A NAÇÃO OMOLOKO Certos da importância da cultura negra e ameríndia em nosso país, decidimos compartilhar as informações que foram pesquisadas sobre o ritual religioso conhecido como Nação de Omolokô Como em todas os rituais que compõem a religião afro!ameríndia!brasileira, h" #ariações entre uma casa de culto e outra onde o ritual de nação Omolokô $ praticado % importância importância de se conhecer um pouco desse ritual est" ligada a pr&pria hist&ria do N'()O e do *N+O em nosso país -radicionalmente europ$ia, .anta Catarina registra em seu passado hist&rico um forte domínio da cultura branca, a começar pelos pr&prios portugueses açorianos que po#oaram o litoral sul do /rasil, al$m $ claro dos alemães e italianos, ho0e fortemente representados e reconhecidos em todo territ&rio nacional pelas festas de outubro Onde entram as parcelas Negra e %meríndia na formação cultural do .ul do /rasil 1 2artindo de uma pesquisa sobre a cultura afro!brasileira da (rande 3lorian&polis, decidimos tornar p4blico o material pesquisado, possibilitando uma #iagem pela hist&ria que at$ pouco tempo era contada sem a preocupação do registro formal, tão necess"rio para a sua perman5ncia na posteridade +urante a pesquisa reali6ada sobre os rituais afro!brasileiros e7istentes na (rande 3lorian&polis, identificamos a 8mbanda como sendo a pr"tica ritualística mais tradicional ainda em ati#idade 'la apresenta!se com di#ersas sub!denominações para seus rituais entre as quais 8mbanda de Omolokô O Omolokô, apresenta!se como um segmento de origem africana que surgiu no /rasil oriundo de uma miscigenação que ocorreu na $poca da escra#idão %final, os rituais religiosos que encontramos atualmente nos terreiros são heranças de um tempo onde a cultura negra era en#ol#ida num sincretismo que unia os ori7"s africanos aos santos cat&licos Nas sen6alas, a cultura cu ltura negra ricamente representada repres entada era mantida de forma f orma original aos olhos dos negros e paramentada com formas e ob0etos que pudessem satisfa6er os interesses dos senhores donos das terras Como relatam in4meros autores que escre#eram sobre religião afro!brasileira, por bai7o das imagens de santos cat&licos esta#am 9assentados9 os Ori7"s O Omolokô $ origin"rio do )io de :aneiro, que tamb$m ser#iu de berço para o surgimento da 8mbanda, conforme relatam alguns estudiosos No )io de :aneiro, antes mesmo da origem oficial da 8mbanda ;<=>?@, 0" eram comuns pr"ticas afro!brasileiras similares ao que ho0e conhecemos como Cabula e Omolokô % cultura de um país $ a#aliada pelos refle7os con0unturais das ati#idadesA científicas, artísticas e religiosas religiosas de um po#o '#identeme '#identemente nte essa cultura cultura foi adquirida aos poucos, ad#indas de outras culturas atra#$s dos s$culos .egundo -ancredo da .il#a 2into, -at" -i nkice, em seu li#ro Culto Omolokô ! Os 3ilhos de -erreiro ! Omolokô $ uma pala#ra ioruba, que significaA Omo ! filho e Oko ! fa6enda, 6ona rural onde esse culto, por causa da repressão policial que ha#ia naquela $poca, os rituais eram reali6ados na mata ou em lugar de difícil acesso dentro das fa6endas dos donos de escra#os
-al#e6 por causa disso ho0e temos as denominações de Bterreiro e roça para os lugares onde os cultos afro!brasileiros são reali6ados Nesse culto os ori7"s possuem nomes ioruba ;Nagô@, at$ seus Oriki ;tudo aquilo que se relaciona ao Ori7"@ e seu Oruk& ;nome@ são tra6idos atra#$s do 0ogo de b46ios ou f" .eus assentamentos parecem!se com os do candombl$ Nagô Os '7us tamb$m são feitos de argila a semelhança de uma pessoa ou então simbolicamente em ferro 2odemos relacionar o significado da pala#ra Omolokô tamb$m ao Ori7" Okô, a deusa da agricultura, que era adorado nas noites de lua no#a pelas mulheres agricultoras de inhame %ntigamente, o Ori7" Oko era muito cultuado no )io de :aneiro 'sse Ori7" era assentado 0unto com O7ossi, o que #iria dar maior consist5ncia a origem do culto Omolokô que $ fortemente influenciado por O7ossí O culto a O7ossi $ o que melhor marca o conte7to religioso dos negros afro!brasileiros, bastando que para isso notarmos o destaque dado ao culto de caboclo, que est" intrinsecamente ligado a O7ossi -amb$m segundo o -at" -i nkice -ancredo da .il#a 2into, considerado o organi6ador do culto Omolokô no /rasil, na Dfrica, os sacerdotes do culto Omolokô reali6a#am suas liturgias em noites de lua cheia sob a copa de uma frondosa "r#ore carregada de frutos parecidos com maçã .egundo ele, o culto Omolokô chegou ao /rasil pro#eniente do sul de %ngola, onde era praticado por uma pequena nação pertencente ao grupo Eunda!Fuiôco que fica#a as margens do rio Gambe6e, que chama#am Gambi e que lhes fornecia alimentação no período das cheias
