MEDIDAS E A VALIAÇÕES
BRASÍLIA -DF. -DF.
Elaboração Carlos Vinicius de Souza Heggeudorn Herdy
Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Elaboração Carlos Vinicius de Souza Heggeudorn Herdy
Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... ................................................................................................................................... 4 ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7 UNIDADE I AVALIAÇÃO AVA LIAÇÃO MORFOLÓGICA MORFOLÓGICA .......... ................... .................. ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... .................. ......... 9 CAPÍTULO 1 ANTROPOMETRIA ......... .................. ................... .................... ................... ................... ................... .................. ................... ................... ................... ................... ............. 10 CAPÍTULO 2 COMPOSIÇÃO CORPORAL....................... ................................ ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ............ 25 CAPÍTULO 3 ANÁLISE DOS PROT PROTOCOLOS OCOLOS......... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... .............. .... 29 CAPÍTULO 4 SOMATOTIPO....................................... SOMATOTIPO....................... ................................ ................................. ................................. ................................. ................................. .................. 36 APÍTULO 5 EQUIPAMENTOS EQUIP AMENTOS NECESSÁRIOS NECESSÁRIOS......... ................... .................... ................... ................... ................... ................... ................... .................. ................... ............ 40 UNIDADE II AVALIAÇÃO AV ALIAÇÃO NEOROMUSCULAR NEOROMUSCULAR ......... .................. ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... .................. ............. .... 47 CAPÍTULO 1 POTÊNCIA POTÊNC IA MUSCULAR ......... .................. ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... .............. .... 49 CAPÍTULO 2 TESTE ISOCINÉTICO ......... ................... .................... ................... ................... ................... .................. ................... ................... ................... ................... ................. ........ 51 CAPÍTULO 3 SALTO VERTICAL ............... ............................... ................................ ................................. ................................. ................................ ................................. ..................... .... 58 CAPÍTULO 4 SALTO HORIZONTAL ............... ............................... ................................ ................................. ................................. ................................. ................................ ............... 62 CAPÍTULO 5 ERGO JUMP E
PLATAFORMA PLAT AFORMA DE FORÇA ............ ...................... .................... ................... ................... ................... ................... ................... ............. 65
UNIDADE III AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR ........................................................................................................... 67 CAPÍTULO 1 VOLUME DE OXIGÊNIO E LIMIAR ANAERÓBIO ......................................................................... 68 CAPÍTULO 2 TESTE DE CAMPO ................................................................................................................... 71 CAPÍTULO 3 APLICAÇÕES DO YO-YO TEST ...............................................................................................
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CAPÍTULO 4 TESTE DE VELOCIDADE ........................................................................................................... 86 CAPÍTULO 5 AVALIAÇÃO ERGOESPIROMÉTRICA......................................................................................... 90 PARA (NÃO) FINALIZAR..................................................................................................................... 96 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 97
Apresentação Caro aluno A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD. Pretende-se, com este material, levá-lo à reexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos especícos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao prossional que busca a formação continuada para vencer os desaos que a evolução cientícotecnológica impõe ao mundo contemporâneo. Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na prossional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira. Conselho Editorial
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Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao nal, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos e Pesquisa. Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor conteudista. Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer o processo de aprendizagem do aluno.
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Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/ conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não há registro de menção). Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber se pode ou não receber a certificação. Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
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Introdução Bem-vindo ao estudo da disciplina Medidas e Avaliações. Este é o nosso Caderno de Estudos e Pesquisa, material básico dirigido aos conhecimentos iniciais dirigidos aos avaliadores que trabalham diretamente com alunos e atletas praticantes do treinamento desportivo. Com essa ideia, essa disciplina visa proporcionar um conhecimento inicial para avaliadores físicos. O Avaliador Físico é muitas das vezes chamado de siologista por possuir conhecimento e capacidade de avaliar e direcionar todo o planejamento com bases nos resultados destas avaliações. Para que isso ocorra, é necessário obter o perl morfológico, neuromuscular e cardiovascular dos avaliados da equipe. Essa apostila irá lhe ajudar a iniciar seus trabalhos com atletas e pessoas que atuam diretamente em atividades físicas de alto rendimento e promoção da saúde. Este material está organizado em unidades de estudo, subdivididas em capítulos. Os ícones que constam do Caderno são recursos de aprendizagem, que o provocam e o conduz a reexão, síntese, leitura complementar, consultas, entre outros. Essa apostila terá como base 40 horas de carga horária. Esperamos que você aluno-professor, tenha motivação e prazer em estudar essa disciplina visando seu sucesso prossional. Bom aprendizado!
Objetivos »
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Entender a atuação do Fisiologista e Avaliador Físico presente nas equipes esportivas. Reetir criticamente sobre a importância dos testes aplicados. Apropriar-se dos conhecimentos sobre processos metabólicos e avaliações físicas em atletas para intervenção e prescrição do treinamento. Compreender a importância dos testes aplicados a crianças, adolescentes, adultos e idosos.
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Criar uma metodologia de aplicação de testes físicos ao desporto.
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Capacitar o aluno para desenvolver e avaliar com bases cientícas.
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
UNIDADE I
A avaliação morfológica está relacionada aos aspectos anatômicos do corpo, ou seja, às dimensões corporais e à quanticação dos diferentes componentes corporais, tanto na forma absoluta (kg) quanto na forma relativa (%). Essa avaliação se aplica pelo método de investigação baseada na medição das variações antropométricas e na composição corporal global, permitindo a classicação de indivíduos e grupos segundo o seu estado corporal. É muito comum, o Preparador Físico ou Fisiologista, adotar como primeiro procedimento numa equipe esportiva a prioridade em avaliar morfologicamente seus atletas, pois as informações coletadas servirão como parâmetros especícos para montagem de todo planejamento necessário para o grupo. Nesta unidade, falaremos sobre os procedimentos básicos para análise antropométrica observando os protocolos mais comuns e equipamentos necessários para a avaliação.
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CAPÍTULO 1 Antropometria A antropometria é a área das ciências biológicas que tem como objetivo estudar as características mensuráveis da morfologia humana. Sobral (1985) diz que o método antropométrico baseia-se na mensuração sistemática e na análise quantitativa das variações dimensionais do corpo humano. O tamanho físico de uma população pode ser determinado por meio da medição de comprimentos, profundidades e circunferências corporais, e os resultados obtidos podem ser utilizados para a concepção de postos de trabalho, equipamentos e produtos que sirvam as dimensões da população. Por isso, as medidas antropométricas permitem, em termos absolutos ou por meio de cálculos matemáticos, a identicação das dimensões, proporções e quantidades dos diferentes componentes do corpo humano, que apresentam relação com a aptidão física relacionada à saúde e a aptidão física relacionada ao desempenho esportivo. Considerando a importância da antropometria para o estudo das relações entre forma e função humanas, evidenciadas por avaliações de proporcionalidade, somatotipo e composição corporal, é possível perceber a necessidade de um conhecimento aprofundado das técnicas de medidas e da padronização indicada para atender os objetivos e necessidades dos prossionais, permitindo uma prescrição mais segura, a partir de medidas válidas e dedignas. Com isso, os prossionais que trabalham na área da preparação física, da siologia e da avaliação funcional, conseguem por meio das medidas antropométricas, um grande indicador do perl do individuo para desenvolvimento da prescrição do treinamento e do planejamento. Trabalhando de forma especíca e de acordo com as necessidades corporais. As variáveis utilizadas para obtenção dos dados antropométricos são: peso corporal (kg), estatura (cm), perímetros corporais, diâmetros ósseos e espessura de dobras cutâneas.
A importância do estudo da antropometria A antropometria tem grande aplicação no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos, na vericação das adaptações aos treinamentos, na seleção de atletas e em estudos de caracterização étnica. Quando as medidas são feitas periodicamente, obtêm-se informações precisas da resposta do organismo a estímulos dados. O acompanhamento das variações antropométricas fornecem importantes informações que auxiliam o clínico no acompanhamento de respostas a tratamentos, na vericação do estado nutricional e de anormalidades do desenvolvimento físico dos indivíduos. Pesquisas em Bioengenharia têm utilizado 10
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
medidas antropométricas na otimização e fabricação de próteses ortopédicas e em equipamentos para testar o produto desenvolvido. Na indústria de vestimentas e calçados, o conhecimento das características antropométricas torna-se necessário para que os produtos contemplem as diferentes características físicas populacionais. Estudos antropométricos relativos aos futuros usuários dos produtos projetados tornam-se, portanto, indispensáveis.
Precisão das medidas Quando se trata de repetição de medidas antropométricas, variações biológicas podem interferir nos resultados, mas a maior parte da variabilidade observada deve-se à inconsistência da técnica antropométrica. Mesmo marcando os pontos anatômicos a serem medidos, a localização de uma dobra cutânea, por exemplo, pode variar ligeiramente de uma medição para outra. A calibração do equipamento também pode sofrer pequenas alterações entre uma medida e a outra. Então, para se obter medidas antropométricas mais precisas, a preocupação em minimizar a variabilidade das medidas tem que ser permanente. Para tal, é necessário o controle da precisão, da conabilidade e da validade das medidas. Ao se armar que um avaliador apresenta uma alta precisão nas medições que faz, signica que a variabilidade entre medidas repetidas por ele, em um mesmo sujeito, é pequena. Nesse caso, é a variabilidade intra-avaliador que está sendo aferida. Quando são comparadas medidas feitas por avaliadores diferentes, em um mesmo grupo de sujeitos, é a variabilidade inter-avaliador que está sendo aferida.
Recomendações iniciais Antes de iniciar a coleta de medidas, é importante observar algumas regras básicas para garantir a maior precisão aos resultados: »
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O avaliador deve estar bem treinado. Toda a equipe tem que estar exaustivamente treinada para que se diminua a probabilidade de erros na aplicação dos testes; É importante que se tenha grande familiarização com os pontos anatômicos e com os equipamentos; Deve-se obter a conabilidade no teste: o avaliador obtém medidas repetidas em, pelo menos, 20 pessoas, e compara os resultados (variação intra-avaliador); e a objetividade do teste: avaliadores diferentes realizam 11
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
medidas em um mesmo grupo de sujeitos e os resultados são comparados (variação inter-avaliadores). Quanto mais próximo de um for o coeciente de correlação (r =1) entre as medidas, melhor a precisão da medida; »
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O local onde será feita a avaliação antropométrica deve permitir o livre deslocamento do prossional em torno do avaliado, sendo a temperatura ambiente confortável; O plano da base sobre o qual se posiciona o indivíduo ou o equipamento deve estar nivelado; Não devemos esquecer também que os equipamentos usados devem ser frequentemente aferidos e mantidos em locais seguros; O avaliado deve ser esclarecido quanto às medidas que serão feitas para que se sinta mais a vontade. Ele deve ser orientado a comparecer para o teste usando roupas de banho (calção (calç ão / biquíni) que facilitam a localização dos pontos anatômicos; Para realizar a avaliação, a postura do avaliado será a posição anatômica, com as variações necessárias em algumas medidas; É importante que os pontos anatômicos sejam identicados e marcados (lápis dermográco) antes de se iniciar a rotina de mensuração. Esse procedimento garante principalmente ao iniciante, uma maior precisão na determinação dos pontos anatômicos; Observar o tempo de duração e a dinâmica dos testes caso tenha uma equipe com grande quantidade de atletas.
Peso corporal Podemos dizer que o peso total de um corpo humano é constituído de dois componentes que são a massa corporal magra e a massa corporal gorda. Para melhor entendimento quando se fala em massa magra, falamos da porção isenta de gordura e é constituída c onstituída de ossos, músculos e vísceras. E massa corporal gorda é a porção constituída de gordura armazenada (encontrada no tecido subcutâneo) e gordura essencial (encontrada nas vísceras, responsável pelo funcionamento siológico normal). A medida da massa corporal permite o acompanhamento do processo de crescimento e desenvolvimento de seres humanos, o controle das variações da massa corporal em função de intervenções como dietas ou treinamento físico, ou ainda, no controle do restabelecimento físico. 12
AVALIAÇÃO AVAL IAÇÃO MORFOL MORFOLÓGICA ÓGICA │ UNIDADE
I
Para termos uma visão realista de como está constituído nosso peso corporal total, é preciso fracionar os componentes corporais por meio da avaliação de composição corporal, onde falaremos ainda neste capítulo. O Peso corporal é aferido por balanças antropométricas encontradas em diversas locais, entretanto se evita balanças portáteis residenciais que na maioria das vezes, pois são difíceis de aferir e consequentemente aumentam a probabilidade de erros. Determinados cuidados devem ser levados em consideração antes e durante a medição do peso do avaliado. Priorizar como instrumento de medição as balanças com escala de divisões de 100 gramas e verique o local onde a balança está certicando que o local é plano, caso contrário seu desnivelamento poderá provocar alterações na medida. Vericar também a calibração da balança, procurando ajustá-la com pesos conhecidos. Para a determinação do peso, o avaliado deverá estar com c om o mínimo de roupa e descalço se posicionando em pé e de costas para a escala da balança, com os pés afastados e paralelos. Em seguida, coloque-o sobre o centro da plataforma da balança, ereto e com o olhar num ponto xo à sua frente. Movimente os cilindros correspondentes às dezenas (kg) e centenas (g) de peso do avaliado até que ocorra o nivelamento dos ponteiros-guia da balança mecânica e realize a leitura.
Estatura A genética e a nutriçã nutriçãoo inuenciam inuenciam diretamente na estatura nal do indivíduo. indivíduo. Fatores ambientais como a alimentação, atividade física, período de descanso (sono) e condições de vida são aspectos importantes para o desenvolvimento do crescimento de crianças e adolescentes. A altura média para cada gênero é diferente de acordo com a população analisada, isso se aplica da mesma forma ao esporte, se analisarmos um perl para determinadas posições e modalidades como, por exemplo, um pivô no basquete, um goleiro do futebol e um jogador de meio no vôlei, ambos terão a necessidade de serem mais altos, visando à possibilidade de ganhos em resultados expressivos. Já um levantador no vôlei, armador no basquete e um ala no futsal, não precisam necessariamente serem extremamente altos, sendo eles na maioria das vezes os o s indivíduos mais baixos da equipe. Podemos dizer que Estatura é a medida entre o vértex e a região plantar. O avaliado deve car na posição ortostática, pés descalços e paralelos, procurando pôr as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital em contato com o instrumento de medida (que pode ser um antropômetro ou uma ta métrica metálica presa em uma parede lisa). A cabeça deve estar orientada no plano horizontal de Frankfurt. É recomendado utilizar um marcador em um ângulo de 90° em relação à superfície de medida para determinar este ponto, denominado esquadro 13
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
antropométrico. A medida é feita ao nal de uma inspiração com o indivíduo em apneia inspiratória, com o avaliador estando ao lado direito do avaliado, em condições de fazer a leitura da medida sem alterar o cursor. Se for preciso, o avaliador deve subir em um banco para fazer a leitura. Recomenda-se registrar a hora em que foi feita a medida, de modo que, se for necessário a sua repetição em outra ocasião, o mesmo horário seja mantido. Esse cuidado deve-se à variação que a estatura sofre durante o dia, devido ao achatamento dos discos vertebrais decorrente da pressão exercida sobre eles ao longo do dia. A estatura do avaliado é à distância do solo até o ponto mais alto da cabeça (vértex), no plano medial. Se necessário, realize mais de uma medição e utilize à média. Ao efetuar a medição, o avaliado deverá estar descalço, inclusive sem meias. Evite a utilização da escala que está acoplada em algumas balanças. Para medir a estatura ou altura total é necessário, antes de tudo, determinar o instrumento de medida que será utilizado. Geralmente utiliza-se um cursor ou esquadro antropométrico, estadiômetro com escala de divisões de 0,1 cm, ou trena metálica ou ta métrica, também com divisões de 0,1 cm, xada a uma parede. Figura 1. Avaliador e avaliado no procedimento para coleta da estatura.
Fonte:
. Acesso em: 3 ago. 2012.
Perímetros corporais ou circunferências (cm) As circunferências corporais são medidas ocorridas no perímetro dos segmentos musculares. Estes dados são usados como parâmetros comparativos entre entr e as diferentes etapas do programa de treinamento, ou até mesmo como determinantes da quantidade de gordura corporal e posterior cálculo de peso ideal de seu avaliado, conforme 14
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
o protocolo de avaliação da composição corporal de McArdle que utiliza algumas medidas. A atividade física praticada pode alterar estas medidas. O treinamento para a força muscular promove aumento do perímetro dos segmentos, mediante ao aumento de massa muscular, por outro lado, atividades cardiorrespiratórias (atividades que envolvam grandes grupos musculares, com padrão de movimento cíclico, de moderada intensidade e duração prolongada) associadas a dietas de restrição calórica podem reduzir as medidas de determinados perímetros. Para efetuar estas medidas é necessário que você tenha uma ta métrica com divisões de 0,1 cm. Cuidado para não exercer muita pressão com a ta métrica sobre a pele, faça só o suciente para cobrir todo o perímetro do segmento, de forma a car justa, porém não apertada. Este procedimento evita a compressão cutânea, que produz medidas diferentes da real. O ideal é utilizar um elástico preso à argola localizada no início da ta metálica, mantendo-o em sua distensão normal durante toda a medida. As medidas devem ser realizadas mantendo-se a trena sempre transversal ao segmento que está sendo medido. Segurando-se a trena com a mão esquerda e o elástico com a mão direita, e trocando-se as mãos com as escalas se cruzando, para que a leitura da medida seja facilitada. Existem diversos tipos de tas métricas, aconselhamos a utilização daquelas que são especícas para medidas antropométricas (tape measures) e que possuem em média 1,5 m de comprimento e 0,8 cm de largura. (Exemplo da Trena Sanny na imagem abaixo). Figura 2. Trena antropométrica sem e com trava
Fonte: . Acesso em: 22 ago. 2012.
Os pontos anatômicos para realizar as medidas, tanto para os homens quanto para as mulheres, dependem do protocolo que será utilizado no momento da avaliação. É aconselhável que no momento das medições o avaliado esteja com o mínimo de roupa possível (homem de sunga e mulheres de biquíni), diminuindo assim a probabilidade de erros decorrentes de localizações não padronizadas, geralmente ocasionadas pelo traje inadequado. 15
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Medidas por Pollock e Wilmore (1993) Tórax: o avaliado deverá estar em posição ortostática e com os braços abduzidos no momento da localização anatômica desta medida, que será no plano horizontal, na altura da quarta articulação costo-esternal. Esta articulação geralmente está localizada acima das mamas nas mulheres e acima dos mamilos nos homens. No momento da mensuração, os braços do avaliado deverão estar de volta à posição normal, ou seja, ao lado do tronco e ao término de uma expiração normal. Cintura: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. A medida será realizada no plano horizontal na região de menor circunferência, acima da cicatriz umbilical. A mensuração é realizada logo após o término de uma expiração normal. Abdome: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. Esta medida será efetuada no plano horizontal na altura da cicatriz umbilical, após o término de uma expiração normal. Quadril: o avaliado deverá estar em posição ortostática e pés unidos. Esta medida será efetuada no plano horizontal e na maior circunferência em torno dos glúteos, que deverão estar com a musculatura contraída. Braços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, a medida será efetuada com o braço abduzido e com cotovelo exionado, a ta será posicionada ao redor da maior circunferência, com a musculatura exo-extensora totalmente contraída. Antebraços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com antebraço paralelo ao chão (cotovelo exionado em angulo de 90°), palma da mão voltada para cima (supinado), mão fechada e musculatura do antebraço contraída. Coxa (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com os braços ao lado do corpo, com os pés separados (aproximadamente 10 cm), a medida é feita no plano horizontal logo abaixo da prega glútea (nem sempre será na máxima circunferência do segmento), a medida será realizada com o peso do corpo sobre a coxa a ser medida. Perna (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, medida realizada plano horizontal, na circunferência máxima do segmento com o peso corporal bem distribuído em ambas as pernas.
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
Protocolo de McArdle, Katch e Katch (2006) Tórax: o avaliado deverá estar em posição ortostática e com os braços abduzidos no momento da localização anatômica desta medida, que será no plano horizontal, aproximadamente a 2,5 cm acima da linha mamilar, no sexo masculino. No sexo feminino a medida será realizada ao nível axilar. No momento da mensuração, os braços do avaliado deverão estar de volta à posição normal, ou seja, ao lado do corpo. Cintura: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. A medida será realizada no plano horizontal na região de menor circunferência, acima da cicatriz umbilical e logo abaixo da caixa torácica. A mensuração é realizada após uma expiração normal. Abdome: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. Esta medida será efetuada no plano horizontal ao nível das cristas ilíacas sobre a cicatriz umbilical. Quadril: o avaliado deverá estar em posição ortostática e pés unidos. Esta medida será efetuada no plano horizontal, na maior circunferência em torno dos glúteos e anteriormente a sínse pubiana. Braços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, a medida será efetuada com o braço abduzido, com cotovelo exionado e mão fechada. A ta será posicionada na circunferência máxima do braço. Antebraços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com cotovelo paralelo ao chão (exionado em angulo de 90°), palma da mão voltada para cima (supinado). Coxa (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com os braços ao lado do corpo, com os pés separados (aproximadamente 10 cm), a medida é feita no plano horizontal logo abaixo da prega glútea, aproximadamente a 2/3 da distância entre a parte média do joelho (joelho estendido) e o local onde os membros inferiores se separam do tronco. Perna (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, medida no plano horizontal, na circunferência máxima do segmento. A distância entre os pés será de 20 cm.
