MISTÉRIOS E MAGIA DO DO TIBETE CHIANG SING
APRESENTAÇÃO Tempos atrás, quando pub!"amos no #D!ár!o de Not$"!as# e nos #D!ár!os Asso"!ados# do R!o, %ár!os art!&os sobre nossa %!a&em ao T!bete, mu!tos e!tores nos es"re%eram para a d!re'(o do )orna, querendo saber "omo * a %!da entre os +amas, "omo s(o seus Tempos, seus deuses e suas "ren'as -./ Neste !%ro pro"uramos sat!s0a1er esta ben*%oa "ur!os!dade 2omos ao Or!e Or!ent nte e bus" bus"an ando do os donos donos da sabe sabedo dor! r!a a m!e m!ena narr e seus seus ens!n ens!nam amen ento toss se"retos Durante esta bus"a que durou tr3s anos, %!a)amos pea C4!na, 5nd! 5nd!a, a, Nepa Nepa e T!bet !bete, e, entr entre% e%!s !sta tand ndo o d!%e d!%ers rsos os m$st m$st!" !"os os e ma&o ma&oss dest destes es on&$nquos pa$ses Toda%!a, nesta obra 0o"a!1amos apenas a parte re0erente ao T!bete 6 o 7a$s das Ne%es 6 "omo * "ons!derado por mu!tos, que d!1em ser o T!bete a pátr!a do m!st*r!o e do !mposs$%e Como !ntrodu'(o, "!taremos a&uns dados &era!s, por "erto )á "on4e"!dos pea ma!or!a dos e!tores, mas "u)a repet!'(o r epet!'(o * sempre !nteressante T!bete * o nome de uma terra montan4osa na 8s!a Centra O nome dado ao T!bete peos seus pr!me!ros 4ab!tantes * #79O# ou #BOD#, que s!&n!0!"a o #7a$s das Ne%es# Tem "er"a de .:;;<<< qu!=metros quadrados, onde %!%em tr3s m!4>es de 4ab!tantes de or!&ens *tn!"as as ma!s d!0erentes C4!neses, tur"os, mon&?!s, m!sturam6se "om os 4ab!tantes #mon# abor$&!nes de outras re&!>es e os remanes"entes da !n%as(o !ndo6ar!ana, que o"orreu na 5nd!a m!4ares de anos atrás
MISTÉRIOS E MAGIA DO DO TIBETE CHIANG SING
APRESENTAÇÃO Tempos atrás, quando pub!"amos no #D!ár!o de Not$"!as# e nos #D!ár!os Asso"!ados# do R!o, %ár!os art!&os sobre nossa %!a&em ao T!bete, mu!tos e!tores nos es"re%eram para a d!re'(o do )orna, querendo saber "omo * a %!da entre os +amas, "omo s(o seus Tempos, seus deuses e suas "ren'as -./ Neste !%ro pro"uramos sat!s0a1er esta ben*%oa "ur!os!dade 2omos ao Or!e Or!ent nte e bus" bus"an ando do os donos donos da sabe sabedo dor! r!a a m!e m!ena narr e seus seus ens!n ens!nam amen ento toss se"retos Durante esta bus"a que durou tr3s anos, %!a)amos pea C4!na, 5nd! 5nd!a, a, Nepa Nepa e T!bet !bete, e, entr entre% e%!s !sta tand ndo o d!%e d!%ers rsos os m$st m$st!" !"os os e ma&o ma&oss dest destes es on&$nquos pa$ses Toda%!a, nesta obra 0o"a!1amos apenas a parte re0erente ao T!bete 6 o 7a$s das Ne%es 6 "omo * "ons!derado por mu!tos, que d!1em ser o T!bete a pátr!a do m!st*r!o e do !mposs$%e Como !ntrodu'(o, "!taremos a&uns dados &era!s, por "erto )á "on4e"!dos pea ma!or!a dos e!tores, mas "u)a repet!'(o r epet!'(o * sempre !nteressante T!bete * o nome de uma terra montan4osa na 8s!a Centra O nome dado ao T!bete peos seus pr!me!ros 4ab!tantes * #79O# ou #BOD#, que s!&n!0!"a o #7a$s das Ne%es# Tem "er"a de .:;;<<< qu!=metros quadrados, onde %!%em tr3s m!4>es de 4ab!tantes de or!&ens *tn!"as as ma!s d!0erentes C4!neses, tur"os, mon&?!s, m!sturam6se "om os 4ab!tantes #mon# abor$&!nes de outras re&!>es e os remanes"entes da !n%as(o !ndo6ar!ana, que o"orreu na 5nd!a m!4ares de anos atrás
A popua'(o entre&a6se @ a&r!"utura nos %aes e @ "r!a'(o de "abras "4amadas #D1o# de "a%aos de %ár!as ra'as e de um t!po de )umento mu!to 0orte, o #an, que * o &rande &ran de %e$"uo de transporte nos estre!tos "am!n4os das montan4as Sabe6se que at* o s*"uo II da nossa era, o T!bete %!%!a !soado dos seus %!1! %!1!n4 n4os os A n!" n!"a a re! re!&! &!(o (o era era uma uma esp* esp*"! "!e e de pante pante$s $smo mo má&! má&!"o "o "om "om sa"r!0$"!os o0ere"!dos aos deuses que %a&amente representam as 0or'as da Nature1a, e seres en"antados Estes seres en"antados ou eementa!s, t3m &rande seme4an'a "om a "ren'a e os r!tos umband!stas do Bras!, onde os %erdade!ros #or!ás# s(o sempre seres en"antados que nun"a en"arnaram e os #e #es# s# %3m %3m a ser ser mu! mu!to pare pare"! "!d dos "om "om os #T$sa T$sas# s# 6 dem dem=n!o =n!oss ou sem!deuses t!betanos, que se a!mentam do san&ue dos an!ma!s sa"r!0!"ados em sua 4omena&em No s*"uo II, re!na%a no T!bete, San& Tsen6Gampo, e este re!, no de"orrer de suas &uerras de "onqu!stas, a"abou "asando "om duas pr!n"esasF uma "4!nesa e outra nepaesa Ambas eram bud!stas 0er%orosas, e "onse&u!ram 0a1er "om que o re! de!asse seus r!tos san&u!nár!as e se "on%ertesse ao Bud!smo Bud!smo Son& Tsen Gampa reso%eu ent(o en%!ar en%!ar um em!ssár!o espe"!a @ 5nd!a, a 0!m de tra1er !%ros e ob)etos sa&radas Este em!ssár!o te%e um pape de destaque na 4!st?r!a "utura do T!bete, po!s a*m dos !%ros, troue "ons!&o a &ramát!"a e o a0abeta Mas 0o! um outro re! que troue para a T!bet !bete e o "*e "*ebre bre sáb! sáb!o o bud!s bud!sta ta 7adm 7adma a Samb Samb4a 4a%a %a,, da n!% n!%ers ers!d !dad ade e de Naanda, na 5nd!a No ano %e!o ee para o T!bete "om suas duas esposas 2o! ee o &rande !nstrutor da re!&!(o t!betana e tornou6se "on4e"!do "omo "omo o Guru Guru R!mp R!mpo" o"4e 4e T!n4a !n4a &ran &randes des poder poderes es m$st m$st!" !"os os e "ons "onse& e&u! u!u u dom!nar os 0e!t!"e!ros #Bon# Sendo uma re!&!(o de tota toerJn"!a, adm!te o Bud! Bud!sm smo o no seu pant pante( e(o o as ma!s ma!s d!%e d!%ersa rsass d!%! d!%!nd ndad ades es t!be t!beta tana nas, s, d!ss d!sso o resutando um s!n"ret!smo re!&!oso, que "onst!tu! a es"oa a)ra6K a)ra6Kana, ana, !sto *, o +ama$smo Esta re!&!(o "ara"ter!1a6se pea m!stura de r!tos má&!"os e "er!m=n "er!m=n!as !as que produ1 produ1em em %erdade %erdade!ro !ross m!a& m!a&res res m ter'o ter'o da popua popua'(o '(o mas"u!na do T!bete perten"e ao sa"erd?"!o -:/ O Daa! +ama * o seu "4e0e s!mb?!"o e "orresponde ao 7apa D!1 a trad!'(o que at* bem pou"o tempo %!%!am no T!bete os #Sen4ores do Con4e"!mento Se"reto#, os m!ster!osos sáb!os que possuem em seus arqu!%os a %erdade!ra 4!st?r!a dos endár!os "ont!nentes desapare"!dosF +emr!a e AtJnt!da 6 bem "omo a 4!st?r!a da 4uman!dade 0utura, da qua ees t!%eram uma bea %!s(o !ntu!t!%a D!1 outra trad trad!!'(o '(o or!en r!entta, a, que que est estes sáb! sáb!os os %!%e %!%er! r!am am no T!bete bete enq enquant uanto o os estran&e!ros n(o !n%ad!ssem o seu pa$s Sem d%!da, este de%e ser o %erdade!ro mot!%o peo qua o T!bete 0o! uma terra !na"ess$%e para os estran&e!ros durante s*"uos Com a !n%as(o do T!bete em ma!o de .L;<, pro%a%emente estes sáb!os m!ster!osos de!aram o Teto do Mundo, po!s sab!am que !sto ser!a o s!na de que "!"o da e%ou'(o t!n4a mudado para o O"!dente Esta !n%as(o do T!bete 0o! pre%!sta peos #ts!pas# ou astr?o&os t!betanos no ano de .;< e es"r!ta num do"umento !nt!tuado #2atos que o"orrer(o no ano do Dra&(o e da
Made!ra# Em .L<, o do"umento 0o! %!sto peo Corone Koun&4usband 6 "4e0e das tropas br!tJn!"as que re&!am o T!bete E neste "ur!oso do"umento 6 d!1 S!r C4ares Be 6 en"ontra6se pre%!sta a . e a : Grande GuerraP a morte do .Q Daa! no ano de .L:, o o"aso do m!st!"!smo t!betano e 0!namente a !n%as(o de T!bete peos #2!4os da 23n! erme4a# -"omun!stas/ em .L;< D!1 a!nda que #a u1 da sabedor!a# %otará a br!4ar no O"!dente, e em espe"!a na terra de #O 2u San -Am*r!"a da Su/ Como sabemos, o T!bete 0o! !n%ad!do peas tropas "omun!stas "4!nesas em .L;<, tendo o . Daa! +ama, que re!na%a na o"as!(o, 0u&!do para a 5nd!a onde se en"ontra at* 4o)e E "omo a pr!me!ra parte da pro0e"!a )á se rea!1ou, * $"!to esperar que a se&unda tamb*m %en4a a tornar6se rea!dade Isto *, que a &rande u1 esp!r!tua passe a respande"er na Am*r!"a do Su Durante m!n4as andan'as peo T!bete 0u! testemun4a de a"onte"!mentos raros, entre! em "ontato "om um po%o estran4o e m!ster!oso e t!%e a 0e!"!dade de en"ontrar meu Guru, o +ama Daa a1!, que me !n!"!ou no se&rede das C4amas C?sm!"as Mu!tas s(o as pessoas !n"r*duas que a!nda 4o)e me per&untamF 6 #Mas %o"3 %!u mesmo tudo a que d!1 neste !%ro# M!n4a resposta * sempre a mesmaF 6 É "aro que %!U Somente n(o posso a0!rmar se 0o! "om meus o4os 0$s!"os eu meus o4os esp!r!tua!s Ouso d!1er a!nda, para re0res"ar a mem?r!a dos amados e!tores que ta "omo d!1 o %e4o #S4an Ha! !n ou +!%ro das Terras e MaresF #As "o!sas que o 4omem "on4e"e %erdade!ramente, n(o podem ser "omparadas em nmero "om as que 4es s(o des"on4e"!das# C4!an& S!n& Re0&!o Tranqu!o . d!a da ; m3s da : +ua dos 7r!me!ros 2r!os Ano do Dra&(o !&$!a das C!n"o Estreas VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotasF -./ Naquea *po"a a!nda n(o t!n4am s!do pub!"ados os !%ros de +obsan& Rampa, e pou"o se "on4e"!a no Bras! sobre o T!bete -:/ Isto era ass!m antes da !n%as(o "4!nesa em .L;< VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV -W/ Ed!'(o de .L, "ed!da e d!str!bu$da &ratu!tamente pea autora C4!an& S!n&
UM
Prelúdio de Uma Longa Experiência O trem atra%essou as pan$"!es de Ben&aa, aos p*s dos montes H!maa!a, e penetrou em soo nepa3s ma "4u%a 0!na e pers!stente "ome'a%a a "a!r "obr!ndo a pa!sa&em brumosa As ár%ores, ao on&e, eram quase !n%!s$%e!s naquea 0e!a tarde de !n%erno Era o :; d!a do Q m3s do ano do B0ao S!!&ur, nossa t!ma etapa !nd!ana, )á esta%a a ma!s de duas 4oras de d!stJn"!a No %a&(o do trem em que %!a)á%amos, trans!ta%am pessoas dos ma!s estran4os aspe"tos, ora um "ampon3s "om um %asto "esto de "erea!s, ora um &rupo de mo'as e rapa1es !nd!anos, que !am &o1ar os esportes de !n%erno no "!ma &eado de Gan&toX m &ar'om !nd!ano de pee bron1eada, tn!"a bran"a e turbante %erme4o, ser%!a "4á aos %!a)antes Bebemos a !n0us(o e%e e dourada, enquanto o4á%amos as "ur!osas pa!sa&ens que se su"ed!am pea )anea do trem Ha%!a quase do!s anos que eu de!ara meu "ar&o )orna$st!"o na Emba!ada da C4!na no Bras! e, &ra'as a uma bosa de estudos, se&u!ra para +os An&ees, "omo "orrespondente !nterna"!ona do D!ár!o de Not$"!as no R!o, se&u!ndo depo!s para Hon& on&, S4an&a! e 7equ!m, onde !n&ressar!a numa n!%ers!dade para espe"!a!1ar6me em S!noo&!a Mas, "om o !n$"!o da &uerra "!%! na C4!na sa$ @s pressas de 7equ!m e 0u! para a 5nd!a +á, en"ontre! o Dr Ananda essantára e sua esposa Ma4!ma, a quem 0ora re"omendada peo M!n!stro oo, e6Emba!ador da C4!na no Bras! Com o "asa essantára %!a)e! atra%*s da 5nd!a, 0!"ando a&um tempo nas &randes "!dadesF Bomba!m, Eora A)anta, Ca"utá, 4a)urao, Ya!pur, A&ra, No%a De4!, Sr!na&ar e +adaX em Ca"4em!ra !s!tamos a "oor!da 7es4aar "om seus paá"!os de mármore perd!dos na se%a, %erdade!ras mara%!4as das M! e ma No!tes Nestes u&ares pro"ure! entre%!star Mara)ás e Em!res, ma&os e as"etas a&arosamente e &raduamente, m!n4a mente 0o! sendo preparada para a ma!s 0as"!nante )ornada que a&u*m pode 0a1er em peno s*"uo %!nte, a n!"a %!a&em que pode e%ar um %!a)ante a um mundo d!0erente e mara%!4oso E 0o! ass!m, que naquea 0e!a tarde de !n%erno, en"ontre!6me num trem sa!ndo de S!!&ur, !mportante "!dade de Ben&aa, passando por atmandu e "4e&ando @ Gan&toX, no Nepa, aos p*s dos H!maa!as A"ompan4a%a6me a Dr Ananda essantára, sua esposa Ma4!ma e o arque?o&o 0ran"3s 7!erre Yu!en +a0o! Todos está%amos !nteressad$ss!mos em "on4e"er a m!ster!osa terra dos +amas, por*m )ama!s poder$amos pre%er as "onsequ3n"!as etraord!nár!as daquea %!a&em C4o%!a 0orte quando "4e&amos @ esta'(o de Gan&toX, "ap!ta do Estado de S!XX!m 6 ante6saa do T!bete m r!son4o "arre&ador de 0a"e ar&a e bem mon&?!"a, %e!o a)udar6nos na des"!da das maas m representante do Go%erno do Nepa espera%a, para, de autom?%e, nos "ondu1!r ao paá"!o do Ra)á Dor&e, onde 0!"ar$amos 4ospedados m %ento 0r!o entra%a peas 0restas das %!dra'as do "arro, obr!&ando6nos a a"on"4e&ar ao rosto a &oa de
nosso "asa"o de pees Atra%essamos o mer"ado de a!mpon&, "ru1ando aquee "ur!oso mundo de 0a"es mon&?!"as, "u)a seme4an'a "om os $nd!os bras!e!ros * !mpress!onante Isto nos 0e1 pensar na "on4e"!da teor!a "!ent$0!"a de que nossos $nd!os perten"em ao mesmo tron"o da ra'a mon&?!"a, "u)os ramos se espa4aram uns peas Am*r!"as e outros peo su dos montes H!maa!a Satamos em 0rente da enorme es"adar!a de mármore bran"o do paá"!o do Ra)á Dor&e, Emba!ador da 5nd!a no Nepa 2omos re"eb!dos por do!s sen4ores !nd!anos que nos deram as boas %!ndas e nos "ondu1!ram ao !nter!or do paá"!o Entramos e tudo nos pare"eu um son4o, t(o e?t!"a era sua mob$!a e t(o r!"o o "oor!do da sua esp3nd!da de"ora'(o or!enta +!ndos tapetes te"!dos a 0!o de ouro orna%am as paredes Em mes!n4as de *bano, 0!namente enta4adas, %!am6se ant!&as es"uturas de bron1e, representando deuses !nd!anos Tapetes &rossos, e br!4antes 0orra%am o "4(o Espa4ados sobre os tapetes %!mos amo0ad>es de seda bordada "om 0ores raras No 0undo do sa(o, %!mos uma are!ra 0orrada "om Jm!nas de "obre, em 0rente a uma 0ormosa pee de t!&re O Ra)á entrou, usando uma &rossa tn!"a de ( %erde o!%a, sobre "a'as bran"as a)ustadas nos torno1eos Era um 4omem ato e de&ado, de uns "!nquenta anos presum$%e!s Sua pee era bem morena, que!mada de so, o4os es"uros sobran"e4as espessas, nar!1 0!no, bo"a "4e!a e um pou"o protuberante Seu turbante de seda bran"a br!4a%a, ornado "om uma estran4a )o!a "!nt!ante Atrás dee %!eram suas tr3s esposas, es&u!as, morenas e 0ormosas, %est!ndo #sar!s# desumbrantes Deram6nos as boas %!ndas "om um "aro sorr!so Ap?s uma bre%e "on%ersa, e%aram6nos aos nossos aposentos, para um mere"!do des"anso Horas ma!s tarde, re0e!ta por um ban4o per0umado "om rosas bran"as, %est! uma tn!"a de seda a1u bordada de dra&>es e 0u! ao en"ontro de nossos an0!tr!>es Durante o )antar, @ moda !nd!ana, ser%!ram6 nos d!%ersos pratos de!"!osos Ap?s o )antar, 0omos para o sa(o de ms!"a e o Ra)á mu!to an!madamente, "ontou6nos a&o sobre sua %!da Soubemos que "on4e"!a toda Europa, Am*r!"a do Norte e Or!ente M*d!o Reatou6nos p!tores"as a%enturas na C4!na e no Nepa, e o que * ma!s estran4o, sua %!da num m!ster!oso moste!ro bud!sta em +adaX, onde na mo"!dade t!n4a passado um on&o per$odo de re"o4!mento esp!r!tua Em bre%e 0aá%amos sobre assuntos ma!s ampos en"arando a ant!&a sabedor!a 4erm*t!"a do Or!ente E o Ra)á 0aouF 6 A&uns ens!namentos de nossos ant!&os sáb!os "4e&aram ao O"!dente de mane!ra um pou"o deturpada peas tradu'>es Da$ os ea&eros que se "ometem no O"!dente, em nome da "!3n"!a or!enta 5amos retru"ar quando 0omos !nterromp!dos pea %o1 sua%e da #Ran!# -pr!n"esa pr!me!ra esposa/, que a"ompan4ando6se ao aade !nd!ano
"4amado #!na#, "antou no do"e !d!oma ben&a! Eram "an'>es po*t!"as, que me 0oram tradu1!das para o !n&3s, pea sen4ora essantára Zuando a #Ran!# term!nou, per&unte!64e de quem eram aqueas "an'>es 2o! o Ra)á quem respondeuF 6 Ent(o a )o%em sen4ora n(o "on4e"e estes tetos dos nossos pan!s4ads Con0esse! m!n4a !&norJn"!a que "ome'a%a por n(o saber sequer o que s!&n!0!"a%a a paa%ra pan!s4ads 6 pan!s4ad 6 "ont!nuou o Ra)á 6 * uma paa%ra sJns"r!ta S!&n!0!"a a "onqu!sta da !nte!&3n"!a dom!nando a !&norJn"!a S(o es"r!turas santas que 0a1em parte das ant!&as trad!'>es %*d!"as Se&undo a&uns estud!osos estas es"r!turas s(o ao todo .;< Se&undo outros seu nmero * de ..: Neas en"ontramos a ep!"a'(o m$st!"a do n!%erso, da Nature1a e do Cr!ador E!s aqu! a tradu'(o de um teto que a"aba de ser "antado pea #Ran!#F #Ass!m "omo uma aran4a produ1 e re"o4e a sua te!a, ass!m "omo pro"edem os "abeos da "abe'a e do "orpo de um 4omem %!%o, Do !mpere"$%e pro%e!o tudo que aqu! está Ass!m "omo de uma 0o&ue!ra pro"edem as 0a&u4as de nature1a seme4ante, apesar de serem de nmero !n"ontá%e, Da mesma 0orma, ? meu "aro, do !mpere"$%e pro"edem as %ár!as esp*"!es de seres, que no%amente a ee %otar(o# #Os r!os do este e do oeste or!&!nam6se no o"eano e a ee retornam, embora n(o sa!bam que ass!m pro"edem Da mesma 0orma, s(o todas essas pessoas que pro%3m do Grande Ser, embora n(o sa!bam que do Ser pro%3m# #Aqu!o que "onst!tu! a ess3n"!a sut!, aqu!o que em tudo o que e!ste tem a sua pr?pr!a ess3n"!a, * o erdade!ro Ser E tu *s esse Ser# No Tat T%an As! 6 Tu *s aqu!o 6 está resum!do todo o ens!namento dos pan!s4ads Eu ou%!a atentamente aqueas paa%ras Eas en"4!am meu "ora'(o "omo a 0uma'a do !n"enso en"4e o atar de um tempo Mas, sb!to, o Ra)á "aou6se 7ou"o a pou"o t!n4a ee%ado a %o1, !mpe!do peo entus!asmo de suas paa%ras Todos espera%am que ee "ont!nuasse e 0!"amos em muda epe"tat!%a 2o! ent(o que o arque?o&o 7!erre Yu!en per&untouF 6 E a enda dos sete "!snes do a&o Manasaroar Tem rea'(o "om os pan!s4ads O Ra)á pare"eu sa!r de dentro dos seus pensamentos 6 S!m d!1em remotas trad!'>es que 0o! @s mar&ens deste a&o sa&rado que os Sete Sen4ores Sub!mes 6 pr!me!ros !nstrutores da ra'a ar!ana 6 0aaram sobre os ens!namentos se"retos dos pan!s4ads Desde ent(o, d!1em que todos os anos, na man4( do pr!me!ro d!a da pr!ma%era na 5nd!a, sete "!snes bran"os sobre%oam o a&o e depo!s desapare"em rumo ao monte Meru S? retomam no ano se&u!nte, no mesmo d!a e na mesma 4ora Consta que estes "!snes s(o os Sete Sen4ores Sub!mes que d!s0ar'ados de "!snes %eam "ont!nuamente, pea 4uman!dade e a&uardam tr!nta m! anos para
renas"er Sur&em em 0orma de "!snes, porque, se&undo a M!too&!a 4!ndu, esta a%e person!0!"a a sabedor!a un!%ersa É o s$mboo de Bra4ma 6 o Cr!ador 6 que tamb*m * "4amado #Hansa a4ara#, !sto *, #o que usa o "!sne "omo %e!"uo# Ante o reato do Ra)á, o tempo pare"!a ter s!do an!qu!ado Entretanto, na rea!dade, a no!te a%an'a%a rap!damente Era pre"!so repousar A!nda nos resta%am a&umas semanas no Nepa, antes de part!rmos para o T!bete A!nda t$n4amos mu!to que aprender "om o Ra)á Dor&e
Primeiro Contato com a Terra e o Poo de Si!!im Na man4( se&u!nte, bem "edo a!nda, sa$mos para %!s!tar Gan&toX D!spensamos o autom?%e e pre0er!mos montar nos bon!tos "a%aos nepaeses do Ra)á 2o! "oo"ado @ nossa d!spos!'(o um s!mpát!"o nepa3s "4amado Tsaron&, se"retár!o part!"uar do Ra)á que nos ser%!u de "!"erone Gan&toX * uma bea "!dade, "om uma a&omera'(o de "asas de pedra bran"a que embram mu!to as "onstru'>es dos ant!&as !n"as N(o * t(o 0ormosa "omo atmandu, a "ap!ta do Nepa, por*m tem seus en"antos É uma "!dade em est!o mu!to ma!s t!betana do que nepaesa As ampas ruas, pa%!mentadas de pedras ro!'as, s(o sombreadas por %e4os p!n4e!ros A at!tude de Gan&toX * de "er"a de .Q< metros A d!0eren'a entre a 0res"a temperatura do %ae dos H!maa!as e o "á!do "!ma de Ca"utá, de onde %!*ramos, "ausou6nos um "erto "4oque Contudo, t$n4amos que !r nos a"ostumando, po!s nos pr?!mos meses !r$amos %!%er numa at!tude nun"a !n0er!or a QQ;< metros Sobre as montan4as ma!s pr?!mas er&u!am6se as en"ostas ne%adas dos &randes p!"os A %!da em Gan&toX está en%ota na serena bee1a do %ae do r!o T!sta, que o po%o "4ama de #Bura"o dos entos#, po!s * uma estre!ta &ar&anta abr!ndo6 se para o "*u 7equenos "ampos de arro1 pendem dos 0an"os das montan4as e Gan&toX pare"e suspensa no ar, entre o !n%!s$%e 0undo dos %aes e as ne%es eternas dos montes !n"4!)un&a 7eo "am!n4o, en"ontramos a&uns ba1ares !nteressantes, e!b!ndo beos traba4os de artesanato em "obre e mar0!m !mos tamb*m !nmeras "asas sen4or!a!s, ares pr?speros, suntuosos )ard!ns "4e!os de rosas, apesar do !n%erno, e as ma!s beas orqu$deas que )á %!mos A!ás, d!1em que S!XX!m * o para$so das orqu$deas e das borboetas, "u)a %ar!edade de 0ormas e de "ores * mara%!4osa O po%o de Gan&toX, "4amado #erpa#, * traba4ador, &eneroso e 4osp!tae!ro Tem a pee a%erme4ada, o4os amendoados e um ar ae&re Em &era, tanto os 4omens "omo as mu4eres usam on&as tn!"as t!betanas de "ores %!%as e por "!ma um manto de seda ou a&od(o, "or de %!n4o Na "abe'a, pontudos "4ap*us de 0etro %erme4o, que embram mu!to o "4ap*u das bruas o"!denta!s da Idade M*d!a Obser%amos tamb*m, que a&uns #erpas# t3m um )e!to 0urt!%o embrando os $nd!os da Bo$%!a, do 7eru, do
M*!"o e do Bras!, bem "omo os pees6%erme4as da Am*r!"a do Norte Comentamos !sto "om Tsaron& 6 nosso "!"erone 6 que tamb*m * #erpa# 6 D!1em nossas trad!'>es 6 respondeu ee, num !n&3s per0e!to 6 que n?s somos des"endentes da ra'a amer$nd!a, "u)a 4!st?r!a * t(o m!enar que se perdeu na no!te dos tempos 6 Mas n(o 0o! do Or!ente que sur&!ram as ra'as ma!s ant!&as do mundo 6 !nda&ue! perpea Tsaron& te%e um bre%e sorr!so e retru"ouF 6 Nossos !%ros santos d!1em que as Am*r!"as sur&!ram das á&uas do o"eano, mu!to antes do Or!ente A nossa 4!st?r!a pare"e ant!&a, mas, na %erdade, * t(o no%a que a!nda pode ser embrada 6 S!m, * %erdade 6 0aou o Dr essantára 6, 0o! das Am*r!"as que 4á mu!tos m!3n!os, sa$ram os pr!me!ros sáb!os que se 0!aram em outros pontos da terra, e%ando "ons!&o &randes "on4e"!mentos que ser%!ram de base para 0undarem mu!tas "!%!!1a'>es 6 Nossas endas 6 "ont!nuou Tsaron& 6 a0!rmam que uma enorme "atástro0e destru!u nosso pa$s de or!&em, uma &rande !4a no o"eano, 4ab!tada por um po%o pr?spero e notá%e, do qua a&uns &rupos puderam a"an'ar o E&!to, a 5nd!a e as Am*r!"as, es"apando ass!m do desastre Contudo, a&uns desses &rupos, por mot!%os que !&noro, re&red!ram esp!r!tuamente e tornaram6se se%a&ens, "om e"e'(o dos aste"as, dos !n"as e dos ma!as Da$ a seme4an'a que e!ste entre estes !nd$&enas e os as!át!"os Embora bastante adm!rada, embre! que a e!st3n"!a de um &rande "ont!nente !&ando a 8s!a, a Europa e as Am*r!"as e o seu "aam!toso desapare"!mento s(o 0atos adm!t!dos por mu!tos "!ent!stas do O"!dente Sb!to, nossos pensamentos 0oram !nterromp!dos por uma parada que 0!1emos numa #&ompa#, !sto *, "apea de do!s andares, em est!o t!betano, "ontendo em "!ma, uma b!b!ote"a e, emba!o, um orat?r!o "om !ma&ens bud!stas 2omos re"eb!dos por um mon&e e a&uns no%!'os %est!ndo a tn!"a "or de %!n4o dos amas #&eu&6pa# -se!ta dos "4ap*us %erme4os/ O mon&e era um 4omem !doso, pequeno, ma&ro, de!"ado "omo um pássaro, de rosto 0!no e as"*t!"o Seus dedos es&u!os per"orr!am as "ontas de um rosár!o de "ora !s!tamos a b!b!ote"a que "onsta%a de duas ampas saas, de paredes d!%!d!das por pratee!ras de made!ra aqueadas de %erme4o %!n4o Os !%ros eram "oo"ados nestes "ompart!mentos en%otos em panos de seda e mant!dos entre duas tábuas en%ern!1adas As pá&!nas eram 0o4as estre!tas de pape de arro1, "om quase do!s metros de "ompr!mentoU 6 ma b!b!ote"a med!ana 6 ep!"ou o mon&e em !n&3s 6 "onsta de uns Q<< !%ros ass!m 6 E quantos !%ros tem esta 6 !nda&ue! O mon&e sorr!u e d!sse mansamenteF 6 ns do!s m! !%ros 6 E todos sobre !teratura re!&!osa 6 per&untou 7!erre Yu!en 6 S!m, Espe"!amente o +ama$smo Entre as obras pr!n"!pa!s, temos o
#Xan&ur# -"oe'(o de es"r!turas sa&radas/ e o #ten&ur#, que s(o "omentár!os esot*r!"os sobre o #Xan&ur# Ap?s %!s!tarmos a b!b!ote"a, desped!mo6nos e "ont!nuamos o passe!o pea "!dade 7assamos peo posto do te*&ra0o, por %ár!as es"oas, um 4osp!ta, uma estrada de autom?%e!s, o suntuoso paá"!o do Go%ernador de S!XX!m Sua Ate1a o Mara)á Tas4! Nam&!a, que * de or!&em t!betana, "omo tamb*m todos os d!r!&entes !mportantes do pa$s !mos as "asas dos representantes br!tJn!"os no T!bete, o mer"ado, as o)as e 0!namente, quando o so )á !a ato, re&ressamos para amo'ar na mans(o do Ra)á Era pre"!so des"ansar, po!s naquea no!te !r$amos ass!st!r a uma 0esta t$p!"a dos #erpas# "eebrada apenas uma %e1 por ano na re&!(o de S!XX!m
A "e#ta da# "la$ta# Pa#tori# Eram "er"a de o!to 4oras da no!te, quando nosso &rupo "4e0!ado por Tsaron&, de!ou a mans(o do Ra)á Dor&e e apressou6se em tomar a d!re'(o do %ae do r!o T!sta, onde dentro em pou"o "ome'ar!a A 2esta das 2autas 7astor!s Nossos "a%aos atra%essaram um on&o "am!n4o, que nos e%ou ao 0undo de uma &ar&anta e, a&um tempo depo!s, %!mos um etenso %ae !um!nado pea u1 da ua [ med!da que nos apro!má%amos, notá%amos que o "entro do %ae esta%a en0e!tado "om r!"os estandartes de seda, a1u, %erde, amareo e %erme4o, bordados "om 0a!s>es, &rouse e outros pássaros m!to?&!"os Em %ota de uma &rande 0o&ue!ra, 0e!ta "om a per0umada made!ra de sJndao, %!mos mu!tos #erpas# %est!ndo tra)es 0est!%os, a"o"4oados de pee de "orde!ro As mu4eres, pequenas e &ra"!osas esta%am pro0undamente en0e!tadas "om )o!as e 0ores, que apesar do !n%erno, n(o 0atam em S!XX!m Enquanto desmontá%amos e entre&á%amos nossos "a%aos a um ser%o que nos a"ompan4a%a, ou%!mos uma ms!"a estran4a e meod!osa 6 A 0esta "ome'ouU 6 e"amou Tsaron& Apro!mamo6nos do po%o que se "ompr!m!a em %ota da 0o&ue!ra N!sso, um %e4o, ato e !mponente, %est!do "om a roupa dos #doXpas# pastores t!betanos, )o&ou no 0o&o um pun4ado de er%as per0umadas Ent(o o po%o "ome'ou a "antar a"ompan4ado peo r!tmo dos tambores, que embra%am os atabaques usados nos r!tos umband!stas no Bras! 6 É um apeo aos deuses, ped!ndo sua b3n'(o e prote'(o para as "o4e!tas 6 d!sse Tsaron& Zuando term!naram as !n%o"a'>es, o %e4o pastor, que soubemos ser o "4e0e re!&!oso dos #erpas#, desen4ou no "4(o, "om um p? bran"o, uma &rande "ru1 suást!"a 6 Aqu!o nos de!ou perpeos E 7!erre Yu!en !nda&ouF 6 O que tem a %er a "ru1 suást!"a "om a "er!m=n!a desta 0esta 6 Esta "ru1 6 0aou Tsaron& 6 * um dos ma!s ant!&os s$mboos sa&rados do Or!ente Os bud!stas "4!neses "4amam6na #an# Nos tempos t!betanos * "omum en"ontrarmos este s$mboo &ra%ado nos porta!s ou nas pedras da
ma!or!a dos moste!ros 6 Na 5nd!a tamb*m podemos %er a "ru1 suást!"a sobre a "abe'a da serpente Ananta, no Tempo de Ouro em Amr!tsar 6 0aou o Dr essantára Os brJmanes "4amam a suást!"a de Cru1 Ya!na 6 A!ás, e!stem duas suást!"as 6 retru"ou Tsaron& ma * pos!t!%a e a outra, ne&at!%a Ambas s(o sa&radas, sendo que a pos!t!%a * usada na ma&!a bran"a e a ne&at!%a na ma&!a ne&ra E qua * a d!0eren'a entre ambas 6 per&unte!, sumamente !nteressada
Apontando para o desen4o que o %e4o esta%a tra'ando no "4(o, Tsaron& d!sseF 6 Repare, aquea * a pos!t!%a Tem os bra'os dobrados no sent!do do mo%!mento dos ponte!ros de um re?&!o A ne&at!%a * ao "ontrár!o A pos!t!%a representa o "ont$nuo mo%!mento das 0or'as do Cosmos S!mbo!1a a rota'(o da terra nos e!os do mundo, porque as !n4as que se "ru1am s!&n!0!"am o esp$r!to e a mat*r!a per0e!tamente equ!!brados Ap!"ada ao 4omem, representa o eo entre este e a d!%!ndade, embema de que o Cr!ador está na 4uman!dade e está no Cr!ador, "omo as &otas dá&ua no o"eano
Ent(o H!ter usou a suást!"a pos!t!%a 6 !nda&ou 7!erre surpreso S!m, meu am!&o 6 "ont!nuou essantára 6, H!ter era um &rande ma&o ne&ro e sab!a o poder da suást!"a or!enta a!ado @ %!bra'(o dos astros 7or esta ra1(o es"o4eu "omo s$mboo a suást!"a pos!t!%a, apenas !n"!nou6a ; &raus, tornando6a um s$mboo ma*0!"o Basta que %o"3 eam!ne as 0otos da &uerra e "ompare6as "om a suást!"a pos!t!%a O mo%!mento dos bra'os * !d3nt!"o H!ter de&radou este poderoso s$mboo e pere"eu %$t!ma da sua pr?pr!a madade 6 Mas "omo "onse&u!u tornar a suást!"a ma*0!"a, apenas "om esta !n"!na'(o de ; &raus 6 per&unte! perpea essantára esbo'ou um e%e sorr!so e respondeuF 6 Bem para ep!"ar !sto temos que entrar um pou"o no "ampo da Astroo&!a Se&undo os entend!dos, a "ru1 pos!t!%a, "oo"ada no "$r"uo do \od$a"o sob a !n0u3n"!a dos panetas está em bom aspe"to "om o So, doador da %!da, pos!t!%o, mas"u!no, &erador de 0or'a Se esta mesma "ru1 0or !n"!nada ;], ta "omo 0e1 o d*spota aem(o, sa! da "asa do So e suas pontas pe&am a %!bra'(o astro?&!"a de +!!t4, a +ua Ne&ra dos 0e!t!'os em quadratura ou mau aspe"to "om o So, Marte, Saturno e 3nus 6 Mas o sen4or tem "erte1a de que H!ter usou mesmo a "ru1 pos!t!%a 6 per&unte! me!o !n"r*dua -./ 6 Absouta 6 respondeu essantára serenamente Este 0o! um dos s$mboos que ma!s estude! na 5nd!a, e mu!to me surpreendeu obser%ar a "ru1 )a!na pos!t!%a, "omo s$mboo dos na1!stas
Se! que a&uns estud!osos e a ma!or!a dos teoso0!stas, pensam que H!ter usou a "ru1 suást!"a ne&at!%a, mas est(o errados Nas !nmeras 0otos pub!"adas das re%!stas da *po"a, podemos "onstatar !sto per0e!tamente N!sso o %e4o pastor term!nou de desen4ar a "ru1 suást!"a no "4(o e 0e1 s!na para um mo'o ato e robusto, que esta%a @ sua d!re!ta O rapa1 apro!mou6se est!a uma tn!"a on&a, de seda "armes!m, sobre umas "a'as 0o0as %erde )ade, que term!na%am es"ond!das sob on&as botas de "ouro %erme4o Na "abe'a t!n4a um barrete de pee de "astor Sentando6se sobre o desen4o da "ru1, ee "ru1ou as pernas, pousou as m(os sobre os )oe4os, "errou os o4os e "ome'ou a "antar Sua %o1 era "ara e %aron! Sub!a atra%*s do ar, d!%!d!ndo brandamente as paa%ras da "an'(o Soubemos que era uma "an'(o m$st!"a, "u)a or!&em era !mposs$%e de saber Zuando term!nou de "antar, 4ou%e &r!tos e %!%as de todos os presentes Ent(o, a uma ordem do %e4o "4e0e, "ome'ou uma 0arta d!str!bu!'(o de #"4en, "er%e)a nepaesa 0e!ta de m!4o 0ermentado, ser%!da em atos "!!ndros de bambu, "4amados #pa!ps# Ha%!a tamb*m %!n4o !nd!ano, montan4as de boos de me e mu!tos outros qu!tutes estr!tamente %e&etar!anos Nada de "arne, &a!n4a ou pe!es O po%o a%an'a%a em tudo "om %erdade!ra ae&r!a Mu!tos at* ambu1a%am as %estes e r!am "ontentes Ap?s o banquete "ome'aram as dan'as m &rupo de mo'as e rapa1es dan'ou em %ota da &rande 0o&ue!ra Cas"atas de 0!tas "oor!das 0utua%am em seus "apa"etes dourados Cada um dees tra1!a na m(o uma 0auta, que s!mua%am to"ar A ms!"a era e?t!"a e 4armon!osa As mo'as usa%am más"aras de deuses tuteares A!ás, em quase todas as dan'as as!át!"as, os dan'ar!nos atuam mas"arados Isto porque a"red!tam que a más"ara a)uda6 os a ee%arem6se da sua "ons"!3n"!a do E, !bertarem6se de s! mesmos e a"an'ar o 3tase d!%!no Cer"a de duas 4oras da man4( term!nou a 0esta Apesar do "ansa'o, nen4um de n?s per"ebeu que o tempo passara t(o depressa E ass!m re&ressamos ao paá"!o do Ra)á, e%ando nos o4os a bee1a a&reste daquea 0esta b!1arra aos p*s dos montes H!maa!a VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Soubemos ma!s tarde, atra%*s das de"ara'>es do "*ebre astr?o&o 4n&aro, +ou!s De ^o4 6 que 0o! "4e0e do Es"r!t?r!o de In%est!&a'>es 7araps!"o?&!"as de +ondres e, o&o, Cap!t(o do E*r"!to Br!tJn!"o, &ra'as @ prote'(o de +ord Ha!0a 6 que H!ter se !nteressa%a pro0undamente peas "!3n"!as o"utas e, em espe"!a, pea Astroo&!a Apesar de a Astroo&!a pro0!ss!ona ser pro!b!da peo &o%erno aem(o, sabe6se que H!ter, etra o0!"!amente e para uso pr?pr!o, mant!n4a um &rupo de &randes astr?o&os traba4ando para ee Os dema!s astr?o&os que %!%!am na Aeman4a 0oram perse&u!dos e a ma!or!a morta, po!s suas pre%!s>es astro?&!"as eram ne&at!%as e poder!am %!r a pre)ud!"ar a propa&anda po$t!"a de H!ter
Conta +ou!s De ^o4 que #antes da II Grande Guerra morou %ár!os anos em Ber!m e á 0e1 am!1ade "om Ma!m!!am Bauer, que era o astr?o&o 0a%or!to de Gusta% Stressemamn, M!n!stro do Eter!or da Aeman4a Atra%*s de Bauer, +ou!s De ^o4 soube de %ár!as "o!sas !nteressantes sobre H!ter Entre outras que #a sa&rada "ru1 suást!"a dos ant!&os or!enta!s 0o! es"o4!da por H!ter para s$mboo do Na1!smo, sob a !n0u3n"!a de um ama t!betano do moste!ro de Tuun& Tserpun&, "on4e"!do "omo um dos ma!ores redutos de ma&os ne&ros no T!bete# Soube tamb*m que em .L:Q, quando H!ter a!nda era des"on4e"!do do po%o aem(o, "erta no!te ao sa!r da 0amosa "er%e)ar!a de Mun!que, onde se reun!a "om am!&os para 0aar sobre po$t!"a, H!ter en"ontrou6se "om Aub, um %e4o ma&o mu!to "on4e"!do em Mun!que "omo %!dente Em "ompan4!a de Aub esta%a um ama t!betano %est!ndo a tn!"a %erme4a, t$p!"a da sua se!ta Aub "on%ersou "om H!ter por a&um tempo e o&o este o se&u!u @ sua res!d3n"!a Desde ent(o, "onsta que H!ter 0o! !n!"!ado nas "!3n"!as o"utas por Aub e o m!ster!oso ama t!betano Na pr!ma%era de .L<, +ou!s De ^o4 pub!"ou em +ondres um estudo sobre o 4or?s"opo de H!ter, no qua d!1 o se&u!nteF #A morte de H!ter será de nature1a netun!ana, ou se)a, uma morte por en%enenamento ou prostra'(o ner%osa, ou qu!'á se trate de uma morte m!ster!osa que nun"a será es"are"!da Ma!s tarde, num de seus !%ros !nt!tuado #Astros, Guerra e 7a1#, +ou!s De ^o4 de"araF #Ap?s o trá&!"o desapare"!mento de H!ter 6 pre%!sto por m!m em .L< 6 0o! "onstatada a presen'a !nep!"á%e de a&uns amas t!betanos da se!ta dos "4ap*us %erme4os nas "er"an!as de Ber&4o0, o paá"!o montan43s de H!ter, na "osta de Obersa1ber& Estes amas 0oram presos, mas apesar de toda a %!&!Jn"!a das autor!dades po!"!a!s, desapare"eram m!ster!osamente da pr!s(o e )ama!s 0oram en"ontrados# É poss$%e que este 0ato %en4a ao en"ontro do astr?o&o aem(o Ma!m!!an Bauer de que H!ter, reamente, 0o! !n!"!ado nas "!3n"!as o"utas por um ama t!betano do moste!ro de Tuun& Tserpun&, s!tuado perto da "!dade de +4assa
O %$da &io de Si!!im e #$a# 'eclara()e# Pro*+tica# ma semana ap?s nossa "4e&ada a Gan&toX, enquanto esperá%amos que o Ra)á obt!%esse do &o%erno t!betano as nossas #Iam6$ ou autor!1a'(o de trJns!to, soubemos que, numa montan4a a! perto, pr?!mo ao %ae do r!o T!sta, pou"o a*m do Moste!ro de 7odan&, a uns .; Xm de Gan&toX, mora%a um Buda !%o Este Buda !%o, ou #"orpo 0antasma#, * uma das ma!s "ur!osas 0a"etas do
ama$smo 7erten"e a uma ar!sto"ra"!a e"es!ást!"a que sur&!u no T!bete em ._;< Conta6se que naquea *po"a, o qu!nto &rande +ama da se!ta dos #"4ap*us %erme4os#, "u)o nome era +ob1an& Gatso, t!n4a s!do nomeado soberano do T!bete, por um pr$n"!pe mon&o e re"on4e"!do "omo ta peo Imperador da C4!na Contudo, aqueas 4onrar!as n(o 4e basta%am e o amb!"!oso no%o re! reso%eu 0a1er6se passar "omo sendo uma emana'(o 0antasma do deus T"4enre1! De"!d!u tamb*m que seu am!&o, o &rande +ama do moste!ro de Tas4!umpo, era uma emana'(o 0antasma de Eupamed 6 o Buda m$st!"o de quem, se&undo a trad!'(o, T"4eren1! * 0!4o esp!r!tua Este eempo do +ama6Re! 0omentou a "r!a'(o dos Budas %!%os que os t!betanos "4amam de #tuXu# Em se&u!da, todos os moste!ros !mportantes "ons!deraram uma quest(o de 4onra, terem "omo "4e0e a reen"arna'(o de a&um persona&em "*ebre do +ama$smo Zu!'á este bre%e resumo sobre a or!&em das duas d!nast!as ma!s !ustres dos #tuXus# 6 a do Daa! +ama -reen"arna'(o de T4eren1!/ e a do Tra"4!6+ama -reen"arna'(o de Eupamed/, se)a su0!"!ente para que os e!tores "ompreendam que n(o se trata de reen"arna'(o de Gautama, o Buda, que nada tem a %er "om estas "r!a'>es ama$stas No T!bete, o nmero destes Budas !%os * bastante numeroso Contudo, a ma!or!a dees * de ma&os ou 0e!t!"e!ros, que desempen4am 0un'>es de orá"uos o0!"!a!s Embora o bud!smo or!&!na ne&ue a e!st3n"!a de uma ama pessoa, permanente, que transm!&ra de uma e!st3n"!a a outra, a ma!or!a dos bud!stas %otou a adotar a "ren'a 4!ndu da reen"arna'(o Consta que e!stem tamb*m mu4eres #tuXus# De modo &era eas s(o abadessas de moste!ros de 4omens, ou ent(o erm!t(s Mu!tas %e1es os tuXus embram6se de suas %!das anter!ores e %ár!os s(o os eempos d!sso que se "on4e"e na 5nd!a e no T!bete ár!as s(o as ant!&as endas, "u)os 4er?!s determ!nam a nature1a do seu renas"!mento, e a "arre!ra de um 0uturo #a%atar# -reen"arna'(o/ Geramente pred!1em em seu e!to de morte, onde de%em renas"er e d(o deta4es sobre os 0uturos pa!s, o u&ar onde 0!"a a "asa, et" Do!s anos ap?s a morte de um Buda !%o, o "4e0e do moste!ro onde ee morreu "ome'a a bus"a da sua reen"arna'(o A&umas %e1es en"ontram o&o uma "r!an'a "om as "ond!'>es pres"r!tas, e esta se submete, entre outras, a mu!tas pro%as de re"on4e"!mento O 0ato de que a!, em Gan&toX, t(o perto de n?s, %!%!a um destes Budas !%os, sobre quem se "onta%am mu!tas 4!st?r!as m!ster!osas, de!ou6nos "ur!osos em "on4e"36o D!1!a6se que ee era um %e4o de .<: anos, mas que por um pro"esso má&!"o o"uto, %!n4a "onse&u!ndo retardar a %e4!"e Sua pee era 0res"a e quase sem ru&as, os mo%!mentos á&e!s e os dentes "aros e per0e!tos Comun!"amos ao Ra)á nosso dese)o de !r "on4e"er o Buda !%o de S!XX!m 6 Imposs$%eU 6 d!sse ee 6 nen4uma mu4er pode entrar no moste!ro do Buda
Mer"r!o 6 Mas, por qu3 6 !nda&ue! 6 É "ontra a ordem dos +amas Este moste!ro * "4e!o de endas e m!st*r!os D!1em que a sete"entos e setenta e sete passos do moste!ro 4a%!a, outrora, uma enorme estátua de Buda, toda em bron1e ma"!'o, que nem mesmo "em 4omens pod!am "arre&ar Certa no!te, esta estátua desapare"eu m!ster!osamente e os +amas t!%eram mu!to traba4o em des"obr!r a ra1(o deste desapare"!mento 6 E qua 0o! 6 !nda&ue! 6 N(o se sabe ao "erto Os +amas deste moste!ro s(o mu!to d!s"retos Conta6se que a estátua 0o! e%ada peos &3n!os da quarta d!mens(o, para a&um u&ar !na"ess$%e aos o4os pro0anos Aqueas paa%ras a%!%aram m!n4a "ur!os!dade e !ns!st! "om o Ra)á, para que !nter"edesse )unto aos amas, para que me perm!t!ssem %!s!tá6os O Ra)á prometeu 0a1er o poss$%e, mas n(o me deu mu!tas esperan'as Mandou Tsaron& "om mu!tos presentes, so!"!tar !"en'a para %!s!tarmos o moste!ro A resposta 0o! ne&at!%a N(o me "on0orme! e ap?s mu!tas !das e %!ndas, %!mos nosso dese)o sat!s0e!to O %enerá%e +ama, abr!ndo uma e"e'(o sem pre"edentes, "on"ordara em re"eber6nos Impun4a apenas uma "ond!'(o, que eu %est!sse o 4áb!to "!n1ento dos no%!'os e %easse meu rosto "om o on&o "apu1 do 4áb!to A perm!ss(o era s? para m!m e o Dr essantára Ma4!ma e 7!erre Yu!en n(o poder!am nos a"ompan4ar No d!a mar"ado, part!mos em d!re'(o @s montan4as, !derados por Tsaron& 2omos a p*, "on0orme ped!ram A as"ens(o 0o! enta e se&u!a a"!%es s!nuosos Resp!rá%amos "om pra1er o ar puro da man4(, !mpre&nado "om o aroma dos p!n4e!ros 2a1!a mu!to 0r!o Nen4um pássaro "ru1ou o beo "*u a1u Ap?s "er"a de tr3s qu!=metros, "osteando o %ae, a sub!da tornou6se abrupta O "am!n4o era por um "orte ob$quo na ro"4a, "u)o "!mo a bruma o"uta%a +o&o se apa!nou o soo e entramos numa atmos0era "ara e "4e!a de so 7asso a passo, 0omos por um ata4o estre!to e $n&reme, no pendor da montan4a T!%emos que se&u!r um atrás do outro, reparando atentamente no "4(o, para n(o p!sar em 0aso De um ado, 4a%!a o 0an"o !na"ess$%e da serraP do outro o ab!smo O "ansa'o !a a0rouando nossos passos 2!namente, %!mos uma "o!na %erde e deserta Em 0rente, a pou"a d!stJn"!a, er&u!a6se o Tempo do Buda Mer"r!o tamb*m "4amado Co*&!o dos Santos Ma&os m &rupo de pa%!4>es "oor!dos, de tetos re"ur%os, pendura%a6se @ en"osta da montan4a, "omo uma 0or en"ra%ada nas pedras A re&!(o era "4e!a de es"arpas e "oberta de 0orestas p!tores"as De%a&ar, 0omos nos apro!mando A emo'(o era tanta que ma pod$amos resp!rar 5amos %er um dos &randes "4e0es esp!r!tua!s da 8s!a Entramos atra%*s do &rande port(o de 0erro que dá a"esso ao tempo Grupos de mon&es, entos e soenes nas suas on&as tn!"as de a&od(o bran"o ou amareo, anda%am peas %eredas que "ondu1!am ao !nter!or do parque O &rande &on&o de bron1e, sem!6o"uta entre as tra%es, a"aba%a de
ser tan&!do, "on%o"ando a todos para a ora'(o da man4( 7uamos bem o "apu1 do 4áb!to e entramos no ampo 4a, pa%!mentado de mármore rosa !mos uma s*r!e de n!"4os "om ob)etos sa&rados As paredes atera!s eram "obertas "om p!nturas 0e!tas sobre seda, representando a %!da de santos do +ama$smo A um ado, um &rande atar dourado su)e!ta%a uma enorme estátua, tamb*m dourada, representando Gautama, Buda, a!nda adoes"ente T!n4a a 0a"e ma&ra e tranqu!a, o o4ar sem!"errado de quem n(o o4a para o mundo dos morta!s Re0et!a6se em seu todo uma epress(o de m!ster!osa p!edade, son4o e sabedor!a m dos no%!'os ou #trapas# a"ompan4ou6nos at* a &rande "apea, onde, entre %eas "oor!das, "andeabros de ouro e !n"ens?r!os de )ade, %!mos um 0ato s!n&uar Suspenso no ar e sem nen4um apo!o, esta%a um bá"uo, !sto *, um pequeno bast(o dourado, que se&undo a enda, re&ua os atos da "omun!dade Soubemos que aquee bast(o m!a&roso perten"era ao santo Tson& apa, que 0o! o re0ormador da re!&!(o bud!sta no T!bete 7ensamos que se tratasse de a&um truque mu!to bem d!ss!muado peos amas, po!s nossa mente, por ma!s que ra"!o"!nasse, n(o en"ontra%a nen4uma ra1(o ?&!"a para aquee 0en=meno 7er"ebendo nossa !n"redu!dade, o Dr essantára d!sseF 6 Soube que este bast(o má&!"o está neste moste!ro 4á mu!tos s*"uos Nun"a n!n&u*m soube ep!"ar a ra1(o deste prod$&!o S? os amas "on4e"em este se&redo, mas n(o o re%eam aos pro0anos O sáb!o N!"oas Noto%!"4, que 4á tempos este%e no T!bete "4e0!ando uma m!ss(o de "!ent!stas russos, eam!nou tudo det!damente e n(o en"ontrou nen4uma 0raude, nem ra1(o ?&!"a para ep!"ar o 0en=meno Este sáb!o russo 0o! quem en"ontrou na "!dade de +adaX, a "ea ant!qu$ss!ma do #Erm!t(o de Issa#, que os +amas d!1em ter s!do Yesus Cr!sto 7erpeos e 0as"!nados, 0!"amos por a&um tempo "ontempando o prod$&!o 2!namente, to"ando de e%e em nosso bra'o d!re!to, o no%!'o 0e1 s!na para que o se&u$ssemos Cont!nuamos andando at* a"an'ar um on&o "orredor penumbroso Apenas per"eb$amos a 0ra"a !um!na'(o de a&umas to"4as Sent! um %a&o temor e meu san&ue pusou ma!s ráp!do nas m!n4as %e!as Ha%!a mu!tos n!"4os "a%ados nas paredes de pedra do "orredor !mos nestes n!"4os %utos !m?%e!s 7ensamos que 0ossem estátuas, mas em %o1 ba!a, o no%!'o 0aouF 6 Estes s(o mon&es que %ountar!amente se de!aram mum!0!"ar em %!da 6 Mas "omo 6 per&untamos, atra%*s de Tsaron& A resposta %e!o "ara e pre"!saF 6 Durante tr3s d!as e tr3s no!tes "o1!n4amos sementes tenras de !n4o m!sturadas "om 0a%a bran"a Depo!s, ambas s(o tr!turadas num p!(o A parte se"a %ota duas %e1es ao 0o&o e ao p!(o e, por 0!m, 0!"a eposta ao so, at* se trans0ormar numa 0ar!n4a e%e Ent(o ap?s um )e)um r!&oroso o "and!dato @ mum!0!"a'(o "ome &rande quant!dade desta 0ar!n4a Durante tr3s meses 0!"ará a!mentado por pequenas doses de que n?s 4e damos, )untamente "om pequenas por'>es da 0ar!n4a O mon&e de%e "onser%ar a mente 0!a no
+o&os SoarF Com este re&!me resse"am os !ntest!nos e o 0$&ado Tempos depo!s "om a pee !nte!ramente endure"!da, o "and!dato pare"e mesmo uma mm!a Somente a resp!ra'(o, 0raqu$ss!ma, "ont!nuará, mas por pou"o tempo 2o! 4orr$%e para n?s esta re%ea'(o e, quando sa$mos do "orredor &ubre, para um ampo pát!o arbor!1ado, resp!re! a!%!ada E a!, @ sombra de um p!n4e!ro m!enar, %!mos o Buda !%o de S!XX!m Esta%a sentado "om as pernas "ru1adas, em "!ma de uma este!ra de bambu Era d!0$"! pre"!sar64e a !dade As 0e!'>es m!das, !mpre"!sas, da%am64e um aspe"to !nde0!n!do est!a uma ampa tn!"a amarea, um "asa"o 0orrado de pees de "orde!ro e um barrete tamb*m de pees No que!o t!n4a uma barb!"4a raa e mu!to bran"a Os o4os eram pequenos e %!%os A pee quase sem ru&as As m(os 0!nas e ar!sto"rát!"as Sua 0!s!onom!a n(o me pare"!a des"on4e"!da embora n(o pudesse en"ontrar sua !ma&em na m!n4a mem?r!a Apro!mamo6nos depos!tando aos seus p*s as e"4arpes de seda bran"a, que os t!betanos "4amam de #Xa6ta#, ou e"4arpes da 0e!"!dade, que Tsaron& nos 0!1era tra1er 6 Sua Sant!dade 0o! mu!to bondoso em re"eber6nos 6 d!sse eu em !n&3s O Buda !%o %!rou6se para nosso !nt*rprete Tsaron& e d!sse a&o em t!betano Ad!%!n4o "orretamente o que ee qu!s d!1er 6 O %enerá%e 7a! da Ama D!amante entende quando 4e 0aam em !n&3s, mas teme que n(o 4e "orresponda o seu, por !sto pre0ere que eu tradu1a as paa%ras 6 0aou Tsaron& O4ando6me 0!amente, o Buda !%o 0aouF 6 #Yetsuma -re%erenda dama/, * "ontrár!o @ nossa re&ra e @ nossa ordem re"ebermos aqu! uma mu4er Mas os atos da sua %!da anter!or "ondu1!ram6na ao meu en"ontro Se)a bem6%!ndaU# A %o1 era 0raqu!n4a e &ra%e, mu!to a&radá%e de ser ou%!da Eu "ont!nua%a a pensar !ntr!&ada, onde )á t!n4a %!sto aquee sembante Como que respondendo aos meus pensamentos, ee 0aouF 6 Tens ra1(o, pequen!na !rm(, n?s n(o somos des"on4e"!dos 7or %ár!as %e1es est!%e ao teu ado, embora n(o soubesses da m!n4a presen'a et*rea Yá d!r!&! mu!tas "orrentes de !de!as brotadas do teu "*rebro Tu n(o te embras porque o %*u de Maa -!us(o/ obs"ure"e tua %!s(o !nterna M!n4as m(os tremeram de emo'(o Zue pensar de tudo aqu!o Re"orde! as paa%ras de Gautama, o BudaF #Nada a"e!tes que n(o se)a ra1oá%eP nada "ons!deres "omo "ontrár!o @ ra1(o, sem um eame "on%en!ente# 7er"ebendo m!n4a perturba'(o, o %enerá%e passou a "on%ersar "om o Dr essantára, em sJns"r!to O ma!s estran4o era que mesmo sem "ompreender o sJns"r!to, eu entend!a per0e!tamente tudo o que ambos d!1!am Era "omo se uma onda teepát!"a transm!t!sse o "on4e"!mento ao meu "*rebro Cre!o que esta 0o! uma das ma!s beas pro%as !ntu!t!%as que t!%e no T!bete
2aaram sobre re!&!(o, r!tos e endas do po%o t!betano 6 É pre"!so ser erud!to para se "ompreender os ens!namentos bud!stas 6 !nda&ue!, 0!namente 6 O "on4e"!mento da %erdade 6 respondeu o %enerá%e 6 * a&o que n(o se pode er nos !%ros Depende de nossas pr?pr!as eper!3n"!as Basta d!1er que S4en S!en, o seto 7atr!ar"a do bud!smo, des"as"a%a arro1 para %!%er m d!a, a 0or'a do seu Deus Interno despertou e ee tornou6se um sáb!o de repente Em se&u!da a "on%ersa passou a temas ma!s s!mpes Mu!to me surpreendeu saber que o Buda !%o 3 re&uarmente )orna!s !n&eses, e está bem !n0ormado dos probemas atua!s do mundo, 0ora do seu "$r"uo Re"ordo a "ren'a de Tsaron& que o %enerá%e possu! uma %!s(o pro0*t!"a M!n4a "ur!os!dade me !ndu1 a ped!r64e op!n!(o sobre o 0uturo do mundo Antes que eu pudesse 0ormuar a per&unta, %e!o a respostaF 6 S? o entend!mento esp!r!tua entre as na'>es "ondu1!rá @ %erdade!ra 7a1 Cre!o que o rem*d!o para os probemas do mundo * %!%er e a)udar a %!%er 2!tou6nos "om um o4ar pro0undo e prosse&u!uF 6 Os 4omens s(o a&entes do Carma -e! de "ausa e e0e!to/, e n?s "omo a&entes dos Mestres As"ens!onados, n(o podemos anuar as d$%!das que os 4omens e as na'>es "ontra$ram "om seus atos Está pre%!sto que em "ada do!s m! anos a terra entra em "ontato "om um no%o ra!o "?sm!"o que a)uda a sua e%ou'(o 2o! "on0!ada a um &rande Mestre As"ens!onado, a "ust?d!a do )á !n!"!ado "!"o de do!s m! anos da Era da +!berdade Este mara%!4oso Ser trará ao mundo o 2o&o da +!berdade e o0ere"erá ao mundo a oportun!dade da que!ma tota do Carma 2uturamente, um &rupo de estud!osos no O"!dente, a part!r do ter"e!ro m3s do ano de .L;:, d!%u&ar(o os ens!namentos deste &rande Sen4or da +!berdade para a Terra Há uma pausa que dura "er"a de um m!nuto O %enerá%e a"ar!"!a a barb!"4a "om os dedos 7e'o perm!ss(o para 0a1er64e a&umas per&untas pessoa!s 6 Zua * a sua !dade, %enerá%e 7a! da Ama D!amante A resposta "4e&ou rap!damenteF 6 A !dade da 0orma n(o * a !dade da ama Tu e eu )á %!%emos na terra mu!tas %e1es Cur!osa, pro"ure! 0a136o prosse&u!rF 6 Se %!%emos anter!ormente e %os embra!s, por que n(o su"ede o mesmo "om!&o 6 7r!me!ramente a mem?r!a "erebra, que * %ar!á%e e !n"erta, s? re&!stra as eper!3n"!as desta %!daP as %!das passadas t3m seus re&!stros na ama O estudo e a med!ta'(o despertam a "ons"!3n"!a da ama, e "om essa "ons"!3n"!a, todas as re"orda'>es do passado nea "onser%adas Hou%e outra pausa m no%!'o apro!mou6se e a"endeu uma %areta de !n"enso de rosas O Buda !%o obser%ou o 0umo a1u que se ee%a%a em esp!ra!s e permane"eu em s!3n"!o
