Jacques Maritain - Rumos da Educação.pdf

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RUMOS

DA EDUCACÃO

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AGIR

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(i presente volume — agora .-u .-ui ' edição nasceu nasce u dum elolo de conferências pronun ciadas pelo autor na Univer sidade de Yale, na série pro movida pela Fundação Dwight llarrlngton Terry, uma das multas Iniciativas de caráter privado priv ado,, visan vi sando do e sti st i m u lar la r a pesqui pes quisa sa cien ci enti tifi fica ca ou a difu di fusão são e assimilação da cultura, e que dão ao mundo universitário americano seu caráter incon fundível. Maritain, que, além de seus trabalhos de filosofia pura, já havia analisado a arte, a cultu ra, a política e a espirituali dade, partindo dos princípios da filosofia perene, ocupa-se aqui de educação. Não se trata do livro de um pedagogo sôbre pedagogia. pedag ogia. M a r ita it a in foca fo caliz lizaa a educação «de cima», se assim nos podemos exprimir, como fi lósofo, pois filósofo êle sempre quis ser. Seja-nos permitido chamar a atenção do do leitor p ara duas das faces mais sugestivas dêste no tável volume volume.. A prim pr im eira eir a delas delas Interessa o público em geral, estudantes, professores e todos nquéles em quem os modernos prob pr oblem lemas as da c u l tu r a enco en con n tram eco e repercussão. Refei Imo-no Imo-noss á deba de batid tidaa questão que stão das humanidudos humanidu dos clássicas», fióhre a quul tanto se tem es crito cr ito no» no» últimos últim os anos. Devem o latim e o grego ter entrada













































(Continuação da l.a orelha)

Maritain neste volume reata a tradição medieval do «trivium» e do «quadrivium» que o hu manismo renascentista esque ceu ou deturpou, instaurando o ideal do gentil-homem bur guês dos séculos XVI e XVII, mais ou menos devoto, e entre tanto mais nutrido de Virgílio e Homero do que de São Paulo e dos Evangelhos. T al er a o ideal de humanismo que a Idade Média ignorou e que se impôs à cristandade depois da crise do Renascimento. O segundo aspecto para o qual chamamos em particular a atenção do leitor católico, diz respeito àquelas «escolas de vida espiritual» cuja criação o autor sugere no capítulo III. E ’ um a das f acêtas m ais originais desta obra realmente notável, e dá prova cabal da universalidade de espírito de Maritain e da reta hierarquia de ação e saber em que êle sempre insere tôdas as suas concepções. Ousamos dizer que, para muitos leitores interessados em prob pr oble lem m as de educa ed ucação ção,, êste ês te livro, profundo na doutrina, mas vivo e concreto na aplica ção, soará como verdadeira libertação. Será pa ra todos todos o ponto de partida de debates fecundos. De qualquer modo













































JACQUES MARIT MARITAIN AIN

RUMOS DA EDUCAÇÃO TRADUÇÃO DE INÈS FORTES DE OLIVEIRA 2.a EDIÇÃO

1959 n

/I /r a r /a

y\ y \G I R

& c //f ô r â

RIO DE JANEIRO













































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Título do original norte-americano: “EDUCATION AT THE CROSSROADS”

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ÍNDICE

Pág. I 1.

OS FINS DA EDUC EDUCAÇÃO AÇÃO

A Natur Natureeza do Home Homem m e a Educ Educaação

13

Educação do homem, 13. — l.° Êrro: desprêzo dos fins, 15. — 2.° Êrro: idéias falsas concernentes aos fins, 17. — A concepção científica e a concepção filosófico-religiosa do hom em , 18. — A concepção c ristã do homem, 20. — Personalidade huma na, 22 — Personalidade e individua lidade, 24 2.

Rela Relativ tivo aos Fins Fins da Educ Educaação

... A conquista da liberdade interior, 28. — 3.° Êrro: pragmatismo, 30. — A s p o t e n c i a l i d a d e s s o c i a i s d a p e s  soa, 32 — 4.° Êrro: sociologismo, 34

27















































8

R u m o s d a E d u c a ç ã o

— A s e s f e r a s e d u c a c i o n a l e e x t r a educacional, 47. — O sistema edu cacional na formação da vontade e na dignidade do intelecto, 49. II.

A DINÂ INÂMICA ICA DA DA EDUCAÇÃO

1.

Os Fato Fatores res Din Din â m icos icos.........................

2.

A inteligência do aluno e a arte do pr p r o f e s s o r , 57. 57 . — A e d u c a ç ã o p e l a p a l m a t ó r i a e a e d u c a ç ã o p r o g r e s s i s  ta, 60 — A ve rdad eira e a falsa liber tação da personalidade, 63. As Dis Dispposições Fundame Fundamenta ntais is a Se Se-

3.

rem Cultivadas Cu ltivadas........................................

