Maurice Maurice Merleau-Po Merleau-Ponty nty Conv Conv rsas rsas
Organ Organiza izac;a c;a notas de STEPHANIE MENASE Tradu<;ao
FABIO L A N D A EVA LANDA
Revisao da tradUl;ao MARINA APPENZELLER APPENZELLER
escritor fil6 fil6so sofo fo lider do pensa Maurice Merleau-Ponty, escritor mento fenomenol6gico na F r a n ~ a , nasceu em 14 de m a r ~ o de 1908, Rochefort, t, faleceu faleceu em d e m a i de 1961, em Paris Paris Estudou em Rochefor na Ecole Ecole Normale Superieure em Paris, graduando-se em filosofia em 1931. Em 194 fo nomeado professor de filosofia da Universi dade de lyon em 1949 foi charnado para lecionar na Sorbonne, em 1952 ganhou ganhou cade cadeir ir de filosofia no College de France. Paris. Em 1952 Entr suas obras obras encontram encontram-se -se Sigrws, Fenomeriologia dil percep,ao, natureza.
Martins Fontes sao
Paulo
2004
Estaohra fai plIhlicodaor;lIinafmtnle plIhlicodaor;lIinafmtnle em
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Ii/ulo
CAUSERIES 194811 1948110r 0r Edirions Edirions dll Seuil. Pllris. Pllris. CopyriKhl C o p y r j ~
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Editionsdu Editionsdu Seu;I, Seu;I, 2002. 2002.
Ediloro LId .. Lhororio Lhororio Martins Fonus Ediloro sao Paulo,para Paulo,para prul!l1u t'dit;iio. 2004.
l l e d i ~ o
ou/ubra dl! 2004
Tradu.;io FMJOUtNDA EV ...
LANDA
Revisao da t n l d u ~ o MorinoAppt.'n::dfu AcompanhameDlo editorial Lu:ia ApaTl!ddo ApaTl!ddo d o s S o m a s RevlsOc:s gr.ificas utido
Broun
Moria Funando Alvarrs Dinanl! Zorulfrelli da SUra P r o d u ~
grifica
Guoldo Ah'l!s P a g i n a ~ a l F o t o l i t o s
Studio
Dl!st.'nI' Dl!st.'nI'o!vim o!vimLnto Editorial
ua Publical;io (CIP) Dados Inler'oadon:ais de ( O m a r a Bras:iIeira do U\TO, SF. Brasil) Merleau-Ponty.Maurice. Merleau-Ponty.Maurice. 1908-1961. 1908-1961. Conversas. 1948/ MauriceM erleau-Ponty: organizaif organizaifaoe aoe nOl:as de Sc(:phanie Sc(:phanie Mt;nast Mt;nast Fabio Landa. Eva Land revisio cia t r a d u ~ i i o
2004. 2004.
Marina Marina Appenz Appenzeller. eller.
S a P au au l
conferencia desta coletfinea foram As sete conferencia encomendadas pela Radi Nacion Nacional al Francesa transmitidas pel red Programa Nacional de Radiodifusao diodifusao frances (RDF) no final de 1948 conserv servad adas as no INA para uso de pesquisadores profissionais.
Manins FOfUCS,
(T6picos (T6picos
Tftulooriginal: Causeries 1948 Bibliograf13.
ISBN 85-336-2071-3 85-336-2071-3 I.
(FilosoflS.)
Mmase. Stepha Stephanie nie n. Tltulo.
m.
Sene. CDD-12134
04-6848
1Adices para cat2Iogo sistemitko: 1. P e l c e p ; l o : Epistemologia: FLiosoflA 121.34
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INA: INA: Instit Institut ut National de Audiovisuall. (N. dos T.)
Audiovisuei Audiovisuei [Insti [Instituto tuto National National do
suMARIo
Advertencia
IX
1.
p e c eb eb i mundo da ciencia...................................................... Expl Explor orat at;a ;a do mundo percebido: es-
ill.
Expl Explor orat at;a ;a do mundo perceb percebido ido as coicoi-
mundo
N.·Explorat;ao N.·Explorat;ao do .. .,
V.
VI.
mundo
I'
ani-
homem mundo
VII. Mundo c1
..
p'erc p'ercebi ebido: do:
percebido
55
m u nd nd o m o d em em o
67
Bibliografia tndice onomastico Obras de Maurice Merleau-Ponty
77 ················ 81 83
ADVERTENCIA
Esta Esta set "con "conve vers rsas as redi redigi gida da porMaurice porMaurice Merleau-Ponty Merleau-Ponty para i n t e r v e n ~ 5 e s em progra programa ma de nidi foram foram profer proferida ida po ele em 1948 1948 Segundo Programa Definitivo da Radiodifusiio Francesa, seis dela foram foram transm transmiti itidas das em cade cadeia ia naci nacion onal al se m an an al al me me nt nt e s aab b ad ad os os , d e o ut ut ub ub r de novem novembr br de 94 Grav Gravad adas as para para programa "Hora da Cult Cultura ura Fran France cesa sa", ", estas estas conv conver ersa sa fora fora lidas se nenhuma i n t e r v e n ~ a o externa externa grava grava esta preser preservad vad no IN No sabado, prog progra rama ma tinha tinha como como tem ge do pensam pensament ento". o". As conv conver ersa sa raJ HA f o r m a ~ a de Mauric Mauric Merleau-P Merleau-Ponty onty eram'tiansmitidas di qu as de Geor George ge Davy Davy (psi (psico colo lo nomesmo gi do prim primit itiv ivos os), ), de Emmanu Emmanuel el Mouni Mounier er (psi (psi colo cologi gi do do douto douto Maxi Maxime me Laig Laigne nell-
CONVERSAS
,I
19
Lavastine (psicancilise) do acad academ emic ic Hen rio (temas (temas psicol psicol6g 6gico ico na litera literatu tura) ra) Segundo Segundo os arqu arquiv ivos os do IN pare parece ce qu nenhum vestigio de prea preamb mbul ulo, o, de apre aprese se ta ;a dos partic particip ipant antes es tema prec precis is de cada cada prog program ram foi conservado. conjun conjunto to das conv conver ersas sas conc conceb ebid id pel fil6s fil6sof of como um serie, da qua el orga organi nizo zo as difer diferen entes tes partes seus titu titulo los: s: I. m un un d ebido bido mun Explora<;ao mundo mundo da ciencia; II. Explora<;ao do percebid percebido: o: espa<;o; III. mundo III. Explora< Explora<;ao ;ao do mundo perc perceb ebid ido: o: as cois coisas as sens sensiv ivei eis; s; Explo Explora< ra<;ao ;ao do V.
to fora; VI. mundo percebido; VII. Mund clas classi sico co mundo moderno. presente presente edi<;ao foi estabe estabelec lecida ida parti parti do textos textos datilografados datilografados po Maurice Maurice Merleau-Po Merleau-Pon n ty seguin seguindo do um plano plano manusc manuscrit rito. o. Esta Esta pagina pagina privad ado) o) trazem trazem as do pr6p pr6pri ri (£Undo priv a u or. parte, grava<;ao corresponde, em su maio parte, lima lima leit leitur ur porMe porMerle rleauau-Pon Ponty, ty, do te to que redigiu redigiu Por vezes, vezes, fil6 fil6so sofo fo suprim paIa acrescenta outras, outras, modifi modifica ca um encadeamen vras} acrescenta to, muda um palavra ou parte d e u m fras frase. e. Nas nota nota de roda rodape pe me menc ncio iona namo mo ai ri essa essa diferen<;as de expressao. As mudan< mudan<;as ;as ocorridas ocasiao da grava<;ao sao intro introdu duzid zidas, as, nas no
A D V E R T ~ N C L A
XI
po um letra. As cita biblio iogrM grMica ica sao cita<; <;oe oe bibl precedid precedidas as por um algarismo algarismo arabico arabico Procuramo encontrar encontrar as edi<;oes que Merle Merleau-P au-Pon ontye tye seu con temporaneos temporaneos poderia poderia ter consu consult ltado ado Essa Essa pes quisas revela revela extrem extrem cuidado cuidado do fil6 fil6so sofo fo par com os trab trabal alho ho rece recent ntes es as Ultimas publica<;oes. As refe refere renc ncia ia fora fora reuni reunidas das num bibl biblio iogr graf afia ia fina do volu volume me Como Como ilustra<;ao, escolhemos no fina tre dos arti artist stas as mencio mencionad nados os nas conv conver ersa sas. s. Agra Agrade dece cemo mo espe especi cial alme ment nt pess pessoa oa do INA qu no ajudar ajudaram am nas pesqu pesquisa isa rela relati tiva va divu divulg lga< a<;a ;a das conversas. conversas. STEPHANIE
punho
..
MENASE
CAPtruLOI MUNDO PERC PERCEB EBIDO IDO DACIENCIA
MUNDO
.'
mund mund da p e r c e p ~ a o , isto e, mund mund qu no re la pa noss nossos os sent sentid idos os pela pela expe expe rien rienci ci de vida vida parece parece-no -no primeira vist que melho conhecem conhecemos, os, ja qu na ao nece necess ss rios rios instrum instrumento ento nem calc calcul ulos os para ter aces acesso so el apar aparen ente teme ment nte, e, bast bastaa-no no abri abri ol io e n o s deix deixar armo mo vive vive para nele nele penet penetrar rar Contud Contudo, o, isso isso nao passa passa de uma fals fals apar aparen enci cia. a. gost gostar aria ia de most mostra ra ness nessas as onve onvers rs qu es .mund em· grande grande medid medid igno ignora rado do pa no enqu enquan anto to per per manecem manecemos os numa postura postura pratic pratic ou uJ:Uitana, que faram necess necessario ario muitcitem muitcitempo, po, e s f o r ~ o s cultu cultu ra para para desn desnud udaa-Io Io qu Urn do me meri rito to da arte arte do pensa pensame mento nto mode modemo mo (ent (enten endo do por moder moder pensamento pensamento dos Ulti Ulti os cinqiie cinqiienta nta
CONVERSAS
-1948
setenta anos anos de fazerfazer-nos nos rede redesc scobr obrir ir esse esse ou setenta mundo em qu vi emos emos ma qu somo somo semp sempre re
.'
tentados tentados esqu esquec ecer er Isso Isso part partic icula ularm rmen ente te verd verdad adei eiro ro na F r a n ~ a . Reconhe Reconhecer, cer, na ciencia ciencia enos conhecimen conhecimentos tos cien cien tificos, um ta qu toda toda noss noss vivi vivida da do mundo se encont encontra ra imedia imediatam tament ent des des valo valori riza zada da uma cara caract cter eris isti tica ca nao apenas apenas da filoso losofi fias as fran france cesa sas, s, mas tambem tambem do qu se cham chama, a, mais 01.1 menos vagame vagamente nte de espi espirit rit fran france ces. s. fisico que devo desejo desejo saber na devo Na qu me dira dira lu e, como me se pens pensav av numa cert cert epoc epoca, a, um bombarde bombardeio io de projet projeteisincandesce eisincandescentes' ntes' ou, como tambem se acre ditou, um v i b r a ~ a o do r, ou finalment finalmente, e, como admite um teori teori mais mais rece recent nte, e, urn fenom fenomeno eno as similavel as o s c i l a ~ 5 e eletro eletroma magne gnetic ticas as De que serv servir iria ia aqui aqui cons consul ulta ta noss nossos os senti sentidos dos ou nos de termo termo naqu naquilo ilo que nossa nossa p e r c e p ~ a nos inform inform sobr sobr as ores ores os re le os as cois coisas as que os trans trans po ta ja c o t od od a m ~ r a s aparencias_ apenas saber saber met6dic met6dic ,do cientis suas suas medi medida da suas suas rien rien as podem podem no libert libertar ar das ilus5e ilus5e em que vivem vivem nossos nossos s e n t i ~ o s faze fazerr-no no chega chega averdade averdadeira ira nature natureza za das oi a. Segundo Segundo
grava<;ao:
"bombardeio de partfculas incandescentesll'.
MUNDO PERCE PERCEBID BID
MUNDO DA
OlNCIA
re er na quecer que no dize dize os senti sentido do ingen ingenuam uamen en te cons consul ulta tado dos, s, qu na te lu nu uadr uadr rd de ro m un un do do , n a e r ma ticu ticula lari rida dade de de nossa nossa o r g a n i z a ~ a huma humana na qual qual ia dara dara cont cont um da mesm mane maneira ira como como el ja li ilus ilus5e 5e ou r e b fo fo p m un un d nao sa essa essa luze luzes, s, essa essa core cores, s, esse esse espe espeta tacu culo lo sens sensor oria ia qu meus meus olho olho me rn m, mun do sa ondas ondas os corp corpus uscu culo lo do quai quai cien cien me qu el enco encont ntra ra pa tras tras dess dessas as fan fan tasias sensfvei sensfveis. s. Desc Descar arte te dizi dizi at que, que, soment soment pelo pelo exam exam das cois coisas as sens sensiv ivei ei sem recorr recorrer er ao resul resultad tados os das pesqui pesquisas sas cien cienti tifi fica cas, s, sou capaz capaz de desc descob obri ri irnp irnpos ostu tura ra do meu sent sentid idos os aprend aprender er me apenas apenas na inteli intelige genci nci b1 ig qu um peda peda de ra Pore Pore qu exat exatam amen ente te essa essa ra a. Quando da grava<;ao, segmento segmento de frase nao se com uma particularidade[ .. ]" £oi suprimido. Segundo grava<;ao: Descartes dizia ate que apena exame exame das b. Segundo coisas coisas sensfve sensfveis is sem recorrer aos r e ~ t a d o das pesquisas·centfficas me permite descoblir" impostura dos meus sentido sentido me ensina tiar-me apenas na inteligencia. 1. Rene Descar Descartes tes Meditations mitaphysiques [lrad. [lrad. bras Medita,oes Paulo, o, Martin Fontes, Fontes, 2000 2000], ], II Medita Meditation tion In CEU1lres, ed. metajisicas, Sao Paul A.T., A.T., vol. 9, Paris, Cert 1904 reed. Paris, Vrin Vrin 1996,pp. 1996,pp. 23 SS.; in: CEU1lres et lettres, Paris, Gallimard, Gallimard, col. col. "La Pleiade" Pleiade" 1937, 1937, reed. reed. 1993 1993 pp.279 ss ....
CONVERSAS - 1 9 4 8
.'
Certame Certamente, nte, nao nem cor esbr esbran anqu qui< i<;a ;ada da nem £lor qu el aind aind ne le me de ne ruido faz quan quando do cairo Nada ti utiv utiv da ja qu pode pode per per der toda toda ssas ssas qual qualid idad ades es sem deix deix po exem exempl pl derr derret et el tran transf sfor orma ma nu lfqu lfquid id incolo incolor,s r,sem em odo prec precis is qu ja nao ofe ofe rece nenhuma resis resisten tenci ci ao meu dedo dedo Contud Contudo, o, digo digo qu mesm mesm ra ainda ainda Como Como deve deve mo enta enta ente entend ndee-la la qu perm perman anec ec apes apesar ar da de estad estad apenas apenas urn frag fragme ment nt de materia materia sem qualid qualidade ade e, no maximo, um certa capaci capacidad dad de ocupar ocupar espa<;o, de receb receber er difere diferen n te form formas as sem que espa<;o ocupado au form form adqu adquir irid id seja seja dete determ rmin inad ados os nucleo p er er ma ma ne ne nt nt e d a essa essa real realid idad ad da er naa se apen apenas as sent sentid idos os pois pois este este me ofer oferece ecern rn sempre sempre abje abjeto to gran grande deza za de fonn fonn dete determ rmin inad adas as verd verd deira deira cera cera porta portanto nto ri vist vist co os llio llios, s,'. '. S6 podemos. concebe-lo,pela intelig inteligenc encia. ia. Qtikdo acredi acredito to ver acera co meus alli allios os s6 esto rensando sando atra atrave ve da qual qualid idad ades es que as sentidos ca.pa; Segun Segundo do os
pai co
g r a v a ~ a o :
verdadeira cera. diz Descartes, nao se ve
MUNDO PERCEBIDO CEBIDO
MUNDO DA c/[NCIA
ta da ra nu se qual qualid idad ades es ua comum comum Para Para Desc Descart artes es portanto portanto essa essa idei idei per muit temp temp onip onipot oten ente te na tradi<;ao ~ a n : c e u por muit filosof filosofica ica da Fran<;a', percep<;ao apena apena ur inf inf de cien cienci ci aind conf confus usa. a. rela<;ao da percep percep <;ao co mesm mesm da re realid realidade ade Nossa Nossa dignid dignidade ade enos entregarmos inte inteli lige genc ncia ia que ser unic unic elem elemen ento to no re vela vela verd verdad ad do mund mundo. o. Quando Quando di se ha pouc pouco, o, que pensam pensament ent arte arte modern modern reab reabil ilit itam am percep<;ao mun natu natura ralm lmen ente te na eles eles negava valo valo da cien cienci ci como como instrum instrumen en to do desenvol desenvolvime vimento nto tecnic tecnic ou como como esco escola la de re verd verd de cont contin inua ua foi send send re na ua apre aprend nder er um verifica<;ao, qu uma pesqu pesquisa isa rigo rigoro rosa sa que de si mesm mesm do pr conceitos. Foi t en en h la numa numa poca poca em inda inda na re ques questa ta qu pensamento pensamento modem colo colo em rela<;ao ci ncia ncia na se dest destin in cont contes esta ta su exis existe tenc ncia ia ou fech fechar ar-l -lhe he q u a l q u e ~ d o m f n i ~ .Tra .Trata ta-s -s de saber saber se cien cienci ci ofer oferec ec QU oferece ra uma mundo mundo qu comcoma. Segundo Segundo
grava\a.o: " t r a d i ~ a o
filos6fica francesa".
CONVERSAS
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plet pleta, a, qu se bast baste, e, qu se de algu alguma ma manei manei ra sobr sobr es de ta qu tenha tenha mos mai nenhuma ques questi tilo lo valida valida colo coloca ca alem alem t ra ra t d e n eeg g a ou de im ta cien cien cia; trat trataa-se se de sabe sabe tern tern dire direit it de nega exclui ui como como ilus ilusor oria ia toda as pesqui pesquisas sas que ou de excl nilo nilo procedam procedam como como el por ed 6e compar compara a c;6es que ni seja seja conc conclu luid idas as por como como as da clas classi sica ca vincul vinculand and determ determina inadas das con seqii seqiienc encias ias determin determinadas adas cond condic ic 6es. 6es. Nilo Nilo so ess questi questilo lo nilo nilo indica indica nenhuma hosti hostili lidad dad com re ainda propri propri cien cienci cia, a, lac;ilo ciencia.'. nos seus desenv desenvolv olvime imento nto mai recen recente tes, s, que nos obriga obriga formul formula-l a-l enos conv convid id respon responder der ne gativamente. Afina Afinal, l, desde fim do seculo seculo XIX, os cientist cientistas as habi habitu tuar aram am-s -s cons consid ider erar ar suas suas suas suas teo teo na mais mais como como imag imagem em exat exat do qu acon acon tece na n a u rree z m a c o e sq sq ue ue ma ma s s eem m pr pr e mais mais simp simple le do que evento natural, natural, destinados destinados se corr corr gido gido po um pesquisa pesquisa mais mais Plfecisa, conhecimentos aproxi aproximad mados. os. Os em suma, como conhecimentos fato fato que expe experi rien enci ci no prop6esilo subineti do pela pela dencia dencia um analise da qual qual na pode pode esperar qu jama jamais is ab pois pois ha limites a. Segundo
grava<;iio: "de a1guma maneira".
