GLENN IVAN YNGUIL FERNANDEZ
INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO TESTAMENTO
Traba Trabalho lho aprese apresentad ntado o à Prof Prof a. Suely Suely Xavier Xavier dos Santos, da Disciplina Introdução ao Novo Testamento, do Centro Metodista de Capacitação (Cemec).
Centro Metodista de Capacitação São Paulo — julho de 2005
PRIMEIRA PARTE: LIÇÃO PARA A ESCOLA DOMINICAL
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LUCAS, EVANGELISTA EVANGELISTA E HISTORIADOR Cenário histórico Certamente você deve ter ouvido de pessoas mais velhas contarem fatos que aconteceram quando você nãoo tinh nã tinhaa ida idade pa para ra lemb lembra rarr. Ao lem lembrar brarmo moss do doss detalhes que ouvimos dos nossos pais ou de pessoas daqu da quel elaa ge gera raçã çãoo so sobr bree os ac acon onte teci cime ment ntos os qu quee se segunda-feira Lc 1.1-4
passaram trinta ou quarenta anos atrás, sentimos como
terça-feira At 1.1
surpreendemos contando-os como se realmente nós os
quarta-feira Ef. 2.1-8
esse es sess fa fato toss – qu quee um dia dia ou ouvi vimo moss de pe pess ssoa oass tão tão
quinta-feira Jo 1.1-14 sexta-feira 1 Jo 4.10-19 sábado Rm 10.12-15 domingo Hb 12.14
eles já fazem parte da nossa vida e com freqüência nos tivéssemos presenciado. E como é bom quando temos próximas de nós – confirmados através de relatos de terceiros. É nu num m co conte ntext xtoo se seme melha lhante nte,, aprox aproxim imada adame mente nte cinqüenta anos após a morte e ressurreição de Jesus, que surge o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. Sírio de Antioquia, Lucas era médico e escreveu o evangelho em grego, em um lugar fora da Palestina e provavelmente por volta de 80 a 90 d.C. Lucas também
escreveu o livro dos Atos dos Apóstolos e é possível que tenha sido discípulo e companheiro de viagem de Paulo.
Os objetivos de Lucas Comp Co mpro rome metitido do co com m a ve verd rdad adee hist histór óric ica, a, Lu Luca cass regi regist stro rouu o qu quee ou ouvi vira ra diretamente dos apóstolos e discípulos de Jesus: “... conforme nos transmitiram os que,, de que desde sde o princí princípio pio,, foram foram
testem tes temunh unhas as oc ocula ulares res e mi minis nistro tross da Palavr Palavra, a,
igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição ordenada dos fatos..." (Lucas 1. 2-3). Desconhecem-se mais detalhes sobre a vida de Teófilo, destinatário imediato do relato. Entretanto, Lucas visava também outros leitores, em geral cristãos não
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judaicos, e se preocupa em fortalecer-lhes a fé com uma narração que confirmasse confirmasse as verdades nas quais ela se firma. A Igreja crê e vive essas verdades que têm seu fundamento em Jesus Cristo, o qual, num momento da história agiu neste mundo.
A sociedade na época de Lucas Lucas apresenta o caráter universal da Graça de Deus que através de Jesus – O Salvador Divino – está disponível para todas as pessoas, independente de idade, sexo, classe social ou status político. A região região on onde de foi es escri crito to est estee Evang Evangelh elhoo era forte fortemen mente te do domin minad adaa pel pelaa cultura grega, de religiões e cultos politeístas marcados por ritos e sacrifícios religiosos. A prática dessas religiões não contrariava o Império Romano, de modo que muitos pagãos convertidos ao Evangelho de Jesus Cristo tentavam até conciliar essas religiões com a novidade do Evangelho de Jesus. Porém, a adesão a Jesus implicava numa ruptura total com essas religiões e em perseguição. Além Além diss disso, o, a ún únic icaa es espe pera ranç nçaa de mu muititos os cris cristã tãos os da ép époc ocaa fica ficava vam m esperando o fim do mundo totalmente desencorajados na sua caminhada, sem forças para contestar o sistema do mundo. O Evangelho segundo Lucas, surge então, como resposta às preocupações e dúvidas dos cristãos, colocando de maneira organizada o Evangelho de Jesus, levando em conta toda a situação em que passavam as comunidades.