Em relação à verdade e à justiça, 69. — E m relaç ão à ex istên ist ên cia, 69. — E m r e l a ç ã o a o t r a b a l h o , 71. 71 . — Em relação aos outros, 72. As No Normas Funda Fundame menta ntais is da EduEdu..................................................... ....................... ... cação ................................. l.a Regra, 73. — 2.a Regra, 74. — A libertaçã o do pod er intu itiv itiv o , 77

57

68

73















































I n d ic e

III.

AS AS HUMANIDA IDADES E A EDUCAÇÃO LIBERAL

Os Rudimentos .................................... As esferas do conhecimento, 103 — A criança, 106. A s Hu H u m an anidade idadess.................................... O adolescente, 108 — O caráter universal da educação liberal, 111. — O currículo, 114 — Filosofia e Teologia, 121.

A Un Universida iversidade de...................................... Plano d e u m a u n i v e r si s i d a d e i d e al a l, 128 — A consumação da educação liberal, 132 — Os institutos superiores de pesquisa, 139 — As escolas na vida esp iritua irit ua l, 140 140 — Nossa Noss a respo nsabilidade para com a juventude, 143. IV.

9

AS AS FUNÇÕES DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

A Educ Educaação Lib Liberal e o Novo Hum Humaanismo a que aspiramos

103

108

128















































10


2.

Alg Alguma umas Funç Funçõ ões Esp Especiais da EduEducação no Mundo undo de A m an h ã ........... ...........

152

A tarefa normal da educação e seus encargos adicionais, 152 — O sistem a edu cac ional e o E stado, 15 3 — O ensino da Moral, 155 — As necessidades da comunidade política e a educação, 161 3.

Os Problemas Educacion Educacionais ais na n a Crise Crise da Civilização Atual ......................... Como tratar a perversão mental, c a u s a d a p e l a "E " E d u c a ç ã o p a r a a M o rrte”, 170 — Medidas preventivas ou de proteção, 171 — Trabalho construtivo, 175 — Sôbre a Europa, 178 — A i n s p i r a ç ã o r e n o v a d o r a d e n o s s a educação, 184.

170















































OS FINS DA EDUCAÇÃO

































































































1.

A NATUREZA DO HOMEM E A EDUCAÇÃO

Educ Educa ação do Homem Rumos Rumos da Educ Educa ação foi o título que esco l hi. hi . Podia t am bém te r cham ado a êstes êstes ca Educa ação do Homem, embora tal p í t u l o s : A Educ título parecesse parec esse u m desaf desafii o. M uit ui t os de nos sos contemporâneos conhecem o homem pri mitivo, o homem do Oeste, o homem da Re nascença, o homem da era industrial, o ho mem criminoso, o homem burguês, o homem operário, mas, se falarmos do homem, não

















































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cado nos meios intelectuais parisienses — sou um hom em . Se é verdade que nosso noss o princ i p a l d e v e r c o n s i s t e , d e a c o r d o c o m a p r o f u n  da sentença do poeta grego Píndaro, em nos nos tornarmos tornarmos no n o que que somos, somos, n a ddaa é ma m a iiss im i m p or  tante para cada um de nós, nem mais difícil, do que nos tornarmos um homem. A p ri r inn  cipal tarefa da educação está, antes de tudo, e m f o rm a r o ho m e m o u a l im e n ta r o d in a mi s  mo por meio do qual o homem se faz homem. Aí está por que o título dêste livro podia ter sido A Educ Educa ação do Homem. N ã o d e v e m o s e s q u e c e r q u e a p a l a v r a “educação” tem três significados diferentes. Pode ser aplicada a qualquer processo que orienta e conduz o homem à sua plenitude (educação no sentido mais lato); ou ao tra b a l h o d e f o r m a ç ã o q u e o s a d u l t o s e m p r e e n  dem, intencionalmente, com relação aos jo

















































