Simetria
Elementos simétricos são mais facilmente agrupados em conjuntos do que os elementos não simétricos. Figuras simétricas são mais facilmente percebidas como um grupo. Destino Destino com um
Itens movendo-se no mesmo sentido são mais facil mente agrupados entre si. Boa continuidade
Uma vez que um padrão é formado, é mais provável que ele se mantenha, mesmo que seus componentes sejam redistribuídos.
Figura e fundo
A o rgan rg aniz izaç ação ão das da s form fo rm as d eter et erm m ina in a d ois oi s tipo ti poss fun fu n damentais de unidades ou de totalidades, com pro priedades funcionais distintas: a da figura, que pos sui forma, contorno, organização; e a do fundo, que é uma continuidade amorfa, indefinida, inorgânica. A or ga n iza iz a çã o in inte te rn a d a fig ur ura a
Essa organização é determinada pela função desem penhada pelas partes no todo, enfim, a lei geral que dita que uma parte num todo é algo diverso dessa parte isolada ou num outro todo. Cada forma, portanto, é uma função de diversas va riáveis, e não mais uma soma de diversos elementos. Tendo em vista essas leis estabelecidas pela Ges talt, não é de se estranhar a enorme influência que essa teoria exerceu sobre a produção e o ensino do
O mote famoso da escola ora: "da forma nasce a função”. For isso, ela é conhecida não apenas como uma escola moderna, mas também funcionalista. Sob influência do futurismo e do cubismo, o estilo de suas criações ficou marcado pela geometrização e pelo grafismo. A geometrização coloca ênfase nas formas primárias - quadrado, quad rado, círculo e triângulo e o grafismo é um tipo de arte que privilegia as formas, formas, as cores, os traçados, a repetição, o ritmo, o equilí brio br io e a esca es cala, la, em d etri et rim m ento en to da figu fi gura rati tivi vid d ade. ad e. Em 1925, 1925, a escola tornou-se municipal e mudou-se m udou-se para Dessau. Foi quando a Bauhaus passou a se cha mar Escola Superior da Forma. Entre seus grandes feitos encontra-se a transformação da disciplina de ti pografia em um curso graduado, no qual foram criados criados novos tipos gráficos sem serifa, com d esenhos simples simples e geométricos. “Sem serifa” quer dizer que o tipo não possui um pequeno traço que remata, de um ou de am
nova forma artística, ambos baseados nos princípios que saíam das oficinas da escola. No design gráfico, a harmonia e o equilíbrio podiam incluir a assime tria, tria, com base nas cores primárias - o vermelho, o amarelo e o azul -, junto com as formas simples d;i tipografia em cores negras. negras. Dominavam o vermelho e o negro, junto aos elementos da composição, como letras, tipos sem serifa, manipulação de fotografias e materiais tipo gráficos (pontos, linhas, travessões e retículas). O or denamento do plano poderia se dar tanto na vertical quanto na n a diagonal. diagonal. São as características características acima descritas que se ap re sentam na figura 11, o cartaz de uma exposição. Outro paralelismo fica evidente nas duas linhas dia gonais - uma na horizontal e outra na vertical. vertical. A linha linha diagonal horizontal corta bem ao meio as duas partes, superior e inferior do cartaz. Essas duas partes, ambas com terminações arredondadas, enchem a diagonal verti ve rtical cal com co m um volu vo lum m e que é men m enor or na hori h orizon zontal. tal.