Re"orde! que desde os tempos ma!s remotos, os or!enta!s asso"!am os odores a&radá%e!s "om a ess3n"!a d!%!na dos deuses C4e&a%am mesmo a pensar que a ama t!n4a uma 0ra&rJn"!a pr?pr!a, mu!to super!or a todos os per0umes que o 4omem "on4e"!a Nos tempos sa&rados, a!nda 4o)e os 4erbor!stas m!sturam po'>es se"retas e preparam raros !n"ensos, os qua!s a"red!tam6se que s(o seme4antes @ d!%!na 0ra&rJn"!a da ama É "ren'a &era que a !naa'(o da 0uma'a per0umada ee%a a ama a &randes aturas, a)uda a produ1!r a 4armon!a dos sent!dos, tranqu!!1a e a"ama o "orpo e a mente Sent!ndo que nossa entre%!sta term!nara reamente, e%antamo6nos do "4(o, onde está%amos sentados sobre &rossos tapetes O Buda !%o er&ueu a m(o d!re!ta em s!na de b3n'(o Depo!s, pe&ando um dos manus"r!tos que esta%am sobre uma mes!n4a ba!a, ao seu ado, o0ere"eu6nos "omo embran'a E d!r!&!ndo6se a m!m, 0aouF 6 En"ontrarás a!nda outros Mestres ma!s es"are"!dos do que eu que te re%ear(o mu!tos se&redos Guarda6os "om "u!dado Zuando "4e&ar a *po"a terás a !ntu!'(o para d!%u&á6os Cumpre o teu de%er no O"!dente e que nen4uma obs"ur!dade te !mpe'a de %er a +u1 D!%!na ou te des%!e do %erdade!ro "am!n4o !n!"!át!"oU Entarde"!a quando de!amos o Tempo do Buda !%o de S!XX!m m %ento 0r!o, prenun"!ando tempestade, a&!ta%a nossas %estes Sent$amo6nos @ mer"3 de a&uma 0or'a !mpenetrá%e e etraord!nár!a [ med!da que nos a0astá%amos do tempo, per&unta%a a m!m mesma se tudo o que me %!n4a ao "*rebro 0a1!a parte de uma %!s(o desperta ou de um son4o O roo de seda em m!n4a m(o, "ontendo uma ora'(o bud!sta, "on%en"eu6me daquea mara%!4osa rea!dade C4e&amos ao paá"!o do Ra)á Dor&e num estado de &rande a&!ta'(o e e"!tamento Naquea no!te, ap?s o )antar, a "on%ersa &!rou sobre nossa %!s!ta ao Buda !%o e suas de"ara'>es pro0*t!"as Depo!s, 0aamos sabre a reen"arna'(o 6 Mesmo no O"!dente 6 d!sse essantára 6 4omens 0amosos "omo Henr 2ord a"red!tam na reen"arna'(o A&um tempo antes de 0ae"er, 2ord 0o! entre%!stado peo rep?rter amer!"ano 2ran1!er Hunt, e de"arou abertamente sua "ren'a na reen"arna'(o 6 Cada %!da que %!%emos 6 de"arou 2ord ao )orna!sta 6 aumenta o tota de nossas eper!3n"!as Tudo o que se en"ontra na terra 0o! posto para o nosso bem, para obtermos eper!3n"!as que de%em ser &uardadas para um 0!m 0uturo N(o e!ste uma part$"ua do 4omem, um pensamento, uma eper!3n"!a, uma &ota que n(o subs!sta A %!da * eternaP portanto, n(o e!ste morte Isto * !r ma!s on&e do que ens!na nossa re!&!(o "r!st( 6 d!sse 2ra1!er 6 7ode ser, mas * n!sso que eu "re!o E "re!o, "omo se "r!a, em *po"as mu!ta anter!ores, em tempos bem remotos, nos qua!s se sab!a a&o que )á perdemosP a&o do m!ster!oso en!&ma da %!da E estou "ompetamente "erto de tudo !sso Cre!o que o que "4amamos re!&!(o 0o! 4á s*"uos uma "!3n"!a
eata, enun"!ada em "on"e!tos baseadas em 0atos e "on4e"!mentos As "o!sas que resutam ser a&ora m!st*r!os sem sou'(o, ta!s "omo de onde %!emos antes de nas"er e para onde %amos ap?s a morte, eram "on4e"!das por todo mundo Sab!a6se tudo "on"ernente @ e!st3n"!a A&um d!a, n?s seremos tamb*m bastante sa&a1es para %er e "ompreender a %!da toda do n!%ersoP o que está se passando em outros panetas e mu!tas outras "o!sas neste est!o# Re"orde! ent(o o que era "erta %e1 numa pub!"a'(o m$st!"aF #A reen"arna'(o * a %erdade!ra e a n!"a ep!"a'(o ?&!"a para !nmeras !n)ust!'as aparentes, o que se %er!0!"a quando por eempo se %3 tanto dest!no pesado em "ertas pessoas boas e %a!osas enquanto outras 6 as que "4amamos de #más# &o1am de um %!%er 0e!1U 7odemos estar "ertos, n(o 4á des"u!doP a n(o ser que, "ada um en"ontre, no%amente, o e0e!to das ant!&as "ausas, que em quaquer tempo, no passado, 4a)a semeado, 6 mas das qua!s n(o possu! ma!s nen4uma embran'a Ass!m, po!s, depende de "omo "ada um !rá rea&!r no de"orrer dos 0atos e "!r"unstJn"!as e desta 0orma será determ!nado "omo "ada um %!%erá no 0uturo Se a&u*m pode neutra!1ar seus erros, se ee pr?pr!o quer prestar um ser%!'o a outrem e "om !sso d!sso%er o ma, ent(o estará !%re da "upa Mas se ee n(o "onse&ue red!m!r6se, a %!da destas duas pessoas será "ada %e1 ma!s embara'osa, at* que em a&uma en"arna'(o 0utura !sto se)a a"an'ado A ma!or!a das pessoas s(o e%adas a apro!marem6se "om o n!"o !ntu!to de d!sso%er #"upas# esque"!das do passado Zuando entre a&umas pessoas re!na a atra'(o do amor e da 4armon!a * "erto que, em outra *po"a, )á 4a%!a uma un!(o 4armon!osa e )untos traba4aram, podendo epand!r estas qua!dades no mundo aos que tanto ne"ess!tam deas Zuando sur&!r um sent!mento reutante ao en"ontrarmos a&u*m, quando per"ebermos que de%emos estar em &uarda, !sto * re"orda'(o de sent!mentos desa&radá%e!s e desarm=n!"os de !&a'(o no passado Deus * um Deus de amor e 6 m Bom Deus 6 nun"a !r!a pro%er seus 0!4os 6 uma metade "om amor, bee1a, ae&r!a, abundJn"!a e dotada de todo bem 6 e a outra metade "arre&ada "om doen'as e "o!sas !mpuras da %!da Bons pa!s n(o 0a1em d!0eren'a entre seus 0!4os, e Deus n(o o 0ar!a, absoutamente Se, 0!namente, o 4omem per"ebe que ee * a Causa de toda des&ra'a e toda !m!ta'(o em seu mundo, e se ee, s!n"era e 4onestamente, re"on4e"e e dese)a reparar todo este ma, ser64e6á dado !nte&ra au$!o 7or*m, at* que ee "ons!&a at!n&!r este ponto, permane"erá, &eramente bas0emando "ontra Deus e "ontra o dest!no ou res!&nando6se na !mpress(o de que esta * a %ontade de Deus 6 que naturamente, n(o *# Tudo !sto nos %e!o @ mente enquanto essantára "omenta%a o "aso da men!na S4ant! De%!, de no%e anos de !dade, que desde que "ome'ou a 0aar, a0!rma ser a reen"arna'(o da 0ae"!da esposa de um ne&o"!ante de te"!dos, de nome +u&d!, res!dente na "!dade de Mutra, a uns du1entos qu!=metros de No%a D*4!, u&ar onde nas"eu e %!%e a men!na
6 A ama * eterna e !n"r!ada 6 0aou Ma4!ma 6 7assa de uma e!st3n"!a para outra, de um pa$s para outro N(o 4á d%!da de que o "aso de S4ant! De%! * um dos ma!s "ur!osos "asos de reen"arna'(o que )á 4ou%e na 5nd!a +ást!ma que mu!ta &ente du%!de d!sso 6 Zuando "4e&ar o momento 6 d!sse o Ra)á 6 todos "ompreender(o que a reen"arna'(o * uma &rande %erdade Mas "re!o que o mundo a!nda n(o está preparado para a"e!tar !sto
A "e#ta Sagrada de ,e#a! Na man4( se&u!nte, ap?s tomar o "4á "om boos de &en&!bre que uma das "r!adas nos e%ou no quarto, sa$mos para o )ard!m ao en"ontro de nossos am!&os Esta%am sentados num qu!osque, no "entro do &rande )ard!m "4e!o de 0ores, apesar do !n%erno Con%ersa%am an!madamente 6 2o! bom teres %!ndo 6 d!sse Ma4!ma 6, po!s está%amos 0aando sobre a sa&rada 0esta de ^esaX 6 S!m, po!s, 4o)e @ no!te o po%o do Nepa %a! 0este)ar o 2est!%a de ^esaX, que * um dos ma!s !mportantes de toda a 8s!a 0aou o Ra)á Era a pr!me!ra %e1 que ou%$amos 0aar nesta 0esta e o seu nome estran4o despertou em n?s uma %!%a "ur!os!dade 6 O que s!&n!0!"a esta 0esta 6 !nda&amos 2o! o Ra)á quem respondeuF 6 Representa uma trad!'(o mut!m!enar do Or!ente, que todos os anos, na +ua C4e!a de ma!o, * "eebrada aqu! no Nepa e tamb*m em a&uns u&ares da 5nd!a e do Ce!(o Na &rande 4ora da +ua C4e!a, Ma!trea 6 o Buda da Compa!(o 6 derrama suas b3n'(os sobre o mundo 6 A!ás, estas b3n'(os 6 d!sse o Dr essantára 6 s(o mara%!4osamente e"ep"!ona!s, porque de%!do a sua ata "ate&or!a nos panos esp!r!tua!s, nosso sen4or Buda tem ampo a"esso aos panos da nature1a que est(o mu!to on&e do nosso a"an"e 7ortanto, ee pode transmutar e trans0er!r ao nosso mundo, a d!%!na ener&!a dos mundos super!ores Sem o au$!o do Buda, )ama!s estas ener&!as poder!am "4e&ar at* n?s 6 E por que n(o 6 !nda&ue!, "ur!osa 6 essantára o4ou para o Ra)á e os do!s sorr!ram, e ap?s uma bre%e pausa o Ra)á 0aouF 6 7orque as %!bra'>es do nosso bem6amado Buda s(o t(o 0orm!dá%e!s e t(o !n"r!%emente ráp!das, que ser!a6nos !mposs$%e per"eb36as Mas, no pen!n!o de ma!o, suas b3n'(os se d!0undem peo mundo !nte!ro, e%ando 4armon!a e pa1 !ne0á%e a todos os que est(o preparados, para re"eber os d!%!nos dons Estas paa%ras do Ra)á "aaram 0undo em nossa ama, mas a!nda ass!m, n(o t$n4amos per"eb!do o sent!do o"uto da 0esta de ^esaX E "ont!nuamos per&untandoF 6 7or que ra1(o esta b3n'(o mara%!4osa s? * dada no pen!n!o de ma!o 6 7orque * no m3s de ma!o 6 d!sse o Ra)á 6 que no "aendár!o da 5nd!a, Nepa
e Ce!(o * "4amado ^esaX, ou 2esta da +ua C4e!a de Ma!o Nesta *po"a 0este)amos os a"onte"!mentos ma!s !mportantes da %!da de Buda, o Ium!nado Contudo, a apar!'(o que sur&e na 2esta da +ua C4e!a n(o * a de S!darta Gautama, o Buda, mas s!m de uma de suas emana'>es d!%!nas "on4e"!da "omo Buda Ma!trea, ou Buda do 0uturo 6 E todos podem %er esta d!%!na apar!'(o da sombra do Buda 6 !nda&ue! perpea 6 Nem todos 6 retru"ou o ra)á 6 somente aquees que est(o preparados esp!r!tuamente e t3m aberto a sua Qa %!s(o ou ter"e!ro o4o esp!r!tua Consta que nesse d!a sa&rado, mu!ta &ente %a&a !nut!mente de um ado para outro nas montan4as, sem en"ontrar o u&ar onde * "eebrada a 2esta da +ua C4e!a É "omo se o #%*u de Maa#, a &rande !us(o, o"utasse este u&ar dos o4os "ur!osos D!ante d!sto 0!"amos preo"upados A"aso ser$amos d!&nos de !r a esta 0esta e %er a sombra do Buda Como que ad!%!n4ando meus pensamentos o ra)á 0aouF 6 Re"eb! ordens dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente para e%á6as @ 0esta de ^esaX 6 Mas quem s(o estes Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente, !nda&ue! "ur!osa 6 S(o Seres As"ens!onados, !%res de toda !mper0e!'(o, que %!%em no pano esp!r!tua e se "omun!"am "onos"o atra%*s de seus d!s"$puos, mu!tos dos qua!s %!%em aqu! no Nepa Nossa ae&r!a 0o! tanta que ma pudemos babu"!ar um a&rade"!mento Naquea mesma tarde, @s tr3s 4oras, nosso &rupo !derado peo ra)á e peo +ama a1!, de!ou o paá"!o no "entro de Gan&toX e part!u rumo ao %ae do r!o T!sta Os "a%aos atra%essaram um on&o "am!n4o que nos e%ou ao 0undo de uma &ar&anta, depo!s a %aes 0*rte!s onde 4omens e mu4eres pastorea%am "abras +e%amos "er"a de uma 4ora sub!ndo, &a&ando atura &radat!%amente A0!na a"an'amos uma ra%!na e ma!s ad!ante um pat=, que pare"!a s!tuar6se a me!o "am!n4o entre a base e o "!mo da montan4a A!, desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um ser%o que nos a"ompan4a%a e "ont!nuamos andando a p* 7asso a passo, &u!ados peo ama a1!, 0omos por um estre!to %ae que se apro0unda%a "ada %e1 ma!s na 0oresta 7ara a*m do %ae, %!mos uma tortuosa re&!(o "4e!a de $n&remes "o!nas A estrada 0o! se en"ara"oando pea etrem!dade norte, e em se&u!da, "ortando atra%*s de uma abertura na montan4a, "4e&amos a uma "o!na %erde e deserta m pou"o ma!s ad!ante era a pan$"!e @ qua "4e&amos por um "am!n4o ár!do e pedre&oso m re&ato "orr!a manso na parte o"!denta da pan$"!e Numa "are!ra aberta entre enormes "ar%a4os, %!mos um atar 0e!to de pedra, onde se espa4a%am mu!tas &u!randas de 0ores m &rupo de as"etas á esta%a sentado no "4(o, med!tando Eram todos bem !dosos Os "abeos e as barbas on&os e bran"os sa%am apenas uma tan&a de a&od(o amareo, e seus "orpos eram ma&ros e bron1eados
6 Aquees 4omens s(o os #na)orpas# t!betanos 6 murmurou o ama a1! 6 Na)orpas 6 repet!mos !ntr!&ados 6 S!m, s(o os mon&es pere&r!nos que na %*spera do pen!n!o des"em de suas erm!das, e %3m aqu! prestar sua 4omena&em ao bem amado Buda Ma!s ad!ante, %!mos a&uns 4omens armando uma 0o&ue!ra "om made!ra de sJndao 6 Bre%e %!rá a no!te 6 d!sse o Ra)á 6 e ees est(o preparando a 0o&ue!ra do r!tua do ^esaX D!1em que quando part!"!pamos de um r!tua, a)udamos a &erar uma 0or'a redentora para toda 4uman!dade 6 Como ass!m 6 !nda&amos 6 No r!tua, os pensamentos e asp!ra'>es de todos os part!"!pantes, un!ndo6 se @s 0or'as da Nature1a e @s ener&!as D!%!nas, "r!am um poderoso %?rt!"e para o Bem, um pensamento absouto, que atra! para a terra o poder e a bondade de Deus Es"o4emos um u&ar perto do &rupo dos as"etas e nos sentamos no "4(o, s!en"!osamente, @ espera da &rande "er!m=n!a r!tua$st!"a Os pere&r!nos 0oram "4e&ando em re!&!oso s!3n"!o Senta%am6se ordenadamente no "4(o, tendo o "u!dado de de!ar um ampo espa'o !%re d!ante do atar Todos %est!am on&as tn!"as amareo6aran)a 6 a "or dos d!s"$puos de Gautama, o Buda O Ra)á t!n4a pro%!den"!ado para que n?s tamb*m %est$ssemos tn!"as de a&od(o amareo, por "!ma das pesadas roupas de (, po!s o 0r!o era !ntenso Tamb*m t$n4amos nos pur!0!"ado de a"ordo "om a trad!'(o, tomando um ban4o "om p*taas de rosas bran"as, e de0umado nosso "orpo e nossas roupas "om !n"enso e ben)o!m Obser%amos em s!3n"!o os rostos &ra%es e serenos dos as"etas que esta%am perto de n?s De repente, um dees se e%antou Era um %e4o ato e es&u!o e toda a sua pessoa emana%a um &rande ma&net!smo ma men!na de uns sete anos apro!mou6se e entre&ou64e uma "a!!n4a de a"a %erme4a O %e4o abr!u6a e 0o! t!rando p?s "oor!dos %erde e aaran)ado Com estes p?s, tra'ou um &rande "$r"uo de uns tr3s metros de d!Jmetro No me!o do "$r"uo %!eram se sentar tr3s %e4os as"etas Seus rostos t!n4am uma epress(o tranqu!a e 4!erát!"a ma pequena orquestra, "omposta de 0autas e &on&os, "ome'ou a to"ar uma ms!"a mu!to sua%e Sob o "*u estreado, sentados no "4(o "om as pernas "ru1adas, na postura do ?tus, os as"etas baan'a%am o "orpo ao r!tmo de um "Jnt!"o sua%e, ee%ando suas pre"es ao Cosmos, enquanto perto dees sub!a a esp!ra prateada do !n"enso No Or!ente, nen4uma "er!m=n!a m$st!"a está "ompeta sem a que!ma de res!nas aromát!"as O "ostume de que!mar !n"enso n(o * uma 0antást!"a superst!'(o nem um r!to etra%a&ante, mas s!m um s$mboo da 4armon!a do 4omem "om a &rande "ons"!3n"!a "?sm!"a, por me!o da pre"e e da med!ta'(o Adema!s, o uso do !n"enso * !nte!ramente "!ent$0!"o Todos os que estudam o"ut!smo sabem que n(o 4á mat*r!a morta, mas todos os seres e todas as "o!sas da Nature1a possuem e !rrad!am suas %!bra'>es ou "omb!na'>es de %!bra'>es Cada eemento qu$m!"o tem, portanto, suas
!n0u3n"!as pe"u!ares, que s(o te!s em determ!nado sent!do e !nte!s e at* mesmo no"!%as, em outros Zuando m!sturamos d!0erentes res!nas, "omo o !n"enso, o ben)o!m e a m!rra, eas ao serem que!madas est!muam as emo'>es puras e nobres, pur!0!"ando aquea parte da nature1a 4umana "4amada "orpo emo"!ona ou astra Seu e0e!to * seme4ante ao de um des!n0etante, que ao espa4ar6se peo ar, destr?! os &ermes pato&3n!"os, embora o !n"enso e outras res!nas aromát!"as atuem nos panos super!ores da mat*r!a sut! [ med!da que o "Jnt!"o dos as"etas se ee%a%a, numa sua%e "ad3n"!a, um ama %est!do "om um r!"o manto amareo, que se&undo soube t!n4a %!ndo de um moste!ro da "!dade santa de +4assa, estendeu as m(os 0!nas e ma&ras sobre o brase!ro per0umado 6 O que será que ee está 0a1endo 6 per&unte! E o ra)á respondeuF 6 Ma&net!1ando o !n"enso para aumentar seu poder, est!muando nosso "orpo 0u$d!"o, a 0!m de per"ebermos me4or as emo'>es que nos %3m dos panos super!ores Cer"a de uma 4ora antes do pen!n!o 4ou%e um estran4o 0en=meno, que a!nda 4o)e "usto a a"red!tar !mos, n!t!damente, 0ormar6se perto dos tr3s as"etas que esta%am sentados no me!o do "$r"uo "oor!do, uma nu%em "!n1enta A nu%em "ondensou6se aos pou"os at* 0ormar a 0!&ura de um 4omem )o%em a!nda, de pee morena, tra'os 0!nos e o4ar br!4ante est!a uma tn!"a bran"a 0utuante e en%o%!a sua "abe'a um turbante de seda a1u6 "aro 6 Zue mara%!4aU Zuem * ee 6 !nda&ue! perpea 6 É a 0orma 0u$d!"a do Mestre as"ens!onado E Mora, um dos &randes Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente 6 ep!"ou o ama a1! Ee * o Sen4or do pr!me!ro ra!o "?sm!"o que representa a 0or'a, o poder e a prote'(o da %ontade d!%!naP atra%*s dee * man!0estada no n!%erso esta %ontade Estad!stas, Gu!as e Or!entadores da 4uman!dade, 4omens "om &rande tend3n"!a para a rea!1a'(o de um !dea "onstrut!%o, possuem em seus "orpos et*r!"os uma ar&a 0a!a de "or a1u, po!s est(o em 4armon!a "om o Mestre E Mora 6 A4U e"ame! !nteressada 2ae ma!s sobre eeU E a1! "ont!nuou 0aandoF 6 Consta que ee %!%eu num "ont!nente ant!qu$ss!mo, que 4á m!3n!os desapare"eu da 0a"e da terra Seu santuár!o 0!"a ao p* da montan4a do H!maa!a, na "!dade de Dar)ee!n& E Mora * o &rande mestre que tem responsab!!dade sobre a or!enta'(o e o desen%o%!mento da 8s!a e seu po%o Ao mesmo tempo, perten"e64e o "ontroe dos &o%ernos de todo o mundo D!1em que no tempo de Yesus, 0o! ee Me"4!or, um dos tr3s re!s sáb!os do Or!ente Depo!s en"arnou "omo o endár!o re! Artur, da sa&rada Ta'a do Santo Graa e sua t!ma en"arna'(o 0o! "omo o poeta !rand3s T4omas More Yunto "om ee, traba4am tamb*m no pr!me!ro ra!o "?sm!"o a1u, o Ar"an)o M!&ue e o poderoso Eo4!m H*r"ues
6 E MoraU 6 repet! "omo%!da, enquanto o4a%a a mara%!4osa mater!a!1a'(o de sua 0orma 0u$d!"a Era "omo se o nome do mestre pusesse uma nota de pa1 na m!n4a mente e na m!n4a ama Seus &randes o4os a1u!s t!n4am um br!4o t(o !ntenso, que penetra%am o ma!s $nt!mo do meu ser Ao ado dee, %!mos apare"er uma um!nos!dade bran"a, "om "er"a de me!o metro de atura e uns %!nte "ent$metros de ar&ura Era a pr!me!ra %e1 que ass!st$amos a um 0en=meno de mater!a!1a'(o e 0!"amos !n"r*duos e ao mesmo tempo, ae&res e mara%!4ados A um!nos!dade bran"a desapare"eu rap!damente e o&o sur&!u d!ante de n?s a 0!&ura ma&n$0!"a de um %e4o de rosto 0!no e ar!sto"rát!"o, on&as %estes bran"as e "abeos &r!sa4os, repart!dos ao me!o e "a!ndo64e peos ombros em sedosas ondas Ee mo%!mentou os bra'os num &esto de b3n'(o e andou at* o "entro do "$r"uo onde esta%am os tr3s as"etas T!n4a uma apar3n"!a norma, "omo ter!a quaquer um de n?s %est!dos de bran"o C!n"o mater!a!1a'>es su"ederam6se a esta, num "urto espa'o de tempo Todos t!n4am uma !nda 0orma'(o de e"topasma, arredondada de uma %!%a 0os0ores"3n"!a me!o a1uada, dando a !mpress(o do "rep!tar de uma "4ama Isto para n?s era espantosoU Mas para todos que esta%am a! n(o pare"!a nada anorma Eram 0atos que "on0und!am nossa !nte!&3n"!a, po!s embora )á t!%*ssemos ou%!do 0aar sobre 0en=menos de mater!a!1a'(o, a!nda n(o t$n4amos %!sto nen4um Mu!tas das !n%est!&a'>es de "!ent!stas "omo C4ares R!"4et, pro0essor da n!%ers!dade de 7ar!s, Enr!"o Morse!, 0amoso ps!qu!atra !ta!ano, S!r O!%er +od&e e numerosos outros nomes !mportantes, )á eram do nosso "on4e"!mento Mas, presen"!ar tantas mater!a!1a'>es ass!m, numa no!te de ua "ara, em pena mata or!enta, era a&o desumbrante e quase !na"red!tá%eU Obser%amos que os seres mater!a!1ados "on%ersa%am naturamente "om todos e o ma!s "ur!oso * que 0aa%am no !d!oma t!betano ou pá!, e "ada um de n?s entend$amos suas paa%ras "omo se 0ossem d!tas em nossa pr?pr!a $n&ua, num m!ster!oso 0en=meno teepát!"o A um s!na do Mestre Mora, troueram uma t!&ea de ouro "4e!a de á&ua de uma nas"ente pr?!ma O mestre se&urou6a de!"adamente entre as m(os e "oo"ou6a sobre o atar, entre as &r!nadas de 0ores Come'aram ent(o os "Jnt!"os ma!s sa&rados ma do"e br!sa me?d!"a "4e&ou aos meus ou%!dos A !sto se&u!u6se uma epos(o de ms!"a de uma bee1a per0e!ta, mas d!0erente de quaquer outra que eu )á ou%!ra T!n4a sons de uma de!"ade1a e ternura t(o penetrantes, !mposs$%e de des"re%er Eu es"uta%a perpea e desumbrada Ao meu ado ou%! a %o1 de a1! d!1endo ba!!n4oF 6 Apenas os 0ra&mentos do &rand!oso "Jnt!"o dos Mestres * que "4e&am aos seus ou%!dos, pequen!na !rm(U Sent!a6me "omo%!da, !n"apa1 de 0aar m do"e espanto &ruda%a os meus áb!os Gostar!a de per&untar mu!tas "o!sas ao ama a1!, mas era "omo se eu est!%esse "om a mente em bran"o
a1! per"ebeu a m!n4a emo'(o e "ont!nuou d!1endoF 6 Dentro em pou"o se mater!a!1ará aqu!, toda a &rande assembe!a dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Esta 2ratern!dade 0o! 0undada 4á do1e m! anos, no pr!n"$p!o da Idade Ne&ra ou Xa!u&a, que term!nou em .L. Ass!m "umpr!u6se um "!"o e%out!%o e "ome'ou outro tamb*m de do1e m! anos O re&ente desta 2ratern!dade * o Ma4a6Guru Ba&4a%an Nara!ana Depo!s dee %3m os tr!nta e no%e An)os 7anetár!os e que %!%em em Badar! ana, re&!(o montan4osa ao norte do H!maa!a e que ser%e de "entro para a poderosa at!%!dade dos Mestres 2!que! ou%!ndo em s!3n"!o +o&o m!n4a aten'(o 0o! atra$da por uma !ntensa um!nos!dade que se 0e1 d!ante do atar No%os sons ma%!osos %!braram no ar e ent(o por uma &rande nu%em um!nosa, sur&!ram os quarenta Mestres que re&em a 2ratern!dade Bran"a do Or!ente A pr!n"$p!o pare"!am seres et*reos, %est!dos "om ampas tn!"as bran"as que 0utua%am no ar, sem to"ar a terra 7ou"o a pou"o suas 0!&uras um!nosas 0oram se adensando at* que se tornaram mu!to rea!s m dees 0aouF 6 N?s, os seres "?sm!"os, os Eo4!ns, os Ar"an)os, %os "4amamos e %os estendemos nossas m(os, ? 4uman!dade so0redoraU De!a! a d!s"?rd!a da terra e torna!6%os nossos d!s"$puos, torna!6%os o "ana, a ta'a de "r!sta respande"ente de u1, por onde 0u!rá o nosso amor, nossa sabedor!a e nosso poder Er&o a m!n4a m(o d!re!ta e en%!o )atos de "4amas a1u!s a todos que pre"!sem de uma !nter%en'(o d!%!naU Nada res!ste a esta u1 "?sm!"a, nada pode subs!st!r que n(o se)a u1U !mos que de suas m(os d!á0anas emana%am &randes u1es a1u!s 2!"amos "on0usos Estar$amos mesmo %endo tudo aqu!o, ou a"aso *ramos %$t!mas de uma su&est(o 4!pn?t!"a N(o t!%e tempo para ra"!o"!nar, po!s o&o, a"!ma do atar, %!mos 0ormar6se um &rande so um!noso, "omo se re0et!sse a u1 de m!4ares de s?!s Deste so sa$ram sete ra!os dourados que se !rrad!aram sobre todos n?s e o&o se 0und!ram numa br!4ante 0orma !mpre"!sa 6 O4aU É o Buda Ma!trea que %em aben'oar a 4uman!dadeU 6 murmurou o ra)á Dor&e tr3muo de emo'(o Eu ma pod!a a"red!tar nos meus pr?pr!os o4os E todos "antaramF 6 Tudo está pronto em, ? MestreU emU Era o momento eato do pen!n!o 7ou"o a pou"o a apar!'(o 0o! se de0!n!ndo, at* que %!mos a 0!&ura do Buda Ma!trea, o Buda do 0uturo Todos se a)oe4aram e !n"!naram a "abe'a, o&o er&ueram o busto e "om as m(os estend!das para a d!%!na apar!'(o, "antaram !mporando sua b3n'(o O Ser E"eso que 0utua%a a"!ma do atar apare"!a sentado, "om as pernas "ru1adas na postura do ?tus, %est!do "om uma tn!"a amareo6dourada A m(o d!re!ta aponta%a para o "*u e a esquerda para a terra Seu beo rosto, "or de mar0!m, re0et!a uma bee1a etraterrena e uma &rande seren!dade Os o4os eram !ntensamente a1u!s, de um !ndo a1u6%!oeta, os "abeos es"uros !sos e br!4antes "a!ndo64e sobre os ombros
Term!nados os "Jnt!"os, o Ser E"eso pe&ou a t!&ea dourada que esta%a sobre o atar e, durante um momento, er&ueu6a a"!ma de sua pr?pr!a "abe'a Ao repor a t!&ea sobre o atar ee sorr!a bondosamente Sb!to, uma "4u%a de p*taas de 0ores "a!u sobre todos n?s e um per0ume mara%!4oso espa4ou6se peo ar +o&o, a apar!'(o de Buda esbo'ou um &esto de b3n'(o e aos pou"os 0o! desapare"endo at* sum!r "ompetamente O po%o "antou a sauda'(o do r!tuaF Har!U OmU TatU SatU -Sen4or Tu *s Aqu!oU Inepressá%e n!dadeU/ [ med!da que o Buda Ma!trea 6 a representa'(o má!ma da 0or'a "r$st!"a 6 desapare"!a, 0oram desapare"endo tamb*m as 0ormas mater!a!1adas dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente A uma ordem dos as"etas que re&!am a "er!m=n!a, 0ormamos uma 0!a e "ada um de n?s bebeu um pou"o da á&ua que esta%a na t!&ea de ouro, "ontendo as %!bra'>es do Buda Ma!trea Depo!s todos se saudaram, un!ndo as pamas das m(os sobre a testa, num s!n"ero #namast3# e "ada um 0o! se ret!rando 7or a&um tempo 0!que! !m?%e, per&untando a m!m mesma se tudo o que %!ra n(o 0a1!a parte de uma %!s(o 0antást!"a ou de um son4o At* 4o)e n(o posso ep!"ar as desen"ontradas emo'>es que sent! durante o santo 2est!%a de ^esaX aos p*s dos H!maa!s Ho)e, ao tentar re"onst!tu!r este tesouro de embran'as que &uardo na m!n4a ama, rep!to para m!m mesma o %e4o pro%*rb!o "4!n3s do #S4an Ha! !n ou +!%ro das Terras e MaresF #As "o!sas que o 4omem "on4e"e %erdade!ramente, n(o podem ser "omparadas em nmero "om as que 4e s(o des"on4e"!das# Ao re"ordar as %!s>es do 2est!%a de ^esaX, s!nto6me a!nda @ mer"3 de uma 0or'a !mpenetrá%e e m!ster!osa que 0a1 "om que eu pare de ser eu mesma, para me trans0ormar no "ana d!0usor dos sub!mes ens!namentos dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Zue ees nos aben'oem e nos a)udem a "umpr!r nossa m!ss(o sobre a terraU
'O-S O "ormo#o Lago do# L.t$# %ranco# Ap?s tr3s semanas em Gan&toX, "onse&u!mos a amb!"!onada autor!1a'(o de trJns!to do Go%erno t!betano De!amos ent(o, o paá"!o do ra)á Dor&e e part!mos em d!re'(o da 0oresta de Nat4u6+4a Esta pr!me!ra etapa, rumo ao T!bete des"on4e"!do, 0o! a ma!s d!0$"! de ser or&an!1ada As "ar&as de%!am ser "u!dadosamente a)ustadas @s "ostas dos an!ma!s, e Tsaron& 6 o se"retár!o part!"uar do ra)á 6 !ns!st!u para que e%ássemos bastante a&asa4os, mant!mentos e "4á A0!na, tudo 0!"ou pronto O ra)á e suas tr3s esposas, sempre amá%e!s e 4osp!tae!ros, a"enaram6nos um adeus dese)ando boa %!a&em Generosamente, nosso an0!tr!(o en%!ou6nos duas pessoas para a"ompan4ar6nos na on&a %!a&em Tser!n& 4an, uma )o%em "o1!n4e!ra t!betana que ans!a%a re%er sua terra e o +ama Daa a1!, que
0!"ar!a em +4assa, term!nando sua pere&r!na'(o m$st!"a a1! 0!"ou sendo ent(o o &u!a da nossa pequena "ara%ana Zuando o t!mo an!ma "ru1ou a d!%!sa de Gan&toX, e %otamos a "abe'a para o4ar o ma)estoso monte !"4!)un&a, sent!mos &rande ae&r!a 2!namente está%amos a "am!n4o do ma!s des"on4e"!do e m!ster!oso pa$s do mundoU Ca%a&amos por um "am!n4o 0orrado de pedras &randes e !sas A&um tempo depo!s entramos na 0oresta, onde t!%emos que "ondu1!r nossos "a%aos "u!dadosamente, peo "am!n4o estre!to e ama"ento, adeado por &!&antes"os bambus e 0!&ue!ras se%a&ens Nada pode dar !de!a da uur!ante mata do H!maa!a [ med!da Zue $amos "ontornando o %ae do r!o T!sta, os t!mos murmr!os da "!%!!1a'(o &raduamente desapare"!am T!%emos a !mpress(o de que sub$amos em d!re'(o @s nu%ens, de!ando para trás este mundo "!ent$0!"o e t*"n!"o, que tanto tem a0astado o 4omem da Nature1a A abundJn"!a de á&ua nos %aes do H!maa!a * quaquer "o!sa que 0a1 medo 7or todas as partes %!mos "as"atas, r!os, a&os e 0ontes De quando em quando !anas e "!p?s abr!am6se t!m!damente, de!ando %er !ndas 0ores des"on4e"!das Aos pou"os pude "ompreender "omo aquea serena atmos0era p=de !nsp!rar S!darta Gautama, o Buda, a pro"urar um "am!n4o ma!s ráp!do que e%asse o ser 4umano @ etern!dade A %o1 de Ma4!ma !nterrompeu meus pensamentosF 6 e)aU A! está arponan&U !mos um a&omerado de "asas bran"as Ma!s ad!ante um o"eano de brumas, no qua $amos mer&u4ando pou"o a pou"o Está%amos numa at!tude de do!s m! sete"entos e "!nquenta metros Zuando de!amos para trás a n*%oa a%!stamos o 0ormoso a&o C4an&u Cont!nuamos "a%a&ando durante %ár!as 4oras at* "4e&armos @ 0oresta de Nat4u6+4a O "am!n4o esta%a mar"ado por %ár!as bande!ras de pre"es, "omo * "omum no T!bete S(o 0e!tas de pee de "arne!ro bem "urt!das, e neas os +amas &ra%am a 0?rmua sa&radaF Om Man! 7adme HumU, que entre outras "o!sas s!&n!0!"a ` meu Deus que estás em m!m Estas bande!ras de pre"es s(o suspensas por "ord>es de "r!na de !aqueF 6 esp*"!e de bo! peudo t!betano 6 e atadas a uma ár%ore por uma "orda &rossa Os"!am nos &a4os e * "ren'a &era de que o %ento e%a as pre"es ao Cr!ador E o que passar por eas e a&!tá6as "om 0*, obterá o m*r!to da b3n'(o de Buda, o Sub!me E quantas %e1es o 0!1er, tantas ser(o as b3n'(os re"eb!das Zuando a "ara%ana passou por um monte de pedras en"!mada por outras bande!ras de pre"es "oor!das, "om %ár!as !ns"r!'>es bud!stas, os t!betanos que esta%am "onos"o desmontaram e "oo"aram ma!s uma pedra no monte, murmurando a trad!"!ona ada!n4a #So Ka +o Se# Soube depo!s que esta 0rase s!&n!0!"a #Sa%e a )o!a do ?tusU# sendo Buda a )o!a Estas paa%ras tamb*m est(o &ra%adas nos mo!n4os de ora'>es en"ontrados em todos os tempos e "asas t!betanas Entarde"!a quando "4e&amos ao umbra da 0oresta Reso%emos a"ampar numa "are!ra Os an!ma!s 0oram a!%!ados de suas "ar&as, as tendas de
"ouro armadas e o&o a"enderam uma boa 0o&ue!ra Sentamo6nos em %ota da 0o&ue!ra, enquanto a "o1!n4e!ra Tser!n& 4an prepara%a uma 0ru&a re0e!'(o Zuando term!namos de "omer )á era no!te "errada 2a1!a bastante 0r!o, po!s está%amos numa &rande at!tude Embora %est!ndo pesadas roupas de ( 0orradas de pee de "astor, a!nda ass!m sent$amos mu!to 0r!o Ao on&e, os montes H!maa!a "obertos de ne%e, br!4a%am @ u1 da ua Cansada pea on&a )ornada 0e"4e! as "ort!nas da m!n4a tenda e 0u! repousar
O# &iro# da "lore#ta de Nat/$ L/a Todos se re"o4eram e o&o tudo era s!3n"!o Ou%!a6se, apenas, o "rep!tar da 0o&ue!ra Eu esta%a quase dorm!ndo quando ou%! um estran4o %o1er!o do ado de 0ora +e%ante!6me, abr! a tenda e o4e! ! somente do!s "r!ados sentados "amamente )unto ao 0o&o, 0umando seus on&os "a"4!mbos de barro 7are"!am a4e!os ao ru$do Sent! um "aa0r!o O4e! para a mata e %! por entre as ár%ores, "obertas de mus&o, as ru$nas de um mara%!4oso paá"!o Ium!nadas pea u1 da ua eram de uma bee1a s!n&uar ma 0or'a sobrenatura pare"!a empurrar6me naquea d!re'(o C4e&ue! a dar a&uns passos 0ora da tenda, mas a&o dentro de m!m 0e16me parar Ap?s uma "erta reutJn"!a, 0!que! parada, o4ando as mara%!4osas ru$nas que os do!s "r!ados pare"!am n(o %er Zue paá"!o era aquee 6 per&unta%a a m!m mesma De quem ter!a s!do Zue tesouros arqueo?&!"os en"errar!am Sent! "ontato "om um passado on&$nquo e a"ud!ram @ m!n4a mente e%o"a'>es de tempos 0abuosos D!ante de m!m, entre montan4as numerosas aqueas ru$nas 0as"!na%am6me num apeo mudo 7ense! %er d!á0anas sombras que pare"!am a"enar6me Mas sem saber "omo, uma 0or'a poderosa obr!&ou6me a des%!ar os o4os 2e"4e! apressadamente as "ort!nas da tenda e 0!que! de!tada sobre o "o"4(o de borra"4a, pensando no m!st*r!o de tudo aqu!o 7ou"o a pou"o 0u! adorme"endo e o sono a"amou a m!n4a a&!ta'(o Na man4( se&u!nte, bem "edo a!nda, pro"ure! o +ama a1! Ee "on4e"!a toda aquea re&!(o e poder!a a"ompan4ar6me numa %!s!ta @s ru$nas a! pr?!mas O +ama o4ou6me surpreso 6 Zue ru$nas, m!n4a )o%em sen4ora 6 !nda&ou Conte!64e ent(o o que o"orrera durante a no!te a1! 0!"ou pensat!%o por um !nstante Depo!s 0aou "on%!"toF 6 Esta %!s(o n(o passou de uma &rande Maa -!us(o/ 6 Como ass!m 6 per&unte! perpea E ee prosse&u!u 0aandoF 6 Nesta re&!(o, mu!ta &ente "ostuma %er ru$nas 0antást!"as durante a no!te Mas eas n(o s(o rea!s S(o "r!adas pea %!bra'(o do pensamento dos endár!os %amp!ros #T$sas# que 4á s*"uos %!%em nesta 0oresta Com os 0!os dos seus pensamentos, te"em uma te!a má&!"a "om a qua atraem os !n"autos, para su&ar64es o san&ue Depo!s, abandonam o "orpo em a&um u&ar da 0oresta e os "or%os se en"arre&am dee E a1! "ontou que o T!bete * "4e!o de esqueetos ma6assombrados por
dem=n!os, dos qua!s "on4e"!a mu!tos eempos ma"abros De um etremo a outro o pa$s está "4e!o de 0e!t!"e!ros, ma&os, m$st!"os, 0!?so0os, erm!t>es e santos 4omens É &era a "ren'a num mundo esp!r!tua, po%oado de seres !n%!s$%e!s uns bons outros maus, que em "ertas o"as!>es apare"em aos morta!s que t3m o dom da med!un!dade Certamente a ne&a'(o rotunda destes 0atos * o n!"o re"urso dos "r$t!"os, o ma!s se&uro abr!&o em que se re0u&!ará a&um d!a, o t!mo dos "*t!"os Int! * "on%ersar ou tentar "on%en"er "om quem ne&a, s!stemat!"amente os 0atos do ad%ersár!o, e%!tando ass!m ter que "on"eder a&o Creu1er 6 o ma!s erud!to dos m!t?o&os aem(es 6 ta%e1 ten4a !n%e)ado a pá"!da "on0!an'a em s! dos "*t!"os, ao %er6se 0or'ado a adm!t!r num momento de desesperada perpe!dade queF #Somos obr!&ados a retro"eder @s teor!as dos &nomos, e dos &!&antes, ta "omo os "ompreenderam os ant!&osP po!s sem eas, * absoutamente !mposs$%e ep!"ar a&o re0erente aos m!st*r!os m!to?&!"os# -./ VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Creu1er Introdu'(o aos M!st*r!os, %o III, pá& ;_
O Mo#teiro de 0arg1ompa Ao sa!rmos da 0oresta de Nat4u6+4a, a"an'amos um "am!n4o s!nuoso, que pare"!a "ondu1!r6nos aos p$n"aros do "*u 2omos sub!ndo e, a "er"a de uma at!tude de Q_<
t!m!damente At* que o so 0o! esquentando e tanto a ne%e "omo o &eo 0oram desapare"endo e %!mos no%amente a terra 7ara n?s !sto 0o! um espetá"uo estran4o e mara%!4osoU Era quase !na"red!tá%e obser%ar esta trans0orma'(o dentro de pou"as 4oras 6 S(o m!a&res do %ae de C4umb! 6 ep!"ou o +ama a1! Apare"eram os p!n4e!ros e o&o a&umas 0or!n4as s!%estres %erme4as e a1u!s, "ada %e1 ma!s numerosas, @ med!da que des"$amos rumo ao %ae Entarde"!a quando a"ampamos no 0ormoso %ae de C4umb! Ap?s uma no!te serena e repousante, prosse&u!mos %!a&em Eram "er"a de duas 4oras da tarde, quando %!mos o moste!ro de ar&ompa Era uma s!n&ea "onstru'(o de pedra no ato da montan4a, mas de uma &rande bee1a 6 Neste moste!ro %!%em uns _< +amas e Q< no%!'os ou #trapas# 6 0aou a1! Ser!a bom !rmos at* áU [ med!da que nos apro!má%amos, 0omos %endo &ra%ados nos atos muros de pedra, p!nturas representando deuses ama$stas Na entrada do moste!ro 4a%!a uma 0onte "r!sta!na, onde os an!ma!s pararam para beber A 0or'a 4!dráu!"a 0a1!a &!rar um &rande mo!n4o de pre"es, 0!ado dentro da 0onte Ass!m que passamos os &randes port>es abertos de par em par, %e!o ao nosso en"ontro um mon&e ba!!n4o, &ordu"4o e sorr!dente Sorr!u a!nda ma!s quando essantára entre&ou64e uma bosa "4e!a de d!n4e!ro e ped!u6 4e pousada para n?s Ep!"ou que %$n4amos da 5nd!a e $amos %!s!tar os u&ares santos do T!bete 6 Meu nome * Om Ts* 6 0aou 6 Entrem e se)am bem6%!ndosU 2omos andando em d!re'(o a um pát!o sombreado por ár%ores "entenár!as Grupos de #trapas# ou no%!'os, usando on&o 4áb!to de ( "!n1a "ara, "o4!am amoras na aa oeste Obser%amos que todos t!n4am "abeos "ompr!dos e !sos "a!ndo64es peos ombros e usa%am um barrete pontudo de pee de !aque Ma!s tarde soubemos que este "4ap*u * uma das "ara"ter$st!"as dos no%!'os de ar&ompa Condu1!dos por Om Ts*, entramos numa &rande saa 0orrada "om uma esp*"!e de tatam!s ou este!ras de pa4a de arro1 No 0undo, %!mos um atar de mármore bran"o "om um &rande Buda sentado sobre uma 0or de ?tus A estátua era de bron1e po!do e numa do"e at!tude med!tat!%a S!darta Gautama, o Buda, nos o4a%a 6 Esperem um momento 6 d!sse Om Ts* 6 %ou a%!sar %ossa "4e&ada ao Grande e 7re"!oso +ama R!mpo"4e No T!bete * "ostume quando %!s!tamos a&u*m, e%armos uma e"4arpe de seda bran"a "4amada #Xa6ta# E em tro"a, re"ebemos outra seme4ante A&uns momentos depo!s apare"eu o +ama R!mpot"4e se&u!do por Om Ts* Desta %e1 t!%e uma surpresa a&radá%e, po!s o +ama R!mpot"4e pare"!a ser sáb!o e !nte!&ente, ao "ontrár!o de Om Ts* que pare"!a s!mp?r!o O Grande e 7re"!oso +ama era um 4omem ato, ma&ro de uns setenta anos presum$%e!s, Br!4a%a em seus o4os amendoados uma u1 tranqu!a e rad!osa, Ee %est!a uma tn!"a amareo6a'a0r(o, de uma ee&Jn"!a nobre e remotaP na "abe'a usa%a o mesmo barrete pontudo de pee de !aque, sobre os "abeos bran"os e !sos 7or entre as pre&as de sua tn!"a %!mos um
&rande pun4a "u)o "abo !n"rustado de turquesas 6 a pedra sa&rada do T!bete 6 era uma obra de arte pre"!osa Estran4e! A0!na, por que mot!%os um +ama anda%a armado N(o 4a%!a ep!"a'(o ?&!"a no momento Ma!s tarde soube a estran4a e mara%!4osa 4!st?r!a daquee pun4a Ap?s a tro"a das e"4arpes de seda, o +ama R!mpo"4e "on%ersou on&amente "om a1! em t!betano Embora nada "ompreendesse, sent! "erta emo'(o ao ou%!r sua %o1 &ra%e e ma"!a Ap?s um bre%e d!áo&o, o Grande e 7re"!oso +ama saudou6nos "om um e%e sorr!so e ret!rou6se 6 O abade "on"ordou em que 0!"ássemos aqu!, at* passarem as &randes "4u%as 6 d!sse a1!, enquanto Om Ts* nos "ondu1!a aos aposentos dos 4?spedes, s!tuados na aa norte do moste!ro
A &ida Entre O# Lama# Esta%a o"upada em arrumar meus perten"es num &rande a0or)e, "omo * "ostume no T!bete e a dobrar o meu "o"4(o de borra"4a 0orrado de (, po!s no moste!ro n(o 4á "amas nem "ade!ras -os amas sentam6se sobre amo0adas e dormem no "4(o sobre o pr?pr!o 4áb!to/, quando ou%! soar um &on&o O4e! atra%*s da &rande )anea e %! os amas reun!dos no pát!o ma ms!"a estran4a "4e&ou aos meus ou%!dos A orquestra era redu1!da, Era 0ormada de : #&a!n&s# -esp*"!e de obo*s/, duas #ra&don&s# -enormes trombetas de meta t$p!"as do T!bete, de tr3s ou quatro metros de "ompr!mento/ e do!s tambores 6 Zue reun!(o será esta 6 !nda&ue! a m!m mesma m !nstante depo!s bateram na porta da "ea onde eu esta%a 4ospedada Era a esposa de essantára Com o rosto moreno a0o&ueado e os &randes o4os es"uros mu!to br!4antes, ea 0aouF 6 en4aU amos ass!st!r @ "er!m=n!a da sauda'(o ao So poente Des"emos uma tos"a es"ada de pedras e o&o nos en"ontramos no pát!o, d!ante dos amas ! um atar pr!m!t!%o 0e!to de pedras rosadas Nee br!4a%am as "4amas de uma to"4a, que soubemos depo!s s!mbo!1ar os quatro pr!n"$p!os da Nature1a A*m, no 4or!1onte a1u, p!"os abruptos sur&!am entre as nu%ens e o So poente derrama%a um "á!do br!4o em toda a pa!sa&em Apro%e!tamos a "ar!dade para t!rar uma 0oto dos amas to"ando as on&as trombetas Mas a um s!na de a1!, t!%emos que &uardar a máqu!na, po!s as 0otos s(o pro!b!das O abade R!mpo"4e esta%a de p*, o4ando para o Oeste, "om os bra'os estend!dos para o ato e as pamas das m(os para "!ma 7are"!am !nd!"ar que ee re"eb!a, a&rade"!do, a u1 d!%!na Enquanto !sto a orquestra dos amas "ont!nua%a a to"ar em surd!na A ms!"a 0u$a pura, $mp!da e serenaP ba!!n4o os amas murmura%am estran4as ora'>es Zuando a "er!m=n!a term!nou )á era no!te 2oram a"esos d!%ersos amp!>es de ?eo de !aque, mu!to usados no T!bete 2omos "ondu1!dos ao re0e!t?r!o ma saa ampa, 0orrada de #tatam!s# ou este!ras de pa4a de arro1, onde uma 0!e!ra de mes!n4as ba!as esta%am
"obertas "om a%as toa4as de a&od(o, te"!das no pr?pr!o moste!ro Sentamo6nos no "4(o, sobre amo0adas, "om as pernas "ru1adas A re0e!'(o "onsta%a de arro1 !nte&ra "o1!do "om er%as aromát!"as, 0rutas, "oa4ada e me s!%estre Ap?s a re0e!'(o, todos nos re"o4emos a nossos aposentos De madru&ada, "ome'aram as 0ortes "4u%as, o que * mu!to raro no T!bete, pa$s se"o e ár!do Com o "orrer do tempo 0omos aprendendo a&uns "ostumes dos amas, "o4endo endas e trad!'>es, &ra%ando suas estran4as ms!"as e pro"urando sempre "on4e"er a&o ma!s sobre a %!da dos amas, naquee on&$nquo moste!ro A d!s"!p!na re!&!osa pare"!a ser bastante se%era O d!a "ome'a%a @s quatro 4oras da man4(, ta "omo na 5nd!a, que d!1em ser a 4ora santa de Bra4ma o Cr!ador Apos as ora'>es mat!na!s, 0a1!am uma re0e!'(o 0ru&a @ base de "4á "om bastante mante!&a de !aque e broas de "e%ada Em se&u!da !am traba4ar em d!%ersos setores O ser%!'o dom*st!"o era 0e!to ae&remente, po!s todos a"red!tam na sant!dade do traba4o manua, n(o e%!tando nen4um ser%!'o, por ma!s 4um!de e despre1$%e que se)a D!%ersas %e1es %!mos, "om espanto, o abade R!mpo"4e na "o1!n4a preparando o #tsampa# "e%ada torrada "o1!da "om mante!&a e á&ua, que * o a!mento pr!n"!pa dos t!betanos Tamb*m "ostumam m!sturar "e%ada "om "4á quente A m!stura era me!da %!&orosamente sobre o 0o&o brando, at* 0!"ar bem "remosa Yunta%am depo!s sa e mante!&a de !aque O resutado * uma massa eást!"a que pode ser enroada em boos de %ár!as 0ormas de"orat!%as Soubemos que a&uns 0e!t!"e!ros "ostumam 0a1er "om esta massa as 0amosas #tormas# boos ou tortas %oadoras, que amedrontam e assombram os t!betanos A 4!st?r!a destas #tormas# está !&ada @ ma&!a ne&ra e * das ma!s "ur!osas T3m uma 0orma "=n!"a p!ram!da Consta que pr!me!ro os 0e!t!"e!ros 0a1em um r!to espe"!a, "4amando os deuses protetores D!1em que ma ees term!nam a !n%o"a'(o, as #tormas# se an!mam "omo se t!%essem um dem=n!o dentro, "ome'am a %oar e, %!a)ando peo ar "omo pássaros ma*0!"os, entram nas "asas das pessoas que os ma&os ne&ros querem en0e!t!'ar, "ausando &randes estra&os Zuando a&u*m tenta se&urar uma destas #tormas#, "a! o&o morto %$t!ma de um estran4o poder !n0erna Soubemos que no moste!ro de ar&ompa o ens!no monást!"o "ons!ste nos se&u!ntes estudosF 2!oso0!a or!enta e meta0$s!"a R!tua, ma&!a e astroo&!a Med!"!na natura e o poder das er%as Re&ras monást!"as do ama$smo Tra'ado dos "$r"uos má&!"os !X4os ou !!Xors O tra'ado destes "$r"uos má&!"os * "ur!oso e embra mu!to os tra'ados dos pontos umband!stas do Bras! T!%emos a oportun!dade de %er a&uns, durante nossa estad!a em ar&ompa S(o uma esp*"!e de d!a&rama desen4ados no "4(o ou no pape, bem "omo sobre meta, pedra ou made!ra Há uma &rande %ar!edade dees S(o desen4ados "om p?s "oor!dos,
embrando a pemba a0r!"ana, em d!%ersas "amadasP que perm!tem ass!m um desen4o em ree%o A&uns t3m "er"a de tr3s metros de d!Jmetro No "entro, s(o "oo"adas ampar!nas de a1e!te, %eas e bande!roas de pape "oor!do "om !ns"r!'>es má&!"as Os amas e%am anos estudando as re&ras do !X4os ou !!Xors O menor erro no desen4o, nas "ores ou na d!spos!'(o do a"ess?r!o pode a"arretar maus resutados D!1em os amas que estes "$r"uos ou #pontos# má&!"os s(o "omo 0a"as de do!s &umesP 0erem e matam aquees que n(o sabem desen4á6os Cada %ar!edade de "$r"uo e!&e uma !n!"!a'(o d!0erente Se 0or tra'ado por uma pessoa n(o !n!"!ada, n(o tem nen4um poder Os amas an!mam ma&!"amente estes "$r"uos e tamb*m as !ma&ens dos santos ou dem=n!os, antes de render64es "uto Este r!to "4ama6se #prana prat!s4a# e tem por ob)et!%o transm!t!r 0u$dos ps$qu!"os que s(o absor%!dos pea !ma&em Estes 0u$dos pare"em que d(o %!da @s !ma&ens Esta %!da se "onser%a enquanto 4ou%er um "uto d!ár!o, tanto ao "$r"uo má&!"o "omo @ estátua Ea se a!menta da "on"entra'(o menta daquee que prat!"ou o r!to Se 0atar este a!mento sut!, os 0u$dos morrem e o ob)eto %ota a ser mat*r!a !nerte Consta que estes r!tos s(o prat!"ados tanto peos +amas do C4ap*u erme4o "omo peos +amas do C4ap*u Amareo A 4!st?r!a destas duas "on&re&a'>es que 0ormam o "ero t!betano * mu!to "ur!osa e mere"e ser trans"r!taF Em *po"as bem remotas, o T!bete 0o! &o%ernado peos #Bon#, ou 0e!t!"e!ros Mas, em .Q_, um santo +ama, "4amado Tson& apa, d!s"ordou das normas n!&romates dos 0e!t!"e!ros e empreendeu uma re0orma re!&!osa, pro!b!ndo a ma&!a ne&ra e o "asamento dos mon&es 2ormaram6se ent(o do!s &rupos anta&=n!"osF os +amas do C4ap*u Amareo, se&u!dores de Tson& apa, e os +amas do C4ap*u erme4o, adeptos dos 0e!t!"e!ros Durante mu!tos anos 4ou%e uma &rande uta, mas por 0!m %en"eram os +amas do C4ap*u Amareo, "4e0!ados por 7adma Samb4a%a, um dos ma!ores 4er?!s do T!bete Mas, a!nda 4o)e s(o mu!tos os moste!ros da se!ta %erme4a espa4ados por todo o 7a$s das Ne%es Consta que no moste!ro de Em"4e 4á um ama do C4ap*u Amareo que * abade de mon&es da se!ta %erme4a, num mara%!4oso s!n"ret!smo Este 0ato n(o * raro no T!bete, ta%e1 porque os ma&os bran"os dese)em dar uma "4an"e de ma!or sabedor!a aos ma&os ne&ros Na %*spera de nossa part!da rumo ao "ora'(o do T!bete t!%emos uma "on%ersa mu!to !nteressante "om o abade R!mpo"4e do moste!ro de ar&ompa onde está%amos 4ospedados Tendo a1! "omo !nt*rprete, tradu1!ndo as paa%ras do abade para o !n&3s, !nda&ue!F 6 7or que os &randes !n!"!ados s(o sempre do seo mas"u!no 6 N(o * "omum en"ontrarmos uma "r!atura que a"an'a a &rande !n!"!a'(o, enquanto 4ab!ta um "orpo 0em!n!no, embora 4a)a e"e'>es A mu4er representa a 0or'a unar ne&at!%a #K!n# da Nature1a Ea tem de1 #"4aX"ras# ou "entros de 0or'a ener&*t!"a sut!s e n(o tem o dom da "r!a'(o que está no
s3men mas"u!no Em t!betano "4amamos estes "entros de #X4oros#, rodas ou "entros de 0or'a ener&*t!"a sut! 6 Como s(o estes "entros de 0or'a 6 !nda&ue! mu!to !nteressada 6 D!1em nossos %e4os sáb!os que o "orpo 4umano tem sete "entros ps$qu!"os ou sut!s de &rande !mportJn"!a S(o %?rt!"es, ou rodas %!brat?r!as seme4antes a um ?tus 6 a 0or sa&rada de toda a 8s!a Correspondem ao Corpo Esp!r!tua dos peos ner%osos que 4á em todo ser 4umano Os ma!s "on4e"!dos s(o sete Mas e!stem outros "entros de 0or'a sut! ma&n*t!"a, s? "on4e"!dos nas atas etapas da !n!"!a'(o No 4omem s(o L 6 o nmero per0e!to Na mu4er s(o .< Sete "on4e"!dos e tr3s o"utos 6 Onde est(o s!tuados estes "entros de 0or'a ma&n*t!"a sut! 6 Come'ando de ba!o para "!ma temosF 6 Muadara 6 está !&ado ao eemento terra É a sede do dese)o Está o"a!1ado no peo p*%!"o sobre o seo Tem a 0orma de um ?tus de quatro p*taas _ 6 S%ad!stana 6 está !&ado ao eemento á&ua +o"a!1a6se na re&!(o do umb!&o no peo 4!po&ástr!"o Sua 0orma * a de um ?tus de se!s p*taas ; 6 Man!pura 6 está !&ado ao eemento 0o&o S!tua6se no peo soar 7are"e um ?tus de de1 p*taas 6 Ana4ata 6 está !&ado ao eemento ar Corresponde ao peo "ard$a"o 7are"e um ?tus de do1e p*taas Q 6 !s4uda 6 está !&ado ao *ter !mponderá%e S!tua6se no peo 0ar$n&eo 7are"e um ?tus de de1esse!s p*taas : 6 A)na 6 s!tuado no entre "en4o Dá aos 4omens o dom da Q %!s(o e da "ar!%!d3n"!a 7are"e um ?tus de duas p*taas . 6 Sa4asrara 6 * o "oronár!o, s!tuado no ato da "abe'a Corresponde ao re%est!mento "ort!"a do "*rebro É representado s!mbo!"amente por uma proem!n3n"!a que %emos no ato da "abe'a das estátuas dos Budas, os Sub!mes Ium!nados 7are"e um ?tus de m! p*taas Zuanto aos outros "entros o"utos, nada ma!s pode ser d!to 7or um momento o abade 0!"ou em s!3n"!o Depo!s 0aouF 6 Na 0utura ra'a dourada que um d!a nas"erá no O"!dente os "entros de 0or'a ma&n*t!"a sut! que est(o o"utos, apare"er(o 6 7or 0a%or, enerá%e R!mpo"4e, 0ae sobre esta ra'a douradaU 6 ped! sumamente !nteressada 6 A ra'a dourada 0ormará a s*t!ma ra'a do Ter"e!ro M!3n!o Ha%erá ent(o em todos os pa$ses o"!denta!s, um aumento assombroso de !n%ers>es seua!s Será o !n$"!o de uma %!oenta 0ase de trans!'(o e prepara'(o, para uma 0orma de e%ou'(o b!o?&!"a esp!r!tua e mora, ma!s ee%ada De%emos, po!s, ser toerantes "om estes seres em estado de trans!'(o e%out!%a, "u)o nmero aumenta "ada %e1 ma!s no mundo 6 É %erdadeU 6 "on"orde! pensat!%amente
