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rodução do e-book
Dados Inter Internacionai nacionaiss de Catalog Catalogaç ação ão na Publica Publicaçã çãoo (CIP) (Câm ara ar a Brasi ra sileira leira do Livro, Livro, SP, SP, Brasil) Brasil) Alves, Renato O cérebro cére bro com o foco e dis discipl ciplin inaa / Renato Alves. Alves. -- São São P aulo : Edito Editora ra Ge Gent nte, e, 2014. Bibliografia. ISBN ISBN 978-85-452-0013978-85- 452-0013-00 1. Cérebro 2. Criatividade 3. Memória - Treinamento 4. Realização pessoal 5. Realização profissional I. Título.
14-10284 Índice para catálogo sistemático: 1. Mente e cérebro : Psicologia 153 2. Cérebro e mente : Psicologia 153
CD
Dedico De dico este e ste livro a minha esposa e companhe c ompanheira ira de todas as batalhas, Ariane Alves, e ao nosso amado Miguel.
Agradecimentos
Para Pa ra escrever escr ever este livro livro busquei busquei ins inspi pira raçã çãoo em m uit uitas pessoas. pessoas. Alunos, parceiros, amigos, agradeço a cada um de vocês que contribuíram, direta ou indire ndiretam tamente ente com suas suas experiências e come c oment ntár ário ioss par paraa que est e staa obra ganhass ga nhassee corpo. c orpo. Agradeço a todos os meus colaboradores, em especial a Kátia Simões, uma das melhores assessoras que um palestrante poderia ter. Agradeço também aos amigos da Editora Gente pelo apoio a este projeto, em especial a Marília Chaves, Carolina Rocha e Rosely Boschini, que sempre me trataram com muito carinho e atenção. Finalmente, um agradecimento especial a três homens que influenciaram positi positivam vam e nte a m inha vida e por isso isso sem se m pre ganhara ganha ram m em m e u cora c oraçç ão o status não nã o de am igos igos,, mas m as de pais. Obrigado valdomiro Bernava pelo exemplo de disciplina e lucidez, Décio Bernava pelo exem exe m plo de bondade e simpati simpa tiaa e Ge Gera raldo ldo Franco, Fra nco, o Ge Gera raldi ldinho, nho, pe pelos los exe e xem m plos de equilíbrio, luz e paz mental.
Sumário Sumário
Introdução Introdução Capítulo 1 — Mente indisciplinada é mente fraca Parece m Parece ment entiira, mas m as acontece aconteceuu e poderia poderia ter sido sido com você Pensar demais é um problem a ? O objetivo objetivo é o auto a utocontrole controle e a paz m ental ental Você cont c ontrol rolaa a m ente ou é ela quem faz fa z a festa f esta dentro dentro de você? Capítulo Capítulo 2 — Especialistas em distrações Paz Pa z exter exterio ior, r, guerra guer ra interio interior r A distância distância entre TER e SER Você, sua mente e sua memória O moment mom entoo “candy “c andy crush” crush” Capítulo Capítulo 3 — Onde Onde c ome ome çam as distraç distraçõe õess É fáci fác il criar uma dist distraç ração ão De onde onde vêm as distrações? as distrações? Todas as suas escolhas estão corretas Capítulo 4 — Estados mentais e os problemas mais comuns Preocupaç Pr eocupação: ão: quando quando as coisas coisas não vão bem Vício: Vício: quand quandoo não temos tem os a opção de parar para r Ladrões de de atenção Medo que que nos mant ma ntém ém na zona zona de confort c onfortoo Retrabalho Atenção desg de sgovernada overnada Improdutividade: a morte dos sonhos Capítulo 5 — Os caminhos para a blindagem emocional Quem determ determ ina a sol solução ataca ou foge? foge? Compreenda ompre enda os pensam pensam entos entos
Protej Protej a as emoçõ em oções es
Capítulo 6 — Reação inteligente: criando relações saudáveis Veja com os olhos da benevolência Capítulo Capítulo 7 — As met metas as par paraa desenvolve desenvolverr o autocontrole autocontr ole Meta 1 — Evite comparações Meta Meta 2 — Faç Façaa sua parte sem esperar espera r nada de ningu ninguém ém Meta Meta 3 — Alcance Alcanc e a reali re alizzação aç ão pela humil hum ildade dade Meta Meta 4 — Aprenda Aprenda a rec r eceber eber críti críticas ca s Meta 5 — Não Nã o crit cr itiq ique ue Meta 6 — Não julgue Meta Meta 7 — Aprenda a rec r eceber eber conselhos conselhos Meta 8 — Não aconselhe Meta 9 — Faça declarações positivas Meta Meta 10 — Fale Fale m enos, reflita reflita mais m ais Meta Meta 11 — Na m edida edida do poss possív ível, el, diga diga sem pre a verdade ve rdade Capítulo 8 — Organização, coragem e disciplina O que falta para você realizar seus sonhos? Organizaç Organização: ão: seu novo valor valor m oral Coragem ora gem e disciplina disciplina Assuma definitivamente o controle Capítulo 9 — Agora você tem o poder Conclusão Refe Re ferê rên ncias bibli ibliográficas ográficas
Introdução
xplicar a m ente humana hum ana não é tarefa taref a fácil fá cil.. Há séculos, séculos, pensadores, pensadores, cientis cientistas tas e filóso filósofos fos Explicar tentam encontrar a melhor maneira de defini-la. A mente é transcendental, subjetiva, abstrata? Será interna, alojada em algum compartimento no cérebro; ou externa e coletiva, como uma rede de telecomunicação sem fio? Essas e outras perguntas me fizera fizeram m m ergulhar ergulhar no tem tem a. Já faz vinte anos que estudo a mente humana e todas as vezes que precisei explicá-la para par a a lguém não o fiz c om palavra pala vras, s, porque é rea re a lme lm e nte difícil e xplicá xplicá-la -la a penas pena s c om esse recurso. Se você, por exemplo, me pedisse para explicar essa fabulosa faculdade humana, eu certamente o faria por meio de palavras sim, mas também rascunharia um desenho. O desenho seria de uma grande lona de circo com as laterais abertas, perm per m itindo-nos itindo-nos ver tudo o que se passa em seu inte inte rior. rior. Emba Em baixo ixo da lona, no c e ntro do circo, teria — como já seria de se esperar — um enorme picadeiro, onde o espetáculo da vida vida m ental se se desd de sdobraria obraria na presença de um único único esp e spec ectado tador, r, sentado sentado na única única cadeira ca deira existente. E esse solitário espectador seria você . E se eu pudesse falar das atividades que ocorrem dentro desse circo chamado mente, enfatizaria mais as emoções, que seriam os artistas do picadeiro. Não poderia me esquecer, porém, de citar a memória, o raciocínio e os pensamentos — a turma dos bastidores bastidore s que trabalha tra balha duro e dá suporte para par a que o show no picadeir pica deiroo m e ntal ac a c onteça onteç a . Em algumas ocasiões, esse fabuloso picadeiro apareceria vazio. Entretanto, durante a maior parte do tempo ele estaria ocupado, completamente agitado, como se o apresentador, o trapezista, o malabarista, os palhaços, as feras e os dançarinos entrassem todos ao a o mesmo mesm o tempo, estimulando, assustando, alegrando, confundindo, irritando e cansando ca nsando o solitário solitário especta e spectador dor.. Um circo. Essa Essa é a m elhor elhor maneira m aneira de exp e xpllicar ca r a m ente ente do cidadão cidadão contem contem po porâneo. râneo. Mente agitada, com pensamentos desconexos, desorganizados e viciosos. Ausência total de foco. Um roteiro mental repetitivo que serve apenas para sugar as energias e tem produzido produzido na vida da dass pessoas pessoa s m a is dece dec e pções pçõe s do que realiz re alizaa ç ões. Um c irco irc o caóti ca ótico co no qual foco, silêncio e criatividade cederam lugar para ansiedade, medo e decepção. E isso não está está cer c ertto. Tenho conversado com muitas pessoas e percebi que a humanidade está cada vez mais à beira do precipício com a mente, ou melhor, por causa dela, e foi por isso que me motivei a escrever este livro. Afinal, infelizmente, vejo jovens cheios de energia,
inteligentes, inovadores, com potencial de ajudar muitas pessoas, mas perdidos quando prec pre c isam agir. agir. Hom ens e m ulhere ulher e s c om futuro prom issor, issor, m a s c om ideias que não decolam, com ideais que não passam de boas intenções. Uma geração que perde a cada dia a velha capacidade de verdadeiramente “pôr a mão na massa”, que traça muitos proj etos, faz fa z m uita uita s reuniões, re uniões, toma tom a decisões dec isões e stratégica straté gicas, s, m a s não tem forç for ç a m oral ora l de colocar nada em prática, não tem poder de realização. São pessoas com mentes incríveis que são desperdiçadas no processamento de eventos trivi triviais ais e repetit r epetitiv ivos os,, com o checa che carr a todo todo ins instant tantee a caix ca ixaa de m ensagem no cel ce lular ular,, se o cabelo está desarrumado, se a roupa está amarrotada; são pessoas ansiosas, que mendigam a atenção de alguém por meio de uma curtida ou um comentário sobre uma foto recém-publicada na internet. Trata-se de uma desordem interna, que se reflete em dias dias cada c ada vez m ais curtos, curtos, desordenados desordenados,, tarefas taref as sem pre atrasadas e projetos proj etos incrívei incríveiss que que não alçam voos mais altos do que a primeira gaveta de uma escrivaninha. Consegue visuali visualizzar essa situaçã situação? o? Hoje, principalmente nos grandes centros, é raro encontrar alguém que viva momentos de paz mental; momentos em que seja possível se concentrar e dirigir a energia e o foco na realização de tarefas de fato importantes. Os poucos lapsos de consciência e lucidez sobre prioridades que muitas pessoas experimentam em geral acont ac ontec ecem em no lugar lugar erra e rrado, do, na na pior pior hora possív possível. el. Você j á deve de ve ter tido tido uma ideia ideia fant fa ntást ástica, ica, um insight criat cr iativ ivoo ou se se lem brado de uma um a providência providênc ia que de dever veria ia ser toma tom a da na m esm a hora, hora , m a s e stava debaixo deba ixo do chuveiro, chuve iro, dirigindo ou até mesmo durante o ato sexual. Convenhamos, nessas horas não dá para sim sim plesm plesmente ente largar tudo, tudo, sair correndo corre ndo e faz f azer er o que que deveria de veria ser feit fe ito. o. Nesses Nesses mome m oment ntos os,, nós nos sentimos totalmente sabotados pela mente. Aliás, não só nessas horas, mas o tem po todo todo.. Quando a m ente não nos sabot sabotaa dando gra grandes ndes ideias ideias em m omento om entoss e lugar lugares es inconvenientes, nconvenientes, o restante restante do tem tem po ela é a resp re spons onsável ável por um verdadeiro verdade iro infer inferno no ment me ntal al dentro de nós. nós. Talvez você já tenha experimentado em algum momento aquilo que denomino inferno mental. São aquelas ocasiões em que a mente produz um volume de pensamentos inúteis e desconexos tão insuportavelmente grande que parece que você vai enlouquecer. São pensamentos em série que oscilam entre bons, ruins, otimistas, pessimistas, sensuais, egoístas, egocêntricos, solícitos, arrogantes, autodepreciativos, autoritários. Alguns são carregados de humor, outros de tristeza; surge um de simpatia, o seguinte de apatia, mais adiante aparecem aqueles que remoem frustrações, preocupações, tristeza, medo... esses momentos, a mente parece uma televisão ligada 24 horas ininterruptas que exibe progra progr a m a s de todos os tipos, tipos, gêner gê neros os e inte inte nsida nsida de des. s. Par P araa piorar, piora r, quando não tem ne nenhum nhum pensam pensa m ento orbitando a c abeça abe ça,, surge uma um a m úsica irrit irr itante ante c ujo uj o refr re frãã o, repe re peti tido do mil m ilhar hares es
de vezes, cria e reforça a memória de modo tão surpreendente que você nunca mais a esquece. O fato é que aquilo que parece loucura, hiperatividade, esquizofrenia, dupla personalidade per sonalidade m uita uita s vezes é, na ve verda rdade de,, falt fa ltaa de autocontrole, a utocontrole, um a total incapac inca pacidade idade de gerenciar distrações que só param quando, no final da noite, exausto, você adormece... para par a da dali li a pouco pouc o tem te m po ac a c ordar orda r c om o desper de spertador tador.. E todos nós já j á passam passa m os por isso isso não nã o apenas apena s um um a vez, m as cent ce ntena enass de de vezes. Conheci pessoas que nasceram, viveram e morreram escravas da mente ou por causa dela. Confesso também que por muito tempo eu fui escravo da minha mente; entretanto, com muito policiamento, conhecimento e técnicas, dia a dia tenho conseguido me libertar das armadilhas dos pensamentos desconexos. Como todo ser humano, tenho qualidades e muitos defeitos. Sou solícito em algumas situações, mas altamente egoísta em outras. E quem não é? No entanto, com meu desenvolvimento, muita coisa já mudou. Melhorei muito depois que aprendi a gerenciar minhas distrações. A disciplina e o autocontrole me ensinaram, de modo exemplar, a espiar, conhecer e interagir com a minha mente. Afinal, da mesma maneira que ela pode ser um fardo, se compreendida pode ser a sua m e lhor fonte de inspira inspiraçç ã o, o am biente da legítim legítim a pa pazz m e ntal. Hoj e consi consigo ver ver o tem tem po pass passar ar em câm era lenta enta e essa essa é uma sensação sensação m aravi ara villho hosa. sa. Talvez você não tenha se dado conta ainda, mas existe uma batalha invisível que travam ra vam os diariam diariamente ente na tentati tentativa va de trazer trazer a m ente para par a o nosso nosso lado. lado. Às vezes vezes sentim sentim os que poderíamos ter feito melhor aquele trabalho, ter nos dedicado mais aos nossos semelhantes ou ter feito a coisa certa para não perdermos uma oportunidade. Se a mente é um picadeiro, somos nós que devemos dirigir o espetáculo. Por isso, durante muito tempo, resolvi me dedicar ao estudo da mente, a fim de aproveitar ao máximo os benefíc bene fícios ios desse conhec conhe c imento im ento – e a gora c ompa om partilh rtilhoo m inhas descobe desc oberta rtass com você. você . Conhecer a mente será seu grande trunfo. Se deseja aumentar sua capacidade de foco e brilhar nos palcos da vida, esta e sta é a aventur a venturaa que proponho com c om este livro. livro. Não Nã o quero quer o ser pretensioso pre tensioso dizendo dizendo que desvendei desve ndei a m e nte huma hum a na, essa infinita infinita e enigmá enigmáttica cai ca ixa-preta que nos acompanha. Acredi Acre ditto que que nenh nenhum um ho hom m em j am ais chegou chegou perto per to de c ompre om preee ndê-la ndê- la tota tota lmente lm ente.. Minha Minha inte inte nção nçã o é m a is m odesta, odesta , porém poré m não m e nos ousada e útil. Acredito que poderei contribuir com o seu desenvolvimento por meio das linhas deste livro, ajudá-lo a conhecer e a preparar o picadeiro; vou colocar o roteiro em suas mãos e mostrar o caminho para uma atuação com excelência. Apresentarei ótimas dicas de como conquistar aquilo que experimento todos os dias e que tem sido cada vez m ais “obj “obj eto de de desej de sejo” o” do ser ser humano: huma no: o autocont autocontrol role, e, a paz m ental. Como já disse, muitas vezes me senti escravo da mente, mas hoje sou eu quem dá as cartas. Aprendi a não reprimir, esconder, neutralizar ou brigar com pensamentos
negativos, fracos, inapropriados. Uso uma nova abordagem, a de entender sua natureza, descobrir suas origens e abraçá-los. Ao fazer isso, vi muitas vezes de camarote o pulveriz pulver izar ar de suas influências influênc ias negativas ne gativas que, que , se não nã o fossem c ontidas ontidas a tem po, poderiam poder iam ter determ inado inado m eu dest de stin inoo desfavoravelme desfavora velment nte. e. Com isso isso,, posso posso diz dizer que hoje hoj e vivo vivo em paz com minha mente e meus pensamentos. Sem falsa modéstia, gerencio com excelência esses anjos e feras que se apresentam no mesmo picadeiro. O que as pessoas mais próximas próxim as c ham a m de pa paciê ciência ncia,, m e us pa parc rceir eiros os de trabalho tra balho cham cha m am de c alm a ; m e us amigos, de sorte; alguns especialistas, de lei da atração, e minha esposa, de maneira divertida, de sangue de barata, eu chamo de autocontrole, equilíbrio, paz mental e liberdade. Entrar profundamente em si mesmo e conhecer a própria mente lhe permitirá experim experim entar entar aquil aquilo que que ho hojj e é m eu lema e o qual qual quero quero comparti c ompartillhar com c om o máxi m áxim m o de pessoas pessoa s possível: possível: o cultivo cultivo da paz pa z m e ntal. Com Com a m ente a seu se u favor fa vor e não contra c ontra,, é possíve possívell conquistar feitos incríveis, como relacionamentos fantásticos, bens materiais que sempre desejou e, principalmente, uma vida plena, presente, contemplando cada minuto dessa curta jornada que temos na Terra. Creio já ter conquistado muitas coisas importantes e que realmente valem a pena na vida de um homem, como um ambiente familiar estável, equilibrado e amoroso, uma profiss prof issãã o na qual m e sinto sinto rea re a liz lizado e uma um a situa situaçã çãoo financ fina nceir eiraa confortá conf ortável. vel. Apre Apr e ndi a gerenciar as distrações, dirigir o espetáculo da mente e canalizar minhas energias para fazer as escolhas certas. Agora, quero convidá-lo a fazer o mesmo. Acredito, sinceramente, que após a leitura deste livro você vai experimentar um estado de felicidade que, talvez, não experimentasse há muito tempo. Afinal, só você sabe o que se passa a í dentro, não nã o é? é? Portanto, procure um local agradável e isole-se para que não seja interrompido. Leia sem pressa, com calma, saboreando, refletindo, filtrando, aceitando, incorporando as ideias aqui apresentadas e evoluindo em cada tema. A minha proposta é de que revol re volucione ucione a sua vida vida pessoal, social, social, profissio profissional nal e m ental. Com este livro, quero ajudar o maior número de pessoas. Assim, ficarei honrado em receber um e-mail contando-me suas impressões e sua experiência com os ensinamentos apresent apre sentados ados aqui. aqui. Sin Sintta-se a- se com pletam pletam ente à von vontade tade para m e escre e screver ver.. Aproveite Aproveite as ideias ideias deste deste livro ivro e faça fa ça uma ótima ótima leitura. eitura.
Renato Alves
[email protected]
CAPÍTULO APÍ TULO 1
Men Me nte ind indiscipli isciplin nada ada é mente fraca fr aca
PARECE PAR ECE MENTIRA, MENTIRA, MA MAS S ACONTECEU ACONTECEU E PODERIA TER TER SIDO COM VOCÊ
Um passageiro está aguardando a chegada do ônibus no ponto, como faz todos os dias. De vez em quando ele vai até o limite da calçada verificar se o transporte se aproxima. Está ansioso, e isso é visível ao prestar atenção em sua mão direita, cujos dedos enrolam e desenrolam freneticamente uma nota de 5 reais, o único dinheiro que ele possui para pagar paga r o transporte. tra nsporte. Passado algum tempo, ele avista o ônibus se aproximando. Quando o veículo finalmente para e abre a porta, acaba a ansiedade. O passageiro amassa o dinheiro que está em sua mão, joga-o na sarjeta e entra no ônibus que imediatamente parte. Ao chegar à catraca, o susto: ele havia amassado e jogado fora o único dinheiro que possuía para pagar paga r o ônibus. ônibus. Constra Constrangido, ngido, e le e xplic xplic a sua história história pa para ra o c obrador obra dor que, c om benevolênc bene volência, ia, re r e sponde: “Eu “E u acre ac redit ditoo em e m você. você . Eu o vi jogando j ogando o dinheiro dinheir o no chão”. chã o”. *** À noite, em sua residência, uma mulher retira os alimentos da geladeira e monta seu prato pra to para par a o ja j a ntar. ntar. Depois De pois que que tudo está pronto, pr onto, ela segue até o micr m icro-onda o-ondas, s, abre abr e a porta, porta , fecha a porta, programa o timer para para dois minutos e liga. Durante os dois longos minutos ela fica olhando para o micro-ondas e aguarda, com a cabeça nas nuvens e o prato gelado nas mãos. *** Sentado no sofá da sala, concentrado e assistindo a seu programa de televisão favori fa vorito to,, o marid ma ridoo pede um favor fa vor à esposa: esposa: “Am or, poderia poderia ir até a c oz oziinha e pegar pega r o meu m eu remédio e um copo de água, por favor?”. A esposa, solícita, levanta-se, vai até a cozinha, enche um copo de água, pega o comprimido, coloca-o na boca, bebe a água e engole… o remédio que o marido deveria tomar.
*** Uma Um a m ãe, ãe , apress apre ssada, ada, dirige dirige rum o à escol e scolaa onde deixará o filho filho de de 10 anos. O trânsito trânsito está tumultuado, congestionado, mas flui. Logo à frente há um semáforo no amarelo, ela acelera. O semáforo fica vermelho, ela freia, mas não se dá por vencida. A mãe pega o controle remoto do portão de casa, aponta-o para o semáforo e tenta abri-lo a todo custo. Ao filho, que estava sentado no banco ao lado, não resta alternativa se não arregalar os olhos, observar perplexo e perguntar: “Mãe, você ficou louca?”. *** Todas essas histórias são verdadeiras e aconteceram com pessoas que entrevistei. São histórias engraçadas e não devem surpreender porque poderiam ter acontecido com qualquer qualquer um, um , inclus inclusiv ivee com você. São tantas tantas hist históri órias as de falt fa ltaa de foco f oco e concent conce ntra raçã çãoo que daria daria at a té para par a faz f azer er um film film e de comédi com édia. a. Elas Elas acon ac onttecem ece m o tem tem po tod todoo com m ilhares de pessoas pessoa s ao re r e dor do m undo. E o que m a is im im pressi pre ssiona ona é que c e nas com c omoo essas e ssas aconte a contecc e m cada vez mais — e os desfechos para elas nem sempre são engraçados, pelo contrário, quando tais histórias chegam à mídia é porque tiveram consequências graves, dramáticas e, por que que tam bém não diz dizer, er , tra traum umáti ática cas. s. Você já deve ter ouvido histórias trágicas de pessoas que esqueceram o bebê dentro do carro car ro sob um sol escaldante, escaldante, de profissi profissionai onaiss que perdera perde ram m parte dos dedos, dedos, braços braç os ou ou perna per nass por distraçõe distraç õess no trabalho, tra balho, ou até a té m e smo sm o de e m presas pre sas que foram for am à ruína por culpa c ulpa de funcionários desconcentrados e esquecidos. O preço que se paga pelas distrações é sempre muito alto, contabilizado em tempo, dinheiro e disposição. Para que você tenha ideia dos impactos causados pelas distrações, em 2005, a American Psychiatric Association (APA) apresentou uma pesquisa comprovando que apenas nos Estados unidos são gastos cerca de 77 bilhões de dólares todos os anos com prejuízos causados por distrações e esquecimentos no trabalho. Imagine, então, se somarmos isso com as ocorrências de todos os países. É quase inacreditável. E, por mais que a humanidade desenvolva soluções eletrônicas, tudo indica que esse número vai piorar. Afinal de contas, quanto mais utilizamos soluções eletrônicas, menos usamos nosso sistema natural; e, quanto menos estimulamos nosso cérebro, mais preguiçosos e esquecidos nos tornamos. Assim, embora vivamos na era da alta tecnologia, as pessoas apresentam quadros cada vez m ais sér sério ioss de falt fa ltaa de foco, f oco, dist distra raçã ção, o, esquec esqueciim ento e descontrole descontrole em ocional. ocional.
PENSAR DEMAIS É UM PROBLEMA? O cérebro humano é um computador biológico composto por células, com uma memória cuja capacidade de armazenamento é ainda desconhecida. Suspeita-se de que essa capacidade seja ilimitada, mas ainda não dispomos de instrumentos ou modelos matemáticos capazes de medi-la com precisão. Neurocientistas especializados em computação tentam estimar a capacidade de armazenamento da memória humana com base e m padrõe padr õess de c onexões onexõe s neura neur a is; porém poré m , o problem proble m a é que e les ainda não conseguem conseguem resp re spond onder er com exatidão exatidão a perguntas perguntas básica básicas: s: os neurôni neurônios os realmente realm ente guardam as informações da memória humana? Onde ficam gravadas as informações que enviamos para a memória? Abra um cérebro e procure onde ficam gravados o nome, o endereço, os números de identidade ou a preferência por filmes de ação de uma pessoa. Ficam nos neurônios? Nas sinapses? No DNA? Por enquanto, não há respostas para esses enigmas. A mente comanda a memória e o cérebro. O cérebro é um processador potente que trabalha de modo paralelo e distribuído, ou seja, é capaz de realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Por exemplo, pense em um motociclista. A energia mental dispensada para par a c ontrolar uma um a m oto é e xtrem xtre m a m e nte c omplexa om plexa.. Com a m ã o direit dire itaa ele c ontrola a parti par tida, da, o a celer ce leraa dor e o freio fr eio dianteiro. dianteir o. Com a m ão e squerda, squer da, a em brea bre a gem , a s setas, se tas, a buzina buzina e o farol. fa rol. O pé esquerdo esque rdo a dmini dm inistra stra a a lavanca lava nca de um c omplexo om plexo sistem sistem a de marchas cuja primeira se move para baixo e as outras cinco para cima. O pé direito controla o freio traseiro, enquanto os olhos ficam atentos escaneando as peculiaridades de um deslocam deslocam ento no no trânsito trânsito,, além de cui c uidar dar dos retrov re trovis isores. ores. Quem gerencia gere ncia todas todas ess e ssas as funções é o nosso processador central que, enquanto dirige e desloca o veículo de duas rodas com um corpo se equilibrando sobre ele, ainda consegue espaço para nos fazer cantarolar uma música interna na mente. Apesar de toda essa complexidade, a mente ainda possui espaço de processamento para pensar em uma porção de coisas ao mesmo tempo em que a mente inconsciente captura outras milhares. Nosso cérebro foi projetado e evoluiu para isso, para pensar e encontrar soluções criativas e inteligentes. Um dom, um privilé privilé gio da raça ra ça huma hum a na. Contudo, tantas responsabilidades e afazeres exigem de nós muitas análises e, por vezes, nos pegamos pensando, pensando e pensando sem conseguir partir para a ação. E nos questionamos: perdemos a chance de pensar com calma ou será que estamos pensando pensa ndo dem a is e , por isso, isso, não saímos saím os do lugar? lugar ? P e nsar dem a is nã nãoo é um problem proble m a , pelo contrár contr ário, io, pessoas pe ssoas que usam a cabeç ca beçaa sem pre são vista vista s c om adm iraç ira ç ão e respeito. re speito. Você já deve ter escutado a frase: “Pessoas que falam pouco, pensam muito”. E você
pode e star se perguntando: per guntando: o que os pensam pensa m entos têm a ver com a perda per da de foco foc o e concentração? Veja: o pensamento é a ponte através da qual buscamos as soluções para os problem proble m a s que enfre enf rentam ntam os no c otidiano. otidiano. Nã Nãoo e xiste xiste m a l nenhum e m pensar pensa r. Os problem proble m a s c omeç om eçaa m , na verda ver dade, de, quando a qualidade e , em pa particula rticular, r, a quantidade de pensam pensa m entos que não nã o nos aj udam se tornam torna m inconvenientes inconve nientes e incontroláveis. incontroláve is. Pensam Pe nsam entos negativos, repetitivos, viciosos e tóxicos têm tirado o foco das pessoas, impedindo a m anifestaç anifestação ão do pensamento pensam ento elevado, elevado, criat cr iatiivo e reflexiv r eflexivo. o. Talvez você já tenha experimentado a sensação desagradável de ter a mente descontrolada sem conseguir parar de pensar em algum momento. O caos mental é um cenário frequente hoje. Antigamente, diziam que pessoas calmas eram pessoas mentalmente saudáveis, e a loucura deveria ser tratada. Agora, os papéis parecem estar invertidos. Ser calmo parece ser motivo de tratamento, e a loucura, o destempero e o descontrole descontrole tornara tornaram m -se ace a ceit itáveis, áveis, com uns. uns. A contemporaneidade trouxe mudanças e grandes exigências, como a capacidade de pensar pensa r e de tentar ge gere rencia nciarr várias vár ias tare tar e fas fa s ao a o m e smo sm o tem te m po, um requis re quisit itoo ca c a da vez m a is obrigató obrigatório rio par paraa a área ár ea dos pensamento pensam entoss im im pulsi pulsivos vos,, que Fre Freud ud cham ari ar ia de id . Em outras palavra pala vras, s, gastam gasta m os grande gra nde pa parte rte do tem po e de nossa capac ca pacidade idade m e ntal a nalisando situações triviais, como escolher uma música ou que roupa usar em alguma festa, ter experiências sensoriais com games, sexo e alimentação ou bisbilhotar a vida dos outros em alguma alguma rede social. social. No entanto, enta nto, a inda pior é saber sabe r que de 80% a 90% dos pensam pensa m e ntos que a m ente produz são inúteis inúteis e repetiti re petitivos, vos, com c omoo constatado c onstatado tam bé bém m por Eck Ec khart har t Toll Tollee , autor a utor do livro livro O poder do agora (Sextante, 2002). E se é um fato que pensamento gera comportamento, manter na mente sequências de pensamentos negativos pode levar, sim, a problemas de desordem emocional e doenças psicossomáticas. Portanto, pensar demais torna-se uma doença grave quando esse ato sepulta um dos maiores dons humanos: a capacidade de para par a r, analisar a nalisar,, pensar, pensa r, re r e fleti fle tirr e toma tom a r a m elhor decisão dec isão para pa ra si e para pa ra a s outra outrass pessoas.
O OBJETIVO É O AUTO CONTROLE E A PAZ MENTAL a infância, tive o privilégio de morar alguns meses no sítio dos meus tios, no interior do estado de São Paulo. Morar é diferente de apenas visitar ou passar alguns dias em um lugar diferente. Viver em um local isolado, conviver com pessoas simples, interagir com os animais, experimentar o verdadeiro sabor e o aroma da natureza é uma imersão que todo ser humano deveria fazer. Morar na zona rural e fazer um verdadeiro estágio com a
mãe natureza quebra o ritmo acelerado do cérebro de quem, por exemplo, vive nos grandes centros c entros urbanos. urbanos. Nesses Ne sses locais loca is m ovime ovim e ntados, a liá liá s, o volume volum e de e stím stím ulos que a s pessoas pessoa s rec re c ebem ebe m , como sons, cores e sensações, é tão alto e provoca tamanha fadiga mental, que, no final do dia, dia, tem tem os ânim ânim o apenas para para chegar em e m casa, ca sa, toma tomarr banho e cair c air na cam a. Ou para para,, às vezes, lutando contra o cansaço, ficar sentado na frente da Tv, anestesiado, acreditando, com isso, ter um momento de relaxamento que faça aquele dia realmente ter valido a pena. pena . Se você tem uma um a rotina pare par e c ida, saiba que o bombar bom bardeio deio diário diár io de inform ações aç ões cria um parque de diversões para a mente brincar e o cérebro se desgastar. Já reparou que ao passear, simplesmente passear, em uma nova cidade e observar a arquitetura dos prédios, as pessoas, os carros, os hábitos e as construções do local, sua mente fica à deriva recebendo uma série de estímulos? Já notou que os olhos ficam atentos a tudo como se fosse um daqueles carros escâner do Google que passa mapeando as ruas da cidade? Perceba que muitas vezes, quando chega ao destino, seu cérebro está fat fa tigado igado e, ent e ntão, ão, bate aquele cansaço. c ansaço. Em ocasiões ocasiões ass a ssim, im, quando tin tinha ha um comprom com promiisso sso importante importante para o qual pre precisaria cisaria de foco, procurava concentrar minha energia. Em vez de olhar para tudo, eu simplesmente fechava os olhos e ativava a memória. Tentava me lembrar da época em quee m orava no sí qu sítio, o qu quee m e aj a j ud udava ava a acal aca lm ar a m ente ente e fortalecer fortalecer m eu autocon autoconttrole. role. Sei disso porque minha vida, hoje, contém todos os ingredientes para me destemperar em ocionalme ocionalment nte. e. Passo P asso a m aior parte do tem tem po vi viaj ando para os grandes centros urbanos, urbanos, onde pego táxis, visito empresas, conheço pessoas, faço reuniões de trabalho, ministro palestras, pale stras, dou entre e ntrevis vistas, tas, durm o pouco pouc o e logo te te nho de m e levantar leva ntar para par a viaj a r para pa ra outro lugar. São semanas seguidas nesse ritmo frenético. E, quando finalmente me encontro na solidão de um hotel, lembro-me de que a quilômetros dali existem família, esposa e filho solicitando um pouco mais da minha presença. Sim, o ambiente em que vivo é altamente estimulante e exige muito controle. Nos curtos cur tos m ome om e ntos em e m que fec fe c hava a s c ortinas, olhava para par a o fundo das m inhas pálpebra pálpe brass e tentava m e lem brar bra r da época époc a e m que m orava ora va no inte inte rior; e sse fluxo de pensam pensa m entos m e m a ntinha ntinha c alm o. Notava N otava nasce nasc e r em m im uma um a tranquil tra nquilidade idade inte inte rna, rna , um fenômeno fenôme no qu quee passei passei a cham ar de autocontrole . Não Nã o pense que para par a se sentir assim, assim , ter c onsciência onsciê ncia de e star no presente pre sente e viver alguns momentos de paz é necessário mudar de cidade. Você pode viver em um grande centro urbano. Pode manter-se conectado com seus aparelhos eletrônicos, continuar recebendo rec ebendo seus seus torp torpedos edos,, e-m ails ails e telefonem telefonem as, mas ma s descobri descobrirá rá qu quee m esmo em e m m eio ao caos informacional é possível acalmar o id e e aumentar a influência do Eu em sua vida. A presenç pre sençaa do Eu, isto isto é, é , da sua m e nte líder líder e consciente, consc iente, produz m ome om e ntos de pa pazz me m e ntal,
ou paz de espírito, um estado totalmente acessível. Eu aprendi como acessá-lo, ampliar minha capacidade de foco e com ela meu poder de realização. Agora é a sua vez de também vivê-lo.
VOCÊ CONTROLA A MENTE M ENTE OU É ELA ELA Q UEM FAZ F AZ A FESTA FESTA DENTRO DE VOCÊ? sile nciar a mente me nte (Sextante, 2008), osho, um dos mais Em seu livro Aprende ndo a sile influentes pensadores contemporâneos, compartilha uma de suas melhores e mais inspiradoras meditações. Ele afirma que toda criança nasce inteligente e a maioria das pessoas pessoa s m orre orr e burra burr a . Um a a firm a ç ão com o e ssa pode rec re c e ber diversas diver sas inte inte rpre rpr e taçõe taç ões, s, entretanto, a mais apropriada é dizer que o ser humano que vive com a mente repleta de pensam pensa m entos desconexos desc onexos e distra distraídos ídos é extre extr e m a m ente fra fr a co em e m poder de rea r eali lizza ção. çã o. Mui Muitas pessoas pessoas não são m ais capaz capa zes de aproveitar aproveitar a vida vida em e m seus me lhores lhores detalhes. Um adulto consegue sair de férias, viajar milhares de quilômetros para um lugar para par a disíac disíaco, o, deitar-se deitar -se numa num a espreguiç espr eguiçaa deira deir a diante de um cená ce nário rio dos sonhos e m e smo sm o assim levar na mente uma bagagem de problemas, preocupações e frustrações que sequestram sua atenção do presente e a transporta para algum lugar no futuro ou nos remorsos do passado. Esse adulto não é capaz de sentir a temperatura agradável da água do mar quando esta encosta-lhe na perna, não é capaz de se envolver na magia do local; ao contrário, ele pode manter o mesmo nível de estresse e irritação que vivia no trabalho. Já uma criança no mesmo ambiente provavelmente funcionaria de modo diferente. Ela passaria passa ria grande gra nde pa parte rte do tem po m e ntal foca foc a da no presente pre sente.. Ela c ontem plaria plar ia c ada experiência sem se preocupar preoc upar com c om o que que viria viria depoi de pois. s. O futuro futuro não im im portar portaria ia e o passado — m esm o a quela bronca bronc a de poucos m inutos inutos a ntes — j á teria ter ia sido e squecido. squec ido. O que importa para a criança é o presente. E é exatamente no presente que o Eu se manifesta, que se amplia o poder de foco, e é possível ver os detalhes que nem o mais atento dos fotógrafos perceberia. Talvez você já tenha ouvido a frase: “Quer melhorar o futuro, então melhore o presente pre sente”” . Esta é a penas pena s uma um a das m e nsagens nsage ns que este livro livro trará tra rá para par a você. você . A m e lhor maneira de viver e de impulsionar o presente é controlando e acalmando a mente. Com a mente calma, tranquila, você consegue treinar e desenvolver o foco. Ter autocontrole e paz me m e ntal é, com c omoo já j á vimos, vim os, um e stado nece ne cessár ssário io para par a que suas m elhore elhor e s ide ide ias brotem brote m . As crianças nascem com um “ softwar softwaree padrão” que opera no presente. Elas nascem com o “aplicativo” da felicidade totalmente operacional. Rod Martin, professor de Psicologia da universidade de Western ontario e pesquisador da natureza e das funções do
riso riso e do hu hum m or, afirmou af irmou que a cri cr iança sorri sorri m ais de trezentas trezentas vezes vezes por dia dia enquanto enquanto um adulto o faz menos de vinte vezes por dia. 1 uma conta absurdamente desproporcional e que, sem dúvida, traz prejuízos à própria saúde. Por isso, é mais do que fundamental resgatar a alegria que sentíamos quando éramos crianças. Neste livro, você descobrirá alguns caminhos para isso. Você está qualificado a desenvolver o foco, o autocontrole e a concentração. Na verdade, sempre esteve. Desde o dia em que nasceu, veio ao mundo para ser feliz, não para par a viver triste, triste, de deprim primido ido e preocupa pre ocupado. do. Sua m issã issã o, acre ac redit ditee , nã nãoo é c ompetir om petir c om outras pessoas por melhores colocações, posição social, coleção de bens materiais e para softwaree ser o cidadão cidadã o mais m ais rico do ce m itér itério. io. Sua Sua m issão issão original original é ser feli fe lizz. Talvez Talvez o seu seu “ softwar da felicidade” tenha sido desconfigurado pelos percalços da vida e pelos pensamentos vicios viciosos os e desconexos que que orbitam orbitam a m ente, mas m as a feli fe licidade cidade est e stáá guardada no seu ínt íntimo. imo. Então, avance com a leitura deste livro e aprenda a domar seus pensamentos. Afinal, é você quem controla sua mente e não o contrário. Observe, conheça e domine seus pensam pensa m entos antes ante s que eles e les aca a cabem bem c om você. você . Acre Ac redit dite: e: eles e les têm poder para par a isso. isso.
