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GERENT E EDIT ORIA L Alessandra J. Gelman Ruiz EDIT O RA D E PRODUÇÃ O EDIT ORIA L Rosângela de Ar auj o Pinhe iro B arbosa C O NT RO LE DE PRO DUÇÃ O Fá bio Esteves PREPA RA ÇÃ O
Sandra Martha Dolinsky PRO JET O GRÁ FICO E DIA GRAM A ÇÃ O Esper Leon | N hambikwara Editoração REV ISÃ O
Salete Milanesi B re ntan Copy right © 2013 by Igná cio de Loy ola B randão C PA T odos os direitos desta edição são reservados à Editora Miriam Lerner Gente . Rua Pedro Soares de A lmeida, 114
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Dados Inte r nacionais de C atalogação na Publicaç ão ( CIP) (Câmara B rasileira do Livro, SP, Brasil)Alves, Renato Faça seu c é re bro tr abalhar para voc ê: t orne sua memória mais rápida e pre cisa e mantenha a menteprodutiva a vida toda / Renato A lves. – São Paulo: Editora Gente, 2013.
ISB N 978-85-7312-890-1 1. Me mória – T reinamento 2. Me mória – T reinamento – T é cnicas I. T ítulo. 12-14757 Í ndice para cat á logo siste má tico : 1. M emór ia: T reinamento: Psicologia 153.14 2. Memorização : T é cnicas: Psicologia 153.14 3. Mnemônica: Psicologia 153.14
gradecimentos Agrade cer pelas experiências e pelas pess oas com as quais nos relacio namos é, sem dúvida, uma poderosa m aneira de fort alecer a m em ória.
Lem brar os rostos, os nome s, a m aneira com o pessoas especiais i nfluenciam nossa vida garante a elas um lugar privilegiado em nossos jardins mnemônicos. Dedico e sta obra a todas as pessoas que nos últimos quinze anos pre stigiara m meu trabalho e a um time de profissionais que nos últimos anos estiveram semanalmente ao meu lado durante essa aventura brasileira chamada qualificação profissional e educa ção. Meu m uito obrigado aos e mpresários de e vento Adauri Silveira e Cristian Cunha, da Am pla Eventos, Flávio Golfeto e Marc o Said, da Corpo RH, José Rocha, da INE, José P aulo Furtado, da N P roduçõe s, Carlos Alberto, da IAPP, Elaine Ourives, da Ourives TeD, e outras dezenas de e mpresár ios e e mpresas que se lem braram do meu nome quando deseja ram contratar um especialista e m memorização. Um agra decim ento tam bém a toda a equipe da Editora Ge nte pelo car inho, atenção e assessoria total neste projeto, especialmente Alessandra Ruiz e Rosely
Boschini, que foram as gra ndes ince ntivadora s deste livro.
Sumário
Introdução O valor da m em ória
Capítulo 1 - Máquinas de memorizar Sedentaris mo m ental A ansiedade de não pe rder nada O círc ulo vicioso da fa lta de mem ória
Capítulo 2 - Por que andamos tão esquecidos? Lem brar para sobreviver Mem ória pré-histórica O conforto d e nã o prec isar pensar
A criptonita da memória A rota do e squecime nto Seu e stilo de vida se re flete em sua m em ória
Capítulo 3 - Os vilões da me mór ia 1 – Causas c ircunstanciais Quando tudo não passa de falta de organização Sob efe ito da pre guiça mental A fatídica má vontade A pressa é ini miga da m em orização A mecânica rotina Excesso de informação A perigosa distração Maturidade: quando muita experiência atrapalha 2 – Causas fisiológicas Envelhecimento Mal de Alzheim er: A tem ida doença Um a pagão cham ado amnési a Má alimentaç ão Falta de disposição física influencia as lembranças O perigoso sono insuficiente Alcoolismo e drogas qu e detonam a m em ória 3 – Causas psíquicas Estresse: a vida sob pre ssão
A ansiedade que corrói Depressão: tristeza sob medida As consequências da desmotivaçã o Toda m em ória é boa
Capítulo 4 - A chave para desenvolver sua memória Mem orizar é um processo ati vo Lembrar é um m ecani smo de defesa O m ito da m em ória boa ou ruim A reprograma ção da m em ória A mente no pre sente Contemplar para lembrar Diálogo interno: a chave Mem orize primeiro, lem bre depois Os mé todos mnem ônicos
Capítulo 5 - O método das associações simples Pa ra lem brar pa lavras ou listas Pa ra lem brar textos ou sequências Pa ra lem brar sen has e números Pa ra lem brar nome s e fisionomias Pa ra lem brar-se de d ar re cados e fazer fa vores
Capítulo 6 - O método dos gatilhos de memória Pa ra lem brar-se de t oma r um re médio no horário Pa ra lem brar-se de b eber água
Para lembrar-se de falar com alguém Pa ra lem brar-se de rea lizar tare fas rotineiras Pa ra lem brar-se de não d eixar a chave po r fora Pa ra lem brar-se de não dei xar a bolsa ou car teira para trás Pa ra lem brar ond e e stá o c elular Pa ra lem brar onde c olocou os óculos Pa ra lem brar ond e c olocou as chav es Pa ra lem brar-se de pegar de vol ta o ca rtão de pagam ento Pa ra lem brar onde pôs o pen drive Para lembrar-se de devolver algo que tomou emprestado Pa ra lem brar para quem em prestou algo Para lembrar onde estão os documentos Pa ra lem brar-se de apagar as luzes Pa ra lem brar-se de desl igar a TV Para lembrar-se de usar o cinto de segurança Pa ra lem brar traj etos e lugare s Pa ra lem brar-se de acio nar o alarm e do carro ou da casa Pa ra lem brar ond e deixou o carr o Para lem brar-s e de fechar a s janel as Pa ra lem brar ond e e scondeu um obje to Para lembrar-se de agradecer a alguém
Capítulo 7 - O método das memórias externas Pa ra lem brar datas de aniv ersário s
Pa ra lem brar com promissos Pa ra lem brar-se de pagar con tas e rec eber pagam entos Pa ra lem brar númer os de telefones Pa ra lem brar-se de tel efonar para a lguém Pa ra lem brar todas as etapas de uma tare fa
Capítulo 8 - M e mór ia quinhe ntas ve ze s me lhor Multiplique a potência de sua memória Suas crenças m oldam sua m em ória Acredite e confie e m você Pre vina-se p ara esquecer menos
Capítulo 9 - Mantenha em alta seu poder de memorizar Ensine m ais para lem brar m ais Faça pe rguntas e sej a c urioso Converse com sua mem ória Descom plique sua vida Diminua a sobrec arga de tare fas Revise os fa tos importantes Faça e confira Busque estímulos difer entes Faça pa lavras cruz adas Leia mais de cinquenta livros por ano Escre va ma is
Capítulo 10 - Você, campeão de memorização
Esquece r tam bém faz parte Um a boa me mória transforma a vida!
ntrodução
O valor da m em ória Tenho a sens aç ão de que a mente huma na está no limite de sua capacidade. Por um lado, recebemos cada vez mais informação do mundo que nos cerc a; por outro, entretant o, parec e que lem bram os muito pouco de tudo que chega ao nosso cére bro, uma vez que usam os cada ve z menos nossa memória natural e cada vez mais memórias artificiais. O par adoxo do m undo m oderno é que quanto m ais me lhoram os as tecnologias de arm azenam ento de dados, criando com putadores m ais generosos em espaço, servidores m ais rá pidos e seguros e a plicativos mais sofisticados, m ais as pessoas se queixam de esquecim ento. Atualmente, quem usa a m em ória natural p ara registrar inform ações e tare fas é até visto com espanto e desconfiança, mas também com uma ponta de adm iraçã o, uma vez que todos estam os muito dependent es de máquinas e apar elhos para lem brar as coisas: o comput ador, o ce lular, o pen drive , o notebook , o tablet etc. A cena é c omum: ence rra da a r eunião de negócio s, o exec utivo inform a um
núme ro de telefone a um de seus col egas. Então, um deles faz aqu ilo que hoje é considerado norm al para lem brar inform ações, ou sej a, tira do bolso seu martphone, ativa o apa relho e faz o desbloqueio da tela digitando um a senha. Em seguida, a cessa a opção: “Li sta de c ontatos” e tecla na função “ Adicionar novo contato”, abrind o uma janela c om vários campos vazios, prontos para receber novos dados. Ao encost ar o dedo em um desses c am pos, ele a tiva o “Modo teclado”, permitindo a digitação das informações pessoais e do número de telefone. Após inserir e conferir o que digitou, ele aciona a opção “Salvar novo contato”, e coloca o aparelho novamente no bolso. Causaria um grande espanto se ele não fizesse absolutamente nada e usasse apenas s ua m em ória par a guardar a s informaç ões, como seria natu ral. Não precisaria fazer nenhum movimento. O m áximo que se perceberia seria um breve fixar dos olhos na superfície lisa de uma parede. Se isso acontecesse, o exec utivo, ao ver toda a quela indiferença (afinal, o núme ro de telefone dado er a nec essário para a realização das tarefas atribuídas na r eunião), f icaria incom odado e per guntaria: “Você não vai anot ar?”. E o colega diria: “Não é nece ssário. Eu memorizei”. “Mas você não vai esquecer? Não acha melhor escrever ou gravar ?”. “ Não. Eu uso um sistem a de mem orização simples: eu me conce ntro, escuto o número com atenção, faç o uma associação com uma imagem e o gravo na memória. Quando precisar, vou lembrar o número. É mais seguro guardá-lo em minha memória que em aparelhos. Já tive surpresas desagradáveis por confiar apenas em mem órias artificiais”. Cenas c omo e ssa são rar as e, de fato, espantosas, e é por isso que nossa m em ória está ficando ca da vez m ais destreinada, com consequências c omplicadas. Se fôssemos estimar, em valores, o dinheiro gasto com esquecimentos sofridos anualmente em empresas, a cifra seria suficiente para alimentar todos os fam intos do mundo, con struir f ontes de ener gia limpa em grandes cidades ou alfa betizar os seres hum anos.e os Nosesquecimentos Estados Unidos, um estudo sobre o impacto quetodos tiveram as distrações humanos na produtividade e no m erc ado de trabalho apurou a cifra de 77 bilhões de dólares de pre juízo por ano. Tive a disciplina de fazer um a pesquisa investigativa par a descobrir qua nto perdem os por problemas de m em ória, e anotar tudo que via e ouvia sobre esquec imentos durante um determ inado perío do. Nada fugi a de meu olhar
focado, que se surpreendeu com histórias incríveis, desde a pessoa que esqueceu um fogão no metrô, a mulher que esqueceu seu vestido de noiva no ônibus, o corre tor que se esqu eceu de re novar o seguro do cliente que acabara de bater o carro, até o m édico que e squece u o bisturi no corpo da pac iente. Calculando o valor de pequenos esquecimentos, como uma luz acesa, um monitor ligado ou o combustível gasto para retornar e buscar algo esquecido, foi possível estimar que um profissional que esquece pouco sofre um prejuízo anual em torno de 2 m il rea is. Se a chou muito, saiba que exis tem pessoas e e mpresas que gast am bem mais com esquecime ntos. O funcionário de um a gra nde em presa m e contou que um colega se esquec eu de pagar os impostos no prazo ce rto, gerando uma multa de 500 mil rea is. Outro se esqueceu de com parece r a um a a udiência, e conco rdou em pagar 45 mil rea is. A operadora de c aixa de um a c asa lotérica se e squece u de re gistrar o bolão da m ega- sena, e o apostador deixou de ganhar 53 milhões de rea is. Um empresário se esqueceu de checar se o aeroporto da cidade para onde enviaria uma licitação e stava aber to. O a eroporto estava fe chado, a li citaç ão não c hegou e o e mpresário revelou o preç o do esquecime nto: 58 milhões de r eais. Mas não são apena s valores em dinheiro que um a boa m em ória pode salv ar ou evitar perder. Pense bem e avalie a importância de: Lembrar-se do nome daquela pessoa com quem você esteve em um encontro informal e que agora o cumprime nta e m uma rodada de negócios. Ter na m em ória os detalhes de um ac ordo ou negociaç ão. Lem brar-se de uma informaç ão precio sa em um m ome nto crítico. Lembrar um número de telefone quando o celular trava ou acaba a bateria. Lem brar a data de aniversário d a pessoa am ada e surpreendê-la. Ter na ponta da língua um a bela citação e dizê-la em uma ocasião especial. Lem brar tudo que é important e na hora de conquistar a pessoa am ada. Lem brar- se do cam peonato de futebo l do filho ou da apre sentação de m úsica da filha.
Sabe qual é o va lor de tudo isso? Incalculáve l. Esse é o valor de um a boa memória. A verdade é que, m uitas vezes, apena s nos m ome ntos de perda é que descobrimos o valor de ter um a mem ória tre inada e de senvolvida. No dia 10 de unho de 2012, jornais do mundo inteiro noticiara m a história do prim eiroministro britânico, David Cameron, que esqueceu a filha de apenas 8 anos de idade e m um restaurante. V ocê pode ima ginar os prejuízos gerados por e sse esquecimento? Que e sposa pode c onfiar em um marido que e squece o próprio filho? Que criança vai confiar e m um pa i que a e squece em um local púb lico? Que confiança um eleitor pode depositar em um político esquecido? Felizmente, o desfec ho dessa história não foi trági co, m as por pouco não ocorre u um cenário catastrófico em decorrência do esquecimento, como já nos acostumamos a ouvir ultimamente. Confiança, credibilidade, inteligência, capacidade e liderança são só algumas das qualidades a tribuídas a pe ssoas com boa m em ória, e isso não tem preç o. Poré m eu também, infelizmente, aprendi isso só depois de sentir na pele os problemas que um esquecimento pode trazer. Sou rec ordista brasileiro de mem orizaç ão, e fui o primeiro a rec eber esse título em nosso país. Mas não pense que re ce bi o prêm io porque m inha m em ória era exce pcional e nasci com um gene espec ial, que m e faz lem brar tudo. Não! Foi exatamente o contrário. Foi só depois de passar por uma experiência muito dolorosa e negativa em decorrência de um esquecimento que comecei a treinar minha m em ória. os anos 1990, eu er a ger ente de informá tica (TI) de um a pe quena editora de listas telefônica s. Um a da s minhas fun ções e ra fazer, sem analm ente, a c ópia de segurança ( backup ) dos arquivos das centenas de anúncios que eram inseridos manualme nte, um a um, durante o per íodo de venda de publ icidade. Ao término desse pe ríodo, a lista telefônica era diagra mada, im pressa e distribuída à população. um determ m ês, o um cronog ramaou e stava e m um dia, e aquela edição seria umEm sucesso. Poréminado aconteceu detalhe, me lhor, “pequeno” e squecim ento. No final do expediente de um a tarde de sexta-feira, por m era distração e excesso de rotina, eu simplesmente me esqueci de fazer a cópia de segurança dos arquivos da quinzena. E, justamente naquele dia, eu também havia apagado os backups anteriores para fazer a limpeza dos discos. E não lembrei.
Fui para casa e, no ca minho, tive a quela ter rível sensaçã o de e star esquece ndo algo muito, ma s muito importante. Na manhã da segunda-fe ira seguinte, m eu temor mostrou sua pior face: o computador principal havia sido infectado por um vírus, e entrou em pane. O HD foi danificado e , com ele, todos os arquivos, inclusive a queles que os func ionários haviam preparado ao longo da última quinzena do mês. Em outras palavras, m eu pequeno esquecim ento quase a rruinou por com pleto os resultados finance iros da e mpresa. Você pode ima ginar com o m e senti naquele dia e para onde foi o nível de m inha a utoestima. O final da história? Aquele pequeno esquec imento fez que eu ar rastasse um a equipe inteira pa ra um trabalho extra, de em ergência, sob enorm e pre ssão, fa zendo-a passar dias, noites e m adrugadas inteiras recuperando o tempo e o trabalho perdidos. Depois desse episódio, só me restou pedir desculpas e demissão. Até o momento daquele evento lastimável, eu nunca havia pensado na hipótese de sofrer algum tipo de problem a de mem ória. Eu tinha um ou outro esquec imento, o que c onsiderava algo absolutam ente norm al, uma vez que, afinal de contas, ace itava que a s pessoas sem pre e squece m alguma coisa. Mas aquele episódio me marcou tão profundamente que mudou a maneira como eu tratava m inha m em ória. Come cei, então, a vigiá-la de perto e a persegui-la como um nam orado ci ume nto. Foi aí que fui estudar, fa zer cursos e treinar m inha m em ória para nunca mais repe tir um a experiência tão desagra dável com o aquela. E trein ei tanto que aca bei sendo cam peão de m em orizaçã o. Descobri que é verdade que o c ére bro huma no, esse poderoso e m isterioso computador de c arne, é tam bém program ado para apagar algumas informações. Mas, se checarmos bem nosso histórico de esquecimentos, veremos que muitos deles poderiam ser evitados e muitas inform ações poderiam ser m em orizadas com soluções m ais rápidas que revirar a casa procurando p apel e c aneta para fazer anotações. Felizmente, aindaemexistem e não são poucas, quecom confiam exclusivam ente sua m pessoas, em ória natural, e que a usam habilidade. São pessoas que não perderam, apesar do avanço e do progresso tecnológico, o contato com sua natureza huma na. P or isso digo que e xiste uma grande urgê ncia de re sgatarm os nosso poder natural de m em orização. A boa notícia é que você pode fazer isso. Todos podem! Existe uma maneira de reprog ram ar a mem ória, para minimizar, evitar e até m esmo bani r os
esquecimentos. É possível aprender mais em menos tempo, e o cam inho está no uso correto da memória. Todas as vezes que você escolher usar a mem ória natural, fará bem a seu cérebro. Você manterá seu rac iocínio rá pido, sua c riatividade a guçada e conquistará aquilo que a s pessoas admiram: u ma m em ória afiada. E foi por isso que escrevi este livro. Nã o sou mé dico, não sou neurocientista, não sou psicólogo. Sou form ado em ciências da com putação, e m e gra duei com o um profissional preparado para criar códigos de programas para computadores. Mas vou confessar a você: hoje, confio muito mais na m em ória humana que na mem ória das má quinas. Tenho uma paixão c ontagiante pela m ente huma na e muita disposição par a pesquisa. Por isso, ao unir os fundamentos da tecnologia com a filosofia da mente e as ciências cognitivas, lancei um olhar diferente aos estudos da memória. Pesquisei antigos métodos mnem ônicos e criei um sistem a inovador de mem orização, que envolve conhecimento, atitude e um pouco de treino. Construí um acesso alternativo, saudável e seguro para solucionar problemas de esquec imento e dificuldade de m em orização, e acredito que a s soluções que você vai encontrar neste livro são dificilmente encontradas em consultórios médicos. O que trago é novidade, um novo olhar sobre as velhas questões do esquecimento. Quero que você e xperime nte e sse m étodo que e stá m udando a vida de muitas pessoas, e que foi o mesmo que m e aj udou, em 2006, a obter o título de o homem com a m elhor m em ória do Brasil. Quero que você e ncontre nestas páginas seu guia de reprogramação de suas lembranças. Você vai encontrar cerca de uma centena de ideias que modificarão a m aneira com o utiliza sua m em ória. A metodologia em pregada está fundam entada em uma base científica sólida, m as, principalm ente, na experiência acumulada ao longo de dezesseis anos lidando com pessoas esquec idas ou com dificuldade de m em orização. Procurei incluir neste livro todas as possibilidades de e squecime nto e todas as
soluções possíveis par a evitá-las. Alguns tópicos são intencionalm ente curtos e objetivos, priorizando a didática, respeitando seu tempo e promovendo uma rápida a ssimilação. Você conhece rá soluções úteis q ue nã o exigem treinam ento e podem ser empregadas imediatam ente. Se você vinha se sentindo dece pcionado com sua mem ória, saiba que e ssa sensação e stá pre stes a a cabar. Seu m aior esforço para tirar o m áximo proveit o deste livro será experim entar e sentir a simplicidade do m eu m étodo. Aproveite e convoque agora seus fam iliares, filhos, cônj uge, colegas de trabalho e f aç a um a leitura coletiva deste livro pa ra que todos possam se be neficiar. Ou leia- o sozinho, mas pensando em com o poderá multiplicar essas ideias e a judar outras pessoas. Aj ude-m e a mostrar par a o m áximo de pessoas o tesouro que todos carre gam os dentro de nós me smos. Um a vida livre de e squecim entos é definitivam ente m uito ma is intensa, m ais bem aproveitada e divertida, pode apostar. E ela está ao alcance de todos, do ovem estudante a o profissional cer cado de inform ações, da dona de c asa que se desdobra para adm inistrar o lar e a fam ília ao aposentado que desej a se m anter mentalme nte ativo. Tenho cer teza de que depois de ler e treinar seu cé rebro você tam bém vai descobrir o valor incalculável de ter uma mem ória bem treinada. E ganhar m uito com isso!
CAPÍTULO áquinas de memorizar
As pessoas estão ficando cada vez mais esquecidas, é fato. Isso é fácil de constatar pela quantidade de gente que ouvimos diariam ente re clam ando da própria m em ória. Tenho certeza de que isso também vem acontecendo com você: pare e pense um pouco sobre quantos esquecimentos teve nos últimos dias. Tente lembrar também os esquecimentos de seus subordinados, colegas de trabalho e f am iliares, e verá que há um exér cito de j ovens, adultos e idosos frustrados por perder em tem po, dinheiro e oport unidades em decorr ência de esquecimentos. Essa fr ustraçã o por não saberm os lidar c om nossa própria m em ória ger a quase uma histeria coletiva em busca de memórias artificiais. Hoje é comum ver profissionais em suas baias cercados de lem bretes amarelos colados por todos os lados, com a gendas det alhadas e c elulares em penhados em alertar, via si nais sonoros, sobre todos os compromissos. Aliás, os dispositivos eletrônicos com am pla capac idade de a rm azenam ento são cada ve z mais valiosos. Quanto ma is mem ória, ma is ca ros!
Sedentaris mo me ntal Quanto as pessoas hoje confiam em sua m em ória natural? Se você também delega a dispositivos eletrônicos e memórias artificiais a missão de guardar suas lem brança s mais importantes, então saiba que su a confiança na memória natural será cada vez menor, e ela, cada vez menos efetiva. Quantas vezes, nos últimos dias, você preferiu anotar, registrar ou gravar informações em vez de m em orizar? ão quero dizer que sej a erra do utilizar mem órias auxiliares em determ inadas tarefas, nem para guardar dados menos importantes, como um número de telefone. Afinal de contas, sou um profissional da área da tecnologia, lembra? Sei o valor que os dispositivos eletrônicos podem agregar a nossa produtividade, e a importância de conseguirem lidar com uma quantidade c ada vez maior de dados e inform ações. Mas é prec iso alertar para os perigos do excesso e re fletir sobre a migraç ão silenciosa que as pessoas est ão f azendo da m em ória natural para a m em ória das m áquinas. Usando uma linguagem de c omputaçã o, é c omo se as pessoas estivessem selecionando arquivos da própria memória e movendo-os para memórias externas, e o per igo disso é que e stam os ficando com noss a m em ória destreinada, por fa lta de uso. Vivem os na época da informa ção, ma s, ao contrário do que par ece, os HDs m entais das pessoas estão c ada vez ma is rasos e fatalmente vazios de conteúdo relevante. Como c ada vez ma is lançam os mão de mem órias artificiais para lem brar, estamos ficando sedentários mentais, pois trocamos os exercícios pelas facilidades da vida moderna, da mesma maneira que trocamos exercícios físicos por elevadores, carros, escadas rolantes etc., diminuindo em muito a quantidade de movimentação em relação ao que fazíamos no passado. A ansiedade de não perde r nada Não são apena s lem bretes de com promissos e inform ações essenciai s que as pessoas e stão delegando às m áquinas. Guardar lembranças agradáveis também é obsessão, mas há quem extrapole. Quando você faz uma viagem , há coisas que, de fa to, não devem passar desper cebidas, como pessoas cenários deslumbrantes etc. intere ssantes, lugares históricos, culturas locais, Cenas de turistas entusiasmados registrando momentos importantes de suas viagens são abso lutam ente norm ais, m as exa gera r a ponto de quere r registrar tudo é agir com o aqueles fãs que fica m na beira do palco dos shows com celulare s apontados filma ndo cada suspiro do ca ntor.