Estudo bíblico: Lucas 15.11-32 Lucas teve a preocupação histórica de incluir o relato do maior número de fa fato toss real realiz izad ados os du dura rant ntee a vida vida e mi mini nist stér ério io de Je Jesu sus. s. De Dess ssaa ma mane neira ira,, no evangelho segundo Lucas a biografia de Cristo é mais completa que nos outros evangelhos. Assim, existem parábolas proferidas por Jesus cujo registro pode encontrar-se exclusivamente no relato de Lucas. Entre elas temos a parábola do filho pródigo. A universalidade do amor e graça divinos, um tema recorrente no Evangelho segundo Lucas, é justamente o tema da passagem selecionada.
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De fato, Jesus na parábola ilustra a condição em que se encontra o ser humano carente de Deus, mostra que a graça de Deus está disponível a todo homem e aponta para um relacionamento responsável deste para com Deus.
1) O homem natural e o pecado O texto começa contando como o filho mais moço de um homem saiu da casa do pai e malgastou a sua parte da herança que recebera antecipada e passou a viver dissolutamente. dissolutamente. Isso Isso se co const nstitu ituii em um umaa ilustr ilustraç ação ão de um umaa das afirmaç afirmações ões básicas básicas do cris cristitian anis ismo mo:: a im impo poss ssib ibililid idad adee hum uman ana. a. O se serr hu huma mano no é pe peca cado dorr, se sem m possib pos sibili ilidad dadee alg algum umaa de, po porr si me mesm smo, o, libert libertarar-se se do pec pecado ado e recup recupera erarr a comunhãoo com Deus. O ser humano, usando a liberdade dada por Deus, escolheu comunhã desobedecê-lo, ou seja, pecou. Com o pecado, o ser humano perde a capacidade de escolher o Bem e a Vida, por si mesmo, pois sua imagem natural é danificada (Romanos 7.14-15). É fácil imaginar como o jovem filho estava submergido num falso sentimento de liberdade, uma falsa sensação de alegria e satisfação, sem condições de perc pe rceb eber er a su suaa ca carê rênc ncia ia de De Deus us,, ele, ele, na ve verd rdad ade, e, es está tá su subm bmer erso so na mais ais profunda ignorância. Na realidade, o Mestre estava explicando a condição em que o ser humano se encontra enquanto homem natural . Sobre esse assunto, Wesley, em um de seus sermões, afirma que “o homem natural é completamente ignorante de Deus, nada sabendo dele como convém saber (...), não tem idéia alguma acerca da santidade evangélica, ‘sem a qual ninguém ve verá rá o Senhor’ (Hebreus (Hebreus 12.14). Ele está seguro porque porque está totalmente totalmente ignorante de si mesmo”.
2) “Caindo em si...” Num segundo momento, nota-se que o filho, que já tinha esgotado seus recursos passou a viver numa condição subumana. Ao perceber sua situação, ele, “caindo em si” (v. 18), percebe a sua situação e faz uma comparação consciente da vida que levaria se não tivesse estado vivendo dessa maneira. Ao perceber a cegueira da qual qual fora vítima inconsciente, inconsciente, ele agora toma toma uma decisão: decisão: “levantarme-ei e irei ter com meu pai” (v. 18).
