Manual de Protese Total Removivel

MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL


ÍNDICE Introdução Definição Conseqüências da Perda de uma Arcada ou das duas Requisitos de uma dentadura Mastigatório Estético Fonético Comodidade Fatores que influem no êxito do trabalho Moldagem Moldagem Anatômica Modelo Anatômico Confecção da Moldeira Individual Moldagem Funcional Ajuste da moldeira individual Base de Prova Moldeiras Técnica de Confecção de Moldeiras Individuais e Chapas de Prova em Resina Fotopolimerizável. Passo-a-passo da Técnica Moldeira Individual Moldeira Individual Passo-a-passo na Confecção Moldeira Termo Polimerizável Passo-a-passo na Confecção Moldeira Auto Polimerizável Passo-a-passo na Confecção. Resina acrílica. Técnica de Confecção com Placa de Resina Foto. Introdução Técnica de Manuseio Plano de Orientação Confecção passo a passo Técnica de Confecção do Rolete de Articulação Inferior Desgaste de Patterson. Duplicação dos roletes de Articulação Técnica para Duplicação dos Roletes de Articulação Linhas de Referência Técnica de Determinação das Linhas de Referência Seleção dos Dentes artificiais Classificação Vantagens dos dentes de porcelana Desvantagens dos dentes de porcelana Vantagens dos dentes de resina Desvantagens dos dentes de resina Seleção dos Dentes Artificiais


ÍNDICE Introdução Definição Conseqüências da Perda de uma Arcada ou das duas Requisitos de uma dentadura Mastigatório Estético Fonético Comodidade Fatores que influem no êxito do trabalho Moldagem Moldagem Anatômica Modelo Anatômico Confecção da Moldeira Individual Moldagem Funcional Ajuste da moldeira individual Base de Prova Moldeiras Técnica de Confecção de Moldeiras Individuais e Chapas de Prova em Resina Fotopolimerizável. Passo-a-passo da Técnica Moldeira Individual Moldeira Individual Passo-a-passo na Confecção Moldeira Termo Polimerizável Passo-a-passo na Confecção Moldeira Auto Polimerizável Passo-a-passo na Confecção. Resina acrílica. Técnica de Confecção com Placa de Resina Foto. Introdução Técnica de Manuseio Plano de Orientação Confecção passo a passo Técnica de Confecção do Rolete de Articulação Inferior Desgaste de Patterson. Duplicação dos roletes de Articulação Técnica para Duplicação dos Roletes de Articulação Linhas de Referência Técnica de Determinação das Linhas de Referência Seleção dos Dentes artificiais Classificação Vantagens dos dentes de porcelana Desvantagens dos dentes de porcelana Vantagens dos dentes de resina Desvantagens dos dentes de resina Seleção dos Dentes Artificiais


Quanto à forma Quanto ao tamanho Altura Largura Quanto à cor Determinação da Cor Como Selecionar Dentes em uma Carta Molde Montagem de Dentes Montagem de Dentes Anteriores Superiores Esquerdos Montagem do Incisivo Central Superior Montagem do Incisivo Lateral Superior Montagem do Canino Superior Montagem dos Dentes Posteriores Superiores Esquerdos Primeiro e Segundo Pré-Molares Primeiro Molar Segundo Molar Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores Esquerdos Montagem do Incisivo Central Inferior Montagem do Incisivo Lateral Inferior Montagem do Canino Inferior Montagem dos Dentes Posteriores Inferiores Primeiro Pré-Molar Inferior Segundo Pré-Molar Inferior Primeiro Molar Inferior Segundo Molar Inferior Escultura Escultura da Região das Bordas Livres Sulcos Horizontais Esboço das Bossas Radiculares Escultura do Lado Palatino Inclusão Inclusão com Muralha de Silicone Técnica de Inclusão Eliminação da Cera Retenção dos dentes Isolamento das partes internas da mufla Acrilização Composição e Preparo da Resina Técnica de acrilização total com palato incolor Polimerização Falhas da Polimerização Técnica de Desinclusão Abertura da Mufla Acabamento e Polimento das PTRs Polimento das Dentaduras Estética em Prótese Total Introdução Idade Sexo


Personalidade O Arranjo dos Dentes Maneiras para se obter a separação dos dentes. Corredor Bucal Suporte do Lábio Montagem de Dentes em PTR Bimaxilar – Chave de Oclusão Acrilização das Próteses Totais Técnica Para uso de Pigmentos Palato Transparente: Técnica Para uso de Pigmentos – Natuform e Colorform Com base Resiliente Ajuste Oclusal Técnica Utilizada para o Ajuste de Articulação Passo-a-passo da Técnica do Ajuste Oclusal Prótese Total Imediata Quanto a sua Instalação Requisitos Vantagens Desvantagens Indicações e Contra-indicações Guia Cirúrgico Prótese Total Removível – Reembasamento Técnicas de Reembasamento Procedimentos da Técnica Indireta Oclusão Balanceada - Conceito Requisitos Formas de se Conseguir Oclusão Balanceada em Tripé ou Funcional Oclusão Balanceada em Função de Grupo Determinação da Zona Neutra Técnica para Confecção de uma PT em Zona Neutra P.T.R. Oca Impermeabilizada por Fotopolimerização Passo-a-passo P.T.R. Superior Imediata com Muralha - Guia de Silicona PTR: Confecção - Técnica do Erro Conhecido. Passo-a-passo Confecção de Reforço Metálico em P.T.R. Copings sobre Pilares Reforço Metálico Técnica Inclusão e Processamento da Prótese Finalizações Técnica de Individualização das Curvas de Compensação em Prótese Total pelo Amassamento de cera. Apresentação Introdução Execução Prótese Total Superior Imediata com Muralha – Guia de Silicona Introdução Remontagem das Próteses Totais em Articulador


Introdução Descrição da Técnica Técnica de Confecção de Moldeira Individual para Pacientes Portadores de Prótese Total. Introdução Cuidados Prévios Técnica Naturalização da Gengiva Artificial Introdução Materiais e Métodos Procedimentos Conclusão Novas Considerações sobre Ajuste Oclusal em Prótese Total. Arcos de Oclusão Seqüência Laboratorial Arco de Oclusão Maxilar Método de Willis para a obtenção da distância vertical de oclusão Obtenção do D.V.O. a partir da D.V.R. Recomendações necessárias Determinação da distância vertical de oclusão - D.V.O. Passos Técnicos Obtenção da D.V.O. pelo método da deglutição Passos Técnicos Métodos para se obter a curva de compensação Método Mecânico Método Fisiológico Parte Laboratorial Prótese Total única Superior, opondo-se ao arco inferior parcialmente edentado e com Prótese Parcial Fixa Prótese Total única Superior, opondo-se ao arco inferior parcialmente edentado e com Prótese Parcial Removível: Prótese Total única oposta à outra Prótese Total


PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

Introdução: Segundo pesquisas, descobriu-se que a primeira dentadura foi confeccionada em 1692, por Celton Nuck que esculpiu a peça protética usando um pedaço de dente molar de hipopótamo. Após algum tempo, desenvolveram-se trabalhos em marfim de hipopótamo e dentes naturais conseguindo-se uma estética um pouco mais aprimorada, porém pouco funcional. O uso de gesso e materiais de moldagem juntamente com a godiva foi facilitando o aperfeiçoamento da técnica e gradativamente a quantidade das próteses totais. Em 1774, Poassy desenvolveu a fabricação de dentes de porcelana, mas havia pouco senso anatômico. Em 1911, observou-se a preocupação anatômica e estética cuja capacidade artística era inigualável e os modelos foram individualizados em 1914. O problema da confecção dos dentes foi resolvido, porém o material adequado para a base de dentaduras ainda era um item muito complicado. Houve diversas tentativas no uso de ouro estampado sobre o modelo e outros metais mas não houve sucesso. Em 1884, as pesquisas resultaram no aperfeiçoamento lento da borracha vulcanizada para base de dentaduras, cujo nome comercial denominou-se Vulcanite. Durou aproximadamente um século o uso da borracha vulcanizada, até o surgimento das resinas acrílicas por volta de 1927. A substituição do vulcanite se deu em 1943, tornando-se popular a resina acrílica para bases de dentaduras.

Definição:


Próteses Totais Removíveis são trabalhos protéticos que visam à substituição de todos os dentes da arcada reconstituindo a anatomia gengival e devolvendo ao paciente as funções de estética, fonação e mastigação. As PTRs são próteses muco-suportadas que ficam assentadas e retidas sobre os rebordos alveolares dentados, graças à ação dos fenômenos naturais, como a adesão, a coesão, a tensão superficial e a pressão atmosférica. Dessa forma essas próteses participam das funções fisiológicas, próprias do sistema estomatognático, sem se deslocarem de suas posições. A confecção das PTR divide-se em duas fases: clínica e laboratorial. A primeira é executada no consultório dentário pelo cirurgião dentista, que analisa e estuda detalhadamente o caso para o envio dos modelos ao laboratório no qual se dá a segunda fase, que é a confecção da prótese. Toda perda dentária irá causar grandes transtornos ao indivíduo com o passar do tempo. Mesmo que apenas um dente, a falta dele poderá ser danosa ao periodonto e chegar até a causar danos ao sistema estomatognático inteiro, desencadeando um processo de oclusão traumática. A solução que existe para uma perda dentária será uma prótese odontológica, que necessariamente deverá substituir o(s) elemento(s) perdidos em todas suas funções. No caso de uma perda dentária total, o dano ao S.E. pode ser visto como um problema secundário, se comparado ao dano que pode haver na ATM.

Conseqüências da Perda de uma Arcada ou das duas: A primeira conseqüência a ser considerada e a perda da capacidade de mastigação, o indivíduo exodonto (desdentado) perde a capacidade de trituração do alimento e começa a engoli-lo praticamente inteiro. Com o passar do tempo, o estômago, que ano é preparado para digerir alimentos inteiros, passa a produzir mais quantidade de ácidos para que a digestão possa ocorrer adequadamente; a acidez estomacal aumenta,


levando o paciente a uma gastrite e possivelmente a um processo de ulcera no futuro. A segunda conseqüência é a perda da individualidade e o desequilíbrio emocional. Para a mulher, a perda dos dentes pode significar a perda da beleza, a velhice, a incapacidade de ter um sorriso bonito. Para os homens, a perda dos dentes pode significar a perda da juventude, da virilidade. A terceira conseqüência é a perda da dicção correta. A presença de dentes desempenha um papel fundamental na dicção. Os dentes, através da sua inclinação e da conformação em que está nos arcos dentário, vão influenciar extremamente a fala e a fonação. A quarta conseqüência será o dano causado a ATM. A dimensão vertical de oclusão, marcada pelo contato da M.I.H., será perdida quando ocorrer a falta de um, ou ambos os arcos dentárias. A nossa mandíbula executa o movimento de abertura e fechamento curto guiada por um eixo chamado eixo horizontal de bisagra. Esse eixo tem um limite de rotação, que e marcado pelo contato dentário; dali, a mandíbula não deve fechar mais. Quando perdemos os dentes de uma ou as duas arcadas e não os substituímos, o fechamento ocorrerá além do limite e a situação da ATM não será uma situação funcional. A ATM sofrerá danos irreversíveis com o passar dos tempos, que virão a ser mais intensos no côndilo e na cavidade glenóide. A ligação entre essas duas estruturas pode vir a ficar tão desgastada que o côndilo desloca-se da cavidade glenóide facilmente. A ultima conseqüência a ser citada, é a reabsorção óssea. Na dentição natural, as forças normais de mastigação que o rebordo recebe através dos ligamentos, funcionam como um estímulo para o bom funcionamento das estruturas de suporte, principalmente o osso alveolar. Todos os tecidos do corpo passam por um constante processo de reposição celular, em que células mortas são excretadas e células novas são formadas a todo o instante.

Com a perda do estímulo, ou seja, com a perda da

dentição, as células mortas do osso alveolar deixam de ser repostas e lentamente esse osso vai desaparecendo. A esse processo chamamos de reabsorção óssea.


Requisitos de uma dentadura: Os requisitos para que uma dentadura seja considerada um aparelho útil e realmente desempenhe suas funções na boca do paciente, são: Mastigatório – estético – fonético e comodidade.

Mastigatório: A eficiência mastigatória de uma dentadura está correlacionada diretamente com a retenção e a estabilidade do aparelho. A retenção é a propriedade que tem uma dentadura, depois de instalada na boca, de resistir às forças que tentam deslocar o aparelho no sentido gengivo-oclusal. A retenção depende de vários fatores, podendo ser considerado como principais: precisão da técnica de montagem; forma e tamanho do rebordo alveolar; consistência da fibromucosa de revestimento; tonicidade das inserções musculares e tecidos adjacentes à área chapeavel. A moldagem perfeita da boca desdentada é aquela em que se consegue reproduzir com detalhes todas as regiões da área chapeavel. A estabilidade da dentadura depende diretamente da oclusão, da articulação e do balanceio dos dentes artificiais.

Estético: O fator estético é o motivo principal ao lado da dor, o qual leva um paciente a procurar um dentista. O objetivo é reconstituir a fisionomia natural do paciente, ocultando o artificialismo do aparelho, devolvendo ao paciente a harmonia facial.

Fonético: Este é um fator de grande importância para a boa aceitação da prótese, pois qualquer defeito na fonação, além de dificultar a compressão


da fala, indica de imediato que a pessoa faz uso de uma prótese. A dificuldade na fonação é devida a diminuição do espaço da cavidade oral, que imobiliza parcialmente a língua e os lábios. A espessura do palato influi no timbre da voz; a dimensão vertical faz com que o paciente fale soprando e as posições dos dentes influenciam nas silabas dentais.

Comodidade: É dada pela sensação de conforto e utilidade no uso da prótese. O conforto do paciente depende da delimitação correta da área chapeavel e da moldagem para proporcionar o máximo de retenção com o mínimo de trauma para o paciente. Depende da correta tomada da dimensão vertical a influência no descanso dos músculos mastigadores e do correto relacionamento dos dentes em oclusão e da relação central que implica no perfeito funcionamento da articulação temporomandibular.

Fatores que influem no êxito do trabalho: Os fatores responsáveis pelo êxito final do trabalho dependem de 50% do paciente e 50% do Cirurgião Dentista e do Técnico em Prótese Odontológica. Na parte que cabe ao paciente estão inclusos além das condições locais do rebordo alveolar da fibro mucosa de revestimentos dos músculos, etc., outros fatores como saúde geral, idade, estado psíquico, hábitos, etc. Na parte que cabe aos profissionais, considera-se os recursos profissionais, conhecimentos, o ambiente que se trabalha, etc.

Moldagem: Moldagem é um negativo da anatomia bucal do paciente, obtida pro meio de diversos materiais. As moldagens em PTR podem variar em importância e são classificados em dois tipos: anatômica e funcional.


Moldagem Anatômica: A moldagem anatômica é feita usando uma moldeira pré-fabricada chamada de moldeira de estoque, onde o dentista utiliza a godiva, silicone ou alginato, visando obter o aspecto geral da mucosa em posição estática. Após ser obtida a moldagem, esta será vazada com gesso pedra no qual teremos o modelo anatômico.

Modelo Anatômico: O modelo anatômico é aquele que teve origem na moldagem anatômica da boca totalmente desdentada. O modelo anatômico nos dá informações da extensão da área chapeavel, grau de interferência das inserções musculares, forma, inclinação, espessura e altura do rebordo. O modelo anatômico serve também de matriz na confecção da moldeira individual.

Confecção da Moldeira Individual: Fazer alívio de cera nas regiões retentivas; Delimitar a área chapeavel; Isolar toda a área chapeavel com cel-lac; Pulverizar acrílico incolor sobre o modelo umedecido com acrílico auto, líquido. A camada de resina deverá ficar numa espessura homogênea e suficientemente resistente para que não se flexione durante as manobras de moldagem. Confeccionar o cabo da moldeira com a resina manipulada e adaptar na região mediana da moldeira com uma inclinação aproximada de 60 graus, deixando tomar presa. Após a polimerização, retiramos do modelo com o auxílio de uma espátula e damos o acabamento. Desgastamos com broca de tungstênio até marca da área chapeavel.


Passamos lixa d’água para ao acabamento.

Moldagem Funcional: Ajuste da moldeira individual: Primeiro o dentista examina toda a extensão da moldeira individual. No arco superior a moldeira deverá terminar vestibularmente no ponto de transição d a gengiva aderida para a mucosa móvel. Bridas presentes devem ser deixadas livres. No arco inferior a moldeira também deverá terminar em direção vestibular no limite da gengiva, e, para se certificar, o dentista coloca a moldeira na boca do paciente, conferindo a áreas a serem aliviadas.

Base de Prova: Base de prova é uma camada de material acrílico ou plástico que recobre toda a área basal do modelo funcional. Ela é um dos passos mais importantes que deve ser dado na construção da prótese total, porque sobre esta serão confeccionadas as demais etapas clínico laboratoriais. Em nível laboratorial, a base de prova pode ser confeccionada em dois tipos de materiais: resina acrílica e de placa base fina, ambas apresentam vantagens e desvantagens. A base de prova em resina acrílica é resistente e a de placa base apresenta alta fragilidade, podendo quebrar-se facilmente. Na confecção da base de prova de placa base o tempo de trabalho é bastante curto, e na resina acrílica a confecção é mais trabalhosa. A placa base apresenta distorções físicas com o calor, e a resina acrílica não se distorce com facilidade podendo ser manuseada até mesmo fora do modelo, por este motivo recomenda-se o uso da base de prova em resina acrílica, por ser mais resistente e reproduzir melhor o rebordo gengival com resultados satisfatórios de adaptação.


Moldeiras: Técnica de Confecção de Moldeiras Individuais e Chapas de Prova em Resina Fotopolimerizável. Diante da necessidade de solucionar e agilizar a confecção de moldeiras no laboratório criou-se materiais e técnicas novas. Até então, tínhamos somente resinas acrílicas e godivas disponíveis para a confecção de moldeiras. Quando confeccionamos moldeiras ou chapas de provas necessitamos de precisão e resistência nas mesmas. Suas superfícies e espessuras devem ser uniformes sem falhas ou bolhas, facilitando o trabalho. Uma das desvantagens da resina acrílica é que obteremos uma moldeira menos precisa. Quando preparamos a resina (pó e líquido), o tempo de presa pode variar. No manuseio da resina poderá ser formar bolhas que ficarão na superfície da moldeira, provavelmente surgirá uma desigualdade na espessura, devido a consistência da resina. Podem ocorrer deformações que são causadas pela reação exotérmica sucedida na mesma. Por causa dos fatores citados acima o acabamento torna-se demorado. A placa de godiva é um material de pouco uso pela sua dificuldade e demora de confecção, adaptação imperfeita e quebradiça quando não há aquecimento uniforme.

Passo-a-passo da Técnica: Usaremos para a técnica, placas de resina fotopolimerizável Preci Tray, da marca Yeti. A confecção da moldeira segue os mesmos procedimentos dos materiais convencionais. Estes passos são: a preparação do modelo, o alívio, a delimitação e o isolamento. Devemos delimitar no modelo, área chapeavel e eliminar as áreas retentivas acrescentando cera.


É necessário isolar duas vezes o modelo com isolante e então iniciar o manuseio do material. Com a placa de resina fotopolimerizável iniciaremos a acomodação no modelo pelo palato, com pequena pressão com o dedo, adaptamos então em toda mucosa até chegar ao limite pré-determinado. Recortamos os excessos com o bisturi e com o próprio instrumento arredondamos as bordas da moldeira. Com os excessos recortados da placa, fazemos o cabo, acomodandoo sobre a moldeira com leve pressão e colocamos o cabo apoiado sobre um suporte para que o mesmo não deforme. O cabo pode ser feito antes ou depois da fotopolimerização. Levamos o modelo com a moldeira para o Box por cinco minutos para fotopolimerizar mediante um foco halogênio ou ultravioleta de ondas de latitude de 350-400 nm. Na moldeira ficará uma camada pegajosa e brilhosa que é eliminada com detergente neutro e água corrente esfregando com uma escova. Feito isso, retiramos esta camada e fazemos o acabamento necessário com uma broca do tipo fresa.