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UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Lohman, Roche e Martorell (1998) Tórax: o avaliado deverá estar em posição ortostática e com os braços abduzidos no momento da localização anatômica desta medida, que será no plano horizontal, na altura da quarta articulação costo-esternal. Esta articulação geralmente está localizada acima das mamas nas mulheres e acima dos mamilos nos homens. No momento da mensuração, os braços do avaliado deverão estar de volta à posição normal, ou seja, ao lado do tronco. Cintura: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. A medida será realizada no plano horizontal na região de menor circunferência, acima da cicatriz umbilical. A mensuração é realizada após uma expiração normal. Abdome: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. Esta medida será efetuada no plano horizontal logo abaixo da cicatriz umbilical, após uma expiração normal. Quadril: o avaliado deverá estar em posição ortostática e pés unidos. Esta medida será efetuada no plano horizontal e na maior circunferência em torno dos glúteos. Braços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, medida realizada no plano horizontal e na distância média entre o acrômio e olécrano. Antebraços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com cotovelo paralelo ao chão (exionado em angulo de 90°), palma da mão voltada para cima (supinado), mão fechada e musculatura do antebraço contraída. Coxa (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com os braços ao lado do corpo, com os pés separados (aproximadamente 10 cm), a medida é feita no plano horizontal logo abaixo da prega glútea (nem sempre será na máxima circunferência do segmento) e com joelho estendido. Perna (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, plano horizontal, na circunferência máxima do segmento. A distância entre os pés será de 20 cm. Na gura a seguir podemos visualizar os locais das medidas de circunferências, lembrando que cada autor possui um padrão denido para localização e procedimento para coleta das mesmas.
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
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Figura 3. Localização anatômica das medidas de circunferências.
Fonte:: < http://cienciasmorfologicas.webnode.pt>. Acesso em: 21 jun. 2012.
Quando nosso objetivo é apenas de acompanhamento das medidas devemos escolher o padrão mais adequado às nossas necessidades e possibilidades, repetindo-os da mesma forma nas reavaliações. Entretanto, se optarmos pela utilização de métodos de predição de componentes corporais ou pela utilização de índices corporais, deverá seguir a padronização proposta para a técnica escolhida.
Diâmetros ósseos Segundo de Rose, Pigatto e De Rose (1984), os diâmetros corporais são medidas transversais, com exceção do diâmetro torácico ântero-posterior, e podem ser divididos em diâmetros do tronco e diâmetros ósseos. Ainda, em acordo com estes autores, os diâmetros de tronco são caracterizados pelo comprimento de linhas imaginárias que unem dois pontos simétricos do tronco. Já os diâmetros ósseos, são obtidos pela distância entre duas estruturas de um determinado osso, localizada transversalmente. Estes diâmetros são convencionalmente medidos do lado direito do avaliado. Os diâmetros de tronco podem ser medidos com um compasso de pontas rombas ou com um antropômetro de deslizamento, já os diâmetros ósseos, normalmente são medidos com o paquímetro ósseo. Como na composição corporal as medidas de diâmetros ósseos também possuem padronização em suas medidas. É necessária a utilização de um paquímetro para aplicação de teste. As medidas de diâmetros ósseos são executadas identicando-se os pontos anatômicos ósseos de referência da medida e colocando sobre eles as pontas do paquímetro, com pressão suciente para comprimir a pele e o tecido 19
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
adiposo adjacente, quando necessário. A leitura é realizada com resolução de 0,1cm. Estas medidas apresentam uma constância de padrão, sendo que não há diferenças signicativas nas propostas de diferentes autores. Alguns diâmetros são medidos nos membros e outros no tronco. A seguir, estão as principais medidas de diâmetros ósseos descritas na literatura: Bi-acromial; Torácico transverso; Toráxico ântero-posterio; Bi-ileocristal; Bi-trocanteriano; Bi-epicôndilo umeral; Biestilóide; Bi-côndilo femural e Bi-maleolar. Quadro 01 .Padronização das medidas mais utilizada nos diâmetros ósseos.
TORÁCICO TRANSVERSO
A medida é realizada com o avaliado em pé, com abdução dos membros superiores a fim de permitir a introdução do aparelho, na altura da sexta costela, sobre a linha axilar média.
TORÁCICO ÂNTERO POSTERIOR Com o avaliado em pé, uma das pontas do compasso é colocada sobre o esterno, na altura da Quarta articulação esterno-costal, e a outra ponta sobre o processo espinhoso da vértebra localizada no mesmo plano transversal.
BITROCANTERIANO É a distância entre as projeções mais laterais dos trocânteres maiores. O avaliado, a exemplo da medida biliocristal, deve manter seus membros superiores fora do alcance do compasso para permitir a medida.
BIILIOCRISTAL O avaliado deve estar em pé, com os pés afastados aproximadamente cinco cm, e os braços devem estar cruzados à frente, para permitir que as pontas do aparelho sejam colocadas no ponto de maior distância entre as cristas ilíacas.
BIEPICONDILIANO UMERAL A medida é realizada com o avaliado em pé ou sentado, com o cúbito e o ombro em flexão e 90º. As hastes do paquímetro devem ser introduzidas a 45º em relação à articulação do cúbito, tocando as bordas externas dos epicôndilos medial e lateral do úmero.
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
BIESTILÓIDE
Com o avaliado em pé, a articulação do cúbito flexionada a 90º e a mão relaxada, o paquímetro é introduzido no plano horizontal, tocando os pontos de maior distância entre as apófises do rádio e da ulna.
BIACROMIAL É a distância entre as bordas súpero-laterais dos acrômios direito e esquerdo, estando o avaliado em pé, na posição anatômica, pois com o indivíduo sentado há interferência na postura requerida para a medida. Preferencialmente, o avaliador deve posicionar-se atrás do avaliado para a execução da medida.
BICONDILIANO FEMURAL A medida é realizada com o avaliado sentado, com a articulação do joelho flexionada a 90º e os pés não devem tocar o solo. As hastes do paquímetro devem ser introduzidas a 45º em relação à articulação do joelho, tocando as bordas externas dos côndilos medial e lateral do fêmur.
BIMALEOLAR O avaliado deve estar em pé em uma superfície elevada para facilitar a realização da medida, com afastamento lateral dos pés e o peso do corpo igualmente distribuído. A medida é realizada com as hastes do paquímetro tocando os pontos que compreendem a maior distância entre o maléolo medial e o maléolo lateral, em um plano horizontal.
Dobras cutâneas É uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de gordura que existe no tecido subcutâneo e, a partir daí, poder-se estimar a proporção de gordura em relação ao peso corporal do indivíduo. As dobras cutâneas são lineares e seguem o eixo longitudinal, transversal ou oblíquo. O equipamento utilizado é o compasso de dobras cutâneas. O procedimento para medir a espessura da dobra cutânea é identicar e marcar os locais a serem medidos, sempre no hemicorpo direito do avaliado, com isso, destacar o tecido adiposo do tecido muscular utilizando os dedos polegar e indicador da mão esquerda, e segurar a dobra cutânea até que a leitura da medida tenha sido realizada, depois, introduzir as hastes do compasso de dobras cutâneas aproximadamente um centímetro abaixo dos dedos que estão segurando a dobra, de forma que as mesmas quem perpendiculares 21
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
à dobra cutânea, e soltar completamente as mandíbulas do compasso, para que toda a pressão de suas molas possa atuar sobre o tecido medido. Executar a leitura da medida no máximo dois a três segundos após a introdução do compasso e repetir todo esse processo três vezes não consecutivas, ou seja, mede-se todas as dobras cutâneas escolhidas, depois mede-se todas novamente, e então mais uma vez. Adotar o valor mediano (intermediário) como sendo a medida da dobra cutânea. Quando, entre o maior e o menor valor obtido em uma dobra cutânea, houver uma diferença superior a 5%, deverá ser realizada uma nova série de medidas. A execução de medidas de dobras cutâneas pode ser feita em vários lugares do corpo, entretanto, são dez os mais utilizados, atendendo as necessidades da maioria das equações preditivas disponíveis na literatura técnica especializada: Tríceps; Subescapular; Axilar média; Supra-iliaca; Bíceps; Torácica; Abdominal; Coxa; Supra-espinal e Panturrilha Medial. Quadro 02.Padronização das medidas mais utilizada de dobras cutâneas.
DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL
É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano.
DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR
A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula.
DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL
É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps.
DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifoide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida.
22
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILÍACA É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida.
DOBRA CUTÂNEA TORÁCICA
É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres.
DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL
É media aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal.
DOBRA CUTÂNEA DA COXA É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por Guedes (1985) e na metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo.
DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ESPINHAL
Mede-se na intersecção da linha axilar anterior com a linha horizontal que passa acima do ponto ileoespinale, em sentido oblíquo (45° graus).
DOBRA CUTÂNEA PANTURRILHA MEDIAL Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.
Fonte: . Acesso em: 24 ago. 2014.
23
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA Quadro 3. Procedimentos para aplicação das medidas das dobras cutâneas.
PROCEDIMENTOS E NORMAS BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS 1 - Identificar os pontos de referência;
1 - Todas as dobras cutâneas são realizadas do lado direito;
2- Demarcar o ponto de medida;
2 - A dobra deve ser pinçada com os dedos polegar e o indicador;
3 - Destacar a dobra cutânea;
3 - O compasso deve estar perpendicular à dobra cutânea;
4 - Pinçar a dobra cutânea;
4 - Após o pinçamento, espera-se um tempo aproximado de dois a quatro segundos para efetuar a leitura;
5 - Realizar a leitura;
5 - As pontas do compasso deverão se localizar a, aproximadamente, 1 cm do ponto de reparo;
6 - Retirar o compasso;
6 - Ajustar o zero em equipamento que possua relógio comparador.
7 - Soltar a dobra cutânea.
Erros comuns observados
24
1.
Destacar a dobra cutânea em ponto anatômico inadequado.
2.
Destacar a dobra cutânea em eixo corporal inadequado.
3.
Entrar com as extremidades do compasso muito próximas ou demasiadamente distantes dos dedos que a estão pinçando.
4.
Não entrar com o compasso perpendicularmente à dobra cutânea.
5.
Entrar com o compasso muito profundamente ou supercialmente à dobra cutânea.
6.
Pinçar estrutura extra à dobra cutânea.
7.
Esperar um tempo demasiado, após o pinçamento da dobra cutânea, para realizar a leitura;
8.
Soltar a dobra cutânea ainda com o compasso no local do pinçamento, para realizar a leitura.
9.
Realizar a medida logo após a prática de atividades físicas.
10.
Em uma reavaliação, utilizar equipamento distinto ao utilizado na avaliação anterior.
11.
Utilizar equipamentos não calibrados.
CAPÍTULO 2 Composição corporal Segundo Wang (1992), a composição corporal é um fator que pode ser descrito como análise dos vários compartimentos corporais e suas relações de equilíbrio. Parte do interesse em seu estudo se deve em razão do peso corporal não proporcionar adequadas informações sobre as quantidades dos diferentes tecidos corporais. Busca-se assim, por meio de seu estudo, fracionar e quanticar os principais tecidos que compõem a massa corporal (principalmente os tecidos ósseo, muscular e de gordura). Ao subir numa balança o indivíduo não é capaz de identicar o quanto o seu peso corresponde à gordura, músculos ou ossos. Por este motivo a medida de peso não é o melhor indicador ou método de avaliação da composição corporal de um indivíduo, (COSTA, 1996). Embora o excesso de peso e a obesidade estejam entre si relacionados, existe uma grande parcela da população que mesmo classicada como “com um peso em excesso”, apresenta uma quantidade de gordura normal, ou mesmo abaixo do normal, além daqueles que, apesar de apresentarem pesos “normais”, revelam um excesso de gordura corporal. A avaliação da composição corporal é essencial para determinar se existe ou não excesso de peso em forma de gordura e para se fazer uma estimativa de um peso corporal razoável, desejável, ou ainda denominado de peso corporal “ideal”. Wang al . (1992) por sua vez, propõem que a composição corporal humana seja analisada considerando um modelo de cinco níveis distintos com crescentes complexidades, e onde cada um dos níveis apresenta componentes denidos que, em conjunto, compreendem a massa corporal total. Os quatro primeiros níveis e seus respectivos compartimentos propostos pelos autores são denominados atômico (oxigênio, carbono, hidrogênio, outros), molecular (água, lipídeos, proteína, outros), celular (c élulas, uido extracelular, sólido extracelular) e tecidual (tecido adiposo, músculo esquelético, osso, sangue, outros). O quinto nível difere dos demais em razão de considerar o corpo de modo completo, onde muitos processos biológicos, genéticos e patológicos apresentam impactos não somente nos primeiros quatro níveis, mas igualmente no corpo como um todo. Propõem-se para indicação deste nível, as dimensões, forma, características física e exterior do corpo exemplicada por várias medidas antropométricas.
25
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA Figura 04. Modelo de análise da Composição Corporal.
Fonte: (WANG et al. 1992)
Com o propósito de se determinar o excesso de peso e classicar o indivíduo de acordo com a quantidade de gordura, houve a divisão da massa corporal em “compartimentos”, baseada tanto na composição química como na própria composição estrutural. Estes compartimentos são: (1) o tecido adiposo ou massa gorda e (2) a massa corporal magra. Alguns métodos foram propostos para determinar a quantidade de gordura corporal a partir das medidas antropométricas especícas. Por meio destas medidas é possível estimar a quantidade de gordura corporal do indivíduo em formas absolutas (kg) e relativas (%), utilizando mediante a relação existente entre a gordura do tecido adiposo com a densidade corporal. A quantidade de gordura corporal, a partir da sua determinação, é expressa em percentual do peso corporal total do indivíduo. Assim é possível vericar se o excesso de peso de determinado indivíduo é fruto de um maior acúmulo de gordura ou de uma maior quantidade de massa muscular, com a possibilidade de calcular o seu peso ideal. Os valores de gordura corporal consideradas ideais para a aquisição e manutenção da saúde, expressos como médias populacionais, variam de acordo com sexo e idade do indivíduo, de acordo com os quadros 4 e 5 abaixo: Quadro 4: Faixa de percentual de Gordura Ideal, para crianças e adolescentes:
CLASSIFICAÇÃO
MASCULINO
FEMININO
Excessivamente baixa
Menor ou igual a 06,00 %
Menor ou igual a 12,00 %
Baixa
Maior de 06,0 a 10,00 %
Maior de 12,00 % a 15,00 %
Adequada
De 10,01 % a 20,00 %
De 15,01 a 25,00 %
Moderadamente alta
Maior de 20,00 % a 25 %
Maior de 25,00 % a 30 %
Alta
Maior de 25 % a 31 %
Maior de 30 % a 36 %
Excessivamente alta
Maior de 31 %
Maior de 36 %
Fonte: Lohman,T.G. (1987); Measu rement in Ped iatr ic Ex ercise Scien se , (1996); pág. 311. Human Kinetics.
26
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
Quadro 5: Percentual de Gordura Ideal de acordo com o sexo e a idade
FAIXA ETÁRIA
HOMENS
MULHERES
De 18 a 29 anos De 30 a 39 anos De 40 a 49 anos De 50 a 59 anos
14,00 % 16,00 % 17,00 % 18,00 %
19,00 % 21,00 % 22,00 % 23,00 %
Acima de 60 anos
21,00 %
26,00 %
Fonte: ACSM: Guidelines for Graded Exercise Testing and Exercise Prescription , Lea e Febiger, 1986.
A composição corporal é considerada um componente da aptidão física relacionada à saúde por diversos autores, devido às relações existentes entre a quantidade e a distribuição da gordura corporal com alterações no nível de aptidão física e no estado de saúde das pessoas. Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade de massa muscular estão entre os anseios de grande parte dos praticantes de exercícios físicos. Esta preocupação pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida dos indivíduos, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas. Observando tal relação entre a quantidade de gordura corporal e estado de saúde, verica-se a necessidade de utilização de métodos que possam avaliar com validade a quantidade deste componente em relação à massa corporal total. Nesse sentido, a importância da avaliação da composição corporal deve-se ao fato de a massa corporal isoladamente não poder ser considerada um bom parâmetro para a identicação do excesso ou da carência dos diferentes componentes corporais (massa gorda, massa muscular, massa óssea e massa residual), ou ainda das alterações nas quantidades proporcionais desses componentes em decorrência de um programa de exercícios físicos e/ou dieta alimentares. Para evitar erros acentuados é muito importante, quanto a escolha de uma equação, vericar com base em que população ela foi elaborada: homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, indivíduos ativos, atletas etc. Com relação a atletas, cabe ressaltar que existem equações para diversas modalidades esportivas. É necessário levar-se em consideração que estas equações normalmente vêm de outros países, o que também pode causar equívocos com relação aos resultados. São apresentadas na literatura dezenas de equações de predição de densidade ou de gordura corporal a partir da medida da espessura de dobras cutâneas, sendo que as mais utilizadas no Brasil são: Durnin e Womersley (1974); Faulkner (1968); Guedes (1985); Jackson e Pollock (1978); Petroski (1995). Observaremos esses protocolos no capítulo a seguir. A melhor forma de aperfeiçoar a sua medida na avaliação antropométrica é por meio da tentativa e erro, ou seja, ao se medir, por exemplo, as dobras cutâneas, coletar três medidas de uma só vez e calcular a média dos três resultados,
27
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA diminuindo assim a margem de erro da coleta, por isso quando estiver de posse como o compasso de dobras, ou da trena, seja dinâmico e faça a aferição de forma concentrada e consciente, sabendo da importância do teste para o alcance dos objetivos.
28
CAPÍTULO 3 Análise dos protocolo protocoloss Seguramente a forma mais popular de utilização das medidas de espessura de dobras cutâneas é em equações de predição de gordura corporal. As equações de predição de gordura corporal geralmente são de grupos-especícos, embora existam equações genéricas para a população. Gagliardi (1996) relata que existem equações generalizadas desenvolvidas em populações com características bastante heterogêneas e equações especícas, que se destinam aos grupos mais homogêneos. Podemos concluir, as equações generalizadas podem ser utilizadas para todas as pessoas, porém sua margem de erro acaba sendo maior. Em relação às equações especícas, devem ser utilizadas apenas em indivíduos que possuem características semelhantes às do grupo que deu origem à equação, caso contrário eleva-se sua margem de erro. As equações preditivas estão diretamente ligadas com o tipo de classicação do seu aluno. Essa classicação deve ser informada ao sistema no momento do cadastro. Para cada classicação há protocolos destinados, que aparecerão dentro da tela de Equações Preditivas. Esses valores de pregas cutâneas em combinação com equações matemáticas são destinadas a predizer a densidade corporal ou o percentual de gordura. As equações são especícas para determinada população e predizem a adiposidade com bastante exatidão em amostras de indivíduos semelhantes àquelas das quais se derivam as equações. Existem várias equações que podem ser utilizadas. Para obtermos valores mais precisos podemos utilizar tantas quantas forem possíveis, e em seguida obtemos a média para um valor único.
Densidade corporal, Mcardle, 1992 O valor encontrado de Densidade Corporal (DC) deve ser substituído nesta equação: {%G = [(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (Fórmula de Siri) HOMENS - (18-34 anos) DC = 1,1610 - 0,0632 log (BI+ TR+ SB +SI) (18 -27 anos ) DC = 1,0913 - 0,00116 ( TR+ SB ) MULHERES - (18-48 anos) DC = 1,06234 - 0,00068 (SB) - 0,00039 (TR) - 0,00025 (CX) CRIANÇAS (FEMININO) - (9-12 ANOS) DC = 1,088-0,014 (log 10 TR) - 0,036 ( log10 SB) (13-16 anos ) DC = 1,114 - 0,031 (log10 TR) - 0,041 ( log10 SB ) 29
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
CRIANÇAS (MASCULINO) - (9-12 ANOS) DC = 1,108-0,027 (log10 TR) - 0,038 (log10 SB) (13-16 anos) DC = 1,130 1,130 - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SB) Protocolo de Guedes, 1994 - (três dobras - características brasileiras) Homens: Tríceps, suprai-líaca e abdome Mulheres: Subescapular, supra-ilíaca e coxa. Cálculo de Densidade Corporal: HOMENS: Densidade = 1,17136 - 0,06706 log (TR + SI+AB ) MULHERES: Densidade = 1,16650- 0,07063 log (CX + SI+ SB) (OBS: TR = Dobra cutânea do tríceps, SI = D.C. supra-ilíaca, AB=D.C. abdominal, CX=D.C. da Coxa, SB=D.C. subescapular. Para chegar ao percentual de gordura por meio da Densidade Corporal utilizar: G%=[(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (fórmula de Siri).
