Manual de Tiro
Tecinicas de Tiros de Pistola Segurança e Conduta Pessoal Tecnicas de Tiro de Espingarda Pistola Hk70m 9mm Utilização de Armas de Fogo Armas Especiais Glossário
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TÉCNICA DE TIRO DE PISTOLA 1. TIRO DE DE PR PRECISÃO Atendendo a que, para o cumprimento da sua missão, os militares da GNR GNR po pode dem m vir a ut util iliz izar ar arm armas de fog fogo, é de prim rimordia rdiall importância ter sempre presente os elementos fundamentais em que se divide a técnica de tiro de pistola. Só através da conjugação dos seus aspectos particulares será possível atingir uma qualidade de desempenho que permita tirar o melhor rendimento dessa utilização. O mesmo é dizer que só assim é possível maximizar as hipóteses de efectuar tiro de uma forma eficiente e eficaz. Para cumprir este objectivo, esta matéria deve ser abordada após a instrução sobre a pistola e antes da execução de tiro em carreira de tiro (CT). Só após confirmação de uma correcta apreensão da técnica de tiro é que se pode considerar a possibilidade de deslocamento à CT. Esta complementaridade entre a teoria e a prática permitirá ao mili mi lita tarr aper aperceb ceber er-se -se de to todo doss os po porm rmen enore oress rele releva vant ntes es qu quee têm têm interferência no resultado do desempenho. Para tal, e antes propriamente de passarmos à abordagem da técnica de tiro de pistola, convém relembrar algumas das especificidades deste tipo de arma. Estas características servem para reforçar algumas das considerações que mais adiante serão tecidas no âmbito da técnica de tiro com este tipo de arma. Talvez a mais important imp ortantee decorra decorra da sua própria natureza. natureza. Na realidade, a pistola pistola é uma arma de defesa pessoal, utilizada apenas a curtas distâncias e onde a rapidez rapidez da acção é preponderan preponderante, te, tendo como características características mais salientes as seguintes: • Curto comprimento do cano e da própria arma; • Falta de apoio para empunhar a arma e executar o disparo.
Dest Destas as cara caract cter erís ísti tica cas, s, resu result ltam am algu alguns ns efei efeito toss qu quee se to torn rnaa necessário identificar e compreender, sendo de salientar os que têm a ver com: • O curto comprimento do cano e da arma , dando origem a que, qualquer pequeno desvio, resulte numa maior dispersão sobre o alvo. Do mesmo modo, um pequeno movimento da 3
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mão pode comprometer a segurança dos restantes elementos na CT; A falta de apoio , originando uma maior fadiga no braço, o que acaba por resultar em erros por parte do atirador, aumentando também a dispersão; O nervosismo - factor psicológico -, provocado pelo primeiro contacto com uma arma muitas vezes desconhecida. O “medo” desta ou o facto de não se executar tiro regularmente, aliados aos efeitos anteriormente vistos, poderão provocar dispersões par paraa al além ém do acei aceitá táve vell, ta tannto em rela relaçã çãoo aos aos resu result ltad adoos pretendidos na instrução, como em termos de segurança. Este será será um do doss po porm rmen enor ores es a acau acaute tela lar, r, ob obri riga gand ndoo a adop adopta tar r algumas medidas de prevenção, as quais se podem consu consubs bsta tanc ncia iarr nu num m refo reforç rçoo espec especia iall do doss aspec aspecto toss com com ela ela relacionados.
1.1
Técnica do do ti tiro de de Pr Precisã cisãoo A técn técnic icaa de tiro tiro de prec precis isão ão di divi vide de-s -see em 5 elem elemen ento toss fundamentais: 1. Tom Tomar a pos posiç ição ão;; 2. Su Susp spen ende derr a resp respir iraç ação ão;; 3. Fa Faze zerr a po pont ntar aria ia;; 4. Exec Execut utar ar o di disp spar aro; o; 5. Fa Faze zerr o “segu “seguim imen ento to”. ”.
1.1.1 Tomar a posição para o atirador direito1 A posição mais comum e a que oferece maior segurança é a chamada de “Método de Weaver”, cujas características são conforme a seguir se enunciam. 1
Se o atirador for esquerdo, pratica-se o inverso daquilo que irá ser definido. Admite Admitem-s m-se, e, contud contudo, o, alguma algumass variaç variações ões,, as quais quais decorr decorrem em da consti constitui tuição ção anatóm anatómico ico-fi -fisio siológ lógica ica de cada cada mil milita itar. r. Não obstan obstante, te, devem devem ser observ observado adoss e respeitados os princípios subjacentes a cada um dos itens a serem abordados para o “tomar da posição” e para os outros elementos em que se divide a técnica de tiro de precisão. 4
Contudo, se um atirador tiver uma boa posição de tiro, já por si estabelecida, e atira bem, não vale a pena tennta te tarr al altteráerá-lla. Pa Para ra um ini nici ciad adoo é conv conven eniiente ente ensinar ensinar a posição posição referida. Esta deve, no essencial, essencial, ser a mais ais natu natura rall po poss ssív ível el,, de form formaa a prop propor orci cion onar ar conforto e liberdade de movimento ao atirador. O tiro de precisão com pistola pode ser executado em qual qu alqu quer er po posi siçã ção, o, segu segura rand ndoo a arm arma com com as du duas as mãos. ãos. Cont Contud udo, o, em term termos os de in inst stru ruçã çãoo (par (paraa os cursos), só é considerada a posição de pé e em que a arma é empunhada sem qualquer espécie de apoio. Assim, o atirador deve tomar os procedimentos que dizem respeito a cada um dos itens que se seguem. 1.1. 1.1.1. 1.1 1 En Enqu quad adra rame ment nto o com com o alv alvo o
•
•
O at atir irad ador or afas afastta os pés pés e col colocaoca-se se exactamente em frente ao alvo como se o observasse “olhos nos olhos”; Seguidamente, faz rodar ambos os pés para a direita de forma a que se fosse traçada uma linha imaginária passando pelo meio dos seus pés, esta faria um ângulo de cerca de 40º 2 com a linha do alvo.
40º
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Esta medida angular é meramente indicativa. O importante é que o militar defina a sua posição, a que lhe parecer mais cómoda. 5
1.1. 1.1.1. 1.2 2 Posiç Posição ão dos dos pés, pés, per perna nass e peso peso do do corpo corpo
•
Os pés devem estar afastados naturalmente, tendo como referência a largura dos ombros; • As pernas não devem estar flectidas nem rígidas; • O peso do corpo deverá ser repartido igualmente pelas duas pernas, de modo a que o equilíbrio seja perfeito sem qualquer tipo de rigidez no corpo. 1.1. 1.1.1. 1.3 3 Posi Posiçã ção o do tronc ronco o
Após achar a posição correcta dos pés, o tro tronco nco dev deve també ambém m ser ser mant antid idoo nu num ma po posiçã siçãoo “nat “natur ural al”, ”, ou seja seja,, não não o to torc rcer er excessivamente pela bacia. 1.1. 1.1.1. 1.4 4 Posiç Posição ão do ombr ombro o e braç braço o dir direi eito to
• O ombro direito vai ficar mais afastado
do alvo, de maneira a que o braço fique esticado e direccionado ao seu centro, mantendo o pulso firme; • Para executar o tiro, o braço direito deve estar esticado (nunca flectido no cotovelo), mas com uma rigidez natural (para que não trema com o excesso de 6
•
força) e de forma a que qualquer movimento ou balanço que nele ocorra só possa ter origem nas ancas, nos joelhos ou nos tornozelos e nunca no ombro; Para descanso, após cada disparo, deve baixar-se o braço, o qual deve ter uma inclinação nunca inferior a 45º3, levantando-o de seguida para cada disparo.
1.1. 1.1.1. 1.5 5 Empun Empunha hame ment nto o da da arma arma na na mão mão dir direi eita ta
• A mão deve ser aberta, de modo a que a
parte posterior do punho da arma fique apoiada na “chave da mão” (entre o indicador e o polegar), ficando o punho apoiado entre a região hipotenar (base do dedo polegar) e a palma da mão. O empunhamento deve ser o mais alto possível, para evitar balanços da arma;
• Os dedos médio, anelar e mínimo
abraçam o punho, fazendo força na direc irecçã çãoo do ei eixxo da arm arma, fica ficanndo o indi in dica cado dorr livr livree para para actu actuar ar no gati gatilh lho. o. Esta força ajuda a controlar a reacção da 3
Esta inclinação tem por objectivo minimizar o risco que possa ser provocado por um disparo negligente. 7
arma após o disparo, fazendo diminuir o tempo para a execução de um 2º tiro preciso. O po pole lega garr po pode de acci accion onar ar a pati patilh lhaa de segurança4, exer exerce cenndo um mín ínim imoo de pre presssão são sobr sobree o local ocal on onde de asse assent ntaa – normalmente perto da parte superior do punho -; • A mão direita dirige a arma para a frente, com como qu quee emp empurra urranndo do-a -a,, enq enquant uantoo a outra, a mão fraca, a empurra em sentido con contrár tráriio, da fren frentte para para trás, rás, e para ara baixo, para controlar o recuo e o salto da arma, permitindo uma rápida recuperação;
• Não Não esqu esquec ecer er qu quee qu qual alqu quer er forç forçaa qu quee
seja exercida fora da direcção do eixo do cano cano po pode derá rá prov provoc ocar ar desv desvio ioss no tiro tiro pelo que o eixo do cano deve ser paralelo à direcção do braço estendido e a mão não deve “quebrar pelo pulso”;
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O mais indicado é que este movimento seja feito pelo polegar esquerdo, visto estar mais liberto para esta acção. 8
• A pistola deve ser segura apenas com a
força necessária para a manter na mão - a forç forçaa nece necess ssár áriia para ara cum cumpri primenta entar r alguém -. O excesso de tensão leva à fadiga e a que a mão comece a tremer, aume aument ntan ando do os desv desvio ioss e ener enerva vand ndoo o atirador, que não consegue fixar o alvo; process cessoo sim simpl ples es e prát prátic icoo de se • Um pro verificar se a arma está bem empunhada é espre spreiita tanndo po porr ci cim ma do ombro bro, ao longo do braço, e verificar se está perfeitamente alinhada com esse mesmo braço ou mão. Caso não esteja, retirar a pistola da mão e empunhá-la de novo, repetindo-se as vezes necessárias até se obter um empunhamento correcto. 1.1. 1.1.1. 1.6 6 Posiç Posição ão do ombr ombro o e braç braço o esq esquer uerdo do
Este ombro, vai ficar mais próximo do alvo, ficando o braço flectido e com o cotovelo junto ao peito, sendo essa flexão aproveitada para não só ajudar ao apoio do braço direito, como também para conferir protecção aos órgãos vitais, como o coração e o baço.
9 Ma
Ma
Bem
1.1. 1.1.1. 1.7 7 Posi Posiçã ção o da da mã mão esq esque uerd rda a
A mão esquerda vai encaixar na arma de modo a cobrir com a palma da mão, a parte do punho da arma que se encontra descoberto, ficando os dedos apoiados sobre os da outra mão (e com o polegar esquerdo sobre o polegar direito). 1.1. 1.1.1. 1.8 8 Posi Posiçã ção o da cabe cabeça ça
Deve manter-se erguida, sem estar forçada, por forma a ficar nivelada com a linha de mira, na direcção do alvo, estando a arma entreposta entre ambos. Qualquer posição que dificulte a respiração deve, evidentemente, ser evitada. É importante aqui realçar que a arma deve ser trazida à linha de vista e não o contrário.
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1.1. 1.1.1. 1.9 9 Posi Posiçã ção o em em rela relaçã ção o ao ao alv alvo o
Definida a posição normal do atirador, cabe agora definir os procedimentos a executar para que cada atirador consiga adaptar esta posição ideal às suas características: • Com os olhos fechados ou com a cabeça
voltad volt adaa para para o lado lado,, leva levant ntar ar o braç braçoo direito na direcção do alvo; • Abrindo os olhos ou voltando a cabeça para a frente, verificar se a arma não “quebra pelo pulso” e se o cano está direccionado à esquerda ou à direita do centro do alvo. A arma deve estar no prolongamento do braço 5; • Se o cano estiver direccionado à esquerda do centro do alvo, mover ligeiramente o pé direito para trás;
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O atirador deve “espreitar” sobre o ombro para verificar que braço e arma estão no mesmo enfiamento. 11
• Se o cano estiver direccionado à direita
do centro do alvo, mover ligeiramente o pé direito para a frente; • Voltar a fechar os olhos ou virar a cabeça e conferir se o cano está direccionado ao cent centro ro do al alvvo. Se ai aind ndaa não não esti estive ver, r, repetir os procedimentos anteriores, até tal se conseguir, sem ter de fazer rotações laterais do braço ou da mão; • Para se corrigir em elevação, apenas será necessário fazer o alinhamento das miras ao centro ou à base do centro do alvo (conforme a distânci ciaa do atirador e tamanho do alvo).
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1.1. 1.1.22 “Su “Suspen spende der” r” a res respi pira raçã çãoo Como os movimentos da caixa torácica, do estômago e dos ombros fazem mover consideravelmente o braço e mão que empunha a arma, e o que serve de apoio, devido à respiração durante o processo de pontaria e de dispa isparo ro,, esta esta deve eve quase uase cess cessar ar duran urante te este este período6. No sent sentid idoo de não não provo rovoca carr um esfo esforç rçoo sobre o coração e a circulação, os pulmões devem conter apenas uma quantidade mínima de ar. Para o tiro de precisão, deve-se adquirir a seguinte técnica de respiração: • Antes de levantar o braço, inspire e expire repetidas • •
• •
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veze vezes, s, mas não não tão tão prof profun unda dame ment ntee qu quee elev elevee a pulsação desnecessariamente; Ao mesm esmo tem tempo qu quee in insp spir iraa pela pela úl últi tim ma vez, vez, levante o braço; Enquanto expira parte do ar contido nos pulmões, aponte o mais rapidamente possível (isto é, levar o braço para a posição de pontaria de forma rápida); “Suspender” a respiração momentaneamente; Aproveite a pausa que ocorre entre os períodos de inspiração/expiração para, sem transtornar o normal desenrolar do ciclo respiratório, efectuar tiro;
Não defendemos aqui a paragem total da respiração porque isso é prejudicial à nece necess ssár ária ia ox oxig igen enaç ação ão celu celula lar, r, o qu que, e, a não não acon aconte tece cerr po pode deri riaa traz trazer er algu alguns ns distúrbios a nível da visão, aumentaria a sensação de cansaço e, consequentemente, poderia até originar a antecipação do disparo. Por esta razão, digamos que a respiração deve ser minimizada, quase como se existisse a sensação de que o ar não entra nem sai. 13
•
Se não tiver disparado no período de aproximadamente 12 segundos, deve interromper o processo e recomeçar depois de uma curta pausa, porque, após um certo tempo a apontar, ocorrem os primeiros sinais de incerteza. Esses sinais indicam claramente que o tempo, dentro do qual se devia ter disp di spar arad ado, o, com com cert certez ezaa se esgot esgotou ou.. Lemb Lembre re-se -se:: nada de tiros em pânico ou a despachar. Nestes casos, deve-se libertar o gatilho, baixar o braço e procurar descontrair, para depois voltar à execução do tiro.
1.1.3 Fazer a pontaria Faze Fa zerr a po pont ntar aria ia7 corr correc ecta ta é pô pôrr em lin inhha quatr uatroo elementos: 1. Ol Olho ho do atir atirad ador or;; 2. Al Alça ça de mira; ira; 3. Po Pont ntoo de de mir mira; a; 4. Alvo. O perfeito alinhamento de cada um deles fará com que o projéctil percorra o espaço e atinja o sítio desejado, se não sofrer variações8 até que saia à boca do cano, nem se verificar a intervenção de factores externos. De entre estes, o mais importante diz respeito ao alinhamento das miras. 7
Um conceito idêntico é o de “mirada”. Entende-se por mirada a acção de fazer pontaria, ou seja, colocar o olho do atirador, a ranhura da alça de mira, o ponto de mira e o alvo, na mesma linha. Como se verifica, mirada encerra um conceito diferente de apontar, já que, neste último, o atirador limita-se a dirigir a arma para o alvo, sem fazer pontaria. É o que se passa no tiro policial, como veremos, em que os olhos do atirador se focam no alvo e não no aparelho de pontaria. 8 Como é óbvio, as variações aqui implícitas não têm a ver propriamente com as alterações sofridas pela munição e pelo projéctil, do ponto de vista Físico-Químico, mas antes com aquelas que são transmitidas pelos erros cometidos pelo atirador, tendo como consequência desvios angulares e paralelos, os quais fazem com que o local de impacto seja distinto do desejado. 14
Existem vários tipos de alinhamento das miras. O método de tiro será ditado pela precisão requerida, o tamanho do alvo e a distância ao mesmo. Para o tiro preciso e lento – o qual estamos aqui a tratar -, deve utilizar-se uma visão total dos elementos do aparelho de pontaria e alvo. Tal requer a concentração no ponto de mira mas também um alinhamento cuidadoso da alça de mira com uma zona no alvo. Este tiro torna-se necessário com a finalidade de ensinar o subconsciente a reconhecer o que é uma imagem do bom alinhamento das miras. Como as miras são duas pode surgir a pergunta: qual delas focamos? Focando alte altern rnad adam amen ente te po pont ntoo e alça alça e foca focand ndoo um po pont ntoo intermédio por forma a efectuar ligeiras correcções no enquadramento do ponto ou da alça, mantendo ambos focados até se produzir o disparo. A prática de “tiro em seco” ajuda bastante neste processo. Apesar de estarmos a considerar o tiro de precisão, é conveniente que o atirador se habitue a adquirir o mais rapidamente possível uma imagem das miras alinhadas, uma vez que se pretende, na modalidade de tiro policial – como adiante veremos -, um tiro com maior rapidez, utilizando uma determinada zona de pontaria no alvo, a qual pode ser definida pelo próprio atirador ou por quem estiver a dirigir o tiro. Portanto, não se aponta a um ponto definido mas a uma zona zona/á /áre rea, a, vi vist stoo ser ser im impo poss ssív ível el para pararr a arma arma.. Na prática, esta área corresponde ao que se pode deno denom min inar ar com como “zon zona de movi vim mento ento mín ínim imo” o” (ZMM) sendo nessa condição que deve ocorrer o dispa sparo. Efectivament ntee, é um erro tentar para arar complet etam amen entte a arma pois tal não é possí ssível el,, contudo, se mantivermos as miras bem alinhadas e centradas, os erros que eventualmente possam surgir
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serão erros paralelos, paralelos, bem mais fáceis de resolver que os erros angulares9. Independentemente das formas que o ponto de mira e a ranhura da alça de mira possam ter, o atirador deve preocupar-se -se com o seu correcto alinhamento, evitando assim o defeito de ter a boca do cano a apontar para o chão, por centrar a sua atenção em focar o alvo. Para o tipo de alças e pontos Janelas de mi mira ra mais ais freq freque uent ntes es,, o alinhamento correcto corresponde à imagem que se pode ver ao lado. O topo do po pont ntoo de mira enco encont ntra ra-s -see alinhado com o topo da alça, sendo que o espaço entre ambos - as “janelas” - devem ser iguais (quando não aparecem os já referidos erros angulares). Ora, como é impossível à vista humana focar dois objec ob jecto toss a di distâ stânc ncia iass di dife fere rent ntes, es, o atir atirad ador or tem de efectuar um movimento constante entre o alinhamento das miras e o alvo10. Se o aparelho de pontaria não está nítido isso é sinal de que os olhos estão focados sobre o alvo, o que o mesmo é dizer que o atirador está a focar por cima das miras em vez de através delas. Se, ao contrário, o alvo estiver desfocado e o aparelho de pontaria estiver nítido quer dizer que o atirador está a proceder correctamente. À medida que o atirador, após tirar a folga ao gatilho, o vai pressionando a sua atenção vai-se progr progress essiva ivamen mente te concen concentra trando ndo no ali alinha nhamen mento to das miras e não no alvo, devendo ter uma visão nítida 9
Para ver a definição de erros angulares e paralelos, consultar o n.º 5.2 A este este mo movi vime ment ntoo tamb também ém se cham chamaa o “jog “jogoo cá-l cá-láá-cá cá-l -lá” á”,, em qu quee “cá” “cá” corresponde ao alinhamento do aparelho de pontaria e “lá” à projecção desse mesmo alinhamento na zona de pontaria, mas focando o alvo. 16
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deste alinhamento, enquanto o alvo surge ao fundo, desfocado. Esta é a única forma de manter as miras aliinh al nhad adas as a fim fim de al alca canç nçar ar um tiro tiro con consist sisten ente te,, preciso. A imagem das miras alinhadas, e a sua projecção na zona de pontaria, irão fazer com que o dedo complete a pressão sobre o gatilho, produzindo-se o disparo. O atirador acaba assim por ser surpreendido pelo próprio disparo, visto este ser controlado pelo reflexo olhodedo. A sua única preocupação deve centrar-se sobre aquele alinhamento, deixando o dedo actuar, como que de uma forma inconsciente. Quando as miras se decompõem o dedo que prime o gatilho fica como que bloqueado, retomando o seu movimento quando as miras se voltarem a alinhar. Poddemo Po emos ent então con conside sidera rarr exis existi tirr um mom omen entto estático e outro dinâmico, sendo que este – único que se manifesta de forma visível – corresponde à acção do dedo sobre o gatilho, a qual obedece às particularidades que serão referidas mais adiante.
Vejamo Vejamoss então então mais mais porme pormenor norizad izadame amente nte cada cada um dos quatro elementos. 17
1.1. 1.1.3. 3.1 1 Olho Olho do atira tirad dor
É comum, neste tipo de tiro, os atiradores “piscarem um olho” para fazerem a pontaria ria. Este ste procedimento não está stá com compl plet etam amen ente te erra errado do,, mas gera geralm lmen ente te provoca vários efeitos: • • • • •
Fadiga do olho; Vista “nublada”; Tremuras no olho; Desconcentração; Precipitação do disparo (tiro em pânico ou a despachar). Estes efeitos são provocados pela cont contra racç cção ão do doss múscu úsculo loss qu quee rode rodeia iam m o olho que se fecha, os quais acabam por influenciar a estabilidade dos seus congéneres do outro olho. Esta é a razão pela qual se aconselha a efec efectu tuar ar tiro tiro com com os do dois is ol olho hoss aber aberto tos. s. Assim, o atirador com algum treino ou que tenha dificuldades em saber qual o olho a piscar deve ter consciência de que é perfeitamente capaz de executar o tiro com ambos os olhos abertos, devendo saber que: • Quando levanta a arma e a alinha com o
centro do alvo, mantendo ambos os olhos focados nesse alvo, fica a ver dois canos da arma, dois aparelhos de pontaria, etc. Este “fenómeno” fica a dever-se ao olho direito criar uma imagem e o olho esquerdo duplicar essa imagem. Assim, o atirador tem de manter a focagem num dos pontos de mira e alinhar uma das alças de mira com ele (o que lhe parecer 18
mais real, ignorando o outro), ficando a ver o al alvvo nu nubl blad adoo (dad (dadoo qu que, e, pel elas as razões já aludidas, a focagem da alça de mira, do ponto de mira e do alvo, em simultâneo, é impossível). De referir que, para o atirador que tenha o olho director direito, essa imagem é a que lhe aparece à esquerda, como se pode verificar nas figuras seguintes:
Imagem do olho
Imagem do olho Imagem do olho
Imagem do olho
staneja jarr do olho é um • Um ligeiro pesta importa imp ortant ntee auxi auxili liar ar para ara mel elho hora rarr a visão, pois permite a limpeza da córnea; • Caso pretenda confirmar se a pontaria est estaria aria corr correc ectta, basta asta pisca iscarr o ol olho ho esquerdo para que o aparelho de pontaria fique alinhado com o centro do alvo; • Se na confirmação anterior, o aparelho de pontaria não ficou alinhado com o centro do alvo, mas sim ligeiramente à 19
esquerda deste, piscar o olho direito que já já conse consegu guee o alin alinham hament entoo (o atir atirad ador or tem o olho director esquerdo 11). 1.1.3.2 Alça de de mi mira
Tal como o ponto de mira, a ranhura da alça de mira ira també ambém m pod odee te terr vária áriass form formas as (“V”,”U”, rectangular, etc.). Em conjunto com o ponto de mira, permite ao atirador fazer uma pontaria cor correcta. Assi ssim, o enquadramento do ponto de mira deve ser bem centrado na ranhura da alça e com o topo deste à altura precisa dos bordos superiores da ranhura da alça. Admitindo que este procedimento é bem executado e que a arma está imóvel, o projéctil atingirá o alvo exactamente no local desejado.
1.1.3.3 Ponto de mir mira
Independentemente da forma que o ponto de mira possa ter (quadrada, rectangular, trapezoidal, ou outra), tem de ser sempre a primeira coisa em que o militar deve fixar a sua atenção (neste tipo de tiro).
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Se o atirador está habituado a empunhar a arma com a sua mão direita e o seu olho director for o esquerdo, não deve mudar de mão, pois não é essa a sua posição natural. O que deve fazer é habituar-se a disparar com ambos os olhos abertos, tendo em consideração o que aqui é referido. 20
A sua colocação na extremidade do cano torna-o um indicador privilegiado sobre a forma com a pontaria está a ser efectuada. Nor Norma malm lment ente, e, a arma arma está está regu regula lada da para para que o topo do ponto de mira (em conjunto com a ranhura da alça de mira) seja apontado ao centro do alvo, ou à zona de pontaria. 1.1.3.4 Alvo
Como já foi foi refe referi rido do ante anteri riorm orment ente, e, o • Como atirador não deve ver o centro do alvo nítido, pois, se isto acontecer, é sinal de que este não está a focar o aparelho de pontaria da arma;
Bem
Mal
• Quando o centro do alvo tiver dimensões
reduzidas, ou a distância do atirador a este for grande, deve-se fazer o alinhamento do aparelho de pontaria à base do centro do alvo. Se pelo contrário, o centro do alvo tiver grandes dimensões ou a distância for curta, deve-se optar por faze fazerr o alin alinha hame ment ntoo prec precis isam amen ente te ao centro deste; 21
Alinhamento à base
Alinhamento ao centro
O alvo mais utilizado pela GNR é o Silh Si lhue ueta ta po poli lici cial al II (SPI (SPII) I)12, já que é utilizado na execução do tiro de pistola e espingarda; • Através da “leitura do alvo”, o atirador pode ir fazendo as correcções necessárias. Apercebendo-se do local de impact ctoo, efe efectua as correcções que entender convenientes. •
1.1.4 Executar o disparo A acção do atirador sobre o mecanismo de disparar, através do gatilho, merece atenção especial, uma vez que é aí que resi eside a principal causa dos erros cometidos no tiro. Para tal o atirador deve ter em atenção que: • O contacto com o gatilho deve ser feito
com a “cabeça do dedo”, que é a parte mais sensível; edo deve deve act actuar uar nu num ma di dire recç cção ão • O dedo paralela ao eixo da arma e nunca obliquamente, isto é, a pressão deve 12
Para outras informações sobre alvos, consultar o n.º 4.8 e os Anexos A e B. 22
ser ser exercida no sen sentido da frente para trás e horizontalmente; • Conforme foi dito, o atirador, ao empunhar a arma, fica com o dedo indicador indicador livre. Com ele irá actuar no gatilho, de forma que a pressão seja contínua, sem pressas nem quebras, como que “espremendo” o gatilho contra o punho; • Se houver um puxar brusco do gatilho, desfaz-se a pontaria, havendo o consequente desvio. Este controlo do gatilho pode ser alcançado util ut iliz izan ando do-se -se o “tre “trein inoo em seco seco”, ”, em situ situaç ação ão de completo relaxe, para que o atirador se aperceba da sensação que lhe é transmitida pelo movimento de pressão exercido pelo dedo, até ocorrer o disparo, certificando-se de que a arma não se move, a ponto de desfazer o alinhamento das miras. Os mi mili litar tares es qu quee reve revela larem rem algu alguma ma di difi ficu culd ldad adee no controlo do gatilho deve evem aprender e trei einnar a pressionar lentamente o gatilho até se dar o tiro, de form formaa in inesp esper erad ada, a, de surp surpre resa. sa. Devem Devem ig igua ualm lmen ente te aprender a controlar a tendência natural de fechar os olhos no momento do disparo. A evolução para um treino em que os procedimentos são executados de forma cada vez mais rápida – mas sempre com precisão - auxilia o militar no cumprimento daquele objectivo e a fazer um tiro que quase o surpreende. Depois, à medida que os alvos se tornam maiores e mais próximos, aprende a disparar cada vez mais rápido. Precisão primeiro, só depois velocidade. Em tod odoo est este pro process cessoo é prec preciiso não não descu escura rarr o alinhamento das miras. Se o treino for conduzido em CT, se as miras baixarem quando se prime o gatilho o tiro realizado mostrará bem o resultado. 23
1.1.5 Fazer o “se “segguiment ntoo” O “seguimento” do tiro consiste em manter a pontaria durante alguns segundos após o disparo ocorrer. Tem como objectivo evitar que a arma se mova antes que os projécteis tenham abandonado a boca do cano, já que o atirador, na ânsia de verificar o resultado do disparo que acabou de efectuar, cria o hábito de baixar ligeiramente o cano, a fim de observar o alvo. Tantas veze vezess o faz, faz, qu quee acab acabaa por ante anteci cipa parr o tiro iro uma fracção de segundo antes do projéctil abandonar a boca do cano, só para poder ver o alvo. Serve também para antever o resultado do disparo, permitindo-lhe fazer as necessárias correcções tiro a tiro, sem ter de se deslocar à linha de alvos. O atirador pro procu cura ra repr reprod oduz uzir ir a im imag agem em ment mental al na altu altura ra do disparo por forma a ter uma ideia aproximada do disparo efectuado.
1.2 1.2
Sequ Sequên ênci ciaa ide ideal al para para o tir tiroo de de pre preci cisã sãoo Após estarem adquiridos os elementos vistos anteriormente, podemos agora identificar aquilo que será a sequência ideal para executar o disparo, a qual é a seguinte: 1. Levant Levantar ar o braço braço direito direito,, até à alt altura ura do centro centro do alvo alvo (ou à zona de pontaria); 2. Pressionar Pressionar o gatilho gatilho até até lhe retirar retirar a folga; folga; 3. Su Susp spen ende derr a respi respira raçã ção; o; 4. Fazer Fazer o “jogo Miras/ Miras/Gati Gatilho lho”, ”, ou seja, cada cada vez que olha olha para as miras e verifica se estão alinhadas com o centro do alvo, pressionar um pouco o gatilho, voltar a olhar para as miras e a pressionar mais um pouco o gatilho, até que o disparo aconteça, para surpresa do atirador (para isto é fun fundam damenta entall que a pres pressã sãoo exer exerci cida da no gat atiilh lhoo seja seja contínua e sem sobressaltos); 5. Fa Faze zerr o “seg “segui uime ment nto”; o”; 24
6. Se o atir atirad ador or cons consta tata tarr qu quee já não não cons conseg egue ue exec execut utar ar o disparo em tempo oportuno, é preferível não o fazer (pois o tiro seria, certamente, uma “gatilhada”), devendo baixar o braço, retomar a respiração e, quando estiver pronto, voltar a fazer a sequência anterior; 7. “Cad “Cadaa di disp spar aroo é um di disp spar aro” o”;; qu quer er isto isto di dize zerr qu que, e, para para cada disparo, a concentração deve ser igual.
25
2. TIRO PO POLICIAL Este tipo de tiro é, sem dúvida alguma, aquele que deve ser mais treinado treinado pelos militares da GNR 13, visto que, numa situação policial, se for necessário disparar, temos de o fazer rápida e certeiramente, a fim de evitar que inocentes sejam feridos, ou mesmo para salvaguardar a própria integridade física. Esta sta modali dalida dade de é tamb ambém muitas itas veze vezess cham chamad adaa de “tiro tiro instintivo”. Só que esta designação não é a correcta, já que a palavra “instintivo” implica algo que nós fazemos inconscientemente, como, por exemplo, o facto de levarmos o garfo à boca sem nos picarmos nele. Ora o tiro policial implica a consciência do que se está a fazer, pois se, por exemplo, o Adversário (ADV), de repente, levantar os braços em sinal de rendição, o militar da GNR não deve fazer tiro, ou deve suspendê-lo, caso já tenha disparado. Por isso, os nossos olhos devem estar sempre atentos ao ADV – ao contrário do tiro de pre preci cisã são, o, em qu quee se dev deve te terr mai aiss at aten ençã çãoo ao al alin inhhamen amento to do aparelho de pontaria -. Existem 3 factores fundamentais no tiro policial, devendo ser treinados pela ordem que a seguir se indica. 1.º Precisão - Desde crianças, e sem o notarmos, que praticamos o tiro policial, pois, quando apontamos o dedo a alguém, fazêmo-lo rápida e certeiramente e com com os do dois is ol olho hoss aber aberto tos. s. Ago Agora, ra, bast bastaa transportar essa situação para quando temos uma arma nas mãos, imaginando que o cano da arma é o nosso dedo. Para treinar isto quase que não é necessário ir a umaa CT, um CT, já qu que, e, ut util iliz izan ando do um umaa cane caneta ta e a im imag agin inaç ação ão,, consegue-se um resultado semelhante, tendo o cuidado de ficar com a caneta na horizontal; 2.º Potência - Este é o único factor que o militar não pode pra prati tica car, r, vi vist stoo qu quee di dizz mai aiss resp respei eitto ao mat ater eria iall que é 13
Apesar de todas as condições adversas que possam surgir, este tipo de tiro deve ser efectuado, no mínimo, uma vez por ano. Numa situação considerada ideal, a periodicidade seria de três em três meses. 26
utiliz util izad ado, o, no nome mead adam ament entee às arma armass e seus seus cali calibr bres. es. Neste Neste aspecto é de salientar que o calibre ideal para as forças policiais continua a ser o 9 mm Parabellum14; 3.º Rapidez - Como este tipo de tiro tem duas fases, pode-se então afirmar que: • Na 1ª Fase, torna-se necessário “conhecer a arma” (para
poder poder explor explorar ar correc correctam tament entee as suas suas pot potenc encial ialida idades) des),, pois o atirador tem de se habituar à própria posição, à mirada rápida e à execução do disparo (o que é treinado ao nível do tiro de precisão); • A 2ª Fase já envolve um treino mais apurado, pois, para além além do doss conh conhec ecim imen ento toss adqu adquir irid idos os na fase fase ante anteri rior or,, acrescenta-se o “saque” da arma do coldre. Por isso, tornase necessário saber o que fazer com a arma após o saque, conh conhec ecer er as cara caract cter erís ísti tica cass do próp própri rioo cold coldre re para para se conseguir um saque rápido, e até mesmo o local onde exista um segundo carregador para evitar a “procura do carregador”, o que provoca sempre o desvio dos nossos olhos em relação ao alvo. Só depois de consolidada a 1ª fase é que se pode dar início a esta fase.
2.1 2.1
14
Evol Evoluç ução ão hi hist stór óric icaa do tiro tiro poli polici cial al Desde a invenção das primeiras armas, que o homem chegou à conclusão de que quem as usasse primeiro e certeiramente obtinha vantagem sobre os seus oponentes. Com o surgimento das das pri primei eira rass arma armass de fogo fogo,, surg surgiiu també ambém m um umaa nov ovaa maneira destes se baterem em duelos, relegando para segundo plano as espadas. O processo era simples: cada qual, armado com com a sua sua pi pist stol olaa na mão, ão, era era po posi sici cion onad adoo “cos “costa tass com com costas” e, após a contagem (normalmente dez passos) de um elemento neutro à contenda, viravam-se “frente a frente” e disparavam, procurando acertar no seu oponente,
Pela sua potência e efeitos produzidos serem mais consentâneos com o que se pretende em termos de cumprimento da missão. As suas características, em termos balísticos, tornam-no mais eficaz em caso de recurso a arma de fogo. 27
evidenciando já os princípios de um tipo de tiro que, nesta altura, se poderia chamar de duelo. Outra forma de duelo surgiu com os cowboys, que se defrontavam “frente a frente”, com a arma no coldre. Os principais objectivos consistiam em sacar a arma tão rápido quanto possível e disparar certeiramente um sobre o outro. Nesta altura, já se faziam notar os factores do tiro policial Rapi Rapide dezz e Prec Precis isão ão -, qu que, e, para para se ob obte tere rem m, to torn rnav avaa-se se necessário muito treino. Até aos nossos dias, este tipo de tiro poucas alterações tem sofrido. Nos últimos anos, face a alguns dados estatísticos realizados nos EUA, o tiro policial tem sido mais dinâmico, caminhando no bom sentido, que é o de efectuar um tiro pre preci ciso so e rápi rápido do e, ao mesmo esmo tem tempo po,, forn fornec ecer er rela relati tiva va protecção ao atirador, já que o ADV nem sempre é pacífico. Observemos alguns dos exemplos mais recentes. 2.1. 2.1.11 Atir Atirad ador or de de pé, pé, de fre frent ntee para para o alv alvo, o, silh silhue ueta ta fix fixaa O atirador identifica o alvo, empunha a arma com as duas mãos, levanta os braços na direcção desse alvo e efectua o disparo. Tem como inconveniente o atirador expor-se demasia siado, tornando-se numa grand ande sil silhueta, aumentando assim a possibilidade de ser atingido. 2.1.2 2.1.2 Atirad Atirador or de pé, de frente frente para para o alvo, alvo, silh silhuet uetaa móve móvel,l, O atirador identifica o alvo e, com o objectivo de reduzir a sua silhueta, flecte ligeiramente as pernas, ao mesmo tempo que levanta os braços até à altura dos olhos, efectuando então o disparo. Tem como inconveniente o facto de, apesar sar do atirador reduzir a sua silhueta, os dados estatísticos ant anteri eriorm ormente ente refe referi rido dos, s, dem demon onst stra rare rem m que, ue, em situ situaç açõões de conf confro ront nto, o, os el elem emen enttos das das forç forças as policiais eram normalmente atingidos no peito ou na 28
barriga, ficando-se esta situação a dever ao tiro baixo que os seus ADV’s efectuavam, talvez por falta de treino.
Silhueta fixa
2.2
Silhueta móvel
Técnica do tiro policial Conforme já foi referido relativamente ao tiro de precisão, o mét étoodo actualment ntee utilizado é o mét étoodo de Weaver . “Inventado” por um Sheriff americano com esse nome, tem como principais vantagens a rapidez de execução, a precisão de tiro e a própria protecção que confere ao atirador. Este é o tipo de tiro que mais se assemelha às necessidades da GNR, quer pela eficiência, quer pela consciência de como é feito. A técnica de tiro Policial, divide-se também em 5 elementos fundamentais: 1. Tom Tomar a pos posiç ição ão;; 2. Sacar; 29
3. Su Susp spen ende derr a resp respir iraç ação ão;; 4. Fa Faze zerr a po pont ntar aria ia;; 5. Exec Execut utar ar o di disp spar aro. o. O tiro policial requer uma atenção particular, se bem que repartida, no ponto de mira. ra. Sacrifica-se -se a precisão são à velocidade de reacção, o que pode ser fundamental em caso de necessidade. A uma curta distância as miras quase que são dispensáveis. O atirador, praticamente, limita-se a apontar a arma, talvez olhando por cima do aparelho de pontaria. O único momento que, eventualmente, possa ter disponível para se preocupar com as miras deve ser utilizado para verificar se o ponto de mira está direccionado para a sua zona de pontaria. Com a vista dirigida para o alvo e trazida a arma para uma visão periférica é então efectuado o disparo. O treino e a repetição ajudarão na consolidação destas destrezas. Vejamos então mais pormenorizadamente cada um dos cinco elementos fundamentais.
2.2.1 Tomar a posição de pé para o atirador direito15 O procedimento a adoptar é idêntico, em todos os aspectos, ao referido para o tiro de precisão. Aind Ai ndaa qu quee não seja sejam m ut util iliz izad adas as,, na in inst stru ruçã ção, o, o atirador deve ter conhecimento de que, utilizando este método, ainda poderá tomar mais duas posições: 2.2.1. 2.2.1.1 1 Tomar Tomar a posiçã posição o de de joel joelhos hos para para o atirad atirador or direito
2.2. 2.2.1. 1.1. 1.1 1 Enqu Enquad adra rame ment nto o com com o alvo alvo,, posi posiçã ção o dos dos pés e das pernas 15
Se o atirador for esquerdo, pratica-se o inverso daquilo que irá ser definido. Relativamente ao que aqui irá ser enunciado, admitem-se igualmente algumas variações, desde que sejam observados e respeitados os princípios subjacentes a cada um dos itens a serem abordados para o “tomar da posição” e para os outros elementos em que se divide a técnica de tiro policial. 30
sta os pés e coloca-s ca-see • O atirador afasta exactamente em frente ao alvo como se o observasse “olhos nos olhos”; • Faz rodar ambos os pés para a direita, de forma a que se fosse traçada uma linha imaginária passando pelo meio dos seus pés, esta faria um ângulo de cerca de 40º com a linha do alvo; • Coloca o joelho direito no solo, de mane maneira ira a ficar ficar corr correc ectam tament entee sent sentad adoo sobre o calcanhar desta perna; amente, faz os ajusta stamentos • Seguidame necessários até estar devidamente enquadrado com o alvo.
2.2. 2.2.1. 1.1. 1.2 2 Posi Posiçã ção o do tro tronc nco o
Para dar uma maior estabilidade deve estar ligeiramente flectido para o lado direito e para a frente. 2.2.1. 2.2.1.1.3 1.3 Posiç Posição ão do do ombr ombro o e braço braço direi direito to
O ombro vai ficar mais afastado do alvo, mantendo as mesmas características como para o atirador de pé. 2.2.1. 2.2.1.1.4 1.4 Posiç Posição ão do do ombr ombro o e braço braço esquer esquerdo do
O ombro fica mais próximo do alvo. O braço é flectido e apoia, na parte inferior (antes do cotovel eloo), sobre o jo joeelho do mesm esmo lado ado, fica ficand ndoo assi assim m o cot cotov ovel eloo ligeiramente avançado em relação ao joelho. 2.2. 2.2.1. 1.1. 1.5 5 Posi Posiçã ção o das das mãos mãos e cabe cabeça ça 31
Mantêm-se iguais à posição do atirador de pé.
2.2.1.2 Tomar a posição de deitado para o atirador direito16
2.2. 2.2.1. 1.2. 2.1 1 Enqu Enquad adra rame ment nto o com com o alvo alvo,, posi posiçã ção o dos dos pés, das pernas e tronco
O atirador coloca-se exactamente em frente ao alvo e toma a posição de atirador deitado, afastando naturalmente as pernas e flectindo uma delas (consoante apoie ou não 16
Esta posição deve ser treinada com e sem apoio do braço que empunha a arma a fim de que o atirador defina a posição que lhe for mais confortável. 32
o cotovelo no solo) para permitir a estabilidade e apoio do tronco no solo. 2.2. 2.2.1. 1.2. 2.2 2 Posi Posiçã ção o dos dos ombr ombros os e braç braços os
O braço direito fica esticado na direcção do centro do alvo e o braço esquerdo vai ficar ligeiramente flectido, apoiado no solo. 2.2. 2.2.1. 1.2. 2.3 3 Posi Posiçã ção o das das mãos mãos
O empu empunh nham amen ento to é sem semel elha hannte às duas uas posições anteriores, não esquecendo que a arma deve ficar na vertical, para o correcto visionamento do aparelho de pontaria. 2.2. 2.2.1. 1.2. 2.4 4 Posi Posiçã ção o da cab cabeç eça a
Flectida sobre o braço direito, reduzindo a sua silhueta e permitindo um melhor apoio desta.
33
2.2. 2.2.1. 1.2. 2.5 5 Faze Fazerr a pon ponta tari ria a
É também idêntica à das anteriores posições, com a seguinte alteração: as duas imagens, que anteriormente nos apareciam lateralmente, agora vão aparecer quase que sobrepostas verticalmente, sendo a imagem de cima correspondente à do olho direito e a de baixo, à do olho esquerdo, como se pode ver na figura.
2.2.2 Sacar Rela Relati tiva vam mente ente ao tiro tiro de prec precis isão ão,, pass passaa agor agoraa a existir um elemento novo; o coldre. Aumenta assim o grau de dificuldade, já que o atirador passa a ter que “sacar a arma” mantendo a precisão e rapidez anteriormente adquiridas. Por esta razão, não se deve pas passar sar à mo moda dali lida dade de de tiro tiro po poli lici cial al enqu enquan anto to não não tiverem sido apreendidos os procedimentos relacionados com a técnica de tiro. Esta modalidade tem por objectivo primordial o de fazer a aproximação da instrução de tiro à realidade da GNR, visto que no serviço diário os militares, se tiverem de disparar, não terão a arma na mão, mas sim 34
no coldre. A partir daqui têm de desencadear todo um conjunto de procedimentos, para os quais devem ser devidamente treinados, a fim de minimizar o risco de acidentes e aumentar a rapidez de reacção. O saque constitui um procedimento preliminar que conduz à execução do tiro. A importância de efectuar um bom saque está directamente relacionada com o coldre que temos17, para o que este deve possuir as seguintes características: • Deve ser seguro e permitir ao atirador correr e subir
um qualquer obstáculo sem o risco de perder a arma; Apesar ar de segu seguro ro,, deve deve perm permit itir ir fáci fácill aces acesso so à • Apes arma; • Deve permitir ao atirador um bom empunhamento ainda antes de sacar a arma. Mudar ou reajustar o empunhamento a meio curso é não só perigoso como o gesto se torna mais lento; • Deve proteger a arma e cobrir o gatilho; • Deve estar seguro no cinto para não se mover; • O atirador deve ser capaz de recolocar a arma no coldre sem ter que tirar os olhos do suspeito. Deve conseguir fazer isto com uma só mão, deixando a outra liberta para o que for preciso. Uma análise cuidada dos procedimentos que devem ser executados para efectuar o saque permite realçar um conjunto de aspectos que devem ser observados. Eles materializam aquilo que se pode considerar como sendo a sequência ideal para efectuar este movimento. Para tal atentemos nos seguintes aspectos: • Manter os dois olhos abertos sobre o alvo 18; 17
É necessário que os atiradores esquerdos usem os coldres a eles destinados. Não esquecer que estamos na modalidade de tiro policial, pelo que a atenção se deve centrar no alvo e não na arma. Cabe ao militar desenvolver e treinar toda esta sequência por forma a que execute cada um dos seus passos sem ter a preocupação 35
18
• Empunhar a arma correctamente, mantendo o pulso
direito e colocando o cotovelo ligeiramente para fora; • A mão que não empunha a arma aproxima-se por baixo e pelo lado (acompanhando a outra até à linha de vista); • Tomar a linha mais curta (recta) do coldre para o alvo, levando a arma em direcção ao alvo logo que sai do coldre; • Ter a preocupação de não colocar a arma no coldre com a patilha de segurança em fogo e o cão armado.
Atenção
Mão esquerda
Pronto para
de verificar onde está a arma e de a preparar para fogo, desviando o seu olhar do alvo. 36
2.2. 2.2.33 Susp Suspen ende derr a resp respiiraçã raçãoo Como este tipo de tiro é feito rapidamente e sem aqueles cuidados meticulosos do tiro de precisão, pois o objectivo é fazer um agrupamento de impactos numa zona, torna-se irrelevante irrelevante se o atirador respira ou não. Mas se o atirador conseguir controlar a respiração no mome mo ment ntoo qu quee ante antece cede de o di dispa sparo ro,, ob obte terá rá melh melhore oress resultados. 2.2.4 Fazer a pontaria A pontaria para o tiro policial é diferente daquela realizada para o tiro de precisão. Trata-se de apontar a uma zona ou área maior. O que importa são são os impactos e não os pontos. Interessa, sobretudo, acertar na silhueta. Tal como para o tiro de precisão, fazer a pontaria correcta é pôr em linha, rapidamente, quatro elementos: 1. Ol Olho ho do atir atirad ador or;; 2. Al Alça ça de mira; ira; 3. Po Pont ntoo de de mir mira; a; 4. Alvo. 2.2.4 .2.4.1 .1 Os ol olhos hos do do at atira irador dor
No tiro tiro po poli lici cial al,, o atir atirad ador or deve deve mante anter r • No ambos os olhos abertos. Tal facto contraria a tendênc ência natural de “pisca scar um dos olhos” para fazer pontaria, mas oferece-lhe algum umaas vant antagens tais como a de não perder a visão periférica e não perder a fracção de segundo ao piscar o olho com a 37
conseq sequente desconcentração ção nublada do outro olho;
180º
140º
Dois olhos
Um olho
e
visão
• Assim, o atirador, deve ter consciência de
que é perfeitamente capaz de executar o tiro com ambos os olhos abertos, pois já “treina” desd desdee pequ pequen eno, o, conf confor orme me foi foi rele relemb mbra rado do anteriormente; • Quando levanta a arma e a alinha com o centro do alvo, mantendo ambos os olhos focados neste último, também fica a ver dois canos da arm arma, dois aparelhos de pon ponta tari ria, a, etc. etc. Este Este “fen “fenóm ómen eno”, o”, como como já vimos, fica a dever-se ao olho direito criar uma imagem e o olho esquerdo duplicar essa essa im imag agem em.. Assi Assim m o atir atirad ador or tem tem qu quee focar o alvo e alinhar um dos aparelhos de po pont ntar aria ia (o qu quee lhe pare parece cerr mai aiss real real,, e ignorar o outro); • Não esquecer que para o atirador que tenha o olho director direito, essa imagem é a que lhe aparece à esquerda, como já se referiu; 38
• Se houver dificuldades de alinhamento da
imagem esquerda da arma, o atirador pode optar por alinhar a outra imagem do lado direito, direito, ficando ficando ciente ciente que esse alinhament alinhamentoo também está correcto, mas está a ser feito com o olho esquerdo. • Se pretender confirmar se a pontaria estaria corr correc ecta ta bast bastaa fazer fazer o “jog “jogoo cá-lá cá-lá-cá -cá-l -lá” á”,, quee cons qu consis iste te em, em, rapi rapidam damen ente, te, habi habitu tuar ar a vist vi staa a foca focarr às di dife fere rent ntes es di dist stân ânci cias as,, ou seja: cá (vista focada num dos órgãos do aparelho de pontaria), lá (vista focada no centro do alvo). 2.2.4.2 Alvo
• Neste tipo de tiro, o atirador já deve ver o
centro do alvo (ou a zona de pontaria) níti ní tido do,, po pois is os ol olhhos têm de ob obse serv rvar ar o ADV; • Para alvo, mantém-se a Silhueta Policial II (SPII). 2.2. 2.2.4. 4.3 3 Apar Aparel elho ho de pont pontar aria ia
Para reforçar a importância de manter os dois olho ol hoss aber aberto tos, s, vam vamos entã entãoo tent tentar ar expl explic icar ar onde devemos fazer a mirada no momento de efectuar a pontaria, para o que se torna necessário distinguir entre: mirar/focar e ver. Mirar consiste na acção de focar as miras. Ver cons consis iste te em perc perceb eber er,, atra atravé véss do doss ol olho hos, s, a forma e cor dos objectos, o que o mesmo é dizer, tudo aquilo que faz parte do campo de visão adjacente à mirada. Assim, podemos estar a “ver” um conjunto de coisas, contudo estamos a “mirar/focar” algo 39
det determ erminado nado.. Com Como já vim imoos, a vi vist staa não consegue focar dois objectos em simultâneo e a distâncias diferentes, como seja o aparelho de pontaria e o alvo. Como tal, ao contrário do tiro de precisão, é essencial focar o alvo. É, cont contud udo, o, con conveni venien entte qu quee este este visua isuall seja seja aper aperce cebi bido do atra atravé véss do apar aparel elho ho de po pont ntar aria ia,, per permi miti tind ndoo assim assim um umaa rápi rápida da perc percep epçã çãoo do alinhamento das miras. Tal requer a concentração no ponto de mira, mas também um alinhamento cuidadoso da alça de mira e um ponto no alvo. Se fize fizerm rmos os ao con contrár tráriio po pode dem mos perd perder er tempo que nos pode ser precioso para neutralizar a ameaça19. 2.2.5 Executar o disparo Também aqui, a acção do atirador sobre o mecanismo de disparar, através do gatilho, merece uma atenção espe special, já que é aqui que continua a resid sidir a principal causa dos maus resultados. • O contacto com o gatilho deve ser feito com a
cabeça do dedo, devendo a pressão ser exercida no sentido da frente para trás e horizontalmente; • O disparo, por ser mais rápido não significa que tem de ser brusco, mas sim executado em “três 19
Para iniciar os atiradore atiradoress a efectuar efectuar pontaria com os dois olhos abertos, abertos, apesar apesar do correcto ser focar o ponto de mira, diz a experiência que tal é difícil, pelo que é preferíve preferível,l, de início, início, ensinar a fixar a vista na alça (pois é mais ampla) ampla) e uma vez assim e com o cano da arma inclinado para baixo, ir levantando esta até que vejamos o ponto de mira e posteriormente o alvo. Se apesar disto o atirador tiver dificuldades, o instrutor pôr-se-á diante do atirador para fechar-lhe a profundidade do campo de visão tentando que desta forma o consiga. Se necessário colocar os dedos indicadores ao lado da alça para aumentar o lugar onde concentrar a vista. Uma vez conseguido isto, tirar os dedos, retirandose o instrutor. 40
tempos”, ou seja tirar a folga do gatilho (arma na direcção do alvo), “jogo cá-lá-cá-lá”, e pressionar, cont contin inua uam mente ente,, o rest restoo do gati gatilh lho, o, até até surg surgir ir o disparo. Como é evidente, por este tipo de tiro ser mais rápido que o outro, este processo deve ser desenvolvido quase em simultâneo. s imultâneo.
2.3 2.3
Sequ Sequên ênci ciaa ide ideal al para para o tiro tiro poli polici cial al Após estarem adquiridos os elementos vistos anteriormente, podemos agora identificar aquilo que será a sequência ideal para executar o disparo, a qual é a seguinte: 1. Levar a arma arma até à altura altura do centro centro do alvo; 2. Pressionar Pressionar o gatilho gatilho até até lhe retirar retirar a folga; folga; 3. Fazer o “jogo “jogo cá-lá-cá-lá cá-lá-cá-lá”” (se para para tal houve houverr tempo); tempo); 4. Pres Pressi sion onar ar cont contin inua uame ment ntee o rest restoo do gatilh gatilhoo até até se dar o disparo; 5. “Cada disparo disparo é um disparo disparo”, ”, quer isto dizer dizer que para cada cada disparo, disparo, a concentração concentração deve ser igual. igual. O primeiro primeiro disparo deve ser certeiro, por forma a imobilizar o ADV.
2.4
Métodos de tiro policial Conforme se pode depreender daquilo que foi enunciado ao nível do tiro de precisão e do tiro policial, a posição, o empu empunh nham amen ento to,, o alin alinha ham mento ento das das mi mira ras, s, o cont contro rolo lo do gatilho e o seguimento podem ser considerados como a base de sustentação sobre a qual deverão ser desenvolvidas as destrezas técnicas a nível do tiro. O atirador deve, por isso, cumprir com estes requisitos básicos antes de avançar para tarefas mais complexas. Não se exige que faça pontuações ao nível do tiro de precisão, mas sim sim que o seu tiro sej ejaa consistente consistente,, independen independentemen temente te da zona do alvo, fazendo um grupamento cuja circunferência que contém os impactos não exceda os 10 cm de raio - valor que diminui à medida que se encu encurt rtaa a di dist stân ânci ciaa -. O tiro tiro cons consis iste tent ntee é bast bastan ante te mais ais importante do que um tiro bom e os outros maus. 41
Após ter apreendido aqueles requisitos, deve-se passar à fase seguinte, a qual consiste na prática das modalidades de tiro policial mais adequadas às situações com que o militar se poderá eventualmente confrontar. Conforme se verá para cada uma delas, a utilização apropriada das miras, de acordo com os requisitos da situação em concreto, acaba por ser o resultado de um método reactivo – conciliando rapidez de reacção e precisão -, o qual deve ser devidamente treinado e automatizado. As modernas técnicas de tiro de pistola estão orientadas para um tipo de defesa considerada standard face a um ataque, sendo esta o disparo rápido de 2 tiros dirigidos ao peito do agressor. A razão de ser destes dois tiros tem a ver com a necessidade necessidade de assegurar assegurar que o adversário adversário fica efectivamen efectivamente te imobilizado. Tal é conseguido não só à custa do armamento, do poder que nos confere a arma, como também do impacto que isso tem sobre o sistema nervoso do ADV. Para além disto aumentam também as probabilidades de efectuar um tiro cert certei eiro ro,, vi vist stoo have haverr sem sempre pre a po poss ssib ibil ilid idad adee de falh falhar ar o primeiro tiro. O método utilizado para efectuar estes dois tiros depende da situ situaç ação ão conc concre reta ta,, e sem sempre pre da habi habili lida dade de e dest destre reza za do utilizador. A cadência, por sua vez, depende da proximidade do alvo. Geralmente, quanto mais perto estiver o ADV, maior deverá ser a cadência (menor o tempo entre dois disparos). Quanto mais longe estiver, menor será a cadência (maior o tempo entre os dois disparos). Isto tem todo o sentido quando nos apercebemos que um alvo mais próximo é um alvo mais fácil e representa uma maior ameaça que um alvo distante. O tempo para reagir aumenta com a distância. Desta forma um alvo a 5 mts. deve ser imobilizado mais depressa que um alvo a 50 mts. O di disp spar aroo dest estes do doiis tiro tiross pod odee oco ocorrer rrer segu segunndo doi oiss métodos: o par controlado e o par acelerado. Aquele é o primeiro e mais básico método, em que o primeiro disparo é efectuado e o segundo só se produz quando se tiver 42
readquirido de novo a image agem e feito os neces cessár sários ajustamentos para realinhar a pistola. A prática contínua faz com que diminua o tempo de intervalo entre tiros, derivado a um maior controlo do recuo da arma e ao desenvolvimento e consolidação da melhor técnica para conseguir efectuar os dois disparos com eficiência e eficácia. A posição, baseada no método de Weaver , permite que a pistola volte à mesma po posiçã siçãoo e al aliinh nham amen entto após após ter efec efecttuad uado o dispa isparo ro.. A velocidade com que a arma volta ao alvo det eteermina a velocidade com que se pode efectuar o segundo disparo. O segundo método é uma progressão natural do primeiro, dife di feri rind ndoo apen apenas as na cadê cadênc ncia ia acel acelera erada da.. Po Porr esta esta razã razãoo é denominado de par acelerado. Pelo facto de, quanto mais per perto to estiv estiver ermo moss do ADV ADV mais mais rapi rapida dame mente nte o po pode derm rmos os atingir, neste método a sequência é mais rápida que a anterior. Aqui, praticamente, não há tempo para realinhar as miras, assim que se recuperar do primeiro disparo efectua-se novo disparo, olhando apenas de relance para as miras, mas sem esperar “vê-las” efectivamente. A sequência do par controlado será miras/tiro/ miras/tiro/recupe recuperação/v ração/verific erificação/al ação/alinham inhamento/m ento/miras/ti iras/tiro. ro. A do par acelera acelerado do será mi miras/ ras/tir tiro/r o/recu ecupera peração/ ção/mi miras/ ras/tir tiro. o. A única diferença entre os dois é a cadência acelerada. Existe uma variação destes dois métodos, quando estamos perante dois adversários que estão perto um do outro. Neste caso, após dispararmos dispararmos o primeiro tiro, devemos aproveitar aproveitar o movimento que a arma faz para efectuar outro tiro sobre o segu segund ndoo in indi diví vídu duo. o. Assi Assim m qu quee o tive tiverm rmos os devi devida dam mente ente enquadrado disparamos. O atirador pode reparar no ponto de mira enquadrado com o peito do segundo alvo, mas não esperará para o confirmar. Usando esta técnica nos dois alvos a uma distância de 5 mts. pode-se esperar um tempo inferior a 1,5 seg. para efectuar dois disparos eficazes. Conforme se pode ver nos alvos que se seguem, a distribuição do tiro corresponde a prestações diferentes em termos de precisão e rapidez de execução. 43
Atirador
Atirador
Atirador
Seja qual for o método seleccionado ou a forma como os tiros são realizados, aquilo que acontece depois deve ser pensado e trabalhado antes da situação ocorrer. Aqueles que pretendam sair sair venc venced edor ores es do conf confro ront ntoo estu estuda dam m prim primei eiro ro,, depo depois is encaram os conflitos.
2.5
Tipos de carregamen mento Ao utilizar a arma de fogo, não chega disparar para um sítio qualquer do corpo do adversário. Para o imobilizar o tiro deve ser dirigido para uma área vital por forma a maximizar o pot poten enci cial al de para parage gem m. Em sere seress hu hum manos anos isto isto sign signif ific icaa colocar os tiros na zona torácica ou na cabeça. Os projécteis incapacitam os alvos de duas maneiras: uma é causando perda de sangue suficiente ao ADV para o fazer parar. A outra é atingir o sistema nervoso central (cérebro ou coluna vertebral). Como se pode facilmente constatar, dos dois pontos a atingir é mais fácil disparar (e acertar) na zona 44
torácica que em qualquer uma das outras, visto neste caso a área área ser ser mai aior or.. Cont Contud udo, o, o ob obje ject ctiivo não não é ani aniqu quil ilar ar o adversário, mas sim incapacitá-lo, atingi-lo e impedir que nos atinja, ou a qualquer outra pessoa. Em todo este processo, é fundamental procurar (apesar de difícil) controlar os tiros efectuados por forma a trocar de carregador com munição na câmara, o que previne contra uma eventual necessidade de ter de o fazer sem ter a certeza de qu quan anta tass mun uniç içõe õess falt faltam am para para qu quee o carr carreg egad ador or fiqu fiquee vazio. Caso tal não aconteça, e o atirador tenha notado que a corr corred ediiça est está à ret retagu aguarda arda,, dev deve in intr troodu duzi zirr o seg segun unddo carregador o mais rapidamente possível, procedimento este que deve ser devidamente treinado. As figuras que se seguem ilustram algumas das acções a realizar para efectuar a troca de carregadores no mais curto espaço de tempo possível, nunca perdendo de vista o alvo. Este é um aspecto que não deve ser esquecido, fazendo com que o militar se habitue a executar a operação completa sem se preocupar com as peças que deve accionar nem com o local onde irá buscar o carregador suplente.
A
necessidade
de
Trocar o carregador vazio pelo carregador municiado e, se possível, guardá-lo no porta
Baixe ligeiramente a
45
Substituir o carregador, tendo a preocupação de o ajustar no seu alojamento
Levar a corrediça à frente e voltar de novo à acção
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Numa situação real, os alvos são difíceis de atingir pois movem-se, não são os alvos de papel que se encontram estáticos numa CT, contra os quais estamos habituados a disparar, disparar, pelo que podem ser precisos precisos vários tiros tiros para abater um alvo. Por essa razão devemos controlar o número de tiros efec efectu tuad ados os,, para para sabe saberr as mun uniç içõe õess qu quee aind aindaa rest restam am no carregador. É importante que nos apercebamos da sensação do disparo, em especial da última munição. O recuo pode ser sentido como dois movimentos separados; o movimento recuante da extracção/ejecção e o movimento para a frente da introdução da munição na câmara. Quando o último tiro é disparado apenas se sente o movimento para a retaguarda visto que o carregador carregador vazio irá activar activar o detentor da corrediça corrediça e impedir impedir o movimento para a frente. Esta sensação diferente deve ser memorizada com o treino, servindo para despoletar a resposta condicionada para um carregamento de emergência. Exis Existe tem m basi basica came ment ntee do dois is tipo tiposs de carr carreg egam amen ento to qu quee é preciso aprender e praticar. O primeiro é o carregamento táctico, utilizado quando o atirador se apercebe que deve estar prestes a ficar sem munições. Para tal convém escolher um local seg seguro e fazer a troca por outro carr arregador, colocando o usado num local de fácil acesso, pois pode ser necessário reutilizá-lo. O segundo tipo é o do carregamento rápido, utilizado quando o carregador que a arma tem fica vazio. A troca de carregador deve ser feita o mais rápido possível. Um bom atirador não necessita de olhar para a sua arma para a recarregar. Mesmo durante a noite e sob stress o atirador deve estar apto a trabalhar pelo tacto. É preciso evitar deixar cair carregadores no chão desnecessariamente durante o treino pois podem-se danificar 47
os lá lábbio ioss e caus causar ar avar avaria ias. s. É ta tam mbém preci reciso so lim limpar par a sujidade que tenha ficado no carregador, por isso, em caso de treino, deve ser colocado no chão uma manta ou qualquer objecto que impeça o carregador de entrar em contacto com o solo solo,, o qu quee ta tam mbém bém previ revinne a in intr troodu duçã çãoo de el elem emen ento toss estranhos na arma.
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3. TÉCNI TÉCNICA CA DE TIR TIRO O COM PIS PISTO TOLA LAS S METR METRALH ALHAD ADORA ORASS Este tipo de armas, derivado ao seu tamanho compacto, à maior capacidade de transporte de munições, maior poder de fogo e aos acess acessór ório ioss di disp spon onív ívei eis, s, cont contri ribu buír íram am signi signifi fica cati tiva vame ment ntee para para o equipamento de unidades especiais, favorecendo e contribuindo para o seu emprego táctico de uma forma mais eficiente e eficaz. As duas maiores vantagens de uma pistola metralhadora, para além do tamanho, são; a confiança que o atirador retira pelo facto de a possuir e o facto de a ela poderem ser acoplados vários equipamentos, tais como, por exemplo, um foco luminoso e um laser. Ao seleccionar-se uma pistola metralhadora, é preciso ter em consideração não só a capacidade de fogo a curtas distâncias mas também a capacidade de executar um tiro extremamente selectivo e pre preci ciso so.. Pa Para ra além além di diss sso, o, esta estass arm armas exer exerce cem m um fort fortee efei efeito to psicológico nos adversários. Muitos dos princípios da técnica de tiro de pistola aplicam-se ao tiro com pistola metralhadora, tais como: uma forte empunhadura, o alinhamento das miras e o controlo do gatilho. Ressalva-se aqui, apenas, a particularidade do aparelho de pontaria de algumas delas, como a HK MP5 A4, o qual dispõe de uma alça de tambor e de um anel protector do ponto de mira, pelo que a pontaria é feita de uma forma diferente daquela que vimos para as pistolas 20. No tiro semi-automático, o atirador pode-se colocar de forma natural, com o pé do lado fraco ligeiramente avançado, encostar e pressionar firmemente a arma contra o ombro, apontar e disparar. No tiro automático é necessário flectir ligeiramente os joelhos, inclinar o tronco um pouco para a frente e segurar com mais força, para controlar o movimento da arma. A melhor forma para o atirador se aperceber disto é tomar a sua posição e fazer séries curtas de 3/4/5 tiro, ajustando a mesma à medida que vai fazendo as várias séries.
20
Para mais informações sobre esta arma, consultar o Módulo III-V e o Módulo V, referente à Técnica de Tiro de Espingarda. 49
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Apes Apesar ar do doss milit ilitar ares es in inte tegr grad ados os em equi equipa pass de in inte terv rven ençã çãoo obed ob edec ecer erem em à vo vozz do supe superi rior or hi hier erár árqu quic ico, o, qu quan anto to a faze fazerr tiro tiro automático ou semi-automático, a indicação que aqui se deixa é a de que o tiro semi-automático deve ser empregue em situações onde se pretende obter, para além de superioridade de poder de fogo, alguma precisão. Em termos de segurança, chama-se a atenção para duas coisas: é preciso ter cuidado e não colocar a mão em frente do cano pois, sen sendo uma arma compact acta, facilmente a mão que a sustém, ém, inadvertidamente, pode-se colocar num local onde pode ser atingida; É preciso igualmente ter cuidado com a segurança da própria arma pois, por vezes, pode haver a tendência (despercebida) para ignorar a presença de uma munição na câmara o que é extremamente perigoso.