Moldeira Individual De posse do modelo anatômico ou modelo de estudo, será confeccionada a moldeira individual estando a área chapeavel devidamente delimitada. A moldeira individual servirá para a moldagem funcional que é feita com os músculos em posição dinâmica, originando um modelo funcional ou de trabalho. Neste modelo serão registradas todas as características exatas do rebordo e nele será confeccionada a PTR. Moldeira individual é um dispositivo que serve para conduzir o material de moldagem manipulado à boca, a fim de colocá-lo em contato íntimo com a área a moldar e remover o molde sem distorções.

Moldeira Individual:


Passo-a-passo na Confecção: 1 - Delimitação do modelo 2 - Alívio de cera nas áreas retentivas 3 - Aquecer a placa até amolecê-la e ajustá-la ao modelo 4 - Recortar o excesso com tesoura curva até quase o limite chapeavel 5 - Confeccionar o cabo 6 - Usar a broca períforme ou tungstênio para o acabamento, passando em toda a borda e cabo. 7 - Acabamento final usar a lamparina Hannau.

Moldeira Termo Polimerizável: Passo-a-passo na Confecção: 1 - Delimitação da área chapeavel; 2 - Aquecer a lâmina de cera 7 e ajustá-la ao modelo; 3 - Recortar os excessos ao limite da área delimitada e confeccionar o cabo; 4 – Incluir; 5 - Plastificar a cera e isolar o modelo; 6 – Acrilizar; 7 – Prensar; 8 – Demuflar; 9 – Acabamento; 10 – Polimento.

Moldeira Auto Polimerizável: Passo-a-passo na Confecção: 1 - Sobre o modelo anatômico delimitar a área chapeavel; 2 - Aliviar as áreas retentivas com cera;


3 - Isolar o modelo com isolante para resina; 4 - Manipular o polímero com o monômero; 5 - Na fase plástica da resina aplicar sobre o modelo de maneira que fique uniforme em espessura; 6 - Recortar os excessos até a borda com Lecron; 7 - Confeccionar o cabo; 8 - Após a polimerização, retirar do modelo; 9 - Acabamento com broca períforme ou tungstênio em toda a borda e cabo; logo depois, passar a lixa com mandril para lixa.

Resina Acrílica Passo a passo da confecção: Resina acrílica. 1o Passo: Sobre o modelo funcional delimitar a área chapeavel.

2o Passo: As regiões retentivas do modelo são aliviadas com cera rosa fundida. 3o Passo: Isolar toda a área chapeavel com uma película de “Cel-Lac” passada com pincel n o 8.


4o passo: Colocar 5 cm de polímero no pote para resina e saturar com o monômero; colocar a parte algumas gotas de monômero no pote dapen. 5o passo: Inicia-se imediatamente a adaptação da resina aproveitando o escoamento da fase arenosa. Inclina-se convenientemente o modelo e com o auxílio da espátula consegue-se abrir toda a área chapeavel. 6o Passo: A seguir, durante a fase pegajosa, adapta-se outra camada. Para a uniformização da superfície, molha-se o dedo indicador e alisa-se a resina.

7o Passo: Depois da polimerização da resina, remove-se a chapa de prova do modelo introduzindose uma espátula na borda forçando-a ligeiramente.

8o Passo: Desgastar as arestas cortantes da chapa com pedra montada e uniformizar a espessura que deverá ser de mais ou menos 1 mm. 9o passo: O acabamento final é dado com tira de lixa montada no mandril, alisando toda a superfície externa da chapa de prova.

Moldeira Individual Técnica de Confecção com Placa de Resina Foto. Com o objetivo de facilitar a confecção de moldeiras individuais e chapas de prova, demonstraremos aqui a confecção de uma moldeira individual com placa de resina fotopolimerizável Preci Tray, da marca Yeti. Nesta técnica será mostrado as vantagens das moldeiras foto-ativadas.

Introdução


Diante da necessidade de solucionar e agilizar a confecção de moldeira no laboratório, foram criados materiais e técnicas novas. Até então, tínhamos somente resinas acrílicas e godivas disponíveis para a confecção de moldeiras. Quando

confeccionamos

moldeiras

ou

chapas

de

provas

necessitamos de precisão e resistência nas mesmas. Suas superfícies e espessuras devem ser uniformes sem falhas ou bolhas, facilitando o trabalho. Uma das desvantagens da resina acrílica é que obteremos uma moldeira menos precisa. Quando preparamos a resina (pó e líquido), o tempo de presa pode variar. No manuseio da resina poderá se formar bolhas que ficarão na superfície da moldeira, provavelmente surgirá uma desigualdade nas espessuras, devido à consistência da resina. Podem ocorrer deformações que são causadas pela reação exotérmica sucedida na mesma. Por causa dos fatores citados acima o acabamento torna-se demorado. A placa de godiva é um material de pouco uso pela sua dificuldade e demora de confecção, adaptação imperfeita e quebradiça quando não há aquecimento uniforme.

Técnica de Manuseio A confecção da moldeira segue os mesmos procedimentos dos materiais convencionais. Estes passos são: A preparação do modelo, o alívio, a delimitação e o isolamento. Devemos delimitar no modelo, área chapeavel e eliminar as áreas retentivas acrescentando cera. É necessário isolar duas vezes o modelo com isolante e então iniciar o manuseio do material.


Com a placa de resina fotopolimerizável, iniciaremos a acomodação no modelo pelo palato, com pequena pressão com o dedo, adaptamos então em toda mucosa até chegar ao limite pré-determinado. Recortamos os excessos com o bisturi ou espátula em o próprio instrumento arredondamos as bordas da moldeira. Com os excessos recortados da placa, fazemos o cabo, acomodando-o sobre a moldeira com leve pressão e colocamos o cabo apoiado sobre um suporte para que o mesmo não deforme. O cabo pode ser feito antes ou depois da fotopolimerização. Levamos o modelo com a moldeira para o box por cinco minutos para fotopolimerizar mediante um foco halogênico ou ultravioleta de ondas de longitude de 350-400 nm. Na moldeira ficará uma camada pegajosa e brilhosa que é eliminada com detergente neutro e água corrente esfregando com uma escova. Feito isso, retiramos esta camada e fazemos o acabamento necessário com uma broca tipo fresa. Este é um processo que veio viabilizar um trabalho preciso, de fácil manuseio, dispensando a utilização de vários utensílios que seriam usados com outros materiais. A espessura mantém-se uniforme, as bolhas são inexistentes, a superfície fica lisa e sem rugosidades. Desta maneira, a resina fotopolimerizável faz com que haja praticidade no acabamento, Conseqüentemente melhora a qualidade das moldeiras e chapas de prova.

Plano de Orientação: Os planos de orientação são muralhas de cera adaptadas sobre a base de prova, onde registramos as diferentes relações intermaxilares de interesse protético e as linhas de referência que nos darão a orientação na escolha e na montagem dos dentes. O conjunto da base de prova com o plano orientação, teremos a Chapa de Prova que é a base provisória da futura PTR. Esta base é imprescindível no registro das relações intermaxilares do indivíduo e também na montagem dos dentes artificiais.


Deve apresentar-se bastante adaptada à boca do paciente para que durante a tomada das relações, reduza ao mínimo a possibilidade de erro.

Confecção – Passo-a-Passo: 1o Passo: Tomar 1 ½ lâmina de cera rosa e plastificar sobre a chama uma faixa de 1 cm ao longo

do

seu

comprimento,

fazendo

os

movimentos de uma extremidade à outra até começar a se dobrar. 2o Passo: Retiramos da chama, e a faixa plastificada é dobrada imediatamente sobre si mesma.

3o Passo: Aquece a mesma faixa para ser dobrada sobre si mesma e assim sucessivamente até obter um rolete de cera plástica.

4o Passo: Levar novamente o rolete à chama e dobrar ao meio para diminuir o comprimento e aumentar a espessura.

5o Passo: Dá-se ao rolete uma conformação de ferradura e a seguir adapta-se o rolete sobre a chapa de prova na região da crista do rebordo acompanhando a sua forma.


6o Passo: Com a régua padrão ajusta-se a altura do plano na parte anterior e a largura em toda a sua extensão.

7o Passo: Planifica-se a superfície oclusal esquentando-a ligeiramente na chama e depois colocando-a sobre uma placa de vidro coberta com vaselina pasta.

Técnica de Confecção do Rolete de Articulação Inferior: É executado da mesma forma que o plano de cera superior. Contatamos a face oclusal do rolete na face convexa da placa guia metálica. 1o Passo: Plastificar as paredes do rolete.

2o Passo: Envergar o rolete.

3o Passo: Fazer a pré-obtenção da curva sagital e transver-sal de oclusão.

4o Passo: Fixar o rolete na base de prova.


5o Passo: Roletes de articulação terminados.

Desgaste de Patterson: Os roletes de articulação são enviados ao consultório dentário. Nesta fase de trabalho, o profissional provará na boca do paciente o conjunto, verificando a eventual existência de falhas laboratoriais e individualizando sua altura. Após a obtenção da DVO, é sobreposta aos roletes uma fina camada de material abrasivo (20% de pó de carborundum e 80% gesso comum). O paciente friccionará os roletes um contra o outro em movimentos de lateralidade, retrusão e protrusão, até a chegada da DVO ao paciente. Assim as curvas sagital e transversal de oclusão são individualizadas pelo paciente. Devemos com todas as relações já determinadas, fixar os roletes de articulação na boca do paciente. Em seguida são marcadas as linhas de referência e retirados os roletes de articulação unidos, estes estarão na posição ideal para montagem em articulador e futura montagem de dentes. Este procedimento, considerado clínico é realizado pelo cirurgião-dentista.

Duplicação dos roletes de Articulação: Os roletes de articulação, foram acrescidos de material abrasivo, como já mostrado anteriormente. Nestes, foram registrados itens importantes, que devemos deixar intactos sem recortes, como prova e segurança do trabalho executado. Outro fator que nos leva a duplicação dos roletes de articulação, é a dificuldade da montagem de dentes com o material, pois este invade grande parte do rolete de cera.


Devido a estes problemas, convém confeccionar novamente dois novos planos idênticos aos originais, tanto na sua estrutura vestibular quanto nos registros individualizados. individualizados.

Técnica para Duplicação dos Roletes de Articulação: Confeccionar as bases de prova (superior e inferior) em uma das técnicas já descritas nas bases de prova, finalizando-as com o acabamento devido. Construir um rolete de cera e adaptar na base de prova para impressão no articulador. Manter o rolete de articulação original no modelo inferior, aplicar o novo plano no superior e, para evitar que se aderem, isolar com uma folha de papel vegetal. Comprimir o plano original e a reprodução posicionados no articulador, neste momento, o plano original transferirá as curvaturas para a reprodução, tornando-se também individual. É executada da mesma forma a reprodução do rolete inferior, sempre imprimindo as curvas contra o rolete original. Depois de terminada a operação, averiguar com os planos originais a fidelidade do trabalho. As linhas de referência também serão reproduzidas, mas a medida oficial na escolha dos dentes artificiais, será obtida dos roletes de articulação originais.

Linhas de Referência: As linhas de referência são traços marcados pelo cirurgião-dentista nos roletes de articulação, para determinar a posição e o tamanho adequado dos dentes. São três as linhas de referência:


1 - Linha alta do sorriso: que determinará a altura coronária dos dentes. é marcada com o sorriso forçado do paciente, junto ao lábio superior. 2 - Linha mediana ou linha média: que se prossegue em continuação com a linha mediana do corpo. Deverá situar-se entre as faces mesiais dos incisivos centrais. 3 - Linha dos caninos: que determinará o tamanho dos dentes do arco dental completo por meio da tabela fornecida pelo fabricante de dentes artificiais, marcada à comissura labial.

Técnica de Determinação das Linhas de Referência: Com roletes de articulação posicionados nas devidas relações maxilomandibulares individuais do paciente, traçar com uma espátula Lecron paralela aos freios labiais à linha mediana. Linhas de Referência: a:linha mediana – mediana – b: b: linha alta – alta – c: c: linha de caninos. Com forçadamente,

o traçar

paciente rente

sorrindo a

altura

máxima

do

lábio

superior,

perpendicularmente à linha mediana, a linha alta (ou linha do sorriso forçado).

Por fim, com a musculatura facial relaxada, demarcar rente às comissuras labiais direita e esquerda, formando-se as linhas dos caninos.


Modo de marcar a linha canina, no arco de oclusão: A distância entre as linhas marcadas corresponde corresponde à distância de distal a distal de caninos.

Dentes Artificiais: A maior preocupação dos pacientes que procuram consultórios dentários para a confecção de próteses totais é a estética dos dentes artificiais. Por esse motivo devemos reconstituir as arcadas dentárias com a máxima naturalidade, respeitando as características naturais do paciente e usando material de boa qualidade. Modernamente, as resinas compostas que compõem os dentes artificiais otimizam este propósito que, vinculado a competência do profissional, pode atingir um resultado satisfatório.

Classificação: Os dentes artificiais podem ser classificados segundo o material de que são feitos e segundo o desenho da face oclusal. Segundo o material, os dentes artificiais podem ser de resina ou de porcelana. Todos os dentes de resina acrílica, existentes

no mercado,

destinam-se à confecção de dentaduras completas. completas. Conforme os meios de fixação encontrados nos dentes de resina, podem ser com retenção ou sem retenção. O meio retentivo do dente é dado à custa de uma pequena escavação na base onde há penetração da resina da base da prótese para auxiliar a retenção. Os dentes de porcelana são de dois tipos: aqueles destinados para ponte fixa: dentes em em faceta, e aqueles destinados a dentaduras: dentaduras: dentes em talão. A fixação dos dentes em em talão se da através de pinos pinos com cabeça nos dentes anteriores e cavidades nos dentes posteriores. No que concerne a face oclusal, os dentes podem ser anatômicos e funcionais. Os dentes anatômicos apresentam o desenho da face oclusal


semelhante aos dentes naturais. Os funcionais diferem dos anatômicos e, geralmente são sem cúspides. São feitas algumas objeções a respeito dos dentes funcionais em relação a deficiência da mastigação. O que se deve ter em mente é que a escolha deve ser criteriosa aproveitando as duas correntes de pensamento e definindo o melhor para caso.

Vantagens dos Dentes de Porcelana: Estabilidade da cor. Resistência à abrasão. Eficiência mastigatória.

Desvantagens dos Dentes de Porcelana: Quando os dentes entram em contato produzem ruídos característicos que logo chamam atenção para o uso da PTR. São difíceis de montar quando necessitam desgaste. São pesados, prejudicando a retenção no arco superior.

Vantagens dos Dentes de Resina: Facilidade nos trabalhos clínicos e laboratoriais. Não provocam ruídos. Facilidade de caracterização. Retenção na base mais perfeita.

Desvantagens dos Dentes de Resina: Fácil abrasão. Instabilidade na cor.

Seleção dos Dentes Artificiais:


Quanto à forma:

Determinamos a forma dos dentes artificiais através da concordância da forma do rosto e do incisivo central. O cirurgião-dentista utiliza uma régua que se compõe de duas hastes móveis presas a uma terceira, nas extremidades.

Quanto ao tamanho: Determinamos o tamanho dos dentes levando em conta a altura e largura dos seis dentes anteriores e superiores.

Altura: A altura é determinada através da posição do lábio superior durante o sorriso. No plano de orientação o C.D. marca um traço horizontal marcando a altura do lábio durante o sorriso. Esta linha recebe o nome de linha alta ou linha do sorriso. A distância entre a borda oclusal do plano e a linha do sorriso corresponde à altura do incisivo central superior.

Largura: A largura dos seis dentes anteriores superiores corresponde à largura da boca, de comissura a comissura. O C.D. marca uma linha no plano de orientação delimitando a posição das comissuras, a esta linha chamamos de linha de canino. Temos também a linha mediana que vai marcar o centro da arcada.

Quanto a cor: A cor, fisicamente falando, é uma sensação produzida pelos raios luminosos que, em número e quantidade variáveis, atingem a retina. Como sabemos graças aos trabalhos de Newton, um raio luminoso


branco se compõe de sete cores. Por isso, a cor de um objeto é dada pela propriedade que ele tem para absorver os raios que formam a luz branca.

Cor: Uma vez determinada, a cor pode ser estudada sobre três aspectos: Tonalidade: A tonalidade da cor é um fator que lhe altera o aspecto. Luminosidade: É a diferença que faz distinguir a cor semelhante pela intensidade do mesmo tipo de cor.

Pureza: Diz-se que uma cor pura é formada por uma cor simples. As cores simples são: vermelha, amarela e azul. Combinando as cores simples entre si, dão as cores combinadas, que são a verde, a violeta e alaranjada.

Determinação da Cor A orientação mais acertada é aquela que leva em conta os seguintes fatores: a idade do paciente, o sexo e a cor da pele. Assim, quanto mais velho for o indivíduo, mais escuro deverá ser o dente selecionado, o mesmo acontecendo com a cor da pele. No homem, devemos ter sempre o cuidado de carregar um pouco na tonalidade da cor do dente selecionado que na mulher. ESCALA DENTIST’S DUPLY:

Essa escala também se apresenta na colocarão de acordo com a idade. Inserimos nesse trabalho uma descrição de suas cores numeradas, porque ainda hoje os laboratórios de prótese dentária orientam-se pelos números de suas cores. Esta firma selecionou nove tonalidades de cor que podem ser assim descrita:

Cor 62 ==> - Predomina o tom cinzento claro; o esmalte é altamente translúcido e a dentina apresenta um matiz amarelo claro.

Cor 63 ===> - Mesma colocarão da cor precedente, porém apresenta uma


estria fina pela vestibular.

Cor 65 ===> - O esmalte tem a mesma coloração das precedentes porém, a dentina é de matiz amarelo alaranjado mais forte, também com uma estria pela vestibular.

Cor 66 ===> - Mesmo esmalte das precedentes com dentina amareloalaranjada mais forte.

Cor 67 ===> - Mesma característica da 66, porém com estria pela vestibular. Cor 69 ===> - Esmalte mais acinzentado, dentina menos intensa. Cor 73 ===> - Mesmo esmalte da 62, estria vestibular e dentina amarelo acinzentado.

Cor 77 ===> - Esmalte mais cinzento que a 69, estria vestibular e dentina mais amarelada e acinzentada que a 73.

Cor 81 ===> - O esmalte é mais cinzento que o da 77, apresenta a estria vestibular assinalada e a dentina também é de tonalidade mais amarelada.

Como Selecionar Dentes em uma Carta Molde: PASSOS: 1 - Verificar a largura dos seis dentes anteriores através da linha de canino. 2 - Comparar na tabela quais os dentes que tem a largura dos anteriores compatível com a largura medida. 3 - Verificar altura do incisivo central através da altura da linha do sorriso forcado. 4 - Escolher entre os dentes selecionados qual tem a altura compatível com a altura medida. 5 - Definir com o Cirurgião-dentista, qual o formato do rosto do paciente. 6 - Escolher entre os dentes selecionados qual tem o formato mais próximo ao definido com o Cirurgião-dentista. 7 - Selecionar a cor através da orientação do Cirurgião-dentista. 8 - Selecionados os dentes anteriores existe uma tabela na carta molde que define quais os posteriores mais adequados para cada anterior.


Através desta tabela, selecionar os posteriores partindo do conhecimento inicial de que: 30 - Significa perímetro oclusal M - Significa altura média 32 - Significa altura média

L - Significa altura longa 34 – Significa altura longa.

Montagem de Dentes A montagem de dentes é a colocação dos dentes artificiais na base de prova, a qual deve respeitar fatores fisiológicos, anatômicos, estético e fonético, em função de nosso trabalho ter por finalidade, devolver ao paciente condições psicológicas e físicas adequadas para conseguir uma sociabilidade que porventura não possui. A falta dos dentes ou próteses mal confeccionadas tornava o paciente inibido, não se relacionando de forma espontânea com as pessoas. Após a escolha correta dos dentes artificiais, iniciamos a fase de montagem dos dentes.

Montagem de Dentes Anteriores Superiores Esquerdos: Os dentes anteriores superiores devem ser orientados na montagem pelo plano de cera inferior; a face vestibular dos dentes devem corresponder à face vestibular do rolete de cera. Os dentes anteriores superiores são de total importância, pois são os dentes que proporcionam a estética por excelência. Devemos ter o máximo cuidado durante a montagem a fim de conseguirmos a harmonia facial. As chapas de prova superior e inferior com os respectivos planos de cera duplicados devem ser fixados com cera rosa fundida em seus respectivos modelos, antes de se iniciar a montagem.


