MISTÉRIOS E MAGIA DO TIBETE CHIANG SING
APRESENTAÇÃO Tempos atrás, quando pub!"amos no #D!ár!o de Not$"!as# e nos #D!ár!os Asso"!ados# do R!o, %ár!os art!&os sobre nossa %!a&em ao T!bete, mu!tos e!tores nos es"re%eram para a d!re'(o do )orna, querendo saber "omo * a %!da entre os +amas, "omo s(o seus Tempos, seus deuses e suas "ren'as -./ Neste !%ro pro"uramos sat!s0a1er esta ben*%oa "ur!os!dade 2omos ao Or!ente bus"ando os donos da sabedor!a m!enar e seus ens!namentos se"retos Durante esta bus"a que durou tr3s anos, %!a)amos pea C4!na, 5nd!a, Nepa e T!bete, entre%!stando d!%ersos m$st!"os e ma&os destes on&$nquos pa$ses Toda%!a, nesta obra 0o"a!1amos apenas a parte re0erente ao T!bete 6 o 7a$s das Ne%es 6 "omo * "ons!derado por mu!tos, que d!1em ser o T!bete a pátr!a do m!st*r!o e do !mposs$%e Como !ntrodu'(o, "!taremos a&uns dados &era!s, por "erto )á "on4e"!dos pea ma!or!a dos e!tores, mas "u)a repet!'(o * sempre !nteressante T!bete * o nome de uma terra montan4osa na 8s!a Centra O nome dado ao T!bete peos seus pr!me!ros 4ab!tantes * #79O# ou #BOD#, que s!&n!0!"a o #7a$s das Ne%es# Tem "er"a de .:;;<<< qu!=metros quadrados, onde %!%em tr3s m!4>es de 4ab!tantes de or!&ens *tn!"as as ma!s d!0erentes C4!neses, tur"os, mon&?!s, m!sturam6se "om os 4ab!tantes #mon# abor$&!nes de outras re&!>es e os remanes"entes da !n%as(o !ndo6ar!ana, que o"orreu na 5nd!a m!4ares de anos atrás
A popua'(o entre&a6se @ a&r!"utura nos %aes e @ "r!a'(o de "abras "4amadas #D1o# de "a%aos de %ár!as ra'as e de um t!po de )umento mu!to 0orte, o #an, que * o &rande %e$"uo de transporte nos estre!tos "am!n4os das montan4as Sabe6se que at* o s*"uo II da nossa era, o T!bete %!%!a !soado dos seus %!1!n4os A n!"a re!&!(o era uma esp*"!e de pante$smo má&!"o "om sa"r!0$"!os o0ere"!dos aos deuses que %a&amente representam as 0or'as da Nature1a, e seres en"antados Estes seres en"antados ou eementa!s, t3m &rande seme4an'a "om a "ren'a e os r!tos umband!stas do Bras!, onde os %erdade!ros #or!ás# s(o sempre seres en"antados que nun"a en"arnaram e os #es# %3m a ser mu!to pare"!dos "om os #T$sas# 6 dem=n!os ou sem!deuses t!betanos, que se a!mentam do san&ue dos an!ma!s sa"r!0!"ados em sua 4omena&em No s*"uo II, re!na%a no T!bete, San& Tsen6Gampo, e este re!, no de"orrer de suas &uerras de "onqu!stas, a"abou "asando "om duas pr!n"esasF uma "4!nesa e outra nepaesa Ambas eram bud!stas 0er%orosas, e "onse&u!ram 0a1er "om que o re! de!asse seus r!tos san&u!nár!as e se "on%ertesse ao Bud!smo Son& Tsen Gampa reso%eu ent(o en%!ar um em!ssár!o espe"!a @ 5nd!a, a 0!m de tra1er !%ros e ob)etos sa&radas Este em!ssár!o te%e um pape de destaque na 4!st?r!a "utura do T!bete, po!s a*m dos !%ros, troue "ons!&o a &ramát!"a e o a0abeta Mas 0o! um outro re! que troue para a T!bete o "*ebre sáb!o bud!sta 7adma Samb4a%a, da n!%ers!dade de Naanda, na 5nd!a No ano %e!o ee para o T!bete "om suas duas esposas 2o! ee o &rande !nstrutor da re!&!(o t!betana e tornou6se "on4e"!do "omo o Guru R!mpo"4e T!n4a &randes poderes m$st!"os e "onse&u!u dom!nar os 0e!t!"e!ros #Bon# Sendo uma re!&!(o de tota toerJn"!a, adm!te o Bud!smo no seu pante(o as ma!s d!%ersas d!%!ndades t!betanas, d!sso resutando um s!n"ret!smo re!&!oso, que "onst!tu! a es"oa a)ra6Kana, !sto *, o"er!m=n!as +ama$smoque Esta re!&!(o "ara"ter!1a6se pea m!stura r!tosda má&!"os e produ1em %erdade!ros m!a&res m de ter'o popua'(o mas"u!na do T!bete perten"e ao sa"erd?"!o -:/ O Daa! +ama * o seu "4e0e s!mb?!"o e "orresponde ao 7apa D!1 a trad!'(o que at* bem pou"o tempo %!%!am no T!bete os #Sen4ores do Con4e"!mento Se"reto#, os m!ster!osos sáb!os que possuem em seus arqu!%os a %erdade!ra 4!st?r!a dos endár!os "ont!nentes desapare"!dosF +emr!a e AtJnt!da 6 bem "omo a 4!st?r!a da 4uman!dade 0utura, da qua ees t!%eram uma bea %!s(o !ntu!t!%a D!1 outra trad!'(o or!enta, que estes sáb!os %!%er!am no T!bete enquanto os estran&e!ros n(o !n%ad!ssem o seu pa$s Sem d%!da, este de%e ser o %erdade!ro mot!%o peo qua o T!bete 0o! uma terra !na"ess$%e para os estran&e!ros durante s*"uos Com a !n%as(o do T!bete em ma!o de .L;<, pro%a%emente estes sáb!os m!ster!osos de!aram o Teto do Mundo, po!s sab!am que !sto ser!a o s!na de que "!"o da e%ou'(o t!n4a mudado para o O"!dente Esta !n%as(o do T!bete 0o! pre%!sta peos #ts!pas# ou astr?o&os t!betanos no ano de .;< e es"r!ta num do"umento !nt!tuado #2atos que o"orrer(o no ano do Dra&(o e da
Made!ra# Em .L<, o do"umento 0o! %!sto peo Corone Koun&4usband 6 "4e0e das tropas br!tJn!"as que re&!am o T!bete E neste "ur!oso do"umento 6 d!1 S!r C4ares Be 6 en"ontra6se pre%!sta a . e a : Grande GuerraP a morte do .Q Daa! no ano de .L:, o o"aso do m!st!"!smo t!betano e 0!namente a !n%as(o de T!bete peos #2!4os da 23n! erme4a# -"omun!stas/ em .L;< D!1 a!nda que #a u1 da sabedor!a# %otará a br!4ar no O"!dente, e em espe"!a na terra de #O 2u San -Am*r!"a da Su/ Como sabemos, o T!bete 0o! !n%ad!do peas tropas "omun!stas "4!nesas em .L;<, tendo o . Daa! +ama, que re!na%a na o"as!(o, 0u&!do para a 5nd!a onde se en"ontra at* 4o)e E "omo a pr!me!ra parte da pro0e"!a )á se rea!1ou, * $"!to esperar que a se&unda tamb*m %en4a a tornar6se rea!dade Isto *, que a &rande u1 esp!r!tua passe a respande"er na Am*r!"a do Su Durante m!n4as andan'as peo T!bete 0u! testemun4a de a"onte"!mentos raros, entre! em "ontato "om um po%o estran4o e m!ster!oso e t!%e a 0e!"!dade de en"ontrar meu Guru, o +ama Daa a1!, que me !n!"!ou no se&rede das C4amas C?sm!"as Mu!tas s(o as pessoas !n"r*duas que a!nda 4o)e me per&untamF 6 #Mas %o"3 %!u mesmo tudo a que d!1 neste !%ro# M!n4a resposta * sempre a mesmaF 6 É "aro que %!U Somente n(o posso a0!rmar se 0o! "om meus o4os 0$s!"os eu meus o4os esp!r!tua!s Ouso d!1er a!nda, para re0res"ar a mem?r!a dos amados e!tores que ta "omo d!1 o %e4o #S4an Ha! !n ou +!%ro das Terras e MaresF #As "o!sas que o 4omem "on4e"e %erdade!ramente, n(o podem ser "omparadas em nmero "om as que 4es s(o des"on4e"!das# C4!an& S!n& Re0&!o Tranqu!o . d!a da ; m3s da : +ua dos 7r!me!ros 2r!os Ano do Dra&(o !&$!a das C!n"o Estreas VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotasF -./ Naquea *po"a a!nda n(o t!n4am s!do pub!"ados os !%ros de +obsan& Rampa, e pou"o se "on4e"!a no Bras! sobre o T!bete -:/ Isto era ass!m antes da !n%as(o "4!nesa em .L;< VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV -W/ Ed!'(o de .L, "ed!da e d!str!bu$da &ratu!tamente pea autora C4!an& S!n&
UM
Prelúdio de Uma Longa Experiência O trem atra%essou as pan$"!es de Ben&aa, aos p*s dos montes H!maa!a, e penetrou em soo nepa3s ma "4u%a 0!na e pers!stente "ome'a%a a "a!r "obr!ndo a pa!sa&em brumosa As ár%ores, ao on&e, eram quase !n%!s$%e!s naquea 0e!a tarde de !n%erno Era o :; d!a do Q m3s do ano do B0ao S!!&ur, nossa t!ma etapa !nd!ana, )á esta%a a ma!s de duas 4oras de d!stJn"!a No %a&(o do trem em que %!a)á%amos, trans!ta%am pessoas dos ma!s estran4os aspe"tos, ora um "ampon3s "om um %asto "esto de "erea!s, ora um &rupo de mo'as e rapa1es !nd!anos, que !am &o1ar os esportes de !n%erno no "!ma &eado de Gan&toX m &ar'om !nd!ano de pee bron1eada, tn!"a bran"a e turbante %erme4o, ser%!a "4á aos %!a)antes Bebemos a !n0us(o e%e e dourada, enquanto o4á%amos as "ur!osas pa!sa&ens que se su"ed!am pea )anea do trem Ha%!a quase do!s anos que eu de!ara meu "ar&o )orna$st!"o na Emba!ada da C4!na no Bras! e, &ra'as a uma bosa de estudos, se&u!ra para +os An&ees, "omo "orrespondente !nterna"!ona do D!ár!o de Not$"!as no R!o, se&u!ndo depo!s para Hon& on&, S4an&a! e 7equ!m, onde !n&ressar!a numa n!%ers!dade para espe"!a!1ar6me em S!noo&!a Mas, "om o !n$"!o da &uerra "!%! na C4!na sa$ @s pressas de 7equ!m e 0u! para a 5nd!a +á, en"ontre! o Dr Ananda essantára e sua esposa Ma4!ma, a quem 0ora re"omendada peo M!n!stro oo, e6Emba!ador da C4!na no Bras! Com o "asa essantára %!a)e! atra%*s da 5nd!a, 0!"ando a&um tempo nas &randes "!dadesF Bomba!m, Eora A)anta, Ca"utá, 4a)urao, Ya!pur, A&ra, No%a De4!, Sr!na&ar e +adaX em Ca"4em!ra !s!tamos a "oor!da 7es4aar "om seus paá"!os de mármore perd!dos na se%a, %erdade!ras mara%!4as das M! e ma No!tes Nestes u&ares pro"ure! entre%!star Mara)ás e Em!res, ma&os e as"etas a&arosamente e &raduamente, m!n4a mente paraa a ma!s 0as"!nante )ornada que a&u*m pode 0a1er0o!emsendo penopreparada s*"uo %!nte, n!"a %!a&em que pode e%ar um %!a)ante a um mundo d!0erente e mara%!4oso E 0o! ass!m, que naquea 0e!a tarde de !n%erno, en"ontre!6me num trem sa!ndo de S!!&ur, !mportante "!dade de Ben&aa, passando por atmandu e "4e&ando @ Gan&toX, no Nepa, aos p*s dos H!maa!as A"ompan4a%a6me a Dr Ananda essantára, sua esposa Ma4!ma e o arque?o&o 0ran"3s 7!erre Yu!en +a0o! Todos está%amos !nteressad$ss!mos em "on4e"er a m!ster!osa terra dos +amas, por*m )ama!s poder$amos pre%er as "onsequ3n"!as etraord!nár!as daquea %!a&em C4o%!a quando @ esta'(o de Gan&toX,de"ap!ta do Estado S!XX!m 60orte ante6saa do"4e&amos T!bete m r!son4o "arre&ador 0a"e ar&a e bemde mon&?!"a, %e!o a)udar6nos na des"!da das maas m representante do Go%erno do Nepa espera%a, para, de autom?%e, nos "ondu1!r ao paá"!o do Ra)á Dor&e, onde 0!"ar$amos 4ospedados m %ento 0r!o entra%a peas 0restas das %!dra'as do "arro, obr!&ando6nos a a"on"4e&ar ao rosto a &oa de
nosso "asa"o de pees Atra%essamos o mer"ado de a!mpon&, "ru1ando aquee "ur!oso mundo de 0a"es mon&?!"as, "u)a seme4an'a "om os $nd!os bras!e!ros * !mpress!onante Isto nos 0e1 pensar na "on4e"!da teor!a "!ent$0!"a de que nossos $nd!os perten"em ao mesmo tron"o da ra'a mon&?!"a, "u)os ramos se espa4aram uns peas Am*r!"as e outros peo su dos montes H!maa!a Satamos em 0rente da enorme es"adar!a de mármore bran"o do paá"!o do Ra)á Dor&e, Emba!ador da 5nd!a no Nepa 2omos re"eb!dos por do!s sen4ores !nd!anos que nos deram as boas %!ndas e nos "ondu1!ram ao !nter!or do paá"!o Entramos e tudo nos pare"eu um son4o, t(o e?t!"a era sua mob$!a e t(o r!"o o "oor!do da sua esp3nd!da de"ora' (o or!enta +!ndos tapetes te"!dos a 0!o de ouro orna%am as paredes Em mes!n4as de *bano, 0!namente enta4adas, %!am6se ant!&as es"uturas de bron1e, representando deuses !nd!anos Tapetes &rossos, e br!4antes 0orra%am o "4(o Espa4ados sobre os tapetes %!mos amo0ad>es de seda bordada "om 0ores raras No 0undo do sa(o, %!mos uma are!ra 0orrada "om Jm!nas de "obre, em 0rente a uma 0ormosa pee de t!&re O Ra)á entrou, usando uma &rossa tn!"a de ( %erde o!%a, sobre "a'as bran"as a)ustadas nos torno1eos Era um 4omem ato e de&ado, de uns "!nquenta anos presum$%e!s Sua pee era bem morena, que!mada de so, o4os es"uros sobran"e4as espessas, nar!1 0!no, bo"a "4e!a e um pou"o protuberante Seu turbante de seda bran"a br!4a%a, ornado "om uma estran4a )o!a "!nt!ante Atrás dee %!eram suas tr3s esposas, es&u!as, morenas e 0ormosas, %est!ndo #sar!s# desumbrantes Deram6nos as boas %!ndas "om um "aro sorr!so Ap?s uma bre%e "on%ersa, e%aram6nos aos nossos aposentos, para um mere"!do des"anso Horas ma!s tarde, re0e!ta por um ban4o per0umado "om rosas bran"as, %est! an0!tr!>es uma tn!"aDurante de sedao a1u bordada dra&>esser%!ram6 e 0u! ao en"ontro de nossos )antar, @ modade!nd!ana, nos d!%ersos pratos de!"!osos Ap?s o )antar, 0omos para o sa(o de ms!"a e o Ra)á mu!to an!madamente, "ontou6nos a&o sobre sua %!da Soubemos que "on4e"!a toda Europa, Am*r!"a do Norte e Or!ente M*d!o Reatou6nos p!tores"as a%enturas na C4!na e no Nepa, e o que * ma!s estran4o, sua %!da num m!ster!oso moste!ro bud!sta em +adaX, onde na mo"!dade t!n4a passado um on&o per$odo de re"o4!mento esp!r!tua Em bre%e 0aá%amos sobre assuntos ma!s ampos en"arando a ant!&a sabedor!a 4erm*t!"a do Or!ente E o Ra)á ens!namentos 0aouF 6 A&uns de nossos ant!&os sáb!os "4e&aram ao O"!dente de mane!ra um pou"o deturpada peas tradu'>es Da$ os ea&eros que se "ometem no O"!dente, em nome da "!3n"!a or!enta 5amos retru"ar quando 0omos !nterromp!dos pea %o1 sua%e da #Ran!# -pr!n"esa pr!me!ra esposa/, que a"ompan4ando6se ao aade !nd!ano
"4amado #!na#, "antou no do"e !d!oma ben&a! Eram "an'>es po*t!"as, que me 0oram tradu1!das para o !n&3s, pea sen4ora essantára Zuando a #Ran!# term!nou, per&unte!64e de quem eram aqueas "an'>es 2o! o Ra)á quem respondeuF 6 Ent(o a )o%em sen4ora n(o "on4e"e estes tetos dos nossos pan!s4ads Con0esse! m!n4a !&norJn"!a que "ome'a%a por n(o saber sequer o que s!&n!0!"a%a a paa%ra pan!s4ads 6 pan!s4ad 6 "ont!nuou o Ra)á 6 * uma paa%ra sJns"r!ta S!&n!0!"a a "onqu!sta da !nte!&3n"!a dom!nando a !&norJn"!a S(o es"r!turas santas que 0a1em parte das ant!&as trad!'>es %*d!"as Se&undo a&uns estud!osos estas es"r!turas s(o ao todo .;< Se&undo outros seu nmero * de ..: Neas en"ontramos a ep!"a'(o m$st!"a do n!%erso, da Nature1a e do Cr!ador E!s aqu! a tradu'(o de um teto que a"aba de ser "antado pea #Ran!#F #Ass!m "omo uma aran4a produ1 e re"o4e a sua te!a, ass!m "omo pro"edem os "abeos da "abe'a e do "orpo de um 4omem %!%o, Do !mpere"$%e pro%e!o tudo que aqu! está Ass!m "omo de uma 0o&ue!ra pro"edem as 0a&u4as de nature1a seme4ante, apesar de serem de nmero !n"ontá%e, Da mesma 0orma, ? meu "aro, do !mpere"$%e pro"edem as %ár!as esp*"!es de seres, que no%amente a ee %otar(o# #Os r!os do este e do oeste or!&!nam6se no o"eano e a ee retornam, embora n(o sa!bam que ass!m pro"edem Da mesma 0orma, s(o todas essas pessoas que pro%3m do Grande Ser, embora n(o sa!bam que do Ser pro%3m# #Aqu!o que "onst!tu! a ess3n"!a sut! , aqu!o que em tudo o que e!ste tem a sua pr?pr!a ess3n"!a, * o erdade!ro Ser E tu *s esse Ser# No Tat T%an As! 6 Tu *s aqu!o 6 está resum!do todo o ens!namento dos pan!s4ads Eu ou%!adoatentamente aqueas Eas en"4!am meu o"ora'(o "omo a 0uma'a !n"enso en"4e o atarpaa%ras de um tempo Mas, sb!to, Ra)á "aou6se 7ou"o a pou"o t!n4a ee%ado a %o1, !mpe!do peo entus!asmo de suas paa%ras Todos espera%am que ee "ont!nuasse e 0!"amos em muda epe"tat!%a 2o! ent(o que o arque?o&o 7!erre Yu!en per&untouF 6 E a enda dos sete "!snes do a&o Manasaroar Tem rea'(o "om os pan!s4ads O Ra)á pare"eu sa!r de dentro dos seus pensamentos 6 S!m d!1em remotas trad!'>es que 0o! @s mar&ens deste a&o sa&rado que os Sete Sen4ores Sub!mes 6 pr!me!ros !nstrutores da ra'a ar!ana 6 0aaram sobre os anos, ens!namentos se"retos dos pan!s4ads Desde que todos os na man4( do pr!me!ro d!a da pr!ma%era naent(o, 5nd!a, d!1em sete "!snes bran"os sobre%oam o a&o e depo!s desapare"em rumo ao monte Meru S? retomam no ano se&u!nte, no mesmo d!a e na mesma 4ora Consta que estes "!snes s(o os Sete Sen4ores Sub!mes que d!s0ar'ados de "!snes %eam "ont!nuamente, pea 4uman!dade e a&uardam tr!nta m! anos para
renas"er Sur&em em 0orma de "!snes, porque, se&undo a M!too&!a 4!ndu, esta a%e person!0!"a a sabedor!a un!%ersa É o s$mboo de Bra4ma 6 o Cr!ador 6 que tamb*m * "4amado #Hansa a4ara#, !sto *, #o que usa o "!sne "omo %e!"uo# Ante o reato do Ra)á, o tempo pare"!a ter s!do an!qu!ado Entretanto, na rea!dade, a no!te a%an'a%a rap!damente Era pre"!so repousar A!nda nos resta%am a&umas semanas no Nepa, antes de part!rmos para o T!bete A!nda t$n4amos mu!to que aprender "om o Ra)á Dor&e
Primeiro Contato com a Terra e o Poo de Si!!im Na man4( se&u!nte, bem "edo a!nda, sa$mos para %!s!tar Gan&toX D!spensamos o autom?%e e pre0er!mos montar nos bon!tos "a%aos nepaeses do Ra)á 2o! "oo"ado @ nossa d!spos!'(o um s!mpát!"o nepa3s "4amado Tsaron&, se"retár!o part!"uar do Ra)á que nos ser%!u de "!"erone Gan&toX * uma bea "!dade, "om uma a&omera'(o de "asas de pedra bran"a que embram mu!to as "onstru'>es dos ant!&as !n"as N(o * t(o 0ormosa "omo atmandu, a "ap!ta do Nepa, por*m tem seus en"antos É uma "!dade em est!o mu!to ma!s t!betana do que nepaesa As ampas ruas, pa%!mentadas de pedras ro!'as, s(o sombreadas por %e4os p!n4e!ros A at!tude de Gan&toX * de "er"a de .Q< metros A d!0eren'a entre a 0res"a temperatura do %ae dos H!maa!as e o "á!do "!ma de Ca"utá, de onde %!*ramos, "ausou6nos um "erto "4oque Contudo, t$n4amos que !r nos a"ostumando, po!s nos pr?!mos meses !r$amos %!%er numa at!tude nun"a !n0er!or a QQ;< metros Sobre as montan4as ma!s pr?!mas er&u!am6se as en"ostas ne%adas dos &randes p!"os A %!da em Gan&toX está en%ota na serena bee1a do %ae do r!o T!sta, que o po%o "4ama de #Bura"o dos entos#, uma pendem estre!ta &ar&anta abr!ndo6 se para o "*u 7equenos "ampos po!s de *arro1 dos 0an"os das montan4as e Gan&toX pare"e suspensa no ar, entre o !n%!s$%e 0undo dos %aes e as ne%es eternas dos montes !n"4!)un&a 7eo "am!n4o, en"ontramos a&uns ba1ares !nteressantes, e!b!ndo beos traba4os de artesanato em "obre e mar0!m !mos tamb*m !nmeras "asas sen4or!a!s, ares pr?speros, suntuosos )ard!ns "4e!os de rosas, apesar do !n%erno, e as ma!s beas orqu$deas que )á %!mos A!ás, d!1em que S!XX!m * o para$so das orqu$deas e das borboetas, "u)a %ar!edade de 0ormas e de "ores * mara%!4osa O po%o de Gan&toX, "4amado #erpa#, * traba4ador, &eneroso e 4osp!tae!ro Tem a pee "omo a%erme4ada, o4osusam amendoados e um art!betanas ae&re Em &era, tanto os 4omens as mu4eres on&as tn!"as de "ores %!%as e por "!ma um manto de seda ou a&od(o, "or de %!n4o Na "abe'a, pontudos "4ap*us de 0etro %erme4o, que embram mu!to o "4ap*u das bruas o"!denta!s da Idade M*d!a Obser%amos tamb*m, que a&uns #erpas# t3m um )e!to 0urt!%o embrando os $nd!os da Bo$%!a, do 7eru, do
M*!"o e do Bras!, bem "omo os pees6%erme4as da Am*r!"a do Norte Comentamos !sto "om Tsaron& 6 nosso "!"erone 6 que tamb*m * #erpa# 6 D!1em nossas trad!'>es 6 respondeu ee, num !n&3s per0e!to 6 que n?s somos des"endentes da ra'a amer$nd!a, "u)a 4!st?r!a * t(o m!enar que se perdeu na no!te dos tempos 6 Mas n(o 0o! do Or!ente que sur&!ram as ra'as ma!s ant!&as do mundo 6 !nda&ue! perpea Tsaron& te%e um bre%e sorr!so e retru"ouF 6 Nossos !%ros santos d!1em que as Am*r!"as sur&!ram das á&uas do o"eano, mu!to antes do Or!ente A nossa 4!st?r!a pare"e ant!&a, mas, na %erdade, * t(o no%a que a!nda pode ser embrada 6 S!m, * %erdade 6 0aou o Dr essantára 6, 0o! das Am*r!"as que 4á mu!tos m!3n!os, sa$ram os pr!me!ros sáb!os que se 0!aram em outros pontos da terra, e%ando "ons!&o &randes "on4e"!mentos que ser%!ram de base para 0undarem mu!tas "!%!!1a'>es 6 Nossas endas 6 "ont!nuou Tsaron& 6 a0!rmam que uma enorme "atástro0e destru!u nosso pa$s de or!&em, uma &rande !4a no o"eano, 4ab!tada por um po%o pr?spero e notá%e, do qua a&uns &rupos puderam a"an'ar o E&!to, a 5nd!a e as Am*r!"as, es"apando ass!m do desastre Contudo, a&uns desses &rupos, por mot!%os que !&noro, re&red!ram esp!r!tuamente e tornaram6se se%a&ens, "om e"e'(o dos aste"as, dos !n"as e dos ma!as Da$ a seme4an'a que e!ste entre estes !nd$&enas e os as!át!"os Embora bastante adm!rada, embre! que a e!st3n"!a de um &rande "ont!nente !&ando a 8s!a, a Europa e as Am*r!"as e o seu "aam!toso desapare"!mento s(o 0atos adm!t!dos por mu!tos "!ent!stas do O"!dente Sb!to, nossos pensamentos 0oram !nterromp!dos por uma parada que 0!1emos numa #&ompa#, !sto *, "apea de do!s andares, em est!o t!betano, "ontendo em "!ma, uma b!b!ote"a e, emba!o, um orat?r!o "om !ma&ens bud!stas 2omos por um# -se!ta mon&edos e a&uns no%!'os %est!ndoO amon&e tn!"a "or de %!n4o dos re"eb!dos amas #&eu&6pa "4ap*us %erme4os/ era um 4omem !doso, pequeno, ma&ro, de!"ado "omo um pássaro, de rosto 0!no e as"*t!"o Seus dedos es&u!os per"orr!am as "ontas de um rosár!o de "ora !s!tamos a b!b!ote"a que "onsta%a de duas ampas saas, de paredes d!%!d!das por pratee!ras de made!ra aqueadas de %erme4o %!n4o Os !%ros eram "oo"ados nestes "ompart!mentos en%otos em panos de seda e mant!dos entre duas tábuas en%ern!1adas As pá&!nas eram 0o4as estre!tas de pape de arro1, "om quase do!s metros de "ompr!mentoU 6 ma b!b!ote"a med!ana 6 ep!"ou o mon&e em !n&3s 6 "onsta de uns Q<< !%ros ass!m!%ros tem esta 6 !nda&ue! 6 E quantos O mon&e sorr!u e d!sse mansamenteF 6 ns do!s m! !%ros 6 E todos sobre !teratura re!&!osa 6 per&untou 7!erre Yu!en 6 S!m, Espe"!amente o +ama$smo Entre as obras pr!n"!pa!s, temos o
#Xan&ur# -"oe'(o de es"r!turas sa&radas/ e o #ten&ur#, que s(o "omentár!os esot*r!"os sobre o #Xan&ur# Ap?s %!s!tarmos a b!b!ote"a, desped!mo6nos e "ont!nuamos o passe!o pea "!dade 7assamos peo posto do te*&ra0o, por %ár!as es"oas, um 4osp!ta, uma estrada de autom?%e!s, o suntuoso paá"!o do Go%ernador de S!XX!m Sua Ate1a o Mara)á Tas4! Nam&!a, que * de or!&em t!betana, "omo tamb*m todos os d!r!&entes !mportantes do pa$s !mos as "asas dos representantes br!tJn!"os no T!bete, o mer"ado, as o)as e 0!namente, quando o so )á !a ato, re&ressamos para amo'ar na mans(o do Ra)á Era pre"!so des"ansar, po!s naquea no!te !r$amos ass!st!r a uma 0esta t$p!"a dos #erpas# "eebrada apenas uma %e1 por ano na re&!(o de S!XX!m
A "e#ta da# "la$ta# Pa#tori# Eram "er"a de o!to 4oras da no!te, quando nosso &rupo "4e0!ado por Tsaron&, de!ou a mans(o do Ra)á Dor&e e apressou6se em tomar a d!re'(o do %ae do r!o T!sta, onde dentro em pou"o "ome'ar!a A 2esta das 2autas 7astor!s Nossos "a%aos atra%essaram um on&o "am!n4o, que nos e%ou ao 0undo de uma &ar&anta e, a&um tempo depo!s, %!mos um etenso %ae !um!nado pea u1 da ua [ med!da que nos apro!má%amos, notá%amos que o "entro do %ae esta%a en0e!tado "om r!"os estandartes de seda, a1u, %erde, amareo e %erme4o, bordados "om 0a!s>es, &rouse e outros pássaros m!to?&!"os Em %ota de uma &rande 0o&ue!ra, 0e!ta "om a per0umada made!ra de sJndao, %!mos mu!tos #erpas# %est!ndo tra)es 0est!%os, a"o"4oados de pee de "orde!ro As mu4eres, pequenas e &ra"!osas esta%am pro0undamente en0e!tadas "om )o!as e 0ores, que apesar do !n%erno, n(o 0atam em S!XX!m Enquanto desmontá%amos e entre&á%amos nossos "a%aos a um ser%o que nos a"ompan4a%a, uma ms!"a estran4a e meod!osa 6 A 0esta "ome'ouU 6ou%!mos e"amou Tsaron& Apro!mamo6nos do po%o que se "ompr!m!a em %ota da 0o&ue!ra N!sso, um %e4o, ato e !mponente, %est!do "om a roupa dos #doXpas# pastores t!betanos, )o&ou no 0o&o um pun4ado de er%as per0umadas Ent(o o po%o "ome'ou a "antar a"ompan4ado peo r!tmo dos tambores, que embra%am os atabaques usados nos r!tos umband!stas no Bras! 6 É um apeo aos deuses, ped!ndo sua b3n'(o e prote'(o para as "o4e!tas 6 d!sse Tsaron& Zuando term!naram as !n%o"a'>es, o %e4o pastor, que soubemos ser o "4e0e re!&!oso dos #erpas#, desen4ou no "4(o, "om um p? bran"o, uma &rande suást!"a 6 Aqu!o"ru1 nos de!ou perpeos E 7!erre Yu!en !nda&ouF 6 O que tem a %er a "ru1 suást!"a "om a "er!m=n!a desta 0esta 6 Esta "ru1 6 0aou Tsaron& 6 * um dos ma!s ant!&os s$mboos sa&rados do Or!ente Os bud!stas "4!neses "4amam6na #an# Nos tempos t!betanos * "omum en"ontrarmos este s$mboo &ra%ado nos porta!s ou nas pedras da
ma!or!a dos moste!ros 6 Na 5nd!a tamb*m podemos %er a "ru1 suást!"a sobre a "abe'a da serpente Ananta, no Tempo de Ouro em Amr!tsar 6 0aou o Dr essantára Os brJmanes "4amam a suást!"a de Cru1 Ya!na 6 A!ás, e!stem duas suást!"as 6 retru"ou Tsaron& ma * pos!t!%a e a outra, ne&at!%a Ambas s(o sa&radas, sendo que a pos!t!%a * usada na ma&!a bran"a e a ne&at!%a na ma&!a ne&ra E qua * a d!0eren'a entre ambas 6 per&unte!, sumamente !nteressada
Apontando para o desen4o que o %e4o esta%a tra'ando no "4(o, Tsaron& d!sseF 6 Repare, aquea * a pos!t!%a Tem os bra'os dobrados no sent!do do mo%!mento dos ponte!ros de um re?&!o A ne&at!%a * ao "ontrár!o A pos!t!%a representa o "ont$nuo mo%!mento das 0or'as do Cosmos S!mbo!1a a rota'(o da terra nos e!os do mundo, porque as !n4as que se "ru1am s!&n!0!"am o esp$r!to e a mat*r!a per0e!tamente equ!!brados Ap!"ada ao 4omem, representa o eo entre este e a d!%!ndade, embema de que o Cr!ador está na 4uman!dade e está no Cr!ador, "omo as &otas dá&ua no o"eano