. l i s a r B . s i v t u A r o p o d a i c n e c i L / m l e h l i W . t d i m h c S
A gran gr ande de opos op osiç ição ão é aq aque uela la que qu e se dá entr en tree as co co res. A ênfase no vermelho contra o negro parece se acentuar ainda mais contra o fundo neutro. Verme lho e negro criam um efeito excitante que captura o olhar do receptor, finalidade precípua de um cartaz. De que vale um cartaz se não chamar o olhar do ob servador para dentro dele? O peso tipográfico, por seu lado, é bem equilibrado. A ênfase na inscrição “BAUHAUS” no topo é compensada pelo maior nú mero de inscrições na parte inferior do cartaz. Trata-se de um exemplo otimizado da arte do gra fismo, em que a figuratividade é abandonada em fa vo v o r de form fo rm as, as , core co res, s, traç tr açad ados os,, repe re petiç tiçõe ões, s, equi eq uilíb líbri rioo e escala. A geometrização, presente nos círculos, nos ângulos retos e na triangulação, é óbvia. No que diz respeito à leitura das leis da forma, a proximidade entre os elementos na parte superior faz com que eles sejam percebidos como um grupo independente dos elementos da parte inferior do de
atingiu todas as áreas da criação luimana, na arquite tura, na literatura, na música, nas artes plásticas etc. O design não podia ficar de fora, e os designers dos novos tempos passaram a promover a desestabilização da ordem em favor das misturas entre entre elementos de todas as épocas e lugares. Maiores transformações e, ao mesmo tempo, re novação da área do design viriam, entretanto, com o advento das mídias digitais e daquilo que ficou co nhecido como “webdesign”, no qual a imagem pas sou a desempenhar um papel renovado. Apresento a seguir um panorama breve sobre essa questão, pois, neste livro livro sobre leitura da imagem, não poderia pod eria fal tar pelo menos um aceno às novas condições condições da ima gem no contexto da linguagem hipermídia. hipermídia. A im a g e m no c o n tex te x to d a h ipe ip e r m íd ia
ouvidos e à nossa mente? Uma enxurrada dos mais distintos tipos de signos moventes, reagentes, sen síveis às intervenções que neles fazemos. As telas se enchem de sinais de orientação, de imagens, fotos, desenhos, animações, sons de distintas espécies e certamente de palavras, legendas e textos. Enquanto a era de Gutenberg, do apogeu do texto verb ve rbal al,, exig ex igia ia de nós nó s a alfa al fabe beti tiza zaçã ção, o, ag agor oraa a m a n i pulação dessa malha inextricável de signos exige um outro tipo de alfabetização, que podemos chamar de “alfabetização semiótica”. Esta sem dúvida pressu põe a alfabetização verbal e é adquirida por meio do uso e da familiarização. Por isso, uma das grandes preocupações dos programadores e designers de in terfaces encontra-se no uso amigável. Os caminhos de interação do usuário com as linguagens que jor ram nas telas têm de ser intuitivos para serem com preendidos. Ora, essa enxurrada de linguagens que se movimentam nas telas, embora eminentemente
Já discorri em muitas ocasiòes oc asiòes sobre os pilares cacaracterizad racte rizadores ores da linguag ling uagem em hiperm hipe rmídia ídia.4 .4*' Não custa relembrar, rapidamente, quais são esses pilares. De início é preciso enfatizar que a hipermídia se cons titui de uma fusão do hipertexto com a multimídia. O hipertexto, bastante estudado nos anos 1990, especialmente por autores norte-americanos, é um texto que, em vez de se estruturar frase a frase, frase, linear linea r mente, como em um livro impresso, caracteriza-se por nós ou pontos de intersecção que, ao serem clicados, remetem a conexões não lineares, lineares, compon do um percurso de leitura que salta de um ponto a ou tro de mensagens contidas em documentos distin tos, mas interconectados. Isso vai compondo uma configuração reticular. A e x p lic li c a ç ã o p a rec re c e c o m p lic li c a d a , m as é j u s t a mente o que fazemos ao ler um documento nas redes, quando clicamos em palavras sublinhadas
informações, uma espessura cie significados que não se restringe à linguagem verbal, mas se constrói por parentescos e contágios de sentidos advindos das múltiplas possibilidades abertas pelo som, pela visu vi sual alid idad adee e pelo pe lo disc di scur urso so verb ve rbal. al. As novas no vas cond co ndiçõ ições es da lingu lin guag agem em huma hu mana na,, sob o domínio das misturas, parece dar guarida à hipótese de que, nas raízes de todas as misturas possíveis de linguagens, encontram-se sempre três matrizes fun damentais: a verbal, a visual e a sonora, em todas as vari va riaçõ ações es que qu e cada cad a um u m a delas del as aprese apr esenta nta.. Não há linguagem mais híbrida, misturada e variegada do que a hipermídia. No entanto, se obser varm va rm os de que qu e essa es sass m istu is tura rass são cons co nstit tituí uída das, s, v e re mos nitidamente que, em suas raízes, encontram-se as matrizes do verbal, visual e sonoro. Quais são as principais im plicações de tal tal constatação para o esta do da arte da cultura digital? Não são poucas as implicações culturais, comunicacionais e cognitivas que a hipermídia, entendida
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possível devido à estrutura de caráter híper, não se qüencial, multidimensional, que dá suporte às opções daquele que costumo costum o chama ch amarr de “leitor imersivo”.5 im ersivo”.51 O que é mais extraordinário nisso tudo é a extrema facilidade com que as crianças e os jovens se relacio nam com essa nova linguagem, como se já tivessem aprendido a lidar com ela antes mesmo de nascer.