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Entend Entendem emos os qu quee essa essa tom tomada ada de con consc sciên iência cia do ho home mem m do est estad adoo de ignorância em que estava é dádiva de Deus. A dádiva da graça divina. A este respeito, diz Wesley em outro dos seus sermões: “Deus toca o coração daquele que dormia na escravidão e na sombra da morte. É terrivelmente sacudido do se seuu so sono no e ac acor orda da pa para ra a con onsc sciê iênc ncia ia do se seuu pe peri rigo go,, os olho olhoss do se seuu entendimento se abrem e, agora pela primeira vez (tendo o véu sido removido, em parte), discerne o verdadeiro estado em que se encontra”. A graça preveniente preveniente é a graça de Deus por meio da qual, Ele toma a iniciativa e se antecipa a qualquer iniciativa humana. Como diz a própria Escritura “Nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4.19).
3) “E levantando-se foi para seu pai...” Após essa tomada de consciência – que no ser humano, acontece por obra da graça de Deus – que o leva ao arrependimento e à vontade de mudar de vida, o filho pródigo resolveu dar um passo e concretizar a decisão que tomara. O moço, de fato, levantou-se e foi para o seu pai (v. 20). Por um lado, vemos o filho pródigo que vivera dissolutamente submerso na ignorância e no pecado, se dispõe a voltar a usufruir da sua condição de filho e do amor de seu pai, só toma uma decisão. Por outro lado, vemos o pai do moço esperando de braços abertos a sua volta. E uma vez, na casa do pai, este se regozija com a presença do filho “que estava morto e reviveu” (v. 24) e o recebe alegremente. Podemos imaginar a nova vida que o filho mais moço passou a viver logo da reconciliação com seu pai; uma nova vida em que ele passou a valorizar de forma consciente o que realmente tem valor. Entretanto, essa nova vida, além de exigir do filho pródigo uma atitude, exigiu que ele cresse que o seu pai ia recebê-lo e que ele tivesse uma atitude de submissão para com ele. Da mesma maneira, depois de experimentar a graça preveniente de Deus que desperta do sono e do pecado, o ser humano tem a condição de se tornar filho de Deus. A única condição é ter a atitude de crer mediante a fé e recebe-LO no seu coração. (João 1.12).
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Conclusão Nota-se que a parábola do filho pródigo, tão rica em ensinamentos, está a serviço da mensagem integral do evangelho. A impossibilidade humana, o caráter universal da misericórdia e graça de Deus e a responsabilidade do ser humano na própria salvação estão magnificamente ilustrados no relato bíblico. À luz dos ensinamentos contidos na parábola do filho pródigo, o preconceito contra aqueles que vivem na ignorância espiritual é um risco que precisamos afastar de nós. Não podemos nos esquecer que o amor do Pai para com as pessoas que desconhecem o Seu amor e se mantêm ignorantes de si mesmos, é incondicional. De outro lado, somos ensinados pela Palavra de Deus que a salvação exige uma fé atuante que nos impulsiona a concretizar o arrependimento ao qual temos acesso pela graça divina. A fé significa lançar-se sem reservas nas mãos misericordiosas de Deus; impl im plic icaa em co comp mple leta ta de depe pend ndên ênci ciaa de De Deus us e plen plenaa ob obed ediê iênc ncia ia a Ele. Ele. A fé pressupõe livre engajamento no projeto e obra de Jesus Cristo e estabelece um íntimo relacionamento pelo qual não somos mais nós (Gálatas 2.20).
QUESTÕES PARA REFLETIR
1) Você conhece pessoas que ainda não conhecem conhecem Jesus verdadeiramente? O que nos ensina a parábola do filho pródigo a respeito delas? 2) De que maneira você pode mostrar às pessoas que a graça de Deus é para todos e todas? 3) Que tipo de liberdade pode experimentar-se através da graça de Deus?
SEGUNDA PARTE: RESENHA
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ELEMENTOS DO NOVO TESTAMENTO STAMBAUGH, J. E. & BALCH, D. L. O Novo Testamento em seu ambiente social . São Paulo: Paulus, 1996, 167p.