MUNDO PERCEBIDO
MUNDO DA Clt'lCIA
par que sempre sempre se pod imag imagina ina mais mais comp comple leta ta xa do ue efet efetua uada da em determi minad nad mome moment nto. o. conc concre reto to sensf um deter ve confere confere cien cienci ci tare tare fa de uma eluc elucid idac ac;i ;ilo lo inte interm rm nave navel, l, da esul esulta ta qu se pode pode con con sidera-Ios, maneira maneira clas classi sica ca com uma simp simple le apar aparen enci ci dest destin inad ad se supe supera rada da pe ntel ntel genci genci cien cientf tffi fica ca fato fato perc perceb ebid id e, um ma neira neira gera geral, l, os event eventos os da hist histor oria ia do mundo mundo deduzidos dos de um cert cert nume numero ro de ei podem ser deduzi qu form formar aria ia perm perman anen ente te do nv sa en e, qu expressao sao apro um expres ximada ximada do event event deix deix subs subsis isti ti su opa cida cidade de cien cienti tist st de hoje hoje te ma como do periodo periodo clas classi sico co de alca alcanc nc ar amago das cois coisas as proprio proprio objeto objeto Precisam Precisamente ente so esse aspec aspecto, to, isic isic da rela relati tivi vidad dad conf confir irma ma que ob jeti jetivi vida dade de absol absolut ut defi defini niti tiva va um sonh ao nos mostr mostrar ar cada obse observ rvac ac;a ;a rigoro rigorosame samente nte depen dente da do obse observ rvad ador or inse insepa para rave ve de ao reje re je tarl ta rl ideia ide ia de ur obse ob serv rvaasu situa<;ao, dor abso absolu luto to Em cien cienci cia, a, nao podem podemos os no van gloria gloria de chegar chegar pel exer exerci cici ci de inteligen p ur ur a na situada, ur obje objeto to de qual qual grava<;iio: "e1a nos mostra S eg eg un un d mostra .. .]". b.Segundoa grava<;iio: "e ela rejeita" rejeita"
CONVERSAS
';
quer vest vestig igio io human exatam exatament ent como como Deu veria. 1 5 5 0 em nada dimi diminu nu rrec rreces essi sida dade de da pes quis quis cien cien if ca comb combat at apenas apenas dogmatismo de um cienc ciencia ia que se consid consideras erasse se saber saber abso luto luto tota total. l. 1 5 5 0 simplesmente faz j u s t i ~ a todo todo os element elementos os da experi experien encia cia humana e, em part parti i cular, nossa p e r c e p ~ a sensfvel. Enqu Enquan anto to da abri abriam am assi assim, m, port portas as para para uma e x p l o r a ~ a o do mundo perc perceb ebid ido, o, pint pintur ura, a, poesi poesi so ia entravam decidi decididam dament ent no domf domfni ni qu lhes lhes er assim assim reconhe reconhecid cid davam-no davam-no uma visa visao, o, extr extre e mamen mamente te nova nova arac arac er noss noss temp temp da do e s p a ~ o , vist vist de ra ta como como apar aparec ec no campo campo de me nossa p e r c e p ~ a o . Em nossas nossas pr6xim pr6ximas as conv conver ersa sas, s, gosta gostarfa rfamos mos de descre descrever ver alguma alguma das dessa pesqui pesquisa. sa.
CAPiTULO II
EXPLORA<;AO
DO MUNDO
PERCEBIDO:
ESPAC;:O
Obse Observ rv u-se, u-se, co re ue cia, cia, qu arte arte pensamen pensamento to modemos modemos sa mais mais diffcil compre compreend ender er apre apreci ciar ar Pica Picass ss do qu Pous Poussi si ou Char Chardi din, n, Gira Giraud udou ou ou Malr Malrau au mais mais do qu Ma riva rivaux ux ou Stendha Stendhal. l. E, assi assim, m, alguma alguma veze veze par ti diss diss conc conclu luiu iu-s -s (c mo Bend Benda, a, em La France es mode modemos mos eram eram bi byzantine qu zantin zantinos, os, ffce ffce apenas apenas porqu nao tinham nada dize dize subs substi titu tufa fa arte arte pela pela suti sutile leza za Nao exis existe te julg julgam amen ento to mais mais ce do qu este este p e n s a m e n ~ t o m od od em em o diffcil, inverte sensa sensa comu comu porpor'0,
a. Segund Segund g r a v a ~ a o : "'Enquanto a, ciencia e" filoso filosofia fia das ciencias abrlam assim assim as portasa portasa uma explor explora\8 a\8.o .o dp mundo Percebid Percebido, o, verifica-se verifica-se qu pintura, poesia poesia filo filoso sofi fi entravam ...]"
1.Julien Benda, Benda, La France byzantine ou leTriomphe de 1a litterature pure, Valery, Alain, Giraudou. Giraudou.x, x, Suares, les 5urrealistes, essai d'une Mallanne, Gide, Valery, psycho/agie psycho/agie originel originelle le du litterateur, litterateur, Paris, Paris, Gallimard, 1945; 1945; reed. Paris,UGE, Paris,UGE, coL "10/18", "10/18", 1970. 1970.
10
.'
CONVERSAS
1948
que te eocu eocupa pa ao da verda verdade de expe experi rien en nao th perm permit it ai ater ater-s -s hones honestam tamen ente te ideias ideias clar claras as ou simp simple le as quai quai senso senso comum comum se apega apega porque porque elas elas th trazem trazem tran tranqi qiii iili lida dade de Costari Costari de encont encontrar rar hoje hoje um exemplo exemplo desse obscurec obscurecimen imento to das no<;oes mai simp simple les, s, dessa re visa visa dos conc concei eito to c!
EXPLORA9\O DO MUNDO PERCEBIDO,
ESPA<;:O
11
nao foss fossem em as vari variav avei ei as quai quai subm submet etid ido. o. Es era pressu pressupos posto to da ciencia classica classica Tudo Tudo muda quan quando do om geo geo metrias metrias ditas ditas nao eucl euclid idia iana nas, s, chega-se chega-se conceb conceber er como como qu um curvah curvahira ira pr6pria pr6pria do espac;o, um das cois coisas as devid devid apena ao seu desl deslo o camento, um hetero heterogene geneida idade de das part partes es do es pa<;o de suas suas dime dimens nsoe oe qu na sa nter nterca ca iave iave afet afetam am corp corp qu ne se desl desloc ocam am ,com ,com algu alguma ma an or 5e No luga luga de ur mundo em qu part part do iden identi ticoe coe part part da mu an esta estritam estritamente ente delimi delimitad tadas as se refe refere re prin princf cfpi pios os difere diferente ntes, s, temos um em que os obje objeto to nao conse consegui guiri riam am estar em identidade abso absolu luta ta co eles eles mesm mesmos os onde form form cont conteu eu do esta esta como como que baral baralha hados dos mesc mescla lado dos, s, que, que, oferec ec mai ess estrutur estrutur rigi rigida da que po fim, nao ofer lh er fome fomeci cida da pelo pelo espa<;o homoge homogeneo neo Eu elides elides Toma-se impassivel impassivel distingui rigorosamen rigorosamen te espac;o da no espac;o, pu do do espe espeta tacu culo lo conc concre reto to que nossos nossos senti senti dos nos ofere oferece cern rn Ora as pesqui pesquisas sas sobre sobre pintur pintur modema con cordam cordam curios curiosame amente nte com as da cien cienci cia0 a0 ensi ensina na classic ic distinguei distinguei desenho da cor": desemento class a.
gue
Segund Segund
dese desenh nh
g r a v a ~ a o
co .. .]"
ensinamento classico,
em
pintura, pintura, distin-
12
CONVERSAS
1948
nha-se esquem esquem espa espaci cial al do obje objeto to depo depois is este este preenc preenchid hid por core cores. s. Cezapn Cezapne, e, ao cont contra rano no iz medida que pint pinta, a, dese desenh nhaa-se" se" quere querend nd "a medida dize dize que, que, nem no mundo mundo perc perceb ebid ido, o, nem no qua draa draa qu exprime, c on on to to rn rn o ob jeto jeto sa estrit estritame ament nt dist distin into to da c e s s a ~ a o cores, s, da m o d u l a ~ a o color colorid id que a l t e r a ~ a o das core deve deve conter conter tudo tudo form forma, a, co prop propri ria, a, aspe aspect ct do objeto, r e l a ~ a o do obje objeto to co as objetos objetos vizinhos. vizinhos. Cezann Cezann que gera gera cont contor orno no form form do ob je a t r ez ez a a s lhos lhos pelo pelo arra arranj nj da res. res. ec rr qu qu el pint pi nta, a, estudada estu dada co urna ur na paci pacien enci ci m a ~ a infi infini nita ta em sua textu textura ra colo colori rida, da, acaba acaba por infl inflar ar-s -se, e, por romper romper os limi limite te qu desenho ber compor compor tad Ih impo impori ria. a. Nesse Nesse e s f o r ~ o para reencon reencontrar trar como captarnos em nossa nossa expe expe mundo ta como p r e c a u ~ 5 e s rien rienci ci vivi vivida da todas todas as da arte arte clas classi sica ca sa d e s p e d a ~ a d a s . ensin ensiname ament nt ss da pin pin tura baseia-se baseia-se na perspectiva perspectiva ou seja seja no to de que, que, diante diante de urna paisagem, paisagem, po exemplo, pintordecidi tordecidi so transp transpor ortar tar para sua tela tela urna urna repr repreequ s e n t a ~ a O J o t a l m e n t e c o n v e n c i o n a l Ve 2. Emile Bernard, Souoenirs sur Paul cezanne, Faris. la renovalibn renovalibn es thelique, 1921, p. 39; retornado em Joachi Gasquet, Cezanne, Faris, Ber nheim-Jeune, 1926; reedi,iio Grenoble, Cynara, 1988, 1988, p. 204. Segun Segundo do grav grava, a,ii iio: o: "dentr "dentr do quadro".
EXPLORA(j\O DO MUNDO PERCEBlDO;
ESPACO
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arvo arvore re pert dele dele depois depois fixa seu olha olha mais mais adiante, na estrad estrada, a, por leva leva-o -o ao hori horizo zont nt cord cord co ponto ponto qu fixa, as dimens dimens5es 5es apare aparent ntes es do outr outros os obje objeto to sa cadave cadave modi modi ficadas. Em sua tela tela dara dara ur jeit jeit de repre represe sent ntar ar apenas apenas ur comp compro romi miss ss entre entre essa essa iver iversa sa e s f o r ~ a r - s e por enco encont ntrar rar rn deno denomi mi nador nador comu comu toda toda essa essa p e r c e p ~ 5 e s , atribuin a o tamanho, as core core as pect pect qu apre aprese sent nt quan quando do pintor fixa, mas ur tamanho tamanho ur aspe aspect ct conv conven enci cion onai ais, s, qu se ofer oferec ecer eria ia olha olha na li ho rizonte nu cert cert pont pont ar qual qual se orie orient ntam am part partir ir de enta enta toda toda linh linhas as da pai pai sagem sagem que VaG do pintor pintor ao hori horizo zont nte. e. As paisa gens gens assi assi pint pintad adas as er port portan anto to as ecto ecto tranqililo tranqililo decente, respeito respeitoso, so, provoc provocado ado pelo fat de serem serem domina dominadas das por ur olha olha no infi infi nita Elas Elas estao estao long longe, e, espectad espectador or nao esta esta com com preendido preendido nelas, nelas, elas elas sao afav afavei ei olhar desliza desliza com faci facili lida dade de sobre sobre um paisag paisagem em sem aspere aspere zas quenada op5e sua facil facilid idad ad soberan soberana. a. Po rem, rem, nao assi assi qu mundo mundo se apre apre?e ?ent nt no no cont contat at co el qu no rn ci pela pela per per cada cada momen momenta,'en ta,'enqu quan anto to noss noss olha olha c e p ~ a o . um
a. Segundo Segundo
g r a v a ~ a o
elas sao, seria possivel dizer, afaveis·.
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ja atra atrave ve do espe espeta tacu culo lo somo somo subm submet etid idos os ur cert cert ponto de ista ista esse esse inst instan anta tane neos os su cess cess nao sao pass passlv lvei ei de sobreposi<;:ao para paisag agem em pint pintor or um determinad parte da pais conseg consegui ui domina domina ess seri seri de vis6 vis6es es dela dela ti rar um unica unica paisa paisagem gem etern porque porque inter interro rom m peu modo natu natura ra de er muitas muitas veze veze fech fech rn olho, mede com se lapis tamanho aparente aparente de ur detal detalhe he qu le mo ific ific gra<;:as esse esse proc proce e dimento dimento e, submeten submetendo do todas todas essa essa vis6 vis6es es iv es visa anal anallt ltic ica, a, cons constr troi oi desta desta form form er su um visa tela um representa<;:ao da paisag paisagem em qu nao cor cor respond respond nenhurna nenhurna dasV dasVis is6e 6e livr livres es domina domina seu desenvo desenvolvir lvirnen nento to movirnen movirnentado, tado, mas tarnbem su prim prim sua vibra<;:ao sua vida vida Se muito muito pint pintor ores es partir partir de Cezan Cezanne, ne, recusar recusaram am curv curvar ar-s -s da pers perspe pect ctiv iv geom geomet etri rica ca porqu porqu quer queria ia recu recu perar perar repres represent entar ar proprio nascimento nascimento da pai. s a ge ge m d ia ia nt nt e d e nossOS ao contenta contentavarn varn corn corn urn relator relatorio io analit analitico ico queria queriarn rn aproximar-se do estilo estilo propriamen propriamente te dito dito da ex perienci perienci perce percept ptiv iva. a.·A ·A diferent diferentes es partes de seu quadro quadro sao.ent sao.entaovista aovista de angulo angulo dist distin into tos, s, ofe ofe rece recend nd ao especta espectador dorpou pouco co atent atent impr impres essa sa de "err "erros os de pers perspe pect ctiv iva" a" mas dando dando ao qu ob servar servar atentarnente sent sentir irne nent nt de ur mund mund que jama jamais is dois dois objet objetos os sao vist vistos os simult simultane aneaa-
EXPLORA<;:AO DO MUNDO PERCEBIDO,
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ESPA<;:O
ment mente, e, inter interp6 p6
entr entr part partes es espa<;:o, sempre tempo tempo nece necess ssar ario io para para evar evar noss noss ma em se port portan anto to na esta determ determina inado, do, mas apar aparec ec ou tran transp spar arece ece atraatraassi espa<;:o, assi
nao mais mais esse esse meio meio da sa simultan simultaneas eas qu poder poderia ia ser domin dominado ado por ur observad observador or absol absoluto uto igualme igualmente nte prox proxim im de toda el s, sem ponto ponto de ta se corp corp se situa<;:ao espa espaci cial al pur inte inteli lige genc ncia ia em suma espa<;:o da pintura pintura modema dizi dizi recente recentement ment Jean Jean Paul Paulha han, n, senslvel el ao cora<;:aO"3, ond tambe tambern rn espa<;:o senslv estarnos estarnos situad situados, os, proxim proximos os de nos, nos, organica organicamen men te liga ligado do nos. nos. "Pod "Pod se qu em ur temp con sagrado medi medida da tecn tecnic ic como como qu devo devora rado do pela quantidade", quantidade", acresc acrescent entava ava Paulha Paulhan, n, pintor cubista cubista celeb celebre, re, sua manei manei num espa<;:o me nos concedid concedid nossa nossa inte inteli lige genc ncia ia do qu ao nos so cora<;:ao, algu algurn rn casame casament nt secret secret urna urna recon recon mund co homem"'. cilia<;:ao do mund Depo Depois is da enci enci da intu intura ra tamb tambem em loso losofi fi sobre sobretu tudo do psic psicol olog ogia ia pare parece ce atentar atentar .. Peintu ture re modeme ou l'espa l'espace ce sensible sensible au cceur", lA Table ron3. "La Pein de, n? 2, fev. 1948, p. 280; "0 espa<;o sensfvel sensfvel ao cora<;ao", expressao expressao retomada ness artig artig remaneja remanejado do par La Peinture cubiste, 1953, Paris, Galli mard, mard, col. col. "Folio "Folio Essa Essais is", ", 1990, 1990, p. 174. 174. Table ronde, ibid., p. 280 4.
CO!\'V CO!\'V/:R /:RSASSAS- 194
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i.;
It
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e s p a ~ o nao de qu no as r e l a ~ 6 e s puro suje sujeit it desenc desencarn arnado ado co um um puro obje objeto to long longfn fnqu quo, o, ma de um habi habita tant nt do es meio fami famili li r. Como Como por exem exempl plo, o, p a ~ o co seu meio comp compre reen ensa sa da famo famo ilus ilusao ao de 6tic 6tic estu estu dada por Male Malebr bran anch che, e, qu faz cer, cer, quando quando aind aind esta esta no hori horizo zont nte, e, p a r e ~ a no muit muit maio maio do qu quan quando do ti ge enit enit p e r c e p ~ a o hu Male Malebr bran anch ch supunh supunh aqui aqui qu mana mana por um espe especi ci de raciod raciodnio nio superes superestima tima tamanho tamanho do astr astro. o. Co efei efeito to se obse observ rvar armo mo atra atrave ve de um tuba tuba pape papela la ou de um caixa de f6 foro foros, s, ilus ilusao ao desa desapa pare rece ce El deve deve-s -s por tant tant de que, que, quan quando do lu se apre apre sent sent n6 al mpos mpos do ro da arde qu gran grande de nume numero ro bj to in terpo terpost stos os nos torn sens sensfv fvei ei su grand grand distan distan cia, qu p ar ar a da grand grandez ez aparen aparente te qu cons conser erva va estan estando do contu contu i st st a t e se u it it o r an an d suje sujeit it que perc perceb eb seri seri aqui aqui comp compar arav avel el ao sa bio que julg julga, a, ti tone tonelu lui, i, tamanh tamanh perc perce e bid seria seria na real realid idad ad julg julgad ado. o. Nao assim assim qu 5. Malebranche, De la recherche de la vente, 1.1, cap. 7, 5, ed. G . L e wiS, Paris,Vrin, t. 1945, 1945, pp. 39-40; 39-40; in: CEuvres completes, Paris, Paris, GallimardGallimard-
'I
'I
col.
eLa Pleiade",
EXPLORAc;:Ao DO
MUNDO
PERCEBIDO;
ESPAC;:O
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maior maior do hoje hoje comp compre reen ende de iluiluda sao no hori horizo zont nte. e. Desc Descob obri rira ra po ei de expe experi rien enci cias as sist sistem emat atic icas as qu comp compor orta ta uma const constanc anc nota notave ve da gran grande deza za apar aparen ente te no plan plan hori horizo zont ntal al corr corres espo pond nd uma prop propri ried edaaos enquanp e r c e p ~ a o to ao cont contra rari rio, o, elas elas diminu diminuem em bern bern rapi rapida dame menne m um plano plano vert vertic ical al isso isso indubita indubitavelm velmente ente porque porque plano plano hori horizo zont ntal al para nos, nos, sere sere terr terres estr tres es aque aquele le em qu se em os deslo desloca came mento nto itai itai em qu se dese desenv nvol olve ve nos sa ativ ativid idad ade. e. Assi Assim, m, aqui aquilo lo qu Male Malebr bran anch ch in terp terpre reta tava va como como ativ ativid idad ad uma ntel ntelig igen en ia pura, pura, os psic psic61 610g 0gos os dessa dessa esco escola la rela relaci cion onam am co urna urna prop proprie rieda dade de natu natural ral de noss noss camp camp de per c e p ~ a o , n6 sere sere enca encarn rnad ados os obri obriga ga os nos, movi movime ment ntar ar sobr sobr terr terr Em psicolog psicologia, ia, assim como como em geom geomet etri ri idei idei ur e s p a ~ o homo geneo geneo comple completa tamen mente te entre entregu gu urna urna inte inteli lige gennse corp corp subs substi titu tufd fd pela pela idei idei ur es heterogeneo, eo, com d i r e ~ 6 e s qu p a ~ o heterogen tern r e l a ~ a o com nossas partic particu1a u1arid ridade ade corporai corporai co noss noss s i t u a ~ a o de sere sere joga jogado do no mund mundo. o. Enco Encont ntra ramo mo i, peia peia prlm prlmei eira ra ve e;s idei idei me urn corp corpo, o, mas ur espf espfri rito to com ur qu a l c a n ~ a verd verdad ad porq porque ue se rp st
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qu crav cravad ad nela nelas. s. pr6x pr6xim im conv conver ersa sa no mos trar trar qu na apen apenas as verd verdad adei eiro ro para para es pa<;o em er fv por meio meio noss noss corp corp reve revest stid id de atri atribu buto to human humanos os qu faze faze dele dele tambe tambe uma mesc me scla la de spfr spfrit it orpo orpo
CAPfTuLo III EXPLORA<;:AO DO
MUNDO
AS COIS COISAS AS SENSf SENSfvEI vEI
PERCEBIDO:
depoi depoi de exam examin inar ar espa<;o, considerar mo pr6p pr6pri rias as ue pree preenc nche he con con sulta sultarmo rmo esse esse resp respei eito to urn manual manual ic de psic psicol olog ogia ia nele veri verifi fica care remo mo que cois cois ur sis sis s e tema de qualida qualidades des ofer oferec ecid idas as ao dife difere rent ntes es n ~ tidos tidos reunid reunidas as po urn ato de sfnt sfntes es inte intele lect ctua ual. l. Po exempl exemplo, o, lima limao* o* essa essa form form infl inflad ad nas duas extrem extremida idade des, s, mais cor amar amarel ela, a, mais contato refrescante, refrescante, mais sabor acido acido... Esta Esta ana lise, c o n ~ d o , nos deix deix insa insati tisf sfei eito tos, s, porque porque nao vemos que un cada um dessas dessas qual qualid idad ades es ou propriedades propriedades as outras e,'entretanto;parecee,'entretanto;parece-nos nos que olimao possui unidade de ur qu ""
auto auto se refere ao limao siciliano. (N. dos T.)