Ent(o H!ter usou a suást!"a pos!t!%a 6 !nda&ou 7!erre surpreso S!m, meu am!&o 6 "ont!nuou essantára 6, H!ter era um &rande ma&o ne&ro e sab!a o poder da suást!"a or!enta a!ado @ %!bra'(o dos astros 7or esta ra1(o es"o4eu "omo s$mboo a suást!"a pos!t!%a, apenas !n"!nou6a ; &raus, tornando6a um s$mboo ma*0!"o Basta que %o"3 eam!ne as 0otos da &uerra "ompare6as "omeste a suást!"a pos!t!%a O mo%!mento dos bra'os !d3nt!"oe H!ter de&radou poderoso s$mboo e pere"eu %$t!ma da sua* pr?pr!a madade 6 Mas "omo "onse&u!u tornar a suást!"a ma*0!"a, apenas "om esta !n"!na'(o de ; &raus 6 per&unte! perpea essantára esbo'ou um e%e sorr!so e respondeuF 6 Bem para ep!"ar !sto temos que entrar um pou"o no "ampo da Astroo&!a Se&undo os entend!dos, a "ru1 pos!t!%a, "oo"ada no "$r"uo do \od$a"o sob a !n0u3n"!a dos panetas está em bom aspe"to "om o So, doador da %!da, pos!t!%o, mas"u!no, &erador de 0or'a Se esta mesma "ru1 0or !n"!nada ;], ta "omo 0e1 o d*spota aem(o, sa! da "asa do So e suas pontas pe&am a %!bra'(o +!!t4,Saturno a +ua Ne&ra dos 0e!t!'os em quadratura ou mau aspe"toastro?&!"a "om o So,deMarte, e 3nus 6 Mas o sen4or tem "erte1a de que H!ter usou mesmo a "ru1 pos!t!%a 6 per&unte! me!o !n"r*dua -./ 6 Absouta 6 respondeu essantára serenamente Este 0o! um dos s$mboos que ma!s estude! na 5nd!a, e mu!to me surpreendeu obser%ar a "ru1 )a!na pos!t!%a, "omo s$mboo dos na1!stas
Se! que a&uns estud!osos e a ma!or!a dos teoso0!stas, pensam que H!ter usou a "ru1 suást!"a ne&at!%a, mas est(o errados Nas !nmeras 0otos pub!"adas das re%!stas da *po"a, podemos "onstatar !sto per0e!tamente N!sso o %e4o pastor term!nou de desen4ar a "ru1 suást!"a no "4(o e 0e1 s!na para um mo'o ato e robusto, que esta%a @ sua d!re!ta O rapa1 apro!mou6se est!a uma tn!"a on&a, de seda "armes!m, sobre umas "a'as 0o0as %erde )ade, que term!na%am es"ond!das sob on&as botas de "ouro %erme4o Na "abe'a t!n4a um barrete de pee de "astor Sentando6se sobre o desen4o da "ru1, ee "ru1ou as pernas, pousou as m(os sobre os )oe4os, "errou os o4os e "ome'ou a "antar Sua %o1 era "ara e %aron! Sub!a atra%*s do ar, d!%!d!ndo brandamente as paa%ras da "an'(o Soubemos que era uma "an'(o m$st!"a, "u)a or!&em era !mposs$%e de saber Zuando term!nou de "antar, 4ou%e &r!tos e %!%as de todos os presentes Ent(o, a uma ordem do %e4o "4e0e, "ome'ou uma 0arta d!str!bu!'(o de #"4en, "er%e)a nepaesa 0e!ta de m!4o 0ermentado, ser%!da em atos "!!ndros de bambu, "4amados #pa!ps# Ha%!a tamb*m %!n4o !nd!ano, montan4as de boos de me e mu!tos outros qu!tutes estr!tamente %e&etar!anos Nada de "arne, &a!n4a ou pe!es O po%o a%an'a%a em tudo "om %erdade!ra ae&r!a Mu!tos at* ambu1a%am as %estes e r!am "ontentes Ap?s o banquete "ome'aram as dan'as m &rupo de mo'as e rapa1es dan'ou em %ota da &rande 0o&ue!ra Cas"atas de 0!tas "oor!das 0utua%am em seus "apa"etes dourados Cada um dees tra1!a na m(o uma 0auta, que s!mua%am to"ar A ms!"a era e?t!"a e 4armon!osa As mo'as usa%am más"aras de deuses tuteares A!ás, em quase todas as dan'as as!át!"as, os dan'ar!nos atuam mas"arados Isto porque a"red!tam que a más"ara a)uda6 os a ee%arem6se da sua "ons"!3n"!a do E, !bertarem6se de s! mesmos e a"an'ar o 3tase d!%!no Cer"a de duas 4oras da man4( term!nou a 0esta Apesar do "ansa'o, nen4um de n?s queRa)á, o tempo passara depressa E ass!m re&ressamos aoper"ebeu paá"!o do e%ando nost(o o4os a bee1a a&reste daquea 0esta b!1arra aos p*s dos montes H!maa!a VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Soubemos ma!s tarde, atra%*s das de"ara'>es do "*ebre astr?o&o 4n&aro, +ou!s De ^o4 6 que 0o! "4e0e do Es"r!t?r!o de In%est!&a'>es 7araps!"o?&!"as de +ondres e, o&o, Cap!t(o do E*r"!to Br!tJn!"o, &ra'as @ prote'(o de +ord Ha!0a 6 que H!ter se !nteressa%a pro0undamente peas "!3n"!as o"utas e, em espe"!a, pea Astroo&!a Apesar de a Astroo&!a pro0!ss!ona pro!b!da peo &o%erno sabe6se que H!ter, etra o0!"!amente ser e para uso pr?pr!o, mant!n4aaem(o, um &rupo de &randes astr?o&os traba4ando para ee Os dema!s astr?o&os que %!%!am na Aeman4a 0oram perse&u!dos e a ma!or!a morta, po!s suas pre%!s>es astro?&!"as eram ne&at!%as e poder!am %!r a pre)ud!"ar a propa&anda po$t!"a de H!ter
Conta +ou!s De ^o4 que #antes da II Grande Guerra morou %ár!os anos em Ber!m e á 0e1 am!1ade "om Ma!m!!am Bauer, que era o astr?o&o 0a%or!to de Gusta% Stressemamn, M!n!stro do Eter!or da Aeman4a Atra%*s de Bauer, +ou!s De ^o4 soube de %ár!as "o!sas !nteressantes sobre H!ter Entre outras que #a sa&rada "ru1 suást!"a dos ant!&os or!enta!s 0o! es"o4!da por H!ter para s$mboo do Na1!smo, sob a !n0u3n"!a de um ama t!betano do moste!ro de Tuun& Tserpun&, "on4e"!do "omo um dos ma!ores redutos de ma&os ne&ros no T!bete# Soube tamb*m que em .L:Q, quando H!ter a!nda era des"on4e"!do do po%o aem(o, "erta no!te ao sa!r da 0amosa "er%e)ar!a de Mun!que, onde se reun!a "om am!&os para 0aar sobre po$t!"a, H!ter en"ontrou6se "om Aub, um %e4o ma&o mu!to "on4e"!do em Mun!que "omo %!dente Em "ompan4!a de Aub esta%a um ama t!betano %est!ndo a tn!"a %erme4a, t$p!"a da sua se!ta Aub "on%ersou "om H!ter por a&um tempo e o&o este o se&u!u @ sua res!d3n"!a Desde ent(o, "onsta que H!ter 0o! !n!"!ado nas "!3n"!as o"utas por Aub e o m!ster!oso ama t!betano Na pr!ma%era de .L<, +ou!s De ^o4 pub!"ou em +ondres um estudo sobre o 4or?s"opo de H!ter, no qua d!1 o se&u!nteF #A morte de H!ter será de nature1a netun!ana, ou se)a, uma morte por en%enenamento ou prostra'(o ner%osa, ou qu!'á se trate de uma morte m!ster!osa que nun"a será es"are"!da Ma!s tarde, num de seus !%ros !nt!tuado #Astros, Guerra e 7a1#, +ou!s De ^o4 de"araF #Ap?s o trá&!"o desapare"!mento de H!ter 6 pre%!sto por m!m em .L< 6 0o! "onstatada a presen'a !nep!"á%e de a&uns amas t!betanos da se!ta dos "4ap*us %erme4os nas "er"an!as de Ber&4o0, o paá"!o montan43s de H!ter, na "osta dedas Obersa1ber& amasdesapare"eram 0oram presos, mas apesar de todada a %!&!Jn"!a autor!dadesEstes po!"!a!s, m!ster!osamente pr!s(o e )ama!s 0oram en"ontrados# É poss$%e que este 0ato %en4a ao en"ontro do astr?o&o aem(o Ma!m!!an Bauer de que H!ter, reamente, 0o! !n!"!ado nas "!3n"!as o"utas por um ama t!betano do moste!ro de Tuun& Tserpun&, s!tuado perto da "!dade de +4assa
O %$da &io de Si!!im e #$a# 'eclara()e# Pro*+tica# ma semana ap?s nossa "4e&ada Gan&toX, Ra)á obt!%esse do &o%erno t!betanoaas nossas enquanto #Iam6$ esperá%amos ou autor!1a'(oque de o trJns!to, soubemos que, numa montan4a a! perto, pr?!mo ao %ae do r!o T!sta, pou"o a*m do Moste!ro de 7odan&, a uns .; Xm de Gan&toX, mora%a um Buda !%o Este Buda !%o, ou #"orpo 0antasma#, * uma das ma!s "ur!osas 0a"etas do
ama$smo 7erten"e a uma ar!sto"ra"!a e"es!ást!"a que sur&!u no T!bete em ._;< Conta6se que naquea *po"a, o qu!nto &rande +ama da se!ta dos #"4ap*us %erme4os#, "u)o nome era +ob1an& Gatso, t!n4a s!do nomeado soberano do T!bete, por um pr$n"!pe mon&o e re"on4e"!do "omo ta peo Imperador da C4!na Contudo, aqueas 4onrar!as n(o 4e basta%am e o amb!"!oso no%o re! reso%eu 0a1er6se passar "omo sendo uma emana'(o 0antasma do deus T"4enre1! De"!d!u tamb*m que seu am!&o, o &rande +ama do moste!ro de Tas4!umpo, era uma emana'(o 0antasma de Eupamed 6 o Buda m$st!"o de quem, se&undo a trad!'(o, T"4eren1! * 0!4o esp!r!tua Este eempo do +ama6Re! 0omentou a "r!a'(o dos Budas %!%os que os t!betanos "4amam de #tuXu# Em se&u!da, todos os moste!ros !mportantes "ons!deraram uma quest(o de 4onra, terem "omo "4e0e a reen"arna'(o de a&um persona&em "*ebre do +ama$smo Zu!'á este bre%e resumo sobre a or!&em das duas d!nast!as ma!s !ustres dos #tuXus# 6 a do Daa! +ama -reen"arna'(o de T4eren1!/ e a do Tra"4!6+ama -reen"arna'(o de Eupamed/, se)a su0!"!ente para que os e!tores "ompreendam que n(o se trata de reen"arna'(o de Gautama, o Buda, que nada tem a %er "om estas "r!a'>es ama$stas No T!bete, o nmero destes Budas !%os * bastante numeroso Contudo, a ma!or!a dees * de ma&os ou 0e!t!"e!ros, que desempen4am 0un'>es de orá"uos o0!"!a!s Embora o bud!smo or!&!na ne&ue a e!st3n"!a de uma ama pessoa, permanente, que transm!&ra de uma e!st3n"!a a outra, a ma!or!a dos bud!stas %otou a adotar a "ren'a 4!ndu da reen"arna'(o Consta que e!stem tamb*m mu4eres #tuXus# De modo &era eas s(o abadessas de moste!ros de 4omens, ou ent(o erm!t(s Mu!tas %e1es os tuXus embram6se de suas %!das anter!ores e %ár!os s(o os eempos d!sso que sedeterm!nam "on4e"e naa5nd!a e no do T!bete ár!as s(o as eant!&as endas, "u)os 4er?!s nature1a seu renas"!mento, a "arre!ra de um 0uturo #a%atar# -reen"arna'(o/ Geramente pred!1em em seu e!to de morte, onde de%em renas"er e d(o deta4es sobre os 0uturos pa!s, o u&ar onde 0!"a a "asa, et" Do!s anos ap?s a morte de um Buda !%o, o "4e0e do moste!ro onde ee morreu "ome'a a bus"a da sua reen"arna'(o A&umas %e1es en"ontram o&o uma "r!an'a "om as "ond!'>es pres"r!tas, e esta se submete, entre outras, a mu!tas pro%as de re"on4e"!mento O 0ato de que a!, em Gan&toX, t(o perto de n?s, %!%!a um destes Budas !%os, sobre quem se "onta%am mu!tas 4!st?r!as m!ster!osas, de!ou6nos "ur!osos em pro"esso "on4e"36o D!1!a6se que%!n4a ee era um %e4o deretardar .<: anos, mas que por um má&!"o o"uto, "onse&u!ndo a %e4!"e Sua pee era 0res"a e quase sem ru&as, os mo%!mentos á&e!s e os dentes "aros e per0e!tos Comun!"amos ao Ra)á nosso dese)o de !r "on4e"er o Buda !%o de S!XX!m 6 Imposs$%eU 6 d!sse ee 6 nen4uma mu4er pode entrar no moste!ro do Buda
Mer"r!o 6 Mas, por qu3 6 !nda&ue! 6 É "ontra a ordem dos +amas Este moste!ro * "4e!o de endas e m!st*r!os D!1em que a sete"entos e setenta e sete passos do moste!ro 4a%!a, outrora, uma enorme estátua de Buda, toda em bron1e ma"!'o, que nem mesmo "em 4omens pod!am "arre&ar Certa no!te, esta estátua desapare"eu m!ster!osamente e os +amas t!%eram mu!to traba4o em des"obr!r a ra1(o deste desapare"!mento 6 E qua 0o! 6 !nda&ue! 6 N(o se sabe ao "erto Os +amas deste moste!ro s(o mu!to d!s"retos Conta6se que a estátua 0o! e%ada peos &3n!os da quarta d!mens(o, para a&um u&ar !na"ess$%e aos o4os pro0anos Aqueas paa%ras a%!%aram m!n4a "ur!os!dade e !ns!st! "om o Ra)á, para que !nter"edesse )unto aos amas, para que me perm!t!ssem %!s!tá6os O Ra)á prometeu 0a1er o poss$%e, mas n(o me deu mu!tas esperan'as Mandou Tsaron& "om mu!tos presentes, so!"!tar !"en'a para %!s!tarmos o moste!ro A resposta 0o! ne&at!%a N(o me "on0orme! e ap?s mu!tas !das e %!ndas, %!mos nosso dese)o sat!s0e!to O %enerá%e +ama, abr!ndo uma e"e'(o sem pre"edentes, "on"ordara em re"eber6nos Impun4a apenas uma "ond!'(o, que eu %est!sse o 4áb!to "!n1ento dos no%!'os e %easse meu rosto "om o on&o "apu1 do 4áb!to A perm!ss(o era s? para m!m e o Dr essantára Ma4!ma e 7!erre Yu!en n(o poder!am nos a"ompan4ar No d!a mar"ado, part!mos em d!re'(o @s montan4as, !derados por Tsaron& 2omos a p*, "on0orme ped!ram A as"ens(o 0o! enta e se&u!a a"!%es s!nuosos Resp!rá%amos "om pra1er o ar puro da man4(, !mpre&nado "om o aroma dos p!n4e!ros 2a1!a mu!to 0r!o Nen4um pássaro "ru1ou o beo "*u a1u Ap?s "er"a de tr3s qu!=metros, "osteando o %ae, a sub!da tornou6se abrupta O "am!n4o era por um "orte ob$quo na ro"4a, "u)o "!mo a bruma o"uta%a +o&oase apa!nou o soo e entramos numa atmos0era e "4e!ada de so 7asso passo, 0omos por um ata4o estre!to e $n&reme,"ara no pendor montan4a T!%emos que se&u!r um atrás do outro, reparando atentamente no "4(o, para n(o p!sar em 0aso De um ado, 4a%!a o 0an"o !na"ess$%e da serraP do outro o ab!smo O "ansa'o !a a0rouando nossos passos 2!namente, %!mos uma "o!na %erde e deserta Em 0rente, a pou"a d!stJn"!a, er&u!a6se o Tempo do Buda Mer"r!o tamb*m "4amado Co*&!o dos Santos Ma&os m &rupo de pa%!4>es "oor!dos, de tetos re"ur%os, pendura%a6se @ en"osta da montan4a, "omo uma 0or en"ra%ada nas pedras A re&!(o era "4e!a de es"arpas e "oberta de 0orestas p!tores"as De%a&ar, 0omos nos apro!mando A emo'(o era tanta que ma pod$amos resp!rar 5amos %er um dos &randes "4e0es esp!r!tua!s da 8s!a Entramos atra%*s do &rande port(o de 0erro que dá a"esso ao tempo Grupos de mon&es, entos e soenes nas suas on&as tn!"as de a&od(o bran"o ou amareo, anda%am peas %eredas que "ondu1!am ao !nter!or do parque O &rande &on&o de bron1e, sem!6o"uta entre as tra%es, a"aba%a de
ser tan&!do, "on%o"ando a todos para a ora'(o da man4( 7uamos bem o "apu1 do 4áb!to e entramos no ampo 4a, pa%!mentado de mármore rosa !mos uma s*r!e de n!"4os "om ob)etos sa&rados As paredes atera!s eram "obertas "om p!nturas 0e!tas sobre seda, representand o a %!da de santos do +ama$smo A um ado, um &rande atar dourado su)e!ta%a uma enorme estátua, tamb*m dourada, representando Gautama, Buda, a!nda adoes"ente T!n4a a 0a"e ma&ra e tranqu!a, o o4ar sem!"errado de quem n(o o4a para o mundo dos morta!s Re0et!a6se em seu todo uma epress(o de m!ster!osa p!edade, son4o e sabedor!a m dos no%!'os ou #trapas# a"ompan4ou6nos at* a &rande "apea, onde, entre %eas "oor!das, "andeabros de ouro e !n"ens?r!os de )ade, %!mos um 0ato s!n&uar Suspenso no ar e sem nen4um apo!o, esta%a um bá"uo, !sto *, um pequeno bast(o dourado, que se&undo a enda, re&ua os atos da "omun!dade Soubemos que aquee bast(o m!a&roso perten"era ao santo Tson& apa, que 0o! o re0ormador da re!&!(o bud!sta no T!bete 7ensamos que se tratasse de a&um truque mu!to bem d!ss!muado peos amas, po!s nossa mente, por ma!s que ra"!o"!nasse, n(o en"ontra%a nen4uma ra1(o ?&!"a para aquee 0en=meno 7er"ebendo nossa !n"redu!dade, o Dr essantára d!sseF 6 Soube que este bast(o má&!"o está neste moste!ro 4á mu!tos s*"uos Nun"a n!n&u*m soube ep!"ar a ra1(o deste prod$&!o S? os amas "on4e"em este se&redo, mas n(o o re%eam aos pro0anos O sáb!o N!"oas Noto%!"4, que 4á tempos este%e no T!bete "4e0!ando uma m!ss(o de "!ent!stas russos, eam!nou tudo det!damente e n(o en"ontrou nen4uma 0raude, nem ra1(o ?&!"a para ep!"ar o 0en=meno Este sáb!o russo 0o! quem en"ontrou na "!dade de +adaX, a "ea ant!qu$ss!ma do #Erm!t(o de Issa#, que os +amas d!1em ter s!do Yesus Cr!sto 7erpeos e 0as"!nados, 0!"amos por a&um tempo "ontempando o prod$&!o 2!namente, to"ando Cont!nuamos de e%e em nosso bra'oat* d!re!to, o no%!'o 0e1 s!na para que o se&u$ssemos andando a"an'ar um on&o "orredor penumbroso Apenas per"eb$amos a 0ra"a !um!na'(o de a&umas to"4as Sent! um %a&o temor e meu san&ue pusou ma!s ráp!do nas m!n4as %e!as Ha%!a mu!tos n!"4os "a%ados nas paredes de pedra do "orredor !mos nestes n!"4os %utos !m?%e!s 7ensamos que 0ossem estátuas, mas em %o1 ba!a, o no%!'o 0aouF 6 Estes s(o mon&es que %ountar!amente se de!aram mum!0!"ar em %!da 6 Mas "omo 6 per&untamos, atra%*s de Tsaron& A resposta %e!o "ara e pre"!saF 6 Durante tr3s d!as e tr3s no!tes "o1!n4amos sementes tenras de !n4o m!sturadas "om %e1es 0a%a bran"a ambas s(o0!m, tr!turadas num p!(o A parte se"a %ota duas ao 0o&oDepo!s, e ao p!(o e, por 0!"a eposta ao so, at* se trans0ormar numa 0ar!n4a e%e Ent(o ap?s um )e)um r!&oroso o "and!dato @ mum!0!"a'(o "ome &rande quant!dade desta 0ar!n4a Durante tr3s meses 0!"ará a!mentado por pequenas doses de que n?s 4e damos, )untamente "om pequenas por'>es da 0ar!n4a O mon&e de%e "onser%ar a mente 0!a no
+o&os SoarF Com este re&!me resse"am os !ntest!nos e o 0$&ado Tempos depo!s "om a pee !nte!ramente endure"!da, o "and!dato pare"e mesmo uma mm!a Somente a resp!ra'(o, 0raqu$ss!ma, "ont!nuará, mas por pou"o tempo 2o! 4orr$%e para n?s esta re%ea'(o e, quando sa$mos do "orredor &ubre, para um ampo pát!o arbor!1ado, resp!re! a!%!ada E a!, @ sombra de um p!n4e!ro m!enar, %!mos o Buda !%o de S!XX!m Esta%a sentado "om as pernas "ru1adas, em "!ma de uma este!ra de bambu Era d!0$"! pre"!sar64e a !dade As 0e!'>es m!das, !mpre"!sas, da%am64e um aspe"to !nde0!n!do est!a uma ampa tn!"a amarea, um "asa"o 0orrado de pees de "orde!ro e um barrete tamb*m de pees No que!o t!n4a uma barb!"4a raa e mu!to bran"a Os o4os eram pequenos e %!%os A pee quase sem ru&as As m(os 0!nas e ar!sto"rát!"as Sua 0!s!onom!a n(o me pare"!a des"on4e"!da embora n(o pudesse en"ontrar sua !ma&em na m!n4a mem?r!a Apro!mamo6nos depos!tando aos seus p*s as e"4arpes de seda bran"a, que os t!betanos "4amam de #Xa6ta#, ou e"4arpes da 0e!"!dade, que Tsaron& nos 0!1era tra1er 6 Sua Sant!dade 0o! mu!to bondoso em re"eber6nos 6 d!sse eu em !n&3s O Buda !%o %!rou6se para nosso !nt*rprete Tsaron& e d!sse a&o em t!betano Ad!%!n4o "orretamente o que ee qu!s d!1er 6 O %enerá%e 7a! da Ama D!amante entende quando 4e 0aam em !n&3s, mas teme que n(o 4e "orresponda o seu, por !sto pre0ere que eu tradu1a as paa%ras 6 0aou Tsaron& O4ando6me 0!amente, o Buda !%o 0aouF 6 #Yetsuma -re%erenda dama/, * "ontrár!o @ nossa re&ra e @ nossa ordem re"ebermos aqu! uma mu4er Mas os atos da sua %!da anter!or "ondu1!ram6na ao meu en"ontro Se)a bem6%!ndaU# A %o1 era 0raqu!n4a e &ra%e, mu!to a&radá%e de ser ou%!da Eu "ont!nua%a a pensar !ntr!&ada, ondepensamentos, )á t!n4a %!sto aquee sembante Como que respondendo aos meus ee 0aouF 6 Tens ra1(o, pequen!na !rm(, n?s n(o somos des"on4e"!dos 7or %ár!as %e1es est!%e ao teu ado, embora n(o soubesses da m!n4a presen'a et*rea Yá d!r!&! mu!tas "orrentes de !de!as brotadas do teu "*rebro Tu n(o te embras porque o %*u de Maa -!us(o/ obs"ure"e tua %!s(o !nterna M!n4as m(os tremeram de emo'(o Zue pensar de tudo aqu!o Re"orde! as paa%ras de Gautama, o BudaF #Nada a"e!tes que n(o se)a ra1oá%eP nada "ons!deres "omo "ontrár!o @ ra1(o, sem um eame "on%en!ente# 7er"ebendo perturba'(o, %enerá%e passouera a "on%ersar "om osem Dr essantára, m!n4a em sJns"r!to O oma!s estran4o que mesmo "ompreender o sJns"r!to, eu entend!a per0e!tamente tudo o que ambos d!1!am Era "omo se uma onda teepát!"a transm!t!sse o "on4e"!mento ao meu "*rebro Cre!o que esta 0o! uma das ma!s beas pro%as !ntu!t!%as que t!%e no T!bete
2aaram sobre re!&!(o, r!tos e endas do po%o t!betano 6 É pre"!so ser erud!to para se "ompreender os ens!namentos bud!stas 6 !nda&ue!, 0!namente 6 O "on4e"!mento da %erdade 6 respondeu o %enerá%e 6 * a&o que n(o se pode er nos !%ros Depende de nossas pr?pr!as eper!3n"!as Basta d!1er que S4en S!en, o seto 7atr!ar"a do bud!smo, des"as"a%a arro1 para %!%er m d!a, a 0or'a do seu Deus Interno despertou e ee tornou6se um sáb!o de repente Em se&u!da a "on%ersa passou a temas ma!s s!mpes Mu!to me surpreendeu saber que o Buda !%o 3 re&uarmente )orna!s !n&eses, e está bem !n0ormado dos probemas atua!s do mundo, 0ora do seu "$r"uo Re"ordo a "ren'a de Tsaron& que o %enerá%e possu! uma %!s(o pro0*t!"a M!n4a "ur!os!dade me !ndu1 a ped!r64e op!n!(o sobre o 0uturo do mundo Antes que eu pudesse 0ormuar a per&unta, %e!o a respostaF 6 S? o entend!mento esp!r!tua entre as na'>es "ondu1!rá @ %erdade!ra 7a1 Cre!o que o rem*d!o para os probemas do mundo * %!%er e a)udar a %!%er 2!tou6nos "om um o4ar pro0undo e prosse&u!uF 6 Os 4omens s(o a&entes do Carma -e! de "ausa e e0e!to/, e n?s "omo a&entes dos Mestres As"ens!onados, n(o podemos anuar as d$%!das que os 4omens e as na'>es "ontra$ram "om seus atos Está pre%!sto que em "ada do!s m! anos a terra entra em "ontato "om um no%o ra!o "?sm!"o que a)uda a sua e%ou'(o 2o! "on0!ada a um &rande Mestre As"ens!onado, a "ust?d!a do )á !n!"!ado "!"o de do!s m! anos da Era da +!berdade Este mara%!4oso Ser trará ao mundo o 2o&o da +!berdade e o0ere"erá ao mundo a oportun!dade da que!ma tota do Carma 2uturamente, um &rupo de estud!osos no O"!dente, a part!r do ter"e!ro m3s do ano de .L;:, d!%u&ar(o os ens!namentos deste &rande Sen4or da +!berdade para a Terra Há pausa que dura "er"a de um m!nuto O %enerá%e a"ar!"!a a barb!"4a "omuma os dedos 7e'o perm!ss(o para 0a1er64e a&umas per&untas pessoa!s 6 Zua * a sua !dade, %enerá%e 7a! da Ama D!amante A resposta "4e&ou rap!damenteF 6 A !dade da 0orma n(o * a !dade da ama Tu e eu )á %!%emos na terra mu!tas %e1es Cur!osa, pro"ure! 0a136o prosse&u!rF 6 Se %!%emos anter!ormente e %os embra!s, por que n(o su"ede o mesmo "om!&o 6 7r!me!ramente a mem?r!a "erebra, que * %ar!á%e e !n"erta, s? re&!stra as eper!3n"!as desta %!daP despertam as %!das passadas t3m seus ama O estudo e a med!ta'(o a "ons"!3n"!a dare&!stros ama, ena"om essa "ons"!3n"!a, todas as re"orda'>es do passado nea "onser%adas Hou%e outra pausa m no%!'o apro!mou6se e a"endeu uma %areta de !n"enso de rosas O Buda !%o obser%ou o 0umo a1u que se ee%a%a em esp!ra!s e permane"eu em s!3n"!o
Re"orde! que desde os tempos ma!s remotos, os or!enta!s asso"!am os odores a&radá%e!s "om a ess3n"!a d!%!na dos deuses C4e&a%am mesmo a pensar que a ama t!n4a uma 0ra&rJn"!a pr?pr!a, mu!to super!or a todos os per0umes que o 4omem "on4e"!a Nos tempos sa&rados, a!nda 4o)e os 4erbor!stas m!sturam po'>es se"retas e preparam raros !n"ensos, os qua!s a"red!tam6se que s(o seme4antes @ d!%!na 0ra&rJn"!a da ama É "ren'a &era que a !naa'(o da 0uma'a per0umada ee%a a ama a &randes aturas, a)uda a produ1!r a 4armon!a dos sent!dos, tranqu!!1a e a"ama o "orpo e a mente Sent!ndo que nossa entre%!sta term!nara reamente, e%antamo6nos do "4(o, onde está%amos sentados sobre &rossos tapetes O Buda !%o er&ueu a m(o d!re!ta em s!na de b3n'(o Depo!s, pe&ando um dos manus"r!tos que esta%am sobre uma mes!n4a ba!a, ao seu ado, o0ere"eu6nos "omo embran'a E d!r!&!ndo6se a m!m, 0aouF 6 En"ontrarás a!nda outros Mestres ma!s es"are"!dos do que eu que te re%ear(o mu!tos se&redos Guarda6os "om "u!dado Zuando "4e&ar a *po"a terás a !ntu!'(o para d!%u&á6os Cumpre o teu de%er no O"!dente e que nen4uma obs"ur!dade te !mpe'a de %er a +u1 D!%!na ou te des%!e do %erdade!ro "am!n4o !n!"!át!"oU Entarde"!a quando de!amos o Tempo do Buda !%o de S!XX!m m %ento 0r!o, prenun"!ando tempestade, a&!ta%a nossas %estes Sent$amo6nos @ mer"3 de a&uma 0or'a !mpenetrá%e e etraord!nár!a [ med!da que nos a0astá%amos do tempo, per&unta%a a m!m mesma se tudo o que me %!n4a ao "*rebro 0a1!a parte de uma %!s(o desperta ou de um son4o O roo de seda em m!n4a m(o, "ontendo uma ora'(o bud!sta, "on%en"eu6me daquea mara%!4osa rea!dade C4e&amos ao paá"!o do Ra)á Dor&e num estado de &rande a&!ta'(o e e"!tamento Naquea no!te, ap?s o )antar, a "on%ersa &!rou sobre nossa %!s!ta ao Buda !%o e suas de"ara'>es pro0*t!"as Depo!s, 0aamos sabre a reen"arna'(o 6 Mesmo no O"!dente 6 d!sse essantára 6 4omens 0amosos "omo Henr 2ord a"red!tam na reen"arna'(o A&um tempo antes de 0ae"er, 2ord 0o! entre%!stado peo rep?rter amer!"ano 2ran1!er Hunt, e de"arou abertamente sua "ren'a na reen"arna'(o 6 Cada %!da que %!%emos 6 de"arou 2ord ao )orna!sta 6 aumenta o tota de nossas eper!3n"!as Tudo o que se en"ontra na terra 0o! posto para o nosso bem, para obtermos eper!3n"!as que de%em ser &uardadas para um 0!m 0uturo N(o e!ste uma part$"ua do 4omem, um pensamento, uma eper!3n"!a, uma &ota que n(o subs!sta A %!da * eternaP portanto, n(o e!ste morte Isto * !r ma!s on&e do que ens!na nossa re!&!(o "r!st( 6 d!sse 2ra1!er 6 7ode ser, mas * n!sso que eu "re!o E "re!o, "omo se "r!a, em *po"as mu!ta anter!ores, em tempos bem remotos, nos qua!s se sab!a a&o que )á perdemosP a&o do m!ster!oso en!&ma da %!da E estou "ompetamente "erto de tudo !sso Cre!o que o que "4amamos re!&!(o 0o! 4á s*"uos uma "!3n"!a