O P$n/al M2gico do Rei Langd/arma
As m(os ma&ras e bon!tas do abade a"ar!"!a%am e%emente seu !ndo pun4a t!betano 6 Zue s!&n!0!"a para o sen4or, este !ndo pun4a 6 !nda&ue! "ur!osa E na sua %o1 &ra%e e mansa o abade respondeuF 6 Este #purb4a# 6 pun4a má&!"o 6 0o! ret!rado por meu Guru, o %enerá%e +ama de +at"4en, das m(os de um 0e!t!"e!ro, "u)os antepassados roubaram6 no do nosso ant!&o re! +an&d4arma Os ma&os ne&ros 4á mu!tos s*"uos, en0e!t!'aram este pun4a e, ent(o, ee passou a ser man!puado mentamente @ d!stJn"!a m d!a %oou peos ares e "ortou o pes"o'o do re! +an&d4arma, que od!a%a os 0e!t!"e!ros -./ Desde ent(o, todos que o to"a%am, morr!am, e"eto os 0e!t!"e!ros At* que um d!a o +ama de +at"4en, "om sua &rande sabedor!a, %en"eu os 0e!t!"e!ros Apoderou6se do pun4a e ret!rou64e a 0or'a ma*0!"a Zuando "ompete! m!n4a !n!"!a'(o, o mestre 0e16me presente deste pun4a en"antado Guardo6o "omo um ta!sm( "ontra o ma 6 E o +ama de +at"4en, %!%e a!nda 6 per&unte! 6 S!m a!nda está %!%o, apesar de ter ma!s de quatro"entos anos 6 Como Essa assombrosa enda de on&e%!dade * demas!adamente 0antást!"a para ser a"e!ta por um ra"!o"$n!o ?&!"o O abade sorr!u da m!n4a !n"redu!dade e prosse&u!uF 6 Atra%*s de "ertos r!tos se"retos, os Gurus ou Mestres podem "onser%ar o "orpo 0$s!"o por tempo !nde0!n!do, at* "ompetarem a sua m!ss(o da terra Naquea *po"a 0!que! "ompetamente !n"r*dua, mas 4o)e, passados tantos anos e tantas eper!3n"!as no "ampo esp!r!tua, a"e!to as paa%ras do abade "omo %erdades !rre0utá%e!s 6 Como eu &ostar!a de "on4e"er o +ama de +at"4enU 6 e"ame! "ur!osa 6 Ma!s "edo do que espera, este en"ontro se dará 6 respondeu o abade 6 Mas, onde podere! en"ontrá6o 6 Espere e %erá 6 0o! a en!&mát!"a resposta E ass!m d!1endo, o abade e%antou6se, 0e1 uma e%e re%er3n"!a e desapare"eu atrás dos pesados reposte!ros "or de a'a0r(o Na man4( se&u!nte de!amos o moste!ro de ar&ompa e part!mos rumo @ "!dade de Katun& Ca%a&amos durante 4oras peo %ae ama"ento, bordado de p!n4e!ros e rododentros !mos um bando de &a1eas e o&o depo!s deparamos "om o mara%!4oso !a&o #7adama67u&o6C4o# 6 ou a&o dos ?tus As &randes 0o4as %erdes, de "aues on&os e es&u!os pa!ra%am a"!ma da super0$"!e, rea'ando o "oor!do sua%e das 0ores !mos d!%ersas %ar!edades de ?tus bran"os, a1u6"aro, rosa e "armes!m 6 Esta * a 0or sa&rada de toda a 8s!aU 6 murmurou Ma4!ma, "om um br!4o no%o nos &randes o4os ne&ros Era a pr!me!ra %e1 que %$amos ?tus "oor!dos, po!s s? "on4e"$amos o ?tus bran"o da 5nd!a e 0!"amos %erdade!ramente en"antados Os ?tus t!betanos pare"em ma!ores e de um "oor!do ma!s !ntenso Ass!m que "4e&amos @s mar&ens do a&o, o +ama a1! desmontou e a)oe4ou6se d!ante das 0ores 7aramos tamb*m e 0!"amos esperando Ou%!mos o "Jnt!"o dos pássaros na mar&em oposta do a&o +o&o, ou%!mos
tamb*m tamb*m os rou"os &rasn!dos &rasn!dos de um "or%o 2!namente 2!namente o +ama a1! er&ueu6 se e %e!o para )unto de n?s 6 7erdoem6me 6 d!sse ee 6 n?s, os t!betanos, %emos nas 0ores de ?tus a representa'(o s!mb?!"a da Suprema D!%!ndade Yu&ue! meu de%er saudá6a, ta "omo mandam nossos ant!&os r!tos 6 2o! bom pararmos aqu! 6 retru"ou o Dr essantára 6 ass!m pudemos adm!rar "amamente, esta bea pa!sa&em Na m!n4a pátr!a, a 5nd!a, o ?tus * tamb*m "ons!derado "omo embema do Cr!ador E %!rando6se %!rando6se para a esposa, esposa, essantára essantára 0aouF 0aouF 6 +embras, +embras, Ma4!ma, Ma4!ma, daquea enda dos ?tus des"r!ta no !%ro #!%a 7urana# 6 S!m, embro6me 6 Como * esta enda 6 !nda&ue! "ur!osa E Ma4!ma 0aouF 6 Conta6se que "erta %e1 a deusa Doma do T!bete, ped!u ao deus Bra4ma, que 4e "ontasse a or!&em da 0or de ?tus Zuando o deus !n, !a "r!ar o mundo 6 d!sse Bra4ma 6 0e1 sur&!r nas á&uas do R!o de 7rata da !a +á"tea, um 0ormoso ?tus bran"o de "u)as p*taas eu nas"! nas"! Zuem sou eu De onde %!m 6 per&unte! at=n!"o Depo!s de pensar mu!to "4e&ue! @ "on"us(o de que o ?tus era meu pa! e m!n4a m(e Ent(o, reso%! des"er por um dos "aues at* a"an'ar a ra!1 da 0or +e%e! "em anos des"endo A0!na, en"ontre! o deus !n que me repreendeu por ter 0e!to aqu!o D!s"ut!mos at* que apare"eu o deus !%a, que e%!tou nossa br!&a Ent(o, !n des"eu pea ra!1 da 0or at* "4e&ar @ m!ster!osa "!dade en"antada de 7ataa, onde %!%em os puros de esp$r!to E tomando a 0orma de um "!sne eu %oe! para o !n0!n!to 6 Nas m!n4as andan'as peo E&!to 6 0aou 7!erre Yu!en 6 en"ontre! tamb*m o "uto do ?tus Os ant!&os sa"erdotes de Tebas d!1!am que o ?tus * o s$mboo de #!ra)6Horus# 6 o deus andr?&!no 0!4o de 5s!s e Os$r!s 7ara ees as p*taas do ?tus s!mbo!1am os sete esp$r!tos &uard!(es que re&em os astros Com as sementes torradas os sa"erdotes prepara%am a "om!da dos deuses Com a ra!1 que * redonda e do taman4o de uma ma'(, 0abr!"a%am um básamo per0umado "om o qua se un&!am 6 Zue !nteressanteU 6 e"ame! 6 Zua * o s!mbo!smo do ?tus aqu! no T!bete, a*m daquee que )á nos d!sse 6 per&unte! a a1! a1! 0!"ou em s!3n"!o por um momento Esperamos pa"!entemente suas paa%rasF 6 7ara os t!betanos a 0or de ?tus * o embema da d!0us(o da %!da e da 0ert!!dade da terra Está rea"!onado "om as %!bra'>es do So nas"ente Zuando o astro re! sur&e no 4or!1onte, o ?tus se abre por sobre as á&uas Zuando o So desapare"e, a 0or se 0e"4a D!1em que a ra!1 do ?tus 0und!da na ama representa a %!da mater!a, o ser 4umano que, "om os p*s presos na terra, ee%a seu pensamento ao !n0!n!to 6 Tudo !sto * 0as"!nanteU 0as"!nanteU 6 e"amou o %e4o 7!erre Yu!en Yu!en Cre!o que quando %otar @ 2ran'a, es"re%ere! um !%ro sobre o ?tusU Seus o4os a1u!s br!4a%am e seu rosto enru&ado pare"!a ter uma no%a %!da
Apesar dos seus sessenta anos, 7!erre era um %e4o robusto robusto e 0orte 6 Ent(o, "ome"e o&o a es"re%36o 6 d!sse essantára 6 antes que C4!an& S!n& o 0a'a Todos n?s r!mos e %otando a montar, montar, prosse&u!mos %!a&em O "am!n4o esta%a mar"ado "om bande!ras de pre"es !mos tamb*m mu!tos mo!n4os de ora'>es pendurados nas ár%ores Estes mo!n4os s(o "!!ndros de meta que "ont*m paa%ras sa&radas es"r!tas numa 0!ta de pape Cada &!ro da man!%ea mut!p!"a o %aor das pre"es [ med!da que nos apro!má%amos, 0omos obser%ando que Katun& era uma bea a&omera'(o de "asas de pedras bran"as, que pare"!am ee%ar6se em d!re'(o a um &rande ed!0$"!o retan&uar Cada "asa, a&umas deas "om tr3s andares, t!n4a paredes um pou"o !n"!nadas Estas eram per0uradas por )aneas es"up!das "om 0!&uras de deuses 7ara entrar em Katun&, Katun&, se&u!mos uma uma estr estrad ada a pa%! pa%!me ment ntad ada a de a)o a)ota tas, s, @ moda moda dos dos ant! ant!&o &oss roma romano nos s 7assamos emba!o de um m!n!ar"o de tr!un0o, "u)a 0a"4ada era en0e!tada "om desen4os "oor!dos Desen4os &eom*tr!"os representando #Kantras# Este Estess #Kan #Kantr tras as## s(o s(o usad usados os para para a prát prát!" !"a a da re!n re!nte te&r &ra'( a'(o o do 4ome 4omem m "ons!&o mesmo Eram a1u!s, %erme4os e dourados Noss Nossa a pr!m pr!me! e!ra ra %!s! %!s!ta ta 0o! 0o! ao 7re0 7re0e! e!to to da "!da "!dade de Sub! Sub!mo moss at* at* sua sua bea bea res!d3n"!a, e%ando "onos"o as !nd!spensá%e!s e"4arpes da 0e!"!dade O 7re0e!to, "u)o nome era M!n&ur, nos re"ebeu num &rande sa(o "oberto por !nd !ndos os tape tapete tess "4!n "4!nes eses es,, e tend tendo o %ár! %ár!os os amo amo0a 0ad>e d>ess de seda seda borda bordada da,, espa4ados peo "4(o 2omos a"o4!dos "ord!amente D!ante dos nossos passaportes e &u!as de trJns!to !%re, autent!"ados peo Go%erno t!betano, M!n&ur ap?s 0a1er per&untas tr!%!a!s, de!ou6nos se&u!r se&u!r E ass!m 0omos para uma pequena 4ospedar!a ao norte de Kaatun& A!nda n(o n(o t$n4 t$n4am amos os des0 des0e! e!to to a ba&a& ba&a&em em,, quan quando do M!a4 M!a4!m !ma a esss esssan antá tára ra %e!o %e!o "4amar6me Na saa, )unto a a1!, essantára e 7!erre, esta%a um )o%em +ama sa%a uma ampa tn!"a de !n4o &rosso amareo e na "abe'a o trad!"!ona "4ap*u pontudo, 0orrado de pees Ma!s tarde, soube que este "4ap*u s!mbo!1a o Cord(o de 7rata, "u)a entrada no "orpo * 0e!ta no ato da "abe'a onde está s!tuado o #+?tus de m! p*taas# 6 Ee %e!o dar6nos as boas %!ndas e tra1 tra1er er6n 6nos os pres presen ente tess de part parte e de seu seu Mest Mestre re,, o ener enerá% á%e e +ama +ama de +at"4en 6 d!sse a1! E apontou para uma bande)a de prata que o )o%em o0ere"!a, "4e!a de b!s"o!tos, 0o4as de "4á e mante!&a de !aque, "u!dadosamente embru4ada em pape de seda 6 O +ama de +at"4enU 6 e"ame! ae&remente 6 S!m ee nos "on%!da para 0!"armos 4ospedados no seu moste!ro, a a&uns qu!=metros d!stante daqu! Zuando %ote! a m!m da emo'(o, per&unte!F 6 E o que estamos esperando VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF
-./ 6 Soubemos depo!s que 4á uma outra %ers(o sobre o re! +an&d4arma, que a0!rma )ustamente o "ontrár!o Mu!tos a"red!tam que o re! +an&d4arma pretend!a restabee"er no T!bete o aman!smo 6 se!ta onde !mpera a 0e!t!'ar!a 6 mas, mas, de%e de%emo moss "on" "on"u u!r !r que que no%e no%ent nta a por por "ent "ento o dest destas as 4!st 4!st?r ?r!a !as, s, s(o s(o pura purame ment nte e m!to m!to? ?&! &!"a "as s Zue Zue "ada "ada um es"o es"o4 4a a a sua sua pr?p pr?pr! r!a a %ers( %ers(o o A %erdade!ra ta%e1 nun"a %en4a a ser "on4e"!da
TR3S O Lama de Latc/en Eram quatro 4oras da tarde quando "4e&amos ao Moste!ro da Sa&rada +u1 de Buda, onde %!%e o +ama de +at"4en "om seus d!s"$puos S!tuado na en"osta de um monte ee dom!na as "as!n4as da ade!a Sua arqu!tetura embra mu!to o #C4orten N!ma# ou Santuár!o do So que 4á em Gan&toX, mas que n(o t!%emos oportun!dade de %!s!tar O andar t*rreo do moste!ro s? t!n4 t!n4a a duas duas &ran &rande dess )ane )anea as, s, mas mas 4a%! 4a%!am am tr3s tr3s !nd !ndas as port portas as de "edr "edro o es"up!das de Budas, a"!ma das qua!s esta%a 0!ado o %e4o embema bud!staF uma "ru1 suást!"a p!ntada em bran"o O +ama de +at"4en re"ebeu6 nos pou"o depo!s da nossa "4e&ada, num &rande sa(o do pr!me!ro andar Ao on&o da parede em que se abr!am as )aneas, 4a%!a um pequeno paanque ato, "oberto de amo0ad>es bordados e tapetes de ( te"!da "om 0!os aran)a, a1u e rosado 0ormando desen4os de 0ores e borboetas Nesse paanque ou tabado 4a%!am mesas estre!tas de *bano e mar0!m Numa outra parede %!mos %ár!as pratee!ras pratee!ras "om ob)etos ob)etos sa&rados sa&rados 7!nturas 7!nturas em seda representando de!dades ama$stas en0e!ta%am todo o amb!ente Sentado numa #&omt!# ou "ade!ra de med!ta'(o, o +ama de +at"4en nos re"ebeu "ord!amente O0ere"!64e uma e"4arpe de seda bran"a e em tro"a re"eb! outra !&ua, "omo manda o proto"oo t!betano T!m!damente murmure! um a&rade"!mento em t!betanoF 6 Tode"4 Tode"4!U!U Era a pr!me!ra %e1 que tenta%a 0aar t!betano Meus es0or'os pare"!am d!%ert!r o Grande +ama Sua epress(o bondosa pare"eu6me mu!to 0am!!ar T!n4a um sorr!so manso, de quem en"ontrou a 7a1 7ro0unda Seu rosto ma&ro e an&uoso, era "or de bron1e po!do Seu "orpo era 0!no, nar!1 &rande e bo"a 0!rme Os o4os pequenos e %!%osP em %ota dees a pee se "ontra$a em pequenas ru&as Os "abeos &r!sa4os eram reun!dos numa tran'a que 4e "a$a peas "ostas, @ mane!ra "4!nesa Na "abe'a um "4ap*u de seda amareo, pontudo "omo a M!tra do 7apa, t!n4a pequenas abas debruadas de pees O4e! bem para ee e re"orde! as paa%ras do abade do moste!ro de ar&ompaF #6 Meu Mestre, o +ama de +at"4en, %!%e a!nda, apesar dos seus quatro"entos anos de !dade# Será reamente poss$%e que a&u*m %!%a quatro"entos anos
E poder!a um %e4o desta !dade matusa3n!"a ter a apar3n"!a de um 4omem de sessenta N(o se!, tudo me pare"e mu!to "on0uso Obser%o o +ama, s!en"!osamente, enquanto a1! e essantára "on%ersam "om ee Sua epress(o * modesta e tranqu!a e apesar de n(o usar os s!n&eos 4áb!tos monást!"os, !rrad!a do'ura e 4um!dade 7end!a64e do pe!to um on&o rosár!o de br!4antes a1u!s mes"ado "om "ontas de )ade %erde mus&o 6 Espero que se)am meus 4?spedes por a&um tempo 6 d!sse o +ama em !n&3s, "om um !&e!ro sotaque De%em "ons!derar "omo se est!%essem em suas "asas As "er!m=n!as e 0orma!dades s(o pr?pr!as apenas do mundo pro0ano De!o6os ao "ar&o do meu d!s"$puo a1!, que )á "on4e"e o moste!ro E ass!m d!1endo o +ama a0astou6se 6 Como Tamb*m estudou aqu! 6 per&untamos surpresos E a1! respondeu modestamenteF 6 S!m na m!n4a !n0Jn"!a quando eu t!n4a o!to anos, %!m para este moste!ro, aos "u!dados de um +ama nosso am!&o Com ee aprend! um pou"o, mas s? 0u! !n!"!ado quando "4e&ou o enerá%e +ama Tr!na1ad!n que a"aba de nos de!ar 6 É %erdade mesmo que ee tem quatro"entos anos 6 !nda&ue! !n"r*dua 6 Ta%e1 m!n4a )o%em sen4ora 4á s*"uos que o +ama Tr!na1ad!n !um!na, "om a sua presen'a, as re&!>es do H!maa!a Consta que ee * emana'(o d!%!na do Mestre D)a 4u que 0a1 parte da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Seu "orpo tem sempre a mesma apar3n"!a de serena matur!dade Zuando "am!n4a n(o pro)eta nen4uma sombra e seus p*s n(o de!am mar"as sobre a terra Sabe6se que 4á m!3n!os ee assum!u um "omprom!sso, rea"!onado "om o pro&resso e%ou"!onár!o da 4uman!dade Aqu! ee eer"e sua !n0u3n"!a em s!3n"!o e de mane!ra des"on4e"!da pa ra o resto do mundo 2!"o perpea ante estas assombrosas a0!rma'>es Ten4o a mente aberta, sem nen4uma !nten'(o "r$t!"a e n(o o0ere'o ma!s nen4uma res!st3n"!a @s paa%ras de a1! Nosso am!&o a1! e%ou6nos para "on4e"er o resto do moste!ro Andamos por uma aa "4e!a de "eas ou #&ompas# s!en"!osas 7assamos por d!%ersos atares "4e!os de d!%!ndades, andamos por espa'os "obertos e des"obertos Tudo aqu!o me pare"!a mu!to 0am!!ar 2!que! mu!to !ntr!&ada A0!na, eu nun"a t!n4a estado a! antes 7orque esta !mpress(o t(o estran4a C4e&amos a um pát!o "4e!o de "austros 6 Aqu! 0!"am os aposentos dos 4?spedes 6 d!sse a1! Es"o4am os que qu!serem Ass!m o 0!1emos 2a1!a mu!to 0r!o e a "ea que es"o4! era m!da e s!mpes m no%!'o troue á&ua quente para nosso ban4o T!re! as pesadas botas de "ouro 0orradas de pee de "arne!ro, e a pesada roupa de montar!a Ap?s me a%ar numa ba"!a, %est! roupa quente e !mpa Ma!s tarde apare"eu a1! e
nos e%ou a um sa(o onde a re0e!'(o esta%a ser%!da Era uma sopa de "erea!s "om "reme de e!te 0res"o, p(o de "ente!o e "4á "om bastante mante!&a Nun"a nen4uma "om!da nos pare"eu t(o de!"!osa Os amas n(o "omem nada @ no!te +!m!tam6se a apenas uma re0e!'(o por d!a Ap?s o )antar, 0omos repousar Dorm!mos a no!te toda Na man4( se&u!nte, bem "edo a!nda )á está%amos de p*, tranqu!os e bem d!spostos 2!"amos quatro semanas no Tempo da Sa&rada +u1 de Buda e á aprendemos mu!tas "o!sas Ta "omo em ar&ompa o d!a para ees "ome'a%a mu!to "edo A ms!"a re!&!osa que es"utá%amos pea man4(, @ tard!n4a e ao "reps"uo, era meod!osa e "on%!da%a @ med!ta'(o Todos os d!as o r!tua era o mesmo No &rande atar pr!n"!pa ees a"end!am %eas, sempre em nmero $mpar Coo"a%am ta'as de "r!sta "om á&ua e r!s"a%am no "4(o o "$r"uo má&!"o ou #X!X4os# Consta que * atra%*s destes "$r"uos que s(o dadas as ordens para uma s*r!e !n0!ndá%e de esp$r!tos e eas s(o obede"!das sem %a"!a'(o O desen4o ou #ponto# ser%e "omo !dent!0!"a'(o da Ent!dade "4e0e man!0estada Eram usados p?s nas sete "ores 0u$d!"as eot*r!"as das sete e&!>es an&*!"as Em se&u!da a de0uma'(o de todos "om o !n"enso aben'oado peo Grande +ama O atar era 0ormado por duas partes A parte super!or, ou orat?r!o t!n4a a !ma&em do Buda Ma!trea, 0ores, rosár!os "oor!dos, as ta'as de á&ua e %eas tamb*m "oor!das A parte !n0er!or do atar * se"reta, 0!"ando sempre 0e"4ada por uma "ort!na de seda amarea D!1em que "ont*m eementos natura!s "omo 0a%as, sementes, meta!s, "ontas e ra$1es sa&radas Todos os d!as eram o0ere"!dos ban4os "om er%as so"adas numa t!&ea de made!ra Ees de%!am ser tomados do pes"o'o para ba!o e a pessoa 0!"ar "om os p*s apo!ados sobre a terra ou sobre "ar%(o m!nera Ees ser%em para a !mpe1a do "ampo ma&n*t!"o, ass!m tamb*m "omo o !n"enso Inda&amos porque ees usa%am %eas s? no nmero $mpar E a resposta 0o!F 6 7orque os nmeros $mpares s(o pos!t!%os, #Kan soares e mas"u!nos Os nmeros pares s(o ne&at!%os, #K!n#, unares e 0em!n!nos As %eas e as ta'as "om á&ua representam os do!s eementosF á&ua e 0o&o, "ons!derados eementos essen"!a!s da Nature1a Durante o r!tua os amas "anta%am 4!nos má&!"os "4amados #Mantras# ou paa%ras de poder S(o sons m$st!"os que p>em em mo%!mento "ertos panos da Nature1a, produ1!ndo ass!m ma!or a0!n!dade %!brat?r!a entre os panos da mat*r!a e do esp$r!to A*m destes r!tos d!ár!os, t!%emos oportun!dade de ass!st!r "ertas eper!3n"!as aqu!m!stas mu!to !nteressantes O !n%erno "4e&ara E ta "omo esta%a pre%!sto, toda a pa!sa&em se "obr!u de ne%e, boqueando os %aes que "ondu1!am @ montan4a O +ama de +at"4en en"errou6se em ret!ro Apro%e!tamos para aprender a&uma "o!sa "om seus d!s"$puos
O# S24io# Al5$imi#ta#
Certa man4(, bem "edo a!nda, a1! %e!o bater na porta da m!n4a "eaF 6 en4a "on4e"er nosso aborat?r!o aqu$m!"oU Yá 0ae! "om nossos "ompan4e!ros de )ornada e ees est(o @ sua espera est!6me apressadamente, 0!1 uma !&e!ra toaete e sa$ ao en"ontro do &rupo Gu!ados por a1!, des"emos "orredores estre!tos e 0omos dar numa saa subterrJnea, ante uma &rande porta de 0erro, que a um s!na de a1!, 7!erre abr!u ma onda de u1 es"apou pea porta Era uma saa ampa, sem )aneas, mas re"eb!a u1 de uma "pua de "r!sta trans"!do, sobre a qua, mu!to a"!ma das nossas "abe'as, %!mos um dupo tr!Jn&uo entrea'ado Em %ota dos tr!Jn&uos, de &randes d!mens>es, %!mos uma serpente de ouro mordendo a pr?pr!a "auda Emba!o do embema, 4a%!a uma mesa de mármore redonda, em "u)o "entro desen4ada sobre meta dourado, uma "ru1 suást!"a 6 o &rande s$mboo bud!sta Sb!to, ou%!mos roar a&uma "o!sa "omo que uma pesada porta de 0erro 2omos en%o%!dos por uma u1 desumbrante Note! que a parede 0ronte!ra se abr!ra, e que está%amos no !m!ar de um outro aposento, em "u)o etremo %!a6se um pequeno atar 0e!to de se!os rosados e sobre ee um &rande tr!Jn&uo de ouro, tendo no "entro um enorme br!4ante, "omo se 0osse um &rande o4o 0os0ores"ente Desse o4o )orra%a uma !ntensa u1, que atra%essa%a as &rossas paredes "omo se eas 0ossem transparentes "omo &a1e Os ra!os d!r!&!dos para "!ma !am bater num bo"o de meta dourado, suspenso por &rossas "orrentes, tamb*m douradas A um "anto %!mos uma enorme mesa de mármore, sobre a qua esta%am um par de aamb!ques, a&uns 0ras"os de %!dro "oor!do e do!s !%ros O4e! em %ota, esperando en"ontrar a&um 0orno, estu0a, reporta ou outros utens$!os men"!onados nos !%ros de aqu!m!a Como que ad!%!n4ando meus pensamentos, a1! 0aouF 6 Meus 4onorá%e!s am!&os, aqu! no T!bete, "omo em outras partes do mundo, a %erdade!ra Aqu!m!a * esp!r!tua e n(o e!&e nen4um traba4o me"Jn!"o S? o poder da nossa mente trans0orma o 4omem "omum em ser d!%!no 6 Mas, "omo * poss$%e esta trans0orma'(o 6 !nda&ou 7!erre Yu!en 6 Os amas "4amam #meta!s# aos pr!n"$p!os !n%!s$%e!s que "onst!tuem o ser 4umano, po!s s(o ma!s eternos do que a "arne e o san&ue Os meta!s, 0ormados por nossos pensamentos e dese)os, "ont!nuam e!st!ndo, mesmo depo!s da morte Os pr!n"$p!os an!ma!s do 4omem representam os meta!s de qua!dade !n0er!or, que de%em ser trans0ormados em meta!s ma!s puros, tro"ando os %$"!os sem %aor peo ouro da esp!r!tua !dade 6 E "omo se a"an'a !sto 6 !nda&ue! 6 É pre"!so que os ma!s &rosse!ros eementos da 0orma morram naturamente Na aqu!m!a mater!a os pro"essos s(o d!0erentes Ou%!mos passos atrás de n?s Era um ama bem !doso que a"aba%a de entrar Seu nobre rosto moreno * 0!no e de epress(o esp!r!tua A "abe'a raspada e o4os tranqu!os sa a tn!"a de a&od(o amareo que os
t!betanos "4amam de #1en# 6 Se)a bem6%!ndo, !rm(o u"4o&U 6 d!sse a1! E o ama respondeuF 6 Ou%! suas t!mas paa%ras, meu 0!4o Or&u4o6me de ter s!do um dos teus !nstrutores a1! sorr!u e 0aouF 6 2o! &ra'as ao ama u"4o& que !n&resse! neste moste!ro, quando t!n4a o!to anos de !dade 6 2o! &ra'as ao teu mere"!mento e n(o a m!m 6 retru"ou u"4o& 6 Yá que te%e a bondade de 4onrar6nos "om a sua presen'a 6 "ont!nuou a1! 6 poder!a "ompro%ar a %erdade das nossas teor!as para estes !rm(os 6 ou tentar 6 2o! a resposta do ama u"4o& pe&ou um "r!so que esta%a sobre a mesa e ap?s %er!0!"ar que esta%a %a1!o, "oo"ou6o sobre um tr$pode, em "!ma da "4ama que ard!a d!ante do pequeno atar 6 7oder!am "eder6me uma moeda de prata ou de "obre 6 ped!u essantára t!rou do boso uma pequena meda4a de "obre, que usa%a sempre "omo ta!sm( astro?&!"o, po!s era do s!&no de +!bra, e !nda&ouF 6 Isto ser%e 6 S!m E pe&ando na meda4a us4o& "oo"ou6a dentro do "r!so A meda4a derreteu6se a1! entre&ou64e um %!dr!n4o "om um p? %erde "aro u"4o&, "om uma "o4er!n4a de mar0!m, "oo"ou a&uns &r(o1!n4os do p? dentro do "r!so Era uma quant!dade $n0!ma que ma se nota%a Zue!mou6se !med!atamente +o&o, o meta 0und!do entrou em ebu!'(o O $qu!do 0!"ou !r!sado de "ores !ndas De1 m!nutos depo!s a ebu!'(o "essou A massa espumosa pre"!p!tou6se no 0undo do "r!so us4o& esperou at* que a massa 0!"asse !m?%e Ent(o, ret!rou6a do 0o&o e %erteu o $qu!do entamente sobre a mesa de mármore E, o4, mara%!4aU A massa se so!d!0!"ou e trans0ormou6se em ouro puroU In"r*duo, 7!erre !nda&ouF 6 Será reamente ouro u"4o& sorr!u e respondeu em !n&3sF 6 7ode mandar ana!sar Ass!m 0!"ará "erto de que n(o 0o! %$t!ma de uma !us(o 2!que! at=n!ta Zuanto n(o dar!am os 4omens para "on4e"er o se&redo daquea aqu!m!a Obser%ando nosso assombro, u"4o& 0aouF 6 Toda substJn"!a metá!"a possu! o &erme do ouro em sua pr?pr!a mat*r!a pr!mord!a Mas para trans0ormar um outro meta em ouro * pre"!so termos a semente do ouro, que * aquee po1!n4o %erde 7or "ausa da sua amb!'(o por r!que1as, os aqu!m!stas o"!denta!s a!nda n(o "onse&u!ram a transmuta'(o de quaquer meta em ouro Aqu! no moste!ro, n?s s? ame)amos o pro&resso da "!3n"!a Ou%!mos o som de um &on&o "4amando para as ora'>es mat!na!s u"4o& desped!u6se e sa!u 2!"amos a!nda um pou"o ma!s no aborat?r!o
ou%!ndo a1! 0aar sobre os se&redos da aqu!m!a dos amas -./ 2!namente, de!amos o aborat?r!o e !n&ressamos na rot!na do moste!ro VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 T!%emos ma!s tarde uma pro%a rea da aqu!m!a dos amas Tempos depo!s, ao "4e&armos de %ota @ "!dade !nd!ana de +addaX 6 0ronte!ra da 5nd!a "om o T!bete 6 essantára mostrou a e6meda4a de "obre a um )oa4e!ro Ee testou o mater!a "om á"!dos apropr!ados !u que era ouro mesmo De %ota @ Europa, essanntára mandou eam!nar a e6meda4a por d!%ersos )oa4e!ros A "on"us(o 0o! de que aquee meta era reamente ouro
Marail/o#a# i#)e# de $m pa##ado di#tante D!as depo!s, o +ama de +at"4en mandou me "4amar Entre! numa aa a)ard!nada, na parte norte do moste!ro e "4e&ue! d!ante de uma porta dourada que se abr!u ass!m que me apro!me! 7enetre! numa saa toda bran"a ornada "om as 0amosas p!nturas sobre seda representando os Budas da med!ta'(o que s(oF a!ro"ana, AXs4ob!a, Am!taba, Ratna Samb4a%a e Amo&a S!d! Cada um dees o"upa um ponto "ardea e possu! uma "or "ara"ter$st!"a m no%!'o apontou para outra saa e mandou que eu entrasse As paredes eram 0orradas de bro"ado a1u "aro, ornadas tamb*m "om p!nturas de Mandaas ou "$r"uos "oor!dos nos qua!s a d!%!ndade pr!n"!pa * "oo"ada no "entro, e Kantras,0ormas &eom*tr!"as usadas na ma&!a Num "anto da saa, 4a%!a um Buda &!&antes"o, ma&ro e es&u!o "omo todos os Budas da 5nd!a e do T!bete Era ta4ado em made!ra "ara e sua epress(o era de absouta "ama No "entro da saa 4a%!a um d!%( 0orrado de seda bran"a Mes!n4as de a"a, 0!namente p!ntadas, "ont!n4am roos de seda e per&am!n4os sa&rados Sentada num tamborete "oberto de pee de raposa bran"a, %! uma mu4er de !dade !nde0!n$%e Ao seu ado, em p*, esta%a Tr!nad1!n, o +ama de +at"4en Ambos usa%am a tn!"a de seda amarea 7erto dees )á esta%am sentados 7!erre Yu!en, essantára, a1! e Ma4!ma 2!que! "ontente em %36os a! Com um sorr!so manso o +ama 0aouF 6 em, pequen!na !rm(, e sada a nossa Ant!&a M(eU Compreend! que se trata%a da abadessa do moste!ro e !n"!ne!6me numa re%er3n"!a 7ara meu espanto ou%!6a d!1er em !n&3sF 6 Há %ár!os "!"os que está%amos @ tua espera, pequen!na !rm(U Os p*s do deus do dest!no 0oram entos em "ondu1!r6te mas "4e&ou o tempo, n(o * mesmo At=n!ta, eu n(o sab!a o que responder O4e! para meus "ompan4e!ros Todos tamb*m pare"!am perpeos O4ando6me bem nos o4os Tr!nad1!n d!sseF
6 As paa%ras da nossa abadessa pare"em estran4as, n(o * mesmo, ? 0or esperada 6 Con0esso que s!m, 7a! da Ama D!amante 6 E no entanto, em outros tempos teu "*rebro n(o era t(o obtuso, %eado peo %*u de Maa mas bre%e a u1 se 0ará e terás no%amente os sete pre"!osos dons 2!que! me!o tonta Note! que uma "orrente !n"essante de pensamentos me "4e&a%a ao "*rebro Tr!nad1!n pe&ou m!n4a m(o d!re!ta e murmurou uma ora'(o má&!"a Ent(o, "ome"e! a %er m!ster!osos re0eos a1u!s e aaran)ados ma n*%oa des!1ou peo teto 7ense! que est!%esse doente Sent! que me a0asta%a de m!m mesma e a %o1 de Tr!nad1!n soou, on&$nquaF 6 Em nome de todos os Budas eu te "on0!ro o poder de embrar e!st3n"!as passadas, atra%*s a !mens!d(o do tempo 6 Re&ressa ao passadoU 2!a a tua mente e 3 o teu passado Se&u!u6se um s!3n"!o Cont!nue! tonta, !nerte "omo se est!%esse anestes!ada A&o penetrante "omo o br!4o de uma Jm!na passou ante meus o4os Sent! uma sensa'(o %ert!&!nosa 2!1 um es0or'o para mo%er6me, 0aar , mas em %(o %!s>es se desenroaram ante meus o4os assombrados N(o sab!a se esta%a a"ordada ou son4ando !6me "omo uma pr!n"esa "4!nesa, %est!da de sedas ma"!as e )?!as raras Sent! "omo se eu 0osse a %esta de um tempo perd!do nas montan4as E toda uma en"arna'(o de quatro m! anos atrás 0o! re"ordada ma %o1 que me pare"eu ser a de Tr!nad1!n, 0aouF 6 N(o perm!tas que a saudade perturbe tua menteU 7rosse&ue re"ordandoU ota ao passadoU ma pesada n*%oa ba!ou sobre meus o4os Depo!s t!%e uma %!s(o das p!rJm!des %! o Tempo do deus Amon e o&o "omo se eu 0osse um sa"erdote deste tempo outra &rande n*%oa "obr!u os meus o4os e quando pude ,%er d!st!n&u! as terras onde nas"e o r!o N!o Abas"e ou Et!?p!a d!ante de um atar de mármore bran"o, uma mu4er en%ota em %*us "or de %!oeta esta%a de "ostas para m!m De%a&ar ea 0o! %otando o rosto e %! que era eu mesmaU 6 Cont!nua re&red!ndo ao passadoU 6 ordenou uma %o1 Outra &rande n*%oa ante meus o4os Depo!s, %! o Tempo da deusa a! 6 a M(e dos Mundos 6 @s mar&ens do r!o Gan&es m &rupo de ba!ar!nas sa&radas dan'a%a d!ante da estátua da deusa e uma deas era euU 6 Ma!s on&e a!nda, 0aou a %o1 A %!s(o desapare"eu Outra pesada n*%oa passou ante meus o4os ! uma terra mu!to estran4a "om pessoas de pee "or de "obre a%erme4ada numa "o!na um men!no apas"enta%a "abras E de repente o men!no era euU 6 Estás na %e4a AtJnt!da 6 d!sse uma %o1 6 a&ora %otaU Sent!6me num redemo!n4o de u1 e de repente abr! os o4os e esta%a )unto da abadessa e do +ama Tr!nad1!n 6 Zue mara%!4aU 6 e"ame! perpea "om aqueas eper!3n"!as ps$qu!"as 6 T!%estes oportun!dade de %er a&umas de tuas %!das passadas 6 0aou
Tr!nad1!n A!nda sob o !mpa"to da emo'(o, !nda&ue!F 6 Mas por que s? %! *po"as t(o remotas 6 7orque n(o reen"arnastes ap?s seres %esta e pr!n"esa "4!nesa e !sto 0o! 4á quatro m! anos Tra$stes teus %otos de "ast!dade e 0ostes amad!'oada A&ora %a!s %er "omo n?s te !bertamos desta terr$%e mad!'(o Outra %e1 a sensa'(o de tonte!ra +o&o uma nu%em "!n1enta "obr!ndo os meus o4os De repente %!6me numa &rande saa subterrJnea !um!nada por to"4as Yunto de m!m esta%am Tr!nad1!n e %ár!os amas Seus rostos eram &ra%es e soenes, seus "rJn!os raspados e suas tn!"as "!n1entas No "entro da saa, em "!ma de uma mesa, esta%a um "a!(o de "r!sta Dentro, um %uto !mpre"!so Ou%! o som de um &on&o, o&o os amas rodearam o "a!(o Tr!nad1!n asper&!u o "orpo !m?%e "om per0umes O &on&o soa%a sempre Ser!a eu a morta Zuer!a sab36o, mas ao mesmo tempo, tem!a a %erdade ma 0or'a super!or 0e1 "om que eu me apro!masse do "a!(o E "om assombro %! que, amarrada e amorda'ada, a! esta%a, eu mesmaU Sent! um terror !ndes"r!t$%e Zu!s des%!ar os o4os, mas n(o pude Tr!nad1!n !ntrodu1!u o dedo m$n!mo num pequeno or!0$"!o que aos pou"os se abr!a no ato da "abe'a da morta De repente ee &r!touF 6 #H!"XU# Zuando ret!rou o dedo %! um %apor "!n1ento se "ondensando at* 0ormar um "orpo transparente de mu4er Esta%a !&ado ao "adá%er por um "ord(o de n*%oa prateada, que se aar&a%a !nde0!n!damente O p!or * que eu me sent!a dentro do "adá%er e 0ora deeU E o "ord(o se rompeu O ma!s "ur!oso * que o "adá%er 0o! en"o4endo rap!damente at* que desapare"eu 2e"4e! os o4os "om medo Sent! que a&u*m aperta%a a m!n4a m(o d!re!ta "om ener&!a +o&o a&u*m 0aouF 6 Con0!a em m!mU 2!a tua mente e %a! a quaquer u&ar da terra que dese)esU Sent!6me e%e, 0utuando no ar e um an)o pare"!a &u!ar6me do"emente E, de um u&ar a outro, %oe! por terras des"on4e"!das que sempre dese)e! "on4e"er Gr*"!a E&!to Turqu!a meu "orpo n(o t!n4a peso e esta%a !&ado ao meu "orpo 0$s!"o por um 0!o %!oá"eo, de substJn"!a %aporosa Tudo o que me rodea%a era 0e!to de mat*r!a 0u$d!"a Mas de repente, tudo 0!"ou es"uro Ao %otar a m!m ou%! Tr!nad1!n d!1erF 6 ota, pequen!na !rm(U Des!1e! por uma nu%em !r!sada "omo madrep*roa Repent!namente 0u! atra$da para ba!o, por uma su"'(o "omo se 0osse um redemo!n4o Zuando %ote! a m!m, esta%a sentada numa #&omt!#, "ade!ra de med!ta'(o Ao meu ado esta%am Tr!nad1!n, a abadessa e meus "ompan4e!ros de %!a&em N(o t!n4a ent(o embran'a "ompeta da eper!3n"!a que a"abe! de des"re%er, as qua!s 0oram re"ordadas depo!s T!n4a uma embran'a %a&a de tudo Abr! e 0e"4e! os o4os %ár!as %e1es O4e! em %ota T!%e uma &rande surpresaF meus "ompan4e!ros de %!a&ens esta%am !m?%e!s, dorm!ndo tranqu!amente, "omo se est!%essem 4!pnot!1ados
6 N(o esta%am preparados para %er aqu!o que %!stes 6 d!sse Tr!nad1!n mansamente Mas eu pre"!sa%a da presen'a dees aqu!, por "ausa de suas "orrentes %!brat?r!as E ass!m d!1endo Tr!nad1!n 0e1 um &esto de b3n'(o e sa!u a"ompan4ado pea abadessa +o&o depo!s meus "ompan4e!ros %otaram a s! 6 Zue a"onte"eu 6 per&untou 7!erre 6 A"4o que todos n?s dorm!mos pro0undamente 6 respond! N!sso entrou um no%!'o tra1endo uma bande)a "om broas de "e%ada e "4á "om mante!&a Tomamos "4á, "on%ersando an!madamente sobre tudo que nos a"onte"era, mas n(o 4es 0ae! sobre a m!n4a eper!3n"!a "omo de0unta no "a!(o de "r!sta 6 O que %o"3 te%e 0o! uma eper!3n"!a de re&ress(o paraps!"o?&!"aU 6 0aou 7!erre 6 Sem d%!daU 6 "on"orde! Mas eu &ostar!a de saber o que se passa reamente depo!s da morte Ent(o, a1! 0aouF 6 A morte n(o e!ste, porque a %!da "ont!nua em outros panos super!ores Nosso +!%ro dos Mortos T!betano -Bardo T4odo/ 0a1 uma sonda&em na ama 4umana depo!s da morte Este !%ro * re"!tado peos mon&es no quarto de um mor!bundo, "omo uma prepara'(o para a &rande %!a&em Des"re%e o que ee !rá %er @ med!da que 0or perdendo sua "ons"!3n"!a de %!&$!a Em "erto tre"4o está d!toF temos um "orpo et*r!"o "4amado dupo que se deso"a, a0astando6se "ompetamente do "orpo 0$s!"o denso Há o romp!mento do "ord(o de prata que une os "orpos, e a massa et*r!"a "om seu átomo pr!mord!a, o"a!1a6se no %entr$"uo esquerdo do "ora'(o, sobe depo!s pea nu"a, sa!ndo pea sutura do "rJn!o, essa parte onde se en"ontra o osso o""!p!ta e os do!s par!eta!s Neste o"a as "r!an'as t3m a #moe!ra# e todos n?s temos o "entro de 0or'a ener&*t!"a sut! "4amado #?tus de m! p*taas# O dupo et*r!"o tende ent(o a se d!sso%er no se!o do n!%erso De um modo &era ee dura de : a 4oras, n(o ma!s, a n(o ser em "asos mu! espe"!a!s A "ons"!3n"!a 0$s!"a so0re uma parada, mas o&o, sobre%*m aqu!o que "on4e"emos "omo o &rande son4o, que * o pr!me!ro des"anso do esp$r!to Ent(o, quando se rompe o "ord(o prateado, este sono %em e dura "er"a de um ou do!s anos Mu!tas %e1es, de%!do ao desespero dos parentes nos %e?r!os, este sono * !nterromp!do "om a&uns pesadeos e embran'as de sua t!ma %!da na terra 7or esta ra1(o n(o de%emos perturbar o esp$r!to que dorme "om nossas á&r!mas e nossa tr!ste1a Antes que o 0!o prateado se)a romp!do, passa pea "ons"!3n"!a do mor!bundo, de trás para 0rente, "enas de sua %!da passada na presente en"arna'(o 6 7or !sto o #Bardo T4odo# d!1F #` 0!4o de uma nobre 0am$!a, 0!4o de outros seres, es"utaU A&ora %a! apare"er d!ante de t! a u1 do 7uro Absouto Tens que re"on4e"36a, ? 0!4o
de uma nobre 0am$!a Neste momento o teu !ntee"to * "aro e $mp!do# 6 Nesta 0ase 6 "ont!nuou a1!6 n(o de%e 4a%er nen4um "4amado, "omo se 0a1 em sess>es esp$r!tas no O"!dente e tamb*m aqu! no T!bete Os re"*m desen"arnados de%em 0!"ar em pa1, * pre"!so que ees des"ansem, n(o de%em ser perturbados, po!s !sto atrasa sua %!a&em e%out!%a atra%*s dos panos que terá que &a&ar Ao 0!na do se&undo ano da morte 0$s!"a, o ser %a! despertando entamente at* a"ordar no subpano "orrespondente @ sua e%ou'(o esp!r!tua Zuando desperta, !med!atamente %em o Eementa do Dese)o 0a1er o seu traba4o de amor A meta deste eementa * se tornar m!nera, ent(o ee en%o%e num pro"esso de "asuo, um manto de u1 em torno do ser que desperta Ass!m ee poderá 0a1er a red!str!bu!'(o do dese)o atra%*s de todo o seu "orpo Despertando o ser, ee se sente num estado de pa1, e poderá en"ontrar seus parentes ou am!&os, en"arnados ou desen"arnados Ee pode !ntu!r, pode !rrad!ar sua %ontade, pode %!brar, mas )ama!s !n"orporar A !n"orpora'(o s? pode ser 0e!ta peos Gu!as Esp!r!tua!s dest!nados ao traba4o de !nstru'(o na terra Tamb*m a&uns seres en"antados da nature1a podem !n"orporar num m*d!um -os seres en"antados s(o !ntermed!ár!os entre o 4omem e outros panos sut!s/ Entre ees temos os #T$sas# -./ que deso"am quase que totamente o dupo et*r!"o do m*d!um ou #poo# e a !n"orpora'(o se 0a1 totamente !n"ons"!ente Zuanto ma!s e%ou$do * o Gu!a Esp!r!tua ma!s "ons"!ente * o m*d!um 7assado o en"ontro "om seus entes quer!dos, o ser desen"arnado %a! @ presen'a dos Sen4ores do Carma e es"o4e sua pr?!ma en"arna'(o, de a"ordo "om seus m*r!tos Ent(o, esque"e suas %!das passadas e entra na Roda das En"arna'>es m d!a, se !berta "ompetamente das reen"arna'>es e se une "om Deus Zuando "4e&a ao &rau de Guru ou Adepto, e )á que!mou o seu Carma, o ser desen"arna em estado de "ons"!3n"!a e a"an'a o&o o pano super!or a! ao pano menta abstrato num estado de super"ons"!3n"!aF a$ permane"e a&um tempo Depo!s passa a outros panos esp!r!tua!s onde se torna um Mestre As"ens!onado 6 É mara%!4oso, tudo !stoU 6 e"ame! emo"!onada Obr!&ada por nos dar estes "on4e"!mentos Tomamos o "4á e depo!s sa$mos para o ar puro do )ard!m Andando por entre as aamedas 0or!das, re"orde! um tre"4o dos pan!s4adsF #Do !rrea "ondu16me ao Rea, das tre%as @ +u1U# É Guru ou Mestre que %a! nos dar a)uda para tra1ermos &raduamente @ u1, o que esta%a o"uto para nossa "ons"!3n"!a Ee * "omo o So que nos re%ea ao %en"er as sombras, a %erdade!ra apar3n"!a das "o!sas E ma!s uma %e1, no $nt!mo do meu ser, a&rade"! e aben'oe! a1! e Tr!nad1!n, o +ama de +at"4en VVVVVVVVVVVVVV Do!s d!as depo!s, de!amos +at"4en e "ont!nuamos %!a&em Em nossa )ornada que durou %ár!os d!as, passamos peas "!dades de 74ar! Do1n&, Tuna, Do"4em e aa, aos p*s dos montes C4omoar! ou Montan4a da
Sen4ora Deusa Destas "!dades a ma!s !nteressante 0o! 74ar! D1on&, que 0!"a numa at!tude de ;< metros e qu!'á se)a uma das "!dades ma!s atas do mundo Embora bastante su)a, as ruas s(o ampas e a&umas "asas s(o bon!tas O po%o tem um "4e!ro mu!to desa&radá%e, m!stura de mante!&a ran'osa "om a4o Os t!betanos &eramente n(o tomam ban4o, nem mudam roupa "om 0requ3n"!a A ma!or!a a%a6se uma %e1 por ano, no %er(o, quando mer&u4am nos r!os e es0re&am o "orpo "om uma pedra pequena enroada em 0o4as de 0!bra res!stente Se n(o 0osse o 0ato da etrema at!tude destru!r a ma!or!a dos m!"r?b!os, ta!s 4áb!tos ant!64!&!3n!"os ter!am destru$do quase toda a popua'(o do T!bete De!ando 74ar! D1on&, Tuna e Do"4en, "a%a&amos at* as mar&ens do r!o R4am m bando de &a1eas 0u&!u ao per"eberem nossa apro!ma'(o 2omos se&u!ndo, passamos peo desoado %ae de aa, "ompetamente desab!tado 7ou"o depo!s a"an'amos um po%oado onde perno!tamos na "asa de um pastor de !aques No d!a se&u!nte prosse&u!mos %!a&em e 0omos !ndo at* "4e&armos ao !ndo %ae de Nan& C4u Nossos "a%aos t!%eram d!0!"udade em andar, de%!do ao e"esso de ama na estrada que mar&ea%a o r!o Nan& ou R!o da Ae&r!a Ma!s a*m, %!mos pequenos "ampos "om panta'(o de tr!&o e e&umes, "er"ados por um &rupo de "as!n4as de pedra !mos a&uns "amponeses traba4ando nos "ampos Condu1!am arados puados por !aques [ med!da que a%an'á%amos peo %ae, este perd!a seu aspe"to bon!to e pr?speroF "asas, "ampos e %e&eta'(o 0oram desapare"endo Apare"eu ent(o um %ae es"arpado, "4e!o de ro"4as e pre"!p$"!os e em se&u!da, uma &ar&anta "4amada #Gar&anta do 5doo erme4o# C4ama6se ass!m porque tem mu!tos monumentos re!&!osos de or!&em !nd!ana, "u)o nome * #stupa# Estes monumentos s(o en"!mados por beas !ma&ens de d!%!ndades bud!stas, p!ntadas em a1u 0orte, %erde, %erme4o e amareo T!%emos que desmontar e se&u!r passo a passo, "ondu1!ndo nossos "a%aos, at* que a &ar&anta se aar&ou e pudemos montar no%amente Sa$mos num %ae "4e!o de %e&eta'(o uur!ante Me!a 4ora depo!s en"ontramos do!s sodados !nd!anos 7araram na nossa 0rente e ped!ram nossas autor!1a'>es de trJns!to, em nome do Go%erno !n&3s, po!s nesta *po"a o T!bete esta%a a!nda sob o protetorado br!tJn!"o Eam!naram os do"umentos e depo!s mandaram que prosse&u$ssemos Ca%a&amos rumo @ "!dade de Samada e passamos peo #Br!t!s4 Ind!an Trade A&en"#, um 0orte t!betano sob o "omando do !n&3s Ma)or 7earson 7ro"uramos um moste!ro para 4ospedarmo6nos "omo era nosso 4áb!to, mas n(o en"ontramos C4e&amos a uma &rande "asa bran"a e batemos e!o atender6nos um %e4o pastor, que mora%a a! "om a mu4er e a 0!4a Be!)ando a 0$mbr!a do manto amareo do +ama a1!, o pastor "on%!dou6nos a repousar um pou"o em sua "asa O0ere"eu6nos "4á "om mante!&a A "asa era s!mpes e a"o4edora Consta%a de uma saa, "o1!n4a, e quatro quartos &randes Ban4e!ro n(o 4a%!a Os t!betanos usam um bura"o no "4(o "omo %aso san!tár!o e tomam ban4o em ba"!as, quando tomam
Repousamos uma no!te e prosse&u!mos %!a&em 7ou"o a*m da "!dade de Samada, 4a%!a uma &ruta 0amosa por seus prod!&!osos m!a&res 2omos andando em d!re'(o da &ruta O "am!n4o des"!a brus"amente no me!o de uma 0oresta 2a1!a mu!to 0r!o e nossa mar"4a era d!0$"! 6 7or que esta &ruta * sa&rada 6 !nda&ue! "ur!osa E a1! respondeuF 6 D!1em que 4á mu!tos s*"uos uma 7resen'a D!%!na sant!0!"ou a &ruta e desde ent(o, a sombra do santo A%aoX!ta Is4%ara 4ab!ta nesta &ruta Contam que 0o! aqu! que S!darta Gautama, o Buda "on%erteu o re! dos dem=n!os 7rometeu ent(o ao no%o d!s"$puo, que de!ar!a a! a sua sombra para re"ordar64e sempre o seu )uramento, de se&u!r o bom "am!n4o 6 E 4á reamente esta sombra 6 Ea apare"e apenas @s pessoas que t3m 0* e um "ora'(o puroU Os "am!n4os que e%a%am @ &ruta, ant!&amente, eram !n0estados de band!dos Mas 4o)e * um u&ar de pere&r!na'(o "onstante e 4á at* a&uns no%!'os de moste!ros das "er"an!as, que ser%em de &u!as aos %!a)antes Des"emos um de"!%e montan4oso, "u)o terreno a"!dentado, apertado entre serras e en"ostas, o0ere"!a um "am!n4o estre!to, "om sub!das e des"!das 7!"os ne%ados se !n"!na%am sobre os ados do "am!n4o A0!na "4e&amos a um u&ar onde o "am!n4o pare"!a term!nar A d!re!ta er&u!a6se um &rande ro"4edo, "om uma das paredes toda es"up!da em 0!&uras de deuses e deusas 6 A &rutaU 2o! nossa e"ama'(o ae&re e "omo%!da A nossa mente a"ud!ram mu!tas e%o"a'>es 0abuosas A!, d!ante de n?s 0!namente esta%a a Gruta da Sombra do Buda Desmontamos, entre&amos os "a%aos aos "r!ados e a%an'amos apressados para a %asta "a%!dade redonda, que dá a"esso @ &ruta 6 N(o entremU 6 &r!tou a1! 7aramos surpresos Meu "ora'(o pusa%a estran4amente 6 Mas por qu3 6 !nda&ou essantára 6 Esta &ruta * &uardada peos &nomos, os seres eementa!s da terra, e antes de entrar temos que "umpr!r "om o r!tua 7arem e obser%em em s!3n"!o E ass!m d!1endo, a1! ret!rou do boso !nterno da tn!"a amarea um estran4o p? %erme4o Com ee tra'ou um "$r"uo má&!"o ou #X!X4os# Entrou no me!o do "$r"uo e 0e1 a se&u!nte !n%o"a'(oF 6 ` Gob, re! !n%!s$%e dos &nomos, que 4ab!tas o %entre da terraU Tu, que 0a1es "orrer sete meta!s nas %e!as das pedras, Monar"a das Sete +u1es, perm!te que entremos no teu re!no e que os m!st*r!os nos se)am re%eadosU 7are"eu6nos que a&uma 0or'a sobrenatura esta%a a!, perto de n?s 6 A&ora )á podemos entrar 6 d!sse a1! VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Correspondem aos Eus da mbanda no Bras!
A Som4ra do %$da 7enetramos numa &aer!a subterrJnea, estre!ta e sombr!a Ma!s ad!ante %!mos uma tos"a es"ada de pedra que !a dar num ampo tne O "4(o esta%a &asto, !so, "omo se 0osse o "am!n4o tr!4ado por mu!ta &ente, 4á mu!tos s*"uos 2omos andando por dentro da &ruta, dom!nados por um sent!mento de respe!to e mara%!4a 7or todos os ados re!na%a o s!3n"!o Os ru$dos de nossos passos e"oa%am e pare"!am %!r de mu!to on&e De repente o "am!n4o se aar&ou 2omos dar num re"!nto enorme que ma pod$amos !um!nar "om nossas anternas de boso O soo era "oberto por uma are!a 0!na e bran"a Numa das paredes %!mos um n!"4o "a%ado na ro"4a Em %ota dee mu!tas !ns"r!'>es es"up!das na pedra Do outro ado 4a%!a uma esp*"!e de "ouna de pedra, apo!ada sob uma ee%a'(o ro"4osa Sob esta "ouna, %!mos a&umas estátuas de bron1e representando d!%!ndades ama$stas Em %ota deas, 0ores Jn0oras "om per0umes e %eas 6 S(o o0erendas dos 0!*!s É eatamente a!, atrás daquea "ouna de pedra que "ostuma apare"er a sombra do Buda a1! a)oe4ou6se, er&ueu as m(os )untas at* a testa e "ome'ou a orar Sentamo6nos atrás dee, sobre a are!a 0!na, "om as pernas "ru1adas na postura do ?tus Ore! tamb*m, dese)ando s!n"eramente ser aben'oada pea emana'(o d!%!na que apare"!a a! N(o se! quanto tempo 0!que! de o4os 0e"4ados, re1ando ma e%e br!sa, %!nda de n(o se! onde, a&!tou nossos "abeos Abr! os o4os Meu "ora'(o bateu apressadamente 7are"eu6me %er uma u1 se 0ormando )unto @ "ouna de pedra 6 A4U 6 e"ame! at=n!ta 6 Cont!nuem "on"entradosU 6 d!sse a1! Ass!m o 0!1emos De repente %! 0ormar6se na parede de 0undo da &ruta, uma boa de u1 0os0ores"ente Era a1u e dourada Desta boa de u1 sa$ram sete ra!os dourados que o&o desapare"eram )unto "om a boa Ent(o deu6se o m!a&reU Toda a "a%erna 0!"ou !um!nada por uma u1 t(o 0orte e t(o bea que me * !mposs$%e des"re%36a 7ou"o a pou"o a u1 se "ondensou numa 0orma 4umana Era a %!s(o 0u$d!"a de S!darta Gautama, o Buda, sentado sobre uma 0or de ?tus Sua 0a"e )o%em era tranqu!a e rad!ante e seu "orpo ma&ro, es&u!o "omo um )un"o num u&ar sem %ento Es0re&ue! os o4os assustada e torne! a o4ar A %!s(o pare"!a sorr!r do"emente para n?s Todos n?s o4á%amos a %!s(o boqu!abertos Esta durou apenas um momento e o&o desapare"eu Ser!a a"aso uma au"!na'(o m estado 4!pn?t!"o que me 0a1!a %er "o!sas que n(o 4a%!a N(o se! esta%a perturbada dema!s para ra"!o"!nar 7or a&um tempo 0!"amos em s!3n"!o, re%erentes e ae&res por termos %!sto a mara%!4osa sombra de Buda E uma &rande 7a1 !nundou nosso ser A!nda 4o)e esta %!s(o m!a&rosa, que tanta &ente )á %!u, me emo"!ona e entorpe"e "omo um 0!tro en"antado
O Teatro Ti4etano Zuando re&ressamos a Samada, 4a%!a um ar de 0esta na "!dade Soubemos que naquea tarde 4a%er!a uma representa'(o teatra no 4a do pequeno tempo da Gar&anta do 5doo erme4o 2!"amos "ontentes em "on4e"er o teatro t!betano, que * pro0undamente re!&!oso e endár!o Ap?s um bre%e repouso na "asa do pastor, rumamos em d!re'(o ao tempo 2omos en"ontrando muta &ente pea estrada est!am tn!"as ae&res e "oor!das As mu4eres en0e!ta%am os "oques ou as tran'as "om o trad!"!ona #7atruX# bro"4e de made!ra, "ora, %eudo e outras pedras pre"!osas A tarde esta%a 0r!a e "ara C4e&amos em 0rente ao tempo e %!mos %ár!as tendas armadas sobre a re%a Mu4eres, 4omens e "r!an'as !am e %!n4am, "antando ae&remente Es"o4emos um u&ar onde n(o, t!n4a mu!ta &ente Sentamos na re%a, "omemos nosso 0arne e 0!"amos a&uardando o espetá"uo, que * sempre 0e!to ao ar !%re 6 Como * a pe'a de 4o)e 6 per&untamos E a1! respondeuF 6 É uma 4!st?r!a de amor sobre uma pr!n"esa "4!nesa e um re! do T!bete O pr?o&o "ome'a "om um poema que d!1F A pr!me!ra +ua C4e!a do ano %!u "4e&ar ao T!bete a 0ormosa pr!n"esa ^en C4en& 6 a de o4os de damas"o e "!ntura de sa&ue!ro N(o ten4a!s medo, pr!n"esa, dos nossos prados desertos, po!s "em bra%os &uerre!ros 0ormar(o %osso s*qu!toU N(o ten4a!s medo dos nossos r!os pro0undos, po!s "em &randes bar"os su"ar(o suas á&uas tranqu!as, tra1endo %ossos perten"esU C4e&are!s a um 0ormoso u&ar "u)o nome * Be!&u!s!on& e sere!s amada peo nosso re!, que * beo "omo um deus Ent(o, a pr!n"esa ^en C4en& sorr!u 0e!1 e "ont!nuou %!a&em tranqu!amente, e%ando um tesouro de sementes de tr3s m! e o!to"entas pantas, !mposs$%e!s de enumerar e des"re%er Este poema em t!betano "4ama6se #Emaan"4!n É um dos !n"ontá%e!s reatos sobre a do"e pr!n"esa ^en C4en&, que nosso po%o "anta "om amor O que %eremos * a 4!st?r!a de amor desta pr!n"esa "4!nesa e nosso re!