Cálculos para avaliação da composição corporal »
Peso Gordo ou Gordura Absoluta= (gordura/100) x Peso do corpo (kg)
»
Massa Magra= Peso do corpo (kg) - Peso gordo (kg)
»
%Massa Magra= 100 - gordura
»
Peso Ideal= Massa magra / 0,85 (homens) e massa magra / 0,75 (mulheres)
»
Peso em Excesso= Peso corporal - peso Ideal
»
Perda Desejável = Peso do corpo atual - Peso desejável
Protocolo de Guedes, para crianças e adolescentes adol escentes (7 (7--18 anos) a nos) Duas dobras cutâneas: Tríceps, subescapular. Rapazes Brancos= (S= somatória das D.C. Tríceps e Subescapular) Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 1,7 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,4 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,5 Rapazes Negros= Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,5 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,2 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 6,8
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
Moças de qualquer raça e nível de maturidade = G% = 1,33 (S) - 0,013 (S)² - 6,8 Obs.: Quando o (S) for maior que 35 mm, será utilizada uma única equação para cada sexo, para qualquer raça e nível de maturidade: Rapazes=G% = 0,783 (S)² +1,6 Moças =G% = 0,546 (S)² +9,7
Protocolo de Faulkner, 1968 Quatro dobras cutâneas: Tríceps; subescapular; supra-ilíaca e abdome. (Obs.: TR = Dobra cutânea do tríceps, SI = D.C. supra-ilíaca, AB=D.C. abdominal, SB=D.C. subescapular) PG (peso gordo em Kg) = G% x Peso Corporal/100 Massa Magra (kg) = Peso Corporal - PG Peso Ideal (kg)= Massa Magra x Constante [xado pelo autor em: Nadadores (1,09), Futebolistas (1,12) e demais esportes e mulheres (1,14)] G% = [ (TR +SI +SB + AB) x 0,153 + 5, 783]
Protocolo de Pollock e col., 1984 Cinco dobras cutâneas (DC): Tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral (X1=somatória de peitoral, abdome e coxa; X2=somatória de tríceps, supra-ilíaca e coxa, X3= idade em anos). DC Homens (18- 61anos)= 1,1093800 - 0,0008267(X1) + 0,0000016 (X1)² 0,0002574 (X3) DC Mulheres (18-55 anos)= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² 0,0001392 (X3) G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri) Sete dobras cutâneas (DC): Subescapular, axilar média, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral (ST= soma de todas) DC Homens Adultos = 1,11200000 - [0,00043499 (ST) + 0,00000055 (ST)²] [0,0002882 (idade)]
31
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
DC Mulheres Adultas = 1,0970 - [0,00046971 (ST) + 0,00000056 (ST)²] [0,00012828 (idade)] DC Mulheres (3 dobras)= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² 0,0001392 (X3) { (X2 = Somatória de dobras de tríceps, supra-ilíaca e coxa) e (X3=idade em anos)} G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 -------------(fórmula de Siri)
Protocolo de Yuhasz Seis dobras cutâneas (DC): Subescapular, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral (S6=somatória de todas) G%= (S6) x 0,095 + 3,64
Protocolo de T.G. Lohman,1987 Duas dobras cutâneas (DC): Tríceps e Perna G% Homens= 0,735 (soma das dobras cutâneas) + 1,0 G% Mulheres= 0,735 (soma das dobras cutâneas) +5,1 (Slaughter e col., 1988)
Equações preditivas Veja a divisão por classicação das equações e seus respectivos autores:
Adultos
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»
Durnin e Womersley (1974).
»
Jackson e Pollock (1978).
»
Petroski (1995).
»
Pollock, Schmidt e Jackson (1980).
»
Pollock (1976).
»
Durnin e Rahman (1967).
»
Nagamine e Suzuki (1964).
»
Jackson, Pollock e Ward (1980).
»
Tran e Weltman (1989).
»
Pollock (1975).
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
Crianças e adolescentes »
Slaughter (1988).
»
Boileau (1985).
»
Deurenberg (1990).
»
Pariskova (1961).
Universitários »
Guedes (1985).
»
Katch e McArdle (1973).
»
Wilmore e Behnke (1969).
»
Sloan (1967).
»
Katch e Michael (1968).
Idosos »
Pollock (1976).
»
Tran e Weltman (1989).
»
Pollock (1975).
Adolescentes »
Durnin e Rahman (1976).
»
Durnin e Womersley (1974).
»
Tran e Weltman (1989).
Mulher ativa »
Withers, Norton, Craig, Hartland e Venables (1987).
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UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Atletas »
Thorland (1984).
»
Forsyth e Sinning (1973).
»
Faulkner (1968).
»
Mayhew (1981).
»
Lewis (1978).
Atletas de alto nível »
Withers, Craig, Bourdon e Norton (1987).
»
Withers, Whittingham, Norton, Laforgia, Ellis e Crockett (1987).
Lesados medulares »
Bulbulian (1987).
Obesos »
Weltman (1987).
Mulheres obesas »
Weltman (1988).
Atletas de luta »
Katch e McArdle (1973).
Atletas de futebol americano »
Hortobagyi (1992).
Atletas paraplégicos »
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Bulbulian (1987).
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
Atletas de balé »
Hergenroeder (1993).
Mulheres anoréxicas »
Jackson (1980). Certamente o avaliador irá ao momento da avaliação “selecionar” a equação que mais lhe convém, observando o detalhe de nunca utilizar simultaneamente dois ou mais protocolos no mesmo avaliado. Outra referência muito utilizada para os profissionais que trabalham diretamente com avaliação é o somatório das dobras cutâneas, que pode servir como base para comparações antes e após a prescrição do treinamento.
35
CAPÍTULO 4 Somatotipo Agrupar os seres humanos em diferentes tipos físicos é uma antiga preocupação do homem, constatando-se, desde a antiguidade, diferentes escolas biotipológicas, formulou a lei biológica da distribuição das massas, partindo do princípio que o corpo normal é essencialmente delgado quando a estrutura é grande, e corpulento quando a estrutura é consideravelmente reduzida, distinguindo, assim, um tipo longilíneo e um tipo brevilíneo. O somatotipo é uma técnica de classicação da composição corporal de Sheldon em 1940 e posteriormente modicada por Heath e Carter em 1967. É utilizada para estimar a forma do corpo e da composição, especialmente em atletas. O que você tem é uma análise quantitativa do físico. Ela é expressa em um período de três características, endomora, mesomora e ectomora, respeitando esta ordem. Este é o ponto forte do somatotipo, que nos permite combinar três dos aspectos físicos em uma única expressão quantitativa. É importante reconhecer as limitações deste método, uma vez que só nos dá uma ideia geral do tipo de material, sem ser preciso sobre segmentos do corpo e / ou a distribuição de tecido de cada sujeito. Por exemplo, um atleta pode ter uma hipertroa muscular acentuada na parte superior do corpo, uma parte inferior do corpo e pouco desenvolvido, que o somatotipo não tem a capacidade de se diferenciar. Sendo assim, vamos explicar as condições diferenciadas da estrutura física do ser humano por meio da endomora, mesomora e ectomora, denindo determinadas características físicas que as diferencem entre si.
Endomorfia A endomora apresenta como principal característica da estrutura física, o arredondamento das curvas corporais, podendo observar um corpo redondo e macio. O físico apresenta a ilusão de que grande parte da massa foi concentrada na área abdominal, sendo que isso pode ou não ser verdade. Os braços e pernas do endomorfo podem ser parecidos com o formato de um cone. Considera-se um indivíduo obeso um bom exemplo de endomora plena, pois o relevo muscular praticamente não é notado, mas aparecem grande volume abdominal, pescoço curto e ombros quadrados.
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
Mesomorfia A mesomora é considerada como o segundo componente do somatotipo de Sheldon. Dentre as principais características destacam-se o grande relevo muscular aparente, com contornos predominantes na região do trapézio, deltoide e abdominal, bem como uma estrutura óssea mais maciça principalmente na região do punho e antebraço. A presença de gordura corporal é pequena, permitindo uma boa visualização do arcabouço muscular. Este tipo de estrutura corporal frequentemente é encontrado em atletas.
Ectomorfia Este terceiro componente pode ser identicado por uma linearidade corporal, com discreto volume muscular e pequena presença de tecido gorduroso, podendo ser considerado como o componente de magreza. A estimativa do somatotipo é realizada mediante o cálculo de cada um destes componentes, numa escala e um a sete, segundo Sheldon.
Heath e Carter Na década de 1960, Heath e Carter propuseram um método antropométrico para a estimativa do somatotipo (HEATH e CARTER, 1967). A utilização desta técnica como meio de avaliação do tipo e da composição corporal, independente do tamanho, tem sido amplamente utilizada para descrever grupos de atletas de elite, pois o somatotipo antropométrico de Heath e Carter permite um estudo apurado sobre o tipo físico ideal para cada modalidade esportiva, sendo um excelente instrumento para ser empregado na descoberta de talentos, além de permitir uma contínua monitorização da composição corporal durante o decorrer de uma temporada. Neste método não há limite superior para a escala de quanticação dos componentes, que são classicados como baixo 0,5 a 2,5; moderado de 3,0 a 5,0; alto de 5,0 a 7,0; e muito alto acima de 7,5. Para Sheldon, o somatotipo tem uma grande inuência genética, dicilmente podendo ser modicado; já o método de Heath e Carter, que pode ser empregado tanto em homens quanto em mulheres, determina o tipo físico da pessoa no momento em que está sendo avaliada, podendo sofrer alterações em função do ambiente, como alimentação ou treinamento, por exemplo. Em estudos antropométricos concluiu-se que não existe um indivíduo com uma classicação única, mas com uma maior ou menor tendência para cada um dos componentes de sua divisão.
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UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA Figura 5. Modelo de análise de somatotipo proposto
Fonte: Heath e Carter (1967).
Ao se trabalhar com indivíduos de diversos tipos de características, como atletas, alunos, crianças, idosos etc., é comum prossionais da saúde utilizarem por meio da avaliação somatitópica uma base de referência para se encontrar o grupo no momento da avaliação, a partir disto criar pers e metas. Na gura a seguir, temos um exemplo de uma avaliação feita em atletas de futebol de alto rendimento numa categoria SUB19, tal perl desse grupo é de extrema importância para se analisar e comparar com as categorias mais inferiores e superiores. Este histórico permite criar estratégias de ação, tendo em vista que no futebol a predominância é de indivíduos mesomorfos (MORAES, 2010). Figura 6. Exemplo de uma planilha de atletas de futebol observando o grupo por meio do somatocarta.
NOME DO CLUBE Logo do Clube
Nº
DEPARTAMENTO DO CLUBE Prof. Carlos Vinicius Herdy Fisiologista Grupo de Desenvolvimento Científico no Esporte Moderno - PROMOVE SOMATOTIPO - Endomortfia, Mesomorfia e Ectomorfia Data da Avaliação 4 8 2008
CATEGORIA Nome
1 Atleta 01 2 Atleta 02 3 Atleta 03 4 Atleta 04 5 Atleta 05 6 Atleta 06 7 Atleta 07 8 Atleta 08 9 Atleta 09 10 Atleta 10 11 Atleta 11 12 Atleta 12 13 Atleta 13 14 Atleta 14 15 Atleta 15 16 Atleta 16 17 Atleta 17 18 Atleta 18 19 Atleta 19
SUB 19 Peso Altura
TR
Dobras SB SE
PA
Perímetro Diamêtros Somatotipo Eixos BC P A CO JO Endo Me so Ecto X Y
75.2
183.0
8.6
8.3
4.5
6.5
33.5
39.5
6.8
9.0
81.0
184.0
12.0
11.5
12.2
10.5
35.0
36.5
7.7
7.2
73.2
175.0
8.4
8.6
7.0
7.8
31.5
38.0
6.7
9.5
74.3
175.0
6.6
11.0
6.5
6.5
33.0
39.0
7.0
10.1
69.0
174.0
8.5
11.0
7.3
7.0
32.5
39.0
6.8
9.6
73.0
176.0
8.3
12.6
7.6
7.2
33.5
36.0
7.6
8.3
78.0
176.0
7.0
10.4
8.1
9.6
33.0
41.5
7.0
10.0
72.3
177.0
5.5
7.3
4.2
3.7
31.5
41.0
6.9
9.3
76.5
185.0
7.4
8.6
6.7
8.8
33.5
38.5
6.6
9.3
76.3
178.0
9.6
10.5
8.2
7.0
33.5
40.5
7.0
9.7
69.0
181.0
5.2
7.6
4.2
5.5
32.5
36.5
7.0
8.7
62.1
172.0
6.9
8.5
5.8
6.0
30.5
35.0
6.7
8.5
52.3
161.0
4.5
6.0
6.0
4.9
30.0
34.0
6.0
8.4
72.7
179.0
8.0
10.6
6.5
5.5
30.5
35.0
6.9
8.9
78.0
182.0
10.3
10.0
7.0
6.5
36.0
41.5
6.8
9.1
81.8
184.0
14.0
12.6
10.6
12.0
28.5
39.0
7.1
9.2
73.0
176.5
7.3
9.0
6.9
4.6
30.5
40.0
7.0
9.2
67.6
172.0
7.5
13.0
8.5
5.7
30.0
36.0
6.9
8.8
64.3
185.0
4.4
7.9
5.2
4.1
27.0
35.0
6.4
9.8
2.3 3.9 2.5 2.5 2.8 3.0 2.7 1.6 2.5 3.0 1.7 2.1 1.4 2.7 3.0 4.1 2.4 3.0 1.8
4.2 3.4 4.8 5.9 5.4 4.8 6.1 5.2 3.7 5.5 3.8 4.0 4.6 3.5 5.1 3.2 4.9 4.4 2.2
3.6 1.34 2.4 -1.60 2.5 0.01 1.9 -0.56 2.9 0.14 2.7 -0.31 2.0 -0.65 3.0 1.33 3.8 1.32 2.6 -0.43 4.2 2.49 3.7 1.56 3.4 1.97 3.3 0.60 3.1 0.08 2.9 -1.20 2.8 0.38 2.2 -0.79 4.0 2.24
2.43 0.48 4.63 7.41 5.16 3.86 7.44 5.75 1.21 5.48 1.77 2.19 4.37 0.97 4.20 -0.62 4.58 3.58 -1.44
MEDIA 72.08 177.66 7.89 9.74 7.00 6.81 31.89 37.97 6.89 9.08 2.57 4.45 2.99 0.42 3.34 DESVIO PADRÃO 7.03 5.89 2.42 1.97 2.02 2.17 2.22 2.41 0.37 0.69 0.71 1.01 0.66 1.19 2.51
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
SOMATOCARTA MESO
ENDO
ECTO
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Aspectos éticos Deve-se ressaltar que também na Medicina do Esporte, o compromisso fundamental de qualquer ação médica é com o paciente ou atleta. Desta forma, de acordo com os princípios do Código de Ética Médica (Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.246/1988) os resultados de avaliações, entrevistas, questionários e exames clínicos devem ser sigilosos e entregues diretamente ao paciente, seu responsável ou ao médico da equipe, mas jamais aos treinadores, técnicos, dirigentes esportivos nem ser divulgados publicamente pelo médico examinador por quaisquer meios de comunicação, ainda que com o consentimento do paciente ou do atleta.
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CAPÍTULO 5 Equipamentos necessários A antropometria consiste na avaliação das medidas corporais, cujo método é aplicável em todas as fases do curso da vida e permite a classicação adequada a cada uma delas. De modo geral, apresenta as seguintes características: é um método barato, simples, de fácil obtenção e de fácil padronização, além de não ser invasivo e de fácil aceitação. Medidas relativamente simples, mas os prossionais responsáveis por elas estão sujeitos a cometer erros em qualquer medição, que podem ser minimizados ou corrigidos pela qualicação do seu processo de trabalho, bem como a garantia de equipamentos adequados. A aquisição e manutenção de equipamentos antropométricos são fundamentais para analise dos resultados, visto que uma balança descalibrada ou um antropômetro impreciso desqualicam profundamente qualquer método antropométrico. Em se tratando de populações especícas, como crianças, por exemplo, podem subestimar ou superestimar uma situação de risco/agravo nutricional. Outro ponto importante é o local onde os equipamentos serão guardados, sempre em local limpo e seguro, de modo que seja um local reservado, com espaço suciente para adequada movimentação de pessoas, piso plano, parede lisa, com temperatura agradável e sem corrente de ar. Os equipamentos básicos a serem adquiridos veja a seguir.
Balanças antropometricas A Balança é utilizada para medir a massa corporal total, devendo ter precisão necessária para informar o peso de um indivíduo da forma mais exata possível. O Peso corporal é aferido por balanças antropométricas encontradas em diversas locais, entretanto se evita balanças portáteis residenciais que na maioria das vezes são difíceis de aferir e consequentemente aumentam a probabilidade de erros. Determinados cuidados dev em ser levados em consideração antes e durante a medição do peso do avaliado. Priorizar como instrumento de medição as balanças com escala de divisões de 100 gramas e verique o local onde a balança está certicando que o local é plano, caso contrário seu desnivelamento poderá provocar alterações na medida. Vericar também a calibração da balança, procurando ajustá-la com pesos conhecidos. Para a determinação do peso, o avaliado deverá estar com o mínimo de roupa e descalço, posicionando em pé e de costas para a escala da balança, com os pés afastados e paralelos. Em seguida, colocálos sobre o centro da plataforma da balança, ereto e com o olhar num ponto xo à frente. Movimente os cilindros correspondentes às dezenas (kg) e centenas (g) de peso do avaliado até que ocorra o nivelamento dos ponteiros-guia da balança mecânica e realize a leitura. 40
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
A seguir os modelos de balanças e suas especicações: PLATAFORMA DIGITAL
ESPECIFICAÇÃO Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas. Construída em material resistente e de fácil higienização. Mostrador (display) digital com indicadores de peso com no mínimo, cinco dígitos. Capacidade de pesagem (mínimo 200 kg). Graduação (precisão) de pesagem (máximo 100 g). Plataforma para apoio dos pés constituídos de material antiderrapante e resistente ao uso. Pés reguláveis, revestidos de material antiderrapante. Chave seletora de tensão de 110/220 V. Opcionalmente, a base da balança pode ser ampla o suficiente para permitir que a medição de indivíduos em cadeira de rodas ou grandes obesos seja feita confortavelmente (plataforma com, no mínimo 74 cm de largura x 90 cm de comprimento). Opcionalmente, poderá ter antropômetro acoplado com escala numérica de no mínimo 200 cm úteis. É indispensável que o produto apresente certificação pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/ Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte. Equipamento acompanhado de manual de instrução em português. Garantia mínima de um ano.
BALANÇA PLATAFORMA MECÂNICA
ESPECIFICAÇÃO Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas. Construída em material resistente e de fácil higienização. Capacidade de pesagem (mínimo,200 kg). Graduação (precisão) de pesagem (máximo 100 g). Plataforma para apoio dos pés constituídos de material antiderrapante e resistente ao uso. Pés reguláveis, revestidos de material antiderrapante. Régua e cursor em aço inoxidável. Trava e calibrador de fácil manuseio. Opcionalmente, a base da balança pode ser ampla o suficiente para permitir que a medição de indivíduos em cadeira de rodas ou grandes obesos seja feita confortavelmente (plataforma com no mínimo 74 cm de largura x 90 cm de comprimento). Opcionalmente, poderá ter antropômetro acoplado com escala numérica de no mínimo 200 cm úteis. É indispensável que o produto apresente certificação pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/ Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte. Equipamento acompanhado do manual de instruções em português. Garantia mínima de um ano.
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UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA BALANÇA PLATAFORMA PORTÁTIL
ESPECIFICAÇÃO Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas. Construída em material resistente a impacto (exemplo: não pode ser de vidro temperado) e de fácil higienização. Mostrador (display) digital com indicadores de peso com no mínimo, cinco dígitos. Capacidade de pesagem (mínimo 200 kg). Graduação (precisão) de pesagem (máximo 100 g). Desligamento automático. Alimentação por pilha(s) ou bateria(s). Deve incluir as pilha(s) ou bateria(s) necessária(s) para seu funcionamento. Indicador de pilha fraca. Pés revestidos de material antiderrapante. Deve apresentar indicador de sobrecarga, isto é, caso exista sobrecarga de peso, a balança deve indicar erro ao invés de demonstrar o peso máximo possível. Não deve incluir bioimpedanciometria, para não excluir a tomada de medidas de gestantes e portadores de marca-passo. Opcionalmente, deve apresentar função “mamãe-bebê” que possibilite determinar o peso de crianças e bebês no colo da mãe. É indispensável que o produto apresente certificação pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/ Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) ou órgão semelhante. Equipamento acompanhado de bolsa com alça exclusiva para proteção e transporte. Equipamento acompanhado do manual de instruções em português.
