Livro: Técnica da Voz Cantada Autora: Claire Dinville Editora ENELIVROS, Rio de Janeiro, 1! Traduzido do "ranc#$ AL%&NS E'ERC(CIOS DE RES)IRA*+O Começar sempre o exercício respiratório com uma boa expiração. Observar continuamente o comportamento dos músculos respiratórios (abdominais intercostais) Manter sempre, uma boa postura: coluna reta, ombros caídos, nunca estuar o peito ou levantar os ombros. ! inspiração deve ser eita pelo nari", narinas dil atadas, #ar#anta bem aberta. ! expiração deve ser eita pela boca, soprando.
Eerc-cio 1 $m p%, postura correta, corpo relaxado, mãos na cintura: &oprar, como 'uem apa#a uma vela e'uena pausa *nspirar, leve e rapidamente + un#ando, narinas dilatadas, #ar#anta bem aberta (a #ar#anta, não a boca) como 'ue aspira um perume de lor, sen tindo 'ue o movimento inspiratório se a" na parte baixa do tronco e no abdmen e'uena pausa &oprar, como 'uem apa#a uma vela (boc-ec-as, maxilar inerior e lbios /$0!1!2O&).
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(/epetir 5 ve"es).
Eerc-cio ./ *dem exercício n6 74 at% a letra 8d8 &oprar em "SSS" (como (como um pneu esva"iando) soltando o ar levemente. /epetir 5 ve"es. 9O! 9O! + alterar alterar os exercícios, depois dep ois de bem dominados, no lu#ar de 8&;&8, pode+se pode+ se a"er com 8<<<8, bem sonoro, como de uma abel-a, 8===8, maxilar superior encostando no lbio inerior.
Eerc-cio .! rocurar imitar um cac-orrin-o cansado, ou com calor, com pe'uenas contraç>es do diara#ma. omar um mínimo de ar. /itmar as contraç >es.
Eerc-cio .0 /espiração 2iara#mtica: · · ·
2eitar de costas (em superície dura, sem travesseiro), relaxar o corpo e, com as mãos no ventre, sentir o movimento respiratório nat ural &oprar com orça, como se osse apa#ar uma vela col ocada no teto, tomando consci?ncia do trabal-o muscular (deitado) /epetir o exercício em p%, ima#inar a vela @ distAn cia, a"er o movimento respiratório natural com a conscienti"ação.
Eerc-cio . *nspirar o mximo de ar reter, se#urar o ar e contar: 4 + B + 5 + compassadamente, baixin-o, economi"ando o mximo do ar e veriicar at% 'uandoa#enta.
Eerc-cio .2 /espirar o mximo de ar reter e cantar a vo#al D A” num tom a#radvel, at% acabar o ar.
Eerc-cio .3 2iara#ma + a) &oprar com ener#ia, dando impulsos com o diara#ma para baixo
$xplorar consoantes + com ener#ia: & + + + &&&.
Eerc-cio .4 3B
Controle do ar $xpirar, inspirar, prender, soprar bem de leve. $xpirar em &, inspirar, prender, soprar em <.
Eerc-cio . Controle do &om + $xpirar, prender o ar, emitir uma nota lon#a, (pianoE) em MF ou só M. ·
G uma emissão 'ue não % orte nem % raca
RECO5ENDA*6ES ·
O cantor deve a"er al#uns exercícios de respiração prounda, especiais para o canto. &ó por meio de uma respiração bem controlada se ad' uirir a nitide" do ata'ue e no inal os sons, assim como sua continuidade, estabilidade e lexibilidade.
ara cantar não % necessrio expirar muito ar, e ims sab?+lo emitir com economia. · · ·
O excesso de ar oprime e molesta o cantante. G necessrio inspirar muito ar puro para ter sempre pulm>es sadios. rtica do controle respiratório atua sobre os centros nervosos e'uilibrando+ os.
O obHetivo dos exercícios a se#uir % desenvolver a articulação e criar uma ima#em mental e uma memória auditiva da pronuncia das vo#ais, conso antes, silabas, letras.
E'ERC(CIOS "ALADOS )ARA 5ANDI7&LAS: 4. !brir a boca lentamente di"endo: M!/, M!/, M!/ e ec-+la lentamente. &ó parar de emitir som 'uando ma boca estiver totalmente ec-ada B. !brir e ec-ar a boca com di"endo muitas ve"es I!+I!+I!+I!+I!. O exercícios devem ser eitos com irme"a e rapide"
E'ERC(CIOS E'ERC( CIOS )ARA O VE8 VE 8 )ALATAL )ALATAL
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a. IoceHar IoceHar. !o !o a"er o boceHo, boceHo, ronunciar ronunciar lentam lentamente: ente: JO9J, JO9J, JO9J, JO9J, JO9J, JO9J. b. $mitir e alternar a vo#al oral com a nasal . Obs.: Ao realizar esses exercícios devê-se observar o posicionamento do véu palatal e da língua.
E'ERCICIOS )ARA OS L97IOS 4. 2i"er 2i"er muita muitass ve"es: ve"es: F+i, F+i, F+i, F+i, F+i, F+i, F+i. F+i. B. 0er com com os dentes cerrados, cerrados, exa#erando exa#erando a articulaç articulaçãã o labial labial.. 5. Comprimir Comprimir ortemente ortemente os lbios lbios di"endo: di"endo: + + + + +, primeiro primeiro sem som, som, depois di"endo: ! + $ + * + O + F.
"RASES E VERSINOS CO5 )ALAVRAS ;&E CONT<5: =R> ! raivosa e irritante romana residia na rua das /osas /ubras, rente @ resid?ncia do ruivo rison-o rei /enato.
o rato #uerreiro da #uerra tocou #uitarra em !rara'uara
o cricri do #rilo clamou para o rade, as reiras e o padre 'ue 'ueimou o braço. edro adro oderoso tropeçou em Caio e 'uase caiu.
o o
rato roeu a rede rubi da roseira da rua das /osas /ubras. brítono breHeiro
Ierto do Iarreto do I rito $ brada a Ielmira: IravoK Iele"aK Ionita blusaK E /icardo Iernardo =erro =arto de ir ver o !rt-ur Ierrou de raiva o seu berro /epercurtir + ur, ur, ur. !o -orror do berro, um burro "urrou. $ era -orrendo o "urro + "ur+"urL"ur. E ara &ara Calderaro oda arara rara % cara, ois osarar do !maro Comprara uma arara rara $ mandara para ara. E Comprei na eira do rato 9o lar#o das !moreiras !rro" de peru num prato !rranHado pelas reiras: 33
E =oi #rande a balbúrdia, ! turba se ria, O bruto bramia, $ o bromo a bater. E &abi a c-ouriço morro $ra comer e #ritarK Carne, rins, rec-eios, couro /oi sem resto deixar. E ! aran-a arran-a a rã ! rã arran-a a aran-a !rran-a a aran-a a rãN ! rã arran-a arran-aN
RELA*+O DE "RASES E5 ORDE5 AL"A7
! #ata amarrada arran-a a aran-a. Iondosa beldade bal"a'ueana beneiciava Iel#as. O capen#a can#aceiro capan#ava na capoeira do can#aço. O dente de dentro dói e d doença. $m $rec-im endereçam esse bil-ete a enri'ue 'ue te m de exercer a eleição. 9a ornal-a lameHante ul#e o o#o com uror o ole ren%tico a" umaça e a#ul-as ul#urantes 'ue ouscam. #. O Jenov?s, Hovem #i#ante, #ira e #eme no #insio,an#instica. -. 9o Hardim Hapon?s #entis Haçanans, Handeiras, Haspeadas, Haburu, Hanetas e Huritis #emendo. i. 2iicílimo dividir mililitros de miríico Hiripiti. H. 9o laranHal abel-as laboriosas em tumulto coletam o pólen para o ini#ualvel mel de suas colm%ias. P. O mameluco melancólico meditava e a me#era me#aloc%la, macabra e ma'uiav%lica, masti#ava mostarda na maloca miasmtica. l. 9ão nada nin#u%m no 9ilo. m. O promotor comprou o -oróscopo do Ostro#ado. n. edro aulo acíico de aixão, pacato e pac-orrent o procurador do meu pranteado pai, depois de provar uma pin#a, tomou um pile'ue e promoveu uma pa#odeira com a população do porto. o. O li'uidiicador 'uadridentado li'uidiica 'ual'uer coisa li'uidiicvel, e 'uebra as li'uidiicveis. p. O rato, rata"anas e o ratin-o, roeram as ricas roupas e ras#aram rútilas rendas da rain-a 2. Frraca de /ombarral. '. &e QR serras serra RR cereHeiras + RRR serras serrarão + RRR cereHeiras.
3;
E'ERC(CIOS DE ARTIC&LA*+O a. O prestidi#itador prestativo e prestatrio est prestes a prestar a prestidi#i+tação prodi#iosa e presti#iosa. b. c. d. e. . #. -. i. H. P.
! prataria da padaria est na pradaria prateando prados prateados. Os 'uebras e re'uebros do samba 'uebram os 'uebrantos dos @lsos santos. Irito britou de bril-antes, brincando de britador. Iranca bran'ueia as cabras brabas nas barbas das bruacas e bruc-as bran+ . 'ueHantes. rovas e trov>es troveHam trocando 'uadros trocados entre os trovadores es'uadrin-ados nos 'uatro cantos. O dromedrio destruiu as dro#as de dro#aria !ndrmeda, por'ue oi dro#ado com a dro#a 'uadrada. !s pedras pretas da pedreira de edro edreiras são os pedre#ul-os com 'ue edro apedreHou tr?s pretas pren-es. 9o 'uarto do Crato eu cato 'uatro cravos cravados no crAnio da caveira do Craveiro. O #rude da #ruta #ruda a #rua da #rin#a 'ue #rita e, #ritando, #rimpa a #rade da #rota #randiosa .. =ran'ueia+se o ran#o rito rio, ri#oriicado @ rancesa, no ri#oríico do rade.
