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Maurício Waldman Dan Schneider
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G U IA E C O L Ó G I C O D O M E S T I C O
MAURÍCIO WALDMAN DAN MOCHE SCHNEIDER
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Para Cacilda Lanuza, indomável militante ambientalista.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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I - CULTIVANDO EM CASA
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A l i me n t o s p r o d u z i d o s i n d u s t r i a l m e n t e O c h e q u e s e m f u n d o d a a g r ic u l t u ra m o d e r n a Praticando a agricultura ecológica O que é com pos to orgânico? Fazendo o comp osto orgânico Materiais da sua casa que pod em ser com postad os Técnicas de compo stagem O métod o do caixão neozelandês Outras técnicas existentes Controle da comp ostagem Aplicando o comp osto orgânico Co mo c u l t i v a r h o r t a l i ç a s On de plantar? Co mo plantar e prep arar a terra? Sem eand o e transplantando Cu l t i v a n d o á r v o r e s f r u t í f e r a s Um pom ar diretamente na terra O seu pomar em vasos
1 9 2 1 23 24 26 26 27 27 28 30 30 30 30 30 31 33 33 34
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Os cuidados a serem tomad os com o seu pom ar As esp écies indicadas para a sua casa Espé cies para o clima tropical Espéc ies para o clima subtropical Espéc ies para o clima temp erado C o m o m o n t a r u m j a r d im Man tendo as plantas em recintos fechad os Os cuidados básicos da jardinagem dom éstica Com o manter suas plantas vistosas e saudáveis Hidroponia: cultivando sem terra As modalidades da hidroponia As vantagens da hidroponia Fazen do sua horta hidropôn ica
35 35 36 36 36 37 37 38 40 41 43 43 44
H - BOM APETITE! Pensando antes de comer A farsa dos transgênicos Carne para pou cos ou alimentos para muitos? Co m o e s c o l h e r f r u t a s e v e r d u r a s O cru e o cozido Alimentando-se de vegetais e frutas cruas As frutas Aproveitando tudo A casca da bana na A casca da batata A casca do maracujá Folhas e talos O pão velho O arroz cozido Os nabos O caroç o da jaca
45 45 45 47 5 1 52 53 54 57 58 58 58 58 59 59 60 60
D i c a s p a r a a p r o v e i t a r o s mi n e r a i s d o s a l i me n t o s P r o c e s s o s s i mp l e s e e f i c i e n t e s p a r a c o n s e r v a r o s alimentos Processo de armazenamen to de cereais em grãos Processo com gelo-seco Processo com óleo Proce sso da queima de oxigên io
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Fazendo conservas de frutas Preparando o xaro pe das conservas de frutas As etapas da elabo ração das conserv as de frutas Fazendo conservas de cogumelos F a z e n d o c o n s e r v a s d e l e g u me s , v e r d u r a s e f e i j õ e s Conservas de carne bovina Fazen do a conserva tradicional Fazendo carne-de-sol Métodos para conservar ovos Métod o do pape l de seda Métod o da água de cal III - EVITANDO O DESPER DÍCIO
64 64 65 66 67 68 68 69 69 69 70 71
Valorizando os recu rsos As grandes fontes de desperdício Combatendo o desperdício Dicas para economizar energia Econom izando com a geladeira Econ omiza ndo na hora de ligar o chuveiro Econ omiza ndo na hora de ligar a luz
7 1 72 74 76 77 78 79
Econ izand Econ om omiza ndoo na na hora hora de de ligar ligar ao televisão ferro elétrico Econ om izando na hora de ligar a máquina de lavar Econ om izando na hora de ligar o ar-condicion ado Econ om izand o na hora de ligar a torneira elétrica Economizando na hora de ligar o forno de microondas.. Diminuindo o consum o no horário de pico Com batend o os vazam entos de energia elétrica Dicas para economizar água Detectando evidências de vazamentos Testando vazamentos
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Econ om izando torneira izand o na hora de abrir ligar oa lava-louças D i c as p a r a e c o n o m i z a r g á s Aproveitando melh or o gás Cuidados necessários com o gás Usando energias alternativas Utilizando a energ ia solar em sua casa Utilizando a energ ia eólia na sua casa
90 92 92 93 93 95 96 99
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IV - LIXO : ACERTANDO NA CESTA O pro ble m a do lixo Soluções gerais existentes para o lixo M u d a n d o o s e u mo d o d e v i d a D i mi n u i n d o a g e r a ç ã o d e r e s í d u o s Ajudando a manter o mun do limpo Gerando men os problemas com as embalagens Gerando men os problemas com as pilhas Imp edindo a transformação do pape l em lixo Imp edindo a transformação do vidro em lixo Imp edindo a transformação do plástico em lixo Impe dindo a transformação dos metais em lixo Imp edindo a transformação do vestuário em lixo Impedindo a transformação das suas utilidades dom ésticas em lixo Impedindo a transformação de qualquer tipo de substância ou material em lixo Utilizando produtos ecoló gicos Identificando o "marketing verde" Re c i c l a n d o r e c u r s o s v i t a i s
Co nh ecen do ea molhad coleta seletiva Fraçõe s seca a Os códigos de cores da reciclagem Os rejeitos O que as prefeituras têm feito O que os catadores têm feito O que vo cê pod e fazer Recicland o papel na sua casa Reciclando pape l fora da sua casa Organizando um programa local de coleta de papel Implantando e mon itorando o programa Organizando o espa ço para armazenagem do papel Organizand o a coleta de pape l Registrando os custos do programa local Registrando os ben efícios do programa local V-LIMPANDO ECOLOGICAMENTE A l t e r n a t iv a s a o s p e s t i c i d a s e d e s o d o r i z a d o r e s Com batend o as formigas
101 1 01 104 104 10 5 105 105 108 108 110 111 113 114
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Comb atendo as moscas Com batend o (sem tréguas) as baratas Com batendo os piolhos Com batend o os insetos de plantas Com batend o as pulgas nos animais Com batend o as traças Com batendo os cupins Com batendo os pernilongos Com batendo os insetos voadores A l t e r n a t i v a s a o s p r o d u t o s d e l i mp e z a
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Fazendo detergente caseiro e sabão líquido para pia e limpeza em geral Fazendo sabão novo para lavar louça com restos de sabão velho Alternativas para afastar odores inconvenientes Perfumand o sua cozinha Desodorizando a cozinha Desod orizando os amb ientes em geral Desodorizand o o cheiro dos animais dom ésticos Desod orizand o sapatos e tênis Desod orizand o pinturas de parede Co mo f a z e r s a q u i n h o s d e c h e i r o Rosa, jasmim e lavanda: misturando aromas Pout-pourri de rosa Pout-pourri de sândalo doc e (mistura úmida) A l t e r n a t iv a s p a r a l i mp e z a s e s p e c í f i c a s Limpando o carpete Limpando o tapete Limpando os móveis dos pêlos dos animais domésticos Limpando as janelas Limp ando metais e louça s sanitárias
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Limpando cerâmicas e azulejos em geral Dando brilho nos móveis Am aciando roupas em geral Am aciando roupas de lã Evitando o mo fo e a umidade A l t e r n a t i v a s p a r a t i r a r ma n c h a s Tirando man chas da porcelan a Tirando man chas da parede
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Tirando manchas do bronze Tirando manchas do cobre Tirando man chas das pias Tirando man chas dos estofados de pano Tirando man chas dos tapetes Tirando man chas dos tecidos Cu i d a d o s c o m o s a n i ma i s VI - REFORMU LANDO A FARMÁCIA
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Uma sociedade doente Contando com o próprio corpo Algumas regras básicas de higiene física e mental Fazendo preparados medicinais Preparand o com pressas Preparando extratos simples Preparando óleo s fixos Preparando pasta de amido Preparand o pós medicinais Preparando uma dec ocção Preparando uma infusão
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Preparand tintura Preparandoo uma xaropes Plantas utilizadas na medicina alternativa Um jardim medicinal em casa Espécies que podem ser cultivadas em casa Indicações do receituário caseiro Medicando o reumatismo, artrite, torceduras e dores musculares Med icando a diarréia Med icando a conjuntivite
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Med Med icando icando Med icando Med icando Medicando Me dicando Medicando Me dicando
ao tosse nariz entupido gripes e resfriados a sinusite a bronquite a garganta inflamada a dor de cabeça a dor de dente
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Me dicando a ressaca Me dicando as queimaduras do sol Medicando pequ enos cortes Me dicando prisão de ventre Me dicando picadas de abelhas e marim bondo s Me dicando picadas de pernilongo s e borrachu dos Me dicando casos de vermes e de solitária em crianças Med icando dores estoma cais Fortalece ndo os seus dentes e as suas gengivas Limpando suas fossas nasais Cicatrizando ferimentos Cuidados a serem tomados numa farmácia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
A alegria de uma casa, em bem p o u co se r esu me: Beijos, abraços, canções, água, pão, flores e lume.
A crise ambiental é um fenômeno que nos anuncia a morte das flores e das canções, o envenenamento da água e do pão, sem contar a crescente escassez de alimentos, quase sempre mascarada pela má distribuição da riqueza gerada pela sociedade. Essa crise revela-se também em dados (Worldwatch Institute), como os cinco bilhões de dólares anuais gastos pelos norte-americanos em dietas para diminuir o seu consumo de calorias, enquanto centenas de milhões de pessoas no mundo acham-se tão subnutridas que seus corpos e mentes estão sofrendo prejuízos irreversíveis. Pressionados a enfrentar a crise, os centros de poder mundial insistem exclusivamente numa abordagemda defensiva, que busca evitar a todo custo os efeitos indesejáveis poluição, encobrindo ao mesmo tempo a raiz do problema: o modelo de civilização existente, que se reproduz semeando desejos que, ao serem transformados em necessidades crescentes, vampirizam a Natureza e engendram desigualdade, frustração, dependência e alienação. Antes de tudo, é preciso lembrar que a luta por um ambiente sadio não pode ser estritamente voltada para a preservação das es15
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pécies animais e vegetais - cuja sobrevivência está ameaçada pela poluição e pela degradação do am biente natural - mas também para o homem, que também é uma vítima da catástrofe planetária. O enorme conjunto de seres humanos que habitam condomínios, casas e apartamentos, localizados em paisagens urbanas em todo o mundo, são geralmente compreendidos como "seres distantes da Natureza". Mas será que é isso mesmo? A Natureza está fora de casa, longe da cidade? Até que ponto a casa não se refere a uma ecologia própria? Lembre-se de que por entender que a Natureza é algo "externo" aos hom ens e às mulheres é que muitas vezes as pessoas deixam de pensar o que seria uma prática ecologicamente correta a ser realizada no bairro, no local de trabalho, na escola ou no interior do lar. No período em que hoje vivemos, a vida urbana incentiva e condiciona hábitos de esbanjamento e de destruição, que são uma barreira à proteção da Natureza. O seu grande motor é o consumismo, que se tornou símbolo da liberdade individual. Essa idolatria do consu mo nos co nven ce, por todas as maneiras, de que a aquisição de bens tem relação direta com a felicidade. Ou seja, quanto mais se consome, mais se é feliz. Ora, essa relação não é verdadeira. Os ensinamentos de muitas culturas assim esclarecem. Pode ser uma frase batida, mas o fato é que, para além do nível de suficiência material, dinheiro não compra felicidade. Romper com essa situação não é nada fácil. Acostumados que estamos em consumir, agir de outra forma pode ser impossível, caso não tenhamos um mínimo de bom senso. Essa qualidade surge quando compreendemos que podemos possuir menos coisas (e que, portanto, "menos coisas nos possuem"), fortalecendo auto-suficiência. assim a nossa soberania e É esse sentimento de simplicidade voluntária que pode nos conduzir a uma menor dependência com relação a tudo, partindo das grandes matrizes produtoras de energia e materiais até os meios que garantirão a nossa pressão, ser simples é ser sobrevivência independente. material. Numa única ex• Raramente pod erem os governar uma casa saudável se não iniciarmos esta higiene dentro de nós. A dependência pode oferecer facilidades, mas apenas a independência nos produz a sensação de crescimento interior e de amadurecimento pessoal. A casa pode ser pensada como espaço de resistência à tendência de consumo, matriz de um comportamento social capaz de 16
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colaborar na proteção do ambiente. Ao contrário de um ecossistema, a casa é uma unidade de consumo e processamento de energia, alimentos e materiais, dependente de fontes produtoras distantes e ignoradas e que não recicla a enorme e heterogênea quantidade de resíduos que gera. Na verdade, a casa é o reflexo do que somos, ou melhor, do que fomos treinados a acreditar que somos: consumidores que se realizam adquirindo produtos e serviços, em detrimento de nossa criatividade inata do fazer, curar, aprender, construir. Há detalhes aparentemente secundários do ambiente domiciliar que formam hábitos de preservação dos recursos, de melhor utilização e de transformação dos produtos, de redução do lixo. Uma casa deteriorada ou bagunçada forma ou confirma uma mentalidade destruidora e esbanjadora. A desordem e a degradação física do ambiente conduzem à perda da harmonia e do prazer que o gosto estético incentiva. É um estímulo à insatisfação e ao conflito entre os que aí perm anecem. Por nenhum outro motivo que não este, não se registram casos de pessoas ou casais em desarmonia cujas residências sejam limpas, operacionais, saudáveis ou prazerosas. Quando estamos arrumando a nossa casa, estamos também arrumando o nosso interior e retirando dele aquilo que nos agride e nos emocionalmente. Dessena^asa, modo, énunca deixe enganar: fragiliza quando muito lixo permanece porquese não estamos limpando devidamente o nosso interior e estamos resistindo em nos desvencilharmos do que não serve mais. Para ajudar na procura do equilíbrio, para nossas casas e para nós mesmos, podemos, a princípio, nos perguntar: Consigo distinguir necessidade de desejo? Preciso realmente de todas as coisas que compro? Significam um desperdício de recursos? Podem ser reutilizadas ou recicladas? Há algum terreno livre que eu possa cultivar? Caso exista, que tipos de plantas silvestres, arbustos e plantas medicinais posso cultivar? Há desperdício de energia elétrica e água em minha casa? Estou me alimentando com alimentos frescos ou com produtos industrializados? Espremidos em trens, abrindo caminho no meio de multidões sufocantes ou vendo diante de si apenas um casario infinito e 17
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milhares de edifícios que parecem brotar do chão, cabe a nós enfrentar o maior desafio destes tempos, viver melhor num ambiente que oferece margens de manobra cada vez menores. A redescoberta do lar surge num momento em que as pessoas estão desiludidas com muitos valores da modernidade, como o anonimato, a carência de laços duradouros entre as pessoas, os políticos e os seus partidos. A partir do envolvimento transformador com a rotina dos domicílios, com a vizinhança, com nossos hábitos de consumo, a casa aparece co mo um meio para fortalecer e tornar as pessoas mais combativas. Muitos são os depoimentos e avaliações que apontam os fatores sociais, políticos e religiosos como sendo grandes econômicos, forças atuantes na transformação das sociedades. No as entanto, lembre-se de que aos indivíduos isoladamente também está colocada a possibilidade de mudar, inclusive a de mudar-se. Toda opção social começa primeiramente pela opção dos indivíduos por um determinado caminho. Dizemos isto porque tornou-se lugar-comum, para muitos atores sociais, propor que as grandes causas são aquelas que resolverão os problemas do homem. E, no caso da ecologia, essa opção deve obrigatoriamente ser concreta. A ecologia tem que se tornar um modo e não u m meio de vida. Assim, convencido do importante papel que lhe cabe para mudar a sua vida é que v ocê deve com eçar a m udar a sua casa. A casa é um espaço privilegiado, íntimo, local em que podemos criar e recriar relacionamentos, alimentação, repouso e explorar as dimensões não materiais de nossa vida, buscando uma qualidade melhor e diferenciada, muito distinta daquela que hoje nos altera a pressão e o humor. O lar pod e ser um centro ativo no qual as pesso as voltem a falar entre si, engendrem seus sonhos e desejos, anseios, expectativas, afetos e, particularmente, suas esperanças! c asa áraèe, vo ítada para den tro, aèeita à c a C m a do c éu , em b elezada peio e [ e m e n t o f e m i n i n o da águ a, au toc on tida de[i6erada e tran q iiita, a an títese d o m u n d o á s p er o do t r a ô a íH o , d a g u e r r a e do c o m é r c i o , é o rein o da m u C h e r . paC avra ára6e sakan , q u e design a c asa, e apaíavra sab in a, tran q ü iío e s a g r a do, têm a m e s m a o r i g e m , e n q u a n t o a p a [ a v r a h a r a n , qu e sign ific a m u tfier, e h a r a m , s a g ra d o , q u e d e s i g n a o s a p o s e n t o s o n d e a f a m í ã a v i v e , na c asa áraòe, t ê m i g u a í m e n t e r a i z es c o m u n s . Hassan
Fathy
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CULTIVANDO EM CASA
AUMENTOS PRODUZIDOS INDUSTRIALMENTE
A sociedade industrial também deixou a sua marca nos alimentos. Os supermercados estão repletos de produtos atraentes, um grande mosaico comp osto po r latas multicoloridas, supercongelados e pacotes que convidam à compra imediata. Nos rótulos, algumas informações são enigmáticas ao consumidor, chegando a passar despercebidas. Termos como saborfantasia, flavorizantes, edulcorantes e siglas, tais como EPI, HI, PIV e CU são alguns dos sinais da crescente artificialidade dos alimentos, com posto s pelos m ais variados tipos de aditivos, usados para ace ntuar-lhes a cor, o sabor e o aroma. Naturalmente, ninguém pretenderia com essas observações negar a necessidade de aditivos. O homem os tem utilizado desde que aprendeu a cozinhar. O sal e o açúcar, por exemplo, são alguns deles. Os temperos, as especiarias, os óleos e os compostos criados para a conservação dos alimentos são outros bons exemplos de aditivos que são colocados na nossa alimentação. Hoje em dia, porém, o uso de aditivos ultrapassou os limites do razoável. Atualmente, são mais de 2.500 substâncias, naturais 19
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ou sintéticas, utilizadas pela indústria alimentícia, algumas posteriormen te descobertas com o nocivas à saúde. Por exem plo, o ciclamato, um adoçante artificial, tem despertado forte polêmica, pois suspeita-se que seja causador de câncer. Outra substância, o glutamato monossódico, tem sido apontado nos Estados Unidos como substância tóxica, relacionada com a Doença de Kwok, também denominada Síndrome do Restaurante Chinês, isto porque seus sintomas lembram as dores de cabeça, tonturas e náuseas que certas pessoas sentem em razão da intolerância pela culinária chinesa. Existem também casos de "alimentos" absolutamente como as margarinas cujo consumo se justifica apenas emartificiais, razão de campanhas milionárias de divulgação. Num esforço para se diferenciar das demais, cada nova margarina é batizada com um nome suave e, numa custosa estratégia de sedução, é associada a imagens de saúde (modelos atléticos e bronzeados), pureza (crianças) e natureza (paisagens bucólicas). Mas q u e comid o é esta q u e req u isita in vestir tan to d in h eiro em maquiagem e espetáculos que estimulem a sua venda? E claro que ninguém nunca explodiu ao comer margarina. Mas, se levantarmos o véu d as p rop agan d as, cad a vez mais b elas, criativas e sofisticad as, o q u e en c on tr arem os? V ejamos como o p ro fes sor A ldo R an gel, d a U n iversid ad e R u ral d o R io d e Jan eiro, já em 1977, en sin ava como se fab rica a margarin a q u e gu losamen te esp arramamos sob re u m p ãozin h o francês: " U ma med id a d e gord u ra vegetal h id rogen ad a e ácid o su lfú rico n eu tralizado com um pouco de soda cáustica; tudo isso é aquecido a 150 graus, a c r e s c i d o d e á c i d o b e n z ó i c o , á c id o b u t i l - h i d r o x i a n i s o l e b u t i l h id roxitolu en o (exp losivo). D ep ois é acrescen tad o gaiato d e p rop ila, leite, gaiato de duocila e sal refinado. Tudo isso é corado com corantes a r t i f i c i a i s (CI), a r o m a t i z a d o a r t i f i c i a l m e n t e c o m FI e FIV , con servad o ar tif icialmen te com PI e PIV, a c r e s c i d o d o s a n t i o x i d a n t e s AV, AVI e AXI; além disso, acrescentam-se cerca de 20.000 unidades internacionais d e vitamin a A sin tétic a (a ce tat o d e vitamin a A )". E... bom apetite!