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4. TREINO DE TIRO Grande parte do trabalho policial desenvolve-se de uma forma monótona e rotineira, o que tem como consequência um apreciável sentido de complacência e de aborrecimento, em certas ocasiões. Isto contribui para que essa “distracção” acabe por levar a que o militar esteja deficientemente preparado para enfrentar as emergências que se lhe deparam. Como é evidente, este nem sempre pode ter uma segunda oportunidade para superar uma falha ocorrida na sua atitude ou comportamento. É preciso ter a consciência de que, por vezes, pode ser necessário uma actuação de emergência para a qual o conhecimento da arma e a perícia do seu emprego, podem influir de forma decisiva na sobrevivência, lesão ou morte do militar ou de um camarada. No momento em que a arma tiver de ser usada no cumprimento c umprimento do dever, as fracções de segundo e a precisão são de importância vital. A arma deverá ser utilizada imediatamente, sem perda de tempo, devendo o primeiro disparo ser certeiro. O saque rápido, um bom empunhamento e um fogo certeiro são factores que devem dar-se quase em simultâneo. É óbvio que todo o milit itaar, por utiliz izaar arma de fogo no desenvolvimento da sua missão, deve pôr o máximo interesse e empenho no seu conhecimento e manejo adequado, porque muito provavelmente terá que dela fazer uso no momento menos esperado. Este pretendido domínio da arma de fogo deve adquirir-se através de uma árdua e minuciosa prática, a qual, uma vez obtida, deve manter-se com o exercício constante. Ninguém melhor que o próprio militar pode saber qual a periodicidade com que deve exercitar. Em caso de dúvidas o seu superior hierárquico deve estar à altura de prestar os necessários esclarecimentos. Através da criação e treino de situações fictícias conseguir-se-ão um conjunto de respostas controladas e automatizadas, e não de impr im prov ovisa isação ção,, o qu quee po pode de ser um im impo porta rtant ntee auxi auxili liar ar qu quan ando do o militar tiver de enfrentar uma situação que poderá envolver o recurso a arma de fogo. 52
Assim, é fundamental ter uma formação adequada, perder medos e ter ter conf confia ianç nçaa na arma arma qu quee tran transp spor orta tamo mos. s. Evit Evita-s a-see situ situaç açõe õess do género “não consegui proteger o meu camarada porque não fui suficientemente rápido e destro”.
4.1 A di dinâmi micca do do ti tiro de de pi pistola Para efectuar uma abordagem correcta à dinâmica envolvida no tiro de pistola, o militar deve procurar conhecer as suas próprias capacidades (possibilidades e limitações, trabalhando estas), e a forma como o adversário tem por hábito agir. Mesmo não havendo nenhum adversário especifico, faz com que envide esforços para obter toda a informação disponível rela relaci cion onad adaa com com caso casoss verí verídi dico coss e faça faça um umaa anál anális isee do doss mesmos, procurando neles algumas regularidades que sirvam de indicadores a ter em conta para a definição de situações de treino, assim como a natureza do ambiente envolvente, ou seja, os locais mais prováveis onde se desenrolem eventuais situações de perigo. Tendo assim por base o estudo efectuado sobre os meios envolventes e a forma como o adversário poderá reagir em caso de ser atacado, podem-se definir melhor as situações de treino que procurem reflectir uma realidade o mais aproximada possível de uma eventual situação de perigo. Neste caso é essencial que para o exercício de treino o militar procure estar no mesmo nível de activação que estaria se a situação fosse verdadeira, o que envolve uma predisposição mental muito forte e uma grande concentração nas tarefas a desenvolver. Para tal é fundamental que o militar se lembre que a sua prestação estará de acordo com aquilo que treinou, portanto é preciso treinar como se tivesse a intenção de lutar. Numa situação real, os níveis de adrenalina estarão no seu máxi máximo mo,, prod produz uzin indo do,, em cons conseq equê uênc ncia ia,, um conju conjunt ntoo de reacções físicas que é importante conhecer, por forma a que se desenvolvam desenvolvam estratégias estratégias pessoais pessoais de controle controle das mesmas. mesmas. Por esta sta razão o treino deve eve ser ser organi anizado tendo em par parti ticu cula larr aten atenção ção esta esta comp compon onen ente te.. Po Porq rque ue deve deve sempr sempree 53
esperar o pior, o militar deve treinar de acordo com isso, esperando sempre sair da situação da melhor forma. De entre as reacções físicas que podemos referir, a maior parte das quais se produzem como resultado de um conjunto de reacções quím ímiicas, desta stacam-s am-see; a diminuição das habilidades motoras, as, a confusão são, o encurtamento da foca focali liza zaçã çãoo vi visu sual al e audi auditi tiva va,, a acel aceler eraç ação ão do bati batime ment ntoo cardíaco e um estado de excitação generalizado. De acordo com este estado, o militar pode experimentar uma distorção do tempo e do espaço em virtude da sua mente estar a operar a uma velocidade muito superior ao normal, o que faz com que, para alguns, exista a sensação de que o tempo se move em câmara lenta, ou mesmo que as distâncias parecem mais curtas. Nem todas as pessoas experimentam estes efeitos, os quais parecem estar ligados ao factor surpresa. Aqueles que estão estão comple completam tament entee despre despreven venido idoss mu muito ito provav provavelm elment ente, e, experimentá-los-ão todos. Por outro lado aquele que sabe que irá estar envolvido numa situação conflituosa não os sentirá de manei maneira ra tão tão in inte tens nsa. a. Apesa Apesarr de tent tentar ar cons consta tant ntem emen ente te manter a mente em alerta, não se pode predizer o nível de prontidão e a expectativa. É preciso manter estas coisas em mente quando treinamos. É preciso procurar minimizar a sua vulnerabilidade a estes efeitos de alarme fazendo tudo para manter as coisas simples, manter uniformidade no empu empunh nham amen ento to e esta estabe bele lece cerr um conj conjun unto to de resp respoostas stas cond condic icio iona nada dass às qu quai aiss po poss ssaa reco recorr rrer er com com gara garant ntia iass de suce sucess sso. o. Trei Treine ne com como tenc tencio iona na empe empenh nhar ar-s -se. e. Pa Para ra tal tal é importante imp ortante ter em conta a sua condição física, quanto melhor ela for menor será a possibilidade de ser vítima destes efeitos, poi poiss dest destaa form formaa resi resist stir iráá melho elhorr ao súbi súbito to aume aument ntoo da adrenalina e aos efei eittos precoces de fadiga que pode provocar. Estas reacções que sent entimos são são a prova que estam stamoos assustados, assustados, mas não com medo, pois esta palavra requer uma análise mental da situação, o que leva algum tempo a fazer, enquanto que em situações conflituosas, se o militar tiver de 54
usar a arma, geralmente não se poderá dar ao luxo de parar para pensar. É exactamente sobre estas condições que acabam, em maior ou menor grau, por nos limitar o desempenho, que temos de criar a habituação necessária para fazer tiro. É preciso ainda chamar a atenção que o militar deve treinar gestos simples e sincronizados, pois, no essencial, é disso que se trata o tiro. Tudo o que seja complexificar aquilo que (aparentemente) é simples só acaba por causar uma maior dificuldade em lidar com a situação, pois acabamos por nos desviar das coisas que são essenciais, passando a preocuparnos com pequenos detalhes ou pormenores que são irrelevantes para o caso. O militar, no treino, tem de se preocupar, fundamentalmente, em, no mais curto espaço de tempo possível, ter a sua arma pronta a disparar (se for o caso) e com as miras no alvo que pretende atingir. O milit ilitar ar po pode de sent sentir ir algu algum ma di difi ficu culd ldad adee na to toma mada da de deci decisõ sões es crít crític icas as e na fal falta de habil abilid idad adee em mante anterr os pensamentos focalizados na tarefa que está a desenvolver. Quando tal acontece numa situação real não há lugar para discussões mentais, o procedimento deve estar automatizado e a concentração completamente dirigida para a actuação e para o que se está a passar à volta, minorando assim os riscos. Isto liberta a mente para a análise da situação e para a decisão de quando se deve e para onde disparar, ao invés de pensar no que fazer para que a arma dispare ou mesmo saber quantas munições sobram depois dos tiros já efectuados. A atenção inicial deverá ser sempre dirigida para a fonte de perigo, excluindo tudo aquilo que não seja fundamental, desenvolvendo para tal uma imagem ou uma visão dirigida, uma visão de túnel. Mentalmente, o militar pode dispensar aquilo que considera informação não essencial, e pode até nem se recordar de alguns pormenores, contudo, uma vez neutralizada a ameaça é importante que ele procure outros alvos hipotéticos, a fim de não ser surpreendido por algum pormenor que tenha escapado à sua observação. Isto pode ser 55
facilmente treinável, se, por exemplo, após ter cumprido o objectivo de treino, e antes de voltar a colocar a arma no coldre, continuar-se a apontar a mesma para vários sítios, seg segui uinndo o olh lhar ar,, com como se fos fosse o seu seu prol rolon onga gam ment ento, esp esperan erando do o surg urgim imen entto de al algguém uém que pu pude dess ssee ai ainnda ameaçar. Algo Al go qu quee tamb também ém deve deve ser ser dese desenv nvol olvi vido do é a perc percep epçã çãoo auditiva. Ouvir uma ameaça pode ser tão viável, enquanto indicador de um alvo, como ver uma ameaça, portanto é preciso não a descurar e ter a capacidade de isolar os sons que se produzem à nossa volta, identificando aqueles que são mais ameaçadores, como por exemplo, o armar de uma arma, ou mesmo a introdução de munição na câmara. câ mara. Se tivermos em conta alguns relatórios policiais, referindo situ situaçõ ações es on onde de fora foram m efec efectu tuad ados os di disp spar aros os,, cheg chegar arem emos os à conclusão que mais de 80% ocorreram a uma distância não superior a 7 mts., sendo que metade destas ocorreram a 5 mts. e menos. Em termos tácticos, isto diz-nos que nos devemos preocupar em maximizar a distância a que nos encontramos da ameaça e minimizar a nossa exposição a ela. Quanto maior a distância maior a vantagem para o atirador treinado. Em termos de treino isto diz-nos ainda que a maior parte do mesmo deve ser conduzido a distâncias até 7 mts., em pelo menos 80% das vezes. As situações que envolvam o recurso a arma de fogo são violentas e rápidas. O tempo médio estimado é de 3 seg., sendo que na maior parte das vezes o suspeito está em mov ovim imen ento to.. A mens mensag agem em é clar clara: a: di disp spar aree o mais ais rápi rápido do possível, atingindo o alvo. Não tente acertar no botão do casaco do adversário em 3 seg. Um único tiro no peito em 1.5 seg. é bem mais realista. Deve-se obter o equilíbrio apropriado entre a velocidade e a precisão de acordo com o contexto do problema. Cerca de 70% dos casos ocorrem em ambientes com luz reduzi zidda. O adversár sário teme eme a luz, razão zão pela qual os exercícios de treino não devem ser exclusivamente 56
conduzidos no exterior e em pleno dia. Procure assegurar uma oportunidade para os realizar em condições de luz reduzida, pelo menos ocasionalmente. Fazendo isto estará a trabalhar na reso resolu luçã çãoo dos prob roble lem mas e a enco enconntrar trar as solu soluçõ ções es em ambientes de fraca luz. Para tal é preciso coordenar luz e tiro, em especial se fizer uso de uma lanterna. Mais de 50% das vezes podemo-nos deparar com mais do que um adversário, pelo que convém também efectuar exercícios com mais do que um alvo, e de preferência de vários tipos, colocando-os em vários locais e de preferência escondidos, por forma a dificultar o exercício. Esta sta dificuldade é essencial, pois é disso que o treino trata; treinar o difícil para facilitar o desempenho. O mecanismo de utilização de uma arma para fins defensivos envolve não apenas o acto físico de sacar e disparar mas também a aquisição visual do alvo e a análise mental que determina se é ou não uma ameaça. Esta aquisição visual e anál anális isee menta entall prec preced edee o tiro iro e det determ ermina a rap rapid idez ez da resp respos osta ta nu num ma situ situaç ação ão real real.. A dete determ rmin inaç ação ão da amea ameaça ça depende daquilo que o adversário faz com as mãos ou naquilo que nelas segure. Treine para que aquilo que conduz ao disparo não seja a voz ou o apito de quem está a dirigir o tiro numa carreira mas antes o próprio alvo ou a própria ameaça.
4.2 A ati atitu tude de do mi millita itar no nos tre trein inos os A importância que deve ser dada ao treino faz com que o militar deva ter em conta um conjunto de considerações que contribuem para realçar esta necessidade, sendo elas: •
Quanto maior for o seu à vontade para manusear a arma e com ela fazer fogo, mais liberdade tem para se concentrar exclusivamente no desenrolar da situação para, com o necessário sangue-frio, avaliar e decidir pela utilização (ou não) da arma, contribuindo assim para a salvaguarda 57
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da sua integridade física e de terceiros, actuando em conformidade com a lei; Reconhecer que todos cometemos erros, contudo, todos acreditamos que estamos na posse da verdade. Existe sempre algo a aprender e a melhorar, inclusivé os erros que não se sabem; Reconhecer a tendência para criticar o sistema quando não se obtêm bons resultados; A continuidade apenas é assegurada através do treino. Se não conhecermos a técnica, não a empregamos adequadamente, logo não há continuidade; Um atirador não chega a nada se somente atirar. Para se lograr um bom desempenho e à vontade é preciso treinar; Dosear o esforço, não ir mais depressa que o possível. Queimar etapas no tiro apenas conduz ao fracasso. É preciso percorrer um percurso evolutivo, começando pelo estudo da técnica, e por uma boa preparação física e psíquica; É preciso aprender correctamente as posições de tiro de precisão e corrigir os defeitos pois logo se passará ao tiro sem grande tempo para alinhar miras, o que servirá para qualquer situação, inclusivé as de visibilidade reduzida; A tensão nervosa faz perder muito no resultado. A luta contra o relógio, nos treinos, ajudará a minorar os seus efeitos nocivos; Ao começo do tiro não deve haver tensão, só depois de alcançar um bom nível se deve criar essa tensão para que se aproxime o mais possível da realidade; O atirador deve procurar adoptar uma atitude mental corr correc ecta ta.. Deve Deve esta estarr prep prepar arad adoo para para falh falhar ar,, senã senãoo o desânimo toma dele conta. A realização dos exercícios não deve ser tida como uma obrigação, mas antes como um momento agradável, pelo qual se esperou; es perou; O cumprimento estrito das normas de segurança deve ser tido sempre em atenção mas não de tal forma que vá 58
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conflituar com os objectivos da sessão, derivado à sua sobrevalorização. Uma vez que todos somos profissionais, quem dirige o treino de tiro deve dar o máximo de liberdade a quem executa, supervisionando todas as opera erações que sej seja necessá ssário efectuar, sobretudo em caso de interrupção de tiro, por forma a que o atirador não pense nem sinta que nas suas mãos está algo que é extremamente perigoso; Evitar o excesso de confiança. Quando parece que se sabe sabe dem demasia asiado do,, apar aparec ecee o exce excess ssoo de con confian fiança ça e produzem-se acidentes, por vezes irreparáveis; Conduzir o treino o mais perto possível da realidade. Para tal, é preciso reproduzir situações prováveis, agindo/ reagindo como se fossem reais. É importante movimentar-se, reduzindo a silhueta, e disparar para o tronco e não para a cabeça, pois existe uma maior área onde é provável acertar; Diversificar as situações de treino, por forma a habi habitu tuar arm mo-no o-noss a di dife fere rent ntes es estí estím mul ulos os.. Tal Tal po pode de ser ser conseguido, por exemplo, através de; ♦ Selecção dos alvos para os quais vamos atirar, ♦ Selecção de zonas do alvo distintas, ♦ Adopção de diferentes posições, ♦ Criação de situações de visibilidade reduzida, ♦ Execução do tiro a partir de uma posição coberta, ♦ Etc, No treino de tiro, se o atirador não conhece a arma, deve trabalhar: ♦ Segurança e empunhamento, ♦ Montagem, desmontagem, ♦ Carregar, descarregar, ♦ Resolver possíveis avarias, ♦ Treinar o carregamento. Os dados estatísticos revelam que o recurso a arma de fogo se verifica a distâncias curtas, contudo, cerca de 59
15% parecem ocorrer a distâncias superiores a 50 mts. Portanto é importante conduzir pelo menos 15% do seu treino a partir desta distância. Aqui exige-se uma maior preci precisão são que veloci velocidad dade, e, podend podendo-se o-se aguard aguardar ar alguns alguns segundos até disparar. Isto significa que deve adaptar uma posição o mais equilibrada possível. Neste aspecto, a posição que oferece este equilíbrio e estabilidade é a pos posiç ição ão de jo joel elho hos, s, a qu qual al po pode de ser ser assu assum mid idaa nu num ma questão de segundos, para além de proporcionar maior protecção facilitando a sua ocultação devido à redução da silhueta. O treino de “tiro em seco” é uma das melhores formas arriscamo-nos arriscamo-nos a dizer, dizer, indi indispensá spensável vel - de se conseguir conseguir atingir bons resultados na execução do tiro real. Este tipo de treino oferece-nos algumas vantagens que muitas vezes não são possíveis de conseguir apenas com o tiro real. Destacamos algumas delas: •
Permite o treino individualizado Per ado de cada um dos elementos fundamentais da técnica de tiro (de (desen senvolviment ntoo da posiç sição correcta, trei einno do empunhamento, de alinhamento das miras, do disparo, de respiração e do seguimento); • Não exige perdas de tempo com deslocações à CT; • Pode ser praticado em qualquer local, quer no exterior, quer em recintos fechados; • Possibilita a economia de munições; • Permite o desenvolvimento da condição física específica, através do treino dos músculos empenhados no processo de disparo. Quando o treino é limitado apenas à realização do tiro para alvos, os atiradores não só não chegam a detectar os seus erros como não chegam a corrigir a sua postura. Ao efectuar tiro a curtas distâncias, apesar de ser essencial, permite-se uma larga margem de erro relativamente à técnica de tiro, apesar de se acertar acertar na silhueta. silhueta. Por este motivo, motivo, é necessário 60
efectuar tiro a distâncias maiores – precisão – por forma a darmo-nos conta dos erros que são cometidos. Conforme se pode faci cillmente perceber, o factor mais importante ao nível dos treinos é usar a imaginação para a criação de diferentes cenários. Os exercícios de treino que a seguir se indicam devem ser executados, de preferência, frente a um espelho, por forma a quee o atir qu atirad ador or po poss ssaa corr corrig igir ir-s -se, e, e pela pela orde ordem m in indi dica cada da,, voltando-se ao início sempre que se pretenda avançar na sequência, sequência, repetindo repetindo as vezes necessárias necessárias para se assimilar os movimentos. Para a sua execução torna-se necessário dispor do seguinte material: 1 pistola, 2 carregadores, 5 invólucros e 1 alvo AI 1/EPG, por cada c ada atirador.
4.3 Treino de tiro de precisão são 4.3. 4.3.11 Trei Treino no da da pos posiç ição ão em rel relaç ação ão ao ao alvo alvo O objectivo do exercício n.º 1 é: assumir a posição correcta em relação ao alvo. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Com os olhos fechados ou com a cabeça voltada
para o lado, levantar a arma, na direcção do alvo (referência); • Abrindo os olhos ou rodando a cabeça para o alvo, veri verifi fica carr se a po pont ntar aria ia está está corr correc ecta ta (cen (centr troo do alvo); • Caso não esteja apontada em direcção, deslocar a posição dos pés, fazendo avançar ou recuar o pé direito, conforme o cano se apresente à direita ou à esquerda do centro do alvo, respectivamente (nunca rodar só os braços); • Repetir a operação, de modo a que a arma fique apontada na direcção do centro do alvo;
61
• Para corrigir a elevação, será necessário ajustar a
arma na mão, de modo a que esta fique apontada ao centro do alvo sem qualquer esforço; NOTA: Neste exercício não se deve disparar. 4.3. 4.3.22 Trei Treino no da po posi siçã çãoo e esta estabi bili lida dade de da arma arma O objectivo do exercício n.º 2 é: assumir a posição correcta e estabilizar a arma. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Em frente a uma parede clara, a uma distância de
cerca de 5 metros, apontar a arma a essa parede e procurar a posição em que é mais fácil centrar e estabilizar o ponto de mira, durante períodos até aos 15 segundos; NOTA: Neste exercício não se deve disparar. 4.3. 4.3.33 Trei Treino no de esta estabi bili lida dade de da arma arma O objectivo do exercício n.º 3 é: alinhar correctamente as miras e estabilizar a arma. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Este treino é realizado, colocando uma marca numa
parede clara (círculo de papel preto, círculo pintado a giz, etc.) e apontando a arma a essa marca, procurando a máxima estabilidade das miras; • A dificuldade poderá ser aumentada, aumentando a distância à marca de referência; • De vez em quando, os olhos devem ser fechados dura du rant ntee 2 a 3 seg segun undo doss e aber aberttos de segu seguid ida, a, verificando se a estabilidade por memória muscular se mantém; NOTA: Neste exercício nunca se deve disparar. 62
4.3.4 Treino de de di disparo O objectivo do exercício n.º 4 é: depois de tirar a folga do gati gatilh lho, o, press pressio ioná ná-l -loo suav suavem ement ente, e, sem prod produz uzir ir “gat “gatil ilha hada das” s” (per (perce cepç pção ão do mov ovim imen ento to e peso peso do gatilho): • Aqui o elemento importante é o disparo. Este deve
sair durante uma boa focagem do ponto de mira, mas sem grande preocupação com o alinhamento dos órgãos de pontaria; • O treino é conduzido sem ponto de referência, em frente a uma parede clara; • Também se deve realizar de olhos fechados ou numa sala às escuras; • De início, o atirador deve procurar aperceber-se da folga e peso do gatilho da arma; • Accionar o gatilho várias vezes, tentando produzir um disparo o mais suave possível; • Deve procurar produzir o disparo em tempo útil, ou seja, antes de começar a sentir fadiga por ausência de respiração. Como regra, não deve ultrapassar-se os 10 segundos até à execução do disparo. NOTA: Na execução de exercícios de tiro “em seco”, sempre que se produzam disparos, deverá ser colocado um invólucro na câmara da arma, uma borracha ou esponja entre o cão e o per percu cuto tor. r. Deven Devendo do,, entr entree cada cada 5 di disp spar aros os,, mudar-se de invólucro. Os invólucros podem obter-se facilmente na arrecadação ção de material de guerra. 4.3. 4.3.55 Trei Treino no de de esta estabi bili lida dade de e di disp spar aroo coo coord rden enad adoo O objectivo do exercício n.º 5 é: accionar o gatilho suavemente, sem produzir gatilhadas e sem desalinhar as miras (“jogo miras/gatilho”): 63
• Igual ao exercício 3, mas agora pode-se executar o
disparo; • Dar atenção a que a pressão exercida no gatilho não deve perturbar a estabilidade da arma. Se esta não se verificar, deve-se insistir no exercício 4. 4.3.6 .3.6 Treino da da re respi spiração O objectivo do exercício n.º 6 é: determinar e treinar a capacidade pulmonar. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Em frente a uma parede clara, efectuar o
alinhamento das miras e mantê-lo durante alguns segu segund ndos os,, até até sent sentir ir desc descon onfo fort rtoo e aume aument ntoo da dificuldade em apontar; • Repetir o processo algumas vezes; • De seguida, apontar e disparar dentro do tempo útil, ou seja, antes de sentir cansaço por apneia - falta de oxigénio -. 4.3.7 .3.7 Trei Treino no do “segu seguim imen entto” O objectivo do exercício n.º 7 é: efectuar o “seg “segui uim mento ento”” do di disp spar aro. o. Pa Para ra tal tal deve deve-s -see ter ter em atenção o seguinte: • Tomar a posição de tiro; • Executar o disparo, observando a técnica correcta
de todo o processo de tiro; • Manter as miras alinhadas durante alguns segundos após o disparo, procurando manter a estabilidade das mesmas, e só depois, desfazer a pontaria.
64
4.3.8 Treino in integrado O objectivo do exercício n.º 8 é: efectuar disparos correctos, observando todos os elementos fundamentais para a execução do tiro. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • • • • •
Tomar a posição; Levar a arma à zona de pontaria; Suspender a respiração Alinhar correctamente as miras; Accionar o gatilho, sempre com a preocupação de manter as miras alinhadas e disparar (“miras/gatilho”); • Efectuar o “seguimento”; • Este exercício deve ser executado em 2 fases: na primeira, contra uma parede branca, sem qualquer referência; e, na seg segunda, apontando a uma referência.
4.3.9 .3.9 Trei Treino no div iver ersi sifi fica caddo O objectivo dos exercício que integram este tipo de treino é: diversificar as situações de treino, por forma a mecanizar procedimentos distintos. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Utilizar diferentes posições (disparando, também,
com a mão fraca); • Utilizar diferentes tipos de alvos, ou combinação de alvos.
65
66
4.4
Treino de de ti tiro po policial 4.4. 4.4.11 Trei Treino no da da pos posiç ição ão em rel relaç ação ão ao ao alvo alvo O objectivo do exercício n.º 1 é: assumir a posição correcta em relação ao alvo. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: Este trein reinoo é real realiizado zado colo coloca cand ndoo um al alvo vo AI • Este • • •
•
1/EPG, para cada atirador, numa parede clara, a uma distância de cerca de 5 metros; Com os olhos fechados, levantar a arma, colocando-a na direcção do alvo; Abri Abrinndo os olh lhos os,, veri verifi fica carr se a po pont ntar aria ia est está correcta (centro do alvo); Caso não esteja apontada em direcção, deslocar a posição dos pés, fazendo avançar ou recuar o pé direito conforme o cano se apresente à direita ou à esquerda do centro do alvo, respectivamente (nunca rodar só os braços); Repetir a operação de modo a que a arma fique apontada na direcção do centro do alvo; 67
• Para corrigir a elevação, recordar que o cano da
arma é o prolongamento do dedo (como se fosse para apontar a alguém) e assim não deve apontar para o chão mas sim ao centro do alvo; NOTA: Neste exercício não se deve disparar. 4.4. 4.4.22 Trei Treino no para para “arm “armar ar”” a pi pist stol olaa O objectivo do exercício n.º 2 é: colocar a arma pronta a disparar. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Com a mão direita a empunhar a arma e o dedo
indicador ao longo do guarda-mato, puxar a corrediça à retaguarda e deixá-la -la ir à frente, armando a pistola. NOTA: O carregador deve ser retirado e a arma deve estar com a patilha em posição de tiro, para o cão poder ficar armado. Neste exercício não se deve disparar, mantendo a arma direccionada para o alvo. 4.4.3 Treino do saque O objectivo do exercício n.º 3 é: sacar a arma do coldre. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Sacar a arma do coldre, mantendo os olhos fixos no
alvo; • Mão fraca vai auxiliar no empunhamento, quando a arma já está completamente fora do coldre; • Levar a arma à linha de vista. NOTA: Esta sequência deve ser feita com rapidez, sendo que a arma deve descrever uma trajectória rectilínea, desde que sai do coldre até à linha de vista. 68
4.4. 4.4.44 Trei Treino no da da sens sensib ibil ilid idad adee da folg folgaa do do gat gatil ilho ho O objectivo do exercício n.º 4 é: retirar a folga do gatilho sem executar o disparo. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Levantar a arma e quando esta estiver na direcção
do alvo, retirar a folga ao gatilho. NOTA: Neste exercício não se deve disparar. 4.4. 4.4.55 Trei Treino no do “jog “jogoo Cá-L Cá-Láá-Cá Cá-L -Lá” á” O objectivo do exercício n.º 5 é: habituar a vista a focar às diferentes distâncias. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Fazer, rapidamente, o jogo “Cá-Lá-Cá-Lá” ou seja:
Cá (vista focada num dos órgãos do aparelho de pontaria), Lá (vista focada no centro c entro do alvo); NOTA: Neste exercício nunca se deve disparar. 4.4.6 Treino de de di disparo O objectivo do exercício n.º 6 é: executar o disparo correcto. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Aqui o elemento importante é o disparo, dado que a
folga do gatilho já foi retirada. Pressionar cont contin inua uame ment ntee o rest restoo do gati gatilh lho, o, até até surg surgir ir o disparo. NOTA: Na execução de exercícios de tiro “em seco”, sempre que se produzam disparos, deverá ser colocado um invólucro na câmara da arma e uma borracha ou esponja entre o cão e o per percu cuto tor, r, deve devend ndo, o, entr entree cada cada 5 di disp spar aros os,, mudar-se de invólucro. Os invólucros podem obter-se facilmente na arrecadação ção de material de guerra. Deve ainda ser colocado o invólucro na câmara, e assim sendo já não 69
deve ser puxada a corrediça à retaguarda. Depois do disparo, o atirador só pode regressa essarr à posiç sição inicial ou trocar de carregador e é sobre isso que constam os próximos dois exercícios: 4.4.7 .4.7 Trei Treino no de pos posiição ção in inic iciial O objectivo do exercício n.º 7 é: colocação na posição inicial para o próximo disparo. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Se o atirador conseguir colocar-se -se rápida e
correctamente na posição inicial ganha tempo para pod poder er ob obse serv rvar ar o resu result ltad adoo ob obti tido do.. Assi Assim m deve deve colocar a arma em posição de espera (45º) por forma a quando ouvir a voz de fogo só tenha que levantar a arma. 4.4. 4.4.88 Trei Treino no de troc trocaa de carr carreg egad ador or O objectivo do exercício n.º 8 é: trocar de carregador rapidamente. Para tal deve-se -se ter em atenção o seguinte: • O atirador deve controlar o n.º de tiros dados, com
as munições existentes no carregador. Mas quando chegar à altura de substituir o carregador vazio, por outro municiado, deve fazê-lo com a sua silhueta redu reduzi zida da e mante antend ndoo os “olh “olhos os no alvo alvo”. ”. Este Este treino deve ser conduzido com e sem corrediça à retaguarda. NOTA: O atirador, à ordem, (na Carreira de tiro esta não lhe deve ser dada, visto que a troca se faz quando a corrediça fica retida à retaguarda) simula o retirar do 1º carregador e faz a intr in trod oduç ução ão do 2º, agua aguard rdan ando do orde ordem m para para reiniciar o tiro. 70
4.4.9 Treino diversificado21 O objectivo dos exercícios que integram este tipo de treino é: diversificar as situações de treino, por forma a mecanizar procedimentos distintos. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Utilizar diferentes posições; • Utilizar diferentes tipos de alvos, ou combinação de
alvos; exercícios • Seleccionar deslocamento do atirador.
que
impliquem
4.5 Trei Treino no em ca caso de feri ferime ment ntoo no no bra braço ço Num confronto o militar nunca deve enjeitar a possibilidade de vir a ser ferido num dos braços (ou em qualquer outra zona do corpo). Se tal acontecer, a sua prioridade deve ser procurar uma zona que o proteja, especialmente se não sabe de onde os tiros partiram, pois até o descobrir não poderá contra-atacar. Torna-se assim importante aprender a manejar a arma com a mão fraca, caso tenha sido alvejado e do incidente resulte a imobilização do braço da mão forte. Tal implica não só sacar e atirar mas também recarregar e resolver avarias. 4.5.1 .5.1 Trei Treino no de manu anuseam seamen entto O objectivo dos exercícios que integram este tipo de treino é: manusear a arma com a mão fraca, por forma a mecanizar procedimentos. Para tal deve-se observar a seguinte sequência: 1.º O milit militar, ar, tend tendoo sido sido atingi atingido do no braço braço dire direito ito,, vai ter que fazer uso da arma manuseando-a com a mão fraca; 21
Ver o exemplo dado para o treino da modalidade de tiro de precisão e ver também os exemplos de circuitos práticos no Anexo C. 71
2.º Para tal tal,, vai ter que tirar tirar o fiad fiador or para para a empun empunhar har e preparar para fazer fogo com essa mão.
4.5.2 .5.2 Trei Treino no de rec recar arre rega gam ment ento O objectivo dos exercícios que integram este tipo de treino é: trocar de carregador e introduzi-lo com a mão fraca, por forma a mecanizar procedimentos. Para tal deve-se observar a seguinte sequência: 1.º 1.º O milit militar ar,, tend tendoo sido sido ating atingid idoo no braço braço esquer esquerdo do,, verifica que a corrediça está à retaguarda e que não existem munições no carregador; 2.º Sem tirar os olhos da ameaça, coloca a arma num nu ma po posi siçã çãoo qu quee faci facili lite te o reca recarr rreg egam amen ento to e substitui o carregador vazio por outro municiado22; 22
Após esta operação, o carregador substituído deve ser colocado no mesmo sítio de onde se tirou o outro. 72
3.º 3.º Apó Após esta esta oper operaç ação ão leva leva a corr corred ediç içaa à fren frentte e prossegue o exercício.
4.5. 4.5.33 Trei Treino no de proc proced edim imen ento to em caso caso de avar avaria ia O objectivo dos exercícios que integram este tipo de treino é: resolver uma avaria com a mão fraca, por forma a mecanizar procedimentos distintos. Para tal deve-se observar a seguinte sequência: 1.º 1.º O milit militar ar,, tend tendoo sido sido ating atingid idoo no braço braço esquer esquerdo do,, veri verifi fica ca qu quee exis existe te um in invó vólu lucr croo a im impe pedi dirr o movimento da corrediça para a frente; 2.º 2.º Acto Acto contí contínu nuo, o, redu reduzz a silh silhue ueta ta e tenta tenta reso resolv lver er a avaria. Para tal, utiliza o cinturão ou o calcanhar da bota, a fim de fazer recuar a corrediça para acabar de extrair o invólucro; 4.º 4.º Apó Após esta esta oper operaç ação ão leva leva a corr corred ediç içaa à fren frentte e prossegue o exercício. 73
74
4.6 Trei Treino no de pi pist stol olaa met metral ralhado hadora ra No No trein reinoo da pisto istolla-m a-met etra ralh lhad adoora, ra, reg regra geral eral,, não é aconselhável efectuar tiro de rajada porque rapidamente se fica sem munições. A tendência da própria arma em elevar-se desaconselha-o. Se for treinado, é quase tão rápido apertar o gatilho tiro a tiro, como disparar em rajadas, mesmo que curtas, não havendo necessidade de fazer pontaria a cada disp di spar aro. o. Pa Para ra além além di diss ssoo há um umaa maio maiorr po poss ssib ibil ilid idad adee de atingir o alvo. Apontar e disparar será a base para todo o treino de tiro com pistola metralhadora. Só após se ter vencido esta etapa é que o atirador poderá experimentar outro tipo de exercícios com a arma, os quais podem incluir um género de tiro de precisão, o que certamente conduzirá a um melhor conhecimento da arma por parte do atirador. O treino inicial consist sistee numa série de exercícios de familiarização, os quais consistem em: • • • • • • •
Praticar operações de segurança; Conhecer o funcionamento e capacidades da arma; Desmontar/montar e fazer a manutenção da arma; Exercícios de carregar e descarregar; Procedimentos em caso de avaria; Adoptar posições de tiro, Efectuar tiro. 4.7 Trei Treino no de reso resollução ução de avar avaria iass Sem qualquer dúvida, um dos atributos mais desejados da pistola pistola é a fiabilidad fiabilidade. e. Contudo, Contudo, não existe existe nenhuma nenhuma que seja 100% fiável. Tudo aquilo que o homem faz é sujeito a falhas, muitas das vezes nos momentos mais inoportunos. Sabendo isto é importante aprender e compreender os procedimentos 75
imediatos que se seguem a quaisquer avarias que surjam com a pistola, tentando minimizar não só os riscos de virem a surgir, como também procurando resolvê-los no mais curto espaço de tempo. As avari avarias as têm orig origem em nas nas arma armas, s, mu muni niçõ ções es defe defeit ituo uosas sas,, atirador ou ainda em carregadores defeituosos. Para prevenir o seu surgimento é preciso ter uma pistola devidamente limpa e lubrificada - nas peças devidas - e asse ssegurar que os carregadores e as munições sejam de qualidade. Cada avaria que se verifique há-de ter a sua causa, contudo, no meio da refega não existe lugar para fazer um diagnóstico da mesma. Os seguintes exercícios que se podem fazer para treinar a resolução de avarias permitir-lhe-ão reconhecer as características da cada uma e tomar os procedimentos mais correctos, a fim de as resolver no mais curto espaço de tempo possível. É importante que em todas estas fases a arma seja mantida em linha de vista para não só poupar tempo como também procurar manter uma visão periférica adequada ao controlo da situação. Posição 1 de avaria – Esta avaria resulta de uma falha de disparo. Ao invés de ouvir “pum” ouve-se “click”. Tal pode ser causado por uma munição defeituosa, um percutor partido ou uma falha na introdução de muni niçção na câma âmara. ra. O procedimento a ter é dar uma pancada seca no carregador com a mão fraca para que o mesmo possa ser devidamente introduzido, depois rodar a arma lateralmente para a direita, puxar a corrediça à retaguarda, a fim de sair a munição defeituosa, e deixá-la ir novamente à frente (introduzindo nova munição). Se mesmo assim se manter a falha de disparo, voltar a repetir o mesmo processo. Se após este procedimento ainda se mantiver o mesmo problema então a deficiência pode ser devida ao percutor partido, ou simplesmente o carregador não ter munições !!! Posição 2 de avaria – Esta avaria resulta de uma falha de ejecção, podendo ser causada por um carregador defeituoso, 76
que interfere com a ejecção do invólucro, ou por um ejector (ou extractor) defeituoso. Tal pode ser visualmente detectado pela presença do invólucro que não permite à culatra recuar (o que não permite armar novamente a arma, pelo que o gatilho fica imobili lizzado). O procedimento a tomar é semelhante ao anterior, procurando tirar o invólucro com a mão fraca e deixar ir novamente a corrediça à frente. Esta identidade de procedimentos entre as duas situações ajuda a resolver os problemas surgidos e a manter as coisas simples, fáceis de aprender e mecanizar. Posição 3 de avaria – Esta avaria resulta de uma falha de alim al imen enta taçã çãoo, em resu result ltad adoo do carr carreg egad ador or não ter mai aiss mun uniç içõe ões. s. Tal Tal po podde ser ser faci facilm lmen ente te det detecta ectaddo po porq rquue a corrediça fica à retaguarda não existindo nenhuma munição na câmara e estando o carregador vazio. O procedimento a adoptar será substituí-lo por outro com munições. Posi Po siçã çãoo 4 de avar avaria ia – Esta Esta avar avaria ia veri verifi fica ca-s -see qu quan ando do a corrediça, após ter vindo à retaguarda, não vai à frente, o que se pode dever ao defeito dos lábios do carregador. Apesar de, neste caso, o carregador ter de ser reparado, pode-se tentar resolver esta situação, descendo um pouco o carregador até que a corrediça vá à frente. Deve ainda ter o mesmo procedimento das posições anteriores, fazendo mais duas ou três tentativas para que a corrediça vá à frente. Qualquer um destes exercícios pode ser aperfeiçoado com munições inertes durante a prática de tiro em seco. A melhor forma de prevenir estas avarias é efectuar uma manutenção regu regula larr às arm armas e tran transp spoortar rtar con consig sigo carr carreg egad ador ores es e munições em bom estado. No caso específico dos carregadores devem ser observados periodicamente, em especial, o estado da mola elevadora, do elevador, dos lábios e se o corpo não se encontra amolgado. Aque Aquele less qu quee não não se apre aprese sent ntem em nas nas melho elhore ress cond condiç içõe õess deve devem m ser ser ut util iliz izad ados os para para os trei treino noss e nu nunc ncaa no serv serviç içoo operacional propriamente dito. 77
4.8
Alvos a utilizar Os alvos que actualmente se podem utilizar para treino são mui uito to mai aiss vari variad adoos qu quee as silh silhue ueta tass para para as quais uais os milita mil itares res estão estão habitu habituado adoss a treina treinar. r. Efecti Efectivam vament ente, e, existe existe hoje toda uma panóplia de alvos, com especial relevo para os “sho “shoot ot/n /noo shoo shoot” t”,, isto isto é, alvo alvoss apar aparen ente teme ment ntee id idên ênti tico cos, s, diferindo apenas no facto de uma determinada figura poder aparecer a empunhar uma arma (“shoot” – deve-se fazer fogo) ou um outro objecto qualquer (“no shoot” – não se deve fazer fogo, pois não existe o pressuposto da proporcionalidade de meios). Para além disso, os alvos podem ser estáticos ou móveis, o que ajuda a dar um maior realismo à situação de treino. Os militares devem treinar com variados tipos de alvo por forma a não dar a ideia de rotina, mas sim de diversidade. Esta questão da diversidade, em particular, é especialmente importante pois contribui para uma melhor preparação do militar, possibilitando-lhe uma melhor análise e escolha de solu soluçõ ções es po poss ssív ívei eiss num umaa sit situaçã uaçãoo real real ond ndee possa ossa ser ser necessário utilizar uma arma de fogo. Tendo em atenção o que se referiu anteriormente, a utilização de um alvo táctico ajuda bastante a dar um maior realismo ao exercício de treino, levando o atirador a pensar e a procurar atingir (quando tal for o caso) o alvo na zona demarcada. Relativamente a este pormenor, aconselha-se a evitar os alvos que tenham esta zona muito pequena pois senão o atirador tem tendência a fazer um tiro de precisão e, por isso, a demorar mais tempo, o que numa situação real pode vir a ser fatal. No No caso caso ond ndee não não seja seja po poss ssíível vel adq adqui uiri rirr est estes al alvo vos, s, o formador pode optar por utilizar os alvos SP II, ou outros quaisquer, colando-lhe algumas formas geométricas de cores diferentes (conforme se viu no treino da modalidade de tiro de precisão) ou simplesmente traçando/dobrando uma zona do alvo para a qual se pode/não pode disparar. Pode ainda 78
colocar 3 alvos lado a lado ou 2 em baixo e um em cima ou a diferentes alturas. Na utilização destes exercícios de treino deve-se: • • • •
Procurar alvos com tamanho realístico. Procurar distâncias razoáveis. Criar cenários com base em exercícios vividos. Criar cenários com base em futuros problemas. Se o atirador não puder olhar para o cenário e imaginá-lo como verdadeiro então o exercício de pouco servirá. A chav chavee para ara o trei treino no de “sho “shoot ot//no shoo shoot” t”23 é testar a capa capaci ciddade ade do doss at atir irad ador ores es para para pens pensar ar com com cl clar arez ezaa sob sob situações de stress. Tal pode ser feito colando figuras de armas (“shoot”) no alvo ou outro tipo de figuras (“shoot/no shoot”). O formador pode fazer isto enquanto o formando está de costas e depois depois este recebe a indicação de apenas disparar, por exemplo, para os alvos com quadrados vermelhos ou círculos azuis.
23
Ver Anexo A. 79
5
CORRE ORRECÇ CÇÃO ÃO DE ERRO ERROS S NA EXECU XECUÇÃ ÇÃO O DE TIRO IRO
Tão importante quanto reconhecer os erros cometidos em CT é saber como corrigi-los. Isso implica alguma perseverança e poder analítico por parte do atirador. Mas não basta ter alguma noção teórica sobre o motivo, ou motivos, que pode(m) estar na sua origem. Por vezes é preciso adoptar o procedimento da tentativa erro e ir experimentando até se ter algum sucesso. Só através desta insistência é que será possível chegar a alguma conclusão concreta e definida. Não obstante, existem algumas regularidades na ocorrência dos erros mais comuns. Para a sua correcção, torna-se necessário ter em consideração um conjunto de aspectos que podem exercer influências dist di stin inta tass no resu resullta tado do do dese desem mpenh penho. o. A cons consci ciên ênci ciaa da sua existência e forma de os controlar será um importante auxiliar para o atirador.
5.1 5.1
Causa usas do do des desvi vioo dos dos pro projéct jéctei eiss 5.1.1 Da arma • Vibrações do cano, no momento do disparo; • Demasiado uso do cano (estrias gastas); • Fe Ferr rrug ugem em ou ader aderên ênci ciaa de resí resídu duos os (pól (pólvo vora ra ou
metal) à câmara da arma; • Arma não regulada ou irregularidades no aparelho de pontaria. 5.1.2 Das munições • Diferenças de peso ou dimensões do projéctil; • Diferenças de qualidade ou quantidade da pólvora.
5.1.3 .1.3 Circ Circun unst stân ânci cias as exte exteri rioores res Vento (pod (poder eráá desv desvia iarr a traje traject ctór ória ia ou prod produz uzir ir • Vento instabilidade na arma); 80
• Sol (afecta a utilização correcta do aparelho de
pontaria, pois o atirador dirige, involuntariamente, o ponto ou a alça de mira para o lado mais iluminado. So
5.1.4 Do atirador É aqui que reside a principal causa de “desvio dos projécteis”, visto que o atirador pode não ter adquirido completamente a parte técnica do tiro. Assim, ainda é possível na CT, fazer algumas correcções quando os atiradores estiverem a obter resultados fracos (logo após a sessão de ensaio). Estas devem ser feitas de forma a que o atirador se aperceba dos erros com cometid etidos os.. Não Não bast bastaa di dize zerr-lh lhe, e, é prec precis isoo qu quee ele ele próprio os reconheça, sem a interferência de ninguém. Natureza dos erros De uma forma geral, os erros que se verificam mais comummente apresentam a seguinte distribuição: 3% DEFICIÊNCIAS DO ARMAMENTO
65% COMETIDAS AO PRESSIONAR
20% MAU ALINHAMENTO
81
12% DEVIDO AO SISTEMA
Com Como se po pode de veri verifi fica car, r, o atir atirad ador or é o resp respon onsá sáve vell pela pela ocorrência da maior parte dos erros cometidos. Regra geral, est estes po pode dem m-se -se cl clas assi sifi fica carr em erro erross angu angula lare ress e erro erross paralelos. Os erros angulares têm origem quando o atirador desalinha as miras, concentrando-se em focar apenas o ponto de mira, ou a alça e o alvo. Sucede, então, que o atirador pode estar alinhado com o alvo mas tem um dos elementos do aparelho de pontaria desa esalinhado ado. O resul sultado deste ste desalinhamento causa um desvio no ponto de impacto no alvo que é tanto maior quanto maior for a distância. Por esta razão, este tipo de erro é considerado o mais prejudicial para o atirador, e o mais difícil de contrariar, sendo também o que ocorre com mais frequência.
Os erros paralelos resultam do desalinhamento do aparelho de pontaria com o alvo. Quer isto dizer que o atirador tem as miras alinhadas entre si, mas desalinhadas em relação ao alvo. Este tipo de erro é menos prejudicial para o atirador e menos difícil de contrariar, sendo também o que ocorre com menos frequência. 82
No entanto, outros erros poderão ser cometido pelo atirador. Vejamos, então, quais poderão ser as causas de alguns dos erros mais frequentes. 5.2.1 Impactos distribuídos por todo o alvo sem agrupamento definido Veri Verifi fica ca-s -see qu quan ando do o atir atirad ador or alte altera ra a po posi siçã çãoo do corpo ou o empunhamento em cada disparo. Se a empu empunh nhad adur uraa for for alte altera rada da,, o cont contro rolo lo do gati gatilh lhoo também se modifica, obtendo-se deste modo impactos sempre diferentes. Poderá também ser motivado pelo facto do atirador focalizar o alvo e não o aparelho de pontaria da arma. O atirador deve ter a noção de que: •
Deve encontrar a melhor empunhadura possível. A sua sua im impport ortânci ânciaa deve deve-s -see ao fact factoo de afec afecttar a forma de controlar o gatilho; • A posição de tiro deve ser correcta e a ideal para si. si. A sua sua autom omaatização ção permitirá mantê tê-l -laa inalterável após cada disparo; • O aparelho de pontaria deve ser focado, deixando o alvo na visão periférica. A arma, como instrumento de precisão que é, necessita de ter o aparelho de pontaria perfeitamente alinhado com o local que pretendemos atingir no alvo. Tal só se consegue se o focalizar e não o alvo. Caso contrário, estará a ver a alça e o ponto de mira 83
desfocados, logo aumentados, e como tal, a sua mirada poderá estar a ser feita por qualquer ponto da mancha em que estes estão a ser percepcionados, e não do modo exacto, parecendolhe, mesmo assim, estar a apontar correctamente. 5.2. 5.2.22 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 12H3 12H300 e as as 02H00 02H00 Veri Verifi fica ca-s -see qu quan ando do o atir atirad ador or enca encaix ixaa o pu punh nhoo da arma junto à base do dedo polegar. Ao ser assim empunhad empunhada, a, a arma fica com o rebordo definido definido pelas arestas posterior e lateral direita do carregador, junto à zona hipotenar proximal. Quando efectua o disparo, pux puxan ando do o gati gatilh lhoo subi subita tam mente ente,, cris crispa pa a mão. ão. Os músculos dessa zona, actuando em conjunto com os dedos, empurram lateralmente a arma, fazendo com que a boca do cano suba para o lado direito do atirador. O atirador deve ter a noção de que: •
A empunhadura deve ser feita encaixando a parte posterior do punho no vértice do ângulo formado pela inserção dos dedos indicador e polegar (zona mole); • Para efectuar o disparo deve mover apenas o dedo indicador, permanecendo imóvel o resto da mão; • A pressão sobre o gatilho deve ser lenta e suave. É preferível perder uns décimos de segundo, a fim de controlar correctamente o gatilho, do que falhar o tiro. Em situação de confronto directo, um erro deste tipo pode-lhe custar a vida, ou a de terceiros. 5.2. 5.2.33 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 02H0 02H000 e as as 03H30 03H30 Verifica-se quando o atirador exerce pressão através da falange sobre o corpo da arma, empurrando-a para o lado direito. 84
Outra causa provável será uma empunhadura deficiente. A palma da mão de apoio, ao ser posta muito à frente, e não da forma correcta já referida, também pode ser responsável por este erro. Colocada da forma descr scrita, o seu vector de força não se efec efectu tuar aráá no sent sentid idoo pret preten endi dido do,, mas para para o lado lado direito. Este tipo de concentração poderá advir ainda do facto de colocar qualquer porção da falange ou falanginha do dedo dedo in indi dica cado dorr sobr sobree o gati gatilh lho, o, envo envolv lven endo do-o -o tota to tallmen mente te.. Estar staráá assi assim m a exer exerce cerr doi oiss tipo tiposs de pressão sobre o gatilho. Um provocado pela flexão do dedo, e para a esquerda. O outro, pelo envolvimento do gatilho, e para a direita. Como este último é o dominante, a arma irá deslocar-se no seu sentido. O atirador deve ter a noção de que: •
O dedo dedo po pole lega garr deve deve acom acompa panh nhar ar a arm arma sem sem exercer qualquer pressão. Só a sua base é que actua e apenas para efectivar a empunhadura; • Deve Deve conc concen entr trar ar a aten atençã çãoo na po posi siçã çãoo da mão esquerda. Não esquecer que é a zona de flexão da pal palma ma,, ju junt ntoo à im impl plan anta taçã çãoo do doss dedo dedos, s, qu quee se sobrepõe aos dedos da mão direita. A pressão é efectuada, da frente para trás, sobre a face anterior do punho. Deste modo, a força (de aperto) exer exerci cida da pela pela palm palmaa e pelo peloss dedo dedoss dest destaa mão, ão, necessária para segurar a arma, ficará equilibrada, não provocando desvios; • Só a falangeta do dedo indicador, pela sua porção média, é que pode accionar o gatilho. Como já referido, deve encontrar uma situação de compromisso entre a forma anatómica da sua mão e a arma que utiliza. 5.2. 5.2.44 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 03H3 03H300 e as as 05H00 05H00 85
Verifica-se quando o atirador contrai a mão ao aplicar a pressão no gatilho. Não estando a arma segura com a tensão suficiente, os dedos polegar e mínimo, fazendo excessiva força, são os principais responsáveis por este erro. O polegar empurrando para a direita, e o mínimo, ao pressionar na zona terminal do punho, puxando para baixo. O atirador deve ter a noção de que: empunhadura perfeita, perfeita, a mão direita apenas apenas • Numa empunhadura sustem a arma, cabendo à mão esquerda segurá-la e guiá-la. A força, a aplicar pela mão que empunha, limita-se às bases dos dedos polegar e indicador. Mesmo o dedo médio não pode efectuar pressão excessiva; • Os dedos não devem apertar a arma, como se a quisessem espremer. 5.2. 5.2.55 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 05H0 05H000 e as as 06H30 06H30 Veri Verifi fica ca-s -see qu quan ando do o at atir irad adoor, por sabe saberr qu quee no momento do disparo o coice levantará a arma, dobra o pulso no sentido contrário procurando compensá-lo. Este movimento é puramente reflexo. No momento do disparo, o atirador pressiona exce excess ssiv ivam amen ente te o pu punnho com com os dedo dedoss anel anelar ar e mínimo, provocando um desequilíbrio na arma que se manifesta por abaixamento da boca do cano. Este erro é designado, incorrectamente, de “gatilhada”. O atirador deve ter a noção de que: •
A acção a efectuar sobre o gatilho, deverá ser lenta, suave e progressiva. Só deste modo conseguirá obter um tiro de surpresa, evitando o acto reflexo de antecipação do coice. Com o treino adequado, este movimento passará a ser cada vez mai aiss rápi rápido do,, mas sem sem prov provoc ocar ar al altteraç eraçõões na posição da arma; 86
Numaa empu empunh nhad adur uraa corr correc ecta ta,, a arm arma é segu segura ra • Num apenas pelas bases dos dedos polegar e indicador, e apoiada pela zona de implantação dos dedos da mão. Os dedos médio, médio, anelar e mín mínimo imo limitam-se limitam-se a acom acomppanha anharr a part partee ant anterio eriorr do pun unhho, sem sem exer exerce cere rem m pres pressã sãoo exce excess ssiv iva. a. No mom omen ento to do disparo, estes dedos devem permanecer estáticos. Só o dedo indicador é que irá exercer pressão sobre o gatilho, com o cuidado de não tocar em mais nenhuma parte da arma. Outra das causas pode estar star rel elaacionada com a “gatilhada”, isto é, quando as miras estão alinhadas, instintivamente o atirador pensa em disparar e então o dedo efectua um movimento brusco e forte sobre o gatilho. gatilho. Também Também ocorre ocorre quando quando começamos começamos a apertar apertar pouco a pouco o gatilho e, ao não sair o disparo parece que nos cansamos, razão pela qual exercemos maior força no gatilho produzindo-se dessa forma a “gatilhada”. O dedo não deve perder nunca o contacto com o gatilho pois se não existi stir esse esse contacto aumenta a possibilidades de dar “gatilhadas”. Igualmente se produz porque o ruído da detonação inco in com mod oda, a, tend tendoo assi assim m os meca mecani nism smos os de defe defesa sa preparados. Provocamos então o disparo para aliviar a tensão que produz o estar pendente do disparo do camarada que está ao lado. 5.2. 5.2.66 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 06H3 06H300 e as as 08H00 08H00 Verif Verific ica-s a-see qu quan ando do o atir atirad ador or pu puxa xa repentinamente o gatilho, dada a sua tendência em dar demasiada atenção ao alvo. Assim, devido aos movimentos da mão, o aparelho de pontaria surge-lhe enquadrado com o alvo, 1 em cada 5 segundos, levando87
o a tomar uma atitude expectante. Ao procurar efectuar o tiro no segundo em que tem a mirada correcta, o atirador puxa violentamente o gatilho que, ao ser assim accionado, provoca um desvio para baixo e para a esquerda. O desvio para a esquerda deve-se ao facto de, ao flec flecti tirr o dedo dedo in indi dicad cador or,, este este tend tender er natu natura ralm lment entee (anatomicamente) a deslocar-se na direcção do dedo polegar. O atirador deve ter a noção de que: •
Deve concentrar mais a atenção no aparelho de pontaria deixando o alvo na sua visão periférica. Só assim conseguirá verificar qualquer alteração que eventualmente provoque, tendo hipótese de a corrigir de imediato; • Obterá deste modo a estabilidade da arma necessária para poder efectuar um disparo correcto; • Não se deve esquecer que a pressão no gatilho se deve efectuar de modo uniformemente crescente, mas o mai aiss lent enta po poss ssív ível el,, para para não al altterar erar a posição da arma e conseguir que o tiro o surpreenda. 5.2. 5.2.77 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 08H0 08H000 e as as 09H30 09H30 Verifica-se quando o atirador pressiona o gatilho de uma forma incorrecta. Os atiradores com a mão pequena, ao efectuarem uma boa empunhadura para terem o controlo eficaz da arma, só conseguem alcançar o gatilho com a ponta do dedo indicador. Ao accionarem-no, a pressão exercese sobre a sua aresta lateral direita, e não na porção anterior. Em relação a atiradores com a mão ou dedos com comprid pridos os,, este este erro erro é mot otiv ivad adoo po porr ut util iliz izar arem em a 88
falanginha ou a dobra existente entre esta e a falange para pressionarem o gatilho, mas sem o envolverem. Em ambas as formas anteriores, o atirador empurrará o gatilho para a esquerda em vez de o puxar em linha recta para trás. Finalmente, a mão esquerda, que deve apoiar e guiar a arma, também pode provocar este tipo de erro se a sua colocação for deficiente. Se colocarmos a palma da mão muito atrás, em vez de ficarmos com a base de implantação dos dedos a pressionar na face anterior da coro coronh nha, a, serã serãoo as fala falang nges es a fazê fazê-l -lo. o. Dest Destaa form formaa serão os dedos a exercer maior pressão, puxando a arma para a esquerda. O atirador deve ter a noção de que: •
Deve Deve ut util iliizar zar a part arte média édia da fala falang nget etaa para ara pressionar o gatilho, exercendo uma acção lenta, suave, crescente e em linha recta da frente para trás; • O dedo nunca empurra o gatilho, e, ao inserir-se nel nele, a fal falang anget etaa deve deverá rá faze fazerr com com o sent sentid idoo longitudinal do corpo da arma um ângulo de 90º; • Nos casos de atiradores com mãos desproporcionadas em relação à arma que utilizam, deverão, em pretérito de uma boa empunhadura, encontrar uma situação de compromisso empun empunhad hadura/ ura/arm arma, a, que lhes lhes permi permita ta efectu efectuar ar o controlo do gatilho da forma descrita; apoio • As zonas tenar e hipotenar da mão de apo deverão cobrir a platina esquerda, de modo a que seja a zona de flexão da palma - inserção dos dedos – a pressionarem, da frente para trás, a parte anterior do punho. 5.2. 5.2.88 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 09H3 09H300 e as as 11H00 11H00 89
Verifica-se quando o atirador, por saber que, ao ser defl deflag agra rada da,, a arm arma irá irá subi subir, r, nu num ma tentativa de amortecer a violência do seu impacto, começa a executar este movimento quando ainda está a pressionar o gatilho. Por sentir o momento em que o cão ultrapassa o ressalto que lhe permite vir à frente para embater no percutor, o atirador larga violentamente o gatilho. Sendo estes movimentos simultâneos com a deflagração, vão alterar a posição da arma, fazendo-a saltar para cima e para a esquerda. O atirador deve ter a noção de que: • Não deve antecipar o movimento provocado pelo
coice antes dele existir. Deverá efectuar a força necessária e suficiente com a mão esquerda para não deixar que a arma levante muito. Isto consegue-se se a mão esquerda pressionar a direita para trás, mantendo o cotovelo em direcção ao solo; • Após a deflagração, o gatilho deve ser seguido pelo dedo indicador no seu movimento de recuperação. Quer isto dizer que, ao ir à frente, o dedo não perde o contacto com o gatilho, deixando-o armar de forma lenta e suave. 5.2. 5.2.99 Impa Impact ctos os con concen centr trad ados os ent entre re as as 11H0 11H000 e as as 12H30 12H30 Verifica-se quando o atirador coloca a arma com a ares aresta ta po post ster erio iorr di dire reit itaa do pu punh nhoo ju junt ntoo à zona zona de flexão da mão. Nesta posição, ao apertar o punho no instante que antecede o disparo, o atirador empurra-o com a palma da mão – empalmar -. Como o eixo de rotação da arma se encontra na junção do punho com a carcaça, a 90
boca do cano é elevada. Ao aperceber-se -se deste ste movimento, a atenção do atirador é desviada para o ponto de mira, foca-o, recentrando a pontaria apenas por ele. Como a alça baixou mas está desfocada, o atirador não toma consciência do erro, pois vê o ponto de mira no centro do alvo. O atirador deve ter a noção de que: •
Ao fazer a pontaria, deve manter sempre focados com nitidez quer a alça quer o ponto de mira, principalmente no lapso de tempo que antecede o disp di spar aro. o. Só assi assim m se cons conseg egui uirá rá aper aperce cebe berr das das alterações da mirada que possam advir, e corrigilas atempadamente; • Deve empunhar a arma convenientemente, o que lhe proporcionará o seu correcto controlo. No caso vertente, e para que os músculos da palma da mão não interfiram com a estabilidade da arma, não se po pode esq esquece uecerr qu que, e, a empu empunnhad hadura ura dev deve ser ser cons conseg egui uida da atra atravé véss de um umaa press pressão ão limi limita tada da da mão mão direit direita, a, devida devidamen mente te acomp acompanha anhada da da mão mão esquerda.
5.2 5.2
Corr Correc ecçõ ções es a efec efectu tuar ar pelo pelo Ofici ficial al de Tiro Tiro 5.3. 5.3.11 Conf Confir irma marr o alin alinha hame ment ntoo do apa apare relh lhoo de pon ponta tari riaa • Mostrando a figura correspondente ao aparelho de
pontaria
91
Na pist istol ola, a, por exem exempl plo, o, a persp erspec ecttiv ivaa que o • Na atirador deve ter da mirada aos 10, 15 e 20 mts. É, sensivelmente, a seguinte:
10mts.
15mts.
20mts.
Como, à medida que a distância aumenta se torna mais difícil enquadrar o ponto de mira na zona de pontaria, o resultado traduz-se -se numa mai aioor dispersão. 5.3.2 .3.2 Fo Follga do gat atil ilho ho e di dispar sparoo Depois da ses sessão são de ensai saio, aproveitando o • Dep intervalo após a colagem de pasti stilhas, e não havendo ninguém à frente dos atiradores, isolar um dos piores atiradores e chamar os rest estantes, informando-os de que, quando este atirador estiver a disparar, devem ter especial atenção ao gatilho e ao cano da arma; • De seguida, chamar o atirador que não obteve bons resu result ltad ados os,, fing fingir ir qu quee vai vai mun unic icia iarr-lh lhee a arm arma (introduzindo um invólucro na câmara), dizendolhe que se enquadre com o alvo e faça um disparo; • É quase certo que este atirador vai dar uma gat gatilha ilhada da (o can cano vai bai baixar, xar, no mom omen entto do 92
dispar disp aroo) fact factoo qu quee tod odos os os ou outtros ros at atiirad radores ores poderão confirmar;
• Explicar ao atirador onde errou, e demonstrar-lhe o
jogo jogo Miras/G Miras/Gati atilho lho ou Cá-Lá-C Cá-Lá-Cá-L á-Lá, á, deixan deixandodo-oo disparar duas ou três vezes “em seco” (até que o cano não se mova ao disparar); • Arg Argum umen enttand ando que se vai proce rocede derr à tro troca do invó in vólu lucr cro, o, in intr trod oduz uzir ir um umaa mun uniç ição ão na câma câmara ra,, dizendo-lh -lhe para efectuar mais um disparo, utilizando toda a técnica vista anteriormente; • Assim, o resultado obtido com este disparo, será bem melhor que os antecedentes, dando confiança ao atir atirad ador or e demon demonst stra rand ndoo aos aos rest restan ante tess como como poderão melhorar o seu tiro. 5.3. 5.3.33 Exer Exercer cer dema demasi siada ada forç forçaa nos nos dedo dedoss ao di disp spara arar r • Para detectar este erro, é necessário que o atirador
dispare “em seco”. Para se corrigir, basta relembrar-lhe que a arma deve ser empunhada com a força necessária para se cumprimentar alguém; não resu resullta tar, r, ob obri riggá-l á-lo a emp empun unhhar a arm arma • Se não apenas com o polegar e o indicador, mantendo os restantes dedos afastados do punho, e disparar uma ou duas vezes. 93
94
SEGURANÇA E CONDUTA PESSOAL “Um Uma a bri brinca ncadeir deira a com uma arma de fogo ogo acab acabou ou da pior ior maneira num bar em Grândola, com um soldado da GNR a Correio io da desf desfec echa harr um tiro tiro na sua sua próp própri ria a cabe cabeça ça,, soub soubee o Corre Manhã. O acidente teve lugar por volta da uma hora da manhã de ontem num bar da vila de Grândola e foi presenciado por um colega da vítima e um grupo de mais de cinco pessoas. Os dois soldados da GNR, ambos a prestar serviço no posto territorial de Grândola, estavam a conversar sobre armas de fogo, quando, um deles pediu ao colega a arma pessoal emprestada para, segundo consta, mostrar um “truque novo”. Fon Fonte te do Coma Comand ndo o Ge Gera rall da GNR diss dissee que que o guar guarda da Luís Luís Fernando Branco Nunes, de 29 anos, alistado na corporação desde 1993 retirou as munições que estavam no tambor do revólver. Todavia, tudo leva a crer que uma bala .32 ficou esquecida no tambor e quando o militar levou o revólver à cabeça e premiu o gatilho foi atingido mortalmente, perante a estupefacção de todos os presentes. O militar da GNR ainda foi evacuado para uma unidade hospitalar, mas chegou cadáver. O mesmo responsável do Comando Geral da GNR, em Lisboa, adiantou que o soldado falecido estava fora de serviço, assim como o camarada. Recorde-se que este não foi o primeiro acidente com armas de fogo manuseadas por agentes de autoridade em aparentes brincadeiras brincadeiras que acabam por culminar em morte.”
In Correio da Manhã de 17DEC96
5. A SEG SEGURA URANÇA NÇA NO US USO O DE DE ARM ARMAS AS DE FO FOGO GO Talvez este exemplo sirva de alerta quando não é atribuída a devida importância a um princípio irredutível que deve estar sempre presente em todos aqueles que fazem uso de armas de fogo, com especial incidência nos militares de uma Força de Segurança. A segurança é, efectivamente, uma das suas principais 95
responsabilidades. A inobservância das suas mais elementares regras pode conduzir à situação que aqui se s e reproduz. A segurança é um conceito que aparece intimamente ligado ao de arma de fogo. Com efeito, se perguntarmos a alguém o que tem a dizer sobre as armas de fogo, aquele que se sente incomodado com o assu assunnto di dirá rá que tod odas as as arm armas são são peri perigo gosa sas. s. Est Esta opi pini nião ão é partilhada por aquele que a elas está habituado, pois caso o não foss fossem em seri seriam am in inúúte teiis. Na real realiidade dade,, as arm armas, as, po porr si só, só, são são ferramentas inofensivas e inertes, até que alguém lhes toque, razão pela qual se costuma dizer que não existem armas perigosas, as pessoas é que são perigosas. Uma pessoa qualquer que veja uma arma carregada pode-a considerar perigosa, contudo a segurança é da responsabilidade do utilizador e não tanto de quem o está a observar. A segurança com as armas de fogo deve significar que apenas o adversário, ou o alvo de papel que se encontra numa carreira de tiro, se encontra em perigo de vir a ser alvejado, e nada nem ninguém para além disso. A segurança - a todos os níveis -, é um processo mental que deve ser aprendido e praticado para que seja efectivo. Os acidentes que ocorrem não podem ser ser prevenidos com leis ou sist sisteemas de segurança demasiado seguros que tornem as armas de fogo em instrumentos de pouco valor táctico, ou mesmo inúteis. Os acidentes com estas armas são são causa ausaddos pela inépcia e pelo descu scuido negligente do seu manuseamento, por intermédio de pessoas que não possuem o necessário estado de espírito que lhes permita ter esta preocupação sempre presente. As armas não disparam por elas próprias, alguém, ou algo, faz com que elas disparem. As armas que são disparadas inadve inadverti rtidam damente ente ou aciden acidental talmen mente te causam causam grande grandess embara embaraços, ços, quando não, tragédias. Quando tal acontece torna-se mais fácil para o prevaricador culpar a arma que admitir o erro e aceitar a responsabilidade do mesmo. Disparos acidentais não são de forma alguma “acidentes”, eles são causados pela negligência e devem antes ser sempre apelidados de disparos negligentes. Esta constatação remete-nos para a conduta pessoal do militar, para a sua atitude, assunto a abordar mais à frente. 96
A fim de minimizar a ocorrência deste tipo de disparos, o ensino da moderna técnica de tiro tem reservado uma parte dedicada em exclusivo à compreensão das regras de segurança. De entre todas as que possamos considerar, talvez a mais importante, a regra de ouro relativamente à segurança, é: nunca colocar o dedo no gatilho, a não ser quando pretenda fazer tiro. Não obstante a sua importância, e uma vez que as regras devem ser vistas numa perspectiva de complementaridade, aqui ficam quatro sugestões claras, concisas e fáceis de lembrar: • Regra um: Todas a armas estão sempre carregadas . Temos muito mai aiss con confiança com uma arma rma que sabemos esta star carregada, pois se tal não acontecer tornam-se inúteis. Por esta razão devemos sempre partir do pressuposto de que a arma está sempre carregada; • Regra dois: Nunca aponte a arma a ninguém, se não for para fazer fazer tiro tiro. Se alguém lhe apontar a arma tem de partir do pressuposto de que está pronto para o atingir, pelo que tem todo o moti mo tivo vo para para reagi reagirr agre agress ssiv ivam amen ente te cont contra ra ele( ele(a) a).. Quan Quando do tal tal sucede, a desculpa habitual é que “a arma não está carregada”. Deveria então ter em atenção a regra um. Uma excepção a esta regr regra, a, ocor ocorre re qu quan ando do,, po porr razõ razões es evid eviden ente tes, s, não não se pret preten ende de disparar sobre o adversário, mas torna-se necessário intimidá-lo ou dar-lhe a ordem de largar a arma que tiver empunhada. Se por acaso se confirmar que a pessoa está inocente ou não há razão para continuar com aquele procedimento, então baixa-se a arma. Contudo, quaisquer problemas poderão facilmente ser prevenidos, através da observação da regra três; • Regra três: Mantenha o dedo fora do gatilho até que as miras estejam no alvo. Lembre-se que num cenário táctico, as miras ainda não estarão no alvo, sendo esta a última possibilidade que há de prevenir quaisquer tiros inadvertidos. Mesmo (e sobretudo) em deslocamento o dedo que acciona o gatilho deve estar sempre colocado ao longo do guarda-mato;
97
• Regra quatro: Certifique-se do seu alvo e do que está por trás dele. Não dispare para um som ou um barulho, certifique-se sempre que se trata do alvo para o qual quer atirar. Conforme se pode facilmente concluir, nenhuma destas regras se baseiam em dispositivos de segurança, mas antes num adequado estado de espírito o qual deve ser sempre observado quando se manuseiam armas.
