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JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com
P sic o-H i lie ne e Psico,logia
I n titu c io n ,a l P s i c :o.b t .l e n e e P l l E D l a a l l i l Instituc:ionll" do medico, pslc61ogo. p$lcanaliSla e p r o fe s s o r Jose Bleger. ~ urn marco na literature ps Icologla Su a v,sao m evad e ra sobre 0 fun~lonamento d e s In d M dl Jo s e d e s pepels t'lue deseli~"
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t ne re n te a n f~rll:::ionatnel'lt~d o : s g r up d S l ro ~ UI'i'la prepesta i nt qr a :d o rn , c o nt e xw a li nd a e , c c ns e qo e nr er ne n te , p l' m IE n ti va de aylo no
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O br a p ub lic ad a o rig in al me nt e e m e sp an ho l, s ob 0 titulo Psicohigiene y Psicologia Institucional, E di tori al P ai d6s, B uenos A ires
© d a Editora Artes Me dica s Sui, Porto Alegr e, 1 984
Prologo Capa: A ng el a B. Fa ye t e J an ic e A lv es - P ro gr ama r; ao
Vi su al
o professor Jose Bleger vem desenvol vendo em nosso meio um briI han te e j a l ong o t ra ba lh o c om o m ed ic o, p si cot oq o, ps ic ana li st a e p rof es sor universiterio. Por isso se toma Ibgicasua preocupecdo com a colocecdo deproblemas e aspectos ainda insuficientemente estudados daprofissifo do psicotoqo. Da mesma f orma que no campo da profissif o medica, uma perspec-
Supervis ao editorial: P aulo F levi o Ledur
C omp os ic ao , a rt e e r ev lsa o: AGE - Asse sso ria Greiice e Edito rial
Ltda.
t iv a m ai s a mpl a d os p ro bl em as da protlssso permite entrever uma atividade orientadora para a sotucso de questiies de ordem metsdoloqice e de c sr st er pr et ico , d ir ig id as a d ef end er e i nc rem en ta r a s eu de e 0 bern-ester da populeciio.
Sa ir do s l im it es e st re it os d e um a at ivi da de p ro fi ss io nal i nt er es sad a q ua se qu e e xc lu si va men te n os as pe ct os c ur at iv os e i nd iv id uai s d a do enc s, p ar a e nt ra r f ra nca me nt e n o c am po d as c ie nc is s d o co mp or tam en to, inter es sa i gua lm en te a o m ed ic o e a o p si co loq o. Vol ta r- se d o i nd iv id ua l ao s ocial e conseqii encie de um claro reconheciment o de que os problemas de s su de, d e do enc e e d e c on vi ven ci e n or ma l ex ce de m 0 ambito profissional p ri vad o e i nd iv id ua l, t ran sf or man do- se em ar ea s d e t rab al ho d as i ns ti tu iR es er va do s t od os a s d ir ei to s d e p ub li ca ca o e m l in gu a p or tu gu es a a A RTME D E DI TO RA L TD A. Av. Jeronimo d e Or nelas, 670 - Fane (51) 3 30-344 4 FAX ( 51) 330- 2378 9 00 40 -3 40
Po rt o A le gr e,
R S, B ra si l
sxo
PAULO Rua Fr ancisco
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Pinheir os
Fone (11) 883-6160 0 54 14 -0 20 Sa o P au lo , S P, B ra si l
c;oesencarregadas de organizar a etenciio da comunidede. A i nc or po re ci io d ef in it iva , n o s en ti do t ec ni co e pr ot iss ion et , do p si coloqo e do psicoterapeuta a e qu ip e m ed ic a e a d e s sud e p ub li ca e co nse aiiencie de um melhor conhecimento do homem sadio e doente e de uma compreensiio mais adequada da historie natural da ssude e da doence. Numa medicina da totalidade, 0 organico, 0 psiquico, 0 emocional, o individual e 0 social sao insepsreveis do que pertence ao homem e ao am bi en te em qu e e le n es ce , c re sc e, s e d es en vol ve e v iv e.
I MPR ESS O N O B RAS IL P RINT ED IN B RA ZIL
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D eststico se converte em di nf imico: a seude e a doencs aparecem c om o "pr oc es se s", on de a h er edi tar ie dad e e 0 a mb ie nt e a tua m c om o i et or es p er man ent em en te r el ac io na dos . A s sud e e a do enc s s o s e t or na m co mp re en si ve is n um e st udo l ong it ud in al , o nd e 0 present e constit ui um rnoment o de al go que tem historie passada e possibi lidades de proj ecii o no futuro.
social . Al go seme/ hante pode se di zer do psicoloqo em contato com problemas medicos e sociais. D m ed ic o, po r s i s o, n ao p od e r es ol ve r t odo s os problemas relacionados com a seude do homem, nem quando se trata de uma et enciio efi ci ent e e da pr ev en di o de d oe nce . Por ou tr o l ado , s e t or ne i nc om pr een si ve l pa ra a s oc ie dad e co nt em -
Mas a diversidade de aspect os a contemplar na tarefa de estudar e stender 0 homem em ssude e doence, em seu ambient e, com crit eria holis-
pordnes, cientifica e tecnologicamente svsnceds, nao dedicar 0 m ax im o de etenceo ao estudo das necessidedes totals do homem e dos grupos humanos,
tico, leva a tormuteciio de denomlneciies que, como asde medicina curetivs, medicina preventive, medicina social, medicina ecoiaqice e outres, perdem siqniiicedio a m edi da q ue s e c om pr ee nd e q ue n ao p od e h av er m ai s do que urns medicine, a que se ap6i a na multi causal idade: no bioloqi co, no p si col oq ic o e n o s oc ia l a o m es mo t em po . Novas concepciies rompem com 0esquema de uma medicina baseada n a et iol og ia e spe c/ fi ca d as do enc ss e l ev am a um a a ti vi da de pr of is si on al interdisciplinar. D processo cienttti co e a t ecnol ogia acent uam a ten d en c ia a especializar;:aoe levam a c ri sc ii o d e p ro ti ss bes n ov as o u a n ova s t un ci ie s d ent ro das p ro tissiies c tsssic e s. Mas estas devem ester coordenadas e integrada s; p or i ss o, s e f al a d o t ra bal ho em e qui pe i nt er di sc ip /l ina r o u m ul ti di sciplinar. A i nt eq re ci io e c oo rd en edi o d e t unc ii es e xi ge m, p or o ut ro l edo , um a correta divisao do trabalho. D complexo s o pode funcionar harmoniosamente dentro de um alto grau de orqenieeciio, onde os objetivos formulados e 0 planejamento e programas de trabalho se elaboram cientifi cament e e se repartem as responsebilidedes. A complex ida de da vida e das orqenizsciies criadas para defender
em e st ado d e s eud e e de d oe nce , p ar a ev it sr e p re ve ni r t udo que possa dif icul tar e impedi r a consecuciio do alto nivel de seude e de bern-est er desejevet para a popular;:ao. E, a partir de um ponto de vista metodoloqico e pretico, resultou conveniente formular urns concepciio do trabalho medico essencialmente orientado para a prevenciio, estsbelecendo, como oportunamente 0 iormul ar am L ea vel l e C ls rc k, os c inc o n fv ei s h oj e ac ei to s co mo c le ss ic os : 1 promociio da seude ou prevencdo inespecifica; 2 - prevenciio especffica; 3 - di sqn os ti co an te ci pa do e t ra tam en ta ad equ ad o; 4 - t im it ec io d a incapacidade; e 5- resbiliteciio. Em t od os e st es n iv ei s h c i muito que prevenir. Antecipar-se aos males possiveis pelo conhecimento exaustivo da "historie natural da seude e da doence". Mas isto deve-se fazer com a coopersciio de equipes profissionais interdisciplinares. Nao existem, realmente, profissiies nem tecnices auxiliar es . T rat a- se d e u m c onj un to de t unc ii es qu e s e c oor de na m e i nt eg ra m. Muitas protissiies e etividedes tem, pols, relsceo direta e indireta com
a vida do homem e tecilitsr 0 s eu be rn -es ter , co mo pa rt e i ns ep sr sve l d a seude, levaram a perfeita compreensiio de que uma medicine, para ser realmente efetiva no sent ido promocional da seude e do bern-ester, deve adot ar um a f ra nc a a ti tud e p rev en ti va. I st o r om pe co m 0 esquema clsssico do que parecia ser, ate bem pouco tempo, campos snteqonicos: as chamada s "me di ci ne c ur et ive " e "me di ci ne pr ev en ti ve ". N a r ea li dad e, m Io ex is te tal antagoni smo. Nao existe mai s do que uma medicina: a boa medicina. E esta adquire um alto grau de eticienci e e de capaci dade de prevenir doencas, de sbrevier e erradi car as exist entes e de ·promover a seude e a e fi ci en ci e, qu and o e "co mpr ee ns iv e" e i nt er di sc ip li ner , qu an do t om a em considereciio, ao mesmo tempo, 0 bioloqico, 0 orqdnico, 0 p si qui co e 0
0
a seude. S ao as pe ct os p ar ci ai s, m as n ao i nt er de pe nd ent es de um a m es ma coisa. D psicoloqo e um profissional absolutamente necesssrio na equipe m ed ic a e d e s su de p ub li ca , c om o 0 demonstra 0 Dr. 81eger em seu livro. A eusencis de ssude, a incapacidade t isice ou mental, tanto como as dificuldades de comuniceciio e capacidade de coleborsciio entre os hom en s, en tr e e st es e s ua s i ns ti tui co es e e nt re a s i n st it ui ci ie s e nt re s i, c ons pi 0
ram contra ex er ci ci o d a / ib er da de i nd iv id ua l e a do s gr up os hu ms no s, a felicidade e 0 bern-ester da comunidade. Aqui os psicoloqos e os medicos tern um amplo campo comum de trabalho para prevenir e facilitar 0 pr og re ss o e e per tei co em en to d a v id a d o ho me m e da c om un id ad e. Por i ss o, c om pr ee nde -s e q ue 0 psicoloqo clinico de hoje deve se achar familiarizado tanto com os fundamentos da sociotoqie e da antropol og ia c ul tu ra l, c om o c om 0us a e s ig ni fi cad o d as e st et is ti ces m ed ic ss e 0
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metoda epidemioloqico aplicados eo trabalho medico e a investiqscio cient /t ic e de p rob le ma s m ed ic os e s uas i ns ti tu ic /i es . M al s ai nd a, d ev e t er i de ie clara do que significam as principios e tecnices de edministrecio aplicados a etenciio da ssude e do bern-ester da comunidade. Com estas ideiss, caras a medicina atual, orientadas para a prevenciio e a s su de d a c om un ide de , a doutor B/eger medico se integra com a profes-
pr o f is si on al no c am po ap ar en te me nt e e xcl us iv o d o m ed ic o au d o p si qui etra; mas tsrnbem e certo que a iormecio u ni ve rs it er ie d o m ed ic o n ao e s uficientemente profunda no que se refere a ps ic ol ogi a c om o p ar a f az er d e
sor de psicologia B/eger e coloca no livro que prolongamos sua experiencie na t ormecio de psicol oqos clinicos e seu desejo de converter a psicoloqo
psicoloqices e sociais da doence sobre 0qrupo familiar e as instituidies. o d ou to r Ble ge r a bo rda e st es pr ob le mas c om s in ce ri da de e o bj et i-
a termo
e m um p ro fi ss io na l c la ram en te po st o ao s er vi ce d a c om un id ad e. I nt ro du z " psico-hi qi ene" como parte da higiene ment al, par sua vez cepttulo importante da medicina preventive, para delimitar a campo de aplica-
vidade pouco habituais, chegando a co ncl us ii o d e q ue a psicoloqo deve e nc on tr ar s ua m ai or Font e de t ra bal ho e pr eo cu pe ci io n o t er re no a u a mb ito da "psico-hiqiene", para ser u ti! a comunidsde.
(:aoracional dos conhecimentos e as tecnicss psicotoqicss meis efetivas em b ene fi ci a da c om uni da de. "psico-hiqiene" a este 0 autor denomina co nj unt o de at iv ida des p rop ri es do p si co lo qo, "na o p or qu e s e b us qu e a s eu de psiquice (0 que seria lim ebsurdo] e si m porque se age fundamentalm en te s ob re 0 ni vel psical oqico dos fen6menos humanos, com met oda e tecnicss procedentes do campo da psicologia e dapsicologia socie!", Mas como ao autor interessam tembem as p rob le ma s m et od a t ogi co s, p ro pr io s d a a ti vi da de ci en ti ti ce e pr of is si on al , e st udJ c ui dad osa m ent e e c om gr and e o bj et iv id ad e a p oss ibi li dad e de e ol ic eci io do s conhec im en to s d a p si col og ia i nd iv id ua l e s oc ia l c om a proposi to de melhorar a presente realidade social, que msntem a homem doent e, angust iado e des aj us ta do d e s eu g rup o f am il ia r o u s oc ia l, e q ue .pe rt ur be e di ti cul te 0 progresso necesssrio das instituiciies criadas pelo homem e nem sempre a seu servico. Falar de relsciies humanas constitui, como multo bem 0 assinala a eutor, um probl ema que t ranscende a a(:ao de um profissional que age na i nt im ida de d e um c on sul tor io, p ara se v ol tar a u ma a ti vi dad e d e m ar ca do cereter preventi ve no seio mesmo da famili a, dos grupos humanos e sues instituicdes. T udo i st o i mpl ie s "re -s it ue r" 0 p si cot oq o em s el l en ce rqo pr oi is -
Isto 0 l ev a di re ta me nt e a s e o cu par c om p ro bl em as de pr ev enc ii o d as elterscties da vida de comuniceciio e compreensiio entre as ho me ns n o s el o da famflia, das instituiciies e da comunidsde. Adq ui ri r a e xp er ii in ci a n ec es sar ia, p or p ar te d o p si co lo qo, e m m at eria de investigat;ao operativa constitui lima atividade impreterivet, assim como no uso correto do metoda clinico, para dar base cientifica a seu encargo. o psicoloqo - recorda insistentemente a autor - deve agir tundsmentalmente como assessor ou consultor em instituiciies publices ou privadas, que, como 0 hospital, tern infinitos problemas de desejuste social, emocional e administrativo que travam com t reqiiencie a sua a(:ao e eiicienci e. o D r. Ble ge r p oe i in fa se e sp ec ia l n o e st ud o d et al had o do q ue c or re sp on de ao psicoloqo fazer, a partir dos pontos de vista etico, profissionel e tecnico, ao atuar nas instituicoes que solicitam seu assessoramento. A tarefa a reetizar ntio constitui, evidentemente, 0 estudo exclusivo dos indivfduos doentes ou nao e sim, fundamentalmente, 0 es tud o do s p epe is e a a t; ao d es en v ol vi do s pe lo s i ndi vi du os qu e c om pi ie m a i ns ti tui ci io e m r el a( :i io c om os objetivos desta ultima, 0 que se esquece com treqiiencie. JJ ex i ste um ecumulo sufi ci ente de conheci mentos em psicoloqie i ndi vi du al , s oc ia l e i ns ti tuc io nal q ue pe rm it e ao p si co lo qo a gi r c om o f at or
s io ne l, c om ec end o p or m od if ica r s ua i orm ec io n os a mbi en te s un iv er si te rios e Ihe dando acesso a vi da p rof is si on al l ibe ra l c om o i nv es ti ga do r d e pr oc es so s p si co loq ic os n o c am po i nd iv id ual , i ns ti tuc io na l e s oc ia l e c om o ps ic ot er ap eut a, on de a a( :i io d o m ed ic o na o al ca nce a ntvel tecnico suficiente.
de m ud enc e e m m at er ia d e p a ut as d e c on du ta . Est a a( :a o e m ui to m ai s va li os a qu an do va i d ir ig id a a chamada cornunidade normal, para intervir nos processos que gravitam e inttuem na estrutura dapersonalidade e,portento, nas relsciies entre os seres. Ace nt ua r a n ec es si dad e de c on hec er a m el ho r p os si ve l as l ei s n st ur ei s e a s t end enc ie s q ue r eg em os pr oce ss os ps ic ol oqi co s n o c on te xt o c ut tursl particular resulta obvio para uma sociedade organizada e progressista, j a q ue d a a (: ao i ndi vi du el d e s ua s pr opr ies or qe ni re ci ie s de pe nd em a es te -
E evidente que a atividade do psicoloqo no campo da psicot erapia t ra z e t em t ra zi do c oni li to s e m sl -en te ndi do s c om p si qui et res , psicotersp eut as m ed ic os e p si cs ns ti st ss , d ev id o a pretendida intromissio dsquele
c ad a m ed ic o u m p si co te re pe ut e c ie nt if ic am ent e p rep ar ad o pa ra a etencio c ar re ta d o do ent e e a s ol ucs o d e p ro bl em as d e i nt er -r el ec ii es h um an as n a comunidede aparentemente sa. Menos ainda para enfrentar as repercussiies
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bilidade social e a necessidade continua de crftica e melhoremento: u.. os p ro ce ss os ps ico to qi co s f or mam p ar te d a r es li de de , da m es ma m an ei ra q ue a s i ns ti tui ci ies e os objetos da natureza - diz B/eger - e mfo e possivel conseguir modiiicscio radical senso tembem com um conhecimento de suas leis peculiares ... " Mais adiante, 0 autor acrescenta: "Tode instituicio e 0 m ei o pe lo q ual as seres humanos podem se enriquecer ou empobrecer ou se esvaziar como seres humenos; 0 q ue c om um ent e s e c ham a d e a da pt ac;aoe s ub mi ss io a e ti en eci o e a estereotipia institucionsl".
cimentos proprios da psicensli se a medicos e sociol oqos, que nao hao de consagrar-se logo a exercer como psicenelistss, dada a indiscutlvel importt inci e de par est a tecni ce e est es conheciment os a service de mut tiplos problemas de seude mental de cereter social e institucional. Torna-se sumamente grato para 0 que subscreve fazer a apresentac;ao d este novo li vro do professor Bleger, que 0 p ubl ic a c om a m od es ti e do ho me m d e c ie nci s qu e s o es pe ra pr om ov er a ne ces sa ri a di sc us si io ac er c a d e pr obl em as qu e, c om o 0 da "psico-hiqiene" e da "psicoloqis institucio-
Muito f reqiientemente se reprime a capaci dade do homem para se adaptar as verieveis condiciies i/sices, sociais au institucionais do embiente, n o s en ti do de s ju st em ent o, c on fo rm ida de o u s ubm is si o, c on si de ran do -s e i st o c om o n or mal o u d es ej eve t s em s e a dve rt ir qu e a "ede pt ec ii o" n o s en ti d o b io lo qi co na o el im in a a t end enc ie n at ur al d o ho me m a i nde pen den ci e ffsica e espiritual e a sua sede inextingiifvel de mudence e progresso. E t sm be m c ap aci da de d o ho m e m m odi fi ca r a ambiente para a adaptar a seus desejos e espireciies superiores, dominando a natureza e aperfeicoendo suas instituiciies. A ne ce ss ida de d e s it uar 0 psicoloqo como profissional especializado em diversas atividades especfficas levou 0 eutor a separar timbitos ou areas de trabalho demasiado estreitas e delimitadas, 0 que se tome algo artificial
ne!", n ec es si ta m
s er c las si fi cad os e c or re ta men te s it uad os no c am po d o conhecimento medico e psicol6gico para que as tecnicss e metodos com q ue s e a bor dam os e st ud os r el ac io na dos c om el es a lc anc em a s er ied ade e a eticecie requeridas. Pela cota de elementos de estudo e intormecio q ue t orn ec e, pe la c lar ida de d e pe nsa me nt o e p ro fun di dad e d as c ot oce ci ie s e te tu ed es , d eve se considerar 0 trabalho como de real significac;ao e trenscendencie. Muitos pont os sao passl veis de discussii o e de futura revisi o, mas a hu ma ni da de n ao pr og red ir ia s e n ii o ho uve ss e h om en s ca paz es d e a fr ont ar entices e abrir novos caminhos na aC;aoe no pensamento cientificos. DAVID
SEVLEVER
para nos. Em nosso jutzo, a tarefa de cura e de prevencio nao e realizada s o pe lo s m ed ic os e e spe ci al iz ado s e m s su de pu bl ic a. D a m es ma f or ma, t om ase dificil designar campos demasiado restritos ao psicoloqo, com 0 risco de se criar um certo "irnperietismo e estreiteza protissionel" ao mesmo tempo. A i de ia d e e qui pe i nt egr ad a m ul ti di sc ip ti ne r, a de qua da p ar a no ss o m un do t ec no lo gi cam en te e ven ce do , ex ig e co mp ree ns io t ot al de pr ob le mas e r es ponsabilidades em areas limitadas, mas nao "monopolizedes". E assi m como recl amam, as vezes, para si , 0 direit o de orientar e o rg an iz ar a co mu ni da de os s oc io l ogo s, os assistentes socieis, os economistas e as politicos, e, as vezes, os es pe ci al is ta s e m s eu de pu bl ic a e os psicoloqos. 0 t rabal ho em equi pe impede, em boa medl de, part icipar de a ti vi dad es "co mo d e e xc lu si ve e tr ibu ic eo de u ma p rot is si o de te rm in ede ", aceitando a necessidade de especietizeciio, par entonomesie. C oi nc id im os , n ao o bs tan te , c om a D r. Ble ger , n a c on ven ie nci e d e assinalar campos de ac;aoespeciiicos relativos para as diferentes proilssiies dentro do trabalho em equipe e com program as compartilhados. Adquire siqniflcecso part icul ar a defesa que f az a a ut or d es te l ivr o da ne ces si de de de d ar a mp lo ac es so a ap ren di za ge m d as t ec ni ce s e co nhe -
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Sumario
l ntroducao
1-
a psicblogo Higiene. em
e psico-higiene.
mental.
d e a tu ac ao .
lnsercao
Me to do
.....
e higiene
Extremos mental.
i nst it uci on al .
da i nstitu i<;ao e objetivos T ac ni cas
"Grau
Os grupos
Psicol ogia
31
Objetivos
na i nstltuicao,
A empresa.
tituicao.
ment al.
publica
. . . .
do t rab al ho
das inst ituicoes.
da higiene
Saude
sa ni ta ri a
institucional,
do psicoioqo
Psicologia
e acao.
Ed uc ac ao
e a psicol oqia
p si co lo qo .
Objetivos
l ndaqacao
Psicologia institucionst
o que
19
ctinico e a higiene mental.
mental
higiene
A mb it o
2 -
15
.
da equipe
d o en qu ad ra men to .
de dinarnica"
na instituicao.
do
da instituicao,
0 hospital
de psicoloqos.
como ins-
Conclusao.
Bi-
bl iografia.
3-
a psicoloqo na comunidade Objeti vos
.
e ni veis da higiene
logo e a terapia. dade. Objetivos.
Pontes
71 mental.
focais para
0
Constel acao
multifatorial.
0 psico-
t rat ame nt o
e a pr ev en cao .
C omu ni -
Comunidade-tipo.
4-
Grupo familiar epsico-higiene
5-
Perspectivas dapsicenelise epsico-hiqiene .
Psicanalise Ps ic al og ia n ad os,
...
cI In ic a. Tre s f or mas d a p si ca nal is e. Ps ic an al is e e m ed ic os.
e p si co lo qo s,
0 p si ca nal ist a
96
108
Fo rma cao Ou tr os
d o p si ca na li st a.
p ro bl ema s
re la ci o-
n o h os pi ta l.
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e m u ma c om un ida de
Pro gr am a do cu rso de hi gie ne Bib li og rafi a
d et al hada
me nt al
sob re h ig iene
126 .. .. mental.
131 133
Iruroducdo
E possivel s o p ai s
significou vinte que
0
anos.
A partir
mente ponto
da psicologia
nos
fosse
preocupar
puramente
pelo
culados
de sua investiqacao
dos requerimentos
Sou
dos
necessidade cimento
que
impreterfvel,
e exigidos
a possibilidade
psicoloagora
ao
um novo passo ,
da psicologia
e
0
de-
estar desvin-
da vida real e cotidiana.
dependem
que regem de poder
t iv emo s
de uma
a elaborar
cientlficos
ou
muito
e, fundamental-
nao pod em ou nao devem
qual
vinte
e contusao d e c amp os da psicologia
a d es en vo lv ime nt o
que do
os ultirnos
ou filosof lca, chegando
e exiqe nc ia s
creern
das leis psicoloqicas
mo tarnbern
durante
em nos-
de minha qeracao,
desenvolvimento
nacional
no fato de que os problemas
senvolvimento
em tal magnitude
que dar foi e segue sendo
e rnetodos
em que nos vemos necessitados
que consiste
nunca
0 saito que tivemos
nos objetivos
tarnbern, nao
dado
que, para os psicoloqos
de uma total desorientacao
nos orientar
gia que
tao singular
desenvolvimento
e cinco
grande.
que nao se tenha
fen6meno
0
d a p sic ol og ia
nao so um melhor
a conduta
compreender
e
uma
conhe-
dos seres humanos, e orientar
co-
a orqanlzacao
e a vida dos se res humanos.
E evidente
naturais,
a manejar
que aprendemos - como especie - a manejar os fatos a natureza, a construir e manejar instrumentos, tecni-
cas e objetos,
mas nao aprendemos
eas
dos
relacdes
grupal,
institucional
a psicologia
deixou
seres
humanos,
ou cornunitario totalmente
sou a ser uma ne cessidade gem
0
movimento
ainda quer
0
suficiente
sejam
[nacional
estas
para orientar de carater
e internacional).
de ser um conhecimento
impreterivel,
de um objeto,
porque
mas nao conhecernos
Creio que
"de
conhecemos
a vida
individual, luxo"
e pas-
as leis que re-
ainda
bern as leis 15
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
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5/12/2018
JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com psicoloqicas certa
que
medida,
lidade,
regem
as situacoes
as situacdes
cas que podem
de
nenhuma
maneira
a psicologia
nos.
E creio que delas dependem,
tensao
insequranca,
e ainda de todos
creio
de bens
de enorme
que
que
tudo
dependa
situacoss
l stonao
mane ira, a psiclogia
tem que se inserir,
vez mais na realidade
social e em circulos
mais amplos,
ciais
das
instituicoes
nacionais
e internacionais
gica se faz presente Orientado nos
com
exigir
uma finalidade que
trando-nos
roteiros
e a transcendencia
e Letras
higiene ponde
mental
e especialmente
mental
psicologia
como ciencia
Destes
seminaries
sao dos problemas varam tensao mover
alguns
estudos
sabre
tudo
definitivamente
0
pslcoloqo
e desta que
0 que
a meu neste
de Filo-
cargo,
cap itulo
poderao tr ata do Parte-se
logo clfnico
fazer
da p si co log ia eco
a um esforco
para
de enfocar
a
da cadeira agora
e com os estudantes
em forma
a higiene
e utilizaram
ligencia
na diffcil
maiores
de livro,
quadrimestre
e tarnbern
de encara-
0 programa
do
de 1965, com
um breve cornentario
que constituiu
uma tentativa
de uma comunidade,
conteudo,
generosamente
tarefa
tarefa
de sis-
que foi levada
corno
sua bibliografia,
e pratica,
s6 residiram
reconhecido
que ro
rnencionar
professor
0
psicol6gico
te livro possarn
prornover
interesse
da psico-higiene
e a psicologia
entre este
teoria
e pratica,
entre
livro, ou estes capitulos,
de construir
urna psicologia
cia de urn born nurnero c or ri gir ,
a rn pli ar
caprtulos desno carnpo
os psicoloqos
as antinornias
Para rnirn, pessoalrnente,
urna baliza a rnais no proposito
e vejo ja corn
de psico loqos trabalhando
que aqui se resenharn.
c oe s d e r ati fi ca r,
Son is,
interessa-
da sa ude publica.
que supere
e aplicacao.
constituern concreta
publica,
de que os distintos
ern urn carninho
que pres-
Dr. Abraarn
da saude
para orientar
ciencia
sua inteqracao
colabor acao
da cadeira,
dos pr oblernas
da seu
e tecnicas.
a ine stimavel
fundarnental
tarefa
formal
da materia,
seus objetivos,
c once ituais
adjunto
proposito
0
na ostruturacso
especial ista nos problemas
no panor arna
Guia-rne
sua crientacao,
e sua inte-
de psico-higiene,
na orqanizacao
e a revisao de e squernas
generosarnente,
do sernpre
nao
sua capacidade
uma cadeira
tarn bern fundarnentalrnente
Espe cialr ne nte tou,
seu tempo,
de organizar
dificuldades
corno
nearnentos da discus-
Estes estarao e a pr of un da r
satisfacao
de acordo
a existencorn os deli-
rnuito ern breve ern condi0
que aprenderarn.
deri-
sem a prede prode am-
e d o s p si co loq os . dos caprtulos que constituem
aqueles
que
de uma
ou outra
e ste
maneira
estes pr oblema s.
de um capitulo frente
de
re-situar
da r evisao biblioqraf ica ,
e negativos
todos
corres-
em 1965, da cadeira
de que constitua um livro de texto, e sim com pr oposito inquietacao, de problematizar as questoes e especialmente positivos
sobre
como profissional.
ca de ira ,
publico
da Faculdade
no segundo
realizado,
psicoloqico
receram
a
E assim que, desde
distintos.
e a criacao,
mim
gradual mente
0
Dos aspectos tenham
de psicologia
serninarios
0 estudo
e a maneira
no Apendice
sobre
E dada a
a cabo pelos estudantes, dirigidos pelo excelente corpo de colaboradores com que contei. Com todos eles tenho uma divida de gratidao, ja que ofe-
e
rnos-
para
tematizar
e um ultimo
acrescentar
correspondente
pratico
familiar
com a psico-higiene.'
estes problemas
proferido
detalhada
trabalho
0
sobre
conveniente
mental
grupo
em relacao
clareza
julguei
a bibliografia sobre
da comunidade,
da psicanalise
curso de higiene
teorica
social do
constituem
da psicologia.
com os integrantes
p lia r a s pe rsp ec ti va s livro
e
A funcso
ampliar
par
trabalhar
variar,
psicologia
de suficiente
rnesrna
objetivos
nos fara
da psicologia
e a psicologia;
me obrigou
por certos
e me propus
e de apllcacao Aires
lado devemos
carencia
cujas
intervern.
se bem que nao tenhamos
e frutfferos.
50-
psicolo-
outro
lnvestiqacso
no departamento
ao psicoloqo
higiene
anos
0 estudo
problemas
ja que a dirnensao
mas orientada
social
ha muitos
de Buenos
incluindo como
por
a mesma
sim,
cada
que,
cada vez mais exatos
1962, se realizaram sofia
penso
imediatos,
de investiqacao,
de investiqacao
tanto
tipo,
de
uma cota
penetrar
posto que em tudo a ser humano
seguramente
preocupacao
campo
de todo
maneira,
resultados
finalidades
uma
em tudo,
desta
que
psicoloqo
e da comunidade,
mas,
institucional, as perspectivas los no ensino,
a vida dos seres huma-
desta
d05 grupos,
cacti-
significa
nos oferecer
e melhorar
em
na atua-
parte da humanidade,
da psicologia,
gradualmente
para salvaguardar
vivendo
permanentes, de grande
os seres humanos.
po de e deve
consideravel
Enfocada
creia
que estamos
riscos
chegar ao auto-exterrmnlo
de seus sucessos que
a vida humana.
no qual
se abrem
mental;
sequern-se
1 ~ 0 pri me iro capi tu lo f oi pu bl ica do e m Acta p siqu ietrice em 8/4/1962;
0
e Letrasde Buenos Aires (1965),
as perspectivas outr os
sabre
do psicopsicologia
0
a rg en tina
quarto e quinto foram lidos ~ respectivarnente~
no sirnposio "Doenca mental e familia", gia argentina
V p sico to qice
segundo, no departamento de psicologia da Faculdadede Filosofia organizado por Acta p siqu ietrice
Vp sicoto-
e em umareuniao cientrfica do Instituto de Psicanalise(1965).
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1
o psicologo A criacao da carre ira o fato de contar
proporcao,
coloca problemas colocacao,
desde
sociedade
e no
na
que nao nos vejamos
mame nte
graves.
sionais
como
sabemos
rado
peramos
corneco,
indole.
melhor
0
0
medicina
seus
estorc os
centre
isto, e na pratica
prom over um melhor
-
atualmente quer
me di co
outros
no campo dizer,
0
mesmo
dissociacao dicos
os que,
rnudanca
medico
entre
publica
em nao escassa
e 11 orqanizacao
que esta mudanca tampouco
tem, ainda
saude
contamos
em grande e medicina
medida,
mais racional
nao depende com este
unicamente
da vontade
ultimo
isto,
nem
-
ese
de coisas
como ocorre a gr av an te d e
0
uma dicotomia
ou
e de que sao os me-
uma certa
da medicina. para
e p re pa -
a doenca
de tal estado
proporcao,
de
fundamentalmente
males do sistema
assistencial
apresentam
dentro
p ro fi ss io na l
tornou-se na atualidade um problema sumamente dificil, sempre que e necessar io introduzir rnudancas radicals, com que
da
para proteger,
para cur a-Ia, em lugar de evitar
nivel da saude, A rnodificacf io
su-
vou tomar
na qual os profis-
coletivos
medicina
c omo grande
problemas
significar,
seria aquela
0
entre
em
enfrentando
ocorre
uma
clinicos
depende,
que quero
E, no entanto,
adoaca
atual
os esforcos
individual,
Um deles eo do pana higiene menta l.
a saude publica,
e dirija
a saude,
a pessoa
que
do pais e
ira progressiva-
dos psicoloqos
momenta
a melhor
em forma
Com
que
0
e xe mplo
que
e reparar
e exerce,
assistencial.
de distinta
que
dedicassem
uma orqanlzacao fomentar
universida de s
cujo nurnero
ulteriormente
Para escla rece r
super fic ia lmente medicina:
em distintas
das mesmas,
na saude publica e, mais e spec ia lmente ,
Da correta profissionais
de psic ologia
ia com egressos
mente aumentando, pel do psic oloqo
clin ic o e a higiene me nta l
dos medicos; com
a
resistencia
Nao e menos
certo mas
a consciencia
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JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com que indicam as publ icacoes correntes sobre a materi a, encontramo-nos ca bal d o p ro blem a e d e s ua s s oluc oe s, E ne ce ss ar io lev ar e m c on ta q ue s ao com 0 q ue ter fam os qu e r epe tir c on hec im en tos qu e 0 psicoloqo ja adquiriu as co ndico es s oc ia is e ec ono rn ic as a s qu e a tu alme nte tor na m m ais f acil p ano c ur so d e s ua a pr en diza ge m, p rop osicd o qu e no s d eixa logica me nte m uira 0 profissional a pratica da medicina privada, assistencial e individualista. to insati sfei tos, ainda contando que a r epeticao nao e nunca totalmente E mui to possfvel, no entanto, que muito rapidamente isto va deixando de t al , mas si m sempre uma aplicacao e aprofundamento. Mas conhecer psiser certo em nosso pais, ou talvez j a nao 0 seja. c olog ia e ps ico patolog ia n ao e aind a c on hec er h ig ie ne m ental, a ind a q ue es Sao muito vari ados os campos de atuacao do psi coloqo cllnico; mas
s e e ste se a cha inter es sa do p re do minan te me nte n os p ro blem as ps ico lo qic os d a s aud e, tem q ue s e s itua r c or retam en te no , a te a gor a, p ouc o de finido campo da higiene mental e, 11medida em que 0 va fazendo, 0 campo i ra se c onf ig ur and o m ais c la ra e n itida me nte. Que ro e sc la rec er e s ublinh ar q ue a minha posicfio e a de que 0 psicoloqo cl(nico, suficientemente preparado p ar a isto, de ve s er p le na me nte h abilita do pa ra p od er d ese nvo lv er u ma a tividade psicoterapica, porque - entre outras razdes - e, atualmente, 0 p rof is siona l m elho r pr ep ar ad o, tec nica e c ie ntif ic ame nte, p ar a d ita tar ef a; mas, ao mesmo t empo, creio que a carr ei r a de psicol ogia tera que ser considerada como um f racasso, a partir do ponto de vi st a social, se os psic6logos ficam exclusivamente e em sua grande proporcao limitados a terapeutica individual. A fun<;:aosocial do psicoloqo cI ( nico na o de ve s er ba sica mente a terapia e sim a sauce publica e, dentro dela, a higiene mental. 0 psicoloqo deve intervir intensamente em todos os aspectos e problemas que concernem a psico- higiene e nao esperar que a pessoa adoeca para recern poder intervir. E a este problema que me referi no corneco , e sua correta o rien ta ca o de ve s er e nc ar ada m uito p re coc em en te . Es tas s ao ve rd ade s q ue na o s e p oe m teo rica men te e m d uvida , m as q ue na o s e f az em a in da p ra tica s na dirnensjio necessaria.
ta ultima pressuponha 0 primeiro. Nes te s en tido, c re io q ue 0 que realment e cor responde em um seminario de higiene mental e 0 e studo da edmlnistreciio dos conhecimentos, a tividad es tec nica s e r ec ur so s ps ic ol6gico s qu e ja f or am a dqu ir ido s, pa ra encarar os aspect os psi col6gicos da saude e da doenca como fen6menos s oc ia is e c oletiv os . T em os qu e a dqu ir ir um a dirne ns ao s oc ia l d a p ro fiss ao do psicblogo e, com isto, consciencia do lugar que ela ocupa dentro da saude publi ca e da sociedade. Desejo promover uma rnudanca na atit ude a tua l do e stud an te , tan to c om o na do p sico lo qo co mo pr of is sion al, lev and o seu interesse fundamental desde 0 campo da doenca e da terapia ate 0 da saude da comunidade; desejo evitar que os psicoloqos tomem como modelo do exercfci o de sua profissao a atual orqanizacao da medicina, na f alsa c re nc a de q ue e sta po de s er a o rq an iz aca o o tirn a ou ne ce ss ar ia. A extensa bibliografia existente sobre 0 tema nao esclarece suficientement e esta perspecti va, que cremos ser a unica correta. Fazemos t otalmente nossa a opinifo de Sivadon e Duchene para quem a maior parte das publ icacdes sobre higiene mental sao irritantes e decepcionantes.
Objetivos da higiene mental Hi gi en e men tal e psico-hiqiene
Uma v ez a ce ita a pr em is sa s us te ntad a m ais ac im a, f ic am v ar ies pr o, b le mas m uito ba sico s po r c oloc ar e r es olve r. Qua nd o s e q uer e ns in ar h ig ie ne mental, 0 que habitualmente se faz e, simplesmente, ensinar psicologia e p sico pa to lo gia; tes te mun ho disto s ao os tex to s m ais h abitu ais d e higien e mental, que sao, em sfntese, nao outra coisa que tratados abreviados de psicologia evolutiva, psicopatologia e psiquiatria.
Um dos primeiros objetivos, com 0 qual hi stor icamente nasce a hi gi ene mental, figura ou se encont ra entre os prop6sit os do moviment o q ue m ove u 0 li vro de C. W. Beers, publicado em 1908: "fazer algo pelo d oe nte m en ta l" , n o s en tido d e , mo dificar a as sisten cia p siqu ia tr ic a, lev ando-a a condicfies mais humanas (melhores hospitais e melhor atencao) e com isto a possibilidade de uma maior proporcao de curas. Um segundo passo hi st6rico de fundamental i mportancia se da ao colocar como objetivo ja nao s6 0 prop6sito anterior e sim tarnbem, ba-
o pri meir o problema que nos col ocamos e. ent so, 0 do conteudo da mat eri a que t emos que tratar neste sem i nario. Se nos ori entamos pelo
sicamente, 0 diagri6stico precoce das doencas mentais, com 0 que se possibi lita nao s6 uma taxa mais el evada de curas como tambern diminulcao de
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sofrirnentos
e do tempo
seja em algumas chidas
as
melhor
utilizacao
basicas
mediante
nacao pode
ser obviada
muito dodos
0
psiquiatr
se propenda
funcional
-
momentos
a uma
psicoloqo
do cancer
cl m ico
pode deste
ou realiza a
diaqnostico s e f az a in da
em momentos
quando
colaborar problema
ou pe-
ja ha caquexia de maneira
recai preponde rante -
objetivo,
que
foi se delineando
ja nao se refere somente
ce, e sim basicamente
11profilaxia
cad a vez mais firme e do diaqnostico
11possibilidade
ou prevencao
das doencas
preco-
mentais,
agin-
Enquanto anteriores,
se tern
que
aparece
desenvolvido,
na higiene
c;:ao, quer seja do paciente
em certa
medida,
a necessidade
mental
que deve se rei n tegrar
de atender
curado com deficit ou sequelas. ou quer seja daquele curativa nao pode fazer nada.
o
objetivo
historicamente
refere
tao so 11doenca
maior
equilibrio,
de um melhor
ra, ja nao interessa pleno
dos
somente
individuos
na higiene
e sim t am b er n de doenca
e da comunidade
total.
a seude
e. com
diana dos seres humanos.
por quem
E isto
e,
e sim
mental
0
A enfase isto,
a medicina
camente
e em forma
e, inclusive, terapeutica
rigorosa
os limites -
to que curar um sujeito sobre
seus filhos
e insepatave disso,
entre
por exemplo
um e outro
e, por outra
parte,
nem tampouco
A escolha pode
ul tim o
d os e num er ad os
distintas
comunidades,
ter minar
que
pec to escala,
nao deixa de ser certo que, em boa medida,
sarios para atuar
na profilaxia,
na reabilitacao
a preencher
de ca rater
pelo
profilatico.
0
inespecific o:
e
nao
Devemos
para decidir
os problemas
e suas distintas
pratico,
ainda
ta l como deve ser utilizada
que
auxiliado
de0
as-
sense uma a urqencia e
sobre
irnplicacfies.
E
teorico, mas sim eminentemente
um proble ma
plastic a,
sobre
confeccionar,
de prioridade
somente
ao
podem
momenta
criterios
e
tam-
tender
m.enos certo que, em
de agir sobre
menos
a pro-
momento
se bem que devemos
e a urqencia dos mesmos
os problemas
poucos
que nossa
condlcoes de vida.
em determinado
(prornocao da saude),
ou sobre
em muito
de tal maneira
peso da atencao recaia em um dado
0
a ssistencial
pela teoria
empregada
de forma
flexivel
ou
toda teoria.
o
quais tem func oe s
especificas
para cumprir
(as da psic o-higie ne ).
Extremos em higiene mental
me ntal
a
ceitos
cronologiru'tidos:
profilaxia
a
os conhecimentos
e na prornocao
isto
Alern neces-
da saude de-
estudar
11higiene
entre
enos
prevenir
mental
sobre
certas
atitudes
que nao so estao presentes
os profissionais
e, por certo,
tambern
ou precon-
no publico
e nt re
como
o s ps ic ol oq os
cl inicos. Um dos primeiros
enquan-
patologic ame nte
da comunidade.
frente
tarnbern
se excluem
no nivel da profilaxia,
da saude
do objetivo
ser um fato rnecanico, porque
pouco
uma causa para evi-
possivel
e interes-
nao sao totalmente
se atuamos
e
no pre se nte
do
de um
da higiene
que ele nao gr avite
do nlvel
mais poderosa
(atacar
por exernplo],
qual
a et en cs o d a v ida c ot i-
beneff cios diretos
pode signif ic ar
progre ssiva,
0
urna pe rsp ec ti va
Desta manei-
nao se sucedem
em sua aplicacao
- rende
l do melhoramento
mental
geral
da doenca,
po ssi -
desenvolvimento
para nos, de vital irnportancia
da higiene
especifica atualmente
arma profilatica
Devemos objetivos
as causas
fica ainda como
tecao da saude e, c om isto, a prornocao de melhores
se. Estes cinco
-
da psiquiatria,
psicoloqo clinico deve ocupar um lugar em toda equips da saude publica, em qualquer e em todos os objetivos da higiene mental, nos
ja nao se
1 1p ro rn oc ao
nlvel de saude na populacao.
a ausencia
assim, da doence
translada-se,
mais recente
ou 11 sua profilaxia
11reabilita-
11vida plena, quer seja do
conhecer
rigorosa a profilaxia
esta decisao nao
os objetivos
no campo
do enc a) s o se torna
(paralisia
casos
tarde
requer-se
De tal maneira,
possibilidades
do antes que estas facarn sua aparicao e, em consequencia, evitando-as.
muito
cientificamente
tar uma dada
e
multo
chega
desenvolve-Ia
futuro.
no nivel em que se desenvolve 0
para
em que a inter-
em sua duracao. Isto segue se ndo para
mental
que
concreta,
em forma
precoce
a doenca
bilidade
ou dinarnico da
psiquiatra.
