CÉSAR
CASTELLANOS
D.
CÉSAR CASTELLANOS D. © 2014 Publicado por G12 Editores. www.visiong12.com www.mci12.com www.editorag12.com.br ISBN_ 978 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, distribuída ou transmitida sob qualquer forma ou meio, ou armazenada em base de dados ou sistema de recuperação, sem a autorização prévia dos editores. Exceto em caso de indicação em contrário, todas as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Sagrada Edição Revista e Atualizada, 2ª edição, de João Ferreira de Almeida (RA), © 1993, Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os direitos reservados. Versão em espanhol: LA ESTRATEGIA DEL GANAR Publicado por G12 Editores S.A.S. 2014 Primeira edição: Janeiro 2014 G12 Media Edição em espanhol:_Manuela Castellanos_Claudia Wilches_Doris Perla Mora. Equipe_Capacitação Destino. Capa e diagramação_Julián Gamba_Esteban Ríos_Daniel Durán. Edição em português: Tradução, copidesque e revisão: Idiomas & Cia (Ivana Millán, Ana Lacerda e João Guimarães) Impresso na Colômbia por G12 Editores 2012 Printed in Colombia by G12 Editors G12 Editores – América do Sul Calle 22 C # 31-01 Bogotá, Colômbia. (571) 269 34 20 G12 Editors - USA. 15595 NW 15TH AVENUE, MIAMI, FL 33169 Editora G12 - Brasil Av. Nossa senhora da luz 144 - loja 1 Curitiba- PR. CEP 82510020 Telefono 55-41 37797000_
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SUMÁRIO 1. A GLÓRIA DA ÚLTIMA CASA
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2. PRINCÍPIOS-CHAVE PARA GANHAR
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3. O PODER DA EVANGELIZAÇÃO
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4. A EFICÁCIA DA EVANGELIZAÇÃO
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5. UNÇÃO PARA GANHAR
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6. COMPAIXÃO
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7. AJUDA GENEROSA
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8. A FÉ
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9. A VISÃO CELULAR
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10. ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO DE UMA CÉLULA
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INTRODUÇÃO
Da mesma maneira que acontece no plano físico, os olhos espirituais têm a capacidade de reconhecer o mundo que nos rodeia. Eles merecem o nosso cuidado, pois são extremamente delicados; se você perder um deles, ou os dois, ou se tiver uma doença que os afete, sua visão nunca mais será a mesma. Infelizmente, muitos ainda não tiveram a visão da vida eterna, ou estão andando pelo caminho errado porque têm uma visão equivocada do mundo ao redor. Mas se você tiver olhos espirituais saudáveis, por meio da oração e do estudo da Sua Palavra, Deus certamente lhe revelará todos os planos de bênçãos que Ele tem para a sua vida.
De acordo com vários estudos biológicos, os olhos podem ser considerados um dos meios pelos quais o cérebro recebe informação, porque na verdade é o cérebro que “produz” a nossa percepção do mundo. E assim também acontece no mundo espiritual, por isso é importante que você tenha consciência da sua existência e aprenda a preencher sua mente com imagens capazes de transformar a sua vida e a dos outros. VER é sinônimo de conhecer, de ter a certeza de que algo vai acontecer porque você visualizou. Desse modo, não há dúvidas de que alcançar suas metas signica que você já as conquistou pela visualização. Por meio de diversas publicações e conferências, em muitas ocasiões compartilhei a importância de ter e desenvolver a Visão revelada por Deus para o nosso tempo. É por essa razão que todos os dias estudo os princípios do G12, e procuro lembrar aos meus discípulos a necessidade de estudá-los também. Por intermédio deste manual, desejo de todo o meu coração que você e todos os que fazem parte do seu ministério guardem a Visão como um tesouro no mais profundo do seu ser, e tenham tal domínio dela que sejam capazes de ensiná-la a outros.
Lembre-se de que se você mantiver sua habilidade de visualizar saudável, poderá alcançar o que desejar, em Nome de Jesus.
César Castellanos D.
A GLÓRIA
DA ÚLTIMA CASA
Referência Bíblica
“A glória desta última casa será maior do que a da primeira” (Ageu 2:9).
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1 A S A C A M I T L Ú A D A I R Ó L G A
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Objetivos 1.
Conhecer os passos indicados pelo Senhor para atrair a Glória da última casa.
2.
Reconhecer a importância da revelação da Cruz na vida do crente. o compromisso de edicar uma casa para Deus, fazendo parte ativamente do avivamento.
3. Assumir
INTRODUÇÃO O Templo de Deus era o principal eixo de direcionamento para os israelitas. Lamentavelmente, eles se permitiram ter determinadas atitudes que acabaram trazendo o juízo do Senhor sobre a nação, e uma das consequências foi a destruição do Templo. Por esse motivo, o juízo de Deus caiu sobre suas vidas e o povo sofreu muitas adversidades, como a dispersão das tribos de Israel, conhecida também como diáspora, na qual os israelitas foram espalhados por todas as nações da terra. Tempos depois, Deus moveu o coração do povo para que eles retornassem a Jerusalém e começassem a reconstrução do Templo. Embora tivessem voltado à sua terra natal,
seus problemas os envolviam de tal modo que eles acabaram desviando o olhar do objetivo primordial: reedificar a Casa de Deus. A Bíblia nos ensina que as pessoas só podem ser salvas por meio do Evangelho. Quando elas se afundam no conformismo religioso, acabam perdendo a visão, o espírito de conquista, a fé e o rumo. No primeiro capítulo de Ageu, Deus exorta o povo e lhe mostra o diagnóstico da crise. A razão de toda aquela dificuldade era muito simples:
Eles não tinham assumido o compromisso de edificar uma casa para Deus. O próprio Senhor, por intermédio do profeta, apresentou três passos fundamentais necessários para trazer a Glória da última casa de volta à Casa de Israel. “Subi ao monte, trazei madeira e edicai a casa; dela me agradarei e serei gloricado, diz o Senhor” (Ageu 1:8).
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1. SUBIR AO MONTE (Salmos 24:3) Reita por um momento sobre a seguinte pergunta: Quem pode subir ao monte do Senhor? O Salmo 24 nos dá a resposta: “O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a bênção...” (Salmos 24:4-5). Observe que para subir ao monte de
Deus é preciso: Pureza de coração. Santidade de alma (guardar os nossos lábios para evitar palavras que não edicam ou expressões negativas). Deus ordenou a Moisés que subisse ao monte Sinai. Nesse lugar, Deus lhe revelou os Dez Mandamentos e lhe deu as instruções para a construção do tabernáculo, concluindo suas palavras com a advertência de que Moisés deveria fazer tudo conforme Ele lhe havia mostrado. Há uma experiência do apóstolo João que me impacta muito. A Bíblia diz que enquanto orava, João disse: “Achei-me em espírito, no dia do Senhor...” (Apocalipse 1:10). Quando li essa frase, perguntei-me: “Por que João disse que estava em Espírito se já se
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supõe que ele vivia no Espírito, que ele vivia em outra dimensão, na dimensão da fé?” Deus me incomodou tanto com esse texto, que em seguida me motivou a orar, dizendo: “Filho, desejo ensinar a você o que quero dizer com ‘estar em Espírito’. A oração de João deixou de ser a oração normal que ele costumava fazer. Aquela foi uma oração intensa, uma oração perseverante, uma oração de decisão, assim como a que Jacó fez quando lutou com o anjo, quando disse: ‘Não te deixarei ir se me não abençoares’” (Gênesis
32:26). Quando fazemos esse tipo de oração, nós rompemos o teto. Quando oramos assim, ultrapassamos a barreira do natural, saímos da lógica e entramos no Reino de Deus. É assim que temos
acesso ao Monte do Senhor e obtemos as bênçãos que Ele tem para nós. O Senhor disse a Josué: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés” (Josué 1:3). Naquele tempo, a conquista era resultado de uma luta física, corpo a corpo. Se Josué e seu exército vencessem e colocassem seus pés na terra, eles a conquistavam. Hoje, porém, estamos no Reino de Jesus, e agora nossa conquista é no plano da fé. Se ultrapassarmos a linha imaginária e escalarmos o Monte de Deus até o alto, veremos as bênçãos que o Senhor tem para nós. Poderemos observar o alcance do nosso ministério, apalparemos a provisão de Deus para os nossos lares, visualizaremos tudo o que queremos nas esferas espiritual e material. Neste momento, Deus quer motivar você a subir ao Monte, romper com toda tradição, deixar de lado a “normalidade”, sair da lógica e entrar no terreno divino. Suba ao Monte espiritual, entre na presença do Senhor e ore de todo o coração, até ver as bênçãos que Deus reservou para a sua vida.
2. TRAZER MADEIRA Quando Jesus veio à terra, ele disse: “... sobre esta pedra edicarei a minha igreja...” (Mateus 16:18), e mudou o nome de Simão para Pedro (que signica “pedra”). Depois, Pedro disse: “... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edicados casa espiritual para serdes sacerdócio santo...” (1 Pedro 2:5). Precisamos
entender que a madeira à qual se referia o profeta é uma alegoria que remete a nós hoje, pois ao subir o Monte — ou seja, à presença
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de Deus — o Senhor removerá o véu do nosso entendimento e
compreenderemos claramente que tudo o que Jesus sofreu foi por cada um de nós, individualmente. Para trazer a madeira da Cruz, primeiro você precisa conhecê-la. O Senhor está lhe dizendo: “Suba ao Monte de Deus e experimente a revelação da Cruz.” Conheça Jesus, mas não da maneira tradicional, não através da História, mas por sua própria experiência. Reita sobre a Cruz de maneira compenetrada até sentir que você está literalmente crucicado com Cristo, até sentir a morte de Jesus como a sua própria morte, experimentando como toda maldição, cadeia, doença e opressão do passado foram completamente destruídas na Cruz do Calvário. Quando o lme de Mel Gibson, A Paixão de Cristo , foi lançado nos cinemas, nós pudemos ver um reexo do sofrimento de Jesus. Mas nada pode ser comparado à agonia que o Senhor padeceu quando o ódio do inferno foi lançado sobre Ele. Somente a graça de Deus o ajudou a manter-se rme até o m. Porém, é impressionante como o diretor do lme procurou descrever a dor do nosso Salvador, por exemplo, quando os carrascos tomam o chicote usado na época em Roma e açoitam Jesus com tanta raiva, ira e vingança, que parece que queriam fazer com que Seu corpo se despedaçasse ali mesmo. Contudo, tudo já estava escrito, tudo estava profetizado em cada uma das passagens bíblicas. O Messias sofreu por nós, não por Ele mesmo, pois não tinha pecado do qual se arrepender. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Ele fez tudo para que você e eu fôssemos libertos da maldição e da condenação eterna.