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siste com o progresso da sociedade e da civi l i zação. zaçã o. É um an im al histórico: daí a multi pl p l i c i d a d e d e e x e m p l a r e s c u l t u r a i s o u é t i c o históricos por que se classificam os homens. D aí , ta m bé m , a im p o rt â nc i a d a e d uc a çã o . J us t am e nt e po r se r ca p az de a dq u ir i r c o  nhecimentos (capacidade esta que é ilimita da, ape sar de só s ó se se m an ifestar pouco pouc o a po uc o), o homem não progride na sua própria vida específica — intelectual ou moralmente — sem a experiência coletiva, prèviamente a cu m ul a da e p re s er v ad a , e s e m a t r an s mi s sã o normal de conhecimentos adquiridos. Se quer atingir o livre arbítrio para o qual foi criado, pre cisa de disciplina e tradiçã o. Am  b a s t ê m g r a n d e i m p o r t â n c i a e d ã o - l h e f o r ç a s p a r a l u t a r p o r e l a s — o q u e e n r i q u e c e a p r ó  p r i a t r a d i ç ã o , t o r n a n d o p o s s í v e i s n o v a s l u  tas... e assim por diante.

















































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p r i a v i t a l i d a d e e s t á n a e n e r g i a c o m q u e se dirige para certo fim, sem se interromper nunca. Vemos aqui, de princípio, os dois erros mais freqüentes que a educação deve evitar. O primeiro é a falta de objetivos ou o des pr p r ê z o d ê l e s . S e o s m e i o s s ã o a p r e c i a d o s e c u l  tivados em virtude de sua própria perfeição e não, apenas, como meios, deixar de servir aos fins. fins. A a rte torna -se im praticáve l. S u a efi ef i  ciência vital foi substituída por um processo d e m u l ti t i p l ic i c a ç ã o i n f i n i ta ta . C a d a m e i o s e d e  senvol senv olve ve e cresce cresc e po r si mesm o. E sta sup re macia dos meios sobre os fins, resultando no fracasso de todo propósito seguro e eficiência real, constitui a principal acusação contra a e d u c a ç ã o c o n t e m p o r â n e a . O s m e io io s n ã o sã o m aus. Pelo co ntrário , são, sã o, em geral, m elho res do que os da velha pedagog ia. M ais ais ain 



















































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p r e z a d a . É a s s i m q u e , m u i t a s v ê z e s , a m e d i cina moderna se prejudica pela excelência de seus meios. meios. O médico, no labo ratório , ex am in a co m ta n ta p e rf ei ç ão e c ui d ad o as r ea ções ções do do ente, que se se esquece d a cu ra. E o d oe n te p od e mo r re r , a p es a r d e ta n to t ra t am en e nttoo . O u m elh e l hoorr : de d e t a n t a an a náá lis l i see.. O progresso científico dos meios e métodos pedagógicos nada tem, em si, de reprováve vá vell . Mas, Mas , q ua nto m aior su a im po rtân rt ân cia, tanto mais exigem de sabedoria prática e de tendência dinâmica com relação aos fins.

2.° Êrro: Idéias falsas concernen concernentes tes



















































1818-


A Conce ncepção Cientí ientíff ica ica e a Conce ncepção Filosó Filosóffico-Religiosa do do Homem Chegando a êste ponto, seria bom obser var que apenas duas classes ou categorias de noções referentes ao homem merecem consi de ração : a cien tífica tí fica e a religi religiosa. osa. De aco r do com sua própria natureza metodológica, a concepção científica do homem, como tôda concepção adotada pela ciência estritamente experimental, libertou-se, tanto quanto possí vel ve l , de q u alq u er con teúd o ontol ont ológico. ógico. Pode ser inteiramente demonstrada uma experiên cia sensorial. sensorial . N este est e po nto, os m ais rece ntes teóricos da Ciência, os neopositivistas da esco



















































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cia dos sentidos, apesar de possuir métodos e critérios crit érios próprios. própri os.

L ida com ca rac tere s que

são essenciais e intrínsecos, embora invisíveis o u i n ta ta n g í v e i s .

C o m a c a p a c i d a d e i n te t e l e c t ii-

va daquele ser a que chamamos homem. Está fora de dúvida que a concepção pu r a m e n t e c ie i e n t í fi f i c a do d o h o m e m p o d e d a rr- n o s informações inestimáveis e cada vez mais completas concernentes aos meios e instru m e n t o s d a e d u c a ç ã o . M a s , p o r s i s ó n ã o po po d e estabelecer nem orientar a educação, já que ela precisa saber, antes de tudo, o que é o homem, qual a sua natureza e a escala de



















































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É preci preciso so n o tar que, se nos propuserm os a b a s e a r a e d u c a ç ã o n a c o n c e p ç ã o c i e n t í f i c a d o homem, e se persistirmos nesta idéia, temos que contorcê-la ou desvi des viáá-ll a. Se p e rg u n ta r mos qual a natureza e o destino do homem, a concepção científica, única à nossa disposição, t em d e re s po n de r à pe r gu n ta . E nt ã o, i nc o e rentemente, tentaremos uma espécie de Me tafísica. Do ponto-de-vista lógico, teríamos uma Metafísica espúria disfarçada em Ciên cia e desprovida de qualquer base filo sófi sófi ca. Do pon to-de-vista to-de-vista prá tico, a ne gaç ão ou concepção errônea das mesmas realidades ou valores, sem o que a educação perde qual



















