Acontec eu com igo uma cena que ilustra bem isso. Era um a m anhã de sextafeira , eu e stava em um avião indo de São P aulo para Brasília. Nas poltronas a minha fr ente vi sentar-se um jovem ca sal. Sorridentes e c uriosos, eles usavam roupas despojadas, deviam estar de fé rias ou em lua de m el. Ao meu lado, um executivo manipulava seu smartphone ra pidam ente, pare cendo consultar os últimos e-mails antes de desligá-lo. Recostei me u corpo na polt rona do avião para um breve cochilo. O voo não e ra longo, deveria levar cerca de uma hora e meia, e eu queria aproveitar esse tem po para de scansar. O avião de colou, estabilizou-se, e o voo seguiu sem atra sos. Algum tempo depois, despertei assustado com uma sequência de ruídos agudos proveniente de algum a parte. Eu devia ter dorm ido profundamente, pois comecei a lutar tentando organizar meus pensam entos para descobrir a fonte dos “claques” que ouvia re petidam ente. Olhei pela j anela, e do lado de f ora nada vi. Virei para a esquerda, e vi que o executivo dormia despreocupado, mas os ruídos continuavam. Então parei, ouvi melhor e percebi que partiam das poltronas da fre nte. Na s mã os do ca sal havia uma máquina fotográfica barulhenta apontada para a janela, disparando e registrando ansiosam ente cada milha percorrida pela aeronave. Talvez, se o ca sal se oc upasse com relaxar e aproveitar a e xperiência, prest ando atençã o a e la e r egistrando em seu cé rebro tudo que a contecia, poderia desfrutar e gra var a té m elhor que com as fotos. A taref a de r egistrar m ome ntos importantes de experiências profissionais, acadêmicas e pessoais é muito bem executada pelos nossos cinco sentidos: a visão absorve as imagens, a audição cuida dos sons, enquanto olfato, paladar e tato cuidam das outras impressões sensoriais. Juntos, os cinco sentidos form am radares poder osos que, traba lhando em parcer ia com o cérebro e com a m em ória, extrae m sentido do mundo descartando o que não é valorizado e registrando o que é essencial. Sim, talvez o c asal não tivesse o que com partilhar nas re des sociais, massem essefotografa já é outror ponto... É importante lembrar que o trio formado por nossos sentidos, pelo cérebro e pela memória é suficientemente satisfatório para selecionar e absorver informações relevantes quando está sob a tutela de dois estados mentais básicos para a apre ndizagem : foco e c onfiança .
A falta de foco, a incapacidade de prestar atenção a uma determinada tarefa, interfe re profundam ente na ca pacidade de mem orizaçã o. Im agine que a memória humana é um copo e que a informação principal que está sendo absorvida é um líquido de cor azul. A mente focada permite que apenas o líquido azul entre no copo. Já a mente dispersa, a quela que não seleciona, com porta-se com o um bebedor libera l que aceita em seu copo qual quer líquido, sobrec arregando e exaurindo o organismo. A pessoa que não s eleciona em que quer e pre cisa pre star a tenção tem um pe rfil clássico: é aquele a luno que a nota sem critérios ca da f rase pronunciada pelo professor, aquele turista que fotografa tudo que encontra pela frente ou aquele profissional que espalha m il bilhetes pelo escritório tentando obter, com isso, um pouco de produtividade. O círc ulo vicioso da fa lta de mem ória O m undo m oderno tornou-se um lugar extrem am ente confortável p ara o c érebro huma no, pois, às vezes, tem os a impressão de que não é mais preciso pensar, refletir, aprofundar-se, nem mesmo gravar in form ações na m em ória. O que fi ca é a sensação de que no sso cére bro nunca f oi tão pouco e xigido, ce lebra ndo o que a genética batizou de “lei do mínimo esforço”, cuja premissa reza que é melhor economizar energia que desperdiçá-la. A decisão de re gistrar tudo em mem órias artificiais tem uma consequência negativa: faz que você registre tam bém inform ações irre levantes. O g rande m al que esse comportam ento nocivo pode causar é a falta de c onfiança em sua capacidade natural de lembrar. Quanto mais você utiliza memórias artificiais, mais se afasta da memória natural. E quanto mais você se afasta da memória natural, me nos confia nela, f azendo que adote mais me mórias artificiais. Pronto. Está e stabelecido o círc ulo vicioso. E, o que é pior: a hum anidade segue em fre nte, a pa ssos largos, cer cando-se de tecnol ogia e afastando-se da m em ória natural. Muito do que gra vam os ou fotograf am os dificilme nte voltam os a ver. Muitas daquelas fotos são simplesm ente apa gadas sem que tenham sido ao m enos apre ciadas. O prob lem a da de pendência t ecnológica é que passam os a não estimular a m em ória natural como deveríamos no mome nto em que ocorre um fato, e é daí qu e surge a f alta de treino e confiança , que apenas ref orça o círculo vicioso. O grande di lem a, entretant o, da depe ndência de m em órias ar tificiais é saber mos que, ape sar de toda a tecnologia envolvida, no fundo, elas são vuln eráveis.
Diferentemente de um texto esculpido em uma rocha, que pode permanecer por milênios, as m em órias ar tificiais quebram , queim am , molham , pifam, podem ser roubadas e, com elas, vão-se nossas lem brança s e ficam as frustrações, os prejuízos e os constrangimentos. Quem nunca teve um HD de com putador queim ado com todos aqueles docum entos, fotos, arquivos importantes, ou um celular sem bateria quando p recisava consultar urgentem ente um contato, ou perdeu aquela agenda cheia de anotações importantes sobre procedimentos de trabalho? A verdade é que, no fundo , sentimos uma ansiedade por saber que a s me mórias artificiais não são confiáveis. Acreditamos que dominamos a tecnologia, mas de fato sabem os que som os refé ns dela. Sentimos que, m ais dia, m enos dia, e las simplesm ente desapare cerão e nos deixarã o vazios de inform ação sobre nós mesmos. Se é fato que a s pessoas estão fica ndo mais esquecidas, é tam bém fato que a memória não pode ser culpada ou punida por nossas escolhas. É claro que existem mentes extrem am ente brilhantes e m nossos dias, pessoas que desfr utam de pleno domínio de suas funções cognitivas e mnemônicas, jovens que abastecem a memória com conteúdo enriquecedor, profissionais com o cérebro afiado produzindo e deixando o m undo m elhor. Em vez de pensar que pessoas assim são ca da vez ma is raras, podem os estudar suas estratégias, modelar nossos comportamentos e obter os mesmos resultados que elas. Eu ac redito que e xiste vida pa cífica e ntre tecnologia e mem ória humana, e que ambas podem ser usadas para guardar informações importantes. Eu me smo sou prova disso, sendo especialista em com putaç ão e, a o mesm o tem po, rec ordista de m em ória. De um a coisa tenho cer teza: existe, é c laro, uma excelente m em ória dentro de você, uma grande capacidade de armazenamento, e o projeto deste livro é despertá-la. Você vai aprender que existe uma diferença enorme entre apenas usar a m em ória e usar a m em ória c om inteligência, e que o c am inho é m uito mais simples do que você imagina. Daqui para a frente, todas as vezes em que você escolher anotar em vez de prestar atenção, salvar em vez de m em orizar, ou fotografar em vez de contem plar, vai se lem brar de m im e deste livro.
A MEMÓRIA DO FUTURO E O FUTURO DA MEMÓRIARe nato Alves Im agine-se e m um parque de diversões. Os b rinquedos são rústicos, os ferr os
estão tomados pela fe rrugem , e as cr ianças não s e animam a brincar. O parque fica no ce ntro de uma grande cidad e, em uma praça repleta de enorme s e frondosas árvores plantadas na época da inauguração, no longínquo passado do ano 2012. Estam os no ano 2083. É m anhã. Você e stá sentado em um banco e seu olh ar fixo parec e observar a lgo ou alguém entre as ár vores. De r epente, sua concentraçã o é desviada, e seus pensamentos são interrompidos por um a voz: “O que você achou dessa nova invenção?”. Quem faz a pergunta está de costas, sentado em um desses brinquedos de girar. Mesmo de costas, você percebe que se trata de um homem calvo, magro, que usa j eans, tênis e cam iseta. Poré m, a voz não é m asculina, m as fem inina, suave, boa de ouvir. Mais estranho ainda é o fato de que a voz daquela pessoa não entra por seus ouvidos, mas vem de dentro de sua mente: “É um aplicativo revolucionário, não acha?”. O home m dá um impulso com a per na esquerda, fa zendo o brinquedo girar para a direita, permitindo que você veja seu rosto, que lhe é familiar. É Steve Jobs, o fundador da Apple, o criador do computador pessoal, facilitador da alta tecnologia, o inventor do iPod, do iPhone e do iPad. O m ago da inovação está sentado bem ali, a sua fre nte, conversando com você , ma s de sua boca não sai qualquer som. A voz simplesmente surge em sua mente. “É minha nova invenção”, ele diz. “É um aplicativo que permite escolher a voz de celebridades do passado em um banco de dados com nomes como Oprah Winfrey, Bruce Wil is, Jim Carey ou Madonna. São mais de 3 mil vozes para modelar. O a plicativo é gra tuito, você pode baixá-lo agora mesm o em seu iMind.” E ele explica: “O iMind é sucesso desde 2062. Trata-se de um nanochip implantado na retina e conec tado diretam ente ao cé rebro por m eio do nervo óptico. É a versão contem porânea de seu tatara vô, o iPa d, com a vantagem de não ser nece ssário operá -lo com as m ãos. O iMind é subordinado ao pe nsam ento. Tudo surge na frente dos olhos, basta pe nsar. O suce sso e a evidente utilidade do nanochip conectado ao cé rebro são dec orrentes de seu t am anho, e 90% da população m undial já o tem implantado e o utilizam sem dificuldades”. Ele continua explicando a você que os idosos de 2082 foram os bebês que, em 2012, manuseavam tablets e smartphones . a praça há muitas pessoas, mas tudo está silencioso. Jovens, adultos, crianças, homens e mulheres, todos estão em completo silêncio, o que é perturbador. Em
um banco, do o utro lado da áre a dos brinquedos, há um a menina c om um lindo vestido branco. Seu rosto está sério, e ela parece concentrada. Os olhos fixos, bem abertos, parecem olhar para algo distante. Próximo a e la está um garoto de uns 4 anos de idade. Está sentado na c alçada , com os pés descalços pi sando a a reia. Ele tam bém está sério, imóvel, e tam bém apresenta um olhar fixo voltado para algum lugar. A seu lado, sentada em um banco e igualmente imóvel, está sua babá. Ela olha para o garoto e, sem dizer uma única palavra, ele se levant a, tira a areia dos pés e a mbos vão em bora. A atm osfera misteriosa e o estranho com portam ento daquelas pess oas deixam você intrigado. Jobs, notando sua curiosidade, comenta: “O maior problema continua sendo a falta de e mpatia. Há algumas déc adas, cienti stas descobriram que o produ to da altera ção química e de estímulos elétricos cer ebra is gera vam ondas eletroma gnéticas passíveis de m edição. Eles notaram que, de alguma maneira, tais ondas eram interceptadas pelo cérebro de outras pessoas. Nossos cientistas descobriram com o decodificá- las. Criam os aplicativos para a comunicaç ão mental que m odificar am o com portam ento humano. Com o iMind, qualquer profissional pode, com autorização, entrar na mente de qualquer pessoa e ofere cer produtos, serviços e ac onselham ento. Redes sociai s e e mpresas de entretenimento saíram na frente, possibilitando farta conexão entre os bilhões de huma nos.com Os novos comque unicação mudaram de tal aa maneira o as pesaplicativos soas interade giam se percebeu que não eraform mais nece ssário falar. Isso foi há apenas um a dé cada, e hoje , os cientistas j á encontram ca sos de j ovens que sofrem alteração na fisiologia das cordas vocais . As pessoas se aproximaram virtualmente e se afastaram física e afetivamente. Foi por isso que criamos esse sistema de alteração do tipo de voz. É para quebrar o gelo, para gerar em patia”. Pe rplexo, você olha par a as pessoas ao re dor e e ntende a razão daqueles ol hare s fixos e distantes: todas elas estão c onectadas, a cessando os a plicativos do iMind. Jobs continua: “Hoje , graça s ao poder de integraçã o má quina-c érebro, as pessoas são m enos agitadas e m ais focadas. No com eço do século, a ciência investigava a dificuldade de foco das cr ianças. Era c omum encontrar j ovens que toma vam medicam entos para o cont role do que c ham avam de TDAH, o transtorno de déficit de atençã o e hipera tividade. Hoj e, nossos j ovens ficam o tem po todo conec tados, realizando tare fas, pesquisando, j ogando ou interagindo com sua lista de c ontatos. Se, no início do séc ulo, as pe ssoas se queixavam de falta de concentração, hoje temos seres humanos altamente concentrados. ossos jovens ficam mais tempo dentro de casa e não precisam mais frequentar
escolas. Há sistem as completos de a lfabetização instantâne a no iMind. Os pais não prec isam brigar, exigir ou se pre ocupar c om notas, até porque não existem mais escolas. As últimas fora m extintas há um a dé cada. Em um mundo em que tudo pode ser apre ndido virtualme nte c om um simples pensamento, as pessoas praticamente nascem alfabetizadas. Basta olhar fixam ente para uma montanha, para um m onume nto, para a f olha de uma árvore , para um inseto ou para qualquer parte do cé u que algum aplicativo do iMind iniciará uma aula c ompleta, com mais didática que qualquer professor pode atingir. Universidades viraram cursos de aperfeiçoamento e aplicação de teorias. P ara ingressar nessas universidades, nossos filhos não são a valiados pelo que sabem – pois qualquer pessoa tem acesso irrestrito a tudo –, mas pelo que fazem com o que sabem” . “E o que aconteceu com a memória humana? As pessoas não usam mais a mem ória?”, você pergunta. O sorris o de Jobs desapare ce e, e m seu lugar, surge uma expressão tens a. Sua testa enruga e seus olhos se movem de um lado a outro, travando um diálogo interno. Na verdade, Jobs pesquisa a resposta em sua mem ória. Não na nat ural, mas em uma grande base de dado s chama da “conhecimento humano”. “Não usam os mais a m em ória. Hoje , as pessoas se a bastece m da m esma fonte, de um a mem ória coletiva, ac essível a todos. O rom antismo do passado, o s aber de cor as letras de músicas, poesias e histórias foi engolido pela necessidade de serm os práticos, rápidos e produtivos. O ser humano atingiu o ápice do conhecimento, todas as perguntas foram respondidas e todas as respostas estão disponíveis a quem as quiser acessar. Basta você se concentrar, pensar em um tema, e um orador virtual surge diante de seus olhos. Esse orador especialista transfere para você o c onhec imento solicitado. Nós não precisam os ma is da memória. Nosso cérebro aprendeu a se ajustar. O progresso matou as velhas conexões e criou novas”, conclui Jobs. Você se levanta do banco e esfre ga a s mãos. Elas e stão f rias. Você as a proxima da boca, c omo um gesto de oraç ão, pensa sob re tudo que Jobs disse, e se lem bra do “orador virtual”. Levanta o rosto e foca seu olhar diretamente nos olhos dele. Jobs com eça a sorrir. Ele leu seus p ensam entos, e sabe qual é o c oma ndo. A imagem do corpo dele com eça a trem er e a se distorcer c omo uma imagem de televisão quando perde o sinal. E Jobs desaparece.
CAPÍTULO Por que andamos tão esquec idos?
A atual falta de confiança na m em ória natural não é resultado de um vírus que causa amnésia coletiva, como até podemos chegar a pensar quando observamos as pessoas nos am bientes de trabalho , em suas ca sas e nas rua s. Ironicamente, isso é uma consequência da própria int eligência hum ana. ossos ancestrais, como especulam alguns estudiosos, por não terem acesso a mem órias ar tificiais, talvez tenham chega do a ter um a m em ória quinhentas vezes m elhor que a nossa a tual simplesm ente pelo fato de pre cisar usá-la m ais. Pa ra entender um pouco o fenôme no do esquecim ento moderno, vam os voltar ao passado e dar um passeio pela história da mem orização, que se c onfunde c om a própria história humana. Lem brar para sobreviver Há m ilhares de anos , em uma época em que um pedaço de pau e uma pedra eram arm as de caça, em que plantas de aparência inofensiva matavam por envenenamento, e em que tempestades eram vistas
com o a ira dos deus es, nossos antepassados tinham a mem ória com o o principal mecanismo de gara ntia de sobrevivência. Apre nder, durante m uitos séculos, foi um exer cício de tentativas, erros, ac ertos e, lógico, m em orização. A mem ória, guardiã dos resultados, fossem eles bons ou ruins, cumpria o papel de caderno de anotações das avent uras huma nas pela Terra. Nessa é poca, a melhor def inição de sucesso era: lembrar para não morrer. aquele tempo, é possível que um homem, uma mulher ou até mesmo uma criança a gachada no chão de uma caverna, quand o buscavam algo para se entreter, tenham esfregado uma pedra na parede. As marcas produzidas pela fricç ão podem ter form ado alguns traços pare cidos com desenhos. Provavel mente, algum home m das cavernas, ao q uerer rem over das mãos a lam a verm elha c om que as su jara na beira de algum m anancial , tenha limpado os dedos na par ede de uma caverna de ixando ali alguns traços tam bém pare cidos com desenhos. Talvez alguém do grupo, ao olhar para aquelas cenas, tenha pensado em aperfeiçoar aqueles desenhos e registrar nas paredes marcas da presença de seu grupo naquela região. Certam ente, fora m despretens iosos os primeiros regis tros da passagem huma na pela Terra na tentativa de preservar algum a m emória de um fato ou acontecimento. Os primeiros sinais inteligentes deixados pelo homem ocorreram muitos séculos antes da invençã o da roda e fora m fundam entais para o cre scimento intelectual. Quando descobrimos qu e e ra possível registrar a rotina e m pedaç os de m adeira, pedras, ossos e folhas, quando notam os que era possível ensinar os m embros de um grupo por m eio de de senhos e símbolos, o cér ebro huma no come çou a sofre r importantes m odificaç ões. À medida que os traços dos desenhos e as m ensagens eram aper feiçoados e passavam a ter significados com plexos, a criatividade humana também foi aguçada e a história seguiu sendo registrada nas mais variadas superfícies: folhas grandes, ma deira, ossos, pare des, placa s de argila e tábuas rasas com cera f oram nossos primeiros blocos de a notação. Por volta de 2500 a.C., os egípcios com eçara m a m anufaturar rolos das plantas de papiro que cresciam em todo o delta do Nilo. Os gregos e os romanos adotaram o papiro com o o m eio de escr ita primá rio, e logo depois chegou o pergam inho, inventado no extremo oeste da Ásia, que era um meio de registro mais limpo, firm e, convidativo, porém caro. Era f eito de couro de ca rneiro. Antes do pergam inho, os me ios de escrit a e ram desaj eitados e de a cesso
limitado. Em um mundo em que a maioria da s pessoas não dominava símbolos repre sentativos e nã o dispunha de meios de a notação, o poder da m em ória huma na deter minava o sucesso na a quisiçã o do conhecime nto. Antes da escrita, o conhecime nto er a transmitido por m eio oral, ou s ej a, por intermédio de conversas. No passado, ter a oportunidade de aprender ouvindo os conselhos de um sábio era um privilégio, e por isso cada detalhe era mem orizado. Se um apre ndiz desej asse sorver o conhecime nto de um m estre, teria de c onfiar exclu sivam ente em sua mem ória. Um a vez absorvido pela memória, o conhecimento passava por processos de “digestão mental”, ou seja, era comum o aprendiz meditar, experimentar, refletir, alterar, subtrair ou m esm o ac rescentar a lgo novo. A manipulação do conhecime nto, você sabe , fortalec e ainda m ais a m em ória, desperta a criatividade, libera a inteligência e nos torna profundos. Nas diversas fases da História, m uitos jove ns com o Shakespea re, Franz Kafka ou René Desca rtes, que a os 23 anos escreve u O discurso do método, e muitos outros, produziram ideias, textos e teor ias que nos
inspiram até hoj e. A vantagem de não anotar er a que quando o conhecim ento era passado adiante, sem pre levava consigo algum traço da experiência e das meditações do orador. Memória pré-histórica Antes da popularização dos meios de escrita, para arm azenar na m em ória grande quan tidade de in form açã o como norma s, regimentos, acordos ou poesias, nossos antepassados criavam estratégias mnemônicas. Na Grécia antiga, o uso de técnicas para lembrar era muito popular. Consistia basicamente e m criar ver sos, cançõe s e rima s padronizadas e entoadas em voz alta. Com o surgimento da e scrita e suas fa cilidades, perc ebeu-se que não e ra mais nece ssário mem orizar. Bastava e scre ver e guardar o re gistro em um local seguro. Tam bém nãotentou er a mais necessário pensque ar, re editar ou inovar. Sócrates, o f ilósofo, nos aler tar dizendo a fletir, escritamimplantaria o esquec imento, e que, ao ler a notações, os home ns cessariam de exe rcer sua criatividade, porque confiariam apenas no que estivesse escrito, e que trariam conteúdo à lem brança não m ais de de ntro de si, mas com o auxílio de m eios exteriores. Desde os prime iros rabiscos nas par edes das c aver nas, o ser hum ano iniciou uma
busca pelo aperfeiçoando dos meios de comunicação. A invenção da escrita, tal qual a conhecemos, formada de algarismos arábicos, juntamente com o surgime nto da impre nsa de Gutem berg, surgida na I dade Moderna, perm itiram a massificação do conhecimento, impulsionaram a revolução industrial e moldaram o mundo como é ho je. A aventura humana de registrar suas tradições e produzir memórias artificiais ganhou um novo capítulo com a popularização dos computadores pessoais. Agora a inform ação não é mais visível ou me smo palpável, com o era quando escrita nas páginas dos livros, mas codificada com a ajuda de bits de dados, que só podem ser acessados por m eio de uma interf ace grá fica (tela de c omputador) e organizados com o auxílio de um processador. A capacidade de a rm azenam ento dessas dádivas eletrôni cas extrapolou a imaginação e deixaria frustrados os engenheiros que proje taram a Biblioteca do Congresso Americano, a maior biblioteca do mundo, cujos 144 milhões de volumes agora podem ser espremidos em um espaço equivalente a uma caixa de sapato. O conforto de nã o prec isar pensar De pois de tudo isso, pare ce até que o cidadão contem porâneo não t em mais tem po ou consciência presente para pensar, ref letir, m editar, subtrair, alterar ou me lhorar as inform ações que recebe. O volume de dados, a velo cidade e a tec nologia m udaram nosso comportam ento de tal form a que hoje pare ce dolorido o ato de pensar, m em orizar e lem brar a lgo. O pior é que o cérebro está se acostumando e se moldando ao conforto do “não pensar”. Estam os criando uma nova gera ção de sere s humanos dependentes da tecnol ogia para m emorizar, decidir e agir, uma geração que o escritor Nicholas Carr e a com unidade c ientífica batizaram de “ gera çã o superficial”. Por isso, é principalmente agora, no início do século XXI, que com eçam os a perder o contato com noss a boa e ve lha m em ória. A criptonita da memória claro nãoafe sãotaapenas os recursos a causa de nosso esquecimÉento queque tanto as pessoas hoje emtecnológicos dia. Há outras razões fortes. As sim com o a c riptonita exaure a força do Super-hom em , os estados emocionais negativos podem fazer grandes estragos em nossa capac idade de concent raç ão e m em orizaçã o. O que m ais fere uma mem ória são os estados em ocionais negativos. Quando a vida que construímos nos faz experimentar estados mentais nocivos, como
estresse, a nsiedade , depressão, po r e xem plo, quando não conhece mos orientações básicas sobre qualidade de vida e passamos a viver no limite, iniciam os um perigoso roteiro rum o ao esquecime nto. Tudo que é bom , assim com o tudo que é ruim, estimula o cé rebro, especialmente as ár eas ligadas às e moções. A lógica das em oções e sua c onexão com a mem ória são fác eis de entender: Aquilo de que gosta você faz com atenção, e por isso memoriza. Aquilo de que não gosta e, portanto, ao que não dispensa atenção, você não memoriza. Quando você está emocionalmente bem, sua memória funciona bem. Quando você está emocionalmente mal, sua memória funciona mal. Essas regras se aplicam a todas as atividades, sejam elas pessoais, sociais, acadêmicas ou profissionais. É fácil, portanto, entender por que o grau de atenção e memorização varia tanto de uma hora para outra. Assim como existem meios para melhorar o desem penho da m em ória humana, exis tem tam bém meios de prej udicá- la. E perm ita-m e dizer: prej udicar a m em ória é mais fácil do que você ima gina. Por exemplo: um executivo pode acordar bem-humorado, mas, ao sair de casa e encontrar um congestionam ento, ele se e stressará, pois chegar á a trasado ao trabalho. Logo que c hegar a o escritório, se rec eber a notícia de que a s ações que com prou de uma determinada empresa estão caindo vertiginosamente, experimentará uma em oção neg ativa. De im ediato, seu e stado em ocional, que a ntes er a estresse, r eceber á a visita da ansiedade , e e sse profissional perm anec erá com ela durante tod o o expediente. o final de um dia, ao re tornar para ca sa, se ele resolver c orrer durante quare nta minutos na e steira e , em seguida, tomar uma sauna e um a ducha, e depois for brincar com seus filhos, provavelm ente experimentará um estado em ocional melhor. No fim desse dia difícil, é certo que o executivo terá muitas lições para registrar em sua memória. Algumas das experiências que ficarão gravadas provavelm ente serão: Trânsito engarrafa inesperadam ente = evite ou tenha cautela.
