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NBR 12240 Materiais metálicos - Calibração e classificação de instrumentos de medição de torque DEZ 2000
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Origem: Projeto NBR 12240:2000 12240:2000 ABNT/CB-04 ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas M áquinas e Equipamentos Mecânicos CE 04:005.15 - Comissão de Estudo de Ensaios Mecânicos Estáticos NBR 12240 - Metallic materials - Calibration and classification of torque measuring devices Descriptors: Measuring instrument. Torquemeter. Torquemeter. Calibration Esta Norma foi baseada na BS 7882:1997 Esta Norma substitui a NBR 12240:1989 Válida a partir de 29.01.2001 Palavras-chave: Palavras-chave: Instrumento de medição. Torquímetro, 8 páginas Calibração.
Sumário 1 Objetivo 2 Definições 3 Método de calibração 4 Cálculo dos resultados 5 Classificação dos instrumentos de medição de torque 6 Certificado de calibração Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo conteúdo é de respons responsabi abilida lidade de dos Comitê Comitêss Brasile Brasileiros iros (ABNT/C (ABNT/CB) B) e dos Organism Organismos os de Normali Normalizaç zação ão Setor Setorial ial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo
Esta Norma prescreve o procedimento para a calibração e classificação de instrumentos de medição de torque incluindo aqueles aqueles utilizados para a calibração calibração de ferramentas ferramentas de torque manual. manual. Ela descreve descreve o método de calibração, calibração, o cálculo dos resultados resultados da calibração calibração e a classificação classificação do instru i nstrumento mento de medição medição de torque no modo estático. As informações informações a serem dadas no certificado de calibração também são apresentadas. 2 Definições 2.1 torque (momento da força): Produto da força f orça e do comprimento. comprimento. 2.2 instrumento de medição de torque: Sistema que compreende um transdutor de torque elétrico, mecânico, hidráulico
ou ótico, com a instrumentação associada.
NOTA - A instrumentação pode ser um instrumento eletrônico, um dispositivo mecânico, isto é, um sistema escala/ponteiro, ou um manômetro (tubo de Bourdon). 2.3 padrão de referência: Padrão usado para gerar ou medir torques aplicados ao instrumento de medição de torque a
ser calibrado.
NOTA - Torques podem ser gerados gerados por meio de um braço de alavanca alavanca e massas massas calibradas calibradas utilizadas utilizadas para produzir forças conhecidas. conhecidas. Alterna Alternativ tivamen amente te,, torque torquess aplicad aplicados os a um instrum instrumen ento to de medição medição de torque torque a ser calibra calibrado do podem podem ser medido medidoss pelo uso de um instrumento de medição de torque de referência.
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NBR 12240:2000 2.4 calibração de torque: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores
indicados por um instrumento de medição de torque e os valores correspondentes aos padrões de referência.
2.5 resolução ( r ): Menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida no dispositivo indicador do
instrumento de medição de torque.
2.6 limite mínimo de calibração ( C 1): Valor mínimo de torque no qual um instrumento de medição de torque, de uma
dada classe, pode ser calibrado.
2.7 erro relativo de repetitividade ( R 1): Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo
torque, efetuados sob mesmas condições de medição. A repetitividade é expressa como um percentual da média das leituras indicadas (séries 1 e 2) para um dado torque (ver 3.7.3.2).
2.8 erro relativo de reprodutibilidade (R 2 ): Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um
mesmo torque, efetuadas sob condições variadas de medição. A reprodutibilidade é expressa como um percentual da média das leituras indicadas (séries 1 e 3) para um dado torque (ver 4.3.2). 2.9 leitura indicada (I o ): Diferença algébrica entre a leitura do dispositivo indicador de torque em zero inicial e a leitura do
dispositivo indicador para cada torque aplicado, nas séries de medições.