*. O lavrador % livre na palavra e na lavra, mas não pode ler o livro 'ue o livreiro 'uer vender. m. lana o planador em pleno c%u e, planando por cimado plat, contempla as plantas plantadas na plataorma do plantador. n. o. p. '.
! laca aplacadora aplaca a dor da placa 'ue a laca aplacou. O blusão blasona para a blusa e a luva com blandíci a aplaude a blasonada. Fm atleta atravessa o !tlAntico em busca da !tlAnti da 'ue viu num atlas. Suero 'ue o clero preclaro aclarece o caso de Clara e declare 'ue ecla se en#ana no 'ue clama e reclama. r. !#lae lava a #leba do #lobo 'ue -avia levado @ #alxia do #labro e #alante #i#ante.
R E CO5 EN DA*6 ES
Os pilares do canto: ! respiração, a utili"ação dos ressonadores, a articulação, serão a princípio, obHeto de um trabal-o lento e pro#ressivo.
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9o princípio, o mel-or meio de ad'uirir a#ilidade %a"er o exercício lento.
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G preciso buscar em primeiro lu#ar a 8'ualidade8 d a vo", Hamais 8orç+la8 a trabal-ar e estar sempre relaxado ao cantar. ! caixa de um instrumento, não se contrai 'uando to ca. O corpo deve estar solto e livre. ortanto deve+se evitar a tensão muscular $studar música, ter boa leitura musical, saber soleHar, deve preceder ao estudo do canto + 'uando possível.
&e voc? tem uma vo" pesada, trabal-e bem com sons picados, estacados e com exercícios de a#ilidade. &e tiveres vo" leve, trabal-e com li#ados e sons mantidos. !o primeiro sintoma de um resriado, tome laranHada, limonada, vitamina e repousar. $vite as tosses inúteis.
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&e tiver necessidade de tossir, irme os lbios, respire calmamente e en#ula saliva. Cante sempre pensando numa lin-a reta para não muda r de 8cor8 a vo". 9ão durma com Hanela aberta, a não ser 'ue tens certe"a de do rmir com a boca ec-ada. Os cantores não devem umar.
Livro: &? Canto A@aionante Autor: Nel$on 5atia$ Editora: VitaleBB.N RELA'A5ENTO COR)ORAL 4. o corpo: de p%, pernas aastadas dois palmos, braços ao lon#o do corpo #irar o tronco para es'uerda e direita, lentamente, os braç os acompan-ando o movimento, a cabeça e o ol-ar tamb%m o calcan-ar direito levanta+se levemente e o Hoel-o direito dobra um pouco 'uando o tronco #ira para a es'uerda, e vice+versa. 2uração: at% sentir o corpo relaxado. B. Ombros: de p%, pernas unidas, #irar os ombros para trsl#umas ve"es e depois para rente, com os braços pendentes e articulando bem, lentamente. 2uração: at% relaxar. 5. !assagem: com as pontas dos dedos, massa#ear suavemente a re#ião do pescoço, rosto e couro cabeludo.
ALON%A5ENTO COR)ORAL
4. o corpo: de p%, pernas unidas, braços ao lon#o, iniciar uma inspiração pelo nari", lentamente, ao mesmo tempo em 'ue eleva os calcan-ares e os braços ( lateralmente ) . !o indar a inspiração, as mãos devem estar uni das e os braços esticados para cima, os calcan-ares elevados ao mximo. =eito isto, prende+se a respiração por 5 se#undos e se solta o ar suavemente pela boca, em sopro, ao mesmo tempo em 'ue descem os braços e calcan-ares. B. esco#o : de p% ou sentado, braços levantados lateralmente na altura dos ombros, e mãos no peito iniciar uma inspiração pelo nari" le ntamente, ao mesmo tempo em 'ue se estica o pescoço @ rente, at% encostar o 'u eixo no peito prender o ar 5 3T
se#undos e voltar @ posição inicial, soltando o ar suavemente em sopro e esticando o pescoço. 5. $iro da %abe#a : suavemente, #irar a cabeça para direita e es'uerd a, depois tombando+a para ambos os lados, para rente e para trs, e produ"ir o #iro completo, executando cada posição 'uatro ou cinco ve"es, sent indo o alon#amento da musculatura do pescoço. 3. &osto: inspirar e, com a boca ec-ada, produ"indo um som em 8m8, movimentar lenta e lar#amente os músculos da ace, como se estivesse masti#ando.
A;&ECI5ENTO VOCAL: 4. !otorzin'o: inspirar e soltar o ar produ"indo um som #utural, como um motor, retraindo o abdmen, abrindo bem a boca. B. (avio: soprar inlando as boc-ec-as com um som muito suave. 5. )a*orada: inspirar e soltar o ar como uma baorada, lentamente, como um 8!8 sussurrado, at% o ar acabar. /etrair o abdmen deva#ar e relaxar a #ar#anta. 3. +íngua: inspirar e produ"ir uma vibração com os lbios, em 8/8, soltando o ar e sentindo a vibração da lín#ua no c%u da boca, sempr e retraindo o abdmen deva#ar, controlando o ar. ;. +,bios: inspirar e produ"ir uma vibração com os lbios, em 8I/8, at% o ar acabar, trabal-ando abdmen. R. &essonncia : inspirar e produ"ir som de 82<8 Ou D
A;&ECI5ENTO LAR(N%EO !tenção especial deve ser dada @ larin#e, pois ela um dos mais importantes e delicados aparel-os do nosso sistema vocal. G de ex trema importAncia 'ue voc? possa sentir como ela est. ara a"er isso utili"e sua própria mão movimentando sua larin#e suavemente para os lados, para cima e para baixo. Os exercícios a seguir *oram retirados da apostila de canto popular da /!)-/S%O+A / !0S1%A / )&AS1+2A e *oram elaborados pela pro*.: 3aléria 4la56 78896 7edi#;o.<
4. IoceHo mudo + t%cnica de boceHar sem som, impedindo a ponta da lín#ua de recuar, como ela aria naturalmente. B. &ustin-o V tra#ar o ar muito suavemente com um pou' uin-o de som.
5. =lexão vocal V abrir e ec-ar a #ar#anta (movendo a s pre#as vocais) muito suavemente sem respirar. 3. 9avio + soprar inlando as boc-ec-as com um som muito suave. ;. Careta V esticar a lín#ua para ora da boca, com o rça, depois relaxe. R. 0bios de eixe V movimentar relaxadamente o orbiculares dos lbios, a"endo uma articulação exa#erada das vo#ais F!* F!*, sem som. 3Q
T. Careta com 0bios de eixe (masti#ando) V a"er os últimos dois movimentos ( ou seHa, usar a lín#ua e os orbiculares) simultaneamente en'uanto se conta, em vo" suave, at% 47.
I?@ortante Dodos os exercícios devem ser executados com muita atenção @ respiração e o uso do diara#ma, controlando o ar expirado, sem orçar a #ar#anta. !l%m desses exercícios, o a'uecimento com vocali"es, trabal-ando vo#ais e consoantes com boa articulação, em escalas, tríades ou t%trades, tamb%m devem ser eitos ao menos uma -ora antes de cantar, por vinte minutos, no mínimoU. (9ota: aleria WlaX) ARTIC&LA*+O or 3anda Oiticica !prender a cantar não % só procurar um belo timbre, desenvolver a extensão, a a#ilidade, a acilidade vocal, % tamb%m ser compreendido por 'uem nos escuta. 2o ponto de vista da on%tica, articular alando ou cantando são duas realidades muito dierentes. (...) !rticular bem não %, no entanto, exa#erar nem deormar os movimentos articulatórios: abertura excessiva da boca, tato no #rave 'uanto no m%dio, ou abertura exa#erada em altura e sobre todas as silabas, entre outras coisas. !o contrario do 'ue se pensa o 'ue permite a identiicação da articulação, % a precisão dos movimentos. Cada vo#al ou consoante tem um mecanismo lin#uo+ palatal deinido 'ue tem uma repercussão sobre as atitudes dos ór#ãos supra+ #lóticos. $sta ação repercussora determina, tamb%m, a posição da larin#e, a orma e a tensão das cordas vocais. Cada letra tem um valor acústico e on%tico 'ue a identiica.
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58SC&LOS DA "ACE or 3anda Oiticica Músculo 'ue c-amamos no seu conHunto de movimentos solidrios e simutaneos:Uo traço acialU $sses movimentos, devido @s contraç>es musculares s ão pressentidos interiormente e não produ"em nen-uma careta. $n'uanto as estrias dos músculos do nari" e do palato são diri#idas no sentido da altura, as estrias do traço acial conver#em para os lbios e os cantos das narinas. (ação dos músculos "X#omticos)
!=sculos z5gom,ticos >onte: ? !OO&/6 4eit'. Anatomia orientada para clínica. 9@ ed. 788. /ditora $uanabara 4oogan. g. BCD.