eata, enun"!ada em "on"e!tos baseadas em 0atos e "on4e"!mentos As "o!sas que resutam ser a&ora m!st*r!os sem sou'(o, ta!s "omo de onde %!emos antes de nas"er e para onde %amos ap?s a morte, eram "on4e"!das por todo mundo Sab!a6se tudo "on"ernente @ e!st3n"!a A&um d!a, n?s seremos tamb*m bastante sa&a1es para %er e "ompreender a %!da toda do n!%ersoP o que está se passando em outros panetas e mu!tas outras "o!sas neste est!o# Re"orde! ent(o o que era "erta %e1 numa pub!"a'(o m$st!"aF #A reen"arna'(o * a %erdade!ra e a n!"a ep!"a'(o ?&!"a para !nmeras !n)ust!'as aparentes, o que se %er!0!"a quando por eempo se %3 tanto dest!no pesado em "ertas pessoas boas e %a!osas enquanto outras 6 as que "4amamos de #más# &o1am de um %!%er 0e!1U 7odemos estar "ertos, n(o 4á des"u!doP a n(o ser que, "ada um en"ontre, no%amente, o e0e!to das ant!&as "ausas, que em quaquer tempo, no passado, 4a)a semeado, 6 mas das qua!s n(o possu! ma!s nen4uma embran'a Ass!m, po!s, depende de "omo "ada um !rá rea&!r no de"orrer dos 0atos e "!r"unstJn"!as e desta 0orma será determ!nado "omo "ada um %!%erá no 0uturo Se a&u*m pode neutra!1ar seus erros, se ee pr?pr!o quer prestar um ser%!'o a outrem e "om !sso d!sso%er o ma, ent(o estará !%re da "upa Mas se ee n(o "onse&ue red!m!r6se, a %!da destas duas pessoas será "ada %e1 ma!s embara'osa, at* que em a&uma en"arna'(o 0utura !sto se)a a"an'ado A ma!or!a das pessoas s(o e%adas a apro!marem6se "om o n!"o !ntu!to de d!sso%er #"upas# esque"!das do passado Zuando entre a&umas pessoas re!na a atra'(o do amor e da 4armon!a * "erto que, em outra *po"a, )á 4a%!a uma un!(o 4armon!osa e )untos traba4aram, podendo epand!r estas qua!dades no mundo aos que tanto ne"ess!tam deas Zuando sur&!r um sent!mento reutante ao en"ontrarmos a&u*m, quando per"ebermos que de%emos estar em &uarda, !sto * re"orda'(o de sent!mentos desa&radá%e!s eDeus desarm=n!"os passado * um Deusde de!&a'(o amor eno 6 m Bom Deus 6 nun"a !r!a pro%er seus 0!4os 6 uma metade "om amor, bee1 a, ae&r!a, abundJn"!a e dotada de todo bem 6 e a outra metade "arre&ada "om doen'as e "o!sas !mpuras da %!da Bons pa!s n(o 0a1em d!0eren'a entre seus 0!4os, e Deus n(o o 0ar!a, absoutamente Se, 0!namente, o 4omem per"ebe que ee * a Causa de toda des&ra'a e toda !m!ta'(o em seu mundo, e se ee, s!n"era e 4onestamente, re"on4e"e e dese)a reparar todo este ma, ser64e6á dado !nte&ra au$!o 7or*m, at* que ee "ons!&a at!n&!r este ponto, permane"erá, &eramente bas0emando "ontra Deus e "ontra o dest!no ou res!&nando6se na !mpress(o de que esta * a %ontade Deus naturamente, *# Tudo !stodenos %e!o6 que @ mente enquanton(o essantára "omenta%a o "aso da men!na S4ant! De%!, de no%e anos de !dade, que desde que "ome'ou a 0aar, a0!rma ser a reen"arna'(o da 0ae"!da esposa de um ne&o"!ante de te"!dos, de nome +u&d!, res!dente na "!dade de Mutra, a uns du1entos qu!=metros de No%a D*4!, u&ar onde nas"eu e %!%e a men!na
6 A ama * eterna e !n"r!ada 6 0aou Ma4!ma 6 7assa de uma e!st3n"!a para outra, de um pa$s para outro N(o 4á d%!da de que o "aso de S4ant! De%! * um dos ma!s "ur!osos "asos de reen"arna'(o que )á 4ou%e na 5nd!a +ást!ma que mu!ta &ente du%!de d!sso 6 Zuando "4e&ar o momento 6 d!sse o Ra)á 6 todos "ompreender(o que a reen"arna'(o * uma &rande %erdade Mas "re!o que o mundo a!nda n(o está preparado para a"e!tar !sto
A "e#ta Sagrada de ,e#a! Na man4( se&u!nte, ap?s tomar o "4á "om boos de &en&!bre que uma das "r!adas nos e%ou no quarto, sa$mos para o )ard!m ao en"ontro de nossos am!&os Esta%am sentados num qu!osque, no "entro do &rande )ard!m "4e!o de 0ores, apesar do !n%erno Con%ersa%am an!madamente 6 2o! bom teres %!ndo 6 d!sse Ma4!ma 6, po!s está%amos 0aando sobre a sa&rada 0esta de ^esaX 6 S!m, po!s, 4o)e @ no!te o po%o do Nepa %a! 0este)ar o 2est!%a de ^esaX, que * um dos ma!s !mportantes de toda a 8s!a 0aou o Ra)á Era a pr!me!ra %e1 que ou%$amos 0aar nesta 0esta e o seu nome estran4o despertou em n?s uma %!%a "ur!os!dade 6 O que s!&n!0!"a esta 0esta 6 !nda&amos 2o! o Ra)á quem respondeuF 6 Representa uma trad!'(o mut!m!enar do Or!ente, que todos os anos, na +ua C4e!a de ma!o, * "eebrada aqu! no Nepa e tamb*m em a&uns u&ares da 5nd!a e do Ce!(o Na &rande 4ora da +ua C4e!a, Ma!trea 6 o Buda da Compa!(o 6 derrama suas b3n'(os sobre o mundo 6 A!ás, estas b3n'(os 6 d!sse o Dr essantára 6 s(o mara%!4osamente e"ep"!ona!s, porque de%!do a sua ata "ate&or!a nos panos esp!r!tua!s, nosso sen4or ampo7ortanto, a"esso aos da nature1a que est(oao mu!to on&e doBuda nossotem a"an"e ee panos pode transmutar e trans0er!r nosso mundo, a d!%!na ener&!a dos mundos super!ores Sem o au$!o do Buda, )ama!s estas ener&!as poder!am "4e&ar at* n?s 6 E por que n(o 6 !nda&ue!, "ur!osa 6 essantára o4ou para o Ra)á e os do!s sorr!ram, e ap?s uma bre%e pausa o Ra)á 0aouF 6 7orque as %!bra'>es do nosso bem6amado Buda s(o t(o 0orm!dá%e!s e t(o !n"r!%emente ráp!das, que ser!a6nos !mposs$%e per"eb36as Mas, no pen!n!o de ma!o, suas b3n'(os se d!0undem peo mundo !nte!ro, e%ando 4armon!a e pa1 !ne0á%e a todos os que est(o preparados, para re"eber os d!%!nos dons do Ra)á "aaram 0undo em nossa ama, mas a!nda ass!m, n(o Estas paa%ras t$n4amos per"eb!do o sent!do o"uto da 0esta de ^esaX E "ont!nuamos per&untandoF 6 7or que ra1(o esta b3n'(o mara%!4osa s? * dada no pen!n!o de ma!o 6 7orque * no m3s de ma!o 6 d!sse o Ra)á 6 que no "aendár!o da 5nd!a, Nepa
e Ce!(o * "4amado ^esaX, ou 2esta da +ua C4e!a de Ma!o Nesta *po"a 0este)amos os a"onte"!mentos ma!s !mportantes da %!da de Buda, o Ium!nado Contudo, a apar!'(o que sur&e na 2esta da +ua C4e!a n(o * a de S!darta Gautama, o Buda, mas s!m de uma de suas emana'>es d!%!nas "on4e"!da "omo Buda Ma!trea, ou Buda do 0uturo 6 E todos podem %er esta d!%!na apar!'(o da sombra do Buda 6 !nda&ue! perpea 6 Nem todos 6 retru"ou o ra)á 6 somente aquees que est(o preparados esp!r!tuamente e t3m aberto a sua Qa %!s(o ou ter"e!ro o4o esp!r!tua Consta que nesse d!a sa&rado, mu!ta &ente %a&a !nut!mente de um ado para outro nas montan4as, sem en"ontrar o u&ar onde * "eebrada a 2esta da +ua C4e!a É "omo se o #%*u de Maa#, a &rande !us(o, o"utasse este u&ar dos o4os "ur!osos D!ante d!sto 0!"amos preo"upados A"aso ser$amos d!&nos de !r a esta 0esta e %er a sombra do Buda Como que ad!%!n4ando meus pensamentos o ra)á 0aouF 6 Re"eb! ordens dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente para e%á6as @ 0esta de ^esaX 6 Mas quem s(o estes Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente, !nda&ue! "ur!osa 6 S(o Seres As"ens!onados, !%res de toda !mper0e!'(o, que %!%em no pano esp!r!tua e se "omun!"am "onos"o atra%*s de seus d!s"$puos, mu!tos dos qua!s %!%em aqu! no Nepa Nossa ae&r!a 0o! tanta que ma pudemos babu"!ar um a&rade"!mento Naquea mesma tarde, @s tr3s 4oras, nosso &rupo !derado peo ra)á e peo +ama a1!, de!ou o paá"!o no "entro de Gan&toX e part!u rumo ao %ae do r!o T!sta Os "a%aos atra%essaram um on&o "am!n4o que nos e%ou ao 0undo de uma &ar&anta, depo!s a %aes 0*rte!s onde 4omens e mu4eres pastorea%am "abras +e%amos "er"a uma 4ora sub!ndo, atura a"an'amos umadera%!na e ma!s ad!ante&a&ando um pat=, que &radat!%amente pare"!a s!tuar6seA0!na a me!o "am!n4o entre a base e o "!mo da montan4a A!, desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um ser%o que nos a"ompan4a%a e "ont!nuamos andando a p* 7asso a passo, &u!ados peo ama a1!, 0omos por um estre!to %ae que se apro0unda%a "ada %e1 ma!s na 0oresta 7ara a*m do %ae, %!mos uma tortuosa re&!(o "4e!a de $n&remes "o!nas A estrada 0o! se en"ara"oando pea etrem!dade norte, e em se&u!da, "ortando atra%*s de uma abertura na montan4a, "4e&amos a uma "o!na %erde e deserta m pou"o ma!s ad!ante era a pan$"!e @ qua "4e&amos por um "am!n4o ár!do pedre&oso re&ato "orr!a"ar%a4os, manso na%!mos parte um o"!denta da pan$"!e Numae"are!ra abertam entre enormes atar 0e!to de pedra, onde se espa4a%am mu!tas &u!randas de 0ores m &rupo de as"etas á esta%a sentado no "4(o, med!tando Eram todos bem !dosos Os "abeos e as barbas on&os e bran"os sa%am apenas uma tan&a de a&od(o amareo, e seus "orpos eram ma&ros e bron1eados
6 Aquees 4omens s(o os #na)orpas# t!betanos 6 murmurou o ama a1! 6 Na)orpas 6 repet!mos !ntr!&ados 6 S!m, s(o os mon&es pere&r!nos que na %*spera do pen!n!o des"em de suas erm!das, e %3m aqu! prestar sua 4omena&em ao bem amado Buda Ma!s ad!ante, %!mos a&uns 4omens armando uma 0o&ue!ra "om made!ra de sJndao 6 Bre%e %!rá a no!te 6 d!sse o Ra)á 6 e ees est(o preparando a 0o&ue!ra do r!tua do ^esaX D!1em que quando part!"!pamos de um r!tua, a)udamos a &erar uma 0or'a redentora para toda 4uman!dade 6 Como ass!m 6 !nda&amos 6 No r!tua, os pensamentos e asp!ra'>es de todos os part!"!pantes, un!ndo6 se @s 0or'as da Nature1a e @s ener&!as D!%!nas, "r!am um poderoso %?rt!"e para o Bem, um pensamento absouto, que atra! para a terra o poder e a bondade de Deus Es"o4emos um u&ar perto do &rupo dos as"etas e nos sentamos no "4(o, s!en"!osamente, @ espera da &rande "er!m=n!a r!tua$st!"a Os pere&r!nos 0oram "4e&ando em re!&!oso s!3n"!o Senta%am6se ordenadamente no "4(o, tendo o "u!dado de de!ar um ampo espa'o !%re d!ante do atar Todos %est!am on&as tn!"as amareo6aran)a 6 a "or dos d!s"$puos de Gautama, o Buda O Ra)á t!n4a pro%!den"!ado para que n?s tamb*m %est$ssemos tn!"as de a&od(o amareo, por "!ma das pesadas roupas de (, po!s o 0r!o era !ntenso Tamb*m t$n4amos nos pur!0!"ado de a"ordo "om a trad!'(o, tomando um ban4o "om p*taas de rosas bran"as, e de0umado nosso "orpo e nossas roupas "om !n"enso e ben)o!m Obser%amos em s!3n"!o os rostos &ra%es e serenos dos as"etas que esta%am perto de n?s De repente, um dees se e%antou Era um %e4o ato e es&u!o e toda a sua pessoa emana%a um &rande ma&net!smo ma men!na de uns sete anosabr!u6a apro!mou6se e entre&ou64e uma "a!!n4a de a"a %erme4a O %e4o e 0o! t!rando p?s "oor!dos %erde e aaran)ado Com estes p?s, tra'ou um &rande "$r"uo de uns tr3s metros de d!Jmetro No me!o do "$r"uo %!eram se sentar tr3s %e4os as"etas Seus rostos t!n4am uma epress(o tranqu!a e 4!erát!"a ma pequena orquestra, "omposta de 0autas e &on&os, "ome'ou a to"ar uma ms!"a mu!to sua%e Sob o "*u estreado, sentados no "4(o "om as pernas "ru1adas, na postura do ?tus, os as"etas baan'a%am o "orpo ao r!tmo de um "Jnt!"o sua%e, ee%ando suas pre"es ao Cosmos, enquanto perto dees sub!a a esp!ra prateada do !n"enso No Or!ente, nen4uma "er!m=n!a m$st!"a está "ompeta sem a que!ma de res!nas aromát!"as O "ostume de que!mar !n"enso n(o * uma 0antást!"a superst!'(o nema um r!to etra%a&ante, mas s!mpor umme!o s$mboo da 4armon!a do 4omem "om &rande "ons"!3n"!a "?sm!"a, da pre"e e da med!ta'(o Adema!s, o uso do !n"enso * !nte!ramente "!ent$0!"o Todos os que estudam o"ut!smo sabem que n(o 4á mat*r!a morta, mas todos os seres e todas as "o!sas da Nature1a possuem e !rrad!am suas %!bra'>es ou "omb!na'>es de %!bra'>es Cada eemento qu$m!"o tem, portanto, suas
!n0u3n"!as pe"u!ares, que s(o te!s em determ!nado sent!do e !nte!s e at* mesmo no"!%as, em outros Zuando m!sturamos d!0erentes res!nas, "omo o !n"enso, o ben)o!m e a m!rra, eas ao serem que!madas est!muam as emo'>es puras e nobres, pur!0!"ando aquea parte da nature1a 4umana "4amada "orpo emo"!ona ou astra Seu e0e!to * seme4ante ao de um des!n0etante, que ao espa4ar6se peo ar, destr?! os &ermes pato&3n!"os, embora o !n"enso e outras res!nas aromát!"as atuem nos panos super!ores da mat*r!a sut! [ med!da que o "Jnt!"o dos as"etas se ee%a%a, numa sua%e "ad3n"!a, um ama %est!do "om um r!"o manto amareo, que se&undo soube t!n4a %!ndo de um moste!ro da "!dade santa de +4assa, estendeu as m(os 0!nas e ma&ras sobre o brase!ro per0umado 6 O que será que ee está 0a1endo 6 per&unte! E o ra)á respondeuF 6 Ma&net!1ando o !n"enso para aumentar seu poder, est!muando nosso "orpo 0u$d!"o, a 0!m de per"ebermos me4or as emo'>es que nos %3m dos panos super!ores Cer"a de uma 4ora antes do pen!n!o 4ou%e um estran4o 0en=meno, que a!nda 4o)e "usto a a"red!tar !mos, n!t!damente, 0ormar6se perto dos tr3s as"etas que esta%am sentados no me!o do "$r"uo "oor!do, uma nu%em "!n1enta A nu%em "ondensou6se aos pou"os at* 0ormar a 0!&ura de um 4omem )o%em a!nda, de pee morena, tra'os 0!nos e o4ar br!4ante est!a uma tn!"a bran"a 0utuante e en%o%!a sua "abe'a um turbante de seda a1u6 "aro 6 Zue mara%!4aU Zuem * ee 6 !nda&ue! perpea 6 É a 0orma 0u$d!"a do Mestre as"ens!onado E Mora, um dos &randes Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente 6 ep!"ou o ama a1! Ee * o Sen4or do pr!me!ro ra!o "?sm!"o que representa a 0or'a, o poder e a prote'(o da %ontade Gu!as d!%!naPeatra%*s dee * man!0estada no n!%erso %ontade Estad!stas, Or!entadores da 4uman!dade, 4omens esta "om &rande tend3n"!a para a rea!1a'(o de um !dea "onstrut!%o, possuem em seus "orpos et*r!"os uma ar&a 0a!a de "or a1u, po!s est(o em 4armon!a "om o Mestre E Mora 6 A4U e"ame! !nteressada 2ae ma!s sobre eeU E a1! "ont!nuou 0aandoF 6 Consta que ee %!%eu num "ont!nente ant!qu$ss!mo, que 4á m!3n!os desapare"eu da 0a"e da terra Seu santuár!o 0!"a ao p* da montan4a do H!maa!a, na "!dade de Dar)ee!n& E Mora * o &rande mestre que tem responsab!!dade sobre a or!enta'(o e o desen%o%!mento da 8s!a e seu po%o mesmo perten"e64e "ontroe dos &o%ernos todo mundoAoD!1em quetempo, no tempo de Yesus,o 0o! ee Me"4!or, um dosdetr3s re!so sáb!os do Or!ente Depo!s en"arnou "omo o endár!o re! Artur, da sa&rada Ta'a do Santo Graa e sua t!ma en"arna'(o 0o! "omo o poeta !rand3s T4omas More Yunto "om ee, traba4am tamb*m no pr!me!ro ra!o "?sm!"o a1u, o Ar"an)o M!&ue e o poderoso Eo4!m H*r"ues
6 E MoraU 6 repet! "omo%!da, enquanto o4a%a a mara%!4osa mater!a!1a'(o de sua 0orma 0u$d!"a Era "omo se o nome do mestre pusesse uma nota de pa1 na m!n4a mente e na m!n4a ama Seus &randes o4os a1u!s t!n4am um br!4o t(o !ntenso, que penetra%am o ma!s $nt!mo do meu ser Ao ado dee, %!mos apare"er uma um!nos!dade bran"a, "om "er"a de me!o metro de atura e uns %!nte "ent$metros de ar&ura Era a pr!me!ra %e1 que ass!st$amos a um 0en=meno de mater!a!1a'(o e 0!"amos !n"r*duos e ao mesmo tempo, ae&res e mara%!4ados A um!nos!dade bran"a desapare"eu rap!damente e o&o sur&!u d!ante de n?s a 0!&ura ma&n$0!"a de um %e4o de rosto 0!no e ar!sto"rát!"o, on&as %estes bran"as e "abeos &r!sa4os, repart!dos ao me!o e "a!ndo64e peos ombros em sedosas ondas Ee mo%!mentou os bra'os num &esto de b3n'(o e andou at* o "entro do "$r"uo onde esta%am os tr3s as"etas T!n4a uma apar3n"!a norma, "omo ter!a quaquer um de n?s %est!dos de bran"o C!n"o mater!a!1a'>es su"ederam6se a esta, num "urto espa'o de tempo Todos t!n4am uma !nda 0orma'(o de e"topasma, arredondada de uma %!%a 0os0ores"3n"!a me!o a1uada, dando a !mpress(o do "rep!tar de uma "4ama Isto para n?s era espantosoU Mas para todos que esta%am a! n(o pare"!a nada anorma Eram 0atos que "on0und!am nossa !nte!&3n"!a, po!s embora )á t!%*ssemos ou%!do 0aar sobre 0en=menos de mater!a!1a'(o, a!nda n(o t$n4amos %!sto nen4um Mu!tas das !n%est!&a'>es de "!ent!stas "omo C4ares R!"4et, pro0essor da n!%ers!dade de 7ar!s, Enr!"o Morse!, 0amoso ps!qu!atra !ta!ano, S!r O!%er +od&e e numerosos outros nomes !mportantes, )á eram do nosso "on4e"!mento Mas, presen"!ar tantas mater!a!1a'>es ass!m, numa no!te de ua "ara, em pena mata or!enta, era a&o desumbrante e quase !na"red!tá%eU Obser%amos que os seres mater!a!1ados "on%ersa%am naturamente "om todos o ma!s "ur!oso * que 0aa%am no !d!oma t!betano pá!, e "ada um de n?se entend$amos suas paa%ras "omo se 0ossem d!tasouem nossa pr?pr!a $n&ua, num m!ster!oso 0en=meno teepát!"o A um s!na do Mestre Mora, troueram uma t!&ea de ouro "4e!a de á&ua de uma nas"ente pr?!ma O mestre se&urou6a de!"adamente entre as m(os e "oo"ou6a sobre o atar, entre as &r!nadas de 0ores Come'aram ent(o os "Jnt!"os ma!s sa&rados ma do"e br!sa me?d!"a "4e&ou aos meus ou%!dos A !sto se&u!u6se uma epos(o de ms!"a de uma bee1a per0e!ta, mas d!0erente de quaquer outra que eu )á ou%!ra T!n4a sons de uma de!"ade1a e ternura t(o penetrantes, !mposs$%e de des"re%er Eu es"uta%a perpea e desumbrada Ao meu ado ou%! a %o1 de d!1endo ba!!n4oF 6 Apenas os 0ra&mentos do a1! &rand!oso "Jnt!"o dos Mestres * que "4e&am aos seus ou%!dos, pequen!na !rm(U Sent!a6me "omo%!da, !n"apa1 de 0aar m do"e espanto &ruda%a os meus áb!os Gostar!a de per&untar mu!tas "o!sas ao ama a1!, mas era "omo se eu est!%esse "om a mente em bran"o
a1! per"ebeu a m!n4a emo'(o e "ont!nuou d!1endoF 6 Dentro em pou"o se mater!a!1ará aqu!, toda a &rande assembe!a dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Esta 2ratern!dade 0o! 0undada 4á do1e m! anos, no pr!n"$p!o da Idade Ne&ra ou Xa!u&a, que term!nou em .L. Ass!m "umpr!u6se um "!"o e%out!%o e "ome'ou outro tamb*m de do1e m! anos O re&ente desta 2ratern!dade * o Ma4a6Guru Ba&4a%an Nara!ana Depo!s dee %3m os tr!nta e no%e An)os 7anetár!os e que %!%em em Badar! ana, re&!(o montan4osa ao norte do H!maa!a e que ser%e de "entro para a poderosa at!%!dade dos Mestres 2!que! ou%!ndo em s!3n"!o +o&o m!n4a aten'(o 0o! atra$da por uma !ntensa um!nos!dade que se 0e1 d!ante do atar No%os sons ma%!osos %!braram no ar e ent(o por uma &rande nu%em um!nosa, sur&!ram os quarenta Mestres que re&em a 2ratern!dade Bran"a do Or!ente A pr!n"$p!o pare"!am seres et*reos, %est!dos "om ampas tn!"as bran"as que 0utua%am no ar, sem to"ar a terra 7ou"o a pou"o suas 0!&uras um!nosas 0oram se adensando at* que se tornaram mu!to rea!s m dees 0aouF 6 N?s, os seres "?sm!"os, os Eo4!ns, os Ar"an)os, %os "4amamos e %os estendemos nossas m(os, ? 4uman!dade so0redoraU De!a! a d!s"?rd!a da terra e torna!6%os nossos d!s"$puos, torna!6%os o "ana, a ta'a de "r!sta respande"ente de u1, por onde 0u!rá o nosso amor, nossa sabedor!a e nosso poder Er&o a m!n4a m(o d!re!ta e en%!o )atos de "4amas a1u!s a todos que pre"!sem de uma !nter%en'(o d!%!naU Nada res!ste a esta u1 "?sm!"a, nada pode subs!st!r que n(o se)a u1U !mos que de suas m(os d!á0anas emana%am &randes u1es a1u!s 2!"amos "on0usos Estar$amos mesmo %endo tudo aqu!o, ou a"aso *ramos %$t!mas de uma su&est(o 4!pn?t!"a N(o t!%e tempo para ra"!o"!nar, po!s o&o, a"!ma do atar, %!mos 0ormar6se um &rande so um!noso, "omo se re0et!sse a u1 de m!4ares de n?s s?!seDeste sa$ram numa sete ra!os dourados se !rrad!aram sobre todos o&o seso0und!ram br!4ante 0ormaque !mpre"!sa 6 O4aU É o Buda Ma!trea que %em aben'oar a 4uman!dadeU 6 murmurou o ra)á Dor&e tr3muo de emo'(o Eu ma pod!a a"red!tar nos meus pr?pr!os o4os E todos "antaramF 6 Tudo está pronto em, ? MestreU emU Era o momento eato do pen!n!o 7ou"o a pou"o a apar!'(o 0o! se de0!n!ndo, at* que %!mos a 0!&ura do Buda Ma!trea, o Buda do 0uturo Todos se a)oe4aram e !n"!naram a "abe'a, o&o er&ueram o busto e "om as m(os estend!das para a d!%!na apar!'(o, "antaram !mporando sua b3n'(o O Ser E"eso que 0utua%a a"!ma do atar sentado, "om as pernas "ru1adas na postura do ?tus, %est!do "om apare"!a uma tn!"a amareo6dourada A m(o d!re!ta aponta%a para o "*u e a esquerda para a terra Seu beo rosto, "or de mar0!m, re0et!a uma bee1a etraterrena e uma &rande seren!dade Os o4os eram !ntensamente a1u!s, de um !ndo a1u6%!oeta, os "abeos es"uros !sos e br!4antes "a!ndo64e sobre os ombros
Term!nados os "Jnt!"os, o Ser E"eso pe&ou a t!&ea dourada que esta%a sobre o atar e, durante um momento, er&ueu6a a"!ma de sua pr?pr!a "abe'a Ao repor a t!&ea sobre o atar ee sorr!a bondosamente Sb!to, uma "4u%a de p*taas de 0ores "a!u sobre todos n?s e um per0ume mara%!4oso espa4ou6se peo ar +o&o, a apar!'(o de Buda esbo'ou um &esto de b3n'(o e aos pou"os 0o! desapare"endo at* sum!r "ompetamente O po%o "antou a sauda'(o do r!tuaF Har!U OmU TatU SatU -Sen4or Tu *s Aqu!oU Inepressá%e n!dadeU/ [ med!da que o Buda Ma!trea 6 a representa'(o má!ma da 0or'a "r$st!"a 6 desapare"!a, 0oram desapare"endo tamb*m as 0ormas mater!a!1adas dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente A uma ordem dos as"etas que re&!am a "er!m=n!a, 0ormamos uma 0!a e "ada um de n?s bebeu um pou"o da á&ua que esta%a na t!&ea de ouro, "ontendo as %!bra'>es do Buda Ma!trea Depo!s todos se saudaram, un!ndo as pamas das m(os sobre a testa, num s!n"ero #namast3# e "ada um 0o! se ret!rando 7or a&um tempo 0!que! !m?%e, per&untando a m!m mesma se tudo o que %!ra n(o 0a1!a parte de uma %!s(o 0antást!"a ou de um son4o At* 4o)e n(o posso ep!"ar as desen"ontradas emo'>es que sent! durante o santo 2est!%a de ^esaX aos p*s dos H!maa!s Ho)e, ao tentar re"onst!tu!r este tesouro de embran'as que &uardo na m!n4a ama, rep!to para m!m mesma o %e4o pro%*rb!o "4!n3s do #S4an Ha! !n ou +!%ro das Terras e MaresF #As "o!sas que o 4omem "on4e"e %erdade!ramente, n(o podem ser "omparadas em nmero "om as que 4e s(o des"on4e"!das# Ao re"ordar as %!s>es do 2est!%a de ^esaX, s!nto6me a!nda @ mer"3 de uma 0or'a !mpenetrá%e e m!ster!osa que 0a1 "om que eu pare de ser eu mesma, para me trans0ormar no "ana d!0usor dos sub!mes ens!namentos dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Zue ees nos aben'oem e nos a)udem a "umpr!r nossa m!ss(o sobre a terraU
'O-S O "ormo#o Lago do# L.t$# %ranco# Ap?s tr3s semanas em Gan&toX, "onse&u!mos a amb!"!onada autor!1a'(o de trJns!to do Go%erno t!betano De!amos ent(o, o paá"!o do ra)á Dor&e e part!mos em d!re'(o da 0oresta de Nat4u6+4a Esta pr!me!ra etapa, rumo ao T!bete des"on4e"!do, 0o! a ma!s d!0$"! de ser or&an!1ada As "ar&as de%!am ser "u!dadosamente a)ustadas @s "ostas dos an!ma!s, e Tsaron& 6 o se"retár!o do e ra)á !ns!st!u e%ássemos bastante a&asa4os, part!"uar mant!mentos "4á 6A0!na, tudopara 0!"ou que pronto O ra)á e suas tr3s esposas, sempre amá%e!s e 4osp!tae!ros, a"enaram6nos um adeus dese)ando boa %!a&em Generosamente, nosso an0!tr!(o en%!ou6nos duas pessoas para a"ompan4ar6nos na on&a %!a&em Tser!n& 4an, uma )o%em "o1!n4e!ra t!betana que ans!a%a re%er sua terra e o +ama Daa a1!, que
as"etas Isto se repete at* o aman4e"er, ent(o, aquee que se"ou ma!or nmero de %e1es os en'?!s, durante a pro%a, obt*m o pr!me!ro u&ar 6 Zuando param de prat!"ar esta o&a do 0o&o, %otam a sent!r 0r!o 6 per&unte! 6 S!m, "essando a "on"entra'(o e med!ta'(o pro0unda, aos pou"os os "orpos dees %otam a 0!"ar sens$%e!s Mas !sto s? a"onte"e "om os !n!"!antes, porque os mestres do "aor !nterno, )ama!s de!am de produ1!r #tumo# no seu "orpo Enroada nos meus pesados a&asa4os, estreme"! de adm!ra'(o por aquees as"etas t(o or!&!na!s, que ta%e1 passem a %!da toda med!tando nus, nas montan4as do T!bete Obser%amos que os amas !nstrutores n(o esta%am &ostando da nossa presen'a a! 6 De!emos os as"etas entre&ues @s suas prát!"as e "ont!nuemos a %!a&emU 6 0aou essantára 6 Zue ta !rmos %!s!tar o tempo dos dra&>es aados 6 Imposs$%e, sen4or 6 rep!"ou a1! 6 Zue penaU 6 e"ame! 6 Mas a a&uns qu!=metros daqu! en"ontra6se o Tempo da Cama 7ro0unda, d!r!&!do por mon)as bud!stas que "ostumam dar pousada aos %!a)antes 6 Ent(o, %amos at* áU VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6
A# Mon7a# do Templo 'a Calma Pro*$nda Ca%a&amos atra%*s da %asta re&!(o montan4osa, desab!tada, !neporada em sua ma!or parte, %arr!da peos %entos [ tard!n4a "4e&amos ao tempo 7are"!a uma 0or bran"a en"ra%ada num pen4as"o T!%emos "erta d!0!"udade em sub!r a serra es"aa%rada C4e&amos a0!na ao pát!o do moste!ro Entramos peo porta de made!ra es"up!da de dra&>es at* a"an'armos duas ar"adas, un!das no ato por um te4ado re"ur%o, re"oberto "om te4as de por"eana %erde, que pare"endo rebr!4a%amo "Jnt!"o "obertasdos demon&es ne%e 7a!ra%a no arNoum murmr!o de "Jnt!"os &re&or!anos umbra da porta pr!n"!pa, %!mos uma &rande quant!dade de saqu!n4os de seda "oor!da, "4e!os de er%as per0umadas Esta%am pendurados no teto, dentro de &randes ba>es, 0e!tos de pape de arro1 transparente E a1! ep!"ouF
