MANUAL DE INSTRUÇÕES PONTE ROLANTE
MANUAL DE INSTRUÇÕES Indice Geral
Parte 0.
Modelo nº 2
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INFORMAÇÕES PRELIMINARES.
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DESCRIÇÕES GERAIS.
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INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO.
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INSTRUÇÕES GERAIS PARA A UTILIZAÇÃO.
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MANUTENÇÃO MECÁNICA.
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INCIDENTES E REPARAÇÕES.
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INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA.
Parte 1.
Parte 2.
Parte 3.
Parte 4.
Parte 5.
Parte 6.
GRUAS
1
MANUAL DE INSTRUÇÕES
GRUAS
INFORMAÇÕES PRELIMINARES 0.- Informação preliminar..........................................................................................................................................0-2 0.1.- Instruções práticas de prevenção ................................................................................................................ 0-2 0.2.- Conselhos a ter em conta para o correcto uso do diferencial ......................................................................0-2 0.3.- Resultado das medições do ruído ................................................................................................................ 0-3 0.4.- Método de medição do ruído ....................................................................................................................... 0-3 0.5.- Condições de funcionamento do diferencial durante a medição .................................................................0-3
DESCRIÇÕES GERAIS 1.- Principios de construção e funcionamento do diferencial .................................................................................1-2 1.1.- Diferencial....................................................................................................................................................1-2 1.2.- Elementos constitutivos do diferencial........................................................................................................1-2 1.2.1.- Motor freio .............................................................................................................................................. 1-2 1.2.2.- Motor de elevação...............................................................................................................................1-2 1.2.3.- Caixa redutora.....................................................................................................................................1-3 1.2.4.- Tambor................................................................................................................................................1-3 1.2.5.- Grampos de fixação do cabo...............................................................................................................1-3 1.2.6.- Cabo .................................................................................................................................................... 1-4 1.2.7.- Guia de cabo .......................................................................................................................................1-4 1.2.8.- Aparelho..............................................................................................................................................1-4 1.2.9.- Fim de curso........................................................................................................................................1-5 1.2.10.- Limitadores .......................................................................................................................................1-5 1.2.10.1.- Limitador de carga com cella...................................................................................................1-5 1.2.10.2.- Limitador de carga eletrico ......................................................................................................1-5 1.2.10.3.- Limitador de carga electronico para sumatório de cargas ................................................. 1-5 1.3.- Carros .............................................................. ................................................................ .................... 1-6 1.3.1.- Carro monoviga normal ...................................................................... ......................................... 1-6 1.3.2.- Carro monoviga de altura reduzida...................................................... ......................................... 1-6 1.3.3.- Carro biviga normal ................................................................. .................................................... 1-6 1.3.4.- Carro biviga com cabeceiras............................................................................................... .......... 1-7 1.4.- Mecanismos de translação do carro.............................. ............................................................... .......... 1-7 1.4.1.- Motores......................................................................................................... ............................... 1-7 1.5.- Construção geral estrutura (carro biviga com cabeceiras .......................................................... .......... 1-8 1.5.1.- Plataformas e corrimãos............... ................................................................ ............................... 1-8 1.5.2.- Rodas ................................................................. ................................................................ ......... 1-8 1.5.3.- Eixos das rodas ............................................................ ............................................................... 1-9 1.5.4.- Rolamentos ........................................................ ................................................................ ......... 1-9 1.5.5.- Batentes.............................................................. ................................................................ ......... 1-9 1.5.6.- Cabina de comando (opcional)..................................................................... ............................... 1-9 1.5.7.- Carrís....................................................... ................................................................ .................. 1-10 1.5.8.- Lubrificação ....................................................... ................................................................ ....... 1-10 1.5.9.- Alimentação do carro .............................................................. .................................................. 1-10 1.6.- Elementos especiais de segurança .............................................................. ....................................... 1-10 1.6.1.- Anemómetro ................................................................ ............................................................. 1-10 1.6.2.- Amarração............................................... ................................................................ .................. 1-10
INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO 2.- Instalação dos carros, no caminho de rolamento ...............................................................................................2-2 2.1.- Carro monoviga normal......................... ................................................................ ............................... 2-2 2.2.- Carro monoviga de altura reduzida.............................................................................................. .......... 2-2 2.3.- Carro biviga normal.................... ................................................................ .......................................... 2-3 2.4.- Carro biviga com cabeceiras ............................................................. .................................................... 2-3 2.5.- Motorredutores................. ................................................................ .................................................... 2-4 2.5.1.- Entrada em funcionamento....................................................... .................................................... 2-4 2.6.- Caminho de rolamento..................................................................... .................................................... 2-6 2.6.1.- Tolerâncias dos caminhos de rolamento ..................................................................................... 2-6
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GRUAS
2.7.- Tomada eléctrica e ligação á terra ............................................................ ...........................................2-7 2.7.1.- Painel de alimentação do guindaste ............................................................. ................................2-7 2.7.2.- Tomada eléctrica.................................................................... .....................................................2-7 2.7.3.- Ligação á terra ............................................................. ................................................................ 2-7 2.8.- Montagem do guindaste .......................................................................................................................2-8 2.8.1.- Montagem do guindaste no solo .................................................................. ................................2-8 2.8.2.- Elevação do guindaste .................................................................................................................2-8 2.9.- Ensaios de recepção .............................................................................................................................2-9 2.9.1.- Condições do ensaio ................................................................ .....................................................2-9 2.9.2.- Ensaios .............................................................. ................................................................ ...........2-9 2.9.2.1.- Ensaio estático ................................................................ .....................................................2-9 2.9.2.2.- Ensaio dinâmico................... ................................................................ ................................2-9 2.9.2.3.- Ensaio de movimentos intensivos......................... ................................................................ 2-9 2.10.- Pontos de inspeção prévios á entrada em serviço................................................................................2-10 2.10.1.- Parafusos e porcas....................................................... .............................................................. 2-10 2.10.2.- Cabo.........................................................................................................................................2-10 2.10.3.- Aparelho...................................................................................................................................2-10 2.10.4.- Poleas de reenvio........................................................ .............................................................. 2-10 2.10.5.- Botoneira..................................................................................................................................2-11 2.10.6.- Sentido de rotação dos motores............. ................................................................ ....................2-11 2.10.7.- Fins de curso de elevação................................................................. .........................................2-11 2.10.8.- Fim de curso da translação do carro (instalações em plumas e pontes) ......................................2-11 2.10.9.- Freios........................................................................................................................................2-11 2.10.10.- Nível de óleo.................................................................................. .........................................2-11 2.10.11.- Grau de isolamento dos motores..............................................................................................2-11 2.10.12.- Batentes..................................................................................................................................2-11 2.10.13.- Funcionamento ......................................................... .............................................................. 2-11 2.10.14.- Limitador de carga......................................................................... .........................................2-11 2.10.15.- Anemometro e amarração..................................................................................................... 2-11
INSTRUÇÕES GERAIS PARA A UTILIZAÇÃO 3.- Funcionamento e regulagens ................................................................................................................................3-2 3.1.- Principio de funcionamento do diferencial..................................................................................................3-2 3.2.- Ligação e protecção dos motores...............................................................................................................3-2 3.3.- Limitador de carga .............................................................................................................................. 3-3 3.3.1.- Limitador de carga com célula.................................................................................................... 3-3 3.3.2.1- Limitador electronico ALE-100.......................................................................................... 3-3 3.3.2.2– Limitador electronico ALE-100/T...................................................................................... 3-3 3.4.- Instruções de uso e condução .......................................................... .................................................... 3-3 3.4.1.- Durante o serviço........................................................................................................................ 3-4 3.4.2.- Ao final do serviço...................................................................................................................... 3-4 3.4.3.- Posicionamento e operações de comandos ................................................................................. 3-4 3.5.- Verificações gerais antes da entrada em serviço diária ............................................................. .......... 3-4
MANUTENÇÃO MECÁNICA 4 - Manutenção mecánica ..................................................................................................................................
4-2
4.1.- Prevenções gerais durante as reparações............................................................................................. 4-2 4.2.- Manutenção dos caminhos de rolamento................................................................................... .......... 4-2 4.3.- Cabos................................................................................................................................................... 4-3 4.3.1.- Lubrificação dos cabos em serviço ............................................................. ............................... 4-3 4.3.2.- Manutenção, inspecção e critério de substituição dos cabos ..............................................................4-3 4.3.3.- Estado do cabo antes da sua instalação...............................................................................................4-3 4.3.4.- Colocação............................................................................................................................................4-4 4.3.5.- Manutenção.........................................................................................................................................4-4 4.3.6.- Inspecções e frequência.......................................................................................................................4-4 4.3.6.1.- Inspecções diárias.......................................................................................................................4-4 4.3.6.2.- Exames periódicos, conforme o apartado 4.3.6.4.. .............................................................. 4-4
3
MANUAL DE INSTRUÇÕES
GRUAS
4.3.6.3.- Inspecções especiais, conforme o ponto 4.3.6.4.. ......................................................................4-5 4.3.6.4.- Pontos que deverão ser inspeccionados.....................................................................................4-5 4.3.6.5.- Terminais com exclusão das eslingas ........................................................................................ 4-5 4.3.6.6.- Critérios de substituição.............................................................................................................4-6 4.3.6.7.- Natureza e nº das rupturas dos arames.......................................................................................4-6 4.3.6.8.- Rupturas de arames na zona do terminal.................................................................................4-6 4.3.6.9.- Ninhos de rupturas em arames .................................................................................................4-8 4.3.6.10.- Escalonamento no tempo do número de rupturas em arames ..............................................4-8 4.3.6.11.- Ruptura dum cordão ...............................................................................................................4-8 4.3.6.12.- Redução do diâmetro do cabo devido à deterioração da alma .............................................4-8 4.3.6.13.- Desgaste externo ..................................................................................................................... 4-8 4.3.6.14.- Diminuição da elasticidade ....................................................................................................4-9 4.3.6.15.- Corrosão externa e interna......................................................................................................4-9 4.3.6.16.- Deformação ............................................................................................................................. 4-9 4.3.6.17.- Deformação em saca-rolhas consulte anexo e, exemplo 8 .................................................4-10 4.3.6.18.- Deformação em cesta consulte anexo e, exemplo 9............................................................4-10 4.3.6.19.- Extrusão de cordões consulte anexo e, exemplo 10 ............................................................4-10 4.3.6.20.- Extrusão de arames consulte anexo e, exemplos 11 e 12 ...................................................4-10 4.3.6.21.- Aumento localizado do diâmetro do cabo consulte anexo e, exemplos 13 e 14 ...............4-11 4.3.6.22.- Diminuição localizada do diâmetro do cabo consulte anexo e, exemplo 17 .....................4-11 4.3.6.23.- Esmagamentos consulte anexo e, exemplos 18 e 19 ...........................................................4-11 4.3.6.24.- Cabeças consulte anexo e, exemplos 15 e 16 ......................................................................4-11 4.3.6.25.- Cotovelos consulte anexo e, exemplo 20 .............................................................................4-11 4.3.6.26.- Ceteriorações produzidas pelo calor ou por fenómenos eléctricos................................. 4-11 Anexo A (normativo).................................................................... ............................................................. 4-12 Anexo B (normativo) .......................................................... ................................................................ ....... 4-13 Anexo C (normativo) .......................................................... ................................................................ ....... 4-14 Anexo E (normativo) .......................................................... ................................................................ ....... 4-14 4.3.7.- Passos a seguir para desmontagem e montagem do cabo.......................................................... 4-23 4.3.7.1.- Desmontagem do cabo .............................................................. ....................................... 4-23 4.3.7.2.- Montagem do cabo ......................................................... .................................................. 4-23 4.4.- Grampos de amarre do cabo ............................................................ .................................................. 4-25 4.5.- Terminal de cunha ...................................................... ................................................................ ....... 4-25 4.6.- Ganchos ........................................................... ................................................................ .................. 4-25 4.7.- Poleas e tambores ....................................................... ................................................................ ....... 4-25 4.8.- Substituição do rolamento do tambor ......................................................... ....................................... 4-26 4.9.- Procedimento para desmontar o aparelho........................................ .................................................. 4-26 4.10.- Fim de curso ............................................................. ................................................................ ....... 4-26 4.11.- Lubricação da guia do cabo .....................................................................................................................4-27 4.12.- Plano de manutenção.......................................................... ............................................................. 4-28 4.12.1.- Verificação diária.................................................................. .................................................. 4-28 4.12.2.- Verificação periódica ............................................................ .................................................. 4-28 4.13.- Lubrificação.............................................................. ................................................................ ....... 4-29 4.13.1. Tabela de lubrificação ............................................................ .................................................. 4-29 4.13.2.- Tabela de equivalências de lubrificantes.................................................... ............................. 4-29 4.14.- Elevação ........................................................ ................................................................ .................. 4-30 4.14.1.- Resistência ao isolamento...............................................................................................................4-31 4.14.2.- Ruïdos e vibrações..........................................................................................................................4-31 4.14.3.- Motores ............................................................ ................................................................ ....... 4-31 4.14.3.1.- Inspecção e recomendações.......................................................................... .................. 4-31 4.14.3.2.- Intensidade com carga............................................................................................................4-31 4.14.3.3.- Inspecção do freio ..................................................................................................................4-32 4.14.3.4.- Reglaje do freio electromagnético do diferencial ..................................................................4-32 4.14.3.5.- Ruídos e vibrações ................................................................................................................4-32 4.14.3.6.- Limpeza .................................................................................................................................4-32 4.14.3.7.- Comprovação do estado do freio .........................................................................................4-33 4.14.3.8.- Desmontagem do freio..........................................................................................................4-33 4.14.3.9.- Desmontagem e montagem do motor .................................................................................4-33 4.14.3.10.- Montagem do freio..............................................................................................................4-35
4
MANUAL DE INSTRUÇÕES
GRUAS
4.14.4.- Redutores ........................................................ ................................................................ ........ 4-35 4.14.4.1.- Lubrificação ................................................................. .................................................. 4-35 4.14.4.2.- Tabela de falhos críticos nos redutores .......................................................................... 4-36 4.14.4.3.- Normas de inspecção...................................................................................................... 4-37 4.14.4.4.- Substituição de engrenagens e rolamentos..................................................................... 4-37 4.14.4.5.- Rolamentos..................................................................................................................... 4-38 4.14.4.6.- Reténs de óleo .............................................................. .................................................. 4-38 4.15.- Translação ............................................................... ................................................................ ........ 4-39 4.15.1.- Periodicidade das inspecções......................................................................................................... 4-40 4.15.2.- Mudança de lubrificante ............................................................................................................... 4-40 4.15.3.- Inspecções e recomendações .................................................................................................. 4-41 4.15.4.- Ajuste do entreferro do freio nos motores de translação ............................................................ 4-42 4.15.5.- Manutenção do motor................................................................................................................... 4-42 4.15.6.- Desmontagem das partes do motor .............................................................................................. 4-43 4.15.7.- Montagem do motor...................................................................................................................... 4-43 4.15.8.- Rodas .............................................................. ................................................................ ........ 4-44 4.15.8.1.- Normas de aplicação .............................................................. ........................................ 4-44 4.15.8.2.- Procedimento para a substituição de rodas e rolamentos das mesmas ........................... 4-45 4.15.9.- Estructura................................................................................................................................ 4-45
INCIDENTES E REPARAÇÕES 5.- Incidentes e reparações ..................................................................................................................................
5-2
5.1.- Localização de avarias .................................................................................................................................5-2 5.2.- Reparações...................................................................................................................................................5-2
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA 6.- Segurança ...............................................................................................................................................................6-2 6.1.- Instrução ou conhecimentos do pessoal que opera na máquina ..................................................................6-2 6.2.- Instrução ou conhecimentos do pessoal que mantém ou repara a máquina ................................................6-2 6.3.- Medidas de segurança na instalação da máquina ................................................................................ 6-2 6.3.1.- Plano de manutenção ..........................................................................................................................6-2 6.3.2.- Acesso para manutenção.....................................................................................................................6-2 6.4.- Acções que nunca se devem realizar ...........................................................................................................6-2 6.5.- Prevenção de acidentes........................................................................................................................ 6-3 6.6.- Acções a ter em conta ..................................................................................................................................6-4 6.7.- Painel de comando ......................................................................................................................................6-6
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MANUAL DE DESCRIÇÃO
INFORMAÇÕES PRELIMINARES
0-1
GRUAS
MANUAL DE DESCRIÇÃO
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0.- INFORMAÇÃO PRELIMINAR O objectivo desta publicação é fornecer ao cliente o máximo de informação acerca da instalação, manutenção e utilização correcta dos equipamentos de GH. É nossa opinião que, antes de começar a instalação do equipamento, é muito importante que leia minuciosamente este manual, com o objectivo de assegurar o uso eficaz e seguro do referido equipamento. Cada equipamento GH, uma vez finalizado, é inspeccionado e testado com carga nas nossas fábricas. Os resultados destas provas estão reconhecidos nos certificados de inspecção em fábrica. Ë muito importante que as pessoas que utilizam ou efectuam a manutenção do equipamento, estejam familiarizadas com as instruções e conselhos indicados neste manual. 0.1.- INSTRUÇÕES PRÁTICAS DE PREVENÇÃO
O facto de estar familiarizado com o equipamento e com as instruções práticas de prevenção, minimiza a possibilidade que o operador do equipamento sofra lesões bem como a possibilidade de ocorrência de avarias, quer no equipamento quer no local onde este se encontra a funcionar. Os diferenciais e os carros estão concebidos para elevar e transportar cargas e não pessoas. Em nenhuma circunstância, os diferenciais e os carros devem ser utilizados para elevar ou transportar pessoas. Não será autorizada a utilização do equipamento a quaisquer pessoas que não estejam familiarizadas ou não tenham sido instruídas a este respeito. O uso negligente do equipamento pode dar origem a uma série de riscos que não podem ser prevenidos. Somente a utilização cuidadosa e inteligente do equipamento, e ainda o uso do senso comum, poderão evitar os perigos mencionados. No âmbito das instruções de prevenção, julgamos indispensável a inclusão de um programa periódico de inspecções, bem como uma manutenção preventiva. 0.2.-CONSELHOS A TER EM CONTA PARA O CORRECTO USO DO EQUIPAMENTO.
Para além das instruções indicadas no ponto anterior e dos conselhos que seguidamente pormenorizamos, pensamos que o mais importante de todos é o do uso do “senso comum”. Dedicar alguns minutos á leitura destes conselhos poderá ajudar o operador do equipamento a tomar as suas precauções, para a sua própria segurança e para a segurança dos outros. Controlos freqüentes e inspecções periódicas, assim como uma observação minuciosa, tanto das Instruções Práticas de Prevenção como dos conselhos para a utilização correcta do equipamento, podem evitar acidentes e economizar tempo e dinheiro.
0-2
MANUAL DE DESCRIÇÃO
GRUAS
0.3.- RESULTADO DAS MEDIÇÕES DO RUÍDO §
Os valores do nível de pressão acústica continuo equivalente ponderado (A) e o valor máximo da pressão acústica instantânea ponderada (C) vem detalhadas no quadro seguinte, (Somente no caso de ultrapasar os dB (A)):
Modelo
NÍVEL DE PRESSÃO ACÚSTICA ELEVAÇÃO A C
GHB GHD GHE GHF
Modelo
NÍVEL DE PRESSÃO ACUSTICA TRANSLAÇÃO A C
VB VC VD VE
0.4.- MÉTODO DE MEDIÇÃO DO RUÍDO
As medições do nível de pressão acústica foram efetuados aos 3 Mts do motor.. 0.5.- CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTO DURANTE A MEDIÇÃO
Os valores indicados na tabela são relativos com o valor promédio do nível de intensidade acústica para um ciclo de trabalho realizado ao (50% com carga nominal, 50% sem carga).