Retiramos totalmente o plano de cera do hemi-arco superior esquerdo a partir da linha mediana até a linha de canino, obedecendo a altura estabelecida pela linha de sorriso ou alta.

Montagem do Incisivo Central Superior a - A face incisal toca o plano de cera inferior no bordo ocluso-vestibular. b - A face mesial, no terço incisal, toca o plano de cera do hemi-arco oposto que corresponde no momento à linha mediana. c - No sentido vestíbulo-palatino o colo do dente é inclinado para palatino. d - No sentido mésio-distal o longo eixo deve estar paralelo a linha mediana.

Montagem do Incisivo Lateral Superior: a - A face incisal fica ligeiramente afastada do plano

de cera inferior, isto é, não toca a

superfície oclusal; é o único que não está na curva normalmente. b - A face mesial no terço médio incisal, toca a face distal do incisivo central. c - No sentido vestíbulo-palatino a inclinação axial é para o lado palatino, e mais acentuado que o incisivo central. d - No sentido mésio-distal o longo eixo deve estar inclinado para o lado distal.

Montagem do Canino Superior a - A cúspide tocando o plano de cera inferior. b - A face mesial tocando a face distal do incisivo lateral.


c - No sentido vestíbulo-palatino o longo eixo do dente fica perpendicular ao plano. É o dente mais saliente no conjunto dos anteriores. d - No sentido mésio-distal o longo eixo deve ter uma pequena inclinação para o lado distal.

Montagem dos Dentes Posteriores Superiores Esquerdos: Primeiro e Segundo Pré-Molares: a - A face mesial mentem ponto de contato com o dente ao lado, no 1/3 oclusal. b - A face vestibular acompanha o contorno do plano de cera. c - As cúspides V e P tocam o plano oclusal. d - No sentido MD o longo eixo do dente é perpendicular ao plano oclusal. e - No sentido VL o longo eixo também é perpendicular ao plano oclusal.

Primeiro Molar: a – A face mesial mantém o ponto de contato com a face distal do segundo pré-molar. b – A face vestibular acompanha o contorno do plano de cera. c – Todas as cúspides, com exceção da disto-vestibular tocam o plano de cera. d – Nos sentidos MD e VL, o longo eixo é perpendicular ao plano de oclusal.

Segundo Molar: a – A face mesial mantém ponto de contato com a face distal do primeiro molar. b – A face vestibular acompanha o contorno do plano de cera.


c – Apenas a cúspide mesio-palatina toca o plano. As demais não fazem contato com o plano oclusal e a disto-vestibular deve estar distânciada deste cerca de 1 mm. d – Nos sentidos MD e VL, o longo eixo do dente deve ficar perpendicular ao plano oclusal. Depois de montados os dentes superiores esquerdos, colocamos os direitos seguindo a mesma orientação.

Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores Há três maneiras dos incisivos inferiores entrarem em contato de oclusão com os superiores: a - Contato em oclusão com trespasse vertical (overbite). Ocorre quando a face incisal dos incisivos inferiores encontra-se com a face palatina dos IS na altura do 1/3 incisal na posição de oclusão central. b - Contato em oclusão com trespasse vertical e horizontal (overbite e overjet). c - Contato de borda a borda, quando as faces incisais dos incisivos superiores e inferiores mantém contato normal na posição de oclusão central. Nós vamos adotar normalmente o contato com trespasse vertical e horizontal e o contato de topo nos casos de rebordo reabsorvido ou prognatismo inferior.

Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores Esquerdos: Removemos no plano de orientação inferior, a cera correspondente aos dentes anteriores inferiores esquerdos.


Montagem do Incisivo Central Inferior: a - A face incisal fica na altura do 1/3 incisal do ICS, afastado do mesmo cerca de 1 mm. b - A face mesial no 1/3 incisal toca a face mesial do plano de cera, isto é, a linha mediana. c - No sentido VL, o colo fica ligeiramente para lingual. d - No sentido MD, o longo eixo do dente fica aparelho a linha mediana.

Montagem do Incisivo Lateral Inferior: a - A face incisal fica na altura do 1/3 incisal, da ½ do ICS e ILS, afastado dele cerca de 1mm. b - A face mesial, no 1/3 incisal toca o 1/3 incisal distal do ICI. c - No sentido VL, o longo eixo é perpendicular ao plano oclusal. d - No sentido MD, o longo eixo apresenta inclinação para o lado mesial.

Montagem do Canino Inferior: a - Vertente distal da cúspide do canino fica na altura do 1/3 incisal mesial do canino superior e a vertente mesial na altura do 1/3 incisal distal do ILS. O canino inferior também se mantém afastado do superior em cerca de 1 mm. b - No sentido MD o longo eixo é perpendicular ao rebordo alveolar.

Montagem dos Dentes Posteriores Inferiores: Primeiro Pré-Molar Inferior: a – A face mesial mantém ponto de contato com a face distal do canino.


b – A cúspide vestibular fica em contato com a crista marginal mesial do primeiro pré-molar superior. c – A vertente distal da cúspide vestibular em contato com a fossa e sulco mesial do primeiro pré-molar superior. d – Nos sentidos MD e VL, o longo eixo do dente deve ficar perpendicular ao plano oclusal.

Segundo Pré-Molar Inferior: a – A face mesial mantém ponto de contato com a face distal do primeiro pré-molar. b – A vertente mesial da cúspide vestibular fica em contato com a fossa e sulco distal do primeiro pré-molar superior. c – A vertente distal da cúspide vestibular fica em contato com a fossa e sulco mesial do segundo pré-molar superior. d – A cúspide vestibular em contato com a crista marginal do primeiro prémolar superior e mesial do segundo pré-molar superior. e – O longo eixo do dente é perpendicular ao plano oclusal tanto sentido MD como VL.

Primeiro Molar Inferior: a – A cúspide mésio vestibular faz contato com as cristas marginais distal do segundo pré-molar superior e mesial do primeiro molar superior. b – O sulco mésio-vestibular em contato com a cúspide vestíbulo-mesial do primeiro molar superior. c – A face mesial mantém ponto de contato com a face distal do segundo pré-molar.


d – O sulco disto-vestibular em contato com a cúspide vestíbulo-distal do primeiro molar superior. e – O longo eixo do dente é perpendicular ao plano oclusal tanto no sentido MD como no VL.

Segundo Molar Inferior a – A cúspide mésio-vestibular em contato com a crista marginal mesial e sulco mesial do segundo molar superior. b – O sulco vestibular em contato com a cúspide mésio-vestibular do segundo molar superior. c – A face mesial em contato com a face distal do primeiro molar. d – O longo eixo é perpendicular ao plano oclusal no sentido VL como no MD. Depois de montados os inferiores esquerdos, colocamos o lado direito seguindo a mesma orientação.

Escultura Escultura é uma fase laboratorial cuja finalidade é transmitir características gengivais à base da prótese total. Após a montagem dos dentes e verificação da articulação, faz-se o enceramento da dentadura. O enceramento é iniciado com a fixação das bases de prova nos respectivos modelos. Adicionar uma camada fundida suficiente para a escultura correspondente à região gengival, sobre os colos, espaços interdentais, região do palato e parte posterior da dentadura. O procedimento para a prótese inferior é semelhante. A borda livre da gengiva é recortada com Lecron contornando o colo cervical. O recorte vestibular é feito em 45 graus, deslizando a espátula de um lado a outro do dente, em movimento firme e contínuo, dando forma à


borda livre e às papilas. O recorte pela lingual é realizado deslizando a espátula praticamente na horizontal.

angulação ideal para recorte cervical.

Escultura da Região das Bordas Livres Como o recorte cervical é feito nos limites das faces anatômicas de cada dente, os níveis dos recortes devem variar de acordo com o tamanho dos dentes. Este detalhe é importante nos dentes anteriores, pois influi na estética, conferindo maior naturalidade às próteses. Assim, para a prótese superior, o recorte da borda cervical livre do ICS deverá ficar acima do recorte do ILS. - O recorte da região cervical do CS deverá ficar acima do recorte do ICS. - Os recortes das bordas gengivais livres dos dentes posteriores também são feitas com base nas dimensões dos dentes: quanto maiores os dentes, mais acentuados serão os recortes. Na prótese inferior a orientação para o recorte é a mesma da superior. Porém, como os dentes anteriores são de tamanho reduzido, o recorte deve ser feito com muito cuidado. - O recorte do ILI deverá ser mais acentuado do que o do ICI. - O recorte do CI deverá ser mais acentuado do que o do ILI.

Sulcos Horizontais Com espátula 7 é feito um sulco mésio-distal acentuado, que se inicia na linha mediana até a altura do freio lateral; outro que parte do outro lado do freio lateral e termina suavemente na tuberosidade.


Estes sulcos horizontais apresentam-se curvos acompanhando a conformação da região periférica. O lado oposto é semelhante.

Esboço das Bossas Radiculares Com Lecron, esboçar a escultura das bossas, fazendo os sulcos verticais que tem início nas papilas interdentais e que terminam nos sulcos mésio-distais, mais largos e mais profundos. No esboço, No esboço ao eliminar a cera, lembrar de dar forma e tamanho adequados a cada bossa, assim como orientar a direção e localização das mesmas nos prolongamentos dos longos eixos dos dentes. Após serem feitos os sulcos e recortes básicos, dar conformação natural às fossas. bossas e sulcos, arredondando e tirando os excessos de modo a regularizar a superfície e obter assim o delineamento dos acidentes anatômicos.

escultura pelo lado vestibular

Escultura do Lado Palatino Com Lecron delinear os sulcos verticais que tem início nas regiões de contato dos dentes e que terminam logo em seguida, alargando e espraiando-se.

Inclusão As operações que se seguem e os cuidados que se deve tomar em relação à inclusão das próteses na mufla, visam a substituição da base da dentadura em cera por resina acrílica de lenta polimerização. A mufla é um dispositivo metálico constituído de três partes: base (A), contra-mufla (B) e tampa (C). Esta mufla deve ser adequada ao tamanho do


modelo, por isso, antes experimentamos o modelo para verificarmos se há necessidade do desgaste deste. O modelo deve ficar afastado a +\- 5mm da parede vertical e também da tampa.

A mufla deve estar isolada com vaselina pastosa e o modelo hidratado. Verter o gesso manipulado na base e posicionar o modelo centralizando-o sobre a massa de gesso. Imediatamente, adaptar provisoriamente a contra-mufla na base para a verificação da posição do arco dental em relação às suas paredes. Qualquer mudança de posição ainda será possível pois o gesso ainda não se cristalizou. Remove-se a contra-mufla e ajusta-se, rapidamente, o modelo na posição desejada, seguindo a eliminação do excesso de gesso em torno do modelo deixando limpa a escultura e a superfície lisa e expulsiva no sentido oclusal. Aguardar a cristalização e isolar com Cel lac. Uma muralha de gesso pedra deve ser feita sobre os dentes com o objetivo de evitar que eles se desloquem de suas posições nas fases subseqüentes. Assentar a contra-mufla na base e verter o gesso comum completando-a. Adicionar um pouco de gesso na tampa e fechar a mufla. Deverá haver excesso de gesso nesta fase.

Inclusão dos modelos na mufla


Inclusão com Muralha de Silicone Inicialmente, selecionamos a mufla de tamanho adequada ao modelo. A mufla deve ser de tamanho que acomode o modelo com certa folga, tanto em altura com em largura e comprimento.

Técnica de Inclusão 1 - Para facilitar, mais tarde a desinclusão da prótese, as superfícies internas da mufla devem ser untadas com vaselina. 2 - Hidratar o modelo enquanto se espátula 1oo gr. de gesso comum em 50 cc de água. 3 - Depositar o gesso manipulado na base da mufla, posicionar o modelo, centralizando-o sobre a massa de gesso; pressionar o modelo de modo que fique no mesmo nível da borda da base da mufla; remover o gesso que sobrou. 4 - Adaptar a contra-mufla, na base da mufla, para verificar a posição do arco dental em relação às paredes da contra-mufla, se estiver muito próximo de qualquer das paredes, ainda é possível ajustar o posicionamento do modelo, pois o gesso ainda está pouco consistente. 5 - Remover a contra-mufla. 6 - Eliminar o excesso de gesso em torno do modelo, com todo o cuidado para não sujar a escultura, ao mesmo tempo que torna a sua superfície lisa e expulsiva no sentido oclusal. 7 - Depois da cristalização do gesso, isolar todo o gesso (isolante Cellac). 8 - Com o gesso especial fazer uma muralha em torno de toda a prótese (inclusão convencional) ou fazer uma muralha com silicone Zetalabor. 9 - Adaptar o contra-muflo. 10 - A seguir, a parte da contra-mufla é preenchida com gesso. O gesso manipulado é vertido pouco a pouco na parte da contra-mufla sob vibração, preenchendo-a por completo.


Ajusta-se a tampa e espere a cristalização do gesso.

Eliminação da Cera Após a presa final do gesso colocamos a mufla num recipiente com água em ebulição por +\- 5 minutos que é o tempo suficiente para a cera se torne plástica. Retiramos da água fervente e com uma chave de fenda, separamos as duas partes da mufla e contra-mufla, cuidadosamente para não fraturar o modelo. Removemos a chapa e a cera amolecida com uma espátula e em seguida jogamos mais água fervente para eliminar o resto de cera aderida ao modelo. Com uma broca esférica, fazemos pequenas perfurações sobre as superfícies dos dentes: três nos molares, duas nos pré-molares e uma nos anteriores, para permitir uma boa fixação dos dentes na base da dentadura. Limpamos e secamos toda a superfície da mufla e contra-mufla com jatos de ar. Isolamos com Cel-lac toda a porção de gesso, com cuidado para não isolar os dentes na parte gengival e deixamos secar.

Retenção dos dentes: Com a broca esférica número 6, perfurar os dentes artificiais com todo cuidado para não atingir a superfície oclusal ou vestibular do dente. Retirar com jatos de ar restos de resina contidas na região dos dentes.

Retenção dos dentes artificiais

Isolamento das partes internas da mufla:


De preferência com a mufla ainda quente, passar isolante do tipo Cellac e aguardar a secagem. Para analisar se a região de gesso está devidamente isolada, observar se a película de isolante possui consistência aveludada. Na região onde foi aplicado silicone laboratorial não há necessidade de isolar.

Acrilização Composição e Preparo da Resina

Usamos para a base da dentadura, resina acrílica ativada teoricamente. Ela se apresenta na forma líquida que é o monômero e em forma de grânulos ou esferas sólidas, que é o polímero. Na prática, costumamos colocar em um pote, o polímero (25 cc para as dentaduras de tamanho médio e 30 cc para as maiores) e depois o líquido, lentamente até saturar completamente. Conseguida a saturação, com uma espátula, homogeneizamos a mistura e, em seguida inserimos imediatamente na contra-mufla e esperamos cerca de cinco minutos. Encaixamos a contra-mufla sobre a base da mufla e levamos à prensa de bancada. Prensamos lentamente para o escoamento das partes metálicas da mufla e contra-mufla. Esperamos uns 3 minutos, retiramos da prensa de bancada e colocamos na prensa individual para a polimerização. É necessário esperar meia hora antes de dar início à polimerização.

Técnica de acrilização total com palato incolor:


Em um pote de resina colocar uma porção de resina acrílica rosa e em outro uma quantidade de resina acrílica incolor. Aplicar monômero somente na porção de resina rosa, manipular a mistura com a espátula 36 e com as mãos preparar o material da mesma forma descrita anteriormente e aplicar na região dos dentes. Introduzir um plástico fino entre a resina e a base da mufla e levar o conjunto para a prensa de bancada, apertando-a bem lentamente. Aguardar alguns minutos e retirar a mufla da prensa, utilizar a faca para gesso e separar as partes. Retirar o plástico da resina (não untar o plástico com vaselina). Com uma lamina de bisturi, recortar a resina rosa, com cautela para não picotá-la, deixando toda a área palatina livre. Cobrir a contra mufla com um plástico para evitar a volatilização do monômero, que causa ressecamento e porosidade. Manipular resina incolor e aguar alguns instantes para a mistura adquirir consistência plástica. Retirar o plástico da contra mufla e depositar com o auxílio da espátula 36, na região palatina. Sobrepor a base da mufla na resina, fechando a peça, adaptar as placas de polimerização e levar a prensa hidráulica. Comprimir lentamente o cabo da prensa deixando a resina incolor escoar pouco a pouco pela parte de trás da mufla, comprimir e aguardar até que as partes metálicas da mufla coincidam. Apertar as placas de polimerização para a cocção da prótese.

Polimerização O monômero é transformado em polímero por aquecimento do material sob pressão no interior da mufla. A polimerização determina uma reação exotérmica no material e por isso a partir de 60 graus deve-se controlar a temperatura no sentido de elevá-la lentamente, procurando evitar um sobreaquecimento que poderia ocasionar a formação de bolhas desagradáveis que inutilizariam o trabalho.


A polimerização pode ser realizada por dois métodos: - Imersão em água a baixa temperatura por tempo mais ou menos longo. - A alta temperatura por tempo relativamente mais curto. Na primeira alternativa aconselha-se a manter em água a 73 graus por 8 horas. No último caso, deve ser seguida a técnica de Tuckfield, Worner e Guerin: - Meia hora para aquecimento da temperatura ambiente até 65 graus. - Manter a mufla por uma hora à temperatura de 65 graus. - Meia hora para elevar a temperatura de 65 graus a 100 graus. - Manutenção da mufla, por uma hora a 100 graus, perfazendo uma polimerização de 3 horas. O resfriamento que se segue à polimerização deve ser lento aconselhando-se que a mufla seja mantida à temperatura ambiente por uma hora, antes de resfriá-la sob água corrente. Obs.: Para a polimerização é necessário que a mufla esteja na prensa individual.

Falhas da Polimerização Porosidades:

a - polimerização adequada; / b e c - velocidade de aquecimento


muito rápida; / d - mistura de m/p insuficiente; / e - pressão insuficiente durante a cura. - Temperatura superior a 100,8 graus no interior da mufla (evaporação dos componentes do monômero). - Inclusão de ar durante a mistura. - Bordas muito grossas não permitindo que o calor seja conduzido para a superfície externa da resina causando ebulição do monômero. - Durante o polimento, não se deve deixar que a resina aqueça pois pode haver despolimerização parcial, diminuindo assim o grau de polimerização, logo menor resistência.

Técnica de Desinclusão

- Introduzir a chave de fenda entre a base e a contramufla;

Abertura da Mufla - Com um martelo, malhar cuidadosamente as bordas da mufla para retirar o gesso que envolve a prótese contida na mufla. - Com tesoura própria, cortar o gesso que envolve a prótese em pequenas partes cuidadosamente para não fraturá-la. Qualquer descuido no ponto de aplicação da tesoura poderá gerar uma força em cunha e provocar a quebra, principalmente se a prótese for a inferior. - Se o modelo ficar retido na prótese, a sua remoção será trabalhosa e deverá ser realizada em pequenos pedaços. - Com Lecron, eliminar todo o gesso da superfície da resina acrílica e com auxílio de estilete eliminar a resina que preencheu os espaços interdentais.

Acabamento e Polimento das PTRs


1 - Removemos todos os excessos de resina acrílica dos bordos por meio de pedras montadas até o limite exato. 2 - Fazemos o alívio dos freios e das inserções musculares através de recortes com brocas de fissura ou pedras montadas pequenas. 3 - Removemos os excessos de resina dos espaços interdentários e do colo dos dentes através de brocas e estiletes cortantes. 4 - Acentuamos a escultura da superfície vestibular e lingual das porções gengivais com pedras montadas piriforme. (A) 5 - Passamos tira de lixa fina, montadas em mandril, em toda área externa da dentadura até conseguirmos uma superfície lisa. (B)

Polimento das Dentaduras 1 - Com o torno de polimento em baixa rotação, passamos cone de feltro com pedra pomes molhada nos espaços interdentais e fossas até que os riscos deixados pela lixa desapareçam. Os cones devem ser passados seguindo

-

a anatomia da dentadura e sob ligeira pressão. 2 - Em seguida, com a escova preta e pedra pomes molhada melhoramos o alisamento da superfície. -

Continuamos usando a baixa rotação no torno e devemos também

exercer pequena pressão da escova contra a dentadura. No final desta fase não devem existir mais


riscos deixados pela lixa e para cientificarmo-nos se está correto, devemos lavar o aparelho, enxugar e em seguida observá-lo contra a luz. 3 - Damos o brilho final com escovas brancas de cerdas delicadas e branco de Espanha (Carbonato de Ca) umedecido em água. Nesta fase usamos a maior rotação do torno, e não há necessidade de pressionarmos a escova.