Como eu ensino Sugestão de atividades relativas ao conteúdo deste capítulo
• Competência: leitura dos operadores-chave e das leis da forma no design gráfico. • Habilidade: a plicar os operado ope radores-ch res-chave ave e as leis da forma ao design.
Ati A tivv ida id a d e 2 Na aula seguinte, a partir da escolha de outros carta zes, explicar aos alunos, exemplificando nos cartazes escolhidos, quais são e como agem as leis da forma. Ati A tivv ida id a d e 3 Preparar para os alunos um roteiro dos operadores-chave do design. design. Dividir a classe em grupos e pedir que cada gru po selecione, durante a semana, um cartaz Bauhaus e aplique a leitura dos operadores-chave do design. Ati A tivv ida id a d e 4 Na aula seguinte, cada grupo apresenta suas leituras para a discussão em classe.
Para saber mais sobre o conteúdo deste capítulo ARRIVA ARR IVABE BENE NE,, Rafael. Rafael . Desig De sign: n: projeto projeto mutante. Licença Crea tive Commons, 2011. Bauru: Joarte, Editora Serviços de Off Set Ltda. BRAGA, Alexandre. Design De sign de interaç inte ração ão nos games: gam es: projetar a interação como operação tradutora. Tese (Doutorado em Co municação e Semiótica) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010. MATSUSHITA, Raquel. Fund Fu ndam ament entos os gráfi gr áficos cos par p ara a um design consciente. São consciente. São Paulo: Musa, 2011. MELO, Chico Homem de. Os desafios do design. São design. São Paulo: Edi ções Rosari, 2003. SANTAELLA, Lucia. Na Lucia. Nave vega garr no ciberespa ciber espaço: ço: o o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004. Lingua Ling uagen genss líqui l íquidas das na era da mobilidad mobil idade. e. São São Pau
Breve nota para finalizar É comum ouvirmos as pessoas dizerem: “Imagens nós sabemos o que são”. Será que sabem mesmo? Na maior parte das vezes, olhamos para uma imagem, reconhecemos e identificamos o seu motivo. Não te mos dúvidas quanto àquilo que aparece nelas e, se elas apresentam uma semelhança na aparência com algo que conhecemos fora delas, tanto melhor. Tudo parece bem simples. simples. Mas será que isso é fazer jus ju s ao que as imagens têm a nos dizer? Espero que este livro tenha ajudado meus leitores e minhas leitoras a compreender que o mundo da imagem é mais complexo, mais convidativo e mais encantador do que sonham os olhares apressados. É um mundo multifacetado. A imagem encontra o seu território de existência existência em algum campo da produ prod u ção humana. Veio desse cuidado a divisão dos capítu los em arte, fotografia, livros ilustrados, publicidade e
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como eu ensino
A auto autora ra Lucia Santaella é professora titular na pós-graduação em Com unicação e Semiótica e coordenadora da pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora em Teoria Literária pela PUC-SP e livre-docente em Ciências da Comunica ção pela USP. Entre outros livros, publicou: Ma M a triz tr izes es da linguagem e pensam ento: son ora, ora, visual, verbal (Iluminuras/Fapesp, prêmio Jabuti 2002) e A e c o logia pluralista da comunicação comunicação (Paulus, prêmio Jabuti 2011).
Acoleção Como Eu Ensino, organizadapor MariaJoséNóbregaeRicardoPrado,busca aproximardotrabalhoemsaladeaulaaspesquisas maisrecentessobretemasqueinteressamàeducação básica. básica. Os autores,especialistas na área área, , apres entam sugestõesdecomooassuntopodesertratado, descrevendoascondiçõesdidáticasnecessárias paraumaaprendizagemsignificativa. Nestevol Nestevol ume dacoleção, dacoleção, LuciaSantae LuciaSantaellaoferece llaoferece algumasferrament algumasferramentas as didáticas didáticas para para docentes de qualqueráreaaprenderemconceitosfundamentais sobreapercepçãoeainterpretaçãodossignosvisuais, das artes plásticasà plásticasà publicidade, dos livros livros ilustrados ilustrados àfotografia,comsugestõesdeencaminhamento didáticoparaasaladeaula.