0
Um terceiro nitidamente,
leitos,
uma vez preen-
ou reduzida
ao do diaqnostico 0
que,
diaqnostico
ma s a responsabilidade
me nt e s obr e
de
ica em nosso pais; em geral,
equivalentes
fundamental,
mlnimas
e se diagnostica
N is to ,
Isto significa
com um criterio
fundamental,
tardiamente
r ne ta st as a.
pelo fato de
dos mesmos,
internacao,
assistencia
c omo
desnecessaria.
ocasioes
necessidades
nos um objetivo
JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional-slidepdf.com A p ro fi la xi a, chegando-se a que esta rivam do campo da patologia e da terapeutica necessario de internacao.
dos
poles
ou se espera suas
desta
possibilidades
impossibilitam atitudes
preconceitos
idealizacao-rnenosprezo
0
extremas,
ultima
solucfies
e realizacoes, necessaria uma
22
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
que devemos das
possibilidades
milagrosas Estas
senti do de
vez embarcados
da
refere-se
higiene
ou se desvalorizam
atitudes
extremas
realidade em
atender
uma
e, como delas,
todas
dificultam em todas com
aos
mental: as ou as
facilidade 23
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JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional -slidepdf.com as modificacoes ja conseguidas e isto num processo
a
gira-se
inversa. C om isso, corre-se paralelamente
impotencia pouco
e a onipotencia,
tempo
educ acao, deu-se
e, em certa
e xa ge rando mesmo
0
com todos medida,
Trabalhar atuando daqui
no campo
nos problemas deriva
outra
recern-descritos mental
e que e -
por outra
mental
em um movimento
mental
em
mos
sua justa
nidade,
entre
moradia,
ser humano:
ideoloqico
outras
-
0 profissional
deve
um nao deve absorver
estar com os
e sociais
nem deve-
de uma cornu-
sob as quais a higiene
problemas
sociais
nem anular
0
men-
(alimentacao,
agir em sua condicso
modificando
inseparavel
que compreendem
variaveis
enquanto
vez, ser investigado
se estuda.
tanto
de
dando
A etapa
isto
clinico
tanto
implica
fato de que a prodeve ser tida
por todo
a investiqacao
trabalhador
como seus efeitos
torna-se
investigada
e a
no fato
a sua arnptiacao ou retifi-
lugar de imediato
de apllcacao
0
operative
como
Cad a hipotese
ser
e que se vai
na at;:ao deve, per sua
nisto
Esta indaqacao
pelo psicoloqo
de seus resu Itados.
de sua aplicacao
incluindo
intera-
e a at;:ao devem
que se estuda
Cada passo dado
muito
aplicacao
mesmo
em seus efeitos,
ja e uma atuacao.
em conta
a investiqacao
do fen6meno
pria lnvestiqacao
necessariamente
a investiqacao
do
q ue s e a sta a pl ic and o. Dentro
a higiene
podemos
os fatores
inclu (dos como
cacao,
a higiene
Situando
t;:ao. Todos
social e so com ela sera frutifera
economico-polrtica
nao
ha situacoes ditos
se
em crer que a higiene
em si mesmo. econornicas
em atender
mesmo
os males.
a transformar
e possibilidades,
razfies porque
0
relacionados
a uma reforma na tendencia
das condicoes
justamente
etc.l,
-
Para alguns,
inevitavelmente
muito
por uma parte
parte
medida
nos desentender
tal consiste
-
reduz-se
tudo da
de vida dos seres humanos;
de extremos,
consiste
reais.
evitar que
significa
sociais e nas condicoes
em geral)
esperava-se
que ela resolva todos
da psico-higiene
possibilidade
Ie a higiene
da sociedade
esperando
Devemos
de permanente
entre a
e danos de am b as. Ate
suas possibilida de s
corn a eugenia.
rep ita agora com a psicologia,
risco de flutuar
ainda na atualidade,
visivelme nte
fenorneno
0
os prejuizos
deste
t;:ao de rnetodos deu anteriormente
c ampo
do
da higiene
e
q ue e st ud ar emo s
e sociais
de seus estudos
metoda
que se tornou
geral
psicoloqicas
no decurso
o conhecimento mentais,
enquadramento
e tecnicas
0
a a dr ni ni st ra -
p sic ol oq o
j a a pr en -
e a isto deve se acrescentar
epidernioloqico
um instrumento
que
no estudo
fundamental
dos transtornos
e imprescind
i'vel no
me ntal.
outro.
Saude publica e higiene mental I ndaqacao e a c; :a o A higiene Quando modelo
se fala de lnvestlqacao,
do investigador
uma situacao caimos
artificial
experimental de poucas
no preconceito
impossivel.
As ciencias
temos
ainda,
das ciencias
variaveis
naturals,
medida,
especialmente,
0
a investiqacao
mostraram
ate a evidencia
psicoloqo
e
princfpio
de que
riquecem
reciprocamente
uma rnanifestacao corretamente.
tecnicas
para
deve,
no campo
da higiene
indagaC;ao e ac;ao sao inseparaveis no processo
de desejos
de uma
e sim uma condicao
A aC;ao deve ser precedida
tigac;ao mesmo
e ja uma atuacso
cacoss
obtidas
ou resultantes
passos
seguidos
na investiqacso,
sobre
devem,
praxis.
mental,
e que
ambas
objeto
fundamental que se indaga.
por sua vez, reagir sobre
de tal maneira
0
se en-
Isto nao constitui
de uma investiqacao: 0
aplicar
que outra
e um ramo da saude publica
saude
compreende
conserver
Orqanizacao mental
clfnico
mental
com a orqanlzacao
A higiene
e com isso
condic;6es,
de que isto nao e correto.
o
concordancia
em cada lugar, de tal maneira
que configura
para poder trabalhar
de crer que, fora destas socials,
em grande
Mundial
"consiste mental".
especial,
que
que nao podem 0
conjunto
da Saude,
Dentro A ss im se
(0
o nivel psicol6gico
conhecimentos,
denomina
de 1952,
pode-se
contar
0
psicoloqo
e
clinico:
se busque
e rnantern com 0
a
um ramo campo
da
a saude psfquica
se age fundamental
humanos,
e
31 da
diz que a higiene
mental
nao porque
rnetodos nurnero
promqvem
mas sim porque
dos fenomenos
0 relatorio
que
particularmente
que seria um absurdo],
para operar mas a inves-
de
a saude,
em
alcancado
entre si.1
e tecnicas
da higiene 0
tenha
se desvincular
de dezembro
nas atividades
e deve ser encarada
nfvel que esta ultima
e desenvolver
interessa
p si co -h ig ie ne .
eo
com rnetodos
mente e teenicas
sobre pro-
As modifios n ( veis e
vez ajam sobre
1 -
Tende-se
atualmente
t o d e i nt eq ra ca o
a empregar
d as ch ama das
24
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
a expressao
med ic in a
cu rat iv a,
seude mental para facilitar p re ve nt iv a
0
concei-
e so ci al .
25
12/69
5/12/2018
cedentes
do campo
p ri va ti ve
d o p si co lo qo
o falar
mesmo
c uj as r es po st as
c lmi co .
que para
de higiene
JoseBleger Psico HigieneePsicologia Institucional -slidepdf.com intervir? Sobre quem ou que? Como? Com que? e da psicologia social. E-este e 0 campo
da psicologia
mental
acso e nao a um setor dos resultados, ca tem
os tenornenos etc.) tanto
como
a saude
corporal
repercussao
direta
M. Ribble
e outros
De outra
maneira,
rechacarnos
as medidas (exemplo:
de amor
prolongando
[alimentacao,
tern
de psico-higiene os estudos
e seus efeitos
na terminologia
urn dualismo
que
mas cremos como
guns
situ am
clinico
parte
e psicoses.
auxiliares como
Seria
como
auxiliar
semelhante
os limites
em tuncao
profissionais
sobre
reduzindo-a
a ele acodem
o nisto:
que admitir
para atender
psicoloqo
os doentes
ampla
da s
qratificacao
que
nao
e promissora para
mentais
e
Isto
perguntas
a ac,:a o e m higiene
ou suspeitos
justame nte,
dispsnsario de se-los que
e em prime iro
uma atividade
doente
-
racional
venha
a pessoa no
entre
e afetam
a saude
a estrutura
os seres hurnanos,
pa ra que possa concorrer em doenca,
c on sis te
e sirn sair a tratar
consultar
que gravitam
luga r,
e frutifera,
p as so e m p si co -h igi en e
as rei acoes
impliquem
para
0
g ra nd e
psicoloqicos
portanto
isto a public o
com
nao
que a pessoa
e -
ern condicoes
que
cl ( nico deve sair em busca de seu "cliente":
nos processos
personalidade
e
e definiu
ou Ihe sao remetidos.
nao esperar
vando
sao
em abrir urn consultorio,
consiste
curso de seu trabalho cotidiano/O
porque
a s ol ic ita r
da
rnoti-
s eu s services
Isto abre uma perspectiva
da populacao
e uma fonte
de profunda
profissional.z
os mestres
e inf lu enc ia
e mocional
al-
se estereotipou
o que nao se deve fazer, se se pretende
a terapia
situar
da intervencao
equihbrio
0
que se tenha
da me dicina,
e
da medicina
ao fato de querer
da medicina
das criancas, E possivel
da saude pu-
de ac;ao do medico, Quando
a tuncso e extensao da psico-higiene,
se entendeu
integrante
ultrapassa
as possibilidades
psicoloqo
e
ja dissemos,
que a psico-hiqiene
ultrapassa 0
como
que
e em psico-higiene
ou laboratorio
de Spitz,
patoloqicos).
esquema
mental
e a intervir
mental,
blica,
eles tern
a carencia
estamos
tanto
neuroses
sobre
de
na teoria.
A higiene
como
sobre
ao campo
toda atuacao na saude publ i-
menta is e psicoloqicos
sobre
lnfeccoes,
efeitos
avitaminose,
so para se referir
porque
o
seria necessario, a rigor,
caso da psico-higiene,
0
e de saude
mental
Estas
v an n os o cu pa r e xt en sa me nt e.
q ue
e psic oloqic o
como capitulo
Ambi tos d e atuacao
mais vasto
o da saude mental e, dentro dele, considerar inclu idas tanto a higiene mental como a psico-higiene, como dois caprtulos que na o se sobrepdern totalmente,
o e com
ainda que com a grande
psicoloqo clmico opera,
tecnicas
quantidade
de pontos
na realidade,
que correspondem
rnais ao campo
Nesta
de contato.
c om esquemas
c once ituais
da aprendizagem
(lear-
ning) que ao da clinica, Tudo
que
0
orqanizacao
e
estatal
a saude p ubl ic a
relativo edisto
deriva,
ou dependencia,
Certamente
que deles dependem,
nao
e
menos
muitos
certo
projetos
no carater ponde
com
n a q ua l espera-se em grande
que tarnbern
e aedes devem
especificamente confiar
tudo
n6s somos
ao psicoloqo e se basear
e
uma atitude
na escala
necessaria, publico"
dos proprios
cI inico,
tem
tarnbem,
profissionais
mas e que
profissionais,
a taref a de qr avltaca o
em esforcos
racio-
que cortese em grande
nao totalmente
estatais. Depois interroqacoes
disso,
cotidianas,
corresponds-nos
que se nos colocarn
agora
responder
de imediato:
tarnbern
a distintas
com a psico-higiene,
onde
psicoloqo
clmico
da doenca a prornocao da
em suas ocupacoes
nos distintos
nfveis
nao
um ruvel de sua tarefa.
indivfduos
hospital,
mais
doentes
e tratar
e
so um lugar onde
Quando
tabrica,
que
0
etc.}, 0 primeiro
Nao se deve
a maneira
de uma superestrutura, que
tem
a instituicao.
instituicao:
estrutura
criar
este outra
porque
que ser manejada
mas sim dentro
das mesmas.
a partir
ponto
psicoloqico:
de vista
etc.; as lideranc,:as formais
26
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
e
0
e
fazer
em atencao aos tarefa
e
in-
"clients",
0
dentro nao
ou acrescentada
Deve-se seus
deve
seu primeiro
a psico-higiene
e informais,
uma institui-
que
Sua primeira
instituicao
a parte
instituicoes, do
os
o s g ru -
psicoloqo pode trabalhar;
para tr abalharern
ingressa
clube,
integram
a propria
importante.
tarefas,
entre
as instituicoas,
n ao a br ir um ga bi ne te , n em l abo ra t6r io, n em c ons ul tor io vestigar
ordinar ias e
a sociedade.
Uma instituicao c;ao (escola,
e tarefas
de orqanizacao.
que ter em conta, funda mentalmente,
pos, a comunidade,
e
do
das pessoas
encontramo-nos
temos
de
publ icos.
a planificacao
um "podar
e tern que partir q ue
conexao com a
dos poderes
medida,
de levar a cabo os projetos
de tais, A p sic o- hi gie ne ,
med ida, que
t em e st re it a
rnuita frequencia,
passagem
ao encontro
quais
expe cta tiva
nal e a possibilidade
saude,
examinar
objetivos,
da primeira,
e
uma supera vida e as
a instituicao
funcoes,
a comunicacao
meios,
entre os ste-
27
13/69
5/12/2018
tus (ver tical) esta
e os intrestetus
indaqacao
alern disso, tem
que
distintos
atender
urna instituicao, em centro
tipos
como
regu lares da mesma. em tensoes sobre
0
de coisas,
em uma
os grupos
nlvel, muito
deve tender
configura da familiar,
modalidades
e ados
sobreposta. nao devern
a atuar
sobre
grupos
as disponiveis:
o tando
todos
folhetos, escola,
os meios
etc.)
coes de tensao Sem os tipos
artificiais,
animo
desenvolvimento cia, puberdade, tos de rnudanca service
de apresentar
militar,
normal:
3 -
Situacdes
90es humanas:
familia,
escolas,
fabricas.
socials:
escolas,
tribunais,
ansiedade
nos quais
em
momentos
d e t od as
Fora de todos de irnportancia
ou peri'odos
etc.; mais
nais mais
racionais
remuneradas.
aplicar,
de incrementar
e devem
se ade-
melhoramento
devido
e
ou
com
plena
mais implicados
sa-
predo-
ainda que em centros
ou dis-
de reabilitacjio.
Confio sera
que, campo
0
do ate aqui exposto
do exercfcio
privado
de uma pro-
muito
par ticular,
tarnbern bom nurnero de outros fre quencia, a s atividades pr of issio-
mais
produtivas
sao as menos
quase
economicas,
em
do que realmente sociais
dos profissionais
cientlfica
ou pior
para lela, possuirnos
mais conhecimentos
a efetividade
de sua cornpete nc ia
pro-
ai onde deve se centrar
com uma a nomalia
a limitacoes
no ob-
um papel
terapeutica,
a psico·higiene
e em forma
muito
assumir
m ai s e sp ec ia lm en te
Como pode se deduzir
encontram muitfssima
parte,
problema
que mental,
encontra -se
da higiene
e inte-
ao psicoloqo
amplitude,
e socialmente
Por outra
os campos
cremos
a possibilidade
que, em grande proporcso, profissiona is: a de que, com
0
pela assirnilacao adequada,
D et ive mo ·n os
terapeuticos
psicoloqo
podemos
e as situa-
e tec nica .
e
0
e politicas. distinto
ao do
l
f ac tl ve is. ou integral,
ps ic olo qo
de ve i nte r-
lactancia,
velhice;
infan-
2 - Momen-
casamento,
viuvez,
ou anormal
nas rela-
5 -
Educacao sanitaria
ou per iodos do
etc.; 4 - Orqanizacso clubes,
0
de tudo
mani-
anteriormente:
p re co ce .
chnico.
tabrica.
parto,
normal
A qui
de
em suas multiples
da psico-higiene,
toea tarnbern
esta
nao exclui
(clube,
Momentos
gravidez,
do psicoloqo
a psico-hiqiene
aprendizagem
da higiene
e com
adocao
absolutamente
para a protecao
da vida,
os enumerados
eminentemente
progressivamente
as idades,
Situa·
ou dire-
psicoloqicas,
d ia qn os tic o estorco
etc.; 6 educacao
intervern
a sua amplitude,
uma
da saude porque 0
em todas
seres humanos,
estes aspectos
todos
exaustiva
idade crrtlca,
e tc.
aprovei-
em
intorrnacao,
psicoloqo
psicoloqicos
em todos
minantemente
f is sa o.
0
da saude,
r ea bil ita ca o,
especifico
ocio
a s n ec es si da de s
jetivo de prornocao
pensarios
jogos, deduzir,
em toda
experiencias
[ornais,
as tarefas
0
interessa-se,
gra<;:ao de
cartazes,
ja existentes
e r ea ll za coe s
de tensao
de instituicoes criam
televisfio,
ou de crise: imigrac;:ao ou ernlqracao, etc.:
de tarefa ,
sao tam bern variadas
maturidade,
grupo ou he-
tem que se fazer
mane ira: 1 -
ou da evolucao
0
ser hornoqeneos
uma classificacao
da seguinte
soc ial:
de suas
a problematica,
ou de problernatica
natu-
etc. Outra
operativas,
(radio,
p er se gu id os
0
grau de saude ou de doenca, ser escolhidas, segundo 0 caso,
de discussao,
As tecnicas
juventude,
instituicso
que podem
sobre
"unidades
e
aos fatores
na prornocao
eo da atuacao dos grupos
que ja te rn dinamica mente
de trabalho,
e instituicoes
atuando
se agrupar
em fun<;:ao
e Iacll
que inclui ou implica
0
t is fa ca o
que requerem
criancas,
Como
concerne
e nao
consu Itam e
0
anterior,
configuram
n [vel da comunidade
o bje ti vos
de sltuacao
vir podern
0
coletiva.
qu ar a os p ro ble ma s,
0
aqueles
de cornunicacfo
etc.).
com
a equipe
e os organismos
hospital,
da mesma
Os que
ser encarados
de determinada
terapeutic as,
tra ba l ho sobr e
deve funcio-
das
etc.
testacoes:
especrfico
campo
significativas
educacao
menores,
f il ax ia ,
os que
pr e-forrnados.
teroqeneos, em idade, sexo, problernatica, etc. As tecnicas grupais a utilizar devem entre
0
9ao:
que
p sic 61 og o e u m e sp ec ia li st a e este e
95es altamente
em tudo
dos integrantes
regular ou habitual
relacionado
educacional,
0
deve se converter
atraves
E muito variada a composicso
a sua func ;:ao dentro fabril,
0
e , em
e si m i ns tit uc ion al .
humanos.
quer dizer , grupos
que este
0 psicoloqo
em uma instituicfo
no processo
que deve atender
Um segundo
rais",
humana
superestrutura
i ndi vid ua l
0
e cria,
psicoloqo,
maneira
se exercer
A psico-hiqiene
ou inclufda
proprio
e de nenhuma
ou comunicacao
a instituicao
de sua tarefa.
Nesta ordem
nar engrenada
psicoloqo
integrante
0
devem
qual deve atuar.
d a p ro ble rna tl ca
com
suas funcoes
da relacao
os acontecimentos
que modifica
de tens5es
parte
se transformar
sobre
atuacao
urn colaborador
da mesma;
Jose Bleger ePsicologia Institucional -slidepdf.com etc. Tendo sempre-Psico em conta Higiene que sexualidade, orientacso profissional, escolha de trabalho,
(horizontal),
em si ja e uma
e dinarnica
Problemas
especfficos
que
da vida:
Este em virtude pode
levar
capitulo
tende
conduta
rnerecera
irnportancia
a mesma.
sem a colaboracao taria
da higiene
da grande
Nao
ha programa
e participacao
a produzir
rnudancas
atencao
especial
do psicoloqo,
que tem e pela contr ibuicao ativa
de higiene
que
da comunidade;
estaveis
de
possa
especial
a educacao
determinadas
que
se realizar pautas
sanide
da comunidade.
28
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
29
14/69
5/12/2018
Nesta r es is te nc ia s, resultados
tarefa
a
os me do s que deseja
de pref'erencia:
rnudanca,
obter,
(professor es,
bes,
A forma
ser cuidadosamente
0
selecionar
a comunidade
munidade etc.).
Jose Bleger -Psico Higiene ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com ao psicoloqo avaliar os preconceitos e as
corresponds
total,
rei igiosos, de chegar
considerado:
estudo
da mensagem
as pessoas
a quem
profissionais, pol iciais,
ao publico contatos
e
da co-
presidentes
de clu-
tarnbern
2
dos
deve se dirigir
pessoas-chaves
ju izes,
pessoais,
em tuncao
um item imprensa,
que deve televisao.
etc. Devem- se ter tarnbern originar uma sducacao ou entre
eles,
promover
atitudes
em conta as distorcoes e perigos que pode uma propaganda sanitaria mal processada; paran6ides
ou
hipocondr
iacas
na popu-
Piscologia institucional
lacfio,
Em continuacao tal proferido de Filosofia -
de um serninario
para graduados
no ana de 1962 no Departamento e Letras da Universidade
tarnbern
sob minha
c en tr ou
t ot al me nt e
-da urn
resume.
direcao
-
nexo
entre
da Faculdade
de Buenos Aires, realizou-se
outro
n a p sic ol ogi a 0
sobre higiene men-
de Psicologia
sob
0
mesmo
e
i ns ti tuc io na l; ambos
tema,
deste
e
os temas
ultimo
multo
em 1964
mas que ja se que aqui se
evidente
e resi-
de na perspective e nos del ineamentos dentro dos quais desejamos se desenvolver a psicoloqia e a prof issao do psicoloqo , Esta propria blicacao
continua
pecialmente dos
este
nas
mesmos
proposito
novas
para
enfoques
sua melhor
situacao
seu
profissional
ou
para
atividades
sociais
de
menos
permitam papel
fundamental
prornocoes
limitados
social,
tecnico
de
da
maior
de criar
psicoloqos, um
-
ou
psicologia,
envergadura,
inquietacao,
atraindo mais
voltando
es-
a atencao
mais amplos
cumprimento
ver pu-
-
que
eficaz
de
seu trabalho
transcendencia
e signifi-
cacao. A posicao coes, ja dadas logo como cura)
a
Para
e
e. por
a tarefa
se resumir em outra
da atividade
parte,
tudo
isto
de trabalho:
e
dos enfoques a ampliacao necessario
conhecimentos
os principios.
30
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
nas seguintes publicacao: psicoterapica
sadia e promocao individuals
por um lade, compreende
outra
e frutfferos
passar
(populacao
uma passagem
duplo:
conseguir
trumentos
deve
da psico-higiene
q ue so ci al
pode
anteriormente
profissional
isso, irnpfie-se pectivos
geral sustentada a conhecer
0
Mas, por outra
e
b) para
conceituais
res-
em que se trabalha. de novos
que possam parte,
psico-
aos sociais. 0 enfo-
desenvolvimento
e tecnicas
0
(doente
de saude):
os modelos
do ambito
proposia)
ins-
fazer viavel
estes instrumentos 31
15/69
5/12/2018
so podem
Psicologia recente
paulatinamente a tarefa, Higiene porque investiqacao estfo nos laboratorlos, enquanto que a pratica constitu i a funJose Bleger -Psico ePsicologia Institucional -slidepdf.com <;:ao dos me dicos, que devem aplicar as conseqiiencias de dita investlqacao. - tal como a entendo aqui - e um capitulo Este e urn esquema al ienante e de efeitos ou resu Itados altamente pern i-
ser conseguidos
so ne sta e xper iencia
enfrentando
viva podem
institucional
no desenvolvimento
ostentar minha
nem
se apolar
experiencia
e quase
minha
do trabalho e de
foram
do
desenvolvidos
quais contei carreira
de psicoloqos, psicoloqo
e elaborados
de psicologia
eficientemente
damentais
em que nos baseamos
Riviere
e Elliot Jaques,
pela obra
realizada
tem sido, tarnbern como 0 tern side psicanalise
agora,
psicoloqo
posstvel.
e inteliqencia,
Entre
encontram·se para quem
profissional de
uma
enos
devemos
deixar
0 Dr. Enrique
fizeram
se
da psicologia,
se insere
da psicologia
aplicacao
da
investiqacso:
psicologia,
desta
nao tem
so da mesrna.
seu
lugar acima
Neste
e atividades
sim
sentido,
de uma
a "verdadeira"
memento,
ainda
in ve sti qa cd o Pode-se
tempo,
0
exemplo
como
razfies
to ta l.
dese nvolve -se
que
qrosinstida psitanto
profissao. se nao
se querem
os problemas em urn dado
metodol6gicas
da
2
ganhando
te rre no da abs-
no terreno
do concreto;
de partes
b) Estudo
do ser humane
j o so ci al ( si st em as c} Estudo em seus vinculos ro enfoque a rn pli an do
abstratas
e abstraidas
do ser humano
0
{atencac,
jUIZO, etc.):
m ec ani ci sta s,
como totalidade, e ne rge ti sta s,
do ser humane
como
interpessoais
(pre se ntes
conceitual o s a rn bl to s
0
do contex-
e tc .) :
nas situacoes
e passados).
e metodol6gico, e m f or ma
mas abstraido
o rg an ic is ta s,
totalidade
A partir
desenvolvimento
concretas
e
deste te rcelcumpriu-se,
p ro gr es siv a:
psicossocial
(individuos);
de um campo
de
b } a mb it o
s oc io -d ina m
ic o ( gr up os );
correta
do que esta subal-
e a investiqacao
exemplo)
como
se nao se extraem
e progressivamente
a} ambito
profissional
extraordlnario
dos fen6menos
d o pr oc es so
de
mas sim dentro
tais como a medicina;
in st i-
a psicologia
mas sim um campo
da psicologia
e por
56 de urn campo
vital;
(0 mau
memoria,
que
na his-
que
empirismo
desde uma psicologia inumana do hornernate uma psicologia que capte especificamente humano. Brevemente, podemos e xpor as seguintes e tapas:
psicolo-
nao e uma derivacao
ou centro
0
pratica",
ciencia
uma investiqacao
A pratica
nucleo
tarefa
ou fora da pratica,
profissionais,
de supor
"parte
sociais
nao se trata
de nenhuma
pesa
com
um
social que se esta vivendo
transitoriamente
gradual
como
pen so que nao se pode ser psicoloqo
dizer que a psicologia
tra<;:ao e se afirmando
esta ultima
urn avanco
ser investigador
is ole rn -s e mo me nt os
total da in-
tanto
claramente
um investigador
e da realidade que
0 experimen-
do processo em
aplicada",
em si mesmo
maneira,
e nao se pode
fun-
pratica,
no desenvolvimento
tempo,
e a ciencia,
concomitante,
assinalar
significar
de outra
pratica
tal da
da propria
investiqacao
'como
ao mesmo
modificar
lado. Tais presuncoes
sim, fundamentalmente,
se nao e, ao mesmo mas
levar ao erro
em outro
ultima,
e do que esta se fazendo.
da ciencia,
relacso
em
das necessidades
nao ha possibilidade
em psicologia
que pode
da propria
Riviere
e irreal da ciencia, A p si co log ia
abstrata
mas,
que
acham-se
na historia
e, dentro
institucional
subalterna.
enquanto
psicoloqica tanto
e,
um momenta
isso quero
na investlqacao
de nossa
J. Pichon
tudo
e de
de Enrique
certeza
cologia,
a sociedade
constituir
nao e um ramo da psicologia
:- Para dize-Io
na
os antecedentes
as contribuicoes
e isto pode
atividade
de uma concepcao
ciencias
esta
parte -
sem
Com tucional
os doentes,
devem
e inseparavel
a) Estudo
tucional
cientffica
entusiasmo
a psicologia
derivam
terna
comuni que
tal como - em grande
que
transforma-se, seiro.
novas
a situacao
clara de seu papel na sociedade
neste sentido.
sublinhei
gica e a investiqacao
ocorrendo
agora
ins-
neste campo, urn eficaz promotor de inquietacdes, sernpre em nosso pais na totalidade da psicoloqia,
enquanto fa lando
de aplicacao
toria
que
para os medicos, laboratorio
0
vestiqacao,
at r aves
de promover
ciosos: to e
e da psiquiatria.
Ate estamos
em outras indireta,
nos sem inarios a que fiz referencia
que, com grande
0
Pichon
com
tema,
de ter consciencia
mais
trequencia,
lnest irnavel de um grupo de diplomados
cumpri-lo
qratidao
0
posso eu; a
e adequadamente
faz
sobre
com a colaboracao
eco da necessidade
na atualidade,
e inclui fundamental
A necessidade
precocernente
e conhe cimentos
pode,
Tampouco
hospital ares e educacionais;
foi, com grande
or i entar
correta
e ninquern
e ate agora limitada
organismos
inquietacoes profissional
direta
participacao
da supervisao
expe rie nc ia
da psicologia
em uma vasta experiencia.
pessoal
unicamente
tituicoes
ir-se ge stando.
do cur-
de outras
nela, a ciencia e a
1- Toda a assim chamada psicologia aplicada tern em siuma alienaffao como vicio. A distorcao aparece enquanto ditos momentos sao assumidos por pessoas distintas qu e se mantern isoladas entre si e e nq ua nto s e perde 0 c ar a te r t ec ni co q u e t em 0 isolamento na investigaffao e se desemboca em uma perda ou cerencia da visiioglobal e da interacso do processo. 2-
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vos arnbitos e se estruturam novos modelos conceituais adequados, irnpdeJoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com se 0 s entid o B ( da m es ma f ig ur a) ; q ue r d iz er , d eve mo s r etom ar 0 estudo d as ins tltu ic oe s c om m od elos da ps ico lo gia d a c om un id ad e, 0 e stud o d e
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g rup os c om mo delos da p sico log ia instituc ion al e d a c om unida de, e o e studo de indivfduos com os modelos da psicologia de grupos, comunidades e instit ui cfi es. Fica, neste sentido, evidentement e, uma grande tarefa por realizar no desenvolvimento da psicologia. A rigor, este desenvolvimento apenas comec;:oue e muito recente.r' --b Qua nd o f alo de m ode lo s da p sico log ia ind iv id ua l, r ef ir o- me a o f ato
F igura 1 Ambito da psicologia: a) psicossccial: b) s6cio-dinilmico; c) institucional; d) eomunltario. As setas sao explicadas no texto.
c) ambito institucional (institulcoes}: d) ambito cornunitario (comunidades). Con ver n e sc la re ce r q ue na o s ao s in 6n im os e q ue , po rtan to , n ao c oincide m ps ic ologia ind ividu al e a mbito ps ic os soc ia l, tan to co mo tam pou co coincidem psicologia social com ambito socio-dinarnico: a diferenc;:a entre ps ic ologia individu al e s oc ia l n ao r es ide no a mb ito pa rticu la r qu e a ba rc am uma e Dutra, mas sim no modelo concei tual que cad a uma delas util iza; assi m pode-se estudar a psicologia do grupo (ambit o soci o-dinarni co) por exemplo - com um modele da psicologia individual, tanto como se pode estudar 0 indivldu o ( ~m bito ps ico ss ociall c om u m m ode lo d a p sicologia social. Por isso eu dizia ant eri ormente que se l rnpde uma passagem d os e nf oq ue s ind iv id ua is a os s oc ia is n o du plo s en tido de reforma dos mod e/ os co nce it ua is e a mp li a~ ii o d o am bi to de t rab al ho . A psicologia institucional requer e implica ambas as coisas. En qu anto a mp liac so de a mbitos , 0 desenvolvimento da ~cologia seguiu 0 c ur so d o s en tido A ( na f ig ur a 1 ). m as . es ta direc ;:ao c oincidiu, e m certa medida, com uma extensso dos modelos da psicologia i ndividual a tod os os o utros am bito s. A m ed ida q ue v am os a ba rc and o, n a p ra tlca , no -
d e qu e o s m es mo s c ar ac te riza m- se f und am en ta lm ente p or p ar tir do ind iv fd uo isolad o p ar a ex pl ica r as a qr up acd es hu ma na s e a plic am a e stas ultirn as as categorias observaveis e conceituais que correspondem ou se utilizaram para 0 ind iv fdu o iso la do ( or ga nism o; h om eo stas e; lib id o, etc. ) e , d es ta maneira, explicarn-se os grupos, as instit uicoes e a comunidade, pelas caractertstlcas do individuo. Quando me refiro aos modelos da psicologia social tenho em conta 0 fato de util i zar categorias adequadas ao carater dos fenornenos das aqrupacoes humanas (cornunlcacao, interacao, ident ificacao, etc.) que, em grande parte, tem que ser ainda descobert os e criados. o est udo das instit ui coes abarca tres cap i tul os fu n damentais em es tr eita r elalfa o e inter dep end enc ia , m as q ue po dem s er c ar ac te riza do s d a seguinte forma: a) Estudo da estrutura e dinarnica das instituicoes: b) Estudo da psicologia das instituicoes: c) Estrateqia do trabal ho em psicologia institucional. Aqui nao estudaremos a lnstitulcfo em si mesma, quer dizer, sua estrutura e sua dinamica e sim fundamentalmente a estrategia geral do psico lo qo no t ra ba /h o i nst it uc ion sl : a ind a q ue r es enh em os b re vem en te 0 capitulo da psicologia das l nstl tui coes, tampouco nos ocuparemos aqui dos instrumentos especfficos (as tecnicasl para trabalhar em psicologia institucional. Da analise realizada em nossos serninarios, surgiu como 0 mais fundament al ou ur gente neste momenta 0 estudo do que chamamos de a estrateqi a do trabalho inst itucional e, neste sent ido - dent ro da estrategia -,0 mais importante e 0enquadramento da tarefa, quer dizer, a fixac;:ao 3 - ",«, 0 que a psicologia classics considera como 0 ponto de partida da psicologia, quer dizer 0 c on he ci me nt o d o in di vi du o, na o p od e s e a ch ar se na o p re ci sa me nt e a o final., .: (POLITZER)
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de certas constantes dent ro das quais podem-se controlar as variaveis do qu e e a p s i c o lo g i a i n s t it u c io n a l JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com f eno rn en o, p elo m en os em c er ta m ed ida . Dentro d es ta s c ons ta ntes , q ue de v er n s er d ada s p elo en qua dr am en to, du as de la s ter n u ma lmp or ta nc ia r eleComo ja vimos, a psicologia institucional caracteriza-se pelo ambito ( as ins titulco es) e p or s eu s m ode lo s c on ceitua is ; de ntro d e s ua e stra te qia vante, a saber: a) a relal(ao do psicol oqo com a lnstit ui cso na contratacao, prograinclui-se, como parte fundamental, 0 enquadramento da t ar efa e a admimalfao e realizacao do trabalho profissional; nlstracao dos recursos. . b) os criterios que sustentam dita rJlalfao. o ambito, que compreende a extensao ou amplit ude particular em o c onjun to d e tod os e stes f ator es c ons titu i a e stra te qia do trab alho que os fenornenos sao abarcados para seu estudo ou para a at ividade protanto como sua teoria no campo da psicologia institucional. fissional, e, na psicologia institucional - por certo' - a instituicao. Este Este enfoque e 0 mais conveniente e 0 que mais corresponde utilizar ult imo termo tern diversos sentidos que requerem ser, aqui , superfi ci al ao se tratar de profissionais pslcoloqos, como no caso dos serninarios me nte e xa mina do s. Em s eu Dicionerio de socioloqis, Fairchild inclui duas r ea liza dos , d ado q ue e le s ja po ss ue m o s ins tr um en to s ou tec nlca s pa ra tra a cep coe s: 1 - " Co nf iq ur ac ao de c on duta d ur ad ou ra , c omp le te , integr ad a balhar tanto no ambito psicossocial como no soclo-dlnarnico, institucional e organizada, mediante a qual se exerce 0 controle social e por meio da e da comunidade (entrevistas, pesquisas, tecnicas grupais, etc.); enquanto qual se satisfazem os desejos e necessi dades sociais fundamentals": 2 "Orqanizacao de carater publico ou serni publ ico que supoe urn gr upo dique 0 que faz falta e 0 limite d en tr o do q ua l d itas tec nica s v ao se r e mp re r et6r io e , c or num ente, u rn e diHcio o u es tab elec im en to f isico de a lg um a gadas, quer dizer, a forma como se devem administrar os conhecimentos fndole, destinada a ser vir a al gum fi m socialment e reconheci do e aut ori e tec nicas . E ste es clar ec im en to s e f az n ec es sa rio e m f un lf ao d e q ue e posz ado , A e sta c atego ria c or re sp on dem u nida de s tais c om o o s a silo s, u nive rs lv el q ue p ar a o utro s p ro fiss io na is q ue ten ta m a ba rc ar o u r ea liza r tar ef as s id ade s, o rtan atos , h os pita ls , e tc ." . Em no ss a d ef inica o d e p sicolog ia ins n o am bito ins titu ciona l po de s er n ec es sa rio o u imp res cind lve l o utro tipo tituc ion al, c om pr ee nd e- se a lns tltulca o n o s eg un do d os s en tidos d ado s po r de aproxlmacao ao problema, distinto do aqui utilizado.
I
o
maneira:
f un da me ntal
d o ex pos to a te a go ra p ode s er s in te tiza do d a s egu in te
PSICOLOGIA INSTITUCIONAL
A) 1 -
{
por
Urn ambito
e sp ec ia l, q ue r d iz er , p or u rn s eg rn en to d a e x-
tensao dos fenomenos
Caracteri za-se
B) Um modelo conceitual
pertencente
it psicologia social
A ) E strutura e dinil rnic a das i ns ti tulc oes B) Psicologia das instit{Jicoes a ) F ixa ca o d e constantes 2 - Co rn pr ee nd e estudo de
0
C) Estrategia
do trabalho do psic61ogo
1. Enquadramento da tarefa
b) Admlnistr.
d e c on he c. tecnicas 2. Teoria do enquadramento
Fa ir ch ild e , de ntro de ste, inc lu i- se 0 e stud o d os f ator es c ar acter iz ad os na primeira das acepcoes. Psicologia institucional abarca, entao, 0 conjunto de o rg an is rn os d e e xistenc ia f fs ic a co ncr eta, qu e ter n u rn ce rto g ra u d e p er rnanencia em algum campo ou setor especifico da atividade ou vida huma na , p ar a e stud ar n eles todo s o s teno rn en os h um an os qu e s e da o e m r ela( (a Oco m a e stru tu ra , a d in am ic a, tun coe s e ob je tivo s d a in;titu ic ;:ao. Com est a defi nicfo, quero subli nhar que a psicologia institucional nao correspondern, por exemplo, as leis enquant o inst ituicoes e si m os organismos e m qu e co ncr etam en te s e a plic am ou f un cion am [ tr ib un als, p riso es , etc. ) di tas leis em sua forma especffica. Em algumas ocasi des, dao-se certas discrepanci es ent re urn e outro sent ido, como e 0 c as o, po r e xe rn plo, d a familia, que e u rna ins titu ic ao s oc ia l, m as q ue , p ar a 0 psic6logo, e urn grupo enquanto orqanizacao concreta que enfrenta em sua tarefa profissional. Da mesma forma, a rel igiao e tar nbe rn u ma ins tituica o s oc ia l, m as a r eligiao de urn grupo familiar nao e u ma ins titulca o: pa ra a r elig ia o, a s ins tituicfies que interessam a psicologia institucional sao as de seus organismos espedficos (igreja, paroquia, etc.). Bur ge ss ( citad o p or You ng) m en ciona qu atro tipo s p rincipa is d e ins tituicfies:
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a) institulcfies culturais basicas [famil ia, igreja, escola); toda tarefa deve ser -empreendida e compreendida em funcdo da Jose Bleger -Psico HigieneePsicologiaa) Institucional slidepdf.com unidade e totalidade da instituicao: b) i nstituicoes comerciais (empresas comerciais e econornlcas, unioes de trabalhadores, empresas do Estado); b) 0 psicoloqo deve considerar, muito particularmente, a diferenca c) instituicdes recreativas (clubes atleticos e artfsticos, parques, came ntre p sicologia instituc ion al e 0 trab alho p slcoloqico em um a ins titui<;ao. pos de jogos, teatros, cinemas, salOesde ballet: d) instituicoes de controle social formal (agencias de services socials Em p sico log ia instituc io na l, inter es se- nos a ins titulcf io co mo totae governamentais). lid ade ; po de mo s no s o cu pa r de u ma p ar te de la , ma s s em pr e em fu n< ;:aod a A elas, Young acrescenta: totalid ade . Pa ra isto, 0 ps ic oloqo d ed uz su a tar ef a de se u p rop rio e stud o cI d laq no stico , , ~ifer entem en te do p slco loq o qu e trab alha e m u ma instituie) instltuicoes sanitarias[ncluir-se (hospitais, cas,grupo campos e lugaresdepara convalescentes, que possam ou naomino de agencias ser<;ao, m as em funcdes que Ihe sao fi xadas pelos diretores da mesma ou por vico social); um co rpo p rof is sion al, qu e n ao d eixou lug ar p ar a q ue 0 psicoloqo deduziss e s ua tar ef a d e um a av aliac ao pr opr ia e tec nica da ins tituicao . No p rimeiro f ) ins titu ic oe s d e co munica ca o ( ag en cias de tra ns por ts , s er vice pos caso, 0 psicoloqo e u m as se ss or ou co ns ultor e , n o se gu nd o, e um empretal, telefones, jornais, revistas, radios). gado e a tarefa que cancerne a psicologia institucional nao pode se realizar I nc lu o es ta c las sifica ca o a tftulo ma is b em ilu strativo d a a mplitude em s ituac so d e er npr eqa do ," m as s ir n na d e as se ss or ou c ons ultor ; por que do trabalho profissional em psicologia institucional, mas, para nosso objsha uma distancia otima na dependencie economice e na dependiincie tivo p res ents, na o se f az d e m an eira algum a impr es cindf vel um a c las sificapro fissional, que e ba sica no m an ejo tec nico d as situa co es, Um ps ic oloqo <;:aoexaustiva ou rigorosa das lnstituicoes. empregado - por exemplo - para selecionar pessoal ou para aplicar t estes Dada uma instituicao, 0 p sico loq o ce ntra s ua a te nc ao na a tividad e aos integrantes ou socios, nao realiza uma tarefa dentro do enquadramento humana em que el a tem lugar e no efeit o da mesma, para aqueles que nela da ps ic ologia ins titu cion al, por que a su a tar ef a n ao de rivo u de s eu e stud o desenvolvem dita atividade. Para isto, irnpoe-se um minimo de intorrnacao sobre a propria instituicao que, por exernplo, inclui: a) finalidade ou objetivo da instituicao: b) instalacdes e procedimentos com os quais se satisfaz seu objetivo; c) situacao geogrMica e relacfies com a comunidade; d) relacoes com outras instituicoes: e) origem e tormacao: f) evolucao, hlstorla, crescimento, rnudancas, f lutuacoes: suas tradicfies: g) o rqa niza ca o e no rma s qu e a r eg em ; h) c on tinge nte h um ane q ue n ela inter ver n: s ua es tr atif ic aca o s oc ia l e estratificacao de tarefas; resul tado para a i) avallacso dos result ados de seu funcionament o; lnstitui cao e para seus int egrantes. It ens que a propria lnstlt ulcso util iza para isto. Circunscrito 0 a mb ito n o qu al co rr es pon de tra ba l ha r, 0 que caracteriza especificamente a psicologia institucional e um enquadramento particul ar da tarefa; dentro do enquadramento devem se contar, em primeiro lugar, dois principios, estritamente lnter-relacionados:
e diagn6stico da situacao, assim como nao foi deduzida do que em seu J U I zo profissional realmente corresponds realizar na lnstituicao. A experiencia mostra, alern disto, que na l nstituicao que se est uda nao se deve ter senao um s6 papel; por exemplo, nao se pode ser 0 psicoloqo institucional em um hospital e ao mesmo tempo real izar, no mesmo lugar, uma tarefa de outra ordem (assi stencial ou di datica, por exemplo). 0 cumpri r dai s papeis diferentes no mesmo lugar implica uma superposicso e confusao de enquadramento com situacoes que se fazern muit o diHceis de avali ar e manejar. Ele a u o s a ss es sor es po de m s er co ntra ta do s p ar a 0 est udo de um problema defini do proposto pela propria Instituicao, sem que ele, por si so, invalide a condicao de assessor, enquanto que 0 es tu do s e r ea lize de ntro da total idade e unidade da instituicao, valorizando 0 peso e 0 significado do problema, os moti vos pelos quais foi propost o e os term os e rel acoes do mesmo.
4 -
Emprega do
refe re-se, aq ui, ao status no qual s ereal iz am tarefas dis postas por urn
sem status superior, termo s s6 se c umprem
haver
participado
na
proqramacao
das
mesmas;
em outros
ordens.