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toda toda
CONVERSAS
J948
quali qualidad dades es sa apenas diferentes mani-
unidad unidad da cois cois perman permanece ece mist mister erio iosa sa en quanta consider considerarm armos os suas diferen diferentes tes qualid qualidade ade (sua cor, seu sabo sabor, r, por exem exempl plo) o) como como dados dados qu pert pertenc encem em ao mundo mundo rigo rigoro rosa same ment nt dist distin into to da visa visao, o, do olfa olfato to do tat etc. etc. Porem Porem psic psicol olog ogia ia modema modema segu seguin indo do ness ness aspe aspect ct as de Goet Goethe he obse obse vo just justam amen ente te qu ad uma. uma. dessa dessa quali qualida dades des longe longe de ser rigoro rigorosam sament ent iso iso lada, lada, ter um significa<;ao afet afetiv iv que colo coloca ca em correspon correspondenc dencia ia com a d o s outros ·sen ·senti tido dos. s. Po exem exempl plo, o, com sabem sabem muito muito ber aque aquele le qu ti veram veram de esco escolh lher er tape tapete te papel papel de pare parede de par ur aparta apartamen mento, to, cada cada co conf config igur ur um especie de atmQ atmQsf sfera era moral, moral, toma-a triste ou alegre alegre depri m en en t o u revigorante; e, como mesmo ocorr ocorr s on on s ou co dado dado teis teis pode pode-s -s di z e q u c ad ad a um equi equiva vale le um certo s o o u um cert cert tempe temperat ratura ura isso isso qu faz c o m q u certos certos cegos, cegos, quando lhes descre descrevem vemos os as cd)."es, consiga imagimiimagimi-las las po analogia., po exemplo, Portantd ntd desde qu se tome sifua sifua comum som. Porta 'a qualidade na experiencia humana qu th c ~ n fere um certa sign signif ific ica< a<;a ;a emocional, come<;a tornar-se tornar-se compree compreensfv nsfvel el su rela<;ao co outras qu n ad ad a e m comum qualidades na comum coin coin
E X P L O R A ~ O
DO
MUNDO PERCEBIDO:
AS COISAS
SENsiVEIS
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ela. ela. Exis Existe te ate qual qualida idade des, s, bastan bastante te numer numerosa osa em nossa expe experi rien enci cia. a. que nao tern quase nenhum sentid sentid se as sepa separa rarm rmos os da rea<;6es que provo provo cam em noss corp corpo. o. Po exem exempl plo, o, mela melado do fluido do denso, denso, ter um certa consisten consisten um flui cia, cia, possfv possfvel el pega-lo, pega-lo, mas em seguid seguida, a, trai<;oeirament mente, e, esco escorr rr entre entre os dedo dedo volt volt mesm mesmo. o. Na apenas se desf desfaz az assi assi qu the moldam moldamos, os, mas aind ainda, a, invert invertend end os pape papeis is qu agar agarra ra daquel el qu quer queria ia pega pega-l -lo. o. ma as mao daqu explorad exploradora, ora, que acredita acreditava va dominar objeto, en contra-se contra-se atraida atraida po el cola colada da no ser exteri exterior. or. "Num cert cert sentid sentido", o", escr escrev ev Sart Sartre re quem deve deve mos ess bel anal analis ise, e, "e como qu um docilida de supr suprem em do poss possuf ufdo do um fidelid fidelidade ade canina qu se dd mesmo quando nao querem queremos os mais mais e, nu outro outro sent sentid ido, o, so essa essa doci docili lida dade de como como que um apro apropr pria ia<; <;ao ao trai trai<; <;oe oeir ir do possuidor pelo possufdo."1 Vm qualidade qualidade com toma capa capa de simb simbol oliz izar ar toda um con duta humana nd qu estabele estabelece ce entre mi com sujei sujeito to encamad objeto objeto exter exterior ior que seu,por seu,portad tador. or. Dessa Dessa qua lidad lidade, e, s6 exis existe te um d e f i n i ~ a o humana. 1.Jean-Paul Sartre, r:£treet Ie Neant, Paris,Gallimard, Paris,Gallimard, 1943;reed. 1943;reed. col "Tel", 1976, p. 671.
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CONVERSAS -1948
Forem Forem assim assim consid considera erada, da, cada qualidad qualidad abre se para para as qual qualid idad ades es do outI outIos os sent sentid idos os mel a<;u a<;uca cara rado do Ora, a<;ucarado "doc;:ura indelevel, que permanece permanece indefin indefinida idamen mente te na boca boca sobr sobre e vive vive deglutic;:aO"2 e, na ordem dos sabo sabore res, s, ess propr propria ia pega pegajo josa sa que visc viscos osid idad ad do mel real realiz iz na o rrd d e d o tatoo visc viscos os dize dize qu sa dua maneimaneis de d e d r a mesma coisa, ou seja seja urna certa certa re lac;:ao da coisa coisa conosco conosco o u u m cert cert condut condut qu el no suge sugere re ou nos imp6 imp6e, e, um certa certa maneira maneira tern de sedu seduzi zir, r, de trai trai de fasc fascin inar ar su qu el tern jeit jeit livr livr que se encontr encontr confro confronta ntado do com ela. ela. me u r e r c om om po po rrtt am am en en t d o mundo com qu om relac;:ao me difere rent ntes es qual qualid idad ades es que possu possu nao sejam sejam qu as dife meram merament ent just justap apos osta ta ne e, mas, mas, pelo pelo contr contrmo, mo, identicas na medida em qu as toda toda mani manife fes s m es es m a n i r d e s e ou de se comp compor orta ta ta l. unida unidade de da coisa na se encon encontr tr pa tras de cada cada urna urna de s:ucis qual qualid idad ades es el reaf reafir ir m a d a p o r cada urna de-las, cad urna urna dela dela a'co a'coi i mteira ra.,Cezanne .,Cezanne dizi dizi que devemos devemos poder pin sa mtei ,tar cheiio da arvores No mesmo sentid sentido, o, SarSar-
EXPLORAy40 DO MUNDO PERCEBIDO: AS COISAS SENsfVEIS SENsfVEIS
tr sc ev em [;Etre et Ie Neant [0 qu cada cada qual qualid idad ad "rev "revel elad ador or do er do ob jet0 [ama [amare relo lo dojlimao", dojlimao", pros prosse segue gue "esten "esten de-se de-se inte inteir iram amen ente te atra atrave ve de sua qual qualid idad ades es cada um de sua qual qualid idad ades es estend estende-s e-s inte inteir ira a atrave ve de cada cada um das outras outras acid acidez ez mente atra do imao imao qu ma el amare amarelo lo do lima lima que cido cido come comemo mo co de ur bo o, gost gost des des inst instru rume ment nt qu desv desvel el sua su ao qu cham chamar arem emos os de intuic;:ao alime,l temp temper erat atur ur morn morna, a, or azu ... j. lada, movim moviment ent ondula ondulante nte da agua agua de uma pis pis cina cina sa dado dado conc concom omit itan ante te que expr expres essa sa atrave ve dos outr outros os ... ]5." un atra As cois coisas as na sao, sao, portan portanto, to, simp simple le objetos neutro neutro que contem contempla plari riamo amo diante diante de nos; nos; cada cada urna urna de as si bo za par no um cert cert cond condut uta, a, prov provoc oc de nossa nossa parte parte reac;:6es favara veis ou desf desfav avor orav avei eis, s, po so qu go to de ur homem homem seu cara carate ter, r, atit atitud ud qu assu assurn rniu iu exterior or sao lidos lidos em relac;:ao ao mundo ao se exteri nos obje objeto to qu el esco escolh lheu eu para tera sua volta, volta, or qu pref prefer ere, e, nos luga lugare re onde aprecia na passear. Oaudel q u os chineses chineses constroem constroem jard jardin in de pedr pedra, a, onde tud rigo rigoro rosa same ment nt ec
...
2. Ibid. 3.Joachi 3.Joachi
Gasque Gasquet, t, Cizanne, Faris, Bernheim-Jeline Bernheim-Jeline 1926; 1926; reed. Gre-
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4. r:t.tre et Ie Neant, Gp. cit., p. 665. 5. Ibid., p. 227.
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CONVERSAS
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desnu desnuda dad0 d06. 6. Ness m i n e r a l i z a ~ a o do ambien ambiente, te, deve deve-s -s le um ec da umid umidad ad como como que um prefe preferen rencia cia pel morte morte Os objet objetos os que povo povoam am noss nossos os sonho sonho sao, sao, da mesma mesma form forma, a, sig sig nificativ nificativos. os. Nossa r e l a ~ a o co cois coisas as nao uma distan ante te cada cada uma ao noss noss corp corp r e l a ~ a o dist nossa vida vida elas elas estao estao revest revestid idas as de cara caract cter eris isti tica ca humanas (doc (docei eis, s, doce doces, s, host hostis, is, resist resistent entes) es) e, in vers versam amen ente te em no mo ta to embl emble e mas da cond condut utas as qu amamo amamo ou detest detestamo amos. s. home home esta esta esti esti na s tao inve invest stid idas as nele nele Para Para fala fala com as psic psican anal alis is as as co sa sao as complexos. qu Cezann Cezann quer queria ia dizer dizer quando quando fala fala de urn cert cert "halo" "halo" da co sa qu se tran transmi smiti tire re pela pela pintur pintur am em contemp contempora oraneo neo Fran Franci ci Pong Ponge, e, qu eu gosta gostari ri de citar citar com exempl exempl agor agora. a. Em urn estudo estudo qu Sar Sar ·tre ·tre consag consagrou rou Pong Ponge, e, el escr escrev eveu eu as cois coisas as "ha-
]"
6. Paul Paul OaudeL OaudeL Omnaissance de rEst (1895-1900), Paris, Mereu", de France, 1907; 1907; reed. 1960 p. 63 "Da mesmaform que uma paisagem MO consti constitui tuida da pela relva relva pelacor folhagem gem mas pela harmoniade harmoniade suas pelacor da folha linha linha movimento de seus terren terrenos os os chineses amstroern seus jar pelo movimento dins literalment literalment com pedras. pedras. EscuIpem EscuIpem em vez de pint pintar ar Susc Suscet etfv fvel el de elev elevac ac;6 ;6es es de profundidades, de contorn contornos os de saliencias saliencias pela variedade de seus aspe de seuspIano seuspIano aspect ctos os pedr pedr parece pareceu-l u-lhesmai hesmai d6cil d6cil mais mais adequada adequada para para criar criar local local humano do que vegetal reduzido reduzido ao seupa pel natura natura de decorat;ao decorat;ao omamento.'" omamento.'" 7.Joachi 7.Joachirn rn Gasquet Gasquet cezanne, op. cit., p. 205.
EXPLORA<;:Ao DO MUNDO PERCEBIDO: AS COISAS SENStvEIs
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bita bitara ra nele nele por long longos os anos anos elas elas povoam povoam for ram £Undo de su mem6ri mem6ria, a, estav estavam am prese present ntes es nele nele ...]; eu e s f o r ~ o atua atua muit muit mais mais para para pes pes ca no £Undo de si mesmoesses monstr monstros os pululan pululan te flor florid idos os par revelli-los do qu para para fixar suas qualidades qualidades ap6s o b s e r v a ~ 6 e s detalhadas"B. E, efe tiva tivamen mente, te, esse essenc ncia ia da agua agua po exernp exernplo, lo, assim os como como todo todo elementos, elementos, encontra-se encontra-se menDs em suas suas prop propri ried edad ades es obse observ rvav avei ei do qu naqu naqui i 10 qu no izem izem segu seguin inte te da "Ela branca brilhante, infonne fresca, passi va obstinada em se unico unico vici vicio: o: peso; dispoe de excepeionai onai para satisfazer esse vieio: contor meios excepei nando penetr penetrando, ando, eradindo, filtrando. Dentro dela mesma esse vicio tambbn age: ela des eada instante ineessantement emente, e, renunci renunci marona ineessant qualquer forma, s6 tende humilhar-se, esparrama-se de brufOs no chao, quase quase cadave cadave como os manges de algumas ordens ... Paderiamos quase dizer que tigua louca deoi do essa necessidade histenca de s6 obedecer ao seu peso, que possui como uma ideiajixa ... UQUIDO por definiifw que prefere abedecer ao peso manter sua forma, forma, qUe recusa todo. forma para 8. Jean-Paul Sartre, L'Homme et les CJwses, Paris, Seghers, 1947, pp. 10-1; retomado em Situations, Pari Paris, s, Gallimard. Gallimard. 1948, 1948, p. 227
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CONVERSAS - 1 9 4 8
obedecer seu peso. qu perd perd od compo compost stur ur pa ideia fixa, fixa, desse escrnpulo doentio ... causa causa dess dess ideia Inquietude da rigua: senslvel menor mudam;a de incli inclinaf naf;i ;iio. io. Saltando as escadas com as dais pes ao mesmo tempo. Brincalhona, de uma obediencia obediencia pueril, pueril, voltando logo que chamamos mudando i n c l i n a ~ a o par este este lado."9 analis is do mesm mesm tipo tipo Voces encontrarao um anal qu e st st en en d t od od o o s e le le me me nt nt o na seri seri de text textos os que Gaston Bach Bachel elar ar consag consagrou rou suce sucess ssiv iva a 12 13 m en en t ao terra na arlO, qual qual most mostra ra em cada cada elemen elemento to um especie de patr patria ia para cada cada tipo tipo de homem, em seus devane devaneios ios meio meio favo favori rito to de um imagina orient nt su vida, sacram sacrament ent natura natura <;:ao qu orie d a for<;:a feli felici cida dade de Toda Toda essas essas pesquipesqui9. Franci Franci Ponge Le Parti pris des choses Gallimard, 1942; 1942; reed. choses Paris, Gallimard, col "Poesie", 1967, pp. 61-3. 10. Gaston Bachelard, L'Ai et Ies Songes, Paris, Jose Corti Corti 194 [trad. [trad. ar os sonhos: ensaio sobre imagin imagina¢o a¢o do movimento, Sao Paulo, bras. Paulo, Corti, 1942[trad bras. tlgua kos 5011. L'Eau et Ies Reves, Paris, Jose Corti, imagina¢o do materia, Sao Paulo,Martins Fontes;1989]. Fontes;1989]. nhos:ensaio sobre imagina¢o Gallirnard 193 [trad.bras. [trad.bras. psicmuf12 La Psychana1yse du feu, Paris, Gallirnard 1994]. lise do fogo, Sao Paulo Martins Fontes 1994]. 13. LA Terre et Ies Reveries de la volontJ!, Paris, Jose Corti, Corti, 194 [trad bras. terra os deoaneios do vontade: ensaios sobre iTfUlgina¢o lias jorfllS, Paulo, o, Martins Martins Fontes, Fontes, 1991 1991]; ]; LA Terre et Ies Reveri Sao Paul Reveries es du repo repos, s, Paris, Jose Corti, Corti, 194 [trad. [trad. bras terra os devaneios do repouso: ensaio sobre as imagens da intimidade, Sao ,M sF ,1
EXPLORA(:JiO DO MUNDO PERCEBIDO: AS CQISAS SENSfVEJS
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sa sao trib tribut utan anas as da tentativ tentativ surrea surreali lista sta que ha trin trinta ta ano ja proc procur urav av no obje objeto to no meio meio do quais quais vive vivemo mo e, sobre sobretud tud nos obje objeto to encont encontra ra dos ao quai quai no liga liga os veze veze p o u m pai xa sing singul ular ar os "catali "catalisad sadore ore do desejo", desejo", como Breton on14 loca loca onde dese desejo jo huma diz Andr Bret no se manifest manifest ou se cristaliza". assim assim uma tendenci tendenci bastant gera gera reconhe reconhe cermos entre homem homem na essa essa distan anci ci de domina<;:ao que exis existe te en r€la<;:ao de dist tre espf espfri rito to sobera soberano no cera na cele peda<;:o de cera bre anal analis is de Desc Descar arte tes, s, mas urn rela<;:ao menDs proximi mida dade de verti vertigin ginosa osa que nos impede impede cla.ra- uma proxi de nos apree apreende nderm rmos os como como ur espf espfri rito to puro se parado das cois coisas as ou de defi defini ni as cois coisas as como como puros obje objeto to sem nenhum atributo atributo humano.Vo humano.Vol l tare taremo mo essa essa observa<;:ao quando, quando, no fina fina dessas dessas conv conver ersa sas, s, examin examinarm armos os com elas elas nos conduzem conduzem imag imagin inar ar situa<;:ao do h o me me m n o mundo. II
14. Se reed. 1975. 1975.
duvida um
a1us a1usao ao
L'Amour fou, Paris, Gallirnard, 1937
grava,ao: ao: "E assim um Segundo grava, nosso tempo reconhecer [.. J"
tendencia tendencia bastante geraI de
..
'"
..
Paul Cezanne (1839-1906) Arvores Aquarela, 0,470 0,300, seculo XIX, A. G. (£undo Orsay). Pari Paris, s, Museu do Louvre Louvre
..
G e o r g ~ s Braque (1882-1963) Compoteira carlas 6leo real real,a ,ado do la ise ~ a r v i i o 0,600, 1913 Paris, Paris, sobr tela, tela, 0,810 0,600, Centro Pompidou-MNAM-CO.