Estadiômetro O Estadiômetro é um aparelho que foi projetado com nalidade de aferir a estatura de modo prático e preciso dentro de padrões necessários para a população. O Estadiômetro também denominado antropômetro, é utilizado para medir comprimento/estatura de crianças, adolescentes e adultos. Para realizar a medida do indivíduo na posição em pé, utiliza-se o antropômetro vertical ou estadiômetro. ESTADIÔMETRO VERTICAL FIXO
ESPECIFICAÇÃO Equipamento destinado à medição de pessoas. Fabricado em material rígido, resistente à umidade e mudanças de temperatura e de fácil higienização. Equipamento específico para fixação em parede. Deve incluir todas as peças necessárias para sua utilização. Escala numérica gravada em tinta resistente ao uso. Escala numérica construída em centímetros, com graduação (precisão) de um mm. Escala numérica (mínimo 200 cm úteis). Escala numérica com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm. Cursor (parte móvel) deve permitir o deslize suave e estável, mantendo ângulo de 90° graus com a escala numérica. Cursor (parte móvel) com, no mínimo, 5 cm de largura e 25 cm de comprimento. Deve incluir indicador de leitura simplificado que aponte o valor da medição. Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte. Equipamento acompanhado de manual de instrução em português.
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
ESTADIÔMETRO VERTICAL FIXO TIPO TRENA
I
ESPECIFICAÇÃO Equipamento destinado à medição de pessoas. Fabricado em material rígido, resistente à umidade e mudanças de temperatura e de fácil higienização. Equipamento específico para fixação em parede. Deve incluir todas as peças necessárias para sua utilização. Escala numérica gravada em tinta resistente ao uso. Escala numérica construída em centímetros, com graduação (precisão) de um mm. Escala numérica (mínimo 200 cm úteis). Escala numérica com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm. Trena antropométrica larga com mola retrátil, fabricada em aço inoxidável. Caixa protetora da trena deve incluir indicador de leitura simplificado que aponte o valor da medição. Caixa protetora da trena com placa de apoio rente à parede para garantir a manutenção do ângulo reto entre a haste e a parede; Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte. Equipamento acompanhado de manual de instrução em português.
ESPECIFICAÇÃO
ESTADIÔMETRO VERTICAL PORTÁTIL
Equipamento destinado à medição de pessoas. Fabricado em material rígido, resistente à umidade e mudanças de temperatura e de fácil higienização. Deve incluir todas as peças necessárias para sua utilização. Equipamento leve e apropriado para o transporte. Escala numérica gravada em tinta resistente ao uso. Escala numérica bilateral fixada em material desmontável que se encaixem com precisão e mantenham-se estáveis durante o uso. Escala numérica construída em centímetros, com graduação (precisão) de um mm. Escala numérica (mínimo 200 cm úteis). Escala numérica com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm. Cursor (parte móvel) deve permitir o deslize suave e estável, mantendo ângulo de 90° graus com a escala numérica. Deve apresentar base de sustentação para apoio dos pés, permitindo adequado nivelamento. Deve incluir indicador de leitura simplificado que aponte o valor da medição. Equipamento acompanhado de bolsa com alça exclusiva para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado do manual de instruções em português.
Trena, compasso de dobras cutâneas e paquímetro Na escolha dos equipamentos antropométricos a serem adquiridos, devem-se c onsiderar alguns fatores importantes, como a precisão e a capacidade/amplitude necessárias 43
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
para aferição de medidas, o acabamento deve ser de material não cortante e de alta resistência a umidade, evitando-se materiais que oxidem que soltem farpas ou que apresentem pregos/parafusos expostos. Deve-se priorizar a escolha por equipamentos que apresentem assistência técnica em território nacional a m de garantir a realização da manutenção e/ou conserto dos materiais, bem como a utilização de equipamentos práticos e que forneçam leitura das medições adequadamente.
O Compasso de Dobras Cutâneas é largamente utilizado por avaliadores físicos, esse equipamento deve possuir uma escala conável e precisa, tendo o resultado em milímetros. A aplicação do compasso deve permitir uma pressão da dobra para que a aferição seja constante. O compasso, de plástico, metal ou digital são validados e devem sempre adotar os protocolos de procedimentos da coleta no momento da aplicação ao avaliado.
A Trena é destinada para medições de perímetros corporais, deve ser de material maleável, inelástico, inextensível, resistente e de fácil higienização. Fita fabricada em aço com escala numérica gravada em tinta resistente ao uso e escala numérica em centímetros, com graduação (precisão) de 1 mm com no mínimo 200 cm úteis e com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm. A ta com área em branco antes da linha “zero” para permitir mensuração adequada, tendo ainda um dispositivo de retração automática.
Paquímetro (paqui do grego, espessura e metro, medida), por vezes também chamado de craveira em Portugal, é um instrumento utilizado para medir a distância entre dois lados simetricamente opostos em um objeto. Um paquímetro pode ser tão simples como 44
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA │ UNIDADE
I
um compasso. O paquímetro é ajustado entre dois pontos, retirado do local e a medição é lida em sua régua. O nónio ou vernier é a escala de medição contida no cursor móvel do paquímetro, que permite uma precisão decimal de leitura por meio do alinhamento desta escala com uma medida da régua. Os paquímetros são feitos de plástico, com haste metálica, ou inteiramente de aço inoxidável.
Estratégias para medicação da composição corporal A gura a seguir, mostra equipamentos capazes de vericar os valores da composição corporal. É claro que devido ao seu alto custo, não iremos solicitar a um individuo para fazer uma ressonância magnética com intuito de observar apenas os valores de percentual de gordura, por exemplo, mas o DEXA (Absormetria Radiológica de Dupla Energia), vem sendo adquirido por diversos clubes esportivos, como nalidade de se obter um padrão ouro na avaliação morfológica de atletas e pacientes. Além disso, a antropometria é uma forma de estratégia de valorização ao serviço prestado do prossional que executa, destinando a sua credibilidade e importância do teste. Figura 7. Equipamentos para análise da composição corporal 1 Bioimpedância, 2 Absormetria Radiológica De Dupla Energia, 3 Pletismografia, 5 Ressonância Magnética, 6 Ultra-Sonografia, 9 Tomografia Computadorizada, 7 Pesagem Hidrostática, 1 Análise de Impedância Bioelétrica,8 Interactância QuaseInfravermelha, 4 Antropometria.
Fonte:: . Acesso em: 7 dez. 2010.
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UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Bio impedância A análise da composição corporal por meio da impedância bioelétrica tem como base a medida da resistência total do corpo à passagem de uma corrente elétrica de 500 a 800 micro A e 50 kHz. Os componentes corporais oferecem uma resistência diferenciada à passagem da corrente elétrica, os ossos e a gordura, que contém uma pequena quantidade de água constituem um meio de baixa condutividade, ou seja, uma alta resistência a corrente elétrica. A massa muscular e outros tecidos ricos em água e eletrólitos, são bons condutores, permitindo mais facilmente a passagem de corrente elétrica. Segundo as leis de Ohm, a resistência de uma substância é proporcional a variação da voltagem de uma corrente elétrica a ela aplicada, desta forma, por intermédio de um sistema tetrapolar, onde dois eletrodos são xados a região dorsal da mão direita e dois a região dorsal do pé do avaliado, o aparelho irá identicar os níveis de resistência e reactância do organismo a corrente elétrica, avaliando a quantidade total de água no organismo e predizendo, por meio desta quantidade de água, a quantidade de gordura corporal do indivíduo. A velocidade e a relativa simplicidade de execução do método da impedância bio-elétrica representam uma grande vantagem de sua utilização na academia, no clube ou na clínica. A principal limitação deste método surge quando o avaliado apresenta alterações em seu estado de hidratação, assim, a quantidade de alimentos e líquidos ingeridos pelo avaliado, bem como a atividade física realizada no dia do teste, entre outros fatores como nefropatias, hepatopatias e diabetes podem inuenciar o resultado obtido por este método. Segundo Lukaski (1986), para a realização da análise da composição corporal por meio da impedância bioelétrica o avaliado tem uma participação decisiva, devendo obedecer a uma série de procedimentos prévios ao teste, sem os quais poderá estar comprometendo seu resultado. As recomendações são as seguintes:
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1.
Não utilizar medicamentos diuréticos nos sete dias que antecedem o teste.
2.
Manter-se em jejum pelo menos nas quatro horas que antecedem o teste.
3.
Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores ao teste.
4.
Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste.
5.
Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste.
6.
Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos em decúbito dorsal, em total repouso antes da execução do teste.
AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
UNIDADE II
A aptidão neuromuscular pode ser denida como a condição de um indivíduo em executar ações musculoesqueléticas, relacionada com as capacidades motoras de: força e endurance muscular, exibilidade, velocidade, agilidade, coordenação, equilíbrio e suas possíveis combinações. As capacidades motoras de força e endurance muscular e exibilidade, somadas a endurance cardiorrespiratória e a composição corporal, constituem o conjunto de atributos que destinam a “aptidão física relacionada a saúde”. Segundo as Diretrizes do American College of Sports Medicine – ACSM, o termo “aptidão física relacionada a saúde” é denido como “um estado caracterizado pela capacidade do indivíduo de realizar as atividades diárias com vigor e demonstrar capacidades que estão associadas com um baixo risco de surgimento prematuro de doenças hipocinéticas (aquelas associadas com a inatividade física)”. São benefícios da aptidão neuromuscular: »
Manutenção ou aumento da força e endurance musculares;
»
Manutenção ou aumento da exibilidade;
»
Manutenção da estabilidade postural;
»
»
»
»
Aumento da estabilidade articular prevenindo lesões; Redução dos desgastes das superfícies articulares; Auxiliar na manutenção ótima de uma massa corporal magra; Prevenção da perda de massa magra (proteólise) que ocorre com o envelhecimento;
»
Redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares;
»
Manutenção da capacidade funcional em indivíduos idosos.
A avaliação periódica da aptidão neuromuscular permite traçar pers longitudinais (teste e reteste) de populações ou indivíduos submetidos a programas de intervenção (ex.: exercício físico, reeducação alimentar, fármacos etc) e, consequentemente, 47
UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
monitorar a eciência desses programas, permitindo ajustes adequados nas pr escrições de exercícios. A força muscular e a endurance muscular são especícas para o músculo ou grupo muscular, para o tipo de contração muscular (estática ou dinâmica; concêntrica ou excêntrica), para a velocidade da contração muscular (lenta ou rápida) e para o ângulo articular que está sendo testado (contração estática). Consequentemente, os resultados de qualquer teste são especícos para o procedimento utilizado, e não existe um único teste capaz de avaliar a força muscular ou a endurance muscular corporal total. Os indivíduos devem ser familiarizados, através das sessões de treinamento, com o equipamento e o protocolo a serem usados, a m de obter um escore conável que possa ser usado para localizar as verdadeiras adaptações siológicas que ocorrem com o passar do tempo. Convém rever as medidas de segurança relacionadas ao equipamento a ser utilizado e ao uso de auxiliares (quando necessário). Orientar o avaliado quanto ao padrão adequado de respiração durante os testes (deve-se expirar durante a fase mais ativa da contração muscular e inspirar durante a fase mais passiva) evitando, assim, que ele realize a “manobra de Val salva”. Qualquer teste para avaliação da aptidão neuromuscular deverá ser encerrado imediatamente na presença de sintomas pertinentes a sua suspensão.
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CAPÍTULO 1 Potência muscular A Potência muscular (Potência = Força x Velocidade) é a capacidade de exercer força máxima no menor tempo possível. Potência é muito importante em alguns esportes em que o atleta é obrigado a ganhar cargas no menor tempo possível para produzir um resultado que geralmente é medido em distância. Por exemplo, arremesso de peso, disco e dardo no atletismo, salto em altura etc. Segundo Fleck e Kraemer (1999), “potência é a velocidade em que se desempenha o trabalho”. Já para Zatsiorsky (1999), “potência é a força dividida pela unidade de tempo”. Seguindo estas denições, várias formas de potência (que na verdade seguem o mesmo princípio) podem ser sugeridas dentro de determinados contextos e necessidades especícas como, por exemplo: potência aeróbia, potência anaeróbia (lática e alática), potência muscular, potência explosiva, onde caberá analisar cada movimento e/ou esporte para seguir o princípio da especicidade e fazer uso da potência adaptada a sua condição ótima em cada caso. Já que a potência envolve um componente de força, e um de velocidade, ca fácil observar que maximizando a força e/ou a velocidade, aumenta-se à potência. Talvez aí comecem alguns erros na hora de se tomarem decisões a respeito de como se desenvolver e treinar potência. Além disto, aparentemente a ciência é pouco clara em denir qual destes dois componentes inuência mais no desenvolvimento da potência. Em alguns esportes, o sucesso requer não apenas a capacidade de trabalho, mas também a capacidade de executar tal trabalho em um tempo curto. A potência é o termo mecânico que descreve essa capacidade. Tal como trabalho, a potência é outra palavra que você tem familiaridade e que tem inúmeros signicados. Na mecânica, potência é a taxa de trabalho executado ou quanto trabalho é feito em uma quantidade especíca de tempo (McGINNIS, 2002). A esse respeito, tentando facilitar o processo didático, introduziremos outro conceito, o conceito de velocidade de Desenvolvimento de Força (VDF), ou taxa de desenvolvimento de força, mostrando novamente que em uma ação muscular potente, o músculo deve exercer tanta força o quanto possível em um curto período de tempo. Porém não é correto armar que necessariamente um músculo que desenvolva mais força, é um músculo mais potente, uma vez que a análise de mais de uma caracter ística é necessária para esta armativa. Para o ótimo desenvolvimento dessa força, devemos considerar a especicidade do esporte a ser desenvolvido, por exemplo, não seria a mesma montagem de prescrição 49
UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
de treinamento para um jogador de hóquei na grama para um jogador de basquete. O treinamento de força usando cargas altas e baixa velocidade na fase concêntrica leva a uma melhora na força máxima, porém com ganhos reduzidos em outros padrões de velocidade (FLECK e KRAEMER, 1999; ZATSIORSKY, 1999). Assim, a VDF pode explicar em parte porque muitas vezes o treinamento de força isoladamente não aumenta o desempenho da potência, sendo necessária a combinação de mais de uma valência, a serem treinadas de forma conjunta. Os meios para isto são muitos e variados dentro da literatura, porém todos devem passar por princípios semelhantes. Farinatti (2000), coloca que para se gerar força, é necessário se extrapolar o limiar de despolarização das células musculares por meio de uma estimulação suciente. A chegada constante de novos estímulos (somação), de modo a diminuir o período disparo-reação (período de latência) seria a consequência do desenvolvimento da força. Todos os autores consultados neste trabalho concordam que para se desenvolver potência, o atleta pouco experiente em treinamento de força, deve passar por um trabalho de força como pré-requisito, que pode variar de alguns meses até alguns anos. Segundo Zatsiorsky (1999), é impossível para o atleta gerar grandes taxas de força em movimentos rápidos, não sendo capaz de gerar força similar ou mesmo superior em movimentos mais lentos. Da mesma forma parece ser consenso a armativa de que a relação força-hipertroa não é necessariamente linear. Apesar de normalmente ocorrer aumento na seção transversa do músculo como consequência do treinamento de força ou de potência, as especicidades de objetivos são diferentes, o que leva a adaptações também diferentes.
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CAPÍTULO 2 Teste isocinético História da isocinética Em 1960, James Perrine desenvolveu o conceito da isocinética, a qual envolve uma resistência dinâmica com velocidade constante e angulação pré-estabelecida. O primeiro aparelho isocinético foi introduzido em Hong Kong. Este aparelho era utilizado para exercícios de reabilitação do joelho (RAYMOND e CHAN, 1987). Não obstante, em 1970 a avaliação isocinética esteve disponível para teste, mas estava longe de se tornar um grande sucesso imediato. Os aparelhos isocinéticos eram poucos e de difícil acesso tendo quase nenhum gabarito. Começaram a utilizar os dinamômetros isocinéticos em clínicas para tratamento de pacientes com lesões músculo-esqueleticas e os únicos movimentos disponíveis eram os concêntricos (HERBECK, 2000). Elton et al . (1985), descreve que o mundo da isocinética mudou dramática. Os motores e os microprocessadores transformaram as máquinas modernas e movimentos rápidos e dinâmicos, que oferecem a análise de dados e de reprodutibilidade imediato. Isto signicou dados reais se tornaram mais fáceis de compreensão em curto tempo. As máquinas novas de hoje incorporam o que chamamos de Dinamômetro Ativo, onde na avaliação isocinética, sendo também exercícios excêntricos observados. Esta mudança foi um processo fundamental para o levantamento de dados relevantes para a avaliação isocinética.
Unidade de medida Uma ampla faixa de variáveis de performance são disponíveis para análise de dados isocinéticos. Dentre eles os que são particularmente importantes para o teste isocinético são o torque (Newton), trabalho total (Joule) e a potência (Watts). O pico de torque é denido como o produto da massa, aceleração e tamanho do braço de alavanca (BROWN, 2001). McGinnis (2002) dene o torque como o efeito de giro produzido por uma força. Este é o máximo de torque produzido na Amplitude do Movimento (ADM) e é facilmente identicado como o topo da curva de torque (o equipamento mostra o gráco do torque dinâmico versus posição). Embora o pico de torque supra o prossional do exercício com informações a respeito da melhor produção de torque do membro testado, e seja um excelente indicador do nível máximo de força do indivíduo, ele não leva em conta a ADM. O trabalho total (Joule) é denido como o produto do 51
UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
torque e da distância percorrida, e é mais facilmente computado como área abaixo da curva de torque. Uma vez que o trabalho leva em conta a distância percorrida, ele revela a habilidade do indivíduo para produzir torque durante ADM. Como o torque, o trabalho é inversamente correlacionado à velocidade. De forma mais precisa, o pico de torque é uma medida da força máxima de um indivíduo, enquanto o trabalho avalia sua habilidade de manter a produção de torque durante a ADM de um membro. A unidade de trabalho é o Joule (J), que se dene como o trabalho realizado por uma força de um Newton (N) atuando ao longo de um metro (m) na direção do deslocamento. O trabalho pode igualmente exprimir-se em Newton, como se depreende desta denição. A potência é a variável de maior alcance, já que considera o torque, à distância e o tempo. É denida como o quociente trabalho/tempo e demonstra uma relação parabólica com a velocidade (OSIECKI, 2001). A potência, utilizando o tempo na equação para seu cálculo, pode ser mais bem descrita como a habilidade de alguém para expressar a forç a de explosão. Cada variável comunica a força de maneira levemente diferente e pode ser usada criteriosamente de acordo com a intenção do resultado nal (FLORS et al ., 1994). As técnicas sejam elas, isométricas, isocinéticas ou isotônicas, empregadas para medir a “força” muscular em sujeitos vivos são baseadas em um método diferente. Em vez de força, que é basicamente uma entidade linear, o termo apropriado é torque. Esse é denido como o efeito rotacional da força, gerada por um único músculo ou um grupo muscular, quanto à articulação considerada, e isso também é chamado de momento máximo. Assim, o torque introduz o conceito de sinergia, sendo feita referência, onde aplicável, a ação combinada de um número de músculos mais do que de um único músculo (HERZOG et al.,1991). Desconsiderando, o efeito da gravidade e a ação dos componentes normais, o torque é medido gravando-se no sensor do dinamômetro onde a força é exercida pelo segmento distal da articulação do corpo, e multiplicando-se o valor obtido pelo comprimento do braço de alavanca do sensor de força para dar um momento, M. Em outras palavras, o potencial mecânico do músculo é medido de modo indireto. Uma vez que o comprimento dos segmentos do corpo é geralmente pequeno, um desvio de até mesmo um centímetro do posicionamento original do sensor pode, na repetição do teste, apresentar erros de aproximadamente 2,5-5% com um efeito correspondente na reprodutibilidade das descobertas dos testes (DVIR, 2002).
Amplitude de movimento A amplitude de movimento (ADM) é o parâmetro mais básico, descreve o deslocamento angular permissível do braço de alavanca. É medida em graus. Essa ADM não deve ser confundida com o movimento que ocorre na articulação biológica, um erro composto pelo mau alinhamento dos eixos biológicos e mecânicos, inerente ao método indireto 52
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(KEIR, 2004). Na avaliação isocinética a ADM é menor do que a ADM na articulação biológica, pois cada ciclo da contração começa e termina em uma posição estática, isto é se ajustamos uma velocidade angular do teste de 60º/s na extremidade de cada movimento o segmento terá que acelerar ou retardar de 0º/s a 60º/s (MALLIOU, 2003).
