FATIN - FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES
SANDRO GERALDO GOMES NOGUEIRA
O TERRORISMO NO CENÁRIO MUNDIAL
Orientador: Benedito Messias dos Santos
Brasília - DF 2010
FATIN - FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES
O TERRORISMO NO CENÁRIO MUNDIAL
Monografia apresentada à Fatin - Faculdade de Teologia Integrada como requisito parcial à conclusão do curso de Pós- Graduação em Ciências das Religiões. Orientador: Prof. Dr. Benedito Messias dos Santos
Brasília – DF 2010
SANDRO GERALDO GOMES NOGUEIRA
O TERRORISMO NO CENÁRIO MUNDIAL
Monografia aprovada em___/___/___ para obtenção do Título de Especialista em Ciências das Religiões.
____________________________________________ Orientador: Prof. Dr. Benedito Messias dos Santos
Banca Examinadora:
______________________________________
Prof. Dr. Benedito Messias dos Santos
______________________________________
Prof. Izidro Milton G. de Oliveira
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho acadêmico a Deus que me amou e me escolheu antes da fundação do mundo, e enviou seu filho Jesus Cristo para me salvar e me perdoar de todos os meus pecados. A Ele a Honra, a Glória e o Louvor pelos séculos dos séculos amém. Também a todos aqueles que, de forma direta ou indireta, sejam beneficiados pelo conhecimento do assunto aqui explanado.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois Ele é Dono de tudo e tudo se concretiza pelo seu decreto e vontade, e em segundo lugar à minha amada e eterna esposa, Márcia Neire A. P. Gomes, que tanto me ajudou nas pesquisas e muito me apoiou para realização desta obra.
EPÍGRAFE
Aparta-te do mal,e pratica o que é bom; procura a paz, e empenha-te por alcançá-la. (Salmos 34: 14.) Porque Dele, e por por meio Dele, e para Ele são são todas as cousas. A Ele pois, a Glória eternamente. Amém. (Romanos 11: 36). Bíblia Sagrada. (Edição Revista e Atualizada no Brasil da Sociedade Bíblica do Brasil)
RESUMO
O Presente estudo sugere a reflexão sobre as temáticas: terrorismo, paz, e política no cenário mundial. Através de palavras simples, porém com muita objetividade, faz uma abordagem acerca do que é terrorismo, apresentando de forma resumida os principais grupos Terroristas e Separatistas Rebeldes no atual cenário político, e fazendo também um estudo aprofundado sobre Armas Nucleares e fundamentalismo Religioso. Ideologias que veem crescendo atualmente de forma alarmante e têm se destacado pela sua forma de agir e, até mesmo, de matar em nome de Deus. Para tal, foi compilada uma base de dados sobre os artigos que, na imprensa, se reportaram a acontecimentos associados à religião, bem como uma análise à caracterização deste mal social e brutal. Longe de ser um tratado teológico sobre conflitos religiosos religiosos e profecias bíblicas, nesta nesta monografia, monografia, é feita feita uma abordagem do tema proposto somente do ponto de vista acadêmico e secular, visando informar aos leitores, agregando-lhes conhecimento. Não é um estudo bíblico escatológico, pois são oferecidos muitos esclarecimentos, de fatos sobre atentados, guerrilhas, revoluções, guerras, e catástrofes bélicas mundiais ao longo dos anos, pois frequentemente, várias religiões surgem associadas às notícias alusivas alusivas à guerra ou à política. Concomitantemente a tais eventos, em meio televisivo, em horários nobres, obras de ficção como novelas, representavam os principais conceitos religiosos, hábitos e costumes dos povos povos muçulmanos muçulmanos por meio de personagens, estética, filosofia e espiritualidade fascinantes.
Palavras Chaves: Terrorismo, Violência, Paz, Grupos Separatistas, Armas Nucleares e Fundamentalismo Religioso.
LISTA DE ABREVIATURAS
BOMBA – A
Bomba Atômica
BOMBA – H
Bomba de Hidrogênio
CDPs
Centro de Detenção Provisória
CIA
Central Intelligence Agency
ETA
Euskadi Ta Askatasuna (Pátria Baska e Liberdade)
EUA
Estados Unidos da América
FARC
Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia
FARC – EP
Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia - Exército do Povo
FBI
Federal Bureau of Investigation
IRA
Irish Republican Army, (Exército Republicano Irlandês)
KKK
Ku Klux Klan
LGB
Laser Guided Bomb
NSA
National Security Agency
OLP
Organização pela Libertação da Palestina
ONU
Organização das Nações Unidas
PCC
Primeiro Comando da Capital
SL
Sendero Luminoso (caminho iluminado)
TNT
Trinitrotolueno
SUMÁRIO INTRODUÇÃO...........................................................................................................09 INTRODUÇÃO...........................................................................................................09 CAPÍTULO I ..............................................................................................................10 DEFINIÇÃO DE TERRORISMO............................................ TERRORISMO................................................................................10 ....................................10 1.1. O Terrorismo como Mecanismo Mecanismo de Opressão................................................10 Opressão................................................10 1.2.
Conceito de Terrorismo na Pós – Modernidade..............................................11
1.3.
Terrorismo Indistinto............................................................ Indistinto........................................................................................11 ............................11
1.4.
Terrorismo Seleto........................................................................... Seleto............................................................................................11 .................11
1.5.
A expressão expressão Terrorismo de Estado.................................................................12 Estado.................................................................12
1.6.
Departamentos Departamentos de Inteligência e defesa dos E. U. A..................................... A......................................12
CAPÍTULO II..............................................................................................................15 II..............................................................................................................15 BOMBAS E ARMAS NUCLEARES........................................................................... NUCLEARES............................................................................15 2.1. Definição Definição de Bomba................................................................. Bomba........................................................................................15 .......................15 2.2.
Bomba de hidrogênio ou bomba – H...............................................................15
2.3.
Bomba Atômica ou Bomba – A.......................................................................16
2.4.
Tipos de Armas Nucleares.......................................... Nucleares............................................................................. ....................................17
2.5.
Bombas de Fissão Nuclear........................................................ Nuclear.............................................................................17 .....................17
2.6.
Bombas de Fusão Nuclear............................................................. Nuclear............................................................................. .................17
2.7.
Bombas Sujas...................................................................... Sujas.................................................................................................18 ...........................18
2.8.
Bombas de nêutrons........................................................ nêutrons.......................................................................................19 ...............................19
2.9.
Efeitos das Bombas................................................................ Bombas........................................................................................19 ........................19
2.10. Bomba guiada por laser.............................. laser..................................................................................2 ....................................................200 2.11. TNT Explosivo................................................................................................20 CAPÍTULO III.............................................................................................................21 III.............................................................................................................21 GRUPOS SEPARATISTAS OU REBELDES MAIS PROEMINENTES NO CENÁRIO .21 MUNDIAL..................................................................... MUNDIAL................................................................................................................... .............................................. 3.1. Hezbollah..........................................................................................................21 3.1.1. Processo de Desenvolvim Desenvolvimento ento do Hezbollah..................................................2 Hezbollah..................................................211 3.1.2. Atuação do Hezbollah....... Hezbollah...................................................... ..............................................................................22 ...............................22 3.2.
Fatah...............................................................................................................24
3.2.1. Eleições do Fatah Fatah em 2006............................................................... 2006........................................................................... ..............24
3.3.
Hamas.............................................................................................................24
3.3.1. Eleições do Hamas Hamas na Palestina............................... Palestina....................................................................26 .....................................26 3.3.2. Formação do do governo no Hamas.............................. Hamas................................................................... ......................................26 3.3.3. Povoamentos Povoamentos atacados em Israel Israel pelo Hamas............................................. Hamas.................................................26 3.4.
Forças Armadas Revolucionárias Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP)..........................26 (FARC-EP)..........................26
3.5.
Sendero Luminoso............................................... Luminoso..........................................................................................27 ...........................................27
3.5.1. História do Sendero Sendero Luminoso........................................ Luminoso........................................................................28 ................................28 3.6.
Primeiro Comando da Capital (PCC)............................................................. (PCC)..............................................................29
3.6.1. História da Evolução Evolução do PCC....................................................... PCC.........................................................................29 ..................29 3.6.2. Código de Ética do PCC...................................... PCC................................................................................30 ..........................................30 3.6.3. Ataques do PCC........................................................ PCC.............................................................................................32 .....................................32 3.7.
Euskadi Ta Askatasuna Askatasuna (ETA)................................. (ETA)........................................................................33 .......................................33
3.7.1. O ETA e a Ditadura de Franco Franco na Espanha......................... Espanha...................................................34 ..........................34 3.7.2. Histórico da Violência Violência Continuada.................... Continuada..................................................................34 ..............................................34 3.7.3. Um Novo Governo e a Esperança Esperança de um Novo Tempo.................................34 Tempo.................................34 3.7.4. Novas Negociações Negociações para o Fim da Violência...................................... Violência.................................................35 ...........35 3.7.5. O Retorno da da Violência............................................ Violência.................................................................................. .......................................35 3.7.6. ETA Tem os Políticos Políticos Como Principais Principais Alvos................................................36 Alvos................................................36 3.8.
Exército Republicano Republicano Irlandês (IRA).................................... (IRA)...............................................................37 ...........................37
3.9.
Ku Klux Klan.................................................................................. Klan....................................................................................................38 ..................38
3.9.1. Wasp.............................................................................................................38 3.9.2. Represália Represália Tardia..................................................................... Tardia............................................................................................39 .......................39 3.10. Organização Organização para para a Libertação da Palestina Palestina (OLP).......................................40 (OLP).......................................40 CAPÍTULO IV.............................................................................................................42 IV.............................................................................................................42 A HISTÓRIA DA AL QAEDA........................................................................ QAEDA......................................................................................42 ..............42 4.1.
Definição Definição de Al Qaeda............................................................................... Qaeda.....................................................................................42 ......42
4.1.2. Visão Geral da Al Qaeda............................................................... Qaeda.................................................................................43 ..................43 4.1.3. Fronteiras do Oriente Oriente Médio............................................................................44 Médio............................................................................44 4.1.4. Designação Designação de Califa......................................................................................45 Califa......................................................................................45 4.1.5. Lista de Califas............................................................ Califas................................................................................................46 ....................................46 4.1.6. Principais Dinastias........................... Dinastias.........................................................................................4 ..............................................................466
4.1.7. A Hierarquia Hierarquia de Comando da da Al Qaeda.........................................................47 Qaeda.........................................................47 4.1.8. O que é um Emir?............................................................................................47 Emir?............................................................................................47 4.1.9. Estruturas Organizacionais Organizacionais Terroristas Desconhecida Desconhecidas.................................49 s.................................49 4.1.10. Organograma Organograma da Al Qaeda........................................................................ Qaeda..........................................................................49 ..49 4.1.11.Início 4.1.11.Início das Operações Militares Contra Civis...................................................50 4.1.12.O Terror do 11 de Setembro de 2001.............................................................50 2001.............................................................50 4.1.13.A Importância Importância do Iraque nas Atividades....................... Atividades.........................................................51 ..................................51 4.1.14.Incidentes 4.1.14.Incidentes Atribuídos à Al Qaeda................................................................. Qaeda....................................................................52 ...52 4.1.15.Outros Atentados Atentados da Al Qaeda e seus Aliados...............................................53 Aliados...............................................53 4.1.16.As Finanças da Organização Organização Al Qaeda.............................................. Qaeda.........................................................55 ...........55 CAPÍTULO V.............................................................................................................56 V.............................................................................................................56 OSAMA BIN LADEN E O REGIME TALIBÃ..............................................................56 TALIBÃ..............................................................56 5.1.
Quem é Osama Bin Laden?....................................... Laden?......................................................... .................................. .................56
5.2.
O Regime Talibã............................................................................. Talibã.............................................................................................57 ................57
5.3.
Cultura do Talibã......................................................................... Talibã.............................................................................................57 ....................57
5.4.
A Ditadura do Governo Fundamentalista Fundamentalista Talibã.............................................57 Talibã.............................................57
5.5.
As Leis Islâmicas...................................................... Islâmicas.............................................................................................58 .......................................58
5.6.
O Ópio.................................................................................... Ópio.............................................................................................................58 .........................58
5.7. Mulheres..........................................................................................................59 5.8.
Outras Religiões....................................................... Religiões..............................................................................................59 .......................................59
5.9.
Relacionamento com Osama Bin Laden.........................................................59
.60 CAPÍTULO VI............................................................................................................ VI............................................................................................................
A HISTÓRIA DA JIHAD AFEGÃ..................................................................... AFEGÃ................................................................................60 ...........60 6.1.
Definição Definição de Jihad......................................................................... Jihad...........................................................................................60 ..................60
6.2.
Jihad Afegã.......................................................................... Afegã.....................................................................................................61 ...........................61
6.3.
Ultrapassando Ultrapassando os limites do Afeganistão.................................................... Afeganistão....................................................... ....62
6.4.
Guerra do Golfo: o início da inimizade com os E.U.A.................................... E.U.A.....................................62
6.5.
Sudão..............................................................................................................63
6.6.
Bósnia..............................................................................................................63
CONCLUSÃO............................................................................................................66 CONCLUSÃO............................................................................................................66 BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................68 BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................68
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INTRODUÇÃO Nos últimos 50 anos da história mundial, milhares de atentados terroristas estão marcando a vida e a mente de inúmeras pessoas em várias nações espalhadas pelo mundo afora, fazendo com que tais fatos dominem as manchetes diárias da imprensa mundial, chamando a atenção da opinião pública de todo o mundo. Quem já não ouviu falar nos trágicos ataques sangrentos dos homicidas bombas de Yasser Arafat ou em antissemitismo, guerra santa, racismo, carros bomba e tantas outras nomenclaturas que em nada há de pacíficas em seus acrônimos e, para piorar, tentam justificar o injustificável, através da violência e da matança indiscriminada de civis inocentes, matam em nome de nações, reinos, partidos políticos, religiões e até mesmo em nome de Deus, como se fossem detentores da verdade absoluta. O terror destes grupos maléficos está destruindo famílias inteiras, que nem mesmo sabem por que morreram. Todos esses acontecimentos espalhados pelo mundo nos últimos tempos agitaram e abalaram a todos por onde o terrorismo passa, e deixam uma pergunta no ar, que a humanidade está se fazendo: fazendo: QUE FIM TERÁ TODAS ESTAS GRANDIOSAS TURBULÊNCIAS POLÍTICO MILITARES?, Sabemos que todos estes fatos recentes só estão aumentando ainda mais a ira entre as nações, e tais eventos isolados são apenas fragmentos da história atual, mas ao juntarmos todos eles, formamos o panorama do real abismo futuro para o qual o mundo se encaminha, em uma escalada sem fim, até que se manifeste o PRÍNCIPE DA PAZ e SENHOR DO UNIVERSO . (Isaías 9.6).
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CAPÍTULO I DEFINIÇÃO DE TERRORISMO Uma das definições mais famosas sobre o assunto terrorismo foi dada por Yasser Arafat, líder palestino da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em um dos seus discursos em novembro de 1974, na Assembleia Geral da ONU: ONU : A diferença entre revolucionário e terrorista está no motivo pelo qual um deles luta. Isso porque quem quer que assuma posição por uma causa justa e batalhe pela liberdade e pela libertação de sua terra do jugo de invasores, assentadores e colonizadores, não pode de modo algum ser chamado de terrorista. (Terrorismo, um Retrato , de David J. Whittaker, Biblioteca do Exército,
2005. pgs 18 a 39).
As definições abaixo comprovam que não há uniformidade sobre terrorismo, nem mesmo entre os órgãos de Inteligência e de Segurança de um mesmo país: contra pessoas ou propriedades para intimidar ou coagir um governo, uma população civil, ou qualquer segmento dela, em apoio a objetivos políticos ou sociais ” (FBI);¹ “O uso ilegal da força ou violência
“O calculado uso da violência ou da ameaça de sua utilização para inculcar
medo, com a intenção de coagir ou intimidar governos ou sociedades, a fim
de conseguir objetivos, geralmente políticos, religiosos ou ideológicos”
(Departamento de Defesa dos EUA);²
“Violência premeditada e politicamente motivada perpetrada contra alvos
não combatentes por grupos sub-nacionais ou agentes clandestinos, normalmente com a intenção de influenciar uma audiência” (Departamento de Estado dos EUA).³ 1,2,3. (Terrorismo, um Retrato, de David J. Whittaker, Biblioteca do Exército, 2005. pgs 18 a 39).