Fma experi?ncia muito le#al para conscienti"ar a ação desses músculos % colocar os dedos, bem relaxados, entre o lbio superior e a #en#iva,de cada lado, sobre os caninos, e pronunciar as cinco vo#ais, começando por F, O, *, $, !, sem a interer?ncia do maxilar inerior ( nem mesmo na vo#al D!U. de preer?ncia com a boca 'uase ec-ada. 9uma boa articulação, os músculos, ao se contraíre m em direção ao c entro do lbio superior, empurram os dedos, Huntando+os mais nas vo#ais
Livro: O #aF da técnica vocal Autora: Vanda Oiticica Editora: 5u$i?ed, 1/, 7ra$-lia, @FGH: 1
;7
Tes articulatórias % indispensvel, mas certamente não est excluído avorecer mudanças ao colorido expressivo da vo" para responder @s exi#?ncias da interpretação. $ste papel % destinado, principalmente, @s pe'uenas modiicaç>es do volume das cavidades supra+larín#eas e aos movimentos dos lbios. G atrav%s de uma prudente reunião das ressonAncias, 'ue a vo", H ormada no nível dos lbios, se tornar mais redonda, mais clara, mais timbrada, mais bril-ante, acrescentando ou suprimindo certos -armnicos, ou seHa, a#indo sobre certas "onas de ressonAncia. Com a aHuda destas modiicaç>es, todos os coloridos acústicos são possíveis sem 'ue para isto seHa necessrio mudar de t%cnica. isto 'ue no canto devemos recorrer, constantemente, @s descriç>es ima#inrias, @s sensaç>es subHetivas, criadoras de sensaç>es intern as e de coordenaç>es musculares visto 'ue a representação mental do som, assim como a imi tação t?m conse'?ncias indiretas sobre a resolução de certas diiculdades, como as d a articulação na vo" cantada ou as da locali"ação das sensaç>es vibratórias, podemos trat ar de resolv?+las mais acilmente se as representarmos em dois planos dierentes 'ue se superp>em, separados por uma lin-a ima#inria( i#ura abaixo).
"iGura A Lina i?aGinFriaH ;4
rimeiro plano situada na cavidade bucal, l onde es locali"am os movimentos da articulação (lín#ua, v%u palatino, lbios). &e#undo plano, no nível das cavidades de ressonAnci a, onde se sente o tremor vibratório, locali"ado muito em cima, acima do v%u palatino. $sta representação mental tem por resultado uma vo" clara e redonda. ! clare"a corresponde @ ri'ue"a do timbre, a redonde"a ao volume das cavidades de ressonAncia. !o contrrio, 'uando a vo" se situa no baixo+arin#e ou na cavidade bucal, alta+l-e clare"a e bril-o. alta dos -armnicos a#udos 'ue enri'uecem o timbre. !s vo#ais são pouco dierencia das, a articulação das consoantes % relaxada e o texto torna+se incompreensível (i#ura BB). or outro lado, % atrav%s da execução precisa dos movimentos articulatórios 'ue se modiica, indiretamente, a'ueles necessrios @ onação, isto 'uer di"er, a posição da larin#e, o modo de vibração das cordas vocais, os movimentos do v%u palatino aos 'uais podemos acrescentar ou suprimir certos -armnicos para obte rmos o Ho#o acústico próprio de cada vo#al. Condição essencial esta ao recon-ecimento do s textos cantados, assim como a 'ualidade das sonoridades. !inda, uma boa articulaç ão acrescenta muito @ expressão e ao alcance da vo".
;B
E'ERC(CIOS DE ARTIC&LA*+O DAS CONSOANTES ! utili"ação das consoantes nasais permite manter v o#ais e consoantes sobre o mesmo plano de ressonAncia, portanto, une bem os sons entre si e acilita a colocação em posição onatória. ara o #rave e o m%dio, % preerível usar as consoantes na se#uinte ordem: n-, n, m, indo+se do #rave ao a#udo e inversamente.
&e ao subir de meio em meio tom, o volume das cavidades de ressonAncia não est suicientemente ampliado, devemos usar a letra DlU sem colocar a ponta da lín#ua no lu#ar -abitual, mas apoiando+a de dois a tr?s centímetrospara trs no palato (i#ura BQ).
=i#ura BQ + a) osição normal da lín#ua para a letr a D0U b) 0ín#ua voltada, voluntariamente, na direção do v%u palatino a im de provocar o aastamento dos maxilares e dos pilares. $sta posição tem como conse'?ncia o alar#amento da arin#e, a subida do v%u palatino, o aastamento dos pilares e dos maxilares, ao nível onde eles se articulam. ! ponta da lín#ua retoma seu lu#ar no momento da emissão da vo#al.
$m se#uida, ser necessrio misturar as vo#ais e consoantes numa ordem 'ual'uer. 9o inal das rases, a terminação de um som nasal i ntrodu" um novo colorido e acilita o inal deste som, especialmente em al#umas lín#uas. 2a mesma maneira para as consoantes duplas. $xemplo: mensc-en, meinen, sordern, darum, losen, em alemão ou mel-or ainda em italiano ;5
momento, montamento, 'uando accende, sento un aetto ... etc. !ssim pois, no interior das rases, a união dos sons entre si % acilitada por certas consoantes, particularmente pelas nasais e pelas consoantes sonoras. -
9o canto, a continuidade % asse#urada pelo prolon#amento das vo#ais e pela maior duração das consoantes em relação @ lin#ua#em alada. Jeral mente sua preparação % mais irme, mas 'uando a lín#ua se separa do ponto de apoio, ou 'uando os lbios se abrem, os movimentos são mais nítidos, mais precisos. 9a rapide", eles s ão mais breves, mas i#ualmente irmes.
E'ERC(CIOS DE ARTIC&LA*+O DAS VO%AIS 9os exercícios 'ue se se#uem, podemos conceber vrias s%ries de vo#ais reunidas conorme as diiculdades de cada pessoa. 2e todo modo as vo#ais devem ser a#rupadas levando+se em conta seu parentesco acústico, seu comportamento interno, 'ue se concreti"am por modiicaç>es extremamente inas do conHunto dos ór# ãos vocais assim como da pressão expiratória, tanto para as notas sustentadas, como para a estabilidade e -omo#eneidade do som (i#ura BT).
9o momento da mudança de vo#ais, se tivermos encont rado, um bom lu#ar de ressonAncia, é preciso #uard+la. G uma ima#em irreal mas 'ue incita a irme"a do som. ;3
or exemplo, se a irme"a da musculatura % bem sentida sobre as vo#ais i ou e, devemos tratar de mant?+la sobre as vo#ais mais abertas com a ou e, isto %, mais relaxadas. G um procedimento de acilitação. O inverso % verdadeiro . ! pressão deve ser re#ulada desde o início e mantid a re#ularmente. 9estes exercícios, durante a subida dos sons, - tamb%m uma pro#ressãono alar#amento da arin#e, uma subida do lu#ar de ressonAncia e um aumento da pres são.
$sta ordem não % imutvel. Suando a se#unda vo#al %mais propícia pode+se, tamb%m, tom+la como ponto de partida para o exercício subse'ente. $stas misturas variadas, esta pes'uisa constante da usão das vo#ais, não tem outro obHetivo senão de dar+l-es o mesmo timbre. !ssim, se a vo" t ende a ser obscurecida, en#rossada, ser interessante usar de preer?ncia as vo#ais ?, i, u*sto. exi#ir uma maior tonicidade das cavidades de ressonAncia, uma ascensão da larin#e a ssim como da "ona de ressonAncia e um aumento dos -armnicos a#udos. !o contrrio, se a vo" % muito clara, muito para a rente, ser preciso arredondar as sonoridades acrescentando+se -armnicos #raves. *sto %, escol-er as vo#ais u, o a ... $stes expedientes modiicam indiretamente os componentes acústicos dos sons, 'ue dependem da acomodação das cavidades supr a+ larín#eas ao som emitido pela larin#e. uma diiculdade comumente evocada pelos cantores 'ue % a do +e+ mudo, muito re'ente em ranc?s, principalmente no inal das rases. 9o interior dos #rupos de sílabas, % preciso manter o som numa orma tão tnica como a ' ue precedeu ou a 'ue se se#ue. 9o inal de rases, % tamb%m com a aHuda da irme"a davo#al ou da consoante 'ue o precede e sustentando+se a pressão 'ue poderemos manter uma b oa "ona de ressonAncia.
Livro: Técnica da Voz Cantada Autora: Claire Dinville Editora ENELIVROS, Rio de Janeiro, 1! Traduzido do "ranc#$
;;
RE%ISTROS VOCAIS or $. $mbora al#uns cientistas vocais preiram denominar re#istros e sub+re#istros, trataremos a'ui de tr?s re#istros vocais. &ão eles: &/$1SE&O !OA+6 )ASA+ / /+/3AO. ara al#uns teóricos no re#istro modal - os sub+re#istros de peito e de cabeça. !'ui trataremos a vo" de cabeça no re#istro elevado. 9ele, no re#is tro elevado, a vo" de cabeça seria o 'ue erroneamente, c-amamos de alsete, pressupondo uma vo" alsa, mas sabemos 'ue não - vo" alsa.
1H RE%ISTRO 5ODAL 9ele a larin#e est numa posição baixa e as pre#as vocais vibram mais lentamente a"endo vibrar os ossos do tórax, daí o termo O< 2$ $*O. G nossa vo" natural. !'uela 'ue utili"amos na ala. /H RE%ISTRO 7ASAL !ssemel-a+se a um ran#er de porta abrindo. 9ão tem utilidade no canto. ode ser usado como indicador de musculatura relaxada. G apelidado de rai (lX). !H RE%ISTRO ELEVADO em por característica a elevação da larin#e e por vibraç>es mais rpidas das pre#as vocais. &e#undo Claire 2inville, ele se caracteri"a, tamb%m 6Fpor uma energia transmitida sob *orma de sensa#Ges vibratHrias nas cavidades buco-* aringo-nasais6 ou seIa na caixa craniana.”
;R
ERROS DE T
!s causas 'ue levam aos erros de t%cnica são extremamente variadas. 2ependendo das pessoas, elas podem alterar, mais ou menos #ravemente, as características do timbre, assim como os ór#ãos vocais, e modiicar o #esto respiratório.