Quem foi Tancredo da Silva Pinto, considerado o organizador do culto Omolo! no "rasil# -ancredo da .il#a 2into, -at" -i nkice, nasceu no dia <> de agosto de <=>H, no Iunicípio de Cantagalo ! ): %inda na adolesc5ncia foi morar na cidade do )io de :aneiro, na $poca +istrito 3ederal .eus pais eram /elmiro da .il#a 2into e 'dJiges de Iiranda 2into, e seus a#&s maternos eram Ianoel Eui6 de Iiranda e Kenriqueta Iiranda .eu a#ô fundou os primeiros blocos carna#alescos da localidade %#ança e B-reme -erra e o BCordão Iístico, uma mistura de caboclo com ritual africano, no qual uma tia sua chamada Olga saía fantasiada como )ainha (inga, rainha do antigo reino de Iatamba 'm <=L>, fundou a 3ederação 8mbandista de Cultos afro!brasileiros para resistir as grandes perseguições que a 8mbanda sofria em di#ersos 'stados brasileiros 3undou 3ederações nos 'stados de Iinas (erais, )io de :aneiro, .ão 2aulo, )io (rande do .ul e 2ernambuco, entre outras, ob0eti#ando organi6ar e dar maior respeitabilidade e personalidade aos cultos afro! brasileiros Com o intuito de di#ulgar os cultos afros, criou as festas religiosas de eman0", no )io de :aneiroM a festa a alo7", em 2ampulha e Cru6and5, em Iinas (eraisM a festa do 2reto elho, em nhoaíba, homenageando a grande ialori7" Iãe .enhora, na cidade do )io de :aneiroM festa de Pangô em 2ernambucoM o e#ento Boc5 sabe o que $ 8mbanda1, reali6ado no 'st"dio do Iaracanã, na %dministração do +r Carlos Eacerda, e, finalmente a 3esta da 3usão do 'stado do )io de :aneiro com o 'stado da (uanabara, reali6ada no centro da 2onte )io!Niter&i )ecebeu em .essão .olene na Câmara 'stadual do antigo 'stado da (uanabara e tamb$m da Câmara Iunicipal de taguaí, o -ítulo de Cidadão Carioca, pelos ser#iços prestados em fa#or do
po#o umbandista -ancredo escre#eu mais de trinta obras liter"rias di#ulgando a 8mbanda, entre elasA Qao, Camba de 8mbanda, Catecismo de 8mbanda, Negro e /ranco na Cultura )eligiosa afro!brasileira, %s Iirongas de 8mbanda, Cabala 8mbandista, +outrina e )itual de 8mbanda no /rasil, )e#ista Iironga, entre outras -ancredo da .il#a 2into foi sepultado no dia >R de setembro de <=S=, Ts >hs, na quadra S>, carneiro U?<>, no Cemit$rio de .ão 3rancisco Pa#ier, T )ua 2ereira de %ra40o, nV HH, no )io de :aneiro ! ): %s despedidas ao corpo de -ancredo foram reali6adas no l5 de 8mbanda /ab" O7alufam, situado a %#enida dos talianos nV< em Coelho Neto, onde seu corpo foi #elado No li#ro de registro de filhos de santo estão registrados mais de ULWW filhos de santos que foram iniciados pelo -at" -i nkice O .irum ;%7e75@, cerimônia de encomenda do corpo de pessoa falecida foi reali6ado por :os$ Catarino da Costa, conhecido como G$ Crioulo, filho de Papanam e confirmado como Ogan Xalof$ no -erreiro de -io 2aulino da Iata e -ia Olga da Iata O moti#o que le#ou -ancredo a criar federações umbandistas para defender os direitos dos cultos afro!brasileiros desenrolou!se na casa de santo de sua tia Olga da Iata 'stando em casa de sua tia Olga da Iata, na %#enida Nilo 2eçanha, R Coisa semelhante acontecia nos terreiros de 8mbanda em 3lorian&polis, onde as giras eram acompanhadas por palmas e eram reali6as quase sempre em hor"rios alternados entre a tarde e a noite 'm /elo Kori6onte, foi institucionali6ado o dia <> de agosto como sendo o dia consagrado a Nação Omolokô, conforme registro em %ta elaborada em reunião reali6ada T )ua Conde +$u nVHRR, /airro era Cru6, /elo Kori6onte, na sede da 3raternidade para 'studos e 2r"ticas Iedi4nicas, presidida pelo +r YamQ (uimarães, Okala de Pangô e filho de santo do -at" -ancredo % bandeira que representa a Nação Omolokô acha!se em e7posição na -enda 'spírita -r5s )eis de 8mbanda, T )ua /asílio de /rito, HU, Cachambi, I$ier, )io de :aneiro 'sta bandeira, tra6ida da Dfrica pelo +r %ntônio 2ereira Camelo, foi en#iada por um -at" Gambura da (uin$ para que fosse entregue a -ancredo da .il#a 2into % bandeira $ na cor #erde garrafa, com o desenho de uma pena branca no centro e uma linha longitudinal branca partindo do canto esquerdo superior
para o canto direito inferior da bandeira, que mede apro7imadamente L>7L> de cumprimento e largura 2esquisas mais recentes dão conta de que a origem do nome Omolokô pode tamb$m estar ligado ao po#o Eoko, que era go#ernado pelo rei 3arma, no .ertão de .erra Eeoa 'le foi o rei mais poderoso entre todos os Ianes .ua cidade chama#a!se BEoko0a e locali6a#a!se a margem do )io Iitombo, afluente do rio /5nue, que por sua #e6 $ afluente do grande rio Niger Eoko0a fica#a pr&7ima do reino ioruba O po#o Eoko tamb$m era conhecido pelos nomes de Eagos, Eândogo e .osso O nome BEoko foi primeiramente registrado em W -amb$m h" registro de desse po#o com o nome de Eoguro Os Eokôs #i#eram at$ <=
% -enda 'spírita de 8mbanda :uraciara funciona na lha de .anta Catarina, ho0e tamb$m conhecida como Blha da Iagia em 3lorian&polis, e $ pro#eniente da -enda 'spírita de 8mbanda .ão .ebastião que fica#a no continente, no /airro de Coqueiros, tamb$m em 3lorian&polis 'ste terreiro foi um dos primeiros a ser estruturado em hierarquia sacerdotal em 3lorian&polis % alori7" da Casa chama#a!se :uracema )odrigu5s, e era pro#eniente do )io (rande do .ul, feita no ritual de Nação ;/atuque@ O .(N3C%+O +O -')IO OIOEOXO %lgumas #e6es tenho sido inquirido com a perguntaA BOmolokô $ 8mbanda ou Candombl$1 B % resposta s& poderia ser uma 4nicaA Omolokô $ ambas 8mbanda porque aceita em seus rituais o culto ao Caboclo e ao 2reto!elho Candombl$ porque cultua os Ori7"s africanos com suas cantigas em ioruba ou %ngola, pois como 0" disse anteriormente esse ritual foi fortemente influenciado pelas duas culturas Como pode!se #er, o ritual Omolokô não poderia ser encai7ado no grupo dos Candombl$s chamados tradicionais, aqueles que cultuam somente ori7"s africanos, pelo moti#o de que no Omolokô são cultuados os Caboclos e pretos!