1.1. O Terrorismo como Mecanismo de Opressão. Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, por indivíduos, ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida, para obter interesses egoístas ou próprios. Entende-se, no entanto, que uma dada ordem pública também possa ser terrorista na medida em que faça uso dos mesmos meios, a violência, para atingir seus fins. A guerra orquestrada pelas guerrilhas é frequentemente associada ao terrorismo, uma vez que dispõe de um pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para combater forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre minimizar os danos causados a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma
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tática militar quanto menos uma forma de terrorismo. Segundo o entendimento do escritor Bruce Hoffman , em 1998, que, usando pejorativamente, o termo terrorista, é com frequência confundido com a guerra de guerrilhas ou com a criminalidade, até por presidentes de Estados.
1.2. Conceito de Terrorismo na Pós – Modernidade. Coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação "A Condição Pós-Modern a‟‟ a‟‟ (1979), a expansão do uso do conceito de Pós – Modernidade, com o advento e crescimento do capitalismo exacerbado e os interesses egoístas das grandes nações, cresce a cada dia mais o ódio e a violência. Tendo em vista as destrutíveis ações terroristas dos últimos anos, vemos, a cada ano, o terrorismo ganhar significados variados e polivalentes. O grande fluxo de informações e/ou imagens geradas por esse tipo de comportamento, abre portas para uma grande influência na construção desses significados e chama a atenção de todas as autoridades mundiais.
1.3. Terrorismo Indistinto: Entendemos por Terrorismo Indistinto todas as formas de ações que se destinam a causar dano a um agente indefinido ou irrelevante sem acepção de povo, língua ou nação. Não existe um alvo estabelecido previamente, este tem como principal alvo a propagação do medo geral na população, até mesmo por vias psicológicas, tem por fim cansar o alvo, que por sua vez, na sua maioria são civis inocentes, o terror tenta vencer por um sentimento geral de instabilidade. Exemplos: A colocação de bombas em lugares movimentados tais como: Supermercados, cafés, parques de estacionamento, metrôs, aeroportos, estações rodoviárias e até mesmo em aviões.
1.4. Terrorismo Seleto: O Terrorismo Seleto recebe esta nomenclatura, porque sua finalidade maior é atingir diretamente um indivíduo de grande representatividade, querendo obter um
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benefício Próprio. Seleto significa que fixa o olhar em um alvo reduzido, limitado, específico e conhecido antes de efetuar o ato. Sua mira está focada na chantagem, vingança ou eliminação de um obstáculo. Considera-se terrorismo porque tem efeitos camuflados, e efeitos políticos, que pretendem pôr em causa uma determinada ordem ideológica. Exemplo: No caso do Brasil o PCC (Primeiro Comando da Capital), atacando ruas, Departamentos de Polícia, Transporte Coletivo e Agências Bancárias, originando na cidade de São Paulo ou em outras capitais do nosso país um sentimento de medo e insegurança. Em outros países do mundo temos a Brigada dos Mártires Al Aqsa, Grupo Combatente Islâmico Marroquino, Frente de Libertação Islâmica, Ku Klux Klan, ETA, Al Qaeda, IRA, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Exército de Libertação Nacional na Colômbia, Separatistas Chechenos e o Hezbollah, que por vezes aplicam este terrorismo como forma de obterem respeito perante a sociedade ou o mundo.
1.5. A expressão Terrorismo de Estado. A expressão terrorismo de Estado foi forjada pela URSS no quadro da Guerra Fria para designar a Operação Condor que foi uma estratégia de repressão comum aos governos autoritários da América do Sul dos anos 1970, idealizada e apoiada pelos Estados Unidos da América, para o enfrentamento dos movimentos de extrema esquerda, notadamente no Brasil no Chile e na Argentina. A expressão passou a ser comumente usada em denúncias das práticas massivas, pelos serviços secretos, por assassinatos, torturas, censura aos meios de comunicação e exercício, enfim de uma série de violências similares aos empregados no terrorismo.
1.6. Departamentos Departame ntos de Inteligência e Defesa dos E.U.A. Conforme definição do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, terrorismo é um tipo muito específico de violência, apesar de o termo ser usado para definir outros tipos de violência considerados inaceitáveis. Ações terroristas típicas incluem assassinatos, sequestros, explosões de bombas, matanças indiscriminadas,
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raptos, linchamentos. É uma estratégia política e não militar, e é levada a cabo por grupos que não são fortes o suficiente para efetuar ataques abertos, sendo utilizada em época de paz, conflito e guerra. A intenção mais comum do terrorismo é causar um estado de medo na população ou em setores específicos da população, com o objetivo de provocar num inimigo (ou seu governo) uma mudança de comportamento. Atos terroristas clássicos incluem os ataques de 11 de Setembro de 2001 quando foram destruídas as torres gêmeas em Nova Iorque, assim como ataques a bomba na Irlanda do Norte e Oklahoma. As mais famosas organizações terroristas do século XX foram as Brigadas Vermelhas na Itália, O IRA (Exército Republicano Irlandês), a OLP (Organização pela Libertação da Palestina), a Ku Klux Klan, a Jihad Islâmica, Abu Nidhal, a Al Qaeda e o ETA. Terrorismo é algo extremamente difícil de se controlar ou prevenir, especialmente quando seus membros estão dispostos a correr risco de morte no processo, mas é uma ofensa criminosa em praticamente todos os códigos legais do mundo. Como está relatado nas Convenções de Praga de 1907 e de Genebra de 1949. Alguns governos têm ou tiveram ligações comprovadas com grupos terroristas, que incluem financiamento ou apoio logístico, como o fornecimento de armas e explosivos e de locais de abrigo e treino. São os casos, entre outros, do Iêmen, da Líbia, e dos países que apoiaram o regime Talibã no Afeganistão, mas também dos próprios Estados Unidos da América e outros países ocidentais. Semelhante nos efeitos, mas em geral bastante diferente nos métodos, a repressão política em estados ditatoriais é por vezes associada ao terrorismo, apontando-se para situações como o holocausto na Alemanha nazi, a repressão stalinista na União Soviética, a China de Mao, o Japão, o genocídio armênio na Turquia, a ditadura de Pinochet no Chile, o regime de Pol Pot no Camboja, a ocupação indonésia em Timor Leste, etc. Terrorismo tem sido registrado na História pelo menos desde a época dos antigos gregos. Antes do século XIX, os terroristas poupavam os inocentes não envolvidos no conflito. Por exemplo, na Rússia, quando os radicais tentavam depor, o Czar Alexandre II, os insurgentes cancelaram várias ações porque iriam ferir mulheres, crianças, velhos ou outros inocentes. Nos últimos dois séculos, entretanto, enquanto os estados foram ficando cada
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vez mais burocratizados, a morte de apenas um líder político não causava as mudanças políticas desejadas, de modo que os terroristas passaram a usar métodos mais indiretos de causar ansiedade e perda de confiança no governo. O terrorismo atual cresce a cada dia, entre os alienados devido ao impacto psicológico que ele gera no público, graças à extensa cobertura que a imprensa pode dar. Terrorismo é frequentemente o último recurso dos desesperados, e pode ser usado por grandes ou pequenas organizações. Historicamente, grupos lançam mão do terrorismo quando eles acreditam que os métodos mais pacíficos, como protestos, sensibilização do público, ou declaração de estado de guerra não trazem esperança de sucesso. Isso sugere que talvez uma maneira eficaz de combater o terrorismo seja garantir que em qualquer caso em que a população se sinta oprimida, permaneça aberta uma via para garantir-lhe alguma atenção, mesmo que essa população seja uma minoria em opinião. Outra razão para o engajamento no terrorismo é uma tentativa de consolidar ou ganhar poder através da inoculação do medo na população a ser controlada, ou estimular outro grupo a se tornar um inimigo feroz, impondo uma dinâmica polarizada de “eles contra nós”. Uma terceira razão para passar ao terrorismo é desmoralizar e paralisar o inimigo pelo medo; isso às vezes funciona, mas outras vezes endurece a posição do inimigo. Frequentemente, um pequeno grupo engajado em atividades terroristas pode ser caracterizado por várias dessas razões. Em geral ações contra terroristas podem resultar em escaladas de outras ações de vingança; entretanto, é sabido que, se as consequências de atos terroristas não são punidas, torna-se difícil a existência de outros grupos de terroristas. O terrorismo depende fortemente da surpresa e é frequente que ocorra quando e onde é menos esperado. Ataques terroristas podem desencadear transições súbitas para conflito ou guerra. Não é incomum que, depois de um ataque terrorista, vários grupos não relacionados reivindiquem a responsabilidade pela ação; isto pode ser visto como "publicidade grátis" para os objetivos ou planos da organização. Devido à sua natureza anônima e, frequentemente, auto sacrificial, não é incomum que as razões para o atentado permaneçam desconhecidas por um período considerável de tempo.
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CAPÍTULO II BOMBAS E ARMAS NUCLEARES. 2.1. Definição de Bomba. Bomba é um dispositivo bélico, geralmente algum tipo de invólucro com material explosivo dentro, projetado para causar destruição quando ativado, pois a explosão da bomba pode ser controlada, geralmente por um relógio, um controle remoto ou algum tipo de sensor, geralmente pressão (altitude), radar ou contato, a palavra vem do grego “bombos”, um termo onomatopeico com um significado semelhante a "bum" em português.
2.2. Bomba de hidrogênio ou bomba – H. A explosão de uma bomba atômica consegue facilmente arrasar uma grande cidade. Temos como exemplo a cidade de Hiroshima no Japão, que após a explosão da primeira bomba atômica, em finais da segunda guerra mundial, foi totalmente destruída. Em 2006, Em 2006, a população da cidade era de 1 154 391 habitantes, enquanto a população da região metropolitana era estimada em 2 043 788 habitantes em 2000. A área total da cidade é de 905,08 km², e a densidade demográfica de demográfica de 1275.4 hab/km², hab/km², a população por volta de 1910 de 1910 era era de 143 000 habitantes. Antes da Segunda Guerra Mundial, a população de Hiroshima tinha crescido para 360 000, e atingiu 419 182 em 1942. Após a bomba atômica em 1945, a população caiu para 137 197 habitantes. Em 1995, a população da cidade retornou ao nível pré-guerra. 2006 Statistical Profile. The City of Hiroshima. Arquivado do original do original em em 2008-02-06. Página visitada em 29- 10 - 2010.
A primeira arma termonuclear, ou bomba de hidrogênio, designação adaptada, explodiu durante uma experiência feita pelos Estados Unidos da América em 1952. Detonou com uma força de dez megatons, igual à explosão de dez milhões de toneladas de TNT ou forte explosivo convencional. A potência desta terrível arma mostrou ser 750 vezes superior a das primeiras bombas atômicas e suficiente para
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arrasar qualquer grande cidade. Na bomba de hidrogênio, hidrogênio, um disparador de bomba atômica inicia uma reação de fusão nuclear num composto químico de deutério e trítio, produzindo instantaneamente o hélio-4, que, por sua vez, reage com o deutério. Porém, os cientistas militares foram mais além, no que diz respeito ao poder destrutivo da bomba, envolvendo-a em urânio natural. Os poderosos nêutrons libertos pela fusão causam depois uma explosão por fissão nuclear no invólucro de urânio. A Fusão nuclear também ocorre no Sol, e na maioria das estrelas, onde são encontradas temperaturas de 1.000.000 a 10.000.000ºC. Em 1961, a Rússia experimentou a bomba mais poderosa até então concebida, à qual foi atribuída uma força de 50 megatons. Até os dias de hoje, início do século XXI, ainda não é possível controlar a reação de fusão nuclear para aplicações pacíficas, como já é realizado como a fissão nuclear. Um dos fatores que pesam contra o seu uso é a falta de uma maneira para se controlar temperaturas altíssimas (cerca de "pequenos" 100 milhões de graus Celsius).
2.4. Bomba Atômica ou Bomba – A. A nuvem em forma de cogumelo deixada pela bomba atômica que explodiu em Hiroshima, Japão, em 6 de agosto de 1945, atingiu 18 km de altura. Uma bomba atômica é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso - uma única bomba é capaz de destruir inteiramente uma cidade grande. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra, pelos Estados Unidos contra o Japão nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países. Muitos confundem o termo genérico "bomba atômica" com um aparato de fissão, por bomba atômica, entende-se um artefato nuclear passível de utilização militar via meios aéreos (caças ou bombardeiros). Por ogivas nucleares entendem-se as armas nucleares passíveis de utilização em mísseis. Já os artefatos nucleares não são passíveis de utilização militar, servindo, portanto, somente para a realização de testes, como foi o caso do artefato de Trinity (o primeiro detonado) ou o caso do
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artefato nuclear norte-coreano testado em 09 de outubro de 2006. As potências nucleares declaradas são os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a República Popular da China, a Índia e o Paquistão. Por sua vez, considerase que Israel já tenha bombas atômicas, embora este se negue a divulgar sua posse ou não. Também se supõe que a Coréia do Norte possua um reduzido número de ogivas nucleares.
2.4. Tipos de Armas Nucleares. Acelerador de partículas fabricado pela Philips-Eindhoven em 1937 para a pesquisa e desenvolvimento de Bombas A, ganhou notoriedade no cenário mundial pois as bombas atômicas são normalmente descritas como sendo apenas de fissão ou de Fusão com base na forma predominante de liberação de sua energia, esta classificação, porém, esconde o fato de que, na realidade, ambas sugerem uma combinação de bombas: no interior das bombas de hidrogênio, uma bomba de fissão em tamanho menor é usada para fornecer as condições de temperatura e pressão elevadas que a fusão requer para se iniciar. Por outro lado, uma bomba de fissão é mais eficiente quando um dispositivo de fusão impulsiona a energia da bomba, assim, os dois tipos de bomba são genericamente chamados de bombas nucleares. .
2.5. Bombas de Fissão Nuclear. São as que utilizam a chamada fissão nuclear, onde os pesados núcleos atômicos do urânio ou plutônio são desintegrados em elementos mais leves quando são bombardeados por nêutrons. Ao bombardear-se um núcleo produzem-se mais nêutrons, que bombardeiam outros núcleos, gerando uma reação em cadeia. Estas são as, historicamente chamadas, "Bombas - A", apesar de este nome não ser preciso pelo fato de que a chamada fusão nuclear também é tão atômica quanto a fissão.
2.6. Bombas de Fusão Nuclear. Baseia-se na chamada fusão nuclear, onde núcleos leves de hidrogênio e hélio combinam-se para formar elementos mais pesados e liberam neste processo
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enormes quantidades de energia. Bombas que utilizam a fusão são também chamadas bombas-H, bombas de hidrogênio ou bombas termonucleares, pois a fusão requer uma altíssima temperatura para que a sua reação em cadeia ocorra.
2.7. Bombas "Sujas". Bomba suja é um termo atualmente empregado para designar uma arma radioativa, uma bomba não nuclear que dispersa material radioativo que fica armazenado em seu interior. Quando explode, a dispersão de material radioativo causa contaminação nuclear e doenças semelhantes às que ocorrem quando uma pessoa é contaminada pela radiação de uma bomba atômica. As bombas sujas podem deixar uma área inabitável por décadas. Um exemplo prático do que pode acontecer no caso do lançamento de uma bomba suja é o bombardeamento da Usina Nuclear iraquiana que gerou a morte de milhares de crianças iraquianas. O Acidente radioativo do Iraque e o de Chernobyl são exemplos dos perigos da radioatividade. Segundo a Comissão Internacional de Energia Nuclear estima-se que 80.000 pessoas que moravam nas imediações da usina iraquiana sofreram os efeitos indiretos da contaminação do lixo atômico. Destas, 2000 apresentaram problemas respiratórios irreversíveis e contaminação corporal intensa vindo a falecer ou a desenvolver sintomas cancerígenos irreversíveis. No total, foram 5490 crianças internadas, sendo que 400 não resistiram e acabaram morrendo já nos primeiros dias após o ataque e, 210 internadas com queimaduras graves, precisando sofrer tratamento intensivo. Ainda, segundo apurado, "tomando por base o acidente nuclear de Chernobyl", os 300 ou 600 gramas de Césio-137 espalhados durante o bombardeio da usina iraquiana, foi o suficiente para produzir 133.400 toneladas de lixo atômico espalhados pelo vento na superfície e que, até agora, não foram acondicionados. Para isso seria necessário que fossem prensadas e hermeticamente fechadas em 140.000 contêineres (contentores), algo impraticável considerando a economia deficiente de um pais destruído pelas guerras; mesmo que as devidas providências fossem tomadas o lixo permaneceria perigosamente ameaçador ao meio ambiente durante 180 anos.