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realmente lrnportante e impretenvel e que a dependencia ecoDentro do enquadramento da tarefa cont a-se tarnbern 0 problema JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com nomica do psicoloqo institucional tem que ser fixada em termos tais dos objeti vos do psicol oqo e da psicol ogia inst itucional, que devem ser que nao comprometem sua total independencip profissional; todos os considerados cu idadosamente. d etalhes q ue c on cer ne m a lnclusso do psicoloqo em uma instituicao tern que ser recolhidos por ele como Indices das caracterlsticas da instituiceo e das situacoes que devera enfrentar. A condicao de ter um salario fixo mensal e uma obriqacao no cumprimento de horarios nao i nvalida por si proprio e s6 por este fator a condicso de consultor ou assessor , mas esta ulti ma deve ser sempre especialmente est ipulada e, depois, sempre defend ida, A experiencia aconselha a fi xar um horat io global para uma primeira tarefa diagn6stica que tem que ser previamente del imitada em sua duracao e, posteri armente, a fixar honor ari os, assim como as horas diarias ou semanais a dedi c ar a ins tituica o, a o m es mo tem po qu e a e stab elec er 0 horatio e dias de trabalho, que logo tern que se respeitar riqorosamente. Os horarios devem ser fixados em fun<;:ao do nurnero de pessoas que VaG i ntervir na tarefa, tendo em conta 0 compute do tempo que vai se dedi c ar, fora da propria institulcao, ao estudo do material recolhido ou a redacao de protocolos e relatorios, Tor na -s e total m ente ina de qua da , e c on tr a- in dicad a, a f ix a<;:a o d e h or arios em funcfo e em proporcao das utilidades que vai trazer 0 trabalho do psicoloqo a instituicso. Nao deve ser deixado sem esclarecimento previo nenhum detalhe do enquadramento da tarefa; tampouco se deve dar lugar a arnbiquidade ou aos subentendidos tacitos, que devem ser sempre explicitados. Nao e tampouco util, a partir do ponto de vista da tarefa, a real izacao de est udos diagn6sticos com 0 comprornis-
O b je ti vo s d a instituicao e o b je tivo s do psicoloqo
Cad a instituicao tem seus objetivos especfficos e a sua pr6pria orqanl zacao, com a qual tende a sat isfazer dit os objetivos. A mbos (fi ns e m eios ) ter n qu e s er p er fe itam en te c onh ec ido s p elo o u pe lo s p sico loq os , c omo ponto de partida para decidir seui ngresso como profissional na instituicao, Toda instituicao tem objetivos explicit os t anto como objetivos i mp llcito s ou , e m o utros ter m o s, co nteud os m an if es to s e c onteu dos laten te s. E stes d eve m s er va lo riza do s d e f or ma s ep ar ada do s e fe itos later ais qu e um a instit uicdo pode produzir. A cri acfo de uma i ndust ria, por exemplo, fazse par a produzi r - manifestamente - det ermi nada mercadaria ou mat eri aprima, mas seu conteudo latente pode ser 0 de povoar uma regiao par razfies pollticas ou militares; e di stinto do caso em que a dita industria t enha como efeito colateral 0 e nr aizam en to e a um en to d a po pu la ca o da s z onas vizinhas. Se bem que e certo que 0efeito colateral pode se transformar
Nunca vi como favoravel ou positi vo 0 ingresso numa lnstituicao como empregado (no sentido definido na nota de rod a pe da paqina 39). m as co m a inten ca o s ec reta d e " co nve nce r" e s e tran sf or mar g ra du alme nte
posteriormente num conteudo l at ente, at e que isto ocorr a 0 seu peso e totalmen te d is tinto. P ode o cor re r q ue c oex is tam c onteu dos laten te s e m anifes to s qu e se e quilibr em e m s ua qr av itac fo e a te en tr em e m c ontrad ic ao e p ode tar nb er n ac ontec er qu e 0 conteudo latente ultrapasse, em sua forca, o cont eudo expli ci to, Assim, por exemplo (e para utili zar um muito simples), numa sala de um hospital uma situacao confli tuosa deste carater apareceu atras do motivo da consulta, que foi formulado como uma desorqanizacao cronica e desatencao da assistencia profissional aos doentes; 0 problema residi a, em part e, em que a equi pe profissional, formada totalm ente po r g ente m uito jov em , tin ha p rimo rdialme nte p rop osito s ou o bjetivos de apr endizagem, nos quai s se vi am t ot al mente fr ustrados. 0 psicologo deve saber que, sempre, 0 motive de uma consulta nao eo problema e s im u m s in tom a do r ne sr no , Se bem que e certo que se torna de grande util idade para 0 psicoloqo
e m p sico lo qo ins tituc io nal quadramento da tarefa.
c on hec er os o bjetiv os ex plfc itos de u ma ins titu ic ao p ar a de cidir e r ealiz ar sua tarefa profissional, nao e menos cer to que os latentes ou implicitos as
so de nao cobrar ou de fixar honorarios a posteriori; isto ind uz g er almente a uma desvalorlzacao da funcao do psicoloqo ou 0 coloca na situacao de desvant agem de ter que "vender" seu assessoramento. Quando assinalo que estas situacoes nao sao uteis ou sao desvantajosas, isto se refere basicamente ao fato de que compromete a independencia prof is sion al d o p sico lo qo e c om isto s eu m an ejo tecn ic o c or re to d as s itua cd es , Se se vai reali zar uma t arefa gratuitamente, isto tarnbern deve ser exp licitado e nao deixar a situacao indecisa, nem menos ainda a crlterio da instituicso.
da m es ma . Es ta atitude v ic ia total m en te
0
en-
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ve zes s o ap ar ec em c om o c ons equ enc ia
do e stud o diaq no stico qu e r ea liza p lf cito s) e ou tr e, a os o bjetiv os pa ra o s q uais s e s o licita o u a ce ita 0 trabalho JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com o proprio psicoloqo. do psicoloqo, A isto tem os a go ra q ue a cr es ce ntar a c on side ra cjio d os ob je Ale rn d o e studo d es te s o bjetivo s e d e s ua d in ar nica e co ns eq uen cias , tiv os do pr op rio p sico loq o a os objetivos da psicologia institucional. Sabedevem tarnbern ser valorizados as finalidades ou objetivos que a lnstituicao mos que a finalidade ou 0 o bjetiv o q ue s e d ese ja alca nc ar or ien ta a a <;ao, tem para sol icitar a col aboracao prof issional de um psicoloqo e aqui coni or ms nd o p ar te d o e nqu adr am ent o da t ar ef a. No que concerne ao psi cotam tanto os objetivos explicit ados como aqueles que formam parte das logo e seus proprios objetivos, esse deve resolver acerca de:
f an ta sias d a m stltuicao , qu e p ode m, p or o utra pa rte, s er total m en te inco ns cientes. Um service hospitalar solicita 0 assessoramento de um psicoloqo, mas entorpece total e permanentemente sua atividade; 0 exame da situacao descobre 0 fato de que 0 interesse da instituicao reside basicamente em ostentar uma orqanizaclio p ro gr es siva e cien tf fica f re nte a ou tr os s er vicos ho sp italar es c om petid or es , m as a a tivida de do p sicoloq o e , n a r ea lidad e,
a) dernarcacao dos objetivos gerais ou mediatos de sua tarefa; b) sua acel tacao ou nao dos obj et ivos da instituicao e/ou dos meios que esta utiliza para alcanca-los: c) diaqnostico dos objetivos particulares, imediatos ou especfficos. A demarcacao dos objetivos mediatos ou gerais da tarefa coi ncide p le nam en te c om o s o bjetivo s da p sicolog ia ins tituc io na l qu e 0 psicoloqo deve ter perfeitamente esclarecidos e nao adm itir sobre eles nenhuma c 1a ss e d e e qu ivo cos . Em tod os o s c as os, 0 objetivo do psicoloqo no campo institucional e um objetivo de psico-higiene: conseguir a melhor organiza<;ao e as condicoes que tendem a promover saude e bem-estar dos integrantes da lnstituicao. 0 psicoloqo institucional pode se definir, neste sentido, como um tecnico da relacao interpessoal ou como um tecnico dos vlnculos humanos e - pelo que veremos depois - pode se dizer tam be rn qu e e 0 tec nico da e xp licita cd o do imp licito . A a ju da a c om pr e-
temida. Es te s f atos n ao inv alid am , n ao imp os sibilita m a f un <;ao d o ps ic ologo, e sim que ja sao as circunstanci as sobre as quais just amente se t em q ue a gir. Es te de ve s ab er q ue a s ua pa rticipa ca o n uma ins titu ic do pr om ove ansiedades de tipos e graus diferentes e que 0 manejo das rssistencias. contradicoes e arnbiquidades forma parte, infalivelmente, de sua tarefa. E que, al er n disso, tem que cont ar com est a s resistencias ainda na parte ou no setor da i nsti tulcao que pr omove ou alenta a sua contratacso ou inclusao. Quando 0 psi coloqo se encontra com do i s bandos, um que 0 aceita e outro que 0 rejeita, deve saber que ambos sao part es de uma divi sfio esquisoide e nao deve tomar partido de nenhum. Um clube incorporou um c onjun to d e ps ic oloqo s, a os q ua is o fe rec eu tod as as p os sibilida de s d e trabal ho, organizando para eles uma ceia de homenagem na sede social. Os psicol oqos sao decl arados em disponibili dade "casual mente" depois de reali zadas as el ei coes par a renovar as autoridades i nt egrant es da comiss ao diretor a: u ma a us picios a r ec ep ca o f oi inc ons cien te me nte p ar te d e u ma
ender os problemas e todas as variaveis posslveis dos mesmos, mas ele proprio n ao de ci de, n ao r es ol ve n em e xec ut a. 0 papel de assessor ou cons ultor d ev e s er r ig or os am en te r nan tido , d eixa ndo a s oluc ao e e xec uca o em rnaos dos organismos proprios da instituicao: 0 psicoloqo nao deve ser em n en hum c as o nem um admi nist rador nem um diretor nem um executi vo, nem deve sobrepor-se na instituicao como um novo organismo. o psicoloqo nao e 0 p ro fiss io na l d a a llen ac ao ne m d a e xp lo ra ca o, nem da submissao ou coercao, nem da desumanlzacao. 0 ser humano, s ua s au de , s ua inteqr ac jio e plen itud e c ons titue m 0 objetivo de seu t rabalho profissional, aos quais nao deve renunciar em nenhum caso. Sua
estrateqia eleitoral. 5 Para que uma instituicso soli ci te e aceite 0 assessoramento de um psicoloqo enquanto psicoloqo i nsti tuci onal, a instituicdo t em que haver chegado a um certo grau de maturidade ou insight de seus problemas ou d e s ua s itua ca o c onf litu os a, m as a f un< ;a o do p sicoloq o c on duz tar nbe m a que setome maior consciencia de sua necessidade. Os objetivos da i nst ituicao que consideramos referem-se, entao, a d o is a sp ec to s d if er en te s; u rn, a s eus p rop r ios ob je tivo s ( exp lf citos o u im5 -
tunc ao tam po uc o d ev e s er c on fu nd id a c oI )'la e duc ac ion al, n o s en tido c or r en te q ue tem e ste u ltim o ter mo. Um p sicoloq o f oi ch am ad o p ar a tra ba lha r e m u ma ins titu ic ao so cial ( c1u be) c om o s a spiran te s d a me sm a ( um g rup o de m en or es de d oz e a no s) . par a conseguir que estes "melhorem seu comportamento"; 0 exame diaqnostico levou a conclusao de que ate este setor derivavam-se situacfies de conflito no corpo diretor, pelo que 0 psicoloqo levou a esclarecer a queixa como um sintoma e a atender a verdadeira situacao confl ituosa. De outra maneira, 0 ps ico lo qo ter ia a gido co mo ag ente d e co er cao , co mo
Nilo corresponde desenvolver, massi m assinalarque foi um erro parti ci par do
banquete tanto como aceita-lo,
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instrumento dos adultos e como agent e de manutencao de um si ntoma; t iv os d a instituicio nao sao seus objetivos profissionais. 0 p sico loq o tem JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com obietivosaos quais nao deve renunciar em nenhum caso. e 0 psicoloqo nao deve agir nunca como agente de coercao. nem ainda I c om me ios p sicoloqicos . A ed uc ac so s e v ale a qu i, f und am entalmen te , da Os objetivos particulares, imediatos ou especfficos se referem a aprendizagem (learning) qu e c apa c ita a ins titu lca o a en fr en tar s itua cde s aspectos do problema central, mas estudados e manejados em funcao da e poder reflet ir sobre elas como primeiro passo para qualquer solucao. 0 unidade e totalidade da inst itul cso. 0 psicoloqo nao pode trabalhar com todos os integr antes ou todo s os or ga nism os da ins titu ica o a o r nes rn o tem e sq ue ma q ue inicialmen te s e o fer ece ao ps ic oloqo c omo ca us a d e um pr opo nem tampouco isto e de desejar; por isso, devem-se examinar os "ponblema nao e, geralmente, outra coisa senao um preconceito. tos de urqencia" sobre os quais intervir como objet ivos imediatos. Este o segundo ponte, 0 da a ce itaca o po r p ar te do ps ic oloq o dos ob jetiesclarecimento sobre os objetivos diferencia nitidamente, ja desde 0 ponv os da lns titu lc ao , co loc a p roblem a pr of is sion ais e e tico s de pr im eira 4 primeiro luqar, nao se deve aceit ar to de partida, 0 ps ic oloqo trab lha nd o em u ma ins tituicf io do p sicoloqo magnitude e da maier gravidade. Em tra ba lh an do no a mb ito da p sico log ia institucional, 0 p rime ir o r ea liza um a em nenhum caso 0 tra balho nu ma ins titu ica o c om cu jos ob jetivo s 0 psitar ef a q ue s e I he e nc om end a r ea lizar ; 0 segundo diagnostica a situacso e se coloqo nao estej a de acordo ou entre em conflito; seja com os objetivos propde agir sobre os nfveis ou fatores que detecta como sendo real mente ou seja com os meios que a institulcao tem para leva-los a cabo. Em de necessidade para a i nstituicao. 0 primeiro serve, com frequencia. de psicologia, a etice coinci de com a tecni ce ou , m elho r dito , a e ti ca f or ma f ator tra nq iiiliz ante ( "h a u m ps ic oloq o trab alha nd o" ], en qu an to qu e 0 sep ar te do en qu ad ram en to da t ar ef a, ja que n en hu ma tar efa p od e s er lev ad a gundo nao ace ita dito papel e e, basicamente, um agente de rnudanca, a cabo corretamente se 0 psicoloqo rejeita a instituicao (se]a em seus objeo primeiro e um empregado; 0segundo e um a ss es so r o u co ns ultor c om tivo s ou em se us m eios ou pr oce dime ntos ). Se u m p sico loq o, p or e xe mp lo, total independsncia profissional. e ch ama do p ar a c um pr ir s uas f unc de s n um a ins tituica o c oo pe rativa , es te nao deve acei tar a tarefa se rej eita (por qualquer moti vo) 0 movimento cooperativista. Em segundo lugar, tampouco pode 0 psicoloqo aceitar uma
Como e f ac il e ntend er , os objetivos m ed ia tos tam po uc o s ao f ixo s o u im6veis e sirn que podem e devem mudar a m ed ida qu e s e de sen vo lve a
tarefa profissional se esta demasiado inclufdo ou participa na orqanizacso o u no m ov ime nto ide oloqico d a ins tituica o: um a a finida de o u ide ntida de ideol6gica nao deve, no entanto, ser tom ada em si mesma como uma contra-indicacao absoluta, e a decisao depende da capacidade do psicoloqo p ar a e stab elec er um a ce rta dlstan cia o pe rative e ins tr um en ta l em s eu traba lh o p rof is siona l, d e tal ma ne ir a q ue , de ntro de ste, p os sa tra ba lh ar co mo psicoloqo e nao como proseliti st a ou politico (em qualquer dos sentidos de ste ter mo) . Nao e sta v ed ada a o ps ic oloqo u ma inter ve nc ao a tiva e m q ua lquer movimento ideol6gico ou poli tico, mas neste caso nao atua profi ssionalmente neste setor. Deve-se entender claramente que 0 pslcoloqo nao tem por que se exigi r neutral idade nem passi vldade, mas, si rn, tem que se exigir em sua t arefa profissional um enquadramento que Ihe permi ta trabalhar e operar como psicoloqo. Em ter ce ir o luga r, 0 ps ic oloq o na o p od e ne m de ve a ce itar tra balho e m qua lq ue r ins tituicf io a qu al r ejeita , c om 0 a nimo o cu lto d e tor cer s eus objetivos ou seus procedimentos.
tare fa.
Em quarto termo - e nao menos importante - conta-se 0 fato de que aceitar 0 trabalho, aceitando os objetivos de uma instituicso, significa so me nte um a co nd ica o p ar a 0 e nq ua dr ame nto d e s ua tar ef a, m as os obje-
Metodo do trabalho institucional
E possfvel que se possam enumerar distintos rnetodos ou diferentes p roc ed im en tos e en qu ad ram en to s p ar a 0 trabalho em psicologia instituclonal, Aqui desenvolvemos 0 qu e cr em os m ais d e a co rdo co m no sso s ob jetivo s e de sca rtamo s tud o 0 que possa significar uma obrigac;:ao, exigencia ou u rge nc ia em o bter r es ultad os pr atic os ime diatos, no s en tido de qu e n ao interessa desenvolver um empirismo com certas tecnicas ou regras estereotipa da s que n os distanc ia m do s f in s qu e p er se gu imo s: o s d a ps ic o- higien e. Descartamos igualmente toda contaminacao messianica de instituir 0 psicoloqo e a psicologia como "salvadores" de qualquer especie. Po r s ua ve z, v em os c om o irnp reter fve l 0 fato de que 0 objetivo ou f ina lidad e q ue f ix am os pa ra a ps ic olog ia ins titu ciona l se ja re aliz ad o c om o carater de uma invest iqacao cient ffica submetida a um rnetodo que de-
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ve mo s c on se gu ir q ue s eja pr og res siva me nte m ais r igo ro so. 0 o bjetiv o qu e b) cornpreensao d o s ig nificad o d os a con te cime ntos e d a f or ma co mo Psico HigieneePsicologia -slidepdf.com queremos alcancar e para 0 qual tendemos Jose formarBleger parte do-enquadramento eles seInstitucional relacionam ou integram; da tarefa e 0 m eio d e a lc an ca- Io e atrav es d a inve stiqa cf io . Nao s e tr ata, em c) inclui r os resultados de dita cornpreensao, no momento oport upsicol ogia institucional, de um campo no qual ha que "aplicar" a psicolono, em forma de interpretacao, assinalamento ou retlexao: g ia , m as s im d e u m ca mp o n o q ua l h a qu e inv es tigar o s f en or ne no s p sico lod) considerar 0 passe anterior como uma hipot ese que, ao ser emigi cos que nele tern l ugar. Nenhuma invest iqacao pode ser realizada sem tid a, inclui-s e c om o u ma n ova v ar iav el, e 0 registro de seu efeito - tal coobjetivos - explicitos ou impl fci tos -, mas os objetivos constit uem parte mo no passe (a) - leva a uma verificacdo, ratificacao, correcao, enriquedo enquadramento, uma especie de tela ~ fundo e, a rigor, temos que nos c im ento d a hipo te ss o u a um a n ov a; co m isto, vo lta- se a r einiciar 0 procesater estritamente a propria investiqacso. so no passo (a), com uma interacao permanente entre observacao, compre-
a trab alho e m p sicolog ia ins tituc io na l r equ er a in da u ma inv es tigac;:ao m ais ampla e profunda que a realizada ate agora, que nos permita configurar mais claramente as tecnicas e criterios a empregar, tanto como 0 carater do problema que temos que enfrentar. Todos os nossos objetivos, 0 da tar ef a e 0 da lnvestiqacao Iinvestiqacao de fatos e tecnlcas) s6 podem ser abarcados, em nosso entender, com a utilizacao do metodo clinico. Desta maneira, 0 que vamos desenvolver aqui p ode -s e r es um ir , d iz en do q ue s e r ef er e f und am en ta lm en te a o e mpr eg o do rnetodo chnico no ambito da psicol ogia i nsti tuci onal e dentro do metoda clfnico gu ia mo -no s p ela s is te ma tica d o e nqu adr am ento introd uzido p ela tec nica ps ica nalltic a, a da ptado a s n ec es sida de s de ste am bito e a os pr ob le -
ensao e ac;:ao. a m ais imp or ta nte q ue o co rr e e que nao somente podem se escl arecer e corrigir problemas e sltuacoes, mas sim que gradualmente tem lugar urna meta-aprendizagem que consiste em que as i mpli cados na t ar ef a ap re nd er n a ob se rva r e r ef letir s obr e o s ac ontec im en to s e a e nc ontra r seu sentido, seus efeitos e integrac;:5es.Para a proprio psicoloqo nao se trata de uma "apt icacao" da psicologia - que conduz rapidamente a estereotipos -, mas sim a de uma conjuncao de Sua condlcao de profissional e investiqador. A investiqacao .r.odiflca 0 inv es tiga dor e a ob je to d e e studo , o que, por sua vez, e investigado na nova condicao modificada. Com isso, da-se uma praxis na qual 0 investigar e, ao mesmo tempo, operar e 0
mas que aqui temos que enfrentar. Sem animo de explicar aqui 0 m etod a c lf nico , r ec or de mo s q ue 0 m es mo s e c ar acter iza p or u ma o bs er va cao d etalhad a, cu id ado sa e co mpleta, r ea liza da e m um e nq ua dr ame nto r igo ros o; e ste e nqu adr am ento p od e- se definir como 0 c onjun to da s c ond ic oe s na s q uais s e r ea liza a o bs er va ca o e
a gir s e tor na u ma e xp er ie nc ia e nr iq ue ce do ra
constitui uma f ixacao de varlaveis ou - dito de outra maneira - uma elim ina cf o de p ar te d as v ar ia ve is ou u ma lir nita cs o da s m es ma s, o u a I ix ac ao de um conjunto de constantes, que tanto nos serve como meio de padroniza ca o c om o d e s is te ma de r eter en cla d o o bs er va do . S er ia a qui m uito inter es sa nte e imp or ta nte p od er e stab elec er a s s er ne lha nc as , d if er en ca s e r elac; :5es do met odo cl fni co com os chamados metodos ou procedi mentos
Tecnicas do enquadramento
epidemiol6gicos.
a modele do enquadramento psicanahtico se estende a rnodalidade da observacao que se leva a cabo, que nao consiste somente num registro . cuidadoso, detalhado e compl et o dos aconteciment os, mas sim numa indaga(:iio operativa, cujos passos podem se sistematizar assirn: a ) ob se rva ca o de a co ntecimen to s e s eu s d etalhes , co m a c ontinu id ade ou sucessao em que os mesmos se dao;
e a compreensao,
e e nr iq ue cida c om a r etle xf io
Uma vez caract er izado a met oda a seguir (incl ui dos os cri terios der iv ado s d o ob je tivo d a tar eta) , q ue c ons ta f un da me ntalmen te d e u m e nq ua d ra men to r igo ros o e de u ma o bse rv aca o o pe rativa , f az -s e a go ra ne ces sa rio fi xar a tecnica do enquadrament o, quer dizer, 0 conjunt o de operacoes e c on dicde s q ue c on duz sr n a e stabe le cer a e nqu adr am ento e q ue c on stitue m tarnbern uma parte do mesmo. J a expostos 0 criterlo e a teoria que sustentam a enquadramento que desej amos, podemos expor sua tecni ca em forma de regras que comentaremos suscintamente. a ) A pr im eira condtcao do enquadramento se ref ere ao proprio psi coloqo, que deve cumprir com que chamaremos de atitude clfnica, que consiste no manejo de um cert o grau de dissoclacao inst rumental que Ihe
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com os acontecimentos ou pessoas, cenda, respeitando totalmente suas decisoes: urn relat6rio psicoloqico nao Ihe possibilite Jose manter Bleger com eles uma certaHigiene distandeve ser apre sentado e nquanto -slidepdf.com tudo 0 que em dito relatorio possa constar -Psico ePsicologia Institucional cia que faca com que nao se veja pessoalmente implicado nos acontecimennao tenha sido pr evia mente subme tido a elaboracao do grupo ou da secao tos que devem ser estudados e que seu papel especifico nao seja abandonsde que se trate. Todo relatorio ou interpretacso deve respeitar 0 "ritmo" permita,
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por
urn lade,
mas que, por outro
identificar-se
lade,
chnica forma
do, A atitude permanentemente
parte
em sua tarefa
do psicoloqo e
do papel
e uma
das exigencias
mante-lo
0
fundamentais
(timing)
do
enquadramento.
c;:aose
b) Estabelecimento
de
relac;:oes.xpllcitas
a tuncao profissional
corresponde
e claras
abarca
e que
0
em tud~
0
_qu~
de dedicacao a
tempo
da elaboracao
nornica obriga 0
grupo
num empregado. c) Esclarecimento
sfvel, excluf-los
dindo
tota l mente
lmplicitas)
ver-se comprometido
0
que nao se possam
cumprir
a se realizer,
profissional com
exigencias
ou que estao
(e xplfcitas
fora da tarefa
ou
eludidos n em
d) Realizar profissional
uma
em todos
tarefa
de esclarecimento
os grupos,
secedes
alcancando a aceitar;ao explfcita c;:ao d eve nao so ser explfcita
a carater da tarefa
sabre
e da tarefa.
tam a aceitaciio siderado prindo
parte
detalhada,
tempo
perdido,
da tarefa, mas
atraves
recolhendo
ticas do grupo,
macae dos resultados, dita intorrnacao
elementos
tanto
nao deve ser nunca
sobre
conflitos,
definida
e pessoas
a quem
imposicdes
institucional
nem
sabre
de que
do sendo franca pessoa,
0
que corresponde
com
tudo 0
que
estritamente
a cada grupo,
ele ou eles de forma
aquilo
grupo
e lealdade
sera dirigida
com
Tratar
possa
transcender
e tudo
ou os nlveis
implicados
desejem
aquilo
sobre
ou acedam
partido
a
e
0 manejo
da mesma .
profissionalmente
por nenhum
profissional,
atividade
n ao a ssu -
ne m executiva.
em u ma clfni ca
individual
de co ndu ts.
au grupal.
Centrar
responsabilidades
ou de uma rnudanca
c;:ao sintam-se
superestruturas
0
0
psico-
Nao tratar trabalho
na parte
dependam
que desgostem
ou IIderes da orqanizacao
em conta
psi-
afetadas
a parte
a lh ei as .
ou se sobreponham
formal
au informal
em que as autoridades
au menosprezadas
em que
de seu assesso-
da ins-
de uma institui-
por ter que recorrer
a outro
pro-
fissional. mas sim todo
0
contrario:
m) Estrito
me sm a n ao u ltr apa ss e
qual
a
teo Neste propria
ajudar
sentido, onipotencia,
0
que real mente
um criteria
psicoloqica da inforrnecao, se conhe ce
fundamental
e
em nao agir nem admitir
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( int ra
a u i nte rg ru pa l) ,
a resolve-fa.
e tlmttacao
controle
e
que trans-
a dependencia
fomentar
aberta 0
ser
lnformacao
nenhuma
curso
administrativa
uma Instituicdo
as autoridades
pro-
no sen-
em forma
0
nao possam
etico, mas sim, ao mesmo te mpo, u m
ao assessoramento
formar
tituicao, Tomar
secso ou nfvel nao sera trata-
exclusiva.
implicar ou
ou, no pos-
ao mlnimo
e de sua atuacdo, m as n ao d ev e a ss umi r r esp on sa bi lid ad es
que
urn parcelamento
observadas,
a tarefa
e nao tomar
de uma medida
I) Nao profissional
sobre
devem
so um p rob lema
pessoais de forma
k) Nao
da lntorrnacao, f) Segredo
nao
j) 0 psicoloqo deve compartilhar as efeitos
da infor-
nem fora da tarefa
suqestfies
com
n a tarefa ou funr;ao que se realiza e em como se a realiza.
c ol 6g ic o
as caracterfstipos de comu-
em que dita inforrnaeao sera submetida;
e
extra-profissionais
func;:ao diretora,
Na o tr ansforma r problemas
ampla e
e clara 0 c arater
a trabalhar
tecnico.
nenhuma
ramento pratica,
fora do contexto
Nao admitir
e da inforrnacfo
de observacao
como os grupos
e as situaebes
no qual ja se esta cum-
do esclarecimento
antes de comecar
logo nao dirige, nao educa, nao decide, nao executa decisoes: ajuda a compreender os problemas que existem e ajuda a problematizar as situacoes.
que isto custa nao deve ser con-
mas sim urn tempo
sec;:ao ou nfvel e de suas tensfies,
nlcacao, liderancas, etc. e) Estabelecer em forma
fissional.
0 tempo
correspondente.
como
comentario
i) Limitar-se
mindo
exclusiva mente do esclarec imento correspondente, e nao r ealiz ar nenhuma taref a com aque le s grupos, secoes au nfveis da instituicao q ue n ao m an if es-
0 psicoloqo relatorio a outros seto-
dito
se tor nem posicso da instituicao,
Dita aceita-
tarnbern livre, sem coercao e derivada
a apresentar
no caso de que ditos contatos eles
h) Ser abstinente
ou niveis nos quais se deseje aqir,
do profissional
como
excluidos,
n en hum
instrumento
sional.
tide
ou
os contatos totalmente;
da intormecso nao
profis-
eco-
de uma institui-
ou com uma secso,
g) Limitar
elu-
dependencia
dito relatorio se opoe a isto. Se
deve faze-to sabendo
res da instituicao,
rnaneira.a
aos dirigentes
relatorio
ou comprometido
urn grupo
da tarefa
De nenhuma
dito
a que concerne
esta obrigado
tarefa, honorarios, dependencia aconomica e independencia profissional, de tal maneira que ha de se constituir num assessor ou consultor e nao do carater
dos dados.
a apresentar
0
no sentido
au de duz do controle
a aureola
de que a
cie ntificamendos traces
da
de mago nem de 49
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posit ivos que tera que enfr entar, ja que a forma como a instituicao se A f un c;:a o e a de um estudo cienti'fi co dos problemas para relaciona com 0 psicoloqo e um indice do grau de insight de seus proJoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional slidepdf.com transmitir 0 conhecido num dado momento. blemas, das defesas e resistencias frente aos mesmos, dos esforcos e n ) Nao tom ar c om o f ndice d e a va liac so da tar ef a p ro fiss io na l 0 prodirec des e m qu e s e tentou a s oluca o ou en cob rime nto a te e ste m om en to. gresso da lnstltuicao em seus objetivos e sim 0 grau de "cornpreensao" Convern que 0 psicoloqo tome nota e escreva cuidadosamente todos (insight). de "independencia e de rnelhoramesto 'das relac;:5es;quer dizer, 0 os detalhes dos primeiros contatos e das primeiras entrevistas, porque 0 esprogresso nos objetivos da psicologia institucional. " pod e- tu do ",
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0) A (mica forma de operar e atraves da subminlstracso de informac ;:ao .A op er ativ id ad e da me sm a n ao s o d ep end e d e s eu gr au d e v er acida de como tarnbern do timing (momento em que e d ad a) e de s ua qu antif ic ac ;:ao (gr ad ua c;:ao d a m es ma ). Em u ltim a lns ta nc ia , na o s e tra ta d e inf or mar e sim de fazer compreender os fatores em jogo; em outros termos, da
tom ad a de insight. p) 0 psicoloqo deve contar sempre com a presenca de resistencia ( exp lk ita o u irnp lf cital, a ind a q ue d a pa rte d aq ueles q ue m an if es ta me nte o acei tam. 0 investigar a resist encia forma parte fundament al da taref a profissional e, ao investiqa-la, 0 psicoloqo constitui-se infalivelmente e so por este fato em um agente de rnudanca, que pode increment ar ou promover rssistencias. q) Uma lns tltu ic ao n ao de ve s er co ns ide ra da s adia o u normal" quando nela nao existem conflitos, e sim quando a lnstituicao pode estar em co ndico es d e e xp licita r s eu s c on flitos e p os su ir os m eios ou a p os sibilida de de arbitrar medidas para sua resolucao, r) Nao aceitar prazos fi xos para t ar efas e resul tados, e sim somente para 0 c as o d e um r elator io d ia qno stic o. Nao a ceita r tam po uc o ex ig enc ia s d e s oluc oes u rge ntes ( que s ao s va so es do insight).
Inserc;ao do psicoloqo na instituicao
tudo deste protocolo e ainda sua mera redacao darjio a oportunidade de avaliar melhor e levar em conta det al hes que passam faci lmente inadvertidos, mas que sao signifi cati vos: tudo i sto tara com que 0 psicoloqo possa organizar mel hor os passos sucessivos que tem que dar. Quant o melhor se maneje 0 metoda cl ini co e seus i nstr ument os, quanto mais seguro se sinta no estabelecimento do enquadramento, tanto melhor 0 psicoloqo podera tratar com as distintas alternativas de sua insercso no campo de trabal ho, que segue sendo sempre uma etapa dificil e, ao mesmo tempo, um a etap a ge ra lm ente de cisiva de tod o 0 enquadramento posterior. A partir dest e ponto de vista convern, pelo menos nas primeiras etapas da tarefa, solicitar a supervisso de um colega que, pelo mero fato de estar fora ou nao estar tao comprometido na situacso. podera sempre resultar de grande util idade. Os primeiros cont at os que 0 p sicoloq o es tab elec e c om a ins titu i<;:aodevem levar 0 proposito definido de estabelecer 0 enquadramento da tarefa, 0 conhecimento das ansiedades frente a m ud an ca ( in te ns id ad e e qu alid ad e, m eca nism os d e de fe sa ), 0 grau de aceitacao ou r ej ei <; :ao do p sico lo qo, a s diss oc ia coe s e ntre g ru po s q ue a ce itam e ou tr os qu e r ejeita m, a s f an ta sias q ue s e p ro je ta m s ob re 0 psicoloqo, 0 grau de realidade e adequacao das espectati vas, et c. Todos os pri meiros contatos jii conduzem a uma impressao preliminar de carater di aqnosti co, para 0 qual se deve conhecer tarnbem a hlstoria da instituicao e - pelo menos - os grandes lineamentos de suas caracterfsticas.
Os contatos e as relacoes que 0 profissional toma com a instituicao constituem, desde 0 primeiro momento, 0 material que 0 psicoloqo deve recolher e avaliar. Isto Ihe dara a possibil idade de conhecer, ja desde 0 corneco, tanto si tuacoes vit ai s da instituicao como os fatores negati vos e
6 - a s t er mos "s au de o u n or ma li da de ", s ao , ma is a dia nt e, s ub st itu id os p el a e xp ra ssa o " gr au d e d ina rn ic a", q ue e nte nd em os ma is a de qua da p ar a n os r ef er ir mo s a e st es conceitos, ao tratar de instltuicoes.
"Grau de dinam ic a"
da instituicao?
o melhor "grau de dinarnica" de uma lnstitulcao nao e dado pela ausencia de conflitos, mas sim pela possibilidade de explicita-los, rnanejaI -
V er n ota d e r oda pe d a p aq ina 5 0.
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de e squ em a r ef er enc ia l. Es te e nq uad ra rne nto e o qu e n~ o po de s er ma ntid o los e resolve-los dentro do limite institucional, quer dizer, pelo grau em com dois papeis di st int os da mesma pessoa. Ouanto mai s baixo for 0 grau que sao real mente assumidos por seusJose atores Bleger e interessados no Higiene curso de ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com -Psico de dinamica em que se encontra a i nsti tuicdo, mais se vera atacado 0 ensuas taref as ou funcbes, 0 confl ito e um elemergo normal e imprescindiquadramento do psicoloqo e mais fat os ocorrerao que tratam de comprove l no de se nv olvime nto e e m qu alque r m anifes tac ao h um an a: a p atolog ia meter 0 ps ico lo qo c om o pe ss oae na o c om o p rof is sion al, Um in dice a in da do c on flito se r elac io na , m ais d o qu e c om a e xisten cia d o p rop rio c onf lito , mais baixo se encontra no caso em que 0 enquadramento se vi!atacado de com a ausencia dos recursos necessaries para resolve-los ou dlnamiza-Ios. maneira latente, totalmente dissociada das expressdes manifestas. A estereotipia e um a da s d ef es as ins titu cion ais f re nte a o c on flito, P ar a q ue u ma ins titu ic ao r ec or ra a o ps ico lo qo ins tituc io nal r eq uer m as s e tra nsf or ma , a ss im m es mo, e m u m p ro blem a a tr as do qu al e n ec es sachegar a ter um certo grau de insight de seus confli tos ou de que "algo esta rio encontrar as conflitos que se aludem au evitam. 0 "desideratum" a con te cen do ". Qua ndo isto na o ex is te , 0 psicoloqo deve desistir de todo d o ps ic 6log o n ao e co ns eg uir u ma au sen cia de c on flitos ne m d e ten ta r um a es to rc o pa ra s e inc lu ir n a me sm a c omo co nsu ltor o u a ss es so r. Um r mn im o conclllacao entre os termos dos mesmos; e ainda no caso da estereot ipi a, de insight e colaboracao se torna indispensavel para uma aceitacao ativa do sua funr;:ao e a de mobili za-los, quer di zer, conseguir que os conflit os se p sicoloq o ( ainda s en do es ta a ce itac ao co nstrad itor la ) e s e n ao h a uma aceimanifestem. tar;:ao ativa e que nao se dao as condicfies minimas para que 0 psicoloqo o pslcoloqo e - sej a por sua mera pr esence - um agent e de rnudanca tra ba lh e n ela, p elo me nos c om a s ins tr um entos , e nq ua dr am en tos e ob je tie u m c atal izad or o u de pos ita r io de c on flitos e , p or iss o, as f or ca s o per an te s vo s c om q ue a f az em os n o pr es ente. n a instltuiciio v ao a gir n o s en tido de an ular o u a mo rtiza r s ua s f un cde s e s ua o t ipo de motivacao que se da para solicitar ou aceitar 0 psicoloqo a r;:ao ;um a da s mo dalida des ma is c om uns e m qu e isto s e te nta ou s e c ons edeve ser um dos primei ros f at a s que temque ser submeti do a uma anal ise gue e a de enquistar 0 psicoloqo em alguma atividade estereotipada, com r igo ro sa, p or qu e g er alme nte s 6 e um sintoma e nao 0 proprio conflito. o qu e s e c on se gu e u m e fe ito r na qico, tran quilizad or ( "h a um ps ico lo qo ") Desde a corneco podem se apresentar conflitos, problemas au dilemas. ao mesmo tempo em que se alude sua ar;:ao ou se 0 imobiliza. Par isso, 0 No confli to, se apresentam forcas cont rover tidas em i nterjogo e, grau e a f orma de aceit acdo e rej ei r;:ao d o psicoloqo sao indices do grau de geralmente, 0 co nf lito de q ue s e q ue ix a e nc obr e a s v er da de ir os c onf lito s d ina rn lc a d a lns titulca o. Em ou tr os c asa s, s e a nu la s ua f unr ;:ao p rof iss ioou os problemas que nao so se acham deslocados, assim, em seus objetos na l, e nvo iven da e c om pr om eten do p es so almen te a ps lc oloq o e m a lg um d os como tarnber n podem estar nos nivei s de estratl ftcacao da- i nstl tuicdo: a conflitos ou dos grupos controvertidos ou com uma densa rede de c on flito de u m n iv el s e a cus a e m ou tr o. No p rob le ma, s e a pr es en ta m v ar ia r um or es. Em todo s as c as as , a f un r;:a o d o p sicoloq o e a de reconhecer toveis au disjunt ivas de uma sit uacao que requerem ser ori entadas e di rigi d os e stes m ec an is mos e na o a gir e m f unr ;:ao de le s, m as s im ag ir s ab re e le s, das em al guma dl recao: quando grupos di stintos assumem as diferentes tratando de rnodifica-los. orientacdes (as encarnam), 0 problema se transform a em conflito. No P or tudo iss o, c onv er n q ue 0 psicoloqo ou a equipe institucional nao dilema, se colocam opcoes l rreconcil laveis que dei xaram de estar dinapertenca a lns titu lc ao , s ena o p elo m er o e u nico lig ame nto pr of is siona l d e rnicamente em interjogo, como no cas a do conflito, e ja nao exi st e nea ss es so r a u co nsu ltor n o s entido ma is e strito ; iss o pe rr nltira o u f ac ilitar a, nhurna int eracao e si m somente a possibili dade de ell mi nacfio. 0 dil ema em c er ta m edida , q ue a ps ico lo qo c ons er ve c er ta d ls ta nc ia p ar a na o as su mir l! a forma defensiva extrema dos problemas au conflitos. . os p ape is q ue s e pr ojetam ne le . Em ps ic olog ia ins titu cion al e impossivel No probl ema deve-se resolver au confirmar se se trata realment e agir em dois papeis ao mesmo tempo; como assessor e como membra inde um problema ou de um pseudoproblema. Assirn, em um hospital se tegrante da instltuicao, Assim, por exemplo, numa escola nao convern p ediu a c olabo ra ea o d e p sicoloq os pa ra c on seg uir q ue o s pa cientes p ud esque se aja como psicoloqo institucional ao mesmo t empo que como prosam descansar melhor e transcorrer 0 d ia d e f or ma m ais tran qUila . Tr atafessor da equipe docente. va-se de uma sal a de cirurgia na qual existi a um alt o indice de complicae nqu adr am en to r ig or os o d a tar ef a s ign if ic a c onv er te r 0 maior ( ,:oe s po s- op er ator la s de indo le p slqu la tr lc a q ue na o s e jus tifica va m pe lo nu rn er o p os sive l d e va riav els e m c on stantes , d e tal ma neira qu e 0 trabalho t ipo e qual idade de assi st encia medi ca que ali se prestava. Chegou-se a se realize dent ro de certos l imites fixos que dao maior sequranca e servem
o
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conclusao
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de que
este
nao um problema <;:ao do corpo
-
e que
medico
«;:oes d e extrema
"problema"
era
problema
0
sintoma
-
o estudo
e, portanto,
residia em um mau manejo
com os familiares
ansiedade
so um
da rela-
dos pacientes;
nos familiares,
isto promovia
que 1e "canalizavam"
muito
ultima
constituem
ardua
instancia,
perturbador
(ndtces
de mau progn6stico
que 0 psicoloqo
situacdes
tem que realizar
de muita
confusso
e mais diHcil de manejar
e
nao
ou (ndice de uma porque
c on fl it o
0
conflitos
recaem
se os tende quando
pode
sobre
a referir
se tende
prognosticar
objetos
como
estritos
reiteradamente
de um ou de varies
go deve prever
que se canallzarao
segregando na forma Poder-se-ia
dos conflitos, ideol6gicos,
0
psicoloqo
a utomatica levar
nos interessa processos
dos conflitos. Para em conflito e os conmuito
diflcil
a resolver
um conflito
com a seqreqacao
Neste ultimo
nele os conflitos
0
e que se tentara
quando
conf litos
caso,
intergrupais,
de nfveis ou status, de tarefas,
institucional,
nem experiencia
etc., mas ainda nao temos
o
ser humane
em que c;:ao para
paracao
Psicologia das instituicoes
e instituicoes,
se acha tao impregnado
indivlduo
e sociedade,
de distorcoes
indivfduo
que se torna
e
imprescin-
e controle
do com-
dela.
Desta
sas, parte
"sujeitiva"
instituicoes
mais toda
um suporte
a instituicao tanto
significados
imatura,
forma
do suporte
da institui-
nao
Quanto
que Ihe presta
mais dependente
instituicao
ou
parte
como a forma
e valores
toda rnudanca
e um
social
que a ela pertencem.
depende
social,
poder-se-ia
e de insercso
em que isto ocorre,
menos
da personalida-
ou parte dela, ou vice-ver sa.
ou grupos
e controle
e
a relac;:ao
da mesma ou toda se-
e
s6 um instrumento
mas tambem,
ao mesmo
de
tempo,
de regula9ao e de equilibria da personalidade e, da mes-
que a personalidade destas
de depo-
da personalidade,
de identidade
mais diHcil
maneira,
requlacao
um instrumento
ma maneira
setores
distintos
a personalidade, quanto
as mesmas
e em qualidade
de vista psicoloqico,
indivfduos
e tanto
tem sua personalidade com respeito
humanas
nas distintas
e na medida
lnstltulcao:
e se conduz
da orqanizacao
de sequranca,
os distintos
orqanizacao,
entre
em relacao com os
da riqueza
inc lui a lnstltulcao
isto se da, configuram
uma dada
das relacoes
parte
encontra
de sua personalidade
para isto.
tarnpouco
p er so na li da de .
que em certos
corporal
com a instituicao
problema
forma
um elemento
mais integrada
o
sociais
de retacoes
pertenca, A partir do ponto
suficien-
tema que
bibliogra fia ;
ao fato de que cada indivlduo
de precipitados
dizer, 0 esque ma apoio,
a diferenc;:a ou a classiflcacao
mas nao
na estrutura-
do indivlduo,
das instituicdes
distribulcao
nas instituicdes
de", de tal maneira
a segrega<;:ao se con-
e problema s.
das mesmas
numa copiosa
e a estrutura
de producso,
A instituicfo
"resol-
mais adiante
exposto
s ita ri as d e p ar te s d e s ua pr op ri a
psicolo-
papel
do curso do desenvolvimento
lugar quanto
em qualidade
da mesma forma,
indivfduos.
e xista m.
em instituicdes,
portamento dos seres humanos, que corresponde a outra dire«;:ao que a que a qui quere mos a pre se ntar. I nter essa -nos agora a dinarnic a psicol6gica
ou
individuais;
transcorre 0
pelo
e pelo fato da rnediaeao
seres humanos
ou estudar
aqui a origem
baslcos
comprometida
individualmente
sublinhar
c om facilidade
se os
conflitos
da instituicao,
em individuals,
tes conhecimentos
tarefa
aqui
<;:ao da personalidade
em
e s im a a rn bi qu id ad e
personificados
de "resolver "
ainda
de estrateqia
uma
muito
ou etiminacao ve-los"
interessa
que tem se
que se acham em jogo na lnstitulcao,
a vida dos seres humanos
0 fator mais
flitos em problemas.
verteu
Toda
se e nc ontrara
encobre,
e arnbiquldade,
. que age como um amortizador ou "des-desenhador" poder trabalhar, se requer transformar a arnbiquidade Igualmente
psicoloqicos
situa-
nos panos
Os dilemas
dos fatores
fato de que nela participam
JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional impr escind I ve l do ser humane -slidepdf.com para que ditas instituicdes
cientes, tarefa
mere
se acham
tem organizadas
cristalizadas
dinamicamente
nas institulcoes:
suas defe-
nas mesmas
se dao
dlvel comecar esclarecendo alguns dos pressupostos au preconceitos que, por estarem difundidos em alto grau, se poem de imediato em jogo en-
os processos de reparacao tanto como os de defesa contra as ansiedades psicoticas (no sentido que M. Klein da a este terrno), Desta maneira, se
quanto
bem que a instltulcao
se faz
0
anuncio
Por psicologia gica das instituic;:6es delas ou se nega soc ia l e econor nica
0
do tema.
das instituicdes sociais; carater
nem
objetivo
da sociedade.
nao deve se en t ender tampouco
se afirma
das me smas, Por psic ologia
suje itas
a origem 0
carater
subjetivo
a le is da estrutura
das instituicdes
tenha
uma axistencla
propria
externa
e independente
psicol6-
se entende
8 - Apresentamos a diferenca entre subjetivo e "sujeitivo" no Apfmdice e Psic%gia Concrete, de Politzer. 0 "sujeitivo" se refere ao sujeito;
0
subjetivo, a ums parte do
sujeito.