Quando entendemos a revelação da Cruz: Nossos olhos se abrem e percebemos que a morte de Jesus é a nossa própria morte para o pecado. A maldição que carregávamos, e a opressão e a escravidão que nos dominavam por anos são destruídas. Aquele que experimenta a revelação da Cruz não permitirá que o inimigo o tente mais com os desejos da carne. Quando você entende o poder da Cruz, passa a viver todos os dias em vitória. Paulo compreendeu esse princípio, por isso disse: “Estou crucicado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:19-20). Todos os dias, vamos à Cruz do Calvário e entregamos ali a nossa natureza, tomamos a madeira e dizemos: “Senhor, hoje entrego a minha natureza diante de Ti; hoje nego a mim mesmo, tomo a Cruz de Cristo e Te sigo. Renuncio a minha própria vontade, renuncio aos meus próprios desejos e aceito a Tua vontade.”
Depois que uma pessoa experimenta a revelação da Cruz, ela pode ajudar a outros e ver vidas rendidas aos pés de Cristo. Paulo disse: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o z com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucicado” (1 Coríntios 2:1-2).
A Cruz deve ser o centro da sua mensagem. Nela está a fonte da sua inspiração. O Senhor lhe diz: “Suba ao Monte, morra com Cristo, conheça a revelação da Cruz, negue a si mesmo, tome a sua Cruz e siga-me todos os dias.”
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3. REEDIFICAI A CASA Em sua carta aos efésios, Paulo disse: “... edicados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Efésios 2:20). Essa foi uma época na qual
os crentes da Igreja ardiam em fervor pelo Senhor. Os cristãos não se importavam em oferecer suas próprias vidas por causa do Evangelho de Jesus. Não se preocupavam em ser levados ao Circo romano para que os leões os destruíssem e os devorassem. Eles ardiam em paixão e amor por Jesus. Com o passar dos anos, entretanto, os cristãos foram se moldando às circunstâncias e caíram no conformismo. Então, o Senhor teve de exortá-los para que voltassem ao primeiro amor (Apocalipse 2:4-6). Quando alguém perde o primeiro amor, é necessário um arrependimento genuíno para poder recuperá-lo. “Vocês se lembram de como ardiam de paixão por Jesus quando se converteram?”
Essa foi a pergunta que z à liderança da nossa igreja em Bogotá. A grande maioria dos líderes tinha uma profunda compaixão por alcançar os perdidos para Jesus; eles não se importavam em abrir mão da própria vida para servir a Deus, desaando cada obstáculo. Eles eram os primeiros a chegar todas as manhãs para participar do momento de intercessão e faziam qualquer coisa para Deus. Quando começaram a alcançar suas metas, porém, alguns começaram a cair na armadilha dos elogios, e quase sem perceberem isso começou a afetá-los. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Embora Deus tenha lhes dado tempo suciente para se arrependerem, três deles não quiseram voltar atrás e Deus teve de retirá-los da igreja. Contudo, com a saída dessas três pessoas, o restante da liderança foi liberto de forma tremenda, pois seus olhos se abriram e seus corações se prostraram em arrependimento diante do Senhor. Deus não apenas os restaurou, mas também lhes deu uma maior unção para conquistar.
4. MANTENDO-NOS FIÉIS EM TODO O TEMPO Em nossa vida como crentes, teremos de enfrentar adversidades. E uma das áreas em que o inimigo tentará seduzir os líderes é aquela que tem a ver com a sua delidade. O maior exemplo de delidade foi dado pelo Senhor Jesus, “... pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em gura humana” (Filipenses 2:6-7). Quando o Pai conou a
Jesus a responsabilidade de redimir a Humanidade e tudo o que isso implicava, Jesus não duvidou nem discutiu, mas obedeceu e fez tudo o que o Pai ordenou. Foi por isso que Jesus disse: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis” (João 5:43). “Quem fala por si mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há injustiça” (João 7:18). Jesus nunca se atreveu a entregar Sua
própria mensagem, muito ao contrário, sempre preferiu se sujeitar ao que o Pai ordenava. Aqueles que perdem a delidade, geralmente deixam de honrar as pessoas que estão em posição de autoridade sobre eles. Paulo disse: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Romanos 13:1-2).
Devemos nos manter éis. Assim, Deus acrescentará em nós a unção para ganhar almas e fazer discípulos. Quando nos mantemos
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rmes diante das provações, podemos ajudar aqueles que estão passando por lutas a sair vitoriosos no m.
CONCLUSÃO Para ser bem-sucedido na realização da obra de Deus de modo permanente, é preciso ter uma vida completamente rendida aos Seus pés. Servir a Deus não é algo estático, mas dinâmico. Significa que todo crente que se comprometer em reedificar a Casa do Senhor deve sempre procurar viver no nível do Espírito e escalar níveis de conquista cada vez maiores, sempre reconhecendo que toda a glória pertence ao Senhor.
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QUESTIONÁRIO 1 A GLÓRIA DA ÚLTIMA CASA 1. Qual é o eixo da sua vida? _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 2. Qual é a sua motivação para fazer discípulos? _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
3. Qual é o requisito fundamental para edicar a Casa de Deus? _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
4. O que é preciso para recuperar o primeiro amor? _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
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5. Explique com suas próprias palavras o que signica “orar em Espírito.” _______________________________________________________ ______________________________________________________. 6. Relacione os seis passos que o Senhor disse que devemos dar diariamente para viver na unção da conquista. a. _______________________________________________. b. _______________________________________________. c. _______________________________________________. d. _______________________________________________. e. _______________________________________________. f. _______________________________________________. 7. Complete: a. “Todo homem esteja sujeito às _______________________ ____________; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que _____________ opõe à autoridade ____________; à ordenação de Deus; e os que resistem trarão R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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sobre si mesmos ______________” (Romanos 13:1-2).
b. “A glória desta última casa será maior do que a da primeira” ( _____________ ).
PRINCÍPIOS-CHAVE PARA GANHAR
Referência Bíblica
“Desperta, desperta, reveste-te da tua fortaleza, ó Sião...” (Isaías 52:1).
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2 Objetivo R 1. Ser consciente da condição atual da sociedade e do A H desao de manter nossos sentidos espirituais em alerta. N A 2. Entender a operação e o poder que o Espírito Santo traz ao G ministério. A R A 3. Aprender alguns princípios básicos do crescimento P ministerial. E V A H C S O I P Í C N I Ao criar o homem, Deus teve a ideia de fazer dele alguém R P que tivesse Sua imagem e semelhança. Deus é Rei e criou o homem como Seu lho, e o colocou sobre a Terra para que governasse sobre todas as coisas. “E Deus os abençoou e lhes
INTRODUÇÃO
disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gêneses 1:28). A
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bênção de Deus sobre a vida de Adão foi como uma coroa que representava a linhagem real e simbolizava a autoridade que ele deveria exercer sobre todas as coisas. A bênção começa com a fruticação, que leva à multiplicação e em seguida gera a expansão, para assim poder encher a Terra. Nesse processo o homem deve subjugar a Terra e governá-la, exercendo seu senhorio sobre ela.
Antes que o homem pecasse, a coroa da multiplicação pertencia a ele. Tudo o que ele tocava tinha a bênção de Deus e fruticava. Entretanto, por causa do pecado, essa coroa foi arrancada de sua vida e passou às mãos do adversário. Mas Deus, em Seu innito amor, decidiu pagar o preço mais alto para que o ser humano recuperasse sua coroa e adquirisse novamente essa “Linhagem real.” O sacrifício do Senhor Jesus na Cruz foi o meio pelo qual o Pai Celestial redimiu tudo aquilo que o homem havia perdido. O apóstolo Pedro disse: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a m de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
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1. ENTENDA O TEMPO EM QUE ESTAMOS VIVENDO Devemos ter a consciência de que os dias que vivemos são muito difíceis. Por isso, é preciso que a Igreja se esforce em manter os olhos abertos e evite que a letargia e as pressões deste mundo adormeçam nossos sentidos espirituais. Paulo disse: “Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Romanos 13:12). A noite representa as obras das trevas. Entretanto, antes da volta de Jesus pela segunda vez a Terra, Ele lançará luz sobre todas as coisas. A escuridão ainda estará presente à medida que a noite avança, mas o peso das trevas nas quais viveremos não poderá intimidar a autoridade da luz. Os éis deverão manter sua determinação de delidade ao Senhor e Ele os ajudará, pois a estratégia do inimigo é enevoar os sentidos da Igreja, colocando obstáculos e argumentos para que os que não se prepararam, aqueles que não previram o que viria, sejam subjugados pelo tormento da escuridão e caiam na letargia. Na parábola das dez virgens, Jesus disse: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mateus 25:5). Apenas cinco das dez virgens foram precavidas e compraram azeite suciente para manter suas lamparinas acesas. Essa foi a única coisa que as ajudou no momento de diculdade. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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A Igreja deve abrir seus olhos, entender o tempo no qual está vivendo e sair em busca dos perdidos para despertá-los de sua inércia espiritual. Mas o que uma igreja poderá fazer se ela própria estiver adormecida? Acredito que Deus está nos chamando neste momento para que acordemos do sono e anunciemos a mensagem da salvação àqueles que ainda estão submersos na escuridão
do pecado. Não devemos esperar que as próprias pessoas nos despertem, como aconteceu com Jonas quando os marinheiros lhe disseram: “Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para que não pereçamos” (Jonas 1:6). Foram os próprios incrédulos
que acordaram Jonas de seu sono! Se eles não tivessem feito isso, todos aqueles que estavam no navio teriam morrido. Quando Jesus se referiu a João Batista, disse: “Ele era a lâmpada que ardia e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo, alegrar-vos com a sua luz” (João 5:35). Deus quer que cada pessoa que viveu
uma experiência sobrenatural com Ele se transforme não apenas em uma lâmpada que ilumina, mas que também possa acender esse mesmo fogo naqueles que a cercam. Essa foi a característica dos primeiros cristãos. Eles não se envergonhavam de Jesus, ao contrário, testicavam dele sem temor algum, chegando a ser conhecidos do seguinte modo: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (Atos 17:6).
Como Igreja, precisamos despertar e clamar para que Deus nos dê a graça de influenciar as nações da Terra com a mensagem do Evangelho.
2. G12, FERRAMENTA DE Crescimento Agradeço a Deus pelo G12, pois essa Visão tem cumprido seu papel, ajudando pastores e líderes a entender o momento que
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estamos vivendo, motivando-os a despertar e sair a conquistar almas. Ao ser perguntado sobre como tinha conseguido fazer sua igreja passar de cinco mil para mais de cinquenta mil membros em cinco anos, um pastor da cidade de Lima, no Peru, respondeu: “A única coisa que zemos foi aplicar elmente a Visão, sem tirar nem pôr, sem fazer nenhum tipo de modicação.”