1. Disponível em:
. do >. Acesso Ac esso em: em : 10 ago. 2014 2014..
CAPÍTULO APÍ TULO 2
Esp Espe cialistas cialistas em e m distraçõe istraç õess
PAZ EXTERIOR, GUERRA INTERIOR
S idney Ferrér é um amigo de longa data. Publicitário competente, motivador de equipes, consultor empresarial, é aquele tipo de pessoa com quem você conversa duas horas e o aprendizado é tamanho que já vale por um ano de pós-graduação. Eu tive o privilégio de passar passa r nã nãoo duas dua s horas, hora s, ma m a s cente c entenas nas de delas las ao a o lado de desse sse ser se r humano hum ano espetac espe tacular ular.. Dura D urante nte as centenas de conversas-palestra que proferia, ele gostava de dizer: “As pessoas hoje vivem vivem como com o se se est e stiivessem vessem em uma espécie espécie de transe, um um a anes a nesttesia esia cere c erebral bral”. ”. Observando a realidade da maioria das pessoas, especialmente daquelas que vivem em ambientes sociais e profissionais caóticos, é fácil constatar esse fato. O estado de transe que muitas delas vivem as aprisiona em uma rotina que não inclui nada além de acordar, enfrentar o trânsito, trabalhar, enfrentar o trânsito novamente, chegar em casa, tomar banho e dormir. Nos fins de semana, quando se imagina que vão aproveitar para relaxar e se divertir com os amigos, passam horas a fio deitadas no sofá em frente a um televisor assistindo algum programa trivial ou olhando para a pequena tela de um martphone , curtindo fotos ou trocando mensagens. São vidas em stand by , em modo de espera, estão ligadas, mas não estão funcionando. Conheci uma pessoa que durante alguns anos fez parte desse grupo. Era uma jovem inteligente e estudiosa, que morava com os pais em uma pequena cidade do interior. Lá ela estudava com o sonho de passar em um concurso público e viver em uma cidade litorânea. E, após anos de muita disciplina e perseverança, ela conseguiu passar no tão desejado concurso e realizou seu grande sonho. Anos mais tarde, eu a encontrei e perguntei se ela estava se divertindo morando em uma cidade deliciosa e com uma casa praticamente de frente para o mar. Para minha surpresa, sua resposta foi exatamente o contrário: sua rotina de segunda à sexta-feira se resumia a trabalhar rabalhar e, às sextas sextas à no noiite, ao chegar c hegar em casa, ela col c olocava ocava um pij pij am a, que só tiraria na segunda pela manhã. Evidentemente, ela não me revelou todas essas coisas com um sorriso no rosto ou com o orgulho de uma workaholic , ao contrário, percebi nela uma m ulher ulher triste, triste, sol solit itár ária, ia, em busca busca de alg a lgoo que que nem ne m ela m esma esm a cons c onsegui eguiaa expl e xplicar icar.. As pessoas perderam o foco. Claro que existem milhares de exceções, porém, a maioria das pessoas, em especial as mais jovens, não conseguem mais explicar o sentido da própria vida. Elas correm de um lado para o outro em busca de algo que não sabem definir. É como se estivessem perdendo uma festa em algum lugar que não conseguem
encontrar. Para essas pessoas, o dia não cabe mais em 24 horas. Elas não conseguem planej plane j ar o próprio própr io futuro pois não têm a m enor ideia do que vivem no presente pre sente.. Elas perde per dera ram m o controle c ontrole e talvez você e steja stej a fatalm fa talmee nte entra e ntrando ndo nesse grupo. É fácil identificar pessoas que estão perdendo o controle da própria existência. São aquelas que não acordam mais com a suavidade da luz do amanhecer, não ficam felizes com o cantar dos pássaros ou os diversos sons da natureza, ao contrário, têm o sono brutalm bruta lmente ente inte inte rrom rr ompido pido pelo grito m etáli etá licc o de um de desper spertador tador.. Nã Nãoo há tem po pa para ra se espreguiçar, elas se esquecem de respirar profundamente, olhar pela janela e agradecer pelo desper de spertar tar de m ais um dia. Elas E las não nã o têm tê m tem po de aca ac a riciar ric iar os filhos, de e nsina nsina r c om paciênc pac iência ia e carinho ca rinho tare tar e fas fa s simples simple s com o e scovar scova r os dentes, dente s, ve vesti stirr a própria própr ia roupa ou amarrar os sapatos; em vez disso, acordam os filhos em cima da hora, aos berros, exigindo que as crianças ajam como adultos e se adaptem ao ritmo neurótico que a vida tomou. São pessoas que não conseguem mais seguir um roteiro ou um planejamento de trabalho. Elas iniciam o expediente cercadas e conectadas por meio de dispositivos que bombar bom bardeia deiam m a m ente c om inform a ções, çõe s, c ausando ausa ndo não a produtivida produtividade, de, m as uma um a ansiedade que paralisa e as faz ver o dia passar rapidamente, sem realizar nenhuma missão que fosse de fato edificante ou contribuísse para o bem coletivo. No final fina l do dia, e ssas pessoas pessoa s volta volta m pa para ra casa ca sa com o c orpo inta inta c to, m a s a m ente esgotada sem a mínima disposição para estudar, ler, meditar ou refletir. São pessoas que á não conseguem conseguem respirar respirar profund profundam am ente ente e fazer fazer uma sim sim ples ples oração oraçã o sem sem qu quee a m ente ente divague para outras esferas e, ao deitar-se, não conseguem ter uma noite de sono tranquila, pois, embora estejam deitadas e de olhos fechados, a cabeça continua ligada, não param para m de pensar um só minuto minuto nas tarefas, taref as, nos problem problem as, nos objet obje tivos ivos ou ou nas metas m etas que precisam pre cisam atingir atingir.. Quando perdemos o controle, perdemos também a noção do tempo, aceleramos nossa rotina e, evidentemente, sentimos que o ano está passando mais rápido. Vivemos o hoje como se fôssemos viver para sempre, sem nos cuidar e com a sensação de que nossos esforços são em vão, pois o mundo muda a todo instante e nos vemos obrigados a acompanhá-lo. O que hoje é novo se torna obsoleto amanhã, e o sacrifício do dia a dia pare par e c e não nã o dar resul re sultados. tados. A m odernidade oder nidade está robotiza robotiza ndo o ser huma hum a no. Na últim últimaa déca déc a da tive tive o privilé privilé gio de viaj ar para par a m uitos uitos lugare lugar e s e c onversar onver sar c om indivíduos completamente diferentes. Conheci pessoas de classe média enterradas em dívidas, e com problemas para alavancar seus projetos ou sérias dificuldades para educar filhos cada vez mais exigentes. Também me reuni com pessoas riquíssimas cujo um décimo do patrimônio daria para viver confortavelmente, mas, em vez disso, vivem intoxicadas de antidepressivos, apegadas a montanhas de dinheiro às quais dedicaram a
própria própr ia vida para par a acum ac umular ular.. Todas elas, ela s, sem e xceçã xce ção, o, revela re velara ram m sentir uma um a gue guerr rraa na própria própr ia m e nte, m a s, lá no íntim íntimo, o, sentiam tam bé bém m que prec pre c isavam isava m faz fa ze r m udança udanç a s na vida. Elas acreditam que, no fundo, o que lhes falta é meta ou força de vontade, mas, na verdade, trata-se de força moral, uma capacidade de sustentar as escolhas custe o que custar, e isso isso só é possí possível vel com autocontrole. autocontrole.
A DISTÂNCIA ENTRE TER E SER Vivemos em um mundo em que as sociedades crescem e se organizam em torno de um pila pila r básico: básic o: o consum c onsumo. o. Nos países pa íses orientais, orie ntais, onde a lguma lgum a s doutrinas re r e ligiosas ligiosas ensin e nsinaa m a desenvolver o autocontrole por meio do autoconhecimento, as pessoas têm mais oportunidades para desvendar a origem de seus conflitos e ter a chance de curar as próprias própr ias ferida fe ridas. s. Ne Nessas ssas socieda socie dades, des, os indivíduos indivíduos apre a prender nderam am a valoriz valor izaa r e a investir investir no SER. Bondade, honestidade, altruísmos, humildade, paciência e disciplina são valores reconhecidos em pessoas que se despiram do apego material e preferiram cultivar o exercício da empatia, do contato com a natureza, do despertar da chama interna, do encontro com Deus. Quando você concentra sua energia e alimenta o SER, abre espaço para par a a paz pa z m e ntal — que perm pe rm ite ite o contato c ontato com o melhor m elhor de si. Do outro outro lado do mundo, aqui no ocident ocidente, e, onde a m aioria aioria das nações naçõe s é basi ba sica cam m ente capitalista, as pessoas investem a maior parte do tempo e da energia para alimentar o TER. TER. Nessas Nessas sociedades, sociedades, adotam adotam os a cre c rença nça de que é valoriz valorizado quem quem tem a m elhor elhor casa, c asa, status social para ostentar. Não quero dizer que o o melhor carro, as melhores roupas e status capitalismo seja o mal do mundo, mas que falta uma motivação que o sustente e ustifique. Comprar uma casa confortável, possuir um carro seguro, vestir-se adequadamente, ter algum conforto e até mesmo pequenas regalias são direitos de todo cidadão trabalhador. A confusão interna começa quando buscamos o reconhecimento social por aquilo que temos. Entenda: quando seu estado de felicidade se manifesta pelo elogio que recebeu sobre algo que possui, então pode estar nascendo uma perigosa armadilha. A questão questão é que o elo e logi gioo tem o poder poder de alt a lter erar ar a quím quím ica do cér c érebro ebro e potenciali potencializzar ainda mais a sensação de bem-estar. É como uma injeção de nitroglicerina no motor do praz pra zer. Então, Entã o, o e stado de feli fe licida cidade de se a ssocia a o a lvo do e logio, logio, que pode ser sua casa, ca sa, seu carro ou suas roupas, por exemplo. É aí que nasce a escravidão, pois, sempre que estiver infeliz, desejará alimentar a experiência do prazer, do reconhecimento social. E, para par a ter m ais praz pra zer, er , terá ter á de investir investir e m novas a quisiçõe quisições. s. Ficará ica rá e ndivida ndividado. do. Te rá de trabalhar mais. Perderá noites de sono... Se preciso, venderá a alma ao diabo para manter
a nova química do cérebro e revelará, quem sabe, comportamentos estranhos, exóticos, que nem mesmo conhecia em si mesmo. Em meados de 2014, correu o mundo a notícia de que a coleção de sapatos da ex prime prim e ira-da ira -dam m a das Filipi ilipina nas, s, Im elda Marc Mar c os, e stava sendo a taca tac a da por c upins. upins. 2 A nota chamou atenção não pelo gosto dos cupins em roer sapatos de gente rica, mas pela quantidade de sapatos que Imelda acumulava: mais de 3 mil pares. A quantidade era tão grande que, se todos fossem enfileirados, daria para percorrer mais de um quilômetro de sapatos, e, se ela usasse um par diferente a cada dia, ficaria cerca de oito anos seguidos sem repeti re petirr sapato sapa tos. s. Além de Imelda, a consagrada atriz brasileira Susana vieira declarou para uma emissora de televisão que possuía mais de trezentos pares de sapatos. 3 Isso representa 10% dos sapatos de Imelda, mas mesmo assim uma grande quantidade. Entretanto, em ambos os casos, o acúmulo não pode ser caracterizado como um transtorno obsessivocompulsivo, especialmente se existir uma motivação consciente para isso. No entanto, se o motivo de tamanha aquisição for, no fundo, uma maneira de curar uma mágoa, minimizar uma ansiedade ou afastar um estado de tristeza pelo reconhecimento recebido por outrem outre m , então e ntão aqui a qui te te m os um ponto de fuga, fuga , tem os um problem proble m a. Por exemplo, conheci uma senhora que revelou ter comprado um carro zero quilômetro cujas prestações estavam bem acima de seu poder aquisitivo. Ela o havia comprado porque o vendedor lhe disse que era muito bonita e merecia um carro como aquele. Ela tinha perdido o marido havia alguns anos e desde então não tinha se relacionado com mais ninguém. Então, aquele elogio lhe proporcionou uma experiência rápida e agradável e a fez tomar uma decisão de compra, que lhe custaria anos de trabalho duro para saldar. Talvez você esteja pensando: “Eu tenho as minhas coisas porque quero e não porque alguém fez um elogio que me forçou a comprá-las”. Tenho certeza e até mesmo espero que a maioria das suas decisões de compra tenha sido motivada por uma vontade espontânea, pois isso demonstra que é uma pessoa lúcida, consciente e evoluída. Quando, porém poré m , a necessidade nec essidade de ter a lgo surge do de desej sej o profundo prof undo de ser rec re c onhecido, onhec ido, o que temos é uma falsa sensação de felicidade. É como a vontade incontrolável de consumir açúcar ou comer uma barra de chocolate, que pode se tornar um vício. Nesses momentos, em que os impulsos tomam conta de nós, acende-se a luz amarela. A satisfação plena deve ser conquistada pelo desenvolvimento do SER, diminuindo a importância do TER. Por isso, mais do que nunca é preciso ter autocontrole e autoconhecimento, pois são eles os melhores mediadores para fazê-lo vencer essa batalha.
VOCÊ, SUA MENTE E SUA MEMÓRIA Autocontrole é a chave para o foco. O foco é a chave para o poder de realização. O poder de re r e aliza aliza ç ão é a chave c have do seu suce suc e sso. O aut a utocont ocontrole role abre a bre as portas para que você tenha tenha relacion re lacionam am entos entos pessoais pessoais incríveis incríveis,, em todas as esferas da vida, seja ela acadêmica, profissional ou social. Em contrapartida, o descontrole emocional produz relacionamentos difíceis, casamentos apáticos e competi com petiçã çãoo deslea desleall no no am biente biente de trabalh tra balho. o. Às vezes, cometemos atos impensados dos quais nos arrependemos logo em seguida, como responder asperamente a uma pergunta do cônjuge, chamar a atenção de um funcionário de maneira grosseira ou até mesmo agredir fisicamente alguém que nos contrariou. Todas as nossas reações automáticas são orquestradas por uma região chamada amígdala, a área mais antiga do cérebro e parque de diversões das surpre surpreendentes endentes reações rea ções em e m ocionais ocionais.. Deixar essa regi re gião ão guiar nossas nossas ati a titu tudes des no dia dia a dia dia é o equivalente a deixar um tigre solto no picadeiro do circo — tal atitude poderia produzir cenas trágicas ou cômicas. Um exemplo da importância de controlar as emoções é o que ocorreu quando o líder africano nelson Mandela morreu, no dia 5 de dezembro de 2013. Autoridades de todo o mundo viajaram para a África do Sul a fim de prestar homenagens no funeral e, entre elas, estava o casal mais famoso do mundo, Barack e Michelle obama, que atraíram as atenções da imprens impre nsaa por uma um a cena c ena inusit inusitada. ada. Na ocasião, oca sião, o presid pre sidee nte dos Estados unidos trocou troc ou grac gra c e j os de descontra scontraídos ídos e tirou tirou fotos ( selfie selfie s) com a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, sob o olhar de total desaprovação da esposa, Michelle, que, pelas fotos publicadas em todos os ornais do do mund m undo, o, estava estava visi visivelme velment ntee incom incomodada odada com c om a situ situaç ação. ão. 4 Sua postura, porém, foi exemplar e ela conteve qualquer atitude que pudesse explicitar seu desconforto ou criar algum tumulto. Algo difícil quando estamos em situações que, por exemplo, nos deixam enciumados. Ainda sobre relacionamentos, muitas mulheres, em especial as mais ciumentas, gostam de se reunir e reclamar do parceiro apontando a falta de atenção como fonte de brigas briga s e frustra f rustraçõe ções. s. Elas dize dize m : — Meu m a rido é m uito uito desligado. — Ele nunca nunc a e scuta o que eu e u digo. — o meu m eu nunca nunc a pre pr e sta atenç a tençãã o em m im. im . Entretanto, o que verificamos na maior parte das vezes, na verdade, não são homens distraídos, mas concentrados em outras funções: no futebol, no carro, na conversa com o amigo, enfim, em tudo, menos na companheira.
Agora outro exemplo... Na escola, a professora o chama para uma conversa parti par ticc ular, ular , afirm af irmando ando que está preoc pre ocupada upada com seu filho. Ela diz que o ga garoto roto não presta pre sta atenção na aula, que é um pouco avoado e desenha o tempo todo. A professora até o elogia dizendo que ele tem talento para o desenho, mas alerta que pode estar sofrendo de déficit de atenção a tenção e sugere sugere levá-lo a um especialist especialista. a. No entanto, e ntanto, antes a ntes de toma tom a r uma um a providência providê ncia,, analise: a nalise: Será m e smo sm o que seu fil f ilho ho sofre sofr e de déficit de atenção? Será mesmo necessário submetê-lo a tratamentos com psic psic oterape oter apeutas, utas, psicólogos, psicólogos, fonoaudiól fonoa udiólogos, ogos, pe pedagogos, dagogos, m édicos édic os e m edicam edic am e ntos? Ou será que você não teria também o direito de perguntar à professora se ela é realmente capaz de de at a trair a at a tenção em uma sala sala de aul a ula? a? A sala de aula é o local de interação entre professor e aluno. Nela, por um grande período, per íodo, o a luno é o sujeito suj eito passivo, e cabe ca be ao profe prof e ssor o pa papel pel de líder. líder. De Desse sse m odo, quando um aluno se senta em uma cadeira dentro de uma sala de aula, ele envia, mesmo que inconscientemente, a seguinte mensagem: “Estou aqui, professor. Vim de casa até aqui. Envolva-me, seduza-me, leve-me pelo caminho do conhecimento, expanda meus horiz horizontes, ontes, am plie plie min m inha ha inteli inteligência, gência, m oti otive-m e a prestar atenção a tenção em e m você”. você” . Entre Entretant tanto, o, se o professor não tem a habilidade retórica e didática que permita reter a atenção dos alunos na sala de aula, em outras palavras, se não consegue fazer com que uma classe se concentre, será natural que esses alunos se dediquem a outros afazeres, e não simplesmente se distraiam, como se diz por aí. A verdade é que nos concentramos em alguma coisa a maior parte do tempo. Às vezes, não nos concentramos no que de fato merece nossa legítima atenção, porém, estamos o tempo todo focados em algo. Atenção é uma função básica do cérebro humano. Todo ser humano mentalmente são (e estou falando da maioria) tem o estado de atenção saudável e funcional. Por isso, o que nos impede de prestar atenção naquilo que realmente importa é a falta de controle sobre os impulsos e os estímulos que recebemos constantem constantemente ente som som ada à inca incapacidade pacidade de gerenciar ger enciar a influência influência dos pensamento pensam entos. s. Somos bombardeados ininterruptamente por estímulos vindos de todos os lados e de todos os dispositivos. Nosso sistema de atenção seleciona a que devemos prestar atenção com base em nossas regras de conduta, nossas crenças e nossos valores. Por exemplo, se você estaciona o carro em uma rua deserta e escura à noite, certamente vai focar a atenção na vizinhança e nas portas do carro, checando se todas foram bem fechadas. Talvez, nesse momento, a pessoa que está com você tenha lhe dito algo importante a respeito do evento de que vão participar, mas, como sua atenção estava completamente voltada para o carro, dificilmente conseguirá se lembrar do que foi dito. E essa falha de comunicação poderia gerar um grande problema. Por isso é fundamental que tenhamos autocontrole.
O autocontrole é a chave de acesso para um mundo mental fantástico, no qual as pessoas pessoa s são m ais calm ca lmaa s, disciplinada disciplinadas, s, gerenc ger enciam iam as e m oções oçõe s e os pe pensam nsam e ntos; um mundo em que as pessoas aparentemente comuns conseguem resistir com facilidade a tentações e vícios vícios e apresent apre sentam am um potencial potencial de rea r eali lizzação aç ão ext e xtra raordi ordinário. nário. Quando apresent apre sentoo aos m eus alunos alunos o conceit conce itoo de autocont autocontrole role pela primeira prim eira vez, vez, em geral eles o associam ao antigo método de respirar fundo e contar até dez. Esse método tem sua eficiência comprovada, sim, devo ressaltar, porém minha proposta neste livro é uma invest investig igaç ação ão m ais profunda. profunda. Proponho uma revisão completa dos hábitos diários buscando, com isso, descobrir as verdadeiras causas da distração e minimizar suas influências em nossa capacidade de sustentar o foco em determinada atividade. O que você precisa aprender a controlar é mais do que os impulsos espontâneos e as reações impensadas da amígdala; você terá de conhecer três entidades que habitam um mesmo corpo, três astros que se apresentam no m esmo picadeiro: picadeiro: vo você cê,, sua sua ment m entee e sua sua m em ória. ória. Talvez se recorde dos desenhos animados do Mickey Mouse ou do Pica-Pau. Lembrome nitidamente de alguns episódios em que o personagem principal ficava diante de uma importante decisão e em seus ombros apareciam duas miniaturas de si mesmo: uma vestida de roupas brancas, com asas nas costas e auréola na cabeça, representando a figura de um anjo; e a outra, com traje vermelho, rabo pontudo e tridente nas mãos, representando o diabo. Assim, quando, por exemplo, o Pica-Pau precisava decidir se pegava ou não a torta de maçã m açã qu quee a vo vovó vó deix deixara ara esfriando esfriando na na j anela da cozi cozinh nha, a, am bo boss entravam entravam em ação açã o e começavam a soprar-lhe no ouvido conselhos que mostravam as vantagens e desvantagens desvantagens de suas suas decis dec isões. ões. Muit Muitas as vezes, vezes, essas duas figuras figuras come c omeça çavam vam a brigar brigar entre si com direito a socos e pontapés, simulando um legítimo vale-tudo mental, que confundia ainda mais o personagem. No final da disputa, geralmente por questões éticas e pedagógica peda gógicas, s, o anj o sem pre vencia. venc ia. Se você se autoanalisar, notará que todos os dias a cena do anjo e do diabo se desdobra dentro de você. No seu picadeiro mental, três personagens entram em cena: o protagonis prota gonista, ta, que é você; você ; o diabo, que é a sua m e nte; e o anj o, que é a sua m em ória. ória . Temos de tomar muitas decisões todos os dias, e em cada uma delas esses personagens assumem seus papéis. Você precisa agir, mas sua mente (o diabo) lhe oferece as opções mais práticas e ousadas, enquanto sua memória (o anjo) lhe mostra filmes do passado com experiências semelhantes que você ou alguém já presenciou e podem também influenciar suas decisões. Talvez o diabo diabo provocasse provoca sse Miche Michell llee Obam O bam a no episódio episódio do funeral funer al de Ne Nels lson on Mandela para par a que toma tom a sse uma um a e scolha ousada. ousada . Ta lvez o anj o a lem brasse bra sse do protocolo protoc olo que e la
estudou quando Obama venceu as eleições presidenciais e que lhe dizia sobre a importância da imagem do homem mais poderoso do mundo. Naquele episódio, falou mais alto o autocontrole que Michelle exerceu. Claro que sua fisionomia mostrou seu sentimento perante toda a história, mas ela se comportou de modo exemplar diante dos fatos. No e xem plo da reunião re união e scolar scola r sobre o seu filho, na qual se suspeitava de que e le sofria de déficit de atenção, questionar as razões do desinteresse do garoto e entender que a responsabilidade não é só da criança, mas também dos adultos que a educam, é uma atitude de lucidez. Em ambos os casos, o Eu, o personagem principal, falou mais alto do que a mente (diabo) e a memória (anjo) e tomou as decisões mais lúcidas que caberiam naquele momento. Entretanto, quando não se conhece o próprio potencial de controle dos impulsos da mente e da prisão da memória, tem-se uma vida de encrencas ou limitações, buscando soluções para os dilemas e criando mais problemas e mais distrações, com risco, assim, de encont e ncontra rarr o que denomin denom inoo de especialistas em distrações, como com o verem vere m os a seguir seguir.
O MOMENTO “CANDY CRUSH” Sabe aquele dia em que você chega à empresa com a importante missão de enviar um orçamento para um cliente, mas, quando abre a caixa de mensagens, vê o e-mail daquela maravilhosa liquidação que tanto aguardava? Diante da tentação, em vez de prepa pre para rarr o orçam orç am e nto, você resolve re solve espiar e spiar as ofe of e rtas. rta s. Pouco P ouco de depois pois,, o telef te lefone one toca. toca . É seu se u funcionário dizendo que está preso em uma blitz policial porque a documentação do veículo da empresa está vencida. Então, você larga o que estava fazendo e vai até o local resgatar seu colaborador. Chegando lá, descobre que terá de terminar as entregas progra progr a m a das para pa ra a quela m a nhã. Então, um dos seus melhores clientes fica tão feliz com a sua visita que não o deixa sair sem antes tomar um delicioso cappuccino que só a secretária dele sabe fazer. É aquele tipo de pessoa que gosta de contar histórias e isso lhe toma um tempo precioso que não poderia desperdiçar. Saindo de lá a fim de retornar para a empresa, você pega um grande congestionamento que o faz chegar já próximo da hora do almoço de negócios m arcado arc ado com ou outtro client cliente. e. Durante o almoço, você recebe um telefonema do gerente do banco dizendo que prec pre c isa conver c onversar sar c om urgência urgê ncia sobre um c heque que foi deposi de positado tado em e m sua c onta. Isso I sso o faz seguir do almoço direto para o banco. Quase no final da tarde, você retorna para a empresa e se envolve em outras atividades triviais. Termina o dia com baixa produtividade
e, pior, aquele orçamento imprescindível que deveria ser enviado pela manhã será protelado prote lado para par a , quem que m sabe, sabe , o dia seguinte. À noite noite você c he hega ga e m c a sa cansado, ca nsado, de deit itaa no sofá, saca o celular e abre um aplicativo. É o seu momento de descanso, o momento de rel re laxar axa r com c om aquele j ogu oguin inho ho vici viciante. ante. Esse Esse cenári ce nárioo lhe lhe parece pare ce fam iliar? Em abril de 2012, uma empresa chamada King Digital Entertainment Plc. desenvolveu um simpático game de combinar doces chamado Candy Crush para o Facebook.5 Com apenas dois episódios e dez níveis, o jogo era embalado por uma música gótica e uma locução com uma voz grave e perturbadora que conseguia sequestrar a atenção das pessoas. Em alguns meses tornou-se um fenômeno mundial. A ideia simples de combinar os doces em uma interface muito atraente o faz parar de pensar por um higiene menta me ntal l . m oment ome ntoo nos nos probl problem em as e exerc e xercit itar ar a boa dist distraçã ra ção, o, ou ou o que que cham cha m o de higiene Baixei o jogo em meu celular por mera curiosidade. Em minhas viagens via as pessoas pessoa s j oga ogando ndo por todos os lugare lugar e s, nos aeropor ae roportos tos,, de dentro ntro dos aviões, a viões, durante dura nte as aulas, aula s, em salas de cinema, filas de banco... Todo mundo: crianças, jovens, adultos, homens, mulheres, executivos engravatados, todos, sem distinção, tinham seu momento para o Candy Crush. Como um vírus, Candy Crush se espalhou pelo mundo sequestrando a atenção de milhões de pessoas. Dois anos depois de seu lançamento, tornou-se um arrebatador de mentes que gastam o tempo tentando combinar doces nos 605 níveis distribuíd distribuídos os em e m 40 epis e pisódios. ódios. Candy Crush, assim como outros jogos, virou um ponto de fuga para muitas pessoas, pois te te m o poder pode r de distra distrair ir a m e nte e a liviar liviar a pressão. pre ssão. É um a na nalgésico lgésico m ental enta l que corta c orta a ansiedade, o faz esquecer a depressão e neutraliza a raiva, mas por pouco tempo, pois, ao fechar fe char o aplica aplicati tivo, vo, todos todos os probl problem em as reto re tornam rnam ao picadeiro da m ente. Não Nã o e xiste xiste ser huma hum a no que nã nãoo tenha a o m e nos um problem proble m a que o deixe ansioso, deprimido ou com medo. Não existe também quem não tenha seu momento de relaxamento, ou seja, um ponto de fuga, um lugar seguro para se esconder, mesmo que por pouco pouc o tem po. Esse m ome om e nto de fuga c ria, ria , entre entr e você voc ê e o problem a , uma um a barre bar reira ira,, que surge surge quand quandoo você está mer m ergul gulhado hado em um j ogo atrativo, atrativo, quando quando coloca coloca fones de ouvidos ouvidos para par a e scutar scuta r m úsica ou quando aluga a luga fil f ilm m es para pa ra assistir assistir no fim de sem se m a na. O problema é que hoje ficou muito fácil fugir dos problemas. Jogar, assistir televisão, ir a um barzinho, navegar nas redes sociais, comer doces... Tudo isso alivia a tensão e cria essa névoa temporária, mas o problema real permanece e, no fundo, todos reconhecem isso. Talvez seja o filme que você protagoniza todos os dias. Já parou para pensar sobre como com o você você foge dos seus seus problem problemas? as? Em 1619 as pessoas também tinham problemas, mas não tinham muitas opções de entretenimento a fim de fugir deles. Assim, passavam o tempo pensando em soluções
para par a seus conflit c onflitos. os. Fa Fa ziam uma um a higiene m e ntal construtiva. René Descartes, por exemplo, filósofo, físico e matemático francês, foi convocado para par a a guerra guer ra e e nviado para pa ra o cam c am po de batalha. bata lha. 6 Ele estava em apuros, tinha um sério problem proble m a . Seu m omento om ento de relaxa re laxarr era er a usar o m e lhor apli a plicc ativo disponíve disponívell na é poca pa para ra pensar: pensa r: o cé c é rebro. re bro. Pe P e nsar sobre a situação situaç ão que vivia, vivia, a condiçã condiç ã o humana hum ana.. De tanto pensar em soluções para as dúvidas da própria alma, na noite de 11 de novembro de 1619, ele sonhou com um método quase matemático para explicar a constituição do pensamento. Na manhã seguinte, na monótona trincheira do campo de batalha bata lha e m que e le servia, ser via, De Desca scarte rtess com c omeç eçou ou a e scre scr e ver o Discurso do método mé todo, um dos livros mais influentes da filosofia. Vale ressaltar: nessa época, Descartes tinha apenas 23 anos. Quando sua sua vida vida se resu re sum m e a apagar apaga r incêndios incêndios o tem tem po todo todo,, ou sej sej a, uma um a luta luta diár diária ia para par a pagar paga r a s c ontas, um ritual que se resum re sumee e m a corda cor dar–c r–com omee r–trabalha r–tra balhar–dor r–dorm m ir, significa que você está perdendo o sentido da vida. Em outras palavras, quando seu sistema atencional está impregnado de opções de entretenimento e sua mente não consegue mais selecionar aquilo que realmente é importante, perdendo-se em momentos ora de lucidez, ora de pensamentos desconexos, você começa a reforçar hábitos perigoso per igosos. s. O principal princ ipal deles de les é fugir todas as a s vez ve ze s que se vê diante de um problem proble m a e não consegue consegue cont c ontrol rolar ar o foco a fim f im de encontrar soluções. soluções. Vej Vej a est e stee exem e xem plo. plo. É manhã. Você se senta diante do computador decidido: dessa vez vai escrever seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) custe o que custar. Faz seis meses que concluiu a pós-gradua pós-gr aduaçç ã o e ainda nã nãoo term ter m inou o últim últimoo trabalho. tra balho. Foram ora m dois a nos de sábados sába dos inteiros dedicados ao curso e um investimento financeiro alto. Além disso, o diploma com certeza o ajudará a conseguir uma promoção no emprego — mas para isso tem de concluir o TCC. Então, você liga o computador, abre o editor de textos e olha para a implacável página em branco. bra nco. Respi Re spira ra fundo e digita digita suas sua s primeir prim eiraa s letras letra s no cabe ca beça çalho lho da página: pá gina:
Trabalho de Conclusão de Curso Você mexe os dedos continuamente como se fosse um pianista. Suas pernas balança bala nçam m com o se quise quise ssem levá-lo levá -lo para par a bem longe da dali li.. Você m orde o lábio inferior, infe rior, aperta as mãos, torce a boca, olha para a área de trabalho do computador como se tivesse uma longa história para contar. Vê a caixa de e-mails e percebe que tem catorze mensagens não lidas e pensa: “Ah! Deixe-me responder estes e-mails primeiro e depois começo com eço a redigi redigir”. Depois Depois dos dos e-m ails ails você você reto re torna rna para pa ra o TCC TCC. A caneta ca neta roda nas na s mãos, m ãos, faz um um rabi ra bisco sco
em uma folha e a mente ainda não sabe por onde começar. Você pega o celular para ver as horas e acessa algum aplicativo. Joga durante alguns minutos. Sua memória o faz lem brar de al a lgu gum m a tarefa, taref a, sua sua m ente ente o faz fa z pensar pensar em uma pend pendência ência e ass a ssiim vo você cê passa passa a manhã protelando, adiando o problema. À tarde, continua arrumando desculpas e, no final do dia, ainda está sentado, frustrado, abatido por não saber por onde começar. É quando está muito ocupado que o seu dia não flui e você não consegue se concent conce ntra rarr nem reali re alizzar nada. na da. Nesses mom entos, entos, sua sua m ente tem plena plena cons c onsciência ciência do que que prec pre c isa fazer f azer,, porém poré m , o corpo c orpo pare pa rece ce buscar busca r qualquer qualque r form for m a de distra distraçç ão para par a se refugia re fugiar r – e você, voc ê, de a lgum m odo, deve exerc exe rcer er o autocontrole. a utocontrole. Eu mesmo já vivi muitos momentos assim. Confesso que nessas horas de angústia, em qu quee a m ente ente parece pare ce não querer querer contrib contribui uir, r, desej desej ei estar estar preso em uma cel ce la, um local fechado, como o isolamento de um presídio de segurança máxima, em um quarto pequeno peque no c om parede par edess branca bra ncas, s, uma um a porta blindada blindada e uma um a pequena peque na j a nela no lugar m a is alto possível, para que não me ocorresse a ideia de sequer espiar o que acontece do lado de fora. Esse era meu desejo e me ocorreu inúmeras vezes quando precisei me concent conce ntra rarr e trabalhar. trabalhar. Talvez você tenha o desejo de fazer um regime, de parar de beber ou de abandonar o cigarro. Talvez sua meta seja estudar para um concurso ou se dedicar mais ao aprendizado de um novo idioma. O fato é que sem disciplina e dedicação os bons projetos não decolam. Sua mente pode ser uma fonte de problemas, mas também pode ser uma usina de força se você souber colocá-la à sua disposição. Por isso, exercitar o autocontrole é fundamental. Entretanto, quando temos um problema, uma decisão difícil é mais fácil de ser adiada. Os homens, por exemplo, são especialistas nisso. Podem arrastar um relacionamento falido por anos a fio sem nunca tomar a iniciativa de ter uma conversa franca com a compan com panhei heira. ra. E eis que fica a pergunta: fugir ou enfrentar os problemas? O autocontrole lhe permite tomar essa decisão. Fugir ajuda apenas a reforçar o problema e aumentar o sofrimento, e a maioria das pessoas se tornou especialista em fazer isso criando distrações. Um jogo, uma olhada olhada nas na s redes rede s sociais sociais,, uma um a m úsica úsica nos fones de ouvi ouvido podem podem faz fa zê-lo ê- lo esquec esquecerer-se se momentaneamente do conflito ou da pendência, mas isso é equivalente a jogar uma gota d’água na fogueira. Às vez vezes es é m ais fáci fác il ter ter força f orça m oral para para enfrentar o probl problem em a e acabar aca bar de vez com o sofrimento antes de vê-lo se transformar em algo maior. Muitas crises podem ser reso re sollvidas vidas com um pedido pedido de desculpas. desculpas. Muit Muitas as fam fa m íli ílias podem m anter-se unidas unidas com um pouco m a is de diálogo e m uitos uitos proj e tos podem pode m e voluir voluir com uma um a dose de humil hum ildade dade.. O autocont autocontrole role facil fa cilit itaa o exercício exer cício da em patia, patia, que, por sua sua vez, vez, nos per perm m ite ite tom tom ar decisões decisões mais lúcidas e acertadas.
Quando você corta o mal pela raiz, evita automaticamente que o sofrimento se propague. propa gue. Sem sofrim sofr imee nto, você c onsegue m a nter o foco foc o no que é importa im portante nte de fato fa to e ganha, assim assim , mais m ais poder poder de rea r eali lizzação. aç ão. Nos próximos próxim os c apítulos, apítulos, investigar investigaree m os a origem orige m das distra distraçç ões. Você descobrirá desc obrirá como, sem perceber, moldamos a mente e nos colocamos gratuitamente em situaçõeslimite, imite, e o que que faz f azer er para se livrar livrar das arm adilhas adilhas da dist distra raçã ção. o.