No "menu de opções" disponíveis nas gôndolas dos supermercados, encontramos ainda alimentos poluídos por agrotóxicos e antibióticos, pouco nutritivos, processados com altas doses de substâncias químicas artificiais, enlatados, plastificados e embalados em sonhos esterilizantes, em embalagens esbanjadoras de maté20
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rias-primas e energia, produzidos por empresas cuja primeira preocupação não é a Para com pletar, e m n om e — de um "temp o escasso", cada vez mais transferimos para terceiros a responsa bilidade e o
— <
f //fâ^ v , ~ —
p a ro d e n o ss a c om i da . M al
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sobra tempo para desfrutarmos o sabor dos alimentos, ^ \ I • seu aroma, cor e consistência; ignor am o s no m es , var ieda des ( ( [ ÍÉ P ^ w ^ H ^ V y K ^ ^ ^ M W e propriedades medicinais do ^RN^B^^IBBP^ \ que comemos. Apesar de d esconhecermos a origem e a forma do processamento dos alimentos, comemos apressados e despreocupados com a qualidade daquilo que ingerimos e que afeta diretamente a nossa saúde. Afinal, estamos garantidos pelos mesmos técnicos que, há pouco tempo, juravam que o leite de vaca - aquele processado e embalado pelas empresas nas quais trabalham - substituía, com vantagem, o leite materno. Assim, da mesma forma que existem cada vez mais mulheres que precisam ler um tratado de pediatria para amamentar, vamos trocando a nossa capacidade inata de fazer coisas pela possibilidade de escolher entre esta ou ac 0 CHEQUE SEM FUNDO DA AGRICULTURA MODERNA
Basicamente, é a rápida obtenção de lucros que determina o modelo extremamente dependente de insumos químico-industriais da agricultura moderna. Por meio da monocultura, do uso maciço de fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos e da intensa mecanização (e, conseqüentemente, a expulsão do trabalhador do campo para a cidade), a agricultura moderna vem quebrando recordes de produtividade, medidos em toneladas e dólares. O discurso desse modelo enfatiza que, se a Natureza é lenta, que mal há em ajudá-la a produzir mais alimentos, em menor tempo, para um mundo esfomeado? O problema é que os indicadores de "toneladas e dólares" da agricultura nada informam acerca dos conteú21
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dos nutritivos, dos insumos energéticos e principalmente, das condições essenciais para a continuidade da própria agricultura, ou seja, não contabilizam o esgotamento dos sistemas de suporte naturais e as dívidas ambientais que se acumulam em razão desse mesmo modelo. Além disso, com relação à população de famintos, podemos assinalar que esta cresceu juntamente com a produção de alimentos, o que significa que não há falta de alim ent os^ mas sim desequilíbrios na sua distribuição e disparidades na apropriação da renda. No mundo atual, não ocorre fome por falta de pão, mas, antes, pela ausência de ganha-pão. Em resumo, en tre as principais conseqü ência s negativas da agricultura moderna temos: & perda ou desgaste do solo agrícola. O Worldwatch Institute estima que 24 bilhões de toneladas da camada superior do solo das terras férteis do mundo se perdem anualmente em razão da erosão ocasionada por um manejo inadequado do solo. Isso ocorre em razão da destruição da estrutura física do solo, provocada pela compactação do solo e pelo não retorno da matéria orgânica, além da inibição da bioestrutura do solo pelo uso de agrotóxicos e fertilizantes; . , Segundo estimativas de um estudo\ r x & os efeitos nocivos a saúde provode 1983, aproximadamente 10 mil
cados pelos alimentos. Os prejuízos provocados pela agricultura moderna são consideráveis e nem sempre conhecidos de do envenenamento por pesem profundidade. Segundo amostra do ticidas e cerca de 40 0 mil são gra veme nte afetadas por eles. " Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA, referente a 65.725 substâncias químicas de uso comum, só 10% dos praguicidas e 18% das drogas tinham os dados necessários para avaliações completas sobre riscos para a pessoas morrem por ano nos paí-
ses em desenvolvimento em virtu-
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saúde. Não havia dados sobre a toxicidade para cerca de 80% dos agentes químicos usados em produtos e processos comerciais inventariados pela Lei de Controle de Substâncias Tóxicas. PRATICANDO A AGRICULTURA ECOLÓGICA
Toda crítica desacompanhada de uma proposta alternativa e exeqüível é, pelo menos, uma abstração sem sentido. E, assim sendo, qual seria a contraproposta à agricultura dita "moderna"? Respondendo rapidamente, cultivar sem veneno, o que não só é possível, como também rentável. É o que o agrônomo Nasser Yussef Nasr com- Lo cali zada em Bo tuprova no Centro de Cultura Natural Augusto Rus- catu (SP), a Fazenda chi, no município de Cacho eiro do Itapemirim, Demeter, ligada à agrino Espírito Santo. Usando métodos "não conven- cultura biodinâmica, é cionais" (leia-se agricultura orgânica), conseguiu- um dos mais renomados se produzir dez caixas de laranja por pé, uma centros produtores de produtividade cinco vezes maior que a média alimentos naturais. nacional. Conhecido popularmente como Hortão, o centro é visitado por dezenas de espécies de pássaros que se aninham pelas árvores. São comuns os ninhos de rolinhas, sabiás, joões-de-barro e até coleiros. Os pássaros são atraídos por milhares de insetos que povoam o ambiente, livre de qualquer agrotóxico. A agricultura ecológica é composta por uma diversidade de correntes que já provaram qu e po dem ter uma produtividade similar à
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agricultura moderna, agregada a aspectos superiores, como qualidade dos alimentos, melhoria da capacidade produtiva do solo, preservação do meio ambiente e distribuição de renda. As correntes mais conhecidas são a agricultura orgânica, agricultura biológica e a agricultura biodinâmica, todas representadas no território brasileiro. As diversas vertentes da agricultura ecológica possuem como metas comuns, conforme apontado no Primeiro Encontro Brasileiro de Agricultura Alternativa (1981): Ê geração de alimentos de alta qualidade biológica, respeitando a Natureza, trabalhando com equilibrado; ela e não contra ela, operando com base num balanço energético § manutenção da fertilidade do solo, com a generalização da policultura e da integração de lavoura e criação, realizando, assim, o controle da erosão e a preservação da água potável; Ê exclusão do empreg o de agrotóxicos poluidores dos alimentos e do ambiente. Utilização de técnicas biológicas de controle das pragas nas lavouras; & utilização mínima de insumos industriais, por meio do reaproveitamento dos resíduos de produção agrícola; ê entendimento do solo como um organismo vivo, manter e melhorar seus parâmetros de produtividade; S reutilização ao m áxim o os resíduos Cadeia alimentar: Trata-se do orgânicos no âmbito do próprio cultivo, sistema no qual se processa a reabastecendo a cadeia alimentar (uso dos transferência de energia, de orprocessos de compostagem) ganismos vegetais para uma séNão há nenhum problema "moderno" rie de organismos animais, por que uma ecologia bem aplicada não resolintermédio da alimentação e va! Procure se alimentar com produtos propor meio de reações bioquímivenientes da agricultura ecológica. Essa pecas. Cada elo da cadeia alimenquena atitude produz reflexos positivos, tar alimenta-se do organismo precedente e, por sua vez, alimenta o seguinte. ,
tanto a saúdededoecossistemas, nosso corpo,àscomo para opara equilíbrio vezes, bastante distantes de nós.
0 Q U E É C O M P O S TO O R G Â N IC O ?
O composto orgânico é um produto homogêneo, obtido por meio de processo biológico, pelo qual resíduos formados por matéria orgânica são convertidos em outro material, mais estável, em 24
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razão da atuação dos microorganismos já presentes no próprio resíduo ou introduzidos por meio de agentes inoculadores. Após processamento, essa matéria orgânica transforma-se no composto orgânico, um tipo de adubo muito apreciado. Embora a maior parte da compostagem seja feita com restos animais e vegetais, o lixo constitui outra possibilidade. Nesse caso, o processo de compostagem trabalhará pois com a chamada fração molhada do lixo, ou seja, com os seus componentes orgânicos. Estes incluem restos de comida, talos, cascas, pó de café, folhas, poda de jardim etc.; materiais no geral provenientes das residências. A compostagem constitui uma forma bastante eficiente de devolver matéria orgânica p ara o mun do natural. Há séculos, ou mesmo milênios, a adubação orgâni- / Co mpiostagem: método ca é praticada em todo o mundo, baseando-se na de tratamento dos resírestituição de restos das culturas e do esterco ani- duos sólidos do lixo pela fermentação da matéria mal ou humano ao solo. Nos grandes centros urbanos, esse trabalho é orgânica contida neles, conseguindo-se sua estaexecutado por usinas de compostagem que, no bilização sob a forma de entanto, reciclam muito pouco e, além disso, não um adubo denominado produzem composto de boa qualidade. Isso de- "composto". corre atualmente da própria irracionalidade tema existente opera.com a qual o sisVejamos como o sistema trabalha: Ê o lixo dom éstico de cada residência resulta de uma profusa mistura de lixo de vários recintos da casa: cozinha, banheiro, escritório e quintal, materiais muito diversificados quanto à sua natureza e composição; ê essa mistura de resíduos é ens acad a pe los cidad ãos e, posteriormente, depositada em determinados pontos da calçada; & em seguida, um caminhão, que nas médias e grandes cidades é um caminhão compactador, amassa e mistura todos os ingredientes de milhares de sacos de lixo, transportando a massa de resíduos para uma usina de compostagem; È n a usina, esses ingredientes são novamente separados; È com o a mistura de resíduos difer entes foi intensa , m uito material se perde e, numa grande usina, em média, de cada cem toneladas de lixo que entram, saem cinqüenta toneladas de rejeito; 25
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& além disso, substâncias perigosas provenientes de pilhas, tubos de luz fosforescente, frascos de remédios, latas de veneno, sprays de todos os tipos, recipientes com resíduos de produtos de limpeza etc. (previamente esmagados pelos compactadores) podem estar misturadas no composto orgânico, comprometendo sua qualidade. A solução óbvia para o problema é uma só: coletar separadamente os materiais, reaproveitando uma fração muito maior dos rejeitos e maximizando o trabalho nas usinas, inclusive as que operam com o sistema atual. Resumidamente, se houvesse coleta seletiva de matéria orgânica, o aproveitamento do material seria muito maior, e a Natureza aplaudiria! F A Z E N D O 0 C O M P O S T O O R G Â N IC O
Você pode produzir seu próprio composto orgânico e desse modo contribuir para a minimização do volume de material orgânico presente na composição do lixo, transformando os restos de alimentos da sua casa em composto. Dessa forma, você também estará contribuindo para a retomada dos ciclos de matéria orgânica, tais como a Natureza estabeleceu desde a aurora dos tempos. A matéria orgân ica h á mu itos milên ios foi d escob erta como o fator p rimord ial p ara man ter a fertilid ad e d o solo. V ários p ovos in d ígen as da América, quando plantavam milho, colocavam um peixe no fundo da cova, como oferen d a aos d eu ses. D esse mod o, faziam u ma ad u b ação orgân ica com matéria-p rima d e fácil d ecomp osição.
M A T E R IA IS D A S U A C A S A O U E P O D E M S E R C O M P O S T A D O S
Para iniciar um processo de compostagem, precisamos de alguns "ingredientes básicos", tais com o: cascas de ovos, de frutas e de vegetais, pó Devemos de café, restos resíduos de jardinagem. excluirdeos comida óleos, ae carne e osprovenientes resíduos de queijos, pois podem atrair animais (ratos, baratas, vermes etc.). Pensando no material a ser compostado a partir de algumas categorias comuns a muitas residências, podemos ressalvar: Ê lixo doméstico-, quase todo lixo orgânico de cozinha, com exceção dos óleos e da gordura animal, é um excelente material para compostagem; 26
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Ê cinzas-, as cinzas de madeira, provenientes da lareira ou de fogão à lenha, são um ingrediente de grande valor na compostagem , pois são importante fonte de potássio; & aparas degrama-, a reutilização orgânica das aparas de grama pode ser feita simplesmente deixando-as no gramado ou adicionando-as à pilha do composto; apodas de arbusto-. embora normalmente volumosos, esses resíduos podem ser picados ou retalhados, para obter-se um volume de fragmentos de granulação e clivagem diferenciados. Agregueo ao com posto em formação. Ressalve-se que a presença de material volumoso de origem orgânica contribui para a aeração do composto, atuando com o ingrediente necessário para uma ev olução mais veloz e eficiente da compostagem;
&folhas: são um pouco lentas na decompo sição. Picadas, porém, se decompõem numa velocidade quatro vezes mais rápida; § ervas daninhas-, uma vez expostas às altas temperaturas comumente atingidas nas pilhas de composto, a maioria das sementes de ervas daninhas não consegue sobreviver e, assim, aproveita-se a matéria orgânica desse material. TÉCNICAS DE COM POSTAGEM Existem diversos métodos qu e p odem ser usados para a preparação do composto orgânico, diferenciados basicamente pela utilização ou não do ar, ou seja, temos os processos aeróbios (nos quais o oxigênio está disponível) e os anaeróbios (nos quais o oxigênio está ausente). 0 M É T O D O D O C A I X Ã O N E O Z E LA N D Ê S
O método do caixão neozelandês é bastante usado como técnica alternativa. Trata-se de um engradado sem fundo e sem tampa, pode ndo conter o correspondente a um metro cúbico ou um quarto desse volume. Recipientes de plástico ou uma tela também podem ser utilizados. Um caixão para um quarto de metro cúbico é um engradado com cinqüenta centímetros nas três dimensões. É interessante con struir as faces do engradado de maneira que fiquem independentes, formando quatro painéis. As ripas que formam os painéis devem ser pregadas de modo que permaneça um espaço entre elas, possibilitando que o material seja aerado. 27
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Após a montagem do engradado, podemos iniciar seu preenchimento com o material a ser compostado: restos vegetais (a carga principal) e restos animais. Não havendo restos animais (esterco de galinha, de vaca etc.), pode-se adquirir um saquinho de composto para vaso de plantas, terra escura de jardim ou sobras de frango, peixes e suas vísceras, batidas em liqüidificador com um pouco de água. Esse material é importante pois constitui o inóculo, isto é, o material que contém os microorganismos que darão início ã fermentação da matéria orgânica. Na falta de inóculo, podemos separar uma parte do material no qual a compostagem está em fase avançada de fermentação numa caixa e ir acrescentando aos poucos, na medida em que se vai preenchendo a caixa principal. O monte de composto deve ser revirado a cada trinta dias. Caso o material esteja seco, acrescente água. O proc esso de comp ostagem pode durar de 90 a 120 dias. Baldes plásticos com capacidade de até cinqüenta litros, perfurados no fundo e nas laterais também podem ser usados. O revolvimento pode ser feito a cada sete dias, transferindo-se o material de um balde para outro.
O U T R A S T É C N IC A S E X IS T E N T E S
Além da técnica do caixão neozelandês, você pode apelar para diversos outros sistemas. A tabela a seguir apresenta diversos outros tipos, elencando as vantagens e desvantagens pertinentes a cada um deles. 28
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Tipo
Vantagens
D esvan tagen s
Pilha lenta ao ar livre
Fácil de ser instalada e de se adicionar material
P ilha quente ao ar livre
D e c o m p o s i ç ã o r á p i d a , m o r t e E preciso trabalho de revolvimento e controle do de sementes de ervas processo (temperatura, daninhas e patógenos umidade)
Cestos e caixas
Boa aparência; impede o acesso de animais
Exige a construção das caixas
Tambor
Fácil de ser aerado por meio de revolvimento
Volume pequeno, funciona bem com material adicionado de uma vez
rotativo
Compostagem cova
em
Pode demorar três meses ou mais para decompor; nutrientes são perdidos por lixiviação; pode apresentar mau cheiro e atrair moscas e animais
Rápido e fácil; não exige ma- B o m s o m e n t e p a r a p e q u e n a s nutenção nem investimento quant idades
Compostagem em trincheira
Pode processar grandes quantidades de matéria orgânica; não são necessários recipientes
Exige trabalho para não incorporar o material ao solo
Saco plástico ou lata de lixo
Fácil de fazer ao longo do ano; pode ser feito em pequenas áreas
A compostagem é anaeróbia, ocorre na ausência de oxigênio. P ode apresentar mau cheiro e atrair moscas
Ver micom postagem
Fácil; inodoro, pode ser feito em local fechado; pode ser feita adição contínua de matéria orgânica
Exige alguns cuidados na adição de novos materiais e na retirada do vermicomposto; minhocas devem ser protegidas de temperaturas extremas; pode atrair moscas
F o n t e : Ca m p b e l l . Manua l de compostage m
para hortas e jardins, Sâo Paulo: Nobel, 1990.
C O N T R O L E D A C O M P O S T A G EM
Durante a compostagem, ocorre redução de volume de até um terço e a cor passa de acizentada e sem brilho para escura e brilhante, quando úmida. O controle do processo é uma peça fundamental para obter-se um bom composto orgânico. Para avaliar o material, você pode fazer alguns testes, dentre eles o teste da vara de madeira e o teste da mão. 29
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O teste da vara
de madeira
O teste é realizad o com a in trod u ção d e u ma vara d e mad eira n o material comp ostad o p rofu n d amen te. A o retirarmos a vara p od eremos con statar as opções abaixo descritas; È a vara apresenta-se fria e molhada: não está ocorrendo fermentação, talvez p or excesso d e águ a; & ap res en ta- se levemen te morn a e seca : a pilh a p recis a d e mais água; '& ap res en ta- se q u en te, ú mida e p ard a: con d ições ad eq u ad as. Q u an d o o comp osto ap resen tar-se livre d e b arro p reto, com ch eiro d e mofo, estará p ron to p ara ser u sad o.
O teste da mã@ A d ote os segu in tes p roced im en tos: H tom a-s e p eq u en a am ost ra bem u med ecid a; & mold a-se com as p on tas d os d ed os; S esf reg a-s e con tra as p almas d as mãos. O composto curado apresenta-se com aspecto de graxa preta.
A P L I C A N D O 0 C O M P O S T O O R G Â N IC O
O composto poderá ser usado em vasos e hortas, nas seguintes proporções: § vasos ornamentais: 50% de terra mais 50% de com pos to orgânico; % hortas: vinte litros de com po sto por me tro quadrado, incorporados à terra. COMO CULTIVAR
HORTALIÇAS
Não precisamos morar no campo para ter a gostosa satisfação de produzirmos parte dos alimentos presentes na nossa mesa. O N D E P L A N TA R ?