..
Pablo Pablo Picass (1881(1881-197 1973) 3) cezanne
acrobata
tela 1,620 1,620 6 l e o sobre tela Paris, Museu Picasso.
1,30 1,300, 0, 1930 1930
Braque Picasso
Foto RMN Miche Michele le Bello Bello Fot CNACIM CNACIMNAM NAM Dist. Dist. RMN Foto RMN R. G. Ojeda
CAPfTuLON
EXPLORAQ,.O D O M U ND ND O PERCEBIDO: AANIMALIDADE
Quan Quando do e-pa e-pass ss da da pint pintur ur filosofia .classicas .classicas ciencia, pint pintura ura filosofia modernas observ observa-s a-se, e, como como dizia diziamos mos nas tres tres con versas versas anterio anteriores res um espe especi ci de desp desper erta ta do mundo perc perceb ebido ido Reapren Reaprendem demos os aver mundo de qu no os sent sentid idos os no nsi nsi na nada de rele releva vant nt qu apen apenas as saber rigo rigo rosamente objeti objetivo vo merece ser lembrado.Vo lembrado.Volta ltamo mo fica fica atentos atentos ao e s p a ~ o ond no situ situam amos os qu s6 cons consid ider erad ad segu segund nd um perspeqiva limitada tada noss nossa, a, ma qu tamb tambem em noss noss de qua mantemos mantemos r e l a ~ 6 e s rn re desc descob obri rimo mo em cada cada cois cois ur cert cert esti estilo lo de se que torna torna ur espe espelh lh da cond condut utas as humanas-,
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CONVERSAS - 1 9 4 8
fi entr entr no oi esta estabe bele lece cemm-se se na mai puras puras rela<;5es entre um pensamen pensamento to domi domi nado nado um obje objeto to ou um espa<;o completamente expo expost stos os esse esse pens pensam amen ento to mas rela<;ao ambf gua de ur se encama encamado do limi limita tado do co um mun do enig enigma mati tico co qu entr entrev eve, e, que el nem mes mo para para de fr qiie qiie tar, tar, mas semp sempre re po meio meio de pers perspe pect ctiv ivas as qu th esco escond ndem em tant tant quan quanto to Ih revelam, po io aspe aspect ct huma humano no qu qual qual que cois cois adqu adquir ir pera perant nt ur olha olha humano humano Pore Porem, m, nesse nesse mund assi assi trans transfor forma mado do nao esta estamo mo nem apen apenas as entr entr home homens ns mundo mundo se ofer oferec ec tambem tambem ao anim animai ais, s, as crian<;as, aos primit primitivo ivos, s, aos loucos loucos que habitam sua manei manei ra que tambem coex coexis iste te com ele, ele, hoj vamo observ observar ar que, que, ao reenco reencontr ntrar ar mundo percebi percebido do tomamo-nos tomamo-nos capa capaze ze de encont encontrar rar mais mais sent sentid id abreviado ado por ocas ocasia ia de su gra a. c o m e ~ o dessa ~ / c o n v e r s a n foi abrevi vac;ao. Merleau-Ponty c o m ~ a assim.: NDiziamos, nas conversas precedentes, q u e ~ quando quando com pensam pensament ent modemo se volta volta ao mundo mundo da ~ e r c e p
observa-se desaparecerentre homem as coisas as puras desaparecerentre homem puras r e l a ~ < ; > e s entreurn pensament pensament dominado dominado ur objeto ou urn e s p a ~ c o m p l e t a m ~ n : e expostos expostos ele.Wele.W-5O 5O aparecera aparecera ambfgua de urnserencama urnserencamado do limitado rom urn mundo enigmatico que eleentrev eleentreve,que e,que nemmesm cessade cessade freqiientar, mas sempre sempre por meio meio de perspe perspecti ctivasque vasque !heescondemtan !heescondemtant. t. quanto!he revel revelam,por am,por meiodo aspecto aspecto humano que quaiquer quaiquer COlsa adqw-
EXPLORA<;:AO DO
PERCEBIDO: O: M UN UND DO O PERCEBID
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ANIMAUDADE
mais mais interes interesse se nessas nessas forma forma extrem extremas as ou aberran aberran tes da vida cons consci cien enci cia, a, de mod qu por fim, espe espeta tacu culo lo inte integr gral al do mundo pro pro prio prio homem homem qu rece recebe be um novo sigrlifi sigrlificado cado Sabe Sabemo mo que pensam pensament ent clas classi si na da muita aten<;ao ao anim animal al crian<;a, ao prim primit itiv iv ao louc louco. o. Lemb Lembra ramo mo qu Desc Descar arte te nao via no anim animal al nad alem alem de urna urna soma soma de rodas alavan alavan cas, cas, molas nf rn de uma maqu maquin ina; a; quan quando do na era um maquina, animal animal era, era, pensamento classico, um esbo<;o de homem, homem, muit muitos os entom entomo o logi logist stas as nao hesita hesitaram ram em proje projetar tar nele nele as cara caract cte e rfst rfstic icas as princi principai pai da vid hurnana. hurnana. conhec conhecimen imen crian<;as d o d oe oe nt nt e p er er ma ma ne ne ce ce u po muito muito tempo tempo rudirn rudirnen entar tar justam justament ent em virtude desses desses preco preconc nceit eitos os as quest5 quest5es es que edic edic ou experim experiment entado ado lhe colo coloca cava va era ques quest5e t5e de homem procur procurav ava-s a-s menos compre compreend ender er como viviam viviam po conta conta propria propria do que calc calcul ular ar dist distii iinc ncia ia que os separa separava va do adulto adulto ou do homem homem
¢o
I:
.. re pera perant nt ur olhar olhar h u m a n o . " " b. Segundoa Segundoa g r a v a ~ o : "tambem 50 oferece oferece aos arumaJS, as man",", aos loucos que h a b i ~ como nOs, que sua m ~ e i r a primitives, aos loucos co ele,e ele,e hoje v e r e m o ~ que, ao reencontrar mundo percebldo ...
a. Por ocasiao ocasiao da leitura, Ultimo Ultimo 5Ogmento 5Ogmento de £rase "de modo modo que significado" ado" foi . . ... urn novo signific 1. Discours de la methode [trae!. bras. Discurso do mitodo, sao Paulo, Mar Paris,Cerf.1902; 902; reed. reed. lins Fontes, ed.,1996.]Vparte. In: CEuvres, ed.AT., Paris,Cerf.1 Paris,Vrin, Paris,Vrin, 1996, vol.VI- pp. 57-8; 57-8; in: CEuvres et lettres lettres Paris, Paris, Gallimard, col. "La Pleiade Pleiade", ", 1937 1937 reed. reed. 1953, 1953, p. 164. b. Segund Segund grava<;1io:"as quest6es quest6es que medico ou experimenta dor lhes colocavam eram questOes homens ns sadi sadios os ou de adultos questOes de home po f i
....
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.'
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sadi sadi em seu desemp desempenh enhos os comu comuns ns Quanto Quanto ao primit primitivo ivos, s, ou procurava-se procurava-se ndes urna urna imagemem imagemem belezada belezada do civili civiliza zado do ou ao contn contnmo, mo, como como Voltair tair em Essai sur les moeurs [Ens [Ensai ai sobre sobre os cos cos tume tumesF sF enco encont ntra rava va-s -s em seus seus cost costum umes es ou em suas suas cren cren"a "a apenas apenas um seri seri de absu absurdo rdo inex inex plic plic veis veis acon aconte tece ce como como se pensamento clas classi si tive tivess ss se mantid mantid pres pres em ur dile dilema ma ou se co qual nos defrontam defrontamos os assi assimi mila lave ve urn homem, homem, send enta perm permit itid id atri atribu buir ir-l -lhe he por anal analog ogia ia as cara caract cter erfs fsti tica ca gera geralme lment nt reco reco om e nhecidas n o h om adul adulto to sadi sadio, o, ou le nad mais mais do que urn meca mecani nism sm eg ur caos caos ha entao nenhum meio de encont encontrar rar ur sentido em sua conduta conduta Po qlle, qlle, entao, entao, tantos tantos escrj escrjtor tores es clas classi sico co mos tram indiferen" indiferen" com respeito respeito aos animai animais, s, as crian "as, "as, aos louc loucos os aos prim primit itiv ivos os?" ?" qu esta esta con con venc vencid idos os de que xi te ur homem rematado, des tina tinado do se "senhor "senhor possui possuidor dor da natureza, como dizi dizi Descart Descartes es capa capaz, z, assi assim, m, por princ principi ipio, o, de pene penetr trar ar at se da oi as de cons consti titu tuir ir ur 2. Essai sur l'hisroire gtnlrale et sur res =r et l'espril des natians, de(1753, 3, ed. aumentada 1761-1 1761-1763 763). ). puis Charlemagne jusqu'a nos jours (175 a. Frase Frase interr interroga ogativ tiv suprim suprimida ida quando da g r a v a ~ a o . 3, Discours de la mtthode, VI parte. In: CErrores, ed. AT., loc. cil.,vol. VL p. 62, 1. 7-8 in: CErrores et lettres, loco cil, p. 168.
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ANIMALIDADE
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conhecime conhecimento nto sobera soberano, no, de deci decifr frar ar todos todos os feno feno m en en o n a s om om en en t u re re z ffsica, mas aind aind aque aquele le qu hist histor oria ia ocie ocieda dade de huma huma nas nos most mostra ram, m, de ex li a-lo a-lo por suas suas au as fina finalm lmen ente te enco encont ntra rar, r, em algu algu acid aciden ente te se ra da noma nomali li qu mant mant crian"a, primitivo, louco, anim animal al marg margem em da verd verdad ade" e" ra pensamento pensamento cl ssic ssico, o, exis existe te uma raza raza de dire direit it divi divino no que efet efetiv ivam amen ente te con cebe cebe raza raza humana humana como como de uma raza raza criado criadora, ra, ou postula, postula, como ocorre ocorre frequentemente, urn acor acordo do de pr ncfp ncfp entr entr raza raza do home homens ns se da mesm mesm apos apos te renu renunc ncia iado do toda toda teologia Sob ta pers perspe pect ctiv iva, a, as anomal anomalias ias de que fala falamo mo so podem podem te valor valor de curios curiosida idades des psi colo cologi gica cas, s, as quais quais se atri atribu bui, i, co condesc condescende enden n ur luga luga num cant cant qual qualqu quer er da psic psicol olog ogia ia sociologi ogi "normais" da sociol 3. Segund Segund graval)'ao: liE que pensamento cIassico esta conven conven cido de que existe urn homem rematado destinadoa destinadoa ser lsenhore lsenhore possui possui dor'da dor'da natu nature reza za com dizi dizi Desca Descart rtes, es, capa capa assi assim, m, po prin princi cipi pia, a, de penetrar ate ser das coisas, de decifr decifrar ar todos os fenomenos nao apenas os de natureza fisica, fisica, mas ainda ainda aqueles aqueles que hist hist6r 6ria ia socied socieda a causas finalm finalment ent de humanas no mostram, de explica-Ios por suas causas corporal al ou social social razao razao dasanomalias dasanomalias de encontrar em algum causa corpor primitivo, IOlleo, Q. animal margem margem da ver q u e m a nt nt e m c r i a n ~ a dade.'"
b. Segundo Segundo g r a v a ~ a o : ou, mesmo ap6sterrenunc ap6sterrenunciad iad tod teo logia, logia, dela reeolhe, reeolhe, sem dize-Io,sua dize-Io,sua h e r a n ~ a postula postula urn acordo de prin cipio cipio entr entr raza raza dos homens ser das coisa coisas"' s"' II
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Pore Porem, m, precis precisam ament ent essa convic<;ao, ou me lhor lhor ess dogmat dogmatism ismo, o, que um cienci cienci um re mai amadur amadureci ecidas das colo coloca ca em questao. Co certeza, ne m un un d d a crian<;a, ne do primitivo, ne do doent doente, e, nem, nem, co mais mais raza raza ainda, do anim animal al na medida em qu podemo podemo reco recons nsti titu tuii-Io Io por sua condut conduta, a, cons consti titu tuem em sist siste e mas coeren coerentes tes enquanto enquanto ao contrfuio, mundo do homem sael saelio io adulto civili civilizad zad esfo esfor< r<;a ;a-s -s po conquistar conquistar essa coerenc coerencia. ia. Porem, Porem, ponto ponto essen essen mundo na tem ess coer qu coeren enci cia, a, el permanece um id€ia ou ur limi limite te qu de at ja mais mais atingi atingido do e, conseqi conseqiien ientem tement ente, e, "normal" na pode fech fechar ar-s -s sobr sobr el deve deve preo preocu cupa par r se em comp compre reen ender der as anom anomal alia ia da quai quai na esta totalmente isen isento to conv convid idad ad exam exami i nar-se se complacen complacencia, cia, redescobri redescobri em si tod especi especi de fantas fantasia ias, s, de deva devane neio ios, s, de condut condutas as ma gicas, de fenome fenomenos nos obsc obscur uros os qu perma permanec necem em onipotentes em su vid parti particul cular ar publ public ica, a, em sua rela< rela<;6e ;6e c o m o s o u tr tr o s h9mens h9mens que ate, dei xam, em se conhecimento da nature natureza, za, todo os tipos de lacunas pela pela quais se insinua insinua poesia poesia pensamento adulto, normal civi civili liza zado do pref prefer erf f vel ao pensamento infantil infantil m6rbido ou barbaro, condi<;ao ;ao d e q u nao se cons consid ide e milS co um condi< pensamento de re direit direit divino divino que se confro confronte nte
EXPLORAy40 DO
MUNDO PERCEBIDO:
ANIMALIDAD ANIMALIDAD
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cadavez mais mais honestam honestamente ente com as obsc obscur urid idad ades es as elif elific icul ulda dade de da vida vida hurn hurnan ana, a, que na perea conta contato to com as aize aize irra irraci cion onai ai dessa dessa vida vida finalment que raza raza on qu seu mundo ta ber inac inacab abad ado, o, na finj finj ter ultrapass ultrapassado ado om e po incon qu se limi limito to masc mascar arar ar n a t om testaveis um civiliza<;ao ur conh conhec ecim imen ento to qu el tern tern como como fun<;ao mais elevad elevada, a, pelo contrf contrfuio uio contestar e ss ss e pensamento modemos reconsideram com urn inter interess ess reno vado, as form formas as de exis existe tenc ncia ia mai afas afasta tada da de n6s porque ela colo coloca ca em evidenc evidencia ia ess movi mento p e ell o q ua ua l o do do s o s n 6 mesmo tratamos de da orma orma ur mundo que na esta predesti predestinado nado as inic inicia iati tiva va de noss conhe conheci ci mento de nossa a<;ao. Enquanto racionalismo classico na introdtiZia .nenhur meel meelia iado do entre m at at er er i e re re s vos, vos, se na inteligente inteligentes, s, categoria categoria de simples ma qu na pr6p pr6pri ri no<;ao de vida categor categoria ia das os id€ia id€ia confus confusas, as, os psic psic61 610g 0gos os de hoje n o m os tram, pelo cont contrf rfui uio, o, que exis existe te um percep<;ao da a. S e g u n ~ o grava, grava,ao: ao: "uma civi civiIi Iiza za>i >iio io!' !' urn conheci conheciment ment que el tern como f u n ~ a o m.ais peculiar e, pete contrario, discutir contestar". Segundo gravac;ao: uNesse espfrito espfrito arte pensamento mo b. Segundo demos reconsideram [... [...J." c. Segundo grava, grava,ao: ao: "via" "via"
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CONVERSAS
vida vida cuja cuja modali modalidad dades es tentam desc descre reve ver. r. No an passado, em urn trabal trabalho ho i n t e ~ e s s a n t e sobr sobr per per moviment0 nt0 A. Michot Michotte" te" de Louvain, Louvain, c e p ~ a o do movime most mostra rava va que cert certos os desl desloc ocam amen entos tos de t r a ~ o s lu minos minosos os sobr sobr uma tela tela nos fome fomece cem, m, indi indisc scut uti i velmen velmente, te, impres impressa sa de urn movime movimento nto vita vital. l. Se, por exem exempl plo, o, dois dois t r a ~ o s vert vertic icai ai para parale lelo lo se afas afasta ta rn do utro utro se em enqu enquan anto to prim primei eiro ro pross prosseg egue ue se movi movime ment nto, o, segund segund inve invert rt seu se reco recolo loca ca em r e l a ~ a o ao primeiro primeiro inicia ial, l, temo irres irresis istiv tivel elmen mente te sen na p o s i ~ a o inic timento de assi assist stir ir ur movim movimen ento to de r e p t a ~ a o , embor embor figu figura ra expo expost st ao noss noss o!ha o!ha nao se as n ad ad a u m mesmo ne evoqu evoqu sua l e m b r a n ~ a . Aqui Aqui prop propri ri estr estrut utur ur do movi movime ment nt qu deix deix le om movi movime ment nt "vital". deslocam deslocamento ento das linhas linhas obser observad vad apa ad inst instan ante te om ur mome moment nt global al na qual qual ur cert cert r, cujofanta cujofantasma sma ve a ~ a o glob tela real realiz iz em se prov provei eito to ur movi movi mosb na tela ment espa espaci cial al Durant Durant espe espect cta a " r e p t a ~ a o " , dor acredi acredita ta ver urna materia materia virt virtua ual, l, urn espe especi ci de protoplasma fict fictic icio io escorrer escorrer desdeo centro centro do .4 Albert Miehotte, La Percepti Louvain, n, Institul Institul Su Perception on de 1a causa/itt. Louvai •perieur de Psychologie, Psychologie, 1947 . a . S eg eg un un d o a g r a v a ~ a o : NNo ano passado passado po .exemplo, A. MieholIe [oo,.).N
Segundo b. Segundo
g r a v a ~ a o :
/tum
certo ser
do
qual entrevemos". entrevemos".
EXPLORA(:AO DO MUNDO PERCEBIDO:
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ANlMAUDADE ANlMAUDADE
"cor "corpo po prol prolon onga game ment ntos os ue diante diante de si. Assi Assim, m, apesa do que talv talvez ez afirmasse urna biolog biologia ia mecanic mecanicist ist mund mund no vive vivemo mos, s, em tod ca o, na fe to apenas apenas de co alguns desse desse fragme fragmento nto de ma:e s p a ~ o ; alguns teri teri qu cham chamam amos os sere sere iv se poem poem de senhar em se ambi ambien ente te pa seus seus ge to ou po seu'comportamento um is da qu suavisa suavisa da is qu no apar aparec ecer er apen apenas as se .nos .nos pres presta tarm rmos os ao espe espeta tacu culo lo da animalida de se exis existi tirr rr os co anim animal alid idad ade, e, em ez de !he recus recusar, ar, temeraria temerariamente mente qualquer qualquer espec especie ie de interioridade. Em suas exper experien iencia cia feit feitas as ha vint vint no psicolog psicolog alema Kohler Kohler tratava tratava de reconsti reconstituir tuir estrutura estrutura do univ univer erso so do chimpa chimpanze nze .Assinalava, precisam precisamente ente que origin originali alida dade de da vida vida animal' na pode pode ap rece rece enqu enquan anto to !h prop propus us rrno rrno com era caso caso de i.ui i.uita ta expe experi rien enci cias as clas classi sica cas, s, proble problema ma qu nao sa os seus seus comportamen cachor orro ro pod pare parece ce absu absurd rd maqu maquina ina to do cach quando proble problema ma que el tern tern de reso resolve lve acio acio n a u m fechadura alavanca l a n ~ a
'i
1927.
a. Inci Inciso so suprim suprimido ido quando quando da g r a v a ~ a o 5. Wolfgang Wolfgang Kohler, L'Intelligence des sInges suptrieurs. Paris, Alean,
b. For ocasiao da gravac;ao, Merleau-Ponty acrescenta: zar instrumentos instrumentos humanos"'.