Sron& tsan Gampo, seu sáb!o m!n!stro Gar e de "omo ee "onse&u!u tra1er a pr!n"esa para o T!bete Os t*"n!"os e artes(os "4!neses que %!eram "om a pr!n"esa, ens!naram o po%o t!betano a "ut!%ar a terra, 0!ar, te"er, "onstru!r "asas, 0abr!"ar pape e t!nta, dest!ar o %!n4o, 0a1er "erJm!"a e outras "o!sas !mportantes Em 4omena&em @ pr!n"esa que era bud!sta, o re! mandou "onstru!r o Moste!ro Ko)an, s!tuado no "entro da "!dade de +4assa Durante a "onstru'(o, uma "abra sa&rada "4e&ou espontaneamente para a)udar a en"4er o &rande a&o art!0!"!a, que se "obr!u de á&ua "ara e 0res"a a um s? de seus ba!dos A !ma&em da "abe'a desta "abra en"antada, a!nda se pode %er 4o)e, a'ando6se sobre o muro do %e4o moste!ro Depo!s de pronto o moste!ro 0!"ou sendo u&ar de pere&r!na'(o Mu!ta &ente %!n4a de on&e %er as d!%!ndades bud!stas p!ntadas sobre os roos de seda, e %enerar um !ndo sa&ue!ro que a ra!n4a pantara no )ard!m "om as pr?pr!as m(os ma enda d!1 que o sa&ue!ro nas"eu de uma me"4a sedosa dos "abeos da ra!n4a ^en C4an& E ass!m, esta 0ormosa pr!n"esa "4!nesa tornou6se ra!n4a do T!bete, e %!%eu 0e!1 "om seu re! um per0e!to roman"e de amor Ass!m que a1! a"abou de "ontar o enredo da pe'a, "4e&aram os atores Esta%am %est!dos r!"amente "om roupas "4!nesas E "ome'ou a representa'(o O po%o pare"!a etas!ado, "om os o4os perd!dos numa enda en"antada Hou%e mu!tas dan'as &ra"!osas e d!áo&os !nterm!ná%e!s que s? a"abaram á pea me!a no!te E tudo term!na numa apoteose, ou%ando o amor de ^en C4an& e Sron& tsan Gampo Todo mundo se e%anta e "ome'a a !r embora Sa$mos tamb*m, e%ando nos o4os a embran'a daquee teatro t(o pr!m!t!%o e po*t!"o No d!a se&u!nte part!mos de Samada De no%o a enta "ara%ana peas estradas poe!rentas, as on&as "am!n4adas peas montan4as, por "am!n4os es"arpados e s!nuosos Se&u$amos rumo @ "!dade de 4an&ma 7assamos peas mar&ens do r!o B4on&4 "4a, "om suas á&uas es"uras e serenas Cont!nuamos %!a&em peo %ae de Ga "4u e sub!mos em d!re'(o @ +onaX O "am!n4o esta%a "oberto de ne%e e t!r!tá%amos dentro de nossas pesadas roupas de montar!a, 0orradas de pee de "arne!ro O %ento &a"!a e o ar rare0e!to atrasa%am "ons!dera%emente nossa %!a&em A0!na, ao on&e, me!o en"oberto pea bruma da tarde, %!mos um moste!ro "ra%ado no 0an"o da montan4a 6 A4U A! moram os #+un& om pas#U d!sse a1! 6 Como 6 S(o os 0amosos mon&es que e%!tam, os dra&>es aados do T!bete 6 ep!"ou ee 6 Ora n(o "re!o nestas boba&ensU 6 resmun&ou 7!erre Yu!en, %!s!%emente aborre"!do 6 Contudo, am!&o, eas e!stemU 6 retru"ou o Dr essantára, "on%!"to O %e4o arque?o&o 0ran"3s o4ou6o !ron!"amente e 0!"ou em s!3n"!o
6 É mu!to estran4oU 6 "omente! 6 S!m bastante estran4o 6 "on"ordou 7!erre "om um "erto sar"asmo O so !a se pondo de%a&ar C4e&amos perto de um a&o "ompetamente "oberto de &eo 6 O4emU 6 e"amou Ma4!ma O que %!mos nos de!ou mu!to !ntr!&ados
O# A#ceta# 6$e Meditam N$# So4re a Nee Sentados, "om as pernas "ru1adas na postura do ?tus, @s mar&ens do a&o &eado, um &rupo de as"etas med!ta%a Esta%am !nte!ramente nus, sob uma temperatura ba!$ss!ma, 0ust!&ados por um 0orte %ento 7erto dees, do!s ou tr3s amas de tn!"a amarea, quebra%am &eo para mer&u4ar en'?!s na á&ua e en%o%erem os as"etas nus "om ees 6 É a pro%a do #tumo# 6 o "aor !nternoU Os amas 0a1em !sto umas de1 %e1es, e os as"etas se"am os en'?!s rap!damente, "om o "aor de seu "orpo 6 ep!"ou nosso &u!a 6 Mas "omo 0a1em !sto 6 !nda&ue! adm!rada 6 Com o poder da !ma&!na'(o e da %ontade Isto n(o nos "on%en"eu Apro!mamo6nos para, %er me4or 7retend$amos t!rar uma 0oto, mas o ama a1! d!sse que n(o era perm!t!do Trata%a6se de uma !n!"!a'(o e os amas n(o &ostam de ser 0oto&ra0ados nestas o"as!>es Os as"etas, sete ao todo, eram ma&ros, se"os "omo um per&am!n4o e nodosos "omo ra$1es Esta%am !m?%e!s "omo $doos, o4ando para o seu pr?pr!o umb!&o Soubemos ent(o que ees esta%am "ontempando seu "4aXra ou "entro de 0or'a, "entro de 0or'a sut! que * "4amado Muadara ou ra!1 Neste "entro dorme enros"ada a serpente unda!n! A e%o"a'(o de unda!n! man!0esta6 se pr!me!ro por uma sensa'(o de aque"!mento e uma !mpress(o "omo se uma roda "ome'asse a &!rar onde o "4aXra está o"a!1ado Em se&u!da, depo!s de uma resp!ra'(o pro0unda, !ma&!nam emba!o da "ouna %ertebra uma "4ama em 0orma de 0uso %erme4o, &!rando rap!damente sobre s! mesmaP de!am "res"er mentamente esta "4ama at* at!n&!r seus membros !n0er!ores, o peo soar e em se&u!da os membros super!ores e a "abe'a Deste modo s? pea !ma&!na'(o e poderosa "on"entra'(o, esquentam o "orpo "omo uma brasa -./ 7ara se submeter a esta pro%a, ees t3m que prat!"ar mu!tos eer"$"!os resp!rat?r!os espe"!a!s, tre!nar a mente para uma "on"entra'(o 0!rme e ter re"eb!do a !n!"!a'(o de a&um Guru ma %e1 !nd!"!ados na prát!"a do #tumo# ou "aor !nterno, renun"!am ao uso de roupas e )ama!s se apro!mam mu!to do 0o&o De %e1 em quando, durante uma %!a&em a uma "!dade, estes as"etas %estem uma m!ns"ua tan&a de a&od(o "4amada #res#, da$ serem "4amados tamb*m de #respas# Ass!m que os en'?!s se"am, os amas %otam a mer&u4á6os na á&ua &eada Os en'?!s saem tesos e &eados e o&o s(o enroados em %ota do "orpo dos
as"etas Isto se repete at* o aman4e"er, ent(o, aquee que se"ou ma!or nmero de %e1es os en'?!s, durante a pro%a, obt*m o pr!me!ro u&ar 6 Zuando param de prat!"ar esta o&a do 0o&o, %otam a sent!r 0r!o 6 per&unte! 6 S!m, "essando a "on"entra'(o e med!ta'(o pro0unda, aos pou"os os "orpos dees %otam a 0!"ar sens$%e!s Mas !sto s? a"onte"e "om os !n!"!antes, porque os mestres do "aor !nterno, )ama!s de!am de produ1!r #tumo# no seu "orpo Enroada nos meus pesados a&asa4os, estreme"! de adm!ra'(o por aquees as"etas t(o or!&!na!s, que ta%e1 passem a %!da toda med!tando nus, nas montan4as do T!bete Obser%amos que os amas !nstrutores n(o esta%am &ostando da nossa presen'a a! 6 De!emos os as"etas entre&ues @s suas prát!"as e "ont!nuemos a %!a&emU 6 0aou essantára 6 Zue ta !rmos %!s!tar o tempo dos dra&>es aados 6 Imposs$%e, sen4or 6 rep!"ou a1! 6 Zue penaU 6 e"ame! 6 Mas a a&uns qu!=metros daqu! en"ontra6se o Tempo da Cama 7ro0unda, d!r!&!do por mon)as bud!stas que "ostumam dar pousada aos %!a)antes 6 Ent(o, %amos at* áU VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6
A# Mon7a# do Templo 'a Calma Pro*$nda Ca%a&amos atra%*s da %asta re&!(o montan4osa, desab!tada, !neporada em sua ma!or parte, %arr!da peos %entos [ tard!n4a "4e&amos ao tempo 7are"!a uma 0or bran"a en"ra%ada num pen4as"o T!%emos "erta d!0!"udade em sub!r a serra es"aa%rada C4e&amos a0!na ao pát!o do moste!ro Entramos peo porta de made!ra es"up!da de dra&>es at* a"an'armos duas ar"adas, un!das no ato por um te4ado re"ur%o, re"oberto "om te4as de por"eana %erde, que rebr!4a%am "obertas de ne%e 7a!ra%a no ar um murmr!o de "Jnt!"os pare"endo o "Jnt!"o dos mon&es &re&or!anos No umbra da porta pr!n"!pa, %!mos uma &rande quant!dade de saqu!n4os de seda "oor!da, "4e!os de er%as per0umadas Esta%am pendurados no teto, dentro de &randes ba>es, 0e!tos de pape de arro1 transparente E a1! ep!"ouF
6 S(o er%as sa&radas que a0astam os mae0$"!os Antes de serem "oo"adas nos saqu!n4os s(o aben'oadas por me!o de ant!&os r!tua!s Sent!mos no ar um do"e aroma de sJndao, m!sturado "om )asm!m e 4e!otr?p!o Aqu! e a*m ao passar peos terra'os "obertos, %!mos a&umas %e4as mon)as, %est!ndo on&as tn!"as a1u 0orte ma deas %e!o ao nosso en"ontro a1! mante%e "om ea um d!áo&o em t!betano Em se&u!da 0aouF 6 S? 4á do!s quartos d!spon$%e!s 6 N(o !mporta 6 retru"ou o Dr essantára 6 n?s 0!"aremos num e as sen4oras no outro Os "r!ados poder(o dorm!r na "o1!n4a, "omo * "ostume aqu! no T!bete E ass!m 0o! 2omos "ondu1!dos a uma etensa &aer!a !um!nada por umas estran4as to"4as sem 0uma'a 6 Estas s(o as ta"4as das %esta!s 6 ep!"ou nosso &u!a S(o 0e!tas "om me"4as de am!anto e ardem !naterá%e!s durante m!3n!os No s*"uo ., um &rupo de arque?o&os 4oandeses en"ontrou aqu! no T!bete, entre as ru$nas de um tempo, duas destas ta"4as adendo numa tumba subterrJnea Ca"uaram que de%!am estar a"esas desde o s*"uo III antes de Cr!sto 6 E onde est(o estas ta"4as 6 !nda&ue! V Atuamente est(o no Museu de Rar!dades de +e!den, na Hoanda O 0ato de que e!stem estas to"4as perenes num Museu da Europa, * uma ad%ert3n"!a "ontra a !n"redu!dade de mu!tos o"!denta!s No 0!m da &aer!a 0!"a%am os do!s quartos Ma4!ma e eu 0!"amos no t!mo As paredes eram "a!adas de bran"o O "4(o 0orrado "om &rossas este!ras de bambu Num "anto uma mes!n4a ba!a "om uma estatueta de Gautama, o Buda Nas duas )aneas que da%am para o )ard!m, "oberto de ne%e, %!am6se uma "ort!na de este!r!n4as de bambu Em "!ma da mes!n4a %!mos uma pequena es0era um!nosa, 0os0ores"ente, de uma "or %erdosa, que aumentou de um!nos!dade quando a mon)a pronun"!ou a paa%ra #Ram# 6 Zuando qu!serem aumentar a u1, * s? pronun"!ar esta paa%ra, que * a semente sonora do 0o&o Ass!m que ea sa!u Ma4!na e eu eam!namos det!damente a es0era 7are"!a 0e!ta de "r!sta ap!dado 6 É !nteressante "omo ea obede"e @ %!bra'(o do b!)a6mantra do 0o&oU 6 e"amou Ma4!ma Soube ent(o que este #b!)a6mantra# ou paa%ra semente do 0o&o, tem rea'(o "om os #tatas# ou 0or'as sut!s da nature1a A %!bra'(o destas sementes sonoras %em ter ao pano 0$s!"o atra%*s da Constea'(o do Cru1e!ro do Su E!stem sete #tatas# ou 0or'as sut!s da nature1a, por*m s? "!n"o s(o at!%os Há tamb*m uma "ur!osa "orrespond3n"!a entre os #tatas# e a&umas partes do "orpo 4umano 7or !sto os ant!&os #R!s4!s# 6 santos %!dentes da 5nd!a 6 !dea!1aram a Ko&a dos C!n"o Eementos Esta Ko&a de%e ser prat!"ada entre ;,Q< e _,Q< da man4(, ou entre .:,Q< e .Q,Q<, ou a!nda entre .L,Q< e :<,Q< por serem 4oras de %!bra'(o pos!t!%a O d!s"$puo es"o4erá um u&ar tranqu!o, e em p*, "om o "orpo %otado para o Norte, !ma&!na 0ormas
&eom*tr!"as "oor!das que "orrespondem aos #tatas# ou 0or'as sut!s da Nature1a Ass!m, "ome'ar menta!1ando ou !ma&!nando um &rande "ubo quadrado que %a! das pantas dos p*s aos )oe4os, e * da "or aran)a terrosa Enquanto está !ma&!nando d!rá entamente a paa%ra #+am#, que * o b!)am ou semente sonora do eemento terra que este quadrado s!mbo!1a 7ou"o a pou"o sent!rá que uma %!bra'(o mu!to a&radá%e brota da terra e sobe at* os seus )oe4os De%e 0!"ar ass!m "er"a de .< se&undos ou o tempo que puder manter a menta!1a'(o Em se&u!da, !ma&!na uma +ua Cres"ente em pos!'(o 4or!1onta, apo!ada no quadrado Esta +ua Cres"ente * de "or %!oeta e representa o eemento á&ua Sua semente sonora * a paa%ra #am# A %!bra'(o %!nda da terra at!n&e e %!bra neste "res"ente unar O d!s"$puo 0!"a menta!1ando !sto o tempo que puder Em se&u!da !ma&!na um tr!Jn&uo %erme4o %!%o, tendo a base apo!ada na 0orma anter!or da +ua, e a ponta para "!ma, en%o%endo o umb!&o, o peo soar e !ndo at* a ponta do que!o Ba!!n4o pronun"!a a paa%ra #Ram# que * a semente sonora do 0o&o A %!bra'(o que %em da terra sobe e penetra neste tr!Jn&uo %erme4o O d!s"$puo permane"e %!sua!1ando o tempo que puder 2e!to !sto, !ma&!na um &rande 4eá&ono %erde "aro, apo!ado na ponta do tr!Jn&uo pre"edente, !ndo at* a !n4a das sobran"e4as A paa%ra a pronun"!ar * #7am# que * a semente sonora do eemento ar A %!bra'(o que %em da terra sobe at* este 4eá&ono, e%ada peo pensamento do d!s"$puo Ap?s "er"a de .< se&undos, !ma&!na ent(o um outro "res"ente unar, em pos!'(o %ert!"a do ado esquerdo da "abe'a, na "or a1u 0orte Representa o #aXas4a# ou *ter !mponderá%e A paa%ra a ser d!ta * #Ham# -"om 4 asp!rado/ A t!ma 0!&ura a ser !ma&!nada nesta Ko&a dos C!n"o Eementos * um &rande so dourado, a"!ma do seu o4o d!re!to Este so s!mbo!1a o pano d!%!no e a paa%ra * #Om# Este #Om# * o s$mboo un!%ersa do !n0!n!to O presente, o passado e o 0uturo É, se&undo o pan!s4ad de Manduqu!, o mundo !nterno epresso por uma n!"a s$aba, e a!nda tudo que pode e!st!r 0ora dos men"!onados tr3s tempos De%e ser pronun"!ado em tom de d? VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV No d!a se&u!nte ap?s nossa "4e&ada ao Tempo da Cama 7ro0unda, os s!nos nos despertaram antes do ra!ar do so Sent$amos um &rande bem estar ao resp!rar aquee ar puro "omo o !n4o 0res"o Todo o amb!ente emana%a %!bra'>es de bondade e tranqu!!dade Sa$mos "edo do quarto e ap?s a toaete mat!na, 0omos "ondu1!dos ao re0e!t?r!o Era uma &rande saa "!r"uar, !um!nada por %ár!as )aneas Espa4adas em %ota, %!mos mesas de pedra, de tampo "=n"a%o !am6se sobre as mesas "estas "om 0rutas se"as, "oa4ada e me Numa das paredes %!am6se pequenas portas de meta, "omo se 0ossem portas de 0ornos E reamente eram ma no%!'a abr!u a&umas 7or trás de "ada uma %!mos uma "a%!dade "ontendo uma bande)a &rande, "4e!a de p(es es"uros e
quent!n4os Eram p(es de "ente!o e "e%ada !nte&ra Comemos "om sat!s0a'(o e bebemos um "4á e%emente ado"!"ado, que soubemos ser o 0amoso "4á de ra!1 de #G!nsen, or!unda da Core!a Este "4á * re%!ta!1ante e "onsta que "ont*m pr!n"$p!os a0rod!s$a"os e re)u%enes"edores Os t!betanos raramente bebem o "4á preto 7re0erem os "4ás de er%as natura!s "omo o #&!nsen, 0o4as de artem$s!a e dente6de6 e(o, que s(o mu!to saborosos Ap?s o des)e)um 0omos "on4e"er o Tempo Andamos por um pát!o ampo, "a'ado de pedras !sas e redondas Neste pát!o %!mos mu!tas mon)as de !dades d!%ersas A ma!or!a %est!a a tn!"a a1u 0orte, mas a&umas usa%am um 4áb!to bran"o barrado de a1u m &rupo de "r!an'as br!n"a%a no pát!o Soubemos que no "on%ento 4á uma es"oa e uma esp*"!e de as!o para "r!an'as abandonadas que as mon)as re"o4em nas "!dades e ade!as ma!s pr?!mas !mos mu!tos "austros e "apeas "om seus deuses estran4os Num dees 4a%!a uma &rande )anea redonda, que soube ser a )anea da +ua C4e!a Andamos por uma s*r!e de pát!os !nternos, "ada um dees "om outro pát!o menor ao "entro, separados por 0!as de &randes "ounas de pedra rosada A0!na, sub!mos uma %e4a es"ada de pedra e 0omos dar numa esp*"!e de "ea "a%ada na espessura da ro"4a !mos ent(o um espetá"uo "ur!oso No me!o da "ea %!a6se uma 0o&ue!ra respande"ente que pare"!a brotar do "ora'(o da terra O 0o&o &!ra%a sobre s! mesmo e depo!s des%ane"!a6se, de!ando atrás de s! uma este!ra rosada 7erto da 0o&ue!ra %!mos um &rupo de mon)as %est!das de bran"o Ao ado, uma &rande "esta "ontendo mu!tos 4áb!tos bran"os 7e&ando nestes 4áb!tos as mon)as )o&a%am6nos dentro do 0o&o E ees n(o se que!ma%amU Momentos depo!s eram ret!rados, t(o a%os e per0e!tos "omo se t!%essem s!do a%ados "om á&ua e sab(o Soubemos ent(o que aquea era "4amada a 2onte e o Cora'(o da !da que pusa no me!o da terra Ban4ando seus 4áb!tos naqueas "4amas, absor%!am64es a %!rtude em toda a 0or'a %!r&!na e dea !mpre&na%am seus "orpos Os 4áb!tos eram 0e!tos de um m!nera "4amado am!anto, mu!to abundante nas montan4as t!betanas Desse mater!a, as mon)as t!ra%am um 0!o &rosso, seme4ante @ (, "om o qua te"!am seus 4áb!tos 2a1!am tamb*m um ?eo que 0r!""!onado no "orpo, torna%a a pee !mune @s que!maduras Se&u!ndo a no%!'a, 0omos dar num )ard!m !nterno No me!o do )ard!m um a&o sereno Nas mar&ens do a&o, !ndas 0ores que pare"!am &randes rosas bran"as 6 Estas pantas s(o or!undas dos %aes do H!maa!a na 5nd!a, e t3m a mara%!4osa %!rtude de %ar!ar a "oora'(o, se&undo a 4ora do d!a, e n(o pare"em mortas mesmo depo!s de mur"4as O Dr essantára, que "on4e"!a botJn!"a a 0undo, eam!nou a panta det!damente +o&o ep!"ouF 6 O nome at!no desta panta * #4!b!s"us mutab!!# O sáb!o +!nneu, em sua obra #BotJn!"a Cáss!"a#, nos 0aa de tr!nta e sete esp*"!es d!0erentes de 4!b!s"us "omo estes, "u)a semente tem um per0ume de am$s"ar É uma
panta or!&!na -./ De no!te as 0ores 0e"4am6se, mas ass!m que aman4e"e eas se entreabrem e pare"em rosas bran"as Ao me!o6d!a "ome'am a 0!"ar rosadas e durante a tarde 0!"am de um %erme4o prpura mu!to !ndo 7erten"em @ 0am$!a das #ma%á"eas# e soube que os t!betanos "onsa&ram6 na ao So Com um &esto &ra"!oso a no%!'a !n"!nou6se e "o4eu duas 0ores Entre&ou uma a Ma4!ma e outra a m!m 2!que! mu!to "ontente "om aquee presente !nesperado Er&u! a 0or e asp!re! seu per0ume Era mu!to sua%e, ado"!"ado, e%emente am!s"arado Apontando para uma outra 0or perto do a&o, a mon)a d!sseF 6 Aquea * a no!%a do deus Ma4aXaa Bre%e "eebraremos o "asamento do deus "om esta panta Seu nome * Mandrá&ora 6 Na m!n4a terra esta panta * a panta dos 0e!t!"e!ros 6 e"amou 7!erre Yu!en No su da 2ran'a, os "amponeses sabem por trad!'(o o terror que s? o nome desta panta desperta%a em seus antepassados 7ara ees a Mandrá&ora tem a&o do ser 4umano a quem * 0or'oso render "uto 6 +embro6me 6 0aou essantára 6 que a ma!or parte dos pro"essos da Inqu!s!'(o na Espan4a, tem "omo "ausa as man!pua'>es "om a Mandrá&ora Contudo, n(o "re!o que se)a uma panta ma*0!"a 6 7ara n?s, t!betanos, a Mandrá&ora n(o * ma*0!"a 6 0aou o +ama a1! 7or !sto todos os anos em 0!ns de setembro, "ostumamos "eebrar o "asamento da Mandrá&ora "om o deus Ma4aXaa Este deus or!undo da $nd!a representa uma 0orma de !%a, na sua 0un'(o de destru!r para reno%ar A&uns t!betanos !&norantes "ons!deram Ma4aXaa um esp$r!to dan!n4o 6 Como * o r!to deste "asamento 6 !nda&amos É um "ostume mu!to ant!&o no T!bete 7r!me!ro as mon)as tra'am um "$r"uo má&!"o em %ota de todo o )ard!m Estes "$r"uos s(o a 0!rme1a do r!tua, s(o ordens es"r!tas que de%em ser obede"!das por uma 0aan&e enorme de ent!dades esp!r!tua!s Depo!s "oo"am a Mandrá&ora no me!o do "$r"uo Enquanto !sto um +ama %!ndo de a&um tempo das redonde1as, ret!ra do es"r$n!o a estátua do deus Ma4aXaa, onde 0!"a tran"ado o ano todo O "asamento "ome'a quando o +ama e uma das no%!'as se&uram, por "!ma da panta e do deus, um r!"o ae de musse!na bordado a ouro O +ama re"!ta as ora'>es se"retas, enquanto que um &rupo de no%!'as espa4am pun4ados de arro1 "ru e &r(os de a'a0r(o sobre os no!%os, !sto *, a panta e a estátua do deus Term!nada a "er!m=n!a, o +ama &uarda o ae e a estátua * "oo"ada @ sombra de sua no!%a As mon)as "antam e dan'am "eebrando as %!rtudes de um e de outro 6 Zua * o s!&n!0!"ado desta un!(o 6 per&untamos 6 Este r!to possu! um pro0undo s!&n!0!"ado o"uto que n(o podemos re%ear Contudo, d!1em nossas trad!'>es que um deus átomo 6 dorme em "ada pedra +o&o, desperta em "ada panta Mo%e6se em "ada an!ma 7ensa em "ada 4omem e ama em "ada an)o Da$ "on"u$mos que de%emos tratar "ada pedra "omo uma panta A "ada panta "omo um an!ma quer!do Cada an!ma "omo um ser 4umano e todo ser 4umano "omo deus, po!s nee %!%e a "ente4a d!%!na E SO E!s tudo o que posso d!1er
Cont!nuamos nosso &!ro peo Tempo da Cama 7ro0unda !mos mu!tas saas, pát!os e santuár!os e 0!"amos en"antados "om a !mpe1a e a ordem de tudo Naquea tarde, uma 0orte tempestade de ne%e !mped!u nossa part!da 2!"amos "ontentes por n(o ter que part!r Sent$amos pra1er em proon&ar nosso "ontato "om as mon)as 2o! bom termos 0!"ado, porque 0!"amos "on4e"endo mu!tas trad!'>es ant!&as do T!bete Entre eas desta"a6se a que se re0ere, ao 0abuoso re! Mequ!sedeX VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 No Yard!m BotJn!"o do R!o de Yane!ro 4á um eempar desta "ur!osa panta do H!maa!a
O Rei do M$ndo e o# Mi#terio#o# Reino# S$4terr8neo#9 Con%ersando "om a mon)a Doma, Super!ora do Tempo da Cama 7ro0unda, soubemos o se&u!nteF Consta que Mequ!sedeX * uma das ent!dades ma!s ee%adas na 4!erarqu!a dos panos esp!r!tua!s 2o! re! de Sa*m, sa"erdote do At$ss!mo, "ontemporJneo de Abra(o N(o te%e pa! nem m(e, 0o! auto"r!ado, nas"eu de s! mesmo, "omo uma das poderosas man!0esta'>es de Deus na terra Yuntamente "om outros Mestres As"ens!onados ee d!r!&e a e%ou'(o na terra e seus &randes mo%!mentos po$t!"os, art$st!"os e re!&!osos O t$tuo de Re! do Mundo s!&n!0!"a o +e&!sador 7r!mord!a !%e ee na "!dade subterrJnea de #7arades4a# ou "entro do mundo Os que %!%em a! s(o sempre )o%ens e sad!os T3m um ad!antamento esp!r!tua t(o &rande que n(o de%em ma!s reen"arnar sobre a terra Num 0uturo remoto ees sa!r(o de suas "!dades subterrJneas e apare"er(o para sa%ar a 4uman!dade Os re!nos subterrJneos 0!"am no !nter!or o"o da terra Os 7?os n(o e!stem Há aberturas nas etrem!dades Norte e Su No !nter!or en"ontram6se %astos "ont!nentes, o"eanos, montan4as e r!os E!ste uma %!da %e&eta e an!ma nestes mundos subterrJneos que s(o po%oados por uma ra'a des"on4e"!da dos 4ab!tantes da super0$"!e -./ Os "onstrutores destes re!nos subterrJneos, "omo a ma!or parte dos seus 4ab!tantes, perten"em a uma ra'a anted!u%!ana que po%oa%a os "ont!nentes da +emr!a e da AtJnt!da Zuando estes "ont!nentes 0oram en&o!dos por um terr$%e "ata"!smo, os sobre,%!%entes pro"uraram re0&!o no se!o da terra, penetrando a$ atra%*s das aberturas poares a bordo de seus "arros "eest!a!s ou #%!manas# oa%am a bordo destes en&en4os que ut!!1a%am uma 0orma de ener&!a obt!da d!retamente do ar "4amada #7rana# Desde ent(o mu!tos destes "arros "eestes t3m "!r"uado na atmos0era !nter!or da terra 7arades4! * tamb*m "4amada de A&4arta por mu!tos bud!stas Este !mp*r!o
m!ster!oso tem m!4>es de 4ab!tantes e numerosas "!dades A "ap!ta * S4ambaa4, onde re!na o Go%ernante Supremo, "u)o representante terrestre * o Daa! +ama Suas ordens s(o transm!t!das atra%*s de tne!s se"retos que !&am o mundo subterrJneo "om o T!bete E!stem tne!s seme4antes no pa$s do #O 2u San -Bras!/ O Bras! e o T!bete pare"em ser as duas partes do mundo onde os "ontatos "om A&art4a podem ser 0e!tos ma!s 0a"!mente -:/ As trad!'>es bud!stas d!1em que A&art4a sur&!u, 4á mu!tos m!4ares de anos, quando um 4omem santo Guesar de +!n&, @ 0rente de uma tr!bo das pan$"!es de T"4an&, 0o! para o Norte, penetrou nas entran4as da terra e desapare"eu para sempre O Norte * t!do "omo a d!re'(o m$st!"a e mu!tos !%ros da 5nd!a e do T!bete d!1em que #os "am!n4os do Norte "ondu1em o o&ue @ !berta'(o suprema# O Re! do Mundo )á 0o! %!sto durante as 0estas soenes do ant!&o bud!smo no S!(o e nas 5nd!as, onde )á apare"eu "!n"o %e1es e!o num "arro ma&n$0!"o puado por ee0antes bran"os sa%a uma tn!"a e um manto de seda bran"a e tra1!a na "abe'a uma t!ara %erme4a de onde pend!am mu!tos 0!os de d!amantes que 4e o"uta%am o rosto Aben'oou o po%o "om uma ma'( de ouro em que se assenta%a um "orde!ro Os "e&os re"uperaram a %!sta, os surdos ou%!ram, os doentes se "uraram e os mortos er&u!am6se dos tmuos @ med!da que nees pousa%am os o4os do Re! do Mundo Em A&art4a, os sáb!os re&!stram em pa"as de pedra todas as "!3n"!as do nosso paneta e dos outros mundos Os bud!stas "4!neses sabem d!sto D!1 a enda que uma %e1 em "ada s*"uo os sáb!os da C4!na renem6se em se&redo num u&ar perto do mar Ent(o, "em tartaru&as &!&antes saem do o"eano e os sáb!os &ra%am64es no dorso as "on"us>es da "!3n"!a d!%!na do seu s*"uo O Daa! +ama en%!ou emba!adores ao Re! do Mundo, mas ees n(o "onse&u!ram des"obr!r a entrada para os re!nos subterrJneos D!1em que um "4e0e t!betano, depo!s de uma bata4a "om os Oets en"ontrou6se d!ante de uma "a%erna "u)a entrada t!n4a a se&u!nte !ns"r!'(oF #Esta porta "ondu1 @ A&4artaU# Da "a%erna sa!u um 4omem de apar3n"!a bea que 4e deu uma pa"a de ouro "om estran4as !ns"r!'>es que d!1!amF #O Re! do Mundo# apare"erá a todos os 4omens quando "4e&ar o tempo da &uerra do bem "ontra o ma Mas este tempo a!nda n(o "4e&ou Os p!ores membros da ra'a 4umana a!nda n(o nas"eram# Todo este reato sobre o re! do Mundo e os m!ster!osos re!nos subterrJneos de!aram6me perpea A"4o d!0$"! adm!t!r a e!st3n"!a de mundos subterrJneos 4ab!tados por pessoas !&ua!s a n?s A"red!to por*m que pode ser uma ra'a de super6 4omens, "om "orpos 0u$d!"os 0e!tos de "*uas d!0erentes das nossas Durante o tempo que passamos "om as mon)as do Tempo da Cama 7ro0unda, aprendemos mu!tas "o!sas surpreendentes A!ás, parod!ando o sáb!o +ou!s Ya"o!ot podemos d!1erF #presen"!amos "o!sas que n(o nos atre%emos a reatar, por temor de que nossos e!tores r!am de n?s e du%!dem
da nossa ra1(o ou da nossa boa 0*, n(o obstante serem "ertas todas as "o!sas que %!mos# VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 O pr!me!ro o"!denta a apresentar a teor!a da Terra o"a "om aberturas nos 7?os 0o! um pensador amer!"ano, ^!!am Reed, autor do !%ro #2antasma dos 7oos#, pub!"ado em .L<_ Essa obra 0orne"e a pr!me!ra "omp!a'(o de pro%as "!ent$0!"as baseadas nos reatos dos eporadores árt!"os :/ Reed obser%ou que a terra n(o * uma %erdade!ra es0era, mas a"4atada nos 7oos, ou me4orF que "ome'a a a"4atar6se o&o que nos apro!mamos dos 4!pot*t!"os 7oos Norte e Su Os 7oos est(o entre o "*u e a terra no "entro das aberturas poares, e n(o na super0$"!e Ramond Bernard em seu !%ro #T4e Hoo Eart4# ou A Terra * O"a, d!1 o mesmo, apo!ado em do"umentos d!&nos de todo o "r*d!to
6UATRO Milagre# da Leita(:o Ass!m que a tempestade passou, de!amos o Tempo da Cama 7ro0unda Durante a )ornada 0omos "o4endo !n0orma'>es aqu! e a! Soubemos que na en"osta de uma montan4a, n(o mu!to d!stante de onde está%amos, en"ontra%a6se o tempo dos mon&es que %oam, os 0amosos #Iun& om pas# ou Dra&>es Aados do T!bete N(o pod$amos 0!"ar neste tempo porque * "ontra a re&ra dos mon&es Mas pretend$amos %!s!tá6o, "ontando "om a a)uda do +ama a1! Naquea no!te nos abr!&amos numa &rande "a%erna ao p* da montan4a Esperamos a! do!s d!as para que a1! 0osse ao tempo e %otasse "om a perm!ss(o dos amas Ass!m que ee "4e&ou, de!amos os "r!ados na "a%erna )untamente "om nossas ba&a&ens e part!mos, &u!ados por ee Cam!n4amos atra%*s de etensa pan$"!e "oberta de ne%e ma 4ora depo!s passamos por uma &ar&anta de ro"4as abruptas A! paramos um pou"o para des"ansar $amos ao on&e o Tempo dos Dra&>es Aados, "om seu te4ado re"ur%o, "oberto de ne%e, sua arqu!tetura mu!to seme4ante aos outros tempos que )á t$n4amos %!sto no T!bete Ao on&e %!mos um &rande tron"o de ár%ore retor"!da, e a"!ma dee a&o que nos pare"eu um &rande pássaro 6 O4emU 6 e"amou a1! É um mon&e que %oa, um #Iun& om pa#U 7!erre Yu!en preparou a máqu!na de 0!mar, "oo"ando uma ente de &rande a"an"e E "ome'ou a 0!mar De repente a 0!&ura mo%eu6se no ar e desapare"eu por entre as atas montan4as A&um tempo depo!s "4e&amos ao tempo 2omos re"eb!dos por quatro no%!'os, atos, ma&ros, pee morena, o4os mu!to pequen!nos e "abe'a raspada est!am tn!"as ampas de um te"!do &rosso e amareo Ees nos e%aram para uma saa pequena e rst!"a, sem nen4uma mob$!a Sentamos
no "4(o, sobre um tapete de ( &rossa e nos ser%!ram "4á de er%as med!"!na!s, "om bastante mante!&a e sa Como esta%a mu!to 0r!o esta beb!da quente e &ordurosa nos aque"eu 2!"amos sabendo que o Super!or do tempo era um %e4o e sáb!o ama "4amado Tsampa Tendar Ee %!%e 4á o!to anos sentado !m?%e na sua "ea, med!tando em s!3n"!o Mas d!r!&e teepat!"amente seus o!tenta d!s"$puos !s!tamos as pr!n"!pa!s depend3n"!as do tempo que nada t!n4am de espe"!a Depo!s nos e%aram at* a "ea de Tsampa Tendar A "ea * de uma s!mp!"!dade etrema As paredes de pedra e o "4(o de terra bat!da 7or uma 0enda na pedra penetra a u1 do d!a A u1 t3nue !um!na%a o rosto 0!no e as"*t!"o do %e4o ama Sua pee era de um tom mar0!m, o "abeo bran"o e áspero, a tn!"a &rossa de ( amarea, e nas m(os mu!to ma&ras um rosár!o trad!"!ona de .< "ontas Este rosár!o * usado por quase todos os mon&es do T!bete Sua epress(o * de absouta seren!dade Soubemos que peo bárbaro pro"esso de mum!0!"a'(o em %!da, ee "onse&u!u resse"ar o 0$&ado e os !ntest!nos Atuamente %!%e s? da %!bra'(o da 0or'a sut! do ar, "u)o nome * #prana# Ante seus o4os ant!&os, 0!os no !n0!n!to, sent!mos uma sensa'(o de a4eamento 7or a&uns momentos o4amos o %e4o Tendar, en%!amos a ee nossa sauda'(o e sa$mos 2omos at* um sa(o ornado de p!nturas em seda "4amadas #t4anXas# Como sempre, estas p!nturas representam d!%!ndades ama$stas Inda&amos sobre os eer"$"!os prat!"ados peos mon&es que %oam e a resposta 0o! o se&u!nteF #In!"!amente o no%!'o senta6se no "4(o "om as pernas "ru1adas, na postura do ?tus Isoa o "4(o antes "om &rosso "obertor ou amo0ada, para e%!tar as %!bra'>es ne&at!%as da terra Asp!ra o ar entamente peo nar!1 Ret*m a resp!ra'(o e sata, sem 0a1er uso das m(os, "onser%ando as pernas "ru1adas 7rat!"a !sto tantas %e1es quanto puder Consta que a&uns mon&es "4e&am a satar a &rande atura Depo!s se&uem a&uns r!tos para "onse&u!r a neutra!1a'(o do peso O per$odo de estudo e%a tr3s anos, tr3s meses, tr3s semanas e tr3s d!as Se&uem tamb*m mu!tos adestramentos ps$qu!"os da Ko&a A&uns "onse&uem taman4a per0e!'(o que podem sentar sobre o tao de uma 0or, sem dobrá6a# Tudo !sto 0e16nos re"ordar que tamb*m a trad!'(o da !&re)a "at?!"a a"e!ta a teor!a da e%!ta'(o Basta "!tar S Tere1!n4a de Yesus, S Tomás de Aqu!no, os pr?pr!os d!s"$puos de Yesus andando sobre as á&uas, e Santo Ant=n!o Embora por outros m*todos, ees tamb*m sab!am o se&redo da e%!ta'(o Sabe6se que a ma!or!a dos amas dos &randes moste!ros t!betanos desapro%a as prát!"as dos mon&es que %oam Zuando a&u*m "omenta o assunto, respondem "ontando a se&u!nte 4!st?r!aF #Durante suas andan'as pea 5nd!a, S!darta Gautama, o Buda, en"ontrou um erem!ta mu!to "ansado, sentado @ porta de sua "abana, no 0!na de um bosque 6 Há quanto tempo %!%es aqu! 6 per&untou Buda 6 !nte e "!n"o anos 6 E qua o resutado destes anos de med!ta'(o
E o erem!ta respondeu, or&u4osoF 6 Sou "apa1 de atra%essar um r!o, andando sobre as á&uasU 7obre am!&o 6 d!sse Buda 6 poupar!as mu!to ma!s tempo, se pa&asses um barque!ro para atra%essar o r!o num bar"o
T#ampa Tendar; o &el/o da Montan/a S(o mu!tas as endas que "orrem sobre Tsampa Tendar, o Guru dos mon&es que %oam Entre, eas "onta6se que, no t!mo d!a do ano, Tendar %oa em d!re'(o ao monte 7otaa e á se rene "om os Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Seu d!s"$puo +a!Xe "ontou6nos tamb*m o se&u!nteF #Tendar nas"eu num ar 4um!de, na re&!(o de N&ar!, na tr!bo dos abor$&enes Iep"4as A!nda pequen!no 0o! e%ado para o Moste!ro de Tuun& Tserpun&, na "!dade de +4assa 2o! edu"ado peos +amas e á aprendeu todas as ma&!as Como n(o quer!a ser ma&o ne&ro de!ou o moste!ro e 0o! para bem on&e Esmoou de "!dade em "!dade Suas m(os, dotadas de um mara%!4oso dom "urat!%o, a!%!ou mu!tos maes e "urou mu!tos en0ermos Ass!m que "ompetou "!nquenta anos, Tendar reso%eu de%otar6se @ med!ta'(o e tornou6se um erm!t(o "ontempat!%o 7assaram6se tr!nta anos, e somente ent(o Tendar tornou6se um Ium& om pa ou Dra&(o Aado m d!a, "a!u em transe pro0undo Seu "orpo e%!tou e %oou em d!re'(o @ "!dade de +onaX Zuando %otou a s!, esta%a sendo atend!do por +a!Xe, que naquea *po"a era pastor de "abras Yu&ando6o um santo !morta, o pastor "a!u de )oe4os e prestou6 4e 4omena&ens Tendar des0e1 o en&ano e "ome'ou a ens!nar a +a!Xe o mu!to que sab!a Ass!m, +a!Xe 0o! o pr!me!ro d!s"$puo de Tendar Ambos "onstru$ram uma pequena erm!da de pedra Depo!s, "4e&aram outros d!s"$puos que "onstru$ram o moste!ro atua dos mon&es que %oam# E ap?s "ontar tudo !sto +a!Xe deu por term!nado nosso en"ontro Daquea re&!(o d!stante e brumosa, onde %!%em os mon&es que %oam, trouemos a&umas notas que ser%!ram 4o)e para neste !%ro, re"ordar a 4!st?r!a de Tsampa Tendar 6 o erem!ta que pare"e 4a%er es"apado @s !m!ta'>es 0$s!"as
Um Ca#amento no Ti4ete Eram quatro 4oras da man4(, quando de!amos a "a%erna das montan4as de 4an&ma e se&u!mos %!a&em, rumo @ re&!(o do Gan&tse O "*u esta%a a1u es"uro e o ar e%e e 0r!o Entramos numa &ar&anta, "a%ada 4á s*"uos peo r!o Nan&, atra%*s da qua a!nda "orr!am suas á&uas, par"!amente &eadas Andamos por este "am!n4o estre!to e per!&oso, puando nossos an!ma!s peas r*deas A0!na a"an'amos um %ae e pudemos montar no%amente O %ae 0o! se amp!ando at* que a%!stamos a pan$"!e de Gan&tse Gan&tse está s!tuada no "entro de uma área 0*rt! e popuosa 7eo "am!n4o 0omos en"ontrando "amponeses e ne&o"!antes ambuantes
Ees sorr!am @ nossa passa&em e pun4am a $n&ua de 0ora, num "ur!oso s!na de boas %!ndas En"ontramos a&uns amas, a "a%ao, a"ompan4ados por d!s"$puos Aos pou"os 0oram sur&!ndo "asas pequenas e &randes No me!o de pequenas "o!nas, os te4ados re"ur%os e dourados dos tempos br!4a%am "omo &otas de so As bon!tas "asas bran"as de Gan&tse esta%am "4e!as de &ente ae&re que %e!o para as )aneas e %arandas, %er uma "ara%ana de "omer"!antes "4!neses, que a"aba%a de "4e&ar C4e&amos a um %asto "ampo, onde %!mos mu!ta &ente reun!da em %ota de %ár!as tendas de "ouro m &rupo de mo'as dan'a%a ao som de uma esp*"!e de atabaque Suas tn!"as eram ae&res, em tons de %erde, %erme4o e a1u A sa!a era 0ran1!da e on&a A busa 0o0a de man&as ampas, "ompr!das, e sobre ea um a%enta de seda !strada de %ár!as "ores 7aramos perto das tendas e desmontamos m sen4or t!betano %e!o ao nosso en"ontro a1! ep!"ou64e sobre n?s Soubemos ent(o que "eebra%am a 0esta do "asamento de Ma!tre! u"4o& 6 0!4a do &o%ernador de S!XX!m 6 "om um "ap!t(o da &uarda pessoa do Daa! +ama A "er!m=n!a ser!a @ tard!n4a, antes do p=r do so e pod$amos ass!st!6a A&rade"emos e a1! d!sse que %otar$amos ma!s tarde 2omos para uma 4ospedar!a, "omemos, des"ansamos e %otamos ma!s tarde Compramos 0ores e 0omos ao paá"!o do Go%ernador de Gan&tse, onde a no!%a esta%a 4ospedada Entramos num pát!o, em 0orma de ar"o, embrando o est!o espan4o O pát!o esta%a "4e!o de &ente, era ampo e bem "u!dado +!ndas p!s"!nas, mar&eadas de 0ores, espa4a%am6se por bosques de bambu Num pequeno pa%!4(o ao su, os "on%!dados de!a%am os presentes De!amos a! nossa 4um!de o0erenda Sobre um &rande tabado 0orrado de a1u e semeado de amo0ad>es bordados, esta%am sentados o Go%ernador e atas autor!dades de Gan&tse Num outro tabado em 0rente, tamb*m 0orrado de a1u esta%am os amas do C4ap*u Amareo, que o0!"!ar!am a "er!m=n!a Ao ado dees, os !rm(os do no!%o Soubemos ent(o, que se&undo a e! t!betana, a no!%a desposar!a tamb*m os !rm(os do no!%o Ao todo eram "!n"o, )o%ens a!nda Entre ees um bon!to rapa1 de uns %!nte anos Esta%am %est!dos "om tn!"as de bro"ado dourado, ornadas de pees de ontra A no!%a ter!a um beo 4ar*m de mar!dosU Soubemos ent(o que o T!bete * um dos pou"os pa$ses do mundo onde 4á a po!andr!a o0!"!a Apesar da es"asse1 de 4omens !%res 6 po!s, entre "ada do!s rapa1es, um * mon&e 6 a mu4er pode "asar6se "om %ár!os 4omens ao mesmo tempo Basta que ten4a me!os para sustentá6os Numa 0am$!a onde n(o 4á %ar>es, o mar!do n . * obr!&ado a adotar o sobrenome da mu4er No T!bete o "!me * prat!"amente des"on4e"!do +á, nun"a 4ou%e um "r!me pass!ona N(o "ostumam apurar quem * o pa! de uma "r!an'a, nas"!da numa 0am$!a onde 4á mu!tos mar!dos Geramente a "r!an'a "4ama de pa!, ao mar!do nmero ., e de t!os os outros A quest(o da %!r&!ndade tamb*m n(o * e!&!da As mo'as t!betanas t3m uma %!da seua
!%re Mas, 4á uma e! se%era que as pro$be de en&ra%!dar enquanto s(o sote!ras 7or !sto, os me!os ant!"on"ep"!ona!s natura!s s(o mu!to "on4e"!dos O d!%?r"!o * perm!t!do, mas * mu!to d!spend!oso Se um mar!do pede d!%?r"!o, tem que pa&ar uma quant!a propor"!ona ao nmero de anos que %!%eu "om a esposa Tomamos u&ar entre o po%o e 0!"amos @ espera da "er!m=n!a Em dado momento ou%!mos o soar de um &on&o E o&o apare"eu a no!%a Era uma bon!ta mo'a de uns de1o!to anos est!a a tn!"a nup"!a "4amada #C4uba# Consta%a de uma on&a sa!a 0ran1!da de bro"ado %erme4o bordada a ouro, uma busa rosa !ntenso e um a%enta de seda !strado de %erde e dourado Este a%enta * "4amado #pa&n&6den# A no!%a t!n4a on&os "abeos !sos e ne&ros, repart!dos ao me!o, reun!dos numa &rossa tran'a, que 4e "a!a a*m da "!ntura Na "abe'a um barrete de pee de raposa bran"a, en0e!tada "om um &rande bro"4e de esmeradas, turquesas e rub!s Todos apaud!ram quando ea andou em d!re'(o ao no!%o n . Ou%!mos uma ms!"a ae&re +o&o, um dos +amas des"eu do tabado e tra'ou no "4(o "om um p? bran"o, o %e4o embema bud!sta uma "ru1 suást!"a O no!%o er&ueu6se e sentou6se no "4(o em "!ma da "ru1 Yunto dee, o ama tra'ou "om o mesmo p? bran"o, uma &rande 0or de ?tus E a no!%a sentou6se sobre a 0or, "om as pernas "ru1adas @ moda or!enta T!rando do se!o um &rande en'o de &a1e %erme4a, ea amarrou6o em %ota da "abe'a do no!%o Ee sorr!u T!rou do bra'o uma ar&a puse!ra de ouro e entre&ou6a @ no!%a Ea er&ueu a puse!ra a"!ma da "abe'a e "ome'ou a "antar Era uma esp*"!e de ora'(o aos seres eementa!s que 4ab!tam na terra, no ar, na á&ua e no 0o&o -./ Depo!s 0e1 um )uramento de 0!de!dade aos mar!dos, dese)ando que seu pr!me!ro abra'o 0osse do"e "omo a "4e&ada do pr!me!ro d!a da pr!ma%era Em se&u!da 0e1 um apeo @ "orte dos an)os para que est!%essem presentes na "er!m=n!aF #An)os do amor, An)os da pa1, apeamos por %?sP An)os da bee1a, An)os da m!ser!"?rd!a, ossa per0e!'(o nos !berta An)os da "onsoa'(o do Ra!o Rosa, An)os da "ura %!nde todosP An)os da bondade e da bem6a%enturan'a, estamos prontos a ser%!rU An)os da sabedor!a, da ae&r!a e da %!t?r!a, Apeamos por %?sP An)os da %erdade e da maestr!a, %ossa per0e!'(o nos !berta An)os da "ompensa'(o do Ra!o Dourado, An)os da b3n'(o %!nde todosP An)os da pa1 e da per0e!'(o,
estamos prontos a ser%!rU An)os da eadade, An)os do poder, Apeamos por %?sP An)os da 0!rme1a, An)os da 0or'a da ontade D!%!na, o4U !berta!6nos Bem6amado protetor do Ra!o A1u, An)os do ser%!r %!nde todosP An)os da prote'(o, da un!dade, estamos prontos a ser%!rU An)os da !berdade An)os do amor, apeamos por %?sP An)os da m!ser!"?rd!a, do equ!$br!o, %ossa !berdade nos !berta An)os do Ra!o !oeta e do perd(o, %!nde todosP An)os da )ust!'a d!%!na, estamos prontos a ser%!rU An)os da %!da, An)os da as"ens(o, apeamos por %?sP An)os da C4ama erde, Ouro e Rub!, %ossa super!or!dade nos !berta An)os da pure1a do Ra!o Bran"o, An)os do "*u, %!nde todosP An)os da per0e!'(o d!%!na, estamos prontos a ser%!rU# Eu es"uta%a 0as"!nada aquee apeo aos an)os, que nos 0o! transm!t!do peo +ama a1! Zuando a no!%a se "aou, pare"!a to"ada por um 4ao sobrenatura 2o! a"esa uma &rande 0o&ue!ra que )á esta%a armada no pát!o Os +amas o0!"!antes )o&aram no 0o&o pun4ados de er%as per0umadas, um pou"o de e!te, mante!&a e arro1 "ru De m(os dadas, a no!%a e os no!%os andaram em %ota do 0o&o "antando Depo!s, um dos +amas o0!"!antes, empun4ando um bast(o dourado ornado de 0!tas mut!"ores, to"ou64es o ato da "abe'a, a testa e o "ora'(o, pronun"!ando a b3n'(oF #Seados no poderoso amor, sabedor!a, poder e "onsoa'(o do Esp$r!to Santo, bem6amado MAHA CHOHAN, a&rade"emos a %?s e aos re!nos dos eementa!s e dos An)os, @s As"ens!onadas +e&!>es de +u1, a ass!st3n"!a que nos prestaram A)uda! "ada um de n?s a ser a 7resen'a Consoadora em a'(o, para toda %!da que "ontatemos "om nossos pensamentos, sent!mentos, paa%ras e at!tudes Epand! nosso 4um!de es0or'o e en%o%e! toda a %!da de nossa "!dade, do nosso pa$s e de todo o mundo, "om %osso amor, at* que o mundo !nte!ro se)a 0e!1, per0e!to e !%re N?s os a&rade"emosU# Ou%!mos os a"ordes de uma sua%e ms!"a de 0auta e a "er!m=n!a term!nou Hou%e &r!tos e %!%as de todos E a uma ordem do Go%ernador "ome'ou a
d!str!bu!'(o do #oum!# 6 %!n4os e !"ores t!betanos, C4en& 6 a "er%e)a nepaesa mu!to apre"!ada no T!bete, %erdade!ras montan4as de "arne de "arne!ro "o1!da no e!te, 0rutas, boos e m! e uma espe"!ar!as da "o1!n4a t!betana Todos "omeram 0artamente e em se&u!da "ome'aram a dan'ar em %ota da 0o&ue!ra Em dado momento o no!%o n . 0e1 um s!na, e um "r!ado troue64e um "a%ao Era um bon!to an!ma de p3o bran"o, r!"amente en0e!tado de pumas e moedas de ouro O rapa1 montou, depo!s aba!ou6se rap!damente e er&ueu a no!%a pea "!ntura Ea se a)e!tou na sea e sa$ram &aopando em d!re'(o @ montan4a, onde 0!"ará "om o no!%o durante sete d!as A 0esta "ont!nuou, mas t$n4amos %!sto o bastante Yá sab$amos "omo era um "asamento t!betano Ent(o, ae&res e "ansados, re&ressamos @ 4ospedar!a VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 D!1 a trad!'(o que estes esp$r!tos eementa!s s(o os !n%!s$%e!s obre!ros da Nature1a, "r!ados por Deus, para ser%!r @ 4uman!dade S(o 0e!tos de peda"!n4os de ar "oor!do, "4amado *ter !mponderá%e, e s? as "r!an'as e a&uns %!dentes os podem %er Os seres eementa!s ser%em a 4uman!dade de a"ordo "om seus pred!"adosF as Saamandras, por me!o do 0o&oP as Sere!as e Ond!nas, por !nterm*d!o da á&uaP as 2adas, S!0os e S$0!des, em 0un'(o do ar, e os Gnomos por me!o da terra Ees prepararam os "orpos et*r!"os do ser 4umano, "omo Eementa!s do Dese)o, 1eam pea á&ua, peo ar e tudo o que * pre"!so para que possamos %!%er aqu! Os Mestres d!1em o se&u!nteF #Estes seres eementa!s de%em ser%!r a 4uman!dade "om amor e a 4uman!dade de%e, por &rat!d(o, amá6os e aben'oá6osU O re!no eementa a&e em d!re'(o as"endente, "ome'ando pea menor das !nte!&3n"!as at* os "onstrutores das 0ormas, que "r!am os "orpos 4umanos no pano astra S(o os eementa!s que "onstroem as montan4as, as ro"4as, as pedras, os meta!sF as mar*s s(o re&!das por ees, ass!m "omo o 0o&o dos %u">es A0!rmam os o"ut!stas que os seres eementa!s s(o #seres menta!s# -e6e6 menta/, !sto *, esp$r!tos d!%!nos Cumpr!das suas tare0as ees a"an'am a d!&n!dade de um Eo4!m ou 2!4o de Deus ou tornam6se os eadores S!en"!osos de um paneta, um s!stema soar ou uma &aá!a
O Mo#teiro de
"onstru$da em terreno pano Os tempos 0!"am no sem!"$r"uo das "o!nas Desta"a6se entre ees o "*ebre #um Bum# ou Moste!ro das M! Ima&ens Andamos peas ruas da "!dade se&u!dos por um bando de "r!an'as que &r!ta%am e "orr!am, se&u!dos por a&uns "a"4orros %ad!os Os "a"4orros t!betanos, "om e"e'(o do #+4assa apso# 6 o "(o sa&rado 6 pare"em uma m!stura de pequ!n3s "om p3o de arame S(o en&ra'ados e mu!to !nte!&entes A a&a1arra das "r!an'as nos perturba e n(o sab$amos o que 0a1er 2omos andando, at* o mer"ado onde 4á de tudoF roupas, pees, 0rutas e do"es m %e4o "om um &rande tabue!ro %end!a do"es "r!sta!1ados de brotos de rododentro Demos d!n4e!ro @s "r!an'as para "omprar do"es e ass!m eas nos de!aram em pa1 Enquanto a &arotada se espa4a%a peo mer"ado, 0omos parando aqu! e a! !mos produtos de artesanato o"aF bues de por"eana ob)etos de prata de "obre e de "erJm!"a Nada de espe"!a As #rp!as# !nd!anas "!r"uam aqu! ta "omo o #tranXa#, d!n4e!ro t!betano que * 0e!to de "ouro e prata As moedas de ouro 4á tempos desapare"eram de "!r"ua'(o C!r"ua tamb*m um pape moeda "om notas de .<, ;<, .<< e ;<< #tranXas# De um ado tem &ra%ados arabes"os 0antást!"os de "ores %!%as, do outro a 0!&ura do e(o do T!bete desta"ando6se sob as montan4as ne%adas, os o!to s!&nos da sorte e o "ar!mbo do Go%erno !mos mu!ta &ente no mer"ado, r!"os e pobres A&uns mend!&os, "om um mo!n4o de ora'>es na m(o, 0a1!am6no &!rar %ert!&!nosamente Zuando passamos por um &rande ar"o de made!ra, do!s mon&es %!eram ao nosso en"ontro O0ere"eram6se para &u!ar6nos at* o Tempo das M! Ima&ens Este tempo * um dos ma!s 0amosos do T!bete D!1 a enda que pou"o antes do nas"!mento de Tson& apa 6 o &rande re0ormador re!&!oso do 7a$s das Ne%es 6 um pro0eta 0aou que o men!no ser!a um ser mara%!4oso, "om a m!ss(o de re0ormar a re!&!(o ama!"a E ass!m, em .;;;, Tson& apa nas"eu numa montan4a de Amdo, nordeste do T!bete, num u&ar !soado onde sua m(e t!n4a !do e%ar o0erendas aos deuses Do san&ue perd!do durante o parto e do "orte do "ord(o umb!!"a, nas"eu uma ár%ore m!ster!osa Ent(o, %ár!as mar"as apare"eram nos ramos e na "as"a da ar%ore !n"us!%e as se!s s$abas sa&radas #Aum Man! 7adme Hum# Esta *, po!s, a or!&em do nome um6Bum, 6 M! Ima&ens 2omos andando em d!re'(o ao tempo, mu!to "ur!osos em %er e obser%ar tudo O tempo * todo bran"o e tem o te4ado dourado Na "pua do tempo 4á uma p!ntura representando do!s enormes o4os "astan4os Os muros eter!ores s(o !nte!ramente p!ntados "om 0!&uras de deuses ama$stas Ao ado das 0!&uras s(o p!ntados tamb*m os 0amosos #Mandaas# No t!mo andar, na parte eter!or, %36se a estátua de pedra representando Dor)e C4an&, o Absouto 7assamos peo pát!o "entra, atra%essamos um %est$buo e sa$mos num parque sombreado de ár%ores "opadas A!, passea%am em s!3n"!o, re1ando seus rosár!os de "ora, %ár!os amas usando a "áss!"a to&a amarea Cont!nuamos andando, passamos peos amas e entramos num sa(o
&rand!oso e sombr!o No 0undo %!mos no%e portas de "obre "om o s!nete do Daa! +ama Em "ada etrem!dade do sa(o, %!mos on&as "$taras, suportadas por dra&>es de por"eana a1u No ado oeste 4a%!a uma mesa de o0erendas Era de *bano e áp!s6a1! Sobre ea, )arr>es de ouro e prata, "4e!os de 0ores !s!tamos setenta e tr3s "apeas, "ada qua ma!s !nda que a outra 7!erre Yu!en, no seu a0( de arque?o&o, "op!ou %e4as !ns"r!'>es e s$mboos ar"a!"os A ma!s bon!ta "apea * a de Ma!trea, o Buda do 0uturo, o Sen4or da Compa!(o 2omos se&u!ndo, na nossa %!s!ta 7assamos pea "ea dos erm!t(es, depo!s por um ampo %est$buo, !um!nado por "andee!ros de prata em 0orma de ?tus A! esta%am as estátuas em taman4o natura, dos amas "4e0es de um Bum, )á 0ae"!dos D!ante de "ada uma, um re!"ár!o de ouro !n"rustado de pedras pre"!osas, "ontendo as suas "!n1as Ma pod$amos "onter nossa "ur!os!dade em %er a ár%ore m!a&rosa de um Bum Nos reatos de sua )ornada ao T!bete, os padres 0ran"eses Hu" e Gabet, a0!rmam ter !do as paa%ras #Aum Man! 7adme Hum# nas 0o4as e nos tron"os das ár%ores Ins!stem sobre o 0ato de que as etras, em %!as de 0orma'(o, apare"!am tamb*m nas 0o4as no%as e deba!o da "as"a da ár%ore A des"r!'(o dos re%erendos abades 0ran"eses do s*"uo I * reamente eata, 0o! o que "onstatamos o&o a se&u!r Atuamente esta ár%ore m!a&rosa está prote&!da por um C4orten ou re!"ár!o, aberto na parte de "!ma, de uns do1e a qu!n1e metros de atura As "r=n!"as ant!&as de um Bum d!1em que esta ár%ore permane"e !naterá%e quer se)a !n%erno ou %er(o e que o nmero das 0o4as * sempre o mesmo O C4orten, aberto em "!ma para que penetre a u1 do so, ee%a6se em me!o a um pequeno tempo "om te4ado dourado Em 0rente a este tempo "res"e um rebento da ár%ore m!a&rosa, rodeada por uma &rade de made!ra p!ntada de bran"o ma outra muda ma!or, or!&!nada da ár%ore m!a&rosa que está dentro do re!"ár!o, 0o! transpantada para um pequeno )ard!m que pre"ede o tempo !nterno Os amas re"o4em as 0o4as "a$das destas duas ár%ores, para d!str!bu$6as entre os %!s!tantes Cada um de n?s &an4ou uma destas 0o4as Nea %!mos &ra%ados os s$mboos mas"u!no e 0em!n!no do Cosmos, )untamente "om o restante da 0?rmua sa&radaF #Aum Man! 7adme HumU# Soubemos ent(o que as se!s s$abas desta 0?rmua "orrespondem @s se!s "asses de seres "ons"!entes e est(o rea"!onadas "om as "ores m$st!"as #Aum# "orresponde ao bran"o e rea"!ona6se "om os deuses -#+4a#/ #Ma# "orresponde ao a1u e rea"!ona6se "om os n(o6deuses -#+4ama6!n#/ #N!# "orresponde ao amareo e rea"!ona6se "om o ser 4umano -m!/ e tamb*m "om o s$mboo dos pr!n"$p!os mas"u!no e 0em!n!no do Cosmos, o #K!n Kan