Velocidade angular O segundo parâmetro de entrada é a velocidade angular do teste, medida em graus por segundo (º/s). Em algumas publicações, outra unidade, o radiano por segundo (rad/s), é utilizado. Uma vez que um (1) rad é aproximadamente 57,3º graus, mal se pode ver o benefício de abandonar as unidades comuns e convenientes (CROSS, 1991). A velocidade angular do teste é aquela do braço de alavanca e não a do segmente distal. Além disso, a velocidade preestabelecida não traz nenhuma relação com a velocidade de contração linear do músculo, como indicado por Hinson et al . (1979) e essa relação seria diferente para cada músculo por causa da diferentes congurações anatômicas. Deve-se entender que quanto mais for elevada a velocidade angular menos movimento isocinético estará sendo executado. Todos os sistemas isocinéticos são baseados no princípio de que o braço de alavanca se move a uma Velocidade Angular Predeterminada (VAP) por maior que seja grande a força no giro, ou momento, aplicada pelo usuário. Se o usuário empurrar com mais força, isto é, o momento gerado pelo músculo é aumentado, tendendo aumentar a velocidade angular. A máquina aumenta sua resistência de forma correspondente e manterá o movimento dentro de margens bem estreitas quanto a VAP (WILK e ANDREWS, 1993).
Equipamento As medidas da velocidade angular, da posição e da força/torque são feitas por meio do dinamômetro ativo. A máquina mede o torque estando o sensor da força no centro da rotação. Se o sensor da força estiver posicionado no braço de alavanca então mede a força que é convertida em torque. Em alguns sistemas o momento que o motor pode gerar foi limitado deliberadamente na fase excêntrica (que limita a velocidade angular máxima). Alguns equipamentos mais recentes oferecem velocidades angulares elevadas, porém momentos ativos relativamente baixos. No entanto, isso não se aplica em todos os equipamentos, alguns disponibilizam velocidades angulares altas e momentos ativos elevados. Dinamômetros isocinéticos são instrumentos de medida que proporcionam aos avaliadores informações quanto à dinâmica, isto é, movimento, 53
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performance mecânica dos grupos musculares. Assume-se que a articulação atravessada pelos músculos se move a uma velocidade angular constante, isto é, seu movimento é isocinético. Essa presunção é incorreta mesmo se for devido ao fato de as articulações biológicas não possuírem um eixo xo de rotação. A extensão do erro feito em assumir uma velocidade angular constante na articulação depende da articulação testada, da posição do sujeito etc. Também é possível, usando esses equipamentos, medir o movimento de várias articulações. Dinamômetros isocinéticos também são úteis para se registrar a performance estática (isométrica) apesar de não ser esse seu principal objetivo. Na dinamômetria isocinética, o registro básico de medida consiste em uma sequência de números que representam o tamanho da força exercida pelo segmento distal do corpo se movendo contra o sensor de força. Em todos os sistemas isocinéticos avançados esse registro é mostrado em forma gráca na tela do computador. Um estudo feito por Rinaldi (2000), demonstrou que o dinamômetro isocinético é muito útil para a avaliação da potência muscular dos atletas de diversos esportes, pelo fato de simular da maneira muito semelhante ao trabalho executado pelos atletas no decorrer de uma partida, diferentes do que acontece com os testes de mensuração indireta, comumente utilizando pelos preparadores físicos.
Reprodutibilidade Reprodutibilidade, validade e sensibilidade são as três exigências que devem ser satisfeitas para uma medida ter sentido interpretável. Uma vez que os sistemas isocinéticos modernos oferecem alta sensibilidade, essa exigência é plenamente satisfeita. Considerando-se as duas outras qualidades, indica-se que enquanto a reprodutibilidade é de certa forma mais fácil de ser provada, a questão da validade é irrelevante se um nível aceitável de reprodutibilidade não é garantido (DVIR, 2002). Reprodutibilidade se refere à consistência da medida: se os resultados do teste são descritos como reproduzidos, isto implica que sob as mesmas condições de testes (experimentais) as entidades medidas receberão os mesmos valores. Além do mais, no presente contexto, a reprodutibilidade se refere à medida de performance humana e não o efeito de uma carga externamente aplicada. Independente do método matemático que seja usado para derivar seu valor numérico, a reprodutibilidade das descobertas dos testes é afetada pelas seguintes fontes potenciais de erro. 1.
2.
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Inconsistência ligada à máquina – falta da calibragem. Variações ligadas ao sujeito (atleta ou paciente) – motivação.
AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR│ UNIDADE
3.
Erros ligados aos procedimentos do teste – estabilização malfeita.
4.
Variações ligadas ao protocolo – pausas entre contrações diferentes.
5.
Variações ligadas ao examinador – diferenças entre examinadores.
6.
II
Fatores ligados ao processamento de dados – reno.
Obviamente, esses elementos afetam a reprodutibilidade das descobertas para ambos os testadores individuais (intertestador), e de testador para testador (intertestador). Resultados de testes isocinéticos podem variar entre os diferentes modelos ou sistemas, entre máquinas individuais do mesmo tipo de modelo, e mesmo entre teste na mesma máquina durante a operação normal (DVIR, 2002).
Confiabilidade e validade A conabilidade de dinamômetros isocinéticos é extremamente elevada e foi medida repetidamente mostrando ser alta. Os estudos que examinaram a exautidão do torque, do trabalho e da potência, mostraram coecientes de correlação entre 0,93 e 0,99 (MAGNUSSON et al . 1990, BEMBEM, 1989 et al .). Entretanto, uma variedade de fatores precisa ser controlada ou explicada a m de gerar dados válidos e conáveis. Isto inclui fatores com a escolha da variável da medida, próprio posicionamento e estabilização, e procedimentos de redução de dados. Em 1985, Mayhew e Rothstein publicaram um livro mostrando o desempenho dos músculos com instrumentos isocinéticos. A ênfase foi dada prioritariamente às introduções de reprodutibilidade e da validade. A validade de deduções baseadas em medidas isocinéticas é provavelmente o assunto mais importante que usuários dessa tecnologia encontram hoje. Uma vez que a reprodutibilidade é um pré-requisito para a validade, as deduções baseadas no teste isocinético devem assim ser limitadas a parâmetros e ao grupo especíco de disfunções para as quais a reprodutibilidade tem sido mostrada. Divir (2002) descreve a validade, assim como a reprodutibilidade, especíca para cada grupo e propósito.
Protocolos O protocolo de teste é sem dúvida o mais complexo e menos compreendido assunto quanto à reprodutibilidade, e o de maior importância, já que os fatores subjetivos são controlados. Manter a consistência do sistema é largamente uma razão técnica, o que é atingível. Decidir quais procedimentos de teste deve ser aplicado, pode não ser tão mecânico, mas pelo menos um número de procedimentos pode ser descrito como prática comum, como por exemplo, a amplitude de movimento do joelho. Contudo, não 55
UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
há nenhuma dúvida de que os procedimentos de testes são intimamente relacionados com os fatores de protocolos, mais notavelmente as questões das velocidades angulares do teste (FORTHOMME, 2003). A identicação correta, a seleção e aplicação de fatores de protocolo requerem um conhecimento considerável e compreensão do processo de teste. Por exemplo, apesar de a maioria dos protocolos de testes de momento defender o uso do meio de 3-5 contrações máximas como base para a interpretação, é experiência comum encontrar um individuo que requer mais tentativas para atingir um nível otimizado de performance. Da mesma forma, se a resistência é mais corretamente medida por um número xo de contrações, por um declínio na porcentagem na performance ou pelo maior número de contrações exercidas durante um dado tempo, é um problema de protocolo e siologia combinados. Os fatores de protocolos não são aqueles inerentes ao ajuste técnico do teste nem aqueles que devem ser tomados como chave para iniciar um teste. O protocolo de teste leva ultimamente a uma interpretação especíca e, portanto, assegurar a reprodutibilidade das descobertas nele é da mais profunda importância.
Razão agonista/antagonista e relação bilateral Esse parâmetro é usado como um indicador do equilíbrio normal entre a função dos exores e dos extensores do joelho. Ficou evidente que a proporção era dependente da velocidade para baixas velocidades, a I/Q normal era de cerca de 0,60, e para altas velocidades era maior que um (OSTERNIG, 1983). Com respeito ao parâmetro isocinético, foi mostrado por Kannus (1988) que o que importa em longo prazo é a extensão até a qual a desempenho dos músculos do joelho envolvido se aproxima daquela do joelho não envolvido. Por exemplo, considerando a relevância do I/Q, foi alegado que esse parâmetro nem se correlacionava com o resultado em longo prazo e nem poderia uma magnitude ideal de I/Q ser recomendada geralmente como um alvo para reabilitação (KANNUS, 1984). É melhor “um I/Q adequada à proporção I/Q do joelho não envolvido do atleta ou paciente”. Portanto, a comparação com o lado não envolvido proporciona um objetivo confortável e razoável para a fase estável, tanto no paciente crônico como no pós-operatório. Alaya (2012) ao desenvolver um estudo de revisão, concluiu que o aceitável para relação entre os mesmos músculos como quadríceps dominante e não dominante, são valores de 10 a 15% de diferenças entre músculos, a mesma relação para os isquiostibias.
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Especificidade Os exores e extensores do joelho exercem funções importantes em movimentos especícos de atletas, requisitando elevada força dessa estrutura músculo-esquelético como na corrida, no chute e na impulsão. Portanto, a força de equilíbrio desses músculos é fundamental, pois agem na prevenção de lesões e na melhoria das funções motoras. Atletas prossionais são submetidos à avaliação isocinética da articulação de joelhos utilizando dinamômetro computadorizado. Diversas são as vantagens oferecidas pelo trabalho isocinético. A presença de resistência variável à força aplicada permite realizar exercícios de avaliação e reabilitação empregando a força necessária durante o movimento articular em toda sua extensão. O desequilíbrio muscular entre quadríceps e ísquios-tibiais do mesmo membro e desequilíbrio de força entre membro dominante e membro não dominante são problemas físicos comuns em atletas. Existem poucos estudos sistemáticos sobre a avaliação de força em atletas de diversas modalidades em equipamentos computadorizados, pois eles possuem um custo elevado. Figura 8. Dinamômetro isocinético.
Fonte: . Acesso em: 7 out. 2012.
O site é um dos sites mais completos e informativos sobre a metodologia do teste isocinético. Nele encontramos informações sobre os equipamentos existentes e sobre as avaliações feitas em diversas ar ticulações. O site é todo em inglês, mas possui a opção de tradução por meio do Google. Vale a pena conferir. Link: 57
CAPÍTULO 3 Salto vertical No esporte, utiliza-se o Salto Vertical (SV) em constantes momentos, como em cabeceios no futebol, enterradas no basquete e bloqueios no vôlei, e por isso vários estudos vêm sendo realizados na tentativa de explicar as variáveis que determinam a “performance” nessa ação motora. O teste de salto vertical é o principal teste para avaliar a potência muscular nos membros inferiores. Existe uma variedade de procedimentos e tipos de SV relatados, sendo três principais formas de teste: »
Squat Jump (SJ) - SALTO SEM CONTRA MOVIMENTO E SEM AUXÍLIO
DOS BRAÇOS, posição de semi-agachamento, que respeitava um ângulo de 90° entre pernas e coxas; »
Counter Movement Jump (CMJ) - SALTO COM CONTRA MOVIMENTO
E SEM AUXÍLIO DOS BRAÇOS, posição em pé e executavam, então, um contra movimento anterior à impulsão, sem qualquer restrição em termos de graus de exão de joelhos e quadris; »
Countermovement Jump with Arms (CMAJ) - SALTO COM CONTRA
MOVIMENTO E COM A UTILIZAÇÃO DOS BRAÇOS, utilização dos membros superiores como meio auxiliar à impulsão. Figura 9. Exemplos dos testes do salto vertical.
Fonte: . Acesso em: 27 ago. 2014.
Os atletas podem passar giz em seus dedos e marcar uma parede quando alcançarem o topo do salto. A diferença entre a marca da altura do salto e a marca da ponta dos dedos em extensão completa quando em pé é registrada como a altura do SV. Existem instrumentos comercias que foram desenvolvidos para registrar a altura do salto. Eles possuem um polo vertical com uma série de hastes de metal orientadas horizontalmente
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e que estão livres para girar em torno da vertical quando tocadas pelos dedos. A altura do SV é baseada na haste mais alta movida no topo do salto. A utilização de instrumentos associados a uma nova e crescente tecnologia vem proporcionando maiores meios e métodos de investigação às pesquisas aplicadas ao movimento humano. O desenvolvimento de técnicas empíricas fornece dados cinemáticos (movimento dos corpos independente dos esforços que os produzem) e cinéticos (efeitos dos esforços sobre os movimentos dos corpos), que podem ser u sados para melhor compreensão ao estudo a ser investigado. O salto, ação motora cuja força é uma das capacidades físicas exigidas para sua realização nas mais diversas modalidades como o basquetebol e voleibol. A força subdivide-se em força rápida ou potência (relação com velocidade) e força resistente (relação com a resistência). Fleck, citado em Tricoli (1994) relata que é aceito que a força muscular e especialmente a potência serem importantes e em alguns casos essenciais para uma performance bem sucedida em eventos esportivos. Luhtanen e Komi citado por Tricoli (1994) relata que o desempenho no salto vertical dos diferentes segmentos corporais vericou-se que o movimento de extensão dos joelhos contribuiu com 56% da velocidade total do salto, restando 22% para a exão plantar, 10% para extensão do tronco, 10% para o balanço do braço e 2% para o balanço da cabeça. Portanto, nos desportos onde há grande incidência de saltos verticais é fundamental a vericação da capacidade do jogador em produzir potência com a musculatura extensora do joelho e saber transferi-la nas situações competitivas. Se percebe é que a utilização de “testes de campo” são os mais empregados na busca de realizar um diagnóstico do atleta com o objetivo de avaliar suas qualidades especícas, como no caso o perl biológico do atleta. Mas temos que levar em consideração no qual estes testes podem ser de fácil realização, mas no ponto de vista qualitativo, apresentam muitas diculdades de interpretação. Assim, não podemos nunca alcançar níveis cientícos aceitáveis para poder controlar a qualidade biológica de extrema importância, para determinar as características do indivíduo. Por causa desta defasagem, Carmelo Bosco (1983) realizou uma metodologia de avaliação das propriedades físicas, que utilizando uma instrumentação cientíca muito sosticada que consegue avaliar, indicar e selecionar muitas características físicas sem que venham ser inuenciados por outros fatores. O Teste de Bosco serve para avaliar as características musculares e nervosas do comportamento muscular das articulações inferiores. Além do que, depois que utilizados uma série de saltos e pulos que geralmente fazem parte do trabalho sistemático dos meios de treinamentos tradicionais, vem assegurada a especicidade seja tanto nos desportos individuais quanto coletivos.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
Teste de Bosco - provas standard As provas citadas constituem as baterias funcionais do teste introdutório de Bosco: 1.
Squat Jump (SJ), o salto com partida da inércia;
2.
Squat Jump com levantamento de pesos variáveis (20 a 100 kg,
equilibrados sobre os ombros) e particularmente com carga igual ao peso do corpo (SJbw); 3.
4.
Counter Movement Jump (CMJ) o salto com o contra movimento; Drop Jump (DJ) o salto baixo em prosseguimento da queda de certa
altura (de 20 a 100cm) ou salto pilométrico. 5.
Saltos contínuos do tipo CMJ da duração variável entre 5 a 60 segundos ( Multiple Jump - MJ);
6.
Saltos e pulos contínuos de duração de 5-7 segundos realizados com o joelho rígido (bloqueado) com ou sem a superação de obstáculos e com ou sem a ajuda dos braços (variação do DJ).
Descreveremos os protocolos dos testes mais utilizados como o teste de Squat Jump descrito anteriormente, é realizado com as seguintes regras: a planta dos pés em contato com o tapete; ângulo dos joelhos de 90° graus; mãos na cintura e tronco ereto; salto - ângulos dos joelhos a 180º graus; pés de volta ao tapete. Neste teste, o sujeito deve efetuar um salto vertical partindo da posição do meio Squat (joelhos a 90°), com o tronco ereto e mantendo as mãos na cintura ou quadril. O sujeito deve seguir o teste sem fazer contramovimento; o salto partindo da inércia, realizado sem o auxílio dos braços. Qualidade investigada: força explosiva, capacidade de recrutamento nervoso, expressão de um percentual de bras rápidas. Modalidade de ativação: trabalho concêntrico (positivo). O Counter Movement Jump (CMJ) é uma prova na qual a ação do salto versus a altura é realizada graças as ciclo estiramento-encurtamento. Neste método, o sujeito se encontra em posição ereta, com as mãos na cintura, e deve efetuar um salto vertical, depois o contramovimento para baixo (as pernas devem ser exionadas a 90°). Durante a realização do movimento o tronco deve permanecer o mais ereto possível para evitar quaisquer inuências sobre o trabalho das articulações inferiores. Qualidade investigada: força explosiva, capacidade de recrutamento nervoso, expressão de percentual elevado de bras rápidas, reutilização de energia elástica, coordenação intra
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AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR │ UNIDADE
II
e intermuscular. Modalidade de ativação: trabalho concêntrico precedido da ativação excêntrica (contramovimento). O método do teste Drop Jump consiste em o sujeito se encontrar sobre um banco e deixa cair (se jogar) sobre o tapete de teste, ao contato do qual deve reagir com um esforço violento para procurar realizar um salto vertical máximo. A altura da queda varia segundo a capacidade do sujeito (20-100 cm). Para iniciar, o sujeito deve se encontrar em cima do banco em posição ereta, pernas estendidas (ângulo de 180° com o joelho), mãos na cintura. O salto versus o baixo vem seguido levando a frente um pé e deixando-se cair sob o efeito da gravidade. O momento de contraste ocorre ao deter (bloquear) o mais rápido possível o movimento versus o baixo, procurando travar o joelho. Qualidade investigada: rigidez muscular que representa a capacidade neuromuscular de desenvolver altíssimos valores de força durante o ciclo estiramentoencurtamento, comportamento visco-elástico dos extensores, reexo miotático ou reexo do estiramento, comportamento dos proprioceptores inibidores (Corpúsculo Tendinoso de Golgi). Modalidade de ativação: ativação muscular segundo o ciclo “estiramento-encurtamento” dos músculos extensores da perna. Caindo da altura de cerca de 30-40cm solicita-se o tríceps sural, com altura superior vem sempre mais e quadríceps. O teste de Multiple Jump, basicamente é uma série de sucessivos saltos verticais realizados com as mãos xas na cintura, os pés paralelos e separados aproximadamente à largura dos ombros. Os saltos são realizados com ligeiras “exões” das articulações dos quadris, joelhos e tornozelos, sendo utilizados os mecanismos musculares envolvidos no ciclo estiramento-encurtamento. Este teste é utilizado para diagnosticar os processos neuromusculares e força explosiva. Com o desenvolvimento destes métodos de avaliação da ação motora salto, criou-se um sistema informatizado para controlar o rendimento físico por meio dos saltos, o chamado ERGOJUMP.
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CAPÍTULO 4 Salto horizontal O teste de impulsão horizontal, também chamado de salto em distância é um teste comum e de fácil aplicação. Tendo como nalidade a mensuração da força explosiva dos membros inferiores no plano horizontal. É necessária uma trena para medir a distância do salto, piso antiderrapante para a decolagem com área de pouso de preferência macio para absorção do impacto, giz ou lápis para marcação. A linha de posicionamento dos pés antes do salto deve ser claramente identicada. O avaliado posiciona-se atrás de uma linha marcada no chão com os pés ligeiramente afastados. Salta-se horizontalmente a maior distância possível com a ajuda da exão das pernas e utilizando o balanço dos braços. São realizadas três tentativas. Registra-se o melhor resultado das tentativas feitas. O resultado é dado em centímetros, medindo-se a distância entre a linha de partida e a marca mais próxima alcançada pela parte do corpo que tocou o solo. Abaixo, temos o quadro e a tabela de classicação dos resultados. Quadro 06: Classificação do teste de salto horizontal.
CLASSIFICAÇÃO
RESULTADOS
Fraco
<2,30
Regular
2,30-2,49
Bom
2,49-2,69
Muito Bom
2,70-2,89
Excelente
>2,89
Fonte: Rocha e Caldas (1978) (citado por Marins e Giannichi, 1998)
Tabela 1: Classificação do teste de salto horizontal em jovens.
GÊNERO Meninos
Meninas
IDADE
FRACO
REGULAR
BOM
MUITO BOM
EXCELENTE
11-12 13-14 15-16 11-12 13-14
<179cm <206cm <228cm <177cm <182cm
180-189cm 207-220cm 229-242cm 178-185cm 183-187cm
190-199cm 221-231cm 243-256cm 186-193cm 188-195cm
200-209cm 232-245cm 257-270cm 194-201cm 196-206cm
>210cm >246cm >271cm >202cm >206cm
15-16
<191cm
192-198cm
199-205cm
206-212cm
>223cm
Fonte: Lancetta (1988) (citado por Marins e Giannichi, 1998)
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AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR │ UNIDADE
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Figura 10. Exemplos dos testes do salto horizontal.
Fonte: . Acesso em: 27 ago. 2014.