A$ @rinci@ai$ cau$a$ $Ko: ! alta das noç>es elementares das leis 'ue re#ulam a unção respiratória e vocal. 2aí adv?m os erros de t%cnica 'ue culminam nas anomalias importantes do #esto vocal. Os m%todos empíricos baseados sobre uma experi?nciapessoal ou na pes'uisa de um timbre particular, imposto por um proessor de canto e 'ue não corresponde @ vo" natural do cantor, nem a sua conormação, nem @s suas possibilidades. ! classiicação prematura, o erro de classiicação ou a desclassiicação voluntria, ra">es estas 'ue maltratam a vo", 'ue a cansam excessivamente ou a deterioram. O uso da vo" proissional antes 'ue a t%cnica esteHa corretamente assimilada ou 'ue a interpretação dos pap%is não corresponda @s possibi lidades do cantor. ! prtica do canto coral, amador ou proissional o 'ue avorece o maltrato e o cansaço excessivo, principalmente se a pessoa est usando sua vo" numaclassiicação errada. O maltrato vocal, trata+se de uma intoxicação lenta e pro#ressiva 'ue se instala insidiosamente e interv%m após um excesso de trabal-o. $ncontra+se isto, particularmente na'ueles 'ue procuram um -ipertimbre. 9o início não - lesão, mas as alteraç>es das cordas vocais aparecem depressa e aumentam com o tempo. Concomitantemente, - -ipersecreção e pi#arros e as cordas vocais tornam+se rosadas, depois vermel-as e deormadas. $stas perturbaç>es aparecem, #eralmente, nos cantores 'ue não se preocupam com a respiração, ou 'uando esta se encontra mal+adaptada. amb%m na'ueles 'ue recebem orientaç>es errneas, nos 'ue são mal eYou prematuramente class iicados. $nim, 'uando - uma m -i#iene vocal e #eral. ! adi#a vocal excessiva % a conse'?ncia de esorços prolon#ados tais como: notas sustentadas muito tempo, abuso de notas a#udas, ou trabal-ar a vo" 'uando - rou'uidão. !s cordas vocais icam vermel-as assim como os ór#ã os vi"in-os. !s modiicaç>es da orma das cordas vocais e de sua tensão aparecem lo #o depois. anto para o maltrato como para a adi#a excessiva, a musculatura perde sua a#ilidade e sua resist?ncia. &e#ue+se uma diminuição do rendimento vocal, assim como modiica ç>es
das particularidades acústicas do timbre 'ue podem ir da vo" velada @ mais discreta c -e#ando @ rou'uidão persistente e @s deormaç>es das cordas vocais, portanto a uma incoo rdenação entre o trabal-o dos ór#ãos vocais e respiratórios. $stas dierentes causas ter ão repercuss>es sobre a respiração, seHa por 'ue a maneira imposta de respirar não % isioló#ica , seHa por 'ue o cantor tem diiculdades próprias. $is a'ui as mais importantes causas destas diiculdades. ! respiração invertida. O ar % tomado na parte superior do tórax e determina esor ços no nível dos ombros, do pescoço e dos músculos larín#eos. 2urante a onação, o ventre se contrai, se imobili"a, % o blo'ueio ;T
diara#mtico, o 'ue torna impossível os movimentosnaturais deste músculo. ! vo" % spera por alta de a#ilidade da musculatura respiratória. Os movimentos respiratórios exa#erados são acompan- ados por uma capacidade respiratória muito #rande, por uma dilatação exa#erada dos alv%olos pulmonares, podendo provocar o enisema e a"endo com 'ue a vo" se eleve muito. Com re'?ncia ao emitir notas a#udas, o cantor eleva toda a parte superior da caixa torcica e inspira o mximo de ar. $le conunde capacidade e pressão. ! ri#ide" muscular tem como conse'?ncia uma capacidade insuiciente e impossibilita a adaptação do #esto respiratório ao da emissão, devi do @ aus?ncia do Ho#o diara#mtico. ! respiração costal+superior nos dois tempos da res piração. &omente a parte superior da caixa torcica mexe. $ste modo de respirar tem comoconse'?ncia uma -ipertonia da musculatura abdominal, 'ue nos momentos de orte intensidade ou no extremo a#udo % obri#ada a um acr%scimo de trabal-o. ! abertura exa#erada das costelas sobre as 'uais o cantor toma apoio. *sto limita a possibilidade de movimento da cinta abdominal bem como sua a#ilidade Os movimentos da parede abdominal são muito exa#era dos e são eitos em detrimento da abertura lateral das costelas e do trabal-o da musculatura dorso+ lombar. Ou encontramos contração, somente no nível da cavidade epi#strica, por alta de tonicidade do #rande reto, ou a parte superior deste músculo % empurrada paraa rente no momento da onação. O trabal-o do #rande reto % mal compreendido. !o inv%s de relaxar na inspiração, ao mesmo tempo 'ue a parede do abdmen, ele se contrai e % empurrada para a rente, o 'ue limita os movimentos abdominais. ! alta de tonicidade da cinta abdominal 'ue não po de, desta orma, desempen-ar seu papel de sustentação. ! vo" % velada e l-e alta intensidade. ! inspiração % normal, mas o ventre % empurrado para a rente durante o canto. Os movimentos inspiratórios são desproporcionais e não estão relacionados com a 'uantidade de ar inspirado. 9este caso, a capacidade pode ser insuiciente ou exa#erada. 9a maioria dos casos, as impereiç>es do #esto resp iratório impedem ou limitam a subida do diara#ma. 2ecorrem disto, esorços de compensação, especialmente no pescoço, nos ór#ãos larín#eos e peri+larín#eos. =ica diícil re#ular e sustentar a respiração em unção das exi#?ncias da música, o 'ue leva mais ou menos rapidamente aos problemas de emissão devidos a um trabal-o mal distribuído, excessivo ou insuiciente, conorme cada caso. ! larin#e ica preHudicada nos seus movimentos naturais, a arin#e modiica seu volume, as cordas vocais coaptam
demais ou de modo insuiciente, daí se se#uem as alteraç>es do timbre, as modiicaç>es da duração, da intensidade e da altura tonal. 9o 'ue di" respeito @ articulação, as diiculdades observadas, #eralmente decorrem de orientaç>es errneas, por descon-ecimento das re#ra s da on%tica, de emiss>es 'ue utili"am atitudes anormais determinando uma ri#ide" muscular, ou pela alta de tonicidade.
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G preciso impedir: a abertura da boca em altura na maioria das sílabas (o 'ue abaa a vo" e deorma a articulação), a posição transversal exa#e rada dos lbios, de modo pouco est%tico e pouco -abitual. $, ainda, evitar a ri#ide" da mandíbula, a expressão crispada do rosto, os movimentos inexatos da lín#ua e o tremor a 'ue ela % submetida nos a#udos, @s ve"es mesmo em toda a extensão vocal. $ste deeito muito diundido, indica uma sonoridade 'ue não encontrou seu lu#ar, 'ue mexe com cavidades mal +adaptadas ao som da larin#e e, sobretudo, a um sopro mal direcionado ou, ainda, a um excesso de pressão. *sto começa com um tremor re#ular associado a um vibrato exa#erado 'ue pode levar @ vo" caprina. =re'entemente ressaltamos ao lon#o deste trabal-o, + dada sua interação com os ór#ãos circunvi"in-os +, a importAncia dos movimentos arti culatórios, pois % por seu interm%dio 'ue as sonoridades vocais são criadas e 'ue certos prob lemas de timbre podem ser corri#idos. Éevidente 'ue todo cantor, 'ue deseHe ser compreen dido, deveria respeitar certos princípios. &e os
oradores cometessem os mesmos erros, utili"assem as mesmas deormaç>es da articulação 'ue observamos em al#uns cantores, eles tamb%m não seriam compreendidos. !l#umas pessoas ar#umentarão 'ue a vo" cantada exi# e movimentos e tens>es mais desenvolvidas 'ue a vo" alada. Mas, H 'ue existemcantores dotados de uma vo" poderosa cuHo texto % percebido inteiramente e atravessa a ribalta, por 'ue não deveria ser i#ual para os outrosN G normal escutar certos cantores e não s aber em 'ue idioma eles cantamN
emos 'ue observar atentamente as posiç>es da larin #e, locali"ada muito em cima ou muito embaixo em relação @ altura tonal. 9estas condiç>es % cil ima#inar o esorço pedido @ toda a musculatura circunvi"in-a para impedir a larin#e de executar os movimentos de ascenso ou descenso e o incmodo imposto @ articulação. ! posição muito baixa da larin#e pode ser conse'?n cia de uma m+adaptação do boceHo. $ste procedimento pode ser utili"ado, pois boceHar nos permite tomar consci?ncia de 'ue os pilares, o v%u palatino, assim como a parede arín#ea estão em tensão muscular e provocam o alar#amento transversal das cavidades de ressonAn cia. $le não % ineica" nem peri#oso, desde 'ue se leve em conta 'ue boceHar exi#e uma enorme tensão da musculatura, a ponde de provocar, simultaneamente, um recuo da lín#ua em direção @ -ipo+arin#e o 'ue imp>e o abaixamento da larin#e e impede os movimentos destes dois ór#ãos (i#ura 57). odemos pensar no boceHo 'uando se trata da musculatura velo+arín#ea, isto pode ser útil em al#uns casos, desde 'ue isto não impeça a mobilidade da lí n#ua e da larin#e. . odemos observar cantores cuHa larin#e est sempreposicionada muito em cima e desta orma - alta de lexibilidade. 9esta atitude excessiva, a base da lín#ua se eleva e se contrai exa#eradamente contra o v%u palatino, o 'ue diminuio volume da cavidade arín#ea. $stas duas posiç>es extremas são muito usadas como base da t%cnica do canto. $las são anti+isioló#icas, por 'ue imp>em ao mesmo tempo uma coa ptação excessiva das
cordas vocais, uma modiicação do timbre, uma pressão expiratória intensiicada demais, assim como uma m união arin#o+larín#ea.