2. Coleçã 2. Co leçãoo de sapatos de de Im elda Marcos Marc os é danifica danificada da por cupi c upins ns e inund inundaç ações. ões. G1 Mundo. Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2014. 3. Susana vieira e a história de seus 300 sapatos. Época. Disponível em: 3. < ht http: tp:// //colunas.re colunas.revi vist stae aepoca poca.gl .globo.com obo.com/mulher /mulher7por7/ 7por7/2009/ 2009/09/ 09/01/ 01/sus susana ana-vieira -vieira-e -e-a -asshistorias-de-seus-300-sapatos/>. historias-de-seus-300-sapatos/ >. Acesso Ac esso em: em : 18 ago. 2014 2014.. 4. 4. Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2014. 5. DARAY 5. DARA YA, vanessa. va nessa. Psi P sicologi cologiaa explica explica por que Candy Crush é tão viciante. Exame Ex ame , ago. 2013. Disponível em: . >. Ace A cess ssoo em : 18 ago. 2014 2014.. 6. 6. História da filosofia moderna. Disponível em: Uol . < http://www.discursus.xpg.com.br/moderna/methode.html http://www.discursus.xpg.com.br/moderna/methode.html>. >. Acesso Ac esso em: em : 15 ago. 2014 2014..
CAPÍTULO APÍ TULO 3
Ond Onde c ome ome çam as distraç distrações ões
É FÁCIL CRIAR UM UMA A DIS D IST TRAÇÃ RAÇÃO O j ogador de futebol fute bol Ric Ric ardo ar do dos Sa ntos Leit Le itee m ora e m Sã o P aulo. Sua c ondição ondiçã o O jogador financeira permite que ele frequente os melhores hotéis e os mais badalados restaurantes da região. Veste roupas caras de grifes famosas, circula com os melhores carros e só parti par ticc ipa de e ventos de a lto lto nível. No e ntando, Ric Ric a rdo, ou Ka Kakká, c omo om o é conhec conhe c ido no Brasil e pelos torcedores do Milan, prefere dizer que, para ele, luxo mesmo é estar em paz. Kaká é um bom exemplo de autocontrole. Disciplinado e perseverante, conquistou muito cedo todos os títulos com que um jogador de futebol poderia sonhar. Ganhou dinheiro, sucesso e fama, sem permitir que qualquer deslumbramento o tirasse dos trilhos. Ao contrário, ele mantém a mesma postura humilde, ética e moral que cultivou ao longo dos anos. Formou uma linda família e pauta sua vida nos valores cristãos. Em outra cidade do Brasil, temos a história de outro jovem, chamado Eduardo. Ele é corretor e trabalha em uma sólida empresa de seguros. É um jovem comunicativo e tornou-se bem-sucedido no ramo de vendas de seguros. Eduardo mora em uma grande cidade e tem uma rotina previsível moldada durante anos, fazendo o mesmo trabalho, na mesma empresa. Acorda todos os dias no mesmo horário e cumpre o ritual: tomar banho, coloca colocarr roupas, sapatos sapatos,, relógio, relógio, tom tomar ar café ca fé,, pegar o car c arro ro e ir para par a o trabalho. Como corretor, ele faz captação de novos clientes, atende e faz manutenção dos contratos existentes. Eduardo não é um homem rico, mas se define como um homem realizado. Com algum sacrifício e economia comprou uma boa casa, um bom carro e ainda conseguiu guardar algum dinheiro na poupança. Ele tem tudo de que precisa e, da m esma esm a m aneira que Kaká, Kaká, gosta gosta de diz dizer que vive vive em e m paz. paz. Certo dia, porém, o relógio que Eduardo carrega no pulso parou de funcionar. Como ele só tinha aquele relógio e precisava dele para realizar suas tarefas, mais do que depressa o levou para o conserto. Na relojoaria, enquanto espera o conserto, ele é abordado por uma sim sim pática pática vendedora que m ostra ostra diver diverso soss model m odelos os de de relóg r elógiios e suger sugeree uma aquisição. Eduardo gosta da proposta, compra o novo relógio, paga o conserto do antigo antigo e vai par paraa casa c asa em e m paz. paz. No dia seguinte, e le a c orda cedo, ce do, toma tom a ba banho, nho, coloca c oloca a s roupas, r oupas, de depois pois os sapa sa patos tos e, e, finalmente, abre a caixa de relógio e, com um discreto brilho nos olhos, constata, orgulhoso orgulhoso:: agora ele tem dois dois reló re lógio gios. s.
Se reler esse trecho com uma lupa perceberá que Eduardo tem, na verdade, duas opções, e, assim, tem um problema. Evidentemente, o estado de entusiasmo inunda seu ser e não lhe permite notar, emergindo em sua mente, um mecanismo poderoso: a capacidade de tomada de decisão ou a capacidade que temos de fazer escolhas. Durante anos, cientistas debateram, formularam teses, escreveram artigos sobre qual seria seria a m elhor elhor defini definição para par a inteligência. Os estudos mais recentes mostram que temos não apenas um tipo de inteligência, mas diversos. Fala-se, hoje, em múltiplas inteligências, como com o a em ocional, ocional, a lógica, lógica, a m usical, usical, a cin c inestési estésica ca,, a polí política tica,, a espirit espiritual ual etc., mas m as todas todas as defini definições são desm desm em brament bram entos os de de uma ún úniica função ment m ental, al, ou ou seja, seja , a capaci capac idade que temos de fazer escolhas. Inteligência é, portanto, a capacidade de fazer as melhores escolhas. De acordo a cordo com a reli r eligi gião ão cató ca tóli lica ca,, Deus acendeu ace ndeu essa essa fagul fa gulha ha divi divina na em nossa nossa mente m ente e a chamou de livre-arbítrio. Segundo o livro do Gênesis, daquele momento em diante, o homem poderia fazer as próprias escolhas, tomar as próprias decisões, embora nem sempre fossem as melhores. Lembra-se da história de Adão, Eva e a serpente? Tomamos muitas decisões todos os dias, mas a maioria delas é praticamente imperceptível. Você toma decisões rápidas quando dirige um automóvel ou caminha por uma calçada movimentada, e decisões mais demoradas quando, por exemplo, monta seu prato pra to em e m um restaura re staurante nte self-servic self-se rvicee ou avalia a melhor alternativa em uma prova com múltiplas escolhas. O fato é que o tempo todo fazemos escolhas, rápidas, lentas, compl com plexas exas ou sim sim ples, ples, sobre sobre eventos que mui m uittas vezes vezes nem percebem perc ebem os. os. Voltando a nosso exemplo, Eduardo agora estava parado avaliando seus dois relógios. Ele tinha duas opções, um problema, resolvido rapidamente: naquele dia ele trabalharia com o relógio novo. Convenhamos, dessa vez a escolha de Eduardo foi relativamente simples, porém, a obrigação dali em diante, todos os dias, de ter de fazer uma escolha, mesmo que simples, instalou na rotina dele um problema, e quem tem um problema, tem uma distração. No trabalho, usando no braço sua nova aquisição, Eduardo experimentou uma sensação que há muito não sentia. Os colegas e clientes usaram contra ele uma das m ais poderosas poderosas arm as de influência: influência: a aprovação aprovaç ão social. social. Entre as melhores maneiras de persuadir um ser humano temos o princípio da aprovação social. Segundo esse princípio, decidimos o que é correto descobrindo o que as outras pessoas acham que o é. Esse princípio aplica-se especialmente à maneira como decidim decidim os o que que constit constitui ui um um com portam portam ento adequado. Assi Assim m , a tendência tendência de cons c onsid ider erar ar adequada um a açã a çãoo quando quando reali rea lizzada pelos pelos out outros ros norm normalm almente ente funciona funciona bem , e Eduardo agora estava recebendo elogios sinceros e até mesmo eufóricos dos colegas de trabalho sobre sua nova aquisição.
Em momentos como esse, a vida nos prega algumas peças. E, por mais que estejamos integrados em um meio social ou profissional, muitas vezes e pelas mais diver diversas sas raz ra zões nos sentim sentim os sozinh sozinhos, os, care ca rent ntes. es. Nessas N essas horas, hora s, nossa nossa sensi se nsibil bilidade idade se aflora a flora e qualquer gesto de afeto, palavra amiga ou aproximação pode proporcionar momentos mágicos, mesmo que sejam rápidos ou passem despercebidos para quem os proporc propor c ionara ionar a m . Esses gestos e palavra pala vrass de c a rinho a lte lte ram ra m a química quím ica do c é rebro re bro e a sensação de bem-estar gerada preenche um vazio. Contudo, o preço que pagamos por esses raros momentos de aprovação social pode custar muito caro. Pode ser o início de um longo período de escravidão... Algumas semanas se passaram e lá estava nosso amigo Eduardo dentro da mesma loja de relógios adquirindo um novo modelo. No dia seguinte, ele teria três opções para avaliar, embora não tivesse consciência disso. E, mesmo que percebesse, isso já não importava. O que contava mesmo era saber que, ao chegar ao trabalho, ele receberia elogios elogios renovados renova dos sobre sobre sua nova aqui a quisi siçã çãoo e seu se u bom gosto. gosto. Tudo isso parece simplista, mas é uma maneira de tentar mostrar como às vezes ocupamos a mente com coisas triviais e esquecemos aquilo que realmente é essencial. Se você pudesse parar e olhar com calma para os pensamentos que lhe povoam a mente, como um telespectador que assiste a um documentário, provavelmente assistiria a uma avalanche de pensamentos desconexos. E se você tivesse a possibilidade de classificar os tipos de pensamentos, perceberia que muitos deles são frutos de tomadas de decisão em geral inconscientes. E, ainda, se verificasse o que o obrigou a tomar essas decisões, sem dúvida encontraria motivos complexos, como a decisão de demitir um colaborador da em presa, e m uito uitoss outros outros inút inúteis, eis, como e scolher scolher o reló re lógi gio, o, o perfum e, a roupa ou o sapato que vai usar. Desse modo, tornamo-nos especialistas em distrações.
DE ONDE VÊM AS DISTRAÇÕES? Existem muitas maneiras de responder a essa pergunta. Inclusive, nas próximas páginas, mostrarei como várias delas se dão por preguiça mental, falta de motivação, rotina, entre outra outras. s. Antes, Antes, porém, porém , deixedeixe-m m e expl e xplicar icar um pou pouco co m ais sobre sobre o problem problem a das da s escolhas. escolhas. Voltemos a Eduardo, que agora tinha três belos relógios para usar. Se espiássemos sua vida mental, quadro a quadro, como dizem na linguagem da televisão, talvez descobríssemos que, toda vez que ele abre a gaveta de relógios, inicia-se em sua mente um processo de de tomada toma da de decis de cisão ão que poderia ser descr ito ito mais m ais ou ou menos m enos assim: assim: — Qual Qua l relógi re lógioo com bina m elhor com a roupa r oupa que e stou usando hoj e ? — Qual Qua l usei onte onte m m e smo? sm o?
— Fa Fa z tem po que eu e u não uso este e ste aqui. a qui. — Deixa De ixa eu e u coloca coloc a r este e ste outro. — não, não nã o ficou fic ou bom… bom … — Então, vai va i este aqui a qui mesm m esm o! Parar todos os dias diante dos relógios para uma tomada de decisão gera uma breve perda per da de tem po, e desenc dese ncade adeia ia um proce proc e sso de distraç distra ç ão. Talvez alve z voc vocêê possa pensar pe nsar:: “Mas “Ma s é um tempo tem po ins insig igni nificante”. ficante”. Verdade, er dade, concordo. c oncordo. Entretant Entretanto, o, deixedeixe-m m e explicar: explicar: não é só o tempo que está em jogo, mas também o desvio de atenção e a perda de foco, que deveriam estar destin destinados ados a objeto obje toss mais ma is importantes. importantes. Por causa c ausa dessa tom tom ada de decis dec isão, ão, ou distração, Eduardo poderia se esquecer de pegar, por exemplo, a pasta com os documentos que usaria na reunião daquela manhã e isso geraria um grande atraso: perda de tempo com o retorno, constrangimento junto aos diretores da empresa e um desgaste desnecessário de energia mental. Talvez sua rotina seja complexa, repleta de tarefas, compromissos, reuniões e obrigações que preenchem cada minuto do seu dia, e o façam ter de tomar decisões grande parte do tempo. Se assim for, você entende muito bem o que quero dizer. Afinal, quando tem opções, tem problemas, e, quando tem problemas, pode perder o foco com frequência. fre quência. Como Como se sabe, profiss profissio ionais nais sem sem foco sofrem sofre m com os prejuí prej uízzos das dist distra rações, ções, que incluem incluem a perda pe rda de tem po, o retrabalho e a baixa baixa produtiv produtivid idade ade.. Distração, descontrole emocional, estresse, depressão, frustração, sonhos dilacerados, este é o padrão de uma sociedade perdida, paralisada em virtude de uma sucessão interminável de pensamentos desconexos e decisões inúteis. Pensar demais em questões triviais, riviais, dec decid idir ir mui m uito to sobre sobre ações aç ões desnecess desnece ssár árias, ias, conso consom m e energi ener giaa e causa c ausa fadig f adigaa m ental. Para elucidar melhor este ponto, analise assim: o cérebro humano consome 25% da energia que gastamos todos os dias. 7 Muito desse consumo se deve ao gerenciamento ou ao processamento das milhares de tomadas de decisão ou pequenas distrações que nos acom ac ometem etem no cotid cotidiano iano.. Por isso, cada vez mais pessoas se queixam de fadiga mental, ou seja, queixam-se dos turbilhões que chegam à mente sem que possam se sentir aliviadas em momento nenhum. Elas fazem pequenas escolhas e tomadas de decisão o dia todo e, então, quando chegam ao final do dia, estão esgotadas, com as energias sugadas e, evidentemente, sem pique para pa ra brinca brinc a r com c om os filhos, filhos, faz fa ze r um a boa ref r efeiç eiçãã o, estudar, estuda r, ler le r um bom livro livro ou até a té m esmo esm o se se divertir divertir (inclua (inclua ness ne ssaa categori c ategoriaa faz f azer er sexo). E os pequenos vícios que criamos se estendem até que se tornem parte de quem somos. Usando ainda a vida de Eduardo com exemplo, agora ele é diretor da empresa na qual trabalha. É um homem superatarefado. Casou-se com uma esposa carinhosa e com ela teve um a fil f ilha, ha, para quem sobra sobra pouquís pouquíssi sim m o tem tem po. A esposa esposa tam bém é trabalh tra balhadora adora e tem o mesm m esmoo gost gostoo sofis sofisti tica cado do de de Eduardo para escolher escolher roupas, perfum perf umes es e ace a cess ssório órios. s.
Aliás, foi isso que os uniu: ambos gostam de receber elogios e também se elogiam com sincer sincerid idade. ade. A aprovação aprovaç ão social os os incenti incentiva va a comprar com prar m ais e m ais. Eduar Eduardo do tem tem uma um a coleção coleçã o de m ais de cinquenta cinquenta reló re lógi gios os,, organiz organizados em cinco belas caixas pretas revestidas de couro. Toda manhã ele faz questão de abri-las, uma a uma, sobre sobre a cam ca m a. É um doce rit r itual ual diár diário io,, que que suga seu tem tem po e sua energi ener gia. a. Eduar Eduardo do tam tam bém faz fa z parte de um grupo de am a m igos igos colecionadores colecionadores de relóg r elógio ios. s. É um um a tribo que alimenta o ego em conversas animadas sobre marcas, detalhes e lançamentos. Tem sempre alguém no grupo mostrando um novo modelo, sempre alguma novidade supere superelo logi giada ada que leva os am igos igos a tam bém invest investirem irem m ais em suas suas coleções. Assim, escolhas erradas começam, agora, a criar um estilo de vida difícil de sustentar, afinal, quem tem um bom relógio, também tem uma boa pulseira. Quem tem uma boa pulseira também tem um bom colar. Quem tem um bom colar não pode se vestir de qualquer jeito e por isso escolhe ter um bom par de sapatos, uma calça da moda, uma roupa de grife, um corpo perfeito, um rosto juvenil etc. Cada aquisição gera uma nova necessidade. Nosso persona pe rsonage gem m faz fa z parte par te de uma um a socieda socie dade de de consum o que paga por a quilo quilo que deveria ter de graça, ou seja, paz mental. Uma sociedade que capricha na embalagem e se esquece de valorizar o conteúdo. Eduardo se tornou uma das pessoas que vinculam sensações de prazer àquilo que possuem, não àquilo que são. Uma dependência psic psic ológic ológic a que faz fa z com c om que a s pessoas pessoa s se sintam sintam cada ca da dia m ais pressi pre ssionada onadass e infeli infe lizze s. São pessoas que não conseguem mais perceber que o vazio preenchido talvez por um elogio traz um enorme sacrifício, grande endividamento e ambiente mental caótico repl re pleto eto de dist distra raçã ção. o. O que apresento neste livro é o autocontrole. É o seu poder de lucidez aplicado todas as vezes que deve tomar uma decisão. Questione-se: quais critérios usa para fazer suas escolhas? Por exemplo, é histórico ouvirmos os homens reclamando que as mulheres demoram demais para se arrumar, ao contrário deles, que sempre foram mais objetivos ao se vestir, deixando de lado a vaidade e apelando para a praticidade: uma calça, uma camisa, uma olhada no espelho e pronto. Em cinco minutos um homem costumava estar pronto para par a ser padrinho padr inho de c a sam e nto, e a s m ulhere ulher e s sem pre ficava fic avam m c om o ônus do atraso para para a festa. festa. No entanto, enta nto, no iníc iníc io da déca déc a da de 1980, e stili stilistas stas c omo om o Calvin Calvin Klein e levara leva ram m a status da moda masculina, que até então era formada por roupas objeto de desejo o status funcionais. Assim, campanhas publicitárias começaram a propagar a ideia de que os homens também deveriam se vestir bem. Resultado: hoje vivemos uma explosão da vaidade masculina que vai do cuidado com as peças íntimas até os sofisticados tratamentos estéticos. Essa nova realidade tem igualado os papéis do homem e da mulher
na hora de se arrumar para uma festa, por exemplo — isso quando não é a mulher que agora tem tem de apressar apressar o m arido. arido. A questão se resume em: quanto mais você investe no TER, mais opções cria; e, quanto mais opções precisa controlar, mais decisões deve tomar; e, quanto mais decisões prec pre c isa toma tom a r, m ais tem po dispensa dispensa nessas nessa s ta ta refa re fass que dever de veriam iam ser m ais obje obj e tiva tivas. s. Talvez, hoje, você tenha criado para si uma atmosfera na qual precisa administrar centenas de tomadas de decisão que demandam um tempo precioso, que poderia ser usado usado em decisões decisões m ais im im portantes portantes ou para se qualificar qualificar ou educar seus filh filhos os.. Se você se tornou um Eduardo ou uma Imelda Marcos, entenda que, quanto mais energia dispensar nas tomadas de decisão, menos energia e foco terá para as tarefas relevantes. Por outro lado, quanto mais investir no SER, no autoconhecimento, no aprendizado constante, mais descobrirá que uma pessoa feliz, realmente feliz, não precisa de tanto para viver — e por isso será livre das prisões mentais, dos vícios, e terá uma vida plena e efica ef icazz.
TODAS AS SUAS ESCOLHAS ESTÃO CORRETAS Segundo a Bíblia católica, Jesus Cristo já dizia que a semeadura era opcional, mas que a colheita sempre seria inevitável. Quem semeia paz, colhe paz; quem semeia caridade, colhe caridade; quem semeia ódio, colhe ódio; e quem não semeia nada, não colhe nada. Todas as suas escolhas, sejam elas boas ou ruins, estão corretas porque são suas escolhas. Você é o responsável por elas. Conheci uma pessoa que parou de estudar (uma escolha) logo que terminou o colegial. Foi uma escolha sustentada, apesar do protesto da família. Hoje, passados tantos anos, essa pessoa colhe o resultado com uma vida repleta de restrições, limitações, problem proble m a s em educar educ ar os filhos, filhos, ou sej a , o preço pre ço de não conti c ontinuar nuar investindo investindo em e ducaçã duca ção. o. Entretanto, foi uma escolha que ele fez seguindo os próprios critérios, o que acreditava ser correto para a vida dele naquele momento. Assim, podemos afirmar que todas as suas escolhas escolhas tam tam bém estão corretas, corre tas, desde que não afet afe tem a vida vida de outras pessoas. pessoas. Contudo, muitas das nossas escolhas de alguma forma afetam a vida dos outros ao redor, gerando perturbações, tirando-lhes a paz que antes viviam. Por exemplo, seu filho de 18 anos resolve resolve investi investirr 70% do salár salário io que ganha em e m um em prego inst instável ável para pagar as sessenta prestações de um carro zero quilômetro. Por mais que o pagamento seja de inteira responsabilidade de quem comprou o bem, se algo der errado, é você quem vai se envolver envolver — afinal a final é seu filho filho e nenhum pai ou m ãe quer ver o filho filho fracassar frac assar.. Mesmo que no fundo tenha sido uma escolha dele, segundo os critérios dele, de acordo com a forma
como ele foi ou não orientado, a maneira como foi persuadido pelo vendedor, enfim, a escolha às cegas, sem uma reflexão que contabilize os prós e contras, pode causar um desequilí desequilíbrio brio em ocional, ocional, não apenas no jovem , mas m as em toda toda a fam f am ília. ília. Já parou para pensar em quantas escolhas você fez e que afetaram a vida de outras pessoas? pessoa s? Pare Pa re um pouco a leitura e tente relac re lacionar ionar pelo m e nos cinco c inco de delas. las. Eis algum a lgumas as áreas:
Em r e lação ao tr trab abalh alho: o:
Em relação às finanças:
Em relação aos estudos:
No relacionamento:
Todas as suas decisões foram tomadas seguindo critérios. Quais foram eles? Em que foram pautadas suas escolhas? Por exemplo: quando eu era criança, gostava de deixar os chinelos jogados pela casa. Um dia, minha avó me chamou, apontou para os chinelos espalhados pelo chão chã o e disse: disse: “você “ você está vendo ve ndo aqueles chin c hinelos elos jogados j ogados ali no no chão? chã o? Sabia que quando os os chinelos chinelos estão estão virados a m ãe da gente m orre? orre ?”. Eu devia ter uns 7 anos e, como toda criança, imaginar perder a mãe era a pior coisa que poderia acontecer. Então, minha avó sugeriu que, quando eu entrasse em casa guardasse os chinelos na estante, onde deveriam ficar.
A partir daquele dia, e durante muitos anos, acreditei que chinelos virados matariam a m inh nhaa m ãe e incluí incluí em m inh nhaa m em ória ória ess e ssaa crença c rença.. Uma crença cre nça lim lim itadora, poi pois eu não toler olerava ava ver chi c hinelo neloss vira virados dos por perto. Nem os meus me us nem nem os de de ningu ninguém ém . É assim assim que criam cr iamos os o nosso nosso m und undoo mental, m ental, resp re spons onsável ável por determ inar inar com o ser seráá o mundo real e vice-versa. É um círculo vicioso e muito perigoso que nos aprisiona. O nosso personagem, Eduardo, instalou a crença de que pode receber um reconhecimento social todas as vezes que exibe um novo modelo de relógio. Portanto, em uma primeira análise, as escolhas que ele fez estão corretas e criaram um estilo de vida difícil de sustentar. E o mesmo acontece muitas vezes conosco na vida pessoal, profiss prof issional, ional, aca ac a dêm ica. ica . Criam os e stilos stilos de vida que determ dete rm inam os estados esta dos m e ntais que experimentaremos. É o início do descontrole.
7. LIMA, Nelson S. O que faz mal ao seu cérebro. Disponível em: 7. < ht http: tp:// //venc vencer ergt. gt.com com /wp-content/ /wp-content/upl uploads/2 oads/2010/ 010/11/ 11/INI INIMIGOS-DOMIGOS-DOC%C3%89REBRO.pdf >. >. Acesso em: 8 set. 2014.
CAPÍTULO APÍ TULO 4
Estados mentais e os problemas mais comuns
Estado mental é como a mente reage a cada momento ou experiência. Para ilustrar, pense e m uma um a lâm pada. pada . Este é um bom e xem plo, pois e la possui a penas pena s dois estados: esta dos: acesa ac esa e apagada. apaga da. As variações que exi e xist stem em entre ess e sses es dois dois estados, estados, com o piscando, piscando, meio me io apagada, falhando ou quase queimando, nos remetem, ainda assim, a estes dois únicos estados: meio acesa ou meio apagada. Pens Pe nsee ago a gora ra em um anim anim al de esti estim ação, aç ão, um cachorro, c achorro, por por exem plo. plo. Se Se pudermos puderm os,, como muitas pessoas o fazem, atribuir uma mente a um cachorro, então podemos acre ac redi dittar que os cachorros cac horros pos possu suem em estados estados mentais m entais.. E quais estados estados mentai m entaiss um cachorro ca chorro poderia poder ia exper e xperim imee ntar? ntar ? Imagino que, em algum momento, você já tenha encontrado seu animal de estimação bravo quando vê um desconhecido no portão, estressado quando seu filho mais novo resolve puxar o rabo dele, ansioso quando você o convida para passear no parque, ou alegre quando você chega em casa... Enfim, podemos atribuir a um animal de estimação diversos estados mentais. Contudo, quando elevamos o patamar a um ser humano, quantos estados mentais um ser humano poderia experimentar? A Teoria dos Estados Mentais foi criada pelo filósofo americano John Rogers Searle que explicou a mente como um sistema funcionalista, no qual recebemos um estímulo ( input ), ), processamos a informação e emitimos uma resposta comportamental ( output ). ). Searle pensava a mente como um softwar softwaree executado em um computador, o cérebro. Assim, os estados mentais seriam uma condição permanente, uma característica da mente humana. Não existe “sem estado mental” ou “não estado”, mas um ou mais estados instalados a todo momento. Mesmo à noite, enquanto você dorme, existe o estado mental de sono. Não ter estados mentais é como ser uma lâmpada queimada, ou seja, é a própria própr ia m orte. orte . Estados mentais são como os ícones de aplicativos organizados na tela do seu martphone . Você não utiliza todos ao mesmo tempo, mas estão todos lá. Alguns você utiliza mais, outros menos, outros ainda nunca utiliza. Assim, é possível classificar aplicativos do nosso smartphone em positivos e negativos, não é verdade? Positivos são aqueles que facilitam a nossa vida, nos deixam mais produtivos, estimulam nossa criatividade, nos divertem, nos fazem pensar. E os negativos são aqueles que nos fazem perde per derr tem te m po, gastar gasta r ene e nergia rgia,, tira tiram m o foco foc o de tare ta refa fass importantes impor tantes e viciam .
Você poderia agora mesmo fazer um exercício simples: pegue seu celular ou tablet e faça uma revisão de todos os aplicativos instalados. Organize em uma das janelas horizontais todos aqueles que ajudam nas suas tarefas e realmente tornam sua vida mais fácil fá cil.. E na outra outra,, coloque coloque todos todos aqueles que viciam viciam , atrasam a sua sua vida, vida, faz fa zendo-o perder tempo precioso. Quais são os predominantes? Em geral, muitas pessoas se distraem e perde per dem m o foc f ocoo nas na s taref tar efas as porque pa passam ssam grande gra nde pa parte rte do tem po ac a c e ssando os apli a plica cati tivos vos negati nega tivos, vos, inút inúteis. eis. O que fazer? f azer? Apague-os, Apague- os, simples simples ass a ssim! im! Smartphone significa “telefone inteligente”, e, se bem utilizado, sem dúvida deveria deixar deixar nossa nossa vida vida m ais fácil fác il graças graç as a toda toda agi a gili lidade dade e conecti conec tivi vidade dade que oferec ofer ece. e. Contu Contudo, do, o que temos assistido todos os dias são crianças, jovens e adultos sendo dominados por esses aparelhos, pessoas realmente dependentes e até mesmo escravizadas por essas pequenas peque nas m á quinas. Agora, Agor a, voltem voltem os a os e stados m e ntais: quantos qua ntos estados e stados m e ntais o ser humano pode experimentar? Faça agora outro exercício. Pense no cérebro como um smartphone smartphone e nos estados softwaree s, aplicativos disponíveis para você acessar. Anote-os separando os m entais entais como softwar estados mentais positivos e negativos. Considere positivos aqueles que o fazem avançar, superar desafios, pensar, achar soluções para problemas e ir em busca dos seus sonhos. E negativos negativos aqueles aqueles que o parali par alisam sam,, que sugam sugam suas suas energias, e nergias, dis distraem traem e dilu diluem em seu poder poder de reali re alizzação. aç ão.
Estados mentais positivos
Estados mentais negativos
Vej a quantos estados mentais m entais nós podemos podem os acion ac ionar ar todos todos os dias!
Ao longo do dia experimentamos uma gama enorme de estados mentais. De acordo com as escolhas que você faz ( inputs), eles podem frear totalmente o seu poder de realização. Por exemplo, Eduardo tem de acessar seu “aplicativo de escolha de relógios” todos todos os os dias dias e avali ava liar ar os prós e cont c ontra rass de cada c ada m odelo dispon disponível. ível. Parece exagero, mas é isso o que fazemos diariamente quando escolhemos roupas, sapatos e acessórios. É claro que existem pessoas desprendidas e despidas de vaidade que nem sequer olham para a roupa que usam, mas a maioria segue esse ritual diário. E, sem dúvida, nossa vida não se resume apenas a escolher roupas e acessórios. Pense nas outras centenas de situações que temos de avaliar e nos estados mentais (ou aplicativos disponíveis no cérebro) que são ativados em resposta a esses eventos. Por exemplo:
ATIVIDADE
ESTADO MENTAL
Acordar abruptamente com o som do despertador
Susto
N
Ansiedade
N
Tomar café da manhã assistindo
às más notícias sobre sobre o trân rânsit sito Apressar os filh il hos para ir à escola
Irritação
N
Enfrentar um congestionamento no trânsito
Estresse
N
Perceber uma pessoa pessoa suspei suspeitta se ap aprrox oxiiman ando do do seu carro
Medo
N
Deixar os filhos
em segurança na Tranquilidade P escola Enfrentar o trânsito para chegar ao trabalho
Estresse
N
Reunião de trabalho com o novo dire direttor da empresa
Ansiedade
N
Almoço animado com os colegas de trabalho
Alegria
P
Ler um e-mail informando que o cliente desistiu do contrato
Frustração
N
Pegar as crianças na saída da escola
Pressa
N
Chegar em casa e cuiidar das taref cu arefas domésticas
Preguiça
N
Voltar da academia
Ânimo
P
Fazer sexo Lembr embrar ar-s -see das tarefas do dia seguinte Dormir
Prazer
P
Preocupação N
Sono
P
Como om o pode pode ver, o computado c omputadorr (cér (c érebro) ebro) acessa ac essa diver diverso soss estados estados mentais m entais (apl (a plicati icativos vos)) ao longo longo de um dia dia intei inteiro ro em e m resp re spos ostta às escol e scolhas has que faz fa zem os, os, às situaçõe situaçõess em que nos colocam colocam os e at a té m esmo às lembranças lembra nças que que temos tem os.. Analise, agora, que todos os estados mentais foram úteis de acordo com o evento que os estimulou. Por exemplo, sentir medo ao perceber a aproximação de uma pessoa estranha é um estado mental útil que o prepara para uma eventual reação caso a pessoa de fato fa to queira queira faz fa zer algum algum m al a você ou aos seus filh filhos os.. O estado mental de pressa poderia ajudá-lo a encontrar uma opção no trânsito para chegar mais rápido à escola das crianças, assim como a ansiedade poderia deixá-lo mais alerta durante a reunião com o novo diretor da empresa. O problema é que são tantos estados experimentados (aplicativos acessados) ao longo do dia, que o consumo de energia do cérebro (o computador) e o desgaste mental aumentam, e a perda de foco, as respostas autom autom ática áticass e o descontrole descontrole se inst instalam alam . Certa vez ouvi a história de um empresário que estava procurando uma vaga no concorrido estac estacio ionam nam ento do aeroporto de de Cong ongonh onhas. as. Ele estava com c om pressa (um estado mental), pois estava em cima do horário do voo, e alerta (outro estado mental), procura proc urando ndo uma um a vaga para par a e stacionar stac ionar o c arro. ar ro. Atrás Atrá s dele tinha tinha outro ve veículo ículo com uma um a
mulher na direção. Ela estava bem próxima da traseira do carro do empresário e não tinha como ultrapassá-lo. Ela também parecia estar com pressa. Depois que os dois desceram os três andares e não encontraram vaga, a mulher acionou a buzina do carro para que o empresário saísse da frente. O ruído contínuo da buzina buzina ( input ) ativou nele, imediatamente, o estado mental de raiva, e sua reação ( output ) foi engatar engatar a ré r é e acel ace lerar era r sobre sobre a frent f rentee do carro car ro da mul m ulher her.. Essa resposta ou reação negativa e automática talvez não tenha ocorrido exatamente porque a m ulher buz buzinou, inou, m as tenha sido a reaç re açãã o a o a c úmulo úm ulo de estados esta dos m entais enta is negativos que aquele empresário vinha experimentando ao longo daquele ou dos últimos dias. Talvez estivesse há uma semana dormindo mal, fruto de preocupações no trabalho. Ou tivesse tido uma manhã difícil e a gota d’água tenha sido a buzina do carro. São diversos agentes que impulsionam o comportamento nas diversas situações que enfrentamos. Os estados mentais refletem exatamente no estilo de vida e nas escolhas que as pessoas pessoa s faz fa ze m para par a a própria própr ia vida. Confusão m ental, enta l, fa f a lta lta de controle contr ole das situaç situações ões e de foco nas tarefas e frustração a ponto de pensarmos em desistir significam desequilíbrio entre os estados m entais positi positivos vos.. Os estados mentais positivos ajudam a manter o controle das situações e o foco para que avancemos em busca de resultados, e os negativos causam um enorme conflito entre aquil aquilo que que projetam os (ment (me nte) e) e as lem lem branças do pass passado ado (mem (m em ória). ória). Um estilo de vida com base em estados mentais negativos e limitadores pode resultar em pessoas medrosas, limitadas, com uma vida medíocre e repleta de dúvidas e confusões confusões que parali par alisam sam suas suas ações aç ões no mund m undoo ou produz produzem em reaç re ações ões explos explosiv ivas as na m ente. Ter autocont autocontrol rolee é ser capaz c apaz de de escol e scolher her um estado estado mental m ental que que o mantenha m antenha em um estado estado de recurso. Quando você passa a maior parte do tempo apagando incêndios e frustrado, você envelhece antes do tempo e percebe que ainda não realizou o que realmente era im portante portante para sua sua vida, emer em ergi gindo ndo em sua sua m ente um estado ment me ntal al mui m uito to pod poder eros oso, o, um um preoc upação . grande inim inim igo da da concentraçã c oncentração: o: a preocupação
PREOCUPAÇ PREO CUPAÇÃO: ÃO: Q UAND UANDO O AS COIS COISAS AS NÃO VÃO BE B EM Ansiedade é um estado mental. É uma sensação de angústia derivada de momentos de preoc pre ocupaç upaçãã o. A m e c ânica ânic a é simples: simple s: você identifica um problem proble m a a ser resolv re solvido, ido, m as não tem a menor ideia de como fazê-lo. Nesse momento, sua mente começa a trabalhar no tempo futuro, ou seja, em busca de algum tipo de solução. E toda vez que você vai ao
futuro e pensa nas piores consequências de um problema, produz um estado mental, a ansiedade . Imagine um empresário com algumas duplicatas a pagar. Para quitar essas dívidas ele conta com um bom volume de dinheiro que entrará até o final da semana. Entretanto, ele recebe um telefonema avisando que o esperado pagamento atrasará. Após o susto e a decepção, o cérebro dele começa a buscar possibilidades de entrada financeira para saldar as dívidas. Após algumas simulações, ele finalmente constata que não existe solução a curto prazo. Como você se sentiria nessa situação? Diante de eventos assim, a mente acessa a ansiedade como um modo de defesa natural do organismo contra algo que pode nos fazer sofrer. Nessa situação, a mente começa a projetar as consequências do não pagamento da dívida. Então, o mecanismo de ansiedade inunda a mente de hipóteses que ocupam todos os espaços. Esse caos interno é o início nício da preocupaçã pre ocupação. o. Preocupação é um estado frequente na vida de muitas pessoas. É a preocupação que desvia nossa atenção daquilo que realmente importa. Por exemplo, conheço estudantes que passam mais tempo preocupados tentando adivinhar como será a prova do que efet efe tivament vam entee focado foca doss em estud estudar ar e se preparar bem para a ativi atividade. dade. A preocupação é democrática. Ela ocupa a mente de jovens, idosos, pobres e ricos. Às vezes, a preocupação está relacionada a um evento bom que está prestes a acontecer, como um casamento ou uma viagem programada cuja data se aproxima, obrigando-o a se preocupar com os preparati prepar ativos vos.. Uma Um a pessoa pessoa pode pode estar estar preocupada preocupada com c om de que forma form a consegui conseguirá rá comprar com prar leite leite para par a o filho, enquanto um milionário pode estar preocupado com encontrar uma maneira de proteger prote ger a sua fortuna f ortuna.. A maioria das nossas preocupações não está relacionada com as coisas boas que podem nos acontec ac ontecer er,, ao c ontrário, ontrá rio, e las têm m ais a ver com a quilo quilo que pode term ter m inar mal. A maioria das preocupações diz respeito à projeção ruim de algo que pode nos acontecer. Preocupação com o futuro dos filhos; preocupação com a política e a economia do país; preocupação com as contas no final do mês; preocupação com o resultado da prova; preocupação com a situação da empresa. Manter a cabeça no futuro processando soluções para os problemas ou remoendo as dores de uma situação que dificilmente será resolvida causa ansiedade, cegando-nos momentaneamente. Você vê, mas não enxerga; ouve, mas não escuta; não sente mais o que se passa ao seu redor. Em um cenário como esse, torna-se fácil perder o foco das pequenas tarefas do presente pre sente.. P or e xem plo, ima im a gine uma um a m ulher que, a pós fazer f azer com pras, pra s, coloca c oloca a bolsa bolsa no teto do carro para arrumar as sacolas no banco de trás. Em seguida, ela entra no carro, dá
a partida e sai deixando a bolsa perdida em uma esquina qualquer. As crianças, por outro lado, parecem controlar bem suas preocupações. Elas passam a maior parte do tempo no presente pre sente,, buscando busca ndo faz fa ze r um a coisa c oisa de cada ca da vez ve z. Uma mente organizada consegue administrar melhor os eventos e fazer um planej plane j am e nto que previne pre vine todos os possíveis possíveis problem proble m a s de percur per curso so que podem ocorre ocor rerr. Por exemplo, voltemos ao caso do empresário cujo cliente avisou em cima da hora que o pagam paga m e nto iria a trasar. tra sar. Ne Nessa ssa situa situaçã ção, o, e le e staria m a is tranquil tra nquiloo e foca foc a do e m outras outra s tarefas importantes se tivesse o hábito de fazer algum tipo de reserva financeira para momentos de surpresa como esse. Os pais teriam mais tranquilidade e participariam mais da vida atual dos filhos se desde cedo fizessem uma poupança mensal em nome das crianças ou cuidassem para que tivessem vessem a m elhor elhor educação. educaçã o. Uma nação sofreria menos se soubesse selecionar e escolher bons candidatos nas urnas. Viver no presente é uma maneira de manter o controle, pois nos permite manter o foco na prevenção prevenç ão de problem problem as futuros. futuros. Isso Isso nos faz fa z resp re spirar irar de m odo mais ma is fácil fá cil.. Entretanto, o que vemos são pessoas cada vez mais tensas, mentes cada vez mais ocupadas projetando problemas. Como já vimos, de 80% a 90% dos pensamentos que a mente produz são negativos, e uma pessoa que repete muitas vezes esse padrão de pensam pensa m ento pode se tornar torna r m e drosa, drosa , lim lim itada itada e negati nega tiva va..