panta or!&!na -./ De no!te as 0ores 0e"4am6se, mas ass!m que aman4e"e eas se entreabrem e pare"em rosas bran"as Ao me!o6d!a "ome'am a 0!"ar rosadas e durante a tarde 0!"am de um %erme4o prpura mu!to !ndo 7erten"em @ 0am$!a das #ma%á"eas# e soube que os t!betanos "onsa&ram6 na ao So Com um &esto &ra"!oso a no%!'a !n"!nou6se e "o4eu duas 0ores Entre&ou uma a Ma4!ma e outra a m!m 2!que! mu!to "ontente "om aquee presente !nesperado Er&u! a 0or e asp!re! seu per0ume Era mu!to sua%e, ado"!"ado, e%emente am!s"arado Apontando para uma outra 0or perto do a&o, a mon)a d!sseF 6 Aquea * a no!%a do deus Ma4aXaa Bre%e "eebraremos o "asamento do deus "om esta panta Seu nome * Mandrá&ora 6 Na m!n4a terra esta panta * a panta dos 0e!t!"e!ros 6 e"amou 7!erre Yu!en No su da 2ran'a, os "amponeses sabem por trad!'(o o terror que s? o nome desta panta desperta%a em seus antepassados 7ara ees a Mandrá&ora tem a&o do ser 4umano a quem * 0or'oso render "uto 6 +embro6me 6 0aou essantára 6 que a ma!or parte dos pro"essos da Inqu!s!'(o na Espan4a, tem "omo "ausa as man!pua'>es "om a Mandrá&ora Contudo, n(o "re!o que se)a uma panta ma*0!"a 6 7ara n?s, t!betanos, a Mandrá&ora n(o * ma*0!"a 6 0aou o +ama a1! 7or !sto todos os anos em 0!ns de setembro, "ostumamos "eebrar o "asamento da Mandrá&ora "om o deus Ma4aXaa Este deus or!undo da $nd!a representa uma 0orma de !%a, na sua 0un'(o de destru!r para reno%ar A&uns t!betanos !&norantes "ons!deram Ma4aXaa um esp$r!to dan!n4o 6 Como * o r!to deste "asamento 6 !nda&amos É um "ostume mu!to ant!&o no T!bete 7r!me!ro as mon)as tra'am um "$r"uo má&!"o em %ota de todo o )ard!m Estes "$r"uos s(o a 0!rme1a do r!tua, s(o ordens es"r!tas que de%em ser obede"!das por uma 0aan&e enorme de ent!dades esp!r!tua!s Depo!s "oo"am a Mandrá&ora no me!o doret!ra "$r"uo um +amado%!ndo de a&um tempo das redonde1as, doEnquanto es"r$n!o !sto a estátua deus Ma4aXaa, onde 0!"a tran"ado o ano todo O "asamento "ome'a quando o +ama e uma das no%!'as se&uram, por "!ma da panta e do deus, um r!"o ae de musse!na bordado a ouro O +ama re"!ta as ora'>es se"retas, enquanto que um &rupo de no%!'as espa4am pun4ados de arro1 "ru e &r(os de a'a0r(o sobre os no!%os, !sto *, a panta e a estátua do deus Term!nada a "er!m=n!a, o +ama &uarda o ae e a estátua * "oo"ada @ sombra de sua no!%a As mon)as "antam e dan'am "eebrando as %!rtudes de um e de outro 6 Zua * o s!&n!0!"ado desta un!(o 6 per&untamos 6 Este r!to possu! um pro0undo s!&n!0!"ado o"uto que n(o podemos re%ear Contudo, d!1em nossas trad!'>es que um deus átomo 6 dorme em7ensa "ada em pedra +o&o, despert a em "ada panta Mo%e6se em "ada an!ma "ada 4omem e ama em "ada an)o Da$ "on"u$mos que de%emos tratar "ada pedra "omo uma panta A "ada panta "omo um an!ma quer!do Cada an!ma "omo um ser 4umano e todo ser 4umano "omo deus, po!s nee %!%e a "ente4a d!%!na E SO E!s tudo o que posso d!1er
Cont!nuamos nosso &!ro peo Tempo da Cama 7ro0unda !mos mu!tas saas, pát!os e santuár!os e 0!"amos en"antados "om a !mpe1a e a ordem de tudo Naquea tarde, uma 0orte tempestade de ne%e !mped!u nossa part!da 2!"amos "ontentes por n(o ter que part!r Sent$amos pra1er em proon&ar nosso "ontato "om as mon)as 2o! bom termos 0!"ado, porque 0!"amos "on4e"endo mu!tas trad!'>es ant!&as do T!bete Entre eas desta"a6se a que se re0ere, ao 0abuoso re! Mequ!sedeX VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 No Yard!m BotJn!"o do R!o de Yane!ro 4á um eempar desta "ur!osa panta do H!maa!a
O Rei do M$ndo e o# Mi#terio#o# Reino# S$4terr8neo#9 Con%ersando "om a mon)a Doma, Super!ora do Tempo da Cama 7ro0unda, soubemos o se&u!nteF Consta que Mequ!sedeX * uma das ent!dades ma!s ee%adas na 4!erarqu!a dos panos esp!r!tua!s 2o! re! de Sa*m, sa"erdote do At$ss!mo, "ontemporJneo de Abra(o N(o te%e pa! nem m(e, 0o! auto"r!ado, nas"eu de s! mesmo, "omo uma das poderosas man!0esta'>es de Deus na terra Yuntamente "om outros Mestres As"ens!onados ee d!r!&e a e%ou'(o na terra e seus &randes mo%!mentos po$t!"os, art$st!"os e re!&!osos O t$tuo de Re! do Mundo s!&n!0!"a o +e&!sador 7r!mord!a !%e ee na "!dade subterrJnea de #7arades4a# ou "entro do mundo Os que %!%em a! s(o sempre )o%ens e sad!ossobre T3m um ad!antamento esp!r!tua n(o de%em ma!s reen"arnar a terra Num 0uturo remoto t(o ees&rande sa!r(o que de suas "!dades subterrJneas e apare"er(o para sa%ar a 4uman!dade Os re!nos subterrJneos 0!"am no !nter!or o"o da terra Os 7?os n(o e!stem Há aberturas nas etrem!dades Norte e Su No !nter!or en"ontram6se %astos "ont!nentes, o"eanos, montan4as e r!os E!ste uma %!da %e&eta e an!ma nestes mundos subterrJneos que s(o po%oados por uma ra'a des"on4e"!da dos 4ab!tantes da super0$"!e -./ Os "onstrutores destes re!nos subterrJneos, "omo a ma!or parte dos seus 4ab!tantes, perten"em a uma ra'a anted!u%!ana que po%oa%a os "ont!nentes da +emr!a e da AtJnt!da Zuando estes "ont!nentes 0oram en&o!dos por um terr$%e "ata"!smo, os sobre,%!%entes re0&!odenoseus se!o da terra,"eest!a!s penetrando atra%*s das aberturas pro"uraram poares a bordo "arros ou a$ #%!manas# oa%am a bordo destes en&en4os que ut!!1a%am uma 0orma de ener&!a obt!da d!retamente do ar "4amada #7rana# Desde ent(o mu!tos destes "arros "eestes t3m "!r"uado na atmos0era !nter!or da terra 7arades4! * tamb*m "4amada de A&4arta por mu!tos bud!stas Este !mp*r!o
Ees sorr!am @ nossa passa&em e pun4am a $n&ua de 0ora, num "ur!oso s!na de boas %!ndas En"ontramos a&uns amas, a "a%ao, a"ompan4ados por d!s"$puos Aos pou"os 0oram sur&!ndo "asas pequenas e &randes No me!o de pequenas "o!nas, os te4ados re"ur%os e dourados dos tempos br!4a%am "omo &otas de so As bon!tas "asas bran"as de Gan&tse esta%am "4e!as de &ente ae&re que %e!o para as )aneas e %arandas, %er uma "ara%ana de "omer"!antes "4!neses, que a"aba%a de "4e&ar C4e&amos a um %asto "ampo, onde %!mos mu!ta &ente reun!da em %ota de %ár!as tendas de "ouro m &rupo de mo'as dan'a%a ao som de uma esp*"!e de atabaque Suas tn!"as eram ae&res, em tons de %erde, %erme4o e a1u A sa!a era 0ran1!da e on&a A busa 0o0a de man&as ampas, "ompr!das, e sobre ea um a%enta de seda !strada de %ár!as "ores 7aramos perto das tendas e desmontamos m sen4or t!betano %e!o ao nosso en"ontro a1! ep!"ou64e sobre n?s Soubemos ent(o que "eebra%am a 0esta do "asamento de Ma!tre! u"4o& 6 0!4a do &o%ernador de S!XX!m 6 "om um "ap!t(o da &uarda pessoa do Daa! +ama A "er!m=n!a ser!a @ tard!n4a, antes do p=r do so e pod$amos ass!st!6a A&rade"emos e a1! d!sse que %otar$amos ma!s tarde 2omos para uma 4ospedar!a, "omemos, des"ansamos e %otamos ma!s tarde Compramos 0ores e 0omos ao paá"!o do Go%ernador de Gan&tse, onde a no!%a esta%a 4ospedada Entramos num pát!o, em 0orma de ar"o, embrando o est!o espan4o O pát!o esta%a "4e!o de &ente, era ampo e bem "u!dado +!ndas p!s"!nas, mar&eadas de 0ores, espa4a%am6se por bosques de bambu Num pequeno pa%!4(o ao su, os "on%!dados de!a%am os presentes De!amos a! nossa 4um!de o0erenda Sobre um &rande tabado 0orrado de a1u e semeado de amo0ad>es bordados, esta%am sentados o Go%ernador e atas autor!dades de Gan&tse Num outro tabadoque em o0!"!ar!am 0rente, tamb*m 0orrado Ao de ado a1u esta%am amasdodo C4ap*u Amareo, a "er!m=n!a dees, osos !rm(os no!%o Soubemos ent(o, que se&undo a e! t!betana, a no!%a desposar!a tamb*m os !rm(os do no!%o Ao todo eram "!n"o, )o%ens a!nda Entre ees um bon!to rapa1 de uns %!nte anos Esta%am %est!dos "om tn!"as de bro"ado dourado, ornadas de pees de ontra A no!%a ter!a um beo 4ar*m de mar!dosU Soubemos ent(o que o T!bete * um dos pou"os pa$ses do mundo onde 4á a po!andr!a o0!"!a Apesar da es"asse1 de 4omens !%res 6 po!s, entre "ada do!s rapa1es, um * mon&e 6 a mu4er pode "asar6se "om %ár!os 4omens ao mesmo tempo Basta que ten4a me!os para sustentá6os Numa 0am$!a n(oNo 4áT!bete %ar>es,o o"!me mar!do n . * obr!&ado a adotar o +á, sobrenome daonde mu4er * prat!"amente des"on4e"!do nun"a 4ou%e um "r!me pass!ona N(o "ostumam apurar quem * o pa! de uma "r!an'a, nas"!da numa 0am$!a onde 4á mu!tos mar!dos Geramente a "r!an'a "4ama de pa!, ao mar!do nmero ., e de t!os os outros A quest(o da %!r&!ndade tamb*m n(o * e!&!da As mo'as t!betanas t3m uma %!da seua
!%re Mas, 4á uma e! se%era que as pro$be de en&ra%!dar enquanto s(o sote!ras 7or !sto, os me!os ant!"on"ep"!ona!s natura!s s(o mu!to "on4e"!dos O d!%?r"!o * perm!t!do, mas * mu!to d!spend!oso Se um mar!do pede d!%?r"!o, tem que pa&ar uma quant!a propor"!ona ao nmero de anos que %!%eu "om a esposa Tomamos u&ar entre o po%o e 0!"amos @ espera da "er!m=n!a Em dado momento ou%!mos o soar de um &on&o E o&o apare"eu a no!%a Era uma bon!ta mo'a de uns de1o!to anos est!a a tn!"a nup"!a "4amada #C4uba# Consta%a de uma on&a sa!a 0ran1!da de bro"ado %erme4o bordada a ouro, uma busa rosa !ntenso e um a%enta de seda !strado de %erde e dourado Este a%enta * "4amado #pa&n&6den# A no!%a t!n4a on&os "abeos !sos e ne&ros, repart!dos ao me!o, reun!dos numa &rossa tran'a, que 4e "a!a a*m da "!ntura Na "abe'a um barrete de pee de raposa bran"a, en0e!tada "om um &rande bro"4e de esmeradas, turquesas e rub!s Todos apaud!ram quando ea andou em d!re'(o ao no!%o n . Ou%!mos uma ms!"a ae&re +o&o, um dos +amas des"eu do tabado e tra'ou no "4(o "om um p? bran"o, o %e4o embema bud!sta uma "ru1 suást!"a O no!%o er&ueu6se e sentou6se no "4(o em "!ma da "ru1 Yunto dee, o ama tra'ou "om o mesmo p? bran"o, uma &rande 0or de ?tus E a no!%a sentou6se sobre a 0or, "om as pernas "ru1adas @ moda or!enta T!rando do se!o um &rande en'o de &a1e %erme4a, ea amarrou6o em %ota da "abe'a do no!%o Ee sorr!u T!rou do bra'o uma ar&a puse!ra de ouro e entre&ou6a @ no!%a Ea er&ueu a puse!ra a"!ma da "abe'a e "ome'ou a "antar Era uma esp*"!e de ora'(o aos seres eementa!s que 4ab!tam na terra, no ar, na á&ua e no 0o&o -./ Depo!s 0e1 um )uramento de 0!de!dade aos mar!dos, dese)ando que seu pr!me!ro abra'o 0osse do"e "omo a "4e&ada do pr!me!ro d!a da pr!ma%era Em se&u!da 0e1 um apeo @ "orte dos an)os para que est!%essem presentes na "er!m=n!aF #An)os do amor, An)os da pa1, apeamos por %?sP An)os da bee1a, An)os da m!ser!"?rd!a, ossa per0e!'(o nos !berta An)os da "onsoa'(o do Ra!o Rosa, An)os da "ura %!nde todosP An)os da bondade e da bem6a%enturan'a, estamos prontos a ser%!rU An)os da sabedor!a, da ae&r!a e da %!t?r!a, Apeamos por %?sPe da maestr!a, An)os da %erdade %ossa per0e!'(o nos !berta An)os da "ompensa'(o do Ra!o Dourado, An)os da b3n'(o %!nde todosP An)os da pa1 e da per0e!'(o,
estamos prontos a ser%!rU An)os da eadade, An)os do poder, Apeamos por %?sP An)os da 0!rme1a, An)os da 0or'a da ontade D!%!na, o4U !berta!6nos Bem6amado protetor do Ra!o A1u, An)os do ser%!r %!nde todosP An)os da prote'(o, da un!dade, estamos prontos a ser%!rU An)os da !berdade An)os do amor, apeamos por %?sP An)os da m!ser!"?rd!a, do equ!$br!o, %ossa !berdade nos !berta An)os do Ra!o !oeta e do perd(o, %!nde todosP An)os da )ust!'a d!%!na, estamos prontos a ser%!rU An)os da %!da, An)os da as"ens(o, apeamos por %?sP An)os da C4ama erde, Ouro e Rub!, %ossa super!or!dade nos !berta An)os da pure1a do Ra!o Bran"o, An)os do "*u, %!nde todosP An)os da per0e!'(o d!%!na, estamos prontos a ser%!rU# Eu es"uta%a 0as"!nada aquee apeo aos an)os, que nos 0o! transm!t!do peo +ama a1! Zuando a no!%a se "aou, pare"!a to"ada por um 4ao sobrenatura 2o! a"esa uma &rande 0o&ue!ra que )á esta%a armada no pát!o Os +amas o0!"!antes )o&aram no "ru 0o&oDe pun4ados de er%as per0umadas, um pou"o de e!te, mante!&a e arro1 m(os dadas, a no!%a e os no!%os andaram em %ota do 0o&o "antando Depo!s, um dos +amas o0!"!antes, empun4ando um bast(o dourado ornado de 0!tas mut!"ores, to"ou64es o ato da "abe'a, a testa e o "ora'(o, pronun"!ando a b3n'(oF #Seados no poderoso amor, sabedor!a, poder e "onsoa'(o do Esp$r!to Santo, bem6amado MAHA CHOHAN, a&rade"emos a %?s e aos re!nos dos eementa!s e dos An)os, @s As"ens!onadas +e&!>es de +u1, a ass!st3n"!a que nos prestaram A)uda! "ada um de n?s a ser a 7resen'a Consoadora em a'(o, para toda %!da que "ontatemos "om nossos pensamentos, sent!mentos, paa%ras e at!tudes nosso 4um!de en%o%e! a %!da de nossa "!dade, doEpand! nosso pa$s e de todo oes0or'o mundo,e"om %ossotoda amor, at* que o mundo !nte!ro se)a 0e!1, per0e!to e !%re N?s os a&rade"emosU# Ou%!mos os a"ordes de uma sua%e ms!"a de 0auta e a "er!m=n!a term!nou Hou%e &r!tos e %!%as de todos E a uma ordem do Go%ernador "ome'ou a
7o&onum 7ers!"ar!a para "urar "eras e 0er!das Menta 7oe&!um, para a amenorr*!a uter!na Bo""om!a Cordata, para p!"adas de !nsetos +!!um T!&r!num, para as dores o%ar!anas 7o&onu, B!storta "ura d!senter!a Todas estas pantas podem ser en"ontradas no O"!dente "om 0a"!!dade Temos a!nda a ra!1 de &en&!bre, boa para o est=ma&o e o 0$&ado, usada em 0orma de "4á, ap?s as re0e!'>es Tamb*m o "4á de 0o4as de pesse&ue!ro e a "as"a do sa&ue!ro s(o mu!to boas para "urar as 4emorra&!as "omuns na menopausa E "omo re"onst!tu!nte &era temos a ra!1 de #G!nsen da Core!a, "ons!derada na ant!&a C4!na "omo a panta da !morta!dade 2o! usada por mu!tos !mperadores "4!neses "omo t=n!"o a0rod!s$a"o O G!nsen& ton!0!"a n(o s? os ?r&(os seua!s "omo o or&an!smo em &era Ao desped!rmo6nos o m*d!"o6ama !n0ormou que da! a do!s d!as, o tempo 0este)ar!a o nas"!mento de S!darta Gautama, o Buda e "on%!dou6nos para ass!st!r @ 0esta 2!"amos "ontentes "om ma!s aquea oportun!dade de obser%ar os "ostumes t!betanos VVVVVVVVVVVVVVVV 6 Soube do endere'o de um ad!%!n4o, que possu! um m!ster!oso !%ro má&!"o amos %!s!tá6o 4o)e Esta su&est(o %!n4a do Dr essantára, e 0o! o&o apro%ada por todos Era uma man4( es"ura, 0r!a e %entosa, mas sa$mos ass!m mesmo, "ur!osos e ae&res Depo!s de mu!to andar por um %ae deserto, "er"ado de serras abruptas, "4e&amos @ erm!da do ad!%!n4o Era toda de pedra bran"a, pequena e a"o4edora O ad!%!n4o esta%a sentado sobre uma este!ra de bambu atend!do por do!s d!s"$puos Era umtamb*m %e4o mu!to 0ormoso sa%a"a$a64e uma tan&a de a&od(opeas bran"o e umA manto de a&od(o bran"o, 0o&adamente "ostas "abe'a era raspada, nar!1 aqu!!no, en"!mado por um par de o4os, "astan4os e a"erados "omo os de uma serpente Seu rosto t!n4a uma "ur!osa epress(o de sabedor!a e autodom$n!o O ama a1! ep!"ou64e o mot!%o da nossa %!s!ta Ee sorr!u e mandou que sentássemos no "4(o, perto dee m dos d!s"$puos troue64e um !%ro en%oto numa e"4arpe de seda amarea Era o 0amoso !%ro má&!"o sobre o qua essantára ou%!ra 0aar O !%ro, ret!rada a e"4arpe, t!n4a um outro en%ot?r!o de !n4o bran"o 7are"!a um manus"r!to s!mpes, "omo mu!tos dos que )á t$n4amos %!sto no T!bete As 0o4as de per&am!n4o e neas"om %!am6se &ra%ados estran4 os apa&adas "ara"teres 7are"!aeram um !%ro %e4o, amareado, as etras douradas me!o peos anos e o "onstante manuse!o O an"!(o "oo"ou o !%ro no "oo do Dr essantára D!sse64e que pe&asse no "ord(o de seda %erme4a do re&!stro e o passasse ao a"aso entre duas 0o4as, abr!ndo6as o&o naquee u&ar Ee ass!m 0e1 Ent(o, o ad!%!n4o "ome'ou a er o que esta%a mar"ado E 0aouF
6 Zuando meu 4onorá%e 4?spede nas"eu, a +ua esta%a em "on)un'(o "om Mer"r!o no s!&no do B0ao, mas o so do seu nas"!mento esta%a "oo"ado no ano do Ca%ao E se&u!ram6se deta4es sobre a !n0Jn"!a e a mo"!dade de esssantára Seus estudos m*d!"os num pa$s d!stante da sua terra nata, seu "asamento "om Ma4!ma e mu!tas outras pre%!s>es que resutaram ser "ertas Com!&o, "om Ma4!ma e "om 7!erre as ad!%!n4a'>es tamb*m 0oram "orretas E por on&o tempo o ad!%!n4o 0aou sobre nossos dest!nos Re%eou nomes de parentes e am!&os que esta%am no Bras!, pre%!u d!%ersos 0atos !nteressantes para todos n?s e term!nou d!1endoF 6 Esque"e os erros do passadoU O remorso * uma 0orma de presun'(o 7or ma!s on&e que possamos bus"ar na no!te das !dades, * !mposs$%e des"obr!r a or!&em de um so0r!mento que n(o ten4a "ausa Esque"e6te do E e s3 um !nstrumento que seme!a a 7a1, a Sabedor!a e o Amor 2!que! perpea "om estas paa%ras que nos 0oram tradu1!das por a1! A0!na o ad!%!n4o "aou6se 2e"4ou os o4os e pare"eu a4e!o a tudo Empa!de"eu de repente e seu "orpo 0!"ou r$&!do Dr essantára qu!s to"ar nee, mas o&o um dos d!s"$puos 0aouF 6 N(o o toque, sen4orU O %enerá%e Mestre está a&ora em transe pro0undo Se o !nterrompermos podemos "ausar64e a&um ma Con%*m que se ret!rem, a "onsuta term!nouU +e%antamo6nos e sa$mos 7!erre qu!s de!ar a&um d!n4e!ro, mas os d!s"$puos re"usaramF 6 7or 0a%or d3 este d!n4e!ro aos pobresU E ass!m de!amos o m!ster!oso ad!%!n4o t!betano, entre&ue @s suas med!ta'>es, %otamos @ "!dade surpresos e en"antados "om seus poderes ad!%!n4at?r!os No d!a se&u!nte nos preparamos para ass!st!r @ 0esta do nas"!mento de Buda, no)áTempo de um Bumem Entarde"!a ser%!'o re!&!oso "ome'ara no pát!o, 0rente aoquando pa%!4(o"4e&amos "entra O m ar esta%a pesado de !n"enso S!nos bat!am ae&remente Soaram tamb*m as on&as trombetas t!betanas ma "ompa"ta mut!d(o reun!a6se a! No "4(o, %!mos tra'ados os !nd!spensá%e!s "$r"uos má&!"os, desen4ados "apr!"4osamente "om p?s "oor!dos A ms!"a re!&!osa prosse&u!a enta e mon?tona Se&u!u6 se um r!to no qua o abade de um Bum que!mou um bone"o de "era "om 0!&ura 4umana Consta que neste bone"o os amas "on"entram os pe"ados da 4uman!dade e que!mando6o !mpam a aura de todos m tambor "ome'ou a soar r!tm!"amente Troueram uma estátua de bron1e representando um deus ama$sta de quatro "abe'as e o!to bra'os 6respondeuF 7or que tantas "abe'as e tantos bra'os 6 per&unte! ao ama a1! E ee 6 Estas quatro "aras o4am para os quatro pontos "ard!a!s, por*m todas perten"em a um s? "orpo do deus Como a"red!tamos que ee * on!presente, seus quatro rostos est(o %otados para as quatro d!re'>es Seus o!to bra'os re%eam sua on!pot3n"!a e seu "orpo nos epressa que * no, embora se
en"ontre em todos os u&ares, sem que nada possa es"apar a seus o4os, que tudo %eem, nem @s suas m(os )ust!"e!ras Nosso d!áo&o 0o! !nterromp!do por um &rupo de amas que "ome'aram a dan'ar em %ota da estátua do deus Eram "er"a de du1entos A dan'a era !&e!ra e 0as"!nante Ees sata%am e &r!ta%am, ao som dos tambores e das trombetas De repente "essaram a dan'a O &rupo se des0e1 No "entro do pát!o 0!"aram apenas sete amas Eram atos e !mponentes nas suas on&as tn!"as "or de aran)a m toque ma!s "aden"!ado dos tambores ad%ert!u que $amos ass!st!r a um r!to !mportante Obser%amos em s!3n"!o os amas dan'arem "om mo%!mentos entos e 4armon!osos 2!"aram ass!m a&uns m!nutos De repente deu6se um "ur!oso 0en=meno !mos 0ormar6se perto dos amas uma nu%em "!n1enta A nu%em 0o! se "ondensando aos pou"os, at* 0ormar a 0!&ura austera de um %e4o es&u!o e ereto Se&u!ram6se pamas dos ass!stentes as qua!s pare"!am a"amar a 0!&ura mater!a!1ada Ou%!mos ent(o a sauda'(o unJn!meF AumU AumU Era o som sa&rado pronun"!ado de um modo espe"!a Corresponde aos deuses e ao tr!Jn&uo super!or da Ko&a Consta que desperta as 0or'as !n%!s$%e!s do Cosmos Se!s mater!a!1a'>es su"ederam6se @ pr!me!ra em "urto espa'o de tempo essantára 0!mou o &rande espetá"uo Está%amos "on0usos Estar$amos mesmo %endo a mater!a!1a'(o de esp$r!tos, ou sendo %$t!mas de uma au"!na'(o "oet!%a A&um tempo depo!s "onstatamos a %era"!dade do 0ato O 0!me reprodu1!u eatamente o 0en=meno das mater!a!1a'>es Soubemos que estes estran4os seres 0u$d!"os, 0ormados peo e"topasma dos presentes, n(o eram esp$r!tos de &ente morta, mas s!m seres en"antados da Nature1a, os eementa!s que %!%em nos quatro eementosF terra, á&ua, 0o&o e ar S(o "4amados d!%!ndades #K!dans# tutearespeos t!betanos, que os "ons!deram uma esp*"!e de Os tambores to"aram "om ma!s 0or'a, @ med!da que !am se mater!a!1ando os #K!dans# !mos &!&antes, &nomos, !ndas mu4eres pequen!nas de as!n4as transparentes, de!"adas "ounetas de 0o&o, de onde sa$am saamandras, duendes e ond!nas Nossa emo'(o era tanta que ma pod$amos resp!rar O 0!me de essantára pro%ou6nos que n(o t$n4amos s!do 4!pnot!1ados Sem du%!da, nada * ma!s 0antást!"o do que a pr?pr!a rea!dade A "er!m=n!a term!nou quando os amas troueram a estátua de S!darta Gautama, a!nda men!no Esta%a sob um andor 0or!do e 0o! "oo"ado no me!o do uma"o4er ba"!a de de "abo bron1e, suspensa num pedesta, onde 4a%!a "4ápát!o, do"e)unto Comauma "ompr!do, tamb*m de bron1e, os amas ban4aram a "abe'a da estátua, murmurando en!&mát!"as ora'>es 6 7or que 0a1em !sto 6 !nda&amos 6 D!1 a enda 6 respondeu a1! 6 que ban4ando a "abe'a do Buda men!no "om "4á do"e, nossa %!da tamb*m 0!"a do"e
A estátua era 0ormosa e de!"ada T!n4a as tr!nta e duas mar"as sa&radas que d!st!n&uem os Budas Entre estas desta"am6se as on&as ore4as, que es"utam sempre as ms!"as "eest!a!s a 0or de ?tus nas pamas das m(os e a "ru1 suást!"a, o ant!&o s$mboo bud!sta, nas pantas dos p*s D!1em que todo Daa! +ama tamb*m nas"e "om estas mar"as nas m(os e nos p*s 2ormou6se uma 0!a e "ada pessoa !n"!na%a6se d!ante da estátua e depo!s, pe&ando na "o4er de "abo "ompr!do en"4!a6a de "4á do"e e "om ee ban4a%a a "abe'a do Buda men!no, 0a1endo seus ped!dos Eram duas 4oras da madru&ada quando term!nou a 0esta Sa$mos do tempo ao som de um &rande b1!o, que um men!no sopra%a entamente A&umas man"4e!as de "e%ada, an'adas "om um &ra"!oso sorr!so e a"ompan4adas peo "anto !tr&!"o de #tas4! s4o&U# -que 4a)a prosper!dade/ ressoa%am nos nossos ou%!dos "om um som do"e e nostá&!"o
A Morte de $m Lama do C/ap+$ Amarelo 6 Se&u!mos 4o)e para Tas4!4umpo Sua ba&a&em )á está pronta 6 !nda&ou o ama a1! 6 2ata apenas 0e"4ar as maas 6 respond! N!sso, um 0orte dobrar de s!nos me assustou 6 e um obo* !n!"!ou uma meod!a mean"?!"a 6 Zue será !sto 6 !nda&ue! surpresa Apro!mamo6nos da )anea e o4amos a rua Ha%!a um "erto burbur!n4o entre o po%o 6 A&u*m morreuU 6 0aou a1! 6 ou sa!r e saber quem 0o! Moment os depo!s %otou d!1endoF 6 O +ama S!t4ar morreu de repenteU 6 Zuem * ee 6 m Budas !%os de Gan&ts* Zuedos penaU 6 e"ame! num !mpuso 6 N(o amente, pequen!na !rm( Sabemos que a morte * pura !us(o A %!da "ont!nua em outros panos, po!s a ama * !morta 6 S!m, * %erdade 6 "on"orde!, en%er&on4ada por ter esque"!do Nun"a de%emos amentar os que partem para a*m da %!da 6 E a*m do so0r!mento 6 "ompetou a1! 6 Gostar!a de ass!st!r ao enterro deste ama 6 Aqu! no T!bete 6 d!sse a1! 6 n(o enterramos n!n&u*m ta "omo * "ostume no o"!dente Como temos mu!ta made!ra, que!mamos os "adá%eres Somente nas re&!>es do "entro e do Norte, onde o n!"o "ombust$%e * o ester"o do &ado, que o po%o abandona os mortos aos "or%os, em u&ares dest!nados a !sso* Zuanto aos &randes amas, em &era s(o embasamados por um pro"esso dupoF sa &rosso e "o1!mento em mante!&a de !aque Estas mm!as "4amam6se #mardon Geramente s(o en"erradas numa &rande "a!a de prata, ornada de pedras pre"!osas e &uardadas nas "a%ernas dos tempos, ou em a&um u&ar se&uro As 0a"es s(o p!ntadas de dourado e o
"orpo en%oto em to&as de &aa Nestas "a!as 4á um %!sor de "r!sta, "oo"ado na atura da "abe'a do morto E ass!m, em a&uns d!as espe"!a!s, o po%o pode %er estas mm!as sa&radas Soubemos ent(o que &eramente quando o mor!bundo sota o t!mo susp!ro, os parentes %estem6no "om roupas ao "ontrár!o, !sto *, a parte da 0rente do tra)e, %est!da para trásP o&o amarram o "orpo na pos!'(o do Buda, "om as pernas "ru1adas, ou ent(o "om os )oe4os dobrados, to"ando o pe!to Depo!s, "oo"am o "orpo num &rande "ade!r(o Ma!s tarde ret!ram o "orpo E aquee mesmo "ade!r(o * a%ado sem &randes "u!dados e nee preparam "4á ou uma sopa que * d!str!bu$da aos que ass!stem ao 0unera Soubemos a!nda que o enterro de uma pessoa "omum demora mu!tos d!as Cer"a de sete ou o!to Enquanto !sto, os amas s(o "4amados para re1ar e a"onse4ar o morto a que n(o se s!nta aturd!do no outro mundo Nesta o"as!(o s(o !dos tre"4os de um !%ro t!betano !nt!tuado #Tse 4das ! rman"4es t4o& &ranG#, !sto *, #Gu!a do Esp$r!to no A*m#F 6 # es"ute6me o"3 está morto, este)a "erto d!ssoU N(o tem ma!s nada a 0a1er aqu! A!mente6se bem pea t!ma %e1 o"3 tem uma on&a estrada a per"orrer e d!%ersas montan4as para "ru1ar Adqu!ra 0or'as e n(o %ote aqu! nun"a ma!s# As 0am$!as t!betanas que t3m me!os para pa&ar os amas o0!"!antes, repetem d!ar!amente os r!tos 0nebres, durante se!s semanas Depo!s d!sto, * 0e!ta uma !ma&em de pape "om uma e%e modura de %aras, onde s(o penduradas as roupas e perten"es do morto A&umas %e1es o retrato do morto * a! pre&ado Com mu!ta 0requ3n"!a usam uma 0o4a de pape )á pronta, 0orne"!da por um moste!ro Estas 0o4as de pape s(o de do!s modeosF uma "om a p!ntura de um 4omem e a outra "om a de uma mu4er O nome do morto * es"r!to sob a 0!&ura desen4ada ou p!ntada 2!namente o ama o0!"!ante que!ma a 0o4a de pape "om a e0$&!e da pessoa morta As roupas que %est!ram a e0$&!e s(o dadas ao ama, "omo parte dos 4onorár!os Depo!s desta !n"!nera'(o s!mb?!"a os a'os que a!nda !&a%am o morto a este mundo s(o "ons!derados des0e!tos Zuando os parentes "ome'am a son4ar mu!to "om o morto, pensam que ee está so0rendo e pre"!sa de au$!o Re"orrem ent(o aos amas ad!%!n4os Outros pre0erem as prát!"as esp$r!tas da ant!&a re!&!(o do pa$s, a se!ta dos #Bon pas# Ass!m "onsutam um m*d!um #pao# que empresta seu "orpo ao morto e 0aa por ee As sess>es esp$r!tas no T!bete s(o mu!to d!0erentes das que se 0a1em no o"!dente Geramente s(o 0e!tas durante o d!a e ao ar !%re Come'am esp*"!e de #ponto# a"ompan4ado tambor e uma s!neta"antando Depo!s ouma m*d!um "ome'a a dan'ar entamentepor Emum se&u!da, "om passo ma!s ráp!do, ee "ome'a a &!rar depressa, a tremer "on%usamente Isto re%ea que o esp$r!to )á tomou "onta do "orpo Ent(o, 0!"a 0ren*t!"o e "anta "om %o1 entre"ortada D!1 ent(o o que o esp$r!to dese)a É mu!to d!0$"! "ompreender as paa%ras dos #paos# 7ara !nterpretá6as s(o