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NO ;&E DI RES)EITO M E5ISS+O VOCAL, DEVE5OS A7OLIR T&DO A;&ILO ;&E INCO5ODAR9 O& I5)EDIR9 A ACO5ODA*+O DAS CAVIDADES CAVIDADES S&)RALAR(N%EAS AO SO5 E5ITIDO )ELA LARIN%E:
7u$car u? ti?re e$@ec-ico, ?uito claro ou ?uito $o?rio, o exa#ero das ressonAncias #uturais, palatais, arín#eas e nasais, indica sempre, uma p%ssima distribuição das "onas de ressonAncia. O e$oro @ara colocar a voz na rente , mesmo nos momentos de #rande pot?ncia + o 'ue incita a empurrar + 'uando todos os enmenos acústicos são experimentados no interior dos ór#ãos. ! voz na ?F$cara ou $ore o$ lFi.o$ abuso de certos apoios 'ue representam esorços excessivos. Cantar ?uito alto ou aio de?ai$ , muito #rave ou muito a#udo em relação @s possibilidades possibilidades naturais. *nsistir *nsistir demais sobre notas a#udas a#udas ou em passa#ens passa#ens extensas.
Inclinar a caea @ara rente, o 'ue impede os movimentos larín#eos e indicam a pes'uisa da vo" na parte anterior da cabeça. O =Gol@e de Glote> ou tomada da nota por baixo 'ue resulta da alta de sincroni"ação entre a pressão sub+#lótica e a postura das cavidades arin #o+ larín#eas. reina?ento vocal $e?@re na ?e$?a voGalH
Au$o da voz de caea 'ue, não sustentada pode levar @ vo" de alsete. &$o au$ivo do @orta?ento o 'ue indica a alta de siner#ia entre os ór#ãos v ocais e respiratórios. Toda$ e$ta$ @e$Pui$a$ @e$ Pui$a$ ou au$o$ do Ge$to vocal vKo vK o deter?inar, deter?inar, @rinci@al?ente, u? co?@orta?ento de e$oro Pue terF con$ePQ#ncia $ore o ti?re da vozH SerKo alterae$ tai$ co?o:
! vo" estridente, 'ue % o resultado de uma vo" clara demais, exa#eradamente bril-ante e locali"ada na rente. O cantor orça sua larin#e 'u e est muito no alto. &uas cordas vocais coaptam ortemente, a lín#ua contraída recua em direção ao v%u palatino, este último participando tamb%m do esorço. Os ressonadores estão contraídos e seu volume diminuído. ouco a pouco sur#em as diiculdades nas notas #raves, mas principalmente nas a#udas, assim como nos sons li#ados e nos sons ppp. ! vo" obscurecida % uma vo" 'ue comporta muitos -armnicos #raves. ! larin#e se ec-a mal, alta irme"a aos ressonadores assim como para os ór#ãos articulatórios. 2esta orma, a
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vo" não c-e#a aos ressonadores e não tem c-ance. O #asto de ar % excessivo, a articulação % indierenciada, incompreensível, - alta de clare" na articulação das vo#ais e consoantes. ! vo" #utural nela a respiração % rí#ida e ornece um excesso de pressão. ! arin#e est contraída na sua totalidade. ! lín#ua apoiada atrsatrapal-a os movimentos naturais da articulação, assim como os da larin#e. ! rou'uidão passa#eira. &e após meia -ora de canto, a vo" alada enrou'uecer, isto indica uma classiicação errnea, cansaço vocal devido aos esorços vocais, maltrato por ter cantado en'uanto Hovem demais ou durante muito tempo se#uido, uma t%cnica mal assimilada ou, ainda, 'uando o cantor canta partes muito diíceis para ele. ! vo" velada pode ser um problema passa#eiro ou permanente. G o resultado do uncionamento deeituoso dos ór#ãos vocais e respir atórios 'ue podem levar @ uma alta de tensão das cordas vocais. G uma vo" despoHada de -a rmnicos a#udos. ! vo" branca, raca, sem timbre, indicando não some nte uma pressão expiratória insuiciente, mas tamb%m uma alta de tonicidade da cavidade arin#o+larín#ea. ! lín#ua ac-atada e mole obri#a a larin#e @ uma posição muit o baixa. =alta de -omo#eneidade na vo". &e caracteri"a por "onas destimbradas. !s vo#ais claras são estridentes, as abertas estão en#rossadas e as nasa is nasali"adas demais. !inda se constata a exist?ncia de passa#ens, de al-as na vo", das íias e diiculdades para os sons li#ados e semi+tons. ! vo" caprina % sempre o resultado, mais ou menos rpido, de uma emissão orçada, uma respiração mal dosada, um mal direcionamento do sop ro, ou seHa, uma t%cnica deeituosa. $la acontece num dado momento 'uando o cantor não c onse#ue mais manter o esorço. O resultado % uma esp%cie de tremor muscular 'ue se ropa#a a todos os ór#ãos, movimentos convulsivos da mandíbula, da lín#ua, do 'ueixo, da úvula, perceptíveis @ visão e @ audição. uma variação de altura e intensidade. ! diminuição da intensidade, as diiculdades com os semi+tons, com os sons li#ados, a duração insuiciente do sopro, a alta de -omo#enei dade, a evid?ncia das passa#ens, dos re#istros. !s diiculdades sur#em pouco a pouco, imperceptivelmente e após um período 'ue parece normal, se#uido de uma ase de diiculdades crescentes, 'uando aparecem as alteraç>es ou as les>es das cordas vocais. Os sinais 'ue permitirão distin#uir estas anomalias variadas são os 'ue o proessor de canto escuta e v?.
A O$ @role?a$ de ti?re $Ko tKo nu?ero$o$ Pue é @reci$o tentar deinir a$ $ua$ cau$a$H E$tKo entre ela$: a ormação com esorço: ór#ãos contraídos, ri#ide" #enerali"ada, pescoço entumecido, veias salientes e menos re'entemente a alta de tonicid ade. R4
a posição anormal da boca, da lín#ua, a articulação apertada, a mandíbula contraída e o rosto crispado. elevação ou abaixamento excessivo da larin#e. a m acomodação das cavidades supra+larín#eas ao som da larin#e. a respiração mal+eita e mal+utili"ada.
7 O$ @role?a$ do$ Puai$ o cantor $e Pueia: Cansaço vocal, sensação de tensão interna excessiva , mal locali"ada na arin#e, sensação de comic-ão, de ardor ou de secura da #aranta, a vonta de de pi#arrear e mucosidades.
2or unilateral, incmodo para de#lutir e crispaç>es
de um lado.
C "inal?ente, aPuilo Pue o LarinGoloGi$ta con$tata: O exame da larin#e mostra problemas con#estivos, após a repetição destes traumatismos larín#eos 'ue correspondem a erros de t%cnica. *nicialmente, as cordas vocais se apresentam túr#idas depois elas se tornam rosadas e lo#o a se#uir vermel-as. ! -iperemia passa#eira da mucosa desaparece após al#umas -oras de descanso. $ la indica um desacordo entre o ór#ão vibrador + a larin#e, e o ór#ão ressonador + as cav idades supra+larín#eas. $stas incoordenaç>es motoras, 'ue repercutem desavoravel mente na emissão vocal, obri#am as cordas vocais a um trabal-o de supl?ncia secundrio.2uas disodias importantes aetam os cantores de modo particular. &ão elas: a monocordit e e a -emorra#ia sub+mucosa. ! primeira #eralmente aparece após os esorços vocais prolon#ados: cantar numa tessitura a#uda demais, ou com uma intensidade exa#erada, ou trabal-ar muito tempo as notas do extremo a#udo, em suma, trabal-ar em excesso. ! -emorra#ia sub+mucosa aparece bruscamente, com tend?ncia a reaparecer depois de um esorço violento: notas a#udas orçadas, sustentadas durante muito tempo etc. Fma das cordas torna+se vermel-a e a vo" desaparece subitamente. !pós um repouso orçado, es tas disodias re#ridem, mas voltam se as causas não são suprimidas. Fm problema re'ente nos cantores % o nódulo ou nódulos de uma ou das duas cordas vocais. *ncontestavelmente este % o sinal de uma t%cnica errnea e de esorços contínuos. Como conse'?ncia das deormaç>es, elas apresentam duas endas #lóticas. 2isto decorre um escape de ar 'ue o canto r trata de compensar Huntando+as ortemente, senão a vo" ica velada. !inda como con se'?ncia dos esorços vocais ou do cansaço excessivo, podem ocorrer deormaç>es das co rdas vocais 'ue inluirão no ec-amento #lótico. Fma das cordas ou as duas estão -ipotnicas, ou não coaptam na parte posterior. $las estão lcidas e lutuantes. O movimento vibratório ica alterado e sua amplitude diminuída. ! vo" % velada
%ENERALIDADES 2adas as conse'?ncias 'ue podem intervir sobre as cordas vocais, portanto sobre o rendimento vocal, % normal 'ue os cantores seHam inormados 'ue, como os oradores, eles estão @ merc? das perturbaç>es uncionais ou or#Ani cas. articularmente os esorços impostos aos ór#ãos da respiração ou da onação pod em, com o passar do tempo, ou bruscamente, ocasionar problemas or#Anicos. 2o mesm o modo as les>es ou inlamaç>es podem de#enerar em problemas uncionais, 'ue repercutem um sobre o outro e se mant%m mutuamente. rata+se inalmente de um círculo vicioso do 'ual só se pode sair tentando+se a
RB
lesão ou as inlamaç>es bem como cuidando de reesta belecer uma emissão isioló#ica ade'uada, eliminando rapidamente os problemas causados. É preciso assinalar, tamb%m, 'ue todo trabal-o excessivo, toda emissão ou respiração