No quintal de casa ou no jardim, nas varandas e sacadas, enfim, em qualquer espaçodireta, onde haja luz,preferem água e uma terra.meia-sombra. Algumas plantas requerem insolação outras Mas, no geral, todas precisam de, pelo menos, cinco horas de luz diária, direta ou indireta. C O M O P L A N T A R E P R E PA R A R A T E R R A ?
No quintal e/ou no jardim, limpe primeiramente a área e retire em seguida uma camada com um palmo de profundidade. Preen30
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cha a cavidade com adubo ou composto orgânico, na proporção de vinte litros por metro quadrado. No caso de sua casa não dispor de um quintal com terra, providencie vasos, caixotes ou latas que tenham, pelo menos, vinte centímetros de profundidade. Prepare esses recipientes de acordo com as seguintes instruções: 8 faça furos no fundo do recipiente para drenar a água; % cubra a seguir os furos com cac o de telha ou de um vaso de barro quebrado; & por cima dos cacos, coloque sucessivamente uma camada de pedregulho (de dois a cinco centímetros) e outra de areia lavada (de rio ou de construção); 5 por cima das camadas anteriores, disponha uma boa camada de terra fofa, preparada com composto orgânico que você já aprendeu a preparar neste capítulo ou esterco bem curtido, terra vegetal, serralho de madeira e adubo de minhoca. Lembre-se de que, caso o composto ainda não esteja maduro, existe também a opção de administrar húmus no solo, na pro porção de dois litros para cada metro quadrado. S E M E A N D O E T R A N S P LA N T A N D O
O primeiro passo a ser tomado no cultivo é escolher as hortaliças a serem cultivadas. As que oferecem menores dificuldades para os iniciantes seriam, entre outras, a alface, a cebolinha, a couve e a cenoura. Outro cuidado importante está relacionado com o clima ou com as suas variações. As hortaliças que produzem frutos, como é o caso do tomate e da berinjela, adaptam-se melhor aos climas quentes. No entanto, para nosso benefício, praticamente todos os invólucros de sementes indicam a época mais apropriada para o cultivo. Podem os semear então em canteiros ou peque nos caixotes provisórios ou no local definitivo, seguind o uma rotina milenar: 6 alise a terra com delicadeza, abrindo pequenos sulcos paralelos com meio palmo entre eles; S distribua as sementes nos sulcos, cobrindo-as com terra fina; ê regue de manhã cedinho e à tarde, até as sementes espreguiçarem. Depois, basta regar uma vez por dia; ê proteja a sementeira cobrin do co m tela a dois palmos da terra. 31
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Para realizar o transplante, atente para a época indicada na tabela abaixo. Escolha então um dia nublado ou um final de tarde. A seguir, siga as orientações que seguem: Sabra as covas e retire as mudas com o pouco da terra que vem agregada às raízes; § coloque as mudas nas covas, acrescentando terra e apertando até sentir que as mudas ficaram firmes; & regue os canteiros. Enquanto as hortaliças se fortalecem, regue apenas uma vez, quando o sol não estiver forte; & procure eliminar as pragas, aplicando as receitas apresentadas no Capítulo V. Semear em sementeiras Hortaliças
Meses
Transplante (dias)
Agrião
ano todo
15
Alface (i)
fevereiro - agosto
4 -6
Alface (v)
setembro - março
4 -6
Berinjela
agosto - janeiro
30-40 30
Brócoli (i)
fevereiro - junho
Brócoli (v)
setembro - fevereiro
30
Cebola
março - junho
40 - 60
Cebolinha
ano todo
30
Chicória
ano todo
30
Couve-m anteiga Couve-chinesa
ano todo março - setembro
30 30
Couve-flor (v)
fevereiro - junho
30
Couve-flor (i)
setembro - março
30
Pimentão
agosto - fevereiro
30-40
Repolho (i)
fevereiro - junho
30
Repolho (v)
outubro - fevereiro
30
Semear em canteiros definitivos Colher (dias)
Hortaliças
Meses
Almeirão
ano todo
Acelga
março - setembro
70
Alho
março - junho
160 -180
40 -50
Beterraba
a n o t od o
8 0 -9 0
Cenoura (i)
fevereiro - junho
90
Cenoura (v)
outubro - fevereiro
90
Espinafre
março - julho
50 - 60
Quiabo
agosto - fevereiro
70-120
Rabanete
ano todo
25 - 30
Rúcula
ano todo
40
Salsa
ano todo
70
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CULTIVANDO ÁRVORES FRUTÍFERAS
As plantas frutíferas, na hipótese de você contar com um quintal, são uma excelente alternativa para tornar a sua residência ecologicamente equilibrada. Outra possibilidade é aproveitar espaços vazios nas proximidades da sua casa, em calçadas ou trechos de terra abandonados, com o que você contribui também para melhorar o seu entorno. Por fim, caso você não disponha de espaço, há também a opção de criar um pomar de pequeno porte, cultivado em vasos. U M P O M A R D IR E T A M E N T E N A T E R R A
Primeiramente, escolha as árvores frutíferas que serão plantadas no seu quintal, calçada ou área próxima desocupada. Para a escolha das mudas, devemos prestar atenção quanto à sua procedência, isto é, que sejam de viveiristas de reconhecida idoneidade. As mudas frutíferas usadas em grandes plantações são em geral pouco resistentes às pragas e doenças do solo. Prefira as enxertadas sobre as variedades mais rústicas e resistentes, que produze m frutos mais saudáveis e nutritivos. A escolha deve considerar ainda a adaptação da árvore ao clima brasileiro. Você pode obter seu exemplar de árvore frutífera no comércio paisagístico, nos grandes fornecedores, no varejo, ou ainda, obter 33
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mudas gratuitamente em determinados serviços municipais ou em entidades ambientalistas. Dentre os benefícios proporcionados pelas árvores frutíferas, podemos mencionar: Ê as árvores frutíferas deixam o ambiente mais bonito, florido e perfumado; ê as frutíferas resultantes de enxertos fornecem muita fruta, com várias floradas ao longo do ano; & como todas as árvores, atuam como um dispersor de energia dos ventos, retêm a umidade do solo e também fornecem sombra; È além de fornecer frutos para os homens, as frutíferas atraem os pássaros; & como as frutas são sazonais, também explicitam aos homens os ritmos da natureza. 0 SEU POMAR EM VASOS
O fato de você não dispor de um quintal na sua casa não é impeditivo de iniciar o cultivo de um pomar. Nos países europeus e na América do Norte, o cultivo de árvores frutíferas em vasos constitui uma característica comum a muitas moradias, servindo tanto como um hobby, quanto como uma fonte de frutas frescas. Dentre as frutíferas que se adaptam aos vasos, podemos assinalar a nectarina, ameixa, romã, abacate, pitanga, caqui, limão, jabuticaba, pêssego, mamão, acerola, laranja kin-kan, goiaba etc. A principal pré-condição para a atividade é a questão do espaço, pois os vasos, no geral, dispõem de oitenta centímetros de diâmetro e oitenta de altura. O comércio de plantas oferece ampla variedade de vasos para o cultivo de frutíferas. Existem os de cimento, os de cerâmica e até de plástico, que ao ver dos autores desta publicação, devem ser repudiados. Uma vez que a frutífera cultivada em vasos não terá à sua disposição o contato com a natureza, deve-se tomar cuidado especial com relação ao solo, proporcionando as condições propícias para um desenvolvimento satisfatório da frutífera. Para tanto, o solo deve ser resultante de uma mistura em partes iguais de terra vegetal, húmus de minhoca e areia. Quanto ao vaso, este deve ser impermeabilizado na sua parte interna, impedindo a propagação de mofo e de fungos prejudiciais ao desenvolvimento da planta. No fundo do vaso, coloque uma 34
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camada de pedra ou de argila expandida para permitir a drenagem da água. O S C U ID A D O S A S E R EM T O M A D O S C O M 0 S E U P O M A R
Para o plantio e a manutenção da árvore frutífera escolhida, você deve adotar alguns cuidados, dentre eles: 8 usar exclusivam ente mudas certificadas, evitando mudas doentes ou suscetíveis a pestes e doenças; & usar exemplares de árvores enxertadas, mais adequadas aos ambientes urbanos; § man ter uma distância mínima entre espé cies diferentes, aproximadamente dois metros; § no caso do pomar cultivado em vasos, é recomendável uma troca de vasos a cada dois anos para manter saudável o crescimento da planta; Pregar diariamente nos primeiros trinta dias após o plantio. Entre duas e três regas diárias, posteriormente. A S E S P É C I E S IN D IC A D A S P A R A A S U A C A S A
A incorporação qualquer plantao ao seu ambiente doméstico deve, antes de maisdenada, respeitar mandamento número 1 da ecologia, que é o respeito às características e aos ciclos naturais do espa ço vivido. Em se tratando de vegetais, a adequa ção a o ambiente
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solicita, antes de mais nada, espécies relacionadas com o clima da região. Sempre você poderá dispor de uma espécie bonita e vistosa, adaptada aos ciclos climáticos da área em que vive. Não se esqueça: vivemos no Brasil, terra de Natureza dadivosa. ESPÉCIES PARA 0 CLIMA TROPICAL
As plantas adaptadas a este clima não suportam temperaturas baixas, são muito sensíveis às geadas e devem ser cultivadas em regiões cuja temperatura mínima nã o ultrapasse os dez graus. Pod ese indicar para este tipo climático: variedades de laranjeiras, tangerineiras e limoeiros da região, bananeira, mam oeiro, coqueiro-anão , tamareira, jabuticabeira, araçazeiro, jenipapo, abacateiros (de variedades diferentes), mangueira, abricot do Pará, cambucazeiro, sapotizeiro, cajueiro, maracujazeiro, cidreira, abieiro, caramboleiro, cerejeira-das-antilhas, cajá-manga, jaqueira, pitangueira, anona, romãzeiro, guabiroba, grumichama, tamarindeiro, cambuci, mangustão, massala, ameixa-de-madagascar, cabeludinha, figueira-da-índia, jambolão, pitomba, uvaia. E S P É C I E S P A R A 0 C L IM A S U B T R O P IC A L
As plantas deste clima preferem temperaturas mais ou menos elevadas. No entanto, resistem a pequenas geadas. Variedades de laranjeiras, tangerineiras e limoeiros da região, bananeira, pereira, anona , mam oeiro, figueira, ameixeira, macieira, pessegueiro, marmeleiro, jabuticabeiro, caquizeiro, nogueira-pecã, goiabeira, araçazeiro, mangueira, abacateiro (de variedades diferentes), maracujazeiro, cidreira, cajueiro, pitangueira, caramboleiro, sapotizeiro, jaqueira, cambucazeiro, romãzeiro, abieiro, cabeludinha, uvaia, cerejeira-do-rio-grande, lichia, guabiroba, cambuci, cainito, cajá-manga, coqueiro-anão, figo-da-índia, grumichama, jenipapo, jambeiro, mangustão, tamarindeiro. ESPÉCIES PARA 0 CLIMA TEMPERADO Embora no Brasil não ocorra qualquer tipo de clima temperado, o fato não impede a adoção de espécies temperadas. Isto pelo fato de que a presença de uma época fria marcante já propicia a sobrevivência das espécies de clima temperado. Assim, podemos contar com as laranjeiras, tangerinas e limoeiros da região, pereira, videira, figueira, pessegueiro, ameixeira, casta36
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nheiro, macieira, marmeleiro, caquizeiro, nogueira-pecã, amoreira, nectarineira, cerejeira-européia, damasqueiro, avelaneiro, jabuticabeira, pitangueira, araçazeiro, goiabeira, nespereira, abacateiro (de variedades diferentes). COMO MON TAR UM JARDIM
M A N T E N D O A S P L A N T A S EM R E C IN T O S F EC H A D O S
Excluindo uma minoria que dispõe de um espaço suficientemente amplo para abrigar um jardim em sua moradia, normalmente, nos dias de hoje, as casas e os apartamentos não deixam "vago" nenhum espaço, sendo o dos jardins um dos primeiros a ser sacrificado nos projetos modernos. Além de não possuir áreas abertas, as dimensões das moradias são bem menores do que as do passado, impondo diversas limitações (impacto da luz solar, umidade, aeraçâo etc.) ao cultivo de plantas. Para enfrentar esses p roblem as, floricultores e paisagistas p oderão oferecer-lhe uma excelente consultoria paisagística para orientálo. Você também pode apelar para uma literatura de "cunho prático" disponível nas livrarias e nas diversas "feiras do verde" que ocorrem no país. Por fim, é possível acompanhar diversas boas experiências pela leitura dos jornais dominicais, que quase sempre consagram algum espaço para o tema. No geral, o comércio do verde dispõe de várias alternativas válidas para ambientes fechados, plantas que requerem pouca luz solar e/ou sombra para sua sobrevivência. Os exemplos clássicos de plantas que necessitam de pouca luz solar são os seguintes: ficus, árvore da felicidade, fénix, avencas, violetas, palmeiras e a ansevéria (mais conhecida como lança ou espada-de-são-jorge). As samambaias constituem outra opção muito comum nos lares brasileiros. Dentre as plantas que solicitam pouca terra e, portanto, vasos pequenos, poderíamos menfelicidade, rião esquecionar a jibóia, o mini-antúrio e o cissus. Por ça que os orientais cosrequererem pouca luz solar direta e tolerarem tumam plan tar do i s bem a umidade, são ideais para os banheiros. exemplares: um macho Para ambientes maiores, você pode optar pela e outro fêmea. árvore da felicidade, pela fénix ou pela espadade-são-jorge.
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Outra excelente opção são as árvores frutíferas. Criadas em ambientes fechados, tendem a não conquistar tamanho muito grande. Além disso, existem também espécies enxertadas de mangueira, pitangueira e jabuticabeira, entre outros exemplos, cujas dimensões são mais reduzidas, além de frutificarem em menos tempo de vida. No geral, esse tipo de planta fornece generosa quantidade de frutos várias vezes ao ano. Nas varandas, nos espaços externos das sacadas ou junto a portas e janelas, você pode optar por pequenas árvores frutíferas como a jabuticabeira, a pitangueira e a romãzeira. Particularmente, a romãzeira é aprovada por muitos floricultores por resistir aos ventos, ao sol e a muita chuva. Uma boa dica é evitar plantas com folhas muito largas, como a bananeira, cujas folhas acabam quebrando com o vento. O cacto, embora não tolere umidade, requer bastante luz solar e pode ser colocado em pontos de impacto da luz, mas distante da água. Uma planta muito versátil para ambientes bastante iluminados é a popular "maria-sem-vergonha". Trata-se de uma planta que fornece flor o ano inteiro. Seu nome é decorrente do fato de ela se enraizar em qualquer solo, mesmo os mais pobres em nutrientes. Outras sugestões de plantas amantes do sol são a boca-de-leão, a gérbera e as rosas. Neste último caso, o Brasil dispõe de "cepas" adaptadas ao país e, portanto, essas espécies devem possuir precedência sobre as estrangeiras, de cultivo mais difícil. A trepadeira é outra planta que deve ser recordada. Apresentando diversas espécies, é muito pouco exigente em nutrientes e se adapta bem com qualquer ambiente externo. Dado que recobre as paredes, tem sido adotada como um recurso eficaz para evitar as pichações. Regue normalmente a trepadeira para limpar suas folhas da poeira. Dentre as plantas que requerem alguma luz solar, umidade e ventilação (e, portanto, devem ser dispostas nas proximidades das janelas ou nas sacadas), temos a hortelã e o manjericão, ambos muito vistosos e bonitos e, também, uma fonte permanente de tempero para a sua cozinha. O chá de hortelã possui efeitos reconhecidamente relaxantes. O S C U I D A D O S B Á S IC O S D A JA R D I N A G E M D O M É S T IC A
Para garantir às suas plantas as condições básicas de desenvolvimento, você deve adotar algumas estratégias fundamentais, dentre elas: 38
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Ê recorrer aos adubos, alguns dos quais específicos para plantas domésticas. Os mais conhecidos são a farinha de osso (rica em fosfato, elemento que estimula a floração), a torta de mamona e a uréia. As samambaias e violetas dispõem, por sua vez, de ampla variedade de produtos próprios; È procure cultivar espécies nacionais. Flores como as tulipas e as rosas importadas, embora também vistosas, requerem uma gama muito mais intensa de cuidados, nem sempre com resultados satisfatórios; Originalmente, as tuliSpara cultivar suas plantas, utilize um bom pas eram cultivadas nos vaso. As floriculturas e lojas de material de Países Baixos em funconstrução oferecem grande variedade de vasos, ção dos seus bulbos floreiras e jardineiras, geralmente confeccionados largamente consumidos em cimento, cerâmica ou terracota; em saladas - e não por & evite ad quirir vasos de xax im, pois a conta da beleza das suas flores. demanda tem provocado grandes danos em áreas florestais, de onde são retirados. Em substituição, existem vasos ecologicamente corretos, produzidos com casca de coco, ideais para fixar na parede; ® evite igualmente vasos fabricados com plástico, especialm ente os que imitam cerâmica. Pelo menos por enquanto, ainda não falta argila no mundo. & sempre mantenha seu vaso pousado num pratinho, preferencialmente de terracota. Outra opção, mais preocupada com a estética, são os cachepots; 39
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® o vaso ou a floreira que irão abrigar a planta devem atender prioritariamente à função de escoar água e permitir um bom desenvolvimento das raízes. Sempre coloque no fundo dos vasos e floreiras uma camada de cacos de telha ou de vaso quebrado, seguido de uma camada de areia e por uma última de terra; È por fim, não d eixe de com prar um jogo de ferramentas de jardinagem. O gasto com a aquisição será pequeno, mas retribuirá em m aior eficiência para seu hobby, evitando o supremo mau gosto em improvisar ferramentas com facas sem cabo, tesouras antigas enferrujadas, garfos com dentes tortos etc.; & um bom jogo de ferramentas deve ser comp osto b asicamente por uma pá pequena, um ancinho, uma tesoura para grama e outra para poda das plantas, garfo para arrancar as plantas e tridente para o revolvimento do solo. C O M O M A N T E R S U A S P L A N T A S V I ST O S A S E S A U D Á V E IS
Por fim, algumas dicas finais para você manter as suas plantas vigorosas e bonitas: ll no geral, as plantas de interiores reque rem com o so lo uma mistura de areia, terra e de pó de xaxim § antes de colocar uma planta nova em sua casa, cultive o hábito de reque rer instruções do paisagista e do floricultor para cada uma das suas plantas; & mantenha a sua planta distante de qualquer agente fitotóxico e tampouco permita que algum fumante impertinente transforme a sua planta num "cinzeiro vegetal"; nunca regue demasiadamente suas plantas, pois o excesso de água pode
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apodrecer as raízes; ... H9 . . , Snao se esqueça de que as plantas de folhas grossas e suculentas já possuem uma reserva natural de água, dispensando regas sucessivas; § um teste simples sobre a umidade do vaso é enfiar o dedo na terra. Caso a terra fique grudada no dedo, a umidade estará no ponto; Pregue periodicamente suas plantas, verificando se as folhas estão cobertas de pó. Borrife-as delicadamente com água, facilitando sua respiração; 40
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'È faça adubação e afofamento constante da terra dos vasos; '& aproveite a primavera para fazer seu jardim. Não é por mero acaso que a estação é celebrada como a época mais colorida de flores do ano inteiro; ® caso queira iniciar a primavera com um jardim florido, planeje a semeadura com anteced ência mínima de dois a três meses. Outra opção é adquirir mudas;
Rosa, violeta, primula, lírio da paz, cineraria, buquê-de-noiva, fr ési a, sapati n h o de Vén us, petúnia, crisântemo, primavera, kalanchoe, calistemo, begónia, salvia e a margarida são algumas das espécies identificadas com a primavera.