es"o4!dos os 4omens ma!s !nte!&entes do u&ar Durante a sess(o a"onte"e que d!0erentes esp$r!tos se apoderam, su"ess!%amente do m*d!um, @s %e1es o #pao#, !mpe!do por a&um esp$r!to, at!ra6se sobre um dos presentes e o "obre de pan"adas N!n&u*m o0ere"e res!st3n"!a a esta surra !nesperada O po%o !&norante !ma&!na que ea "on"orre para !%rá6os de 0uturos maes Nos r!tua!s #Bon pas# os esp$r!tos pedem o sa"r!0$"!o de um por"o ou de uma %a"a, para serem !bertados no astra !n0er!orF A 0am$!a 0a1 tudo o que ee pede E quando term!na a "er!m=n!a 0!"a a!%!ada, "rendo que a)udou mu!to ao parente desen"arnado Zuando se "on0!a a um ama o "u!dado de !bertar o esp$r!to, n(o 4á nen4um sa"r!0$"!o, po!s o bud!smo ama$sta pro$be o sa"r!0$"!o de an!ma!s Os amas !m!tam6se a re1ar e a que!mar sua e0$&!e p!ntada no pape, "on0orme des"re%emos ma!s a"!ma
Rito# de $m Enterro no Pa=# da# Nee# Durante todo o d!a ou%!mos os "Jnt!"os &ubres, po!s toda a "!dade de Gan&ts* "4ora%a a morte de seu Buda %!%o No d!a se&u!nte, na ter"e!ra 4ora da tarde 0omos ao moste!ro onde %!%era o ama m r!to se"reto !a ser "umpr!do ár!os amas de outros moste!ros %!s!ta%am o morto No parque do moste!ro da +u1 D!%!na esta%a o "orpo do de0unto ama, )á "u!dadosamente "o1!do em sa &rosso e mante!&a O de0unto usa%a apenas uma tan&a de a&od(o amareo, e o "orpo esta%a amarrado "om as pernas "ru1adas, na postura de Buda Em %ota do de0unto, %ár!os amas re"!ta%am suas pre"es Seu rosto esta%a "amo e sereno 7are"!a estar dorm!ndo Antes de morrer o +ama S!t4ar t!n4a !nd!"ado o "orpo onde sua ama !r!a 4ab!tar Trata%a6se de um men!no de o!to anosa%ada 0!4o dee uma 0am$!a pobre de Gan&ts* "r!an'a esta%a a! de%!damente "u!dada peos amas Seu rosto Am!do, de)á o4os amendoados, re0ete medo Os &on&os "ome'aram a soar 0orte, a"ompan4ados por s!nos e tambores O men!no te%e uma esp*"!e de estreme"!mento Os amas troueram6no para )unto do "adá%er De um brase!ro de prata sub!a a 0uma'a do sJndao e do !n"enso ma pro"!ss(o de amas a%an'a entamente, em d!re'(o ao esqu!0e Cu!dadosamente ees desamarraram os bra'os do morto Em se&u!da, "oo"aram o men!no sentado sobre os )oe4os do 0ae"!do, e tornaram a amarrar os bra'os m %*u de &a1e bran"a "obr!u os do!s Brus"amente "essaram os tambores, s!nos pronun"!a e &on&os paa%ras r!tua$st!"as Em se&u!da, A %o1 &ra%e de um ama "u!dadosamente desamarram no%amente os bra'os do morto Sb!to, um &r!to a&udo 0ere o ar Os amas "orrem para )unto do morto Ent(o, o men!no 0!"a em p*, sobre, os )oe4os do morto E "ome'a a 0aar "om %o1 de 4omem Numa at!tude de absouta autor!dade ee d!1F
6 Sou eu, o +ama S!t4arU Des"! de onde est!%e repousando e %!m 4ab!tar no%amente entre %?s Meus amados d!s"$puos, neste no%o "orpo "ont!nuare! m!n4a m!ss(o na terra at* term!ná6a A epress(o !n0ant! do rosto do men!no t!n4a desapare"!do Em %e1 dea %!mos uma ener&!a esp!r!tua em seu rosto, e uma pro0unda sabedor!a sa!ndo de sua bo"a, numa %o1 de 4omem Os amas "oo"aram d!ante dee %ár!as ta'as de "4á, m!sturando6as, !nten"!onamente "om os ob)etos que t!n4am perten"!do ao ama S!t4ar !mos que o men!no, ao ser so!"!tado peo abade, es"o4eu rap!damente os ob)etos sa&rados, d!1endoF 6 Esta * a m!n4a ta'aU Este * o meu "4ap*u e aquee * o meu pun4a má&!"oU Todos se !n"!naram sat!s0e!tos e 4omena&earam o no%o Buda !%o O men!no aben'oou a todos e d!sseF 6 7ossu!r a sabedor!a que des"obre em tudo os eementos de que as "o!sas s(o "ompostas, ass!m * o !n0!n!to possu!r a sabedor!a que d!ss!pa a !us(o da rea!dade durá%e das 0ormas e da persona!dade * !nd!spensá%e para que se)am e0!"a1es @ "ompa!(o Se! que em m!n4as %!das anter!ores possu$ mu!tos dons, mas n(o os use! totamente Esta sabedor!a eu n(o posso ens!ná6a E e!s o que reso%! 0a1er ou en"errar6me na m!n4a "ea durante tr3s anos, tr3s meses e tr3s d!as Se durante este per$odo "onqu!star a sabedor!a que dese)o, %otare! para dá6a @quees que est(o preparados Caso n(o "ons!&a a m!n4a meta, "ont!nuare! re"uso por tempo !nde0!n!do É para obter este "on4e"!mento da sabedor!a un!%ersa que %ote!U A a&!ta'(o entre os presentes era etrema, Todos quer!am %enerar o Mestre que %otara do a*m, Mas de repente o men!no desma!ou Os amas "orreram e de!taram6no sobre amo0ad>es de seda 7ou"o a pou"o ee %otou a s! e o4ou "om espanto para os que o rodea%am, 6 Sente6se me4or, 7re"!oso +ama N(o se! quem sou pare"e que adorme"! e t!%e um son4o 6 É pre"!so des"ansar, sen4orU 6 0aou o abade A"4a que pode andar Se !sto o 0ad!&a poderemos e%á6o no "oo 6 Estou bem um pou"o 0ra"o, mas posso andar E o men!no e%antou6se, e sa!u a"ompan4ado peo abade Antes de sa!r do parque, %otou6se e o4ou o "orpo do Buda !%o Em se&u!da ret!rou6se para o !nter!or do Moste!ro da +u1 D!%!na Os s!nos e os tambores re"ome'aram a to"ar E todos pare"!am ae&res e "ontentes O "adá%er 0o! a"omodado dentro do esqu!0e de prata e "arre&ado para uma saa subterrJnea do moste!ro Depo!s todos se ret!raram sorr!ndo 0e!1es porque seu Buda t!n4a %otado A"4e! tudo !stoo mu!to estran4o e n(o entend! o seu s!&n!0!"ado o"uto Mas a1! 0aou que estas transm!&ra'>es de amas s(o mu!to "omuns no T!bete Es"o4em uma pessoa que ten4a um Carma "urto, !sto * uma %!da "urta na terra m #ts!spa# ou astr?o&o e%anta o 4or?s"opo desta pessoa e des"obre "o!sas o"utas, !n"us!%e o d!a em que de%e morrer Ent(o, na *po"a "erta,
e%am o es"o4!do para )unto do Buda que %a! ressus"!tar e ee tro"a a sua ama "om a ama da pessoa Aquee que "edeu seu "orpo re"ebe o m*r!to de %!%er entre os 7uros de Esp$r!to
C-NCO Milarepa; Ermit:o; "eiticeiro e Poeta Nossa "ara%ana serpente!a por um estre!to "am!n4o, ao ado de um ab!smo pro0undo +o&o depo!s en"ontramos um bando de !aques se&u!dos por um "ampon3s Grandes e pesados, "om seus "4!0res &rossos e arqueados, os !aques andam entamente Os on&os peos "!n1entos e su)os pendem dos seus 0an"os, 0ormando um pesado manto que os prote&e do 0r!o Se&u!mos rumo a Tas4!4umpo, em nossa rota para a"an'ar +4assa, a "ap!ta do T!bete 7assamos por um u&are)o "4amado +aps"4e, onde 4á uma pequena #r!tod# ou erm!da de pedra bran"a, "entro de %enera'(o dos t!betanos Consta que á %!%eu o 0amoso santo t!betano M!arepa ou M!arespa, d!s"$puo do Guru Marpa que, por sua %e1 0o! d!s"$puo do &rande Mestre T!opa Há s*"uos a sombra destes tr3s as"etas pa!ra sobre o T!bete Os %ersos de M!arepa tamb*m "4amado M!arespa por usar a tan&a de a&od(o #respa#, a!nda 4o)e est(o na bo"a do po%o Sua %!da endár!a * das ma!s !nteressantes M!arepa 0o! uma das 0!&uras ma!s etraord!nár!as do T!bete 2e!t!"e!ro, erm!t(o, poeta, pro0eta, 0!?so0o e "r!m!noso, ama tumutuada, sempre an&ust!ado entre o bem e o ma A %!da de M!arepa nos * "ontada por seu d!s"$puo Re"4un&m num !%ro -./ que ap?s mu!tos s*"uos, n(o "essa de emo"!onar os t!betanos M!arepa ou M!arespa nas"eu numa 0am$!a abastada no ano de .
!nstrutor, erm!t(o, 0e!t!"e!ro e poeta Suas poes!as est(o reun!das no !%ro #As Centenas de M!4ares de Can'>es# Deste !%ro * o se&u!nte poemaF 7átr!a, "asa, "ampos paternos perten"em a um mundo sem rea!dade Zuem qu!ser que os %enere Eu, M!a, o erm!t(o %ou em bus"a da &rande !berta'(o esp!r!tuaU Conta6se que um d!a, quando M!a sa!u de sua &ruta em bus"a de um u&ar a!nda ma!s so!tár!o para med!tar, o pot!"4e de barro onde ee "o1!n4a%a urt!&as, "a!u e part!u6se em m! peda'os Ent(o, M!a sorr!u e "omp=s um poemaF Há pou"o eu t!n4a meu pot!"4e de barro, a&ora )á n(o o ten4o Consoo6me pensando na e! da !mperman3n"!a das "o!sas e das "r!aturas 7or !sso, "ont!nuare! med!tando so1!n4o O pot!"4e de barro que era meu n!"o tesouro, quando quebrou6se se trans0ormou num Mestre para m!m Esta !'(o da 0ata !mperman3n"!a das "o!sas, * uma &rande mara%!4aU 7re"!samente quando M!a "anta%a este poema, do!s "a'adores "4e&aram ao seu ret!ro 2!"aram surpresos ao %erem um ser 4umano naquee estado de !nan!'(o E per&untaram 6 De onde *s, erm!t(o E M!a respondeuF 6 Aos %ossos o4os pare'o um ser !mundo e m!será%e, mas sa!bam que n!n&u*m na terraum * ma!s do que euU E sa!u "antando outro0e!1 poemaF # e o "or"e que * a m!n4a ama, %oa "omo o %ento# E ass!m de montan4a em montan4a, de &ruta em &ruta, M!arepa en%e4e"eu 0e!1 Sua morte 0o! mu!to "ur!osa D!1em que um 0amoso +ama, de nome Tsapua, o0ere"eu64e 4ospeda&em durante uma de suas andan'as Mas, !n%e)ando os &randes poderes má&!"os de M!arepa, mandou que sua "on"ub!na 0orne"esse ao erm!t(o uma "om!da en%enenada M!a aben'oou6a mesmo sabendo que ea era o !nstrumento do seu 0!m Antes de "omer, ee d!sse mansamenteF 6"om!da Honorá%e !rm(, tentare! !bertá6a dose Carma deste "r!me Sa!ba que esta en%enenada n(o me a0etar!a, eu n(o t!%esse term!nado m!n4a m!ss(o na terra Mas, tranqu!!1a6te, n!n&u*m saberá que 0u! en%enenado Ent(o, M!arepa mandou um de seus d!s"$puos em bus"a do po%o de T!n&r! e Naaban que nee t!n4am 0* Durante %ár!os d!as M!a pre&ou sua doutr!na de 7a1 e Amor E d!1 a trad!'(o, que de repente, todos %!ram estran4os
s!na!s no "*u Term!nado o serm(o, M!arepa aben'oou a todos e 0aouF 6 M!n4a %!da e m!n4a !n0u3n"!a em "on%erter os outros, "4e&ou ao seu 0!m A&ora, de%o en0rentar a "onsequ3n"!a de ter nas"!do E %otou para sua &ruta na re&!(o de C4ubar +á "4e&ando, entrou em med!ta'(o pro0unda e morreu Todos "ompreenderam que M!arepa t!n4a part!do para o n!"o mundo rea, que t(o "ompetamente o absor%era Tudo !sto %e!o6me @ embran'a ao "ontempar a pequena "asa de pedra bran"a de +ap"4e, que d!1em ter s!do "onstru$da por ee, obede"endo @s ordens de seu Guru Marpa Há uma outra "asa tamb*m "onstru$da por M!a durante sua !n!"!a'(o em +4obra&, ao su do T!bete 7ea estrada "am!n4a%am tr3s "amponeses "antaroando uma "an'(o 6 Est(o "antando os poemas de M!arepaU 6 e"amou a1! No 4or!1onte, quase utrapassando as nu%ens, a*m dos ma)estosos Montes Gur!n&, e"oa%a a "an'(o dos "amponeses VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Este !%ro 0o! tradu1!do para o !n&3s peo +ama Daa Sampubs e o 7ro0 Eans ^ents, pub!"ado pea O0ord 7ress
O Segredo do >+ti; O ?omem da# Nee# O4ando os Montes Gur!n&, o ama a1! 0aouF 6 A*m daquees montes * que d!1em que 4ab!ta o K*t!, o m!ster!oso 4omem das ne%es 6 Mas !sto n(o * uma enda 6 !nda&ue! 6 Ta%e1 mas d!1em nossas trad!'>es que o K*t! * uma rem!n!s"3n"!a do &!&antes"o 4omem das "a%ernas, na !dade da pedra Consta que s(o seres que podemestes %!%eru&ares em u&ares desertos a&umas e !n?sp!tos [s %e1es, os K*t!ss?de!am e s(o&eados, %!stos rondando ade!as, tentando raptar mu4eres E qu!'á por !sto, a!nda "ont!nua e!st!ndo a ra'a deste abom!ná%e 4omem das ne%es 7!erre Yu!en es"uta%a atentamente Como arque?o&o, t!n4a pesqu!sado a e!st3n"!a do K*t! e esta%a mu!to !nteressado sobre este assunto 6 O estudo "!ent$0!"o do 4omem, na 4!st?r!a da "!%!!1a'(o 6 d!sse ee 6 "a"ua em "er"a de ;<< m! anos nosso apare"!mento sobre a terra E %er!0!"a um 0ato natura, at* 4o)e sem uma ep!"a'(o sat!s0at?r!aF o sato brus"o e en!&mát!"o que 4á na teor!a da e%ou'(o de Dar!n, %erdade!ra a"una entre o ma"a"o super!or e o 4omem !n0er!or Se reamente e!ste, o K*t! de%e ser o m!ster!oso eo entre 6oe"amou 4omem o oma"a"o 6 S!m * poss$%eU Dr essantára O ama a1! en"arando 7!erre, retru"ouF 6 Aqu! no T!bete a"red!tamos que e!ste na Cr!a'(o, entre o 4omem e o ma"a"o, um ser des"on4e"!do Ee n(o en"arna nem reen"arna na terra, mas s!m em outros panos do !n0!n!to Esse ser *, ao mesmo tempo, o
duas mu4eres "ambaearem 7are"!am possu$das peos dem=n!os As ma!s estran4as "enas "ome'aram a a"onte"er 7un4a!s e %eas %oa%am so1!n4os peo ar Em %ota da estátua do bode "oo"aram uma esp*"!e de torta, redonda e "4ata "omo um p(o árabe Todos se entre&aram a uma dan'a desen0reada e o r!tua pare"eu term!nar A "usto "onse&u!mos nos !bertar da 0or'a o"uta que nos prendera naquee u&ar Sent!mos um ardor estran4o no rosto Dentro em pou"o 0!"amos empoados "omo se t!%*ssemos s!do mord!dos por m! abe4as N(o sab$amos a que atr!bu!r ta!s s!ntomas Sa$mos apressadamente daquee u&ar d!ab?!"o e a&um tempo depo!s, "4e&amos ao mer"ado De á 0omos d!reto para o aber&ue, onde nossos "ompan4e!ros nos espera%am apreens!%os Ap?s ou%!r o reato da nossa a%entura o ama a1! 0aouF 6 Os quer!dos !rm(os est!%eram perto da erm!da do 0e!t!"e!ro Traun&, que %!%e nesta re&!(o Est(o sent!ndo o e0e!to da ma&!a que os bruos prat!"aram 6 Mas, que de%emos 0a1er 6 per&unte! ans!osa 6 ou preparar um ant$doto "om o su"o de umas er%as sa&radas que %endem no mer"ado Esperem6me aqu!U 7ou"o depo!s %ota%a tra1endo uma t!&ea de made!ra onde so"ara umas er%as %erdes e "4e!rosas 6 Es0re&uem !sto na pee enquanto 0a'o uma !n%o"a'(o aos Gu!as Esp!r!tua!sU Obede"emos Ass!m que o su"o das pantas penetra%a em nossa pee, o ardor e a %erme4!d(o 0oram desapare"endo "ompetamente Contentes "om o resutado, a&rade"emos a a1! e apressamo6nos em sa!r da "!dade Durante a )ornada 7!erre Yu!en narrou uma "ur!osa eper!3n"!a 0e!ta no mundo das bruas, por um 4omem erud!to, d!retor do Inst!tuto Aem(o de Etnoo&!a A 4!st?r!a * das ma!s "ur!osas e mere"e ser trans"r!taF A&uns anos "on4e"edores antes da II Grande Guerra, o 7ro0essor 7eu"Xer 6 um dos ma!ores das endas europe!as te%e^!6Er!"4 a surpresa de re"eber, entre sua numerosa "orrespond3n"!a, uma "arta da re%!sta amer!"ana #+!0e# 7ed!am que ee repet!sse suas eper!3n"!as na presen'a de um de seus rep?rteres O 7ro0essor 7eu"Xer n(o "onta%a "om este !nteresse dos amer!"anos En"ontrara num %e4o +!%ro de Bruas da Idade M*d!a, uma "ur!osa re"e!ta de 0e!t!'ar!a Te%e a pa"!3n"!a de eper!mentá6a sessenta, %e1es, "om resutados surpreendentes Com !sso espera%a pro%ar que nos ant!&os do"umentos de "rend!"es, 4á eementos %a!osos sobre a *po"a em quest(o Com as !nd!"a'>es en"ontradas neste m!ster!oso !%ro, o 7ro0essor 0abr!"ou uma pomada "!n1enta t!n4a "omo eementos bás!"os, pantaso %enenosas Zuase todas que da 0am$!a das #soaná"eas# desta"ando6se estram=n!o Obte%e ass!m, uma aut3nt!"a #pomada das bruas# 7ed!u a um ad%o&ado seu am!&o que o a"ompan4asse na eper!3n"!a 2e"4aram6se no &ab!nete de traba4o do pro0essor e usaram a pomada "omo manda%a a re"e!ta es"r!ta no ano de .;_ Em obed!3n"!a @ re"e!ta es0re&aram a
pomada na testa e nas a!as Sent!ram no pr!n"$p!o um e%e "ansa'o E este 0o! se apro0undando at* que "a$ram numa esp*"!e de ebr!edade 2!namente adorme"eram pro0undamente De"orr!das %!nte 4oras 6 a eper!3n"!a "ome'ara num d!a @ tarde 6 a"ordaram ao "a!r da no!te do d!a se&u!nte Sent!ram dores de "abe'a, bo"a se"a e a &ar&anta a arder, num estado !&ua ao que se obser%a depo!s de uma 0orte embr!a&ue1 a"o?!"a Sem tro"arem sequer uma paa%ra, o 7ro0essor e seu am!&o anotaram suas !mpress>es 0$s!"as e ps$qu!"as, seus son4os e suas %!s>es A "o!n"!d3n"!a dos apontamentos * surpreendente Ambos sent!ram que t!n4a 0e!to %oos 0antást!"os, en"ontrado entes 0abuosos, "om "aretas em %e1 de 0!s!onom!as Sent!ram a!nda que t!n4am part!"!pado de 0estas &rotes"as, "a$do em ab!smos, empreend!do "a%a&ada por uma re&!(o !n0erna 7ara ambos a a%entura term!nou "om son4os or&$a"os a"ompan4ados de %!s>es 4orrendas, de etraord!nár!a past!"!dade A surpresa 0o! a!nda ma!or quando se %er!0!"ou que seus reatos "orrespond!am, no seu "on)unto, e em %ár!os pormenores, @s "on0!ss>es arran"adas @s bruas peos a&o1es da Idade M*d!a O 7ro0essor 7eu"Xer "on"u!u, de sua eper!3n"!a, que estas pretensas bruas, á%!das de %!%3n"!as, usaram a pomada "omo estupe0a"!ente med!e%a Contra$ram, ass!m, o %$"!o do seu uso e, ma!s tarde, "on0und!ram os son4os "om a rea!dade ou 0oram 0or'adas por sup$"!os a "ontarem os seus son4os N(o * de adm!rar que os 4omens da Idade M*d!a a"red!tassem nestes reatos pormenor!1ados de "a%a&adas "om bruas, or&!as "om d!abos e o "*ebre #sabat# dos 0e!t!"e!ros Se&undo as pesqu!sas do 7ro0essor 7eu"Xer, pomadas deste &3nero )á eram "on4e"!das no Mar do Norte e no Bát!"o, 4á ma!s de sete"entos anos O pro0essor aem(o e%ou mu!to a s*r!o suas aná!ses "!ent$0!"as sobre as bruas, bem "omo os testes que 0e1 "om a pomada m!ster!osa Nos !%ros das bruas da Idade en"ontrou re"e!tas a!nda usadas por mu!tas donas6de6"asa, "omoM*d!a, por eempoF o "4á de t$!a para4o)e a"amar e produ1!r o sonoP o "4á de 0o4a de p!tan&a para ba!ar a 0ebre, a "anea sassa0rás e a ab?bora danta, "ontra dores "!át!"as e ne%ra&!as O !ustre pro0essor eper!mentou tamb*m "ertos "onse4os má&!"os, ta!s "omo dar a um "(o um peda'o de p(o que este%e "oo"ado deba!o da a!a d!re!ta durante me!a 4ora D!1 o pro0essor que o "(o trans0orma6se no ma!s 0!e e ded!"ado am!&o e )ama!s abandona seu dono Conse&u!u a!nda pro%ar que a ma!or!a das re"e!tas má&!"as das bruas s(o re"e!tas !&ua!s @s dos &randes m*d!"os europeus dos tempos med!e%a!s A0!rma o pro0essor aem(o que pretende repet!r suas eper!3n"!as )untamente um &rupo de ent(o m*d!"os, qu$m!"os e ps!qu!atras aem(es, 0ran"eses e"om !ta!anos Depo!s pretende pub!"ar um #Manua das +endas#, uma obra em de1 %oumes, pro%ando o que outrora d!sse o sáb!o &re&o 7at(oF #Os m!tos s(o %e$"uos de &randes %erdades, d!&nas de serem estudadas e med!tadas# Este reato nos d!stra!u bastante durante a %!a&em e quando demos "onta, o
p!"o bran"o da montan4a de +4a)a&onaX )á t!n4a desapare"!do @ nossa d!re!ta e está%amos "4e&ando @ ade!a de D1ara Cont!nuamos "a%a&ando @s mar&ens do r!o Ruun& !mos um %ae que se abr!u de repente dando para a pan$"!e de Tatan& Esta bon!ta pan$"!e term!na%a aos p*s do a&o KamdroX, "om suas á&uas a1u6turquesa Entre n?s e as "amas á&uas a1u!s, esta%a a "!dade de Na&artse, "om seus !ndos #"4ortens# -re!"ár!os/ dourados, suas !nmeras bande!ras de pre"es tremuando ao %ento 7assamos peo "entro de Na&artse e prosse&u!mos %!a)ando rumo @ "!dade de S4!&atse A man4( esta%a "ara e 0r!a Mas de repente o "*u "ome'ou a 0!"ar "4e!o de nu%ens es"uras E uma "4u%a &rossa "ome'ou a "a!r En"ontramos uma "abana abandonada no me!o da estrada e a! nos abr!&amos Os "r!ados a"enderam uma pequena 0o&ue!ra para 0a1erem "4á e o 0o&o tamb*m nos aque"eu 7assamos o resto do d!a "on%ersando na "abana, enquanto a "4u%a "a$a 0orte 7ou"o a pou"o a no!te s!en"!osa e tr!ste des"eu sobre n?s
O Mi#t+rio da S$ce##:o do# Lama# Ap?s o )antar "on%ersamos sobre %ár!os assuntos, at* que "omentamos sobre o m!st*r!o da su"ess(o dos Daa! +amas Soubemos ent(o que o me"an!smo que pres!de a su"ess(o dos pont$0!"es t!betanos * n!"o no mundo O ama a1! ep!"ou que n(o se trata de uma su"ess(o 4ered!tár!a nem eet!%a Cada %e1 o Daa! +ama nas"e num outro "orpo * sempre a mesma ama que en"arna em d!0erentes "orpos O Daa! +ama tanto pode nas"er no se!o de 0am$!as r!"as "omo pobres N(o 4á pr!%!*&!os É uma esp*"!e de demo"ra"!a 0undada sobre bases popuares, e uma monarqu!a que repousa sobre bases metaps$qu!"as O pa! do qu!nto Daa! +ama era um 4um!de "ampon3s da I ade!a &e da su"ess(o dos amas tomou 2o! a part!r do s*"uo quedeo C4un& me"an!smo 0orma de0!n!t!%a No T!bete "onsta que para a reen"arna'(o de "ertas pessoas * pre"!so um per$odo de quarenta e no%e d!as No "aso de um Daa! o per$odo pode ser mu!to ma!s on&o ou mu!to ma!s "urto 2requentemente a demora * de do!s anos Ap?s a morte de "ada Daa!, 0orma6se um "onse4o dos amas ma!s !mportantes do T!bete Estes "onsutam o orá"uo o0!"!a, "u)as respostas s(o mu!to !mportantes Este m*d!um6orá"uo res!de sempre no Moste!ro de Ne"4un& que 0!"a a uns se!s qu!=metros de +4assa, a "ap!ta do T!bete Zuando o Gu!a Esp!r!tua se man!0esta atra%*s do #pao# ou m*d!um6sa"erdote, os amas anotam as respostas e "ome'am as bus"as para en"ontrar o no%o Daa! O "aso do d*"!mo ter"e!ro Daa! 0o! mu!to !nteressante Isto o"orreu no ano de .< Conta6se que neste ano morreu o III Daa! Como de "ostume, os amas do 7otaa 0oram "onsutar " orá"uo de Ne"4un&, que re%eou o nome do pa! e da m(e da 0utura "r!an'a em "u)o "orpo a ama do ant!&o Daa! renas"er!a Depo!s o orá"uo mandou que o
Grande +ama Gu 0osse "ontempar as á&uas do a&o C4o Xor &em que s(o "omo um espe4o en"antado onde os amas podem %er os a"onte"!mentos 0uturos A á&ua deste a&o * $mp!da e de um a1u mu!to "aro, mas quando a&u*m "4e&a para "onsutá6as, uma e%e br!sa "ome'a a soprar e ent(o, as á&uas 0!"am bran"as No "entro do a&o 0orma6se um turb!4(o, uma nu%em se "ondensa por "!ma e o&o os "onsuentes per"ebem dentro do a&o, as !ma&ens que mostram os a"onte"!mentos 0uturos Zuando o Grande +ama Gu o4ou para as á&uas en"antadas n(o %!u nada A&um tempo depo!s, %!u uma "asa )unto a um pesse&ue!ro 0or!do Naquea no!te, em son4os o Grande +ama %!u uma )o%em mu4er tendo nos bra'os uma "r!an'a de uns do!s anos 7assados do!s anos o Grande +ama en"ontrou a "asa )unto ao pesse&ue!ro e re"on4e"eu a mu4er e a "r!an'a que %!ra em son4os O Grande +ama eam!nou a "r!an'a det!damente para %er se ea t!n4a os s!na!s "ara"ter$st!"os de todo +ama Re! 7ara ser um Daa! a "r!an'a tem que apresentar protuberJn"!as "arna!s nas "a%$"uas ou nas omopatas, as ore4as de%em ser ma!s on&as que as ore4as norma!s 6 o que * uma mar"a da sabedor!a 6 as pamas de suas m(os de%em ter &ra%adas uma pequena "ru1 suást!"a E todos estes s!na!s esta%am na "r!an'a Mas a!nda 0ata%am outras pro%as No me!o de d!0erentes ob)etos a "r!an'a de%!a es"o4er os ob)etos pessoa!s que t!n4am perten"!do ao t!mo Daa!F o #tren& a# ou rosáro o #n&a "4un ou tambor !tr&!"o a #tr! bu# ou s!neta o #dor )e# ou que!mador de !n"enso ma ta'a de "4á, e ass!m por d!ante 2o! s? depo!s da "r!an'a re"on4e"er todos os ob)etos e depo!s de que o orá"uo de Ne"4un&, ter "on0!rmado ser ee a reen"arna'(o doRe! t!mo Daa!, a!nda * queque a a"r!an'a 0o! o0!"!amente de"arada o no%o +ama Soubemos des"oberta do d*"!mo quarto Daa! 0o! bem d!0erente Em .LQ;, ap?s on1e anos de bus"as, o +ama Re&ente %!s!tou ma!s uma %e1 o a&o C4o Xor &e, na esperan'a de ter uma %!s(o de onde en"ontrar o no%o Daa! E nas á&uas do a&o o +ama %!u tr3s s$abasF #A a Ma# Em se&u!da, %!u um moste!ro de tr3s andares, en"!mado por uma "pua dourada !u tamb*m um "am!n4o que "ondu1!a a +este do moste!ro a uma "o!na em 0orma de pa&ode "4!n3s Em 0rente @ "o!na %!u uma "abana Esta %!s(o 0o! on&amente d!s"ut!da entre os te?o&os ma!s "ompetentes do T!bete C4e&aram @ "on"us(o de que a no%a en"arna'(o do Daa! t!n4a nas"!do em +4assa Ap?s "on0!rmarem !sso "om o orá"uo de Ne"4un&, !ntens!0!"aram bus"as 2o! ent(o que a"onte"eu m!a&re que os t!betanos embram at*as4o)e Esperando que 0!"asse prontoum seu mauso*u de0!n!t!%o, a mm!a do ant!&o Daa! t!n4a s!do "oo"ada numa das saas do 7otaa, sentado num trono E ass!m m!4ares de pessoas que %!n4am @ +4assa pod!am render 4omena&em @quee que durante "!nquenta e quatro anos t!n4a s!do a en"arna'(o do deus A%aoX!taes%ara A"onte"eu %ár!as