A Igreja Cristã surgiu num mundo politi pol itica came mente nte do domin minado ado po porr Ro Roma ma e
A obra Os três primeiros capítulos foram
culturalmente culturalmente pelo helenismo. helenismo. A época
escritos
hist istóric óricaa qu quee em se situ situaa o Nov ovoo
prof profes esso sorr e hist histor oria iado dorr de Ro Roma ma e
Testa estament mentoo correspo corresponde nde ao período período
estu es tudi dios osoo da cida cidade de antig ntigaa e da dass
decorrido durante o primeiro século da
relig religiõ iões es do im impé péri rioo roma romano no.. Ne Nele less
era era
trat trataa-sse do contex texto his históri tóricco de
cris ristã tã;;
trat trataa-sse, po port rtaant nto, o, do
po r
conte co ntext xtoo de oc ocupa upaçã çãoo da Palest Palestina ina
o r i e nt e
pelo império romano.
cristianism ismo
John
próximo, em
da
Stambaugh,
difusão
contato
com
do os
“A me mens nsag agem em cris cristã tã,, preg pregad adaa
diversos cultos e correntes filosóficas
prim primei eiro ro na nass alde aldeia iass da Ga Galililé léia ia e
da época e do aspecto econômico das
Judéia e depois na cidade do templo,
populações greco-romanas.
Jeru Je rusa salé lém, m, es espa palh lhou ou-s -see po porr to todo do o
O cap apíítulo tulo 4 é da au auto tori riaa de
mundo mu ndo greco greco-ro -roma mano” no”.. As pal palavr avras as
Davi Da viss Balc Balch, h, es espe peci cial alis ista ta no No Novo vo
dos
a
Test estam ament entoo e profun profundo do co conhe nhece cedor dor
resp respei eito to do co cont ntex exto to em qu quee fo fora ram m
das tradiç tradições ões filosó filosófic ficas as e retóri retóricas cas
escritos os livros do Novo Testamento.
gregas e romanas, e analisa o
autores
Visando compreensão
também
ilustram
uma da s
melhor Sagradas
contexto social da Palestina. Os dois últim ltimos os capítu ítulos los
sãoo sã
de autor utoria ia
dos
conj co njuunta de amb mbos os os au auto tore ress e
elem elemen ento toss qu quee co cons nstititu tuem em o No Novo vo
foc focaliz lizam a vida ida nas cida idades e o
Tes esta tame ment nto, o, o livr livroo ilus ilustr trar ar o leit leitor or
avanço do cristianismo nos principais
acerca do contexto histórico, religioso,
centros urbanos do império.
político, polít ico, cultural, cultural, econ econômic ômicoo e social social
Contexto histórico
Escritu ituras,
particularmente
do mundo greco-romano.
O período histórico que vai entre
10
323 a.C., data da morte de Alexandre
romana.
o Grande e 30 a.C., quando se deu a
Ante Antess da do domi mina naçã çãoo roma romana na e
conquista do Egito pelos romanos foi
em virtude da sua posição geográfica,
marco
civilização
a Palestina sempre esteve envolvida
helen hel eníst ística ica.. Foi Foi sob o inf influx luxoo des dessa sa
em conflitos e assistiu a sucessivas
civilização e das suas conseqüências
invasões. O período em que Davi e
posteriores
Salo Salomã mãoo
da
chamada
que
se
dão
os
esta es tabe bele lece cera ram m
um
rein reinoo
acon ac onte teci cime ment ntos os rela relata tado doss no No Novo vo
independente na Palestina, unificando
Testamento.
o reino de Israel por volta do ano 1000
É evide ident ntee a im impport ortân ânccia do cont co ntex exto to pa para ra um es estu tudo do sé séri rioo de qualquer
t i po
de
a.C., se constitui em exceção a essa realidade.