VÍCIO:: Q UAND VÍCIO UANDO O NÃO TEMO TEMOS S A OPÇÃO DE PARAR Certa er ta vez, vez, no final final de um semi sem inário, conver conversei sei com um aluno aluno que me m e disse disse ser viciado viciado em sexo, tanto real quanto pela internet. Ele aparentava ter uns 35 anos e lutava de todas as formas contra esse vício instalado e potencializado pela facilidade de alimentá-lo, especialmente especialm ente com o advento advento da internet. internet. Desde que a internet se popularizou, muitos homens passaram a evitar o risco das ruas e se dedicaram a buscar sexo virtual, seja marcando encontros reais ou simplesmente se saciando vendo fotos fotos e vídeos vídeos pornográf pornográficos icos.. O problem problem a do aluno aluno com quem conversava é que ele não conseguia mais parar. Ele tinha consciência da quantidade de vezes que pensava pensa va e buscava busca va sexo, de que estava esta va pa passando ssando dos lim lim ite ite s. Sa bia que e stava na iminência de tomar decisões erradas ou fazer péssimas escolhas, mas não tinha mais a opção de para pa rarr. Um vício se instala definitivamente quando não temos mais a opção de parar. Você tem plena consciência da existência do vício, tem convicção da necessidade de parar,
sabe que muitas vezes está acabando com a própria vida e com a vida das pessoas que am a, m as o vício vício ganha ganha tal força, força , que que a decisão de parar para r não lhe é m ais pos possí sível. vel. Esse meu aluno revelou que chegava a passar três, quatro, cinco, seis horas seguidas ininterruptas na frente do computador buscando mais e mais pornografia. Nenhum vídeo era er a bom, nenhu ne nhum m a foto o sati satisfaz sfazia ia total totalm m ente e, e , então, como com o no exem plo plo do colecionador colecionador de relógios, ele tinha tantas opções que parte do seu dia era dedicada a vasculhar esse burac bura c o negro negr o cham cha m a do inte inte rnet. rne t. Ele Ele não tinha m a is produtividade produtividade.. Quando você entra no mundo virtual e pesquisa a palavra “sexo”, tem à disposição mais de 131 milhões de resultados na língua portuguesa para navegar. São fotos, vídeos, textos de todos os tipos e gêneros. Uma em cada quatro pesquisas feitas na internet tem relação relaçã o com sexo. sexo. Segundo pesquisa da DoubleClick Ad Planner, ferramenta do Google, um dos mais famosos sites de pornografia do mundo recebe cerca de 4 bilhões de acessos por mês. 8 Assim, o foco total em sexo tornou-se um vício na vida daquele aluno e fazia com que ele diminuísse e até perdesse toda a concentração nas outras atividades importantes da vida, como com o tra trabalh balho, o, estudo estudo,, carre ca rreira. ira. Seu Eu interno gritava, mas ele não conseguia mais ouvir. Ele não tinha mais a opção de parar, mesmo acreditando ter tentado de tudo: instalou todos os filtros possíveis de moderação de conteúdo, digitou senhas aleatórias com os olhos fechados para bloquear sites em seu desktop, baixou baixou programas program as de controle controle que travavam travava m sites sites de busca busca,, salas de bate-pa bate -papo po com c om troca troc a de vídeos e fotos. No e ntanto, ele e le m e smo sm o se sabotava. sabota va. Um a sem ana depois lá estava na assistência técnica dando uma desculpa qualquer e pedindo para formatarem o computador porque não conseguia mais acessar a internet corretamente. Para comparar, você sabe como funciona a memória RAM (memória de trabalho) de um smartphone smartphone ? É uma memória de trabalho utilizada para realizar as operações de um aplicativo quando ele é aberto. Quando você usa um aplicativo que consome muito espaço da memória RAM, seu smartphone fica mais lento e você se queixa disso. Isso ocorre porque ele está fazendo um processamento “pesado”, usando uma linguagem mais popular, e e sse proc pr ocessa essam m e nto util utiliz izaa m uito uito espaç espa ç o da m e m ória disponível. disponível. Algo semelhante acontece conosco quando repetimos um mesmo estímulo muitas vezes. Por exemplo, você ouve diversas vezes a mesma música. O número de repetições é tão grande, ocupa tantas vezes sua memória operacional, que você faz a habituação daquela informação, ou seja, você memoriza a música e, se não tiver um autocontrole muito forte, correrá o risco de ouvi-la na mente milhares de vezes ao longo de dias ou semanas. E o que acontece quando repetimos um mesmo padrão de pensamento, como uma preoc pre ocupaç upaçãã o? Assim com o a m úsica, úsica , nós nos viciam vicia m os nesse padrã padr ã o de pensam pensa m ento e nos
tornamos especialistas em preocupação. A pessoa preocupada com tudo e com todos desvia grande parte do foco para essa atividade e, por isso, perde poder de realização e produtividade produtividade..
LADRÕES DE ATENÇÃO Exist Existem em diversas diversas caus ca usas as para a perda per da de foco, foc o, além além de com portam portam entos entos obs obsessi essivos vos,, como com o o caso do garoto viciado em sexo. Os maiores vilões são, na verdade, os pensamentos repetitivos e os conflitos internos. Algumas causas da distração são facilmente identificáveis, como uma televisão em volume muito alto ou pessoas conversando enquanto você tenta se concentrar em ler um livro. Há também estímulos físicos, como dor de cabeça, desconforto digestivo, unha inflamada e até mesmo déficit auditivo ou visu visual. al. Para Pa ra essas situ situaç ações, ões, um pedido pedido de “por “ por favor”, fa vor”, um pou pouco co de bom senso senso das outra outrass pessoas pessoa s ou um tratam tra tam e nto específico espec ífico em e m gera ger a l resol re solve vem m. O que faz fa zer quando o mot m otiv ivoo da perda per da de foco e do enfraquecime enfra queciment ntoo do seu seu poder de real rea lização aç ão não é percebi perce bido do log logoo em um prim prim eiro mom ento? ento? Quero cham ar a sua sua atenção aqui para as causas das distrações que não percebemos de imediato ou que têm origem em situações que nem imaginávamos que pudessem influenciar em algo. Veja alguns exemplos: Falta Falta de c once ntração para preenc pree ncher her um re latóri latório o de trabalho . Sua
cabeça dá voltas, seu corpo se sacode e nada de conseguir focar na tarefa de prioridade. Motivo dessa dificuldade de concentração: preocupação com o filho que já deveria ter chegado da escola, pois já passou do horário normal e você não consegue consegue falar com ele.
Um aluno da sexta série com baixo rendimento escolar e problemas de concentração . Conheci esse caso por meio de uma conversa com uma
coordenadora pedagógica. Ela me disse que o garoto era muito fechado e andava sempre sozinho. Então, depois de trabalhar no caso dele, a coordenadora descobriu que o problema da falta de atenção estava relacionado ao bullying que sofria pelos outros colegas por causa de sua condição física — o menino sofria de atrofia do osso esterno do tórax. Sua condição fazia com que os outros garotos o hostilizassem, e isso o constrangia. Esse sentimento o mantinha em estado permanente de tristeza, o que não lhe perm per m itia itia se c oncentra once ntrarr. Obviam ente, ente , sem c oncentra once ntraçç ão esse ga garoto roto tinha tinha baixo rendim re ndimee nto escolar esc olar.. Um garoto muito inteligente, espontâneo, mas com um péssimo rendimento
escolar .
Em sala de aula ele não tinha o menor foco. Não participava dos grupos e, ass a ssim, im, só tira tirava va notas notas baixas. ba ixas. Os pais, então, fiz f izer eram am todos todos os tipo tiposs de tratamentos e testes, que resultaram em um diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Certa ocasião, ele revelou aos pais que e stava sofre sofr e ndo bully bully ing na e scola por causa ca usa do nome nom e , Hitler. Hitler. P or muito tempo ele preferiu ficar em silêncio e não dizer nada aos pais com receio de magoá-los e se sentirem culpados pela escolha do nome. Contudo, seu nome era a grande causa das críticas, comentários maldosos, fofocas e isolamento. Um cliente estava com dificuldades de se concentrar no trabalho . Quando conheci esse cliente, depois de muita conversa, ele admitiu que tinha esposa e três filhos pequenos para sustentar e estava passando por sérias dificuldades financeiras: contas vencidas e cobradores batendo à sua porta o tempo todo. Assi Assim , a verdadeira verda deira caus ca usaa de sua dificuld dificuldade ade de concent conce ntra raçã çãoo não poderia poderia ser tratada com medicamento, pois “pressão financeira” só pode ser corrigida com estratégias de administração financeira. Uma jornalista com falta de concentração . Cer Certa ta vez conversei por e-m ail com uma jornalista que se queixou de dificuldade em manter o foco e a concentração nas tarefas cotidianas, como ler notícias, fazer entrevistas, escrever matérias. Ela era casada havia três anos e seu marido era um homem home m m uito uito espec especial ial,, cuidadoso cuidadoso,, carinh ca rinhos oso, o, perfeit perfe ito. o. Sua Sua grande gra nde afli a fliçã çãoo era er a que cada vez mais estava menos interessada no marido e sentia uma forte atração por outra mulher, uma colega de trabalho. O conflito interno que ela travava contra sua natureza e instinto sexual a tornava ora deprimida, ora agressiva com o companheiro. Qualquer grau de foco para as tarefas de sua atividade atividade profission profissional al era e ra impossível. impossível. Um estudante dedicado que se preparou durante anos para uma prova de concurso público.
Ele investiu tempo e dinheiro no intuito de ser aprovado. No entanto, chegado o grande dia, dirigiu até o local da prova e no trajeto, para descontrair, colocou o CD do seu cantor preferido, Roberto Carlos. Na sala de aula, na angústia da espera do início da prova, sua mente colocou no centro do picade pica deiro iro o ca c a ntor Roberto Rober to Carlos interpre interpr e tando seu se u clássico: c lássico: “Jesus “ Jesus Cristo” Cristo”.. O problem a é que e sse departa depa rtam m e nto da m e nte do e studa studante nte nã nãoo desligou e m nenhum momento durante o teste. O refrão: “Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo risto eu estou estou aqui” aqui” não saiu um um m inut inutoo sequer de sua sua cabeça ca beça e o impedia de ler com atenção o enunciado das dificílimas questões. A inofensiva música o
fez fe z perder um ano intei inteiro ro de est e studo udo e um grande investi investim ento que que fi f izera er a para pa ra sua sua preparação. prepara ção. Mui Muitas vezes vezes não ima ginam ginam os que que a falt fa ltaa de foco e atenção atençã o tenha tenha como c omo causa c ausa hábitos hábitos considerados normais, como ouvir música. Uma simples e inofensiva música pode ser construída de forma tão envolvente, ritmada e melodiosa que é facilmente memorizada e associada a um momento de alegria e prazer ou a um momento dramático ou depressivo. Assim, a inofensiva canção começa a ser repetida milhares de vezes, e provoca visíveis altera alterações ções na rede r ede neural cere bral. bral. Essa Essa repet re petiição sist sistem em ática ática inicia-se nicia-se e permanece perm anece em segundo segundo pl plano, prej udica udicando ndo o foco em qualquer qualquer tarefa tare fa.. As músicas de antigamente, os clássicos de Bach, Beethoven, entre outros, eram feitas feitas para serem apreci aprec iadas e real rea lm ente ente tocavam a alma. alma . Músi Música ca inst nstrument rume ntal al e clássi clássica ca é uma arte, pois agita ou acalma a mente humana apenas no momento em que são ouvidas. No entanto, depois que saímos do conserto não a repetimos na memória. Não encontramos pessoas nas ruas repetindo mentalmente os clássicos de Beethoven como encontramos pessoas com fones de ouvido tocando músicas populares, fáceis, construídas com rimas simples, mas capazes de fixar-se na memória e passar semanas cozinhando nossos neurônios em repetições intermináveis. Lembro-me de que quando ainda era criança tinha costume de assistir televisão deitado no chão da sala entre os meus dois irmãos. Nós sempre assistíamos a um seriado do Incrível Inc rível Hulk, Hulk, o primeiro prim eiro da televisão televisão estrelado estre lado pelo fisicultu fisiculturist ristaa Lou. Recordo-me nitidamente de quando o cientista David Banner ficava furioso e seus olhos rapidamente esbranquiçavam para que, em uma expressão de fúria e dor, ele se transformasse na fera. Naquele que para mim era o pior momento do seriado, ainda me sentia protegido ao lado dos meus irmãos. Horas depois, quando estava na cama e em vários m omento om entoss do dia dia seguinte, seguinte, aquela im im agem tenebrosa tenebrosa sem pre orbitava orbitava m inha inha m ente e m inh nhaa m em ória ória causand causando-me o-me m edo edo.. O tempo passou e essa associação foi perdendo a força. Entretanto, revivi esse mesmo temor pelos olhos do meu filho. Certa vez estava com ele na sala assistindo televisão — ele estava com 4 anos. Em algum momento eu pedi o controle para dar uma zapeada pelos canais e, por alguns segundos, parei em um canal que exibia um filme violento e a cena de um assassinato. Rapidamente, voltei ao desenho que meu filho estava assistindo. Depois, Depois, hora horass mais m ais tar tarde, de, enqu e nquanto anto eu o col c olocava ocava para dormir, notei notei que est e stava ava m uito uito quieto quieto e procurei proc urei faz fa zê-lo ê- lo falar. falar. Ele fez fe z uma um a pergunta pergunta relacion re lacionada ada à cena ce na de assassin assassinato ato que que tinha assistido por alguns segundos. Então, fiquei imaginando por quantas horas o pobrez pobre zinho rem re m oeu em silê silê ncio aquela aque la c ena de violê violê ncia e que problem proble m a s ou lim lim itaç itações ões
aqueles breves segundos poderiam lhe causar caso eu não tivesse lhe dado uma expli explicaçã ca çãoo raz ra zoável. Com isso quero dizer que olhos destreinados nem sempre notam como pequenos eventos do dia a dia podem ser a fonte de uma guerra mental, criando estados mentais limitadores se os deixarmos passar despercebidos. Nessas ocasiões, pode se manifestar o estado mental de medo: medo da mudança, medo de enfrentar os desafios, medo de se entregar à vida.
MEDO Q UE NOS MA MANTÉ NTÉM M NA ZONA ZONA DE CONFORTO Talvez você conh c onheç eçaa pess pe ssoas oas com um forte perfil perf il em preendedo pree ndedorr. Pess Pe ssoas oas que que enchem e nchem sua sua cabeça com boas ideias para melhorar seu negócio e seus projetos. Elas conhecem sist sistem em as de trabalh traba lhoo eficaz ef icazes, es, mas m as não cons c onsegui eguira ram m reali re alizzar quase nada na própria vida. vida. Elas são sonhadoras, mas sem ousadia, sem iniciativa ou coragem para tocar o próprio própr io ne negócio. gócio. São e specialis spec ialistas tas e m a rrisca rr iscarr o pa patrim trimônio ônio a lheio, porém poré m , quando a decisão diz respeito ao próprio ambiente de negócio, são extremamente medrosas. Suas pastas pasta s de proj e tos e stão c he heias ias de ideias geniais, genia is, entre entr e tanto, com o têm dificuldade dificulda de de tomar oma r decisão, decisão, preferem prefere m não se se arris a rriscar car e se agarram a garram à própria própria zon zonaa de conforto conforto.. A zona de conforto é gerada ger ada pel pe lo medo m edo especialme nte nte em e m rel re lação aç ão a m udanças, pois pois a mente mapeia e avalia uma porção de opções e projetos, pesando os prós e contras de cada decisão em um interminável processo de análise. Sim, podemos dizer que essas pessoas pessoa s são bastante basta nte cuidadosas, cuida dosas, c apaz apa ze s de aterate r-se se a m uitos uitos detalhes. deta lhes. A dificuldade, dificulda de, na verdade, se dá porque, em meio a tantas análises e considerações, elas se esquecem de decidir. Minam o próprio poder de realização e muitas vezes desistem do sonho, dando espaço para par a que habite habite na m ente um dos males ma les do do séc sécul ulo: o: a preguiça preguiç a mental me ntal . Quando estamos estabelecidos em uma zona de conforto, é bem provável que perc per c a m os o foco. foc o. Afinal, Af inal, o m e do de decidi dec idirr e a gir é que nos m a ntêm ne nela. la. Esse sedentarismo sedentarismo m ental torna torna difícil difícil se se concent conce ntra rar, r, buscar saídas, saídas, pensar pensar crit cr itiicam ca m ente. Talvez você já tenha se flagrado naqueles momentos em que precisava se concentrar na leitura de um contrato de trabalho, em uma apostila para o exame de qualificação profiss prof issional ional ou a té m e smo sm o para par a pree pre e nc ncher her uma um a planilha com plexa, plexa , m a s não conseguiu conse guiu sequer iniciar a tarefa por preguiça mental. A preguiça mental, ou preguiça de pensar, refletir, checar, calcular, geralmente o afasta do foco, tornando-o vulnerável a pequenos erros e grandes prejuízos. Em contrapartida, essa mesma preguiça mental nos leva a fazer as escolhas mais cômodas, nas quais não corremos riscos e também somos impedidos de ousar. A preguiça mental
pode e vita vita r c onfrontos onfr ontos,, m a s tam bé bém m pode lim lim itar itar nossos sonhos. P or isso isso refor re forço ço a importância importâ ncia de desenvolver o autocontrole, autocontrole, o ponto ponto de equi e quilí líbrio. brio. Um dos mecanismos mais práticos do sedentarismo ou preguiça mental é a generalização. Quando generalizamos, guiamos nossa consciência por um caminho fácil, bem pa pavim vimee ntado e que não nos impõe im põe m uitos uitos de desaf safios ios cognit c ognitivos ivos.. É m a is fá f á c il dize dize r “ é difícil” e desistir, do que encarar todas as etapas de uma tarefa para realizá-la. No vocabulário do preguiçoso mental as palavras “difícil” e “complicado” ditam as regras para par a a s e scolhas scolha s que serã ser ã o feit fe itas. as. Em seu reper re pertório tório estão e stão fra fr a ses c omo: om o: “Esse “ Esse trabalho tra balho é m uito uito difí difícil cil”, ”, “Ess “ Essaa m atéria é m uito uito com plicada” plicada”.. A generalização nos leva à inação, que, convenhamos, tem seu lado positivo: não nos envolvemos em problemas. Contudo, também nos faz pagar um preço alto: não semeamos nem colhemos nada. Portanto, torna-se uma escolha que pode nos atormentar a longo prazo. Algumas pessoas se tornam viciadas em não se esforçar porque no fundo sentem o peso de m a nter a m ente focada foc ada.. P or exem exe m plo, m uitos uitos alunos, ao assistire assistirem m a uma um a a ula, prefe pre fere rem m gravar gra var pelo celul ce lulaa r tudo o que é dito dito e c omenta om entado. do. De Dessa ssa form for m a, perm per m ite ite m -se também baixar a guarda, ou seja, não prestar atenção. Eles sabem que poderão escutar tudo o que o professor disse depois, em casa ou durante os trajetos diários. Outros estudantes preferem anotar tudo, palavra por palavra. E esses também cometem um erro: simplesmente transportam a informação de um lado para o outro, ou seja, da aula para o papel. E na memória, o que ficou gravado? Nada. Tanto o hábito de gravar quanto o ato de anotar a aula mantêm a mente totalmente sem foco durante as explicações e isso pode levar o aluno a outro problema típico da falta de concentração: o retrabalho .
RETRABALHO Retrabalho não é uma palavra que você encontra no dicionário formal. É um termo utilizado nas empresas. É a simplificação do termo “refazer um trabalho”, ou seja, o ato de fazer novamente uma atividade que não foi realizada com a qualidade esperada na prime prim e ira vez ou com erros er ros ca c a usados por distraç distra ç õe ões. s. Assim, aquele estudante que foi até a faculdade para assistir às aulas, mas preferiu deixar um gravador ligado registrando-a a fim de “facilitar a vida”, ou seja, por preguiça mental, diminuiu o grau de atenção e, com isso, não reteve o conteúdo da aula. Agora, imagine que esse aluno gravou quatro horas de aulas. Qual será a consequência? Será
passar passa r m a is quatro quatr o horas hora s ouvindo tudo de novo por m eio de um rec re c urso que provavelm prova velm e nte não nã o será ser á ca c a paz de fazêf azê-lo lo entender entende r. O desânimo e a fadiga mental produzidos pelo retrabalho podem fazer com que o indivíduo busque ainda mais fontes de estímulo que apenas aumentam a falta de foco e concent conce ntra raçã ção. o. Essas Essas fontes fontes são as a s tais tais fugas, como j á vim vim os no no tópi tópico co “o “ o mom m omento ento Candy Candy Crush’”, e as reclamações. E o que deveria ser um cenário de paz mental se transforma, agora, em uma atenção tot totalment alme ntee desgo desgovernada. vernada.
ATENÇÃO DESGOVERNADA Qual a m elhor elhor m aneira de saber se você está ultrapassand ultrapassandoo os limit limites es em e m ocionais ocionais?? Prestar Pr estar atenção nas situações que mais exigem foco e concentração e perceber sua dificuldade em manter-se atento e dedicado a elas. A falta de concentração é sempre o primeiro sinal de que ultrapassamos nossos limites emocionais. A neurociência já provou que o estado natural da mente humana é o estado de desatenção e não o de foco. Essa desatenção seria herança dos nossos antepassados, que prec pre c isavam isava m e star a lertas ler tas para par a os perigos per igos de um m undo a inda inexplorado. inexplora do. Assim com o nossos parentes do reino animal, que dirigem olhares e ouvidos para todos os lados buscando busca ndo a quilo quilo que repre re presenta senta oportunidade ou perigo, per igo, nós, seres ser es humanos, hum anos, desde os tempos das cavernas, seguimos o mesmo padrão de atenção desgovernada. No pa passado, ssado, ter uma um a a tençã tenç ã o desgoverna desgove rnada, da, ou sej a, dirigida dirigida para par a todos os lados e ra útil para a preservação da vida. Entretanto, hoje, quando atingimos um relativo padrão de conforto e segurança, esse nível de atenção pode interferir nos resultados das tarefas. Entenda: a atenção é seletiva, isto é, você escolhe em que deve prestar atenção, porém, ela nem sempre é sust sustent entada. ada. Você sabe em que deve prestar atenção, mas nem sempre consegue manter o foco por m uito uito tem te m po. E qua quando ndo um a c ontecim ontec imee nto é forte for te suficiente suficie nte para par a tira tirarr a sua a tençã tenç ã o, seus mecanismos de memória são desativados. Quando falta concentração você inicia a segunda etapa do que chamo de rota do esquecimento, a etapa da dificuldade de m em oriz orização, aç ão, em m eu lilivro Os 10 hábitos da memorização (Gente, ( Gente, 2009). 2009). A memória tem uma ligação íntima com a concentração. Quando trabalham juntas, elas potencializam e aceleram a aprendizagem; quando se separam, instalam o caos, dificultando a realização de tarefas simples, como acompanhar uma reunião ou ler uma apostila apostila ou um contrato contra to.. Sem concentraç concentração, ão, a m em ória ória de trabalho rabalho ou mem me m ória ória operaci operac ion onal al não é abas a bastteci ec ida, e você perde informaç inform ações, ões, sem sem elhante elhante a quand quandoo cai a conexão c onexão na int inter ernet. net. Assi Assim , você você::
Não Nã o consegue conse gue a c ompa om panhar nhar a sequênc sequê ncia ia do rac ra c iocínio que o seu inte inte rlocutor rloc utor está está compon com pondo: do: “o que você est e stava ava diz dizendo mesm m esmo? o?”. ”. Não Nã o é c apaz apa z de lem brar bra r a sequência sequê ncia de procedim proc edim entos de descr scrit itos os no m em orando orando da em presa: “Ih, esqueci esqueci esta esta et e tapa”. Não Nã o se lem bra do nome nom e do c lie lie nte que aca ac a bou de c umprim um primee ntar e m uma um a reuni re união ão de negócios: negócios: “Qual “Qua l era m esmo esm o o nome nome dele?”. dele?”. A falta de concentração não só bloqueia o processo de memorização como também causa outro transtorno: os lapsos de memória. A nova estação da rota do esquecimento é marcada pela dificuldade de acessar memórias necessárias para a realização de tarefas. O nome mais conhecido para esse evento é lapso de memória ou simplesmente “branco na memória”. Sabe quando você está conduzindo aquela reunião de negócios e falta aquela “palavrinha” que completa o seu raciocínio? Ou quando no meio daquela entrevista de emprego você se esquece de metade do que tinha para dizer? O branco na memória sempre surge em momentos decisivos. A falta de concentração produz dificuldade de memorizar e lembrar, mas mesmo nessas ocasiões você não pode se dar ao luxo de parar as suas atividades simplesmente porque e stá sofre sof rendo ndo alguns a lguns bloqueios bloqueios de m e m ória, ória , não nã o é verda ver dade? de? Ao insist insistir ir em e m rea re a liz lizar tarefas sem as condições mnemônicas necessárias, há um gasto maior de energia que leva o cérebro a sentir a fadiga mental. O que acontece quando alguém pega uma toalha e tenta enxugar um bloco de gelo? ada! Na verdade ela apenas se cansará. Essa metáfora é utilizada para exemplificar aqueles momentos em que você insiste em realizar algo, mas não obtém o resultado desejado. Enxugar gelo cansa tanto quanto insistir em ler um texto sem concentração, assistir a um vídeo de treinamento sem o foco necessário ou somar os valores daquela planilha sem a atençã ate nçãoo exigida. Quando Q uando insisti insistim m os em rea re a liz liza r tare ta refa fass sem c oncentra once ntraçç ão e memorização, sentimos como se estivéssemos enxugando gelo. O máximo que garantimos com isso é uma grande fadiga mental, um cansaço além do físico. Quando a indisposição se instala, a melhor coisa a fazer é parar a tarefa, olhar para dentro de si mesmo e tentar entender a origem da indisposição a fim de saná-la, caso contrário você corre o risco de pôr tudo a perder e assistir à morte dos seus sonhos.
IMPRODUTIVIDADE: IMPR ODUTIVIDADE: A MORTE DOS SONHO SONHOS S Uma mente desgovernada e recheada de pensamentos desconexos causa a paralisia do poder de rea re a liz liza ção. çã o. A pessoa pe ssoa ainda tem proj e tos, sonhos, objetivos, obj etivos, m a s não tem forç for ç a
para par a rea re a liz lizá -los pois está perdida per dida em seus de devane vaneios ios.. De Desse sse m odo, quando qua ndo c ome om e ç a m os a atender a estímulo estímuloss que que roub r oubam am alegrem alegre m ente nossa nossa atençã o, ini inicia-se cia-se o processo de de m orte dos sonhos. Conheço, por exemplo, estudantes e advogados que precisam passar grande parte do dia debruçados sobre livros técnicos, porém, o fazem em um ambiente altamente estimulante, onde outras pessoas entram e saem, conversam, fazem barulhos insis nsisttentemente. entem ente. Nesses loca locais is,, que deveriam deve riam ser santuários santuários de leitura leitura e m editaç editação, ão, m uitas uitas vezes encontram-se telefones, televisores e rádios sintonizados em programas musicais e comerciais atrativos de todos os gêneros. Animais de estimação também vivem por perto, assim como as crianças, pedindo atenção até que a consigam. Postura inadequada, iluminação deficiente, temperatura incômoda, enfim, há uma infinidade de estímulos que os impedem de manter a mente focada na tarefa em questão. Assim, fica fácil perder o controle. Segundo pesquisas pesquisas realiz re alizada adass nos Estados Estados unidos unidos sobre inter interrupçõe rupções, s, constatou-se constatou-se que, em média, os estudantes não conseguem focar em suas tarefas por mais de dois minutos sem interrompê-las para escrever e-mails ou olhar as redes sociais. No ambiente de trabalho, estima-se que a média de imersão dos colaboradores é de onze minutos sem interrupções. 9 E o que significa ser interrompido a todo momento? Significa que você não está efetivamente fazendo o que deveria fazer! Em outras palavras, o volume de estímulos é tão grande gra nde que você não cons c onsegue egue avança a vançarr na taref tar efaa e por iss issoo perde produtiv produtivid idade ade.. A maioria dos leitores lê sem fazer qualquer tipo de preparativo. Lê de qualquer maneira, de qualquer jeito, em qualquer lugar e ainda espera obter máxima concentração. Isso porque em grande parte dos casos todo mundo está tão desesperado em dar conta conta das demandas dem andas que que o faz “como “c omo dá”. O próprio ambiente de trabalho das grandes empresas e escritórios está matando a produtividade produtividade dos seus c olaborador olabor adoree s. Aque Aquele le a m biente dos sonhos de grandes gra ndes e m presas pre sas de inovação do Vale do Silício, na Califórnia, como Google ou Facebook — onde as salas são coloridas e as reuniões acontecem em mesas de pingue-pongue, com ruídos de celular, músicas e movimento de skates skate s —, cria uma órbita constante de interrupção de raciocí ra ciocíni nioo e pode tam bém gerar gera r baixa produtiv produtivid idade. ade. É claro que é possível criar e inovar mesmo em um campo de batalhas, como o fez Descartes, mas é preciso separar os momentos em que uma boa ideia é gerada e os momentos em que ela deve ser executada. Produtividade tem a ver com execução, enquanto enquanto a criat cr iativ iviidade e a inovaçã inovaçãoo estão estão relacion re lacionadas adas a foco, f oco, concentração, concentraç ão, medit m editaç ação. ão. A mente humana carece de momentos de paz para poder externar seu potencial criativo, inovar e produzir a fim de concretizar tudo o que foi imaginado. Você não pode
aceitar uma condição imposta pela sociedade atual que gira em torno do perigoso círculo vicioso: acordar, trabalhar, dormir. É preciso ter controle da própria vida e fazer a gestão das próprias escolhas, dos próprios pensamentos. Você deve colocar a mente a favor da sua saúde, do seu equilíbrio e dos seus sonhos. A seguir, vamos começar a jornada em busca do a utocontrole, do equilíbrio e da pa pazz menta m entall tão tã o necessá nec essários rios pa para ra a rea re a liz liza ção çã o de sonhos.
Ex tremeT Te ch , abr. 2012. Disponível 8. ANTHONY, Sebastian. Just how big are porn sites? Extreme 8. ANTHONY, em: >. Acesso em: 10 ago. 2014.
9. SULLIVAN, 9. SULLIVAN, Bob. Students can’t resist distraction for two minutes... and neither can you. maio 2013. Disponível em: BC News, < http://www.nbcnews.com/business/consumer/students-cant-resist-distraction-twominutes-neither-can-you-f1C9984270>. minutes-neither-can-you-f1C9984270 >. Acesso Ac esso em: em : 20 ago. 2014 2014..
CAPÍTULO APÍ TULO 5
Os caminhos para a blindagem emocional
Quando uma situação abala o seu emocional e o deixa fora de controle, o que você faz para par a se ac a c a lmar lm ar?? P ense sobre e sses mom m omee ntos e anali ana lise se seu se u com portam porta m e nto. Para ilustrar, exemplifico o caso de uma pessoa que conheci e estava em uma situ situaç ação ão inusit inusitada ada e de forte f orte abalo a balo em ocional. ocional. Enquant Enquantoo seu m arid ar idoo tom tom ava banho, chegou uma mensagem no celular dele. Ela resolveu olhar e descobriu naquele momento que o marido mantinha laços afetivos com outra mulher. Descobriu que o marido tinha uma am ante. ante. Como Como você reagi re agiria ria em uma sit situação como c omo essa? Existem muitas maneiras de tentar restaurar o equilíbrio e manter o controle de uma situação. Algumas são mais adequadas, como um diálogo franco e direto — e isso realmente ajuda a controlar uma situação de crise —, outras, porém, são explosivas e só ajudam a pôr mais lenha na fogueira. A reação da mulher em questão, infelizmente, foi a explosiva. Quando o marido saiu do banheiro, encontrou uma esposa descontrolada. Ela estava furiosa, chorando e extremamente agressiva com ele. Gritou muito, fazendo-o explicar o inexplicável. Atirou abajures, cinzeiros e outros objetos que encontrou pela frente. Esmurrou o marido e, passada a primeira explosão, ligou para a melhor amiga, buscando algum algum a palavra que lhe desse alí a lívi vio. o. O que você diria para uma pessoa com o estado emocional abalado por ter de enfrentar um drama como esse? A melhor amiga ouviu atentamente, indignada com a história, e, com a sobriedade de um experiente comandante que sabe exatamente como agir em batalhas batalhas difíceis, difíceis, aconselho aconselhou: u: “Se fosse fosse m eu m arid ar ido, o, eu matava! m atava!”. ”. Felizmente, a amiga decepcionada não acatou o conselho e o final dessa história não foi a tragédia. O marido, bem mais controlado, conseguiu uma abertura para o diálogo, eles se acertaram e hoje vivem uma união forte, mais felizes do que antes. No entanto, não podem podem os deixar deixar de imagi ima ginar nar o pior cenário, ce nário, espec especial ialm m ente cons c onsid ider erando ando que que a esp e spos osaa é uma pessoa extremamente reativa e atacar foi seu primeiro impulso quando viu a m ensagem ensagem da amant am ante. e. Voltemos à pergunta do início: quando uma situação abala o seu emocional e o deixa fora de control controle, e, o que você faz fa z para se acalma ac almar? r? A verdadeira solução que a esposa traída encontrou para retomar o controle não foi atacar o marido, porque o ataque verbal e físico foi uma reação impulsiva, explosiva,
caótica, enfim, totalmente descontrolada. Não havia uma tentativa de controle ali e, sim, uma desca descarga rga em ocion ocional. al. Tome como exemplo o vapor que sai do pino da panela de pressão quando cozinhamos algum alimento. O calor aquece a água em estado líquido fazendo-a se expandir na forma de vapor, o que gera uma forte pressão dentro da panela lacrada. Quando a pressão atinge certo limite, aciona a válvula de escape na tampa. Se não houvesse essa válvula, a panela explodiria. De modo semelhante, temos a descarga emocional. Quando uma situação abala nossos limites emocionais, nosso organismo procura uma válvula de escape. Algumas pessoas pessoa s a liviam liviam a pressão pre ssão atac ata c ando, c omo om o no e xem plo da e sposa traída tra ída — o que pode levar a consequências fatais, como constatamos todos os dias nas manchetes de ornalismo policial. Outras vezes, a pressão é aliviada através do grito ou do choro incontrolável. No e ntanto, a pior desca desc a rga em oc ocional ional não é o a taque, taque , o grito ou o c horo com o defesa, mas a explosão interna ou implosão, isto é, quando a pessoa se fecha e usa uma energia imensurável para diminuir a raiva que sente. Na maioria dos casos, é muito melhor que a descarga emocional venha através do ataque ou do choro, pois o preço a pagar paga r pela pe la explos e xplosãã o inte inte rna é a própria pr ópria saúde, saúde , o que com c omprom prom e te a sua vida. Assim, a descarga emocional não é uma forma de controle, mas uma reação a algo que nos pressiona. pressiona. Portanto, P ortanto, onde, onde, ent e ntão, ão, a esposa traíd tra ídaa buscou o autocontrole? autocontrole? Nesse Ne sse caso, ca so, ela e la o fe f e z quando ligou para pa ra a m elhor a m iga. O telefonem telef onem a foi um m odo legítimo de restaurar o controle. Embora o conselho da amiga não tenha sido o mais adequado, falar com alguém a respeito de como ela se sentia a fez olhar para dentro, analisar analisar a situ situaç ação. ão. Mesmo Mesm o inconsci inconsciente ente de quão importante importante era er a aquela ati a titu tude, de, aj a j udo udou-a u-a a restaurar o controle emocional. Depois da breve conversa com a amiga, ela pôde ouvir o m ari ar ido e cons c onsegui eguiuu contornar contornar m elhor elhor a situ situaç ação. ão.
Q UEM DETE DETERM RMINA INA A SOL SOLUÇÃO ATACA OU FOGE? FOG E? Certa vez, ouvi uma pessoa dizer: “Sempre que você estiver com raiva, procure a natureza. Você não consegue sentir raiva olhando para o verde das árvores e plantas”. E estudos sobre a psicologia das cores realmente constataram que a cor verde tem a capacidade, sim, de acalmar mentes agitadas. Contudo, quem tem o discernimento de procura proc urarr a na nature turezza e fica fic a r olhando para par a uma um a m oita oita de folhas folha s ve verde rdess e m um m omento om ento em qu quee a fúria fúria fal fa la m ais alto? alto?