#elhos 2or$m pode ser encai7ado nos candombl$s não tradicionais, isto $, aqueles que cultuam ori7"s africanos e Caboclos e 2retos!elhos -amb$m como pode!se notar, a Nação Omolokô poderia ser encai7ada no grupo chamado 8mbanda, uma #e6 que cultua!se Caboclos e 2retos!elhos, entidades genuinamente de 8mbanda e h" uma forte sincreti6ação cat&lica 'le encai7a!se tamb$m como 8mbanda quando refere!se a um grande grupo religioso, a )eligião de 8mbanda 'ntão nesse momento o po#o de Omolokô se auto intitula 8mbandista, cu0o culto $ #oltado aos Caboclos e 2retos!elhos e que sigam a doutrina de amor ao pr&7imo O. .%C)3*CO. ' O3')'N+%. N% N%Z[O OIOEOXO 8ma forte característica de alguns rituais africanos $ a reali6ação de sacrifício de animais flores para os Ori7"s, herança tra6ida pelos negros escra#os e mantida ainda ho0e no /rasil, principalmente nos terreiros de Candombl$ 'ssas ati#idades são geralmente reali6adas em sessões internas en#ol#endo apenas os membros efeti#os dos terreiros ;filhos de santo@, sem espectadores ;assist5ncia@ e7ternos Nessas cerimônias s& $ permitido a presença de iniciados no culto e que tenham um grau hier"rquico dentro do terreiro +entre os animais utili6ados nas chamadas oferendas ou obrigações, são utili6adas a#es ;galinha, patas@ e animais quadr4pedes ;cabras, bodes, coelhos, carneiro@ 'ntretanto essas ati#idades chamadas de 9Obrigação de .anto9 s& acontecem em casos de iniciação sacerdotal ou em outras ocasiões muito especiais % importância e necessidade desses rituais est" no fato de se acreditar na troca de energias entre os seres humanos e os outros seres da nature6a, pois somos, todos, parte da nature6a e precisamos rea#i#ar dentro de n&s o Ori7" que todos tra6emos como herança da pr&pria Dfrica e recarregar nossa energia espiritual
.acrifica!se um animal para que atra#$s do plasma sang\íneo possa o Ori7" tomar forma e assim passar a coabitar no corpo físico e espiritual do futuro filho de santo 'ra assim que os nossos ancestrais fa6iam na Dfrica e assim o fa6emos aqui no /rasil, pois essa $ a nossa forma mais pr&7ima de mantermos #i#a essa força maior e de grande ligação ancestral, que $ o Ori7" +i#ini6ado em pensamento e forma9 ] nesse momento que o Ori7" do m$dium $ in#ocado e se fa6 presente, possibilitando uma maior interação entre o iniciado e o Ori7" dono de sua cabeça ;Ori ! Cabeça ^ P" ! guardião@ n4meras são as bibliografias que de alguma forma questionam o uso de obrigações em que são utili6ados animais como oferendas ] muito comum relacionar a pr"tica de sacrifício de animais a fase primiti#a dos negros oriundos do continente africano -al#e6, fosse essa a linguagem usada por aqueles que num passado hist&rico, condenaram a pr"tica afro^religiosa, alegando um primiti#ismo que não cabia a 9no#a9 fase do país em formação e com forte predomínio da cultura branca europ$ia ] claro que, #isto de um ângulo que não se0a o africano, essas obrigações parecem ser retr&gradas, tendo em #ista a atual 9moderni6ação9 com a qual con#i#emos 2or$m, percebe!se uma certa con#icção quanto ao 9cortar9 para o Ori7" '-%2%. 'OE8-%. +' 8I 3EKO +' .%N-O N% N%Z[O OIOEOXO Na Nação Omolokô, a primeira obrigação que um filho de santo fa6 $ o EBÓ$ O que $ 'b&1 'b& $ uma obrigação de limpe6a material e espiritual ] uma obrigação muito simb&lica, pois marca a passagem dele da #ida mundana para ingressar na #ida espiritual onde ser" iniciado para ser um sacerdote de culto afro!brasileiro %p&s o filho de santo fa6er o 'b& ele passa a ter o nome de B%biã, aquele que foi iniciado %p&s o 'b& o filho de santo fica recolhido no )onc& por um período de RH horas 2ara repousar sua mente e corpo solando ele poder" ter o seu primeiro contato íntimo com o seu ori7" % segunda obrigação que o filho de santo far" $ a COFIRMAÇÃO DE BATISMO Nesta obrigação o filho de santo escolhe um padrinho e uma madrinha que representarão seus padrinho de batismo, se estes não puderem comparecer a cerimônia No Omolokô acredita!se que o /atismo $ reali6ado uma 4nica #e6 na #ida e pode ser feito em qualquer, reali6ado quando a criança nasce, mas ele poder" ser reforçado ou confirmado no terreiro Nesta obrigação o filho de santo recebe a sua primeira guia, a guia branco ! leitoso de O7al" Nesta obrigação o filho de santo não precisa ficar recolhido no )onc&M ele ter" apenas que guardar sua cabeção do sol e do sereno durante RH horas % er!eira obrigação $ a CAT"#AÇÃO$ Nesta obrigação o %biã que est" sendo iniciado $ recolhido ao )onc& durante RHh Catulação significa B%brimento de Coroa e a sua finalidade $ abrir a passagem da mediunidade do abiã ou se0a tornar o filho de santo mais recepti#o para receber as #ibrações dos Ori7"s % Catulação $ acompanhada de um sacudimento ;eb& de limpe6a@ que $ reali6ado antes do filho de santo ser recolhido ao )onc& e $ feito um 0ogo de b46ios para #erificar o Ori7" do filho que ser" recolhido