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ca parcial se acompanha sempre de uma rnudanca da totalidade, mas 0 d os s er es hu ma no s ind iv id ua l m en te c on sider ad os , s eu f unc io nam en to s e imp ed im en to e m u ma de s ua s s ub es tr utur as s ig nifica tar nb er n u m irn pe diacha r egulado nao so pelas leis objetivas de sua propri a reali dade soci al , Jose Blegernela -Psico ePsicologia m ento Institucional n o s is te ma total. Uma-sslidepdf.com oc ie dad e alie na da 0 e po r s ua e stru tu ra tocomo tambern pelo que os seres humanos prcJtetam (pelas Higiene leis da tal, mas, dentro desta ulti ma, se deve contar t ambern como parte a orgadinamica da personal idade). nizacao psicoloqica dos seres humanos. Nao temos nenhum contato Um dos pri meiros problemas que aparecem nest e sentido e que a por outra parte - com todas as posicoes que t entam uma modificacfi o psi instit uicao pode se ver enormemente limitada em sua capaci dade de ofecol6gica com 0 unico objetivo de pretender uma persistencia e manutencao recer seouranca. qratlflcacso, possibilidade de reparacso e desenvolvimento de um mundo humane alienado, com manut encao das prerrogat ivas das eficiente da personalidade. Inclusive, esta tlmltacao pode se tornar , em um c la ss es p od er os as n em tamp ouc o c om a intenc so mistif ic ad or a co m qu e s e dado momento, ou em algumas instit uicoes, em uma verdadei ra f onte de .empobrecimento e estereotipia do ser humano. Este ultimo se deve - a partir do ponto de vista psicoloqlco - ao fato de que estso atuando na inst ituicfo as ansiedades psi coticas dos seres humanos ou a que a instituicso se converteu, predominantemente, em u m si st em a e xt er no de c ont rol e de stas mesmas ansiedades. 0 q ue o s ps ico lo qo s tem os q ue o bter e que a tarefa que se realiza em uma instltuicao sirva de meio de enriquecimento e desenvol vi mento da personal idade: esta aqui - em ult ima instancia - o objetivo basico da psicologia institucional. Aqui co rr es po nde u m n ovo e sc la re cime nto q ue s alve a s po ss ib ilid ades de cornpreender 0 e xp os to n o s entid o q ue p od e o fe re ce r 0 psicologism o. Uma f onte d e inf elic ida de e d is to rs ao ps ico lo qica do s s er es h um ano s n a ins titu ic ao s e b as eia n a e strutur a a lien ada da s ins titu ic oe s, r elac io nad a com a mesma estrutura alienada de todo 0 s is te ma d e p rod uca o e d is tr ib ulcao d a r iq ue za. S ob re e sta m es ma b as e s e d ao as c ar acter ls tica s d a a lienac;:aodos seres humanos. 0 que queremos investigar e desenvolver e esta a c;:a o re clpr oc a d os s er es h um an os s obr e a s lns titu ic oes p or qu e e ste e sclarecimento e parte da passagem de uma falsa consciencia a uma maior consciencla da realidade. Uma rnudanca institucional radical deixa, todavia, grande l iberdade para que nela se jogue de todas as maneiras 0 que os hom en s p rojetam n as ins titu ic oe s, 0 q ue inter es sa e a discrlrninacao entre 0 funcionamento e os objetivos reais de uma instituicso e as satisfacdes e c om pe ns ac oe s ( no rm ais e neurottcas) que os seres humanos obtem nelas.
emprega a psicologia Uma m uda nc a tura psi coloqi ca dos tit ucional radical so
nas assim chamadas human relations. ins titu cion al n ao p ode c on se guir u m " sa lto" d a es tr useres humanos e, por outra parte, uma rnudanca inspode se dar com uma cert a conscienci a previa, quer
Temos provas de que os seres humanos nao mudam mecanica e i mediata-
di zer, com uma certa mudanca previa da est rutura psicol6gica. 0 que nos interessa e tudo 0 que os seres humanos se esforcam por nao mudar as insti tui cdes, em bora, por outro lado e ao mesmo tempo, se esforcem par rnudalas, par considera-Ias inadequadas ou insatisfatorias, Enos interessa tarnbern muito na medida em que indivlduos alienados, submetidos a ins tltuicd es alie na das , s e r etor ca rn e m u m c ir cu lo d e r es is te nc ia a rnudanca , As c oisa s ter n tor ca p or qu e n elas e stao a lien ada s tor ca s d os s er es b ur na no s. As ins tituicd es se tor na m d ep os itar ie s e s istem as de de fe sas ou co ntro Ie frente as ansiedades psicoticas e nao s6 cumprem dita func;:aoas instituic; :oes e sim tarnbern, em i gual medida,a cumpre a imagem que 0 homem tem de s i m esm o e de s uas ins titu ic oes . Toda instituicao e 0 meio pel o qual os seres humanos podem se enr iqu ece r a u s e e mpo br ec er e s e e sv az ia r c om o s er es hu ma no s; 0 que cornumente se chama de adaptacao e a subrnlssao a alienacao e a subrnlssao a e ster eotipia ins titu cion al. Ada ptac ao na o e 0 mesmo que inteqracso: na p rime ir a s e e xige do indivf du o s ua h om oqe nelza ca o m axima , na s eg und a o individuo se insere com um papel em um meio heteroqeneo que func io na d e m ane ir a u nita ria, Ev ide ntem en te , s e c on fu nd e co m mu ita f ac ilidade a lnteqracao com a aqlutlnacso de grupos e instituicoes homogeneiza-
m ente s ua e stru tu ra ps ico lo qica p elo f ato d e um a r nu da nca ins tituc io na l r ad ic al e qu e - inc lu sive - lev am a e stas u ltim as s uas c ar ac te rlstic as p sico logica s an te rior es , c om pr om etend o o u r etar da nd o a m ud anc a total d as instituicd es . Os p ro ces so s p sico lo qicos f or ma m p ar te da r ealid ad e, d a m es ma manei ra que as instlt uicoes e os obj et os da natureza e nao e posslvel con-
das com individuos despersonalizados. Todas as instltuicdes tendem a reter e formalizar seus membros a uma estereotipia espontanea e facilmente contagiosa. Esta homogeneidade se cumpre de acordo com as est rat ificacdes de mando, de tal maneira que ao status superior se veja facili tada a t arefa de mando. Esta e a razjio pela
seguir uma rnodifi cacso radical, senao tarnbern com um conheciment o de suas leis peculiares. Pela interdependencia dos tenornenos, uma rnudan-
qual os conflit os dos est rat os superior es se canalizam e agem nos nlveis inferiores; como sempre, 0 fio se corta pelo mais fino e 0 ma is f in o e aq ui
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o estrato mais homogeneizado e ambfguo; em out ros term os, 0 mais detar ef a c ons is te em elab or ar e ultr ap ass ar a r igide z q ue e nc obr e na r ea lida pendente (0 mais desumani zado ou esvazsado]. "0 homem pertence a de uma estrutura de grupo prirnario fortemente reprimida, f ormalizada ePsicologia Institucional -slidepdf.com instituicao " . Es ta aq ui a o rd em qu e d eveJose s er muBleger da da p ela-Psico de " a ins Higiene tituica o reativamente . p er te nc e a o h om em ". E i st o nao pode ser conseguido uni camente com a .*, No grupo primario existe uma forte iambigi,iidadl;)j:!epapeis e status psicologia. Mas tampouco pode ser conseguido sem ela. d en tr o da lns titu ic ao: n o g rup o es te re otipa do e sta a mbiqiiida de ten de a se r As o rqa niza coe s ins tituc io na is ten de m a s er de po sita rias d as p ar tes " re solute" ou c om pen sa da c om u ma f or te f or rna liza cao ( co mo f or mac ao m ais imatur as da pe rs on alida de, juntam en te no en qua dr am ento do f un cioraativa), a qual leva implicitamente a intensas seqmentacdes e incomunican ame nto d as me sm as , q ue r d ize r, n as f unc oes ou f or mas m ais e ster eo tipa<;:5es.0 grupo prirnario e um grupo no qual predominam as ldentificacoes das. Por l sso, estas ultirnas sao as que oferecern a maxima resistencia a projetivas rnacicas ( par ticipa cao ], u m de ficit na dife re nc ia cao e iden tida r nu da nc a p or qu e es ta s ign if ic a, a o m es mo temp o q ue u ma m uda nc a na ins tttulca o, um a r nu da nca n a pe rs ona lida de ( em s ua pa rte ma is ima tu ra , imobilizada justamente na rotina dos habitos e automatismo).
de de seus membros; seu molde e 0 do grupo f amili ar, que se continua na instituicao c om o u m grupo de pertence fort e, mas como um grupo de tare-
Qua nto m ais r eq re ss ao e xiste n uma lns titulca o, qu er d iz er , q ua nto mais ela e depositaria das partes imaturas da personalidade de seus integr an te s, m ais inten sa en con tr ar em os ne la a es te re otipia e m ais p red omfnio havera da participacao sobre a interacao", quer dizer, de papeis nao discriminados e de uma estrutura semelhante ados grupos primarios.
conflituosas fortemente ernocionais.jDevemos ter mui to em conta que distintas estrut uras coexistentes da personalidade requerem instituicoes e grupos de caracterfst icas diferentes, nos quais cada uma delas pode ser gratificada, compensada ou controlada e, neste senti do, 0 ser humane necessi ta tant o de grupos p rirn ar ios c om o d e g ru po s s eeu nda rios . 0 g rup o q ue c on stitui 0 prototlpo do g ru po p rima rio, e m no ss a cu ltur a, e a familia e nela ha uma forte depos itac ao e qr atif ica cao d a p er so na lida de s in cr etica , Po r ou tr a p ar te , e f or tem en te c liva da da an te rior , 0 n fve l m ais m adu ro da p er so na lida de r equ er instituicoes e grupos onde 0 mesmo se pode por em jogo, se consolidar e se enriquecer":)0 grau de dissociacfio e contradicso entre estas duas estrutur as da pe rs on alida de c os tu ma s er m uito n otav el e m ar ca 0 grau de normal idade e de plast icidade de cad a indi vfduo. Por i sso, e dado que nem t odas a s ins tituico es r es po nd em ao m es mo p adr ao d e o rqa nizac ao, r eq ue re m s er es tud ad as a s f unc fies q ue de ve m n ela s e de se nv olve r ou s e c on tr olar a pa rtir d o po nto de v is ta d a e stru tu ra d a pe rs ona lida de . " Por outro lado, 0 deficit de inforrnacao e de relacoes interpessoais favorece a regressao a grupos de estrutura pri maria e, portant o, tarnbern reqressao a personalidade sincretica.] Nes te s entid o, p od e s e c omp re en der 0 p ro blem a p elo q ua l c on sul-
Os grup os na instituicao
Po de- se de finir a tar ef a do p sico lo qo n a ins tituica o d iz en do tar nb er n que 0 en qu ad ram en to de s eu t ra ba lh o e institucional, mas sua tecnics e fundamentalmente grupal (intra e intergrupal)_ Nes te s entido , po de m- se c on sider ar e squ em atic ame nte trss tip os d e instltuicao: as que se manejam como grugos primaries e as que 0 fazem como grupos for-tr ial izados ou estereotipados. Um terceiro tipo, com u m m elho r gr au d e d in ar nica, e aq ue la q ue o pe ra c omo um g rup o s ecu nd ar io se m ca ir na e ster eo tipia. No p rime i r o ca so, a d ir e< ;:aod a tar ef a c on siste em transformar os grupos primari es em secundarios: no segundo caso, a 9 -
N ao podemos
c ac des anterio res
desenvolver ao investigar
aqui est a diferenr; :a que foi est udada 0
f enomeno
da simbiose.
em out ras
publi-
56 diremo s que participacdo
coincide com sincretismo. P ar a ev it ar , aq ui t ar roer n, maremos como
daqui
a part e
promove
t er mos
em diante imatura
ansiedade
q ue p roc ede m
de personetidede
da personalidade
da me dic in a e da p si cop at ol og ia,
sincretics
ao que
(j ndiferenciada,
ate aqui
amblgua,
c ha-
designamos
sinc ret ica) ,
que
psic6tica.
Z a . .!!!!!iJQ_Jj.ebil,
que se ve constantemente
por situacoes
tou uma empresa que dispde de import antes lnst al acoss recreativas para seus empregados e trabalhadores que estao facultados para ir com suas famil ias e que se deparava com 0 fato de que, apesar de t odas as facil idades promovidas, seu pessoal nao concorria a desfrut ar das inst alacoes recreati vas. 0 problema residia no fato de que 0 empregado tinha na empresa e seu trabalho toda a parte mais madura de sua personalidade que requ er ia a f or rna liza ca o d os g rup os s ec un da rios e qu e na o d ese ja va s e v er a b-
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s or vido totalme nte
compromet ido
p ela e mpr es a, m as s im ma nter
a
m ar ge m d ela s ua v ida
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de que todo 0 hospit al (sua estrutura) se transforma em si mesmo em urn em r elaca o co m 0 grupo primario, A dissoclacso erspresa-Iamilia coincide ag ente ps lco te ra pico de g ran de e ficien cia, e m p rof un dida de e a mplitude . E totalmen te co m a d is soc ia cao d a pr op ria Jose pe rs on alid ad e q ue r eq ue riaHigiene tip os Bleger -Psico ePsicologia -slidepdf.com neste Institucional sentido se alcanca organizar a psicoterapia a nfvel institucional e distintos de grupos que, por sua vez, estivessem totalmente separados entre nao ao da psicoterapia individual ou grupal. si. Deve-se tomar muito em conta que ha dissocieciies instrumentais que Uma tarefa altamente ansioqenica como 0 e 0 c on ta to diar io c om o s devem ser respeitadasJ p rob le mas da do enc a e da r nor te, cr ia ne ces sa riam en te na e quipe m ed ic a e Nao cabe "aqui desenvolver a dinarnica dos grupos e a das rel acdes a ux iliar es c om por ta me ntes de fe ns iv os de d is tinto tip o, e ntre o s q uais n os inter gr up ais, qu e se ac ha f or a d e no ss o pr op 6s ito pr es ente. Os g ru po s de n- . interessam particularmente aqueles que 0 p sicoloq o de ve a te nd er em s ua tro d e u ma m es ma ins tituics o s er ve m, p or su a v ez, pa ra distribu ir e co ntrotar ef a d e ps ic olog ia ins titu ciona l. Urn d eles c on siste no f ato d e q ue m uita s lar a ns ie dad es e co m isto c ulpa s e pe rs equ ic oes , m as ne m s em pr e se cu mpr e o postulado de que urn perigo ext erno leva a uma maior coesdo intragr upal, ja que quando se ultrapassa determinado umbral e 0 perigo externo
t ensfies na equips medica, que nao sao explicitadas e resolvidas neste nfvel sao desl ocadas ao pessoal auxi liar ou as relacoes entre os pacientes
se torna lnqovernavel, 0 gr upo o u a lns titulca o em s ua totalid ade r epr od uzem dentr o de sua propria est rutura a situacao de perigo, como uma t entativa de controla-lo ou qoverna-lo ficticiamente em condicces mais controladas. M om entos de tens ao pr odu zem r eq re ss ao ao gr up o pr ir na rio: a e stereotipia grupal nao permite tais reqressoes que, se sao dinarnicas, s a o positivas. 0 grupo psi cologi camente atendido em uma lnst ituicao pel o psi cologo ten de a s er c ar reg ado c om ten soe s d e o utros q ue n ao 0 sao. P or o utra p ar te , d ev e s e co ntar co m a p os sibilida de d e ex is te ncia, a o mesmo t empo, na mesma institulcao, de grupos e relacfies primaries, secundarias e estereotipadas que devem ser avaliadas com cautela.
c om unica cao en tr e o s p r6 pr ios me dicos e e ntre e stes co m 0 pessoal auxiliar e os d oe ntes : isto s e c or nb in a, aler n d is so, c om um a e xige ncia imp licita de dependencia dos pacientes, que se ve facilitada pela reqressao a que conduz a propria doenca, Mas, na medida em que se fomentar a dependencia, se incr em entam tam be rn a s ex iq enc ia s e a s co ns eq ue ntes f ru stra cde s e ingr atidoes ou situacoes persecut 6ri as que se deslocam aos pacient es entre si
o hospital
como instituicao
E n a ins titu ic lio h os pita la r o nde a ps ico lo gia ins titu ciona l p ro vo u a te a gor a s er u m do s c am pos on de s e tor na m uito p rov eito sa s ua utlllz aca o, mas isto pode se dever somente ao fato de que e a instit uicao mais diretamente ligada, na at ualidade, a parte da atividede do psicoloqo e ao fato de s er -I he ur n d os o rg an is mos m ais a ce ss fve is ( ainda que n ao f ac ilme nte ac es s fve l) . Os o bjetivo s d a p sico log ia ins titu cion al s e tor na m tamb er n m ais c la ros no hospital ja que tambern se da 0 f ato d e qu e e sta ins titu ic ao e m en os conflituosa para 0 pr opr io ps ic oloqo e m tudo 0 qu e s e r ef er e a s ua ide ologia e seus objetivos. 0 fato e q ue a ps ic olog ia ins titu cion al ap lica da a os hospi tais se torna, a rigor, uma arma terapeutica muit o ef icaz, no sentido
entre si e com 0 pessoal auxil iar. 0 medico tende - como conduta defensiva - a adotar uma ati tude onipotente que em muitos casos se aproxirna de uma tantacao de "joqar" de mago. Esta atitude cria e fomenta uma in-
e com 0 p es so al a uxiliar . 0 " se p or tar be rn " e u ma da s e xiqe nc ias irn plicitas q ue s e f az ao p ac ie nte, e nten den do p or isto s ua d epe nde ncia. Tod a es ta sltu ac ao, a ltam ente a ns ioq enica , se c om bina a s ve ze s c om urn emprego alienante e abusivo de distintos medicamentos, especialmente s ed ativ os e h ip n6 tico s, c om o s qu ais s o s e e nc ob re m a s s itu ac oes d e c on flito, com frustracoes para todos. Outro p ro blem a ins tituc io na l, c om o 0 do ritmo de alt as e aproveitam ento d e leito s, s e ve r elac io na do c om um a n ece ss id ade inco ns cien te , por parte do medico, de reter seu paciente e, por parte deste e em funcao de sua dapendenci a, com sua necessidade de ser r eti do. Estrutura- se uma ve rd ad eira s imb io se ho sp italar , da do qu e a alta de c ada p ac ie nte ob riga 0 m ed ic o a r eintrojetar tud o 0 qu e ne le tin ha p ro je tad o o u de pos itad o" 0, com a consequente mobili zacao de ansi edades; e 0 m es mo oc or re c om 0 paciente que, em suas condicoes de reqressao, se ve mobil i zado em suas a ns ied ade s a o ter q ue s e r e- situ ar na vida e xtra- ho sp italar e a ss um ir o br iga coes e conflitos dos quais se havia separado temporariamente por sua 10 -
0 me dic o
ma nt er n
p roj et ada s
e m se us p ac ie nt es
su as p rop ria s a ns ie dade s
h ip o-
c ondr iac as e estes as aceitam em tro ca da seguranc;:a da dependenc ia,
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61
..
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0 intervir
internacao.
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milia e os medicos de realimenta<;:ao.
aqui sobre
torna-se
os pacientes
e em sua relacso
de vital importancia
para cortar
o
com a fa-
fenorneno
da desprivacao
vo das lnstituicoes
este cfrculo
psiquiatricas:
coes, Nelas se tende
a estabiliz aceo
sempre
que se bern por urn lade cumpre
no
tituicdo,
a propria fontes
geral,
neste
instituiciio
contexte,
r no bi liz ac ao
" 'v
nao
forte
da instituicao:
0
0
mesmo
que
atendem
urn
retorno
doentes
entre
reside
rege
uma das com
mental.
a
estes
os objetivos
e sempre
explicitos
com isto
do al ienado,
problemas
0
se
(ate ago-
e implicitos
0
proposito
instituto
segregando-o
de
psiquiatri-
total,
a alienacao
Como
outro
caso, se faz aqui muito
em nenhum
0
tende
problema
a adquirir
que se propos
a mesma
uma
socials
sensorial,
ultima.
0
qiientes.
sociedade,
adotar
uma
Alern disso,
a uma
totalmente,
monotonia
e rnantern
gerais,
"instituclonalisrno
talismo
com
a alienacao
ultima
instancia,
mentode
Toda
que
melhor
consciencia
entao,
sinc retic a, mobiliza r
e controladas.
e os del in-
este fato se se toma sociais:
ou
ou existencia,
as prostitutas
das instituicoss
da per sonalidade
dado
tomar
que, por sua mera presence
cria os alienados,
em conta
a de servir de pro-
Mobiliz ar
as a nsiedades
a or qanizaca o psicoticas
lidades -
empresa
Todos
de vfnculos
fazem
B ettel0
hospi-
eles significam,
da alienacao
ele pode dismais
objetivo
se espera,
humanas
em
do ser humano,
humanos
e
os problemas da ta refa
0
esvazia-
explfcita
-
deve se situar
como
agente
mais agudos
profissiona l.
fundamental, melhor
de uma ou outra dito,
de suas uti-
ou implicitamente,
uma con-
que leve a esta finalidade. ou promotor
Em nenhum
caso
da produtividade,
seu objetivo
o u c ri ac ao d e vi nc u lo s s au da ve is
e diqnificantes, tividade neira
-
0
e sta be le ci me nt o
Seus objetivos
podem
ou dos beneHcios
levar tanto
a urn aumento
- como a uma dlminuicfio
passage ira, tra nsitoria
ou estavel,
mas em nenhum isto pode
mede a eticecie de sua taref a. Infelizmente, par a seu trabalho
No entanto, cremento coincida
pr ofissional,
a empresa
da produtividade;
e a saude e
° bem-
porq ue nao e esta a sua fun<;:ao profissional; e sta r d os s er es hu ma nos ,
uma
oferece
e nqido
que no mundo
como
e do pslcoloqo
das relacdes
coloca
e a aceita cao
de sua produtividade
insoluvel
paciente
sincretica
tern
c st e ul tim o e n ao s eu s ob je tiv os
0 proprio
que
de obje tivos
que
que num limite circunscrito
tribuir e controlar melhor sua personalidade mutante e dina mico da re alidade.
0
do qual
hum ana.
urn incremento
o psicoloqo
significa
tal como
psicoloqico",
ou rnanutencao
a lnstituicao
a e lucldacao
desta
se compreende
condensadas
resistencia,
de uma
e
A ernpresa quanto
ja que as institu i<;:oessao os instrument"as distinta
se designar,
respon-
Eo fenor ne -
A empresa
dos pa-
os sintomas
a reprimir
socia l e psic ol6gica .
e sua desprivacao
sua condicso
ducao
tendem
pode
em diferentes
A burocratizacao
sao 56 dois aspectos.
a alienacao
seu empobrecimento
tanto
atitude
de uma institui<;:ao significa,
sao
como
e a burocratizacao
e segregar
fundamentais
je <;:a o o u de positaria nela se acham
se perde
e delinqilentas
e conflitos
a sociedade
uma das funcoas
notaval
reforca
e as instituicdes
insight dos problemas denunciam
que
as prostitutas
perturbada
a propria
se chega
e a me sma dina rnica
causas
da ins-
empobrecimento
se acha assim -
as instituicfies.
heim e Sylvester,
rnaneira,
Os loucos, como
a identidade
se empobrecem,
forte desprivacao cientes. sociedade
coisas,
em todas
no que, em seus termos
estrutura
contatos
como
de as mesmas
0 hospitalismo
-
a monotonia,
psicol6gicas
e reiterado
in-
as institu i-
0 asilo tem
a resolver.
te nos
a ser tratados
interpessoais.
ou expressoes
e a estereotipia,
com uma das funcdes
lado, a urn continuo
ou menor
em todas
e a segrega-
em sua organiza9fIo a mesma aliena9fIo que seus pacientes: os doentes dem
das relacoes
parte, exclusi-
com maior
e, neste senti-
em sua orqanizacao
de que a instituicfo que
mentais
leva, por outro
formas
significa,
do reprimido,
se acha, evide ntemente,
a sociedade
sentido
ja que nisto
Urn dos que se apresentam
os primeiros
tende,
fato
rege os pacientes
d e a ns ie da de .
dissociacao
a defender
a institulcao
evidente
aqui,
menta is, mas em contradicao
<;:ao do doente e
que
e a sua taref a, cujo trabalho
coisa
que
e ntre
doentes
co tende do,
outra
mais agudos.
de uma
0
curar
ao psicoloqo
c on se qu en ts
ainda
corpo-mente
e isto se recorda
Nas instituicoes
tornam ra)
a dissociacao
da resistencia
nao e. por outra
JoseBleger -Psico HigieneePsicologia -slidepdf.com tensidadeInstitucional e com distintas forrnacdes ou aparencias
Por responder as mesmas estruturas socia is, as instituiciies tendem a ad ot ar a m es ma es tr ut ur a do s p rob le ma s qu e t er n qu e e nf ren ta r. Assim, hospital
sensorial
sera encontrado
da produ-
da mesma,
caso e isto
de rna0
que
ser urn obstaculo
em cujo yaso de ve ser.sacr ificado
p ro fis sio na is. nao se acha
isto depende
ou nao com urn incremento
sempre -
interessada
em ultima
de seus beneflcios
em urn in-
instilncia
- de que
e, neste sentido,
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E ineqavel que
0
psicoloqo se encontra, especialmente
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neste campo,
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ha epocas ou ciclos economicos nos quais interessa a empresa diminuir a procom probl emas eticos muito ser ies, que nao deve evitar, mas nao e menos dutividade e acode ao psicoloqo para selecionar empregados para a dispensa c er to qInstitucional ue ex is te m f or te s r es is-ten cias e pr ec onc eito s q ue h a qu e d es fa ze r, Bleger -Psico slidepdf.com ou para uma rnudanca p ar cial de s ua s aJose tividad es e n os qu ais s e e speHigiene ra q ue 0 ePsicologia assim como tarnbem e certo que existe a possibilidade de uma tarefa que p sicoloq o n ao s o s elec io ne c om o tam be rn " co nv enc a" . Em tod os o s c as os , n ao de sv ir tu e a d ign id ade h um an a n em p rof is siona l. Nao e totalmente cero p sicoloq o d ev e ag ir e xclus iv am en te se gun do s eus ob je tivo s ( os d a p sicoto que, de f at o e de rnaneira insoluvel, t odo trabalho em empresas indushigiene) e rejeitar a tarefa se a ve incompatlvel com seus propositos, triais o u c om er ciais s eja d ir etam en te u ma a tivida de c on tr a o s o pe ra rios : E m u ma o ca siso . f oi s olicita da a a ju da d e um p sicoloq o pa ra ilus tr ar ma s n ao e r ne nos c er to qu e po de s e- lo c om g ran de f ac ilid ade e co m mu ita um grupo de di rigentes de empresas sobre t ecnicas pslcol oqicas. 0 objefreqiiencia realmente 0 e. 0 nucleo de human relations reside em se ocupar tiv o ex pl ( cito e ra 0 de m elho ra r as r elacf ies h um an as da e mpr es a r es pe cti-
e
v a; a f in alid ade irnp lf cita e ra a de p od er " rna nejar " m elho r os e mp re ga dos e operarios. 0 psicoloqo aceitou sua tarefa, mas a levou a cabo segundo
dos seres humanos para a empresa. Para nos, 0 fator humano na empresa para os seres humanos que a integram 1 1.
s eu s pr op rios o bjetiv os : tra ba lh ou c om 0 grupo no senti do do esclareci mento destas finalidades encobertas e na dos proprios conflitos que tinham e stes d ir ige ntes de e mp re sa c om s ua s p rop rias f un cf ie s. qu e de riva vam ba s ic am en te d e e star s ubm etido s a um a d up la pr es sa o, qu e p ro vinh a, p or um a parte, das e xiqencias de maior utilidade da empresa e, por outra parte, d e s ua ide ntif ic aca o p ar cial c om os inter es se s e p rob le ma s d e s eu s e mp re gados e operar ios (provinham todos de classe media). Em outra ocasi ao, um psicoloqo foi chamado par a intervir numa situacso caotica que havia desembocado em uma greve operari a, sem que se
Gada avanco da psicol ogia ou cada avanco sobre um novo campo de sua a p l t c a c a o tem side e e visto com grande desconfi anca. E agora, especialmente est e. Convern pret er ir, em t odo caso, 0 tra balho ne ste c am po ate quando 0 psicoloqo haja acumulado experisncia em outros menos conf lituosos e possa se sentir mais segura no enquadrament o da situacao e no manejo das tecnicas respectivas. E particularmente interessante consider ar q ue o s inimigo s do a va nc o d as cien cias n atur ais f or am as tor cas s oc ia is conservadoras, para quem um avanco no conhecimento cient ifico da natureza significava rnudancas que Ihes resultavam desfavoraveis: mas atualm ente, s ao a s tor cas d a e squ er da polrtica a s q ue d es co nf ia m d o a van co da investiqacao psicoloqica e de sua aplicacso. Nao e m eno s ce rto qu e a s f o rca s s oc ia is q ue a go ra m ais alen ta m 0 desenvolvimento e aplicacdo da psicologia 0 fazem tarnbern em um sent ido pol it ico que tampouco nos i nt er es sa , p or qu e na o r es ulta p ro gr es sista ne m h uma no. M as tod a e sta s itua ca o
vissem com clareza quais eram os motiv?s e os proposi tos dest a ult ima, j a que a er npresa, incl usive, pagava com rernuneracoes superiores as dos convenios. Trabalhou em primeiro lugar e unicamente com 0 corpo diretivo e desta reuniao derivou a analise da est rutura paternalista da dirscao, que atuava com grande seducao sobre 0$ dirigentes operarios, amortizando desta maneira a eficacia dos mesmos; mas isto levava a uma situacao de grande lnsatisfacao e rnal-estar pela falta de identidade em que se encontrayam os operarios, que se achavam assim totalmente sujeitos e dependentes. A mudanca se fez so mente sobre esta estrut ura paternali sta, a qual levou ind ir etame nte a u ma o rq an iz acf io s in dica l a uton om a, qu e d ava u m status definido aos operarios. Uma estrateqia fundamental em toda esta tarefa e a de considerar o que consulta nao so como cliente, mas tembem como 0 sujeito sabre a qual hfJ que agir, de t al maneira que ele mesmo escl areca suas motivacf ies , ob je tivo s, s uas co ntra dico es e c onf lito s, tanto c om o s ua p rop ria m aneira de agi r e as conseqii encias que se deri vam da mesma. Nao tocar este aspect o e se ocupar de outro grupo ausente compromete 0 psicoloqo em uma al ianca impl fci ta ut ilit ari a e perde no cami nho seus objetivos como tecnico da psicologia.
nao
e
insoluvel nem tampouco insuperavel.
Psicologia da equipe de psicoloqos A p sico lo gia ins titu cion al
de ve co rn ec ar s em pr e p or s er a plic ad a a o
propri o grupo que tem a seu cargo a taref a numa instit u ic;:aoe i sto 11 Frasser.
Parec e-nos A respeito
ut i I recomendar nos parece
c on ta r c om a a ce lt ac ao
c ol og ia i ns ti tu ci on al par coercao
-
a leit ura
importante
das or qa niz ac oes
das public ac fies a atitude
op er ar ias
e m u ma e mp re ss o u f fl br ic a.
nao obriga - par outra
para isto f az f alta uma segunda aceitac do
Friedman,
de E. Jaques
p ar a in gr essa r a t ra bal har
de
c om p si -
Es ta a ce it ac ao - l iv re e n ao o bt id a
parte - as operarios explf cita
de Crozier,
etica e tecnica
e assim
a serem objeto
de estudo;
e indef ec tivel.
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nao so por interesse ou conveniencla,
atendido
mas tarnbem por uma exigencia
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tec nica d o tra balho a s e r ea lizar . Com o e m toda ins titu ic ao , as ten sde s q ue p ro life rac ao de pr oblem as q ue s e tend em a inv es tiga r e r eso lv er , 0 q ue taz promove a tarefa afetarao as rela(:oespessoais e profissionais entre Higiene os inteJoseBleger -Psico ePsicologia -slidepdf.com com queInstitucional em sua tarefa profissional. 0 grupo caia numa desorientacao g ra ntes d a eq uipe e as m es ma s, p or s ua ve z, r ep er cu tira o inf alive lm ente s obre a propria tarefa, em um currjculo vicioso que se potencia permanentemente nestes dois extremos. Convem que se achem bem delimit adas as funcdes, status, papeis, tan to co mo as v ia s de c om un ic aca o e a q ua lida de e f re qu enc ia d as m es ma s; para tudo isso e imprescindlvel (ate quando se constitua de maneira estavel e ha ja p rov ad o s ua e flcien cla na a uto- re qulac sol qu e a e quipe e m s ua totalidade trabalhe como grupo operativo sob a supervisao de um colega que esteja totalmente fora da tarefa. Esta tarefa de auto-requlacao que se ap re nd e no , g ru po o pe ra tivo p od e c he ga r a s eu ter mo qu and o a e quipe ha ja incorporado as pautas do grupo operative e interacione espontaneamente de forma posit iva, sem a necessidade ou requerimento de um diretor do grupo. Desta maneira, 0 trabal ho de saneamento de tensoes nao deve terrninar nunca e sim ser sempre uma das tarefas fundamentais da propria equipe. Isto se faz imprescindfvel porque as tensoes do trabalho lnstitucional sao muito grandes e aquelas tensdes da instituicfio das quais a equipe nao tomou i nsi gh t se a tua m n o gr upo de ps ic 6l og os, de tal maneira que os conflitos que se apresentam na equipe de psicol oqos tern a mesma estrutura que os confl itos da lnstituicfo dos quais nao se tomou sufi ciente insight. Po r s eu pr opr io en qu adr am en to , os ps ic oloq os n ao p ode m ag ir p ro jetan do seus proprios conflitos e tampouco podem estruturar uma situacao persecutori a com a i nstit uicjo que tern que at ender e e por isso que 0 confli to da i nstit uicao se reproduz facilmente dentro da propria equipe que a ge n ec es sa rlar nen te c omo a bs or ve nte de tens des , Es ta e um a d as ca us as r na is f re qGe ntes q ue tem os e nc ontra do de es ter iliz ac ao e aind a d e d is so luc;:aoda equipe de psicoloqos, com 0 fracasso conseqGente na tarefa empreendida ou proposta. Outro f ato qu e s e v i! c om f re qiien cia na eq uipe e 0 das tensoes intragrupais que tendem a produzir uma forte compulsao para agi r na inst ituic;:ao,saltando as etapas da organizac;:ao intragrupal e da,discussao acabada da hipotese de trabalho, do enquadramento da tarefa e das tendencias a e mp re ga r. A u rge ncia p ela pr atic a, as sim c omo a u rg en cia p or p rod uz ir r esu ltad os v is lv eis n a tar ef a d eve s er v is ta c om o (ndice de uma slt uacao de tensilo intragrupal nao explicitada. Recordar que n ao eo me sm o a( :a o que a~a¢o pstcopeticsr« prirneira e parte ou momento de uma praxis, que
Tudo 0 que ocorre na equipe deve ser analisado em do i s mveis em lnteracao: um, no da equipe em funcao da tarefa e outro, no da tarefa que se realiza. A lealdade dos integrantes da equipe entre si e a reserva absoluta c om r elac ao ao s d ado s d a inve stiq ac ao, tan to c omo a lea lda de a s or de ns da eq uipe , s ao p rem issa s f un da men ta ls e toda f alha n as m es ma s de ve s er e xa minada, nao a partir do ponto de vista pessoal de quem incorreu nesta faIha e sim em tuncao da totalidade (da tarefa e da equipe). A inclusfio de n ov os m emb ros n a e qu ip e e um problema da t otalidade grupal, que deve encara-lo abert amente como parte da propria tarefa. Toda resistenci a ao ingresso de novos membros deve ser cuidadosamente analisada, tanto como a tendencia a s eq req acf io ou a d e inc or po rar f re qu en te rne nte e c om f ac ilidade novos membros: elas costumam ser as formas como uma equipe tend e a ten ta r r es olve r m ag ic am ente s eus p rob le mas inter nos . Tod o no vo membro deve ser, por sua vez, prot egido de mio se const ituir em um foco de cristalizacao e projec;:aodas tensoes intragrupais, tanto como a propria equipe deve se cuidar de nao se constituir, ela rnesrna, em um foco de projecao dos conflitos institucionais. Todas as fantasias rnaqicas e rnessianicas da equipe devem ser cuidados ame nte an alis ada s e r es olvida s p ar a co ns eg uir um trab alho ef icien te , a tica e cientificamente correto ou rigoroso. A interrupcao ou cessar de uma tarefa e outro dos problemas que deve ser cuidadosamente avaliado e colocada a estrateqia do mesmo, ja q ue a n ec es sa rio e vitar tod a p oss ibilida de de de fe sas n eur otic as , tais c om o a fuga frente a ansiedades cl austrof oblcas ou as racionall zacoes frent e a imperfcia tecnica e evitar tarnbern 0 ir- se co mo d es ligad os o u ex pu ls os da institulcao, promovendo inconscientemente tal safda, ja que e - nestas condic;:6es- mais tacll tolerar e racionalizar sltuacoes persecutorias (de ingratid ao, d e ima tu ridad e, etc. ) q ue a dmitir a d epr es sao p ela p er da e ad mitir 0 insight dos fatores reais do f racasso ou da perda. As perdas, mudanc;:asou fracassos podem levar a uma dissolucao do grupo ou a uma aql utinacfi o dos membros do mesmo (reqressdo). Se e xistem algu ma s ins tr uc oe s q ue tem qu e se rind ef ec tivelme nte respeitadas e cumpridas pela equipe e que podem servir de guia basico para sua propria psico-higiene como equipe, elas poderiam ser enunciadas assim: Nao dei xar impll cit a nenhuma sit uacao de tensao ou de rumor, ja
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que toda dissociacao
e
s em pr e u m f oc o a tivo e d esc onh ec ido d e n ov as ten -
IlETHEL,
L.; ATWATER, f. S .; SMI TH, G. H. E. y S TA CK M AN, H. A .:
33/69 Organiza-
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scSes; em segundo lugar, nao deixar tampouco problemas e sit uacoes cocion y direcci6n industrial. Mexico, F.C. E., 1961. I lE TT EL HE IM, B. y S YL VE ST ER , E .: A Therapeutic Milieu. E n: R ee d, C. F. ; A le nhecidas permanentement e pendentes sem que sej am - pelo menos - efeJoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com xander, Y. E. y Tomkins, S. S.: Psychopathology. Havard University Press, tiv a e r ea lm ente en ca rad as . Em ultimo ter mo, tod a ex plic itac ao e e sclar e1958. ciment o nao deve ser feito em qualquer momenta nem em qualquer l ugar BRIE:RLEY, M.: "Theory, practice and public relations." Int. J. Pse, 24. 119. 1943. e sim dentro do l imite que para el e d eve ter i nst ituci onalizado a equi pe, de BROWN, F. A. C.: La psicologfa social en laindustria. Mexico, F.C.E., 1958. tal m an eira q ue d eve m s er r ig or os am ente r esp eita dos o s lim ites d os distin tos tipos de tarefa que 0 grupo se tenha desi gnado: e t oda t arefa l evada a cabo fora do cont exte e de seu limit e definiti vo tem que ser vista e consi -
CANDILL,
W.:
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Todo 0 exposto pode ser resumi do em dois prop6sit os basicos que se inter-relacionam estreitamente: devemos configurar uma psicoloq is d a praxis e uma praxis na pslcoloqle. A psicologia institucional e um passo mais neste caminho. Nes te s entido , n ao d eve mos s ob re po r n em c on fun dir tar ef a pr atica com praxis; a primeira - por si s6 - e alienante; a segunda enriquece 0 ser humano e a humanidade.
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A higien e me ntal s e a ch a, de sde s uas or ige ns , ou de sde 0corneco de sua historia, ligada a doenca ment al; e 0 me smo ac on tec eu c om a ps ic oprofilaxia e a psico-higiene. Nao se insistiu suficientemente sobre 0 papel que podem jogar os psicoloqos e a psicologia no problema da saude e da d oe nc ;:a e tam po uc o se dife re nc iou nitida men te h igien e m en ta l de p sico profilaxia e de psico-higiene. Os relatorios da Orqanizacao Mundial da Saude nao esclarecem tampouco estes aspectos e 0 p sico lo qo e a p sico loq ia a pa rec em c itado s ocasional e brevemente; assim, por exemplo, a relatorio 223 do ano de 1961, e ntitulad o "P rep ar ac ao d e pr ogr ama s d e h igiene m ental", diz: " Entre os membros do pessoal dos grandes servi ces de higiene mental figura normalmente 0 psic61ogo cl(nico, Este especialista tem de conhecer a fundo a teo ria e a pr atic a da s pr ova s d e ex plor aca o ps ic oloqica e do s r ne to dos e sp ec ia is d e ed uc ac ao . Em algun s lug ar es se ten de a q ue 0 psicoloqo aborde os ma is diff ce is pr ob le ma s de ps ic oter apia e 0 cornite considera que nestes casos convira exigir a ditos especialistas uma formacao complementar". A m eu en te nd er , a p sico -higiene ex ce de am plam en te o s p rob le ma s da doenca mental e da higi ene mental, mas tambern tem objetivos que estao leg itim am en te fo ra do c amp o da p rop ria s au de p ub lica. Edisto e que qu er o me o cu pa r m ais e spe cifica men te , co me ntan do a s f un co es d o ps ic 6logo na comunidade. I ns is tiu- se r eite ra da me nte q ue tan to os ps iq uiatra s c om o os ps ico l0ga s de ve m de sloc ar a e ntas e de s ua atividad e pr of is sion al: d ev e- se tratar de s up er ar a or qan iza cao de um a as sistenc ia individua l e p riva da , d ed ica da fundamentalmente a cura, fazendo com que a enfase ou 0 maior peso da 71
70
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional da atividade
profissional
dos mesmos
recaia sobre
a populacao
(a comuni-
lhada,
podemos
considerar
35/69 que a primeira
etapa
inclui
0
q ue se f or mu lo u
dade)
5/12/2018
n ao
e nao sobre a te nd er
nlvel
individual
doenca mais
indivlduos;
promover
unica, especffica
ha que se dirigir
se atende
c omunidade
e atende r
e ordinaries
que a populacao
do que devemos
mais gerais
as condicoes
onde
fatores
correntes
de vida; em lugar de criar
cotidianas,
desenvolve.
gente
as tare fas
Tudo
mais a adm inistracao
doente,
Tudo
isto exige uma atividade
e a planiticacao
to de conhecimentos ciente, tanto
e tecnicas
pelo que nao estamos como
as perspectivas
importantes muito
complexa
e
mos te or ia s psicoloqicas
enfoques.
que nao par tam
um f ator desenvol-
0
e at r aves da ajuda
e um desenvolvimen-
de resenhar
Necessitamos
especificamente
A par de revisao d e t eo ri as e c onh ec im en to s
os problemas
conhecer
tanto
como
muito
necessita-
da patologia.
os recursos
seguramente,
no limite
a curto
da arte de curar,
sionais
da comunidade.
prazo,
que considerar
mas tarnbern
E junto as pautas
isto. teremos
com
de atuacao
criar novas pautas
de profis-
para eles e para os
psicoloqos, Neste arte de curar ve situar publica,o
nas doencas menta is,
0
nao.