NOTA - A leitura do zero no dispositivo indicador deve também ser subtraída de algum valor residual do dispositivo indicador, quando o torque for removido. 2.10 erro relativo de interpolação (E it ): Diferença do valor da média das leituras indicadas para um dado valor de torque
crescente e o correspondente valor calculado da leitura indicada para um dado torque, obtida a partir de uma curva ajustada matematicamente. É expresso como um percentual da média das leituras indicadas (séries 1, 2 e 3) para um dado torque (ver 4.4.3). 2.11 erro relativo de torque zero (E Z ): Máximo torque residual das leituras indicadas, após aplicação e remoção de uma
série de torques. É expresso como um percentual da média das leituras indicadas para o torque máximo aplicado (ver 4.5.2).
2.12 erro relativo de reversibilidade (E h ): Diferença entre as médias das leituras indicadas, obtida para um dado torque,
aplicado em um modo crescente, e a média das leituras indicadas, obtida para o mesmo torque aplicado, em um modo decrescente. É expresso como um percentual da média das leituras indicadas (séries 1, 2 e 3) para um dado torque (ver 4.6.1). 2.13 erro relativo de indicação ( E i): Quando a unidade do dispositivo indicador estiver em unidade de torque, o erro de
indicação deve ser a média das leituras indicadas para um dado valor de torque crescente, menos o valor verdadeiro convencional correspondente do torque. É expresso como um percentual do valor verdadeiro convencional do torque (ver 4.7.2). NOTA - Para os propósitos desta Norma, o valor verdadeiro convencional do torque é o valor indicado pelo padrão de referência. 2.14 modo de aplicação de força: Direção de um torque crescente ou decrescente, e sentido horário ou anti-horário
aplicado transversalmente sobre o eixo de rotação, quando visto da extremidade do instrumento de medição. 3 Método de calibração 3.1 Geral
Para garantir que a classificação seja consistente com a resolução do dispositivo mostrador de torque, um limite mínimo de calibração deve ser determinado. 3.2 Resolução do indicador ( r ) 3.2.1 Escala analógica
Quando a indicação do instrumento de medição de torque for medida por um dispositivo mostrador com uma escala analógica, isto é, um disco de medida ou um manômetro (tubo de Bourdon), a resolução ( r ) deve ser determinada a partir das razões entre a largura do ponteiro e a distância de centro a centro entre duas marcas de graduação adjacentes da escala (intervalo da escala). NOTA - As razões devem ser 1/2, 1/5 ou 1/10.
Um espaçamento de 1,25 mm ou maior deve ser usado para a estimativa de um décimo da divisão na escala. A resolução deve ser expressa na unidade do SI de torque (N.m). 3.2.2 Escala digital
Quando a indicação do instrumento de medição de torque for medida por um dispositivo mostrador com uma escala digital, isto é, um dispositivo elétrico, a resolução ( r ) deve ser determinada quando não existir torque aplicado ao instrumento de medição de torque. Ela deve ser igual à metade da faixa de flutuação do incremento do último dígito do dispositivo indicador, mas não deve ser menor que um incremento do indicador. A resolução deve ser expressa na unidade SI de torque (N.m).
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NBR 12240:2000 3.3 Limite mínimo de calibração (C l)
A calibração não deve ser realizada abaixo do torque correspondente à indicação determinada como segue: Cl = a x r onde a tem os seguintes valores: - 2 000 para uma classe 0,1 do instrumento de medição de torque; - 1 000 para uma classe 0,2 do instrumento de medição de torque; - 400 para uma classe 0,5 do instrumento de medição de torque; - 200 para uma classe 1,0 do instrumento de medição de torque; - 100 para uma classe 2,0 do instrumento de medição de torque; - 40 para uma classe 5,0 do instrumento de medição de torque. r é
a resolução determinada de acordo com 3.2.
3.4 Condições do instrumento de medição de t orque 3.4.1 A calibração não deve ser iniciada, a não ser que o instrumento de medição de torque esteja em perfeitas condições
de funcionamento e esteja identificado com número de série e valor máximo de torque.