0-3
MANUAL DE DESCRIÇÃO
DESCRIÇÕES GERAIS
1-1
GRUAS
MANUAL DE DESCRIÇÃO
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1.- PRINCIPIOS DE CONSTRUÇÃO E FUNCIONAMENTO DO DIFERENCIAL 1.1.- DIFERENCIAL Seguidamente, apresentamos um desenho do diferencial que indica as peças principais que o constituem.. Para a desmontagem completa das peças que o constituem, junta-se em separado um manual de desmontagem.. 1.- Freio 2.- Motor 3.- Caixa redutora
4.- Tambor 5.- Guia 6.-Chassi
figura 1.1
1.2.- ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO DIFERENCIAL 1.2.1.- MOTOR FREIO Será fornecida informação pormenorizada sobre o motor de freio no manual de uso e manutenção dos motores. Os diferenciais estão equipados com motores de jaula. 1.2.2.- MOTOR DE ELEVAÇÃO Motor de curto-circuito com freio incorporado, situado no exterior do diferencial. Freio electromagnético de disco, com ferodos de faces planas isentos de amianto, com accionamento frontal, permitindo um contacto uniforme da totalidade da superfície do ferodo na frenagem. Longa duração dos ferodos e fácil regulação do freio. Ventilador de ar natural IC 01 ou forçada IC 06 s/ EN 60034-6, para refrigeração do motor e do freio, permitindo um fator de marcha importante e um elevado numero de arranques por hora. Proteção IP-55 segundo DIN-40050. Classe de isolamento F, protegidos contra a humidade, em versão standard, e tropicalizados opcionalmente quando assim se pretender. Do mesmo modo, e opcionalmente para situações extremas de utilização, podem colocar-se sondas térmicas ou termistores, para que se possa dispor dum controle fiável da temperatura do motor a fim de protege-lo. O motor em versão standard pode ter opcionalmente uma ou duas velocidades. A segunda velocidade com relação de 1/6, é conseguida por comutação de polos 2:12. São possíveis outras relações ½, ¼, mediante pedido especial do cliente. Assim se se desejar, pode equipar-se os diferenciais, a pedido, com motores com regulação de velocidade por meio de conversor de freqüência, ou com motores de anéis de atrito. Conforme o modelo do diferencial standard, os motores utilizados são:
a) Para uma velocidade 3.000 r.p.m. GHB 3,2 ó 4 ó 5 KW GHD 5 ó 6,5 ó 7,5 KW GHE 8 ó 10 ó 12 ó 15 KW GHF 13 ó 16 ó 19 ó 25 ó 30 KW
b) Para duas velocidades 3.000/500 r.p.m. GHB 3,2/0,53, ó 4/0,66 ó 5/0,83 KW GHD 5/0,83 ó 6,5/1,1 ó 7,5/1,25 KW GHE 8/1,3 ó 10/1,66 ó 12/2 ó 15/2,5 KW GHF 13/2,15 ó 16/2,65 ó 19/3,15 ó 25/4,16 ó 30/5 KW
1-2
MANUAL DE DESCRIÇÃO
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1.2.3.- CAIXA REDUTORA A caixa redutora é de ferro fundido GG-20, sendo mecanizada em máquinas de centragem mecânica, e nela estão alojadas as engrenagens. Estes são de material cimentado. O dentado dos mesmos é helicoidal. A caixa é bipartida e é constituída por três trens de engrenagens, os quais são lubrificados por banho de óleo através de massa fluida, no interior do carter fechado que configura a caixa e no caso dos rolamentos por salpicadura. Todos os eixos vão montados sobre rolamentos. Todas as engrenagens vão montadas em caixas redutoras herméticas, com tampas de inspeção, furos de drenagem bem posicionados, respiros, varetas indicadoras do nível de óleo e saídas herméticas de eixo. As caixas tem sido testadas a fim de verificar a estanqueidade com respeito ao óleo antes de serem pintadas. A pintura interior é um esmalte resistente ao óleo, da cor granate. NOTA: Para desmontagens,, ver listagem de peças.
ELEMENTOS QUE ACTUAM NO ENROLAMENTO DO CABO 1.2.4.- TAMBOR O tambor é construído em tubo de aço laminado. Está ranhurado segundo norma DIN-15061. As ranhuras sobre o tambor efectuam-se atendendo á disposição específica das saídas do cabo, consoante seja de 1 ou 2 saídas. O comprimento do tambor varia de acordo com a altura de elevação. Os extremos dos tambores vão montados sobre rolamentos. O acabamento superficial das ranhuras é muito fino, sem defeitos ou imperfeições que possam vir a danificar o cabo. NOTA: Para desmontagens, ver listagem de peças.
O ataque do redutor ao tambor é centralizado e é de tipo ataque directo por meio de eixo estriado. Os diâmetros do tambor segundo os diferentes modelos de diferenciais são os seguintes:
TIPO DE DIFERENCIAL
GHB
GHD
GHE
GHF
DIÂMETRO DO TAMBOR ( mm.)
151,5
242
322
404
1.2.5.- GRAMPOS DE FIXAÇÃO DO CABO. Os grampos são fabricados especialmente para este fim pela GH. O número de grampos e os pares de aperto dos parafusos de fixação dos mesmos, dependendo do modelo de diferencial serão os seguintes:
TIPO DE DIFERENCIAL
NÚMERO DO GRAMPO
PAR DE APERTO (Nm)
A
B
A
B
GHB
3
6
10
10
GHD
3
6
25
10
GHE
3
6
48
25
GHF
3
6
84
48
A: Uma saída de cabo do tambor
1-3
B: Duas saídas de cabo do tambor.
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1.2.6.- CABO O cabo está dimensionado tendo em conta a Norma FEM 9661. Dependendo da altura de elevação, o cabo colocado será do tipo normal antigiratório. Caso do diferencial leve um cabo antigiratório o engate terminal do cabo será giratório. Juntar-se-á á documentação de cada diferencial certificado com as especificações técnicas do cabo. Os diâmetros dos cabos, consoante o tipo de diferencial serão os seguintes:
TIPO DE DIFERENCIAL
DIÂMETRO DO CABO ( mm.) A
B
GHB
8,5
8,5
GHD
12
8,5
GHE
16
12
GHF
20
16
A: Uma saída de cabo do tambor
B: Duas saídas de cabo do tambor.
1.2.7.- GUIA DE CABO A guia cabo é construída com material de fundição esferoidal GGG-70. A sua parte interior está ranhurada de modo a permitir um assentamento perfeito do cabo. A guia é formada por duas meias luas unidas por parafusos, com molas, os cabos permitem exercer pressão ao mesmo tempo que asseguram uma certa elasticidade. Nos modelos de diferenciais GHB, GHD, incorpora-se na guia pela parte de dentro uma mola que segura o cabo com o objectivo de evitar que este saia da ranhura do tambor. Para que não role, a guia do cabo é conduzida ao longo do tambor através de dois perfís laminados.
figura 1.2
1.2.8.- GANCHO DE CARGA As poleas são dimensionadas segundo a Norma FEM-9661. A mecanização da garganta efectua-se em conformidade com a norma DIN-15061. As cruzetas e as fêmeas do gancho são mecanizadas em conformidade com a norma 15412 e 15413, respectivamente. Os ganchos são seleccionados segundo a Norma DIN-15400 e mecanizados segundo o dimensionamento indicado pelas normas DIN-15401 e DIN-15402, conforme sejam os ganchos simples ou duplos. Os ganchos são de aço temperado 34CrMo4. Vão montados sobre rolamentos axiais os quais vão apoiados em vigas de aço. Dependendo do diferente número de ramais de cabo e do número de saídas do tambor 2/1, 4/1, 4/2. figura 1.3
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GRUAS
1.2.9.- FIM DE CURSO O interruptor do fim de curso é do tipo sem-fim coroa. Permite a limitação do trajecto do gancho na posição mais elevada e na sua posição mais baixa. Este fim de curso de grande precisão está acoplado ao eixo do tambor, sendo de fácil regulação. (Ver regulação no ponto 4.10 do manual de manutenção). 1.2.10.- LIMITADORES 1.2.10.1.- ��������� �� ����� ��� ����� �� ������� �������� ��������� ��� ����� ����� ��� ������ ��� ������� �� �� ������ ����� �� ������ ���� ����� � ������ � �� ��������� ����������� ��� ����� � �������� �� ���� �� ����������� NOTA: Para discriminação das peças, consultar a listagem.
Figura 1.4 1.2.10.2.-LIMITADOR DE CARGA ELETRICO Nos Polispastos de 1 Ranal instala-se um detetor de intensidade do motor (ELFI), o qual desativa o seu funcionamento no caso de ocorrer um consumo excessivo por sobrecarga. 1.2.10.3.- ��������� �� ����� ����������� ���� ��������� �� ������ No caso de levar vários ganchos com adicionador de carga, instala-se um limitador electrônico ligado a várias células de carga.
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1.3.- CARROS 1.3.1.- CARRO MONOVIGA NORMAL De estrutura compacta mecanosoldada, formada por chapas e perfis laminados, convenientemente mecanizados para que sobre ela assentem os diferentes mecanismos que configuram a elevação e a translação do carro. As dimensões do carro são determinadas pelo modelo do diferencial, pela altura de elevação e pela largura da viga na qual está suspenso. 1.- Parafusos de fixação do diferencial ao carro 3.- Rodas do carro 2.- Separadores para ajuste do carro á viga 6.- Mecanismos de translação figura 1.5 1.3.2.- CARRO MONOVIGA DE ALTURA REDUZIDA A sua diferença com o carro monoviga normal reside no facto de que, relativamente ao eixo do perfil de rotação, o mecanismo que acciona a elevação permanece dum lado e o contrapeso e o accionamento da translação do outro. 1.- Parafusos de fixação do diferencial ao carro. 2.- Separadores para ajuste do carro á viga 3.- Rodas do carro 6.- Mecanismos de translação 7.- Contrapeso
figura 1.6 1.3.3.- CARRO BIVIGA NORMAL A estrutura mecanosoldada é constituída por chapas, perfis laminados e tubos, formando uma unidade compacta, convenientemente mecanizada sobre a qual se assentam os mecanismos de elevação e translação do carro. O chassi do carro é do tipo articulado, sendo o seu objectivo o apoio das quatro rodas. O accionamento do carro realiza-se por meio de um motorredutor flutuante, com ataque directo ao eixo das rodas motrizes. 1.- Pino de articulação 2.- Rodas do carro 3.- Eixo de transmissão 4.- Mecanismos de translação. figura 1.7
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1.3.4.- CARRO BIVIGA COM CABECEIRAS Este tipo de carro é construído um vão superior a 1800 mm, seja devido á da altura de elevação ou devido ao vão da ponte rolante, ou por exigências do cliente 1.- Cabeceira. 2.- Viga intermédia. 3.- Motoredutor. Este tipo de carro é constituído por duas cabeceiras, com o accionamento da translação, unidos através de vigas intermédias de perfil laminado, mecanizadas para alojar o mecanismo de elevação. O accionamento do carro pode efectuar-se por meio de dois motorredutores independentes, ou através dum motorredutor com eixo de transmissão ás duas rodas. O equipamento que precise de acesso para inspeção, ajuste ou reparações, está instalado numa posição tal que o operador possa trabalhar com facilidade, segurança e protegido das partes móveis. Com esta norma estão previstas plataformas, corrimãos e escadas diretamente vinculadas aos equipamentos.
figura 1.8
1.4.-MECANISMOS DE TRANSLAÇÃO DO CARRO Os mecanismos de translação estão especialmente concebidos e fabricados pela GH, para o accionamento de mecanismos destinados á manutenção de materiais. Estes accionamentos podem efectuar-se com uma ou duas velocidades de translação, sendo os standard 20 m/min, para os de uma velocidade e 20/5 m/min para os de duas velocidades (50Hz). Opcionalmente podem construir-se outras velocidades de translação. Os motores incorporados são de rotor cilíndrico, classe de isolamento F e protecção standard IP-55, S/DIN-40050. Todos os accionamentos de translação são efectuados por meio de motores, equipados com freio electromagnético de disco. Para mais informação, consulte o manual de instruções de uso e manutenção para mecanismos de translação. 1.- Freio 2.- Motor 3.- Redutor 4.- Eixo de saída
figura 1.9
1.4.1.- MOTORES Os motores de translação são do tipo gaiola de esquilo com freio de disco incorporado, e refrigerados por meio de um ventilador de ar natural IC 01 ou forçada IC 06 s/ EN 60034-6, que por sua vez se faz de volante de inércia. •
O isolamento utilizado é da classe F.
•
Protecção classe IP-55.
•
A carcassa, dependendo do tipo de motores, será de alumínio ou de ferro fundido.
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1.5.- CONSTRUÇÃO GERAL ESTRUTURA A ponte está construida com chapa de aço estrutural. As vigas principais e de cabeceiras são do tipo perfil ou gaveta, soldadas, desenhadas e calculadas para resistir os máximos esforços a flexão, cisalhamento e torsão. Serão colocados diafragmas em toda a viga a fim de assegurar a rigidez do alma, igualmente também as platabandas de apoio intermédio que transferam a carga das rodas do carro, directamente dos carrís para as almas. As vigas cabeceiras (caso da gaveta) levam diafragmas e reforços que garantem uma adequada estabilidade lateral. Opcionalmente. O carro e a Ponte levarão “limpador de carrís” e pára-quedas para evitar uma queda superior a 25 mm no caso de rotura dum eixo. Aliás leva incorporado um dispositivo de segurança para evitar o descarrilamento. O projeto das vigas cabeceiras está feito de forma que permite uma fácil montagem e desmontagem das rodas. Opcionalmente. Todas as partes desmontáveis, como escovas da Ponte, do carro sirenas, alcapão para inspecção, luzes, etc., levam cabos de terra. Vão munidos com acessos adequados, com corrimãos e rodapés que garantem a se gurança do operário. Todas as partes estruturais e semi-acabadas, exceto as juntas, que serão aparafusadas em obra, são limpadas e pintadas. 1.5.1.- PLATAFORMAS E CORRIMÃOS Levam plataformas posicionadas ao longo das vigas da Ponte a fim de permitir o acesso para todos os equipamentos que requeram de inspecção, manutenção e/ou reparação. As plataformas tem uma largura mínima de 500 mm libres para a passagem. São construídas com chapas de aço antideslizante. Levam rodapés de 100 mm de altura. Os corrimãos são construidos com tubos e barras de 1100 mm de altura, com um elemento intermédio a 550 mm. As plataformas e corrimãos não interferem com a desmontagem de qualquer elemento da Ponte. 1.5.2.- RODAS As rodas são de pestana dupla, totalmente mecanizadas de material de fundição esferoidal GGG-70. As rodas directoras vão sobre eixos estriados e montadas da mesma forma que as conduzidas sobre rolamentos de esferas ou rolos cilíndricos. O seu diâmetro é tal que a carga máxima não ultrapasse o permitido pela norma F.E.M. – 1001. Os assentos dos suportes de rodas são do tipo mecanizado para assegurar um apoio perfeito das mesmas. Este sistema permite um alinhamento correcto das rodas, o que é uma condição indispensável para um correcto funcionamento da Ponte.
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1.5.3.- EIXOS DAS RODAS Os eixos das rodas são de aço 34CrMo4 com tratamento térmico para obter durezas de 250 ÷ 270 HB. Têm uma grande resistência e rigidez, além dum acabamento final adequado., sendo que este acabamento muito fino é necessário para evitar desgaste por atrito. A mecanização de rebaixes é feita de forma progressiva para reduzir de forma efectiva concentrações de tensões por câmbios de forma e entalhes, assim como de fadiga devido ao fato de que é aí onde ocorrem os câmbios de esforços. São montados sobre rolamentos em caixas de cárter fechadas, fixadas adequadamente à estrutura. 1.5.4.- ROLAMENTOS São utilizados rolamentos de esferas ou rolos cilíndricos. 1.5.5.- BATENTES São de borracha e aço e estão fornecidos dois para cada sentido de movimento. São de fácil restauração para poder realizar uma troca de rodas. O carro tem um sistema de pára-choques que coincide com os batentes posicionados sobre as vigas principais da Ponte. 1.5.6.- CABINA DE COMANDO (OPCIONAL) Está situada no aparelho de elevação ou nas proximidades, e está especialmente desenhada, construida e equipada para o manejo da Ponte. Os comandos da Ponte estão dentro da cabina num atril de comandos, por meio do qual, a ordem de controle desejada é transmitida para o dispositivo de accionado. A cabina do operador está desenhada para resistir o peso do operador e as tensões ocasionadas pelo movimento, está construida em aço estrutural e com material resistente ao fogo, com um vão livre de 2 m e no interior com espaço suficiente para que o operador possa trabalhar e se deslocar com umas boas condições ergonômicas. Está amarrada com firmeza numa das vigas principais da Ponte por meio de parafusos e amortecedores a fim de evitar oscilações e vibrações. As placas de fechamento do lateral têm uma espessura de 3 mm. As janelas levam vidros duplos de segurança laminados tipo sécurit , posicionados de tal forma que, no caso de rotura venham a cair dentro da cabina, assim como estão desenhadas a fim de facilitar a sua limpeza. O solo da cabina se estende a fim de formar uma plataforma de acesso. O interior do solo está construido com chapa de aço de 3 mm de espessura e com recobrimento de lâminas de madeira. O telhado da cabina tem canos de desaguamento para drenar a água do telhado e assi m evitar que escorra pelas janelas ou pela porta. A distribuição da cabina está pensada para obter a maior visibilidade para o operador. A iluminação da cabina é feita por meio duma lâmpada fluorescente de 20 W. O atril de comandos vai munido com uma tomada para manutenção. Os comandos vão sobre um console giratório e está equipado com um assento confortável que ajusta-se ao peso e altura do operador.
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A cabina leva também um extractor de fumaça assim como com aquecimento para o operador. Equipamentos opcionais: Ar condicionado e extintor. 1.5.7.- CARRÍS Os carrís do carro vão montados sobre as vigas da Ponte. Opcionalmente. Os carrís para a Ponte são fornecidos, assim como também os elementos para amarramento e ancoragem. Em cada extremo dos caminhos de rolamento são colocados pára-choques projetados para absorver os eventuais impactos da Ponte. 1.5.8.- LUBRIFICAÇÃO Os rolamentos de esferas são estanques e vão lubrificados para toda a vida, nos rolos serão colocados engraxadores dispostos de forma a ter um acesso confortável. Sempre que for possível, os engraxadores serão agrupados sobre placas em locais acessíveis para o operário (mecânico). 1.5.9.- ALIMENTAÇÃO DO CARRO A alimentação eléctrica e comando do carro é realizada por um sistema de cabos flexíveis festão, com protecção de neopreno, suportados convenientemente por carrinhos que deslizam sobre um perfil ao longo da ponte.
1.6.- ELEMENTOS ESPECIAIS DE SEGURANÇA 1.6.1.- ANEMÓMETRO (Em pontes rolantes de exterior). Estando limitada a velocidade de vento para trabalho c/equipamentos de elevação a 72 Km/h, segundo norma vigente (FEM – 1001 T-2.2.4.1.2 ou equivalente UNE ou ISO). O equipamento (ponte rolante, pórtico, etc) leva incorporado um equipamento (anemómetro), o qual serve para a medição da velocidade do vento. 1.6.2.- AMARRAÇÃO Ao chegar á velocidade do vento em serviço, ao limite estabelecido, o anemómetro avisa-nos com um alarme luminoso e acústico para que o operário inutilize imediatamente a ponte rolante, levando-a, ao ponte de amarração mais próximo. Esta amarração pode ser em manual ou automático, ao introduzir a cavilha no orifício de segurança accionam um fim de curso que bloqueia e desliga a ponte rolante. O desbloqueio realiza-se de forma inversa. Garras de segurança automáticas (opcional). Ao actuar o sinal luminoso e acústico por ordem do anemómetro, levar a ponte rolante ao ponto de amarração mais próximo, sendo visualizado por um piloto o ponto exacto de amarração. O operário activa por meio de um botão um accionador hidráulico com uma cavilha na extremidade para amarração e bloqueio da ponte rolante por intermédio de um fim de curso. O desbloqueio efectua-se com o mesmo botão.
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INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO
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2.- INSTALAÇÃO DOS CARROS, NO CAMINHO DE ROLAMENTO 2.1.- CARRO MONOVIGA NORMAL 1.- Parafusos de fixação do diferencial ao carro. 2.- Separadores para ajuste do carro à viga. 3.- Rodas do carro. 6.- Mecanismo de translação.
INSTALAÇÃO NA VIGA •
Dê folga ás porcas (2) em ambas as placas.
•
Depois de dar folga ás porcas e separar as placas á medida que o carril exige, encaixe o carro apoiando-o sobre a ala inferior do carril.