Mercado de ações é um ambiente arriscado = evite ou tenha cautela. Exercícios físicos aliviam o estresse = repita mais vezes. Durante o período em que os estados emocionais negativos guiam nossas ações, a capacidade de raciocínio, atenção e memorização ficam prejudicadas. É nesses momentos de cegueira que deixamos de perceber ou de lembrar detalhes que poderiam fazer toda a diferença. Por exem plo, no trânsito ca ótico poderia exis tir um a saída par a um a rua c om tráfe go mais livre, m as quem consegue se lem brar disso estando com a c abeç a quente? No mercado de a ções, o exec utivo poderia se lem brar do conselho de um am igo que disse que a quele m ovimento de queda e ra norma l, e que na sem ana seguinte ele poderia estar no lucro. Mas algumas emoções podem bloquear o acesso à mem ória e não nos deixar lem brar info rm ações bási cas. A rota do esquecimento Denomino rota do e squec imento o caminho que percorremos todas as vezes em que um evento específico altera nosso estado em ocional, abalando os pilares da m em ória e ger ando desaj ustes. Ela é caracterizada por uma sequência de eventos cognitivos que culmina na baixa produtividade.
Estado negativo: Quando est am os estressados com a lguém ou com a lguma situaçã o, quando estam os em estado em ocional alterado, entramos em um estado negativo. Falta de concentr ação: O prime iro sintoma que a pare ce quando ultrapassam os os limites em ocionais é a falta de foc o ou concent ração. É com o tentar ler um texto com a cabeç a quente. Quando o estresse se instala, você vê a taref a, m as não a enxerga. Sua capacidade de foco fica drasticamente desviada para o evento estressante, impedindo que você abasteça a m em ória de m odo satisfatório. Sua m ente inconsciente sabe e m que deve pre star atençã o, ma s seu consciente está totalmente requisitado, e, por sofrer algum abalo emocional, não consegue manter o f oco por m uito tem po, deflagrando um segundo s intoma. Dificuldade de me mor izaç ão: A mem ória tem uma ligação ín tima c om a concentração. Quando trabalham juntas, potencializam e a celeram a aprendizagem . Quando se separa m, o ca os se instala, dificultando a r ea lização de taref as simples c omo acom panhar uma reunião ou ler um contrato. Sem concent raç ão, a m em ória de
trabalho ou operacional é pouco abastecida e seus prejuízos são evidentes. Por exemplo, você não consegue acompanhar a sequência do raciocínio de seu interlocutor, e diz: “O que você estava dizendo me smo?”. Ou então vo cê não é c apaz de lem brar a sequência de procedimentos descritos no memorando da empresa. Ou não lembra o nome do cliente que acabou de cumprimentar em uma reunião de negócios.
Lapsos de memória:A falta de concentração ca usa outro transtorno: os lapsos de memória. Lapsos de m em ória, ou brancos, são m arc ados pela dificuldade de acessar mem órias nece ssárias para a com preensão o u rea lizaçã o de tarefa s. Ima gine que você está conduzindo uma reunião de negócios e falta aquela “palavrinha” que com pleta seu ra ciocínio, ou no m eio da entrevis ta de e mprego você e squece metade do que tinha para dizer. O branco na m em ória sem pre surge em momentos críticos, em que a e moção é alterada. A falta de concentraç ão produz dificuldade de m em orizar e de lem brar. Mas, m esm o nessas ocasiões, você não pode se dar ao luxo de interrom per suas atividades simplesmente porque está sofrendo alguns bloqueios de memória. Ao insistir em realizar tarefas sem as condições m nem ônicas necessárias, há um gasto ma ior de e nergia que leva o cérebro a desenvolver o próxi mo sintoma , a f adiga.
Fadiga mental:O que ac ontece quando alg uém pega um a toalha e tenta e nxugar um bloco de gelo? Nada! Na ve rdade, e la apenas vai se ca nsar. Essa m etáfora é utilizada para exem plificar a queles m ome ntos em que você insiste em rea lizar algo, mas não obtém o resultado desejado. Enxugar gelo cansa tanto quanto insistir ler um texto sem concentração, assistir a um vídeo de treinamento sem o foco nece ssário ou somar aquela pilha de r ecibos com a m ente ca nsada. Quando insistimos em realizar tarefas sem concentraç ão e mem orização sentimos que estam os enxugando gelo. O m áximo que gar antimos com isso é um a grande fadiga m ental. Fadiga m ental é um estado de ca nsaço em que a m ente se encontra quando há um gasto exce ssivo de e nergia pelo fato de não e star totalm ente foca da. Ela pode ser provocada pela insistência e m realizar taref as em um estado em ocional desaprop riado, o que pode nos levar, final mente, à indisposição. Indisposição:A indisposição conclui a última etapa da rota do esquec ime nto. Sabe quando v ocê se vê diant e de um a tela em branco prec isando prepara r um artigo ou entregar um relatório e a s ideias não surge m? Você digita a lgumas linhas de um texto que
deveria ir para a direita, m as o que você vê na tela é um cursor apaga ndo tudo à esquerda. A verdade é que no fundo você não está nem um pouco disposto. Não tem disposição, está sem inspiração, sua mente está sob influência direta da preguiça mental. Todos os seus m ecanismos de criatividade, foco e m emorização foram suspensos por uma ordem inconsciente. E quando a indisposição se instala, acaba com nossa produtividade. Seu e stilo de vida se re flete em sua mem ória Como você pode pe rce ber, os sinais de quem passou dos limites são característicos. Os prejuízos de permitir que estados em ocionais negativos incorporem e se m anifestem por um longo período nos faz perder o c ontato com nossa natureza hum ana e tendem os a criar uma dependência de mecanismos artificiais auxiliares. A genética huma na é perfe ita. Somos organismos com plexos e c ompletos, m as a falta de um estilo de vida saudável compromete nosso aparato cognitivo, que envolve, entre out ras funções, no ssa m em ória e c oncentração. É preciso e é possível atingir a excelência no uso da m emória; entretanto, é preciso investigar com mais profundidade a s causas que impede m essa plenitude. Apesar dos altos e baixos proporcionados pela montanha-russa das emoções, o fato é que su a m em ória continuará sem pre trabalhando em segundo plano, como um program a de com putador que processa dado s me smo com a tela minimizada. Às vezes, o aplicativo que está “processando” em sua mente dificulta ou até mesmo blo queia o ac esso à m em ória, m as ela sem pre e stará lá, pronta para servi-lo. Quero dizer com isso que o ponto de partida para turbinar sua memória é, em primeiro lugar, rec onhecer o óbvio: o bom ou o mau desem penho da mem ória está intimam ente ligado a seu e stilo de vida. Quando vo cê está bem , sua m em ória funciona bem , e quando você está m al... claro, vai funcionar m al. Quando você se propõe a investigar um com portam ento ruim e tenta m inimizar seus efeitos, ofere ce a si mesm o um salto de m elhora. É o que cham am os de aprimoramento pessoal feito com a investigação das mazelas do próprio ser. Mas devemos tomar certo cuidado com o modo como olhamos para nós mesmos. É preciso olhar o problem a a distância, como um espectador; caso contrário, podem os acabar gerando a crença de que somos o problem a e incorrer no erro de reforç á-lo. Meu grande e rro f oi exatam ente esse: qu ando eu tive problem as por ca usa de meus esquecimento s, comece i a ref orçar a ideia de que possuía um a m em ória ruim. Talvez isso estej a acontecendo com você agora. De sconfiando de m inha
mem ória, passei a agir como um agente de trânsi to obcec ado por flagra r motoristas. Eu policiava milimetricamente todos os passos de minha memória e cada esquecimento era equivocadam ente c elebrado , o que me dava cada vez mais certeza de que havia a lgo de e rra do comigo. A questão er a que quanto mais eu prestava atençã o em meus esquec imentos, mais esquecia! P ensar de m odo negativo sobre m inha m em ória influenciava negativamente minha capacidade de memorização. E isso também pode acontecer c om você , sendo uma causa re levante na quest ão do esquecim ento. Hoj e, sei quant o eu e stava errado. Sei que no tri bunal de j ulgam ento da mente minha m em ória sairia ilesa. Ela não poderia arc ar com o ônus de ter um portador que, na verdade, era descuidado, desinteressado e desorganizado. Quantas vezes j ulguei minha m em ória e quivocadam ente? Na m aior parte do tempo eu reclamava de memória cheia. Por isso, a seguir, vam os explorar um mundo de eventos que gera m falta de foco e esquecimentos. Você vai se surpreender. Talvez você nunca tenha imaginado com o eventos tão simples podem deflagrar problem as de m em orização.
CAPÍTULO Os vilões da memória
O ca minho para a excelência no us o da m em ória é identificar o que a bloqueia, ou sej a, quais são os vilões da m em ória. P odem os classificar as ca usas dos problem as de mem ória em três grupos: 1. Causas circunstanciais: as que são ligadas às circunstâncias eventuais da vida, com o pressa, pregui ça, m á vontade, fa lta de organizaç ão, dentre out ras. 2. Causas fisiológicas: aquelas que interfe rem no rendimento do corpo, ma s que indiretam ente impactam a mem ória. Noites m aldormidas , m á alimentaçã o e envelhecimento são alguns exemplos. 3. Causas psíquicas:as que estão ligadas a nossas em oções e estados psíquicos, como estresse, ansiedade, bloqueio mental, entre outras. Quero convidá-lo a conhecer em detalhes esses três grupos. Talvez você se surpreenda com a quantidade de eventos que bloqueiam a memória e como eles
influenciam negativam ente nosso poder de c oncentração, me morização e recordação. 1 – Causas circunstanciais Existem causas de esquecimentos que são ligadas às circunstâncias, e são pontuais. É muito comum, por exemplo, a discussão sobre quem é m ais esquecido, o homem ou a m ulher. Essa é um a a pimentada quest ão, presente nas rodas de conversa entre amigos, que raram ente chegam a um consenso. Na ve rdade, a resposta m ais adequada para esse impasse é: depende da oca sião. Por e xem plo, as mul heres qu e a cabara m de dar à luz, nas primeiras sema nas após o parto, norma lme nte a presentam um quadro agud o de esquecime nto. essa fase, podem esquecer tarefas básicas, como uma panela no fogo, as chaves na porta, ou a transmissão de um recado. A justificativa, nesse caso, é que durante a s prime iras sem anas de vida do bebê a m ãe sofre com preocupação, tem noites m aldormidas por m anter o foco total no recém-nascido. Muitas vezes, o frágil bebê exige tanta atenção que algumas esposas chegam a esquece r o próprio ma rido. O hom em , do ponto de vista biológico e respeitando as leis da teoria da evolução, é um ser m ais focado, m ais introspectivo. Essa hera nça genética veio de nossos ance strais, os caçadores. Em algumas ocasiões, é essa prec iosa ca pacidade de focar a atenção que pode fazer o homem receber das mulheres o rótulo de esquecido. A explicação é que, diferentemente das mulheres, que são polivalentes, os homens, quando se c oncentram em uma tare fa, chegam ao limite de não conseguir prestar atençã o em mais nada. Por e xem plo, quando assistem a um a partida de futebol, parecem não ouvir o que existe em volta. Nessas ocasiões, são as m ulhere s que dispara m: “Eu falei i sso para você, não lem bra?”. Ac redite: ele rea lmente não lem bra! Quando o assunto é esquecimento, homens, mulheres, crianças, jovens, adultos, idosos, estudantes, profissionais estão todos em pé de igualdade. É bem verdade que r, comde o diz o renom ado neurocient ista Ivan Izquierdo,Mas, “tamem bémcertas faz parteesquece do processo organização e fortalecimento da memória”. ocasiões, incorporamos tão brilhantemente nosso minuto de esquecimento que os desastres decorre ntes podem ser gigantescos. Pa ra algumas pessoas, esquece r é uma rotina, algo tão natural quanto lavar o rosto ou se olhar no espelho. O m otivo é a falta de orientaçã o sobre c omo e vitar os esquecime ntos. Entenda: não é possível conduzir a vida como se não houvesse nada a fazer.
É importante que as circunstâncias em que os esquec imentos ocorr em sej am identificadas e estudadas. Muitas delas, com o você ve rá logo m ais, che gam a ser ridículas, daquelas que nos fazem perguntar: “Como pude esquecer isso?”. As ca usas c ircunstanciais dos esquecime ntos que você encontrará a seguir foram selecionadas cr iteriosam ente durante m eses de observações, e ntrevistas e estudos de ca sos. Elas o aj udarão a pe rceber que, sim, os esquecime ntos podem ocorre r por razões extremamente simples, mas que tam bém podem ser evitados com medidas simples. Notará que homens e mulheres podem e devem se vacinar contra os esquecim entos. Vam os aos m otivos.
Q uando t udo não passa de falta de or ganizaç ão Muito daquilo que chamamos de esquecimento está intimamente ligado à falta de organização. A pessoa desorganizada, sem métodos, perde mais tempo, prazo, objetos, dinheiro, pre stígio, confiança e, c laro, oportunidades. O contrário, isto é, uma pessoa organizada, costuma ser rápida, eficiente, ganhar tempo, ser mais produtiva e confiável. A pessoa organizada não esquece o que precisa ser lem brado, ao passo que o desorganizado vive perdido em sua própria bagunça.
Sob efeito da preguiça mentalOutro fenômeno qu e para lisa a m em ória é a preguiça mental. Ela é equivalente à tradicional preguiça ou indisposição física para realizarm os tarefas que demandam esforço físico. A preguiça mental faz com que não prest em os atençã o ao evento corre nte porque, ass im c omo a preguiça física, é reflexo de um estilo de vida que prioriza a lei do mínimo esforço, ou sej a, é o pensam ento que diz: se podem os economizar ener gia, e ntão para que gastá-la? O corpo e a mente prec isam ser e stimulados para que nã o se tornem lentos. Deixar de ler um livro por pre guiça é per der um a gra nde oportunidade de desenvolver o ra ciocínio, a m em ória e a inteligência. É o e quivalente a ficar hibernando dentro de um apartamento, sentindo a maior preguiça, enquanto um sol radiante e uma vida intensa o aguar dam do lado de fora .
A fatídica má vontadeVocê já ouviu falar que “ quem faz ma lfeito faz duas vezes”? Agimos com má vontade quando somos obrigados a fazer algo que não querem os realm ente fazer. Criam os resistência c ontra a tare fa e nos afastam os mentalme nte dela, perm itindo que a queixa dom ine a consciência e sequestre a atenção.
Ao re alizarmos algo com má vontade, dificultam os o funcionam ento natural da mem ória e , naturalme nte, não nos lem bram os de de talhes importantes sobre a execução.
A pressa é inimiga da memorizaçãoHá um ditado popular que diz que a pressa é inimiga da per feição. Mas quando se trata de m em ória, vale tam bém considera r que a pressa é ini miga da m em orização. Com pre ssa, sem pre deixam os passar despercebido algum detalhe, pois não é possível agir e avaliar ao m esm o tem po. Pular etapas ou esquecer informações importantes durante a execução de tarefas estão entre alguns dos prejuízos acarretados pela pressa. O apressado normalmente não segue planejamento algum. Acordar um pouco mais cedo , antecipar-se para re alizar tare fas com mais calm a e não deixar nada para a última hora não existem na rotina do apressado. Da mesma forma, a memória e a concentração também não o conseguirão acompanhar.
A mecânica rotina Muitas vezes, nós nos flagra mos com aquela terr ível dúvida: “Será que eu fiz isso ou aquilo?”. Quando você chega a esse estágio, significa que deixou alguns procedimentos repetidos com certa frequência caírem na rotina. Rotina é a m ecanização da m ente, isto é, de tanto repetir um a m esm a tare fa você passa a re alizá-la sem pensar, sem dar- lhe a devida a a tenção. Daí, ent ão, surge a dúvida: “Será que eu fiz?”. A rotina fa z com que você pe rca o contato consciente com as tare fas. A concent raç ão e a mem ória f azem o me smo. No fi nal, sobram apenas aqu ela desconfort ável e irritante dúvida e o trabalho de voltar e confer ir se re alm ente fez.
Exc esso de infor mação Abastec em os a m em ória com a ca ptaçã o de informações feita por meio dos cinco sentidos. ão são poucas essas inform ações. Estudos mostram que, em um dia norm al, o cér ebro humano processa ce rca de 2 m ilhões de informa ções. O exce sso de inform ação ca usa um a sobreca rga no sistem a c ognitivo, produzindo fadiga e um contato cada vez mais superficial. Algumas das inform ações podem simplesm ente ser ign oradas gera ndo o indesej ado esquecimento.
Um a pesquisa realizada nos Estados Unidos entre 2008 e 2009 pela Nielsen Compa ny revelou que o tem po dedicado pel os norte-am erica nos à TV c hega a 153 horas por m ês. Na internet, são m ais 33 horas sem anais, ou sej a, o volume de inform ações que tent am os processar diariam ente e xtrapolou os limites do bom processam ento do cérebro hum ano, e isso pode causar déficit de m em ória.
A perigosa distração “O que eu ia dizer mesm o?” “O que vim fazer neste côm odo?” “Será que tomei o re médio?” Quem nunca se flagrou com esse tipo de dúvida? A distração é uma das grandes vilãs que interferem no processo de memorização. O motivo disso é que, se enquanto você conversa sobre finanças com alguém, uma parte de seu cérebro ficar pensando no sem inário que vai apresentar na f aculdade, corr erá o risco de não conseguir completar o ra ciocínio e a té de fa lar alguma besteira. A distraç ão é um sequestro da a tenção, que ti ra o foco de um a a tividade para que você possa prestar a tenção e m outra. No ano de 1890, o psicólogo Wil iam Jam es observou que a distração não é um gra nde m al, ma s uma virtude nece ssária em muitos aspectos. Ele explicava que de vido à c apac idade de m udar o foco de uma para m uitas atividades é que conseguíam os realizar diversas tarefas. Pa ra pilotar um a motocicleta, por exem plo, é prec iso controlar nossos quatro membros, cada um desempenhando uma tarefa diferente. Por outro lado, a mesma capacidade de focar várias informações ou atividades simultaneamente nos faz perder detalhes re levantes, dificultando a recordaç ão.
Maturidade: quando muita experiência atrapalhaÀ m edida que envel hecem os, ficam os m ais experient es. Quanto ma is experientes somos, m ais criteriosos e seletivos nos tornam os. Difere ntem ente de um adolesce nte, que e stá receptivo a tudo, o sujeito m aduro escolh e a que e a quem deve pre star atençã o. A armadilha do esquecim ento é ac mesm ionadao:j ustam ente quando os se o poder foca r a atençã o. Isso ser seletivo dem aistem pode tornarde umdecidir a arm onde adilha para a memória. Muitas vezes, a maturidade nos faz escolher não prestar atenção a eventos importantes. Por e xem plo, um gere nte m uito experiente pod e simplesme nte ignorar o
comentário de um subordinado pelo mero fato de ignorar a opinião de subordinados. Ocorr e que tal opinião poderia ter a ver com uma decisão estratégica da e mpresa, e então o subordinado poderia dizer: “Mas eu inform ei isso ao senhor!” , e o gere nte c ontraporia: “Im agine! Eu não me lem bro de você ter dito isso!”. Realmente, ele não tem o que lembrar. Algumas pessoas, ao supor que j á sabe m muitas coisas sobre a vida e sobre a dinâmica dos outros, terminam perdendo o contato com o mundo das coisas simples, e a ssim, desperdiçam grandes opo rtunidades de e stimular a mem ória. Permita-me dizer uma coisa: esquecimentos podem e devem ser evitados principalmente quando consideramos prejuízos, muitas vezes incalculáveis, que eles podem causar. Não estam os condenados a e ncalhar na pra ia dos resignados, ao contrár io, devem os investigar em que circunst âncias o esqu ecime nto se de u e prom over a ções para corrigir e prevenir, para que não vol tem mais a ac ontecer. 2 – Causas fisiológicas Nosso organismo apresenta dois grupos de estados: os estados em ocionais e os estados físicos. Assim com o os em ocionais, os estados físicos também exercem forte influência no desempenho da memória. A mem ória de um a pessoa fisica mente c ansada tem um desem penho abaixo daquela de a lguém que, por exem plo, aca bou de despertar de um a noite bem dormida. Alunos que se matriculam no período noturno para poder trabalhar durante o dia acabam comprometendo o grau de atenção nas explicações do professor em virtude do cansaço. Evidentem ente, com dedicação e disciplina em estudos com plem entares fe itos nos finais de sem ana esses alunos chegam ao topo, m as o e sforço m ental exigido é m aior que para aqueles que têm o privilégio de estudar no período d a m anhã ou da tarde. Em uma rotina de trabalho existem tarefas que exaurem fisicamente o profissional, especial aquelas quesobrecar exigem regam esforçomeca físico. Existem tamcomo bém a tare fas puramem ente mentais, m as que nismos físicos visão, durante a leitura. Caso também do designer , por exem plo, que passa horas a fio em fre nte à tela de um com putador. Ou do analista finance iro, que fica o dia todo sentado, ou do professor, que f ica o dia inteiro em pé. Eles tam bém podem sentir fa diga física, que influenciará a c apac idade de foco e memorização.