Para dizer a verdade, existe um tipo de pessoa que tem sangue-frio suficiente para lembrar-se das folhas verdes ou de respirar fundo ou de contar até dez antes de tomar uma atitude explosiva. Pessoas assim são justamente as que demonstram ter grande potencial potenc ial de autocontrole. a utocontrole. Sabe quem são essas pessoas pessoas controladas? controladas? São j ustam ustamente ente aquel a quelas as que expl e xplodem odem para dentro. Que contêm a descarga emocional e a aprisionam internamente. Talvez a essa altura altura você possa possa estar pensando: pensando: “não é a form f ormaa m ais per perig igos osaa de rea r eaçã ção? o?”, ”, “não “nã o é a que m ais adoece as pessoas?”. pessoas?”. As respos r espostas tas para essas perguntas perguntas são sim e não. Por exemplo, eu sou uma pessoa muito introvertida. Sou do tipo que seria incapaz de responder ou atacar física ou verbalmente alguém que me fez algum mal. Também nunca fui o tip tipoo que gostas gostasse se de chorar c horar em púb públi lico co quando alguém alguém m e dece de cepcio pcionava, nava, negava ou me frustrava. Sempre contive as minhas descargas emocionais dentro de mim. Sempre, até o dia em que essa ati a titu tude de resol r esolveu veu cobrar cobra r seu alt a ltoo preço. preç o. Aos 30 anos, apareceram do lado direito do meu pescoço duas pequenas marcas vermelhas bem próximas uma da outra. Marcas que doíam e coçavam muito. Pelo formato e pelos sintomas, imediatamente pensei se tratar de uma picada de inseto, uma aranha talvez. Não me incomodei. Na manhã seguinte eram quatro marcas, e foram aumentando aum entando dia dia a dia dia e doendo cada ca da vez mais ma is.. Depois de passar por dois médicos, descobri que se tratava de uma doença chamada herpes-zoster, uma doença que se aloja na fina capa que protege todos os nervos que se ramificam em nosso corpo. Na região em que a doença se instalou e dada a sensibilidade dos nervos, qualquer movimento do corpo produzia uma dor insuportável. A doença atacou exatamente a região dos nervos da nuca e a dor de cabeça que eu sentia era como se alguém enfiasse uma agulha em meu cérebro. Felizmente, fui tratado por um ótimo médico, que, em poucos dias, resolveu meu problema. Contudo, o que me chamou a atenção em todo esse sofrimento foi a lição que aprendi com ele. O que fez com que a herpes-zoster se desenvolvesse foi o estresse. Naquela Na quela é poca, poca , e stava no a uge da m inha c a rre rr e ira. ira . Tinha a c abado aba do de estabe esta belec lecee r o prime prim e iro rec re c orde brasil bra sileir eiroo de m e m ória, ória , lança lanç a va m e u segundo livro, livro, viaj a va o pa país ís inteiro, concedia dezenas de entrevistas para rádios e jornais, fazia demonstrações de memória em cursos presenciais e ao vivo em programas de televisão, e ainda tinha de administrar uma empresa com vários funcionários. Eu tinha uma rotina que quase não me deixava dormir ou me alimentar direito. Era extrem am ente desgastante, desgastante, mui m uito to estre estress ssante. ante. E todo todo aquele estresse era er a contid contidoo à força f orça e anulado dentro de mim. Até que um dia a panela explodiu da maneira mais dolorida possíve possívell e , segundo o m édico, édic o, se o estresse estre sse nã nãoo se m a nifestasse nife stasse daquela daque la form for m a , provavelm prova velm e nte seria se ria de outras, outra s, que poderia pode riam m , inclusive, inclusive, m e m a tar. tar.
Confesso que daquele episódio em diante eu procurei ajuda. Conversei com especialistas, fiz um tempo de meditação, li dezenas de livros e a maioria dos conselhos m e obrigavam obrigavam a agi a girr de um j eito eito que que ia totalm totalmente ente contra contra a m inha inha natureza. natureza. A grande verdade é que uma vez introvertido, sempre introvertido. Os melhores conselhos que os especialistas me davam diziam que eu deveria, sim, gritar, xingar, brigar, lutar, atacar, chorar como uma forma de descarregar aquela emoção nociva que neutralizava dentro de mim. No entanto, é fácil falar para um introvertido explodir com alguém alguém , difícil difícil m esmo esm o é vê-lo fazer isso. isso. Assim, percebi que aqueles conselhos só aumentariam ainda mais o débito com minha consciência, minha saúde, enfim, comigo mesmo. Se eu quisesse de fato preservar minha saúde, manter o equilíbrio e algum grau de autocontrole, deveria fazer isso sozinho. Daquele dia em diante continuei respeitando a minha natureza, continuei anulando aqui dentro minhas descargas emocionais, porém, a diferença é que agora eu era um espectador e, com disciplina, comecei a estudar minhas reações. Assim Assim como c omo quando cozin cozinham hamos os um um alim alim ento numa numa panela de press pre ssão ão lacrada lacr ada existe existe um período de tempo entre a formação do vapor e a pressão extrema que faz o bico da tampa girar e descobri que também existe um bom período de tempo antes de a descarga emocional contida causar algum dano à nossa saúde. Um momento que passa como se fosse fosse um film film e em e m câm câ m era er a lenta, dentro dentro de nós, sobre sobre tudo o que que est e stáá causando c ausando o estresse. estresse. Um tempo extremamente hábil para que você possa pegar aquela energia negativa e dar a ela um novo significado, minimizando ou até mesmo neutralizando totalmente seus efeitos ef eitos negati nega tivos. vos. Essa capacidade de olhar para o interior de mim mesmo, assistir ao filme e escolher o final final mais ma is adequado e benéfico bené fico para m inha inha saúde e m inha inha vida, vida, é o que passei passei a cham cha m ar de autocontrole . O autocontrole é um movimento do bem. É uma resposta forte do anjo contrapondose aos conselhos do diabo. É uma forma nem sempre reconhecida como nobre aos olhos cegos de impaciência, vingança, rancor ou ódio das outras pessoas, porém, a maneira m ais edificante edificante de tornar a vida vida m ais leve leve e gostos gostosa. a. A transform transform ação aç ão da em e m oção negat nega tiva iva em emoção neutra ou emoção positiva só é possível quando olhamos para dentro e investigamos a origem das nossas reações emocionais, a origem dos nossos pensamentos.
COMPREENDA OS PENSAMENTOS Entre as diversas soluções de que dispomos para desenvolver o autocontrole e que ainda serão serã o ensinada ensinadass ao longo deste livro, livro, está o metapensamento. O met me tapensam apensam ento ento é como com o o
policia policiam m e nto preventi preve ntivo. vo. A melhor maneira de garantir a segurança da população de uma cidade é fazendo o policia policiam m e nto preventivo. pre ventivo. Essa m oda odali lida dade de de açã aç ã o perm per m ite ite ao policia policiall e star sem pre à frente dos bandidos, evitando que eles causem estragos. A palavra meta vem do grego e significa “ir além”. Quando juntamos “meta” com “pensamento” temos, então, o termo metapensamento, que significa “ir além dos pensam pensa m entos”. entos” . Em outras outra s pa palavr lavraa s, olhar, olhar , a na nali lisar sar,, vigia vigia r, c ompre om preee nder os pe pensam nsam e ntos quee nos acomet qu acome tem . Essa Essa é a essência essência e a m ais bela bela e no nobre bre função da m ente ente humana. huma na. Quando você vigia os pensamentos como a polícia preventiva faz ao promover uma ronda, consegue estudar e entender melhor quais são os padrões de pensamentos a que a m ente recorre rec orre quand quandoo busca busca soluções soluções para os problem problem as. No e xem plo da e sposa traída, tra ída, que e ncontrou ncontr ou m e nsagens nsage ns da a m ante no celul ce lulaa r do marido, a descarga emocional foi xingar, atirar coisas e agredir o marido, mas a maneira que ela encont e ncontrou rou de tentar tentar rest re staura aurarr o equi e quillíbrio íbrio foi ligar ligar para a m elhor elhor am a m iga. iga. A base dessa decisão, ligar para a amiga, poderia ter surgido em sua memória, pois, ao analisar a cena, lembrou-se de outras ocasiões difíceis em que também recorrera à m esma sol solução: conv conversar ersar com c om al a lgu guém ém . Assim, temos o cérebro humano como casa do pensamento e a memória como o parque par que de diversões diver sões da inteligênc inteligência. ia. O c é rebro re bro huma hum a no é uma um a usina usina de forç for ç a, e a m em ória e o pensam ento são os combus com bustí tíveis veis.. O pensamento pensam ento,, seja sej a ele e le total totalm m ente novo novo ou fruto de uma lembrança, tem força suficiente para alterar a química e os estímulos elétricos do cérebro. E o reflexo dessa mudança é visível nos monitores das grandes máquinas de ressonância magnética, mas também a olho nu, se você começar a prestar atenção atençã o na reaç re ação ão do outro. outro. Vej a a lógica ógica a seguir:
Pen Pe nsam samee nto ge gera ra sentim sentimee nto > Se ntim timee nto ge gera ra c om omp port ortam amee nto > Com Comp port ortam amee nto geraa resul ger r esultado tado Essa premissa foi observada por Aristóteles em 384 a.C. e significa que nosso estado interno, a maneira como você pensa, pode interferir diretamente em seus resultados. Então, Então, se, em vez de explodi explodirr em e m uma um a fort f ortee descarga desca rga em e m ocional, ocional, você escol e scolhe he conter essa energia, mas logo pensa em um novo significado que minimize ou neutralize totalmente seu impacto, você exerce o autocontrole. O autocontrole restaura seu equilíbrio, melhora seu foco e liber liberaa energia e nergia para agir com int inteligência. eligência. Se a mente humana é um picadeiro, você é quem deve dirigir o espetáculo e o metapensamento. E esse lapso de consciência que nos acomete é como a fresta que surge em um dia de céu nublado permitindo a entrada dos raios solares. E nesses momentos de
lucidez temos a oportunidade de assumir o controle, fazer melhores escolhas e viver em paz. Portanto, autocontrole não é como um remédio que tomamos em horas programadas com o objetivo de curar essa ou aquela doença. Autocontrole é o ATO de tomar o remédio. É a capacidade que você tem de escolher o remédio para o problema que o aflige. Se você está com dor de cabeça ou com dor de barriga, toma remédios diferentes. O autocontrole é o momento da escolha do melhor remédio; e um bom remédio, como você sabe, pode pode proteger suas em oções e m udar sua vida. vida.
PROTEJA AS A S EM EM OÇÕE OÇÕES S Onde v ocê gostar gostaria ia de est e star ar agora, agora, neste neste ex ato ato momento mome nto? ?
Em um dos meus seminários sobre foco e atenção pedi que as pessoas escrevessem em uma um a fol f olha ha a resp re spos osta ta para essa pergun per gunta ta util utiliizando uma só palavra palavra.. Ao ler as respostas, percebi que muitas delas remetiam a lugares do mesmo gênero. Casa, família, sofá, cama foram algumas das recebidas, entretanto, a maioria das resp re spos osttas refleti re fletiaa o desej o daquelas pessoas pessoas de fi f icare ca rem m só junto à natureza: natureza: praia, bosque, bosque, flore florest sta, a, ilha ilha foram fora m as resp re spos ostas tas mai ma is comuns com uns.. É em contato com a natureza que restauramos nosso equilíbrio, obtemos paz mental e perm per m itim itimos os que a m e nte enc e ncontre ontre a s soluçõe soluçõess ma m a is inovador inovadoraa s para par a os problem pr oblem a s. Quando Qua ndo estamos em sintonia com a natureza, conseguimos proteger nossas emoções contra estímulos negativos que a vida, principalmente urbana, nos oferece. Nós nos protegemos contra a irritante poluição sonora e visual, nos libertamos das preocupações e, por algum instante, esquecemos tudo. É uma conexão legítima com aquilo que realmente somos, ou seja, parte da natureza. Nesses lugares, encontramos a paz, ao olhar para a criação nos lembramos do Criador e, principalmente, dos seus princípios. Ao lembrarmos os valores dos homens de bem, ao pautar nossas escolhas nos valores cristãos, temos a oportunidade de escol e scolher her os pensam pensamento entoss que que povoarão povoarã o a nossa nossa m ente. O grande desafio para obter o autocontrole e com ele a paz mental e o foco naquilo que realmente importa está em vasculhar nosso íntimo. Investigar a origem do que nos aflige, nos deixa ansiosos, tristes, deprimidos e paralisados. Quando desejamos fugir para uma praia, um bosque ou uma ilha deserta, quando preferimos brincar com uma criança ou com um animal de estimação, tentamos com isso restaurar nosso equilíbrio. E o que estamos fazendo, na verdade, é tirar o foco da fonte de todos os pensamentos negativos, de toda a ira, ira , ou sej sej a, tentam tentam os nos nos afastar af astar da origem dos problem problem as.
A solução para que você possa gerenciar e selecionar os pensamentos, fazer as melhores escolhas, restaurar o equilíbrio e ter paz mental para manter o foco no que realmente é importante está em construir uma blindagem emocional. Essa blindagem emocional deve protegê-lo dos pensamentos tóxicos, reações explosivas e comportamentos viciosos que o fazem perder o controle e dar respostas automáticas e im pensadas, gera gerando ndo apenas apena s mais ma is cris cr ises. es. O caminho para a paz mental passa pelo processo de auto-observação através do metapensamento. É usar com inteligência aquele sagrado momento de lucidez entre o estímulo que nos machucou e a ebulição do disparo emocional para mudar a energia, criando uma atmosfera mental capaz de neutralizar os efeitos nocivos do descontrole emocional. O que exatamente devemos fazer nesse espaço de tempo? Como acalmar a m ente e transformar transform ar caos ca os interno interno em controle, controle, reati rea tivi vidade dade em e m caut ca utela ela e sabedoria? sabedoria? São as respostas para essas perguntas que abordaremos nos capítulos a seguir.
CAPÍTULO APÍ TULO 6
Reação inteligente: criando relações saudáveis
ca m inho inho par paraa o aut a utocont ocontrol rolee nos ensina ensina que devem os ser ser pessoas pessoas de fácil fá cil comunica comunicaçã ção. o. Ocam A capacidade de se comunicar bem permite mover-se com tranquilidade rumo aos seus objetivos. Pense com cuidado e responda: você acredita que tudo o que tem está ligado intimamente ao seu estilo de comunicação? Caso tenha respondido que não, devo alertá-lo que, na verdade, tem, sim. Tudo o que conquistou, esteja você satisfeito ou não, está diretamente ligado à sua comunicação. Portanto, qualidade de vida é qualidade de comunicação. E uma comunicação de qualidade é condição necessária para quem almeja autocontrole. Essa prem pre m issa issa vale tanto pa para ra a c omunica om unicaçç ã o inte inte rna, rna , quando nos com unicam unica m os c om nós m esmos esm os,, quanto quanto para a ext e xter erna, na, quando int inter eragimos agimos com outra outrass pessoas. pessoas. A comunicação interna é produto de nossa interação com o mundo, ou seja, quando recebemos um estímulo, o cérebro avalia, ativa a memória, confronta com as crenças e os valores já estabelecidos e depois emite uma resposta que pode ser verbalizada (comun (com uniicação ca ção externa) externa) ou perm perm anecer anece r nos domín domíniios da da m ente ente (comun (com uniicação caç ão int interna). Avalie a seguinte situação: você é católico e faz parte de uma família tradicional na qual todo todoss são cat ca tólicos ólicos desde criança. cr iança. Certo dia, dia, porém , você encont e ncontra ra um grande am a m igo igo que o convida para fazer parte de outra religião, a umbanda, por exemplo. Você sabe que um convite para a umbanda não se faz a qualquer pessoa e, se seu amigo o convidou, é porque tem m uita uita c onside onsidera raçç ã o por você e ficar fic aria ia m uito uito honrado honr ado se ace ac e itasse itasse.. Então, e le fica à espera da sua resposta já para a semana seguinte. O que temos aqui: 1. Você estava estava com sua mente tranquila e bem r esolvido esolvido nos assuntos religiosos até ent e ntão. ão. 2. Surge um convite inusitado e delicado de se recusar (um input , estímulo externo). 3. Sua mente m ente avalia avalia a proposta, proposta, pre precisa cisa fazer fazer uma um a escol e scolha ha e dar uma um a resp re spos ostta. 4. Sua mente consulta a memória e verifica suas crenças e seus valores a respeito da religião católica e do que seu amigo explicou a respeito da maçonaria. 5. Inicia-se Inicia-se um dram ático ático diálogo diálogo interno interno e a m ente que estava estava tranquil tranquilaa agora a gora tem de resolver resolver um grande grande problem problem a. 6. você tem de dar uma resposta ao amigo ( output ). ). Responder imediatamente implicaria encerrar o debate interno e essa nova preocupação. Protelar
dizendo que vai pensar no assunto e dar a resposta na semana seguinte m antém o desgastante desgastante debate inter interno. no. Note que ne nessa ssa situa situaçã çãoo descr de scrit itaa a c ontece ontec e ram ra m dois tipos tipos de com unicaç unica ç ã o: a inte inte rna e a externa. Ambas foram geradas pelo mesmo estímulo, um convite. A forma como respondemos a essa interferência pode preservar a paz que até o momento imperava ou iniciar um processo de tomada de decisão que pode se arrastar por dias e ser muito desgastante. Por isso, é preciso observar como nos comportamos (metapensamento) diante dos estímulos para evitar o sofrimento na tomada de decisão. Por exemplo, para um convite delicado como esse existem três possíveis saídas:
Apren Apre nde r a diz dizer não Se você está satisfeito com o grupo religioso a que pertence, poderia encerrar o assunto no ato do convite agradecendo a consideração e explicando gentilmente que, no mom ento, ento, está está satisfeit satisfeitoo com a reli re ligi gião ão à qual per pertence. tence. Caso encerra encer rado. do. Ter a mente aberta para novas experiências Aceitar o convite de imediato e se atirar de cabeça nessa nova experiência religiosa, sem receios, sem contestações. Aceitar o convite pelo simples ímpeto de experimentar o novo com a possibilidade de voltar atrás sem se sentir culpado. Protelar Nesse Ne sse caso, c aso, talvez ta lvez sej a a pior escolha e scolha,, pois deixar pa para ra responder re sponder depois o que j á e stá decidido decidido (supon (supondo do qu quee a resp re spos osta ta seja sej a “não”) “ não”) vai apenas gerar ger ar preocupação, preocupaç ão, angústi angústiaa e criar c riar uma um a expectati e xpectativa va no amig am igoo que que esp e sper eraa que sua decisão sej sej a posit positiva. iva. Se você escol e scolhe he a primei prime ira opção, diz dizer “não”, “não” , pois pois está está satisfeit satisfeitoo com a sua sua reli re ligi gião, ão, então o desgaste de energia será menor, sua mente permanecerá como estava, ou seja, tranquila, e o seu foco será direcionado a outros eventos que naquele momento pedem mais atenção. Dizer “não” é uma comunicação externa, mas que não excluiu a necessidade de processamento do estímulo, ou seja, da comunicação interna. E é nesse sagrado momento de lucidez, entre o estímulo que recebemos e a ebulição dos nossos estados emocionais, que temos o poder de decidir, ou seguimos em frente ou cortamos o problem proble m a pela raiz ra iz imedia im ediatam tam e nte. Assim, se você me pedisse um método para manter a mente em paz e preservar o control controlee de sua vida, vida, eu e u diria diria sem som som bra de dúvidas: dúvidas: aprenda apre nda a diz dizer “não”. “não” .
Aprenda a diz dizer “não” a cer c erto toss convites convites que: que: a vida vida nos faz; os amig am igos os nos nos fazem fazem ; os fam fa m iliares iliares nos faz fa zem ; as em presas nos nos fazem fazem ; os aplica aplicati tivos vos viciantes viciantes nos fa zem . São convites que no fundo não podemos aceitar, cuja mera ideia de aceitá-los não suportamos, mas para os quais às vezes dizemos “sim”. E como não sabemos dizer não, não sabemos bloquear esses estímulos nocivos, são criados, então, mais compromissos, mais atividades, mais tarefas e mais vícios. Agir desse modo nos faz assumir responsabilidades que não acrescentam, apenas sugam a energia vital. Sugam o tempo, sugam a vida. Aprender a dizer não com firmeza sem perder a docilidade é mais do que uma escolha, é um ato da mais elevada sabedoria. Vimos até aqui diversos fatores que geram distração, perda de foco e afetam a produtividade produtividade.. Exce Exc e sso de inform infor m a ção, çã o, escolha e scolhass erra er radas, das, hábit há bitos os e pensam pensa m e ntos negati nega tivos. vos. Vimos que o ambiente e as nossas escolhas têm um papel fundamental no estímulo do cérebro cér ebro e do doss estados estados m entais entais.. Exi Existem stem tam bém diversas diversas manei ma neiras ras de aca a callm ar a m ente ente e atingir o autocontrole. Respirar fundo, contar até dez, fazer atividade física, praticar ioga e m editaç editação ão ou contem contem plar plar a nature naturezza são com provadamente provadam ente solu soluções ções eficaz ef icazes. es. Entretanto, aprendi que, assim como tomar um remédio para determinados tipos de dores de cabeça cura apenas os sintomas, não a causa, essas técnicas para acalmar a mente também funcionam bem como paliativos para uma mente agitada, mas nem sempre corrigem a causa do descontrole emocional. Se, por exemplo, você estivesse satisfeito com a religião que frequenta e seu melhor amigo o convidasse para conhecer outra, você poderia imediatamente cortar o problema pela raiz ra iz,, ou sej a , agra a grade decc er e explicar explica r gentilme nte que nã nãoo desej de sej a m udar e encer enc erra raria ria o caso ca so.. No entanto entanto,, se, se, por receio rec eio de de chatear c hatear a outra outra pessoa, pessoa, você você se com promete prome te a pensar e responder em uma semana, então nem fazendo meditação conseguirá eliminar a causa, pois o problem a j á está instala instalado. do. Saber “dizer não” é, portanto, um método simples e eficaz para manter a sua mente em paz e preservar o foco no que realmente importa. Contudo, quero dividir com você outras soluções que antecipam os problemas e normalmente encerram os conflitos antes mesmo de de começarem . Entenda: quando você deseja estar em uma ilha deserta, na verdade você quer fugir dos problemas que o estão pressionando. E se você se livra dos problemas indo para uma
ilha deserta, então significa que, na maioria das vezes, eles estão nos relacionamentos afetivos, sociais e profissionais. Você estava com a mente tranquila, mas chegou alguém e fez um convite. Você estava satisfeito com seu emprego, mas aceitou a proposta de largar tudo e começar uma sociedade. Você estava com as finanças em dia, mas concordou em financiar um luxuoso carro novo. Você estava quieto em seu canto, mas aceitou o pedido para ser fiador do aluguel daquele parente que vive enrolado. As pessoas são como os relógios do Eduardo. Todas essas “roubadas” nas quais nos envolvemos têm como pano de fundo o círculo de indivíduos com quem convivemos. Evidentemente, sabemos que esse é o preço de viver em sociedade e é por isso também que, quando o seu círculo social começa a sugar suas energias exigindo que viva sob pressão pre ssão na m aior parte par te do tem te m po, você voc ê desej dese j a que todos desapar desa paree ç a m ou pensa pe nsa na opção opçã o de se isol isolar ar em uma ilha ilha deserta. A solução fundamental para atingir o autocontrole está na condução das relações humanas; está na habilidade de compreender e lidar com as pessoas. “Dirigir homens é uma ocupação trabalhosa” — essa observação foi feita no século XvII por um dos mais influentes escritores do barroco espanhol, Baltasar Gracián, ícone de sua época. Ele tinha autoridade para fazê-la, pois foi um observador dedicado do comportamento humano. E, se naqueles tempos era custoso conduzir pessoas, hoje, com o liberalismo, os valores morais totalmente esquecidos e os padrões de comportamento ditados por pessoas de intençã ntençãoo duvid duvidos osa, a, tal em e m preitada preitada tornatorna-se se m uito uito mais ma is complexa. O autocontrole pode ser conquistado quando melhoramos nossa habilidade no trato com as pessoas, porque, aprendendo a lidar com a causa, o efeito não se concretiza. Assim, Assim, você preserva pre serva a paz m ental. Então, eu o convido a investigar a raiz de certos problemas de relacionamento no intuito de experimentar e estabelecer a verdadeira harmonia dos estados mentais. Vamos transformar aquele momento entre o estímulo recebido e a ebulição dos disparos emocionais em momentos de refletir antes de reagir, de pensar antes de responder, de preser pre servar var a ordem orde m das em e m oções oçõe s e o controle. c ontrole. As pessoas equilibradas sofrem muito menos do que os outros, porque suas decisões são lúcidas, bem pesadas e, portanto, em seu ponto de vista, são as escolhas certas.
VEJA COM OS OLHOS DA BENEVOLÊNCIA É possível que você já tenha ouvido falar de pessoas difíceis. Talvez até mesmo conheça ou conviva com algum tipo de pessoa resistente a tudo o que você pensa, fala e faz. Como
você reage a esse tipo de pessoa? Como lida com esse comportamento que representa m uitas uitas vez vezes es um obstáculo obstáculo na na sua sua j ornada rumo r umo à reali re alizzação aç ão de seus proj projetos etos e sonhos? sonhos? Muitas vezes, a posição de resistência de uma pessoa difícil é tão forte que altera nosso humor, fazendo com que percamos o controle e soframos um disparo emocional negativo. negativo. É como com o se ela e la fosse fosse um goleiro goleiro que desvia desvia todas todas as suas jogadas j ogadas e o impede de faz fa zer o gol gol e seguir seguir em e m frent fre nte. e. Pessoa difícil é toda aquela (e nisso incluo você e eu) que reage contra alguém ou contra alguma situação que a está pressionando. Ninguém nasce difícil. As pessoas simplesmente adotam uma postura complexa porque reagem contra algo que as deixa em situação desconfortável. As pessoas NÃO SÃO, elas eventualmente ESTÃO difíceis. Os homens são especialistas nesse tipo de comportamento. Na relação marido e mulher ou entre pais e filhos, muitas vezes o homem se fecha e cria resistência quando algo não vai bem . Estive diante de uma situação como essa quando, durante o intervalo de um workshop , fui abordado por uma mulher visivelmente aflita que relatou um fato que a estava incomodand ncom odando: o: “V “Você ocê pod podee conversar com o meu m eu pai? Ele Ele deve est e star ar com algum algum conflito conflito:: conversa pouco com os filhos, vive se queixando das coisas, nada para ele está bom. Isso tem me incomodado muito. Ele parece estar sempre de mal com a vida. Eu não o entendo!”. Fica claro nesse exemplo que a filha estava apontando para o comportamento que a incomodava no pai e produzia na mente dela um constante estado de preocupação e aflição, um peso que ela levava para todos os lugares, incluindo trabalho e estudos. E, provavelm prova velm e nte, e sse e stado de preocupa pre ocupaçç ã o tira tirava va seu foco foc o e influenciava influenc iava sua produtividade produtividade e seus se us result re sultaa dos. Com Comoo ela e la poderia pode ria rea re a gir nesse ne sse ca c a so? A resposta está naquele momento sagrado que já abordamos anteriormente aqui. Aquele momento entre o estímulo e a ebulição, o evento ( input ) e o disparo emocional ( output ). ). É nesse mom m omento ento que que entra a energi ener giaa do autocontrol autocontrole, e, uma um a energia e nergia que pratico pratico a maior parte do tempo e que me mantém estável diante das situações mais caóticas. Chamo essa energia de “Olhar da Benevolência” e que podemos também chamar de “Olhar de Cristo”. Afinal, independentemente das crenças religiosas de cada um, todos entendemos como a figura de Cristo e seus ensinamentos foram e são importantes para a história da humanidade. Então, a pergunta que deve ser feita naquele momento entre o estímulo estímulo e a ebulição ebulição é: é : Como Como Cristo Cristo agiria agiria em e m uma um a situaçã situaçãoo como com o essa? Cristo é o personagem que sempre nos ensinou muitas lições, e, entre as mais importantes, temos o altruísmo, o desprendimento, a paciência, o amor ao próximo, a am izade, izade, a humildade. humildade. Então, como com o Cris Cristo to olh olhar aria ia para o pai da m inha inha alu a luna? na?
O conflito interno ao qual os estímulos nos submetem e que gera no picadeiro da mente o embate entre o anjo e o diabo, cada um apresentando fortes argumentos para nos induzir a fazer escolhas, é que deve ser valorizado. Aprendi que é exatamente naquele momento que devemos calar a voz do anjo e do diabo e pensar em como Cristo agiria naquela sit situação, uaç ão, qual seria a atitu atitude de de benevolência benevolência capaz ca paz de de resu re sult ltar ar no que que realm re almente ente é melhor e provoca o bem maior. Quando você coloca no picadeiro da mente esse novo personage per sonagem m , sua luz ofusca ofusc a o a njo nj o e o diabo, e você a nalisa a situa situaçã çãoo sob um novo prisma. prism a. Um U m prisma prism a único e c apaz apa z de induzi-lo induzi-lo a rea r eaçç ões que a ntes seriam ser iam imprová im prováveis. veis. Assim, se olhássemos o conflito entre o pai e a filha com os olhos da benevolência, provavelm prova velm e nte a prender pre nderíam íam os que nã nãoo devem deve m os j ulgar uma um a pessoa pe pelo lo seu comportamento. As pessoas não são o comportamento que emitem, elas apenas reagem a estímulos. É como a história do leão furioso que tinha uma farpa de madeira espetada na pata. pata . A fúria se devia à dor que e le sentia. E o pai provavelm prova velm e nte e stava rea re a gindo a algo que o pressionava. Felizmente, tive a oportunidade de conversar com ele no almoço, no dia seguinte. Ele revelou que estava com uma doença grave e estava aos poucos se afastando dos filhos, diminuindo a dependência deles da proteção do pai. Uma proteção quee el qu e le acre a credi dittava que não teria teria m ais cond condiições de oferecer oferec er em breve. Olhar o comportamento das pessoas acreditando no melhor de cada um o mantém em uma posição diferenciada e eu até diria privilegiada, pois, preservando valores como paciênc pac iência, ia, c ompre om preee nsão, be benevolê nevolência ncia,, valoriz valor izaa -se o próprio própr io ser huma hum a no. Ve j a outro exemplo. Pai e filho caminhavam juntos até a banca de jornal. Chegando ao local, o pai cumprimentou amavelmente o jornaleiro, que, além de não retribuir a gentileza, ainda entregou-lhe o jornal de modo rude e grosseiro, sem pronunciar uma palavra sequer. O pai sorriu sor riu e desej dese j ou um bom fim de sem a na a o hom e m . Quando Qua ndo os dois re r e tornara torna ram m pa para ra casa, ca sa, o fil f ilho ho pergunt per guntou: ou: — Pa P a i, ele sem se m pre o trata tra ta com c om tam anha grosseria grosse ria?? — Infe Inf e liz lizm e nte, é sem pre assim, assim , me m e u filho. — E você é sem se m pre tão genti ge ntill e am a m igável igáve l com e le? — Sim Sim,, sou. — E por que você é tão educa e ducado, do, já j á que e le é tão indelicado indelica do com você? você ? — Porque P orque nã nãoo quero quer o que o hum or dele de le deter de term m ine com c omoo eu devo de vo agir. agir. Toda vez que você focaliza um comportamento negativo, apenas o reforça. Talvez a mente do filho já estivesse inundada com exemplos negativos de reação contra o ornaleiro, que expressou um comportamento difícil. Talvez o filho nunca tenha tido oportun opo rtunid idade ade de conhecer conhec er os valores valores fundamentais fundam entais do ser ser humano, huma no, com o a compa c ompaiixão e a
paciênc pac iência, ia, por e xem plo, que o pa paii e xerc xer c e u habilme habilm e nte naquela naque la situa situaçã çãoo e vita vita ndo uma um a crise crise com c om o jornal j ornaleiro. eiro. Você deve conhecer casos de amizades de longa data que acabaram simplesmente porque um dia a outra parte par te a presentou pre sentou um c omporta om portam m ento difícil. Julgar uma um a pe pessoa ssoa como se ela fosse o próprio comportamento só vai reforçar suas atitudes que ferem e magoam das mais diversas maneiras, pois, do mesmo modo como você reage contra pessoas pessoa s c om com portam porta m e ntos difíceis, difíce is, as outras outra s pe pessoas ssoas tam bém rea re a gem a você. você . Portanto, ao adotar um comportamento grosseiro, poderá receber também grosseria. E o contrário é verdadeiro: se alguém lhe oferecer docilidade, não lhe custará retribuir, pelo m enos, enos, a cort c ortesi esia. a. Não é m esmo? Olhar o comportamento das pessoas com os olhos da benevolência não é um exercício ou uma técnica. Trata-se de um compromisso com sua qualidade de vida, com um ambiente de trabalho mais harmônico. Trata-se de um modo inteligente de ver a vida e manter o controle em situações de crise. Evidentemente, muitas pessoas acharão um comportamento antiquado e careta. No entanto, eu o asseguro de que essas pessoas estão anestesiadas anestesiadas m entalment entalme nte, e, vivendo vivendo no m odo autom autom ático ático que dita dita que para pa ra cada ca da açã a çãoo cabe ca be uma reação reaçã o im im pen pensad sada. a. As pessoas pessoas se esquecera esquece ram m de que é preci prec iso refletir refletir ant a ntes es de reagir, re agir, poi poiss uma resp re spos osta ta automática, um disparo emocional serve apenas para agravar ainda mais uma situação, provoca provoc a ndo rancor ra ncoree s, tristezas tristezas e um isola isola m ento social socia l ainda m aior. aior. Da Dalai lai Lam La m a nos ensinou: “A não violência é uma atitude especificamente humana. Ela repousa no diálogo, na compreensão e no conhecimento do outro, na aceitação das diferenças, na tolerância e no respeito respeito mút m útuo. uo. É motivada motivada por um espírit espíritoo de abertura a bertura e de reconcil re conciliaçã iação”. o”. *** Agora que entendeu as causas da dispersão, da falta de foco e da improdutividade, e deu-se a chance de olhar através de um novo ponto de vista não só o seu comportamento como também o das pessoas que fazem parte da sua vida, vamos ao método que o ajudará a ter autocontrole. Quando temos essa importante ferramenta, todos os aspectos da nossa vida estão de acordo com aquilo que sonhamos e precisamos. Foco e disciplina estão associados à sua habilidade em manter seus sentimentos e emoções sob controle, evitando que se percam em devaneios desnec desnecessário essárioss e negativos negativos..
CAPÍTULO APÍ TULO 7
As metas para desenvolver o autocontrole
P ara desenvolver o autocontrole, você deve priorizar o bom convívio social. Empatia é a tendência para coloca colocar-se r-se no lugar lugar do outro outro e procurar sentir sentir o que ele está está sentin sentindo, do, caso estivesse na mesma situação e circunstâncias experimentadas. Fazer o exercício mental de tentar se colocar no lugar da outra pessoa é desafiador, entretanto, é um desafio que vale a pena, pois pois com isso isso você você aprimora aprim ora suas suas qualidades. qualidades. A seguir, você encontrará onze metas de autocontrole que o ajudarão a enfrentar confrontos e crises nas relações pessoais e, com isso, estabelecer um ambiente mental livre daquelas pressões profissionais e afetivas que normalmente orbitam a mente humana, huma na, criand cr iandoo desequilí desequilíbrio brio e perda de foco. f oco. São onze metas simples e que não necessitam de exercícios e, sim, de comprometimento com seu maior objetivo, que é manter o controle da sua atenção para aquil aquilo que realm re almente ente importa.
META 1 — EVITE COMP COMPARA ARAÇÕE ÇÕES S Quem, na infância, não ouviu a pergunta: “Espelho, espelho meu, existe alguém no mundo mais bela do que eu?”. A rainha malvada do conto Branca de Neve Nev e e os sete se te anões passou a vida toda até a té sua m orte rece re cebendo bendo do seu se u sincero since ro e confidente conf idente e spelho sem se m pre a m esma desapi desapiedada resp re spos ostta: “Branca “Branca de Neve é a m ais bela bela ent e ntre re as a s mulhere mulheres”. s”. O sonho da rainha era e ra ser considerada a mais bela entre e ntre todas as mulheres, por isso desejava desej ava ver sua sua rival rival aniquil aniquilada. ada. Se Branca ra nca de Neve Ne ve não nã o existi existiss sse, e, o degenerado degener ado esp e spelho elho teria mais consideração por ela, afinal, a rainha malvada não era feia. A megera envenenou Branca de neve com uma maçã, mas isso não adiantou. A formosa invejada despertou despertou do sono sono com o beijo de um príncipe príncipe apaix a paixonado onado.. E mesm m esmoo que que trouxéssem trouxéssemos os essa essa histó história ria para par a a atualidade, atualidade, e a rainh r ainhaa fre f requent quentasse asse os melhores centros de estética, malhasse durante horas, mudasse a cor dos cabelos, turbinasse os seios e aprendesse dança do ventre, continuaria ouvindo a dura frase: “Branca “Branca de Neve ai a ind ndaa é a m ais bela” bela”.. Ela Ela pod poder eria ia quebrar o espelho, espelho, chutar chutar a pentea penteadeira, deira, despedir despedir o m aquil aquilador, cont c ontra ratar tar o Doutor Doutor Rey. A questão questão ain a inda da perm per m anecer anec eria. ia. O que a rain ra inha ha m alvada não ent e ntendi endiaa é que a protegida dos sete anões era o seu pior espelho. Toda vez que olhava para o sedutor rosto
da Branca de Neve, a rainha reconhecia as próprias imperfeições. E morreu sem ter realiz re alizado ado seu grande gr ande sonho. sonho. As pessoas são como espelhos. Através delas percebemos nossas melhores quali qualidades, mas m as também tam bém nosso nossoss pio piore ress defeitos defeitos.. Obser Observe ve com c om atenção atençã o um grupo de dança durante uma apresentação. Mesmo sincronizadas, de vez em quando uma delas discretamente observa as outras para saber se está no passo e ritmo certos. As outras dançarinas são espelhos que a ajudam a melhorar o que estiver errado. Por meio da observação do próximo e seguindo os códigos sociais de conduta, você é capaz de recon rec onhecer hecer qu quem em é, como com o se se comport c omportaa e se está está agi a gind ndoo cert cer to. Estudar os outros é uma maneira silenciosa de avaliar nossas reações, corrigir as eventuais falhas e manter o controle. Todavia, nem todos têm a mesma reação diante desses espelhos humanos. É fácil encontrar pessoas sofrendo excessivamente por distorcerem aquilo que refletem nos semelhantes. O ambiente de trabalho é um bom exemplo. Quando um funcionário inseguro observa o comportamento de um colega cujo desempenho é insatisfatório, pode pensar: “Ótimo, eu sou melhor do que ele”. Se, ao contrário, o outro é melhor, então ele se aborrece e, como a rainha malvada, sente vontade de quebrar o espelho que lhe mostra aquilo que ela não gostaria de ver. Viver em sociedade é de certa forma viver em comparação. Algumas pessoas cruzam seus olhares e se comparam. Naturalmente, das comparações surgem constatações, que, quando mal interpretadas, geram angústias, frustrações, irritações ou praz pra zer. P or exem exe m plo, na com pa para raçã çãoo das idades, idade s, quando a lguém é m a is novo, existe a tendência do pensamento: “Estou ficando velho”. Ao comparar-se com pessoas mais velhas e que usam trajes despojados: “Ridículo. Este velho está se achando…”. É necessário todo cuidado quando nos comparamos com outras pessoas, pois podem os e xperim xper imenta entarr sentime sentim e ntos de desej dese j o ou invej a . A rainha ra inha m a lvada c oncluiu que estava longe de obter a beleza equivalente à de Branca de Neve. O resultado: inveja, frustração e sofrimento tornaram-se pensamentos frequentes e viciosos. O problema nunca está no que se observa, mas em como interpretamos o que é observado. Aqui novam no vament entee ent e ntram ram em cena o anjo e o diabo diabo nnoo pica picadei deiro ro da ment m ente. e. Existem as comparações que produzem sentimentos positivos e nobres, como amor, compaixão, altruísmo e cooperação, para citar alguns. Pode-se olhar para um bêbado pedindo esm olas no sem á foro for o e em itir itir um j ulgam e nto: “Que “ Que vagabundo!” vaga bundo!”.. Ou, m ovido por um sentime sentim e nto nobre, dize dize r: “Eu “ Eu posso aj udá-lo udá- lo a sair sa ir dessa de ssa triste vida, m eu irm ir m ã o”. A identificação de aspectos positivos das comparações pode também resultar em vaidade, orgulho ou prepotência, enquanto aspectos negativos podem gerar depressão, tristez ristezaa e sofrim sofrimento ento.. Port P ortanto anto,, a m elhor elhor saída é não compa c ompara rar, r, pois pois olhar olhar para os espelhos espelhos humanos huma nos,, os quais quais nos nos cerca cer cam m e não nã o sofre sofrer, r, requer re quer m uit uita lucidez lucidez,, serenidade e prudência.