•
Aperte as porcas (2) para ajustá-lo ao caminho de rolamento.
•
Caso conheça a largura da ala do caminho de rolamento, os separadores (2) serão munidos com batentes á medida deixando uma folga de 4 milímetros.
•
Caso desconheça a largura exacta da ala do caminho de rolamento, enviar-se-ão os separadores (2) com umas anilhas separadoras com o objectivo de adequar o carro á largura do carril. Neste caso também deverá deixar uma folga de 4 milímetros.
•
Deve ligar o cabo de alimentação á caixa de ligações do diferencial e por outro lado á rede de alimentação.
•
Deverá regular os fins de curso nos pontos desejados.
•
Deverá efectuar os ensaios de funcionamento. Para tal, siga as instruções indicadas no ponto 2.10.
figura 2.1
2.2.- CARRO MONOVIGA DE ALTURA REDUZIDA 1.- Parafusos de fixação do diferencial ao carro. 2.- Separadores para ajuste do carro á viga. 3.- Rodas do carro. 6.- Mecanismos de translação. 7.- Contrapeso.
INSTALAÇÃO NA VIGA A instalação do carro na viga, efectua-se de modo idêntico á do carro monoviga, e para sua verificação deve consultar o ponto 2.1.
Figura 2.2
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2.3.- CARRO BIVIGA NORMAL 1.- Pino de articulação. 3.- Eixo de transmissão. 2.- Rodas do carro. 4.- Mecanismos de translação.
INSTALAÇÃO NAS VIGAS •
O seu ajuste ás vigas virá já pré-fixado na construção do carro segundo a medida que tenha sido fornecida.
•
A folga entre a garganta das rodas e o caminho de rolamento será de 7 milímetros nos carros standard.
•
O diferencial irá fixado ao chassi do carro por meio de parafusos.
•
Deverá ligar o cabo de alimentação á caixa de ligações do diferencial e por outro lado á rede de alimentação.
Figura 2.3
•
Deverá regular os fins de curso nos pontos desejados.
•
Deverá efectuar os ensaios de funcionamento. Para tal, siga as instruções indicadas no ponto 2.10.
2.4.- CARRO BIVIGA COM CABECEIRAS 1.- Cabeceira 2.- Viga intermédia 3.- Motorredutor
INSTALAÇÃO NAS VIGAS •
O seu ajuste ás vigas virá já pré-fixado na construção do carro, segundo a medida que tenha sido fornecida; este será determinado pela altura de elevação e pelo vão da ponte rolante.
•
A folga entre a garganta das rodas e o caminho de rolamento será de 7 milímetros nos carros standard.
•
O diferencial do tipo apoiado em patas irá fixado ao chassi do carro por meio de 4 parafusos.
•
Deverá ligar o cabo de alimentação á caixa de conexões do diferencial e por outro lado á rede de alimentação.
•
Deverá regular os fins de curso nos pontos desejados.
•
Deverá efectuar os ensaios de funcionamento. Para tal, siga as instruções indicadas no ponto 2.10.
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Figura 2.4
MANUAL DE INSTALAÇÃO
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2.5.- MOTORREDUTORES Os motorredutores de translação GH estão desenhados especialmente para responder ás necessidades das translações, tando da ponte como do carro. Esta maquinaria é susceptível de ser usada quer no interior quer no exterior. •
Recepção e armazenamento.- Uma vez recepcionados, inspeccionar e verificar que não ocorreu nenhum dano durante o transporte.
Posteriormente, comprovar que a placa de características técnicas é aquela que nós solicitamos. Caso o motorredutor seja armazenado antes de ser instalado, deverá ficar num local protegido e isento de humidade. •
Localização.- Não é conveniente que a temperatura ambiente exceda de 40ºC, salvo que seja assim indicado no pedido, nesse caso os motores irão preparados para tal fim.
Figura 2.5
Não deve existir obstáculo para a circulação do ar de refrigeração do motor, gerada pela ventoinha. •
Verificação prévia ao funcionamento.- Medir o grau de isolamento das resistências, com um meganómetro a 1.000V.
Começar a ler quando o teste de voltagem esteja a andar, pelo menos durante um minuto. Quando a bobina esteja fria (+10ºC - +40ºC), a resistência deverá ser de mais de 5 megaohms; em quente, > 40ºC, pelo menos 1 megaohms. Se a resistência é menor, a bobina terá que ser secada. O melhor para secá-la é meter o motor num forno quente e bem arejado (temperatura aoredor de 80ºC). •
Montagem.- Não existem restrições para a posição de montagem dos motorredutores, mas a mais aconselhada é aquela na qual o eixo do motor fica acima do eixo do redutor.
A montagem não precisa de ferramentas especiais. Nos carros ou cabeceiras, realiza-se como segue: - Limpar a superfície de montagem da estrutura. -Verificar que o eixo brochado do redutor esteja bem lubrificado com graxa. 2.5.1.-ENTRADA EM FUNCIONAMENTO Antes da entrada em funcionamento, verifique o seguinte:
Sentido da rotação.- Verifique se o sentido da rotação dos motores corresponde ao que marca o sinal. Os motores de translação instalados simetricamente e operando em caminhos opostos, rodam em sentidos opostos. O sentido pode ser alterado, modificando dois dos três cabos ligados ao terminal do motor. Operacionalidade do freio.- Quando o motor entra a funcionar o electroímã atrae ao disco que leva incorporado o ferodo, o qual não deverá entrar em atrito com a ventoinha, devendo manter entres eles uma distância uniforme. Quando a Ponte esteja em movimento haverá que observar permanentemente que o freio está a funcionar devidamente. Verifique também se o entreferro do freio se ajusta aos valores dados (ver secção motor).
Quando seja colocada uma Ponte pela primeira vez, haverá que lubrificar os eixos.
Ruído.- Se se aperceber de um ruído intenso proveniente do motor, quer dizer que a ligação foi incorrectamente efectuada. Deve, portanto, parar imediatamente o motor. Por outro lado, se notar um som estranho no rolamento, significa que este está danificado e, por conseguinte, deve ser imediatamente substituído.
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Vibrações.- Se alguma vibração fora do comum for detectada, deverá identificar a causa. Verifique a montagem entre o motor e o redutor e ainda o alinhamento do eixo do motor. Temperatura de utilização.- Depois das três primeiras horas aproximadamente de utilização do motor, toque com a mão a estrutura do estator. Se estiver muito quente (+50ºC), meça a temperatura com um termómetro. A temperatura permitida para a bobine poderá ser consultada na tabela 1.
Definição
Tipo Isolamento B F
Temperatura máx. permitida na “zona mais quente” C.
130
150
Temperatura máx. permitida no bobinado, definida pela medição da resistência do bobinado.
120
140
Sobreaquecimento permitido no bobinado, quando a temperatura ambiente máxima, num período de tempo curto, é de +40ºC
80
100
Tabela 1
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2.6.- CAMINHO DE ROLAMENTO O caminho de rolamento bem instalado dentro das tolerâncias indicadas garante uma correcta translação da Ponte aumentando considerávelmente a duração dos mecanismos de translação e suas peças de desgaste. Antes de pôr a funcionar uma nova instalação verifique as tolerâncias na montagem dos caminhos de rolamento, aquelas deverão estar dentro dos valores indicados na tabela. Todos os carrís tem que ser soldados ou por meio de juntas com um ângulo de 45º mecanizando as peças posteriormente de forma adequada. O não cumprimento das instruções com respeito á montagem do caminho de rolamento da Ponte, pode ter as seguintes conseqüências: desgaste rápido das pestanas das rodas, esquentamento excessivo e deterioro dos rolamentos, deformações da estrutura metâlica, rotura dos cordões de soldadura e descarrilamentos. As superfícies de rolamento dos carrís tem que estar limpas de óleo, graxa, pintura e outras impurezas. Nos extremos do caminho de rolamento tem que ser colocados batentes de adequada resistência. 2.6.1.- TOLERÂNCIAS DOS CAMINHOS DE ROLAMENTO DAS PONTES ROLANTES As tolerâncias indicadas neste capítulo são aplicáveis para um caminho de rolamento do aparelho de elevação novo. Se no curso da utilização, estas tolerâncias são superadas num 20% haverá que endireitar a via. Se o comportamento durante a translação fica notávelmente afetado, pode resultar necessário endireitar a via, ainda sem ter ultrapassado o 20% tolerado. Tolerâncias de caminhos de rolamento (para Ponte rolante) segundo F.E.M.1001-87 (Caderno 8) ou a UNE 58128-87 S < 15 m.: ∆s = ±3 mm S > 15 m.: ∆s = ± [ 3 + 0,25 (S-15)] mm
Vão =S(paralelismo)
A = ± 10 mm Num comprimento máximo de carril de 2,0 m., não deverá ultrapassar a tolerância seguinte: a = ± 1,0 mm Nos guindastes de guia por um só carril: a = ± 0,5 mm
Alinhamento dum carril no plano
Diferença de altura dum carril (desnível longitudinal)
B = ± 10 mm Num comprimento máximo de carril de 2,0 m., não deverá ultrapassar a tolerância seguinte: b = ± 2 mm
Diferença de altura entre os dois carrís (desnível transversal)
C = ± 0.2 % de S máx. = ± 10 mm
Desnível da cabeça do carril
Longitudinalmente : E < 0,3 % Transversalmente : E < 0,3 %
Diferença dos batentes entre eles sobre o plano horizontal
D = ± 0,7 ‰ de S máx. = 20 mm
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2.7.- LIGAÇÃO ELÉCTRICA E LIGAÇÃO Á TERRA 2.7.1.- PAINEL DE ALIMENTAÇÃO DA PONTE Para a alimentação eléctrica da Ponte é aconselhável dispor dum painel de distribuição eléctrica que incorpore os seguintes elementos:
Interruptor Encadenável, adequado para a potência instalada na Ponte, que pare a alimentação eléctrica da mesma caso de necessidade. Fusíveis, para a proteção de sobreintensidades que possam ocorrer. Sua escolha realizar-se-á de acordo com a potência instalada na Ponte. 2.7.2.- LIGAÇÃO ELÉCTRICA A seção do cabo da ligação eléctrica depende da:
Tensão da alimentação. Potência instalada na ponte. Distância desde o ponto da tomada á tomada da linha.
Também tem que garantir uma proteção térmica e mecânica, ao tempo que contra agentes externos que possam danificar o cabo de alimentação. A tomada eléctrica deverá de garantir em bornes dos motores da Ponte, um valor de voltagem dentro da margem dum 5% do valor nominal de tensão da Ponte estando em funcionamento.
±
2.7.3.- LIGAÇÃO Á TERRA Todas as massas metálicas (motores, finais de curso, armário eléctrico, etc.) devem estar unidas electricamente entre elas e com o sistema de ligação á terra por meio dum condutor de seção apropriada, que poderá ser un ou ter isolamento amarelo-verde. Como sistema de ligação á terra aceitam-se picas e electrodos de placa. Caso de dúvida é recomendado seguir as instruções do Regulamento de Baixa Tensão ou bem o assessoramento dum técnico electricista acerca dos passos a seguir para uma correcta ligação á terra.
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2.8.- MONTAGEM DA PONTE No plano da Ponte vem indicados os pesos do carro e da Ponte. Ambos estão munidos com grampos para sua elevação. A Ponte, dependendo do seu tamanho, é entregue totalmente montada ou bem por elementos avulsos. É aconselhável montar a ponte no solo ao pé da obra, antes de proceder à elevação às suas vias. Para isso é preciso seguir a ordem que segue: 2.8.1.- MONTAGEM DA PONTE NO SOLO •
Colocar as vigas principais sobre uns tocos de madera colocados no solo. Nas Pontes bivigas, é preciso colocar as vigas separadas entre elas pela largura da via do carro. Levando cuidado com a nivelação das vigas sobre as traves facilita-se a seguinte operação de montagem.
•
Alinhar as superfícies de contacto das vigas com as cabeceiras.
•
Apresentar as cabeceiras sobre os extremos das vigas, aparafusando levemente. Procurar a posição correcta das cabeceiras introduzindo as guias das mesmas. Logo terminar de aparafusar as duas partes até (Par de aperto s/tabela do ponto 2.10.1.).
•
Se for preciso, colocar e fixar as chumaceiras suporte de instalação e depois amarrar o perfil de rolamento para os carrinhos, tomada de corrente eléctrica do carro e botoneira deslocável.
•
No caso de levar o armário solto, colocá-lo no seu lugar.
•
Caso preciso, introduzir nos perfís para tomada de corrente eléctrica do carro, os carrinhos com as mangueiras relativas à dita tomada. O extremo fixo deverá ser levado através da acanaladura até o armário de manobra. Igualmente, os cabos para acometida aos motores de translação ponte, deverão ser levados por acima do perfil de rolamento da botoneira e amarrados ao mesmo por meio de grampos até chegar ao armário de manobra. As ligações para Pontes standard são realizadas por meio de conectores, sendo que em Pontes especiais as conexões destes cabos no armário serão feitas seguindo o conjunto de bornes entregue com os esquemas.
•
A colocação do carro na sua posição assim como a fixação do braço arrastador da tomada de corrente eléctrica, vai depender da forma e possibilidades de elevação da Ponte.
2.8.2.- ELEVAÇÃO DA PONTE •
A elevação da ponte aos caminhos de rolamento vai depender das condições da nave principalmente, assim como da capacidade dos guindastes móveis precisos para a elevação.
•
Caso de existir a linha de alimentação eléctrica, antes da elevação da Ponte será preciso desligar o interruptor da linha.
•
A montagem mais simples consiste em ensamblar totalmente a Ponte no solo, elevá-la no sentido transversal à nave e girar quando esteja acima apoiando depois as rodas sobre os caminhos de rolamento. Esta elevação só será possível quando não haja obstáculo nenhum a impedir o giro da Ponte.
•
Uma outra possível forma de montagem consiste em elevar a Ponte já ensamblada, sem o carro, de forma inclinada, fazendo passar uma das cabeceiras por acima do caminho de rolamento até que o extremo oposto possa girar e ultrapassar a viga do carril oposto, apoiando logo as rodas da Ponte sobre os caminhos de rolamento. Depois subir o carro por um lateral da Ponte, para o qual será preciso dispor de espaço bastante na zona alta da nave.
•
Caso contrário, quando não exista espaço suficiente nas cérceas para o giro da Ponte na parte superior da mesma, será preciso proceder à montagem explicada com anterioridade, por partes: a) Elevar as cabeceiras à viga de rolamento fixando elas na sua posição de forma provisória. b) Depois subir as vigas amarradas da forma já explicada. (No ponto 1.3 de montagem da Ponte). c) Logo subir o carro.
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2.9.- ENSAIOS DE RECEPÇÃO •
Tem como objectivo definir os ensaios a realizar e as especificações que devem ser cumpridas, na recepção das Pontes rolantes.
2.9.1.- CONDIÇÕES DO ENSAIO •
Tensão eléctrica de alimentação
•
A tolerância máxima admitida da tensão de alimentação eléctrica nominal do aparelho é de± 5%
•
Caminho de rolamento
•
Os caminhos de rolamento devem de ajustar-se ás tolerâncias especificadas na norma UNE 58-128, do ponto 2.6.1.
2.9.2.- ENSAIOS Tem que ser cumpridas as normas UNE 58-106; 58-118 é F.E.M. 1001 (Parte 8), com as seguintes especificações. 2.9.2.1.- ENSAIO ESTÁTICO A carga de ensaio será de 1,25 P sendo P a carga nominal. Nas Pontes no exterior, este ensaio deverá ser realizado com um vento não superior a 8,3 m/s (30 km/h). Consiste em elevar a carga nominal 100 200 mm por acima do solo e acrescentar em forma progressiva sem choque o restante mantendo a carga suspensa durante um tempo mínimo de 10 min. ÷
Uma vez retirada a carga de ensaio comprovar-se-á que não existam deformações ou avarias na estrutura ou nos mecanismos, sendo admitida uma frecha residual de 1/ 2000 da luz. 2.9.2.2.- ENSAIO DINÂMICO Este ensaio será realizado com uma carga de 1,10 P. Realizando todos os movimentos de forma sucessiva e devagar, sem verificar velocidades nem esquentamento de motores. Observação 1ª Os valores destas cargas de ensaio constituem as condições mínimas. Se as leis ou regulamentos dum Estado exigem valores superiores, estes deverão de ser respeitados pelos aparelhos com destino a estes países. Observação 2ª Geralmente é costume ao mesmo tempo que estes ensaios, uma medida da deformação originada na estrutura dos aparelhos. Não existe obrigação nenhuma pelas presentes regras referente ao valor das deformações que não é possível ultrapassar. Se o cliente quer impor uma frecha limite deverá de indicar este dado na petição de oferta.
2.9.2.3.- ENSAIO DE MOVIMENTOS INTENSIVOS Este ensaio será realizado com a carga nominal, utilizando de forma intensiva todos os movimentos da Ponte, elevando e descendo a carga e transladando o carro e a ponte em ambos sentidos, durante 1 h pelo menos. Verificar o funcionamento correto dos limitadores, freios, batentes e demais. Medir as velocidades de utilização dos diversos mecanismos uma vez superado o período de aceleração, sendo admitida uma tolerância de ± 10 % com respeito da nominal. Comprovar o esquentamento dos motores e freios num meio ambiente de temperatura inferior aos 40º C. A elevação da temperatura por acima da do ambiente, não poderá superar os 75º C para os aparelhos com isolamento classe E. Comprovar os consumos dos motores, sendo admitida uma tolerância de ± 10 % sobre os valores indicados nas placas de características.
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MANUAL DE INSTALAÇÃO
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2.10.- PONTOS DE INSPEÇÃO PRÉVIOS Á ENTRADA EM SERVIÇO 2.10.1.- PARAFUSOS E PORCAS Tabela de Par de aperto de parafusos e porcas. TORQUE DE APERTO RECOMENDADO no Nm acima UNE 17-108-81 de ISO 898/1 Coefi ciente de fricção µ =0.12 Parafusos Lubrifi cados
Designação Linha M 6 8 10 12 16 20 24 27 30 33
Classe 8.8 E=640 N/mm² 9 24 46 78 190 380 655 950 1300 1750
Classe 10.9 Classe 12.9 E=940 N/mm² E=1100 N/mm² Torque de Aperto Nm ----------------270 325 540 635 920 1100 1330 1600 1820 2190 -----
OBSERVAÇÕES: 1- MUITO IMPORTANTE. VERIFICAR QUE A CHAVE DINAMOMÉTRICA UTILIZADA CORRESPONDE NA SUA UNIDADE DE PAR DE APERTO COM O INDICADO NA TABELA (Nm). CASO CONTRÁRIO DEVERÁ SER CALCULADA SUA EQUIVALÊNCIA ADEQUADAMENTE. 2- AO REALIZAR O APERTO DOS PARAFUSOS PROCEDER-SE-Á DA SEGUINTE FORMA: O APERTO DEVERÁ SER REALIZADO EM CRUZAMENTO DEVERÃO SER MARCADOS PARA FACILITAR A IDENTIFICAÇÃO DAQUELES QUE TENHAM SIDO APERTADOS. HAVERÁ QUE REALIZAR COMO MÍNIMO UMA SEGUNDA VOLTA PARA A VERIFICAÇÃO DO APERTO. 3- PARA AMBIENTES MARINHOS, HÚMIDOS E OUTROS QUE PRODUCEM UMA FORTE OXIDAÇÃO, ACONSELHA-SE POR NAS ROSCAS UM PRODUTO PROTECTOR TAL COMO LOCTITE 222 (FIXADOR DE PARAFUSOS). 4- AO FIXAR UM PAR DE APERTO CONSIDERA-SE QUE A BASE DAS PEÇAS PARA MONTAR ESTÃO EM CONDIÇÕES DE ADMITIR ESSE ESFORÇO. 5- OS VALORES INDICADOS SÃO COM ROSCAS LIMPAS E SECAS. 6- UMA VEZ SOLTAS AS PORCAS AUTOBLOCANTES, PARA VOLTAR A MONTAR DE NOVO, SUBSTITUI-LAS POR UMAS NOVAS EQUIVALENTES.