Estética em Prótese Total Introdução: Durante a busca da satisfação estética em Prótese Total, o primeiro passo é o reconhecimento das expectativas do paciente, principalmente, o que ele julga como “estético”. É muito comum aos pacientes, quando da confecção de uma prótese total, buscarem características de juventude e da própria forma natural de seus dentes, um desejo emocional de recuperar a realidade perdida. Quando o paciente e profissional participam conjuntamente na discussão das possibilidades de individualização e caracterização da prótese total, o paciente provavelmente terá uma boa expectativa sobre sua prótese, o que favorece o sucesso do tratamento. Devido à falta de informação e interesse em assuntos relacionados à prótese total, muitos profissionais oferecem aos seus pacientes prótese padronizadas sem opções que aproximem este aparelho à realidade do paciente. Infelizmente, os pacientes insatisfeitos com o tratamento e apresentando dificuldades em se comunicar com o profissional, acham-se obrigados a aceitar passivamente essa situação. Esta falta de entrosamento profissional - paciente, poderá levar ao fracasso do tratamento, e até para alguns profissionais a falta de motivação em buscar soluções para o assunto. A corrente ênfase cultural sobre o ideal de beleza, estética e


juventude tem levado cada vez mais os profissionais que se interessam em aprimorar os seus serviços, oferecendo bem estar e conforto aos seus pacientes, a buscarem soluções estéticas onde o princípio seria: paciente Cirurgião Dentista - Técnico em Prótese Dental. A reconstituição estética e funcional em prótese total é um problema que deve ser considerado individualmente. A seleção e montagem dos dentes constitui uma etapa essencial. Um dos principais objetivos da prótese total é reproduzir trabalhos que não pareçam artificiais. O arranjo dos dentes é influenciado por idade, sexo e personalidade.

Idade Relacionado aos incisivos centrais, idosos com a borda incisal lisa e o jovem sem desgaste. Idoso masculino, apresenta manchas acastanhadas na região incisal, no sexo feminino estas são mais aci nzentadas.

Prótese que denota jovialidade: Incisivos laterais mais curtos que os centrais, caninos pontiagudos, papilas mais cheias e festões mais claros.

As próteses para as pessoas de mais idade requerem do profissional muita observação quanto aos aspectos: cor, desgastes, posicionamento dos dentes e, principalmente ao correto tratamento da matriz (gengiva artificial, considerando festões, papilas e bossas de raízes). Prótese idosa: Os incisivos anteriores, até os caninos, mostram-se abrasionados. Na coloração da borda incisal que já existe, observa-se uma coloração amarronzada. A retração gengival é vidente.


O aspecto jovial de um senhor ou uma senhora idosa, sua atividade e comportamento social, poderá dar ensejo ao profissional para fazer certas mudanças na prótese, para parecer mais jovial. A cor está bastante relacionada às alterações determinadas pela abrasão maior ou menor das bordas incisais, com a conseqüente impregnação dos canalículos dentários, por uma diminuição acentuado do tamanho da câmara pulpar, pelas exposições maiores ou menores do cemento ao nível do limite cervical, e finalmente, pelas marcas deixadas por tratamentos dentários (restaurações cavitarias, de coroa total e substituições dentárias parciais).

Sexo Relacionado aos incisivos laterais que expressam as características sexuais: no sexo masculino, a face mesial está localizada lingualmente, em relação à face distal do incisivo central, e no feminino, a mesma está localizada vestibularmente.

Personalidade: Os caninos denotam vigor ou suavidade. Caninos volumosos e com seu longo eixo vertical, numa vista frontal, transmitem a sensação de agressividade. Na montagem dos dentes devemos considerar a disposição, alinhamento e posição dos dentes. A disposição refere-se a forma do arco dental resultante da montagem dos dentes. Na sessão de prova devemos adequar estes três requisitos às características faciais e funcionais do paciente. – O

Arranjo dos Dentes Os

dentes

femininos

são

mais

arredondados e de textura superficial mais lisa. O canino feminino apresenta seu longo


eixo inclinado em direção à pupila e a ponta da cúspide não deve ser mais longa que a borda do incisivo central.

A aparência natural pode ser obtida pela disposição dos dentes e a escultura da porção gengival da base da prótese total. A separação dos dentes anteriores produz um excelente aspecto. Pode-se obter a separação de várias maneiras.

Maneiras para se obter a separação dos dentes: a – Diastema, mas nem sempre é aceito pelo paciente. b – Diferenças nos tons e matizes, porém não deve ser exagerada a diferença para não resultar grotesco. c – Diferença na posição dos dentes produzem sombras que os separam. d – Desgaste das bordas incisais simulando o atrito.

O fenômeno da morfopsicologia que seria como uma pessoa vê a outra. Deste ponto de vista, os incisivos centrais focalizam as características de personalidade, força, energia, autoritarismo, apatia ou retração. Os incisivos laterais concentram o abstrato: elemento artístico, emocional ou intelectual da personalidade.

a – jovem

b – meia idade c – idade avançada


Papila interdental:

a – jovem b – meia idade c – idade avançada

Observação: Anatomia da cúspide do canino com o avançar da idade.

Corredor Bucal O corredor bucal é um espaço observável em ambos os cantos da boca. A sua presença determina o aparecimento de zonas vazias e que se localizam da seguinte maneira, quando se observa o paciente de frente: o canto da boca, zona do corredor bucal, faces vestibulares de pré-molares e molares. Sua extensão pode variar de paciente a paciente, mas sua pr esença é constante e determina a posição relativa e a inclinação das faces vestibulares dos pré-molares principalmente. O corredor bucal tem grande influência no contraste da tonalidade de cores, uma vez que intercala em ambos os lados, zonas mais escuras, quebrando a monotonia do conjunto e não permitindo uma exposição maior ou exagerada das superfícies vestibulares dos dentes posteriores. Naturalmente, o aparecimento do corredor bucal durante o sorriso, estará condicionado não apenas a posição dos dentes e sua inclinação, mas também a um correto suporte dos tecidos moles das bochechas, pela superfície polida (externa) das próteses totais.


Em “A”, a presença do cor redor bucal. Em “B”, ausência. O corredor bucal existe sempre, ainda que em grau variável nos portadores de dentes naturais e sua reprodução nas próteses totais permite que se incorpore mais um fator importante na harmonização com a face, o sexo e mesmo com as características físicas e mentais de seu portador.

Suporte do Lábio O suporte do lábio superior deve ser sempre obtido por uma correta localização dos dentes anteriores superiores. O suporte para os lábios deve ser dado essencialmente pelos dentes e não pelo flanco da prótese e principalmente por seu terço médio vestibular. A distância a que devem ser colocados os incisivos centrais da papila incisiva, em termos gerais, está condicionada à conformação do arco:

1 – Mais próximas à papila, em arcos predominantemente quadrados. 2 – A uma distância média nos arcos ovóides. 3 – Mais distantes nos arcos triangulares. Entretanto, em alguns casos o rebordo residual não será uma indicação válida, devido à sua alteração tanto em forma como em posição, por problemas oclusais prévios, em casos de rebordo já com alguma reabsorção, pode-se estabelecer como regra que os dentes nunca deverão ser montados em contato com o mesmo e sim, em grau variável à sua frente.


A posição correta dos dentes superiores anteriores em relação a postura dos lábios é observada quase que invariavelmente pela linha úmida do lábio superior principalmente, dobrando-se para fora, como que desabrochando.

Montagem de Dentes em PTR Bimaxilar – Chave de Oclusão Os critérios de montagem em PTR dupla difere da montagem da PTR unitária. A seqüência a ser seguida é a seguinte: 1 – Montar a hemi-arcada superior esquerda do paciente; 2 – No lado esquerdo inferior, montar o incisivo central, incisivo lateral e canino; 3 - Montar a chave de oclusão que é o primeiro molar inferior esquerdo e, em seguida montar o segundo prémolar e o segundo molar, inferior esquerdo. 4 – Montar a hemi-arcada superior direita; 5 – No lado direito inferior, montar o incisivo central, incisivo lateral e o canino; 6 – Montar, para fechar a oclusão, o primeiro molar seguido do segundo prémolar e segundo molar, inferiores direito; 7 – O último dente a ser montado é o primeiro pré-molar inferior, pois é o único dente que podemos desgastar mesial ou distalmente. Nesse ponto também, podemos deixar um pequeno diastema. Devemos sempre verificar se a montagem está obedecendo a curvatura antero-posterior. A estética aceitável pode ser mudada por: 1 – Abrasão das bordas incisais; 2 – Rotação e inclinação dos incisivos para ganhar uma aparência irregular;


3 – Criando uma assimetria nas divergências das superfícies proximais; 4 – Criar um pequeno diastema entre os incisivos centrais e laterais; 5 – Variar a direção do eixo axial das coroas. O arranjo estético dos dentes é um procedimento muito vital para favorecer um bom prognóstico. Não deve ser delegado a um auxiliar que não conheça o paciente. Opinião de outros, particularmente dos familiares do paciente e amigos íntimos, é uma estimada ajuda para melhorar a estética. A feição do rosto, expressão facial e posição dos dentes, são fatores herdados, por isso a posição dos dentes de um irmão ou de um filho pode ser excelente guia quando se montam os dentes artificiais em seus parentes.

Acrilização das Próteses Totais Após o processo de execução da montagem dos dentes (ceroplastia), escultura gengival e inclusão na mufla, preparar a prótese para troca de material, ou seja, a substituição da cera por resina acrílica. A partir da colocação do material (resina acrílica), segue-se a prensagem e a cocção, até o momento da demuflagem. Este processo é denominado de acrilização. O tipo de resina acrílica utilizada é termo polimerizável, cuja polimerização se dá por meio da ação de calor. Podemos confeccionar próteses totais em vários tipos de colorações, como por exemplo, a peça inteiramente rosa ou em palato incolor. Podemos atribuir também tonalidades diferenciadas de rosa que são vendidas no mercado para aplicação de porção vestibular. Há também mistura de cores em uma só prótese, denominadas como caracterização. A caracterização é feita depois da abertura da mufla, como se fosse a pintura de um quadro de dentro para fora. É de rápida execução, mas exige muito preciosismo, pois o resultado final só é conhecido após a polimerização e demuflagem da prótese.


Técnica Para uso de Pigmentos - Você tem em sua matriz: bossas, fossas, papilas, freios e rugosidade palatina. - Comece pelos freios. Coloque a resina adequada somente nos freios. Logo após, o monômero e polímero com conta gotas. - A seguir, as bossas caninas e de pré-molares. Da mesma forma, coloque o polímero sem deixar que atinja as papilas. Caso a resina atinja alguma delas é só corrigir. - Depois as papilas interdentais. - Por último, papilas de colo e fundo de saco vestibular. Atenção: Esta etapa é por toda a extensão da face vestibular e em degradê. Coloque o polímero em maior quantidade a altura das papilas e vá reduzindo a quantidade até o fundo de saco.

Palato Transparente: Manipule a resina em quantidade suficiente. Quando ela estiver na fase plástica, verta-a por sobre o palato. Cuide para que ela se espalhe por toda a extensão sem formar bolhas. Aí, então coloque a base com o modelo de gesso e aperte ligeiramente. Aguarde mais ou menos um minuto e leve para a prensa de bancada.

Técnica Para uso de Pigmentos – Natuform e Colorform - Freios – em rosa vermelho; - Bossas – caninas e de pré-molar – rosa esbranquiçado; - Papila interdental – rosa vermelho (mais suave); - Papila de colo – rosa natural; - Fundo de saco vestibular – incolor; - Palato – incolor; - Rugosidade palatina;


- Gengiva marchetada.

Coloform: - Freios – rosa vermelho; - Papilas – rosa natural; - Palato – incolor; - Fundo de saco – incolor; - Rugosidade palatina.

Com base Resiliente Temos também a prensagem com base macia. Ela se une quimicamente a todas as superfícies acrílicas e a si mesma, sem necessidade de qualquer agente de união. O material consiste em pó (polímero) e líquido (monômero) e também um selante para ajudar a manter a maciez e evitar a formação de bactérias. Este selante não deve ser removido e recomenda-se que seja reaplicado anualmente para manter o brilho e a maciez da base macia.

Ajuste Oclusal É realizado por meio de execução dos movimentos mandibulares de protrusão e retrusão, de lateralidade direita e esquerda, pelo articulador, além da abertura e fechamento para verificação da existência de contatos prematuros ou interferências. Para isso, interpor uma tira de papel de articulação entre as superfícies oclusais (superior e inferior) e proceder com os movimentos.

Técnica Utilizada para o Ajuste de Articulação


Contatar o papel carbono flexionando o articulador com movimentos de abertura e fechamento, marcando em ambos os arcos dentais (superior e inferior), para detectar contatos prematuros. Os dentes posteriores devem possuir pontos uniformes localizados nas cúspides; 24 pontos demarcados pelo carbono são considerados um número apropriado, sendo estes em forma uniforme. Registro de anéis ou discos deverá ser desgastado com uma broca esférica para nova análise. Com o ramo superior do articulador, fazer movimentos de lateralidade. Se ocorrer interferências, deslocar levemente de lugar o dente atingido e, se ainda o resultado estiver insatisfatório, optar pelo desgaste do dente com a broca de tungstênio. É fundamental para a escultura que os dentes estejam devidamente fixados para evitar sua movimentação após o ajuste concluído.

Passo-a-passo da Técnica do Ajuste Oclusal 1o Passo: Ajuste oclusal em abertura e fechamento.

2o Passo: Ajuste em movimento de lateralidade.

3o Passo:


Ajuste em movimento de protrusão e retrusão.

4o Passo: Pontos de contato de carbono.

5o Passo: Vista lingual da oclusão após o ajuste oclusal.


Prótese Total Imediata É uma prótese construída para tomar o lugar da dentição perdida e as estruturas associadas da maxila e/ou mandíbula instalada logo após a exodontia (extração) dos remanescentes. Diferem das comuns no que se refere ao estado da área chapeavel sobre a qual são confeccionadas e, também sobre os modelos obtidos.

Quanto a sua Instalação Enquanto as comuns esperam alguns meses após a cirurgia para instalar a prótese sobre o rebordo alveolar já completamente cicatrizado; a imediata é colocada após a extração e sobre a ferida cirúrgica. Em outras palavras, dentaduras comuns são trabalhos clínico-protéticos e imediatas são trabalhos cirúrgico-protéticos.

Requisitos Os pacientes variam grandemente no que desejam, esperam e exigem. Uma prótese não é um tecido vivo, mas deve ser feita como parte do sistema composto pelos tecidos vivos, e ser fisiologicamente suportada pelo paciente. Para atingir alto grau de sucesso, alguns requisitos devem ser satisfeitos: 1 – Compatibilidade com o meio oral; 2 – Restauração da eficiência mastigatória dentro dos limites desejáveis; 3 – Harmonia com as funções da fala, respiração e deglutição; 4 – Aceitabilidade estética; 5 – Preservação dos tecidos remanescentes.

Vantagens 1 – Age como bandagem ou tala para ajudar a controlar a hemorragia,


para a proteção contra o trauma da língua, alimentação ou dos dentes presentes na arcada oposta, e para manter a boca com fluxo de saliva, fazendo com que as partículas de alimento não penetrem nos alvéolos, protegendo a coagulação do sangue, promovendo uma rápida recuperação. 2 – Pacientes recuperam as funções da fala, deglutição e mastigação mais cedo do que quando os lábios, a língua e as bochechas ficaram algum tempo sem suporte. 3 - Resolvem a falta de cooperação dos pacientes no sentido de se encontrarem com suas famílias ou no trabalho em estado edêntulo, podendo levar adiante seus afazeres sociais e de trabalho sem constrangimento. 4 - A língua, bochechas e lábios não terão suas posições alteradas pela falta de suporte fornecido pelos dentes, por isso a prótese será mais compatível com o meio oral. 5 - Os dentes naturais ajudarão no estabelecimento da DVO e posicionamento dos substitutos artificiais. Nem sempre a DVO existente é a mesma a ser reproduzida na prótese, porque a erupção contínua dos dentes não tem estado necessariamente em harmonia com o atrito das superfícies dentais e a causa é o aumento da distância interoclusal aceita. A manutenção da DVO correta é um fator essencial na aceitabilidade fisiológica de qualquer prótese. Os dentes remanescentes ajudam no posicionamento dos artificiais, mas a reprodução de suas posições nem sempre é desejável. Nem sempre as posições dos anteriores são compatíveis com a estética. A cor e o formato dos remanescentes ajudam na escolha dos substitutos.

Desvantagens: 1 – A imediata não substitui a estimulação que é dada ao osso pelos dentes naturais. 2 – Os procedimentos são precisos e levam tempo, além de necessitarem de maior número de consultas.


3 – Necessita de novas moldagens para manter a prótese adaptada a base. 4 – A estética fica sem avaliação até que a prótese seja instalada. A prótese imediata também necessita de moldeira individual que é confeccionada no modelo anatômico, depois da delimitação da área chapeavel, contornando a forma apresentada no modelo e respeitando os freios. Deve ser feito alívio nos dentes remanescentes com cera para tirar as retenções. A moldeira deve ser confeccionada sempre em resina acrílica.

Indicações e Contra-indicações Elas estão indicadas para pessoas física e psiquicamente em boas condições gerais de saúde. Antes de indicarmos a prótese total imediata, deveremos estudar os dados obtidos em exame clínico, juntamente com os modelos de estudo, radiografias, vontade e possibilidades do paciente, para ver-se não há maneira de evitar próteses totais. Mas é possível para a saúde do paciente indicar uma prótese total já, do que adiar para mais alguns meses a extração de dentes condenados por infecções periodontais, para serem aproveitados como elementos de suporte dos trabalhos parciais. Por outro lado, nos casos em que podemos indicar mais de um tipo de trabalho, aconselhamos optar sempre pelo mais simples, mais benéfico à saúde do órgão mastigatório e de menor custo. Elas devem ser contra-indicadas para os doentes mentais e também para todos os tipos de histéricos por impraticabilidade do trabalho devido a incompreensão e falta de cooperação. Quando a reação do organismo é baixa como acontece com as pessoas de idade avançada e com os pacientes de saúde em geral debilitada, costuma-se evitar as prótese imediatas. Se o paciente apresentar qualquer defeito congênito ou adquirido na área chapeavel que possa influir na retenção e estabilidade da prótese, preferimos sempre contra-indicar.


Guia Cirúrgico Após a demuflagem da cera, moldamos o modelo contido na mufla com hidrocolóide e o reproduzimos. Sobre o modelo-cópia delimitamos a área chapeavel e confeccionamos uma chapa em resina incolor, que não deve ser muito espessa. Esse guia irá orientar o dentista no trabalho de alveolotomia e na instalação da prótese. A transparência da resina permite localizar facilmente o ponto exato das escoriações ocorridas durante todo o período de controle pós-operatório e uma visão do panorama geral da adaptação da prótese.

Prótese Total Removível – Reembasamento É a reajustagem da base da dentadura por acréscimo de uma nova quantidade de material. Conforme a extensão do ajuste, o reembasamento pode ser total ou parcial. A maioria doas autores acham que o reembasamento ou a confecção de outra prótese deve ser de no mínimo um mês e de no máximo quatro meses, conforme o estado de cicatrização. Geralmente decorrido esse período a prótese começa a perder retenção.

Técnicas de Reembasamento - Direta (direto com dentista); - Indireta (protético).

Procedimentos da Técnica Indireta: A moldagem é feita com a pasta zincoenólica utilizando a própria prótese. Devemos isolar com vaselina pasta os dentes e toda a área externa da prótese. A inclusão será feita apenas com gesso comum. Para retirar a pasta, basta mergulhar em água fervente por 4 minutos. Abrir a mufla e retirar todo o material e, se for necessário ajudar com uma broca esférica. A prensagem é a habitual e na cor da base da prótese.