"'isto
e, utili
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CONVERSAS
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quer dizer dizer que consid considera erado do em su vida espontanea dian diante te da ques questo toes es qu ela eoloea eoloea ani
mal na trat trat seu ambien ambiente te segundo segundo as ei de um especie de nsica nsica ingenua, ingenua, na apreenda apreenda alguma alguma na as utilize utilize para ehegar ehegar eert eertos os resu resul l r e l a ~ o e s tados, tados, enfim, enfim, na elab elabor or as infl influe uenc ncia ia do meio meio de um maneira earaeterist earaeteristiea iea da especie. porque anim animal al centro d e u m especie de " e o l o c a ~ a o em form forma" a" do mundo, porq porque ue el te um comportamento, comportamento, porque reve revela la expl explic ici i tamente, na tentativas de um conduta conduta poue gura gura poue poue capa capa de a q u i s i ~ o e s aeumuladas', existenci nci jogada n o m un un d cuja e s f o r ~ o de um existe chave na possui, e, sem dliv dlivid idaa- porque porque vid ani malnos lemb lembra ra assi assi de nossosfra nossosfraca cass ssos os de nos so li ites ites qu el te um imensa importanc importancia ia nos devaneio devaneio dos prim primit itiv ivos os de nossavid oculta Freud Freud mostrou mostrou que mitol mitolog ogia ia animal animal do .prim .primiti itivos vos reeriada reeriada po cada e r i a n ~ a de cada cada ge a.Segundoa g r a v a ~ a o : pois, centro de uma especie de animal e, pois, ~ c o l o c a c ; a o em forma' do mundo ele tern urn comportamento, nas ' ~ e n t a t i pouco capa capaz, z, na verdade, verdade, de.aquiside.aquisivas d e u m a eondutapouco segura pouco ~ 5 e s acumuladas [ . , . ] . " ' ·b. Segund Segund .. g r a v a ~ o : "nos mitos", c. Segund Segund .w:nos devaneios"' g r a v a ~ o d . D e po po i frase, po ocasiao da g r a v a ~ o , M e r l e a u - P o n t y acres centa: animal nos propor proporci cionaessa onaessa surpre surpresa sa esse choque choque ele que nao entr entr no mund mund huma humane ne se cont conten enta ta co soW, soW,-l -lo, o, co most mostra rarr-no no contudo os emblema emblema de nossa vida, que recond reconduzi uzida da assim assim ao amago amago da natureza originaL perde de imedia imediato to sua evidencia evidencia sua suficiencia*. suficiencia*. ..
EXPLORAy\O DO MUNDO PERCEBIDO:
ANlMALIDADE
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q u e r i a n ~ a se enxe enxerg rga, a, enxer enxerga ga seus seus pais pais os conf confli lito to que te com estes estes no animai animai que el eneo eneont ntra ra', ', ta ponto ponto qu eava eavalo lo se toma nos sonhos do pequen pequen Hans um poder malefie malefie tao ineontestavel quanta os anim animai ai sagra sagrado do dos pri pri estudo sobre Lautreamonf, Ba miti mitivo vos. s. Em ehel ehelar ar obse observ rv qu eneo eneont ntra ramo mo nome nome de anim animai ai na pagi pagina na os Chants de Maldoror [Cantos de Maldor Maldoror] or] Mesmo um poet poet como como Clau Claude de que, que, como como pode poderi ri er homem, homem, recu recupe pera ra subestirnar subestirnar tudo que na de p ed ed e q u " in in te te rr rr o i n s p i r a ~ a o do guem os animai animais." s." "Existe", "Existe", eserev esereve, e, uma gravu gravura ra japonesa japonesa que representa um elef elefan ante te rodeado rodeado de cegos. um comis comissao sao enearr enearrega egada da de iden identi tifi fiea ea essa essa inter interven ven-. -. monume monumenta nta no assu assunt ntos os human meiro a b r a ~ a um da pata pata 'E um more.' r a ~ a o ,
a. Segundo Segundo graval;ao: «a crian\ crian\ se enxerga, enxerga enxerga seus pais os confl conflit itos os em que se impl implic ic com e1es nos animais que encontra"'. phobie chez 6. Sigmund Freud. Onq Psychanalyses, "AnaJyse d'une phobie un petit g a r ~ n de ans", trad fr. M. Bon.parte, Rernte FrtIJlfl2ise de PsychaPsycha[trad.bras. Analise de urnafobia em ummeninodecinnalyse, t. 2, fase. 3, 192 [trad.bras. co anos: pequeno pequeno Hans Rio de Janeiro, Imago, 1999]; Paris, PUF, 1954, 1954, pp. 93-198. 93-198. <, Paris, Jose Corti, 1939. 7. Gaston Bachelard, Lautreanwnt, Paris, 8. Paul Gaudet "Interroge Ies anirnaux" ,Figaro Iitteraire, n? 129,3? 129,3? ano, de outubro de 1948 1948 p. 1;retomado em "Quelques planches planches du Bestiaire s p i r i t u e l ~ In: Figu17!S et pamboles, in: CEuvres en prose, Paris, GaIIimard col Pleiade", 1965, 1965, p. 982-10 982-1000. 00. "La Pleiade",
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'E verdade', cliz
segund segundo, o, que desc descobr obr as orelh orelhas as ~ q u i esta esta as folh folhas as'. '. 'De jeitonenhum', jeitonenhum', cliz ter qu passa passa sua ma pelo pelo flanco flanco,'e ,'e ur mura!' mura!' corda', excl exclama ama quart quarto, o, qu peg caud cauda. a. 'E uma corda', cana', repl replic ic quin quinto to qu pega pega trom tromba ba... 'E ur cana', "Da mesma mesma form forma" a" prass prasseg egue ue Gaude Gaudel, l, "nos "nossa sa Sant Sant Igre Igreja ja at6l at6lic ic que poss possui ui do anim animal al sagra sagrado do mass massa, a, jeit jeit temperamento temperamento bona ha sem fala fala dess dess dupl dupl pres pres de puro puro ma marf rfim im
CAPITuLo
HOMEM VISTO DE FORA
da
ness nessas as agua agua qu lh cheg chegam am dire direta tame ment nt do pa t ro ro mb mb a s or or v vee nd nd oo- a p ar ar a b a copiosamente-todo seu corp enor enorme me." ." Gost Gostam amos os de irna irnagi gina na Desc Descar arte te ou Male Male bran branch ch lend lend es text texto' o' enco encont ntra rand nd ani ani mais mais que para eleseram maquin maquinas, as, enca encarr rreg egad ados os um bre-huma bre-humano. no. Essa Essa reabilitac;:ao do su poe como como veremos veremos na pr6xim conver conversa, sa, u m h u um espe especi ci de humanismo humanismo mali malici cios os do quais quais ele estava estava b e ~ d i s t a n t e s b . 9. Paul Oaude!, Figaro litth-aire, ibid., p. 1; "Quelques "Quelques comper comperes es aublies",retornado em "Quelques planches du Bestiaire Bestiaire spirituel". In: CEuures en prose, prose, op. cit., p.9!l9. a. Segundo Segundo g r a v a ~ a o : "lend ess text text de Oaudel". b. Segun Segundo do grava'lao: '"Veremos, na pr6xiIria. conver conversa, sa, que·essa que· essa reabijita@o dos animais sup5e urn humore humore uma especie de humanismo malicio malicioso so bem alheio ao pensarnent pensarnent classico. classico.
At aqui aqui tentamos tentamos obse observ rvar ar espac;:o, as coi coi sa os sere sere qu habi habita ta este este mundo mundo atra atra percepc;:ao, esquecendo esquecendo aquilo aquilo que um fami famili liari arida dade de demasi demasiado ado longa longa co eles eles nos leva leva achar achar "completamen "completamente te natura natural", l", cons consi i derando derando ta como como se ofer oferec ecer er uma expe experi rien enci ci ingenua.Agor ingenua.Agora, a, deveri deveriamo amo repeti repeti mesm ten tativ tativ com relac;:ao ao pr6pri pr6pri homem'. Porq Porque ue cer tamente, ha trinta trinta secu seculo lo ou mais mais muit muitas as cois coisas as a. c o m ~ do text text foj modifi modificad cad por ocasia ocasia da g r a ) ! a ~ o : "Are agora, tentamos observar espac;o, as coiSas os sere sere vivo vivo que habitam est mund atra atrave ve dos olhos olhos da p e r c e p ~ a o , esquecen esquecendo do aquil aquil que uma famili familiari arida dade de demasiado demasiado longa com eles nos'leva nos'leva
acha acha 'totalme 'totalmente nte na-
oferecem uma experiencia ingetura!', considerando-os tal como eles se oferecem nua Agora, Agora, deveriamo deveriamo repet repetir ir mesma tentativa com rela¢o ao proprio
homem ....
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ja fora fora dita dita sobre sobre homem, homem, mas frequent frequentemen emen te fora fora desc descob ober erta ta pela pela ao Quero Quero izer izer e, ao tenta tenta sabe sabe qu home homem, m, ur como Descar Descarte te submet submetia ia ur exam exam cr tico tico fo como as idei ideias as qu se apresentava..'11 pa exemplo, as de espf espfri rito to de corp corpo. o. le as puri purifi fica cava va expu expur r avaava-as as de qual qualqu quer er es ec de obsc obscur urid idad ad ou de conf confus usao ao Enquan Enquanto to maiori maiori do homen en tende pa espl esplri rito to algo algo como como urn mater materia ia muito muito suti sutil, l, ou urn fuma<;a, ou ur sopr sopr segu seguin indo do nisnisso exem exempl pl dos prim primit itiv ivos os Descartes Descartes mostrav mostrav limp limpid idam amen ente te qu es lr to nao corr corres espo pond nd nada de pare pareci cido do natureza comple comple d e u m natureza fuma<;a tament tament dist distin inta ta ja qu sopr sopr sao, sao, modo aind aind qu bern bern su s, ao pass pass se modo que esplri esplrito to nao absolut absolutamen amente te urn cois coisa, a, nao habita habitand nd disper erso so como como toda toda as coi coi espa<;o, disp sas po urn certa certa exte extens nsao ao mas sendo sendo pelo pelo con trano, trano, completamente completamente concentr concentrado, ado, indi indivi viso so nao sendo nada mais finalmente finalmente do qu se reco recolh lh se reli reline ne infa infaIi Iive veIm Imen ente te qu conhe conhece ce si mesmo ho o q u vai de "querodizer "querodizer que ao tentarsaber que mem· are -nao sendo finalm finalment ente'd e'd que urn se qu se reco recolh lh se rel1ne infalivel infalivelmente mente que conhece conhece si mesmo'" foi suprimido suprimido par ocasiao da grava¢o. Merleau-Ponty Merleau-Ponty prossegu prossegue: e: "Descart "Descartes, es, po exemplo, exemplo, desvia-s do exteri exterior or 56 cheg defin definirir-se se clarar clararnen nente te quando descob descobre re urn espi rita em si mesmo, mesmo, ou seja.. uma esptkie esptkie de se quenao901p nenhu nenhu es pelascoisas,e nao nada a1em de \u puro conheci conheci p a ~ , nao se espalha pelascoisas,e mento de si mesmo·, entao entao reto retoma ma leit leitur ura. a.
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HOMEM VISTO DE FORA
ChegavaChegava-se se assi esplri rito to um no<;ao pura do espl urna urna no<;ao pura da materi materi ou das cois coisas as Pore Porem, m, qu s6 enco encont ntro ro esse esse es ri comp comple leta ta mente mente puro puro e, pa assi assi dize dizer, r, s6 toco em mi mesmo. Os homens homens nunca nunca sa puro puro es f rito rito para mim: mim: 56 os conhe<;o atrav atraves es de seu olha olha d e s eu eu s s t d e s ua ua s a l em suma, atra atrave ve de seus corp corpos os Certamen Certamente, te, para mim, urn outro est bern bern long long de redu reduzi zirr-se se seu corp corpo. o. Ur outr outr esse esse corp corp anim animad ad de todo todo tipo tipo de inte inten< n<;6 ;6es es sujeito de a<;6es ou afinn afinna<; a<;6es 6es das quais me lemb lembro ro qu cont contri ribu buem em par esbo esbo figura ra moral moral par mim. mim. Po fim, eu nao <;0 de su figu conseguir conseguiria ia dissoc dissociar iar alguem silhueta de s u silhueta esti es tilo lo de seu jeit je it de Observ Obs ervand ando-o o-o po se urn minu minuto to apreend apreendo-o o-o de imed imedia iato to bern bern melhar melhar enumer eran ando do tudo tudo qu se so re po do ue enum experien experiencia cia po ouvir dizer. dizer. Os outr outros os sa par n6s esplr esplrit itos os que habi habita tarr rr urn corp corpo, o, apare aparenci nci total total desse desse corp corp parece-n parece-nos os contertodo contertodo ur con junto de possib possibili ilidad dades es das quais quais p re re sen<;a propriamente propriamente dita Assi Assim, m, ao cons consid idera era fora isto isto e, no outro e.prov e.provave ave que eu homem de fora .'
a. trec trecho ho que va de uCertamente, urn outro at -da quais corp r e s e n ~ a propriamente dita" foi suprimid po suprimid por ocasia da g r a v a ~ a o . Merleau-Ponty conserva conserva apenas: apenas: eu nao conseguir conseguiria ia dissociar alguem de eslilo, de seujeitode falar". Ee retom leilu leiluIaa Iaa par sua silhueta, de seu eslilo, tir daqui.
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sej levado levado reexam reexamina ina certas certas dist distin in<; <;oe oe que no entanto parecem parecem impor-s impor-se, e, cQmo distin distin<;a <;a en tre espfr espfrit it corpo. Observ Observemo emos, s, entao, entao, do qu se trat trat essa essa dis dis tin<;ao v aam mo c i c i a r p aarr ttii r d e xe Suponhamos Suponhamos que enco encont ntre re dian diante te de algue que, po qualquer qualquer motivo motivo esteja esteja violenta violenta irritado do comi comigo go Meu interloc interlocutor utor fica fica com mente irrita raiv raiva, a, eu digo digo que el expr exprim im sua raiv raiv po meio de pala palavr vras as viol violen enta tas, s, de gest gestos os de grit gritos. os. rem, onde se encont encontra ra essa essa raiv raiva? a? Algue Algue pode ra responder responder esta no espf espfri rito to do me interlocu tor. 15so na m ui ui t d aarr o e ss ss a maldade, maldade, essa crueldad crueldad qu leio leio nos olha olhare re de me advers adversari ario, o, nao consig consig imaginaimagina-Ias Ias separa da de seu gest gest?s ?s de suas suas pala palavr vras as de seu corp corpo. o. ss nao acon aconte tece ce do mund como como qu distante te do COrpOb do homem com nu santuano distan iaiv iaiva. a. Esta Esta bern bern daramente aqui aqui ra va expl explod od nesta nesta sala sala neste neste luga luga da sala sala neste neste espa<;o en tre mi el qu el ocor ocor Conc Concor ordo do que piva piva de me adversan adversan nao acontece acontece em se rosto; no talvez ez daqu k p o u c o ~ as mesmo sentido em que talv lagrimas va esco escorr rrer er de seus seus olli ollios os um contra'.
suprimida da por ocasiao ocasiao da gravar;ao. a. Essa £rase foi suprimi Segundo gravar;ao: um santUano· retirado retirado por tnis do corpal(. b. Segundo
HOMEM VISTa
DE
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FORA
arca arca su boca boca P o habita nelee aflora superficie de sua boch boche e cha palida palida ou viol violac acea eas, s, de seus olli ollios os injeta injetados dos de sangue sangue dessa dessa voz esga esgani ni<; <;ad ada. a. Ese, po urn instante, deixo deixo me pont de vist vist de obse observ rvad ador or exterior da t en en t e mb mb rraa rr- m d e la pa m i q ua ua nd nd o e st st o c o so obri obriga gado do conf confes essa sa que as coisas na ocorrem de form form dife difere rent nte: e: sobr sobr minha minha pr6 pr6 pria raiv raiv nada me most mostra ra qu seja seja ep rave rave ou assim dize dizer, r, ser desco descola lado do de me qu possa, po assim corpo. corpo. Quando me lemb lembro ro de minha raiv raiv de Pau o, encontro encontro-a -a na em me espfrito me pensamento, pensamento, mas inteiram inteiramente ente entre mi qu vo cife cifera rava va ess detest detestave ave Paul Paulo, o, tranq tranqil ilil ilam ament ent sentado sentado al me escut escutan ando do com iron ironia ia Minh raiv raiv era somente somente um tentativa tentativa de dest destru rui< i<;a ;a de Paul Paulo, o, que perrna perrnanec nec verb verbal al se sou paci pacifi fico co at cort cortes es se soueducado mas afin afinal al el aconte acontecia cia no espa <;0 comum em qu troc trocav avam amos os argum argument entos os em ve de golp golpes es na em mim. S6 posteriorrnente, posteriorrnente, refl reflet etin indo do sobre sobre que raiv raiv observan observando do que ela encerr encerr um certa avaliaS;ao (negativa),da ou tro, tro, que canduo: afin afinal al nllva urn pensamenpensamen<;ao
suprirnida por ocasiao ocasiao da Essa £rase £oi suprirnida toma em: Ita raiva habi habita ta nel aflora ]n ...
g r a v a ~ a o .
Merle.u-Pontyre Merle.u-Pontyre
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e st st a c o p en en sa sa r q u outr outr dete detes s tave tave com mostrou mostrou j: esse esse pensamen na po em frag fr agme ment nt de mate ma teri ria. a. port po rtan anto to nenhum espf espfri rito to Poss Poss perfeita perfeitament ment refle refletir tir assi assim, m, mas part partir ir do momento momento em que me volt volt para para expe expe rienci rienci propriamente dita da raiva que motiva motiva mi devo devo onfe onfe ar qu ia na nh me na ra anir anirna nada da de ma estava estava inexplic inexplicavel avelment ment nele Encontramo Encontramo tudo em Desc Descar arte tes, s, como como em to do os grandes grandes fil6 fil6so sofo fos, s, assim assim que eIe, que ha vi distin distinguid guid rigoros rigorosame amente nte espf espfri rito to do cor cor po cheg chegou ou afir afirma ma qu alma alma er na apen apenas as chef chef comandante comandante do corp corpo, o, como como piloto em seu navio navio si tao estre estreit itam amen ente te unida unida le que Segundoa g r a v a ~ a o : "a raiva". a. Segundoa CEuvres 1. Rene Descartes, Descartes, Discours de /a mitlwde (1637) (1637) parte V. In: CEuvres ed.AT., op. cit., voL VI, p.59,1.10-12; in CEuvres et lettres, op. cit., p.166: "Eu [... como MO basta que [a almal estej a10j a10jad ad no havia havia [.. demonstrado [... corpo hwnano como ur piloto e m s e navio, se talvez talvez apena para para unida membros, s, mas que necess necessari ari que ela este esteja ja j u n t o ~ mOver seus membro ape/ite se mais estreitamente com ele. pan. ter aJem disso sentimentos ape/ite ed. 1641), melhantes aos nossos [... [...1"; MeditatiDnes de prima philDsophiil [trad.bras. Medita¢es scmfilosofill primeim, Campinas,Cemodecon I F O i Unicamp, 1999J, 1999J, VI, M e d i t a ~ o . In: CEuures, ed. AT., voL VII, p. 81,1. 81,1. 2-3; 64 in: MMitatlans MMitatlans mitaphysiques mitaphysiques (1647), in CEuures, ed. AT., voL lX,. CEuvres et lettres, op. cit., p. 326: 326: "A natureza me ensina tambem, por esses sentimentos de dor, de fome fome de sed etc. etc. qu eU mo estOll apenas aloja do em me corp corpo,como o,como urn pilot pilot em seunavio,mas seunavio,mas que, que, alem dissa, dissa, estall tall muit muit estr estrei eita tame ment nt unid unid el ta conf confun undi dido do mescladQ que componho COm ele como que urn sO todo.'"