%e1es que os &uardas en"ontra%am, pea man4(, a mm!a, que na sua pos!'(o norma o4a%a para o Su, %otada para o +este A teor!a de que o no%o Daa! t!n4a nas"!do a +este de +4assa, en"ontrou ass!m, ma!s "r*d!to N(o 4a%!a poss!b!!dade de que n!n&u*m mudasse a pos!'(o do "orpo, porque 4á uma mad!'(o para quem ousa to"ar na mm!a de um Daa!, sem a perm!ss(o do orá"uo de Ne"4un& E ass!m, na pr!ma%era de .LQ, o +ama Re&ente en"ontrou o moste!ro de tr3s andares, ded!"ado @ mem?r!a do sáb!o amapa e a "abana @ +este do moste!ro Antes de entrar na "abana o +ama Re&ente d!s0ar'ou6se de "ampon3s Ass!m que se apresentou @ porta da "abana %!u um men!no br!n"ando d!stra$do Ao %36o o &aroto "orreu ao seu en"ontro &r!tandoF 6 +amaU +amaU A 4!p?tese esta%a bem pr?!ma da "erte1a 2oram 0e!tas as pro%as de "ostume e o men!no sa!u6se mu!to bem Esta%a des"oberto o I Daa! +ama No d!a se&u!nte, de!amos a "abana perto do a&o KamdroX e prosse&u!mos %!a&em A "4u%a t!n4a passado "ompetamente e o "*u esta%a "aro e um!noso En%eredamos peo 7asso de aro6+4a e 0omos sub!ndo o %ae bordado de pen4as"os A&um tempo depo!s, @ d!re!ta do %ae %!mos uma &rande "ara%ana É d!0$"! des"re%er o espendor destas &randes "ara%anas or!enta!s, !deradas por r!"os mer"adores t!betanos, que ma!s pare"em sen4ores 0euda!s A pa!sa&em natura 0orma%a uma bon!ta modura para a "ara%ana Ao on&e, os p!"os &eados da &rande &ee!ra No)!n e ma!s a*m o p!"o de an& San& No)!n, re"obertos de ne%e Os r!"os mer"adores %est!dos "om on&as tn!"as de bro"ado "oor!do e "!nt!ante, ornados de )o!as, montados em soberbos "a%aos, "om suas espadas reu1!ndo ao so, eram sem d%!da, uma tentadora presa para os adr>es, que @s %e1es !n0estam as estradas desertas do T!bete [ med!da que%est!das a "ara%ana apro!ma%a, obser%amos uuosamente 7ara se prote&erem a pee de!"ada do%ár!as rosto, sen4oras, usa%am bon!tas más"aras de "ouro pr!morosamente p!ntadas Ho)e * %*spera do Ano No%o 6 d!sse a1! 6 Certamente esta "ara%ana %a! @ S4!&atse, tomar parte nos 0este)os popuares 6 Mas que d!a * 4o)e 6 !nda&ou 7!erre 6 Estamos na %*spera do d*"!mo qu!nto d!a do se&undo m3s, que aqu! "orresponde ao pr!me!ro d!a do ano 6 A4U E a1! prosse&u!uF 6 Durante sete d!as, sob o o4ar "ompa"ente dos +amas, o po%o "anta e dan'a peas ruas Em "ada a 0am$!a se rene de para uma 0esta soene Os 4onorá%e!s !rm(os ter(o "asa, uma bea oportun!dade ass!st!r @ entrada do Ano No%o no T!bete 6 Aqu! usam o "aendár!o unar 6 !nda&ue! 6 S!m, nosso "aendár!o * re&uado peos mo%!mentos da +ua Compreende do1e meses de %!nte e no%e ou tr!nta d!as Ao 0!na de um
or!enta #Todos os "am!n4os "ondu1em @ +4assa# 6 d!1 um %e4o pro%*rb!o t!betano A pr!n"!pa rua de +4assa * uma demonstra'(o %!%a d!sso Nas o)as desta rua en"ontramos todo o uo da 8s!a Centra nas %!tr!nes das o)as e ba1aresF pees de eopardo, raposa e ursosP pees de "arne!ro, sedas e bro"ados mut!"oor!dos, roupas de seda "4!nesa, tapetes mara%!4osos e !ndas mesas de a"a enta4adas "om madrep*roa +anternas e "andeabros de bron1e em 0orma de dra&>es, )arros, por"eanas de!"ad$ss!mas e toda a bee1a das mob$!as t!betanas "!n1eadas a m(o No mer"ado de "om!das en"ontramos o 0amoso "4á de )asm!m "4!n3s, "estas "4e!as de apet!tosas 0rutas, p3sse&os da C4!na e "ere)as do Yap(o Inmeros per0umes or!enta!s "omo am$s"ar, sJndao, 7at"4ou!, em de!"adas embaa&ens de prata 0!!&ranada, espe"!ar!as !nd!anas, "oares de "ora, p*roas e bra"eetes do Nepa, %eas de "ouro da Mon&?!a, "arameos, arro1 !nte&ra de S!XX!m, e todas as de$"!as dos quatro "antos da 8s!a esta%am a!, @ d!spos!'(o dos r!"os t!betanos !mos tamb*m uma 0abuosa quant!dade de ob)etos de ouro, or!undos do T!bete Centra, que * t!do "omo uma das re&!>es ma!s r!"as do mundo Este ouro )ama!s * %end!do aos estran&e!ros Ee %em de T4oX Yaun& e T4oX Daurapa, nas mar&ens do r!o C4an& Tan&, e do su de Man! SerX4a, perto do sa&rado a&o KamdroX e das nas"entes do r!o Subans!r! 7or mot!%os re!&!osos, pep!tas de ouro, apesar de serem mu!tas, nun"a s(o to"adas peo po%o, que s? re"o4e ouro em p? D!s"uss>es de pre'os s(o %!oentas, mas ass!m que rea!1am o ne&?"!o, os t!betanos %otam a 0aar e a r!r an!madamente, a)udados por &randes "opos de "er%e)a 0ermentada "4amada "4an&, %end!da num restaurante pr?!mo das o)as A"!ma de todo o burbur!n4o da "!dade, da mut!d(o "oor!da, dos !nmeros ba1ares, a"!maade toda a C!dade desta"a6se a sombra do paá"!o 7otaa, res!d3n"!a o0!"!a 7ro!b!da, do Re! Deus do T!bete, o Daa! "oossa +ama, que, se&undo d!1em os t!betanos, "ondu1 o Teto do Mundo rumo ao N!r%ana, ou estado de beat!tude suprema
Encontro com o Lama Rei 6 Aman4(, @s o!to 4oras, temos uma aud!3n"!a "om o Daa! +ama 6 0aou nosso &u!a a1!, "om sua %o1 pausada e &ra%e Int! * des"re%er nossa ae&r!a e "omo naquea no!te ma puemos dorm!r, na &rande epe"tat!%a do en"ontro E @s sete e me!a da man4( se&u!nte )á está%amos a "am!n4o do 7arque das Yo!as, onde esta%a o Daa! Nossos "a%aos andaram por uma ampa estrada que separa as duas densas aas dos )ard!ns do DeX! !n&Xa Momentos depo!s paramos )unto ao &rande port(o dourado do paá"!o de %er(o do Daa! +ama
m pequeno esquadr(o de sodados t!betanos apresentou armas, em aten'(o @ tn!"a de seda amarea e ao "4ap*u de &aa usados peo ama a1! Desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um mon&e6"r!ado e andamos em d!re'(o ao paá"!o Norb4u +!n&Xa, onde o Daa! "ostuma 0!"ar quando sa! do 7otaa Se&u!mos nosso am!&o a1! por uma &rande aa pa%!mentada "om mármore "oor!do e "er"ada de "opadas ár%ores e entre eas %!mos amendoe!ras, rododentros e sa&ue!ros6"4or>es [ nossa d!re!ta, atra%*s das 0o4a&ens, %!mos um pequeno a&o prateado, "oberto de 0ores de ?tus bran"os e onde a&uns a%os "!snes nada%am ma)estosamente ma pequena !4a "er"ada de á&uas "amas e transparentes t!n4a no "entro um de!"ado pa&ode "4!n3s !&ado @ terra por uma ponte re"ur%a 0e!ta em mármore amareo [ nossa 0rente, "am!n4a%am &rupos de mon&es, !mponentes em suas tn!"as de seda amareo6a'a0r(o, que nos o4a%am "ur!osamente e "o"4!"4a%am entre s! Ha%!a um "erto ar de epe"tat!%a no paá"!o de Norb4u +!n&XaP era "omo se a sa&rada presen'a do Deus Re! 0!1esse "om que todos 0aassem ba!!n4o No 4a da entrada, um &rupo de quatro amas, todos %e4os e &ordos, esta%a sentado num ban"o, passando entre os dedos as "ontas de seus rosár!os de pedras pre"!osas O ama a1! 0e1 uma re%er3n"!a e n?s o !m!tamos Soubemos ent(o que ees eram o 7r!me!ro M!n!stro da Corte e seus se"retár!os Em s!3n"!o "am!n4amos at* o 0!m de um on&o "orredor "4e!o de %!tra!s "oor!dos que "ondu1!a @ saa de aud!3n"!as A saa era enorme, ma&n$0!"a, "om suas paredes douradas, suas pesadas "ort!nas de ( es"ura, seus &rossos tapetes %erde6esmerada, "om d!a&ramas má&!"os e bordado de dra&>es Centenas de mon&es e de pere&r!nos espera%am d!ante de uma &rande porta 0e"4ada Grupos de amas trans!ta%am de um ado para outro, entos e soenes Eatamente @s dos no%e 4oras, onde soouestá%amos um &on&o e e%antamo6nos apressadamente amo0ad>es sentados 2ormou6se uma on&a 0!a, todos e%a%am nas m(os a e"4arpe de seda bran"a e presentes para o Daa! Cessou o som do &on&o e dos tambores As pesadas portas douradas se abr!ram "om um ru$do surdo Grupos de &!&antes"os mon&es "om "er"a de uns do!s metros e me!o, que 0a1em parte da se&uran'a pessoa do Daa!, tomaram sua pos!'(o perto da entrada, or&an!1ando a 0!a Numa das m(os t!n4am um "4!"ote e na outra um bast(o dourado Estes amas &!&antes s(o or!undos da pro%$n"!a de 4am, onde os 4omens s(o ma!ores que em quaquer re&!(o da 8s!a Consta que des"endem dos &uerre!ros de G4en&!s 4an A on&a 0!a de %!s!tantes "ome'ou a andar entamente, at* que nos %!mos dentro da Saa das Aud!3n"!as ou San"tum Santorum dos t!betanos A saa esta%a me!o penumbrosa No 0undo, desta"a%a6se uma parede de"orada "om um enorme tanXa ou roo de seda p!ntado "om mot!%os re!&!osos !mos um atar dourado, e sob o atar um trono de ouro Sentado
no trono, na postura do ?tus, esta%a o Daa! +ama, a pre"!osa reen"arna'(o do deus C4en Re \! Con4e"!do no T!bete "omo a ma!s ee%ada man!0esta'(o d!%!na dos Budas !%os na terra, o 7re"!oso 7rotetor, O"eano de sabedor!a E a! esta%a ee, um )o%em "4!n3s de uns quator1e anos usando as roupas douradas dos &randes amas, e o 0amoso "4ap*u pontudo de Tson& apa, mu!to seme4ante @ M!tra usada peo 7apa, tendo por*m on&as abas 0orradas de seda amarea que "a$am sobre os ombros do Daa!, qu!eto e sereno "omo um $doo 7or quatro s*"uos, atra%*s de suas pr*%!as en"arna'>es, o Daa! senta%a6se naquee mesmo trono, aben'oando seus 0!*!s se&u!dores e re!nando sobre o T!bete Tr3muos e re%erentes, pere&r!nos d!r!&!am seus passos em d!re'(o ao Daa!, o0ere"!am as obr!&at?r!as e"4arpes de seda bran"a 6 s$mboo da 0e!"!dade 6 e a)oe4a%am6se para re"eber a b3n'(o dada peo )o%em Daa!, "om seu "etro en)o!ado e ornado de 0!tas mut!"ores Consta que um 0u!do ben*0!"o emana do "etro do Daa! e, desse modo, o 0u!do penetra na pessoa que * aben'oada Ap?s a b3n'(o, os %!s!tantes %!ra%am @ esquerda, e 0a1!am uma re%er3n"!a ao o"a onde esta%a sentado o +ama Re&ente, "oo"ado perpend!"uarmente ao ado do atar [ med!da que nos apro!mamos, %!mos que o )o%em Daa! usa%a ?"uos de tartaru&a "om &rossas entes bran"as, a"usando uma 0orte m!op!a A)oe4e!6 me d!ante dee e sent! o e%e toque de suas m(os nos meus "abeos Ee t!n4a de!ado o "etro sa&rado no "oo e "on0er!u6me a &rande 4onra de uma b3n'(o d!reta, "on0orme %!m a saber depo!s Na e"4arpe de seda bran"a que eu se&ura%a "om ambas as m(os, um ama "oo"ou um p(o1!n4o es"uro e uma pequena !ma&em de um Buda, 0e!ta de mante!&a O Daa! pe&ou as o0erendas e entre&ou6as a um outro ama que esta%a a seu ado A mesma "er!m=n!a 0o! S!darta repet!daGautama, "om um "4or!en pequeno re!"ár!o de ouro e uma estatueta de o Budaou Depo!s, o ama a)udante "oo"ou um !%r!n4o de "apa dourada na e"4arpe O Daa! pe&ou o !%r!n4o, amarrou6o "om uma on&a 0!ta de seda %erme4a e pendurou6o no meu pes"o'o 2e!to !sso, sa$ d!ante dee e 0o! a %e1 do ama a1! a)oe4ar6se, o0ere"endo ao Daa! r!"os presentes que t$n4amos e%ado Dobre! @ esquerda, "omo todos 0a1!am, e a)oe4e!6me d!ante do +ama Re&ente Era um 4omem ato, ma&ro, !mponente, de rosto se%ero Ee o4ou6me bondosamente "om seus pequen!nos o4os amendoados Cooque! a seus p*s a e"4arpe de seda bran"a e o !%r!n4o dourado que o Daa! "oo"ara no meu pes"o'o, po!s ass!m manda a et!queta t!betana Tudo se passou ma!or euesperasse !a sa!ndo taApro!mou6se "omo os outros %!s!tantes, o amanoa1! 0e1s!3n"!o um s!naZuando para que e d!sse ba!!n4oF 6 2!que, 0omos "on%!dados peo C4e0e dos M!n!stros para tomar "4á "om o pre"!oso Daa! Sente6se naquee "anto, na postura do ?tus e espere um pou"o +o&o em se&u!da, meus "ompan4e!ros de %!a&em, Ma4!ma,
essantára e 7!erre Yu!en, %!eram sentar6se ao meu ado 7ou"o depo!s %e!o o ama a1! O4ando para o )o%em Daa!, %! um mon&e entre&ar64e uma !nda ta'a de made!ra Numa bande)a de prata 0o! tra1!do um &rande bue de por"eana "4e!o de "4á amante!&ado "omo * "ostume no T!bete O "4á 0o! "oo"ado na ta'a do Daa! e o&o beb!do por um ama6pro%ador Somente depo!s de a&uns se&undos * que o Daa! 0o! ser%!do T!%e que morder os áb!os para a"red!tar que eu n(o esta%a son4ando, que reamente esta%a sentada na Saa de Aud!3n"!as do Daa! +ama, no T!bete O4ando o "ont$nuo 0uo de amas e pere&r!nos entrando e sa!ndo do re"!nto, pense! que apenas esta "ur!osa "er!m=n!a %a!a nossa penosa %!a&em atra%*s do H!maa!a O4e! as nu%ens de !n"enso per0umado de rosas que sub!a dos tur$buos de prata "er"ando o trono do )o%em Daa! e re"orde! as paa%ras de um 7ro0eta or!enta que "erta %e1 ou%!ra "ontarF #O %erdade!ro Daa! +ama morreu em .L: Desde ent(o todos os outros Daa!s ser(o apenas uma &rande Maa ou !us(o, resutante da po$t!"a madosa dos amas &o%ernantes de +4assa, que n(o se "on0ormam em saber que a sabedor!a ar"a!"a de!ará o T!bet e e em!&rará para o on&$nquo O"!dente Em tempos pr?!mos, o %erdade!ro Daa! renas"erá nas terras de O 2 SANG -Am*r!"a do Su, ou qu!'á Bras!/ A0!rmam nossas remotas pro0e"!as que !sto a"onte"erá porque )á mudou o "!"o da e%ou'(o Ent(o o T!bete será dom!nado peas 2or'as da 23n! erme4a e a esp!r!tua!dade desapare"erá do Teto do MundoU# Ser!a reamente %erdade o que d!ssera o 7ro0eta Ser!a reamente %erdade que aquee )o%em "4!n3s que a! esta%a sentado no trono era apenas uma !us(o m 0aso Daa! Zuem poder!a saber ao "erto Meus pensamentos 0oram !nterromp!dos por um mon&e que se apro!mou tra1endo uma pequena ta'a de made!ra para "ada um de n?s 7e&amos as ta"!n4as e outroenquanto mon&e as en"4eu "omordem "4á amante!&ado Bebemos %a&arosamente, a&uardá%amos para de!armos a saa A0!na, um dos &uardas &!&antes, !mponente na sua tn!"a "or de %!n4o, to"ou um &on&o e d!sse a&umas paa%ras em t!betano 6 Yá podemos !r 6 0aou o ama a1! +e%antamo6nos, 0!1emos uma re%er3n"!a ao Daa! e ao +ama Re&ente e 0omos sa!ndo de "ostas, de!ando de%a&ar1!n4o o aposento A aud!3n"!a t!n4a term!nado
&i#ita ao Pal2cio Potala O esperado d!a de %!s!tar o paá"!o 7otaa "4e&ou a0!na, po!s t!%emos que esperar autor!1a'(o espe"!a do +ama Re&ente Constru$do 4á tre1entos anos atrás, peo Zu!nto Daa! +ama, o paá"!o 7otaa * um dos ma!s !mponentes do mundo O"upa o u&ar de uma 0ortae1a que, outrora, 0o! "onstru$da peos ant!&os re!s do T!bete e destru$da ma!s tarde peos mon&?!s
Conta6se que durante mu!tos anos m!4ares de traba4adores "arre&aram pedras para re"onstru$rem este !menso paá"!o, "u)as bases repousam d!retamente na ro"4a A morte do Zu!nto Daa! pare"!a amea'ar esta "onstru'(o e, por esta ra1(o, o +ama Re&ente reso%eu o"utar a todos o desapare"!mento do pont$0!"e E espa4ou a not$"!a de que o Daa! esta%a doente, n(o podendo apare"er em pb!"o Durante de1 anos os amas "onse&u!ram en&anar o po%o, at* o d!a em que o paá"!o 7otaa 0!"ou pronto est!mos nossas me4ores roupas e 0omos "on4e"er o at!"ano ama$sta Yuntamente "om !nmeras pessoas, 0omos sub!ndo a montan4a que "ondu1 ao 7otaa +á de "!ma, o espetá"uo que %!mos era !ndes"r!t$%e !mos os suntuosos parques e )ard!ns de +4assa, seus moste!ros &rand!osos, suas mans>es de pedra Andamos por uma aa ornada "om "entenas de mo!n4os de pre"e, que os !s!tantes &!ram ao passar Atra%essamos um ato p?rt!"o e entramos num &rande parque 7or todos os ados, %!mos %endedores ambuantes, %endendo !n"enso, 0ores, %eas, "om!das t$p!"as "omo brotos de rododentro "arameados, amuetos aben'oados peo Daa! e 4or?s"opos !mpressos em pape de arro1 Do outro ado do parque, outros %endedores o0ere"!am pequenos mo!n4os de pre"e, 0e!tos em meta a%rado Es"r!bas á esta%am tamb*m para 0a1erem, por um pre'o moderado, um do"umento que pro%a%a que t$n4amos %!s!tado o 7otaa Compramos um amueto de prata "om !n"rusta'>es de "ora e turquesas, representando um deus ben0a1e)o e prosse&u!mos sub!ndo as ar&as es"adar!as de pedra do 7otaa 7aramos num dos patamares e o ama a1! 0aouF 6 +á em "!ma, bem no ato das torres, 0!"am os aposentos part!"uares do Daa +ama 2!"am na parte ma!s ata do paá"!o porque, se&undo a trad!'(o, n!n&u*m pode morar a"!ma do 7oderoso On!s"!ente Cont!nuamos sub!ndo As ar&as es"adar!as ma!s pare"!am uma rua de de&raus e mu!tos %!s!tantes sobem a "a%ao, para e%!tar o "ansa'o Contudo, s? os o0!"!a!s, os sub!r nobres e os[&randes * que tem0omos perm!ss(o paranos !sto O po%o tem que a p* med!da amas que sub$amos, pensando &randes tesouros que d!1em estar o"utos atrás daqueas &rossas paredes "entenár!as 2!namente, "4e&amos a um pát!o e depo!s ao &rande patamar de entrada do paá"!o, "4e!o de estátuas de pedra representando deuses ama$stas Come'amos a %!s!ta per"orrendo a aa o"!denta, onde soubemos que %!%em du1entos e "!nquenta amas 0!?so0os Esta aa tem um "ur!oso nome t!betano, Nam&etra"4an& É um %erdade!ro ab!r!nto de "ores sombr!as e passa&ens m!ster!osas Atra%*s de uma ampa Yanea, obser%amos o ma&n$0!"o panoramaP ao on&e, o &rande Tempo de C4aXpor! 6 a Montan4a de 2erro 6 "om seu !mponente Co*&!o de Med!"!na, que toma todo o %ae de !t"4uP emba!o, as "asas do quarte!r(o de aC4o, ma!s os outros "*ebres tempo s de +4assa, o Mont(o de Arro1, Cer"a da a*m, Rosa S!%estre e a Catedra de +4assa !s!tamos mu!tas "apeas, sa>es, santuár!os m!ster!osos, passamos para a aa or!enta onde 0!"a o Sem!nár!o de Tsedrun& e os d!%ersos es"r!t?r!os e M!n!st*r!os do &o%erno t!betano N(o pudemos prosse&u!r %!s!tando a aa
or!enta, porque do!s &!&antes"os &uardas t!betanos nos !mped!ram D!sseram ao ama a1! que a! 0!"a%am "eas se"retas "u)a %!s!ta era pro!b!da otamos e se&u!mos para a aa su do paá"!o
A Pint$ra da Padma Sam4/aa Andamos por %ár!as saas po%oadas de estátuas de bron1e !n"rustadas de pedras pre"!osas A0!na, o ama a1! "ondu1!u6nos a uma saa ma&n$0!"a, "u)as paredes eram 0orradas de seda a1u "aro e "u)o "4(o de mármore era quase en"oberto por um enorme tapete "4!n3s "or de me, estampado "om 0ormosos ?tus a1u!s 7endurado na parede do 0undo, perto de uma ampa )anea, esta%a um &rande tanXa ou estandarte p!ntado, representando uma !nda pa!sa&em ao uar A +ua se re0et!a nas á&uas "aras de um a&o mar&eado de %e4os p!n4e!ros Sem d%!da, era uma bea p!ntura Toda%!a, o ma!s "ur!oso * que, obser%ando atentamente a u1 prateada da +ua C4e!a, !a aos pou"os se trans0ormando em +ua M!n&uante, depo!s em +ua No%a, +ua Cres"ente e no%amente +ua C4e!a Como * poss$%e Esta p!ntura se mo%e 6 !nda&ue! perpea a m!m mesma 2o! ent(o que o ama a1! 0aouF 6 Esta * a p!ntura má&!"a do T!beteU A0!rmam nossas trad!'>es que esse tanXa 0o! p!ntado 4á mu!tos s*"uos peo ma&o 7adma S4amb4a%a 6 o santo das m(os de ?tus Ea tem o dom de adqu!r!r %!da e mudar as 0ases da +ua su"ess!%a e !n!nterruptamente 6 N(o será um truque dos amas 6 per&untou 7!erre Yu!en, ba!!n4o ao meu ou%!do a1! sorr!u do nosso espanto e !n"redu!dade C4amou um dos &uardas &!&antes que prote&!a a saa e mante%e "om ee um bre%e d!áo&o em t!betano respe!tosamente do tanXa e de!"adamente a0astou6aOda&uarda paredeapro!mou6se para que %$ssemos que n(o 4a%!a nada por trás 6 É !na"red!tá%eU 6 murmure! at=n!ta 6 N(o ma!s !na"red!tá%e do que as ma&!as que )á presen"!amos aqu! no T!bete 6 retru"ou o Dr essantára, sorr!ndo bene%oamente Soubemos ent(o que os tanXas t!betanos s(o #uma re"r!a'(o ao mundo m$st!"o e s!mb?!"o atra%*s do qua o +ama$smo en"ontra sua epress(o# Cada p!ntura dessas *, portanto, uma e%o"a'(o "u)o s!&n!0!"ado torna6se "aro aos que 0e"4am os o4os @s "o!sas da terra e "onse&uem "aptar a mensa&em esot*r!"a que emana "onstantemente deste mundo m!ster!oso, po%oado de d!%!ndades ma*%oas ou ben!&nas A prepara'(o umpara tanXate"er * uma tea ato !tr&!"o O ser a&od(o ou por a seda que será ut!!1ada ma!s de tarde s? de%erá "o4!do um !n!"!ado nos se&redos do +ama$smo A se&u!r, os 0!os s(o pur!0!"ados pea repet!'(o de "ertos mantras ou paa%ras de poder, sendo depo!s aben'oados por um ama, de a"ordo "om um r!to espe"!a e na presen'a de uma sa"erdot!sa %!r&em, a quem "ompet!rá a tare0a de 0!a'(o Ap?s a 0!a'(o, o 0!o resutante *
entre&ue a um te"e(o eper!ente, que tem de possu!r %ár!os atr!butosF mo"!dade, sade, !sen'(o de de0e!tos 0$s!"os e mora!s, a*m da presen'a dos s!na!s de bom au&r!o Antes da tare0a, o te"e(o terá que se pur!0!"ar e "r!ar o "ampo ma&n*t!"o onde o art!sta p!ntor !rá desempen4ar a m!ss(o suprema de "r!ar uma obra de arte Há re&ras espe"!a!s para se p!ntar um tanXa Geramente, as persona&ens s(o d!spostas em "$r"uo má&!"o ou Mandaa, em "u)o "entro 0!"a o mot!%o pr!n"!pa A&uns tanXas t3m um peda'o de te"!do d!0erente na parte !n0er!or, "4amado a porta do tanXa, que !nd!"a o ponto onde o "rente de%erá 0!ar os o4os durante a med!ta'(o para que possa entrar no !nter!or da p!ntura [ med!da que a med!ta'(o se apro0unda, 4á uma &radua re%ea'(o de s!&n!0!"a'>es das 0!&uras representadas, at* que se dá a un!(o de quem med!ta "om a d!%!ndade representada Term!nada a p!ntura do tanXa, um &rande ama !n0unde %!da @ p!ntura atra%*s de um r!to má&!"o "4amado 7rat!st4a O ato da "onsa&ra'(o *, portanto um ato de %!%!0!"a'(o do ob)eto "om a ess3n"!a d!%!na O r!tua * atamente se"reto e os t!betanos o re"eberam de seus mestres !nd!anos Tendo s!do p!ntada por um santo, n(o * de adm!rar que a p!ntura má&!"a de 7adma Samb4a%a ten4a %!da e se mo%a reamente De!amos a saa da p!ntura má&!"a, pensat!%os e mara%!4ados E 0omos andando pea aa su do 7otaa, at* "4e&armos a uma esp*"!e de santuár!o, onde %!mos um !ndo atar de )ade bran"o, ornado "om "andeabros de ouro Sobre o atar %!mos a estátua em taman4o natura do Buda Ma!trea 6 o Buda do 0uturo, uma das emana'>es do Cr!sto C?sm!"o A estátua era ta4ada 0!namente em made!ra Representa%a um 4omem 0ormoso, sentado num trono @ mane!ra o"!denta, "om as pernas pendentes e as m(os sobre o "oo O rosto e o "orpo eram p!ntados de bran"o, po!s, se&undo ant!&a trad!'(o, ee renas"erá no O"!dente, será um 4omem da ra'a bran"a e terá "abeos es"uros e o4os a1u!s E ass!m,n(o de saa em saa, %!s!tar %!mos os mu!tas pre"!os!dades dopo!s paá"!o 7otaa Embora pud*ssemos aposentos do Daa!, o Grande 7re"!oso esta%a med!tando e n(o perm!t!a nen4uma %!s!ta, t!%emos perm!ss(o dos &uardas para %!s!tar os tne!s subterrJneos do 7otaa Estes tne!s 0!"am bem aba!o das &randes es"adar!as e t!%emos que des"36as para en"ontrar a entrada %!&!ada por do!s &uardas &!&antes, %est!dos "om suas tn!"as de ( "or de %!n4o O ama a1! "on%ersou "om ees e pudemos entrar Num dos "antos %!mos %ár!as to"4as a"esasP tomando uma deas, a1! en%eredou por um tne e n?s o se&u$amos Des"emos "auteosamente por uma es"ada de pedra tos"a &asta peos anos Estes tne!s 0oram 0e!tos pea a'(o %u"Jn!"a durante !n"ontá%e!s s*"uos Nas paredes %!mos estran4os desen4os "oor!dos A&uns 4orr$%e!s, representando deusa dem=n!o +4amo -a a! ne&ra da 5nd!a/,eram "er"ada de "ru1es suást!"as,a%est!da "om pee 4umana e de%orando a "abe'a de um 4omem A0!na o tne 0o! se aar&ando at* que de repente %!mos uma &rande u1 que n(o pro%!n4a da to"4a que a1! se&ura%a Era uma esp*"!e de redemo!n4o de u1 que nos en%o%!a em &randes ondas Mo%$amo6nos "omo num son4o
Está%amos a!, %est!dos de u1 dourada, d!ante de um beo a&o de á&uas 0os0ores"entes No "entro do a&o bo!a%a uma &rande 0or de ?tus bran"a Suas p*taas mo4adas pare"!am pequen!nas p*roas 2as"!nados, 0!"amos a!, "om os o4os mu!to abertos e os sent!dos aerta m sent!mento de %a"u!dade e a0astamento das "o!sas terrenas apoderou6se de m!m A %o1 serena do ama a1! quebrou o s!3n"!oF 6 Este a&o sa&rado %a! se un!r "om as á&uas do r!o ! C4u, que * a0uente do r!o Tsan& 7o D!1em que ee brotou de uma á&r!ma da deusa Doma Soubemos depo!s que a deusa Doma "orresponde ao Aspe"to 2em!n!no D!%!na, ta "omo a deusa Meru e a amorá%e deusa uan K!n na sua m!ser!"ord!osa at!%!dade !rrad!ada de seu tempo et*r!"o sobre a "!dade de 7equ!m 6 D!1em nossas ant!&as trad!'>es 6 "ont!nuou 0aando o ama a1! 6 que e!stem mu!tos tne!s subterrJneos "omo este aqu! no paá"!o 7otaa, mas s? a&uns &randes amas os "on4e"em 7enetrando nas entran4as da terra, atra%essam o T!bete, a"an'am os Montes H!maa!as na 5nd!a, onde d!1em que 4ab!ta o Ra!o C?sm!"o Mas"u!no e "ru1ando os o"eanos, %(o term!nar no ponto "entra da SubstJn"!a Sa&rada da Terra A$ o Ra!o C?sm!"o Mas"u!no emanado do Deus 7a!6M(e en"ontra6se "om o Ra!o C?sm!"o 2em!n!no, num m!ster!oso santuár!o na Cord!4e!ra dos Andes, re&!da peo deus e a deusa Meru Soubemos ent(o que este santuár!o se"reto en"ontra6se no pano 0$s!"o, perto do a&o T!t!"a"a, nos Andes, a "ord!4e!ra sa&rada da Am*r!"a do Su O en"ontro destes do!s ra!os d!%!nos 0orma o e!o da Terra Bem no "entro deste paneta, onde estes do!s ra!os se en"ontram brota a !morredoura e %!tor!osa C4ama Tr!na da Eterna erdade Ea se er&ue da 0enda de uma ro"4a na montan4a e pro)eta6se para o Tempo Se"reto dos Grandes In!"!ados A!, a&uns d!s"$puos pr!%!e&!ados re"ebem a !um!na'(o esp!r!tua, para rea!1arem suadeusa m!ss(o no 7ano D!%!no Tempo Se"reto res!de tamb*m a 0ormosa Nada 6 a deusa do Neste Amor n!%ersa 6 membro do Conse4o Cárm!"o da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente O Ra!o Mas"u!no do H!maa!a e o Ra!o 2em!n!no da deusa Meru s(o uma at!%!dade do Esp$r!to Santo C?sm!"o Consta que o Ra!o 2em!n!no está an"orado no "ora'(o de "ada %!da, se)a 4omem, mu4er ou "r!an'a, por*m o Ra!o Mas"u!no )á te%e 4á mu!tos s*"uos a sua predom!nJn"!a Num 0uturo n(o mu!to remoto, na duradoura Idade de Ouro da Era de Aquár!o, o Ra!o 2em!n!no da deusa Meru se man!0estará em todas as at!%!dades d!%!namente qua!0!"adas sobre a 0a"e da Terra E quando "!r"uar em torno do paneta Terra, o Ra!o C?sm!"o 2em!n!no da deusa Meru se trans0ormará em m!ns"uos s?!s An)os rodeados uma auraSe"reto rosada 6das s!mbo!1ando n!%ersa Os do por Santuár!o Montan4aso Amor And!nas a"ompan4ar(o o Ra!o C?sm!"o 2em!n!no em %ota da Terra, Sua !rrad!a'(o para "ada %!da será "omo p*taas de rosas espa4adas por uma do"e br!sa É mu!to &rande a !mportJn"!a de pur!0!"ar o "ont!nente Su Amer!"ano, onde os 0!4os das &randes sub6ra'as !r(o 0ormar a S*t!ma Ra'a Dourada, re&!dos