mal reali"ada, implica não somente na diminuição das po ssibilidades vocais, mas tamb%m provoca a -ipersecreção, isto %, muco, 'ue neste caso não desaparece apenas com tratamento local, mas sim pela a'uisição de uma t%cnica ade'uada. Os cantores devem suspeitar de todas as inecç>es d os ór#ãos supra+larín#eos (rinite, sinusite, arin#ite etc) mesmo temporrias, 'ue criam mucosidades 'ue irão descer para a larin#e e inect+la, assim como as obstruç>es ou desvios importantes das ossas nasais. ortanto tudo a'uilo 'ue possa atrapal-ar a respiração e a distribuição das "onas de ressonAncia. odas as condiç>es 'ue modiicam as ca racterísticas acústicas do som, determinam as diiculdades vocais e incitam ao esorço. $sses enmenos con#estivos da arin#e e da larin#e devem ser tratados, por'ue eles podem tornar+se crnicos, provocar tosse e pi#arros traum ati"ando, desta orma, as cordas vocais. $sses estados con#estivos podem provir dos brn'uio s ou dos pulm>es e provocar mucosidades. $stas podem, tamb%m, provir do tubo di#estivo. /ealmente, todas as alteraç>es deste ór#ão ou dos intestinos (úlceras, colite etc) podem levar a diiculdades vocais por via relexa. /eaç>es vaso+motoras no nív el das vias respiratórias a%ro+di#estivas podem aparecer, assim como mucosidades criam um terreno avorvel @s les>es inlamatórias. !l%m disso existir tamb%m uma perturbação respiratória. 2ada a -ipersensibilidade da musculatura abdominal, esta ica impedida de desempen-ar seu papel de sustentação o 'ue redu" os movimentos do diara# ma. ro#ressivamente, a vo" torna+se -ipotnica e perde seu timbre, sua pot?ncia e seu alcance. $nim % importante mencionar o 'ue parece incompatível com a carreira lírica: !s disarmonias importantes 'ue não podem ser compen sadas pela t%cnica e 'ue obri#am a compensaç>es desproporcionais e raras, as 'uais vão repercutir sobre a 'ualidade e a acilidade da vo", sobre sua extensão e desta orma comprometer a carreira do cantor. odas as doenças pulmonares e cardíacas susceptívei s de criar diiculdades respiratórias, uma alta de desenvolvimento torcico, uma -ipotonia,a onastenia, um nervosismo excessivo, um dese'uilíbrio psicoló#ico, a saúde ou ór#ãosvocais r#eis, distúrbios di#estivos, relaxamento excessivo da musculatura abdominal, obesidade, uma eventração, asma ou enisema. !s cantoras devem suspeitar dos problemas circulatórios 'ue podem determinar perturbaç>es vocais importantes. &e a co nexão vaso+motora entre o ór#ão vocal e o ór#ão sexual est alterada o incmodo vocal se ac entuar na %poca da menstruação,
principalmente se H existia antes. !l%m disso -aver ainda a presença de mucosidades. !s doenças dos ór#ãos sexuais, assim como o período menstrual alteram a vo", d+se uma -ipotonia. 2urante a #ravide" e na %poca da menopausa, pode -aver uma mudança de tom para mais #rave e uma alta de pot?ncia. Mas isto vai depender muito do estado #eral de saúde. Certamente as exceç>es são numerosas. mul-eres 'ue não apresentam estas inlu?ncias na vo" durante este períodos, isto por 'ue são e'uilibradas e t?m os ór#ãos vocais em pereito estado, utili"ando+os normalmente. G preciso considerar 'ue a idade real nem sempre corresponde @ idade isioló#ica. 9o enta nto, % evidente 'ue para al#umas mul-eres as perturbaç>es circulatórias ou problemas nos ór#ãos #enitais criam diiculdades R5
passa#eiras: vo" velada, baixa de tonalidade, a ponto de não conse#uirem arcar com seus compromissos. Os tratamentos -ormonais tornam a vo" instvel e provocam uma baixa de tonalidade. !s cordas vocais icam rosadas e lo#o depois vermel-as e podem apresentar edema, espessamento e coaptam mal. !s pessoas com -ipertireoidismo apresentam períodos passa#eiros de rou'uidão, mas sempre recidivos. O timbre % ensurdecido, o a#udo torna+se diícil e muitas ve"es o canto torna+se impossível. 9os casos de -ipotireoidismo, a vo" % raca, sem modulação e pouco timbrada. !contece a mesma coisa com os 'ue t?m uma -ipo+unção das #lAndulas supra+ renais, 'ue devido @ uma astenia t?m pouca intensidade vocal e se cansam muito depressa. !o contrrio, os 'ue t?m uma -iper+unção das supra+renais possuem uma musculatura potente, uma vo" de #rande alcance e bem timbrada. 2ada a importAncia do controle auditivo, toda disac usia comprometer #ravemente a emissão vocal. ortanto, em #raus muito variveis, todos esses distúrbios podem repercutir desavoravelmente sobre a vo", comprometer o rendimento vocal, podendo levar a an#ústias #raves do tipo obsessivo: medo do a#udo, perda da memória etc. 9es tas condiç>es, ica muito diícil para cantor, dominar o DtracU a'uele 'ue provoca os dist úrbios isioló#icos: salivação excessiva ou secura da #ar#anta, transpiração, distúrbios da bex i#a ou do intestino, batimentos cardíacos etc. ou a'uele 'ue interv%m em certos momentos ou rente@ certas diiculdades. 2e todo modo, para sobrepuH+los, o mel-or meio % ers capa" de dominar sua t%cnica, mesmo nos momentos diíceis. ! respiração pode ser uma aH uda preciosa. !ntes de entrar em cena, basta a"er al#umas respiraç>es calmas e proundas, assim como nas pausas musicais suicientemente lon#as, para restabelecer o ritmo cardíaco e desviar a atenção dos outros problemas. 2isto tudo, devemos saber 'ue para se#uir uma carreira lírica % preciso estar em bom estado #eral e psicoló#ico, al%m dos danos necessrios 'uesão inatos. $ dada a sensibilidade e a ra#ilidade dos ór#ãos vocais e respiratórios % pre ciso abster+se de um certo modo de vida: evitar as mudanças bruscas de temperatura, o ar condiciona do, a umidade e especialmente não umar, nem beber lcool, não cantar durante a di#estão e sempre 'ue possível ter um sono calmo e reparador. raticar, paralelamente o treinamento vocal e respiratório e se possível acrescentar exercícios de #instica corporal. $vitar tudo a'uilo 'ue possa irritar as cordas vocais: tosse excessiva, pi#arreio re'ente etc. G preciso, tamb%m, evitar o uso abusivo de medicamentes #otas, #ar#areHos 'ue no decorrer do tempo podem provocar irritação. 2esconiar das ciru r#ias inoportunas das cavidades nasais, a menos 'ue a obstrução ou os desvios seHam important es. 9o caso de inecção ou -ipertroia das amí#dalas, @s ve"es % necessrio suprimi+las. rata+se, não somente, de um distúrbio importante no 'ue di" respeito @ distribuição das ressonAncias , mas tamb%m na causa de esorços inúteis. 9o caso da remoção das amí#dalas, pode acontecer do ca ntor ser obri#ado a reaHustar sua t%cnica devido ao aumento do volume da -ipo+arin#e. $nim, não acreditar 'ue os medicamentos, as pastil-as, o melK ... e outros
produtos seHam rem%dios eica"es. &ão paliativos 'ue não solucionam os problemas e 'ue mant?m a -iper+sensibilidade do cantor. O mel-or meio de evitar as diiculdades uncionais e sua repercussão % possuir uma boa -i#iene vocal, isto %, uma t%cnica impecvel, mantida re#ularmente, tanto da vo" cantada como da vo" alada. Os cantores devem considerar tanto uma como outra e cuid+las. Classiicar a vo" alada % tão desastroso como classiicar a vo" cantada. !s conse'?ncias sãs as
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mesmas, elas são numerosas e @s ve"es #raves. =alar numa tessitura 'ue não corresponda @ sua classiicação normal, obri#a as cordas vocais a um modo de vibração para o 'ual elas não são eitas, a uma acomodação anormal das cavidades de r essonAncia, a um deslocamento do tremor vibratório privando a vo" alada da sua ri'ue"a -ar mnica, ou seHa das suas 'ualidades est%ticas e expressivas. cantores 'ue pensam resolver o problema do a#udo, cantando em me""o sendo soprano, ou ainda os 'ue cantam em soprano e alam em contraltoK 9ão - nada mais c-ocante para o ouvido do 'ue escutar um cantor usar sua vo" cantada normalmente e alar com uma vo" dierente. &ó podemos admitir uma ra"ão para a baixa tonalidade d a vo" alada ou cantada, % a idade, e isto varia de indivíduo para indivíduo. O a#udo pode diminuir, a extensão pode perde al#umas notas, mas isto não se deve a uma mudança de cate#oria voc al e sim @ idade, 'uando o potencial muscular pode diminuir ou o estado #eral mais ou menos deiciente não permitir mais a tonicidade muscular necessria ao extremo a#udo. or%m, isto não implica de modo al#um na mudança de tessitura da vo" alada ou cantada. &ão numerosos os cantores 'ue, após uma desclassii cação voluntria, tiveram 'ue interromper uma carreira 'ue teria podido prosse#uir por mais tempo, se, tivessem usado a mesma tonalidade para a vo" alada e cantada.