À m edida que o c orpo envelhece experim entam os um declínio natural das funçõe s físicas do organism o. A visão, a a udição, o olfato, o palada r e o tato de um idoso não são os mesm os de um jovem de 18 anos. Nessa fa se, é natural tam bém que alguma inform aç ão proveniente desses s entidos não atinja os com partimentos da m em ória. Fica mais difícil me morizar aquilo que você não viu ou ouviu, não é verdade? A partir dos 45 anos de idade, não apenas a memória, mas todo o organismo inicia, ainda que lentamente, e dependendo do estilo de vida da pessoa, um processo de declínio natural. Acontec e, porém , que existem milhare s de pessoas no mundo q ue simplesm ente ignoram essa verdade cientifica. Vivem seus 50, 60, 70 anos de idade como se tivessem 20 anos. Sim, existem doenças degenerativas, mas muitas causas fisiológicas nocivas à memória podem ser evitadas com a adoção de um estilo de vida m ais saudável. A seguir, você conhecerá as principais causas fisiológicas que levam ao esquecimento. Trata-s e a penas de um breve relato de com o cada um a delas p ode prej udica r nossa mem ória.
Envelhecimento É natural que, com a c hegada da idade, a lguma s funções d o organismo trabalhem em um limite bem maior que quando gozam os de uventude e vitalidade. Com o envelhecime nto, a velocid ade já nã o é m ais a mesm a, nossa visão perde o foco, a audi ção tam bém sofre prej uízos, e os estímulos táteis já não transferem tantas informações para o cérebro como quando se é j ovem . Um idoso, ao perder 30% de sua ca pacidade de visão, naturalme nte enviará menos informações, com menor nitidez, para a memória. Com a idade, também reduzimos em 50% nossa capacidade de audição, e, naturalmente, o declínio desse sentido também influenciará a retenção de diálogos, reuniões, palestras ou programas de TV. Felizmente, a c iência tem avanç ado; as ciru rgias de c orreç ão da visão e os equipam entos auditivos estão c ada vez ma is sofisticados, funcionais e a cessíveis, diminuindo considera velme nte a perda de inform ações gerada s por esses
sentidos.
Mal de Alzheimer: A temida doençaO Mal de Alzheime r é um a doença neurodegenerativa que causa perda de grupos de neurônios do sistema nervoso, especialme nte aqueles associados à m em ória. Doença s neurodegener ativas são ref lexos do aume nto da e xpectativa de vida da população. Se a huma nidade atingisse facilmente mais de 100 anos de idade, muito provavelmente quase todos seríam os vítimas dessas doença s em algum mome nto. O Alzheime r ac ome te cerca de 10% da popul aç ão de idosos acim a dos 65 ano s que tenham casos sem elhantes na fa mília. Um apagão chamado amnésiaAmnésia é um bloqueio total ou parcial da memória. Dentre as principais causas está o alcoolismo crônico, o uso de drogas, o choque em ocional, o choque térm ico, o trauma tismo cr aniano e até m esm o o ato sexual (nest e último c aso, é um fenôme no bastante raro!). ormalmente, o bloqueio da memória é temporário, e a recuperação pode ocorrer em poucas horas, semanas, meses ou anos.
Má alimentaç ão O cé rebro humano pesa, em média, 1,3 quilo, ma s é responsável pelo uso diário de 25% da energia que consumimos. Quando não nos alimentam os adequadam ente, e, principalm ente, nos h orários cer tos, o sistem a nervoso inicia um processo economia de e nergia. As p rime irassão funções cérebro prejudicadas quandodenão nos alimentamos adequadamente as do capacidades de atenção e retençã o de inform ações, o que, claro, i nfluencia o bom funcionam ento da memória.
Falta de disposição física influencia as lembrançasA falta de disposição física pode afetar sua capacidade de m em orização. Sem pique, não interagimos ativam ente com o mundo, e, portanto, não per cebem os plenam ente o que e stá acontecendo a nosso redor. Por e xem plo, imagine que você está de fér ias no litoral, m as em vez de fa zer uma deliciosa cam inhada pela orla, p elo calçadã o, passear de barc o, fazer um a aula de mergulho, subir até o mirante e assistir ao por do sol, nadar ou sair com os amigos, prefere ficar estendido no sofá vendo televisão. Quando voltar de viagem , provavelme nte não terá o que contar, ape nas as notícias da televi são. ão terá ener gia par a viver, interessar-se pe las coisas e guar dar f atos e lembranças na memória O perigoso sono insuficiente O sono é o que permite que exista o proce sso de c onsolidação de mem órias. Tudo que você apre nde durante o dia é registrado na m em ória durant e o sono REM, aquele e m que seus olhos se m ovem e durante o qual tam bém ocorre m os sonhos. Quando você não
dorme o suficiente, não f az a consolidaçã o, e, com isso, pode com prome ter o apre ndizado. Quando você não dorm e be m tam bém acaba se sentindo cansado, indisposto, m al-humora do, desconce ntrado e de sme moriado. O m undo m oderno muitas vezes nos obriga a dormir m enos para a dquirir m ais inform ações. No entanto, quanto mais inform ações você recebe, m elhor deve ser a qualidade de seu sono. Eis o para doxo que prej udica o processo de m em orização.
Alc oolismo e drogas que de tonam a me mór ia A ciência já provou há tempos que a dependência química é altamente prejudicial ao cérebro humano, especialme nte pela a celerada e gra dativa perda de neurônios. O uso de álcool e drogas é altamente agressivo para o sistema nervoso central. O abuso ou a dependência dess as substâncias vai prejudicar a capacidade de m em orização. Com exce ção da am nésia e do ma l de Alzheime r, todas as outras causas fís icas que prej udica m a mem ória podem e devem ser preveni das. Mesmo os efeit os do envelhecime nto sobre a mem ória podem ser re tardados investindo principalmente em atividade física e outras soluções que veremos mais tarde. Vam os investigar, agora , a influência dos estados em ocionais negativos. 3 – Causas psíquicas Sabe qual é a diferença entre você e seus antepassados no que diz respeito às emoções e ao estado psicológico? Nenhuma. Os mesmos estados emocionais que seus pais e avós experimentaram são, talvez, os que você experim enta hoje . Ansiedade, depressão, est resse, m edo, desmoti vaçã o e outros sempre temperaram a consciência humana. As em oções são as me sma s, mas as ca usas são, provavelme nte, outras. Por exem plo: se antigam ente seu avô s e e stressava por fa lta de inform ação, hoje você se e stressa pelo exce sso dela. Se na quela é poca e le se irritava por ter de ir devolver uma ficha de cadastro em um gigantesco arquivo morto da empresa, hoje você se irrita porque a internet está lenta e por isso não consegue concluir seu imposto de renda. Estados em ocionais com plexos são nossos com panheiros insepar áveis. Eles nos acompanham desde sempre e é provável que tenham interferido na qualidade dos de. m em orização e recordaç ãoções de nossos pare sntes quanto interfprocessos ere m hoje Estados em ocionais são rea a situaçõe quetanto muitas vezes não estam os prepar ados para e nfrentar. Por e xem plo, você j á ficou ansioso diante de um a a presentaçã o em público e quase so fre u um a pagão? Já ficou nervoso em uma entrevista de emprego e se esqueceu de informar vários aspectos importantes de sua carreira profissional?
Estados em ocionais são grandes p arceiros na form aç ão da m em ória quando positivos, com o alegria, otimismo e motivação, m as também se configuram com o verda deiros carr ascos quando n ão sabe mos nos posicionar diante de seus caprichos. Envolver- se em situaç ões que gera m grande ca rga de e stresse, ansiedade , irritação, raiva pod e alterar a química ce rebral e bloquear os me canismos de mem orizaçã o. Por exem plo: você já tentou ler um texto com a “ cabeç a quente”? Provavelmente, não vai lem brar nada depois. O défici t de mem ória é a penas um exem plo de com o as em oções negativas podem interferir em seu processo de mem orização. Conheça, a seguir, outras causas emocionais e como elas podem interferir em seu rendimento.
Estr e sse: a vida sob pr essão Estresse é uma reação do organis mo produzida por situaçõe s críticas ou m al re solvidas. Pode tam bém ser r esultado de acúmulo de tarefas no ambiente de trabalho ou responsabilidades assumidas. Toda situação que nos pressiona gera o estresse. O estresse interfe re em nosso me tabolismo, em nosso sistem a im unológico, produz perda de qualidade de vida e dificulta a capacidade de conce ntração. Segundo um estudo, para cinco m inutos de estresse experim entam os seis horas de ba ixa resistência. Resultado: não só sua capac idade de m em orizaçã o e re cordação sofrem o impacto do estresse, m as sua saúde como um tod o é am eaç ada. A ansiedade que corróiQuer descobrir c omo se flagra um curioso? Diga: “Am anhã e u conto a você” . E como se flagra um a nsioso? Diga: “Am anhã e u lhe conto”, e você vai se surpreender com a resposta! Basta isso para os ansiosos se denu nciare m. A ansiedade geralmente diz respeito a algo que ainda não aconteceu. Ansiedade é a antecipação de um cenário crítico produzido pelo modo de pensar. Ela é fruto da pre ocupaçã o, que, por sua vez , impedirá que você se conce ntre no que e stá fazendo. E a falta de c oncentração, naturalme nte, dificultará a mem orização e a recordação.
De pr essão: tr isteza sob me dida Às vezes ficamos magoados, tristes ou chateados em função de decepções que sofremos com outras pessoas ou com nós mesmos quando não atingimos certos objetivos. Esses sentimentos fazem que a mente fique pre sa ao pa ssado, rem oendo lem brança s e c ríticas sobre o que f izem os ou deixamos de fazer, sobre o que nos disseram ou sobre nossas expectativas frustradas. A mente presa ao passado nos afasta do presente, e isso explica o fato de pessoas deprimidas geralm ente não perce bere m as novidades e o m undo
maravilhoso que as cerc a. Daí a queix a de dificuldade de mem orização e recordação.
As consequências da desmotivaçãoDesm otivação é uma espécie de sedentarismo da m ente. Ela flerta com a depre ssão. Reduz drastica mente a capacidade de fixação da s mem órias pelo simples fato d e não existirem motivos para fixá-las. Por exem plo, um profissional desmotivado, ao realizar uma tarefa rec lam a: “Nã o gosto desta tare fa”. Ne sse m omento, ele está se bl oqueando para a tare fa e, m esm o que a realize, não terá muito foco. A desmotivaçã o pode ser provocada por um diálogo interno mal conduzido ou pela simples ausência de um diálogo a propriado. Toda m em ória é boa Um experim ento rea lizado com mac acos na Universidade de W isconsin, em Madison, mostrou que os neurônios do cé rebro dos prim atas se reorga nizavam quando algum nervo do corpo e ra propositalmente rom pido, deixando de enviar estímulos elétricos. O experimento provou que outras áreas do cér ebro c ompe nsavam a perda de e stímulos da re gião inativa. Esse trabalho foi repetido centenas de ve zes, em 1968, por um cientista cha mado Michae l Merzenich. Foi Merzenich que deu início aos e studos do fenômeno que hoje conhece mos com o neuroplasticidade. A neuroplasticidade e studa com o o cé rebro pode m odificar radicalme nte sua estrutura empela resposta a experiências fortes ou repetitivas externos ou intensidade de um determinado modo degeradas pensar. por estímulos a década de 1990, um grupo de pesquisadores britânicos estudou os cérebros de dezesseis taxistas londrinos que tinham de dois a quare nta a nos de e xperiênc ia ao volante. O estudo revelou q ue a parte posterior do hipocam po (parte do c érebro que organiza as recordações) era maior que o normal naqueles que desempenhavam a profissão havia mais tempo. Isso significava que o cérebro dos profissionais mais experientes havia m udado fisica mente e m elhorado em função da a tividade que exer ciam . Alguns taxistas eram capazes de lem brar a localização de quase 20 mil ruas. Por m eio do fenôm eno da neuropl asticidade o cé rebro humano é c apaz de com pensar e m elhorar o desem penho de diversas funções, i nclusive a m em ória. O primeiro passo para melhorar a memória é controlar os problemas que a bloqueiam . Quando controlamos as causas liberam os uma energia que nos mantém em foco de modo muito mais intenso, e isso nos perm ite vivenciar melhor as exper iências.
Usar a mem ória com inteligência proporcio na e stimulaçã o adicional nas re giões do hipocam po, e, de c arona, m elhoram a criatividade e o ra ciocínio. A seguir, veremos que usando as ferramentas certas é possível desenvolver uma memória extraordinária. Talvez você estivesse pensando que sua memória não tinha mais solução, uma vez que atingiu uma determinada idade e por isso está fadado ao esquecimento. Permita-me umaascoisa: pensava quando passei a conhece r as dizer estratégi para eu lemtambém brar , quando meassim. dispusPorém, a aprender a usar minha mem ória c om inteligência e a c onfiar m uito em meu poder de m em orizaçã o, consegui dar uma grande virada em minha vida pessoal, acadêmica e profissional. Dali em diante, nunca mais sofri com esquecime ntos e risquei de m inha vida, definitivam ente, o verbo esquece r. Treinei minh a m em ória de tal forma que m e habilitei a quebrar recordes, e foi assim que, de e squecido passei a ser c onhecido com o o prime iro recordista brasileiro de m em ória. Se quiser m elhorar sua m em ória e e vitar qualquer tipo de esquecime nto, quero ajudá-lo a desenvolver sua capacidade de lembrar e a torná-la melhor do que você imagina. Quero lhe dar a chave para que você use sua memória com inteligência, como eu fa ço todos os dias, e aum entar seu po tencial de m em orização. Pe rm ita-m e ajudá-lo a também riscar de seu vocabulário o verbo esquecer e a viver uma experiência muito mais rica com sua memória treinada e poderosa.
CAPÍTULO chave para desenvolver sua memória
Memorizar é um processo ativo A chave para ter uma memória excelente não está em um frasco de remédio, mesmo porque ainda não existem remédios que faç am lem brar , por exem plo, o local onde você estacionou o ca rro ou quais foram os tópicos abordados naquela re união na qual você ficava mandando torpedos pelo celular. A mem ória huma na não é um dispositivo físico com o um chip na placa de um com putador. Mem ória é uma função e spec ializada do cé rebro. A chave para ter uma excelent e mem ória está no m odo de usá-la. É como fazer um bolo: os ingredientes são, claro, muito importantes, mas é a mão de quem cozinha que faz toda a diferença. O j eito de m isturar a m assa, o momento certo de c olocá- la na assadeira, o t em po de c ozime nto, enfim, o modo de fazer o bolo é tão importante quanto os ingredientes. Essa metáfora se aplica perfeitamente à m em ória.
Você e stá lendo este livro porque desej a um a m em ória m ais eficiente. Então, permita-m e dizer: mem orização é um processo ativo, e não passivo. Se você desej a r ealm ente m em orizar ou lem brar a lguma c oisa, terá de fa zer algo a respeito. Terá de ativar a mem ória e envolvê-la no processo. A melhor form a de fa zer isso é colocando o cérebro para trabalhar. O contrário, ou sej a, quando não envol vem os a m em ória nas ati vidades, é pa ssividade pura. Por e xem plo: você foi ao re staura nte a lmoça r e, ao sair, deixou o celular em cim a da m esa. P ergunto: que culpa a m em ória teve nesse epis ódio? A resposta é: nenhuma . Talvez a mem ória tenha saído do restaura nte da m esm a maneira com o entrou: em sono profundo. Você não a envolveu no processo , não pediu sua ajuda, não fez nada para lembrar, nem mesmo olhou para trás e conferiu se estava deixando algo. Você nã o pode confundir descuido com esquecime nto, nem falta de m em ória com falta de organização. Lem brar é um meca nismo de defesa É i mportante deixar c laro: a me mória é , antes de tudo, um mecanismo de defesa e uma máquina de registrar oportunidades. Ela é mec anismo de defesa porque, ao m em orizarmos experiências negativas ou traumáticas, evitamos repeti-las. Ela significa também oportunidade, porque ao registrarmos momentos especiais, lugares, alimentos e pessoas agradáveis, sentimos o desejo de repetir essas experiências. a mitologia grega encontramos uma história que mostra isso. Mnemósine, filha de Ura no e Gaia, é a de usa da m em ória. Mãe de nove m usas, que, por sua vez, personificavam poesia, história, romance, música, tragédia, hinos, dança, com édia e astronomia, Mnem ósine r epre sentava todo tipo de proteçã o contra os perigos dos esquecimentos. Era uma espécie de heroína porque protegia a mem ória das pessoas contra a s adversidades. Ela pre servava o conhecim ento (as nove musas) e os mais íntimos segredos. A mem ória huma na é com o Mnem ósine. Guar da nossos hábitos, comportamentos e modelo de saúde. Nela estão escritos os padrões de nosso corpo que dão o aquando lerta aoidentifica sis tem a ataques nervoso,deexatam enteindesejados. c omo fa z oPor antivírus um computador arquivos isso, ade mem ória pode ser c onsiderada, de cer ta form a, um m eca nismo de defesa. Não é o r ac iocínio, e sim a m em ória, que prim eiro nos alerta quando s ituações críticas oferecem riscos. O m ito da m em ória boa ou ruim É importante esclare cer o m ito da pessoa com boa m em ória (ou com péssima m em ória). É
comum admirarmos aquelas pessoas que aparecem na televisão por conseguirem memorizar um monte de números, palavras, cartas de baralho e uma porção de outras coisas. Demonstrações de memória realmente despertam muita curiosidade. Confesso que antes de treinar m inha m em ória, e u ac hava que a quilo era impossível que tudo não passava de truque. Só depois fui descobrir que , mundo afora , não só existem pessoas dando shows de m em ória, com o existem até c am peonatos de mem orização. Tudo bem : não é todo dia que c onhecem os alguém que ganhou um troféu po r guardar o m áximo de inform aç ões na m em ória. Na verdade, é mais fác il encontrar o opos to: pessoas ca mpeãs e m esquecime ntos. A verdade é que, até hoje , não conheci ninguém do ram o da m em orização que se tornou campeão porque nasceu com boa memória. Pessoas com boa memória muitas vezes nem tomam conhecim ento do privilégio m nem ônico que possuem . Elas simplesm ente vivem sua vida, realizam suas tarefas, sem se preocupar com a memória, sem duvidar do potencial que possuem . O que vemos na televisão é verdadeiro, mas fruto de muito treinamento. A boa notícia é que são pesso as norm ais e que um dia resolvera m investir e m sua memória. Comigo tam bém foi assim. Antes de desenvo lver m inha m em ória, em uma época e m que eu m e sentia r ealm ente f rustrado, caiu em minhas m ãos um velho livro que mudaria toda a minha história. Era um livro sobre técnicas mnem ônicas, escrit o na déca da de 197 0 por um am ericano cham ado Harry Lorayne. Loray ne er a daquelas pess oas de adm irar. Mem orizava o nome de m ais de trezentas pessoas, gravava ra pidam ente uma lista com m ais de ce m palavras e rec itava, sem fazer nenhuma c onsulta, um núme ro de duzentas casas decim ais. Confesso que fiquei muito curioso com as habilidades daquele campeão, mas, no início, achei inatingível que na da daquilo deveriacomuns. dar ce rto, que e ra um patam ar mnemônico para pessoas Poré m, m inha intuição m e e ncoraj ou a pelo m enos experime ntar. Foi o que fiz, e não m uito tem po depois, já estava certo de que investir em minha m em ória havia sido a melhor escolha da minha vida. Por isso, eu garanto: todas as pessoas saudáveis, sem as doenças que cit ei anterio rm ente, podem treinar e ter um a mem ória excelent e. Basta reprogram á-la e treiná-la.
A reprograma ção da m em ória Se a mem ória é uma função do cérebro, ent ão é razoável concordar que, com o função, podem os reprogram á-la. Essa é a tese da Programação Neurolinguística (PNL). A PNL é um a ciência criada com base em um a mplo estudo realizado pelos matemáticos e pesquisadores Jonh Grinder e Richard Bandler. Eles descobriram, ao ana lisar a experiência humana do ponto de vista dos diálogos internos, que a forma como construímos nossos pensamentos pode influenciar radicalmente nosso comportamento, e que os resultados obtidos por uma pessoa de sucesso podem ser modelados e também reproduzidos por outras pe ssoas, levando-a s a obter os m esm os resultados. A boa notícia é que os diálogos internos se aplicam também aos mecanismos de mem ória. A maneira com o você estimula a mem ória, ou sej a, o m odo como dirige seu diálogo interno pode ativar (um processo ativo!) sua memória e transformá-la em uma poderosa máquina de registrar conhecimento. E qual é o modo certo de nos comunicarmos com nossa memória? É o que veremos a seguir. A mente no present e A mente huma na, m uitas vezes, pode ser com para da a um pêndulo. Assim como o pêndulo que transita de um lado a outro, a m ente transita entre o passado e o futu ro, perm anec endo pouco tem po no presente. É quando estam os no presente que a m em ória apresenta seu me lhor desem penho. Por volta dos 2 ano s de idade, época em que iniciam os o proce sso de form ação da linguagem , o m undo passa a fazer sentido para nós. Reconhecemos nossos pais, lugares, brinquedos favoritos, enfim, começamos a abastecer a m em ória. Se você é pai, m ãe ou convive c om criança s de até 3 anos d e idade, observe-a s a distância e veja os movimentos dos olhos delas. Note que, em certos momentos, elas fica m alertas, p restando atençã o a tudo e a todos. Nem sem pre e ssa atenção utiliza os olhos, e sim o ouvido, e a criança está pr esente e absorvendo tudo. Essaque e ntrega total sente, se e ssa conexão tudo que ocorr de e ao re dor faz a mem óriaaodapre c riança pareça comdireta uma com esponja , no sentido absorver tudo. Pa is boquiabertos se orgulham dizendo: “Ela é muito inteligente, lembra tudo nos mínimos detalhes”. a ver dade, você tam bém era assim quando pequeno, e toda criança faz uso de uma estratégia poderosa e infalível: elas vivem no presente e fazem perguntas para se alimentar de conhecimento.