% $uara obrigação $ o CR"%AME&TO$ % finalidade do Cru6amento $ fechar o corpo do abiã contra todas as formas de energias negati#as 'la inicia com um sacudimento ;eb&@ e um banho de er#as de prefer5ncia de er#as do Ori7" do abiã, se 0" se ti#er certe6a se o mesmo $ realmente o dono do Ori do abiã que est" em obrigação Nesta obrigação o abiã $ recolhido tamb$m por RH horas ao )onc& 'm sua saída do )onc& ele receber" a sua segunda guia, a guia do Ori7" dono do Ori % $uina obrigação $ chamado OBOR' $ 'sta obrigação ser#e para reforçar as energias do filho de santo e reali6ar o assentamento em apotí do primeiro ori7" do iaô e o recebimento de sua R_ guia % guia de seu primeiro ori7", ou se0a o dono do Orí O Obori di#ide!se em tr5s tiposA Obori frio, feito com "gua e comidas dos ori7"sM Obori de dois p$s ! feito com a#esM Obori de H p$s ! feito com animal quadr4pede 'sses Oborís serão aplicados pelo sacerdote conforme a necessidade e condições gerais do abiã Nesta obrigação o abiã ser" recolhido tamb$m por RH horas, mas ter" um resguardo a ser cumprindo em sua casa ;dormir na esteira, usar branco, não pegar sereno nem sol desnecessariamente@ por um período de quin6e ; dias dormindo na esteira , usando branco, não pegando sol e sereno desnecess"rio Nesta fase o iaô receber" o título /abakeker5 ou "keker5 e passar" a ser chamado pelo .unan referente aos seu primeiro ori7" Nesse est"gio o /abakeker5 ou "keker5 0" poder" iniciar filhos de santo, mas sob a super#isão obrigat&ria do seu /abalori7" ou "lori7" % s*ima obrigação e 4ltima $ a CAMARI&)A$ Nesta 4ltima obrigação o /abakeker5 ^ "keker5 receber" o grau de /abalori7" ou "lori7", podendo agora iniciar seus pr&prios filhos de santo e abrir sua pr&pria casa de santo Neste est"gio o filho de santo, 0" babalori7" ^ "lori7", poder" iniciar seus filhos sem a presença obrigat&ria do seu /abalori7" ^ "lori7", mas de#er" sempre respeito e obedi5ncia ao seu iniciador e com a casa de santo de onde se originou Nesta obrigação o filho de santo ser" recolhido no ronc& do terreiro durante sete ;S@ diasM receber" seu Colar de f"M sua (uia de /abalori7"^"lori7" que tem característica de uso e confecção especialM ter" que cumprir no#amente mais #inte e um ;R<@ dias de resguardo Nessa fase o filho de santo poder" assentar seu ori7" em ferro, se o dese0ar ou então dei7"!lo no apoti, se assim o preferir 'ssa obrigação inicia com um eb& e se concluir" com uma grande festa de comemoração Na Nação Omolokô que segue o ritual da tribo %rigol5 as obrigações seguem a ordem cronol&gica acima, não poder" ter sua ordem alterada
O. O)PD. NO C8E-O +' OIOEOXO Fuem são os Ori7"s1 'sta $ uma pergunta que a maioria das pessoas que freq\entam cultos afro!brasileiros fa6em a si mesmos e a outros Ori7"s são entidades espirituais, di6em uns Ori7"s são forças da nature6a, di6em outros Ori7"s são espíritos de mortos que dependendo do lugar onde morreu pode retornar na forma espiritual como Ogum, se morreu em batalhas, 2o#o d`"gua se morreu no mar, rio ou lago, ou ainda Bori7"s são os 'ncantados, di6em outros -odas as alternati#as podem estar certas, contudo elas sofrem o incon#eniente de ser muito superficiais, ha0a #ista que o ori7" de#e ser algo muito mais comple7o 2ara os seguidores dos rituais de Omolokô e %lmas e %ngola, os ori7"s al$m de simples forças da nature6a ou entidade espirituais, di#idem!se em duas categorias ! Ori7" Iaior e Ori7" Ienor
Ori(+ Maior $ aquela entidade celeste que fa6 com que a nature6a tenha mo#imento, se transforme e gere #ida Os ori7"s maiores são os respons"#eis diretos, que encarregados Olorum^Gambi fa6 com que as menores partículas atômicas tenha energia e fa6 fluir a #ida c&smica no uni#erso ] a ess5ncia da #ida 2or e7emplo, eman0" $ respons"#el pelo formação e manutenção da #ida marinha, Pangô $ o respons"#el pelo energia do tro#ão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera, Nanã fa6 com que a chu#a que cai na terra gere no#a #ida orgânica, ansã $ a respons"#el pela limpe6a do ar atmosf$rico e com seus #entos espalha a #ida como p&lens, '74 $ o Ori7" respons"#el pelo dese0o se7ual que gera #ida nas esp$cies se7uadas O Ori7" Iaior $ pura energia, não passou pelo processo de encarnação como seres humanos 'le $ pura energia c&smica, a força #ital que tem origem em Olorum^Gambi e que fa6 com que a mecânica do uni#erso oscile entre o caos e a ordem gerando #ida 'les são chamados apenas pelo primeiro nome, Ogum, Pangô, O7um, Omul4 O Ori7" Iaior $ uno e onipresente $ aquela entidade celeste que fa6 com que a nature6a tenha mo#imento, se transforme e gere #ida Os ori7"s maiores são os respons"#eis diretos, que encarregados Olorum^Gambi fa6 com que as menores partículas atômicas tenha energia e fa6 fluir a #ida c&smica no uni#erso ] a ess5ncia da #ida 2or e7emplo, eman0" $ respons"#el pelo formação e manutenção da #ida marinha, Pangô $ o respons"#el pelo energia do tro#ão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera, Nanã fa6 com que a chu#a que cai na terra gere no#a #ida orgânica, ansã $ a respons"#el pela limpe6a do ar atmosf$rico e com seus #entos espalha a #ida como p&lens, '74 $ o Ori7" respons"#el pelo dese0o se7ual que gera #ida nas esp$cies se7uadas
Ori(+s Menores são aquelas entidades espirituais que fa6em a mediação entre o ser humano e o Ori7" Iaior Os ori7"s menores são, conforme as di#ersas lendas, espíritos de antigos reis e her&is africanos, índios, orientais, etc 'm ess5ncia, os ori7"s menores podem ser qualquer ser humano 2or e7emplo, as lendas de Pangô e Ogum 'sses seres humanos comuns, por terem sido abençoados com poderes sobrenaturais concedidos pelos Ori7"s Iaiores, tornaram seres humanos especiais dotados de super!poderes físicos ou mentais para proteger seu po#o, e ap&s a sua morte #oltam a ter contato com os seres humanos comuns na forma de ori7"s menores