peo santo Mestre Sa!nt4r4u e a bem6amada Mer"edes, seu "ompemento d!%!no, que s!mbo!1ará a D!%!na M(e Ceeste dos 0!4os desta S*t!ma Ra'a6 Ra!1 D!1 a trad!'(o que os 0!4os da a Ra'a6Ra!1 que outrora sur&!u do "ora'(o do deus e da deusa H!maa!a, at* o 0!m do ano do Ca%ao de 2o&o -.L/, em sua ma!or!a, de%er(o %otar ao se!o do !n0!n!to Ir(o para os Tempos da +u1 que para ees est(o preparados 7or esta ra1(o t3m su"ed!do, !mpre%!stamente, d!%ersas o"orr3n"!as, as qua!s, para a 4uman!dade, poder(o representar &randes "atástro0es mund!a!s Entretanto, eas s(o ne"essár!asF t3m a 0!na!dade de tra1er mu!tas amas de %ota ao ar d!%!no Estes 0!4os da a Ra'a Ra!1 pre"!sam abr!r "am!n4o para os 0!4os da a Ra'a Dourada E no ano do Ca%ao de 2o&o -.L/ !r(o en"arnar6se na Terra m!4ares de seres da a Ra'a6Ra!1 Em ma!or!a, ees nas"er(o na Am*r!"a do Su, onde o &rande Mestre Sa!nt4r4u está "r!ando seu Momentum 6 !sto *, sua 2or'a Motr!1, Reser%as de 2or'as, 2or'as a"umuadas para Curar, para Ens!narP Capa"!dades Mus!"a!s ou Art$st!"as ou todas as %!rtudes arma1enadas no 8tomo 7ermanente que re"o4e todas as boas a'>es de "ada en"arna'(o 4umanaF este 8tomo 7ermanente retorna em "ada en"arna'(o, tra1endo "omo dom as %!rtudes das pessoas +á, os 0!4os da S*t!ma Ra'a Dourada !r(o at!n&!r reat!%a per0e!'(o para desen%o%erem o Re!no da E%ou'(o sobre a Terra Ent(o a pr!n"!pa ener&!a do Santuár!o do +?tus A1u nos H!maa!as !rá et!n&u!r6se ou desapare"er e os bem6amados deus e deusa Meru dar(o dest!no @ re0or'ada at!%!dade de seu ma&n$0!"o Santuár!o na Am*r!"a do Su E ass!m desabro"4ará "omo uma rosa per0umada o Re!no da E%ou'(o sobre a Terra N(o se! quanto tempo 0!"amos no tne subterrJneo do paá"!o 7otaa, pensando em tudo !sto 2!"amos a! qu!etos e med!tat!%os, sem "ora&em de de!ar aben'oado A0!na, aquee o ama u&ar a1! quebrou nosso en"antamento d!1endoF 6 7re"!samos %otar, está 0!"ando tarde E sub!mos de%a&ar os %e4os de&raus de pedra at* sa!rmos no%amente @ u1 do d!a O tempo "aro de a&umas 4oras antes t!n4a mudado "ompetamente Grandes nu%ens es"uras "orr!am peo "*u A tempestade sb!ta nos surpreendeu no me!o do "am!n4o e "4e&amos @ M!ss(o An&o6Br!tJn!"a "ompetamente mo4ados e su)os de ama A "4u%a 0orte durou tr3s d!as T!%emos que esperar que os "am!n4os se"assem para poder %!s!tar o Tempo de Ne"4un&, onde %!%e o %!dente ma!s 0amoso do T!bete Apro%e!tamos o tempo para er tre"4os dos 7!taXas 6 as es"r!turas sa&radas do tradu1!ra Bud!smo ma&n!0!"amente !nd!ano, que o "4e0e m!ss(o !nd!ana, Cap!t(o Narendra Sen, para oda!n&3s
O Or2c$lo de Nec/$ng
2!namente a "4u%a passou e um so t$m!do sa!u entre as nu%ens E ass!m sa$mos para %!s!tar o Orá"uo de Ne"4un& 7assamos peo "entro da "!dade de +4assa e nossos "a%aos 0oram se&u!ndo peo mer"ado, at!n&!mos uma pan$"!e, e o&o ad!ante %!mos o &rande Tempo de Norbu!nXa, onde %!%e outro %!dente 0amoso "on4e"!do "omo o Orá"uo de Gadon&, ao qua s? t3m a"esso o Daa! +ama e seus M!n!stros Cont!nuamos "a%a&ando por "am!n4os "4e!os de "ur%as, at* que "4e&amos ao nosso dest!no O Tempo de Ne"4un& 0!"a a o!to qu!=metros da "!dade de +4assa Naquee d!a 4a%er!a uma "er!m=n!a espe"!a, "om a presen'a do &rande %!dente !n4a do !nter!or do tempo uma ms!"a b!1arra de 0autas e tambores Entramos num &rande pát!o, !mos um espetá"uo 0as"!nante O po%o se "ompr!m!a peas aas do pát!o 7or todas as partes, pendurados nas %e4as ár%ores, %!mos &randes estandartes de seda "oor!da, "om p!nturas 0antást!"as de deuses e dem=n!os Eram as 0amosas p!nturas tanXa, t$p!"as do T!bete Todo o amb!ente esta%a per0umado de !n"enso, "u)a 0uma'a sa$a de &randes !n"ens?r!os de bron1e espa4ados peo pát!o Ass!m que "4e&amos %!mos um )o%em mon&e sa!r pea &rande porta pr!n"!pa do tempo est!a um 4áb!to de seda amarea e sobre o pe!to t!n4a um meda4(o de ouro, "ra%e)ado de br!4antes, 0ormando estran4os s$mboos Esta%a suspenso ao pes"o'o do mon&e por uma &rossa "orrente de ouro Do!s no%!'os, "om seus t$p!"os 4áb!tos marrons remendados de "ores d!0erentes, se&ura%am as pontas de um on&o manto de bro"ado %!oeta, que "a$a sobre os ombros do mon&e C4e&aram a um tabado 0orrado de %eudo "armes!m, onde %!mos um trono "om amo0adas de seda amarea O )o%em mon&e sentou6se soenemente no trono Os do!s no%!'os a)oe4aram6se a seus p*s Ou%!mos o som de um &on&o e uma pro"!ss(o de no%!'os "ome'ou a des"er a es"adar!a de mármore do tempo Se&ura%am &randes estandartes de seda amarea a m$st!"a !ns"r!'(oparou OM MANI emde seda a1u 0orte"om O &rupo de no%!'os a um 7ADME "anto doHM pát!o,bordada @ sombra %e4as ár%ores, e 0!"ou em s!3n"!o Em se&u!da %!eram os An"!(os, os Grandes +amas "om suas tn!"as "or de aran)a, seus mantos "or de %!n4o, as "abe'as raspadas e os o4os d!stantes 0!tando o "*u Soaram as on&as trombetas de prata, produ1!ndo um som "aro e bon!to Os amas d!%!d!ram6 se em do!s &rupos e 0!"aram parados )unto @ es"adar!a de mármore Momentos depo!s, outro bater de &on&o E o&o sa!u do tempo uma !nda mo'a %est!da "omo uma deusa Com um andar ento e "ompassado, 0o! se apro!mando de n?s Obser%amos seu 0ormoso rosto o%a, de um tom de mar0!m, o4os &randes e amendoados, nar!1 pequeno e bon!to, e bo"a mu!to bem 0e!ta,numa p!ntada de tran'a rosa "aro "abeos Coroa%a64e pretos esta%am reun!dos &rossa que 4eSeus "a$a on&os at* os )oe4os a "abe'a um d!adema de br!4antes, turquesa e "ora 6 É a &rande sa"erdot!sa Dor&e 7omoU 6 murmurou o ama a1! ao nosso ou%!do Re"orde! uma enda que ee me "ontara sobre aquea m!ster!osa sa"erdot!sa
D!1em os t!betanos que "erta %e1 os mu'umanos tártaros !n%ad!ram a "!dade sa&rada de +4assa Det!%eram6se ante o Tempo de Ne"4un&, o qua pretend!am o"upar O &enera !n!m!&o mandou d!1er @ sa"erdot!sa Dor&e 7omo que, se ea 4e apare"esse na 0orma de uma por"a, ee n(o destru!r!a o tempo Em resposta, a 0ormosa abadessa ped!u "em3n"!a, ro&ando64e que 0osse embora "om seus sodados e de!asse seu pa$s em pa1 O &enera tártaro, sotando &ar&a4adas, entrou @ 0or'a no tempo 7ara espanto &era, n(o en"ontraram nem um ser 4umano, mas um bando de por"os e por"as que "orr!am, atordoados, de um ado para outro Aterror!1ados, os tártaros 0u&!ram e de!aram o T!bete para sempre Atr!buem6se a esta sa"erdot!sa Dor&e 7omo mu!tos poderes má&!"os, !n"us!%e este poder trans0ormar6se no pássaro ou an!ma que dese)ar, num 0en=meno denom!nado !"antrop!a N(o podemos "onstatar se !sto * %erdade, mas soubemos que Dor&e 7omo * "ons!derada "omo uma das ma!ores ma&as do T!bete O po%o se a)oe4ou re%erente ante a passa&em da &rande sa"erdot!sa 6 "ons!derada Mu4er Buda Os %e4os amas es"otaram6na at* o trono do %!dente 2ormou6se uma 0!a entre o po%o e "ome'aram as o0erendas Eram %!dros de per0ume, )o!as de ouro e prata, 0ores, e"4arpes de seda bran"a, e uma pedra sa&rada que os t!betanos "4amam dord)e 6 s$mboo do poder A um &esto da sa"erdot!sa, uns no%!'o6"r!ados troueram &randes ta"4os de "obre "4e!os de %!n4o Todos se ser%!ram @ %ontade, t!rando dos bosos de suas tn!"as on&os "opos de made!ra Soubemos que para a es"o4a da &rande sa"erdot!sa, abadessa de Ne"4un&, os amas empre&am m*todos pare"!dos "om a des"oberta dos Budas !%os Sabe6se que ap?s a morte de uma dessas abadessas, os amas se renem em "onse4o E pea bo"a de um m*d!um, ea se man!0esta, d!1endo em que u&ar e em que 0am$!a %a! renas"er Sobre a atua Dor&e 7omopassado "onta%am6se mu!toa "ur!osas T!n4am6se sete 4!st?r!as anos ap?s morte da t!ma sa"erdot!sa de Ne"4un&, sem que ea se man!0estasse "omo 4ab!tuamente Os amas esta%am preo"upados e n(o sab!am o que 0a1er Ea * a "ontraparte 0em!n!na do %!dente e a)uda6o "om sua 0or'a ma&n*t!"a e seus poderes supranorma!s Num d!a prop$"!o, !nd!"ado peos astr?o&os, um &rupo de amas sa!u de Ne"4un& d!s0ar'ados de "amponeses Andaram mu!to at* "4e&arem @ re&!(o de N&ar! !ram um &rupo de "r!an'as que br!n"a%am numa rua Deste &rupo sa!u uma men!na de uns sete anos, 0ran1!na e &ra"!osa Coo"ando as m(o1!n4as sobre o amba& -boso !nterno 0ormado peas dobras das tn!"as t!betanas/, ea 0aouF 6OMe dá m!n4a t!araU ama 0!"ou surpreso Reamente, tra1!a no boso a t!ara de br!4antes, turquesas e "ora que perten"era @ t!ma sa"erdot!sa de Ne"4un& E a men!na prosse&u!uF 6 N(o me re"on4e"es Sou aquea que pro"uram 4á sete anosU D!ante dessa pro%a, o ama a)oe4ou6se e be!)ou os p*s da men!na D!as depo!s, ea 0o!
e%ada para o Tempo de Ne"4un& "arre&ada numa r!"a !te!ra e %est!da "omo uma pr!n"esa de "onto de 0adas A 0esta no parque "ont!nuou Re"ome'aram os toques dos tambores "ompr!dos "omo os tabas !nd!anos E ao som de ms!"as e?t!"as, um bando de dan'ar!nos "ome'ou a dan'ar 0renet!"amente sa%am más"aras 0antást!"as e da%am &r!tos de ae&r!a Term!nadas as dan'as, a )o%em sa"erdot!sa que esta%a sentada ao ado do %!dente e%antou6se e 0aou numa %o1 ma"!a e &ra%eF 6 Sa%e o Orá"uo de Ne"4un&U Todos os o4ares "on%er&!ram para o )o%em mon&e sentado no trono +entamente ee se e%antou T!rou o manto "or de %!oeta e 0o! para o "entro do pát!o, onde t!n4a s!do desen4ado no "4(o, "om p?s "oor!dos, um enorme "$r"uo má&!"o Do!s no%!'os se apro!maram e "oo"aram nos ombros do %!dente uma r!"a estoa de bro"ado dourado Sobre a "abe'a "oo"aram um "apa"ete pontudo, tamb*m dourado, ornado de pedras pre"!osas 0ormando !ndos bordados As re1as "ome'aram em %o1 ata O %!dente 0e"4ou os o4os e pare"eu 0!"ar numa at!tude de &rande "on"entra'(o +o&o, seu "orpo es&u!o te%e uns estreme"!mentos 7are"!a que seu esp$r!to de!ar!a o "orpo para que ee ser%!sse de %e$"uo @s d!%!ndades tuteares Este %!dente de Ne"4un& * 0amoso por seus poderes ps$qu!"os D!1em que desde mu!to men!no re%eou seus dons med!n!"os No T!bete os %!dentes ou m*d!uns s(o tamb*m "4amados de deo& ou aquee que %otou do a*m Do u&ar onde está%amos pod$amos %er os menores mo%!mento s do %!dente de Ne"4un& Seu rosto 0o! 0!"ando mu!to pá!do O "orpo "ome'ou a ser sa"ud!do por &randes estreme"!mentos "ada %e1 ma!s 0ortes Era o "ome'o do transe Sb!to suas 0e!'>es se mod!0!"aram Os o4os abertos desmesurada mente pare"!am querer satar 0ora das ?rb!tas Sotando um &r!to estr!dente, ee num "ome'ou puar des"ontroadamente 7are"!a um dem=n!o en"arnado "orpoa 4umano Ent(o, um dos %e4os +amas er&ueu a m(o d!re!ta e o %!dente parou de puar e 0!"ou r$&!do O %e4o ama apro!mou6se de%a&ar Coo"ou uma e"4arpe de seda bran"a sobre o pes"o'o do %!dente E 0!"ou parado ao seu ado N!sso os no%!'os e os amas !n!"!aram um "anto @ me!a %o1 7are"!a um "Jnt!"o de mon&es &re&or!anos O "Jnt!"o "um!nou numa mara%!4osa torrente de sons e "essou repent!namente As 0e!'>es do )o%em %!dente se a"amaram, seu rosto tomou a epress(o de um %e4o Com o "orpo re"ur%o, e a passos tr=pe&os, ee apro!mou6se do ama que esta%a em p* a seu ado e que pare"!a "omandar sua 0or'a esp!r!tua 2e164e um &esto "om a "abe'a Ambosum "on%ersaram em %o1 ba!a O %e4o ama "4amou uma no%!'o que 4e troue roo de pape, p!n"e e t!nta O %!dente "ont!nuou 0aar "om o %e4o ama enquanto o no%!'o es"re%!a suas paa%ras Term!nada a "on%ersa, o %e4o ama t!rou do boso !nterno de sua tn!"a de seda um pun4ado de er%as se"as e deu6as ao %!dente Com &estos entos, o %!dente )o&ou as er%as num dos &randes !n"ens?r!os de bron1e e d!sse atoF
6 O4a!, !rm(osU A pr!n"$p!o n(o %!mos nada, a n(o ser uma nu%em de 0uma'a per0umada 7ou"o a pou"o 0omos per"ebendo que por entre o %*u "!n1ento da 0uma'a, 0orma%am6se 0!&uras E sb!to %!mos um paá"!o "er"ado de p!n4e!ros Yunto da &rande "ouna pr!n"!pa, passa um e*r"!to de sodados a&!tando bande!ras "oor!das Depo!s, sur&!ram %utos !mpre"!sos e o&o s? 0!"ou a 0uma'a Ter$amos s!do %$t!mas de a&uma 4!pnose "oet!%a N(o se! A ms!"a re"ome'ou O rosto do %!dente 0!"ou "r!spado e de repente ee "a!u r!)o no "4(o Sem d%!da, a d!%!ndade t!n4a se a0astado Zuatro no%!'os "arre&aram o %!dente para o !nter!or do Tempo 6 A0!na, qua!s 0oram as pred!'>es do orá"uo !nda&ou 7!erre, %otando6se para nosso am!&o a1! 6 N(o se! 6 retru"ou ee As pred!'>es s(o &uardadas em se&redo e estudadas peo Conse4o Super!or dos +amas, durante %ár!os d!as Em se&u!da s(o "omun!"adas ao Daa! Os %!dentes n(o podem "ometer erros nem dar respostas erradas Mu!tos dees )á 0oram de&radados e "ondenados @ pr!s(o perp*tua, por terem 0e!to 0asas pro0e"!as En"errando a "er!m=n!a, a )o%em sa"erdot!sa e%antou6se, tendo na m(o d!re!ta um bast(o de prata !n"rustado de pedras pre"!osas Com este bast(o ea "ome'ou a aben'oar o po%o que "orreu para n(o perder o sua%e "ontato aben'oador Conse&u!mos sa!r da "on0us(o re!nante e %otamos ao %ae, onde um "r!ado t!n4a 0!"ado tomando "onta de nossos "a%aos Sobre n?s br!4a%a o so um!noso do outono 7ara o su, 4á ma!s de tr!nta m! p*s de pro0und!dade, 0!"a%a a "!dade sa&rada de +4assa A este e oeste er&u!am6se p!"os ne%ados Ao norte, desta"a%a6se a mara%!4osa "ade!a das montan4as de araXorum +á no ato da montan4a, "ome"e! a med!tar e sb!to pare! eu mesma eá0u! r!tmo de tudodos O0ere"! br!sa4o)e 0r!a para que eade meser despertasse, noomundo o"uto amaso rosto onde @a!nda %!%em ma&!as !na"red!tá%e!sU
A >oga Ti4etana Ao de!armos o Tempo de Ne"4un&, sub!mos uma sua%e ade!ra que "ondu1!u a um panato onduado, por onde serpea%a a estrada que "ondu1!a a +4assa Sub!mos e des"emos aquees de"!%es "ortados por mansos re&atos Yá &ruta no 0!mque do panato, o "am!n4o "ome'ou a "ontornar o %ae !mos ent(o uma ma!s pare"!a um pequeno "asteo Soubemos que a! mora%a um &ont"4en, ou erm!t(o, que &ra'as @ !nter%en'(o do ama a1! te%e a &ent!e1a de nos re"eber e 0aar um pou"o "onos"o O erm!t(o era um 4omem !doso, ato, ma&ro, bron1eado, de !dade !nde0!n$%e Rosto quase sem ru&as, o4os es"uros e br!4antes, nar!1 me!o adun"o, "abeos e barbas
on&os e mu!to bran"os est!a apenas uma sun&a de a&od(o bran"o, t$p!"a do erm!t(o t!betano A &ruta esta%a !mpre&nada peo per0ume do !n"enso de sJndao, que ard!a num brase!ro As duas pe'as !n0er!ores da &ruta eram "er"adas por um muro de pedra que !soa%a a &ruta de o4os estran4 os Em "!ma, 0!"a%a o quarto do erm!t(o, onde %!mos apenas uma este!ra e a&uns !%ros Soubemos que ee prat!"a%a Ko&a e atra%*s do ama a1! per&untamos ao erm!t(oF 6 Os m*todos o&ues t!betanos t3m seme4an'a "om os da 5nd!a 6 S!m, os pr!n"$p!os 0undamenta!s da o&a pr!m!t!%a 0oram apro%e!tados pea o&a t!betana, mas nossos m*todos "ont3m mu!ta ma&!a, "on"entra'(o, med!ta'(o, pro)e'(o astra e menta!1a'>es d!%ersas O aspe"to ma!s m!ster!oso * a Tantra o&a, )á que a %erdade!ra transm!ss(o * se"reta e s? pode ser dada por um Guru qua!0!"ado, ao d!s"$puo que antes * submet!do a mu!tas pro%as A Tantra o&a %3 por trás de todas as "o!sas e apar3n"!as um enorme poder atente, que se "4ama unda!n!, ou 2o&o Serpent!no Ee dorme na base da "ouna esp!na, enroado "omo uma serpente, @ espera do despertar, que ta%e1 nem o"orra nesta %!da O despertar * uma ruptura na "ons"!3n"!a de %!&$!a, o despontar de uma "ons"!3n"!a pena, de uma super"ons"!3n"!a que está !mersa na "r!atura 4umana, mas que, de%!do ao seu adorme"!mento, ea n(o "onse&ue per"eber 6 Mas em que "ons!ste propr!amente o Tantra o&a 6 !nda&amos !nteressados 6 O Tantra * uma s*r!e de eer"$"!os que de%em ser 0e!tos sob a d!re'(o de um mestre qua!0!"ado E ees pre"!sam ser prat!"ados todos os d!as N(o 4á Tantra sem a prát!"a Ea * a ra!1 e a ess3n"!a de tudo O Tantra o&a pretende ser a Ko&a adequada @ Idade Ne&ra que o mundo está atra%essando a&ora 7ara "ada *po"a 4á um ens!namento adequado Na *po"a atua, em que a &rande "ara"ter$st!"a * a m!s"!&ena'(o, a m!stura das ra'as, das !de!as, a d!ssou'(o da 0am$!a das estruturas trad!"!ona!s, ens!namentos e prát!"as s(o mu!to te!s Ae 0?rmua bás!"a do tantr!smo seus *a poss!b!!dade da !berta'(o a!ada a uma a'(o tota, ou estado de absouta auto6rea!1a'(o 2!"amos ent(o sabendo que, entre os pr!n"!pa!s tetos tJntr!"os bud!stas, _
es astro?&!"as e d!%ersas prát!"as seua!s que despertam nos seres 4umanos os poderes atentes adorme"!dos Há uma se!ta de o&ues tJntr!"os "4amados ama"4ar!s, que usam o seo de mane!ra espe"!a e tamb*m per0umes o "4a"ra ra!1 ouEste Muad4ara, ondeestá a ener&!a do 0o&o serpent!noque de est!muam unda!n! )a1 enros"ada "entro sut! em rea'(o d!reta "om o sent!do do o0ato, e "ertos aromas !n0uem sobre ee "om 0a"!!dade 6 Zua!s s(o estes aromas 6 !nda&amos 6 Nos r!tos da o&a Tantra usamos ?eos essen"!a!s, !sto *, ess3n"!as puras
de am$s"ar, )asm!m, ma&n?!a, nardo, sJndao, pat"4u! e a'a0r(o A pr!n"!pa ra1(o para o empre&o destes per0umes e est!muar o "entro %!ta et*r!"o ou "4a"ra ra!1 O 0ato de que os per0umes ass!m usados s(o a0rod!s$a"os !nd!"a que a !b!do seua e a ener&!a 0em!n!na S4aXt! s(o uma s? "o!sa A tarde )á !a a%an'ada quando o erm!t(o deu por en"errado o nosso en"ontro Zuando de!amos a erm!da, )á era quase no!te Durante o "am!n4o de %ota, Dr essantára "omentouF 6 É estran4o que o erm!t(o o&ue n(o ten4a 0aado sobre o t"4od 6 a o&a t!betana na qua se !n%o"a o dem=n!o para destru!r a !nd!%!dua!dade 6 Certamente * porque n(o "on"orda "om estas prát!"as bárbaras 6 retruque! 6 Na %erdade, * um m*todo mu!to per!&oso prat!"ado por mu!tos pou"os o&ues "4amados os Irm(os das Sombras Estas prát!"as demon$a"as podem e%ar @ ou"ura, por !sso a ma!or!a dos Mestres o&ues pre0erem n(o 0aar sobre o t"4od
&i#ita ao# Templo# de L/a##a A a%entura des"on4e"!da está d!ante de n?s, no 0!na do "am!n4o tortuoso que sobe atra%*s do bosque e term!na nos $n&remes "on0!ns do Sudoeste de +4assa A!, na u1 "ara da man4(, desta"a%a6se "omo uma )o!a o 0amoso Tempo de C4arXpor! 6 o Co*&!o de Med!"!na do T!bete Sob a prote'(o dos O!to Budas Curande!ros, estudam e med!tam aquees que ma!s tarde ser(o os m*d!"os do T!bete Condu1!dos por a1!, de!amos a M!ss(o bem "edo a!nda e sa$mos em d!re'(o ao C4aXpor! A&um tempo depo!s atra%essamos o pát!o do tempo, desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um mon&e6 "r!ado e to"amos o &rande &on&o de bron1e, pendurado nas tra%es da porta de "edro toda es"uturada m ama atoum e !mponente ao nosso en"ontro, a"ompan4ado do!s !ndos "(es, &a&o ne&ro%e!o do Turquest(o e um pastor enorme depor or!&em europe!a O ama tem uma bea apar3n"!a, "om sua on&a tn!"a de seda a1u de man&as t(o ampas que o"uta%am totamente suas m(os T!n4a o rosto e a "abe'a raspados, 0a"es de p=muos sa!entes, o4os br!4antes, nar!1 0!no e bo"a 0!rme Os "(es "ome'aram a rosnar amea'adoramente, mas a uma ordem do ama o&o se aqu!etaram a1! ep!"ou a ra1(o da nossa %!s!ta, e o ama que resutou ser o Mestre dos A"?!tos mandou6nos entrar Andamos por ampos "orredores abertos dos ados, passamos por um pát!o !nterno sombreado de %e4as ár%ores, onde um &rupo de men!nos de %ár!as !dades br!n"a%am an!madamente est!am6se "omo pequenos mon&es, uma tn!"a de ( marrom "om remendos "oor!dos, o tra)e t$p!"o dos"om no%!'os Ees nos o4aram "ur!osos e "ont!nuaram a br!n"ar 6 S(o os 0uturos m*d!"os do T!bete 6 0aou o ama que nos re"ebera Cont!nuamos andando em s!3n"!o, at* a"an'armos os santuár!os e "apeas, "obertos de p!nturas m$st!"as Em a&umas das "apeas %!mos &rupos de
amas re1ando s!en"!osamente seus rosár!os de "ento e o!to "ontas Nas "apeas, onde a "ar!dade do d!a * sempre es"assa, ma pod$amos %er as estátuas dos deuses nos atares, sobre"arre&ados de "ast!'a!s de ouro e prata, )arras "om 0ores e o0erendas de "om!das para os deuses No Tempo de C4aXpor!, a*m das "eas, "apeas e santuár!os, %!s!tamos tamb*m as &randes saas de aua "om seus on&os ban"os de made!ra onde as "r!an'as estudam, e as saas onde os mon&es estudam Med!"!na que embram mu!to um ne"rot*r!o o"!denta, "om suas paredes bran"as, suas mesas de mármore, onde se %3 um ou outro "adá%er d!sse"ado, "4e!ro at!%o de er%as med!"!na!s e e?t!"os !nstrumentos operat?r!os Há tamb*m saas ded!"adas ao estudo da A"upuntura, as massa&ens "urat!%as Tu!6Na ap!"adas na "abe'a, testa, pes"o'o, "ouna e "osteas, "om press>es 0ortes ou e%es dos poe&ares em mo%!mentos para "!ma, para ba!o e para os ados Essa t*"n!"a se&ue o "urso dos mer!d!anos ou "ana!s que transm!tem a ener&!a eetroma&n*t!"a "4amada ! atra%*s do "orpo A e!st3n"!a destes mer!d!anos ou "ana!s e sua rea'(o "om os pontos de press(o na massa&em s(o "on4e"!das pea med!"!na or!enta 4á m!4ares de anos No Yap(o esta "ura atra%*s de massa&ens * "on4e"!da "omo Do In e 0o! adaptada do Tu!6Na Soubemos que outrora os m*d!"os or!enta!s estuda%am o s!stema %!s"era de um modo mu!to "ur!oso, que somente 4o)e, mu!tos m!3n!os passados, * que 0o! des"oberto o se&redo Em uma saa do Museu de 7equ!m 4á uma estatueta de made!ra de sJndao de uns _< "ent$metros de atura Representa um pequeno Buda, ma&ro, sereno e ere"to, apo!ado num pedesta em 0orma de ?tus m empre&ado do Museu, ao t!rar o p? dos ob)etos sob seus "u!dados, de!ou "a!r o Buda no "4(o Na queda, abr!u6se uma pequen!na porta !&norada at* ent(o, o"uta nas "ostas da estatueta peas pre&as da tn!"a E ass!m 0o! des"oberto no !nter!or do Buda um "ompeto 0e!to de te"!dos pre"!osos e "oor!dos, ?r&(os ems!stema m!n!atura%!s"era, eram per0e!tamente !m!tados, na 0orma, nas "ores "u)os e nas adequadas propor'>es A "ur!osa estatueta de Buda 0!"ou aos "u!dados de uma )unta m*d!"a "4!nesa que estudou atentamente as no'>es de anatom!a que ee ens!na%a s*"uos atrás No'>es eat$ss!mas, que, se "omparadas "om as atua!s -que tanto traba4o deram aos "!ent!stas o"!denta!s durante a Idade M*d!a e no Renas"!mento/, s(o per0e!tas O ma!s !nteressante * que "ada ?r&(o en"ontrado dentro da ant!&a estatueta de made!ra tem "u!dadosas !nd!"a'>es que 4e de0!nem o nome, as d!mens>es norma!s no ser 4umano, o peso e a o"a!1a'(o Este Buda do Museu de 7equ!m mere"eu re"entemente mu!tas re0er3n"!as na !mprensa mund!a, !n"us!%e uma reporta&em na re%!sta Consta que estatuetas "omo0ran"esa esta do7ar!s6Mat"4 Buda de 7equ!m, e tamb*m desen4os m!nu"!osos de anatom!a, eram usados peos ant!&os m*d!"os "4!neses, )aponeses e t!betanos, para 0a1erem seus d!a&n?st!"os, po!s os ant!&os "ostumes n(o perm!t!am que o pa"!ente se desp!sse na 0rente do m*d!"o Tamb*m a aut?ps!a n(o era perm!t!da peas e!s or!enta!s
Os m*d!"os t!betanos a!nda 4o)e usam mu!to a astro6d!a&nose, baseados nos estudos da Astroo&!a Da$ 4a%er mestres astr?o&os dando auas no Co*&!o de Med!"!na do T!bete Soubemos que na anatom!a 1od!a"a "ada s!&no tem um ponto 0ra"o por onde "ome'am as doen'as E ass!m, num estudo "omparat!%o apro!mado dos s!&nos or!enta!s e o"!denta!s, os do1e s!&nos 1od!a"a!s re&em os se&u!ntes ?r&(osF Rato ou 8r!es 6 re&e a "abe'a B0ao ou Touro 6 re&e a &ar&anta e a &Jndua t!re?!de T!&re ou G3meos 6 re&e bra'os, m(os, apare4o resp!rat?r!o +ebre ou CJn"er 6 re&e o apare4o d!&est!%o e o peo soar Dra&(o ou +e(o 6 re&e o "ora'(o e a "ouna %ertebra Serpente ou !r&em 6 re&e !ntest!nos, ba'o e 0$&ado Ca%ao ou +!bra 6 re&e os r!ns, supra6rena!s e re&!(o ombar O%e4a ou Es"orp!(o 6 re&e os ?r&(os &en!ta!s e o apare4o e"retor Ma"a"o ou Sa&!tár!o 6 "oa&!a, art!"ua'>es dos quadr!s Gao ou Capr!"?rn!o 6 os )oe4os e art!"ua'>es do "orpo C(o ou Aquár!o 6 torno1eos e "!r"ua'(o san&u$nea 7or"o ou 7e!es 6 p*s, ossos e ms"uos, &Jndua p!nea, 0!bras ner%osas, "!r"ua'(o da etrem!dade do "orpo, as &Jnduas a"r!ma!s, o "ana raqu!d!ano e at* "erto ponto os ?r&(os da reprodu'(o Sa!ndo das saas de aua, nos det!%emos on&amente no &rande terra'o que "!r"unda o Tempo de C4aXpor! A! repousamos os o4os e mente "ontempando a !nda "!dade de +4assa, que ao on&e se estende em d!re'(o ao Norte O so )á !a se es"ondendo atrás das nu%ens e era tempo de part!r De!amos o terra'o, per"orremos de no%o mu!tas saas, "apeas e santuár!os, passamos peo Atar dos Sa"r!0$"!os, onde se a!n4am as estátuas douradas em taman4o natura dos O!to Budas Curande!ros, a&rade"emos a 4osp!ta!dade dos amas e %otamos @ +4assa Ma!s bon!to que o Tempo de C4aXpor! 6 a Montan4a de 2erro 6 e qu!'á mesmo que o paá"!o 7otaa * o 0amoso Drepun& tamb*m "4amado Drebun& ou Tempo do Mont(o de Arro1 7are"e uma p!rJm!de bran"a "4e!a de tempos "om te4ados dourados A bra n"ura do Mont(o de Arro1 se desta"a entre as montan4as a1ua das que o "!r"undam É um dos ma!s poderosos e popuares moste!ros de +4assa Está s!tuado "er"a de tr3s m!4ares a Oeste da "!dade e nee, se&undo uns, %!%em sete m! amas e, se&undo outros, de1 m!, d!%!d!dos em sete "o*&!os aut=nomos, "ada um re&!do por um Abade e um Tesoure!ro Estes quator1e 4omens re&uam toda a "omun!dade, &rande dema!s ser %!%e d!r!&!da umpa&as s? 4omem Como todo stempo t!betano, o Mont(o para de Arro1 daspor taas peos "amponese que "ut!%am seus "ampos M!4ares de "amponeses t!betanos "ontr!buem para estas depend3n"!as 0euda!s e para o sustento do traba4o esp!r!tua dos amas, de quem n(o se e!&e nen4um traba4o manua, a n(o ser preparar o t$p!"o "4á amante!&ado ne"essár!o para ees