3.4.2 Todas as partes do instrumento de medição de torque devem ser identificadas de acordo com 3.4.1. Quando
apropriado, os cabos de sinal, as caixas interruptoras, as interfaces, os computadores e seus programas devem ser considerados como parte do sistema. 3.4.3 Quando um dispositivo indicador elétrico, utilizado com um transdutor de torque, for substituído por outro, os se-
guintes requisitos devem ser satisfeitos para garantir que a calibração não seja invalidada:
a) o dispositivo indicador original deve ter sido calibrado e rastreado a padrão de referência, em uma faixa igual ou maior que a faixa na qual ele será utilizado com o transdutor de torque; b) o dispositivo indicador substituto deve ter uma resolução igual ou melhor que o indicador anterior e deve ter sido ca-librado e rastreado a padrão de referência, nas mesmas unidades e cobrindo a faixa na qual ele será utilizado com o transdutor de torque; c) os certificados para os dois dispositivos indicadores que mostram as leituras do instrumento de medição de torque devem concordar com os valores dados abaixo, através da faixa de classificação do instrumento de medição de torque: - ± 0,05% da leitura indicada para uma classe 0,1 do instrumento; - ± 0,10% da leitura indicada para uma classe 0,2 do instrumento; - ± 0,25% da leitura indicada para uma classe 0,5 do instrumento; - ± 0,50% da leitura indicada para uma classe 1,0 do instrumento; - ± 1,00% da leitura indicada para uma classe 2,0 do instrumento; - ± 2,50% da leitura indicada para uma classe 5,0 do instrumento; d) se for necessário trocar os cabos, os novos devem ser eletricamente idênticos aos originais para garantir que a calibração permaneça válida. 3.5 Calibração de torque 3.5.1 Os valores para a máxima incerteza admissível dos torques calibrados, para a determinação das diferentes clas-
sificações do instrumento de medição de torque, não devem exceder os valores dados na tabela 1.
3.5.2 Todas as grandezas utilizadas, tais como massa, comprimento, aceleração, temperatura, etc, devem ter rastreabi-
lidade a padrões nacionais e internacionais.
Tabela 1 - Incerteza da calibração de torque
Classe do instrumento de medição de torque 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0 1)
Incerteza máxima admissível na calibração de torque1) % ± 0,02 ± 0,04 ± 0,10 ± 0,20 ± 0,40 ± 1,00
Usando um fator de abrangência de k = 2 para um nível de confiança de aproximadamente 95%.
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NBR 12240:2000 3.5.3 Quando um instrumento de medição de torque for utilizado para realizar uma calibração de torque, ele deve estar em
conformidade com a tabela 1.
3.6 Procedimento preliminar 3.6.1 Alinhamento 3.6.1.1 Ajustar o instrumento de medição de torque em uma posição e montagem apropriadas, de maneira que ele possa
ser movimentado, por exemplo girar em 90 ° na direção horária sobre seu eixo de medição principal, entre séries. Quando o projeto ou especificação do instrumento de medição de torque não permitir que ele seja girado, deve-se desconectá-lo fisicamente e removê-lo do instrumento de medição de referência e então reconectá-lo. 3.6.1.2 Quando utilizar um braço de alavanca, deve-se garantir que não haja desalinhamento do conjunto instrumento de
medição de torque/braço de alavanca no seu eixo axial.
3.6.1.3 Quando utilizar um instrumento de medição de torque de referência, deve-se garantir que não haja desalinhamento
do conjunto instrumento de medição de torque/instrumento de medição de torque de referência no seu eixo axial. 3.6.2 Temperatura ambiente
3.6.2.1 Quando o instrumento de medição de torque for elétrico, conectar o transdutor de torque, o dispositivo indicador, as
caixas interruptoras, as interfaces, etc., usando os cabos elétricos associados. Ligar e esperar o aquecimento durante o período especificado no manual do fabricante. Na ausência de alguma recomendação, energizar o sistema pelo menos por 15 min.