'ssas pessoas receberam poderes diretamente do Ori7" Iaior, e tornaram!se semideuses aqui na -erra, como por e7emplo o K$rcules da mitologia grega O Ori7" Iaior recebe sua energia c&smica diretamente da fonte, Olorum^Gambi O ori7" menor possui o mesmo nome do Ori7" Iaior de onde pro#em seus poderes, acompanhado de um sobrenome 2or e7emplo, Ogum /eira!Iar, nhalosin, eman0" Ob"omi, Pangô Xaô% este segundo nome chamamos de digina ou sunam do Ori7" %ssim podemos ter #"rios Oguns, Pangôs, o7&ssis, ieman0"s +a mesma forma seriam os 2retos!elhos, cu0o nome pode não e7primir a #erdadeira entidade espiritual, pois o fato de entidade se manifestar como preto!#elho não que di6er que ela necessariamente tenha que ter sido negro e escra#o e o caboclo tenha que ser obrigatoriamente o espírito de um índio brasileiro Os ori7"s menores, passaram pelo processo da reencarnação mas são espíritos dotados de poderes sobrenaturais concedido pelo Ori7" Iaior e que por isso possuem uma grande lu6 e compreensão espiritual e tem seu poder ampliado agora que não mais carrega o fardo do corpo físico, por isso não necessitando mais passar pelo processo da reencarnação para e#oluir ] isto que diferencia os eguns ;espírito de morto que possui compreensão ou lu6 espiritual mas ainda poder" passar, se necess"rio, por outras )eencarnações por ainda estar ligado ao mundo material@ e kiumbas ;espírito de morto que ainda não alcançou a lu6 espiritual, as nem compreende que ele 0" #i#e em outra dimensão e que seu corpo carnal não mais e7iste@ ] isso que diferencia o Ori7" Ienor dos demais seres espirituais que ainda não foram tocados pela energia do Ori7" Iaior % energia concedida ao ori7" menor tamb$m pro#em de Gambi^OlorumM entretanto, ela $ canali6ada a ele atra#$s do Ori7" Iaior, que $ o elo de ligação entre eles, da mesma forma que o ori7" menor $ o elo de ligação entre o ser humano e o Ori7" Iaior +essa forma o Ori7" Iaior pode ser comparado grosseiramente a uma #"l#ula que regula o flu7o de energia entre Gambi ^Olorum e o ori7" menor, podendo dessa forma redu6ir, aumentar ou at$ mesmo retirar os poderes do ori7" menor No Omolokô, cr5!se que são esses espíritos, os ori7"s menores que se manifestam nos omo! ori7"s ;m$diuns@ ' somente em momentos muitíssimos especiais $ que o filho de santo poder" realmente ser tocado de forma muito r"pida e superficial pelo Ori7" Iaior O culto do ori7" menor est" ligado ao antigo culto dos antepassados e que nos foi legado pela cultura /antoM enquanto o culto ao Ori7" Iaior est" ligado ao culto das forças da nature6a e nos foi legado pelos iorubanos e g5ges ] importante frisar que na pr&pria Dfrica esses dois cultos se mesclam e se completamM da mesma forma que eles se completam aqui no /rasil
DIAS da SEMA&A, CORES e S'MBO#OS dos ORI-.S na &AÇÃO OMO#O/0 O%&'(
)O%*S
Ogum
/ranco, verde vermel0o
S+M"OLO e es1ada ou lan2a
&A -*ST&.O 34 de a/ril
O5ossi e Od6
verde e /ranco
arco e flec0a
37 de 8aneiro
Omul9
1reto e /ranco
5a5ar:, cruz, 1em/a
;< de agosto
O/alua=
1reto, /ranco vermel0o
e 5a5ar:, cruz, 1em/a
;< de agosto
Assan0e
verde claro
arco com > flec0as e um ;4 de dezem/ro 1om/o no centro, fol0a
O5umar=
amarelo e /ranco
ser1ente ou arco?@ris
3 de agosto
NanB /uroCu=
ro5o ou lil:s
o/iri, vassoura, caracol
3< de 8ul0o
O/:
vermel0o e amarelo es1ada e escudo
3D de novem/ro
O5um
azul claro
7E de dezem/ro
&eman8:
azul claro e /ranco, 1ei5e, lua cristal
'ang!
marrom
o56 Fmac0ado 1edra, meteorito
&ansB I OJ:
amarelo
es1ada e raio, c:lice
7 de dezem/ro
&roo I Loo
cinza e /ranco
:rvore
;H de a/ril
&/e8i I *r=
azul ou rosa
fol0a
3> de setem/ro e 3D de outu/ro
O5al:
/ranco leitoso
1ac0or!, cruz com raios, 3D de dezem/ro c:lice, 1ilBo, sol
Pretos?.el0os
1reto e /ranco ou contas de l:grimascruz, cac0im/o, ros:rio de nossa sen0ora
;4 de maio
)a/oclos
verde escuro verde e /ranco
37 de 8aneiro
A/e/=, estre
73 de fevereiro aladoG, 3 e 3H de 8ul0o
ou arco e flec0a
% K')%)F8% .%C')+O-%E NO C8E-O OIOEOXO % hierarquia sacerdotal da Nação Omolokô segue a mesma estrutura dos grupos or\b"A Baba1ori(+ ou 2+1ori(+3 sacerdote ou sacerdotisa, mais conhecidos como pai de santo ou mãe de santo, $ a autoridade m"7ima no culto ao ori7"M
2+4e4er5 e Baba4e4er53 filho de santo com obrigação de B.ete Einhas Dagã3 a pessoa que tem mais tempo de iniciação dentro do terreiroM
Ogã &i16 e Ogã /a1o7* tocador de atabaque 2essoa que d" início T maioria dos cânticos aos ori7"s nas giras ;atualmente esses dois cargos tem sido ocupado por uma mesma pessoa@M A(ogun3 pessoa que, nas obrigações, sacrifica os animaisM 2+bass* ou 2ab+3 co6inheira das comidas sagradas dos ori7"sM !ambono3 pessoa que nas giras atende aos Ori7"sM E(i8de8Ori(+3 filho de santo em geralM 8ma peculiaridade do culto Omolokô $ que nele não e7iste o grau de BIãe ou 2ai 2equeno9, como h" em outros cultos afro!brasileiro 2ara um iniciado tornar!se /abalori7" ou "lori7" ele precisa ser iniciado nas sete obrigações que compõem a hierarquia sacerdotal, abrir seu pr&prio terreiro e ter seus pr&prios filhos de santo 'sse direito $ adquirido quando o filho de santo fa6 a 4ltima obrigação que $ chamada de BCamarinha, na qual o filho de santo $ iniciado e ao seu t$rmino recebe o direito de Bcriar ;iniciar@ outros filhos de santo .e esse filho de santo continuar no terreiro onde ele foi feito ele ser" chamado de /abakeker5 ou "keker5 aquele que pode iniciar outros filhos de santo mas não possui ainda o seu pr&prio terreiro ! 