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Daí se vê que o efeito da bomba suja, mesmo com poucos quilos de lixo atômico, quando dispersado diretamente na atmosfera, pode ocasionar uma nuvem de material radioativo e envolver uma cidade inteira provocando a morte de milhares de pessoas.
2.8. Bombas de Nêutrons. Uma última variante da bomba atômica é a chamada bomba de nêutrons, em geral um dispositivo termonuclear pequeno, com corpo de níquel ou cromo, no qual os nêutrons gerados na reação de fusão intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba, mas se permite que escapem. As emanações de raios-X e de nêutrons de alta energia são seu principal mecanismo destrutivo. Os nêutrons são mais penetrantes que outros tipos de radiação, de tal forma que muitos materiais de proteção que bloqueiam raios gama são pouco eficientes contra eles. As bombas de nêutrons têm ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo, por exemplo, a estrutura de uma cidade intacta. Isso pode representar uma vantagem militar, visto que existe a possibilidade de se eliminar os inimigos e apoderar-se de seus recursos.
2.9. Efeitos das Bombas. Fat Man, A bomba atômica que explodiu em Nagasaki, Japão os efeitos predominantes de uma bomba atômica (a explosão e a radiação térmica) são os mesmos dos explosivos convencionais. A grande diferença é a capacidade de liberar uma quantidade imensamente maior de energia de uma só vez. A maior parte do dano causado por uma arma nuclear não se relaciona diretamente com o processo de liberação de energia da reação nuclear, porém estaria presente em qualquer explosão convencional de idêntica magnitude. O dano produzido pelas três formas iniciais de energia liberada difere de acordo com o tamanho da arma. A energia liberada na explosão segue a equação de Einstein, E=mc²,onde E é a energia liberada, m é a massa da bomba que "some" na explosão e c (celeritas) é a velocidade da luz. Oficialmente, a mais poderosa Bomba detonada foi de 57 Megatons conhecida como Tsar Bomba, em um teste realizado pela URSS em outubro de
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1961. Esta bomba tinha mais de5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima, e maior poder explosivo que todas as bombas usadas na II Guerra Mundial somadas (incluindo as 2 bombas nucleares lançadas sobre o Japão).
2.10. Bomba guiada por laser. O conceito do uso de bombas guiadas a laser foi sugerido pela primeira vez em 1965 por Weldon Word, que trabalhava na companhia Texas Instruments, nos Estados Unidos. Pela primeira vez pensou-se em utilizar o laser não como uma arma em si, mas como um sistema de guia para armas. O armamento guiado por laser redefiniu o velho princípio da doutrina de bombardeio em massa, já não era necessário atacar um alvo com uma enorme quantidade de bombas para que só algumas delas acertem o objetivo, bastava somente uma LGB (Laser Guided Bomb) para se destruir qualquer alvo com precisão. Desenvolvido no final da década de sessenta, o sistema de bombas guiadas por laser foi muito empregado pelos americanos no Vietnã (1965-75), onde foram lançadas mais de 25.000 com 68% de acerto. Um dos mais famosos ataques foi lançado contra a ponte de Thanh Hoa, em maio de 1972. Esta ponte havia resistido a inúmeros ataques convencionais, até ser destruída em um ataque que empregou quatorze jatos F-4 Phantom, armados com bombas laser.
2.11. TNT Explosivo. O Trinitrotolueno mais conhecido como (TNT) é um poderozíssimo explosivo capaz de fazer um estrago enorme com apenas uma pequena porção. Possui coloração amarelo pálido e sofre fusão a 81°C. Faz parte de várias misturas explosivas, como, por exemplo, o amatol, uma mistura de TNT com nitrato de amônia. É preparado pela nitração do tolueno (C6H5CH3), tendo a fórmula químicaC químicaC6H2CH3(NO2)3.Na sua forma refinada, o trinitrotolueno é completamente estável, e, ao contrário da nitroglicerina, é relativamente insensível à fricção, impacto ou agitação. agitação. Isto significa significa que é necessário necessário o uso uso de um detonador para
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provocar sua explosão. Não reage com os metais nem absorve água, pelo que é muito estável e pode ser armazenado por longos períodos de tempo, ao contrário do dinamite. Reage facilmente facilmente com os alcalóides, formando compostos instáveis instáveis que são muito sensíveis a calor e impactos.
CAPÍTULO III GRUPOS SEPARATISTAS OU REBELDES MAIS PROEMINENTES NO CENÁRIO MUNDIAL. 3.1. Hezbollah. Hezbollah (do árabe, o que significa "Partido de Deus") é uma organização política e militar dos muçulmanos xiitas do Líbano, criada em 1982 no contexto da invasão de Israel ao sul do Líbano. Desde 2005 o Hezbollah conta com catorze deputados na Assembleia Nacional do Líbano. O secretário geral da organização é o xeque Hassan Nasrallah, que ocupa este cargo desde 1992. Considerado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos da América e por Israel, esta classificação não é, contudo partilhada pela União Europeia, que se recusa a incluir o grupo na sua lista de organizações terroristas. Para muitos habitantes do Líbano (incluindo cristãos) e do mundo islâmico, o Hezbollah é uma organização de resistência a Israel.
3.1.1. Processo de Desenvolvimento do Hezbollah. O Hezbollah nasceu no contexto do Médio Oriente de finais dos anos setenta e inícios dos anos oitenta, época marcada pela Revolução Islâmica no Irã (1979) e pela invasão israelita ao sul do Líbano (1982). O grupo teve o seu nascimento formal em 1982, tendo sido criado por um grupo de clérigos xiitas (muitos dos quais tinha estudado no Irã) com o objetivo de expulsar as forças armadas israelitas do sul do Líbano e de estabelecer um estado Islâmico no país (tradicionalmente uma nação composta por várias comunidades religiosas) nos moldes do estado islâmico criado no Irã. O primeiro secretário-geral da organização foi o xeque Sobhi Tufeili.
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O Hezbollah estabeleceu-se principalmente nas áreas de maioria xiita do Líbano, como o Vale de Bekaa, o sul da cidade de Beirute e o sul do Líbano. Os militantes do grupo foram recrutados entre os jovens xiitas, muitos dos quais tinham sido membros do Amal, uma milícia laica pró-síria. O nível financeiro de armamentos, do Hezbollah foi apoiado pelo Irã. Mais tarde, passou a ser apoiado pela Síria, que utilizou o grupo na sua disputa com Israel sobre os Montes Golã. Com o fim da guerra civil libanesa em 1991, o Hezbollah foi um dos poucos grupos que não foram desarmados pela Síria. Em 1992 o sucessor de Sobhi Tufeili no cargo de secretário geral, Abbas Musawi, foi assassinado por agentes israelitas. Desde então o cargo é ocupado por Hassan Nasrallah. Foi também no ano de 1992 que o Hezbollah obteve pela primeira vez representação no parlamento do Líbano. Nas eleições de 2005, o Hezbollah conquistou 14 deputados no parlamento num total de 128. Atualmente goza de certa popularidade no mundo árabe-muçulmano por ter assumido a responsabilidade de levar Israel a deixar o sul do Líbano em Junho de 2000. Reconhece o princípio do welayet-al-faqih, ou seja, a primazia do guia da revolução iraniana sobre a comunidade xiita. O desejo de transformar o Líbano num estado islâmico parece ter sido colocado de lado, movido por considerações de ordem prática.
3.1.2. Atuação do Hezbollah. O Hezbollah constitui-se em um dos principais movimentos de combate à presença israelense no Oriente Médio e já possui objetivos declarados: a luta contra o estado sionista de Israel, que é o deslocamento integral do Estado de Israel e expulsão da população israelita para outras regiões do planeta. Desenvolve também uma série de atividades em cinco áreas: ajuda aos familiares dos "mártires", saúde (possui uma rede de hospitais em todo o Líbano), educação religiosa xiita (possui uma rede de escolas), reconstrução e agricultura. O Hezbollah conta com cinco hospitais, 43 clínicas e duas escolas de enfermagem. Segundo a ONU, ao menos 220 mil pessoas em 130 cidades libanesas se tratam nesses locais. O Hezbollah possui 12 escolas com sete mil alunos e setecentos professores e centros culturais franceses auxiliam no aperfeiçoamento do corpo docente.
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Na reconstrução, existe uma instituição exclusiva para reparar danos causados por ataques israelenses, motivados em represálias por ataques terroristas, enquanto que na agricultura engenheiros agrônomos formados em Beirute, na Síria, no Irã e na Alemanha, desenvolvem projetos agrícolas para garantir a base da economia de subsistência do sul do país. Em 23 de Outubro de 1983, dois atentados suicidas contra a força multinacional de interposição fizeram 248 mortes de americanos e 58 mortes de franceses. Os Estados Unidos acusam o Hezbollah e o Irã de estarem por trás do atentado. Alguns pensam que o atentado que fez partir os Estados Unidos e a França foi realizado por um grupo de homens que não pertencem à nenhum partido. Veja o que diz Augusto Augusto R. Norton sobre o movimento movimento Amal. Ele é um conceituado professor americano aposentado e oficial do exército . Atualmente é professor de relações internacionais e antropologia na Universidade de Boston. Ele é mais conhecido por escrever sobre política do Oriente Médio, e como um comentador ocasional sobre a política dos EUA no Oriente Médio.
Movimento Amal (em árabe: abreviatura de Afwâj al-Muqâwmat al- Lubnâniyya, ou apenas,Harakat Amal, lit. Movimento Amal) é abreviação de Batalhão da Resistência Libanesa, da sigla, em árabe " Amal", Amal", que significa "esperança". O Amal foi fundado em 1975 como um braço militar do Movimento dos Desertores, um grupo político xiita político xiita fundado fundado por Musa por Musa al-Sadr um al-Sadr um ano antes. Tornou-se uma das mais importantes milícias muçulmanas milícias muçulmanas xiitas xiitas durante durante a Guerra Civil Libanesa. O Movimento Amal cresceu com força com o apoio da Síria, com quem mantém laços até os dias atuais, e 300 mil refugiados internos xiitas ao sul do Líbano após os bombardeios israelenses no início de 1980. Os objectivos concretos do grupo foram: conquistar um maior respeito para a população xiita no cenário político Líbano e obter uma divisão da maior parcela de recursos governamentais para a maioria xiita que vive no sul do país. Após esse conflito, o Amal lutou em uma sangrenta batalha contra os seus concidadãos xiitas do grupo Hezbollah grupo Hezbollah pelo pelo controle de Beirute, de Beirute, que provocaram uma intervenção militar síria. Com o fim da guerra civil, o Amal foi um grande defensor da presença militar da Síria da Síria no no Líbano Líbano aa partir da década da década de 1990. Depois do assassinato de Rafik de Rafik Hariri, em 2005, em 2005, o Amal se opôs à retirada síria e não tomou parte na chamada "Revolução do Cedro" . Desde 1990, o partido tem sido continuamente representação no parlamento e no governo, mas é freqüentemente criticado por corrupção entre os seus dirigentes. Um de seus principais quadros políticos é Nabih Berri, eleito presidente do parlamento libanês em 1992, em 1992, 1996, 2000 e 2000 e 2005. 2005. Atualmente, o Amal tem 14 representantes no parlamento com 128 assentos. Augustus R. Norton, Amal and the Shi'a: Struggle for the Soul of Lebanon (Austin and London: University of Texas Press, 1987).
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3.2. Fatah. O nome completo do movimento é Haracat Al-ta Al- Watani Al -Filastini. Enciclopédia Britânica. Fatah . Retirado 30 de Setembro de 2010. O Fatah sigla invertida de „‟Harakat al-Tahrir al-Watani al-Filastini" A partir deste foi criado o Fath acrônimo reverso (ou da Fatah), que significa "abertura", "conquistar", ou "vitória". O Fatah palavra é usada no discurso religioso para significar a expansão islâmica nos primeiros séculos da história islâmica como em Fath al-Sham , a "abertura do Levante "- e por isso tem uma conotação positiva para os muçulmanos . O termo Fatah também tem significado religioso, pois é o nome da sura 48, ou capítulo, do Corão que, segundo comentaristas muçulmanos detalhes importantes da história do Tratado de Hudaybiyyah . Durante a pacífica de dois anos após o tratado Hudaybiyyah, convertido ao islamismo muitos aumentando a força do lado muçulmano. Foi a violação desse tratado por Muhammad que provocou a conquista de de Meca. Esse precedente precedente islâmico foi citado por Yasser Yasser Arafat como justificativa para sua assinatura dos Acordos de Oslo com Israel. A Fatah é uma organização política e militar, fundada nos anos 50 por Yasser Arafat e Khalil al-Wazir (Abu Jihad). Atualmente possui o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, este grupo pode ser considerado um partido político de esquerda e também uma Guerrilha armada de oposição para libertação da palestina.
3.2.1. Eleições do Fatah 2006. Em 25 de Janeiro de 2006 perde as eleições parlamentares para o partido Hamas, que antes era um movimento de luta armada. Conquista apenas 45 cadeiras, enquanto o Hamas conquista 74 cadeiras do parlamento palestino.
3.3. Hamas. A palavra Hamas é um (acrônimo de Harakat Al-Muqawamah Al-Islamiyyah, em árabe) é um movimento político Palestino, cuja sigla designa o significado de Movimento de Resistência Islâmica, ou seja, luta contra a existência do Estado de Israel (estado esse criado após a Segunda Guerra Mundial para abrigar judeus).
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O Hamas tem muitas faces tais como: Partido político, movimento de assistência social e grupo militar,foi m ilitar,foi criado, em 1987 na cidade de Gaza, a qual situase na Faixa de Gaza, preconiza a luta contra Israel, por todos os meios, visando a libertação da Palestina Palestina " desde desde o Rio Jordão até o mar". As origens do grupo remontam à Irmandade Islâmica, organização fundamentalista criada em 1928 no Egito. Com o início da primeira Intifada (insurreição, em árabe) contra Israel, em 1987, a Irmandade Islâmica criou um braço armado, o qual chamou de Hamas. A organização ficou conhecida somente em 14 de dezembro de 1987, quando o nome Hamas surgiu num panfleto em que o grupo anunciava sua luta contra Israel. O Hamas prega o fim do Estado de Israel e a sua substituição por um Estado palestino que ocuparia a área onde hoje estão Israel, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Apesar das posições radicais do Hamas, Israel no início apoiou o braço político-assistencial do grupo, numa tentativa de enfraquecer a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), então liderada por Yasser Arafat e sediada em Túnis. A intenção era mostrar que havia forças nas zonas ocupadas que poderiam representar melhor os palestinos do que a OLP. Anos antes, Israel já havia tentado provar que a OLP não era er a o único representante dos palestinos. O Hamas é considerado uma organização terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pelo Japão e, claro, por Israel. Para muitos palestinos, entretanto, trata-se de uma organização beneficente, que presta ajuda e assistência nos lugares onde a Autoridade Nacional Palestina (ANP) falha. Foi também graças à atuação do Hamas que foram inaugurados hospitais, jardins-de-infância, escolas e pontos de distribuição de sopa nos territórios em conflito, o que permitiu que a organização ganhasse amparo junto à parte pobre da população palestina. O Hamas virou um partido político em 2005. Em janeiro do ano seguinte, venceu as eleições parlamentares palestinas, derrotando o Fatah e ficando com a maioria das cadeiras. O Hamas é responsável por várias ações armadas e terroristas contra Israel.
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3.3.1. Eleições do Hamas na Palestina. Em 25 de Janeiro de 2006 vence as eleições para o parlamento Palestino derrotando a Fatah, conquistando 74 das 132 cadeiras do parlamento, após a contagem final que ocorreu em 28 de janeiro de 2006. O antigo movimento de luta armada palestino prepara-se então para formar o novo governo, não necessitando, por isso, de coligações.
3.3.2. Formação do governo no Hamas. No início de fevereiro o Hamas anuncia que vai buscar ajuda de países com política mais à esquerda como o Brasil e a Venezuela. O grupo político mostra que se preocupa em formar um governo que possa ser aceito por outras nações embora tenha dito que não reconhece o estado de Israel.