Dentro
da higiene
importantes
a pl ic amo s
0
termo
um profissional
da
psicoloqo nao se de-
-
fora
dos
mental
dois.
e dentro
A este ultimo
e
vo como
da saude
que especifi-
suas distintas
etapas
hist6ricas.
mental",
que se referia basicamen-
mental
vern se modificando
Sem animo
ta nto
do ponto
A instrucao
a pa rtir
maior
e
mas
evidente
ou mais racional e mais breves,
um trato
no melhoramento
de vista administrati-
de terapeuticas
como tambern
mais efe-
da variedade
a
ponto
de
esta dado
de terapeutica,
que
institucional
artificial
e alienada,
e as relacdes
os seres humanos
que a integra m.
Para a planificacao
com
enos
Unidos
existe
Embora
para
psiquiatricos,
doentes
com
a ne cessidade
psiquiatricos
esca ssa
0
de grande
um rninirno
problema
40%
enchem
um problema
e conseguir
frequencia
eo tempo
para
Mas diz 0 Relatorio h a du vi da de que na Europa
constituindo
em detrimento
de internacfio
p ar a c onv er positivos
psiquiatrica.
" Nao
de v a se reconhecer
side sublinhado
comunidaa estrutura
ainda , na a tualida de ,
os transtornos
de leitos de hospital,
envergadura".
se denomina em modificar
suas proprias pa ut as ,
da assistencia
Estados
da assisten-
que nelas se dao em agentes
inforrnacao c or re ta s ob re mo rb il ida de nurnero 73 do ana de 1963 da O.M.S.:
ou mais do total
desenvolvimento
fundamentalmente
ter a orqanizacao
nos
services psiquiatricos
pelo que na atualidade
consiste
a habilitacao
mais ativos,
de incorporar deste
ainda de lado
de um aproveita-
qual inclu i internacdes
0
tratamentos
culminante
cia psiquiatrica
a nec essidade
dos ja existentes,
hospitais
gerais.
na~ se pode deixar
ta rnber n
com
e a necessidade
leitos tem
do ponto
nao so da quantidade
do day-hospital
ocidental
muito
de vista da obtencso
de criar mais hospitais
parses,
mais precoces
de leitos
de prover
mais
services que reduzem
de outros
da mesrna".
1 - L. J. Sa ul , e m Bases de laconducta humana (B . A ire s. 1 95 8) , di z, r ef er in do -se Estados
Unidos,
seja, quinhentos
E mb ora cinco
no curso
de fazer aqui uma resenha
se adiantou
assistenciais.
em muitos mento
mental,
assistenciais,
a partir
instituicdes
com
da higiene
doente
0
que ha ao redor
de um rnilhjio de psicoticos,
mil, esta alojada
em inst ituicoes.
tos para todas as outras doencas, t ub er cu lo so s e s eme lh an te s. "Em
"psico-higiene".
Objetivos e niveis da higiene mental objetivos
para
tivas e um incremento
o mesmo
as
algo pelo doente
seja
e funcdes, mas as tem t am be rn -
psicoloqo tem rnultiplas tarefas
e nao menos c am en te
au
e
do psiquiatra,
da doenca, seja da cura ou da profilaxia,
do campo
mental
que
diferenca
e um especialista
dentro
da doenca
a
sentido,
"fazer
das instituicoes
arnpllacao
n ec es si ta mo s
e cornprovacao d e n os so s r ec ur so s tecnicos: tecnicas de acesso a comunidade, tecnicas de lnvestiqacao. tecnicas de operatividade, tecnicas para administrar
mais humane
dos conhe-
nao possutrnos em escala sufi-
que ainda
senao em condicoes destes
dia rie s
da comunidade.
das situacoes e da vida cotidiana,
mais a psicologia
a
isto pode se resum ir dizen-
atraves das pautas de interacao
tecnica a pessoa s chaves ou organismos
sair
e a tividades
e tecnicas para atender a relacao i nte rp es so al , q ue patoqeno basico de n oss a civilizacao, c on tr ol an do e a ju da ndo da personalidade
como instrucao:
em lugar da
cimentos vimento
curar;
pat6genos
da comunidade;
exclusivamente
as situac oe s
atender
e nao somente
a te ao plano assistencial; a partir dos passos iniciais para conseguir JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional -slidepdf.com
e sim situacoes
instituicoes
bern-estar
e predominantemente
de
deta-
tempo
numero
milh5es, 0
dado
c al cu la r que
0
fim de rnobilizacoes. em uma instituicao
do por algum perlodo
nurnero
provern "Uma
que para todas
de neur6ticos,
dos exames crianca
para doentes
devido
Hit ao redor de quinhentos
ao s ou
mil lei-
incluindo sanat6rios privados como hospitais para o ut r as p al av ra s, n est e p ai s e xi st e a pro xi ma dame nt e
de leitos para psicoti cos
s ej a d ifl ci l
dos quais a metade,
a sintomas
as demai s doenc;as juntas."
um calculo
realizados
aproximado
pel as autoridades
em cada v in te Qu e na sce m
mentais. mentais
da uns militares
passara algum
Um de cada dez estara
incapacita-
e emocionais."
73
72
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
A s eg und a e ta pa d o de se nv olvimen to
h is t6 rico d a h ig ie ne m en ta l f oi
mas frente aos organismos que enfrentam
36/69 0
problema da doenca mental, sua
5/12/2018
tarefa pertence mais ao campo da psico-higiene, da mesma forma que nos caa do di agn6st ico precoce, tant o em adult os como em cri ancas: quer dizer sos em que intervern em lnstituicoes ou organismos nao assistenciais ou nao o det ectar precocement e as doencas ment ai s pode, por sua vez, dar lugar a JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com m edico s. E ste e u m as pe cto q ue de se ja mos q ue p os sa se f az er c ada v ez m ais um a pr ove itam ento m aior d os s er vice s h os pitalar es , tanto c omo u m r es ulclaro e expifcito a medida que avancemos na exposicao deste tema. tado mais frutffero ou exitoso dos procedimentos terapeuticos. Uma ter ce ir a e ta pa o u o bjetiv o da higien e m en ta l s e r ef er e a profileComo e tacil d ed uzir. e stes d ois o bjetivo s s e a ch am mu lto inter -r exia ou a p re ve nca o da do enc a Ao ps ic oloqo c or res po nd em o s a sp ec to s p silac io na dos e e xige m do p siquiatra e xp er ie nc ia , c on hec im en to e a tu ac ao col 6gicos desta taref a e a i sto e ao que se deve denom i nar - em senti do es" ex tr am ur os ", tal c om o 0 aconselha - entre outros - 0 Relat6rio nurnero trito - "psicoprofilaxia", a qual se acha incluida totalmente dentro da 73 da O.M.S., quando diz que 0 psiquiatra nao deve ter um contato exclusivo ou experi encia unica na psi quiatria de "int rar nuros" e si m que de ve a mp lia r se u c on he cime nto e ex per ien cia c om distin tos p rob le ma s da psiquiatria. Es te s do is o bjetiv os da h ig ie ne m en ta l r equ er em u ma a mp la pa rticipacaodo psicoloqo, nao so quanto ao psicodiagn6stico e a psicoterapia como tarnbern na di fusao adequada de conheciment os que alert em a com unida de pa ra s olic itar ajud a m edica ou ps ico l6 gica , co mb ater o s pr ec on cei tos da doenca mental, t anto como atencao de todos os fat ores psicol6gicos que intervem no funci onamento das instituicdes assistenciais, dos grupos que a i nt egram e das rel acoes e tensdes que entre el es se est abelecem e atencao dos fatores psicoloqicos implicados nas tarefas profissionais q ue s e r ea liza m. Qua nto a tarefa frente ao doente e ao possfvel doente, 0 psicol oqo e um profissional que desempenha dent ro do campo da higiene m ental c om o integ ra nte d e um a e quipe o u c omo a ss es so r ou c on su ltor ;
o
mesmo
autor
traz
uma citacao
de Bullis e O'Malley,
crianc;:as em idade escolar
nos Estados
ma forma
a
quatro
alterada
rao destroc;:ados sentam
com
su a i nc ap ac id ad e
em hospitais
mentais;
por transtornos
so uma pequena
d el in qu en ci a, ticos,
devido
terrninarao
parte
qual
0
quadro
do problema; o s su lc fd io s.
ma-se que h
entre
cas necessitam criminal;
as idades
uma
media
meio
de casamentos
passam
d ivo rci o
de aproximadamente
crimes
dizer
e mo ci on al ;
em dellnquente:
oito
est es cinco milh6es 0
de menores;
esti-
dois e meio milh6es
que tres milh5es
de cidedaos
anualmente.
a
p si co sso ma -
"de um e um quarto
pelos juizados de quase
se-
repre-
a lc oolisr no,
e os t ran st orn os
anos; calcula-se
meio milhiio
ano: quer
a ma tu ri da de
grave. Assim,
Cerca de sete milh5es
mais de 1.650.000
que "de cada cem
a ele hfl que acrescentar 0
anualmente
de dez e dezesseis
par
No entant o,
anual de delinquencia
ajuda psiquiatrica.
cometem-se
p ar a a lc an ca r
se faz enormemente
a um milhiio e meio de criancas
que dizem
as vidas de treze deles estariio de al gu-
um se convertera
ernocionais".
a c ri mi na li da de, 0
Unidos,
de
de crian-
tern prontuario
Os div6rcios
chegam
a
por ana, com relac;:ao a um milhdo e
que um casamento
em cad a trds term ina
La salud mental y la asistencia psiquiatrica en laArgentina. B uen os A ire s, Pai dos , 1 96 5. em divorcio".
No que
se refere
a nosso
pais,
ver a livro de G. Bermann:
higiene mental (no caso das doencas mentais), a diferenca da psico-higiene, que a ultrapassa, ja que deixa de girar ao redor do eixo da doenca mental (como e 0 caso da higiene mental). Devemos esclarecer, ainda m~is, 0 fato de que "psicoprofilaxia" nao significa prevencao ou profilaxia das doencas psf quicas (o que e um absurdo) e sim que se deve definir como 0 emprego dos recursos psicoloqicos para prevenir as doencas, Como veremos tarnbern r na is ad ia nte, a p sicop ro fila xia, de finida d es ta ma ne ir a, e u ma pa rte d a s au de p ub lica e d a h ig ie ne e m g er al e na o s 6 d a higien e me ntal. Dentro da prevencao ou da profilaxia da doenca mental temos que r ec on hec er a d if er enc a e ntre p re ve nca o e sp eciflca e ine sp ec if ic a: n a pr imeira se t rata de com bater determinada causa ou elo da seri e causal, enquant o nao que existem na segunda naoporque podemos sobre causase especfficas, seja porque ou seja nao agir as conhecemos temos que atend er m ultiplas s ituac ce s m ed ic as ou n ao r n ed i cas , As situacoas rnedicas nao sao tampouco, neste caso, de exclusi va responsabil idade do psiqui at ra e s ir n de todo s a s m ed ic os ( obs tetras , e spe cialis tas e m d oen cas inf ec cios as e tc .) . As s itua co as n ao m edica s c or res po nd er n a o ps ico lo go ', q uer s eja p or s ua a <;:aod ir eta o u p or s eu a ss es so ra me nto a o utros pr of is sion ais ( ed uc ado re s, a dvo ga dos , ju I ze s, etc. ) em tud o 0 q ue s ign if ica a te nde r o s f ator ss ps ic ol6gico s p er tu rba dos n a v id a c or re nte em s ua s m ultiples m an if es ta coes e fenornenos humanos. A quart a etapa hi st 6ri ca da higiene mental e a reabil itacao, que consiste na ajuda psi col6gi ca ao suj ei to curado ou curado com certo defi ci t, para que possa se re-situar na comuni dade e se rei nt egrar na sua f amil ia, reduzindo 0 impacto dos fatores que desencadearam ou condicionaram sua doenca ou que possam vol tar a t orna-lo doente. A intervencao do psic6log o n a r eab ilitaca o tamp ouc o s e r es tr in ge a higien e m ental e s ir n, c om o se cornpreende facilmente, a toda a higiene, em sua totalidade. A quinta etapa esta dada pela prornocso da saude e aqui e onde se sobrepoe em certa medida com a prevencao i nespecffi ca, sem que possa-
74
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional mos em muitos casos (e sem que na realidade tampouco por agora 0 de na pl anifi cat; :ao: gravidade do dano, possibi lidade
75
37/69
de evitar
0
dano,
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necessitemos) assinal ar niti damente os li mi tes entre uma e outra. A procusto versus dano, rendimentos, atitude da comunidade. rnocao da saude se inclui na denominacao de prevencao positiva, deCaplar r' a ce ita um a c las siflca ca o qu e difer e e m c er ta m edida da qu e JoseBleger -Psico ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com norninacao que nao cremos adequada porque implica fazer girar Higiene a saudarnos, mas que tem tarnbern pontos de contato com ela. Dito autor tala de e todos os fenornenos humanos ao redor da medicina e da doende u ma p re ven cao pr ir na ria, s ec und ar la e ter ciar ia. A pr ime ir a de la s s e r eca. fere a uma redu( :ao do risco da doenca ment al ; a segunda, a uma reducao E m g ra nd e p ar te d as s ituac oes s e impf ie d ar am en te a d if er en ca en tr e prevencao inespecifica e promocao da saude, ja que a primeira gi ra em redor da doenca enquanto que a segunda se independiza totalmente dela e
da d ur ac ao da do enc a tan to c om o a o diag n6s tico p re co ce e a o tra ta me ~to e fe tivo; a p re ve nc ao ter ciar ia s e r ef er e a p rev enir s eq ue la s e d ef ic it tanto c om o a o r etor no o u r e- ad eq uac ao d o s ujeito c ur ad o ( pa rc ia l ou totalme n-
constitui 0 c am po e sp ecifico da p sico -higien e. A inter ve nca o de um p sicologo nas tens6es de uma fabrica ou na correta cnacao das criancas ou na preparacao dos jovens para a vida sexual ou afetiva pertence a psico-higiene e nao a psicoprofilaxia ou a higiene mental. Com a psico-higiene, 0 psic6l ogo est a situado fora da higi ene mental e fora da saude publica, a partir do p on to de v is ta or ga nizac io nal o u ins titu cion al d a m es ma e n ela 0 psic6logo e um profissional autonorno e independente da medicina assistencial e da saude publica, ainda com todos os pontes de contato que a tarefa do psicol oqo na psico-hi giene tem ou pode ter com a doenca, que sao tantos como os que podem ter out ros pr ofissi onais ou outras prof issoes que nao e stdo incluida s n a m ed ic in a, na h ig ie ne o u na s aud e p ub lica ( co mo e 0 caso de professores, arquit et os, advogados, etc.), A doenca e a medicina nao podem ser os eixos ao redor dos quais se centre toda a vida dos seres humanos e as di fer encas que t rat amos de estabel ecer se voltam c om f re qiiencia ernbaracosas e diffceis justamente porque conhecemos mais a doenca e 0 doente que a vida corrente e cotidiana e 0 ser humano em sua vida real; e posslvel que dentro de pouco tempo possamos proceder em sentido inverso. E 0 mesmo cabe dizer da psi cologia que gi ra ainda, em grande parte, seja ao redor da clinica e dos doentes ou do laborat6rio e dos animais; em ambos os casos, f ora do homem concreto e da vida em s ua realidade cotidiana. Em cada momenta e em cada comunidade, a planificacao tem que
tel a comunidade. Na r ealida de . a p rev enc ao s ec un da ria s e s ob re pd e c om 0 pr im eiro e segundo objetivo da classifica~ao anterior; a prevencso primaria se corres-
contemplar
qual
e
0
ponto de urqencia de cada um destes objetivos de
atuacao e elaborar certos criterios de prior idade que dependem, e claro, nao s6 do t ipo de probl emas que ha que enfrent ar com mais urqencia como tarnbern dos recursos humanos, econornicos e tecnicos: mas a planificat;:ao t em que cont emplar nao 56 a urqencia i mediata como tambem obj et ivos de mais largo alcance. Estes criterios nao se acham ainda bem estabelecidos e s egu ra men te s ua tor mu la cs o ge ra l n ao p od er a n un ca d eixa r de s er r elativa. Molina e Adriasola incluem os seguintes Indices para avaliar a priorida-
po nde co m 0 ter ceiro e q uinto, e nq uan to qu e a pr ev en ca o ter ciar ia co in cide totalme nte c om a r eab ilitat;:ao . Po ss iv elme nte e ste e squ em a de Caplan corresponde mais a realidade e e mais util a partir do ponto de vista de contar com uma ctassificacao mais simples e pratica. Outro autor, G. S. Stevensorrl, classifica a prevencso em tres rotulos. alguns deles com subdivis6es: ~ 1 -:- Provencio presuntive: baseada na modificacao de uma condi ca o a ss ociad a ou p re via a doenca que se presume etiologicamente relacion ada , co mo , pa r e xem plo, inter vir s obr e a I ntrov er ss o po r no ss o c onh ecimento de sua relat;:aocom a esquizofrenia: sem que, inclusive, suponhamos u ma r elac;ao ca us al e ntre a rnb as , p od emo s s up or a intro ver sa o c omo um a s itua cao inter med ia q ue p ode ou n ao leva r a q ua dr os m ais graves. 2 - P re ve nc so re lstivs: a d eno mina a ss im po rq ue a qu i 0 transtorno ja apareceu (em sua f orma ou expressfo mi nima), e a rigor nao se deveria f~'ar de prevent;:ao para estes casos. Aqui inciui tres modalidades: terapeutica, substitutiva e radical. Na primeira se leva a cabo 0tra ta me nto d e e stado s ~ ou s itua cos s m en os s er ia s p ar a pr ev enir o utra s m ais g ra ves ; as sirn, a atu.ac;ao sobre fracassos escolares pode impedir ulteriores comportamentos ~eli~uosos ou sociopatioos. A substitutiva consiste na possibilidade de subsou uma sint omatologia dada por out ra menos seria ou
trtuir um problema
2 -
CAPL~N,
1 96 4 (V er sa o d6s, 1966.
3 -
G.: Principles of preventive psychiatry. New ca st el ha na :
ST~VENSON,
York,
Principios de pSicologfa preventiva
"
G.S.: "The prevention
Personstttv and Behavior Disorders, editado
Buenos
Basic
Books,
Aires
P '_ al
of personality disorders", Cap. 35 de por Mc. V. Hunt, New York, Ronald
Press, 1944.
76
77 i -_
J
- - - -- - .. . ,
) 'B i hi io te ca " Pr of J o~ e ' S t o r 6
•
..... -- --
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional menos daninha para 0 sujeito ou para a comunidade, como seria 0 e x e r nplo de
substituir
uma fobia
ao trabalho
por ur n r it ua l q ue
col6gicos
0
s uje it o p od e
que
estao
irnplicados
••
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C
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,." pOll·'
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-" --_ J
na nao-satisfac ;:ao
desta s
ne cessidades
ou
38/69
na promoc ;:ao ne cessaria realizar
5/12/2018
em sua vida privada,
e na clinica
observamos
com frsquencia
estas
para a tende-las
na escala que se re quer .
por exemplo, a saude p u no Jose favoravelBleger e no desfavoravel. A pre-Psico Higiene ePsicologia -slidepdf.com b li ca cInstitucional or re sp on de r eg ul ar 0 tipo de alimentac;:ao e sua provisso, ta nto como vencao ~re ve ntiva ra dica l tende a modificacao das condicdes gerais qU~, a qualidads ou carencla da mesma e outros problemas relacionados com essem ter uma relacao especffica como determinante de uma doenca, perm 1tes temas; mas ao psic61ogo corresponde atender 0 problema de habitos tem que esta ultima possa ocorrer ou haja ocorrido; inclui medidas como alimentares, preconceitos, rnudancas dos mesrnos, atitudes frente a mudanca de lugar, de lar, isolamento, etc. Quer dizer, trata-se de uma munegac;:ao ou iqnoranela dos problemas, tanto como sua a tuac;:ao nos or ga n isdanca nas condicoes gerais de vida para evadir ou eludir fatores de perturm os e sp ec ff ic os r el ac io na dos c om a a iir ne nt ac ao, baca o que se conside ram pr epondera ntemente externos. Como se compreende, este e um capftulo muito vasto que so a exaplica3 - P re ven r;ao abso luta: refere-se anulacao das causas e periencia podera ir esclarecendo e definindo melhor seus term os e tecnicao de medidas cientfficas e inclui duas modalidades: racional e empfrica. cas necessarlas, Por agora, em tudo isto, no que respeita a psico-higiene, A primeira se baseia na eliminacso de causas cientificamente provadas, ene stamos nos cornecos, quanto que a segunda se baseia em conhecimentos cuja exatidao nao se Fora do campo da saude publica e da higiene mental, 0 psicoloqo provou cientificamente, mas que a experiencia liga de alguma maneira com tem tarnbern um vasto campo de trabalho que requer um conhecimento da u m t ipo d e b en ef fc io. comunidade, de suas caracterlsticas gerais e especificas; e, em certa Seja qual for a discussso ou cornentario que possa suscitar este ulmedida, podemos expor uma estrateqla minima nesta atividade, que cotimo enfoque, nao e menos certo que pode ser um esquema util para enb re d if er en te s it en s: frentar problemas de tal magnitude e extensao e, por outra parte, mu ito 1 - Trabalho do psic6logo na comunidade tomada como totalidade do que assina la Stevenson nao faz senao recolher grande parte do que reala ssessor ando os poderes publicos, organismos diretivos, pessoa s- chaves: mente se faz na pratica diaria, etc. substituicdes
em ambos
Se se trata
os sentidos,
a
do problema
da afimentac;:ao,
a
2 - Trabalho em distintas instituic;:oes da comunidade: b ri ca s, e sc ol as , c lub es , pr is de s, e tc . 3 -
Constelacao multifatorial
Intervenc;:ao
to da per sonalidade: 4 - Periodos c imento, desmama,
A promocso ne mental),
de saude
tanto
. d e atuacao
como
(dentro
do campo
a psicoprofilaxia
no seio da propria
da saude publica
e a psico-higiene,
comunidade,
sobre
todos
condi(,':o~s de vida e do tipo de vida que se desenvolve ta-se de intervir dadeira
sobre
constelacao
t uc io na is ,
n or ma s
multifatorial
tacao
etc.
esta
ultima,
multifator ia l
tais como
e 0 satisfazer
co~s sanitarias
tao complexa
integrada
os aspectos
na comunidade. que constitui
por todas
das
inclui problemas
uma ver-
as atividades,
insti-
e ta re fa que incumbe e~pecificamente,
tanto
d es oc upa ca o,
a lim en -
como atender
as condi-
a · saude 'publica
corresponde
atender
e a p sic o- hi gie ne ;
a todos
6 m ati ca d en te s,
de orde m e conomica ,
os de rnoradia, t ra ba lh o,
estas necessidades,
5 -
os fatores
a psi-
em distlntas
adole sce nc ia ,
de mudanca no desenvolvimento puber da de , etc.
Estudo
e atencao
Per lodos
pe cu li ar : e tc . Ainda
com
entices
mu da nc ;:a s,
de acontecimentos
da vida como
a superposic;:ao
destes
maturida de ,
d es as tr es temas
nas-
significativos
gravidez,
enfrentamento
distintos
velhice.
da personalidade:
humanos
i mi gr ac ;: ao , d oe nc a,
fa-
eta pas do desenvolvimen-
juventude ,
quanto sao experiencias de mudanca: casamento, c;:a o, r eform a, luto, e scolha de profissao .
Tra-
e i nte ra (, ':O es q ue s e d ao n um a c omu nid ad e.
Esta c onstelacao • s ocial e cultural,
uma estrutura
e da higie-
tern sua esfera
do psic61ogo
infancia,
familia,
divorcio,
enado-
de uma problee cc no rn lc os , desta
divisao,
0 psicoloqo pode resultar utll como ponto de partida para orientar rnultiplas face tas de sua tare fa na psico-higiene na comunidade.
Um
mlnimo
niencia
de separar
oorque,
tal como
de
experiencia
a psico-higiena ja
0
neste
sentido
da saude
disse, a psico-higiene
publica
nos
assinala
e da higiene
a ci ela nas
a convemental,
nao gira ao redor da doenca
e
78 79
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional s im d as c on dicoe s h ab itua is e c otidian as d a v id a n as situ ac fies r ea is e m q ue loqica ", Em o utro p ar aq ra to d iz em : elas s e da o, tor na nd o s eus p rob le ma s e a lter nativ as e m s im esm as e e m f un -
" 0
lim ite teor ic o c om q ue o per a a ps i-
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cologia sanitaria permite explicar que 0 enfoque multidimensional dos rnodio dos seres humanos que intervern em cada uma delas. Se na teori a isto dos de vida humana que se manifestam no grupo pequeno, dentro do qual pode parecer superfluo, a diferenca e Jose de irnport ancia quant o as Higiene tecnicas, ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com Bleger Psico se operam relacoes especfficas conhecfveis por metodo psicossocial, 0 que ao enquadramento, 11atitude e aos objetivos. A atencao, por parte do p er mite u ma a c;:a ointeg ral e un itar ia p ar a f avo re ce r a s oc ia liza cf io d e pe spsicoloqo, dos fatores psicoloqicos irnplicados nos organismos e nas tecnisoas e grupos". cas da saude publica corresponde tarnbem ao campo da psico-higiene porque- neste caso 0 psicoloqo nao atende 0 o bjetiv o d a s aud e p ub .lic a ( a doenca) e sim os organismos e sua estrutura e a tarefa que se realize em ditas instituicfies ou em setores das mesmas. Assim como tratarnos de esclarecer a diferenc;:aexistente entre 0 trabalho do psicoloqo dentro da saude publica e fora da mesma (na psico-
°
h iq ie ne }, tam be rn d ev em os ins istir e m q ue p sico loq o n ao 56 inter ~em de ntro da h ig ie ne m en ta l c om o tar nb er n d entro d a higien e e m s ua total I da de , q ue r d iz er , f or a d o p rob le ma da s d oe nca s m enta is. E m ne nhu ma d e s ua s ativ ida de s 0 ps ic oloqo p ode s er s ituad o c om o au xiliar d a m edicina . Ain da e m tud o 0 que se trate da doenca (mental ou n ao ) n as q ua is a r es pon sa bilidad e e a direc ao e m edica , 0 psicoloqo age com o u rn pr of is sion al integ ra nte d e u ma e quipe o u co mo um a ss es sor o u c onsultor em problemas psicoloqicos, ou como um profissional independente em a lg um a de s uas tar ef as es pe cificas de ntro d as q uais e le tem s ua pr op ria responsabilidade profissional (grupos de reabilitaciio, grupos familiares, terapia psicoloqica, etc.I. Em slntesa, a psico-higiene ultrapassa 0 campo da higiene; esta ultima se centra em tudo 0 qu e e r elativo a doenca (ment al ou nao) e a resp on sa bilida de e direc so f un da me ntal r ec ai s obr e 0 m ed ic o, c om q ue m ,0 ps ic oloqo po de co la bor ar e m c on dica o de p rof iss ion al q ue a ss um e s ua p ro p ria r es po ns abilida de n o qu e f az , e m c omo 0 faz ou no que deixa de fazer. Enquanto que a psico-higiene se refere a adrninlstracao de recursos psicolog ic os pa ra e nf ren ta r o s p ro blem as r elativ es a s c on dicoe s e s itua cf ie s e m qu e se desenvol ve a vida da comunidade tomada em si mesma e nao t ende como referente a doenca. Um estorco de interesse foi levado a cabo por um grupo de psi colog os m ex ic an os integr ad os p or G. Coh en De Gov ia , P . Riva den eyr a Neyr a, J. Fonseca, R. Avendano, L. Carrizosa e J. Ballesteros Mourroy, que, na revista Higiene, da Sociedade Mexicana de Higiene, publicaram um conjunto de estudos introduzindo a denorninacao de psicologia sanitaria para a "acao encaminhada a ap lica cao d a p sico lo gia s oc ia l c om o teo ria, m etod o e pr~tica para 0 e nf oq ue d os pr ob le mas de s au de p ub lica n a r ea lidad e ps ic o-
A tarefa e 0 enfoque empreendidos nos parecem meritorios e'irnportant es, mas nao coincidimos com 0 ter mo de " ps ic olog ia s anita ria" q ue, e m todo 0 caso. so seria j usto aplicar ao trabal ho do psicoloqo dent ro da sauds publica: preferimos insistir na diferenc;:a terminologica que estabelecemos ent re hi gi ene ment al , psicoprofilaxia e psico-higi ene. Por out ra parte, os autores restringem a definic,;al3para a ac,;aodentro dos pequenos grupos, enquanto que em psico-higiene devemos, alem disso, acrescentarc om o as pe ctos n ao m en os imp or ta ntes - as instituic, ;oe s e a co mun id ade . As dif erenc,; as que agora assi nalo com est es autores nao sao insoluvei s, porque seus t rabalhos est ao i mpregnados do mesmo sentido no qual desenvolvemos aqui nossa posic,;ao.
o psrcotoqo
e a t erapi a
Fora da controversia que existe e pode seguir existindo acerca do problema do exerc(ci o da psicoterapia por parte do psicol oqo, sua i nterv enc ao n os p ro blem as ter ap eutic os s ob re um c am po m ais ar np lo q ue e ste. Oua nto a o pr im eiro d os pr ob le mas , r ef er im o- nos r eite rad am en te n o sentido de que 0 p sico lo go q ue a dqu ir a a pr ep ar ac ao s uf ic ie nte de ve s er legalmente autorizado para 0e xer cf clo d a p sicoter ap ia , n as c ond ic os s e m que eJa possa oportunamente se regulamentar (e urge faze-lo), tendo seg ur am en te q ue c on ta r s em pr e c om 0 r es gu ar do de q ue na o s e d eve iniciar n en hum tratam en to p sico te rap ic o s em c ontar c om 0 previo exame medico e a ind ic ac ,;ao es cr ita. Ain da q ue es te pr ob le ma s eja u rg en te , 0 qu e a e xp er ie ncia a ss in ala n a atua lida de c om o m ais ur ge nte a ind a e a n ec es sidad e de qu e tod o d ia qn os tico m edico e toda inter ve nc jio ter ap eu tica [ cirur qica OU nao) nao deveriam se reaJizar sem con t ar com 0 assessoramento psicol6gico, enquanto 0 medico OlIo esteja capacitado para faze-lo por si mesmo. E e evidente que 0 ensi no da medicina em rnuitos de nossos institutos u nlve rs itar io s n ao co ntem pla e sta ne ce ssida de n em pa ra o s f utur os medicos.
80
81
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional Fora da psicoterapia, entendida em seus termos tradicionais, 0 psic6Zona III - (area de problemas). logo po de inter vir e m d is tintos p ro blem as d a pr atica m edi~a , tais c omo , -
Agrupa as pessoas em uma situa-
40/69
entre os mais urgentes -
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a preparacao emocional dos pacientes que tem s ua pr otec ao e a dap ta cao , Ass im e nc on tr am os as a ge nc ia s d e s au de , e du ca que sofrer intervencao cirurqica, especialmente em inte~ve~c;:6es.~utilanJoseBleger -Psico HigieneePsicologia -slidepdf.com c;:aoe Institucional bem-estar; medicos familiares, hospitais, agencias de essistsncla putes : n os c as os de ac id ente, p ar a de te ctar e r etif ic ar tend enc ia s ~ ulcldas ou blica, organiza<;:oesespeciais para criancas invalidas, orfanatos, casas para automutilantes; em grupos de eplleticos, diabetlcos, obesos, hipertensos, ancifies, enfermeiras domiciliares, professoras diferenciais, polfcias, cortes etc., nos que, ainda que 0 tratamento seja eminentemente medico, ~ psic~de justica, etc. Nesta zona encontramos gente que passou por um stress logo p ode a ju da r na r etlf lc ac ao d e p autas d e c omp or ta me~ t~ ~ ~e tem. rnurcom os conseqi ient es problemas emocionais, que podem ser de ordem seta relacdo com a doenca ou com sua terapi a, tais como a InlbllfaO s ocial do c un da rla s e s ua s n ec es sida de s e spe ciais po dem s er loc aliz ada s. Te nd o e liep ileti~O, a s tra ns qr es sf is s de r egime n os d ia be tico s e o bes os , h ~bito s d e vida no hi pertenso: e tudo isto quer seja dir et amente com os paci entes ou c om o s q ue c onv iv em c om e le s.
Pontos focais para
0
tratamento
ser atendidos nem na zona " nem na III. Necessitam services clinicos (consutras, diagnosticos e tratamentos).
e a prevencao
Aind a q ue na o r es ulte total m ente c oincide nte co m 0 aqui exposto~ reproduzimos 0 qrafico de Blain", que ~ostra uma c.'~ssifi:ac;:aoda populac;:a,oe das unidades institucionaisem rela<;:aocom a planiflcacao no campo da s~ude m ental. Se gun do e ste au to r, o s es tor co s d e p re ve nca o p rirn ar ia s e a plic ar n na s z on as I , II e I II , en qua nto q ue a s ec un da ria s e a plica na z ona 'N V , , Zona'i - ( pre-natal e nasciment o) Inclui toda a popula<;:ao pre-natal, quer dizer, todas as criancas em gestac;:ao,incluindo 0 nascimento, ,com s eu leg ad o qe netic o, d ese nvo lv im ento f etal e r ea coe s a o pa rto. T am be m a todo s o s qu e na sc er am , a m aior ia d eles s ad io s, m as lige ir am ente a fetad os geneticamente ou traumatizados ao nascer. Zona 1/ - (vida normal) Inclui todos aqueles da Zona I que cresc er n e f un cion am no rm al m ente n o m eio s oc ia l c om o b ebe s, c rian cas , a dolescentes, adultos, de idade media (maturidade) e ancides, Ele~ a~em e s ao inf lu enc ia dos p elo m eio - a limen to s, f am ilia , c lima, es c~ la , l~r ~J a e tra balho . 0 c ur so d e s eu de se nv olvimen to e relativamente satlsfaton~ e, em sua rnaioria, manejam os altos e baixos da vida sem ajuda exterJ~r. Pe rm ane cem n a z on a I I, e xce to qu anto ne ce ss itam b us ca r ajud a pa ra s atis fazer necessidades especiais. 4 - BLAI N, D.: The organization of psyquiatr y in the United States", Ca~. 100 do American Handbook
of Psychiatry, editada
par
S. A ri et i,
1959.
N ew Y ork ,
rninado 0 stress, podem retornar a z ona I I. Zona I V - (doenr;a mental) Inclui todos os doentes mentais e aqueles com defei tos de origem desconheci da e os que desenvol veram r es po stas e mo ciona is d e tal m ag nitud e a s itua cos s de stress que nao podem
Ba SIC Bo ok s,
Comunidade
Uma c om unida de s e d ef in e co mo u m c on ju nto de p es soa s q ue v iv em jun ta s, no m es mo luga r e e ntre as q ua is h a es tab elecido s ce rtos nexos, certas f un coe s e m co mu m OU certa organizac;:ao. Ouer dizer que no conceito de comunidade intervern duas caracterrsticas fundamentais: a geogratica e a funcional. A primeira se refere a um certo espaco no qual transcorre a vida d os s er es h um an os ; a s eg un da s e r ef er e ao s a sp ec to s q ue I he d ao c er to grau de coesao, de inter-relac;:ao,de unidade. Uma comunidade se diferencia de uma institulcao pelo fato de que nesta ul tima, se bem que se da tambern a caracterfstica de limi tac; :ao de um espaco geogratico, os seres humanos nao desenvolvem S U;J v id a e s im s 6 um a f un cao d entro d e s ua vida ; na ins titu ic ;:ao , os s er es h uma nos ex er ce m f un <;oe s, tar ef as q ue os u nem , e stabe le ce nd o n or ma s e n ex os d e todo tipo. Por out ra parte, a insti tui cao t ern, al em disso, objeti vos defi n idos explfcitos e por sua vez uma certa planificacao, pelo menos em alguma medida. Na comunidade, se desenvolve a vida como vida mesmo, quer dizer, sem objetivos explicitamente definidos que tenham que ser alcancados, como sucede na instituic;ao: tampouco se acha presente, no geral, a planifica<;:ao:tampouco ha uma tarefa comum que os una.
82 83
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional Para Maci ver e PageS, "onde quer que os membros de urn gr upo pequeno ou grande vivam juntos de tal forma que todos eles participam .. _ D IA GR AM A
D E D . BL AI N
41/69
da s c ond ic oes b as ic as d a v ida e m co m u rn ", al e xiste u ma c om un ida de . En tao, "0Institucional e precisamente 0fato de que a vique caracteriza uma comunidade JoseBleger -Psico HigieneePsicologia -slidepdf.com da de qualquer de seus componentes pode ser int ei ramente vivida dent ro del a". "0 criterio basico de distincao da comunidade reside no fato de ZONAL: POPULACAO
5/12/2018 CLASSIFICACAo
Zona de perturbar;:5es nao Psiquiatricas III
qu e, de ntro d ela, p od e se m an te r tod a a r alac do s ocial d e um a pe ss oa ". Des ta m ane ira , p ar a M ac iv er e Pa ge , a c om unida de e u rn e spa co de v ida s oc ia l ca ra cter iz ad o pe la ex is te ncia de u rn ce rto gr au d e c oe sa o s oc ia l. A situacao geogri ifica ou 0 espaco vital, em si mesmos, nao criam a comunidade; 0 g ra u de c oe sa o, 0 s en time nto de c om un ida de , po dem taltar tarnbern numa comuni dade e Maciver estuda os fatores que incl ui no co nce ito d e s en time nto d e c om un id ad e e o s s ig no s de ste u ltimo . Po ss ive lm en te a d ef in ic ao m ais a mpla e m ais e xata s eja a q ue o fe re ce Po za s Arc in ie qas ", q ua ndo d iz q ue a c om un ida de e u ma u nida de s ocial co m c er ta s c ar ac te r istica s e sp ec ia is qu e I he d ao u ma or qa nlza ca o de ntro d e uma ar ea l imitada e que se caract eri za, al ern di sso, por uma convivencia pr 6x im a e d ur ad ou ra d e d eter minad o n um er o d e ind ividu os e m c ons ta nte interacao. Esse ultimo autor acrescenta out ros f at ores: a cornpreensao m utua , a co or de nac ao de ativida des e a c on fiqu rac ao d e e stru tu ra s s ociais p ar a s atis faz er n ece ss id ade s; c ar ac te ristic as qu e n ao c re mo s q ue s ejam irn-
Zona
Pre-natal I
pr es cindf ve is e q ue s eg ur am ente d epe nde m d o tipo de c om unida de qu e s e estude. CLASSIFICACAO
ZONAL:
SERVICOS
CI~rigo, medicos, legistas, etc. Agencias socials, cortes. Hospitals gerais, errnicas. PrisOes,escolas corretivas. Orfe-
natos e asilos para ancices. Pre-
Deve -s e ter e m c on ta q ue a d elim ita <;:a od e u ma co mun id ade e tambern sempre uma questao relativa e depende de mui tos fatores, dado que a ampli tude da area territ ori al e da populacao a q ual s e a plic a 0 conceito de comunidade, e que se toma como unidade, pode ser muito varlavel, dado que podemos falar de uma comunidade incluindo nesta denorninacjio uma parte de ur na cidade ou di st intas part es da mesma que tern urn nexo comum ent re si , a toda uma cidade, toda uma regiao ou uma comunidade internacional; ainda com toda esta relatividade, 0 conceito resulta muito u til, p or qu e pe rm ite tra balha r co m u nida des tec nica me nte m ais ac es sf veis a partir do ponto de vist a psicol6gi co. Nao devemos esquecer que uma comunidade e s o um a p ar te d e u ma s oc ie da de g lo ba l, m as n ao p os su fm os ain-: da o s r ecu rs os tec nicos s uf ic ie ntes pa ra e studa r de m ane ir a r elativa me nte
I
Cuidado pre-natal e obstetrlco. Desenvolvimento fetal. Genetica. Preven ao.
84
" - MACIVE
R, R.M. e PAGE, C.H.: Sociologia.
G - POZAS ARCINIEGAS, 1964.
R.: £1desarrollo
Madrid, Teeros (ilegfvel),
de la comunidad.
1960.
Univ. Nac.de M~xico,
85
rigorosa a psicologia de uma sociedade global, enquanto que, sirn, podemos cia por resultados praticos nos distancia da possibi lidade de satisfazer nossa http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional tenta-lo no caso de uma comunidade. ne ces sida de de c on hec im en to s c ie ntif ic os , p elo m en os no m om en ta a tu al,
42/69
dado 5/12/2018
Objetivos
grau de nossa ignorancia presente.
De qualquer maneira, nos so estudo tampouco e uma recepcdo JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com passiva de dados e sim que - tal como 0 colocarnos para 0 problema da psicologia institucional - tarnbern aqui trabalharnos com 0 metoda clfnico
Se be m q ue n os sos o bjetiv os s ao o s d a p sico- higien e, e stam os nu ma .etapa na qual ainda necessitamos muit o da i nvestiqacao e esta ulti ma e 0 ob je tivo f un dam en ta l q ue ne ce ssita mos c ump rir na a tu alida de , d ado qu e nossos conhecimentos psicoloqicos acerca da comunidade sao totalmente insuficientes; 0 mesmo poderfarnos dizer de nossos instrumentos de trabalho, mas de qualquer maneira e uma tarefa que devemos empreender, com todos os riscos de erros e confusoes que estao implicitos em toda investiqacao: corn isso queremos especialmente sublinhar que desejarlamos no s v er totalme nte liv res d e p rop os itos tais co mo 0 d e c on se gu ir u ma m udanca, 0 desenvolvimento ou 0 p rog re ss o d e um a c om un id ade . A r ig or , 0 m ov im ento es po ntan eo de u ma c omu nidad e tem ma is " sa be dor ia" q ue tod os o s c on he cime ntos qu e p os su fr nos n a a tu alid ade pa ra ten ta r e stes u ltimos objetivos enfocados a partir da psicologia. Cre io q ue, po r a gor a, 0 a ce sso d o ps ico lo qo a u ma c om un ida de tem que ter como objetivo 0 estudo de sua estrutura, de sua orqanizacso, de seus problemas, da forma como se vive, das normas que a regem, suas necessidades e a maneira da satisfaze-Ias. Es te o bjetiv o f un da me ntal d a lnv es tiqac do, q ue r d iz er , 0 e studo d e uma comunidade com mi ra ou com fins mai s distanci ados de psi co-higiene, faz com que nossas instrucdes para 0 estudo de uma comunidade tenh am q ue s er a bs olutam ente c la ra s, da do q ue es tas ins tr ucd es c on stitue m o enquadramento de nossa tarefa, quer dizer, as constant es com as quais temos que trabalhar. De qualquer maneira, ja sabemos que nunca poderemos realizar uma investiqacfio livre de suposlcoes, livre de finalidades ou de objetivos, mas 0 import ante t ambern dest a colocacao reside em que, a m ed id a qu e e studamos a comunidade, vamos tomando consciencia de objetivos ou final idade s implic itas qu e d e tod as a s m an eiras ex is te m, m as e m f or ma inco nsc ie nte ou nao totalmente consciente. Que re mos no s v er liv re s d a u rge nc ia de c ons eg uir be nef lcios ime diatos o u d e o bter m elhor as o u r nud anc as n a c om unida de, po rq ue e sta u rq en 86
0
e, de acordo com ele, na medida em que empreendemos determinados nf veis ou sit uacdes da comuni dade, tratamos de que a mesma tome conscienci a ou conheci mento de seus probl emas, assir n como de esclarecer as fugas ou neqacdes dos problemas reais. 0 que nos interessa e ajudar a esclarecer os problemas e objetivos que a mesma comunidade tem ja funcionando em seu seio e - sobretudo - ajudar para que os integrantes de u ma c om un ida de tome m c ons cien cia de s ua s a titud es e d e s uas po ss ib ilidades como seres humanos. Se examinamos alguns dos li vros correntes ou mais comuns que se publicaram sobr e trabal ho em comunidade nos encontraremos com freq ue ncia c om ce rtas c or re ntes r ne ssian ic as ou " sa lv ado ra s" q ue, n o f und o, nao significam em muitos casos senao 0 quebrar a orqanizacso e a dinarnica de um a c om unida de, intro du zind o ne la pa utas o u inter es se s q ue legitima m ente n ao I he c or res po nd em, c om 0 fim de satisfazer certas necessidades que nao sao de direto int er esse da propria comunidade ou que nao respei0
desenvolvimento que lhe e peculiar. E impo rtan te a ss ina la r a r elac ao e ntre 0 trabal ho do psicoloqo na c om unida de e 0 servic;:osocial ou assistencia social e tarnbern como que se denomina servi ces de comuni dade; nest e sentido, as diferenc; :as com 0 que expornos ficam facilmente vislveis setranscrevemos alguns dos conceitos b as lco s r elativ os a e ss as disc ip lina s. S .V. Sier ra , e m lntroducclon a la Asistencia Social", d iz : "De a co rd o c om a c oloc aca o ter rn in oloq lc aq us a cab am os de f aze r, c or re sp on ds d ef in ir a as sisten cia s oc ia l c om o a d is ciplin a ou cienci a normativa que se ocupa de est abelecer os pri nciples, normas e procedimentos para ajudar os indivfduos, grupos e comunidades na soluc;:ao tam
de seus problemas ou dificuldades. A assistsncia social e sobretudo lnvestirettexso sobre os fatos, mas nao com a finalidade de um puro "conhecimento" (ci encia pur a] e sim com a fundamental intencso de "fazer", aplicando ditos c onh ecimen to s a s s ltua coe s r ea is q ue s ao s eu p rinc ipi o e seu fim ( cl encia normat iva)". Esta autora reproduz uma definic;:ao do padre Swi thum B owers, diretor da escol a de Bem-Estar Social da U ni-
gar;:fio e
7 - Bu en os A ir es , E d. H um an it as , 1 96 3.