3.6.2.2 Posicionar o termômetro perto do braço de alavanca ou do transdutor de torque de referência e do transdutor de
medição de torque a ser calibrado. Esperar que os instrumentos de medição de torque e todas as partes relevantes do equipamento para calibração atinjam uma temperatura estável. Registrar a temperatura no início e no final de cada série de medição. o
o
3.6.2.3 Calibrar o instrumento de medição de torque em uma temperatura na faixa de 18 C a 28 C. A temperatura não deo
ve variar mais que ± 1 C durante as séries de medição. 3.6.3 Dispositivo indicador
3.6.3.1 Fazer verificações e realizar ajustes no dispositivo indicador, de acordo com o manual do fabricante. Selecionar a
unidade medição, por exemplo N.m, divisões, etc.
3.6.3.2 Quando um instrumento de medição de tensão for usado como dispositivo indicador, fazer verificações e realizar
ajustes de acordo com o manual do fabricante. Selecionar a faixa de medição apropriada, por exemplo V, mV ou µV. 3.6.4 Medição da força adicional
3.6.4.1 Antes de qualquer calibração, aplicar uma força adicional no instrumento de medição de torque com seus
componentes de conexão associados, no sentido de aplicação de força apropriado, isto é, direção horária ou anti-horária, três vezes, sucessivamente, com um torque de no mínimo 8% e no máximo 12% acima do torque máximo do instrumento como especificado pelo fabricante. Manter cada força adicional por um período entre 1 min e 1,5 min.
3.6.4.2 Registrar as leituras do instrumento de medição em zero, antes de cada série de aplicação de torque em não me-
nos que 30 s após a remoção do torque.
3.6.4.3 Ignorar a mudança na leitura do indicador em zero, antes e depois da primeira força adicional. Após esta, expressar
a máxima variação da leitura do indicador em zero, produzido por duas forças adicionais subseqüentes como um percentual da média das leituras indicadas, obtida a partir de três aplicações do torque máximo. Este valor deve ser comparado aos valores dados na tabela 2. Tabela 2 - Requisitos preliminares para classificação
Classe 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0
Valor residual máximo do torque em zero, expresso como percentual da média das leituras indicadas do torque máximo % ± 0,02 ± 0,04 ± 0,10 ± 0,20 ± 0,40 ± 1,00
3.7 Procedimento de calibração 3.7.1 Princípio 3.7.1.1 Após realização dos procedimentos preliminares dados em 3.6 e antes de iniciar o procedimento de calibração,
aplicar uma força adicional no instrumento de medição de torque com o torque máximo no sentido de aplicação de força apropriado, isto é, direção horária ou anti-horária. Quando o instrumento de medição de torque for calibrado em ambos os sentidos de aplicação de força, aplicar uma força adicional no instrumento de medição de torque antes de usá-lo em cada sentido.
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NBR 12240:2000 3.7.2 Seleção das faixas de torque
3.7.2.1 Realizar uma série de no mínimo cinco valores crescentes de torque, em intervalos aproximadamente espaçados,
no instrumento de medição de torque, de 20% a 100% da faixa nominal.
NOTA - Se a calibração solicitada for realizada abaixo de 20%, os pontos de medição de 10%, 5% e 2% da faixa nominal podem ser usados adicionalmente, contanto que eles sejam maiores que o limite mínimo da faixa nominal da calibração realizada. 3.7.2.2 Quando o uso do instrumento de medição de torque de referência e o instrumento de medição de torque, solicitar
que ambos os sentidos de torque crescentes e decrescentes sejam medidos, selecionar os valores de acordo com 3.7.2.1. 3.7.2.3 Um torque crescente deverá sempre ser aplicado na direção do valor mínimo de torque. Um torque decrescente
deve sempre ser aplicado na direção do valor superior de torque.
NOTA - Quando um instrumento de medição de torque de referência for calibrado em ambos os valores de torques crescentes e decrescentes, ele pode ser usado para determinar torques em qualquer um destes sentidos. 3.7.3 Aplicação de torques de calibração 3.7.3.1 Aplicar torque em qualquer um dos seguintes sentidos: horário ou anti-horário (ver 3.7.3.2) ou em ambos os sen-
tidos horário e anti-horário (ver 3.7.3.3).