3.3.3. Povoamentos atacados em Israel pelo Hamas. Cito abaixo as cidades atingidas na porção norte de Israel pelo Hamas Hamas ao longo dos anos, na parte norte de Israel. Haifa, Nazaré, Tiberíades, Afula, Qiriat-Chemoná, Maalot, Nahariya, Safed, Hatzorna Galiléia, Rosh Pina, e Carmiel, algumas vilas de agricultores agricultores (kibutzim e moshavim) moshavim) e vilas drusas e árabes foram atingidas pelos Katyushas libaneses. No Líbano, os bombardeios em Beirute, a batalha de Bint Jbeil e os ataques a Qana figuram entre os mais relevantes no conflito.
3.4. Forças Armadas Revolucionárias Revolucionária s da Colômbia (FARC-EP). (FARC-EP) . A organização Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo- FARC-EP- ou Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo, em português, foi criada em 1964 como uma guerrilha revolucionária do Partido Comunista Colombiano. As FARC-EP são a mais antiga e uma das mais capacitadas e melhor equipadas forças insurgentes do continente sul-americano. A FARC-EP é governada por um secretário, Manuel Marulanda Vélez, também conhecido como "Tiro fijo", e seis outros, incluindo o sênior comandante militar Jorge
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Briceño, também conhecido por "Mono Jojoy". É organizada juntamente às linhas militares e inclui diversas frontes urbanas. A FARC possui entre 12.000 a 18.000 membros e mantém presença em aproximadamente 80% do território Colombiano, a maioria em florestas e selvas a sudeste da base das montanhas dos Andes. A denominação Ejército del Pueblo ou Exército do Povo (EP) foi adicionada ao nome oficial do grupo em 1982 durante a Conferência da Sétima Guerrilha. As FARC são classificadas como uma organização terrorista por muitos países, como os da União Européia e os Estados Unidos da América. As FARC-EP se auto proclamaram uma organização político-militar marxistaleninista de inspiração bolivariana. A organização diz representar a população rural contra as classes abastadas Colombianas e se opõe à influência dos EUA na Colômbia (particularmente o Plano Colômbia), privatização de recursos naturais, corporações multinacionais e grupos paramilitares. As FARC-EP argumentam que esses objetivos motivam os esforços do grupo pela tomada do poder na Colômbia através de uma revolução armada. As FARC-EP obtêm financiamento principalmente através de extorsões, sequestros e tráfico de drogas. As FARC-EP também recrutam frequentemente crianças como soldados e informantes, geralmente à força. A Human Rights Watch estima que as FARC possuem a maior parte dos combatentes menores de idade na Colômbia. Estima-se que entre 20 e 30 por cento dos combatentes da FARC têm menos de 18 anos, com muitos chegando a ter até 12 anos, contabilizando um total de aproximadamente 5000 crianças. Crianças que tentam escapar das fileiras da guerrilha são punidas com tortura e morte.
3.5. Sendero Luminoso. O Sendero Luminoso (que significa "caminho iluminado", em espanhol) é um grupo guerrilheiro de inspiração maoísta fundando na década de 1960 pelos corpos discente e docente de universidades do Peru (especialmente da província de Ayacucho). Abimael Guzmán (professor de Filosofia da Universidade Nacional de San Cristóbal de Huamanga) é considerado seu fundador por excelência, e adota o codinome Presidente Gonzalo. O Sendero Luminoso é considerado o maior movimento revolucionário do Peru, e está entre os dois maiores grupos de ação da América do Sul (ao lado das
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Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC). É também conhecido por seus membros como Partido Comunista do Peru (PCP), e seu objetivo declarado é destruir o governo atual do Peru e substituí-lo por um governo de base camponesa. Guzmán foi preso em 1992, e vários líderes do Sendero foram presos nos anos seguintes, o que diminuiu bastante as atividades do grupo. Estas incluem principalmente ataques com bombas, além de assassinatos e possivelmente envolvimento com o comércio de pasta de coca. Parte dos movimentos é ou era justificada pela ação dos militares peruanos e de forças contrarrevolucionárias treinadas pelos EUA – Os Sinchis. Além disso, opõe-se a outra grande força revolucionária do Peru, o Movimento Revolucionário Tupac Amaru. Estima-se que o SL tenha cerca de 2000 guerrilheiros, e um grande número de membros em outras funções.
3.5.1. História do Sendero Luminoso. O Sendero Luminoso surgiu em 1964 como uma dissidência (bandeira roja, bandeira vermelha) do Partido Comunista do Peru, sob orientação do carismático professor Abimael Guzmán (conhecido por sua capacidade de engajar os alunos). O nome Sendero Luminoso relaciona-se com escritos do marxista peruano Jose Carlos Mariátegui, mentor intelectual do grupo, e que via no socialismo um "caminho iluminado" para a humanidade. Na década de 1970 o SL expandiu suas atividades, inicialmente restritas às universidades da província de Ayacucho, para outras universidades no Peru, ganhando força como movimento estudantil. Seguia a linha de outros movimentos revolucionários de então, ou seja: grupos estudantis de classe média ou média-baixa tentando estabelecer a revolução em bases camponesas. (O exemplo mais destacada é o da revolução cubana; no Brasil desenvolvia-se algo semelhante, na chamada guerrilha do Araguaia). Após algum tempo o movimento, no entanto, tentou abandonar suas raízes na universidade e proclamou-se um "partido em reconstrução". Em 1977 o SL passou da guerrilha rural para a urbana. Nas eleições de 1980, as primeiras após 12 anos de governo militar, o partido recusou-se a participar e promoveu ataques e o boicote às seções eleitorais. Em maio daquele ano chegou mesmo a esboçar o começo de uma revolução efetiva.
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Na década de 1980 o grupo cresceu bastante, tanto em membros quanto em área ocupada. Suas áreas de dominação eram o centro e o sul do Peru, além de ter presença também nos subúrbios de Lima. Com a captura de Guzmán em 1992 e demais lideranças até 1995, o Sendero perdeu muito da sua força. Chegou mesmo a enfrentar milícias de camponeses, aos quais supostamente representava. Suas ações passaram a ficar mais espaçadas, sendo as últimas delas um ataque a bomba contra a embaixada estadunidense em Lima (foram mortas 10 pessoas e 30 ficaram feridas) em 2002 e o sequestro de funcionários argentinos que trabalhavam em um gasoduto em Ayacucho (foram libertados após resgate), em junho de 2003.
3.6. Primeiro Comando da Capital (PCC). No Brasil temos o Primeiro Comando da Capital (PCC) que é uma organização organização de criminosos existente no Brasil, criada para supostamente defender os direitos de cidadãos encarcerados no país. Surgiu no início da década de 1990 no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, local que acolhia prisioneiros transferidos por serem considerados de alta periculosidade pelas autoridades. A organização também é identificada pelos números 15.3.3; a letra "P" é a 15ª letra do alfabeto português e a letra "C" é a terceira. Hoje a organização é comandada por presos e foragidos, principalmente no Estado de São Paulo. Vários ex-líderes estão presos (como o criminoso Marcos Willians Herbas Camacho, vulgo Marcola , que atualmente cumpre sentença de 44 anos, principalmente por assalto a bancos, no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes e ainda tem respeito e poder na facção). O PCC conta com vários integrantes, que financiam ações ilegais em São Paulo e em outros estados do país.
3.6.1. História da Evolução do PCC. O PCC foi fundado em 31 de agosto de 1993 por oito presos no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km da cidade de São Paulo), chamada de
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"Piranhão", até então a prisão mais segura do estado de São Paulo. O grupo iniciou-se durante uma partida de futebol, quando alguns detentos brigaram e como forma de escapar da punição - pois várias pessoas haviam morrido resolveram iniciar um pacto de confiança. Era constituído por Misael Aparecido da Silva, vulgo "Misa", Wander Eduardo Ferreira, vulgo "Eduardo Cara Gorda", António Carlos Roberto da Paixão, vulgo "Paixão", Isaías Moreira do Nascimento, vulgo "Isaías Esquisito", Ademar dos Santos, vulgo "Dafé", António Carlos dos Santos, vulgo "Bicho Feio", César Augusto Roris da Silva, vulgo "Cesinha", e José Márcio Felício, vulgo "Geleião". O PCC, que foi também chamado no início como Partido do Crime, afirmava que pretendia "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista" e "para vingar a morte dos cento e onze presos", em 2 de outubro de 1992, no "massacre do Carandiru", quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo. O grupo usava o símbolo chinês do equilíbrio yin-yang em preto e branco, considerando que era "uma maneira de equilibrar o bem e o mal com sabedoria". Em fevereiro de 2001, Sombra tornou-se o líder mais expressivo da organização ao coordenar, por telefone celular, rebeliões simultâneas em 29 presídios paulistas, que se saldaram em dezesseis presos mortos. Idemir Carlos Ambrósio, o "Sombra", também chamado de "pai", foi espancado até à morte no Piranhão cinco meses depois por cinco membros da facção numa luta interna pelo comando geral do PCC. O PCC começou então a ser liderado por "Geleião" e "Cesinha", responsáveis pela aliança do grupo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro. Geleião e "Cesinha" passaram a coordenar atentados violentos contra prédios públicos, a partir do Complexo Penitenciário de Bangu, onde se encontravam detidos. Considerados "radicais" por uma outra corrente do PCC, mais "moderada", Geleião e Cesinha usavam atentados para intimidar as autoridades do sistema prisional e foram depostos da liderança em Novembro de 2002, quando o grupo foi assumido por Marcos Willians Herbas Camacho, o "Marcola". Além de depostos, foram jurados de morte sob a alegação de terem feito denúncias à polícia e criaram o Terceiro Comando da Capital (TCC). Cesinha foi
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assassinado em presídio de Avaré, São Paulo. Sob a liderança de Marcola, também conhecido como Playboy, atualmente detido por assalto a bancos, o PCC teria participado no assassinato, em Março de 2003, do juiz- corregedor António José Machado Dias, o "Machadinho", que dirigia o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, hoje a prisão mais rígida do Brasil e para onde os membros do PCC temem ser transferidos. A facção tinha recentemente apresentado como uma das suas principais metas promover uma rebelião de forma a "desmoralizar" "desmoralizar" o governo e destruir o CRP, onde os detidos passam vinte vinte e três horas confinados às celas, sem acesso a jornais, revistas, rádios ou televisão. Com o objetivo de conseguir dinheiro para financiar o grupo, os membros do PCC exigem que os "irmãos" (os sócios) paguem uma taxa mensal de cinquenta reais, se estiverem detidos, e de quinhentos reais, se estiverem em liberdade. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar ações de resgate de presos ligados ao grupo. Para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa ser "batizado", ou seja, apresentado por um outro que já faça parte da organização e cumprir um estatuto de dezesseis itens, redigido pelos fundadores. Diante do enfraquecimento do Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que tem perdido vários pontos de venda de droga no Rio, o PCC aproveitou para ganhar campo comercialmente e chegar à atual posição de maior facção criminosa do país.
3.6.2. Código de Ética do PCC. O suposto estatuto do Primeiro Comando da Capital foi divulgado em jornais brasileiros no ano de 2001. É uma lista de princípios da organização. O item 7 do documento prevê que os membros "estruturados" e livres devem contribuir com os demais membros presos sob a pena de "serem condenados à morte, sem perdão". O estatuto prega "lealdade, respeito e solidariedade" aos membros do grupo. Prega também uma luta pela "liberdade, justiça e paz" e clama melhores condições no sistema prisional brasileiro (com foco no Estado de São Paulo), alegando que os presos sofrem torturas e atos desumanos.
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3.6.3. Ataques do PCC. Em 2001, ocorreu em todo o Estado de São Paulo a maior rebelião generalizada de presos da história do Brasil até então, através do uso de telefones celulares presos se organizaram e promoveram a rebelião. Vários presídios daquele estado, inclusive os do interior se rebelaram. Anos depois, entre os dias 21 e 28 de março de 2006, diversas unidades prisionais do Estado de São Paulo foram tomadas por revolta de seus internos, inaugurando uma série de atos de violência organizada no país. Os CDPs, ou centros de detenção provisória de Mauá, Mogi das Cruzes, Franco da Rocha, Caiuá e Iperó, foram os primeiros a serem tomados pelas rebeliões (21 de março de 2006). Durante aquele período, outras unidades também foram palco de rebeliões (Cadeia Pública de Jundiaí - 22 de março de 2006, e os "CDPs" de Diadema, Taubaté, Pinheiros e Osasco - 27 de março de 2006). Como reivindicações apresentadas, reclamavam os amotinados da superpopulação carcerária, buscando transferência de presos com condenações definitivas para penitenciárias, bem como o aumento no número de visitantes e a modificação da cor dos seus uniformes. Estavam descontentes com a cor amarela e postulavam o retorno para a cor bege de seus uniformes. As rebeliões, algumas como reféns foram contidas, mas os danos provocados nas unidades comprometeram gravemente a normal utilização. Os ataques do Primeiro Comando da Capital continuaram acontecendo com certa constância, em meio a uma onda de violência e diversos outros atos (nem todos comprovadamente originados da organização) no ano de 2006, nas primeiras horas do dia 13 de agosto de 2006, aproximadamente a meia noite e meia, um vídeo enviado para a Rede Globo de televisão, gravado em um DVD, foi transmitido, no plantão da emissora, para todo o Brasil. Dois funcionários, o técnico Alexandre Coelho Calado e o repórter Guilherme Portanova, haviam sido sequestrados na manhã do dia anterior. Alexandre foi solto, encarregado de entregar o DVD para a Rede Globo. Colocada sob chantagem, a emissora transmitiu o vídeo, com teor de manifesto, após se aconselhar com especialistas e representantes de órgãos internacionais. O repórter Guilherme Portanova foi solto 40 horas após a divulgação do vídeo, à 0:30 do dia 14 de Agosto, numa rua do bairro do Morumbi.
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A mensagem, lida supostamente por um integrante do PCC, fazia críticas ao sistema penitenciário, pedindo revisão de penas, melhoria nas condições carcerárias, e posicionando-se contra o Regime Diferencial Disciplinado (RDD).
3.7. Euskadi Ta Askatasuna (ETA). A organização Euskadi Ta Askatasuna (basco para Pátria Basca e Liberdade), mais conhecida pela sigla ETA, é um grupo terrorista, de ideologia independentista marxista e revolucionária, que pratica o terrorismo como meio para conseguir a independência de Euskal Herria. É classificado pelos governos de Espanha e França, pela União europeia e pelo governo dos Estados Unidos como um grupo terrorista. O seu símbolo é uma serpente enrolada num machado. O seu lema é Bietan jarrai, que significa seguir nas duas , ou seja, na luta política e militar. Os integrantes da ETA são denominados etarras, um neologismo criado pela imprensa espanhola a partir do nome da organização e do sufixo basco com o qual se formam os gentílico neste idioma. Em basco a denominação é etakideak, plural de etakide (membro da ETA). Os membros e partidários partidár ios do movimento frequentemente utilizam o termo gudariak, que significa guerreiros ou soldados. No dia 22 de Março de 2006 a organização declarou um cessar-fogo permanente, que vem sendo cumprido desde o dia 24 de Março. Há quase 40 anos a organização extremista ETA está empenhada em uma campanha armada pela independência de sete regiões no norte da Espanha e sudoeste da França, que os separatistas bascos dizem ser seu território. O Euskadi Ta Azkatasuna (ETA), cujo nome significa Pátria Basca e Liberdade, surgiu na década de 60 como um movimento de resistência estudantil que se opunha radicalmente à ditadura militar do general Francisco Franco. No regime de Franco, a língua basca foi proibida, a cultura local foi suprimidas e intelectuais bascos, presos e torturados por suas posições culturais e políticas. Houve grande resistência a Franco no País Basco. Sua morte, em 1975, mudou tudo, e a transição para a democracia trouxe alguma autonomia para a região, que tem dois milhões de habitantes. Mas apesar do fato de a parte espanhola do País Basco gozar de alguma
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autonomia tem seu próprio Parlamento, polícia, educação e coleta de seus próprios impostos a ETA e seus partidários linha dura estão determinados a lutar por independência total. Essa luta provocou mais de 800 mortes nas últimas três décadas - muitas das vítimas entre membros da Guarda Civil, a polícia nacional espanhola, e entre políticos locais e nacionais que se opuseram à reivindicação do ETA. Apesar disso, seu poder teria se eclodido nos últimos anos. Analistas vinham discutindo se o grupo é uma força em vias de extinção ou simplesmente aguarda o momento de atacar de novo.