2.10.2.- CABO Verifique se o cabo se encontra em bom estado, atendendo principalmente ao bom estado do seu entrançado. Do mesmo modo, deverá verificar os grampos de fixação dos cabos. Nota: Para a substituição do cabo, consulte o ponto 4.3.7 do manual de manutenção. 2.10.3.- APARELHO Certifique-se de que o aparelho não está danificado. Verifique que tanto o gancho como as poleas giram com facilidade. 2.10.4.- POLEAS DE REENVIO Certifique-se que as poleas de reenvio giram facilmente e que não estão danificadas.
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2.10.5.- BOTONEIRA Certifique-se de que a botoneira não está danificada mecanicamente. Inspeccione também a fixação do cabo eléctrico e o cabo de aço do suporte da botoneira. Verifique o bom funcionamento da paragem de emergência. Finalmente, inspeccione o sentido de rotação dos motores. 2.10.6.- SENTIDO DE ROTAÇÃO DOS MOTORES É importante, que ao ligar o diferencial á corrente pela primeira vez, o sentido de rotação do motor seja o correcto, relativamente ao pulsador da botoneira. Caso não seja, deve inverter as fases de alimentação. 2.10.7.- FINS DE CURSO DE ELEVAÇÃO Certifique-se de que o selector de fim de curso detém o curso do gancho na sua posição extrema alta e baixa. Caso a marcha não seja interrompida no ponto ótimo desejado, deverá regular o fim de curso seguindo as instruções do manual de uso e manutenção. 2.10.8.- FIM DE CURSO DA TRANSLAÇÃO DO CARRO Certifique-se manualmente que o fim de curso funciona correctamente. Posteriormente o batente do fim de curso será posicionado de forma a delimitar o percurso que se pretende efectuar. 2.10.9.- FREIOS Certifique-se do bom funcionamento dos freios, sem carga e com carga. 2.10.10.- NÍVEL DE ÓLEO Verifique o nível de óleo. 2.10.11.- GRAU DE ISOLAMENTO DOS MOTORES O método mais simples de verificar o isolamento do motor, é medir a sua resistência. Uma resistência elevada demonstrará que o motor está seco e limpo, se a resistência for muito baixa é sinal de que o enrolamento está húmido. Neste último caso, proceda á secagem do motor. Nos motores de baixa voltagem o grau de resistência deverá ser por norma, no mínimo, de 5 megaohmns, a frio, e de 1 megaohm, a quente. 2.10.12.- BATENTES Verifique os batentes do carro e rolamento. 2.10.13.- FUNCIONAMENTO Certifique-se de que nos diferentes movimentos dos mecanismos do diferencial, não existem ruídos nem vibrações estranhas. 2.10.14.- LIMITADOR DE CARGA Deve verificar se o limitador de carga está afinado para cerca de 10% de sobrecarga superior á carga nominal. Caso não esteja, deve proceder á sua regulação, seguindo as instruções que se indicam no ponto 3.3.- do manual de uso. 2.10.15.- ANEMOMETRO e AMARRAÇÃO (Em pontes rolantes de exterior) inspeccionar que não estejam danificados mecanicamente e electricamente. Comprovar periodicamente o bom funcionamento dos vários elementos que o compõem: Anemómetro, alarme visual e acústico, piloto de amarração, accionador hidráulico, fim de curso e desbloqueio da ponte rolante.
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INSTRUÇÕES GERAIS PARA A UTILIZAÇÃO
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3.- FUNCIONAMENTO E REGULAGENS A utilização correcta e prevista da máquina implica:
∗ ∗
Ser operada e mantida por pessoal capacitado e instruido, para o que, previamente a fazer-se cargo da máquina, deverá de: Possuir os conhecimentos mínimos a fim de desenvolver satisfatoriamente o seu trabalho. Estar adequadamente formado e instruido na utilização e o funcionamento:
Da máquina Das partes mais importantes da mesma Das medidas de segurança de que vai mundia a máquina. Das ações que deve realizar e daquelas que estejam expressamente proibidas, assim como das roupas de proteção pessoal que deve de utilizar. − − − −
Não ultrapassarsobrepasar a capacidade da máquina, nem os parâmetros nos quais opera.
Revisar e manter a máquina conforme com o que vem indicado no manual..
Trabalhar com os sistemas de segurança de que vai munida a máquina, revisá-los e manté-los em ótimas condições.
Observar as medidas de segurança indicadas nos cartazes aderidos á máquina.
3.1.- PRINCIPIO DE FUNCIONAMIENTO DEL POLIPASTO Al meter corriente al motor del polipasto, a través de los contactores de mando, queda activado el freno electromagnético, quedando liberado el disco de freno (1) y permitiendo el giro al rotor del motor (2). Dicho eje motor actúa sobre el reductor (3) transmitiéndose el movimiento a través de este al tambor, en el cual va enrollado el cable (4). Cuando el polipasto entra en funcionamiento, la guía del cable se mueve en dirección axial a lo largo del tambor (5) siguiendo los movimientos del cable y asegurando que éste no salga de las ranuras del tambor.
figura 3.1
Todos estos elementos forman una unidad compacta con un bastidor construido basándose en chapas y perfiles laminados. Este bastidor será chorreado hasta el grado SA 2 ½. La pintura de acabado será de color azul RAL 5017, con un espesor mínimo de 100 micras.
3.2-LIGAÇÃO E PROTECÇÃO DOS MOTORES Para os motores tanto de uma velocidade quanto de duas velocidades o bobinado está conectado s/ esquema elétrico adjunto. A tensão eléctrica de serviço será a nominal do aparelho, admitindo-se uma tolerância de + 5%. O freio actuará com uma tensão de 10% inclusivamente, abaixo da tensão nominal. Assim é importante dimensionar convenientemente os cabos para reduzir ao mínimo a queda de tensão. Antes de ligar o motor do diferencial e o da translação do carro é necessário verificar se a voltagem marcada na placa de características do motor ou do autotransformador coincide com a voltagem da rede de alimentação. A rede de alimentação deverá estar protegida com fusíveis. Os fusíveis apenas protegem em caso de curto-circuito. Não é aconselhável que a protecção dos motores se efectue através de relés térmicos, já que estes estão concebidos para realizar cerca de 40 manobras por hora. Se se pretende que o diferencial, ao ter que efectuar um número maior de manobras por hora, não desligue o relé, será necessário regular aquele para uma maior intensidade, caso contrário não se protegeria o motor.
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A melhor forma de garantir a protecção dos motores será através de termistores, colocados no bobinado do estator durante a sua bobinagem, é assim evitar-se-á que o motor se queime por sobre-aquecimento. Este tipo de protecção instala-se opcionalmente, a pedido do cliente.
3.3.- LIMITADOR DE CARGA 3.3.1.- LIMITADOR DE CARGA COM CÉLULA Funcionamento:
A sobrecarga do cabo (1) é transmitida ao limitador de sobrecarga, através do terminal de cabo (25), do suporte final do cabo (21) e do pino de fixação do suporte (22A). O pino de fixação do suporte (22A) está apoiado pelo sua extremidade (A) no suporte (5) e na outra extremidade (B) está apoiado no orificio inferior da célula (45). a qual actua por tração. No suporte (5) está fixado o suporte limitador (46) e a este o pino (43) do qual está suspensa a célula (45) que vai montada sobre o eixo (22A). Quando actua a sobrecarga sobre o eixo (22A) este desce pelo lado (B) desligando o sistema de elevação através da célula e por meio de um equipamento electrônico. O eixo (22A) tem a forma dum barril e, graças a esta forma geométrica, o esforço, carga ou sobrecarga transmitida será, o recebido através do centro do suporte final do cabo (21).
Para o ajuste e o funcionamento da célula electrônica ( Ver o manual de instruções do fabricante que se anexa).
figura 3.2 3.3.2.1- LIMITADOR ELECTRONICO ALE-100 O limitador Modelo ALE.100,está concebido para controlar a sobre carga e cabo laço de equipamentos de elevação tais como gruas,pontes rolntes,montacargas,elevadores etc… 3.3.2.2– LIMITADOR ELECTRONICO ALE-100/T O limitador electronco ALE-100/T com função de temporizador (para manobras de elevação e descida) e caixa “negra” esta concebido para controlar a sobrecarga e cabo laço,assim como o aquecimento elevado do motor e registar o espectro de cargas de aparelhos de elevação (Diferenciais) segundo a NORMA UNE 58919. Pode ser ligado a qualquer captador de peso instalado no ramal fixo, polea de reenvio,carro,cabo,etc… Para alêm do controle do Periodo de Funcionamento Seguro(PFS), estabelecido na NORMA,dispõe de vários registos p+ara controle de:
Nº de manobras de elevação. Nº de manobras de elevação e impulsos. Tempo de manobra de elevação Nº de sobrecargas Activaçao de alarme para próxima revisão por horas e / ou data.
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3.4.- INSTRUÇÕES DE USO Y CONDUÇÃO As seguintes instruções não têm o objectivo de substituir às que os operadores recebem das suas próprias empresas, só são facilitadas como orientação. Não obstante, recomendamos sua inclusão no manual de operadores de Pontes editado para o utente. 3.4.1.- DURANTE O SERVIÇO
Antes de qualquer movimento a Ponte deverá de emitir, caso necesario, sinais acústicos de alarma. No caso de ter que deslocar a carga por cima das pessoas, o operador deverá parar imediatamente a Ponte e só poderá retornar a operar quando a pista estiver desimpedida. Para realizar os movimentos de translação da Ponte, do carro e de elevação, realizar as verificações indicadas em pontos anteriores. Sempre que exista uma carga suspensa, o operador deverá manter os comandos de controle ao alcanço da mão. No caso de perturbações durante o movimento duma carga, o operador deverá accionar imediatamente o pulsador de emergência. O operador deverá evitar que durante o serviço sigam accionados os finais de curso de translação e elevação.
Toda vez que actua o fim de curso, é impedido o movimento que vem sendo realizado. A fim de retornar a Ponte às condições de operação, é necessário comandar o movimento no sentido oposto ao que vem sendo realizado até liberar o fim de curso.
As manobras deverão ser suaves e progressivas, sendo proibida qualquer manobra brusca de marcha, paragem e elevação de cargas. Caso de falta de tensão de serviço o operador deverá de deixar todos os comandos na posição neutra. Para conhecer quando é restabelecida a tensão de serviço, é suficiente com deixar ligado o sistema de iluminação. (Em pontes rolantes de exterior) Em caso de colocar em marcha os alarmes visual e acústico pela acção do anemómetro por efeito do vento, passar imediatamente ao ponto de bloqueio mais perto e proceder a esse bloqueio desligando a ponte rolante. Qualquer conserto efectuado deverá de ser anotado no livro.
3.4.2.- AO FINAL DO SERVIÇO
O operador deverá enrolar quase por inteiro os cabos nos seus respectivos tambores, sem que os ganchos atingam posições que venham a accionar os fins de curso.
Todos os comandos devem de ser fixados na posição neutra.
A Ponte deverá ser parada no seu extremo de máquinas respectivo.
Desligar o interruptor principal da Ponte.
A cabina do operario (Opcional), deverá ser fechada , guardando as chaves no local estabelecido.
(Em Ponte ao exterior). Depois de desligar o mesmo, amarrar mediante trincagem com encravamento.
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3.4.3.- POSICIONAMENTO E OPERAÇÕES DE COMANDOS •
Esquema de posicionamento e operações de todos os comandos na cabina do operador, ver plano (parte eléctrica).
3.5.- VERIFICAÇÕES GERAIS ANTES DA ENTRADA EM SERVIÇO DIÁRIA. Antes de iniciar os trabalhos é preciso verificar a observação das condições seguintes: •
A Ponte e o caminho de rolamento deverão ficar livres de pessoas alheias ao serviço.
•
Não deverá de existir nenhum elemento solto sobre a Ponte (ferramentas, tambores de combustible, etc.).
•
Todos os dispositivos de comando e manobra deverão ficar na posição neutra.
•
Verificar o funcionamento dos dispositivos de sinalização e alarma.
•
Os freios e os fins de curso deverão funcionar de forma correcta.
•
O enrolamento do cabo deverá ser correcto.
Para verificar o cumprimento deste ponto, deverá ser realizada uma manobra de carga, verificando a presença de algum ruído não comum dos mecanismos. •
No início de cada turno deverá ser anotada qualquer anomalia observada, assim como levada ao conhecimento dum superior.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO MECÁNICA
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MANUAL DE MANUTENÇÃO
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4.- MANUTENÇÃO MECÁNICA O objectivo deste manual é recomendar os procedimentos primoridais para a manutenção das Pontes. Para que a Ponte possa se manter fiável, é de grande importância seguir um plano regular de manutenção preventiva. Deverão ser testados todos os mecanismos sem carga a fim de verificar o nível excessivo de ruído, vibrações, uniformidades de acelerações e funcionamentos, segurança nas juntas e parafusos de amarração, ancoragem, etc. Neste manual vem indicadas as inspecções de cada parte. As peças cujas instruções de manutenção indicam que devem ser inspecionadas tanto diaria como semanalmente, breve exame todos os dias e inspecção a fundo cada semana. Isto também é assim para outros casos similares onde indicam-se duas periodicidades de inspecção. As inspecções diárias têm como objectivo principal detectar os defeitos evidentes nas peças mais importantes, assim como a limpeza e engraxamento quando seja necessário.
4.1.- PREVENÇÕES GERAIS DURANTE AS REPARAÇÕES No caso de reparações eventuais, ter em conta as seguintes precauções:
Assegurar-se de desligar totalmente a Ponte e ainda se fosse preciso os dois cabos principais de alimentação de corrente. Isolar o espaço compreendido pela zona de trabalho rotulando para isso com claridade a frase ZONA DE PERIGO PONTE EM REPARAÇÃO. Os trabalhos deverão ser realizados sempre depois de ter informado à pessoa responsável. Caso de transitar na mesma pista dois ou mais Pontes, deverão ser adotadas precauções com respeito à Ponte em reparação para que não seja atingida pelos demais.
Quando for possível, posicionar a Ponte no extremo da pista para facilitar o acesso dos operários de manutenção.
A reparação será feita sempre que seja possível, fora do horário de trabalho.
Ao termo da reparação e depois de ser verificada pela pessoa responsável da fábrica, realizar-se-á a entrega da Ponte reparada, informando acerca das tarefas realizadas. As manobras de testes correspondentes só poderão ser realizadas pelos operadores da Ponte.
4.2.- MANUTENÇÃO DOS CAMINHOS DE ROLAMENTO A inspecção e manutenção do caminhos de rolamento é muito importante para a conservação em perfeitas condições das rodas de translação, dos mecanismos e estructura. Para além das inspecções que recomendamos como regulares, é preciso verificar os carrís imediatamente depois de qualquer indício de trepidação, ou quando exista um desgaste excessivo dos aros ou pestanas das rodas. Quando os caminhos sejam montados em terrenos transitórios, as inspecções deverão ser feitas com uma maior freqüência.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO
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4.3.- CABOS 4.3.1.- LUBRIFICAÇÃO DOS CABOS EM SERVIÇO Resulta conhecido por todos que um cabo lubrificado, geralmente, possue um desempenho e uma vida útil superior à dum cabo sem lubrificar. É conveniente repor a graxa a cada 3 meses conforme com as condições climáticas do lugar. O lubrificante mais indicado é graxa Cálcica Grafitada da VERKOL, ou similar que cumpra as seguintes funções: A. Diminuir a fricção entre os arames e cordões facilitando um deslizamento relativo. B. Evitar a corrosão do cabo. C. Preservar a alma téxtil. Os cabos são entregues sempre lubrificados, mais com o tempo de uso, a graxa vai desaparecendo. Então existe a necessidade de lubrificar. Para esta operação é necessário limpar primeiramente com uma escova de aço os restos da graxa anterior e o pó aderido. Recomenda-se a lubrificação utilizando um pano impregnado de óleo, de preferência quente. O lubrificante a ser aplicado deverá de reunir as seguintes condições: A. Ser o suficientemente fluente para penetrar no interior do cabo. B. Ser aderente para que não escorra. C. Estar livre de resíduos ácidos. No caso de productos de elevada viscosidade pode ser aplicado em quente, fazendo uma consulta prévia ao fabricante do lubrificante. É recomendável manter em cada instalação as anotações indicando: A. B. C. D.
Data da instalação. Características do cabo. Intervalo para lubrificação e lubrificante indicado. Anotações complementares.
4.3.2.- MANUTENÇÃO, INSPECÇÃO E CRITÉRIO DE SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS Nesta secção, reportamo-nos à Norma UNE58-111-91 equivalente à ISO 4309-1990, que anexamos seguidamente: 4.3.3.- ESTADO DO CABO ANTES DA SUA INSTALAÇÃO O utilizador deverá assegurar a sua instalação. Para substituir um cabo, deve utilizar outro do mesmo tipo do que vai ser substituído. Se utilizar outro tipo de cabo, deve certificar-se de que este possui, pelo menos, propriedades equivalentes às do cabo substituído. Quando o comprimento necessário dum cabo é obtido a partir de outro mais comprido, é necessário efectuar uma ligadura em ambos os lados do corte ou usar de outro procedimento conveniente para evitar que o cabo se desentrance a partir da ponta. Antes da colocação do novo cabo, é necessário verificar se as gargantas dos tambores e das poleas correspondem ao diâmetro do cabo. Consulte capítulo 1.2.6 do manual de Descrições Gerais. É preciso armazenar os cabos num local frio e seco sob temperatura constante. É importante não deixar no solo. Nunca colocar os cabos em lugares expostos a gases ácidos, vapores e outros agentes corrosivos. Para retirar o cabo do carretel, é conveniente colocar uma barra através deste e levantá-lo em cavaletes para poder girar livremente. Quando o cabo estiver em rolos, haverá que rolar sobre o solo para poder enrolar ou desenrolar de forma natural.
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4.3.4.- COLOCAÇÃO Quando se remove um cabo duma bobine ou dum cilindro, é necessário tomar todas as precauções para não distorcer ou aumentar a sua torsão, pois podem formar-se anéis, nós ou cotovelos no cabo. Se o cabo, quando não é submetido a tensão, roçar contra alguma peça do aparelho, os pontos de fricção deverão ser devidamente protegidos. Antes da entrada em serviço dum cabo que acaba de ser instalado, o utilizador deverá certificar-se de que todos os elementos associados ao cabo estão montados e funcionam correctamente. Dever-se-á efectuar várias manobras com uma carga da ordem dos 10% da carga nominal para estabilizar o cabo. 4.3.5.- MANUTENÇÃO A manutenção do cabo deverá efectuar-se em função do aparelho, do seu uso, enrolamento e tipo de cabo. Salvo indicação em contrário do fabricante do aparelho ou do cabo, este deverá ser limpo, se possível, e impregnado de massa ou óleo, particularmente nas zonas de flexão à passagem sobre as poleas. O lubrificante de manutenção deverá ser compatível com as massas de origem empregues no fabrico do cabo. Um menor tempo de vida do cabo pode ser resultado de falta de manutenção, particularmente quando o aparelho de elevação trabalha num meio corrosivo e, em alguns casos, quando, por razões ligadas à sua utilização, não se pode aplicar nenhum lubrificante. 4.3.6.- INSPECÇÕES E FREQUÊNCIA O desgaste dos cabos esta em função do tipo de trabalho que realizam, isto provoca uma diminuição do coeficiente de segurança no trabalho. A fim de evitar roturas é nessário inspeccionar periodicamente os cabos. Essa inspecção serve para conhecer os factores que mais influem no seu desgaste e assim poder corrigir e diminuir uma ação destas. 4.3.6.1.- INSPECÇÕES DIÁRIAS Na medida do possível, todas as partes visíveis dos cabos deverão ser examinadas diariamente, a fim de identificar sinais de deterioração e deformações. Deverá dar-se especial atenção aos pontos de amarração dos cabos ao aparelho. Todas as alterações sensíveis acerca do estado do cabo deverão ser assinaladas e seguidas duma inspecção por pessoa competente. 4.3.6.2.- EXAMES PERIÓDICOS, conforme o apartado 4.3.6.4.. Para determinar a freqüência destes exames periódicos, é necessário ter em conta:
As condições legais requeridas pelo aparelho de elevação.
O tipo de aparelho e as respectivas condições de utilização.
O grupo de classificação do aparelho.
Os resultados das inspecções anteriores..
O tempo durante o qual o cabo foi utilizado.
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4.3.6.3.- INSPECÇÕES ESPECIAIS, conforme o ponto 4.3.6.4..