Somos embaixadores do Reino de Deus O Senhor deseja que nos revistamos de poder, como se estivéssemos usando um manto. O poder é a autoridade que Ele concedeu a cada um de nós para irmos em busca da conquista. Para nos conceder esse poder, Jesus precisou recebê-lo primeiro. E Ele o recebeu logo depois de ter vencido a morte, pelo espírito de santidade que havia dentro Dele. Por isso, depois de ressuscitar, Jesus disse aos seus discípulos: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”
(Mateus 28:18-19). Cristo nos comissionou e fez de nós emissários do Reino dos Céus. Quando minha esposa foi nomeada embaixadora da Colômbia no Brasil, fui capaz de entender com mais clareza o conceito de “embaixador.” Ele deve ser a voz do governo de origem no país para o qual é enviado. Por isso, um embaixador não pode falar por conta própria, mas deve transmitir elmente o pensamento do presidente ou das autoridades de sua nação. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Jesus nos enviou como Seus embaixadores, e a presença do Espírito Santo em nossas vidas é o que nos dá o direito legal e o poder para representá-lo com devoção e idoneidade nesta terra.
Podemos transformar as circunstâncias O Senhor faz um convite muito especial ao Seu povo, chamandoos para crescer em intimidade com Ele, dizendo: “Buscai o Senhor e o seu poder...” (Salmos 105:4). Davi tinha consciência de que a única maneira de transformar as circunstâncias positivamente era através do poder de Deus. Em seu Salmo, ele convida o povo a não se deixar levar pelo conformismo, mas a fazer um esforço para alcançar o poder de Deus em suas vidas. Jesus, por Sua vez, preparou o caminho para nós quando disse que receberíamos poder no momento em que o Espírito de Deus viesse sobre nós. Precisamos entender que quando o poder de Deus desce sobre uma pessoa, a sua fraqueza é transformada em uma grande força em Deus. Centenas de pessoas dão testemunho de que se aproximaram da Igreja nos momentos mais críticos de suas vidas, nos quais chegaram a pensar que sua existência não fazia sentido. Elas se sentiam frustradas e fracassadas, mas graças ao poder transformador do Evangelho, seus corações foram completamente transformados após participarem de um Encontro, no qual puderam experimentar o mover de Deus em seus corações. Agora, essas pessoas são líderes que têm levado muitas almas aos pés de Jesus com a unção e o poder do Espírito Santo.
Podemos identicar qualquer oposição
Em sua primeira viagem missionária, Paulo enfrentou o poder demoníaco que agia por intermédio de um falso profeta chamado Barjesus (ver Atos 13:6). As hostes da maldade que controlavam aquela região e exerciam inuência sobre os homens de autoridade se manifestavam através dele. Por causa disso, os ouvidos dos
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homens estavam fechados para a pregação do Evangelho. Quando Paulo discerniu o que acontecia ali por meio do poder do Espírito Santo, confrontou Barjesus (também conhecido como Elimas), repreendeu-o e fez com que ele casse cego. O apóstolo sabia muito bem que o poder que operava nele era maior do que aquele que atua mediante as forças malignas deste mundo. “Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor” (Atos 13:12).
Sabemos que para salvar uma vida, em primeiro lugar precisamos identicar quais são as forças contrárias que agem em cada região e, em seguida, devemos quebrá-las em Nome de Jesus. Desse modo, o ambiente cará livre e as pessoas facilmente prestarão atenção à mensagem que estamos transmitindo.
3. DETERMINANDO O TAMANHO DO NOSSO MINISTÉRIO
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O Salmo 133 diz que quando há harmonia, a bênção de Deus começa a uir da cabeça do sacerdote — isto é, o pastor principal da congregação — e vai descendo até a liderança, representada pela barba do sacerdote. Em seguida, continua descendo até alcançar o discípulo mais novo dentro do ministério, representado pelas vestes. Da mesma forma que uma pessoa sabe qual é o tamanho da roupa que veste, cada crente deve compreender qual será o tamanho de seu ministério. Se a visão é aplicada de maneira correta, será possível determinar até quantas gerações de discípulos crescerão. São eles, os discípulos, que nos dão a força para conquistar, por isso é fundamental formar a equipe, pois para ganhar almas é melhor atuar em grupo do que sozinho. Todos aqueles discípulos
que nós fomos capazes de formar dentro do ministério são os que deveremos motivar a conquistar, a se moverem nessa unção de ganhar. Mesmo que muitas vezes o pastor acredite que deve fazer tudo sozinho, ele logo notará que a única coisa que conseguirá com isso é cansaço e esgotamento. A guerra é conquistada com estratégia, não com força. Quando aprendemos a delegar responsabilidades, tudo se torna muito mais fácil.
4. O PREÇO DO Resgate “Porque assim diz o Senhor: Por nada fostes vendidos; e sem dinheiro sereis resgatados” (Isaías 52:3). Deus utiliza a verdade
do Evangelho para nos resgatar do erro e nos conceder a vida abundante. Precisamos levar o Evangelho às pessoas gratuitamente, porque elas foram vendidas ao pecado sem preço, assim, sem preço também é a salvação. “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52:7).
O elogio feito no versículo 7 de Isaías é para aqueles que levam as boas-novas, dando a entender que o Evangelho é uma mensagem que produz alegria. Não pregamos uma mensagem de condenação para fazer as pessoas se sentirem mais miseráveis. Ao contrário, tudo o que dizemos tem o propósito de levantar o ânimo daqueles que estão atribulados.
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Sabemos que a Palavra de Deus tem uma mensagem de esperança para cada crente, capaz de produzir alegria no coração de quem a recebe. Por meio da fé, transmitimos esperança às pessoas e lhes ensinamos a depender totalmente de Deus. A mensagem que proclamamos é uma mensagem de salvação, de paz, de reconstrução de lares, restauração de nanças, renovação da saúde e restituição em cada área da vida. Enm, é uma mensagem de restituição de todas as coisas.
CONCLUSÃO
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Quando somos capazes de reconhecer a atmosfera espiritual dos últimos tempos, o Senhor desperta os nossos corações para que, por meio do sopro do Seu Espírito, possamos dar fôlego de vida a todos aqueles que estão mortos na escuridão de seus pecados. Poderemos ajudálos a perseverar na fé, aplicando o método do Governo dos Doze (G12), que é a estratégia que dará ordem e projeção ao nosso ministério.
QUESTIONÁRIO 2 PRINCÍPIOS-CHAVE PARA GANHAR 1. A qual referência bíblica corresponde o versículo a seguir? “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!”
( ) a. Jonas 1:6 ( ) c. Isaías 52:7
( ) b. 1 Coríntios 2:1-2 ( ) d. Isaías 52:1
2. Escreva e memorize o versículo da questão 1. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________. 3. O pastor é quem deve realizar toda a obra do ministério? Explique como os desaos são alcançados com base na Visão G12. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________.
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4. Determine o tamanho de seu ministério estipulando metas claras. Equipe de 12:________________ (data). Equipe de 144:_______________ (data). 5. Quais são as características da mensagem que anunciamos?: _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 6. Deus quer derramar Sua unção de multiplicação apenas sobre algumas nações da terra ou sobre todas elas? Dê um fundamento bíblico para a sua resposta. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 7. De acordo com Salmos 133, como é possível receber a unção da multiplicação? _______________________________________________________ R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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_______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
O PODER Da
EVANGELIZAÇÃO
Referência Bíblica
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1:8).
3
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3 Objetivos O Ã Ç A Z I L E G N A V E A D R E D O P O
1.
Desenvolver um relacionamento diário e direto com o Espírito Santo.
2.
Conar plenamente no respaldo de Deus quando você evangeliza.
3.
Realizar a obra de Deus com o respaldo da igreja e com a unção do Espírito Santo em sua vida.
INTRODUÇÃO Quando observamos as pessoas cristãs, encontramos dois tipos de crentes: os que não sabem quem é o Espírito Santo (não conhecem o Seu poder, não o experimentam e, portanto, vivem oprimidos) e aqueles que o conhecem e por isso se movem na dimensão do sobrenatural. Ser bem-sucedido ao realizar a obra de Deus implica ter o poder do Espírito Santo em nossas vidas. Não podemos deixar de lado a unção de Deus e deixar que nossa mente se conforme somente com informações teológicas.
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Pouco depois de Sua ressurreição, o Senhor Jesus apareceu aos Seus discípulos e disse-lhes: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”
(João 20:21-22). Após receberem a promessa do Espírito, o fogo de Deus começou a se manifestar em suas vidas: “Com
grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4:33). “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor, a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles”
(Atos 5:14-15).
É preciso encontrar um equilíbrio. Precisamos nos preparar e nos instruir de todas as maneiras possíveis, mas também devemos conhecer e receber o poder do Espírito Santo.
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1. PREGANDO COM PODER Quando os apóstolos receberam o poder do Espírito Santo, entraram em outra dimensão. O Espírito passou a respaldar todas as obras evangelísticas que eles realizavam. Alguns dias antes de receber a promessa, Pedro havia negado o Senhor em três ocasiões, pois seu coração estava cheio de temor. Mas quando recebeu a promessa do Espírito Santo, o medo saiu de sua vida e ele foi revestido do poder de Deus, que agora habitava em seu interior. Na festa de Pentecostes, os cento e vinte discípulos que estavam ali foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas sobre as maravilhas de Deus. Alguns zombavam deles, dizendo que estavam bêbados, mas Pedro se colocou em pé e disse: “Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel...”
(Atos 2:15-16).
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Ele pregou uma mensagem poderosa a todos os judeus ali presentes, entre os quais estavam aqueles que dias antes tinham levado Jesus à Cruz. Naquele momento, Pedro tinha outro coração, agora transformado pelo poder do Espírito Santo que agia em sua vida. Ele não sentia mais medo da morte nem da perseguição, e falou com tanto poder e autoridade em sua mensagem, que três mil daqueles judeus decidiram entregar seus corações a Jesus. A partir daquele momento, os apóstolos se dedicaram a fazer a obra de Deus sob a unção do sobrenatural.
2. A UNÇÃO DÁ DISCERNIMENTO Em certa ocasião, Pedro teve de confrontar Simão, o mágico, quando ele lhe ofereceu dinheiro para receber o direito de impor as mãos sobre as pessoas para que recebessem o Espírito Santo. O apóstolo disse: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração, pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniquidade. Respondendo, porém, Simão lhes pediu: Rogai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes sobrevenha a mim” (Atos 8:20-24).