87
versidade de Otawa, que define a assistenci a social como a "discipl ina atividade sanitaria, recreativa, educacional ou cuItural. A orqanizacao preshttp://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional profissional que aplica clinicamente 0 conhecimento das inter-relacdes s up oe c er ta r es po ns ab ilida de a dm in is tr ativa , f ina nc eira e g er almen te v o-
43/69
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humanas por meio de uma habilidade aperteicoada em materia de relalun ta ria" ( A. I. H. Trecker) 9. Es te liv ro d a tar nbe rn e xem plos de d is tintas c oe s c om a s p es soa s. indivf du os o u e m g rup o, c om 0 f im de co ns eg uir um a orqanizacoes e seus objetivos e a transcricao de alguns deles defi ne por si Josede Bleger -Psico HigieneePsicologia Institucional -o slidepdf.com adaptacso social mais satisfatoria". A comissao especialistas nas Nacoes so as diferencas com 0 tra ba lh d o ps ic oloqo n a c om un id ade . Ass ir n, um Unidas define 0 s er vice s ocial c om o " ativida de o rga niza da cu jo o bjetiv o ex-presidents do ramo nacional de atividades de service para a
e
contribuir para uma adaptacso mutua entre 0 indivfduo e seu meio social" e "este objetivo se consegue mediante 0 e mpr eg o d e tecn ic as e rnet odos desti nados a que os indivlduos, grupos e comunidades possam s atis fa ze r s ua s n ec es sida de s e r es olve r s eus p ro blem as d e a da ptaca o a um tipo de sociedade que se acha em processo de evolucao, assim como por mei o de uma acao cooperati va para mel horar as condicdes aconorni cas e socia is". M.H. de Bousquet reproduz em Le Service Social8 a definicao dada por Mary Richmond, criadora da primeira escola de service social nos Estados Unidos, que diz que 0 service social e "a arte de fazer diferentes c olsa s p ar a d if er entes p es so as , co m 0 concurso das mesmas, cooperando com elas, para conseguir, ao mesmo tempo, melhorar a sua situacao e a d a s oc ie dad e . .. 0 s er vice s oc ia l de se ja se rv ir ao s h om en s e m s ua p le nitu de de seres humanos e para i sto investi ga os rnetodos que desenvolvem a responsabilidade, reajustando consciente e individualmente entre si os homens e seu mei o social". A autora do livro assi nala que, nas definicdes da assistencia soci a I , se encont ram duas nocoes basicas: a de equi hbrio e desenvolvimento do individuo e a de ajustamento, quer dizer, a de adaptacao: duas nocoes intimamente ligadas. Neste sentido, 0 service social e 0 trabalho do psicoloqo na comunidade se diferenciam fundamentalmente pelo fato de que este ultimo se propoe basicamente a investigar a dinarn ica psicoloqica de uma comunidade n as s ltua cf ie s c on cr etas e r ea is e m qu e s e d es env olve a v ida e s ua inter ve n~ao se reduz a escl arecer os problemas, atuando como assessor ou consu 1tor , f az end o tom ar insight das situacoes e agindo exclusivamente atraves de procedimentos e tecnicas psicol6gicas. Os servicos de comuni dade sao organi smos mul to mai s heteroqen eos ; m unido s m uito m ais de um pr os elitis mo q ue d e u ma s is te matiz ac ao cient ifica, seja da investi qacao ou da tarefa. Uma das definicoes de "servico para a comunidade" diz que ele e "urn trabalho planejado, aprovado pelos membros e organizado em forma de servir a comunidade em uma
comuni dade da Legiao Americana Auxili ar di z: "A palavr a ' service' tem multi pl es signifi cados. Pode ser uma conduta que cont ribua para 0 bem dos demais (a real izacao de um trabalho para benefl ci o de outr os), qualquer resultado de uma t arefa que possa produzir ou nao um bem tanglvel ou, espiritualmente, pode implicar um service assemelhaval ao das o br as d e bo n d ade e am or . . _ A Le giao Ame rica na Auxiliar n ao po der ia pr opor-se melhor final idade que a de prestar um service ill rni tado a todos e a Gadaurn", Outra orqanizacao, 0 Clube de Otirnistas, expressa: "A Irmandade de Otimistas s e a cha intim ame nte ide ntif ica da c om a ideia de se rv ir as c om unida de s; as Ir ma s Otim istas e stao r ec on hec id as c om o m ulhe res d is po stas a se sacrifi carem para satisfazer as necessidades das comunidades. Como resulta evidente, 0 service e 0 l aco que une mai s estreitament e as Irmas Otimistas de todas as partes." ' Outro organi smo, a Camara Jovem de Cornercio, que qanizacao mundial de a filiado s, o fer ec e g uia c om un id ad es d o p ais. e entusi ast as membros
e
homens jovens e conta com mais de duzentos mil e m q ue stde s c fvica s a m ais de tre s m il e s etec entas Citar em os s uas p rop rias pa la vr as : " Os inter es sa dos da Camara Jovem sao chamados com frequenci a
've la s de au to '. Nos ap er fe ic oa me ntos d e c om un id ade s, s ao e le s os h om ens que conseguem com que 0 povo e os recursos colaborem com mira ao objetivo do melhoramento da comunidade. Com sua fe e vontade de trabalhar, acendern a chispa que provoca a a9ao necessaria para que as c oisa s ma rc hem . .. E m u ltim a a na lise , 0 r ea l m elhor am ento d e u ma c or nu nidade deve ser obra de cidadaos conhecedores, interessados e ativos." No livro de Trecker se encontr a a enumeracao dos ti pos de projetos a c ar go do s s er vice s de c om unida de; eles co ns is te m e m o rq an iz acd ss qu e p od em r eu nir d inh eiro pa ra e ntreq a- lo a indivf du os ou aq enc ia s f ac u I ta das para distr ibuf-Io e utili za-lo com fins especi ficos ou gerais; os membros da s or qa niza cde s p ode m pr es ta r s er vice s vo lu ntar ie s a a gen cias e ins titui9 - TRECKE R, A.I .M.: Manual de proyectos de servicio de comunidad. res, Omeba, 1964.
8 - Paris, PressesUniversitaires de France, 1965.
a maior or-
Buenos Ai-
88
c;:oes; os meios,
89
e quipa mentos,
provisoe s
ou demais
bens podem
ser submi-
dividuos
ambiciosos
utilizem
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional nistrados aos individuos ou grupos para ajuda-los a cornecar ou contiseals, ou que um povo frustrado
a inquietude se converta
popular
para
seus
fins
num povo desordenado."
pes-
44/69
nuar
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e as combineciies
seu trabalho;
se de forma
d es te s
as condicoes
ss fo rc os
p od em
D . Gonzalez,
que ao Service Social
nas comunidades
se
conhe ce
0
atualmente
me de "orqanizacao
e desenvolvimento
da comunidade".
a respeito,
"A expressac
Unidas
comunidade cessos
em virtude
pl en am en te
vem, portanto,
ajuda
e aumentem sua expressao
de encontra
u ma gr and e v ar ie da de
se somam
aos
todo
0
pos-
estorco proprio
a iniciativa,
sua eficacia.
0 de se nv olv ime nt o
programas
popula-
encaminhados
e a
transqressao
que isto tinha.
nos
ridades,
qualquer
circunstancia
por
da possibilidade
decisoes
cristao e dernocratico
da personalidade
volvimento mediante mento
e conduta. do respeito
uma
Estao
baseados
ao indivlduo que
i ndi vf duo
0
0
a lc an ca
desen-
e
que
s eu d es en vo lv i-
E st a a ut or a "AII~m disso, sabem
que
problemas
e
muito
mais clara
e de tais objetivos, se
os membros 0
povo
da profissao
nao recebe
de uma maneira
ainda
quando, ajuda
construtiva
nas lmpllcacoes
na pagina de service 0
I fderes
para solucionar
grande
perigo
de
livro, diz:
social e outros
profissional existira
pol (ticas
5 do mesmo
um bre-
de psico-higiene
por to-
e constituem
de tal maneira
rigorosamente
uma
que toda
era analisada
como
alern disso, as consequencias
de c ar ac te riz ar ,
das instrucoes
que cremos
de suma im-
com
maneira
I
seus
das autoridades
de encobrir
que
nao possamos
reatizacoes
nao so nossos objetivos,
assim
no sentido
autorlzacao
tratar
nossos
da co-
objetivos
levar a cabo.
ou Este
d e a ut or lz ac ao e ja uma tarefa fundamental, em cuja tram irecolhendo dados de suma irnportancia e, por sua vez, vamos
esc lar ecendo,
como
significa
como tarnbern
uma aprendizagem
de agir ativamente
como
a func;:ao destas auto-
por parte
seres humanos.
e solicitada
destas
como uma autorizacao
de que fica em mjios das a utorida des
ultirnas
Esta autorizacao precaria, de revoqa-
a possibilida de
la ou limita-la, Um segundo
lealdade
potencial."
tais atitudes
e
na cornuni-
e assimiladas
pelos alunos
(seu enquadramento),
deve, alern disso, ser colocada
no conceito
de cada um. Presume-sa
e os talentos
vida responsavel
tarnbern
e de fazer posslvel
atividades
pratico para os estudantes
comentadas
como
luqar, necessitamos
comprometer
em
responsavel
tanto
algumas
e de nenhuma
em um conceito
para se fazer
estas
este ponte, faremos
como trabalho
nao se as respeitou
Citaremos
Em primeiro
baseados
e em sua capacidade
da tarefa
na qual
r equ er im ent o tac;:ao vamos
do ser humano,
estejam
que nos interessa
para um trabalho
discutidas,
tecnico, t ra ta nd o
um e fe ito
munidade
da dignidade
foram
da cadeira,
importante
conseguir
c on cr eta s. "
fundamental
0
portancia,
d a c omu nid apara
parte
esclarecido
que adotamos
organizado
instrucdes
dos os integrantes
Washington) se sobrepfie p ar a el b ie ne st ar s oc ia l (Union Panamericana, muito mais "service social" com "orqanizacao da comunidade", ja que esta autora diz que "os prlncipios de toda classe de servico social estao
proprias
da comunidade
de Higiene Mental.
Estas
inter-
ainda melhor
das instrucoes
em uma comunidade,
contr ibuir
de processo
que estimula em
Para que fique
na cadeira
no livro de C.F. Ware, Organizaci6n de la comunidad
Neste sentido,
suas
social e a orqanlzacao
e as funcoes do psicoloqo trablhando
e a atividade
ve resumo
socials e culturais
de services tecnicos e 0
profissdes dade.!!
da pro-
seu nfvel de vida, dependendo
de m elh or as
no-
aqueles
a participacdo da propria
e a subministracao
iniciativa
carater na forma
mutua
Neste complexo
essenc ia is:
para melhorar
de sua propria
d e o utr o
nacional,
dois elementos
<;:ao nos esforcos
para designar
as condicoes economicas,
progresso
0
0
Em um relatorio
estas na vida do pa is e pe rmitir-I hes
integrar
p ar a
sob
desenvolvimento
os esforcos de uma populacao
dos quais
para melhorar
das comunidades,
slvel
diz-se:
se incorpora ao uso internacional
de seu governo
Sem que a assistencia
e c ir c un st an c ia s
das
Nacdes
d es env ol ve r-
v a rl av e is , sempre tao claramente sobrepostas, de todas maneiras, Jose Bleger -Psico Higiene ePsicologia Institucional -slidepdf.com em Proceso del servicio social de comunidad! 0, diz sublinhar sao as diferencas que f azem rnediacao entre
que se adapte
e
0
aspecto
de nao levar dados presentes embora
que consideramos
compromisso
que esteja
fundamentais
de manter
de um grupo
se jogam implfcito e com
em
a outro
urn dado
no anterior,
isso queremos
de suma
e respeitar
irnportancia
a privacidade,
e de nao tratar momento.
a veracidade significar
0
da
senao as situacdas
Em terceiro
e
e
no sentido
o ut ra
lugar,
e
d as c on dic de s
que nao devemos
incorrer
em
de que in11 - Ne ste sentido, e de utilidade desarrollo, Mexico, F.e.E., 1964.
10- B uenos Aires, Ed. Humanitas, 1963.
0
livro de T. R . B atten, Las comunidades
y
su
91
90
nenhuma simulacao ou mentira e em nao ir mais alern do que realmente gra nde de pr econceitos, ta is como http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional d es ej amo s
Outro
ou n os p ro pom os. aspecto
muito
especificamente
importante
-
e que nao foi facil cumprir
- foi
as pessoas
0
doentes,
de supor que nos interessam ou
0
de que escolhemos
espe cial ou uma cornu-
45/69
nidade a dependencia
o de nao fomentar
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tituir
uma
ponde
sociedade
fazer coisas
metodos
leva lrnplicita
comunidade
e de seus membros,
de nao cons-
determinada
mais doente
tec nicas , 0 nao fomentar
de incrementar
Conjuntame nte
com
equips de psicoloqos. os psicoloqos
agindo 0
nos unicamente
como
da
de seguir ou nao nossos e s c l a -
outra
das instrucoes foi a de que a
so devemos
A tipologia caso, deve agir por conta
nao se devem
independencia;
que age com
dar nosso
constituir
num
quer
da comunidade.
e
e a comunidade
a que
aplicados
inteqrac ao
autonorno,
organismo
ainda que em beneficio
assessoramento
propria,
veem
nhum
relatorio
consentido
que
pelos
foi a de nos comprometer
nao tenha
implicados
N6s
co e a ruptura
ha de assi-
sido
previamente
em dito estudo
ne -
a nao publicar
conhecido,
discutido
ou, pelo menos,
c onh ec er
pelas autori-
A cornunidade fundo
sentido
"psicologizar" com
termos
a comunidade, psicol6gicos
no sentido
e sim todo
se propuseram de que aprendam
contrario,
0
tambem
0
a nao
norma s
e se manejam
de que
0
contato
da
Devemos
nos cuidar
em toda
forma
modalidades
de nao
introduzir
de vida e sim tentar
pautas
E
que
compreender
xao,
as
Nossa
experiencia
a escutar
conhecimentos esta abonada
e
este
foi a de que os membros
aulas de psicologia e
0
como
da comunidade
se se tratara
uma simplificacfo
da tarefa
por
Redfield,
com
a qual
a
na diferenem re -
consiste
urbana.
que tern caracterfstica
de orqanizacao
hornoqenea,
com
um pro-
uma producao de caracteristiao autoconsumo. Nela, os
com
fundamentalmente
e a mobilidade
estao bem estabelecidos
se en-
e tecnol6gi-
baseada
e sociedade,
analfabeta,
grupal,
semelhantes
e normas,
se
sao os de
a de desintegrada.
e
pequena
e tern um forte
0
a nossa muitos
atual
ou nula, as
sentimento
de
auto res, pondo
individua lismo,
forte
novas formas
processo
que deu lugar, no curso do desen-
primitiva
sociedade
urbana,
sobre
cujas
caracterfsticas
a enfase sobre a desaqreqacao, a descone-
mobilidade,
de sa pa recime nto
de orqanizacso
do sentimento
e forrnacfio de subgr upos.
esta ligado ao desenvolvimento
econornico,
se dis-
Todo
ao desenvolvi-
12
mento da tecnologia e, no Unesco, poder-se-a encontrar
de uma difusao de
necessario evitar e nao cair nesta tentacao: tentacao que
por constituir
dedicada
tipo de comunidade
de pertenca,
p au ta s a lh ei as , ne st e c as o d a c omu ni da de . poem
aquela
mais comumente
que frequenternente
pautas
comunidade
isolada,
de solidariedade
ou valores
insistiram
a nossas
e
que
uma comunidade 0
folk e uma sociedade
folk
sao muito
volvimento,
e de certo insight. correspondam
ou
pertenca.
com os psicoloqos possa se r uma exper iencia de aprendizagem
comunidade
entre
pequena,
cas prirnitivas, indivlduos
tecnicas
desenvolvida
u ma s oc ie da de
Co m e sta s instrucfies. se cumpre tarnbern 0 objetivo de nao realizar proselitismo de nenhuma Indole, em qualquer das acepcoes que possa ter e nossas
doente
de delinquencia,
econornico-social
desenvolvimento ou de antigas
introduziu
primitiva:
metodologia
precisar
e na bibliografia
classificacao,
muito
este termo.
ou para
0
de velhas
ca que Tonnies
e
definir
passa de uma condicao de integrada
comunidade
dades da comunidade.
Nossa
urna comunidade
tem rnais problemas
mais frequents ou os termos para
relacao entre
a
Outra
instrucdes
das
ou porque
e desinteqraca o,
e
contra
mila-to ou nao. Outra
outras,
Comunidade-tipo
assessores
direito
0 anterior,
em nenhum
pelo fato de que constitui
que
a
a independencia
ou n oss as interpretacoes.
r ec im en to s
dizer,
a instrucao
em maos da comunidade
0
fora de nossa funcao de
que estejam
e de nossas
dependencia
termos,
Psico HigieneePsicologia Institucional no Jose sentido Bleger de que nao nos corresde prostituicao, ou de qualquer-slidepdf.com outro "vlcio",
de beneficencia, pela comunidade
psicoloqos, de nossos
e ficando
ou, em outros
temente
(mas tarnbern uma
ligado
ao conceito
livro de Scott e Lynton , publicado pela um bom resumo deste tema, que esta evidende anomia
de Durkheim
au ao de alienacao
d e M ar x.
terg lversacao).
o implicita
estabelecimento a necessidade
dos primeiros de reformar
contatos e modificar
com a comunidade uma
quanti dade
levou
12 -
rnuito
SCOTT, J. e LYNTON,
R.P.: Le p ro qr es
t ec hn iq ue
e t 'i nt eq re ti on
s oc ie te :
Unesco, 1953.
92
93
,
Sem que nos proponhamos separar 0 tipo de comunidade da organizad ad e a lien ada ou de sinteg rad a pr ec ede de um a c om unida de de c oe sjio : e shttp://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional c;ao de seus meios de producao e do desenvolvimento da tecnologia estas ta ultima corresponde a sociedade folk de Redfield, enquanto que a se-
46/69
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classificacdes nos parecem satisfatorias quanto ao ponto de partida, mas togunda corresponde a nossas atuais comunidades industrializadas. A diferentalmente insuficientes para responder a cateqorizacao das complexas condica fundamental entre uma e outra r adica em que na primeira a identi dade Higiene ePsicologia -slidepdf.com c fies qu e ob se rva mo s e m tod a co mu nida de Jose e es peBleger cialmen te -Psico n a qu e e studa e grupalInstitucional ou cor nuni taria, enquant o que na segunda se desenvolveu a i ndimos. Estas deficiencias dos sistemas classificatorios sao muito evidentes para vidualidade. Na comunidade integrada e o nde r ec er n s e alca nca a p er son itodo s, a te p ar a o s p ro pr ios a uto r e s q ue os p rop us er am , m as , d e q ua lq ue r r na ficacao, que ai nda consiste, em grande parte, em uma asplracao e nao em neira, sao pontos de partida que ulteriormente teremos que iraperfeicoando. uma obtencao ja efetiva. Por outr a parte, nao so exist e um continuo entre estes disti nt os tiSe bern que estas tres categori as de anal ise podem ser apl icadas ao p os d e o rqa nizac ao da c om un id ad e c omo tam be rn po de m e xistir na m es ma comunidade como estruturas sobrepostas. Nos p ref er imo s, po r c on side ra- lo m ais c on ve niente e m ais co rr eto, s up or tre s tip os de es tr utur as c oex is te ntes n a m es ma c om un ida de e c ar acterizar esta ultima nao somente pelo grau de predomlnio de alguma das tre s e s im p ela inter -r elacf o dina rn ic a qu e e stas tre s e stru tu ra s a dotar am o u tern em uma uni ca comuni dade. Para isto nos baseamos em nossa propri a experienci a sobre est udos de comunidade, mas, al em di sso, no que ja sabfamos por nossos proprios estudos sobre grupos e institulcdes. Nil o c reio que neste caso se tr at e de uma transposicao de um ambit o a outro, quer dizer, de sobrepor ou tratar de compreender, neste caso, a es tr utur a d a c om un id ade c om c ateg or ia s q ue c or re spo nde m a os g ru po s o u
d es en vo lv im ento hist6r ico d as c om unida des e s er ve m p ar a c ar ac te riza r ca da c om un id ad e e m s ua totalid ade , n ao e m eno s c er to q ue c ons titu i u ma tip ologia, e m c er ta m ed id a f or ca da , po rq ue n ao h a n enh um a c om un ida de que pertsnca totalmente a urn dest es tres tipos. Mel hor, 0 que ocorre eo que encontramos e que estas tres orqanizacoes coexistarn, tanto na co mun id ade c om o n as ins titu ic de s, n os g rup os e no pr opr io ind ivf du o, e 0 qu e no s inter es sa n um a d ad a c om un ida de e p od er ide ntif ica r q ue n lv eis da comunidade, que orqanizacoes ou subgrupos ou classes sociais funcionam com caracterl st icas, quer seja de coesao, de desint eqracao ou de inteqracao, E 0 o utro as pe cto inter es sa nte ou imp or ta nte n a a na lise de uma comunidade e poder situar e compreender as inter-relacoes entre estes tip os d is tintos d e s ub -es tr utur as . Nao p ode mo s s egu ir d es en volve ndo aq ui
o s ind iv ldu os o u a s ins titu ic oes . T ud o p elo c ontrar io: c reio q ue n ao s e tra ta de uma transposi cao e sim que os quatro ambit os que resenhamos constituem um so fenorneno e as relacoes entre os quatro ambitos nao sao relacoes de i nteracso ou relacdes causais e sim que os quat ro ambir os tern o u p os su em ur na un id ad e s strutur al e a s m es mas o rq an iz aco es e a s m es ma s estruturas as poderemos encontrar nos quatr o arnbitos, dado que nao sao quatro fen6menos distintos e sim uma so est rut ura que nos parcelamos ou f ra gme ntam os , n ao s o em n os sa s c atego rias cien tf fica s e s im e m n os sa p rop ria m an eira ou m od alid ade d e v iv er ' 3. Cre io q ue c or re spo nde tra ba lh ar co m tre s c etego rias d e a na lise e q ue
esta t eoria que propomos para a analise da comunidade, porque ja tr anscende ou vai mais alern da pr6pria comunidade e abar ca tanto 0 processo de alheament o, de ali enacao, como a uni dade est rutural dos quatro ambi tos e nao s6 a estrutura da comunidade. Este e 0 tema que nos propomos
frequenternente
a comunidade folk s e s obr ep oe er ron eam en te
c om
0
con-
c eito d e c om un ida de integ ra da . Nos pr op om os d if er en ciar e ntre c oe sa o, disso ciac ao e inteqr ac ao . A p ar tir do p onto d e v is ta h is to rico , n os sa s ocie-
13 -
De todo
sobre
as relacoes
com
0
semestre
mesmo
este
problema
entre
titulo,
penso
alienacao, proferido
me ocupar
psicoloqia na Escola
em separado,
e psicopatologia, Privada
num livro que tratara baseado
de Psiquiatria
Soci al,
para a nova publicacso anunciada, na qual trataremos de desenvolver e detalhar de maneira mais estrita estes conceitos. Coe sa o, d es inteq ra cao e integ rac ;a o s ao tre s tip os de es tr utur as q ue en con tr am os tan to n a or qa niza ca o d a p er so nalida de c om o na d os gr up os , das instituicoes e da comunidade, e seguramente necessitamos das tres para m an te r ur n c er to d es env olvime nto r elativ am en te eq uilibr ado ou , pe lo m enos, nao total mente ca6tico. Um aspecto importante e que queremos ja deixar manifesto e 0 de qu e a s e stru tu ras r elativa me nte integ ra da s e a s d es integ ra da s ( no s q uatro ar nb itos ] s e e nco ntra m f or te men te c livad as o u s epa ra das da s e stru tur as de c oe sa o, f ato qu e n os pe rm itiu e studa r a c or np re ender melhor, psicologicamente, a cornunidade.l "
em um curso no segundo
do ana de 1965.
94
14 - Sobre relat6rio.
a comunidade
estudada
e suas conclus5es
se publicara
ulteriormente
um
95
tismo primitivo. A caracteristica fundamental desta identificacao massiva, http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional cruzada e multiple entre os membros do grupo fami liar configura 0 que chamamos de um grupo de partieipar;;ao. Tomei este ulti mo conceito da
4
47/69
a ntro po lo gia, tal c omo 0 estabelece fundamentalmente JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional tendendo que a partlcipacso -slidepdf.com implica que a identidade
l.evv-Bruhl, ennao seja senao uma ident idade grupal e que no grupo familiar a identidade nao e de cada um dos indivi duos int egrant es do grupo famil iar. Em outros termos, e de acordo com investiqacoes realizadas com 0 rnetodo da psicanalise clinica dize mo s qu e a f am ilia s e c ar ac ter iza f un da me ntalme nte pe lo es ta be le ci-
5/12/2018
m en to de uma simbiose nelainteqrantes. intervern, se concentra, a parte psie6tiea da personalidade de todose que os seus
G r u po f a m il im e psico-higiene Em toda planificacao de higiene ment al e psi co-higiene, a fam Ilia ocupa um lugar chave, quer como instituicao fami liar, quer como grupo. Quero incluir agora - dentro deste tema tao vasto - algumas considersc;oesrelativas a estrutura e a dinarnica do grupo familiar. Uma tese fundamental imp l fcita da qual parto nesta exposicao se r efere a que a rnotivacao e a etiologi a nao podem ser consideradas em func;ao de f at ores, no sentido element ari sta, tal qual se procede nas ciencias naturais e, em grande parte, ainda m en ta is s ao m om en to s e xa ger ad os , f amiliar , d o m ovime nto, do cu rs o, do grupo como totalidade e 0 que
dent~o da psicol ogia; os t ranstornos iso la do s e es ter eo tipa do s na d in ar nica d o d es en vo lv im ento e tra ns to rma ca o sempre se considerou como um estu-
do d e r no tiva cde s ou d a e tiologia, e m ter mo s d e f ator es , s ig nifica n ao o utra c oisa qu e um a c ar ac te rizac so e isolar ne nto d e m om en to s m ais s ign if ic ativos da totalidade da dinarnlca familiar. Aceito tarnbern como totalment e correta, para seu obj et ivo, a divis ao q ue Cooley e stabe le ce u e ntre g ru po s p rimar ie s e gr up os s ec un dar ios , postulando, alern disso, que a diterenca entre um e outro se assenta nos rnecanismos de projecao em jogo e nos resultados desta projecao. Nos gr up os s ecu nda rios , a p rojec ao um a p rojec ao discr im ina da d e o bjetos e internos ou de partes do ego, enquanto que 0 gr up o f am iliar ( gr up o p rimar io) se caracteriza (al ern de t udo 0 estabelecido pelo proprio Cooley) p elo f ato d e q ue o s m ec an is mo s de p ro je cso s e f az em c om c ar acter ls tica s massivas e que a identificacao que resulta dessas projecoes massivas faz com q ue e ste g rup o pr ir na rio, a f am ilia n este c as o, f un cion e n um n iv el de o rg an izacfio que os psicoloqos, entre eles Walton, caracterizaram como um sinere-
Ent endemos por part e psicotica da personal idade aquela parte da personalidade que ficou nos niveis mais imaturos e regressivos, que secaracter iz am f un dam en ta lm ente p or u ma falta de discrimineciio entre eu e nao eu , en tr e ob je to inter no e d epo sita rlo: de tal m an eira, a s im biose e 0tenorneno clfnico caracteristico do grupo familiar; 0 sincretismo e um de seus atributos, enquanto que a participacso e 0 fenomeno dinarnico fundamental o u " me can is mo " p elo q ua l s e e stab elec e o u se m an ta rn 0 sincretismo da simbiose familiar. A d in ar nica d o g ru po f am ilia r s e c ar ac te riza po r s er a f am ilia 0reserva to rio ou 0 de pos itar io da pa rte m eno s difer en ciada o u m eno s disc rimin ada da p er son alid ade e o trac o cu ltur al c on te rn po ra ns o r es id e tan to ne ste fato como em uma profunda dissociacao concomitante entre 0 intra e extragrupo familiar, de tal maneira que neste ultimo (e qracas ao primeiro fenomeno ja assinalado) resulta possfvel que um sujeito atue na parte mais adaptada, mais discr iminada, mais evol uida de sua personalidade. Em sintese, podernos dizer que no grupo secundario ha intersciio (projec;ao-introjec;:ao) e se age em func;:ao de reciprocas internalizac;:5es discrimi nadas; t rata-se de pessoas que formam um grupo. No grupo pri mario, tr at a-se de um grupo que - no mel hor dos casos - formara pessoas. Nele n ao ha inter ac ;:ao e s im psrticipecso: a identificac;:ao projetiva e mass iv a e todo 0 grupo um sistema unico: nao ha projec;:ao-introjec;:aoe sim e a, na q ua l c ada m em br o e s6 parte de um todo e s o ide ntif ic ac flo pr ojetiv por si mesmo nao const itui um t odo nem uma unidade psi col6gica. Como veremos, a instalacao da introjec;:ao-projec;:aosignifica um progresso na indlvidualizacao, Um grupo familiar sadie e aq uele no qu al s e d a e ste u ltimo p roc es so ( de d is cr ir nina ca o, d if er enc ia ca o e p er son if ic ee so) . Dev em os ter e m co nta q ue a mb os o s s is te mas ( Inter ac so e p ar ticlpa ca ol c oe xistem ,
96
97
podendo
alternar
em distintos
momentos,
e que nossa exposicao
e
esque-
externo
ou num meio indiviso.
Para desenvolver
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional darnentalrnervts. como ja 0 d is se , e m i nv es tl qa co es rnatica para simplificar. As psrturbacdes
(normais
e anormais)
nao s6 dependem
da dinamica
no da sirnbiose
e no reconhecimento
estas ideias me baseio func lf ni ca s so br e
que fiz de que inicialmente,
0
48/69
fen6medesde
0
do intragrupo
5/12/2018
grupo
familiar
e das relacoes
familia
como entre
que aparecem
grupo,
como
a morte novos
pode
ambos.
como
ser
0
uma
caso de mudanca
rnudanca
mais maduro
a psrturbacao
caracteristicas damente
ali, onde antes
que tern 0 g ru po
descritas
elas
nascimento
etc.,
foi estudada
s im bi 6t ic o relacao
de
individuo
e
nao
c;ao de eu e nao eu, quer dizer,
0
externo
dual mente interne
mais discriminada
a simbiose
do grupo
as mudanc;as
mais primitive
em outras
tera
uma unidade desde
diferenciado
fechada,
primeiro
0
que
momen-
a face,
uma
intra e extragrupais: a ve rd ad ei ra
de relac;:ao simbi6tica
no grupo
c on fl ito
familiar
e di pic o
qenetico
mundo
No comeco,
nao
ha, entao,
ja se estabelec eu
entre
os membros
e 1 1r ela ca o i nc es tu os a.
da familia.
de No
e per-
mais primitivos.
que esta inversao
quero
de uma
indlviduacao
em se us umbrais fato,
Quer di0
e sim urn processo
e discrimlnacao,
deste
nem
cer ta dis-
e
nao
ou
do su-
indiferenciada. familiar
da familia
acarreta,
externo
dentro
sincretica
ou pe rsiste
a repercussao
do desenvolvimento
Bion
diferenciacao
interne
da qual gra-
interne
na dinarnica
e individuacao
esta
(lndivlsal,
urn mundo quando
os membros
na o se alcancou
Para mostrar
d iv ls do e sq ui z6 id e,
se cumpre
entre
aglutinado,
sonific acao,
operar
ou estrutura
que
desprendimento
grupo
estrutura
processo
progressiva
gradual
nela se produ-
Klein e seus discipulos
na orqanizacao
0
conexao
A IE ~m da s
relaC;ao profun-
e
familiar
zer que
externo.
s6 podem
ainda nem mundo
que se diferenciar,
que se estabelece
do mundo
e
nao
indiscriminada
que se reconhecer,
s6 entao
prbjec ;:ao. Estas ultirnas
caracterfs-
mundo
e sim uma totalidade
e
e
jeito,
e sim dentro
( gr up o f am ili ar ). face
pela escola de Melanie
0 tipo
cada
e sim que existe,
nem
pode fazer com que
se origina,
de prosseguir,
por Cooley:
grandemente
e Rosenfeld.
na parte
inicialmente
entre
com que uma varlacao
da personalidade
zem polarizar;oes extremes, q ue s ubs tit ue m tal qual
casamento,
que contar
que se produza
me deter,
emocional,
resiste
do nascimento,
tern que se abrir gradualmente,
crirninacao
d o g ru po f am il ia r. Quero tarnbern ticas fundamentais
por causas diferentes,
afastamento, temos
da atividade
nao aoareca
momenta
no extra-
ExistemJose transtornos ou -parturbacoes da Bleger Psico Higiene ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com to do nascimento, e ainda antes, urn sincretismo, uma falta de discriminada dinarnica intrinseca ou intra-
etc. Mas tarnbern
no extragrupo,
alern disso, da dinarnica
consequencia
de urn de seus membros, membros,
e no setor
que
tambern,
referir-me
Cl as sic ame nt e,
dos termos
sumariamente 0
conflito
ao
de Edipo
se da no que chamamos de 0 tipo de grupo aglutinado. Nisto concordamos com algumas anti gas lnvestiqacfies de Mme. Minkovsky sobre 0 grupo fa-
se estabelece como uma relacao do menino com seu pai e sua mae, mas, de ac or do com e ste e nf oque que colocamos, temos que valor iza r e spec ia lmen-
miliar
de pacientes
t e tu do
nossa
propria
uma totalidade, jogo dice
e cornpensacoes
da identidade
de lndlvlduacao,
dependentes, como
cujas
clinica.
que
indivfduos
pelo
(nao as pessoas) ou,
possam
em
em urn inter-
com sua mae,
mas nele nao se diferencia
pouco
grupal
nao ha nenhum aqir como
integrantes
Trata-se , para utilizar
de urn predomfnio
nao discriminada
pr oj et ou
da esfera s ob re
individual 0
mundo
nac;:ao entre objeto parte do mundo
externo,
eu e nao eu).
da .orqanlzacfio indiscriminada
biose este predomfnio dentro
de uma estrutura
de cada sujeito externo,
interne
interno,.que
(I ia
no
(falta disMas' na sim-
0
mundo
interne
se
cada urn dos membros
nao esta dentro
de cada sujeito
do grupo
entre
passo
e
e sim no meio
e sua mae,
e
momento,
triangular.
fusao-dlscrlminacao
e
nao
outra
entao
tarnbern
entre
entre
de sua mae; tam-
e
edipico
pequena 0
existe
ele mesmo papel,
0
pai e
ou retorno
da
0
abandono
ou reqressfio
mae e nao mae ou,
mae e nao mae e sim
lnstriirnento
aglutinado,
pelo
qual
a
cad a 99
98
um dos membros
tende
a se afirmar
reativamente
e nao se ver totalmente
quiz6ide
ou disperso,
em troca,
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional fusionado num grupo indiscriminado e sincretico, 0 mesmo ocorre com 0 dades fundamentais que 0 sujeito problema
e
que
que, desta manei-
0
e sua mae. Neste grupo
e
parte
0 que se chama de
da mae com
entre
0
edjpico como
assim uma das vicissitudes sincretica.
uma fusao entre
porque
externo.
discriminacao
conflito
coisa que esta fusao primitiva,
onde
edfpico.
do menino
sua mae e outra
nao ha discrlrninacso
urn grande
menino
faz uma
e sim por uma persistencia
ainda
esboco
0
a relacao
do resto do mundo
s e e sta be le ce
por uma uniao
do menino onde
joga
menino
q ua nd o
0 conflito
a este nivel tao primitive, urn pequeno
ainda
do nivel de orqanizacao
ra, nao se produz
aqressfio
0
do conflito
predomina
a sua mae da totalidade,
ele mesmo
cena primaria
primitivo
se da quando
nao mae; neste
melhordito,
de tal mane ira que nao ha uma discrimi-
e depositarlo:
primeiro
consequents
nao se del unicamente
e sim que
diferencia
uma relacao
uma termi-
sentido
e mundo
in-
seres in-
da fam
organizar;fio nsrcisistics,
interne
e ha
sincretismo
de nfveis pre-qenitais
e
mais psicanal itica , de uma ve rdadeira mundo
que se passou a chamar neste
como
nologia
crimlnacao
0
Na realidade,
se acham
dito,
os demais
dele mesmo.
corroborar funciona
a identidade
melhor
qual os individuos reconhecer
distintos
podemos aglutinado
dependentes;
individual
possam
conclusoes
Este grupo
na qual os papeis
de relacoes
urn deficit
epileticos,
sxperiencia
do incesto.
0 incesto
traz um perigo de fusao, de perda dos limi-
grande
frequencia
com
ocorre
0
contrario,
desenvolve
quer dizer que as ativi-
se fazem no extragrupo,
um alto nivel de adaptacaoou
de maturidade,
com as
49/69
tes certamente
5/12/2018
tal maneira
ja conseguidos
que
como
dois instrumentos
tancia
e se rnantern
damental vinculo
sofrera
a parte
perigo
tarnbern
o
outro
esquiz6ide belecem reativa,
Toda
tipo extremo 0
neste
se dispersa
do grupo
0
como
E , em todo
aglutinado
psi-
e aqui
da dependencia neira fisica direta suas pautas
chamar
objeto
de
dos in-
interno
e esta-
e, por uma formacao
no extragrupo um
familiar,
protecdo
em estreito porque e nc ontra
0
ligamento 0
maximo
que, com grande uma
ou em estreita
a
frente
grande
ligados
entre
esposos
ou de pais a filhos,
100
si por diferentes
quantidade graus como
para
da familia
a satisfacao
e
a de ser-
da parte
mais
ma s, a o mesmo tempo,
simbiose
e uma
e grupal
no sentido
e
0
e funcoes
nao se reduz membros
da identidade
toda
de
1 Clivagem nao
e
de es-
inf erir
com a dinarnica
do grupo
intra-extragrupo,
caso, a simbiose
no intra
tam-
0
suje ito pode conda personalidade e dlssoclacso
com
num grave deficit.
ou tr anstornos
me ntais
familiar: familia r
mas irrteracao
e individuacao
-
e ao suficiente
de uma forte
as rnanitestacbes
0
e - portanto
extragrupais
que se acha, entao,
entre
da parte
ambos,
e extraqrupo,
p o. R ela <; :a o m ais n or ma l n o e xtr agr up o, entre
da familia
se podem
da parti-
que nao permite
mais pslcotic a,
que permite
Uma simbiose
0
de-
grupal
sempre normal. Passa por estaqlos como a 2 e 0 3 (reversiveis). 2 - Simbiose patol6gica: absorcao massiva do individuo no intr agru-
integrantes
a famllia-tipo
mas ao custo e afetiva,
nao
e se trans-
um retorco
2 - em outro
Simbiose normal: reservat6rio
senvolvimento
intelectual
0
por
familiar
intra e extragrupo
de relacdes pessoal;
extragrupais,
a sua vida emocional
emocionais
No grupo
do grupo
de tal maneira
entre
esquematique a patolo-
1 - que a simbiose
fatos:
caracterizada
do individuo
de uma clivagem
de suas relacoes
com
maximo
e nao somente
no caso da familia-tipo.
as
e sua s c onexdes reduzidas
patol6gica,
Poderiamos
do grupo familiar,
dentro
fade
da s p ar te s ma is a da pta da s
no extragrupo.
dos seguintes
ao desenvolvimento
em sua relacao
todas
d es en vo lv im en to
de sequranca
absorcso
desenvolvimento
do grupo
realiza
mente
situacao
De stes do is f ates,
familiar
de parentesco
f undamental como
numa
0
em relacao com a dinarnica
quer seja seguindo
sao bastante
de outros
forme
p er mit e
mas se introjeta, de tal maneira que bern e patol6gica, seguir um certo grau de desenvolvimento da identidade,
ja nao de rna-
relac;:ao com os demais
frequencla,
institucional
da pe rsonalida de ,
da personalidade
mesmo.
aglutinado
suas ativida de s
gia deriva funcione
nao da lugar
dos membros
com 0 grupo de identidade
do grupo
inclui
familiar
de se nvolve ndo
0
dizer,
estabelecimento
ver uma diferenr;:a,
ou mais integradas
dentro
e sim que
comportamento tambem
e nao emocionais familiar
reativas contra
de um grupo
ou relac;:5es mais maduras o extragrupo,
0
podemos
integrante
suas funcdes
age em funr;:ao do grupo,
isto com
a funCao e sequranca
narc isfstica ,
n or ma l,
ou mais maduras
que passarn
de defesa
ao grupo,
s ua di na rn ic a
ou a aqressao,
emocionais,
pertence
a formacoes
dito,
controle
ou pr imitiva ,
clpacso
e nao uma boa resotucso
reativo
0 individuo
e sim porque
ou recorrendo
Se relacionamos de que
um isolamento
simbi6tica.
imatura
carnente
fusao e a perda de identidade. Um minimo de identidade [lndivlduacso) fica aqui conservado at r aves desta dispersao ou dissociacso esquiz6ide; a independencia
Pelo que havemos vir de reservat6rio,
pelo estabelecimento de uma boa relaceo simbi6tica dentro do grupo m il ia r ( re la cso si mb i6 ti ca n or ma l e n ec es sa ri a) , 0 grupo familiar, dentro
pode ser
ou parte
caso, uma forma
0
seu
e a gora fobia.
e a hostilidade
as relacoes
a
que, de outra
que podemos
0
de si mesmo
ao incesto
ou se bloqueiam
a ser frias e distantes.
e
manter
de desorqanlzacao
nucleo
integrantes,
indiscriminado
grupo dentro
0 horror
necessita
e ntre claustr ofobia
familiar
fun-
nelese acha fundamen-
porque
de dispersao,
a dinarnica
grupo
com
sujeito
0
e nele cad a um dos
incorporam a simbiose
A dlnarnlca
por uma parte,
de sua personalidade,
como uma a lternancia
na qual se utiliza
o grupo
psic6tica
de dissolucao,
ou disperso
tegrantes,
lado,
nlvel com seu grupo familiar,
(esqulzofrenlcal,
entendida
de discriminacdo,
de duas linhas diretrizes:
mas, por outro
controlada
maneira, cotica
esbocos
ao redor
a fusfio:
neste
talmente
de um individuo
ao incesto
os pequenos
se estabelece
luta contra
com 0 resto do grupo, de vezes s6 de adaptacao racional ou intelectual, mas, de qualquer maneira, e hostilidade ou aqressso se unificam o predominio das relacoes e extragrupa l ou extra familia r e nao intrafa miJoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional -slidepdf.com fundamentals, com os quais se estabelece uma disliar, como no caso anterior .
horror
0
ou racional,
ambos.
0 desenvolvimento
da ao extragrupo. desenvolvimento 3 pendencia
a) Forte
b)
s6 se faz na parte
clivagem
f un da me nt al me nt e
intra-extragrupo,
sem interacao
da personalidade
intra-extragrupo:
deficit
liga-
global
do
forte
de-
da personalidade.
Autismo: dele.