Em todos os casos em que um incidente possa ter provocado desgastes nos cabos e/ou nos pontos de amarração, ou em qualquer circunstância, como quando um cabo foi posto em funcionamento depois da sua desmontagem, o cabo deverá ser novamente inspeccionado. Em todos os casos em que um aparelho de elevação tenha sido colocado fora de serviço durante um determinado período, os cabos deverão ser inspeccionados antes de começar um novo trabalho.
4.3.6.4.- PONTOS QUE DEVERÃO SER INSPECCIONADOS Quando for necessário inspeccionar o cabo a todo o comprimento, é necessário examinar em particular:
Os pontos de amarração às extremidades dos cabos activos e dos cabos dormentes. As partes do cabo que passam pelas poleas da talha e de retorno, e para os aparelhos que efectuam um trabalho repetitivo, os pontos de passagem nas poleas no lugar correspondente às tomadas de carga, consulte anexo A.
As partes do cabo que passam pelas poleas de compensação.
As partes do cabo que possam estar sujeitas a abrasão por factores externos.
O exame interno de corrosão e fadiga .
Os resultados da inspecção devem ser registrados na ficha de inspecção do cabo, consulte anexo B para um exemplo tipo. 4.3.6.5.- TERMINAIS COM EXCLUSÃO DAS ESLINGAS O cabo deverá ser examinado na zona onde as fixações das extremidades se encontram, zona crítica no que diz respeito a ruptura de arames e a corrosão. As uniões das extremidades amovíveis, aperta-cabos, grampos em cabos para tambor, etc, devem ser objecto de um exame para verificação da ruptura dos arames, dos deslizes das uniões e do afrouxamento dos parafusos de fixação.
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4.3.6.6.- CRITÉRIOS DE SUBSTITUIÇÃO A segurança de operação dos cabos em serviço pode basear-se nos seguintes critérios. Consulte os pontos 4.3.6.7 a 4.3.6.26.
natureza e número de rupturas em arames.
rupturas em arames na zona do terminal.
ninhos de rupturas de fios;
escalonamento no tempo do número de rupturas em arames;
ruptura de um cordão;
diminuição do diâmetro do cabo devido a ruptura da alma;
diminuição da elasticidade;
desgaste externo e interno;
corrosão externa e interna;
deformação;
deterioração produzida pelo calor ou por um fenómeno eléctrico;
taxa de aumento do alargamento permanente.
Todos estes critérios devem ser examinados separadamente. No entanto, a justaposição de certas alterações, em determinadas zonas, pode dar lugar a um efeito acumulativo que deverá ser tido em conta pela pessoa competente, ao decidir entre a substituição ou a colocação em funcionamento do cabo. Em qualquer caso, é necessário investigar se os defeitos não são causados por uma falha do aparelho e, se assim for, deve proceder-se-à sua reparação antes da instalação do novo cabo. 4.3.6.7.- NATUREZA E Nº DAS RUPTURAS DOS ARAMES A concepção geral dum aparelho de elevação é de tal ordem que não permite um tempo de vida indefinido dos cabos. Nos cabos com 6 ou 8 cordões, os arames partidos estão, na maioria dos casos, na capa exterior. O mesmo não se passa com os cabos com várias capas de cordões, nos quais as rupturas se produzem no interior e são, por conseguinte, “não visíveis”. As tabelas 1 e 2 contemplam estes critérios e são válidas para qualquer concepção de cabo, considerando conjuntamente os critérios indicados nos pontos 4.3.6.8 a 4.3.6.26. Quanto ao estabelecimento dos critérios de substituição de cabos anti-giratórios, deverá ter-se em conta a composição, o comprimento em serviço e a forma como o cabo foi utilizado. O número de arames partidos visíveis que exigem remoção imediata é dado a título indicativo na tabela 2. Requer uma atenção particular qualquer superfície seca ou que apresente uma lubrificação alterada. 4.3.6.8.- RUPTURAS DE ARAMES NA ZONA DO TERMINAL
Um número de rupturas, ainda que pequeno, na zona do terminal ou na sua vizinhança, indica que as tensões exercidas são muito elevadas e podem ser devidas a uma montagem incorrecta do terminal. É necessário descobrir a causa exacta da deterioração e, se possível, refazer o terminal, de forma muito cuidadosa; ao cortar o cabo deverá ficar um comprimento suficiente para uma utilização posterior.
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Tabela 1
Número de arames partidos nos cabos de cordões redondos que trabalham sobre poleas de aço. Número de arames portadores dos cordões exteriores1)
Composições de correntes dadas a título de exemplo 2)
51
8x26+8x17+4x7
Número de arames partidos visíveis, correspondentes à fadiga do cabo de elevação que requer remoção imediata Grupos de classificação dos Grupos de classificação dos mecanismos M1,M2,M3 e M4 mecanismos M5,M6,M7 e M8 Normal De enchimento Normal De enchimento 3) 3) Num comprimento de Num comprimento de 6d 30d 6d 30d 6d 30d 6d 30d 3 6 2 3 6 12 3 6
1) Os arames de enchimento não devem considerar-se como arames portadores, pelo que serão excluídos do exame. Nos cabos com várias capas de cordões, não se considera mais do que a capa exterior visível. Nos cabos com alma de aço, esta é considerada como um cordão interior. 2)As médias calculadas de rupturas visíveis deverão arredondar-se para um número inteiro. Nos cabos com arames de diâmetro superior ao normal nos cordões exteriores, existe uma mudança de posição nesta tabela onde estão indicados com um asterisco (*). 3) d = diâmetro do cabo.
Tabela 2 Número, dado a título indicativo, dos arames partidos visíveis nos cabos anti-giratórios que trabalham sobre poleas de aço Grupos de classificação dos mecanismos Grupos de classificação dos M1,M2,M3 e M4 mecanismos M5,M6,M7 e M8 Num comprimento 1) de Num comprimento 1) de 6d 30d 6d 30d 2 4 4 8 1) d = diâmetro do cabo.
NOTA: Quando um cabo trabalha unicamente ou em parte sobre sintéticos ou metálicos com garantias sintéticas, a ruptura dos arames pode produzir-se em grande número no interior do cabo, sem que haja ruptura visível nem desgaste substancial no seu exterior.
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4.3.6.9.- NINHOS DE RUPTURAS EM ARAMES Quando as rupturas dos arames se encontram muito próximas, constituem aquilo a que se chama ninhos de rupturas, sendo necessário remover o cabo. Se o ninho estiver limitado a um comprimento de cabo inferior a 6d ou estiver concentrado num dos cordões, pode implicar a necessidade de remoção do cabo, mesmo que o número de arames partidos seja inferior ao indicado na tabela 2. 4.3.6.10.- ESCALONAMENTO NO TEMPO DO NÚMERO DE RUPTURAS EM ARAMES Quando a causa principal da deterioração for a fadiga, as rupturas dos arames não começam senão ao fim dum certo tempo de funcionamento, mas o número de rupturas sucede-se cada vez com maior rapidez. Neste caso, é necessário exercer uma estrita vigilância e pode ser aconselhável acompanhar o aumento do número de rupturas ao longo do tempo. Poder-se-á deduzir a “lei de aumento” das rupturas dos arames e, em certa medida, a data estimada para a remoção do cabo. 4.3.6.11.- RUPTURA DUM CORDÃO Se se verificar a ruptura dum cordão, é necessário remover o cabo. 4.3.6.12.- REDUÇÃO DO DIÂMETRO DO CABO DEVIDO À DETERIORAÇÃO DA ALMA A redução do diâmetro do cabo resultante da deterioração da alma pode dever-se: a. Ao desgaste interno e aos cortes b. Ao desgaste interno devido à fricção entre os cordões individuais e os arames no cabo, em particular quando submetidos a flexão c. À deterioração da alma têxtil d. À ruptura da alma de aço e. À ruptura das capas internas nas composições multi-cordões. Se, em razão de uma destas causas, o diâmetro do cabo, média de duas medidas ortogonais, tiver diminuído em 3% para os cabos anti-giratórios, e em 10% para os restantes cabos, relativamente ao diâmetro nominal, o cabo deverá ser removido, ainda que não exista ruptura visível dos arames.
NOTA: Os cabos novos podem ter um diâmetro real superior ao diâmetro nominal, sendo então admissível um desgaste superior nas mesmas condições. Uma pequena deterioração pode não se tornar aparente num exame normal, particularmente se as tensões estiverem bem repartidas entre os cordões. No entanto, pode verificar-se uma perda importante da resistência do cabo, que deverá ser determinada por procedimentos de exame externo. Se se confirmar tal deterioração, o cabo deverá ser removido. 4.3.6.13.- DESGASTE EXTERNO O desgaste dos arames de enchimento dos cordões exteriores do cabo deriva do atrito sob pressão do cabo nas gargantas das poleas e dos tambores. O fenómeno é particularmente evidente nos cabos em movimento, nos pontos de contacto com as poleas nas fases de aceleração e desaceleração, e apresenta-se sob a forma duma diferença de espessura nos arames exteriores. O desgaste é reforçado pela falta de lubrificação ou por uma lubrificação insuficiente, bem como pela presença de poeira. O desgaste diminui a resistência dos cabos por redução da secção transversal do aço. Quando o diâmetro exterior do cabo, em resultado do desgaste, tiver diminuído 7% ou mais relativamente ao valor nominal, deverá ser removido, ainda que não exista ruptura visível dos arames.
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4.3.6.14.- DIMINUIÇÃO DA ELASTICIDADE Em determinadas circunstâncias, associadas ao local de trabalho, um cabo pode sofrer uma diminuição considerável de elasticidade, que será perigosa para uma utilização futura. A diminuição da elasticidade é difícil de notar; se o inspector estiver em dúvida, deverá chamar um especialista. Este defeito apresenta geralmente os sintomas seguintes: a. Redução do diâmetro do cabo b. Alargamento do cabo c. Falta de espaço entre os arames individuais e entre os cordões, produzida pela compressão dos diferentes elementos uns contra os outros c. Aparecimento de um pó pardacento entre os cordões d. Quando a ruptura dos arames não é visível, o cabo pode ser sensivelmente mais difícil de manejar e terá certamente uma redução do diâmetro superior à produzida pelo desgaste dos arames individuais. Este estado num cabo pode provocar uma ruptura brusca sob carga dinâmica e é suficiente para justificar a sua remoção imediata. 4.3.6.15.- CORROSÃO EXTERNA E INTERNA A corrosão apresenta-se essencialmente em ambientes marítimos e ambientes industriais poluídos, e pode não apenas diminuir a resistência à ruptura estática por redução da secção metálica do cabo, mas também acelerar a fadiga, ao provocar irregularidades de superfície que dão origem ao aparecimento de fendas sob tensão. Uma corrosão elevada pode produzir uma diminuição da elasticidade do cabo.
A. CORROSÃO EXTERNA A corrosão dos arames exteriores pode ser verificada visualmente.
B. CORROSÃO INTERNA A corrosão interna é mais difícil de detectar do que a corrosão externa, a qual acompanha frequentemente, mas podem observar-se os seguintes efeitos: 1. Variação do diâmetro do cabo: na posição do enrolamento do cabo nas poleas, trata-se geralmente duma redução de diâmetro; contudo, nos cabos imóveis, não é raro que se produza um aumento de diâmetro, devido ao depósito de ferrugem sob as capas dos arames exteriores. 2. Falta de espaço entre os cordões nos encaixes exteriores do cabo, frequentemente acompanhada de ruptura dos arames. Se houver suspeita de corrosão interna, o cabo poderá ser submetido a um exame interno, que deverá ser efectuado por pessoa competente. A confirmação da existência de corrosão interna justifica a remoção imediata do cabo. 4.3.6.16.- DEFORMAÇÃO Chama-se deformação do cabo às alterações aparentes da estrutura. As diferentes deformações traduzem-se, em regra, num afrouxamento da estrutura do cabo, pelo menos na proximidade das partes deformadas, e portanto, numa distribuição desigual das tensões.
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Distinguem-se, consoante o seu aspecto, as seguintes deformações principais. Consulte os pontos 4.3.6.17 a 4.3.6.25.: a. b. c. d. e. f. g. h. i.
Deformação em saca-rolhas Deformações em cesta Extrusão de cordões Extrusão de arames Aumento localizado do diâmetro do cabo Diminuição localizada do diâmetro do cabo Esmagamento Cabeças Cotovelos
4.3.6.17.- DEFORMAÇÃO EM SACA-ROLHAS Consulte anexo E, exemplo 8 O eixo do cabo toma a forma duma hélice. Ainda que este facto não se traduza, logo que surge, num enfraquecimento do cabo, esta deformação pode originar movimentos irregulares no accionamento por cabo. Consequentemente, num trabalho prolongado, pode produzir o desgaste e a ruptura de arames. No caso duma deformação em saca-rolhas (ver figura 1), deve remover-se o cabo, se d1 >4d /3 Em que d é o diâmetro nominal do cabo e d 1 o diâmetro correspondente à envolvente do cabo deformado sem tensão, não devendo o comprimento do cabo em questão exceder 25 d.
Figura 4.1 4.3.6.18.- DEFORMAÇÃO EM CESTA Consulte anexo E, exemplo 9 Esta deformação produz-se nos cabos com alma de aço, quando a capa exterior dos arames está deslocada ou quando os cordões exteriores são mais largos do que os cordões interiores. Esta condição pode originar uma carga brusca num cabo frouxo. Quando se verifica uma deformação em cesta, o cabo deve ser imediatamente removido. 4.3.6.19.- EXTRUSÃO DE CORDÕES Consulte anexo E, exemplo 10 Esta característica está frequentemente associada à deformação em cesta, quando o desequilíbrio do cabo produz a extrusão da alma. A extrusão de um cordão justifica a remoção imediata do cabo. 4.3.6.20.- EXTRUSÃO DE ARAMES Consulte anexo E, exemplos 11 e 12 Neste caso, alguns arames ou grupos de fios desprendem-se do lado do cabo oposto à garganta da polia, por formação de anéis, geralmente em resultado de colisão. Se a deformação for grave, justifica-se a remoção do cabo.
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4.3.6.21.- AUMENTO LOCALIZADO DO DIÂMETRO DO CABO Consulte anexo E, exemplos 13 e 14 Pode verificar-se um aumento localizado do diâmetro do cabo, afectando um comprimento relativamente importante deste. Esta situação conduz geralmente a uma distorção da alma; em determinados ambientes, pode ocorrer formação de bolor na alma do cabo, produzindo um desequilíbrio nos cordões exteriores que se orientam de forma inconveniente. Um aumento significativo justifica a remoção. 4.3.6.22.- DIMINUIÇÃO LOCALIZADA DO DIÂMETRO DO CABO Consulte anexo E, exemplo 17 A redução localizada do diâmetro do cabo está geralmente associada à ruptura da alma. Os pontos próximos das extremidades devem ser cuidadosamente examinados. Uma diminuição significativa pode justificar a remoção do cabo. 4.3.6.23.- ESMAGAMENTOS Consulte anexo E, exemplos 18 e 19 Os esmagamentos resultam dum dano mecânico e, sendo graves, justificam a remoção do cabo. 4.3.6.24.- CABEÇAS Consulte anexo E, exemplos 15 e 16 As cabeças são deformações do cabo que surgem quando se puxa por um cabo em linha recta, formando uma espiral, sem que este tenha a liberdade suficiente para compensar a deformação com uma volta em torno do respectivo eixo. Um cabo que apresente uma ou várias cabeças deve ser imediatamente retirado. 4.3.6.25.- COTOVELOS Consulte anexo E, exemplo 20 Os cotovelos são deformações angulares do cabo, produzidas por causas externas violentas. Os cabos que apresentam cotovelos devem ser imediatamente removidos. 4.3.6.26.- DETERIORAÇÕES PRODUZIDAS PELO CALOR OU POR FENÓMENOS ELÉCTRICOS Os cabos que tenham estado sujeitos a um efeito térmico excepcional, reconhecido externamente devido à apresentação de colorações de recozimento, devem ser removidos.
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ANEXO A (Normativo) APRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS POSSÍVEIS DEFEITOS A CONSIDERAR DURANTE O EXAME, CONSOANTE AS DIFERENTES ZONAS DO CABO NO APARELHO 1) Inspeccione a amarração do cabo ao tambor. 2) Procure um enrolamento defeituoso que provoque a deformação (zonas esmagadas) e de desgaste que pode ser importante nos pontos de desvio. 3) Examine a ruptura dos arames. 4) Examine a corrosão. 5) Procure as deformações causadas por uma carga intermitente. 6) Examine a parte que se enrola na polea para verificar rupturas de arames e desgastes. 7) Examine os pontos de fixação:
Verifique as rupturas de arames e a corrosão Verifique também a parte do cabo em contacto ou próxima das poleas de compensação
8) Procure as deformações. Figura 4.2 9) Verifique o diâmetro do cabo. 10) Examine cuidadosamente a parte que se enrola através do aparelho, principalmente no sítio correspondente à aplicação da carga. 11) Procure as rupturas de arames e o desgaste superficial. 12) Verifique a corrosão.
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ANEXO B (Normativo) EXEMPLO TIPO DE FICHA DE INSPECÇÃO Máquina: ................................... Ficha de inspecção do cabo Aplicação: .................................. Construção:................................... Data de entrada em serviço: ........ Sentido das capas: RH/LH 1) .............. Data da retirada: ...................... Tipo de capa: normal/de enchimento 1) Diâmetro nominal: ....................................... Classe de resistência:.................................... Qualidade: não galvanizado/galvanizado 1) .......... Tipo de alma: aço/têxtil/sintética 1) ................... Pré-formação: ............................................ Comprimento do cabo: ................................. Tipo de extremidade: ................................... ___________________________________________ Carga mínima de ruptura.................. Carga de trabalho: ......................... ___________________________________________ Diâmetro medido: .......................... sob uma carga de ........................... Ruptura visível de arames Número em 6d
Abrasão de arames exteriores Grau de alteração 2)
Corrosão
Diminuição do diâmetro do cabo
Grau de alteração
%
Data: .......................................... Fornecedor do cabo:............. Outras observações: ............. 1) 2)
Local(ais) medido(s)
Cálculo total
Deterioração e deformações
Grau de alteração 2)
Natureza
Assinatura: ..................... Número de horas de funcionamento: .............. Motivo da remoção: ......................................
Riscar o que não interessa Nas colunas, qualifique o grau de alteração como: ligeiro, médio, importante, muito importante, removido.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO ANEXO C (Normativo) FREQUÊNCIA DAS INSPECÇÕES RELATIVAS AOS CABOS C.1. OBJECTO Este anexo recomenda a frequência das inspecções relativas aos cabos. C.2. APARELHOS EM QUE OS CABOS SE CONSIDERAM SER DE DURAÇÃO SATISFATÓRIA Nestes aparelhos, a inspecção periódica deve ter lugar no mínimo todos os meses. NOTA: Se ocorrerem falhas, pode ser útil encurtar os intervalos entre inspecções.
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ANEXO E (Normativo) EXEMPLOS TÍPICOS DOS DIVERSOS DEFEITOS QUE PODEM OCORRER NUM CABO NOTA: Para melhor ilustrar os defeitos, alguns exemplos mostram uma deterioração exagerada e os cabos deveriam ter sido removidos antes. Seguidamente, indica-se a acção a tomar.
Exemplo 1: Rupturas e arranques de arames em dois cordões consecutivos (entrançado cruzado). O cabo deve ser removido.
Exemplo 2: Forte desgaste e numerosas rupturas de arames (entrançado cruzado). O cabo deve ser imediatamente removido.
Exemplo 3: Rupturas de arames num mesmo cordão, associadas a um ligeiro desgaste. Justifica uma operação posterior, se esta for a pior condição (ruptura de arames ao nível da bolsa; isto pode impedir danos posteriores nos fios adjacentes).
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MANUAL DE MANUTENÇÃO Desgaste Ligeiras diferenças de espessura nos arames de enchimento. Ligeira redução do diâmetro do cabo.
As diferenças de espessura acentuam-se nos fios de enchimento.
As diferenças de espessura aumentam, afectando todos os fios de cada cordão. É notória a redução de secção do cabo. Examine atentamente os restantes critérios.