Quadro 7. Características do teste
SALTO HORIZONTAL Objetivo Descrição
Desenvolvimento Material Preparação Fontes de erros
Medir a força explosiva dos membros inferiores. O teste inicia-se com o indivíduo na posição em pé e parado atrás de uma linha demarcada no solo, com as pernas na posição anteroposterior. O executante realiza seis saltos de forma alternada (direita / esquerda), finalizando com os dois pés. A partir da linha demarcada no solo, estender uma trena perpendicular a esta linha. Um avaliador deverá ficar posicionado próximo à linha de partida e o outro no ponto de aterrissagem. Trena Aquecimento normal com 2 –3 execuções do teste. Pisar em cima da linha de saída. Não partir da posição parada Aterrissagem final apenas em um dos pés.
Resultados
Não realizar o salto paralelo a trena. Será medido em metros e centímetros.
Orientação A trena é xada ao solo, perpendicularmente à linha, cando o ponto zero sobre a mesma. O aluno coloca-se imediatamente atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semiexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Ao sinal o aluno deverá saltar a maior distância possível. Serão realizadas duas tentativas, registrando-se o melhor resultado. A distância do salto será registrada em centímetros, com uma decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR Figura 11. Procedimento para execução do teste do salto horizontal, avaliador e avaliado.
Fonte: . Acesso em: 21 jun. 2012.
Este teste tem como principal objetivo medir indiretamente a força muscular de membros inferiores, por meio do desempenho de se impulsionar horizontalmente. Após xar a ta métrica ao solo, posicionar o avaliado com os pés paralelos no ponto zero desta ta. Ao comando do avaliador o avaliado deve saltar no sentido horizontal com ambas as pernas, com o objetivo de alcançar a maior distância possível da ta métrica. Das três tentativas onde alcançar a ponta do pé será o ponto de referência da medida, e deverá prevalecer à medida que indicar a maior distância percorrida no plano horizontal. Caso o avaliado marche, corra, dê mais de um salto ou deslize após a queda, o salto deve ser invalidado.
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CAPÍTULO 5 Ergo jump e
plataforma de força
De acordo com Cianciabella (1996), o Ergo jump é um dos mais avançados instrumentos para avaliar as capacidades físicas dos atletas com valores de absoluta precisão. Este aparelho tem como possibilidades operacionais dentro de um laboratório de biomecânica, reservado aos institutos especializados (plataformas de força, eletromiógrafos, análise cinematográca de alta velocidade etc.). O teste converte com um método versátil para os técnicos de todas as modalidades e para os estudiosos de fenômenos ligados à atividade motriz. O Ergo jump também detecta as propriedades musculares dos membros inferiores, (ação de corrida e saltos), está conectado a uma plataforma de contato sensível que por meio de microprocessadores se conecta a um computador e uma impressora. Por intermédio destes requisitos, o teste é preparado para realizar as seguintes avaliações: »
Força explosiva dos membros inferiores;
»
Programa Squat Jump e cargas variáveis (curva força/velocidade);
»
Força explosiva com capacidade de reutilização de energia elástica;
»
»
Programa Counter Movement Jump (força elástica/% de elasticidade muscular); Força explosiva balística reativa - Programa Drop Jump (salto em profundidade ou pliométrico);
»
Força reativa (programa run-teste);
»
Potência anaeróbica alática (Programa Jump 15”);
»
Resistência anaeróbica lática (Programa Jump 30”/60”) e porcentagem de bras velozes.
Smuchrowski e Vidigal (1999) colocam que o sistema ergo jump constitui-se de uma plataforma sensível a pequenas pressões, acoplado a um computador por meio de uma conexão no qual encontra-se instalado o programa que processa os dados. Este sistema deve ser empregado para estimar a condição física de esportistas e alguns efeitos siológicos e biomecânicos do treinamento nas diferentes modalidades esportivas. Representações grácas são visualizadas na tela do computador, apresentando o desempenho durante o teste, permitindo uma aplicação prática no campo e não 65
UNIDADE II │ AVALIAÇÃO NEOROMUSCULAR
interferindo no desempenho do treinamento. A estrutura deste programa está baseada nos seguintes princípios: fornecimento de informação imediata sobre o rendimento físico e motor do esportista, oferecendo resultados objetivos para o controle do treinamento; registro de um banco de dados para avaliações futuras. O equipamento possui múltiplas aplicações e constitui-se dos seguintes testes (impulsão vertical, pliometria, resistência anaeróbica) e para cada tipo de teste ele fornece diferentes parâmetros. Por exemplo: no teste de impulsão vertical, o programa oferece o número de saltos, altura alcançada, velocidade inicial de cada salto, potência do salto e representação gráca dos dados. No teste de pliometria, o programa oferece o número de saltos, altura alcançada, tempo de contato que antecede cada salto, velocidade inicial de cada salto, potência do salto, coeciente de rendimento de cada salto, identicação dos saltos que ultrapassaram o tempo de contato pré-determinado e representação gráca dos dados. No teste de resistência, o programa apresenta: número de saltos, tempo acumulado após cada salto e a duração total da série de saltos, tempo de voo de cada salto, tempo de contato que antecede cada salto, altura alcançada em cada salto, coeciente de rendimento de cada salto, potência de cada salto, identicação dos saltos que ultrapassam ao tempo de contato pré-determinado, identicação dos saltos que se encontram em um determinado percentual de queda em relação ao maior salto e dos que se encontram no mesmo percentual em relação ao menor salto, tempo para se alcançar o melhor salto e representação gráca dos dados. Figura 12. Ergo Jump medindo o tempo de voo.
Fonte: . Acesso em: 8 out. 2012.
66
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
UNIDADE III
Nesta unidade, iremos abordar questões relacionadas aos processos cardiorrespiratórios relacionadoss aos atletas. Segunda a Portaria n o 221 de 1/10/2002, as atividades físicas programadas podem ser praticadas com diferentes nalidades, conforme a população envolvida: para a educação, no caso das escolas; para o lazer e a promoção da saúde e da estética corporal por meio do condicionamento físico, no caso da população de um modo geral; para o desenvolvimento esportivo ou artístico, no caso dos atletas e bailarinos; para a capacitação funcional, no caso dos militares e outros trabalhadores; e para a reabilitação, no caso de portadores de doenças que apresentam melhora por intermédio de exercícios. Cada uma destas nalidades e a respectiva populações possuem características próprias, que condicionam maior ou menor necessidade na avaliação médica prévia às atividades. Em termos gerais, pode-se dizer que quanto maior a intensidade relativa (%VO2max) e a duração do esforço a ser realizado, mais necessária se torna a avaliação médica prévia. No entanto, outros fatores devem ser considerados na decisão, especialmente pela idade dos indivíduos, a probabilidade da incidência de determinadas doenças naquela população, o ambiente físico onde a atividade será realizada e a história clínica de cada indivíduo.
67
CAPÍTULO 1 Volume de oxigênio e limiar anaeróbio Consumo de oxigênio A capacidade cardiorrespiratória pode ser denida como sendo a habilidade de realizar atividades físicas, de caráter dinâmico, que envolvam uma grande massa muscular com intensidade de moderada a alta por períodos prolongados de tempo. É dependente do estado funcional dos sistemas respiratórios, cardiovascular, muscular e suas relações siológico-metabólicas. Atualmente a eciência do sistema cardiorrespiratório pode ser avaliada medindo-se a capacidade aeróbica máxima (VO2 max), quanto maior o VO2 max maior a sua capacidade energética de sustentar esforços submáximos por períodos prolongados. O VO2 max é aceito internacionalmente como o melhor parâmetro siológico para avaliar, em conjunto, a capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório; É um parâmetro siológico e metabólico para avaliar a capacidade metabólica oxidativa (aeróbica); É um parâmetro siológico para prescrever atividades físicas sob forma de condicionamento físico. Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx) - É a taxa máxima que o organismo de um indivíduo tem de captar e utilizar o oxigênio do ar que está inspirando para gerar trabalho. VO2 max é diferente de VO2, pois VO2 refere-se ao consumo de oxigênio pelo organismo numa determinada intensidade de exercício. Tanto VO2 máx (consumo máximo de oxigênio) como VO2 (consumo de oxigênio) podem ser expressos em: l . min-1 (litros por minuto = litros de oxigênio absorvidos no espaço de tempo de 1 minuto, pode ser chamado de valor absoluto), ou ml . kg-1 . min-1 (mililitros por quilograma de peso por minuto = mililitros de oxigênio absorvidos por quilograma de peso corporal no espaço de tempo de 1 minuto, pode ser chamado de valor relativo). Para se obter o VO2 max relativo a partir do valor absoluto basta transforma-lo em mililitros (ML) e dividi-lo pelo peso corporal do indivíduo. Isto é, um indivíduo que pese 70 kg e possua um VO2 max absoluto de 3,5 l/min-1 terá um VO2 max relativo de 50,0 ml.kg.min-1. O vo2 max pode ser medido, direta ou indiretamente, por meio de ergômetros ou em teste de pista em protocolos máximos ou submáximos, sendo nos diretos a medição feita diretamente ao longo do gás exalado pelo esforço no ergômetro e nos teste indiretos o controle da FC permite a entrada em normogramas, para chegar-se ao resultado do teste.
68
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR│ UNIDADE
III
Limiar anaeróbio Existem alguns índices que são extremamente importantes para o processo de avaliação e prescrição de atividades físicas, mais especicamente vamos tratar do Limiar Anaeróbio (LA), que é o melhor índice de referência para aplicação do treinamento. O processo de avaliação requer algumas medidas. Em se tratando de Limiar Anaeróbio vamos ver quais as medidas mais importantes a serem realizadas. Refere-se à intensidade de exercício onde o nível de lactato sanguíneo começa a se acumular numa velocidade mais alta do que vinha acontecendo em intensidades de exercício mais leves. A partir desse ponto a velocidade de produção de lactato ultrapassa a velocidade de remoção causando um acúmulo que vai se acentuando cada vez mais. Existem basicamente dois Limiares: »
»
Limiar 1: representa o ponto onde a produção de lactato é aumentada, mas ainda existe um equilíbrio entre produção e remoção, as fontes aeróbias de energia continuam sendo predominantes no fornecimento de energia para a atividade; Limiar 2: representa o ponto onde a produção de lactato é aumentada desproporcionalmente ao que vinha acontecendo nas intensidades inferiores de exercício, e a fonte energética aeróbia não consegue mais manter “sozinha” (predominantemente) o fornecimento de energia, passando a necessitar de ajuda das fontes anaeróbias, que acentuam o acúmulo de lactato induzindo à fadiga precocemente. A partir de agora quando nos referirmos ao Limiar Anaeróbio estaremos nos referindo ao Limiar 2. Até antes do limiar anaeróbio, produção e remoção de lactato estão equilibradas. Utilizaremos nessa apostila ácido lático e lactato como sendo sinônimos, desprezaremos suas diferenças.
Em qualquer intensidade de exercício existe produção de lactato, porém em intensidades abaixo do limiar esse lactato não se acumula, pois a velocidade de remoção é igual à velocidade de produção. O lactato só vai se acumular quando a velocidade de remoção for inferior à velocidade de produção. O Limiar Anaeróbio pode ser expresso em: VO2: ml.kg-1.min-1; Carga: km/h, mph, watts, kp etc. Frequência Cardíaca: bpm 69
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR Quadro 08: Segue abaixo as variáveis que devem (ou podem) serem medidas para determinação do Limiar Anaeróbio.
VARIÁVEL Ventilação Minuto (VE) VO2 VCO2 Frequência Cardíaca Carga de exercício Lactato sanguíneo
CARACTERÍSTICA Volume de ar expirado por minuto. Consumo de oxigênio. Produção de dióxido de carbono. Batimentos por minuto. Intensidade de esforço. Concentração de lactato no sangue.
Quadro 09: Para essas variáveis sejam medidas são necessários alguns equipamentos.
EQUIPAMENTOS Ergômetro Frequencímetro Espirômetro p/ teste Ergométrico Espirômetro c/ Analisador de Gás Espirômetro c/ Analisador de Gás Lactímetro
ANÁLISE Intensidade de esforço. Batimentos por minuto. Ventilação por minuto. VO2. VCO2. Lactato sanguíneo.
Existem duas técnicas básicas para o teste de determinação de Limiar Anaeróbio: a técnica Invasiva, onde os resultados são obtidos por meio de amostras de sangue após ou durante intensidades de esforço diferentes; e a técnica não invasiva, onde os resultados são obtidos por meio da análise da resposta ventilatória durante um exercício de cargas progressivas, o chamado teste Ergoespirmétrico. O Limiar Anaeróbio é aceito como o melhor índice siológico para a prescrição de treinamento e previsão de resultado. O LA é baseado no comportamento que as concentrações de lactato sanguíneo apresentam em diferentes intensidades de esforço. Existe uma intensidade de esforço até onde os processos de produção e remoções de ácido láctico estão equilibrados não existindo acúmulo. Quando essa intensidade de esforço é excedida passa a existir um acúmulo de Lactato o que provoca a fadiga mais rapidamente. Ao grosso modo, é por isso que a perna ca mais pesada quando corremos numa intensidade mais forte.
70
CAPÍTULO 2 Teste de campo Teste de Cooper O Teste de Cooper é um teste de preparo físico idealizado pelo médico e preparador físico norte-americano Kenneth H. Cooper. O teste consiste numa corrida em velocidade constante que varia de acordo com a idade, sexo e seu desempenho (prossional ou amador). Este método é adequado para atletas, pois exige 100% da velocidade (carga). Para um atleta masculino prossional exige-se um desempenho de 3.200 metros em 12 minutos para sua boa forma. O nome “ Cooper” deu-se por causa do nome de seu criador Kenneth H. Cooper. Teste de 12 minutos (Cooper, 1970; Ashperd, 1981), consiste em correr a maior distância possível em 12 minutos. O teste deve ser realizado em superfície plana. O VO2 máx é estimado por: VO2máx (ml.kg.min) = D - 504/45, sendo D = Distância em metros. Tabela 02. Índices recomendados.
IDADE 13-14 15-16 17-20 20-29 30-39 40-49 50+
M F M F M F M F M F M F M F
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUIM
PÉSSIMO
2100+ m 2000+ m 2800+ m 2100+ m 3000+ m 2300+ m 2800+ m 2700+ m 2700+ m 2500+ m 2500+ m 2300+ m 2400+ m 2200+ m
1700 - 2099m 1900 – 2000 m 2500 – 2800 m 2000 – 2100 m 2700 – 3000 m 2100 – 2300 m 2400 – 2800 m 2200 – 2700 m 2300 – 2700 m 2000 – 2500 m 2100 – 2500 m 1900 – 2300 m 2000 – 2400 m 1700 – 2200 m
1600– 1699 m 1600 – 1899 m 2300 – 2499 m 1700 – 1999 m 2500 – 2699 m 1800 – 2099 m 2200 – 2399 m 1800 – 2199 m 1900 – 2299 m 1700 – 1999 m 1700 – 2099 m 1500 – 1899 m 1600 – 1999 m 1400 – 1699 m
1500 – 1599 m 1500 – 1599 m 2200 – 2299 m 1600 – 1699 m 2300 – 2499 m 1700 – 1799 m 1600 – 2199 m 1500 – 1799 m 1500 – 1899 m 1400 – 1699 m 1400 – 1699 m 1200 – 1499 m 1300 – 1599 m 1100 – 1399 m
1500- m 1500- m 2200- m 1600- m 2300- m 1700- m 1600- m 1500- m 1500- m 1400- m 1400- m 1200- m 1300- m 1100- m
M= masculino e F= feminino
Tabela 03. Teste de Cooper (Experiência com atletas).
SEXO
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUIM
PÉSSIMO
Homem
3700+ m
3400 – 3700 m
3100 – 3399 m
2800 – 3099 m
2800- m
Mulher
3000+ m
2700 – 3000 m
2400 – 2699 m
2100 – 2399 m
2100- m 71
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
Teste de Weltman (3.200) Weltman et al. (1987) num estudo composto por uma amostra de maratonistas masculinos usaram a variável tempo em minuto num teste de corrida de 3200m. O objetivo é correr em menor tempo possível os 3.200 metros de forma ritmada em pista demarcada. O teste é muito simples e possui uma boa correlação com o ponto de limiar anaeróbio. Abaixo a fórmula do teste. Homens: VO2máx = 118,4 - (4,77xT) Mulheres: VO2máx = 66,45 - (1,18 x T) T= Tempo em minutos Este tempo foi empregado para estimar VO2 máximo e as velocidade da corrida para concentrações xas, como 2 mmol/l, 2,5 mmol/l e 4 mmol/l (V4), usando uma regressão linear. Os autores propuseram as equações de 1 a 4 abaixo. VLT = 493,0 - (22,78 xT) (1) V 2mM = 497,3 - (21,56 xT) (2) V 2,5mM = 504,4 - (21,54xT) (3) V 4mM = 509,5 - (20,82 xT) (4) Sendo T o menor tempo em minutos para completar uma corrida de 3.200 m. Em outro estudo, dois anos depois, Weltman et al. (1989) desta vez usando uma amostra composta por mulheres sedentárias, propuseram as equações de 5 ao 8. Segue a resolução: VLT = 434, 45 -(24,45 xT) + (0,43 xT²) (5) V 2mM = 469,45 - (25,17 xT) + (0, 43 xT²) (6) V 2,5mM = 480,84 -(25,5 xT) + (0, 43 xT²) (7) V 4mM = 507,67 - (26,50 xT) + (0,45 xT²) (8) Os resultados do estudo de Weltman (1987) podem ser visto na tabela abaixo. Esta tabela apresenta o coeciente de correlação de Pearson entre a velocidade em diversos pontos xos de concentração de lactato, estimado a partir do resultado da velocidade 72
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR│ UNIDADE
III
média no teste de corrida, e a concentração obtida de forma invasiva. Pode-se observar também o erro padrão da estimativa (EPE) das equações propostas neste estudo. Tabela 04. Coeficientes de correlação e erro padrão da estimativa para predição velocidade em pontos fixos de limiares de lactato em indivíduos do sexo masculino (WELTMAN et al., 1987).
EQUAÇÃO
R
EPE
VLT
0,85
14,51
V2mM
0,85
13,33
V2,5mM
0,86
12,85
V4mM
0,88
11,40
Utilizando também a velocidade média em um teste de corrida 3.200 m como variável independente, os autores encontraram uma alta correlação para mulheres sedentárias, como pode ser vericado na tabela 5. Tabela 5.Coeficientes de correlação e erro padrão da estimativa para predição velocidade em pontos fixos de limiares de lactato em mulheres sedentárias (WELTMAN et al ., 1989).
EQUAÇÃO
R
EPE
VLT
0,96
13,07
V2mM
0,97
12,10
V2,5mM
0,97
11,40
V4mM
0,98
10,56
Outros testes Quadro 10. Teste Cooper 2.400m e teste de caminhada para sedentários.
TESTE DE CORRIDA DE 2.400M ( COOPER ) Metodologia Observação Equação
Determinar o tempo gasto para a execução do teste. Para se obter o escore fin al em uma unidade metabólic a, pode-se encontrar o resultado pela fórmula proposta pelo American College Sport Medicine (Vivacqua e Hespanha,1992). VO2máx ml (kg.min)-¹ = (D x 60 x 0,2) + 3,5 ml (kg.min)-¹ Duração em segundos.
TESTE DE CAMINHADA DE MILHA (MCARDLE,1991) População Alvo: Metodologia Aplicação Equação
Indiv íd uos de baixa aptid ão Fís ic a [ VO2máx in ferior a 30 ml(kg.min )-¹ ]. Peso corporal e idade. Caminhada de 1.600m com o tempo cronometrado. A frequência cardíaca em bpm deve ser acompanhada no final dos últimos 400m. VO2máx = 132,853 - (0,0769 x PC x 2,2) - (0,3877 x Idade) + (6,315 x Sexo) - (3,2649 x T) (0,1565 x FC) VO2máx enunciada em ml. (kg.min.)-¹ S = 1 (masc.) ou 0 (fem)
73
CAPÍTULO 3 Aplicações do Yo-Yo Test O desempenho esportivo de diversos esportes é inuenciado pelo metabolismo aeróbio. Diversos estudos encontraram uma forte correlação do volume máximo do oxigênio com a distância percorrida durante o jogo. Atletas com melhor preparo aeróbio consegu em uma recuperação mais rápida nos esforços de alta intensidade, possibilitando realizar uma atividade mais intensa no decorrer da partida. Existem vários testes de campo e de laboratório para avaliar a resistência aeróbia, como já observada no capítulo anterior, entretanto o Yo-Yo Test vem sendo utilizado largamente por prossionais de diversas comissões técnicas que trabalham com esporte de alto rendimento. Geralmente os testes de laboratório utilizam testes progressivos em esteiras e bicicletas ergométricas e os testes de campo se utilizam de corridas contínuas (como o teste de Cooper de 12 minutos). Apesar de serem muito utilizados estes protocolos não reproduzem o padrão de atividade realizado durante o jogo nos esportes coletivos, como o futebol, basquete, handebol e vôlei, perdendo assim bastante a especicidade no teste. O Yo-Yo Test, é bastante reproduzido em lugares como campos gramados, sintéticos, quadras de cimento, de madeiras, emborrachadas, e até mesmo em estacionamento, pois sua aplicabilidade pode ser direcionada ao grupo e ao propósito. Com relação à especicidade, alguns pesquisadores começaram a desenvolver testes mais especícos com o padrão de atividade realizado no jogo. E o formato que encontraram para a execução do teste foi o de ida e volta (Yo-Yo). Neste tipo de protocolo, além de correr os atletas têm que realizar o movimento de mudança de direção. Foram desenvolvidos vários testes neste formato, como o Leger, Soccer test, Beat test e o Yo-Yo test . Mas o protocolo do Yo-Yo test é o mais utilizado principalmente no futebol mundial, muito devido ao seu criador, o famoso siologista dinamarquês Jens Bangsbo, que trabalhou durante anos no clube de futebol Juventus da Itália, criou três tipos de protocolo, com dois níveis de diculdade em cada tipo. Todos os protocolos são realizados em uma distância de 20 metros. Os atletas executam um esforço de intensidade progressiva e o resultado do teste é a distância total percorrida. A intensidade é controlada através de um som emitido por um CD player, que estaremos disponibilizando um link para download no seu sistema na plataforma virtual da disciplina. A diferença entre os protocolos é tempo para recuperação e o aumento da velocidade. No teste contínuo (Endurance) não tem recuperação entre as corridas, porém a velocidade de corrida é mais baixa, o level 1 é indicado para crianças e sedentários. No teste intervalado (Intermitente Endurance) é realizado um intervalo de cinco segundos 74
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR│ UNIDADE
III
entre cada ida e volta (40 metros), porém o teste é realizado com uma velocidade maior. Já no teste “ RECOVERY ” a recuperação entres os tiros é de 10 segundos e a velocidade de corrida é bem alta. A seguir a característica de cada teste com level 1 (L1) e level 2 (L2), onde também pode ser chamado de nível 1 e 2. Quadro 11. Testes do Yo-Yo Test.