Oclusão Balanceada - Conceito É a oclusão em que a eficácia e eficiência da PTR são melhoradas através de contatos dentais bilaterais e simultâneos nos movimentos laterais e protrusivos.

Requisitos Na execução do movimento de protrusão, quando os anteriores estiverem topo a topo deve haver um dente posterior de cada lado também topo a topo. Na execução do movimento de lateralidade, enquanto a guia anterior estabelece contato, um dente posterior do lado de trabalho deve ficar topo a topo e um dente do lado de balanceio deve ficar contactando seu antagonista pelas cúspides de contenção cêntrica. Não deve haver contato prematuro. Quando esses requisitos são preenchidos, dizemos que a oclusão se estabeleceu em tripé, pois ficaram três pontos de contato acontecendo simultaneamente.

Formas de se Conseguir Oclusão Balanceada em Tripé ou Funcional: Na execução dos movimentos funcionais, devemos ter sempre o toque de 3 pontos da prótese: - Um na guia anterior, em um dos dentes posteriores direitos. - Outro em um dos dentes posteriores esquerdos (qualquer dente, desde que seja um posterior).

Oclusão Balanceada em Função de Grupo:


Na execução dos movimentos mandibulares funcionais, o número máximo de dentes posteriores tocam sempre.

Determinação da Zona Neutra A nossa cavidade oral tem como elementos protetores os músculos que a circundam na parte externa (lábios e bochecha) e na parte interna (língua), estes músculos tem além de proteger a cavidade oral, outras funções de relevante importância, como participar dos movimentos mandibulares e, possibilitar a existência do paladar (língua), efetuando a deglutição. A deglutição para o assunto a ser tratado, é a função mais importante. Durante a fase em que ainda não possui dentes, o bebê já executa a deglutição, e, é ela que através da força exercida pelos músculos direciona os dentes, após começarem a eruir para a direção correta. Essa direção correta, seria a posição em que eles (os dentes) devem ficar para que a ATM possa entrar em harmonia com todo o S.E. Como já foi citado, o nome desta referida posição é relação cêntrica, ou seja, a língua, os lábios e a bochecha direcionam nossos dentes em uma posição de relação cêntrica.

Técnica para Confecção de uma PT em Zona Neutra O plano de orientação é construído em godiva, na sua porção inferior e o plano superior em cera 7, normalmente. Quando da prova do plano, o dentista coloca o plano de godiva no plastificador (um aparelho que aquece a godiva à temperatura exata de sua plastificação), e, em seguida coloca sobre o plano inferior da godiva já amolecida na boca do paciente; aí ele manda o paciente deglutir várias vezes. Assim, a língua, os lábios e a bochecha vão marcando e conformando a godiva até que ela endureça novamente e com o formato exato do espaço vazio que existe entre eles, isto é a zona neutra. Logo após, o cirurgião-dentista, proceder o corte das curvaturas oclusais de acordo com a técnica comum e marca a dimensão vertical


juntamente com as linhas de referência no plano superior. De posse do modelo montado em articulador e os dentes já selecionados pelo cirurgião-dentista, o protético inicia a montagem dos dentes, construindo uma cópia da língua pela parte posterior da arcada inferior e da bochecha pela parte vestibular da arcada inferior; sucessivamente vão sendo retiradas partes do plano de orientação e assim montamos a arcada inferior primeiro, depois a superior, enceramos e mandamos para a prova. Durante a prova em cera, o cirurgião-dentista, espalha Lysandra na parte vestibular da prótese e molda as inserções musculares do paciente. Após isso, segue-se o procedimento de confecção normal.

P.T.R. Oca Impermeabilizada por Fotopolimerização Técnica que permite a confecção de uma prótese total oca, ocasionando uma redução do peso da prótese, evitando a infiltração de fluídos bucais através de um método de impermeabilização da resina acrílica. Técnica usada sempre que houver uma reabsorção óssea exageradamente grande, neste caso especifico o excesso de peso invalida seu uso pelo comprometimento das propriedades de retenção, estabilidade, adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica, que são os fatores físicos que atuam na prótese total. O uso prolongado de próteses delimitadas incorretamente, cirurgias mutilantes, acidentes traumáticos e, atualmente, os casos provenientes da remoção de implantes mal sucedidos, são algumas das indicações para está prótese.

Passo-a-passo: Estando a prótese já liberada para inclusão, devemos ter à mão duas muflas especiais VIPI-STG (dental Vipi) para a técnica de micro-ondas, sendo ambas numeradas tanto na base da mufla quanto na contra-mufla. Estas muflas são especiais porque a base de uma adapta-se perfeitamente com a contra-mufla da outra. Essa é uma condição fundamental para fazermos a prótese oca.


Ao preparar a prótese para inclusão, deve-se fixar na região um fio de cera que contorne uma tuberosidade, passe pela região das rugosidades palatinas até a outra tuberosidade. Na demuflagem ficará uma canaleta, indicando o local na região palatina onde a prótese será unida. Por vestibular, o próprio sulco gengivogeniano indicará o local. Vamos considerar que uma mufla foi gravada com o número 23 e a outra com o número 24. Inicialmente isola-se internamente todas as partes com vaselina em pasta. A inclusão da prótese é feita na base da mufla número 23, com todos os cuidados necessários. Após a cristalização do gesso, isolamos com Al-Cote (Dentsply) e confeccionamos a muralha de silicona Vip-Sil (Dental Vipi). Tendo a silicona já sofrido seu processo de cura, vamos adaptar a contra-mufla número 23, apertar os quatro parafusos e completar com gesso pedra, de acordo com a técnica convencional. Após o tempo mínimo de uma hora, procede-se à eliminação da cera no forno de micro-ondas. Após a eliminação da cera e o respectivo isolamento, olhando-se para a mufla aberta, vamos observar na base da número 23 o modelo da área basal, denominado daqui para frente por modelo 1 e na contra-mufla número 23 a muralha interna de silicona com os dentes. O passo seguinte é cobrir toda essa região com uma fina camada de cera 9 (Clássico), de 1 mm de espessura, formando assim a parte externa da cavidade oca da prótese. É importante que a parte visível da cera esteja bem lisa e a superfície sem nenhuma retenção. A seguir, adapta-se a base da outra mufla de número 24, aperta-se os quatro parafusos e completa-se com gesso pedra. Obs.: Na base da mufla existe um disco plástico que deve ser retirado antes, para que fique o orifício por onde o gesso será colocado.

Este novo modelo na base da mufla número 24 será denominado daqui em diante pelo número 2.


Após a presa do gesso, faz-se a remoção da cera no forno de microondas pela técnica já citada. Estando a mufla já preparada – base número 24 com modelo 2 e contra-mufla número 23 com os dentes -, procede-se a colocação e prensagem da resina que corresponde à vestibular da prótese. Utiliza-se o Sistema Tomaz Gomes de caracterização e as resinas do Kit STG (Gomes et al, 1997). A polimerização é feita em forno de micro-ondas (Sharp Interactive modelo RB-4656, 900 watts, 34 litros) através do seguinte ciclo: 10 minutos a 30% de potência; 5 minutos a 0% de potência; 10 minutos a 40% de potência. Após o resfriamento, abre-se a mufla. Como o modelo 2 da base da mufla 24 é expulsivo, essa demuflagem será feia sem dificuldades e sem fraturar o gesso. O procedimento seguinte é cobrir a área basal do modelo 1 da mufla 23 com cera número 9, criando assim a futura base da prótese. Após a cobertura, com uma lamparina tipo Hannau Evang, flamba-se toda a superfície da cera, coloca-se uma folha de plástico fina e adapta-se a contra-mufla de número 23, onde estão os dentes acrílicos e a resina já polimerizada. Essa operação serve para determinar o contato periférico e o local para a futura união das duas partes. Normalmente na cera fica marcado um friso rebaixado tanto na vestibular quanto na parte palatina. Depois do teste, retira-se a contra-mufla número 23 e, sobre a base da mufla número 23 onde está o modelo 1 já recoberto com cera, adapta-se a contra-mufla número 24, aperta-se os quatro parafusos e pelo orifício coloca-se gesso pedra manipulado conforme as especificações do fabricante, criando assim um modelo de número 3. Após a presa do gesso, faz-se a remoção da cera no forno de microondas, isola-se e prensa-se com resina acrílica ativada quimicamente


transparente, resina acrílica 7 STG (Dental Vipi) e polimeriza-se com o mesmo ciclo já citado na operação anterior. Após o resfriamento da resina e demuflagem, vamos ter a seguinte situação: na base da mufla número 23 o modelo 1 recoberto com a base acrílica da prótese e a contra-mufla número 23 com os dentes e a resina da vestibular da prótese. As duas partes devem se adaptar perfeitamente. Pode-se fazer um teste interpondo-se um papel carbono Articulating Papel e verificando-se as resinas tocam-se sem interferências. Qualquer toque incorreto pode ser desgastado com fresa de aço. A fase seguinte é a impermeabilização de toda a resina visível em ambas as partes da mufla, menos nas bordas que se tocam, onde futuramente as duas partes serão unidas. A impermeabilização é feita com verniz fotopolimerizável Palaseal (Kulzer – Alemanha). Como a mufla não cabe no interior do box do forno de fotopolimerização, devemos com um martelo de plástico dar uma leve pancada, separar o gesso e as partes da mufla. Como foi feito antes um isolamento interno com vaselina pasta, a separação ocorrerá facilmente. Conforme instrução do fabricante, aplica-se Palaseal e fotopolimerizase cada parte por 90 segundos. Neste momento, as partes que formarão a cavidade oca da prótese já estarão impermeabilizadas. A seguir prepara-se uma porção de resina acrílica ativada quimicamente transparente (resina acrílica Pálato STG), aguarda-se a fase plástica, coloca-se sobre a marca deixada na resina da base do modelo número 1. Interpondo-se uma folha de plástico fina, faz uma prensagem, inicial de prova. Após alguns minutos, abre-se a mufla, retira-se o plástico e os excessos que porventura tenha escoado para a parte interna da cavidade oca, promove-se o umidecimento com monômero e fecha-se novamente sem a folha de plástico. Por fim, faz a prensagem definitiva. Novamente realiza-se outra polimerização no forno de micro-ondas com o mesmo ciclo já citado anteriormente. Após o resfriamento, faz-se a demuflagem, o acabamento, o polimento final e também a impermeabilização com verniz Palaseal de toda a resina


externamente visível, tendo assim as porções interna e externa da câmara oca uma total impermeabilidade. Para saber se ambas as partes estão bem unidas, basta mergulhá-la em um recipiente com água. Se estiver bem unida, deverá flutuar.

P.T.R. Superior Imediata com Muralha - Guia de Silicona Está é uma técnica para a montagem de dentaduras imediatas superiores que dispensa o uso dos modelos inferiores das arcadas dos pacientes, planos de cera, dimensão vertical e registros. Uma muralha-guia de silicona obtida é utilizada. Para a execução desta técnica, a moldagem da arcada inferior, bem como construções de planos de cera, registros, dimensão vertical, etc., não são necessários. Fazemos tão somente as anotações referentes à cor dos dentes e de quaisquer alterações de cor ou desgaste por uso de algum dente anterior. Assim, anotamos, por exemplo, qualquer alteração de cor de restaurações de Classes 3, 4 ou 5 nos incisivos e caninos, pequenos espaços ou diastêmas, etc. Portanto, exceto a cor e o tom dos dentes, a muralha e a montagem darão todas as demais orientações. Desenha-se em uma ficha os seis dentes anteriores e anotam-se o tom de cada um e suas particularidades, manchas, abrasões, restaurações com cores diferentes e outras. Os passos desta técnica são os passos executados para um paciente que apresenta uma prótese parcial fixa e uma prótese parcial removível na arcada superior e a técnica poderia também ser indicada para qualquer outro caso no qual a muralha-guia pudesse ser total ou parcialmente construída, de preferência bilateralmente. Condenados os dentes e uma vez feita a opção pela Prótese Total Imediata, pelas vantagens que ela apresenta, passamos à seqüência: 1 – Com as próteses ainda em posição na boca, tomamos uma certa quantidade de silicona densa para moldagens (correspondente a duas medidas de pó para alginato), manipulamos com a quantidade de catalizador


recomendada pelo fabricante e tomando-a com quatro dedos da mão (sem utilizar o polegar), como se fosse uma moldeira rasa, fazemos a “moldagem” do palato, a oclusal e palatina dos dentes posteriores e a incisal e palatina dos dentes anteriores. Esta será a nossa muralha-guia para a futura montagem dos dentes. 2 – Removemos a seguir, a PPR e as duas PPF e fazemos uma moldagem da arcada superior com os dentes remanescentes, usando alginato adensado. Nesta moldagem, é vazado o gesso pedra. Moldagem e modelo são mantidos então, em ambientes com 100% de umidade relativa, durante uma hora.

Após

esse

tempo,

o

modelo

é

removido

da

moldagem

cuidadosamente, e na mesma moldagem, novo modelo é vazado. Teremos então dois modelos: no primeiro, após cortar os dentes remanescentes, será montada, encerada e incluída a dentadura e no segundo modelo, réplica do primeiro, também após cortar os dentes remanescentes será construída uma chapa de prova de resina incolor (guiacirúrgico), para auxiliar o preparo da boca durante a cirurgia. Neste segundo modelo, poderá ainda ser construída uma outra dentadura e assim o paciente nunca ficará sem dentes, caso ocorra qualquer imprevisto como fratura, quebra ou deslocamento de dentes, etc. Esta segunda dentadura tem sua importância maximizada no caso de dentaduras imediatas, pois o paciente ficará em nenhum momento sem os dentes quando do reembasamento da primeira. 3 – A muralha-guia tem seus excessos vestibulares recortados e os dentes, a na cor e forma previamente escolhidos, nela vão sendo montados. Nesta fase os dentes têm as superfícies oclusais e incisais desgastadas para que se acomodem na muralha-guia, já que esta registrou a anatomia dos dentes; alguns já desgastados e os outros, que têm a forma diferente dos de acrílicos escolhidos.


4 – A muralha é então, levada em posição ao modelo, já com os dentes remanescentes cortados, e os dentes de acrílico que não permitirem o seu ajuste no modelo, são agora desgastados e ajustados no rebordo alveolar sobre o gesso, até que se acomodem na posição desejada e que é orientada pela muralha-guia, quando então são fixados com cera. 5 – A muralha-guia é então cuidadosamente removida, o enceramento final é realizado e a mesma incluída para prensagem.

P.T.R. – Confecção - Técnica do Erro Conhecido. Quando se examinam pacientes portadores de próteses totais, observamos, com certa facilidade os defeitos existentes nestes aparelhos. Esta técnica que será aqui proposta visa corrigir as falhas detectadas a partir de uma réplica do aparelho em uso.

Passo-a-passo: De posse das próteses totais em uso pelo paciente, procede-se a duplicação da mesma, valendo-se nesta manobra de um material moldador elástico (silicona de densidade pesada), moldando-se inicialmente a parte interna da prótese, ou seja, a área que entra em contato com a fibromucosa. Vale lembrar que nesta manobra é importante que o material empregado fique com excesso na borda, de tal maneira que se possa dar uma conformação da base do modelo com um ligeiro excesso lateral. Após a polimerização do material de moldagem, na região onde se deixou um excesso além da borda do aparelho, faz-se isolamento com vaselina sólida e em seguida uma nova porção de material de moldagem é manipulado e adaptada sobre a prótese de modo a envolvê-la completamente, terminando no mesmo limite deixado pelo material empregado anteriormente. Aguarda-se a polimerização e obtêm-se assim uma forma.


Cumprida esta fase, abre-se as duas partes e a prótese é retirada, devendo estar o molde representando com fidelidade a morfologia da prótese moldada. A

manobra

seguinte

consiste

em

confeccionar-se

bases

experimentais sobre o positivo da parte interna do aparelho, utilizando-se para tanto a resina acrílica quimicamente ativada na técnica de Nealon. A base experimental assim confeccionada deve ter uma espessura tal que ao ser posicionada a outra parte do molde, não haja interferência, permitindo uma perfeita adaptação das bordas. Em seguida, faz-se duas perfurações circulares na região posterior com a finalidade de preencher o espaço entre a base experimental e o restante do molde com cera rosa liquefeita. Após a sua solidificação, obtêm-se a réplica da prótese original, tendo a base de prova em resina e o restante em cera. Neste ponto a detecção dos defeitos presentes na prótese em uso se apresenta como um fator de suma importância. Prosseguindo na confecção da prótese, no passo seguinte, leva-se a réplica da prótese superior à boca do paciente com o objetivo de corrigir os erros detectados, a fim de se observarem aspectos como: contorno vestibular e inclinação no sentido ântero-posterior. Com base nas correções necessárias ajusta-se o rolete inferior, mensurando-se previamente a dimensão vertical de repouso e o espaço funcional livre e, comparando-se estes ao espaço funcional de fonética, obtêm-se a dimensão vertical de oclusão. Os planos de orientação assim conseguidos são transferidos para o articulador, sendo inicialmente fixado o rolete de cera superior na posição obtida pela tomada do arco facial. O gesso para fixação da chapa de prova é vazado diretamente na base devidamente aliviada e isolada. A base de prova inferior é fixada após a tomada da relação central pelo método da deglutição. A montagem de dentes é realizada em abertura e fechamento, após a individualização do articulador semi-ajustável por meio de registros de lateralidade direita, esquerda e protrusivo. Durante a prova de dentes na boca realiza-se uma adequação do aspecto estético e funcional do aparelho às condições próprias do paciente e, assim, a ceroplastia é terminada.


Antes da conclusão do trabalho, executa-se a moldagem funcional pela técnica da boca fechada, quando os aparelhos são acrilizados pelo processo de moldagem por compressão descrito por Philips. As prótese assim obtidas são instaladas e os aspectos relativos à retenção, estabilidade, estética e relacionamento oclusal são observados e os ajustes necessários são realizados.

Confecção de Reforço Metálico em P.T.R. Overdenture com reforço metálico é uma prótese removível total, que incorpora uma estrutura fundida em Cromo-Cobalto ou Níquel-Cromo visando proporcionar maior resistência à prótese. Ainda, embora de forma parcial, pode ser suportada e estabilizada por dentes naturais ou implantes, cujos contornos são modificados pela preparação realizada para a colocação de copings metálicos ou attachments. As vantagens da prótese com este reforço, obviamente mais resistente, estará menos sujeita a fraturas, que as vezes representa um problema para próteses convencionais. Overdentures com base metálica, por serem mais rígidas, resistem a alterações dimensionais em conseqüência à contração de polimerização da base de resina e também às forças funcionais da mastigação. A desvantagem são primeiramente de ordem econômica, pois os procedimentos clínicos e laboratoriais adicionais implicam em ligeiro aumento do custo final do tratamento. Quando a base da prótese é totalmente

metálica

há

maior

dificuldade

para

a

realização

do

reembasamento. Quando é parcial, como está sendo proposto nesta técnica, o procedimento, é semelhante ao de uma prótese total convencional. As indicações são para usuários de prótese removíveis totais convencionais ou overdentures que fraturam suas próteses freqüentemente. Ou indicação é para pessoas apresentando dificuldade de controle neuromuscular (mal de Parkinson), pois há maior probabilidade de a prótese sofrer queda e possível fratura.


As

contra-indicações

são

essencialmente

as

mesmas

para

overdentures imediatas ou tansicionais, como por exemplo pobre higiene oral e falta de motivação, particularmente quando os procedimentos são complexos.