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b a s e i a n a c o n c e p ç ã o c r i s t ã , é p o r s e r e s t a a única verdadeira e não por parecer-me a civi l i z a ç ã o a t u a l i m p r e g n a d a d e la la . A lé l é m d o m a is is , o homem da nossa civilização é o homem cris tão, mais ou menos secularizado. Por conse guinte, devemos aceitar esta idéia como base comum e deduzir que o mesmo acontece na consciência comum dos povos civilizados. Ex ceto entre aquêles que aderiram a pontos-devista extremadamente opostos, como a Meta física físi ca m a ter ialis ta, o positi posi tivismo, vismo, o ceptici cept icismo smo . N ã o e s t o u f a l a n d o a q u i d e d o u t r i n a s r a c i a i s ou fascistas, que não pertencem, em absoluto, à civilização.





















































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a nossa, essa comunhão de analogias (que vai das mais ortodoxas formas de pensamento re ligioso às que são apenas humanísticas) faz com que a filosofia cristã da educação — bem b a s e a d a e r a c i o n a l m e n t e d e s e n v o l v i d a — d e  s e m p e n h e p a p e l a n i m a d o r n o c o n cê c ê rt r t o , m e sm sm o p a r a o s q u e n ã o p a r t i c i p a m d a c r e n ç a d e s e u s adeptos. Acrescente-se, de passagem, que o têrmo “concêrto” que acabo de empregar, pa



















































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trolada pela inteligência e pela vontade. Não existe existe só como ser físi fí sico. co. Po ssui um a vida m ais nobre e rica. Uma vida superiormente espi ritual, de conhecimento e amor. E’, de certo m o do d o , u m t o d o e n ã o u m a p a r t e a p e n a s. s. Traz o universo em si. Microcosmo que pode a b r a n g e r t u d o p e lo lo c o n h e c i m e n t o . E , p e lo lo amor, pode dedicar-se, livremente, aos sêres



















































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D i ze z e r q u e o h o m e m é u m a p e s s o a é d iz iz e r q u e ê le le é m a is i s u m t o d o d o q u e u m a p a r t e . M a is is ind ep en de nte do que servi se rvil. l. E ’ a êste m istério istéri o de nossa natureza que o pensamento religioso s e r e fe fe re r e , q u a n d o d iz iz q u e a p e ss ss o a h u m a n a é a imagem de Deus. Uma pessoa só possui dig n i d a d e a b s o l u ta t a , p o rq rq u e e s t á e m r e l a ç ã o d i r e t a com o reino do ser, da verdade, da bondade, d a beleza beleza E com Deus. Só assim pode p ode ch e



















































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h o r iz i z o n t e e m q u e d oi o i s m u n d o s se se e n c o n t r a m ” . Defrontamos, aqui, a clássica distinção entre o “eu instintivo” e o “eu racional”, que tanto a filosofia indu como a cristã estabeleceram, em bo ra com signif s ignificados icados tota lm en te diver di verso sos. s. Hei de voltar, mais tarde, a esta idéia. Gostaria de observar, agora, que esta es p é c i e d e t r e i n a m e n t o d e a n i m a l , b a s e a d a e m hábitos psicofísicos, reflexos condicionados,



















































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— p o d e m s e r i n t r i n s e c a m e n t e c u l t i v a d o s . E se forem humanizados pela compreensão, podem ultrapassar seu imediato valor prático. N a d a s e d e v e e x i g i r d a c r i a n ç a , s e m q u e s e e x p l iq iq u e p o r q uê u ê . E s em e m a c e r t e z a d e q u e e la la compreendeu.







































































































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l e v a r e m c o n t a a pe p e s so so a h u m a n a e s u a s a s p i rações naturais e profundas.

A Conqui nquissta da Lib Liberdade Int In terior ior



















































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e esp iritu irit u al a ser alc an ça d a pelo pelo indivíduo. indivíduo. Ou, p o r o u t r a s p a l a v r a s , a l i b e r t a ç ã o d ê s s e i n d i v í  duo pelo conhecimento, pela sabedoria, pela



















































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como o ser — cuja totalidade transcende nos sos podêres de percepção. Cada pedaço dêsse r e i n o d ev e v e s e r c o n q u i s ta ta d o , p o r m e io io d e u m a



















































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mos de conhecimento animal e reação. O ato de “pensar” seria assim próprio dos animais sem razão. Ao contrário, é porque tôda idéia



















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































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