Olhar como os outros se comportam nos fornece diretrizes, regras de conduta e nos ajuda a estabelecer metas. As crianças fazem isso. É como se dissessem: “Mostre-me o que eu devo fazer”. Isso é bom! O problema é quando nos limitamos a observar e não agimos. Por isso é necessário ter iniciativa para mudar. Uma meta para o autocontrole é, na medida do possível, não fazer comparações. Os olhos da comparação não devem aderir ao calor do julgamento moral ou estético, mas sim da empatia do coração. Agindo assim, conquistará um nível de aprimoramento surpreendente nas relações interpessoais e terá paz aumentando o foco nas atividades que realiza. Permanecer longe da necessidade da comparação é viver sem ter de se comport com portar ar com o a infeliz infeliz rain ra inha ha do conto conto da Bra Branca nca de Neve. Ne ve.
META 2 — FAÇA SUA PARTE SEM ESPERAR NADA DE NINGUÉM Quando estamos revoltados, chateados, decepcionados com alguém, há sempre uma avó bondosa, uma um a irmã irm ã prestativ pre stativaa ou um am igo sincero since ro que nos orienta: orie nta: “ P a re de brigar briga r e trate ra te os outros outros como com o você gostaria gostaria de ser tratado”. Então, você passa a seguir esse conselho e trata todos da melhor maneira possível. Torna-se dedicado, prestativo, compreensivo, companheiro, zeloso na tentativa de agradar e age de acordo com a boa educação. Entretanto, quando chega a sua vez de ser bem servido, atendido e considerado, descobre que as pessoas não estão dispostas a retribuir tudo aquilo que você lhes fez. Daí a ter um disparo emocional de ira ou decepção é um pulo. A sabedoria popular orienta: “Trate os outros como gostaria de ser tratado…”. E é possíve possívell acre ac resce scentar ntar:: “…m as não nã o sej a ingênuo ingê nuo a ponto de e spera sper a r re r e tribuiç tribuiç ão”. ão” . Temos o dever ético de retribuir as gentilezas que recebemos. Contudo, é necessário entender que a retribuição nem sempre é dada da forma como a desejamos e nem sempre no momento esperado. É bastante comum encontrarmos pessoas sofrendo por causa de ações não correspondidas. A origem do sofrimento está na necessidade de reconhecimento — e essa busca por provas de que seus esforços são reconhecidos gera estados mentais negativos que as impedem de enxergar o que de fato precisam fazer, quais são suas prioridades. Já a pessoa resolvida, convicta de suas decisões e altruísta em seus atos atos,, não tem necess nece ssid idade ade de reconhecim re conhecimento ento e, portant portanto, o, não sofre sofre.. Compreenda: resistir à ânsia de ser reconhecido é um comportamento nobre. A renúncia ao excesso de vaidade, ao reconhecimento, à preferência pelos bastidores favorece fa vorece o autocont autocontrol rolee e a paz pa z interio interiorr. Relac Relacio ionam namento ento huma humano no é uma um a arte a rte que depende depe nde
essencialmente de bom senso, equilíbrio, empatia, compreensão e respeito ao lidar com a singu singularid laridade ade de cada c ada um. um . Renunciar ao desejo de reconhecimento e assumir a humildade é um caminho de sucesso nas relações interpessoais. Estenda o braço a quem precisa, sem esperar reconhecimento. Faça sua parte seguindo os valores universais de bondade, altruísmo, honesti hon estidade, dade, ét é tica, resp re speit eitoo e verdade. ve rdade. E, acr a credit edite, e, você estará no cam inho inho da paz m ental.
META 3 — ALCANCE A REALIZAÇÃO PELA HUMILDADE Um dos maiores erros que cometemos é confundir humildade com submissão. O ato de submeter-se a uma autoridade, regra ou força imposta de forma dominadora é postura do sujeito submisso. A disposição para aceitar um estado de dependência ou o estado de rebaix re baixam am ento ser servi vill é cons c onsid ider erada ada uma atitu atitude de de subm submis issão. são. A humildade representa outro traço de comportamento. Ela é a virtude que lhe dá o sentime sentiment nto, o, a identi identificaç ficação ão e o reconhecim re conhecimento ento de suas fraquez fra quezas. as. A humildade humildade nos ajuda aj uda a reconhecer nossas imperfeições e limites, mas de modo diferente da crítica, que expõe todos os nossos pontos fracos. O crítico às vezes nos pega de surpresa e nos deixa indefesos, vulneráveis. Não temos tempo de nos proteger: primeiro levamos o impacto, depois tentamos nos recompor. O humilde é mais esperto: uma vez que não pode ser o alvo da metralhadora do crítico porque rec re c onhece onhec e c om antece ante cedênc dência ia suas imper im perfe feiçõe ições. s. O humil hum ilde de que trabalha tra balha duro a fim de corrigir suas fraquezas é sábio, pois o crítico não precisará lembrá-lo da necessidade de mudança, em nenhum momento. A humildade já antecipa o que é preciso mudar. O humilde aborda todas as pessoas com humanidade, respeito e, quem sabe, até um pouco de rever re verênc ência, ia, sem discrim inaçã inaç ã o de c lasse ou c renç re nça. a. Que Querr saber sabe r se as pe pessoas ssoas humildes têm sucesso na comunicação ou são capazes de influenciar alguém? Preste atenção para o que dizem os psicólogos: “As pessoas ficam mais receptivas àquilo que será dito quando começamos admitindo humildemente que também estamos longe da perfe per feiçã ição” o”.. Usando bem a humildade e a educação nos contatos diários, podemos operar verdadeiros milagres nas relações humanas. Essas duas virtudes andam de mãos dadas e são a chave cha ve para pa ra o sucesso pessoal e profissional. profissional. Jesus Jesus Crist Cristo, o, o maior m aior de todos todos os homens hom ens “se fazia pequeno para tornar grandes os pequenos”, segundo o pesquisador Augusto Cury, que fez a análise da personalidade e da inteligência de Cristo.
É preciso entender que para cada ato existe um efeito. A humildade nos fortalece, assim como a crítica e a submissão nos enfraquecem. As mulheres do século XXI são mais fortes porque deixaram de se submeter ao domínio masculino. Hoje, os homens conhecem e experimentam o poder e a força que as mulheres velavam em sua submissão. Todos nós temos um talento especial, contudo temos de ser sutis ao fazer propaganda disso para outras pessoas. Quem fala demais muitas vezes erra! No mercado de trabalho temos necessidade de vender nossas melhores qualidades, mas no relacionamento social esse comportamento é perigoso. Gosto de pautar minha vida social, acadêmica e profiss prof issional ional em um pe pensam nsam e nto de Lord Chesterfield: Chesterf ield: “Sej a m ais sábio que a s outras outra s pessoas, pessoa s, se puder; pude r; ma m a s nunca lhes diga isso”. Nunca, Nunc a, e m nenhum m omento om ento da sua vida, vida , nem ne m por brinca br incade deira ira,, diga dire tam e nte aos a os outros que você sabe mais, consegue fazer melhor ou entende do assunto. Evite demonstrar superioridade material, física ou intelectual diante das pessoas pelas quais sente sente afeto. af eto. Esse Esse com c omport portam am ento pode pode humilhar, humilhar, pois pois você você sabe que m uito uitoss sonham sonham,, mas m as poucos c onseguem onsegue m rea re a liz liza r. Se precisa pre cisarr m ostrar suas conquistas, sej a sutil. sutil. Hum ildade ildade é sinal de inteligência, afasta crises e só agrega mais pessoas ao seu círculo social.
META 4 — APRENDA A RECEBER CRÍTICAS Existem pessoas que nos criticam para nos alertar sobre escolhas erradas que fizemos ou estamos prestes a fazer. Outras criticam porque é o modo que encontraram de chamar nossa atenção, pois no fundo querem o nosso bem. Toda crítica, que parte de pessoas sábias, honestas e bem-intencionadas, pode ser vista como conselho, como um privilégio. “As pessoas são como tapetes: de vez em quando precisam ser sacudidas”, diz um provérbio prové rbio grego. gre go. Se levássem levá ssem os à risca e sse provérbio, prové rbio, porém poré m , criar cr iaríam íam os um terre ter reno no fértil para o desentendimento e a hostilidade nos relacionamentos, pois, muitas vezes, tal sacudida sacudida acont ac ontec ecee em e m m oment ome ntos os crít cr íticos icos e, na verdade, ve rdade, ninguém ninguém gosta gosta de ser crit c riticado. icado. Para uma pessoa mais discreta, autoprotetora, a crítica tem o poder especial de desvanecer o véu e revelar todos os seus pontos fracos. A crítica tem o desabono como objetivo quando alguém que não gosta de você a usa como arma. E essa arma perigosa pode ser a cionada ciona da e m tudo o que o c riticado ritica do fiz f izer er,, afina a final,l, uma um a crít cr ítica ica ferr fe rrenha enha reve re vela la suas sua s fraquezas ocultas e isso o fragiliza. Nesse momento, você descobre que a crítica tem o poder de derruba der rubarr todas a s corti cor tinas nas e reve re velar lar os pontos fra f racc os que m uitas uitas ve vezze s prefe pre feria ria esconder.
Por outro lado, a crítica também nos traz uma grande oportunidade quando nos concentramos, meditamos e aprendemos mais sobre o comportamento alvo da crítica. essas oportunidades, temos a chance de melhorar. Por exemplo: no final dos meus seminários, tenho sempre o cuidado de pedir aos alunos que me mandem mensagens de feedback. Recebo centenas de mensagens com agradecimentos e elogios, mas quando surge uma crítica presto ainda mais atenção a ela porque sei que pode existir algo ali que posso melhora me lhorarr. Algumas pessoas sofrem com as críticas que recebem porque têm o hábito de associá-las à censura, à depreciação ou ao desabono. Entretanto, existe o lado positivo da crítica e para enxergá-lo é preciso mudar o foco. Ficamos mais fortes quando aprendemos a ouvir com humildade o que os críticos têm a nos dizer. Quando alguém buzina para você ao perceber que atravessará a rua, não é para assustá-lo, mas simplesmente para alertá-lo do perigo. A intenção do motorista, ao acionar o irritante alerta sonoro, não é chamá-lo de distraído ou dizer que não sabe atravessar a rua, mas de preveni-lo de uma eventual tragédia. Esse é o exemplo de crítico que se preoc pre ocupa upa com c om o nosso bem-e bem -estar star.. É fundamental também analisar a fonte da crítica, conhecer melhor a intenção de quem nos criticou. Existem indivíduos que querem nos ajudar, mas não têm bons argume ar gument ntos os ou ou não sabe sabem m se express expre ssar ar bem, bem , fazendo fazendo com que nos sint sintam am os recriminados recr iminados.. Eles não conhecem outra maneira de ajudar, pensam que com a crítica podem chamar nossa atenção e nos favorecer de alguma forma. É um comportamento que geralmente ocorre dentro dentro de casa, c asa, na relaç r elação ão dos cônj cônj uges, e ent e ntre re pais e fil f ilhos hos.. Existem também os críticos ferrenhos e maldosos que falam no intuito de tentar nos prej pre j udicar udica r. Eles faz fa ze m c ríticas rítica s sem qualquer qualque r fundam funda m e nto, j ustifica ustificati tiva va ou responsabilidade. É preciso aprender a lidar com esse tipo de crítico. Não é difícil vencêlo; são necessários apenas uma pequena dose de paciência, uma pitada de equilíbrio e bom senso a gosto. gosto. Responder Responde r à c rític rític a é adm itir itir que o opositor opositor está vencendo. venc endo. É prudente pr udente saber ignora ignorarr. A prudência também pede para não confundir bom senso com passividade. Bom senso é a faculdade de discernir, antes da ação, o que é certo ou errado, verdadeiro ou falso. O homem de bom senso tem a sabedoria como conselheira. Se ela pede para não reagir, re agir, ele ele se sente em paz. paz. Já a passividade pede para aceitar prontamente, ou não reagir. Contudo, nesse caso, criam-se sentimentos de submissão, culpa e derrota. O segredo do autocontrole está em aprender a não interpretar toda crítica como uma observação negativa ou censura, e sim aceitá-la como algo que pode promover uma mudança para melhor. Portanto, ouça o que
os críticos honestos têm a dizer. Fique atento às suas mensagens e aos seus ensinamentos. Dobre sua at a tenção ençã o ao ouvir ouvir lições lições e conhecimento conhecim entos. s.
META MET A 5 — NÃO CRIT CRITIQ IQ UE Eis aqui um paradoxo: enquanto o tópico anterior ensina a receber críticas, este o orienta a não criticar. Se saber acatar críticas é um ato de humildade e inteligência, não criticar revela re vela uma um a pessoa pessoa cautelo c autelosa, sa, dotada dotada de bom senso senso e sabedoria sabedoria adm iráveis rá veis,, qualid qualidades ades de quem tem autocont autocontrole. role. Se você deseja motivar alguém, saiba que a crítica não é o recurso adequado. Interesses e necessidades direcionam as ações dos homens no cotidiano. Assim, o bom desempenho ou não nas atividades do dia a dia é determinado pelo grau de motivação. A maior parte das pessoas não é motivada pela crítica, mas pelo afeto, pelo elogio, pela recom re compensa, pensa, pelo pelo desafio ou ou pelo prêm io. io. Tratando-se de comunicação, é preciso saber que, para todo tipo de mensagem emitida, existe uma reação por parte do receptor. Quem se comunica com respeito, colhe reconhecimento, admiração. Napoleon Hill dizia: “Basta um segundo para fazermos uma censura, censura, m as quem quem a rece r ecebe be pode pode levar uma um a vida vida inteira inteira para esquecêesquecê-lla”. a” . Essa afirmação também pode ser confirmada através dos mecanismos neurais do cérebro, pois a memória humana é uma sofisticada função de proteção: grava facilmente toda experiência que causa sofrimento e nos aborrece. A crítica, quando interpretada como censura ou desabono, pode causar sofrimento, tristeza ou ira. Sentimentos que desencadeiam, no cérebro, processos de arquivamento, isto é, quem é criticado não esquece a crítica e muito menos quem a fez. Responda: você tem o hábito de criticar seus filhos, irmãos, parentes, amigos, colegas de trabalho, clientes, cônjuge e demais pessoas do seu convívio? Está acostumado a reclamar de tudo ou fazer críticas quando o criticado não está presente? Se a resposta é sim, talvez esteja perdendo a confiança das pessoas aos poucos, destruindo sua rede de relacionamentos, afastando todos do seu círculo de convívio. O senso comum condena quem faz críticas, repudia quem fala mal dos outros e rejeita aqueles que sempre reclamam da vida. Para as pessoas, esses indivíduos não são dignos de respeito ou confiança. Você confidenciaria uma informação importante a alguém maledicente ou que vive criticando os outros? Certamente, não! Ninguém confia em pessoas assim. Quem critica impiedosamente é também alvo de críticas duras e chacotas. Pode ser considerado prepotente ou o chato da turma. Tem o estigma de rabugento, de “senhor
sabe-tudo” sabe-tudo” ou de “o “ o dono dono da verdade” ver dade”.. É alguém indigest ndigestoo para a m aioria aioria das da s pessoas. pessoas. Por outro lado, há aquele sujeito que critica na tentativa de ajudar. É como o bom samaritano, personagem da parábola de Cristo apresentado como modelo de bondade. A observação desse tipo de pessoa, como vimos anteriormente (na meta 4 — Aprenda a receber críticas), é bem-vinda, pois sua crítica, muitas vezes, pode trazer ensinamentos valiosos. Entretanto, é preciso ter serenidade e discernimento para identificar esse tipo de crítico. A sociedade, de maneira geral, não o reconhece. Recebe suas críticas com hostilidade e as vê como intromissão. É importante lembrar que o criticado se sente fragilizado, sente seus pontos fracos expostos. Ele dificilmente ficará passivo e certamente reagirá ao crítico. As pessoas em geral condenam o crítico ao isolamento por se sentirem ofendidas. O crítico é imediatamente banido do grupo. Então, Então, se você tiver tiver um a crít c rítiica para alguém alguém , antes antes de faz fa zê-la, ê- la, pare, re flit flita e, e , se for o caso, decida-se pelo silêncio. Tome como exemplo o célebre piloto de Fórmula I, Ayrton Senna. Quando indagado por um repórter sobre o motivo pelo qual não gostava de dar entrevistas, respondeu que, se não tinha nada de bom para falar, preferia ficar em silêncio. Para ter autocontrole e sucesso como pai, mãe, profissional, patrão ou comunicador, é necessário observar integralmente todos os conselhos e críticas que faz aos outros. Uma grande mudança acontece quando nos tornamos comunicadores conscientes. Espalhar boas sem se m e ntes todos os dias atra a través vés dos nossos contatos nos dá a c ertez er tezaa de colher colhe r sem pre os melhores frutos. Assim, recebendo o privilégio da colheita farta, teremos apenas motivos para nos alegrar.
META MET A 6 — NÃO N ÃO JULG JULG UE Você já reparou que julgar é o mesmo que dar uma sentença? Que quando julgamos nos colocamos na condição de árbitro que sentencia sobre os atos de outras pessoas? Julgar sem evidências é o caminho mais rápido para gerar crise e perder o controle porque o ulgamento não pode ser medido. Não existe julgamento mais forte ou mais fraco, ulgamento é julgamento! Quando feito precipitadamente ou sem fundamento, o julgamento choca e transforma uma leve conversa em grave desentendimento. Julgamento não é coisa do anjo, anj o, e sim sim do diabo diabo ment me ntal. al.
Jesus nos ensinou a não julgar, porque todos os nossos julgamentos serão errados. Julgar é considerado uma característica dos tolos. Uma pessoa que julga outrem deve prestar pre star m uita uita a tençã tenç ã o ao a o que diz, diz, pois, ao a o avaliar a valiar seu próximo, próxim o, ce c e rtam rta m ente estará esta rá falando fa lando a respeit r espeitoo de si mesma me sma.. Vam Vam os entender entender m elhor elhor. Fiz um teste com os participantes dos meus seminários sobre liderança. Pedi às pessoas pessoa s que e scre scr e vessem vesse m e m uma um a folha de papel pape l três trê s c a racte ra cterísti rísticc as ne negativas gativas de seus superiores. Literalmente, forcei-as a julgar. Você também pode fazer esse teste agora, antes de cont c ontin inuar uar a leitu leitura ra.. Complete Complete a frase fra se escreve e screvendo ndo trê trêss cara ca racteríst cterísticas icas negativas, negativas, ou seja, seja , faça três j ulgam ulgament entos os::
O meu meu chefe é...
Bem, ao final do teste pedi para que cada participante lesse o que escrevera e respondesse honestamente à seguinte pergunta: “Os aspectos negativos sobre seu chefe que foram anotados na folha existem em você?”. Para surpresa geral, todas as pessoas tinh nham am dentro dentro de si a m esma carac ca ractteríst erística apon aponttada na acarea aca reação. ção. Um dos participantes havia escrito: “Egoísta, covarde e vaidoso”. Ele ficou perplexo, pois, pois, a o j ulgar, ulgar , na verda ver dade de tinha tinha escrito esc rito a respeito re speito de si m e smo. sm o. Ele a dmit dm itiu iu que e ra egoísta, covarde e muito vaidoso, ou seja, fez um julgamento com base no próprio comportamento. É como constatar algo simples: toda vez que se aponta um dedo para alguém alguém , outros outros trê trêss estão estão apon a pontado tadoss para si m esmo. esm o. No j ulgam e nto é e xatam xata m e nte isso isso o que a c ontece ontec e . Nã N ã o é possíve possívell j ulgar a lguém sem antes buscarmos as características que consideramos erradas em nossa própria experiência de vida. Isso acontece porque o ser humano só identifica o que já conhece. Então, quando se descobre essa verdade, em vez de nos irritarmos com as críticas e ulgamentos que recebemos, devemos considerá-los engraçado, pois quem nos julga está falando a respeito de si mesmo. Quando nos dizem: “Você é arrogante, folgado, preguiçoso” pre guiçoso”,, no fundo, porém poré m , sabem sabe m os que o outro está refle re fleti tindo ndo e m nós a própria própr ia imagem, ou seja, o ataque é contra ele mesmo. Você pensará: “Eu sou o espelho que reflete a sua imagem”. Estamos falando com os espelhos a todo momento. São as pessoas com as quais nos rel re lacio ac ionam nam os. os. E o que que vem ve m os refletido refletido no no rosto rosto delas talvez talvez seja sej a exatam e xatamente ente a rea r eaçã çãoo ou o reflexo do sentimento que expressamos por meio de nossas atitudes. Com um pouco de atenção, bom senso e paciência, você será capaz de conhecer
melhor o interlocutor. Verificar que, de acordo com o tipo de julgamento que está fazendo, é el e le quem deve mud m udar ar e quem precisa precisa de aj ud uda. a. Pens Pe nsando ando e agind agindoo desse desse jeit j eito, o, você você não perde per de o c ontrole, nã nãoo se revolt re voltaa , c onsegue c onduz onduzir ir m elhor a conversa conve rsa e e vita vita desentendimentos.
META 7 — APRENDA AP RENDA A RECE R ECEB B ER CONSELH CONSELHOS OS Há pessoas que não gostam de receber conselhos e há aquelas que os recebem como quem ganha um bilhete premiado. É perfeitamente razoável admitir que, quando bem aproveitado, um conselho valioso, vindo em um momento de dificuldade ou conflito, pode ajudar a encontrar o caminho em um labirinto de indecisões, mudando radicalmente a vida para melhor. O conhecimento popular nos ensina que conselhos são valiosas fontes de informação e aprendizado. E quando oferecido por pessoas qualificadas, tornam-se privilégios. Contudo, se receber um bom conselho é um privilégio, então por que a maioria das pessoas pessoa s não gosta de ouvi-los? P or que a lguns com unicadore unica doress e líder líderee s rec re c usam e a té repudiam os “palpiteiros de plantão”? Mais uma vez, Millôr Fernandes usou o bom humor para tentar explicar esse fenômeno declarando que “o vago sentimento de ofensa que você sente, ao receber um conselho, vem do fato de perceber que o outro cara sabia o tempo todo que você estava entrando bem”. Com essa declaração, Millôr estava bem próximo da verdade, mas não é só isso. Algumas pessoas investem muito tempo e dinheiro na própria imagem. Criam um m und undoo fantasios fantasiosoo e tentam m ostrar ostrar que são dife difere renciadas. nciadas. Outra Outrass fazem questão questão de que os outros outros saibam saibam que têm seu modo m odo orig origin inal al de ser e cons c onstroem troem seus castelos castelos alice alicerç rçados ados em rótulos, grifes e atitudes. A vida desses indivíduos parece perfeita e feliz até o momento em que surge um conselho franco e realista. E sabe o que o conselho pode fazer? Derrubar Der rubar toda toda aquel a quelaa ostent ostentaç ação, ão, revelar re velar a pessoa pessoa frá f rági gill e arti a rtificial ficial ali escondida, escondida, al a lguém que não era o que demonstrava ser. E isso a deixa irritada. Aquele que tem medo de perder a reputação de “sabe-tudo” repudia de todas as formas o conselho e afasta os conselheiros da sua vida. Há pessoas que temem ter a privac priva c idade invadida ou o estilo estilo pessoal pessoa l m udado. P e lo e xc xcesso esso de com odismo, têm uma um a enorme resistência às mudanças e aos conselhos. Afirmam os acomodados: “Se eu já sei fazer desse jeito, para que aprender outro?”. Dirão os orgulhosos ou aqueles que relutam em m udar o modo m odo de pensar: “Im agine, agine, seu eu fizer fizer isso isso,, o que que irão pensar de m im?”. im?”.
A excelência não é para qualquer pessoa. Um dos segredos do autocontrole é estar sempre disposto a aprender, mesmo que o conselho venha de uma criança. Indivíduos bem -suce -suc e didos e m diversas diver sas a tividade tividadess têm uma um a c arac ar acter teríst ística ica e m c omum om um:: a prec pre c iam ouvir conselhos e fazem questão de saber a opinião de outrem. Quando alguém diz que tem um conselho, lá estão eles, ligados, ouvindo tudo atentamente. Para você ter autocontrole é necessário possuir conhecimento e, ainda assim, reconhecer que há muito a aprender. Ouvir conselhos é tomar para si uma nova experiência, é crescer intelectualmente sem precisar fazer força. Mesmo que naquele m oment ome ntoo não seja sej a conveniente conveniente acatá-lo, ac atá-lo, poderá poderá lhe lhe ser útil útil em outra outra opo oportun rtunid idade. ade.
META 8 — NÃO A CONSELHE Não Nã o a c onselhar é uma um a m a neira neir a simples simple s de preser pre servar var os relac re lacionam ionam e ntos. ntos. Qua Quando ndo você fala às outras pessoas para o bem delas, isso é conselho. Quando elas falam para o seu bem, é intrometimento. Você já deve ter ouvido pessoas reclamando inúmeras vezes que “fulano adora colocar o nari nar iz ond ondee não é cham ado”. A queixa popular tem suas justificativas. Algumas pessoas, quando encontram alguém concent conce ntra rado, do, tentando tentando resolver resolver um problem problem a difícil difícil,, são tentadas tentadas a aj udá-lo. udá-lo. Se Se souberem souberem um cam c am inh nhoo que, que, para elas, elas, pareça m ais fáci fác il, não resist resistem em e proferem profere m uma “palest “palestra” a respeito da melhor solução. Em outras palavras: quando o conselho vem carregado de prepotênc pre potência, ia, e le gera ger a o sentimento sentim ento de humil hum ilhaç hação. ão. Esse é um dos poderes poder es negati nega tivos vos do conselho. Você deve ter notado aqui um paradoxo, um contrassenso com a orientação anterior: receber conselhos. Na anterior peço para aprender a receber conselhos, e agora peço para par a não aconselha ac onselharr. Voc ocêê pode e star pe pensando: nsando: “ Mas, afinal, af inal, aonde e ste a utor de desej sej a chegar?”. Vou explicar. Distribuir conselhos gratuitamente, sem ser solicitado, é o modo mais fácil de exteriorizar nosso desejo de ser útil. A pessoa precisa colocar em prática, fazer valer a pena tudo a quilo quilo que a prendeu pre ndeu e acum ac umulou ulou na m e m ória a o longo da vida. Todavia, odavia , o hábito de dar conselhos, sobre qualquer coisa e para qualquer pessoa, pode ser perigoso. Para aqueles que apreciam distribuir conselhos, há um ótimo: digite todas as suas opiniões, ideias e conselhos no computador e faça um livro. Pois assim seu material encontrará público realmente interessado e disposto a tentar implantá-los. Se entendeu a orientação do tópico anterior, então sabe que é uma boa ideia receber conselhos, pois você fica mais flexível e experiente. Ao mesmo tempo, é importante entender também que aconselhar nem sempre é uma boa ideia. Seria exatamente o
oposto de dar e receber. Trata-se, literalmente, de não dar e receber — a não ser em casos para os quais você é requisitado. Muitas vezes, a boa intenção de auxiliar sem ser solicitado pode atrapalhar. Para ilustrar, cito uma mãe que vive antecipando tudo o que a criança precisa. Ela pode, com esse comportamento, retardar o desenvolvimento da fala de seu filho, por exemplo. Um dos motivos que levam uma criança a desenvolver a fala é a necessidade. Quando ela é atendida prontamente sem a menor manifestação de desconforto, não sente necessidade de falar. Algumas pessoas gostam de enfrentar desafios, sentem-se motivadas pelo desejo de encontrar, sozinhas, soluções para suas dificuldades. No entanto, quando chega alguém com uma resposta pronta, sentem-se frustradas. Os mais jovens são idealistas, adoram novos desafios, gostam de encontrar novas soluções para problemas comuns. Entretanto, muitos adultos generosos e com ânsia de se sentir úteis interrompem a investigação desses jovens. Trazem respostas instantâneas e matam a criatividade do aspirante. Primeiro, é preciso deixar o sujeito em dificuldades tentar encontrar uma solução sozinho, depois, caso ele não a encontre, ofereça-lhe ajuda. Ele Ele j ulgará ulgará se a sua sua aj a j ud udaa é necessária necessária e bem-vi bem -vind ndaa ou não. Como melhor alternativa só aconselhe quando for solicitado, pois ser tido como intrometido é o julgamento mais comum. O hábito de oferecer conselho para quem não o pede pode coloca coloc a r em e m risco o relac re lacionam ionam e nto por conta c onta de uma um a possíve possívell má m á inte inte rpre rpr e taçã taç ã o da sua atitude por parte do outro. Mais perigoso do que isso: advertências imprevistas poderão poder ão re r e volver valore valor e s e cre c rença nçass arra ar raigada igadas, s, causando ca usando confusã c onfusãoo e transtorno. tr anstorno. É verdade que nem todo conselho é ruim e, também, que nem todas as pessoas o desprezam. Um sujeito maduro, que tem uma vida agitada e repleta de compromissos, saberá aproveitar melhor as sugestões. Um verdadeiro líder também não recusará uma boa dica. dica . Aliás, e sse é um segre segr e do dos c omunica om unicadore doress de sucesso! suce sso! Eles ouvirão ouvirã o atentamente o seu conselho para economizar tempo, energia e não o aconselharão para não gerar gera r desgastes. desgastes. E o que faz fa zer quando for preciso pre ciso aconselhar? aconselhar? Resistir à vontade de aconselhar é desafiador, principalmente para os mais experientes. Exige-se um imensurável esforço para tal, assim como uma vigilância constante para não flagrar a si mesmo distribuindo opiniões. Sabemos que existem alguns momentos da vida que requerem uma intervenção rápida e precisa para solucionar uma situação. São momentos em que vários interesses estão em jogo, tanto os seus quanto os da pessoa a quem você aconselha. Quando
perc per c e ber que a pessoa e stá c ega para par a os aconte a contecc imentos im entos im portantes porta ntes à sua volta volta , ofe of e reç re ç a o conselho conselho,, mas m as com sereni sere nidade dade e sabedoria. sabedoria. Leia a seguir algumas situações em que será importante fazer uma intervenção por m eio de opiniõ opiniões es ou conselh c onselhos. os.
Só aconselhe ou opine quando for convidado. As pessoas só pedem conselhos quando têm dificuldade em escolher uma alternativa ou sentem-se incapazes de tomar decisões sozinhas. Por isso, recorrem à opinião de outrem. Companheiros de trabalho, parentes ou amigos podem pedir sua opinião sobre os fatos que pesam pesa m a fim de que os aj ude a faz fa ze r a m elhor escolha. esc olha. Ne Nesse sse caso, ca so, coloque toda a sua experiência à disp dispos osição ição e acons ac onselhe elhe à von vontade. tade. Só aconselhe se a pessoa for humilde e tiver a mente aberta. A predisposição do sujeito para aceitar opiniões ou conselhos é condição fundamental para a manutenção do relacionamento positivo. A pessoa receptiva, humilde ou que não tem prec pre c onceit once itoo a proveit prove itaa m e lhor a s sugestões que se apre apr e sentam senta m . Ela nã nãoo se ofende ofe nde c om o que você diz, mas fica satisfeita e grata por sua ajuda. Contudo, tome cuidado com os excessos! Só aconselhe quando NÃO envolver relacionamento amoroso. O tipo de conselho mais perigoso é aquele que envolve parceiro, amigo ou cônjuge de outrem. Por exemplo: como é sua amiga, você acredita que tem o dever de alertar uma pessoa de que está sendo traída tra ída e lhe diz: diz: “ Fulano nã nãoo serve ser ve para par a você, você , ele a e stá traindo…”. O que acontece? A revelação certamente desencadeará uma crise naquele relacionamento, podendo colocar todos contra você. Mesmo que esteja revelando a verdade absoluta, há pessoas que preferem não acreditar no que estão ouvindo. Outras estão cientes do fato, porém, fazem vista grossa por uma série de razões. Em relacionamento amoroso, a ordem é: “problemas entre marido e mulher, é melhor não m eter eter a col c olher”. her”. Só aconselhe quando a pessoa NÃO for capaz de encontrar uma solução sozinha. É comum encontrar pessoas sem iniciativa, capacidade e experiência suficiente para tomar decisões sozinhas. Muitas delas não sabem nem procurar ajuda, precisam ser descobertas para, então, ser orientadas sobre o que devem, ou não, fazer. Um exemplo pode ser um funcionár func ionário io que tem m e do de adm itir itir a falt fa ltaa de com petência petê ncia diante do empregador. O medo de perder o emprego pode ser o motivo que o impede de pedir
aj uda. Quando estiv estiver er diante diante de pessoas pessoas com esse perfil per fil,, tenha a sensib sensibiilidade lidade de perce per ceber ber o momento em que o comportamento e o olhar delas lhe pedem socorro.
Só aconselhe quando a pessoa estiver com a vida em risco. Sabe-se que certas lições, aprendidas ao longo da vida, fornecem experiências valiosas e positi positivas vas no a specto spec to e volutivo. volutivo. Afinal, Af inal, as dificuldades dificuldade s pe pelas las quais passam passa m os servem ser vem pa para ra nosso fortalecimento. As árvores mais fortes são aquelas que crescem em meio a vendavais e tempestades. Assim, a verdadeira coragem nasce da maturidade, que nasce das experiências. Permitir que as pessoas cometam equívocos de vez em quando facilita o crescimento pessoal pessoa l e o de desenvolvim senvolvimee nto do senso de responsabili re sponsabilidade dade.. TratandoTra tando-se se dos filhos, é necessário prudência. Não podemos ser negligentes e deixar a experiência gerar sofrim sofrimento ento profundo. profundo. Se Se for f or precis prec isoo aconselhar aconselhar,, façafaç a-oo com segurança. segurança . Só aconselhe quando houver risco de grande perda material. O prejuízo material também faz parte do crescimento pessoal e do desenvolvimento do senso de responsabilidade. Um jovem que gasta de modo irresponsável todo o dinheiro da m esada mere m erece ce ficar sem dinh dinheiro eiro até até o m ês segui seguint nte. e. Não há problem problem a! Ele Ele aprenderá a prenderá a valorizar seu pequeno patrimônio. Caso você saiba de alguém a ponto de dar um passo em falso, que o levará a um sério prejuízo material, não hesite em alertá-lo. Uma grande perda per da desse tipo tipo pode levar le var à trist tr istee za profunda prof unda e à depre de pressão. ssão. Só aconselhe quando as ações da outra pessoa colocam o seu patrimônio ou a sua vida em perigo. O gerente da sua empresa está fazendo negócios com um fornecedor desonesto ou um funcionário funcionário está está comprando com prando os lanche lanchess de um rest re staura aurant ntee com higi higiene ene duv duvid idos osa. a. Esses são exemplos de situações que colocam o seu negócio, sua saúde e a de seus empregados em risco. Nesse c aso, é hora de em e m itir itir alguns conselhos. conselhos. Estando Estando convicto, convicto, enuncie sua opinião opinião sem m edo de de errar er rar.. Só aconselhe quando NÃO for possível promover mudanças radicais no modo de pensar e agir da outra pessoa. Se você sabe que o seu conselho poderá promover uma mudança radical no modo de pensar pensa r ou de a gir da outra pessoa, pessoa , então e ntão não o ofer of ereç eçaa . Caso contrár contr ário, io, corr c orree rá o risco r isco de influenciar profundamente o comportamento dela a ponto de confrontar sua individualidade. Ela passará a fazer aquilo que você sugeriu e não o que realmente
gostaria de fazer. Resultado? Caso esteja vivendo do jeito que foi aconselhada, sempre recorrerá a você quando estiver em dificuldades. É como se ela colocasse a resp re spons onsabil abilid idade ade da própria vida vida em suas suas m ãos. E isso isso não é uma boa ideia! ideia!