Copings sobre Pilares Usar ou não copings sobre as raízes pilares de overdentures é uma importante decisão a ser tomada. Quando a higiene oral é adequada e aplicações de flúor e supervisões periódicas são realizadas, muitas raízes podem ser utilizadas por vários anos sem o uso de copings. Quando adequadamente confeccionados e cimentados com cimento fosfatado de zinco, parecem oferecer proteção às raízes contra cáries. Ainda, reforçam efetivamente pilares tratados endodonticamente e tornam possível a utilização de dentes que de outra forma seriam extraídos. O uso de copings possibilita ao dentista produzir contorno específico ao pilar e obter excelentes resultados psicológicos. As desvantagens incluem maior tempo clínico e custo do tratamento. As overdentures podem empregar sistemas de retenção mecânica adicional (attachments) sem a utilização de um reforço metálico, mas são propensas a fraturas. Overdentures com attachments tem certas desvantagens quando comparadas a suportes em forma de cúpula simples, normalmente utilizados em sua confecção. O custo do tratamento é mais elevado, a preservação pode ser mais complexa e o maior volume dos attachments enfraquece a base da prótese, tornando-a mas vulnerável à fraturas. No entanto, a utilização destes dispositivos melhora a retenção e a estabilidade da prótese, além de facilitar o controle da força mastigatória pela preservação do mecanismo de propriocepção presente na membrana periodontal dos pilares. No entanto, deve-se tomar muito cuidado, pois estes dispositivos fazem com que as raízes recebam mais esforços durante as funções.

Reforço Metálico


Quando é necessário reforçar a base da prótese total para minimizar a possibilidade de fratura da mesma, a utilização de uma infra-estrutura metálica parcial (reforço metálico) é uma opção à confecção de uma base totalmente metálica. A vantagem desta técnica está no fato de não necessitar duplicação do modelo secundário para a obtenção do modelo refratário, reduzindo o tempo de confecção e o número de fases laboratoriais, conseqüentemente o custo final é menor. Vamos ver um caso de um paciente portador há quatro anos de uma overdenture com sistema de attachments que gostaria de solucionar um problema que freqüentemente acontecia, trinca na base da prótese adjacente a um dos pilares. Como o rebordo alveolar era pouco reabsorvido em altura não foi possível manter a espessura adequada da base de resina acrílica para tornar a prótese resistente nesta área. Como alternativa, propôs-se a confecção de uma nova prótese contendo um reforço metálico em sua base.

Técnica Desenha-se no modelo secundário a estrutura metálica utilizando-se grafite macio, de forma semelhante ao de uma sela de Prótese Parcial Removível, com retenções. Este reforço não poderá estar em contato intimo com o modelo, o que dificulta o seu envolvimento pela resina da base da prótese. Ela deve ser aliviada, como uma sela de prótese parcial removível. Para promover o alívio, respeitando o desenho feito, aplica-se cera fluída sobre o desenho até conseguir a espessura correspondente à quantidade de alívio desejado, normalmente de 1,5 mm. Um detalhe importante no desenho é a inclusão de três pontos de parada para a base metálica, ou seja, quando a base metálica for colocada sobre o modelo, a mesma deve apresentar apenas três pontos de apoio sobre o mesmo (um ponto anterior e dois posteriores), devendo o restante da base estar suspensa aproximadamente 1,5 mm (alívio) para facilitar a fase laboratorial de inclusão da prótese.


Após concluir o alivio com cera, inicia-se a confecção do reforço metálico. Como o modelo de trabalho não é duplicado em refratário e também não pode ir ao forno para fundição, o reforço é confeccionado em resina acrílica, removido do modelo e posteriormente incluído e fundido. Para a confecção deste padrão em resina com aproximadamente 1,5 a 2,0 mm de espessura, utiliza-se um pincel pequeno para a aplicação da resina sobre a cera, até se obter a espessura desejada. Como este padrão não é perfurado (mas pode ser), há a necessidade de criar retenção mecânica para a resina (base da prótese). Isto é conseguido aplicando-se fina camada de base para unhas sobre a resina, na qual se depositam cristais de sal ou açúcar. A seguir este padrão é retirado do modelo para ser incluído e fundido. Normalmente três condutos de alimentação são suficientes, um em cada extremidade e outro no centro. Posteriormente a peça é incluída em revestimento e fundida em liga metálica à base de Níquel-Cromo. Após a desinclusão estes condutos são removidos e faz-se o acabamento e polimento do reforço metálico. Este é posicionado no modelo de trabalho para verificar o contato dos três pontos de parada, que proporcionam o alívio necessário para acomodação da resina. A mesma relação deve ser observada durante a prova do reforço. Para facilitar o registro maxilo-mandibular confecciona-se bases de prova em resina acrílica auto-polimerizável nas extremidades do reforço metálico, tomando-se o cuidado de não cobri-las excessivamente com a resina. A seguir faz-se o registro maxilo-mandibular, montagem dos modelos em articulador semi-ajustável e avaliação funcional da seleção e montagem dos dentes artificiais.

Inclusão e Processamento da Prótese Concluída a ceroplastia, o modelo com a prótese de prova, são fixados com gesso comum na base de uma mufla de forma convencional. A


seguir faz-se a muralha ou boneco em gesso pedra ou silicone de alta densidade, sendo posteriormente preenchida com gesso comum. Após o tempo de presa do gesso comum (aproximadamente 45 minutos) a mufla é colocada em água fervente por cinco minutos para promover a plastificação da cera e facilitar a abertura da mufla, a qual é lavada com água fervente e detergente para eliminação total da cera. Retira-se o conjunto reforço/base de prova da mufla, retirando-se posteriormente as bases de prova do reforço metálico. Deve-se realizar completa limpeza do metal, de forma a não deixar qualquer oleosidade que possa prejudicar a união deste, com a resina acrílica. Após aplicar o isolante no modelo, o reforço metálico deve ser posicionado no mesmo. Para que este não sofra movimentação quando a resina for prensada, aplica-se cola tipo cianocrilato nos seus três pontos de parada, fixando-o no modelo para evitar o seu deslocamento durante a prensagem da resina. Faz-se a limpeza e as retenções mecânicas em todos os dentes para melhorar a união química e mecânica destes à resina da base da prótese. Prepara-se a resina acrílica ativada termicamente, colocando-a sobre os dentes e modelo ou de acordo com a técnica de caracterização de bases de próteses removíveis, para posterior polimerização, lenta e à baixa temperatura (Tomaz Gomes, 1996). Posteriormente faz-se a desinclusão, acabamento e polimento da prótese colocando-a em água por aproximadamente 36 horas antes de ser entregue ao paciente para reduzir a quantidade de monômero residual. Na parte não polida da prótese deve-se observar a base metálica completamente envolvida por resina acrílica, exceto os três pontos de apoio sobre o modelo.

Finalizações O reforço metálico para overdenture pode ser confeccionado segundo várias técnicas. Normalmente faz-se a duplicação do modelo secundário para se obter um modelo refratário. Isto é necessário quando a baseada prótese é totalmente metálica. No entanto, qualquer futura alteração


morfológica do rebordo alveolar promoverá desadaptação da prótese dificultando ou até mesmo impossibilitando o reembasamento. Por outro lado, quando o reforço metálico é envolvido pela resina, como na técnica apresentada o reembasamento é fácil, de forma convencional, não interferindo na polimerização da resina acrílica (Kimura, 1983). Então como o reforço metálico não entra em contato com o rebordo alveolar, ele pode ser feito a partir de resina ou cera, não necessitando duplicar o modelo, tornando o procedimento laboratorial muito mais simples, rápido e menos oneroso. Os procedimentos para inclusão tornam-se muito semelhantes aos de prótese removível total convencional. A diferença é a presença do reforço metálico, que deve ser fixado ao modelo secundário previamente à condensação e polimerização da resina acrílica.

Técnica de Individualização das Curvas de Compensação em Prótese Total pelo Amassamento de cera. Apresentação: A individualização das curvas de compensação pela técnica do amassamento da cera é uma modificação da técnica de desgaste de Paterson, desgaste este pouco utilizado pelos profissionais da área da prótese. Esta técnica modificada elimina as desvantagens do desgaste de Paterson, tais como: Sujeira no consultório, entupimento de tubulações pelos abrasivos; dificuldades de confecção de roletes e extenso tempo de trabalho. Tem como principal vantagem a eficiência na determinação fisiológica das curvas de compensação. Essa técnica nos permite uma montagem dos dentes artificiais com curvaturas antero-posterior e vestíbulo-lingual compatíveis com a inclinação condilar do próprio paciente o que


proporcionará maior estabilidade à próteses totais e trabalho muscular mais efetivo.

Introdução Os conhecimentos sobre a interação dos múltiplos fatores que determinam a oclusão funcional, sem dúvida, serviram de subsídio para o desenvolvimento dos articuladores ajustáveis e semi-ajustáveis e seus acessórios, não podendo se negligenciar o seu uso quando da reabilitação oral em pacientes desdentados totais. Na dentição natural dos humanos, durante os movimentos bordejantes mandibulares, ocorre o fenômeno de Christensen, ou seja, oclusão mutuamente protegida, situação em que há o toque dos dentes anteriores com desoclusão dos dentes posteriores. Na reabilitação oral com prótese total, não é desejável a ocorrência deste fenômeno, por determinar a instabilidade aos aparelhos protéticos totais, o que provocará deslocamento, causando desconforto ao paciente durante as funções, além de lesões em tecidos moles da área chapeável. Embora esta técnica seja reconhecida mundialmente por sua eficácia, tornou-se inviável de ser realizada nos consultórios odontológicos, devido as dificuldades de execução tanto pelo profissional quanto pelo paciente. São inumerados os seguintes itens como dificuldades: a – A – A confecção dos planos de orientação específicos. b – Tempo – Tempo de trabalho excessivo. c – – Entupimento das tubulações de água e esgoto, devido aos abrasivos utilizados, tais como pó de carborundum e gesso. d – – Fadiga muscular do paciente causada pela movimentação mandibular contínua e excessiva para desgastar a porção abrasiva dos planos de orientação. Recentemente um grupo de pesquisadores do qual fazem parte os técnicos em prótese dentária Tomás Gomes e Francisco Zeferino, modificou


a técnica de Paterson a fim de eliminar suas desvantagens e mantendo sua característica de determinação fisiológica das curvas de compensação, tornando-a de fácil execução, com custo adicional insignificante, e portanto viável para o trabalho de rotina do cirurgião-dentista.

Caso Clínico Paciente do sexo feminino, 65 anos, desdentada total, queixando-se das próteses totais. Relatou que já havia feito dois pares de próteses e que elas machucavam muito, além de se deslocarem ao mastigar e ao falar. Ao exame clínico, constatou-se que os rebordos alveolares eram baixos e pouco retentivos, principalmente na área de linha oblíqua interna, Após o exame radiográfico oclusal, ficaram contra-indicadas cirurgias préprotéticas, uma vez que observou-se ausência de osso alveolar, condição indispensável para a realização de aprofundamento de sulco.

Execução: Perante essa situação clínica, optou-se pela determinação fisiológica das curvas de compensação pela técnica do amassamento de cera, visando a eliminação das interferências durante os movimentos mandibulares bordejantes, estabilizando as próteses totais e aumentando sua retenção. A moldagem anatômica foi feita em alginato, utilizando-se moldeira de estoque para desdentado total, individualização com cera utilidade. Após a desinfecção dos moldes anatômicos com hipoclórito de sódio a 1%, obtevese os modelos anatômicos com gesso pedra, sobre os quais confeccionouse moldeiras individuais com resina acrílica ativada quimicamente incolor. Realizou-se a moldagem funcional com godiva de baixa fusão e pasta zincoenólica, conseguindo-se certa retenção aos moldes. Promoveu-se a desinfecção dos moldes com imersão em glutaraldeido a 2%, encaixamento e vazamento com gesso pedra, obtendo-se assim os modelos funcionais sobre os quais foram confeccionados os planos de orientação com resina acrílica quimicamente ativada incolor e cera rosa 7.


Para determinação das relações maxilo-mandibulares, primeiro ajustou-se o plano de orientação superior, deixando-o paralelo aos planos de Camper e bipupilar. Na região antero, o rolete de cera ficou ao nível do tubérculo do lábio superior, dando apoio a esta musculatura orbicular do lábio. Marcou-se as linhas de referência para a seleção e montagem de dentes anteriores e, com o auxílio do arco facial, o modelo superior foi montado em articulador semi-ajustável. Para o ajuste do plano de orientação inferior, foi determinada a dimensão vertical de repouso através do compasso de Willis, pedindo-se ao paciente que ficasse bem relaxada, com os lábios tocando levemente e assim era medido a altura do terço inferior da face. Para confirmação deste medida, outros métodos foram associados: método da deglutição, técnica de Willis e método fonético. Determinada a dimensão vertical de repouso, descontou-se 2 mm do espaço funcional livre e obteve-se a dimensão vertical de oclusão. Com os planos posicionados na boca, ajustou-se o plano inferior até que o mesmo tocasse em toda sua extensão o rolete superior, chegando-se à dimensão vertical de oclusão. Estando os planos de orientação ajustados à dimensão vertical de oclusão manipulou-se a mandíbula da paciente pela técnica bimanual de Dawson, ao mesmo tempo em que a língua foi erguida em direção ao palato mole, determinando-se o eixo terminal de rotação da mandíbula, posição aproximada da relação cêntrica. Utilizando-se grampos, fixou-se os planos de orientação nas relações maxilo-mandibulares determinadas e transferiu-se para o articulador semiajustável, montando-se o modelo inferior. Até este momento foram seguidos os passos para a confecção de próteses totais convencionais. Agora, segue a descrição para a obtenção fisiológica das curvas de compensação como proposto. Montados os dentes anteriores, realizada a prova estética e checagem das relações maxilo-mandibulares e da transferência para o articulador semi-ajustável, recortou-se 2 mm de cera em altura dos planos de orientação, a partir da face distal do primeiro pré-molar superior até a região da tuberosidade maxilar e da distal do pré-molar inferior até a região


da papila periforme. Desta forma, criou-se um espaço entre os roletes na região posterior de 4 mm. Corta-se um filete de cera utilidade, compatível com a largura dos planos de orientação. A espessura da lâmina de cera utilidade, vindo de fabrica é de 4 mm. Ao acoplá-la ao espaço previamente criado nos planos de orientação, estes terão uma altura somatória de 4 mm na região posterior, sendo que foram repostos os 2 mm de cada plano e acrescentouse 2 mm a cada um. Com o aumento em altura de 4 mm, chega-se à dimensão vertical de repouso, não havendo toque dos dentes anteriores. Agora vamos aplicar vaselina nos dois planos de orientação e levá-los à boca. A paciente é orientada para que se realize os movimentos de protrusão, retrusão e lateralidades para a direita e para a esquerda e, ao mesmo tempo, comprima suavemente os planos durante estes movimentos. Desta maneira são reproduzidas as curvas de compensação, sendo registradas durante o amassamento da cera utilidade. Os movimentos mandibulares com o amassamento da cera deverão ocorrer até que os dentes anteriores voltem a ocluir, observando-se o restabelecimento da dimensão vertical de oclusão previamente determinada. Remove-se os planos de orientação da boca do paciente e após a desinfecção dos mesmos, coloca-se o plano de orientação inferior sobre o modelo montado no articulador e faz-se o encaixamento deste plano com material à base de silicone Zetalabor. Este material é manipulado e comprimido contra o rolete de cera e o modelo inferior, tanto por vestibular quanto por lingual, com o cuidado de margear todos os detalhes na porção oclusal do plano. Espera-se a presa do material e, pelo mesmo não ter afinidade quimicamente ao gesso e à cera, este encaixamento funcionará como um quebra-cabeça, sendo possível voltar à sua posição de origem sempre que necessário. Neste momento, retira-se, o plano de orientação do modelo inferior e confecciona-se uma nova base de prova. Vaselina-se esta nova base e, com ela posicionada sobre o modelo funcional inferior, acopla-se o encaixamento de silicone, observando-se o espaço vazio correspondente ao rolete de cera que agora não está presente. Manipula-se gesso comum e despeja-se neste espaço. Com o plano de orientação superior em posição e vaselinado,


fecha-se o articulador, comprimindo-o contra o gesso comum em sua fase inicial de cristalização, reproduzindo, assim, as curvas de compensação no rolete de gesso mandibular. Após a presa completa do gesso, remove-se o encaixamento de silicone, apara-se os excessos de gesso, quando existentes, com lâmina de bisturi afiada. Agora, parte-se para a montagem dos dentes posteriores. Deve-se montar todos os dentes superiores de maneira que todas as cúspides cêntricas toquem simultaneamente o plano inferior e que os longos eixos destes dentes fiquem perpendicularmente ao plano oclusal determinado pelo rolete de gesso, onde foram reproduzidas as curvas de compensação. Nesta técnica de montagem de dentes posteriores, faz-se necessário o desgaste tanto das cúspides de trabalho quanto das de balanceio. O que determina qual cúspide será ajustada é a posição do longo eixo do dente em relação ao plano oclusal. Montados os dentes superiores, remove-se o rolete de gesso e o substitui pelo plano de cera original, montando-se os dentes inferiores em máxima intercuspidação, sendo ajustadas as cúspides que possam interferir neste relacionamento oclusal e que impeçam que os longos eixos dos dentes fiquem perpendiculares ao plano oclusal. Prossegue-se cm as provas oclusais, estéticas e funcionais das prótese totais em cera, para posterior processamento, instalação e preservação do tratamento reabilitador. Na sessão de instalação dos aparelhos protéticos, checou-se a oclusão e movimentos bordejantes, verificando-se contatos bilaterais e simultâneos e a oclusão balanceada bilateral. A paciente foi instruída quanto à higienização das próteses, que deverá ser realizada com creme dental e escovas de dentes macias, além de imersão em solução de bicarbonato de sódio duas vezes por semana, por trinta minutos. Quanto ao uso, deverá ficar o tempo todo com os aparelhos nos primeiros três meses e removê-la ao dormir, passada a fase inicial de adaptação. A mastigação deverá ser bilateral e os alimentos de consistência macia nas primeiras semanas até adaptar-se melhor às novas próteses.


Na primeira sessão de preservação, uma semana após a instalação, a paciente relatou melhora efetiva na mastigação e na conversação, comodidade dos aparelhos na boca e aumento da retenção. Ao se examinar a área chapeavel, não foi observada nenhuma escoriação, evidenciando ausência de traumas à mucosa. Nas três sessões seguintes, o relato era o mesmo, não sendo necessário nenhum ajuste oclusal ou das bases das próteses totais.

Prótese Total Superior Imediata com Muralha – Guia de Silicona Introdução No capítulo das próteses totais imediatas que vêm sendo feitas há pelo menos 100 anos, encontramos a definição de que elas são dentaduras que se constroem antes das extrações dos dentes, instaladas nos pacientes imediatamente depois. Os métodos para a construção de uma dentadura imediata descrita por diferentes autores, tem sido sempre os métodos convencionais e conhecidos de todos nós. Cerveira Neto (1987) propões, entre outros métodos, o uso das siliconas para as moldagens. Soni (1999), observando dentes com extrema mobilidade presentes nas arcadas a serem moldadas, propões o uso de anéis de cobre para protegê-los, evitando o risco de avulsões no ato das moldagens. Gardner e outros (1990) sugeriram o uso de silicone para moldar a face vestibular das arcadas, servindo como referência para a futura montagem da prótese imediata. O que passaremos a mostrar é uma variação de técnica para a construção de próteses totais imediatas para a arcada superior, especificamente indicadas para pacientes que se apresentem com alguns dentes remanescentes e dentes ausentes substituídos por próteses parciais fixas

e/ou

próteses

parciais

removíveis,

quando

os

dentes

e

conseqüentemente as próteses são condenados. Para a execução desta técnica, a moldagem da arcada inferior, bom como construções de planos de cera, registros, dimensão vertical, etc., não são necessários. Fazemos tão somente as anotações referentes à cor dos


dentes e de quaisquer alterações de cor ou desgaste por uso de algum dente anterior. Assim, anotamos, por exemplo, qualquer alteração de cor de restaurações de Classe, 4 ou 5 nos incisivos e caninos, pequenos espaços ou diastêmas e etc. Portanto, exceto a cor e o tom dos dentes, a muralha e a montagem darão todas as demais orientações. Desenham-se em uma ficha os seis dentes anteriores e anota-se o tom de cada um e suas particularidades, manchas, abrasões, restaurações com cores diferentes e outras. Os passos desta técnica são os passos executados para um paciente que apresenta uma prótese parcial fixa e uma prótese parcial removível na arcada superior e a técnica poderia também ser indicada para qualquer outro caso no qual a muralha-guia pudesse ser total ou parcialmente construída, de preferência bilateralmente. Condenados os dentes e uma vez feita a opção pela Prótese Total Imediata, pelas vantagens que ela apresenta, passamos então à seqüência: 1 – Com as próteses ainda em posição na boca, tomamos certa quantidade de silicona densa para moldagens (correspondente a duas medidas de pó para alginato), manipulamos com a quantidade de catalizador recomendada pelo fabricante e tomando-a com quatro dedos da mão (sem utilizar o polegar), como se fosse uma moldeira rasa, fazemos a moldagem do palato, a oclusal e palatina dos dentes posteriores e a incisal e palatina dos dentes anteriores. Esta será a nossa muralha-guia para a futura montagem dos dentes. 2 – Removemos a seguir a PPR e as duas PPF e fazemos uma moldagem da arcada superior com os dentes remanescentes, usando alginato adensado. Nesta moldagem é vazado o gesso pedra. Moldagem e modelo são mantidos então em ambientes 100% de umidade relativa, durante uma hora.