H O M E M VISTO
DE
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FORA
nele sofr sofre, e, como como observ observamo amo quando dizemo dizemo que temo temo dor de dent dente. e. S6 que, que, segund segund Desc Descar arte tes, s, quas quas nao pode mos fala fala dess dess unia unia da alma alma do corp corpo, o, podemo podemo apenas apenas expe experi rime ment ntaa-Ia Ia peia peia prat pratic ic da vi a; par qual qualqu quer er qu seja seja noss noss c o n d i ~ a o mesm se de fato fato vive vivemo mos, s, segundo segundo seu pr6pr pr6prios ios termos termos uma verda verdadei deira ra "mesc "mescla" la" do espir espirit it co or o, is na no tira tira direi direito to de distin distingui gui ab solutamente qu est unido unido em noss noss expe experi rien en cia, de manter manter em dire direit it separa<;ao radi radica ca do es p ir ir iitt o qu n eg eg ad ad a p el el o su uniao e, finalmente, de definir h om om e s e preocu preocupar par co sua estru estrutur tur imedia imediata ta ta como como el apar aparec ec mesmo mesmo na refl reflex exao ao com urn pen samento samento esquis esquisita itamen mente te vincu vinculad lad urn aparel aparelho ho corp corpor oral al sem qu medin medinic ic do corp corp ou trans trans pare parenc ncia ia do pensam pensament ent seja seja comp compro rome meti tida da peia sua me cla. cla. Pode Pode-s -s dize dize que, que, parti parti de Des Des carte cartes, s, exatame exatamente nte aquele aquele que seguiram seguiram co mai fidelidade se ensinamento nunca deix deixar aram am de pergunta perguntar-se r-se precis precisam ament ente, e, como pode nossa nossa re fl qu refl refl xa sobr sobr urn determ determina inado do ho livra livrar-s r-s das c o n d i ~ 6 e s as quaiseste quaiseste pare parece ce suje sujeit it em sua s i t u a ~ a o iniclal a.Por ocasiao cia g
r a v a ~ a o ,
esse parcigrafo £oi modificado: "S6 que se do cOIj>O, quase MO podemos faJar
vive essa uniao uniao da a lm lm a podemos vive
..
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Ao descre descrever verem em essa s i t u a ~ a o , os psic psicol olog ogos os de hoje hoje insist insistem em no vivemo mo prin prin de que na vive ci iona cons consci cien enci ci de nos mesmosmesmos- nem m e s . ~ o , alias, na cons consci cien enci ci das cois coisas as ma na expenen expenen ci do outr outro. o. So sentim sentimos os qu exis existi timo mo depo depois is de ja ter entr entrad ad em cont contat at co os ut os noss noss re le ao sempre sempre ur reto retorn rn no mesm mesmos os e, alia alias, s, deve deve muito muito nossa f r e q i i e n t a ~ a o do outr outro. o. Ur bebe bebe de algu alguns ns mese mese ja tern tern habi habili lida dade de sufi sufi cien ciente te para dist distin ingu guir ir simp simpat atia ia ra medo rost do outr outro, o, nu momenta e m q u a in in d no rost nao poder poderia ia ter apre aprend ndid ido, o, pelo pelo exam exam pro prio prio corp corpo, o, os sinais sinais fs co dessas dessas e m o ~ 5 e s . Epor tanto porque porque corp corp do outr outro, o, co suas suas dive divers rsas as aparece ce de imedia imediato to inve invest stid id de g e s t i c u l a ~ 5 e s , !he apare urna s i g n i f i c a ~ a o emoc emocio iona nal, l, assi assi qu el apren apren d e c on on he he ce ce r espf espfri rito to tanto como como comport comporta a mento sf quant na inti intimi mida dade de se pro pro espfrito. o. propri propri adulto adulto descobre na sua -prio espfrit deJa deJa e,qualquer que 50ja nossa.coridi¢o de fato fato mesm mesm se fat ,?"e mas uma 'mescla'do com 15S0 na nos tira direit" de distinguir absolu absolutar tarner nerit it que eslii eslii unid na nossa experiencia: experiencia: de manter manter em principio principio s e p a r a ~ o radi radica ca do espl esplri rito to do corp corpo, o, qu negada pel fat de sua uniiio:Os uniiio:Os sucesso sucessores res de Descar Descartes tes dewunpreosamente pOr ern dUvid dUvid que 50 pudesse, assim, s ~ ~ a r a r qu defato. defato. que ,e em principi?_ Eles denunciaram. essa essa espeae espeae de COmprOInlSso. leitura r e c o m ~ a aqui. Segundo gravae;a,o: "Descrevendoentao "Descrevendoentao n a. Segundo os psic61 psic610go 0go de hoje insister insister em que [... [...J: b. Segund Segund grava, grava,ao ao "porsua vez'.
~ s s a
condic;ao de fata,
HOMEM VISTO
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vida vida mesm
que sua cult cultur ura, a, ensino, ensino, os livr livros os ensina ensinaram ram nela nela r. Noss Noss conta conta t r a d i ~ a o ! h to cono conosc sc sempre sempre se faz po meio meio de um cult cultu u en po d e um lingua linguagem gem que recebe recebemos mos de fora" q u n o o r e nt nt a a r co nhecim nheciment ent de no mesm mesmos os De mod e, afin afinal al puro puro si-m si-mes esmo mo espf espfri rito to sem instr instrum umen ento to sem hist histor oria ia se de at como como uma inst instan anci ci Crl q u o po po mo mo s i nt nt ru ru sa sa o p ur ur a es da idei ideias as qu no sa suge sugeri rida da pelo pelo se rea rea liza liza em libe liberd rdad ad de fa por meio meio da ling lingua uagem gem particip participando ando da do mund mund Diss Diss resu result lt urna urna imag imagem em do homem homem da hu m an an id id ad ad e u e er re da el q ua ua l part partim imos os humani humanidad dad nao um s om om a in divi dividu duos os uma comuni comunidad dad de pensad pensadores ores em qu cada urn, urn, em sua soli solida dao, o, obtem antecipad antecipadamen amen te cert certez ez se entend entender er co os utro utros, s, porq porque ue eles partic participa iparia ria todos todos da mesma esse essenc ncia ia pen sante. Tampouco Tampouco e, evidentement evidentemente, e, urn Unico Unico Ser ao qual qual plur plural alid idad ad do indi indivi vidu duos os esta estari ri funfim da frase foi suprimido. Na g r a v a ~ a o , b. Segund Segund grav grava, a,ao ao "D mod que, que, afinal. pur si-m si-mes esmo mo espirito espirito sem carpo, sem instru instrume mento nto sem hist6ria, se de fat uma instancia critica que opomo intrusao pura simple simple das ideias que nossao sugeri sugeridas das pelo meio, meio, 56 se realiza realiza por meio da linguag linguagem em participando vida do mundo.' da vida c. Segundo Segundo grava,a grava,ao: o: 'urn grande Set'.
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dida dida esta estari ri dest destin inad ad inco incorp rpor orar ar esta esta ;a inst instav avel el cada cada ur po principio, em pod acre acredi dita ta no qu reco reconh nhec ec inter interio iorme rment nt e, como como verd verdad ad mesm mesm temp tempo, o, rn pens pens ec depo depois is esta esta pres pres em certas relac relac;5 ;5es es com outro, outro, qu orientam orientam pref prefer eren enci cial al mente par deter determin minado ado tipo tipo de opin opini5 i5es es Cada Cada se ningue ningue pode pode disp dispen ensa sa outr outros os na apenas po su ti idad idad qu na esta esta em ques tao aqui aqui ma para para sua feli feli idad idad Na ha vida grup qu no do peso peso no me mo em grup qu no disp dispen ense se de te um opin opinia iao; o; nao exis exis te vida vida "int "inter erio ior" r" qu na seja seja como como uma prim primei eira ra experi experien encia cia de nossas nossas relac;5es com outro. outro. Nesta situac situac;ao ;ao ambfgua na qual somos lanc lanc;a ;ado do porque t em em o r n historia ia pesso pessoal al cole coleti ti um histor va nao conseg conseguim uimos os encontrar encontrar repous repous abso absolu luto to precis precisamo amo lutar tempo tempo todo para para redu reduzi zi nos nos sa diverg divergenc encia ias, s, para expl explic icar ar nossa palav palavras ras mal compre compreend endidas idas para manifes manifestar tar nossos nossos aspec aspectos tos ocul oculto tos, s, para perceb perceber er outr outro.A o.A raza raza acordo dos espf espfrit ritos os na pertenc pertencem em ao pass passad ado, o, esta estao, o, presumivelrnente, presumivelrnente, diante de nos, nos, somo somo ta in capazes de atingi-losdefinitivamente quanta de renunc renunciar iar eles eles'. '.
HOMEMVlSTO DE FORA
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Compreende-s Compreende-s que noss espe especi cie, e, engaj engajad ad assim numa tare tarefa fa que jama jamais is esta conc conclu lufd fd nem pode poderia ria esta estar, r, qu nao se destin destin nece necess ssar aria iame men n cons conseg egui ui term termin inaa-la la mesmo mesmo qu rela rela mente, mente, encontra encontra ness itua ituac; c; ao mesmo mesmo tempo tempo iv de inqu inquie ietu tude de ur de gem. Na verda verdade, de, os dois dois motiv motivos os sao apenas apenas um Porq Porque ue inqu inquie ietu tude de ig lanc lancia ia vont vontad ad de julg julgar ar de saber ue qu se prop prop5e 5e nao exis existe te fata fatalid lidad ad boa, boa, tampouc tampouc exis existe te fata fatali li dad ruim ruim cora corage ge cons consis iste te em refe referi rirr-se se si outr outros os de modo modo tr de toda toda feren ferenc;a c;a das situac situac;5e ;5e ffsicas soci sociai ais, s, todos todos dei dei xe tran transp spar arec ecer er em su prop propri ri cond condut ut em suas suas prop propri rias as mesma mesma cham chama, a, qu faz com que os reco reconh nhec ec;a ;amo mos, s, que tenhamo neces neces sidade de seu assentime assentimento nto o u d e sua crit critic ica, a, que tenhamos um destino destino comum'. comum'. Sirnpl Sirnplesm esment ente, e, ess huma humani nism sm do mode modern rnos os na tom perem perempto ptorio rio do secu seculo lo prec preced eden ente tes. s. Na no vang vanglo lori riem emos os mais mais de se uma comu comuni nida dade de de es pilltos pilltos puros, puros, vejam vejamos os qu sa real realme ment nt as re lac;5es d e u n co os outrosnas nossas sodedaa. Por ocasiao cia gravac;ao, paragrafo partir de compreende-se que nossa nossa especi especi [. ]" fo suprimid suprimido. o. leitu leitura ra retomada retomada em: Ito huma nism nism do modemo modemo ... ]". II
somos assim tao incapa a. Segundo g r a v a ~ a o : incapazes zes de renunciar renunciar definitivament amente". e". eles quanta de possui-Ios par sempre definitiv II
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HOMEM
VISTO DE FORA
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maio maio part part temp tempo, o, de senho senho escr escrav avo. o. Nao nos desc descul ulpe pemo mos-por s-por nossas nossas boa in tent;6es, tent;6es, vejamos qu torn tornam am im qu sae de nasa nasa Exis Existe te algo algo sauda saudave ve ness ness olhar olhar ex teri terior or co que no prop propom omos os cons consid ider erar ar noss noss especie Em outr outros os temp tempos os em Micromegas, Voltair tair imaginou imaginou um ig nt de um outr outr plan planet et dian diante te de noss nossos os cost costum umes es qu podi podiam am pare pare ce irri irriso sori rios os par uma inte inteli lige genc ncia ia maio maio do qu no t e p o foi reservado reservado julgar-se julgar-se na de alguma alguma maneira maneira de baix baix Kafka Kafka imagina um ho consi i me metamorfoseado em ortoptero que cons dera dera fa il co uma visa visa de orto ortopt pter ero. o. fk imagin imagin as pesq pesquis uisas as de um ca horr horr qu de-
para para om mundo mundo humano humano Descrev Descrev socieda socieda de ence encerra rrada da na nc tu adotara adotaram, m, hoj Maur Mauric ic Blan Blanch chot ot desc descre reve ve uma cida cidade de fixa fixa na evid eviden enci ci de su da qual qual to do part partic icip ipam am ta intima intimame mente nte qu na expe experi ri mentam mentam mais mais ne su prop propri ri fere fere t; ne dos outros outros Observ Observar ar home home saud do espf espfri rito to Pore Pore nao par suge sugeri rir, r, como como re qu tud absu absurd rdo. o. para para geri gerir, r, como Kafka, qu vida vida humana humana esta esta semp sempre re amea amea par prep prepar arar ar pelo pelo humo humor, r, momen momentos tos raros raros preci precios osos os em qu acon aconte tece ce ao homens homens se.. reconhe reconhecer cerem em se encont encontrare rare
a. Segund Segund vanglo lorie riemo mo mais mais de se um g r a v a ~ a o : UNao nos vang .comun .comunida idade de de espirit espiritos os puros puros constat constatamos amos perfei perfeitam tament ent qu as boa intenc intenc;6e ;6e de cada ur (proletan (proletano, o, capita capitalist lista, a, frances, alemao) alemao) vistas vistas de pelos pelos QUtros, tern por vezes urn aspecto homvel.ll' leitura recome-
MUn2ill ll de Chine, lrad. fro 3.Franz Kafka, Recherches d'un chien. In La MUn2i A. Vialatte Vialatte,Villeneuve ,Villeneuve-Ies-Ies-Avigno Avignon, n, Seghers, Seghers, 1944, 1944, reed. Paris, Gallima Gallimard, rd, 195 [trad. [trad. bras. bras. MUn2lha ria China, Sao Paulo, Paulo, Oube do Livro, 1968J. 4. Maurice Maurice B l a n c h o ~ Le Tres-Haut, Paris, Gallimard, 1948. Por ocasia da g r a v a ~ a o Merleau-Ponty modific final partir partir de ie d ad ad e s ' "Descreve a s s o c ie substi substitui tui por "au, finalm finalment ente, e, imagina imagina urn personagem simples, de boa-fe, pronto para se reconhecer reconhecer culpado culpado que depa depara ra com uma lei estr estran ange geir ira, a, com urn pode incompr incompreen eensiy siyel, el, com coletividade, com Estada. Kafka nilo apela apela da loucu loucura ra dos homens com acredita gue exist sabed sabedori ori de Micromegas. Ele nao acredita exist urn Mia-omegas. espera ra pornenhum no futuro futuro Menos otimista" mas tamrem tamrem menos Nao espe maldoso para co se temp temp do qu Voltaire, ele prepara pel humo humo os momentos momentos rams rams precio preciosos sos em qu aconte acontece ce aos homens homens de se reconhe dese encontrarem"o
~ a a q u i .
b. Segundo
nossa especie". especie".
grava gravac; c;ao ao
olhar exterior com que c o n s i d e r a m o
assim
c. Por ocasiao ocasiao da g r a v a ~ a o , Medeau-Ponty diz no luga desta desta £rase: "ExiSte, nesse ~ p o n t o , mald maldad ade. e. Os modemos modemos tern m.ais humor verdade. e. Eles tarnam tarnam por testemunh que existe existe de contingen contingente te nas de verdad sociedades humanas, nao wna inteligen inteligencia cia superior nossa,. mas simples mente wna inteligencia diferente" 2. Franz Kafka, La Metamorphose, lrad. fro VIalatte, Paris, Galli mard, 193 [trad. [trad. bras. metamorfose, Sa Paulo, Companhia das ~ t r a s , ed., 2000.] 2000.]
Carriv J. Carriv
'"j
CAPiTuLo VI MUNDO
I,
PERCEBIDO
..
; ~~;
"-
i;
Quando, em nossas nossas conver conversa sa anteri anteriore ores, s, pro cura curamo mo re mundo mundo perc perceb ebid id qu as sedi sedi mentos mentos do conh conhec ecim imen ento to da vida vida ocia ocia nos es condem condem muitas muitas veze veze recorr recorremo emo pintur pintura, a, por que esta esta toma no situ situar ar impe imperi rios osam amen ente te dian diante te do mundo vivi vivido do Em Cezanne, Cezanne, Juan Gris Gris Braqu Braque, e, Picass Picass encontramos encontramos objeto objeto de diver diversa sa maneiras maneiras -lim5es, bando bandolin lins, s, cach cachos os de uva, uva, ma,.:os de garr garr qu na se insi insinu nuam am ao olha olha mo obje obje to bern bern on id tran tran dete dete olha olhar, r, coloc colocam am-lh -lh ques quest5 t5es es comu comunic nicam am-lh -lh es tranhamente tranhamente sua subs substa tanc ncia ia secr secret eta, a, pr0p pr0pri ri mo pa assi do de sua mate materi rial alid idad ad assi dize dizer, r, "san-
;,i
:,
'i
desde S·
Por ocasiao da gravalla gravallao, o, Merleau Ponty suprime "porque pintura" ate "mundo vivido".
part part da £rase
CONVERSAS
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gram gram dian diante te nos. nos. Assi Assim, m, pint pintur ur no reco recon n duzi duzi visa visa da propri proprias as cois coisas as Invers Inversame amente nte como como qu po uma troc troc de favo favore res, s, uma filo filoso sofi fi da p e r c e p ~ a o qu queir queir reaprend reaprender er aver mun do rest restit itui uira ra pint pintur ur arte arte em gera gera seu luga luga verdad verdadeir eiro, o, sua verdadei verdadeira ra dignidad dignidad enos pre dispor dispor aceit aceitaa-Ia Ia em sua purez pureza. a. qu aprend aprendemo emo de fato fato ao cons consid ider erar ar mund da percep¢o?Apr percep¢o?Aprend endemo emo qu ness ness mun do impo imposs ssiv ivel el sepa separa ra as cois coisas as de su mane maneir ir aparecer. Decerto, Decerto, quando defino um mesa de aparecer. de acor acordo do co dicionano pranch horizo horizontal ntal sustentada po tres ou uatr uatr supo suport rtes es so re ua se pod escr escrev ever er et poss poss ter sen timento de atin atingi gi como como que essenc essenc da mesa', me desi desi tere teress ss de todo todo atri atri ut qu po dem acom acompa pan: n:ha ha-I -Ia, a, form form do pes, pes, esti estilo lo da mol mol duras duras etc. etc. mas isto isto na perc perceb eber er efin efinir ir Quan .do, .do, pelo pelo co tran tran erce erce urna urna esa, esa, na me desinteresso da maneira c om om o e l su f u T I ~ a o que me inte intere ress ss mane manei i cada cada co qu el sust susten enta ta se Unic desde os pe at tampo,e,o m o v i m e ~ t 6 Unic tamp tampo, o, que'e que'elaop5 laop5 aopeso qu tomacad mes
ARTE ARTE
MUNDO
ti
de odas odas utra utras. s. ao ha etal etal qu seja seja insi insign gnif ific ican ante te ib da madeira madeira forma forma do pes, pes, prop propri ri cor, idade idade da made madeir ira, a, risc riscos os ou arran arranh6 h6es es qu marc marcam am essa essa idad idad -, si ifi ifi "mesa" a" me inte intere ress ss na medi medida da em qu c a ~ a o "mes emerg emerg de todo todo os "detal "detalhes hes qu encama encama su moda modali lida dade de pres presen ente te·. ·. Or se da encontro enco ntro-me -me pronto pro nto par compre com preen en p e r c e p ~ a o , der obra obra de ar e, porq porque ue esta esta tamb tambem em to tali talida dade de ta ivel ivel na qual qual s i g n i f i c a ~ a o vre, vre, por assi assi izer izer ma liga ligada da es ra de todo todo os si s, todo todo deta detalh lhes es qu mani manife fest stam am para para de ma eira eira per per ce ida, ida, obra obra de art Cvis Cvista ta ou ouvi ouvida da nenhu rna d e f i n i ~ a o , nenhuma anal analis is ulte ulteri rior or por mais mais prec precio iosa sa qu possa possa se post poster erio iorm rmen ente te para para faze faze inventan inventan dessa dessa expe experie rienci ncia, a, conseg conseguir uiria ia substi substi tuir expe experi rien enci ci perc percep epti tiva va dire direta ta qu iv co r e l a ~ a o
eIab
rinc rincip ipio io isso isso na ta evid eviden ente te afinal,a afinal,a maio maio parte parte do temp tempo, o, ur quad quadro ro repr repre e senta obje objeto tos, s, com se diz, freqii freqiient entemen emente te ur re trat represe representa nta algue algue de quem pintornos for for nece nome. nome. Afin Afinal al pinturanao pinturanao sera comp compar arav avel el S e gu gu nd nd o
a. Segundoa Segundoa m es es a ...]."
g r a v a ~ a o :
*'tenho
sentimen sentimento to deatingi deatingi
essenc essencia ia da
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PERCEBID()
carnam". b. Segundo Segundo
g r a v a ~ a o :
g r a v a ~ a o :
todos JJemerge de todos
"que dela absO absOIv Ivi". i".