#7ad# "orresponde ao %erde e rea"!ona6se "om os an!ma!s -#tud=#/ #Me# "orresponde ao %erme4o e rea"!ona6se "om os n(o64umanos ou eementa!s #Hum# representa a aus3n"!a de "or, o ne&ro, e rea"!ona6se "om os que so0rem no pur&at?r!o D!1em os amas que a re"!ta'(o desta #Aum Man! 7adme HumU pode !berar do renas"!mento em quaquer dos se!s re!nos O4amos atentamente aquea 0o4a m!a&rosa e a &uardamos "omo pre"!osa re$qu!a Ap?s andarmos mu!to peo parque, %endo uma "o!sa e outra, de!amos os amas de um Bum entre&ues @s suas med!ta'>es e %otamos @ 4ospedar!a
A c$ra pela# era# e per*$me# Naquea no!te adoe"! de repente T!%e 4á tempos uma 0ebre pern!"!osa, mas n(o de! aten'(o Ser!a a mesma 0ebre que me a"omet!a de no%o 7asse! o d!a !nd!sposta e 0ebr! Ma4!ma su&er!u que "4amássemos um m*d!"o Mas a1! a"4ou me4or e%ar6me para "onsutar o m*d!"o6ama do moste!ro de um Bum E ass!m 0omos at* á Ep!"amos a um no%!'o o mot!%o da nossa %!nda e ee nos e%ou a um pát!o !nterno, que n(o t$n4amos %!sto anter!ormente por o"as!(o de nossa %!s!ta Neste pát!o esta%am as #&arbas# ou "eas dos m*d!"os do tempo O no%!'o parou )unto a uma deas e entramos Era uma "ea pequena, !um!nada por um "andee!ro a ?eo !mos nas paredes !nmeros 0e!es de er%as se"as e um aroma mu!to a&radá%e desprend!a6se deas Sentando no "4(o, "om as pernas "ru1adas esta%a um rapa1!n4o de uns %!nte anos, %est!do "om a to&a "er!"a amarea Seu rosto era ma&ro, de epress(o s*r!a e na sua "abe'a raspada %!mos as sete "!"atr!1es do r!tua m$st!"o Ee pare"!a er um &rande !%ro de "apa de made!ra O no%!'o 0aou64e em %o1 ba!a O rapa1 o4ou6nos atentamente e 0e1 um s!na para que nos sentássemos perto dee Com a m(o d!re!ta o )o%em ama tra'ou no ar s!na!s estran4os, "omo se 0!1esse um apeo @s 0or'as !n%!s$%e!s Ap!"ou o ou%!do d!re!to @ m!n4a m(o esquerda, tomando ass!m o meu puso @ moda "4!nesa, !sto *, obser%ou meus . pusos, @ d!re!ta e _ @ esquerda Consta que "ada um dees "orresponde @ at!%!dade 4!per, 4!po ou norma dos ?r&(os !nternos 2!"ou qu!eto a&uns m!nutos Depo!s 0aouF 6 Es"uta e "r3, po!s o que te d!re! * a pura %erdadeF a doen'a que tens n(o * &ra%e Apenas um desequ!$br!o entre o pos!t!%o e o ne&at!%o ou #K!n e Kan Aman4( estará "urada T!%e um sorr!so !n"r*duo, mas 0!que! em s!3n"!o O ama que!mou um pun4ado de er%as per0umadas num brase!ro Mandou que eu asp!rasse pro0undamente o aroma das er%as Ass!m 0!1 6 Este * o seu per0ume6rem*d!o 6 d!sse ee Aqu! no tempo, tratamos os doentes peo pro"esso da Osmoterap!a e A"upuntura
Sabemos que "ada pessoa está em %!bra'(o "om "ertas pantas que, por sua %e1, est(o !n0uen"!adas peos astros 7eo 0ormato do seu rosto se! que nas"eu no m3s de ma!o, sob a !n0u3n"!a dos panetas 3nus e Saturno e as pantas que %(o "urá6a s(o estas, "u)o aroma a"aba de asp!rar Aman4(, )á n(o terá ma!s 0ebre Mas, "omo seu 0$&ado está !n0amado, * pre"!so %otar aqu! aman4( para 0a1er uma ap!"a'(o de A"upuntura Term!nada a "onsuta, de!amos o tempo e %otamos @ 4ospedar!a De no!te p!ore! mu!to Yá esta%a des"rente da med!"!na dos amas, quando aos pou"os sent! a$%!o A 0ebre 0o! ba!ando e o&o um &rande bem6estar !n%ad!u todo o meu "orpo Sent! uma do"e sono3n"!a e adorme"! No d!a se&u!nte, quando a"orde!, o so )á !a ato Sent!a6me "ompetamente bem Meu "orpo esta%a e%e e o "*rebro ma!s "!do 6 Bend!tas er%as t!betanasU 6 murmure! "ontente e sate! da "ama ae&re "omo um pássaro Ma4!ma entrou no quarto e sorr!uF 6 Yá se! que está "uradaU 6 Reamente, estou mu!to bem A"4o que nem pre"!so %otar a "onsutar o m*d!"o6ama 6 É me4or %otarmos, n(o se)a !n&rataU 6 Como será o tratamento que ee quer me ap!"ar 6 S(o e%es p!"adas "om a&u4as de ouro e prata, em "ertos "entros %!ta!s que ees "4amam de mer!d!anos 6 retru"ou Ma4!ma 6 Como 6 !nda&ue! "om medo 6 CamaU O tratamento * !ndoor, porque antes de "oo"ar a a&u4a o ama anestes!a o o"a "om o su"o de pantas espe"!a!s Ma!s tarde a1! ep!"ou a&o sobre o se&redo das a&u4as de ouro e de prata 6 A a"upuntura * um m*todo terap3ut!"o mu!to ant!&o Reequ!!bra nosso or&an!smo de um modo ráp!do e e0!"a1 A*m do ar, u1 e "om!da nosso "orpo absor%e %!bra'>es ma!s atas do Cosmos, espe"!amente a ener&!a eetroma&n*t!"a !, "aptada atra%*s de %ár!os pontos de press(o Esses pontos, o"a!1ados pro0undamente na pee, t3m estrutura em esp!ra e determ!nam os "ana!s ou mer!d!anos, que transm!tem essa ener&!a eetroma&n*t!"a atra%*s do "orpo Nos or&an!smos saudá%e!s e!ste uma !%re e des!mped!da "!r"ua'(o de #!#, 0or'a ma&n*t!"a %!ta, de ?r&(o para ?r&(o, atra%*s dos mer!d!anos A e!st3n"!a destes mer!d!anos e sua rea'(o "om os pontos de press(o s(o "on4e"!dos pea med!"!na or!enta 4á m!4ares de anos Con4e"endo os pontos "ertos, onde se possa pro%o"ar uma ass!m!a'(o ou tro"a de ener&!a, "onse&u!remos rap!damente restabee"er o 0uo ener&*t!"o ou a sade, quando a&um ?r&(o n(o est!%er norma Eu ou%!a !nteressada aquea "ur!osa ep!"a'(o Ap?s uma bre%e pausa, a1! prosse&u!uF 6 Zuando um ?r&(o 0un"!ona ma, os pontos ao on&o de seu mer!d!ano "orrespondente 0!"a door!do e enr!)e"!do antes mesmo que o ?r&(o se man!0este A rede de mer!d!anos, que se ram!0!"a o&o aba!o da pee, * na
%erdade parte !nte&rante do me"an!smo de "ontroe e dos me!os de de0esa que re&em o "orpo Os m*d!"os or!enta!s "oo"am nestes pontos as suas a&u4as de ouro e de prata De!am6nas 0!"ar espetadas na pee a&um tempo at* que eas 0!quem moes e 0á"e!s de serem ret!radas Isto * o s!na de que o ?r&(o )á está equ!!brado samos tamb*m aqu! no T!bete, um m*todo de massa&em terap3ut!"a "4amado #Tau6Na# É uma massa&em !%re, 0e!ta nos mer!d!anos que est(o door!dos Do #Tau6na# or!&!nou6se o #Do !n#, um m*todo de auto massa&em e"eente, mu!to usado no Yap(o Tendo os mesmos pr!n"$p!os da A"upuntura, "ostuma ser "4amada #massa&em a"upuntura# Seu uso, no Or!ente, perde6se na no!te dos tempos 2!que! "ontente ao ou%!r estas paa%ras, e quando part! para o tempo de um Bum, esta%a ma!s "on0!ante O m*d!"o6ama pr!me!ro es"utou os meus pusos, ta "omo da %e1 anter!or Depo!s, abr!u um esto)o de seda onde a!n4a%am6se !nmeras a&u4as on&as e 0!nas Eram de ouro e de prata E "ome'ou a espetar as a&u4as em "ertos pontos do meu "orpo 7r!me!ro uma na testa, bem entre os o4os 7ara me a"amar, d!sse o ama Em se&u!da "oo"ou duas a&u4as de ouro nos dedos &randes dos meus p*s Outras no torno1eo, no me!o da perna e na "ur%a do )oe4o No ato da "abe'a tamb*m espetou uma a&u4a on&a e 0!na e nos dedos das m!n4as m(os A&umas doeram, mas 0o! uma dor per0e!tamente suportá%e 7or a&um tempo 0!que! "om as a&u4as espetadas no "orpo 2u! me sent!ndo e%e, "ontente, "omo est!%esse 0utuando num "*u sem nu%ens 2!que! sabendo que os meta!s bran"os "omo a prata, o a'o e a pat!na, eer"em uma a'(o sedat!%a nos pa"!ente O ouro, ao "ontrár!o, tem uma a'(o est!muante O ama eper!menta%a para %er se as a&u4as )á esta%am 0!"ando moes A&umas sa$ram "om 0a"!!dade, outras permane"eram 0!rmes 6 Esperemos 6 d!sse ee 6 o ?r&(o a!nda está tenso 7ou"o a pou"o as a&u4as 0oram sa!ndo sem nen4uma d!0!"udade Ee as ret!ra%a de!"adamente, sem me ma"4u"ar Sent!6me repousada, bem d!sposta e 0e!1 6 Sua rea'(o * mu!to boa 6 d!sse o ama 6 a pequen!na !rm( )á está "urada Tome um "4á destas er%as e n(o sent!rá ma!s nada A&rade"emos ao m*d!"o6ama e apro%e!tamos para per&untar a&o sobre as pantas "urat!%as do T!bete Os m*d!"os amas t!betanos "ons!deram "ada panta "omo uma estrea terrestre Est(o em rea'(o "om os astros Suas propr!edades "eestes est(o em rea'(o "om as p*taas e as 0ores As propr!edades terrestres est(o nas 0o4as e nos "aues Na Med!"!na as pantas podem ser empre&adas %erdes ou se"as A panta %erde * me4or 6 Mu!tas pessoas no O"!dente 6 0ae! 6 &ostam de se tratar "om er%as 7oder!a !nd!"ar a&umas pantas med!"!na!s e seu uso apropr!ado 6 A ma!or!a das nossas er%as s(o des"on4e"!das no O"!dente 6 respondeu o m*d!"o6ama 6 mas, posso !nd!"ar64e a&umas, "om seus nomes at!nos Ass!m temosF
7o&onum 7ers!"ar!a para "urar "eras e 0er!das Menta 7oe&!um, para a amenorr*!a uter!na Bo""om!a Cordata, para p!"adas de !nsetos +!!um T!&r!num, para as dores o%ar!anas 7o&onu, B!storta "ura d!senter!a Todas estas pantas podem ser en"ontradas no O"!dente "om 0a"!!dade Temos a!nda a ra!1 de &en&!bre, boa para o est=ma&o e o 0$&ado, usada em 0orma de "4á, ap?s as re0e!'>es Tamb*m o "4á de 0o4as de pesse&ue!ro e a "as"a do sa&ue!ro s(o mu!to boas para "urar as 4emorra&!as "omuns na menopausa E "omo re"onst!tu!nte &era temos a ra!1 de #G!nsen da Core!a, "ons!derada na ant!&a C4!na "omo a panta da !morta!dade 2o! usada por mu!tos !mperadores "4!neses "omo t=n!"o a0rod!s$a"o O G!nsen& ton!0!"a n(o s? os ?r&(os seua!s "omo o or&an!smo em &era Ao desped!rmo6nos o m*d!"o6ama !n0ormou que da! a do!s d!as, o tempo 0este)ar!a o nas"!mento de S!darta Gautama, o Buda e "on%!dou6nos para ass!st!r @ 0esta 2!"amos "ontentes "om ma!s aquea oportun!dade de obser%ar os "ostumes t!betanos VVVVVVVVVVVVVVVV 6 Soube do endere'o de um ad!%!n4o, que possu! um m!ster!oso !%ro má&!"o amos %!s!tá6o 4o)e Esta su&est(o %!n4a do Dr essantára, e 0o! o&o apro%ada por todos Era uma man4( es"ura, 0r!a e %entosa, mas sa$mos ass!m mesmo, "ur!osos e ae&res Depo!s de mu!to andar por um %ae deserto, "er"ado de serras abruptas, "4e&amos @ erm!da do ad!%!n4o Era toda de pedra bran"a, pequena e a"o4edora O ad!%!n4o esta%a sentado sobre uma este!ra de bambu atend!do por do!s d!s"$puos Era um %e4o mu!to 0ormoso sa%a uma tan&a de a&od(o bran"o e um manto tamb*m de a&od(o bran"o, "a$a64e 0o&adamente peas "ostas A "abe'a era raspada, nar!1 aqu!!no, en"!mado por um par de o4os, "astan4os e a"erados "omo os de uma serpente Seu rosto t!n4a uma "ur!osa epress(o de sabedor!a e autodom$n!o O ama a1! ep!"ou64e o mot!%o da nossa %!s!ta Ee sorr!u e mandou que sentássemos no "4(o, perto dee m dos d!s"$puos troue64e um !%ro en%oto numa e"4arpe de seda amarea Era o 0amoso !%ro má&!"o sobre o qua essantára ou%!ra 0aar O !%ro, ret!rada a e"4arpe, t!n4a um outro en%ot?r!o de !n4o bran"o 7are"!a um manus"r!to s!mpes, "omo mu!tos dos que )á t$n4amos %!sto no T!bete As 0o4as eram de per&am!n4o e neas %!am6se &ra%ados estran4os "ara"teres 7are"!a um !%ro %e4o, amareado, "om as etras douradas me!o apa&adas peos anos e o "onstante manuse!o O an"!(o "oo"ou o !%ro no "oo do Dr essantára D!sse64e que pe&asse no "ord(o de seda %erme4a do re&!stro e o passasse ao a"aso entre duas 0o4as, abr!ndo6as o&o naquee u&ar Ee ass!m 0e1 Ent(o, o ad!%!n4o "ome'ou a er o que esta%a mar"ado E 0aouF
6 Zuando meu 4onorá%e 4?spede nas"eu, a +ua esta%a em "on)un'(o "om Mer"r!o no s!&no do B0ao, mas o so do seu nas"!mento esta%a "oo"ado no ano do Ca%ao E se&u!ram6se deta4es sobre a !n0Jn"!a e a mo"!dade de esssantára Seus estudos m*d!"os num pa$s d!stante da sua terra nata, seu "asamento "om Ma4!ma e mu!tas outras pre%!s>es que resutaram ser "ertas Com!&o, "om Ma4!ma e "om 7!erre as ad!%!n4a'>es tamb*m 0oram "orretas E por on&o tempo o ad!%!n4o 0aou sobre nossos dest!nos Re%eou nomes de parentes e am!&os que esta%am no Bras!, pre%!u d!%ersos 0atos !nteressantes para todos n?s e term!nou d!1endoF 6 Esque"e os erros do passadoU O remorso * uma 0orma de presun'(o 7or ma!s on&e que possamos bus"ar na no!te das !dades, * !mposs$%e des"obr!r a or!&em de um so0r!mento que n(o ten4a "ausa Esque"e6te do E e s3 um !nstrumento que seme!a a 7a1, a Sabedor!a e o Amor 2!que! perpea "om estas paa%ras que nos 0oram tradu1!das por a1! A0!na o ad!%!n4o "aou6se 2e"4ou os o4os e pare"eu a4e!o a tudo Empa!de"eu de repente e seu "orpo 0!"ou r$&!do Dr essantára qu!s to"ar nee, mas o&o um dos d!s"$puos 0aouF 6 N(o o toque, sen4orU O %enerá%e Mestre está a&ora em transe pro0undo Se o !nterrompermos podemos "ausar64e a&um ma Con%*m que se ret!rem, a "onsuta term!nouU +e%antamo6nos e sa$mos 7!erre qu!s de!ar a&um d!n4e!ro, mas os d!s"$puos re"usaramF 6 7or 0a%or d3 este d!n4e!ro aos pobresU E ass!m de!amos o m!ster!oso ad!%!n4o t!betano, entre&ue @s suas med!ta'>es, %otamos @ "!dade surpresos e en"antados "om seus poderes ad!%!n4at?r!os No d!a se&u!nte nos preparamos para ass!st!r @ 0esta do nas"!mento de Buda, no Tempo de um Bum Entarde"!a quando "4e&amos m ser%!'o re!&!oso )á "ome'ara no pát!o, em 0rente ao pa%!4(o "entra O ar esta%a pesado de !n"enso S!nos bat!am ae&remente Soaram tamb*m as on&as trombetas t!betanas ma "ompa"ta mut!d(o reun!a6se a! No "4(o, %!mos tra'ados os !nd!spensá%e!s "$r"uos má&!"os, desen4ados "apr!"4osamente "om p?s "oor!dos A ms!"a re!&!osa prosse&u!a enta e mon?tona Se&u!u6 se um r!to no qua o abade de um Bum que!mou um bone"o de "era "om 0!&ura 4umana Consta que neste bone"o os amas "on"entram os pe"ados da 4uman!dade e que!mando6o !mpam a aura de todos m tambor "ome'ou a soar r!tm!"amente Troueram uma estátua de bron1e representando um deus ama$sta de quatro "abe'as e o!to bra'os 6 7or que tantas "abe'as e tantos bra'os 6 per&unte! ao ama a1! E ee respondeuF 6 Estas quatro "aras o4am para os quatro pontos "ard!a!s, por*m todas perten"em a um s? "orpo do deus Como a"red!tamos que ee * on!presente, seus quatro rostos est(o %otados para as quatro d!re'>es Seus o!to bra'os re%eam sua on!pot3n"!a e seu "orpo nos epressa que * no, embora se
en"ontre em todos os u&ares, sem que nada possa es"apar a seus o4os, que tudo %eem, nem @s suas m(os )ust!"e!ras Nosso d!áo&o 0o! !nterromp!do por um &rupo de amas que "ome'aram a dan'ar em %ota da estátua do deus Eram "er"a de du1entos A dan'a era !&e!ra e 0as"!nante Ees sata%am e &r!ta%am, ao som dos tambores e das trombetas De repente "essaram a dan'a O &rupo se des0e1 No "entro do pát!o 0!"aram apenas sete amas Eram atos e !mponentes nas suas on&as tn!"as "or de aran)a m toque ma!s "aden"!ado dos tambores ad%ert!u que $amos ass!st!r a um r!to !mportante Obser%amos em s!3n"!o os amas dan'arem "om mo%!mentos entos e 4armon!osos 2!"aram ass!m a&uns m!nutos De repente deu6se um "ur!oso 0en=meno !mos 0ormar6se perto dos amas uma nu%em "!n1enta A nu%em 0o! se "ondensando aos pou"os, at* 0ormar a 0!&ura austera de um %e4o es&u!o e ereto Se&u!ram6se pamas dos ass!stentes as qua!s pare"!am a"amar a 0!&ura mater!a!1ada Ou%!mos ent(o a sauda'(o unJn!meF AumU AumU Era o som sa&rado pronun"!ado de um modo espe"!a Corresponde aos deuses e ao tr!Jn&uo super!or da Ko&a Consta que desperta as 0or'as !n%!s$%e!s do Cosmos Se!s mater!a!1a'>es su"ederam6se @ pr!me!ra em "urto espa'o de tempo essantára 0!mou o &rande espetá"uo Está%amos "on0usos Estar$amos mesmo %endo a mater!a!1a'(o de esp$r!tos, ou sendo %$t!mas de uma au"!na'(o "oet!%a A&um tempo depo!s "onstatamos a %era"!dade do 0ato O 0!me reprodu1!u eatamente o 0en=meno das mater!a!1a'>es Soubemos que estes estran4os seres 0u$d!"os, 0ormados peo e"topasma dos presentes, n(o eram esp$r!tos de &ente morta, mas s!m seres en"antados da Nature1a, os eementa!s que %!%em nos quatro eementosF terra, á&ua, 0o&o e ar S(o "4amados #K!dans# peos t!betanos, que os "ons!deram uma esp*"!e de d!%!ndades tuteares Os tambores to"aram "om ma!s 0or'a, @ med!da que !am se mater!a!1ando os #K!dans# !mos &!&antes, &nomos, !ndas mu4eres pequen!nas de as!n4as transparentes, de!"adas "ounetas de 0o&o, de onde sa$am saamandras, duendes e ond!nas Nossa emo'(o era tanta que ma pod$amos resp!rar O 0!me de essantára pro%ou6nos que n(o t$n4amos s!do 4!pnot!1ados Sem du%!da, nada * ma!s 0antást!"o do que a pr?pr!a rea!dade A "er!m=n!a term!nou quando os amas troueram a estátua de S!darta Gautama, a!nda men!no Esta%a sob um andor 0or!do e 0o! "oo"ado no me!o do pát!o, )unto a uma ba"!a de bron1e, suspensa num pedesta, onde 4a%!a "4á do"e Com uma "o4er de "abo "ompr!do, tamb*m de bron1e, os amas ban4aram a "abe'a da estátua, murmurando en!&mát!"as ora'>es 6 7or que 0a1em !sto 6 !nda&amos 6 D!1 a enda 6 respondeu a1! 6 que ban4ando a "abe'a do Buda men!no "om "4á do"e, nossa %!da tamb*m 0!"a do"e
A estátua era 0ormosa e de!"ada T!n4a as tr!nta e duas mar"as sa&radas que d!st!n&uem os Budas Entre estas desta"am6se as on&as ore4as, que es"utam sempre as ms!"as "eest!a!s a 0or de ?tus nas pamas das m(os e a "ru1 suást!"a, o ant!&o s$mboo bud!sta, nas pantas dos p*s D!1em que todo Daa! +ama tamb*m nas"e "om estas mar"as nas m(os e nos p*s 2ormou6se uma 0!a e "ada pessoa !n"!na%a6se d!ante da estátua e depo!s, pe&ando na "o4er de "abo "ompr!do en"4!a6a de "4á do"e e "om ee ban4a%a a "abe'a do Buda men!no, 0a1endo seus ped!dos Eram duas 4oras da madru&ada quando term!nou a 0esta Sa$mos do tempo ao som de um &rande b1!o, que um men!no sopra%a entamente A&umas man"4e!as de "e%ada, an'adas "om um &ra"!oso sorr!so e a"ompan4adas peo "anto !tr&!"o de #tas4! s4o&U# -que 4a)a prosper!dade/ ressoa%am nos nossos ou%!dos "om um som do"e e nostá&!"o
A Morte de $m Lama do C/ap+$ Amarelo 6 Se&u!mos 4o)e para Tas4!4umpo Sua ba&a&em )á está pronta 6 !nda&ou o ama a1! 6 2ata apenas 0e"4ar as maas 6 respond! N!sso, um 0orte dobrar de s!nos me assustou 6 e um obo* !n!"!ou uma meod!a mean"?!"a 6 Zue será !sto 6 !nda&ue! surpresa Apro!mamo6nos da )anea e o4amos a rua Ha%!a um "erto burbur!n4o entre o po%o 6 A&u*m morreuU 6 0aou a1! 6 ou sa!r e saber quem 0o! Momentos depo!s %otou d!1endoF 6 O +ama S!t4ar morreu de repenteU 6 Zuem * ee 6 m dos Budas !%os de Gan&ts* 6 Zue penaU 6 e"ame! num !mpuso 6 N(o amente, pequen!na !rm( Sabemos que a morte * pura !us(o A %!da "ont!nua em outros panos, po!s a ama * !morta 6 S!m, * %erdade 6 "on"orde!, en%er&on4ada por ter esque"!do Nun"a de%emos amentar os que partem para a*m da %!da 6 E a*m do so0r!mento 6 "ompetou a1! 6 Gostar!a de ass!st!r ao enterro deste ama 6 Aqu! no T!bete 6 d!sse a1! 6 n(o enterramos n!n&u*m ta "omo * "ostume no o"!dente Como temos mu!ta made!ra, que!mamos os "adá%eres Somente nas re&!>es do "entro e do Norte, onde o n!"o "ombust$%e * o ester"o do &ado, * que o po%o abandona os mortos aos "or%os, em u&ares dest!nados a !sso Zuanto aos &randes amas, em &era s(o embasamados por um pro"esso dupoF sa &rosso e "o1!mento em mante!&a de !aque Estas mm!as "4amam6se #mardon Geramente s(o en"erradas numa &rande "a!a de prata, ornada de pedras pre"!osas e &uardadas nas "a%ernas dos tempos, ou em a&um u&ar se&uro As 0a"es s(o p!ntadas de dourado e o
"orpo en%oto em to&as de &aa Nestas "a!as 4á um %!sor de "r!sta, "oo"ado na atura da "abe'a do morto E ass!m, em a&uns d!as espe"!a!s, o po%o pode %er estas mm!as sa&radas Soubemos ent(o que &eramente quando o mor!bundo sota o t!mo susp!ro, os parentes %estem6no "om roupas ao "ontrár!o, !sto *, a parte da 0rente do tra)e, %est!da para trásP o&o amarram o "orpo na pos!'(o do Buda, "om as pernas "ru1adas, ou ent(o "om os )oe4os dobrados, to"ando o pe!to Depo!s, "oo"am o "orpo num &rande "ade!r(o Ma!s tarde ret!ram o "orpo E aquee mesmo "ade!r(o * a%ado sem &randes "u!dados e nee preparam "4á ou uma sopa que * d!str!bu$da aos que ass!stem ao 0unera Soubemos a!nda que o enterro de uma pessoa "omum demora mu!tos d!as Cer"a de sete ou o!to Enquanto !sto, os amas s(o "4amados para re1ar e a"onse4ar o morto a que n(o se s!nta aturd!do no outro mundo Nesta o"as!(o s(o !dos tre"4os de um !%ro t!betano !nt!tuado #Tse 4das ! rman"4es t4o& &ranG#, !sto *, #Gu!a do Esp$r!to no A*m#F 6 # es"ute6me o"3 está morto, este)a "erto d!ssoU N(o tem ma!s nada a 0a1er aqu! A!mente6se bem pea t!ma %e1 o"3 tem uma on&a estrada a per"orrer e d!%ersas montan4as para "ru1ar Adqu!ra 0or'as e n(o %ote aqu! nun"a ma!s# As 0am$!as t!betanas que t3m me!os para pa&ar os amas o0!"!antes, repetem d!ar!amente os r!tos 0nebres, durante se!s semanas Depo!s d!sto, * 0e!ta uma !ma&em de pape "om uma e%e modura de %aras, onde s(o penduradas as roupas e perten"es do morto A&umas %e1es o retrato do morto * a! pre&ado Com mu!ta 0requ3n"!a usam uma 0o4a de pape )á pronta, 0orne"!da por um moste!ro Estas 0o4as de pape s(o de do!s modeosF uma "om a p!ntura de um 4omem e a outra "om a de uma mu4er O nome do morto * es"r!to sob a 0!&ura desen4ada ou p!ntada 2!namente o ama o0!"!ante que!ma a 0o4a de pape "om a e0$&!e da pessoa morta As roupas que %est!ram a e0$&!e s(o dadas ao ama, "omo parte dos 4onorár!os Depo!s desta !n"!nera'(o s!mb?!"a os a'os que a!nda !&a%am o morto a este mundo s(o "ons!derados des0e!tos Zuando os parentes "ome'am a son4ar mu!to "om o morto, pensam que ee está so0rendo e pre"!sa de au$!o Re"orrem ent(o aos amas ad!%!n4os Outros pre0erem as prát!"as esp$r!tas da ant!&a re!&!(o do pa$s, a se!ta dos #Bon pas# Ass!m "onsutam um m*d!um #pao# que empresta seu "orpo ao morto e 0aa por ee As sess>es esp$r!tas no T!bete s(o mu!to d!0erentes das que se 0a1em no o"!dente Geramente s(o 0e!tas durante o d!a e ao ar !%re Come'am "antando uma esp*"!e de #ponto# a"ompan4ado por um tambor e uma s!neta Depo!s o m*d!um "ome'a a dan'ar entamente Em se&u!da, "om passo ma!s ráp!do, ee "ome'a a &!rar depressa, a tremer "on%usamente Isto re%ea que o esp$r!to )á tomou "onta do "orpo Ent(o, 0!"a 0ren*t!"o e "anta "om %o1 entre"ortada D!1 ent(o o que o esp$r!to dese)a É mu!to d!0$"! "ompreender as paa%ras dos #paos# 7ara !nterpretá6as s(o
es"o4!dos os 4omens ma!s !nte!&entes do u&ar Durante a sess(o a"onte"e que d!0erentes esp$r!tos se apoderam, su"ess!%amente do m*d!um, @s %e1es o #pao#, !mpe!do por a&um esp$r!to, at!ra6se sobre um dos presentes e o "obre de pan"adas N!n&u*m o0ere"e res!st3n"!a a esta surra !nesperada O po%o !&norante !ma&!na que ea "on"orre para !%rá6os de 0uturos maes Nos r!tua!s #Bon pas# os esp$r!tos pedem o sa"r!0$"!o de um por"o ou de uma %a"a, para serem !bertados no astra !n0er!orF A 0am$!a 0a1 tudo o que ee pede E quando term!na a "er!m=n!a 0!"a a!%!ada, "rendo que a)udou mu!to ao parente desen"arnado Zuando se "on0!a a um ama o "u!dado de !bertar o esp$r!to, n(o 4á nen4um sa"r!0$"!o, po!s o bud!smo ama$sta pro$be o sa"r!0$"!o de an!ma!s Os amas !m!tam6se a re1ar e a que!mar sua e0$&!e p!ntada no pape, "on0orme des"re%emos ma!s a"!ma
Rito# de $m Enterro no Pa=# da# Nee# Durante todo o d!a ou%!mos os "Jnt!"os &ubres, po!s toda a "!dade de Gan&ts* "4ora%a a morte de seu Buda %!%o No d!a se&u!nte, na ter"e!ra 4ora da tarde 0omos ao moste!ro onde %!%era o ama m r!to se"reto !a ser "umpr!do ár!os amas de outros moste!ros %!s!ta%am o morto No parque do moste!ro da +u1 D!%!na esta%a o "orpo do de0unto ama, )á "u!dadosamente "o1!do em sa &rosso e mante!&a O de0unto usa%a apenas uma tan&a de a&od(o amareo, e o "orpo esta%a amarrado "om as pernas "ru1adas, na postura de Buda Em %ota do de0unto, %ár!os amas re"!ta%am suas pre"es Seu rosto esta%a "amo e sereno 7are"!a estar dorm!ndo Antes de morrer o +ama S!t4ar t!n4a !nd!"ado o "orpo onde sua ama !r!a 4ab!tar Trata%a6se de um men!no de o!to anos 0!4o de uma 0am$!a pobre de Gan&ts* A "r!an'a )á esta%a a! de%!damente a%ada e "u!dada peos amas Seu rosto m!do, de o4os amendoados, re0ete medo Os &on&os "ome'aram a soar 0orte, a"ompan4ados por s!nos e tambores O men!no te%e uma esp*"!e de estreme"!mento Os amas troueram6no para )unto do "adá%er De um brase!ro de prata sub!a a 0uma'a do sJndao e do !n"enso ma pro"!ss(o de amas a%an'a entamente, em d!re'(o ao esqu!0e Cu!dadosamente ees desamarraram os bra'os do morto Em se&u!da, "oo"aram o men!no sentado sobre os )oe4os do 0ae"!do, e tornaram a amarrar os bra'os m %*u de &a1e bran"a "obr!u os do!s Brus"amente "essaram os tambores, s!nos e &on&os A %o1 &ra%e de um ama pronun"!a paa%ras r!tua$st!"as Em se&u!da, "u!dadosamente desamarram no%amente os bra'os do morto Sb!to, um &r!to a&udo 0ere o ar Os amas "orrem para )unto do morto Ent(o, o men!no 0!"a em p*, sobre, os )oe4os do morto E "ome'a a 0aar "om %o1 de 4omem Numa at!tude de absouta autor!dade ee d!1F
6 Sou eu, o +ama S!t4arU Des"! de onde est!%e repousando e %!m 4ab!tar no%amente entre %?s Meus amados d!s"$puos, neste no%o "orpo "ont!nuare! m!n4a m!ss(o na terra at* term!ná6a A epress(o !n0ant! do rosto do men!no t!n4a desapare"!do Em %e1 dea %!mos uma ener&!a esp!r!tua em seu rosto, e uma pro0unda sabedor!a sa!ndo de sua bo"a, numa %o1 de 4omem Os amas "oo"aram d!ante dee %ár!as ta'as de "4á, m!sturando6as, !nten"!onamente "om os ob)etos que t!n4am perten"!do ao ama S!t4ar !mos que o men!no, ao ser so!"!tado peo abade, es"o4eu rap!damente os ob)etos sa&rados, d!1endoF 6 Esta * a m!n4a ta'aU Este * o meu "4ap*u e aquee * o meu pun4a má&!"oU Todos se !n"!naram sat!s0e!tos e 4omena&earam o no%o Buda !%o O men!no aben'oou a todos e d!sseF 6 7ossu!r a sabedor!a que des"obre em tudo os eementos de que as "o!sas s(o "ompostas, ass!m * o !n0!n!to possu!r a sabedor!a que d!ss!pa a !us(o da rea!dade durá%e das 0ormas e da persona!dade * !nd!spensá%e para que se)am e0!"a1es @ "ompa!(o Se! que em m!n4as %!das anter!ores possu$ mu!tos dons, mas n(o os use! totamente Esta sabedor!a eu n(o posso ens!ná6a E e!s o que reso%! 0a1er ou en"errar6me na m!n4a "ea durante tr3s anos, tr3s meses e tr3s d!as Se durante este per$odo "onqu!star a sabedor!a que dese)o, %otare! para dá6a @quees que est(o preparados Caso n(o "ons!&a a m!n4a meta, "ont!nuare! re"uso por tempo !nde0!n!do É para obter este "on4e"!mento da sabedor!a un!%ersa que %ote!U A a&!ta'(o entre os presentes era etrema, Todos quer!am %enerar o Mestre que %otara do a*m, Mas de repente o men!no desma!ou Os amas "orreram e de!taram6no sobre amo0ad>es de seda 7ou"o a pou"o ee %otou a s! e o4ou "om espanto para os que o rodea%am, 6 Sente6se me4or, 7re"!oso +ama N(o se! quem sou pare"e que adorme"! e t!%e um son4o 6 É pre"!so des"ansar, sen4orU 6 0aou o abade A"4a que pode andar Se !sto o 0ad!&a poderemos e%á6o no "oo 6 Estou bem um pou"o 0ra"o, mas posso andar E o men!no e%antou6se, e sa!u a"ompan4ado peo abade Antes de sa!r do parque, %otou6se e o4ou o "orpo do Buda !%o Em se&u!da ret!rou6se para o !nter!or do Moste!ro da +u1 D!%!na Os s!nos e os tambores re"ome'aram a to"ar E todos pare"!am ae&res e "ontentes O "adá%er 0o! a"omodado dentro do esqu!0e de prata e "arre&ado para uma saa subterrJnea do moste!ro Depo!s todos se ret!raram sorr!ndo 0e!1es porque o seu Buda t!n4a %otado A"4e! tudo !sto mu!to estran4o e n(o entend! o seu s!&n!0!"ado o"uto Mas a1! 0aou que estas transm!&ra'>es de amas s(o mu!to "omuns no T!bete Es"o4em uma pessoa que ten4a um Carma "urto, !sto * uma %!da "urta na terra m #ts!spa# ou astr?o&o e%anta o 4or?s"opo desta pessoa e des"obre "o!sas o"utas, !n"us!%e o d!a em que de%e morrer Ent(o, na *po"a "erta,
e%am o es"o4!do para )unto do Buda que %a! ressus"!tar e ee tro"a a sua ama "om a ama da pessoa Aquee que "edeu seu "orpo re"ebe o m*r!to de %!%er entre os 7uros de Esp$r!to
C-NCO Milarepa; Ermit:o; "eiticeiro e Poeta Nossa "ara%ana serpente!a por um estre!to "am!n4o, ao ado de um ab!smo pro0undo +o&o depo!s en"ontramos um bando de !aques se&u!dos por um "ampon3s Grandes e pesados, "om seus "4!0res &rossos e arqueados, os !aques andam entamente Os on&os peos "!n1entos e su)os pendem dos seus 0an"os, 0ormando um pesado manto que os prote&e do 0r!o Se&u!mos rumo a Tas4!4umpo, em nossa rota para a"an'ar +4assa, a "ap!ta do T!bete 7assamos por um u&are)o "4amado +aps"4e, onde 4á uma pequena #r!tod# ou erm!da de pedra bran"a, "entro de %enera'(o dos t!betanos Consta que á %!%eu o 0amoso santo t!betano M!arepa ou M!arespa, d!s"$puo do Guru Marpa que, por sua %e1 0o! d!s"$puo do &rande Mestre T!opa Há s*"uos a sombra destes tr3s as"etas pa!ra sobre o T!bete Os %ersos de M!arepa tamb*m "4amado M!arespa por usar a tan&a de a&od(o #respa#, a!nda 4o)e est(o na bo"a do po%o Sua %!da endár!a * das ma!s !nteressantes M!arepa 0o! uma das 0!&uras ma!s etraord!nár!as do T!bete 2e!t!"e!ro, erm!t(o, poeta, pro0eta, 0!?so0o e "r!m!noso, ama tumutuada, sempre an&ust!ado entre o bem e o ma A %!da de M!arepa nos * "ontada por seu d!s"$puo Re"4un&m num !%ro -./ que ap?s mu!tos s*"uos, n(o "essa de emo"!onar os t!betanos M!arepa ou M!arespa nas"eu numa 0am$!a abastada no ano de .
!nstrutor, erm!t(o, 0e!t!"e!ro e poeta Suas poes!as est(o reun!das no !%ro #As Centenas de M!4ares de Can'>es# Deste !%ro * o se&u!nte poemaF 7átr!a, "asa, "ampos paternos perten"em a um mundo sem rea!dade Zuem qu!ser que os %enere Eu, M!a, o erm!t(o %ou em bus"a da &rande !berta'(o esp!r!tuaU Conta6se que um d!a, quando M!a sa!u de sua &ruta em bus"a de um u&ar a!nda ma!s so!tár!o para med!tar, o pot!"4e de barro onde ee "o1!n4a%a urt!&as, "a!u e part!u6se em m! peda'os Ent(o, M!a sorr!u e "omp=s um poemaF Há pou"o eu t!n4a meu pot!"4e de barro, a&ora )á n(o o ten4o Consoo6me pensando na e! da !mperman3n"!a das "o!sas e das "r!aturas 7or !sso, "ont!nuare! med!tando so1!n4o O pot!"4e de barro que era meu n!"o tesouro, quando quebrou6se se trans0ormou num Mestre para m!m Esta !'(o da 0ata !mperman3n"!a das "o!sas, * uma &rande mara%!4aU 7re"!samente quando M!a "anta%a este poema, do!s "a'adores "4e&aram ao seu ret!ro 2!"aram surpresos ao %erem um ser 4umano naquee estado de !nan!'(o E per&untaram 6 De onde *s, erm!t(o E M!a respondeuF 6 Aos %ossos o4os pare'o um ser !mundo e m!será%e, mas sa!bam que n!n&u*m na terra * ma!s 0e!1 do que euU E sa!u "antando um outro poemaF # e o "or"e que * a m!n4a ama, %oa "omo o %ento# E ass!m de montan4a em montan4a, de &ruta em &ruta, M!arepa en%e4e"eu 0e!1 Sua morte 0o! mu!to "ur!osa D!1em que um 0amoso +ama, de nome Tsapua, o0ere"eu64e 4ospeda&em durante uma de suas andan'as Mas, !n%e)ando os &randes poderes má&!"os de M!arepa, mandou que sua "on"ub!na 0orne"esse ao erm!t(o uma "om!da en%enenada M!a aben'oou6a mesmo sabendo que ea era o !nstrumento do seu 0!m Antes de "omer, ee d!sse mansamenteF 6 Honorá%e !rm(, tentare! !bertá6a do Carma deste "r!me Sa!ba que esta "om!da en%enenada n(o me a0etar!a, se eu n(o t!%esse term!nado m!n4a m!ss(o na terra Mas, tranqu!!1a6te, n!n&u*m saberá que 0u! en%enenado Ent(o, M!arepa mandou um de seus d!s"$puos em bus"a do po%o de T!n&r! e Naaban que nee t!n4am 0* Durante %ár!os d!as M!a pre&ou sua doutr!na de 7a1 e Amor E d!1 a trad!'(o, que de repente, todos %!ram estran4os
s!na!s no "*u Term!nado o serm(o, M!arepa aben'oou a todos e 0aouF 6 M!n4a %!da e m!n4a !n0u3n"!a em "on%erter os outros, "4e&ou ao seu 0!m A&ora, de%o en0rentar a "onsequ3n"!a de ter nas"!do E %otou para sua &ruta na re&!(o de C4ubar +á "4e&ando, entrou em med!ta'(o pro0unda e morreu Todos "ompreenderam que M!arepa t!n4a part!do para o n!"o mundo rea, que t(o "ompetamente o absor%era Tudo !sto %e!o6me @ embran'a ao "ontempar a pequena "asa de pedra bran"a de +ap"4e, que d!1em ter s!do "onstru$da por ee, obede"endo @s ordens de seu Guru Marpa Há uma outra "asa tamb*m "onstru$da por M!a durante sua !n!"!a'(o em +4obra&, ao su do T!bete 7ea estrada "am!n4a%am tr3s "amponeses "antaroando uma "an'(o 6 Est(o "antando os poemas de M!arepaU 6 e"amou a1! No 4or!1onte, quase utrapassando as nu%ens, a*m dos ma)estosos Montes Gur!n&, e"oa%a a "an'(o dos "amponeses VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Este !%ro 0o! tradu1!do para o !n&3s peo +ama Daa Sampubs e o 7ro0 Eans ^ents, pub!"ado pea O0ord 7ress
O Segredo do >+ti; O ?omem da# Nee# O4ando os Montes Gur!n&, o ama a1! 0aouF 6 A*m daquees montes * que d!1em que 4ab!ta o K*t!, o m!ster!oso 4omem das ne%es 6 Mas !sto n(o * uma enda 6 !nda&ue! 6 Ta%e1 mas d!1em nossas trad!'>es que o K*t! * uma rem!n!s"3n"!a do &!&antes"o 4omem das "a%ernas, na !dade da pedra Consta que s(o seres que s? podem %!%er em u&ares &eados, desertos e !n?sp!tos [s %e1es, os K*t!s de!am estes u&ares e s(o %!stos rondando a&umas ade!as, tentando raptar mu4eres E qu!'á por !sto, a!nda "ont!nua e!st!ndo a ra'a deste abom!ná%e 4omem das ne%es 7!erre Yu!en es"uta%a atentamente Como arque?o&o, t!n4a pesqu!sado a e!st3n"!a do K*t! e esta%a mu!to !nteressado sobre este assunto 6 O estudo "!ent$0!"o do 4omem, na 4!st?r!a da "!%!!1a'(o 6 d!sse ee 6 "a"ua em "er"a de ;<< m! anos nosso apare"!mento sobre a terra E %er!0!"a um 0ato natura, at* 4o)e sem uma ep!"a'(o sat!s0at?r!aF o sato brus"o e en!&mát!"o que 4á na teor!a da e%ou'(o de Dar!n, %erdade!ra a"una entre o ma"a"o super!or e o 4omem !n0er!or Se reamente e!ste, o K*t! de%e ser o m!ster!oso eo entre o 4omem o ma"a"o 6 S!m * poss$%eU 6 e"amou o Dr essantára O ama a1! en"arando 7!erre, retru"ouF 6 Aqu! no T!bete a"red!tamos que e!ste na Cr!a'(o, entre o 4omem e o ma"a"o, um ser des"on4e"!do Ee n(o en"arna nem reen"arna na terra, mas s!m em outros panos do !n0!n!to Esse ser *, ao mesmo tempo, o
pr!me!ro 4omem e o t!mo ma"a"o, ou me4or o ma"a"o que de!ou de ser s$m!o para %est!r a roupa b!ops$qu!"a do 4omem, aterando sua anatom!a, sua e%ou'(o e seu ps!qu!smo D!1em nossos !%ros santos que o K*t! * um parente pr?!mo do 4omem, mas sua e%ou'(o se pro"essa 0ora da terra, ta%e1 no mundo subterrJneo de S4ambaa4 E !sto a 4uman!dade atua a!nda n(o pode "ompreender O d!áo&o 0o! !nterromp!do porque em se&u!da a%!stamos a "!dade de Tas4!4umpo Esta%a s!tuada numa pan$"!e se"a, rodeada de "o!nas Ao on&e, pou"o depo!s de Tas4!4umpo %!mos tamb*m a "!dade de Gobs4!, @s mar&ens do &rande r!o Raun& 7rosse&u!mos entamente at* que "4e&amos @ Tas4!4umpo, que 0!"a a uns ; metros de at!tude No "*u desta"a%a6se o per0! da enorme montan4a de No)!n an& San&, que se&undo a1! tem L:< metros Esta montan4a * "4e!a de endas 0abuosas e a tradu'(o de seu nome *F Nobre Gee!ra do G3n!o a1! n(o &ostou quando soube que $amos 0!"ar em Tas4!4umpo D!sse que a! era a re&!(o dos 0e!t!'os e que mora%am 0e!t!"e!ros 0amosos por seu poder d!ab?!"o A re&ra pr!n"!pa destes bruos * ter ?d!o de tudo e de todos os que n(o perten"em @ sua se!ta S(o 4omens e mu4eres de !nst!ntos ba!os, tre!nados para dom!nar ma&!"amente os dem=n!os Com seus poderes !n0erna!s pro%o"am mu!tos 0en=menos Nossa !nten'(o era 0!"ar pou"o tempo em Tas4!4umpo, apenas o ne"essár!os para reno%ar nossas pro%!s>es, 0errar os "a%aos e tomar um ban4o 7eo "am!n4o 0omos passando por a&umas pessoas, que nos o4aram estran4amente !mos a&umas mu4eres do "ampo, "om seus a%enta!s !strados e suas on&as sa!as 0ran1!das "or de %!n4o T!ra%am á&ua de um po'o 7aramos para 0oto&ra0á6as e uma deas deu @ Ma4!ma, uma 0or1!n4a s!%estre "4amada #0ada das de$"!as# Era amare!n4a e pare"!a uma mar&ar!da Obser%amos que as "asas na ma!or!a eram de pedra p!ntadas de bran"o +embra%am %e4a "onstru'>es dos tempos mon&?!"os de G4en&!s 4an O po%o era ma&ro, pare"!a tr!ste e ma nutr!do !mos peas ruas mu!tos "(es %ad!os, su)os e "4e!os de 0er!das 7aramos num aber&ue onde a "usto "onse&u!mos um u&ar para repousar Enquanto prosse&u!am os preparat!%os para "ont!nuarmos %!a&em, essantára, Ma4!ma e eu 0omos dar uma %ota pea "!dade
Magia Negra no Teto do M$ndo Sa$mos andando, em me!o ao po%o e a"an'amos a &rande pra'a do mer"ado A! o po%o tro"a pees por a!mentos, "ompra roupas te"!das "om peo de !aque, amuetos, ora'>es es"r!tas em pape de arro1, e!!res da on&a %!da !mos &arras de t!&re en"astoadas em prata, rosár!os de
sementes de #roudra"4# 6 uma ár%ore sa&rada da 5nd!a 6 $doos ta4ados em made!ra e pedra endo uma "o!sa e outra, 0omos nos a0astando do "entro D!stra$dos, entramos por um "am!n4o estre!to que "ondu1!a a um %ae "om %e&eta'(o e?t!"a Apa!onado por botJn!"a, o Dr essantára "ome'ou a eam!nar det!damente as pantas, ep!"ando a que 0am$!a perten"!am e para que ser%!am 2!"amos t(o d!stra$dos eam!nando as pantas que nem %!mos a tarde desapare"er aos pou"os E de repente )á era no!te ma "4u%a 0!na "ome'ou a "a!r O ar pare"eu en"4er6se de u!%os de obos A !mpress(o era de que as tre%as %!n4am n(o do ato, mas da pr?pr!a terra Retro"edemos sobre nossos passos, mas n(o "onse&u!mos en"ontrar o "am!n4o de %ota N(o t$n4amos nem uma anterna de boso, nada que !um!nasse o estre!to "am!n4o Cam!n4amos %a&arosamente sem saber por onde, utando "ontra um %ento 0orte que "ome'ou a soprar de repente Depo!s de %a&uear a&um tempo, %!mos por entre a neb!na uma &ruta ro"4osa Corremos para a &ruta e nos abr!&amos num "anto E se aquea &ruta 0osse o antro de um t!&re ou de outra 0era 6 !nda&ue! a m!m mesma, tremendo de medo 7er"ebendo meu ner%os!smo, o Dr essantára pronun"!ou um #mantra# num tom b!1arro +o&o sent!6me me4or Ent(o, essantára e Ma4!ma "ome'aram a "on%ersar sobre nossa pr?!ma "4e&ada @ +4assa Nossos panos para "on4e"er o Daa! +ama, %!s!tar o mara%!4oso paá"!o 7otaa E aquea "on%ersa 0o! me a"amando O tempo passou em re%oada, sem que o per"eb3ssemos Des"ansamos um pou"o re"ostados nas paredes da &ruta Zuando sa$mos de á a madru&ada )á !a ata O ar esta%a pesado e mo4ado de n*%oa, "omo os o4os depo!s do pranto ma ra)ada de %ento rompeu a "erra'(o noturna Se&u!mos andando pea mata Era um "am!n4o s!nuoso sap!"ado de %e4as ár%ores, que 0!nda%a numa en"ru1!4ada da mata 7erto %!mos um "asar(o "!n1ento me!o !um!nado Come'amos a ou%!r o som "aden"!ado de um tambor !n4a á de dentro 7aramos para es"utar eas pretas presas aos mour>es ard!am "om um odor a"re m rumor de %o1es mas"u!nas pare"!a anun"!ar a&um r!to estran4o +e%ados pea "ur!os!dade, rodeamos a "asa "auteosamente Eu esta%a "om medo, mas quer!a %er o que se passa%a á dentro Es"ondemo6 nos atrás de uma mo!ta e o4amos atra%*s da &rande )anea aberta !mos uma saa ampa e sombr!a A um "anto, um &rupo de mu4eres, sentadas no "4(o "om as pernas "ru1adas No me!o, um &rupo de 4omens ma6en"arados pare"!a esperar um s!na de a&u*m Sobre um atar %!mos uma estátua de bron1e representando uma esp*"!e de bode Era uma estátua s!n&uar A metade da e0$&!e era 4umana, da "!ntura at* o pes"o'o Mas a "abe'a e os p*s eram de um bode, "om &randes "4!0res re"ur%os p!ntados de preto Yunto da estátua esta%am "!n"o %e4os !mundos e de"r*p!tos Sobre a pee es"ura e u1!d!a, usa%am apenas um a%enta pare"endo 0e!to de ossos 4umanos, o que 0a1 parte da 0e!t!'ar!a t!betana Na "abe'a um &orro pontudo, 0e!to de pee preta Suas m(os "urtas e &rossas, bat!am r!tm!"amente em tambor!ns ornados de &u!1os Abr!u6se uma porta ao 0undo e entrou um ru!doso &rupo de 4omens e mu4eres
est!am on&as tn!"as %erme4as 2!1eram uma roda e "ome'aram a dan'ar 0renet!"amente Seus rostos esta%am "r!spados, o4os arre&aados e t!n4am as bo"as p!ntadas de roo Na m(o esquerda, a&!ta%am &randes más"aras dos dem=n!os C4! an& Em dado momento "oo"aram as más"aras no rosto 7are"!am possessos, dom!nados por entes d!ab?!"os 7or trás do atar sur&!u uma mu4er %est!da "om um manto ne&ro Era ata e es&u!a sa%a um estran4o penteado, em 0orma de "4!0res Ea entrou na dan'a m momento depo!s seu rosto moreno e 0ormoso, trans0!&urou6se numa epress(o de ?d!o Rodearam6na sete 4omens Eram atos e )o%ens e usa%am apenas o a%enta 0e!to de ossos Na m(o t!n4am uma "orneta Entraram no me!o da roda e se a)oe4aram, enquanto os outros "anta%am ma mu4er entre&ou a um dos %e4os uma "esta "om %eas %erme4as e pretas ma a uma ee as 0o! a"endendo e "oo"ando sobre a "abe'a dos rapa1es que esta%am a)oe4ados Com a ponta de um pun4a 0e1 uma e%e !n"!s(o no bra'o da mu4er que usa%a o manto ne&ro Em se&u!da, 0e1 outro "orte ma!s 0undo e o san&ue )orrou 2o! re"o4!do numa pequena t!&ea Mer&u4ando os dedos no san&ue 0res"o o %e4o 0e1 um &esto estran4o no ar e &r!tou uma !n%o"a'(o Hou%e uma pausa no r!tua Em se&u!da os 0e!t!"e!ros que!maram er%as num &rande brase!ro de bron1e A saa en"4eu6se de %apores espessos, pro)etando no ar !ma&ens 0antást!"as e 0u&a1es A&uns 0e!t!"e!ros tor"!am as m(os e os bra'os, a&!tados por espasmos "on%usos m 4omem abr!u um pesado reposte!ro %erme4o e %!mos sete bodes pretos amarrados num "anto Ees sotaram os bodes que "orreram pea saa 0a1endo um baru4o !n0erna A mu4er t!rou o manto %erme4o e apare"eu nua T!n4a um beo "orpo bron1eado O %e4o apro!mou6se e "ome'ou a untar64e o "orpo "om uma estran4a pasta "!n1enta Soubemos depo!s que esta pasta era 0e!ta de 0u!&em, &ordura e e"remento de bode 2!"amos parados "om no)o e 4orror Os bruos se&uraram os an!ma!s peos "4!0res e os "oo"aram no "entro da saa Em %ota dees um dos %e4os derramou um p? "!n1ento pare"endo p?%ora e ateou64e 0o&o m "ar(o o0us"ante !um!nou o amb!ente, ou%!mos um estrondo que pare"!a %!r do teto do "asar(o ma nu%em es"ura 0o! se "ondensando aos pou"os +entamente 0o! se mater!a!1ando um ser monstruoso Era um &!&ante peudo, "om quatro "abe'as e quatro bra'os 7ensamos que está%amos %endo au"!na'>es A %!s(o durou mu!to pou"o +o&o, em passos entos de dan'a, a mu4er nua apro!mou6se do tapete de pee de !aque De!tou6se de quatro, "om as pernas abertas Ent(o se&u!u6se uma "ena or&$a"a, a qua de!amos de des"re%er por ser de uma ba!e1a !ndes"r!t$%e O rep!que entre"ortado dos tambores preud!ou um som ensurde"edor 7are"!a que t!n4am ressus"!tado os %e4os dem=n!os t!betanos m 4omem &ordo, usando uma tan&a %erme4a "ome'ou a dan'ar A&!ta%a um "4o"a4o 0e!to de uma "a%e!ra e ornado "om en0e!tes de "obra De repente os tambores se a"amaram Com os rostos "on%us!onados %!mos
duas mu4eres "ambaearem 7are"!am possu$das peos dem=n!os As ma!s estran4as "enas "ome'aram a a"onte"er 7un4a!s e %eas %oa%am so1!n4os peo ar Em %ota da estátua do bode "oo"aram uma esp*"!e de torta, redonda e "4ata "omo um p(o árabe Todos se entre&aram a uma dan'a desen0reada e o r!tua pare"eu term!nar A "usto "onse&u!mos nos !bertar da 0or'a o"uta que nos prendera naquee u&ar Sent!mos um ardor estran4o no rosto Dentro em pou"o 0!"amos empoados "omo se t!%*ssemos s!do mord!dos por m! abe4as N(o sab$amos a que atr!bu!r ta!s s!ntomas Sa$mos apressadamente daquee u&ar d!ab?!"o e a&um tempo depo!s, "4e&amos ao mer"ado De á 0omos d!reto para o aber&ue, onde nossos "ompan4e!ros nos espera%am apreens!%os Ap?s ou%!r o reato da nossa a%entura o ama a1! 0aouF 6 Os quer!dos !rm(os est!%eram perto da erm!da do 0e!t!"e!ro Traun&, que %!%e nesta re&!(o Est(o sent!ndo o e0e!to da ma&!a que os bruos prat!"aram 6 Mas, que de%emos 0a1er 6 per&unte! ans!osa 6 ou preparar um ant$doto "om o su"o de umas er%as sa&radas que %endem no mer"ado Esperem6me aqu!U 7ou"o depo!s %ota%a tra1endo uma t!&ea de made!ra onde so"ara umas er%as %erdes e "4e!rosas 6 Es0re&uem !sto na pee enquanto 0a'o uma !n%o"a'(o aos Gu!as Esp!r!tua!sU Obede"emos Ass!m que o su"o das pantas penetra%a em nossa pee, o ardor e a %erme4!d(o 0oram desapare"endo "ompetamente Contentes "om o resutado, a&rade"emos a a1! e apressamo6nos em sa!r da "!dade Durante a )ornada 7!erre Yu!en narrou uma "ur!osa eper!3n"!a 0e!ta no mundo das bruas, por um 4omem erud!to, d!retor do Inst!tuto Aem(o de Etnoo&!a A 4!st?r!a * das ma!s "ur!osas e mere"e ser trans"r!taF A&uns anos antes da II Grande Guerra, o 7ro0essor ^!6Er!"4 7eu"Xer 6 um dos ma!ores "on4e"edores das endas europe!as te%e a surpresa de re"eber, entre sua numerosa "orrespond3n"!a, uma "arta da re%!sta amer!"ana #+!0e# 7ed!am que ee repet!sse suas eper!3n"!as na presen'a de um de seus rep?rteres O 7ro0essor 7eu"Xer n(o "onta%a "om este !nteresse dos amer!"anos En"ontrara num %e4o +!%ro de Bruas da Idade M*d!a, uma "ur!osa re"e!ta de 0e!t!'ar!a Te%e a pa"!3n"!a de eper!mentá6a sessenta, %e1es, "om resutados surpreendentes Com !sso espera%a pro%ar que nos ant!&os do"umentos de "rend!"es, 4á eementos %a!osos sobre a *po"a em quest(o Com as !nd!"a'>es en"ontradas neste m!ster!oso !%ro, o 7ro0essor 0abr!"ou uma pomada "!n1enta que t!n4a "omo eementos bás!"os, pantas %enenosas Zuase todas da 0am$!a das #soaná"eas# desta"ando6se o estram=n!o Obte%e ass!m, uma aut3nt!"a #pomada das bruas# 7ed!u a um ad%o&ado seu am!&o que o a"ompan4asse na eper!3n"!a 2e"4aram6se no &ab!nete de traba4o do pro0essor e usaram a pomada "omo manda%a a re"e!ta es"r!ta no ano de .;_ Em obed!3n"!a @ re"e!ta es0re&aram a