Após esse tempo, o modelo é removido da moldagem cuidadosamente, e na mesma moldagem, novo modelo é vazado. Teremos então dois modelos: no primeiro, após cortar os dentes remanescentes, será montada, encerada e incluída a dentadura e no segundo modelo, réplica do primeiro, também após cortar os dentes remanescentes será construída uma chapa de prova de resina incolor (guiacirúrgico), para auxiliar o preparo da boca durante a cirurgia. Neste segundo modelo, poderá ainda ser construída outra dentadura e assim o paciente nunca ficará sem dentes, caso ocorra qualquer imprevisto como fratura, quebra ou deslocamento de dentes, etc. Esta segunda dentadura tem sua importância maximizada no caso de dentaduras imediatas, pois o paciente ficará em nenhum momento sem os dentes quando do reembasamento da primeira. 3 – A muralha-guia tem seus excessos vestibulares recortados e os dentes, na cor e forma previamente escolhidos, nela vão sendo montados. Nesta fase os dentes têm as superfícies oclusais e incisais desgastadas para que se acomodem na muralha-guia, já que esta registrou a anatomia dos dentes, alguns já desgastados e os outros que têm a forma diferente dos de acrílico escolhidos. 4 – A muralha é então, levada em posição ao modelo, já com os dentes remanescentes cortados, e os dentes de acrílico que não permitirem o seu ajuste no modelo, são agora desgastados e ajustados no rebordo alveolar sobre o gesso, até que se acomodem na posição e que é orientada pela muralha-guia, quando então são fixados com cera. 5 - A muralha-guia é então cuidadosamente removida, o enceramento final é realizado e a mesma incluída para prensagem. 6 – Os passos seguinte são os usuais de uma montagem de prótese total imediata.


Prótese Total Removível Remontagem das Próteses Totais em Articulador Introdução Durante a confecção das próteses totais, busca-se estabelecer um esquema oclusal que se harmonize com as demais estruturas participantes do sistema estomatognático do paciente. Para tanto, são realizados procedimentos como o desgaste de Paterson (1923 e 1928), montagem dos modelos em articulador, cuidadosa montagem dos dentes artificiais, estabelecendo uma oclusão balanceada e, prova do esquema oclusal na boca, antes da acrilização. Utilizando os procedimentos descritos acima, contatos dentários múltiplos, simultâneos bilaterais são obtidos com os dentes montados em cera. No entanto, essa condição é geralmente perdida após a acrilização das próteses (Pomilio e outros, 1996). Desta forma é necessário realizar ajustes oclusais nas próteses totais após a acrilização com o intuito de restabelecer a oclusão balanceada e harmonizar a prótese com os demais componentes do sistema estomatognático do paciente (Ansari 1996). Vários autores (Khan & Morris, 1983; (Barret, 1985; Hochstedker & Shannon, 1995) recomendam a remontagem das próteses totais em articulador para a realização dos ajustes oclusais necessários. Holt (1997) acredita que a remontagem traz como benefícios mais conforto para os pacientes, menor reabsorção óssea e maior efetividade das próteses. Firtell e outros (1987) confirmaram em trabalho experimental com 50 pacientes que este procedimento reduz a incidência de desconforto, preserva a força oclusal e reduz as modificações oclusais decorrentes do processamento laboratorial das próteses totais.

Descrição da Técnica


Após os procedimentos laboratoriais de acrilização, realiza-se a checagem da adaptação da base das próteses aos rebordos alveolares do paciente, bem como as provas estética e fonética. Após a aprovação do paciente, deve ser iniciada a remontagem das próteses no articulador semiajustável. O registro do arco facial é obtido com a prótese superior em posição e segue os seguintes passos: 1 – Inserção das ogivas do arco no meato acústico externo do paciente e aferição da distância intercondilar, que deve ser transferida para os ramos superior e inferior do articulador. 2 – Estabilização do arco facial utilizando o terceiro ponto (nasium). 3 – Fixação da forquilha no arco facial mediante o aperto dos parafusos que compõem a junta universal, iniciando pelo parafuso que fixa a forquilha e alternando com o parafuso que une a junta à haste vertical do arco facial, até obter a estabilidade do conjunto da face do paciente. 4 – A base da prótese deve então ser isolada, utilizando-se vaselina sólida, para que se possa proceder a montagem da prótese superior no ramo superior do articulador. Neste passo, deve ser empregado gesso comum, de modo a facilitar a posterior separação entre a base e o gesso. Visando facilitar as alterações dimensionais sofridas pelo gesso comum, deve ser feita inicialmente uma coluna central de gesso para fixação da base da prótese à placa de montagem do articulador, aguarda-se a presa final e aplica-se gesso externamente para completar a união. 5 - Os registros da relação central, lateralidades direita e esquerda e protrusiva devem ser obtidos mediante o uso de cera 7 em lâminas preparadas para esta finalidade, com o intuito de realizar respectivamente a montagem da prótese inferior no articulador e a individualização dos ângulos de Bennett e guias condilares.


6 – A base da prótese inferior deve ser isolada da mesma forma que a prótese superior, e recebe na área que corresponde à localização da língua, um suporte para o gesso confeccionado com uma base de cera utilidade unida às vertentes linguais da prótese recoberta por alginato. Tal suporte tem como objetivo facilitar a união da prótese total mandibular ao ramo inferior com gesso, utilizando o registro da relação central previamente obtido na boca do paciente. Antes da união da prótese mandibular ao ramo inferior, o pino-guia incisal deve ser fixado 2 mm da marca padrão, de modo a compensar a espessura do registro de cera, permitindo aos ramos do articulador assumirem uma posição paralela entre si. 7 – Após a presa do gesso, remove-se o pino-guia incisal para proceder à individualização do articulador. Inicialmente interpõem-se entre a prótese superior e a inferior o registro da lateralidade direita, permitindo a obtenção do ângulo de Bennett esquerdo. Em seguida, utilizando o registro da lateralidade esquerda, marca-se o ângulo de Bennett direito. Com o registro das lateralidades é possível obter também a inclinação das cavidades glenóides, uma vez que o movimento que origina os registros é na realidade látero-protrusivo. No entanto, o registro do movimento protrusivo permite confirmar as inclinações da cavidade glenóide previamente obtidos. 8 – Uma visualização de baixo para cima das próteses montadas em articulador e posicionadas em relação central permite verificar que não há engrenamento dental desejável previamente obtido durante a montagem dos dentes em cera. Os contatos interoclusais presentes nas próteses montadas no articulador devem ser conferidos com os contatos obtidos na boca do paciente, tanto em cêntrica como em excursão.


9 - Após os ajustes da oclusão em cêntrica, realizado utilizando-se desgaste seletivo, mediante marcação com papel carbono fino, é possível obter uma intercuspidação mais próxima do ideal, ainda na posição de relação central. Os movimentos de lateralidade esquerda e direita também devem ser realizados em articulador e os ajustes necessários executados de modo a obterem-se contatos em grupo parcial ou total no lado de trabalho e estabilizante no lado de balanceio. No movimento protrusivo deve ocorrer toque nos dentes anteriores e também nos dentes posteriores, sem a ocorrência do fenômeno de Christensen. 10 – As próteses ajustadas são então entregues aos pacientes. Geralmente, os pacientes relatam uma melhora nos aspectos funcionais da prótese após o procedimento de remontagem, confirmando os resultados observados na literatura descrita.

Técnica de Confecção de Moldeira Individual para Pacientes Portadores de Prótese Total. Introdução Cabot & Roberts (1984), indicaram a substituição das próteses totais removíveis após cinco anos de uso, devido à má-adaptação ao rebordo residual e desgaste dos dentes de resina. Deste modo, recomenda-se na prática clínica a confecção de próteses novas para pacientes que já são portadores de próteses totais. De maneira geral, os profissionais iniciam o procedimento de obtenção destas novas próteses pelo modo convencional, ou seja, desprezando as peças presentes e partindo da moldagem anatômica do rebordo desdentado. Eventualmente, alguns odontológos utilizam as próteses existentes como moldeira funcional. Entendemos que este procedimento apresenta o inconveniente do paciente ter que aguardar o período destinado ao endurecimento do gesso, do risco de fratura em áreas


mais retentivas e do uso de adesivos para o material de moldagem, o que pode alterar a base das próteses. Neste trabalho os autores apresentam uma variação da técnica de confecção de moldeiras individuais para pacientes portadores de próteses totais, que permite a obtenção do modelo funcional em uma única sessão, utilizando a própria base da prótese superior ou inferior que o paciente usa. Desta forma, algumas fases clínicas utilizadas na técnica convencional são eliminadas, tais como: seleção da moldeira, moldagem anatômica, dicagem do molde, vazamento do gesso, recorte do modelo, confecção de moldeira individual em laboratório e ajustes da moldeira na boca.

Cuidados Prévios Inicialmente, verifica-se a extensão da área chapeavel da prótese já existente, bem como o estado atual dos bordos da mesma, que devem estar lisos, arredondados e adaptados aos sulcos gengivo-labiais e gengivogenianos, contornando as inserções musculares. caso os requisitos acima não estejam preenchidos, alguns procedimentos prévios devem ser realizados. Em pacientes portadores de traumatismos devido à sobre-extensão dos bordos, estes devem ser recontornados mediante desgaste. Por outro lado, quando o paciente for portador de alguma prótese, na qual os bordos encontram-se aquém da área chapeavel, os mesmos devem sofrer um tratamento visando a complementação da área faltante, que pode ser realizado com resina acrílica ativada quimicamente, godiva em bastão, adesivo e silicona ou ainda com condicionador tecidual. Em caso de próteses que agridem a fibromucosa, ocorrem alterações neste tecido, como hemorragias, isquemias, edemas, candidiazes, ulcerações e flacidez, além das hiperplasias. Deste modo, estes tecidos devem ser previamente tratados por meio de reembasamento ou com condicionador tecidual até atingirem o aspecto róseo indicativo de estado adequado de saúde em toda a área chapeavel.


Com o recondicionamento da superfície da prótese, obtém-se uma fidelidade na reprodução dos tecidos fibromucosos, bem como bordas mais nítidas e precisas, devido à correção das áreas traumáticas, da estabilidade das próteses, de uma readequação do vestíbulo e um realinhamento dos tecidos.

Técnica: O procedimento consiste em moldar a base interna da prótese que o paciente utiliza com silicona ou hidrocolóide irreversível e construir diretamente sobre o molde obtido a moldeira individual RAAQ (Resina Acrílica Ativada Quimicamente) transparente. É recomendado o uso da resina incolor uma vez que sua transparência facilita a visualização de possíveis zonas de compressão durante a prova de moldeira na boca. Para realização da moldagem, seleciona-se uma moldeira de estoque maior que a base da prótese utilizada pelo paciente. Após a manipulação do material escolhido para a moldagem, o mesmo é introduzido na parte interna da prótese, tomando-se o cuidado de não incluir bolhas de ar. Com o restante do material carrega-se a moldeira, na qual a prótese é centralizada e inserida com pressão uniforme. Após a completa polimerização da silicona (ou geleificação do alginato), remove-se a prótese da moldeira, obtendo-se a cópia positiva e fiel da área chapeavel e das bordas da prótese. Caso ocorram, os excessos devem ser recortados com o auxílio de uma lâmina de bisturi. A confecção da moldeira individual é realizada em dois tempos. O primeiro é a construção da borda da moldeira, com o uso de RAAQ incolor, que deve ser depositada no sulco delimitado na moldagem utilizando uma espátula 7. O segundo passo é a confecção de uma manta de RAAQ transparente, mediante o uso de duas placas de vidro e dois aparadores que podem ser duas moedas que servirão como stops para obter uma espessura uniforme de 1,5 mm entre as placas de vidro. As placas são isoladas com o uso de plásticos interpostos entre as mesmas.


A RAAQ é então proporcionada de acordo com as instruções do fabricante e, quando atingir a fase plástica, disposta sobre o plástico de uma das placas de vidro. A seguir, coloca-se o outro plástico sobre a RAAQ e sobre este a segunda placa de vidro. Pressiona-se esta última com pressão uniforme até atingir a espessura indicada pelas moedas. Quando atingir a fase plástica, a manta de resina deve ser removida e depositada sobre o molde obtido previamente. Com os dedos umedecidos no monômero da RAAQ, procede-se à adaptação da manta sobre a área chapeavel. Os excessos de resina podem ser retirados com o auxílio de um instrumento cortante (Le Cron ou lâmina de bisturi), também embebido em monômero. Neste momento, o cabo da moldeira, confeccionado com pequena quantidade de resina é adaptado em sua posição correta. Aguarda-se o período relativo à polimerização fina da RAAQ, remove-se a moldeira do molde e dá-se o acabamento convencional com brocas de tungstênio, tiras de lixa e polimento externo com pedras-pomes e branco de Espanha, obtémse deste modo a moldeira individual, com a qual pode ser realizada a moldagem funcional usando o material que o profissional eleger como o mais adequado para o caso.

Naturalização da Gengiva Artificial Introdução Segundo Turano & Turano (1998) existem, basicamente duas técnicas para se imitar o tecido gengival através da resina acrílica: a extrínseca e a intrínseca. A extrínseca consiste em colorir a parte externa da prótese depois de concluída. Para muitos autores como Choudary et al, (1975) e Zimmerman et al, (1982), seu resultado estético não é dos mais satisfatórios, já que as cores são difíceis de se harmonizarem, pois sofrem abrasão e são estáveis quanto à sua tonalidade. A intrínseca é feira depois da abertura da mufla, como se fosse a pintura de um quadro de dentro para fora. É de rápida execução, mas exige


muito preciosismo, pois o resultado final só é conhecido após a polimerização e demuflagem da prótese.

Materiais e Métodos - Kit incolor Natura que contém a coleção de resinas pigmentadas, veias e peças auxiliares. - 1 frasco de Isolat, isolante à base de alginato de sódio. - 1 frasco de monômero termo-polimerizante, Onda-Cryl (que contém cross-link). Com ele se pode polimerizar tanto pelo processo tradicional quanto pelo de micro-ondas. - Polímeros Onda-Cryl (que como o líquido, também pode ser polimerizado por qualquer processo. Observação: Aconselha-se além do incolor, o cristal e as cores normal veiado (VM), claro, médio e escuro. - Prótese total incluída em mufla da Clássico, com os dentes perfurados. Vamos dividir a naturalização em três partes:

Primeira Parte: Divisória que corresponde à papila interdental e aos festões que circundam a gengiva inserida.

Segunda Parte: Gengiva (gengiva inserida).

Terceira parte:


Corpo, que corresponde à mucosa e ao fundo de saco do vestíbulo. Os pacientes por suas vez, foram enquadrados em quatro tipos:

Primeiro Tipo: Claro (loiro de olhos azuis ou verdes), com pela clara, olhos e cabelos claros.

Segundo Tipo: Moreno-claro (pele um pouco mais escura). Os olhos podem chegar até o castanho claro, passando por tonalidades de verde, e os cabelos até o castanho.

Terceiro Tipo: Moreno-escuro ( pele morena com olhos do castanho até o castanhoescuro, passando por tonalidades de verde e cabelos até o castanho-escuro.

Quarto Tipo: Mulato-escuro e negro (pele escura), olhos escuros e cabelos castanho-escuro.

Procedimentos: Com os dentes presos na mufla, após a sua perfuração e isolamento (quando do uso da muralha de gesso), passa-se à naturalização, que consta das etapas descritas a seguir:

Primeiro Passo – Divisórias:


Entre

os

dentes,

papila

interdentais,

despeja-se

a

resina

correspondente. Em seguida, com um conta-gotas esta resina deve ser umedecida, tomando-se o cuidado com o excesso de líquido. Na região do freio labial e na parte posterior à bossa canina, esta camada de resina deve ser “puxada” até a borda, de forma a deixar evidenciados o freio labial e as bossas dos caninos. Observação: No quarto tipo de paciente (mulato-escuro e negro), para melhor imitação do pigmento melanínico, deve-se fazer várias ilhotas com o pigmento preto, à partir do local da gengiva inserida, por todo o corpo da prótese.

Segundo Passo – Gengiva Inserida: No local que corresponde à mesma despeja-se a resina indicada em quantidade suficiente para cobrir a “raiz” dos dentes por vestibular e lingual. Esta camada de resina deve ser imediatamente umedecida com o monômero. Na região correspondente às bossas caninas a resina deve ir até a borda da prótese.

Terceiro Passo – Divisórias: Para evidenciar o festão gengival que separa a gengiva inserida da mucosa, pode-se usar a mesma coloração das papilas. Com a resina indicada faz-se uma linha divisória de segundo molar (de ambos os lados), até a bossa canina e da bossa canina até o freio labial.

Quarto Passo: Se o praticante deseja colocar o acrílico com veias de nylon, aconselha-se nesta fase, a misturá-lo com a resina de corpo. Despeja-se então a resina de corpo em todo a vestibular, umedecendo-a em seguida com o monômero. A etapa seguinte consiste em dispor um plástico bem fino sobre a região acrilizada e prensar a prótese, exercendo uma ligeira pressão, a fim


de precisar se o modelo não está pressionando a resina, podendo prejudicar a distribuição das camadas dispostas na base da mufla. Se isto ocorrer, os pontos de pressão devem ser aliviados. A seguir, o modelo deve então ser isolado com Isolak, da Clássico, que produz uma camada bem fina e uniforme sobre o gesso. Após dez minutos pode-se proceder à prensagem final, usando-se resina rosa, incolor ou cristal. No caso da resina incolor, aconselha-se usar 1,0 ml (pote de medida da Clássico) de pó da resina correspondente ao corpo, para uma melhor harmonia. O mesmo deve ocorrer com a resina rosa escuro, quando a naturalização corresponder ao quarto tipo (paciente mulato-escuro ou negro).

Conclusão: Este método permite fazer uma infinidade de composições com apenas 6 cores e 2 tipos de filamentos, que integram o Kit Policor-Natura e é fácil de ser executado. Ao paciente, interessa mais que sua própria prótese passe despercebida. Ele não tem o menor interesse em “exibi -la”. A naturalização, portanto, deve ser a mais discreta possível e coerente com o seu tipo facial. Deve-se tomar cuidado, para, em vez de “caracterizar”, não “caricaturizar” uma prótese total removível. Caso isso ocorra, o impacto que ela terá sobre o estado psicológico e emocional do paciente será o mesmo de uma prótese totalmente rosa. Não se deve distribuir os filamentos (veias) na superfície exposta da gengiva, mas sim colocá-los próximos à superfície. Com o emprego do monômero Onda-Cryl, que contém cross-link, não se deve utilizar o chamado “polimento químico”, pois a superfície da prótese ao ser examinada sob uma lupa, se apresentará com rachaduras visíveis, que provocarão o seu envelhecimento precoce.

Ajuste Oclusal em Prótese Total – Novas Considerações 1 Os ajustes oclusais são executados na seqüência:


- Abertura e fechamento do ponto de deglutição. - Movimento de lateralidade direita e esquerda (lado de trabalho e balanceio). - Movimento de propulsão e retropulsão (da posição de topo a topo até a posição de RC). 2 – Sempre iniciamos o ajuste oclusal pelo movimento de abertura e fechamento. 3

–

Pretendemos

obter

um

correto

relacionamento cúspide/fossa, em arco de fechamento,

sem

deslocamentos

anteroposteriores ou laterais das próteses.

4 – Quando houver discrepância antero-posterior, em

arco

de

fechamento,

devem-se

efetuar

desgastes nas vertentes mesiais e distais, sem alterar a altura das cúspides ou profundidade das fossas. 5 – O desgaste nas vertentes oclusais, no sentido antero-posterior, tem seu limite máximo no momento em que houver contato dos dentes anteriores.