acontecimento
O livro faz uma breve exposição
histórico e é jus justamente essa a
da história da Palestina desde que o
preo preocu cupa paçã çãoo de Jo John hn Stam Stamba baug ugh, h,
seuu terr se territitór ório io se en enco cont ntra ravva so sobb o
autor do primeiro capítulo da obra.
domínio
dos
Ptolomeus
e
os
Os antecedentes das conquistas
Selêucidas de 320-142 a.C., passando
de Alexandre o Grande, o apogeu e
pelo período dos Hasmoneus, dinastia
queda do seu império, a divisão dele
de sacerdotes e reis da Judéia,
entre seus generais e a formação dos
desc de scen ende dent ntes es do doss ma maca cabe beus us,, qu quee
rein reinos os he hele lení níst stic icos os é rela relata tada da na nass
governaram a região entre 142-63 a.C.
primeiras páginas do livro.
A narração continua com o período de
Após a morte de Alexandre, Alexandre, Filipe
dominaçã dom inaçãoo romana romana aco aconteci ntecido do entre
V da Macedônia, rei da Macedônia de
63 a.C. a 66 d.C., e terminam com as
221 a 179 a.C., filho de Demétrio II,
guerras
comb co mbat ateeu os et etóólio lios e se alio aliouu a
conseqüências.
Aníbal. Ele
t en t ou
e
suas
s ua
Nota ota-se -se que ue,, faz fazer o esb sboç oçoo
infl influê uênc ncia ia a to toda da a Gréc Grécia ia,, ma mass fo foii
hist histór óric icoo da Pale Palest stin ina, a, os au auto tore ress
derrotado pelos romanos na segunda
extrapolam o período em que Jesus
guerra gue rra da Ma Maced cedôn ônia. ia. O cho choque que do
vi v e u
mun undo do helen elenís ístitico co co com m o im impé péri rioo
contexto
romano
conte co ntemp mplad lados os ev event entos os ant anteri eriore oress e
introduz
estender
judaicas
o
relato
da
inserindo-o mais
d en t r o
amplo
aoss ao
de
um
onde
são
organização política do império e da
pos oste teri rior ores es
acon onte teccime ment ntoos
situação da Palestina como província
relatados no Novo Testamento.
11
Aspectos jurídicos da lei romana
habitantes do império romano também
e suas implicações com a lei judaica
são abordados neste capítulo e nos
também são tratados nesse capítulo.
ajudam a entender, por exemplo, as
A diversidade cristianismo
religiosa
e
o
part articu iculari lariddade dess
todo império romano, havia no século I outros grupos que cultuavam diversas divi divinnda dade dess pag agãs ãs.. A preg pregaç ação ão de missionária
relatada
no
Novo
Tes esta tam men ento to,,
real realiz izar aram am-s -see
ness ne ssee
religi religios osaa ex exist istent entee no mu mundo ndo greco greco-romano são dadas a seguir. Há referências sobre as estátuas, imagen ima gens, s, cap capela elas, s, temp templos los e out outros ros lugare lug aress ond ondee tin tinha ham m lugar lugar os cu culto ltoss pagã pa gãos os e men enccion ionam am-s -see de deta talh lhes es
contexto. No se seggun undo do ca capi pitu tulo lo da obra, bra, Stambaugh relata a maneira como as pessoas se comunicavam no mundo Ao
fazê-lo,
esclarecem
detalhes sobre a atividade missionária O capítulo se inici icia com os autores detalhando a infra-estrutura de comunicativa da época. São relatados geog ge ográ ráfifico coss
doss do
lug lugares ares
perco percorri rridos dos pe pelas las prime primeira irass mi miss ssões ões cris cristã tãs, s, a ma mane neira ira co como mo se viaj viajav avaa pelas estradas do império, os riscos e vantagens de empreender uma viagem por terra e a maneira diferenciada com quee pe qu pess ssoa oass de disti istint ntas as clas classses
Porm Pormen enor ores es so sobr bree as viag viagen enss marítimas, a comunicação por carta e migratórios
divindades gregas, hebréias, egípcias, romanas e africanas; e se faz menção da s
dive iversas
seita itas
e
corre rrentes
filosóficas herdadas da cultura grega.