YO-YO ENDURANCE L1 E L2 Teste contínuo. Potência Aeróbia.
YO-YO INTERMITENT ENDURANCE L1 e L2 Teste com intervalos de cinco segundos a cada 40 metros (2X20 metros). Potência Anaeróbia.
YO-YO RECOVERY L1 e L2 Teste com intervalos de 10 segundos a cada 40 metros (2x20 metros). Potência Anaeróbica.
Algumas reticações são necessárias, o teste necessita de uma marcação de 20 metros de distância entre os postos como na gura abaixo, não obstante os cinco metros se destinam aos testes intermitente e revovery, devido ao período de recuperação. A velocidade é controlada por um sinal sonoro (“Bip”) contido em um CD e é incrementada a cada minuto. Cada velocidade do teste é representada por um nível, e cada nível pos sui um número de estágios, ou seja, para que exista a mudança de um nível para o outro é necessário a realização de todos os estágios do mesmo. A eliminação do avaliado acontece no momento em que o próprio não conseguir acompanhar os “ Bips” por três vezes consecutivas. Ao m do teste, deve ser anotado a última velocidade e estágio completo pelo avaliado. Figura 13. Desenho do Yo-Yo Test aplicado em um campo de futebol.
Fonte: . Acesso em: 27 ago. 2014. 75
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
Uma característica interessante do teste é a sua capacidade de ocorrer com um número signicativo de atletas ou alunos, o executando ao mesmo tempo, mas a atenção deve ser redobrada para que o avaliador não se desconcentre nos resultados coletados nais, por isso sugerimos para cada quatro avaliados tenha um avaliador destinado. Abaixo, um modelo para avaliação de coleta dos resultados obtidos no momento do teste.
YO-YO TEST (Bip) - Formulário do teste Nome do atleta: Idade:
Sexo: M
F
Data do Teste: Observação: As tabelas a seguir são dos respectivos testes do Yo-Yo, onde o avaliador deve marcar o nível da velocidade e o estágio imediatamente ao término do teste. Com posse dos resultados. Comparamos os dados com as tabelas XX, e com isso observamos os valores correspondentes do volume máximo de oxigênio expressos em ml.kg.min. Tabela 6. Dados de aplicação para registro do Yo-Yo Test Endurance Level 1. YO-YO ENDURANCE TEST (NÍVEL 1)
VELOCIDADE
76
ESTÁGIOS
1
1
2
3
4
5
6
7
2
1
2
3
4
5
6
7
8
3
1
2
3
4
5
6
7
8
4
1
2
3
4
5
6
7
8
9
5
1
2
3
4
5
6
7
8
9
6
1
2
3
4
5
6
7
8
9
7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
11
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
15
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
16
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
17
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
18 19 20
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
12 12 12
13 13 13
14 14 14
15 15
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
Tabela 7. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Intermitente Endurance Level 1.
YO-YO INTERMITENTE ENDURANCE TEST (NÍVEL 1) ESTÁGIOS
VELOCIDADE 1
1
2
3
1
2
5 6 6.5 7
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3
7.5
1
2
3
8
1
2
3
8.5
1
2
9
1
9.5
4 4 4
5 5 5
6 6 6
3
4
5
6
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
10
1
2
3
4
5
6
10.5
1
2
3
4
5
6
11
1
2
3
4
5
6
11.5
1
2
3
4
5
6
12
1
2
3
4
5
6
12.5
1
2
3
4
5
6
13
1
2
3
4
5
6
13.5
1
2
3
4
5
6
14
1
2
3
4
5
6
14.5
1
2
3
4
5
6
7 7 7
8 8 8
Tabela 8. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Intermitente Recovery Level 1.
YO-YO INTERMITENTE RECOVERY TEST 1 ESTÁGIOS
VELOCIDADE 5
1
9
1
11
1
2
12
1
2
3
13 14 15 16
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
4 4 4 4
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
17 18 19 20 21 22 23
1 1 1 1 1 1 1
2 2 2 2 2 2 2
3 3 3 3 3 3 3
4 4 4 4 4 4 4
5 5 5 5 5 5 5
6 6 6 6 6 6 6
7 7 7 7 7 7 7
8 8 8 8 8 8 8 77
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR Tabela 9. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Endurance Level 2.
YO-YO ENDURANCE TEST 2 ESTÁGIOS
VELOCIDADE 8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
11
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
15
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
16
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
17
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
18
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
19
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
20 21
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
11 11
12 12
13 13
14 14
15 15
16
Tabela 10. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Intermitente Endurance Level 2.
YO-YO INTERMITENTE ENDURANCE TEST 2 ESTÁGIOS
VELOCIDADE
78
8
1
2
10
1
2
12 13 13.5 14
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3
14.5
1
2
3
15
1
2
3
15.5
1
2
16
1
16.5
4 4 4
5 5 5
6 6 6
3
4
5
6
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
17
1
2
3
4
5
6
17.5
1
2
3
4
5
6
18
1
2
3
4
5
6
18.5
1
2
3
4
5
6
19
1
2
3
4
5
6
19.5
1
2
3
4
5
6
20
1
2
3
4
5
6
20.5
1
2
3
4
5
6
21
1
2
3
4
5
6
21.5
1
2
3
4
5
6
7 7 7
8 8 8
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR│ UNIDADE
III
Tabela 11. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Intermitente Recovery Level 2.
YO-YO INTERMITENTE RECOVERY TEST 2 ESTÁGIOS
VELOCIDADE 11
1
15
1
17
1
2
18
1
2
3
19 20 21 22 23 24 25 26
1 1 1 1 1 1 1 1
2 2 2 2 2 2 2 2
3 3 3 3 3 3 3 3
Yo-Yo testes
4 4 4 4 4 4 4 4
5 5 5 5 5 5 5
6 6 6 6 6 6 6
7 7 7 7 7 7 7
8 8 8 8 8 8 8
intermitente
O Yo-Yo intermitente é semelhantes ao teste Yo-Yo Endurance, exceto com relação aos participantes que fazem uma pequena pausa (5 e 10 segundos para o Intermitente Endurance e o Intermitente Recovery, respectivamente). Há duas versões de cada Teste de Yo-Yo Intermitente, um nível de iniciantes (nível 1) e avançados ( nível 2). O teste avalia a capacidade de um indivíduo para executar repetidamente intervalos ao longo de um período prolongado de tempo, especialmente para atletas de esportes como: vôlei, handebol, basquete e futebol ou esportes similares. A necessidade de cones para marcar três linhas conforme a gura XX com 20 metros e 2,5 (Endurance) ou 5 metros (Recovery) de distância. O sujeito passa sobre ou atrás da linha do meio, e começa a correr 20 m quando solicitado pelo CD. A pontuação do atleta é a distância total percorrida observada no momento de término do teste, onde ele foi incapaz de continuar no ritmo. O teste de Yo-Yo intermitente geralmente leva entre 6-20 minutos para o nível 1 e entre 2-10 minutos para o nível 2. Houve fórmula publicada para estimar o VO2 max (ml/kg/min) a partir do Yo-Yo IR1 e IR2 resultados do ensaio (BANGSBO et al. 2008.): Yo-Yo IR1 teste: VO2max (ml/kg/min) = IR1 distância (m) x 0,0084 + 36,4 Yo-Yo IR2 teste: VO2max (ml/kg/min) = IR2 distância (m) x 0,0136 + 45,3 O teste de Yo-Yo Intermitente foi desenvolvido especicamente para jogadores de futebol, embora seja adequada para equipes esportivas similares que são intermitentes na natureza. O nível 1 (um) é projetado para jogadores de nível de lazer, enquanto o 79
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
teste de nível 2(dois) é para jogadores de futebol de elite. O ensaio não é apropriado para as populações em que um teste de exercício máximo seria contraindicado. A conabilidade do teste vai depender de como é executado, e a especicidades dos sujeitos. As vantagens é que grupos grandes podem executar o teste de uma só vez com custos mínimos. Sua desvantagem é a prática, os níveis de motivação podem inuenciar na pontuação obtida, além disso a pontuação de quando uma pessoa está fora do teste pode ser subjetiva. Como o teste é geralmente realizado fora, as condições ambientais também podem afetar os resultados. É um teste máximo, o que exige um nível razoável de aptidão. Não é recomendado para atletas amadores ou pessoas com problemas de saúde, lesões ou níveis de condicionamento baixo. Tabela 12. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Intermitente Endurance Level 1
NÍVEL DE DISTÂNCIA
VELOCIDADE (KM/ HR)
(2 X 20M)
1
1
8
2
80
80
2
3
9
2
80
160
3
5
10
2
80
240
4
6
10.5
8
320
560
5
6.5
10.75
8
320
880
6
7
11
8
320
1200
7
7.5
11.25
3
120
1320
8
8
11.5
3
120
1440
9
8.5
11.75
6
240
1680
10
9
12
6
240
1920
11
9.5
12.25
6
240
2160
12
10
12.5
6
240
2400
13
10.5
12.75
6
240
2640
14
11
13
6
240
2880
15
11.5
13.25
6
240
3120
16
12
13.5
6
240
3360
17
12.5
13.75
6
240
3600
18
13
14
6
240
3840
19
13.5
14.25
6
240
4080
20
14
14.5
6
240
4320
NÍVEL
80
IDAS
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
(M)
TOTAL DISTÂNCIA (M)
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
Tabela 13. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Intermitente Endurance Level 2
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM/ HR)
1
8
2
IDAS (2 X 20M)
NÍVEL DE DISTÂNCIA (M)
TOTAL DISTÂNCIA (M)
11.5
2
80
80
10
12.5
2
80
160
3
12
13.5
2
80
240
4
13
14
8
320
560
5
13.5
14.25
8
320
880
6
14
14.5
8
320
1200
7
14.5
14.75
3
120
1320
8
15
15
3
120
1440
9
15.5
15.25
6
240
1680
10
16
15.5
6
240
1920
11
16.5
15.75
6
240
2160
12
17
16
6
240
2400
13
17.5
16.25
6
240
2640
14
18
16.5
6
240
2880
15
18.5
16.75
6
240
3120
16
19
17
6
240
3360
17
19.5
17.25
6
240
3600
18
20
17.5
6
240
3840
19
20.5
17.75
6
240
4080
20
21
18
6
240
4320
Tabela 14. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Revovery Level 1
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
IDAS
NÍVEL DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM / H)
DISTÂNCIA ACUMULADA (M)
1
1
1
5
10
40
2
2
1
8
11.5
80
3
3
1
11
13
120
4
3
2
11
13
160
5
4
1
12
13.5
200
6
4
2
12
13.5
240
7
4
3
12
13.5
280
8
5
1
13
14
320
9
5
2
13
14
360
10
5
3
13
14
400
11
5
4
13
14
440
12
6
1
14
14.5
480
13
6
2
14
14.5
520
14
6
3
14
14.5
560
15
6
4
14
14.5
600
16
6
5
14
14.5
640 81
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
82
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
IDAS
NÍVEL DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM / H)
DISTÂNCIA ACUMULADA (M)
17
6
6
14
14.5
680
18
6
7
14
14.5
720
19
6
8
14
14.5
760
20
7
1
15
15
800
21
7
2
15
15
840
22
7
3
15
15
880
23
7
4
15
15
920
24
7
5
15
15
960
25
7
6
15
15
1000
26
7
7
15
15
1040
27
7
8
15
15
1080
28
8
1
16
15.5
1120
29
8
2
16
15.5
1160
30
8
3
16
15.5
1200
31
8
4
16
15.5
1240
32
8
5
16
15.5
1280
33
8
6
16
15.5
1320
34
8
7
16
15.5
1360
35
8
8
16
15.5
1400
36
9
1
17
16
1440
37
9
2
17
16
1480
38
9
3
17
16
1520
39
9
4
17
16
1560
40
9
5
17
16
1600
41
9
6
17
16
1640
42
9
7
17
16
1680
43
9
8
17
16
1720
44
10
1
18
16.5
1760
45
10
2
18
16.5
1800
46
10
3
18
16.5
1840
47
10
4
18
16.5
1880
48
10
5
18
16.5
1920
49
10
6
18
16.5
1960
50
10
7
18
16.5
2000
51
10
8
18
16.5
2040
52
11
1
19
17
2080
53
11
2
19
17
2120
54
11
3
19
17
2160
55
11
4
19
17
2200
56
11
5
19
17
2240
57
11
6
19
17
2280
58
11
7
19
17
2320
59
11
8
19
17
2360
60
12
1
20
17.5
2400
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
IDAS
NÍVEL DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM / H)
DISTÂNCIA ACUMULADA (M)
61
12
2
20
17.5
2440
62
12
3
20
17.5
2480
63
12
4
20
17.5
2520
64
12
5
20
17.5
2560
65
12
6
20
17.5
2600
66
12
7
20
17.5
2640
67
12
8
20
17.5
2680
68
13
1
21
18
2720
69
13
2
21
18
2760
70
13
3
21
18
2800
71
13
4
21
18
2840
72
13
5
21
18
2880
73
13
6
21
18
2920
74
13
7
21
18
2960
75
13
8
21
18
3000
76
14
1
22
18.5
3040
77
14
2
22
18.5
3080
78
14
3
22
18.5
3120
79
14
4
22
18.5
3160
80
14
5
22
18.5
3200
81
14
6
22
18.5
3240
82
14
7
22
18.5
3280
83
14
8
22
18.5
3320
84
15
1
23
19
3360
85
15
2
23
19
3400
86
15
3
23
19
3440
87
15
4
23
19
3480
88
15
5
23
19
3520
89
15
6
23
19
3560
90
15
7
23
19
3600
91
15
8
23
19
3640
III
Tabela 15. Dados de aplicação do Yo-Yo Test Revovery Level 2
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
IDAS
NÍVEL DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM / H)
DISTÂNCIA ACUMULADA (M)
1
1
1
11
13,0
40
2
2
1
15
15,0
80
3
3
1
17
16,0
120
4
3
2
17
16,0
160
5
4
1
18
16,5
200
6
4
2
18
16,5
240
7
4
3
18
16,5
280
8
5
1
19
17,0
320 83
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
84
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
IDAS
NÍVEL DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM / H)
DISTÂNCIA ACUMULADA (M)
9
5
2
19
17,0
360
10
5
3
19
17,0
400
11
5
4
19
17,0
440
12
6
1
20
17,5
480
13
6
2
20
17,5
520
14
6
3
20
17,5
560
15
6
4
20
17,5
600
16
6
5
20
17,5
640
17
6
6
20
17,5
680
18
6
7
20
17,5
720
19
6
8
20
17,5
760
20
7
1
21
18,0
800
21
7
2
21
18,0
840
22
7
3
21
18,0
880
23
7
4
21
18,0
920
24
7
5
21
18,0
960
25
7
6
21
18,0
1000
26
7
7
21
18,0
1040
27
7
8
21
18,0
1080
28
8
1
22
18,5
1120
29
8
2
22
18,5
1160
30
8
3
22
18,5
1200
31
8
4
22
18,5
1240
32
8
5
22
18,5
1280
33
8
6
22
18,5
1320
34
8
7
22
18,5
1360
35
8
8
22
18,5
1400
36
9
1
23
19,0
1440
37
9
2
23
19,0
1480
38
9
3
23
19,0
1520
39
9
4
23
19,0
1560
40
9
5
23
19,0
1600
41
9
6
23
19,0
1640
42
9
7
23
19,0
1680
43
9
8
23
19,0
1720
44
10
1
24
19,5
1760
45
10
2
24
19,5
1800
46
10
3
24
19,5
1840
47
10
4
24
19,5
1880
48
10
5
24
19,5
1920
49
10
6
24
19,5
1960
50
10
7
24
19,5
2000
51
10
8
24
19,5
2040
52
11
1
25
20,0
2080
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
NÍVEL
ESTÁGIO DE VELOCIDADE
IDAS
NÍVEL DE VELOCIDADE
VELOCIDADE (KM / H)
DISTÂNCIA ACUMULADA (M)
53
11
2
25
20,0
2120
54
11
3
25
20,0
2160
55
11
4
25
20,0
2200
56
11
5
25
20,0
2240
57
11
6
25
20,0
2280
58
11
7
25
20,0
2320
59
11
8
25
20,0
2360
60
12
1
26
20,5
2400
61
12
2
26
20,5
2440
62
12
3
26
20,5
2480
63
12
4
26
20,5
2520
64
12
5
26
20,5
2560
65
12
6
26
20,5
2600
66
12
7
26
20,5
2640
67
12
8
26
20,5
2680
68
13
1
27
21,0
2720
69
13
2
27
21,0
2760
70
13
3
27
21,0
2800
71
13
4
27
21,0
2840
72
13
5
27
21,0
2880
73
13
6
27
21,0
2920
74
13
7
27
21,0
2960
75
13
8
27
21,0
3000
76
14
1
28
21,5
3040
77
14
2
28
21,5
3080
78
14
3
28
21,5
3120
79
14
4
28
21,5
3160
80
14
5
28
21,5
3200
81
14
6
28
21,5
3240
82
14
7
28
21,5
3280
83
14
8
28
21,5
3320
84
15
1
29
22,0
3360
85
15
2
29
22,0
3400
86
15
3
29
22,0
3440
87
15
4
29
22,0
3480
88
15
5
29
22,0
3520
89
15
6
29
22,0
3560
90
15
7
29
22,0
3600
91
15
8
29
22,0
3640
III
85
CAPÍTULO 4 Teste de velocidade A vantagem de utilizar testes de velocidade para medir a potência anaeróbia é que ela permite a realização de movimentos mais especícos, além de ser facilmente aplicado e baixo custo, devido à sua simplicidade e ser naturalmente incorporado em treinamento de rotina. Concluiu-se que este procedimento é viável e válido, e pode ser usado para medir a execução da potência anaeróbia e prever a curta distância de desempenhos. A corrida baseada em teste de potência anaeróbia (em inglês Runningbased Anaerobic Sprint Test , RAST) foi desenvolvido para testar uma de atleta em desempenho anaeróbio. RAST é semelhante ao teste de ciclo de Wingate 30 segundos em que proporciona medições da potência e índices de fadiga. O teste de Wingate é mais especíco para o ciclista, já o RAST é mais especíco para esportes como: basquetebol, handebol, futebol e futsal. O teste foi desenvolvido pelos doutores Nick Draper e Whyte Greg da Universidade de Wolverhampton no Reino Unido. Professor Greg é diretor de Ciência e Pesquisa da Universidade de Wolverhampton e também é um ex- atleta de Pentatlo moderno. Além da fácil aplicabilidade, o RAST envolve seis sprints de 35 metros, com uma recuperação de 10 segundos entre cada sprint , e fornece medições de potência de pico, potência média e potência mínima juntamente com um índice de fadiga. Seu objetivo é de obter a potência anaeróbia durante a corrida, podendo o teste ocorrer num campo de futebol ou numa quadra poliesportiva. Além de cronômetros para marcação do tempo, é necessário ta métrica e cones de marcação, pelo menos 50 metros pista. É muito comum o uso de barreiras fotoelétricas para uma análise mais precisa dos resultados, equipamento mostrado na gura a seguir. Figura 14. Teste de velocidade
Disponível em: . Acesso em: 1 2 out. 201 2. 86
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
Certique-se que estejam organizados os cones ou barreiras fotoelétricas em 35 metros para a passagem em alta velocidade do individuo. Além disso, um avaliador especíco é necessário para marcar os 10 segundos de recuperação entre os sprints. O indivíduo inicia o teste no momento que for avisado por um sinal sonoro, apito ou “vai” do avaliador. É indispensável estimular constantemente o atleta para que faça o teste de forma máxima. Verique se os sprints ocorrem ao máximo. Após 10 segundos, o próximo sprint começa a partir do lado oposto da pista 35m. Repita este procedimento até seis sprints estão concluídas. Antes de iniciar o teste o individuo é submetido a uma pesagem para vericar o peso corporal, seguido por um aquecimento, conforme o quadro abaixo. Quadro 12. Duração e a metodologia aplicada em cada uma das etapas.