Contemplar para lembrar ão dá para negar a importância da memória (passado) em nossas tomadas de decisão. Você dá um passo atrás para avanç ar dois à f rente. Tudo que você f az, da escolha dos alimentos em uma mesa a o filme que vai ver no cinem a, do percurso que pretende traçar na viagem até o m odelo de seu próximo veículo, tudo que dec ide é com para do, prime iro, ao conhecime nto adquirido anteriormente. A frequência com que pesquisamos nosso acervo interno muitas vezes nos faz acreditar que nossas m em órias do passado são nossas m elhores experiências. Assim, com eçam os a profe rir fra ses que fincam ainda m ais nosso pé no passado: “Antigamente, as coisas eram melhores, minha memória vivia sua época de ouro.” “Lembro-me detalhadamente de acontecimentos de minha infância e juventude, mas não consigo me lembrar do que comi hoje no almoço.” O segredo nú mero um para se lem brar da s coisas é primeiro contem plar. Por isso, dispense os apar elhos. Ao j ogo de f utebol ou àquele show m aravilhoso, vá desprovido de equipamentos de registro e contemple o espetáculo. Se você quiser reve r aquele acontecime nto, basta com prar um DVD ou ace ssar o YouTube, e verá milhare s de inform ações a sua dis posição. Ao passear por uma praia para disíaca pre fira se sent ar na ar eia e sentir o vento, desfrutar o sol ou aquele m ome nto com alguém . Sinta seu corpo, su a pele, em vez de simplesmente perder aqueles raros e valiosos momentos tirando fotos. Durante uma palestra, em vez de gravar , tente prest ar atençã o ao que o palestrante ensina. Mantenha-se vivo, acordado e presente, participando como protagonista de cada momento valioso de sua vida. Fazendo isso seu processo de memorização se torna a tivo, e sua m em ória vai agradec er pelo novo e inovador m odo de ver o mundo. Diálogo interno: a chave Todos nós admiramos pessoas que não esquecem nada: não perdem prazos, não sofre m prej uízos nem perdem oportunidades em decorr ência de esquecime ntos. Você tam bém pode ser assim. O segredo est á no diálogo interno. O diálogo interno é usado para fazer a m odelagem de c omportam ento, que é um método que consiste em observar o comportamento que admiramos em outras
pessoas e seguir os mesmos padrões para obtermos resultados sem elhantes. O campeão de luta de boxe Mu ham mad Ali dizia: “Se você quer ser o m elhor, tem de fa zer o que fazem os melhores”. A modelagem da m em ória implica, basicamente, imitar o diálogo interno que a s pessoas de sucesso utilizam em seus processos de m emorização. Foi assim que aprimorei minha memória e acabei com os esquecimentos. Vou mostrar como elaborar um bom diálogo interno. Quando conv ersam os com outras pessoas usam os diversas par tes do cé rebro. Pa ra você e ntender o que alguém está dizendo sua m ente prec isa ouvir, interpre tar, extrair a e ssência da m ensagem para , em seguida, decidir e agir. Por exemplo, se alguém lhe disser: “Não pense na resposta de quanto é dois vezes dois”, em que você pensa? Provavelme nte no núme ro quatro, não é? Pa rec e m ágica . Mas como ele su rgiu em sua m ente, se a m ensagem pedia exatamente para você não pensar nele? Essa é a lógica do diálogo interno. Vam os observa r o que acontec e em seu cér ebro em detalhes, quadro a quadro, como se diz em linguagem televisiva. Se nossa mente seguisse um algoritmo de program ação de computador, provavelmente a leitura seria algo parecido com isso: Como você pode perc eber , o sistem a entra e m colapso ao identificar uma incongruência. Seguindo essa m esm a lógica, dentro de c ertas proporções, está a mente huma na. O que acontece ria se alguém dissesse: “Nã o se esqueça de telefonar para o Marce lo”? Em que você pensa? A cena do esquecim ento come ça a ser ensai ada dent ro da ca beça, e a taref a segue pronta para ser esquecida. Parece simplista, mas é assim que começam muitos esquecim entos. Pa ra entender essa m ensagem , a m ente gera, em um plano inconsciente, a cena do esquecimento, deixando a pessoa predisposta a esquecer. O resultado é que esse diálogo interno vai produzir o esquecimento e um provável prejuízo. A solução para evitar esse padrão nocivo é a reprogram ação por m eio da m odelagem de um diálogo interno ativo, ou sej a, um com portam ento que gere o comprome timento da m em ória com a tarefa. A melhor forma de gerar esse comprometimento é eliminando de seu vocabulário a fra se:
“Nã o posso esquece r”. Em vez de dizer, por exem plo, “Não poss o m e e squece r de dar o rec ado”, v ocê deve e xperime ntar um c oma ndo ativo com mais rec ursos; uma pergunta é o ideal: “O que pos so fazer para lem brar?”. Toda pergunt a pede um a resposta e a busca pelas respos tas cer tas é um poderoso e incom pará vel processo ativo de uso do cére bro. Pense em alguns esquecimentos importantes que sofreu nos últimos dias. Faça uma reflexão profund a e tente ima ginar o que ter ia ac ontecido se você houves se feito uma pergunta com o essa. Que r espostas ou soluções tentaria criar? este m ome nto, existe a lgo importante que você pre cisa lem brar para realizar mais tarde? Então, proponho o desaf io de interrom per a leitura agora e perguntar: “O que posso fazer para lem brar?”. Esse ser á seu novo mantra: “O que pos so fazer para lem brar?”. A resposta será o caminho para evitar o esquecimento. Assim, a partir deste momento, todas as vezes que prec isar mem orizar algo realm ente important e, faç a o que fazem as pessoas que não e squece m: responda a uma pergunta que vai transformar sua memória e seu comportamento diante das lembranças: “O que posso fazer para lembrar?”
Mem orize prim eiro, lem bre depois Par a lem brar a s coisas, em prime iro lugar é preciso levar em conta que a recordação está intimamente ligada à memorização, isto é, a recordação só se manifesta se algo realmente foi memorizado. Muitas vezes, as pesso as se queix am de sua m em ória quand o tentam se lem brar de a lgo, ma s não perce bem que esse a lgo não existe em seus arquivos porque não foi previam ente m em orizado. Como é que alguém pode lem brar, por exem plo, o nome de um a pessoa que acabou de conhecer se, no momento em que ela disse o nome, uma moto barulhenta passou e não a deixou ouvir? Como é que alguém pode se lem brar do caminho de volta se na ida ele estava dormindo no banco do passageiro? Como um a luno de pós-graduaçã o vai lem brar a matéria se durante a expos ição do professor estava ocupado com um joguinho no celular? Por isso, não lem brar a lgo não re vela e xatam ente um problem a de mem ória, mas pode mostrar que não houve qualquer preocupação em memorizar aquela informação. Quem não memoriza não tem o que lembrar, concorda? Essa regra
se aplica a tudo: ao nome de um filme, ao título de um livro ou ao nome daquele prato delicioso que você experim entou em uma viagem etc. Você é o re sponsável pelo processo d e mem orização. Você é quem escolhe prestar atenção e m emorizar o que quiser, desde um com plexo nome de rem édio até uma tarefa ou um texto. Tenha em mente a ideia fixa de que a memorização efica z é um processo at ivo, e não pass ivo. “O que fa zer para lem brar?” Lem brese do mantra! Você não pode ficar espera ndo que a lgo ou alguém desperte seu in teresse e prom ova a memorização. Sabemos que nem todos os lugares são estimulantes, nem todas as pessoas são interessantes e nem todas as atividades são agradáveis de re alizar, m as tem os de e star prepar ados para tudo. Os m étodos mne mônicos Existem alguns mé todos para lem brar as c oisas, os cham ados mé todos mnem ônicos, usados para construçã o de m em ória e posterior rec ordaçã o. Existe um a piada que m ostra bem isso: Dois amigos conversam: “Estou tomando um ótimo remé dio para memória”, um deles diz. “Que bom. E qual é o nome do remédio?”, pergunta o outro. “O nome?”, ele coça a cabeça. “Deixe-me ver... Como é mesmo o nome daquela flor bonita, vermelha, que tem o caule cheio de espinhos?”. “Rosa!”, responde o amigo. E o outro diz: “Rosa, meu be m, como é o nome daquele remé dio que e stou tomando para a memória?”.
Quando o am igo pergunta o nome da f lor, e le está, na ver dade, pensando alt o, está e stimulando a m em ória por m eio de um processo at ivo, ou sej a, cr iando caminhos para estimular a recordação. É preciso louvar o esforço! Todos os dias, você tem a oportunidade de utilizar a memória com inteligência e produzir lem brança s detalhadas. Pa ra isso, basta utilizar um método m nem ônico funcional. O uso de métodos mnemônicos data de antes de Cristo. A inspiração nasceu da necessidade de registrar conhecimentos em um mundo em que as melhores mídias er am as placas de a rgila, as tábuas de ce ra e os ca ríssimos pergam inhos, como já contei. O melhor lugar paracom armazenar conhecimento era, deóbvia fato, ae memória humana. Usar a memória inteligência foi uma escolha natural. Simônides, o poeta grego, foi um dos primeiros ca sos conhec idos de uso de técnicas mnemônicas. Ele era capaz de recitar poemas completos em apresentações públicas. Conta-se que após uma dessas apresentações, o templo do qual acabara de sair ruiu, matando todos os presentes. Coube a Simônides e a
sua treinada memória lembrar a localização exata de cada um dos presentes, para a identificação dos corpos. Pa ra criar um a e stratégia de m em orizaçã o cam peã é preciso, antes de tudo, estudar a relevância da lem brança . Considera-se conteúdo relevante tod o aquele cuj o local de ar mazenam ento são os com partimentos de nossa m em ória: Aquele texto exclusivo de um livro de atualização profissional. Os conselhos do espec ialista apre sentados durante a palestra da e mpresa. A opinião do cliente sobre a utilização de um produto ou serviço. Os principais contatos t elef ônicos de seu c elular. Quando você ava lia a relevânc ia de uma inform ação, tem a oportunidade de escolher qual será o m elhor proce sso de m em orização. Quando assume a decisão escol her para onde enviar cada tipo de informação, alcança o silêncio mental propício para o aprendizado. Considerando as virtudes da memória natural mais o importante auxílio dos gatilhos de m em ória e o suporte das m em órias externas, s ua j ornada rum o ao esquec imento zero torna-se com pleta. Um bom m étodo mne mônico não deve ser difí cil de usar, nem deve e xigir horas de treinam ento ou associações m entais acr obáticas. O mé todo deve ser mais fácil que procurar papel e caneta para fazer uma anotação. A aplicação deve ser imediata para que encoraje novas utilizações. A seguir, vou mostrar alguns bons métodos de memorização, para você lembrar tudo que achar importante.
CAPÍTULO O método das associações simples
A técnica m nem ônica de associaç ão de palavras, nú meros e ideias é um recurso muito poderoso para form ação de m em órias de longo prazo. É tam bém um dos recursos mais engraçados, divertidos e simples de utilizar, dentro da gama de estratégias de memorização. É como uma caixa de soluções prontas para você sacar a qualquer momento e evitar esquecime ntos. A técnica consiste e m ligar inform ações por m eio de associações livres de ideias. Por exemplo: Eu digo pão, você responde manteiga. Eu digo avião, você responde passageiro. Carro: passeio. Dinheiro: liberdade. Saudade: abra ço.
Amor: coração. Quando visitamos o Nordeste brasileiro sempre nos deparamos e nos divertimos com a ve locidade com que os repentistas improvisam canções ao abordar os turistas. Você pode fazer a mesm a c oisa com palavras, fazend o rima s engraçadas. Por e xem plo, dicionário rima com missionário, conversar com condecora r, bandeira com bobeira. Com o tem po, praticando essas associações você sentirá que seu ra ciocínio está bem mais veloz, e a busca por lem brança s na m em ória muito mais eficiente. Com o passar do tempo, a utilização de técnicas mnemônicas será muito mais precisa. A seguir, o passo a pa sso do m étodo de a ssociaç ão de ideias: 1. Crie uma lista com a sequência de inform ações que deseja mem orizar. 2. Busque um a palavra c oncreta pa ra substituir ca da um a das palavras. Apl ique, para isso, o modelo de associação de ideias. 3. Uma vez criada a lista de palavras substitutas, basta criar uma história bem engraçada para ligar as palavras. 4. Leia-a pelo nos três que vezes, visualizando as ceenas em de suaconcent mente. raç O segre será a f orça dasme i magens c riar em sua m ente o grau ão do aplicado. 5. Pegue, então, uma folha e e scre va o nome de todas as palavras qu e você memorizou, reconstruindo a lista de palavras associativas. Caso não se lembre de uma ou outra palavra, o i deal é r efazer o filme e m sua m ente. Insista. É só uma questão de práti ca, e você fará filmes bem criativos. 6. Teste se consegue lem brar. Curta, e ntão, o novo conteúdo devidam ente gravado em sua m em ória! Pa ra lem brar pa lavras ou listas Vej a, no exem plo a seguir, com o fica m ais simples m em orizar a sequência de inform aç ões com o uso de técnicas de mem orização por asso ciaçã o. Que tal m em orizar, por exem plo, o nome dos 27 livros do Novo Testam ento da Bíblia? Na coluna da esquer da está a lista deles. a coluna da direita estão palavras que coloquei por associação de ideias: LIVRO
ASSOCIAÇÃO MATEUS MATE (chá) MARCOS MARCA LUCAS LUVA JOÃO JÔ (Soares) ATOS ATOLADO ROMANOS ROMA CORÍNTIOS I CORINTHIAN S (time ) CORÍNTI OS II CORINTHIANS (time) GÁLATAS GALAXY (carro antigo) EFÉSIOS FEZES FILIPENSES FILIPINAS COLOSSENSES COLÔNIA TESSALONISSENSES I TEXTO
TESSALONISSENSES II TEXTO TIMÓTEO I TIMÓTEO (Agnaldo cantor) TIMÓTEO II TI MÓTEO (A gnaldo cantor) TITO TÍTULO FILEMON FILÉ MIGN ON HEBREUS HEBE TIAGO TIME PEDRO I PEDRA PEDRO II PEDRA JOÃO I JÔ (Soares) JOÃO II JÔ (Soares) JOÃO III JÔ (Soares) JUDAS JUDAS
APOCALIPSE APÓLICE (seguro) A história que criei foi a seguinte: O c há MATE caiu deixando um a MARCA. A MARCA foi feita na LUVA. A LUVA deu um tapa no JÔ. O JÔ ficou ATOLADO em ROMA. Em ROMA havia dois times do CORINTHIANS. O time do CORINTHIANS entrou em um GALAXY. O GALAXY escorregou nas FEZES. As FEZES foram enviadas par a as FILIP INAS. as FILIP INAS havia um a COLÔNIA. A COLÔNI A era feita com casas de dois TEXTOS. Os TEXTOS fora m cantados por dois Agnaldos TIMÓTEOS. TIMÓTEO disputava um TÍTULO. O nome do TÍTULO er a FILÉ MIGNON. O FILÉ MIGNON foi entregue pe la a presentado ra HEBE. A HEBE se equilibrava sobre duas PEDRAS. As PEDRAS acertaram três JÔ Soare s. Três JÔS foram brigar com JUDAS JUDAS consultou sua AP ÓLICE de seguro. Pa ra mem orizar, isole-se, concentre-se e leia o text o atentam ente por três vez es, visualizando um f ilme que pa ssa de ntro de sua m em ória. Pa re a leitura e dedique-se a isso agora. Você levará no máximo três ou quatro minutos para mem orizar tudo. Pe gue uma folha e escr eva todas as p alavras que você m em orizou, reconstruindo
a lista. Faça isso agora. Agora que c onsegue lem brar a sequência de pa lavras, basta ler uma última vez os nomes dos livros no Novo Testam ento. Tenho c erteza de que você conseguiu! Pa ra lem brar textos ou sequências Vej a outro exem plo de técnica de a ssociaçã o. Im agine que você e stá assistindo a um program a de culinária que e stá apre sentando aquela re ceita de bolinho de chuva que você tanto desej ava. Você olha a seu re dor e não há papel e ca neta para anotar. Não se desesp ere! Concentre-se e associe os ingredientes com as partes de seu corpo. Estude o exem plo e, a seguir, leia o texto sobre c omo a plicar a técnica: RECEITA BOLINHO DE CHUVAASSOCIAÇÃO 2 ovos Cabelo 1 xícara de aç úcar Testa 1 ½ xícara de leite Olhos 2 ½ xíca ras de f arinha Na riz 1 colher de c há de fe rm ento Orelhas 1/2 colher de chá de sal Boca 2 colhere s de sopa m argarina Queix o Óleo para fritar Pe scoço O segredo da formação da memória será a força de sua visualização, e, neste caso, com o usam os o corpo, a uti lizaç ão de gestos será bem -vinda par a envolver a memória sinestésica. Então, concentre-se, isole-se e siga as orientações a seguir. Leia o texto pelo m enos três ve zes visualizando e fazendo ge stos (eles se rão importantes, dedique-se!) 1. Quebre 2 ovos em seu ca belo. 2. Esfregue 1 xícara de açúcar na testa. 3. Derrame 1 ½ xícara de leite dentro dos olhos (no da direita 1 xícara e no da
esquerda a penas 1/2). 4. Coloque 2 ½ xícaras de farinha no nariz (dois espirros fortes e um fraco). 5. Enfie 1 colher de chá de ferm ento na orelha. 6. Esfregue ½ colh er de chá de sal m sua boca (por fora) . 7. Passe 2 col here s de sopa de m argarina em seu queixo. 8. Passe óleo em seu pescoço. Agora que ter minou, repasse os i tens, confer indo com as partes de seu corpo, e finalm ente transcre va no papel. S ugiro que f aça isso agora e somente depoi s volte ao texto. Viu com o foi fá cil? Dominando algumas técnicas mnem ônicas de associaçã o você será capaz de eliminar a dependência de m em órias a rtificiais em várias ocasiõ es. Você pode treinar este exe rcício algu mas vezes até c onseguir fazê-lo instantanea mente no decorrer de um programa de televisão, por exemplo. Pa ra lem brar senhas e nú meros Você tam bém pode usar a associaçã o para mem orizar núme ros como senhas d e banc o, por exem plo. Par a isso, crie senhas com sequências d e im agens de a tividades rotineiras, com o o horário de a cordar e de dormir, d e a lmoçar e de jantar. Um exemplo: Você acorda às 6h30 e dorme às 22 horas e deseja criar uma senha pa ra uma c onta no Banco do Brasil. Esses dados podem ser utilizados par a criar a senha: 630220. Feito isso, basta ima ginar-se acordando e dorm indo em meio aos ca ixas eletrônicos, dentro do B anco do Brasil. Obje tivo: todas as ve zes que você for ao banco, lem brará as cenas de acordar e de dormir, e naturalmente lem brará: 630220. Outro m étodo de cr iar senhas e lem brá- las é usando o s números de seu manequim. Minha ca misa, por e xem plo, é núm ero 38, a c alça 40 e os sapatos 41. Nesse caso, posso criar a senha: 384041. Durante muito tempo essa foi uma das minhas senhas pref eridas, uma sequência simples e fá cil de lem brar.
Pa ra pessoas que utilizam a senha eve ntualme nte, com o quem a usa ape nas uma vez por mês, por exemplo, o ideal é revisar a senha para formar memória de longo prazo. Para isso, fotografe ou faça um desenho do teclado do caixa eletrônico e treine a senha pelo menos uma vez por sem ana. Pa ra lem brar nome s e fisionomias Para mem orizar nomes e fisionomias as associaç ões tam bém ofer ecem soluções simples, seguras e e ficientes. Vej a com o aplicar esse m étodo para isso. O prime iro passo para lem brar o nome das pessoas é interessar-se por e las! Pode parecer simplista, mas, nas relações pessoais, nem sem pre o foco está na pessoa. Por e xem plo, um vendedor po de e star mais interessado em saber quant o você vai gastar do que em saber quem você é . Se seu nome , para e le, ficou em segundo plano, a m em orização não se ef etivará . Quando estiver conhecendo alguém, tenha o cuidado de olhar nos olhos e se interessar legitimamente pelo ser humano que está diante de você. Siga estes passos: Ouça o nome com atenção e, caso não o entenda, pergunte novam ente. Se conhecer alguém com o mesmo nome de outra, mencione o fato destacando uma qualidade da pessoa que você j á conhece, por exem plo: “Tenho uma amiga cham ada Bia, é uma excelent e advogada”. Iss o gera em patia. Se for um nom e difere nte, peç a m ais inform ações. Por exem plo, pergunte qual a origem do nome. Conheci um rapaz em Salvador, Bahia, c ham ado Ilhesauro. S eu nome era a junção de Ilhéus com Lauro, respectivamente o local onde nasceu e o nome do a vô, Lauro. Pronuncie o nome da pessoa durante todo o tem po que e stiver com ela. P or exem plo: “Sej a bem -vindo, senhor Ilhesauro”; “Aguarde um mome nto, Ilhesauro”. O segredo é citar o nome no mínimo seis vezes, sempre olhando nos olhos da pessoa, pois os olhos são o sentido mais estimulante e poderoso da m emorização. o final do dia, revise m entalmente o nome das pessoas que conhece u, lembrando-se dos assuntos sobre os quais conversaram e, principalmente, do rosto delas. P ara m em orizar o rosto de seu novo am igo, siga os seguintes passos: Observe atentamente o rosto da pessoa, especialmente o olhar. Tente notar, de preferência no rosto, algo que cham e sua atenção e use isso para relacionar com o nome. P or exe mplo: Meu nome é Renato e m inhas orelhas são grandes. A rena
(do Papai Noel) também tem orelhas grandes. Nesse caso, use essa informação (orelha de re na) para se lem brar de m eu nome (Renat o). Você conheceu alguém chamado Adriano. Você percebe que ele tem o cabelo comprido repartido ao meio, lembrando a letra “A” de Adriano. A Sílvia tem cabelos cac heados, lem brando a let ra “S”. O Guilherme é muito alto, tem o corpo “esGUIo”. O Sebastião tem a pe le oleosa c omo sebo, isso lem brar á o nome , Sebastião. Se sentir que voltará a e ncontrar determ inada pe ssoa no futuro, procure, com o já mencionei, no final do dia relem brar o nome e o r osto dela. Isso garantirá a forma ção de m em ória de longa duraç ão e, obv iam ente, a rec ordaçã o no momento adequado. Experim ente esse m étodo com fotografias de re vistas e j ornais e, e m seguida, com pessoas reais com as quais tem contato no dia a dia. Você vai notar que o foco, somado ao interesse e à técnica de guardar nome s e rostos, tornará sua mem ória mais afiada para esse tipo de inform açã o. Pa ra lem brar-se de d ar re cados e fazer fa vores Para lem brar-se de d ar um rec ado a alguém procure fechar os olhos e ima ginar o rosto da pessoa. Tente imaginá-la fazendo ca reta, pulando, mostrando a língua ou algo que sej a bem engraçado. Is so será sufi ciente para fixar a mensagem em sua m em ória, e quando estiver diante dela, lem brar- se de transmitir o rec ado. Se a tare fa f or lem brar-se de fa zer um f avor a a lguém , então devem os primeiro lem brar que no am biente de traba lho, em gera l, as pessoas não gostam muito de fazer favores, es pecialmente pela sens açã o de ter m ais um item para lem brar diante da longa lista de tare fas diárias que j á têm para cum prir. Mas se essa rea lme nte for sua m issão, então é simples: faç a im ediatam ente, pois muito dos esquec imentos ocorr em porque de ixam os para de pois. ão podendo d ar o re cado no mom ento, utilize técnica s mnem ônicas de associaçde ão.a Por exem se o re cado era pagar uma conta de seu am igo em seu horário lmoço, imaplo, ginese com endo o vale-re feição tem pera do com a zeite e sal. Usando essa técnica de associaç ão, quando for pagar a conta do restaurant e e pegar o vale-r efe ição nas mãos, automaticamente se lembrará do favor. Como você viu , as técnicas de associaçã o ofere cem um poderoso recurso para
turbinar sua m em ória. Nã o exigem nenhum treinam ento exclusivo, ma s apenas a inclusão da técnica em seu dia a dia, aproveitando situações do cotidiano, como ir ao m ercado (usando a técnica da lis ta de palavras), m em orizar os comprom issos da a genda diária (usando as partes do corpo). Em pouco tem po você estará fazendo tudo automaticamente e c omeçará a im pressionar as pess oas com sua me mória afiada.