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§ não p ermita qu e as pragas pro liferem . Elas dev em ser combatidas imediatamente, logo na primeira manifestação; Ê acima de tudo, você deve gostar das suas plantas. Tratandoas com carinho, elas retribuirão os cuidados adotados. HIDROPONIA: CULTIVANDO SEM TERRA
A hidroponia é uma técnica para o cultivo de plantas e alimentos sem o uso de terra, substituída por soluções compostas por água e sais minerais. A palavra tem origem no idioma grego, resultando de hydro ("água") e de ponos ("trabalho"). Seu significado é evidente: "trabalhar com a água". De ponto de vista conceituai, a hidroponia é uma das aplicações do conceito de "ecossistema fechado" (também conhecidos co m o closed sistems) na agricultura, desenvolvida especialmente nas últimas décadas em diversos centros de pesquisa em todo o mundo, em especial nos países desenvolvidos.
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Emb ora observada com antipatia por algumas correntes da agronomia, que chegam a elaborar apaixonados discursos c onden ando essa forma de cultivo como "artificial", a hidroponia, no entanto, constitui, em muitas situações, a única forma realmente prática de resgatar algum tipo de vínculo com a Natureza. A hidroponia, tendo se popularizado apenas no final do século xx, não se trata, em absoluto, de uma idéia nova. Na antiga Mesopotâmia, por volta de 3000 a.C., os sumerianos faziam canais e poços para a passagem da água pela areia, irrigando desse modo as suas plantações. Entre os nabateus, povo da antiga Jordânia, existem evidências do uso da hidroponia para o cultivo de alimentos. Os lendários Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo, também eram baseados no princípio da hidroponia. O cultivo das plantas era feito em terraços isolados um dos outros por uma camada de folhas metálicas, recobertas por um substrato composto essencialmente de areia, um pouco de terra e limo. A água, ao irrigar os jardins, caía "em cascata" de terraço em terraço, carregando consigo os nutrientes vitais, reabastecidos constantemente nos terraços superiores por funcionários dirigidos e organizados por uma equipe de especialistas. Mas foi somente na década de 1930 que o Dr. William F. Gericke, da Universidade da Califórnia, transformou a cultura sem terra, antes restrita aos laboratórios, em uma técnica de utilização prática e geral. Para ele, a possibilidade de se cultivar, dispensando a terra como suporte, seria uma conquista de grande e real valor, pois existe uma escassez crescente, em nível planetário, de locais apropriados para a agricultura e a jardinagem tradicionais, devido a problemas climáticos e de solo. A técnica de cultivo sem terra recebeu um incentivo adicional com a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O exército norte-americano e a Real Força Aérea instalaram unidades de hidroponia nas suas bases militares, produzindo para consumo dos soldados aliados, durante o período do conflito, milhares de toneladas de legumes e verduras pelo método hidropônico. Em 1949, o governo de Bengala Ocidental (índia) instalou um centro de hidroponia em uma estação experimental próxima a Darjeeling, no norte do país, com o propósito de desenvolver um método simples e barato de jardinagem sem terra. O projeto deveria contemplar duas pré-condições básicas: 42
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^ deveria servir de base para produção agrícola em larga escala; § simultaneamente, deveria ser adequado para uso por qualquer pessoa sem nenhum treinamento especial. Obtendo sucesso em um período relativamente curto, os resultados obtidos possibilitaram a introdução e a difusão da hidroponia em diversos outros países. A S M O D A L ID A D E S D E H I D R O P O N I A
A cultura hidropônica, de acordo com o tempo diário disponível, espaço reservado para a atividade, tipo de produto ou quantidade esperada de produção, pode ser praticada de inúmeras maneiras, de acordo com as necessidades e as condições existentes. A diferença entre os diversos métodos está na estrutura do recipiente e dos grânulos, assim como do meio de cultura, que fornecem suporte e sustentação para as plantas. As mudanças somente não ocorrem quanto às exigências essenciais referentes à luz, água, ar, calor e nutrientes. A luz, a água e o ar são fornecidos pela Natureza. Em substituição à terra e ao esterco, usam-se grânulos para suporte das raízes e uma solução aquosa de sais minerais, que faz o fornecimento de nutrientes. O calor pode ser solar ou então, proveniente de uma fonte artificial. A S V A N T A G E N S D A H I D R O P O N IA
Os produtos de origem hidropônica têm se transformado crescentemente numa alternativa atraente tanto para os produtores agrícolas com o para importantes parcelas de consum i- ^ dores em todo o mundo. Pedologia: ciência que Isto em decorrência das vantagens apresenestuda os solos e a sua classificação. tadas pela hidroponia, quais sejam: ê a hidroponia é indiferente às dificuldades da agricultura convencional, que está às manutenção mais diferentes variações climáticas e pedológicas, todassujeita de difícil em termos do equilíbrio natural; & a hidroponia, ao produzir vegetais limpos e mais saudáveis, oferece produtos de uso mais prático; & a hidroponia não administra agrotóxicos às plantas que produz e, portanto, oferece produtos de melhor qualidade; 43
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È como todas as condições de vida são oferecidas por um sistema fechado, o crescimento das plantas nas hortas hidropônicas é mais rápido; & a hidroponia p romo ve econ om ia de temp o e trabalho, pois tarefas como covear, carpir e estercar são eliminadas; Ê os custos de produção são menores; & ausência de sujeira e odores; § controle de pragas e doenças; & resultados consistentes; & produção o ano todo. F A Z E N D O S U A H O R T A H ID R O P Ô N I C A
Um elemento importante, que deve pesar na sua decisão de iniciar uma cultura hidropônica, será a questão do consumo de energia e a eventual economia - ou não - a ser obtida com sua cultura hidropônica doméstica. Assim sendo, para evitar que a hidroponia transforme-se em um estorvo para o seu bolso, faça, antes de tomar a iniciativa, um cálculo preciso sobre o custo da empreitada. A hidroponia pode também se constituir no núcleo de uma pequena atividade empresarial, pois trata-se de um trabalho de grande rentabilidade, abastecendo um mercado não saturado, que pelo contrário, está em plena ascensão. A cultura hidropônica solicita de seu aderente ordem, disciplina, higiene e cuidado. É também considerada uma arte, pois para qualquer que seja o produto cultivado, são requeridos arranjos harmoniosos e organização adequada. No referente à educação, proporciona maior entendimento sobre a Natureza, assim como melhor conhecimento de biologia. A cultura hidropônica não demanda conhecimentos técnicos e tampouco nível escolar elevado, apenas vontade de aprender e gosto para lidar com cultivo de plantas e alimentos. Somente no caso da produção comercial em larga escala tornam-se necessários os controles técnicos periódicos. Enfim, em razão da própria diversidade de cultivos possibilitada pela hidroponia, cada projeto deve ser pensado individualmente e, assim sendo, deve-se buscar acesso na literatura especializada, adequada para cada caso particular. 44
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BOM APETITE!
PENSANDO ANTES DE COMER
Se o ato de comer não fosse importante, argumentam vários teólogos, Deus não teria discriminado alimentos puros, próprios para o consumo, e impuros, tidos como impróprios. A FARSA DO S TRANSGÊNICOS
Alimentos transgênicos são aqueles que sofrem alteração no código genético, ou seja, foi realizada uma transferência artificial de genes de um organismo para outro. Com isso, são transferidas as qualidades desejáveis de um organismo para outro, aumentando assim os valores nutricionais de uma espécie doméstica, seja ela vegetal ou animal. Realizado contrariamente ao estabelecido pela Natureza desde o início dos tempos, esse processo pode favorecer o aparecimento de toxinas, enfermidades e debilidades em geral. Imp erfeições no código genético podem fragilizar de modo irreversível plantas, animais e seres humanos. Indiscutivelmente, os produtos geneticamente manipulados oferecem maiores riscos à saúde do que os alimentos naturais. 45
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N o ano 2 0 0 0 , o poder executivo apresentou emenda constitucional que declara como bem da União o patrimônio genético brasileiro. O projeto tem como objetivo garantir a soberania do país no tocante aos genes, combatendo a biopirataria sobre os ecossistemas e retirar o país da condição de mero supridor de matéria-prima.
Experimentos realizados em empresas de biotecnologia desenvolvem plantas resistentes a herbicidas e com isso fazem uso em excesso desses produtos, causando a contaminação dos alimentos e da água potável. Dessa forma, os cultivos são modificados a fim de produzirem seus próprios pesticidas e herbicidas, o que provoca o aparecimento de insetos resistentes que destroem insetos úteis e organismos do
solo, além de causar danos à saúde dos consumidores. No Japã o, em 1989, a alteração genética fez com que uma b actéria natural produzisse uma substância altamente tóxica, sendo responsável por 37 mortes e a invalidez permanente de outras 1.500 pessoas. Recentem ente, a contaminação de alimentos na Bélgica mereceu grande destaque na imprensa mundial. Esses são apenas alguns dos muitos exemplos do que podem provocar produtos geneticamente alterados. Uma pesquisa realizada em janeiro de 1999 atestou que 78% dos suecos, 77 % dos franceses, 65 % dos italianos e holandeses, 63% dos dinamarqueses e 58% dos ingleses são contrários ao consumo de alimentos geneticamente modificados. Busca-se atualmente que os alimentos geneticamente modificados sejam etiquetados e identificados como tal, pois dessa forma o
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consumidor poderá escolher o que comer e, se assim entender, se proteger. C A R N E P A R A P O U C O S O U A L IM E N T O S P A R A M U IT O S ?
No que diz respeito ao meio ambiente, qual seria a dieta menos impactante e adequada à preservação dos recursos? Existiriam alimentos que em si mesmos seriam atentatórios ao meio ambiente? Para esta última pergunta, a realidade parece dar alguma razão para os chineses da região de Cantão. Para esses chineses, conhecidos com o glutões incorrigíveis, "tudo o que for vivo, e se m exer, dá para comer". Talvez não seja necessário levar esse ditado ao pé da letra. Mas, com certeza, ele esclarece sobre uma verdade fundamental: do ponto de vista do gênero humano como um todo, o homem come praticamente de tudo, e isto desde a pré-história. A alimentação, ao lado do idioma, é um dos traços característicos de todas as culturas e civilizações. O que é permitido ou não para uma população comer não necessariamente o será para outra. Mesmo os ecologistas variam suas afinidades "eco-alimentares", de acordo com os padrões culturais dos quais são originários. Sabe se, por exemplo, que os ecologistas gaúchos, após suas reuniões, fecham a noite numa boa churrascaria. Por sua vez, populações tradicionais como os seringueiros, castanheiros, índios e ribeirinhos da Amazônia, para horror dos "ecologistas urbanos", incluem no seu cardápio pratos como veado do mato na castanha, sopa de tucano e carne de macaco na brasa. Em resumo, existem dois princípios ecolóqicos que você s e m p r e d e v e ter em vista tod a vez q u e o assu n to em p au ta for ecologia e alimen tação: 1) Não coma além do nec essá rio. Não tendo "os olhos maiores do que a b oca" , você estará se alimen tan d o d e forma mais eq u ilib rad a e, além d i s so , e s t a r á e v i t an d o q u e p r e c i o s o s r e c u r s o s s e j a m t r a n s f o r m a d o s em lixo ou então metabolizados como gordura no seu corpo. 2) P refira os alimen tos p roven ien tes d a agricu ltu ra ecológica e/ou n atu rais. O s alimen tos in d u strializad os são caros e mu itas vezes n ão são n u tritivos. E vite os en latad os e em p acotad o s. E les con têm ad itivos p re judiciais, a curto ou a longo prazo, à sua saúde.
Nos últimos dez anos, estudos intensos têm demonstrado que o mundo ocidental se alimenta com uma dieta excessiva de proteí47
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na, gordura saturada com colesterol, pesticidas e pouca fibra. Esse tipo de dieta está ocasionando enormes custos médicos e de saúde, matando as pessoas e destruindo o ambiente. Essa dieta é responsável pelo desaparecimento das pequenas propriedades e pelo avanço do latifúndio e da agricultura industrializada, nunca beneficiando o trabalhador do campo. A dieta predominante dos chineses é rica em alimentos derivados de plantas e pobre em carne de vaca, aves e laticínios. Estudos sobre a população chinesa mostram um nível baixo de ocorrência de doenças causadas por uma dieta predominantemente ocidental. Contudo, quando essas pessoas migram para o Ocidente e adotam uma dieta rica em gorduras e proteínas e pobre em fibras, elas contraem as mesmas doenças relacionadas com a dieta alimentar dos ocidentais. O excessivo consumo de carne, correspondente à atual dieta das classes sociais mais abastadas, colabora em grande medida com o agravamento de muitos dos principais problemas ambientais, tais como a desertificação, escassa disponibilidade de água fresca, destruição das florestas tropicais, erosão dos solos e mudanças climáticas. Além disso, a importação - ou melhor, imposição - dos hábitos alimentares, ocidentais em diversos países africanos, asiáticos e latino-americanos tem ocasionado a perda de precioso conhecimento dos produtos locais, que tradicionalmente têm saciado a fome de bilhões de pessoas. Por meio da oferta de alimentos gratuitos e baratos, os exportadores ocid en tais geram n ovos h áb itos alimen tares n os p aíses comp radores, criando novos mercados para as exportações comerciais. A ocid en talização d o con su mo atin ge p rimeiramen te os gran d es cen tros u rb an os e, em segu id a, se p rop aga em d ireção ao camp o. E n q u an to um camponês do Senegal consome por ano 158 kg de milho miúdo, 19 kg de arroz e 2 kg de trigo, seu concidadão de Dacar (a capital do p aís) con som e resp e ctiv am en t e 10 k g, 7 7 kg e 33 k g.
A propaganda induz também ao consumo de bebidas e alimentos muitas vezes inadequados às necessidades nutricionais da população. Cada mexicano bebe em média 65 litros de refrigerantes por ano, ou seja, uma quantidade três vezes maior do que bebem de leite, apesar de este ser mais nutritivo. 48
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Para exemplificar de maneira bem clara o que foi exposto, analisemos os dados que se seguem, fornecidos por várias organizações ambientalistas, entre elas, a EarthSave Foundation. O O gado para alimentação - cabras, ovelhas, bois e porcos somam 15 bilhões de indivíduos, mais do que toda a população humana, quase três animais de reban ho para , cada ser humano. O pasto ocupa ainda pro- / Um novilho no pasto reporçã o considerável das terras aráveis do mund o, quer 3,2 kg de cereal um absurdo se pensarmos nas multidões de sem- para cada 0,5 kg de peso que acumula; um moderterra dispersas pelo globo. no avicultor, precisa de
O Aproximadamente 33% dos grãos produzidos no mundo e 70% dos grãos produzidos nos Estados Unidos es tão voltados para a alimentação dos animais criados para o consumo.
pouco mais de 900 g de cereal para produzir 0,5 kg de carne. Num mundo deficitário de energia,
O Esse modelo de produção de alimentos comeremos mais aves está voltado para os setores privilegiados, que \ menos carne de boi. consomem a maior parte da carne produzida no mundo. Cerca de 25% da humanidade come carne de animais que foram alimentados com cerca de 40% da produção mundial de grãos.
e
O A criação gado de é o qualquer maior agente poluidor das águas nos Estados Unidos,deacima indústria produtora de lixo tóxico. Além disso, grande parte dos fertilizantes químicos e pesticidas incorporados nos grãos que alimentam os animais são posteriormente absorvidos pelo organismo humano.
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O o próprio método de criação dos animais tem sido alvo de denúncias incessantes. Ao contrário das imagens bucólicas que vemos na televisão, os animais vivem enjaulados, em lugares apertados e fedorentos, sofrendo um brutal e incessante stress para crescer mais rápido e serem mortos o quanto antes, muitas vezes de modo cruel. Tudo isso em flagrante desrespeito ã Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da Unesco. O Muitas das nações pobres plantam e exportam grãos para alimentar o gado das nações ricas, enquanto sua população passa fome. Fazendas de gado têm destruído mais florestas do que qualquer outra atividade na América Central. O Há questões éticas ligadas ao abate nos matadouros. Em países como o Brasil, os animais são submetidos a uma infindável série de sofrimentos, até porque não existe qualquer legislação que proponha o chamado "abate humanitário". O Por fim, o consumo exagerado de produtos animais na dieta ocidental é responsável pelo alto índice de mortes causadas pelas seguintes doenças: ataque cardíaco, artrite, obesidade, pedra nos rins, diabetes etc. Consumo de carne per capita em alguns países do mundo* E sta d os U n id os Hungria A u strália França A leman h a A rgen tin a E x - U n i ão S o v i é t i c a Brasil Japão China Coré ia do Sul Egito ín d ia
m
m
112 10 8 104 91 89 82 70 47 41 24
* Em kg/ano. Dados incluem carne de vaca, de porco, de carneiro, de cordeiro e de aves domésticas, baseado no peso das carcaças. As cifras para aves
19 m
4 2
domésticas de 1992, 1989. WorldWatch Dados de Qualidade desãoVida Institute.
Os parágrafos anteriores não significam que você deva abolir a carne. Você pode (e deve) diminuir seu consumo e, como cidadão, posicionar-se favoravelmente em relação às propostas como a do "abate humanitário". 50
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COMO ESCOLHER FRUTA S E VERDURAS
Caso você ainda não tenha iniciado a sua horta doméstica, são válidas algumas dicas para a hora de adquirir suas frutas e verduras. Vamos a elas. O Nas feiras e nos mercados, escolha sempre as hortaliças que pareçam mais rústicas e pequenas. No caso da hortaliça orgânica, lembre-se de que as suas dimensões também são grandes. Não se geralmente deixe eng anar tamanho. Uma cenoura grande, porOexemplo, está pelo inchada de adubo e água, significando na realidade "água a preço de cenoura". As cenouras pequenas são menos aguadas e mais saborosas. O Não exclua a priori verduras com sinais de ataques de insetos. Atente para o fato de que as verduras que já foram mordiscadas pelos insetos, geralmente, estão sem inseticidas, o que significa uma procedência ambientalmente menos impactante. O Evite comprar frutas de outros países. Esses produtos já foram pulverizados pelo menos uma vez para serem transportados por milhares de quilômetros. O Muito cuidado com a higiene. Nunca se esqueça de lavar muito bem, com jatp forte da torneira e com o auxílio de uma escovinha, todas as frutas e verduras que serão consumidas, me smo as que vão ser cozidas. Se for o caso, descasque-as, preferencialmente, se possível raspando sua superfície. Mergulhe verduras e legumes lavados em água com vinagre antes de fazer a salada ou o prato de sua preferência. 51
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O Prefira as frutas e verduras mais ba ratas. Os produtos mais baratos, geralmente, são da é poc a e da região e, portanto, m ais frescos e saudáveis. O Evite as verduras mais procuradas. Produtos como a alface e o tomate, em razão da grande demanda, estão geralmente muito "protegidos", concentrando elevadas dosagens de produtos químicos. O Esteja atento para o prazo de validade dos produtos. Evite consumir legumes, frutas e verduras que estejam há mais de uma semana ou dez dias na geladeira. E mb ora o p aís ten h a, em d iversos sen tid os, in gressad o n a mod ern ização, os mercad os e as feiras livres con tin u am a ser b astan te freq ü en tad os n o p aís. E m geral, as feiras ap resen tam mu itos p rod u tos q u e são mais b aratos d o q u e os oferecid os n os su p ermercad os, sem con tar q u e são mais frescos e com op ções d e comp ra mu ito maiores. N o caso d as feiras livres, o cid ad ão ain d a p od e ap roveitar o fin al d a feira p ara obter melhores preços.