3.7.1. O ETA e a Ditadura de Franco na Espanha. 1937: General Franco ocupa o país Basco. Até então, os bascos tinham direito a um pouco de autonomia, mas o ditador espanhol cancela qualquer privilégio e reprime duramente a aspiração dos bascos por independência. 1959: O ETA é formado, com o objetivo de criar um País Basco independente. A sigla significa Euzkadi Ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade). 1961: a campanha de violência do ETA se inicia, com uma tentativa de descarrilar um trem que levava políticos. 1968: O ETA mata sua primeira vítima, Melitón Manzanas, um dos líderes da polícia secreta na idade de San Sebastián.
3.7.2. Histórico da Violência Continuada. Dezembro de 1973: Nacionalistas bascos matam em Madri o primeiro-ministro espanhol, almirante Luís Carrero Blanco, em retaliação a execuções de militantes bascos pelo Governo. 1978: Fundado o braço político do ETA, o HB (Herri Batasuna). 1980: Até este ano, 118 já haviam morrido em atentados ligados ao ETA. 1995: Tentativa de assassinato do então líder do partido de oposição PP, José Maria Aznar (atual primeiro-ministro), na explosão de um carro-bomba.
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3.7.3. Um Novo Governo e a Esperança de um Novo Tempo. Março de 1996: O PP, de direita, vence as eleições gerais. O grupo extremista considera a chegada do partido ao poder um retorno à ditadura de Franco. 1997: Início da campanha do ETA contra políticos do PP no País Basco Julho de 1997: O ETA é acusado de sequestrar e matar um conselheiro municipal basco, Miguel Ángel Blanco, provocando revolta popular e levando seis milhões de espanhóis a participar de protestos nas ruas do país. Dezembro de 1997: 23 líderes do HB são presos por sete anos, por colaborarem com o ETA. Essa foi a primeira vez que membros do partido foram presos por cooperação com o grupo extremista.
3.7.4. Novas Negociações para o Fim da Violência. Março de 1998: Os principais partidos políticos da Espanha iniciam negociações em busca do fim da violência no País Basco. O governo não se envolve nas conversas. Setembro de 1998: O ETA anuncia o seu primeiro cessar-fogo por tempo indefinido desde o início de suas atividades. Maio de 1999: Representantes do governo espanhol e do ETA têm em Zurique, na Suíça, o primeiro e único encontro realizado até hoje. Agosto de 1999: O primeiro-ministro, José Maria Aznar, acusa do ETA de ter "medo da paz" e pede ao grupo que mostre seu comprometimento. Em seguida, o ETA confirma que as negociações com Madri foram canceladas. Novembro de 1999: O grupo separatista anuncia o final de seu cessar-fogo de 14 meses, culpando o governo pela falta de progresso nas negociações de paz.
3.7.5. O Retorno da Violência. Janeiro de 2000: Carro bomba explode em Madri. Fevereiro de 2000: Carro-bomba na cidade basca de Vitória mata um político socialista e seu guarda-costas. Julho de 2000: O conselheiro municipal da cidade andaluz de Málaga, José
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Maria Martín, do PP, é morto a tiros. Agosto de 2000: Um carro carregado com armas explode em Bilbao, matando quatro pessoas suspeitas de serem ativistas do ETA. Dois oficiais da polícia espanhola espanhola são mortos em um atentado a bomba no vilarejo de Sallent de Gallego, no País Basco, perto da fronteira da Espanha com a França. Setembro de 2000: Um político do PP, José Luíz Ruíz Casado, é morto perto de sua casa, na capital catalã Barcelona. No dia seguinte, o ETA assume a autoria desse e de outros atentados cometidos anteriormente. Outubro de 2000: Cerca de 100 mil bascos realizam uma marcha em Bilbao, para mostrar sua insatisfação com a campanha de violência do ETA. Fevereiro de 2001: Convocadas eleições gerais no País Basco, a se realizarem no dia 13 de maio.
3.7.6. ETA Tem os Políticos Como Principais Alvos. Março de 2001: Froilan Elexpe, um político local, é assassinado na cidade de Lasarte, perto de San Sebastián. Desde o final do cessar-fogo, em dezembro de 1999, o ETA foi responsabilizado por 28 mortes. Maio de 2001: Manuel Jimenez Abad, da cúpula do Partido Popular, é morto a tiros na cidade de Zaragoza uma semana antes das eleições para o Parlamento basco. Novembro de 2001: O juiz José Maria Lidon foi morto a tiros em Bilbao, menos de 24 horas depois que um carro bomba explode e deixa quase 100 feridos em Madri. Lidon, que não estava em nenhuma lista conhecida de ataques do ETA, havia condenado seis simpatizantes do ETA a longas penas de prisão em 1987. Dezembro de 2001: A União europeia declara o ETA uma organização terrorista, pela primeira vez os todos os governos dos 15 países-membros do bloco definem o ETA dessa forma, em uma vitória diplomática significativa para o governo espanhol. Julho de 2002: Juiz Baltazar Garzon ordena o confisco de 18 milhões de euros pertencentes ao Batasuna. Agosto de 2002: O juiz Garzon suspende o Batasuna por três anos alegando que ele é parte do ETA que, ele declara, é "culpado de crimes contra a Humanidade".
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O Parlamento, enquanto isso, busca uma proibição por tempo indeterminado para o Batasuna. Setembro de 2002: A polícia francesa prende um homem e uma mulher suspeitos de serem líderes do ETA depois de uma operação conjunta com a polícia espanhola. Acredita-se que o homem, Juan Antônio Olarra Guribi, seria o chefe militar do grupo. Dezembro de 2002: O suposto chefe de logística do ETA, Ibon Fernandez Iradi, escapa da custódia da polícia no sul da França apenas três dias depois de ter sido capturado perto da fronteira espanhola. Fevereiro de 2003: O governo da Espanha fecha o jornal basco Euskaldunon Egunkaria alegando que ele está ligado ao ETA, mas um novo jornal basco, Egunero, chega às bancas no dia seguinte trazendo a manchete "Fechado, mas não silenciado". Março de 2003: A Suprema Corte da Espanha proíbe o Batasuna permanentemente em resposta a um pedido do governo. É a primeira vez, desde a morte de Franco, em 1975, que um partido político é colocado na ilegalidade na Espanha. Maio de 2003: Os Estados Unidos declaram o Batasuna um grupo terrorista. A União europeia faz o mesmo um mês depois. Julho de 2003: Bombas explodem com um intervalo de poucos minutos nos balneários espanhóis de Alicante e Banidorm, ferindo pelo menos 13 pessoas. Cinco dias depois, outra bomba explode em um estacionamento no aeroporto de Santander. Novembro de 2003: A polícia espanhola prende 12 supostos líderes do ETA em uma série de batidas. Dezembro de 2003: A polícia recaptura o suposto chefe de logística do ETA, Ibon Fernandez Iradi, na cidade francesa de Mont-de-Marsan.
3.8. Exército Republicano Irlandês (IRA). O Exército Republicano Irlandês, mais conhecido como IRA (do inglês Irish Republican Army), é um grupo paramilitar católico que intenciona que a Irlanda do
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Norte separe-se do Reino Unido e seja reanexada à República da Irlanda. Utiliza-se de métodos tidos como terroristas, principalmente ataques à bomba e emboscadas com armas de fogo. Tem como alvos tradicionais os protestantes, políticos unionistas e representantes do governo britânico. O IRA tem ligações com outros grupos nacionalistas irlandeses e um braço político: o partido nacionalista Sinn Fein. Em 28 de Julho de 2005, o IRA anuncia o fim da "luta armada" e a entrega de armas. O processo de entrega de armas terminou em 26 de Setembro de 2005. Todo o processo de desmantelamento do armamento, foi orientado pelo chefe da Comissão Internacional de Desarmamento, o general canadense John de Chastelain.
3.9. Ku Klux Klan. Ku Klux Klan (também conhecida como KKK) é o nome de várias organizações racistas dos Estados Unidos que apoiam a supremacia branca e o protestantismo (padrão conhecido também como Wasp ) em detrimento a outras religiões. A KKK, em seu período mais forte, foi localizada principalmente na região sul de tal país.
3.9.1. Wasp. Wasp é a sigla que em inglês significa "Branco, Anglo-Saxão e Protestante" (White, Anglo-Saxon and Protestant ). ). Alguns ainda traduzem como "Branco, Americano, Sulista e Protestante" (White, (White, American, Southern and Protestant). Surgiu no início do século XX tendo como base o combate à raça, nacionalidade (ou regionalidade) e religião alheia. Inicialmente combatiam os negros e qualquer aspecto relacionado a eles (principalmente a música, jazz e blues, que começava proliferar em discos e rádios), mas logo voltaram seus ideais contra outros grupos, que do seu ponto de vista não cumpriam os seus critérios: os italianos, pois bebiam demais o que levou o governo a criar a Lei Seca na década de 20; os irlandeses, por tolerarem os italianos e também pela questão do alcoolismo; e os judeus, por começarem a dominar a estrutura bancária do país através dos empréstimos de dinheiro. A cultura WASP é focada nos chamados, valores tradicionais e fortemente
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baseada numa religiosidade inflexível e visões ditas "tradicionais" da sociedade em todas as suas vertentes desde a família e sexualidade aos papéis homem/mulher em geral. A primeira KKK na verdade foi criada por 6 amigos da cidade de Pulaski, Tennessee, em 1865 para espantar o tédio. Como tudo era uma brincadeira resolveram chamar os chefes da "sociedade" com nomes engraçados, então o chefe seria o "Cíclope Máximo"; o secretário o "Grande Escriba"; e por aí vai. O nome deveria ser algo indecifrável, foi aí que um deles surgiu a palavra grega kyklos que quer dizer círculo, de amigos no caso. E outro achou que a palavra clã cairia bem (klan). Assim surgiu a Ku Klux Klan. A curtição da sociedade era cavalgar à noite importunando vizinhos, até que a coisa ficou séria no final da Guerra Civil Americana, quando os vencedores, os Estados do Norte, libertaram os escravos. Então as cavalgadas viraram perseguições a negros. Em um ano a KKK tinha virado uma seita assassina presente em diversos estados, tinha ex-generais sulistas entre os chefes e era financiada por agricultores que foram prejudicados pela alforria. Em 1872 o grupo foi reconhecido como uma entidade terrorista e foi banida dos Estados Unidos. O segundo grupo que utilizou o mesmo nome foi fundado em 1915 (alguns dizem que foi em função do lançamento do filme O Nascimento de uma Nação , naquele mesmo ano) em Atlanta por William J. Simmons. Este grupo foi criado como uma organização fraternal e lutou pelo domínio dos brancos protestantes sobre os negros, católicos, judeus e asiáticos, assim como outros imigrantes. Este grupo ficou famoso pelos linchamentos e outras atividades violentas contra seus "inimigos". Chegou a ter 4 milhões de membros na década de 1920, incluindo muitos políticos. A popularidade do grupo caiu durante a Grande Depressão e durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje a Ku Klux Klan, conta apenas com um efetivo de 3 mil homens em todos os estados confederados, apesar do baixo numero de associados, muitos não associados apoiam a organização.
3.9.2. Represália Tardia. No verão de 1964, Edgar Ray Killen matou três afro-americanos que participavam participavam de movimentos a favor do direito civil. Killen era um membro da Ku Klux Kl ux Klan. Houve um julgamento em 1967, mas o júri era formado todo por pessoas
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brancas de classe média, então Killen não foi condenado na época. Em 1988 o filme Mississippi em chamas que conta a história de Killen foi lançado. Em 2005 houve outro julgamento, Killen (hoje com 80 anos de idade) foi condenado a 60 anos de prisão.
3.10. Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) (Em árabe Munazzamat al-Tahrir Filastiniyyah) é uma organização política e paramilitar de palestinos dedicada ao estabelecimento de um estado palestino independente. Desde 1969 até à sua morte em 2004, a OLP foi presidida por Yasser Arafat, tendo sido sucedido por Mahmoud Abbas (também conhecido como Abu Mazen). Em anos recentes, o objetivo oficial da OLP foi redefinido para consistir apenas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, apesar de uma parte substancial da organização não obedecer a esta redefinição. A palavra Palestina deriva do grego Philistia, nome dado pelos autores da Grécia Antiga a esta região, devido ao facto de em parte dela (entre a actual cidade de Tel Aviv e Gaza) se terem fixado no século XII a.C. os filisteus. Os filisteus não eram semitas e sua provável origem era, creto-miceniada, creto-miceniada, uma das mais conhecidas (embora recorrentemente mencionadas) vagas dos chamados "Povos do Mar" que se estabeleceram em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo, incluindo a área hoje conhecida como Faixa de Gaza. Segundo a tradição bíblica os filisteus seriam oriundos de Caphtor, termo associado à ilha de Creta. Este povo é igualmente referido nos escritos do Antigo Egipto com o nome de prst, por onde também passaram e foram for am repelidos. No século II d.C., os romanos utilizaram o termo Syria Palaestina para se referirem à parte sul da província romana da Síria. O termo entraria posteriormente na língua árabe e é usado desde então para se referir a esta região. Palestina (em árabe Filasṭīn; em hebraico Pilistineh, em grego Palaistinē, e em latim Palaestina), é a denominação histórica dada pelo Império Britânico a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as margens do Rio Jordão. O seu estatuto político é disputado acesamente. A área correspondente à Palestina até 1948 encontra-se hoje dividida em
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três partes: uma parte integra o Estado de Israel; duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), Cisjordânia), de maioria árabo-palestiniana, deveriam integrar um estado palestiniano-árabe a ser criado - de acordo com a lei internacional, bem como as determinações das Nações Unidas e da anterior potência colonial da zona, o Reino Unido. Todavia, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram ocupadas militarmente por Israel, após a Guerra dos Seis Dias. Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, mas, devido aos inúmeros ataques terroristas que sofre, Israel mantém o controle das fronteiras e está atualmente a construir um muro de separação que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território. A população palestiniana dispersa pelos países árabes ou em campos de refugiados, situados nos territórios ocupados por Israel, é estimada em 4.000.000 de pessoas.
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CAPÍTULO IV A HISTÓRIA DA AL QAEDA 4.1. Definição de Al Qaeda O nome Al Qaeda ( em árabe, a fundação" ou "a base") é o nome dado a um movimento fundamentalista islâmico internacional, constituído por células colaborativas e independentes que visam, supostamente, reduzir a influência nãoislâmica sobre assuntos islâmicos. A Comissão Nacional sobre Ataques Terroristas nos Estados Unidos (Comissão 9/11) diz que a Al Qaeda é responsável por um grande número de ataques violentos e de alto nível contra civis, alvos militares e instituições comerciais pelo mundo. O relatório da comissão atribuiu os ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque, ao Pentágono em Arlington e ao voo 93 na Pensilvânia à al-Qaeda. Apesar do grupo provavelmente ter sido diretamente responsável pelos ataques, vários analistas, como Michael Scheuer, um ex-analista da CIA sobre terrorismo, acreditam que a Al Qaeda evoluiu para um movimento. autossustentável, no qual guerreiros islâmicos lutam contra a América com ou sem a aliança de Bin Laden e da Al Qaeda originária, e no qual o nome Al Qaeda traz inspiração para novos ataques internacionais." Leitura internacionais." Leitura Bin Laden's Mind: O Estado da Jihad, como Ele pode vê-lo . vê-lo . " Washington " Washington Post 27 Post 27 Outubro 2010. "… no qual a Jihad é
As origens do grupo podem ser traçadas a partir da invasão soviética ao Afeganistão, na qual vários não afegãos lutadores árabes se uniram ao movimento anti-russo formado pelos Estados Unidos e Paquistão. Osama Bin Laden, membro de uma proeminente família de negócios saudita árabe, liderou um grupo informal que se tornou uma grande agência de levantamento de fundos e recrutamento para a causa afegã. Esse grupo canalizou combatentes islâmicos para o conflito, distribuiu dinheiro e forneceu logística e recursos, para as forças de guerra e para os refugiados afegãos. Depois da retirada soviética do Afeganistão em 1989, vários veteranos da guerra desejaram lutar novamente pelas causas islâmicas. A invasão e ocupação do
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Kuwait pelo Iraque em 1990 levou o governo dos Estados Unidos à decidir enviar suas tropas em coligação para a Arábia Saudita, com o suposto intuito de expulsar as forças iraquianas daquele país. A Al Qaeda era fortemente contra o regime de Saddam Hussein, Saddam era acusado pelos fundamentalistas mulçumanos de ter tornado o Iraque um Estado laico. Bin Laden ofereceu os serviços dos seus combatentes ao trono saudita, mas a presença de forças "infiéis" em território islâmico sagrado - era uma luta entre islâmicos - foi visto por Bin Laden como um ato de traição. Então, decidiu se opor aos Estados Unidos e aos seus aliados. A Al Qaeda considerou os Estados Unidos como opressivos contra os muçulmanos, citando o apoio dos Estados Unidos à Israel nos conflitos entre palestinos e israelitas, a presença militar das tropas dos Estados Unidos em vários países islâmicos (particularmente Arábia Saudita) e posteriormente a invasão e ocupação do Iraque em 2003. Osama Bin Laden e Ayman al-Zawahiri são membros seniores do conselho da Al Qaeda, e considera-se que possuem contatos com algumas outras células da organização.