Só aconselhe quando o conselho NÃO envolver decisões de longo prazo. Há quem não sabe decidir sobre o próprio futuro. Se alguém lhe perguntar sobre qual curso profiss profissio ional nal deve escol e scolher, her, sugira sugira que faça fa ça um teste vocacio vocac ional. nal. O risco risco de oferec ofer ecer er conselhos, com resultado a longo prazo, é o de ser responsabilizado pelo sucesso ou fracasso da pessoa. Suponhamos que alguém aceite a sua sugestão e ingresse no curso de Direito, mas, quando se lança no mercado, percebe que não era exatamente o que queria. Na frustra frustraçã ção, o, a pessoa pessoa pode se se lem brar de que foi você você quem a aconsel a conselhou hou.. Você Você não nã o deseja desej a ser responsabilizado pela frustração do outro, deseja? Só aconselhe se perceber que a pessoa está deprimida ou triste. Tentar levantar a autoestima de uma pessoa deprimida por meio de opiniões, conselhos e frases motivacionais é um comportamento, por vezes, absolutamente útil. Pode não ter resultado imediato, mas ajuda a gerar um sentimento de esperança. Orientar a pessoa para par a levantar leva ntar-se -se da c a m a , sair de casa, ca sa, ve verr a luz, luz, prati pra ticc ar e xercíc xer cícios ios pode a j udá-la udá- la bastante. basta nte. Mais do que orientar orie ntar,, segura segur a r-lhe r- lhe a m ã o e a uxiliáuxiliá-la la a c onduz onduzir-se ir-se na vida é o m elhor elhor cam c am inh nho. o. Só aconselhe se estiver em posição de liderança. esse caso, o conselho exerce o papel de diretriz. É a orientação do líder que deve ser seguida à risca. E se o objetivo do líder for obter a colaboração, então terá de construir o conselho de modo gentil, a fim de gerar sensibilização da parte do colaborador. Sensibilizar pessoas é a arte de se chegar ao coração. É convencer através da verdade. Requer empatia, responsabilidade e sensibilidade. Um subordinado sensibilizado pelo líder re r e sponde com c om e ntusia ntusia smo: sm o: “Ótimo! “Ótim o! Era Er a isso que eu e u queria quer ia ouvir. ouvir. Inclusi Inc lusive, ve, tenho te nho algumas ideias de que poderá gostar e que facilitarão o nosso trabalho”. É fácil identificar um colaborador colabora dor sensibil sensibiliz izado. ado. Basta Basta notar a expressão e xpressão de encantam enc antam ento. O brilho brilho nos olhos olhos é sinal de entusiasmo e paixão.
META 9 — FAÇA DECLARAÇÕES POSITIVAS
Proponho iniciar este tópico fazendo um exercício simples: leia as sentenças a seguir, mas não pense na respos r espostta de j eito eito algum algum . “Três vezes três...” “Escreveu, “Escre veu, não leu...” leu...” “Batatinha quando nasce...” “Quem não se comun com uniica...” Agora responda: o que aconteceu? Exatamente o contrário do que foi pedido, não foi? As respostas apareceram independentemente da sua vontade. Você até tentou não pensar, m as pensou! pensou! Vam Vam os entender entender por quê. Nossa m e nte é prepa pre para rada da para pa ra proce proc e ssar todas as a s sentença sentenç a s com o positi positivas. vas. Assi A ssim m , se eu peço a alguém para não pensar em uma girafa vermelha usando óculos escuros, o que acontece? Já pensou, não é mesmo? Para entender meu pedido a mente teve de gerar a informação não solicitada, isto é, primeiro ela precisa criar a girafa vermelha para então entender que não poderia ter pensado nela, porém, já é tarde demais. Reflita sobre o impacto desse fenômeno nas relações humanas. Imagine que alguém está iniciando uma apresentação. Tem à sua frente um público de cinquenta pessoas, todas amistosas, receptivas e concentradas. Educadamente, chama a atenção do público pedindo que não repare na minúscula mancha de café que pingara há pouco em sua camisa branca. O que acontece naquele momento? O público precisa prime prim e iro repa re para rarr na c am isa do palestrante pale strante para par a , então, entã o, tentar aca ac a tar a m e nsagem nsage m . Ta rde demais dem ais!! Quem havia havia repara r eparado do,, prestará prestará m ais atenção, e quem não havi havia repara r eparado do,, agora voltará sua atenção para a camisa. Enfim, a mancha chamará mais a atenção do que a pauta a presenta pre sentada da na pa palestra lestra.. Instaurou-se Instaur ou-se o confli conf lito to inter interno. no. Quando interagimos com as pessoas, muitas vezes recebemos aquilo que não pedim os. Certa Ce rta ve vezz, por exem exe m plo, ac a c ompanhe om panheii um a m igo dura dur a nte seu trabalho tra balho de ve venda. nda. Ele prestou um excelente atendimento ao cliente e estava com o pedido praticamente fechado. Contudo, em um minuto de descontração, virou-se para o cliente e fez o seguinte comentário: com entário: “O import im portante ante é não nã o pensar pensar no saldo saldo bancá bancário”. rio”. Nesse Ne sse instante, instante, sua fra fr a se e m itiu itiu um c omando om ando m ental enta l (não (nã o pensar pe nsar no saldo sa ldo bancá ba ncário). rio). Você já está imaginando o que aconteceu, não é? O cliente olhou para o vazio, pensou por alguns segundos, lembrou-se de que tinha alguns cheques na praça e depois disse que achava melhor cancelar o pedido. Ao dizer “não pense no saldo”, o vendedor recebeu aquilo que não pediu, ou seja, para entender a mensagem, o cliente teve de, primeiro, pensar pensa r no saldo sa ldo bancá banc á rio! P or isso evite frase fr asess com c onstrução onstruçã o similar a estas: esta s:
Não Nã o quero quer o que você voc ê pense em problem proble m a s. Não Nã o quero quer o que você voc ê fique preocupa pre ocupado. do. Não Nã o preste pre ste atenç a tençãã o nisso. nisso. Não Nã o pense ne nessa ssa doença doe nça.. Não Nã o há inconveniente inconve niente e m usar a palavra pala vra “ não”, não” , m as é rec re c ome om e ndável ndáve l usá-la usá- la c om cautela para evitar comandos mentais negativos. Fale ou pense somente em frases positi positivas, vas, isto isto é , e m ve vezz de dizer dizer “ nã nãoo pense nessa doença” doenç a”,, diga “P e nse em c omo om o você estaria agora se estivesse saudável”. Em vez de dizer a uma criança “Não quero que fale palavrã pala vrão” o”,, explique “ As pessoas pessoa s gostam de rece re ceber ber e logios logios e nã nãoo palavra pala vrass feias” fe ias”.. Devemos Devem os sempre cham ar a atenção para aqu a quiilo que que real rea lm ente ente é im po portant rtantee e não para para os aspecto aspec toss negativ ne gativos. os.
META 10 — FALE MENOS , REFLITA MAIS Existem pessoas que adoram conversar. Algumas, quando começam a falar, não param mais, não dão oportunidade para os outros se expressarem, perdem a noção de tempo e acabam causando mal-estar. Pessoas que falam demais aborrecem o ouvinte com o seu longo falatório. Recebem o rótulo de “chatas”, pois contam tudo tim-tim por tim-tim, com todos todos os detalhes imagináve im agináveis is.. Grandes líderes e comunicadores recomendam: fale somente o necessário porque ningu ninguém ém aprecia apre cia aquel a quelee que só sabe falar fa lar de si mesmo. me smo. Essas Essas criat cr iaturas uras falant fa lantes es gostam gostam de falar de suas experiências, seus projetos, seus gostos e seus interesses. Expõem suas ideias e pontos de vista sem que alguém lhes tenha perguntado. As pessoas que falam demais, não o fazem aleatoriamente. Elas escolhem uma vítima, apontam a metralhadora e disparam um falatório sem fim, exteriorizando tudo aquilo que pensam, sem nenhum filtro. O sujeito que fala demais talvez tenha necessidade de colocar para fora ansiedades, medos, frustrações e até mesmo partilhar alegrias e boas notícias. Ele precisa encontrar uma válvul válvulaa de escape, esca pe, alguém alguém para ouv ouvi-l i-lo, o, senão senão expl e xplode! ode! Em geral, esse tipo de pessoa adora discutir assuntos polêmicos em momentos inoportunos, fala demais sem dar chance para o interlocutor manifestar-se e o pior: não sabe identi identificar sinais sinais de de impaciênci impac iência, a, insati insatisfaç sfação ão ou aborrec a borrecime iment nto. o. As pessoas emitem sinais de irritação quando não estão interessadas em ouvir aquilo que alguém tem a dizer. Podem levantar as sobrancelhas e lançar um olhar desdenhoso; torcer o canto da boca; bocejar; olhar para tudo, menos para quem fala; batucar com os dedos em ritmo acelerado; consultar o relógio a todo momento; apoiar a cabeça sobre a
mão e o cotovelo sobre a mesa; dizer “pois é...” por preguiça de responder e até mudar o assunt assunto, o, int inter errom rompendo pendo bruscam bruscam ente a conversa. Imaginemos um sujeito falante que resolve explicar tudo o que sabe sobre clonagem humana, huma na, m as alg a lguém uém o interrom interrompe pe e diz diz: “Falando “Falando niss nisso, o, preciso fazer fazer m inha inha m atrícula atrícula no curso de espanhol”. espanhol”. Enquanto Enquanto um fala f ala em e m clonagem clonagem , o out outro ro pensa em curso de espanhol. espanhol. Este Este é um sinal sinal claro de quem não está interessado interessado no assunt assuntoo em pauta. pauta. Comportamentos como esse e sinais de irritação nem sempre devem ser interpretados como descaso de quem escuta. É uma questão de prioridade. Para alguém chegar chega r a em itir itir sinais sinais de de irritaçã irritaçãoo é porque, provavelment provavelme nte, e, naquele m omento om ento deva deva existi existir r algo mais importante a fazer. O desafio, então, é aliar a disposição de quem fala com a disp disponi onibi bili lidade dade de quem ouv ouve, e, ou sej a, encont e ncontra rarr o m oment ome ntoo exato para conversar. conversar. Um amigo disse-me que certa vez quase perdeu o voo porque encontrou uma amiga no aeroporto e lhe perguntou: “Como vai?”. E ela resolveu explicar. Falou sobre sua vida, em polgou polgou-se -se e não parou de m ono onolo logar gar um só minuto minuto.. Ele Ele não sabia sabia com o int inter errom rompê-la pê-la para par a m encionar enc ionar que o seu em e m ba barque rque j á e stava e ncerr nce rrando. ando. Teve Teve de sair corre cor rendo ndo sem dar explicações! À primeira vista não é possível identificar um sujeito que fala demais. Para nossa infelicidade, só notamos isso depois que o falatório começou. Assim, para sair elegantemente dessa situação sem se irritar e sem magoar o locutor, proceda da seguinte maneira: olhe nos olhos, segure firme a mão da pessoa (isso deverá fazê-la parar de falar imediatamente e prestar atenção em você) e diga-lhe gentilmente: “Perdoe-me, quero muito conversar com você, mas terá de ser depois que resolver o compromisso urgente que tenho agora. Logo poderemos nos sentar e discutir melhor esse assunto”. Pronto, agindo assim, evitará desgastes e aborrecimentos, além de confortar e deixar a pess pe ssoa oa m ais rece ptiv ptiva. a. Portant P ortanto, o, fale soment some ntee o necessário nec essário par paraa evi e vitar tar cons c onsttrangi ra ngim m entos entos e exposição exposição excessi e xcessiva. va. Isso é fund f undam am ental para o autocont autocontrole. role.
META 11 — NA MEDIDA DO POSSÍVEL, DIGA SEMPRE A VERDADE Em meados de 2002, todas as emissoras de televisão e todos os jornais do país noticiavam o caso de uma mulher que tivera sua mentira revelada depois de dezesseis anos. Uma senhora do estado de Goiás sequestrou um bebê na maternidade e inventou uma série de m enti entiras para expli explicar o surgi surgim m ento ento da cri cr iança em casa. ca sa. Ela Ela m entiu entiu para o próprio próprio mar m arid ido, o, que, que, segundo as not notícias, ícias, morre m orreuu acre ac redi ditand tandoo ser o pai da c riança ria nça.. Foram ora m dezesseis a nos para par a que o c a stelo desabasse desa basse e a m entira viesse à tona e, assim, a mãe sequestradora começar a viver um inferno mental. O adolescente
descobriu que não era seu filho biológico. O fato, na época, ficou conhecido como O Caso Pedrinho.10 Esse caso, de repercussão nacional, nos deixa uma importante lição: a mentira é um recurso que não compensa. Ela chega a ser pior do que a doença, pois existem mentiras que devem ser sustent sustentadas adas por toda toda uma vida, vida, corroendo corroe ndo a alma a lma.. Aquela mulher viveu dezesseis anos com uma doença e finalmente se libertou. Ela pode e star sofre sofr e ndo graves gra ves c onsequênc onsequê ncias ias da sua m e ntira ntira:: proce proc e ssos, ssos, revolt re voltaa da fam fa m ília, ília, humil hum ilhaç hação ão e tantos tantos outros outros efeitos ef eitos negati nega tivos. vos. Entretanto, Entretanto, livrou-se livrou-se da doença. doenç a. Arr A rris isco co dizer dizer que a verdade, vindo à tona, foi o melhor para ela. Acabou a doença, agora ela está livre da prisão prisão psicoló psicológi gica ca que ela m esma esm a criou c riou.. Mentir é como fazer um pacto maligno: no começo se obtêm alguns benefícios, respira-se mais fácil, a vida fica mais simples, consegue-se o controle da situação e pendência pendê nciass ime im e diatas são resolv re solvidas. idas. Mentir é rec re c urso do acom ac omodado odado e do ime im e diatista. diatista. Entretanto, a médio e longo prazo, a mentira começa a corroer a consciência e mostrar seus efeitos colaterais. E saiba que os efeitos colaterais da mentira são os piores possíveis. O primeiro é a doença propriamente dita — corrosão da alma —, que persiste enquanto a m enti entira não for revelada. O segundo efeito colateral da mentira é o fardo pesado que o mentiroso carregará enquanto tiver de mantê-la. Este se chama registro de memória. A mentira é uma ficção criada criada na m emóri em ória. a. A realidade era outra, mas, ao inventar a mentira, a memória terá de ficar com dois registros: a verdade — o que realmente aconteceu — e a ficção — aquilo que foi criado. O peso na consciência, consciência, ou o far f ardo, do, exist existee em virtud virtudee de ter de sustentar sustentar ess e ssaa m entira entira toda toda vez que vem à tona. O terceiro terc eiro efeit ef eitoo é o pagam ento da da dívi dívida da que o menti m entiroso roso contra contraiu iu.. Sem Sem pre existi existirá rá a hora de pagar pelo pacto maligno feito. O pagamento é a mentira ser desvendada e a pessoa arca ar carr com c om todas as a s consequênc conse quências ias que dela de la advêm a dvêm . Contaonta-se se que havia havia um j ovem habitu habituado ado a m entir entir desde criança. cr iança. A m ãe pedia pedia alg a lgum umaa coisa, ele mentia; o pai fazia uma pergunta, ele caluniava; os amigos queriam saber algo, ele sem pre tinha tinha uma um a m entira entira na ponta ponta da língu língua. a. Ele era er a um viciado viciado em m entira entiras. s. Menti Mentir r passou a faz fa ze r parte par te do seu se u com c omporta portam m e nto; era er a uma um a m a rca rc a pessoal. pessoa l. Mentiu para pa ra todos e sobre todas as coisas; mentiu durante toda uma fase da vida. Um dia, porém, as mentiras vieram à tona e todos os amigos e parentes descobriram o grande mentiroso que ele era. Hoje, ele paga o pacto que fez para cada mentira que contou: não encontra trabalho, vive só e não consegue conquistar a confiança e o respeito de ninguém ninguém..
O caminho da mentira é mais confortável: é plano, liso, sem obstáculos, por isso as pessoas pessoa s preguiçosa pre guiçosass gostam de m e ntir ntir. Elas Ela s andam a ndam tranquil tra nquilaa m ente, ente , sem se m qua qualquer lquer e sforç sfor ç o; desliz deslizam am suavem suavem ente e não encont enc ontra ram m atritos atritos.. O cam c am inho da da verdade é m ais difícil difícil:: o sol soloo é íngrem íngrem e, cheio c heio de de pedras e espinho espinhos. s. Mui Muitas tas pessoas pessoas não gostam gostam da verdade ver dade porque ela e la traz o sofrimento imediato. Mentindo é possível adiar o sofrimento, mas um dia ele chega. A verdade pode causar dor, todavia é só no momento da descoberta. A consciência não corroerá no futuro e a paz mental será perseverante. Não Nã o e xiste xiste m e ntira ntira leve ou pe pesada sada,, todas são m entiras. entira s. Ta m bém nã nãoo e xiste xiste m e ia verdade. Para haver meia verdade a outra metade tem de ser mentira. Portanto, entre mentira e verdade, fique com a verdade. Mude. Abra o jogo com as pessoas, coloque as cartas na mesa. Desse modo será bem mais fácil o convívio com aqueles que fazem parte de seu círculo social. Guarde em seu coração a valiosa mensagem que Jesus nos deixou: “Conhece “Conhecere reiis a verdade ver dade e ela vos lib liber ertará” tará” (João 8,32). 8,32).
10. Detalhes sobre o caso e como foi dura essa nova realidade para Pedro Baule Pinto, o 10. Detalhes Pedrinho, veja em: Autorretrato. Veja on-line , mar. 2005. Disponível em: < http://veja. abril abr il.com .com .br/i .br/idade dade/exclusi /exclusivo/ vo/02030 020305/ 5/pedr pedrin inho.ht ho.htm m l>. Acesso em: 21 ago. 2014.
CAPÍTULO APÍ TULO 8
Organização, coragem e disciplina
Depois de construir relações saudáveis com amigos, familiares e colaboradores no trabalh ra balhoo e ent e ntender ender a import im portância ância de polici policiar ar e escol e scolher her os pensamento pensam entoss a fim f im de alivi aliviar ar a rotin rotina, a, você percebe perc eberá rá uma expansão gradativa gradativa do sil silêncio mental m ental em virtud virtudee da ausência de preocupações e uma capacidade de gerar resultados extraordinários. Quando a mente está em silêncio, quando você gerencia e seleciona os pensamentos que orbitam sua capacidade de processamento consciente e deixa de focar a atenção em coisas irrelevantes, discussões inúteis, argumentos que não merecem tanta energia, finalm finalmente ente assume o control controlee e consegue consegue dirigi dirigirr o foco para par a o que rea r ealme lment ntee lhe interessa. interessa. A vantagem de manter a mente no presente é enxergar o que ninguém ainda enxergou — e isso inclui as grandes oportunidades que estão à sua espera. Por exemplo, Arquimedes, gênio matemático que viveu até o ano 212 a.C., esteve diante de um grande desafio: calcular o volume de um objeto sólido de formato totalmente irregular, no caso a coroa do rei Hieron, de Siracusa. Arquimedes trabalhou durante muitas semanas nesse projeto, fez centenas de cálculos, testou diversas teorias. Sua mente estava inundada de hipóteses, mas ele não conseguia encontrar a solução para o problema. Então, certo dia, para relaxar depois do trabalho, resolveu tomar um banho de imersão. Encheu uma banheira até a borda, despiu-se e entrou nela devagar. Naquele momento, sua mente estava totalmente vazia de pensamentos, estava 100% concentrada no presente e, por isso, ele podia sentir a temperatura da água, a imersão lenta do corpo dentro dentro da banheira e o fio de água á gua que transbordava transbordava e se espalhava pelo chão. Foi aí que sua mente se iluminou. Arquimedes percebeu a sutileza que somente as pessoas pessoa s focada foc adass c onseguem onsegue m perc per c e ber. P a ra c a lcular o volume volum e da c oroa bastaria basta ria mergulhá-la num recipiente cheio de água e medir o volume transbordado. Segundo relatos históricos, naquele momento ele saiu correndo, nu, pela rua gritando: “Eureca, Eureca!” Achei. Acredite: todos os dias você tem a chance de dar seu grito de “eureca”. Você tem a chance real de encontrar soluções incríveis para os desafios que a sua ambição imagina, contudo contudo,, para isso, sso, precis prec isaa gerenciar gere nciar os pensam entos entos e dire direcion cionar ar seu foco. Arquimedes estava trabalhando havia semanas naquele projeto. Talvez sua mente já estivesse cansada. Talvez já não estivesse dormindo bem nos últimos dias. Assim, ainda, talvez os pensamentos que lhe povoavam a mente e não o permitiam encontrar uma
sol solução uçã o nem estivess estivessem em ligados ligados dire diretam tamente ente ao problem problem a da coroa, c oroa, mas m as fossem fossem de ordem familiar, social, política ou financeira. Quando, porém, por um momento, Arquimedes colocou colocou tudo tudo de lado e volto voltouu a atenção atençã o para o presente, a porta porta do pensam pensam ento im im aginár aginário io começou a fluir e ele pôde enxergar a solução mais simples e inusitada que alguém poderia poder ia ima im a ginar. ginar. Outro exemplo da importância de voltar o pensamento para o presente é um famoso case de marketing de uma indústria de pasta de dentes. Ela precisava encontrar uma maneira de fazer com que os clientes consumissem mais depressa os tubos de creme dental, para isso os estrategistas da empresa debruçaram-se durante semanas em busca de soluções. Certo dia, a reunião foi convocada em uma sala em que certo funcionário fazia a manutenção do piso. Os executivos debatiam, apresentavam propostas, refutavam argumentos e não conseguiam chegar a uma solução. Ouvindo toda a conversa, em dado momento o funcionário da manutenção pediu licença aos executivos e sugeriu: “É muito fácil fá cil faz fa zer com que os client clientes es gastem gastem m ais past pastaa de dente. dente. Vocês Vocês só pre precisam cisam aumentar aum entar o tamanho do buraco”. Eurec a! Uma solução incrível, simples, inusitada. Quem melhor poderia ter im aginado aginado aquilo aquilo senão uma pessoa pessoa com c om a atenção a tenção totalm totalmente ente entregue ao a o presente? Agora, você também tem esse poder. O poder de silenciar a mente, de fazer boas escolhas e deixar o pensamento imaginário cumprir sua função. Talvez você esteja pensando pensa ndo “ Mas qual técnica téc nica de devo vo usar para par a deixar deixa r a m e nte tagare taga rela la e m silê silê ncio?” ncio?” . A respo re spost staa é m uito uito sim sim ples: escolha mantê-la m antê-la em silêncio silêncio.. Pront Pr onto! o! Toda vez que minha mente apresenta um pensamento inútil ou tóxico procuro levá-la de volta volta ao present pre sente. e. Sim Sim plesm plesmente ente a silencio silencio e presto atenção atençã o no agora. Lem bre-se: bre- se: você você é o comandante. É você quem dá as ordens aí dentro. Sua mente é sua serva, e não o contrá contrário rio.. Se Se você pede para par a que ela e la se cale, ca le, ela deve se calar c alar.. Simples Simples assim! assim! Não Nã o devem deve m os buscar busca r soluções soluçõe s com plexas plexa s para par a os problem a s c omplexos. om plexos. De Deve vem m os buscar busca r soluções soluçõe s simples sim ples para par a os problem a s, não importa im porta sua com plexidade. plexidade . Que Quem m c uida desse departamento é o pensamento imaginário, o padrão de pensamento totalmente livre de filtros e resistências culturais. E ele só flui quando você silencia a voz incessante que só m ost ostra as dificuld dificuldades ades em e m chegar chega r aos a os seus seus objet obje tivos ivos.. Que tal ordenar agora mesmo que a mente fique em silêncio? Diga mentalmente com energia: “Quero você no presente”. “Quero silêncio mental.” Quando você mantém a mente em silêncio, amplia significativamente o poder dos seus sentidos. Faça agora outro exercício: respire lenta e profundamente algumas vezes enquanto sente sua mente se silenciar. Feche os olhos e tente prestar atenção apenas na sua respiração. Escolha um dos seus sentidos, por exemplo, a audição. Enquanto mantém a
mente em silêncio, transfira a atenção que estava na respiração para a audição. Agora, tente prestar atenção na quantidade de sons que consegue perceber. Se possível, note que talvez esteja ouvindo sons que até aquele momento não havia percebido. Pare a leitura, faça faç a agora mesmo m esmo esse esse exercí exerc ício. cio. Experimente o exercício também com os outros sentidos: com a visão, esquadrinhe cada canto do lugar onde está; com o olfato, tente descobrir novos odores; com o tato, sinta a textura da roupa que está vestindo, e com o paladar perceba a sutileza do sabor de um alimento. A vantagem de ter uma mente silenciosa é ser capaz de aplicar uma energia de altíssima qualidade nas tarefas diárias, seja na participação atenta em uma reunião, na leitura de um texto ou na execução de uma tarefa complexa, como conferir um relatório ou dirigir um carro. Outro benefício da mente concentrada é poder fazer uma tarefa de cada vez, até o fim, e rapidamente. Estudos11 mostraram que o ser humano capaz de realizar uma tarefa por vez até o fim é mais eficiente, rápido e assertivo do que aquele que fica perdido ao tentar realizar várias várias ao mesmo m esmo tempo tem po.. Por isso isso,, toda toda a discus discussão são deste deste livro livro o leva a entender que a concent conce ntra raçã çãoo é, ant a ntes es de mais nada, um exercício de exclusão. Quando você elimina relacionamentos tóxicos e escolhe os pensamentos que orbitarão a sua cabeça, mantém o foco no que é importante para par a a sua vida e a paga os problem proble m a s do roteiro. rote iro. Você c ria um quadro quadr o branc bra ncoo pa para ra reescr re escrever ever sua sua hist história ória de sucess suce sso. o.
O Q UE FALT FA LTA A PAR P ARA A VOCÊ V OCÊ REALIZAR REALIZAR SEUS SONHOS SONHOS?? a adolescência, tive um patrão muito divertido e inteligente. Quando um cliente ia até a loja e na hora de pagar começava a pechinchar dizendo que não tinha dinheiro, ele sempre soltava a frase: “Deus nem sempre dá exatamente aquilo que pedimos, mas com certeza nos dá tudo o que precisamos”. Na maioria das vezes, esse argumento divino funcionava: o cliente parava de reclamar e fechava o negócio. Então, de que exatamente você precisa para realizar seu sonho? Será que você não está apena a penass pedindo pedindo aquilo aquilo que j á possui? possui? Talvez a resposta para essa pergunta dependa de descobrir exatamente qual é o tamanho e o objetivo final do seu sonho. Sonhos grandes e complexos, muito trabalho; sonhos simples, pequenos, pouco trabalho. Contudo, não importa o tamanho, afinal, sonho é sonho, sonho, e cada c ada um tem o seu, não é verdade? ver dade? Agora, Agora, qual é o objeti obj etivo vo final final do seu seu sonho? sonho?
Minha proposta é ajudá-lo a entender que não importa qual seja o sonho, sempre existe uma maneira de realizá-lo. E permitame insistir na tese de que você pode realizar qualquer qualquer coi c oisa, sa, porque porque essa é uma linha linha de pensamento pensam ento úti útil, l, que que o m antém com o espírit espíritoo ovem e seu nível nível de de energia e nergia sempre sem pre alt a lto. o. Afinal, quando duvidamos da amplitude de nossa ambição, podemos produzir, como á vimos neste livro, estados mentais limitadores, como ansiedade e frustração. É importante dar asas à imaginação, mas manter-se extremamente analítico a fim de descobrir qual objetivo final deve ser atendido pelo sonho. Por exemplo: imagine que seu sonho seja passar em um concurso público e você acabou de receber a notícia de que foi aprovado. apr ovado. Com Com o se sente? Feliz Feliz,, não é? Muitas vezes, o desejo de comprar um carro novo, mudar de emprego, aproximar-se de uma pessoa serve apenas como alimento para saciar um desejo interno ainda maior. E se existe uma energia transformadora no autocontrole é a do metapensamento, pois ela perm per m ite ite nos a utoavali utoava liaa rm os e investigar investigarm m os a ve verda rdade deira ira intenç intenção ão escondida esc ondida por traz tra z de um suposto desejo. Por exemplo, você já deve ter ouvido pessoas dizerem: “Quando arrumar um emprego melhor, me sentirei mais segura”; “Quando tiver mais tempo, vou me dedicar mais aos meus filhos”; “Quando eu ganhar na loteria, serei realmente feliz”. Segurança, atenção atençã o ao próximo e feli fe licidade cidade são est e stados ados mentais m entais gratuito gratuitos. s. Você Você não precis prec isaa de m oeda de troca para acessá-los. Entretanto, quando uma pessoa os associa a uma condição específica, por exemplo, “Só serei feliz depois de ganhar na loteria”, então estará condenada a viver uma vida de frustração. Você não pode condicionar o estado de felicidade à conquista de algo. Isso é ser injus inj ustto consigo consigo mesm m esmo, o, porque porque feli f elicidade cidade é um estado me ntal ntal gratu gra tuit ito, o, deve ser livre. livre. Você não precisa conquistar nada para ser feliz, basta sentir-se feliz. Pronto. Simples assim! Certa vez conheci um empresário que reclamava da crise econômica e estava triste porque no final f inal do m ê s não nã o sobrava sobra va m uito uito dinheiro. dinheir o. Um a tristeza tristeza que o vinha consum indo havia muitas semanas. Então, conversando um pouco mais descobri que, sim, ele de fato não tinha tinha dinhei dinheiro, ro, pois pois usava usava toda a rece re ceit itaa da em presa para pagar as contas. Contudo, o que ele se esqueceu de considerar é que, por outro lado, também não tinha um centavo de dívida. Ele pagava todas as despesas à vista. Não devia nada para absolutamente ninguém. A capacidade de pagar seus débitos à vista deveria ser motivo de comemoração, de felicidade, não de tristeza. Na verdade, ele até poderia transformar a fel fe licidade icidade em e m energi ener giaa de m aior recurso rec urso,, como com o criativi criatividade dade para par a descobrir novas novas fontes fontes de renda.
Investigue seus sonhos hoje mesmo, descubra se alguns deles estão associados a estados estados em ocionais ocionais que que você pod poder eriia sim sim plesm plesmente ente vivenciar vivenciar agora, agora , aqui no presente. Se Se o motivo da realização de um sonho é sentir-se feliz, então sinta-se feliz agora. Se gostaria de ter mais tempo para se dedicar aos filhos, ora, então interrompa a leitura deste livro e faça fa ça isso sso agora m esmo. esm o. Não tenha dúvidas dúvidas de que, sentindo sentindo-se -se feli f elizz agora, vai renovar seu estoque de energia para realizar tudo o que imaginar. A capacidade de escolher como se sentir sentir é a senha para o seu suce sucess sso. o. Você sempre esteve a um passo de transformar sonhos em realidade, mas para isso prec pre c isa faz fa ze r a s e scolhas scolha s c e rtas rta s e adotar adota r m e didas concre conc retas tas pa para ra que a s m e lhores lhore s c oisas comecem comec em a acon a conttecer. ecer. Por exemplo, um cidadão de classe média diz que seu grande sonho é comprar um barc bar c o de luxo para pa ra pa passea ssearr com a fam fa m ília ília a os fins de sem a na. Como e le se sentiria se o sonho fosse realizado agora? Eufórico, talvez? Sentir-se eufórico com a perspectiva de realizar o sonho fará com que a jornada de planejamento e estruturação das pequenas m etas seja sej a um processo muito muito mais m ais di divertido. vertido. Por que você não pega uma folha agora mesmo e traça seu mapa do tesouro? Lembre-se: Lem bre-se: você você tem o control controle. e. Faç Façaa um exercí exerc ício de de reflexão e compl com plete ete as frases: fr ases:
Meu sonho é ser ____________ Meu sonho é ter ____________ Meu Me u son sonh ho é ir ____________ Você sabe que só aquel a queles es que faz f azem em a coisa coisa certa ce rta rea r eali lizzam sonho sonhos. s. Então, Então, o que que você prec pre c isa para pa ra realiz re alizaa r os seus se us desej dese j os? No exem exe m plo do barc ba rco, o, talvez ta lvez o prim eiro eir o passo pa sso sej a ir a uma um a agência agê ncia bancár banc ária ia e abrir abr ir uma poupança. Depois, organizar as finanças para saber se é possível fazer uma reserva mensal. Terceiro, escolher uma data mensal para depósito... E assim seguem as pequenas taref ar efas as para a rea r eallizaç ização ão do gra grande nde obj obj etivo. etivo. A autorrealização é alcançada quando temos consciência das escolhas, do caminho que devemos seguir e do tempo que levaremos para alcançar nossas metas. Isso afasta as aflições e nos mantêm sempre motivados. O universo universo só habil habilit itaa quem tom tom a a atitu atitude de cer c ertta para reali re alizzar sonho sonhos, s, sem sem prej udica udicar r o próximo ou a natureza. Todas as nossas ações afetam de alguma maneira a vida das pessoas pessoa s c om quem traba tra balham lham os, nos relac re lacionam ionam os ou a na nature turezza. Assim, as decisões dec isões devem ser pesadas com a força da ética e da moral, pois, para que você durma em paz, deve ter a certez ce rtezaa de que suas suas ações aç ões são para o próprio bem bem e o das outra outrass pesso pessoas. as.
ORGANIZAÇÃO: SEU NOVO VALOR MORAL Todos os anos era a mesma coisa — pelo menos comigo, com uma porção de pessoas com qu quem em eu conversava conversava e talvez alvez até mesmo m esmo com vo você. cê. Era um problem problem a de saúde que que me incomodava muito, roubava a tranquilidade das minhas noites de sono e só ocorria entre os m eses de j ulho ulho e agos a gosto to.. Como Como você sabe, sabe , nessa nessa época do ano é inverno no Bra Brasi sill e o tempo fica muito seco no Sudeste, região em que moro com minha família. Durante a noite, enquanto dormia, meu sistema respiratório ressecava, ardia muito e me fazia acordar várias vezes, prejudicando a tão esperada noite de sono. Pela manhã, meu nariz estava estava resseca r essecado, do, ferido fe rido e, devido devido à noite noite maldo m aldorm rm ida, ida, meu m eu estado de de humor hum or era ruim. Mas por que estou lhe contando esse fato particular? É porque todos os anos era a mesma coisa, a mesma dificuldade de respirar, o mesmo sofrimento, até eu aprender a importância da organização e da prevenção. De tanto sofrer com esse problema, aprendi a prevenir e, com isso, minimizar e, algumas vezes, até mesmo neutralizar completamente os efeitos da mudança climática. Tem sido assim nos últimos dez anos. No início do inverno, reforço meu estoque de solução fisiológica para hidratação do nariz e tiro do armário o aparelho vaporizador, que garante a umidade do ar. Ser mais organizado me ajudou a ganhar ótimas noites de sono, m anhãs mais m ais disp dispos osttas e um ótimo ótimo est e stado ado de humor hum or.. Pront Pr onto. o. Um problem problem a a m enos! Meu problema respiratório é, confesso, um exemplo muito simples, e foi exatamente por isso isso que tive tive a inte inte nção nçã o de c itáitá-lo. lo. Qua Quantos ntos problem proble m a s pequenos peque nos e simples simple s nos acometem todos os anos e contribuem para nossa perda de foco? Uma formiga sozinha não altera uma paisagem, mas um formigueiro unido pode fazer desaparecer uma floresta. Digo isso porque a maioria das pessoas pensa nos problemas não quando eles batem bate m à porta, porta , mas m as quando qua ndo já j á se insta insta lara lar a m e com c omeç eçaa ram ra m a produz pr oduzir ir outros. Pense na quantidade de pequenos eventos de saúde como o meu que nos acometem todos os anos e em como tiram nossa produtividade e alteram nosso estado de humor. Em contrapartida, uma vida organizada se traduz em uma mente mais serena e focada. A organização é a irmã gêmea da prevenção. Quando você se organiza, obrigatoriamente, previne uma série de pequenos — e quem sabe até mesmo grandes — problem proble m a s. É c omo om o prepar pre parar ar a s m a las para par a uma um a viagem viage m . Você tenta ima im a ginar todas as situações possíveis que podem lhe ocorrer e pensa nos trajes mais adequados para enfrentá-las. Organização deve ser o seu novo e mais importante valor moral. E o que significa ter a organização como valor moral? Significa que para ser organizado você prec pre c isa, antes a ntes de qualquer qualque r cois c oisaa , valoriz valor izaa r esse e sse hábit há bito. o. Entenda: existem bons livros que ensinam desde como organizar uma mala de viagens, uma simples gaveta, uma geladeira, uma casa ou até mesmo um complexo
departam departam ento ento de uma em presa, ma s de de nada vale um sist sistem em a eficaz e ficaz para gerenciar ger enciar tudo tudo em sua sua vida vida se você não valoriz valoriza a organi orga nizzação. aç ão. Conheço empresas que vivem um caos todos os dias com funcionários estressados que gastam tempo e energia para solucionar novos problemas que se instalam a todo momento, simplesmente porque a direção da empresa não valoriza, ou seja, não dá a devida devida importância para a organi orga nizzação. aç ão. Organização é um valor moral e, para isso, você deve valorizá-la. Pessoas organizadas dificilmente se esquecem de algo, poucas vezes perdem tempo com tarefas inúteis e é pouco provável que vivam sob pressão porque a organização lhes permite antecipar os problem problem as. Ser Ser organiz organizado é o seu novo novo valor valor m oral e o melho m elhorr cam c am inho par paraa estabelecer a disciplina e conquistar a paz mental. Você dispõe de muita informação hoje em dia. Por isso, não deveria ser pego de surpresa, concorda? Tudo o que acontece no mundo diariamente é de certo modo previsí pre visível. vel. Assista Assista a os noticiá noticiários, rios, que será ser á fácil fá cil c onstatar isso. isso. P or e xem plo, se você tabular as coberturas jornalísticas dos 365 dias do ano, verá que são sempre as mesmas notícias. A mídia começa o ano noticiando as festas, as férias e os impostos que você terá de pagar paga r. Depois, D epois, tra tr a ta do período pe ríodo de m atrícula atr ícula dos fil f ilhos hos nas na s escola e scolass e do preç pr eçoo do m ateria ate riall escolar. Logo em seguida, vem a cobertura do Carnaval e, antes que ele acabe, já aparecem os primeiros ovos de páscoa. Depois tem o movimento do dia das mães, dos pais, das crianças e, entre eles, as notícias variam entre economia, esporte, clima e saúde. Enfim, isolando um ou outro evento natura naturall apocalípti apocalíptico, co, com c omoo terrem terre m otos otos,, m eteoros e furacões, fura cões, os outros outros eventos são são bem previsí pre visíveis. veis. Até m e smo sm o o com portam porta m e nto humano hum ano é , em algum as c ircunstânc irc unstâncias, ias, previsí pre visível. vel. Por exemplo, muitas pessoas começam o ano acima do peso, endividadas, fazendo mil promessas, ansiosas, repletas de dúvidas sobre o futuro, não é verdade? Contudo, pergunto: per gunto: será ser á que todos os anos prec pre c isam c omeç om eçaa r assi a ssim m ? É evidente e vidente que não! Você pode se organizar, combinar com seus familiares de criar um sistema de previsão que lhes perm per m ita ita c ome om e ç ar o a no com uma um a dose e xtra de tranquil tra nquilidade idade,, foco, foc o, e a c abeç abe ç a are ar e j a da para par a trabalha tra balharr os novos proj e tos. Conheço uma família de classe média especialista em começar o ano em clima de felicidade e boas perspectivas. Todos os anos, no momento em que recebem as primeiras entradas financeiras, a esposa tem como meta reservar uma parte do dinheiro para o pagam paga m e nto das c ontas que vencer venc erão ão no iníc iníc io do ano seguinte, c omo om o IPTu, IP Tu, IP vA, matrícula e material escolar das duas filhas e todos os outros compromissos assumidos.