0 CRU EO COZIDO
Sabe-se que perdemos boa parte dos nutrientes ao cozinharmos os alimentos. Exatamente por isso(uma é que devemosfonte aproveitá-los ao natural. A cenoura, por exemplo importante de vitamina A), cozida numa p anela comum , ch ega a perder 40% de vitamina C, 30% de vitamina B 25% de B 2 , além de outras vitaminas e sais minerais.
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Esse exemplo é válido para qualquer cocção de alimentos. O calor do fogo sempre prejudica o aproveitamento dos nutrientes. Quanto mais tempo no fogo e/ou maior a intensidade da chama, maior será a perda de nutrientes. Obviamente não se pretende defender a eliminação do cozimento. Em primeiro lugar, pelo fato de existirem tipos de cozimento que minimizam a perda de nutrientes. Na Polinésia, por ex em plo, é costume cozinhar os alimentos envoltos em folhas de bananeira, de modo tal que os alimentos são preparados no seu próprio líquido, reduzindo-se a diminuição de seu valor alimentício. Emcomo segundo devemosfacilitando considerarbastante que o cozimento ciona uma lugar, pré-digestão, o trabalhofundo organismo. Exatamente por essa razão, praticamente todos os povos do mundo utilizam o fogo para cozinhar e não abrem mão dele, mesmo que à custa do desmatamento e da desertificação de vastas áreas. Em terceiro lugar, abdicar do fogo implicaria severo desconforto térmico nos países frios e/ou durante o inverno, sem contar no abandono da possibilidade de nos deliciarmos com várias maravilhas culinárias, que não apenas o corpo, mas igualmente a alma, solicitam para nossas vidas. ALIMENTANDO-SE DE VEGETAIS E FRUTAS CRUAS
Existe uma grande quantidade de legumes, verduras e frutas que não apenas pode m, com o devem , na perspectiva de uma vida mais saudável, ser consumidas cruas, em saladas ou na forma de sucos, tais como a couve, a cenoura e a beterraba, entre outros. O uso mais intenso de alimentos crus, inclusive para tratamento médico, ocorre principalmente nos países da Europa. Porém, em razão da globalização, tornou-se uma tendência muito forte, e até certo ponto popular, nos mais variados países do mundo. Segundo a Dra. Gudrun Krõkel Burkhard, as verduras cruas, quando ingeridas, ativam o organismo, despertando as suas forças curativas naturais. Ainda de acordo com a Dra. Gudrun, os vegetais que podem ser consumidos crus são: 53
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O couves: acelga, repolho e repolho roxo; <Õ folhas: alface, agrião, almeirão, chicória, escarola, espinafre e rúcula; O frutos das hortaliças:
tomate, pimentão, pepino ;
O talos: aipo e erva-doce; O raízes para ralar e ingerir cruas: aipo-de-raiz, beterraba, cenoura, nabo e rabanete. Na hora de comer, lembre-se de que os alimentos crus: O são mais nutritivos; <õ possuem baixa caloria; O tornam o organismo mais resist en te; <0 são facilm ente enc ontrad os no comércio; O têm custo para o consumidor significativamente inferior na comparação com os produtos industrializados e/ou processados; <0 constituem elemento importante nas dietas para emagrecimento. Comida crua, enfim, é uma excelente opção para o lanche rápido. Comparados com sanduíches, salgadinhos e pequenas frit ur as, ofe recem muito mais saúde e qualidade.
AS FRUTAS
Lembra-nos a Dra. Gudrun, as frutas já se apresentam prédigeridas pelas próprias forças do sol, sendo o sabor doce, a cor e o aroma uma expressão direta desse processo. Assim, o amadurecimento natural da fruta pelo sol torna esse alimento naturalmente pré-digerido, dispensando Sempre que puder, opte pois um cozimento prévio. pelo consumo da fruta As melhores frutas são as colhidas maduras. em estado natural. Ainda de acordo com a Dra. Gudrun, as frutas colhidas ainda verdes e amadurecidas artificialmente em estufas não têm a mesma força vital que as amadurecidas pelo sol. O sol é a fonte máxima de energia, transformada pelas plantas em diversos materiais orgânicos, dentre estes, as frutas. Portanto, pelo amadurecimento artificial perde-se em qualidade. Apenas no caso das frutas verdes, pode-se cozinhá-las e 54
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aproveitá-las para a elaboração de compotas e geléias (aliás, as compotas e geléias são mais saborosas quando confeccionadas com frutas menos maduras). Uma outra saborosa forma de utilização de frutas cruas são os sucos, que devem ser preparados e consumidos na hora. Substitua o suco enlatado ou aqueles do tipo "pronto para beber" pelas frutas naturais. As razões? Basta analisar os seguintes dados: O numa pesquisa publicada em 1991, na Inglaterra, por um órgão do governo, descobriu-se que 16 das 21 principais marcas de de laranja continham substâncias adicionais, como açúcar de suco beterraba; O na produção de concentrados, como o de laranja, perde-se a vitamina C original, substituída no processamento final por injeções maciças de doses artificiais; O por último, em países como o Brasil, privilegiado por dispor de fruta fresca durante o ano todo, comprar suco enlatado é simplesmente antieconômico. Com o que se gasta comprando suco em lata, podemos comprar dúzias e dúzias de boas laranjas : ' A aveia é um dos mais versá teis e saborosos cereais que popêras, limões e goiabas; demos incorporar ao suco de O não se esqueça, enfim, das possibi- frutas batido no liqüidificador lidades de combinar, n o seu suc o de frutas, com açúcar e leite integral. alguns legumes, como é o caso da cenoura, que se associa muito bem com o mamão.
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Consuma só as frutas da época. Além de saudável, é mais barato. Confira na tabela abaixo: Frutas
Meses
Abacate
fevereiro - julho
Abacaxi
julho - setem bro / nov em bro - janeiro
Ameixa
janeiro - fevereiro
Banana-maçã
janeiro - julho
Ban ana -nan ica
janeiro - agosto
Caqui
março - maio
Figo
janeiro - março
Fru ta-d o-co nd e
fevereiro - março / julho - agosto
Goiaba
março - junho
jabuticaba
agosto -
Jaca
novem bro
fevereiro - junho
Laranja
maio - agosto / outu bro - janeiro
Limão
dezembro - junho
Maçã
janeiro - março
Ma mã o
abril - julho / outubro - nov emb ro
Manga
outubro
- dez em bro
Maracujá
janeiro - junho
Melancia
maio - junh o / nove mb ro - janeiro
Melão
janeiro - maio
Morango
julho - outubro
Nectarina Nêspera Pêra
dezembro
-
fevereiro
setembro
-
outubro
janeiro - março
Pêssego
nov em bro
- janeiro
Tan geri na
crav o
a b r il - j u n h o
Tangerina
ponkan
maio - julho
Uva
janeiro - abril
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APROVEITANDO TUDO
A cultura culinária brasileira oferece uma variedade de receitas baseadas no reaproveitamento dos pratos principais, como é o caso do tutu de feijão à mineira, os bolinhos de restos de arroz e a própria feijoada, um dos mais cotados p ratos da culinária nacional. Estas são algumas das práticas do nosso meio rural que, infelizmente, foram em parte esquecidas no cotidiano da vida urbana. A razão desse "esquecimento" pode ser encontrada na necessidade de ampliação do mercado de consumo, levando a transformações nos costumes culinários. Entretanto, hoje em dia, há toda uma preocupação pelo reaproveitamento dos alimentos, procedimento que é tão importante tanto do ponto de vista gastronômico quanto do econômico. A Associação Brasileira de Culinaristas (ABC), reúne mais de 300 professoras de culinária de todo o Brasil. Muitas de suas associadas enviam receitas alternativas, de modo que a Associação já montou um projeto com mais de 800 receitas selecionadas, chamado "Culinária Popular". O manual Diga não ao desperdício, distribuído pela Coordenadoria de Abastecimento da Secretaria de Agricultura de São Paulo, também inclui receitas testadas e aprovadas, usando alimentos comumente descartados. A luta para criar uma nova mentalidade de aproveitamento de alimentos é abraçada ainda por uma outra instituição, a Central de Cooperativas de Crédito do Estado de São Paulo (Cecresp). 57
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São da ABC, da Coordenadoria do Abastecimento e do Cecresp as receitas aproveitando talos, folhas, casca de banana e até sobras de arroz que reproduzimos abaixo. A CASCA DA BANAN A
É possível fazer bolinhos ou bifes a partir da casca Siga as instruções. Ingredientes: 8 cascas de banana, 2 ovos, cebola, mentão, cheiro-verde, sal, alho e pimenta-do-reino a nha de trigo ou de mandioca o suficiente p ara fazer óleo para fritar.
da banana. tomate, pigosto; fariuma liga e
Para preparar, lave as cascas de banana, escorra-as e pique-as bem fininhas. Junte os demais ingredientes e amasse bem. A seguir, coloque na forma de bifes ou bolinhos e frite em óleo quente. A CASCA DA BATATA
Você pode acompanhar a sua cerveja gelada com uma porção de tira-gosto feito com casca de batata. Siga as instruções. Ingredientes: cascas de batatas, óleo para fritar e sal. Para o preparo, primeiramente lave bem as cascas de batatas. Após escorrê-las, frite-as em óleo quente até ficarem douradas e sequinhas. Tempere com sal e sirva. A C A S C A D O M A R A C U JÁ
É possível elaborar um doce bastante exótico a partir das cascas do maracujá. Siga as instruções. Ingredientes: cascas bem lavadas de 6 maracujás azedos e firmes, duas xícaras (chá) de açúcar, 3 xícaras (chã) de água, 1/2 xícara (chã) de suco de maracujá e 2pauzinhos de canela. Para preparar, descasque os maracujás, deixando toda a parte branca. Coloque numa tigela e cubra com água. Deixe de molho de um dia para o outro. Escorra e coloque numa panela. Junte o açúcar, a água, o suco de maracujá e a canela. Leve ao fogo até que forme uma calda grossa. FOLHAS E TALOS
As folhas e talos das verduras e hortaliças podem gerar uma ótima sopa, para aquecê-lo no inverno. Siga as instruções. Ingredientes: quatro colheres (sopa) de óleo ou margarina, duas colheres (sopa) de cebola ralada, duas xícaras (chã) de farinha de 58
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mandioca torrada ou farinha de milho, dois litros de água, folhas e talos de cenoura, beterraba, agrião, bem picados e sal a gosto. Numa panela, aqueça duas colheres (sopa) de óleo e refogue as cascas e os talos de verduras. Reserve. Numa panela grande, aqueça o restante do óleo e refogue a cebola. Acrescente a água. Junte aos poucos a farinha (de mandioca ou de milho) e tempere com o sal. Mexa bem, junte os talos refogados e sirva em seguida. 0 PÃO VELHO
Consagrada receita popular, o pudim de "pão velho" é bastante apreciado em todas as camadas sociais e são muitos os que não trocam um bom pedaço de pudim de pão por qualquer outra guloseima. Ingredientes: para o equivalente a doze pãezinhos, junte seis ovos, um litro de leite, 500 g de açúcar, três colheres de sopa de manteiga, três de farinha e meia colher de sopa de fermento. O pudim também p ode ser enriquecido com uva passa (a gosto), cravo e canela. Preferencialmente, o pão deve estar bem duro e velho. Misture tudo numa panela grande e aguarde o amolecimento do pão. A seguir, amasse tudo com as mãos ou, então, utilize o liqüidificador. Espere a massa reagir. Coloque então a massa numa forma untada com manteiga e leve ao forno bem quentinho. Quando a massa gratinar, apresentando uma crosta bem amarelada, retire do forno, deixe esfriar e esparrame uma gulosa calda de açúcar sobre o pudim. Agora, é só comer! 0 ARROZ COZIDO
Sobrou arroz cozido? Reaproveite, fazendo um bom suflê. Siga as instruções. Ingredientes: uma xícara (chá) de sobra de arroz cozido, três ovos, sal a gosto, um a xícara (chá) de leite, uma colher (sopa) de manteiga, 100 g de queijo m inas, um a colher (sopa) de farinha de trigo e cheiro-verdepicado a gosto. Coloque todos os ingredientes no copo do liqüidificador e bata. Despeje numa forma bem untada e leve ao forno para assar. Outra dica é o verdadeiramente tradicional bolinho de arroz. Siga as instruções. 59
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Ingredientes: sobras de arroz cozido, farinha, ovos e salsinha. As sobras devem ser misturadas com salsinha a gosto, um pouco de farinha e ovos até atingir o ponto de "liga". Molde a massa obtida com duas colheres para formar os bolinhos. Mergulhe-os um a um no óleo bem quente. Assim que dourar, retire da panela, escorrendo o óleo excedente. OS NABOS
Reapresente o nabo na forma de um assado. Siga as instruções. Ingredientes: 250 g de nabo, cheiro-verde a gosto, 1/2 tomate, u ma colher (sopa) de manteiga, u ma xícara (chá) de pão cortado em cubinhos, uma colher (café) de sal, 1/2 xícara (chá) de leite e um ovo. Cozinhe os nabos até ficarem macios. Amasse-os com um garfo e reserve. Doure o cheiro-verde e o tomate na manteiga e junte o nabo amassado. À parte, misture os cubinhos de pão, o leite e o sal e deixe de molho por dez minutos. Acrescente o nabo amassado, coloque numa assadeira untada e leve para dourar em forno quente. 0 C A R O Ç O D A JA C A
Com os caroços da jaca, podemos elaborar um doce bastante saboroso. Siga as instruções. Ingredientes: 250 g de caroço de jaca, 100 g de açúcar, duas gemas, uma colher de chá de margarina e quatro gotas de baunilha . Preparo: torre no forno os caroços de jaca, retire as peles e passe-os pela máquina de moer carne. Faça uma calda em ponto de pasta com o açúcar, dois cop os de água e a baunilha. Jun te a margarina, retire do fogo e deixe esfriar. A seguir, junte as gemas passadas pela peneira e os caroços moídos. Leve ao fogo brando e continue a mexer com a colher de pau até aparecer o fundo da panela. Despeje num prato ligeiramente untado com margarina e deixe esfriar. Faça bolinhas e passe açúcar de confeiteiro. DICAS PMFI APROVEITAR OS MINERAIS DOS AU MENTOS
Os minerais encontram-se livres na Natureza, principalmente nas águas dos rios, lagos, oceanos e nas camadas superficiais da terra. Embora representem apenas de 4 a 5% do peso corporal médio do ser humano, os minerais são substâncias nutritivas indispensáveis ao nosso organismo. Existem mais de vinte minerais que 60
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são essenciais à nossa saúde, dentre eles o cálcio, o ferro, o sódio, o potássio, o zinco, o cloro, o magnésio, o fósforo. Quanto ao cálcio e ao ferro, os quais normalmente são ingeridos em quantidades insuficientes, destacaremos alguns dados fornecidos pela nutricionista Avany Maria Xavier Bom, na edição de 21 de agosto de 1994 do jornal O Estado de S. Paulo. Cálcio: cerca de 1 a 1,2 kg do peso de um adulto é representado pelo cálcio. Este mineral, juntamente com o fósforo, faz parte dos dentes e dos ossos. Além disso, o cálcio é essencial para o sangue, evita a insónia, auxilia nas batidas do coração e na contração
(
muscular. As leites, me lhores fontes osalimentares cálcio são os os queijos, iogurtes e de as / Uma das formas popula res de reaproveitamento coalhadas. Um copo de 250 ml de leite (integral do cálcio é utilizar a água o u des na ta do ) o u u m a po r çã o de, a pr o x ida fervura dos ovos para madamente, 30/40 g de queijo (uma fatia) cobre aguar as plantas ou, enmais de 1/3 de nossas necessidades diárias. tão, picar as cascas dos Outros alimentos, como hortaliças de cor verde ovos e misturá-la à terra escura (brócoli, repolho), pescado (sardinha, dos vasos. ostra, marisco), contêm um teor razoável deste mineral. Ferro-, Ao contrário do cálcio, o ferro é encontrado numa quantidade muito pequena em nosso organismo, de três a cinco gramas do peso de um adulto. Mas é extremamente importante. Ele está presente no nosso sangue e nos tecidos musculares. A quantidade necessária varia segundo o sexo: dez mg diárias para o homem e 18 para a mulher (durante a idade reprodutiva, para atender às perdas menstruais e às demandas aumentadas com a gestação e a lactação). Se houver perda anormal, provocada por hemorragias, verminoses etc., essas quantidades também se alteram. As melhores fontes alimentares de ferro são os alimentos de origem animal e dentre eles, sem dúvida alguma, o fígado é o melhor, seguido pelas ostras, coração, língua e carne magra de vaca. Entre as fontes vegetais, temos os feijões secos e hortaliças de cor verde intensa - neste caso, não tão bem ap roveitados pe lo organismo. Muitos destes preciosos minerais necessários à nossa saúde são irresponsavelmente esbanjados, desperdiçados por fervuras exaustivas ou então simplesmente atirados fora, pelo ralo de milhões de pias de cozinha. Além de aproveitar a água da fervura de 6i
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ovos, dos vegetais ou dos cereais que ficaram de molho para irrigar as plantas domésticas ou a horta, existem várias outras maneiras de impedir a perda dos minerais dos alimentos. Algumas lições são tradicionais, como as da culinária asiática, que jamais ferve excessivamente os vegetais. Outras decorrem apenas do bom senso. Analise as sugestões que se seguem, propostas pela nutricionista Avany Maria Xavier Bon: O utilize sempre a água de cozimento de legumes e verduras. Com exceção do espinafre, a água de cozimento pode ser utilizada na preparação de pratos como arroz e sopas; O cozinhe os grãos na água em que ficaram de molho. A regra vale para os feijões secos, o grão-de-bico e a lentilha, entre outros grãos; O utilize a água que se desprende das carnes quando descongeladas; O associe sem pre o consumo de alimentos ricos em cálcio e ferro com alimentos com vitamina C (morango, acerola e frutas cítricas como a laranja e o limão), pois essa vitamina é necessária para a absorção destes minerais; O evite tomar café ou chã em quantidade excessiva, bem como ingeri-los logo após as refeições, para garantir o melhor aproveitamento do ferro ingerido. PROCESSOS SIMPLES E EFICIENTES PARA CONSERVAR OS ALIMENTOS
Da tradição rural européia são conhecidas técnicas simples e elementares para conservar alimentos por meses, e em alguns casos, por anos. Um armazenamento doméstico bem planejado ajuda pessoas e famílias a serem auto-suficientes, dando tranqüilidade em momentos difíceis, tais como desemprego e acidentes naturais. Nos parágrafos que seguem, temos alguns métodos de conservação de alimentos da época em que não se falava em freezer. P R O C E S SO D E A R M A Z E N A M E N T O D E C E R E A IS EM G R Ã O S
Esse processo é simples, prático e válido para qualquer tipo de grão: arroz, feijão, ervilha, lentilha, trigo, soja, aveia, grão-de-bico 62
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e canjica. Para armazenagem, todos os grãos devem ser bem escolhidos e bem secos e os vasilhames, limpos e secos. Complete o vasilhame o máximo possível. Passe parafina (vela derretida) nas emendas de fundo e de lado do vasilhame para vedar completamente. Guarde a seguir o recipiente num lugar seco e arejado. P R O C E S S O C O M G E L O -S E C O
Coloque os grãos dentro do vasilhame até atingir cinco centímetros da borda. Coloque uma colher de gelo-seco para cada quilo de grão. Em seguida, feche o vasilhame, e aguarde até o geloseco quando se desfazer o gelo-secoNeste acabou, cessarcompletamente a refrigeração(sabemos por fora que do vasilhame). momento, atarraxe ou lacre firmemente o vasilhame. Passe fita isolante, parafina ou vela derretida para vedar completamente. P R O C E SS O C O M Ó L E O
Coloque numa panela ou peça de porcelana uma colher de sopa de óleo comestível para cada quilo de grão. Misturar bem para que todos os grãos fiquem recobertos com uma película de óleo. Pode-se usar qualquer tipo de óleo comestível. Os grãos ficam brilhantes e bonitos depois de tratados. Feche muito bem o vasilhame e lacre como no processo anterior.