4.1.2. Visão Geral da d a Al Qaeda Em comunicados formais, Bin Laden tem preferido usar o termo Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e Cruzados como nome para o grupo, ao invés do mais famoso Al Qaeda. Enquanto o comum uso do nome Al Qaeda é anterior, só em 2001 foi formalmente usado enquanto denominação do grupo, quando o governo dos Estados Unidos decidiu perseguir ou tornar público a perseguição a Bin Laden. Bin Laden em pessoa é provavelmente a melhor fonte para a origem do rótulo Al Qaeda. Falando em 2001, ele citou: "O nome 'Al Qaeda' foi estabelecido há muito tempo atrás por conveniência ‟‟. O último nome Abu Ebeida El-Banashiri liderou os campos de treino para os nossos mujahidin contra o terrorismo russo. Nós costumávamos chamar o campo de treino "Al Qaeda". E o nome ficou. A inspiração filosófica da Al Qaeda vem dos escritos de Sayyid Qutb, um pensador proveniente da Irmandade Muçulmana Muslim Brotherhood, cujos textos inspiraram a maioria dos principais movimentos militantes islâmicos hoje ativos no Médio Oriente. O autor defende uma revolução islâmica armada para a sobreposição
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de todos os regimes não guiados pela lei islâmica, e reitera a expulsão de milícias e empresas ocidentais de todos os países muçulmanos. O Oriente Médio ou Médio Oriente (em árabe, Mashrek) é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do Mar Mediterrâneo, conhecida como barril de pólvora pelo complexo e explosivo clima político da região, um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao Golfo Pérsico. O Médio Oriente é uma sub-região da África-Eurásia (partes da Turquia estão na Europa, e o país é considerado por alguns como parte da última), sobretudo da Ásia, e partes da África Setentrional.
4.1.3. Fronteiras Fronteira s do Oriente Médio. A primeira coisa confusa nesta região começa pelo próprio nome. Por que o nome da região recebeu o nome Oriente Médio? Qual a ideia inicial para se denominar aquela região desta forma? É oriental e médio em relação a quê? Oriente Médio foi a denominação dada pelo então Império Britânico que em sua visão dividiu o Oriente em três partes: Oriente Próximo (Near East): Referia-se a região dos balcãs (Sérvia, MonteNegro, Bulgária, Albânia), Grécia, a Anatólia (atual Turquia), Síria, Palestina, Egito; Oriente Médio (Middle East): Referia-se a região da Arábia, Mesopotâmia (atual Iraque e partes do Irã), Golfo Pérsico e a Pérsia (atual Irã). Oriente Extremo (Far East): Referia-se a região do sudeste asiático, a China, Japão e Coréia. O termo Oriente Médio define uma área de forma pouco específica, sem definição de fronteiras precisas. Geralmente considera-se incluir, Arábia Saudita, Armênia, Azerbaijão, Bahrain, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Irã, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Palestina, que inclui: Cisjordânia e Faixa de Gaza, Oman, Qatar, Síria e Turquia. Os países do Magrebe (Argélia, Líbia, Marrocos e Tunísia) são frequentemente associados ao Médio Oriente devido às ligações históricas, culturais e religiosas (são países islâmicos),apesar de serem ocidentais, tais como o Sudão. Os países africanos Mauritânia e Somália, também têm este tipo de ligações. A Turquia, Chipre e Geórgia, apesar de geograficamente próximos, são
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normalmente considerados mais próximos da Europa. Em certos casos, também se considera como parte a Ásia Central e parte do subcontinente indiano, sendo eles, Afeganistão e Paquistão. De acordo com afirmações transmitidas pela Al Qaeda na Internet e em canais de televisão, as últimas metas da Al Qaeda passam por restabelecer o Califado do mundo islâmico, e para isso, trabalham com quaisquer grupos extremistas, organizações ou governos que lhes permitam atingir essa meta. Os fundamentos originais da al-Qaeda originária são fortemente antissemitas. Em 1997, numa entrevista com Peter Arnett, Osama Bin Laden cita a presença das tropas dos Estados Unidos no Médio Oriente e o apoio israelita como as principais razões para as ações da sua organização.
4.1.4.Designação de Califa. Califa é um título que foi usado por Abu Bakr, o sogro de Maomé, quando ele o sucedeu como líder da Ummah, ou comunidade do Islão, em 632. Os primeiros quatro califas são conhecidos como os "Califas Corretamente Guiados" (al-Khulufa al-Rashidun). O detentor deste título clama a soberania sobre todos os muçulmanos. No seguimento do conflito entre os Fatímidas e os Abássidas, outros líderes muçulmanos começaram a reivindicar o título de califa. Com a derrota destes califados periféricos, o califado otomano começou a ser crescentemente considerado como o califado principal. Assim, até à Primeira Guerra Mundial, o califado otomano representava a maior e mais poderosa entidade política islâmica. A palavra Califa vem do árabe latinizado em (calpha), uma adaptação da palavra árabe, Khalifa (provavelmente), significando literalmente "Sucessor do Profeta", Khalifa vem do verbo khalafa, cujo o significado é "suceder" ou "vir atrás", conforme o uso da expressão. O título de califa deixou de existir quando a República da Turquia aboliu o Império Otomano, em 1924.
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4.1.5.Lista de Califas. Abu Bakr, Umar ibn al-Khattab, Uthman ibn Affan, Ali Ben Abu Talib, Abd-arrahman IV, Abd-ar-rahman V, Abd Allah ibn Zubayr, Haroun al-Raschid, herói de muitas histórias de As Mil e Uma Noites.
4.1.6.Principais Dinastias.
A dinastia dos Omíadas em Damasco (661-750), seguida pela
Dinastia Abássida em Bagdade (750-1258), e mais tardo no Cairo (1260-1517)
A dinastia Abássida no Norte de África e no Egito (909-1171)
Os Emires Omíadas de Córdoba, Espanha, declararam-se Califas (929-1031)
A dinastia dos Almóadas no Norte de África e Espanha (1145-1269)
O Império Otomano, governado pela dinastia Osmanli (1517-1924)
A Al Qaeda acredita que os governos ocidentais, e particularmente o governo dos Estados Unidos, agem contra os interesses dos muçulmanos. As suas falhas, segundo o grupo, incluem: Provisão de apoio econômico e militar à regimes opressores dos muçulmanos (por exemplo, o suporte dos Estados Unidos a Israel);
O veto das Nações Unidas em relação a sanções propostas a Israel;
Tentativas de influenciar os assuntos de governos e comunidades islâmicas;
Suporte direto através de armas ou empréstimos a regimes árabes antiislâmicos, Presença de tropas em países islâmicos especialmente na Arábia Saudita; A invasão do Iraque em 2003 (independentemente de supostos confrontos entre Saddam e a al-Qaeda). Para além dos ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, crê-se que a al-Qaeda esteve envolvida nos seguintes ataques: Embaixada dos Estados Unidos em Nairobi, Quênia, em 7 de Agosto de 1998; Embaixada dos Estados Unidos em Dar es Salaam, Tanzânia, novamente em 7 de Agosto de 1998;bombardeiro USS Cole, atracado no Iêmen, em 12 de
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Outubro de 2000;
Ataques no metrô de Londres, em 7 de Julho de 2005.
Pensa-se que o líder militar da Al Qaeda era Khalid Shaikh Mohammed, até ter sido detido no Paquistão em 2003. O líder prévio tinha sido Mohammed Atef, morto num bombardeio norte-americano no Afeganistão em finais de 2001.
4.1.7. A Hierarquia de Comando da Al Qaeda. Apesar da estrutura atual da Al Qaeda ser desconhecida, as informações adquiridas principalmente do desertor Jamal al-Fadl deram às autoridades americanas um esboço cru de como o grupo estava organizado. Enquanto a veracidade das informações fornecidas por al-Fadl e a motivação para esta cooperação sejam controversas, as autoridades americanas baseiam muito de seu conhecimento atual sobre a Al Qaeda em seu testemunho. Bin Laden é o emir da Al Qaeda (apesar de originalmente este papel ter sido de Abu Ayoub al-Iraqi), eleito por um conselho shura, que consiste em membros seniores da al-Qaeda, que oficiais ocidentais estimam ser cerca de 20 a 30 pessoas.
4.1.8. O que q ue é um Emir? Emir ? Emir ou Amir, (do árabe comandante) é um título de nobreza historicamente usado nas nações islâmicas do Médio Oriente e Norte de África. Originalmente foi um título de honra atribuído aos descendentes de Maomé, séculos depois se tornou utilizado em vários contextos, como por exemplo, para referir chefes e nobres, como no caso dos Beduínos da Arábia e do Império Otomano. O Comitê Militar é responsável pelo treinamento, treinamento, aquisição de armas e planos de ataque. O Comitê de Negócios e Dinheiro gerencia as operações de negócios. O escritório de viagens fornece passagens aéreas de passaportes falsos. O escritório de folha de pagamentos paga aos membros da Al Qaeda e o escritório de gerenciamento toma conta de negócios no estrangeiro. De acordo com o Relatório da Comissão US 911, estima-se que a Al Qaeda necessite de US$ 30.000.000 por ano para conduzir suas operações.
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O Comitê Legislativo revê as leis Islâmicas e decide cursos de ação particulares conforme às leis. O Comitê de Estudos Islâmicos/fatwah expede editos religiosos, tais como o editado em 1998, pedindo aos muçulmanos que matem americanos. No final da década de 90 havia um Comitê de Imprensa publicamente conhecido, que administrava o jornal Nashrat al Akhbar (Newscast) e fazia relações públicas. Hoje, assume-se que operações de mídia são importadas para partes internamente redundantes da organização.
4.1.9. Estruturas Organizacionais Terroristas Desconhecidas. Alguns especialistas em organizações dizem que a estrutura de rede da Al Qaeda, opostamente a estrutura hierárquica organizacional é sua força primária. A estrutura descentralizada permite à al Qaeda ter uma base distribuída pelo mundo inteiro enquanto mantém um núcleo pequeno. Estima-se que 100.000 militantes islâmicos tenham recebido instruções nos campos de treinamento da Al Qaeda desde sua intercepção, embora o grupo retenha somente um pequeno número de militantes sob ordens diretas. Estimativas raramente colocam sua mãode-obra acima de 20.000 no mundo todo. Para suas operações mais complexas (como os ataques aos EUA de 9/11) acredita-se que todos os participantes, planejamento e financiamento tenham sido diretamente providos pelo núcleo da organização Al Qaeda. Mas em muitos atentados ao redor do mundo onde parece haver uma conexão com a Al Qaeda, seu papel preciso tem sido menos fácil de definir. Ao invés de conduzir estas operações da concepção até a entrega, a Al Qaeda frequentemente frequentemente parece agir como uma rede de suporte internacional financeiro e logístico, canalizando o dinheiro obtido de uma rede de atividades de levantamento de fundos para financiar treinamento capital e coordenação para grupos radicais locais. Em vários casos é nestes grupos locais, somente bambamente afiliados ao núcleo da Al Qaeda, que os ataques são realmente conduzidos. As explosões de 2002 em Bali e as explosões subsequentes no Hotel Marriott em Jacarta em 2003 dão alguma pista da metodologia de descentralizada da Al
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Qaeda: os ataques mostraram uma coordenação e efetividade muito maiores do que deve, historicamente, ter sido esperado de redes regionais de terroristas. Mas investigações policiais e julgamentos posteriores mostraram que enquanto se acreditava que a Al Qaeda ofereceu expertise e coordenação, muito do planejamento e do pessoal que conduziu os atentados veio de grupos islâmicos radicais locais. Sabe-se que a Al Qaeda estabeleceu e estimulou novos grupos para ampliar os interesses de grupos radicais islâmicos em conflitos locais. Na verdade o Talibã deve ser classificado nesta categoria, as raízes da organização formada por estudantes radicais das madraças fundadas por Bin Laden dos campos de refugiados Afegãos na época da ocupação russa.
4.1.10. Organograma Organogram a da Al Qaeda. A Al Qaeda não tem uma estrutura clara e isto permite o debate sobre quantos membros compõe a organização, se são milhões espalhados por todo o globo ou se são até zero. De acordo com o documentário controverso da BBC: O Poder dos Pesadelos, a Al Qaeda é tão fracamente unida que é difícil dizer se de Osama Bin Laden e uma pequena panelinha de íntimos associados. existe, além de Osama A falta de quaisquer números significativos de membros convictos da Al Qaeda, apesar de um grande número de prisões sob a acusação de terrorismo, é citado no documentário como uma razão para se duvidar se uma entidade espalhada casa com a descrição da Al Qaeda de alguma forma. Ainda, a extensão e a natureza da Al Qaeda permanece um tópico de discussão. O próprio nome Al Qaeda não parece ter sido usado pelo próprio Bin Laden para se referir a sua organização até depois dos ataques de 11 de setembro. Ataques anteriores atribuídos a Bin Laden e a Al Qaeda eram, naquele tempo, reivindicados por organizações sob uma variedade de nomes. Bin Laden mesmo, desde então, tem atribuído o nome Al Qaeda à base MAK no Paquistão, desde os dias da guerra do Afeganistão. Daniel Benjamin em "A Era do Terror Sagrado" cita um incidente no começo da década de 90 onde um documento intitulado. "A Fundação", em árabe "Al-Qa'eda" foi encontrado com um associado de Ramzi Youssef Fawaz A. Gerges escreve que "Apesar de, em 1987, o sheik Abdullah Azzam, o pai espiritual dos árabes Afegãos, ter plantado as
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sementes de uma organização trans - nacionalista chamada 'Al Qaeda al- Sulbah' (a Fundação Sólida), a rede de Bin Laden viu uma luz muito depois, por volta da metade da década de 90."( A Era do Terror Sagrado ) Sagrado ) ( Random House , 2002).
Outros líderes atribuídos a Al-Qaeda incluem, Saif al-Adel, Sulaiman Abu Ghaith, Abu Hafiza, Abu Faraj al-Libbi (preso no Paquistão em 2005), Abu Mohammed al-Masri, Khalid Sheikh Mohammed (capturado em Rawalpindi, Paquistão em 2003), Thirwat Salah Shirhata, Abu Musab al-Zarqawi, Ayman alZawahri, Abu Zubaydah (capturado em 2002).
4.1.11.Início das Operações Militares Contra Civis. Em 23 de fevereiro de 1998, Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri do Jihad Islâmico do Egito instituíram a fatwa sobre a bandeira da Frente Islâmica Mundial pela Jihad contra os judeus e os cruzados dizendo que: "matar americanos e seus aliados, civis e militares é um é um dever individual de todos os muçulmanos capaz de fazê-lo." Kohlmann, Evan F.. Al-Qaida's Jihad in Europe: The Afghan-Bosnian Network . [S.l.]: Berg, 2004.
Apesar de nenhum dos dois possuir credencial islâmica, educação ou estatura para instituírem uma fatwa de qualquer tipo, isto parece ter sido desconsiderado no entusiasmo do momento. Este também foi o ano do primeiro ataque de grande porte atribuído à Al Qaeda, o bombardeio à Embaixada dos Estados Unidos em 1998 na África do Leste, resultando em um total de trezentos mortos. Em 1999, o Jihad Islâmico do Egito uniu-se oficialmente à Al Qaeda, e al-Zawahiri se tornou um confidente íntimo de Bin Laden.