3.7.3.2 Após aplicação da força adicional do torque máximo, remover a força e, quando possível, tarar a leitura no dis-
positivo indicador para zero e registrar. Quando a leitura no dispositivo indicador não puder ser tarada em zero, deve-se então registrar a leitura. Aplicar duas séries de medição de torques crescentes, seguidas por torques decrescentes, se apropriado, no sentido horário ou anti-horário como requerido para o instrumento de medição de torque sem mudança da posição de montagem. Interromper e remontar o instrumento de medição de acordo com 3.6.1.1. Após a reconexão, aplicar força no instrumento de medição uma vez no torque máximo e então aplicar uma terceira série crescente, seguido por uma série decrescente quando apropriado, no mesmo sentido. 3.7.3.3 Quando o instrumento de medição de torque for requerido para ser calibrado em ambos os sentidos, horário e anti-
horário, seguir o procedimento dado em 3.7.3.2. Aplicar três séries de medição no sentido horário, seguidas por três séries de medição no sentido anti-horário. 3.7.3.4 Registrar as leituras do dispositivo indicador com torque em zero aplicado no instrumento de medição, antes e após
cada série de medição. A leitura indicada pode ser tarada para zero no início de cada série de medição.
3.7.3.5 O intervalo entre a aplicação sucessiva e a remoção dos torques deve ser o mais uniforme possível. Registrar a
leitura do dispositivo indicadora não menos que 30 s após cada aplicação ou remoção de torque. Para a determinação do erro de zero, registrar a leitura em zero a não menos que 30 s após a remoção completa do torque. 4 Cálculo dos resultados 4.1 Leitura indicada ( I O)
Subtrair algebricamente a leitura do dispositivo indicador de torque em zero inicial, da leitura indicada para cada torque aplicado e o torque em zero final, nas séries de medições. 4.2 Erro relativo de repetitividade ( R 1) 4.2.1 Para cada valor de torque crescente ou quando apropriado torque decrescente, aplicado no sentido horário ou anti-
horário, calcular o erro relativo de repetitividade da leitura indicada para a primeira e segunda séries de medição de torque.
4.2.2 Expressar o erro relativo de repetitividade como um percentual da média da leitura indicada para a primeira e a se-
gunda séries, usando as equações (1) e (2): I O1
=
(I 1 + I 2 ) 2
... (1)
onde: I O1
é a média das leituras indicadas em torque;
I 1 e I 2 são
as leituras do dispositivo indicador para torques crescentes (séries 1 e 2) ou, quando apropriado, para torques decrescentes (séries 1 e 2). R 1
(I - I ) = máx. mín. × 100% I O1
... (2)
onde: R 1 é
o erro relativo de repetitividade;
I máx. e I mín. são
os valores máximos e mínimos respectivamente de I 1 e I 2.
4.3 Erro relativo de reprodutibilidade ( R 2) 4.3.1 Para cada valor de torque crescente ou, quando apropriado, torque decrescente, aplicado no sentido horário ou anti-
horário, calcular o erro relativo de reprodutibilidade do torque indicado para as três séries de medição de torque.
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NBR 12240:2000 4.3.2 Expressar o erro relativo de reprodutibilidade como um percentual da média das leituras indicadas para as três séries
de medição, usando as equações (3) e (4): (I 1 +
=
I O2
I 2
I 3 )
+
3
... (3)
onde: é a média das leituras indicadas de torque;
I O2
I 1, I 2
e I 3 são as leituras do dispositivo indicador de torques crescentes (séries 1, 2 e 3) ou, quando apropriado, torques decrescentes (séries 1, 2 e 3). R 2
(I − I ) = máx. mín. × 100% I O2
... (4)
onde: R 2 é
o erro relativo de reprodutibilidade;
I máx. e I mín. são
os valores máximo e mínimo respectivamente de I 1, I 2 e I 3.