1.2
Instruçõe ções de segurança A preocupação com a segurança começa logo que se toma contacto com uma arma. Mas antes de a manusear deve ler-se atentamente o manual de instruções, com particular atenção às medi diddas de seg segurança preco econizadas, o que permite ao util ut iliza izado dorr conh conhec ecer er tu tudo do aqui aquilo lo qu quee o fabr fabric ican ante te cons consid idera era essencial para uma correcta utilização da sua arma. A razão para tal é, fundamentalmente, evitar que um manuseamento impró próprio prio ou desc descui uiddado ado da arm arma po poss ssaa resu result ltar ar no tiro tiro inesperado (não intencional) podendo, em consequência, causar ferimentos, danos patrimoniais ou mesmo a morte do atirador ou de outra qualquer pessoa. As mesmas consequências podem também advir de modificações não autorizadas, corrosão, ou utilização de munições danificadas ou não aconselhadas. Apesar das armas serem testadas, inspeccionadas e empacotadas antes de saírem da fábrica, o fabricante aconselha sempre ao potencial utilizador de a inspeccionar cuidadosame amente te,, a fim de se assegurar de que não est está carr carreg egad adaa ou avar avaria iadda, refo reforç rçan anddo assi assim m a preo preocu cupa paçã çãoo relativamente à segurança. Conforme Conforme se pode constatar, constatar, o próprio próprio fabricante fabricante chama chama desde logo a atenção do utilizador para que confirme se a arma está ou não descarregada, uma vez que, sem a menor dúvida, uma arma descarregada e em segurança é a arma mais segura. Neste aspecto particular, mais que em qualquer outro, todo o cuid cuidad adoo é po pouc ucoo. O mili ilita tarr deve eve te terr extr extrem emoo cuid cuidad adoo ao manusear a arma. Como é sabido, e de acordo com o artigo 98
transcrito, os acidentes ocorrem muito rapidamente e ferir ou matar alguém pode ter consequências muito graves. Para segurança do utilizador e de terceiros, é sempre conveniente proceder de acordo com as seguintes instruções de segurança: • Nunca esquecer que uma arma de fogo é um instrumento de
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defesa, pelo que só deve ser utilizado para repelir uma agre agress ssão ão actu actual al ou im imin inen ente te,, em legí legíti tima ma defe defesa sa ou de terceiros, esgotados que tenham sido quaisquer outros meios para o conseguir; O utilizador de qualquer arma de fogo deve estar perfeitamente apto a manuseá-la, conhecer o seu funcionamento, montagem e desmontagem e a efectuar as operações de segurança; Todo o militar deve estar seguro de que conhece e sabe pôr em prática os princípios da técnica de tiro; Quando pega egar na arma rma manuseá seá-la -la sem sempre como se estivesse carregada; Não confie na memória nem na palavra de alguém. Uma arma deve sempre considerar-se como estando carregada e pronta a fazer fogo, até ao momento em que o utilizador se asseg segure pessoa soalm lmeente do contrário rio, executando as operações de segurança; Excepto em situações de serviço que assim o exijam24, uma arma de fogo deve ser sempre transportada em segurança e sem munição introduzida na câmara; Intr Introd oduz uzaa apen apenas as a mun uniç ição ão na câma câmara ra qu quan ando do esti estive ver r pronto para atirar a um alvo conhecido e seguro; Sem Se mpre qu quee empu empunh nhar ar um umaa arm arma, qualq ualque uerr que seja seja o propósito, aponte-a numa direcção segura, desarme o cão e verifique se está descarregada;
Estas situações situações são as decorrentes decorrentes do enquadramento enquadramento legal (em particular particular o DL n.º 457/99 de 05 de Novembro). A ordem de introdução de munição na câmara será dada pelo Cmdt da força que estiver empenhada ou, na sua impossibilidade, deverá ser o próprio militar, mediante a análise que fizer da situação envolvente, a decidir. 99
• Nunca apontar a arma a alguém ou algo - excepto em •
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situações imperiosas de serviço -, se não pretende fazer fogo, mesmo sabendo que está descarregada; Nunca aceite, devolva ou pouse uma arma sem que esteja descarregada, com o cão desarmado e com o tambor aberto (no caso dos revólveres); Verifique com frequência o estado de conservação e limpeza da sua arma, pois só assim poderá prevenir futuras avarias, quee teri qu teriam am cons conseq equê uênc ncia iass grav graves es em situ situaç ação ão de cris crise. e. Tenha especial atenção ao bom funcionamento e deso desobs bstr truç ução ão do carr carreg egad ador or,, corr corred ediç iça/ a/cu culat latra ra,, câmar câmaraa e cano; Ao te term rmin inar ar o serv serviiço, ço, se po posssíve sívell, guard uardee a arm arma na arrecadação de material de guerra; Não leve a arma para a caserna, nem a deixe guardada no armário; Não se iniba de chamar à atenção ou repreender um seu camarada ou subordinado, sempre que verificar que estão a ser desrespeitadas as normas elementares de segurança; Ao guardar a sua arma em casa, descarregue-a e efectue as oper op eraç açõe õess de segur seguran ança ça,, colo coloqu que-a e-a nu num m lo local cal on onde de seja seja inacessível a qualquer outra pessoa, em especial a crianças, de preferência num compartimento fechado à chave. A arma e as munições devem ser guardadas em locais separados; Não abandone nunca a sua arma, pois pode ser usada contra si; Nunca deixe a arma em local onde possa ser facilmente furtada, como por exemplo no porta-luvas do carro; Quando trajar à civil, transporte a sua arma num local dissimulado. Deve de preferência usar uma “sovaqueira”; Nunca trepe ou salte um obstáculo, com munição introduzida na câmara da arma; De igual modo, nunca a aponte para si agarrando na boca do cano; 100
sportar a arma na mão, nunca deixe que • Quando transpo • • • • •
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qualquer parte da mão ou outro objecto toquem no gatilho; Nunca deixar a pistola pronta a fazer fogo, se essa não for a sua intenção; Utilize sem sempre munições de qualidade e do calibre apropriado para a sua arma; Nunca ingira bebidas alcoólicas ou drogas antes ou durante a realização do tiro; Utilize sempre óculos de protecção e protectores de ouvidos durante o tiro; Tenha sempre a patilha de segurança em segurança e o cão abatido, apenas alterando esta posição quando estiver pronto para fazer tiro. Mantenha a arma apontada numa direcção segura - linha de alvos ou espaldão - quando colocar a patilha de segurança em fogo; Contar os disparos para saber as munições que ficam no carregador, para que se possa, numa acção rápida, trocar de carregador enquanto existe munição na câmara; Mantenha-se fora da zona normal de ejecção dos invólucros, afastando da mesma eventuais camaradas que estejam perto de si; Nunca premir o gatilho ou colocar o dedo no guarda-mato, se não tiver em condições de apontar a um alvo e fazer fogo; Tenha sempre absoluta certeza quanto ao seu alvo e à zona por detrás dele, antes de premir o gatilho. Um projéctil pode per perco corr rrer er um umaa di dist stân ânci ciaa de vári várias as deze dezena nas/ s/ce cent nten enas as de metros, para além do alvo - se o espaldão não o retiver -; Nunca dispare contra uma superfície dura, como rocha ou aço, ou uma superfície líquida, como água; Nunca dispare perto de um animal, a não ser que esteja treinado para aceitar o som produzido; Nunca incorra em “brincadeiras” quando tiver a sua arma empunhada; Em caso de falha de disparo, mantenha sempre a arma apontada ao alvo, ou para uma área segura, e espere 10 seg. 101
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Se por acaso ocorreu uma falha na ignição da munição, retardando a mesma, o disparo pode ocorrer passados 10 seg. Se, após transcorrido este tempo a situação se mantiver, accione novamente o gatilho. Se mesmo assim não ocorrer o disparo, e o motivo não seja visível (como poderia acontecer se não tivesse havido extracção completa, e o invólucro estivesse a impedir a introdução da munição seguinte) devese proceder de acordo com a seguinte sequência: ♦ Colocar a patilha/comutador de segurança em segurança, ♦ Retirar o carregador, ♦ Puxar a culatra/corrediça à retaguarda, ♦ Retirar a munição e examiná-la, a fim de determinar se houve ou não percussão. Se não houve, a causa pode ficar a dever-se ao percutor estar partido, pelo que é aconselhável fazer com que a arma seja observada pelo mecânico de armamento. Se houve, a causa é a munição. Assegure-se sempre que a sua arma não está carregada antes de a limpar ou guardar; Não efectue modificações na arma, pois o mecanismo de segu segura rannça e o seu seu própr rópriio func funciion onam amen ento to po poddem ser ser afectados; Tenh Tenhaa sem sempre pre part partic icul ular ar aten atençã çãoo a sina sinais is de corr corros osão ão,, utilização de munições danificadas, deixar cair a arma no chão, ou outro qualquer tipo de tratamento inapropriado, pois tal pode causa ausarr est estragos imperce rceptív tíveis. Se tal acontecer entregá-la ao mecânico de armamento da Unidade para que seja vista; Nunca abusar da utilização da arma, para fins distintos da realização de tiro (real/“em seco”); Não deixe que lhe aconteça a si, ou junto de si, acidentes em que posteriormente diga ou oiça dizer “pensava que a arma estava descarregada!...”; NÃO LEIA apenas estas regras básicas!, PRATIQUE-AS e obrigue quem estiver junto a si a fazê-lo. 102
Pense sempre que o primeiro e mais importante aspecto da segurança de qualquer arma é o atirador. Todos os dispositivos de segurança são mecânicos e o atirador é o único que põe a arma em fogo/segurança. Não confie naqueles dispositivos, pense de forma prevista e evite situações que possam provocar acidentes. Pelo facto das armas se distinguirem pelo seu manuseamento, o atirador nunca deve disparar com a arma antes de com ela se ter familiarizado. É necessário estudar o seu funcionamento e praticar o seu manejo, sem a carregar - exercícios “em seco” -, para se familiarizar com ela.
1.3
Operações de de se segurança Tal como o próprio nome indica, as operações de segurança consistem num conjunto de procedimentos sistematizados cujo objectivo é garantir ao atirador que a sua arma se encontra em segurança. Inde Indepe pend nden ente teme ment ntee de no nout utro ross casos casos serem serem nece necessá ssári rias, as, as oper op eraç açõe õess de segu seguran rança ça exec execut utam am-se -se ob obri riga gato tori riam ament entee nas nas seguintes situações: • Sempre que se manuseia uma arma; • Sempre que se levanta ou entrega a arma na arrecadação, no
acto da sua recepção ou guarda; • Antes e depois da limpeza; • Antes de executar qualquer operação de desmontagem; • Imediatamente após a execução de tiro; • Após o regresso de qualquer serviço em que se utilize a arma; • Ao entregar a arma a um camarada por motivo de serviço. A fim de verificar se uma arma está descarregada, as operações deverão ser executadas respeitando a seguinte sequência: • Colocar a patilha de segurança/comutador de tiro na posição
de segurança; • Retirar o carregador; 103
•
• • • • •
1.4 1.4
Puxar a corrediça/manobrador à retaguarda para verificar se existe munição na câmara, verificação essa que deverá ser visual e física25 (pela introdução do dedo na câmara); Levar a corrediça/manobrador à frente; Colo Coloca carr a pat atiilh lhaa de segu segura ranç nça/ a/co com mut utad ador or de tiro tiro em posição de tiro; Efectuar um (e só um) disparo de segurança em direcção segura; Voltar a colocar a patilha de segurança/comutador de tiro na posição de segurança; Introduzir o carregador, verificando se este está desmuniciado.
Segu Segura ranç nçaa na Carre arreir iraa de Tiro Tiro As reg regras ras de segu segura ranç nçaa enun enunci ciad adas as devem evem ser tid idas as em consideração quando nos encontramos numa Carreira de Tiro (CT), local destinado à prática de tiro. De entre elas, sublinham-se as que se seguem, com alguns procedimentos específicos. 1.º Na CT, todos os procedimentos são ordenados por quem dirige o tiro; 2.º É expressamente proibido manejar as armas sem ter sido para tal autorizado; 3.º Na CT é obr obrigatório o uso uso de pr protectores de ouv ouvidos (auriculares) já que: • O som, que é uma perturbação periódica e agradável,
por vibração do ar, converte-se em barulho ou ruído, quando a sua tonalidade, timbre e intensidade aumentam até alcançar níveis que o tornam desagradável; 25
Esta verificação física auxilia o atirador a reconhecer a sensação que lhe é tra transmi nsmiti tida da pelo pelo toqu toquee do dedo dedo nu numa ma câma câmara ra com/ com/se sem m mu muni niçã ção. o. Isto sto é particularmente importante quando se conduzem operações em condições de fraca visibilidade. 104
• A quantidade mínima de décibeis (dB) de um disparo é,
entã então, o, um ruíd ruído, o, po pois is atin atinge ge,, no norm rmalm alment ente, e, valo valore ress acima de 115 dB, valor esse sse que se enquadra na chamada “zona muito perigosa de audição”, como se pode observar no quadro seguinte:
Grau de perigo para a audição humana Zona muito perigosa Zona perigosa Zona desagradável Zona agradável
• • • • • •
Exemplo e décibeis registados Reactor de avião (120/140 dB) Disparo (110/120 dB) Banda Rock (100/110 dB) Walkman (90/100 dB) Trânsito de uma cidade (70/90 dB) Conversação normal (45 dB)
• Se ao ruído provocado pelo disparo (que acaba por
destruir as células responsáveis pela transformação das vibrações sonoras em impulsos nervosos), juntarmos a destruição que essas células sofrem à medida que a idade dade aum aument enta, con concl clui ui-s -see que est estão reu reuni nida dass as condições para o aparecimento da surdez; • Todo o atirador deve, aquando da execução das tabelas de ti tiro ro,, usar sar di disp spos osiitivo tivoss para ara lim limitar itar esse esse ruí ruído do,, pro provo voca cado do pelo peloss di disp spar aros os,, tais tais como como prot protect ector ores es de ouvidos ou tampões-esponja. Quando tais dispositivos não existi existirem rem,, poderã poderãoo ser uti utiliz lizada adass duas duas mu muniç nições ões calibre 9 mm, obtendo-se um efeito similar.
105
4.º
Quando não não est estão a ser ma manuseadas, as ar armas dev devem estar com: corred ediiça/ ça/cul culat atra ra à ret retagu aguarda arda (ou, (ou, no caso caso dos • A corr revólveres, com o tambor aberto); • A patilha/comutador de tiro em segurança e visível; • Cano direccionado ao alvo – quando não estiverem nos coldres -; • Jane anela de eje jeccção virada ada para cima (Espingarda Automática G-3 e pistolas metralhadoras);
É ainda admissível que as pistolas sejam transportadas nos coldres, mas sempre com a corrediça à retaguarda, sem munição na câmara e sem carregador. As pistolas apenas não estão assim acondicionadas aquando da execução de tiro. Cabe a quem dirige o tiro determinar qual a modalidade a adoptar. 5.º Mesmo dep depois da ex explicação do ex exercício, em ca caso de de dificuldade de compreensão, é importante realizar uma sessão de ensaio de tiro “em seco”; 6.º Quando for ordenado o sacar da arma (na modalidade de tiro policial) esta deve ficar dirigida para a frente e para o solo, com uma inclinação de 45o; 7.º Enquant anto o at atirador nã não es estiver a ex executar o titiro, de d e ve mante manterr o dedo dedo in indi dica cado dorr ao lo long ngoo do gu guar arda da-m -mat ato, o, evitando assim disparos involuntários; 106
8.º
No ca caso de de se se ef efectuar ti tiro co com mo movimento, um um me meio expedito para reforçar as condições de segurança, a fim de evitar um disparo fortuito, é colocar o dedo polegar da mão fraca (mão que auxilia aquela que empunha a arma) entre o cão e o percutor.
9.º
Para rea realizar qua qualquer ope operação ção, nu nunca ap apontar a arm arma em outra direcção que não seja a do alvo;
107
10.º
Durante a execução do tiro com pistola, evitar o “hábito” de, após o disparo, observar o alvo, apontando a arma para o próprio pé do atirador;
11.º
Ter particular atenção à colocação do dedo polegar esquerdo sobre o outro polegar e nunca sobre o pulso direito (pois a corrediça ou o cão, ao virem à retaguarda podem ferir a mão esquerda do atirador);
108
12.º
Durante a execução do tiro com espingarda ou com pistolas metralhadoras, os atiradores esquerdinos devem ter ter part partic icul ular ar aten atençã çãoo à colo coloca caçã çãoo do dedo dedo po pole lega gar r direito (nunca sobre a janela de ejecção);
13.º
A execução de tiro não deve ser conduzida em ambi ambien ente te repr repres essi sivo vo,, de mane maneir iraa a perm permit itir ir qu quee os atiirado at radore ress est estej ejam am con concent centra raddos na exec execuução ção das técnicas e na observação dos cuidados de segurança. Ao contrário do que por vezes se pensa, um ambiente de tensão e nervosismo26 conduz facilmente à perda de segu segura ranç nça, a, além além de se refl reflec ecti tirr nega negati tiva vam mente ente no noss resultados do tiro. Quan Quanddo houver qualquer interr errupção na execução do tiro, tomar sempre os seg seguintes procedimentos, adaptando-os às várias armas:
14.º
26
Não obstante, este ambiente de tensão e nervosismo é adequado para o treino de situações que possam vir a ocorrer, contribuindo para criar um maior realismo. Por esta razão, esse treino apenas deve ser conduzido numa fase posterior à técnica de tiro e ao tiro em CT. Após a apreensão destes pressupostos, pode-se então partir para a criação daquelas situações. 109
guar arddar 10 seg. seg. e efec efecttuar uar nov ovoo di disp spar aroo, po poiis a • Agu • • • •
•
15.º 16.º 16 .º
primeira percussão do fulminante pode não ter sido bem efectuada; Colocar a patilha/comutador de tiro em segurança; s egurança; Retirar o carregador; Puxar a corrediça/culatra à retaguarda; Tentar identificar e solucionar a avaria. Caso não seja possível, possível, levantar levantar o braço livre, livre, chamando chamando a atenção atenção de quem estiver a dirigir o tiro, aguardando que este se lhe dirija; Em todo este processo a arma e o atirador estão sempre direccionados para a linha de alvos. Fora da li linha de ti tiro a arma est está sem sempre no co coldre ou devidamente acondicionada; Se tem tem que que manu manuse sear ar a arm armaa for foraa da da lin linha ha de tiro tiro deve deve::
• Pedir autorização a quem estiver a dirigir o tiro; • Transportar a arma desmuniciada e descarregada; • Afastar-se dos camaradas e dirigir-se para zona segura;
17.º
18.º
Após haver terminado o manuseamento deve pedir autorização para se reintegrar, transportando a arma da mesma forma quando saiu da linha de tiro; Quando estiver terminada cada série/sessão de tiro, tomar sempre os seguintes procedimentos, adaptandoos às várias armas: • Colocar a patilha/comutador de tiro em segurança; • Retirar o carregador; • Puxar a corrediça/manobrador à retaguarda, fixando-
a/o; • Colocar a arma em cima do pano de tenda, ou colocá-la no coldre, conforme foi visto no n.º 4; • Recu Recuar ar cerc cercaa de 2 metro etross e mun unic icia iarr o carr carreg egad ador or vazio; 110
• Aguardar a voz de ir “aos alvos”. Após esta, deslocar-se
até à frente do alvo e verificar o resultado obtido - na CT de 100 metros o atirador não se desloca aos alvos, pois o resultado é-lhe dado através do apontador/pastilheiro e confirmado via rádio -; • Aguardar a voz de regressar “às linhas” - após esta, deslocar-se até à linha -; 19.º 9.º Quan Quando do est estiiver ver term termiinada nada a tab tabel elaa de tiro tiro,, quem quem dir diriige o tiro deve dar indicações a todos os atiradores para: • Efectuarem as operações de segurança; • Acondicionarem novamente as armas nos locais onde
foram transportadas; • Certificarem-se de que nada fica esquecido e que a CT continua limpa. 6. A ATIT ATITUD UDE E DO MILIT ILITAR AR A natureza específica da missão da GNR faz com que a atitude do militar, no que diz respeito às armas de fogo e sua posse, seja desenvolvida no sentido de ir de encontro a algumas considerações que irão aqui ser tecidas. A prática e adopção de uma atitude correcta constituirá um forte contributo para minimizar as possibilidades de ocorrência de acidentes. Para além das limitações legais já referidas, sempre que se trate do emprego de armas de fogo ou outros meios mortíferos, o militar deve ainda observar o seguinte: • Ser conhecedor das condições em que pode “abrir fogo”,
procurando, quando tal for absolutamente necessário, e sempre que possível, ferir e não matar; • Antes de “abrir fogo”, e sempre sempre que possível, possível, avisar o Adversário Adversário (ADV) no mínimo três vezes, de que se vai recorrer a esse meio. Para tal, é preciso ter a percepção que o próprio acto de introduzir mun uniç ição ão na câm câmara ara po pode de te terr um efei efeitto psic psicooló lógi gico co sobr sobree o presumível infractor; 111
• Procurar avaliar o local onde se vai “abrir fogo”, incluindo o
•
•
• •
•
• •
disparo de aviso para o ar, visto que nos centro urbanos, há possibilidade de atingir inocentes, dentro ou fora do local da actuação; Não Não aban abando dona narr nu nunc ncaa a arm arma, a qu qual al deve deve esta estarr sem sempre pre em contacto físico com o atirador nem mudá-la de mão para efectuar qualqu qualquer er operaçã operação. o. Por regra, regra, a mão que empunha a arma nunca a deve largar, servindo a outra para a execução das operações que forem necessárias; Se for necessário disparar contra uma viatura em fuga, tomar uma posição o mais baixa possível - de joelhos ou deitado - e apontar para os pneus da mesma, nunca directamente para o habitáculo dos passageiros; É totalmente interdito o fogo de “rajada”; Ao ser alvejado de local incerto, é interdita a abertura imediata de fogo, pois o procedimento correcto será procurar abrigo e tentar localizar a ameaça para posterior neutralização; Deve praticar o disparo e o municiamento com a mão fraca porque pode ter essa necessidade em virtude de, por exemplo, ter sido ferido na mão forte (mão que empunha e mpunha a arma); Neste sentido, deve também praticar a montagem, desmontagem e municiamento da pistola com uma só mão; Em situações de alteração da Ordem Pública, as armas devem ter o carregador municiado e introduzido, a câmara sem nenhuma munição e a patilha de segurança/comutador de tiro em segurança. A ordem de introdução de munição na câmara só deve ser dada pelo comandante das forças empenhadas e apenas quando houver fortes probabilidades de emprego das armas de fogo, já que em ambientes de grande tensão, qualquer provocação poderá conduzir a um disparo involuntário, levando o resto das forças a julgarem que teria sido dada ordem para abertura de fogo. Quando o comandante tiver necessidade de dar esta ordem, poderá indicar um número reduzido de atiradores. No caso da patrulha se deparar com uma situação que motive o recurso a arma de fogo, e não sendo possível ao militar mais antigo dar a ordem de introdução de munição na câmara, terá de 112
ser ser o próprio militar a proced ceder em conformidade com o desenrolar da situação; • Depois de abrir fogo, devem ser tomadas as seguintes medidas: ♦ Identificar os feridos e prestar os primeiros socorros; ♦ Solicitar assistência médica; ♦ Caso tenham ocorrido mortes, não permitir que os corpos sejam removidos por parentes ou amigos; ♦ Recolha de identidades de testemunhas neutras, que possam ter presenciado a situação; ♦ Preservar os meios de prova (localizando e referenciando vestígios dos disparos); ♦ Deter os suspeitos; ♦ Comunicar a ocorrência (de forma verbal e escrita). É preciso, igualmente, não esquecer que a Comunicação Social pode aproveitar uma qualquer situação para denegrir a imagem das forç forças as po poli lici ciai ais, s, conf confor orm me se exem exempl plif ific icaa atra atravé véss da lege legend ndaa e fotografias a seguir indicadas: “ A sequência exemplar: um agente da GNR, emboscado atrás de um muro, tira a pistola e carrega-a. Agora, ninguém sabe quem atirou a matar” in Revista Visão n.º 66 de 27JUN94.
113
2.1 2.1
Adeq Adequa uaçã çãoo do do esta estado do de esp espír írit ito/ o/pr pron onti tidã dãoo à situa situaçã çãoo As potenciais situações de conflito que actualmente ocorrem a todo o momento na nossa sociedade, conduzem à necessidade dos agentes das Forças de Segurança, para salvaguarda da sua integridade física e da de terceiros, adoptarem uma atitude de prontidão, a qual se torna mais perceptível e real quando o agente se apercebe que a munição que entretanto introduziu na câmara pode ser aquela que lhe poderá salvar a vida. Enquanto agente de uma Força de Segurança, o militar da Guar Guarda da po pode de,, com com efei efeito to,, ver-s ver-see envo envolv lvid idoo nu numa ma situ situaç ação ão conflituosa que pode ocorrer a qualquer momento em qualquer lugar, razão pela qual é preciso que esteja preparado para tal. É este estado de permanente prontidão que pode muitas das vezes superar a intromissão de um factor surpresa que claramente possa jogar contra o militar. É preciso estar sempre preparado para lidar com situações difíceis, as quais podem mesmo envolver a utilização de uma arma de fogo. Também é evidente que é impensável estar num estado de permanente alerta. A análise constante do evoluir da situação deverá dizer ao militar se aquela é ou pode vir a ser uma situação de potencial perigo, obrigando-o a reagir em conformidade. O essencial é que não se deixe surpreender por qualquer evolução inesperada. O milit ilitar ar deve deve assi assim m proc procur urar ar dese desenv nvol olve verr um esta estado do de espírito em que o surgimento de uma possível ameaça não constitua uma surpresa para si. Ao invés de perguntar o que se está a passar, ou a tentar perceber isso, o militar deve ter a consciência de que o que eventualmente possa estar a acontecer é algo que por si já era esperado. Em vez de enfrentar a situação com perplexidade, deve-a enfrentar com coragem e tenacidade. A maior parte dos seres humanos têm alguma relutância em produzir violência contra os seus semelhantes. Efectivamente, mesmo ao ler estas linhas, o leitor não estará emocional e psi psico colo logi gicam camen ente te prep prepar arad adoo para para exerc exercer er vi viol olên ênci ciaa cont contra ra alguém. Mesmo se fosse atacado repentinamente, demorariam 114
alguns (preciosos) segundos até que se apercebesse aquilo que estava de facto a acontecer. A reacção que muitas pessoas revelam à súbita violência é de descrença. A realidade é algo que, momentaneamente, lhes escapa. Tal é facilmente perceptível, porque a violência não é algo com que tenham de lidar diariamente, sendo esta falta de “estímulo” que acaba por conduzir a alguma acomodação. Com alguma frequência, quando os agentes das forças policiais se envolvem em situações potencialmente perigosas, parecem inclinados a “negociar” uma saída pacífica duma situação que nada tem de pacífico. Para assegurar a execução das reacções mais adequadas, o militar precisa de desenvolver um estado crescente de alerta e prontidão. Isto auxilia-o na adopção das reacções mais apropriadas a qualquer tipo de situação, assim como a controlar eventuais tendências de “sobrereacções”. A melhor maneira para desenvolver isto é através da definição de um código de cores que representam diferentes estados de aler alerta ta e pron pronti tidã dão, o, rela relaci cion onad ados os com com di dife fere rent ntes es esta estado doss de espírito. • Condição branca - O primeiro estado mental corresponde a um estado de vigilância vigilância normal, normal, de alguma alguma despreocupa despreocupação ção relativamente ao ambiente circundante, correspondendo à situação que experienciamos quando estamos a dormir ou envolvidos numa qualquer tarefa, como por exemplo, ler um livro. Este estado é caracterizado pela cor branca, sendo de evitar sempre que estamos no desempenho do serviço e, em especial, quando estamos armados. • Condição amarela - Se a condição branca corresponde, de certa forma, a um relaxamento praticamente total, a uma desat desaten ençã ção, o, esta esta cond condiç ição ão amare amarela la corr corresp espon onde de a algu algum m relaxamento, mas de forma atenta. Quando nos encontramos neste estado, apercebemo-nos daquilo que se vai desenrolando à nossa volta. Digamos que, 99% das vezes o ambiente circundante pode não ser hostil, mas encontramo115
nos prontos para a eventualidade da situação se inverter. Estamos atentos e em alerta. • Condição Condição laranja laranja - Nesta Nesta cond condiç ição ão aperc aperceb ebem emo-n o-nos os da possibilidade de um problema específico relativamente ao qual começamos a desenvolver um plano táctico. Agora apercebemo-nos de que não só pode haver a possibilidade de usar uma arma como o alvo específico contra o qual a usar. Mentalmente, é fácil transitar da condição amarela para a laranja, mas não tanto da branca para a laranja. • Condição vermelha - A transição da condição anterior para esta depende das acções do possível infractor. Atingimos a condição vermelha quando nos apercebemos de que é muito provável desenrolar-se uma situação com alguma violência, pelo que o nosso sistema está em alerta total e pronto para umaa resp um respos osta ta im imed edia iata ta.. Muit Muitoo prov provav avel elme ment ntee a pi pist stol olaa poderá já estar empunhada e pronta para efectuar o primeiro disparo num curto espaço de tempo, aguardando apenas o momento ideal para iniciar a acção, o qual corresponde a uma acção suficienteme emente agressiva que, à luz da legislação vigente, justifique a nossa resposta. Esta será assim uma resposta condicionada, instantânea. Quando a luta começar não nos podemos prender a por porme meno nores res irrel irrelev evan ante tess qu quee no noss po possa ssam m cond condic icio iona narr a nossa acção. É preciso focar toda a atenção no desenrolar da situação. Não devemos pensar sequer na possibilidade de falhar um tiro. Se por acaso falharmos tal não deve ser motivo de preocupação, outras oportunidades surgirão, tal como também não devemos pensar de que poderemos ser atingidos, contudo devemos sempre minorar o risco de tal vir a acontecer. A chave é concentrarmo-nos no momento que está a decorrer e nas tarefas a desenvolver, o que significa que estamos a focar a nossa concentração e atenção naquilo que estamos a fazer. Ment Mental alm mente ente fala faland ndo, o, exis existe te um umaa linh linhaa mui uito to ténu ténuee entr entree aquilo que experienciamos e aquilo que imaginamos, sendo 116
este o segredo. Temos tendência a reagir antes, durante e depois de uma situação conflituosa da forma como programámos a nossa acção. Treinámos e programámos as reacções adequadas a ter em determinadas situações, as quais devem ser o mais variadas possível, sendo dessa forma que esperamos vir a reagir. Podemos também programar a forma como pensamos, através de treinos mentais baseados nas probabilidades com que nos podemos defrontar. Estes problemas tácticos serão resolvidos mentalmente, imaginando-nos a ter o controlo completo do nosso corpo, a não vacilar perante a situação e a disparar como deve ser ser, não nos preocupando tanto com com o resultado. Visualisamos o adversário como alguém que está condenado pelos seus próprios actos, não sentindo quaisquer remorsos, quando não será a nossa própria integridade física, e a de eventuais terceiros, que poderá estar seriamente afectada. É preciso aprender a controlar a nossa mente da mesma forma que é preciso aprender a disparar correctamente. Todos estes processos que têm a ver com a concentração nas tarefas, a visualiz visualização ação mental e o controlo corporal são aspectos bastante desenvolvidos ao nível da prática de quase todas as modalidades desportivas. Se tiver curiosidade existe vasta bibliografia especializada sobre a matéria que lhe dará uma visão mais pormenorizada sobre o assunto. ass unto. Após a refega, existirá provavelmente a sensação de alívio seguida por uma sensação de cumprimento da missão e de exaltação por estarmos vivos. Este sentimento poderá durar algu al gunns di dias as,, have havenndo tamb ambém a te tenndên dênci ciaa para ara cont contar ar o sucedido a todos os camaradas e amigos. É preciso resistir a esta esta manif manifesta estação ção entusi entusiást ástica ica,, tornan tornandodo-se se antes antes necessá necessário rio manter alguma descrição. Exis Existi tirã rãoo aque aquele less qu que, e, even eventu tual alm mente ente,, no noss crit critic icar arão ão,, no noss acharão rudes, independentemente da nossa acção ter sido legal e necessária, tornando-se mesmo inconvenientes. Para quem procede assim sim, a melhor respo sposta a dar é ignorar a sua presença. 117
É igualmente necessário estarmos preparados para eventuais referências pouco abonatórias por parte da comunicação social, pelo que, se agimos em consciência e dentro da legalidade, cumprimos a nossa missão. Ante Antess de irm irmos à lu luta ta é prec precis isoo esta estarm rmos os aler alerta ta,, esta estarm rmos os pro pront ntos os e deci decidi dido dos. s. Dura Durant ntee a lu luta ta,, conc concen entr trem emoo-no noss na solução dos problemas que nos forem surgindo, o que implica termos termos sempre sempre a preocupação preocupação de disparar bem. Depois Depois da luta, devemos devemos estar conscientes conscientes de ter cumprido cumprido o nosso dever, dever, mas mantendo sempre a tal descrição.
TÉCNICA DE TIRO DE ESPINGARDA 7. TIRO DE ESP SPIINGAR GARDA
1.3
27
Introdução A Técnica de Tiro de Espingarda apresenta muitas afinidades com a Técnica de Tiro de Pistola. Conforme iremos ver, os eleme ement ntoos que as consti stituem são idênticos. A grand ande diferença reside nas miras27 e nas características da própria arma. De tamanho superior, a espingarda é uma arma útil para o cumprimento de determinado tipo de missões que podem obrigar à utilização de um maior poder de fogo, como forma dissuasora. Por esta razão, tal como se referiu para a pistola, o milit ilitar ar deve deve id iden enti tifi fica carr to todo doss os proc proced edim imen ento toss qu quee lh lhee permitam tirar o máximo rendimento deste tipo de arma, caso dela tenha de fazer uso. Não basta apenas transportar a arma consigo, é preciso saber o que fazer e os cuidados a ter quando se utiliza uma arma que tem um alcance máximo superior aos 1000 metros. A inobservância dos princípios que irão aqui ser enunciados poderá conduzir a erros grosseiros
Na pistola temos miras abertas, isto é, os seus contornos não são circulares, enquanto na espingarda, ao invés, temos miras fechadas. 118
que, no limite, poderão causar danos em alguém, ou algo, situado muito longe do local da contenda. Comecemos então por tecer algumas considerações relativamente aos aspectos mais relevantes que o utilizador deve ter em mente para conseguir utilizar a arma de forma eficaz. A eficácia do tiro depende: • Do conhecimento, manutenção e preparação da arma para
o ti tiro ro,, torn ornando ando-s -see abso absollut utam amen ente te neces ecessá sári rioo que o atirador: ♦ Conheça perfeitamente a arma que utiliza; ♦ Mantenha a arma em boas condições de limpeza e de
funcionamento; ♦ Prepare cuidadosamente a arma para o tiro; ♦ Manten Mantenha ha o aparel aparelho ho de pontar pontaria ia rectif rectifica icado, do, lim limpo, po, seco, sem brilho e sem folgas; ♦ Prepare e inspeccione cuidadosamente as munições que vai utilizar. • Do correcto manuseamento da arma e aplicação da técnica
de tiro, exigindo-se que o atirador: ♦ Saiba manusear a arma com segurança; Proced edaa com com rapi rapide dezz e faci facillid idad adee às mudanç danças as de ♦ Proc
carregador; capaz de ♦ Conheça o aparelho de pontaria e seja cap escolher, com facilidade, a alça apropriada para bater o alvo; ♦ Fa Faça ça um cri crite teri rios osoo apro aprove veit itam amen ento to na esco escollha da posição de tiro; ♦ Execute uma pontaria correcta e a mantenha até ao momento do disparo. 8. REQU REQUIS ISIT ITOS OS FU FUND NDAME AMENT NTAIS AIS DO TIRO TIRO 119
Para que o atirador possa obter eficácia no tiro, terá de fazer uso dos requisitos, ou elementos, fundamentais de tiro, que são: • • • • •
Tomar a posição; Suspender a respiração; Fazer a pontaria; Executar o disparo; Fazer “seguimento”.
2.1
Tomar a posição Um dos mais importantes requisitos para o tiro é a posição, a qual é evidentemente completada com o correcto empunhamento da arma. Sem uma posição correcta, é quase impossível ao atirador conseguir um tiro eficaz e ajustado e muito menos manter a pontaria após o primeiro disparo, quando tenha que executar uma série de tiros ou uma rajada. Existem três posições características para o tiro de espingarda: a posição de deitado, de joelhos, e de pé. Estas posições são definidas em função dos seus elementos essenciais; no entanto, elas devem sempre conferir ao atirador a possibili possibilidade dade da execução execução do tiro com o míni mínimo mo de esforço esforço e o máximo de comodidade, pelo que devem ser sempre feitos ajustamentos de pormenor de acordo com a compleição física de cada atirador, de forma a obter uma maior eficácia do tiro. Assim, se a melhor posição para um atirador é aquela que, sem sem deso desobe bede dece cerr aos aos elem elemen ento toss esse essenc ncia iais is,, lh lhee perm permit itaa exec execut utar ar o tiro iro com com a arm arma est estabil abiliz izad ada, a, nat atur ural alm mente ente suportada sem esforço e com comodidade, conclui-se, então, que a melhor posição para esse atirador não é necessariamente igual à de outro. De qualquer modo, seja qual for a posição tomada, a arma deve ser sempre suportada, de forma a que nem os ossos nem os músculos sejam forçados a tomar posições tensas, mas sim, constituírem um firme e natural suporte para a arma, sem o que não se conseguirá dar estabilidade a esta durante o tiro. 120
Para evitar a rigidez da posição, os ossos devem constituir a estrutura de base que garanta a firmeza da posição, nunca os músculos deverão ser usados para levar a arma à posição correcta quando se faz pontaria. Isto conduziria, por um lado, a um esforço suplementar suplementar dos músculos músculos e, por outro, forçaria os ossos a uma posição anti-natural, que não poderia ser mantida por longo tempo e que, após o primeiro disparo, seria alterada (dada a tendência que os ossos têm de voltar à posição inicial). Daqui resulta que a posição deve garantir que, com a arma devidamente empunhada, esta se dirija naturalmente para o alvo e esteja praticamente apontada ao mesmo.
2.1.1 Tomar a posição deitada para o atirador direito 28 A posição de atirador deitado é a mais adoptada. É fácil de tomar, estável, confortável e aquela que mais diminui a sil silhueta do atirador. É a posiçã siçãoo que oferece, em condições normais, maiores garantias de pre preci cisã sãoo do tiro tiro,, dada ada a gran grande de est estabil abilid idad adee qu quee permite. No entanto, não se deve pensar que é uma posição ideal em todas as situações (aspecto que será desenvolvido à frente). Assim, o atirador deve ter em consideração o seguinte: 2.1. 2.1.1. 1.1 1 En Enq quadr uadram amen ento to com com o alv alvo o
O atirador coloca-se exactamente em frente ao alvo e toma uma posição deitada, ficando com o corpo a fazer um ângulo com cerca de 30º 29 com o eixo da arma, de forma a que a energia 28
Se o atirador for esquerdo, pratica-se o inverso daquilo que irá ser definido. Admite Admitem-s m-se, e, contud contudo, o, alguma algumass variaç variações ões,, as quais quais decorr decorrem em da consti constitui tuição ção anatóm anatómico ico-fi -fisio siológ lógica ica de cada cada mil milita itar. r. Não obstan obstante, te, devem devem ser observ observado adoss e respeitados os princípios subjacentes a cada um dos itens a serem abordados para o “tomar de posição”. 29 Esta medida angular é meramente indicativa. O importante é que o militar defina a sua posição, a que lhe parecer mais cómoda. 121
do recuo seja suportada por todo o corpo e não somente pelo ombro. 30º
2.1. .1.1.2 Posição do dos pé pés
• Os pés estão naturalmente estendidos e com
as pontas voltadas para fora; • O pé direito direito com a face interna voltada voltada para baixo, na direcção do solo; • O pé esquerdo com a biqueira voltada para baixo, conferindo apoio ao atirador. 2.1. 2.1.1. 1.3 3 Posi Posiçã ção o das das per perna nass e tro tronc nco o
• As pernas confortavelmente afastadas; • Poderá flectir a perna direita pelo joelho,
relaxando assim o corpo e conferindo maior apoio; • O tronco deve estar direito. 2.1. 2.1.1. 1.4 4 Posi Posiçã ção o do do bra braço ço e mão mão esqu esquer erda da
• O braço deve ser flectido pelo cotovelo e
este, deve situar-se, tanto quanto possível, por baixo da arma; • A mão esquerda deve segurar a arma pelo guar gu arda da-m -mão ão com com firm firmeza eza,, mas mas sem fazer fazer esforço, encaixando a arma sobre o “V” form formad adoo pelo pelo po pole lega garr e pelo pelo in indi dica cado dorr e sobre a palma da mão, mantendo o pulso 122
direito e os dedos relaxados (o pulso deve ficar a cerca de, aproximadamente, 20 cm do solo); • Para os atiradores que não consigam segurar a arma na zona do guarda-mão, esta poderá ser agarrada na junção do alojamento do carregador com o guarda-mão, situando o cotovelo esquerdo, por baixo da arma, tanto quanto possível. A incapacidade de colocar o cotovelo esquerdo por baixo da arma é normalmente provocada por um músculo do ombro contraído ou preso. A descontracção do ombro esquerdo permitirá a tomada da posição correcta. 2.1. 2.1.1. 1.5 5 Posi Posiçã ção o do do bra braço ço e mão mão direi direita ta
• O braço direito deve fazer um ângulo de
cerca de 45° com o solo e o cotovelo direito deve ficar avançado em relação à linha dos ombros, de forma a criar no ombro o encaixe para o coice da coronha; • A mão direita deve envolver naturalmente o pun punho ho,, deix deixan ando do o dedo dedo in indi dica cado dorr (ded (dedoo que dispa spara) livre para ser ser apoiado no guarda-mato (enquanto não está a executar o tiro) ou correctamente colocado no gatilho (para disparar). 2.1. 2.1.1. 1.6 6 Posi Posiçã ção o dos dos omb ombro ros, s, pes pesco coço ço e cabe cabeça ça
ombr bros os deve devem m esta estarr prat pratic icam amen ente te ao • Os om mesmo nível; • O pescoço deve estar relaxado, de forma a não afectar a circulação; • A face deve permanecer firmemente apoi apoiad adaa cont contra ra a coro coronh nhaa (exa (exact ctam amen ente te 123
abaixo da maçã do rosto, mas sem encostar o delgado a esta última. Caso contrário, o atirador, corre o risco de se magoar).
124
2.1.1.7 Situações em que se deve utilizar esta posição
Idea Idealm lmen ente te,, a po posi siçã çãoo de at atiirado radorr dei eittado ado deverá ser adoptada nas seguintes situações: • Quando
haja necessidade de grande precisão na execução do tiro; • Para bater um alvo móvel; • Quando o tempo disponível para a tomada de posição o permita (já que esta posição exige mais tempo de preparação do que a de joelhos ou de pé); • Quando o alvo a atingir esteja à mesma altura do terreno onde se encontra o atirador; • Quando se pretenda imobilizar uma viatura em anda andame ment nto, o, atin atingi gind ndoo as roda rodas, s, vi vist stoo oferecer maiores garantias de que o tiro não atingirá os ocupantes; • Para bater alvos colocados a grandes distâncias. 2.1. 2.1.22 Toma Tomarr a posi posiçã çãoo de Joe Joelh lhos os par paraa o atir atirad ador or dir direi eito to É uma posição equilibrada e também bastante bas tante estável. 2.1. 2.1.2. 2.1 1 En Enq quadr uadram amen ento to com com o alv alvo o
O atirador afasta os pés e coloca-se exactamente em frente ao alvo, como se o observasse “olhos nos olhos”. 2.1. 2.1.2. 2.2 2 Posi Posiçã ção o dos dos pés, pés, perna pernass e tron tronco co •
Rodar ambos os pés para a direita, de forma a que se fosse traçada uma linha imaginária passan sando pelo meio dos seus pés, és, esta sta 125
última fizesse um ângulo de cerca de 40º 30 com a linha do alvo;
• Seguidamente, colocar a ponta do pé e o
joelho direito no solo, de maneira a ficar corr correc ectam tamen ente te senta sentado do sobr sobree o calca calcanh nhar ar desta perna; Inclin inar ar,, lige ligeiiram ramente ente,, o tron tronco co para para a • Incl frente, de forma a deslocar o peso do corpo para cima da perna esquerda. Assim, cerca de 60% do peso será suportado por esta perna, enquanto que o pé e a perna direita servem de suporte ao recuo da arma, estabilizando a posição durante o tiro; • A perna esquerda tomará uma posição tal, que ficará vertical, vertical, quando quando vista de frente, frente, e inclinada, quando vista de lado, ficando o pé mais recuado que o joelho. j oelho. 2.1. 2.1.2. 2.3 3 Posi Posiçã ção o do do bra braço ço e mão mão esqu esquer erda da
• O braço esquerdo fica flectido, apoiando a
parte inferior (antes do cotovelo) no joelho do mesmo lado, (ficando assim o cotovelo 30
126
ligeiramen amentte avançado ado em relação ao joelho); joel elho ho e o coto cotove velo lo esqu esquer erdo do deve deverã rãoo • O jo situar-se tanto quanto possível por baixo da arma; • A mão esquerda deve segurar a arma na junção do alojamento do carregador com o guar gu arda da-m -mão ão com com firm firmeza eza,, mas mas sem fazer fazer esforço, encaixando a arma sobre o “V” form formad adoo pelo pelo po pole lega garr e pelo pelo in indi dica cado dorr e sobre a palma da mão. 2.1. 2.1.2. 2.4 4 Posi Posiçã ção o do do bra braço ço e mão mão direi direita ta
• O cotovelo direito é descaído, de forma a
criar no ombro encaixe para o coice da coronha, devendo ser mantido um contacto firme da arma contra o ombro; • A mão direita deve envolver naturalmente o pun punho ho,, deix deixan ando do o dedo dedo in indi dica cado dorr (ded (dedoo que dispa spara) livre para ser ser apoiado no guarda-mato (enquanto não está a executar o tiro) ou correctamente colocado no gatilho (para disparar). 2.1. 2.1.2. 2.5 5 Posi Posiçã ção o dos dos omb ombro ros, s, pes pesco coço ço e cabe cabeça ça
• O ombro esquerdo deve estar ligeiramente
avançado, avançado, enquanto que o direito direito deve estar mais recuado, isto em relação ao alvo; • O pescoço deve estar relaxado, de forma a não afectar a circulação; • A face deve permanecer firmemente apoi apoiad adaa cont contra ra a coro coronh nhaa (exa (exact ctam amen ente te abaixo da maçã do rosto, mas sem encostar o delgado a esta última). 127
2.1. 2.1.2. 2.6 6 Situ Situaç açõe õess em que que se se deve deve uti utili liza zarr esta esta posição
• Quando não há tempo para assumir a
posição de deitado; • Sempre que o terreno, pelas suas cara caract cterí eríst stica icas, s, não não perm permit itaa a po posi siçã çãoo de deitado; • Quando o alvo não for visível da posição de deitado. 128
2.1. 2.1.33 Toma Tomarr a posi posiçã çãoo de pé para para o atir atirad ador or dir direi eito to É a posição menos estável e que exige maior esforço muscular. Por estas razões, a aquisição de uma boa po posiçã siçãoo de pé exig exigee bast bastan ante tess cuid cuidad ados os e trei treino no,, podendo ocupar bastante tempo. 2.1. 2.1.3. 3.1 1 En Enq quadr uadram amen ento to com com o alv alvo o
O atirador afasta os pés (sensivelmente a uma distância igual à largura dos ombros) e colocase exactamente em frente ao alvo como se o observasse “olhos nos olhos”. 2.1. 2.1.3. 3.2 2 Posi Posiçã ção o dos dos pés, pés, perna pernass e tron tronco co
• Rodar ambos os pés para a direita, de forma
a que se fosse traçada uma linha imaginária passan sando pelo meio dos seus pés, és, esta sta última fizesse um ângulo de cerca de 40º com a linha do alvo; • O tron tronco co deve deve ser ser flec flecti tido do,, lige ligeir iram ament ente, e, para a esquerda. 2.1. 2.1.3. 3.3 3 Posi Posiçã ção o do do bra braço ço e mão mão esqu esquer erda da
braçoo esqu esquer erdo do fica fica flec flecti tido do,, deve devend ndoo • O braç situar-se, tanto quanto possível, por baixo da arma; • A mão esquerda deve segurar a arma pelo guar gu arda da-m -mão ão com com firm firmez ezaa mas sem sem faze fazer r esforço, encaixando a arma sobre o “V” form formad adoo pelo pelo po pole lega garr e pelo pelo in indi dica cado dorr e sobre a palma da mão, mantendo o pulso direito e os dedos relaxados; • Para os atiradores que não consigam segurar a arma na zona do guarda-mão, esta poderá 129
ser agarrada na junção do alojamento do carregador com o guarda-mão, encostando e apoiando o cotovelo e a parte interna do antebraço esquerdo ao peito. A incapacidade de executar a posição anteriormente referida fica-se a dever a que normalmente o atirador tem um músculo do ombro contraído ou preso. A descontracção do ombro esquerdo permitirá a tomada da posição correcta; • O atirador também pode optar por assentar o fundo do carregador sobre a palma da mão esquerda; mas deve ficar ciente que passa a exi existir stir a po poss ssiibi bili lida dade de de a arm arma “fica ficar r encr encrav avad ada” a”.. Este Este fact factoo fica fica-s -see a deve deverr à osci oscila laçã çãoo do carr carreg egad ador or no mom omen ento to do disparo, por existir folga entre este e o seu alojamento na arma. 2.1. 2.1.3. 3.4 4 Posi Posiçã ção o do do bra braço ço e mão mão direi direita ta
• O cotovelo direito é descaído, de forma a
criar no ombro encaixe para o coice da coronha; • A mão direita deve envolver naturalmente o pun punho ho,, deix deixan ando do o dedo dedo in indi dica cado dorr (ded (dedoo que dispa spara) livre para ser ser apoiado no guarda-mato (enquanto não está a executar o tiro) ou correctamente colocado no gatilho (para disparar); • A arm arma deve eve ser ser agar agarra rada da firm firmem emen entte, puxando-a para trás, de forma a ficar bem encaixada contra o ombro.
130
2.1. 2.1.3. 3.5 5 Posi Posiçã ção o dos dos omb ombro ros, s, pes pesco coço ço e cabe cabeça ça
• O ombro esquerdo deve estar ligeiramente
avançado, avançado, enquanto que o direito direito deve estar mais recuado, isto em relação ao alvo; • O pescoço deve estar relaxado, de forma a não afectar a circulação; • A face deve permanecer firmemente apoi apoiad adaa cont contra ra a coro coronh nhaa (exa (exact ctam amen ente te abaixo da maçã do rosto, mas sem encostar o delgado a esta última).
131
2.1. 2.1.3. 3.6 6 Situ Situaç açõe õess em que que se se deve deve uti utili liza zarr esta esta posição
• Quando se torna necessário executar o tiro
rapidamente; Quando do se nece necess ssit itaa to tom mar um umaa po posi siçã çãoo • Quan elevada para bater o alvo; • Para bater alvos em movimento; • Dado a sua pouca estabilidade, só deve ser assu assum mid idaa para para bat bater al alvo voss col colocad ocados os a distâncias inferiores a 100 metros.
2.2
Suspender a respiração A respiração é um factor importante para a obtenção da pontaria correcta, na medida em que, tal como a estabilidade da po posi siçã ção, o, po pode de prov provoc ocar ar osci oscila laçã çãoo da arma arma qu quan ando do se efectua a pontaria. Se um atirador respira enquanto tenta apontar, a subida ou abaixamento do seu peito provocará a oscilação da arma para cima e para baixo, tornando impo im possí ssíve vell a manu manute tençã nçãoo do alin alinham hamen ento to do apar aparel elho ho de pontaria. O único processo de evitar estes movimentos é
132
suspender 31 a resp respir iraçã açãoo po porr algu alguns ns segun segundo dos, s, mome moment ntos os antes de ultimar a pontaria e efectuar o disparo. A manei aneira ra corr correc ecta ta de resp respir irar ar e susp suspen ende derr a resp respir iraç ação ão enquanto se faz pontaria é a seguinte: ação normal e expirar parte do ar • Fazer uma inspiraçã inspirado; • Manter algum ar nos pulmões, evitando manter o diafragma sobre tensão; • Não fazer uma suspensão demasiado prolongada, de forma a não ultrapassar 10 a 12 segundos; • Se não se conseguir fazer o disparo, retomar a respiração normal com dois ou três ciclos de respiração completa para relaxar e repetir então novamente o processo.
2.3
Fazer a pontaria Na pontaria, o atirador deve preocupar-se fundamentalmente com: 2.3. 2.3.11 O alin alinham hamen ento to corr correc ecto to do do apar aparel elho ho de de pont pontar aria ia O al alin inha ham ment ento corr correc ecto to do apar aparel elhho de pon onttaria aria (ranhura de mira ou furo dióptrico, ponto de mira e túnel de protecção do ponto de mira), define a linha de mira; isto é, a correcta relação entre os três componentes vistos anteriormente; De notar, que se for traçada uma linha horizontal (imaginária), passando pela extremidade superior dos ramos da ranhura de mira em “V” ou pelo centro do diópter, ela deverá ser tangente ao topo do ponto de mira (e cortando em dois, o túnel de protecção do ponto de mira). Por outro lado, se fizermos passar uma
31
Observam-se aqui os mesmos reparos feitos na Técnica de Tiro de Pistola. A “suspensão” da respiração não significa que o atirador deve deixar de respirar, mas antes que deve ter a noção de que o ar não entra nem sai. Para optimizar esta pr proce ocedime diment ntoo deve deve apro proveit veitaar a paus pausaa qu quee se veri verifi ficca entre ntre cada cada cic ciclo inspiração/expiração. 133
outra linha vertical pelo vértice da ranhura de mira em “V” ou pelo centro do diópter, ela deverá cortar o ponto de mira exact ctaament ntee ao meio (cortando, também, em dois, o túnel de protecção do ponto de mira); Para se obter um alinhamento correcto do aparelho de pontaria, este deve estar alinhado como se ilustra na figura:
134
2.3.2 A mirada, A mirad irada, a, ou seja seja o al aliinh nham amen ento to do apar aparel elho ho de pontaria em relação ao alvo, inclui o alinhamento do aparelho de pontaria e a sua colocação sobre o centro (para pequenas distâncias ou centro do alvo de grandes dimensões) ou base do alvo (para grandes distâncias ou centro do alvo de pequenas dimensões); Se uma linha vertical cortar ao meio o ponto de mira, o centro do alvo deverá aparecer também cortado em duas metades. Se uma linha horizontal passar pelo topo do ponto de mira, ela deverá ser tangente ao bordo inferior do centro do alvo ou, no caso deste ser de grandes dimensões, cortá-la horizontalmente em duas metades; Para se obter uma mirada correcta, o aparelho de pontaria deverá estar star perfeitamen amentte alinhado e centrado com o alvo, como se ilustra na figura:
2.3. 2.3.33 Impo Import rtân ânci ciaa do alinh alinham amen ento to do apar aparel elho ho de pon ponta tari riaa e da mirada A execução correcta das duas acções é fundamental para a obtenção de um tiro eficaz; no entanto, revelase mais ais im impo port rtan ante te o alin alinha ham mento ento do apar aparel elho ho de 135
pontaria do que a mirada, dado que os erros cometidos no primeiro são muito mais significativos do que os que se cometem no segundo. Como se sabe, quando o aparelho de pontaria não está devidamente centrado, comete-se um desvio angular em relação ao eixo do cano; erro esse que se traduz, às várias distâncias, num desv desvio io tant tantoo maio maior, r, qu quan anto to mais mais di dist stan ante te esti estive verr o alvvo. Tod al odav avia ia,, se o al aliinh nham amen ento to do apar aparel elhho de pontaria for correcto, um erro na mirada representa um desvio paralelo, que se mantém constante a todas as distâncias e que, se for pequeno, tem relativamente pouca importância.
136
Como conclusão, um pequeno erro no alinhamento do aparelho de pontaria produzirá um maior desvio do impacto no alvo do que um pequeno erro na mirada, pelo que, a imobilidade da arma durante o disparo é da maior importância. Dada a importância da obtenção do perfeito alinhamento do aparelho de pontaria e da sua manutenção até ao momento do disparo, o atirador deve deve conc concen enttrarrar-se se no mesm esmo ante antess e depoi epoiss de efect efectua uada da a mi mira rada da;; isto isto é, proc procur urar aráá in inic icial ialme mente nte alinhar o ponto de mira e a ranhura de mira ou o furo dióptrico e o túnel do ponto de mira, colocando em seguida o centro do alvo sobre o ponto de mira e finalm finalment ente, e, enquan enquanto to prime prime,, lentam lentament ente, e, o gatilh gatilho, o, ajusta de novo o alinhamento do aparelho de pontaria. Com Com a prát rátic ica, a, esta estass três rês acçõ acções es cons consti titu tuem em um cont contín ínuo uo e auto automá máti tico co proc proces esso so,, sendo sendo efec efectu tuad adas as quase simultaneamente. Todavia, apesar da rapidez com com qu quee po poss ssam am ser ser efec efectu tuad adas as,, elas elas são são sem sempre pre distintas, uma vez que a vista humana não consegue focar ao mesmo tempo objectos situados em planos dife di fere rent ntes es,, mas som somente ente um de cada cada vez. vez. Assi Assim m, quando o atirador olha através da ranhura de mira ou furo dióptrico, ele não verá com a mesma nitidez o ponto de mira com o seu túnel e o centro do alvo ao mesmo tempo. Assim, ele concentra-se primeiro no aparelho de pontaria, para estabelecer o alinhamento correcto; depois, concentra-se sobre o centro do alvo, para obter a mirada correcta e, finalmente, enquanto prime o gatilho, deverá focar, novamente, o aparelho de pon onttaria aria,, de form formaa a asse asseggurar urar o al alin inha ham ment ento correcto. Nesta altura, ele deverá ver com nitidez o ponto de mira, enquanto que o centro do alvo não lhe aparece nítido, mas sim enublado, conforme se vê na ilustração: 137
Mal
Bem
Com o objectivo de se manterem os contornos do pon ponto to de mi mira ra ní níti tido dos, s, no norm rmal alm mente ente não não se deve deve apontar directamente para o centro do alvo, mas sim à sua base, evitando assim, que o aparelho de pontaria, ao projectar-se sobre a cor escura do centro do alvo (não no caso do alvo da figura), perca a nitidez e origine o seu desalinhamento. 2.3.4 .3.4 Util Utiliz izaç ação ão do do olh olhoo dir direc ecttor O olho director é o olho que aponta a direito. Preferencialmente, o atirador deve apontar com o olho director. No entanto, se o olho director não corresponder à “mão” que atira, o atirador deve optar por atirar com a mão que lhe dá jeito, desprezando o olho director, não se devendo contrariar a tendência natural para a tomada de posição; Há atiradores que têm dificuldade em fechar um olho par paraa faze fazerr a pon onta tari ria. a. Esse Essess at atiirad radores ores pod oder erão ão solu soluci cion onar ar faci facilm lmen ente te o prob proble lem ma, colo coloca cand ndoo um ped pedaç açoo de cart cartão ão im impr prov ovis isad adoo (por (por exem exempl ploo um umaa emba embala laggem exte exteri rioor de mun uniições ções)) ou o própr rópriio bivaque à frente do olho que pret eteendem tapar, podendo assim apontar com os dois olhos abertos, que é o processo mais correcto para se fazer pontaria, pois não provoca o cansaço inerente ao piscar o olho. 138
2.4
Executar o disparo Um pormenor importante do tiro com espingarda é o modo como se prime o gatilho, de forma que tal acção não modifique ou altere a pontaria feita até ao momento em que o pro projé jéct ctiil aban abando donna a boca oca do can cano. Os maus aus impact pactoos resultam normalmente da alteração da pontaria no momento em que se prime o gatilho e que antecedem a percussão da munição. Esta modificação do alinhamento do aparelho de pontaria pode ficar a dever-se, por um lado, à forma como se prime o gatilho e, por outro, a uma hesitação ou precipitação em relação ao momento em que se espera o recuo da arma. Dos dois factores factores apontados, apontados, o mais prejudicial prejudicial é sem dúvida o segundo, pois provoca uma reacção do atirador, que o leva a alterar a posição, efectuando assim um movimento com o corpo, antes de o projéctil abandonar a boca do cano. Em suma, o atirador receia o disparo. Para evitar este inconveniente, o atirador deve concentrar mais a sua atenção na pontaria e menos no gatilho, devendo este ser premido tão suavemente que não permita ao atirador aperceber-se do momento em que o cão é solto. Esta pressão deve deve,, com com a habi habitu tuaç ação ão,, faze fazerr-se se auto autom matic aticam amen ente te,, sem sem desviar a concentração do atirador na pontaria. Quando o atirador prime o gatilho instantaneamente logo que tenha ultimado a pontaria, só por mero acaso conseguirá um impa im pact ctoo sati satisf sfat atór ório io.. O atir atirad ador or deve deve mante anterr a po pont ntar aria ia,, exercendo sobre o gatilho uma pressão que vai aumentando constante e gradualmente, até se verificar o disparo. A maneira correcta de premir o gatilho deve constituir uma acção livre do dedo indicador para a retaguarda, segundo o eixo do cano, com uma pressão que aumente uniformemente depois de retirada a folga, de tal forma que o atirador não se aperceba do momento em que vai surgir o disparo. Se a pressão sobre o gatilho não se exercer segundo o eixo do cano, essa força, aplicada obliquamente, desviará o cano para 139
um ou outro lado, provocando assim o desalinhamento do aparelho de pontaria. Com Como o gati gatilh lhoo das das espi esping ngar arda dass é, no norm rmal alme ment nte, e, mui uito to “pesado”, o atirador poderá optar por colocar o dedo neste, de forma a que o seu accionamento seja efectuado pela junção da falanginha com a falangeta (curva a seguir à cabeça do dedo).
Assi Assim m, mesm esmo qu quee o di disp spar aroo acon aconte teça ça ante antess do atir atirad ador or esperar, será, em princípio, um bom tiro, porque a pontaria era correcta e o atirador foi surpreendido pelo disparo.
2.5
Fazer “s “seguimento” O “seguimento” do tiro consiste em manter a pontaria durante alguns segundos após o disparo ocorrer. Tem como objectivo evitar que a arma se mova antes que os projécteis tenham abandonado a boca do cano, já que o atirador, na ânsia de verificar o resultado do disparo que acabou de efectuar, cria o hábito de baixar ligeiramente o cano, a fim de observar o alvo; e tantas vezes o faz, que acaba por antecipar o tiro uma fracção de segundo antes do projéctil abandonar a boca do cano, só para poder ver o alvo.
140
2.6
Sequência ide ideaal pa para o tiro Em resumo, e para se obter um tiro eficaz, o atirador deve executar a seguinte sequência: 1. Tomar Tomar a posiçã posiçãoo corr correct ecta; a; 2. Fa Faze zerr a po pont ntar aria ia;; 3. Retira Retirarr a folg folgaa do gatilh gatilho; o; 4. Su Susp spen ende derr a resp respir iraç ação ão;; 5. Rect Rectif ific icar ar a ponta pontari ria; a; 6. Pres Pressi sion onar ar o gati gatilh lho; o; 7. Fa Faze zerr o “seg “segui uime ment nto. o.
9. EXER EXERCÍ CÍCI CIOS OS DE DE PONT PONTARI ARIA A E “TI “TIRO RO EM EM SECO” SECO” Já foram vistas as vantagens dos exercícios do “tiro em seco”, aquando aquando da explicação explicação da técnica técnica de tiro com pistola, pistola, que devem ser executados pela ordem a seguir indicada.
3.1 3.1
Trei Treino no das das pos posiç ição ão em rela relaçã çãoo ao ao al alvo vo O objectivo do exercício n.º 1 é: assumir a posição correcta em relação ao alvo. Para tal deve-se -se ter em at ateenção o seguinte: • O atirador coloca-se numa das posições de tiro e verifica
se está bem posicionado em relação ao alvo; • Repetir este exercício várias vezes, para cada uma das três posições anteriormente vistas. NOTA: Neste exercício, não se deve disparar.
3.2 3.2
Trei Treino no de al alin inha hame ment ntoo do apar aparel elho ho de pont pontar aria ia O objectivo do exercício n.º 2 é: assumir uma posição e alinhar o aparelho de pontaria. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Começar pela execução do exercício n.º 1; 141
• Depois do atirador assumir a posição correcta, vai alinhar
o aparelho de pontaria, concentrando-se durante períodos de cerca de 15 segundos (deve apontar a uma parede branca). Durante a execução deste exercício, a preocupação fundamental e excl cluusiva deverá ser o alinhamento do aparelho de pontaria; • Repetir este exercício para uma das três posições anteriormente vistas. NOTA: Neste exercício, não se deve disparar.
3.3
Treino de mirada O ob obje ject ctiivo do exer exercí cíci cioo n.º n.º 3 é: al alin inha harr o apar aparel elhho de pontaria com a base do centro do alvo. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Este treino é realizado, colocando um alvo SPIII/ EPG a
uma distância de cerca de 10 a 25 metros; • Começar pela execução do exercício n.º 1; • Depois do atirador assumir a posição correcta, vai alinhar o aparelho de pontaria com a base bas e do centro do alvo; NOTA: Neste exercício, não se deve disparar.
3.4
Treino de de “f “folga do do ga gatilho” O objectivo do exercício n.º 4 é: retirar a folga do gatilho. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Começar pela execução do exercício n.º 1; • Sem ter a preocupação de alinhamento do aparelho de
pontaria ou da mirada, pressionar o gatilho até lhe retirar a folga (depois de ter armado a culatra); NOTA: Neste exercício, nunca se deve disparar.
142
3.5
Treino de disparo O objectivo do exercício n.º 5 é: depois de retirar a folga do gatilho, pressioná-lo suavemente, sem produzir “gatilhadas” (percepção do movimento e peso do gatilho). Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Começar pela execução do exercício n.° 1, adoptando uma
posição à escolha do atirador; • Depois de assumida a posição de tiro, fechar os olhos e concentrar-s concentrar-see única e exclusivam exclusivamente ente no accionamento accionamento do gatilho (atenção à colocação correcta do dedo no gatilho); • O atirador, de início, deve retirar a folga do gatilho e procurar aperceber-se -se do peso do mesmo, até ser produzido o disparo; • Accionar o gatilho várias vezes, tentando produzir um disparo o mais suave possível. No entanto, deve procurar pro produ duzi zirr o di disp spar aroo em te tem mpo út útil il,, ou seja seja,, ante antess de começar a sentir fadiga por ausência de respiração; como regr regra, a, não não deve eve ul ultr trap apas assa sarr-se se os 10 segu segund ndoos at atéé à produção do disparo.
3.6
Treino do do “s “seguimen mento” O objectivo do exercício n.º 6 é: efectuar o “seguimento” do disparo. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • Tomar a posição de tiro; • Executar o disparo, observando a técnica correcta de todo
o processo de tiro; • Manter o aparelho de pontaria e a mirada alinhada durante algu alguns ns segun segundo doss após após o di disp spar aro, o, proc procur uran ando do mant manter er a estabilidade dos mesmos, só desfazendo a pontaria depois.