judaicos
e
da s
sinagogas
são
ofer oferec ecid idos os a co cont ntin inua uaçã ção. o. De Depo pois is,, Stambaugh revela como a pregação e rituais cristãos eram realizados e como a mensagem era recebida pelos novos convertidos. Finalmen Finalmente, te, nest nestee cap capítulo ítulo,, os auto au tore ress co comp mpar aram am as rela relaçõ ções es da dass diferentes comunidades religiosas com as respectivas autoridades políticas e como co mo es estas tas respon respondia diam m às div divers ersas as
sociais viajavam.
fluxos
sobr so bree o sinc sincre retitism smoo relig religio ioso so en entr tree
Aspectos da religião e costumes
de Jesus e dos seus apóstolos.
os
e
Deta De talh lhes es so sobr bree a diver iversi sida dade de
Jesus e o crescimento da obra
deta de talh lhes es
epís pístola tolass
viagens missionárias de Paulo.
Além dos judeus, espalhados por
romano.
das
entre
os
práticas práticas religiosa religiosas. s. Menc Menciona iona-se, -se, por exem ex emplo plo,, qu quee os cu culto ltoss pa pagã gãos os nã nãoo repr repres esen enta tavvam am amea eaça ça pa para ra uma
12
cidade grega ou para um reino dentro
recursos para a maioria dos habitantes
do impé péri rioo rom roman anoo, enq nqua uannto as
das diversas regiões do império, bem
autoridades judaicas condenavam as
como outras atividades profissionais e
prát prátic icaas crist ristãs ãs e pers ersegu guia iam m os
come co merc rcia iais is inc incluin luindo do o trá tráfico fico de
convertidos. Já a autoridade romana
escravos.
nãoo via nã via dife difere renç nçaa en entr tree juda judaís ísm mo e
Se durante a Republica – período
cristi cristiani anism smo, o, pe pelo lo me menos nos du duran rante te os
da história de Roma que vai de 509 a
trinta primeiros anos.
27 a.C. – não se cobravam impostos a cidadãos romanos, durante o império,
Aspecto econômico
O terceiro capítulo do livro está
os
habita itantes
das cidades
eram
dedicado a esboçar os traços gerais
obrig brigad adoos a pa paggar trib tribut utoo tanto nto a
das relações financeiras e do uso do
admini inistração
dinheiro no contexto do mundo greco-
autor utorid idaade
romano.
impostos,
É
analisa isado
o
aspecto
edilícia
imp mpeeria rial. fontes
de
quanto Os
à
diver iverssos
r en da
da
econômico das relações sociais entre
adm ad minis inistr traç ação ão,, sã sãoo de desc scri rito toss e no noss
os indiví ivíduos e entre estes e as
ajud judam a ente ntend nder er o con onte texxto de
autoridades municipais e imperiais.
diversas passagens bíblicas. Zaqueu,
Primeiramente, se mencionam as
por exemplo, era oficial de alfândega e
relaçõ relações es de am amiza izade de e clien cliente telis lismo mo,,
foi encontrado por Jesus em Jericó, na
que apo apoiad iadas as em princí princípio pioss bás básico icoss
fronteira entre Judéia e Peréia como
instituci institucional onalizad izados os por lei, regiam regiam as
consta em Lc 19.1-10.
soci so cied edad ades es an antitiga gas. s. O prin princí cípi pioo de rec recipro iproccidad idade, e,
por
exem ex empl plo, o,
nos
Diz a Escritura em Mt 10.29 “Não se vendem dois pardais por um asse?”
ajud judaria aria a situ situar ar cultur lturaalme mennte a
A
pará arábo bola la cita itada em Lc 14. 4.112-1 2-14.