Após esses acontecimentos, a Igreja Primitiva decidiu começar a obra missionária. Depois de jejuar e orar, eles ungiram a Barnabé e a Saulo, entregando-os à vontade de Deus. Eles tiveram de enfrentar poderes demoníacos, mas como a unção de Deus estava sobre suas vidas, as trevas eram desmascaradas. Eles discerniam claramente o trabalho do inimigo e, assim, podiam neutralizá-lo e desfazer sua ação em nome do Senhor Jesus. “Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, xando nele os olhos, disse: Ó lho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor? Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor, e carás cego, não vendo o sol por algum tempo. No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão. Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor” (Atos 13:9-12).
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3. A UNÇÃO NOS DÁ PAIXÃO PELAS ALMAS Quando recebemos o poder de Deus em nossas vidas, somos transformados em testemunhas eficazes do Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo tornou-se um dos pregadores mais audazes do Cristianismo. Ele proclamava a salvação de Jesus Cristo com toda a sua alma e consumia seu coração gemendo por aqueles que não conheciam ao Senhor, clamando a Deus para que Ele estendesse Sua misericórdia e os salvasse. Sua dedicação era tamanha, que ele chegou a ponto de dizer, quando orou pelo povo de Israel: “Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos” (Romanos 9:3). Ele desejava profundamente
a salvação das pessoas e de sua nação, pois sentia paixão por ganhar os perdidos.
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Pense nisto: quantas pessoas poderiam ir para o inferno se você deixasse de anunciar-lhes as boas-novas? Provavelmente, você deseja que o Senhor faça de você um evangelista. Para ver a resposta de sua oração, Deus precisa mudar o seu coração e você deve ser consumido por uma paixão pela cidade onde vive e por sua nação. O Senhor lhe dará estratégias para ganhar muitas pessoas e lhe dará a unção para sair e pregar com poder. E quando eu falo de poder, rero-me ao fato de que a presença de Deus irá respaldálo e milagres se manifestarão em sua vida em cada pregação que você zer.
4. PODEMOS GANHAR AS BATALHAS ATRAVÉS DA ORAÇÃO Às vezes, quando oramos pelas almas perdidas, não o fazemos de todo o nosso coração. O Senhor me ensinou que eu não deveria apenas orar, mas sim promover uma verdadeira guerra espiritual, lutando pela salvação das pessoas até que elas passem das trevas para o Seu maravilhoso Reino. Na época do avanço do Cristianismo, os apóstolos oraram, dizendo: “Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos caram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”
(Atos 4:29-31).
5. DEUS SEMPRE NOS RESPALDA Uma das experiências que marcaram o início da minha vida cristã foi resultado da paixão que sempre senti pela salvação das almas. Por causa dessa paixão, eu andava pelas ruas e pelos lugares públicos testicando de Jesus para o maior número de pessoas possível. Em certa ocasião, aproximei-me de um grupo de cinco pessoas, entre as quais havia um leproso, e lhe entreguei um folheto, dizendo: — Amigo, Cristo ama você e quer salvá-lo.
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Aquele homem, com o coração endurecido, respondeu: — Nem Deus pode curar a lepra.
Senti-me ofendido com aquelas palavras, e disse: — Como você se atreve a falar assim? O próprio Jesus levou as doenças sobre o Seu corpo na Cruz do Calvário e as destruiu.
Mas aquele homem continuava armando que ninguém poderia curar a sua doença. Cada vez que ele argumentava, eu tentava dar a ele a resposta para o seu problema. As pessoas que passavam por aquele lugar paravam, atraídas pela discussão, e se interessavam em saber quem ganharia. Naquele momento, pensei: Senhor, este homem está mais duro do que o Faraó. Quebranta o seu coração, Pai. Imediatamente, o leproso mudou de opinião e disse: — Se o que você está dizendo é verdade, que o Senhor cura a lepra e que vocês pregadores têm o poder de orar por nós para que sejamos curados, ore por mim e me cure.
Embora tenha sentido, naquele momento, que minha fé estava sendo provada, também senti um grande revestimento vindo da parte de Deus, e respondi: — Feche os olhos e repita comigo esta oração...
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Em seguida impus as mãos sobre ele e, com autoridade, repreendi aquele espírito imundo de lepra, ordenando que soltasse a vida daquele homem em nome de Jesus. Quando terminei de orar, o leproso começou a chorar e me pediu perdão por ter sido tão duro e por ter falado daquela maneira. Ele estava muito quebrantado. Quando se acalmou, o homem disse:
— Senti que o poder de Deus me tocou e que a lepra foi embora do meu corpo. Sei que estou curado.
O Senhor tinha curado completamente aquele homem da lepra que o acometia. Então, aproveitei o momento para desaar as pessoas que estavam presentes ali, dizendo: — A lepra espiritual é pior do que a lepra física, mas Jesus tem o poder de limpar ambas.
Naquele dia, duzentas pessoas aceitaram a Jesus em seus corações.
CONCLUSÃO Todo aquele que deseja fazer a obra de Deus deve receber o respaldo da igreja e a unção de Deus em sua vida para ter discernimento e autoridade para enfrentar qualquer oposição que possa encontrar no caminho. Quando recebemos o poder de Deus, não apenas somos capazes de discernir os poderes demoníacos, mas nos transformamos em testemunhas eficazes do Senhor Jesus Cristo.
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QUESTIONÁRIO 3 O PODER DA EVANGELIZAÇÃO 1. Além da preparação teológica, que outro componente é importante para a realização da obra de Deus com sucesso? _____________________________________________________. 2. Por que devo fazer uma verdadeira guerra espiritual? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 3. Por que é preciso ter o respaldo da Igreja para evangelizar? _______________________________________________________ _______________________________________________________ R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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_______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
4. Para que serve a unção? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 5. Há diferença entre pregar segundo as nossas próprias forças e pregar pelo poder de Deus? Justique sua resposta com um fundamento bíblico. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 6. Você sente paixão por orar por sua célula, por seu bairro, cidade ou nação? Faz isso diariamente? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
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7. Escreva e memorize Atos 1:8. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
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A EFICÁCIA DA
EVANGELIZAÇÃO
Referência Bíblica
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito” (João 4:39).
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4 O Ã Ç A Z I L E G N A V E A D A I C Á C I F E A
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Objetivos 1.
Pregar o Evangelho sem fazer acepção de pessoas.
2.
Praticar a humildade e o serviço dentro do processo evangelístico. alguns parâmetros bíblicos de evangelismo por intermédio do exemplo de Jesus.
3. Aprender
INTRODUÇÃO Jesus mostrou aos crentes como evangelizar de maneira ecaz. Um dos exemplos deixados por Ele que devemos seguir é Sua experiência com a mulher samaritana, relatada em João 4:1-42. Naquela época, as rixas e os ressentimentos que existiam entre judeus e samaritanos eram muito fortes. Os judeus viam os samaritanos como impuros, por causa da mestiçagem que tiveram com os babilônicos. Por isso, os judeus não transitavam por suas cidades nem os cumprimentavam. Mas o Senhor Jesus Cristo decidiu fazer o que nenhum judeu se atrevera: atravessar a cidade de Samaria, ensinando-lhes que o valor de uma alma está acima de todo e qualquer prejuízo racial ou social. Paulo disse: “... de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade” (Efésios 2:14, NVI). Em outra ocasião, o Senhor Jesus armou: “Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” (Mateus 18:11).
Jesus não tinha preconceito em se aproximar das pessoas que eram desprezadas pelo restante do povo. Ele demonstrou isso claramente quando deixou Seu trono de glória para assumir a forma humana, vindo a este mundo e colocando-se no mesmo nível do ser humano, por amor àqueles que não tinham esperança de salvação.
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1. QUEBRANDO O GELO A primeira impressão que uma pessoa tem de outra determinará se ela se abrirá para o diálogo ou não. Geralmente, é uma questão de segundos. Os judeus acreditavam ser superiores aos samaritanos. Entretanto, em um ato de humildade, Jesus disse a uma mulher samaritana: “Dá-me de beber.” Para ela, foi uma grande surpresa, pois qualquer samaritano sabia qual era o conceito que os judeus tinham deles. Incomodada, ela respondeu: “Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?” (João 4:9). O apóstolo Paulo disse: “Porque, sendo livre de todos, z-me escravo de todos, a m de ganhar o maior número possível” (1 Coríntios 9:19).
A samaritana pensou que Jesus tivesse sede de água, mas na verdade Jesus tinha sede por salvar vidas. O que Jesus estava dizendo à mulher nesse diálogo era, em outras palavras: “Se puderes crer em mim, toda sede será dissipada; se me deres da tua água, eu te darei da minha; se me entregares a tua vida, eu te entregarei a minha.” Ele disse: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior uirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem...”
(João 7:38-39).
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2. PRINCÍPIOS DO EVANGELISMO Tudo o que aconteceu na vida de Jesus tinha o objetivo de nos dar uma grande lição. E com o relato da mulher samaritana, o Senhor nos mostrou que devemos considerar os seguintes pontos ao realizar a obra do evangelismo:
A. Fazer com que todas as pessoas se sintam importantes Analisemos o contexto no qual Jesus pediu água àquela mulher. Ele, judeu; ela, uma mulher samaritana. No meio dos dois, uma barreira construída por anos de tradição. Isso comoveu grandemente a mente daquela mulher, pois um judeu estava lhe pedindo um favor, sendo que os judeus em geral acreditavam ser superiores aos samaritanos, o que não permitia que se dobrassem diante de um samaritano. Essa atitude fez ela se sentir valorizada, uma pessoa importante. Podemos observar que com essa atitude, Jesus não estava dizendo quão grande Ele era, mas quão importante ela era. Fazer os outros se sentirem importantes é um dos aspectos fundamentais no evangelismo. B. Despertar a curiosidade Quando compartilhamos o Evangelho, devemos despertar nas pessoas o desejo de receber mais da Palavra de Deus. Não podemos querer pregar tudo o que sabemos de uma vez, mas apresentar princípios simples que possam ser assimilados. A mensagem que Pedro pregou na casa de Cornélio durou aproximadamente um minuto e meio, porque o Espírito Santo o interrompeu, dizendo: “Eles já receberam o suciente para experimentar a Salvação.” A Bíblia diz: “ Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra” (Atos 10:44). Jesus despertou a curiosidade e a expectativa daquela mulher: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva” (João 4:10, NVI). Em outras palavras: “Eu tenho algo muito melhor que o que há nesse poço.” Isso causou curiosidade na mulher, que disse: “ Acaso o
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senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus lhos e seu gado?”
(João 4:12, NVI). C. Suprir a necessidade “Armou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:13-14). Jesus
fez a mulher ver que todas as respostas às suas necessidades estavam Nele. Ele não a enviou a uma sinagoga judaica, mas disse-lhe: “Eu sou a fonte de água viva.” O Senhor fez um convite similar a esse aos judeus que estavam presentes na Festa dos Tabernáculos: “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior uirão rios de água viva” (João 7:37-38). “Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la” (João 4:15).