CAPÍTULO O método dos gatilhos de memória
Tente se lembrar de uma ocasião em que ficou a semana inteira se esforçando para não esquecer uma tarefa importante, m as, na hora H, esqueceu. Ficou frustrado, não é? Certa vez, fiquei a semana inteira, dia e noite, repetindo para mim mesmo que não poderia m e esquece r de compare cer à secretaria d a fac uldade na sexta-fe ira, às 10 horas da m anhã, para renovar m inha bolsa de estudos. No dia marc ado, o que ac onteceu? Esqueci c ompletam ente! Perdi a bolsa de estudos durante um semestre inteiro. Quantas vezes nos esforça mos ao má ximo para não esquecer algo importante, mas nem todo o esforço do m undo nos aj uda a evitar o esquecime nto? Sabe por que isso acontece? Guarde bem o que vou lhe dizer: lem brar nã o é um a questão de e sforço, é uma questão de estratégia.
Você nã o precisará ocupar sua m ente re petindo o dia todo a m esm a tare fa se puder criar uma estratégia simples que não o deixe esquecer. A estratégia à qual me refiro é chamada de gatilho de memória. Gatilhos de memória são soluções simples, criativas e instantâneas que podemos saca r da m anga a qualquer m omento, com o objetivo de evitar esquecime ntos. Eles são utilizados especialmente para nos lembrar de tarefas descartáveis, isto é, aquelas que, a pós ser r ealizadas, j á podem ser e squecidas. Por e xem plo: lem brar-se de fa lar a lgo a alguém , de toma r um rem édio, de desligar uma panela no fogo o u de devolver um obje to em prestado. Vej a a lguns exem plos de uso de gatilhos de m em ória. Pa ra lem brar-se de t oma r um re médio no horário Pa ra se lembrar de tomar um remédio na hora certa, recomendo deixar o medicamento próximo de algo ou em um local em que você tenh a de passar para c umprir uma rotina. Por e xem plo, se o m edicam ento deve ser to mado em jej um, então d eixe-o sobre a tampa do vaso sanitário ou sobre sua escova de dentes, pois esses são os primeiros lugares para os quais você se diri ge a o levantar da cama. De ixar a escova de dentes sob a caixinha do rem édio tam bém pode aj udar em mome ntos como o horário d o alm oço, se o r em édio tiver de ser tomado logo após as re feições. Se tiver de ser ingerido antes de dormir, o ideal é que ele fique sobre o criado-mudo, de preferência na frente do visor do relógio, pois sem pre o consultam os antes de deitar. Pa ra lem brar-se de beber água Um gatilho de m em ória f uncional para se lem brar de beber água é m anter a água por perto, sobre sua m esa ou em um a garrafa dentro da bolsa. Você pode fazer isso durante alguns dias, até seu organismo a ssimilar e repetir o ato de beber água naturalme nte. P ara isso, as fra squeiras de á gua são ideais, fá ceis de levar na bolsa, no carr o ou de deixar sobre a mesa do escr itório. Para lembrar-se com na alguém Tenho consciência de que o queprecisa é importante deve de serfalar gravado memória, mas, por exemplo, se você se lembrar de que amanhã de manhã, quando for para o escritório, precisará falar com determ inada pessoa, n ão prec isa ficar a noite toda pens ando nessa taref a. Então, que tal enfiar um pedaç o de papel na argola da cha ve do car ro? Esse ser á um infalível gatilho de mem ória. Se, ao term inar de a tender a um telefonem a prec isar se l em brar de que há um a
pessoa esperando por você na recepção, coloque o grampeador no braço da cadeira. Isso quebrará a rotina e o ajudará a não esquecer. h3>Pa ra lem brar- se de re alizar tarefas incom uns Os gatilhos de m em ória podem ser úteis para se lem brar de fa zer taref as que você não faz rotineiram ente. A aliança de ca sam ento colocada no dedo da outra m ão poderá lem brá- lo de que você ficou de dar c arona am anhã ce do para um am igo. Por que vai fun cionar? Quando estiver e nchendo as mã os de á gua para enxaguar o rost o, a prime ira coisa que vai sentir é a aliança troca da, e, logo em seguida, vai se lem brar do carona. Pa ra lem brar-se de rea lizar tare fas rotineiras Para lembrar-se de realizar tarefas simples ou rotineiras, como molhar uma planta, tirar um a panela do fogo ou colocar um cinto de segurança, os gatilhos de mem ória tam bém são bem -vindos. Por exem plo, para as pobres plantas que sofre m seca s nas mã os dos esquecidos, podem os associar o ato de beber água ao de aguar as plantas. Para isso, coloque um pe queno vaso com um a planta delicada em cim a de seu filtro de água, na cozinha. Todas as vezes que estiver enchendo o copo para beber, vai se lembrar de dar á gua tam bém para a plantinha, e, aut oma ticam ente, para tod as as outras da casa. Pa ra não esquecer as panelas no fogo, a m elhor dica é não sair da c ozinha durante o pre paro das ref eições. Mas, se tiver de fazê-lo para atender a o telefone, à porta ou ver algo interessante na televisão, leve um utensílio com você. Pode ser a concha c om a qual mexia o alimento ou a tam pa de outra panela. O obj eto fora de contexto o aj udará a lem brar-se do fogão. Pa ra lem brar-se de não d eixar a chave po r fora Tra ncar a porta e esquece r a chave pe ndurada por fora é uma situaç ão que você tam bém evita com ga tilhos de memória. Nesse caso, coloque a chave da porta no mesmo chaveiro em que está a chave do ca rro. Assim, obviam ente, você terá de tranca r a porta e levar a chave consigo. Pa ra lem brar-se de não dei xar a bolsa ou car teira para trás Pa ra não esqu ece r a carteira em locais públicos, a dica é sem pre m antê-la j unto ao corpo, dent ro do bolso no caso dos homens ou de uma bolsa, no caso das mulheres. Se você está, por exem plo, almoçando em um restaurante e sente a carteira incom odando no bolso da calça, então prefira deixá-la em seu colo ou embaixo da perna. Fazendo isso, cria-se um estímulo que, tal qual um emissor GPS, o lembrará o tempo todo de sua localização.
Em sala de aula e restaurantes, em especial, já vi muitas mulheres colocarem suas bolsas em baixo da c adeira, corre ndo o risco de levantar e sair deixando-a para trás. Nesses casos, o ideal é pendurá-la na cadeira em que está sentada com o cuidado de m anter c ontato físico c om a bolsa. P or exe mplo, pode ser a alça tocando em suas costas ou o cotovelo tocando o fec ho da bolsa. A ideia é c riar um estímulo físico que a ajudará a se lembrar de pegar sua bolsa antes de sair do local. Pa ra sem lem brar e stá oaoc elular obje o telefone lular deve pre eonde star junto corpo Como de seutodo don o, sejtoa epequeno, m um dos bolsos dacec alça ou do ca saco, ou ainda dentro da bolsa. Outra dica é da r pre ferência aos aparelho s me nores e leves, q ue perm item am arra r um cordão e pend urálos no pescoço c omo se foss e um crachá. Deixá-lo sem pre j unto da car teira ou das chaves do ca rro tam bém evitará sair do local e e squecê -lo, uma vez que sem as chave s fica mais difícil ir em bora. Pa ra lem brar onde colocou os óculos A melhor m aneira de não esquecer os óculos é mantê-los na cabeça enquanto não os estiver usando nos olhos. Para quem tem pouco ou nenhum cabelo, deixe os óculos presos na camisa ou no bolso da frente da calça, local mais discreto. Há quem prefira cordões especiais para óculos, que perm item carregá-los ao pescoço, com o um colar. Com essas medidas, será bem mais difícil esquece r esse a cessório tão importante. Pa ra lem brar onde c olocou as chaves As chaves são t ão a ntigas quanto o Im pério Roma no, e talvez circulem entre nós p or m ais alguma s déca das. Alguma s providências podem aj udar a não as esquecer. Para chaves únicas ou m uito pequenas, prefira chaveiros grandes com cores chamativas, que são mais fáceis de visualizar e, portanto, m ais difíce is de perder. Organize suas chaves em um único c haveiro. Por exem plo, chaves do carr o, da porta de casa e da porta do escritório, além da do portão da chácara, ficam todos na mesma argola. Ande com as cha ves no bolso, evitando deixá-las em cim a da pia quando for ao banheiro público, por exemplo. Para lembrar-se de pegar de volta o cartão de pagamento Cartões de crédito e de débito tam bém são dinheiro e exigem os me smos cuidados que tem os com o de papel. A primeira dica é evitar sair de casa com muitos cartões, pois quanto
mais cartõ es perdi dos, mais dores de c abeça . Ao entregar um car tão em uma loja, procure acompanhar visualme nte todo o procedime nto. Assim, você vai se lem brar mais facilmente de re sgatá-lo e de guarda -lo após digitar a senha. Outra dica é de ixar o dedo polegar no loca l em que o ca rtão estava ao ti rá- lo da carteira. Desse modo, você criará um estímulo que o lembrará de pegar o cartão de volta. Pa ra lem brar ond e pôs o pen drive O m inúsculo dispositivo de m em ória c om capac idade para arm azenar uma biblioteca inteira é uma ferr am enta incrível, exceto por seu tamanho, que, de tão pequeno, torna muito fácil sua perda ou esquecimento. Um a boa dica para não perder de vista seu pen drive é c olocá- lo junto a um a chave que você utiliza com f requência, com o a cha ve da porta da c asa ou a do carro ( neste último ca so, tenha o cuidado de retirá-lo do chaveiro ao levar o carro ao lava-r ápido ou ao m ecânico, por exem plo). Alguma s pessoas tam bém investem em chave iros grandes, cham ativos e c oloridos para fixar o pequeno pente de m emória e deixá-lo sem pre visível. Algumas marcas lançaram modelos de pen drive e m form atos inusitados, de carro, de obje tos de e scritório ou de animais. A ideia, a lém do design diferenciado, também é deixá-los maiores e visíveis, evitando a perda ou o esquecimento. Pa ra lem brar-se de devol ver a lgo que tomou emprest ado Uma regra para o bom convívio social é nunca tomar nada e mprestado, nem dinheiro e nem obje tos. Acr edite: a maioria das pessoas não gosta de e mprestar. Caso o em préstimo sej a inevitável, tente devolver o mais rápido possível, no mesmo dia, quem sabe, ou program e o dia exato em que fará a devolução. Marque em seu calendário pessoal essa informação com o com prom isso importante e, no dia marcado, faça sua parte. Pa ra lem brar para quem em prestou algo Quando emprest am os objetos como livros, filmes e fe rra mentas que não utilizam os com fre quência acabam os vítimas do passar do tem po e do esquec ime nto. Explico: faz tanto tem po que você emprestou aquele livro que já esqueceu para quem foi. Para resolver esse problem a, a melhor saída é determ inar para a pessoa um prazo de devolução, como fazem as bibliotecas. Diga algo como: “Vou precisar desse livro na sextafeira”. Dessa forma, você estará sugerindo uma data para a devolução. Outra dica útil pra quem empresta livros, por exemplo, é deixar ao lado da estante de livros uma pranche ta com uma planilha pa ra anotar a da ta, o nome do livro ou filme que foi em prestado e para quem . Fazendo isso você não ficar á no pre juízo.
Pa ra lem brar onde estão o s docum entos Onde foi parar o re cibo de venda do carro? Onde c oloquei o passaporte? Cadê meu título de e leitor? Quem nunca se deparou com esquecimentos desse tipo? Para evitar transtornos decorrentes da perda de docum entos, o ideal é sem pre andar com o mínimo possível na bolsa ou na car teira. Por exem plo, na ca rteira de habilitação e stão c ontidos tam bém os números de RG e CPF, assim, basta que você ande apenas com o primeiro documento. Os outros devem ser guar dados em uma pasta exclusiva para docume ntos. Certidões de casamento e nascimento devem ser guardadas em um saco plástico herm ético fec hado (para não peg ar umidade). Docum entos pequenos com o RG, CPF, título de eleitor e c arteira de reservista devem ser c olocados dentro de um envelope pequeno. Cartões de crédito e débito irão para outro envelope, e aqueles comprovantes de que você votou nas eleições anteriores, em outro e nvelope. Docum entos grandes como títulos de previdência e escrituras de imóveis podem ficar no fundo da pasta, devidam ente organizados. Pa ra lem brar- se de a pagar as luzes A causa desse e squecim ento pode estar relacionada à falta de um condicionamento familiar para esse comportamento útil e econômico. Nesse caso, recomenda-se uma conversa, uma espécie de acordo em família, pelo qual todos se comprom etam a m anter as lu zes apagada s ao sair dos côm odos. É prec iso que se f aça um verdade iro trabalho em equipe, que um cobre o outro quando se der o esquecime nto. Em poucos dias c ria-se e sse bom condicionam ento e acabam de vez os esquecimentos. Outra solução é colar adesivos acima do interruptor de luz com um rosto sorridente desenhado em um fundo amarelo solicitando que a luz seja apagada . Isso funciona bem com o um gatilho de m em ória, um a vez que o adesivo chamará a atenção de quem sai do local. Pa ra lem brar-se de desl igar a TV orm alm ente, cr ianças sae m do cômodo e deix am a televisão esse caso, um são bomaspapo sobreque economia e sustentabilidade resolve, pois asligada. criança s são bem sensíveis a e sses a ssuntos ligados ao m eio am biente. Hoj e, dispomos tam bém de a pare lhos com sensor de presenç a, que desl iga a tela na ausência de pessoas no local. Embora o equipamento ainda fique ligado, o problem a é parcialmente resolvido. Outra solução é program ar a função timer para desligar a televisão em trinta, sessenta, noventa ou até cento e vinte m inutos. Sendo assim, caso sinta que poderá dormir na frente da TV ou sair do local e
dem orar a voltar, a tecnolo gia resolverá o problem a. Pa ra lem brar-se de us ar o cinto de segurança Pa ra lem brar ac erc a da importância do uso do cinto de segurança alguns carros de luxo são equipados com um alarm e sonoro que alerta o m otorista a pre ndê-lo. Infelizmente, os modelos ma is simples a inda não ofe rec em esse dispositivo, em bora deve ssem . As pesadas multas de trânsito também não deixam muitos motoristas esquec ere m esse valioso ac essório. Em último ca so, uma dica para evitar essa falha é : ao sair do car ro, puxe o cinto e passe-o ao re dor da alavanca da seta. Dessa forma, para entrar novamente no carro você terá de retirar o cinto de sua fre nte, e a inda com ele nas m ãos, sente-se e e ngate-o definitivam ente. Pa ra lem brar traj etos e lugares Pr imeiro, é prec iso entender que l em brar trajetos e lugares são c ompetências da m em ória visual. Isto significa que, quand o pedir um a inform ação no trânsito, você não deve se limitar a ouvir as inform ações passadas, m as deve tam bém visualizar os detalhes do traj eto, fazer um desenho em sua mente. Experime nte visualizar a seguinte inform ação: “Siga em frente e na terceira r ua, vire à esquerda. Vá di reto até o primeiro sem áforo, atravesse a avenida e e ntre na prime ira à esquerda. Quando v ir um posto de gasolina a sua direita, vire nessa rua e vá até o meio do quarteirão, onde encontrará seu destino”. Agora, tente repetir essa informação buscando em sua memória as imagens construídas. Ficou m ais fácil, concorda ? Então, quando e stiver indo para algum lugar diferente e pre cisar retornar pelo me smo ca minho, preste atenção em todos os detalhes dos lugare s por onde passou durante a ida. Pa ra lem brar-se de ac ionar o alarm e do carro ou d a c asa É m uito comum que, mesmo depoi s de a cionar o alarm e de sua ca sa ou de seu ca rro, surja em sua mente, alguns minutos depois, a clássica duvida: “Será que eu acionei o alarme?”. É muito ter de voltar um lugar só paraesse confer ir uma tare fa que devíam ter dado ruim por realizada. Poisabem, para evitar trabalho dobrado, o ideal é os focar a atenção n o mom ento em que re aliza a tare fa. E a m elhor m aneira de saber que está foca do na tare fa é conversar c onsigo mesm o durante sua realização. Por exemplo: ao fechar a porta do carro, diga para si mesmo: “P ronto! Fechei a porta do car ro”. Ao tranc ar a porta da ca sa, diga: “Tranquei a porta de casa”.
Além de fa lar, vale tam bém a velha e e ficiente conferida. Sendo assim, pegue na maçaneta do carro e confira se a porta realmente fechou. Coloque a chave no bolso e dê aquela batidinha para conferir. Pa ra lem brar onde de ixou o carr o Convenham os: o estacionam ento é o lugar mais chato de um shopping center. Note que quando entramos em um estacionamento lotado inicia-se uma caçada em busca da primeira vaga disponível. Na prática, não nos importamos com o andar ou o local, queremos desesperadam ente um a vaga para deixar o ca rro e curtir o passeio. A ansiedade da busca pe la vaga, pelo horário de fe cham ento do shopping, para evitar a fila do cinema, tudo isso nos bloqueia para algo também muito importante: onde estam os deixando o ca rro. Pa ra mem orizar a vaga e m que você deix ou o car ro vale um a técni ca básica de associaç ão. Por exem plo: o ca rro f icou no segundo andar, na rua D5. Feche os olhos e visualize no segundo andar um dominó gigante com apenas 5 peças, uma em cada vaga de gar agem . Se o ca rro foi estacionado na vaga C6, fec he os olhos e ima gine Carro com 6 rodas. Isso será o sufi ciente pa ra lem brar a va ga durante várias ho ras. Para lem brar-s e de fechar a s janel as “Quem sabe a vizinhança que tem , não esq uece a j anela aberta.” Mas é um a pena que um ditado não nos livre dos esquecim entos. O hábito de fechar as anelas deveria ser incl uído em uma espécie de check -list m ental que poderíam os chamar de “hora de sair”, e nele incluiríam os vários procedim entos a ser chec ados antes de sair de ca sa. Outra dica é m entalizar que, ao abrir a porta da saída, você dever á checa r se existe alguma corre nte de a r passado pela porta, o que naturalme nte não ocorre rá se todas as j anelas estivere m fechada s. Olhar para dentro de casa e verificar se existe algum facho de luz vindo de algum côm odo tam bém aj uda a e vitar esse tipo de e squecim ento. Em último ca so, nada com o o diálogo interno fe ito no ato de f echar a janela. Ne sse caso, ao virar a tranca diga a si mesmo: “fe chei esta j anela”. Para lembrar onde escondeu um objeto Que razões o levariam a esconder um objeto tão bem escondido? Se você está tentando responder a essa pergunta, então é provável que eu tenha provocado p ensam entos em sua cabeç a. Ou, em outras palavra s, que e u tenha desviado sua atençã o para minha pergunt a. Muitas vezes, não lem bram os onde escondem os um obje to porque nossa m ente
estava f ocada no “por que esconder” e não no “onde esconder”. Ou sej a, no momento em que escondeu o ob jeto, sua a tenção foi desv iada para outro assunto. Resultado: você viu o local, ma s não o enxe rgou. E se não o e nxergou, não o mem orizou! Outra razão possível é que quando v ocê mantém um obje to escondido por m uito tem po, justam ente por fa zer tanto tem po aca ba e squece ndo onde o c olocou. Pa ra lem brar a localização de um obje to perdido é preciso que você tenha em mente ao menos o dia em que escondeu o objeto. Não necessariamente a data, mas o que ac onteceu naquela oca sião, quais foram suas ra zões ou motivaçõe s para ter escondido o tal objeto. Olhe pa ra o ca lendário e procure meditar um pouco sobre os acontecime ntos. Qual era o dia da sem ana? O que f ez nos períodos do dia (m anhã, alm oço, tarde , noite)? Por onde andou na época? Com quem esteve? Como estava se sentindo naquele dia? Ao se concentrar e interrogar sua m em ória como faria um detetive, você acaba se lembrando de preciosos detalhes que o ajudarão a montar o quebra-c abeça que fa cilitará a desej ada re cordação. E acabará encontrando o que procura! Pa ra lem brar-se de agra decer a a lguém Um dos ma is nobres valores huma nos é a gratidão. Agradecer as oportunidades que nos dão e os favores que nos fazem deveria ser um valor e nsinado a todas as pesso as, especialm ente na infância. Pa ra se lem brar de agra dece r aos outros é prec iso, antes de m ais nada, vestir-se com o véu da gratidão. Todos os dias, pela manhã, logo ao acordar e antes mesm o de se levantar, prati que o hábito de fazer um a bre ve oraç ão, agradece ndo pelo dia e tam bém pedindo para que se l em bre de a gradecer às pessoas que cruzarem seu cam inho. Como você pôde ve r, gatilhos de mem ória funcionam com o o coelho que o mágico tira da ca rtola. Surpree nde pela sutileza e marca pela força da impre ssão que deixa. Os ga tilhos de m em ória segue m esta lógica: são soluções simples, sutis e que marcam pela impressão que causam em nossos neurônios. Mas, acima de tudo, os benefícios dos gatilhos de m em ória vã o além do ato superlativo de e vitar esquec imentos; eles potencializam o uso da m em ória e podem nos fazer experimentar uma memória quinhentas vezes melhor, como você descobrirá a seguir. Pa ra gara ntir que seu gatilho de m em ória sej a infalível exam ine-o pergunt ando para si: “P or que vai funcio nar?”. Busque a resposta para essa pergunt a e ter á seu
certificado de gara ntia. E gar antindo que sua estratégia funcionará , você certam ente estará vac inado contra os esquecime ntos.