4.1.12. O Terror do 11 de Setembro de 2001. Após os ataques de 11 de setembro atribuídos por autoridades à Al Qaeda, os Estados Unidos começaram a constituir forças militares e a se preparar para atacar o Afeganistão (cujo governo protegia a organização de Bin Laden) como resposta. Nas semanas que precederam a invasão dos norte-americanos, o Talibã ofereceu por duas vezes entregar Bin Laden para um país neutro para que fosse julgado, com a condição que os Estados Unidos provassem a culpa de Bin Laden nos
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ataques. Os Estados Unidos, entretanto, se recusaram e logo depois invadiram o Afeganistão, e, junto com a Aliança Afegã do Norte, depuseram o governo Talibã. Como resultado desta invasão, os campos de treinamento do Talibã foram destruídos e muito da estrutura de operação atribuída à Al Qaeda foi desmantelada, apesar da forte resistência que permaneceu no país e do fato de seus líderes principais, incluindo Bin Laden, não foram capturados. O governo norte-americano agora afirma que dois terços dos principais líderes de toda Al Qaeda de 2001 estão sobre sua custódia (incluindo Ramzi bin al-Shibh, Khalid Sheikh Mohammed, Abu Zubaydah, Saif al Islam el Masry, e Abd al- Rahim al-Nashiri) ou mortos (incluindo Mohammed Atef), apesar de alertar que a organização ainda existe e batalhas entre as forças dos Estados Unidos e o Talibã ainda continuam.
4.1.13. A Importância do Iraque nas Atividades. Osama Bin Laden primeiro se interessou pelo Iraque quando este país invadiu o Kuwait em 1990 (o que levantou preocupações sobre o secular governo socialista iraquiano incluir em seu alvo a Arábia Saudita, pátria de Bin Laden e do próprio Islã). Em uma carta enviada ao Rei Fahd da Arábia Saudita, Bin Laden ofereceu mandar um exército de mujahideen para defender a Arábia Saudita. Durante a Guerra do Golfo, os interesses da organização se dividiram entre a rebeldia contra a intervenção das Nações Unidas na região e o ódio ao governo secular de Saddam Hussein, expressões de preocupação pelo sofrimento pelo qual o povo islâmico no Iraque vinha passando. Bin Laden se referia à Saddam Hussein (e aos Baatistas) como o mal, um adorador do demônio ou capeta, em seus discursos e gravou e escreveu pronunciamentos, pedindo ao povo do Iraque que o depusesse. Apesar do destrato que Osama Bin Laden e Saddam Hussein tinham um pelo outro, relatórios públicos documentaram vários supostos contatos entre as suas organizações. Investigações oficiais feitas pela NSA, CIA, FBI, e o Departamento de Estado Norte Americano, a Comissão de 11 de setembro, e o Comitê de Inteligência Seletiva do Senado levaram a maioria dos analistas a concluir que há evidências de relações corporativas entre eles. Durante a invasão do Iraque de 2003, a al-Qaeda teve um interesse formal maior na região e dizem que foi a responsável por organizar e ajudar ativamente a
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resistência local nas forças de coalisão de ocupação e a democracia emergente. Durante as eleições iraquianas em janeiro de 2005 a al-Qaeda se responsabilizou por nove ataques suicidas em Bagdá, capital daquele país. Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Jama'at al-Tawhid wal-Jihad e suposto aliado da Al- Qaeda, se juntou formalmente à al-Qaeda em 17 de outubro de 2004. A organização começou a adotar o nome de "Al-Qaeda na Terra entre os dois Rios: Iraque", ao invés do antigo nome Jama'at al-Tawhid wal-Jihad. Na fusão al-Zarqawi declarou lealdade a Osama Bin Laden.
4.1.14. Incidentes Atribuídos à Al Qaeda. O primeiro atentado militante que a Al Qaeda alegadamente realizou, consistiu-se de três bombas em hotéis onde tropas americanas estavam hospedadas em Aden, Iêmen, em 29 de dezembro de 1992. Dois turistas, um do Iêmen e outro da Áustria morreram neste atentado, temos notícias recentes de possíveis tentativas de atenta dos envolvendo novamente o Iêmen em outubro de 2010. Há protestos aclamados de que as operações da Al Qaeda foram responsáveis pelo abatimento de um helicóptero norte-americano e na morte de norte-americanos em serviço na Somália em 1993. Ramzi Yousef, que estava envolvido no atentado de 1993 ao World Trade Center (apesar de provavelmente não ser um membro da Al Qaeda naquela época) e Khalid Sheik Mohammed planejaram a Operação Bojinka, que visava destruir aeronaves em voo no meio do oceano pacífico usando explosivos. Um incêndio em um apartamento em Manila, Filipinas revelou o plano antes que ele pudesse ser implementado. Youssef foi preso, mas Mohammed escapou à captura até 2003. A Al Qaeda é frequentemente citada como suspeita de haver cometido dois atentados na Arábia Saudita em 1995 e 1996: as bombas colocadas em acampamentos norte-americanos em Riyadh em Novembro de 1995, que mataram duas pessoas da Índia e cinco norte-americanos, e outro em junho de 1996 atentado às Torres Khobar, que mataram pessoal militar americano em Dhahran, Arábia Saudita. Entretanto, estes atentados são também frequentemente atribuídos ao Hizbullah.
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Acredita-se que a Al-Qaeda conduziu o Atentado à Embaixadas Norte Americanas de 1998 em agosto de 1998 em Nairobi, Kenia, e em Dar es Salaam, Tanzânia, matando mais de duzentas pessoas e ferindo mais de cinco mil outras. Entre dezembro de 1999 até 2000, a al-Qaeda fez os Planos de Atentados do Milênio 2000 contra os Estados Unidos e turistas israelenses que visitavam a Jordânia para as comemorações do milênio; entretanto, as autoridades jordanianas impediram os atentados planejados e levaram 28 suspeitos à julgamento. Parte desta trama incluiu bombas planejadas ao Aeroporto Internacional de Los Angeles em Los Angeles, Califórnia. Estes planos fracassaram quando o homem-bomba Ahmed Ressam foi pego na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá com explosivos no porta-malas de seu carro. A Al Qaeda também planejou atacar os USS Sullivans (DDG-68) em 31 de janeiro de 2000, mas os esforços não foram bem sucedidos devido ao peso excessivo que colocado no pequeno barco que iria bombardear o navio. USS Sullivans, a Al Qaeda teve sucesso em explodir Apesar do revés com o USS Sullivans, uma esquadra americana em outubro de 2000 com o bombardeiro USS Cole. A polícia alemã frustrou o esquema de destruição da catedral de Notre-Dame em Strasbourg, França, em dezembro de 2000. O ato mais destrutivo atribuído à al-Qaeda foi uma série de atentados aos Estados Unidos, os ataques de 11 de setembro de 2001. Vários atentados e tentativas de atentados desde 11 de setembro de 2001 foram atribuídos à Al-Qaeda. Dentre eles o esquema para atacar a Embaixada de Paris, que foi descoberto. O segundo diz respeito a uma tentativa de atentado de um homem com um calçado bomba, Richard Reid, que se auto proclamou um seguidor de Osama Bin Laden e quase destruiu o voo 63 da American Airlines.
4.1.15. Outros Atentados da Al Qaeda e Seus Aliados.
O esquema para atacar as embaixadas de Singapura; O sequestro e assassinato do repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal e várias explosões no Paquistão; O atentado à sinagoga de El Ghriba em Djerba, Tunísia, que matou 21 pessoas;
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Ataques frustrados às esquadras ocidentais no Estreito de Gibraltar;
O atentado ao tanque Limburg;
Um carro bomba Keniano em Mombasa, Kenia e a tentativa de abater um avião israelense em novembro de 2002; As explosões compostas em Riyadh em maio de 2003 e outros atentados da Insurgência da Arábia Saudita; as explosões de Istambul em Istambul, Turquia, em 2003. A Al Qaeda tem ligações fortes com várias outras organizações militantes, incluindo o grupo extremista {{Indonésia|indonésio]] Jemaah Islamiyah. Este grupo foi o responsável pelo atentado de Bali em outubro de 2002 e aos atentados de 2005 em Bali.
Apesar de não haver atentados identificados da Al Qaeda dentro do território dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, vários atentados da al-Qaeda no Oriente Médio, Extremo Oriente, África e Europa causaram casualidades e tumultos extensivos. Na conclusão de vários atentados a trens urbanos de Madrid em 11 de março de 2004, um jornal de Londres relatou ter recebido um e-mail de um grupo afiliado à Al Qaeda, assumindo assumindo a responsabilidade e um vídeo assumindo a responsabilidade também foi achado. O senso de oportunidade dos atentados com as eleições espanholas, e também a falta de provas da real identidade dos criminosos levou a dúvidas acerca da teoria da Al-Qaeda por trás destes atentados. Também se acredita que a Al-Qaeda esteja envolvida nas explosões de 7 de julho de 2005 em Londres, uma série de atentados no trânsito urbano em Londres que mataram pessoas. Um grupo previamente desconhecido denominado "A Organização Secreta da Al-Qaeda na Europa" fez uma declaração se responsabilizando. Entretanto, a autenticidade desta declaração e a ligação do grupo com a Al Qaeda não foi identificada de maneira independente. Os suspeitos criminosos não estão definitivamente ligados à Al Qaeda, apesar do conteúdo de um vídeo feito por um dos homens bomba Mohammad Sidique Khan antes de sua morte e em seguida enviado à Al Jazeera que dão fortes credenciais à conexão com a Al Qaeda. Um grupo aparentemente desconecto conseguiu refazer este atentado mais
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tarde naquele mês, mas suas bombas falharam em detonar. Suspeita-se que a Al-Qaeda esteja envolvida com os atentados de Sharm elSheikh em 2005 no Egito. Em 23 de julho de 2005, uma série de carros bomba matou cerca de 90 pessoas e feriram mais de 150. O atentado foi a ação terrorista mais violenta da história do Egito. Suspeita-se também que a Al Qaeda seja responsável pelos três atentados simultâneos em 9 de novembro de 2005 em Amman, Jordânia que ocorreram em hotéis norte-americanos. As explosões mataram pelo menos 57 e feriram 120 pessoas. A maioria dos feridos e mortos estavam em uma festa de casamento no Hotel Radisson.
4.1.16. As Finanças da Organização Al Qaeda. As atividades financeiras da Al Qaeda têm sido a maior preocupação do governo dos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001, que levaram, por exemplo, à descoberta da evasão de taxas do ex ditador Chileno Augusto Pinochet, pela qual sua esposa Lucía Hiriart de Pinochet, foi presa em janeiro de 2006. Também, foi descoberto pelo repórter investigativo Denis Robert que fundos de Osama Bin Laden no Banco Internacional do Bahrain transitaram através de contas ilegais e não publicadas de "casa limpa" Clearstream, que foram qualificadas como um "banco dos bancos".
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CAPÍTULO V OSAMA BIN LADEN E O REGIME TALIBÃ 5.1. Quem é Osama Bin Laden? Usmah Bin Muhammad Bin Awad Bin Ladin (10 de março de 1957 ou 30 de julho de1957) comumente conhecido como Osama Bin Laden, é um militante saudita armado pela CIA durante a guerra fria para combater as tropas da antiga URSS durante a invasão ao Afeganistão. Tornou-se chefe da Al Qaeda, uma organização islamita com o objetivo de eliminar a influência de países estrangeiros em nações islamitas. Especula-se que tal organização está envolvida em diversos atentados terroristas. É procurado pelo FBI devido aos atentados de 11 de setembro nos EUA, embora não existam provas suficientes de tal. É membro da milionária família Bin Laden, que o renegou publicamente em 1994, pouco antes do governo da Arábia Saudita lhe retirar a cidadania, e anos antes dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Em 7 de agosto de 1998, após a explosão de 2 embaixadas americanas por 2 carros-bomba, em cada um, no Quênia e Tanzânia, que mataram no total de 256 e feriram 5100, ao ser apontado no mesmo dia pelo governo dos Estados Unidos (EUA) como o principal suspeito, Osama Bin Laden se tornou um terrorista conhecido rapidamente, pois até então era desconhecido pelo mundo, mas não o nome do grupo terrorista e sim como "o milionário terrorista Osama Bin Laden". O governo dos Estados Unidos da América indicou Bin Laden como o principal suspeito dos ataques de 11 de setembro, que causaram a morte de pelo menos 2752 pessoas, embora ele não tenha sido formalmente acusado, mas ele assumiu os atentados uma semana antes das eleições dos EUA em 2 de novembro de 2004. Somente depois dos atentados de 11/09, é que a Al Qaeda foi conhecida. Acredita-se que atualmente esteja escondido em algum lugar da fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão, mas segundo publicação no site do jornal francês L'Est Republicain de 23 de setembro de 2006, baseada em informações não confirmadas do serviço secreto francês, Bin Laden teria morrido de Tifo durante o mês de agosto, porém notícias recentes de 2010 em forma de arquivos
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de gravações em áudio e imagens tem sido difundidas em todo o mundo afirmando serem de Osama Bim Laden, pois o mesmo estaria vivo, vivendo no Paquistão. Ayman al-Zawahiri (Maadi, 19 de junho de 1951) é um médico egípcio e proeminente membro da organização terrorista Al Qaeda, e que comanda militantes na jihad islâmica egípcia.
5.2. O Regime Talibã. Talibã significa (em árabe estudantes) é um movimento islamita nacionalista da etnia afegane pashtu, que efetivamente governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de seu governo ter tido o reconhecimento de apenas três países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Paquistão. Seus membros mais influentes, incluindo seu líder Mohammed Omar, eram simplesmente ulemá (isto é, alunos) em suas vilas natais. O movimento Talibã derivou principalmente da etnia pashtu, porém também incluía muitos voluntários não-afeganes do mundo árabe, assim como de países da Eurásia, e do sul e sudeste da Ásia.
5.3.
A Cultura do Talibã
Nas línguas faladas no Afeganistão, o persa (farsi ( farsi ) e o pashtu, taliban significam "aqueles que estudam o livro" (ou seja, o Alcorão). O Talibã pertence ao chamado movimento Deobandi, um movimento islâmico sunita que enfatiza a piedade e a austeridade entre os homens, e as obrigações familiares dos homens. Este movimento emergiu em áreas de etnia pashtu.
5.4. A Ditadura do Governo Fundamentalista Fundamentalis ta Talibã. O Talibã nega ao povo direitos básicos de cidadania e liberdade de ir e vir, dentre outras há proibições de:
leitura de alguns livros;
portar câmeras sem licença;
ir ou assistir ao cinema, à televisão, uso de videocassetes (considerados decadentes e promotores da pornografia ou de ideias não-muçulmanas); uso de Internet;
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música;
uso de roupas para mulheres que não cobrissem todo o corpo;
empinar pipas (considerado perda de tempo, além de serem usadas em rituais hindus);
aparição de mulheres em fotos ou na televisão, ou fotografar mulheres; conversão de islâmicos a outras religiões (o afegane era punido com a morte, e o estrangeiro expulso);
plantio de ópio;
previsão do tempo;
boxe. Embora o esporte continuasse a ser praticado no país, os competidores não podiam participar em torneios internacionais pois não podiam cortar a barba, enquanto as regras internacionais do boxe exigem que o atleta esteja completamente barbeado.
5.5. As Leis Islâmicas. Certa vez no poder, o Talibã instituiu uma forma de lei islâmica, dirigida por estudantes destas leis. Dentre as leis aplicadas, estavam a amputação das mãos de ladrões e o apedrejamento por adultério, como é o caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos e mãe de dois filhos, condenada à morte em outubro de 2010, por ter feito sexo ilicitamente e acusada de envolvimento no assassinato de seu marido. O Talibã aboliu todas as formas de televisão, imagens, artes e esportes. Usar sapatos brancos, a cor do Talibã - era proibido, e os homens eram obrigados a usar barbas longas.
5.6. O Ópio. Apesar de o Talibã ter banido o cultivo de papoulas de ópio em fins de 1997, estima-se que o seu cultivo tenha crescido e que, em 2000, fosse responsável por 72% da produção mundial. A maior parte do ópio afegane é vendida na Europa. O cultivo de papoulas cresceu com a queda do regime Talibã.