Falta
ma s de c ar at er
clivagem
introjeejo do grupo
Bloqueio
no intra
familiar
e extragrupo,
como
nucleo:
au desenvolvimento
neste
101
ultimo de relac;:5esesquizoides, distantes, frias, racionais. Pode-se com penja tem estabi lizados seus dist int os segment os da personali dade, e out ra http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional sar 0 contato com atividade man iaca, contraf6bica ou psicopatica. p ar te do g ru po q ue tend e a e voluir, a e stab iliz ar , a discr imina r, a d es en volEm sfntese: a si mbiose e 0 autismo sao etapas da dinarnica familiar, ver talvez uma maior identidade individual; nestes casos, entao, produz-se
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quer seja como est aqios transi t6r ios ou como est ereotipias patol6gicas. u m d es ajus te, q ue e 0 de sa ju ste a cu sa do p elo g ru po f am ilia r, p ela p ar te Deixa mos d e lad o 0 estudo mais detalhado das vicissitudes dinarnicas normais estabilizada Iest er eotipada) do grupo famili ar. De tal manei ra que JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional -slidepdf.com mais e patol6gicas de cada uma destas organizac;:5es. quando 0 grupo familiar consults, 0 faz acusando 0 agente de rnudanca, Entre estes dois tipos de estrutura grupal fam i liar - aglutinado e com a fantasia de que curar implica que este agente de rnudanca se r es titu a 11es te re otip ia a nter ior p ar a q ue de ix e d e " pe rtur ba r" . Da c o m p re disperso - se acham outros tipos de grupos que estfo caracterizados por ensao destes fatores, derivam-se diretivas fundamentais para a lnvestlqacdo r ec or re r a o utros m eca nism os r elac io na dos c om e stes d ois, m as qu e es tao situ ad os ou de manifestac;:5es m ane ir a inter rne diar iapslcopstices : r ef er im o- nocomo s, f und am en ta lm en te , Na as hipocondrisces. relacfiss tanto psicopati a, t rat a- se de uma fuga da fusao cl austrof6bica de um grupo patologicamente aglutinado. Isto poder-se-ia estudar a caracterizar especialme nte n o e stud o do d ese nvo lv im ento d os a doles ce ntes , n os qu ais s ao m uito f re que ntes a s r na nifes ta co es ps ico patic as , q ue a pa rec em c om o u ma r eac ;:aoc ontra a f us ao e c ontra a d epe nde ncia do gr up o a glutin ad o, qu er d iz er , contra uma simbiose extrema e patoloqica, A reacao hipocondr iaca, as manifestac;:5es hipocondrfacas, tanto como as doencas psicossornaticas tern 0 mesmo valor que as manifestac;:5es pslcopaticas. No entanto, torna-se tar nb er n d e r ad ic al imp or tan cia q ue n ao po ss amo s f aze r um a de rn ar ca ca o m uito e strita en tr e n or malida de e p atolog ia , no qu e s e r ef er e a dinamica do
efil, ats ob re tu do pa ratera em a ss ls te nca iaque, do assi g ru po f am ilia r ( te ra peu tica e p sico pr o0 grupo familiar e 0 deposilca). Ha, que cont m como tar io d a p ar te m ais ima tu ra ou s im bi6tic a da pe rs ona lida de, d a me sm a r na neira e 0 grupo que mais tende a estereot ipi a, porque necessit a ter muit o bem controlada a parte psicotica da personalidade, para que, em certa medi da, se possa desenvolver uma parte mais discrimi nada e adaptada d a p er son alid ade no e xtra gr up o. A e ster eotip ia m aior s e e nc ontra n aqu eles casos de grupo familiar que chamamos de "0 circul o de ferro", que co ns is te n um r ef or co d e tod a a d epe nde nc ia o u p ar ticipa cjio slrnb io tica , u m r etor co da iden tida de gr up al e u ma q uas e ine xistenc ia de vida ex tr af am iliar ; n ao ha inter jog o d e p ape is e s im e ster eotipia de p ape is m uito f ix os . Nest e caso, os papeis sao multo rfgidos e mui to sever amente mantidos; a
grupo fami liar; moment os normais e momentos patoloqicos estao em i nteracao dialetica e so podemos fal ar de normal i dade ou patologi a frente a u ma r elativa e stabilida de o u p er du ra bilidad e o u e ster eotipia d e d eter mina dos m ec anism os ou d e d eter minad a es tr utur a o u or qa nlzac so d a Gestalt f am ilia r. Com isto, q uer em os s ig nificar q ue normalmente s e p rod uze m es tas manifestacoes. tanto psicopaticas como hipocondrfacas ou psicossornatic as , e m q ualqu er gr up o f am iliar , e m distin to s m om en to s e m q ue tem q ue
pa to lo gia, n es te s c as os , c os tum a s er m ais s ev er a ( suicidio. p sicos e, etc. ), mas tarnbern pode dar-se como circunstilncias -fenornenos ou acontecimentos q ue 0 g rup o f am ilia r na o p ode d etectar dire ta me nte c om o teno rne nos patoloqicos: referimo-nos a frequencia de acidentes, a cornpulsao a intervencoes cirurqicas, a persistencia de lutos nao elaborados que pesam enormemente sobretodo 0 grupo familiar. Mas tarnbern costumam ocorrer fenornenos mais claramente patol6gicos e notorlos, como a crise
e nf re ntar r nud anc as e m s ua es tr utur a, q uer s eja po r r nud anc as intra ou ex trafamiliares, de tal maneira que tanto as proprias manifestac;:5es psicopati cas como a reacao hipocondrfaca e a doenca psicossornatica podem ser momentos de passagem, em direcao a uma maior discrirninacao entre eu
epiletica ou a desorqanlzacso psicotica, os episodios de mania ou melancolia. Quando 0 s up or te na rc is fs tico e nd og ru pa l ( a s im bios e f am iliar ) f aI ha, p od e oc or re r um a de so rqa niza ca o p sicotic a, q ue p ode s e e stabiliza r o u
0
es eunao eu,elha entre sujeito ou i ndivfduo e s s em ntes mundo d en tr o einterno f or a doegrexterno, up o f am entre ilia r. A patologia mai s importante do grupo fami liar, no ent anto, nao se da nos casos que temos estado resenhando; pelo menos, nao sao os mais importantes como causas da consulta ao psiqui at ra ou ao psicanal ista. 0 que 0 g ru po p er ce be f un da me ntalme nte c om o u ma situ ac ao pa to lo qica e o d es ajus te o u d es ac or do e ntre a s n ec es sida de s d e u ma p ar te d o g ru po , q ue
se est psi cose, quegr up pode se mresolver pelo restabeleci0 m es mo o u o utro g rum en toereotipar d e u ma rcomo ela9a ouma s im bi6tic a e ndo al, co po, mas que pode tarnbern ser a ocasiiio de aprendizagem, d e u ma discr im ina ca o. Es te s s ao o s c as os q ue Fr en ch e Kas sa nin es tud ar am e , p os te rior mente, tarnbern 0 fizemos nos, que a desorqanlzacao psicotica serve como uma verdadeira aprendizagem, ja que a desorqanizacao psicotica rompe 0 sincretismo primitivo e p er mite um a d is cr ir nina ca o ou , p elo m eno s, po de
102
103
permiti-Ia
se se age terapeuticamente
de forma
eficaz
ou bem se as condi-
profunda
da dinamica
<; :oe ss e d ao e sp on ta ne am en te d e ma ne ir a favoravel, sublinhar partic ularmente que http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional Ouero
me referir
agora a outro
nlvel no qual pode funcionar
grupo
0
e
familiar!
to e sim num enquadramento
0
0
procedime nto
rnetodo clfnico
insupe ravel. n ao c on sis te
rigoroso da obser va cao:
Ma s quero s ome nt e
nis-
isto significa que de-
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familiar,
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pelo
tragrupo. xativa
Nestes
a pr endidas casos,
e permite
a personificacao. que aparece
ma is nor mal certa
ou a dispersao
que
tes
neur6ticos.
Ja
evoluida,
onde
mecanismos
tura
grupal
mais
defesas neur6ticas
subjazem
e,
certa
e que
tanto
Nestes
do gruou
casos,
neur6ticos: detras
0
e da relacac in-
ou menor
facilidade
nos encontramos
a intereciio
com
permite
(em
assinalar,
situacao
normal
alern
disso,
conflituosa
os
que
0
Intima
neir a que
0
que
ou perturbadora,
ou intrlnseca isolamos
mentos
das multiples
belec ido
na dinarnica
As situacoes
confusional,
relacoes
de rnudanca
paran6ide
da dlscrirnlnac ao,
da
de
participa-
ou etioloqica,
so a ansiedade
que
requer
uma
se da entre
familiar,
ou causais
se estabelecem
conclusoes
esta
podem
validas.
nalacdes
quer
dizer
e interpretacfies
que todo
tres
provocar
e a depressiva,
de tal ma-
permite, ocorrem
esta-
para
a ambigiiidade e
0
nlvel
que
tipos de ansiedades:
que pode rao tambern
haja
0
0
caso,
em
ego como
integrado,
parte,
estar
observadora entre
hipoteses que sao postas que se obte-
hipoteses em forma de uma nova e
0 c ui da mo s
da familia
mu ito
nao recaia
e sp ec ia l-
na esfera ou na
e sim, fundamentalmente,
de papei s que tem 0
assi-
e cada uma
com as respostas
sobre
lugar no aqui-e-agora
en-
que age como observador
terapeuta,
o u t er ap eu ta . facil deduzir,
belecimento Damos
os
toda
clinico,
especial
<;:ao, a os n I veis pre-verbals
rnadu-
significado
do conteudo
na tarefa
de cornunlcacao,
explicito
do metoda
que seguimos dentro
na psicanalise
de observacao quer
dizer,
verbal de lnter-relacso,
que
estes e oobserva-
e da terapia
tal como se utiliza
que
uma parte do
da inter-relacao
e entre
sistematica
da investiqacao,
irnportancia,
confli-
esta
da sistematica
fen6menos
ter e manter
do grupo familiar
derivada
da observacao, do rnetodo
empaticamente
e fora do vaivern da dinarnica
os membros
acha fundamentalmente
Nos
vivendo
mas ao mesmo tempo
e
Como
dramento
mais
no aqui-e-agora,
irnportancia,
da fam Ilia e com
do
ou que introduzimos,
e interpretacao
interjogo
d or p ar ti cip an te
a pa rece r
0
0
no aqui-e-agora,
conflito,
contradicao.
e, em todo mais
do gru-
E s o c om a l nt rod uc ao
como
de cada uma destas
dentro
uma indagar;ao
e sim como
familiar
de acordo
assinalar
a observacao nao se faz
que
de tal maneira que possa jogar os papeis sem assumi-los: para participante, isto, deve trabalhar com uma divisao esquiz6ide instrumental, que Ihe
sao s6 rno-
caracteristica
(projetiva- introjetiva),
ambigiiidade
tre os integrantes
e
ou assinalacoes configuram ou corrigidas
dos integrantes
que emnenhum
que queremos
introduzir,
da dinarnica
assinalamento
sobr e
constantes
caotica da qual nao seja posslvel ex-
fator
empregamos,
0
variavel, C remos de fundamental
a inte racao,
nao se
0 outro
que devemos
interpretacfies
destas
fatores
ser irremovl-
das entrevistas,
sob pena de que a observacao se faca
observacao pura e simples
como
operativa,
mente,
como
ou que se hajam
c onfusional.
discriminacao
s6 existe
duracao
do observador,
cI [nico, tal como
se estabelece
e a ansie da de
paranoide previa
simbi6ticos
do grupo
etiol6gicos
e depressiva; mas a ansiedade
a lntera cao
nao
to
fatores que
que devem
lugar, tempo,
em uma observacao
ou se transforme trair
nham pela introducso
estru-
do gr upo fa miliar.
po primar io (simbiotlco]
niveis
da dinarnica
como
de constantes
na ambigiiidade,
uma
da mudanr;a
problema
papel
0
entrar
a prova e ratificadas
refere a causas extragrupais e sim que a rnudanca corresponde a pr6pria (a dina rnica ] natureza do f enor ne no psic oloqic o, c orr esponde ou pe rte nc e 11natureza
se encontram
atraves desa atuacao
lugar
como
caso devem
area individual Quero
uma quantidade
as quais
unica mente
estes
<;ao). uma
estabelecer entre
metoda
obsessi-
de todos
ser elaborados
a discriminscso
portanto,
e menos ta-
lugar, nao e a aqlutinacao
maior
tentam
aqui
veis,
0
desenvolvimento
0
do comportamento
com
n iveis psic6ticos
vemos
ex-
a simbiose
integrantes.
No en t anto,
neur6tica
poder-se-ao encontrar
tragrupal,
entfio.
e sim mecanismos
ou histericos,
de orqanizacao
meca nismos
extragrupo
0
em primeiro
dos casos anteriores paran6ides
intra e
ou bem porque
de seus
fenomenologicamente,
vos, f6bicos,
0
e per mite ,
medida,
de pautas com
JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com
a cl i vagem entre
em
no intragrupo em inter-relacao
ou incorpor adas
uma certa inter-relaefio
e multo
po familiar
ou a introducao
desenvolvimento
mais discr iminadas,
clfnico para
0
se
esta-
do enquaclinica,
e de investiganao somente
ao
como tambern
ao
ro o Ouero mos co,
104
me referir
na investlqacao quer
dizer,
sumariamente
do grupo
a observacao
familiar. rigorosa,
ao rnetodo Encontramos met6dica,
e a te cni ca que
0
prolongada,
q ue u til iz ar ne tod o
c lf ni -
intensiva
e
1 - Nao desc arto, de nenhuma maneira, outros me tod os ou tec nicas. mas creio si m - q ue a s t ec ni ca s e xp er im en ta is d eve m t ra ba lh ar e m e str eit a c ol ab or ac ao c om 0 metoda clrnico.
105
s ign if ic ad o do co nteud o irnp licito o u pr e- ver ba l. E s ub linh amo s lsto, p or s im bios e e 0 de simbiose patoloqica (com a cornpreensao dos fenornenos a que nossa diretiva fundamental se refere obssrvacao e investiqacdo dos de participacao, sincretismo, identlficacao projetiva massiva) resultam ser http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional nf veis psicoti cos, e como ja 0 assinalamos em trabalhos anteriores sobre ins tr um entos c on ce ituais e c atego rias q ue c ar ac te riza m f atos c linico s qu e
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psi canalise clfnica, a si mbiose e fundament al mente uma relar;:aomuda, ter n um a q ra vita ca o f un dam en ta l p ar a c om pr een der a dina rn ica d o g rup o quer dizer que tem que ser intencional mente detect ada e posta a manifesf amiliar , tanto e m s eu s f en6 men os no rm ais c om o e m s uas m anifes ta co es JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com to, porque se da como implfcita; em outros termos, serve de enquadrapatol6gicas. ment o, de conjunt o de constantes a mesma dinarnica do grupo familiar, m as s e n ao inter vimo s s ob re a p ro pr ia s im bios e, n ao v em os o s f ator es m ais imp or ta ntes da r ela< ;:aoe d a d in ar nica f am ilia r e tam po uc o p od em os inter v ir e fe tiva men te co m r es ulta dos validos, Em r es umo , po der fam os d iz er que na t ecnica seguida nos guiamos pel os seguint es obj et ivos: 1 - transf or ma r a p ar ticipa ca o e m lnter ac ao . 0 que Ii equival ente a 2 - introduzir a d iv is jio e sq uizo id e em luga r d a f us ao e da a mb iq iiid ade e 3 - tra nsf or ma r as confusoes em conflitos. Oue ro as sina la r tar nbe rn , em bo ra na o me s eja po ss lv el d es env olve 10 aq ui, qu e a c ar ac te rizac ao d a d in ar nica d o g ru po f am ilia r, e m ter mos d e estrutura de comportamento e um dos instrumentos mais validos e mais f rutff er os qu e a ch am os ate 0 p re sen te ; a c onc ep ca o d e e stru tu ra s d e c om po rtam ento s e r elacion a co m a teor ia d as r elac oe s o bjetais e tar nbe rn c om a t eoria da cor nuni cacao. As bases de tudo i sto foram desenvol vidas em outros trabalhos e nao podemos nos deter agora em explicita-las mais detalhadamente.
Conelusfies
Ouero voltar a sublinhar que encontrei como parti cularmente perturbador e paral isante da investiqacao 0emprego dos esquemas causallstas, m ono cau sa listas e u nidire ciona is , ao s qu ais n os a co stum ou tan to 0 rnecanismo, com 0 qu al s e e stru tur am a s c ie nc ia s n atur a is. Ale rn diss o, u m f ato fundamental que nos permit iu ver com maior clareza uma grande quant idade de problemas do grupo fami liar se refere a rnudanca radical no enfoqu e, qu e ja f oi as sina la do n o c or ne co: 0 fato de que 0 individuo nao nasce como um ente isolado, que se conecta gradual mente e sim que nasce imerso numa inter-relacao massiva global, numa orqanizacao sincretica: dito de outra maneira, os i ndivfduos nao formam os grupos e sim que, inversamente, os gr upos formam i ndivlduos e - as vezes - pessoas. 0 conceit o de 106
107
5
6 - Pela indole das ataccdes mentais, a grande mai ori a delas requer, na pr of ilax ia , a te nd er ou e vitar n ao ca usa s e spe cf fica s e s im um a c om plex a http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional c on stelac ao m ultifator ia l de indo le s oc ia l ( edu ca ca o, r elac ao ma e- filh o,
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tra ba lh o, a lime ntaca o, mo ra dia, e tc .l, c om 0 qual 0 problema a enfrentar se faz sumamente complexo. JoseBleger -Psico HigieneePsicologia7Institucional -slidepdf.com - Em slntese: 0 problema e social e nossos instrumentos sao individuais (ou grupais - quanto mais +): enfocamos, em pr imei ro lugar, a d oen ca e 0 que se requer e a profilaxi a e a prornocao de bem-estar e saude. A tarefa e es ma ga dor a; e f re nte a e la s e es te nde u um a c er ta u rg en cia o u e xiqe nc ia q ue, em f or ma d e ins tr uc ao, e simples: formar mais psiquiatras e mais psicoterapeutas; e e ste a pu ro no s c on ta giou imp licitam ente, em certa medida, como uma urgencia por formar mais psi canal istas. Em slntese: a filosofia que subjaz a esta colocacso, ou 0 pressuposto fundamental do mesmo, resi de em querer enf rentar 0 incremento das doencas ment ai s com um incremento da quantidade de psi quiatras e psiAchamo-nos, na atual idade, ant e 0 q ue p ode r- se -ia de nom in ar coterapeutas", sem exagero - uma verdadeira situar;ao de emerqencis no que conTais sao os pont os ao redor dos quais quero efetuar al guns cornencerne ao problema da saude e da doenca mental e frente a necessidatar io s ne sta o por tu nida de, ja q ue 0 p rob le ma m e v em o cup and o h a a lg um de de elaborar e aplicar pianos de vasto alcance social (em extensso e tem po e de le tra te i e mdifer en te s oc as ioe s, e sp ec ia lm ente em do is s em in aem profundidade) no terreno da higiene mental e da saude publica; rios real izados com formados em psi cologi a na Faculdade de Filosofi a e a quanti dade e variedade de acont eciment os e fenomenos que ter iamos Letras de Buenos Ai res e na recente cria<;:aoda cadeira de Higiene Menque enfrentar e resolver sao de uma magnitude incalculavel, ja que de-
P ersp ec tiv as d a psicanalise e psico-higiene
vemos tomar em conta nao 56 os doent es ment ai s (no sent i do rigor oso desta denorninacaol como t arnbern as condutas anti-soci ais e as perturbacdes conflituosas de todo tipo e isto tampouco somente a partir do ponto de vista da ter apia e si rn, fundamental mente, a partir do enfoque
tal, da qu al f ui d esign ado pr of ess or . En tr e os ps ic an alis ta s, na o n os o cu pa mos sistematicamente do tema, mas, de uma outra forma, certos pressupostos poderiam agir sobre nos - creio eu, em alguma medida - com o v er da deiros p re co nce itos . Um de le s p ode ria s er 0 de um certo prose-
da
litis mo pa ra f or ma r ma is p sican alis ta s e tra ns fo rm ar e m ps ic ana lista tod o medico jovem que corneca sua analise por razfies terapeuticas, Nao e menos certo - por outra parte - que sao os psicanalistas tambern os que m elho r e nc ar ar am e ste pr oblem a ( Ca plan , Lind em ann , Dawle r, Er ik son ,
profilaxia.
Samariamente,
os fatos
sao, na atualidade,
os seguin-
tes: 1 menta is. 2 -
Necessidade de melhorar e difundir a assistencia aos doentes Atender os requerimentos
do diaqnostico precoce e da reabili-
M es mo q ue s e po ss a po r em du vida s e r ealme nte as d oen cas m entais
tacao, 3 - Necessidade de agir em sit uacfies que - sem ter doencas ment ai s - se benefi ci ari am com a aj uda profi ssi onal do psicanal ista, pslcoloqo ou psiquiatra. 4 - Grande llmltacao social de muitos procedimentos que sao, em primeiro lugar, de indole terapeutica e nao preventivos. 5 - Gra nd e limita <;:a od e m uitos pr oce dime ntos , p or s er , a le m disso , de indole indivi dual (no maximo, qrupal), mas com os quais 56 podemos atender a uma pequena proporcao de individuos. 108
etc.).
aumentaram, isto de nenhum modo invalida todas as nossas consideracoes, p osto q ue d e qu alque r m ane ir a e evidente que temos colocado a exiqencia de uma i mensa tar efa par reali zar, a partir de nosso pont o de vista de pro-
1 - 0 pr im eir o r el at6 ri o d o c or nit e de e spe cia li sta s r eu nid os p el a O .M .S. ( 9/1 953 ) d iz q ue " os p rob le ma s d a h igi en e m ent al do mu ndo ja ma is p ode rii o s er a de qua da mente resolvidos por rnetodos rerapeutlcos".
109
fi ssi onais da psicologia e da psicanalise, quer sej a pelo aument o real das cessos psicoloqicos e so podemos curar - alem disso - unicamente na doencas mentais, quer seja pelo fato de que nao nos interessam, (mica e medida em que investigamos a que sucede em nossos paci entes. Alguns http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional especificamente, as doencas ment a is e sim as condi coes psicol6gicas de aut ores disseram que, em psicanal ise, a cura e um by-product da invest igac;:ao. promocao de saude e bem-estar; au quer seja porque nossos conhecimentos
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sabre a i nf' luencia dos fat ores psi col6gi cos e emocionais sao hoje muit o No ent anto, devemos reconhecer que a valor social da psicanalise superiores aos que tlnhamos ate pouco tempo Em-outros termos, Joseatras, Bleger Psico HigieneePsicologia Institucional slidepdf.com enquanto terapia e b as ta nte lim itad o, a in da c ontan do co m as r nu da nca s a problema pode se enunciar suscintamente assirn: q ue ca da pa ciente p od e p rom ove r s ob re o utras p es soa s co m qu em r na nter n 1 - tem os c onh ec im en to s p sico l6 gicos , de duz id os e sp ec ia lm en te da r elac oe s d e d is tinto tipo , Qua nd o af ir mo a lir nita ca o s ocial da ps ic an alis e inv es tiqa ca o p sica na lf tica , q ue s ab em os p od em s er m uito b en ef ic es pa ra e nq ua nto ter apia m e r ef ir o, ex clus iva me nte, a o f ato d e qu e e utopico prem elhor ar a v id a d os s er es h um an os , m as , tender formar tantos psicanalistas a fim de que toda a populacao seja 2 - como aplica-los de maneira que beneficiem a toda ou a grande parte da comunidade? Com o s e ve , a p ro blem a ja n ao e, es pe cialmen te , 0da dosnca mental e sim 0 da promociio da seude: a p sicop ro fila xia e m s eu m ais a lto nf ve l. o p rob le ma r es id e n a c on stru ca o d e u ma e stra te qia ad equ ada , q ue n os p er mita aplicar e aproveitar nossos conhecimentos em mais vasta escala. Oeixo agora de lado uma quant idade de problemas e definicdes prev ia s, q ue ja e sc la re ci n a oc as ia o d e um a p ub l ica <;:a oan te rior " , tais c om o 0 que e q ue s e d eve e nten der pa r s au de m ental e pa r ps ic o- higien e, a r elac eo de ambos com a saude publica e outras quest6es semelhant es mui to basi c as . Oes ejo f az er girar a qui m in ha s c ons ide ra coe s a o r ed or do p re ss up os to a que fiz referencia mais acima e que se esgrime au se segue de maneira imp lf cita: p od em os e stabe le cer um a c or rida c om as d oan ca s me ntais e tra tar de aument ar na mesma propor cao 0 nurnero de psiquiatras, psicoterapeutas e psicanalistas? E esta a solucao do problema da doenca e da saude mental?
submetida a tratamento psicanalrtico '. A psicanalise e a terapia psicol6gica mais racional, profunda e exitosa, mas - pelo tempo que toma - nao podemos pretender que possa constituir um procedimento eficaz para resol ver os problemas da doenca e da saude mental na escala e extensao s oc ia l e m q ue isto e agora necessaria. Sustent o - em cornplernentacao do dito - que a t ranscendencia social da psicanalise reside fundamental mente em sua capacidade de ser um metoda de investigar;:ao d os f en 6m eno s ps ico lo qicos qu e, c om o tal, contribui com conhecimentos valiosos sobre as leis pslcoloqicas que regem a d in ar nica tan to d a s aud a co mo da do enc a e no s p er mite tar nb er n co rn pr eender e valorizar os efeitos de determinados acontecimentos sobre a formac; :ao e evol ucao da personalidade. Se bem que, como j a 0 ,pisse, a investigac;:aoe i nseparavsl da terapia e da teoria, ao dizer que a transcendencia s oc ia l da p sica na lise r es id e f un da me ntalme nte em s ua ca pa cida de de c on tribu ir co m c on hec im en to s qu e d er iv am d a inv es tiqa cf io , n ao qu er o dize r que se possa proceder a uma invest iqacao sem 0 objetivo terapeutico. mas quero dizer, sirn, que as resul tados de dit a investiqacao sao os de maior tra ns ce nd enc ia s oc ia l, e m m uita m aior p rop or cf io qu e a qu antida de d e p es soas que podem curar cada um ou todos as psicanalistas. A psicsnslise
Psicanalise clinica
clf nica nao pode, de nenhuma maneir a, r esolver por si mesma
A p sica na lise s e de fine po r co ns titu ir a o m es mo tem po u ma ter apia,
ma da seude mental, n a am plitud e e e xten sa o e m qu e isto s e f az n ec es sa rio no presente; portanto, a instrucao de formar urgentemente mais psicanalistas para enfrentar 0 problema da doenca e da saude mental e totalmente
um a teo ria e um a inv es tiqac ao : tres a sp ectos q ue s ao e stre itam ente s olida rios e inseparaveis: so podemos curar cientificamente com uma t ecnica adequada e com uma teoria, tanto da tecnica como da doenca e dos pro-
3 BLEGER, J.: HEI psicoloqo chnico
y la higiene mental".
proble-
insustentevel, falsa e inconsistente".
Em: "El anatlsls profano"
(Obras camp/etas,
t om e XI I),
Fr eu d a di an to u a po s-
sibilidade da pr eparaca o analftic a de pedagogos e de "urn exerc ito 2 -
0
auxiliar" de
socia/ workers.
Acta Psi quiatrica y
PsicoloqicaArgentina. 8-4-1962.
4-
0 mesmopode-sedizer dos psiquiatras e dos psicoterapeutas.
110
111
Mas a investigar;fio da psicanalise conhecimentos
de grande
valor,
que
clinica sao
contribui
os que
com resultados
se podem
e devem
e se
re com
a psicanalise
duas estrateqias
clfnica.
da saude
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional empregar em vasta escala e com grande prove ito nos programas de higiene interpessoal''.
mental.
uma
0 primeiro
a((ao governamental
Suas
publica: se refere ou outra
contribuic;:i5es na ordem
podem
ser utilizadas
administrativa
ao fato de intervir a9ao administrativa,
em
e na da rela((ao
por lntermedio influindo
de
leis, sta-
55/69
A psicanalise
5/12/2018
cuja enorme tencia
de
mente
uma
-
esta
das variaveis
ultima
-
na fixacso
sua relacao
assinalarei
fundamental trucao
sistematlzacao
das varlaveis
deste
dos fenornenos simplificada.
-
do rnetodo
aperfeicoa
0
clinico:
rnetodo
outras
tecnicas.
como
investlqacao
com
no campo
d o me to da
neste
clinica
tem
trativos, em certa
mornen-
sentido
mas
50-
a condicao
por meio da cons-
rigorosa
dito,
de uma sltuacao psicanalftica
nunca alcancada,
a investiqaceo
da transterencia,
tanto
se
mais
se rnantem participa
de
a nenhuma rimental),
em nenhuma
p ro bl em a
s ob re
conhecimentos
0
plano
sobre
e extensao
cedimento
de laborat6rio
porque,
justamente,
factfvel
levar a cabo
ajustando-nos ellnlca
cientlfica,
social.
Reconhecer
nao
e
ao que realmente exigir
uma planlficacao
as lirnltacoes
nenhum
dernerito
as condicoes
uma investiqacao
ou da saude
devemos
de nenhuma
maneira
sociais
um com
cientlfica
De maneira que podem
diarias
tecnica,
faz.
Da mesma
afirmar que
maneira
que a pslcanalise
resolva
0
problema
.
que sao os conhecimentos
ser empregados
dos
que
pais
das
da separ acao
sa: em etc.I,
da relacao
tecnicas
intervern
numa
volvimento,
0
grupais
(em todas
nova possibilidade, e psicologia
breves
um incremento
diver-
narcoanalise,
das mesmas)
a psic ologia
de satis-
de maneira
(hipnoanalise, promissora
a incide n-
da lnvestiqacao
proveito
as variantes
dos perfodos
na I nglaterra.
de reduzir
os conhecimentos
sumamente
at ra ve s do que se de nomina
gia da comunidade
objetivo
com muito
os
as visitas
oito anos, a inci-
re duzida
de produzir
mais
a todos
1960, de 80 a 90% das
e, nos ultlrnos 0
Caplan Boston);
do Ministerio
se estimulassem,
Em
com
interpessoal,
pslcoterapicas
ou em tecnicas
a politica
se viu drastica mente
ser empregados
educacional.
em 1952, diretivas
internadas.
estas diretivas
mae-filho
podem
sobre
e inclusive
cia de situacoes traumaticas ou com fa((ao de necessidades psicol6gicas. psicanalftica
influir
que distribuiu,
criancas
no caso da orqa-
(e m I sr ael, Gra- Bretanha,
que pode
adotado
a re-
ou uma lnstitulcdo
se permitissem,
haviam
ou da-
os conhecimentossobre
e especial-
e em pleno desen-
instituciona l,
psicolo-
de crise",
baslcas nas quais resulta
mental.
0
para
instituicdes dencia
a de Bowlby,
quer seja no
prejufzos
de longas separacoes
e xper iencias
da Gra-Bretanha,
hospitais
mente
de um pro-
para nenhuma
de laboratorio.
ocorre,
investiga, nas condiciies em que
e
delas
hospitalar
difere ntes
0
adminis-
a sa ude e que,
psicoloqicos,
ou precaver
se utilizar
nocivos
Ne ste se ntido,
os c orpos
que corresponde
0
de fatores
no de prevenir
- podem
e os efeitos
No nlvel
expe-
S eu v al or e s ua t re ns ce nd enc ie s oci al r es idem no fato de que contribui com conheciment os relat ivos a materia que da dosnca
de ajudar a resolver ou impedir
pode a ssessorar
da atuacso
ou quer
de um service
de Saude
que sustentamos:
ou do rnetodo
se Ihe exige que resolva
possa se basear
seria questionar
nao se pode
criterlo
clinico
social. 0 unico que se espera e que contribua
os quais
de alcance
0
(do metoda
disciplina
intuito
0
ou nao, e m tudo
A ac;:ao administrativa
aos fatos que abonam
de investiqacao
com
espe cialista,
depende
de melhorar
nizacao
e xp er im en ta l.
limitarmos tecnica
como
nos. Assim - por exemplo
uma
ate agora, por
psicanalrtica
medida,
cita , a respeito,
e a rigor, a uma va-
com a tecnica
agindo
la9ao mae-filho
tecnica de investiqacao Embora 0 dito sobre a psicanalise enquanto pudesse se r be ne ficame nte ampliado, para maior c la reza, 0 q ue n os in te re ssa aqui enos
c ostumes,
gove rname ntais
controle
por uma certa esquematizacao no entanto
numa medida
psicanalista,
que consiste
e xperimental,
que se obtern
pertence,
A rigor, enquanto
c ar ac te rf sti ca s
a psicanalise
ou melhor
cllnico
rnetodo
0
uma observacao
clfnica
tus, r egulamentos,
fundamental-
e um certo
Nao tem objeto,
na qual -
conseguimos
A psicanalise
baseada
de constantes)
de varlaveis,
artificial,
de laboratorio.
de um enquadramento,
ultimo,
de uma rsducao
de uma situacao
riante
da tecnica,
(fixa9ao
e diferencas
que,
um metodo
de lnvestlqacso reside naHigiene existensde s Institucional de difer ente s tipos, a tra ve s de mudancas c ultur ais, Jose Bleger -Psico ePsicologia -slidepdf.com
procedimento
em jogo em cad a momento.
to, estudar mente
e, em meu entender,
como
rigorosa
tlrnttacao
numa
clinica
sficacia
que ocasiona
numa escala social significativa.
uma tecnica 0 mesmo
os
ocor-
5 - CAPLAN, G.: A n a pp ro ac h t o c om mu ni ty 1961.
m en ta l h ea lt h. Tavistock Publications,
6 - LINDEMANN, E.e DAWEA, L.G.: "The useof Psychoanalyti c constructs i n preventive psychiatry" - The Ps ycho ana lyt ic St ud y o f t he Chi ld . V ol . I II . N ew Yo rk , Int. Univ. PressInc., 1952. LINDEMANN, E.: "The nature of mental health work asaprofessi onal pursuit". Em: Strother, C.R.: Psychology and Mental Health, American Psychological Assoc., 1956. ERIKSON, E.: "Growth and cri sesof the health personali ty". Cap.XII de: Kluckon, e Murray, H.E.: P er so na li ty i n n at ur e, s oc ie ty a nd c ul tu re . Ne w Yo rk, A . Kn opf , 1956.
c.
112
113
Nao podemos
nos estender
mais
aqui
sobre
estes pontos
e
0
leitor
observaveis,
Neste
sentido,
fica ainda
um longo
caminho
para percorrer,
de lndubitaveis e enormes beneflcios. De qualquer maneira, a psicanalise pode recorrer a bibl iografia especffica sobre estes- temas, porque nos inhttp://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional a plicada nao e independente, de nenhuma maneira, da psicanalise clfnica ter~ssa nesta oportunidade s6 a exposicfo e 0 comentario geral das perspectivas
sociais
da utilizacao
dos conhecimentos
derivados
da investi-
e
e
de desejar
que a interacao
e
0
enriquecimento
recfproco,
que se deu ate
56/69
o presente ,
7 .
gac;:ao psicanalltica
siga sem se quebrar.
Os resultados
da psicanalise aplicada tern os mesmos JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional -slidepdf.com
5/12/2018
mesmas
limitacoes
podemos
Tres formas de psicanalise
saude
basear mental
veiculada, Ate valor
aqui
nos refe rimos
e transcendencia
devemos
tarnbern
desenvolvimento
nos problemas
fazer
A denomlnacao que
nao se trata
d ed ei ro Moises,
e, em outro aplicada
sentido,
reduz
0
aplicada"
sobre
pintor
tarnbern
tarnbern
mental)
cuja
mas
origem
e
a Gradiva
Christoph
estudos
totalmente
correta,
ja
e sim de um ver-
corrobor ar
0
de Jensen,
Ha iz mann,
como
a complexidade
e
nao
da psicanalise
dito,
basta etc.,
Totem e ta bu. A psicanalise
dos fenornenos,
como
tarnbern
o faz a psicanalise clinica, mas numa direcso muito definida: na arnortizac;:ao do impac to dire to da relac;:ao transferencial-contr atransf erencial, que faz com que meiro
alguns
investigados
problemas
(como
os da psicose)
mais profundamente
possam
ter sido pri-
com 0 procedimento
da psic ana-
o
estudo
resulta
de obras
posslvel
ser benefico
igualmente
distintos
comportamentos e tambern
vfduo-sociedade se a plicada me todologia
literarias
utilizar
tor,
etc.)
a que quero
Esta ultima
ou a tividades
(Kar diner, c omo
Erikson,
tambe rn
tar nber n
de pautas 0
e tc .). autor
fundar ne nta-la
nao e
aplicada,
no caso de distintas
no estudo
encontra sse
ou artfsticas
a psicanalise
0
unlco
ja que
rnanifestacdes
(0
espectador,
culturais
0
campo
mesmo
culturais
e de
0
inven-
e no da interacao
indi-
0
artista,
em pode
Se ria de de sejar que a psic analique possa tanto te oric amente,
sistematizar ca te gorizando
sua os
7 - CAPLAN, G.: 0 livro citado e, alern disso: Principles of preventive psychiatry, New York, Basic Books, 1964. Prevention of mental disordersin children. Travistock Publications, 1961. "Research and development in community mental health". Harvard S chool of P ublic Health. "Working Papers in Community mental health". Harvard Medical School.
imediato
inteira,
variante
nesta
nao
e direto
0
sobre a pode ser
c aso d a p si ca na -
fundamentais
e tra-
forma
de psi-
(em relacao com
desenvolver) aplicada.
por ser uma psicanalise que a dif erenciam
0
te-
e que po de ser conDenominamo-Ia aplicada,
no qual se realiza a psicanalise
e spec iais
e as
clfnica:
Uma terceira
oportunidade
da psicanallss
se caracteriza
para
as duas variantes
e a aplicada.
me interessa
beneflcios
mas sua contribuicao
assinalamos
0
somente
assinalar
car acterlsticas
e que quero
neles um beneflcio
a clfnica
se realiza fo ra d o c on te xt o
de
quer dizer
cllnica,
da psicanaliss
mas tern aplic ada
a gora a ssina la r:
a) Utiliza-se em situacoes humanas da vida corrente, em qualquer atividade ou trabalho ou em toda instituicao na qual intervern seres hurnanos, quer balho,
dizer,
jogo,
na realidade
6cio,
n ec es sa ri am en te
lise aplicada. que
considerei
siderada como uma psicanal ise operativa.
algumas
da psicanaliss
como
ma basico que neste capitulo
Miguel Angelo, Dostoievski,
maneira
da psicanalise:
e
os resultados
de uma comunidade
da mesma
dicionais
que
diretamente
lise cllnica. Ate agora, canal ise
d e i nv es ti ga r;; fi o e, pa ra
caso Schreber,
0
aplicada,
(a seu
Freud.
da aplicacso
de Freud
chnica
e da higiene
da psicanalise
"psicanalise
os estudos
psicanalise
da saude
a o pr6prio
unicamente
p ro ce di me nt o
recordar
rnencao
remonta
a
exclusivamente
sociais
de
emprego,
etc.)
p as sa
0
b) Indaga-se dina mismos
-
ou
esta ocorrendo,
(educacao
(mudancas
maternidade,
p el ~s
de lugar, de estado
morte
de
familiares,
traqu ai s civil, etc.].
do desenvolvirnento". da
mesma
e as rnotiva coes
indagar;;fio para
viva e concreta
de crises normeis,
situacfies
ser humano
paternidade
alern das crises normais
e na situacso
e em
conseguir
forma
psicol6gica s modificacdes
que
na psicanaliss
inconsc ie ntes, atraves
aplicada
-
os
mas s e u ti li za d it a
da cornpreensao
do que
como e por que.
c) Esta intervencao
(operacao)
se realiza
atraves
de multiples
proce-
dimentos, seja interpretando as relacdes, a tarefa, os procedimentos, a orqa niza cao, a instituicao, a cornunica cso, etc., para conseguir uma modificac;:ao das situacdes,
da orqanizacao
ou das relacdes
interpessoais,
em fun-
S - Os t ra ba lh os d e L in de ma nn - jil c ita do s - r ec ol he ra m e st e te ma d as c ri se s n a e sde Caplan e de sua trateqia d a h ig ie ne me nt al e r ec eb er am tambam contribuicoes escola.
114
Formacao d o p s ic a n a li s ta c ;:ao d a ind aga <;a o re aliz ad a e d as c onc lu so es o btid as . A o in tr od uz ir a m od if ic ac ;:a o o u a interpretacao, isto se faz a trtulo de hipotese, d e ta l m ane ira http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional qu e a m esm a se ratifica ou corrige com a continu idad e d a observacao. CoP elo qu e foi exposto, penso que, nos pianos m o se ve, nao consiste nu m a operacao (m ica e sim num a reiteracao
115
57/69 d e formacao de psica-
n al is ta s, d e ve m o s desernbaracar-nos to ta lm en te d e q ua lqu er contarnlnacso circu ito form ad o pela observar;iio-intervenr;iioqu e nos ade riu d as posturas que criticam os, e spe cialm ente a partir d o angulo proto-aprendizagem , qu er dizer, e 0 d e um a Jose Bleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com da saude pu blica e da h igiene m ental. Com isto, q ue r em o s c on cr et am e n te conseguir qu e os seres h um anos possam reconhecer e refletir sobre 0 assinalar: que ocorre num d ad o m om ento, reconh ecer as motivacdes, agir d e acora) N ao ad m itir nenh um a urgencia (exterior nem interior) por form ar do com este conhecim ento, sem su cum bir de im ed iato a ansiedad e e reenriqueced ora
5/12/2018
do
m esm o
observar;iio. 0 desideratum
c or re r a m e can is mo s
m ais e m ais psicanalistas,
d e d ef esa pe rtu rb ad or es .
d ) T ra ta mo s
d e s iste m atiz ar 0 e nquad ram ento (a estrateqia e a tecnical d a p s i can al i s e ope rativa num trabalh o re ce nte sobre psicologia institu clonal". basead o nas experiencias re alizadas fundam entalm ente a partir de E. P ic ho n R iv ie re 1 0, p elo qu e na o e nc ontr ar em os da s contribuicoes
com
0
pr essu pos to
d e qu e ne ce ss ita mo s
u rge nte -
m ente d ele s para re solve r 0 proble ma social da sau de e da d oe nc;:a m ental, nem tam pouco recorrer a nad a qu e signifiqu e um proselitism o neste sentido. D evem os segu ir form ando os psicanalistas na quantidad e qu e nossa orqanizacao perm ita, sem d im inuir nenhu m a d as eond icfies e exigencias
agora nos detalh es do m esm o, qu e nos afastaria multfssirno d e nosso te ma central presente; assinalarem os tarnbern aqui - a respeito - os trabalhos fu nd am entais d e E. J aqu es 11. D e igu al m aneira, toda a psicologia e psi c o-
que postulam os d o p sican ali sta.
te rapia grupal de inspira< ;ao psicanalltica d eve se r lncluid a com o variante da psicanalise ope rativa. U m proxim o passo, ainda necessarlo na psicolog ia g r up a l, e 0 d e su a utlllzacso fora d o consultorio. qu er dize r, nas situ a< ; oe s e instituicoes da vid a real e diaria.
nao estejam os
v es tig ad or es d a psicanallse: i st o s ig n if ic a 0 incre me nto d o e nsino d a m etodologia, filosofia da cie ncia, proce dim entos de ve rificacd o, m od elos con-
A psicanallse operativa abre pe rspe ctivas sum am ente im portante s no cam po d a higiene m ental e no da psicoprofilaxia, no fato d e possibili-
candidatos II psicanalise e orientar d e f or m ar i nv es ti ga d or es .
tar u m a utillzacao da psicanalise n um a e sc ala d e ve rd ad eir a transcendencia s oc ia l. A p s i can al i s e op er ativa R aO e um a p s i can al i s e n ov a e d is ti nt a; e um a
c ) D e ve m os frisar qu e 0 unico o rga nism o e nc ar re ga do e h ab ilita do p ar a f or m a r p si ca na li st as e 0 In stitu to d e Psicanalise e ser, p or ta nto , in fle -
estrateqia p ar a u ti liz ar o s c on he cim e nto s
xfve is e m tud o 0 qu e d esvirtue este propos ito e em tud o 0 qu e possa te nd er, d e m an eir a e xpllc ita o u im pif cita , a f orm ar p sic an alista s silv estr es. O s psicanalistas form ados no Instituto de P sicanallse d eve m ad quir ir c l ar a consclencia d e s ua f un c; :a o d e i nv es ti ga d or e s especlalizados no rnetodo da pslcanalise clfnica e , na m ed ida e m que Ihe s inte re sse , de ve m aplicar tar nbe rn s eu s e sf or cos no d es env olv im e nto e n a in ve stiga c;:a o d a ps ic ana lis e
p sic an allti co s.