3. PRINCÍPIOS QUE O SENHOR APRESENTOU À SAMARITANA R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Deus: Aquela mulher bebia da fonte incorreta, que é a fonte que uma religião tradicional pode oferecer acerca de Deus. O que se recebe dura muito pouco, por isso as pessoas precisam continuar voltando para alimentar continuamente a sua religiosidade. Mas Jesus nos oferece a fonte correta: se bebermos dela, não seremos escravos das tradições.
Salvação: Ela soube que Jesus é a fonte da vida, mas precisava tomar uma decisão pessoal. Toda pessoa que é confrontada pela Palavra sofre uma batalha em sua mente por causa dos argumentos, tradições, conitos internos e experiências do passado. Mas Jesus tem a resposta correta para cada argumento. Se bebermos da água que Jesus nos oferece, nunca mais teremos sede. Família: “Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá” (João 4:16). Desde o primeiro momento da Criação, Deus mostrou uma preocupação pela família, pois viu que o homem estava só e decidiu criar uma companheira para ele. Depois, chamou ambos e os abençoou como um casal. Quando o Senhor disse à samaritana para chamar seu marido, não o fez para envergonhá-la, mas para estabelecer um precedente: o chamado inclui também o cônjuge e os lhos. “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31). Adoração: A mulher tinha uma dúvida: ela queria saber em que lugar deveria adorar a Deus. Na verdade, era como se ela perguntasse: “Qual é a religião verdadeira?” Jesus respondeu da forma mais simples: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:23-24).
A palavra “espírito” vem do grego pneuma , que significa “vento .” E assim como o vento está em todo lugar, Deus e a Sua presença estão em todos os lugares. Portanto, podemos adorá-lo onde quer que estejamos.
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4. ATITUDES DA SAMARITANA 1. Sentiu-se confrontada . Ela tentou encobrir o seu pecado quando o Senhor lhe disse para chamar seu marido, e ela respondeu que não tinha nenhum. Mas o Senhor lhe lembrou de que ela havia tido cinco maridos e que, naquele momento, o homem com quem estava não era seu marido. Assim, fez com que a mulher enxergasse o pecado do adultério que abrigava, a vida desordenada na qual vivia, e que era preciso que se arrependesse genuinamente para colocar ordem em sua vida. Um genuíno arrependimento leva à restituição. Depois de sua conversão, Zaqueu pôs seus bens diante do Senhor e lhe disse: “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é lho de Abraão” (Lucas 19:8-9).
2. Creu em Jesus . Aquela mulher estava admirada ao ver que Jesus era o Messias esperado. Logo após seu encontro com Cristo, ela espalhou a notícia por toda a cidade, diferentemente dos líderes espirituais de Israel, que resistiram em aceitar que Jesus era o Messias e promoveram uma grande perseguição contra Ele. O apóstolo João disse: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos lhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1:11-12). R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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3. Deixou seu cântaro . O cântaro representa sua antiga maneira de viver. Paulo disse: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se zeram novas” (2 Coríntios 5:17). Essa mudança de vida deve ser
imediata e deve produzir frutos dignos de arrependimento.
4. Testicou a outros sobre Jesus : Aquela mulher foi à cidade de Samaria e disse: “Encontrei um homem que me disse tudo o que eu tenho sido.” Por causa de seu testemunho, toda Samaria foi a Jesus Cristo e creu Nele.
CONCLUSÃO Ao longo dos tempos, a obra mais eficaz de evangelização continua sendo o evangelismo pessoal,de pessoa a pessoa.Jesus estava rodeado de multidões, mas buscou a oportunidade de ter um contato pessoal com a samaritana. Através do contato pessoal, devemos buscar o momento oportuno para compartilhar de Deus.
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QUESTIONÁRIO 4 A EFICÁCIA DA EVANGELIZAÇÃO 1. Mencione as atitudes da samaritana ao ouvir Jesus. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
2. Ordene os seguintes princípios de acordo com a forma como Jesus os abordou em seu diálogo com a samaritana. – Adoração. (
).
– Família.
(
).
– Salvação.
(
).
– Deus.
(
).
3. Marque falso (F) ou verdadeiro (V), conforme o caso:
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– Não podemos adorar a Deus, pois Ele não está em todos os lugares ( ) – O valor de uma alma está acima de todo preconceito racial ou social ( ) – Devemos pregar para as pessoas tudo o que sabemos de uma vez ( )
– Devemos fazer todas as pessoas se sentirem importantes (
)
– O chamado de Deus não inclui o cônjuge e os lhos
)
(
4. Quais são as suas estratégias para despertar a curiosidade das pessoas a m de que desejem conhecer mais a Jesus? Descreva uma delas. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________. 5. Por que devemos fazer as pessoas se sentirem importantes? Justique sua resposta com um fundamento bíblico. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
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UNÇÃO PARA
GANHAR
Referência Bíblica
“Certo dia, passou Eliseu por Suném, onde se achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes que passava por lá, entrava para comer” (2 Reis 4:8).
5
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5 Objetivos R A H N A G A R A P O Ã Ç N U
1.
Entender plenamente o desao que envolve ganhar uma alma.
2. Entender
que a compaixão é um dos motivadores daquele que é um ganhador de almas.
3.
Reconhecer a necessidade e o poder da oração na obra evangelística.
4.
Reconhecer os princípios fundamentais de um ganhador de almas.
INTRODUÇÃO
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Eliseu recebeu uma porção dobrada da unção que estava sobre Elias. Quando ele falava, sua palavra era expressa com autoridade e poder. Mesmo sendo uma pessoa muito importante, a mulher sunamita reconheceu a unção que havia sobre o profeta e lhe abriu as portas de sua casa, preparando um quarto para que ele pudesse descansar. Ela fez tudo isso sem qualquer interesse, porém, o profeta quis retribuir sua amabilidade. Quando soube que a sunamita não tinha lhos, Eliseu deu-lhe a promessa da parte de Deus de que em um ano ela teria um lho. E assim aconteceu. Contudo, quando o menino tinha doze anos, cou doente e morreu.
1. O GANHADOR DE ALMAS DEVE CONHECER O QUE ESTÁ ENFRENTANDO Aquela mulher cou extremamente aita pela morte do lho, mas com determinação, decidiu ir até o profeta em busca de uma resposta para a situação. Ela foi capaz de discernir que o criado de Eliseu não tinha a mesma medida de fé que o profeta. Embora Geazi tivesse feito o que Eliseu havia ordenado, não obteve respostas. Então, a mulher foi diretamente até o profeta e se agarrou a ele até obter uma resposta armativa do servo de Deus. Jesus disse: “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mateus 10:24-25). “Tendo o profeta chegado à casa, eis que o menino estava morto sobre a cama” (2 Reis 4:32). Eliseu percebeu a situação que
enfrentava, pois sabia que o menino não estava dormindo, mas já estava morto. Por conseguinte, ele deveria orar com uma fé determinante. Acredito que todo ganhador de almas deve confrontar as pessoas com sua condição espiritual e fazer com que vejam que não estão adormecidas, mas sim mortas em seus delitos e pecados, e que o único que poderá fazê-las reviver é o Senhor Jesus, que deu a vida por elas. No dia em que minha família e eu sofremos um atentado, recebi cinco tiros em meu corpo. Embora aquilo tenha sido um decreto de morte para mim, a fé da minha esposa foi determinante para que eu voltasse à vida. Claudia me pegou pelo braço e, com voz de autoridade, disse-me: “César, não morra!” Pude ouvir sua voz ao longe, e ouvi outra voz que me dizia: “ Você acha que vai morrer
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ou se salvar?” Tudo dependeu da minha resposta. Graças a Deus,
respondi armativamente, e Deus prolongou a Sua misericórdia concedendo-me a vida. Tenho absoluta certeza de que se minha esposa não tivesse se colocado na brecha e lutado aquela guerra pela minha vida, minha carreira teria acabado ali. Da mesma forma, não devemos nos desmotivar ou desfalecer diante da situação daqueles que decidiram viver distanciados de Deus, nem nos queixarmos ao ver como os pecadores prosperam e mantêm seu coração endurecido. Ao contrário, devemos nos esforçar e diligentemente levar as boas-novas de salvação a todas as pessoas que Deus colocar em nosso caminho. Deus usará a palavra de nossa pregação para fazer com que a mensagem penetre e deixe uma marca em seu coração. O Senhor não quer que saiamos por aí para ganhar os pecadores com a incredulidade de Geazi, que deixou que a frieza do cadáver o confundisse e não soube o que fazer com o bordão de Eliseu. Não devemos permitir que o tamanho do pecado das pessoas nos assuste ou nos deixe perplexos sem saber como usar o bordão da autoridade. Devemos marchar, como bons soldados de Cristo, com a mesma fé de Eliseu, que soube exatamente o que tinha que fazer porque ouviu a voz do seu Deus.
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2. O PODER DA COMPAIXÃO “Tu, pois, lho meu, fortica-te na graça que está em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas
testemunhas, isso mesmo transmite a homens éis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2:1-2).
Eliseu foi discipulado pelo profeta Elias. Este lhe contou como ressuscitara o lho de uma viúva, como o carregara até o seu quarto, e como o havia colocado em seu colo e orado a Deus pedindo um milagre. No caso da sunamita, seu lho estava morto no quarto, porém, sem qualquer dúvida, Eliseu foi capaz de entender que em cada situação Deus age de uma forma diferente. E aquilo que funcionara para Elias, não signicava que funcionaria com ele. Eliseu sabia que o princípio era o mesmo, e que se Elias ressuscitara o lho da viúva, ele também poderia ressuscitar o lho da sunamita, mas decidiu elaborar seu próprio método. Ele ordenou que Geazi colocasse seu bordão sobre o rosto do menino. Aquele bordão simboliza o ensinamento que um pastor dá ao seu discípulo sem nenhuma unção, enviando-o em seguida para transmiti-lo a outros. Mas quando o ensino não foi ministrado com unção, ele não tem efeito algum. O “bordão” acaba se transformando em algo impessoal e externo e, portanto, não terá poder. Da mesma forma, os ensinamentos que só chegam à nossa mente e não alcançam o nosso coração não terão força; serão como um bordão sobre o rosto de uma pessoa. Por outro lado, quando o ensinamento chega ao coração e se torna parte de cada um de nós, alcançamos uma grande compaixão por salvar os perdidos, dispondo-nos a clamar com todo o nosso ser pela sua redenção. É por isso que algumas pessoas que já escutaram belíssimas pregações em auditórios muito bonitos não se sentem motivadas a voltar, porque a mensagem foi como se tivessem colocado um bordão sobre o seu rosto, o qual não tinha poder para lhes dar vida.