As diferenças de espessura surgem quase juntas, os cordões aparecem ligeiramente esmagados, alguns arames estão muito adelgaçados. Pode justificar a remoção. Tenha em conta os restantes critérios e aumente a frequência das inspecções.
As diferenças de espessura tocam-se, os arames tornam-se frouxos e a redução média do diâmetro pode calcular-se em 40%. Remoção imediata.
Exemplo 4: Exemplo da progressão do desgaste e a corrosão externa dum cabo cruzado.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO Corrosão externa Princípio de oxidação superficial.
O cabo torna-se rugoso ao tacto. Oxidação superficial.
A oxidação está mais acentuada.
A superfície dos arames está muito afectada pela oxidação.
Superfície muito picada e arame completamente frouxo. Remoção imediata.
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Exemplo 5: Numerosas rupturas de arames à altura da polia de compensação (e por vezes ocultas por esta). O cabo deve ser removido.
Exemplo 6: Rupturas de arames à altura da polia de compensação e associadas a um desgaste profundo numa pequena extensão, ocasionado pelo bloqueio da polia. O cabo deve ser removido.
Exemplo 7: Exemplo dum cabo que apresenta uma forte corrosão interna. De notar o desaparecimento dos arames de enchimento dos cordões em contacto com a alma (a observação é possível abrindo o cabo). Observe igualmente a forte constrição e uma deformação dos arames dos cordões. O cabo deve ser imediatamente removido.
Exemplo 8: Deformação em saca-rolhas: o eixo longitudinal do cabo toma a forma duma hélice. Se a deformação exceder o valor indicado no ponto 6.4.5.10.1., o cabo deve ser removido.
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Exemplo 9: Deformação em cesta de um cabo de várias Exemplo 10: Quebra ou extrusão da alma de aço, capas de cordões. O cabo deve ser imediatamente geralmente em consequência duma deformação em cesta removido. numa zona vizinha O cabo deve ser imediatamente removido. Exemplo 11: Um único cordão é afectado pela extrusão dos fios, embora o exame duma extensão maior do cabo mostre que o defeito se repete regularmente no mesmo cordão a distâncias de um passo.
Exemplo 12: Agravamento do defeito anterior a um nível que justifica a remoção imediata do cabo.
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Exemplo 13: Aumento localizado do diâmetro dum cabo com capa de enchimento, provocado pela extrusão da alma de aço com vários cordões, resultante do efeito de colisões. O cabo deve ser imediatamente removido.
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Exemplo 14: Aumento localizado do diâmetro do cabo, devido à nodosidade da alma têxtil que surge separada entre os cordões. O cabo deve ser removido.
Exemplo 15: Cabeça muito grave. Observe a expansão da alma têxtil. O cabo deve ser imediatamente removido.
Exemplo 16: Cabo colocado em funcionamento, apesar de apresentar uma cabeça, estando agora submetido a um desgaste localizado e a uma deformação típica. O cabo deve ser removido.
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Exemplo 17: Diminuição localizada do diâmetro do cabo, tendo os cordões exteriores tendência a ocupar o lugar da alma. Observe a presença de arames partidos. O cabo deve ser imediatamente removido. Exemplo 18: Esmagamento por acção mecânica que dá lugar à laminação do cabo. O cabo deve ser removido.
Exemplo 19: Esmagamento por acção mecânica aplicada sobre uma determinada extensão dum cabo com várias capas de cordões. Observe o esmagamento e o alargamento do passo dos cordões exteriores, assim como a sua desunião. O cabo deve ser removido. Exemplo 20: Exemplo de cotovelo muito acentuado. O cabo deve ser removido.
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Exemplo 21: Exemplo dum cabo saído duma garganta de polia e ensarilhado. Isto produziu uma deformação e ruptura de arames, assim como a ruptura parcial de cordões. O cabo deve ser imediatamente removido.
Exemplo 22: Efeito acumulativo das alterações. Forte desgaste dos arames de enchimento que sofreram uma laminação, a qual provocou o seu afrouxamento e um princípio de deformação em cesta. Podem observar-se numerosos arames partidos. O cabo deve ser imediatamente removido.
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4.3.7.-PASSOS A SEGUIR PARA DESMONTAGEM E MONTAGEM DO CABO 4.3.7.1.-DESMONTAGEM DO CABO •
Baixe o gancho até á posição mais baixa até que o fim de curso actue.
•
Liberte a guia de cabo, desapertando para isso o parafuso (6).
•
Retire o contrapino (7) que serve de guia e elemento antigiratorio da ponte.
•
Retire o suporte (3) desapertando os quatro parafusos (4).
•
Faça rodar a guia até a colocar numa posição conveniente para poder desapertar os parafusos(9) de fixação das duas meias luas que configuram a guia. Deverá ter cuidado ao remover as molas de pressão dos referidos parafusos.
•
Depois de abertas as duas meias luas da guia, retire a mola da guia (14), nos diferenciais modelos GHB e GHD.
•
Regule o fim de curso de descida, para permitir, permindo a botoneira, desenrolar com cuidado o cabo até chegar aos grampos de fixação.
•
Pouse o gancho cuidadosamente no chão ou na plataforma de trabalho.
•
Uma vez nesta posição, remova os grampos (11) desapertando os parafusos (12) e libertando o cabo usado.
•
Nos diferenciais de 2 saídas de cabo, com polea de equilíbrio o processo indicado seria suficiente para que o cabo se soltasse.
•
Nos diferenciais de 1 saída de cabo, com engate de fixação no terminal do cabo, deve proceder-se seguidamente aos passos indicados, para soltar a outra extremidade do cabo. Para tal, deverá soltar a cavilha com alheta (28) para poder retirar o pino de fixação (24). Assim, o terminal de cunha para cabo (25) ficará liberto e poderá descê-lo até ao chão ou á plataforma de trabalho.
•
Uma vez aqui, solte o grampo (27) e faça deslizar o cabo através do terminal de cunha para cabo (25).
•
Depois de afrouxar o cabo, retire a cunha (26) e liberte a outra extremidade do cabo.
Fig. 4.5 4.3.7.2-MONTAGEM DO CABO •
Antes de enrolar o novo cabo no tambor, limpe o tambor dos resíduos de óleo e massa.
•
Realizada esta tarefa, com a ajuda dum pincel, impregne as ranhuras do tambor com uma fina camada de massa nova.
•
Limpe e lubrifique a guia de cabo, seguindo as instruções do ponto 4.11.
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•
O novo cabo deverá possuir características técnicas idênticas ao de origem, cujo certificado com as respectivas especificações técnicas se anexa a este manual. Os diferenciais GH são equipados com cabos especiais que respondem ás exigências construtivas definidas, consoante o grupo das Normas da Federação Européia de Manutenção.
•
Desenrole por completo o novo cabo sobre o chão, tendo o cuidado de limpar previamente o chão para que o cabo não se suje.
•
A tarefa de desenrolamento do cabo deverá ser efectuada de forma a que não se produzam torsões, anéis ou beliscaduras no cabo. Consulte a figura que se apresenta.
•
Fixe uma das extremidades do cabo ao tambor, utilizando os três grampos, procurando que a extremidade do cabo sobressaia cerca de 3 cm dos grampos.
•
Uma vez fixado o cabo desta maneira, com a ajuda da botoneira faça rodar o tambor enrolando cerca de 5 voltas de cabo.
•
Depois de efectuar isto, verifique a tensão do cabo manualmente, devendo proteger a mão com uma luva ou panos. Verifique se ficou perfeitamente enrolado e se não se produziram torsões nem outros defeitos anormais.
•
Proceda então á montagem a guia de cabo, colocando a mola guia (14) fig.4.8 nos modelos GHB e GHD, por cima do cabo enrolado no tambor e em torno deste. Para tal, sirva-se de dois troços de arame , passe-os pelos enganches das extremidades da mola até ao enganche das duas extremidades.
•
Com a ajuda de dois alicates feche a abertura dos enganches da mola, para impedir que se soltem.
•
Posicione as duas meias luas (8) da guia sobre a mola. Deverá unir as duas meias luas (8) da guia inserindo o cabo na ranhura destas. Depois de unidas proceda á sua fixação por meio do aperto dos parafusos(9), tendo antes colocado nestes a mola de pressão (10).
•
Procede á ligação através dos quatro parafusos (4) do suporte de posição da guia (3).
•
Faça rodar a guia até que o furo roscado fique posicionado entre as duas barras que configuram o suporte da posição guia (3).
•
Aparafuse o contrapino do topo da guia (7).
•
Coloque o motor do diferencial em funcionamento até enrolar mais voltas de cabo e verificar que a guia está a funcionar correctamente.
•
Passe o cabo através das poleas do aparelho e reenvio.
•
Depois disto passe o cabo através do terminal de cunha (25) colocando a lingueta (26) e, depois de introduzir novamente o cabo na cunha, tensione-o com a mão.
•
Coloque o grampo (27) de forma que este abrace apenas a parte extrema do cabo, ver figura 4.5, deixando entre 10 e 15 cm até á extremidade do cabo.
•
Suba a cunha (25) para a fixar através do pino de fixação (24) no suporte final do cabo (21) colocando-lhe a cavilha com alheta (28). Nesta fixação, deverá ter o cuidado de não revirar o cabo.
•
Regule o fim de curso na sua posição mais alta e baixa, segundo a instrução de regulação do ponto 4.10.
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4.4.-GRAMPOS DE AMARRAÇÃO DO CABO
Deverá verificar visualmente o estado dos referidos grampos. O par de aperto dos mesmos deve ser verificado conforme o indicado no ponto 1.2.5. do manual de Descrição Geral.
4.5-TERMINAL DE CUNHA Deverá verificar visualmente o terminal de cunha, certificando-se de que o cabo não se moveu e de que a cunha está a exercer pressão. Caso detecte alguma deformação recomenda-se que substitua o terminal de cunha.
4.6.- GANCHOS
Devem ser mantidos em bom estado e verificar que não tenham fendas ou mordeduras.
Inspeccionar o anel giratório e os rolamentos.
Inspeccionar as poleas do gancho.
Limpar o interior das cobertas do fundo das poleas, caso de existir, evitando que fiquem impregnadas de pó.
4.7. - POLEAS E TAMBORES É primordial para a vida do cabo que o perfil das gargantas, das poleas e das ranhuras dos tambores estejam sempre em bom estado. Por isso estas partes devem ser inspeccionados periodicamente , adotando as medidas necessárias caso fossem observadas sinais de desgaste excessivo ou defeitos causados pelos cabos. Também é de grande importância o correcto enrolamento dos cabos nos tambores, para evitar uma deterioração prematura dos cabos, eliminando a tendência a enrolar de forma incorrecta. Inspeccionar a forma na qual os cabos se enrolam nos tambores durante a rotação, em todo o curso. Se o enrolamento tende a ser desordenado, verifique com cuidado o motivo.
Inspeccionar os grampos dos cabos nos tambores.
Inspeccionar as ranhuras dos tambores.
Observar se existe desgaste entre as ranhuras, neste caso, esmerilar para formar rádios suaves.
Assegurar que as ranhuras não tenham aumentado a profundidade de forma excessiva.
Inspeccionar as gargantas das poleas.
A. B. C. D.
Assegurar que não haja raiamento excessivo devido aos cabos nas gargantas das poleas. Assegurar que as gargantas das poleas não tenham aumentado a profundidade excessivamente devido ao desgaste. Assegurar que os laterais das gargantas das poleas não estejam desgastados excessivamente.. Assegurar que as esquinas das gargantas das poleas não estejam desgastadas. Caso de estar, esmerilar para formas rádios suaves.
Comprovar os ruídos e a temperatura dos rolamentos das poleas.
Inspeccionar para verificar se existem sinais de fendas capilares nas poleas e nos tambores.
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4.8. – SUBSTITUIÇÃO DO ROLAMENTO DO TAMBOR Para substituir o rolamento do tambor, proceder da seguinte forma:
Soltar os parafusos de fixação da Redutora ao chassi, calçar levemente o tambor. Retirar a Caixa Redutora com seu motor completo, guia de cabo com seu suporte de guia, cabo soltando do gancho, passando pelas poleas e desmontar o rolamento com extractor. Montar o rolamento com golpes leves, prévia limpeza e lubrificação do mesmo. Uma vez montado o rolamento no tambor, proceder à montagem de todos os elementos mencionados respeitando a seqüência de desmontagem.
4.9.- PROCEDIMENTO PARA DESMONTAR O GANCHO
A primeira operação a realizar é descer ao solo numa zona previamente desimpedida. É preciso ter cuidado ao apoiar o gancho para desmontar, para que o peso de eixos e poleas não se transmita aos protectores das poleas.
Colocar o gancho de forma que o disco de aperto seja fixado pelo lado de cima.
Retirar o disco de aperto para liberar a proteção lateral da polea, logo soltar as poleas com seus rolamentos.
Soltar a placa de retenção posicionada na parte inferior do gancho, para desta forma poder ser desmontada a placa central e as poleas centrais.
Utilizar extractores para desmontar poleas e rolamentos.
Comprovar o estado dos rolamentos e trocar os que estejam danificados.
Antes da montagem, limpar os rolamentos, eixos e poleas, verificando que estejam limpos de pó. Logo a seguir lubrificar as superfícies de contacto e proceder ao montagem de todos os elementos com prensa (respeitar a seqüência de desmontagem).
Caso de não resultar possível com estas ferramentas, provocar um deslizamento com golpes leves.
4.10.- FIM DE CURSO O selector de fim de curso protege o diferencial actuando como um dispositivo automático de paragem de emergência, limitando os movimentos de subida e descida nas suas posições máximas alta e baixa. Compõe-se basicamente de : 1.- Tampa do fim de curso. 2.- Base do fim do curso. 3.- Micro alto e baixo. 4.- Cames de fim de curso alto e baixo. 5.- Eixo de saída acoplado ao eixo do tambor. 6.- Caixa de vedação. Pág.9
Fig 4-6
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A forma de regulação é como segue:
Acople o eixo de fim de curso com o eixo do tambor.
Solte a tampa (1) do fim de curso..
Accione o motor do diferencial e eleve o gancho até a posição mais alta que seleccionou. Nos diferenciais standard, é usual deixar cerca de 150 mm entre o tambor e a parte superior do aparelho.(Mín. 2 voltas de tambor vazias sem cabo)
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Figura 4.7
Uma vez que se tenha o gancho na posição pretendida, rode suavemente o parafuso de segurança (2.3) com uma chave de fenda até ouvir o accionamento do contacto, deixando-o nessa posição. Efectue vários ensaios com o diferencial subindo e baixando o aparelho para garantir que o micro actua perfeitamente e desliga na subida. (Para descer primeiramente pontear o micro) Logo a seguir descer o gancho ≅ 200 mm. e com um desparafusador rodar com suavidade o parafuso (2.2) até ouvir como é accionado o contacto e deixar nessa posição.. Para regular o ponto baixo, efectue a mesma operação, descendo o diferencial até a posição mais baixa que seleccionou. Nos diferenciais standard, esta considera-se habitualmente quando o gancho descansa completamente no solo.(Mín. 2 voltas de cabo enroladas no tambor até o extremo da guia). Uma vez nesta posição gire suavemente o parafuso (2.1) até ouvir o accionamento do contacto do micro e o desligar da descida.
Faça vários ensaios com o diferencial, subindo e descendo, até garantir que o funcionamento é perfeito.
Feche a tampa.
1.- Parafuso de fixação das bases dos cames do fim de curso. 2.- Parafusos de regulação. 2.1.- Parafuso de regulação baixo. 2.2.- Parafuso de regulação alto. 2.3.- Parafuso de regulação alto. (Segurança)
4.11.- LUBRICAÇÃO DA GUIA DO CABO Quando o uso do cabo é normal, este lubrifica, por si mesmo a guia. Contudo, quando este é submetido a um trabalho intenso, recomenda-se que a guia seja limpa, lubrificada separadamente, da seguinte forma:: Para lubrificar a superfície ranhurada de deslize da guia com o cabo, deve soltar o parafuso (6) fi. 4.8, seguidamente retire o contrapino (7) que serve de guia e elemento anti-rotação da guia. Depois de realizada esta tarefa, deve rodar a guia até colocá-la numa posição cómoda para poder soltar o parafuso (9), tendo cuidado ao soltar a mola de tensão (10). Posteriormente, deve separar as duas meias luas da guia (8) retirando a mola guia (14) nos diferenciais modelos GHB e GHD. Feito isto, deve limpar a parte interior da guia para posteriormente lubrificá-la ligeiramente. Para mais informações, consulte o ponto 4.12 deste manual de uso e manutenção.
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figura 4.8
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4.12.-PLANO DE MANUTENÇÃO 4.12.1.-VERIFICAÇÃO DIÁRIA • Freio: Verifique o bom funcionamento do freio. • Interruptor de fim de curso: Verifique o seu bom funcionamento. • Cabo de aço: Verifique o seu estado, se existe ruptura de fios e se está bem lubrificado. 4.12.2.-VERIFICAÇÃO PERIÓDICA TAREFAS A EXECUTAR
Verificação na entrada em serviço em fábrica
4.12.2.1. Redutor de elevação e redutor do carro Verificar níveis e proceder ao enchimento, se necessário Primeiro esvaziamento Controle do nível de óleo Esvaziamentos posteriores 4.12.2.2.. Freio de elevação e de translação do carro Medir o jogo de freio e ajustar, se necessário, na translação do carro Observar o desgaste do disco do freio e mudar, se necessário 4.12.2.3. Cabo guia e mola guia Grampos e estado de fixação dos mesmos Lubrificação Verificação do estado de desgaste da guia Verificação do estado da mola da guia 4.12.2.4. Gancho e poleas Verificação do gancho, rotação do gancho e lingueta Observar o desgaste das poleas do gancho e de retorno, bem como o rolamento que accionam 4.12.2.5. Limitador de carga Verificar o seu bom funcionamento 4.12.2.6. Rodas do carro e rodagem Verificar o desgaste das rodas, estado dos rolamentos, estado da rodagem e estado dos amortecedores do carro e da rodagem 4.12.2.7. Eixos e pinhões da transmissão do carro Verificar o seu estado, folgas e rolamentos 4.12.2.8. Cabo de alimentação e carros porta-fita Verificar o seu estado 4.12.2..9. Terminais e uniões Verificar o seu estado 4.12.2.10. Botoneira Verificar o bom estado do cabo e botões, bem como o seu correcto funcionamento 4.12.2.11. Ruídos Verificar que não existem ruídos estranhos no funcionamento dos motores, redutores e demais elementos do diferencial e do carro
Primeiras revisões 3 meses
Intervalos entre revisões
12 meses 12 meses 24 meses 48 meses
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4.13.-LUBRIFICAÇÃO Todos os rolamentos tanto de rodas como de poleas são de lubrificação permanente. Os redutores de elevação e de translação encontram-se num cárter fechado com uma lubrificação através de massa fluida. No início a massa fluida dos redutores não será substituída mais do que o indicado na revisão geral assinalada no Plano de Manutenção no ponto 4.12 deste manual. Esvaziar-se-á, então, a redutora do lubrificante usado, procedendo-se em seguida ao enchimento com o novo lubrificante. O cabo, a guia e o tambor serão lubrificados conforme descrito nos pontos deste manual. 4.13.1.-TABELA DE LUBRIFICAÇÃO QUANTIDADE DE LUBRIFICANTE (KG) CONFORME O MODELO DO DIFERENCIAL PONTOS DE TIPO DE TIPO DE GHB GHD GHE LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICANTE (kg) (kg) (kg) Redutor de elevação BANHO ÓLEO VERKOL WG 1 3,75 10 Cabo Tambor VERKOL Guia do cabo CALCITA PINCEL Ranhurado do tambor-eixo GRAFITADA redutor (em caso de desmontagem) Rolamento axial do gancho VERKOL Graxa RF-3 Redutor de translação BANHO ÓLEO VERKOL WG Engrenagens da transmissão (no caso de diferenciais PINCEL COBERTONE - 1 monoviga)
GHF (kg) 17,5
4.13.2-TABELA DE EQUIVALÊNCIAS DE LUBRIFICANTES
Marca VERKOL TEXACO SOPAO GRAXA SHELL MOBIL OIL KLÜBER G.P.M. B.P. ESSO
Verkol-WG Marfak 00 Super gr. 888 Shell Tivela Compound A Mobilplex 44 Structovis Poo Natosbin B1600EP Silicium R Geargras Energrease F6-00-EP Nebula EP-6F
Tipo Calcita grafitada
Graxa RF-3
Cobertone-1
Barbatia Grease-2
Alvania grease-3
Corbula grease-B
Mobil grease Graphited nº 3
Mobilux-3
Mobiltac-81
Energrease PR-EP-2 Vanestan
Energrease LS-3 Beacon-3
Energrease GG Cazar K-1
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MANUAL DE MANUTENÇÃO 4.14.-ELEVAÇÃO
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GRUAS
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4.14.1.- RESISTÊNCIA AO ISOLAMENTO Antes de colocar o motor no diferencial, recomenda-se que meça o grau de isolamento, tanto do motor como do freio. O isolamento deverá ser de, pelo menos, 5 Megaohmios, quando o motor e o freio estão frios (20ºC).