9 - BLEGER, J.: "Psicologia institucional". Buenos Aires, departamento de psicologia, F ac. F ilosofia y Letras, 1965. 1 0 - P ICH ON R IV IE RE , E . e c ol .: "T ec ni ca de l os g r up os o pe ra ti vos ". A ct a N eu ro psip. Arg., 1960. 11 - J AQ UE S, E .: "S oc ia l sy st ems a s a d ef en ce a ga in st p er se cu tor y a nd d ep re ss iv e a nx ie ty ". E m K le in, M: New Directions in psychoanalysis. Londres, Tavistock Publications, 1955. (Ha versiio castelhana: Nuevas direcciones en psicoenetisis. Buenos Aires, P aid6s, 1965. ) - The changing culture of a factory. Londres, Tavistock Publications, 1951. JONE, M.: The therapeutic community. New York, Basic Books, 1953. RODRIGUES, E.: Biograffa de una comunidad terepeutice. B.Aires, Eudeba, 1965.
para
b) D evem os
c eitu ais ,
isto e que sao as qu e garantem
revisar nossos program as
orientad os
e tc .
S ig nif ic a,
a form ar
tarnbern,
d e estu d o,
profissionais
extrem ar
u m a boa form ac;:ao de tal m aneira
da psicanalise
os criterlos
in-
d e se le c;:ao de
os criterlos de selecao p ar a e ste o bj etiv o
aplicada e da psicanalise ope rativa e /ou cum prindo tam be m fu nc;:5e s d e assessores ou consultores nos problem as d a higiene m ental e d a saude publica .
o e ix o f u nd a m en ta l e a tor rne cso d o ps ic ana lista c lfn lc o e nqu an to cie ntista e te cnico d e um m etodo d e inve stiqacao. A isto d eve mos acresce nta r 0 conh ecim ento d a valorizac;:ao e transce nd sncla social d e su a tare fa, tanto com o as vias factfve is d e contato e enriqu ecim ento na ac;:ao da sau de pu blica e da higiene m ental; 0 e sc la re cim en to d e su a r ela c;:a o c om o utr os 117
116
profissionais meio,
qu e
e sim
e, entre
com os medicos
estes, especialmente
e pelas caracterlsticas
e os psicoloqos, A isto queremos
de nosso
nos referir
no que
Na atualidade, recebem
uma
a psicologia
contribuicfio
co l ogos possarn enfrentar, http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional segue, detendo-nos mais na psic ologia enos psicoloqos que na medicina e nos medicos.
problemas
que
e os instrumentos
ou tecnicas
valiosa da psicanalise, que permite com
Ihe s conrre sponde
grandes atender
beneffcios
para
pr ofissionalmente.
da mesma que os psi-
a populacso,
os
0 problema
58/69
e, entao,
0
os meios para que os psicoloqos recebam
de achar
5/12/2018
JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com em psicanalistas silvestres ou em terapeutas.
e psicoloqos
P s ic olo gia
A psicologia
se divide,
e e ste s dols aspectos
pafs, como ja se sabe, os psicoloqos na o podem
Em nosso no lnstituto nenhuma
de Psicanalise maneira
gados de formar
e, portanto,
se soluciona (direta
de ve mos
com
da psicanalise: caso -
0
listas silvestres,
frequencia,
seria dando
que
informais
opiniflo
inclusive
(crladas e por tern nada que
que
isto as melhores
e terminante deve
criarl para 0 trabalho ve r com a existencia
que ver com as perspectivas
racionais
Ha uma enos
ou marginais.
um "rnercado a formacao
no sentido
de que
Temos
0
para sua
isto nao deve
socials
perspectivas
profissional dos psicoloqos, que nao de um "rnercado negro" e, s ir n, t er n da higiene
mental
e da saude
publi-
No momenta de cisao
em que os psicoloqos
dos organismos
pslcanalitica nalistas
que
da
da Associac ao Instituto
0
a par dos demais;
psica na lista
"a meias"
no momento,
que
0
problema
mais
da saude e da doenca
psicanalistas,
psicoterapeutas
habituais
118
tampouco
e concretas
caminho
entre
na c omunidade
mental
de ser
e psicologia psicologia
se ve com
instituicdes nso-medicss:
com
mais se acerc a
metoda
0
chamada
e tarnbern aplicada
normais
vitals, traba-
a
do mais
do metodo
dentro
cllnico, tal como e desenvolvido
de condicoes
inoportuna
quase experimental.
e, alern disso, erronea,
e a psicologia,
e uma praxis
pura
porque
a
com dois momen-
tos, um teorico e outro pratico, mas que sao inseparaveis e ntre si. Os psicoloqos se orientam, em geral, tomando para suas condicoes de trabalho
profissional
E a isto
mente,
0
e que
a partir
modelo
devemos
de todos
os pontos
critico
profissional
de forma
de vista, a orqanizacso
e nao para ~ prevencso
que deve ser reformado
pais e seguramente
a
fundamental,
da atividade
decidida,
em muitos
na medicina outros.
formacao
justa-
da medicina
co-
or ienta-
ou para a higiene
e
atual,
em
pelo menos
0
0 psic61ogo niio deve ser elende psicologia
de psicoterapeutas,
de vista social, as carreiras
medi-
ja que,
de cerster individual e funda mentalmente
profissional
da para a cura (asslstenciall ponto
de trabalho nos opor
do ponto
que
e quanto
tarnbern que a divisao que se r ealiz a e ntre psicologia
aplicada
0 0
da investiga-
esta na metade
qual trabalhamos
0 metoda
a um metoda
e a
trabalho com dentro do qual
experimental
mane ira
nas condi-
crfticos
de crlse de situacdes
e nquadramento
0
forman-
clareza
profissional
clfnico e
missao
a dministr acao
experimental
da totalidade
a psicanalise
cabal de
de alguma
e sim a psico-higiene:
0
um momento
Neste sentido,
e clinica
como contradi-
0
uma so psicologia e que fundamental da psicologia,
tado a ser terapeuta e penso que se as carreiras
nao se pode resolver
improvisando
s ej a
em experimental
frsquencia
com muita
opiniao que a psicologia
constitui clfnlco.
metoda
0
Quero esclarecer
nosso
consciencia
da vida diaria ou nos momentos
e em distintas
ser psica-
negro".
em que se tome
metodo
psicanal (tlco, tanto
mo tarefa
na formacao
entao,
nao deve haver possibilidade
por meio da intervencao
ou em momentos
legais ou por
ingressar
poderao,
"de merca do
e tampouco
nao e a terapia
psicol6gicos,
dodesenvolvimento Ihando
nem
semipsicanalistas;
func;:ao dos psicoloqos dos recursos
reside
(por razoes
Psicanalrtica]
de Psicanalise,
ne m psica na lista
A essen cia do problema
possam
experimental 0
ca.
ca.
do
rnetodo c;:aocom
no metodo psicanalrtico,
dos psicana-
possfveis
E minha
psicologia clfnica constituem metoda clfnico e uma parte
r igo ro so
negro"
negar e que - em todo
garantias
ser combatido.
encarr e-
silvestres. de Psicanalise,
ja existe
diz-se - institucionalizar
com
organismos
no Instituto
a nao cr iar estruturas
certa
Minha
ser feito,
criando
De
tradiclonalmente,
se apresentam
tori os e excludentes.
ingressar
ser psicanalistas.
psicanalistas
isto e um fato que nao podemos
melhor
formacao.
proble ma
0
os formados
ser os prime iros
Diz-se,
nao podem
ou indiretamentel
so classe de psicanalistas:
a contribui-
de ser psicoloqos e s em qu e s e t ra ns fo rm e m
c;:ao da psicanalise, sem deixar
de psicologia
se dao, como
neste caso e a partir constituem
um fracasso;
os psic61ogos tem que ser orientados profissionalmente ao campo da psicohigiene, se Ihes deve munir dos conhecimentos e instrumentos necessaries par a agir antes que as pessoas edoecsm, tituc ionais Quero em minha
e de trabalho esclarecer oplnlao
-
dentro
de atividades
grupais,
ins-
na comunidade. este ponto legalmente
ainda
mais. Os psicoloqos
autorizados
para exercer
devem
ser -
a psicoterapia,
119
isto, e imp or ta nte qu e 0 psic61ogo passe por uma experiencia pessoal de mediando sua correta tormacso, mas nao devem ser alentados a isto, ja psicanal ise terapeutica, Depoi s de uma selecao. para a qual haver a que que a partir do ponto de vista social nao e 0 otirno preparar profissionais fixar as pautas correspondentes e adequadas, 0 psic61ogo podera se incorque se dedi quem, em sua maior proporcao, a atividade assistencial e inhttp://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional porar a este instituto na qualidade de estudante durante urn periodo de dividual, porque 0 que necessitamos e a atencao da saude publica no
59/69
pr ov a, n o qu al s e ve ra a s ua p os sibilida de d e ad quirir u m pe ns am en to dina da promocdo de ssude e em escala social. 0 campo especi fico do mico e 0 ins titu to p od er a, e m d eter mina do s c as os , c an ce la r a ins cr ic fio d o psiccloqo e 0 da psico-higiene, nao 0 da doenca mental. Psico-higiene quer JoseBleger -Psico HigieneePsicologia Institucional c and id ato p sicoloq o, q ua ndo esslidepdf.com te tenh a d ef lc ie nc ia na a qu is lc so do p en sa d iz er utiliz aca o d e r ecu rs os ( co nhe cime ntos e tec nica sl ps ic ol6gico s pa ra mento dinamico, melhorar e promover a saude da populacao (e nao so evitar doencas), tanto como quer dizer adrninistracdo adequada destes recursos a nlvel da orqanlzacao da comunidade. plano
5/12/2018
A preparacso dos psic61ogos como auxili ares da medicina e totalme nte e rr one a p or s ua llr nita cao , 0 c am po f ec un do d a a tivida de p ro fiss io nal do psicoloqo ssta principalmente fo ra d a m ed ic in a e f or a d a d oe nc e+" . o que vimos expondo nao si gnifica, de nenhuma maneira, que nao s e de ve e ns ina r p sican alis e a os ps ic6 lo go s. Ber n pe lo e on tr ar io . 0 q ue , s ir n, signif ica e que nao devemos transformar os psicol oqos em psicanalistas s ilve stre s; qu er dize r, n ao d eve mo s I hes en sina r a m ane ja r a p sican alis e elfn lc a, a in da q ue , s ir n, d eva m ter lnf or rna cd o c or re ta e co mp le ta da me sm a.
o
que se faz necessario e que ensinemos a psicanallse de tal meneira que incorporem 0 pensamento psicanalltico, quer dizer, urn pensamento dinamico que Ihes permita compreender 0 comportamento dos seres humanos n a vida co tidian a, tanto n o am bito individu al c om o no g ru pa l, ins titu cional e cornunitario: compreender as rnotivacoes inconscientes, reconhecer o s co nf litos , o s r ne ca nisr nos de d ef es a e as a ns ie dad es , e q ue p os sa m op er ar segundo esta cornpreensao com tecnicas e procedimentos psicoloqicos, Em uma palavra, devern incorporar 0 manejo da psicanalise aplicada da maneir a e no c onc eito qu e d es ign amo s ma is ac im a c om o ps ic ana lise o pe ra tiva . A tudo isto deve se acrescentar uma inforrnacso correta e profunda dos c on hec im en to s q ue tra z a p sica na lise c linica a cer ca de tud o 0 que se refere ao comportamento humano, para que possam utl liza-lo em seu trabalho p ro fiss io na l e spe cf fico , q ue e 0 da psico-higiene, com seus instrumentos proprios no campo onde Ihescorresponde atuar. Neste sentido, com toda saquranca, devemos contemplar a necessidade de que a Associacso Psi canalftica possa organizar um instituto onde se comunique este ensino aos psicoloqos: ensino fundamentalmente centrado na t eoria psi canaliti ca e n a s qu isi ci io d e u m p en sa me nto d in ii ml co . Para 1 2 - U m o rg an is mo d e a tu ac ao d o p si co lo qo n o c amp o d a p si co -h ig ie ne & j a u ma r ea l idade no Departamento de Orl entacao V oc ac ional da Uni vers idade de B uenos A ires .
P s i c an i ll is e e m e d ic o s
No m esm o s entid o em q ue d es en volve mos a r ela< ;:aoda ps ic an alis e c om a ps ic ologia e o s p sicoloq os , c re io q ue s e de ve en te nde r tam b er n 0 prob le ma qu e co lo ca a m ed ic in a e os m edico s. A Ass oc ia ca o Ps ica na lf tica d eve criar tam bern - no possivel - urn instituto que se encarregue de tr ansmitir aos medicos a inf ormacac necessaria e a formacao requerida para incorporar urn pensamento psicanalitico, mas de tal maneira que e le s n ao a ba nd on em s eu c am po e sp ec if ic o d e tr eb sl ho ( se ja a p ediatria, a dermatologia, gastroenterologia, etc.) e sim que incorporem 0manejo dos fatores psi coloqicos dentro de seu pr6pri o campo de trabal ho e dentro de s ua s pr 6p rias tecn ic as , I sto q ue r dize r q ue na o d ev em os f om entar ( e inc lu sive devemos impedir no possfvel) que todo medico que se acerque da psica nalis e a ba nd on e s eu ca mp o e spe cifico p ar a s e tra ns fo rm ar e m ps ica nalista (e menos ainda, em psicanalista silvestre). Ve- se , c om m uita f re qu enc ia , qu e 0 medico que inicia urn tratamento psicanalrtico se ve, t arde ou cedo, frente a alte rna tiva o u a o c onf lito d e seguir com sua especialidade ou muda-la pela de psicanalist a. Nao sei em que medida isto pode ser result ado de ur n certo proseli tismo implfcito do proprio psicanalista, mas si rn, devemos ter cuidado em que a rnudanca, s e s e r ealiz e, se ja r ealm en te ge nu ina ; m as q ue 0 otirno seria - em grande proporcao de casos - que 0 medico continue com sua propria especialidad e, m as inc or po ra nd o n a m es ma a dirn ens do ps ic oloqica e m todo 0 seu trabalho, na rela<;:aomedico-paciente, em sua atitude, na indaga<;:aoe manejo das sit uacdes conflituosas, sem que isto signi fique que se transfor me em ps ic oter ape uta e ab and one a su a e sp ecialida de . A c ur a p sican alitica d e um m edico - e 6b vio e sclar ec e- lo - n ao r es id e em q ue s e tra ns for me em p sica 121
120
nalista, grupal
nem em que "cure" da
instituicao que
ao adquirir
urn suporte
taca sentir-se
melhor
externo ou bem,
de identidade
aspectos
mas sim que
nhando
que
Ihes sao necessanos.
mas para
que
possam
seguir desempe-
dent ro de suas tarefas especit ices e dentro de seu alcancado cura rnodif uma real mente se haja por uma i ca ca o da e st rut ur a proprio campo de trabalho. http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional de sua personalidade.
0
Nilo sei em que medida
isto
e
um problema
real, mas
mu it o
Vejo
m elh or
a cria<;:ilo de escolas
ou de institutos
privados
onde
se possa
60/69
vale
5/12/2018
rnenciona-lo
a pena
de Toledo,
L. Grinberg
a trtulo
ainda
profissional.
e M. Langer falaram
A respeito,
Alvarez
ensinar
do "carater psi-
num trabalho
psicanalise
como um fator
nilo se c onstituam
muito
positlvo,
em escolas de psicanalistas
sempre
silvestres,
JoseBleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com que se atenham a ensinar a teoria psicanal [tica, a teoria
canalftico,,13.
Um ensaio previo nesta direcao que assinalo levar a cabo
formando
pequenos
ou distintas
especial idades
grupos
e que propugno
pode se
seguir a aquisicao
de um pensamento
com medicos
de igual
nal itic o, integrado
no trabalho
de estudo
psiquiatras.
(endocrinologistas,
p ed ia tr as ,
dinarnico,
que estas escolas quer dizer, sempre da tecnica e con-
de um pensamento
de cada e specialista
psica-
da me dicina.
c ar -
diologistas, etc.I, os quais - setecao pre via - poderao se formar num grupo de estudo dirigido por um psicanalista, no qual se estudem os problemas
psicoloqicos de seus pacientes e os de seus procedimentos diaqnosticos e terapeuticos, analisando os problemas praticos de seu trabalho profissional, ajuntando,
quando
seja nacsssario, a inforrnacao teorica correspondente.
E atraves da revisao de suas tarefas c eit ua is
q ue
0
psicoloqicos, resolve-los
psicanalista
podera
pr oprio
acontece
na atualidade;
crinologista,
0
possibilidade
de uma intorrnacfo
<;:ilo no Instituto especialista
em psicanalista
0
que ocorre
tao Este processo,
-
ou seguir
0
so que para os especialistas
ALVAREZ
cion del analisls".
de que
como
tarefa
onde
i..c..
que deriva
sua propria
da
que
0
ge-
p rimi tiv a
nocivo, devemos
psicanalftica
t., e LANGER,
-
a algumas
de atender
nilo abundamos
ma is esta pe rs pe cti va , 0 que
das questfies
fun-
numa escala social ampla e
em detalhes
e m b or a o bse rv amo s
sspecificos, que esclarece-
m as q ue poder-se-jio achar na bibliografia
interessa,
ne sta contribuicao,
e
assinalamento
0
direciio geral (a estrateqla)
relacao com
porcriar
seria nos
M.: "Termina-
Mexico, 1964. Relata oficial ao Primeiro Congresso Pan-Americana
0
E certo, p rof is si on ai s os tatores ampliar
que devemos imprimir a psicanalise social da saude e da doenca mental.
problema
alern disso, que, em breve,
tambern
qu e s ent em
os grupos
de ensino
menos
num
perfodo
psicoloqos e me dic os , M ais a di ant e, der os grupos dades,
a educadore s, sindicais,
de prova,
sejamos
a necessidade
psicoloqicos em seu proprio
res, empresarlos, dirige ntes
justificado, pen-
ramos da medicina
uma formacao
unica
e m p si ca na li s-
creio-o
par certo
responde-sa
da saude e da doenca me nta l,
os problemas
que se acompanha.
a inscri-
e
especialidade;
a su a e sp ec ia li da de
profissional,
GRINBERG,
disto
que -
creio,
a necessidade
endo-
de ter que optar:
qu e s e c on ve rte
isto esta total mente
dos distintos
eles tenham
DE TOLEDO,
e
0
extensa
foi axposto,
que coloca
.riarn a in da
0 que
e tc . tern como
ao conflito
me dic o a ba nd ona
que, fora dos casos particulares a possibilidade
com -
pediatra,
do que e a psicanalise
frente
ao que parece
no qual
e se volta para a psicanalise
13 -
profunda
e a conseqiiencia
e
destes especialistas, 0
No que damentais
e do en-
Com isto, evitare mos
ga st roe nt er ol ogi st a,
se ve, num dado momento,
c onve rter-se ralmente
0
de Psicanallse
e das tecnicas
psiquiatra,
0
con-
dinarnicos,
de enfrenta-Ios
e a maneira
de trabalho
em psicana listas.
cardtologista,
os aspectos
cada campo especffico
que tenha
frequencia
com
e mostr ar
na tarefa
proprio
quer dizer, sem se tra nsformar
praticas e de seus modelos
ensinar
que estao implicados
sem sair do campo
quadra mento
O u tr os p ro b le m a s r el ac io n a do s
requisitados
de canhecer
campo
detrabalho
arquitetos,
etc. No entanto,
ater-nos
a uma
por outros e operar
com
e teremos
que
sanitaristas,
c onta do-
c reio prudente,
experiencia
na
somente
pelo com
s eja m o u n il o ps iqu ia tr as . de ve mo s
de ensino
senao d e c ri ar tarnbarn
tas possa mos intervir, tintas lnstituicoes ou
contar com a possibilidade
a outros
profissionais
nilo s6 de esten-
ou I (de r es em distintas
um centro de consulte,
ativi-
no qual os psicanalis-
assessorando 0
que
sobre os problemas psicol6gicos dispe ss oa s "chaves" da cornunldase de no mi na
14 .
de
de Psicanatise. Num cornentar!o sabre a +ormacso de psicanalistas, a Ora. E.R. Zetzel expressou que
14-
a tratamento
gaCaoe Orientecao Enrique Racker.
122
psicanalitico
(de urn candidato) naoe laborterapia.
C re io qu e u m pa sse i mpo rt an te
ja foi dado com a criacao do Centro de Investi-
123
Ouanto it t ecnica a segui r nos grupos de ensino da psicanali se a meg os, alen ta ndo a q ue s e o c up em e inter ve nha m ma is s obr e a p sicop rof ilaxia dico s e ps ico lo qos , h ave n! q ue s is te matiz ar d is tintos ins tr um entos d id atique sobre a terapi a, e mai s de grupos, i nsti tuicdes e da comunidade que de cos, mas ja temos ent re nos psi canalistas com experiencia em grupos de indivf du os ; n o ca so do s m edico s, a qu e co mpr ee nda m e m ane je m as situ ahttp://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional ensino com tecni cas operatives, com roll playing e outros procedimenco es ter ape utic as e a r elac so r ne dico -p ac ie nte c om a a ss im ilac ao d e c on he tos. Na literatura existente, contamos com experiencia ja comunicada -
61/69
cimentos psicanalrticos, m as de ntro d as tec nicas qu e e le s u tilizam e m ca da e que garante que este ensino em grupos caso. JoseeBleger Psico Higiene ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com com os objetivos expostos e muito promissor exitoso, -tanto como a e xp er ie nc ia q ue s e r ea liza h a v ar ies a no s n a Es cola P rivad a d e P siquiatria, q ue e dirigida p elo Dr. En riqu e P ic ho n Rivier e e c uja tecn ic a e mp re ga mo s com os drs. Liberman e Rolla tambern em outros organismos de ensino psicanalista no hospital especialmente
5/12/2018
por Balint'
5
-
o
universltario+".
A tudo isto devemos acrescentar
a conslderacao
do problema dos
c ontro le s o u da s upe rv is ee d o trab alho d e p sicoloq os, p siquiatra s e m edicos de outras especial i dades. Neste sent ido, penso que os candidat os que se acham cursando os semi narios do Instituto de Psicanali se nao devem tomar a seu encargo nenhuma tarefa deste carater e que so devem faze10 a partir da condlcao de egressos do Instituto de Psicanalise. Mas, de qualquer maneir a, nao me refi ro a que se deva fomentar a pr at ica de contro le s d e tra ta me ntos ps ic an alftic os s ilve stre s a c ar go d e ps ico lo qo s o u m edicos nao psicanalistas. 0 c ontrole d eve s e ce ntra r s ob re a c omp re ens ao psicanallt ica da tarefa, da si tuacao, do pacient e e do pr6prio terapeuta, tratando de que se mantenha 0 carater do t rat amento inst itu fdo pelo pr op rio p sicoloq o o u m edico e, s ob re tu do , 0 6ti mo seria a ajuda que possa prestar 0 psicanalista a cornpreensao e atuacao em situacfies q ue na o estej am con fig ura das
co mo sltu sciie s te rep euticss
d entro da tecnice da psi-
csnslise clinics. Em smtese, 0 que deveria ensinar-se no controle ou supervi sao e a psicanallse operati va e nao a psicanalise cl fni ca; com os psicoto-
15 - BALINT, M.: EI medico, el paciente y la enfermedad. B. Aires, Libros Basicos, 1961. 16 - BLEGER, J.: "Enseiianza de la psicoloqfa". Rev. dePsic. y Psicoter. de Grupo, 1961. BLEGER, J.: Aula inaugural da cadeira de P sicanalisa. Acta Neuropsiquietrics Arg. 8.1.1962. Osgrupos operativos os utiliza tarnbern F . Ulloa na F ac. de F ilosofia de B uenos Aires, tendo realizado uma importante experiencia neste sentido. Arminda Aberastury comunicou-me pessoalmente experiancias exitosas, trabalhando com grupos de odontologistas. Outros colegas psicanalistas tem tambern experiencies semelhantes, que desejaria conhecer mais detalhadamente; desde ja me desculpo por nao incluir seus nomes.
124
Este e um tema que, por diferentes motivos, requer tarnbem uma cert a atencao, ja que a experienci a nos mostra que quando 0 psicanalista vai trabalhar no hospital, 0 q ue n ao d ev er ia f az er e tom ar p ac ie ntes d o h os p ital em tratam en to ps ica nalftic o de ntro do h os pita l. Qua ndo isto oc or re, o ps ica nalis ta s e ve ime diatame nte e sm aga do d e trab alho e en ta o "e ns in a" , por sua vez, a tecni ca psi canal ftica aos outros colegas da sala ou do hospi tal, de tal maneira que em pouco tempo toda a sala esta constitufda ou se acha baseada na terapia psicanal ftica, feita desta maneira um pouco i rnprovisada. A conseqiiencia e que 0 psicanalista e os medicos que estao trabalhando em dita sala se desmoralizam, porque seveern esmagados por uma e no rm e q ua ntida de de tra ba lh o, c om a c ons eq ue ncia d e q ue se d es or ga niza o trabalho hospitalar e 0 psicanalista e os colegas deixam em pouco tempo de t rabalhar no hospit al . Penso que quando 0 p sica na lista c on co rr e a um hospital deve fazer 0 qu e e stiv emo s r es en ha ndo a ntes : e ns ina r o s c olega s a p ens ar p sica na litica me nte, a u tiliza r o s c onh ecime ntos dina rn ic os , d e tal m ane ir a qu e eles o s po ss am u tilizar de ntro de o utra s tecn ic as ter ape utic as ou bem dentr o de suas pr6prias relacoes grupais, ou dentro de toda a propr ia or qa nlze ca o ins titu cion al, d a s ala o u d o h os pita l, tanto c omo na co mpreensao do trabalho da comunidade e em out ras esferas da atividade do medico, psiquiatra, psicoloqo, enfermeiras, assistentes sociais. A pratica -; embora muito li mi tada ai nda - demonstra que 0 psicanalista e muito mais uti l no hospital quando forma grupos oper at ivos ou de ensino (com col egas, psicoloqos, enfermeiros, assistentes soclais) do que quando se dispoe a u ma tar ef a a ss is te nc ia l co m a p sica ne lise individu al ou a in da c om ter apia grupal com doentes ou familiares dos mesmos.
125
vida e nao fora da mesma (na faculdade ou nos domicilios privados de alguns dos psicoloqos). T iv em os q ue p ar tar nbe m e sp ec ia l en fa se na ne ces sida de d e a na lisa r http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional c er tas idea liza coe s ou c er tas a titu de s d e o nipo ts nc ia e lim itar o s a lc anc es
APENDICES
62/69
de n os sa inter ven ca o pr of is sion al a o ob je tivo de u m e studo , n o qu al tod os os c ontatos c om a c om un ida de e stiv es se m totalme nte r eg ulado s o u se guinJoseBleger -Psico HigieneePsicologia -slidepdf.com do c er taInstitucional s no rm as e n ao libe ra dos a o a ca so . lim itan do tar nb er n 0 t empo do estudo da comunidade ao perl odo de duracao dos t rabalhos praticos, de tal m an eira p ar a n ao n os v er , e xp llcita ou imp licita me nte, co mp rom etid os nu ma r elac ao s em ter rn ino e s em lim ites . Su blinh am os tar nb er n q ue 0 psi-
5/12/2018
E s tu d o -p ilo to n u m a c om u n i d a d e Relatorio preliminar
Na c ad eira d e Hig ie ne M ental, de r ec ente c riac ao , n o Depa rtam ento de P sicolog ia da Fa cu lda de de Filo sof ia e Le tr as d e Bue no s Air es , r ea liza mos um t rabalho pratico que consistiu no estudo-piloto de uma comunidade, escolhida especialmente
para isto.
Bas ead os na s d ir etiv as qu e e nu nciam os n um c apitulo a nter ior , tratam os d e de finir c la ram en te n os sa es tr ateq ia e n os sas tec nica s, tan to c om o a s o rd en s a u tilizar na tar ef a pratica, Nao s e tra ta d e u ma inve stiqa cao c ompleta de uma cornunidade, e sim de um trabalho pratico ou um estudopiloto, quer dizer, de um primeiro contato que nos permitisse 0 acesso a uma nova perspectiva no trabalho do psicoloqo. L im itou -s e, po r a gor a, n a m edida d o p os sf ve l, a quantidade de estu-
coloqo, no seu papel profissional, nao deve assumir liderancas de nenhuma Indole e sirn se ater exclusivamente a seu papel profissional. o estudo da comunidade se distribuiu em seis temas e de cada um d eles s e f ez c ar go um a d as c om lss oe s de trab alhos pr atic os , d ir ig id a p or um ajudante de trabalhos praticos e um auxiliar, que se reuniam semanalmente. com a comissao de alunos a seu cargo para analisar os dados e, previamente, para incorporar as instrucfies e trabalhar sobre a orqanizacfio da propria equi pe de t rabalho e anali sar os probl emas que sur giram em t odo 0 perfodo de re-colecao de dados. Semanalmente, alern disso, os ajudant es e auxili ares se reuni am com os professores e 0 c he fe de tra balho s p ra tic os pa ra a nalis ar o s p ro blem as e a s s ltua co ss q ue iam s ur gind o, tra ta nd o tan to d e r es olve -las do e destudo. e a gir c om ins tr uef ie s u nifor me s c om o d e plan ejar os pr6ximos passos Os seis temas nos quais se dividiu 0 est udo da comuni dade sao os s egu in te s: tens oe s da c om un ida de , a do le sce nc ia e juv entud e, trab alho, in-
rnos que conseguir 0 de se nv olvimen to o u a r nu da nca d a c om un id ad e, ou que nosso estudo implicaria um proselitismo de rnudanca, ou que nos
tancl a, ocio ou tempo livre, famil ia. Os pr oblemas mais importantes nao. s ur giram n a pr op ria c om un id ad e e s im n a o rq aniza cf io d a p rop ria e qu ip e de trabalho, especialmente na de vencer resistencias, temores, inexperiencia, i nsequranca, preconceit os, objetivos erroneos: mas em tudo i sto cont amos com 0 entusiasmo, tanto dos colaboradores da cadeira como dos prbprios estudantes, com uma dedl cacao de tempo que ult rapassava em m uito a s e xiqe nc ia s r eg ulame ntar es e vige ntes n a o rq an iz aca o d e u ma c adeira. 0 outro fato importante foi 0 de que toda a equipe agiu com cons-
p ro pu nha rn os a e duc ar o u d ir ig ir a c om unida de. P us em os m uita e nf as e e m que 0 psicoloqo, em todos os seus contatos com a comunidade, mantivesse sempre seu papel profi ssional e que no curso de sua tarefa nao deva haver, ou nao haja encontros nem conversacfies que se suponham informais ou fora da tarefa e que est a ultima deve se fazer di ret amente sobre 0 campo, quer dizer, no proprio lugar em que a comunidade desenvolve a sua
ciencia da necessidade de ampliar 0 c am po de a plica ca o da ps ic ologia, de abrir novos caminhos e de revisar ampl amente todos os nossos conheci mentes psicoloqicos e nossas tecnlcas, o p rime ir o p as so c on sistiu na co lo cac so g er al e n o trab alho d e o rga n iz a< ;:ao da p ro pr ia e quipe , tanto c omo e m an alis ar o s pr ime ir os c ontatos qu e e stiv er ar n a c ar go d os do is p rof es so re s e do c he fe d e tra balho s pr atico s,
d an te s qu e s e insc re ver am na c ade ir a, p ar a q ue n ao r es ulta ss e n um a inva sa o s ob re a c om un ida de , e tiv em os pr im eiro q ue tra ba lh ar f un dam en ta lm en te certos a priori o u pr ec onc eito s d a e quipe , tais c om o 0 de s up or q ue ter ra -
127
126
· Uma
visita
distintos pelos
informal,
lugares,
professores
exclusivamente
constituiu
a primeira
e
de trabalhos
0
chefe
de observacao. tarefa,
que
praticos,
caminhando foi realizada
em segundo
pelos primeiro
lugar pelo
E evidente gotar
0
estudo
se dirigisse
que com estas tecnicas da comunidade,
nao somente
http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional chefe com seus ajudantes, e, em terceiro lugar, cada ajudante de trabalhos senvolvimento
Jjilrllticos com seu auxil iar e os estudantes.
psicoloqos,
de uma
Carecemos
ao estudo
nova
nao esgotamos
mas nos interessava da comunidade
possibilidade
de dados
previos,
nem podemos
um estudo como
da psicologia que nos teriam
piloto,
tarnbern tanto
ao de-
como
side muito
esque dos
uteis,
63/69
Terminada
5/12/2018
um relat6rio tres
a visita
com
partes:
1 -
fazer
sobre
pode
<;:ao; 3 -
a
comunidade,
cad a membro da equipe redigiu tais como conhecimento exato da populacao quanto a seu nurnero, sobre Jose 0 observado e -que constava de Bleger Psico Higiene ePsicologia Institucional coes economicas, estratific acfo, -slidepdf.com trabalho, ingressos, etc.
suas impressoes detalhes
os dados
do observado;
observado
0
que desejaria
saber,
ou a lntormacao que desejaria possuir. Estes relat6rios eram estudados ve s d el es , tlnharnos
uma
geral da comunidade, jogos,
aspectos
imagem
aspecto
c;:oe s e orqaniza coes
2 -
e os aspectos
inf'erencias
os aspectos
das criancas,
que desejaria
forma jovens
que
a aten-
investigar
(lugar,
relacdes
de ve stir,
e adultos,
lugares
caracter
moradia,
entre
ciima
eles, instituida forma
As tecnicas
a utilizar
e sobre
pais, encontros
se distribulram
cada tema se fizeram
informais.
Cada uma
a planificacso
dedicado
instrucoes tro
fundamentais,
ou entrevista totalmente
pudesse
nos dar inforrnacfio
irnportante
uma
de
individual
ou grupal,
se dispfie,
de comum
acordo
ele. Ficara m
exclufdas
a respostas,
dicdes
perguntas
~upo do
ou
fazendo
de elaborar
a ser entrevistado, ou do
individual
grupo
individuo
dando
desde
0
0
e se atendo 0
ou de confundi-Io, ou
corneco
0
tempo
ou grupal
aceitasse
todos
com a pergunta
a
arneacancontra-
insinuacfies
os mecanismos
e nao os interpretasse,
de que
assinalando-Ihe
indiscretas,
da
os objetivos
resultados
totalmente
positivos
que trabalhar
nao
nos
que pudessem
ligado ao de fomento reiteradamente
vermos
envolvidos
sobre este ponte
nestas
ou de qualquer
outro
a nosso pa pe l de profissiona is de dependencia
da comunidade
tal como
e
0
coloc amos
com
para os grupos, a identificacao
por parte de
estruturas
0
de coesfio,
fenorneno
psicoloqico
projetivo-introjetiva
reiterada
situacao
e permanentemente,
se transformasse
de que
num problema
e nao
Depois da re-colecdo redigiu deira
um relat6rio e da qual
da estrutura o passe
se obteve
total
Um
0
um esquema
0 objetivo
e
trabalho
momenta
ou
ulterior,
que 0
e st ud o
0
dos mesmos,
cada comissao total
segu inte foi
que temos
0
que fazer
no sucessivo
d a me sm a c omu ni da de .
seguramente
e
mais tardio,
0
da avaliacfio
se a maneira
conhecer comunidade,
problemas assim
havlamos
e das tecnicas fundamentais como
128
se havia
da caglobal
de planificar
das instrucoes
como
e
na comunidade.
global e uma cornpreensao
quer
dizer,
dificuldade
em uma reuniao
da comunidade.
posterior,
se continuamos
de dados eo estudo
que foi lido e discutido
toda
que havia de investigar
atraves
contar
a
e ceder
siderar
de que mais desejaria
da dedentro
e psicoloqos,
se corresponds
a par ticipacao,
exiqencias
de defesa en-
ou
papel que nao perten-
e de busca de dependencia
num [ndice ou um dado do que estava ocorrendo
ou in-
toda
fato de
Ihes ser uteis,
ou aceitacfio
da atividade dos psic oloqos numa c omunidade. Che ga mos somente bilidade de avaliar nosso estudo-piloto ou nossa tarefa, no sentido
terminando
0
ou os interesses
que fosse pessoa ou
ou comentar.
gl obal da estrutura
foi
ou por seus distin-
a interacao.
e sua
estritamente
entrevistado,
setores
e toda
por
proposito
para
Tratamos,
Dutro
reiteradamente
pela comunidade
a agir segundo
de um papel diretivo
Esta atitude
ou grupo
seu nome
explicando
estava
cesse estritamente alguns
urgidos
que eles sentiam, tratando de alcancar ou de conseguir nosem distintos sentidos, tanto como a urqencia ou a exiqencia
predominante
de si-
ou cornecasse
ou grupos,
e tivemos
da equips,
que enfrentar
frequencia
rapidamente
nas quais,
encon-
os demais.
fosse precedido
entrevistado
diffceis
que
algumas
a expllcacao
assim, se trabalhou sobre a atitude do entrevistador: escutasse com interesse, aceitasse a negativa de uma
indivfduo
trevista
um
sobre
toda te cnic a de "encer rar"
do-o ou forcando-o
diretas; franco,
fixando 0
tambern
cada
ou do estudante,
com
custou
ou se aceitasse
ou a uma cadeira,
entrevista
gru-
tratando
a de que
de
reunlfies
tecnicas
a comunidade,
encontro
do ajudante lnstituicso
integrantes
pessoais,
a de que nao se realize nenhum
e sim sobre
foi que todo
a uma
destas
se incitasse
pessoais,
apresentacao
pertenca
entre os distintos entrevistas
da mesma,
tais como
nas quais
tuacdes fato
de devolver
tentacao
cada grupo tempo
integrantes
as necessidades sa colaboracao
pendencia
vida, etc.),
que tivemos
muita
Este aspecto
de dive rtimento,
isticas
Um aspecto nos ver com tos
em cada uma das com issdes e, atra-
da comunidade
dos individuos,
existentes,
ou hip6teses
que mais Ihe chamaram
condi-
encarado seguidas, e
0
e st ud o
d a c omu nid ad e,
havia nos perrnitido
modalidades
nos permitido
caracter chegar
a posside conchegar a
isticas
da
a um esquema-
129
da comuni dade.
Neste sent ido, outra de nossas regras
de trabalho e a d e qu e n en hum a co nclus ao e de finitiva , da do qu e tem q ue ser afinada, ajustada, corrigida ou ratificada a medida que 0 estudo prossigao http://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional Pomos enfase especialmente sobre 0 estudo d a c om un id ade , ja qu e 0
64/69
5/12/2018
ps ico lo qo n ao po de a gir s ob re a c omu nidad e p rof is siona lm ente e d e m an eira eficiente se nao estuda permanentemente 0 q ue es ta oc or re nd o e s e p er Jose Bleger -Psico HigieneePsicologiaInstitucional-slidepdf.com manent emente nao esta recol hendo indicios e dados do que ast a acontedo Curso de Mental cendo e como esta acont eeendo (e 0 m es mo s e p o de d iz er p ar a a p sicolog ia no ambito psicossocial , socio-dinarnico e institucional). Nao expomos mais det al hadamente os dados que se ref erem a propria comunidade, uma vez que nao se cumpriram ai nda, em relacao com a e om un ida de , a d if us flo e a de voluc so da intor ma ca o, tal co mo n o- lo ha viamos propost o. E est a resenha so t em 0 s en tido d e um a c ro nies d e n os sa e s(Segundo quadrimestre de 1965) tra te qia e sistem atiz ac ao d o trab a I ho , ma is d o q ue 0 d e u m r alator io s ob re a propria eomunidade. Em toda a t arefa da eadeira, tanto em sua orqanizacao como na dis1 - Higiene e hi gi ene mental. Psiquiatria soci al. H ist6ria e conceito, Psico-hicussao e eselarecimentos dos problemas novos que tinhamos que enfrentar giene como ramo da higiene mental. Organismos nacionais e internacionais. Publicae na reali zacao dos trabalhos prat icos, contei com a valiosa col aboracao c oe s m ais impor ta ntes e f onte s bibliogra tica s. do professor adjunto da cadeir a, Dr . Abraam Son i s, do Dr. Armando B au2 - Saude publica e higiene mental. Adrninistracdo sanitaria. Medicina curariv a, p re ven ti va e med ic in a so ci al . Pre ve nca o p ri ma rl a, se cu nd ari a e t er ci ari a (C ap la n). leo como chefe de trabalhos praticos e dos ajudantes Lie. Diana Marla 3 - Objet ivos da higiene mental: terapeutica, diagn6stico precoce, profilaxia, Aver bu j. Te re sa Calvo , M ar ia Ros a Gla ss er man , Es te la Noe mi Daich ma n
Programa
reabilit aeao
d e Sc hu jm an , F an ny Le vinton d e Bar an chu k e Nidia Dor a Neira M ang ano e s eus a uxiliar es , Bea tr iz Ade la Cas tillo, Reb eea Cohe n, Reina Che ja , Ana M ar ia Lo pe z Day e Nor a Raq uel Cuc huk .
e promocfi o
4 -
Saude
de saude.
Pa to lo gi a
Saude
e populacao.
subdesenvolvimento.
Natalidade
Argentina Patologia cronicas.
e sua populacao. urbana
Ambitos.
e desenvolvimento
c ar ac te re s co ns ti tu ti vo s. senvolvimento regional. 5 -
Higiene
e rural.
crescimento
7 -
Trsbalho,
Trabalho
zacao do humanas.
As funcoes
e saude
trabalho.
mental.
Taylorismo,
psicol6gicas fordismo,
9 f litos.
Conceito.
O rg an iz ac ;ao
fo rma l e i nfo rma l.
da ins tr tuic ao,
13(1
stajanovismo.
Classificacfio,
e strutura
e urbanizacao, das doenc;as
M
Mudanc;as
Produt ividade,
e
tecnol6gicas
racional izacjio 0
do
A Republica
problema
e
e otimi-
de relac;5es
Psi cossocioloqia dos confli tos e tens5es. SauTensii o internaci onal e saude. Preconceitos e
Insti tuic;5es.
Objetivos
alimentar.
Su bd e-
demogrMico
infantil .
lrtdust rializacao
do trabalho,
Automacso.
Cicio
com a saude, 0 problema Polftica
seus
s eu s i nd ica do re s.
Mortalidade
Mobilidade.
sua relacao
8 - Psicossociologia da rnudanca, de e t ensao. Tensiio grupal e intergrupal. estereoti po. Hesistencia a mudanca, i nst it ui c; ao .
Subdesenvolvimento:
e mobilidade.
e mortalidade.
6 - Alimentacao, n Ivel de vida e saude, s ua s c ausa s. F om e oculta. S ubalir ne ntae ao. saude,
atual da saude mental.
d o su bd ese nv ol vi me nt o;
tmiqracao.
Moradia:
Estado
econornico-social,
Fatores
G ru po s
e f unc;5e s.
psicol6gicos
e c orn un ic ac ao , I ns titucionalis mo.
na dinarni ca l ide ra nc ;a s.
de Co n-
Hos pita lism o.
131
10 -
Comunidade. Seu desenvolvimento e seuestudo. Principios daorganiza-
c;:aoda comunidade: concerto,
rnetodos, recursos, programase tecnicas.
11 - Instrumentos, metodos e tecnicas em higiene mental e psico-higiene. Eshttp://slidepdf.com/reader/full/jose-bleger-psico-higiene-e-psicologia-institucional
tattstica,
Metodo epidemiol6gico. Relac;:6es entre indagac;:ao e ac;:ao.Metodo operati-
65/69
vo. Teoria dos jogos. Decis6es.Tecnicasgrupais. Avaliacao. Planificacao e programac;:ao a curto e Iongo prazo.
5/12/2018
Educacaoe saude publica. Educaciio nos pianos sanitarios. Objetivos, meJose Bleger -Psico Higiene ePsicologiaInstitucional-slidepdf.com
12 -
todos, rnotivacdes, preconceitos, estereotipos.
13 -
Prioridade nos problemas de higiene mental. Camposde trabalho do psi-
B ib lio g ra lm d eta lh a da s ob re higiene me n t a l
c6logo. EQuipesde trabalho: formacao. diniimica, papeis e conflitos. Problemasderivados da inclusfio do psicoloqo nospianosde psico-higiene e saudepublica. Ambitos de atuacao do psicoloqo fora dos organismosda saudepublica.
14 -
Prornocao d e b em-estar social. Seu trabalh o em instituicoes sanitarias e nao sanitarias, 0 p sicoloqo no trabalh o institucional
e d a comunid ad e. Trabalh o institucional
e trabalho em instituicdes. Enquadrarnento de sua tarefa. 15 -
0 psicoloqo nos p roblemas d o d esenvolvimento normal e p atol6g ico:
1 - HIGIENE E HIGIENE MENTAL
infancia, adolescencia, juventude, maturidade, velhice, senilidade. Crise do desenvolvimento. Simbiose mao-filho. Problemasde recreacaoe 6cio. 0 psicoloqo em momentos crfticos: gravidez, parto, casamento, div6rcio,
16 -
rnorte. Conflitos familiares. linquencia. Crisessociais. Oesorqanizacaoe panico coletivo,
18 -
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E DUCA CA o
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