'le ainda não recebeu o +ek" 'ntretanto, se ele for abrir o seu pr&prio terreiro para iniciar seus pr&prios filhos de santo, então ele receber" de seu /abalori7" ou "lori7" o +ek" e passar" a ser chamado de /abalori7" ou "lori7" pelas demais pessoas 2ortanto, na Nação Omolokô o título de BIãe 2equena ou 2ai 2equenoM Iãe (rande ou 2ai (rande não e7iste, pois ele est" condicionado ao pai de santo^mãe de santo ao abrir o seu pr&prio terreiro e ter os seus pr&prios filhos de santo Na hierarquia da nação Omolokô o grau de /abakeker5 ou "keker5 est" logo abai7o do de /abalori7"^"lori7", entretanto ele não pode ser comparado ao grau de B2ai^Iãe 2equeno;a@ que h" em outros rituais, pois na Nação Omolokô não e7iste uma obrigação específica para estes cargos como h" no )itual de 8mbanda e %lmas de %ngola, por e7emplo O)(%NG%Z[O ' I%N8-'NZ[O +O. -'))')O. Caminham 0untas duas formas de organi6ação dentro dos terreiros de Omolokô, uma seguindo o ritual religioso e outra referente a parte burocr"tica e administrati#a % parte religiosa segue uma organi6ação que #ai desde a forma arquitetônica at$ as ati#idade anuais praticadas •
)angira fica na entrada do terreiro, e $ onde est" assentado o '7u da casa
)asa das Almas locali6ada geralmente fora do terreiro e $ onde est" o assento das %lmas ;2retos!elhos@ Nessa casa encontram!se imagens de 2retos!elhos •
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)ozin0a do Santo local onde são preparados as comidas dos ori7"s e a comida para os participantes comerem em dias de festas e obrigações SalBo $ o local mais amplo onde são reali6ados os trabalhos espirituais Nesse salão destaca!se o altar, onde ficam imagens de Ori7"s, Caboclos e 2retos!elhos e, em alguns terreiros tamb$m são colocados imagens de santos da religião cat&lica Na maioria dos terreiros $ construída uma pequena cerca de madeira ou muro para separar o salão onde os filhos de santo giram da "rea da assist5ncia
%itmo dos 1ontos Fm4sica religiosa@ $ marcado por tr5s atabaquesA E$ ;tambor grande@, )um ;tambor m$dio@ e )umpi ;tambor pequeno@ %l$m dos atabaques h" um agogô ;instrumento de metal que emite som semelhante ao do sino@ e maracas ;tipo de chocalho que contem dentro l"grimas de nossa senhora e por fora $ recoberto por uma rede confeccionada com a mesma semente, que emite um som semelhante ao chiado •
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Organiza2Bo +urante as sessões os filhos de santo são organi6ados de acordo com a sua graduação hier"rquica a partir do altar em direção a porta de saída do terreiro, formando dois semicírculos que começam do altar, com os mais graduados e termina no lado oposto com os menos graduados ou iniciantes +urante a sessão os filhos de santo formam dois círculos, um dentro do outro No círculo interno ficam os filhos de santo com graduação de /abalori7"^"lori7" e /abakeker5^"keker5, e no círculo e7terno ficam os demais filhos de santo Fuando os ori7"s se manifestam os componentes do círculo interno passam a compor tamb$m o círculo e7terno O círculo interno $ substituído pelos ori7"s que #ão se manifestando or:rio Com relação ao hor"rio, os terreiros obedecem a determinação do respons"#el pelo terreiro No caso da -enda 'spírita de 8mbanda :uraciara as giras normais iniciam Ts R>A>> e terminam Ts RRA>> horas, e em dias de festi#idades as ati#idades terminam Ts RUA>> horas
% organi6ação burocr"tica, fica a cargo de uma diretoria composta por presidente, secret"rio e tesoureiro, al$m do conselho fiscal, que desempenham todas as funções burocr"ticas e administrati#as que 0" tão bem conhecemos Iuitos terreiros tem C(C e alguns são reconhecidos como de utilidade p4blica ;municipal, estadual e federal@ Não sendo uma associação com fins lucrati#os, a 4nica fonte de renda dos terreiros $ atra#$s de uma mensalidade cobrada dos m$diuns para a manutenção geral do terreiro Os pr&prios m$diuns fa6em a manutenção do terreiro, se0a na limpe6a ou mesmo na conser#ação das instalações físicas 'm alguns casos são contratados ser#iços profissionais, principalmente quando se trata de uma construção para aumento das instalações físicas Como os terreiros são construídos a partir de doações e geralmente são construídos no pr&prio terreno 0unto a casa do 2ai ou Iãe de .anto 2oucos são os terreiros que funcionam em terreno pr&prio, se $ que h" algum
O %.2'C-O 'COE(CO ' O 2%2'E .OC%E %tualmente, a maioria dos terreiros t5m desempenhado um papel social e ecol&gico muito ati#o dentro da sociedade brasileira 'm 3lorian&polis, muitos terreiro t5m elaborado campanhas de solidariedade em $poca de festas tais como Natal e 2"scoa %lguns promo#em suas festas dentro da pr&pria comunidade onde estão locali6ados e outros atuam 0unto a creches, orfanatos e asilos, le#ando presentes, cestas b"sicas etc 2rogramas de cursos di#ersos são desen#ol#idos e aplicados durante o ano, tendo por finalidade facilitar a #ida da comunidade, al$m de palestras de conte4do di#ersos 'm relação ao aspecto ecol&gico nota!se o nascimento de uma consci5ncia atuante em relação a preser#ação do meio!ambiente e da nature6a )ealmente, nota!se que os cultos afro!brasileiros estão despertando para uma no#a realidade Nação Omolo!