Nossa "4e&ada n(o pare"eu pro%o"ar nen4uma "ur!os!dade em n!n&u*m Os &randes port>es de 0erro esta%am abertosP entramos tranqu!amente peas %astas aas a)ard!nadas Nen4um dos Abades esta%a no Tempo, apesar de terem s!do a%!sados de nossa %!s!ta d!as antes E%entuamente en"ontramos um )o%em no%!'o que pou"o "on4e"!a o tempo Me!o amedrontado, ee 0o! nos a"ompan4ando atra%*s das !nmeras saas e "apeas No me!o de um parque, %!mos um pequeno paá"!o de te4ado re"ur%o que ser%e para 4ospedar o Daa! +ama e o Re&ente em sua %!s!ta anua Nas paredes deste paá"!o, entre p!nturas re!&!osas, %!mos um poema es"r!to peo I Daa! +ama, que era um renomado poeta e "4ama%a6se Tsan Kan& Gatso O +ama a1! nos tradu1!u o poema que anotamos, de%!do a sua de!"ada bee1aF 7ássaro bran"o, empresta6me tuas asasU N(o !re! mu!to on&e, am!&o Ap?s "ontornar o a&o +! Tan&, aqu! mesmo, pert!n4o, o&o 4e! de %otar, pássaro bran"oU Caa!6%os, ru!dosos papa&a!osU No bosque dos sa&ue!ros, o pássaro D)omo quer "antar e sa!bam 6 o seu "Jnt!"o * má&!"oU A4U se)am ou n(o terr$%e!s os deuses e dem=n!os que me se&uem, quero que se)as m!n4a, ? do"e ma'( que ten4o ante os o4osU Sem d%!da, n(o es"apará ao e!tor o %eado tom pa&(o que pare"e "onter os %ersos daquee ant!&o 4omem6deus do 7a$s das Ne%es A poes!a atua "omo drena&em o !n"ons"!ente Em 0rente ao pequeno paá"!o, 4á um re!"ár!o em est!opara !nd!ano "4amado stupa, que "ont*m o "orpo do Grande +ama Kon Tenu, que era mon&o e possu$a &randes poderes ps$qu!"os Os &3n!os tuteares deste monumento s(o as tseru6ma ou C!n"o N!n0as da +on&a !da, "u)as estátuas de bron1e &uardam a entrada, ao ado de uma outra estátua representando o deus Haa&r!%a O !nter!or do Tempo do Mont(o de Arro1 * ma)estoso, por*m nada tem que o d!0eren"!e mu!to dos outros tempos t!betanos que t$n4amos %!s!tado Soubemos que este Tempo do Mont(o de Arro1 *, por*m, uma e"e'(o na po$t!"a t!betana Ee * "ons!derado a 0a%or dos "4!neses e ant!o"!denta Da$ o 0ato da ma!or!a de seus amas %!rem do T!bete Or!enta, que está sob a o"upa'(o "4!nesa O dese)o de "on"!!ar a C4!na e o T!bete * a ra1(o desta at!tude ant!o"!denta Sa!ndo do Tempo do Mont(o de Arro1, montamos em nossos "a%aos e 0omos em d!re'(o ao Moste! ro de Sera ou Cer"a da Rosa S!%estre, que 0!"a a do!s qu!=metros ao norte de +4assa Ee 0!"a no ato de uma "o!na "4amada Ta T! Yun, 0amosa por "onter m!nas de prata e que rode!a todo o
po%o t!betano %ote a med!tar nas paa%ras do testamento po$t!"o do .Q Daa!, 0ae"!do em .L: Este do"umento, "onser%ado a!nda 4o)e no paá"!o 7otaa e "u)a "?p!a 0o! e%ada peo Corone Koun&4usband paa o Museu Br!tJn!"o, d!1 o se&u!nteF #No ano do T!&re de 2erro -.L;, a re!&!(o e a adm!n!stra'(o se"uar do T!bete ser(o ata"adas peas 0or'as da 23n! erme4a O . Daa! e o 7an"4en +ama ser(o %en"!dos peos !n%asores As terras e as propr!edades dos moste!ros ama$stas ser(o d!%!d!das e d!str!bu$das entre os !n%asores Os nobres e as atas persona!dades do Estado ter(o suas terras e seus bens "on0!s"ados e ser(o obr!&ados a ser%!r @s 0or'as !n%asoras para n(o morrer Contudo, a &rande u1 esp!r!tua que, 4á s*"uos, br!4a sobre o T!bete, n(o se apa&ará Ea aumentará, se d!0und!rá e respande"erá na Am*r!"a do Su e, pr!n"!pamente nas terras de O 2u San& -./, onde será !n!"!ado um no%o "!"o de pro&resso "om a no%a s*t!ma ra'a dourada# Se&undo nos !n0ormou o ama a1!, o atua . Daa! 6 que n(o * a reen"arna'(o do %erdade!ro Daa! 6 para n(o ser apr!s!onado, 0u&!rá para a 5nd!a O !n"r$%e "aos que 4á s*"uos re!nou na 8s!a, %otará a re!nar no 7a$s das Ne%es Os amas ar&ar(o os rosár!os e pe&ar(o nas armas Isto 0e16nos embrar que o dest!no do atua Daa! embra o de De%adata 6 un dos d!s"$puos de S!darta Gautama, o Buda, e que era pr!mo de sua esposa, a pr!n"esa Kasod4ara Conta6se que, atra%*s das prát!"as da o&a, De%adata "onse&u!u desen%o%er &randemente seus poderes ps$qu!"os ou #s!dd4!s# Certa %e1 um Mara)á o0ere"eu uma r!"a ta'a de ouro ao 4omem que pudesse a"an'á6a, sem sub!r no topo do bambu, onde esta%a pendurada !eram mu!tos ma&os e 0aqu!res para tentar a pro%a Em %(o !n%o"aram seus poderes o"utos Sabendo do que se passa%a, De%adata 6 or&u4oso dos seus poderes 6 reso%eu "ompet!r Sentou6se no "4(o, perto do trono do Mara)á e "on"entrou todaaos a sua 0or'anomenta E o po%o assombrado %!u De%adata !r se ee%ando pou"os ar E ass!m, e%!tando, "onse&u!u obter a ta'a sem sub!r no bambu Contente "om sua 0a'an4a, De%adata 0o! pro"urar o Buda e narrou64e o o"orr!do O Sub!me sorr!u e respondeu mansamenteF 6 De que %aem estes poderes, meu 0!4o Nada s!&n!0!"am para teu pro&resso esp!r!tua S(o apenas demonstra'>es %(s Ind!&nado, De%adata !rr!tou6se "om a resposta do Ium!nado, e abandonou6o 2o! para a "!dade e "ome'ou a pre&ar "ontra ee Buda "ont!nuou sereno e de!ou De%adata entre&ue ao seu pr?pr!o dest!no ma tarde, De%adata "am!n4a%a pea 0oresta )unto "om seus d!s"$puos quando, de repente "a!u dentro de Desesperado are!as mo%ed!'as Apesar de toda sua n(od!s"$puos t!n4a %!sto o per!&o %!u que !a a0undando "ada"ar!%!d3n"!a %e1 ma!s Os "orreram para sa%á6o Mas nada "onse&u!ram E De%adata morreu "o4!do peas are!as mo%ed!'as 7oss!%emente, apesar de todo seu poder, o mesmo a"onte"erá "om o . Daa! +ama Bre%e terá que d!1er adeus aos seus 0amosos t$tuos de
em &era e se)am "uradas todas as suas doen'as e de0!"!3n"!as, de modo que em todo u&ar e em toda a parte, 4a)a per0e!'(o, pa1, sabedor!a, sant!dade, amor, san!dade e pure1a E ass!m seráU Eu %os a&rade'o# Term!nado o apeo, o ama a1! sorr!u, mandou que eu sentasse num amo0ad(o perto dee e 0aouF 6 Esta 0o! a 0ase 0!na da tua !n!"!a'(o A&ora, teu "orpo * um "ana da D!%!ndade +embra6te sempre d!sto e pro"ura "onser%á6o !%re, para n(o !mped!res a man!0esta'(o do 7a! dentro do santuár!o do teu pr?pr!o ser Yá 0!1 des"er sobre t! os 0uos "?sm!"os aben'oadores Ass!m "omo me !n!"!aram eu te !n!"!e! Mas n(o penses que at!n&!stes o Mestrado nem que aqu! term!na tua !n!"!a'(o D!ante de t! está o mundo e ee será teu &rande mestre Se! que ma!s tarde, depo!s que %otares ao O"!dente, su"umb!rás a mu!tas atra'>es mundanas ta%e1 esque'as a&uns dos ens!namentos que te 0oram dados aqu! para a*m do tempo %e)o que so0rerás mu!tas "an!as tra!'>es sent!rás mu!ta so!d(o en%e4e"erás so1!n4a e ent(o, depo!s de mu!to so0rer "umpr!rás tua m!ss(o esp!r!tua N(o te a0!)as, porque tuas quedas s(o ne"essár!as para que possas sent!r a dor do erro e a do'ura do tr!un0o 2!"arás t(o s? que te sent!rás perd!da no me!o da mut!d(o 7ou"os am!&os 0!"ar(o "ont!&o mas tua &rande sa%a'(o será a C4ama !oeta somente ea te !bertará quando "4e&ar a 4ora das &randes má&oas Ba!e! os o4os "omo%!da, enquanto o ama prosse&u!aF 6 A&ora %ou ens!nar6te uma !n%o"a'(o de prote'(o pessoa que tamb*m ser%e para toda pessoa que o 0!1er s!n"eramente Trata6se do autopasse ma&n*t!"o de pur!0!"a'(o "om a C4ama !oeta +e%ante6se e estenda as m(os abertas para o ato "omo se est!%esse re"ebendo b3n'(os A&ora rep!ta em %o1 ataF Bem6Amada D!%!napur!0!"a!, Eu Sou em m!m, Bem6Amado As"ens!onado 7resen'a Sa!nt Germa!n, pur!0!"a!, pur!0!"a! estas m(osMestre "om a trans0ormadora C4ama !oetaU -7asse as m(os da "abe'a aos p*s e sa"uda6as enquanto d!1F/ Ret!ra! do meu "orpo toda substJn"!a !mpura e es"ura e pe&a)osa e trans0orma!6a "om a C4ama !oetaU -7asse as m(os peo ado esquerdo, depo!s peo ado d!re!to, sempre sa"ud!ndo os dedos e as m(os para epe!r a ener&!a ne&at!%a/ Rep!ta as paa%ras e os mo%!mentos sete %e1es e term!ne d!1endo em %o1 ataF Bem6amada 7resen'a D!%!na Eu Sou em m!m, bem6amado Mestre Sa!nt Germa!n, pur!0!"a!, pur!0!"a!, pur!0!"a! esta ener&!a e trans0orma!6a em pa1, sade, ae&r!a, prosper!dade sabedor!a m!msent! e para 4uman!dadeU Term!nado o passe ma&n*t!"oe da C4ama para !oeta, um toda &rande bem6estar otamos a nos sentar sobre os amo0ad>es e o ama a1! ep!"ouF 6 Com este passe ma&n*t!"o podemos !mpar "ompetamente nosso "orpo das más %!bra'>es m %!dente poderá %er sa!r de nosso "orpo uma substJn"!a es"ura e pe&a)osa que esta%a ader!da em nossa aura 7rat!"ando
este passe d!ar!amente, 0!"aremos "om nossos "orpos esp!r!tuamente !mpos Hou%e um bre%e s!3n"!o m %ento sua%e entrou pea )anea e a&!tou as on&as man&as da tn!"a amarea do ama 6 7equen!na !rm(, d!%u&a estes ens!namentos nos teus es"r!tos Menta!1e! tua %!nda aqu! 4o)e, para que a s?s, eu pudesse transm!t!r esta !n!"!a'(o 0!na 6 Honorá%e ama 6 d!sse eu 6 por 0a%or 0ae um pou"o ma!s sobre meu 0uturo no O"!denteU 6 7ou"o * o que posso re%ear para a*m do tempo meus pobres o4os %eem a&umas ae&r!as e mu!tos so0r!mentos reen"ontrarás aquee a quem amaste em outras %!das %!a)ar(o )untos por terras estran&e!ras mas ap?s %!nte anos o perderás serás m(e de "!n"o 0!4os 4omens, mas todos "om Carma mu!to "urto Terás uma !nda mans(o or!enta, )unto a um a&o dos ?tus bran"os a*m das Montan4as do 7oente e a perderás %!%erás a&um tempo em terras atas e 0r!as no teu pa$s, numa outra mans(o 0e!ta "om á&r!mas serás "aun!ada e tra$da por quase todos os am!&os s? te restará a C4ama !oeta depo!s um d!a !rás %!%er so1!n4a, on&e do u&ar onde nas"estes numa pequena "!dade perto do mar, numa "as!n4a bran"a e s!mpes rodeada de 0ores traba4arás, es"re%erás mu!tos !%ros, so0rerás e aprenderás a ser 4um!de ent(o quando t!%eres "er"a de sessenta e "!n"o anos, * poss$%e que %otes ao Grande A*m e reen"ontres a pa1 E er&uendo a m(o d!re!ta, o ama a1! aben'oou6me dando por en"errado nosso en"ontro
@ltima &i#:o da Cidade Proi4ida De!amos +4assadanoman4( qu!ntoque d!a da pr!me!ra +ua DeX! das 2a!as Amareas 2o! onas pr!me!ras 4oras sa$mos da rua +!n&Xa, "ru1amos mer"ado, as o)as do quarte!r(o de S4o e a0!na "4e&amos @s mar&ens do r!o ! De!á%amos a "!dade sa&rada de +4assa ta%e1 para sempre, !n!"!ando nossa on&a %!a&em de %ota ao mundo o"!denta +e%amos pou"o tempo para a"an'ar o u&ar do embarque Da! em d!ante $amos atra%essar "er"a de sessenta m!4as atra%*s do r!o, at* "4e&ar @ )un'(o de suas á&uas "om o 0amoso r!o Tsan& 7o Sent! uma "erta nosta&!a quando a &rande bar"a quadrada "ome'ou a mo%er6se, ao r!tmo da "an'(o b!1arra dos remadores A "!dade dos deuses 0o! 0!"ando d!stante O enorme paá"!o 7otaa e a bea "o!na de C4aXpor!, "om seu e!mponente de Med!"!na os tempos da Cer"aTa%e1 da Rosa S!%estre do Mont(oCo*&!o de Arro1, o&o d!m!nu$ram de taman4o do ato de a&uma )anea do Tempo de C4aXpor!, meu am!&o e mestre, o ama a1!, me a"enasse um adeus VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Mu!ta "o!sa o"orreu no Or!ente e no mundo desde o d!a em que de!amos pea t!ma %e1 o 7a$s das Ne%es Cumpre d!1er que es"re%! este !%ro 4á quase tr!nta anos atrás -esta ed!'(o * de .L 6 NR/, o&o ap?s m!n4a "4e&ada ao Bras! Os or!&!na!s 0!"aram &uardados, adorme"!dos na &a%eta de m!n4a mesa de traba4o, "on0und!dos "om a m!n4a papeada Cre!o que me 0ata%a est$muo para pub!"á6o, po!s sab!a que naquea *po"a o !%ro "ausar!a um !mpa"to na mente dos e!tores, que 0a1!am do T!bete uma %!s(o de mara%!4a, quando a rea!dade * bem outra Ho)e, reso%! tra1er a pb!"o esta no%a ed!'(o, a"res"!da de mu!tos ens!namentos que antes n(o pod!am ser d!%u&ados Daquea *po"a d!stante em que est!%e no T!bete, que e%o"o a "ada momento, n(o posso de!ar de ass!naar o 0ata "umpr!mento de pro0e"!a do .Q Daa! +ama que morreu em .L:, "u)as paa%ras trans"re%o nesta obra Como * do "on4e"!mento &era, em ma!o de .L;<, o T!bete 0o! !n%ad!do peas tropas "4!nesas O atua re! ama, o . Daa!, 0u&!u para T1epur 6 t!ma esta'(o antes dos H!maa!as 6 0ronte!ra da 5nd!a "om o T!bete otou de no%o @ sua pátr!a, para anos depo!s 0u&!r outra %e1 para a 5nd!a, em .L;L, onde permane"e at* 4o)e Esta 0u&a o"as!onou uma 0orte ater"a'(o entre o Go%erno !nd!ano e o Go%erno "4!n3s, 0ato que "um!nou "om um ataque das tropas "4!nesas @ 5nd!a em .L_:, "4e&ando depo!s os do!s pa$ses a um a"ordo de pa1 De 7ar!s, nosso am!&o 7!erre Yu!en +a0o! en%!a uma reporta&em sobre o t!mo Daa! +ama, que re0u&!ado 4á de1o!to anos no nordeste da 5nd!a, a!nda * o "4e0e esp!r!tua de o!tenta e "!n"o m! t!betanos que o a"ompan4aram no e$!o E nesta reporta&em ee d!1F 6 Eu sou o t!mo Daa! +amaU 7rote&!do pea po$"!a, por &uarda6"ostas e peo e*r"!to !nd!ano, o Daa! +ama, sabe que suas esperan'as de &an4ar a bata4a pea %ota ao T!bete, s(o remotas O re!6deus, atuamente "om quarenta e um anos, d!1 que será o t!mo da sua esp*"!e, que a era dosde re!s6deuses "om ee de O "enár!o onde ee %!%ee pare"e sa$do um "onto term!nará de 0adasF a"o"4oados nu%ens 0utuam no "*u de um a1u pá!do mara%!4oso No ponto de en"ontro entre o "*u a1u e a terra, enormes montan4as ne%adas br!4am na u1 bran"a e dourada do entarde"er Da "o!na poe!renta que atra%essamos, sobem o"as!onamente a&umas %o1es e at!dos de "(es, s(o os +4assa6 apso 6 os "(es sa&rados do Daa! 2ora !sto, tudo * s!3n"!o 7erante nossos o4os er&uem6se "o!nas %erde)antes, por trás das qua!s se ee%am &!&antes"as montan4as de &eo "r!sta!no Numa destas "o!nas 0!"a a "asa do Daa! +ama, t(o !na"ess$%e, aparentemente, "omo um n!n4o de á&u!a Mas o "asteo deste "onto de 0adas * uma %erdade!ra estrada na montan4a * $n&reme e tortuosa, e "ondu1 @ "asaarmad!4a de te4adoA%erde, e term!na num be"o sem sa$da A estrada * t(o estre!ta que um n!"o sodado armado pode boqueá6a "ompetamente Há nos arredores mu!ta &ente armada 7or toda parte, sodados, sodados e ma!s sodados A estrada atra%essa de1o!to qu!=metros de terr!t?r!o m!!tar
Depo!s, %em um %!are)o, onde a po$"!a se"reta se sente per0e!tamente em "asa O nome do %!are)o * D4aramsaa, o que, na !n&ua&em bud!sta, s!&n!0!"a uma "asa que pode ser ut!!1ada por quaquer pere&r!no 6 uma "asa6as!o 6 para os ma!s pobres dos 0!*!s Em D4aramsaa %!%e um 4omem que os bud!stas "ons!deram o ser ma!s "rente de todos os "rentes, o Daa! +ama, o re!6deus dos t!betanos Ee e de1 m! de seus adeptos 0u&!ram em .L;L do e*r"!to de o"upa'(o da C4!na "omun!sta, !ndo para a 5nd!a Há duas %ers>es Se&undo uma dessas %ers>es, os an0!tr!>es !nd!anos ter!am tra1!do o Daa! +ama para aquee %!are)o !soado no Nordeste do pa$s para prote&36o da e%entua %!n&an'a dos a&entes "4!neses Mas, de a"ordo "om a outra, os !nd!anos ter!am en%!ado seu 4?spede em!nente @quee u&ar a0astado para que sua presen'a n(o atrapa4asse as ne&o"!a'>es de pa1 entre a 5nd!a e a C4!na "omun!sta O Daa! +ama n(o &o%erna ma!s o Teto do Mundo, mas %!%e prat!"amente en"ausurado naquea 0oresta de ares pur$ss!mos E n(o pode sa!r de á, a n(o ser quando o proto"oo o perm!te O proto"oo * o &o%erno da 5nd!a, que "u!da do Daa! A 5nd!a n(o re"on4e"e o &o%erno no e$!o do Daa! +ama, "omo a!ás n(o o re"on4e"e nen4um pa$s do mundo Mas o &o%erno !nd!ano se sente responsá%e por ee, pa&a64e uma d!ár!a de "er"a de :< rp!as -uns < "ru1e!ros/ e p>e @ sua d!spos!'(o os sodados e a po$"!a se"reta que &uardam sua res!d3n"!a "4amada #Bar"o da 2*#, %!nte e quatro 4oras por d!a É a n!"a "asa que n(o tem nmero Os t!betanos "ompraram6na de um r!"o "omer"!ante !nd!ano, "om toda a pre"!osa mob$!a ant!&a Ea "omporta depend3n"!as para empre&ados e um tempo aneo @s "eas de um moste!ro A "asa so1!n4a * um %erdade!ro po%oado, e em t!betano * "4amada #T4eX"4en C4oe!n 6 o Bar"o da 2* A )u&ar pea quant!dade de sodados de%e ser umma&ro %erdade!ro bar"o de &uerraum tamb*m m sodado !nd!ano, e moreno, usando turbante amareo, * o pr!me!ro a nos barrar o "am!n4o Tr3s &uarda6"ostas do Daa! se apro!mam Na "asa de &uarda est(o sentados tr3s a&entes da po$"!a se"reta !nd!ana Somos obr!&ados a preen"4er quest!onár!os, ep!"ando o sent!do e o ob)et!%o de nossa %!s!ta ao Daa! O quest!onár!o de%e ser preen"4!do em tr3s %!as Depo!s d!sso, os &uarda6"ostas nos a"ompan4am at* a saa de aud!3n"!as De on&e, e mu!to d!s"retamente, somos se&u!dos por a&entes !nd!anos @ pa!sana, os qua!s, por sua %e1, s(o se&u!dos por t!betanos d!s0ar'ados @ sombra de ár%ores, que eaam um per0ume !ntenso E ent(o, de repente, 4á pa1 e s!3n"!o Ao 0undo, 4omens de "abe'a des"oberta passam s!en"!osamente ma are!ra de 0erro está a"esa enotn!"as "entroamareas da saa de aud!3n"!as D4aramsaa está s!tuada a .<< metros de at!tude S(o eatamente .< 4oras da man4( Na saa de "on0er3n"!as @ nossa d!re!ta, outra are!ra de 0erro a"esa Há quatro 4omens esperando, "om seus un!0ormes surrados de a&od(o a1u6"!n1a Est(o sentados num so0á
a"o"4oado "4e!o de amo0ad>es O m!n!st*r!o do &o%erno do T!bete no e$!o está em sess(o Entre os M!n!stros da se&uran'a, re!&!(o, 0!nan'as, e"onom!a e edu"a'(o está sentada Sua Sant!dade o Daa!, "4e0e esp!r!tua e ao mesmo tempo pr!me!ro M!n!stro Com sua tn!"a "or de %!n4o sem man&as, sua estoa de seda amarea sobre o ombro d!re!to, seu re?&!o de puso su$'o, o d*"!mo quarto Daa! +ama * o n!"o ponto "oor!do nesta "on0er3n"!a de persona!dades &r!sa4as O puso apo!ado na testa, o bra'o d!re!to mostrando as mar"as de %ar$oa, ee * a pr?pr!a !ma&em do #O 7ensador#, de Rod!n Nen4um &esto, nen4u m sussurro Os m!n!stros 0a1em epos!'>es sobre o d*0!"!t do or'amento, os traba4os de repara'(o ne"essár!os, as perspe"t!%as de penr!a na Co=n!a de Msor, no su da 5nd!a Ees 0aam em t!betano, e Ten1!n Ge"4e, o se"retár!o part!"uar do Daa!, dá a&umas bre%es ep!"a'>es sobre o que está a"onte"endo na reun!(o A )u&ar peos sembantes 0e"4ados dos m!n!stros ees pare"em estar tratando do bem6estar un!%ersa Nada !nd!"a que ees n(o representam os se!s m!4>es de t!betanos, quando na rea!dade ees s? &o%ernam seus o!tenta e "!n"o m! sd!tos que 0u&!ram para a 5nd!a S(o 4omens do ant!&o re&!me O"as!onamente, o Daa! surpreende quando toma a paa%ra Ee e%anta a "abe'a e 0aa num tom sua%e, mas !ntenso, "omo se est!%esse "antando uma "an'(o, e %a! sub!n4ando as paa%ras "om seu !nd!"ador d!re!to e a&umas %e1es epode em &ostosa &ar&a4ada Os m!n!stros tomam a !berdade de sorr!r Ant!&amente, em +4assa, "ap!ta do estado 0euda do T!bete, ees n(o ousar!am nem mesmo e%antar os o4os para o Daa! Somente os membros das tr3s ma!s atas, das sete "asses nobres, t!n4am perm!ss(o de se d!r!&!r ao re!6deus no trono do +e(o, e, naturamente, somente quando eram espe"!amente "on%!dados De1o!to anos no e$!o n(o podem et!rpar uma trad!'(o que, durante quatro"entos anos, 0ortae"!dase&undo pea 0* eapea e! Este 4omem,a que pare"e serdo4umano, * na 0o! rea!dade, "ren'a t!betana, en"arna'(o deus A%aoX!tes4%ara 6 o deus da Bondade e da M!ser!"?rd!a Mesmo os m!n!stros @s %e1es se prostram aos seus p*s É poss$%e que tudo !sto represente para o Daa! um &rande peso Zuando ee t!n4a uns . ou .; anos, e )á era "ons!derado "omo re!6deus, tomou pena "ons"!3n"!a da rea!dade do mundo moderno ao !nau&urar a u1 e*tr!"a e a 0or'a na "!dade med!e%a de +4assa 7or esta o"as!(o, ee p=de ass!st!r a a&uns 0!mes o"!denta!s, "o!sa absoutamente !n*d!ta no T!bete, e notou ent(o o quanto seu re&!me era utrapassado Atuamente, ee ret!ra de!"adamente os p*s do a"an"e de todos os "rentes que 0a1em men'(o de querer be!)á6os, e a)uda 0!e a se e%antar Os po$t!"os t!betanos darap!damente %e4a &uardao %eem "om maus o4os esta mudan'a no proto"oo Ees "ont!nuam ape&ados aos %e4os "ostumes e est(o d!spostos a 0a1er por ees os ma!ores sa"r!0$"!os Os saár!os dos que ser%em ao &o%erno t!betano no e$!o s(o t(o ba!os que os pr?pr!os m!n!stros s(o @s %e1es obr!&ados a %ender a&um tesouro de 0am$!a que "onse&u!ram e%ar
"ons!&o, para poder 0e"4ar o baan'o do 0!m do m3s O Daa! pare"e "ansado da tr!pa 0un'(o que tem de eer"er, "omo deus, sumo6sa"erdote e pr!me!ro m!n!stro Durante sua t!ma apar!'(o pb!"a, no 0est!%a de #aa"4aXra# -Roda do Temmpo/ na pro%$n"Fa de +adaX4, no H!maa!a !nd!ano, ee pro%o"ou um "4oque nos %!nte e "!n"o m! pere&r!nos ao !ns!nuar que ta%e1 n(o pudesse ma!s permane"er mu!to tempo entre ees Os assessores o&o espa4aram que, "om aquea 0rase, Sua Sant!dade n(o qu!sera se re0er!r @ morte, mas apenas a um re&!me de en"ausuramento a!nda ma!s se%ero Mas a de"ara'(o "4o"ou ma "o!sa * "ertaF o Daa! a!nda "ont!nua "umpr!ndo sua tr!pa 0un'(o, mas "om mu!tas restr!'>es E, ass!m mesmo, somente porque seu po%o quer que ee "ont!nue a eer"36a e porque o dest!no do T!bete e o da m!nor!a sem ar que ee &o%erna o e!&em Zuando ee d!1 que será o t!mo Daa! +ama, tem per0e!tamente "ons"!3n"!a do que está a0!rmando Ee sabe que aquea s!tua'(o n(o pode "ont!nuar e que seu po%o de%e !r se a"ostumando, aos pou"os, @ trans!'(o O Daa! nas"eu no T!bete, numa atmos0era !nte!ramente med!e%a, e "onse&u!u, por seu pr?pr!o es0or'o, adaptar6se @ rea!dade do mundo atua Os obser%adores a"red!tam p!amente que ma!s "edo ou ma!s tarde ee %otará ao T!bete Ee representa, na rea!dade, para o pa$s, a !ma&em do pa! responsá%e, em quem todos podem ter "on0!an'a, e s? ee pode reun!0!"ar esse po%o pro0undamente d!%!d!do Zuando o d*"!mo ter"e!ro Daa! morreu, d!1em que sua "abe'a se !n"!nou sub!tamente em d!re'(o ao +este Isto 0o! "ons!derado "omo um pr!me!ro s!na das mudan'as rad!"a!s Ma!s tarde nas"eu um "o&umeo numa das p!astras do paá"!o 7otaa e "ome'ou a "res"er !n"!nado para o +este m mon&e te%e a %!s(o de uma "asa re0et!da num a&o, de onde, em pr!n"$p!o, de%er!a sa!r a reen"arna'(o do no%o Daa! Esta "asa 0o! en"ontrada e tamb*m o men!no de "!n"o anos que sub!u ao Trono do +e(o do T!bete em 0e%ere!ro de .L
re0e!'>es Ee trata "om "ar!n4o as "r!aturas e as 0ores Zuando um 0ot?&ra0o quer!a "am!n4ar !nd!s"r!m!nadamente peo )ard!m, ee e"amou de!"adamenteF 7or 0a%or, n(o p!se a$ É um "ante!ro de 0ores e eu a"abe! de semear tu!pas Numa )aua 4á um "oe4o bran"o 6 2o! m!n4a !rm( quem me deu 7re0!ro outros an!ma!s "omo &atos, porque s(o !mpos e me!o se%a&ens 6 d!1 o re!6deus Zuando um 0ot?&ra0o pede para 0oto&ra0ar a pama de suas m(os, o Daa! 0!"a ner%osoF #7ara que o"3 quer mostrar as !n4as de m!n4as m(os a a&u*m, para saber quanto tempo ten4o a!nda de %!da# E 0e"4ou as m(os num &esto de"!d!do Com o passar do tempo, sua des"on0!an'a 0o! aumentando Zuando era ma!s no%o d!1em que ee "on0!ou um d!a "er"a de um m!4(o de "ru1e!ros a um 4omem de ne&?"!os !nd!ano para #um !n%est!mento se&uro# O 4omem desapare"eu para sempre O Daa! tem de 0!nan"!ar seu &o%erno no e$!o, e está @ be!ra da 0a3n"!a Sua de"ep'(o * mu!to &rande #Apesar de tudo 6 d!1 ee 6, temos que a&uentar 0!rmes Estamos !n%est!ndo na 5nd!a o que "onse&u!mos tra1er Esperamos poder re"uperar tudo !sto para %otarmos @ pátr!a O tempo n(o tem !mportJn"!a# O Daa! +ama mant*m um rea"!onamento espe"!a "om o 0ator tempo Zuando d!sp>e de uma pequena 0o&a, seu d!%ert!mento pre0er!do * "onsertar re?&!os 7ara !sso possu! um )o&o "ompeto de 0erramentas espe"!a!1adas Zuando tenta "oo"ar uma ente de aumento no mostrador de um re?&!o, 0!"a r!ndo de pra1er, "omo uma "r!an'a A !sto 0!"ou redu1!do o re!6deus do T!bete Onde est(o os seus t(o propaados poderes supranorma!s Onde sua &rande sabedor!a# Sem d%!da, tudo a"abou Ho)e, obede"endo ao "!"o da e%ou'(o esp!r!tua podemos d!1er sem medo de errar, #* do O"!dente que %!rá a u1U# 2IM