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P R O C E S SO D A Q U E I M A D E O X IG Ê N I O Esse processo é muito simples. Primeiramente, colocam-se os grãos no vasilhame até o limite de cinco centímetros da borda. Faça então um copinho com papel de alumínio, usando a própria mão em forma de concha. Coloque dentro do copinho um pouco de algodão embebido em álcool e disponha-o, com cuidado, no meio dos grãos. Acenda o algodão e em seguida feche completamente o vasilhame com o algodão ainda queimando. Pronto! A tampa deve ser completamente vedada com fita isolante e parafina ou vela derretida.
A FAZENDO CONSERVAS DE FRUTAS As conservas de frutas são um dos mais antigos processos de conservação criados pela humanidade. É uma conserva tradicional, tão arraigada nas culturas culinárias do mundo, que a indústria alimentícia a incorporou na pauta de produtos que coloca no mercado. Mas é possível fazermos nossas próprias conservas. Para fazer uma conserva digna da sua mesa, você deve tomar algumas precauções iniciais, tais como: O use apenas alimentos de boa qualidade, que estejam em ótimas condições e "no ponto" para a elaboração de conservas; O utilize apenas vidros em perfeitas condições, absolutamente limpos e esterilizados. P R E P A R A N D O 0 X A R O P E D A S C O N S E R V A S D E FR U T A S
Para confeccionar conservas de frutas, precisamos primeiramente fazer o "xarope", que pode ser fino, médio ou grosso. Usando-se açúcar ou açúcar de milho e água, as proporções seriam: O xarope fino - 2 partes de açúcar para 4 de água; O xarope médio - 3 partes de açúcar para 4 de água; O xarope grosso - 4 partes de açúcar para 4 de água; U m a d ic a i m p o r t a n t e p a r a e v i t a r q u e o s e u x a r o p e f i q u e c om g o s t o d e açú car q u eimad o (aq u ele q u e fica gru d ad o n a p an ela) é u sar águ a min eral.
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AS ETAPAS DA ELABORAÇÃO D AS CON SERVAS As etapas para você estocar em sua própria casa uma suculenta seleção de conservas de fruta e poder deliciar-se à vontade são: O selecione as frutas mais perfeitas e maduras, sem manchas ou apodrecimentos; O lave, enxágüe e esterilize todos os vidros, fervendo-os em água por vinte minutos (não se esqueça: esses vidros são aqueles que você antes jogava fora, entupindo os lixões); O lave as frutas com água e escova, enxágüe e seque com cuidado; O prepare o xarope que será usado e mantenha-o quente; O descasque, descaroce e pique as frutas a gosto; Muita atenção! A lgu mas fru tas, como a maçã, a p êra, o p êssego etc., em con tato com o ar, ficam escu ras. E m b ora isso n ão af et e o gosto , e p ara melh orar a ap arên cia, evite o escu recim en to colocan d o-as, d ep ois d e p icad as, n uma vasilha com sal e vinagre na proporção de uma colher de sopa de sal e uma colher de vinagre para cada dois litros de água fria. Não se preocupe com a presença do sal e do vinagre, pois isto não irá afetar o sabor.
O coloque as frutas nos vidros, evitando o contato manual; O coloque as frutas até o limite de dois centímetros da borda do vidro; O despeje o xarope até cobrir as frutas; O com uma espátula de madeira ou de plástico, elimine todas as bolhas de ar. Se necessário, adicione mais xarope ou suco, para mantê-lo um pouco acima do nível das frutas; O limpe bem as bordas dos vidros e tampe-os com força; O coloque os vidros numa panela com água quente, mantendoos um pouco distantes uns dos outros. A água quente deve cobrir os vidros. Inicie o processo de fervura; O o tempo de cozim ento com eça qu ando a água inicia a fervura; O o tempo de cozimento depende da consistência de cada fruta. Para as mais tenras (como, por exemplo, maçã, pêra ou 65
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pêssego), vinte minutos são suficientes. Para as menos tenras (o abacaxi, por exemplo), trinta minutos; O terminado o cozimento, apague o fogo e retire os vidros, colocando-os sobre uma toalha; O deixe os vidros esfriarem por aproximadamente 12 horas; O verifique cada vidro. Se encontrar algum vidro rachado, consuma este imediatamente. Os demais deverão ser rotulados, datados e armazenados em lugar fresco para consumo posterior; O este método permite conservar as frutas por um ano. FAZENDO CONSERVAS DE COGUMELOS
Uma boa opção para você iniciar a sua coleção de vidros com conservas salgadas é começar pela de cogumelos, tam bém chamada de "conserva sueli". Isto porque as conservas desses deliciosos fungos, além de constituir alimento bastante versátil, combinandose com um variado leque de pratos, possui diversas outras vantagens, dentre outras: O são mais saudáveis, pois somente usamos ingredientes naturais e nenhum composto químico; O são mais tenras e saborosas; O quanto ao preço, uma mesma quantidade feita em casa, comparada com o produto manufaturado, é da ordem de duas a três vezes; O outra vantagem ainda é que as conservas de cogumelos são de fácil confecção, não requerendo mais do que alguns minutos da sua atenção. Para iniciar seu estoque de cogumelos em conserva, siga as seguintes etapas: O ad q u ira na su a feira livre en tre 2 5 0 e 3 0 0 g d e cogu melos fr esco s; <0 lave-os e limp e-os cu id ad osamen te d eb aixo d e águ a corr en te . S ep are os q u e estiverem ou com com água, marcas muduas ito p colheres rofu n d as;de café O coloque-os a seguird efeitu numa osos panela com de sal e o suco de um limão grande bem espremido; <ò assim que levantar a ferv ura , man tenha-o s ce rc a de um minuto sob fogo baixo; O coloque-os em vidros esterilizados e tampe imediatamente. Deixe o calor dis sipar- se colocando os vidros ao ar livre, e a seguir co loque-os na geladeira.
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Não se esqueça de que esta é uma conserva de curto prazo, ou seja, deve ser consumida no máximo em nove dias. FAZENDO CONSERVAS DE LEGUMES, VERDURAS E FEIJÕES
Para processar conservas de legumes, verduras, feijões e outros itens de nossa "pauta alimentar", você deve obedecer às seguintes etapas: <0 selecione os que estiverem em estado perfeito; O lave-os.ouAlguns, descascados picados;como é o caso das batatas, deverão ser O aqueles que escurecem, como as batatas, devem, depois de descascados e picados, ser colocados em salmoura; O alguns vegetais, tais como a batata, batata-doce e a abóbora, deverão ser cozidos de dois a cinco minutos; O escorra bem e coloque nos vidros até a altura de cinco centímetros da borda; O coloque água quente até cobrir os legumes e as verduras; O adicione sal, na proporção de uma colher de chá para vidros de um litro; O com uma espátula de madeira, ou de plástico, elimine todas as bolhas de ar; O limpe bem as bordas dos vidros, evitando a permanência de qualquer resíduo que possa impedir a perfeita vedação da tampa; O tampe os vidros e inicie o processo de cozimento ou de processamento; O o tempo de cozimen to ou de processamento é con tado a partir do início da fervura; O temp o d e fervu ra variará d e acord o com a con sistên cia d o vegetal. P or exemp lo: cou ve-flo r, vagem, q u iab o, ab ob rin h a beterraba e cenoura batata, batata-doce, ervilha ab ób ora, milh o verd e e b erin jela cereais e feijões
2 5 / 3 0 min u tos 35 minutos 45 min u tos 55 min u tos 1 hora e 30 minutos
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O o cozimento deve ser realizado em uma panela de pressão grande, que tolere temperaturas acima de 100 graus centígrados, indispensável para todos os vegetais; O terminado o tempo do cozimento, desligue o fogo. Não coloque a panela de pressão sob a água da torneira, nem abra a válvula para o vapor sair mais rápido. Deixe a pressão sair lentamente para manter a melhor qualidade de sua conserva e não quebrar os vidros; O retire os vidros, coloque-os sobre uma toalha e vede-os completamente, pressionando para baixo o aro de metal. Para os vidros que não com possuem sistema de segurança, procure vedá-los completamente fita adesiva; O os vidros que estiverem perfeitos, deverão ser rotulados, datados e guardados em lugar seco, ao abrigo da luz e sem umidade. As conservas não d evem ser guardadas em lugares quentes ou no congelador, pois perderão sua qualidade. CONSERVAS M GâRNE SOVINA
Os métodos de conservação de carne são, em geral, antigos e baseados em técnicas tradicionais, comprovadas milenarmente. A carne, que é um produto perecível, pode perfeitamente resistir por dois a quatro anos, desde que convenientemente tratada. F A Z E N D O A C O N S E R V A T R A D IC IO N A L
Para fazer conserva de carne, deve-se proceder da seguinte forma: O primeiramente, limpe a carne de todo o sebo; O tempere a carne com os condimentos de seu gosto; O deixe-a repousar por 24 horas em lugar fresco, para que o tempero penetre em toda a carne; derreta banha de porco o suficiente para cobrir toda a carne queOvocê deseja conservar; O coloque a carne, juntamente com a banha derretida, ainda quente, num vasilhame adequado para ser armazenada. Deixe no fogo por vinte minutos; O se o vasilhame for de lata ou aço inoxidável, pode ser colocado diretamente no fogo. Caso seja vidro, esquente em banho-maria; 68
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O fech e o vidro ou a lata ainda fervendo, limp ando antes a tampa e as bordas do vidro ou da lata; O retire do fogo e lacre completam ente, ved ando co m fita adesiva. Este processo permite conservar a carne entre dois e quatro anos. FAZENDO CARNE-DE-SOL
Para fazer carne-de-sol, siga as seguintes orientações: O use capa de filé, fraldinha e outras carnes que possam ser abertas "em manta"; O limpe todo o sebo da carne, podendo deixar as gorduras. Não lave a carne; O salgue a carne com sal fino ou sal grosso moído, tomando cuidado para que o sal seja muito bem distribuído pela carne e introduzido em todas as suas dobras; O deixe permanecer no sal por 12 horas, para que o sal penetre em toda a carne; O estenda a carne em varais de bambu ou de corda, para receber sol por três dias seguidos (não se incomode com o sereno, ele auxilia na conservação); O entretanto, a carne deve ser recolhida no caso de garoa, chuva ou qualquer umidade mais intensa; O durante o tempo em que estiver exposta ao sol, a carne deve ser virada a cada 12 horas; O a carne deve ser enrolada e embrulhada em papel celofane; O posteriormente, armazene a carne-de-sol em local fresco e ao abrigo da luz. Este processo permite conservar a carne entre dois a quatro anos. MÉTODOS PARA CONSERVAR OVOS
Durante séculos, as populações tradicionais conservaram ovos sem recorrer a eletrodomésticos. Para este guia, coletamos duas técnicas bastante comuns no meio rural de diversos países. M É T O D O D O P A P E L D E S ED A
O embrulhe os ovos em papel de seda, colocando-os numa caixa de madeira forrada com algodão em rama. Para cada camada de ovos, uma camada de algodão; 69
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O repita o processo até encher a caixa; O conserve em local fresco e bem ventilado. MÉTODO DA ÁGUA DE CAL
Há um outro método bastante eficiente, que consiste em guardar ovos em água de cal. Até a Segunda Guerra Mundial, esse método era usado em toda a Europa. Países como a Polônia, Lituânia e a Estônia o empregavam inclusive para exportação em larga escala para os países da Europa Ocidental. É um método muito simples: O coloca-se em um vidro de boca larga, ou em pote de louça ou barro, uma solu ção de águ a e cal - 250 g de cal para cada 4 litros de água; O os ovos são mergulhados nessa solução e conservados em lugar fresco e ventilado.
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EVITANDO O DESPERDÍCIO
VALORIZANDO OS RECURSOS
Poucos atentam para o incrível problema que é o lixo na atualidade e para o assombroso volume de materiais descartados pela nossa civilização. Com a expansão do chamado mundo moderno, a terra tem sido constantemente entupida com lixo. Mesmo no ponto culminante da terra, o Everest, desde a base até o pico, calcula-se que existam cerca de 500 toneladas de tubos de oxigênio, latas de alimentos em conserva, ferramentas, plásticos, cordas e até restos mortais de alpinistas, que morreram tentando escalar a montanha. Tampouco os lugares remotos, totalmente distantes da chamada civilização, estão a salvo dessa praga moderna que é o lixo. Um ponto desabitado e alheio às rotas de navegação, as ilhas Dulcie e Henderson, do Arquipélago das Pitcairn, no Pacífico Sul, despertou indignação de um pesquisador britânico, que ali aportou para coletar e pesquisar insetos. Em carta dirigida para um a ONG amb ientalista, o cie ntista revelou um volumoso achado de 953 objetos de vários tipos, incluindo 171 garrafas de vidro, 25 calçados, 2 cabeças de boneca e uma bombinha de asma. 71
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O Primeiro Mundo, que abrig a 20 % da população mundial, consom e 2 / 3 d os metais e 3 / 4 d a en ergia con su mid a n o p lan eta.
Outro bom exemplo da incrível capacidade de colonização do planeta pelo lixo foi o naufrágio, em maio de 1990, de um carregamento de 80.000 tênis da marca Nike nas proximidades do litoral do Alasca. Os calçados foram encontrados numa vasta área geográfica, desde o Sul do Estado do Oregon (EUA) e até nas Ilhas Charlotte (Canadá), uma alcançaram distância deainda 1.000askm entre os dois pontos. Exemplares isolados ilhas Havaí e o Japão. A questão do lixo é um tema de enorme responsabilidade para cada um de nós. Podemos, mesmo inadvertidamente, produzir resíduos que estarão contaminando uma vasta área geográfica e, desse modo, devemos ter sempre em mente que vivemos num mundo pequeno, que conta com recursos finitos. Das nossas atitudes pessoais também depende a conservação e a valorização da Natureza. Potencializada pela vontade de milhõe s de cidadãos responsáveis, a atitude pessoal de cada um de nós torna-se parte de um movimento permanente em defesa do meio ambiente. AS GRANDES fONTSS DE DESPERDÍCIO Basicamente, são três as grandes fontes ou matrizes geradoras de lixo e de desperdício nas nossas casas: isi As decisões tomadas pelos nossos governantes. Escolhidos por nós nas eleições, as decisões tomadas pelos políticos repercutem diretamente na política agrária e energética, no planejamento urbano, nos gastos sociais e no orçamento da educação, entre outros quesitos. Freqüentemente, atendendo a projetos preocupados unicam ente em agradar aos financiadores das suas campan has eleitorais, mas não a você, os governantes contribuem para com o despe rdício de recursos naturais e o comprometimento irreversível da vida de milhões de cidadãos. EM não conheço nenhum país civüizado que autorize o chuveiro eíétrico. João Alberto Meyer, especialista em energia.
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As estratégias adotadas pelas grandes empresas, estatais ou de capital privado, nacional ou transnacional. No geral, essas empresas estão muito pouco preocupadas com ecologia, salvo quando o clamor público torna-se demasiado evidente. Com o apoio ou a conivência dos governantes, estas firmas produzem equipam entos dom ésticos perdulários em energia, poluem de forma irresponsável a atmosfera terrestre, utilizam materiais não recicláveis e gastam mais água do que o necessário (normalmente pagando pela água bem menos do que você). Os procedimentos adotados individualmente pelos moradores de casas. S eg u n d o avaliações procedentes de diversas fontes, sabe-se que um a casa em média desperdiça 25% do gás, 30% da água e 42% da eletricidade que em tese está consumindo. O desperdício domiciliar no Brasil responde por fração significativa da agressão ao meio ambiente nacional. Basta lembrar que, no país, o consum o de energia pelas residências equivale a 8,8% do petróleo e derivados, 20% da eletricidade, 55,6 % da lenha e 29,5% do carvão vegetal do consumo total. Também deve-se contabilizar na pauta dos desperdícios um vasto elen co de supérfluos que, tão logo são adquiridos, são rapidam ente transformados em lixo, caso, por exemplo, dos brinquedos presenteados sem critério pelos pais de classe média e de diversos outros objetos mome ntaneamen te na moda, em breve esquecidos e atirados na lata de lixo. Além disso, muitas utilidades domésticas são destruídas ou avariadas pelo mau uso ou pelo descuido, deteriorando-se pela falta de atenção e transformando-se rapidamente em sucata inútil. fl civilização existe por consentim ento geológico, sujeito a mudança sem aviso prévio. Will Durand
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COMBA TENDO O DESPERDÍCIO
Porém, nada do que foi colocado implica pensar que inexistem cidadãos poupadores de recursos. As donas de casa, desde muito tempo, revelaram-se especialistas de primeira ordem na reciclagem dos resíduos produzidos nas residências, além de adotarem posturas condizentes com o uso equilibrado dos recursos e a conservação dos equipamentos. Algumas dessas práticas são bastante corriqueiras e praticamente universais nos dias de hoje, podendo-se citar: \como ^ sacos reutilização de lixo;dos sacos plásticos de lojas e su perm ercados iú£í con fecç ão de bloco s de an otaçõe s co m p apéis cujos versos estão em branco; transformação de sapatos velhos em chinelos para andar dentro de casa ou, então, reservá-los para serem usados durante reformas, limpeza, trabalhos manuais e/ou braçais etc.; armazenamento de cabos de vassoura, que guardados, substituem oportunamente um outro que tenha quebrado; ^ reap roveita me nto de garrafas velhas , qu e levadas a um cortador de vidro, originam uma variada gama de práticos objetos e bens de uso doméstico; reutilização de vidros ou de copos de alimentos industrializados. Outra dica importante é mudar a relação que porventura mantem os com os objetos que nos cercam na nossa casa. Podem os dilatar a durabilidade dos equ ipame ntos, tratando-os com o de vido cuidado que merecem. De nada adianta transformá-los em "saco de pancadas" dos nossos problemas pessoais, o que, além de não resolver qualquer problema, cria outros, na forma de bens inutilizados ou comprom etidos qua nto à sua durabilidade. Desse mod o, antes de jogar qualquer coisa fora, use a imaginação e o bom senso! Você tamòém pode se dirigira quatquer coisa como "vós", e se o izer, sentirá uma mudança na sua própria psicoCogia. Joseph
Campbell
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Merecedores de atenção mais demorada, estão três itens que pesam diretamente no "almoxarifado" da Natureza e no seu bolso. São eles a água, a eletricidade e o gás. Esta tríade constitui o elenco de insumos básicos para o funcionamento de qualquer sistema doméstico, requerendo comentários mais específicos, assim como um acompanhamento mais direto e táticas mais aprimoradas de controle e monitoramento. Evite também o desperdício de tempo Muitos se queixam da falta de tempo e, por essa razão, não mudam nada nas suas vidas. Geralmente, apelam para explicações que culpam, d ireta ou in d iretamen te, os outros como a principal causa do problema. N a realid ad e, gran d e p ar te d a n ossa " falta d e temp o " d e co rre d e ob jetivos falsos q u e n os foram imp ostos p ela p rop agan d a e p elo sistema, metas muitas vezes fúteis e irrelevantes. Sempre existe tempo para tudo o que pretendemos nas nossas vidas, desde, é claro, que nos empenhemos para isso. D izer q u e n ão se tem temp o p ara fazer as coisas q u e n os agrad am e sofrer p or isto é esq u ecer q u e, em ú ltima in stân cia, nós determinamos o uso que fazemos do tempo. Caso isto n ão esteja ocorren d o, é p orq u e aceitamos que alguém (ou uma teoria qualquer, econômica ou política) o esteja d etermin an d o p or n ós. ^
Cinco minutos que voc ê consegu e recon qui star p or dia equivalem a 30 horas, ao longo de um ano. Uma hora diária que você consegue reconquistar equivale a quinze dias em um ano. U ma h ora p or d ia recon q u istad a p or você d u ran te 40 an os rep rese nt a dois anos.