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Deus deseja que brote dos nossos corações uma profunda compaixão por aqueles que ainda não são salvos, permitindo que o Espírito Santo inspire Sua Palavra de vida em nosso interior, para que quando a proclamemos, as pessoas possam ouvir a voz do Senhor, dizendo: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará” (Efésios 5:14).
3. DEVEMOS USAR O SENSO COMUM Eliseu não se sentiu frustrado quando seu método não funcionou. Ao contrário, decidiu testar outra maneira. Geralmente, o ser humano se agarra aos hábitos e acaba sendo difícil arriscar qualquer mudança.
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Há alguns anos, convidamos um casal para ministrar um culto de milagres em Bogotá. Eles treinaram um grupo de pastores e depois impuseram as mãos sobre eles. Em seguida, disseram que no dia da reunião de milagres Deus os usaria, porque aqueles pastores já tinham recebido a unção. Aquela reunião foi como se Geazi tivesse colocado o bordão no rosto das pessoas; eu via as pessoas saindo derrotadas e sem esperanças. Antes de realizar o culto seguinte, tive de falar com aquele casal, e disse-lhes: “Não é preciso que as pessoas que receberam treinamento orem pelos outros, pois elas só podem ativar a fé através de vocês, já que toda expectativa do evento nasceu pela maneira como Deus os usa. Precisamos que vocês iniciem o culto orando, vocês mesmos, pelos doentes. O ambiente foi preparado durante todo este ano com jejum e oração,
e estamos certos de que Deus se moverá através de suas vidas.”
Foi difícil para eles ter de mudar seu esquema de ministração, mas eles concordaram em fazer isso e o culto tomou outra dimensão. Quando eles começaram a orar pelas pessoas, isso liberou a fé delas e os milagres aconteceram de forma extraordinária.
4. DEVEMOS CONQUISTAR TODAS AS COISAS EM NOSSO LUGAR DE ORAÇÃO “Então, entrou, fechou a porta sobre eles ambos e orou ao Senhor” (2 Reis 4:33).
O profeta assumiu de forma pessoal o motivo da aição daquela família e fez dela sua carga de oração. Eliseu estava determinado a receber de Deus a revelação do modo mais ecaz de interceder por aquela situação. Ele estava disposto a fazer o que fosse preciso, conante de que o menino voltaria à vida. A amabilidade daquela mulher para com ele no passado era um argumento poderoso a favor dela no mundo espiritual, tanto que o profeta se ofereceu para ajudá-la intercedendo em seu favor perante o rei. Naquela ocasião, Eliseu sabia qual era a necessidade da mulher. Ela pediu a ele que intercedesse, não perante o rei, mas diante do próprio Deus, para que Ele estendesse Sua misericórdia e seu lho voltasse a viver. Por esse motivo, o profeta sabia que, quando pedimos a Deus em nosso lugar secreto de oração, receberemos nossa recompensa em público (Mateus 6:6). Ele estava decidido a crer que Deus lhe responderia rapidamente. O cadáver estava justamente deitado em sua cama e ele sabia que não poderia ser indiferente diante da situação. O profeta não ia deitar sabendo que
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havia uma pessoa morta ao seu lado. Ele sabia que deveria car velando em oração até que um milagre acontecesse. “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade” (1 Timóteo 2:8).
5. DEVEMOS TRANSMITIR VIDA ATRAVÉS DA ORAÇÃO “Subiu à cama, deitou-se sobre o menino” (2 Reis 4:34).
Eliseu colocou toda a sua fé em ação e decidiu unir seu corpo com o cadáver do menino. Ele juntou seus olhos, sua boca e suas mãos com as do pequeno para que o corpo fosse aquecido e recobrasse a vida. Anos depois, o Senhor levou o profeta Ezequiel em uma visão por um vale cheio de ossos secos e lhe perguntou: “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?” E ele respondeu: ‘Senhor, Deus, tu o sabes’. Disse-me ele: ‘Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor’” (Ezequiel 37:3-4).
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Ezequiel teve de criar toda uma atmosfera profética para que os ossos secos pudessem viver, os quais representavam a casa de Israel. De forma similar, encontramo-nos diante da mortalidade espiritual das pessoas da nossa cidade e da nossa nação, sem saber como poderemos transmitir-lhes vida. Deus quer que tomemos posse da necessidade espiritual da nossa cidade e que levantemos uma nuvem de oração em favor dela; que oremos por seus habitantes e juntemos nossa Visão à visão
deles, nossos lábios aos lábios deles e nossas mãos às suas mãos, conando que o Senhor usará essa medida de fé para lhes dar vida. Eliseu estava decidido em seu espírito a fazer a criança deixar seu estado de cadáver e voltar à vida. O que o profeta fez é o que nós devemos fazer para trazer a vida àqueles que estão afastados de Deus. “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4:1-2).
6. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GANHADOR DE ALMAS Contato pessoal: esse contato pode começar por intermédio de uma visita. Ela nos dará a oportunidade de derrubar os argumentos que as pessoas possam ter. Assim, se sentirão aquecidas pela visita e sentirão a presença de Deus operando em suas vidas. Eliseu decidiu entrar em contato com o corpo inerte do menino, que já estava gelado por causa da morte. Paulo disse: “Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” (1 Coríntios 6:17). O contato do profeta com o corpo do menino fez com que o espírito de vida de Eliseu fosse o instrumento utilizado por Deus para fazer aquela criança reviver. Visualização: as pessoas que não conhecem a Deus, geralmente, não têm visão. Rero-me à visão espiritual. É provável que tenham muita perspectiva para ganhar dinheiro ou para os negócios, mas estão mortas espiritualmente e
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não sabem nada acerca da visão espiritual. Através da nossa Visão, ajudaremos essas pessoas a sentirem que também podem fazer parte dela, que é uma estratégia simples e que se torna a ferramenta de Deus para que realizemos a grande comissão: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). Pureza de lábios: os lábios do profeta Eliseu foram santicados pela presença de Deus e, ao serem unidos com os da criança, ele não só estava cancelando qualquer palavra incorreta que tivesse dito, mas também estava colocando uma nova linguagem na boca do lho da sunamita. Ao ter esse tempo de contato com aqueles a quem queremos dar vida, devemos ensiná-los a falar a linguagem da fé. Unção: A unção dada por meio da imposição de mãos é como uma pequena chama, que não podemos deixar apagar. É de suma importância alimentá-la diariamente para que se torne cada vez mais intensa. Josué, sucessor de Moisés, foi cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés havia imposto suas mãos sobre ele (ver Deuteronômio 34:9). Perseverar em oração: “Então, se levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá” (2 Reis 4:35). Embora o corpo do menino já tivesse se aquecido, os sintomas de vida ainda não haviam se manifestado. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Em momentos como esse, a batalha no mundo espiritual se torna muito intensa, pois o inimigo tenta semear a semente da dúvida. Depois de que Jesus amaldiçoou a gueira e ela secou, Ele disse aos seus discípulos: “Tende fé em Deus; porque em verdade vos armo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele” (Marcos
11:22-23). O Senhor usou a história da gueira para ensinar aos Seus discípulos que a fé pode cumprir seu propósito se conseguirmos perseverar em oração, sem permitir a dúvida dentro de nós. Não podemos agir como Pedro, que em um momento sentiu que tinha toda a fé do mundo para caminhar sobre as águas, mas ao ver as ondas e os ventos fortes, sua fé esmoreceu e ele começou a afundar tão rápido que teve que clamar por misericórdia, sendo repreendido pelo Senhor por sua falta de fé (Mateus 14:28-31).
7. UMA NOVA APROXIMAÇÃO “... e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino” (2 Reis 4:35).
Muitas vezes, na primeira visita, não é possível alcançar todo o objetivo com aqueles que queremos ganhar, mesmo que a reunião tenha sido muito agradável e as pessoas se mostrem muito receptivas. Com essa primeira aproximação, talvez tenhamos conseguido fazer somente com que seus corpos se aquecessem, que despertassem ao conhecer as bênçãos que Deus tem para eles. Durante os dias seguintes, devemos manter o espírito de oração a favor deles e nos preparar para uma segunda visita, onde possamos repetir o processo: contato pessoal, visualização, pureza de lábios e unção. TESTEMUNHAS DO MILAGRE: “... este espirrou sete vezes e abriu os olhos” (2 Reis 4:35). O primeiro sinal de vida do menino foram esses sete espirros. Sabemos que o número sete fala da perfeição, assim os sete espirros foram um sinal dado por Deus
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de como o espírito de morte tinha saído totalmente do menino. Depois disso, ele abriu os olhos e pôde ver. Deus restaurou sua vida e sua visão. A obra de Deus sempre é perfeita: se Ele devolve a vida, também reabilita a visão, pois sem visão o povo perece. Ele também está interessado em que o povo tenha visão. Ela os manterá ativos e lutando para engrandecer o Reino de Deus.
CONCLUSÃO Cada um de nós deve decidir entre levar a mensagem com a unção e a autoridade de Eliseu ou com a fria indiferença de Geazi. Também devemos propor em nossos corações sermos reprodutores de vida e nos colocarmos na brecha em favor daqueles que não conhecem a verdade, crendo que por meio da nossa intercessão Deus estenderá a eles a Sua misericórdia. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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QUESTIONÁRIO 5 UNÇÃO PARA GANHAR 1. Responda as seguintes perguntas com SIM ou NÃO. Seja o mais sincero possível. – Você tem uma fé determinante, que em momentos cruciais o levou a liberar o poder de Deus que há em sua vida? Ou seja, você age conforme a sua fé? _______ – Você dedica um tempo em seu lugar secreto para buscar a presença de Deus?
_______
– Você é obediente quando o Senhor lhe pede para mudar sua forma de ministrar?
_______
– Você assume o fardo por outras pessoas em oração como se fosse seu?
_______
2. Complete: - O profeta __________________ que quando pedimos _____________ em nosso lugar, ________________, teremos recompensa em público (Mateus 6:6). - Para conseguirque Deus dê ______________________________ a alguém que está _________________ por causa de sua ________________ é preciso que mantenhamos ________________ nosso nível de ________________.
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3. Por que é importante ter pureza de lábios para ganhar muitas almas? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 4. O que Deus quer que façamos por nossa cidade? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________. 5. A unção transmitida pela imposição de mãos se assemelha a quê? E o que devemos fazer com ela? _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
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6. Você pede ao Senhor para lhe revelar a maneira mais ecaz de interceder por uma situação pela qual alguém lhe pediu para orar? Se a resposta for armativa, conte como Deus o respalda quando você intercede pelas necessidades das pessoas. _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________.
COMPAIXÃO Referência Bíblica
“Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicandolhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: ‘Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar’” (Lucas 10:33-35).