6 – Quando houver discrepância lateral, o desgaste deverá ser executado aumentando a largura das fossas de contenção. 7 – Em lateralidade, procuramos contatos simultâneos nos lados de trabalho e balanceio.


8 – Interferências no lado de trabalho são eliminadas aprofundando ou alargando os sulcos de escape correspondentes à interferência. 9 – Sempre que efetuamos desgastes no lado de trabalho, verificar os contatos no lado de balanceio. 10 – Durante o movimento de lateralidade, se houver desoclusão de um ou mais dentes posteriores no lado de trabalho, aumentar o comprimento das cúspides guias desse lado, ou diminuir a inclinação das vertentes do lado de balanceio. 11 – O aumento das cúspides guias promove a desoclusão

anterior

durante

o

movimento

de

lateralidade.

12 – No movimento de lateralidade, o contato pode-se estender até o bordo incisal dos dentes anteriores, desde que seja acompanhado por contatos simultâneos bilaterais posteriores. 13 – Em movimento protrusivo, procuramos contatos simultâneos entre os bordos incisais dos dentes anteriores e, pelo menos, um dente posterior de cada lado. 14 – Quanto maior a inclinação da curva anteroposterior, mais a altura das cúspides de suporte e mais inclinado o guia incisal.


15 – O guia incisal, no movimento protrusivo, está relacionado com a curva antero-posterior, do arco dental e com a altura das cúspides de suporte dos dentes posteriores. 16 – O contato exclusivo em dentes anteriores, durante o movimento protrusivo, deve ser considerado como interferência e modificado. 17 – O ajuste da guia incisal, durante o movimento protrusivo, deverá ser feito, preferencialmente, pelo desgaste na face palatina dos dentes anteriores superiores. 18 – Em posição protrusiva, quando houver necessidade, desgastam-se as bordas incisais dos dentes anteriores até o contato simultâneo e bilateral dos dentes posteriores. 19 – O trespasse vertical depende: do ângulo do movimento protrusivo da mandíbula, e da inclinação buco-vestibular da face palatina dos incisivos superiores. 20 – Procure eliminar quaisquer interferências que possam criar movimentos rotacionais nas próteses, durante a deglutição ou movimentos contactantes da mandíbula.

Arcos de Oclusão: Seqüência Laboratorial: Devemos sempre iniciar a construção dos arcos de oclusão a partir do arco mandibular. A construção do arco mandibular deverá ser feita no laboratório, deixando o arco maxilar para ser construído na clínica, após o registro da distância vertical no paciente.


Antes de se iniciar a construção do arco mandibular, será necessário identificar no modelo inferior os acidentes anatômicos, marcá-los e traçar as linhas que irão orientar a conformação do arco usando uma régua flexível.

Marcados os pontos traça-se a linha posterior, como mostra a figura da direita.

A lamina de cera é plastificada à chama, à medida que vai sendo dobrada em forma de sanfona, sentido longitudinal, em faixas de um centímetro.

Em seguida, unindo-se as duas extremidades, dobrando-as ao meio, obtêmse um rolete. Obtido o rolete, esse será esticado, para dar o comprimento necessário, a fim de contornar todo o arco de oclusão.

Conforma-se o rolete sobre a base de prova.


A altura será dada, comprimindo a cera ainda plástica, de encontro a placa-guia de oclusão, usada do lado convexo, para se obter de início um esboço da curva de compensação (Curva de Spee).

A borda anterior do arco mandibular, na altura da linha mediana (A) terá inicialmente 2 cm de distância da borda da base de prova (B). Essa altura irá diminuindo e terminando em zero, na borda mais posterior da base de prova, sobre a papila retromolar (0). Clinicamente, a borda anterior do arco de oclusão deverá ficar paralela à linha úmida do lábio inferior. Sobrepassando, será removida e se faltando, será acrescentada, quando da prova do paciente. Verificam-se as linhas póstero-anterior (D) e a transversa anterior (E) se estão dividindo ao meio o plano de oclusão, que deverá ter um centímetro de largura vestíbulo-lingual.

Finalmente, dá-se o acabamento com a espátula 36 aquecida. Um bom acabamento também é fator de orientação ao profissional. A construção do arco de oclusão inferior foi terminada em laboratório, com a maior garantia, posto que sua construção foi baseada na própria topografia do paciente. A construção do arco superior estará na dependência do registro da distância vertical do paciente, que dará a sua altura. Somente após registrada a distância vertical de oclusão pode-se terminar e dar acabamento ao arco superior, para finalmente relacionar ambos os arcos.


Arco de Oclusão Maxilar: O arco de oclusão superior será construído na presença do paciente, isto é, clinicamente. Seu contorno seguirá o do arco inferior, tanto do lado visto por lingual quando do visto por vestibular, separado pela borda oclusal. Desenho esquemático, mostrando o relacionamento dos arcos de oclusão na boca.

A seqüência da construção do arco de oclusão superior segue a mesma já descrita para ao arco inferior, até a colocação do rolete de cera sobre a crista do rebordo, na base de prova. O esboço da curva de compensação dado na superfície do arco de oclusão inferior serve para imprimir no arco superior, bastando acertar o rolete colocado na base de prova superior, contra a superfície oclusal do arco inferior. A altura do arco de oclusão superior dependerá da distância vertical registrada no paciente. É importante que as bordas estejam paralelas, formando uma rima (R) perfeita com fator de orientação. Quando se constrói os arcos de oclusão a partir do inferior, deixa de ser importante a verificação do paralelismo da linha de oclusão, com o plano de Camper, bem como o paralelismo com a linha interpupilar, porque sempre haverá coincidência. Porém, todos os autores que verifiquei, e que iniciam a construção dos arcos de oclusão a partir do superior, recomendam esta verificação. A figura ao Aldo mostra o paralelismo da rima oclusa do arco de oclusão superior e inferior com a linha interpupilar e a á figura da direita, o paralelismo da rima do arco de oclusão superior e inferior, com o plano de Camper.


Método de Willis para a obtenção da distância vertical de oclusão: A altura do arco de oclusão superior dependerá da obtenção, a priori, da distância vertical. O método mais empregado é o método de Willis. Este autor verificou que na maioria dos indivíduos “distância entre a comissura dos olhos e a comissura dos lábios é sempre igual à distância entre a base do nariz e o rebordo inferior da mandíbula, isto quando, isto quando os roletes de mordida estão ajustados ou as dentaduras terminadas estão na boca do paciente”, o que equivale a D.V.O. Rossi (1965) em sua contribuição para a análise da distância vertical, testou o método de compasso de Willis, encontrando um valor de apenas 13% em 210 indivíduos dentados, de ambos os sexos, leucodermos, variando em idade de 19 a 31 anos. A validade dos 13% é muito pequena e deve ser por motivos semelhantes que Androvandi (1956) já recomendava que se eventualmente as medidas não correspondessem, “desprezá ssemos a medida de comissura a comissura e aproveitássemos a medida registrada da base do mento à base do nariz.” 1 – Adapta-se a base de prova com o respectivo arco de oclusão inferior, já terminado e a base de prova superior com o rolete de cera ainda em fase plástica, para ser conformado de encontro ao inferior. Para tanto, pede -se ao paciente para fechar a boca, mas não apertar, somente sentir que os arcos estão em contato. Aplica-se o compasso de Willis e pede-se ao paciente, para agora apertar, até a coincidência da medida registrada no compasso. Uma vez conseguida a coincidência, remove-se as bases de prova da boca do paciente e apara-se os excessos de cera do arco superior. 2 – Verificamos se a medida assim registrada é igual à distância que vai da comissura do lábio à comissura da pálpebra. Se eventualmente as medidas não corresponderem, desprezaremos a medida de comissura à comissura e aproveitaremos a medida registrada da base do mento à base do nariz.

Obtenção do D.V.O. a partir da D.V.R.:


Recomendações necessárias: Como se trata de medições “in anima vilio et nobile”, a antropologia se utiliza da cefalometria para medir distâncias entre pontos na superfície cutânea. Acresce que as mensurações obtidas através da cefalometria dos pontso fixos da face serão usadas também em tecidos moles. Convenhamos que para dar como resultado na mensuração subnasale-gnario, trabalhamos com um certo número em milímetros a título de referência; por isso. Quando fazemos estatística, não contamos com 100% de certeza e, sim, 95%. Quando em antropometria se faz “n” mensurações, os erros acidentais, isto é, aqueles que ocorrem para mais e para menos, desaparecem quando do cálculo da média. Além disso, procuramos seguir as técnicas preconizadas por Frasseto (1951) e mais a orientação de Avilla (1958), para a obtenção desses pontos cefalométricos, aqui no Brasil, atentando ainda para as recomendações de Gillis (1941), que a posição do paciente é importante; recomendações estas reforçadas pro Gomes Sabaté (1955) e, mesmo a tranqüilidade do paciente, referida por Boos (1959). Kurt (1959), descrevendo vários métodos para a obtenção da distãncia vertical, menciona o fato de que alguns advsersários dessa técnica, isto é, medidas faciais, dizem que a deslocação da pele, quando uma régua ou compasso divisor é usado pode produzir erros. E que o êxito depende da habilidade do paciente em seguir as ordens do clínico. Por esse motivo, deve-se cuidas da posição do paciente na cadeira odontológica.

Determinação da distância vertical de oclusão: Como já ficou esclarecido, quando das considerações em torno dos determinantes de oclusão em prótese total, existem duas distâncias verticais: a de repouso e a de oclusão e entre elas, o espaço interoclusal. Para obtermos a distância vertical de oclusão (D.V.O.), de um paciente edentado totalmente, sempre iniciamos obtendo a distância vertical de repouso (D.V.R.), para depois conseguirmos a D.V.O., após subtrairmos


2 mm da D.V.R. obtida, que é a média recomendada e que corresponde ao espaço interoclusal.

Passos Técnicos: 1 – Orienta-se o paciente que desencoste da cadeira, permanecendo com a cabeça e tronco eretos, olhando para frente, em relaxamento muscular. Observamos em seguida, se a posição da cabeça está em equilíbrio no sentido antero-posterior e de lateralidade. 2 – Verificadas essas condições, pedimos ao paciente para deglutir a saliva e em seguida pronunciar a letra “M” três vezes. Quando a mandíbula retomar à condição de repouso, levamos o compasso de Willis, fazendo tocar a haste superior da base do nariz e a haste inferior da base do mento. Registramos a medida obtida, apertando o parafuso do compasso para fixarmos a haste inferior. 3 – Levamos a base de prova com seu arco de oclusão mandibular já terminado, à boca do paciente e a base de prova maxilar com o rolete de cera ainda em fase plástica; isto é, amolecida. Pedimos ao paciente para ocluir, apertando os arcos em cera. Estando a cera do arco inferior já endurecida e a do arco superior ainda em fase plástica, evidentemente a cera do arco superior será amassada. Com a régua em posição, notanos que à medida que o paciente vai amassando a cera do arco superior, o ponto marcado no mento do paciente vais e aproximando do risco narcado na régua. Quando o ponto do mento coincidir com o risco marcado na régua, o fechamento da mandíbula chegou até a distância marcada previamente e que equivale a D.V.R. Conforma-se a cera do arco superior em relação ao inferior, dando um melhor acabamento. 4 – Registrada a D.V.R., procuraremos agora, obter a D.V.O., porque será essa última transportada ao articulador. Retiramos 2 mm na região do rebordo anterior do arco superior.


Plastificamos a cera dos rebordos posteriores, fundindo-a com uma espátula 36. Levamos ambos os arcos à boca do paciente, pedindo-lhe que oclua com força. A cera da porção posterior do arco superior será amassada, até as bordas anteriores se tocarem. Com esse artifício, conseguimos encontrar o espaço inter-oclusal, obtendo assim a D.V.O.

Obtenção da D.V.O. pelo método da deglutição: Passos Técnicos: 1 – Os mesmos já descritos para a obtenção da D.V.R. 2 – Os mesmos já descritos para a obtenção da D.V.R. 3 – Obtidas as duas medidas e mantendo a régua em posição na face do paciente, pedimos-lhe que deglute. Nesse instante, verificamos que o ponto inferior marcado no mento soergue e marcamos na régua até o ponto máximo de seu soerguimento. Entre esses pontos inferiores marcados na régua, podemos identificar a D.V.R., a D.V.O. e o espaço inter-oclusal. 4 - Levamos a base de prova com o seu respectivo arco de oclusão inferior, já construído e em seguida a base de prova superior com o rolete de cera ainda em fase plástica à boca do paciente. Pedimos-lhe para ocluir, apertando ambos os arcos, até a coincidência do ponto marcado na régua, o mais superior, obtendo assim a D.V.O. Conseguida a altura do arco de oclusão superior, após obter-se a D.V.O. do paciente. Monta-se o modelo superior no articulador. A montagem do modelo inferior no articulador será feita após a individualização da curva de compensação e depois de obtida a sua centralização em relação ao modelo superior. Essa centralização ficará na dependência da aplicação do registro intrabucal.


Métodos para se obter a curva de compensação: Método Mecânico: Método preconizado por Walker, Gysi e Hanau, obtém a curva de compensação durante a montagem dos dentes, utilizando os articuladores ajustáveis. A um outro grupo, representado por Christensen, Monson e Wadsworth, que dão a conformação da curva de compensação do arco de oclusão em cera no próprio articulador.

Método Fisiológico: Este método foi preconizado pro Paterson (1923). Segundo Hanau, por mais que se aperfeiçoe o articulador, este nunca reproduzirá os movimentos como são no vivo. Paterson diante dessa afirmação de Hanau, teve a idéia de obter a curva de compensação diretamente do paciente. Após o desgaste realizado pelo paciente, fisiologicamente, notou que a superfície oclusal mudava, formando uma leve curva antero-posterior e vestíbulo-lingual. A essa curvatura chamou de curva de compensação individual. Mais tarde, o próprio autor notou que se fosse imprimida uma curva antero-posterior inicial, facilitaria os movimentos e a curva se evidenciaria mais. Esse processo de obter a conformação da curva de compensação pelo próprio paciente, realizando os movimentos fisiológicos, é conhecido como Técnica de Desgaste de Paterson.

Parte Laboratorial: Terminada a construção dos arcos de oclusão em cera, já com um esboço de curvatura na superfície oclusal, o que conseguimos com a placaguia de oclusão, e depois de fixado no articulador o modelo superior, iniciamos a individualização da curvatura fisiológica.


Valendo-nos de uma lamparina a álcool com chama dirigida, aquecemos para plastificar tenuamente as superfícies oclusais dos arcos de oclusão superior e inferior, concomitantemente e levamos à boca do paciente. Pedimos-lhe que execute os movimentos mandibulares em todos os sentidos de lateralidade, apertando um arco de encontro ao outro fortemente Esta operação será repetida tantas vezes quantas forem necessárias, até conseguirmos obter a esperada curvatura, que vai se evidenciando na superfície oclusal.

Prótese Total única Superior, opondo-se ao arco inferior parcialmente edentado e com Prótese Parcial Fixa: Nestes casos, deve ser determinado se as restaurações fixas estão aceitáveis, se eleas podem se tornar aceitáveis ou se devem ser trocadas. Elas sendo aceitáveis, resta decidir qual o conceito oclusal que será seguido. Convém lembrar que os dentes da prótese total única estão em base móvel e ainda mesmo que eles funcionem contra dentes naturais, funcionaram como uma unidade.

A B Em A, a reabilitação dos posteriores inferiores com uma coroa total colocada no primeiro molar direito e uma incrustração metálica fudnida no segundo molar do mesmo lado, e do lado esquerdo, uma prótese parcial fixa e em B, uma prótese total fixa metaloplástica. Uma consideração que julgamos importante é quanto ao material dos dentes antagonistas naturais. A resina isosite desgasta-se menos contra o esmalte ou metal, porém, a resina acrílica comum desgasta-se muito, diminuindo bastante a distância vertical.


Prótese total única superior onde se notam os desgastes de todos os dentes de resina acrílica.

Quando as superfícies oclusais são mistas, de esmalte e metal, ou somente metal às superfícies oclusais dos dentes artificiais, elas de preferência devem ser de metal, entretanto, são também aceitáveis dentes com a superfície oclusal em resina isosite.

Prótese total única superior, com superfície oclusal metálica, opondo-se a dentes também com a superfície oclusal metálica.

Prótese Total única Superior, opondo-se ao arco inferior parcialmente edentado e com Prótese Parcial Removível: A situação mais freqüentemente encontrada para uma prótese total única superior é um arco parcialmente edentado, no qual os dentes que faltam foram ou serão substituídos por uma prótese parcial removível. Os dentes inferiores remanescentes deverão estar em um razoável estado rígido. Quanto à prótese parcial removível, ela deverá ser criticada severamente: 1 – A armação metálica preenche os requisitos biomecânicos e não deverá ser reconsiderada. 2 – A área basal, principalmente nos casos de CI, I, está com extensão correta e não precisa ser refeita.


3 – A posição e a composição do material dos dentes para a oclusão, a estética são aceitáveis. Devido ao tempo e esforços consideráveis que se consomem nos procedimentos para se construir uma prótese total única, em posição àquelas que se remanesceram, não deveremos nos embaraçar a condenar uma prótese existente se ela não for condizente à prótese total oposta. Quando uma prótese parcial removível estiver para ser feita, não haverá nenhum problema, relacionado a construção da prótese total única, posto que o plano de tratamento é ou deverá ser formulado para os dois arcos ao mesmo tempo. Geralmente a parte metálica de uma prótese parcial removível mandibular é aceitável ou pode ser contemporizado o seu uso por algum tempo. Contudo, a parte de resina acrílicas e os dentes ficam sempre muito a desejar. Os motivos comumente observáveis são a falta de extensão da área basal, principalmente nos casos de extremidade livre, seja uni ou bilateral. O apoio restrito a área de osso alveolar provoa grande reabsorção, tornando o rebordo alveolar remanescente, de convexo para côncavo. Este fenômeno, somado a falta de reembasamentos periódicos, faz descer o plano de oclusão. Lembrando que os dentes artificiais dessa prótese parcial removível também não se prestaram para reaproveitamento. A peça metálica pode ser recuperada ou refeita; mas a resina de base e os dentes devem ser considerados em no esquema oclusal.

Exemplos: Para a construção de uma PPR de extremo livre bilateral inferior, o dentista deverá se comportar como se estivesse construindo uma prótese total. Pois, são 2/3 de área edentada e somente 1/3 de área dentada.


Além disso, a área edentada vai ser a principal área de mastigação, não se justificando o não aproveitamento da área de osso cortical, a qual consideramos a mais nobre, para apoio das prótese totais mandibulares. A região assinalada com cheios pontilhados, onde está se apoiando a PPR CI, I, é justamente uma área de osso alveolar, altamente suscetível de reabsorção, quando forças fazem pressão sobre ele. Este fenômeno provoca grande perda óssea aconcavando o rebordo alveolar remanescente.

A prótese parcial removível baixa de sua linha oclusal, causando sérios distúrbios para a mecânica articular. A seta indica onde estaria localizada a linha de oclusão.

Prótese Total única oposta à outra Prótese Total: Admitimos que possa existir, nos casos de prótese total imediata, contrapondo-se a outra prótese total já existente. Porque em se tratando de uma boca edentada em ambos os arcos, evidentemente o planejamento será para prótese total dupla. De qualquer forma, o dentista assume a responsabilidade para com as duas próteses totais. São bem poucas as próteses velhas que preenchem requisitos ideais em todas as áreas. A decisão para a construção de próteses totais únicas não podem ser levianamente consideradas. O procedimento não é daquele que irá tomar a metade do tempo e dos esforços, daquele que devotaríamos para as próteses totais duplas, porque esta é uma prótese total única, implicada em lugar de duas.


Uma cuidadosa observação e o registro de todas as informações para o diagnóstico devem ser considerados antes que uma decisão seja tomada para a construção de uma prótese total única.

A PPR com nova montagem de dentes artificiais, ocluindo corretamente com a nova prótese total única, restabelecendo o plano de oclusão.

Não basta verificar a oclusão dos dentes por vestibular; é necessário também sua verificação por lingual.

Manual de Protese Total Removivel

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