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DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA
A economia de energia elétrica é uma preocupação cada vez mais importante para o cidadão consciente. Quando nós reduzimos o consumo de energia, diminuímos nossa participação na agressão ao meio ambiente, pois passamos a requisitar, numa proporção muito menor, os recursos da Natureza. É evidente que poderia existir um consumo menor de energia caso as empresas se dispusessem a usar a tecnologia para a produção de artigos com maior durabilidade, conhecimento disponível há décadas e não usado porque retiraria uma fatia considerável dos lucros. De qualquer forma, lembre-se de que a atitude dessas empresas não justifica a irresponsabilidade individual de cada um de nós. De nada adianta criticar a lógica das grandes empresas se em nosso cotidiano reproduzimos a reconhecidamente péssima prática das companhias que veementemente criticamos nos nossos discursos. O s p ad rões d e u so eficien te d e en ergia, relativamen te a ap arelh os d e u so d oméstico, d everiam ser ou tra imp ortan te p riorid ad e, u ma vez q u e re f rige rad o res, fogõe s, aq u eced o res d e águ a, sec ad ore s d e rou p a, cald eiras, con d icion ad ores d e ar e ou tros semelh an tes resp on d em p or 75% d a totalid ad e d o u so resid en cial d e en ergia. Lester Brown
Aprimorando nosso controle sobre o consumo de energia, estaremos contribuindo para um uso mais racional da produção energética, evitando até mesmo uma pane do fornecimento de energia. Lembre-se, enfim, de que o uso racional dos eletrodomésticos também traz óbvios benefícios econômicos, contribuindo com o saudável hábito de poupar. A participação média de cada item no consumo doméstico: G elad eira C h u veiro elétr ico Ilu min ação T elevisão Máquina de lavar Ferro e l é t r i c o
30% 25% 20% 10% 5% 5% Fonte: Eletropaulo / Agência para Aplicação de Energia, 1997
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No uso de freezers guintes cuidados:
e de geladeiras, habitue-se a tomar os se-
Èã caso você tenha um freezer, além da geladeira, evite mantêlo em funcionamento caso esteja guardando pouco alimento. Nesse caso, desligue o freezer e coloque o alimento no congelador da geladeira; ^ zele pela conse rvação, fazendo limpeza e dege lo periódicos, procedendo ã manutenção das borrachas de vedação da porta; regule o termostato para o mínimo necessário, em confo rmid ade com as / O
"J'^
0
^o refrigerador numa
casa silenciosa tornou-se um dos
orientações do fabricante; ^ instale a geladeira ou freezer fora do ícones acústicos da modernidade alcance dos raios solares e de outras fontes como símbolo de tranqüilidade e da paz. de calor, sempre em local bem ventilado; ^ jamais coloq ue qualquer alimento quente - e muito menos destampado - na geladeira, pois essa demanda irá sobrecarregar o mecanismo; ^ evite a prática de seca r roup as e sapa tos na parte traseira dos equipamentos; 77
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t^ não disponha no interior da geladeira ou do freezer, prateleiras adicionais ou quaisquer outras "inovações" que impeçam a circulação interna do ar frio; ^ evite manter as portas abertas desnecessariamente e o conh ecido "abre e fecha". Ambos causam grande consumo de energia. Procure guardar ou retirar os alimentos da geladeira de uma vez só (abrindo menos a geladeira, podemos também estar nos poupando de alguns quilos adicionais absolutamente desnecessários). E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E L IG A R 0 C H U V E I R O
O chuveiro é um dos aparelhos de sua casa que mais consomem energia. Caso seja possível, substitua o chuveiro elétrico pelo aquecimento a gás ou painéis solares. Mas, caso não seja possível proceder a substituição, você poderá atenuar o problema acatando as seguintes orientações: nos dias quentes, use o chuveiro com a chave na posição "verão". O consumo é cerca de 30% menor do que na posição "inverno"; ií£l não se demore no banho. Limite o tempo debaixo da água quente ao mínimo indispensável. Preferencialmente, ensaboe-se antes; t^ procure manter sempre limpos os orifícios de saída de água do chuveiro; Êl nunca procure reutilizar uma resistência queimada. Você poderá aparentemente estar poupando ao não comprar uma nova, mas estará gastando m ais energia e além disso, comprometendo sua segurança.
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E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E LIG A R A L U Z
O item iluminação é dos que mais pesam no perfil de consumo das casas e, desta forma, adotando-se alguns cuidados básicos, pode mo s contribuir diretamente para melhorar o desem pen ho energético das nossas casas. Já que você está pagando pela luz, use-a o máximo e o melhor que puder. Torne eficiente seu consumo de energia adotando os procedimentos que abaixo elencamos: uma mudança importante nos seus hábitos será passar a desligar a luz sempre que possível. Ao sair de um ambien te, apague imediatamente a luz; [i^ crie o hábito de fazer uma "ronda" pela casa de vez em quando, checando se as luzes estão efetivamente apagadas; ^ em vez de com eçar um "acenda-apag a" de interruptores toda vez que pretender acender as luzes de um ambiente, mentalize a posição dos interruptores e respectivas fontes de iluminação. Além de ecológico e prático, o procedimento é também mais eficiente; ^ aprov eite o má xim o possível a luz do sol, abrindo cortinas e janelas. Preferencialmente, abra caminho para a passagem dos rastros e fachos de luz pelos ambientes da sua casa, liberando o trajeto de obstáculos e outros objetos. A luz solar fornece iluminação da melhor qualidade, e, além de natural, é de graça; ^ não se deixe levar por um certo "senso com um " que considera que lâmpadas de menor potência gastam menos energia. Recorde-se sempre de que uma lâmpada de maior potência é mais econômica do que várias de potência menor; ^ passe a planejar a iluminação de cada ambiente, obten do o máximo de efeito possível com o menor custo energético; ^ para melhorar a iluminação e simultaneame nte co nseguir diminuição no consumo de energia, lâmpadas mais eficientes não são por si só suficientes. Atente para as características das luminárias. Lâmpadas muito aparentes provocam brilho e causam desconforto visual. Quando demasiadamente embutidas, perdem o rendimento; ^ lembre-se de que ambientes adequadamente ocupados solicitam menor iluminação (aproveite a dica para desocupar sua 79
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casa de resíduos e trastes que estão atravancando indevidamente a sua vida e sugando, nos dois sentidos, sua energia vital); Éá em cômodos com circulação ou permanência intensa de pessoas, como a cozinha, o banheiro e eventualmente o escritório, utilize lâmpadas fluorescentes, que duram mais e consomem menos energia; tíà em am bientes no s quais se requer maior intimidade, com o as salas de estar e os dormitórios, faça uso de abajures; ^ em áreas de circulação restrita, instale minuteiras (interruptores com t i m e r ) , evitando assim que as luzes permaneçam acesas o tempo todo; tu* para iluminação de ob jeto s decorativo s, utilize lâm padas dicróicas para realçá-los; ^ preferencialm ente use cores claras nos ambientes, potencializando a reflexão da luz; â utilize níveis de luminosid ade comp atíveis com o que de seja de cada ambiente; faça uso de luminárias sempre que possível; i^í limpe periodicamente lustres e globos; ^ man tenha todas as suas janelas limpas. A luz do sol é a máxima referência possível para uma casa ecoloqicame n te cor re ta. O sol p od e acion ar p ain éis p ara o forn ec ime n to d e águ a aquecida e de eletricidade sem qualquer consumo predatório ou amb ien talmen te imp actan te. A lu z solar tamb ém p od e ser valorizad a como potente elemento higienizador, pois muitos insetos e microorganismos não toleram qualquer raio de luz.
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Equipamento que muitos julgam um verdadeiro símbolo do mundo moderno, a televisão tornou-se para muitos uma espécie de sonífero ou, então, numa fonte de ruído da qual os mais viciados só conseguem a duras penas se desvencilhar. Esse estranho hábito sugere que a televisão deva ser um parceiro permanen te de com panhia, carência que p ode ser satisfeita por bom numero de estratégias mais saudáveis (até porque a televisão, vale a pena ressalvar, é uma perigosa fonte de radiação). 80
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Existe também uma reconhecida baixa qualidade da programação rotineira da televisão, composta de uma mistura surrealista de sexo, violência de todos os tipos, anúncios governamentais, apresentações de partidos políticos etc. E isto sem contar o excessivo e incessante bombardeio propagandístico, muitas vezes de cunho apelativo e de mau gosto. Vm anaíista estima que um americano típico é exposto a 50 a 100propagandas todas as manhãs antes das nove horas. Juntamente com a sua cota semanatde 22 horas de televisão, os adolescentes americanos são expostos em média a três a quatro horas de propagandas de TU por semana, acumulando peto menos 100.000 anúncios entre o nascimento e a graduação no I o grau. A l a n D u r n i n g , Worldwatch
Institute.
Porém, sem nos determos nestas ou noutras críticas ainda existentes ao que as emissoras transmitem, podemos ao menos minimizar o custo psicológico e energético advindo do equipamento, atentando para as seguintes orientações: ^ habitue -se a selecio nar a progr ama ção da televisão. Não permita que qualquer porcaria penetre na sua cabeça indevidamente. A sua cabeça vale para você muito mais do que qualquer outro recurso. a TV a cabo e a própria rede comercial dispõem de programas de excele nte qualidade, que pod erão contribuir - e não prejudicar - a sua formação e a dos seus filhos. A maioria dos jornais brasileiros dispõe de uma coluna cultural resenhando os principais pontos da programação. Faça uso constante dela;
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£ some nte ligue o aparelho quando for efetivamente assistir a um programa. Será bem menos oneroso e, com certeza, estará se poup ando de assistir a milhares de propagandas e cenas peçonhentas, que certamente não farão falta para a formação cultural de qualquer um; ÉS por último, se não obtiver sucesso nas medidas anteriores, ao menos abandone o hábito grotesco de dormir com o televisor ligado. Você poderá verificar que a sua conta de energia diminuirá. E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E L IG A R 0 F E R R O E L É T R I C O
Embora com pequena participação no cômputo geral dos gastos com energia, o ferro elétrico pode tornar-se um vilão na hipótese de a família ser numerosa e, além disso, existir descuido na manipulação do equipamento. Portanto, atente para os seguintes cuidados: ÉS acumule o m áximo de roupa possível, conce ntrando o período de uso do ferro elétrico; É^ utilize exclusivam ente a temperatura indicada para cada tipo de tecido, o que também irá ampliar a durabilidade das suas roupas; ligue o ferro elétrico apenas uma vez ao dia, evitando sucessivas operações de aquecimento do aparelho; ÉS passe primeiramente os tecidos que requerem temperaturas mais baixas, passando gradativamente para os demais tipos. E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E L IG A R A M Á Q U I N A D E LA V A R
A máquina de lavar é um equipamento que gasta pouca energia. Pode-se, no entanto, melhorar seu desempenho energético lançando mão de algumas regras muito simples, a saber: És procure evitar sujar roupas desnecessariam ente. Desse mo do, sua máquina de lavar roupa será menos requisitada; És torne eficiente o trabalho do equipamento programando o tipo de roupa a ser lavada. Cobertores e roupa de cama numa empreitada, vestuário noutra e assim por diante; ÉS apenas ponh a a máquina em funcionam ento com a quantidade correta de roupa, pois assim, além da eletricidade, economizamos água; ÉS use a dosagem correta e a marca do sabão em pó indicada pelo fabricante da sua máquina; É^ man tenha constantem ente limpo o filtro da máq uina.
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A limpeza que ninguém vê A máquina de lavar, assim como a lavadora de louça, possui um "ganho secundário" importante, configurado na água quente que periodicamente limp a e esteriliza os can os d a n ossa casa, con trib u in d o p ara afastar d iversos in setos e fon tes d e od ores d esagrad áveis.
E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E L IG A R 0 A R - C O N D I C I O N A D O Se as casas fossem construídas em harmonia com os climas da região, de mais baratas, muito mais pareficientes. além Infelizmente, não é o seriam que temtermicamente acontecido, em grande te como responsabilidade da especulação imobiliária, das construtoras e de modelos arquitetônicos importados dos países temperados do hemisfério Norte. Assim, difundiu-se o uso do ar-condicionado. Ele é uma espécie de "carro-chefe" do consumo energético em oficinas e escritórios, alcançando cerca de 48% do consumo de um prédio comercial. O ar-condicionado constitui, na opinião de muitos, um verdadeiro símbo lo de um a civilização que p rocura a todo instante ignorar a Natureza. Uma estratégia se difundido é a adoção dos exaustores eólicos, um sistemaquedetem captaç ão de ventos que mantém a casa continuamente fresca, dispensando em alguns casos os condicionadores, consumidores perdulários de energia. Isto sem contar as fortes evidências que responsabilizam esses equipamentos pela proliferação de bactérias responsáveis por uma série de doenças. Da mesma forma que muitas tecnologias ecológicas que terminaram incorporadas a um "imaginário ecológico pós-moderno", os exaustores eólios inspiram-se em tecnologias tradicionais desenvolvidas a muitos milênios por dezenas de povos do Terceiro Mundo. Um desses sistemas, descrito por Hassan Fathy em Construindo com o povo - Arquitetura para os pobres, é usado pelos camponeses egípcios desde antes da construção das pirâmides, constituindo verdadeira obra-prima de engenhosidade. Se possível, comprometa-se com essa tecnologia suave. Lembrese de que o serviço de instalação exige um cálculo cuidadoso, pelo que a implantação deve ser feita por um serviço especializado. Na impossibilidade de implantar um exaustor eólio, você pode ainda apelar para o receituário elaborado pelo Programa Nacio83
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nal de Conservação de Energia, responsável pelo clássico "Apague a luz ao sair", uma literatura que sinaliza para a necessidade de diminuição do consumo de eletricidade do equipamento. Sinteticamente, as táticas seriam: ^ evitar in cid ên cia d ireta d e raios solare s n o amb ien te; ^ manter as janelas fechadas; ^ n ão ob str u ir a circu lação; man ter o filtro semp re limp o.
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A torneira elétrica reque r alguns cuidados p ara evitar que ela se torne um item importante no custo energético do lar: ^ evite ligar e desligar a torneira co nstantem ente; ^ reúna todas as peç as que deseja lavar na pia, preferencialmente deixando-as algum tempo de molho; ^í ensaboe todas as peças primeiro e só depois enxágüe-as. E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E L IG A R 0 F O R N O D E M I C R O O N D A S
O microondas, que é outro utensílio que povoa os cenários dos filmes americanos, recebeu uma acolhida fria aqui no Brasil. Em grande parte, isto é decorrente de alguns hábitos alimentares para os quais o microondas não está capacitado para competir com o fogão. No país, o microondas foi transformado numa espécie de aquecedor de café de luxo e de comida feita em casa, sem maiores impactos culinários. Existem também uma série de objeções de cunho ambientalista, que condenam o microondas como uma perigosa fonte de radiação, no caso, na forma de ondas eletromagnéticas. O problema ficaria ainda mais acentuado no caso de "vazamentos" de radiação, passíveis de prejuízos à saúde da população. Desta forma, se você pretende continuar a dispor de um microondas, adote os seguintes cuidados: ^ faça uma checa gem p eriódica do estado das borracha s de vedação da porta do microondas, substituindo imediatamente a borracha defeituosa; 84
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^ nunca coloque suas mãos sobre o aparelho quando ele estiver funcionando; ^ mantenha o aparelho a distância dos olhos, preferencialmente instalando-o longe da linha de visão; para certificar-se de um possível vazamento de radiação, coloque uma fruta sobre o equipamento em funcionamento. A seguir, corte a fruta e inspecione o seu interior. Se houver alguma alteração no seu interior, chame imediatamente um técnico; tuí portadores de marca-passo não devem manter-se próximos do aparelho; ^ ^ instale corretamente, ligando-o a um canal de descarga de eletricidade. D I M I N U I N D O 0 C O N S U M O N O H O R Á R I O D E P IC O
Assim como na chamada hora do rush, quando as ruas tornamse bastante requisitadas e ficam entupidas com grande quantidade de automóveis, ônibus, motocicletas e caminhões, o mesmo acontece com o setor elétrico no horário de pico. Esse horário, corresponde ao período entre as 17h30min e as 20h30min, quando a iluminação pública e particular é acionada com grande intensidade e milhões de chuveiros elétricos são ligados simultaneamente em todo o país. Além disso, muitos escritórios, oficinas, parte do comércio e do sistema industrial continuam ativos, consumindo muita energia. Da mesm a forma que você contribui para f \ E m alguns países europeus exiso desafogamento das vias de acesso toda tem disposições legais obriganvez que consegue evitar o horário ruim do do os cidadãos a ligarem suas trânsito - poupando energia, tempo e dimáquinas de lavar roupa ou nheiro - pode-se contribuir para um me- \^tarde da noite ou pela manhã, lhor perfil de consumo energético transferindo seus compromissos com a secadora ou com a máquina de lavar roupa, por exemplo, para mais tarde. Outra ajuda é simplesmente assistir menos à TV, checando melhor a programação ou detendo-se num livro. C O M B A T E N D O O S V A Z A M E N T O S D E E N E R G I A E L É T R IC A
Como estamos acostumados com a idéia de existirem vazamentos de água, parece estranho para muitas pessoas a existência de 85
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vazamentos de energia. Pois estes existem e devemos tomar muitos cuidados com eles. Para descobrir "vazamentos" de corrente elétrica, proceda da seguinte forma: í^í desligue todos os aparelhos e apague todas as luzes. Se o disco do medidor de eletricidade estiver girando, é porque há alguma passagem de corrente; constatado o problema, chame o eletricista imediatamente. Geralmente o problema resulta de um simples curto-circuito ou falha na distribuição. Nos casos mais graves, registram-se ações inescrupulosas de roubo de energia. DICAS PARA ECONOMIZAR ÁGUA
A água potável é um recurso escasso no planeta. Do total das águas do mundo, 97,4% constituem a massa líquida dos oceanos e são impróprias para o consumo. A água que está aprisionada nas calotas polares, constituindo 1,8% do total, é potável, mas muito distante dos eventuais consumidores. Apenas 0,8% das águas do mundo é simultaneamente potável e acessível aos humanos, embora desigualmente distribuídos na superfície do planeta. Mesmo assim, estas águas vitais e raras da Natureza têm sido irresponsavelmente destruídas pela poluição, transformando os recursos hídricos numa questão de grande peso político no século xxi.