4.4 Erro relativo de interpolação ( E it) 4.4.1 O erro relativo de interpolação somente deve ser determinado quando a leitura indicada for expressa em unidades
que não sejam as de torque, por exemplo em unidades de V, mV, etc.
4.4.2 Calcular uma equação polinomial de primeiro ou segundo graus de "melhor ajuste", relacionando a média das leituras
indicadas para torques crescentes. Um balanceamento igual deve ser feito para todos os pontos. Calcular a série polinomial de maneira que a soma dos quadrados dos resíduos, isto é, o afastamento dos valores reais lidos dos valores calculados pela equação, seja mínima. 4.4.3 Em cada medição de torque crescente, calcular o resíduo como um percentual da média das leituras do indicador
para as três séries de aplicação de torque, usando a equação (5): I O2 − I com × 100% E it = I com
... 5)
onde: E it é
o erro relativo de interpolação;
I com é
o valor ajustado para cada leitura indicada de torque crescente.
4.5 Erro relativo de torque zero ( E Z) 4.5.1 Calcular o erro relativo de torque zero a partir do resíduo máximo da leitura indicada após a aplicação e remoção de
uma série de torque.
4.5.2 Expressar o erro como um percentual da média das leituras indicadas para as três séries de aplicações do torque
máximo, usando a equação (6): I r máx. × 100% I máx.
E Z =
... (6)
onde: E Z é
o erro relativo de torque zero;
I máx. é
o resíduo máximo de torque em zero da leitura do dispositivo indicador;
é a média das leituras indicadas em torque máximo.
I máx.
4.6 Erro relativo de reversibilidade ( E h) 4.6.1 Expressar o erro relativo de reversibilidade como um percentual da média das leituras indicadas para as três
aplicações do torque dado, usando a equação (7). I dec − I inc × 100% E h = I inc
onde: E h é
o erro relativo de reversibilidade;
I inc é I dec
a média das leituras indicadas para as três séries de torque crescente; é a média das leituras indicadas para as três séries de torque decrescente.
... (7)
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NBR 12240:2000 4.7 Erro relativo de indicação ( E i)
4.7.1 O erro relativo de indicação somente deve ser determinado quando a unidade de indicação estiver expressa em
unidades de torque.
4.7.2 Calcular para cada valor de torque crescente, aplicado na sentido horário ou anti-horário, o erro relativo de indicação
para um dado torque. Calcular para cada valor de torque crescente a média das leituras indicadas, I t para as três séries de medição e expressar o erro de indicação como um percentual do valor verdadeiro convencional do torque ( T a), por exemplo o valor aceitável do torque aplicado, usando a equação (8): E i
I − T = t a × 100% I t
... (8)
onde: E i é I t
o erro relativo de indicação;
é a média das leituras indicadas para as três séries de torque crescente;
T a é
o valor verdadeiro convencional de torque crescente.
5 Classificação dos instrumentos de medição de torque 5.1 Procedimentos para classificação 5.1.1 Princípio 5.1.1.1 Quando a unidade da leitura indicada for expressa na unidade de torque, e torques crescentes forem aplicados, a
classificação e a faixa desta devem ser determinadas para os seguintes parâmetros: repetitividade, reprodutibilidade, erro de zero e erro de indicação. Quando torques decrescentes também forem aplicados, a classificação e a sua faixa de medição para o erro de reversibilidade também devem ser determinadas em complemento aos parâmetros acima. 5.1.1.2 Quando a unidade da leitura indicada for expressa em unidades que não as de torque, e torques crescentes forem
aplicados, a classificação e a faixa desta devem ser determinadas para os seguintes parâmetros: repetitividade, reprodutibilidade, erro de zero e erro de interpolação. Quando torques decrescentes também forem aplicados, a classificação e a sua faixa de medição para o erro de reversibilidade também devem ser determinadas em complemento aos parâmetros acima. 5.1.2 Classificação e sua faixa 5.1.2.1 Para permitir uma análise dos resultados da calibração, uma classificação deve ser selecionada em consistência
com a aplicação do instrumento de medição de torque e a classificação preliminar determinada em 3.6.4.3.