pomada na testa e nas a!as Sent!ram no pr!n"$p!o um e%e "ansa'o E este 0o! se apro0undando at* que "a$ram numa esp*"!e de ebr!edade 2!namente adorme"eram pro0undamente De"orr!das %!nte 4oras 6 a eper!3n"!a "ome'ara num d!a @ tarde 6 a"ordaram ao "a!r da no!te do d!a se&u!nte Sent!ram dores de "abe'a, bo"a se"a e a &ar&anta a arder, num estado !&ua ao que se obser%a depo!s de uma 0orte embr!a&ue1 a"o?!"a Sem tro"arem sequer uma paa%ra, o 7ro0essor e seu am!&o anotaram suas !mpress>es 0$s!"as e ps$qu!"as, seus son4os e suas %!s>es A "o!n"!d3n"!a dos apontamentos * surpreendente Ambos sent!ram que t!n4a 0e!to %oos 0antást!"os, en"ontrado entes 0abuosos, "om "aretas em %e1 de 0!s!onom!as Sent!ram a!nda que t!n4am part!"!pado de 0estas &rotes"as, "a$do em ab!smos, empreend!do "a%a&ada por uma re&!(o !n0erna 7ara ambos a a%entura term!nou "om son4os or&$a"os a"ompan4ados de %!s>es 4orrendas, de etraord!nár!a past!"!dade A surpresa 0o! a!nda ma!or quando se %er!0!"ou que seus reatos "orrespond!am, no seu "on)unto, e em %ár!os pormenores, @s "on0!ss>es arran"adas @s bruas peos a&o1es da Idade M*d!a O 7ro0essor 7eu"Xer "on"u!u, de sua eper!3n"!a, que estas pretensas bruas, á%!das de %!%3n"!as, usaram a pomada "omo estupe0a"!ente med!e%a Contra$ram, ass!m, o %$"!o do seu uso e, ma!s tarde, "on0und!ram os son4os "om a rea!dade ou 0oram 0or'adas por sup$"!os a "ontarem os seus son4os N(o * de adm!rar que os 4omens da Idade M*d!a a"red!tassem nestes reatos pormenor!1ados de "a%a&adas "om bruas, or&!as "om d!abos e o "*ebre #sabat# dos 0e!t!"e!ros Se&undo as pesqu!sas do 7ro0essor 7eu"Xer, pomadas deste &3nero )á eram "on4e"!das no Mar do Norte e no Bát!"o, 4á ma!s de sete"entos anos O pro0essor aem(o e%ou mu!to a s*r!o suas aná!ses "!ent$0!"as sobre as bruas, bem "omo os testes que 0e1 "om a pomada m!ster!osa Nos !%ros das bruas da Idade M*d!a, en"ontrou re"e!tas a!nda 4o)e usadas por mu!tas donas6de6"asa, "omo por eempoF o "4á de t$!a para a"amar e produ1!r o sonoP o "4á de 0o4a de p!tan&a para ba!ar a 0ebre, a "anea sassa0rás e a ab?bora danta, "ontra dores "!át!"as e ne%ra&!as O !ustre pro0essor eper!mentou tamb*m "ertos "onse4os má&!"os, ta!s "omo dar a um "(o um peda'o de p(o que este%e "oo"ado deba!o da a!a d!re!ta durante me!a 4ora D!1 o pro0essor que o "(o trans0orma6se no ma!s 0!e e ded!"ado am!&o e )ama!s abandona seu dono Conse&u!u a!nda pro%ar que a ma!or!a das re"e!tas má&!"as das bruas s(o re"e!tas !&ua!s @s dos &randes m*d!"os europeus dos tempos med!e%a!s A0!rma o pro0essor aem(o que pretende repet!r suas eper!3n"!as )untamente "om um &rupo de m*d!"os, qu$m!"os e ps!qu!atras aem(es, 0ran"eses e !ta!anos Depo!s ent(o pretende pub!"ar um #Manua das +endas#, uma obra em de1 %oumes, pro%ando o que outrora d!sse o sáb!o &re&o 7at(oF #Os m!tos s(o %e$"uos de &randes %erdades, d!&nas de serem estudadas e med!tadas# Este reato nos d!stra!u bastante durante a %!a&em e quando demos "onta, o
p!"o bran"o da montan4a de +4a)a&onaX )á t!n4a desapare"!do @ nossa d!re!ta e está%amos "4e&ando @ ade!a de D1ara Cont!nuamos "a%a&ando @s mar&ens do r!o Ruun& !mos um %ae que se abr!u de repente dando para a pan$"!e de Tatan& Esta bon!ta pan$"!e term!na%a aos p*s do a&o KamdroX, "om suas á&uas a1u6turquesa Entre n?s e as "amas á&uas a1u!s, esta%a a "!dade de Na&artse, "om seus !ndos #"4ortens# -re!"ár!os/ dourados, suas !nmeras bande!ras de pre"es tremuando ao %ento 7assamos peo "entro de Na&artse e prosse&u!mos %!a)ando rumo @ "!dade de S4!&atse A man4( esta%a "ara e 0r!a Mas de repente o "*u "ome'ou a 0!"ar "4e!o de nu%ens es"uras E uma "4u%a &rossa "ome'ou a "a!r En"ontramos uma "abana abandonada no me!o da estrada e a! nos abr!&amos Os "r!ados a"enderam uma pequena 0o&ue!ra para 0a1erem "4á e o 0o&o tamb*m nos aque"eu 7assamos o resto do d!a "on%ersando na "abana, enquanto a "4u%a "a$a 0orte 7ou"o a pou"o a no!te s!en"!osa e tr!ste des"eu sobre n?s
O Mi#t+rio da S$ce##:o do# Lama# Ap?s o )antar "on%ersamos sobre %ár!os assuntos, at* que "omentamos sobre o m!st*r!o da su"ess(o dos Daa! +amas Soubemos ent(o que o me"an!smo que pres!de a su"ess(o dos pont$0!"es t!betanos * n!"o no mundo O ama a1! ep!"ou que n(o se trata de uma su"ess(o 4ered!tár!a nem eet!%a Cada %e1 o Daa! +ama nas"e num outro "orpo * sempre a mesma ama que en"arna em d!0erentes "orpos O Daa! +ama tanto pode nas"er no se!o de 0am$!as r!"as "omo pobres N(o 4á pr!%!*&!os É uma esp*"!e de demo"ra"!a 0undada sobre bases popuares, e uma monarqu!a que repousa sobre bases metaps$qu!"as O pa! do qu!nto Daa! +ama era um 4um!de "ampon3s da ade!a de C4un& &e 2o! a part!r do s*"uo I que o me"an!smo da su"ess(o dos amas tomou 0orma de0!n!t!%a No T!bete "onsta que para a reen"arna'(o de "ertas pessoas * pre"!so um per$odo de quarenta e no%e d!as No "aso de um Daa! o per$odo pode ser mu!to ma!s on&o ou mu!to ma!s "urto 2requentemente a demora * de do!s anos Ap?s a morte de "ada Daa!, 0orma6se um "onse4o dos amas ma!s !mportantes do T!bete Estes "onsutam o orá"uo o0!"!a, "u)as respostas s(o mu!to !mportantes Este m*d!um6orá"uo res!de sempre no Moste!ro de Ne"4un& que 0!"a a uns se!s qu!=metros de +4assa, a "ap!ta do T!bete Zuando o Gu!a Esp!r!tua se man!0esta atra%*s do #pao# ou m*d!um6sa"erdote, os amas anotam as respostas e "ome'am as bus"as para en"ontrar o no%o Daa! O "aso do d*"!mo ter"e!ro Daa! 0o! mu!to !nteressante Isto o"orreu no ano de .< Conta6se que neste ano morreu o III Daa! Como de "ostume, os amas do 7otaa 0oram "onsutar " orá"uo de Ne"4un&, que re%eou o nome do pa! e da m(e da 0utura "r!an'a em "u)o "orpo a ama do ant!&o Daa! renas"er!a Depo!s o orá"uo mandou que o
Grande +ama Gu 0osse "ontempar as á&uas do a&o C4o Xor &em que s(o "omo um espe4o en"antado onde os amas podem %er os a"onte"!mentos 0uturos A á&ua deste a&o * $mp!da e de um a1u mu!to "aro, mas quando a&u*m "4e&a para "onsutá6as, uma e%e br!sa "ome'a a soprar e ent(o, as á&uas 0!"am bran"as No "entro do a&o 0orma6se um turb!4(o, uma nu%em se "ondensa por "!ma e o&o os "onsuentes per"ebem dentro do a&o, as !ma&ens que mostram os a"onte"!mentos 0uturos Zuando o Grande +ama Gu o4ou para as á&uas en"antadas n(o %!u nada A&um tempo depo!s, %!u uma "asa )unto a um pesse&ue!ro 0or!do Naquea no!te, em son4os o Grande +ama %!u uma )o%em mu4er tendo nos bra'os uma "r!an'a de uns do!s anos 7assados do!s anos o Grande +ama en"ontrou a "asa )unto ao pesse&ue!ro e re"on4e"eu a mu4er e a "r!an'a que %!ra em son4os O Grande +ama eam!nou a "r!an'a det!damente para %er se ea t!n4a os s!na!s "ara"ter$st!"os de todo +ama Re! 7ara ser um Daa! a "r!an'a tem que apresentar protuberJn"!as "arna!s nas "a%$"uas ou nas omopatas, as ore4as de%em ser ma!s on&as que as ore4as norma!s 6 o que * uma mar"a da sabedor!a 6 as pamas de suas m(os de%em ter &ra%adas uma pequena "ru1 suást!"a E todos estes s!na!s esta%am na "r!an'a Mas a!nda 0ata%am outras pro%as No me!o de d!0erentes ob)etos a "r!an'a de%!a es"o4er os ob)etos pessoa!s que t!n4am perten"!do ao t!mo Daa!F o #tren& a# ou rosáro o #n&a "4un ou tambor !tr&!"o a #tr! bu# ou s!neta o #dor )e# ou que!mador de !n"enso ma ta'a de "4á, e ass!m por d!ante 2o! s? depo!s da "r!an'a re"on4e"er todos os ob)etos e depo!s de que o orá"uo de Ne"4un&, ter "on0!rmado ser ee a reen"arna'(o do t!mo Daa!, * que a "r!an'a 0o! o0!"!amente de"arada o no%o +ama Re! Soubemos a!nda que a des"oberta do d*"!mo quarto Daa! 0o! bem d!0erente Em .LQ;, ap?s on1e anos de bus"as, o +ama Re&ente %!s!tou ma!s uma %e1 o a&o C4o Xor &e, na esperan'a de ter uma %!s(o de onde en"ontrar o no%o Daa! E nas á&uas do a&o o +ama %!u tr3s s$abasF #A a Ma# Em se&u!da, %!u um moste!ro de tr3s andares, en"!mado por uma "pua dourada !u tamb*m um "am!n4o que "ondu1!a a +este do moste!ro a uma "o!na em 0orma de pa&ode "4!n3s Em 0rente @ "o!na %!u uma "abana Esta %!s(o 0o! on&amente d!s"ut!da entre os te?o&os ma!s "ompetentes do T!bete C4e&aram @ "on"us(o de que a no%a en"arna'(o do Daa! t!n4a nas"!do em +4assa Ap?s "on0!rmarem !sso "om o orá"uo de Ne"4un&, !ntens!0!"aram as bus"as 2o! ent(o que a"onte"eu um m!a&re que os t!betanos embram at* 4o)e Esperando que 0!"asse pronto seu mauso*u de0!n!t!%o, a mm!a do ant!&o Daa! t!n4a s!do "oo"ada numa das saas do 7otaa, sentado num trono E ass!m m!4ares de pessoas que %!n4am @ +4assa pod!am render 4omena&em @quee que durante "!nquenta e quatro anos t!n4a s!do a en"arna'(o do deus A%aoX!taes%ara A"onte"eu %ár!as
%e1es que os &uardas en"ontra%am, pea man4(, a mm!a, que na sua pos!'(o norma o4a%a para o Su, %otada para o +este A teor!a de que o no%o Daa! t!n4a nas"!do a +este de +4assa, en"ontrou ass!m, ma!s "r*d!to N(o 4a%!a poss!b!!dade de que n!n&u*m mudasse a pos!'(o do "orpo, porque 4á uma mad!'(o para quem ousa to"ar na mm!a de um Daa!, sem a perm!ss(o do orá"uo de Ne"4un& E ass!m, na pr!ma%era de .LQ, o +ama Re&ente en"ontrou o moste!ro de tr3s andares, ded!"ado @ mem?r!a do sáb!o amapa e a "abana @ +este do moste!ro Antes de entrar na "abana o +ama Re&ente d!s0ar'ou6se de "ampon3s Ass!m que se apresentou @ porta da "abana %!u um men!no br!n"ando d!stra$do Ao %36o o &aroto "orreu ao seu en"ontro &r!tandoF 6 +amaU +amaU A 4!p?tese esta%a bem pr?!ma da "erte1a 2oram 0e!tas as pro%as de "ostume e o men!no sa!u6se mu!to bem Esta%a des"oberto o I Daa! +ama No d!a se&u!nte, de!amos a "abana perto do a&o KamdroX e prosse&u!mos %!a&em A "4u%a t!n4a passado "ompetamente e o "*u esta%a "aro e um!noso En%eredamos peo 7asso de aro6+4a e 0omos sub!ndo o %ae bordado de pen4as"os A&um tempo depo!s, @ d!re!ta do %ae %!mos uma &rande "ara%ana É d!0$"! des"re%er o espendor destas &randes "ara%anas or!enta!s, !deradas por r!"os mer"adores t!betanos, que ma!s pare"em sen4ores 0euda!s A pa!sa&em natura 0orma%a uma bon!ta modura para a "ara%ana Ao on&e, os p!"os &eados da &rande &ee!ra No)!n e ma!s a*m o p!"o de an& San& No)!n, re"obertos de ne%e Os r!"os mer"adores %est!dos "om on&as tn!"as de bro"ado "oor!do e "!nt!ante, ornados de )o!as, montados em soberbos "a%aos, "om suas espadas reu1!ndo ao so, eram sem d%!da, uma tentadora presa para os adr>es, que @s %e1es !n0estam as estradas desertas do T!bete [ med!da que a "ara%ana se apro!ma%a, obser%amos %ár!as sen4oras, uuosamente %est!das 7ara prote&erem a pee de!"ada do rosto, usa%am bon!tas más"aras de "ouro pr!morosamente p!ntadas Ho)e * %*spera do Ano No%o 6 d!sse a1! 6 Certamente esta "ara%ana %a! @ S4!&atse, tomar parte nos 0este)os popuares 6 Mas que d!a * 4o)e 6 !nda&ou 7!erre 6 Estamos na %*spera do d*"!mo qu!nto d!a do se&undo m3s, que aqu! "orresponde ao pr!me!ro d!a do ano 6 A4U E a1! prosse&u!uF 6 Durante sete d!as, sob o o4ar "ompa"ente dos +amas, o po%o "anta e dan'a peas ruas Em "ada "asa, a 0am$!a se rene para uma 0esta soene Os 4onorá%e!s !rm(os ter(o uma bea oportun!dade de ass!st!r @ entrada do Ano No%o no T!bete 6 Aqu! usam o "aendár!o unar 6 !nda&ue! 6 S!m, nosso "aendár!o * re&uado peos mo%!mentos da +ua Compreende do1e meses de %!nte e no%e ou tr!nta d!as Ao 0!na de um
per$odo de tr!nta meses, um no%o m3s * a"res"!do para "oordenar a dura'(o dos d!as "om o "!"o unar O Ano No%o t!betano tem !n$"!o na pr!me!ra +ua No%a, poster!or @ entrada do So no s!&no do Gao, que "orresponde apro!madamente ao s!&no de Aquár!o, no \od$a"o o"!denta Geramente "a! entre :. de )ane!ro e .L de 0e%ere!ro do "aendár!o &re&or!ano, usado no o"!dente 6 Zua * a or!&em do "aendár!o unar 6 !nda&ou 7!erre 6 D!1em uns que * or!undo da 5nd!a, outros da C4!na, mas o "erto * que o "aendár!o unar 0o! !ntrodu1!do no T!bete pea pr!n"esa "4!nesa ^on C4an&, que no ano _: antes de Cr!sto, "asou6se "om o nosso re! Sron& Tsan Gampo Se&undo o "aendár!o unar, o per$odo dos anos * d!%!d!do em "!"os de do1e a sessenta anos Cada ano * representado por um an!ma sa&rado do \od$a"o or!enta que s(oF Rato, B0ao, T!&re, +ebre, Dra&(o, Serpente, Ca%ao, Carne!ro, Ma"a"o, Gao, C(o e 7or"o Aqu! no T!bete os #Da ^a# ou meses n(o t3m um nome "omo no O"!dente S(o "4amados apenas pr!me!ro m3s, se&undo, et", e a paa%ra #Da ^a# pre"ede a todos, ta "omo em #Da ^a Tan& 7o# ou pr!me!ro m3s A semana * d!%!d!da em sete d!as ou #\a#, usando os nomes do So, +ua e outros panetas D!as 7aneta S$mboo Dom!n&o -N!ma/ So So Se&unda -Daa/ +ua +ua Cres"ente Ter'a -M!&mar/ Marte O4o %erme4o Zuarta -+a& pa/ Mer"r!o M(o em &esto m$st!"o Zu!nta -7ur bu/ Yp!ter m ra!o Seta -7a san/ 3nus ma 0!ta Sábado -7en ba/ Saturno Mo4o de 0eno Ass!m que a1! a"abou de 0aar, a%!stamos a "!dade de S4!&atse Nossa aten'(o se %otou para aquee "ur!oso a&omerado de "asas bran"as Ao on&e %!mos as á&uas do 0amoso r!o Tsan 7o, que * para os t!betanos o que o N!o * para os e&$p"!os Este r!o nas"e em as4m!r no norte da $nd!a, atra%essa o T!bete num "urso de "er"a de m! qu!n4entos e "!nquenta qu!=metros, passa atra%*s de uma 0oresta no nordeste de Assam, e reapare"e na 5nd!a "omo r!o Bramaputra ne6se ent(o "om as á&uas sa&radas do r!o Gan&es A*m do r!o Tsan& 7o, !nmeros p!"os "obertos de ne%e, mar"am o !n$"!o da !neporada re&!(o de C4an& Tan& Está%amos em peno T!bete Mu!to on&e da "!%!!1a'(o o"!denta, "4e&ando "ada %e1 ma!s perto de +4assa, a "!dade sa&rada do T!bete, onde uma "!%!!1a'(o d!0erente e rea a!nda %!%e Zuando entramos na "!dade, o po%o %e!o para as portas e )aneas %erem os estran&e!ros As ruas de S4!&atse s(o pa%!mentadas de pedras e as "asas s(o mu!to bon!tas !mos mu!tos sa&ue!ros6"4or>es "er"ando as "asas e os )ard!ns 7rosper!dade e ae&r!a transpare"!am no rosto do po%o 2!"amos numa pequena 4ospedar!a no "entro da "!dade A no!te 0o! "ama e repousante De man4(, bem "edo, a"ordamos "om os "Jnt!"os dos mend!&os errantes, que %(o esmoar de "asa em "asa Obser%amos que nas %arandas e )aneas das "asas esta%am pendurados
roos de seda p!ntados "om !ma&ens de deuses ama$stas Nota6se 0orte !n0u3n"!a "4!nesa na p!ntura t!betana O po%o em romar!a se d!r!&e aos moste!ros da "!dade para o0ere"er seus presentes de #tsampa# ou "e%ada torrada e mante!&a de !aque +e%a%am tamb*m as bran"as e"4arpes da 0e!"!dade, para en0e!tar as estátuas dos deuses Ora'>es s(o as n!"as man!0esta'>es do Ano No%o t!betano 2!"amos em S4!&atse apenas do!s d!as e o&o nos pusemos a "am!n4o da "!dade de C4usu Ass!m que de!amos S4!&atse at!n&!mos um u&are)o "4amado 7arts! De á se&u!mos as mar&ens do r!o Tsan& 7o Cont!nuamos %!a&em, passamos por um pequeno deserto de are!a que nos e%ou @ pra!a de C4aXsan Era a! que t$n4amos de parar e tomar uma bar"a que nos "ondu1!r!a atra%*s do r!o Me!a 4ora depo!s "4e&ou a bar"a, "4e!a de "ar&a e de 4omens ae&res e 0ortes Era uma &rande bar"a quadrada 7are"!a uma enorme "a!a de bombons Se!s pares de remos eram mane)ados por 4omens e mu4eres que "anta%am ae&remente A bar"a atra"ou a uns tr!nta passos da pra!a A&uns 4omens sataram e 0o! desembar"ando um &rande "arre&amento de sa 6 um dos produtos ma!s !mportantes do "om*r"!o t!betano Depo!s, os an!ma!s e nossas ba&a&ens 0oram e%adas para bordo 2!namente tamb*m sub!mos O dono da bar"a era um !nd!ano, de pee bron1eada e turbante %erme4o 7ed!u de1 rp!as -"er"a de de1 "ru1e!ros/ por pessoa Ap?s as ne&o"!a'>es a bar"a desatra"ou e os 4omens "ome'aram a remar Ea a0astou6se da pra!a, se&u!ndo peas tranqu!as á&uas do &rande r!o Tsan& 7o at* a"an'ar a mar&em oposta Nosso desembarque 0o! tranqu!o sem nen4um "ontratempo E ass!m "ont!nuamos a "a%a&ar atra%*s de mu!tos u&ares, que "ertamente pou"o mudaram no de"orrer dos t!mos s*"uos Zuando "4e&amos a a&uns qu!=metros ao norte de uma 0*rt! pan$"!e, a"an'amos o pr?spero %ae de ! C4u Cont!nuamos %!a)ando rumo ao Este, at* "4e&armos na pequena "!dade de C4usu Cons!ste apenas de um &rupo de se!s ou sete "asas de "amponeses 7ed!mos pousada numa das "asas e a! passamos a no!te
Nota# So4re o
Estado e do Go%erno * o 7an"4en +ama ou sáb!os que possuem poderes metaps$qu!"os, quem toma as de"!s>es !mportantes Ao Daa! "abem tanto os ne&?"!os e"es!ást!"os "omo os "!%!s +o&o aba!o dee e!stem do!s ?r&(os &o%ernamenta!sF uma parte do #K!Xtsan ou Conse4o E"es!ást!"o, "omposta de quatro membros do "ero, e o #asa4 ou Conse4o dos M!n!stros m M!n!stro e"es!ást!"o e um M!n!stro do Estado assumem a !&a'(o entre os do!s Conse4os e o Daa! +ama A po$t!"a estran&e!ra * sempre d!r!&!da peo Daa! +ama ou seu Guru, o +ama Re&ente Há tamb*m uma Assembe!a Na"!ona que s? se rene em "asos &ra%es É "omposta por "!nquenta 4omens dos ma!s !mportantes da "!dade de +4assa Nas pro%$n"!as, o &o%erno * representado por C!n"o M!n!stros Dees dependem os "omandantes dos 0ortes, "4amados #D1on pon#, "u)a 0un'(o * manter a ordem e re"o4er as taas dos !mpostos Em se&u!da, a "asse ma!s !mportante do T!bete * a dos r!"os propr!etár!os de terras, que 0ormam a pequena nobre1a E term!nando sua ep!"a'(o sobre o &o%erno t!betano, o ama a1! d!sseF 6 O T!bete * um pa$s pequeno e 0ra"o, mater!amente 0aando Cre!o que a ma!or!a do meu po%o dese)a ser de!ada em pa1, !%re para prat!"ar sua re!&!(o Ser!a reamente mu!to bom se todos re"ordassem sempre os ens!namentos do sub!me S!darta Gautama, o BudaF #O4a! ao %osso redor e "ontempa! a %!da Tudo * passa&e!ro S? nas"!mento e morte, "res"!mento e de"ad3n"!a A &or!a do mundo * "omo uma 0or, !nda pea man4a e mur"4a @ tarde S? a %erdade * o dom !mutá%e do esp$r!to Estabee"e! a %erdade em %ossa ama porque a %erdade * a !ma&em do Eterno Ser#
SE-S L/a##a; a Cidade do# 'e$#e# Ma!s uma %e1 nos en"ontrá%amos %!a)ando por um deserto de dunas de are!a, que 0orma%a o %ae de ! C4u, "er"ado de atas "o!nas %erde)antes Bandos de "abras e de "arne!ros anda%am peas montan4as e de %e1 em quando um !aque se apro!ma%a da estrada Todo o %ae * "er"ado de "o!nas O ! C4u !ndo para o este term!na%a numa pequena "!dade "4amada Net4an&, @ sombra de uma &rande +amaser!a Esta 0o! nossa t!ma parada, antes de a"an'armos +4assa 6 a "!dade dos deuses Esta t!ma etapa da nossa %!a&em 0o!, ta%e1, a ma!s e"!tante e ae&re A0!na, $amos penetrar na m!ster!osa "ap!ta do mundo ama$sta, que t(o pou"os estran&e!ros t3m o pr!%!*&!o de "on4e"er [ med!da que nossos "a%aos a%an'a%am, 0omos a%!stando ro"4as e montan4as a1uadas, @ u1 da "ara man4( m 0undo de p!"os ne%ados
apare"!a no on&$nquo 4or!1onte, embee1ando a!nda ma!s o panorama Campos %erdes e pequenas &rutas esta%am espa4adas por ambos os ados do ma)estoso r!o ! 6 O R!o da Ae&r!a 7eo "am!n4o en"ontramos "ara%anas de mer"adores e "amponeses que nos o4a%am "ur!osamente 7endurados nas montan4as, en"ra%ados nas pedras, %!mos !nmeros Moste!ros, "u)os tetos dourados rebr!4a%am ao so Ca%adas no "ora'(o das ro"4as, sobre as qua!s o r!o ! espa4a%a sua espuma bran"a, %!mos beas p!nturas do Buda da +u1 In0!n!ta, o deus de quatro bra'os 7adma Samb4a%a e mu!tas outras d!%!ndades ama$stas que pare"!am ad%ert!r aos %!a)antes, que !am penetrar na ma!s m!ster!osa "!dade do mundo Numa &rande ro"4a s!tuada no me!o do r!o, uma &!&antes"a 0!&ura de um Buda, sentado na postura do ?tus, o4a%a a "!dade pro!b!da "om suprema seren!dade A esquerda do "am!n4o t!%emos a pr!me!ra %!s(o do &!&antes"o paá"!o do Daa! +ama, nas montan4as do 7otaa 7are"!a um !menso a&omerado de te4ados dourados espa4ados em %ota do paá"!o, bem "omo numerosas mans>es e pa&odes m pou"o ma!s a*m, tamb*m @ esquerda, outra "o!na era en"!mada peo Tempo de C4aXpor!, o ma!s !mportante Co*&!o de Med!"!na do T!bete A*m desses tempos, o %ae se aar&a%a "ons!dera%emente e um sereno mar de "ampos %erde)antes ondua%a sob a e%e br!sa Era um espetá"uo ma&n$0!"o, !ndes"r!t$%eU Nossa ae&r!a 0o! tanta que t!%emos %ontade de desmontar e a)oe4ar6nos, a&rade"endo a Deus por tanta 0e!"!dade Cont!nuamos "a%a&ando de%a&ar, at* que o "am!n4o se trans0ormou numa rua ampa e respe!tá%e, pa%!mentada de &randes pedras Ma!s ad!ante, @ sombra de uma torre es&u!a, um &rupo de mon&es do "4ap*u %erme4o "on%ersa%a an!madamente, retendo nas m(os as r*deas de seus bon!tos "a%aos Entre ees 4a%!a um 4omem bran"o, e o Dr essantára re"on4e"eu seu am!&o, o "ap!t(o Hu&4 R!"4ardson, "4e0e dos !n&eses na M!ss(o Br!tJn!"o6Ind!ana em +4assa Ass!m que nos %!u, %e!o em nossa d!re'(o e "umpr!mentou a todos ama%emente e "on%!dou6nos a %!s!tar a M!ss(o N(o pudemos "onter um &r!to de adm!ra'(o ao a%!starmos o Mont(o de Arro1, ou Moste!ro de Drepun&, tamb*m "4amado Drebun& É um dos ma!ores moste!ros t!betanos Abr!&ando ma!s de de1 m! mon&es, esta "oossa +amaser!a toma a etens(o de um %ae, %erdade!ra "!dadea de pedra, "om !nmeros tempos menores de te4ado dourado, "o*&!os, santuár!os e "eas, en"ra%adas nos 0ran"os a1u!s da montan4a Ao espe"tador, esse quadro pare"e uma &!&antes"a massa de pont!n4os bran"os "omo &r(os de arro1 m pou"o aba!o, %!mos o Con%ento de Ne"4un&, onde soubemos que %!%e o Orá"uo O0!"!a do T!bete, um dos ma!s !mportantes 4omens "u)a tare0a * un!r o &o%erno "om o mundo dos poderes o"utos Consta que ee * a reen"arna'(o de uma d!%!ndade bud!sta, e que atra%*s de suas pred!'>es, or!enta o "urso da po$t!"a o"a 2requentemente o Go%ernador de +4assa %em "onsutar o Orá"uo [ med!da que nos apro!má%amos da "!dade, a enorme "onstru'(o de pedra
que * o paá"!o 7otaa pare"!a "ada %e1 ma!or, me!o en"oberta por uma &rande mura4a Mentamente "ompare! este paá"!o "om os &randes paá"!os do mundo o"!denta, e "4e&ue! @ "on"us(o de que tanto o 7aá"!o de ^!ndsor, na In&aterra, "omo o Es"or!a, da Espan4a, s(o pequenos "asteos "omparados "om este ma&n$0!"o at!"ano do mundo or!enta De ambos os ados das ruas 0omos passando por beas mans>es de pedra, a&umas tendo )ard!ns "om a&os onde 0utua%am ?tus rosados e nada%am patos se%a&ens ma mut!d(o en"4!a as ruasF eram amas usando 4áb!tos "or de %!n4o, ou o0!"!a!s 0ardados de a1u mar!n4o, "om "4ap*us redondos ornados de 0ran)as bran"as e "or de %!n4o, mu4eres e "r!an'as usando roupas t$p!"as mu!to pare"!das "om as roupas dos "4!neses, mas as mu4eres usa%am um on&o a%enta !strado de mu!tas "ores e seus "abeos pretos e !sos eram penteados numa on&a tran'a que 4es "a$a peas "ostas Todos nos o4a%am "ur!osamente e a&uns pun4am a $n&ua para 0ora, num "umpr!mento su! &ener!s, mu!to usado no T!bete A"an'amos por 0!m os 0ormosos )ard!ns de DeX! +!n&Xa, no "entro de um denso bosque No me!o %!mos uma &rande "asa bran"a de tr3s andares Soubemos que a! era a res!d3n"!a da M!ss(o An&o6Ind!ana, au&ada peo abade do Moste!ro de unde!n& ao &o%erno !nd!ano, que naquea *po"a esta%a sob o protetorado !n&3s erdade!ro, e*r"!to de mend!&os, sentados no "4(o, !mpora%am a "em3n"!a das pessoas que passa%am sa%am roupas su)as e es0arrapadas, t!n4am a "abe'a raspada e repet!am a"eeradamente o sa&rado mantraF OmU Man! 7adme HumU C4e&amos em 0rente a um &rande tempo ou Catedra Este santuár!o sa&rado * um dos ma!s 0amosos do T!bete e a ee %3m sempre m!4ares de pere&r!nos da Mon&?!a, C4!na e Su da 8s!a, para quem esta Catedra * t(o sa&rada "omo @ aaba em Me"a * para os mu'umanos 7are"endo uma %e4a Catedra med!e%a da Europa, ea * "er"ada por estre!tas ruas e pequenas "asas Soubemos que 0o! "onstru$da 4á tre1entos anos atrás peo re! Sron& Com o "orrer dos anos 0oram 0e!tas d!%ersas mod!0!"a'>es, "onstru$das no%as aas, que em parte s(o usadas "omo es"r!t?r!os &o%ernamenta!s [ nossa esquerda, o muro ato de um paá"!o pare"!a querer Imped!r nossa %!a&em A0!na a"an'amos a 7onte da Turquesa e %!mos os s!nos dourados de outra "asa perten"ente @ M!ss(o An&o6Ind!ana Como n(o 4á nen4um 4ote ou 4ospedar!a em +4assa, reso%emos ped!r pousada na M!ss(o O "4e0e era um o0!"!a !nd!ano, mu!to am!&o do Dr essantára e ass!m "onse&u!mos uma 4ospeda&em "ord!a e s!mpát!"a Meu quarto 0!"a%a no andar super!or, )unto ao de Ma4!ma e essantára Da )aneaP eu pod!a %er o 0ormoso )ard!m DeX! +!n&Xa, e um pequeno pa%!4(o de ora'>es pare"endo uma torre dourada Eu ma pod!a a"red!tar que nossa !n"r$%e )ornada t!n4a a"an'ado sua meta O s!mpes pensamento de que esta%a em +4assa, sob o so da "!dade dos deuses, me de!a%a muda de, emo'(o 7ense! em m!n4a 0am$!a, t(o on&e, em terras bras!e!ras meus pa!s )á 0ae"!dos, meu mar!do morto t(o de repente, m!n4a !rm( Eun!"e
"asada e 0e!1 "om seus do!s 0!4os Caros e 2á%!a, que eu tanto ama%a Re"orde! o son4o 0antást!"o de "on4e"er o Or!ente, que desde a !n0Jn"!a me a"ompan4a%a e que a&ora se trans0orma%a em rea!dade Naquee !nstante o so morr!a atrás do Moste!ro do Mont(o de Arro1, num, espendor "or de prpura Des"! para o )ard!m, a 0!m de me4or ou%!r o som dos s!nos e das on&as trombetas de prata t!betanas, que anun"!a%am o t!mo d!a do Ano No%o, se&undo o "aendár!o unar, usado no Etremo Or!ente Soubemos depo!s que, durante os 0este)os do Ano No%o, o poder tempora do &o%erno da "!dade * ret!rado das m(os de seus membros usua!s e "oo"ado nas m(os do Abade do Moste!ro do Mont(o de Arro1, que, nessa o"as!(o, se trans0orma no Re Sa"orrum, ta "omo nos ant!&os tempos romanos É poss$%e que !sto se)a um &ope po$t!"o para "om o ma!s poderoso Moste!ro da I&re)a t!betana, para re"on"!!á6o "om o &o%erno "omum do pa$s, que a&ora está restr!to aos quatro Moste!ros pr!n"!pa!s de +4assa, "4amados +!n&s O Abade do Moste!ro Mont(o de Arro1 assume a soberan!a da "!dade, em me!o a mu!tas 0estas e 4onrar!as A sua "4e&ada quase todos os pr!s!one!ros s(o !bertados, e"eto os que "ometeram "r!mes mu!to &ra%es m dos de%eres do no%o Re! Sa&rado * 0a1er "on0er3n"!as sobre re!&!(o, 4!st?r!a e 0!oso0!a para a assembe!a dos mon&es Consta que durante este per$odo +4assa abr!&a "er"a de tr!nta m! mon&es %!ndos dos Moste!ros pr!n"!pa!s da "!dade Cuto aos deuses ama$stas * 0e!to d!ar!amente peo po%o, na &rande Catedra de +4assa, desde a man4( at* @ no!te e nu%ens de !n"enso en"4em o ar de um do"e per0ume de 0ores No t!mo d!a da 0esta do Ano No%o, os t!betanos "eebram a 2esta das 2ores, em 4omena&em ao an!%ersár!o da "on"ep'(o de S!darta Gautama, o Buda A deusa "utuada neste d!a * Maa De%!, a ra!n4a m(e de S!darta O po%o e%a "oares de 0ores %erme4as aos tempos, tro"am presentes entre s! e a 0esta at!n&e o seu "$ma "om "Jnt!"os e dan'as mu!to 0ormosos O Daa! +ama * mu!to re%eren"!ado neste d!a e re"ebe os ma!s pre"!osos presentes Na no!te que "4e&amos @ +4assa, sa$mos para %er a &rande pro"!ss(o de &aa, que sa! do Tempo Ra Mo C4e, que 0!"a no "entro da "!dade Em se&u!da, a pro"!ss(o passou por uma !nda ponte de mármore rosa "4amada 7onte Mende e d!r!&!u6se ao Tempo do Dra&(o ao norte de +4assa +á, num santuár!o dourado, os mon&es depos!taram o0erendas de ouro, prata e )?!as Depo!s, tran"aram e a"raram o aposento, que s? poderá ser aberto no mesmo d!a do ano se&u!nte [ 0rente da pro"!ss(o, %!n4am os Abades dos Moste!ros do Mont(o de Arro1 e da Cer"a da Rosa S!%estre Sa!ndo do Tempo do Dra&(o, a pro"!ss(o des"eu o r!o Tsan& 7o, em soberbas na%es en&aanadas de 0ores e 0!tas E todos "anta%am 4!nos aos deuses ma mut!d(o se&u!a peas mar&ens do r!o, num entus!asmo 0ren*t!"o Em "erto tre"4o do r!o, os bar"os an"oraram, os mon&es desembar"aram e se&u!ram a p* de %ota para o Tempo do Dra&(o, tendo antes 0e!to o0erendas de %!n4os, do"es, %eas e per0umes, aos
seres eementa!s da á&ua, n!n0as e ond!nas O po%o %otou @s suas "asas para apan4arem uma !ma&em de um bone"o de ar&!a Nesta !ma&em, que representa o Ano e4o, ees "oo"am peda'os de roupa %e4a, uma ou duas moedas e !n%o"am o dem=n!o da doen'a e da má sorte para entrarem na !ma&em do bone"o De madru&ada, os )o%ens no%!'os per"orrem as "asas, re"o4endo estes bone"os e e%am6nos para um u&ar espe"!a nas montan4as, que s? ees "on4e"em, onde os bone"os s(o abandonados sob a &uarda dos eementa!s da 0oresta Em se&u!da, os no%!'os retornam a seus tempos e os amas "eebram um r!to espe"!a, que "ompeta a epus(o do Ano e4o Este r!to "um!na "om uma dan'a p!tores"a de mon&es mas"arados de re!s dem=n!os As más"aras usadas nesta "er!m=n!a mere"em uma nota espe"!a No T!bete, as más"aras &eramente s(o 0e!tas de pape(o p!ntado de "ores %!%as, m!sturado "om "orda des0!ada e panos 0!nos, o"as!onamente tem !n"rusta'>es de um meta e%e Em S!XX!m e B4utan, onde a made!ra * abundante, as más"aras desta "er!m=n!a s(o 0e!tas em made!ra es"up!da e "!n1eada por art!stas espe"!a!s Geramente s(o ornadas "om barbas e "abeos 0e!tos "om peos de !aque Aman4e"!a quase quando term!naram os 0este)os do Ano No%o e %otamos @ M!ss(o, onde está%amos 4ospedados, "ansados e "4e!os de sono No d!a se&u!nte, depo!s do amo'o, sa$mos para "on4e"er a "!dade de +4assa Nas ruas ampas, pa%!mentadas de pedras, o po%o pare"!a )o%!a e trans!ta%a apressado Mu4eres "arre&a%am "r!an'as e "ondu1!am burr!"os "om "estas "4e!as de "erea!s +4assa n(o d!0ere mu!to das outras "!dades t!betanas que %!s!tamos !mos os mesmos t!pos de "asas, o mesmo bata4(o de mend!&os e de "(es %a&abundos, o mesmo odor !nsuportá%e de "o!sas deter!oradas Em +4assa, "omo em todo o T!bete, n(o 4a%!a !nstaa'>es san!tár!as nem es&otos Os Moste!ros possuem enormes 0ossas, dest!nadas aos detr!tos or&Jn!"os A&umas "asas r!"as tamb*m, mas o po%o em &era "ostuma )o&ar !o e detr!tos nos terrenos bad!os Há uma 0ata de 4!&!ene "ompeta que de"ep"!ona os o"!denta!s A "!dade de +4assa * d!%!d!da em %ár!os quarte!r>es panos Em I4assassem 0!"am as o)as ma!s !mportantes A$, )unto "om produtos re&!ona!s, %!mos "om surpresa "remes de bee1a de or!&em norte amer!"ana, máqu!nas de "ostura S!n&er, "anetas 7arXer, tapetes "4!neses, sedas e bro"ados da 5nd!a e do E&!to, Co"a6Coa e u$sque es"o"3s Estes produtos s(o tra1!dos peas numerosas "ara%anas que "onstantemente "4e&am e partem, %!a Nepa É no quarte!r(o de C4? que está s!tuado o &rande ed!0$"!o da Imprensa Na"!ona do Estado A! %!%em os mon&es !teratos Impr!mem, "om a ma!or per0e!'(o, !%ros, 0o4etos, "art>es e pan0etos re!&!osos sam máqu!nas ant!qu$ss!mas O pape * t!po per&am!n4o É á que se !mpr!mem tamb*m os amanaques astro?&!"os t!po E0em*r!des, de Ra0ae, ed!tadas em +ondres e t(o pre"!osas para os astr?o&os, bem "omo o n!"o )orna do T!bete, que "onta "om um nmero mu!to redu1!do de e!tores, po!s a ma!or!a da popua'(o * ana0abeta É "ur!oso notar que nun"a 0o! es"r!to nen4um roman"e no T!bete Em &era, os !%ros %ersam sobre re!&!(o, arte e 0!oso0!a
or!enta #Todos os "am!n4os "ondu1em @ +4assa# 6 d!1 um %e4o pro%*rb!o t!betano A pr!n"!pa rua de +4assa * uma demonstra'(o %!%a d!sso Nas o)as desta rua en"ontramos todo o uo da 8s!a Centra nas %!tr!nes das o)as e ba1aresF pees de eopardo, raposa e ursosP pees de "arne!ro, sedas e bro"ados mut!"oor!dos, roupas de seda "4!nesa, tapetes mara%!4osos e !ndas mesas de a"a enta4adas "om madrep*roa +anternas e "andeabros de bron1e em 0orma de dra&>es, )arros, por"eanas de!"ad$ss!mas e toda a bee1a das mob$!as t!betanas "!n1eadas a m(o No mer"ado de "om!das en"ontramos o 0amoso "4á de )asm!m "4!n3s, "estas "4e!as de apet!tosas 0rutas, p3sse&os da C4!na e "ere)as do Yap(o Inmeros per0umes or!enta!s "omo am$s"ar, sJndao, 7at"4ou!, em de!"adas embaa&ens de prata 0!!&ranada, espe"!ar!as !nd!anas, "oares de "ora, p*roas e bra"eetes do Nepa, %eas de "ouro da Mon&?!a, "arameos, arro1 !nte&ra de S!XX!m, e todas as de$"!as dos quatro "antos da 8s!a esta%am a!, @ d!spos!'(o dos r!"os t!betanos !mos tamb*m uma 0abuosa quant!dade de ob)etos de ouro, or!undos do T!bete Centra, que * t!do "omo uma das re&!>es ma!s r!"as do mundo Este ouro )ama!s * %end!do aos estran&e!ros Ee %em de T4oX Yaun& e T4oX Daurapa, nas mar&ens do r!o C4an& Tan&, e do su de Man! SerX4a, perto do sa&rado a&o KamdroX e das nas"entes do r!o Subans!r! 7or mot!%os re!&!osos, pep!tas de ouro, apesar de serem mu!tas, nun"a s(o to"adas peo po%o, que s? re"o4e ouro em p? D!s"uss>es de pre'os s(o %!oentas, mas ass!m que rea!1am o ne&?"!o, os t!betanos %otam a 0aar e a r!r an!madamente, a)udados por &randes "opos de "er%e)a 0ermentada "4amada "4an&, %end!da num restaurante pr?!mo das o)as A"!ma de todo o burbur!n4o da "!dade, da mut!d(o "oor!da, dos !nmeros ba1ares, a"!ma de toda a C!dade 7ro!b!da, desta"a6se a sombra "oossa do paá"!o 7otaa, a res!d3n"!a o0!"!a do Re! Deus do T!bete, o Daa! +ama, que, se&undo d!1em os t!betanos, "ondu1 o Teto do Mundo rumo ao N!r%ana, ou estado de beat!tude suprema
Encontro com o Lama Rei 6 Aman4(, @s o!to 4oras, temos uma aud!3n"!a "om o Daa! +ama 6 0aou nosso &u!a a1!, "om sua %o1 pausada e &ra%e Int! * des"re%er nossa ae&r!a e "omo naquea no!te ma puemos dorm!r, na &rande epe"tat!%a do en"ontro E @s sete e me!a da man4( se&u!nte )á está%amos a "am!n4o do 7arque das Yo!as, onde esta%a o Daa! Nossos "a%aos andaram por uma ampa estrada que separa as duas densas aas dos )ard!ns do DeX! !n&Xa Momentos depo!s paramos )unto ao &rande port(o dourado do paá"!o de %er(o do Daa! +ama
m pequeno esquadr(o de sodados t!betanos apresentou armas, em aten'(o @ tn!"a de seda amarea e ao "4ap*u de &aa usados peo ama a1! Desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um mon&e6"r!ado e andamos em d!re'(o ao paá"!o Norb4u +!n&Xa, onde o Daa! "ostuma 0!"ar quando sa! do 7otaa Se&u!mos nosso am!&o a1! por uma &rande aa pa%!mentada "om mármore "oor!do e "er"ada de "opadas ár%ores e entre eas %!mos amendoe!ras, rododentros e sa&ue!ros6"4or>es [ nossa d!re!ta, atra%*s das 0o4a&ens, %!mos um pequeno a&o prateado, "oberto de 0ores de ?tus bran"os e onde a&uns a%os "!snes nada%am ma)estosamente ma pequena !4a "er"ada de á&uas "amas e transparentes t!n4a no "entro um de!"ado pa&ode "4!n3s !&ado @ terra por uma ponte re"ur%a 0e!ta em mármore amareo [ nossa 0rente, "am!n4a%am &rupos de mon&es, !mponentes em suas tn!"as de seda amareo6a'a0r(o, que nos o4a%am "ur!osamente e "o"4!"4a%am entre s! Ha%!a um "erto ar de epe"tat!%a no paá"!o de Norb4u +!n&XaP era "omo se a sa&rada presen'a do Deus Re! 0!1esse "om que todos 0aassem ba!!n4o No 4a da entrada, um &rupo de quatro amas, todos %e4os e &ordos, esta%a sentado num ban"o, passando entre os dedos as "ontas de seus rosár!os de pedras pre"!osas O ama a1! 0e1 uma re%er3n"!a e n?s o !m!tamos Soubemos ent(o que ees eram o 7r!me!ro M!n!stro da Corte e seus se"retár!os Em s!3n"!o "am!n4amos at* o 0!m de um on&o "orredor "4e!o de %!tra!s "oor!dos que "ondu1!a @ saa de aud!3n"!as A saa era enorme, ma&n$0!"a, "om suas paredes douradas, suas pesadas "ort!nas de ( es"ura, seus &rossos tapetes %erde6esmerada, "om d!a&ramas má&!"os e bordado de dra&>es Centenas de mon&es e de pere&r!nos espera%am d!ante de uma &rande porta 0e"4ada Grupos de amas trans!ta%am de um ado para outro, entos e soenes Eatamente @s no%e 4oras, soou um &on&o e e%antamo6nos apressadamente dos amo0ad>es onde está%amos sentados 2ormou6se uma on&a 0!a, todos e%a%am nas m(os a e"4arpe de seda bran"a e presentes para o Daa! Cessou o som do &on&o e dos tambores As pesadas portas douradas se abr!ram "om um ru$do surdo Grupos de &!&antes"os mon&es "om "er"a de uns do!s metros e me!o, que 0a1em parte da se&uran'a pessoa do Daa!, tomaram sua pos!'(o perto da entrada, or&an!1ando a 0!a Numa das m(os t!n4am um "4!"ote e na outra um bast(o dourado Estes amas &!&antes s(o or!undos da pro%$n"!a de 4am, onde os 4omens s(o ma!ores que em quaquer re&!(o da 8s!a Consta que des"endem dos &uerre!ros de G4en&!s 4an A on&a 0!a de %!s!tantes "ome'ou a andar entamente, at* que nos %!mos dentro da Saa das Aud!3n"!as ou San"tum Santorum dos t!betanos A saa esta%a me!o penumbrosa No 0undo, desta"a%a6se uma parede de"orada "om um enorme tanXa ou roo de seda p!ntado "om mot!%os re!&!osos !mos um atar dourado, e sob o atar um trono de ouro Sentado
no trono, na postura do ?tus, esta%a o Daa! +ama, a pre"!osa reen"arna'(o do deus C4en Re \! Con4e"!do no T!bete "omo a ma!s ee%ada man!0esta'(o d!%!na dos Budas !%os na terra, o 7re"!oso 7rotetor, O"eano de sabedor!a E a! esta%a ee, um )o%em "4!n3s de uns quator1e anos usando as roupas douradas dos &randes amas, e o 0amoso "4ap*u pontudo de Tson& apa, mu!to seme4ante @ M!tra usada peo 7apa, tendo por*m on&as abas 0orradas de seda amarea que "a$am sobre os ombros do Daa!, qu!eto e sereno "omo um $doo 7or quatro s*"uos, atra%*s de suas pr*%!as en"arna'>es, o Daa! senta%a6se naquee mesmo trono, aben'oando seus 0!*!s se&u!dores e re!nando sobre o T!bete Tr3muos e re%erentes, pere&r!nos d!r!&!am seus passos em d!re'(o ao Daa!, o0ere"!am as obr!&at?r!as e"4arpes de seda bran"a 6 s$mboo da 0e!"!dade 6 e a)oe4a%am6se para re"eber a b3n'(o dada peo )o%em Daa!, "om seu "etro en)o!ado e ornado de 0!tas mut!"ores Consta que um 0u!do ben*0!"o emana do "etro do Daa! e, desse modo, o 0u!do penetra na pessoa que * aben'oada Ap?s a b3n'(o, os %!s!tantes %!ra%am @ esquerda, e 0a1!am uma re%er3n"!a ao o"a onde esta%a sentado o +ama Re&ente, "oo"ado perpend!"uarmente ao ado do atar [ med!da que nos apro!mamos, %!mos que o )o%em Daa! usa%a ?"uos de tartaru&a "om &rossas entes bran"as, a"usando uma 0orte m!op!a A)oe4e!6 me d!ante dee e sent! o e%e toque de suas m(os nos meus "abeos Ee t!n4a de!ado o "etro sa&rado no "oo e "on0er!u6me a &rande 4onra de uma b3n'(o d!reta, "on0orme %!m a saber depo!s Na e"4arpe de seda bran"a que eu se&ura%a "om ambas as m(os, um ama "oo"ou um p(o1!n4o es"uro e uma pequena !ma&em de um Buda, 0e!ta de mante!&a O Daa! pe&ou as o0erendas e entre&ou6as a um outro ama que esta%a a seu ado A mesma "er!m=n!a 0o! repet!da "om um "4or!en ou pequeno re!"ár!o de ouro e uma estatueta de S!darta Gautama, o Buda Depo!s, o ama a)udante "oo"ou um !%r!n4o de "apa dourada na e"4arpe O Daa! pe&ou o !%r!n4o, amarrou6o "om uma on&a 0!ta de seda %erme4a e pendurou6o no meu pes"o'o 2e!to !sso, sa$ d!ante dee e 0o! a %e1 do ama a1! a)oe4ar6se, o0ere"endo ao Daa! r!"os presentes que t$n4amos e%ado Dobre! @ esquerda, "omo todos 0a1!am, e a)oe4e!6me d!ante do +ama Re&ente Era um 4omem ato, ma&ro, !mponente, de rosto se%ero Ee o4ou6me bondosamente "om seus pequen!nos o4os amendoados Cooque! a seus p*s a e"4arpe de seda bran"a e o !%r!n4o dourado que o Daa! "oo"ara no meu pes"o'o, po!s ass!m manda a et!queta t!betana Tudo se passou no ma!or s!3n"!o Zuando eu !a sa!ndo ta "omo os outros %!s!tantes, o ama a1! 0e1 um s!na para que esperasse Apro!mou6se e d!sse ba!!n4oF 6 2!que, 0omos "on%!dados peo C4e0e dos M!n!stros para tomar "4á "om o pre"!oso Daa! Sente6se naquee "anto, na postura do ?tus e espere um pou"o +o&o em se&u!da, meus "ompan4e!ros de %!a&em, Ma4!ma,
essantára e 7!erre Yu!en, %!eram sentar6se ao meu ado 7ou"o depo!s %e!o o ama a1! O4ando para o )o%em Daa!, %! um mon&e entre&ar64e uma !nda ta'a de made!ra Numa bande)a de prata 0o! tra1!do um &rande bue de por"eana "4e!o de "4á amante!&ado "omo * "ostume no T!bete O "4á 0o! "oo"ado na ta'a do Daa! e o&o beb!do por um ama6pro%ador Somente depo!s de a&uns se&undos * que o Daa! 0o! ser%!do T!%e que morder os áb!os para a"red!tar que eu n(o esta%a son4ando, que reamente esta%a sentada na Saa de Aud!3n"!as do Daa! +ama, no T!bete O4ando o "ont$nuo 0uo de amas e pere&r!nos entrando e sa!ndo do re"!nto, pense! que apenas esta "ur!osa "er!m=n!a %a!a nossa penosa %!a&em atra%*s do H!maa!a O4e! as nu%ens de !n"enso per0umado de rosas que sub!a dos tur$buos de prata "er"ando o trono do )o%em Daa! e re"orde! as paa%ras de um 7ro0eta or!enta que "erta %e1 ou%!ra "ontarF #O %erdade!ro Daa! +ama morreu em .L: Desde ent(o todos os outros Daa!s ser(o apenas uma &rande Maa ou !us(o, resutante da po$t!"a madosa dos amas &o%ernantes de +4assa, que n(o se "on0ormam em saber que a sabedor!a ar"a!"a de!ará o T!bete e em!&rará para o on&$nquo O"!dente Em tempos pr?!mos, o %erdade!ro Daa! renas"erá nas terras de O 2 SANG -Am*r!"a do Su, ou qu!'á Bras!/ A0!rmam nossas remotas pro0e"!as que !sto a"onte"erá porque )á mudou o "!"o da e%ou'(o Ent(o o T!bete será dom!nado peas 2or'as da 23n! erme4a e a esp!r!tua!dade desapare"erá do Teto do MundoU# Ser!a reamente %erdade o que d!ssera o 7ro0eta Ser!a reamente %erdade que aquee )o%em "4!n3s que a! esta%a sentado no trono era apenas uma !us(o m 0aso Daa! Zuem poder!a saber ao "erto Meus pensamentos 0oram !nterromp!dos por um mon&e que se apro!mou tra1endo uma pequena ta'a de made!ra para "ada um de n?s 7e&amos as ta"!n4as e outro mon&e as en"4eu "om "4á amante!&ado Bebemos %a&arosamente, enquanto a&uardá%amos ordem para de!armos a saa A0!na, um dos &uardas &!&antes, !mponente na sua tn!"a "or de %!n4o, to"ou um &on&o e d!sse a&umas paa%ras em t!betano 6 Yá podemos !r 6 0aou o ama a1! +e%antamo6nos, 0!1emos uma re%er3n"!a ao Daa! e ao +ama Re&ente e 0omos sa!ndo de "ostas, de!ando de%a&ar1!n4o o aposento A aud!3n"!a t!n4a term!nado
&i#ita ao Pal2cio Potala O esperado d!a de %!s!tar o paá"!o 7otaa "4e&ou a0!na, po!s t!%emos que esperar autor!1a'(o espe"!a do +ama Re&ente Constru$do 4á tre1entos anos atrás, peo Zu!nto Daa! +ama, o paá"!o 7otaa * um dos ma!s !mponentes do mundo O"upa o u&ar de uma 0ortae1a que, outrora, 0o! "onstru$da peos ant!&os re!s do T!bete e destru$da ma!s tarde peos mon&?!s
Conta6se que durante mu!tos anos m!4ares de traba4adores "arre&aram pedras para re"onstru$rem este !menso paá"!o, "u)as bases repousam d!retamente na ro"4a A morte do Zu!nto Daa! pare"!a amea'ar esta "onstru'(o e, por esta ra1(o, o +ama Re&ente reso%eu o"utar a todos o desapare"!mento do pont$0!"e E espa4ou a not$"!a de que o Daa! esta%a doente, n(o podendo apare"er em pb!"o Durante de1 anos os amas "onse&u!ram en&anar o po%o, at* o d!a em que o paá"!o 7otaa 0!"ou pronto est!mos nossas me4ores roupas e 0omos "on4e"er o at!"ano ama$sta Yuntamente "om !nmeras pessoas, 0omos sub!ndo a montan4a que "ondu1 ao 7otaa +á de "!ma, o espetá"uo que %!mos era !ndes"r!t$%e !mos os suntuosos parques e )ard!ns de +4assa, seus moste!ros &rand!osos, suas mans>es de pedra Andamos por uma aa ornada "om "entenas de mo!n4os de pre"e, que os !s!tantes &!ram ao passar Atra%essamos um ato p?rt!"o e entramos num &rande parque 7or todos os ados, %!mos %endedores ambuantes, %endendo !n"enso, 0ores, %eas, "om!das t$p!"as "omo brotos de rododentro "arameados, amuetos aben'oados peo Daa! e 4or?s"opos !mpressos em pape de arro1 Do outro ado do parque, outros %endedores o0ere"!am pequenos mo!n4os de pre"e, 0e!tos em meta a%rado Es"r!bas á esta%am tamb*m para 0a1erem, por um pre'o moderado, um do"umento que pro%a%a que t$n4amos %!s!tado o 7otaa Compramos um amueto de prata "om !n"rusta'>es de "ora e turquesas, representando um deus ben0a1e)o e prosse&u!mos sub!ndo as ar&as es"adar!as de pedra do 7otaa 7aramos num dos patamares e o ama a1! 0aouF 6 +á em "!ma, bem no ato das torres, 0!"am os aposentos part!"uares do Daa +ama 2!"am na parte ma!s ata do paá"!o porque, se&undo a trad!'(o, n!n&u*m pode morar a"!ma do 7oderoso On!s"!ente Cont!nuamos sub!ndo As ar&as es"adar!as ma!s pare"!am uma rua de de&raus e mu!tos %!s!tantes sobem a "a%ao, para e%!tar o "ansa'o Contudo, s? os o0!"!a!s, os nobres e os &randes amas * que tem perm!ss(o para !sto O po%o tem que sub!r a p* [ med!da que sub$amos, 0omos pensando nos &randes tesouros que d!1em estar o"utos atrás daqueas &rossas paredes "entenár!as 2!namente, "4e&amos a um pát!o e depo!s ao &rande patamar de entrada do paá"!o, "4e!o de estátuas de pedra representando deuses ama$stas Come'amos a %!s!ta per"orrendo a aa o"!denta, onde soubemos que %!%em du1entos e "!nquenta amas 0!?so0os Esta aa tem um "ur!oso nome t!betano, Nam&etra"4an& É um %erdade!ro ab!r!nto de "ores sombr!as e passa&ens m!ster!osas Atra%*s de uma ampa Yanea, obser%amos o ma&n$0!"o panoramaP ao on&e, o &rande Tempo de C4aXpor! 6 a Montan4a de 2erro 6 "om seu !mponente Co*&!o de Med!"!na, que toma todo o %ae de !t"4uP emba!o, as "asas do quarte!r(o de C4o, ma!s a*m, os outros "*ebres tempos de +4assa, o Mont(o de Arro1, a Cer"a da Rosa S!%estre e a Catedra de +4assa !s!tamos mu!tas "apeas, sa>es, santuár!os m!ster!osos, passamos para a aa or!enta onde 0!"a o Sem!nár!o de Tsedrun& e os d!%ersos es"r!t?r!os e M!n!st*r!os do &o%erno t!betano N(o pudemos prosse&u!r %!s!tando a aa
or!enta, porque do!s &!&antes"os &uardas t!betanos nos !mped!ram D!sseram ao ama a1! que a! 0!"a%am "eas se"retas "u)a %!s!ta era pro!b!da otamos e se&u!mos para a aa su do paá"!o