Ori5: FK=tuINag!G
&nisi FAngolaG
"acuro FOmolo!G
'74 Ogum
2angiro Nkosi!Iukumbi )o7imucumbi Xabila^-aJamin Xatend5 N6a6e!Eoango Cambaranguan0e Iatamba Xissimbi -erekompensu Iikai"^Xaitumb" Gumbarand" %ngorô Xai#ungo Yunge 2an6o^Xitembu Iina Ngan0i Iina Eugando Eemb" Xassut$ Eembaraganga
%lu#ai" Xangira .umbo Iucumbe Iad$ Xatend5 :ambangurim :ambancuri nhapopô Xamba Eassinda -erekompensu +andalunda Fuerequer5 %ngorô /urunguça Caculu^Cabasa 2agauô Cuiganga Xaramoc5 Eemb" di E5 3erimã (angarumbanda
O7ossi^Od$ Ossãe Pangô ansã O7um Eogun emon0" Nanã O7umar5 Omolu bei0i rocô 'J" Ob" O7al" Oguiã Olufã
LundaIKalundu FOmolo!G
.odun Fe8eG +undu Xianguim /ar" Xianguim 8isu -ogunsi
8isi Xiaguim Xindel$ 8isu Xukusuka Iulombe
%gu$ /ad$ .obossi %#e0id" %6iri
%nili Xindel$ Numba Xindel$
+iambanganga
/essem %6anssum )ôrô Eoko
Xindele
Oliss"
+andu Xindel$
ENK%('I +O C8E-O OIOEOC OrigemA -ribos E8N+% ! F8OCO
%dantorun
Chico )ei e .ua Corte Oscarina .ani %dio -io rep5 ObacaQod$ %çumano ."o %di& /enedita ado7$ -ancredo da .il#a 2into ;3olketo Olorof$@ %ntônio 2ereira Camelo 'fig5nia %rranca!toco Nil6a de Pangô ;Pangô unge@ 3ernando de O7al" ;Oguiand5@ Obser#açãoA +e Chico )ei at$ %çumano .a& %di& e Oscarina .ani %di& não e7istem registros sobre a linha sucess&ria %çumano .a& %di&, mais conhecido no culto Omolokô por -io .ani % Origem de sua .una ;digina@ #em do Iale Oscarina .ani %di&, cu0o o primeiro nome #em do Celta e significa Bguerreira -io .ani $ de origem de puro Ial5 e dos Iussur4mi .ani %di& de Iussur4mi, %çumano do Iale e Oscarina .ani %di& ;alori7"@ #ieram da Casa de Iinas, no Iaranhão, migrando para o )io de :aneiro, e 0unto com :oão da Iina, -io ObacaQod$ e -io rep5 se iniciaram na Nação Omolokô -ia /enedita, que recebeu a digina adou7$ era de proced5ncia /anto adoQ, a negra .eu terreiro fica#a em Nil&polis )io de :aneiro Oscarina, %çumano, ObacaQod$ e rep5 tinham terreiros em Fueimados .ão :oão do Iiriti, Iorro de .anto %ntônio, na antiga fa6enda dos /otelhos, no 'stado do )io de :aneiro O -ata -i Nkinse -ancredo da .il#a 2into com a .una 3olketo Olorof$, era filho de /enedita adou7$ O .r %ntônio 2ereira Camelo, 2residente da Confederação dos Cultos %fro!brasileiros Nossa .enhora do )os"rio, em Iinas (erais , era pai de 'fig5nia de O7ossi %rranca!-oco Iãe Nil6a de Pangô, filha!de!santo de 'fig5nia do O7ossi %rranca!-oco, tem sua Casa de .ant5 em /elo Kori6onte ^I(, T )ua )iachuelo, => /airro Carlos 2rates ' por fim, 3ernando de O7al", -ateto da Casa .enhor do /onfim, filho!de!santo de Iãe Ni6a de Pangô, #em mantendo o Culto Omolokô e suas tradições, na Casa de Cultos afro!brasileiros .enhor do /onfim, T )ua Cl"udio Ianoel da Costa, nVU<, no bairro Nacional, na cidade de Contagem, em Iinas (erais O)('I +O OIOEOC N&s estamos T procura de alguma coisa h" mais que nos mostrem mais lu6 %pesar de conhecermos a metade de M todo, sobre as proced5ncias dos cultos afrosM suas Nações ou lugares, ainda $ pouco %qui apresentamos tamb$m mais um tema sobre as 'ntidades
'spirituais, que se denominam Ori5:s ou Santo Africano, que nada tem a #er com Santo Cat&lico Nossos antepassados ;sacerdotes@ chegados da Dfrica, usaram de um estratagema, contra os .enhores de 'scra#os, afim de dar sobre#i#5ncia e dar continuidade T nossa religião, para isso, em cada culto ou nação, seus sacerdotes, dentro de seus rituais, assimilaram por Sincretismo, o .anto %fricano ao .anto Cat&lico 'ntretanto os segredos religiosos e cabalísticos dos cultos, não podiam ser re#elados .& podiam ser transmitidos oralmente, aos poucos, aos iniciados idôneos que se submetiam Ts pro#as do ritual, buscando a sua #ocação de conhecimento espiritual e de f$ Compreendamos, portanto, a necessidade que temos de empregar parte da etnologia e da geografia, para mostrar os lugares de origem dos cultos ou tribos, e destas, as 'ntidades ;Ori7"s@ %ssim temos a antiga Nação %ngola 'ste 'stado era limitado pelo Norte pela Dfrica astral inglesa, T leste e ao sul, pela possessão alemã Naquela $poca, o -errit&rio de Cabinda ;%ngola@, separou!se do 'stado ndependente do antigo Congo, o qual era di#idido em W ;seis@ distritosA )ongo ;antigo territ&rio de Cabinda@, Loanda, "enguela, Mossamedes, Lunda?Qui!co e uile 'ste 'stado apresenta#a como cidades principaisA SBo Paulo de Luanda, )a/inda, Am/riz, Novo %edondo, "enguela, Mossamedes e Porto Ale5andre % sua superfície era de <U>>>>> milhões de quilômetros quadrados %t$ o ano de <=, esta antiga nação possuía uma população de H milhões e mil habitantes, todos negros da raça bantos O )itual religioso do Culto Omolokô, se origina das tribos Eunda!Fuiocôs -odos os 'spíritos e#oluti#os pretos!#elhos que bai7am nos terreiros umbandistas, pertenceram Ts tribos de Eunda! Fuiocôs do Culto Omolokô, e seus lugares de origem, como se0aA oBo "enguela, Pai Mossamedes, Pai Ale5andre, Maria %edonda, Pai )a/inda, Pai Am/riz, Pai Luanda, etc$ -emos tamb$m os bantos da Dfrica Oriental, de +ar!es!.alam, Fuiloa, /agamoQo, -anga, 2anganiM pertencentes principalmente T costa oriental 'ssas tribos são cru6adas com um forte elemento asi"tico 'las estão situadas no continente, ao sul da lha de Gan6ibar, que foi T tempos atr"s go#ernada por um sultão "rabe 2or esse moti#o a Nação Omolokô, amalgamou!se e tornou!se uma Nação 'cl$tica, com um ritual sempre cru6ado, com suas raí6esA (5ge, Fu5to ;reino iorubano do .udeste da )ep4blica do /enim, na fronteira com a Nig$ria ! Dfrica@, Nagô, %ngola, %lmas ;orub"@, assim como com o Oriente, de origem asi"tica Os -erreiros de Omolokô t5m sempre uma pu7ada para o ritual de suas raí6es, ou Nação )ai6, por$m no fundo, as formas de iniciação, e de trabalhos são sempre seguindo uma mesma diretri6 % C)'NZ% )'E(O.% +O OIOEOC, .O/)' % 3O)I%Z[O +% -'))% .abemos que a crença religiosa, #aria de culto para culto, no entanto temos a nossa e como tal daremos aos nossos irmãos de santo e aos ne&fitos, e leigos que não professam os cultos %fros, como os malungos ;camaradas, companheiros@, o de#er de entenderem e passarem T frente, para que todos tenham o real conhecimento da f$ dos filhos do Omolokô