3.7
Treino in integrado
143
O objectivo do exercício n.º 7 é: efectuar disparos correctos, observando todos os elementos fundamentais para a execução do tiro. Para tal deve-se ter em atenção o seguinte: • • • • • • • •
Tomar a posição de tiro; Levar a arma à zona de pontaria; Alinhar correctamente o aparelho de pontaria; Fazer correctamente a mirada; Pressionar o gatilho, retirando a sua folga; Suspender a respiração; Executar o disparo; Efectuar o “seguimento”.
10. TIRO COM COM ESPINGARDAS ESPINGARDAS CAÇADEIRAS CAÇADEIRAS
4.1
Generalidades O poder derrubante da caçadeira é comparável com a sua reputação e aparência intimidativa. A caçadeira é uma arma versátil e rápida capaz de efectuar um tiro preciso a pequenas distâncias, tendo boa penetração e derrube. Em caso de haver problemas com a super-penetração é aconselhável utilizar munições com chumbos diferentes, permitindo assim que os mesmos reduzam a sua velocidade e potencial letais se não atingirem o alvo. Este tipo de armas oferece as seguintes vantagens: Reduzz a po possi ssibi bili lida dade de de qu quee um pres presum umív ível el in infr frac acto tor r • Redu tenha para a tirar ao militar; • O seu alcance limitado torna-a aconselhável para operações em que tal seja um cuidado acrescido a ter em conta (exemplo; busca e montar segurança a essa operação). Contudo, oferece as seguintes desvantagens: • Reduzida capacidade de carregamento; 144
• Reduzida precisão; • Fracas características de empunhamento; • Grande dispersão de tiro (à medida que aumenta enta a
distância); • O recuo é mais pronunciado; • É mais perigoso para o atirador.
4.2
Técnica de tiro A caçadeira é encostada ao ombro, da mesma forma que a espingarda, contudo é mais concebida para ser apontada que para alinhar miras. Deve-se ensinar o atirador a flectir ligeiramente o joelho da perna avançada e inclinar-se -se para a frente, a fim de compensar o recuo, em especial quando se dispara mais que um tiro. O recuo da caçadeira é mais parecido com um puxão do que propriamente com um “pontapé”, e facilmente levará a que o atirador se desequilibre se não fizer esta compensação. Relativamente à segurança, porque este tipo de armas tem um carregador tubular, é frequentemente difícil dizer se o tubo tem ou não munição.
145 Manobrador à
Manobrador
4.3
Treino com caçadeira Tal Tal com como com com as ou outr traa arma armas, s, os milit ilitar ares es deve devem m esta estar r totalmente familiarizados com a caçadeira. Os tópicos a rever são: • • • • •
Segurança e manuseamento. Carregar e descarregar. Fazer a manutenção. Resolução de possíveis avarias. Execução do tiro. NOTA: A desmontagem e montagem da arma só deve ser feita por pessoal especializado.
O treino com este tipo de armas deve envolver a criação de situações que levem o militar a fazer tiro par paraa um umaa dete determ rmin inad adaa área área,, ut util iliz izan ando do alv lvos os ou pon onttos de ref referênc rênciia (ta (tais com omoo um umaa caixa em cartão). Conforme se referiu, não é tanto a precisão que interessa, mas sim a habituação em 146
carregar/descarregar 32 (normal e alternativo) e fazer tiro com rapidez.
PISTOLA HK VP 70 M/978 Calibre 9 mm 2
CARACTERÍSTIC TICAS GE GERAIS DA ARMA 2.1
Ficha histó stórica e destino Na década de 1950, a produção de armas voltou a ser uma actividade permitida na Alemanha. A empresa HECKLER & KOCH GMBH, fixou-se nas antigas instalações da Mauser em OBERNDORF-AM-NECKER, na Alemanha Ocidental, tendo no início de 1970, começado a produzir a HK Modelo P 7, rapidamente substituída pela VP 70. Esta arma, apesar de algumas inovações, como possuir parte do punho em plástico, não obteve o sucesso esperado, devido ao sistema de disparo de du dupl plaa acçã acçãoo (mui (muito to di difu fund ndid idoo actu actual alme ment nte) e),, ao mau posicionamento da patilha de segurança e à falta de estética da própria arma. Na GNR, a pistola HK VP 70 Calibre 9 mm, Modelo 1978 é uma arma ligeira, individual e de tiro tenso, podendo ser destinada à defesa própria do militar da Guarda (apesar de ter um gatilho gatilho demasiado pesado), ou para “abater “abater alvos seleccionados”, através de uma coronha que se pode adaptar, conferindo elevada precisão, até à distância de 50 metros.
2.2 Cara aracter cteríísti sticas cas de Func Funcio iona name mennto
32
147
2.2.1 .2.1 Tipo Tipo de Funcio nciona nam ment ento É uma arma semi-automática, de cano fixo, que funciona pela acção indirecta dos gases (os gases resultantes da explosão da carga da munição exercem a sua acção na culatra, por intermédio da base do invólucro).
2.2.2 Corrediça A arma não dispõe de culatra propriamente dita, mas sim de um bloco, designado de corrediça, que desempenha as mesmas funções.
2.2.3 Armar Arma no movimento de puxar a corrediça à retaguarda e levá-la à frente. 2.2.4 .2.4 Meca Mecannism ismo de dispa ispara rar r O mecanismo de disparar permite a execução de tiro semi-automático (tiro a tiro), sendo o disparo feito em acçã acçãoo du dupl plaa (ao (ao ser ser pu puxa xado do o gati gatilh lho, o, o perc percut utor or acompanha o movimento deste, através da peça de arra arrast stee e, qu quan anddo esta sta faz faz o seu seu abai abaixa xam ment ento, o per percu cuto torr solt soltaa-se se,, in indo do emba embate terr no fulm fulmin inan ante te da munição) e ainda, permite o tiro automático (rajadas de 3 tiros), quando se lhe adapta uma coronha. 2.2.5 Segurança É conseguida através de uma patilha de segurança, situada à frente e por cima do gatilho, que, esta estanndo na sua po posi siçã çãoo mais baixa, coloca a arma em segurança (por imobilização do gatilho) e, estando na sua posição mais elevada, coloca a arma pronta a efectuar o tiro, sendo apenas necessário pressionar o gatilho. 148
2.2. 2.2.66 Indi Indica cado dorr de de pos posiç ição ão do perc percut utor or A alavanca esquerda do gatilho indica a posição do percutor, já que se torna saliente à medida que se vai accionando o gatilho.
2.3
Aparelho de pontaria • Ranhura da alça de mira com forma rectangular; Ponnto de mira “tipo tipo ram rampas” as” (bas (basea eado do no efei efeitto de • Po
contraste de luz e sombra, sendo as rampas a luz e o centro destas, a sombra).
Alça de mira
2.4
Ponto de mira
Alimentação • Carr Carreg egam amen ento to po porr carr carreg egad ador or com com capa capaci cida dade de para para 18
munições; • Transporte no carregador através do elevador e mola. 149
2.5
3
Munições A pistola utiliza munições de calibre 9 X 19 mm Parabellum M/70, com projéctil derrubante e encamisado. Chama-se a atenção de que, para além desta munição, existe também a munição calibre 9 mm M/47, sendo esta mais potente e distinguindo-se da primeira, por o projéctil ter uma ogiva mais afilada, não devendo ser utilizada nesta pistola, visto provocar o desgaste prematuro do material. A munição 9 mm M/47 foi concebida para ser utilizada nas pistolas metralhadoras e noutras pistolas.
DADOS NU NUMÉRICOS 3.1
Pesos • Peso da arma com carregador municiado •
•
•
•
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 1,161 Kg Peso da arma ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 845,3 g Peso do carregador ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 101,5 g Peso da coronha ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 574,1 g Peso da munição ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 11,9 g 150
• Peso do projéctil
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 7,5 g
3.2
Dimensões • Da arma •
•
•
•
3.3
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 20,4 cm Da coronha ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 34,2 cm Do cano ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 11,6 cm Altura ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 14,2 cm Largura ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 3,2 cm
Estriamento • N.º de estrias
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 6 • Sentido das estrias ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... Dextrorsum
3.4
Calibre • Calibre da arma
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 9 mm Parabellum 151
3.5
Capacidade • Capacidade do carregador
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 18 munições
3.6
Dotações • Carregadores
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 3 • Munições ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 54
4
DADOS BALÍSTICOS 4.1
4.2
Velocidade In Inicial • (V0) ................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 360 m/s Alcances • Prático
................. ......................... ................. ................. ................ ................. ............................................ ................................... 50 m
5
ORGANIZAÇÃO MECÂNICA ICA DA ARMA 5.1
Divisão da arma A Pistola HK VP 70 divide-se em 3 grupos: 1. Corr Corred ediç iça; a; 2. Punho; 3. Carr Carreg egad adoor. 152
1
5.2 Descr escriç içãão da das pa partes rtes pri princip ncipai aiss 5.2.1 Corrediça 1 - Corrediça com ponto de mira; 3 - Perno de pressão do extractor; extractor; 5 - Alça de mira; recuperadora do percutor; 7 - Percutor; da mola do percutor; 9 - Cilindro da haste-guia; percutor; 11 - Eixo do percutor; percutor.
2 - Extractor; 4 - Mola do 6 - Mola 8 - Haste-guia 10 - Mola do 12 - Tampa do
5.2.2 Punho 13 - Alavanca direita do gatilho; 14 - Alavanca esquerda do gatilho com indicador de posição do percutor; 15 - Peça de arraste do percutor; 16 - Eixo da peça de arraste; 17 - Cavilha da peça de arraste; 18 - Mola da peça de arraste; 153
19 - Anilha de fixação; 20 - Alavancaguia da peça de arraste; 21 - Gatilho; 22 - Mola do gatilho; 23 - Haste-guia da mola do gatilho; 24 - Suporte da haste-guia do gatilho; 25 - Alavanca de segurança (contra disparo involuntário); 26 - Mola da alavanca de segurança; 27 - Garfo da alavanca de segurança; 28 - Cilind Cilindro-gui ro-guiaa do eixo eixo do garfo; garfo; 29 - Eixo Eixo do garfo; garfo; 30 - Mola recuperadora; 31 - Armação do punho com cano; 32 - Anilha com rosca; 33 - Haste-guia da mola amortecedora; 34 - Anel de travamento; 35 - Peça de pressão; 36/37 - Molas amortecedoras; 38 - Travão da patilha de segurança; 39 - Cavilha de fixação; 40 - Mola do armador; 41 - Armador; 42 - Patilha de segurança; 43 - Tampa de fecho; 44 - Cilindroguia; 45 - Tampa de fecho; 46 - Cavilha de fixação; 47 - Detentor do carregador; 48 - Cavilha de fixação do detentor do carregador; 49 - Mola do detentor do carregador. 5.2.3 Carregador 50 - Corpo do carregador; 51 - Elevador; 52 - Mola elevadora com fixador do fundo do carregador; 53 - Fundo do carregador. 154
155
5.3
Acessórios Esta arma é constituída pelos seguintes acessórios: 1. Bolsa Bolsa de de Cabe Cabedal dal (coldr (coldre); e); 2. Fiador; 3. Coronha-co Coronha-coldre ldre com com francalete francaletess de botões, botões, molas molas (3 a) e placa-bandoleira (3 b); 4. Livr Livroo de de inst instru ruçõ ções. es.
3 1
3
156
6
DESMONTAR E MONTAR A ARMA 6.1
Generalidades A desmontag desmontagem em e montagem montagem da arma são executadas executadas sempre que se torne necessário efectuar a sua limpeza ou qualquer outra operação de manutenção e ainda durante a instrução sobr sobree a arm arma. Ao ut uten ente te,, estã estãoo veda vedada dass qu quai aisq sque uerr ou outr tras as operações de desmontagem para além das autorizadas, que se resum sumem às seg seguintes: Se Sepparar a corrediça do punho, desmo desmonta ntarr o carrega carregador dor e desmo desmonta ntarr o percut percutor. or. Quaisq Quaisquer uer outr ou tras as op oper eraç açõe ões, s, som somente ente deve devem m ser ser exec execut utad adas as pelo peloss mecânicos de armas ligeiras ou pessoal técnico autorizado. Antes de executar qualquer operação de desmontagem, deve consid siderar-se -se sempre a possi ssibilidade de a arma rma esta star carreg carregada, ada, pelo pelo que obriga obrigator toriam iament entee devem devem execut executar-s ar-see as operações de segurança com vista a descarregar a arma.
6.2
Operações de de se segurança Para verificar se a arma está descarregada, executar-se-ão as operações a seguir descritas, respeitando a sua sequência: 1.º 1.º A pati patilh lhaa de segu seguran rança ça deve ser mant mantid idaa na po posi siçã çãoo de fogo (posição superior), pois, caso contrário, corre-se o risco da arma se desmont ntaar ao puxar a corrediça à retaguarda; 2.º Retirar Retirar o carregador, carregador, empurra empurrando ndo com o polegar polegar esquerd esquerdoo o detentor do mesmo para a retaguarda, retaguarda, extraindo assim o carregador do seu alojamento;
157
3.º Puxar a corrediç corrediçaa à retaguarda retaguarda e segurá-la segurá-la nessa posição posição;; 4.º Observar Observar se não há há nenhuma nenhuma munição munição na câmara; câmara; 5.º Levar Levar de novo a corrediç corrediçaa à frente frente e efectuar efectuar um dispar disparo, o, em direcção segura; 6.º Coloca Colocarr a patilh patilhaa de seguranç segurançaa em seguranç segurançaa e int introd roduzi uzir r o carregador, verificando se está desmuniciado.
6.3 6.3
Desmo Desmont ntag agem em da arma arma auto autori riza zada da ao util utiliz izad ador or 6.3. 6.3.11 Sep Separar arar a corr corred ediiça do do pu punh nhoo 1.º Efectu Efectuar ar as operaç operações ões de seguranç segurança. a. De not notar, ar, que a arma só pode ser desmontada se tiver a patilha de segurança na posição inferior;
2.º Retira Retirarr o carreg carregado ador; r; 3.º 3.º Se Segu gura rarr a arma arma com a mão mão di dire reit itaa e, com a mão esquerda, puxar a corrediça à retaguarda, levantando-a e deixando-a deslizar para a frente;
158
4.º A corredi corrediça ça está separada separada do punho; punho; 5.º Retira Retirarr a mola recup recuperad eradora ora.. 6.3. 6.3.22 Desm Desmon onta tarr o carr carreg egad adoor 1.º Mant antendo o carregador agarrado com a mão esquerda, com o fundo deste voltado para cima e a face posterior voltada para a retaguarda, premir com com um pu punç nção ão,, vare vareta ta,, esco escovi vilh lhão ão ou ou outtro objecto pontiagudo o perno de fixação do fundo;
2.º 2.º Ao mesmo mesmo tempo tempo,, actu actuar ar com o po pole lega garr da mão esqu esquer erda da no fun fundo do carr carreg egad ador or,, faze fazend ndoo-oo avançar ligeiramente; 3.º Colocar agora o polegar sobre a abertura inferior do corpo do carregador e, com a outra mão, retirar o fundo do carregador, de forma a não deixar saltar a mola elevadora e o fixador do fundo;
159
4.º Aliviar gradualmente a pressão do polegar esquerdo, até retirar o fixador do fundo e a mola elevadora; 5.º Extrair finalmente o elevador, inclinando a abertura inferior do carregador para baixo.
6.3.3 Desmo smontar o percutor 1.º 1.º A mão mão esqu esquer erda da segura segura na corr corred ediç içaa com com a part partee inferior para baixo e o orifício da boca do cano para a esquerda; 2.º A mão direita segura no fundo do carregador e introduz o mesmo na ranhura existente na tampa do percutor, con conforme se mostr stra na figura, roda rodand ndoo um qu quar arto to de vo volt ltaa para para a esqu esquer erda da,, ficando a tampa solta;
160
3.º Retirar Retirar o conjunto conjunto da haste-guia haste-guia do percutor; percutor;
4.º 4.º Roda Rodarr a corr corred ediç içaa de form forma a fica ficarr com com a part partee inferior virada para cima e, com o polegar esqu esquer erdo do,, press ressiion onar ar o percu ercuto torr e a sua sua mola recuperadora, até os retirar do seu alojamento da corrediça.
6.4
Montagem da arma A montagem é feita pela ordem inversa. Para tal: 6.4.1 Montar o percutor 1.º 1.º A mão mão esqu esquer erda da segura segura na corr corred ediç içaa com com a part partee infe in feri rior or para para ci cim ma e a mão direi ireita ta int ntro rodduz o 161
percutor com a sua mola recuperadora no alooja al jam ment ento da corr corred ediç iça, a, te tenndo o cui cuidado dado de colocar o seu ressalto voltado para cima;
2.º 2.º Intr Introd oduz uzir ir o conj conjun unto to da hast hastee-gu guia ia do perc percut utor or,, com a ranhura da tampa na horizontal, conforme se mostra na figura;
3.º Introd Introduzi uzirr o elevad elevador or do carregado carregadorr na ranhur ranhuraa da tampa do percutor e rodá-lo um quarto de volta para a direita. 6.4.2 Montar o carregador 1.º 1.º Mante Mantend ndoo o corp corpoo do carre carrega gado dorr empu empunh nhad adoo na mão esquerda, com a abertura inferior voltada para cima e a face posterior voltada para a retaguarda, introduzir o elevador. Este ste, deve dei eixxar-se -se escorregar no interior do corpo do carregador, com 162
o ramo maior voltado para a sua face posterior e a extremidade voltada para cima; 2.º 2.º Intr Introd oduz uzir ir a mo mola la elev elevad ador oraa e o fixa fixado dorr do fundo fundo do carregador, de forma que a extremidade da mol olaa fiq fique para parale lella aos aos reb rebord ordos da aber abertu tura ra inferior do corpo do carregador; 3.º Coloca Colocando ndo o polegar polegar esquerdo esquerdo sobre sobre o fixado fixadorr do fundo do carregador, inserir este, completamente, no in inte teri rior or do corp corpoo do carr carreg egad ador or e mantê antê-l -loo nessa posição; 4.º 4.º Colo Coloca carr o fund fundo, o, in intr trod oduz uzin indo do as suas suas gu guia iass no noss rebo rebord rdos os do corp corpoo do carr carreg egad ador or e faze fazend ndoo-oo deslizar para a retaguarda até que o perno do fixador entre no seu orifício central; 5.º 5.º Pre Pressi ssion onar ar fina finallmente ente o el elev evad ador or para ara bai baixo xo,, verificando o funcionamento do carregador. 6.4. 6.4.33 Mont Montar ar a co corred rrediiça no pu punh nhoo 1.º Empunhar Empunhar a arma arma com a mão mão direita direita e, com a outra outra mão, introduzir a mola recuperadora no cano; 2.º 2.º Intr Introd oduz uzir ir a part partee ante anteri rior or da corr corred ediç içaa no cano com a mola recuperadora;
163
3.º 3.º Puxa Puxarr a corr corred ediç içaa à retag retagua uard rdaa até até ao fim do seu curso curso,, baix baixan ando do-a -a para para agar agarra rarr nas nas ranh ranhur uras as da armação e deixá-la voltar à frente; 4.º A corrediça corrediça está de novo na sua posiçã posiçãoo normal; normal; 5.º Colocar Colocar a patilha patilha de seguranç segurançaa na posição posição de fogo; fogo; 6.º Introd Introduzi uzirr o carrega carregador dor.. A arma está montada.
6.5
Colocar/retira irar a coronha 6.5.1 Colocar a coronha 1.º 1.º Se Segu gura rarr na arma arma com com a mão esqu squerda erda e com com a outra mão segurar na coronha; 2.º 2.º Fa Faze zerr coin coinci cidi dirr as ranh ranhur uras as da coro coronh nhaa com com os respe respect ctiv ivos os enta entalh lhes es na arma arma e pres pressi sion onar ar para para cima até ao seu total encaixe.
6.5.2 Retirar a coronha 1.º A coronha coronha só pode pode ser retira retirada da se o comutado comutadorr de tiro estiver na posição 1; 2.º 2.º Se Segu gura rarr na arma arma e na coronh coronhaa conf confor orme me foi vi vist stoo para a sua colocação e pressionar o fixador da coronha, separando-as.
164
7
MANUSE NUSEAM AMEN ENTO TO PARA EXEC EXECUÇ UÇÃO ÃO DE TIRO TIRO 7.1
Municiar
Municiar e desmuniciar os carregadores é feito manualmente. Para tal o utilizador deve: 1.º Empunhar Empunhar o carregad carregador or com a mão mão esquerda, esquerda, tendo tendo a base voltada para baixo e a face posterior voltada para a chave da mão; 2.º 2.º Agar Agarra rarr na mu muni niçã çãoo com com a ou outr traa mão (fic (fican ando do a base base desta na direcção do carregador); 3.º 3.º Fa Faze zerr pres pressã sãoo com com a mu muni niçã çãoo sobr sobree a part partee de cima cima do elev el evad ador or,, forç forçan ando do-o -o a bai aixxar e, sim simultan ltanea eam mente ente,, fazendo-a deslizar por baixo das orelhas do carregador, encostar a sua base à face posterior deste último; 4.º As munições munições seguintes seguintes são intro introduzid duzidas as da mesma mesma forma, fazendo pressão sobre a munição colocada anteriormente. 7.2 Carregar 1.º Estando Estando a arma arma com a patilha patilha de seguran segurança ça em posição posição de tiro (posição superior), empunhar a mesma com a mão direita e introduzir o carregador já j á municiado; 2.º Com os dedos dedos indicado indicadorr e polegar polegar da mão esquerda esquerda,, puxar com energia, a corrediça à retaguarda, fazendo-a atingir a sua posição mais recuada, largando-a depois.
165
7.3 7.3
Tiro Tiro semi semi-a -aut utoomáti mático co em Acçã Acçãoo du dupl plaa 1.º Apo Apontar a arma e premir o gatilho, afrouxando, de seguida, o dedo indicador para deixar o gatilho voltar livremente à sua posição primitiva; 2.º Depois do carregador ficar vazio, após o último tiro, a corrediça desta arma não fica retida à retaguarda. Se for necessá ssário continuar o tiro basta introduzir novo carr carreg egad adoor mun unic iciiado, ado, pu puxxar de nov ovoo a corr corred ediç içaa à reta retagu guar arda da e levá levá-la -la no nova vame mente nte à fren frente te,, in intr trod oduz uzin indo do assim uma munição na câmara; 3.º A execução execução do tiro tiro semi-autom semi-automático ático pode pode ser feita feita apenas com a pistola ou com a coronha, através do seu comutador de tiro na posição 1.
7.4 Tiro Tiro auto automá máti tico co em Acçã Acçãoo dup duplla A execução do tiro automático apenas pode ser feita através da coronha, ficando a arma pronta a efectuar rajadas de 3 tiros pela simples mudança do comutador de tiro da posição 1 para a posição 3, seguida da pressão sobre o gatilho.
166
7.5
Descarregar
Quando o tiro é interrompido e possam existir munições no carregador e/ou na câmara da arma, procede-se da seguinte forma: 1.º Extrai Extrairr o carr carrega egador dor;; 2.º Puxar, Puxar, com energia, energia, a corrediça corrediça à retaguarda retaguarda e verifica verificarr se não não fico ficouu nenh enhum umaa mun uniição ção na câm câmara, ara, dei deixand xandoo a corrediça ir novamente à frente. 7.6 Desmuniciar Para desmuniciar o carregador, basta empurrar as munições para a face anterior deste, fazendo fazendo pressão na base destas, até saírem do carregador.
8
AVARIAS 8.1
Generalidades Uma avaria ou interrupção de tiro pode ocorrer por deficiência do funcionamento da arma ou por deficiência da munição. Não sendo possível distinguir de imediato se se trata de uma ou ou outr traa avar avaria ia,, os proc proced edim imen ento toss im imed edia iato toss deve devem m ser ser sempre tomados admitindo que se trata de uma deficiência da munição. Assim, sempre que ocorra uma interrupção de tiro, devem ser executados executados os procedime procedimentos ntos que a seguir se descrevem, sem omissões e pela ordem indicada, os quais constituem a Acção Imediata do atirador: 1.º Puxar o cão à retagu retaguarda arda e, apont apontando ando novam novamente ente ao alvo, alvo, disparar de novo, pois pode acontecer que desta segunda percussão resulte o tiro; 2.º Caso não ocorra o disparo, colocar a arma em segurança mantendo a arma sempre direccionada para o alvo; 3.º 3.º Reti Retira rarr o carre carrega gado dor; r; 167
4.º Puxar a corrediça corrediça à retagu retaguarda, arda, retiran retirando do assim a munição munição quee se enco qu enconntrav travaa int ntro rodu duzi zida da na câm câmara, ara, e fixá fixá-l -la, a, pressionando o detentor da corrediça; 5.º Identi Identific ficar ar e resolv resolver er a avari avaria; a; 6.º 6.º Caso Caso não não o con consig siga faze fazer, r, le leva vannta tarr o braço raço liv ivre re para para chamar a atenção e esperar que o instrutor se lhe dirija.
8.2 8.2
Proc Proced edime iment ntos os a execu executa tarr nas nas avar avaria iass mais mais freq freque uent ntes es 8.2.1 Falta de de al aliment entação ção • Verificar se o carregador está bem introduzido; • Verificar se o carregador tem alguma amolgadela.
Em caso afirmativo, substituir o mesmo. 8.2.2 Falha na na pe percussão • Em caso de defeito da munição ou do fulminante,
substituir a munição; • Após verificar que não foi introduzida munição, puxar a corrediça à retaguarda e levá-la de novo à frente, introduzindo-se assim a munição na câmara; • Mantendo-se a falha da percussão, existe a possibilidade do percutor estar partido. 8.2. 8.2.33 Fa Fallha na na ext extracç racção ão/e /eje jecç cção ão Puxxar a corr corred ediç içaa à ret retagua aguard rdaa e rem remov over er,, se • Pu necessário manualmente, o invólucro que não foi extraído ou ejectado. Levar de novo a corrediça à frente, introduzindo a munição na câmara; • Mantendo-se a falha da extracção/ejecção, existe a possibilidade do extractor estar com defeito.
9
MANUTENÇÃO
168
9.1
Generalidades
Tratando-se de uma arma de defesa pessoal, a garantia do seu funcionamento em qualquer circunstância é fundamental para o utilizador. A fim de se garantir o seu funcionamento, este deverá observar todos os cuidados de manutenção da arma, não só no que se refere à execução das operações a seu cargo, mas também na solicitação daquelas que estejam a cargo de outros escalões de manutenção.
9.2
Manutenção de 1º Esca scalão Regr Regraa gera geral, l, os trab trabal alho hoss de manut anuten ençã çãoo de 1º Esca Escalã lãoo consistem em: • Desmontagem para limpeza ordinária; • Passar várias vezes a vareta de limpeza com a mecha
impregnada em óleo no cano e na câmara. De seguida enxugar com um pano seco; • Limpar a corrediça, o punho e a garra do extractor; • Lubrificar ligeiramente (com óleo) as peças móveis; • Limpar Limpar o carreg carregado ador r 33 e as munições e verificar se a distribuição destas permite um manuseamento normal do elevador, indispensável ao bom funcionamento da arma;
UTILIZAÇÃO DE ARMAS DE FOGO A. CUIDADOS GERAIS
Neste capítulo pretende-se tecer algumas considerações genéricas sobre os cuidados a ter por qualquer militar da Guarda com o uso e porte da sua arma de 33
Os carregadores das armas não devem estar permanentemente com munições, a fim de não pasmarem as suas molas. 169
defesa, quer de serviço quer particular. Conselhos úteis, imprescindíveis que não devem ser esquecidos, pois constituem a garantia de que o militar está consciente da sua correcta utilização. Sendo assim:
1) O utiliz izaador de qualquer arma de fogo, deve est estar perfeitamen amentte apto a manuseá seá-la -la, conhecer o seu seu funcionamento, montagem e desmontagem e a efectuar as operações de segurança, pelo que ao requisitar ou adquirir uma arma de fogo, deve sempre ler atentamente o seu manual de instruções; 2) Todo Todo o milit militar ar deve deve estar estar seguro seguro de que que conhec conhecee e sabe sabe pôr em prática os princípios da técnica de tiro; 3) Não Não conf confie ie na memór emória ia. Uma Uma arm arma deve eve sem sempre considerar-se como estando carregada e pronta a fazer fogo, até ao momento em que o utilizador se assegure pessoalmente do contrário, executando as operações de segurança; 4) Exce Except ptoo em situa situaçõ ções es de serv serviç içoo qu quee assi assim m o exij exijam am,, uma arma de fogo deve ser sempre transportada em segurança e sem munição introduzida na câmara; 5) Se Sem mpre pre qu quee empu empunh nhar ar um umaa arm arma, qu qual alqu quer er que seja seja o propósito, aponte-a numa direcção segura, desarme o cão e verifique se está descarregada; 6) Nunca Nunca apontar apontar a arma a ninguém ninguém, mesmo mesmo sabendo sabendo que esta está descarregada; 7) Nunca aceite acei te ou devolva uma arma sem que esteja com o cão desarmado ou com o tambor aberto, no caso dos revólveres; 8) Veri Verifi fiqu quee com com freq frequê uênnci ciaa o esta estado do de cons conser ervvação ação e limpeza da sua arma, pois só assim poderá prevenir futu futura rass avar avaria ias, s, qu quee teri teriam am conse consequ quên ênci cias as grav graves es em situação de crise; 170
9) Ao term termin inar ar o serv serviç iço, o, se po poss ssív ível el,, gu guar arde de a arm arma na arrecadação do material de guerra; 10)Não leve a arma para a caserna, nem a deixe guardada no armário; 11)Não se iniba de chamar à atenção ou repreender um seu camar camarad adaa ou subo subord rdin inad ado, o, sempr sempree qu quee veri verifi fica carr qu quee estã estãoo a ser desr desresp espei eita tada dass as no norm rmas as elem elemen enta tare ress de segurança; 12) Ao guardar a sua arma em casa, descarregue-a e efectue as operações de segurança, coloque-a num local onde seja inacessível a qualquer outra pessoa, em especial a crianças, de preferência num compartimento fechado à chav chave. e. A arm arma e mun uniç içõe õess deve devem m ser ser gu guar arda dada dass em locais separados; 14)Nunca deixe a arma em local onde possa ser facilmente furtada, como por exemplo no porta-luvas do carro; 15) Quando trajar à civil, transporte a sua arma num local dissimulado; 16)) Nunc 16 Nuncaa trep trepee ou salt saltee um ob obst stác ácul ulo, o, com com mun uniç ição ão introduzida na câmara da arma; 17) Nunca a arma aponte para si próprio; 18) Introduza apenas a munição na câmara quando estiver pronto para atirar a um alvo conhecido e seguro; 19) Quando transportar a arma na mão, nunca deixe que qual qu alqu quer er part partee da mão ou ou outr troo ob obje ject ctoo to toqu quem em no gatilho; 20) Verifique sempre por si mesmo se as armas estão ou não carregadas; 21) Não deixe que lhe aconteça a si, ou junto de si, acid aciden ente tess em qu quee po post ster erio iorm rmen ente te di diga ga ou oi oiça ça di dize zer r “ pensava que a arma estava descarregada!...”; 22) NÃO LEIA estas regras básicas!, PRATIQUE-AS e obrigue quem estiver junto a si a fazê-lo. 171
B. conduta pessoal Sempre que se trate do emprego de armas de fogo ou outros meios mortíferos, para além das limitações legais anteriormente referidas, deve ainda observar-se o seguinte: 1. Todos os militares devem ser conhecedores das condições em que podem “abrir fogo”, procurando, quando tal for absolutamente necessário, e sempre que possível, ferir e não matar; 2. Procur Procurar ar avaliar avaliar o local local onde se vai “abrir “abrir fogo”, fogo”, incluind incluindoo o disparo de aviso para o ar, visto que nos centro urbanos, há possibilidade de atingir inocentes, dentro ou fora do local da actuação; 3. Nunca se deve disparar disparar para o chão em zonas pavimentadas, pavimentadas, porque existe sempre a possibilidade dos ricochetes atingirem inocentes; 4. Se for necessário, disparar contra uma viatura em fuga, tomar uma posição o mais baixa possível (de joelhos ou deitado) e apontar para os pneus da mesma e nunca directamente para o habitáculo dos passageiros; 5. É totalmente interdito interdi to o fogo de “rajada”; 6. Ao ser alvejado de local incerto, é interdita a abertura imediata de fogo, pois o procedimento correcto será procurar abrigo e tentar localizar a ameaça para posterior neutralização; 7. Em situaç situações ões de alteraçã alteraçãoo da Ordem Ordem Pública Pública,, as armas armas devem ter o carr carreg egad adoor mun uniici ciad adoo e in intr troodu duzi zido do,, a câm câmara ara sem sem nenhuma munição e a patilha de segurança/comutador de tiro em segurança. A ordem de introdução de munição na câmara e abri abrirr fogo fogo só deve deve ser ser dada ada pel eloo com comanda andant ntee das forç forças as empenhadas. 8. Nunca esquecer que a Comunicação Social aproveita aproveit a qualquer pretexto para denegrir a imagem das forças policiais, conforme as fotografias e legenda abaixo indicadas: 172
GUARDA MORRE COM TIRO NA CABEÇA Uma brincadeira com uma arma de fogo acabou da pior maneira num bar em Grândola, com um soldado s oldado da GNR a desfechar um tiro na sua própria cabeça, soube o Correio da Manhã. O acidente teve lugar por volta da uma hora da manhã de ontem num bar da vila de Grândola e foi presenciado por um colega da vítima e um grupo de mais de cinco pessoas. Os dois soldados da GNR, ambos a prestar serviço no posto territorial de Grândola, estavam a conversar sobre armas de fogo, quando, um deles pediu ao colega a arma pessoal emprestada para, segundo consta, mostrar um “truque novo”. Fonte do Comando Geral da GNR disse que o guarda Luís Fernando Branco Nunes, de 29 anos, alistado na corporação desde 1993 retirou as munições que estavam no tambor do revólver. Todavia, tudo leva a crer que uma bala P. 32 ficou esquecida no tambor e quando o militar levou o revólver à cabeça e premiu o gatilho foi atingido mortalmente, perante a 173
estupefacção de todos os presentes. O militar da GNR ainda foi evacuado para uma unidade hospitalar, mas chegou cadáver. O mesmo responsável do Comando Geral da GNR, em Lisboa, adiantou que o soldado falecido estava fora de serviço, assim como o camarada. Recorde-se que este não foi o primeiro acidente com armas de fogo f ogo manuseadas por agentes de autoridade em aparentes brincadeiras que acabam por culminar em morte. (Correio da Manhã de 17DEC96)
ARMAS ESPECIAIS As armas que a seguir se apresentam foram adquiridas para a força do Regimento de Infantaria deslocada em Timor. Pelo facto de po podere derem m ser ser descon sconhe heci ciddas para para o lei eittor, or, aqui aqui fica fica o regi regist stoo foto fotogr gráf áfic icoo de cada cada um umaa dela delas, s, ju junt ntam amen ente te com com os resp respec ecti tivo voss acessórios de algumas.
10 LANÇ LANÇAA-GR GRAN ANAD ADAS AS CO COUGAR UGAR 56 mm mm Arma utilizada sobretudo na Manutenção de Ordem Pública, com a finalidade de lançar granadas para o interior das manifestações, provocando a consequente dispersão dos manifestantes. O Pelotão de Oper Operaç açõe õess Espe Especi ciai aiss po pode de tam também bém ut util iliz izáá-la la para para lanç lançar ar granadas de gás ou de espanto no interior de um compartimento.
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10.1 10.1 Tipo Tiposs de gran granad adas as que que uti utili liza za
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11 HK MSG 90 Arma de sniper que equipa o Pelotão de Operações Especiais sendo utilizada em missões de assalto como arma para cobrir o avanço das equipas de assalto. Pode servir também nas missões de segurança pessoal para, de um ponto elevado, neutralizar uma ameaça perigosa e para defesa de pontos sensíveis.
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12 STEYR SSG-69 Arma de sniper que também equipa o Pelotão de Operações Especiais tendo a mesma função que a arma anterior, sendo menos potente. Contudo, como o sniper policial executa tiro entre os 100 e os 300 metros, esta arma cumpre na perfeição a sua função.
13 HK MP5 SD6 Arma em tudo igual à HK MP5 A4 com a particularidade de ter silenciador o que permite, em missões encobertas, executar tiro sem ser detectado, não perdendo a importância do factor surpresa.
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14 HK MP5 MP5 K A1 A1 COM COM MALA MALA PARA PARA SEGU SEGURA RANÇ NÇA A PESSOAL Mala utilizada em missões de segurança pessoal, equipada no seu interior com uma pistola-metralhadora HK MP5 KA1. Para a pôr em funcionamento basta premir o gatilho que se encontra situado na pega da referida mala.
GLOSSÁRIO DE TERMOS DO ARMAMENTO Abertura da culatra - Este é um termo que constitui uma força de expressão, na medida em que, na realidade, pretende significar a 178
abertura da câmara pelo movimento da culatra. Tal como o termo “fechamento da culatra”, está tão generalizado que não constitui óbice na comunicação verbal e escrita.
A operação a que se refere é uma operação secundária do ciclo de funcionamento duma arma, que ocorre entre o destravamento da culatra e a extracção e que consiste em a face da culatra deixar de cobrir a entrada da câmara, deixando pois de ficar alinhada com o cano se for uma culatra de gaveta ou passando a ficar afastada desta abertura se tratar duma culatra de movimento longitudinal.
Adarme – Antiquíssima forma de descrever o diâmetro da alma das armas portáteis de cano liso. Este “sistema” ainda é o que hoje se aplica à medição do “calibre” das caçadeiras, o adarme de uma caçadeira é, simplesmente, o número de esferas de chumbo com o diâmetro da alma dessa arma, que perfaz o peso de uma libra. Por exemplo, uma “caçadeira de calibre 12” é uma caçadeira tal que 12 esferas de chumbo do diâmetro da alma dessa arma, pesam uma libra “antiga” (0,4895 kg). Os diâmetros das almas correspondentes aos valores dos adarmes mais comuns, são os seguintes: Adarme 4 23.75 mm “ 8 21.21 mm “ 10 19.69 mm “ 12 18.52 mm “ 16 16.81 mm “ 20 15.62 mm “ 28 13.97 mm Com o desaparecimento dos projécteis esféricos e a adopção de projécteis oblongos a que esta forma de medição não podia ser apl aplic icad ada, a, el elaa é (ex (excep ceptu tuan ando do o caso caso das das espi esping ngar arda dass de caça caça)) comp complet letam ament entee aban abando dona nada da,, em favo favorr da medi medida da (o cali calibr bre) e) em milímetros, centímetros ou polegadas. Alça (“Rear Sight”) – Designação genérica dos componentes dos apar aparel elho hoss de po pont ntar aria ia dest destin inad ados os a perm permit itir ir o azer azeram amen ento to do doss mesmos, operação que se designa habitualmente por “regular a alça da arma”. Dos dois elementos componentes do aparelho, é aquele que fica mais perto do olho do atirador. 179
Alça fechada – Uma alça em que a visualização do ponto de mira e do al alvvo se faz faz at atra ravé véss de um ori orifíci fícioo ci circ rcul ular ar exis existe tent ntee nu num m componente dessa alça. Na Nas espi espinngard gardas as de preci recisã sãoo dest estin inad adas as ao tiro tiro ao al alvo vo,, esse esse componente dispõe por vezes de uma provisão para a aplicação de uma íris, tal que a dimensão do orifício do referido componente – o dióptero -, pode ser regulada/alterada, para uma melhor adaptação da visão às condições de luz ambiente. Esta classe de alças tem o inconveniente de tornar bastante mais difícil a aquisição do alvo mas, por outro lado, as vantagens de tornar mais natural a centragem do ponto de mira – o alinhamento alça ponto de mira – e, em condições especiais, de aumentar a profundidade de campo da visão. Pode-se usar juntamente com pontos de mira de poste mas o uso mais comum – por mais eficaz – em tiro ao alvo é em conjunto com pontos de mira de anel ou pontos de mira de plástico. Alcance - A distância medida na horizontal entre a origem dessa traj trajec ectó tóri riaa e o resp respec ecti tivo vo pon onto to de cada cada.. O al alca cannce é funç função ão principalmente da velocidade inicial, do ângulo de projecção e do coeficiente balístico do projéctil. Alcance Alcance eficaz - A distância máxima a que os projecteis disparados de um dado sistema de arma, retêm a precisão e a capacidade de penetração, compatíveis com a finalidade do seu emprego contra os alvos designados.
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Alcance Alcance máximo - A distancia máxima a que um sistema de arma, mesm mesmoo com com gran grande de di disp sper ersão são,, ou sem sufi sufici cien ente te capa capaci cida dade de de penetração, pode enviar os seus projecteis. O tiro para este distância implica, para os sistemas de arma clássicos, o uso de ângulos de elevação mais ou menos inferiores a 45º, tanto menores quanto mais pequeno seja o coeficiente balístico dos projecteis disparados. È porem curioso notar que o máximo de alcance do canhão Berta, usado pelas forças Alemãs na I Guerra para o bombardeamento de Paris, era obtido com ângulos de elevação superiores a 45º, uma vez que neste ste caso uma parte das traje jecctórias era percorrida na estratosfera. No caso dos sistemas de arma de cano estriado, para velocidades iniciais iniciais dos projecteis projecteis e de mais condições condições iguais, o alcance alcance máximo máximo é função directa do calibre do sistema. Isto é assim porque, sendo apro aproxi xima mada dame ment ntee cons consta tant ntee a rela relaçã çãoo entr entree o com comprim primen ento to e o calibre/diâ calibre/diâmetro metro desses projecteis projecteis – nos projecteis destes sistemas, sistemas, o comprimento ideal dos projecteis é igual a cerca de seis milímetros – o seu peso é igual a ( π.r .6d. d)=( π. r .12r.d) = (24. π. r .), portanto um valor proporcional ao cubo do calibre, o que faz com que, dado que a área da secção recta é proporcional ao quadrado do calibre, a den densid sidade ade secc seccio iona nall e po port rtan anto to o coef coefic icie iennte bal balísti ístico co,, seja sejam m proporcionais ao próprio calibre. Finalmente, como o alcance é tanto maior quanto maior for o coeficiente balístico, torna-se evidente a relação directa entre alcance máximo e calibre. De resto, é esta a razão porque a obtenção de maiores alcances – uma vantagem táctica suprema – requer necessariamente o emprego de calibres maiores. ²
²
³
Alcance perigoso ou distância máxima de ricochete – Consiste na maior distância que pode ser atingida por um ricochete. É igual a ¾ do alcance máximo da arma/munição. Alimentação - O mesmo que municiamento da arma. É a operação que consiste na introdução das munições na arma. Nas armas de carr carreg egam amen ento to pela pela cula culatr tra, a, o carr carreg egam amen ento to não não é prec preced edid idoo de alimentação e portanto esta operação não ocorre. 181
Nas Nas arma armass de repe repeti tiçã ção, o, a alim alimen enta taçã çãoo fazfaz-se se in intr trod oduz uzin indo do as mun uniç içõe õess num depó depósi sito to da pró própri pria arm arma ou in intr trod oduz uziind ndoo um carregador cheio nesta. No contexto das armas automáticas, o termo sistema de alimentação refere-se a um dos três processos como as munições são introduzidas nessas armas: • Por meio de uma fita • Por meio de um tambor • Por meio de um carregador.
Alma - Nome do furo central, longitudinal, do cano de uma arma. É na alma das armas que, durante os disparos, os projecteis ganham a velocidade à boca e, nas de cano estriado, o movimento de rotação necessário à sua estabilização. As partes da alma são a câmara, a concordância e a parte estriada. A alma termina posteriormente, na boca. Alma estriada - Designação de uma alma que em parte é sulcada por estrias. Alma Alma lisa isa - Designação de uma alma cujas paredes são completamente lisas, da câmara à boca. Alto explosivo – Um explosivo cuja característica é a detonação, isto é, a propagação da frente de reacção, tem velocidade superior à velocidade do som. As velocidades das reacções destes explosivos conhecidos, são normalmente da ordem de vários (2 a 9) quilómetros por segundo. Alvo – Desi Desiggnaçã naçãoo gené genéri rica ca de um qu qual alqu quer er ser ser ou obje ject ctoo – mecanismo, mecanismo, área demarcada desenhada desenhada numa numa cartolina, cartolina, etc. – que se pretende atingir, em princípio, “no centro” com balas ou outros projécteis. Os alvos podem ser estáticos ou móveis e, se móveis, podem mover-se com velocidade que vão de uns poucos quilómetros por hora a várias vezes a velocidade do som. Podem encontrar-se na atm at mosfer sfera, a, na sup superfí erfíci ciee do sol solo ou da água água ou abai abaixo xo dest esta superfície e podem ter um movimento guiado ou não. Podem ainda 182
dispo spor de prot rotecções muito variadas, incluindo armaduras ras extremamente resistentes.
Alvo homotético – Alvo de tamanho inferior ao normal que se utiliza quando as carreiras de tiro não permitem a execução de tiro às distâncias pretendidas. As suas dimensões são calculadas segundo a expressão: D = Dimensão normal do alvo conhecido D x d’ D’ = d’ = Dispersão à distância pretendida d D = Dispersão para a distância do alvo conhecido Amortecimento - A absorção da energia de recuo de uma arma. Com armas de bala é feito pelo corpo do atirador. Nas peças de artilharia é feita pela acção conjunta do freio de amortecimento, do recuperador e dos atritos entre as partes recuantes e as partes fixas da peça. Pode também ser considerado como a regulação de um sistema de cont contro rolo lo qu quee serv servee para para qu quee qu quai aisq sque uerr osci oscila laçõ ções es na sua sua saíd saídaa venham a anular-se automaticamente. Ângulo de queda duma coronha – Numa espingarda, é o ângulo que o eixo do coice da coronha faz com o eixo do cano. Dentro dos limites práticos, quanto maior este ângulo, maior o salto e menor o coice transmitido ao atirador. Aparelho de pontaria - Design Designaçã açãoo genéri genérica ca do doss equipa equipamen mentos tos mecânicos, ópticos ou electroópticos que são usados na pontaria das armas, para estabelecer as linhas de mira. Os aparelhos de pontaria das armas pesadas, e nomeadamente os da maior aioria ia das das peça peçass de arti artilh lhar aria ia mod oder erna nas, s, são são freq freque uent ntem emen ente te sist sistem emas as comp comple lexo xoss dest destin inad ados os a perm permit itir ir,, em coma comand ndoo lo loca cal,l, o cálculo dos ângulos de avanço. Nas espingardas, pistolas, etc, os aparelhos de pontaria são sempre dispositivos relativamente simples, embora por vezes extremamente pre preci ciso sos. s. Este Estes, s, se cons consti titu tuíd ídos os in inte teir iram amen ente te po porr comp compon onen ente tess 183
mecân ecânic icos os,, cons consti titu tuem em sist sistem emas as do géne género ro miras iras metál etálic icas as.. Se contêm espelhos trata-se de alças de reflexão. Se usam lentes, tratase das cham chamad adas as miras iras tel eles escó cópi pica cass ou de apar aparel elho hoss de visão isão nocturna. Os de natureza electroóptica constam das chamadas miras laser.
Apontar - Por definição é a acção de dirigir e controlar uma arma por forma a que os projecteis disparados venham atingir um (centro do)) al do alvvo. Con Consist sistee no esta estabe bellecim ecimen entto de um umaa cert certaa posi osição ção tridimensional do cano da arma em relação a uma referência especial ou seja, no estabelecimento de uma linha de pontaria. No tiro com peças de artilharia trata-se de movimentar o cano em torno de três eixos, o eixo de elevação, o eixo de azimute, elevação ou marcação e o eixo que possibilita a horizontalidade dos munhões (o eixo de correcção de canting). Para que isto seja feito eficazmente e em conformidade com as tácticas modernas, torna-se imperioso, quase invariavelmente, o uso de dispositivos auxiliares de cálculo e de servo-sistemas que, em conjunto, efectuam automaticamente a fun função ção de apo apont ntar ar as arma armas, s, em fun função ção das coor coorddenad enadas as e as velocidades do alvo – as chamadas direcções do tiro -, sem que seja nece necess ssár ário io esta estabe bele lece cerr linh linhas as de mira. ira. Aqui Aqui,, po port rtan anto to,, a no noçã çãoo clássica de apontar não é sequer utilizada. No tiro de precisão feito com armas portáteis equipadas com miras metálicas, o acto de apontar define-se como o alinhar do olho com a alça e com o ponto de mira e, portanto, paradoxalmente, nem inclui geralmente, a visão clara do alvo, uma vez que, neste processo, o olho ol ho é foca focado do//acom acomod odad adoo sob obre re o po ponnto de mira. ira. Uma Uma ou outtra característica da técnica do tiro de precisão tal como é efectuado pelos bons atiradores, tem a ver com o facto de o disparo se integrar com o apontar da arma numa operação única, interdependente, sem descon continuidades, vindo o disparo a resul sultar de um refl eflexo condicionado. No tiro de precisão feito com armas portáteis equipadas com miras tellescó te escóppic icas as ou apar aparel elhhos de visão isão no noct ctur urnna, não não se pon onddo o problema de focagem do olho uma vez que as imagens da mira e do alvo aparecem no mesmo plano óptico, a tarefa é muito mais fácil, 184
bastando que a mira esteja bem regulada para que o resultado da pontaria seja bom. No tiro de precisão feito com armas portáteis equipadas com miras laser, o processo processo é completame completamente nte diferente. diferente. Aqui, o atirador atirador limi limitatase a dirigir o feixe de luz emitido pela mira para o local que quer atingir e, isto bem feito, basta-lhe realizar o disparo, dado que o azeramento da mira deve à partida garantir que os impactos ocorram aproximadamente no ponto assinalado pelo feixe luminoso. No tiro com armas de caça e com armas de tiro a pratos, embora o apar aparel elho ho de po pont ntar aria ia seja seja sem semelha elhant nte, e, o proc proces esso so de apon aponta tarr é completamente diferente. Dado que aqui se trata em princípio de alvos moveis, à partida torna-se óbvia a necessidade de o atirador ser capaz de identificar permanentemente a posição e a direcção do movimento dos alvos, para o que tem de focar a visão sobre eles. É de considerar aqui o facto de que a dimensão típica de uma bagada serve precisamente para compensar os pequenos erros angulares de pontaria que o atirador possa cometer. Aqui, dada a existência de uma componente transversal do movimento do alvo, torna-se obvia a necessidade de o atirador dirigir os projécteis para uma posição futu futura ra.. Tend Tendoo em cont contaa esta estass cons consid ider eraç açõe õess é fáci fácill ente entend nder er as técnicas usadas neste tipo de tiro e que podem ser descritas como segue. Em qualquer dos casos o atirador mantém a sua visão focada no alvo e, sem propriamente se preocupar com o direccionamento da arma, deixa que seja a própria adaptação desta arma à sua anatomia, a proporcionar, automaticamente, aquele direccionamento. O disparo é depois executado, ou com a arma apontada para um ponto estimado, á frente do alvo ou, no momento em que a arma aponta para o alvo, durante um movimento contínuo e suave de varrimento, que é iniciado com a arma a apontar para um ponto algures atrás dele e que persegue por forma a acompanhá-lo e a ultrapassá-lo. Esta última técnica é a mais usada.
Apresentação - É uma operação da alimentação de uma arma e que consiste em colocar, de cada vez, um dos cartuchos introduzidos no depósito, no caminho da peça que o há-de introduzir na câmara. 185
Arma - Um objecto ou sistema que pode ser usado pelo homem, para a caça, para a defesa ou ataque a outros seres ou sistemas, em várias modalidades desportivas ou ainda para fins lúdicos. De notar que uma faca de cozinha, um martelo, uma bengala ou uma bota e as próprias mãos podem ser armas, quando usados com determinados intentos e consciência. No âmbito deste trabalho, o termo é usado frequentemente como abreviatura de arma de fogo. Arma de acção directa dos gases - Arma automática que aproveita uma parte dos gases produzidos pela deflagração da carga, fazendoos actuar sobre uma peça especial (o êmbolo) que comanda a culatra. Arma de acção indirecta dos gases - Arma em que a culatra está apenas fortemente encostada ao cano pela acção da mola recuperadora que tem o seu ponto fixo na armadura. Arma de Ar Comprimido – Designação genérica das armas em que a propulsão dos projécteis resulta da expansão, no cano, de uma determinada quantidade de ar ou anidrido carbónico comprimido. Arma automática - Uma arma que, quando devidamente municiada, faz faz tiro iros suces ucessi sivvos a parti artirr do mom omen ento to em que se act actue no mecanismo do gatilho, até que este deixe de ser actuado ou até se acabarem as muniç içõões no carregador, tambor ou na fita de alimentação. Isto é, uma arma que realiza automaticamente todas as operações do ciclo de funcionamento, enquanto o gatilho se mantiver pressionado. Uma característica importante destas armas, é o ritmo de fogo que produzem. É no contexto das armas automáticas, dado o perigo eminente de ocorrência de acidentes do género “cook-off” (ou disparo por auto-ignição, correspondendo este termo a uma anomalia no funcionamento de certas armas de fogo, em particular das armas automáticas, derivado a, após uma longa série de disparos e ao con consequ sequen entte sob obre reaq aque ueci cim mento ento,, o qu qual al le levva ao aque aqueci cim mento ento excessivo do invólucro metálico e da carga, poder ocorrer a ignição 186
da sua carga de pólvora e portanto o disparo) que se encontram os conceitos de câmara aberta e câmara fechada. As armas automáticas classificam-se quanto à forma como se operam os seus automatismos nas seguintes classes: • Operação com o comando externo • Operação a gás • Operação a gás de uma arma de tambor • Operação por inércia da culatra • Operação por recuo • Operação com travamento semi-rígido Estes automatismo são obtidos: Nas arma armass com com op oper eraç ação ão com com coma comand ndoo exte extern rno, o, atra atravé véss da • Na actuação de uma força motriz “exterior” que no caso das armas modernas é fornecida por um motor eléctrico ou hidráulico. • Em to todo doss os rest restan ante tess sist sistem emas as de arm armas auto automá máti tica cas, s, pelo pelo aproveitamento de uma pequena parte da energia libertada pelos propulsantes da munição usada no disparo precedente. Existem armas automáticas nas categorias seguintes: • Pistolas Metralhadoras • Espingardas de Assalto • Metralhadoras • Peças de Artilharia
Arma branca - Uma arma que, constando essencialmente de uma lâmina, se destina à luta corpo a corpo e com a qual é a força própria do combatente que produz os ferimentos. O termo “branca” deve-se à cor do material - o aço - de que são feitas estas armas. Uma arma branca pode ser “de ponta”, “de gume” ou “de ponta e gume”, conforme a porção ou porções da lamina que, primariamente, se destina a ser usada. Arma curta (“Hand gun”) – Designação genérica do conjunto das Pist Pi stol olas, as, revól revólve vere ress e even eventu tual alme ment ntee ou outr tras as armas armas de di dime mens nsõe õess muito reduzidas, concebidas para poderem ser facilmente apontadas e disparadas com a penas uma mão. Estas armas oferecem 187
adicionalmente as vantagens de, se necessário ou conveniente, a sua po posse sse po pode derr der der faci facilm lmen ente te ocul oculta tada da pelo pelo vest vestuá uári rioo e de o seu seu transporte ser relativamente muito cómodo.
Armador - Um componente do mecanismo de armar. É a peça que fixa o percutor ou o cão do mecanismo de percussão na posição de armado e na qual o mecanismo do gatilho vai actuar, fazendo com que ele liberte o percutor, para este realizar a percussão. Arma de fogo - Termo genérico que designa um qualquer engenho em que se usam as pressões dos gases gerados na queima dum pro propu puls lsan ante te dentr entroo de um tub uboo resi resist sten ente te,, fech fechad adoo num umaa das extr extrem emid idad ades es,, para para proj projec ecta tarr um ou mais ais proj projec ecte teis is,, pela pela ou outr traa extremidade. Um sinónimo deste, é o termo ter mo “Arma Pirobalística”. Arma ligeira, ou portátil - Uma arma - arma de fogo, canhão sem recuo ou lançador (individual) de granadas foguete -, que se destina a ser transportado e utilizado por um só indivíduo. Nesta classificação cabem as pistolas, revólveres, espingardas, pistolas metralhadoras, alguns morteiros dos calibres mais pequenos e uma parte das armas de prop propul ulsão são po porr reac reacção ção,, desti destina nada dass ao comb combat atee anti anti-ca -carr rroo po por r forças de infantaria. Arma de impulso – Designação genérica das armas em que os gases quee serve qu ervem m à prop ropul ulsã sãoo do do(s (s)) projé rojéct ctil il(e (eis is), ), enco encont ntra rand ndoo-se se encerrados dentro dum cano, impulsionam simultaneamente a arma em sentido contrário, naquilo que se diz ser o recuo desta. Arma de pressão de ar - Uma arma ligeira, do género arma de impulso, mas em que propulsão do projéctil é feita não por gases formados na queima dum propulsante, mas sim por ar ou anidrido carbónico (CO2) pré-comprimidos. Estas armas podem funcionar de quatro formas distintas: • na primeira o disparo vai libertar um êmbolo que, por acção duma mola pré-comprimida, avançando rapidamente dentro dum cilindro onde se comprime a quantidade de gás necessária. Este sistema, embora permita grandes velocidades à boca, tem o grave 188
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incon nconve vennie ient ntee de faze fazerr com com que a arm arma tenh enha um umaa grand randee inst in stab abil ilid idad adee no in inst stan ante te do di disp spar aro, o, em vi virt rtud udee do rápi rápido do movimento do êmbolo e da mola que são corpos com uma massa cons consid ider eráv ável el.. Este Este fact factoo to torn rnaa esta estass arma armass in inca capa paze zess para para a realização de tiro ao alvo, Na segunda, existe também um êmbolo e uma mola mas, para obstar ao inconveniente do sistema anterior, existe uma massa que, durante o disparo, se desloca em sentido contrário, por forma a que o centro de gravidade da arma se mantenha muito aproximadamente constante. Este sistema permite uma qualidade do tiro muito superior à do sistema anterior, se bem que inferior à dos sistemas seguintes, Na terceira, a arma dispõe de um depósito cilíndrico onde um êmbo êmbolo lo,, coma comand ndad adoo po porr um umaa alav alavan anca ca,, comp compri rime me um umaa cert certaa quantidade de ar. No disparo, liberta-se uma espécie de martelo percutor que vai bater numa válvula, assim se libertando o gás comprimido que é então canalizado para o cano. Este sistema, aparte a possibilidade de ser algo permeável a um certo desgaste do êmbolo referido e requerer um certo esforço muscular para cada disparo, permite de facto disparos de grande qualidade, Na Na qu quar artta, a arm arma te tem m asso associ ciad adoo um depó depósi sito to de anid anidri rido do carbónico liquefeito que comunica com uma câmara dotada de uma válvula semelhante à do caso anterior. O funcionamento è depois semelhante ao anterior e aparte a necessidade de dispor de uma botija grande de CO2 e a possibilidade de haver ligeiras vari variaç açõe õess no func funcio iona name ment nto, o, com com vari variaçõ ações es na tempe temperat ratur uraa ambiente, os disparos podem ser também de grande qualidade, As armas de pressão de ar utilizam-se actualmente apenas com finalidades desportivas ou lúdicas.
Armar - Nas armas de carregar pela culatra como já antigamente, nas armas de carregar pela boca, é a acção que consiste em levar o percutor ou o cão a ficar retido pelo armador, com a mola real (mola, espiral ou de lâmina, do mecanismo de percussão que é responsável pela impulsão são do cão ou do percutor durante a percuss cussão ão)) comprimida onde fica pronto a agir, se a cauda do gatilho for 189
actuada. Esta acção pode constar da manipulação directa do cão ou percutor ou ser o resultado indirecto da manipulação normal da arma para a preparar para o disparo. Nas armas de repetição, é essencialmente a mesma acção, mas é apen apenas as um umaa das das op oper eraç açõe õess qu quee deco decorr rrem em auto autom matic aticam amen ente te da manipulação da culatra, para realizar o ciclo de funcionamento. Nas armas automáticas e semi-automáticas, é apenas uma das acções aces acessó sóri rias as ao cicl cicloo de func funcio iona name ment ntoo dest destas as qu quee deco decorr rrem em do movimento para trás ou para a frente da culatra. A existir em qualquer destes tipos de armas um mecanismo de segurança, a sua manipulação para a posição de segurança deve ou impedir a acção de disparar ou mesmo a própria acção de armar. Noutras a própria acção de armar faz com que, automaticamente, a arma fique em segurança. Na espoleta de um projéctil, bomba, míssil ou mina, é a acção que decorre entre os seus componentes e que consiste em, na ocasião apropriada, tornadas já desnecessárias a segurança de arm armazen azenam amen ento to,, segu segura ranç nçaa de qu qued eda, a, etc, etc, mud udar ar a cond condiç ição ão da espoleta de “segura” para a condição de pronta a fazer a iniciação do reforçar e/ou do rebentador do engenho onde essa espoleta esteja montada. O armamento das espoletas faz-se como resposta a um dos seguintes géneros de estímulos: empo (med (mediido nu num m mecan ecaniismo smo de rel reloj ojooaria aria ou por um • Temp dispositivo pirotécnico), • Um con conju junt ntoo de forç forças as que actu actuam am nos seus seus com compo pone nent ntes es mecânicos (força de set-bak, força centrífuga, de resistência do ar, etc,) que dão informação inequívoca sobre o ambiente onde o engenho se encontra, • A rota rotaçã ção, o, nu num m dete determ rmin inad adoo nú núm mero ero de vo volt ltas as,, de um eixo eixo comandado por um pequeno hélice, que é actuado pela corrente de ar que incide sobre o engenho durante a sua trajectória, alimen enta taçã ção, o, com com corr corren ente te eléc eléctr tric ica, a, de cert certos os circ circui uito tos, s, • A alim eléctricos ou electrónicos. • Da operação de armar, consta frequentemente o alinhamento dos elementos explosivos da cadeia explosiva, entre si ou com outros componentes, o fechamento de interruptores eléctricos, etc. 190
Arma de repetição - È, essencialmente, uma arma provida com um depósito para várias munições ou um alojamento para um carregador e que dispõe de um mecanismo de repetição, a fim de que não seja necessária, como acontece numa espingarda de carregar pela culatra, a op oper eraç ação ão de carre carrega game ment ntoo efect efectua uada da manu manual alme ment ntee entr entree tiro tiross sucessivos. Esta classe de armas constitui de certa forma um estágio primitivo da esping espingard ardaa semi-au semi-autom tomáti ática, ca, distin distingui guindo ndo-se -se desta desta porque porque requer requer manipulação/acção manual da culatra entre tiros, para realizar parte dos passos do ciclo de funcionamento. Por outro lado porém, a rigidez intrínseca durante os disparos, de algu alguma mass arma armass deste deste géne género ro,, faz faz dela delass arma armass exce excepc pcio ional nalme ment ntee capazes como armas de tiro de precisão. Arma semi-automática - Uma arma que, enquanto municiada, faz um disparo por cada actuação do mecanismo do gatilho, sem que seja nece necess ssár ário io efec efecttuar uar qu qual alqquer uer ou outr traa opera peraçã çãoo do seu seu ci cicl cloo de funcionamento. Isto é, uma arma em que todas as operações do ciclo de funcionamento, à excepção do disparo, se realizam automaticamente. A guerra moderna e os outros géneros de confronto armado, requer volumes de fogo, nomeadamente em situação críticas, que já não po podem dem ser ser sati satisf sfei eittos com com arm armas de rep repet etiição ção. Daí Daí a adop adopçã çãoo generalizada pelas Forças Armadas de todos os Países, como armas de bala, de armas automáticas e semi-automáticas. Em compensação, perdeu-se os padrões de alta consistência do tiro que era possível realizar com boas armas de repetição. As arma armass semi-a semi-aut utom omát átic icas as exis existe tent ntes es,, po pode dem m ser class classif ific icad adas as quanto à forma como operam os seus automatismos, nas seguintes classes: • Operação a gás • Operação por inércia da culatra • Operação por recuo • Operação com travamento semi-rígido 191
Qualquer que seja o sistema de operação, nestas armas o conceito de travamento da culatra é algo diferente do mesmo conceito para as armas de tiro simples e armas de repetição. Com efeito, nas armas semi-automáticas o travamento da culatra só perdura até o projéctil ter atingido um determinado ponto do cano em que as pressões dos gases já desceram bastante abaixo da pressão máxima. Os automatismos são obtidos em todas estas armas pelo apro aprove veit itam ament entoo de um umaa pequ pequen enaa part partee da ener energi giaa libe libert rtad adaa pelo pelo propulsante da munição em cada disparo. Existem armas semi-automáticas nas seguintes categorias: • Pistolas • Espingardas (a maior parte das espingardas de assalto também podem fazer tiro automático). • Peças de artilharia.
Arrastamento do gatilho – Um termo da tecnologia do tiro de precisão são. Des Designa o defeito que se encontra em alguns dos mecanismos do gatilho, dos géneros; gatilho sem folga, gatilho com folga e gatilho com dupla folga, e que se manifesta exactamente antes do ponto em que o disparo deve ocorrer, tal que o atirador sente, mais ou menos nitidamente, um atrito, um “arrastar”, entre as peças deste mecanismo. Este defeito, que é totalmente inaceitável, até por ser crítico o momento em que ocorre, uma vez que intervém grosseiramente na atenção que o atirador está a prestar à pontaria, pode ser às vezes corrigido corrigido através de afinações afinações do mecanismo mecanismo mas, noutros casos, só pode ser solucionado s olucionado por um bom armeiro. Azeramento (“zeroing”) – A operação de ajustar o aparelho de pontaria de uma arma ligeira, que tem em vista permitir ao utilizador atingir uma dada zona dum alvo, a uma dada distância – a distância para a qual a arma fica “azerada” -, com um máximo de precisão, apontado exactamente ao centro da zona de pontaria seleccionada previamente. Com o azeramento não de pode porém, infelizmente, obter quaisquer efeitos na melhoria da consistência do tiro. 192
Bagada – O conjunto das bagas – em princípio feitas de chumbo rijo – de uma munição (cartucho) de caça. O disparo de um destes cartuchos projecta uma matriz de esferas de chumbo rijo – os bagos ou chumbos – que, dadas as pequenas diferenças da resistência do ar sobre cada um, se vai alargando radialmente e em profundidade ao longo da trajectória dessa matriz. Principalmente esta dispersão em profundidade, faz com que, em comparação com o tiro em que se projecta um único projéctil, a probabilidade de atingir um alvo em movimento seja muito aumentada. Os diâmetros diâmetros aproximados aproximados da bagada, bagada, em centímetro centímetros, s, dependente dependente é claro do estrangulamento do cano (choke), são os indicados na tabela seguinte: Distância (metros) 10 15 20 25 30 35 “choke” do Diâmetro da Bagada em Centímetros cano Cilíndrico 54 71 88 105 122 140 Cil. 38 55 72 89 106 124 melhorado ¼ choque 34 49 64 80 97 115 ½ choque 31 44 58 73 90 108 ¾ choque 27 39 52 66 82 101 Full choque 23 33 45 59 75 94 Bagos – Também designados chumbos de caça, são os projécteis esféricos da munição (cartucho) de caça. Estes bagos são feitos de uma liga de chumbo e zinco ou chumbo e antimónio, chamada chumbo rijo. Aparte as formas irregulares dos primeiros projécteis proporcionados pela Natureza do homem (pedras?), se fizermos a comparação, do ponto ponto de vista aerodinâmic aerodinâmico, o, com os outros outros projécteis projécteis modernos modernos das 193
armas de fogo, esta sua forma esférica é a pior possível. Para já, a sua tendência para rodopiar sobre si próprios segundo uma direcção aleatória, torna as suas trajectórias muito imprevisíveis. Depois, a sua densidade seccional, por mais alta que seja a densidade do material de que sejam feitos, é muito baixa, daí resultando que a resistência do ar que actua neles durante as trajectórias, exerce desacelerações muito grandes. Dada esta relativamente grande influência da resistência do ar no avanço destes projécteis, é certamente oportuno mencionar aqui que não faz nenhum sentido tentar, pelo aumento das cargas de pólvora, tentar aumentar a velocidade inicial das bagadas com o intuito de melhorar o tio, pois esses aumentos de velocidade rapidamente se diss di ssip ipam am pera perant ntee um umaa resi resist stên ênci ciaa do ar qu quee du dupl plic icaa com com esse essess aumentos de velocidade.