pequenas moedas correspondentes a
Outros Out ros costum costumes es int interer-rel relaci aciona onado doss
um quadrante”. É o que lemos em Mc
com co m a ati ativi vidad dadee eco econôm nômica ica co como mo a
12.42. No livro encontramos detalhes
doação e o empréstimo também são
sobre
mencionados.
circulavam na época como a dracma,
viúva
as
pobre
“depositou
diversas
moedas
duas
que
Ainda inda de dent ntro ro das rela relaçções
o talento, a mina, o denário, o lepton, o
privadas mencionam-se as atividades
quadrante e o as, assim como suas
prod produt utiv ivas as mais ais comun unss co com mo a
equi eq uiva valê lênc ncia ias. s. Após Após a leitu leitura ra de dest stee
agricultura e a pesca, fonte de
capítulo, conclui-se, por exemplo, que
13
as duas moedas da viúva eram dois
não é conclusivo sobre se se falava
lepta, uma vez que cada lepton
mais ma is grego grego ou arama aramaico ico;; ent entret retant anto, o,
equivalia à oitava parte de um as.
afirma que essas eram as duas
Es t a s
e
outras
informações
presentes no livro representam muito mais
qu e
meras ras
curiosidades
línguas mais faladas na Palestina do séc. I.
e
Detalhes sobre o surgimento das
fornecem fornecem valiosos valiosos instrume instrumentos ntos para
prin princi cipa pais is cida cidade dess da Pale Palest stin inaa e a
ente en tend nder er o co cont ntex exto to em qu quee fo fora ram m
situaç situação ão dos ca camp mpone oneses ses da região região
profer proferida idass as pa palav lavras ras de Je Jesu suss em
são abordados antecedendo à análise
diversos trechos da Bíblia.
do
processo
de
urbanização
da
Galiléia e os conflitos dos peregrinos
O contexto social da Palestina
Os aspectos sociais da Palestina
galileus com os camponeses judeus.
nos tempos de Jesus é o objeto de
Após dissertar sobre a situação
estudo do quarto capítulo. Para tal fim,
polílítitica po ca e reli religi gios osaa de Je Jeru rusa salé lém m e
Davi Da vidd Balc Balchh – se seuu au auto torr – disc discor orre re
sobre a composição e atribuições dos
sobre o processo de urbanização da
membros do sinédrio, Balch faz uma
Galiléia, a tensão dos galileus com os
reflex reflexão ão sob sobre re as carac caracter teríst ística icass do
camponeses camponeses judeus e as controvérsias
ministério e da mensagem de Jesus e
de Jesus com os fariseus.
as relaciona com a situação política,
Depois
de
fornecer
dados
soci so cial al e reli religi gios osaa do me meio io em que
da
vivia; tentando explicar as motivações
Palestina, é abordado o cotidiano da
exte ex tern rnas as em qu quee a me mens nsag agem em de
vida na região. São citadas as
Jesus foi elaborada e como esta era
cara ca ract cter erís ístitica cass
rec receb ebid idaa
geográficos
e
demográficos
arqu arquititet etôn ônic icas as
dass da
porr po
seus se us
inte interl rloc ocut utor ores es..
vive vivend ndas as e dive divers rsos os co cost stum umes es da dass
Dessarte, Balch situa o leitor para uma
fa fam míli ílias
melho me lhorr co compr mpreen eensã sãoo da mi missã ssãoo dos
pale pa lesstina tinass
refe refere rent ntees
a
casamento, casamento, nascimentos de crianças e
primeiros cristãos em Jerusalém.
rituais funerários.
As cidades do império e a expansão do cristianismo
A
seguir,
são
narradas
partic particula ularid ridade adess da sin sinago agoga, ga, assim assim como as festividades civis e religiosas do po povo vo da Pale Palest stin ina. a. Ao fa fala larr da dass línguas faladas nesse território, Balch
O av avan anço ço da me mens nsag agem em cris cristã tã dentro den tro do fen fenôm ômen enoo de urban urbaniza izaçã çãoo do império é o tópico em torno do qual gira os últimos capítulos da obra.