Assim, todo começo de ano, enquanto a maioria das famílias sofre para equilibrar as dívidas, eles saem de férias com a tranquilidade de que todas as contas estão em dia e de que o dinheiro para os passeios não vai faltar, pois já estava sendo economizado desde o início do ano anterior. É um exemplo de organização familiar que lhes permite que não sofra sofram m desajus desaj ustes tes emocio em ocionais nais decorrentes decorr entes da da desorganizaç desorganização ão financeira. Vivemos em um mundo em que todo conhecimento produzido pela humanidade está na ponta dos dedos. Um mundo onde as pessoas fazem bom uso dessas informações, tornam-se mais organizadas, prevenidas e dificilmente são pegas de surpresa. Quando você tem a possibilidade de fazer um bom planejamento e antecipar os problemas que causariam atrasos e aborrecimentos, cria um ambiente mental de autocontrole e paz. Ser organizado é diferente de ser metódico, cricri ou sistemático. Não estou falando que para ser organizado organizado você você precis prec isaa necessariam nec essariamente ente ser est e stéti ético. co. Organizaç Organização ão tem a ver com estética na medida em que, se há organização, tudo se torna necessariamente mais bonito. bonito. É com c omoo inserir inser ir os dados da dos em uma um a planilha eletrônic e letrônicaa . Se você voc ê deixar deixa r todos os dados bem organiz orga nizados, ados, c om o m esm o tam a nho e tipo tipo de fonte, fonte , a linhados linhados do m esm o lado, seguindo um mesmo grupo de cores, perceberá que, embora a organização fosse o objetivo inicial, a planilha ficou esteticamente mais interessante. A organização à qual me refiro aqui tem relação com a eficiência. Ser organizado previne pre vine os problem pr oblem as e gera ger a e ficiênc fic iência ia em e m suas tare ta refa fas, s, perm pe rm itindo itindo alcanç alc ançar ar rapidam ra pidam ente os seus resultados. Eu tenho certeza de que você sabe do que estou falando. Enquanto o organizado coloca as canetas todas em um mesmo lugar, o metódico é aquele que coloca uma do lado da outra, com as tampas viradas para o mesmo lado e o alinhamento mais prec pre c iso possível. possível. O orga niza niza do é m ais práti prá tico, co, e o me m e tódic tódic o é m ais detalhis de talhista. ta. E am a m bos são profiss prof issionais ionais de valor va lor em e m m uita uita s atividade atividades. s. Você tem m uito uitoss planos, planos, metas, me tas, objeti obje tivos vos e precisa pre cisa avançar ava nçar com foco para par a conq c onqui uist star ar esses sonhos. Ter organização como valor moral será uma das melhores decisões de sua vida. Talvez você esteja perguntando: “Como fazer para que eu valorize a organização?”. A resposta é simples: mostre para si mesmo os benefícios de manter esse hábito. Olhe para par a seu trabalho tra balho com c om a visão da organiz orga nizaa ção, çã o, com c om os olhos da e stétic stétic a , com c om senso críti c ríticc o, buscando busca ndo sem pre a pe perf rfee ição. içã o. Ser organiz orga nizaa do o a j udará udar á de definit finitivam ivam e nte a e ncontrar ncontr ar o cam ca m inho inho par paraa a rea r eali lizzação aç ão dos seus seus projeto proje toss e, m ais do do que isso isso,, o coloca colocará rá na rota que vai va i ao encont e ncontro ro de outros dois dois aspectos fundamentais fundam entais para aum entar seu poder de rea r eali lizzação: aç ão: coragem cora gem e discip discipli lina. na.
CORAGEM E DISCIPLINA
Henry Ford foi o homem que inovou e revolucionou a indústria automobilística mundial no final do século XIX. Antes dele, os veículos eram produtos acessíveis apenas a pessoas com alto poder aquisitivo, pois os custos e a mão de obra envolvidos na produção artesanal eram er am altíssi altíssim m os e inviabili inviabilizzavam ava m a popular populariz izaç ação ão do produto. Então, Ford mostrou ao mundo que com um pouco de organização, planejamento e uma boa dose de coragem e disciplina era possível transformar radicalmente todo um segmento industrial e, com isso, revolucionar o modo como as pessoas se deslocavam no mundo. Ele criou e implantou o conceito industrial de linha de montagem, que diminuiu o tempo de produção e barateou os custos finais dos veículos, permitindo sua popularização. Organização, coragem e disciplina eram seu lema. Assim como vimos em organização, a disciplina também é um valor moral. Se você deseja ser organizado, comece valorizando a organização. Se deseja ser disciplinado, então não procure um curso, aprenda apre nda primeiro prime iro a dar da r valo va lorr à disci discipl plin ina. a. Ford diz dizia que “há “ há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam”. E se você analisar a fundo essa frase, e sinceramente gostaria que o fizesse, verá que ela está carregada de sentido e verdade. Muitas pessoas sonham, sonham, sonham, mas não passam desse universo. Como diz a famosa música do poeta Paulinho Mocidade, “sonhar não custa nada”, mas realizar sonhos tem um preço que somente as pessoas disciplinadas estão dispostas a pagar. Organização e coragem são predicados essenciais para quem corre atrás dos sonhos, porém poré m na nada da disso disso funciona func iona se você nã nãoo tive tiverr uma um a boa dose de disciplina disciplina para par a sustenta sustentar r uma decisão toma tomada. da. Ser Ser discip discipli linado nado é saber o que que deve de ve ser feit f eitoo e seguir seguir em e m frent fre nte, e, sem se deixar deixar abater ou per perm m itir itir que que tentações o desviem desviem do cam inho. inho. Discipl Disciplin inaa é a capac c apacid idade ade de identifi identifica carr as a s etapas necess nece ssár árias ias para para a rea r eali lizzação aç ão de um proj eto e segui-las segui-la s rigorosam rigorosa m ente a té conquis c onquistar tar o obje obj e tivo. tivo. Disciplina, Disciplina, em e m outras outra s palavra pala vras, s, é como um mapa que nos mostra o passo a passo e diz exatamente o que devemos fazer para par a e ncontra ncontr a r o tesouro. te souro. Ser disciplinado disciplinado é simplesm simple smente ente faz fa ze r o que é c e rto, fa f a ze r o que está escrito no mapa. Ford foi extremamente eficaz nesse sentido. Ele reuniu todas as informaç nform ações ões sobre sobre o processo de m ontagem ontagem de veículos veículos que existi existiam am até aquel a quelee m omento om ento e organizou as informações criando um método de linha de montagem. Em seguida, teve coragem de implantar a novidade, rompendo com todos os padrões da época. E, finamente, teve disciplina para seguir com rigor seu novo sistema, ajustando o que fosse necessário até conseguir provar que era de fato o mais eficiente. Ele foi um vencedor e, m ais do que que isso, isso, seu seu m étodo étodo e sua sua discip discipli lina na faz f aziam iam com que seus colabora colaboradores dores também tam bém trabalh ra balhassem assem com m ais foco e fossem m ais dis discipl ciplin inados. ados. Se você tem uma boa ideia e provou para si mesmo que todas as informações conspiram para que dê tudo certo, organize-se e concentre-se para transformá-la em
realidade. Se você tem iniciativa e coragem de colocar tudo em prática, se tem disciplina suficiente para não se deixar contaminar e desviar-se com futilidade e escolhas erradas, então, tudo indica que terá sucesso na sua empreitada. Lembre-se: “Há mais pessoas que desist desistem em do que que pessoas pessoas que fraca fra cass ssam am ”. Os fracos não conseguem manter-se em linha reta, desviam-se ao longo do caminho. São fracos em disciplina e por isso abandonam rapidamente os próprios sonhos, antes mesmo que deem os primeiros sinais de progresso. Esses indivíduos colocam a culpa no governo, na crise, nas pessoas, em tudo e todos, menos neles mesmos. Eles não são capazes de enxergar que são seus vícios em programas de televisão, em redes sociais, amizades tóxicas e muitas outras escolhas erradas que os impedem de avançar. A força para par a resis re sisti tirr às à s tentaçõe tentaç õess e seguir se guir em e m frente fr ente e m busca dos sonhos sonhos está na disciplina. disciplina. Os fortes, ou seja, os que “pouco fracassam”, que seguem o pensamento de Ford, colherão os frutos da disciplina, da perseverança e da paciência. Quem não desiste vai mais longe e conquista seus objetivos. É como uma prova de vestibular ou concurso. essas modalidades, o único caminho possível, se não houver desistência, é a aprovação. O aluno estuda, faz a prova e é reprovado. Volta a revisar tudo o que tinha estudado e estuda mais um pouco, faz a prova e é reprovado novamente. Torna a revisar e estudar como com o nunca nunca todo todo conteúdo, conteúdo, mas ma s dessa dessa vez ele ele reprova re prova por m uito uito pouco. pouco. Revis Revisaa m ais uma vez todas todas as matérias, m atérias, faz a prova com m ais seguranç segurançaa e dessa dessa vez ve z é aprovado. a provado. Entenda: cada vez que o aluno fazia a prova e era reprovado ele se fortalecia, melhorava seus métodos e tentava de novo. Entretanto, cada vez que tentava, aumentava suas suas chance c hancess de aprovaçã a provação. o. Ele Ele tinha tinha o m apa da discipl discipliina, reconhecia re conhecia seus pontos pontos fracos frac os,, sabia o que era preciso fazer. Disciplina é e será seu grande diferencial. Veja o exemplo de pessoas pessoas que brigam brigam com a balança e vivem vivem faz fa zendo dietas. dietas. Existem no mercado centenas de livros com as mais diversas receitas e programas inusitados para que as pessoas percam peso. Tenho certeza de que a maioria deles funciona de verdade ou, pelo menos, traz algum benefício. O que falta para muitas pessoas pessoa s é forç for ç a m oral ora l suficiente suficie nte para par a seguir a s orientaç orie ntaçõe õess a té o fim. fim . Os ve verda rdade deiros iros discip discipli linados nados,, aqueles que seguem o mapa m apa até encont e ncontra rarr o tesouro, tesouro, não só execut exec utam am todo todo o progra progr a m a , com o colhem colhe m todos os benefíc bene fícios ios prom prom e tidos tidos pelo mé m é todo. E esse poder pode r está e stá ao ao seu alcance alcance.. Conheci um empresário que resolveu seguir um processo que envolvia quarenta minutos diários de esteira elétrica em velocidade alta e controle rigoroso da alimentação, escolhendo os produtos mais saudáveis possíveis. Ele me disse que seguiu rigorosamente o método que lhe foi ensinado e, em menos de sessenta dias, já havia perdido aproxim aproxim adam ada m ente 40 quilo quilos. s.
Outro empresário também seguiu um sistema com disciplina, o mapa de um progra progr a m a de perda per da de peso que impli im plicc a va c ontrolar a a lim lim e ntaçã ntaç ã o, c ortar orta r o c onsumo onsum o de refrigerante — que ele adorava — e correr 10 quilômetros todos os dias. Evidentemente, no iní início cio do processo ele mal m al conseguia conseguia fazer uma um a boa cam c am inhada, mas m as sabia sabia que deveria deve ria seguir seguir o que est e stava ava escrit escr itoo no mapa. ma pa. Ele enfrentou as dificuldades do começo, resistiu às tentações e seguiu firme, com coragem e disciplina. Resultado: passados setenta dias, ele conseguia correr sozinho os cerc ce rcaa de 10 quil quilômetros ôm etros e j á tinha inha perdid pe rdido, o, nesse nesse período, período, aproxim aproxim adam ente 30 quilo quiloss de gordura. A disciplina é o maior dom da humanidade. Saber exatamente o que deseja, conhecer todas as etapas necessárias para a realização desse desejo e seguir rigoros rigorosam am ente ente o m apa da m ina é a chave c have para o sucess sucesso. o. O primeiro passo para sua transformação é saber exatamente o que quer e o que prec pre c isa faz fa ze r para pa ra e scre scr e ver uma um a história de sucesso. suce sso. O roteiro roteir o é o seu se u ma m a pa para pa ra m a nter o foco e a discip discipli lina, na, ent e ntão ão novam ente respon r esponda: da: Aonde Aon de exatament exatame ntee você deseja desej a chegar? O que você precisa fazer para alcançar esse objetivo? Você já reparou que sempre expressamos os nossos sonhos usando verbos? Expressar nossos desejos com verbos nos diz muita coisa. Além de expressar os desejos e as verdadeiras intenções, os verbos mostram como é fundamental ter disciplina e força para agir, pois todo verbo nos convida à ação. Veja alguns exemplos: Quero Quer o SER SER dono dono do meu me u próprio negócio. Quero TER mais dinheiro. Quero IR para a Europa. Quero COMPRAR COMPRAR uma casa. ca sa. Quero CONQUIST CONQUISTAR o trofé troféuu de cam c am peão. Quero PASSAR no vestibular. Quero Quer o FAZER FAZER regime. regim e. Se existe uma vantagem em escrever o mapa com o roteiro que o levará até a realização dos seus sonhos é: com ele em mãos fica mais fácil manter-se focado. E foco, como com o você sabe, é consequência consequência natura naturall da discip discipllina. ina. Saber exatamente aonde quer chegar ajuda a afastar os fantasmas da ansiedade, da insegurança, da preguiça e do tédio. Isso o fortalece interiormente. Então, o que de fato deve vir escrito no mapa dos tesouros dos seus sonhos? Talvez você seja a pessoa mais indicada para responder a essa pergunta, pois só você sabe o que falta para chegar lá. Ou talvez você também tam bém não saiba saiba e isso isso é perfeit perf eitam am ente compree com preens nsiv ivo. o.
Muitas pessoas aflitas sabem exatamente que precisam mudar, mas não sabem como fazê-lo. Muitas vezes a pessoa tem uma boa ideia para montar um negócio, mas não tem dinheiro. Às vezes, tem dinheiro, mas não tem coragem. E, em outras ocasiões, tem dinhei dinheiro ro e coragem cora gem,, mas m as não tem discip discipli lina. na. Por isso, seu mapa deve lhe dizer exatamente por onde seguir. E se você traçou todas as estratégias, testou todas as hipóteses, refutou todas as objeções e ainda assim estiver inseguro em relação ao modo de agir, ou não souber exatamente qual o ponto de partida, então então não hesit hesite em procurar procurar aj ud uda. a. Siga as metas do Capítulo 7 que o ensinaram a construir relacionamentos equilibrados. Saiba ouvir ouvir seus m entores entores com c om atenção, atençã o, aceit ace itee as a s críticas críticas com humildade, humildade, peça peç a cons c onselho elhoss para par a a s pe pessoas ssoas c ertas er tas e que realm re alm e nte tenham tenha m a utoridade pa para ra aj udá-lo udá- lo a e scre scr e ver seu m apa do tesouro tesouro — o gui guiaa que lhe lhe perm pe rm itirá itirá m anter o foco f oco e a discipl disciplin inaa na busca busca dos seus sonhos.
ASSUMA DEFINITIVAMENTE O CONTROLE A memória humana é um poderoso mecanismo de defesa e oportunidade. Ela nos faz lembrar das experiências agradáveis, para que possamos repeti-las, e das experiências ruins, ruins, com c om o intuit intuitoo de evitá-las. Para isso, nossa memória recorre, muitas vezes, a associações bem engraçadas. Por exemplo, hoje em dia, toda vez que viajo de carro procuro respeitar os limites de velocidade e as faixas de ultrapassagem, mas antes não era assim. Como a maioria dos ovens de minha época, eu gostava de pisar um pouco mais no acelerador e fazer ultrapassagens perigosas para chegar alguns poucos minutos mais cedo ao meu destino. Um amigo que viajava comigo a trabalho, quando via que eu estava com pressa, cantava a conhecida m úsica úsica “Est “ Estra rada da da vida” vida” da dupla dupla sertanej a Mili Milionário onário e José José Rico. Nesta longa longa estrada da vida Vou correndo c orrendo e não posso parar Na esperança esperanç a de se r campe cam peão ão Alcançando Alcanç ando o prime primeiro iro lugar lugar [...] Mas o tempo tem po ce rcou minha estrada estrada E o cansaço c ansaço me dominou Minhas vistas se e scurece scure ce ram
E o final final da corrida corrida che gou...
Ele cantava enquanto fazia umas mímicas engraçadas. Então, eu me tocava, tirava o pé do ace a celer leraa dor e respeitava re speitava os lim lim ite ite s. Um dos objetivos deste livro é ajudá-lo a manter a mente no presente e contemplar mais a vida. É isso que eu faço hoje quando pego a estrada. Não sou mais aquele motorista que faz loucuras para chegar ao destino. Procuro curtir a viagem, admirar a paisagem paisa gem , ouvir a s m úsicas úsica s de que gosto... gosto... Ne N e sses gra gr a ndes lapsos do presente pre sente,, vej ve j o com c omoo as pessoas ainda hoje fazem loucuras ao volante. Atos de loucura que eu mesmo já fiz, porém poré m que, após a pós mudar m udar o próprio própr io estado de c onsciência onsciê ncia,, apre apr e ndi a aba a bandonar. ndonar. Certa er ta vez, vez, dirigi dirigiaa m eu car c arro ro por uma um a estra estrada da de pist pistaa simples, muito muito movi m ovim m entada e, e, portanto, porta nto, m uito uito perigos per igosaa . Estava volta volta ndo para par a casa ca sa a pós uma um a sem a na de trabalho tra balho e desejava muito ver minha esposa e meu filho. Queria chegar logo em casa, mas, em virtude do perigo que a estrada apresentava, o autocontrole falava mais alto e me fazia seguir com discipli disciplina na todas as instruç instruções ões das placas plac as da rodovia. rodovia. A certa altura encostou atrás de mim um carro esportivo vermelho. Estava prati pra ticc am e nte c olado na traseira tra seira do m e u veículo veíc ulo e dava para par a ve verr pelo retrovisor re trovisor que o m otori otorist staa era e ra ho hom m em , jov j ovem em , com expressão expressão aborreci aborrec ida e com m uit uita press pre ssa, a, pois pois o farol esquerdo do carro carr o dele apare apa recia cia o tem po int inteiro eiro no retroviso retrovisorr esq e squerdo uerdo do meu m eu carr c arro. o. Ele Ele forçava a ultrapassagem, mas estava com dificuldade por causa do lento caminhão que seguia seguia à nossa nossa frente fr ente e o grande tráfe trá fego go de veículos veículos na na faix fa ixaa oposta oposta da est e stra rada. da. Depoi De poiss de tanto insistir, ele conseguiu fazer uma ultrapassagem em local proibido. Continuei minha viagem atrás do caminhão. Quando, quilômetros à frente, qual foi a minha surpresa? Encontrei o mesmo veículo vermelho agora colado na traseira de outro caminhão que seguia lentamente. Na primeira oportunidade ele reduziu a marcha, acelerou, ultrapassou e disparou na frente até sumir de novo na pista. Mais tarde o encontrei colado na traseira de outro caminhão, e isso se repetiu outras duas vezes. Qual é o nosso destino final nesta vida? Tenho certeza de que você não tem dúvidas sobre onde todo ser vivo vai parar um dia. Então, para que ter pressa, não é mesmo? Às vezes, o preço que pagamos por ganhar alguns minutos a mais abrevia nossa vida. Aceitamos pagar valores muitos altos com atitudes assim — e posso lhe garantir que não vale a pena correr tantos riscos. Você não deve dirigir a vida como um veículo apressado. Deve ser prudente e resp re speit eitar ar seus limit limites es físicos físicos e em ocionais ocionais.. Não deve correr corr er acelera ac elerado, do, passando passando por por cima c ima de tudo e de todos. Respeite os sinais de alerta do bom senso. O autocontrole nos ensina que não precisamos ter tanta pressa assim. É você quem dirige sua vida fazendo as
melhores escolhas para cada tipo de evento de que participa. Mais do que isso, o autocont autocontrole role perm ite ite que você faça fa ça tudo tudo iss issoo em paz. paz. E quando quando a est e stra rada da da vida vida est e stiv iver er chegando chega ndo ao fim, fim , você você só ter teráá boas lembrança lem brançass na memória. Lembranças dos dias em que largou tudo para ficar brincando com seu filho. Do longo abraço que deu na pessoa amada. Dos momentos de felicidade e diversão vividos quando se sentou com a família para planejar a compra da nova casa, a viagem para par a o e xterior xter ior.. Da Dass c onversas onver sas instrutivas instrutivas que teve c om seus pais e nquanto e les e ram ra m vivos. Assuma definitivamente o controle. Dispa-se da vaidade, do acúmulo, do apego material. Quando você tem uma opção, e apenas uma, acaba com os problemas. Portanto, escolha e mantenha uma única opção, e que seja sempre a melhor.
tríade do tempo te mpo . Rio de Janeiro: Sextante, 2011. 11. BARBOSA, 11. BARBOSA, Christian. A tríade
CAPÍTULO APÍ TULO 9
Agora você voc ê tem te m o pod poder er
durante m uito uito tem tem po você você se sentiu sentiu como o esp e spec ectado tadorr dos descontrol descontroles es da sua m ente, S e durante saiba saiba que ess e ssee quadro est e stáá prest pre stes es a m udar. udar. Agora você sabe que com c om m uito uito pol polici iciam am ento, ento, conhecimento e técnicas conseguirá se libertar das peripécias e surpresas dos pensam pensa m entos e dificantes, difica ntes, sim, m a s na m aior pa parte rte do tem po inúteis inúteis e desconexos, desc onexos, que servem apenas para desviá-lo do foco. Com discip discipli lina na e autocont autocontrol rolee você é capaz ca paz de esp e spiar, iar, conhecer conhece r e interagir interagir com a sua mente. Da mesma maneira que a mente, para muitas pessoas, pode ser um fardo, se compreendida pode ser a sua melhor fonte de inspiração, o ambiente da legítima paz de espírito. Talvez você não tenha se dado conta de que, com autocontrole estabelecido, a batalha invisível que travamos diariamente na tentativa de trazer a mente para o nosso lado será cada vez menor e, com certeza, você conseguirá, em pouco tempo, ver o tempo passar em câm câ m era lenta enta — e essa é uma sensaçã sensaçãoo maravil ma ravilho hosa! sa! Com a mente a seu favor e o foco como estado mental predominante, você sempre terá a certeza de ter feito o melhor na execução daquele trabalho, de ter se dedicado mais aos seus semelhantes e ter feito a coisa certa, conquistando a nova oportunidade. Se a mente é um picadeiro, então chegou a hora de sair da plateia e dirigir o espetáculo. Você agora conhece bem o ambiente e sabe como preparar o show. Agora é você quem escreve o roteiro, o mapa do tesouro e mostra o caminho para atuar com excelência. Apresentei ao longo do livro ótimas dicas de como conquistar aquilo que experimento todos os dias e que tem sido cada vez mais “objetos de desejo” das pessoas: o autocontrole e a paz m ental. Se muitas vezes você se sentiu escravo da mente, hoje tem o direito de dar as cartas, pois apre apr e ndeu a não reprim re primir, ir, esconde e sconder, r, neutra neutr a liz lizar ou brigar br igar c om pe pensam nsam e ntos negati nega tivos, vos, fracos ou inapropriados. Usando essa nova abordagem, respeitando sua natureza, descobrindo a origem dos seus pensamentos e abraçando-os, você neutraliza suas influências negativas que, se não fossem contidas a tempo, poderiam determinar seu destin destinoo desfavoravel desfavorave lm ente. Fazendo esse exercício com disciplina, você poderá dizer que vive em paz com sua mente e seus pensamentos. Como um maestro, você conduzirá com excelência esses anjos e feras que se apresentam no mesmo picadeiro. O que as pessoas mais próximas
chamarão de paciência e calma você chamará com orgulho de autocontrole, equilíbrio, paz me m e ntal e liberdade liber dade.. Usando as capacidades da mente a seu favor, poderá conquistar tudo o que lhe falta para par a se sentir m a is c ompleto om pleto e satisfeit satisfe itoo c om a vida. P oder a proveit prove itar ar o presente pre sente e se livrar das angústias limitadoras dos arrependimentos passados ou medos do futuro é libertador. Enxergar além das dificuldades e encontrar as soluções para seus problemas, planos e sonhos são os trunfos trunf os do foco foc o e da disciplina. disciplina. Gerenciando as distrações, dirigindo o espetáculo da mente e canalizando suas energias para fazer as escolhas certas, você vai experimentar um estado de felicidade, que, talvez talvez,, não experime exper iment ntasse asse há m uito uito tempo. tem po. Para Par a ter consciência consciência de est e star ar no presente presente e viver momentos de paz, você não precisa viajar ou mudar externamente, mas pode continuar vivendo em um grande centro urbano, com uma vida frenética. Pode manter-se conectado com seus aparelhos eletrônicos, continuar recebendo torpedos, e-mails e telefonemas. Só precisa descobrir e entender que, mesmo em meio ao caos informacional, é possível fechar os olhos, respirar fundo, relaxar o corpo e acalmar o i para par a a ume um e ntar a influência influênc ia do Eu em e m sua vida — m e smo sm o que sej se j a só de vez ve z e m quando. O Eu é o cam inho inho da da esp e sper erança ança,, é sua mente m ente líd líder er e cons c onsciente ciente que que produz m omento om entoss de paz de espírito, um estado totalmente acessível. Foi isso o que você aprendeu neste livro. Agora é a hora de vivenciá-lo, colocar em prática todas as atitudes, todos os caminhos que se mostraram importantes para conquistar seus sonhos. Assim como o que importa para a criança é o presente, será exatamente no presente que você passará a maior parte do seu tempo. Você é capaz de ampliar seu poder de foco a fim de enxergar os detalhes que passaram despercebidos por tantos observadores. É mais do que fundamental resgatar a alegria da infância e, neste livro, você descobriu alguns caminhos para isso. Você está qualificado a desenvolver o foco, o autocontrole e a concentração. Você nasceu para viver a felicidade plena e o seu “software da felicidade” está agora devidamente configurado. Seus aplicativos mentais podem a gora ace ac e ssar a feli fe licc idade e a a legria, legr ia, que e stavam stava m , talvez, a dorm e c idas e m seu íntimo. Nunca se esqueça: é você quem controla sua mente e não o contrário. Observe, conheça e domine seus pensamentos, faça deles uma fonte inesgotável de energia e entusiasmo. Assuma o controle da própria existência. Acorde um pouco mais cedo, aproveite a suavidade da luz do amanhecer, preste atenção no cantar dos pássaros e nos diversos sons da natureza. Tenha alguns minutos para se espreguiçar, respire profundamente, olhe pela anela e agradeça ao universo pelo despertar de mais um dia. Fique com seus filhos e ensine-os com paciência e carinho as tarefas simples: como escovar os dentes, colocar a roupa, amarrar o cordão dos sapatos. Acredite: eles ficarão
felizes em receber sua atenção e dedicação para lhes mostrar essas atividades, que, para eles, são enormes responsabilidades. O autocontrole é a chave de acesso para seu novo mundo mental fantástico, onde você se tornará uma pessoa mais calma, disciplinada, hábil para gerenciar as emoções e os pensam pensam entos, entos, alguém alguém que cons c onsegue egue resi re sist stir ir facil fa cilm m ente às à s tentaç tentações ões e aos vícios vícios.. Talvez você tenha o desejo de fazer um regime, de parar de beber ou abandonar o cigarro. Talvez sua meta seja estudar para um concurso ou se dedicar mais ao aprendizado de um novo idioma. É com disciplina e dedicação que os bons projetos decolam. Sua mente não pode ser mais uma fonte de problemas. A partir de agora, sua m ente será uma usin usinaa de força forç a à sua sua dispos disposição. ição. Por ess e ssaa raz r azão, ão, exercit exer citar ar o autocont autocontrol rolee é fundamental. Às vez vezes es é m ais fáci fác il ter ter força f orça m oral para para enfrentar o probl problem em a e acabar aca bar de vez com o sofrimento antes de vê-lo se transformar em algo maior. Muitas crises podem ser resolvidas com um pedido de desculpas, com um pouco de diálogo ou postura de humildade. humildade. O aut a utocont ocontrole role facil fa cilit itaa o exerc e xercíci ícioo da em e m patia, patia, que nos perm ite ite tomar om ar decisões decisões m ais lúcid lúcidas as e ace a certadas. rtadas. Quando você corta c orta o mal m al pela raiz ra iz,, evita evita aut a utoma omati tica cam m ente que o sofrimento se propague. Sem sofrimento, você consegue manter o foco no que realmente é importante e ganha com isso mais poder de realização e clareza para analisar e fazer as m elhores elhores escol e scolhas. has. Escolha ser mais desprendido. Invista menos no TER e amplie o espaço do SER. Para que tantas roupas, sapatos, acessórios, carros, imóveis? Jesus Cristo é o nome mais lembrado do mundo, foi o maior ser que já pisou na Terra e nunca precisou mais do que algumas roupas, um cajado e um par de chinelos para espalhar suas lições de amor por todo o mundo. Quanto mais investir no SER, no autoconhecimento, no aprendizado constante, constante, mais m ais descobrirá descobrirá que uma um a pessoa pessoa feli f elizz, realm re almente ente feli fe lizz, não precisa pre cisa de tanto tanto para viver. E estará livre das prisões mentais, dos vícios e terá uma vida plena e satisfatória. Os estados mentais das pessoas refletem exatamente no estilo de vida e nas escolhas que elas fazem para a própria vida. Estados mentais, você deve se lembrar, são como os smartphone . Alguns você utiliza mais, ícones de aplicativos organizados na tela do seu smartphone outros menos, outros ainda nunca acessa. Assim como aprendeu a fazer uma faxina nos estados mentais negativos, escolhendo bem seus pensamentos, faça também agora uma limpeza nos seus meios eletrônicos. Retire tudo o que vicia e o faz perder tempo. Mantenha apenas os positivos, aqueles que o fazem avançar, superar desafios, pensar, achar ac har solu soluções ções para par a problemas problem as e busca buscarr seus sonho sonhos. s. A humanidade clama por novos e bons exemplos de liderança, a natureza clama por pessoas pessoa s capa ca pazze s de produz pr oduzir ir sem de destruir, struir, o universo clam c lam a por pessoas pe ssoas do bem , que dee de e m mais atenção e tenham mais amor pelo próximo. Você é a pessoa escolhida e, para
assumir esse papel, será preciso eliminar tudo, mas tudo o que atrapalha. Exerça agora m esmo essa essa força m oral. oral. Ter autocontrole é ter a capacidade de escolher um estado mental que o mantém em estado de felicidade. Uma pessoa feliz é um ser humano com muito mais recursos, que mantêm o cérebro sempre jovem e com energia suficiente para se superar constantemente. A mente humana carece de momentos de paz a fim de poder externar seu potencial cri cr iativo, ativo, inov inovar ar e produz produzir tudo tudo o que que é necess nece ssár ário io par paraa concret concre tizar izar o que projetam proj etam os par paraa nossa nossa vida. vida. Você Você não pode aceit ac eitar ar uma um a condiçã condiçãoo imposta imposta pela sociedade atu a tual al que gira e m torno do perigoso círculo vicioso: acordar, trabalhar, dormir. Viver é muito mais do que isso. Por isso, você tem o poder de controlar sua vida, fazer a gestão das próprias escolhas, dos próprios pensamentos. Você deve colocar a mente a favor da sua saúde, do seu equilíbrio e dos seus sonhos. Nas Na s situaç situaçõe õess ma m a is difíc difícee is que enfr e nfree ntei, os conselhos conse lhos que os espec e specialist ialistaa s me m e davam dava m era para que eu gritasse, xingasse, brigasse, lutasse, atacasse, chorasse como uma maneira de descarregar as emoções nocivas. Hoje, aprendi a respeitar minha natureza, perc per c e bi que a queles quele s c onselhos só a ume um e ntavam ntava m ainda m ais o débito c om m inha consciência, saúde, enfim, comigo mesmo. Se eu e u quis quisesse esse de fa to preservar preser var m inha inha saúde, manter m anter m eu equi e quilí líbri brioo e alg a lgum um grau de autocontrole, deveria fazer isso sozinho. Em nome da sua integridade física e mental, em nome da sua qualidade qualidade de vida, vida, em nome dos relacion re lacionam am entos entos que que conqu conquis isto tou, u, você você deve continuar respeitando sua natureza. Você até pode anular dentro de si as descargas emocionais, porém, vai fazê-lo com um olhar de benevolência, com lucidez e maturidade que só quem trabalha o metapensamento possui. Vai neutralizar qualquer efeito nocivo que essas descargas poderiam poder iam produzir produzir. O autocontrole sempre será um movimento do bem. É a resposta forte do anjo contrapondo-se aos conselhos do diabo. É sua nova maneira de mostrar aos impacientes, vingativos, rancorosos que às vezes é mais inteligente não reagir. É melhor tornar a vida mais leve evitando mais crises, conflitos. Você não precisa e nem quer mais isso, não é verdade? A transformação da emoção negativa em emoção neutra ou emoção positiva só é possíve possívell quando olhamos olham os para par a o inte inte rior e investigam investigam os a origem orige m da dass nossas reaç re ações ões emocionais e dos nossos pensamentos. Se a mente humana é um picadeiro, você é o diretor do espetáculo. E o metapensamento, esse lapso de consciência que nos acomete, será, será , como com o eu já j á disse, disse, a fresta fr esta que que surge em um dia dia de céu c éu nublado nublado,, permit perm itin indo do a entrada dos raios solar solares. es.
Pessoas equilibradas sofrem menos, muito menos do que as outras, porque suas decisões decisões são lúcid lúcidas, as, são bem bem pesadas, e ess e ssee potencial agora agora está em suas suas mãos. m ãos.
Conclusão
Explicar a mente não é tarefa fácil, como sugeri no início deste livro. Se fosse possível explicar essa fabulosa faculdade humana, a imagem do circo seria a melhor metáfora. Como exemplifiquei, no centro do circo teria um enorme picadeiro, o palco para o espetáculo da da vida vida m ental, que que se desd de sdobra obra para par a o único espectador: você. você. As luz luzes es ace a cendem ndem.. No picade pica deiro, iro, o holofote ilum ilumina ina um a nimado nim ado apre apr e sentador senta dor que reti re tira ra a c a rtola e estende o braço. Coloca um belo sorriso no rosto, aproxima o microfone da boca e sorrindo grita: “Que abram as cortinas. Rufem os tambores... Entrem as feras, as musas, os tra trapezi pezist stas, as, os músi m úsicos, cos, os palhaços, o vidente, vidente, o m alabarist alaba ristaa e o mago. m ago. Entrem todos todos no picadeir pica deiro. o. Respeitável Respeitáve l público, público, o show vai va i com e ç ar!” ar !”.. Nesse Ne sse m ome om e nto, o espec espe c tador, tador , o único presente pre sente,, se levanta leva nta da c adeira ade ira e invade o picadeir pica deiro. o. Ele c am inha a passos fortes, for tes, de deter term m inado a m udar o show. show. Se u c am inhar é decidido e seu olhar transmite a certeza e a segurança de quem sabe exatamente o que fazer. Durante m uito uito tem tem po o espectador foi apenas ape nas isso isso,, um espectador. espectador. Ele estava cansado c ansado de ficar sentado, inerte, assistindo todas as manhãs ao mesmo espetáculo. Assistindo a vida passar passa r com o em um filme film e repetiti re petitivo, vo, que o e nfra nfr a quecia, quec ia, sugava suas e nergias ner gias e m a tava seus sonhos. O espectador entendeu finalmente que era preciso mudar. Mudar era o que ele mais queria. Por isso ele se levantou. Resolveu enfrentar o medo e pela primeira vez decidiu dizer não. Ele toma o microfone da mão do apresentador e sobe no palco. A luz que agora ilumina ilumina seu corpo corpo não vem dos holofotes, é sua luz própria. Sua voz antes embargada agora soa como c omo um trovão. trovão. Então Então o espectador ordena: “Prendam as feras! Soltem-nas apenas quando eu mandar.” E segue: Musas, contenham seus desejos. Não deixe que os exageros da vaidade escravizem a vida de vocês. Trapezistas, tenham cuidado com o salto. É preciso calcular bem os riscos antes de se atirar no espaço. Palhaços, contenham seus risos. Rir é fundamental, mas tem muitas coisas que precisam ser levadas a sério. Vidente, fale menos do passado. As vezes é m elhor elhor encont e ncontra rarr soluções soluções novas novas para par a velh ve lhos os probl problem em as. Malabarista, use toda sua habilidade, mas tenha foco, faça um número de cada vez. Fazer azer tudo tudo ao mesm m esmoo tem tem po alim alim enta o erro, err o, e min m inha ha vida vida depende m uito uito de você. Mago,
todas as manhãs revise meus planos, mostre as melhores perspectivas para o meu futuro. Renove os meus sonhos, lembre-me das minhas qualidades, mostre-me como viver: um dia de cada vez. Vigie sempre os meus pensamentos e guarde O cérebro, com foco e disciplina. Respeitável público, prepare-se… O espetáculo espetáculo vai vai começa come çar! r!
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