Instalação do motor no diferencial
Fixar a flange do motor na sede mecanizada do redutor, através de quatro parafusos (32) GHF e (37) GHB, GHD, GHE. Para a referida fixação, deverá proceder com cuidado, de forma a não danificar os lábios do anel de massa (26), ao introduzir a extremidade do eixo do motor (10) Se na referida fixação, a extremidade do eixo bater contra o dentado do redutor e o motor não entrar na respectiva posição, faça rodar um pouco o eixo até que o motor entre suavemente e se dê um acoplamento correcto.
figura 4.9
Os parafusos de fixação não devem ser forçados, pois tanto a falange como a caixa poderiam danificar-se. 4.14.2.- RUÍDOS E VIBRAÇÕES Durante o funcionamento do motor, se se verificarem ruídos ou vibrações estranhas, deve-se procurar a causa e saná-la de imediato. Há causas que se prendem com um mau ajuste no interior do motor e redutor, ou algum problema de rolamento. 4.14.3.- MOTORES 4.14.3.1.- INSPECÇÃO E RECOMENDAÇÕES
Verificar os orifícios da tampa porta-bobinas para a refrigeração do exterior do motor. Mantê-los limpos.
Caso necessário utilizar aspirador de pó para limpeza. Não usar sopro de ar comprimido.
Examinar a temperatura das carcaças dos motores.
4.14.3.2.- INTENSIDADE COM CARGA Medir a corrente das três fases do estator, elevando a carga nominal. Deverá verificar se a referida intensidade corresponde à especificada na placa de características.
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4.14.3.3.- INSPECÇÃO DO FREIO Quando o Diferencial está em movimento é preciso observar permanentemente o correcto funcionamento dos freios. Ao ligar o motor o electroímã atrai a placa de atrito do ferodo (48) e liberta o disco que leva incorporado o ferodo (47), o qual não deverá roçar a ventoinha, devendo manter entre eles uma distância uniforme.. Ao colocar o Diferencial a funcionar pela primeira vez é preciso lubrificar os eixos, pernos.
figura 4.10 Solte a tampa do motor (56) que tapa a ventoinha. Para tal, desaperte os quatro parafusos (44) que a fixam à tampa portafreio (40). 4.14.3.4.- REGULAÇÃO DO FREIO ELECTROMAGNÉTICO DO DIFERENCIAL Os freios electromagnéticos de discos, de corrente contínua GH, são regulados em fábrica com um entreferro de 0,3 mm a 0,4 mm, consoante o modelo. Não necessitam de qualquer outro ajuste posterior. Se observar, ao fim dum certo tempo de trabalho, que a travagem não é perfeita, por desgaste do disco do freio, deve proceder à sua substituição:
figura 4.11 4.14.3.5. RUÍDOS E VIBRAÇÕES Se se aperceber de ruídos ou vibrações durante o funcionamento do motor, o operário deverá pará-lo e identificar as causas. Se necessário, deverá proceder á sua desmontagem e montagem, para o que deverá seguir as instruções indicadas no ponto 4.14.3.9. 4.14.3.6. LIMPEZA Para refrigeração adequada do motor, é importante que os que os orifícios de ventilação permaneçam limpos. Do mesmo modo, em ambientes predominantemente húmidos, é importante verificar a limpeza da superfície de contacto entre as placas de atrito do ferodo (48) e a placa porta-bobine (51), da fig.4.10; sobretudo se ocorrer período longo de não funcionamento.
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4.14.3.7.- COMPROVAÇÃO DO ESTADO DO FREIO Em primeiro lugar, desça o gancho até que fique pousado no solo. Seguidamente, desaperte a tampa (56), e uma vez a descoberto a parte do freio, proceda á desmontagem do freio, seguindo os passos indicados no ponto 4.14.3.8. Depois de liberto o disco do freio (47), medir a espessura deste, a fim de verificar o desgaste das guarnições. Se a medição da espessura da guarnição de qualquer das duas faces do disco do freio for inferior a 1 mm, deve proceder à sua substituição. Manter os ferodos do freio livres de gorduras. Certifique-se, simultaneamente, de que o estado do estriado do interior do disco de freio, não apresenta folgas. 4.14.3.8.-DESMONTAGEM DO FREIO Antes de iniciar a operação, além de desapertar a tampa (56), deverá interromper a corrente do motor, desligando o conector (32) GHB, GHD, GHE, e (75) GHF. Posteriormente, solte o anel de retenção (39). A seguir, extraia o ventilador (53), desapertando os parafusos (52). Seguidamente, desligue os dois fios de alimentação da bobine do freio no conector. Extraia então o bloco composto pelo electroímã (51), a placa de atrito do ferodo (48) e as peças (45) e (46), desapertando os parafusos (50). Caso tenha ocorrido alguma avaria na bobine do freio ou em qualquer das peças do bloco, substitua o bloco inteiro. Caso não proceda segundo o exposto, a GH não assume a responsabilidade pelo bom funcionamento do freio. O disco do freio (47) terá ficado assim a descoberto, podendo ser substituído, se necessário. Para montar novamente o freio, siga as instruções indicadas no ponto 4.14.3.10. 4.14.3.9.-DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MOTOR Se for necessário desmontar o motor, para efectuar qualquer operação de manutenção ou reparação, proceda da seguinte forma: Desligue a Ponte rolante da rede de alimentação, retirando os fusíveis de entrada para a ponte, como medida de segurança. Desligue a tomada eléctrica de alimentação do motor. Depois de efectuar estas operações, proceda conforme as instruções de desmontagem da parte do freio indicadas no ponto 4.14.3.8. Uma vez retirado o disco do freio, desaperte os quatro parafusos (37) e remova a tampa do porta-freio, com a ajuda de algum objecto que funcione como alavanca, tendo cuidado ao remover para não danificar os fios de alimentação do freio e a bobinagem do motor. Em seguida, proceda ao desaperto dos quatro parafusos (32) GHF, que seguram a carcaça do motor (33) à tampa da caixa redutora (5) (no modelo GHF, em lugar da tampa da caixa redutora, libertar-se-á a tampa do motor (63)). Liberta a carcaça do motor, substitua-o, caso o bobinado esteja queimado, para reparação.
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Figura 4.12. É sempre conveniente, uma vez que a carcaça do motor foi removida, inspeccionar os dois rolamentos (25) e (34) do eixo do motor, bem como o anel (26). Se algum dos rolamentos, o anel ou o eixo estiverem danificados, é conveniente substituí-los de imediato. Para retirar o eixo do motor da caixa redutora, utilize um arrancador que, do mesmo modo, servirá para libertar os rolamentos do eixo do motor. Após retirar o motor, extraia o anel (26) com a ajuda de ferramenta adequada. Solte, em seguida, o anel de retenção (3) GHB, GHD, GHE. Depois, por meio do arrancador, retire o rolamento (25) da caixa da tampa (5). É importante efectuar todas estas operações com extremo cuidado, a fim de não danificar nenhuma das peças. Uma vez removidos, é conveniente substituir o anel e o rolamento por outros novos. Para efectuar a montagem do motor, proceda do seguinte modo: Coloque o rolamento (25) e o anel (26), tal como se indica na figura 4.12, na caixa da tampa do redutor (5) ou, caso se trate diferencial modelo GHF, na tampa do motor (63). Estando o rolamento (25) alojado na sua posição, coloque o anel de retenção (3) GHB, GHD, GHE, para introduzir posteriormente o anel (26).
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4.14.3.10.- MONTAGEM DO FREIO. Uma vez fixada a tampa do porta-freio à carcaça do motor, por meio dos quatro parafusos (37) ou (32), realizar-se-á a montagem do freio, de acordo com as instruções seguintes: Introduza o disco do freio (47) nas ranhuras do eixo do motor. A parte mais larga do conjunto do disco do freio irá voltada para a parte da tampa do porta-freio (40). Deverá procurar que a sua deslocação sobre o eixo seja ligeira. Para tal, é conveniente lubrificar as ranhuras do eixo. Inserir o bloco do freio composto pela placa de atrito do ferodo (48), pelo electroíman (51) e pelas peças (45) e (46), e fixe-o à tampa do porta-freio (40) por meio dos parafusos (50), oleando previamente as pontas com o fixador “LOCTITE 222”. Depois de efectuar esta operação, coloque o ventilador (53), introduzindo-o no eixo com as pás voltadas para fora, e fixando-o por meio dos parafusos (52) e, em seguida, com o parafuso de retenção (39). Feito isto, é conveniente, efectuar algumas manobras para verificar se a placa do freio é perfeitamente atraída pelo electroíman, com um bom deslize, e se o ventilador não roça em ponto algum. Depois de verificar que o funcionamento é satisfatório, coloque a tampa do ventilador (56), apertando os quatro parafusos (44) com as suas anilhas de pressão grower (43). Depois de colocar a tampa (56), convém realizar os ensaios com carga, verificando o correcto funcionamento do conjunto. 4.14.4.- REDUTORES O redutor deve ser utilizado dentro das características, limites e condições de trabalho para os quais foi desenhado. Superar estes limites implica comprometer mecanicamente e termicamente o equipamento, e por conseguinte danificar seus elementos. É preciso relembrar que as exigências por cima das estabelecidas reduzem de forma considerável a vida útil do equipamento. É necessário inspeccionar com cuidado as engrenagens e os redutores de velocidade, sempre que se repare algum ruído estranho ou quando observe um aumento de temperatura significativo, independendo dos períodos regulares de inspecção. É recomendado no momento de abrir as tampas para inspecção dos redutores de velocidade, que a Ponte esteja num local onde não haja muita poeira. Depois duma inspecção, haverá que montar as tampas nos seus lugares. 4.14.4.1.- LUBRIFICAÇÃO O lubrificante a ser utilizado deverá ser o que venha especificado nas tabelas de lubrificação. Haverá que adotar cuidados especiais quando exista um aumento da temperatura do óleo nos redutores de velocidade e engrenagens. Este controle térmico é vital para a vida útil das engrenagens helicoidais. Lubrificação:
Por banho e salpicos.
Com este sistema as engrenagens são lubrificadas por meio da imersão parcial em óleo e os rolamentos mediante salpicos que as engrenagens causam na sua rotação. Assim, todas as superfícies em contacto, com movimento relativo (engrenagens e rolamentos), são atingidas por um amplo fluxo de óleo em constante renovação. Aplica-se para todos os redutores.
Substituição de óleo ou massa.
A substituição de massa deverá ser anual.
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A massa utilizada para os redutores é VERKOL WG ou similar (ver tabela de lubrificação). Como óleo de limpeza pode ser utilizado o Nº 8. Para trocar ou renovar a massa, haverá que ter em conta as instruções ao respeito. Nos desenhos dos redutores estão indicados os lugares de esvaziamento e enchimento de óleo, assim como a capacidade e características do óleo. Uma vez haja sido esvaziado por inteiro o redutor, antes de enché-lo novamente, é conveniente limpar o seu interior com um óleo limpador, a fim de retirar impurezas aderidas nas paredes. Fazer funcionar o redutor SEM CARGA durante alguns minutos. Esvaziar o óleo de limpeza e encher com o óleo especificado para funcionamento normal, até o nível indicado. Para a substituição de engrenagens deve-se substituir em pares, de forma simultânea o pinhão e a coroa que corresponder e antes de entrar em funcionamento, haverá que fazer funcionar sem carga e com aumento gradual de carga, observando tanto ruídos como temperatura, a condição do dentado e o perfeito encaixe nas engranagens. 4.14.4.2.- TABELA DE ANOMALÍAS CRÍTICAS NOS REDUTORES
Anomalía por aquecimento excessivo.
Comprovar: A. B. C. D.
A unidade está sobrecarregada. Nível, estado e grau do óleo. Rolamentos. Tem que estar ajustados. Todos os eixos devem girar livremente ao conectar a carga. Retentores de óleo. Os retentores devem ser engraxados, aplicar, desde o exterior, pequenas quantidades de massa em todas as abas dos retentores. E. Alinhamento dos acoplamentos.
Rotura do eixo.
. Comprovar: A. Alinhamento dos acoplamentos. B. A unidade está sobrecarregada. C. O apoio do suporte está desenfileirado.
A. B. C. D. E.
Anomalías nos rolamentos. A unidade não foi sobrecarregada. Alinhamento dos acoplamentos. Rolamentos correctamente ajustados e lubrificados. Formação de óxido. A unidade não foi armazenada ou protegida correctamente em paragens longas. Esvaziamento de óleo.
Comprovar: A. B. C. D. E.
Nível de óleo. O respiro deve estar aberto e limpo. O desgaste dos retentores. Pequenas perdas são normais para minimizar o calor e a fricção. Lubrificação excessiva nos rolamentos. Drenagens, níveis e acessórios. Voltar a apertar e/ou aplicar aneis de vedação de juntas, limpando previamente as superfícies. F. As juntas de pressão devem estar perfeitamente ajustadas.
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Desgaste de engrenagens.
Comprovar: A. B. C. D. E. F.
Nível, estado e grau do óleo. Alinhamento dos acoplamentos. Ajuste dos rolamentos. Sobrecarga na unidade Formação de óxido. Para desgastes excessivos e rotura dos dentes, ruídos, etc., realizar análise conjuntamente com o fornecedor.
4.14.4.3.- NORMAS DE INSPECÇÃO
Observar o ruído das engrenagens em vazío e com carga. Na eventualidade de existir algum ruído estranho, inspeccionar os dentes das engrenagens, os parafusos de união e fixação dos redutores de velocidade e os rolamentos. Examinar também a lubrificação. Verificar a temperatura do óleo. A temperatura máxima não pode ultrapassar de 60º C. Para ensaios aproximados nos redutores verificar com o tato.
Comprovar o nível de óleo conforme o estabelecido pelo fabricante e examinar a sua limpeza.
Evitar as fugas de óleo.:
A. Tentar não encher demais com óleo. B. Inspeccionar os retentores de óleo e substituí-los quando os seus labios estiverem danificados. C. Respiros e filtros devem manter-se limpos (caso de existir).
Inspeccionar os dentes das engrenagens.
A. Desgaste dos dentes da roda dentada, pinhão e a espessura. Limite admissível de 10% da espessura original. B. Comprovar se existem algumos sinais anormais, tais como bocas ou raiados nos dentes das engrenagens.
Inspeccionar os parafusos de fixação dos redutores os quais devem apertar e fixar de forma adequada.
4.14.4.4.- SUBSTITUIÇÃO DE ENGRENAGENS E ROLAMENTOS.
Para a substituição de engrenagens ou rolamentos, proceder da seguinte forma:
Soltar os parafusos dos lados da união do corpo do redutor e todos os parafusos das tampas dos rolamentos.
Retirar a parte superior da carcassa.
No caso de substituição de engrenagens ou rolamentos, retirar o conjunto completo (pinhão, coroa, rolamentos) e proceder à desmontagem mediante extractor. Depois para a montagem destes elementos, limpar o eixo, lubrificar as superfícies de contacto e montar com prensa. No caso de não resultar possível com essas ferramentas, proteger as caras laterais dos eixos e provocar um deslizar das peças com leves golpes. Uma vez montadas todas as peças do redutor, aplicar “LOCTITE” (superfície de união) e montar a parte superior da carcassa. Colocar as tampas dos rolamentos e fixar com parafusos e arandelas a fim de evitar que se afrouxem. Ajustar os parafusos de união das tampas com um par adequado.
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4.14.4.5.- ROLAMENTOS Os rolamentos são os elementos da máquina com uma maior duração, especialmente se estão bem montados e lubrificados. A utilização correcta, a montagem e a desmontagem implica limpeza, precisão, proteger da umidade e verificar sempre a lubrificação. Os rolamentos devem ser sempre verificados no caso de produzir ruídos estranhos e aumentos de temperatura, para além das inspecções normais previstas nestas instruções de manutenção. Para exame dos rolamentos, evitar sua exposição ao pó. Utilizar somente lubrificantes adequados, conforme as instruções de lubrificação tendo atenção para não aplicar um excesso de massa, já que poderia causar uma elevação anormal da temperatura. INSPECÇÕES. Examinar o ruído dos rolamentos. Caso de não ser o som habitual, verificar a lubrificação e o alinhamento entre furos e as superfícies de empurrão. Pelo tanto verificar a temperatura dos rolamentos, comprovar o esquentamento anormal com termómetro ( ≤ 50º C). Controlar a lubrificação. Verificar que não haja fugas de óleo devidas a obturações defeituosas ou tampas mal apertadas. 4.14.4.6.- RETENTORES DE ÓLEO A maioria das falhas nos retentores são causadas por uma colocação desadequada o pelo resultado tanto de danos próprios do retentor como no eixo. De forma que deve utilizar-se óleo novo e limpar bem as peças antes da montagem.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO 4.15.- TRANSLAÇÃO
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GRUAS
4.15.1.- PERIODICIDADE DAS INSPECÇÕES A periodicidade das inspecções e as zonas a inspeccionar encontram-se especificadas na tabela 2. Os materiais são considerados para uso normal. Em caso de uso mais intenso ou de vários turnos, os materiais de inspecção serão devidamente adaptados.
Objecto Funcionamento do freio Ligações eléctricas Ruído Espaço de ar do freio Fuga de lubrificante do redutor e motor Parafusos de fixação do motor e redutor Desgaste do redutor
Diário X
6 meses
1 ano
x x x x x x
Método Teste em funcionamento Visual, sem oxidação nos parafusos Auricular Ver secção Motores Visual Manual Visual, manual
Tabela 2 4.15.2.- MUDANÇA DE LUBRIFICANTE A lubrificação é permanente, quando a temperatura se situa entre –20º C e +40º C. Os dentados foram lubrificados com massa semi-fluida. Se necessário, deverá mudar-se a massa do seguinte modo:
Desmontagem do equipamento. Separe o motor do redutor. Desmonte o redutor.
Limpe as peças com aguarrás.
Para re-lubrificar, utilize o lubrificante indicado na tabela 3. Lubrifique os rolamentos.
Monte o redutor e espalhe o lubrificante pelos dentes das rodas do redutor.
Fixe o motor ao redutor e monte a maquinaria na estrutura construída. Aperte os parafusos nos pares indicados na tabela 4
Modelo RFS/125-3T RFS/160-3T RFS/250-3T RFS/400-3T RFS/630-3T RFS/160-4T RFS/250-4T RFS/400-4T
Tipo de lubrificante fluido VERKOL-WG VERKOL-WG VERKOL-WG VERKOL-WG VERKOL-WG VERKOL-WG VERKOL-WG VERKOL-WG Tabela 3: Lubrificantes recomendados para os redutores. Para tipos de lubrificante equivalentes, ver tabela nº 5
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Quantidade (kg) 0,5 1 1,25 2 5,5 1,25 2 3
MANUAL DE MANUTENÇÃO Modelo de motor
GRUAS
Par de aperto do freio-motor - motor-redutor (Nm) 9 9 24 80
VB VC VD VE
Tabela 4: Pares de aperto recomendados
Marca VERKOL TEXACO SOPAO GRAXA SHELL MOBIL OIL KLÜBER G.P.M. B.P. ESSO
Verkol-WG Marfak 00 Super gr. 888 Shell Tivela Compound A Mobilplex 44 Structovis Poo Natosbin B1600EP Silicium R Geargras Energrease F6-00-EP Nebula EP-6F
Tipo Calcita grafitada
Graxa RF-3
Cobertone-1
Barbatia Grease-2
Alvania grease-3
Corbula grease-B
Mobil grease Graphited nº 3
Mobilux-3
Mobiltac-81
Energrease PR-EP-2 Vanestan
Energrease LS-3 Beacon-3
Energrease GG Cazar K-1
Tabela 5: Equivalência de lubrificantes para engrenagens 4.15.3.- INSPECÇÕES E RECOMENDAÇÕES
Inspeccionar o funcionamento do freio se fossem observados sinais anormais, abertura ou fechado, imperfeições, etc. Examinar estes pontos e caso necessário proceder à sua substituição.