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essa essa flec flecha ha indi indica cati tiva va nas cuja cuja uni ca fun<;ao orient orientar-n ar-nos os dire<;ao safd safd ou plataforma? Ou ainda ainda essas essas foto fotogr graf afia ia exat exatas as qu no permit permitem em exam examin inar ar objeto em su au sencia sencia retendo esse essenc ncia ia dele dele isso isso foss foss ververdade, obje objeti tivo vo da pintura pintura seria seria trompe-l'oei/*, sua si ific ific <; estari estari inteiramente inteiramente fora fora do qua .dro, .dro, nas cois coisas as qu est sign signif ific ic no tema. Ora, Ora, precisamen precisamente te contra contra essa co cep< cep<;a ;a que se cons cons titu tituiu iu tod pint pintur ur vali valida da qu os pint pintor ores es luta luta muito conscienc conscienciosam iosamente ente ha m en en o anos anos Segund Segund Joac Joachi hi Gasqu Gasquet, et, Cezanne Cezanne dizi dizi que pinto capta capta um fragme fragment nt da natureza" torna-o torna-o absolu absolutame tamente nte pintura pintura"l. "l. Ha trinta trinta anos, anos, Braq Braque ue escr escrev evia ia ainda ainda mai claram clarament ent que pin tura nao procur procurava ava "reconstit "reconstituir uir um fato fato aned6ti aned6ti co", co", mas "consti "constitu tuir ir um fat pict pictur ural al"2 "2 pintura pintura .seri .seria, a, portanto, portanto, nao um imit imita< a< ao do mundo, mas m es es mo mo . q ue ue r z e um mundo p o experienc encia ia de um quacjro, na h3. nenhuma na experi .. S e ~ d o Didonario Hoilaiss, trompe-l'oeil: estilo estilo de aiar ilusao de objet objetos os reais reais em rele relevo, vo, mediante artifidos de perspectiva. (N. des T.) a.Segundo grav grava< a<;a ;ao: o:"n "nas as coisasque coisasque elerepresent elerepresent 1.Joachim Gasquet, cezanne, Paris, Bemheim-Jeune 1926; 1926; reed.Gr e noble Cynara Cynara 1988;ver 1988;ver por exempl exemplo, o, p. 71, 130-l. 2. Georges Braque, Braque, Cahier, 1917-1947, 1917-1947, Paris, Paris, Maeght, 1948, p. 22 (ed. aumentad aumentad 1994, 1994, p. 30): "A pintura nao busca recons reconstit tituir uir uma anedota anedota pictural. mas constitui constitui urn fato pictural.
ARTE ARTE
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referencia coisa coisa natura natural, l, na experiencia estetica do retr retrat ato, o, nao ha nenhuma men<;ao sua "seme "seme (aquele ele que encomendam encomendam lhan<;a" com modelo (aqu retrato retrato os querem querem com freq freqii iien enci cia, a, semelh semelhant antes, es, ma porq porque ue te ai ad do ue amor amor el pintur pintura).Tom a).Tomar aria ia tempo demais demais aqui pesqui pesquisar sar por que, que, nessas nessas co os pintor pintores es nao ab icam comple completam tament ente, e, como como ja fabr fabric icar aram am algu alguma ma ve zes, zes, objetos objetos poetico poetico inexi inexiste stente nte Contentemo nos com obser observa va que, que, mesmo mesmo quando quando trab trabal alha ha sobr sobr obje objeto to reai reais, s, seu obje objeti tivo vo jama jamais is evoc evocar ar pr6p pr6prio rio obje objeto to muitas muitas veze vezes, s, mas fabr fabric icar ar sobr sobr tela tela ur espe espeta tacu culo lo qu se basta basta si mesm mesmo.A o.A dis dis tin<;ao freqiien freqiientemen temente te feit feit entre tema tema qua qua proc proced edim imen ento to do pint pintor or na legftima porqu porque, e, para expe experi rien enci ci estet estetic ic todo tema reside na mane maneir ir pela pela qual qual cachimb cachimb ou cigarr rros os sao cons constit tituf ufdo do pelo pelo pintor pintor na ma<;o de ciga tela. Queremos dizer dizer que, que, em arte arte apena apena for for importa ta nao que se z? De form form algu alguma ma ma impor Quer Querem emos os dize dize qu rm conteudo, que nao poderiam se m a e i p el el a q u s e exis existi ti separad separadamen amente. te. Em suma, suma, l i m i t a m o ~ n o s Segun Segundo do grava<;ao: "semelhan,a'ao modelo modelo real real b. Por ocasiao d.a gravac;ao, Merleau-Pont suprime essa £rase. £Ie retoma: toma: "Mesmo "Mesmo quando eles eles trabal trabalham ham ... J.n c. Segundo Segundo grava, grava,ao: ao: 'para artista
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e on on st st at at a vi d e a co co rrd do om eonsigo imaginar satisf satisfato atoria rial1} l1}ent ente, e, segu ndo su objeto to ou ur uten uten flio flio qu nunc nunc fun<;:ao, um obje pel menos em sua linhas linhas gera gerais is as melho melhores res ana lises, em compen compensa< sa<;:a ;:ao, o, na podem me fomece fomece menor indfcio do q u um pinrura pinrura da qua jamais jamais vi nenhum exemplar. Na se trat trata, a, ois, ois, dian diante te de urn quadro quadro de mult multip ipli lica ca as refe refere rene neia ia ao tema tema circun circunsta stanci nci hist hist6r 6ric ica, a, se que exis existe te algum alguma, a, qu esta na origem do c;ua c;uadr dro; o; trata-se, trata-se, como na percep<;:ao, da pr6pria pr6pria cois coisas as de eontemplar pere pereeb eber er quadro quadro segund segund as indiea<;:6es silen ci d e t od od a a s p aarr ttee s sao fomeci fomecidas das pelos tra<;:osde pinrura depositados depositados na tela tela ate que todas todas sem disc discurs urs sem raci racioc ocin inio io componham componham se em um organiza<;:ao rigorosa em q u s een nt de qu nada arbi arbitr trar ario io mesmo se nao tive tiver r mo eopdi<;:6es de dize dize raza raza cinem cinem ainda ainda nao tenha produzido muitas muitas obras obras qu seja seja do come<;:o ao tim obras arte embora admira<;:ao pela pela estr estrel elas as as u·n'.J\')"'Q. de arte pect sensac sensacion ional al das mudan<;:as de plan plan oudas peripeci peripecias, as, interven<;:ao de belas fotogr fotografi afias as ou de dialog espiri espiritua tua seja para filme tenta<;:6es, um dialog aprisiona onado do eneontr eneontrar ar em qu ele pode ea aprisi suce sucess ss omitin omitindo do os meio meio de expr expres essa sa mais mais pro priamente cinema cinematog tograf rafico ico apesa apesar, r, portanto portanto de
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todas todas essa essa circ circun unst stii iine neia ia qu faze faze co qu quanao tenham tenhamos os vist vist ate agor agor um film film que seja seja plenament film filme, e, podemo entrev entrever er que seri seri est obra obra vere veremo mo que, que, como como tod obra obra de arte arte seri seri ainda ainda algu alguma ma cois cois qu perc perceb ebem emos os Po que, finalmente, finalmente, que pode eonstit eonstituir uir beleza beleza ci nematografica na hist hist6r 6ria ia em si, ne pros pros cont contar aria ia muit muit be nem, nem, p o u m razao muit muit maio maior, r, idei ideias as qu el pode suge suge ir ne po fi os tiqu tiques es as mani manias as esses esses proce procedim diment entos os pelo pelo quai quai ur diret diretor or de cine cinema ma reco reconh nhec ecid id que nao tern tern mais mais impo import rtii iinc ncia ia deci decisi siva va do qu as palavr palavras as favo favori rita ta de um on escblh escblh dos epis6d epis6dios ios represen representado tado e, em cada (deles, s, escol escolha ha das cenas cenas que figu figura rara ra no filum dele me exte extens nsao ao dada resp respec ecti tiva vame ment nt cada cada ur dess desses es elem elemen ento tos, s, ordemna ordemna qual qual se eseo eseolh lh apreapresenta-Ios, so ou a s p a a v a s c o a s q u e r ou na asso associ ciaa-Io Ios, s, tudo isso isso consti constitui tuindo ndo urn certo certo ritr ritrno no cine cinema mato togr graf afie ie glob global al Quando nossa exper experie ienc ncia ia do cinemafor cinemafor maio maior, r, poderemos poderemos elaborar um especi especi de 16gi 16gica ca do cinem cinema, a, ou ate gramat atiea iea esti estili list stie ie do cinema cinema que nos in um gram dica dicara rao, o, partir partir de nossa nossa expe experi rien enci ci obras, valo valo se atri atribu buir ir cada cada elem elemen ento to numa estrutua. Segundo Segundo
"pelos quais 50 apta",
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ra de conju conjunt nt ti ic par que cad um dele dele pos ai sa se inse inseri ri sem probl problema ema Pore Porem, m, com todas todas as regras regras em mater materia ia de arte arte estas estas so serv servir irao ao par explic explicita ita as rela<;:6es ja exist existen entes tes nas obras obras bem suce sucedi dida da par insp inspir irar ar outr outras as obra obra hone honest stas as Enta Entao, o, como como agor agora, a, cria criado dore re semp sempre re tera tera de encon encontra tra novas novas conj conjun unto to sem orienta<;:ao. Entao, como agor agora, a, espect espectado ador, r, sem forma forma um ideia clar clara, a, experi experimen mentar tar unidad unidad neces necessi sida dade de do desenvolvime desenvolvimento nto temporal e m u m bel obra obra En como como ag ra br eixa eixara ra em seu espIri espIrito to na um som de rece rece tas, tas, mas uma imag imagem em irra irra diante, um ritm ritmo. o. Enta Entao, o, com agor agora, a, expe experie rien n ci cinemat cinematogr ogra£i a£ica ca sera percep<;:ao. musi musica ca pode poderia ria fome fomecer cer-n -nos os um exemplo demasiado faci faci e, justamente po ess raza razao, o, nao gostarf gostarfamos amos de nos deter nele. nele. Evident Evidentemen emente, te, fica fica impa impass ssIv Ivel el aqui aqui imag imagin inar ar qu arte arte reme remeta ta ou tt qu na m es es ma ma . A m us us i e m t om om o de um tema qu nos desc descre reve ve urna urna tempe tempest stad ade, e, ou mesmo urna trist tristeza eza consti constitui tui um e x c e ~ a o Aqui Aqui estamos incontesta incontestavelme velmente nte diante diante d e u m arteque na fala. E, contudo, urna urna rhus rhusic ic esta longe longe de ser apenasurn apenasurn agre agrega gado do de sensa<;:6es 0 nora noras: s: attaves attaves'dos 'dos sons sons vemo aparec aparecer er urna urna fras fras fras em fras frase, e, urn conjunto conjunto e,por fim, como e, de fras izia izia Prou Proust st ur mund que e, no donUruo da mu
ARTE ARTE
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sica sica poss possIv Ive! e! regi regiao ao Debussy Debussy ou reino Bach Bach So no rest rest nest nest caso caso escu escuta tar, r, se nos voltarm voltarmos os para para no mesm mesm s, para para noss nossas as lembran<;:as, para nossos nossos sentimento sentimentos, s, sem menciona homem qu crio crio isso isso como como percep<;:ao obser observa va as propri proprias as cois coisas as sem nela nela mesc mescla la nosso nosso sonh sonhos os Para Para term termin inar ar podemos podemos dize dize algo algo de anal analog og com rela<;:ao litera literatur tura, a, ainda que is tenha tenha si frequente frequentemente mente contestad contestad porque porque litera literatu tura ra em preg preg as alav alavra ra qu tambem tambem sao para para primir primir as cois coisas as natura naturais. is. Ja ha muito muito tempo tempo Mal Mal larme disti distingu nguiu iu tagar tagareli elice ce cotidi cotidiana ana da utili utiliza za <;:ao poeti poetica ca da ling lingua uage gem. m. taga tagare rela la so nome das cois coisas as para indicaindica-las las brevemen brevemente, te, para expr expri i ttata". ttata".Ao Ao cont contta tano no poeta, poeta, segun mi "do qu do Mall Mallar arme me subst substit itui ui designa<;:ao corren corrente te das cois cois s, qu as da como como "bem conhecida conhecidas", s", por um genero genero'de 'de expr expres essa sa qu nos descr descrev ev esttutu esttutura ra essencial da coisa enos for< for<;: ;:aa aass ssim im ent tar nela.a nela.a quas quas cala calarr-se se Falar poeticamente d o m un un d se consid considera eramos mos palavr palavr no sentido sentido tl palav palavra ra 3. Stephane Mallar Mallarme, me, passim (versu obr poetic poetical al e,por exempl?, Rtponses des enquiles (pesqui (pesquisa sa de luies Huret 1891). 1891). In: CEuvn:s cmnpleles, Paris, Paris, Gallimard, coL "La PI"iade PI"iade", ", 1945. 1945. Segundoa g r a v a ~ a o : "um genero de expressa expressa que nos d ~ c r e v e a. Segundoa estrutura essencial da cois cois sem nos dar se nome nome no f o r ~ assu assu entrar nela".
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coti cotidi dian ana, a, sabemo sabemo que Mall Mallar arme me nao escr escrev eveu eu mu rem, rem, no ouco ouco qu no enco encon n tramo tramo pelo pelo menos cons consci cien enci ci mais mais clar clar da poes poesia ia como como inte inteir iram amen ente te transp transpor ortad tad pela pela lin lin guagem, se re£e re£ere renc ncia ia diret ao propri propri mundo verdade verdade pros prosaic aica, a, ne razao, e, conse ne qiientement qiientemente, e, com um c r i a ~ a o da la ra qu nao pode poderi ri se comp comple leta tame ment nt trad traduz uzid id para para porq porque ue esia esia como como ao mais mais tard tard Henri Bremond Bremond Valery5, na principi sig em principi ideias as ou sign signif ific ican ante te qu Mall Mallar arme me n i f i c a ~ a o de idei e, posteriormente, Valery6 se recu recusa sava va apro aprova va desaprov ovar ar qualqu qualquer er comen comentar tario io pros prosai aico co de ou desapr seus seus poem poemas as tanto tanto no poema como na cois cois per cebid cebida', a', nao podemos podemos separar separar conteudo da £or4. Henri Bremond, Bremond, La Poesie pure ( l e i ~ u r a na sessao publica das cinco Academias, em 24 de outubro 1925) 1925) Paris, Paris, Grasset, Grasset, 1926 1926 5. PaulValer PaulValery, y, passim e, po exemplo, exemplo, "Avant-pr "Avant-propos opos (192 (1920) 0) Va riele, Pari Paris, s, Gallim Gallimard ard 1924 1924 "Je disais disais quelquef quelquefois ois Stephane Mallar ...• (1931 (1931), ), 1923), 1923), Variete ill, Pari Paris, s, Gallimard, Gallimard, 1936; 1936; "Demiere visite me ...• Mallarme", Mallarme", 1923, 1923, Vamte II, Paris, Paris, GaIlim GaIlimar< ar< 1930 "Propos sur poesie" (1927) (1927) "Poesie e t p e ns abstraite" (1939 (1939), ), Vamlt V. Thri Thris, s, Gallimard, Gallimard, ns e e abstraite" 1944 1944 [tra [trad. d. bras. bras. Variedades, Sao Paul Paulo, o, llumin lluminura uras, s, 1991jV 1991jVer er tambem Frederic Lefevre, Lefevre, Entreti Entretiens ens ave Paul Valhy, prefacio de Henri Bremon
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qu apre aprese sent ntad ad da maneir maneir como como se apresen apresenta ta ao olha olhar. r. Hoje Hoje autor autores es como como Maur Mauri i ce Blanch Blanchot ot perguntam-se perguntam-se se nao seria seria nece necess ssar ario io esten estende de ao roma romanc nc literat literatura ura em gera gera que Mallarme Mallarme dizia dizia da poesia ur roman romance ce bem-su bem-su cedi cedido do ex st nao como como soma soma de deia deia ou de tese teses, s, ma como como um comourna coisa ra er er em se em m o m e t o q u desen desenvo volv lvime imento nto temp tempor oral al cujo cujo ritm ritm se trat trat de nOs assoc associa iarm rmos os que eixa eixa na l e m b r a n ~ a nao ur conj conjun unto to de idei ideias as mas antes antes urn emble emblema ma mo nograma nograma dessas dessas idei ideias as essas essas o b s e r v a ~ 6 e s sa corr corret etas as se cons conse e guim guimos os most mostra ra qu urna urna obra obra de rt erce erce da', um filo filoso sofi fi da p e r c e p ~ a o encontra encontra-se -se ime diatame diatamente nte libe libera rada da do mal-ent mal-entend endido ido qu po o b j e ~ 6 e s .
perc perceb ebid id nao apen apenas as conju conjunt nt de co sa na turai turais, s, tambem os quadr quadros os as mlis mlisic icas as li ros, ros, tudo q u a l m a c ha ha ma ma m " mu mu nd nd o mergulhar ar no mundo percebi percebido, do, lon cultural". Ao mergulh ge de termo termo estr estrei eita tado do noss noss hori horizo zont nt de no Maurice Blanchot Faux pas Paris, Paris, GaIlim GaIlimarc arc 1943; 1943; principalmen 7. Maurice te "Comment la litteralur est-elle possible?" possible?" ( l ~ e d . P a r i s , J o s e C o r t i , 1942) "'La poesie poesie de Mallarme est-eile obsc.ure?". verdad ad quea obra obra deart perce a. Segund grava,;ao: lie se verd bida".
