RESENHA DO LIVRO O FEUDALISMO DE PAULO MICELI.
Marcos Soares da Silva – R. A. 142233
Paulo Miceli é paulista, nascido em 1950 e professor de História da Unicamp desde 1985, onde fez seu Mestrado e Doutorado. !eudalismo de Paulo Miceli é um li"ro escrito em lin#ua#em acess$"el e simples, sem termos comple%os nem #randes di"a#a&'es. !eudalismo é apresentado de forma #eral, iniciando(se pelos e"entos )istóricos *ue possi+ilitaram seu desen"ol"imento, +em como as rela&'es sociais e de dom$nio, a "ida dos po+res e ricos, #uerreiros e ca"aleiros, a "ida na cidade e no campos e a "ida comercial. li"ro inicia(se com uma apresenta&o resumida da "ida do autor e o re#ist re#istro ro de um +ate(p +ate(papo apo com ele, ele, *ue respon responde de *uatro *uatro *uest' *uest'es es refere referente nte ao tra+al)o e o tema em *uesto. -a primeira *uesto fala so+re seu en"ol"imento com o tempo e como isso aconteceu, em se#uida, respondendo a se#unda *uesto comenta em lin)as +em #erais so+re o feudalismo fora da uropa ocidental. / terceira per#unta refere(se a importncia do estudo do feudalismo para o estudante +rasileiro *ue é respondida pelo autor com al#umas afirma&'es, uma delas 2/ssim, no ac)o poss$"el, por e%emplo, con)ecer a )istória do nosso pa$s após a in"aso dos europeus descon)ecendo a )istória da uropa dos séculos 34 e 34.6 / *uarta per#unta refere(se 7 e%plica&o e%plica&o do termo 2contadores de )istória6, *ue é utilizado no li"ro. -o primeiro cap$tulo o autor situa o leitor no cenrio no *ual se desen"ol"e o feudalismo, mencionando cidades pe*uenas e uma enorme *uantidade de florestas. Ha"ia uma rela&o mais $ntima com a natureza e%plicada pela dependncia das condi&'es condi&'es climtica climticas s e da terra, principalme principalmente, nte,
para so+re"i" so+re"i"ncia. ncia. Per$odo Per$odo de
escassez e de fome, com ca&a restrita, +ai%a produ&o a#r$cola, re+an)o reduzindo e catstrofes naturais. se#undo cap$tulo fala so+re a época do feudalismo, inicia(se com uma :ustificati"a para o estudo deste e enfatiza *ue trata(se de uma )istória de seres )uma )umano nos. s. ste ste cap$ cap$tu tulo lo trat trata a so+r so+re e a dad dade e Médi Média, a, de form forma a #era #eral, l, incl inclui uind ndo o conceitos e preconceitos em rela&o a este per$odo da )istória mais ou menos definido. !ala da *ueda do mpério ;omano e das 2in"as'es +r+aras6, ou mel)or, das rela&'es entre romanos e 2+r+aros6 *ue "ai facilitar aos
deslocarem(se na dire&o do mpério ;omano. cap$tulo termina mencionando o sucesso dos francos na morosa consolida&o de seu stado *ue ocorreu com o apoio da #re:a. Paulo Miceli tam+ém dedica um cap$tulo, o terceiro, para falar so+re um poder a+soluto = / #re:a. Miceli comenta *ue, :untamente com a *ueda mpério ;omano, a cren&a em "rios deuses tam+ém come&ou a ser a+alada e como o cristianismo esta"a em ascenso, este se imp'e como reli#io oficial o *ue faz os cristos passarem de perse#uidos para perse#uidores proi+indo a realiza&o de cultos pa#os nas cidades assim, a*ueles *ue *ueriam realizar tal culto, passaram a faz(lo fora delas. / #re:a se fortalece como institui&o e, apesar da autoridade do rei ser a maior da época, o poder de fato esta nas mos da #re:a pois até mesmo os reis dependiam dela para e%ercer autoridade, em rela&o a isto o autor afirma 2-o se pode pensar em feudalismo ou dade Média sem considerar essa realidade a #re:a foi o principal persona#em, impondo os "alores do cristianismo 7 todas as esferas da "ida.6 / #re:a se tornou uma #rande proprietria de terras, media e controla"a o tempo por meio de to*ues de sinos 2tempo de repouso e tempo de tra+al)o> tempo de ora&o e tempo de festa> tempo de "ida e tempo de morte.6 !eudalismo propriamente dito é e%planado no *uarto cap$tulo. autor inicia a discusso pelo termo feudo *ue desi#na uma certa forma de posse so+re al#uns +ens, mas no sentido de usufruto, a partir da$ descre"e as rela&'es sociais e de dom$nio relacionadas ao feudalismo. / ri*ueza era distri+u$da de maneira desi#ual, )a"iam escra"os e ser"os e pessoas com poder so+re eles. Uma parcela da popula&o era de camponeses *ue, mesmo sendo li"res, de"ido a dificuldade da época, c)e#a"am a desistir desta li+erdade e se tornarem escra"os para conse#uir sustento. ?rande parte dos camponeses *ue permaneciam li"res culti"a"am terras de outra pessoa, de"endo prestar ser"i&os o+ri#atórios a este *ue era seu sen)or. @om o tempo a diferen&a entre escra"o e campons diminuiu ainda mais assim "ai se delineando as rela&'es na sociedade feudal, *ue esta"am +aseadas no poder so+re os )omens e so+re a terra ao mesmo tempo = as 2 relações de dominium6 como o suserano e seus "assalos, por e%emplo. ste cap$tulo tam+ém trata dos #uerreiros e ca"aleiros e o futuro #rande oponente dos feudos = os burgos, e conclui o cap$tulo falando da "ida comercial da época. -o
com isso aumentado a opresso so+re a*ueles *ue eram seus ser"os. /s o+ri#a&'es do po"o cresciam e come&aram a ocorrer re"oltas por parte dos camponeses o *ue faz com *ue a no+reza "olte(se contra o campesinato o *ue contri+ui para o fortalecimento da +ur#uesia, 7*uela *ue iria derrotar a no+reza muitos anos depois. autor conclui este cap$tulo com uma f+ula 2 leo, a raposa e o lo+o6, relacionando cada persona#em *ue aparece na f+ula 7 um se#mento da sociedade da época. /o final do li"ro o autor inclui um cronolo#ia de acontecimentos desde o século 4 até o século 34, compreendendo os anos A11 7 1AB8, além de "inte *uest'es para refle%o como *ue em um apndice. M@C, P. O
feudalismo. .
ed. Eo Paulo /tual, 199B. FDiscutindo a )istóriaG