CAPÍTULO O mé todo das memórias ex ternas
Aquela piada da rosa nos ensina mais um aspecto importante no processo de memorização e recordação: a importância do uso de memórias externas. Quando um dos personagens da piada pede a juda ao outro per guntando o nome da flor, ele est á r ecorre ndo a um a m em ória e xterna, com o objetivo de a celerar a lembrança e não perder o contexto da conversa. Mem órias externas norm alm ente são utilizadas quando d esej am os arm azenar grande quanti dade de inform ação, ou quand o considera mos um c onteúdo irrelevante para ser guardado na memória natural. Por e xem plo: você desej a m em orizar uma tabela com a variaçã o do preço do s produtos de sua empresa nos últimos seis meses. Sinceramente, será m ais útil guardar e sses dados em uma planilha em seu tablet ou computador. Não quero dizer que sej a im possível m em orizar uma tabela, pois com algumas re visões você se lembraria facilmente de todos os dados. O que estou sugerindo é uma utilizaç ão simultânea da m em ória externa e de sua m em ória natural. Fazendo
isso você poupa um tem po precioso, que poderá ocupar c om outras coisas prioritárias. Nesse contexto, a m em ória externa será absolutam ente útil. Reconheçamos: é muito melhor programar o alarme do celular para nos lembrar de ir ao m édico na terç a-feira às 17 horas que passar a sem ana toda repeti ndo “consulta terça-fe ira, consulta terça-fe ira...”. Ne sse c aso, pelo fato de ser uma tarefa descartável, o uso do dispositivo externo pode evitar a fadiga mental gerada pela preocup açã o e repetição desnecessári a. Vej a, a seguir, alguns exem plos em que m em órias externas po dem ser usadas perfeitamente em conj unto com a m em ória natural. Pa ra lem brar da tas de aniversários Conhec i uma senhora que us ava um método bem interessante para lem brar o dia do aniversário de seus familiares. Todo início de ano, durante as festas comemorativas, logo depois do almoço ela pegava um calendário novo e nele anotava a data de aniversário de todos os parentes e amigos. Era um ritual que se repetia todos os anos. Para gara ntir o estímulo da mem ória natural, ela c olocava o ca lendário na porta da geladeira. Todas as ma nhãs, uma de suas prime iras atividades era chec ar a data e descobrir se havia algum aniversar iante no dia. O segredo daquela senho ra para lembrar todas as datas de aniversário estava no hábito de ler o calendário, ou sej a, de cons ultar a mem ória e xterna, e, com isso, reforçar a mem ória natural. Deixar calendários disponíveis em locais estratégicos, como o espelho do banheiro, a porta de geladeira ou o desktop de c omputador faz que você tome consciência da data em que está vivendo. Fazendo isso, automaticamente estimula a mem ória e e stá sem pre r evisando os eventos importantes. Pa ra lem brar c ompromis sos Par a lem brar c ompromis sos assumidos com out ras pessoas com o, por exem plo, levar seu filho ao torneio de futebol da escola, monte um calendário de com promissos fam iliares. Todas as manhãs, durante o café da m anhã, promova c om a fam ília uma leitura coletiva dos com promissos e organize-se par a que nada sej a esquecido. Esquece r-se de consultar uma agenda é o cúm ulo do esquecim ento, concorda? O problem a é que algumas pessoas conseguem realizar essa proeza. Anotam alguns lem bretes na a genda, outros no celular, outros no com putador ou em pedaç os de papel espalhados pela casa e pelo escritório. Essa quantidade de m em órias externas pod e gera r c onfusão e provocar o e feito contrário, isto é, os
esquec imentos. Nesse ca so, o ideal é a dotar um único m ecanismo para a organização dos compromissos: a agenda de papel ou a eletrônica. Entenda: se você fizer da agenda seu principal instrumento de trabalho, dificilmente vai se esquecer de consultá-la. Pa ra lem brar-se de pagar cont as e rec eber pagam entos Um a ótima dica para se lem brar de pagar contas fixas como á gua, luz, telefone e cartão de cr édito é deixar tudo em débito automático. Fazendo isso, você elimina essa preocupação de sua m ente, deixando-a livre para lem brança s ma is importantes. Pa ra não esquecer as dem ais contas, o ideal é organizá-las em um local específico de cont as a pa gar. Pode ser em uma gaveta de sua escr ivaninha ou prancheta pregada próxima à mesa de trabalho. O m elhor local é a quele com o qual você tenha contato diário, assim, todos os dias poderá checar os vencimentos. Como último recurso, programe o pagamento em sua agenda eletrônica e faça soar o alarm e quando ainda estiver a tem po de separ ar as contas para levar consigo ao local de pagamento. Pode par ecer impossível, mas conheço m uitas pessoas, e a té em presár ios, que se esquec em de re ce ber c ontas. O que expl ica e sse de scuido é o exce sso de preocupações, problem as a resolver e até mesmo a desorganização, que fazem passar despercebidos os créditos junto aos devedores. A melhor solução, nesse caso, é usar as m esm as regra s de quem tem contas a pagar. Imprima uma folha com o nome, a data de vencimento e o valor que deve ser recebido e coloque essa folha organizada por data junto com as contas a pagar. Ao verificar diariam ente suas contas, encontrar á tam bém aquelas que prec isa receber. Se você se esqueceu de receber de alguém e já passou determinado tempo, não arque com esse prej uízo. Ligue para a pe ssoa se desculpand o pelo esquecime nto e gentilme nte c obre o que l he é de direito, ou envie um a m ensagem a ela explicando que e stá precisando daque le valor. Pa ra lem brar númer os de telefones Para a m em orizaçã o de números de telefon e (e pa ra diversas outras me morizações) você tam bém pode fazer que o uso da memória externa potencialize a memória natural.
Antigam ente, quando as pess oas prec isavam ligar para alguém , consultavam uma caderneta onde c onstavam , anotados à m ão, nome s e telefones do s contatos. Ao consultar essa caderneta, recebiam três estímulos sensoriais: visão (ao ler o núme ro de telefone), a udição (a o repe ti-lo várias vezes) e tato (ao discar ou digitar o núm ero). O re sultado de tam anha e stimulaçã o é que m uitas pessoas conseguiam ter todos os contatos da agenda gravados na m em ória natural. Hoj e, a s ligaç ões telefônicas se resume m ao deslizar de dedos na tel a de um celular. Com isso, perdemos o contato com o numeral do telefone. Resultado? Pessoas têm mais dificuldade de gravar núme ros. Pa ra e vitar essa arm adilha, quando for ligar para alguém , antes de c onsultar a agenda do ce lular desafie sua m em ória tentando lem brar o número ou, pelo menos, uma par te dele. Se nã o lem brar , não há prob lem a. Abra a lista de contatos de seu ce lular e faça exatamente o que as pessoas faziam antigamente, isto é, estimule sua visão olhando para o núme ro atentam ente, ative sua audi ção, repetindo-o com máxima lucidez, e e stimule o tato, digitando o núm ero com atenç ão. Fazendo isso, você com eç ará a transfer ir, sem esforço, to dos os contatos do celular para sua mem ória, c onciliando me mória natural com a lta tec nologia. Pa ra lem brar-se de tel efonar para a lguém Se você tem de se lem brar de retornar um telefonema de um cliente, concentre-se e diga mentalmente: “Preciso retornar um telefonema para fulano às 15 horas”. Em seguida, crie uma ima gem mental dec larando que todas as vezes que usar o telefone vai se lem brar do horár io do telefonem a. Fazendo isso com atençã o, você estará forma ndo e f ortalecendo a m em ória e usando a m em ória externa c omo gatilho. Resultado: todas as vezes que consultar o celular para ver as horas ou checar mensagens, vai se lembrar do telefonema. Pa ra lem brar todas as etapas de uma tare fa Você j á term inou uma tarefa e, no final, ficou sentindo que e stava faltando algo? Então, saiba que prova velm ente estava faltando m esm o. A sensação de estar esquec endo algo é a voz de seu subconsciente alertando. Ele memorizou, conhece todas as etapas que você deveria cum prir para a execuçã o de um a tarefa e, como anda de mã os dadas com a mem ória, pôde identificar um a f alha fac ilmente. Pa ra esses casos , o ideal m esm o é da r ouvidos ao a lerta de seu sub consciente, voltar e checar detalhadamente a tarefa que realizou. Um check -list pode facilitar bastante esse processo. Check -list é uma lista de itens que deve ser checada antes ou depois da elaboração de uma tarefa.
Sabemos que mesmo as tarefa complexas, mas rotineiras, acabam sendo gravadas detalh adam ente pela m em ória, e isso pode ser um a arm adilha. Muita rotina permite que a mente se distraia. Nessas ocasiões, o check -list é rec ome ndado. É sua lista de confer ência. Você va i se c ertificar de que r ealme nte realizou todas as etapas d e um a tare fa e evitar esquecime ntos usando essa m em ória e xterna . Em todos esses exem plos de uso de m em órias externas com o auxiliares da mem ória natural vale a mesma rec ome ndaçã o: primeiro você m em oriza, ou pelo m enos tenta memorizar, a tarefa com sua m em ória natural, e só depois constrói mem órias externas, ma s sem pre c om m uita atenção. Agi ndo assim, você terá duas memórias preparadas para vencer qualquer esquecimento e gara ntir uma m ente tranquila par a atender a outras dem andas de seu d ia.
CAPÍTULO emória quinhentas ve zes me lhor
Existe um a e xcelente m em ória e m você. O m elhor cam inho para a cessar ess e potencial é saber usá-la. Nossa atitude diante das tarefas, das pessoas ou dos com prom issos determ ina a intensidade do proce sso de c oncentraçã o e memorização. Em gera l, mem orizam os com f acilidade e em detalhes tudo aquilo que consideram os importante. É o qu e denominam os me mória seletiva. Vej a, no exem plo a seguir, como som os capazes de a mpliar nosso poder de f oco e m em orização quando o est ímulo é r ealmente important e. Compare os dois cenários: Cena 1: Você está a tare fado, rea lizando suas atividades no trabalho. O telefone toca. É o ger ente do banco tel efonando para lhe inform ar que existem algumas novidades no pacote de serviços de sua conta. Ele gostaria que você fosse a té a a gência na próxima segunda-f eira, à s 14h35, quando ele lhe expl icará as novidades. Responda sincer am ente: Qual é a probabilidade de você se lem brar desse c omprom isso? Provavelme nte baixa ou pratica mente nula, não é ?
Cena 2: Você está a tare fado, rea lizando suas atividades no trabalho. O telef one toca. É o ge rente do banco inform ando que você foi contem plado com um prêmio. O valor do prêm io é tão alto que quita todas as suas dívidas e ainda sobra dinheiro para você fica r alguns anos sem trabalhar. Pa ra rec eber o prêm io, basta que você compareça à agência bancária na próxima segunda-feira às 14h35. E agora, qual é a probabilidade de você se lem brar desse com promisso? Bem alta, concorda? Multiplique a potência de sua m em ória A mem ória é uma função do cér ebro huma no, com o já vimos. Os cinco sentidos captam , a m ente selecion a e o cérebro, por meio das funções da memória, grava ou descarta as informações. Esse é o funcionamento básico. Existem algumas situações, porém, em que as funções da memória são potencializadas e levadas ao limite da qualidade, tanto no grau de retenção quanto no de re cordaç ão. Essas situaçõe s são aquelas qu e nos surpree ndem , aguça ndo, despertando nosso interesse, provocando emoções como curiosidade, entusiasmo, alegria ou m otivação. Motivação é um estado mental que se ativa todas as vezes que a mente identifica um c laro m otivo para a a ção. Ness e c aso, a m ente dispara c oma ndos em forma de estímulos elétricos e reações químicas, que colocam não apenas os sentidos e os ação, mas também funções nobres, como atenção, raciocínio, memúsculos mória e reem cordação. os picos de motivação que experim entam os diariam ente, a qualidade de nossas ações são potencializadas, e nossos resultados são, m uitas vezes, inacreditáveis. Quando estam os m otivados, rac iocinam os me lhor, criam os, inovam os e experim entam os novas soluções. Concentramo-nos mais e m em orizam os ma is quando estam os motivados. Ao rec eber do gerente do banco a inesp erada notícia da pre miação, com o no exem plo, o cére bro é inundado por um a e nxurra da de dopam ina, estímulos elétricos, vozes internas e quadros mentais com um cunho emocional tão positivo que a mem orizaçã o daquele m ome nto se torna uma urgência para o cér ebro. Entenda: A qualidade da informação foi um estímulo que, ao ser interpretado pelo cérebro, gerou um a motivação para acessar a memória e tornar a experiência inesquecível. Anos mais tarde, talvez em uma conversa em uma roda de am igos, você pode ser capaz de narrar detalhadamente o dia em que recebeu a notícia da tal
premiação. Por isso, se quiser um rem édio poderoso para a m em ória, invista e m motivação! Invista na capacidade de se automotivar por meio de pensamentos positivos em relação a sua memória. Suas cre nças m oldam sua m em ória Richard Bandler e John Grinder, os criadores da P NL, fizeram um estudo com mais de 16 m il pessoas de sucesso , dentre elas em presários, políticos, ar tistas e estudantes, e descobrira m que existia um elem ento em com um que era o grande re sponsável pelo sucesso delas. Eles notara m que todas aquelas pessoas pensavam de m aneira pa recida, e particularmente positiva. O corpo e todas a s funções fis iológica s daquelas pessoas re agiam exatam ente a um modo positivo de pe nsar. O r aciocínio, as ideias, o foco e a mem ória er am potencializados por pensamentos, ou sej a, segundo eles, “o pensamento positivo gerava um com portam ento de m ais recursos ”. A qualidade de sua m em ória está intima mente ligada a seu m odo de pensar, e seu m odo de pensar e stá ligado a suas crenças. As crenças moldam os pensamentos e os pensamentos mudam o comportamento. Tudo que você conquistou, as pessoas que estão a seu lado, seus bens m ateriais, seus títulos honoríficos, enfim, tudo que você tem é resultado de um modo especifico de pensar. Tudo. Inclusive os re sultados que você obtém com sua mem ória. Veja um exemplo: Duas pessoas aguardam sentadas na recepção de um consultório. Um a delas, que vou cham ar de Selm a, está ali p ara se c onsultar sobre problem as de m em ória. A outra, Angélica, e stá apena s aguardando. S elm a foi orientada pela recepcionista a aguardar na recepção e, durante a espera, prestar atenção e memorizar detalhadamente tudo que estivesse ao redor: detalhes das mobílias, as cores das paredes, os quadros, aparelhos eletrônicos, o piso, o teto, janelas, luminárias, as pessoas do local, enfim, tudo que estivesse ao alcance de seus olhos deveria entrar também em sua memória. Para Angélica, pediu apenas que aguardasse, e nada mais. Pa ssado um tem po, am bas foram cham adas para um a entrevista, na qual o médico, sabendo o que havia se pass ado na re cepção, entregou fol has em branco
e pediu que descre vessem detalhadam ente a r ecepçã o do consultório. Adivinhe qual das duas entregou o re latório mais detalhado? É claro, foi Selm a. E era exatamente ela que estava ali para se consultar por problemas de memória. Então, o que a conteceu? É simples: ela recebeu a orientação de usar a mem ória e acreditou que poderia fazer isso, sem duvidar. E, evidentemente, conseguiu. Muitas vezes, queixam o-nos de f alta de m em ória, de e squecim entos, ma s, na verdade, o que fa lta é um pouco de m otivação. Se você ac redita que sua mem ória nã o é e special, então os resultados de sua m em ória nã o serão espec iais. Se você acredita que j á passou de c erta idade e por isso sua m em ória e ntrou em declínio, saiba que é exatamente isso que vai experim entar. Se você a cha que a quantidade de inform ações que recebe diariamente é muito para a memória processar, então vai criar uma dependência das m em órias a rtificiais. Acredite e confie em você É comum dizermos que as crianças possuem uma ótima memória. Isso realmente é verdade, e a estratégia delas é viver no presente, com o já disse. Viver no presente é criar um am biente saudável para que a mente c apte, o cér ebro selecione e a m em ória grave o que é im portante e descar te as sobras. Convide uma criança para brincar de memorizar o nome dos jogadores de futebol das duzentas figurinhas que ela coleciona. Você encontrará um cérebro disposto a encar ar a tare fa e se divertir com ela. Faça o m esm o convite a seu c olega de trabalho , propondo me morizar o nome dos duzentos principais clientes da em presa, e encontrará uma m ente fe chada , disposta, talvez, a sacar uma desculpa baseada na quantificação: “Você está louco”. A mente j ulgadora limita o papel da m em ória. Deixe-m e contar-lhe um segre do: boa m em ória não é questão apenas de saúde, de técnicas e de exercícios, mas de cre nça. Se for pa ra pensar a lgo a r espeito da m em ória, pense positivo, pense que é possível, que você é capaz. a infância de um a criança islam ita existe a fase da m em orização do Alcorã o, o livro sagrado do Isl ã. Crentes de estar m em orizando palavras de De us reveladas ao profe ta Maomé , as cr ianças iniciam disciplinadam ente um processo de mem orização total do livro, que é constituído por 114 capítulos, com cerca de 6.600 versículos.
a China, a escrita e a leitura do ma ndarim, seu id ioma, são fe itas por m eio de símbolos chamados ideogramas. Para uma comunicação satisfatória são utilizados cer ca de 12 m il ideogram as. Pa ra mem orizar essa quantidade de informaç ão, as crianças come çam bem ce do, quando ainda não sabem quantificar. Elas não j ulgam , apenas confiam totalm ente na m em ória. Confiança é uma das chaves da memória, e a boa notícia é que essa palavra não precisa habitar apenas o m undo infantil. Aos 82 anos de id ade, a atriz Fernanda Montenegro é um ícone da boa m em ória no me io artístico. Par ticipa de novelas, ence na peç as de teatro, concede entrevistas e faz com erciais. Em suas mãos pousam dezenas de folhas com texto que, disciplinadamente, são enviadas uma a uma para sua t reinada m em ória. a m esm a fa ixa etária tam bém há nome s como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Stênio Garc ia, apresentadores c omo Silvio Santos e Jô Soares, e tantos outros atores e estrelas de TV. São m ilhares os idosos, conhec idos ou anônimos, que celebram perfe itam ente a pa rce ria longevidade-lucid ez. Sob os me smos holofotes também há professores, pesquisadores, políticos, empresários, padres, pastores e profissionais de todas as áreas. Reconheç am os: existe boa m em ória a pós os 40 anos e a confiança é um dos segre dos desse suce sso. “Valorize m aturidade e ignore a idade ”, dizem os sábios. Procure fazer da m aturidade um a aliada, bu scando na m em ória as m elhores respostas, mas tam bém não se fec he para o mundo moderno. Posi cione-se sem pre c omo a prendiz, não importa o quão experiente vo cê sej a. Mantenha sem pre a curiosidade a guçada e a m em ória ativa. Fazer e scolhas baseadas no passado é importante, claro, mas m anter-se confiante e presente é essencial! Previna-se para esquece r m enos Se você é um profissional e vive um a rotina estressante, saiba que esse e stilo de vida é prej udicial à mem ória, e por isso deve fazer muita prevenção. Evite contrair dívidas, entrar no cheque especial, assumir tarefas e compromissos que imagina que não conseguirá cumprir, pois isso pode aliviar, e mManter uito, a relacionamentos pre ssão e m seu consciente, e , consequentem ente, em evitando sua memória. abertos, sinceros, éticos e saudáveis, acumular f rustrações e mentiras evita a limitação de seus atos junto a outras pessoas. Se for e studante, não deixe a cum ular as m atérias a estudar, nem estude na última hora.
Ao prevenir, v ocê mantém o controle da situação, estuda com mais tranquilidade, c onsegue r aciocinar m elhor e afa star os fantasm as do esquecimento. Outra forma de preveni r problem as com sua mem ória é c ontrolar a a nsiedade. Você a controla mantendo a mente no presente, neutrali zando preocupaç ões antecipadas e desn ecessárias. Por e xem plo: se o resultado de um a apresentaçã o que far á logo mais o deixa pre ocupado, então faç a seu m elhor neste exato momento, para que, no final, dê tudo certo. Se a prova de ce rtificaç ão da sem ana que vem o deixa ansioso, que tal cancelar o encontro com os amigos, abrir o livro e e studar m ais? Se um problem a com um colega de trabalho ficou ma l resolvido, o que a cha de c ham á-lo para dialogar, ent rar em um a cordo? Fazendo isso você certamente conduzirá suas tarefas com mais tranquilidade, permitindo que a m ente abasteça a mem ória com maior riqueza de detalhes. Dec ida o que e ntra em sua m em ória O foco é produto do pensam ento. Foco é uma motivação, é uma escolha, é resultado do modo de pensar . Você é quem deve e scolher e m que prestar atençã o. Você tem o poder de decidir o que entra em sua m em ória. Lem brar- se de apa gar a s luzes ao sair, pôr o lixo na rua , desligar a televisão, fe char a torneira, dar c arona a a lguém são exem plos de tarefas simples, rotineiras que e xigem apena s um pouco de foco e talvez alguma téc nica para que sej am lem bradas e re alizadas. Eu tive um a infância pobre. Mi nha m ãe me ensinou que e ra prec iso ec onomizar. Esquecer luzes acesas, por exemplo, era uma falta grave que sempre rendia uma bronca e uma ordem : “Le vante-se e vá a pagar a luz que você esqueceu a cesa”. Esquecido trabalha em dobro! Essa lição eu tam bém apre ndi bem cedo, e foi por m eio dessa lição, ou motivaçã o, que m e condicionei a levantar a m ão ao sair de qu alquer c ômodo e, sem ao m enos pensar, j á ir apa gando as luzes. Tem os de concordar que quando al go é re alm ente important e, c riam os um jeito de lem brar, sej a por nec essidade, po r pra zer ou comprome timento com uma causa. É fa to que,a quando precisam os, mantem os vigilância ce rra da e potencializamos m emória. Se você e stacionar seu c arro à noite em um local deserto, escuro e susp eito, cer tam ente se lem brará de tranca r as portas, de a cionar o alarm e e , de quebra, de dar uma volta ao re dor do veículo para verificar se todas as portas e j anelas foram bem fechadas .
Sua m em ória é sua m aior parc eira, é seu cofre m ais seguro, e você desej a que ela sej a cada vez ma is eficiente. Pe nsar positivo, escolher o f oco e ter m otivos para prestar atenção nas tarefas tornarão sua m em ória muito superior. Motivação é o melhor remédio para a memória. Manter a consciência no presente, respirar lenta e profundam ente, lança r um olhar a tento ao redor, di sciplinar a mente para focar os detalhes são condicionamentos positivos que, com uma boa dose de disciplina, podem se sedime ntar.
CAPÍTULO antenha em alta seu poder de memorizar
Para deixar sua memória cada vez mais afiada você precisa manter a disposição de seu cé rebro pa ra aceitar novos desafios. Pa ra isso, deve a proveitar todas as oportunidades que surgirem para colocar sua máquina interna pa ra funcionar. A raça de ca chorros border c olie, tam bém conhecido com o cão pastor, é a considerada mais inteligente. Um border c olie treinado é capaz de m em orizar até trezentos com andos do adestrador. É um cã o extrem am ente trabalhado r e tam bém a raç a m ais submissa ao don o. Um border coli e é capaz de fica r horas olhando para seu dono, à e spera de um comando, de uma ordem, de uma tarefa. Assim como um boder colie, nosso cérebro tam bém gosta de de safios. Ele foi prepara do para ser e stimulado para que sua re de neural cr esça e se fortaleça cada vez mais. Por isso, vej a a seguir algumas m aneiras d e m anter seu pod er de m em orizaç ão em alta. Ensine m ais para lem brar m ais Quanto ma is você e nsina, m ais você a prende.
Este é o lema dos profissionais e estudantes de sucesso. A comprovação de que conseguiu m em orizar algo acont ece quando você tenta e xplicá-lo. Se você participou de uma reunião, assistiu a uma aula, viu um filme, leu um docume nto importante, e ntão, re com endo que explique o que apre ndeu. Imagine-se ou tente dar uma aula. Se conseguir citar todos os detalhes e cobrir todo o assunto, significa que a memória foi consolidada, e o que você aprendeu será lem brado por m uito tem po. O sucesso, nesse caso, foi o fato de ter vasculhado sua m em ória logo após o aprendizado. A iniciativa de tentar explicar o que a cabou de apre ender faz que suas conexõ es de neurôni os se expandam e você grave o conteúdo por m ais tem po, na m em ória de m édio prazo, e, com algumas revisões, por um longo período. Faça pe rguntas e sej a c urioso Você deve saber que a rec ordaç ão depend e da mem orizaçã o e que a memorização é potencializada pelo interesse, pela curiosidade. Quanto mais você pergunta, mais aprende, e quanto mais aprende, m ais memoriza! Esse é o conselho dos filósofos e dos cientistas. a empresa, ao re ceber um a tare fa, tente pergunt ar, na m edida do possível, tudo que for nec essário saber para realizá-la. Em sala de aula, sej a c urioso, pergunte ao profe ssor, ouça as re spostas com atençã o. Agindo assim você elimina as dúvidas e a bastece sua mem ória corretam ente. Quando for vi sitar um local fora do convencional, com o um museu, ou passear por locais históricos, pegue um guia bem inform ado, dê-lhe um a gorjeta. É um pequeno investimento que garante sair do local com a m em ória estimulada e bem abastecida. Converse com sua m em ória Quando você per gunta, sua m em ória respon de. As perguntas são deliciosos estimulantes para recordação e fortalecimento da mem ória. Toda vez que estimula a m em ória tentando se lem brar de algo você fortalece aquela re cordaç ão. Quero lh e a presentar seis perguntas que o podem aj udar a se lem brar facilmente de qualq uer a ssunto mem orizado. São perguntas inspiradas em um método cham ado Lead, m uito com um entre os j ornalistas. São elas: 1. O quê? 2. Quem ? 3. Quando? 4. Onde?