%ntes, permitam que possamos lhes di6er que acreditamos firmemente que, os demais planetas componentes dos #"rios sistemas, são habitados, por$m ignoramos a forma e os caracteres dos seres que neles #i#em e por isso, temos a obrigação de e7plicar como para n&s do Omolokô, surgiram os habitantes do planeta terra, ou se0a o 2laneta 2resídio em que #i#emos Fuando da criação deste planeta, hou#e por bem T GI/, de con#ocar para uma reunião, em seu pal"cio, '7u e 2omba!(ira, para que esses Ori7"s, pudessem contar as boas no#as do no#o planeta nstados a se pronunciarem, '7u e 2omba!(ira não se fi6eram de rogados e contaram que era necess"rio que os espíritos que na terra #aga#am sem forma e sem se conhecerem, como simples espirais de fumaça, de#eriam espiar seus d$bitos, materiali6ados, 0" que , como dissemos acima, não passa#am de simples espirais de fumaça sem se conhecerem e sem saber os resultados dos seus castigos nteligentemente, sugeriram '7u e 2omba!(ira, que cada um dos 'spíritos da Nature6a, isto $, os Ori7"s, que sabemos são estacion"rios, ti#essem um pouco mais de paci5ncia e fornecessem os elementos químicos e os alimentos para esses espíritos, ficando '7u e 2omba!(ira, com a responsabilidade de arrebanharem em outros planetas, espíritos tamb$m castigados e tra6erem esses espíritos para a terra e se 0untarem aos que aqui se encontra#am %p&s muita delonga, resol#eu GI/, aceitar a sugestão de '7u e 2omba!(ira, ficando no entanto cada Ori7" presente, com a preocupação da de#olução dos elementos químicos e dos alimentos, pois como $ entendido por todos n&s, donde se tira e não se repõe, esgota!se as reser#as, sugerindo então Omolu uma no#a reunião para posterior deliberação Kou#e no#a reunião e depois de falarem a cerca do plano de '7u e 2omba!(ira, ficou assentado e consentido que isso seria feito, faltando no entanto saberem, como poderiam eles resgatar os elementos químicos e os alimentos +iante de tão gra#e preocupação, Olodum ;que comanda os 'lementais@ que T tudo assistia calado, resol#eu se pronunciar e o fe6 de maneira inteligente, di6endo T todos os presentes que não se preocupassem, pois ele de#ol#eria os alimentos e as ess5ncias químicas Com o pronunciamento de Olodum, ficaram todos calmos e descansados e imediatamente apro#aram a id$ia de '7u e 2omba!(ira )ecebendo estão essa incumb5ncia, partiram '7u e 2omba!(ira em busca de no#as camadas de espíritos em outros planetas, e em l" chegando, enganaram como lhes $ pr&prio, com promessas de r"pidos resgates de d$bito espiritual e anunciando que a terra era o lugar ideal para todos, um #erdadeiro paraíso, e que eles lhes podiam acompanhar, pois não se arrependeriam ludidos com '7u e 2omba!(ira e acreditando ser a terra realmente um paraíso, embarcaram eles nos dragões #oadores de '7u e 2omba!(ira e rumaram imediatamente para a terra Fuanta decepção e desilusão, quanta l"grima derramada, pois aqui chegados, deu!se o fenômeno da materiali6ação e puderam eles en7ergarem e sentirem 0" agora, na pr&pria carne, pois receberam as ess5ncias químicas e as formas humanas, espet"culos deprimentes como crimes de todas as esp$cies, e coisas que sinceramente nos eno0a, como taras, fobias que se manifestam nos infeli6es
O Ori7" T*MPO te#e a missão de transportar os bons e os maus e muito a0udou a tra6er as camadas inferiores e que at$ ho0e procuram não se amoldarem como tamb$m se aperfeiçoarem e isto caros rmãos, temos conseguido, ha0a #isto que o progresso que ai esta e 0amais poder" por algu$m ser contestado .omos por conseguinte, espíritos e#oluti#os e como tal de#emos nos comportar e nos educar para #idas futuras, e #oltarmos um dia, quem sabe quando, ao nosso sistema de origem com a graça e a infinita sabedoria de Gambi em toda sua Corte Celeste eremos que a nossa f$ tem base s&lida, pois o negro nesta le#a, agiu 0ustamente no continente , que mais se assemelha, ou se0a a Dfrica e o branco na 'uropa, etc 2ara finali6ar, rmãos de#emos, cada #e6 mais nos amoldarmos para estarmos preparados para o regresso e que cremos ser" triunfal +e#emos entender que Omolu $ o encarregado da #ida e da morte material, e Olodum o encarregado de de#ol#er aos espíritos da nature6a ;os 'lementais@ os restos mortais da mat$ria que se transformarão em ess5ncias químicas na forma de fogos!f"tuos e que todos do Culto Omolokô sabem respeitar, pois esse fenômeno $ a ligação e o sinal de Olodum com os demais Ori7"s, cumprindo ele com respeito o trato feito na reunião da Corte Celestial de Gambi 2or essa ra6ão, ficaram '7u e 2omba!(ira como agentes m"gicos 8ni#ersais e at$ ho0e, intermedi"rios entre os homens e os Ori7"s
"i/liografia -'CNOEO(% OC8E-.-% +% 8I/%N+% +O /)%.E -ancredo da .il#a 2into