5.1.2.2. Os valores dos erros de cada torque aplicado a partir do torque máximo, calculados para cada parâmetro que está
sendo classificado, não devem exceder o valor dado para as classificações determinadas na tabela 3. A classificação cessará na aplicação do primeiro torque onde o limite para a classificação for excedido. A mínima faixa de medição para uma classificação deve ser de 20% a 100% do torque máximo.
5.1.2.3 Se estiver em conformidade com 5.1.2.2, em relação a todos os parâmetros selecionados para os quais a
classificação está sendo solicitada, a classificação deve então ser julgada como satisfatória. Se a faixa de um ou mais dos parâmetros não estiver compatível com os requisitos de 5.1.2.2, a análise deve então ser repetida para determinar a conformidade com uma classificação inferior. NOTAS 1 Quando forem aplicados torques abaixo de 20% do torque máximo, e todos os resultados concordarem com os requisitos de 5.1.2.2, a faixa de medição da classificação selecionada pode ser estendida. 2 Uma segunda classificação de uma classe inferior e de uma faixa estendida pode ser c oncedida, contanto que todos os requisitos de 5.1.2.2 estejam em conformidade com relação à classe inferior. Por exemplo :
- Classe 1,0: de 20 N.m até 100 N.m; - Classe 2,0: de 5 N.m até 100 N.m. Tabela 3 - Critério para classificação dos instrumentos de medição de torque
Classe
Erro relativo de repetitividade
0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0
0,05 0,10 0,25 0,50 1,00 2,50
R 1
Erro máximo admissível do instrumento de medição de torque % Erro relativo Erro relativo de Erro relativo de Erro relativo de de reprodutibilidade interpolação zero reversibilidade R 2 E it E Z Eh
0,10 0,20 0,50 1,00 2,00 5,00
± 0,05 ± 0,10 ± 0,25 ± 0,50 ± 1,00 ± 2,50
± 0,02 ± 0,04 ± 0,10 ± 0,20 ± 0,40 ± 1,00
0,125 0,250 0,625 1,250 2,500 6,250
Erro relativo de indicação E i
± 0,05 ± 0,10 ± 0,25 ± 0,50 ± 1,00 ± 2,50
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NBR 12240:2000 6 Certificado de calibração 6.1 Quando o instrumento de medição de torque tiver sido calibrado, classificado e satisfizer os requisitos desta Norma, um
certificado de calibração deve ser emitido com as seguintes informações: a) identificação do certificado por uma referência única; b) data da emissão do certificado; c) data de calibração; d) identificação dos instrumentos (nº de série, tipo, fabricante, etc.);
e) descrição resumida do método de calibração e o tipo de instrumento de referência utilizado, incluindo a incerteza de medição do torque; f) faixa e sentido de aplicação das forças de medição de torque, para uma dada classificação. Quando a unidade da leitura indicada estiver expressa nas unidades de torque, deve ser declarado que o instrumento está em conformidade aos parâmetros de repetitividade, reprodutibilidade, erro de zero e erro de indicação. Quando a reversibilidade for determinada e classificada, isso também deve ser declarado. Quando a unidade da leitura indicada estiver expressa em outras unidades que não de torque, deve ser declarado que o instrumento está em conformidade aos parâmetros de repetitividade, reprodutibilidade, erro de zero e erro de interpolação. O grau da equação determinada e os coeficientes obtidos também devem ser declarados. Quando a reversibilidade for determinada e classificada, isso também deve ser declarado; g) temperatura média durante a calibração do instrumento de medição de torque e sua faixa de variação, ou a temperatura máxima e mínima; h) tabela dos valores de medição; i)
tator de conversão para unidades do S.I., quando apropriado.
6.2 Intervalo de calibração
O instrumento de medição de torque deve ser calibrado no mínimo a cada 12 meses e quando sofrer qualquer dano ou quando for submetido a algum reparo. ________________