ETAPA
DURAÇÃO (S)
Aquecimento
10 min
Pausa
3-5 min
Teste Rast
6 tiros 35m
Recuperação
PROCEDIMENTO Trote; 5 tiros de 3s Repouso; Caminhar/alongamento 6 tiros de 35m; Intervalo de 10s entre os tiros; Cronometrar cada tiro Caminhada
1-2 min
De preferência sempre quando executar o teste utilizar as mesmas condições como horários, locais, condições ambientação, condições do piso e mesmos equipamentos. Quando a marcação for manual, um assistente é necessário para registrar o tempo para cada tiro de 35 metros, onde será observado os décimos e centésimos. Sugerimos três avaliadores marcando o tempo de depois tirar a média dos tempos diminuindo assim a margem de erro. O RAST pode ser utilizado numa base regular (3 a 6 semanas) ao longo da temporada. O período entre os testes será determinado pela periodização e da utilidade para a equipe.
Cálculos Exemplo: Sexo: masculino Peso Corporal: 76 kg TIRO
1º TIRO
2º TIRO
3º TIRO
4º TIRO
5º TIRO
Tempo (s)
4,52
4,75
4,92
5,21
5,46
Potência (W)
1008
869
782
658
572
6º TIRO 5,62 525
TOTAL 30,48 4414 87
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
Pan-pico (w) PAn-Pico (W) = potência máxima alcançada em um tiro. Potência em cada tiro. Potência (W) = Massa corporal (kg) x Distância2 (m2) / Tempo3 (s3) PAn-Pico (W) = 76 x 352 / 4,523; PAn-Pico (W) = 76 x 1225 / 92,35; PAn-Pico (W) = 93100 / 92,35; PAn-Pico (W) = 1008 W.
Pan-média (w) PAn-Média (W) = Soma das potência nos 6 tiros / 6 (Média aritmética). PAn-Média (W) = (1008 + 869 + 782 + 658 + 572 + 525) / 6); PAn-Média (W) = 4414 / 6; PAn-Média (W) = 736 W.
Índice de fadiga-01 IF-01 (W/s) = (PAn-Pico - PAn-Mínima)/Total de tempo dos 6 tiros. IF-01 (W/s) = (1008 - 525) / 30,48; IF-01 (w/s) = 483 / 30,48; IF-01 (W/s) = 15,8 W/s.
Índice de fadiga-02 IF-02 (%) = [(PAn-Pico - PAn-Mínima)/PAn-Pico] x 100 IF-02 (%) = [(1008 - 525) / 1008] x 100; IF-02 (%) = (483 / 1008) x 100; IF-02 (%) = 0,479 x 100; IF-02 (%) = 47,9 %. 88
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
Quadro 13: Nível de desempenho no teste.
INDICADOR
EXCELENTE
BOM
ACEITÁVEL
FRACO
Potência Máxima (W.KG)
15,95
15,94 a 14,57
14,56 a 13,20
< 13,19
Potência Média (W.KG)
12,82
12,81 a 11,51
11,50 a 10,20
< 10,19
Índice de fadiga(W.seg)
6,96
6,97 a 8,90
8,91 a 10,85
> 10,86
Quadro 14: Apresenta a classificação para o teste de velocidade de 35m
CLASSIFICAÇÃO
HOMENS
MULHERES
< 4.80
< 5.30
Bom
4.80 – 5.09
5.30 – 5.59
Médio
5.10 – 5.29
5.60 – 5.89
Fraco
5.30 – 5.60
5.90 – 6.20
> 5.60
< 6.20
Excelente
Muito Fraco
Fonte: (ARKINSTALL et al. 2010)
Referências para equações Potência de saída para cada Sprint é encontrada usando as seguintes equações: »
Velocidade = Distância ÷ tempo
»
Aceleração = Velocidade ÷ Tempo
»
Força = Peso × Aceleração
»
Potência = Força x Velocidade
»
»
»
»
Potência máxima. É uma medida da maior potência e fornece informações sobre a força e a velocidade do sprint máximo. Potência mínima. Esta é à saída de potência mais baixa alcançada nos seis sprints 35 metros e é utilizado para calcular o índice de fadiga. Potência Média. Fornece uma indicação da capacidade de um atleta para manter o poder ao longo do tempo. Quanto maior o escore indica a capacidade do atleta para manter o desempenho anaeróbio. Índice de Fadiga. Indica a taxa na qual a potência declina para o atleta. Um valor baixo (<10) indica a capacidade para o atleta manter o desempenho anaeróbio. Um valor alto índice de fadiga (> 10) indica que o atleta precisa melhorar sua tolerância ao lactato.
89
CAPÍTULO 5 Avaliação ergoespirométrica A ergoespirometria não é um procedimento cientíco novo. Em excelente revisão histórica, Hollmann e Prinz (1997) assinalam que os primeiros estudos ergoespirométricos feitos por Lavoisier poderiam datar de 1790. O termo foi derivado da escola germânica (o que explica a diculdade de achá-lo nos documentos procedentes da América do Norte) e introduzido por Knipping em 1929, mas foi somente a partir de 1950 que a instrumentação alcançou níveis cientícos mais elevados, possibilitando uma maior aplicação da técnica. Os avanços tecnológicos recentes na área tem sido amplo, provocando uma redução nas dimensões e custos dos equipamentos, enquanto sua qualidade e facilidade de manutenção/calibração aumentam (JONES, 1997). É interessante, contudo constatar, que muito embora o limiar anaeróbico seja uma variável de grande relevância para a prescrição do exercício, ainda existe uma considerável discordância sobre os mecanismos responsáveis, e pela quanticação e determinação precisa (ARAÚJO, 1984). No nosso meio, a determinação do limiar anaeróbico tem sido o fator propulsionador da ergoespirometria, notadamente para a avaliação de atletas. Todavia, parece claro, que a ergoespirometria poderia ser ainda mais importante para a avaliação funcional de pacientes cardiopatas e pneumopatas do que aos atletas, especialmente no que se refere ao diagnóstico diferencial da dispnéia e da intolerância ao esforço. Conforme é representada no esquema clássico de Wasserman (1994), a capacidade de utilização do oxigênio e de eliminação do gás carbônico produzido pelo metabolismo depende da integração e funcionamento de vários sistemas e mais particularmente, dos aparatos cardiovascular e respiratório. Desta forma, não é de se estranhar que informações cardiorrespiratórias colhidas durante o exercício possam ser de utilidade clínica (MYERS, 1996). Tradicionalmente, o teste ergométrico ou “stress testing”, estuda a atividade elétrica do coração e suas repercussões clínicas, aferindo a adequação entre a demanda e a oferta de oxigênio ao miocárdio. Considerando-se que, basicamente, a função do sistema cardiovascular e pulmonar é manter o processo de respiração celular, uma maneira de se aferir essa função é por meio da análise do consumo de oxigênio (VO2) e do gás carbônico produzido (VCO2), que por sua vez, variam com a intensidade de trabalho realizado, a utilização de um teste de esforço no qual se consiga determinar o consumo de oxigênio e a eliminação de gás carbônico que diretamente reete, em última análise, a integridade desses sistemas, bem como suas adaptações durante a realização de um exercício. Esse teste, denominado de cardiopulmonar, cardiorrespiratório ou ergoespirométrico trazem, na realidade, informações a respeito da integridade de 90
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
todos os sistemas envolvidos com o transporte de gases, ou seja, não envolve apenas aos ajustes cardiovasculares e respiratórios, mas também os neurológicos, humorais e hematológicos. Na prática, a grande utilidade do teste cardiorrespiratório reside na determinação da capacidade funcional ou na capacidade aeróbia, pela obtenção de dois índices de limitação funcionais mais empregados, que são o consumo máximo de oxigênio e o limiar anaeróbio ventilatório, portanto, pode e deve ser utilizados para, a avaliação de atletas, sedentários, cardiopatas, pneumopatas etc. Para atividade física, seja para iniciantes ou indivíduos com atividades regulares, é o teste que discrimina a intensidade do exercício aeróbio a ser prescrito, considerandose, obviamente, as informações da ergometria tradicional, implícitas no procedimento, associadas às informações sobre os mecanismos de transporte dos gases envolvidos. Na avaliação siológica de atletas, das mais variadas modalidades, é o teste que se impõe pela quantidade de informações e pela facilidade de execução. É utilizado para o diagnóstico das necessidades energéticas especícas nas diferentes modalidades, para o diagnóstico das capacidades funcionais individuais (avaliação dos índices de aptidão física, obtenção de médias de referência, cálculo dos desvios percentuais e diagnósticos geral da aptidão física), no treinamento especíco, ou seja, num determinado esporte coletivo, ,por exemplo, o futebol, diferenciam o treinamento para grupos de funções táticas distintas (zagueiros, laterais, volantes ou atacantes) e ainda na evolução dos índices de aptidão física com a reavaliação periódica, o diagnóstico individual da evolução e a periodização do treinamento. Figura 15. Teste em execução da ergoespirometria.
Fonte:< http://www.cosmed.com/quarkcpet >. Acesso em: 21 jun. 2012.
91
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
A avaliação ergoespirométrica é um procedimento de diagnóstico para medir continuamente a respiração, o metabolismo e a análise de gases durante o exercício físico. Ele permite julgamento da função e a capacidade de desempenho do sistema cardiopulmonar e metabólico. Ergoespirometria é constituído por dois componentes da espirometria e ergometria. Os parâmetros utilizados e os resultados siológicos e patológicos de ergoespirometria são dados em um quadro histórico. Numerosas áreas médicas têm lucrado com a técnica de ergoespirometria, por exemplo: cardiologia, pneumologia, medicina esportiva, siologia do exercício, bioquímica, farmacologia clínica, cirurgia, ortopedia, pediatria e gerontologia, além de tais disciplinas globais como a medicina preventiva, terapia por exercício e medicina de reabilitação. A quanticação precisa da potência aeróbica máxima (VO2 máximo) por meio da ergoespirometria representa a vantagem mais óbvia em relação à ergometria convencional, na qual estima-se a condição aeróbica a partir de equações em que o trabalho máximo realizado é a principal variável. Acredita-se que o erro típico na predição da potência aeróbica máxima por estes métodos situam-se, pelo menos, entre 10 a 20%, o que é inaceitável do ponto de vista cientíco e clínico. Este provável erro tende a exceder os efeitos obtidos com um programa de treinamento físico em cardiopatas, o que diculta a interpretação de eventuais resultados comparativos pré e pós-intervenção. Por exemplo, Milani et al. (1995) observaram que em 50 dos pacientes participantes de um programa de reabilitação cardíaca houve um ganho real de 11% no VO2 máximo medido e de 54% quando este índice era estimado por fórmulas, após 12 semanas de treinamento. Na esfera desportiva de alto nível, onde a diferença entre vencedores e perdedores raramente excedem 5%, não faz sentido discutir potência aeróbica máxima se ela não tiver sido medida de forma direta pela ergoespirometria. Em adendo, existem informações clínicas sugerindo que uma capacidade funcional baixa representa um fator predisponente à morte precoce, o que deve aumentar ainda mais o interesse na quanticação exata da potência aeróbica máxima. A determinação do limiar anaeróbico, índice mais relacionado à capacidade laborativa e desportiva e ainda mais treinável do que a potência aeróbica máxima, representa outra importante razão para a realização da ergoespirometria, especialmente para a questão da prescrição de exercício. Em sumário, é provável que o uso da ergoespirometria continue crescendo paulatinamente, especialmente, se os médicos adquirirem conhecimentos necessários para solicitá-la, realizá-la e interpretá-la, tarefa esta, que está a nosso ver, dentro do escopo do especialista em Medicina do Exercício. Certamente não se trata de um luxo, sendo ainda opcional em alguns casos e uma necessidade em outros especialmente quando se precisa quanticar precisamente a condição aeróbica; determinar o limiar anaeróbico; quanticar resultados de intervenções terapêuticas sobre a capacidade de se exercitar; avaliar o inotropismo cardíaco ao esforço de modo 92
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
não invasivo; avaliar a relação ventilação-perfusão durante o esforço; determinar a eciência mecânica durante o exercício; determinar a etiologia da dispneia e da intolerância ao esforço. Como é considerada uma técnica não Invasiva (não existe invasão do corpo do sujeito) os resultados são obtidos através da análise da resposta ventilatória durante um exercício de cargas progressivas. São medidas as variáveis respiratórias (VE, VO2 e VCO2) para que seja determinado o momento (carga e frequência cardíaca) onde ocorrem alterações signicativas na Ventilação Minuto (VE) e nas Concentrações de CO2 (VCO2) do ar expirado. Esse teste é realizado em laboratório, existem alguns equipamentos que permitem que seja feito em campo, no entanto atrapalham muito na performance do sujeito. Em laboratório podem ocorrer de maneira contínua com aumento de carga progressiva. E intermitentes com várias velocidades diferentes de intervalos de recuperação entre elas. Esse teste pode ser aplicado tanto em atletas como em pessoas que não praticam atividade física regularmente, ou seja, pode ser aplicado independente do nível de aptidão física.
Procedimentos do teste O sujeito é colocado sobre o ergômetro, e os equipamentos para as medidas são ajustados ao avaliado. No avaliado já deverá estar colocada à ta transmissora do frequencímetro. Ele deverá respirar o tempo todo por uma válvula que direciona o ar expirado, por meio de uma mangueira, para o Espirômetro onde será analisado. A respiração deverá ser processada apenas pela boca, pois o nariz estará tapado por um acessório chamado clip nasal. Essa condição deverá se manter do início ao m do teste e iniciar numa intensidade de exercício relativamente leve, para isso devemos realizar uma Anamnese adequada para que o exercício não comece muito leve, prolongando o teste por muito tempo ou muito pesado para que não provoque uma fadiga muito cedo, tornando-o muito curto. Geralmente são realizados testes de aumento progressivo da carga onde a cada intervalo de tempo pré-determinado a carga de trabalho é aumentada sempre na mesma magnitude. É o protocolo de escada com a vantagem de possibilitar que as variáveis sejam medidas em pequenos espaços de tempo, não necessitando ser a medida apenas no nal do estágio. Por exemplo, se um estágio dura dois minutos podemos realizar as medidas a cada 15 segundos, ou seja, para cada estágio teremos oito amostras para análise. Caso o teste tenha seis estágios teremos 48 pontos (amostras) para analisar o que é uma vantagem sobre o teste de lactato.
93
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
A diferença básica na aplicação desses métodos diagnósticos na prescrição de exercício físico está no fornecimento de uma avaliação mais precisa. A ergoespirometria, além de possibilitar a medida direta do consumo de oxigênio de pico, permite a determinação do limiar aeróbio e do ponto de descompensação respiratória, que são extremamente importantes na prescrição do treinamento físico para o atleta. No caso da ergometria, o consumo de oxigênio de pico é calculado e não medido, enquanto o limiar aeróbio e o ponto de descompensação respiratória não podem ser determinados. Portanto, a falta de uma avaliação ergoespirométrica não é impeditiva, mas, sem dúvida, restritiva na programação de treinamento físico para o alto rendimento, pois de posse de informações como da análise do momento da frequência cardíaca onde o indivíduo atinge a zona de limiar anaeróbio destinando assim uma maior produção de acúmulo do ácido lático do que uma remoção do mesmo, ocasionando a fadiga e perda de performance. Essa informação para o alto rendimento é de extrema relevância para o sucesso esportivo. Assim, a avaliação funcional pela ergoespirometria, deve ser o método de escolha. No entanto, isso não impede que a prescrição de treinamento seja realizada com o teste de esforço convencional, utilizando-se a medida direta de frequência cardíaca, registrada pelo eletrocardiograma no repouso e no pico do exercício, a partir de cálculos indiretos ou de fórmulas. Quadro 16. Informações sobre o teste e equipamento.
QUANDO DEVE SER APLICADO? Testes para determinação de Limiar Anaeróbio devem ser aplicados periodicamente em intervalos de dois a três meses, dependendo dos objetivos para os quais se está treinando.
A QUEM DEVE SER APLICADO Pode ser aplicado a qualquer indivíduo tanto em um atleta de nível internacional como em uma pessoa destreinada.
QUAIS AS VANTAGENS SOBRE A TÉCNICA INVASIVA? Teste não dolorido. Fácil aplicação e manuseio. Possibilita a coleta de um número muito maior de pontos para análise. Não existe perigo de contaminação por sangue. Amostragens sem custos com acessórios descartáveis ou reagentes químicos.
QUAIS OS CUIDADOS A SEREM TOMADOS? Os cuidados normais exigidos por qualquer teste físico. Cuidados na esterilização do bocal e da válvula. Qual é o custo médio do equipamento e de cada amostragem?
ESPIRÔMETRO COM ANALISADOR DE GASES: O custo de um Espirômetro com Analisador de gases de última geração (completo) não sai por menos de U$ 20.000,00. Um Espirômetro com analisador de gases de custo médio sai por volta de U$ 15.000,00. Um Espirômetro com analisador de gases de custo baixo tem um custo médio de U$ 10.000,00.
POR QUE SÃO CAROS:
94
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR │ UNIDADE
III
As células para análise de gases são extremamente caras; Espirômetros com analisadores de gás só existem importados; São fabricados para várias funções clínicas, uma delas é determinar a aptidão física, outra utilidade de um analisador de gás é determinar prognóstico de eficiência cardiovascular (Ex.: prognóstico para transplante de coração). Esses itens tornam esses equipamentos extremamente caros, e inviáveis para a utilização em grande escala por clubes ou academias. Esses equipamentos requerem aferições e calibrações constantes Caso necessitem de manutenção terão que ser enviados ao fabricante fora do país. Devido a isso os clubes que possuem esse tipo de equipamento só o utilizam numa escala pequena (salvo algumas exceções), pois seu desgaste poderá trazer problemas com reposição de peças ou manutenção.
ESPIRÔMETRO NACIONAL SEM ANALISADOR DE GASES O Espirômetro sem analisador de gases completo (com os acessórios: Mangueira, Válvulas, Bocais, Clip Nasal, Suportes para Válvulas, e Software ), tem um custo de U$ 2.000,00. Essa diferença em relação aos espirômetros importados com analisador de gases está no fato de ter sido desenvolvido especificamente para testes de Determinação de Limiar Anaeróbio, que é o que interessa para a prescrição de treinamento físico, enquanto as funções clínicas não são os objetivos desse equipamento. Esse equipamento torna viável a utilização em grande escala para clubes e academias, pois ele possui algumas vantagens sobre os analisadores de lactato sanguíneo e os Espirômetros com analisadores de gases: O Espirômetro para determinação do Limiar Anaeróbio não tem consumo de materiais por avaliação, portanto o custo de uma avaliação é igual ao custo de 200. (Excetuando, é claro, o desgaste do equipamento e a mão de obra). Seu custo é baixo em relação a qualquer outro aparelho que tenha como objetivo determinação de limiar anaeróbio, a manutenção e reposição de peças rapidamente e assistência técnica nacional, são algumas vantagens do equipamento. Fonte: Oliveira (2005).
95
Para (não) Finalizar O relacionamento é que faz a diferença Neste momento gostaria de fazer uma reexão sobre os prossionais que trabalham diretamente com a siologia do exercício e avaliação física. É importante que este prossional inserido diretamente no esporte, esteja sempre buscando constantemente ao aprimoramento e a atualização prossional. Costumo dizer, devemos saber profundamente anatomia, siologia e biomecânica para base de prescrição de treinamento. Mas o que faz a grande diferença são os relacionamentos feitos durante o processo de ensino aprendizagem, seja ela com o avaliado ou com outros prossionais. De que vale muito conhecimento se não há estratégicas de se transmitir, ou facilidade de se comunicar se não há conhecimento prévio nos conteúdos abordados. A função de siologista vem crescendo a cada ano, tendo sua origem da medicina esportiva, tal posição permite ao prossional responsável pelas avaliações dos atletas uma autonomia em direcionar cargas, volumes, intensidades e protocolos. Toda essa credibilidade se deve ao fato, desta posição prossional estar em constante atualização acadêmica. Por isso, possuir credibilidade e transmitir autoridade é um grande desao para esses prossionais, que muitas das vezes terão grandes responsabilidades sejam elas de sucesso imediato ou a longo prazo com atletas esportivos.
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