Baixo Baixo explos explosivo ivo – Por definição, é um explosivo em que a velocidade de reacção explosiva é inferior à velocidade do som na matéria explosiva ainda intacta. Na Na real realid idad ade, e, as vel veloci ocidade dadess das das reac reacçõ ções es exp explo losi sivvas dest estes explosivos, nas condições normais de utilização (a pressões médias da ordem dos 4000 kg/cm2), são da ordem das dezenas de centímetros por segundo. Exactamente por isso, estes explosivos libertam energia de uma forma relativamente lenta, o que leva à formação de pressões que aumentam progressivamente. Nas suas aplicações como propulsantes em munições de armas de fogo e em motores de foguete (por ser esta a sua principal aplicação, o termo baixo explosivo é praticamente sinónimo de propulsante), estes explosivos queimam ao longo de períodos relativamente longos, da ordem dos poucos milisegundos ou décimos de milisegundo. A sua sua reacção ção explosiv siva disti stingue-se -se também da dos altos explosivos, por haver transmissão de calor ao longo do material explosivo, a acompanhar esta reacção. Os baixos explosivos mais usados nas munições das armas de fogo e dos canhões sem recuo, são as pólvoras químicas ou propulsantes homogéneos. 194
Os baixos explosivos mais usados em pequenos motores de foguete, tais como os que se empregam em mísseis e granadas foguete, são os chamados propulsores heterogéneos.
Bala - È o projéctil inerte (construído praticamente na totalidade dos casos apenas com materiais metálicos e portanto inertes, de diâmetro até 15.24 mm (0.6’’)), da munição de pistola, espingarda, pistola metralhadora, metralhadora, etc. Dada a função generalizada entre a grande maioria dos apenas iniciados, justifica-se talvez chamar aqui a atenção para o uso incorrecto do termo “bala”, para designar as munições munições das armas armas referidas. referidas. A “bala” é evidentem evidentemente, ente, apenas um com compo pone nent ntee du dum ma dest destas as mun uniç içõe ões, s, aque aquele le qu quee se proj projec ecta ta em direcção ao alvo. As balas podem ser formadas de um único corpo metálico – p.e. a bala lubrificada ou a bala estriada ou, como é muito mais frequente, por mais de um elemento, caso em que se trata das chamadas balas compostas. O term termoo bala bala apli aplica ca-s -see no enta entant ntoo apen apenas as qu quan ando do os proj projéc écte teis is descri critos foram concebidos para dispo sporem de esta stabilidade (capacidade que o projé jécctil tem de mante terr-se -se com com uma das extremidades apontada para a frente ao longo dessa trajectória, isto é, para manter aproximadamente constante o seu comportamento, com o seu eixo longitudinal aproximadamente coincidente com a tangente a essa trajectória) giroscópica (é a forma de estabilidade de projécteis que resulta de, quando um corpo está animado de movimento de rotação em torno dum dos seus eixos, a direcção espacial desse eixo tend tender er a mante anterr-se se in inal alte tera rada da). ). Os proj projec ecte teis is,, como como este estes, s, mas mas conc conceb ebid idos os para para usuf usufru ruír írem em de estab estabil ilid idad adee aero aerodi dinâ nâmi mica ca (‘e (‘e a estabilidade que resulta de, considerando o sentido do movimento, o seu centro de gravidade, ficar sensivelmente à frente do seu centro de pressão), designam-se por flechettes. Os materiais empregues, e a con constru struçã çãoo de cada cada um dos com compo pone nennte tess e a corr corres espo pond nden ente te organização organização do seu funcioname funcionamento, nto, em particular particular no contacto contacto com o alvo, é o que distingue os vários géneros de balas que são descritas nos artigos seguintes.
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Bala de borracha - Uma bala feita de borracha sintética que é empregue em munições especiais que se destinam a acções do tipo controlo de multidões, onde é usada como um meio de dispersão das pessoas pelos efeitos violentos, embora normalmente não letais, que esse uso implica. De ter em atenção no entanto que a energia cinética desta bala, a pequenas distâncias, é tal que pode provocar a morte de um indivíduo, se disparada directamente sobre ele. Bala de plástico - Aproximadamente o mesmo que bala de borracha, com excepção do material empregue no seu fabrico que é neste caso uma espécie de nylon. Bala expansiva – Uma bala de munição de caça grossa que é construída tendo em vista o aumento do poder de choque que se pode retirar da deformação controlada da sua ponta no choque com um alvo, por forma a que essa ponta fique com um diâmetro francamente superior ao original, isto é, conseguindo fazer com que a bala tenda a sofrer, sofrer, no impacto no alvo, alvo, uma deformação deformação considerável considerável através do colapso/rompimento parcial da camisa e do esmagamento/expansão controlado(a) do núcleo, mantendo a partir daí, aproximadamente, essa forma. Tudo isto sem que haja desagregações consideráveis dos materiais da camisa e do núcleo e, portanto, grandes perdas do seu peso original. Uma tal deformação conduz normalmente a que ela venha a parar num espaço relativamente curto e a libertar portanto com grande potência, a sua energia restante. Por vezes, para facilitar ou tornar mais rápida a dita expansão, certas balas empregam na ponta um componente especial chamado um expansor. É de uma bala que funciona desta maneira no local apropriado da anatomia dum animal, que se diz que tem um grande poder de choque. Tendo em conta, é claro, que dadas as diferenças fisiológicas de espécie animal para espécie animal, isto implica que haja uma gran grande de varie arieda dadde de bal alas as exp expansi ansiva vass a esco escollher her e emp emprega regar r conforme as espécies a que se destinam. 196
É no entanto de notar o emprego que se faz actualmente de balas semel semelha hant ntes es em mu muni niçõ ções es de pi pisto stola la,, pret preten ende dend ndo-s o-see com com estas estas conseguir um maior poder derrubante, através da combinação dos efeitos de uma penetração suficiente, com o de um poder de choque igualmente considerável. O uso de balas expansivas em acções de guerra, foi primeiramente proibido pela Convenção Internacional de Haia, de 1899.
Bala sólida – Uma bala destinada à caça das espécies maiores e mais “perigosas”. “perigosas”. Funciona Funciona através através da capacidade capacidade de, sem se deformar deformar ou apenas com um mínimo de deformação, vencer todas as resistências que os tecidos do animal – incluindo a maioria dos ossos -, possam oferecer, no trajecto para o órgão vital visado. É sempre uma bala de ponta romba para uma melhor manutenção da direcção original, aquando da perfuração dos tecidos do animal e de gran grande de cali calibr bre, e, dada dada a corp corpul ulên ênci ciaa e a resi resist stên ênci ciaa das das espé espéci cies es referidas. É uma bala feita de um único corpo – como a bala de cobre puro concebida originalmente pelo famoso caçador português, o Mestre José Pardal -, ou uma bala composta composta com uma camisa muito espessa e resistente a envolver e a reter firmemente um núcleo de material bastante rijo. Em qualquer dos casos, deve ter uma densidade seccional tão grande quanto possível. Isto para lhe conferir uma grande capacidade de penetração para que “lhe pese o rabo”, no dizer deste caçador -. Balística – Nas armas de fogo convencionais, quando se efectua um dispar sparoo, o propulsante (pólvora) do cart artucho queima muito rapidamente e produz grande quantidade de gases a alta temperatura. Esses gases, confinados como estão, criam atrás do projéctil – ou projécteis -, muito rapidamente, pressões muito altas. A sua expansão cria forças que vão pôr em movimento o projéctil, acelerando-o e fazendo-o ganhar uma grande velocidade até à boca do cano. Aí chegado, o projéctil sai para a atmosfera. Os gases vão continuar ainda durante um certo espaço a actuar nele, acelerando-o ainda mais um pouco mas, se a sua saída do cano não for “simétrica”, imprime197
lhe impulsos tendentes a perturbar o seu deslocamento rectilíneo, uma vez que já deixou de beneficiar do suporte do cano. Dada a pressão a que estão submetidos e a sua muito menor densidade, ao expa expand ndir irem em-s -se, e, os gase gasess ganh ganham am velo veloci cida dade dess supe superi rior ores es à do projéctil e chegam a ultrapassá-lo. Nessa ocasião, o contacto dos gases com o ar atmosférico cria vários fenómenos típicos que se traduzem, grosso modo, na formação de chamas e ruído. Dada, no enta entant nto, o, a sua sua mu muit itoo pequ pequen enaa in inér érci cia, a, a nu nuve vem m de gase gasess perd perdee velocidade muito rapidamente e vem a ser ultrapassada pelo projéctil que, finalmente, passa a estar somente em contacto com a atmosfera. A partir daqui, para além da atracção terrest estre, e dada ada a sua velocidade muito alta, o projéctil vai encontrar pela frente uma grande força desaceleradora, a da resistência do ar. Vai igualmente ficar sujeito a outros efeitos dado que a atmosfera não é um meio estático e que o seu movimento de rotação a alta velocidade o obriga a comportamentos específicos. Finalmente, se chega ao encontro com o seu alvo, com uma dada velo veloci cida dade de rest restan ante te,, vai vai ser ser po post staa à prov provaa a sua sua capa capaci cida dade de de penetração e de realizar zar os efeitos “terminai aiss” para que foi concebido. Fenómenos semelhantes, embora distintos, ocorrem nos disparos e trajectórias dos “projécteis” das munições das armas de propulsão por reacção e dos lançadores de granadas-foguete. A balí balíst stic icaa é a ciên ciênci ciaa qu quee estu estuda da as forç forças as actu actuan ante tess sobr sobree os projécteis – e os foguetes – e os correspondentes movimentos destes, nos vários meios onde eles têm movimento, isto é, desde a sua posiç sição inicial dentro das armas ou lançadores, até ao seu seu atravessamento/penetração dos alvos que são supostos s upostos atingir. Dada a diversidade da natureza desses meios e a consequente muito dive di vers rsaa nat atur urez ezaa do doss fenó fenóm menos enos,, exi existem stem na real realid idad adee vári várias as balísticas: • Balística Balística interna – que é o estudo estudo das forças e movimentos movimentos dos projécteis enquanto dentro das armas; Balística interna interna das armas de propulsão por reacção – o estudo estudo • Balística dos fenómenos que ocorrem durante os disparos destas armas; 198
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Balí Balíst stic icaa in inte tern rnaa do doss mot otor ores es de fog foguete uete – o est estud udoo dos fenómenos que ocorrem dentro destes engenhos; Balística intermédia ou de transição – o estudo das forças e outras acções e movimentos dos projécteis e dos gases do propulsante, no relativamente pequeno percurso logo a seguir à sua saída da boca do cano; Balí Balíst stica ica exte extern rnaa – o estud estudoo das das acçõ acções es da grav gravid idad adee e do ar atmosférico nos movimentos do projéctil ao longo das possíveis trajectórias; Balística Balística externa externa dos foguetes foguetes – o estudo das trajectória trajectóriass destes, destes, principalmente dos de trajectória quente; Balí Balíst stica ica term termin inal al – o estud estudoo das das forç forças as e mo movi vime ment ntos os do doss projécteis após o contacto com os alvos e das reacções destes.
Bandoleira - Um apetrecho que consta essencialmente de uma tira forte de tecido, com um recorte especial e que é susceptível de várias regulações por forma a ser afinada, montada e usada, em conformidade com uma certa técnica entre um ponto de fixação no fuste duma espingarda e o braço do atirador que suporta a arma (o braço esquerdo, no caso do atirador direito). Aparte a sua utilização militar por franco atiradores, é empregue nas posições de tiro deitado e joelhos do tiro ao alvo com estas armas, onde tem a função de permitir que o dito braço fique completamente descontraído, uma contribuição notável para a consistência do tiro nessas posições. Este uso da bandoleira implica a solução técnica de dois problemas específicos. O da sua regulação correcta, dados os terríveis efeitos negativos que uma bandoleira mal regulada pode exercer sobre a posiç sição de tiro e do seu seu potencial para transm ansmiitir tir à arm arma os movimentos pulsatórios da circulação sanguínea do atirador, uma vez que fique a exercer pressão sobre a artéria humeral, o que é quase certo acontecer principalmente na posição de joelhos, se a bandoleira for fixada numa posição alta, perto do ombro, e/ou ficar demasiado curta e portanto a apertar excessivamente o braço. Para cada uma das posições a boa regulação da bandoleira só pode ser ser feita eficazme zmente através de um trabalho siste stemático de construção da posição, durante umas tantas sessões de tiro sem 199
bandoleira, nas quais se deverá determinar pelo menos o ponto em que a mão esquerda deve ficar sob o fuste, e a melhor regulação da chapa de coice. A regulação da bandoleira deverá então decorrer destes dados. O couro não é um bom material para a confecção destes apetrechos, porque tende a ceder um pouco sob o esforço, o que conduz, imperceptivelmente, à transferência do peso da espingarda para o braço. Também pode ser designado como uma tira forte de couro, lona, ou tecido sintético que se usa como acessório duma espingarda, carabina ou pistola metralhadora, para facilitar o seu transporte.
Base do invólucro – É a extremidade anterior do invólucro duma munição de invólucro metálico. Após o carregamento desta munição, a base do invólucro vai ficar encostada à face da culatra, que lhe serve de apoio durante o disparo. A base do invólucro tem de ser a parte deste com paredes mais espessas, uma vez que é a parte mais mal sustentada pelo conjunto câmara-culatra. A fim de permitir a extracção, a periferia desta base tem um perfil especial, que pode incluir um bocel (rebordo saliente em volta da base do invólucro de alguns invólucros metálicos) ou uma ranhura de extracção. Nas munições de percussão central, é no centro da base do invólucro que é cravada ou roscada a escorva e nas munições de percussão anelar, é no interior da sua periferia que se aloja o anel de mistura ignidora. Berdan – Nome de um dos primeiros invólucros metálicos que era fabricado a partir de uma só peça de metal sucessivamente estirada e enca encalç lçad ada, a, vi vind ndoo a assu assum mir a conf config igur uraç ação ão qu quee é ho hoje je a ún únic icaa utilizada. Bigorna – Um dos com compo pone nent ntes es dos sist sistem emas as de ign gniç ição ão das munições que empregam escorvas de percussão. Nalgumas escorvas a bigorna é um componente da própria escorva enquanto noutras a bigorna faz parte do invólucro do cartucho. Em qualquer dos casos, o corpo/invólucro da escorva é constituído por um pequeno corpo 200
metálico, em cujo fundo, pela parte de fora, o percutor irá bater. No interior deste corpo encontra-se uma pastilha de mistura ignidora. A seguira a esta, constituindo-se em apoio desta pastilha, é que fica situada a peça de metal que se designa por bigorna. A parte final da percussão consta na realidade, essencialmente, do esmagamento dessa pastilha de material explosivo, pelo percutor, entre a base, entretanto deformada, do copo e a bigorna. Nas munições de armas ligeiras usa-se duas configurações de escorva de percussão, a escorva Boxer e a escorva Berdan, sendo que a pri princ ncip ipal al di dife fere renç nçaa entr entree elas elas é prec precis isam amen ente te qu quee na prim primei eira ra a bigorna faz parte da escorva.
Bloco da culatra – Designação do corpo principal da culatra, que aloja o mecanismo de percussão, serve de apoio ao extractor, etc. Boca do cano – É a extremidade posterior da alma do cano. A perfeição do seu acabamento no fabrico e o estado de conservação dessa perfeição ao longo da vida do cano, são factores determinantes para a consistência do tiro que a arma pode produzir. Sendo o último ponto onde os projécteis beneficiam do apoio do cano e, simultaneamente, o ponto de saída para a atmosfera dos gases do propulsante, a consistência do tiro a produzir por uma arma pode ser completamente arruinada por qualquer imperfeição ou defeito num dos lados da boca, uma vez que, logo a seguir ao projéctil ter abandonado o cano, uma fuga assimétrica dos gases, devida a essa imperfeição, actuando quando o projéctil já não beneficia de apoio, irá provocar nele, uma forte oscilação. Daqui que, a prática frequente de limpezas dum cano introduzindo a vareta pela boca, que conduz necessariamente à produção de desgastes assimétricos dessa região, seja uma prática a eliminar. Boca do carregador – É a abertura do carregador ou tambor, por onde se faz o seu municiamento. Boca do invólucro – É a extremidade aberta do invólucro metálico por onde é introduzida a carga de propulsante da munição e que, nas 201
munições de carga unida, é depois fechada pelo projéctil. A zona que precede a boca do invólucro é a que primeiro se expande durante o disparo, a fim de garantir a obturação para trás.
Bocel – É o rebordo saliente em volta da base do invólucro de alguns invó in vólu lucr croos met etál áliicos, cos, preci recisa sam mente ente os qu quee se desig esigna nam m por invólucros com bocel. Nas munições que têm este tipo de invólucro, destina-se a: • Limitar o seu avanço nas câ câmaras, maras, aquando do seu carregamento, • Ser agarrado pelo extractor da arma, para se fazer a extracção. Boxer – Nome de marca de um dos primeiros invólucros metálicos, já em desuso há muitos anos, que era fabricado a partir de uma folha de metal enrolada a formar um tubo, tubo esse a que se fixavam os outros componentes da munição. Braçadeira - Guarnição da espingarda cujo fim é a ligação do cano ao fuste. É constituída por um anel de aço que pode ser fechado ou com charneira. Esta última tem um parafuso que permite apertá-la mais ou menos, variando, portanto, o aperto do cano ao fuste. Bucha – Designação comum de qualquer dos cilindros de cortiça e feltro usados entre a carga e a bagada nos cartuchos de caça tal como este stes eram carregados há cerca de 20 ou 30 anos atrás. Este componente tinha a função de realizar a obturação para a frente dos gases e de amortecer o choque do aumento brusco das pressões sobre a bagada. Note-se no entanto que estas buchas ainda se usam nesta classe de munições quando se pretende a maior dispersão possível da bagada, para além ainda do que se consegue usando apenas um dispersor. Modernamente, estas munições utilizam, em vez destas buchas, as chamadas buchas de plástico. Também designa os discos de cartão ou plástico – muitas vezes com a inscr nscriição ção do “nú núm mero ero do chum chumbo bo”” -, qu quee se usava savam m neste estess cartuchos para efectuar o seu fechamento. 202
Caçadeira - Designação comum das espingardas de caça. Cadência de tiro - Número máximo de tiros que poderia obter-se de uma arma sem qualquer pausa de funcionamento consecutivo durante um minuto, sem provocar desgaste exagerado no material. Caixa da culatra - O componente de uma arma de fogo a que se encontra rigidamente roscado, na sua extremidade posterior, o cano e em cujo interior se movimenta a culatra e se encontram outros componentes como o ejector, a mola recuperadora, etc. É a caixa da cul culat atra ra qu quee real realm ment ente, in inte teggrand randoo to toddos este estess com compo pone nent ntes es e pro propo porc rcio iona nand ndoo-lh lhes es apoi apoioo ou gu guia iam mento ento,, faz faz a funç função ão de dar dar unidade ao funcionamento da arma. A sua estrutura tem de ser suficientemente pesada/forte e rígida, para suportar sem cedências as enormes forças presentes durante os disparos e, nas armas que se usam em modalidades em que se pretende uma grande consistência do tiro, para praticamente anular as amplitudes das torsões e absorver completamente as vibrações do cano, produzidas durante estes. Na maioria das armas modernas, a caixa da culatra tem uma abertura para a fixação do carregador ou do tambor ou por onde passa a fita de alimentação e uma outra lateral por onde se faz a ejecção dos invólucros, a janela de ejecção. Mas, por exemplo, nas espingardas concebidas para oferecerem o mais alto nível de consistência do tiro, por exemplo nas usadas na modalidade de Bench Rest (modalidade específica de tiro ao alvo, a várias distâncias e onde, ao invés de fazer “10”, os atirado adores tentam realizar agrupamentos de, geralmente, 5 impactos, com a menor dimensão possível) e nas empregues em competição de tiro ao alvo, a caixa da culatra é cons consti titu tuíd ídaa po porr um vo volu lum moso oso bl bloc ocoo de aço, aço, conc conceb ebid idoo para para se comportar com um máximo de rigidez e neste bloco existe apenas, no máximo, uma abertura lateral, a da janela de ejecção. De tal forma que estas armas são necessariamente apenas armas de tiro simples, uma vez que estas não necessitam de abertura lateral para fixação dum carregador, sendo o carregamento feito através da própria janela de ejecção. Tudo para que a rigidez da caixa da culatra seja a máxima possível. 203
Calibre - Termo que, em termos gerais, é usado para sugerir as capacidades ofensiva ou defensiva do sistema da arma considerado, capacidades capacidades estas que correspondem, correspondem, em termos termos técnicos, técnicos, a; alcance eficaz, capacidade de penetração, capacidade de neutralização, etc. Neste Neste contex contexto, to, grande grande calibr calibree signif significa ica portan portanto to grande grande alcanc alcancee eficaz, grande capacidade de penetração, etc. Na descrição de armas de fogo e lançadores de granadas-foguete, o termo refere-se, grosso modo, à medida do diâmetro interno dos canos ou tubos mas com significados algo diferentes conforme a configuração do cano: • Nas armas de cano estriado, é o diâmetro da alma medido entre os sal salie ient ntes es das das est estrias rias.. Nos Nos paí países ses de líng língua ua in ingl gles esaa est este diâm di âmet etro ro é dado dado em cent centés ésim imos os ou mi milé lési sim mos de po pole lega gada da.. (.22, .223, .30, .45, .357, .375, etc) e nos outros em milímetros (5.56, 7.62, 9, etc) ou em centímetros, • Nas peças de artilharia com cano de alma lisa, é simplesmente o diâmetro da alma, • Nos lançadores de granadas-foguete, é o diâmetro interno do tubo do lançador, • Nas armas de caça, o calibre é dado pelo adarme. Na Na descr escriç ição ão de mun uniç içõe ões, s, o te term rmoo expr expriime, gro grosso sso mod odo, o, o diâmetro dos seus projécteis mas aqui quer se trate de munições destinadas a sistemas de arma de cano estriado ou destinadas a sistemas de arma de cano liso, o calibre designa sempre o diâmetro máximo do corpo do projéctil com a particularidade de, para validar esta definição, se ter de considerar que nos projécteis sub-calibre que empregam um sabot, o sabot faz parte de um corpo isto é o diâmetro a medir é o diâmetro externo e xterno do sabot. Calibre nominal – É o nome/designação por que são conhecidas internacionalmente as munições a usar num dado sistema de arma. No mesmo calibre nominal as munições só têm de ser do mesmo calibre especificado, isto é, só têm de ter em comum as cara caract cter erís ísti ticas cas e di dime mens nsõe õess do in invó vólu lucr cro. o. Ou seja seja,, cada cada cali calibr bree especificado é conhecido por um nome que é o seu calibre nominal. 204
Esse “nome” pode ser formado por um número, conjunto de números ou um conjunto de número e palavra (por exemplo. .380, 30-06, 7.62 7.62x5 x51, 1, 7.62 7.62x3 x39, 9, ou o .38 .38 spec specia ial) l),, sufi sufici cien ente tess para para desi design gnar ar completamente e sem ambiguidades a munição que se s e aplica. Do que foi dito pode-se, é claro, inferir que nas munições de cada cali calibr bree no nom minal nal, se po pode de usar sar carg cargas as de pó pólv lvor oraa di dife fere rennte tess e projécteis de diferentes configurações e/ou pesos mas todos os seus invólucros têm de ser rigorosamente iguais, sendo que as especificações dimensionais do invólucro de cada calibre nominal, são dadas em termos do seu calibre especificado. É também usual dizer-se de uma dada arma que “é de calibre tal” empregando-se então para designar o calibre, o calibre nominal da munição usada, por exemplo, 30.06 ou 40L70.
Cama do cano – É a preparação da coronha de uma espingarda para receber da forma mais extensa, uniforme, íntima e estável possível, a superfície externa da caixa da culatra, (e por vezes esta e parte do cano) dessa espingarda. Nas espingardas para tiro de precisão, onde se pretende levar ao maior potencial possível a contribuição da arma para uma grande consistência do tiro, um bom “bedding” revela-se uma operação particularmente delicada mas indispensável. Há que garantir que, durante cada disparo, a reacção da coronha ao recuo seja tanto quanto possível, sempre a mesma, para que as vibrações do cano sejam sempre exactamente iguais. Esta regularidade é portanto um contributo importantíssimo para a consistência da arma. A cam cama do cano cano po pode de cons consta tarr sim simpl ples esm mente ente de um enta entalh lhee na madeira madeira executado executado com rigor, tal que as partes metálicas metálicas assentem assentem o melhor possível conforme atrás especificado. Modernamente, a cama do cano é frequentemente realizada com o recurso a resinas epóxidas (produto sintético com a consistência de um líquido viscoso que sujeito a uma “cura” operada por um reagente próprio – em geral amina aminass orgâni orgânicas cas,, alt altame amente nte tóx tóxica icass -, serve serve princi principal palmen mente te para para impregnar telas resistentes de várias fibras – vidro, carbono, kevlar, etc. -, por forma a formar placas resistentes a impactos e à corrosão, as quais encontram grande aplicação em capacetes, coletes pára-bala, etc.) que se aplicam com ou sem telas de fibra de vidro, numa larga 205
camada, na região do fuste sob a caixa da culatra – o único ponto onde, nestas armas, as partes metálicas da arma ficam em contacto com a coronha -. As partes metálicas, tratadas com um “desmoldante” que vai permitir a sua separação, são depois assentes sobre a resina ainda em estado pastoso, e os parafusos de fixação apertados com a tensão normal. Após a solidificação da resina e removidos os excedentes, a camada presente, além de garantir a maior intimidade do contacto, permite, pela sua rigidez, que a arma se to torn rnee prat pratic icam amen ente te in inse sens nsív ível el a po poss ssív ívei eiss “mov “movim imen ento tos” s” da madeira da coronha quando sujeita a mudanças atmosféricas.
Câmara - É a parte da alma, das armas de carregamento anterior onde se introduzem as munições no que constitui o carregamento dest destas as arm armas. as. É port ortant anto a po porç rção ão ant anterio eriorr da al alm ma do cano cano.. Conforme o calibre nominal do sistema da arma a câmara pode ter um perfil cilíndrico ou ligeiramente troncónico e, é claro, porque o invólucro da munição tem geralmente um diâmetro cons consid ider erav avel elme ment ntee supe superi rior or ao do pro projéct jéctil il,, a câm câmara ara tem tem um diâmetro correspondentemente superior ao da parte estriada. No contexto da balística interna, verifica-se que para maximizar a eficiência balística de um qualquer sistema de arma, deve fazer-se com que o volume da câmara seja o menor possível. Note-se ainda que no caso de se tratar de um sistema de arma que emprega invólucro invólucross metálicos, metálicos, tratando-se tratando-se da medição medição do volume volume da câmara câmara para este efeito ou por exemplo para determinar a razão de expansão, considera-se que as paredes do invólucro fazem parte da câmara e que portanto o volume a medir é o do interior do invólucro. No caso das armas automáticas, interessando em geral que as munições sejam tão curtas como possível, para reduzir o deslocamento da culatra tornando mais eficaz o funcionamento da arma, isto corresponde a fazer-se sempre o possível para que a câmara seja o mais curta possível. Em todas as armas de um dado calibre nominal, por razões relacionadas com a consistência do tiro, a câmara deve ter o menor diâm di âmet etro ro po poss ssív ível el para para op opti tim mizar izar a cent centra rage gem m do pro projéct jéctil il na concordância e proporcionar o maior apoio possível aos invólucros 206
nos disparos. Mas, por outro lado, as câmaras terão de ter diâmetros sem sempre suficientement ntee grandes para permitir tir sem falhas o carregamento das munições fabricadas dentro das tolerância superior e para permitir uma extracção suficientemente fácil, mesmo com os canos muito quentes.
Camisa - É o componente das balas compostas que constitui o seu invólucro exterior. A camisa é feita geralmente de latão, um material muito mais duro e resistente que o chumbo rijo das balas lubrificadas e núcleos. Nas balas de munição de espingarda, a camisa tem como principal função, conferir-lhes a resistência/capacidade de suportar os enormes esforços a que são submetidos no contacto com as almas dos canos, aquando os disparos, disparos estes caracterizados pela criação de pressões e temperaturas elevadas. Na Nas bala balass de mun uniç ição ão de pi pist stol olaa e de pi pist stoola la-m -met etra rallhado hadora ra,, a principal função da camisa é dar às balas a dureza suficiente para que estas, no trânsito entre os carregadores e as câmaras, nos carregamentos, deslizem sem sem ficarem arem pres resas em quaisqu squer obstáculos. Nas balas destinadas a munições de caça grossa, compete às camisas dar um contributo importante na balística terminal dessas balas, fazendo com que, no impacto com os alvos, a sua expansão se faça sob o melhor controlo, ou, no caso das balas sólidas, não ocorra quase nenhuma expansão. Em qualquer dos casos mas principalmente nos casos das balas destinadas a tiro de precisão, as cam camisas isas req requere uerem m um fab fabrico rico muito ito cui cuidado dado,, um umaa vez vez que a regularidade da sua espessura, em cada secção transversal, é um factor decisivo para que o centro de gravidade da bala se situe exactamente sobre o seu eixo longitudinal e portanto para que a sua oscilação na trajectória seja s eja mínima. Campos de tiro – São extensões de terreno destinadas à execução do tiro tiro em cam campo aber abertto, sob obre re al alvo voss terre errest stre ress ou aére aéreoos, com com utilização de sistemas de armas não guiadas ou guiadas, de calibres normais ou reduzidos, em condições próximas de combate e com o maior realismo possível. 207
Canal de fogo – Um orifício que se situa entre a escorva e o interior do invólucro metálico duma munição e por onde os produtos da explosão da pastilha de mistura ignidora da escorva, se introduzem, por forma a fazerem a iniciação do ignidor ou, directamente, da carga principal. A principal diferença, à vista, entre uma escorva Boxer e uma escorva Berdan, depois de montadas nos seus alojamentos nas bases dos invólucros, é precisamente que na primeira só há um canal de fogo, enquanto na segunda há dois. Note-se que no primeiro caso o canal de fogo faz de escorva, enquanto que no segundo os canais de fogo são perfurações da base do invólucro. Cano - É o componente de uma arma de fogo ou de uma arma de propulsão por reacção que tem por funções: proporcionar o meio par paraa o dese desenv nvol olvi vim mento ento do im impu puls lsoo sobr sobree os proj projéc écte teis is,, o seu seu direccionamento para os alvos e, na maioria dos casos, para impor uma rotação sobre si próprios a fim de que venham a beneficiar de estabilidade giroscópica durante as trajectórias. A propulsão/aceleração dos projécteis resulta das enormes forças desenvolvidas pelos gases produzidos pelas cargas dos propulsantes dentro de um vaso altamente que é o próprio cano, que oferece gran grande dess li lim mit itaç açõões à sua sua exp expansã ansãoo. Quan Quando do é im impr priimid idoo um movimento de rotação ao projéctil ao longo da sua viagem no cano, este este resu result ltaa da to torç rção ão im impr prim imid idaa pela pelass estr estria iass sobr sobree a cint cintaa de forçamento ou sobre a camisa desse projéctil. O direccionamento resulta da pontaria da arma que consta essencialmente do posicionamento espacial do eixo do cano, numa direcção tal que o pro projé jéct ctil il ao sair sair dele dele com com um umaa dete determ rmin inad adaa velo veloci cida dade de,, po poss ssaa originar a trajectória balística que passa pelo alvo que se pretende atingir. Os requisitos da concepção e fabrico dos canos resultam geralmente dos valores das altas tensões radiais e axiais que têm de suportar, do limite do peso, dum comprimento mínimo necessário à obtenção de uma dada velocidade à boca e de uma rigidez mínima tal que a flexão que resulta do próprio peso e as vibrações produzidas nos disparos, se situem dentro de dados limites. 208
Este Estess requ requis isit itos os,, send sendoo to todo doss conf confli litu tuan ante tess entr entree si, si, to torn rnam am a concepção, a escolha dos materiais e o fabrico dos modernos canos uma tarefa muito complexa que, pelo menos nos casos dos canos para peças de artilharia, só um muito reduzido número de empresas tem capacidade para empreender. Por outro lado, os canos são as partes das armas mais susceptíveis de desgaste. Este desgaste acontece através de um processo chamado erosão, que consiste da alteração química dos aços, ao nível das alm almas, as, alte altera raçã çãoo qu quee resu result ltaa do seu seu cont contac acto to com com os gase gasess do doss propulsantes a altas temperaturas e dos atritos entre as almas e os projécteis, durante os forçamentos e passagem dos projécteis.
Cano estriado - Um cano em que a parte posterior da alma é estriada, isto é, cortada por sulcos helicoidais, os cavados das estrias. Entr Entree estes estes fica ficam m os salie salient ntes es das das estri estrias as cujo cujo desen desenvo volv lvim imen ento to igualmente helicoidal à roda das paredes da alma, é verdadeiramente responsável pela impressão de movimento de rotação aos projécteis das munições que se disparam nesses canos. Estes projécteis ficam a beneficiar de uma esta stabilidade giroscóp cópica durante as suas trajectórias. À parte da alma onde existem as estrias destes canos, chama-se a parte estriada. A maioria das armas de fogo e das armas de propulsão propulsão por reacção e alguns morteiros empregam canos deste tipo. Cano liso - Designação genérica dos canos de alma lisa, isto é, em que a alma não é cortada por estrias. Este tipo de cano é utilizado em: • Peças de artilharia, normalmente montadas em carros de assalto, destinadas ao disparo de projécteis de tipos específicos, • Morteiros, • Espingardas de caça. Cão - Designação clássica de um componente de alguns mecanismos de percussão, cujo movimento é caracteristicamente um de rotação em to torn rnoo du dum m ei eixo xo pró própri prio, o “ei eixo xo do cão cão”. Nalg Nalgun unss deste estess mecanismos é o cão que vai bater num percutor, para este realizar a 209
percussão, noutros ,quando o percutor se encontra fixado a ele, o cão percute directamente a escorva. Em qualquer dos casos, na acção de arm armar, ar, o cão cão com comprim primee a mola real real,, vi vind ndoo a fica ficarr reti retido do pel pelo armador, e é impulsionado por ela para realizar a percussão quando se acci accion onaa o mecan ecaniismo smo do gat atiilh lho. o. Por ou outr troo lado ado, nal nalgu guns ns mecanismos encontra-se um “cão exterior” (um cão que está à vista e pode ser armado com o dedo) enquanto que noutros o cão não se vê e não se tem acesso a ele. Trata-se então de um cão interior. Nal Nalgumas das armas que empregam gam deste stes mecanismo smos de percussão, o cão pode ter três posições: • A de armado em que a arma fica pronta a disparar normalmente, • A de “desarmado ou abatido” em que se a arma estiver carregada e o cão receber uma pancada, por exemplo numa queda, a arma poderá disparar-se inadvertidamente, • E uma intermédia, de “descanso ou segurança” em que, em princípio, num acidente como este o cão estará retido, impossibilitado de realizar a percussão.
Carabina - Designação técnica de uma qualquer espingarda de cano curto (menos de cerca de 55 cm), originalmente destinada ao uso por tropas de cavalaria. Em Portugal e noutros países latinos, o termo é usado (erradamente) para designar qualquer espingarda de cano estriado para uso civil ou mais particularmente, qualquer espingarda de calibre pequeno. É notável a tendência, desde há uns anos para usar carabinas as cham chamad adas as cara carabi bina nass de assa assalt ltoo com como arm armamen amento to prin princi cipa pall do doss exércitos. Cara Carabi bina na de assal ssalto to – Uma Uma cara carabi bina na con concebi cebidda seg segun unddo as especificações comuns às armas de guerra e que, em particular: • Deve ter dimensões e peso muito reduzidos, • Deve Deve ter ter capa capaci cida dade de para para faze fazerr tiro tiro sem semi-au i-auto tomá máti tico co e tiro tiro automático, • Deve ser desenhada para funcionar com um mínimo de recuo e salto, para permitir fazer tiro automático com bom controlo de pontaria. 210
Este tipo de arma, um refinamento do conceito de espingarda de assalto, é hoje em dia adoptado, como arma comum de infantaria, pelas Forças Armadas da maioria dos países mais desenvolvidos, dadas as vantagens inerentes ao uso, por combatentes a quem é exigida uma grande mobilidade, de armas mais pequenas e mais leves que se prestam melhor a ser transportadas por forças que freq freque uent ntem emen ente te usam usam tran transp spor orte tess para para as suas suas deslo desloca caçõ ções, es, e de munições que, sendo também mais pequenas e mais leves, podem ser transportadas em maior quantidade. Estas armas foram possíveis conceber apenas a partir do apareciment aparecimentoo de calibres calibres nominais nominais com calibres calibres mais reduzidos reduzidos mas de grande eficiência balística. Não é no entanto de perder de vista que, com a adopção destes calibres, tratando-se da realização de tiro para além dos cerca de trezentos metros de distância, se perde alguma capacidade em termos de consistência, precisão e capacidade de penetração.
Carabina livre – Designação de uma espingarda de precisão de cali calibr bree no nom min inal al .22L .22LR R qu quee se dest destin inaa às du duas as mod odal alid idad ades es de competição a seguir referidas. Estas duas modalidades de tiro ao alvo, fazem parte dos programas da I.S.S.F. e dos Jogos Olímpicos. Trata-se da competição a 50 metros, constando a primeira de 60 tiros na posição de deitado – a chamada “carabina deitado” ou “match inglês” -, e a segunda de 120 tiros, sendo 40 na posição de deitado, 40 na de pé e 40 na de joelhos – a chamada “carabina três posições” -. O termo “livre” justifica-se por esta ser um dos tipos de arma em que o número de restrições impostas à sua constituição é mínimo. Carabina de pressão de ar – Em geral, uma carabina que funciona como uma arma de pressão de ar e que é utilizada para fins lúdicos. Enquanto arma destinada a tiro ao alvo, trata-se de um objecto altamente sofisticado, reunindo nomeadamente todas as cara caract cter erís ísti tica cass próp própri rias as sem semelha elhant ntes es às de um umaa espi esping ngar arda da de precisão. 211
Carabina standard – Designação de uma espingarda de precisão de calibre nominal .22LR que se destina à competição entre senhoras. Esta espingarda emprega-se em duas modalidades de tiro ao alvo que fazem parte dos programas da I.S.S.F. Trata-se de competições a 50 metros, constando a primeira de 60 tiros na posição de deitado - a chamada “carabina deitado” ou “match inglês” - e a segunda de 120 tiros, sendo 40 na posição de deitado, 40 na de pé e 40 na de joelhos – a chamada “carabina três posições” -. Esta faz parte do programa dos Jogos Olímpicos. Carcaça – Designação comum do componente de base das pistolas que constitui a sua parte “fixa” sobre a qual na manipulação e nos disparos se movimenta a corrediça, onde se introduz o carregador e onde se fixam as platinas para que o punho possa ser confortável. Carga – Das várias definições que se podem encontrar, deixa-se aqui a referência a algumas delas: • Qualquer massa individualizada de um explosivo, • A massa de pólvora química ou propulsante heterogéneo que cons consti titu tuii a prin princi cipa pall font fontee de ener energi giaa po pote tenc ncia iall de um dado dado cartucho ou motor de foguete, • Qualquer massa com uma função individualizada, tal como as que se usam como carga útil de qualquer projéctil convencional, míssil, bomba, etc., assa de agen agente te qu quím ímic icoo, in ince cend ndiiário ário,, gás, gás, liqu liquef efei eito to,, • A massa fum fumígen geno ou mat ater eriial bi biol ológ ógiico qu quee cons consti tittui o prin princi cippal conteúdo de certas granadas ou bombas, • termo carga de chumbo significa o mesmo que bagada. Carga inerte – Designação da “carga” de um projéctil, bomba ou granada que simula todas as funções do seu congénere “de combate”, excepto as do domínio da balística terminal. Trata-se de uma massa de material inerte, com o mesmo peso da carga ou incendiário do corr corres espo pond nden ente te enge engenh nhoo de com combate bate,, qu quee serv servee para para qu quee esse esse engenho seja capaz de, para todos os efeitos pretendidos, em vários exercícios, simular um engenho “real”. 212
Carregador - Um contentor de forma aproximadamente paralelepipédica (direito ou ligeiramente curvo), que se destina a arm armazen azenar ar um umaa cert certaa qu quan anti tida dade de de mun uniç içõe õess de um umaa arma arma de repetição, arma semi-automática ou arma automática e que é usado com a finalidade do municíamento dessas armas se fazer de forma muito expedita, apenas pela introdução e fixação do carregador na arma. Neste tipo de contentor as munições são empurradas para a boca do carregador para a extremidade que é introduzida na arma, por uma mola, a mola do elevador do carregador. O armazenamento das munições nos carregadores pode ser feito “em linha” linh a” isto é, com umas por cima das outras, outras, ou fazendo um zig-zag. A propósito, é de notar a enorme contribuição dada ao aumento de poder de fogo das pistolas modernas, pela introdução de carregadores que, qu e, po porr terem terem as mu muniç niçõe õess di disp spost ostas as dest destaa úl últi tima ma mane maneir iraa são capazes de acolher até quinze unidades. A capacidade dos carregadores carregadores determina determina em boa parte a capacidade capacidade operacional das armas em que se empregam, nomeadamente nas situações de combate a distâncias curtas, em que o volume de fogo é um factor determinante. Mas onde se pretende utilizar ritmos de fogo os maiores possível há que recorrer a armas alimentadas por fita. Uma grande parte das falhas de fogo dos sistemas de arma onde se usam carregadores, devem-se a defeitos ou desgastes destes, dado que são componentes relativamente frágeis e fáceis de danificar e que, quando os seus lábios deixam de reter as munições na posição apropriada, ocasionam as referidas falhas. Carregamento - É a acção de carregar uma arma. O carregamento é também usado para significar um dos seguintes s eguintes processos: • A introdução, no invólucro do cartucho, da carga principal bucha e projéctil ou projécteis. • A in intr trod oduç ução ão do doss alto altoss expl explos osiv ivos os no corp corpoo do doss proj projéc écte teis is bombas ou outras cargas úteis. Carregar - É a acção que resulta da introdução de uma munição na câmara do cano. 213
Carr Carrei eira ra de tiro tiro - Um espaç espaçoo espe especi cial alme ment ntee conc conceb ebid idoo para para a prática de tiro, geralmente em várias modalidades. Consiste numa construção permanente destinada à execução de tiro contra alvos terrestres e aéreos com armas portáteis de tiro tenso, cano estriado, utilizando projécteis inertes de calibres normais. Incluem três zonas: de serviços, de tiro e perigosa. Na carreira de tiro de 25 metros podemos encontrar, por zonas: a zona de serviços, a zona de tiro e a zona perigosa. A Zona de serviços é composta por: • Arrecadação para alvos, • Sala de escrituração, • Instalações sanitárias, • Sistemas de abastecimento de água e energia eléctrica, • Área de reunião de pessoal, • Acesso à carreira de tiro. A Zona de tiro compreende: • Plataformas para atiradores, • Espaldão frontal, • Dois espaldões ou muros laterais, • Linha de alvos única, • Caminhos laterais para circulação do pessoal, • Linha de alvos, • Caminho transversal junto aos alvos. A Zona perigosa inclui a Zona perigosa de superfície e a Zona perigosa vertical. Na carreira de tiro de 300 a Zona de serviços é composta por: • Gabinete do Director, • Sala de escrituração, • Caserna, refeitório, sala de estar e cozinha, instalações sanitárias, • Arrecadações, • Oficinas de alvos, • Sistema de abastecimento de água e de condução da energia eléctrica, • Instalação telefónica, 214
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Parque de estacionamento de viaturas, Área de reunião do pessoal, Acessos à carreira de tiro, A Zona de tiro compreende: • Leito, • Plataforma de tiro, • Linhas de tiro, • Linhas de alvos, • Espaldão convencional, • Muros pára-balas paralelos ao eixo da carreira de tiro, • Muros pára-balas laterais/oblíquos ao eixo da carreira de tiro, • Abrigos dos marcadores de alvos, • Sistema de alvos, • Caminhos laterais. No que se refere ao Tiro Desportivo, a parte do regulamento da I.S.S.F. (International Sport Shooting Federation) que se aplica a estas instalações, explica praticamente todos os requisitos a que elas dev devem ob obed edec ecer er para para sati satisf sfaz azer er as nece necess ssid idad ades es bási básica cass dos utilizadores, nas provas patrocinadas por esta es ta instituição. Entretanto, haverá que prever outras condições básicas, de entre as quais se salientam as seguintes: •
O lo loca call deve deve ser apro aprova vado do pela pelass auto autori rida dade dess enca encarr rreg egue uess do pla plane neam amen ento to urba urbaní níst stic icoo e fica ficarr circ circun unda dado do po porr um espa espaço ço salvaguardado de construções que possam no futuro implicar o abandono da carreira, por questões de segurança na utilização, • O local deve ser suficientemente isolado, afim de não causar problemas de poluição sonora, 215
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Deve procurar-se procurar-se que que a carreira carreira não seja construí construída da sobre solos solos rochosos, onde a probabilidade de ricochete é muito maior, Onde o espaço livre e seguro por detrás dos alvos não seja ilimitado, haverá que construir espaldões, pára-balas e outras protecções que reduzam ao mínimo a possibilidade de projecção acidental de um projéctil, para fora do recinto, Para obter a iluminação mais favorável, as linhas de tiro devem ser viradas a Norte ou a Nordeste, As linhas de tiro devem ser espaçosas e bem protegidas da chuva, da luz directa, do sol e dos ventos, Dev Deverá haver espa spaços cobertos suficientes para abrigar escritórios, salas de classificação, balneários, sanitários, casas fortes, etc., No exterior deve haver suficiente espaço para parqueamento de viaturas.
Cartucho - É a parte duma munição convencional (duma que não é do tipo munição sem invólucro) de uma arma de fogo que se destina a implementar o impulso da outra parte, os projécteis. O cartucho pode ser do tipo invólucro metálico ou do tipo invólucro combustível. Tratando-se de um cartucho de invólucro metálico, o cartucho tem também a função fundamental de realizar a obturação, neste caso a chamada, “obturação por expansão”. Qualquer que seja o tipo, os componentes do cartucho são: 216
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O
O invólucro que, como se disse, pode ser um invólucro metálico ou um invólucro combustível, A escorva, que pode ser uma escorva de percussão, uma escorva eléctrica ou uma escorva mista. Na maioria das munições de artilharia, o ignidor. A carga principal de propulsante. termo cartucho é também usado correntemente, embora
incorrectamente, para designar as munições das armas de caça (uma vez que, com se referiu, diz respeito à parte de uma munição).
Cartucho de salva – Designação comum de uma munição não equi equipa pada da com com proj projéc écti til, l, ou seja seja,, de um cart cartuc ucho ho de in invó vólu lucr croo metálico, que se destina a providenciar o impulso de uma granada de espingarda. Emb Embora ora pare pareci cido do com com o cart cartuucho cho de salv salvaa do mesm esmo cal calib ibre re especificado, a sua carga é muito diferente da deste, de tal forma que seria mesmo bastante perigoso usar um destes cartuchos naquela função. Isto porque, o cartucho lança granadas, que deve produzir um grande volume de gases, tem de ter uma carga muito volumosa mas constituída por uma pólvora de muito menor vivacidade. Cauda do gatilho - O componente do mecanismo do gatilho de uma arma, onde se actua com o dedo para efectuar os disparos. Nas modalidades de tiro de precisão em que se estabelece um peso do gatilho mínimo, o uso de uma cauda bastante larga pode dar ao atirador a sensação de ter de vencer uma menor resistência do mecanismo referido. Cavado da estria – Um dos sulcos de uma alma estriada, isto é, propriamente dita, uma estria. Nos seus movimentos nos canos, assentam sobre os cavados das estrias, as partes intactas das camisas 217
das das bal balas e a sup uper erfí fíci ciee exte extern rnaa deix deixad adaa int ntac acta ta das das ci cinnta tass de forçamento e dos sabots dos projécteis de artilharia.
Cavalete – Um do doss di disp spoositi sitivo voss qu quee se usa, sa, em labor aborat atór óriios bal balís ísti tico coss e em carr carrei eira rass de tiro tiro,, para para faze fazerr a dete determ rmin inaç ação ão da consistência de funcionamento de sistemas de armas. Consta de uma estrutura pesada presa ao solo, onde se fixa a arma, estrutura essa que inclui geralmente um dispositivo que permite reconduzir a arma exactamente sempre à mesma posição depois de cada disparo. Isto permite determinar a máxima consistência de tiro de que o conjunto arma/lote de munições é capaz mas, ao contrário do que às vezes erradamente se pretende, não permite fazer o azeramento das armas. Isto porque, sendo o salto da arma num cavalete, muito diferente do salto nas mãos do atirador em cada postura de tiro, o PMI (ponto médio dos impactos, isto é, o centro geométrico dos centros dos impactos de um conjunto de tiros apontados a um mesmo ponto de um mesmo alvo e disparados em condições tão exactamente iguais quan qu anto to po poss ssív ível el)) do doss im impa pact ctos os do doss tiro tiross feit feitos os ness nessee cava cavale lete te é geralmente muito diferente do PMI dos impactos feitos em condições reais. Cavilha – Designação de um componente do sistema de segurança de algumas espoletas. A cavilha, enquanto inserida no mecanismo, impede a espoleta de funcionar. A sua remoção constitui o primeiro passo do processo de armar a espoleta. Chama à boca – É a chama que por vezes se forma junto à boca do cano das armas de fogo aquando dum disparo, em simultâneo com a saída do projéctil. Resulta da combustão, devido ao contacto com o oxigénio atmosférico, de alguns dos produtos gasosos da combustão da pólvora (p. ex. CO e H2). A combustão é facilitada devido à alta temperatura dos gases e também, devido à projecção de partículas incandescentes. A redução ou anulação de chama à boca pode fazer-se – embora não se conheçam exactamente as razões – usando os seguintes meios: • Nalgumas armas de bala, pelo uso de oculta-chamas, 218
•
Pelo uso Pelo uso de prop propul ulsan sante tess com com tempe tempera ratu turas ras de qu quei eima ma mais mais baixas, • Usando propulsantes em cuja composição participam arrefecedores e moderantes.
Chapa de coice – Designação da peça que cobre a chamada “soleira” da coronha duma espingarda ou carabina. Este nome deve-se a que, nas armas antigas, tratava-se mesmo de uma peça feita de chapa de aço que servia para proteger a coronha das pancadas no chão. Nas armas de guerra modernas é quase sempre uma peça de plástico resistente. Nas espingardas standard de tiro ao alvo, a chapa de coice é um umaa peça peça cujo cujo posic osicio iona nam ment ento sobr sobree a coro coronh nhaa é aj ajuustáv stável el verticalmente, por forma a permitir melhorar cada uma das (três) posições de tiro. Nas espingardas livres de tiro ao alvo, a chapa de coice é uma peça altamente elaborada que permite vários aju just staamentos verticais, latera erais e de curvatura, por forma a possibilitar o seu apoio no ombro na maior superfície possível, em cada posição de tiro. Ciclo de funcionamento - É o conjunto das principais operações que ocorrem numa qualquer arma de fogo moderna (isto é, numa arma de carregamento anterior), entre dois disparos consec secutivos. Compreende Compreende (sempre nesta sequência sequência mas, como em qualquer qualquer ciclo, começando em qualquer delas) as operações seguintes: • Disparo, • Destravamento da culatra, • Extracção (no início do “recuo” da culatra), • Ejecção, • Carregamento (no fim da “recuperação”), • Travamento da culatra. Paralelamente a estas realizam-se outras operações como sejam o arma armame ment ntoo do meca mecani nism smoo de perc percus ussão são,, as even eventu tuai aiss actu actuaç açõe õess automáticas do mecanismo de segurança, etc. A diferença fundamental entre as armas de carregar pela culatra, armas de tiro simples, armas de repetição, armas semi-automáticas e armas armas autom automáti áticas, cas, reside reside precis precisame amente nte no corresp correspond ondent enteme emente nte 219
crescente grau de automatização com que estas mesmas operações decorrem.
Coice da arma - Termo clássico que designa o recuo de uma espingarda, ou outra arma de bala. Na realidade o recuo é só um dos componentes do coice, o outro é o salto da arma, aquele que se traduz no movimento da arma paralelamente ao eixo do cano. Para o conforto do atirador o coice deve ser tão pequeno quanto po possív ssível el,, na prát prátic ica, a, qu quan ando do o coic coice, e, po porr dem demasia asiado do vi viol olen ento to,, constitua problema pode-se recorrer a pelo menos duas soluções: • Nas armas de “grosso calibre” cujo coice seja demasiado violento
, ele pode ser reduzido por um aumento do ângulo de queda da coronha, o que pelo contrário, irá aumentar o salto da arma, • Uma outra solução possível para os sistemas de arma dos calibres nominais em que o coice tenda a ser excessivo, é a escolha de uma arma mais pesada. Note-se ainda que uma folga de carregamento excessiva é geralmente causa de coice anormalmente grande.
Coice da coronha – É a zona anterior da coronha duma espingarda – ou outra arma semelhante -, que assenta no ombro e geralmente também na cara do atirador. O termo clássico que designa a face anterior da coronha com que o coice vai assentar no ombro, chamase “soleira”. “soleira”. Na maioria maioria das armas, armas, esta é quase sempre sempre coberta coberta por uma chapa de coice.
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Colo do invólucro - É a parte estrangulada na extremidade posterior do corpo da maioria dos invólucros metálicos, os dos chamados invó in vólu lucr cros os com com colo colo - das das mu muni niçõ ções es de arti artilh lhar aria ia,, mun uniç içõe õess de espingarda e de umas poucas munições de pistola, aonde, nestas munições, vai ficar fixado o projéctil. Esse estrangulamento destes invólucros serve precisamente para ser possível fixar o projéctil, uma vez que, nestes calibres nominais, este tem um diâmetro muito menor que o da parte central do corpo do invólucro.
Comburente (ou Oxidante) – Designação genérica das substâncias capazes de alimentar a combustão doutra ou doutras (os com combu bust stív ívei eis) s).. Os com combu bure rent ntes es são são subs substâ tânc ncia iass qu quee cont contêm êm os elem elemen ento toss ox oxid idan ante tess (est (estes es elem elemen ento toss enco encont ntra ramm-se se na tabe tabela la periódica à direita do azoto, enquanto que os combustíveis são os que se encontram à sua esquerda). Nos fenómenos de combustão mais comum, o comburente é geralmente o oxigénio do ar. Combustão – No contexto contexto do tratamento tratamento das reacções reacções químicas químicas dos baixos explosivos/propulsantes, significa o mesmo que queima ou defl deflag agra raçã ção. o. No cont contex exto to do doss expl explosi osivo vos, s, os term termos os comb combus ustã tão, o, deflagração e queima, são utilizados indiferentemente, pretendendo significar a explosão dos baixos explosivos. Isto dada a semelhança aparente entre a forma como se processa ssa este ste fenómeno (da superfície para o interior da massa dos grãos) e a forma como queimam os combustíveis sólidos. Tratando-se simplesmente de combustíveis, é a propagação de uma reacção exotérmica por condução, convecção e radiação. Trata-se aqui de uma reacção química que consiste numa oxidação térmica que produz luz, chama faíscas e fumo. A combustão dos combustíveis, ao contrário da dos explosivos, depende sempre da 221
presença de uma matéria comburente exterior a eles, geralmente o oxigénio do ar.
Concentração – Termo que surge no contexto mais alargado da preparação psicológica dum atleta significando, em termos gerais, o cená cenári rio, o, o enqu enquad adra rame ment ntoo menta ental, l, em qu quee esse esse atle atleta ta trei treina na ou participa numa competição. “Estar concentrado” significa que pela mente não passa nenhuma ideia estranha às técnicas ou às tácticas indi in disp spen ensá sáve veis is a um dese desem mpenh penhoo de “alt “altoo rend rendim imen ento to”, ”, de tal tal maneira que a sua atenção e energia anímica possam ser apropriadamente dirigidas para um “objecto” funcionalmente útil. Não significando o mesmo, este termo é confundido por vezes com o termo “atenção”. Concordância – A porção da alma que constitui a transição entre a câmara e o começo do estriamento onde, idealmente, a ogiva do projéctil vai ficar encostada ao início das rampas que conduzem aos salientes das estrias. Caso isso não aconteça, é a zona da alma onde o projéctil realiza o seu salto livre, até começar a ser cortado pelos salientes das estrias. A concordância define-se ainda mais especificamente, conforme o tipo de cartucho usado, como sendo: • Nos sistemas de arma em que se usa cartucho de invólucro metálico, é a zona que fica imediatamente à frente do ponto onde deve ficar a extremidade do colo do invólucro, sistemas em que se usa cartuchos cartuchos de invólucro invólucro combustível combustível,, • Nos sistemas é a zona onde, após o carregamento, fica fixada a cinta de forçamento do projéctil. Consistência do tiro – A consistência de um conjunto de tiros, pressup supondo que todos eles foram apontados em condições exactamente iguais a um mesmo ponto dum alvo, é, por definição, a medi edida – fei feita po porr exem exempl ploo em term ermos de desv desviio médio édio – da concentração à roda do PMI dos vários impactos desses tiros. O term termoo cons consis istê tênc ncia ia do tiro tiro,, consi conside dera rada da esta esta defi defini nição ção,, sign signif ific icaa portanto o inverso de dispersão à volta do PMI. Neste caso, a 222
consistência é, na realidade, o resultado das consistências da arma, da munição e da actuação do atirador. Este Este prod rodut utoo das das con consist sistên ênci cias as de cada cada um do doss subs subsis iste tem mas é portanto o factor que melhor exprime a “qualidade” do conjunto, o valor do funcionamento do sistema, e este é verdadeiramente, de facto, o seu substracto mais difícil de obter.
Coronha - O componente de uma espingarda, carabina, pistola, metralhadora ou metralhadora, que serve para o utilizador apoiar no ombr om broo e no peit peito, o, conf confer erin indo do maior aior esta estabi bili lida dade de à arma arma,, para para permitir ao utilizador uma maior consistência do tiro. A natureza do apoio que dá ao cano, faz com que a coronha con contri tribu buaa bast bastan antte para ara a regu regullarid aridad adee ou irre irreggul ular ariidad dade das vibrações do cano, sendo de notar que as coronhas inteiras são sempre melhores neste sentido, que as coronhas partidas. As partes duma coronha convencional são o fuste, o delgado e o coice. Nas Nas arma armass de caça caça,, conf confor orm me a sua sua conf config igur uraç ação ão na regi região ão do delg delgad ado, o, as coro coronh nhas as clas classi sifi fica camm-se se em “cor “coron onha ha de pi pist stol ola” a”,, “coronha de semi-pistola” e “coronha à inglesa”. Em todos os tipos de armas modernas, dado principalmente a grande dificuldade em conseguir boas madeiras e dada a estabilidade dos materiais sintéticos perante a humidade e as variações de temperatura, é cada vez mais frequente o emprego destes materiais para a sua confecção. Coronha anatómica – Termo aplicado à maioria das coronhas das espingardas de tiro ao alvo, em que este componente é um órgão bastante sofisticado por forma a incluir uma boa cama do cano e a permitir permitir o ajustament ajustamentoo da arma às diversas diversas disposições disposições das partes do corpo dos atiradores, nas várias posições de tiro. No mínimo, estas coronhas permitem ajustamentos do comprimento do coice e das posições da chapa de coice, do apoio regulável da cara do atirador e do fixador da bandoleira.
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Coronha inteira – Uma coronha que é feita de um única peça. Este tipo de coronha, por permitir dispor dum cano flutuante, é o que melhor se presta a equipar as armas em que é indispensável obter uma grande consistência do tiro. Coronha partida – Uma coronha que o fuste constitui uma peça separada que se monta sobre o cano ou se fixa à caixa da culatra. Corrediça - Designação comum do conjunto da culatra com a caixa da culatra das pistolas semi-automáticas que são as partes recuantes destas armas. Isto aparte o pequeno movimento do cano nas pistolas operadas por recuo. Culatra - É o componente da arma de fogo moderna que tem pelo menos as funções seguintes: • Fechar anteriormente a câmara do cano, servindo de suporte aos invólucros dos cartuchos durante os disparos, e assim tornando possível a obturação, • Alojar o mecanismo de percussão, • Se Serv rvir ir de supo suport rtee aos( aos(s) s) extr extrac acto tor( r(es es), ), aos aos meca mecani nism smos os de travamento da culatra e por vezes aos ejectores. Pelo que, é a culatra, o componente que se pode considerar que é o “coração” duma arma, o que realiza grande parte das operações do seu ciclo de funcionamento. Pretende-se quase sempre que sejam peças o mais leves possível e de dimensões pequenas, a fim que a energia cinética que acumulam e o espaço da arma que ocupam para o seu movimento, sejam tão pequenos quanto possível. Nas peças de artilharia automáticas, há normalmente que dispor de um dispo disposit sitivo ivo especia especial,l, eléctr eléctrico ico,, hid hidráu ráulic licoo ou pneum pneumáti ático co que permita permita a sua movimentação movimentação e a preparação do mecanismo mecanismo de armar antes do primeiro disparo. Sendo sempre peças com uma solidez suficiente para suportar as grandes pressões que se exercem sobre elas, existem numa grande variedade de configurações e formas de operar. As culatras das armas 224
modernas classificam-se, pela forma como se opera o seu movimento, em: Culat atra rass de cunh cunhaa ou cul culat atra rass de gavet avetaa (com (com mov ovim imen entto • Cul transversal), • Culatras de parafuso (com movimento de dupla rotação), • Culatras de ferrolho (com movimento longitudinal e travamento, atrás ou à frente, por rotação), • Culatras de corrediça (com movimento longitudinal), • Culatras pendentes (com movimento de báscula).
Cunhete - Uma caixa ou outro contentor para o transporte de munições, que deve ser concebida por forma a que as munições transpo sportadas fiquem basta stante protegidas contra choques e influências climatéricas. Deflagração – Consiste numa reacção química cuja frente de reacção se propaga com uma velocidade inferior à velocidade do som, isto é, ocorre como um regime subsónico. Este termo é usado com sinónimo de queima pretendendo significar a explosão dum baixo explosivo, em particular dum propulsante. Delgado - A parte central e em geral mais fina da coronha que serve de apoio à mão, ou para ser agarrada com a mão, que se usa para efectuar os disparos. A face superior do delgado, sobre a qual se po posici sicion onaa o dedo dedo po pole lega gar, r, cham chamaa-se se a “ded “dedei eira ra”. ”. Conf Confor orm me a configuraç configuração ão desta parte da coronha, coronha, assim as coronhas se designam designam por “coronhas à inglesa”, “coronhas de pistola” e “coronhas de semi pistola”. Dente do armador - Dente existente no armador, que se encontra saliente no interior e no fundo da caixa da culatra, ao qual se vai encostar o entalhe de armar e que assim provoca o armar do percutor. Depósito – É o alojamento onde se depositam as (5 ou mais) mun uniç içõe õess nu num ma arm arma de rep repet etiição ção, em prepa repara raçã çãoo para para a sua tran transf sfer erên ênci ciaa para para o mecan ecaniismo smo de repe repettiç ição ão,, para para ond ndee são são 225
impeli impe lida dass po porr um im impu puls lsor or/e /ele leva vado dorr acci accion onad adoo po porr um umaa mol ola. a. Existem várias configurações de depósitos: • Tubulares, dentro do fuste ou dentro do coice da coronha, • De caixa/ caixa/para paralel lelepi epipéd pédico icos, s, ficand ficandoo as mu muniç nições ões sobrep sobrepost ostas as numa só coluna ou em zig-zag, situados por baixo da caixa da culatra, • Mistos das configurações anteriores, • Rotativos, situados por baixo da caixa da culatra.
Desarmador - Peça necessária para a execução de tiro automático, que obriga o detentor do cão a rodar, libertando o cão no momento em que a culatra se encontra travada e fechada. Tem por finalidade provocar disparos sucessivos sem aliviar a pressão pressão no gatilho. gatilho. Desenfiamento de uma infra-estrutura de tiro – É o conjunto de disposições destinadas a: deter e absorver os projécteis nas suas trajectórias directas ou depois de ricochetearem; limitar a amplitude do feixe de trajectórias; evitar a formação de ricochetes, por forma a impedirem que projécteis directos e ricochetes saiam para o exterior da infra-estrutura de tiro. São exemplos de dispositivos de desenfiamento vertical superior: • Espaldão pára-balas, • Câmara pára-balas, • Câmara de detenção/recolha de projécteis, • Limitadores de pontaria, • Muros diafragmas pára-balas, • Palas. São exemplos de dispositivos de desenfiamento vertical inferior: • Plataformas de tiro elevadas, • Banquetas de tiro, • Limitadores de pontaria, • Abrigos para marcadores, • Traveses e cordões, • Degraus, • Cortaduras, 226
• • •
Espaldões intermédios, Espaldão final, Câmara pára-balas.
Dest Destra rava vamen mento to da cula culatr traa - É uma das fases do ciclo de func funcio iona name ment ntoo da maio maiori riaa das das arma armass de tiro tiro sim simpl ples es,, arma armass de repe repettiç ição ão,, arm armas sem semi-au i-auttom omát átiicas cas e arm armas auto autom mát átic icas as.. Nos Nos sistemas de arma em que se opera com munições de média e grande potência, dadas as pressões que as bases dos invólucros exercem na face da culatra, há que operar com uma culatra que, de forma infalível, enquanto a pressão dos gases dentro do cano for alta, se mantenha imóvel ficando a bloquear a expulsão dos invólucros da câmara. Este bloqueamento é garantido nestas armas, precisamente por um travamento da culatra, uma operação mecânica que tem lugar após o carregamento e fechamento da culatra. Pelo que, após o disparo, há quee efec qu efectu tuar ar o corr corres espo pond nden ente te “des “desttrava ravam ment ento”, o”, a fim fim de dar dar continuidade ao ciclo referido. Detentor da culatra - Peça destinada a evitar que a culatra deslize par paraa fora fora da caix caixaa da cula culattra, ra, faze fazend ndoo-aa para pararr na posiçã siçãoo de carregamento. Detentor do cão - Peça existente no mecanismo de disparar das armas semi-automáticas e automáticas, que prende o cão, embora o gatilho gatilho esteja premido e o armador rodado para baixo. O detentor detentor do cão é accionado por forma a libertar o cão por uma peça de ligação que transmite o movimento do armador ao detentor. Detonação – É cara caract cter eriz izad adaa po porr um umaa prop propag agaç ação ão da fren frente te de reacção com velocidade superior à velocidade do som, sendo nessas circunstâncias considerado um regime supersónico. A detonação é umaa reac um reacçã çãoo cara caract cter erís ísti tica ca das das carg cargas as de alto alto expl explos osiv ivo. o. Num Numa detonação, a velocidade de reacção explosiva (que é a da própria onda explosiva que se propaga no interior do alto explosivo), varia entre o 2.000 e os 9.00 .000 m/s. numa tal explosão são, a referida 227
velocidade é tal que não há tempo para que o calor libertado pela decomposição molecular duma parte do explosivo se comunique à restante massa. A ordem de grandeza destas velocidades dá lugar a fenómenos que decorrem “instantaneamente” e que portanto se caracterizam pela extraordinária potência dos seus efeitos. Os efeitos para o exterior da ocorrência ocorrência de uma detonação detonação são os resultantes resultantes da formação formação de uma onda de choque, mas os efeitos destrutivos resultam também (a maior parte das vezes) da projecção de estilhaços formados e acelerados na fragmentação do corpo/invólucro do engenho onde a carga se faz transportar.