CONCL&S+O ACERCA DOS ERROS DE Tes n o 'ue di" respeito @ t%cnica da vo" cantada, podemos nos per#untar como rea#irão os can tores ao lerem este livro. !l#uns dirão 'ue cantar não % tão diícil como di"em. cantores para os 'uais al#umas indicaç>es sobre o sopro, a "ona de ressonAncia, oram suicientes p ara 'ue eles c-e#assem a resultados satisatórios. Outros i"eram lon#as carreiras com uma t%cnica mais ou menos certa e sem #randes problemas ... o 'ue % verdade. ! primeira resposta para isto % 'ue todo cantor iniciante sempre a" pro#ressos, independentemente da t%cnica utili"ada, e 'ue em se#uida % possível produ"ir sonoridades de certa 'ualidade, com um mecanismo substituto. odemos responder, tamb%m, 'ue nem todo mundo rea#edo mesmo modo, e isto nos mais dierentes assuntos. 9o 'ue di" respeito @ vo" cant ada, % muito re'ente observar Hovens cantores 'ue rapidamente apresentam uma vo" caprina, o 'ue c-e#am a ter nódulos. amb%m encontramos artistas, em inal de carreira, 'ue tiveram diiculdades vocais importantes sem alteraç>es larín#eas. *sto % mais r aro. ortanto, % preciso considerar a'ueles 'ue possuem uma poderosa musculatura, uma larin#e sólida, belas cordas vocais, um bom e'uilíbrio psicoló#ico e 'ue mesmo maltratando sua larin#e 'uase não terão problemas. or%m, não se trata destas pessoas. rata+se de todos a'ueles 'ue possuem uma bela vo", 'ue são dotados em todos os aspectos, 'ue t?m um belo uturo pela rente, por%m uma larin#e mais r#il 'ue não deve ser maltratada, nem sobrecarre#ada a im de
evitar as complicaç>es or#Anicas, mais ou menos #raves, 'ue p odem acontecer al#umas ve"es rapidamente. $sses cantores, sem o suporte de uma t%cnica apropriada, utili"arão + inconscientemente + mecanismos de compensação no caso de uma ra'ue"a p assa#eira. 9o início 'uase não -aver esorço, mas lo#o depois estes serão renovados e pro#ressivamente determinarão modiicaç>es da t%cnica, portanto do timbre, ao 'ua l o ouvido se acostumar pouco a pouco. !s diiculdades aumentarão e os cantores se preocup arão cada ve" mais com sua vo". $ste
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estado de inse#urança e de in'uietação % particular mente traumati"ante e do ponto de vista nervoso, extremamente es#otante. !o inv%s disto, se o cantor sente e sabe o 'ue a",e por'ue o a", ele ter @ sua disposição + nos momentos diíceis + a possibilidade de usar os princípios bsicos da sua ormação, e poder constantemente readaptar sua t%cnica. *sto %muito importante, pois não podemos es'uecer 'ue a vo" maltratada torna+se r#il, principalmente por 'ue ela depende do estado #eral, psicoló#ico e nervoso. O estudo do canto trata+se de um ensino delicado e diícil, 'ue exi#e muitas 'ualidades: uma cultura musical extensa, um ouvido apurado, seletivo, capa" de discernir a menor alteração do timbre, e tamb%m o #osto pela peda#o#ia. Como cada aluno % um caso particular, nada deve ser sistemtico. G preciso adaptar+se constantemente, modiicar os procedimentos, as descriç>es ima#inrias 'ue podem provocar reaç>es diversas conorme as pessoas. Suando se trata de t%cnica vocal, nada % cil dexplicare. !l#uns mecanismos + os mais importantes + são inconscientes, involuntrios. $les não são palpveis nem visíveis. $les derivam de movimentos voluntrios. G esta diiculdade de a"er compreender e reali"ar a vo" cantada, 'ue a" com 'ue cada proessor ten-a um vocabulrio pessoal, e não % cil criar um 'ue possa ser o mesmo para todos, como acontece com os outros instrumentistas. É por isto 'ue o exemplo % importante. or%m, a imitação só % tecnicamente ben%ica, se o cantor puder, ao mesmo tempo, reportar+se a um mecanismo e @s sensaç>es 'ue ele possa reprodu"ir conscientemente. Os exemplos são úteis, tamb%m, por 'ue permitem ao aluno desenvolver seu senso crítico, a sensibilidade e a seletividade de sua audição bem como o #osto pelo belo canto. Os Hovens cantores deveriam receber um ensinamento baseado no conHunto de re#ras 'ue re#em a produção da emissão e não em noç>es empíric as como #eralmente acontece. O obHetivo essencial % o de desenvolver a vo" natural do aluno. !l#uns conse#uem de improviso. Outros só ad'uirem atrav%s de uma boa t%cnica e após um lon#o trabal-o. odavia, mesmo com estes cantores particularmente dotados, nada pode ser duradouro e vlido se não levarmos em conta os princípios bsicos da t%cnica vocal. Éevidente 'ue isto não % suiciente para se
a"er de cada cantor um artista excepcional. $le pode ad'uirir o estilo, a declamação, a inteli#?ncia do texto, a interpretação mas nada poder l-e dar a'uilo 'ue ele deve possuir em si mesmo: um belo ór#ão vocal, e principalmente a'uele dom raro e insubstituível Do instinto do can toU. &e a nature"a oi #enerosa: a musicalidade e a sensibilidade l-e permitirão comun icar, aos outros, a'uilo 'ue o texto e a música evocam para ele. 9ós esperamos 'ue o conteúdo deste livro ten-a permitido aproundar o con-ecimento da t%cnica vocal, al%m deobter um acordo sobre as re#ras
undamentais e sua aplicação. $las deveriam servir de base para a ormação dos proessores de canto, a im de 'ue eles possam educar e desenvolver a vo" dos Hovens cantores 'ue l-es serão coniados. 2esta orma, estes serão capa"es d e responder @s exi#?ncias e @ diversidade de obras 'ue eles irão executar, #raças @ sua t%cni ca.
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)RE)ARA*+O DE &5 TE'TO C-e#a um momento onde % preciso abordar os textos. G um problema delicado 'ue exi#e a resolução da 'ualidade do timbre, da amplitude voca l, da -omo#eneidade, do alcance, da ainação, associação s mudanças de intensidades, d e extensão e de duração. ara superar essas diiculdades, vrios procedimentos podem ser propostos: =alar o texto em vo" alta, para 'ue o ouvido se -abitue @ dierenciação das vo#ais e @ clare"a das consoantes, caso contrrio pode acontecer 'ue o cantor acostumado com uma vo" de certa cor V por exemplo, a vo" sombria V acredite estar sendo compreendido, 'uando na realidade cada sonoridade esta maculada de um colorido anormal 'ue torna o texto incompreensível. Cantar o mesmo texto na mesma nota, subindo em semitons do 2Z B ao /G 3, para um tenor. ocali"ar a melodia com uma vo#al particularmente avorvel a im de se conscienti"ar das modiicaç>es do volume das cavida des de ressonAncia e do deslocamento da sensação vibratória impostas pela rase cantada. Fnir texto e melodia conservando na memória a'uilo 'ue oi reali"ado e percebido anteriormente. Livro: Técnica da Voz Cantada Autora: Claire Dinville Editora ENELIVROS, Rio de Janeiro, 1! Traduzido do "ranc#$
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ATA;&E DO SO5 $m toda ação voluntria, o pensamento precede o ato, portanto toda preparação mental, toda ima#em subHetiva ter conse'?ncias sobre o conHunt dos mecanismos, particularmente 'uando se trata do ata'ue a#udo, o 'ue acontece nos exercícios 'ue se#uem:
Nesse exercício, o mais importante é ter consciênci a daquilo que foi realizado com as notas agudas, ligando os sons entre si. E na segunda vez renová-l o, no momento do ataque, depois de ter respirado. A nota mais importante, nos exercícios ascendentes é sempre aquela que precede a nota aguda. Ela deve ser colocada de tal modo - isto é numa oa zona de resson!ncia - que n"o #a$a nada mais além de $untar a press"o e arredondar a sonoridade passando-se sore a nota superior. % exercício acima pode servir como o precedente. A primeira nota é encontrada três vezes. & comum que na terceira vez a nota se$a sempre mel#or. 'ealmente ela se eneficia do que foi realizado antes e ela é em conduzida pelo sopro. &esta posi("o que deve ser tomada no ataque da primeira nota. )ada vez que o ataque é mal realizado, é por que as cavidades supra-laríngeas n"o foram preparadas de antem"o, que a press"o foi mal regula da, o que torna impossível uma oa resson!ncia. Neste tipo de exercício, a respira("o deve intervir em cada nota ascendente, para aumentar a press"o adominal, ao mesmo tempo que a firmeza da musculatura para-verteral é mantida. Este mecanismo é sincr*nico com a eleva("o do véu palatino, da laringe e da zona de resson!ncia. No final do exercício, a sustenta("o adominal n"o dev e ser relaxada, sen"o a inspira("o seguinte seria invertida.
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OS SONS LI%ADOS $stes exercícios serão precedidos da prtica de respiração 'ue permite sentir a importAncia da pressão do sopro, cada ve" 'ue se aumenta sua in tensidade. G o 'ue precisa ser eito nos se#uintes exercícios:
O ato de subir de uma nota @ outra ou de modiicar a intensidade, leva a sustentar e alar#ar as cavidades supra+larín#eas. Mas, para 'ue elas nã o se ec-em novamente, e para 'ue não -aHa modiicação do timbre, % necessrio ima#inar 'ue elas continuam a alar#ar+se e 'ue a pressão % mantida constantemente. 9ão se trata de uma posição rí#ida, ao contrrio, uma atividade constante 'ue modela o som, o sustenta e trabal-a+o para manter a ainação, sem modiicar a 'ualidade da vo", apesar das mudanças d e intensidade. emos assim como a sustentação abdominal % importante. ! escuta das sonoridades deve ser permanente de modo a propiciar a intervenção do mecanismo 'ue acaba de ser descrito e 'ue % vlido tamb%m para o terceiro exercício. udo isto com con-ecimento de causa. Os exercícios serão trabal-ados de meio em meio tom do dó 5 ao l 3 para um soprano.