14
Fazendo uma abordagem similar
e sua suass relaçõ relações es co com m as ins instit tituiç uições ões
à que Balch fez no quarto capítulo em
qu e
que dis discor correu reu sob sobre re a Pales Palestin tina, a, no
conservaram.
quin qu into to ca capí pítu tulo lo da ob obra ra,, os au auto tore ress
as
cidades
do
império
Os autores fazem também uma
fazem faz em um umaa an análi álise se das cid cidad ades es qu quee
exposição
faziam parte do mundo greco-romano.
urbanos existentes na época em que a
Num
primeiro
apresentam-se -se
momento,
vários
aspectos
dos
mensagem
maiores
crist istã
centros
estava
sendo
pregada.
comuns às cidades dentro dos limites
Além Além do av avan anço ço da mi miss ssão ão na
do império romano: detalhes sobre o
c i d ade
ambiente físico e uma descrição geral
aspectos da atuação dos cristãos em
dos lugares públicos e privados.
outros centros urbanos dentro da Síria,
Cida Cidade dess
greg regas as,,
orie rient ntaais
e
Ásia
de
Roma,
Menor
e
descritos
Macedônia
destaque
império
Antioquia, Éfeso, Filipos e Tessalônica.
cara ca ract cter erís ístitica cass
suas
arqu arquititet etôn ônic icas as
e
a
Ao
f i na l
as da
cidades
c om
colônias romanas que faziam parte do conservaram
pa r a
sã o
obra
de sã o
antiga infraestrutura. Entre os espaços
apresentadas as sugestões de leitura
públicos
pessoas
dos autores. Infelizmente para quem
costumavam se reunir mencionam-se
se sente nte conv nvid idaado a am ampl plia iarr os
os pórticos das cidades, suas praças
conhecimentos adquiridos pela leitura
junto a cisternas ou fontes e as
do livro, não poderá fazê-lo se não lê
entradas dos templos.
em inglês, pois a imensa maioria das
onde
Desc De scre reve vemm-se se
as
ta tamb mbém ém
traç traços os
cara ca ract cter erís ístitico coss da dass clas classe sess so soci ciai aiss
obras recomendadas foi escrita nessa língua.
existentes e da atividade trabalhista. A
A ob obra ra faz faz um umaa de desc scri riçã çãoo do doss
educação, os modelos familiares e os
aspe as pect ctos os hist histór óric icos os en enfa fatitiza zand ndoo as
costumes religiosos das comunidades.
rela relaçõ ções es so soci ciai aiss e o co cotitidi dian anoo da dass
A exp exposiçã osiçãoo das caracterí característica sticass
comu co muni nida dade dess qu quee fazi faziam am pa part rtee do
gera ge rais is do meio eio so soci cial al da dass cida cidade dess
mundo greco-romano.
grec grecoo-ro roma mana nass situ situaa o leito leitorr pa para ra o
Nesse sentido, é possível notar
tópico do último capítulo, em que são
pela pe la leit leitur uraa do liv livro qu que, e, além além da dass
abordados aspectos da igreja primitiva
citações bíblicas, os autores também
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fa faze zem m refe referê rênc ncia ia a ob obra rass de ou outr tros os
historicamente,
historiadores e a textos religiosos de
elem elemen ento toss qu quee se con onst stititue uem m em
caráter histórico que não fazem parte
auxíli aux ílioo para para um umaa real real co compr mpreen eensã sãoo
do cânone bíblico.
dos desafios do cristianismo nascente,
Isso, não é nenhum demérito, ao cont co ntrá rári rioo, além lém de situ situar ar o leit leitoor
a
obra
fornece
entendidos dentro da composição da sociedade da época, assim como da própria mensagem cristã.