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terr terrno no limi limita tado do ao pedregul pedregulho ho ou agua agua enco encon n tram tramos os.o .o meios meios de cont contem empl plar ar-a -a obra obra de arte arte da pala palavr vr autonom omia ia em sua da cultura e m s u auton riquez riquez origin originais. ais.
CAPfruLo
VII
MUNDO
CLAS CLASSI SICO CO
MUNDO MODERN MODERN
.'
Nesta ultim ultim conv conver ersa sa gost gostari ariam amos os de apre ar pensamento moderno moderno d e s ~ n v o l v i m e n t o do pensamento ta com descrevemos, be ou mal, mal, nas conv conver er mundo percebido sas ante anteri rior ores es ss reto retorn rn que constat constatamo amo nos pint pintor ores, es, nos escr escrit itor ores es em certos fil6sofo fil6sofo e n o s criadores da ffsi ffsica ca moderna, se comparado comparado as am da c H ~ n d a , da arte arte da filosofia filosofia classicas, na poderia poderia ser consid considerad erad um sinal de decli declini nio? o? Po urn lado lado temos se uran uran ;a pensamento to qu na duvida deestar des de ur pensamen tinad ao conhecim conhecimento ento integ integral ral da nature natureza, za, ne de eliminartodo eliminartodo miste misterio rio dO conhecime conhecimento nto do ho Po outr outro, o, entr os mode moderno rnos, s, no lugardes lugardes se univer universo so radonal, radonal, abert abert por prin princf cfpi pi ao em preendimentos preendimentos do conhecim conhecimento ento da a<;ao, temos
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M U N D O CulSSICO
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M U N D O MODERNO
arte arte difi difice ceis is chei cheios os de rese reserv rvas as de r e s t r i ~ 6 e s , um r e p r e s e n t ~ a o do mundo qu fissuras ne lacunas, um a ~ a o na exclui ne qu duvida de si me sm e, em todo caso, na se se n ti ti m en en t o d e todos os vangloria de obter a s se homens .... Efeti Efetivam vament ente, e, precis precis reconhec reconhecer er que os mo u rn rn a v e po todas todas desculpo desculpo-me -me peIo peIo demos qu ha de vag nesse nesse tipo tipo de expressao) na tern dogmatismo ne classi i ne s e g u r a n ~ a dos class cos, cos, quer se trate da arte, q ue ue r d o conhecimento, p en en sa sa me me nt nt o modemo oferece oferece urn quer da a ~ a o . carater carater duplo de incompl incompletud etud de ambig ambigil ilid idade ade que permite permite fala falar, r, se quisermos, de declinio ou de decade decadenci ncia. a. Concebem Concebemos os toda as obras obras da ciencia como provi provisor sorias ias apro aproxi xima mati tivas vas enquanto Des cartes cartes acredita acreditava va pode deduzir deduzir de um vez po t od od a ho q os pa do c ho atributos de Deus estao repl replet etos os de museus estao obra obra as quai quai pare parece ce que nada pode ser acrescen acrescen Ieva ao publ public ic tado,enquanto nossospintores Ieva obras obras que parecem parecem po vezes, se meros e s b o ~ o s . essa essa mesmas obra obra sao tema de interminaveis
c om om en en ta ta no no s p or or qu qu e s e s en en ti ti d n a Rimbaud, ud, apos Quantas obras sabre silencio de Rimba p u b l i c a ~ a o dounico livr livr que el propri propri entre go ao seus contem contempor porane aneos, os, como como ao con trario, silencio de Racine Racine apos Phedre [Fedra] rece rece ser pouco prob proble lema mati tico co Pare Parece ce que artista de h oj oj e u l i p i c a o s e r ed ed o e ni ni gm gm a fulguquando, com Proust Proust artista artista r a ~ 6 e s . Mesmo quando, s o m ui ui to to s a sp sp ec ec to to s t a q ua ua nt nt o o s cos, que el no descreve na e, todo caso, ne acabado ne unlVOCO. Em Andromaque [And [Andro roma maca ca], ], sabemo sabemo que Hermion Hermion ama Pirro e, exatamente no momento em que el envi envi Ores Oreste te espect ctado ado se conf confun unde de para mataclo, nenhum espe essa ambigili ambigilidade dade d o a mo odio que fa co mo r do odio que urn dos amantes amantes pref prefir ir perder perder amad amad dei dei xa-I xa-I ur outr outro, o, na £unda' um ambigilidade £unda' mental mental fi imediat imediatamen amente te eviden evidente te que, que, se Pirro nd ro ro ma ma c voltas asse se par se afastasse de A nd se volt Hermione, Hermione seri seri apenas d o ~ a aseus pes. pes. Ao contra contrano, no, quem pode afirma afirma se narrador, dor, na obra de Proust, am realmente Albertine Albertine on st st at at a q u s o quer estar estar perto perto de narrador c on Albertine quando ela se afas afasta ta disso disso c, nc ui que
1. Rene Descart Descartes, es, Les Principes de la philosophie (1647), (1647), Parte II, art. 36-42,[trad.bras. 36-42,[trad.bras. Prindpios do fikJsofia, Sao Paulo, Paulo, Hemus, 1968J.In: 1968J.In: CEuvres ed. AT., op. cit., vol. IX. pp. 83-7; in: CEuvres et lettres, op. cit., pp. 632-7.
perdu, t. 6: La Prisormiere, Pa 2.'Proust, Marce la recherche du temp perdu, ris, Gallimard, Gallimard, 1923 [trad. [trad. bras. Em busca do tempo perdiJkJ, t. 6, furtoAlegre,
ur
saber
um
Globo, 1957]. 1957].
.'
7C
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ama. ama. Pore Porem, m, depois depois de se desaparecimen su morte, morte, entao, entao, na evidencia d e ~ s e afasta afastamen mento to sem volt volta, a, narrador narrador pensa que tinh tinh nece necess ssid idad ad dela dela qu amav am av Pore Porem, m, leito leito contin continua: ua: se Albert Albertine ine the foss foss devo devolv lvid id co sonh sonh al as ezes ezes a rr rr a o r d e amor Prou Proust st ainda ainda amar amaria ia Deve-s Deve-s dize dize qu ci en ou n un un c ha amor, ma a pe pe na na s c hi hi me me s s en en ti ti me me nt nt o d e s e excl excluf ufdo do?" ?" Essa Essa quest6es quest6es na a sc sc e exegese exegese minuciosa minuciosa ue co loca loca sao para cons consti titu tuti tiva va do qu cham chama a mo de am amor or portan coraC;ao dos modemos portan coraC;ao inte interm rmit iten ente te qu ne mesmo conseg consegue ue se conh conhec ecer er Entre Entre os modemos, modemos, na sao apenas apenas as obra obra qu permanec permanecem em inac inacab abad adas as mas mundo mesm mesmo, o, ta com elas elas expr exprim imem em co mo se se urna urna obra obra sem conc conclu lusa sa da qual qual nao .sabe .sabemo mo se ja ai comp compor orta tara ra uma. uma. part partir ir do momenta em que na se trata trata mais mais apena apena da na tureza, m a d o homem incompletu incompletude de do conhena
la recherche du temps perdu, t. 7: Albertine dls"arue, , G ~ l ~ . Segund g r a v a ~ o : "Deve-se dizerque dizer que amor essa necessida necessida a. Segund de ciumenta.. ou melbor, que amor nao existe, que existem existem apenas apenas ci.lime sentimento sentimento de ser excluido?" quest5es essas. essas.dUvidas nao n¥Cem b. Segundo g r a v a ~ a o : uEssas quest5es de uma exegese demasiad demasiad minudosa [...]. [...].
3.Marce 3.Marce Proust,
f
u
m
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MUNDO MODERNO
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cime ciment nto, o, qu se deve deve comp comple lexi xida dade de da reitera-se reitera-se com urna incompletud incompletud de prin princi cipi pia: a: por exemplo, ha dez anos anos urn filo filoso sofo fo most mostra rava va qu na consegui conseguirfam rfamos os conceber conceber ur conhecim conhecimen en historico ico rigorosa rigorosamen mente te obje objeti tivo vo porq porque ue in to histor terp terpre reta tac; c;ao ao perspect ectiv iv do pas colocaC;ao em persp sado dependem da esco escolh lhas as mora morais is tica tica qu histor historiad iador or ez por sua conta conta (c al as esta esta aque aquela la esco escolh lhas as que exis existe tenc ncia ia hurn hurnan ana, a, nes .se mOOo mOOo em que esta encerrada encerrada jama jamais is pode pode faze faze de si mesma mesma para para cheg chegar ar uma verd verdad ad nua, nua, comp0r comp0rtan tando do apenas apenas urn prog progre ress ss na obje obje tivaC;ao, nao urna objet objetiv ivid idade ade plen plena" a" Se deix
r a v a ~ a o , Merleau-funty nOo Ie esta. Ultima a ~ a o :
Runidade Runidade sindical sindical
frase.
."
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tes is o, nao por estrat estratage agema ma de seus seus hefe hefes: s: estr estrat atag agem em esta esta na prop propri rias as verd verdad ade, e, nu cert cert sent sentid ido, o, qu na xi te no Esta Estado do Unidos nenhuma simpat simpatia ia pel soci social alis ismo mo que, que, se s o c i a i l s m o ~ ou implic implic um m u d a n ~ a radical das r e l a ~ 6 e s de prop propri ried edad ade, e, el na tern tern nenhu nenhu rn chan chance ce de inst instau aura ra 11 sombra sombra do Esta Estado do Unidos Unidos podeao contrcirio, so certas c o n d i ~ 6 e s , encont encontrar rar apoi apoi do lados ladosov oviet ietico ico Ma tambem tambem .' verda verdade de que regi regime me econom economico ico soci social al da URSS, co su d i f e r e n c i a ~ a soci social al acentua acentuada, da, sua mao de-o de-obr br qu lemb lembra ra camp campos os de c o n c e ~ t r a ~ a o , poderi tomartomar-se, se, po mesm mesmo, o, na na poderi aquilo quesempre se chamo chamo de regime socialis socialis tao p o .fun, que um social socialism ism que nao proc procur uras asse se apoi apoi fora fora da fron fronte teir iras as da Fran Fran seii seii ao mesm mesm temp temp impo imposs ss ve e, po af s i g n i f i c a ~ a o humana.. Estamo mo real realme ment nt no qu Hege Hegell-eh eham amav av um 0')c.· ,at Esta diplomati atica, ca, ist e, um situac;:ao em que s i t u a ~ a o diplom as palavr palavras as quere dizer dizer duas cois coisas as ( H ~ l o m ~ n o s ) em qu as cois coisas as na se deix deixam am denom denomina ina pa um Unic(i palavra. a. Segundo Segundo ' 8 r a v a ~ a o : cada uma dessas palavras foi, foi, ao menos uma vez, reivindic reivindicada ada pelos roais diferentes partidos". '.. socialismo mo que nao se estendesse estendesse para gravat;ao: o: "ur socialis Segundo gravat;a alem das fronteiras nacionais".
MUND
cLASS/CO cLASS/CO
MUNDO MODERlv MODERlv
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Pore Porem, m, preci precisam sament ente, e, se ambi ambigl gliid iidad ad in completud completud esta inscri inscritas tas na propr propria ia text textur ur de noss noss vida vida na some soment nt as obra obra do intele intelectu ctuais ais seria seria irris irrisor orio io querer querer reag reagir ir isso isso por um rest restau aura rac; c;:a :a da razao, no enti entido do em de restaurac;:ao resp respei eito to do regi regi de Podemo Podemo devemo devemo analis analisar ar as ambi ambigl gliid iidad ades es de noss noss temp temp te tar, tar, pa meio dela delas, s, trac;:ar urn caminh caminh qu possa possa ser mantido mantido co cons consci cien enci ci dentro da verd verdad ade. e. Sabe Sabemo mo porem porem dema demais is esse esse resp respei eito to para para retom retomar ar pur simp simple lesm smen ente te ra cional cionalism ism de nossos nossos pais. pais. Sabemo Sabemos, s, pa exemplo exemplo qu na se cr dita dita na prom promes essa sa os re gimes liberais liberais q u t e p od od e t e pa divi divisa sa iguald igualdade ade frater fraternid nidad ad sem expr exprim imii-la la em sua condut conduta, a, qu as ideo ideolo logi gias as nobres nobres sao, pa vezes, cilibis. Sabemo Sabemos, s, ademai ademais, s, que, que, para real realiz izar ar igual igual basta tran transf sfer erir ir propri propried edad ad dos ins ins dade,nao basta trumen trumentos tos de produc;:ao para Estado. Ne nos so exam exam do soci social alis ismo mo nem nosso nosso exam exam do libe libe ralis ralismo mo podem deix deixar ar de ter rese reserv rvas as au r e s t r i ~ 6 e s , permanec permanecemos emos sabr est bas inst instav avel el enquan enquan to sa da cons consci cien enci ciad ados os home homens ns liberais", a. Pa ocasiao da g r a v a ~ a o , Merleau-Ponty nao diz "regimes liberais", Nlib Nliber eral alis ismo mo", ", e, conseqiienteme conseqiientemente, nte, faz concordancia cia £rase no singular ("'ele pode", "sua conduta"). sUn
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nao tornarem tornarem poss possfv fvel el su era< era<;a ;a desses desses dois dois sis sis tema ambfgu ambfguos' os' Deci Decidi di de-c de-cim ima, a, optar po urn )0'; 'O'i' do dois dois sob pret pretex exto to de qu raza raza enxe enxerg rg .q md mostra mostra qu em tod as no preo preocu cupa pamo mo menos menos co raza raza oper operan ante te ;i.;., ativa do q u c o um fa tasi tasi qu es .conde .conde suas conf confus us6e 6e sob ares ares perem perempt ptor orio ios. s. Amar c om om o Be e re re r eterno, quando saber desc descob obre re cada cada ez melh melhor or rea rea lidade do tempo tempo quere quere conc concei eito to mai daro daroe, e, propria ia cois cois am fgua fgua form form mais mais quando propr insid insidio iosa sa do romant romantism ismo, o, pref prefer erir ir pala palavr vr razao razao ao exer exercf cfci ci da raza razao. o. Restau Restaurar rar jama jamais is restab restabe e lece lecer, r, mascar mascarar. ar. mais mais Temo Temo raz6 raz6es es par pergu pergunta nta nos mes mundo
';
no pass pass al mais mais qu um lenda, se conh co nhec eceu eu inco in comp mple letu tude de t a mb mb e m n a o ambigiiidade em ue em na cont conten en tou com recusar recusar-Ih -Ihes es existe existenc ncia ia ofic oficia ia ese, conseqi seqiie ient ntem emen ente te long long de serurncas de decad decaden en incer incerte teza za de nossa cultu cultura ra na cons consci cien enci ci mais aguda aguda mai fran franca ca do que semcurs curs da cois coisas as consciencia dos hoa. Segundo a' g r a v a ~ a o mens nao tomare tomare passivel algo alem desses dais sistemas ambfguos ambfguos". ". b. Segundo a g : " c. Segundo Segundo g r a v a ~ a o : lIexigir ideia ideia clara", 11
MUNDO CLASSICO
MUNDO MODERNO
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pre foi verdade, verdade, portanto portanto aq is <;ao <;ao nao eclf eclf nio. Quando no fa obra obra mo de obra acab acabad ada, a, deve devemo mo lembra lembrar-n r-nos os qu Leo Leo um obra nard nard da Vmci muit muitos os outr outros os deix deixav avam am obra obra ina cabadas, cabadas, Balzac Balzac considera considerava va indefinf indefinfvel' vel' famoso pontode pontode matu maturi rida dade de de uma obra obra admi admiti ti e, rigor, rigor, trab trabal alho ho qu sempr sempr pode poderia ria se pros prosse se guid guido, o, s6 inte interr rrom ompi pido do par deix deixar ar algu alguma ma cla cla reza 11. obra obra que Cezann Cezanne, e, que cons consid ider erav av toda pintura ra com um ap <; do qu el su pintu busc buscav ava, a, fornecefornece-nos nos contud contudo, o, mai de uma vez, vez, sentimento sentimento de acabamen acabamento to ou de perfei<;ao. perfei<;ao. Talvez seja seja por um ilus ilusao ao retr retros ospe pect ctiv iv porqu porqu obra obra est long long dema demais is de nos, nos, dema demasi siad ad ifer iferen ente te de n6 para para qu seja sejamo mo capa capaze ze de retoma retoma-la -la prosse prossegui gui-la-la- que encon encontram tramos os um plenitud plenitud in superavel em certaspinturas os pint pintor ores es executa executaram ram nelas so viam tentativ tentativ ou frac fracas asso so Fa lavamos ha pouco pouco das ambigi ambigili lidad dades es de nossa nossa si polfti tica ca com se todas as si <; es polf polfti ti tua<;ao polf ca do passad passado, o, em sua epoca epoca na comportassem tambem cont contra radi di<; <;6e 6e enigmas comparav comparaveis eis aos noss nossos os porexem porexem lo Revolu<;ao Fran France cesa sa mes perfodo-"classico assico", ", mo Revolu<;ao Russa em seu perfodo-"cl a. Segundo Segundo gravac;ao: Mindiscemivel/. Segundo gravac;ao: Uencontramos em certas pinturas urn ar deb. Segundo finitive".
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organizada organizada po Jac
Noles de cours sur I.:Origine de la geometrie geometrie de Franck Robert, Robert, Pari Paris, s, PUP, PUP, 1998 1998 de Franck
Husserl, edi<;ao
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m or or t co ciencia "modema" nao teri teri desc descob obert ert uma ver ver dade dade modema modema ma umaverda umaverdade de todo todo tem tem pos' pos' apenas apenas mais mais hoje hoje leva levada da sua mais mais alta alta grav gravid idad ade. e. essa essa clar clar vi enci enci maia maiar, r, essa essa experi experienc encia ia mais integr integral al da c o n t e s t a ~ a o comp compor orta tame ment nt de um huma humani nida dade de de grada compor comportam tament ent de uma humani humanidad dad qu nao vive mais mais po algu alguns ns arqu arquip ipel elag agos os ou pro mont montor orio ios, s, como como iveu iveu po m ui ui t e m mesma mesma de urn extr extrem em outr outr mund mundo, o, diri dirige ge-s -s el mesma mesma mesma mesma i n t e g r a l ~ mente pela cult cultur ur ou pelo pelo iv ... No imediato imediato perda perda de qual qualid idad ad mani manife fest sta, a, mas nao pode pode mos remedia remedia isso isso restau restauran rando do humani humanidad dad es trei treita ta do clas classi sico cos. s. verd verdad ad qu problema ar os no ss meio de po meio nossa propria exper experien iencia cia que os clas classi sico co fizeram no temp dele deles, s, com prob proble lema ma Ce zanne zanne era, era, segun segundo do seus seus prop propri rios os termo termo "faz "fazer er do impr impres essi sion onis ismo mo al soli solido do como como arte arte museus"4. Segundoa grava\,ao: a. Segundoa
He essa maior clarividencia; essa experiencia
mais integral da contesta\,ao entre o s m o de comportamento de m o nao de urna urna humanida humanidade de que se degra degrada da ... J." Segundoa gravac;ao: verdade e, provavelmente, que se trata b. Segundoa trata para II
nos de faze faze no n o s s o tempo [... [...]." 4. Joachi Gasquet, cezanne, op. p.148.A cita,aoexata e: "fazer "fazer do impressionismo alga solid duravel como art dos museus". museus".
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(1873-1921), 58. Gasquet (1873-1921), Giraudoux (1882-1944), 9.
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OBRA OBRA DE MAURI MAURICE CE MERLEAU-PONTY (1908-1961)
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