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6 Objetivos O Ã X I A P M O C
compaixão por aqueles que não conhecem ao Senhor como a motivação principal para realizar a obra de Cristo.
1. Ter
2. Ajudar
os outros, conduzindo-os no processo de cura
interior. 3.
Saber aplicar o Sangue de Cristo e o poder consolador do Espírito Santo corretamente, em cada situação necessária.
INTRODUÇÃO “Eis que lhe trarei a ela saúde e cura e os sararei; e lhes revelarei abundância de paz e segurança” (Jeremias 33:6).
A cura de Deus só pode ser conhecida pelos homens por intermédio dos Seus servos. Por isso, a maior motivação de Jesus para formar sua equipe de 12 foi a compaixão.
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Motivado pela compaixão, Jesus ministrava e consolidava as pessoas que se aproximavam e que viviam como ovelhas sem pastor. Por causa da multidão de pessoas que necessitavam do Seu toque, Ele instruiu Seus discípulos a orarem ao Senhor da seara para que enviasse trabalhadores, pois como a Palavra diz: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mateus 9:37).
A parábola narrada em Lucas 10:33-35 apresenta uma das melhores descrições da condição em que vivem aqueles que estão distanciados de Deus. Satanás, que foi chamado pelo próprio Senhor de “ladrão”, vem para roubar, matar e destruir (ver João 10:10). As pessoas que caem nas suas garras cam como o homem dessa história: despojados de tudo o que conseguiram ao longo da vida. Em um só instante, o diabo rouba tudo o que eles têm, inclusive sua fé, deixando-os abandonados e quase mortos no caminho. Essa é a condição em que muitas pessoas se encontram, pois elas já se acostumaram a viver suportando as próprias feridas. Mas Deus vê a condição espiritual na qual o Seu povo se encontra, por isso Ele promete:
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1. CURA PARA AS FERIDAS EMOCIONAIS “Porque assim diz o Senhor: Teu mal é incurável, a tua chaga é dolorosa. Não há quem defenda a tua causa; para a tua ferida não tens remédios nem emplasto” (Jeremias 30:12-13).
Quando uma pessoa se fere, imediatamente precisa passar um antisséptico sobre a ferida para evitar qualquer infecção. E assim como acontece na vida física, ocorre também na vida espiritual. Do mesmo modo que uma ferida física que não for tratada adequadamente produzirá uma infecção, uma ferida espiritual ou emocional que não receber a cura divina causará males na alma: amargura, ódio, vingança, depressão, solidão, tristeza e outras consequências. “Eis que lhe trarei a ela saúde e cura e os sararei; e lhes revelarei abundância de paz e segurança” (Jeremias 33:6).
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Uma das estratégias do inimigo é entrar de forma muito sutil na vida das pessoas e, silenciosamente, ganhar terreno até obter o total controle sobre elas. Frequentemente, as feridas que mais perturbam o ser humano são aquelas causadas por quem mais nos amam: o cônjuge, os lhos, os pais ou os irmãos. Satanás quer roubar a nossa felicidade, assaltar a nossa esperança e destruir os nossos sonhos. Assim, ele diminui as nossas forças e nos deixa sem ânimo para enfrentar a pressão das emoções feridas. É nesse momento que baixamos a guarda, aceitamos a derrota e começamos a acreditar que o fracasso faz parte da nossa vida. Mas precisamos entender que isso não é verdade.
O propósito divino para nós é que vivamos em completa paz, livres de todo tipo de opressão. Quando Deus nos criou, Ele nos fez seres integrais, com espírito, alma e corpo. Na alma residem a mente, as emoções e a vontade. É nela que o ser humano se apresenta em toda a sua totalidade e onde estão os seus maiores tesouros, tes ouros, como sua capacidade capacidad e de amar, amar, de sentir e de decidir. O Senhor nos dotou de forma individual, Ele nos deu autoestima e um valor especial que nos torna únicos. Por essa razão, devemos cuidar da nossa alma com todas as nossas forças, pois o inimigo tentará chegar a ela por meio das pessoas mais próximas de nós, aquelas por quem temos maior carinho. Ele usará as palavras dessas pessoas não apenas para ferir nossa estima, mas em muitas ocasiões também tentará destruí-la.
2. LIBERTAÇÃO DA INFELICIDADE Certa ocasião, minha esposa e eu aconselhávamos um casal com poucos anos de casamento. A jovem nascera com muitos privilégios econômicos e teve pais que sempre lhe deram tudo o que ela desejou. Entretanto, isso não a fazia feliz e ela raramente sorria; tudo lhe parecia monótono e entediante. Era como se ela tivesse uma marca em suas emoções que dizia “infeliz.” Seus pais lhe diziam repetidamente que ela era uma pessoa muito triste, e ela acabou acreditando nisso. Em sua juventude, conheceu um jovem com o qual começou um relacionamento, mas ele também tinha muitas feridas emocionais.
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Um dia, sob os efeitos da droga, o jovem lhe disse: “Acho que essa vida não tem sentido e o melhor é acabar logo com ela.” Ele caminhou vários passos passo s para a frente e se jogou em um abismo. Essa decisão afetou aquela jovem terrivelmente. Poucos meses depois, Deus colocou em seu caminho um rapaz cristão que se esforçou para ajudá-la a sair de sua crise. Embora aquela jovem fosse cristã, continuava lutando contra aquele espírito de infelicidade. Com o tempo, os dois amigos deram início a um relacionamento que resultou em um casamento. Embora a jovem tivesse se esforçado para agradar a Deus em tudo e viver conforme a Sua Palavra, continuava lutando contra aquela tristeza profunda.
Somente quando ela participou de um Encontro, o vazio que havia em seu coração foi preenchido preenchido pela presença de Jesus. Depois disso, ela foi capaz de sorrir novamente. Naquele dia, nós lhe explicamos como Deus quer fazer em nós o oposto daquilo que tenta nos controlar. O apóstolo Paulo ensinou: “É semeado em desonra e ressuscita em glória; é semeado em fraqueza e ressuscita ressuscita em poder” (1 Coríntios 15:43, NVI). R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Dissemos a ela que era preciso tomar toda a sua fraqueza e deixá-la na Cruz para receber em seu coração coraçã o a alegria e o contentamento de forma plena. Depois da reunião, vimos que aquela jovem recebera a mensagem, e ela própria se propôs a trabalhar com mais empenho para que não restasse nenhum vestígio do passado em sua vida.
3. A CURA DIVINA “Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se compadeceu-se dele. dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele” (Lucas 10:33-34). 10:33-34).
Um rapaz da igreja compartilhou compartilhou comigo como Deus o usava para ganhar determinadas pessoas para Jesus. Ele me contou que um dia estava em um shopping, esperando sua esposa fazer compras, quando viu uma jovem bastante desorientada. Ele a chamou e disse: “Moça, gostaria que você se sentasse por um momento e ouvisse algo que minha esposa quer lhe dizer.” Imediatamente ele chamou sua esposa e disse: “Fale de Deus para essa jovem.” A mulher olhou em seus olhos e armou: “Deus ama você.” Aquela moça começou a chorar, dizendo que ninguém nunca havia dito que a amava. Naquele momento, ela entregou seu coração a Jesus e deu início à vida cristã. Há 2,5 bilhões de pessoas neste mundo que nunca ouviram falar no nome de Jesus, mas nós temos o privilégio de estar entre aqueles que já ouviram a mensagem da salvação. Isso signica que o Senhor foi misericordioso e usou uma pessoa para falar conosco de Jesus. E porque o aceitamos em nosso coração, recebemos a cura que Ele preparou para nós.
O poder do Sangue de Cristo O bom samaritano preparou os elementos para auxiliar o ferido: óleo e vinho. O vinho era usado como antisséptico para desinfetar
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a ferida e, além disso, Cristo o apresentou como símbolo da nova aliança entre Deus e o homem. O próprio Jesus, na última ceia, tomou o vinho e disse: “ Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós” (Lucas 22:20). Na época de Moisés, a única coisa que pôde proteger os judeus que viviam no Egito, na terra de Gosén, foi a marca do sangue de um cordeiro nos portais e portas de suas casas. Foi por esse motivo que a mortalidade que alcançou os egípcios não tocou os judeus nem suas famílias. Mais adiante, no livro de Apocalipse, o apóstolo João diz que os crentes que derrotaram o inimigo o venceram porque conheceram o poder do Sangue do Cordeiro (Apocalipse 12:11). Todo aquele que aceitar a misericórdia de Jesus, pedindo que Ele o lave com seu Sangue, verá toda contaminação interior provocada pelo pecado cair por terra completamente pelo poder transformador do Sangue de Jesus. Logicamente, tudo isso acontece como resultado de um arrependimento genuíno, isto é, quando sentimos uma profunda dor por termos ofendido a Deus.
O bálsamo do Espírito
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Além de vinho, o bom samaritano também derramou óleo sobre aquele homem ferido. O óleo representa o refrigério interior, a unção do Espírito Santo em nossa vida. Algumas feridas são tão profundas que ainda não desapareceram da nossa memória; são como uma marca dentro dos nossos corações. Alguns tentaram denir esse sentimento, dizendo que as marcas “estão guardadas em nosso subconsciente.” Elas são mais fortes que as feridas físicas e, às vezes, doem mais que elas. Para isso, o nosso Deus tem um bálsamo: o óleo do Seu Espírito Santo. Ele quer tocar o mais íntimo do nosso ser, nos curar e nos dar o que até aqueles que mais amávamos nos negaram. O Espírito vem para nos acompanhar,
nos consolar e nos dizer que não estaremos mais sozinhos, mas desfrutaremos da Sua proteção e do Seu amor.
Jesus apresentou o Espírito Santo como o “Consolador” — em grego, parakleto — isto é, alguém que está ao nosso lado para nos ajudar (ver João 14:26).
4. O CUIDADO COM OS RECÉM-CHEGADOS O bom samaritano tomou o homem ferido, colocou-o sobre seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. O signicado desses atos é que Deus nos faz participantes de todas as suas bênçãos e privilégios, conduzindo-nos a uma igreja para que cuidem de nós. A hospedaria representa a célula, a igreja, o lugar em que líderes e pastores nos ajudarão em nosso crescimento espiritual e no fortalecimento da nossa fé. Depois de preparar um lugar para o homem, o bom samaritano disse ao hospedeiro: “Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar” (Lucas 10:35). De acordo com esse versículo, podemos entender que tudo o que zermos pelos mais necessitados será recompensado pelo próprio Senhor. Não importa qual seja o tipo de ferida que as pessoas tenham em seus corações, Deus quer curá-las. Portanto, é importante que quando ganhemos alguém para Cristo, possamos consolidar essa vida ao levá-la a participar de um Encontro, pois é nesse lugar que ela receberá o remédio necessário que trará a cura.