Detonação por simpatia – É a detonação de uma ou mais cargas de alto alto expl explos osiv ivoo prov provoc ocad adaa pela pela on onda da de choq choque ue orig origin inad adaa pela pela detonação de uma outra massa de alto explosivo que tenha explodido na sua proximidade, quando essa onda de choque, propagando-se no espaço entre as duas, a(s) atinja com suficiente intensidade. Detonador - Um componente duma espoleta, que, carregado com umaa pequ um pequen enaa carg cargaa du dum m alto alto expl explos osiv ivoo prim primár ário io,, é o prim primei eiro ro elemento de uma cadeia explosiva de detonação, na medida em que lhe compete iniciar o reforçador de espoleta ou directamente a carga principal. Pode também ser um dispositivo eléctro-explosivo ou pirotécnicoexpl explos osiv ivoo qu quee tem tem com como carg cargaa um umaa pequ pequen enaa massa assa du dum m salt saltoo explosivo primário e que é usado em demolição, onde serve como iniciador da explosão de uma carga de demolição. Quanto à forma como se dá a sua iniciação, os detonadores podem ser classificados como: • Detonadores de percussão, • Detonadores de perfuração, • Detonadores eléctricos. Em qualquer dos casos, são constituídos por uma cápsula cilíndrica chei cheiaa at atéé cerc cercaa de met etad adee com com uma carg cargaa com compri primid idaa de um explosivo primário e completa por um ignidor mecânico, pirotécnico ou eléctrico; uma cabeça eléctrica. 228
Dióptero – Termo por que se designam as alças fechadas equipadas com mecanismos micrométricos de azeramento que se usam nas espingardas de tiro ao alvo. Trata-se -se obrigatoriamente de mecanismos de grande fiabilidade e precisão de funcionamento. Disciplina de fogo - Atitude tomada pelo utilizador, de uma arma de fogo e com a qual esta só desencadeia o tiro sobre objectivos que lhe seja sejam m dete determ rmin inad ados os e apen apenas as qu quan ando do orde ordena nado do pelo pelo respe respect ctiv ivoo Comandante. Disparo - Em geral, este termo designa o conjunto de acções e reacções que se processam num sistema de arma desde o instante em que se acciona o mecanismo do gatilho da arma até ao instante em quee o pro qu projé jéct ctiil, grana ranada da-f -fog ogue uette ou míssi ssil, sai sai do can cano ou do lançador. Ou seja, a acção pela qual, usando uma arma de fogo, um lançador ou uma arma de propulsão por reacção e uma munição, granada foguete ou míssil, se põe o projéctil, a granada foguete ou o míssil em movimento. Isto a fim de que estes, percorrendo uma trajectória no espaço, venham a atingir um dado alvo. O disparo é portanto um processo na sua maior parte explicado pelas teorias da balística interna e vem a propósito referir que um disparo é, neste contexto, um processo físico-químico, pelo qual se faz a transformação da energia contida numa carga de propulsante em gase gasess e calo calorr e da ener energi giaa in inte tern rna/ a/ca calo lorí rífi fica ca dest destes es,, em ener energi giaa cinética dum projéctil ou outro engenho. Ainda a propósito, note-se que o disparo de uma arma de pressão de ar, é uma excepção pois é um processo meramente físico, pelo qual se transforma a energia acum acumul ulad adaa nu num ma po porç rção ão de gás gás com comprim primid idoo em ener energi giaa dum projéctil. Entendido assim, o disparo é portanto a primeira fase dum tiro e a consequência de um disparo é um tiro. No No cont contex exto to do func funcio ionam namen ento to do doss meca mecani nism smos os do gati gatilh lho, o, um disparo é meramente a actuação na cauda do gatilho, com uma força superior ao peso do gatilho por forma a dar início ao processo referido. 229
No contexto das técnicas do tiro de precisão, o termo “disparo” tem um sign signif ific icad adoo mu muit itoo ampl amplo. o. Si Sign gnif ific icaa aqui aqui to todo do o conj conjun unto to de acções que vão desde as de concepção e afinação dos mecanismos do gatilho, por forma a que seu seu funcioname amento correspo sponda à sensibilidade e às necessidades do atirador, até à aquisição de um con conju junt ntoo de habi habili lida dade dess psic psicoo-m moto tora ras, s, no nom mead eadamen amente te as de “independência” do dedo que actua no gatilho e de manutenção da imobilidade de todo o corpo até depois do projéctil sair da arma. Habilidades estas que têm de ser objecto de uma aprendizagem e de um trei treino no sist sistem emát átic ico, o, até até po porq rque ue qu qual alqu quer er qu quee seja seja a técn técnic icaa escolhida para a sua execução, os disparos, tendo de ser executados com o atirador em apneia, é imperativo que se completem num intervalo de poucos segundos, afim de ser possível manter uma perfeita oxigenação do cérebro e portanto manter uma capacidade da visão a 100%. A propósito, sendo que as componentes principais tecnológicas do tiro ao alvo, são: • A posição de tiro (posição exterior e posição interior), • A pontaria, • O disparo. esta última, para ser tecnicamente aceitável e “funcionar automaticamente”, é geralmente a de mais difícil domínio, a que requer uma verdadeira aprendizagem e uma maior dose de treino. Finalmente, refira-se que os melhores atiradores dispõem de mais do que uma técnica de execução a fim de lhes ser possível adaptarem-se às variações das condições ambientes.
Disparo consciente – Termo que designa uma técnica de disparo susc suscep eptí tíve vell de ser ser usada sada nalg nalgum umas as di disc scip ipli lina nass de tiro tiro ao alvo alvo,, caracterizado por – além da sua possível associação à técnica de disparo em preparação -, o atirador escolher o momento preciso em que quer que o disparo ocorra. Consist sistee essen sencialm lmen entte de, encontradas as condições para a realização de uma boa pontaria e estando o atirador preparado para manter completamente inalterada a sua posição de tiro durante toda a duração do disparo (uma preparação só é possível através de anos de treino) e a seguir a uma 230
“pre “prepa para raçã çãoo do gati gatilh lho” o”,, com com um sim simpl ples es mov ovim imen ento to do dedo dedo indicador, fazer funcionar o mecanismo do gatilho, enquanto todo o resto do corpo se mantém imóvel isto é, sem registar qualquer contracção ainda que pequena. Para ser tecnicamente aceitável e útil, esta técnica requer, como se disse, um trabalho de preparação longo e sistematizado, nomeadam adamen ente te da capacidade de mobi billizaç zação inteiramen amentte independente do dedo que actua a cauda do gatilho.
Disparo inconsciente – Uma técnica de disparo que é porventura a mais usada nas várias disciplinas do tiro ao alvo. Caracteriza-se por com ela o atirador escolher simplesmente as alturas em que os disparos devem começar a processar-se, mas nunca os momentos precisos em que os disparos ocorrem. Para cada tiro, a partir do instante em que a sua estabilidade é boa e que sente que todo o processo está a decorrer normalmente, o atirador vai aumentar a pressão sobre o gatilho, segundo um dos vários métodos possíveis, até que, “inesperadamente”, o disparo ocorra. Esta técnica requer uma boa estabilidade, nomeadamente uma boa estabilidade da arma mas, em compensação, não requer a realização da técnica do disparo em preparação e não há que recear a ocorrência de mov ovim imen enttos in inco cont ntro rollados ados quase uase sem sempre pre susc suscep eptí tíve veiis de ocorrerem, no instante crítico, quando se executa com uma técnica menos que perfeita de disparo consciente. A única dificuldade está associada com o facto de que as acções de dispar disparo, o, para para serem serem sistem sistematic aticame amente nte eficaz eficazes, es, requer requerem em a posse posse dum grande automatismo da actuação no gatilho, o que por sua vez requer uma grande dose de treino diário. Dispersão do tiro - Termo que se refere à distribuição do conjunto dos impactos dos projécteis disparados sob condições constantes, por uma arma ou conjunto de armas armas iguais que se apontam a um mesmo alvo. Note-se que sendo em geral verdade que a dispersão do tiro deve ser a menor possível, em certas condições tácticas, é desejável um considerável grau de dispersão. 231
Embo Embora ra apen apenas as qu qual alit itati ativam vament ente, e, o term termoo sign signif ific icaa o in inve verso rso de consistência do tiro. O termo também se aplica à distribuição dos impactos de uma única salva.
Disp Dispos osit itiv ivoo de dese desenf nfia iame ment ntoo – Elem Elemen ento toss arqu arquit itec ectó tóni nico coss destinados a interceptar os projécteis, o feixe de trajectórias e evitar a formação de ricochetes. Dispositivo de segurança e armamento - Um dispositivo que faz parte duma espoleta e que tem a função de impedir o seu funcionamento, isto é, manter na posição de desarmada essa espoleta e portanto da cabeça de combate onde ela se monta, até que ela seja projectada para além da distância de segurança à boca. Nessa altura, este dispositivo passa-a, infalivelmente, à condição de armada. Distribuição - Acção feita pelo elevador, posição dos elos da fita ou alojamento da lâmina por forma que os cartuchos sejam apresentados um após outro. Duração do Fechamento – É o intervalo de tempo, respeitante à viagem do percutor – ou do cão e do percutor -, desde que é libertado pelo armador do mecanismo do gatilho até que a sua ponta dá lugar ao funcionamento da escorva da munição. Este intervalo depende sobretudo da distância a percorrer pelo percutor e da relação entre o peso deste e a força exercida pela mola real quando comprimida. Em todas as armas mas em especial nas armas destinadas a realizar tiro de precisão, este intervalo de tempo deve ser tão pequeno quanto possível porque, ocorrendo numa altura em que o atirador pode cometer erros de disparo substanciais, a duração do fechamento, ao determinar em grande parte a demora do projéctil em sair do cano, condiciona extraordinariamente a consistência do tiro dessas armas. Pelo que o tempo de fechamento, um dos factores determinantes da qualidade desta classe de armas deve ser, no máximo, da ordem dos 3 ou 4 milésimos de segundo. 232
Por ou Por outr troo lado, ado, qu quai aisq sque uerr te tent ntat atiivas vas de redu reduzi zirr a du dura raçã çãoo do fech fecham amen entto para para al além ém do doss 2 milis iliseg egun undo dos, s, con condu duze zem m qu quas asee certamente a falhas de percussão. Nas armas pesadas, a duração duração de fechamento fechamento é geralmente geralmente da ordem das poucas dezenas de milisegundos.
Efeitos do vento sobre os projécteis - Em primeiro lugar há que estabelecer que os desvios provocados pelo vento nas trajectórias dos projécteis e portanto os desvios dos impactos num alvo, não são menores, ao contrário do que parece, para um projéctil de grande velocidade que permita uma menor duração do voo entre a arma e o alvo. As amplitudes desses desvios são sim proporcionais às suas perdas de velocidade nesse percurso. De fact facto, o, a defl deflex exão ão (Def (Def)) prov provoc ocad adaa po porr um vent ventoo late latera rall de velocidade Vv sobre um projéctil de velocidade inicial Vi, que leva um tempo t a atingir um alvo à distância L, é dada pela expressão seguinte (um caso particular da equação de Didion): Def = Vv x ( t – L/Vi ) Not Notee-se se qu quee a qu quan anti tida dade de entr entree parê parênt ntes esis is tem tem sina sinall po posi siti tivo vo e corresponde ao “tempo que o projéctil perde a atingir o alvo, pelo facto de perder velocidade”. Deste postulado, que é fácil provar, pode retirar-se duas conclusões muito importantes: • A primeira diz respeito a que, dado que os projécteis de maior velocidade sofrem de uma resistência do ar proporcionalmente muito maior, o que os faz perder muito mais da sua velocidade, eles são precisamente os mais desviados pelo vento. Daqui que, por exemplo, as munições de calibre nominal .22 LR de boa qualidade, destinadas a tiro ao alvo, sejam sempre munições de velocidade inicial relativamente baixa (velocidade subsónica). E que os mel elho hore ress at atiirado radore ress usem sem em dia iass de mui uitto vento ento munições que produzem velocidades à boca excepcionalmente baixas, • A segunda tem a ver com o facto de, sendo o coeficiente balístico o factor que determina a maior ou menor perda de 233
vel velocid ocidad adee dum pro projé jéct ctiil que op oper eraa nu num ma dada dada gam gama de velocidades, os projécteis menos afectados pelo vento são os que apresentam um coeficiente balístico alto, ou um coeficiente de resistência baixo. Este é um facto a ter bem presente pelo menos em todas as situações de tiro a grandes distâncias. Ainda outros factos a ter em conta são: • Que os ventos de direcções aproximadamente paralelas ao plano da trajectória, têm efeitos muito menores do que os de direcções aproximadamente normais a este plano. Um vento que sopra na base do projéctil fá-lo ter um ponto de impacto mais alto e um vento que sopra “ de frente”, um ponto de impacto mais baixo. Isto porque um vento “de frente”, retarda ligeiramente o projéctil, fá-lo aumentar o tempo de voo para o alvo, aumento esse que, dando lugar a que a gravidade actue durante mais tempo, faz com que o impacto venha a ser mais baixo do que o do projéctil não actuado por este vento. Um vento “de frente” tem, pelas mesmas razões, o efeito de reduzir o alcance máximo, • Que os ventos laterais, desde que os projécteis sejam estabilizados por rotação, além de os desviarem lateralmente, também lhes provocam - ao darem lugar ao aparecimento do efei efeitto de Mag Magnu nuss -, mov ovim imen ento toss para para ci cim ma ou para ara baix baixoo conforme o sentido do vento seja respectivamente da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita, isto se os disparos se fizerem numa arma de passo das estrias direito. Os efeitos do vento sobre os projécteis dependem muito ainda do tipo de proj projéc écti till em qu ques estã tão. o. Um vent ventoo late latera rall desv desvia ia um proj projéc écti till estabilizado aerodinamicamente de uma quantidade que é menor que no caso dum projéctil estabilizado giroscopicamente. Finalmente, há que notar que os desvios causados pelos ventos sobre as granadas-foguete granadas-foguete na fase de propulsão, propulsão, além de serem em sentido sentido contrário contrário a granada-fog granada-foguete, uete, nesta fase de aceleração, aceleração, desvia-se para o lado do vento, são proporcionalmente muito maiores, o que explica em grande parte a bastante menor consistência do tiro feito com estas munições.
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Efeito de simpatia - Designação do efeito pelo qual uma massa de alto explosivo pode ser levada a detonar, dado que uma outra detone na sua proximidade, produzindo uma onda de choque que venha a atingi-la com suficiente intensidade. As considerações sobre este efeito, para além de participarem no projecto de praticamente todos os engenhos explosivos, são as que presidem nos projectos de recintos de paióis de munições, tendo em vista a redução do risco de explosão dos materiais contidos em cada um deles em caso de acidente num outro. Ejecção - É a operação do ciclo de funcionamento que consiste na expulsão do invólucro metálico da munição anteriormente disparada, para fora da caixa da culatra, operação que se sucede á sua extracção da câmara. Nos sistemas de arma em que a ejecção pode ser feita para trás - em linha com o cano -, a ejecção do invólucro é apenas a continuação do movimento de extracção, aproveitando a inércia de movimento desta. Nas armas em que a ejecção pode ser feita transversalmente, ela opera-se geralmente pela acção conjunta do extractor e do ejector que, num certo ponto do ciclo de funcionamento a seguir à extracção, aplicam um binário de forças ao invólucro, fazendo-o rodar sobre si próprio e saltar por uma janela de ejecção. Nalgumas armas a ejecção do invólucro é feita não pelo ejector mas sim pela munição seguinte no seu movimento para a frente durante o seu carregamento. Idealmente, a ejecção deveria fazer-se sempre de tal forma que o projéctil fosse projectado para a frente e - numa arma destinada a um atirador direito - para a direita. A extracção e a ejecção são as duas operações que não têm lugar no ciclo de funcionamento, quando se usam munições de invólucro combustível ou munições sem invólucro. Ejector - Nos sistemas de arma em que a ejecção dos invólucros é feit feitaa trans ransve vers rsal alm mente ente//la latteral eralm mente ente,, é o com compo pone nennte qu quee em conjunção com o extractor, exercendo um binário sobre a base do invólucro, realiza a ejecção. 235
Nos sistemas de arma em que a ejecção é feita em linha com o cano, a ejecção é feita pelos próprios extractores. Os ejectores podem ter as seguintes configurações: • A de uma peça fixa num ponto da caixa da culatra, que corre num rasgo da culatra quando esta se s e move, • A de uma ponta ponta salien saliente te de um dos lábio lábioss do carrega carregador dor que também corre num rasgo da culatra, • É o próprio percutor que ficando a fazer força sobre a escorva, leva à ejecção do invólucro - por acção combinada com a do extractor -, logo que este sai da câmara. • A de um conjunto de um impulsor com uma mola que se montam na face da culatra, de tal forma que o impulsor fica a comprimir fort fortem emen entte para para a fren frente te um pon onto to da peri perife feri riaa da base ase do invólucro. Os ejectores que actuam fixados num ponto da caixa da culatra ou os que fazem parte dos carregadores, agem tal que, no fim da acção de extracção, um ponto da periferia da base dos invólucros vai bater nele neless qu quan ando do emer emerge gem m da face face da cula culatr tra. a. Com Como os in invó vólu lucr cros os continuam agarrados do lado oposto pelo extractor, forma-se então um binário que, fazendo-o rodar, acaba por expeli-los pela janela de ejecção. O tipo de ejector que se monta na face da culatra age sob tensão da sua mola que o empurra contra um ponto da periferia da base dos invólucros, aproximadamente do lado oposto àquele em que actua o extractor. extractor. De tal tal forma que os invólu invólucros cros ficam ficam permanente permanentemente mente sujeitos a um binário de forças que, no momento oportuno, isto é logo que o invólucro invólucro fica livre para rodar á frente, acaba por realizar realizar a ejecção. Nas Nas armas em que se usa aquilo a que se chama “eject ctoores automáticos”, o impulsor do ejector fica sob a tensão da mola até ao ponto do ciclo de funcionamento em que deve ocorrer a extracção. Nesse instante o impulsor do ejector é libertado e, sob o impulso da mol ola, a, vai vai dar dar um umaa panc pancad adaa no extr extrac acto torr ob obri riga gand ndoo-oo a faze fazerr a extracção dos invólucros com tal violência que estes, sob a sua própria inércia são projectados bruscamente para fora das câmaras. 236
Note-se que as falhas de ejecção são das causas mais frequentes de falhas de fogo, uma vez que os ejectores são componentes sujeitos a grandes esforços o que os faz quebrarem-se com bastante frequência.
Elevador - Nas armas de repetição com um depósito sob a caixa da culatra, é o conjunto de peças que, no interior desses depósitos, serve para empurrar as munições neles introduzidas em direcção à caixa da culatra. Nas armas de bala em que se usa um carregador ou um tambor, é o con conju junt ntoo de peças eças qu quee serv servee para para empu empurr rrar ar as mun uniç içõe õess nele nele introduzidas para a boca do carregador ou boca do tambor. Em qualquer dos casos, este conjunto é constituído pela mesa e pela mola do elevador. Elo - Peça de meta tall que suporta cada cartucho de uma fita carregadora de uma arma automática. Empun Empunha hadu dura ra (duma (duma pi pisto stola la ou du dum m revol revolve ver) r) - É o termo técn té cnic icoo qu quee se usa usa para para desi esign gnar ar a form formaa com como um utili tiliza zado dor r empunha uma pistola ou revolver. Em termos de tiro de precisão, a empunhadura envolve bastantes complexidades técnicas, ao ponto de alguns teóricos garantirem que a aquisição de uma boa empunhadura é “meio caminho andado” na formação de um bom atirador. A “boa empunhadura” caracteriza-se essencialmente por três pontos: • É totalmente consistente, isto é, é sempre exactamente a mesma, em termos de colocação da mão no punho e do aperto deste. • É tal que o dedo indicador se pode mover livremente da frente para trás, paralelamente ao cano e ao fazê-lo não causa qualquer moviment movimentoo espúrio da arma no instante instante crítico crítico do disparo. disparo. Para conseguir isto, por vezes há que executar correcções especiais no punho. • Da boa empunhadura resulta, dentro das limitações impostas pela concepção de cada arma, que o salto da arma é mínimo sendo que a maior parte da energia do recuo é absorvida pelo braço e pelo ombro do atirador. Isto significa invariavelmente que a parte 237
mais alta da mão fica situada o mais perto possível do eixo do cano.
Erosão - O termo aplica-se em dois contextos: • Erosã Erosãoo do doss cano canoss: Um proc process essoo in invo volu lunt ntári árioo e de evol evoluç ução ão praticamente exponencial, pelo qual os efeitos combinados das altas temperaturas e altas pressões dos gases das pólvora e do atrito dos projécteis, agindo sobre a superfície metálica das almas dos canos, as vão alterando e desgastando mecanicamente. A zona da alma onde a erosão é mais intensa é no início da parte estriada, ou na zona correspondente, nas armas de alma lisa, onde os gases, a alta velocidade e temperatura, rapidamente alteram a composição química dos aços da superfície, formando materiais quebradiços que facilmente são depois arrastados sob o atrito dos pro projéc jécte teis. is. Este Este fenó fenóme meno no é part partic icul ularm arment entee depe depend nden ente te da temperatura dos gases. Na realização de tiro com altos ritmos de fogo fogo,, a menos enos qu quee seja sejam m usad usados os métod étodos os de arre arrefe feci cime ment ntoo artificial, por água ou ar, a temperatura do cano tende a subir ince in cess ssan ante teme ment ntee e isto isto acel aceler eraa a velo veloci cida dade de da eros erosão ão.. Esta Esta erosão pode ser muito reduzida: pelo uso de certas ligas como a de aço crómio-molibdénio, no fabrico dos canos, dada a grande resistência destas ligas às altas temperaturas; pelo tratamento, por depósito electrolítico nas almas, por exemplo de crómio. Os canos com uma alma desenhada de uma forma especial em que o início do estriamento se faz bastante mais à frente e termina também antes da boca, são também bastante imunes à erosão. O uso de qualquer destes métodos, é no entanto um factor de complexidade e custo. Uma forma anormal de erosão, decorre da uti tili liza zaçã çãoo de projé rojéct ctei eiss que não não efec efectu tuam am devid evidam amen ente te a obturação para a frente, o que faz com que os gases que se passam entre o projéctil e as paredes da alma exerçam um forte desgaste nesta. • Erosão das gargantas gargantas das agulhetas agulhetas dos motores motores: O fenómeno fenómeno pelo qual as gargantas das agulhetas de De Laval, sujeitas como estã stão a temperat atuuras muito altas por parte dos gases ses dos propulsantes usados em motores de foguete ou em armas de 238
pro propu puls lsão ão po porr reac reacçã ção, o, tam também bém fica ficam m suje sujeit itas as a desg desgas aste tess consideráveis, segundo um processo idêntico ao anteriormente descrito.
Erro angular - No tiro feito com armas equipadas com aparelhos de pontaria do tipo miras metálicas, é em princípio, de longe, o mais grave dos dois erros de pontaria possíveis. Este erro resulta do não alinhamento das referências “olho director/alça/ponto de mira”, que se traduz no apontar da arma segundo uma linha oblíqua à linha que une o olho ao centro da zona de pontaria. Os efeitos do erro angular são proporcionais à razão; distância ao alvo/base de mira. O chamado factor multiplicador do erro angular, a quantidade por que se tem de multiplicar o erro de alinhamento na pontaria - o erro angular -, para se obter o desvio do impacto no alvo. Dos valores conc concret retos os deste deste fact factor or mu mult ltip ipli lica cado dorr po pode de-se -se tira tirarr di dire rect ctam ament entee algumas conclusões: • Sendo a base de mira muito menor nas pistolas e revólveres do que nas espi spingardas, para as mesma smas distânci ciaas os erros angulares têm efeitos muito maiores no tiro com as primeiras destas armas, pelo que a pontaria com estas consta praticamente só da eliminação dos erros angulares, por mais pequenos que estes sejam, • Porque o factor multiplicador no tiro ao alvo com espingarda a 300 metros é de facto muito grande, também nesta modalidade de tiro há que tomar maiores precauções quanto ao erro angular do que no tiro ao alvo de competição com espingarda, a 50 metros. • Porque o factor multiplicador é muito pequeno no tiro ao alvo com espingarda a 10 metros, este erro quase não tem de ser considerado nesta modalidade. Erros no disparo - São os erros mais graves que um atirador de espin espinga gard rdaa ou pi pist stol ola, a, po pode de fazer fazer e faz faz no norm rmalm alment ente. e. Resul Resultam tam directamente da necessidade de ter de actuar no mecanismos do gatilho para realizar os disparos, o que em si constitui uma acção “dinâmica”, a”, em princípio contraditória da necessi ssidade de 239
estabilizar/imobilizar a arma na acção de a apontar, o que constitui uma actividade “estática”. Os erros nos disparos a que, pelos enormes desvios que provocam, se cham chamaa gati gatilh lhad adas as,, são são erro erross do proc proces esso so apon aponta tar/ r/di disp spar arar ar,, qu quee ocorrem quando, no momento crucial deste processo, que é o da ulti ul tima ma fase fase da actu actuaç ação ão no mecan ecanis ismo mo du dum m gati gatilh lho, o, o atir atirad ador or imprime, involuntariamente, movimentos indesejáveis à arma, tal que esta, durante os instantes em que a bala percorre o cano, se vai deslocar “angularmente” por forma a que o resultado dum tiro acaba por ser desastroso. A identificação da natureza destes erros passa necessariamente pelo reconhecimento do seguinte: • De que estes erros ficam muitas vezes a dever-se ao desejo de “libertação “libertação”, ”, de raiz psico-fisiológic psico-fisiológica, a, que antecede cada disparo disparo e que se pode descrever como um desejo do atirador, sujeito a uma certa tensão emocional, de libertar-se da ansiedade quanto ao resu result ltad adoo daqu daquel elee di dispa sparo ro.. Isto Isto cons consti titu tuii um umaa di difi ficu culd ldad adee part partic icul ularm arment entee agud agudaa qu quan anto to o atir atirad ador or,, im imer erso so nu num m clim climaa gerador de tensão emocional, como é o da competição desportiva, sentindo-se pressionado pela responsabilidade de produzir um bom resultado dentro de um limite de tempo que sente esgotar-se rapidamente e pelos outros sintomas dessa tensão emocional; ritmo cardíaco acelerado, sensações de calor excessivo, sudação int nten ensa sa,, et etc. c.,, com começa eça a enca encara rarr os di disp spar aroos com como acto actoss de “libertação”, como formas de, rapidamente, dar por finda essa situação, • Do facto de que a flexão de cada dedo da mão humana é realizado pela contracção de um dado número de fibras musculares do antebraço, fibras essas que são todas comuns a um mesm mesmoo mú músc scul ulo. o. De form formaa qu que, e, sem um umaa prep prepar araç ação ão/t /trei reino no especial continuado, é quase impossível ser capaz de flectir o dedo que actua no gatilho da arma, sem que os outros músculos do braço também sofram contracções. • Do facto de que os erros no disparo têm consequências que são proporcionalmente mai aiss grave aves se o tempo/ o/dduraçã ação de fechamento da arma for maior. Daqui que os erros de disparo 240
sejam particularmente graves no tiro com armas de pressão de ar, notáveis como é sabido por terem tempos de fechamento muito gran grande des. s. Os refer referid idos os “mov “movim imen ento toss in inde dese sejáv jávei eis”, s”, resu result ltam am por porta tant ntoo da im impo poss ssib ibil ilid idad adee prát prátic ica, a, in iner eren ente te até até à próp própri riaa anatomia de qualquer indivíduo não profusamente treinado, de actuar no mecanismo do gatilho, sem que essa acção psicofisiológica desencadeie outros movimentos, esses em si mesmos incontrolados e tendentes a destruir a pontaria no momento mais crítico. Dado que todo o atirador acaba por participar em situações geradoras de tens tensão ão emoc emocio iona nall a qu quee ni ning ngué uém m é com compl plet etam amen ente te im imun une, e, o principal objectivo da aprendizagem e treino das técnicas e das tácticas de cada modalidade de tiro de precisão, é exactamente a auto automa mati tizaç zação ão do doss proc proced edim iment entos os cond conduc ucen ente tess à irra irradi diaç ação ão das das causas destes erros. Daqui também que, a preparação de um atirador de alto nível, passe necessa ssariamente pela part articipação num grande número de competições ao longo de vários anos de esforços persistentes.
Erro de translação (ou erro paralelo) Nas armas equipadas com miras metálicas, e no contexto do tiro de precisão, é o erro de pontaria que resulta de, a linha de mira/a linha olho director/alça/ponto de mira, cujo estabelecimento é indi in disp spen ensá sáve vell para para el elim imiinar nar o erro erro ang angul ular ar,, não não ser di diri rigi gida da exactamente ao centro do alvo ou ao centro da zona de pontaria. Este erro deve ser olhado não só como inevitável em certa medida, mas como tendo consequências geralmente pequenas, muito menores que as do erro angular, angular, nomeadam nomeadamente ente no tiro com pistolas e revólveres. revólveres. Na realidade os bons atiradores com com estas armas, aceitam o cometimento deste erro, para se concentrarem na redução dos erros angulares. Teoricamente, os erros de translação são independentes da distância ao alvo mas, na prática, pela sensação de insegurança insegurança que, a grandes grandes distâncias, a sua observação pode transmitir ao atirador, são fonte de todo o tipo de outros erros, nomeadamente de erros no disparo. 241
A redução redução automática automática dos erros de translação, translação, faz-se pela criação criação de uma maior estabilidade do atirador - do seu corpo -, o que é o prémio da aquisição de uma posição exterior eficaz e de um treino muscular que permita ao atirador sentir-se em conforto total na posição de tiro. Estas condições conduzem, na prática, à quase imobilização da arma, de tal maneira que o atirador passa a dispor de uma confiança tal que, a observação de um período de oscilações acentuadas, é encarado apenas como um fenómeno passageiro.
Escape de gases - Um ou mais orifícios no corpo da culatra de algumas espingardas que serve(m) para, em caso de ruptura duma escorva, por ele(s) se escaparem para o lado, os gases da pólvora que se infiltrem infiltrem pelo orifício orifício de passagem passagem do percutor, quase certamente certamente vindo a ferir gravemente a vista do atirador, se não desviados como assim se consegue. Escorva – É o primeiro elemento das cadeias explosivas de ignição dos cart artuchos e ao mesmo smo tempo o disposit sitivo iniciador do funcionamento da maioria das munições. Compete-lhe criar uma quantidade suficiente de calor/chama fortemente penetrante, junto do elemento seguinte da cadeia explosiva, o ignidor nas munições de arti artilh lhar aria ia,, ou di dire rect ctam amen ente te a carg cargaa prin princi cipa pall de prop propul ulsan sante te nas nas munições de armas ligeiras. Estima-se que o funcionamento de uma escorva tenha a duração de 0.001’’. Empregam-se escorvas nos sistemas de armas seguintes: • Naqueles em que se emprega munições de invólucro metálico ditas de percussão central, em que as escorvas se montam numa cavidade central das bases dos invólucros, • Naqueles em que se emprega munições de invólucro combustív combustível, el, em que as escorvas que são neste caso semelhantes semelhantes a um cartucho de uma munição de arma ligeira, são montadas num alojamento da culatra da arma. Por outro lado existem escorvas de percussão, escorvas eléctricas e escorvas mistas. Quando sujeitas as estímulo apropriado – choque de um percutor com uma mistura ignidora que é o componente activo da escorva, produz uma quantidade suficiente de calor, na forma de 242
chama chama e partículas partículas incandescentes incandescentes que, através através dos chamados chamados canais canais de fogo, vão penetrar em toda a massa e fazer a ignição da pólvora negra do ignidor ou directamente dos grãos da carga ca rga principal. As misturas iniciadoras das escorvas modernas não produzem sais higroscópicos pelo que, na maior parte dos casos, deixou de ser obrigatório fazer uma limpeza cuidadosa dos canos após cada sessão de tiro. A designação mais comum da escorva é fulminante.
Escorva Berdan – Uma escorva de percussão para munições de espingarda e munições de pistola, mas que apenas é empregue em munições fabricadas na Europa e destinadas a uso militar. Consta de um corpo que é um pequenino copo de latão ou aço tombaca, que contém uma pastilha de mistura ignidora. Este corpo vai encaixar numa cavidade situada no centro da base do invólucro, em cujo fund fundoo e faze fazend ndoo part partee dest deste, e, se proj projec ecta ta um umaa po pont ntaa sali salien ente te,, a bigorna, contra a qual a dita pastilha irá ser esmagada, aquando da per percu cussã ssão. o. A cham chamaa prod produz uzid idaa na expl explosã osãoo da mi mist stur uraa ig igni nido dora ra comunica com a carga principal do propulsante através de dois cana canais is de fogo fogo.. Esta Esta escor escorva va di dist stin ingu gue-s e-see à vi vist sta, a, prec precis isam ament entee olhando para o interior do invólucro, uma vez que comunica com este através dos referidos dois canis de fogo, ao contrário da do outro tipo, a escorva Boxer que o faz apenas através de um. Esta escorva quase nunca é usada em munições destinadas a usos civvis porqu ci orquee send sendoo muito ito mai aiss di difí fíci cill a sua sua sub substi stitu tuiç ição ão no noss invólucros, o carregamento das munições se torna também mais difícil. Escorva Boxer – Uma escorva de percussão para munições de armas de bala, que difere, essencialmente, da escorva Berdan, no facto da bigorna fazer parte dela própria e não do invólucro onde a escorva se monta. É constituída portanto por um corpo que é um pequeno copo de latão ou aço tombaca, pela pastilha de mistura ignidora e por uma peça circular com uma ponta saliente central, a bigorna. A instalação é feita, como na escorva Berdan, por cravação numa cavidade do centro da base do invólucro. A comunicação da chama 243
resultante do seu funcionamento com a carga do propulsante é feita através de um único canal de fogo. Encontra-se em 4 tamanhos e potências muito distintas, conhecidos intern int ernaci aciona onalme lmente nte como como “Small “Small Pistol Pistol”, ”, “Large “Large Pistol Pistol”, ”, “Small “Small Rifle” e “Large Rifle”. Este tipod e escorva é o mais utilizado em munições destinadas ao uso civil, por a sua fácil remoção, depois de usada, tornar muito mais fácil o recarregamento das munições.
Espingarda - Uma arma ligeira de cano estriado, concebida para proporcionar as seguintes condições favoráveis à realização de um bom tiro de precisão: • Bons apoios no tronco e num dos braços do utilizador, e ainda eventualmente noutros apoios, com vista a conseguir uma boa estabilidade da pontaria, • Uma base de mira “sight radius” suficientemente grande para obstar à realização de grandes erros angulares. A espingarda de guerra é a arma de base das forças de infantaria, uma vez que permite a realização de tiro com bons resultados, até várias centenas de metros. Por razões idênticas, é também uma arma cada vez mais usada por forças policiais e também o tipo de arma mais utilizada em usos civis, sejam estes de natureza desportiva ou de lazer. Espingarda anti-sniper – Este termo designa modernamente, não propriamente uma vulgar espingarda para franco atirador destinada à função de combate a este tipo de atirador, mas sim uma arma especial, de calibre .50’’ (12,7 mm) ou similar, com cuja grande consistência do tiro e grande capacidade de penetração dos projécteis dos calibres nominais existentes, se conta para penetrar as paredes muito resistentes dos abrigos – interior de casas, beiradas de terraços – onde eles estejam a operar em missões de guerrilha urbana. Espingarda Espingarda de assalto assalto – Uma espingarda de guerra concebida para corresponder aos seguintes requisitos: • Poder fazer tiro semi-automático e tiro automático, 244
•
Utilizar uma munição que lhe permita um alcance eficaz no mínimo igual a trezentos metros, • Utilizar uma munição que permita a realização de tiro automático controlado, isto é, sem excesso de salto de tira para tiro, • Ter dimensões e peso tais que seja fácil o seu transporte e utilização por parte de combatentes a quem se pede normalmente uma grande mobilidade.
Espingarda para franco-atirador (“Sniper rifle”) – Um franco atir atirad ador or (“Sn (“Snip iper er”) ”) é um sold soldad adoo espe especi cial alm mente ente trei treina nado do para para dese desem mpenh enhar a funç função ão de, a parti artirr de um umaa posiçã siçãoo favo favorá ráve vell, devidamente camuflada e usando uma espingarda especial equipada com uma boa mira telescópica, atirar sobre indivíduos seleccionados das forças inimigas. A espingarda referida é uma espingarda para tiro de precisão, praticamente sempre da classe espingarda de repetição e do género com culatra de ferrolho, especialmente preparada para corr corres esppon onde derr às exig exigên ênci cias as do seu seu empr empreg egoo esp específ ecífiico. co. Esta sta preparação consiste, entre outras, das seguintes provisões: arma tem de ser ser de um calibre nominal apropriado às • A arm distâncias médias de utilização, tendo em vista que mesmo um atirador de nível obterá uma maior consistência do tiro com um sist sistem emaa de arm arma qu quee pro produ duza za coic coicee e ruí ruído redu reduzi ziddos. os. Por exemplo, o Exército Norte Americano recomenda os calibres . 222 e .223R (5.56x45) nos casos em que se trate de tiro até aos 300m, • Um cano cano sufi sufici cien ente tem mente ente pesa pesado do,, mon onta tado do gera geralm lmen ente te na configuração de cano flutuante mas, em qualquer dos casos, montado por forma a permitir uma boa precisão do tiro logo no primeiro disparo, com o cano ainda frio, • Um mecanismo do gatilho preparado e afinado para corresponder às necessidades do seu utilizador, um atirador de elite, aparel elho ho de po pont ntar aria ia apro apropr pria iado do o qu quee sign signif ific icaa qu quas asee • Um apar exclusivamente uma mira telescópica com ampliação de 2x a 10x, 245
•
Uma coronha de material sintético ou de madeira suficientemente dura e estável, tratada por forma a que não possa absorver a humidade, • Um “bedding” de resinas sintéticas.
Espingarda de grosso calibre – Em gera geral, l, um umaa espi esping ngar arda da de calibre superior a 6 mm, se bem que a legislação indique valores diferentes de país para país. Em termos de competi tiçã çãoo de tiro ao alvo, em compet etiições ões patrocinadas pela I.S.S.F. o termo significa uma espingarda livre ou uma espingarda standard de calibre máximo igual a 8 mm, destinada a competições a 300 metros. Espingarda de guerra – Uma espingarda concebida e construída de acordo com os requisitos impostos às demais armas de guerra. Estas espingardas, que nas Forças Armadas da maioria dos países mais industrializados, eram já todas da classe espingarda de assalto, têm vindo modernamente a ser substituídas por carabinas de assalto. Espingarda livre – Designação comum a duas modalidades de tiro ao alvo alvo com com espi esping ngar arda das, s, cond conduz uzid idas as de acor acordo do com com as regr regras as I.S.S.F. Trata-se de competições a 300 metros, constando a primeira de 60 tiros na posição de deitado – a modalidade de “espingarda deitado” – e a segunda de 120 tiros – a modalidade de “espingarda três posições”, sendo 40 na posição de deitado, 40 na de pé e 40 na de joelhos. Designa também uma espingarda de precisão de calibre até 8 mm, que se emprega nas competições acima referidas. O termo “livre” justifica-se por estas serem as classes de armas em que o número de restrições impostas à sua constituição é mínimo. Espingarda de precisão – Designação genérica de uma espingarda concebida e construída por forma a oferecer ao utilizador um grande número de vantagens “técnicas” na sua utilização e, em particular, a per permi miti tirr um umaa gran grande de cons consist istên ênci ciaa do func funcio iona name ment ntoo próp própri rio, o, a contribuição da arma para a consistência do tiro do sistema de arma. 246
A propósito, note-se que a consistência de qualquer sistema é algo que só se consegue em parte com componentes produzidos com materiais de alta qualidade e com alta qualidade de engenharia e manufactura. Para se qualificar qualificar como espingarda espingarda de precisão, uma espingarda espingarda tem de reunir no mínimo as características seguintes: • Por concepção e construção, o conjunto deve ter uma grande rigidez estrutural durante os disparos. Note-se que a procura de uma grande consistência de funcionamento limita a escolha, à partida, a um pequeno número de tipos de armas, uma vez que um grau elevado de consistência só se pode obter com uma grande rigidez de todas as partes e das uniões entre estas e que essa é uma característica apenas inerente a certas configurações das armas. Por exemplo, em condições semelhantes, nomeadamente para o mesmo calibre nominal, uma espingarda de tiro simples com toda a coronha feita de uma só peça e a operar com uma culatra de ferrolho, é muito mais rígida e tem um func funcio iona nam ment ento muito ito mai aiss cons consiisten stente te qu quee um umaa qualq ualque uer r espingarda semi-automática. • O cano deve ser uma peça de material e manufactura de grande quali ualida dadde, o mai aiss pesad esadoo possí ossívvel e com com o com comprim primen ento to apropriado, por forma a reduzir-se ao mínimo os efeitos das variações nas vibrações do cano. O passo das estrias tem de ser apropriado ao calibre nominal escolhido, • A caixa da culatra tem também de ser uma peça “inteiramente” rígida e construída por forma a permitir um travamento da culatra extremamente sólido e radialmente uniforme, • Como já se disse, a coronha deve preferivelmente ser feita de uma só peça e esta fabricada com uma madeira densa e insensível às mudanças de humidade ambiente, • O bedding do cano na coronha deve ser muito sólido, se necessário recorre-se ao uso de resinas sintéticas, para a sua realização, • O mecanismo do gatilho deve ser um mecanismo de grande precisão e deve permitir todos os ajustamentos que o utilizador pretenda, para o afinar para a sua própria sensibilidade, 247
•
O aparelho de pontaria tem de ter grande precisão de azeramento, por por form formaa a ser ser po poss ssíível vel cons conseg egui uirr obt bter er,, mui uitto rápi rápida da e expeditamente, a máxima precisão de tiro.
Espingarda standard – Designação comum a duas modalidades de tiro ao alvo com espingarda, que fazem parte dos programas da I.S.S.F. Trata-se de competições de 300 metros, constando a primeira de 60 tiros na posição de deitado – a chamada “espingarda deitado” ou “match inglês” – e a segunda de 120 tiros, sendo 40 na posição de deitado, 40 na de pé e 40 na de joelhos – a chamada carabina “três posições” -. O termo designa também uma espingarda de precisão de calibre máximo até 8 mm, que se emprega em tiro a 300 metros, nas competições acima referidas. Espingarda de tiro ao alvo – Designação genérica do conjunto das espingardas livres, espingardas standard e espingardas de pressão de ar, conjunto este de armas destinada à competição desportiva. A espingarda de tiro ao alvo é necessariamente uma espingarda de precisão são espe specialm lmen entte concebida e fabricada com vista sta a proporcionar o mais alto grau permitido pela tecnologia existente, de consistência de funcionamento e que se distingue em particular por: • Serem nela levados aos extremos permitidos pelos regulamentos, o peso e as várias possibilidades de ajustamentos susceptíveis de permitir a melhor adaptação possível da arma à anatomia de cada utilizador, • Se Serr equi equipa padda com com um mecan ecanis ismo mo do gat gatilho ilho de al alttíssi íssim ma precisão, susceptível de ser ajustado por forma a satisfazer todas as necessidades próprias de qualquer atirador, • Ser dotada de um aparelho de pontaria da mais alta qualidade. Aparte Aparte alguns alguns exemp exemplar lares es manufa manufactu cturado radoss especi especialm alment entee para para os próprios utilizadores, trata-se de armas fabricadas por apenas umas pou pouca cass empr empresa esass espec especia iali liza zada dass (Ansch (Anschut utz, z, Hamm Hammer erly ly,, Uniq Unique ue,, Walther, e mais duas ou três firmas). 248
Espoleta - Designação genérica de todos os dispositivos equipados com com um com compo pone nent ntee expl explos osiv ivoo e/ou e/ou pi piro roté técn cnic ico, o, e com com ou outr tros os com compo pone nent ntes es mecâ mecâni nico cos, s, eléc eléctr tric icos os,, elec electr trón ónic icos os e/ou e/ou óp ópti tico cos, s, dispositivo esse que serve para ser montado em todos os projécteis convencionais, granadas de morteiro, mísseis, bombas e minas, e cujas funções são: • Estabelecer as principais condições de segurança de armazenamento e transporte, de segurança de queda e possivelmente de segurança à boca destes engenhos, • Controlar a ocorrência do armamento, no momento apropriado do disparo ou lançamento, do engenho onde está montada, • Realizar sem falhas e no instante mais apropriado, a iniciação dos altos explosivos da carga principal do rebentador desse dess e engenho, • Em certos casos, proceder à sua autodestruição. É claro que o tipo e qualidade de fabrico de espoleta que se monta num dado engenho, são porventura os factores mais decisivos da acção que esse engenho vai ter junto do alvo a que for dirigido. As espoletas incluem sempre um dispositivo de segurança e armamento, quee têm por fun qu funções ções,, po porr vári vários os proce rocess ssos os,, asse asseggurar urar qu quee os engenhos não funcionem durante o armazenamento e transporte nem durante o disparo e provocar, sem falhas, no momento oportuno, na proximidade, durante, ou após o contacto com os alvos, as referidas inic in icia iaçõ ções. es. Ai Aind ndaa assi assim, m, no noss enge engenh nhos os de gran grande dess di dime mens nsõe õess e capacidade destrutiva, as espoletas só são montadas imediatamente antes da sua utilização. Dada Dada a mui uito to gran grande de vari varied edad adee de enge engenh nhos os expl explos osiv ivos os e das das condições em que se usam, é enorme a variedade de soluções de concepção e tecnológicas, incluindo estas dispositivos mecânicos, eléctricos e electromagnéticos, que permitem, isoladamente ou em conj conjun unto to,, dar dar respo respost staa a to toda dass essas essas soli solici cita taçõe ções. s. Os taman tamanho hos, s, configurações e complexidade variam imenso e, em alguns casos uma espoleta pode até constar de vários sub-sistemas implantados em vários locais do engenho que serve. Em qualquer dos casos, justificase perf perfei eita tame ment ntee o enor enorme me in inve vest stim imen ento to qu quee tem tem sido sido feit feitoo no desenvolvimento de espoletas mais eficazes, uma vez que, toda a segu segura ranç nçaa e efic eficác ácia ia do doss sist sistem emas as de arm arma on onde de se empr empreg egam am,, 249
dep depende ende em gran grande de part arte do seu seu bom fun funci cioonam nament ento, da sua sua fiabilidade.
Espoleta bouchon – É a espécie de espoleta com retardo que equipa a maioria das granadas de mão. No essencial, é constituída por um conjunto percutor-mola que é retido até ao lançamento, por um manípulo que, por sua vez, é retido por uma cavilha. O início do funcionamento desta espoleta – corresponde à actuação do percutor – dá-se por libertação deste quando, no lançamento, o utilizador larga o manípulo que tinha estado retido pela cavilha durante o transporte da granada, cavilha que entretanto se retirou. Estabilidade – No domínio da Física – da Estática – este termo diz respeito à propriedade de um sistema que lhe permite manter-se imóv im óvel el ou ou,, qu quan ando do o seu seu equi equilí líbr brio io/i /imo mobi bili lida dade de é pert pertur urba bado do,, desenvolver forças ou binários que o fazem regressar à posição de equilíbrio original. No contexto da pontaria das armas montadas em veículos, o termo refere-se à necessidade de tornar esta independente dos movimentos de balanço transversal dessas plataformas. Isto é feito geralmente pelo recurso a uma referência vertical. Uma outra forma de estabilidade “física” é referida no contexto das técn técnic icas as de tiro tiro ao alvo alvo.. Aqui Aqui o term termoo im impl plic icaa real realm mente ente du duas as condições: • À partida, à imobilidade espacial – que deve ser tão boa quanto possível -, da arma em relação ao alvo, tal como é observada pelo atirador ao “dirigi-la” para o alvo, para que lhe seja possível, livr livree de mo movi vime ment ntos os desco descont ntro rola lado doss e in ines espe pera rado doss da arma arma,, concentrar-se no acto de a apontar com precisão e efectuar o seu disparo. Esta imobilidade espacial da arma resulta de uma boa condição física geral e especial, da adopção de uma posição ext exterio eriorr te tecn cniicam camente ente van vanta tajo josa sa,, de um umaa po posi siçã çãoo in inte teri rioor inalterada em relação à aprendida e desenvolvida em treino e, e, particular, da estabilidade psicológica que resulta da confiança na capacidade própria, pessoal, 250
•
À imobilidade do ponto de mira em relação à alça, tal como é obse ob serv rvad adoo pelo pelo próp própri rioo atir atirad ador or,, para para qu quee lh lhee seja seja po poss ssív ível el apreciar em todos os instantes o sentido e a amplitude do erro angular, para proceder à sua correcção, isto é, que lhe permita fazer a pontaria em boas condições. Estas duas condições são satisfeitas quando haja uma boa estabilidade do atirador e uma boa estabilidade da arma. Do domínio da Dinâmica, uma expressão particular da estabilidade “física” ocorre no contexto da balística externa. Trata-se aqui do comportamento dum projéctil durante a sua trajectória e o termo refere-se à capacidade que esse projéctil tenha para se manter com uma das extremidades – a ponta – apontada para a frente ao longo dessa trajectória, isto é, para manter aproximadamente constante a sua atitude como corpo fuziforme cujo eixo longitudinal se mantenha aproximadamente coincidente com a tangente a essa trajectória. Esta estabilidade dos projécteis pode ser conseguida por três meios, de tal maneira que é conhecida uma estabilidade aerodinâmica, uma estab estabil ilid idad adee gi giro rosc scóp ópic icaa e um umaa vari varian ante te da prim primei eira ra,, a cham chamad adaa estabilidade por resistência. A estabilidade dos explosivos ou estabilidade química de explosivos é a capacidade de um alto e baixo explosivo ou para se manter inalterado quimicamente durante o seu armazenamento. Três factores extremamente importantes para esta estabilidade são: • A higroscopicidade do explosivo, • A sua tendência para reagir ou não ao contacto com os materiais metálicos ou outros materiais dos invólucros/contentores, seu com compo port rtam amen ento to pera perannte as cond condiç içõe õess at atm mosfér sféric icas as • O seu extremas (frio ou calor intensos).
Estabilidade da arma – Uma forma de estabilidade do âmbito da Física. No contexto das técnicas de tiro ao alvo, o termo refere-se à faculdade realizada pelo atirador de (quase) imobilizar a linha das miras sobre o alvo. Resulta em parte directamente da estabilidade do atirador, ma este poderá realizar também uma boa contribuição para a estabilidade da arma por um processo de compensação – que através do treino passa a ser realizado subconscientemente – com 251
uma sequ uma sequên ênci ciaa de pequ pequen enos os mov ovim imen ento toss da arma arma,, em sent sentid idos os contrários aos dos pequenos movimentos do seu corpo.
Estabilidade do atirador – Uma forma de estabilidade do âmbito da Física. No contexto das técnicas de tiro ao alvo, o termo refere-se à capacidade, que todo o atirador procura ter, de “parar” o seu corpo numa dada posição de tiro. Isto, assumindo o atirador que essa é a condição ção necessár sária e indispe spensáv sável para obter a deseja sejadda estabilidade da arma. Aparte o que os regulamentos dizem sobre “legalidade” das posições, esta estabilidade resulta da satisfação de um dado conjunto de imperativos dos domínios da psicologia e da biomecânica: • Estabilidade emocional, • Condic Condicion ioname amento nto mental mental inclui incluindo ndo capaci capacidad dadee de entreg entregaa do comando da maior parte das acções ao subconsciente, • Condição física e funcionamento fisiológico, • Colocação adequada dos componentes do esqueleto por forma a diminuir o jogo dos músculos, • Dese Desennvolvim imeento da capacidade de equilíbrio (do jo joggo equilibrado dos grupos musculares), • Conforto da posição. Esta Esta esta estabi bili lida dade de,, se sufi sufici cien entem temen ente te dese desenv nvol olvi vida da,, perm permit itee ao atirador a calma necessária para se dedicar à apreciação dos outros elementos do tiro, nomeadamente à análise das condições ambientais, aos disparos e em particular às pontarias. Por outro lado, há que ter a noção de que, para além de certo ponto, independentemente de isso não ser sequer possível, não é de facto necessário melhorar a estabilidade do corpo, uma vez que em todas as situações práticas, se trata de atingir uma dada área do alvo com um projéctil que tem uma certa secção recta não desprezável. Estabilidade de uma pólvora – Capacidade de uma pólvora química para resistir à deterioração durante o armazenamento. As pólvoras quím qu ímica icass são prod produt utos os qu quim imic icam ament entee in instá stáve veis is qu quee come começam çam a degr degrad adar ar-s -see a part partir ir do mom omen ento to em qu quee são são fabr fabric icad ados os,, essa essa degradação consiste basicamente na libertação de óxidos nitrosos. 252
No fabrico das pólvoras químicas (a maioria constituída por ésteres nítricos) é difícil eliminar totalmente os resíduos ácidos (usados no processo de nitração), estes resíduos vão promover a reacção inversa (hidrólise dos ésteres nítricos) da qual resulta a libertação de óxidos nítrico e nitroso, que à medida que se vão formando vão eles próprios catalisar (acelerar) essa mesma reacção, isto é, o envelhecimento das pólvora químicas. Estas pólvoras são sensíveis à acção do calor, luz, humidade, e nos casos de temperaturas elevadas, chegam mesmo a decompor-se com grande rapidez – na ordem de poucos dias ou horas – quando sujeitas aos chama chamados dos “casti “castigos gos térmi térmicos cos”, ”, em ambie ambiente ntess de tempera temperatur turaa superior a cerca de 50ºC. O processo de degradação é normalmente muito lento às temperaturas de armazenamento normais, razão pela qual a única forma de travar o processo é introduzir como aditivos, estabilizadores que asseguram o prolongamento do tempo de vida útil das pólvoras. Uma forma de avaliar a estabilidade química de umaa pó um pólv lvor oraa é atra atravé véss do do dose seam amen ento to do esta estabi bili liza zado dorr e seu seus derivados.
Estado de choque – Este termo refere-se e significa a condição psi psico co-fí -físi sica ca alta altame ment ntee deseq desequi uili libr brad adaa a qu quee um anim animal al po pode de ser levado em virtude de ser sujeito a um grande abalo. No contexto da balística terminal – balística das feridas -, interessa sobretudo ter em conta as seguintes s eguintes considerações: • No No ser ser hu hum mano ano o esta estado do de choq choque ue pod odee ser ser cau causado sado po por r ferimentos visíveis ou não, por uma concussão forte ou apenas só pela acção de um grande excesso da estimulação dos sentidos, e traduz-se em perda de forças, sensações de frio e, se não atendido devidamente, em perda de consciência e morte. • Na maioria dos outros vertebrados o estado de choque parece só poder ser induzido por ferimentos graves mas, alguns animais não aparentam nunca quaisquer sintomas de um estado de choque e cont contin inua uarã rãoo a mov over er-se -se e a func funcio iona narr qu quas asee no norm rmal alme ment ntee durante bastante tempo, se não atingidos num órgão vital. 253
•
Em qualquer dos casos em que o estado de choque se fique a dever a um ferimento de projéctil ou estilhaço, a “profundidade” desse estado parece ser não só proporcional à energia cinética que esse objecto perde em contacto com os tecidos vivos – a energia transferida -, mas também inversamente proporcional ao intervalo de tempo em que essa conversão de energia se opera – portanto à potência do fenómeno de “transferência” da energia -. Daqui o emprego extensivo em “caça grossa”, de balas expansivas.
Estrangulamento - Designação de uma redução do calibre/adarme da alma, na zona da boca dos canos, na maioria das armas de caça. O term termoo mais ais usad usadoo para para desi design gnar ar este este di disp spoositi sitivo vo é, no enta entant nto, o, “cho “choqu que” e”.. O estra estrang ngul ulam amen ento to desti destina na-se -se a, exer exerce cend ndoo um aper aperto to sobre ela, concentrar axialmente a bagada afim de que esta chegue corr corres esppon onde dent ntem emen entte mai aiss conc concen entr trad adaa e mai aiss regu regullarm armente ente distribuída às várias distâncias do tiro. O “choque” existe em seis graduações e, na realidade, em vez de a cada uma destas corresponder uma certa medida da boca, a classificação faz-se por um processo empíric rico. De fact ctoo, está stá convencionado entre fabricantes deste género de armas, classificá-las, durante as suas provas finais, através duma contagem da percentagem do número total de chumbos da bagada que ficam no interior dum círculo de 75 cm de diâmetro, com o centro aproximadamente no PMI, feito o tiro para o alvo onde se desenha esse círculo, a uma distância de 30 metros. A tabela seguinte, foi elaborada segundo estes pressupostos, dandonos conta de um conjunto de dados a ter em conta para uma melhor compreensão entre os referidos diâmetros e a distância relativa:
254
Choque ⇓ Cilíndric o
75
Distância em metros 25 30 32 40 45 50 Percentagem de chumbos num círculo de 75 cm 63 53 43 35 28 22
Cil. melhora.
85
74
64
53
43
34
27
22
¼ Choque ½ Choque ¾ Choque
90
80
70
58
48
39
31
25
97
86
76
64
54
43
34
27
100
93
83
70
58
47
38
30
100
100
90
74
62
51
41
32
20
Full Choque
55 18
Estratégia – No contexto da tomada de decisões em teatro de guerra, a estratégia é o factor básico da formulação das decisões – os outros são a táctica e a logística – que diz respeito à necessidade de definir os objectivos das missões. Estrias - São os sulcos, de traçado helicoidal, igualmente espaçados, com com um pas passo un uniiform formee ou prog rogress ressiivam vamente ente meno enor, qu quee se encontram na parte estriada das almas dos canos da maioria das armas de impulso e das armas de propulsão por reacção, e que se destin destinam am a confer conferir ir aos projéct projécteis eis dispara disparados dos nestas nestas armas, armas, uma estabilidade giroscópica durante as trajectórias. De facto, são as porções da alma que ficam entre as estrias, os chamados salientes das estrias que, ao cortarem as camisas ou as cintas de forçamento dos projécteis, vêm a obrigá-los a adquirir o movi mo vime ment ntoo de rota rotação ção nece necessá ssári rioo a esta esta esta estabi bili lida dade. de. Às estr estria iass propriamente ditas, chama-se por vezes cavados das estrias. As estrias são abertas por corte/arrancamento de material ou por impr im pres essã são/ o/ca calc lcam amen ento to da supe superf rfíc ície ie das das alm almas qu qual alqu quer er dest destes es processos realizado por meio de tornos especiais, ou por um processo 255
de marte tellagem gem a frio do cano um “macho” de car carboneto de tungsténio colocado interiormente.
Expansão – É o processo pelo qual a ponta duma bala expansiva se defo deform rmaa de um umaa mane maneir iraa especi especial al (send (sendoo esma esmaga gada da expa expand nde-s e-see radialment radialmente), e), ao contacto com os tecidos tecidos (macios) (macios) dum animal. Este processo tem em vista, é claro, a vantagem da aquisição por parte da bal balaa de um umaa secç secção ão rect rectaa muito ito mai aioor, a fim fim de, de, acre acresc sciida a superfície frontal que contacta com os tecidos, a transferência da sua energia cinética se fazer muito mais rapidamente – ser maior ou ser mais rapidamente transmitida, a energia transferida -, com vista a conseguir-se realizar um muito maior poder de choque. Dado que se observem as condições seguintes: • que o calibre verdadeiro da bala seja minimamente apropriado ao abate da espécie animal em causa, • que a densidade seccional da bala seja suficiente, • Que a velocidade de impacto seja suficientemente alta para que os fluídos se comportem quase como se tratasse dum choque da bala com um corpo líquido, • que a constituição da ponta da bala seja nem demasiadamente frágil/elástica nem demasiadamente rígida por forma a que ela se deforme mas só até um certo ponto (a dificuldade na concepção destas balas reside precisamente em que, cada espécie animal ofere ferece cenndo um umaa resi resist stên ênci ciaa di dife fere rent ntee à penet enetra raçã ção, o, cad cada penetração óptima requer uma ponta de uma determinada deter minada dureza, • e que, durante a penetração, a bala não se fragmente e perca uma parte substancial da sua massa original, o que faria com que o corpo principal perdesse muita da sua energia e portanto, da sua capacidade de continuar a perfurar, a ponta da bala irá deformar-se, mais ou menos rapidamente, através do romp rompim imen ento to (em (em sent sentid idoo lo long ngit itud udin inal al)) de part partee di dian ante teir iraa da camisa camisa e da deformação deformação (em sentido radial) radial) da porção subjacente subjacente do núcleo. Com isto, a bala toma, mais ou menos, a forma aproximada de um pequeno cogumelo, o que a faz perder densidade seccional e portanto capacidade de penetração mas a sua energia de impacto terá sido 256
capaz de a levar a penetrar até à profundidade necessária onde se encontram os órgãos vitais. E, mesmo que a bala não atinja nenhum órgão vital, terá provocado ent entretanto, provavelmente, um considerável estado de choque.
Expansor – Um componente de algumas balas expansivas. Consta de um pequeno acessório, que se instala na ponta da bala e que, no choque com o alvo, actuando por dentro da extremidade posterior do núcl nú cleo eo,, tem tem po porr funç função ão ob obri riga garr esta esta a expa expand ndir ir-se -se radi radialm alment ente, e, tornando mais rápida a expansão da bala. Extracção - É a operação do ciclo de funcionamento dos sistemas de arma em que se usam munições de invólucro metálico, que consiste em retirar da câmara da arma o invólucro da munição anteriormente disp di spar arad ada. a. A ext extracç racção ão é geral eralm mente ente op oper erad adaa po porr um ou mai aiss extractores, embora em certos casos especiais se possa dispensar o emprego destes. É de notar que esta operação se torna mais difícil à medida que, numa sucessão de tiros, os canos vão aquecendo. Razão por que, nalgumas armas automáticas, se usam as chamadas câmaras flutuantes. Extractor - É o componente de um sistema de arma que usa munições de invólucro metálico, que agarrando com uma das suas extremidades a unha ou garra do extractor, numa porção do bocel ou da ranhura de extracção do invólucro, realiza a extracção e que, em colaboração com o ejector, contribui também para a ejecção. A acção do extractor sobre o invólucro tem necessariamente de ser realizada de uma forma especial, primeiramente exercendo pouco força e movendo-o lentamente e depois, quando o invólucro já se enco encont ntra ra sol solto to,, agi agind ndo, o, pro progres gressi sivvamen amente te,, com com mai aior or forç forçaa e velocidade. Existem essencialmente dois tipos de extractores: • Os extractores de acção longitudinal que se montam em culatras que têm um movimento longitudinal e acompanham os movimentos destas culatras. São estes os chamados extractores de arrasto e extractores elásticos, 257
•
Os extractores de alavanca que se montam em culatras de gaveta e cul culat atra rass pend endente entess e qu quee func funciion onam am com com uma acçã acçãoo de alav al avan anca ca pert pertoo do fim fim dos mov ovim imen ento toss de aber abertu tura ra desta estass cula culatr tras as,, qu quan ando do esta estass actu actuam am no seu seu braç braçoo “lon “longi gitu tudi dina nal” l”.. Nalguns casos, estes tipo de extractor realiza também a função de retenção da culatra na posição de “aberta”. Dad Dado qu quee os ext extract ractor ores es são são com compo pone nent ntes es suje sujeit itos os a eno enormes rmes esforços e que falham com uma frequência por vezes notável, as falhas de extracção, são razão de uma grande percentagem das falhas de fogo.
Face da culatra - É a superfície da extremidade posterior da culatra. Num sistema de arma em que se empregam munições de invólucro metálico, é portanto a superfície onde vão assentar as bases dos invólucros e por onde sai a ponta do percutor quando ocorre a percussão. Na maior parte das armas em que a culatra se movimenta paralelamente ao eixo do cano, é também da face da culatra que se projecta o ejector quando aquela chega à extremidade anterior do seu percurso. Por outro lado, é entre a face da culatra e o ponto da alma onde a munição munição é impedida impedida de continuar continuar a avançar avançar durante durante o carregamento carregamento,, que se mede a folga de carregamento. Falha de fogo – É a falha no funcionamento normal de uma arma de fogo, que se traduz na inesperada não produção do seu disparo. Tam Também bém desi design gnaa a falh falhaa in ines espe pera rada da no func funcio iona name ment ntoo de um engenho explosivo, que leva a que não ocorra a sua explosão. Falha de percussão – É a falha de fogo que se traduz no facto do per percu cuto torr não não at atiing ngir ir a esco escorv rvaa da mun uniç ição ão ou fazê fazê-l -loo mui uitto debilmente. Pode ficar a dever-se a falta de força da mola real, ao percutor partido ou desalinhado, ou ainda a falta de lubrificação ou acumulação de detritos no seu alojamento. Fechar a culatra - Esta é uma expressão corrente que pretende significar o fechamento da câmara do cano duma arma pela sua 258
culatra. Apesar de constituir um contra-senso, está tão generalizada que não constitui óbice na comunicação verbal e escrita. A operação a que se refere é uma operação secundária do ciclo de func funcio iona name ment ntoo das das arm armas, as, qu quee ocor ocorre re entr entree o carr carreg egam amen ento to e o travamento da culatra e consiste em a face da culatra ficar a tapar a entrada da câmara, ficando pois alinhada com o cano se se tratar duma culatra de gaveta (mais usado em peças de artilharia) ou o mais chagada possível a este alojamento se for uma culatra de movimento longitudinal.
Folga do gatilho - É o movimento inicial, relativamente livre, que a cauda do gatilho de um gatilho com folga pode realizar até se atingir o chamado ponto duro, característico do funcionamento desta classe de mecanismos do gatilho. Fragmentação – Este termo tem dois significados muito distintos. Desi Design gnaç ação ão do prim primei eiro ro efei efeito to da deto detona naçã çãoo do alto alto expl explos osiv ivoo rebe rebent ntad ador or sobr sobree o corp corpoo e ou outr tras as part partes es metál etálic icas as do proj projéc écti till conv conven enci cion onal al,, bo bomb mbaa ou gran granad adaa qu quee o tran transp spor orta ta.. Cons Consis iste te na fractura desse corpo em partes/fragmentos que se pretende que, pela sua sua di dist stri ribu buiç ição ão e ener energi giaa ciné cinéti tica, ca, tenh tenham am a maio maiorr capa capaci cida dade de possível de neutralização dos alvos visados. Em geral pretende-se quee os frag qu fragme ment ntos os não não tenh tenham am um umaa massa massa/d /den ensi sida dade de secci seccion onal al superior à necessária à neutralização do alvo em causa, a fim de que o seu número seja o maior possível. Para que isso aconteça mais facilmente os corpos dos engenhos são muitas vezes préfragmentados ou constituídos por fragmentos pré-formados. Quando não é este o caso, isto é, quando a fragmentação deva ocorrer aleatoriamente, o tamanho médio dos fragmentos é função: • Da razão entre a espessura espessura das paredes do corpo da carga útil e o diâmetro da carga do rebentador, • Da dureza do material do corpo. Vindo os fragmentos a ser tão menores quanto maior esta dureza, há no entanto que ter em conta que, no caso dos projécteis de artilharia, o endurecimento dos corpos tem limites pois eles têm de resistir sem fracturar às forças de reacção do impulso durante os disparos, 259
• •
Da razão de carregamento, Das características do alto explosivo. À fragmentação segue-se a propagação da onda de choque que transporta cerca de 60% da energia libertada pelo alto explosivo e a projecção a grande velocidade dos fragmentos – normalmente então designados por estilhaços. A outra designação corresponde a uma das formas por que se pode processar a penetração duma armadura. Esta forma de penetração ocorre quando o material desta é excessivamente rijo e, por falta de elasticidade, simplesmente se parte em bocados, bocados estes que geralmente se comportam depois como projécteis secundários.
Franco atirador – Um soldado ou polícia especialmente instruído e treinado para desempenhar a função de, geralmente a partir de uma po posiçã siçãoo dom omiinant nantee e dev devid idam amen ente te di diss ssiimul ulad ada, a, usand sandoo um umaa espi esping ngar arda da espe especi cial al,, equi equipa pada da com com um umaa bo boaa mi mira ra tele telesc scóp ópic ica, a, neutra neutraliz lizar ar element elementos os selecc seleccion ionado adoss das forças forças ini inimi migas gas ou civis civis envolvidos em actividades consideradas altamente perigosas. Fulminante - Uma pequena pastilha de uma mistura explosiva e que se usa em armas de brinquedo para produzir esta stampidos. A composição destas pastilhas é feita a partir de clorato de potássio e fósforo vermelho, mistura esta que é sensível ao choque. Fuste - Nom Nome da part partee po post ster eriior da mai maiori oria das coro coronh nhas as das das espingardas, a parte que, na configuração convencional destas armas, fica sob o cano, alojando-o e protegendo-o parc arcialm lmen entte e principalmente protegendo a mão do atirador quando - na utilização norm no rmal al e qu quan ando do se mani anipu pulle a arm arma equi equipa padda de baio baione netta -, geralmente em resultado de uma série grande de disparos, ele é levado a ficar muito quente. Nas espingardas semi-automáticas é praticamente indispensável que o fuste cubra também a parte superior do cano, com a finalidade dupla dupla de proteger proteger a mão do util utilizador izador contra o aquecimen aquecimento to referido referido e para evitar que o ar aquecido pelo cano se eleve através da linha de 260
mira ira o qu quee afec afecttaria aria seri seriam amen ente te,, as po pont ntar ariias pel pela cri criação ação de miragens.