5. Como? 6. Conclusão? Elas nos remetem, respectivamente, a um fato (o quê), personagem (quem), tem po (quando), lugar (onde), m odo (como) e conclusão. Usá-las com o método de reforço de memória é muito simples. Por exem plo, você foi assistir a uma palestra e a prendeu cois as important es para usar em seu trabalho. Par a c onsolidar esse novo apre ndizado em sua m em ória, proceda às seis perguntas, com o se você fosse um ornalistarespondendo transmitindodetalhadamente uma inform ação: O que tratava a pa lestra? Quem era o personagem principal e outros citados? Quando acont eceram os fatos apresentados ? Onde ocorreram ? Como foi o desenr olar dos tópicos abordados? Qual foi a conclusão? Você pode experimentá-las com qualquer tema, por exemplo, em uma aula de Geografia, tratando o tema globalização. Logo após a explicação do professor o aluno poderia tentar responder: O que é globalizaç ão? Quem (quais) são os países mais e menos adeptos à globalização? Quando aconteceu a globalização? Onde? Como foi o processo de abertura de mercado nos países globalizados? Qual a conclusão? Pe rcebe o potencial dess as seis perguntas? Experime nte com outros tem as de seu interesse: aulas, filmes, reuniões, textos. Note como ao término do abastecimento da m em ória, a o conversar por algu ns instantes com ela você promove um grande exerc ício para seu cére bro.
Descomplique sua vida Uma atividade complexa requer a lembrança de detalhes, e uma execução complicada pode gerar esquecimentos. Dessa maneira, em tarefas realmente importantes meu conselho é que, se existir uma form a de re solver problem as com plexos com soluções simples, então prefira sempre essa opção. Pe ssoas ce ntralizadoras e stão m ais sujeitas a os esquecim entos. O que oc orre é que o acúmulo de tarefas exige que elas sejam realizadas com pressa, sem o cuidado de f azer e depois conferir. Eu aca bara de e ntrar no elevador de um luxuoso hotel em São P aulo. Logo depois, entraram dois car iocas. Um deles apertou o b otão de acesso ao andar, mas não a cendeu. Ele a pertou novam ente, e nada . Então, o am igo lhe e xplicou que ele dever ia primeiro inserir, em um local acima dos botões, o cartão magnético que tam bém servia com o chave do quarto , e só depois apertar o botão do andar. O prim eiro, perpl exo com a com plexidade do procedi mento adotado para acionar o elevador, disparou: “Isso só pode ser coisa de paulista. Se pode com plicar, pa ra que fa cilitar?”. Apesar de ser paulista, não tiro a razão de nossos vizinhos fluminenses. A vida deles certam ente seria m ais simples se bastasse a pertar um botão, com o na maioria dos elevadores. A com plexidade e xige m ais tem po e atençã o, e atençã o demanda energia. Por isso, simplifique sempre, e sua memória agradecerá! Diminua a sobrec arga de tare fas Suspender a lguma s atividades, del egar algumas tarefas e cancelar compromissos que não são realmente importantes são decisões que fazem que a sobrecarga de tare fas diminua e você c onsiga re spirar profundam ente e relaxar. Dedicar-se a algum as poucas atividades que sejam realmente importantes para você proporciona aumento de foco e maior qualidade em sua realização. Ao delegar taref as, lem bre-se de f azer a confirm ação do que foi atribuído. A confirmação é uma verificação feita logo após a atribuição da tarefa. Por exem plo, se você pediu a um funcionário para fazer um levantam ento das notas ficais em itidas no períod o de 11 a 16 de dezem bro de um determ inado ano, e que contenham produtos do lote núme ro 3413, quando terminar de delegar a taref a, cham e a atençã o de seu f uncionário dizendo gentilmente: “Bom, se você entendeu, por favor, explique-me o que acabei de lhe pedir. Vamos garantir que você m em orizou e que não t erá dúvidas no processo de e xecuçã o”.
Esse proce sso de confirm ação pode ser apli ca do a você m esm o, caso tenha sido quem rec ebeu uma incumbênci a. Ao del egar e confirm ar, você est ará gara ntindo a fixação dos detalhes em sua m em ória e a qualidade da e xecuç ão da tarefa, pois não sofrerá com esquecime ntos. Revise os fa tos importantes Durante o dia você se deslocou, conheceu pessoas, tratou de negócios, respondeu a mensagens, realizou tarefas, trabalhou, assistiu aos noticiários, enfim, abasteceu intensam ente sua m em ória. Agora, tenho uma proposta a lhe fazer: que tal manter e sse c onteúdo em sua m em ória por um tem po prolongado e disponível para quando precisar lembrar em detalhes tudo o que fez? Esse é o poder da revisão! Revisar o c onteúdo aprendi do fortalec e a mem ória e facilita a recordaç ão. Ao final do dia, e scolha um mome nto especial para investir na r evisão. P ode ser durante o ba nho, durante aquela gostosa espregui çada na cadeira da vara nda, enfim, em um mome nto de introspecçã o. Pense nos assuntos de que tra tou, nos detalhes das c onversas e nos lugare s em que esteve. Concentre-se mais nos fatos positivos que deseja lembrar e ignore lembranças dos momentos ruins, uma vez que isso pode deprimir. Tente apenas extrair aprendizado dos eventos negativos ou ignorá-los de vez. Procure reforçar seus pontos positivos e tudo o que deu c erto. No futuro, quando pre cisar rever esses eventos, terá uma lembrança muito mais nítida. Fazendo revisões estratégicas você manterá as lembranças sempre acessíveis e poderá usá-las quando prec isar, com rapidez e seguranç a. Faça e confira É prática com um nos centros cirúrgicos que, logo após o término de um a cirurgia, se faça uma conferência por meio da contagem do instrumental utilizado. O proce dime nto visa a garantir que ne nhum bisturi, tesoura ou atadura tenha sido esquecido em lugar inadequado, como dentro do corpo do paciente, por exem plo. Toda atividade complexa, que envolve grandes riscos, pede uma conferência ao término de sua execução. o dia a dia, tal cond uta tam bém pode ser a dotada para evitar esquecime ntos e prejuízos. Ao term inar de preparar o cardápio, verifique se desligou todos os acendedores do fogão. S e levou o car ro ao c onserto, abra o ca pô e ver ifique se o mecânico deixou tudo em ordem e se r etirou todas as ferr am entas do veículo (eu á encontrei um a licate no motor de m eu ca rro). Ao redigi r um contrato, espere alguns minutos e depois leia-o em voz alta, conferindo novamente todas as
cláusulas. Ser disciplinado e adotar o hábito de fazer e conferir faz com que você ganhe rapidez e segurança nas taref as. Além disso, você gara nte tranquilidade e a certeza de nã o estar e squece ndo nada. Busque e stímulos diferentes A mem ória gosta de novos estímulos. Mem orizam os intensamente aquilo que é curioso, que desperta nossa vontade de saber mais detalhes. Sair da rotina, f azer um perc urso difere nte, m udar a tela de fundo e a apar ência do com putador, ouvir um som difer ente, fazer novas am izades, reve r amigos que não encontrava há anos, estudar um assunto que nunca estudou, mudar um a mesa de lugar são algumas sugestões de novos estímulos que o aj udarã o a quebrar a rotina, forma r novas conexõ es e deixar sua m em ória preparada para sair da zona de conforto e registrar novidades. Faça palavras cruzadas Como se chamam os brincos típicos das ciganas? Qual é o nome do galo ainda jovem? Qual a profissão de Ana Botafogo? Essas perguntas foram extraídas de uma atividade de palavras cruzadas. Suas respostas são: argolas, frango e ba ilarina, r espectivam ente. Agora, dei xe-m e fazer um a per gunta: há quanto tem po você não pensava e m brincos de argola, ciganas ou em um frango? Qual foi a última vez que você escreveu a palavra bailarina? É bem provável que faç a m uito tem po, não é? O j ogo do tipo palavras cruz adas é um poderoso exer cício para a mem ória porque nos faz lem brar, de modo com pletam ente aleatório, informações que não acessávamos há muito tempo. Pe ssoas que fazem uso fre quente da s palavras c ruzadas podem se beneficiar com o ganho de raciocínio e memória mais rápidos. Para que as palavras cruzadas estimulem a memória, o ideal é dar preferência pelas versões mais fác eis, pois o número de inform ações lem bradas será maior, sendo esse o objetivo do treino: lembrar bastante. Evite as versões com nível de dificuldade maior, afin al, palavras cr uzadas não são u m “passarra iva” , ma s um passatem po. Leia mais de cinquenta livros por ano A leitura é uma das melhores fontes de exercício p ara a mem ória. Bons livros abastece m a mem ória com novos conhecimentos, promovendo uma cascata de reações químicas no cérebro e, c onsequentem ente, novas c onexões de neurônios e a ssociações de ideias.
Escolha um horário adequado (re com endo sem pre no início do dia, porque sua mente está desca nsada e rec eptiva) e crie o hábito de ler vinte pá ginas por dia. Em um mês terá lido seiscentas páginas, ou sej a, a média de quatro l ivros, que, multiplicado por doze correspondem a 48. Ao criar uma rotina e um hábito de leitura, verá , com o acontece u com igo e c om muitas outras pessoas que adotaram essa m eta, que sem pre passará das vinte páginas, ou sej a, e stará lendo mais de cinquenta livros por ano. A transferê ncia do cont eúdo do livro para a m em ória tam bém envolve e estimula os processos de recordação, tornando o raciocínio mais ágil na busca por palavras específicas em seu cada vez mais amplo vocabulário. A leitura é a refe ição fa rta para um a m ente á vida por conheci mento. Escre va ma is A Aca dem ia Brasileira de Le tras está repleta de fontes d e inspiração para quem anseia por um a mem ória privilegiada. São e scritores, poetas, autores com 60, 70, 80, 90 anos de idade e completamente lúcidos. A atividade qu e e xercem é a mais intensa par a a mem ória huma na. Escre ver exige gra nde atividade m ental e envolve diretam ente as funções d a m em ória. Para produzir um bom texto com cerca de cinquenta palavras uma verdadeira tem pestade de ideias ocorre dentro de sua c abeç a. A mente lança seus estímulos vasculhando todos os departam entos da mem ória buscando palavras, expressões, experiênc ias, com parando, associando, incluindo, excluindo, selec ionando e pinçando o que pode ser utilizado no texto. Esse turbilhão de estímulos mantém nosso cérebro vivo e a memória afiada. Tudo bem , talvez você não tenha a pretensão de se tornar um imortal da Academia Brasileira de Letras, mas tenha em mente este conselho: escrever é o mais completo exer cício para a mem ória. Assim, da próxima ve z que redigir um texto, faça- o com capricho e est ará oferec endo a su a mem ória uma deliciosa malhação cerebral.
CAPÍTULO 10 Você , campe ão de me morização
De ac ordo com a neuroci ência, a capac idade de arm azenam ento da m em ória humana não tem limites. Para você chegar ao ponto de esgotar sua memória teria de estudar de z horas por dia a o longo de trezentos anos, para lotar seu cérebro com informações. Por isso, saiba: a capacidade de memorização huma na é praticamente inesgotável. Por isso, a difere nça e ntre você e um cam peão de m em orizaçã o, que vence cam peonatos de m em ória, não é a c apacidad e de a rm azenam ento, mas a técnica e a velocidade. Portanto, se a capacidade da memória humana é inesgotável, se não há o que expandir ou ampliar, então, o que sobra para aperfeiçoar? A velocidade! Os estudos mostram que o tem po mé dio gasto por um ser hum ano para acessar inform ações devidam ente gravadas na m em ória é de 250 mil ésimos de segundo. Isso é incrível. Significa que, uma vez mem orizado, em menos de um segundo você consegue l em brar qualqu er c oisa. Se sua m em ória foi bem abastecida,
então, pode ter certeza: ela será mais rápida e mais segura que qualqu er dispositivo eletrônico existente. A psicologia cognitiva mostrou que uma pessoa comum consegue reter na memória, sem esforço, uma sequência de sete palavras ou um número de oito dígitos. Já uma pessoa c om a mem ória bem treinada consegue dez vezes isso ou mais. Em outras pal avras, com uma mem ória f ortalecida c om as técnicas mnemônicas e com a adoção de bons hábitos você consegue ter uma memória infinitas vezes m elhor. os ca mpeonatos de m em ória, é c omum haver prov as de m em orizar o nome de cem pessoas. Os jura dos sabem que todos os compe tidores consegu irão mem orizar os cem nome s, e que todos com pletarã o a prova. Send o assim, qual é o critério da c ompe tição? Ganha a prova quem memorizar mais rápido. Seguindo esse raciocínio, você deve c oncordar que pode se inscre ver em um cam peonato de m em ória c om grandes chan ces de ocup ar um a boa col ocaçã o. Basta a penas com eçar a a plicar os m étodos deste livro. E, à m edida que f or aplicando os métodos, sua m em ória ficar á tão r ápida quanto a m inha ou a de qualquer ca mpeão. Por is so, lem bre-se: b oa m em ória é m em ória rápida! Depois de tudo que mostrei neste livro, você já deve ter percebido que o melhor rem édio para a mem ória é , definitivam ente, usá-la. É como um a a cadem ia de ginástica: quanto mais a pessoa se exercita, mais forte, rápida e resistente ela fica. Tenha a memória como sua melhor amiga. Ela é o cofre mais seguro, não duvide disso. E para ter esse privilégio, você deve se aproximar novamente de sua mem ória, de suas funções naturais , envolvê-la nas tare fas, estimular, m em orizar, re visar, a té o momento em que a energia se expandirá e você será capaz de lembrar tudo que quiser. Esquece r tam bém faz parte Diari am ente, prec isamos l em brar m ilhares de informações essenciais para conduzir nossas tarefas, a vida social, pessoal, acadêm ica, re ligiosa, e para seguir c om nossos trabalhos. Esquece r um a ou outra informaç ão não deve ser enca rado com o um probl em a de m em ória, nec essariam ente. Muitas vezes, é a penas um descuido de nossa parte, e nada que um a simples e boa estratégia de recordação não possa resolver.
Quando somos j ovens, não nos preocupam os se vam os me morizar ou não um a experiência. Não nos preocupamos com a memória. Simplesmente nos entregamos às experiências, confiamos que iremos lembrar e memorizamos. Tenha c onfiança em sua m em ória, use as estratégias ce rtas nos momentos adequados e você não vai se a rre pender. Mas saiba: às vezes, é preciso esquecer para lembrar. Todos os dias, recebemos milhare s de informa ções por intermédio de nossos sentidos e tam bém aquelas geradas como produto de nossos pensamentos e divagações. Se nos lem brássem os de ca da som, cada imagem ou sensação, gastaríamos uma energia mental absurda, o que nos levaria à estafa e, quem sabe, até à loucura. Por isso, um mecanismo de proteção da m ente é o e squecim ento daquilo que não é ne cessário lem brar. Mantenha o foc o naquilo que é realm ente important e pa ra você. O que não im porta, deixe de lado, qu e seu cé rebro saberá o que fa zer. Um a boa me mória transforma a vida! Daqui para a frente, quando você for aper tar o botão de salvar de a lgum dispositivo eletrônico ou desej ar anotar algum dado im portante, algo dentro de você perguntará: “É mesmo necessário salvar essa informação? Não será mais útil mem orizar?”. Essa é a voz de sua consciênc ia transm itindo o ape lo de sua memória. Um alerta para que você entre em contato com suas funções naturais e não dependa tanto d as m em órias artificiais. Outro dia, m eu c elular caiu enquanto eu atrave ssava corre ndo uma rua. Um ônibus passou por cima dele. Eu teria perdido todos os me us contatos ou, com o dizem muitas pessoas, “toda minha vida” , não fosse o há bito que criei de memorizar números de telefone. É nesses mome ntos que devem os agradece r à m em ória. Um a boa m em ória tem um valor incalculável. Meu entusiasmo em relaç ão à m em ória não deve ser visto com o um incentivo para que você abandone seus dispositivos eletrônicos. Sei que na lista de contatos de seu smartphone é possível guarda r m ilhares de telefones. Então, proponh o que você estabeleça um convívio pacífico entre seus aparelhos eletrônicos e sua mem ória natural. É apenas uma questão de tomar a decisão correta, de aplicar bem a técnica e de confiar, e esses atributos, agora, e stão a seu alcance . Até aqui você apre ndeu
diversos hábitos e técnicas de m em orização que ce rtam ente transfo rm arão sua mem ória, e, com ela, sua vida. As técnicas são simples, seguras e per mitirão m em orizar simultaneam ente centenas de inform ações. Inclua tam bém a adoção de hábi tos saudáveis com o atividade f ísica, boa a limentaçã o, sono e a certeza de que existe um a boa memória dentro de você. O resultado é uma memória cada vez mais poderosa e admirada por você e por outras pessoas também. Viva plenamente todas as etapas de sua vida: infância, juventude, velhice. Passe por todas as experiências possíveis, faça todos os cursos que desejar, viaj e para todos os lugares, leia centenas de livros e ainda não terá usado nem um terço de sua capacidade. Portanto, não tenha m edo de quant idade de inform aç ão e aceite m em orizar tudo que for necessário. Sua m em ória é m elhor do que você im agina, e um a das form as de consolidar o conhecimento adquirido nas páginas deste livro é explicar o que você aprendeu em detalhes aos am igos. “Quanto mais você e nsina, m ais você apre nde”, j á foi dito aqui. Se você conseguir explicar detalhadamente uma teoria, um hábito ou regra , significar á que e sse c onteúdo ficou registrado em sua m em ória. Então, aproveite todas as oportunidades que encontrar e fale com seus amigos sobre este livro, sobre seu novo método de lembrar as coisas. Motive as pessoas a utilizar a memória com inteligência. Mostre a elas, pelo exemplo, que é possível e nece ssário valori zar suas c apac idades genuí nas. Surpree nda a s pessoas com seu poder de m emorização. Agora que você está terminando, proponho que presenteie outras pessoas com este livro. Ajude outras pessoas a se livrar dos esquecimentos e leve qualidade de vida ao m áxim o de pe ssoas que c onseguir. Lugar de livros não é na biblioteca , muito m enos na e stante de um a livrar ia. Lugar de livro é nas m ãos das pess oas para promover revoluções. O mundo precisa disso. Mostre para seus amigos, parentes e colegas que é possível conseguir aquela boa memória que, para muitos, estava adormecida. Investir em sua memória foi uma das m elhores dec isões que você tomou. Quando olhar pa ra trás, vai ver que cuidar da m em ória foi uma experiência m uito valiosa. Mesmo que ti rem tudo de você, seu com putador, seu ce lular, sua câmera digital,
seu HD externo, me smo que você perc a o a cesso a todos os dados, ainda a ssim ser á capaz de dar a volta por cima com sua m em ória, seu cofre seguro, seu legítimo patrimônio. É a ela que você deve confiar o que sabe, e isso fará toda a diferença. Assim que fe char este livro, olhe a o seu re dor e lem bre- se da per gunta fundamental: O que posso fazer para lembrar?
Faça bom uso dessas fe rra mentas e m e m ande notícias de seus sucessos! Um a braço ! Renato Alves
[email protected] Ace sse mais conteúdo sobre e sta obra : www.editoragente.com.br/faca-seu-cerebro-trabalhar-para-voce
Document Outline Folha de rosto Créditos Agradecimentos Sumário Introdução O valor da me mória Capítulo 1 - Máquinas de m em orizar Sedentarismo ment al A ansiedade de não perder nada O círculo vicioso da fa lta de mem ória Capítulo 2 - P or que a ndamos tão esquecidos? Lembrar p ara sobreviver Mem ória pré-histórica O conforto de não precisar pensar A criptonita da me mória A rota do esq uecim ento Seu estilo de vida se r eflete em sua mem ória Capítulo 3 - Os vilões da m em ória 1 – Causas circ unstanciais Quando tudo não passa de falta de organização Sob efeito da preguiça mental A fatídica m á vontade A pressa é ini miga da m em orização A mecânica rotina Excesso de informação A perigosa distração Maturidade: quando muita experiência atrapalha 2 – Causas fisiológicas Envelhecimento Mal de Alzheim er: A tem ida doença Um alimentaçã a pagão cham Má o ado amnési a Falta de disposição física influencia as lembranças O perigoso sono insuficiente Alcoolismo e drogas que detonam a memória
3 – Causas psíquicas Estresse: a vida sob pre ssão A ansiedade que corrói Depressão: tristeza sob medida As consequ ências da desmotivaçã o Toda m em ória é boa Capítulo 4 - A chave para desenvolver sua memória Mem orizar é um processo ati vo Lembrar é um m ecani smo de defesa O m ito da m em ória boa ou ruim A reprog ram açã o da m em ória A mente no pre sente Contemplar para lembrar Diálogo interno: a chave Mem orize prime iro, lem bre depois Os mé todos mne mônicos Capítulo 5 - O método das associaçõe s simples Pa ra lem brar pa lavras ou listas Pa ra lem brar texto s ou sequências Pa ra lem brar senh as e números Pa ra lem brar nome s e fisionomias Pa ra lem brar-se de d ar re cados e fazer favo res Capítulo 6 - O m étodo dos gatilhos de m em ória Pa ra lem brar-se de t oma r um re médio no horário Pa ra lem brar-se de b eber água Para lembrar-se de falar com alguém Pa ra lem brar-se de rea lizar tare fas rot ineiras Pa ra lem brar-se de não d eixar a chave por fora Pa ra lem brar-se de não deix ar a bolsa ou cartei ra para trás Pa ra lem brar ond e e stá o c elular Pa ra lem brar onde c olocou os óculos Pa ra lem brar ond e c olocou as chaves Pa ra lem brar-se de pegar de vol ta o ca rtão de pagamento Pa ra lem brar onde pôs o pen drive Para lembrar-se de devolver algo que tomou emprestado Pa ra lem brar para quem em prestou algo Para lembrar onde estão os documentos Pa ra lem brar-se de a pagar as l uzes Pa ra lem brar-se de desl igar a TV
Para lembrar-se de usar o cinto de segurança Pa ra lem brar traj etos e lugare s Pa ra lem brar-se de acion ar o alarm e do carro ou da casa Pa ra lem brar ond e deixou o car ro Para lem brar-s e de fec har as janel as Pa ra lem brar ond e e scondeu um obje to Para lem brar-s e de agradecer a alguém Capítulo 7 - O m étodo das m em órias e xternas Pa ra lem brar datas de aniv ersário s Pa ra lem brar com promissos Pa ra lem brar-se de pagar con tas e rec eber pagam entos Pa ra lem brar númer os de telefones Pa ra lem brar-se de tel efonar para a lguém Pa ra lem brar todas as etapas de uma tare fa Capítulo 8 - Mem ória quinhentas ve zes m elhor Multiplique a potência de sua memória Suas crenças m oldam sua m em ória Acre dite e confie e m você Pre vina-se p ara esquec er m enos Capítulo 9 - Mantenha e m alta seu poder de m em orizar Ensine m ais para lem brar m ais Faça per guntas e sej a c urioso Converse com sua mem ória Descomplique sua vida Diminua a sobreca rga de taref as Revise os fa tos importantes Faça e confira Busque estímulos difer entes Faça palavra s cruzadas Leia mais de cinquenta livros por ano Escre va ma is Capítulo 10 - Você, c am peão de mem orização Esquece r tam bém faz parte Um a boa me mória transform a a vida!