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CONCLUSÃO A passagem do bom samaritano nos ensina como é importante que a pessoa que ganhamos para Cristo possa experimentar uma verdadeira cura interior, pois o inimigo ofusca o seu entendimento e faz com que ela acredite que as suas feridas são tão profundas e o seu pecado tão grande, que ninguém se compadecerá dela. Mas tanto para essas pessoas quanto para nós, há uma notícia extraordinária: o Espírito Santo é o nosso consolador e o único que nunca nos deixará sozinhos.
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QUESTIONÁRIO 6 COMPAIXÃO 1. Você já sentiu compaixão pela situação na qual vivem aqueles que estão distantes de Deus? Se sua resposta não foi armativa, faça uma oração e peça ao Espírito Santo que lhe dê um coração cheio de misericórdia para alcançar aqueles que ainda não conhecem a Cristo. Descreva brevemente sua experiência: _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ___________________________________________________. 2. O que o óleo e o vinho representam? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ___________________________________________________. 3. Por meio de quem a cura de Deus pode ser conhecida? _______________________________________________________ ______________________________________________________.
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4. Qual é o requisito para que o poder transformador do Sangue de Jesus lance por terra toda contaminação interior provocada pelo pecado? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 5. Em que momento o Senhor torna o novo crente participante das Suas bênçãos e privilégios? _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________. 6. Qual é a promessa para aqueles que se comprometem em cuidar dos necessitados? _______________________________________________________ _______________________________________________________ R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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_______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ___________________________________________________.
AJUDA
GENEROSA
Referência Bíblica “Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra. Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados” (Marcos 2:1-5).
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7 Objetivos A S O R E N E G A D U J A
1.
Crer que Deus nos chamou para ajudar outros a terem um encontro com Ele. a aproveitar cada oportunidade para ajudar aqueles que precisam.
2. Aprender
3.
Levar sempre estes quatro amigos na hora de oferecer ajuda: Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar.
INTRODUÇÃO
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Todo ganhador de almas deve saber que a salvação das pessoas depende do encontro que elas precisam ter com Jesus. Somos conscientes de que apenas Nele elas encontrarão a resposta para cada uma de suas necessidades. Deus nos chamou e nos deu a missão sublime de procurar, interceder e lutar por esse encontro. Por isso, devemos pedir ao Senhor que nos dê a graça para, com esforço e dedicação, ir ao resgate daqueles que estão em trevas e trazê-los à luz admirável da Verdade, mostrando-lhes um caminho muito mais excelente do que aquele que conhecem. Um exemplo maravilhoso do que signica uma ajuda generosa pode ser encontrado na história do paralítico (Marcos 2:1-12). A história nos mostra como os quatro amigos do paralítico foram usados por Deus para que ele fosse salvo e curado.
1. SENTIRAM COMPAIXÃO “Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens” (Marcos 2:3).
As pessoas que sofrem de paralisia corporal, muitas vezes se veem connadas a viver na solidão, pois com tantas atividades no dia a dia, poucas pessoas podem passar tempo com elas. Entretanto, o paralítico da nossa história tinha quatro amigos que compreendiam como a resposta à necessidade daquele homem estava muito próxima, mas seria necessário o esforço de todos para alcançá-la. No plano espiritual, também existem muitas pessoas paralisadas por causa do pecado. Geralmente, quando isso acontece, elas tendem a se enclausurar dentro de si mesmas. “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6:2).
Em uma de nossas convenções no México, três das minhas lhas conversavam com uma jovem, lha de um pastor que havia ido à conferência. Aquela jovem, de apenas 18 anos de idade, havia cado inválida. Enquanto minhas lhas conversavam com ela, seus corações foram comovidos por causa da sua condição. Então, duas delas entraram na sala onde eu estava e me pediram para orar por ela. Sem pensar duas vezes, levaram-me até a menina e disseram: “Papai, por favor, ore por essa jovem.” Aproximei-me dela e por cinco minutos expliquei como ela poderia car curada. Aquela moça entendeu cada palavra que eu lhe disse. Em seguida, pedi-lhe que orasse a Jesus com suas próprias palavras, pedindo a Ele que lhe trouxesse a cura. Enquanto ela orava, pude discernir em sua oração que havia fé suciente nela para ser curada. Então, quando ela terminou a oração, disse-lhe que, por causa da sua
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fé, o milagre já estava acontecendo. Com bastante ânimo, aquela jovem se levantou e começou a andar. Todas as pessoas que estavam naquele lugar caram maravilhadas pelo modo como o Senhor responde às nossas orações. Analisando o que aconteceu a partir de outra perspectiva, também percebi como essa experiência marcou as minhas lhas como pregadoras do Evangelho, e pude ver nelas uma grande compaixão pelas pessoas.
2. FORAM OUSADOS “E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente” (Marcos 2:4).
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Os quatro amigos daquele paralítico eram homens ousados, pois eles se atreveram a fazer algo que ninguém havia feito. Quando perceberam que era praticamente impossível chegar até onde Jesus estava, decidiram subir ao teto da casa e descer o amigo por ali, até o lugar onde o Médico Divino estava. A ousadia está bastante ligada à fé, pois nos leva a fazer coisas diferentes, coisas inspiradas pelo Espírito Santo. Ela nos faz superar qualquer obstáculo, nos move a continuar, seguir em frente e não descansar, até ver as pessoas rendidas aos pés de Jesus. “Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que que cheia a minha casa” (Lucas 14:23).
Um dos fundamentos da Visão que Deus nos deu tem a ver com ganhar almas. Alguns dos jovens da nossa congregação conseguiram fazer com que as portas das universidades fossem abertas para a realização de grandes reuniões de jovens. Um deles me contou que sentiu em seu coração o anseio de pregar o Evangelho para os estudantes de uma das universidades mais fechadas da cidade, onde não permitem que qualquer pessoa pregue. Quando o jovem foi pedir permissão para ensinar a Palavra, disseram-lhe: “Você pode pregar, mas ninguém vai se responsabilizar pelo que possa acontecer, pois sabemos que há pessoas muito violentas nesse lugar e não há nenhuma proteção por parte das autoridades dentro da Universidade.” Aquele jovem
aceitou o desao. Ele reuniu seus discípulos e começaram a orar e jejuar, em seguida saíram pela fé para pregar em um dos parques conhecidos como o mais revolucionário da universidade. A graça de Deus o acompanhou em todo o momento, e aqueles que foram ao local com más intenções caram paralisados. No dia que foi feito o apelo, oitocentos jovens tomaram a decisão de aceitar a Jesus. Em outra ocasião, um integrante da equipe de 12 teve o desejo de realizar vários eventos evangelísticos com duração de sete minutos cada, em diferentes lugares da cidade. No m da semana, ele tinha ganhado nove mil pessoas para Cristo.
3. FORAM INCENTIVADORES Muito provavelmente, os quatro acompanhantes daquele paralítico tiveram que insistir para que o amigo aceitasse se reunir com Jesus. Como os resultados mostram, podemos deduzir que a motivação foi boa, já que eles conseguiram levá-lo até o Mestre.
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“Ordena e ensina estas coisas. Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos éis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (1 Timóteo 4:11-13).
Devemos incentivar aqueles que nos cercam com as nossas palavras. Também é recomendável ter em mãos os textos bíblicos adequados, para dar a eles mais confiança através das palavras da Bíblia. No contato pessoal, nosso testemunho pode ser de muita ajuda para as pessoas. Certa vez, estávamos em Newcastle, no Reino Unido, para a nossa Conferência Anual. Quando terminei uma das mensagens, um homem se aproximou de mim. Era um jogador de futebol prossional. Ele veio pedir oração por sua vida espiritual. Depois da conferência, fomos jantar com alguns pastores e nos encontramos novamente com aquele homem, que estava na mesa ao lado. Então, senti uma vontade em meu espírito de passar um momento com ele. Acredito que naquela noite os véus que ele tinha em sua mente caíram denitivamente. No dia seguinte, na Conferência, aquele jovem foi ao púlpito para dar o seu testemunho. R A H N A G O D A I G É T A R T S E A
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Ele falou sobre a experiência da noite anterior, e sobre como as poucas palavras que eu tinha dito tocaram profundamente sua vida: “O pastor me disse que o prazer estava no corpo, a felicidade na alma, mas a alegria estava no espírito. E me disse que somente Jesus podia me dar essa alegria. Essas palavras me encheram tanto que saí dali disposto a conquistar a alegria do meu espírito.
Passei duas horas conversando com Jesus e tomei a decisão de viver somente para Ele.”
Durante o tempo em que passei com aquele jovem, aconteceu o que a mensagem geral de uma conferência não tinha feito: sua vida foi totalmente transformada. Portanto, não desperdice o privilégio de conversar com outras pessoas, não deixe passar essa oportunidade. Motive as pessoas, encoraje-as para que se cheguem a Deus e tenham um encontro de amor com Ele.
4. FORAM HUMILDES “... um paralítico, levado por quatro homens...” (Marcos 2:3).
O simples fato de carregar uma pessoa sobre os seus ombros e levá-la de um lugar para o outro é um ato de humildade. Foi o que aqueles quatro amigos zeram. Aliás, a humildade é parte da natureza do Senhor Jesus. Jesus tinha a mansidão de uma pomba e a humildade de um cordeiro. Em sua carta aos lipenses, Paulo disse: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em gura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”
(Filipenses 2:5-8).
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Jesus teve de deixar tudo para vir a este mundo e ganhar nos para Ele. Paulo também entendeu esse princípio quando disse: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está conada” (1 Coríntios 9:16-17).
5. DEUS TAMBÉM QUER USAR VOCÊ (MARCOS 2:2-12) “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Salmos 2:8).
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Talvez você se pergunte: “O que eu devo fazer para ganhar minha cidade para Jesus?” Acredito que a chave para causar um grande impacto em qualquer cidade vai muito além do desejo de pregar o Evangelho. Deve envolver mais compaixão e ousadia, muito amor pelas almas, um amor tamanho que anseie pela redenção das almas. Creio que todo ganhador de almas precisa andar sempre com quatro amigos para que seu trabalho seja ecaz. E a Visão irá lhe apresentar a esses quatro amigos. São eles: Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar . Não adianta nada ganhar as pessoas se não soubermos como cuidar de seu desenvolvimento espiritual. O trabalho de ganhar deve andar de mãos dadas com o de consolidar, pois ganhar uma pessoa é motivá-la a chegar até onde Jesus está. O paralítico fez isso, ele foi até onde o Senhor estava, mas não pôde entrar. Muitas pessoas pensam que simplesmente levar alguém a um culto cristão é suciente, mas não é verdade. Por isso, a consolidação