A Pint$ra da Padma Sam4/aa Andamos por %ár!as saas po%oadas de estátuas de bron1e !n"rustadas de pedras pre"!osas A0!na, o ama a1! "ondu1!u6nos a uma saa ma&n$0!"a, "u)as paredes eram 0orradas de seda a1u "aro e "u)o "4(o de mármore era quase en"oberto por um enorme tapete "4!n3s "or de me, estampado "om 0ormosos ?tus a1u!s 7endurado na parede do 0undo, perto de uma ampa )anea, esta%a um &rande tanXa ou estandarte p!ntado, representando uma !nda pa!sa&em ao uar A +ua se re0et!a nas á&uas "aras de um a&o mar&eado de %e4os p!n4e!ros Sem d%!da, era uma bea p!ntura Toda%!a, o ma!s "ur!oso * que, obser%ando atentamente a u1 prateada da +ua C4e!a, !a aos pou"os se trans0ormando em +ua M!n&uante, depo!s em +ua No%a, +ua Cres"ente e no%amente +ua C4e!a Como * poss$%e Esta p!ntura se mo%e 6 !nda&ue! perpea a m!m mesma 2o! ent(o que o ama a1! 0aouF 6 Esta * a p!ntura má&!"a do T!beteU A0!rmam nossas trad!'>es que esse tanXa 0o! p!ntado 4á mu!tos s*"uos peo ma&o 7adma S4amb4a%a 6 o santo das m(os de ?tus Ea tem o dom de adqu!r!r %!da e mudar as 0ases da +ua su"ess!%a e !n!nterruptamente 6 N(o será um truque dos amas 6 per&untou 7!erre Yu!en, ba!!n4o ao meu ou%!do a1! sorr!u do nosso espanto e !n"redu!dade C4amou um dos &uardas &!&antes que prote&!a a saa e mante%e "om ee um bre%e d!áo&o em t!betano O &uarda apro!mou6se respe!tosamente do tanXa e de!"adamente a0astou6a da parede para que %$ssemos que n(o 4a%!a nada por trás 6 É !na"red!tá%eU 6 murmure! at=n!ta 6 N(o ma!s !na"red!tá%e do que as ma&!as que )á presen"!amos aqu! no T!bete 6 retru"ou o Dr essantára, sorr!ndo bene%oamente Soubemos ent(o que os tanXas t!betanos s(o #uma re"r!a'(o ao mundo m$st!"o e s!mb?!"o atra%*s do qua o +ama$smo en"ontra sua epress(o# Cada p!ntura dessas *, portanto, uma e%o"a'(o "u)o s!&n!0!"ado torna6se "aro aos que 0e"4am os o4os @s "o!sas da terra e "onse&uem "aptar a mensa&em esot*r!"a que emana "onstantemente deste mundo m!ster!oso, po%oado de d!%!ndades ma*%oas ou ben!&nas A prepara'(o de um tanXa * um ato !tr&!"o O a&od(o ou a seda que será ut!!1ada ma!s tarde para te"er a tea s? de%erá ser "o4!do por um !n!"!ado nos se&redos do +ama$smo A se&u!r, os 0!os s(o pur!0!"ados pea repet!'(o de "ertos mantras ou paa%ras de poder, sendo depo!s aben'oados por um ama, de a"ordo "om um r!to espe"!a e na presen'a de uma sa"erdot!sa %!r&em, a quem "ompet!rá a tare0a de 0!a'(o Ap?s a 0!a'(o, o 0!o resutante *
entre&ue a um te"e(o eper!ente, que tem de possu!r %ár!os atr!butosF mo"!dade, sade, !sen'(o de de0e!tos 0$s!"os e mora!s, a*m da presen'a dos s!na!s de bom au&r!o Antes da tare0a, o te"e(o terá que se pur!0!"ar e "r!ar o "ampo ma&n*t!"o onde o art!sta p!ntor !rá desempen4ar a m!ss(o suprema de "r!ar uma obra de arte Há re&ras espe"!a!s para se p!ntar um tanXa Geramente, as persona&ens s(o d!spostas em "$r"uo má&!"o ou Mandaa, em "u)o "entro 0!"a o mot!%o pr!n"!pa A&uns tanXas t3m um peda'o de te"!do d!0erente na parte !n0er!or, "4amado a porta do tanXa, que !nd!"a o ponto onde o "rente de%erá 0!ar os o4os durante a med!ta'(o para que possa entrar no !nter!or da p!ntura [ med!da que a med!ta'(o se apro0unda, 4á uma &radua re%ea'(o de s!&n!0!"a'>es das 0!&uras representadas, at* que se dá a un!(o de quem med!ta "om a d!%!ndade representada Term!nada a p!ntura do tanXa, um &rande ama !n0unde %!da @ p!ntura atra%*s de um r!to má&!"o "4amado 7rat!st4a O ato da "onsa&ra'(o *, portanto um ato de %!%!0!"a'(o do ob)eto "om a ess3n"!a d!%!na O r!tua * atamente se"reto e os t!betanos o re"eberam de seus mestres !nd!anos Tendo s!do p!ntada por um santo, n(o * de adm!rar que a p!ntura má&!"a de 7adma Samb4a%a ten4a %!da e se mo%a reamente De!amos a saa da p!ntura má&!"a, pensat!%os e mara%!4ados E 0omos andando pea aa su do 7otaa, at* "4e&armos a uma esp*"!e de santuár!o, onde %!mos um !ndo atar de )ade bran"o, ornado "om "andeabros de ouro Sobre o atar %!mos a estátua em taman4o natura do Buda Ma!trea 6 o Buda do 0uturo, uma das emana'>es do Cr!sto C?sm!"o A estátua era ta4ada 0!namente em made!ra Representa%a um 4omem 0ormoso, sentado num trono @ mane!ra o"!denta, "om as pernas pendentes e as m(os sobre o "oo O rosto e o "orpo eram p!ntados de bran"o, po!s, se&undo ant!&a trad!'(o, ee renas"erá no O"!dente, será um 4omem da ra'a bran"a e terá "abeos es"uros e o4os a1u!s E ass!m, de saa em saa, %!mos mu!tas pre"!os!dades do paá"!o 7otaa Embora n(o pud*ssemos %!s!tar os aposentos do Daa!, po!s o Grande 7re"!oso esta%a med!tando e n(o perm!t!a nen4uma %!s!ta, t!%emos perm!ss(o dos &uardas para %!s!tar os tne!s subterrJneos do 7otaa Estes tne!s 0!"am bem aba!o das &randes es"adar!as e t!%emos que des"36as para en"ontrar a entrada %!&!ada por do!s &uardas &!&antes, %est!dos "om suas tn!"as de ( "or de %!n4o O ama a1! "on%ersou "om ees e pudemos entrar Num dos "antos %!mos %ár!as to"4as a"esasP tomando uma deas, a1! en%eredou por um tne e n?s o se&u$amos Des"emos "auteosamente por uma es"ada de pedra tos"a &asta peos anos Estes tne!s 0oram 0e!tos pea a'(o %u"Jn!"a durante !n"ontá%e!s s*"uos Nas paredes %!mos estran4os desen4os "oor!dos A&uns eram 4orr$%e!s, representando a deusa dem=n!o +4amo -a a! ne&ra da 5nd!a/, "er"ada de "ru1es suást!"as, %est!da "om pee 4umana e de%orando a "abe'a de um 4omem A0!na o tne 0o! se aar&ando at* que de repente %!mos uma &rande u1 que n(o pro%!n4a da to"4a que a1! se&ura%a Era uma esp*"!e de redemo!n4o de u1 que nos en%o%!a em &randes ondas Mo%$amo6nos "omo num son4o
Está%amos a!, %est!dos de u1 dourada, d!ante de um beo a&o de á&uas 0os0ores"entes No "entro do a&o bo!a%a uma &rande 0or de ?tus bran"a Suas p*taas mo4adas pare"!am pequen!nas p*roas 2as"!nados, 0!"amos a!, "om os o4os mu!to abertos e os sent!dos aerta m sent!mento de %a"u!dade e a0astamento das "o!sas terrenas apoderou6se de m!m A %o1 serena do ama a1! quebrou o s!3n"!oF 6 Este a&o sa&rado %a! se un!r "om as á&uas do r!o ! C4u, que * a0uente do r!o Tsan& 7o D!1em que ee brotou de uma á&r!ma da deusa Doma Soubemos depo!s que a deusa Doma "orresponde ao Aspe"to 2em!n!no D!%!na, ta "omo a deusa Meru e a amorá%e deusa uan K!n na sua m!ser!"ord!osa at!%!dade !rrad!ada de seu tempo et*r!"o sobre a "!dade de 7equ!m 6 D!1em nossas ant!&as trad!'>es 6 "ont!nuou 0aando o ama a1! 6 que e!stem mu!tos tne!s subterrJneos "omo este aqu! no paá"!o 7otaa, mas s? a&uns &randes amas os "on4e"em 7enetrando nas entran4as da terra, atra%essam o T!bete, a"an'am os Montes H!maa!as na 5nd!a, onde d!1em que 4ab!ta o Ra!o C?sm!"o Mas"u!no e "ru1ando os o"eanos, %(o term!nar no ponto "entra da SubstJn"!a Sa&rada da Terra A$ o Ra!o C?sm!"o Mas"u!no emanado do Deus 7a!6M(e en"ontra6se "om o Ra!o C?sm!"o 2em!n!no, num m!ster!oso santuár!o na Cord!4e!ra dos Andes, re&!da peo deus e a deusa Meru Soubemos ent(o que este santuár!o se"reto en"ontra6se no pano 0$s!"o, perto do a&o T!t!"a"a, nos Andes, a "ord!4e!ra sa&rada da Am*r!"a do Su O en"ontro destes do!s ra!os d!%!nos 0orma o e!o da Terra Bem no "entro deste paneta, onde estes do!s ra!os se en"ontram brota a !morredoura e %!tor!osa C4ama Tr!na da Eterna erdade Ea se er&ue da 0enda de uma ro"4a na montan4a e pro)eta6se para o Tempo Se"reto dos Grandes In!"!ados A!, a&uns d!s"$puos pr!%!e&!ados re"ebem a !um!na'(o esp!r!tua, para rea!1arem sua m!ss(o no 7ano D!%!no Neste Tempo Se"reto res!de tamb*m a 0ormosa deusa Nada 6 a deusa do Amor n!%ersa 6 membro do Conse4o Cárm!"o da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente O Ra!o Mas"u!no do H!maa!a e o Ra!o 2em!n!no da deusa Meru s(o uma at!%!dade do Esp$r!to Santo C?sm!"o Consta que o Ra!o 2em!n!no está an"orado no "ora'(o de "ada %!da, se)a 4omem, mu4er ou "r!an'a, por*m o Ra!o Mas"u!no )á te%e 4á mu!tos s*"uos a sua predom!nJn"!a Num 0uturo n(o mu!to remoto, na duradoura Idade de Ouro da Era de Aquár!o, o Ra!o 2em!n!no da deusa Meru se man!0estará em todas as at!%!dades d!%!namente qua!0!"adas sobre a 0a"e da Terra E quando "!r"uar em torno do paneta Terra, o Ra!o C?sm!"o 2em!n!no da deusa Meru se trans0ormará em m!ns"uos s?!s rodeados por uma aura rosada 6 s!mbo!1ando o Amor n!%ersa Os An)os do Santuár!o Se"reto das Montan4as And!nas a"ompan4ar(o o Ra!o C?sm!"o 2em!n!no em %ota da Terra, Sua !rrad!a'(o para "ada %!da será "omo p*taas de rosas espa4adas por uma do"e br!sa É mu!to &rande a !mportJn"!a de pur!0!"ar o "ont!nente Su Amer!"ano, onde os 0!4os das &randes sub6ra'as !r(o 0ormar a S*t!ma Ra'a Dourada, re&!dos
peo santo Mestre Sa!nt4r4u e a bem6amada Mer"edes, seu "ompemento d!%!no, que s!mbo!1ará a D!%!na M(e Ceeste dos 0!4os desta S*t!ma Ra'a6 Ra!1 D!1 a trad!'(o que os 0!4os da a Ra'a6Ra!1 que outrora sur&!u do "ora'(o do deus e da deusa H!maa!a, at* o 0!m do ano do Ca%ao de 2o&o -.L/, em sua ma!or!a, de%er(o %otar ao se!o do !n0!n!to Ir(o para os Tempos da +u1 que para ees est(o preparados 7or esta ra1(o t3m su"ed!do, !mpre%!stamente, d!%ersas o"orr3n"!as, as qua!s, para a 4uman!dade, poder(o representar &randes "atástro0es mund!a!s Entretanto, eas s(o ne"essár!asF t3m a 0!na!dade de tra1er mu!tas amas de %ota ao ar d!%!no Estes 0!4os da a Ra'a Ra!1 pre"!sam abr!r "am!n4o para os 0!4os da a Ra'a Dourada E no ano do Ca%ao de 2o&o -.L/ !r(o en"arnar6se na Terra m!4ares de seres da a Ra'a6Ra!1 Em ma!or!a, ees nas"er(o na Am*r!"a do Su, onde o &rande Mestre Sa!nt4r4u está "r!ando seu Momentum 6 !sto *, sua 2or'a Motr!1, Reser%as de 2or'as, 2or'as a"umuadas para Curar, para Ens!narP Capa"!dades Mus!"a!s ou Art$st!"as ou todas as %!rtudes arma1enadas no 8tomo 7ermanente que re"o4e todas as boas a'>es de "ada en"arna'(o 4umanaF este 8tomo 7ermanente retorna em "ada en"arna'(o, tra1endo "omo dom as %!rtudes das pessoas +á, os 0!4os da S*t!ma Ra'a Dourada !r(o at!n&!r reat!%a per0e!'(o para desen%o%erem o Re!no da E%ou'(o sobre a Terra Ent(o a pr!n"!pa ener&!a do Santuár!o do +?tus A1u nos H!maa!as !rá et!n&u!r6se ou desapare"er e os bem6amados deus e deusa Meru dar(o dest!no @ re0or'ada at!%!dade de seu ma&n$0!"o Santuár!o na Am*r!"a do Su E ass!m desabro"4ará "omo uma rosa per0umada o Re!no da E%ou'(o sobre a Terra N(o se! quanto tempo 0!"amos no tne subterrJneo do paá"!o 7otaa, pensando em tudo !sto 2!"amos a! qu!etos e med!tat!%os, sem "ora&em de de!ar aquee u&ar aben'oado A0!na, o ama a1! quebrou nosso en"antamento d!1endoF 6 7re"!samos %otar, está 0!"ando tarde E sub!mos de%a&ar os %e4os de&raus de pedra at* sa!rmos no%amente @ u1 do d!a O tempo "aro de a&umas 4oras antes t!n4a mudado "ompetamente Grandes nu%ens es"uras "orr!am peo "*u A tempestade sb!ta nos surpreendeu no me!o do "am!n4o e "4e&amos @ M!ss(o An&o6Br!tJn!"a "ompetamente mo4ados e su)os de ama A "4u%a 0orte durou tr3s d!as T!%emos que esperar que os "am!n4os se"assem para poder %!s!tar o Tempo de Ne"4un&, onde %!%e o %!dente ma!s 0amoso do T!bete Apro%e!tamos o tempo para er tre"4os dos 7!taXas 6 as es"r!turas sa&radas do Bud!smo !nd!ano, que o "4e0e da m!ss(o !nd!ana, Cap!t(o Narendra Sen, tradu1!ra ma&n!0!"amente para o !n&3s
O Or2c$lo de Nec/$ng
2!namente a "4u%a passou e um so t$m!do sa!u entre as nu%ens E ass!m sa$mos para %!s!tar o Orá"uo de Ne"4un& 7assamos peo "entro da "!dade de +4assa e nossos "a%aos 0oram se&u!ndo peo mer"ado, at!n&!mos uma pan$"!e, e o&o ad!ante %!mos o &rande Tempo de Norbu!nXa, onde %!%e outro %!dente 0amoso "on4e"!do "omo o Orá"uo de Gadon&, ao qua s? t3m a"esso o Daa! +ama e seus M!n!stros Cont!nuamos "a%a&ando por "am!n4os "4e!os de "ur%as, at* que "4e&amos ao nosso dest!no O Tempo de Ne"4un& 0!"a a o!to qu!=metros da "!dade de +4assa Naquee d!a 4a%er!a uma "er!m=n!a espe"!a, "om a presen'a do &rande %!dente !n4a do !nter!or do tempo uma ms!"a b!1arra de 0autas e tambores Entramos num &rande pát!o, !mos um espetá"uo 0as"!nante O po%o se "ompr!m!a peas aas do pát!o 7or todas as partes, pendurados nas %e4as ár%ores, %!mos &randes estandartes de seda "oor!da, "om p!nturas 0antást!"as de deuses e dem=n!os Eram as 0amosas p!nturas tanXa, t$p!"as do T!bete Todo o amb!ente esta%a per0umado de !n"enso, "u)a 0uma'a sa$a de &randes !n"ens?r!os de bron1e espa4ados peo pát!o Ass!m que "4e&amos %!mos um )o%em mon&e sa!r pea &rande porta pr!n"!pa do tempo est!a um 4áb!to de seda amarea e sobre o pe!to t!n4a um meda4(o de ouro, "ra%e)ado de br!4antes, 0ormando estran4os s$mboos Esta%a suspenso ao pes"o'o do mon&e por uma &rossa "orrente de ouro Do!s no%!'os, "om seus t$p!"os 4áb!tos marrons remendados de "ores d!0erentes, se&ura%am as pontas de um on&o manto de bro"ado %!oeta, que "a$a sobre os ombros do mon&e C4e&aram a um tabado 0orrado de %eudo "armes!m, onde %!mos um trono "om amo0adas de seda amarea O )o%em mon&e sentou6se soenemente no trono Os do!s no%!'os a)oe4aram6se a seus p*s Ou%!mos o som de um &on&o e uma pro"!ss(o de no%!'os "ome'ou a des"er a es"adar!a de mármore do tempo Se&ura%am &randes estandartes de seda amarea "om a m$st!"a !ns"r!'(o OM MANI 7ADME HM bordada em seda a1u 0orte O &rupo de no%!'os parou a um "anto do pát!o, @ sombra de %e4as ár%ores, e 0!"ou em s!3n"!o Em se&u!da %!eram os An"!(os, os Grandes +amas "om suas tn!"as "or de aran)a, seus mantos "or de %!n4o, as "abe'as raspadas e os o4os d!stantes 0!tando o "*u Soaram as on&as trombetas de prata, produ1!ndo um som "aro e bon!to Os amas d!%!d!ram6 se em do!s &rupos e 0!"aram parados )unto @ es"adar!a de mármore Momentos depo!s, outro bater de &on&o E o&o sa!u do tempo uma !nda mo'a %est!da "omo uma deusa Com um andar ento e "ompassado, 0o! se apro!mando de n?s Obser%amos seu 0ormoso rosto o%a, de um tom de mar0!m, o4os &randes e amendoados, nar!1 pequeno e bon!to, e bo"a mu!to bem 0e!ta, p!ntada de rosa "aro Seus on&os "abeos pretos esta%am reun!dos numa &rossa tran'a que 4e "a$a at* os )oe4os Coroa%a64e a "abe'a um d!adema de br!4antes, turquesa e "ora 6 É a &rande sa"erdot!sa Dor&e 7omoU 6 murmurou o ama a1! ao nosso ou%!do Re"orde! uma enda que ee me "ontara sobre aquea m!ster!osa sa"erdot!sa
D!1em os t!betanos que "erta %e1 os mu'umanos tártaros !n%ad!ram a "!dade sa&rada de +4assa Det!%eram6se ante o Tempo de Ne"4un&, o qua pretend!am o"upar O &enera !n!m!&o mandou d!1er @ sa"erdot!sa Dor&e 7omo que, se ea 4e apare"esse na 0orma de uma por"a, ee n(o destru!r!a o tempo Em resposta, a 0ormosa abadessa ped!u "em3n"!a, ro&ando64e que 0osse embora "om seus sodados e de!asse seu pa$s em pa1 O &enera tártaro, sotando &ar&a4adas, entrou @ 0or'a no tempo 7ara espanto &era, n(o en"ontraram nem um ser 4umano, mas um bando de por"os e por"as que "orr!am, atordoados, de um ado para outro Aterror!1ados, os tártaros 0u&!ram e de!aram o T!bete para sempre Atr!buem6se a esta sa"erdot!sa Dor&e 7omo mu!tos poderes má&!"os, !n"us!%e este poder trans0ormar6se no pássaro ou an!ma que dese)ar, num 0en=meno denom!nado !"antrop!a N(o podemos "onstatar se !sto * %erdade, mas soubemos que Dor&e 7omo * "ons!derada "omo uma das ma!ores ma&as do T!bete O po%o se a)oe4ou re%erente ante a passa&em da &rande sa"erdot!sa 6 "ons!derada Mu4er Buda Os %e4os amas es"otaram6na at* o trono do %!dente 2ormou6se uma 0!a entre o po%o e "ome'aram as o0erendas Eram %!dros de per0ume, )o!as de ouro e prata, 0ores, e"4arpes de seda bran"a, e uma pedra sa&rada que os t!betanos "4amam dord)e 6 s$mboo do poder A um &esto da sa"erdot!sa, uns no%!'o6"r!ados troueram &randes ta"4os de "obre "4e!os de %!n4o Todos se ser%!ram @ %ontade, t!rando dos bosos de suas tn!"as on&os "opos de made!ra Soubemos que para a es"o4a da &rande sa"erdot!sa, abadessa de Ne"4un&, os amas empre&am m*todos pare"!dos "om a des"oberta dos Budas !%os Sabe6se que ap?s a morte de uma dessas abadessas, os amas se renem em "onse4o E pea bo"a de um m*d!um, ea se man!0esta, d!1endo em que u&ar e em que 0am$!a %a! renas"er Sobre a atua Dor&e 7omo "onta%am6se 4!st?r!as mu!to "ur!osas T!n4am6se passado sete anos ap?s a morte da t!ma sa"erdot!sa de Ne"4un&, sem que ea se man!0estasse "omo 4ab!tuamente Os amas esta%am preo"upados e n(o sab!am o que 0a1er Ea * a "ontraparte 0em!n!na do %!dente e a)uda6o "om sua 0or'a ma&n*t!"a e seus poderes supranorma!s Num d!a prop$"!o, !nd!"ado peos astr?o&os, um &rupo de amas sa!u de Ne"4un& d!s0ar'ados de "amponeses Andaram mu!to at* "4e&arem @ re&!(o de N&ar! !ram um &rupo de "r!an'as que br!n"a%am numa rua Deste &rupo sa!u uma men!na de uns sete anos, 0ran1!na e &ra"!osa Coo"ando as m(o1!n4as sobre o amba& -boso !nterno 0ormado peas dobras das tn!"as t!betanas/, ea 0aouF 6 Me dá m!n4a t!araU O ama 0!"ou surpreso Reamente, tra1!a no boso a t!ara de br!4antes, turquesas e "ora que perten"era @ t!ma sa"erdot!sa de Ne"4un& E a men!na prosse&u!uF 6 N(o me re"on4e"es Sou aquea que pro"uram 4á sete anosU D!ante dessa pro%a, o ama a)oe4ou6se e be!)ou os p*s da men!na D!as depo!s, ea 0o!
e%ada para o Tempo de Ne"4un& "arre&ada numa r!"a !te!ra e %est!da "omo uma pr!n"esa de "onto de 0adas A 0esta no parque "ont!nuou Re"ome'aram os toques dos tambores "ompr!dos "omo os tabas !nd!anos E ao som de ms!"as e?t!"as, um bando de dan'ar!nos "ome'ou a dan'ar 0renet!"amente sa%am más"aras 0antást!"as e da%am &r!tos de ae&r!a Term!nadas as dan'as, a )o%em sa"erdot!sa que esta%a sentada ao ado do %!dente e%antou6se e 0aou numa %o1 ma"!a e &ra%eF 6 Sa%e o Orá"uo de Ne"4un&U Todos os o4ares "on%er&!ram para o )o%em mon&e sentado no trono +entamente ee se e%antou T!rou o manto "or de %!oeta e 0o! para o "entro do pát!o, onde t!n4a s!do desen4ado no "4(o, "om p?s "oor!dos, um enorme "$r"uo má&!"o Do!s no%!'os se apro!maram e "oo"aram nos ombros do %!dente uma r!"a estoa de bro"ado dourado Sobre a "abe'a "oo"aram um "apa"ete pontudo, tamb*m dourado, ornado de pedras pre"!osas 0ormando !ndos bordados As re1as "ome'aram em %o1 ata O %!dente 0e"4ou os o4os e pare"eu 0!"ar numa at!tude de &rande "on"entra'(o +o&o, seu "orpo es&u!o te%e uns estreme"!mentos 7are"!a que seu esp$r!to de!ar!a o "orpo para que ee ser%!sse de %e$"uo @s d!%!ndades tuteares Este %!dente de Ne"4un& * 0amoso por seus poderes ps$qu!"os D!1em que desde mu!to men!no re%eou seus dons med!n!"os No T!bete os %!dentes ou m*d!uns s(o tamb*m "4amados de deo& ou aquee que %otou do a*m Do u&ar onde está%amos pod$amos %er os menores mo%!mentos do %!dente de Ne"4un& Seu rosto 0o! 0!"ando mu!to pá!do O "orpo "ome'ou a ser sa"ud!do por &randes estreme"!mentos "ada %e1 ma!s 0ortes Era o "ome'o do transe Sb!to suas 0e!'>es se mod!0!"aram Os o4os abertos desmesurada mente pare"!am querer satar 0ora das ?rb!tas Sotando um &r!to estr!dente, ee "ome'ou a puar des"ontroadamente 7are"!a um dem=n!o en"arnado num "orpo 4umano Ent(o, um dos %e4os +amas er&ueu a m(o d!re!ta e o %!dente parou de puar e 0!"ou r$&!do O %e4o ama apro!mou6se de%a&ar Coo"ou uma e"4arpe de seda bran"a sobre o pes"o'o do %!dente E 0!"ou parado ao seu ado N!sso os no%!'os e os amas !n!"!aram um "anto @ me!a %o1 7are"!a um "Jnt!"o de mon&es &re&or!anos O "Jnt!"o "um!nou numa mara%!4osa torrente de sons e "essou repent!namente As 0e!'>es do )o%em %!dente se a"amaram, seu rosto tomou a epress(o de um %e4o Com o "orpo re"ur%o, e a passos tr=pe&os, ee apro!mou6se do ama que esta%a em p* a seu ado e que pare"!a "omandar sua 0or'a esp!r!tua 2e164e um &esto "om a "abe'a Ambos "on%ersaram em %o1 ba!a O %e4o ama "4amou um no%!'o que 4e troue um roo de pape, p!n"e e t!nta O %!dente "ont!nuou a 0aar "om o %e4o ama enquanto o no%!'o es"re%!a suas paa%ras Term!nada a "on%ersa, o %e4o ama t!rou do boso !nterno de sua tn!"a de seda um pun4ado de er%as se"as e deu6as ao %!dente Com &estos entos, o %!dente )o&ou as er%as num dos &randes !n"ens?r!os de bron1e e d!sse atoF
6 O4a!, !rm(osU A pr!n"$p!o n(o %!mos nada, a n(o ser uma nu%em de 0uma'a per0umada 7ou"o a pou"o 0omos per"ebendo que por entre o %*u "!n1ento da 0uma'a, 0orma%am6se 0!&uras E sb!to %!mos um paá"!o "er"ado de p!n4e!ros Yunto da &rande "ouna pr!n"!pa, passa um e*r"!to de sodados a&!tando bande!ras "oor!das Depo!s, sur&!ram %utos !mpre"!sos e o&o s? 0!"ou a 0uma'a Ter$amos s!do %$t!mas de a&uma 4!pnose "oet!%a N(o se! A ms!"a re"ome'ou O rosto do %!dente 0!"ou "r!spado e de repente ee "a!u r!)o no "4(o Sem d%!da, a d!%!ndade t!n4a se a0astado Zuatro no%!'os "arre&aram o %!dente para o !nter!or do Tempo 6 A0!na, qua!s 0oram as pred!'>es do orá"uo !nda&ou 7!erre, %otando6se para nosso am!&o a1! 6 N(o se! 6 retru"ou ee As pred!'>es s(o &uardadas em se&redo e estudadas peo Conse4o Super!or dos +amas, durante %ár!os d!as Em se&u!da s(o "omun!"adas ao Daa! Os %!dentes n(o podem "ometer erros nem dar respostas erradas Mu!tos dees )á 0oram de&radados e "ondenados @ pr!s(o perp*tua, por terem 0e!to 0asas pro0e"!as En"errando a "er!m=n!a, a )o%em sa"erdot!sa e%antou6se, tendo na m(o d!re!ta um bast(o de prata !n"rustado de pedras pre"!osas Com este bast(o ea "ome'ou a aben'oar o po%o que "orreu para n(o perder o sua%e "ontato aben'oador Conse&u!mos sa!r da "on0us(o re!nante e %otamos ao %ae, onde um "r!ado t!n4a 0!"ado tomando "onta de nossos "a%aos Sobre n?s br!4a%a o so um!noso do outono 7ara o su, 4á ma!s de tr!nta m! p*s de pro0und!dade, 0!"a%a a "!dade sa&rada de +4assa A este e oeste er&u!am6se p!"os ne%ados Ao norte, desta"a%a6se a mara%!4osa "ade!a das montan4as de araXorum +á no ato da montan4a, "ome"e! a med!tar e sb!to pare! de ser eu mesma e 0u! o r!tmo de tudo O0ere"! o rosto @ br!sa 0r!a para que ea me despertasse, á no mundo o"uto dos amas onde a!nda 4o)e %!%em ma&!as !na"red!tá%e!sU
A >oga Ti4etana Ao de!armos o Tempo de Ne"4un&, sub!mos uma sua%e ade!ra que "ondu1!u a um panato onduado, por onde serpea%a a estrada que "ondu1!a a +4assa Sub!mos e des"emos aquees de"!%es "ortados por mansos re&atos Yá no 0!m do panato, o "am!n4o "ome'ou a "ontornar o %ae !mos ent(o uma &ruta que ma!s pare"!a um pequeno "asteo Soubemos que a! mora%a um &ont"4en, ou erm!t(o, que &ra'as @ !nter%en'(o do ama a1! te%e a &ent!e1a de nos re"eber e 0aar um pou"o "onos"o O erm!t(o era um 4omem !doso, ato, ma&ro, bron1eado, de !dade !nde0!n$%e Rosto quase sem ru&as, o4os es"uros e br!4antes, nar!1 me!o adun"o, "abeos e barbas
on&os e mu!to bran"os est!a apenas uma sun&a de a&od(o bran"o, t$p!"a do erm!t(o t!betano A &ruta esta%a !mpre&nada peo per0ume do !n"enso de sJndao, que ard!a num brase!ro As duas pe'as !n0er!ores da &ruta eram "er"adas por um muro de pedra que !soa%a a &ruta de o4os estran4os Em "!ma, 0!"a%a o quarto do erm!t(o, onde %!mos apenas uma este!ra e a&uns !%ros Soubemos que ee prat!"a%a Ko&a e atra%*s do ama a1! per&untamos ao erm!t(oF 6 Os m*todos o&ues t!betanos t3m seme4an'a "om os da 5nd!a 6 S!m, os pr!n"$p!os 0undamenta!s da o&a pr!m!t!%a 0oram apro%e!tados pea o&a t!betana, mas nossos m*todos "ont3m mu!ta ma&!a, "on"entra'(o, med!ta'(o, pro)e'(o astra e menta!1a'>es d!%ersas O aspe"to ma!s m!ster!oso * a Tantra o&a, )á que a %erdade!ra transm!ss(o * se"reta e s? pode ser dada por um Guru qua!0!"ado, ao d!s"$puo que antes * submet!do a mu!tas pro%as A Tantra o&a %3 por trás de todas as "o!sas e apar3n"!as um enorme poder atente, que se "4ama unda!n!, ou 2o&o Serpent!no Ee dorme na base da "ouna esp!na, enroado "omo uma serpente, @ espera do despertar, que ta%e1 nem o"orra nesta %!da O despertar * uma ruptura na "ons"!3n"!a de %!&$!a, o despontar de uma "ons"!3n"!a pena, de uma super"ons"!3n"!a que está !mersa na "r!atura 4umana, mas que, de%!do ao seu adorme"!mento, ea n(o "onse&ue per"eber 6 Mas em que "ons!ste propr!amente o Tantra o&a 6 !nda&amos !nteressados 6 O Tantra * uma s*r!e de eer"$"!os que de%em ser 0e!tos sob a d!re'(o de um mestre qua!0!"ado E ees pre"!sam ser prat!"ados todos os d!as N(o 4á Tantra sem a prát!"a Ea * a ra!1 e a ess3n"!a de tudo O Tantra o&a pretende ser a Ko&a adequada @ Idade Ne&ra que o mundo está atra%essando a&ora 7ara "ada *po"a 4á um ens!namento adequado Na *po"a atua, em que a &rande "ara"ter$st!"a * a m!s"!&ena'(o, a m!stura das ra'as, das !de!as, a d!ssou'(o da 0am$!a e das estruturas trad!"!ona!s, seus ens!namentos e prát!"as s(o mu!to te!s A 0?rmua bás!"a do tantr!smo * a poss!b!!dade da !berta'(o a!ada a uma a'(o tota, ou estado de absouta auto6rea!1a'(o 2!"amos ent(o sabendo que, entre os pr!n"!pa!s tetos tJntr!"os bud!stas, _es astro?&!"as e d!%ersas prát!"as seua!s que despertam nos seres 4umanos os poderes atentes adorme"!dos Há uma se!ta de o&ues tJntr!"os "4amados ama"4ar!s, que usam o seo de mane!ra espe"!a e tamb*m per0umes que est!muam o "4a"ra ra!1 ou Muad4ara, onde a ener&!a do 0o&o serpent!no de unda!n! )a1 enros"ada Este "entro sut! está em rea'(o d!reta "om o sent!do do o0ato, e "ertos aromas !n0uem sobre ee "om 0a"!!dade 6 Zua!s s(o estes aromas 6 !nda&amos 6 Nos r!tos da o&a Tantra usamos ?eos essen"!a!s, !sto *, ess3n"!as puras
de am$s"ar, )asm!m, ma&n?!a, nardo, sJndao, pat"4u! e a'a0r(o A pr!n"!pa ra1(o para o empre&o destes per0umes e est!muar o "entro %!ta et*r!"o ou "4a"ra ra!1 O 0ato de que os per0umes ass!m usados s(o a0rod!s$a"os !nd!"a que a !b!do seua e a ener&!a 0em!n!na S4aXt! s(o uma s? "o!sa A tarde )á !a a%an'ada quando o erm!t(o deu por en"errado o nosso en"ontro Zuando de!amos a erm!da, )á era quase no!te Durante o "am!n4o de %ota, Dr essantára "omentouF 6 É estran4o que o erm!t(o o&ue n(o ten4a 0aado sobre o t"4od 6 a o&a t!betana na qua se !n%o"a o dem=n!o para destru!r a !nd!%!dua!dade 6 Certamente * porque n(o "on"orda "om estas prát!"as bárbaras 6 retruque! 6 Na %erdade, * um m*todo mu!to per!&oso prat!"ado por mu!tos pou"os o&ues "4amados os Irm(os das Sombras Estas prát!"as demon$a"as podem e%ar @ ou"ura, por !sso a ma!or!a dos Mestres o&ues pre0erem n(o 0aar sobre o t"4od
&i#ita ao# Templo# de L/a##a A a%entura des"on4e"!da está d!ante de n?s, no 0!na do "am!n4o tortuoso que sobe atra%*s do bosque e term!na nos $n&remes "on0!ns do Sudoeste de +4assa A!, na u1 "ara da man4(, desta"a%a6se "omo uma )o!a o 0amoso Tempo de C4arXpor! 6 o Co*&!o de Med!"!na do T!bete Sob a prote'(o dos O!to Budas Curande!ros, estudam e med!tam aquees que ma!s tarde ser(o os m*d!"os do T!bete Condu1!dos por a1!, de!amos a M!ss(o bem "edo a!nda e sa$mos em d!re'(o ao C4aXpor! A&um tempo depo!s atra%essamos o pát!o do tempo, desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um mon&e6 "r!ado e to"amos o &rande &on&o de bron1e, pendurado nas tra%es da porta de "edro toda es"uturada m ama ato e !mponente %e!o ao nosso en"ontro, a"ompan4ado por do!s !ndos "(es, um &a&o ne&ro do Turquest(o e um pastor enorme de or!&em europe!a O ama tem uma bea apar3n"!a, "om sua on&a tn!"a de seda a1u de man&as t(o ampas que o"uta%am totamente suas m(os T!n4a o rosto e a "abe'a raspados, 0a"es de p=muos sa!entes, o4os br!4antes, nar!1 0!no e bo"a 0!rme Os "(es "ome'aram a rosnar amea'adoramente, mas a uma ordem do ama o&o se aqu!etaram a1! ep!"ou a ra1(o da nossa %!s!ta, e o ama que resutou ser o Mestre dos A"?!tos mandou6nos entrar Andamos por ampos "orredores abertos dos ados, passamos por um pát!o !nterno sombreado de %e4as ár%ores, onde um &rupo de men!nos de %ár!as !dades br!n"a%am an!madamente est!am6se "omo pequenos mon&es, "om uma tn!"a de ( marrom "om remendos "oor!dos, o tra)e t$p!"o dos no%!'os Ees nos o4aram "ur!osos e "ont!nuaram a br!n"ar 6 S(o os 0uturos m*d!"os do T!bete 6 0aou o ama que nos re"ebera Cont!nuamos andando em s!3n"!o, at* a"an'armos os santuár!os e "apeas, "obertos de p!nturas m$st!"as Em a&umas das "apeas %!mos &rupos de
amas re1ando s!en"!osamente seus rosár!os de "ento e o!to "ontas Nas "apeas, onde a "ar!dade do d!a * sempre es"assa, ma pod$amos %er as estátuas dos deuses nos atares, sobre"arre&ados de "ast!'a!s de ouro e prata, )arras "om 0ores e o0erendas de "om!das para os deuses No Tempo de C4aXpor!, a*m das "eas, "apeas e santuár!os, %!s!tamos tamb*m as &randes saas de aua "om seus on&os ban"os de made!ra onde as "r!an'as estudam, e as saas onde os mon&es estudam Med!"!na que embram mu!to um ne"rot*r!o o"!denta, "om suas paredes bran"as, suas mesas de mármore, onde se %3 um ou outro "adá%er d!sse"ado, "4e!ro at!%o de er%as med!"!na!s e e?t!"os !nstrumentos operat?r!os Há tamb*m saas ded!"adas ao estudo da A"upuntura, as massa&ens "urat!%as Tu!6Na ap!"adas na "abe'a, testa, pes"o'o, "ouna e "osteas, "om press>es 0ortes ou e%es dos poe&ares em mo%!mentos para "!ma, para ba!o e para os ados Essa t*"n!"a se&ue o "urso dos mer!d!anos ou "ana!s que transm!tem a ener&!a eetroma&n*t!"a "4amada ! atra%*s do "orpo A e!st3n"!a destes mer!d!anos ou "ana!s e sua rea'(o "om os pontos de press(o na massa&em s(o "on4e"!das pea med!"!na or!enta 4á m!4ares de anos No Yap(o esta "ura atra%*s de massa&ens * "on4e"!da "omo Do In e 0o! adaptada do Tu!6Na Soubemos que outrora os m*d!"os or!enta!s estuda%am o s!stema %!s"era de um modo mu!to "ur!oso, que somente 4o)e, mu!tos m!3n!os passados, * que 0o! des"oberto o se&redo Em uma saa do Museu de 7equ!m 4á uma estatueta de made!ra de sJndao de uns _< "ent$metros de atura Representa um pequeno Buda, ma&ro, sereno e ere"to, apo!ado num pedesta em 0orma de ?tus m empre&ado do Museu, ao t!rar o p? dos ob)etos sob seus "u!dados, de!ou "a!r o Buda no "4(o Na queda, abr!u6se uma pequen!na porta !&norada at* ent(o, o"uta nas "ostas da estatueta peas pre&as da tn!"a E ass!m 0o! des"oberto no !nter!or do Buda um "ompeto s!stema %!s"era, 0e!to de te"!dos pre"!osos e "oor!dos, "u)os ?r&(os em m!n!atura eram per0e!tamente !m!tados, na 0orma, nas "ores e nas adequadas propor'>es A "ur!osa estatueta de Buda 0!"ou aos "u!dados de uma )unta m*d!"a "4!nesa que estudou atentamente as no'>es de anatom!a que ee ens!na%a s*"uos atrás No'>es eat$ss!mas, que, se "omparadas "om as atua!s -que tanto traba4o deram aos "!ent!stas o"!denta!s durante a Idade M*d!a e no Renas"!mento/, s(o per0e!tas O ma!s !nteressante * que "ada ?r&(o en"ontrado dentro da ant!&a estatueta de made!ra tem "u!dadosas !nd!"a'>es que 4e de0!nem o nome, as d!mens>es norma!s no ser 4umano, o peso e a o"a!1a'(o Este Buda do Museu de 7equ!m mere"eu re"entemente mu!tas re0er3n"!as na !mprensa mund!a, !n"us!%e uma reporta&em na re%!sta 0ran"esa 7ar!s6Mat"4 Consta que estatuetas "omo esta do Buda de 7equ!m, e tamb*m desen4os m!nu"!osos de anatom!a, eram usados peos ant!&os m*d!"os "4!neses, )aponeses e t!betanos, para 0a1erem seus d!a&n?st!"os, po!s os ant!&os "ostumes n(o perm!t!am que o pa"!ente se desp!sse na 0rente do m*d!"o Tamb*m a aut?ps!a n(o era perm!t!da peas e!s or!enta!s
Os m*d!"os t!betanos a!nda 4o)e usam mu!to a astro6d!a&nose, baseados nos estudos da Astroo&!a Da$ 4a%er mestres astr?o&os dando auas no Co*&!o de Med!"!na do T!bete Soubemos que na anatom!a 1od!a"a "ada s!&no tem um ponto 0ra"o por onde "ome'am as doen'as E ass!m, num estudo "omparat!%o apro!mado dos s!&nos or!enta!s e o"!denta!s, os do1e s!&nos 1od!a"a!s re&em os se&u!ntes ?r&(osF Rato ou 8r!es 6 re&e a "abe'a B0ao ou Touro 6 re&e a &ar&anta e a &Jndua t!re?!de T!&re ou G3meos 6 re&e bra'os, m(os, apare4o resp!rat?r!o +ebre ou CJn"er 6 re&e o apare4o d!&est!%o e o peo soar Dra&(o ou +e(o 6 re&e o "ora'(o e a "ouna %ertebra Serpente ou !r&em 6 re&e !ntest!nos, ba'o e 0$&ado Ca%ao ou +!bra 6 re&e os r!ns, supra6rena!s e re&!(o ombar O%e4a ou Es"orp!(o 6 re&e os ?r&(os &en!ta!s e o apare4o e"retor Ma"a"o ou Sa&!tár!o 6 "oa&!a, art!"ua'>es dos quadr!s Gao ou Capr!"?rn!o 6 os )oe4os e art!"ua'>es do "orpo C(o ou Aquár!o 6 torno1eos e "!r"ua'(o san&u$nea 7or"o ou 7e!es 6 p*s, ossos e ms"uos, &Jndua p!nea, 0!bras ner%osas, "!r"ua'(o da etrem!dade do "orpo, as &Jnduas a"r!ma!s, o "ana raqu!d!ano e at* "erto ponto os ?r&(os da reprodu'(o Sa!ndo das saas de aua, nos det!%emos on&amente no &rande terra'o que "!r"unda o Tempo de C4aXpor! A! repousamos os o4os e mente "ontempando a !nda "!dade de +4assa, que ao on&e se estende em d!re'(o ao Norte O so )á !a se es"ondendo atrás das nu%ens e era tempo de part!r De!amos o terra'o, per"orremos de no%o mu!tas saas, "apeas e santuár!os, passamos peo Atar dos Sa"r!0$"!os, onde se a!n4am as estátuas douradas em taman4o natura dos O!to Budas Curande!ros, a&rade"emos a 4osp!ta!dade dos amas e %otamos @ +4assa Ma!s bon!to que o Tempo de C4aXpor! 6 a Montan4a de 2erro 6 e qu!'á mesmo que o paá"!o 7otaa * o 0amoso Drepun& tamb*m "4amado Drebun& ou Tempo do Mont(o de Arro1 7are"e uma p!rJm!de bran"a "4e!a de tempos "om te4ados dourados A bran"ura do Mont(o de Arro1 se desta"a entre as montan4as a1uadas que o "!r"undam É um dos ma!s poderosos e popuares moste!ros de +4assa Está s!tuado "er"a de tr3s m!4ares a Oeste da "!dade e nee, se&undo uns, %!%em sete m! amas e, se&undo outros, de1 m!, d!%!d!dos em sete "o*&!os aut=nomos, "ada um re&!do por um Abade e um Tesoure!ro Estes quator1e 4omens re&uam toda a "omun!dade, &rande dema!s para ser d!r!&!da por um s? 4omem Como todo tempo t!betano, o Mont(o de Arro1 %!%e das taas pa&as peos "amponeses que "ut!%am seus "ampos M!4ares de "amponeses t!betanos "ontr!buem para estas depend3n"!as 0euda!s e para o sustento do traba4o esp!r!tua dos amas, de quem n(o se e!&e nen4um traba4o manua, a n(o ser preparar o t$p!"o "4á amante!&ado ne"essár!o para ees
Nossa "4e&ada n(o pare"eu pro%o"ar nen4uma "ur!os!dade em n!n&u*m Os &randes port>es de 0erro esta%am abertosP entramos tranqu!amente peas %astas aas a)ard!nadas Nen4um dos Abades esta%a no Tempo, apesar de terem s!do a%!sados de nossa %!s!ta d!as antes E%entuamente en"ontramos um )o%em no%!'o que pou"o "on4e"!a o tempo Me!o amedrontado, ee 0o! nos a"ompan4ando atra%*s das !nmeras saas e "apeas No me!o de um parque, %!mos um pequeno paá"!o de te4ado re"ur%o que ser%e para 4ospedar o Daa! +ama e o Re&ente em sua %!s!ta anua Nas paredes deste paá"!o, entre p!nturas re!&!osas, %!mos um poema es"r!to peo I Daa! +ama, que era um renomado poeta e "4ama%a6se Tsan Kan& Gatso O +ama a1! nos tradu1!u o poema que anotamos, de%!do a sua de!"ada bee1aF 7ássaro bran"o, empresta6me tuas asasU N(o !re! mu!to on&e, am!&o Ap?s "ontornar o a&o +! Tan&, aqu! mesmo, pert!n4o, o&o 4e! de %otar, pássaro bran"oU Caa!6%os, ru!dosos papa&a!osU No bosque dos sa&ue!ros, o pássaro D)omo quer "antar e sa!bam 6 o seu "Jnt!"o * má&!"oU A4U se)am ou n(o terr$%e!s os deuses e dem=n!os que me se&uem, quero que se)as m!n4a, ? do"e ma'( que ten4o ante os o4osU Sem d%!da, n(o es"apará ao e!tor o %eado tom pa&(o que pare"e "onter os %ersos daquee ant!&o 4omem6deus do 7a$s das Ne%es A poes!a atua "omo drena&em para o !n"ons"!ente Em 0rente ao pequeno paá"!o, 4á um re!"ár!o em est!o !nd!ano "4amado stupa, que "ont*m o "orpo do Grande +ama Kon Tenu, que era mon&o e possu$a &randes poderes ps$qu!"os Os &3n!os tuteares deste monumento s(o as tseru6ma ou C!n"o N!n0as da +on&a !da, "u)as estátuas de bron1e &uardam a entrada, ao ado de uma outra estátua representando o deus Haa&r!%a O !nter!or do Tempo do Mont(o de Arro1 * ma)estoso, por*m nada tem que o d!0eren"!e mu!to dos outros tempos t!betanos que t$n4amos %!s!tado Soubemos que este Tempo do Mont(o de Arro1 *, por*m, uma e"e'(o na po$t!"a t!betana Ee * "ons!derado a 0a%or dos "4!neses e ant!o"!denta Da$ o 0ato da ma!or!a de seus amas %!rem do T!bete Or!enta, que está sob a o"upa'(o "4!nesa O dese)o de "on"!!ar a C4!na e o T!bete * a ra1(o desta at!tude ant!o"!denta Sa!ndo do Tempo do Mont(o de Arro1, montamos em nossos "a%aos e 0omos em d!re'(o ao Moste!ro de Sera ou Cer"a da Rosa S!%estre, que 0!"a a do!s qu!=metros ao norte de +4assa Ee 0!"a no ato de uma "o!na "4amada Ta T! Yun, 0amosa por "onter m!nas de prata e que rode!a todo o
moste!ro Sera ou Cer"a da Rosa S!%estre * quase t(o "oossa "omo o Tempo do Mont(o de Arro1 É tamb*m um "on)unto de tempos e ed!0$"!os de pedra bran"a todo rodeado de muros bem atos, "omo se 0osse uma 0ortae1a m!!tar Nesta s!en"!osa erm!da, os amas se ret!ram para se ded!"arem !nte!ramente a seus estudos esp!r!tua!s D!1em uns que ee tem "!n"o m! amas e outros que ees s(o sete m!, d!%!d!dos em quatro "o*&!os E"eto por !sto, a Cer"a da Rosa S!%estre possu! 0ontes de renda que dup!"am os rend!mentos de Tempo do Mont(o de Arro1 7ou"as semanas antes de nossa "4e&ada, o Moste!ro de Sera t!n4a s!do en%o%!do numa "onsp!ra'(o po$t!"a Consta que opuseram res!st3n"!a armada "ontra o e*r"!to t!betano De a"ordo "om as !n0orma'>es que t!%emos, Sera se p>e "ontra o &o%erno do Daa! 2requentemente, metem6se em utas san&u!nár!as "om os amas do Moste!ro do Mont(o de Arro1, que * "ons!derado seu r!%a 6 Isto * o "ome'o do 0!m 6 "omentou tr!stemente nosso am!&o, o ama a1! C4e&ou a *po"a do "reps"uo dos amas, a0!rmam nossas %e4as trad!'>es Ao passarmos por um dos port>es pr!n"!pa!s de Sera, %!mos m!4ares de amas o4ando6nos "ur!osamente e %!&!ados peos &!&antes doddobs, a po$"!a monást!"a que %!%e em todas as &randes amasser!as Estes at*t!"os &uard!(es da e! anda%am de um ado para outro "ontendo a 0!a dos amas sa%am to&as %erme4as e mantos amareos, que 4es "a$am sobre os ombros at*t!"os No sa(o de re"ep'(o, 0omos apresentados aos quatro Abades que re&em o Moste!ro de Sera Sentados numa esp*"!e de pata0orma 0orrada de amo0ad>es de seda, os quatro %e4os nos "umpr!mentaram ama%emente e d!sseram que pod$amos %!s!tar todo o tempo E ass!m, "ondu1!dos por um no%!'o, 0omos at* a %asta b!b!ote"a, onde a&uns amas !am atentamente Depo!s, passamos por d!%ersas "eas e santuár!os Num dees, %!mos uma enorme estátua do deus A%aoX!ta Es4%ara, tendo on1e "abe'as e on1e bra'os, "ada um 0a1endo um &esto m$st!"o ou mudrá D!1em as es"r!turas santas do Or!ente que estes &estos s!mb?!"os ou mudrás ser%em de !nstrumento a determ!nados estados de "ons"!3n"!a S(o uma esp*"!e de !n&ua&em 4erm*t!"a !&ada ao !n"ons"!ente "oet!%o e que produ1em "ertos estados ps$qu!"os espe"!a!s Zuando de!amos o Tempo da Cer"a da Rosa S!%estre, um %*u de n*%oa pare"eu "obr!r a !mensa amasser!a +o&o os tempos e "o*&!os perten"entes a Sera 0oram desapare"endo aos pou"os atrás das es"uras montan4as No d!a se&u!nte, 0omos "on4e"er Nan&6Ku 6 o Moste!ro Rea de +4assa, onde estudam todos os Daa!s Ee 0!"a no ato da "o!na %erme4a do 7otaa D!1em que 0o! 0undado no s*"uo II, no !n$"!o da "on%ers(o do re! Sron&6 Tsan Gampo ao bud!smo 2o! "onstru$do por ee a 0!m de abr!&ar a no%a 0* tra1!da da C4!na por uma de suas esposas e as !ma&ens bud!stas Durante mu!tos s*"uos este tempo "oossa re"ebeu mu!tas re0ormas e, no s*"uo
II, 0o! !nte!ramente restaurado A entrada pr!n"!pa do Moste!ro Rea de +4assa 0!"a do ado este da "o!na %erme4a D!ante dea 4á uma enorme bande!ra de pre"es, que, se&undo a0!rmou o ama a1!, tem .Q< metros de atura É ornada na base "om "4!0res de !aque 6 o bo! peudo do T!bete O te4ado * ato e pontudo "omo de um m!narete e todo re"oberto de 0o4as de ouro, presenteadas ao Daa! peo pr$n"!pe Ananma, da 5nd!a, em 0!ns do s*"uo II antes de Cr!sto No "entro do %est$buo, todo pa%!mentado de mármore, %!mos uma pesada porta de made!ra de sJndao, aberta Atra%*s dea entramos numa ante6saa que dá para o pr!me!ro andar Na parede oposta @ entrada, 4á uma outra porta, toda de bron1e bem po!do, que nos e%a a um sa(o Nos quatro "antos do sa(o %!mos enormes estátuas de bron1e representando os quatro &uard!(es do mundo Ma!s a*m, %!mos um sa(o sustentado por "ounas es"uturadas de dra&>es ma es"ada em "ara"o "ondu1 ao santuár!o se"reto ou San"tum San"torum Neste santuár!o, %!mos p!nturas m$st!"as, mu!tas estátuas de deuses e um &rande atar de )ade bran"o O santuár!o pare"!a !rrad!ar uma u1 dourada No teto %!mos a p!ntura de um mara%!4oso an)o ou de%a "or de %!oeta, se&urando em suas m(os um &rande es"udo de +u1 Dourada sobre o qua %!mos uma "ru1 de Mata "ra%e)ada de pequen!nas amet!stas 6 Este Tempo representa a sabedor!a que no pano "?sm!"o 6 0aou o ama a1! 6 * representada por uma +u1 Dourada O an)o ou de%a pa!rando ato no teto do santuár!o * uma 0orma6pensamento, para que os d!s"$puos atra!am ma!s rap!damente a sabedor!a 6 Aqu! 6 "ont!nuou ee 6 os amas aprendem a est!muar seus dons !nternos, a desen%o%36os dom!nando o mundo !n0er!or dos sent!dos e permane"endo, para sempre, em sua Cons"!3n"!a Super!or No pano et*r!"o, o ra!o "?sm!"o da sabedor!a da +u1 Dourada * re&!do por Mestre +anto, um Mestre As"ens!onado ou Ser C?sm!"o que perten"e @ Grande 2ratern!dade Bran"a 7or a&um tempo, 0!"amos parados a! no santuár!o, ro&ando s!en"!osamente ao An)o %!oeta e ao Mestre +anto, que sua u1 nos !bertasse de nossa !&norJn"!a e !m!ta'>es Depo!s, s!en"!osamente, 0omos sa!ndo de "ostas, de%a&ar1!n4o e de!amos o santuár!o otamos a des"er a es"ada em "ara"o, atra%essamos mu!tas "apeas e saas que embra%am mu!to as que %!mos no Tempo do Buda !%o, em S!XX!m e 0!namente sa$mos atra%essando a aa das estátuas bud!stas e 0ranqueamos a entrada pr!n"!pa, onde a enorme bande!ra de pre"es tremua%a ao %ento da tarde
O Crepú#c$lo do# Lama# Nossos "a%aos "ontornaram a "o!na %erme4a onde 0!"a o Moste!ro Rea de +4assa, e 0omos des"endo entamente em d!re'(o ao port(o O"!denta ou 7ar&o a!n&, que e%a @ "!dade 7eas ruas de +4assa, &rupos de mend!&os,
!mundos e es0arrapados, "orreram em nossa d!re'(o !mporando esmoas Zuando ees se a0astaram "om as esmoas re"eb!das, nosso am!&o, o ama a1!, o4ou6os tr!stemente E %!rando6se para n?s, 0aouF 6 Mu!tos destes mend!&os s(o r!"os e n(o pre"!sam esmoar Zuando se "umpr!r "umpr!r a pro0e"!a do ano do T!&re de 2erro -.L;, os "omun!stas "4!neses "4!neses !n%ad!r(o o T!bete e n(o 4a%erá ma!s mend!&os, todos ter(o que traba4ar 6 O T!bete %a! ser reamente !n%ad!do 6 !nda&ou o Dr essantára essantára 6 S!m 6 respondeu o ama a1! 6 ta "omo o 0o! em *po"as mu!to remotas e depo depo!s !s em .L< .L<,, pe peas tropa ropass !n& n&esas esas sob sob o "om "omando ando do Coron orone e Koun&4us oun&4usban band d Os t!beta t!betanos nos opuser opuseram am a mesma mesma res!st res!st3n" 3n"!a !a que bre%e bre%e opor(o aos "omun!stas "4!neses Isto a"onte"erá no pr?!mo ano do T!&re de 2erro -.L; O !n%asor %en"erá, po!s ass!m d!1em nossos orá"uos ma!s ant!&os ant!&os Tudo Tudo será !nt! da parte do nosso pa$s, po!s * "4e&ado o tempo do "reps"uo dos amas Soubemos ent(o que na *po"a da !n%as(o !n&esa no T!bete, o tenente "orone m*d!"o, Dr ^ade, ^ade, es"re%eu em seus apontamentosF #É reamente surpreendente "omo os astr?o&os t!betanos puderam pre%er, "om "om &ran &rande de ante ante"e "ed3 d3n" n"!a !a,, a tempe empesstade ade que que ora ora !n%a !n%ad de seu seu pa$s pa$s Entr Entret etan anto to,, eu mesm mesmo o "op! "op!e! e! esta estass paa paa%r %ras as pro0 pro0*t *t!" !"as as de um %e4 %e4o o manus"r!to t!betano datado do ano de .;< Com etrema eat!d(o ee re%ea a 4ora, d!a e ano em que !sto su"eder!a# Desde que o +ama$smo !n%ad!u o terreno po$t!"o, a"an'ando o poder tempora tempora do T!bete, T!bete, os re!s6amas re!s6amas tornaram6se tornaram6se meros bone"os nas m(os do "ero Esta suprema"!a re!&!osa sobre m!4>es de 0!*!s da 8s!a troue64e mu!to ma!s do que prest$&!o Tornou6se uma 0onte %a!osa de rend!mentos Mu!tas "ontr!bu!'>es de %aor s(o en%!adas da 5nd!a, Mon&?!a, C4!na e B!rmJn!a para os "o0res do paá"!o 7otaa Ap?s a morte do .Q Daa!, 0o! !nstaada no 7otaa uma se'(o espe"!a do M!n!st*r!o de 2!nan'as do T!bete Sua m!ss(o * re"o4er as o0erendas re!&!osas de todo o %asto mundo ama$sta In"a"uá%e!s quant!dades de ouro e prata, pees raras, pedras pre" pre"!o !osa sas, s, seda sedass 0!n$ 0!n$ss ss!m !mas as,, bro" bro"ad ados os de ouro ouro e ob) ob)etos etos de arte arte s(o s(o &uardadas nos "o0res se"retos do 7otaa Consta que estes tesouros s(o usados "omo reser%a, num "aso de &uerra !nesperada Mas, se&undo nosso am!&o, o ama a1!, mesmo todo este tesouro será !nt! para sa%ar o T!bete do seu Carma de destru!'(o O T!bete, "om suas trad!'>es med!e%a!s e a re!&!(o ama!"a, desapare"erá da 0a"e da terra Toda%!a, suas !de!as 0!os?0!"as 0undamenta!s )ama!s morrer(o Sua sut! !n0u3n"!a !rá um d!a m!sturar6se "om a 0or'a po$t!"a dom!nante que %!rá "om a 23n! erme4a 6 ou "omun!stas "4!neses O atua . Daa! ens!nará seu po%o a matar os !n%asores "4!neses, que em .L;< !n%ad!r(o o T!bete Entretanto, Gautama, o Buda, ens!na%a a n(o6%!o3n"!a A %erdade * eterna e nen4uma press(o mater!a poderá destru$6a, po!s ea está a"!ma de tudo A ma&!a do m!ster!oso en"anto t!betano será des0e!ta E * bem poss$%e que d!ante do pJn!"o e do terror que %a! !mperar no Teto do Mundo, que o
po%o t!betano %ote a med!tar nas paa%ras do testamento po$t!"o do .Q Daa!, Daa!, 0ae"!do em .L: Este do"umento, do"umento, "onser%ado a!nda 4o)e no paá"!o 7otaa e "u)a "?p!a 0o! e%ada peo Corone Koun&4usband paa o Museu Br!tJn!"o, d!1 o se&u!nteF #No ano do T!&re de 2erro -.L;, a re!&!(o e a adm!n!stra'(o se"uar do T!bete ser(o ata"adas peas 0or'as da 23n! erme4a O . Daa! e o 7an"4en 7an"4en +ama ser(o %en"!dos %en"!dos peos !n%asores !n%asores As terras e as propr!edades propr!edades dos moste!ros ama$stas ser(o d!%!d!das e d!str!bu$das entre os !n%asores Os nobres e as atas persona!dades do Estado ter(o suas terras e seus bens "on0!s"ados e ser(o obr!&ados a ser%!r @s 0or'as !n%asoras para n(o morrer Contudo, a &rande u1 esp!r!tua que, 4á s*"uos, br!4a sobre o T!bete, n(o se apa&ará Ea aumentará, aumentará, se d!0und!rá d!0und!rá e respande"er respande"erá á na Am*r!"a Am*r!"a do Su e, pr!n"!pamente nas terras de O 2u San& -./, onde será !n!"!ado um no%o "!"o de pro&resso "om a no%a s*t!ma ra'a dourada# Se&undo nos !n0ormou o ama a1!, o atua . Daa! 6 que n(o * a reen"arna'(o do %erdade!ro Daa! 6 para n(o ser apr!s!onado, 0u&!rá para a 5nd!a O !n"r$%e "aos que 4á s*"uos re!nou na 8s!a, %otará a re!nar no 7a$s das Ne%es Os amas ar&ar(o os rosár!os e pe&ar(o nas armas Isto 0e16nos embrar que o dest!no do atua Daa! embra o de De%adata 6 un dos d!s"$puos de S!darta Gautama, o Buda, e que era pr!mo de sua esposa, a pr!n"esa Kasod4ara Cont Conta6 a6se se que, ue, atra atra%* %*ss das das prát rát!"as !"as da o&a, o&a, De%ad e%adat ata a "ons "onse& e&u! u!u u desen%o%er &randemente seus poderes ps$qu!"os ou #s!dd4!s# Certa %e1 um Mara)á o0ere"eu uma r!"a ta'a de ouro ao 4omem que pudesse a"an'á6a, sem sub!r no topo do bambu, onde esta%a pendurada !eram mu!tos ma&os e 0aqu!res para tentar a pro%a Em %(o !n%o"aram seus poderes o"utos Sabendo do que se passa%a, De%adata 6 or&u4oso dos seus poderes 6 reso%eu "ompet!r Sentou6se no "4(o, perto do trono do Mara)á e "on"entrou toda a sua 0or'a menta E o po%o assombrado %!u De%adata !r se ee%ando aos pou"os no ar E ass!m, e%!tando, "onse&u!u obter a ta'a sem sub!r no bambu Contente "om sua 0a'an4a, De%adata 0o! pro"urar o Buda e narrou64e o o"orr!do O Sub!me sorr!u e respondeu mansamenteF 6 De que que %ae %aem m este estess pode podere res, s, meu meu 0! 0!4o 4o Nada Nada s!&n s!&n!0!0!" !"am am para para teu teu pro&resso esp!r!tua S(o apenas demonstra'>es %(s Ind!&nado, De%adata !rr!tou6se "om a resposta do Ium!nado, e abandonou6o 2o! para a "!dade e "ome'ou a pre&ar "ontra ee Buda "ont!nuou sereno e de!ou De%adata entre&ue ao seu pr?pr!o dest!no ma tarde, De%adata "am!n4a%a pea 0oresta )unto "om seus d!s"$puos quando, de repente "a!u dentro de are!as mo%ed!'as Apesar de toda sua "ar!%!d3n"!a n(o t!n4a %!sto o per!&o Desesperado %!u que !a a0undando "ada %e1 ma!s Os d!s"$puos "orreram "orreram para sa%á6o Mas nada "onse&u!ram "onse&u!ram E De%adata De%adata morreu "o4!do "o4!do peas are!as mo%ed!'as 7oss!%emente, apesar de todo seu poder, o mesmo a"onte"erá "om o . Daa Daa!! +ama +ama Bre% Bre%e e terá terá que que d!1e d!1err adeu adeuss aos aos seus seus 0am 0amosos osos t$tu t$tuo oss de