Gatilho - O termo que, a maior parte das vezes, se usa para designar designar o mecanismo do gatilho. Designação comum do componente dum mecanismo do gatilho que, verdadeiramente, se chama cauda do gatilho, onde se actua com o dedo indicador, para efectuar os disparos. Gatilho de acção directa – Designação genérica dos mecanismos do gatilho em que a actuação na cauda do gatilho conduz directamente a uma actuação no armador com vista a que este liberte o percutor ou o cão, para que se realize o disparo. A grande maioria dos gatilhos são deste tipo. Gatilho Gatilho de acção indirecta – Designação genérica dos mecanismos do gatilho, muitas vezes, mas impropriamente, chamados “gatilhos de cabelo”, que incluem um mecanismo de armas normal e um mecanismo de armar adicional. O conjunto destes dois mecanismos é constituído pelas seguintes peças: • Um armador normal, • A mola deste armador, • Uma peça que vai funcionar como um martelo, • Uma mola que serve para impulsionar este martelo e que é bastante mais fraca que a mola real, • Um segundo armador (que às vezes faz parte da própria cauda do gatilho do mecanismo e não é o armador do verdadeiro mecanismo de armar), • Uma alavanca. Depois da arma carregada, o que geralmente compreende também a operação de armar do verdadeiro mecanismo de armar, a referida “alavanca” é actuada o que faz com que o “martelo”, comprimindo a “mol “mola”, a”, vá ficar ficar reti retido do no “arm “armad ador or”” secu secund ndár ário io do meca mecani nism smoo acessório. Isto faz com que a arma fique pronta para o disparo. Após isto, uma – geralmente ligeira – actuação na cauda do gatilho, faz 261
com que o segundo armador liberte o martelo, e é a pancada que este vai dar no armador principal do gatilho que vai fazer com que este liberte o percutor ou cão. Este género de mecanismo oferece a vantagem de, não estando o armador secundário sujeito à tensão imposta pela mola real, a sua movimentação pela cauda do gatilho pode ser feita através de uma pressão muito ligeira sobre esta. Daqui o termo “gatilho de cabelo” que pretende significar um peso do gatilho quase insignificante, mais fácil de exercer. Tem no entanto o inconveniente de tornar a duração do fechamento (embora ligeiramente) maior. É o género de gatilho mais usado em pistolas livres com gatilhos mecânicos mas, para além de o seu uso ser proibido na maioria das outras disciplinas patrocinadas pela I.S.S.F., há que ter em conta que, devido precisamente à referida facilidade com que ele se presta a realizar os disparos, é também o que melhor se presta à ocorrência de acidentes, que podem ser muito perigosos. Além disto, há que considerar que o abuso da referida propriedade deste género de gatilho, no respeitante ao uso de pesos de gatilho extremamente pequenos é geralmente contraproducente, na medida em que isto poderá gerar algum receio – e gera sempre quando o atirador fica sujeito a alguma tensão emocional – de que a arma se dispare prematuramente e isto constituirá certamente uma inibição altamente indesejável.
Gatilho deslizante – Um mecanismo do gatilho da classe gatilho de acção directa que se emprega em muitas espingardas e pistolas, embo embora ra rara raram ment ente em arma armass dest destas as desti estina naddas a tiro tiro ao al alvo vo.. Caract cteeriza-se -se por proporcionar os disparos através de um movimento relativamente longa da cauda do gatilho, havendo que venc vencer er um umaa resi resist stên ênci ciaa qu quas asee cons consta tant ntee ao lo long ngoo de to todo do este este movimento desde o início e até ao ponto de desenlace. Quanto ao seu emprego em armas de tiro ao alvo, este género de gatilho não oferece qualquer vantagem nas disciplinas de precisão pura, mas tem sido usado com bastante sucesso na disciplina de “tiro rápido” com pistola, conhecida entre nós por Velocidade Olímpica. 262
Gatilho com dupla folga – Uma espécie de gatilho com folga mas em que o movimento da cauda do gatilho se divide em três fases intercaladas por dois pontos duras. Com esta disposição, a resistência a vencer vencer depois depois do segundo ponto duro pode ser bastante bastante reduzida o que pode facilitar a fase final dos disparos. Este género de gatilho, de concepção bastante recente, foi desenhado especialmente para utilização em pistolas de grosso calibre e pistolas sport usadas nas disciplinas em que se faz tiro de velocidade. Aqui, apesar de requerer uma técnica especial de disparo, tem tido bastante sucesso. Gatilho eléctrico – Designação genérica dos mecanismos do gatilho em que a acção mecânica do disparo decorre dum estabelecimento ou cort cortee de corr corren ente te eléc eléctri trica ca real realiz izad adoo pela pela actu actuaç ação ão na caud caudaa do gatilho, que se vai reflectir numa actuação mecânica no armador, actuação esta geralmente realizada por um solenóide. Usado em armas de tiro ao alvo, este género de gatilho presta-se a uma grand ande regularidade no peso do gatilho, uma vez que a resistência do mecanismo é independente da força exercida pela mola real no armador, sendo essa precisamente a grande vantagem deste género de mecanismo. Gatilho com folga (ou gatilho de dois estágios) – Uma espécie de gatilho de acção directa que se caracteriza por o movimento da cauda do gatilho se processar em duas fases. De início, com uma pressão relativamente ligeira, a cauda é levada a mover-se até se encontrar uma resistência nítida, um ponto duro. A segunda fase consiste em, através dum aumento da força sobre a cauda e sem que se sinta que esta se movimenta, vindo esta força a ultrapassar o peso do gatilho, dar lugar a que o disparo propriamente dito ocorra. A força necessária para atingir o ponto duro – o chamado “peso da folga” – não deve ser excessiva, de tal forma que a força complementar para atingir o ponto de desenlace seja ainda uma percentagem considerável do valor total do peso do gatilho. De contrário, o atirador terá receio de que ocorram – e ocorrerão – 263
dispar disp aros os in inop opin inad ados os e isso isso cons consti titu tuir iráá um umaa in inib ibiç ição ão alta altame ment ntee indesejável. Uma noção muito importante a reter, é que, num gatilho deste género que se encontre bem afinado, qualquer movimento sensível da cauda a partir deste ponto duro deve provocar o disparo. De modo que na segunda fase o mecanismo deve funcionar apenas por aumento da força sobre a cauda mas sem que esta dê qualquer “sinal” de movimento.
Gatilho sem folga – Um género de mecanismo de gatilho de acção directa que deve funcionar em tudo exactamente da mesma maneira exigida a um gatilho com folga, com a excepção de que nele não existe a primeira fase de movimento quase livre, encontrando-se o ponto duro logo no início da actuação do dedo sobre a cauda do gatilho. Nos gatilhos das armas em que se encontra estabelecido um valor mínimo do peso do gatilho, esta configuração do mecanismo, tem comparativamente com o gatilho com folga a desvantagem de que não é possível retirar uma parte da resistência a vencer, sem que se faça uma espécie de “preparação do gatilho”. Granada - Designação genérica de qualquer engenho não guiado eng engenho enho bal balíístic sticoo que con conte tennha um uma carg carga dum dum mate materi rial al explos explosivo ivo,, incend incendiár iário, io, ilu ilumi minan nante, te, fumíge fumígeno, no, agente agente quí químic micoo ou agente biológico. No contexto da artilharia, o mesmo que projéctil convencional de artilharia. Granada defensiva - Designação genérica das granadas de mão que libertam um certo número de estilhaços relativamente grandes - com uma densidade seccional relativamente grande - à volta do ponto de rebentamento, com o que podem produzir raios letais consideráveis. O adjectivo “defensiva” deve-se a que, dado que a maior densidade destes estilhaços lhes confere um alcance grande, estes engenhos só podem ser empreg regues com segurança a partir de posições abrigadas/defensivas. 264
Granada de mão – Uma pequena granada que se destina a ser projectada à força de braço. As granadas de mão classificam-se em granadas defensivas, ofensivas e polivalentes mas, em qualquer dos casos sos, a maioria ria usa uma espo spolet etaa bouchon. Pelo recurso a adaptadores de granada, empregam-se algumas granadas de mão como granadas de espingarda. Granada ofensiva – Uma granada de mão cujos efeitos da onda de choque - uma concussão - e dos poucos e pequenos estilhaços que produz, se manifestam apenas num raio muito inferior à distância a que pode ser lançada. O termo “ofensiva” deve-se a que este género de engenho pode ser usado em movimento, a descoberto, sem que o utilizador tenha de dispor de uma posição “defensiva”, para se abrigar dos seus efeitos. Granada polivalente – Uma granada de mão que, conforme lhe seja ou não instalada uma manga de fragmentação, se presta a ser usada respectivamente como granada defensiva ou como granada ofensiva. Guarda-mão - Revestimento de madeira, metálico ou plástico, mais ou menos longo, que cobre o cano das espingardas e que tem por fim proteger a mão do atirador do contacto com o cano aquecido e o cano contra os choques exteriores. Guarda-mato – O componente da maioria das armas portáteis que consiste de um meio arco geralmente feito de metal que se situa à frente e por baixo da cauda do gatilho e que serve para evitar que umaa acçã um acçãoo in inad adve vert rtid idaa de ob obje ject ctos os estr estran anho hoss sobr sobree esta esta,, po poss ssaa ocasionar disparos indesejáveis, que seriam quase sempre perigosos. Ignição (ou inflamação) - A ignição é uma transição de um estado não reactivo a um estado reactivo em que a ocorrência de uma estímulo externo leva a um desenvolvimento termoquímico seguido de uma transição muito rápida que termina numa combustão auto-sustentada. A ignição é “conceptualmente” transitória, e 265
normalm norm alment entee in inic icia iada da po porr proc proces esso soss de aque aqueci cime ment ntoo ig igua ualm lment entee transitórios. Há várias formas de atingir a ignição, podendo os estímulos externos ser classificados em três categorias: 1. Estí Estím mul uloo térm térmic ico, o, atra atravé véss de tran transf sfer erên ênci ciaa de ener energi giaa térm térmic icaa para para os reage reagent ntes es po porr cond conduç ução ão,, conv convec ecçã çãoo ou radi radiaç ação ão (ou (ou qualquer combinação destes modos básicos de transferência de calor), 2. Estím Estímulo ulo quím químico ico,, por intr introdu odução ção de de agente agentess reactiv reactivos, os, 3. Estím Estímulo ulo mecâ mecânico nico,, que pode pode ser por por impac impacto to mecâni mecânico, co, fricç fricção ão ou onda de choque. Em qualquer dos casos há três condições a satisfazer: • A tem tempera peratu tura ra,, deve deve ser ser sufi sufici cien ente teme ment ntee alta alta para para prov provoc ocar ar reacções químicas significativas e/ou pirólise, • O tempo, deve ser suficientemente prolongado para permitir que o calor introduzido seja absorvido pelos reagentes permitindo a ocorrência do processo termoquímico, • A turbulência, deve ser suficientemente alta para permitir que haja uma boa mistura entre combustível e oxidante e que o calor possa ser transferido do meio em reacção para o meio que ainda não reagiu. Muitos são os parâmetros que podem afectar a ignição: composição da mistu istura ra,, pres pressã são, o, velo veloci cida dade de de pres pressu suri riza zaçã ção, o, du dura raçã çãoo do aquecimento, energia total adicionada ao sistema, concentração de oxidante no ambiente, velocidade da corrente convectiva, escala e intensidade de turbulência, propriedades térmicas e de transporte do material que está a ser aquecido, catalisadores, inibidores, etc. O processo de ignição depende ainda da geometria e composição do ambiente na vizinhança e das condições operatórias. No âmbito do emprego de explosivos e pirotécnicos, é através da igni ig niçã çãoo que se dá ini nici cioo ao func funciion onam amen ento to no norm rmal al de um do doss seguintes sub-sistemas: • Da cade cadeia ia expl explos osiv ivaa de ig igni niçã çãoo de um umaa mun uniç ição ão de gran grande de calibre. Nas munições de artilharia, munições de sistemas de propulsão por reacção e nas granadas-foguete, a ignição da carga 266
principal principal,, consegue-se consegue-se pela acção combinada combinada das escorvas com a dos ignidores a elas associados nestas munições, • Duma carga principal da pólvora de uma munição de espingarda, munição de pistola ou das munições de outros sistemas de arma de calibres pequenos, em que a ignição é feita directamente pela escorva, • Da cadeia explosiva de um detonador pirotécnico, • De um detonador eléctrico, em que verdadeiramente a passagem de corrente o que faz é provocar o aquecimento de uma pequena porção de fósforo que por sua vez vai fazer a ignição, por produção de chama, duma “pastilha” de alto explosivo primário.
Ignidor - O com compo pone nent ntee do cart cartuc ucho ho da mun uniç ição ão de arti artilh lhar aria ia,, cartucho da munição de propulsão por reacção ou motor de foguete que, dado que a carga principal do propulsante tenha mais de cerca de 30 gramas, não podendo por isso a sua sua ignição decorrer directamente da actuação da escorva, tem por função amplificar a energia térmica emitida por esta, com vista a produzir da forma mais eficaz a iniciação destes dispositivos. Nas munições de invólucro metálico, consiste numa porção de tubo com muitas perfurações laterais que é cheio, na maioria dos casos, com pólvora negra, fixado à extremidade posterior da escorva. Nas mun uniç içõe õess de in invó vólu lucr croo com combu bust stív ível el,, tem tem a cons consti titu tuiç ição ão de um pequeno saco de tecido, preenchido com material explosivo idêntico. No seu funcionamento, o explosivo do ignidor projecta gases à sua temperatura de queima, gases que envolvem uma grande quantidade de part partíc ícul ulas as in inca cand ndes esce cent ntes es (a pó pólv lvor oraa negr negraa é um exce excele lent ntee produtor destas partículas), os melhores meios para desenvolver no interior do invólucro, câmara ou motor, as condições óptimas para a ignição da carga principal, isto é, ignições rápidas e em toda a superfície de todos os grãos. A du dura raçã çãoo do func funcio iona name ment ntoo dest destes es ig igni nido dore ress é da orde ordem m das das dezenas de milisegundo. É a queima da pólvora negra do ignidor que é responsável pelo aparecimento da maior parte dos fumos à boca nos sistemas de arma em que as munições empregam ignidores. 267
Um di disp spoositi sitivo vo pi piro roté técn cnic icoo expl explos osiv ivoo ou elec electr troo-pi piro roté técn cnic icooexplosivo que serve para produzir a chama necessária à iniciação de um detonador.
Introdução - Designação dada á operação da alimentação de uma arma de fogo que consiste em alojar o cartucho na câmara. Invólucro - É o componente da maioria das munições cuja função primária ria é a de ser servir de embalagem gem/con content ntoor da car carga de propulsante do cartucho. Tratando-se do chamado invólucro metálico, é constituído por uma caix caixaa apro aproxi xima madam dament entee cilí cilínd ndric ricaa de meta metal,l, pl plást ástic icoo ou cart cartão ão,, fechada num dos extremos (a base do invólucro) e aberta no outro (a boca boca do inv invólu ólucro cro). ). Tratan Tratandodo-se se do inv invólu ólucro cro metáli metálico, co, cabe-lh cabe-lhee igualmente, as funções de de alojar a escorva (na (na base) e o ignidor ignidor e de, no disparo, realizar a obturação para trás, dos gases produzidos pelo propulsante. Cabe-lhe ainda, nas munições de carga unida, alojar e fixar o projéctil na boca e fazer a centragem do projéctil no início do estriamento da alma do cano. Tratando-se dum invólucro combustível, é formado por um ou mais simples sacos de tecido, sacos esses que são consumidos aquando da queima da carga. Invólu Invólucro cro combus combustív tível el – Desi Design gnaç ação ão gené genéri rica ca do doss in invó vólu lucr cros os constituídos por simples sacos de tecido ou cartão, que vêm a ser consumidos durante a queima das cargas dos propulsantes. Este tipo usa-s usa-see gera geralm lmen ente te em mu muni niçõ ções es – nece necessa ssari riam amen ente te mu muni niçõ ções es de carga separada de peças de artilharia – de grande calibre, para facilitar o seu transporte e carregamento. No ciclo de funcionamento dos sistemas de arma que empregam estas munições, não se opera, como é óbvio, nem extracção nem ejecção mas, em compensação, não se pode colher o benefício de umaa ob um obtu tura raçã çãoo mui uito to sim simpl plif ifiicada cada,, a cham chamad adaa obt btur uraç ação ão po por r expansão. Também é habitualmente aplicável aos invólucros fabricados com aglomerados à base de nitrocelulose, que exibem a particularidade de 268
o mater ateria iall do próp própri rioo in invó vólu lucr croo cont contri ribu buir ir para para o dese desem mpenh penhoo balístico da munição.
Invólucro Invólucro metálico metálico – Desi Design gnaç ação ão gera gerall de to todo doss os in invó vólu lucr cros os consti constituí tuídos dos essenci essencialm alment entee por um recipi recipient entee aproxi aproximad madame amente nte cilíndrico, rígido, feito de metal relativamente macio (latão ou aço), pl plást ástic icoo ou cart cartão ão,, on ondde se al alooja jam m os ou outr troos com compon onen ente tess do cartucho. Este tipo de invólucro serve ainda para realizar da forma mais ais sim simpl ples es e perf perfei eita ta a ob obtu tura raçã çãoo do doss gase gasess do prop propul ulsa sant nte, e, obturação que neste caso se s e designa por obturação por expansão. O invólucro metálico pode ser do género invólucro com bocel, invólucro com ranhura de extracção ou invólucro cintado e pode ou não ter um colo. A dureza do material dos invólucros é um factor crítico para o bom funcionamento do sistema de arma, uma vez que se o material for muito macio ocorrerão dificuldades na extracção e se for muito duro os in invó vólu lucro cross po pode derã rãoo frac fractu tura rar-s r-see comp compro rome meten tendo do a ob obtu tura raçã ção. o. No Note te-s -see ai ainnda, da, a prop propós ósit itoo de durez ureza, a, que os in invó vólu lucr croos são são geralmente objecto dum tratamento térmico a fim de que as suas bases fiquem mais duras do que as partes centrais e estas mais duras do que os colos. Os invólucros metálicos têm de ser fabricados segundo tolerâncias bastante pequenas, afim de se assegurar a facilidade de carregamento e a regularidade dos seus posicionamentos nas câmaras, condição essencial para o bom funcionamento das escorvas. Íris – Um dispositivo que serve para controlar a quantidade de luz a admitir pela vista ou por um equipamento óptico – por exemplo um dióptero -. Consta, essencialmente, de um conjunto de “pétalas” de metal ou plástico duro dispostas circularmente à volta de uma abertura e de tal maneira montadas que a rotação de um manípulo faz com que elas, movendo-se, se aproximem mais ou menos do centro, de tal forma que o seu conjunto deixe ficar um orifício menor ou maior no centro da referida abertura, única zona por onde a luz poderá passar. 269
As íris são muitas vezes usadas com a finalidade de aumentar a profundidade de campo das imagens captadas.
I.S.S.F. – Si Sigl glaa de Inte Intern rnat atio ional nal Sp Spor ortt Sh Shoo ooti ting ng Fe Fede dera rati tion on,, em po portu rtugu guês ês,, Fe Fede dera raçã çãoo Inte Intern rnac aciion onal al de Tiro Tiro Desp Despoorti rtivo vo.. É a organização que superintende, regulamenta e promove a prática do tiro desportivo de competição, nas várias modalidades de tiro ao alvo com armas de bala e com armas de pressão de ar, tiro com arcos e bestas e tiro a pratos, ao mais alto nível internacional. Nela se encontram filiadas as Federações de Tiro da maioria dos países. Na Commonwealth e nos EUA – aqui a American Rifle Association – func funcio iona nam m po poré rém m orga organi niza zaçõ ções es de gran grande de di dim mensã ensãoo e vast vastos os meio meios, s, qu quee são in inde depe pend nden ente tess dela dela e qu que, e, com com regu regula lame ment ntaçõ ações es próprias, organizam também os seus calendários de actividades. Janela de ejecção - Uma abertura lateral de muitas caixas da culatra, destinada à ejecção dos invólucros metálicos das munições já usadas. Dado que quaisquer sujidades que entrem por esta abertura poderiam às vezes facilmente ocasionar falhas de fogo, algumas armas de guerra dispõem de uma provisão pela qual a janela de ejecção só é aberta no momento da ejecção. Kevlar – Uma fibra sintética altamente resistente que é usada no fabrico de telas concebias para, em conjunto com resinas epóxidas, serem empregues no fabrico de placas a utilizar como armaduras e coletes pára-balas. O Kevlar distingue-se pela sua elevada resistência à temperatura e extraordinária resistência mecânica (5 vezes superior à do aço), e é mais resistente à abrasão que outras fibras análogas (à base de carbono, boro, silício ou óxido de alumínio). Esta classe especial de poliamidas aromáticas decompõem a temperaturas acima dos 400º C e a sua densidade é de 1.44 g/cm3. Lábi Lábios os (dum (dum carre carrega gado dorr ou du dum m tambo tambor) r) - São os lados da abertura do corpo dum carregador ou tambor, por onde é feito o seu municiamento e onde fica retida a última munição a ser introduzida 270
nele, munição esta que é, obviamente, a primeira a passar para a câmara no carregamento da arma. A abertura referida é a boca do carregador ou boca do tambor. São estas as partes mais delicadas dos carregadores e tambores - de facto, das respectivas armas - e a sua má manutenção conduz, quase invariavelmente, à ocorrência de repetidas falhas de fogo.
Lançador de granadas – Uma arma portátil de carregar pela culatra que utiliza uma munição que é constituída por um cartucho e por uma granada de fragmentação (anti-pessoal) ou por uma carga de um pir pirot otécn écnic ico. o. Po Possi ssive velm lmen ente, te, sist sistem emaa mais mais anti antigo go dest destee tipo tipo é o conhecido M79 (EUA) de calibre 40 mm (40x53). Pode também designar uma pequena arma de fogo sem coronha e sem sem punho que se aplica, como acessó ssório, sob sob o cano duma espingarda ou carabina e em que se usa também uma munição semelhante semelhante às acima referidas. referidas. Exemplos Exemplos destes são os sistemas XM 148 (EUA) e M203 (EUA) que usam ambos a referida munição de 40 mm. Pode ainda designar um sistema de arma automática que usa uma munição igual ou semelhante às dos casos anteriores. São bastante conhecidos os sistemas Mk 19 Mod 3 (EUA) de 40 mm e o AGS-17 (ex-URSS) de 30 mm. Lançador de granadas anti-motim – Uma espécie de lançador de granadas destinado a forças de manutenção da ordem pública mas que se destina essencialmente a permitir a projecção a distâncias consid sideráveis de balas de borracha e de granadas de gases ses lacrimogéneos e/ou irritantes. Laser – Este termo termo constitu constituii a sigla sigla de “Light “Light Amplif Amplificat ication ion by Stimulated Emission of Radiation”, que significa “amplificação de luz por emissão estimulada de radiação”. Consiste num dispositivo cujo princípio de funcionamento se baseia na amplificação de ondas electromagnéticas, gerando um raio (laser) de luz visível ou invisível, radiação essa que é coerente. Radiação coerente caracteriza-se por ser um grupo de ondas (ou fotões) em fase. A radiação coerente tem 271
a característica de ser pouco difractada (é muito direccional) e pode transportar grandes quantidades de energia (e/ou de informação) a grandes distâncias. Militarmente, os lasers têm várias aplicações, como sejam a medição de distâncias e o controlo/guiamento de mísseis. Com o processament processamentoo da emissão e recepção recepção de impulsos impulsos desse raio de lu luz, z, é ta tam mbém po poss ssíível vel efec efectu tuar ar a mediç edição ão de distâ istânc nciias e velocidades de alvos. Na medição de distâncias, em que é feita a medição, por meio de circuitos electrónicos, do intervalo de empo entre o instante em que é enviado um curtíssimo impulso (aproximadamente 5 x 10 -8 segundos de duração) de radiação e o instante em que o seu eco é recebido, os lasers revelam-se equipamentos de dimensões diminutas e portanto muito fáceis de instalar e transportar. Na Na medi edição ção de vel eloc ociidad dades de al alvo vos, s, são são feit feitas as,, pel pelo mesm esmo processo, várias medições de distâncias em rápida sequência e as velo veloci cida dade dess são são calc calcul ulad adas as po porr trat tratam amen ento to dest destas as medi mediçõ ções es em calculadores. Merece referência que, dada a não divergência dos raios de luz e dura du raçã çãoo mín ínim imaa dos impu puls lsos os,, a det etec ecçã çãoo da local ocaliz izaç ação ão do utilizador dum laser por parte do inimigo, é quase impossível. Actu Actual alme ment nte, e, é tam também bém já mais ais qu quee um umaa mera era po poss ssib ibil ilid idad adee o emprego de lasers como armas de defesa e ataque.
Linha dos alvos - Um termo do tiro ao alvo. Designa a linha aproximadamente recta que passa pelos planos das visuais dos alvos, numa dada carreira de tiro. Quando esta linha é fixa, é a partir dela que se mede a distância a que há-de ficar a linha de tiro. Nas carreiras de tiro em que esta é fixa previamente, é a linha dos alvos que vem a ser marcada posteriormente. Linha de mira - No contexto do tiro de precisão/tiro ao alvo, é a linha que une o olho do atirador ao ponto visado do alvo, ou seja, aproximadamente ao centro da zona de pontaria. Neste contexto e no plano teórico, a pontaria correcta e exacta de uma arma, consta de fazer coincidir a linha das miras com a linha de mira. 272
Em tiro directo de artilharia, é a linha que une o sensor do sistema de seguimento de alvos, a um dado alvo. Em tiro indirecto de artilharia, é a linha que une o dito sensor a um ponto auxiliar que serve de referência à pontaria.
Linha das miras – No contexto contexto do tiro de precisão/tiro precisão/tiro ao alvo com armas equipadas com miras metálicas, a linha das miras define-se como o segmento de recta que passa pelos “centros” da alça e do ponto de mira, a partir desta definição, pode dizer-se que a anulação do erro angular de pontaria, consiste simplesmente no “alinhamento” da linha das miras com o olho do atirador. Pode-se também dizer que a pontaria correcta e exacta de uma arma, consta de fazer coincidir a linha das miras com a linha de mira. Linha de pontaria - No contexto do tiro de precisão/tiro ao alvo, por definição, a linha de pontaria é a linha que constitui o prolongamento da linha das miras em direcção ao alvo, quando se aponta a arma. Na realidade, nunca o atirador aponta a um ponto do alvo mas sim a uma “zona”, uma zona de pontaria, maior ou menor conforme a sua preparação física e mental. No plano teórico, a pontaria correcta e exacta de uma arma, consta de fazer coincidir a linha das miras com a linha de mira. Para o atirador apenas iniciado - o “novato” -, a pontaria consistiria em estabelecer uma linha que iria unir 4 pontos: o olho do atirador, o “centro” da abertura da alça, o “centro” do ponto de mira e o centro da zona de pontaria. É sabido entretanto que, na prática, um ou mais destes pontos se encontrariam sempre fora desta linha, sendo por isso necessário saber identificar quais destes desvios são aceitáveis - os que constituem erros de translação - e quais os que conduzem a grandes desvios dos impactos - os que constituem erros angulares -. De facto, para efeitos do tiro feito com pistolas e espingardas, quando equipadas com miras metálicas, há que ter primeiramente em conta que o olho funciona (à semel elhhança duma máquina foto fotogr gráf áfic ica) a),, cond condic icio iona nado do pelo pelo fact factoo de qu quee lh lhee é im impo poss ssív ível el acomodar-se/focar/ver distintamente, simultaneamente, dois ou mais pontos situados a distâncias bastante diferentes. Não podendo o olho 273
ver com clareza, ao perto, as duas miras metálicas e, ao longe, o alvo. Na Na prát prátic icaa a mater ateria iali liza zaçã çãoo perf perfei eita ta dest destaa linh linhaa - e o refe referi rido do alinhamento de quatro pontos -, é impossível. Daqui que o atirador devidamente preparado tenha sempre em mente a necessidade de usar a sua visão, acomodando-a por forma a alinhar sobretudo três pon ponto tos: s: o ol olho ho,, o cent centro ro da alça e o centr centroo do ponto ponto de mi mira, ra, com vista a evitar os referidos erros angulares. Por último, refira-se que a direcção da linha de pontaria no instante do disparo, não determina por si só o ponto de impacto no alvo. Isto porque é inevitável que o cano se movimente enquanto o projéctil se move dentro dele, sendo o ponto de impacto determinado sim pela posição desta linha no momento em que o projéctil sai da boca do cano. De tal modo que, para se garantir uma boa consistência do tiro, há que providenciar para que o referido movimento - a composição do recuo mais o salto da arma - seja sempre o mesmo, de disparo para disparo.
Linha de tiro - No contexto da balística externa, é a linha que coincide com o eixo do cano da arma antes do disparo. Em termos da linguagem do tiro ao alvo, é: espaço ço com com medi edidas das del elim imit itad adas as pel elos os regu regula lam ment entos e • O espa geralm geralment entee numera numerado do - designa designa-se -se abrevi abreviadam adament entee por “li “linha nha número N” - de que um atirador dispõe para atirar para o alvo com o número correspondente, que lhe é atribuído geralmente por sorteio, • A linha marcada no solo, paralela e a uma distância exacta da linha dos alvos determinada pelo regulamento da prova, que o atir at irad adoor não não po pode de ul ultr trap apas assa sarr nem sequ sequer er pi pisa sarr duran urante te a realização das séries de disparos. Logística – No contexto da tomada de decisões em teatro de guerra, a logística é um dos factores básicos – os outros são a estratégia e a táctica – da formulação dessas decisões. Diz respeito à necessidade de, para se atingir os objectivos definidos, proporcionar no lugar pró própr prio io e na altu altura ra nece necess ssár ária ia,, to todo doss os meios eios in indi disp spen ensá sáve veis is,, 274
nomeadamente no respeitante a pessoal, abastecimentos, manutenção de equipamentos, transportes e construções.
Lote - Uma certa quantidade - geralmente a produção de um dia de uma dada máquina ou de uma certa quantidade fixa -, de um dado produto fabricado em série, como por exemplo munições. Os artigos individuais de um lote têm características mais uniformes entre si, ao ponto de assegurarem um comportamento bastante constante das suas unidades. Cada lote de munições deve ser quantificado por um número de mérito e é identificado por um número de código. Manga de arrefecimento - Uma manga que reveste os canos de certas peças de artilharia e metralhadoras e que se destina a ser preenchida por um líquido circulante, de tal forma que a absorção de calor por parte deste permita um muito melhor arrefecimento dos ditos. Isto permite que essas armas possam operar com ritmos de fogo e sustentar volumes de fogo maiores. Manga de fragmentação – Uma manga de metal pré-fragmentado ou uma manga de plástico contendo fragmentos de metal, que serve para revestir os corpos de certos projécteis/granadas, a fim de lhes conferir uma grande capacidade de produção de estilhaços efectivos. Usa-se por exemplo como acessório em certas granadas ofensivas, a fim de as converter em granadas defensivas. Manual - Livro portátil que contém o resumo de um ou de vários assuntos, a maior parte das vezes de caracter técnico. Manutenção - É o conjunto das acções administrativas e técnicas que permitem conservar e até eventualmente melhorar o estado de funcionamento dos subsistemas de um dado sistema de arma, com vist vi staa a asse assegu gura rarr o mai aiss el elev evad adoo grau rau da sua sua di disp spooni nibi bili lida dade de operacional. A manutenção pode intervir segundo vários âmbitos e processos, que se classificam como segue: 275
• Manutenção Manutenção Correctiva que intervém intervé m apenas para reparar avarias. Este processo é o que, relativamente, dificulta mais o papel da logística e pode impor graves limitações operacionais, • Manu Manute tenç nção ão Prev Preven enti tiva va Si Sist stem emát átic icaa, qu que, e, a part partir ir de um planeamento e de um critério sobre número de horas ou ciclos de func funcio iona nam ment ento - por exem exempl ploo, de tiros iros - defi define ne tod odoos os equi equipa pame ment ntos os ou peça peçass a subs substi titu tuir ir.. Este Este é o proc proces esso so mais ais dispendioso mas, além de facilitar a tarefa logística, torna-se indispensável nos casos em que - como em aéreos e submarinos -, as avarias podem ocasionar riscos demasiado elevados, • Manutenção Manutenção Preventiva Preventiva Condiciona Condicionada da, em que as intervençõ intervenções es deverão ocorrer antes das avarias mas logo que sejam detectados cert certos os valo valore ress fora fora do aceit aceitáv ável, el, em parâ parâme metr tros os prev previa iame mente nte seleccionados. Esta é uma solução muito mais económica que a anterior mas que requer um trabalho de base mais extenso, • Manu Manute tenç nção ão Pred Predit itiv ivaa, qu quee se basei baseiaa nu num m acom acompa panh nham amen ento to sistemático da condição dos equipamentos, verificando desgastes, deteri deteriora oraçõe ções, s, aqueci aquecimen mentos tos,, vib vibraç rações ões,, ruído, ruído, consum consumos, os, etc., etc., para, através de um critério previamente estabelecido, proceder a reparações apenas imediatamente antes da provável ocorrência de avarias. Este processo, pelo enorme número de dados a processar constantemente, requer a utilização de programas informáticos espe speciais mas é provavelmente o que asse ssegura a melhor economia e a maior disponibilidade operacional dos subsistemas e equipamentos.
Mecanismo de armar – Nos sistemas de arma em que a ignição do cartucho é feita por percussão – isto é, na grande maioria das armas de fogo -, o mecanismo de armar é o mecanismo que serve a função de reter o mecanismo de percussão na posição de armado até que a acção do mecanismo do gatilho o faça libertar o percutor – ou o cão – para que este, sob a acção da mola real, realize a sua função no disparo.
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Compreende sempre um armador, que é geralmente accionado no acto de armas pela resistência de uma mola própria e no acto de desarmar pelo mecanismo do gatilho.
Mecanismo do gatilho (ou mecanismo de desarmar ou mecanismo de disparar) - Por vezes designado simplesmente por gat gatilho ilho,, é o mecan ecanis ism mo du dum ma arm arma de fogo fogo que, ue, act actuand uandoo no mecanismo de armar, tem por função dar início à primeira fase - a fase puramente mecânica – do seu disparo. Nas armas automáticas, cumpre as funções adicionais de as manter a disparar durante as rajadas e de as interromper quando tal seja pretendido. Na maioria das armas, estando a arma já carregada e a culatra já travada, o mecanismo do gatilho actua no mecanismo de armar e este no mecan ecanis ismo mo de perc percus ussã são. o. Po Poré rém m, nas nas arm armas qu quee func funcio iona nam m segundo a especificação de câmara aberta, o mecanismo do gatilho efectua o disparo através da libertação da culatra que se encontra no início recuada na caixa da culatra, estando a comprimir a mola recuperadora. Neste caso, quando a culatra é libertada, avança, retira uma munição do carregador, tambor ou fita e faz o carregamento, assim dando início ao seu ciclo de funcionamento. A segunda função essencial destes mecanismos é a de contribuir em grande parte para a segurança de manipulação da arma, garantindo pra prattic icam amen entte qu que, e, em nen nenhu hum ma cond condiç ição ão,, a arm arma se di disp spar aree inopinadamente. Isto é conseguido na maioria das armas à custa de constr struir os gatilhos por forma a que o peso do gatilho seja considerável, isto é, por forma a que, para realizar os disparos, seja necessário aplicar uma pressão considerável na cauda do gatilho. Contudo, no caso das armas para tiro de precisão, esta forma de implementar a segurança de utilização teria inconvenientes graves para a exploração do objectivo principal da utilização destas armas. Com efeito, nestas armas, em que ao utilizador compete simultaneamente as funções de, com grande precisão e sincronização de movim imen enttos, apontar e disparar, a função primeira dum mecanismo do gatilho consiste em permitir que ao atirador se torne o mais fácil possível, de uma forma altamente sincronizada, encadear estas duas acções. 277
Ainda é mais assim no caso das armas de tiro ao alvo de competição, em que dada a enorme importância que a acção de disparar tem para a precisão e consistência do tiro, os mecanismos do gatilho têm de embora sem compromisso excessivo da segurança -, tornar o mais fácil possível a actuação do atirador. Este Estess mecan ecanis ismo mos, s, para para além além de sere serem m sem sempre pre mecan ecanis ismo moss de gran grande de preci recisã sãoo qu quee perm ermitem item uma eno enorme rme regu regullarid aridad adee do funcionamento e que incluem a possi ssibilidade de aju just staar as amplitudes dos movimentos da cauda do gatilho e as forças que lhe há qu quee apli aplica car, r, para para real realiz izar ar os di disp spar aros os,, deve devem m func funcio iona narr com com actuações cujos “pesos” sejam os menores possíveis. A segurança aqui é suposta depender da proficiência e experiência dos utilizadores e é verdadeiramente uma imprudência deixar que um principiante utilize uma arma destas sem supervisão. O mecanismo do gatilho é geralmente um dispositivo inteiramente mecân ecânic icoo mas, as, nal nalgu gum mas das arm armas de prec precis isão ão,, pel elas as razõ razões es referidas, as, emprega-se -se mecanismo smos electromecân cânicos, estes stes funcionando por corte ou estabelecimento duma corrente eléctrica, realizada num dado componente que pode ser simplesmente um pequeno platinado ou, mais elaboradamente, um sensor/transdutor óptico ou magnético. Con Conform formee a sua sua con consti stitu tuiç ição ão int nter erna na e form formaa de func funciion onar ar há essencialmente duas configurações de mecanismos: • A dos gatilhos designados por gatilhos de acção directa, em que a actu actuaç ação ão da caud caudaa do gati gatilh lhoo orig origin inaa um umaa acçã acçãoo di dire rect ctaa no componente - o armador - que faz a retenção do cão ou percutor, • A dos gatilhos de acção indirecta, por vezes chamados “gatilhos de cabelo”, em que a actuação na cauda conduz à libertação de uma peça que funciona como um martelo que se abate sobre o armador, fazendo-o libertar o cão ou o percutor. Estes gatilhos indirectos, têm a vantagem de permitir a utilização de pesos do gatilho da ordem de apenas poucas gramas mas com a desvantagem técnica de serem causa de tempos de fechamento ligeiramente maiores. 278
Ainda no que diz respeito principalmente às armas usadas em tiro de precisão, usam-se -se vários géneros de gatilho, conforme os movimentos que a cauda do gatilho tem de realizar: • Os gatilhos sem sem folga, em que durante o dispa sparo não há praticamente nenhum movimento da cauda e em que o disparo se dá a partir de um determinado nível da pressão aplicada nesta, • Os gatilhos com folga (ou de dois tempos), em que após o movimento correspondente a uma “folga”, se encontra um ponto duro, após o qual o gatilho funciona como o gatilho sem folga, acima referido. Este género de gatilho é o que oferece o maior número de vantagens e o que, desde que funcione sem arrastamentos, se revela o mais eficaz, sendo por isso, de longe, o mais usado, • Os gatilhos com dupla folga em que os dois primeiros movimentos da cauda servem apenas para tirar a maior parte do peso do gatilho, • Os gatilhos deslizantes, em que aparentemente sempre com a mesma pressão, a cauda do gatilho se move até um ponto que, sem qualquer aviso, se dá o disparo.
Mecanismo de percussão - Nos sistemas de arma em que a ignição do cartucho da munição se faz por meio duma escorva de percussão, percussão, é o mecanismo que realiza a percussão da escorva. Existem duas espécies de mecanismos de percussão: • Os puramente mecânicos, constituídos essencialmente por um percutor ou cão e por uma mola real, em que o percutor ou cão actuam quando “autorizados” por um mecanismo de armar, elec ecttrom romecân ecâniicos cos cons consti titu tuíd ídoos esse essenc nciial alm ment ente po porr um • Os el electroíman cujo núcleo é o próprio percutor ou cão e que actuam quando o mecanismo do gatilho, que é um circuito eléctrico ou electrónico, faz passar uma corrente pela bobina do electroíman, fazendo com que o campo magnético criado por esta faça o núcleo ter um movimento brusco, com energia cinética suficiente para efectuar a percussão. 279
Mecanismo de recuperação - É o mecanismo de uma peça de artilharia que, terminado o recuo que ocorre durante um disparo, reconduz as partes recuantes da peça à sua posição inicial. Nas armas automáticas e nas armas semiautomáticas, o mecanismo de recupera eração, nesta sua actuação, vai tamb ambém accionar o disp di spoositi sitivo vo de carr carreg egam amen entto, o mecan ecanis ism mo de perc percus ussã sãoo e o mecanismo de armar, em preparação para o disparo seguinte. Em qualquer dos casos, estes mecanismos funcionam com base numa mola ou num órgão pneumático onde se comprime ar ou outro gás durante o recuo. Meca Mecani nism smoo de segu segura ranç nçaa (ou (ou sist sisteema de segu segura ranç nça) a) - É o mecanismo duma arma de fogo que permite seleccionar entre a inibição total do funcionamento funcionamento do mecanismo de percussão e/ou do mecanismo do gatilho e os outros estados de possível funcionamento da arma (tiro semiautomático, tiro automático, tiro em seco, etc.). É po portan rtanto to o mecan ecanis ism mo da arm arma que perm permiite esco escolh lher er entr entree as seguintes condições dessa arma: • Uma posição de segurança, em que a arma fica impedida de realizar disparos, • Nas armas de carregar pela culatra e nas armas de repetição, uma posição em que a arma pode disparar, • Nas Nas armas que podem funcionar selectivamen amentte em tiro automático e tiro semi-automático, uma terceira posição - a de “disparo simples” -, em que a arma só pode realizar um tiro de cada vez, Nalgu gum mas arma armass qu quee po pode dem m real realiz izar ar tiro tiro auto automá máti tico co,, um umaa • Nal posição em que a arma pode fazer rajadas ”controladas” de um número limitado de disparos, • Nas armas automáticas, uma posição em que a arma pode realizar tiro em rajadas. Mesa do elevador - Nas armas de repetição com um depósito aproximadamente rectangular sob a caixa da culatra, é a placa onde as munições ficam apoiadas e que, por acção de uma mola, a mola do elevador, as impulsiona em direcção à caixa da culatra. 280
Nas armas em que o municiamento é feito por um carregador tambor, é o componente destes que, impulsionado igualmente por uma mola do elevador, empurra as munições em direcção à boca onde, antes do carregamento, a primeira delas fica retida nos lábios. Em qualquer dos casos, o conjunto da mesa do elevador com a mola do elevador, chama-se o elevador.
Metralhadora - Designação genérica das armas automáticas - das classes das armas ligeiras e armas pesadas que não trabalhem com um frei freioo de amor amortteci eciment ento -, de cal calib ibre re at atéé .50” .50” (12 (12.7m .7mm), conc conceb ebid idas as para para serem serem capa capaze zess de suste sustent ntar ar,, prol prolon onga gadam dament ente, e, ritmos de fogo elevados. As metralhadoras classificam-se em metralhadoras pesadas (HMG), metra etralh lhad ador oras as média édiass (MMG (MMG), ), metra etralh lhad ador oraa lige ligeir iraa (LMG (LMG)) e metralhadoras para veículos (VMMG), decorrendo esta classificação em boa parte do seu peso máximo, do tipo de suporte/apoio que utilizam e do seu ritmo de fogo sustentável, isto é, da extensão da sua máxima capacidade para fazer fogo durante períodos alargados. Dadas as modernas tácticas, tendentes para uma cada vez maior mob obil ilid idad adee das forç forças as mili ilita tare res, s, é no notá táve vell, desde esde a II Guer Guerra ra Mundial, a procura de armas destas cada vez mais ligeiras. Uma característica muito desejável nas metralhadoras ras é a possibilidade de mudarem expeditamente os canos. Metralhadora ligeira - Uma metralhadora geralmente alimentada por carregador, com o peso máximo de cerca de 15 kg, que se monta sobre um bipé e que usa geralmente a munição do calibre nominal da espingarda de guerra/espingarda de assalto usada no país da sua adopção. Metralhadora média – Uma metralhadora geralmente alimentada por fita, com peso entre cerca de 15 e 30 kg, que se utiliza sobre um suporte fixo ou tripé. Destina-se em princípio a fazer tiro a distâncias muito maiores do que as metralhadoras ligeiras.
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Metralhadora pesada – Uma metralhadora de peso superior a 30 kg e de calibre geralmente igual ou superior a .50’’ (12.7 mm). Usa-se montada sobre um suporte próprio ou sobre um tripé muito sólido. Nalguns casos é difícil a distinção entre metralhadora pesada e peça de artilharia terrestre de defesa próxima. De not notar ar que, que, por conven convenção ção int intern ernaci aciona onal,l, é proibi proibido do o empreg empregoo anti-pessoal deste género de metralhadora. Miras - Designação geral dos equipamentos mecânicos, ópticos ou electroópticos dos aparelhos de pontaria usados nas armas ligeiras, para as poder apontar. Miras metálicas – Designação genérica dos géneros mais clássicos de apar aparel elhhos de pon onttaria aria.. Um conj conjun untto de miras iras met etál álic icas as é constituído essencialmente por dois pontos de referência, o primeiro uma abertura/ranhura duma alça e o segundo um ponto de mira, que são colocados, geralmente sobre o cano da arma, a definir uma linha ligeiramente oblíqua ao eixo longitudinal desse cano. A pontaria com este género de aparelho, consiste – ver erro angular – no atirador alinhar exactamente o seu olho director com estes dois “pontos de referência” e de, em seguida dirigir a linha que contém estes três pontos, o mais aproximadamente possível, ao centro da zona de pontaria do alvo. Mistura ignidora – Uma mistura de substâncias que se pretende essencialmente, que se comporte como um explosivo não produtor de choque mecânico, com vista ao seu uso principal, em muito pequenas quantidades na constituição de cargas de escorvas. A função do explosivo destas cartas é portanto, reagir com grande fiabilidade ao choque do percutor de uma arma (ou ao aquecimento causado pela passagem de corrente, no caso das escorvas eléctricas), gerando uma cham chamaa in inte tens nsa, a, se po possí ssíve vell cont conten endo do um umaa gran grande de qu quan anti tida dade de de partículas incandescentes, dado que tais partículas têm uma grande capacidade para fazer a ignição dos propulsantes nas zonas em que contactem com estes. 282
Dado que a generalidade dos baixos explosivos não é sensível aos choques mecânicos, estas misturas explosivas têm necessariamente de ser constituídas a partir de uma certa quantidade de um alto explosivo primário. Como porém há que evitar a todo o custo que os grãos das cargas principais sejam atingidos por uma forte onda de choque que os poderia danificar, alterando a sua vivacidade, esta quan qu anti tida dade de de alto alto expl explos osiv ivoo tem tem de ser ser mistu istura rada da com com ou outr tras as subs substâ tânc ncia iass qu quee in inte terv rven enha ham m po porr form formaa a qu que, e, po porr um lado lado,, a quantidade de alto explosivo usada, sendo mínima, produza assim calor suficiente e, por outro, a energia da onda de choque por ele produzida, não provoque os danos referidos. Para que seja eficaz o resultado do funcionamento das escorvas, as misturas iniciadoras são portanto misturas de um alto explosivo com um “sen “sensi sibi bili liza zaddor”, or”, um “com “combbust ustív ível el”, ”, um “com combu bure rent nte” e” e fina finalm lmen ente te com com um “ine “inert rte” e”.. O sensi sensibi bili lizad zador or tem tem como como funç função ão tornar possível a iniciação de uma quantidade quase ínfima de alto expl explos osiv ivo. o. O com combu bust stív ível el e o comb combur uren ente te,, ampl amplif ific icam am o calo calor r recebido da detonação do alto explosivo. O inerte faz com que cada pastilha a usar em cada escorva tenha tamanho suficiente para ser facilmente manipulável e com que essa mesma pastilha produza bastantes partículas incandescentes, o que favorece bastante a ignição de carga principal do cartucho.
Mola do elevador – Nas armas de repetição com um depósito, é a mola que se encontra sob a mesa do elevador. Nas armas providas de uma carregador ou tambor, é a mola que impulsiona a mesa do elevador, fazendo com que esta empurre as munições em direcção à boca (do carregador ou tambor) e portanto em direcção à caixa da culatra da arma. Mola real – É a mola – espiral ou de lâmina – do mecanismo de percussão que é responsável pela impulsão do cão ou do percutor durante a percussão.
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Mola Mola recu recupe pera rado dora ra - Um componente de algumas armas semiautomáticas e armas automáticas. Nestas armas, é o componente principal do mecanismo de recuperação. Act Actua nas part partes es recu recuan ante tess amor amorte tece cenndo o seu seu mov ovim imen entto e armazenando energia aquando do recuo até para lá da ejecção e devolve essa energia a essas partes pondo-as em movimento “para a frente”, para que as armas efectuem as restantes operações dos seus ciclos de funcionamento. Nas peças de artilharia, a sua acção tem de ser moderada pelo freio de amortecimento, para os movimentos de recuo e de ida à bateria, sejam suficientemente suaves. As molas recuperadoras estão sujeitas a esforços que são pro propo porc rcio iona nais is às velo veloci cida dade dess a qu quee as cula culatr tras as são são ob obri riga gada dass a trabalhar e, nos casos em que estas velocidades ultrapassam os 12 m/ s, têm de ser feitas de materiais especiais. Munição - Em geral é o sub-sistema de um sistema de arma com que se conta para gerar o impulso, isto é, libertar a “energia propulsiva” necessária à condução dum ou mais projécteis - que são parte dessa munição - até junto dum alvo, a fim de realizar a sua neutralização por efeito da energia cinética e quase sempre também da energia química dos altos explosivos contidos nesse ou nesses projécteis. Podem ser considerados munições dos respectivos sistemas de arma, os seguintes sub-sistemas: niçõ ções es sem sem prop ropul ulso sorr (po (por exem exempplo lo,, as bom ombbas e as • As muni granadas de mão), que são constituídas quase apenas por uma carga útil, • As munições das armas de fogo e as das armas de propulsão por reac reacçã çãoo con consti stitu tuíd ídas as po porr um cart cartuc ucho ho,, o prop ropul ulso sorr desta estass munições, que funciona durante o disparo e por um ou mais pro projé jéct ctei eis/ s/ca carg rgas as út útei eiss cap capazes azes de, de, cons conseg egui uida da a dese eseja jadda precisão do tiro, pela energia cinética e energia química que transporta(m), obter a neutralização do seu alvo, • As granadas-foguete constituídas por um motor de foguete, que fornece a propulsão e por uma carga útil com funções idênticas às das dos casos anteriores. 284
Em ambos estes dois últimos casos, as armas, além de constituírem o apoio necessário ao bom processamento da propulsão, tem de conter os meios necessários ao direccionamento/pontaria apropriado dos projécteis. mísse sseis is,, qu quee para para perm permit itir irem em maio maiore ress prob probab abil ilid idad ades es de • Os mí atingir atingir os alvos - particularm particularmente ente tratando-se tratando-se de alvos alvos móveis móveis integram na sua constituição pelo menos uma parte dos meios de controlo e comando - necessários à selecção das suas melhores trajectórias. Em qualquer dos casos, tendo em conta que qualquer sistema de arm arma po pode de ser ser cons consid ider erad adoo com como um umaa máqui áquina na de com combu bust stão ão inte in tern rnaa espec especia ial,l, um umaa máqu máquin inaa qu quee proc process essaa tran transf sfor orma maçõ ções es de energia, é a munição que deve ser olhada como agente acti activo vo/e /ene nerg rgét étic icoo dess dessaa máqui áquina na,, real realme ment ntee a font fontee da gran grande de maioria da energia que se pode utilizar.
Munição de salva – Uma munição usada para salvas mas também em treinos e testes dos mecanismos de percussão das armas. Esta mun uniç ição ão não tem projé rojéct ctiil e o seu seu cart cartuc ucho ho com compree preend ndee um umaa pequena carga de pólvora de grande vivacidade – muitas vezes emprega-se pólvora negra – destinada a produzir um ruído bastante forte. Municiamento - O mesmo que alimentação. Neste sentido, significa intr in trod oduz uzir ir mu muni niçõe çõess no seu aloj alojam amen ento to/d /dep epós ósit itoo du duma ma arma arma de repetição, introduzir e fixar o carregador numa arma semiautomática e introduzir e fixar o carregador ou tambor ou ainda fixar o início duma fita de municiamento numa arma automática. O termo significa também a operação que consiste em introduzir munições num carregador, tambor ou fita de municiamento. Napalm – Uma mistura pirotécnica que é um incendiário poderoso, que tende a aderir vigorosamente às superfícies que contacta, tem uma combustão lenta de alta temperatura. Resulta da gelatinização de gasolina (90 a 95%) por palmitato de sódio (daqui a origem do termo, com NA de sódio e PALM de 285
palmitato) ou alumínio. Saliente-se que a composição original do Napalm (muito higroscópico e pouco denso, o que constituía uma desvantagem logísti stica) consistia num deri erivado do petról róleo (“NAphthenic acid”) e num PALMitato (extraído do óleo de palma), razão pela qual alguns autores atribuem a origem do termo Napalm a estes dois compostos. A sua sua ig igni niçã çãoo fazfaz-se se no norm rmal alm mente ente po porr meio eio du duma ma cham chama. a. Nas Nas formulações mais modernas, o napalm arde mesmo submerso em água.
Núcleo – Este termo tem significados bastante distintos: • O componente que se encontra no centro da bobine de um electroíman. • O componente central duma bala composta, portanto o que se encontra no interior da camisa desta e que constitui a maior parte da massa. É feito geralmente de chumbo rijo, um material que pela sua alta densidade faz com que este género de projéctil tenha, como é necessário, uma densidade seccional alta. Obturação – É a selagem, que se pretende perfeita, dos gases da pólvora, dentro do cano de uma arma de fogo, aquando de um disparo, entre a face da culatra eo projéctil, que faz com que estes sejam impedidos de passar quer para o mecanismo da culatra – a chamada “obturação para trás” -, quer para a frente do projéctil – a chamada “obturação para a frente” -. Olho Olho directo directorr - É o olho que predomina sobre o outro na determinação de direcções. Quando, com ambos os olhos abertos, apontamos um objecto com o dedo, só um dos olhos pode fazer com o dedo e o objectivo visado, uma linha recta. Olho director é o olho que, instintiva e sistematicamente, sem que nos apercebemos disso, predominando sobre o outro, empregamos quando assim determinamos uma qualquer direcção. O olho director é, por esta razão, o olho que, também instintivamente, se tende a empregar quando se tenta fazer pontaria com uma pistola ou uma espingarda. 286
Sendo que nas pessoas dextras o olho director é geralmente o olho direito e nos canhotos é geralmente o olho esquerdo, a utilização simultânea da mão mais hábil para realizar os disparos e do olho que é mais mais “pot “poten ente te”/ ”/nat natur ural al empre emprega garr para para apon aponta tar, r, corr corres espo pond ndee às melh melhor ores es cond condiç içõe õess po possí ssíve veis is de um umaa bo boaa po posi siçã çãoo exte exteri rior or para para atirar. Caso contrário, isto é, no caso do atirador direito que tem o olho esquerdo como olho director ou no caso do atirador canhoto que tem o olho direito como olho director, deve ter-se em conta que a habilidade “motora” é a mais difícil de aperfeiçoar e, como tal, deve dar-se preferência à mão sobre o olho e - favorecendo igualmente a posição exterior -, deixar de empregar o olho que naturalmente funciona como olho director. Isto é, o atirador direito deve atirar “à direito” passando a usar o olho direito e o canhoto “à canhota”, usan usando do o ol olho ho esqu esquer erdo do.. Nest Nestes es caso casoss po poré rém m, é qu quas asee sem sempre pre nece necess ssár ário io tapa taparr o verd verdad adei eiro ro ol olho ho di dire rect ctor or com com um umaa pala pala para para obrigar o outro a funcionar aceitavelmente.
Orientação do atirador – Este termo, usado na tecnologia de tiro ao alvo, qualquer que seja a modalidade, refere-se à colocação de um atirador em relação ao alvo, ou seja à sua implantação no solo/base de apoio. Parte-se do princípio de que o atirador já seleccionou uma postura e já tem treino muscular suficiente para assumir essa postura durante períodos prolongados. Isto porque só depois de o atirador ter repetido repetido muitas vezes este processo processo e ter ganho uma certa “memória “memória muscular” da sua postura, é que deve procurar orientar-se em relação ao alvo, para assim completar a sua “posição exterior de tiro”. Conforme a modalidade de tiro, o procedimento de orientação tem as suas particularidades. Por exemplo, em todas as disciplinas de tiro com pistola, o procedimento é o seguinte: • O atirador, tendo conseguido uma boa empunhadura da arma, posiciona-se aproximadamente no centro da sua linha de tiro, orientando-se de tal forma que lhe pareça que ao levantar o braço, este ficará dirigido para o alvo correspondente a essa linha de tiro, 287
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Em seguida, fechando os olhos durante todo o tempo que for necessário, levanta o braço e, socorrendo-se da sua memória muscular e das suas sensações de conforto/desconforto, assume o melhor possível a sua “postura de base”, eleita anteriormente, • Abre depois os olhos e observa a direcção em que o braço se encontra apontado. Normalmente, o braço encontra-se a apontar um pouco para a esquerda ou para a direita do alvo. Efectuar agora a correcção, apenas movimentação do braço, seria um erro grosseiro de que o atirador de resto se aperceberia rapidamente, pois o braço tenderia constantemente a regressar à posição inicial. Em vez disso há que rodar no sentido apropriado todo o corpo o que, é claro, só pode ser feito rodando a implantação dos pés no solo, da quantidade apropriada, • Este processo tem depois de ser repetido até se ter a sensação de que a acção de apontar ao alvo é feita sem qualquer esforço especial. A orientação do atirador de espingarda na “posição de pé” deverá decorrer exactamente da mesma forma até a arma ficar a apontar naturalmente para o alvo e na “posição de deitado” e “posição de joelhos”, igualmente por correcção da implantação dos seus apoios no solo.
Pára-balas – Designação comum do espaldão que se situa atrás dos alvos nas carreiras de tiro. Principal alm mente quando esta stas se sit situam inser seridas em zonas metropoli metropolitanas, tanas, é necessário necessário que os pára-balas sejam feitos de areias livres de pedras a fim de evitar o perigo de ricochetes. Adicionalmente a isto, os pára-balas dispõem muitas vezes de um tecto resistente destinado a evitar a sua erosão pelas chuvas e a complementar a segurança contra ricochetes. Passo das estrias - É, por definição, a distância que o projéctil tem de percorrer dentro da parte estriada da alma de um cano estriado, para efectuar uma rotação completa. Para Pa ra cad cada cali calibr bre, e, os projé rojéct ctei eiss mai aiss com compri prido dos, s, para ara te tere rem m estabilidade giroscópica suficiente, necessitam de ter uma velocidade 288
de rotação maior, e como tal, o seu disparo implica porventura o uso de cano canoss com com pass passos os de estr estria iame ment ntoo menor enores es.. É no enta entant ntoo de considerar que, para uma dada velocidade à boca, este aumento tem limites, uma vez que a diminuição do passo das estrias implica um aumento dos esforços sobre os projécteis e uma aumento da erosão do cano. De facto, a razão que determina que não seja possível usar projécteis estabilizados por rotação com comprimentos superiores a cerca de seis calibres, é o limite prático na redução do passo das estrias. A fórmula empírica para a determinação do passo das estrias de um cano que se preste ao disparo de determinados projécteis, é: PASSO =
Calibre2
x 180
Comprimento do Projéctil Por vezes o passo das estrias é designado, à semelhança do que se faz para o cumprimento dos canos, em número de calibres (1/12, 1/14, etc). Por outro lado, o passo pode ter um valor constante, caso do chamado “passo uniforme”, ou um valor progressivamente menor, caso do chamado “passo progressivo”.
Percussão - É a acção pela qual o percutor ou o cão duma arma de fogo, uma vez libertado do mecanismo de armar, vai bater ou na escorva de percussão duma munição de percussão central ou no rebordo da base do invólucro duma munição de percussão anelar. Em qualquer dos casos, a percussão tem necessariamente de ser feita com uma energia cinética do cão ou percutor que seja suficiente mas não excessiva e tendo a ponta do percutor uma forma apropriada. Se a percussão percussão for insufici insuficiente ente haverá haverá retardos retardos de ignição ignição e perdas perdas da consistência do tiro e se for excessiva, poderão ocorrer perfurações das escorvas, que conduzem a falhas graves de obturação para trás.
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Percussão anelar ou periférica – É o género de percussão em que o percutor ou o cão da arma bate/indenta num qualquer ponto da periferia da base do invólucro da munição. Nas munições em que se emprega este género de percussão, a mistura ignidora encontra-se alojada – na forma de uma película contínua contínua muito fina -, a toda a roda do interior interior do bocel e da base do invólucro, de tal forma que a iniciação se possa fazer qualquer que seja o ponto onde se faça a percussão. Porque as paredes dos boceis destes invólucros, para cederem ao coque da ponta do percutor, têm de ser bastante finas, o método só tem aplicação a munições em que as pressões desenvolvidas pelos propulsantes sejam relativamente baixas. Actualmente, esta forma de percussão quase só se usa nos calibres nominais .22 Short, .22 Long e .22 Long Rifle. Percussão central – Este termo aplica-se às armas e às munições em que a percussão se faz sobre uma escorva implantada no centro da base do invólucro. É o sistema usado na grande maioria dos sistemas de arma – nomeadamente nos de armas portáteis – e em todos os sistemas de artilharia onde se emprega uma iniciação mecânica. Percutor - O componente do mecanismo de percussão, móvel dentro da culatra, a que compete agir sobre a escorva nas munições de percussão central ou no rebordo da base do invólucro nas munições de percussão anelar. Estes percutores podem agir: • Por acção de uma mola do mecanismo referido, a mola real que os impulsiona, quando libertados dos armadores, • Quando martelados por um cão, • Quando percutidos por uma espécie de êmbolo quando este é libertado pelo mecanismo de armar, • Por acção de electroímans de que eles são o próprio núcleo e que os acelera quando é fechado um circuito eléctrico sobre estes dispositivos. Nas Nas arma armass com com cula culatr tras as de gave gaveta ta e ou outr tras as,, cujo cujo mov ovim imen ento to é transversal em relação ao eixo do cano, é geralmente necessário que os mecanismos de percussão sejam providos de dispositivos que 290
façam a recolha do percutor após os disparos, antes da culatra fazer o seu mo movi vime ment ntoo de aber abertu tura ra.. UsamUsam-se se entã entãoo mu muito ito os cham chamad ados os percutores elásticos. Estes percutores são peças muitas vezes sujeitas a grandes esforços pelo que a sua fractura constitui uma das principais causas das falhas de fogo nos sistemas de arma ar ma que os empregam. Designa Designa também uma ponta ponta saliente saliente na face da culatra, dos sistemas operados por inércia da culatra em que se usa a chamada percussão antecipada. Designa ainda uma ponta saliente, sem movimento próprio, situada no centro do fundo do cano dos morteiros, onde a escorva das granadas vai embater quando elas são largadas na boca do cano.
Peso de gatilho – É a força mínima que é necessário exercer, aproximadamente no centro da cauda do gatilho duma arma de fogo, para efectuar um disparo. Mede-se normalmente com um dispositivo – um pesa gatilhos (dispositivo que consta essencialmente de uma massa montada numa espécie de gancho e que serve para determinar se o peso de gatilho das armas de tiro ao alvo – e outras, eventualmente, se encontra de acordo com os valores regulamentares especificados) – que é engatado na cauda do gatilho, com a arma posicionada de tal forma que o cano fique na vertical. Os pesos do gatilho, para aquém de um dado valor, têm uma incidência directa na segurança de manuseamento das respectivas armas. Por outro lado, para além de um dado valor, os pesos do gatilho, na medida em que dificultam os disparos, são um factor determinante na consistência do tiro. Nas disciplinas de tiro ao alvo patrocinadas pela I.S.S.F. em que estão regulamentados os valores mínimos dos pesos dos gatilhos, as massas totais dos pesa gatilhos devem ser as seguintes: • Espingarda standard de grosso calibre – 1.360 gr, • Pistola de grosso calibre – 1.360 gr, • Pistola standard e Pistola sport – 1.000 gr, • Pistola de ar comprimido – 500 gr. 291
Pistas de tiro de combate – São extensões de terreno dotadas com dispositivos e equipamentos apropriados que se destinam ao tiro de combate. Pistola - Uma arma de fogo, em geral, apenas semi-automática, de relativamente pequenas dimensões, que pode ser usada com apenas uma mão e é muito fácil de transportar e, sendo necessário, ocultar. Aparte o muito grande uso destas armas, fora do contexto defensivo/ ofensivo, em competições de tiro ao alvo, é precisamente por aquelas razões que continua a ter bastante utilização “civil” e operacional, apes apesar ar do al alca cannce efic eficaz az muito ito lim imit itad adoo e da rel relat ativ ivaa fal falta de consistência no tiro e precisão do tiro que pode produzir, a menos que utilizada por “peritos”. Estes sendo capazes de levar o alcance eficaz até cerca dos 100 metros. Com Como arm arma larg largam amen ente te di dist stri ribu buíd ída, a, a pi pist stol olaa tem tem tend tendên ênci ciaa a desaparecer nas Forças Armadas dos países mais industrializados, vind vi ndoo a ser subs substi titu tuíd ídaa pela pelass pequ pequen enas as pi pist stol olas as metr metral alha hado doras ras e carabinas de assalto que se consegue hoje em dia produzir. É claro que estas considerações se aplicam igualmente ao revólver que, qu e, de rest resto, o, tem tem vi vind ndoo a subs substi titu tuir ir,, prin princi cipa palm lment entee desde desde qu quee começaram a aparecer pistolas com carregadores com capacidade para dez e mais munições. Pistola de defesa – Uma designação, designação, com significad significadoo legal variável de paí aíss para ara país país,, de al alggum umas as pist istol olas as e revó revólv lver eres es,, que não corresponde a qualquer conjunto de especificações técnicas, uma vez que, “tecnicamente” qualquer arma de fogo pode ser usada para defesa da integridade pessoal. É de ter bem presente que esta é a única classe de arma de fogo que a lei portuguesa permite que seja usado para este efeito e que, em caso desses uso, a lei obriga na prática o utilizador que tenha provocado ferimentos noutro indivíduo, ao “ónus da prova” de que estaria realmente em perigo a sua integridade pessoal. Paradoxalmente, ao assumir explicitamente uma postura de limitar fortemente fortemente nos calibres calibres nominais nominais que autoriza autoriza para esta categoria de armas, a alei portuguesa permite – quase sempre, implicitamente, 292
aos cidadão civis a compra das chamadas “armas assassinas”, as pistolas de calibre 6.35 mm. Tenha-se em conta que os tiros com este calibre, calibre, faltando-lhe faltando-lhess poder derrubante, derrubante, só podem deter rapidamen rapidamente te um assaltante determinado atingindo-o num órgão vital. E que por isso isso,, com como acon aconte tece ce muitas itas vezes ezes,, o utili tiliza zaddor, or, para ara det deter o assaltante, vem a atingi-lo -lo com vários tiros o que, quase inevitavelmente, pelo efeito acumulado dos ferimentos, lhe provoca a morte. Por vezes, ainda por cima, sem se ter conseguido que a defesa fosse eficaz, sem que, entretanto, tenha conseguido subtrair-se aos resultados da violência do assalto.
Pistol Pist olaa de gros grosso so cali calibr bree – Desi Design gnaç ação ão regu regula lam menta entarr de um umaa modalidade de competição de tiro ao alvo com pistola – ou revólver – com os alvos a 25 metros. Uma das que constam do programa da I.S.S.F. consta sta de 30 tiros de precisão são pura e de 30 tiros de velocidade, ambas as partes em séries de 5, com uma série de “ensaio” antes de cada parte, sendo os alvos classificados de pois de cada série. Designa também uma pistola ou revólver destinados ao emprego nas provas de tiro ao alvo acima referidas. Trata-se de uma pistola que deve obrigatoriamente obedecer às seguintes especificações: • Calibre igual ou superior a .30’’ (7.62 mm) e inferior ou igual a .38’’ (9.65 mm), • Cano de comprimento máximo igual a 153 mm, • Base de mira igual ou inferior a 220 mm, • Peso de gatilho igual ou superior a 1360 gr, • Peso total inferior a 1.400 gr, • O eixo da alma tem de passar necessariamente acima do ponto mais alto da mão, pist stol ola, a, incl nclui uind ndoo o pu punh nhoo, dev deve cabe caberr num umaa cai caixa com com • A pi medidas interiores de 300x150x150 mm, • Nenhuma parte do punho da arma pode envolver a mão, • Não é permitido nenhum género de freio de boca ou compensador. As armas desta classe, tendo começado por ser simples adaptações de mod odel elos os dest destin inad ados os a ou outr tras as funç funçõe ões, s, são são ho hoje je em di diaa mod odel elos os 293
especialmente concebidos tendo em vista as exigências técnicas da alta competição. Também se utiliza o termo como designação genérica comum de qualquer pistola de calibre igual ou superior a 7.65 mm.
Pistola de guerra – Uma pistola dum calibre relativamente grande que é concebida tendo em conta particularmente as especificações gerais duma arma de guerra. Os calibres nominais mais usados nesta classe se sistemas de arma têm sido: • Nos países “de leste”, o 7.62 tipo P (7.62x25), • Nos países “ocidentais”, o 9 mm Parabellum, o .45 ACP e o .38 Special. Pistola livre – Designação regulamentar de uma modalidade de competição de tiro ao alvo com pistola, em que a distância a que se faz tiro é de 50 metros. Consta de 60 tiros de precisão pura em séries de 5, com uma série ilimitada no número de tiros de “ensaio”, a real realiz izar ar no in iníc ício io da com competi petiçã ção. o. Esta Esta é um umaa das das mod odal alid idad ades es patrocinadas e regulamentadas pela I.S.S.F. e é também uma das modalidades de tiro ao alvo que faz parte do programa dos Jogos Olímpicos. É também a designação comum de uma pistola de tiro ao alvo, em princípio uma arma de tiro simples, de calibre nominal .22 Long Rifle. Trata-se sempre de uma arma especialmente concebida para debitar uma consist sistêência do tiro muito ito al altta, para o que, por concepção, tem o cano implantado numa posição bastante baixa em relação à mão, é equipada com um mecanismo de gatilho de alta qualidade, um aparelho de pontaria que é necessariamente um subsistema de alta precisão e um punho concebido para proporcionar um máximo de pontos de apoio. O termo “livre” tem origem, exactamente, no facto de, ao contrário das outras pistolas a empregar nas outras modalidades da I.S.S.F. esta não ter de obedecer a qualquer restrição de peso, dimensões ou quaisquer outras, aparte o facto de nenhum ponto do punho poder 294
tocar no antebraço e de só lhe poderem ser aplicadas miras metálicas “abertas”.
