia. 5sta enfática maneira de falar 0 de regra corrente na Índia# entre os "ue %o separar,se e eu teria ofendido o fa"uir# se empregasse termos mais ais simp imples les# o "u "uee pa para ra ele# le# teri teriaa sid sido sinal inal de indi indife fere rennça. ça. 4espondeu,me no mesmo tom# ainda com mais exagero e# depois de ter aceitado# sem o ol$ar# e de me agradecer# o presente "ue ofereci# me dirigiu# melancolicamente# o seu 9ltimo solam e desapareceu sem ru!do por detrás do tapete "ue ocultaa a porta do meu aposento. E$amei# ato cont!nuo# o meu criado e o fiz leantar todas as cortinas do terraço# para dar lire entrada ao ar puro da man$%. 5mpa 5mpali lide deci ciaa a no noit iteQ eQ as on onda dass do 3a 3ang nges es rola rolaa am# m# arg= arg=nt ntea eass e silenciosas# e# ao longe uma ligeira lin$a ermel$a anunciaa o pr@ximo nascer do sol. sol. Perce&endo no rio um ponto negro "ue parecia dirigir,se para a margem oposta < de >enar0s# focalizei,o com um &in@culo era o fa"uir "ue# fiel < sua promessa# atraessaa o 3anges para tomar o camin$o de 6rianderam. +a reer o seu oceano de ondas azuis# os seus co"ueiros# a sua ca&ana "ue nunca olidaa. Dormi algumas $oras numa maca e# "uando despertei e recordei as cenas "ue se $aiam desenrolado diante dos meus ol$os# pareceu,me ter sido oguete duma alucinaç%o.
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Sem em&argo# o $armonium estaa ali e me era imposs!el afirmar "ue algu0m o tin$a ali postoQ as flores atapetaam o c$%o do terraçoQ a coroa de sempre,ias estaa so&re um di% e as palaras "ue eu $aia escrito# ao elas# o tin$am desaparecido do meu carn=...
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2+++ - fantasma de :arli proxi pro xima mada dame ment ntee "u "uat atro ro an anos os de depo pois is## atra atrae ess ssei ei adr adras asta ta## >ellaT e >edapur# na pro!ncia de runga&ad# para isitar o templo su&terr8neo de :arli. 5stas c0le&res criptas# tal$adas na roc$a ia# est%o situadas no per!metro das colinas do pa!s márata# donde se eleam os demais monu monume ment ntos os de dest staa clas classe se "u "uee po poss ssui ui a Índi Índia a 5llo 5llora ra## 5lep 5lepra rant nta# a# 4osa$# etc. Segundo 5. 4o&erts# estas colinas terminadas todas por astas planuras# estaam antigamente guarnecidas de fortalezas# "ue faziam da"uele lugar uma tem!el lin$a de defesa# ante a "ual ára&es e muçulmanos se detieram durante cinco s0culos. 6odaia# =em,se ru!nas de cidadelas no camin$o escarpado "ue se tem de seguir para c$egar a :arli. entrada para os su&terr8neos de :arli está situada numa altura aproximada de trezentos p0s da &ase da colina e n%o 0 acess!el sen%o por uma estrada esca&rosa e escorregadia "ue antes parece o leito duma corrente do "ue um camin$o praticáel. Eond Eo nduz uz este este cami camin$ n$oo a um terr terraç açoo ou plat plataf afor orma ma## em parte arte artificial# tal$ada na roc$a e constru!da com fragmentos roc$osos extra!dos do interior. 6em uns cem p0s de largura e forma um átrio digno da magnific=ncia do templo. _ es"uerda da entrada# ac$a,se uma coluna maciça so&re cuo capital se alçam tr=s leões "ue a aç%o do tempo desgastou. coluna está co&erta de inscrições indecifráeis. o penetrar no interior# ac$ei,me no um&ral dum imenso est!&ulo# co&erto em todo o seu comprimento# uns sessenta passos# de ara&escos e esculturas de $omens e animais. 5m cada lado da
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entrada# encontram,se tr=s elefantes de dimensões colossais# leando no dorso os seus condutoresQ so&re a espalda o artista descon$ecido graou com erdadeira maestria uma multid%o de personagens. a&@&ada está sustentada por duas fileiras de pilaresQ cada um dos "uais termina num elefante "ue lea so&re o lom&o um $omem e uma mul$er "ue parecem oprimidos pelo enorme peso "ue suportam. - lugar 0 imponente# por0m l9gu&reQ apenas pude guiar,me na o&scuridade. 5sta enorme cripta su&terr8nea 0 um c0le&re ponto de peregrinaç%o e n%o 0 raro ac$arem,se nela grande n9mero de fa"uires# c$egados de todas as partes da Índia# a fim de permanecerem alguns dias em oraç%o na coa das eocações. -utros se esta&elecem nas imediações do templo# macerando os corpos e n%o iendo mais do "ue numa contemplaç%o a&soluta. Sentados dias e noites unto a fogueiras c$ameantes "ue os fi0is conseram# com uma enda so&re a &oca para "ue n%o penetre nela nada de impuro# n%o comendo sen%o alguns gr%os de arroz cozido# umedecidos na água filtrada atra0s dum lenço# c$egam pouco a pouco a tal estado de magreza# "ue apenas t=m apar=ncia de idaQ as faculdades se de&ilitam com rapidez e muito antes de morrer# por meio meio de dest stee prol prolon onga gado do suic suic!d !dio io## se ac$a ac$am m ex exte tenu nuad ados os## f!si f!sica ca e intelectualmente. 6odos os fa"uires "ue deseam alcançar as transformações mais eleadas nos mundos superiores deem su&meter,se a estes $orr!eis supl!cios. ostraram,me um c$egado $aia poucos meses do ca&o atiar mais a decomposiç%o dos seus @rg%os "ue $aiam c$egado á a um estado "uase completo de insensi&ilidade. Kual n%o foi a min$a surpresa "uando# por uma larga cicatriz "ue l$e marcara profundamente toda a parte superior do cr8nio# pareceu, me recon$ecer nele o fa"uir de 6rianderam.
V*
proximei,me dele e# na"uela formosa l!ngua do Sul# "ue tanto amaa# perguntei,l$e se se recordaa do franguT de >enar0s. Rm isl islum um&r &ree ilum ilumin inou ou po porr um inst instan ante te a" a"ue uele less ol$o ol$oss "u "uas asee apagados e o oui murmurar estas duas palaras s8nscritas "ue eu $aia lido em letras fosforescentes na noite da nossa 9ltima sess%o DiTapur gatwá (6omei um corpo flu!dico). 5ste foi o 9nico sinal de atenç%o "ue dele pude o&ter. -s $indus dos arredores n%o o con$eciam sen%o pelo nome de :arli SalTa# o cadáer# o fantasma de 2arli. ssim# na decrepitude e na im&ecilidade# aca&am os m0diuns $indus.
F,M