En"arna'(o En"arna'(o !%a do Deus C4en Re \!, Re&ente Re&ente Má!mo do Teto ao Mundo, 7re"!oso 7rotetor do 7o%o, Grande Buda !%o, O Bem Amado Sen4or, O Ma!s Re"=nd!to Sáb!o e tantos outros nomes po*t!"os e !ma&!nosos que n(o ter(o ma!s ra1(o de ser VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV NotaF -./ 6 Os t!betano, "4amam #O 2u San ao Bras!, onde d!1em que te%e !n$"!o a sua "!%!!1a'(o, antes do Grande D!%!o
A -nicia(:o "inal 6 D!&a D!&a6m 6me e a1! a1!,, * %erd %erdad ade e que que aqu! aqu! no T!bet !bete e e!s e!ste te uma uma esp* esp*"! "!e e de "on4e"!mento "on4e"!mento ps$qu!"o, ps$qu!"o, que permane"e permane"e se"reto, des"on4e"!d des"on4e"!do o para o resto da 4uma 4uman! n!da dade de Os o4o o4oss seren serenos os do +ama +ama 0!ta 0!tara ram6 m6me me atent atentam ament ente e Está%amos sentados na &rande b!b!ote"a do Tempo de C4aXpor! onde ee !n&ressara d!as antes, para prosse&u!r seus estudos de med!"!na 2ata%am pou"os d!as para de!armos +4assa, e naquea tarde, de!ando meus "ompan4e!ros entre&ues aos preparat!%os da on&a %!a&em de %ota, 0u! so1!n4a at* o Tempo Tempo de C4aXpor! desped!r6me do %e4o a1! No 4or!1onte on&$nquo o so morr!a atrás das montan4as ne%adas Era a qu!nta 4ora da tarde e em %ota de n?s tudo era s!3n"!o m e%e sorr!so esbo'ou6se no rosto moreno do %e4o a1! quando ee 0aouF 6 S!m, * %erdade S(o "on4e"!mentos se"retos que a!nda n(o podem ser re%eados @ 4uman!dade Esta sabedor!a se"reta n(o pode ser dada a todos, po!s somente pou"os a "ompreender(o Hou%e uma on&a pausa Em se&u!da, na sua %o1 "ara e metá!"a o ama a1! prosse&u!uF 6 Embora n(o possa re%ear esta sabedor!a se"reta, %ou transm!t!r64e a&uns ens! ens!na name ment ntos os que que me 0oram 0oram dado dadoss peo peoss Mest Mestres res As"en As"ens! s!on onado adoss que que traba4am para a e%ou'(o da 4uman!dade C4e!a de emo'(o a&uarde! as paa%ras do ama E ee "ont!nuouF 6 A Idade de Ouro da 2ratern! rn!dade D!%!n %!na, que está por "4e&ar, * pred redest!nad nada a ser a Epre press(o Natu atura da n!dade, Harm armon!a e Coopera'(o amorosa, entre todos os seres em e%ou'(o que %!%em na terra ou 4e repet!r as sáb!as paa%ras do bem6amado Mestre E Mora #Estes ens!namentos re0erem6se a "omo de%emos In%o"ar e menta!1ar as C4amas Coor!das emanadas dos ra!os "?sm!"os Estas "4amas "?sm!"as t3m uma poderosa 0or'a de %!bra'(o pos!t!%a quando d!tas em %o1 ata Todas as paa%ras destas !n%o"a'>es ou apeos s(o "a"uadas para produ1!r uma %!bra'(o eata a"an'ando os panos super!ores onde %!%em os Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Ees est(o sempre d!spostos a en%!ar sua prote'(o a todos os seres bem !nten"!onados que que!ram d!0und!r seus ens! ens!na name ment ntos os no mund mundo o 0$s!"o s!"o Os tempo emposs s(o s(o "4e& "4e&ad ados os para para que que
possamos d!%u&ar em !n&ua&em "ara a&umas das pr!n"!pa!s rea!dades d!%!nas O ama 0e1 uma pausa In"!nou a "abe'a para a 0rente e, uma %e1 ma!s, sent!64e o o4ar, pers"rutando6me o $nt!mo 6 Ou%e 6 d!sse por 0!m, mu!to enta e demoradamente 6 se&undo nossas ant!&as trad!'>es m$st!"as, e!stem no pano et*r!"o sete ra!os "?sm!"os que em!tem sete "4amas "oor!das, "ada uma de a"ordo "om um Mestre, um An)o ou De%a e uma "or espe"!a A ma!s !mportante de todas para a 4uman!dade atua * a bem6amada C4ama !oeta Esta C4ama !oeta * uma "orrente de ener&!a "apa"!tada e adequada para "aptar e d!sso%er ener&!as !mper0e!tas, de modo que eas possam, no%amente, ser "arre&adas "om a per0e!'(o Esta C4ama !oeta * a!nda uma "ont$nua 0or'a operante de amor, m!ser!"?rd!a e "ompa!(o que a0asta "ausas "r!adas peos seres 4umanos e "u)a epans(o trar!a as p!ores des&ra'as Zuando a 4uman!dade "4e&ar a esta "ompreens(o e, "ons"!entemente 0!1er uso desta C4ama !o !oet eta, a, ea ea n(o n(o ma!s ma!s terá terá que que so0r so0rer er,, semp sempre re e semp sempre re,, peas peas "aus "ausas as passadas de ant!&os Carmas que &eram !n0ortn!os At* 4á pou"o tempo esta C4ama !oeta s? era "on4e"!da nos Santuár!os, nos Tempo Temposs Et*r!"os Et*r!"os de +u1 dos Mestres Mestres As"ens!onado As"ens!onados s Como o tempo * "urto e determ!nadas "o!sas de%er(o ser "on"u$das, estes "on4e"!mentos 0oram tra1!dos ao mundo eterno onde todos poder(o adqu!r!r, usar e %!%er a !berdade No ano do Ca%ao de Made!ra -.L;/ "ome'ará a Era da !berdade para TerraU Estamos atra%essando a&ora, uma *po"a bastante espe"!a na 4!st?r!a do nosso paneta onde de%e e %a! re!nar eternamente, a +!berdade Zuer d!1erF a ener&!a que en%o%e a 4uman!dade e a atmos0era 6 que está "arre&ada de !mpure1as, d!s"?rd!as e madades 6 será trans0ormada pea d!%! d!%!na na C4a C4ama !o !oetaP etaP quan quando do !st !sto 0or "ons "onse& e&u! u!do do,, o 4om 4omem será será,, no%amente, +IRE 7oderá re"eber !nstru'>es d!retamente de sua 7resen'a D!%! D!%!na na E SO SO e das das As"e As"ens ns!o !ona nada dass +e&! +e&!>e >ess de +u1 +u1 7ort 7ortan anto to,, todo todoss re"eber(o a !berdade, n(o somente os 4umanos, mas tamb*m o re!no dos eementa!s, as "r!aturas quadrpedes e tudo o que %!%e, passar(o a e!st!r "omo era no pr!n"$p!o dos tempos, a ontade de Deus se man!0estará em amor, amor, pa1, 4armon!a e !berdade O Grande Mestre As"ens!onado SAINT GERMAIN * o Ser que d!r!&e os do!s m! anos )á !n!"!ados !n!"!ados desta Era de +!berdade +!berdade Ee )á %!%eu outrora no Or!ente "om outros nomes, e a&ora sua &!&antes"a m!ss(o * !bertar todos os %!%entes, "omo tamb*m a Terra, e !sto será rea!1ado por me!o da C4ama !oe !oeta ta Sepa Separa rada dame ment nte e e em &rup &rupos os,, as pess pessoa oass ape apeam am dese dese)a )and ndo o d!sso%er toda "r!a'(o !n0er!or que obs"ure"er a u1 dos 4omens Se apeamos para nossa 7resen'a D!%!na %!na #E SO# e ao Mestre As"ens!onado Sa!nt Germa!n para "4ame)ar a C4ama !oeta !oeta atra%*s de n?s, ee "ome'ará a a0astar todas as "r!a'>es ne&at!%as, em nossos "orpos do sent sent!m !men ento to,, do pens pensam amen ento to,, et*r et*r!" !"o o e 0$s! 0$s!"o "oPP !rem !remos os "ons "onsta tata tarr uma uma a"entuada e%e1a e epans(o em nossos sent!mentos, uma notá%e "are1a
em nossos sent!dos e mudan'as sut!s em nosso "orpo 0$s!"o A&uns d!s"$puos %eem esta C4ama !oeta quando apeam por au$!oP outros, a sentem Mas mesmo quando n(o a %emos ea está a&!ndo sobre n?s 7are"e ser !n%!s$%e, mas "4e&amos a %er as "o!sas ma!s !mportantes da %!da N(o s(o %!s$%e!s aos nossos o4os a %!da a eetr!"!dade, o amor, o ?d!o e a pa1 No entanto s(o bem rea!s os seus e0e!tos O uso d!ár!o da d!%!na C4ama !oeta pode a0astar mu!ta "o!sa que está a"onte"endo em nosso mundo Mas, ta%e1 de%a ser es"are"!do que, quando empre&amos s!n"eramente a C4ama !oeta e #a"onte"em# pequenos e0e!tos 6 !sto n(o quer d!1er que a C4ama !oeta n(o 0a'a a obra "ompetaP s!&n!0!"a que as nossas "r!a'>es 4umanas %3m @ u1 antes que as ten4amos d!sso%!doU O Empre&o da paa%ra E SO em todos os apeos das C4amas C?sm!"as * mu!to !mportante Ea * a "4a%e da %!da, das %!bra'>es d!%!nas e da ener&!a que produ1 a per0e!'(o, !nd!%!dua, na"!ona ou !nterna"!ona 7eo empre&o desta 0rase #BEM6AMADA 7RESENA DIINA E SO EM MIM#, todos nossos probemas podem ser "onsum!dos pea C4ama !oeta Estas paa%ras se&u!das dos apeos de%em ser pronun"!adas em %o1 ata, 0!rme, para que o poder %!brat?r!o do som "r!ador se man!0este no pano 0$s!"o Os Mestres, os An)os, Eo4!ms ou 2!4os de Deus, De%as e Ar"an)os nada podem 0a1er por n?s se n(o os "4amarmos em %o1 ata, po!s ees n(o t3m a paa%ra, o %erbo que %!bra e que 0a1 %!brar a mat*r!a em torno dos seres e das "o!sas que ees querem pur!0!"ar, "om as C4amas C?sm!"as Estes apeos @s C4amas C?sm!"as n(o s(o "omo uma pre"e "omum, pea qua ped!mos uma &ra'a a um determ!nado santo, sem estabee"er ma!or %!bra'(o "om os panos super!ores A ora'(o "omum * um "on)unto de paa%ras, "r!ando uma 0orma menta que atra! o santo !n%o"ado Os apeos @s C4amas C?sm!"as e aos Mestres As"ens!onados que as d!r!&em, a)udam a desdobrar a "ons"!3n"!a, er&uendo6a, a panos et*r!"os ma!s sut!s, onde as %!bra'>es s(o d!0erentes e que podem nos dar rosas ou esp!n4os, poderes ou per!&os É pre"!so que %o"3 "ompreenda que 4á mu!ta d!0eren'a entre ret!rarmos nossa "ons"!3n"!a do pano 0$s!"o e atuarmos num n$%e menta super!or, ou 0!"armos pass!%amente orando, "om a mente !&ada ao pano 0$s!"o, esperando a)uda dos santos A "!3n"!a o"uta e!&e de seus adeptos mu!to ma!s do que a pre"e "omum O "am!n4o do o"ut!smo * estre!to #"omo o 0!o de uma na%a4a#, mas o %erdade!ro !n!"!ado "on4e"e o "am!n4o do 0!o da na%a4a, e pode per"orr36o sem nen4um per!&o E!stem sete ra!os "?sm!"os que emanam da D!%!ndade Suprema 7ara "ada d!a da semana, e!stem um E4o4!m ou 2!4o de Deus, um Ar"an)o e um C4o4an ou Mestre que se ded!"am ao ser%!'o de !rrad!a'(o da u1 de um dos Sete Ra!os C?sm!"os, aquea +u1 que, tamb*m, 0orma o "orpo "ausa de "ada pessoa Dom!n&o 6 7r!me!ro Ra!o
C4ama A1u6re! "om ra!os bran"os "r!sta!nos Suas !rtudes s(o a 2*, 2or'a, 7oder, 7rote'(o, ontade D!%!na Este pr!me!ro ra!o a1u * re&!do peo bem6 amado Mestre EI Mora, peo Ar"an)o M!&ue, Eo4!m H*r"ues e seu "ompemento d!%!no Ama1on Todos os )u$1es, &o%ernantes e re!s est(o em 4armon!a "om este ra!o a1u do poder e da %ontade de Deus Se&unda60e!raF Se&undo Ra!o, Amareo6Dourado Suas %!rtudes s(o a Sabedor!a e Ium!na'(o Este se&undo ra!o "?sm!"o * re&!do peo Mestre As"ens!onado ut4um! e peo Mestre +anto, peo Ar"an)o Yo0!e e peo bem6amado Eo4!m Cass!ope!a Todos aquees que se ded!"am ao estudo da "!3n"!a, os pro0essores, !nstrutores t3m em seus "orpos astra!s uma ar&a 0a!a dourada "orrespondente a este ra!o Ter'a60e!ra 6 Ter"e!ro Ra!o C4ama Rosa Suas %!rtudes s(o o 7uro Amor D!%!no, Re%er3n"!a e Adora'(o, Bee1a e ToerJn"!a Este ra!o ou "4ama rosa * re&!do peo bem6ama"!o Mestre 7auo, o ene1!ano, pea Mestra Roena, Ar"an)os Samue e Cár!tas, Eo4!ns `r!on e An&*!"a Este ra!o ou "4ama "?sm!"a re&e todos aquees que amam a de!"ade1a e a bee1a Zuando !n%o"amos esta "4ama e a menta!1amos ou !ma&!namos que a estamos %endo em %ota de a&u*m, esta pessoa sempre se bene0!"!ará e 0!"ará ma!s 4armon!osa e 0e!1 Zuarta60e!ra 6 Zuarto Ra!o C4ama Bran"o6"r!sta Suas %!rtudes s(o a 7ure1a, Artes, Ressurre!'(o e As"ens(o Este quarto ra!o bran"o * re&!do peo Mestre As"ens!onado Serap!s Be, que em *po"as remot$ss!mas, antes das pr!me!ras d!nast!as 0ara=n!"as, 0o! re! do E&!to e "4amou6se Sao0!s Yunto "om ee traba4am os &randes Eo4!ns Ca!re e Astre!a, e o Ar"an)o Gabr!e Esta C4ama Bran"o6"r!sta tem o poder de as"ens!onar quaquer s!tua'(o em que nos en"ontramos, as"ens!onando toda !m!ta'(o e e%ando6a @ per0e!'(o Zuando em seu mundo apresentarem6se s!tua'>es d!0$"e!s, quando sua ama est!%er depr!m!da, quando sur&!r um abat!mento ou desJn!mo pro0undo, quando apresentarem6se s!tua'>es 0!nan"e!ras em de"$n!o, 0a'a um apeo @ 2ratern!dade de +uor re&!da peo Mestre Serap!s Be 7e'a que ee 4e en%!e a C4ama Bran"a da As"ens(o, 0a1endo as"ens!onar toda 0or'a de epans(o e ae&r!a, retornando tudo @ bem6a%enturan'a e 4armon!a A C4ama Bran"a da As"ens(o * um ant$doto mara%!4oso "ontra a depress(o, se)a !nd!%!dua ou "oet!%a Zu!nta60e!ra 6 Zu!nto Ra!o C4ama erde "om ra!os dourados Suas %!rtudes s(o as da Cura, %erdade, ded!"a'(o e "on"entra'(o Ea * re&!da peo bem6amado Mestre H!ar!on, a)udado peo Ar"an)o Ra0ae e seu "ompemento d!%!no M(e Mar!a, e peo Grande Eo4!m !sta ou C!"ope o O4o D!%!no que tudo %3 A este ra!o %erde "omo a 0o4a da a0a"e, perten"em todos os m*d!"os, en0erme!ras e !rm(s de "ar!dade que se ded!"am @ "ua Seta60e!ra 6 Seto Ra!o C4ama Rub! "om Dourado
Suas %!rtudes s(o a 7a1, De%o'(o, M!ser!"?rd!a e tamb*m Curas Este seto ra!o "?sm!"o * re&!do peo bem6amado Mestre As"ens!onado Yesus Cr!sto 6 que se&undo pro%am nossos !%ros santos 6 tamb*m 0o! !n!"!ado nos tempos t!betanos Yuntamente "om o me!&o Yesus traba4am neste ra!o a mestra Nada, o Ar"an)o r!e e o Eo4!m Tranqu!!tas Todos os mon&es e mon)as "at?!"os ou n(o, perten"em a este seto ra!o da de%o'(o "r$st!"a Sábado 6 S*t!mo Ra!o C4ama !oeta Suas %!rtudes s(o o Amor, M!ser!"?rd!a, Compa!(o, Transmuta'(o e +!berdade Esta d!%!na C4ama !oeta tem o dom de que!mar o nosso Carma desta e de outras %!das, pur!0!"ando nosso "orpo 0$s!"o e nossos "orpos !n0er!ores Adema!s, tem tamb*m o dom da "ura O S*t!mo Ra!o C?sm!"o * re&!do peo bem6amado Mestre Sa!nt Germa!n, que numa de suas numerosas en"arna'>es anter!ores 0o! S Yos*, o do"e "arp!nte!ro pa! de Yesus Yuntamente "om ee traba4am no s*t!mo ra!o "?sm!"o o Ar"an)o E1equ!e e o Eo4!m Ar"turos Zuanto ma!s ut!!1armos os apeos e as menta!1a'>es das C4amas C?sm!"as, ma!s eas nos prote&er(o e ee%ar(o esp!r!tuamente A&ora, %ou ens!ná6a a 0a1er o apeo do Manto de u1 Bran"a, ou tubo de u1 eetr=n!"a Rep!ta "om!&o em %o1 ataF ` Tu, 7resen'a In0!n!ta do Cosmos em meu "ora'(oU 7ro)eta em %ota de m!m um on&o tubo bran"o de u1 eetr=n!"a Torna6o t(o possante que nen4um mae0$"!o possa to"á6o 2a1 "om que eu se)a !n%unerá%e a tudo o que n(o * teu poder, a tudo o que n(o * teu amor, tua sabedor!a Gra'as %os dou, 7resen'a In0!n!ta do Cosmos, po!s atendestes @ m!n4a !n%o"a'(oU Ima&!ne um on&o tubo de u1 bran"a em %ota do seu "orpo, a um metro e me!o de d!stJn"!a 6 Obede"! Como esta%a a"ostumada a "onstantes menta!1a'>es, "onse&u! %er d!ante de m!m o tubo de u1 eetr=n!"a Ma!s tarde soube que mesmo que eu n(o pudesse %er o tubo de u1, bastar!a que eu o !ma&!nasse, 0a"!!tando ass!m a menta!1a'(o para quem n(o está 4ab!tuado 7ross!&amos 6 0aou o +ama a1!, per"ebendo que a m!n4a %!s(o esp!r!tua esta%a aberta N?s, amas t!betanos, "on4e"emos mu!tas paa%ras espe"!a!s para !n%o"armos a 7resen'a D!%!na Entre estas en"ontra6se a paa%ra sa&rada #E SO#, que s!&n!0!"a a at!%!dade pena do 7a! Ceest!a E SO tem um &rande poder %!brat?r!o e por !sso 0o! usada peo Mestre Yesus quando d!sseF E SO o "am!n4o, a %erdade e a %!da A&ora, repete e aprende esta se&unda !n%o"a'(oF ` Tu, 7resen'a do 7a! Ceest!a em meu "ora'(oU ` Sanat umara, er&ue um poderoso tubo de C4amas A1u!s em %ota do meu tubo de u1 bran"a
Zue ee se)a uma prote'(o "ontra todos os mae0$"!os Conser%a6o eternamente em %ota de todas as "r!aturas at* que a 4uman!dade !nte!ra en"ontre a !berta'(o pea as"ens(o esp!r!tuaU Eu te a&rade'o 7a! Ceest!a E SO E SO E SO E SO E SO E SO Eu sou o E SO Ap?s uma bre%e pausa o ama a1! "ont!nuou 0aandoF Em %ota do tubo de u1 eetr=n!"a bran"a, !ma&!ne a&ora que %em pousar um espesso tubo de "4amas a1u!s, que aumentam o poder do tubo bran"o Com os o4os 0e"4ados menta!1e! o tubo de "4amas a1u!s e o&o sent! sua do"e %!bra'(o passar peo meu "orpo 0$s!"o e meus "orpos !n0er!ores 6 Cont!nuemos 6 d!sse a1! 6 E "om "á!do t!mbre 0e1 outro apeoF ` Tu 7resen'a In0!n!ta do 7a! Ceest!a que estás no meu "ora'(oU ` Marte, nosso paneta !rm(o, ? Mestres E"esos do espa'o, "on)u&a! %ossos poderes para nos prote&er, para d!spor em %ota de n?s, um tubo !n%en"$%e de u1 a1u 2a1 "om que subam estas u1es "!nt!antes at* a o!ta%a dos Mestres As"ens!onados e dos Grandes Seres da H!erarqu!a D!%!na Zue estas u1es santas br!4em desumbrantemente e que destruam as !n0u3n"!as ma*0!"as que tentarem nos ata"arU E SO E SO E SO Eu %os a&rade'o, Marte, meu !rm(o e todos os bem6amados Mestres !n%!s$%e!sU A&ora, !ma&!ne que em %ota do seu tubo de u1 a1u, 4á um tubo de "4amas rosadas Estas "4amas sobem bem ato e %(o ter @ presen'a dos Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Em s!3n"!o, obede"! a todas as su&est>es do ama a1! Zuando sua %o1 %otou a soar era "omo se t!%esse um t!mbre "eest!a In%o"aremos a&ora a d!%!na C4ama !oeta, que "on0orme )á 4e d!sse, tem o poder de "onsum!r nosso Carma Esta C4ama !oeta de%e ser menta!1ada sobre nossos am!&os e parentes, e bem "omo sobre nossos !n!m!&os, po!s ea os en%o%e, prote&e e pur!0!"a 7odemos a!nda en%!ar ondas de C4amas !oetas para bene0!"!ar os r!os, os a&os, os mares, %aes e montan4as, bosques e matas, "asas e )ard!ns 7odemos a!nda en%o%er "om a C4ama !oeta todos os an!ma!s e em espe"!a nossos an!ma!s de est!ma'(o, que ass!m sobem na es"aa da e%ou'(o A C4ama !oeta pur!0!"a tudo em que to"a, !berta tamb*m os pequenos seres eementa!s da quarta d!mens(oF &nomos, 0adas, duendes, s$0!des, saamandras e ond!nas No%amente o ama a1! reatou o 0!o dos seus apeosF C4ama !oeta do Grande So CentraU
C4ama !oeta do Grande So CentraU C4ama !oeta do Grande So CentraU Des"e em meu "ora'(o des"e em m!n4a ama des"e sobre o meu "orpo 0$s!"o e esp!r!tua, des"e sobre toda a nature1a Des"e sobre toda a 4uman!dade, Des"e, des"e, des"e De0ende6me, de0ende6me, de0ende6meU Toma posse de todo o meu serU E SO E SO E SO E SO E SO E SO 7a! Ceest!a, eu sou E SOU A&ora, !ma&!ne que está en%ota por um p!ar de C4ama !oeta, que brota do "4(o e %a! at* sua "abe'a S!nta que ea "onsome todos os seus erros desta e de outras %!das, todos os maus pensamentos, tudo o que * !mpuro Mant!%e m!n4a aten'(o "ama e "on"entrada na d!%!na C4ama !oeta Ima&!ne! que ea sub!a peos meus p*s, e en%o%!a todo o meu "orpo, dando a !mpress(o de um e%e "aor, mu!to sua%e e a&radá%e Com &rande 0er%or repet! "om a1! um outro apeoF Bem6amada 7resen'a D!%!na E SO em m!m, Bem6amado Ar"an)o E1equ!e, Bem6Amado Eo4!m Ar"turos e ?s, Bem6Amadas D!%!ndades que mane)a!s o 2o&o !oeta para a TerraU Eu %os amo, eu %os aben'ooU A&rade'o por %ossa ass!st3n"!a a m!m e a toda 4uman!dade Em nome da Bem6Amada 7resen'a D!%!na E SO em m!m e de toda a 4uman!dade e atra%*s da 0or'a ma&n*t!"a do 2o&o Sa&rado, "om o qua estou !n%est!do, apeo por ?s "omo sa"erdote da Ordem de E1equ!eF Bem6Amados An)os da C4ama !oeta, Bem6Amados An)os da C4ama !oeta, Bem6Amados An)os da C4ama !oeta, %!nde, %!nde, %!nde e 0ame)a! o 0o&o %!oeta do amor pea !berdade, atra%*s da m!n4a aura, de meu mundo dos sent!mentos e pensamentos, atra%*s do meu "orpo 0$s!"o, atra%*s do meu ar, meus ne&?"!os, m!n4as 0!nan'as e !nteresses 2a1e! !sto para toda %!da deste paneta, at* que se)am d!sso%!dos e transmutados as "ausas e os &ermens da "r!a'(o 4umana, na 7ure1a e 7er0e!'(o A Terra em %erdade * uma Estrea Sa&rada e +!%reU Eu %os a&rade'o por terdes atend!do @s sp!"as de meu "ora'(o O 2o&o !oeta do Amor pea +!berdade nun"a 0a4a em tra1er a 7ure1a e a 7er0e!'(o Eu Sou a C4ama !oetaU
7or a&um tempo 0!"amos a! parados, "om os o4os 0e"4ados, sent!ndo a %!bra'(o das "4amas "?sm!"as A0!na, ou%! o ama a1! d!1er "amamenteF 6 ou 4e 0aar a&ora sobre a e! da 7re"!p!ta'(o ou Cr!a'(o, tre!nando suas ondas "erebra!s para pensar na ter"e!ra d!mens(o e atuar na quarta Estes ens!namentos 0oram re%eados peo bem6amado Ma4a C4o4an, o Mestre As"ens!onado 7auo, o ene1!ano, um dos ma!s !mportantes membros da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente #A u1 eetr=n!"a que preen"4e o n!%erso, "ont*m o n"eo "entra da "4ama a1u bran"a "r!sta!na, perten"ente ao pr!me!ro ra!o "?sm!"o Ea está no "ora'(o dos seres 4umanos 0ormando a d!%!na C4ama Tr!naF a1u, dourada e rosa Esta C4ama tr!na pode mut!p!"ar6se a s! mesma, sem !m!te, e produ1!r no%os pontos de "ons"!3n"!a em quaquer parte do mundo E!s aqu! os quatro passos ne"essár!os para "r!ar o átomo permanente do seu dese)o no pano 0$s!"o, desde que se)a um dese)o atru$sta e bom Caso "ontrár!o a u1 eetr=n!"a da "4ama tr!na n(o se man!0estará e o dese)o n(o * rea!1ado O pr!me!ro passo * o se&u!nteF En"ontre uma pos!'(o "on0ortá%e e reae seu "orpo "ompetamente A&ora, 0a'a um quadro menta daqu!o que dese)a rea!1ar S!nta que do seu "ora'(o brota um !ndo ra!o rosa, que representa o poder "oes!%o do amor Ima&!ne que o seu quadro menta está emodurado por uma !nda u1 dourada "!nt!ante Do ato da sua "abe'a brota este ra!o dourado, que * o quadro menta da +u1 D!%!na, "r!ador do pano d!%!no em uma matr!1, um mode S!nta que da sua &ar&anta brota um ra!o a1u que dá 0or'a ao seu dese)o, durab!!dade e 4ab!!dade para manter6se !naterá%e @ des!nte&ra'(o do mundo eter!or A&ora estes ra!os, rosa, dourado e a1u "on%er&em para dentro de %o"3 mesma, rea!1ando ass!m o seu dese)o no n$%e menta eter!or Os e*trons, quando 0uem da 7resen'a D!%!na E SO para o "ora'(o 0$s!"o, "ont3m dentro de s! o 2o&o Cr!ador Cada E*tron pode tornar6se o n"eo de quaquer 0orma que a pessoa que!ra tra1er @ rea!dade Ass!m este e*tron pode tornar6se o n"eo de quaquer 0orma, a semente de uma !de!a esp!r!tua Atra%*s desta menta!1a'(o o e*tron que entra no "ora'(o e se torna parte da emana'(o de %!da de uma !nte!&3n"!a auto"ons"!ente pode pro)etar6se na SubstJn"!a Eetr=n!"a e, em torno de uma m!ns"ua part$"ua do 2o&o da Cr!a'(o, "on&re&ar parte desta substJn"!a n!%ersa Toda "r!a'(o * Tr!na da$ termos que usar as tr3s "4amas ou tr3s ra!os "oor!dos que des"em para o "ora'(o, e sobe atra%*s da &ar&anta e "abe'a A +u1 Eetr=n!"a des"e para o nosso "ora'(o que * a ta'a que re"ebe a u1, e ent(o de a"ordo "om o pano d!%!no, os e*trons sobem no%amente, atra%essando a &ar&anta at* a "abe'a Isto 0a1 0un"!onar ma!s at!%amente os "4aX"ras ou "entros %!ta!s da &ar&anta e do ato da "abe'a 2a1endo esta menta!1a'(o d!ar!amente %ár!as %e1es por d!a, %o"3
"onse&u!rá rea!1ar seus ob)et!%os no pano 0$s!"o E a&ora, "om pro0undo amor e re%er3n"!a, ao nosso Bem6Amado Mestre Ma4a C4o4am %ou repet!r64e a!nda outro ens!namento de Mestre E Mora, sobre a Transm!ss(o das C4amas, para epand!r, aqu! na Terra, as potentes ener&!as !rrad!adas dos Santuár!os dos Mestres As"ens!onados Gra'as ao seu "onse4o e sua or!enta'(o, este ens!namento pode ser d!%u&ado na Terra Ima&!ne que no "entro do seu "ora'(o e!stem tr3s "4amas "oor!das em 0orma de tr3s &randes p*taas ma * a1u, outra * dourada e outra * rosa Estas tr3s C4amas "oor!das 0ormam a C4ama Tr!na que %!%e no "ora'(o de "ada ser 4umano Ea * a 0or'a pur!0!"adora do amor d!%!no e da !bertadora C4ama !oeta 7o!s a C4ama Tr!na desdobra6se em sete Esta C4ama Tr!na de nossos "ora'>es tem o poder de sub!mar as ener&!as !n0er!ores A&ora, 0!que em p*, "om a "ouna reta e os bra'os "a$dos naturamente ao on&o do "orpo Resp!re 0undo e s!en"!osamente peas duas nar!nas Ima&!ne que está absor%endo todas as !mpure1as do seu "orpo 0$s!"o e de seus quatro "orpos !n0er!ores Reten4a a resp!ra'(o o ma!s que puder Durante a reten'(o !ma&!ne que está pur!0!"ando estas !mpure1as nas C4amas a1u, dourada e rosa que %!%em dentro do seu "ora'(o Eae a ener&!a )á pur!0!"ada e "on%!de6a a %otar ao seu "orpo )á trans0ormada Reten4a a resp!ra'(o 0ora do seu "orpo e en%!e esta ener&!a pur!0!"ada a toda a 4uman!dade Ass!m "ada eaa'(o pur!0!"ada da sua resp!ra'(o %a! bene0!"!ar toda a 4uman!dade Este t!mo tempo da resp!ra'(o perten"e ao Ser%!'o C?sm!"o dos Mestres As"ens!onados C4ama6se resp!ra'(o pro)etada para aben'oar o mundo Este eer"$"!o resp!rat?r!o da Transm!ss(o das C4amas de%erá ser 0e!to todos os d!as, pea man4( ao a"ordar É uma resp!ra'(o d!%!d!da em quatro tempos A !naa'(o 4e pare"erá reat!%amente 0á"! A reten'(o tamb*m * s!mpes enquanto en%!a seu pensamento "om as ener&!as !mpuras, @ C4ama Tr!na do seu "ora'(o Na eaa'(o, %o"3 de%e prestar toda aten'(o quando eaa a ener&!a pur!0!"ada e a "on%!da a %otar ao seu "orpo No momento da resp!ra'(o pro)etada %o"3 de%e sustentá6a e en%!á6a pura e per0e!ta ao mundo em &era 7ortanto, pense nestas quatro 0asesF !naar, reter, eaar, reter É !mpres"!nd$%e que ten4a sobrado bastante para poder aben'oar o mundo O t!mo r!tmo, ou resp!ra'(o pro)etada, perten"e ao uso, ou Ser%!'o C?sm!"o dos Mestres As"ens!onados Com a "ont!nua'(o do eer"$"!o sua resp!ra'(o 0!"ará "ada %e1 ma!s 0orte, e poderá, sem es0or'o, pro)etá6a tranqu!amente para tra1er a b3n'(o a %o"3 e ao seu pr?!mo Isto * um mara%!4oso pro"esso que a 0ará pro&red!r esp!r!tuamente e 4e trará equ!$br!o e pa1 Se %ár!as %e1es ao d!a e tamb*m
@ no!te, antes de dorm!r, %o"3 qu!ser ded!"ar a&uns momentos a esses eer"$"!os, %o"3 sent!rá uma "ons!derá%e mudan'a em sua %!da Ap?s uma bre%e pausa o ama a1! "ont!nuouF Se&undo uma mensa&em do bem6amado Mestre E Mora, #nossa %!da a!nda "ont*m mu!tos apontamentos ne&at!%os de outras en"arna'>es que poder(o ser totamente sub!mados, esque"!dos e apa&ados se usarmos !ntensamente e "on"entradamente a pur!0!"adora C4ama !oeta Nesta mensa&em o Mestre apresenta um %a!oso eer"$"!o de menta!1a'(o que "om a de%!da %3n!a passo a re%earF Em sua %!sua!1a'(o !ma&!ne que está se&urando "om a m(o d!re!ta, um ar"4ote em "u)a ponta 0ame)a uma &rande C4ama !oeta Em pensamento pante este ar"4ote 0undo e 0!rme no "4(o A%!%e "om sua resp!ra'(o o poder de at!%!dade da C4ama at* tornar6se uma &!&antes"a 0o&ue!ra, ma!or do que %o"3 mesma A&ora, penetre dentro deste 0o&o %!oeta S!nta em %o"3 o %!%ente e0e!to "omo se est!%esse dentro de uma 0onte de "aor, por*m sua%e e brandoP penetrando em %o"3 "om suas !rrad!a'>es ben*0!"as e !bertadoras Eas pur!0!"am seu "orpo 0$s!"o e seus "orpos !n0er!ores, d!sso%em todas as tre%as e má"uas desa&radá%e!sP todo dese)o ne&at!%oP s(o, tamb*m, d!sso%!dos todos os pensamentos perturbadores e obst!nados, má&oas e ressent!mentos o"3 pode er!&!r e manter permanentemente em seu ar um 2o"o de Irrad!a'(o seme4ante E sempre que dese)ar, poderá penetrar d!retamente no 2o&o !oeta e at* mesmo, apenas !ma&!nando que ass!m * Se esta eper!3n"!a 0or a"e!ta pos!t!%amente peos d!s"$puos, ent(o, ser(o dados em sequ3n"!a, outros eer"$"!os para que a 0or'a e o poder da %!sua!1a'(o se)am !n"ent!%ados Rep!ta "om!&o o Apeo @ To"4a da C4ama !oetaF Em nome da Bem6Amada 7resen'a D!%!na E SO, apeo por %?s, Bem6 Amado Mestre Sa!nt Germa!nF neste momento eu %!sua!1o uma To"4a de C4ama !oeta -e%ante a m(o d!re!ta "omo se t!%esse se&urando uma to"4a/ esta * a To"4a que pur!0!"a a todos e a tudo A&ora eu depos!to esta To"4a de C4ama !oeta aqu! no soo -0a1er o &esto/ A%!%o "om m!n4a resp!ra'(o o poder da at!%!dade da C4ama epand!ndo6se, epand!ndo6se, abran&endo, pur!0!"ando e "urando a tudo e a todos Entro a&ora no "entro desta C4ama !oeta -d3 um passo "omo se entrasse reamente/ e s!nto esta C4ama penetrando6me "ompetamente e pur!0!"ando todos os meus "orpos !n0er!ores -0$s!"o, et*r!"o, emo"!ona e menta/ "*ua por "*ua, átomo por átomo S!nto tamb*m esta C4ama !oeta transmutando todos os meus Carmas de %!das passadas e presente, "urando6me de toda doen'a ou de0!"!3n"!a, reno%ando6me "ompetamente, tornando6me ass!m, uma no%a "r!atura em Cr!sto A&ora eu retomo esta To"4a de C4ama !oeta -0a'a o &esto/ e em nome de Sa!nt Germa!n eu a an'o ao n!%erso -0a'a o &esto/ para que se)am pur!0!"ados todos os Carmas de %!das passadas e presente da 4uman!dade
em &era e se)am "uradas todas as suas doen'as e de0!"!3n"!as, de modo que em todo u&ar e em toda a parte, 4a)a per0e!'(o, pa1, sabedor!a, sant!dade, amor, san!dade e pure1a E ass!m seráU Eu %os a&rade'o# Term!nado o apeo, o ama a1! sorr!u, mandou que eu sentasse num amo0ad(o perto dee e 0aouF 6 Esta 0o! a 0ase 0!na da tua !n!"!a'(o A&ora, teu "orpo * um "ana da D!%!ndade +embra6te sempre d!sto e pro"ura "onser%á6o !%re, para n(o !mped!res a man!0esta'(o do 7a! dentro do santuár!o do teu pr?pr!o ser Yá 0!1 des"er sobre t! os 0uos "?sm!"os aben'oadores Ass!m "omo me !n!"!aram eu te !n!"!e! Mas n(o penses que at!n&!stes o Mestrado nem que aqu! term!na tua !n!"!a'(o D!ante de t! está o mundo e ee será teu &rande mestre Se! que ma!s tarde, depo!s que %otares ao O"!dente, su"umb!rás a mu!tas atra'>es mundanas ta%e1 esque'as a&uns dos ens!namentos que te 0oram dados aqu! para a*m do tempo %e)o que so0rerás mu!tas "an!as tra!'>es sent!rás mu!ta so!d(o en%e4e"erás so1!n4a e ent(o, depo!s de mu!to so0rer "umpr!rás tua m!ss(o esp!r!tua N(o te a0!)as, porque tuas quedas s(o ne"essár!as para que possas sent!r a dor do erro e a do'ura do tr!un0o 2!"arás t(o s? que te sent!rás perd!da no me!o da mut!d(o 7ou"os am!&os 0!"ar(o "ont!&o mas tua &rande sa%a'(o será a C4ama !oeta somente ea te !bertará quando "4e&ar a 4ora das &randes má&oas Ba!e! os o4os "omo%!da, enquanto o ama prosse&u!aF 6 A&ora %ou ens!nar6te uma !n%o"a'(o de prote'(o pessoa que tamb*m ser%e para toda pessoa que o 0!1er s!n"eramente Trata6se do autopasse ma&n*t!"o de pur!0!"a'(o "om a C4ama !oeta +e%ante6se e estenda as m(os abertas para o ato "omo se est!%esse re"ebendo b3n'(os A&ora rep!ta em %o1 ataF Bem6Amada 7resen'a D!%!na Eu Sou em m!m, Bem6Amado Mestre As"ens!onado Sa!nt Germa!n, pur!0!"a!, pur!0!"a!, pur!0!"a! estas m(os "om a trans0ormadora C4ama !oetaU -7asse as m(os da "abe'a aos p*s e sa"uda6as enquanto d!1F/ Ret!ra! do meu "orpo toda substJn"!a !mpura e es"ura e pe&a)osa e trans0orma!6a "om a C4ama !oetaU -7asse as m(os peo ado esquerdo, depo!s peo ado d!re!to, sempre sa"ud!ndo os dedos e as m(os para epe!r a ener&!a ne&at!%a/ Rep!ta as paa%ras e os mo%!mentos sete %e1es e term!ne d!1endo em %o1 ataF Bem6amada 7resen'a D!%!na Eu Sou em m!m, bem6amado Mestre Sa!nt Germa!n, pur!0!"a!, pur!0!"a!, pur!0!"a! esta ener&!a e trans0orma!6a em pa1, sade, ae&r!a, prosper!dade e sabedor!a para m!m e para toda 4uman!dadeU Term!nado o passe ma&n*t!"o da C4ama !oeta, sent! um &rande bem6estar otamos a nos sentar sobre os amo0ad>es e o ama a1! ep!"ouF 6 Com este passe ma&n*t!"o podemos !mpar "ompetamente nosso "orpo das más %!bra'>es m %!dente poderá %er sa!r de nosso "orpo uma substJn"!a es"ura e pe&a)osa que esta%a ader!da em nossa aura 7rat!"ando
este passe d!ar!amente, 0!"aremos "om nossos "orpos esp!r!tuamente !mpos Hou%e um bre%e s!3n"!o m %ento sua%e entrou pea )anea e a&!tou as on&as man&as da tn!"a amarea do ama 6 7equen!na !rm(, d!%u&a estes ens!namentos nos teus es"r!tos Menta!1e! tua %!nda aqu! 4o)e, para que a s?s, eu pudesse transm!t!r esta !n!"!a'(o 0!na 6 Honorá%e ama 6 d!sse eu 6 por 0a%or 0ae um pou"o ma!s sobre meu 0uturo no O"!denteU 6 7ou"o * o que posso re%ear para a*m do tempo meus pobres o4os %eem a&umas ae&r!as e mu!tos so0r!mentos reen"ontrarás aquee a quem amaste em outras %!das %!a)ar(o )untos por terras estran&e!ras mas ap?s %!nte anos o perderás serás m(e de "!n"o 0!4os 4omens, mas todos "om Carma mu!to "urto Terás uma !nda mans(o or!enta, )unto a um a&o dos ?tus bran"os a*m das Montan4as do 7oente e a perderás %!%erás a&um tempo em terras atas e 0r!as no teu pa$s, numa outra mans(o 0e!ta "om á&r!mas serás "aun!ada e tra$da por quase todos os am!&os s? te restará a C4ama !oeta depo!s um d!a !rás %!%er so1!n4a, on&e do u&ar onde nas"estes numa pequena "!dade perto do mar, numa "as!n4a bran"a e s!mpes rodeada de 0ores traba4arás, es"re%erás mu!tos !%ros, so0rerás e aprenderás a ser 4um!de ent(o quando t!%eres "er"a de sessenta e "!n"o anos, * poss$%e que %otes ao Grande A*m e reen"ontres a pa1 E er&uendo a m(o d!re!ta, o ama a1! aben'oou6me dando por en"errado nosso en"ontro
@ltima &i#:o da Cidade Proi4ida De!amos +4assa no qu!nto d!a da pr!me!ra +ua das 2a!as Amareas 2o! nas pr!me!ras 4oras da man4( que sa$mos da rua DeX! +!n&Xa, "ru1amos o mer"ado, as o)as do quarte!r(o de S4o e a0!na "4e&amos @s mar&ens do r!o ! De!á%amos a "!dade sa&rada de +4assa ta%e1 para sempre, !n!"!ando nossa on&a %!a&em de %ota ao mundo o"!denta +e%amos pou"o tempo para a"an'ar o u&ar do embarque Da! em d!ante $amos atra%essar "er"a de sessenta m!4as atra%*s do r!o, at* "4e&ar @ )un'(o de suas á&uas "om o 0amoso r!o Tsan& 7o Sent! uma "erta nosta&!a quando a &rande bar"a quadrada "ome'ou a mo%er6se, ao r!tmo da "an'(o b!1arra dos remadores A "!dade dos deuses 0o! 0!"ando d!stante O enorme paá"!o 7otaa e a bea "o!na de C4aXpor!, "om seu !mponente Co*&!o de Med!"!na os tempos da Cer"a da Rosa S!%estre e do Mont(o de Arro1, o&o d!m!nu$ram de taman4o Ta%e1 do ato de a&uma )anea do Tempo de C4aXpor!, meu am!&o e mestre, o ama a1!, me a"enasse um adeus VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Mu!ta "o!sa o"orreu no Or!ente e no mundo desde o d!a em que de!amos pea t!ma %e1 o 7a$s das Ne%es Cumpre d!1er que es"re%! este !%ro 4á quase tr!nta anos atrás -esta ed!'(o * de .L 6 NR/, o&o ap?s m!n4a "4e&ada ao Bras! Os or!&!na!s 0!"aram &uardados, adorme"!dos na &a%eta de m!n4a mesa de traba4o, "on0und!dos "om a m!n4a papeada Cre!o que me 0ata%a est$muo para pub!"á6o, po!s sab!a que naquea *po"a o !%ro "ausar!a um !mpa"to na mente dos e!tores, que 0a1!am do T!bete uma %!s(o de mara%!4a, quando a rea!dade * bem outra Ho)e, reso%! tra1er a pb!"o esta no%a ed!'(o, a"res"!da de mu!tos ens!namentos que antes n(o pod!am ser d!%u&ados Daquea *po"a d!stante em que est!%e no T!bete, que e%o"o a "ada momento, n(o posso de!ar de ass!naar o 0ata "umpr!mento de pro0e"!a do .Q Daa! +ama que morreu em .L:, "u)as paa%ras trans"re%o nesta obra Como * do "on4e"!mento &era, em ma!o de .L;<, o T!bete 0o! !n%ad!do peas tropas "4!nesas O atua re! ama, o . Daa!, 0u&!u para T1epur 6 t!ma esta'(o antes dos H!maa!as 6 0ronte!ra da 5nd!a "om o T!bete otou de no%o @ sua pátr!a, para anos depo!s 0u&!r outra %e1 para a 5nd!a, em .L;L, onde permane"e at* 4o)e Esta 0u&a o"as!onou uma 0orte ater"a'(o entre o Go%erno !nd!ano e o Go%erno "4!n3s, 0ato que "um!nou "om um ataque das tropas "4!nesas @ 5nd!a em .L_:, "4e&ando depo!s os do!s pa$ses a um a"ordo de pa1 De 7ar!s, nosso am!&o 7!erre Yu!en +a0o! en%!a uma reporta&em sobre o t!mo Daa! +ama, que re0u&!ado 4á de1o!to anos no nordeste da 5nd!a, a!nda * o "4e0e esp!r!tua de o!tenta e "!n"o m! t!betanos que o a"ompan4aram no e$!o E nesta reporta&em ee d!1F 6 Eu sou o t!mo Daa! +amaU 7rote&!do pea po$"!a, por &uarda6"ostas e peo e*r"!to !nd!ano, o Daa! +ama, sabe que suas esperan'as de &an4ar a bata4a pea %ota ao T!bete, s(o remotas O re!6deus, atuamente "om quarenta e um anos, d!1 que será o t!mo da sua esp*"!e, e que a era dos re!s6deuses term!nará "om ee O "enár!o onde ee %!%e pare"e sa$do de um "onto de 0adasF a"o"4oados de nu%ens 0utuam no "*u de um a1u pá!do mara%!4oso No ponto de en"ontro entre o "*u a1u e a terra, enormes montan4as ne%adas br!4am na u1 bran"a e dourada do entarde"er Da "o!na poe!renta que atra%essamos, sobem o"as!onamente a&umas %o1es e at!dos de "(es, s(o os +4assa6 apso 6 os "(es sa&rados do Daa! 2ora !sto, tudo * s!3n"!o 7erante nossos o4os er&uem6se "o!nas %erde)antes, por trás das qua!s se ee%am &!&antes"as montan4as de &eo "r!sta!no Numa destas "o!nas 0!"a a "asa do Daa! +ama, t(o !na"ess$%e, aparentemente, "omo um n!n4o de á&u!a Mas o "asteo deste "onto de 0adas * uma %erdade!ra armad!4a A estrada na montan4a * $n&reme e tortuosa, e "ondu1 @ "asa de te4ado %erde, e term!na num be"o sem sa$da A estrada * t(o estre!ta que um n!"o sodado armado pode boqueá6a "ompetamente Há nos arredores mu!ta &ente armada 7or toda parte, sodados, sodados e ma!s sodados A estrada atra%essa de1o!to qu!=metros de terr!t?r!o m!!tar
Depo!s, %em um %!are)o, onde a po$"!a se"reta se sente per0e!tamente em "asa O nome do %!are)o * D4aramsaa, o que, na !n&ua&em bud!sta, s!&n!0!"a uma "asa que pode ser ut!!1ada por quaquer pere&r!no 6 uma "asa6as!o 6 para os ma!s pobres dos 0!*!s Em D4aramsaa %!%e um 4omem que os bud!stas "ons!deram o ser ma!s "rente de todos os "rentes, o Daa! +ama, o re!6deus dos t!betanos Ee e de1 m! de seus adeptos 0u&!ram em .L;L do e*r"!to de o"upa'(o da C4!na "omun!sta, !ndo para a 5nd!a Há duas %ers>es Se&undo uma dessas %ers>es, os an0!tr!>es !nd!anos ter!am tra1!do o Daa! +ama para aquee %!are)o !soado no Nordeste do pa$s para prote&36o da e%entua %!n&an'a dos a&entes "4!neses Mas, de a"ordo "om a outra, os !nd!anos ter!am en%!ado seu 4?spede em!nente @quee u&ar a0astado para que sua presen'a n(o atrapa4asse as ne&o"!a'>es de pa1 entre a 5nd!a e a C4!na "omun!sta O Daa! +ama n(o &o%erna ma!s o Teto do Mundo, mas %!%e prat!"amente en"ausurado naquea 0oresta de ares pur$ss!mos E n(o pode sa!r de á, a n(o ser quando o proto"oo o perm!te O proto"oo * o &o%erno da 5nd!a, que "u!da do Daa! A 5nd!a n(o re"on4e"e o &o%erno no e$!o do Daa! +ama, "omo a!ás n(o o re"on4e"e nen4um pa$s do mundo Mas o &o%erno !nd!ano se sente responsá%e por ee, pa&a64e uma d!ár!a de "er"a de :< rp!as -uns < "ru1e!ros/ e p>e @ sua d!spos!'(o os sodados e a po$"!a se"reta que &uardam sua res!d3n"!a "4amada #Bar"o da 2*#, %!nte e quatro 4oras por d!a É a n!"a "asa que n(o tem nmero Os t!betanos "ompraram6na de um r!"o "omer"!ante !nd!ano, "om toda a pre"!osa mob$!a ant!&a Ea "omporta depend3n"!as para empre&ados e um tempo aneo @s "eas de um moste!ro A "asa so1!n4a * um %erdade!ro po%oado, e em t!betano * "4amada #T4eX"4en C4oe!n 6 o Bar"o da 2* A )u&ar pea quant!dade de sodados de%e ser um %erdade!ro bar"o de &uerra tamb*m m sodado !nd!ano, ma&ro e moreno, usando um turbante amareo, * o pr!me!ro a nos barrar o "am!n4o Tr3s &uarda6"ostas do Daa! se apro!mam Na "asa de &uarda est(o sentados tr3s a&entes da po$"!a se"reta !nd!ana Somos obr!&ados a preen"4er quest!onár!os, ep!"ando o sent!do e o ob)et!%o de nossa %!s!ta ao Daa! O quest!onár!o de%e ser preen"4!do em tr3s %!as Depo!s d!sso, os &uarda6"ostas nos a"ompan4am at* a saa de aud!3n"!as De on&e, e mu!to d!s"retamente, somos se&u!dos por a&entes !nd!anos @ pa!sana, os qua!s, por sua %e1, s(o se&u!dos por t!betanos d!s0ar'ados @ sombra de ár%ores, que eaam um per0ume !ntenso E ent(o, de repente, 4á pa1 e s!3n"!o Ao 0undo, 4omens de "abe'a des"oberta e tn!"as amareas passam s!en"!osamente ma are!ra de 0erro está a"esa no "entro da saa de aud!3n"!as D4aramsaa está s!tuada a .<< metros de at!tude S(o eatamente .< 4oras da man4( Na saa de "on0er3n"!as @ nossa d!re!ta, outra are!ra de 0erro a"esa Há quatro 4omens esperando, "om seus un!0ormes surrados de a&od(o a1u6"!n1a Est(o sentados num so0á
a"o"4oado "4e!o de amo0ad>es O m!n!st*r!o do &o%erno do T!bete no e$!o está em sess(o Entre os M!n!stros da se&uran'a, re!&!(o, 0!nan'as, e"onom!a e edu"a'(o está sentada Sua Sant!dade o Daa!, "4e0e esp!r!tua e ao mesmo tempo pr!me!ro M!n!stro Com sua tn!"a "or de %!n4o sem man&as, sua estoa de seda amarea sobre o ombro d!re!to, seu re?&!o de puso su$'o, o d*"!mo quarto Daa! +ama * o n!"o ponto "oor!do nesta "on0er3n"!a de persona!dades &r!sa4as O puso apo!ado na testa, o bra'o d!re!to mostrando as mar"as de %ar$oa, ee * a pr?pr!a !ma&em do #O 7ensador#, de Rod!n Nen4um &esto, nen4um sussurro Os m!n!stros 0a1em epos!'>es sobre o d*0!"!t do or'amento, os traba4os de repara'(o ne"essár!os, as perspe"t!%as de penr!a na Co=n!a de Msor, no su da 5nd!a Ees 0aam em t!betano, e Ten1!n Ge"4e, o se"retár!o part!"uar do Daa!, dá a&umas bre%es ep!"a'>es sobre o que está a"onte"endo na reun!(o A )u&ar peos sembantes 0e"4ados dos m!n!stros ees pare"em estar tratando do bem6estar un!%ersa Nada !nd!"a que ees n(o representam os se!s m!4>es de t!betanos, quando na rea!dade ees s? &o%ernam seus o!tenta e "!n"o m! sd!tos que 0u&!ram para a 5nd!a S(o 4omens do ant!&o re&!me O"as!onamente, o Daa! surpreende quando toma a paa%ra Ee e%anta a "abe'a e 0aa num tom sua%e, mas !ntenso, "omo se est!%esse "antando uma "an'(o, e %a! sub!n4ando as paa%ras "om seu !nd!"ador d!re!to e a&umas %e1es epode em &ostosa &ar&a4ada Os m!n!stros tomam a !berdade de sorr!r Ant!&amente, em +4assa, "ap!ta do estado 0euda do T!bete, ees n(o ousar!am nem mesmo e%antar os o4os para o Daa! Somente os membros das tr3s ma!s atas, das sete "asses nobres, t!n4am perm!ss(o de se d!r!&!r ao re!6deus no trono do +e(o, e, naturamente, somente quando eram espe"!amente "on%!dados De1o!to anos no e$!o n(o podem et!rpar uma trad!'(o que, durante quatro"entos anos, 0o! 0ortae"!da pea 0* e pea e! Este 4omem, que pare"e ser 4umano, * na rea!dade, se&undo a "ren'a t!betana, a en"arna'(o do deus A%aoX!tes4%ara 6 o deus da Bondade e da M!ser!"?rd!a Mesmo os m!n!stros @s %e1es se prostram aos seus p*s É poss$%e que tudo !sto represente para o Daa! um &rande peso Zuando ee t!n4a uns . ou .; anos, e )á era "ons!derado "omo re!6deus, tomou pena "ons"!3n"!a da rea!dade do mundo moderno ao !nau&urar a u1 e*tr!"a e a 0or'a na "!dade med!e%a de +4assa 7or esta o"as!(o, ee p=de ass!st!r a a&uns 0!mes o"!denta!s, "o!sa absoutamente !n*d!ta no T!bete, e notou ent(o o quanto seu re&!me era utrapassado Atuamente, ee ret!ra de!"adamente os p*s do a"an"e de todos os "rentes que 0a1em men'(o de querer be!)á6os, e a)uda rap!damente o 0!e a se e%antar Os po$t!"os t!betanos da %e4a &uarda %eem "om maus o4os esta mudan'a no proto"oo Ees "ont!nuam ape&ados aos %e4os "ostumes e est(o d!spostos a 0a1er por ees os ma!ores sa"r!0$"!os Os saár!os dos que ser%em ao &o%erno t!betano no e$!o s(o t(o ba!os que os pr?pr!os m!n!stros s(o @s %e1es obr!&ados a %ender a&um tesouro de 0am$!a que "onse&u!ram e%ar
"ons!&o, para poder 0e"4ar o baan'o do 0!m do m3s O Daa! pare"e "ansado da tr!pa 0un'(o que tem de eer"er, "omo deus, sumo6sa"erdote e pr!me!ro m!n!stro Durante sua t!ma apar!'(o pb!"a, no 0est!%a de #aa"4aXra# -Roda do Temmpo/ na pro%$n"Fa de +adaX4, no H!maa!a !nd!ano, ee pro%o"ou um "4oque nos %!nte e "!n"o m! pere&r!nos ao !ns!nuar que ta%e1 n(o pudesse ma!s permane"er mu!to tempo entre ees Os assessores o&o espa4aram que, "om aquea 0rase, Sua Sant!dade n(o qu!sera se re0er!r @ morte, mas apenas a um re&!me de en"ausuramento a!nda ma!s se%ero Mas a de"ara'(o "4o"ou ma "o!sa * "ertaF o Daa! a!nda "ont!nua "umpr!ndo sua tr!pa 0un'(o, mas "om mu!tas restr!'>es E, ass!m mesmo, somente porque seu po%o quer que ee "ont!nue a eer"36a e porque o dest!no do T!bete e o da m!nor!a sem ar que ee &o%erna o e!&em Zuando ee d!1 que será o t!mo Daa! +ama, tem per0e!tamente "ons"!3n"!a do que está a0!rmando Ee sabe que aquea s!tua'(o n(o pode "ont!nuar e que seu po%o de%e !r se a"ostumando, aos pou"os, @ trans!'(o O Daa! nas"eu no T!bete, numa atmos0era !nte!ramente med!e%a, e "onse&u!u, por seu pr?pr!o es0or'o, adaptar6se @ rea!dade do mundo atua Os obser%adores a"red!tam p!amente que ma!s "edo ou ma!s tarde ee %otará ao T!bete Ee representa, na rea!dade, para o pa$s, a !ma&em do pa! responsá%e, em quem todos podem ter "on0!an'a, e s? ee pode reun!0!"ar esse po%o pro0undamente d!%!d!do Zuando o d*"!mo ter"e!ro Daa! morreu, d!1em que sua "abe'a se !n"!nou sub!tamente em d!re'(o ao +este Isto 0o! "ons!derado "omo um pr!me!ro s!na das mudan'as rad!"a!s Ma!s tarde nas"eu um "o&umeo numa das p!astras do paá"!o 7otaa e "ome'ou a "res"er !n"!nado para o +este m mon&e te%e a %!s(o de uma "asa re0et!da num a&o, de onde, em pr!n"$p!o, de%er!a sa!r a reen"arna'(o do no%o Daa! Esta "asa 0o! en"ontrada e tamb*m o men!no de "!n"o anos que sub!u ao Trono do +e(o do T!bete em 0e%ere!ro de .L< 6 o Ano do Dra&(o de 2erro 6, "omo o d*"!mo quarto Daa! Mas se&undo a pro0e"!a do pr?pr!o .Q Daa!, ee ser!a o t!mo re! do T!bete e o . Daa! ser!a um 0aso re! Contudo, o O"!dente re"ebeu o . Daa! "omo um 0!4o perd!do, por o"as!(o de sua 0u&a para a 5nd!a O mundo moderno %!%e de pub!"!dade O atua Daa! 6 0aso ou n(o 6 tamb*m tem de 0a1er a pr?pr!a pub!"!dade em 0a%or do seu po%o Com este ob)et!%o, ee pro"ura se mostrar e re%ear o ado des"on4e"!do da !nt!m!dade do re!6deus É un!"amente ass!m que se pode ep!"ar o 0ato de ter "onsent!do que uma equ!pe de )orna!stas europeus e amer!"anos o ten4a a"ompan4ado durante %ár!os d!as na !nt!m!dade de seu paá"!o6tempo, mesmo nos aposentos pr!%ados que n!n&u*m antes pudera %!s!tar O Daa!, sentado "om as pernas "ru1adas, em seu es"r!t?r!o, a!mentando seus pássaros de est!ma'(o, repousando em seu e!to s!mpes e austero, prote&!do por uma rede de a&od(o e pást!"o Ou "om sua m(e e seu !rm(o, que * tenente pára6qued!sta do e*r"!to !nd!ano O Daa! an'ando repeentes "ontra !nsetos e tomando o%omat!ne para restaurar as 0or'as, re1ando de "4!neos, br!n"ando "om re?&!os ant!&os ou tomando suas