Pistola metralhadora (Submachine gun) – Uma arma de guerra que se pode definir como uma pequena metralhadora que emprega munições de pistola. A maioria das pistolas metralhadoras funciona no sist sistem emaa de op oper eraç ação ão po porr in inér érci ciaa da cula culatr traa e usa usa perc percus ussã sãoo antecipada (a excepção mais conhecida é a HK MP5). Mas o facto de a consistência do tiro e a precisão do tiro produzido por este sistema de operação não serem muito boas, isso não constitui aqui um verdadeiro verdadeiro óbice, dado que estas armas se destinam destinam a ser empregues empregues quase sempre a pequenas distâncias. As pistolas metralhadoras mais modernas, as chamadas “pistolas metralhadoras de 3ª geração” são armas que trabalham com uma culatra que se encontra a envolver o cano no instante dos disparos, a fim de o seu peso contribuir ao máximo para a redução do salto e que incluem quase sempre um compensador, com esta mesma finalidade. Nos últimos anos tem-se observado um progressivo abandono deste género de sistema de arma em favor da adopção dos sistemas de carabinas de assalto – por vezes com canos encurtados – no que se pretende tirar partido do pequeno recuo produzido nestes últimos sistemas. Pistol Pist olas as de pres pressã sãoo de ar – Desig Designa naçã çãoo regu regulam lament entar ar de um umaa modalidade de competição de tiro ao alvo com pistola, que é uma das patrocinadas pela I.S.S.F. e que é já também uma das que faz parte do programa dos Jogos Olímpicos. Esta modalidade pratica-se sobre alvos colocados a 10 metros de distância. Consta de 60 tiros de precisão pura, um tiro por alvo, com um número ilimitado de tiros de “ensaio” no início da prova. Designa também uma pistola de tiro ao alvo concebida especialmente com vista ao seu emprego na modalidade de tiro ao alvo acima referida. Com armas concebidas com a finalidade de possibilitar altas prestações, estas pistolas devem ter um recuo e um salto pra prati tica came ment ntee nu nulo los, s, um umaa conf config igur uraç ação ão do pu punh nhoo qu quee faci facili lite te a reprodutibilidade do empunhamento e devem, é claro, ser equipadas 295
com meca ecanismo smos do gatilho e apa aparelhos de pontaria de al altta qualidade. Para obedecer aos regulamentos desta modalidade, devem satisfazer as seguintes especificações: • Serem do calibre nominal 4.5 mm ou 1.77’’, • O eixo longitudinal do cano deve passar acima do ponto mais alto da mão, • O punho não ter superfícies envolventes lateralmente, • O peso do gatilho ser igual ou superior s uperior a 500 gr, • As suas dimensões máximas serem tais que ela caiba numa caixa com dimensões interiores de 420x200x50 mm, Desi Design gnaa aind aindaa um umaa qu qual alqu quer er pi pist stol olaa dest destin inad adaa a acti activi vida dade dess de recreio, onde se usa chumbos de pressão de ar dos calibres 4.5 mm ou 5.5 mm ou ainda chumbos esféricos de BB (4.1 mm),
Pistola semiautomática – Uma pistola que funciona como arma semiautomática, Pistola sport – Designação regulamentar de uma modalidade de competição de tiro ao alvo com pistola – ou revólver – a 25 metros, a ser disputada entre senhoras, e que é uma das patrocinadas pela I.S.S.F. Esta modalidade faz também parte do programa dos Jogos Olímpicos. O programa é igual ao da pistola de grosso calibre e consta de 30 tiros de precisão pura e de 30 tiros de velocidade, ambas as partes em séries de 5, com uma série de “ensaio” antes de cada parte e sendo os alvos classificados depois de cada série. Designa ainda uma pistola de tiro ao alvo destinada à modalidade acima referida. Os regulamentos que se lhe aplicam são exactamente os que se aplicam à pistola standard. Pistola de tiro ao alvo – Desi Design gnaç ação ão gené genéri rica ca das das pi pist stol olas as concebidas – originalmente ou adaptadas de armas concebidas para outros fins -, para realizar tiro de precisão em competições de tiro ao alvo. Distinguem-se em particular das demais principalmente pela consistência da sua operação, em particular pela dimensão maior da 296
sua base de mira, pela qualidade dos seus aparelhos de pontaria e mecanismos do gatilho, pela qualidade dos canos e pelas provisões tendentes a facilitar a sua adaptação aos requisitos da anatomia de cada atirador. Com Como arm armas a empr empreg egar ar em com competi petiçõ ções es deve devem m sati satisf sfaz azer er os requisitos dos regulamentos das modalidades em que se s e empregam.
Pistola de velocidade – Designação comum de uma modalidade de tiro ao alvo com pistola, a 25 metros, que é uma das patrocinadas pela I.S.S.F. e faz parte dos Jogos Olímpicos. Consta de 60 tiros em séries de 5, em duas partes de 30 disputadas em dois dias consecutivos. Cada parte é precedida duma série de “ensaio”, e os tiros de competição competição são classificados classificados depois de cada série. Dado que todo o tiro executado nesta modalidade é efectuado em séries a efectuar em períodos de tempo extremamente limitados – 8, 6 e 4 segundos -, não é possível usar aqui um revólver e usa-se sempre uma arma semi-automática. Designa Designa também também uma pistola pistola de tiro ao alvo destinada destinada à modalidad modalidadee acima referida. A concepção desta pistola é sobretudo conducente à realização dos disparos com um mínimo de recuo e de salto, para o que emprega sempre um compensador e contrapesos colocados na extremidade posterior do cano. Para Pa ra esta estarr conf confor orm me com com os regu regula lam mento entos, s, deve deve sati satisf sfaz azer er os requisitos seguintes: • O eixo da alma tem de passar acima do ponto mais alto da mão, • A altura da aresta superior do ponto de mira em relação ao ponto mais baixo do cano ou contrapeso deve ser s er no máximo de 4 cm, • As suas dimensões totais devem ser tais que a pistola caiba nua caixa com as dimensões interiores máximas de 300x150x50 mm, sendo autorizada uma tolerância de 5% numa destas medidas. Poder de choque – É a capacidade que têm algumas munições de armas de bala, destinadas à caça grossa, para provocar um estado de choque nos animais atingidos. Esta capacidade resulta em geral, principal principalmente mente das velocidades velocidades restantes produzidas produzidas e da concepção concepção das balas empregues no seu carregamento. 297
Em particular, este poder de choque c hoque está relacionado com: • A energia cinética transportada pela bala, em particular com a sua velocidade de impacto, na medida que desta velocidade depende a possibilidade de formação de cavidades temporárias. • A sua capacidade para perder/transferir para o corpo do animal, essa essa energi energia. a. Aparen Aparentem tement ente, e, um umaa transf transferên erência cia mu muito ito rápida rápida dessa essa energia, tem efeitos que vão para além dos efeitos fisi fisiooló lógi gico cos. s. E é cl clar aroo que est esta tran transf sfer erên ênci ciaa se faz faz mai aiss rapidamente com as balas expansivas. • Da tendência para a estabilidade ou instabilidade da bala, após o contacto com os tecidos do animal. • Da tendência da bala para manter a sua integridade ou para se fragmentar. De no nota tarr aind aindaa qu que, e, conf confor orme me os rela relato toss de mui uito toss atir atirad ador ores es experientes, algumas espécies ditas “perigosas” são completamente imunes a este efeito, só sendo vulneráveis aos efeitos directos das balas sobre os órgãos vitais. O parâ parâme metr troo apro aproxi xima mada dame ment ntee equi equiva vale lent ntee qu quan ando do se trat trataa de mun uniç içõe õess desti estina naddas ao tiro tiro cont contra ra pesso essoas as,, cham chamaa-se se pod oder er derrubante.
Poder Poder derruba derrubante nte – Um termo rmo que se usa asso ssociado com as questões de capacidade de defesa pessoal contra o ataque de um inimigo ou assaltante. Sendo evidente que qualquer bala que atinja um indivíduo em algum ou alguns dos órgãos vitais, lhe causará a morte morte quase instantânea, instantânea, não é menos menos verdade verdade que, provavelment provavelmentee – e por isso esta matéria tem merecido tanta atenção -, a maioria da feridas causadas por balas, não tem capacidade para incapacitar o indivíduo visado, de forma tão rápida e radical. Poder derrubante é pois a capacidade potencial de um sistema de arma – arma de bala, em particular da sua munição - para, com um único tiro, neutralizar, fazer parar prontamente um atacante, apesar de o não atingir num dos referidos órgãos vitais. Depende, como se sugeriu, mais do calibre nominal do que da arma propriamente dita e depende em particular da constituição da bala usada na munição. 298
Até recentemente, julgava-se que o poder derrubante máximo era obtido com uma bala lenta, de grande calibre. Crê-se agora que, dentro do mesmo nível de energia de impacto, um poder derrubante igual ou superior, se pode obter com uma bala mais leve e de maior velocidade, desde que, a essa velocidade, a bala se comporte como uma bala expansiva. É exactamente a falta de poder derrubante da sua munição que faz das “pistolas de defesa” de 6.35 mm as “armas assassinas”, que de facto são. Ao indivíduo armado com uma destas armas que é atacado por um assa ssaltant ante determi rminado, à falta de lhe poder causar sar imediatamente um grande abalo, não resta quase nada senão despejar sobre ele vários tiros – todo um carregador ? -, o que, muito provavelmente – e muitas vezes tarde demais porque a violência do assalto não terá sido afinal contida -, lhe causará a morte.
Pontoo du Pont duro ro – No cont contex exto to da desc descri riçã çãoo do func funcio iona name ment ntoo do mecanismo dum gatilho com folga, este termo designa a condição que corresponde corresponde exactamente exactamente à condição condição desse mecanismo mecanismo na altura altura em que, exercida uma certa pressão sobre a cauda do gatilho, termina o movimento correspondente à sua folga. A designação deve-se a que, a partir dessa altura, o atirador sente uma resistência muito maior ao movimento do dedo, de tal forma que só aumentando consideravelmente a pressão que vinha a exercer, poderá vir a atingir o ponto de desenlace. Ponto de mira – É o componente dos aparelhos de pontaria, do tipo mira mi rass metá metáli lica cas, s, qu quee se enco encont ntra ra mais mais próx próxim imoo da extr extrem emid idade ade posterior do cano ou seja mais perto da boca do cano, da maioria das armas portáteis. Tendo em conta a maior importância relativa dos erros de pontaria que se designam por erros angulares, o ponto de mira ira serv servee para ara ser ser “ali “alinh nhad ado” o” com com a al alça ça e com com o olh lhoo – em princípio o olho director -. Nas armas portáteis modernas é praticamente sempre um componente com uma das constituições e configurações seguintes: s eguintes: • Uma peça de aço de perfil transversal rectangular, caso em que se chama um ponto de mira de poste, 299
•
Um pequeno anel de aço com o orifício central de maior ou menor diâmetro, caso em que se chama um ponto de mira de anel, • Um pequ pequen enoo di disc scoo de pl plás ásti tico co tran transl slúc úcid ido, o, com com um orif orifíc ício io cent centra rall cont contra rappun unço çoad adoo, a qu quee se cham chamaa pon onto to de mira de plástico, O seu suporte no cano não é geralmente equipado com mecanismos de azeramento, sendo estes, quando existem, instalados na alça. O nome tem provavelmente origem no facto de, mesmo no tempo das primeiras espingardas e pistolas equipadas com este género de aparelho de pontaria, já se saber que, para impedir o aparecimento inadvertido dos referidos erros angulares, deve ser esse o ponto que se mira, isto é, o ponto onde a visão deve ficar focada, focada, isto embora embora à custa de uma visão deficiente do alvo.
Posição interior – Um termo usado no âmbito da tecnologia de tiro ao alvo. alvo. Refere-se Refere-se ao estado estado de contracção-descont contracção-descontracção racção dos vários vários grup grupoos muscu uscula lare ress du dum m dado dado atir atirad ador or du dura rant ntee os in inst stan ante tess qu quee precedem os disparos. Tal Tal com como a po posi siçã çãoo exte exteri rior or,, deve deve ser ser um umaa cons consta tant nte. e. Mas, Mas, ao contrário desta, é algo que não pode ser observado/fotografado, que só pode ser meramente avaliado e isto por um treinador experiente e que só o próprio pode, através das suas sensações, sentir e controlar. Uma posição interior de um dado atirador resulta em grande parte da sua postura. Mas em parte resulta resulta também também do seu estado psicológico psicológico e o atirador tem de vigiar-se por forma a dar-se conta de estar anormalmente contraído devido a um estado anormal da sua tensão emocional. Por isso deve-se, depois de aprendida, a posição interior mais correcta, através de treino, ser memorizada – sensorialmente – em todos os seus detalhes, para que se possa em qualquer altura contrariar os efeitos da tensão emocional durante as competições, tensão esta que tende eventualmente a alterá-la, gerando falta de estabilidade. Posiçã Posi çãoo de segur seguran ança ça – Este ste termo rmo significa a condição do mecani nissmo de seg segurança de uma arma rma de fogo, em que este 300
mecanismo inibe o mecanismo do gatilho e/ou o mecanismo de percussão de funcionar, por forma a que a arma não possa disparar. Esta Esta cond condiç ição ão é gera geralm lmen ente te cons conseg egui uida da colo coloca cand ndoo nu num ma dada dada po posiçã siçãoo um umaa alav alavan anca ca ou pati patilh lhaa do prim primei eiro ro do doss mecan ecanis ismo moss referidos.
Posição de tiro – A posição de uma arma ou lançador que se encontra apontada a um alvo. Designa ainda um termo da tecnologia de tiro ao alvo. É a posição que o corpo dum atirador assume quando, na sua linha de tiro, se apronta para realizar um disparo. É o conjunto da postura do seu corpo com a orientação deste para o alvo correspondente a essa linha de tiro. Postura do atirador – Este termo refere-se à posição relativa – entre si – das partes/órgãos dos corpo dum atirador de tiro ao alvo, quando ele se encontra na linha de tiro, pronto a realizar um disparo. Esta posição relativa dá uma imagem – da posição da cabeça em relação aos ombros, do posicionamento da coluna vertebral, do afastamento das pernas, etc. – do atirador, que pode dar-nos uma ideia sobre se em princípio o atirador beneficia ou não de certas vantagens mas nada nos diz sobre a facilidade que ele tem em realizar uma pequena zona de pontaria. Isto é, não nos diz se é correcta ou não a orientação do atirador. Este tema é bastante vasto e variado dadas as muitas modalidades deste desporto e constitui uma boa parte do texto e fotografias dos manuais técnicos do tiro ao alvo. Pelo que não se pode aqui apontar sequer os princípios básicos para cada modalidade. Prec Precis isão ão do tiro tiro – É o parâ parâm met etro ro do tiro iro real realiz izad adoo sob sobre um determinado alvo, que exprime a distância entre o PMI dos impactos e o ponto visado/centro desse alvo. De notar que a precisão do tiro nada tem a ver com a consistência do tiro – este um parâmetro muito mais complexo e com muito maiores implicações – isto é, que a precisão, que depende sobretudo duma regulação/azeramento apropriada do aparelho de pontaria, exprime 301
apenas se o centro geométrico do agrupamento dos impactos se situa perto ou longe do ponto que se pretende atingir. A precisão do tiro, como factor “à priori”, só assume uma grande importância nos casos em que o atirador dispõe apenas de um ou no máximo dois ou três tiros para realizar um objectivo importante, como acontece no tiro dos franco atiradores e nalgumas modalidades de caça grossa. Nestes casos a arma tem de ser cuidadosamente azerada durante ensai aioos prévios em condições controladas completamente.
Progressividade (dos grãos de um Propulsante) – Uma vez que os grãos dos propulsantes só queimam à superfície, a produção de gases por uma carga propulsante, ao longo da duração da queima, é função da forma como varia a superfície de cada grão, ao longo desta. A progressividade que é um parâmetro de cada grão e de cada carga, exprime a forma como vai mudando a superfície exterior dos grãos e, portanto como, em princípio, deve evoluir a produção de gases ao longo da queima dessa carga. É um parâmetro que claramente tem grandes repercussões na balística interna do sistema de arma em que se emprega um dado propulsante. Neste contexto, as cargas dos propulsantes classificam-se em: • Progressivas, em que a superfície s uperfície total, não inibida, aumenta ao longo da queima, • Neut Neutra rass, em qu quee a supe superf rfíc ície ie to tota tal,l, não não in inib ibid ida, a, se mant mantém ém constante ao longo da queima, • Regressivas Regressivas, em que a superfície superfície total, total, não inib inibida, ida, dim diminui inui ao longo da queima. Isto depende, em princípio inteiramente, da geometria dos grãos. Por exemplo, em princípio, os grãos esféricos são regressivos, os grãos tubulares são neutros e os grãos multiperfurados são progressivos. A progressividade pode porém ser alterada com o tratamento da superfície dos grãos com moderantes, como sejam as centralites ou a cânfora.
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Na maior parte das aplicações e no caso dos motores de foguete em que geralment ntee se pretende que as pressõe sões geradas seja jam m aproximadamente constantes, usam-se grãos neutros. As cargas progressivas usam-se quando se pretende obter as maiores velocidades à boca possíveis, com as menores pressões máximas possíveis.
Projéctil - Designação genérica dos objectos susceptíveis de serem impulsionados por um cartucho numa arma de fogo ou arma de propulsão por reacção e de suster o seu movimento, embora com velocidade decrescente, em virtude da sua própria energia cinética, ao longo duma trajectória. A fim de que tenham densidades seccionais e coeficientes balísticos suficientes, os projécteis dos sistemas de arma modernos são corpos alongados (a única excepção a esta regra é a dos chumbos de caça). Daí, no entanto, resulta como requisito indispensável que lhes seja conferida uma estabilidade nas suas trajectórias. Isso, por sua vez, significa que ou eles dispõem de uma estabilidade aerodinâmica realizada pela adição de uma cauda ou, no caso dos que tenham de ter o seu centro de gravidade situado “atrás”/anteriormente do centro de pressão, que possam dispor de estabilidade giroscópica, para o que terão de ser lançados com um movimento simultâneo de rotação em torno do seu eixo longitudinal, rotação esta com velocidade suficiente. suficiente. Neste caso, para isto ser possível, possível, os canos das armas têm de ser providos dum estriamento. Durante as trajectórias, por efeito da resistência do ar, os projécteis perdem velocidade e portanto parte de referida energia. Começando com uma dada velocidade inicial, só se pode contar que, no contacto com os alvos tenham apenas uma certa velocidade restante, menor que aquela. Por outro lado, para que as trajectórias sejam tensas, para que os tempos de voo sejam os menores possíveis e para que as velocidades restantes sejam as maiores possíveis é indispensável que o perfil exterior dos projécteis seja desenhado para ser eficiente do ponto de vist vi staa aero aerodi dinâ nâm mic icoo. A efic eficiiênci ênciaa aero aeroddin inâm âmic icaa cons conseg eguue-se e-se sobretudo pelo cuidado no desenho da ogiva e da base do projéctil. 303
É também necessário que a construção dos projécteis modernos obedeça a tolerâncias de fabrico muito pequenas, a fim de que se cons consig igam am acel aceler eraç açõe õess (nos (nos canos canos)) e desac desacel eler eraçõ ações es (dur (duran ante te as trajectórias, devidas às resistências do ar) muito uniformes, para se obter valores aceitáveis da consistência do tiro. Finalmente, cabendo aos projécteis a função última dos sistemas de arma, a de neutralizar os alvos visad sados e, dependend endo esta sta capa capaci cida dade de do seu seu bo bom m func funcio iona name ment ntoo na prox proxim imid idad adee ou ao contacto com esses alvos, é fácil perceber que a eficácia total dos resp respec ecttiv ivos os sist sistem emas as de arm arma depen epende de em gran grandde parte arte dest este funcionamento. Note-se finalmente que, quando o projéctil é de facto uma granada um projéctil que transporta uma carga de um alto explosivo ou de um incendiário -, a energia libertada por essa carga tem uma ordem de grandeza muitas vezes maior do que a energia cinética do projéctil e que, em consequência é ela que vai provocar os maiores efeitos destrutivos no alvo. Os projécteis dos sistemas de arma actuais, podem ser classificados nas seguintes classes: • Chumbos de pressão de ar, • Bagos ou Chumbos de caça, • Balas, • Granadas de Morteiro, • Projécteis Convencionais de Artilharia, • Projécteis Cinéticos, projécteis de Cargas Especiais.
Propulsante – Esse Essenc ncia ialm lmen ente te,, um umaa subs substâ tânc ncia ia ou mi mist stur uraa de substâncias que, consistindo de um combustível e de um oxidante, constitui de facto um baixo explosivo. Dado mesmo que os baixos explosivos são usados principalmente em cargas de propulsores para a propulsão de projécteis, granadas foguete, mísseis, etc. -, o termo baixo explosivo é praticamente sinónimo de propulsante. Um propulsante é portanto um explosivo capaz de produzir um fenómeno químico típico, uma explosão com velocidades de reacção explosiva relativamente baixas mas grande capacidade de produção de gases e calor, as únicas características apropriadas a que estas 304
substâncias possam ser aproveitadas em propulsores para fornecerem impulsos aos variados engenhos que empregam esses propulsores. Os diversos propulsantes podem ser caracterizados pelos parâmetros seguintes: • Pelo calor da explosão, • Pelo calor específico a volume constante, • Pela razão dos calores específicos dos gases que produzem, • Pelo volume específico, • Pela vivacidade (ou dimensão balística), • Pela progressividade, • Pelo coeficiente de queima, • Pela constante de força. Quanto ao seu estado físico, os propulsantes podem ser classificados como: • Propul Propulsant santes es híb híbrid ridos os; o conjun conjunto to das das mi mistu sturas ras de um agente agente sólido e um agente líquido – usadas na carga de motores de foguete, • Prop Propul ulsan sante tess líqu líquid idos os; o conj conjun unto to do doss mo mono noer ergó góis is simp simple les, s, monoergóis compostos e diergóis que se usam em motores de foguete de grandes dimensões, • Prop Propul ulsan sante tess sóli sólido doss; o conj conjun unto to das das pó pólv lvor oras as/p /pro ropu puls lsan ante tess homogéneos usadas na carga dos cartuchos das munições das armas de impulso e das armas de propulsão por reacção e em alguns motores de foguete pequenos e dos propulsan santes hete hetero rogé géne neos os,, este estess usad usados os excl exclus usiv ivam amen ente te em mot otor ores es de foguete.
Punho - A parte da carcaça de uma pistola ou revólver que serve para agarrar/empunhar estas armas. Designa também a projecção da carcaça da maioria das espingardas e carabinas de assalto, das pistolas metralhadoras, canhões sem recuo (portáteis) e lançadores individuais de granadas foguete, que serve para segurar estas armas com a mesma mão que actua no gatilho. 305
Punho anatómico – Um punho que se destina geralmente a uma pisto stola de tiro ao alvo e que foi concebido tendo em vista sta, essencialmente, propiciar o seguinte: • O menor possível salto da arma, se possível ocorrendo este apenas no plano vertical (o que só é possível se a zona de mais firme apoio da mão no punho se situar perto do eixo da cano), • A maior regularidade no empunhamento da arma, de disparo para disparo, para que o salto seja sempre o mesmo (o que é possível fazendo com que o punho tenha suficientes “pontos de referência” que permitam à mão encontrar pelo tacto um seu posicionamento sempre igual), • Uma grande dose de conforto por parte do atirador, na posição de tiro (o que só é possível quando ao atirador, nesta posição, aparecer o ponto de mira “alinhado” naturalmente, sem esforço adicional, com a ranhura da alça, quer vertical quer lateralmente. Uma Uma carac caracte terí rísti stica ca im impo port rtan ante te do pu punh nhoo anat anatóm ómic icoo com com vi vist staa a permitir esta facilidade, é o ângulo que a sua face anterior faz com o eixo do cano, o chamado “ângulo de empunhadura”. Este ângulo é variável conforme a modalidade de tiro a que se destina a pistola em causa. Radar – Um sistema sistema empregue empregue em detecção, detecção, medição de distâncias, distâncias, azimutes, elevações e velocidades e no seguimento de plataformas/veículos alvo ou de mísseis inimigos ou lançados pelo próprio utilizador. O princípio de funcionamento baseia-se no facto de a maioria dos corp corpos os faze fazerr a refl reflex exão ão das das radia radiaçõ ções es elec electr trom omag agnét nétic icas as de alta alta frequência que neles incida e de que é possível determinar a distância a que se encontram, pela medição do intervalo de tempo entre a emissão de um impulso dessa radiação electromagnética e a recepção da respectiva reflexão – o “eco” do alvo” -. A possibilidade existente de a radiação ser transmitida segundo feixes muito estreitos, permite adicionalmente a determinação de azimutes e elevações dos objectos visados. Os chamados radares Doppler, que são radares cujo princípio de funcionamento se baseia adicionalmente no facto de um alvo em 306
mov ovim imen ento to refl reflec ecti tirr um umaa radi radiaç ação ão de freq frequê uênc ncia ia di dife fere rent ntee da freq frequuênci ênciaa da radi radiaç ação ão qu quee nele neless in inci cide de,, sen sendo a mud udan ança ça de freq frequê uênc ncia ia funç função ão da sua sua velo veloci cida dade de rela relati tiva va,, além além de medi medirem rem dist di stân ânci cias as,, azim azimut utes es e elev elevaç açõe ões, s, serv servem em tam também bém a funç função ão de per perm mitir itirem em sele selecc ccio iona nar, r, auto autom matic aticam amen ente te,, apen apenas as os alvo alvoss em movimento. Além dos radares acima descritos e que são radares que emitem por impulsos, existem também os chamados radares de emissão contínua que, como a designação indica, emitem constantemente. Estes são radares que funcionam sempre em função do mencionado efeito Doppler.
Radar Doppler – Um radar que mede as velocidades dos alvos, com base no efeito de Doppler. De acordo com este, um objecto em movimento sobre o qual incide uma radiação de uma dada frequência, reflecte essa radiação numa frequência diferente, que é função da velocidade relativa do objecto reflector. Radiação – É a emissão e propagação de energia electromagnética na forma de ondas ou partículas subatómicas. Quando uma radiação atinge um objecto, uma parte da sua energia é absorvida por ele e uma parte é objecto de reflexão. re flexão. Raio eficaz – É a distância, em redor do ponto de rebentamento de uma granada anti-pessoal, à qual se projecta um estilhaço efectivo – um esti estilh lhaç açoo capa capazz de prod produz uzir ir a in inca capa paci cida dade de/n /neu eutr tral aliz izaç ação ão pretendida -, por metro quadrado. Raio letal – É a distância, em redor do ponto de rebentamento de umaa gran um granad adaa anti anti-p -pes esso soal al,, à qu qual al se pro project jectam am do dois is esti estilh lhaç aços os capaze capazess de produz produzir ir a incapa incapacit citação ação/neu /neutral tralizaç ização ão necessá necessária ria,, por metro quadrado. Ranhura de extracção – É a reentrância em toda a volta da base do invó in vólu lucro cro de algu alguma mass mu muni niçõ ções es de in invó vólu lucr croo metál metálic icoo – as das das munições em que o invólucro não tem um bocel -, que serve para a 307
preensão pelo(s) extractor(es) da arma a fim de, com estas munições, se po pode derr real realiz izar ar a op oper eraç ação ão do cicl cicloo de func funcio iona nam mento ento qu quee se designa por extracção.
Rebentador – Termo rmo que designa a carga de alto exp explosivo secu secund ndár ário io qu quee cons consti titu tuii o úl últi tim mo elem elemen ento to de qu qual alqu quer er cade cadeia ia explosiva de detonação. O rebentador preenche quase completamente a cavidade do projéctil, bomba ou outra carga útil e é com a sua acção que se conta para produzir a onda de choque que realiza a fragmentação do corpo do engenho e para projectar os estilhaços que, além dela própria, vão actuar no alvo. Em suma, o rebentador é o pri princ ncip ipal al agen agente te da neut neutra rali liza zaçã çãoo qu quee po pode de ser ser real realiz izad adaa pelo peloss engenhos mencionados. O rebentador é geralmente iniciado por um reforçador da espoleta. Recozimento – Um género de tratamento térmico que se faz a peças de vários metais e ligas, com o objectivo de as tornar mais macias e elásticas. Recuo - É o movimento para a retaguarda de uma arma de impulso dura du rant ntee um di disp spar aro, o, qu quee resu result ltaa - em vi virt rtud udee do “pri “princ ncíp ípio io da conservação da quantidade de movimento dos sistemas isolados” - do ganho de quantidade de movimento do projéctil e dos gases do propulsante. O recuo total pode decompor-se num recuo primário e num recuo secundário. De notar que a quantidade de movimento que a arma adquire é o todo que pode ser dividido em duas fases; a primeira devida ao movimento do projéctil e dos gases dentro do cano e a segunda devida à expulsão dos gases pela boca do cano. A existência do recuo tem vastas implicações no desenho de todo o género de armas de fogo e na realização do tiro com estas. Para já, é um factor fortemente limitativo do calibre de todas as armas. No que diz respeito às peças de artilharia, há que ter em conta que, apesar da contribuição enorme dos freios de amortecimento para o funcionam funcionamento ento destas armas pesadas, todas as estruturas estruturas dos reparos reparos 308
e dos seus apoios, têm de ser calculados para resistir aos esforços impostos pelo recuo das partes recuantes. No respeitante ao tiro com armas de bala, a análise dos efeitos do recuo, conduz à formação de uma regra fundamental da consistência do tiro com estas armas. A formulação desta regra tem a ver com as considerações seguintes: • Em primeiro lugar há que ter em conta que o ponto de impacto de um projé jécctil é determinado não pela posiç sição do cano no momento em que a actuação no gatilho dá início ao disparo mas sim pela posição do cano no momento em que a bala passa pela boca do cano, • Em segundo lugar lugar há que considerar que o recuo primário, primário, o que se processa enquanto a bala está ainda no cano, é função directa dos apoios e resistências que a arma encontra no corpo do atirador ou noutros objectos exteriores onde esteja apoiada no momento do disparo. Se de tiro para tiro os apoios variarem, por exemplo apenas porque o atirador mudou de posição ou porque a arma foi agarrada durante uma pontaria com maior firmeza do que no tiro anterior, o movimento do cano durante o recuo primário será diferente para estes dois tiros e, em função da primeira consideração, os pontos de impacto dos projécteis serão diferentes. Daqui a regra, como dissemos dissemos fundamen fundamental, tal, de que para realizar realizar tiro consistente sobre um alvo, a arma tem de ser sustentada sempre exactamente da mesma maneira, com os mesmos apoios e com forças iguais em cada um destes. É agora porventura interessante observar porque é que a energia de recuo da arma que, por exemplo um atirador de espingarda tem de absorver, é tanto menor quanto mais pesada for a arma. Isto é assim porque para uma dada quantidade de movimento da arma - valor que só depende da quantidade de movimento do projéctil e portanto da munição -quanto mais pesada for a arma, menor será a velocidade com que ela recua. Isto é, para uma mesma munição, se a arma for duas vezes mais pesada a velocidade do seu recuo só será metade. Com Como real realm mente ente o qu quee o at atiirado radorr sent ente/ e/ttem de abso absorv rver er,, é a 309
quantidade de energia cinética da arma em recuo que, neste caso, com esta teria só metade do valor.
Recuperação - È a acçã acção/ o/mo movi vim mento ento de reco recond nduç ução ão das das part partes es recuantes duma arma semi-automática ou arma automática, à posição em que os mecanismos ficam novamente prontos para um disparo. Nes Nesta ta acçã acção, o, os mov ovim imen ento toss resu result ltam am da libe libert rtaç ação ão da ener energi giaa previamente armazenada na mola recuperadora ou outro órgão do mecanismo de recuperação/recuperador. Reflexo condicionado – Uma forma de actuação psicomotora que no ser humano permite por vezes a realização de um conjunto de acções complexas sem que haja intervenção do pensamento, isto é, que se processa automaticamente e que se caracteriza por, ao contrário do que se passa no reflexo nato, ser o resultado de uma prática repetida, isto é, ser o resultado de um processo de aprendizagem e bastante treino. Refo Reforça rçado dorr da espol espolet etaa – O eleme ement ntoo intermédio da cadeia explosiva de detonação de uma carga útil. É constituído por uma carga de alto explosivo intermédio que se coloca entre o iniciador – por exemplo o detonador da espoleta - e o rebentador dessa carga útil. O reforçador destina-se a amplificar a – pequena – onda explosiva produzida pelo alto explosivo primário iniciador, assim permitindo o uso de uma massa mínima desse alto explosivo primário, o que confere confere ao manuseament manuseamentoo da carga útil um máximo de segurança segurança de armazenamento, segurança de transporte e segurança de queda. Resina epóxida – Um produto sintético com a consistência de um líquido viscoso que sujeito a uma “cura” operada por um reagente pró própr prio io (em (em gera gerall amin aminas as orgâ orgâni nica cas, s, alta altame ment ntee tó tóxi xica cas) s),, serv servee pri princ ncip ipal alme ment ntee para para im impr preg egna narr tela telass resi resist sten ente tess de vári várias as fibr fibras as (vidro, carbono, kevlar, etc.), por forma a formar placas resistentes a impactos – e à corrosão -, que encontram grande aplicação (em 310
capacetes, coletes pára-balas e outras) como armaduras resistentes relativamente leves.
Retículo – Designação comum da marca que representa a linha das miras – a linha alça-ponto de mira -, nas miras telescópicas. O retículo deve aparecer representado no mesmo plano óptico em que se forma a imagem virtual do alvo, tornando possível obter uma imagem nítida de ambos. Com este ste géne énero de aparelho de pontaria, apontar sig significa colocar/ver o retículo sobre o alvo, enquanto se processa o acto de actuar na cauda do mecanismo do gatilho para efectuar o disparo. Revólver - Uma arma curta especial, que se pode definir como uma arma com um só cano mas com várias câmaras. Existe em duas versões: • A mais antiga, de acção simples (“single action”) em que para efectuar efectuar um disparo é necessário necessário armar o cão numa manipulação manipulação distinta, actuando sobre este, • A de acção dupla (“double action”), em que o recuo do cão pode ser feito como no primeiro caso ou, simplesmente em resultado da actuação no mecanismo do gatilho que, realizada essa acção, efectua depois o disparo. O revólver “de acção dupla” tem em relação à pistola (arma semiautomática) a grande vantagem de oferecer uma maior fiabilidade, uma vez que se ocorrer uma falha de fogo não há senão que premir o gatilho novamente. Por outro lado, este género de arma tem várias desvantagens. Por um lado, não permite um volume de fogo tão grande como a pistola uma vez que só se pode contar com um menor número de disparos entre municiamentos e que estes municiamentos também são geralmente mais demorados. Por outro, se se pretender ter um peso do gatilho e um movimento do mecanismo do gatilho conforme com os requisitos técnicos do tiro de precisão, requer sempre o armamento do cão entre disparos.
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Ricochete - Fenómeno que se dá quando um projéctil, ao descrever a sua traje jecctória, encon contra o terreno ou qualquer corpo duro, desviando-se e descrevendo uma ou mais trajectórias secundárias. Roletes de travamento - Parte de peças pertencentes à cabeça da culatra. Sabot – Um dos componentes da munição sub-calibre equipada com um projéctil cinético. O sabor consiste aqui essencialmente duma peça em forma de copo ou vaso ou dum conjunto de – geralmente três – peças na forma de manga ou anel, feito de um material tão leve e resistente quanto possível – frequentemente uma liga de magnésio -. É montado por forma a ficar a envolver um corpo central pesado – o projéctil cinético propriamente dito -, durante a sua viagem no cano da arma e a separar-se desse núcleo, imediatamente após a saída do conjunto à boca do cano. Esta separação faz-se axialmente nos sabots em forma de copo e radialmente nos outros. O sabot tem de suportar a maior parte do impulso dos gases do pro propu puls lsan ante te e, no noss can canos estr estriiado ados, as forç forças as de to torç rção ão qu quee o estriamento impõe, impulso e torção esses que ele transmite ao projéctil, ao mesmo tempo que realiza as funções de centragem do corpo central na alma e de obturação – para a frente – dos referidos gases. Para tal, estes sabots são equipados com uma ou mais cinta(s) de forçamento. A vantagem do uso destes projécteis montados em sabots, consta do seguinte: • Do facto de que, tendo o conjunto conjunto projéctil-sabot projéctil-sabot uma densidade seccional relativamente pequena, isso o tornar susceptível de adquirir grandes acelerações e portanto grandes velocidades à boca/velocidades iniciais, • De que os projécteis propriamente ditos, sendo feitos de materiais muit mu itoo dens densos os,, como como seja seja o carb carbon onet etoo de tu tung ngst stén énio io,, qu quan ando do lib iber erttos do doss sabo sabots ts,, tê têm m nat natural uralm mente ente grand randes es densi ensida daddes seccionais, o que faz com que tendam a perder relativamente pouca da referida velocidade inicial ao longo das suas trajectórias 312
o que, por sua vez, faz com que as velocidades restantes – e ener energi gias as rest restan ante tess – seja sejam m no nota tave velm lmen ente te supe superi rior ores es às do doss projécteis convencionais atirados das mesmas armas.
Salas didácticas de tiro – São instalações destinadas ao ensino prático e testagem de exercícios de pontaria. Salientes das estrias – São as zonas que ficam entre os sulcos – as estrias propriamente ditas -, da parte estriada dos canos de alma estriada. São portanto as porções da alma deixadas intactas quando, no fabrico, depois de aberto o furo longitudinal do cano, se procede ao corte ou impressão dos cavados das estrias. É ente salientes opostos que se mede o calibre verdadeiro duma arma de fogo. O que faz sentido, na medida em que é sobre os salientes que assenta a parte do corpo do projéctil de maior diâmetro (a zona de centragem, nos projécteis convencionais de artilharia). Salto da arma – É o movimento de rotação de uma arma de fogo, geralmente para cima e para um dos lados, que ocorre durante o seu disparo, e que se deve, em primeiro lugar: • Nas peças de artilharia, à aplicação à arma de um binário de forças formado pela força do recuo que actua ao longo do eixo do cano e pela resultante das forças que o reparo opõe ao recuo, em princípio ao nível dos munhões assentes no berço e portanto a um nível inferior ao daquele eixo, • Nas espingardas e outras armas semelhantes, à aplicação à arma de um binário de forças formado pela força do recuo ao longo do eixo do cano e pela resultante das forças que o atirador opõe a esse esse recu recuoo, resu resullta tannte essa essa qu quee se apli aplica ca segu segund ndoo um ei eixo xo subjacente, aproximadamente ao nível do ombro do atirador, • Nas pistolas e revólveres, à aplicação à arma de um binário de forças formado pela força do recuo ao longo do eixo do cano e pela resultante das forças que o atirador opõe a esse recuo, resultante essa que se aplica mais abaixo aproximadamente ao nível do centro do pulso. 313
Em qualquer dos casos, há ainda outras causas para a formação de salto, que são as seguintes: • A que resulta de a resultante das forças que originam o recuo não passar pelo centro de gravidade da arma e portanto tender a fazêla rodar sobre si mesma, • A que resulta das vibrações do cano que se estabelecem a partir da exp explo losã sãoo do pro propu puls lsan ante te do cart cartuucho cho e da pass passag agem em do projéctil pela alma aquando do disparo. A amplitude total do salto depende é claro da duração da viagem do projéctil dentro do cano, pelo que os sistemas de arma que usam munições que produzem grandes forças médias do recuo e/ou baixas velocidades à boca são os em que se observa saltos maiores. Note-se também que qualquer massa colocada perto da boca do cano, na medida em que ela aumente consideravelmente o momento de inércia da arma, tem um efeito considerável na redução do salto. Por outro lado, é de notar que – para igual energia de recuo -, quanto maior for o salto, menor é a componente do movimento longitudinal da arma, o recuo ou coi coice. É por isto que, por exemp emplo nas espingardas de grosso calibre, destinadas à caça grossa, quando é necessário reduzir o coice/quantidade de energia a ser absorvida pelo ombro do atirador, se faz por aumentar o salto, através do uso de um maior ângulo de queda da coronha. Note-se que o salto, por constar de um movimento muito rápido, que se traduz também na aplicação de uma velocidade transversal ao projéctil o que, é claro, se vai reflectir na localização do ponto de impacto. Fina Fi nalm lmen ente te,, no note te-s -see aind aindaa qu que, e, no tiro tiro de prec precis isão ão com com arm armas ligeiras, é um factor fundamental a ter em conta o facto de a consistência do tiro depender muito a uniformidade absoluta do salto e portanto da uniformidade da sustentação/preensão da arma por parte do atirador. De facto, há que ter em conta que o ponto de impacto de um projéctil é determinado não pela posição do cano no momento momento em que a actuação actuação no gatilho gatilho dá início início ao disparo disparo mas sim pela posiç sição espa spacial do cano no moment ntoo em que a bala o abandona. 314
Segurança de uma infra-estrutura de tiro – Conjunto de medidas a adoptar destinadas a permitir a execução de tiro com os sistemas de armas autorizados, a partir de plataformas de tiro ou de posições de arm armas sem sem peri perigo go para para o pess pessoa oall e anim animai ais, s, nem nem dano danoss cont contra ra instalações e bens de qualquer natureza quer no interior quer no exterior dos limites dessa infra-estrutura. Semi-automático – Designação genérica do modo de funcionamento das armas de fogo, em que, cada disparo requer apenas uma actuação do gatilho, isto é, do modo de funcionamento em que todas as outras fases de cada ciclo de funcionamento decorrem automaticamente, em princípio por aproveitamento de uma parte das forças de impulso desenvolvidas no disparo anterior. Silhueta - Nome por que é conhecido um dos alvos empregues em competições de tiro ao alvo com pistola, patrocinadas pela I.S.S.F. nomeadamente nas do chamado “tiro rápido” (Velocidade Olímpica e a parte de Velocidade de Pistola de Grosso Calibre e Pistola Sport). Com uma área total igual ao usado para tiro de precisão pura a 25 e a 50 metros, tem uma visual muito maior. Sistema - Um conjunto de componentes ou subsistemas concebidos individualmente ou propositadamente para funcionarem em conjunto mas em qu qual alqquer uer do doss caso casoss int nter erli liggados ados ent entre si com com vi vist staa à produção, da forma mais optimizada possível, de um produto ou resultado. Sistema de arma – No contexto dos sistemas mais simples, em particular no das armas portáteis, há que ter em conta que, do ponto de vista concepcional, as armas têm de ser desenhadas em função das características das munições que se pretende utilizar. E que o reverso é também, embora menos frequentemente, verdadeiro. Neste contexto, o termo sistema de arma refere-se a um conjunto arma-munição concebido por forma a ter em conta as interacções destes dois subsistemas. No No qu quee di dizz resp respei eito to aos aos sist sistem emas as mui uito to com compl plex exos os qu quee há qu quee empregar para dar resposta a necessidades operacionais de solução 315
difícil, um sistema de arma é o conjunto de um número geralmente numeroso de subsistemas de natureza frequentemente muito diversa que há que empregar para realizar o grande número de funções que se in iniici ciaa na det etec ecçã çãoo e iden dentifi tifica caçã çãoo de al alvvos, os, pass passaa pel pelo seu seu seg segui uim mento ento e det determ erminaçã naçãoo das lei eiss do seu seu mov oviiment ento, pel pela projecção de projécteis e só termina na necessária neutralização dos ditos alvos.
Subsistema – Um conjunto de componentes organizado com vista à produção de parte dos produtos ou de resultados parciais a serem desenvolvidos ou utilizados pelo sistema em que se insere. Tabelas de tiro - São os livros essencialmente constituídos por tabelas que, para cada siste stema de arma rma de impulso, so, arma de propulsão por reacção, ou lançador de granadas-foguete, descrevem por por número númeross e grafic graficame amente nte,, as coorde coordenad nadas as tridim tridimensi ensiona onais is das trajectórias dos vários projécteis usados nesses sistemas, correspondentemente a cada ângulo de projecção e a cada velocidade inicial. Os valores valores tabelados tabelados assumem uma determinada determinada altitude altitude do local da origem das trajectórias e uma dada atmosfera padrão onde não houvesse vento. Pelo que, para além destes valores, as tabelas de tiro têm de fornecer as correcções a aplicar quando há que fazer tiro noutras altitudes, quando se trata de uma atmosfera com cara caract cter erís ísti tica cass di dife fere rent ntes es ou qu quan ando do um vent ventoo sens sensív ível el este esteja ja presente. A determinação de tabelas de tiro, é o principal objectivo final dos estudos de balística externa. Corresponde ainda, na GNR, à designação genérica das diversas modalidades de tiro executadas no âmbito do Tiro de Instrução e do Tiro de Manutenção, onde existe, para além de outros dados (como seja o local de tiro, a distância, o número de sessões e de munições consum consumida idas, s, etc.) etc.) um umaa corresp correspond ondênc ência ia entre entre os pontos pontos/im /impact pactos os obtidos e a classificação correspondente.
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Táctica – No contexto da tomada de decisões em teatro de guerra, a táctica é um dos factores básicos – os outros são a estratégia e a logística – da formulação das decisões. Diz respeito à necessidade de definir os meios e os procedimentos para se atingir os objectivos propostos. Tambor – Este termo emprega-se com dois significados distintos: • Nas armas curtas que se designam por revólveres e nas armas automáticas que funcionam segundo o sistema de operação a gás de uma arma de tambor, é o componente de forma aproximadamente cilíndrica que é perfurado pelas câmaras, e que roda por detrás da extremidade anterior do cano destas armas, • Nalgumas armas automáticas e armas semi-automáticas, é um com compo pone nent ntee do seu seu sist sistem emaa de alim alimen enta taçã ção. o. Cons Consta ta de um con conte tennto torr de form formaa apro aproxxim imad adam amen ente te ci cillín índr dric ica, a, on onde de as mun uniç içõões fica ficam m arm armazen azenad adas as form forman anddo uma espi espira rall. Esta Esta disposição tem a vantagem de permitir o armazenamento de um grande número de munições num relativamente pequeno volume. Tapa-chamas - Acessório das armas de fogo que serve para diminuir a possibilidade de referenciação da posição que ocupam, durante a execução do tiro. Consiste, essencialmente, num invólucro metálico solidamente fixo à parte anterior da arma e que mascara mais ou menos completamente a chama que sai do cano. Nas armas de cano curt curtoo é no norm rmal alm mente ente cons consti titu tuíd ídoo po porr um tu tubo bo de form formaa tron tronco co (cónica com pouco mais de 10 cm de comprimento). Não esconde comp complet letam ament entee a cham chamaa mas mas tran transf sfor orma ma o clar clarão ão in inte tens nsoo dest destas as arm armas num peq pequeno ueno cl clar arão ão verm vermel elhho pál áliido do.. Os tapaapa-ch cham amas as desempenham um outro papel não menos interessante como órgão protector da boca da arma, conservando-lhe a integridade que é exigida pela precisão. Teatro de treino de tiro – São recintos fechados destinados a: • Tiro sobre alvos móveis de projecção cinematográfica ou sobre alvos fixos, em condições de ambiente diurno ou nocturno, com quaisquer armas ligeiras ou anti-carro que possam ser equipadas 317
com um sistema de sub-calibre que disparam munições macias e de baixa velocidade, • Simulação com algum tipo de mísseis para treino de seguimento de alvos.
Tensão Tensão emocio emocional nal – Este Este term ermo técni écnico co sign signif ifiica um esta estaddo emocional alterado, algo semelhante ao resultado de uma angústia, significando esta, por sua vez, um medo indefinido, um medo sem objecto definido. Quando usado no contexto da utilização de armas em competições desportivas, designa aquilo a que vulgarmente se chama “nervos” e é uma reacção psicológica que tende a perturbar a actuação da grande maioria dos atletas participantes - em particular, mais intensamente, os atiradores atiradores principian principiantes tes – resultante resultante de estes tenderem a encarar encarar a competição como uma forma de confronto. A tensão emocional é sentida pelo próprio indivíduo como um estado físico anormal em que a pulsação sanguínea é sentida pelo próprio indi in diví vídu duoo com como um est estado ado físi físico co ano anormal rmal em qu quee a pu pullsaçã saçãoo sanguínea é sensivelmente mais rápida, existe uma certa descoordenação nos pequenos movimentos, uma atenção anormal aos sons e outros estímulos produzidos no local, uma sudação por vezes copiosa, etc. Todos estes factores não são nada conducentes à formulação de um necessário estado de concentração. É gerada naturalmente pela produção em grau anormal de uma hormona chamada adrenalina e, em última análise, o melhor remédio par paraa o com combate bate aos aos seus seus efei efeito tos/ s/si sint ntom omas as,, resi reside de real realme ment ntee na habituação a estes sintomas, o que só pode ser feito através da participação, com grande frequência, em muitas competições. O atirador de competição fará bem contudo em tomar conhecimento do seguinte: • De que um certo grau de tensão emocional é útil e necessário poi poiss perm permit itee ao in indi diví vídu duoo “exc “exced eder er-s -se” e” em rela relaçã çãoo ao seu seu desempenho nos treinos, • De que os sintomas desta tensão são também um sinal seguro de que o seu organismo se encontra especialmente preparado para desempenhos excepcionais (a visão é excepcionalmente boa, os 318
reflexos são mais rápidos, etc.), na medida em que é exactamente para que isso aconteça, que o organismo produz adrenalina, • Que os excessos de tensão emocional podem ser combatidos com ante antece cedê dênc ncia ia,, atra atravé véss de trei treino no psíq psíqui uico co apro apropr pria iado do usan usando do técn técnic icas as espe especi ciai aiss como como seja seja o “Tre “Trein inoo Auto Autogé géni nio” o” e, talv talvez ez pri princ nciipal palmente ente,, at atra ravvés de uma at atit itud udee pera perant ntee os trei treinnos técn técnic icos os,, qu quee faça faça dest destes es perm permane anent ntes es comp compet etiçõ ições es cont contra ra as dificuldades impostas por objectivos difíceis.
Tiro – A projecção de um ou mais projécteis, que resulta do disparo de uma arma de impulso ou arma de propulsão por reacção. No âmbito militar militar é usual dividir o tiro em “tiro com armas armas ligeiras” ligeiras” e “tiro de artilharia”. A projecção de granadas-foguete ou mísseis e de torpedos, designase geralmente por lançamento. Tiro ao alvo - Designação genérica do tipo de actividade desportiva ou de recreio que, envolvendo o uso de espingardas, pistolas e revolveres, consiste essencialmente da aferição, por um indivíduo isolado ou por uma equipa de indivíduos que aceitam submeter-se a um regulamento, da precisão do tiro e consistência do tiro que seja(m) capaz(es) de realizar com aqueles géneros de armas, sobre alvos fixos ou móveis. Esta actividade desenrola-se com várias valências: • Como meio de teste de armas e munições ou da proficiência própria, na utilização de uma técnica assimilada, • Como desporto de competição, usando exclusivamente armas de precisão, organizado em vários escalões e âmbitos. Ao mais alto nível desta valência, a actividade compreende a organização de Campeonatos Intercontinentais e Campeonatos do Mundo e a int nteg egra raçã çãoo - desde esde o in iníc íciio da “Era “Era Mode Modern rna” a” – no noss Jogo Jogoss Olím Ol ímppic icoos. A est este ní níve vell da com compet etiição ção, parti artici cippam quase uase exclusivamente atiradores profissionais, que constituem a maior parte dos modernamente chamados “atletas de alta competição”, 319
•
Com Com fins fins pu pura rame ment ntee lú lúdi dico cos, s, nu numa ma acti activi vida dade de suma sumaria riame ment ntee orga organi niza zada da,, ou com como im imit itaç ação ão da acti activi vida dade de do doss atir atirad ador ores es referidos no ponto anterior, • Como forma de adestramento organizado com vista à preparação de combatentes ou preparação e organização de civis, para a defesa civil do território. Esta valência do tiro ao alvo encontra-se muito desen senvolvida em vários países ses da Europa, sen sendo porventura o expoente máximo, a Suíça.
Tiro directo – Por definição, é o tiro que é feito para um alvo que se encontra à vista do atirador e em que, o próprio alvo pode ser usado para definir uma zona de pontaria. Neste caso a linha de mira que se esta estabe bele lece ce é po port rtan anto to gera geralm lmen ente te di diri rigi gida da ao próp própri rioo alvo alvo e as pequenas diferenças de cotas entre a arma e o alvo, podem ser ignoradas. Sãoo tam Sã também bém aque aquele less em qu quee o proj projéc écti till segu seguee a sua sua traj trajec ectó tóri riaa normal, desde a boca da arma até ao ponto de chegada, sem sofrer qualquer ressalto. Compreendem os tiros normais, errados e fortuitos. Este é o tipo de tiro que é praticado com pistolas, espingardas e metralhadoras, nalgumas situações com morteiros e com algumas peças de artilharia. Tiro indirecto – Por definição, é o tiro que é feito para um alvo que o atirador não pode ver. Neste caso quando é usada uma linha de mira, esta é estabelecida usando um “ponto auxiliar” exterior ao alvo e as armas são apontadas depois de resol solvido um problema ema trigonométrico. É este o tipo de tiro que, modernamente, cabe às peças de artilharia, para efeitos de bombardeamento. Tiro prático – Uma modalidade de tiro ao alvo com pistola, que não é patrocinada pela I.S.S.F. Tiro de precisão – Em geral, este termo designa o tiro realizado com arma armass de prec precis isão ão conc conceb ebid idas as para para,, na real realid idad ade, e, prop propic icia iarr um umaa grande consistência no tiro. 320
No contexto das práticas desportivas, o termo significa geralmente o mesmo que tiro ao alvo e nestas actividades o objectivo compreende também a realização de uma grande precisão do tiro. No contexto de outras actividades “não desportivas”, note-se que a precisão do tiro, como capacidade “à prior” só tem uma grande importância nos casos do tiro em que o atirador dispõe apenas de um ou no máxim áximoo, dois ou três tiros para at atiingir um obje jecctivo importante, como acontece no tiro dos franco atiradores e nalgumas modalidades de caça grossa.
Tiro em seco - Em geral, um disparo em que a arma não se encontra carregada ou em que a câmara se encontra preenchida apenas com o invólucro (inerte) de uma munição. Portanto um disparo que não produz um tiro. Serve geralmente apenas para desarmar o mecanismo de percussão e/ ou o mecanismo do gatilho da arma, sendo esta uma prática a evitar nos sistemas de arma em que se emprega munições de percussão anelar, sem que haja um invólucro na câmara, porque aqui o percutor vem a embater no topo do cano, deformando-se ou partindo-se e danificando a entrada da câmara. Em grande parte dos sistemas de percussão central, a realização de tiro em seco sem um invólucro na câmara também é de desaconselhar pois aqui obriga-se o percutor a ir ao limite do seu curso, por não encontrar resistência antes. No contexto do tiro ao alvo, o termo refere-se a uma importante e exte extensi nsiva vame ment ntee usad usadaa técn técnic icaa de trei treino no de di disp spar aro. o. Al Algu guns ns do doss melhores atiradores realizam com esta técnica a maioria dos disparos em treino. Compreendendo como anteriormente a realização dos disparos sem quee a arm qu arma est esteja dev devid idam amen ente te carr carreg egad ada, a, esta esta técni écnica ca serv servee esse essenc ncia ialm lment entee para para qu quee o atir atirad ador or se po possa ssa aperc aperceb eber er,, sem ser perturbado pelo movimento da arma devido ao recuo, da correcção da sua actuação no mecanismo do gatilho ou, pelo contrário, de qualquer tendência para praticar erros no disparo, “invisíveis” nos disparos verdadeiros. A maioria das armas de tiro ao alvo, compreende um dispositivo especial para permitir a realização de tiro em seco. 321
Trajectória – É a linha curva – geralmente tridimensional – que é descrita pelo centro de gravidade dum projéctil, bomba, míssil ou torpedo, depois do seu disparo ou lançamento. A trajectória de um projéctil no ar é sempre uma curva assimétrica em rela relaçã çãoo ao pl plan anoo vert vertic ical al tran transv sver ersal sal qu quee passa passa pelo pelo vért vértic ice, e, verificando-se que a inclinação diminui constantemente da origem até ao vértice e que ela aumenta depois dele até ao ponto de queda. Esta forma de trajectória tem pois um “ramo ascendente” e um “ramo descendente” com perfis bastante distintos. Trajectória de ricochete – Quando um projéctil animado de energia restante suficiente, embate em qualquer meio resistente e não penetre nel nele, nem nem se desin esinte teggre, re, pod oder eráá desc descre revver no ar um umaa ou mai aiss traj trajec ectó tóri rias as secu secund ndár ária iass a qu quee se dá o no nom me de traj trajec ectó tóri rias as de ricochete. Travador - Designação que recebe cada um dos dentes do obturador ou cada uma das peças destinadas ao travamento da culatra. Travamento da culatra - Uma operação do ciclo de funcionamento da maioria das armas de fogo. Consiste da imobilização da culatra por meios mecânicos, garantindo a continuidade do fechamento da culatra culatra - o fechamento fechamento da extremidad extremidadee anterior anterior das almas dos canos, pelo menos até que a pressão dos gases produzidos em cada disparo, tenha descido suficientemente abaixo da pressão máxima. È claro que nas armas de tiro simples e armas de repetição, o travamento perdura até o destravamento da culatra ser efectuado manualmente. É verdadeiramente nas armas automáticas e nas armas sem semiaut iautom omát átic icas as qu quee o trav travam amen ento to da cula culatr traa só perd perdur uraa até até as pressões dos gases já terem descido bastante abaixo da pressão máxima, ainda com os projécteis dentro dos canos. Esta operação é indispensável em todos os sistemas de arma de calibr calibres es nomina nominais is tai taiss que as respect respectiva ivass mu muniç nições ões desenv desenvolv olvam am forças tão elevadas que a inércia das culatras não seria suficiente para supo suport rtar ar o refe referi rido do fech fecham amen ento to e naqu naquel elas as em qu quee a ut util iliz izaç ação ão 322
operacional, por razões de limite no peso máximo das armas não permite o recurso à chamada percussão antecipada.
Treino – A acti activi vida dade de organ rganiizada zada que se seg segue e cons consttitui itui o complemento da aprendizagem, tratando-se a aprendizagem e treino de fazer com que um indivíduo opere seg segundo um processo sso tecnologicamente evoluído e/ou utilize eficazmente um sistema. A organização dum treino (por exemplo do treino de um atirador de competição), deve ser tal que: • O indivíduo adquira as capacidades física e psíquica indispensáveis à sustentação prolongada do controlo das técnicas “aprendidas”, • Seja possível ao indivíduo chegar a uma forma de actuação em que a quase totalidade das acções decorra “automaticamente”, isto isto é, coma comand ndad adas as pelo pelo subc subcon onsc scie ient ntee atra atravé véss de refl reflex exos os condicionados, de tal forma que os seus sentidos e a sua mente fiquem disponíveis para detectar e processar racionalmente os acontecimentos anormai aiss ocorrid ridos à sua sua volta ou para, simplesmente, dar toda a atenção a um qualquer detalhe da tarefa, • O indivíduo treinado adquira uma rotina mental – um hábito mental – comprovadamente capaz de enfrentar e ultrapassar as dificuldades usuais do processo ou da utilização, mesmo quando sob as influências de um estado de tensão emocional, • Prepare o indivíduo para resolver expeditamente um conjunto de situações anormais possíveis, embora improváveis. No âmbito do treino do tiro de precisão/tiro ao alvo, “treinar” é muito mais do que a grande maioria dos praticantes “amadores” deste desporto costumam fazer, e que é (enganando-se a si próprios e aos outros), “divertir-se a dar uns tiros”. Para de constituir em treino de uma actividade de “alto desempenho” como é por exemplo a prática de tiro ao alvo de competição, a actividade tem de ser, no mínimo: • Organizada Organiza da, isto é, decorrente decor rente de um planeamen pla neamento to a longo prazo, prazo , • Fasead Faseada, a, ou “por “por element elementos” os”, isto isto é, incide incidente nte separa separadam dament entee sob obre re os vário árioss aspe aspect ctos os té técn cnic icoos disti istint ntos os do proce rocess ssoo (a 323
posição, o disparo, a pontaria, etc.), muito antes de se processar à sua integração num processo global. A expressão “uma coisa de cada vez” tem aqui um significado essencial, • Pa Paci cien ente te, um umaa vez vez qu quee o trei treino no po porr elem elemen ento toss não não po pode de dar dar resultados – nos alvos –a curto prazo. A única panaceia contra a falta de “estímulos imediatamente gratificantes” é a curiosidade sobre o funcionamento do próprio corpo e mente e as únicas satisfações possíveis inicialmente, são a certeza dum trabalho bem feito e a sensação duma crescente facilidade de execução, • Permanente Permanentemente mente vigi vigilância lância,, crítica crítica e actuante actuante, não hesitando hesitando em, na busca da perfeição e da excelência retornar ao treino específico de cada um dos aspectos singulares que se revele menos que perfeito, • Realista, isto é, tendo em conta as circunstâncias da realidade da competição, nomeadamente as impostas pela tensão emocional. Isto só é possível através da realização dos treinos num clima de competição do atirador consigo próprio e, durante a época das comp competi etiçõ ções, es, da afer aferiç ição ão cons consta tant ntee dest destee trab trabal alho ho,, atra atravé véss da participação em muitas competições, elas próprias consideradas como elementos de um treino que nunca cessa. cess a.
Túnel - Um componente do aparelho de pontaria das espingardas de tiro tiro ao alvo alvo qu quee são são equi equipa pada dass com com miras iras metál etálic icas as do géne género ro “fechado”. O túnel serve essencialmente para com ele se fazer o alinhamento; olho director – orifício da alça fechada- túnel, a fim de se fazer a eliminação do erro angular. Serve também como apoio do ponto de mira de anel, mira de plástico ou mira de poste que, qualquer delas, ficam fixadas, concentricamente, no seu interior e ao abrigo da luz directa do sol para que não se formem reflexos sobre elas. Velocidade inicial – No âmbito da balística externa, é a velocidade, gera geralm lmen ente te supe superi rior or à velo veloci cida dade de à bo boca ca,, qu quee o proj projéc écti till atin atinge ge depois de cessarem os efeitos dos gases da pólvora, igualmente emer emerge gent ntes es da bo boca ca do cano cano da arm arma. Este Estes, s, na sua sua expa expans nsão ão,, 324
ultrapassam o projéctil, criando uma onda de choque invertida, que vai imprimir uma aceleração adicional a esse projéctil, a partir da sua velocidade à boca. Os projécteis dos sistemas de arma destinados a conseguir grandes alcances eficazes e/ou altas capacidades de penetração, têm de ter velocidades iniciais muito altas mas isso não basta pois terão de possuir igualmente valores altos de coeficiente balístico – ou baixos de coeficiente de resistência As gamas de velocidade iniciais são distintas, conforme a classe de arma. Estas gamas são as seguintes: • Arma Armass de bala bala (pis (pisto tola las, s, espin espinga gard rdas as,, metr metralh alhad ador oras as,, etc. etc.)) – Velocidades iniciais entre os 300 e os 1200 m/s, • Morteiros – Velocidades iniciais entre os 100 e os 300 m/s, • Obuses – Velocidades iniciais entre os 300 e os 1200 m/s, • Outras peças de artilharia - Velocidades iniciais entre os 700 e os 1600 m/s.
Visual – É a marca central dum alvo, geralmente circular e de cor negra, que serve de referência à pontaria das armas, nas várias modalidades de tiro ao alvo. Vivacidade – É o parâmetro que, embora apenas qualitativamente, exprime a rapidez com que uma carga de uma dada pólvora ou outro propulsante de consome. Dada a forma como se opera a reacção explosiva destes explosivos, sempre da superfície para o interior dos grão grãos, s, a vi viva vaci cida dade de tem tem um umaa rela relaçã çãoo di dire rect ctaa com com o parâ parâm metro etro,, quantitativo, que se designa por dimensão balística da carga. Diz-se que uma dada carga é muito “viva” quando, dada principalmente a configuração dos grãos que a compõem, ela se consome (atinge o fim da queima ou deflagração) muito rapidamente. Zagalote - São os chumbos de caça dos tamanhos maiores, que se usam sam na con consti stitu tuiç ição ão de baga bagaddas de cart cartuc ucho hoss de caça caça que se destinam a fins especiais, em particular ao uso em espingardas de guerra de cano liso. Fabricam-se nas classes e diâmetros seguintes: 325
LG------9.1 mm SG------8.4 mm Spec. SG------7.6 mm SSG------6.8 mm AAA------5.2 mm
Zarelho(s) - São as peças/argolas de metal, que se aplicam nalgumas espingardas espingardas e carabinas carabinas com coronhas coronhas de madeira madeira e que servem para fixar as bandoleiras. Zona em ângulo morto - Zona do terreno em que o alvo não pode ser atingido, facto que sucede sempre que a inclinação do terreno for superior à do ramo descendente da trajectória. Zona batida - Agrupamento no qual o cone de fogo intercepta o plano que contém a linha de sítio e é normal ao plano de tiro. A Zona Batida tem a forma de uma elipse em que o eixo maior coincide com o plano de tiro e o menor é perpendicular a este, isto é, o eixo maior é no sentido do alcance e o menor no sentido da largura ou direcção. A profundidade da Zona Batida diminui à medida que a distância de tiro aumenta; porém, a partir de certa distância começa a aumentar. A largura da Zona Batida aumenta sempre s empre com a distância. Mantendo-se constante a distância de tiro, a Zona Batida tem o seu valor máximo quando o ângulo de tiro é igual a zero, diminuindo à medida que este ângulo cresce e aumentando à medida que ele decresce. Zona perigosa de uma arma – É o espaço tridimensional a partir da posição posição de tiro que pode ser atingido pelos projécteis ou fragmento fragmentoss provenientes dessa arma. Zona perigosa de uma infra-estrutura de tiro – É o espaço tridimensional estabelecido a partir de toda a largura das plataformas de tiro ou base ases de fogos, acresci cidda, se nece ecessár sário, de uma 326
determinada extensão para ambos os flancos. Divide-se em zona perigosa de superfície e zona perigosa vertical. Zona perigosa de superfície é a parte da zona perigosa constituída pela projecção sobre a superfície do terreno, ou aquática, de todo o espaço tridimensional. É constituída por: • Área de dispersão, • Área de ricochetes, • Área perigosa de munição (só explosivos) Aquém desta zona existe a Área de protecção auditiva e a Área de acesso restrito.
50 METROS
50 METROS POSI ÃO DE
50 METROS ÁREA ÁREA DE PROTE ROTEC C ÃO
Zona perigosa vertical é a parte da zona perigosa constituída pelo espaço aéreo cuja altitude vai desde o nível do solo até à altura de segurança característica de cada arma e munição.
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Zona de energia total – É o espaço tridimensional em volta de uma posição posição de tiro que pode ser atingido pelos projécteis ou fragmento fragmentoss pro prove veni nien ente tess de um umaa dada dada arma arma qu quan ando do di disp spar arad adaa em qu qual alqu quer er direcção. Corresponde a um círculo em volta da arma cujo raio é o alcance máximo, e a um espaço aéreo sobre o mesmo. 10%
Zona de pontaria – Um termo da tecnologia do tiro ao alvo. É a zona zona,, apro aproxi xim madam adamen ente te circ circul ular ar,, de um alvo alvo,, maio maiorr ou menor enor con conform formee a habi abili lida dade de do apon aponta tado dor/ r/at atir irad ador or e con conform formee os cond condic icio iona nali lism smos os im impo post stos os pela pela sua sua po posi siçã çãoo exte exteri rior or e pela pela sua sua posição interior, para a qual se aponta a arma, a fim de atingir o centro desse alvo. No tiro ao alvo com pistola ou espingarda equipada com ponto de mira de poste, a zona de pontaria situa-se geralmente abaixo da visual do alvo, a uma distância tal que as pequenas oscilações da arma nunca levem o ponto de mira a “entrar” nessa visual, pois como o ponto de mira é também de cor negra, ele deixaria então de poder ser visto distintamente. No tiro ao alvo com espingarda equipada com mira de anel, a zona de pontaria é a própria visual do alvo, uma vez que é a própria visual que se pretende rodeada pela abertura cen 328