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5.7. Mulheres. O regime Talibã impedia as mulheres de trabalhar e tinha regras rígidas sobre a educação feminina. Em alguns casos, as mulheres eram impedidas de terem acesso a hospitais públicos para que não fossem tratadas por médicos ou enfermeiros (homens).
5.8. Outras Religiões. Religiões. Em março de 2001 o Talibã ordenou a destruição de duas gigantescas estátuas de Buda em Bamiyan, uma de 38 metros de altura e 1800 anos de idade, e outra com 52 metros de altura e 1500 anos de idade. O ato foi condenado pela UNESCO e por vários outros países do mundo, incluindo o Irã. Em face de conflitos com anciãos de religião hinduísta, que frequentemente os confundia com islâmicos que haviam desrespeitado a ordem de não rasparem as barbas, o Talibã baixou uma ordem, em maio de 2001, determinando que os hindus, e membros de outras religiões, usassem um símbolo amarelo como identificação. Esta ordem foi posteriormente modificada em junho para obrigar os hindus a usarem uma carteira de identidade especial. O ato de empinar pipas, presente em alguns rituais hindus, foi banido por ser considerada perda de tempo. As conversões de islâmicos a outras religiões foram banidas (o afegane era punido com a morte, e o estrangeiro expulso).
5.9. Relacionamento Relacionamen to com Osama Bin Laden. Em 1996 o saudita Osama Bin Laden mudou-se para o Afeganistão a convite da Aliança do Norte. Quando o Talibã chegou ao poder, bin Laden foi capaz de fazer uma aliança entre este e a sua organização Al Qaeda. Normalmente se considera no Ocidente que o Talibã e a Al Qaeda tinham relações bastante próximas, e que integrantes desta última tenham integrado as forças do Talibã entre 1997 e 2001.
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CAPÍTULO VI A HISTÓRIA DA JIHAD AFEGÃ. 6.1. Definição de Jihad. Jihad, palavra de origem árabe Língua Árabe, significa "exercer esforço máximo", podendo também ser entendida como "luta", cuja ideia essencial é a de se combater em "Guerra Santa", interna [interior], mediante vontade pessoal de se buscar e conquistar a "fé perfeita". "Islam" [Islã ou Islão] quer dizer "submissão (voluntária e incondicional) à vontade de Deus" e é também descrita em árabe como "Deen", que significa "modo de vida" e/ou "religião", de estreita relação etimológica com outras palavras árabes, como: Salaam ou Shalam, que significam "paz". Assim, verifica-se que "Jihad" é exercício pessoal, que tem por fim conduzir o homem ao reencontro com Deus assumiu conotação político-religiosa, levando à contraposição do Islã a seus opositores. O que segue a "Jihad" é conhecido como Mujahid. O Alcorão descreve duas formas de "Jihad": Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como uma Guerra Santa que os muçulmanos são obrigados a travar contra aqueles que são inimigos do Islão ou seja, daqueles que não se submetem a Deus e à paz. Há opiniões divergentes quanto às formas de conflito que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islão. No entanto, alguns grupos acham que isto tem aplicação não apenas à defesa física dos muçulmanos, mas também à reclamação de terra que em tempos pertenceu a muçulmanos ou a proteção do Islão contra aquilo que eles veem como influências que "corrompem" a vida muçulmana. A ideia do Jihad como uma guerra violenta tornou-se mais popular na segunda metade do século XX, especialmente dentro do movimento Wahaabita e nos movimentos fundamentalistas. De acordo com as formas comuns do Islão, se uma pessoa morre em combate no Jihad, ela é enviada diretamente para o paraíso, sem quaisquer punições pelos seus pecados. De acordo com o sociólogo sírio-alemão especialista no Islão, ele próprio um
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muçulmano sunita, Bassam Tibi, o fenómeno do fundamentalismo islâmico é uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão para torná-lo um fator de ação política em proveito próprio.
6.2. Jihad Afegã. A Al Qaeda teve seu embrião na Maktab al-Khadamat (MAK), uma organização formada por Mujahidin que lutavam para instalar um estado islâmico durante a Guerra Soviética do Afeganistão nos anos 1980. A organização foi inicialmente financiada pela CIA. Osama Bin Laden foi um dos fundadores da MAK, juntamente com o militante palestino Abdullah Yusuf Azzam. O papel da MAK era angariar fundos de tantas fontes quanto possível (incluindo doações de todo o Oriente Médio), para treinar mujahidin de todo o mundo para a guerra de guerrilha e para transportar os combatentes para o Afeganistão. A MAK foi custeada em sua maioria com doações de milionários islâmicos, mas também foi abertamente auxiliada pelos governos do Paquistão e Arábia Saudita, e indiretamente pelos Estados Unidos, que direcionou grande parte de seu apoio através do serviço de inteligência paquistanês ISI (sigla para Inter-Services Intelligence ). ). Durante a segunda metade dos anos 1980 a MAK era um grupamento relativamente pequeno no Afeganistão, sem combatentes afiliados, apenas concentrando suas atividades no levantamento de fundos, logística, habitação, educação, auxílio a refugiados, recrutamento e financiamento de outros mujahidin. Depois de uma longa e cara guerra que durou nove anos, a União Soviética retirou suas tropas do Afeganistão em 1989. O governo socialista afegão de Mohammed Najibullah foi rapidamente destituído em favor de partidários dos mujahidin. Com a falta de acordo dos mujahidin na escolha de uma estrutura governamental, sua anarquia sofreu as consequências de constantes mudanças no controle de territórios problemáticos, sucumbindo sob alianças insurgentes e discórdias entre líderes regionais.
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6.3. Ultrapassando os limites do Afeganistão. Afeganistão . Perto do fim da Guerra Soviética do Afeganistão, alguns mujahidin quiseram expandir suas operações para incluir alguns esforços Islâmicos em outras partes do mundo. Algumas organizações sobrepostas e inter-relacionadas foram formadas para suportar estas aspirações. Uma dessas organizações seria eventualmente chamada Al-Qaeda, fundada por Osama Bin Laden em 1988. Bin Laden quis estender o conflito para operações não militares em outras partes do mundo; Azzam, por outro lado, quis manter-se focado em campanhas militares. Após o assassinato de Azzan em 1989, a MAK dividiu-se, com um número significante de membros se juntando à organização do Bin Laden.
6.4. Guerra do Golfo: O Início da Inimizade com os E.U.A. Seguindo a retirada soviética do Afeganistão, Osama Bin Laden retorna para a Arábia Saudita. A invasão iraquiana no Kuwait em 1990 pôs em risco o comando da Casa de Saud pelos sauditas, tanto por dissidentes internos quanto pela iminente possibilidade de um futuro expansionismo iraquiano. Face à massiva presença militar iraquiana, os sauditas eram melhor armados, porém defasados em número. Bin Laden ofereceu os serviços de seus mujahidin ao Rei Fahd para proteger a Arábia Saudita do exército iraquiano. Mas do ponto de vista estratégico, fossem os iraquianos expulsos do Kuwait, a Arábia Saudita seria a única ligação terrestre possível para forças internacionais inibirem uma invasão iraquiana. Depois de muita deliberação, o rei saudita recusou a oferta de Bin Laden e optou por deixar os Estados Unidos e as tropas aliadas montarem acampamento em seu país. Bin Laden considerou a decisão um ultraje. Ele acreditava que a presença de estrangeiros na terra das duas mesquitas (Meca e Medina) profanaria solo sagrado. Depois de criticar publicamente o governo saudita por acolher o exército estadunidense, Bin Laden foi exilado e teve sua cidadania saudita revogada. Logo depois, o movimento que viria a ser conhecido como Al Qaeda foi formado.
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6.5. Sudão. Em 1991, a Frente Nacional Islâmica do Sudão, um grupo islâmico que tinha ganhado poder recentemente, convidou a Al Qaeda à deslocar suas operações para dentro de seu país. Por vários anos, a Al Qaeda gerenciou vários negócios (incluindo negócios de importação/exportação, fazendas, e empresas de construção) no que pode ser considerado um período de consolidação financeira. O grupo foi responsável pela construção de uma grande autoestrada de 1.200 km conectando a capital Kartum ao Porto do Sudão. Mas também gerenciou alguns campos onde aspirantes foram treinados ao uso de armas de fogos e explosivos. Em 1996, Osama Bin Laden foi convidado a se retirar do Sudão depois que os Estados Unidos impingiu um regime de extrema pressão para que ele sua expulsão, citando possíveis ligações dele com a tentativa de assassinato ao Presidente Hosni Mubarak do Egito enquanto sua carreata acontecia em Addis Abeba. Há uma controvérsia sobre se o Sudão ofereceu entregar Bin Laden para os Estados Unidos antes de sua expulsão. O governo sudanês nunca fez realmente esta oferta, mas estava preparado para entregá-lo à Arábia Saudita, que se recusou a recebê-lo. Osama Bin Laden deixou finalmente o Sudão em uma operação bem planejada e executada, acompanhado por cerca de 200 de seus seguidores e suas famílias, que viajaram diretamente para Jalalabad, Afeganistão, no final de 1996.
6.6. Bósnia. A separação da Bósnia da multicultural federação da Iugoslávia e a subsequente declaração da independência da Bósnia-Herzegovina em outubro de 1991 abriu um novo conflito étnico e quase religioso no coração da Europa. Bósnia e Herzegovina eram etnias diferentes, com uma maioria nominal muçulmana, mas com números significantes de outras etnias, como a Sérvia, que é cristã ortodoxa e Croácia, que é católica romana, distribuídas pelo seu território. Ela se constituía em um grande porém fraco componente militar da antiga Iugoslávia, e a desintegração iugoslava acabou deixando alguns sérvios e croatas dentro da Bósnia, suportados pelos seus estados adjacentes emergentes, engajados em um conflito triplo contra a porção da Bósnia dominada.
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Veteranos árabes radicais da guerra contra os soviéticos no Afeganistão buscavam na Bósnia uma nova oportunidade de defender o Islã. Cercados, em dois frontes, e aparentemente abandonados pelo oeste, o regime bósnio ansiava aceitar qualquer ajuda que pudesse conseguir, militar ou financeiramente, incluindo a vinda de várias organizações islâmicas, sendo a Al Qaeda uma delas. Vários associados a Osama bin Laden (mais notadamente, o saudita Khalid bin Udah bin Muhammad al-Harbi, vulgo Abu Sulaiman al-Makki) se juntaram ao conflito na Bósnia, mas enquanto a Al Qaeda deve ter inicialmente visto a Bósnia como uma possível ponte que lhe permitiria a radicalização dos europeus muçulmanos para operações contra outros estados europeus e os Estados Unidos, a Bósnia deve ter sido secularizada por gerações e seu interesse em lutar estava amplamente limitado a assegurar a sobrevivência do estado nascente. O "Mujahidin da Bósnia" (que compreendia amplamente os veteranos árabes de guerra Afegã e não Necessariamente os membros da Al-Qaeda) era operado como uma ampla força autônoma dentro da Bósnia central. Enquanto sua bravura no combate inicialmente atraiu um pequeno número de bósnios nativos para que se juntassem a eles, sua brutalidade e o crescente número de atrocidades cometidas contra civis chocaram muitos bósnios nativos e repeliram novos recrutas. Ao mesmo tempo, suas tentativas vigorosas em "islamizar" a população local com regras sobre vestimentas e comportamentos apropriados foram amplamente repudiadas e desconsideradas. Em seu livro O Jihad da Al-Qaeda na Europa: a ligação Afeganistão-Bósnia , Evan Kohlmann resume: "Apesar dos esforços vigorosos para „islamizar‟ a população muçulmana da Bósnia, os nativos não podiam ser convencidos de abandonar os porcos, o álcool e manifestações públicas de afeto. As mulheres Bósnias persistentemente se recusaram a usar o Hijab ou seguir os outros mandamentos para o comportamento feminino, prescritos pelo extremo fundamentalismo Islã." Kohlmann, Evan F.. Al-Qaida's Jihad in Europe: The Afghan-Bosnian Network. [S.l.]: Berg, 2004.
A assinatura do Acordo de Washington, em março de 1994, pôs um fim ao conflito Bósnia-Croácia. Enquanto o "Mujahidin da Bósnia" continuou a lutar contra os sérvios, o Acordo de Paz de Dayton em novembro de 1995 acabou com aquele
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conflito e fez com que os lutadores estrangeiros debandassem e deixassem o país, ficando a ajuda condicionada a isto. Com o apoio do governo da Bósnia, forças da OTAN entraram efetivamente em ação para fechar suas bases e deportá-los. A um número limitado de antigos mujahidin, que tinham ou casado com nativas da Bósnia ou que não puderam achar um país para o qual pudesse ir, foi permitido ficar na Bósnia e eles foram agraciados com a cidadania Bósnia. Mas com o fim da guerra na Bósnia, muitos veteranos comprometidos e endurecidos pela batalha já haviam retornado a territórios familiares. Nas palavras de Arend, isto significa que: ... A expansão do Ocidente se relaciona com a globalização dos conflitos na civilidade na medida em que ela universaliza um conjunto de valores em detrimento de outros, colocando as bases do sistema de legitimação no qual se basearão as atitudes e ideias políticas em âmbito âmbito global (AREND,2006).
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CONCLUSÃO Todos nós oramos para que as guerras e o terrorismo tenham um fim, e venha a tão esperada paz no Oriente Médio e não morram mais pessoas inocentes, e se o nosso Deus, o Deus de Israel ainda nos der mais tempo de permanecermos sob sua graça, não te deixes confundir se em breve começar a „‟paz‟‟. Israel terá por pouco tempo as simpatias das nações como suas amigas e aliadas, até mesmo a Arábia Saudita sua inimiga mortal, deu a entender durante as últimas guerras atuais que não se oporia a passagem de aviões israelenses sobre seu território, se Israel quisesse responder aos ataques de nações vizinhas. Havia recentemente uma onda de paz entre as nações fronteiriças com Israel, mas rumores de novos ataques começam a levantar a cabeça, é possível advir no Oriente Médio uma falsa paz e se tornar o período mais perigoso da existência do Estado de Israel, pois é notável, nos países árabes e outros, que mais o odiavam mostrem-se, pela primeira vez amistosos e compreensivos com Israel. A Bíblia Sagrada nos adverte para um tempo de falsa paz, e se nós não estivermos enganados, em breve acontecerá o que foi escrito por Paulo inspirado pelo Espírito Santo, há mais de dois mil anos, segundo I Tessalonicenses 5.1-5.
„‟ Irmãos, Irmãos,
com relação aos tempos e as épocas, não há necessidade que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia do senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: paz e segurança, eis que lhe sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto a mulher que está prestes a dar a luz; e de nenhum modo escaparão. Mas, vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia vos apanhe como ladrão de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz, e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas ‟‟ ‟‟ . Bíblia Sagrada. (Edição Revista e Atualizada no Brasil da Sociedade Bíblica do Brasil).
Estamos no final dos tempos e este texto, nos fala de muitas formas no nosso íntimo, sendo assim, eu te faço uma pergunta bem pessoal, és tu um filho da luz? Pertences aos filhos do dia? E que não são da noite? Ou ainda andas na penumbra, nas trevas? Então é uma pessoa enganada e tem a falsa paz, a paz sem Jesus, o Príncipe da Paz. Que paz é esta, pedida em passeatas nas ruas por milhares de pessoas com faixas e cartazes? Trata-se de uma paz enganadora, sim, anticristã, essa que é
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exigida no meio do barulho das passeatas e manifestações. E quando olhamos para estas manifestações de paz vemos a cruz de Nero nas faixas. Este é um sinal anticristão. Nesse fundamento de maneira alguma se pode encontrar a paz verdadeira, real e eterna, pois as guerras nascem na falta de paz com Deus no coração de cada ser humano individualmente. Mas tu que talvez viva sem paz na tua alma, pois talvez o pecado lhe perturbe, vem agora ao Senhor Jesus Cristo, pela primeira vez ou novamente, faça uma clara decisão, por Jesus Cristo que te diz agora assim: „‟ Deixo-vos Deixo-vos a paz e a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá;
não se turbe o vosso coração, nem se atemorize ‟‟ ‟‟ . (João 14.27). Bíblia Sagrada. (Edição Revista e Atualizada no Brasil da Sociedade Bíblica do Brasil)
MARANATA, VEM EM BREVE O SENHOR JESUS!!! O PRÍNCIPE DA PAZ.!!!!
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