Examinar o desgaste do ferodo dos freios. Com espessuras inferiores a 2 mm proceder à sua substituição.
Manter os ferodos de freio livres de óleo.
Examinar o desgaste e as desigualdades das superfícies da ventoinha do freio. Com desgaste desigual, corrigir o alinhamento do freio. Com desgaste do 30% do espessor original, substituir. Verificar se existe algum sinal de mordeduras capilares nas superfícies da ventoinha. Caso de existir, inspeccionar o funcionamento do freio e ajustá-lo correctamente. Observar cuidadosamente se a pequenos intervalos as mordeduras capilares tendem a crescer, neste caso será preciso substituir a ventoinha de imediato. Manter uma compressão adequada das molas do freio a fim de adaptá-los ao desenho e condições de funcionamento.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO
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4.15.4.-AJUSTE DO ENTREFERRO DO FREIO NOS MOTORES DE TRANSLAÇÃO A separação que permite o jogo entre o electroímã do freio (11) e a placa do freio (7), é aquilo a que se chama entreferro. Seguidamente, apresentamos uma tabela com dados técnicos relativos aos motores de translação. DADOS TÉCNICOS RELATIVOS AOS MOTORES DE TRANSLAÇÃO Tipo de motor R.P.M. Par nominal do freio Espessura mínima do ENTREFERRO (N.m) ferodo (mm) Normal (mm) Máximo (mm) VB 3.000 5,6 0,5 0,3 2 3.000 7,16 0,5 0,3 2 VC VD 3.000 7,85 0,5 0,4 2 3.000 54,4 0,5 0,4 2 VE
É conveniente ajustar este entreferro antes que a sua separação ultrapasse o máximo indicado na tabela. Para tal, deve proceder-se da seguinte forma:
Desaperte os parafusos (14) e retire a tampa (1) do ventilador.
Desaperte os parafusos (4) e aperte a porca (2) de ajuste, até que o ventilador (6) desloque a placa do freio (7) contra o porta-bobine (11).
Uma vez apertada a porca (2) de ajuste totalmente sem forçar, solte meia volta. Com esta operação, terá ficado automaticamente regulado o entreferro no seu valor nominal.
Aperte os parafusos (4) e verifique a travagem através de algumas manobras.
•
Fig.4.13
Coloque a tampa (1) do ventilador.
4.15.5.-. MANUTENÇÃO DO MOTOR É conveniente efectuar revisões periódicas dos motores, pelo menos de 6 em 6 meses. Seguidamente, indicamos os pontos mais importantes a controlar:
Limpeza do motor – É importante para uma boa refrigeração do motor.
Ruídos e vibrações – Tanto os ruídos como as vibrações são sinal da existência de problemas, tais como desalinhamento, desequilíbrio, problemas com os rolamentos, etc.
Entreferro do freio – É conveniente verificar que o valor do entreferro do freio não excede o indicado na tabela. Uma negligência deste controle poderá originar que, por separação excessiva do entreferro, o electroímã não seja capaz de atrair a placa do freio e libertar dessa forma o eixo rotor, o que poderá causar o risco de combustão do motor.
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4.15.6.-. DESMONTAGEM DAS PARTES DO MOTOR A não ser que se pretenda substituir o motor por completo, caso em que bastará desapertar os quatro parafusos (17) de fixação do motor à caixa redutora, dever-se-á, quando se deseje intervir sobre qualquer outra parte do motor para substituição de qualquer peça, proceder à desmontagem do mesmo, seguindo os passos que a seguir se descrevem:
Em primeiro lugar, desligue o conector (29) da caixa de ligações.
Em seguida, liberte a tampa do freio (1), desapertando os quatro parafusos (14) que a fixam.
Com a zona do freio a descoberto, desaperte os dois parafusos (4) que fixam a porca do freio (2), procedendo à sua remoção.
Depois de remover a porca do freio, retire o ventilador (6), o disco do freio (7) e a mola do freio (10).
Se pretende substituir o disco do freio, siga os passos até este ponto. Caso necessite de continuar a desmontagem do motor, aja da seguinte forma: Desaperte os quatro parafusos (17) que fixam a tampa do motor porta-bobine (electroímã do freio) (11), no qual está alojado o rolamento (13), da parte posterior do eixo rotor.
Seguidamente, remova o eixo rotor (5).
A única peça que resta é a carcaça do motor (18) com o enrolamento (32).
Se pretender substituir o rolamento da parte anterior do eixo rotor que se encontra alojado na caixa da flange do redutor, retire, em primeiro lugar, o anel (37), soltando em seguida o anel de retenção (38). Posteriormente, retire o rolamento nº 39, usando um arrancador. •
Figura 4.14 4.15.7.-. MONTAGEM DO MOTOR Para a montagem das diferentes peças do motor, siga as instruções seguintes: Aloje o rolamento (39) na caixa da flange do redutor. Em seguida, coloque o anel de retenção (38) e o anel (37), cuja função consiste em não deixar passar o lubrificante do redutor para o motor.
Coloque o eixo rotor, inserindo a parte estriada no redutor. Pode dar-se o caso que este ofereça uma certa resistência, devida ao encaixe dos dentes helicoidais do eixo rotor e do denteado da caixa redutora. Para não danificar o estriado, faça rodar suavemente o eixo num e noutro sentido, batendo-lhe, ao mesmo tempo, com suavidade com um maço de plástico, até que assente perfeitamente.
Depois de introduzir o eixo rotor (5) e verificar que a engrenagem está perfeita, coloque a carcaça do motor sobre o eixo, fixando-o através dos quatro parafusos (17) na falange da redutora.
Seguidamente, monte a tampa do motor porta-freio, colocando na caixa do rolamento que está do lado do motor uma anilha ondulada de pressão (63) sobre a qual montará o rolamento (13).
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Em seguida, fixe a tampa do motor porta-bobine (11) ao motor, por meio dos quatro parafusos (17), com as respectivas anilhas de pressão (16).
Antes de prender as tampas do motor porta-bobine (11) e pelo lado da bobina de freio desta tampa, coloque as três cavilhas de guia (9) nos alojamentos mecanizados para o efeito. Introduza nestas cavilhas uma anilha de latão em cada uma (8), a fim de que o choque da placa, ao ser atraída pelo electroíman, seja amortecido sobre a mesma.
De seguida, introduza a mola do freio (10) no eixo do motor, assentando-o sobre a caixa mecanizada, na tampa do motor porta-bobine (11).
Depois, coloque o disco do freio (7), de tal forma que a face mecanizada de aço fique do lado da tampa do freio portabobine. Verifique, através da pressão do disco sobre a mola, se o disco fecha devidamente através das cavilhas de guia.
Coloque, seguidamente, o ventilador (6), inserindo o seu estriado no estriado do eixo motor e pressionando o ventilador, a fim de vencer a pressão da mola (10).
Mantendo esta pressão sobre o ventilador, coloque a porca de ajuste do freio (2).
Regule o freio conforme descrito na secção “Ajuste do entreferro do freio”.
De seguida, aperte os dois parafusos (4) com as respectivas anilhas de pressão (3).
Depois, ligue o conector na caixa de ligações do motor. Ligue à corrente eléctrica, a fim de realizar alguns ensaios de funcionamento, certificando-se de que o freio actua correctamente e de que o motor roda com suavidade, sem ruídos nem vibrações.
Uma vez verificado o funcionamento correcto do motor e do freio, coloque a tampa do ventilador (1), fixando-a por meio dos quatro parafusos (14) com as respectivas anilhas de pressão (15). 4.15.8.- RODAS De forma regular, a cada seis meses, inspeccionar o desgaste e as deformações nas bandas de rodagem, assim como marcas e trincas nas pestanas. 4.15.8.1.- NORMAS DE APLICAÇÃO
Realizar um exame visual das bandas de rodagem das rodas a fim de comprovar se existem fendas capilares.
Caso de existir alguma haverá que comprovar o seu tamanho. Observar se a tendência é para aumentar entre inspecções, e caso necessário haverá que substituir a roda. As rodas motrizes devem manter seus diâmetros iguais, devendo trocar as duas ao mesmo tempo, ainda que somente uma delas esteja em condições de ser substituida.
Comprovar se as bandas de rodagem das rodas estão livres de óleo. Os rolamentos das rodas têm que estar livres de óleo, do contrário as rodas poderiam patinhar. Examinar o desgaste das bandas de rodagem das rodas.
Como as bandas de rodagem das rodas desgastan devagar, no caso de que fosse observado um desgaste prematuro, verificar o alinhamento dos elementos do sistema (carrís, eixos, etc.).
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A diferença entre diâmetros das rodas motrizes não poderá ser maior que 0,2%. O desgaste da bande de rodagem exterior de cada roda, deverá ser: ≤ 30% do espessor de origem ou 12 mm do diâmetro. O menor dos dois verificados. 4.15.8.2.-PROCEDIMENTO PARA A SUBSTITUIÇÃO DE RODAS E ROLAMENTOS DAS MESMAS.
Calçar a Ponte até que a roda possa girar livremente.
Soltar os parafusos dos suportes porta-rolamentos a fim de retirar o conjunto de roda completo.
Retirar e desmontar os porta-rolamentos e rolamentos mediante extractor.
Rodas montadas S/DIN 15090 com furos para engraxamento. Para a desmontagem da Roda introduzir previamente óleo sob pressão mediante uma bomba nos furos indicados para isso e logo a seguir retirar o eixo numa prensa.
Comprovar o estado dos rolamentos e substituí-los caso que seja necessário.
Para a montagem, limpar as superfícies em contacto, lubrificar e montar com prensa.
No caso de não ser possível com estas ferramentas, realizar a montagem com golpes leves.
Lubrificar rolamentos.
Montar o conjunto de rodas previamente alinhadas, ajustando com os parafusos respectivos.
4.15.9.- ESTRUCTURA
Uma vez por ano é preciso inspeccionar a estructura a fim de verificar se existe alguma deformação ou rotura desta.
Inspeccionar as juntas soldadas, a fim de assegurar que não existem indícios de mordeduras capilares.
Verificar o ajuste dos parafusos de união.
Pintar de novo as partes estructurais antes de que fiquem oxidadas num 10% da superfície pintada.
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MANUAL DE MANUTENÇÃO
INCIDENTES E REPARAÇÕES
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5.- INCIDENTES E REPARAÇÕES 5.1.- LOCALIZAÇÃO DE AVARIAS
Todas as avarias descritas deverão ser solucionadas por pessoal especializado. Mecanismos
Avarias
A Ponte não faz movimento nenhum
O motor de Elevação do Diferencial zune mas não gira
Elevação
Salta o diferencial magnetotérmico ao premer Subida ou Descida O motor funciona mas muito devagar Em descida a carga escorrega O gancho sobe demais e bloqueia toda a Ponte O gancho ao suspender a carga dispara em elevação. Mas funciona na descida Torceu o aparelho do gancho e o cabo Desenrolou o cabo no tambor
O carro não se desloca
O carro se desloca muito devagar
Transl. Carro
A freada é longa
Transl. Ponte
Posíveis Causas Falha na alimentação eléctrica Fusíveis de entrada Falha na instalação Fusíveis de comando Limitador F. C. de Segurança
Comprovar: Tensão entrada armário Comprovar : Fusíveis de entrada Comprovar : A instalação Comprovar : Fusíveis de comando Comprovar : Seta de emergência Olharr posição do F. C. de Segurança Algúm fusível queimado Comprovar : Fúsíveis de elevação Electroimã não funciona Comprovar : Electroímã Contactor falha numa fase Comprovar: Tensão saída contactores Possível derivação à terra do motor Comprovar : Derivação ao motor Possível derivação â terra do Comprovar : Derivação ao electroímã electroímã Magnetotérmico de Elev. Disparado Comprovar : Magnetotérmico de elev. Falha do Controle de freio Comprovar : Controle de freio Falha do freio de Elevação Comprovar : Estado disco de freio Disparo F. C. de Segurança Comprovar : F. C. de subida Comprovar : Contactor subida(colado) Disparo do limitador de sobrecarga Comprovar : A carga Comprovar : Regul. F.C.de sobrecarga O cabo tem uma torção Desfazer a torção do cabo Trocar o cabo caso de estar danificado Falha da guia Comprovar : Guia do cabo Falha do cabo Comprovar : Cabo de aço Falha no motor Comprovar : Tensão no motor, caso de Falha na instalação não chegar comprovar: A instalação. F. C. Disparado Comprovar: F. C. Posição Falha nas fases do motor Comprovar : Tensão no motor Falha do freio Comprovar : Electroímã Falha posição F. C. Comprovar: Rectificador de freio Comprovar: Posiição do F. C. Comprovar : Ferodo de freio Disco de freio Comprobar : Molas do freio Regular : Porca para a regulagem do freio Fim de curso actuado Corrigir a posição do F. C..
O carro só vai em marcha lenta num sentido ou na 1ª velocidade só vai num sentido. O motor gira mais não transmite Avaria na Caixa Redutora movimento Falha nos motores A ponte não se desloca Falha na instalação F.C. disparado Falha dum dos motores A ponte cruza ao arrancar Falha dum dos Electroímães Falha numa das Reductoras Falha em fases do motor A ponte desloca muito devagar Falha do freio Falha posição F.C. A freada é longa
Soluções
Disco de freio
Comprovar : Estado da Redutora Comprovar: Tensão no motor, caso de não chegar, verificar: a instalação. Comprovar: F.C. posição.. Comprovar: Tensão no motor Comprovar: Electroímã e Rectificador Comprovar: Transm. de Rede à Roda Comprovar: Tensão nos motores Comprovar: Comprovar Electroímã Comprovar: Posição do F.C. Comprovar: Ferodos de freio Comprovar: Molas de freio Regular: Porcas de regulagem frei o
5.2.- REPARAÇÕES Precaução: Todas as reparações deverão ser realizadas por pessoal especializado. As Pontes e Diferenciais de cabo G.H., devem de ser reparados e mantidos por especialistas autorizados por G.H. G.H. não assume responsabilidade nenhuma pela perda ou dano causado por reparações realizadas nas Pontes e Diferenciais por pessoal não autorizado. Ë recomendado realizar a manutenção por pessoal do serviço de Manutenção da G. H. Nota: A
garantia somente será assumida desde que sejam utilizadas peças de reposição originais fornecidas por G. H. Nosso departamento de Manutenção e os nossos responsáveis Técnicos ficam ao seu inteiro dispor para qualquer consulta.
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INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA
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6.- SEGURANÇA 6.1.- INSTRUÇÃO OU CONHECIMENTOS DO PESSOAL QUE OPERA NA MÁQUINA Antes de se fazer cargo da máquina, o operário deverá ser instruido, principalmente em: O manuseio correcto e seguro da máquina. As partes que a conformam. O funcionamento das mesmas. Os perigos que encerra a máquina. Os sistemas de segurança de que vai munida. Os métodos operativos correctos. As acções que devem ser efectuadas e aquelas que são proibidas. As avarias mais comuns e a forma de repará-las com segurança. As prendas de proteção que tem que ser utilizadas.
6.2.- INSTRUÇÃO OU CONHECIMENTOS DO PESSOAL QUE MANTÉM OU REPARA A MÁQUINA O encarregado da manutenção desta máquina deve ter conhecimentos de electropneumática, mecánica, electricidade e hidráulica, além de estar instruido acerca dos perigos que apresenta a máquina e na utilização correcta e segura da mesma.
6.3.- MEDIDAS DE SEGURANÇA NA INSTALAÇÃO DA MÁQUINA 6.3.1.- PLANO DE MANUTENÇÃO É imprescindível que as Normas de segurança contra acidentes sejam rigorosamente seguidas nos trabalhos de manutenção. Em princípio, estes trabalhos efectuar-se-ão sobre máquinas paradas, desligando antes a corrente eléctrica. 6.3.2.- ACESSO PARA MANUTENÇÃO No caso de não poder dispor duma linha de vida ou acessos homologados (corredores, escadas), os trabalhos de manutenção serão feitos sempre sobre plataforma elevadora homologada para a sua utilização polas pessoas.
6.4.- ACÇÕES QUE NUNCA SE DEVEM REALIZAR Nunca se deve pegar numa carga superior á indicada na Ponte. Nunca eleve ou transporte pessoas com o gancho, nas cabeceiras ou na carga. Nunca utilize a Ponte se não estiver em boas condições de funcionamento. Não modifique nenhuma parte da Ponte ou seus componentes. Não permita a utilização da Ponte por pessoas não qualificadas para tal. Nunca eleve ou transporte nenhuma carga enquanto a zona a atravessar com a carga não estiver completamente livre de pessoas. Nunca utilize o cabo do diferencial como eslinga.
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Não distraia a atenção do operador, enquanto a Ponte estiver em funcionamento. Nunca deixe nenhuma carga suspensa sem a ter sob controle. Nunca utilize o cabo do diferencial como terra. Do mesmo modo, não toque no cabo com nenhum eléctrodo em funcionamento. Não prema insistentemente a botoneira do diferencial sem que seja necessário. Não passe, nem permaneça debaixo da carga. Em caso de chuva ou condições climáticas adversas não é permitido o acesso ao armário eléctrico do diferencial á intempérie.
6.5.- PREVENÇÃO DE ACIDENTES É proibido usar a Ponte para arrancar cargas ou arrastá-las. Nunca transportar cargas suspensas dum arame. Para subir ou descer da Ponte é preciso obter antes a conformidade do operador e unicamente estando a ponte parada. O operador não poderá iniciar as manobras com carga por conta própria nem por indicação de pessoas não autorizadas. O operador não poderá modificar os ajustes das proteções. O operador deverá se negar a realizar uma operação quando tenha dúvidas com respeito do peso a ser elevado, ou quando não existam as condições necessárias de segurança quer para a Ponte quer para a carga. O transporte de tubos de oxigênio, tambores de óleo e material avulso em geral, deverá ser realizado utilizando dispositivos especiais ou plataformas devidamente suspensas. É proibido guardar elementos inflamáveis na cabina de comandos ou sobre a Ponte.
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6.6.- ACÇÕES A TER EM CONTA Leia e siga todas as instruções e conselhos dos manuais de utilização e instalação proporcionados pelo fabricante. Quando efectuar uma reparação ou manutenção, use apenas as peças e materiais recomendados pelo fabricante. Caso observe um funcionamento pouco usual, pare o diferencial, inspeccione-o e repare-o, se necessário. Estabeleça uma periodicidade para a inspecção e manutenção, com especial atenção para o gancho, cabo, freios, fins de curso, registando os dados de cada um dos desempenhos. Inspeccione o funcionamento dos freios, principalmente nos diferenciais que trabalham durante muitas horas. Inspeccione os fins de curso. Inspeccione se o gancho e o cabo sofreram quaisquer danos. Mantenha o cabo limpo e lubrificado. Antes do diferencial entrar em funcionamento, certifique-se de que o cabo não está enrolado incorrectamente, não está dobrado ou não apresenta qualquer outro defeito. Certifique-se de que quando eleva ou desloca cargas, estas não colidem com quaisquer obstáculos. Centre o diferencial por cima da carga, antes de começar a trabalhar com ele. Evite oscilações, tanto do gancho como da carga, quando deslocar o diferencial. Equilibre a carga antes de desloca-la e certifique-se de que as eslingas, cabos, etc., seguram a carga, e estão ao mesmo tempo bem assentes na base do gancho. Eleve a carga verticalmente, de forma a que tanto o carro do diferencial como o cabo não estão em ângulo com o objecto a elevar. Certifique-se de que o arranque da elevação é suave. Se os comandos do diferencial ou da ponte forem efectuados a partir duma cabine, familiarize-se com os sinais de elevação, translação do carro e ponte. (Em Ponte ao exterior). Depois de desligar o mesmo, amarrar mediante trincagem com encravamento.
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6.7.- PAINEL DE COMANDO
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NOTA: Este impresso pode ser modificado sem aviso prévio por “GH,S.A.”