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E'ERC(CIOS )ARA CO57INAR A E'TENS+O, A A%ILIDADE, A RA)IDE, A INTENSIDADE, A DESTREA, ASSI5 CO5O AS 5&DAN*AS DE VO%AISH
Conorme a tend?ncia da pessoa, de se contrair ou de permanecer relaxada, usaremos as vo#ais abertas ou ec-adas. Como podemos repetir vrias ve"es o mesmo tema, % recisop manter a pressão ao subir e relax+la somente no início da subida se#uinte, menos na última ve" para não estar em posição inspiratória, o 'ue inverteria os movimento s respiratórios.
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&?a vez lenta?ente, tr#$ veze$ de@re$$a, ?udando a$voGai$H
! primeira escala em i, ou #, @ plena vo", a se#unda ve" com u, ppp, ou ao contrrio, dependendo do modo como a pessoa rea#e.
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A ?e$?a técnica $erF adotada @ara o$ eerc-cio$ Pue$eGue?, $e?@re alternando a$ voGai$H
Como re#ra #eral, subir uma escala, a intervalos ascendentes %: aumentar a pressão, alar#ar as cavidades de ressonAncia, diri#ir o sopro para c ima e para trs, acima do v%u palatino, tanto no #rave como no a#udo, de modo 'ue a sensaçã o de tremor vibratório esteHa sempre Dlocali"ada no altoU. 2escer a escala, % controlar a descida da larin#e, mas sem deixar cair a "ona de ressonAncia, nem a pressão e sem ec-ar as cavidades de ressonAncia. 9a subida dos sons, a maioria dos cantores se preocupa principalmente com as notas a#udas. &e elas são diíceis, isso pode ter as ra">es mais variadas. ode ser 'ue elas esteHam comprimidas, 'ue -aHa alta de -omo#eneidade. G sem pre por 'ue a adaptação ao treinamento, no seu conHunto, não oi pro#ressiva. ode ser 'ue a vo" passe rapidamente, suba e desentoe. ara evitar este deeito, % preciso manter a respiração baixa no #rave, dar pouca pressão e, no entanto, não reter o sopro não se trata de parar a atividade mas somente economi"+la, mant?+la, e cuidar da direção do sopr. [s ve"es, o cantor canta desainado por outros motivos. ! vo" sobre sobretudo no
inal das rases ou sobre uma nota sustentada muito tempo. !s cordas vocais coaptam ortemente, a vo" ica comprimida, o cantor exerce pressão.
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"iGura / ElevaKo do véu @alatino e alarGa?ento da$ cavidade$ de re$$onnciaH Outras ve"es canta muito baixo, por conta de uma madaptação respiratória. or alta de sustentação, o sopro não resiste e % #asto rapidame nte. !s cordas vocais coaptam mal e as cavidades de ressonAncia não mant?m a postura. ! vo" % velada. or todas estas ra">es, pode ser 'ue o cantor não consi#a sustentar um som sem desainar. $m todo caso, o cantar desainado causa sensaç>es b em dierentes da'uelas 'ue são consideradas normais 'uando se canta certo. O cantor deve poder recon-ec?+las. $le precisa DsentirU se est desainando, pois ele pode não ter consci?ncia deste ato.
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E'ERC(CIOS )ARA TREINAR A 5O7ILIDADE E A A%ILIDADE
$stes exercícios permitem os ór#ãos vocais retomar, normalmente, sua unção. [ larin#e de reencontrar sua mobilidade com a condição de 'ue a lín#ua e a mandíbula esteHam lexíveis, 'ue a respiração se adapte @s mudanças de altura e de intensidade e 'ue as cavidades de ressonAncia se modii'uem ao mesmo tempo. !pesar de stas lutuaç>es, a sensação de tremor vibratório deve situar+se sempre acima do v%u palatino. &e, apesar destas precauç>es, os ór#ãos estiverem muito rí#idos podemos a"er este e xercício da se#uinte maneira:
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E'ERC(CIOS )ARA "ORTI"ICAR AS CORDAS VOCAIS Suando a vo" est destimbrada, velada em toda sua xtensão, as cordas vocais coaptam mal e deixam passar o ar. $stes exercícios devolverão a elas a tonicidade.
! t%cnica, em seu conHunto, % a mesma 'ue nos exercícios precedentes. Mas, dada a rapide", sempre buscando a leve"a, o som deve permanecer redondo, claro e parecer mais a#udo. &e a musculatura se mantiver dócil, #il, leves contraç>es abdominais serão involuntariamente produ"idas a cada ata'ue. Mas se estas contraç>es s e locali"arem na parte superior da caixa torcica % por 'ue a respiração est invertida. Suando a pessoa est muito relaxada, momentaneamente podemos começar os exercícios pelo m%dio. 2este modo, os músculos estarão mais irmes e as cordas
vocais coaptarão me l-or. 2escendo+se para o #rave, bastar manter a irme"a dos ressonadores e a do sopro para 'ue a vo" permaneça timbrada.
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E'ERC(CIOS DE A%ILIDADE )RE)ARANDO )ARA O TRINADO 9este tipo de exercício % necessrio memori"ar osons a serem reprodu"idos, % evidente, mas para reali"+los acilmente % preciso sentir larin#e móvel, #il, livre para executar rapidamente os #rupos, as notas breves ... $is al#uns exemplos:
$ste último exercício inicia com pulsaç>es espaçada s, portanto mel-or percebidas, em se#uida cada ve" mais próximas, podendo ir at% os semi+tons. 9este momento, se aumentarmos a pressão vi#orosamente, o trinado pode aparecer. &er necessrio mant?+ lo com muita ener#ia at% o im. assa+se a escutar umasonoridade 'ue parece bi+tonal, na 'ual a nota superior domina. $ste procedimento % muito mais rpido 'ue a repetição de duas notas cada ve" mais depressa. O proessor pode aHudar o aluno de duas maneiras. rimeiramente mostrando, ele mesmo, como a larin#e sacode durante o trinado. $m se#uida, colocando o dedo m%dio sobre o pomo de !dão do aluno e a"endo movimentos de baixo para cima para acilitar as sacudidelas larín#eas.
ocali"ar a melodia com uma vo#al particularmente avorvel a im de se conscienti"ar das modiicaç>es do volume das cavidades de ressonA ncia e do deslocamento da sensação vibratória impostas pela rase cantada.
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TR
Fnir o texto e a melodia conservando na memória a 'uilo 'ue oi reali"ado e percebido anteriormente. -
!pós ter assimilado a t%cnica, restar ao cantor abordar as obras clssicas, o repertório contemporAneo e ter a sabedoria de recusar tudo a'u ilo 'ue estiver ora do seu alcance e de suas possibilidade vocais.
E'ERC(CIOS )ARA O %RAVE E O 5
TT
$sta escol-a leva em conta a abertura pro#ressiva das cavidades supra+larín#eas. 9o m%dio alto, as vo#ais nasais se tornam mais diíceis dado o abaixamento do v%u palatino. Como as vo#ais orais, elas precisam de um aumento do volume das cavidades de ressonAncia. Énecessrio aproximar+se pro#ressivamente da vo#al correspondente, sempre #uardando o colorido da nasal, sem modiicar a pressão (i#ura B3).
rata+se pois da dosa#em reali"ada pelas modiicaç> es sutis da posição dos ór#ãos. $m se#uida, estes exercícios serão praticados com toda s as vo#ais. ara o #rave e o m%dio, as emiss>es com boca ec-ada são muito usadas pelos pr oessores de canto (i#ura B;). $ste procedimento permite situar mel-or as sensaç>es vib ratórias. Suando bem aplicado % muito eica", desde 'ue não se procure o tremor vibratóri o muito @ rente, e de 'ue não -aHa esorço larín#eo. G com leve"a e usando a pressão ' ue se pode subir sem esorço.
TQ
[s ve"es acontece 'ue o #rave não timbra. !s cordas vocais coaptam mal. um #asto muito #rande de ar. 9este caso deixa+se o sopro 'uase parado, cuidando para retardar o ec-amento das costelas e com poucas contraç>es abd ominais. $, @ medida 'ue os sons sobem ir aumentando pouco a pouco a pressão usando de preer?ncia as vo#ais claras (%, i). 9este tipo de exercício de pouca extensão, se o mec anismo % normal obtemos belas sonoridades. G preciso memori"+los e desenvolv?+los sobre toda a extensão vocal. Muitos cantores se 'ueixam de não ter os #raves. *s to deve+se, muitas ve"es, a larin#e estar situada muito em cima e não se relaxar ao descer a escala. $sta posição de esorço imp>e o ec-amento larín#eo 'ue abaa a sonoridade. Ftili"a+se preerentemente as vo#ais u, , 'ue acilitarão o relaxamento larín#eo.
9ós podemos encontrar diiculdades tamb%m, 'uando impomos sistematicamente a proHeção da lín#ua @ rente (i#ura BR) com o pretexto de am pliar a cavidade
arín#ea, ou a elevação da base da lín#ua em direção ao v%u palatino para acilitar a subida da larin#e. 9os dois casos, isto determina uma atitude anormal da lín#ua cuHo esorço repercute nos ór#ãos circunvi"in-os e modiica a 'ualidade do tim bre. 9ão se deve, Hamais, impor+l-e uma
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determinada posição, constante, H 'ue os movimentos internos da articulação mudam, de modo muito preciso, tanto para as vo#ais como para as consoantes.
Livro: Técnica da Voz Cantada Autora: Claire Dinville Editora ENELIVROS, Rio de Janeiro, 1! Traduzido do "ranc#$
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VOCALIZES
ontos importantes: =aça com cautela /espeite seu limite 9ão se es'ueça de a"er exercícios de respiração e los.
or >austo (ascimento
relaxamento antes de começ+
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