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O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos: cerca de 8% da água po- Para atender aos padrões clássitável do mundo concentra-se no território cos de potabilidade, a água deve brasileiro. Porém, as águas doces do Bra- ser pura, inodora e incolor. sil estão desig ualm ente distribuídas pe lo ^ território. A Amazônia, que rep resenta 5% da pop ulação brasileira, concentra sozinha 80% da água potável do país, enquanto os demais 95% da população usufruem de 20% da água. Além das pré-condições naturais, sucessivas agressões ao meio ambiente provocadas pelo homem , acomp anhadas de desequilíbrios socioeconómicos, têm originado o surgimento de diversas áreas críticas no tocante ao abastecimento de água potável. Este é o caso clássico do Nordeste brasileiro, região em que a "cerca" (do latifúndio) produz a "seca". Além do semi-árido, diversas regiões metropolitanas têm sido duramente atingidas pela falta d'água. As autoridades têm "solucionado" o problema adotando a estratégia dos rodízios, via de regra penalizando a população pobre, que habita as periferias dos grandes centros. Sem sombra de dúvida, todos esses fatos contribuiriam para tornar absurdapara qualquer forma de desperdício do precioso fundamental a perpetuação da vida. Entretanto, há líquido, que se registrar que o desperdício de água no Brasil é em larga medida estrutural, ou seja, ele se origina do próprio sistema criado para a sua distribuição. Esse absurdo ocorre, em primeiro lugar, porque existem vazamentos e perdas do líquido nas adutoras e nos encanamentos públicos. Em São Paulo, por exemplo, segundo o Instituto de Geociências da USP, cerca de 36% da água é perdida antes de alcançar os consumidores. Em segundo lugar, existe a própria irracionalidade do sistema adotado, que usa água tratada para finalidades como lavar quintais, garagens e para as descargas no banheiro. Em países como o Japão, é reutilizada a água do banho para essas operações de limpeza. (Antes de você considerar isso estranho, pense e responda: por que lavar a calçada com água tratada?) Em terceiro lugar, em razão da omissão das autoridades, devemos citar os equipamentos em circulação no mercado. Quase todas as torneiras e chuveiros disponíveis nas lojas são perdulários 87
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no consumo de água. A não regulamentação da produção por leis mais rigorosas permite mais uma brecha na defesa dos recursos hídricos. Existem, é claro, tecnologias alternativas, que conseguem uma diminuição das perdas. Exemplificando, enquanto uma torneira convencional gasta 0,2 litro por segundo, as alternativas gastam metade desse volume. Além de torneiras, existem também arejadores e pulverizadores que diminuem a vazão sem comprometer a eficiência. Embora pouco comuns no Brasil, já podem ser encontradas latrinas "ecologicamente corretas", assim denominadas porque solicitam menor vazão de água do que as de formato tradicional. No geral, esses equipamentos são mais caros, mas podemos contar com liquidações e feiras de material. O que interessa é que, apesar do preço, revertem rapidamente em benefício, pois o investimento é recuperado, no máximo, após seis meses de implantação do novo sistema. O consumo cie água na Çrande São (Pauto pode ser reduzido em até 52% se torneiras, chuveiros e descargas tradicionais forem substituídos por equipamentos mais eficientes.
edição de 16/11/1994.
Há também que serem listados os maus hábitos dos consumidores, que repercutem diretamente no volume de água consumido. Por exemplo, se uma pessoa escova os dentes em cinco minutos com a torneira meio aberta, ela gasta em média 60 litros de água. No entanto, se mantiver a torneira fechada e utilizar um copo de água, economizará mais de 59 litros de água tratada. Outro exemplo é o banho de chuveiro. Um banho de 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 144 litros. Caso o banho demore 5 minutos (mais do que suficiente para lavar o corpo de um adulto), fechando o chuveiro durante o ensaboamento, o consumo cai drasticamente para 48 litros. 88
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Lembre-se também de que todo uso supérfluo de água que você estiver detendo e estancando também é uma contribuição para diminuir a vazão dos efluentes e das águas servidas, geralmente direcionadas para as bacias hidrográficas das imediações, contaminando mananciais e cursos d'água em geral.
/Efluente: qualquer tipo de água ou líquido, que flui de um sistema de coleta, como tubulações, canais, reservatórios, elevatórios ou de um sistema de tratamento ou disposição final, com estações de tratamento e corpos de água.
D E T E C T A N D O E V ID Ê N C I A S D E V A Z A M E N T O S
Enquanto o poder público aguarda seu momento para dizer, no final das contas, a que veio, você pode muito bem cuidar da sua casa e fazer a sua parte na defesa do planeta, de preferência poupando água e dinheiro. A primeira providência, é óbvio, é verificar a ocorrência de vazamentos na sua casa. Por pequenas rupturas nos canos e falhas de vedação escoam grandes quantidades de água, numa proporção muitas vezes impensável para a maioria das pessoas. A título de exemplo, um prosaico buraco de 2 mm - o tamanho da cabeça de um prego - desperdiça aproximadamente 3-200 litros de água por dia. Se pensarmos que uma pessoa gasta, em média, entre 150 e 400 litros diários de água, fica evidente a sua dimensão, assim como o potencial de danos que podem ocasionar. Os vazamentos geralmente deixam sinais claros qu e contribuem para sua localização. Dentre os sinais mais comuns, podemos apontar: ÉS chão ou pare de com ár ea úmida ou molhada, apresen tando decomposição da tinta ou do reboco; ^ valo res muito acima da média de consumo da casa; & odor es desagradá veis emanados das pared es ou do chão; barulho persistente de água nas paredes ou no piso; ^ mentos estalo s sem nas fundaçõ do prédio ou chão, acompanhados de afundamotivo es aparente.
TESTANDO VAZAMENTOS
Antes de alarmar-se e chamar desnecessariamente uma firma especializada ou um encanador, faça um teste para comprovar o vazamento. 89
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Para verificar se há vazamentos siga as seguintes instruções: ^ jogue migalhas de pão no vaso sanitário; ^ se as migalhas não ficarem no fundo, é sinal de vazam ento na válvula ou na caixa de descarga; ^ nos vasos cuja saída da desca rga for para trás (dire ção da parede), deve-se fazer o teste esgotando-se a água. Se a bacia voltar a acumular água, há vazamento na válvula ou caixa de descarga. Outra dica é você iniciar o controle do seu consumo registrando os seus gastos numa tabela. Caso seu consumo médio apresentar aumento significativo, sem expansão paralela de atividades consumidoras de água, é porque existe algum vazamento. E C O N O M IZ A N D O N A H O R A D E A B R IR A T O R N E IR A
Grandes fontes de desperdício podem ser localizadas no nosso próprio cotidiano. Quando escovamos os dentes ou fazemos a barba mantendo a torneira aberta, estamos gastando muitos litros de água quando poderíamos estar gastando, com as torneiras fechadas, bem menos. Se o exemplo for a lavagem do automóvel, uma mangueira 30 minutos e 55do 0 litros d'água, enqu antoo 4aberta baldesporcom 10 litros gasta cada entre seriam200 mais que suficientes para trabalho. Uma economia de 20% a 80%! Como sempre, você deve manter-se atento com relação aos vazamentos e gotejamentos. Podemos compreender melhor a dimensão do desperdício analisando a ilustração abaixo: Você sabe quanta água se perde diaramente por uma torneira mal fechada?
; 16. 400
litros
J
25. 400
l i t ro s
33 .98 4
litros
90
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Pelo que foi exposto, você pode começar a economizar água atacando o problema pela raiz, ou seja, pela torneira, adotando os seguintes cuidados: combata todo e qualquer vazamento de água; ^ fech e bem todas as torneiras, certificando-se de que não há goteiras; ^ elimine da sua vida a prática da "vassoura dág ua", o u seja, a lavagem das calçadas e quintais utilizando a mangueira; ^ some nte use a mangueira caso estritamente necessário; mantenh torneira como ao lavar aa alouça e a fechada roupa; quand o não estiver usando a água, ÉJLS quando estiver com a torneira aberta, na pia da cozinha, por exem plo, co loque a louça por lavar debaixo do fluxo, assim, enquan to você lava uma peça, a água corrente já vai antecipando a lavagem da próxima peça; nunca deixe de fechar direito a torneira. Evite manter um fluxo de filetes de água. Com o temp o, o registro fica viciado, co mp rome tendo a sua finalidade e desperdiçando água; escove os dentes ou faça a barba sempre com a torneira fechada ou então, utilize um c op o (é p erfeitamente p ossível escovar os dentes com apenas um copo de água, experimente!); substitua a mangueira p or baldes de água na lavagem d o carro; tuí também não desperdice qualquer fração de água com sabão. Você pode atirá-la para lavar ou passar uma água nas calçadas, quintais etc; ^ não use equipamentos perdulários no consum o de água, caso das duchas de alta pressão; ÉS faça a limpeza necessária na casa, mas evite excessos. Não é promovendo o dilúvio que sua casa ficará mais limpa. Ela apenas se tornará mais úmida; durante o verão, não regue o jardim ou suas plantas durante o dia, mas sim no entardecer ou à noite. O aproveitamento da água pelas plantas será bem maior; não dê descargas muito demoradas. Se possível, substitua os vasos sanitários de formato tradicional pelos poupadores de água; Éi não tome banhos muito demorados.
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Apesar de malvisto por muitos ecologistas, que julgam o equipamento "antiecológico" em razão de ser mais uma fonte de consumo de energia, é indiscutível a utilidade desse equipamento. Apesar de consumir eletricidade, a máquina de lavar louça é uma grande poupadora de água. A título de exemplo, lembramos que uma lavadora grande, com capacidade para lavar a louça de uma família com seis pessoas, consome, quando bem usada, apenas 40 litros de água, enquanto uma torneira aberta na pia consome exatos 243 litros. Uma economia e tanto! Para otimizar o desempenho do seu equipamento, seguem alguns conselhos úteis, extensíveis também para a lavagem na pia: ^ limpe os pratos e panelas de todos os restos com uma escov a; ^ deixe as panelas de molho, juntando talheres e outros utensílios no seu interior; ^ coloq ue as peças na lavadora e somen te acione o equipame nto quando este estiver cheio. DICAS PARA ECONOMIZAR GÁS
O gás natural tem conqu istado grande pop ularidade com o forma de energia limpa e não poluente, e isto porque gera pouquíssimos subprodutos na sua combustão. O gás natural não pode ser confund ido co m o GLP - gás liquefeito de pe tróle o - , geralmente distribuído na forma de botijões, comercializados por meio de caminhões que percorrem as mas, venPoluente: qualquer forma de\ dendo-os diretamente aos consumidores. matéria ou de energia que interExistem diferenças entre os d ois tipos de fira prejudicialmente nos usos pre gás. O primeiro é um gás genuinamente ponderantes das águas, do ar e natural, formado pela Natureza nas profundo solo, previamente defin idos^ / d a s camadas do subsolo e geralmente associado às jazidas d e p etróleo. Qua nto ao GLP, trata-se de um produto artificial, em muitas ocasiões confundido propositadamente com o primeiro pelos distribuidores do produto. Além das diferenças quanto à origem, existem outras quanto às características físico-químicas. Por exemplo, o GLP é mais pesado que o ar, sendo muito perigoso por tender a se acumular em lugares 92
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fechados, caso das cozinhas e dos banheiros. Pode originar o chamado "efeito bolsão", responsável por grandes e desastrosas explosões em diversas cidades do país. Com relação ao gás natural, este é mais leve que o ar e dessa forma, quando vaza, dissipa-se na atmosfera, sendo muito raro estar associado a acidentes. Outra vantagem do gás natural é o fato de não causar corrosão, caso do GLP, O que determina um aumento da vida útil dos equipamentos. Evidentemente, em vista das vantagens elencadas, existe uma forte pressão social, e também econômica, visando a conversão do uso do GLP para o gás natural, inclusive na forma de determ inações legais proibindo o uso de botijões em apartamentos e impondo que as edificações sejam construídas de modo a estarem adequadas a receber o gás natural. A P R O V E IT A N D O M E L H O R O G A S
Para eliminar o desperdício de gás, nha, para as seguintes orientações toda \ evite cozinhar os alimentos em que, além de constituir desperdício de
atente, no caso da cozivez que ligar o fogão: panelas destampadas, o energia, implica a perda
de preciosos na preparação dos adequado, alimentos; impedindo procurenutrientes usar panelas com formato que a chama se dissipe pelos bordos; ^ use pane las termicam ente eficientes, optando pelas de ferro ou pelas U m a das mais preciosas lições da de alumínio com alma de cobre; culinária oriental é o fato de que, ^ nunca deixe de aproveitar qualno Extremo Oriente, jamais os aliquer sobra de água quente. Você pode mentos são demasiadamente coziutilizá-la para esterilizar a pia ou para dos, optando-se por uma fervura auxiliar na limpeza do ralo; leve, que mantém os vegetais num estado próximo do natural, preser^ quando ferver água, lembre-se de vando-se assim o essencial dos nuque a fervura se mantém com uma trientes no prep aro dos alimentos. intensidade menor da chama. O S C U I D A D O S N E C E S S Á R IO S C O M 0 G Á S
Além do cuidado na utilização do gás na hora do preparo dos alimentos, existe uma outra ordem de preocupações associada aos cuidados com a manipulação do gás. 93
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A mulher que cozinha numa panela de barro ao ar livre consome talvez oito vezes mais energia do que uma vizinha mais rica que cozinha num fogão a gás e em panelas de alumínio. O pobre que ilumina sua casa com lamparinas a querosene obtém um quinze avos da luz gerada por uma lâmpada elétrica de 100 W, mas consome a mesma energia. Estes exemplos ilustram o trágico paradoxo da pobreza. Para o pobre, a escassez de dinheiro constitui uma limitação maior do que a escassez de energia. Eles são forçados a usar combustíveis "livres" e equipamentos ineficientes porque não possuem dinheiro nem economias para comprar combustíveis com rendimento energético e dispositivos de uso final. Portanto, em termos coletivos, pagam muito mais por unidade de serviço de energia suprida.
O O
Toda vez que utilizar equipamentos abastecidos com gás, atente para os seguintes detalhes: no caso do cheiro de gás e/ou vazamentos, jamais acenda ou risque fósforos. Antes de mais nada, abra as portas e as janelas para propiciar o máxim o de ven tilação possível. Verifique a origem do problema, constatando se o cheiro é proveniente da sua residência ou da vizinhança; ^ caso conside re interessante, existe a alternativa dos detectore s de gás, disponíveis no comércio especializado. Os aparelhos são constituídos por um sensor e por um alarme comum, ativados automaticamente quando a concentração do gás ultrapassa os limites toleráveis; ÈU4 quanto ao forno, risque primeiramente o fósforo e somente posteriormente abra o registro. Se ocorrer uma liberação de gás sem queima imediata, a tendência será promover um acúmulo no recinto do forno, propiciando condições para um efeito bolsão que, embora em "pequena escala", poderá gás, na realidade, é inodoro.N levar você pelos ares. Assim, caso não consiga acender o queimador, feche o seu cheiro decorre do enxo fre
que é misturado como medida de segurança.
registro, o forno aberto e aguarde de dois aman trêstenha minutos antes de uma nova / tentativa; com relação ao aque cedor de água a gás, a instalação de uma chaminé é indispensável, pois a queima do gás produz subprodutos que devem ser conduzidos para fora do imóvel. Verifique de tempos em tempos se as conexões da chaminé estão bem ajustadas;
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ÉS uma vez que o aquecedor é necessariamente um consumidor de oxigên io, o local no qual estiver instalado deve ser necessariamente bem ventilado. Por isso, nunca feche completamente o basculante enquanto o aquecedor estiver funcionando; o ar gasto pelos equipamentos consumidores de gás deve ser permane ntemente renovado, e, assim sendo, nunca feche totalmente as janelas do compartimento enquanto o aquecedor estiver ligado. Faça uma checagem constante das ventilações permanentes, verificando se estão obstruídas ou não; faça revisões freqüentes nos equipamentos a gás, mantendoos em boas condições de uso. Os aparelhos a gás devem ser revisados ao meno s uma vez ao ano. Devem os prestar especial atenção quanto à cor da chama dos fogões e checar se não há acumulo de fuligem nos queimadores e chaminés. Não se esqueça de que boa parte das intoxicações decorre da má combustão do gás; ÉS nunca mantenha, no caso do fogão a gás e equipamentos similares, registros e dutos de gás com prazo de validade vencido. Faça sempre a troca no prazo, como medida essencial de segurança. A sua vida não tem preço.
USANDO ENERGIAS ALTERNATIVAS
O fato de a economia mundial ser acionada por combustíveis fósseis não renováveis, como o carvão e o petróleo, faz com que sejam despejados a cada ano na atmosfera terrestre, apenas sob a forma 95
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gasosa do dióxido de carbono, cerca de seis bilhões de toneladas da substância, responsável por inúmeras doenças, pelo gradual aquecimento do planeta e por uma poluição cada vez mais insuportável. Apesar de já haver consenso entre os cientistas sobre a probabilidade de os futuros desequilíbrios climáticos serem catastróficos, a liberação de carbono na atmosfera não diminuiu, mas continua crescendo. É assim que matrizes menos impactantes, mais brandas, ditas "soft" de geração de energia, conquistaram crescente popularidade e difusão. Assim, principalmente a partir dos anos setenta, surgiu uma série de propostas relacionadas com o uso de energias alternativas ou renováveis, adaptadas inclusive para o âmbito dom éstico. Essas energias alternativas seriam principalmente a solar e a eólia. A energia geotérmica, baseada no aproveitamento do calor interno da Terra e a maremotora, aproveitando a energia do deslocamento das marés, nem sempre dispondo das pré-condições necessárias para seu aproveitamento, estão presentes numa escala muito restrita. No geral, as formas alternativas possuem como denominador comum o fato de serem renováveis e serem bastante adaptadas ao meio natural. No entanto, não quer dizer ausência de impactos. As energias renováveis também apresentam impactos à saúde e ao meio ambiente, ocasionando desde ferimentos decorrentes de quedas de telhados durante a man utenção térmica solar e o inconveniente brilho do sol nas superfícies de vidro, até os impactos em termos de poluição sonora gerados pelas modernas turbinas movidas a vento, podendo incomodar a população vizinha. Essas questões, porém, são irrelevantes quando comparadas com os impactos causados pelas demais fontes de energia. U T I LIZ A N D O E N E R G I A S O L A R E M S U A C A S A
Muitos acreditam que, da mesma forma como já passamos pela idade do carvão, e presenciamos nos nossos dias uma "era do petróleo", talvez possamos estar assistindo ao surgimento da idade solar. O sol é o recurso mais abundante, democrático e gratuito (e esperamos que assim permaneça) que existe. A energia irradiada pelo sol é a grande fonte de energia primária que atinge a Terra, representando cerca de quatro trilhões de 96
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megawatts-hora por dia. Aproximadamente 60% dessa energia são novamente devolvidos ao espaço, por reflexão, ou são absorvidos pela atmosfera, constituindo a energia dos ventos, tufões e tempestades. Algo em torno de 40% chega à superfície do solo e oceanos, o que corresponderia, segundo alguns cálculos, a 5 ou 6 milhões de vezes a energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu. A utilização da energia solar ainda é pequena, mas começa a constituir fator importante em algumas regiões do mundo. Podemos citar, por exemplo, o aquecimento doméstico da água com energia solar na Austrália, Grécia e Oriente Médio, além de vários programas de energia solar no Leste Europeu, EUA e Japão. O aproveitamento da energia do sol por meio de termoelétricas está na fase de projetos marginalmente competitivos, sendo necessárias evoluções nos aspectos da pesquisa e desenvolvimento no sistema dos coletores e no sistema de geraç ão de eletricidade. Outra tecnologia é a geração de energia elétrica por meio de módulos de células fotovoltaicas, também conhecidos como painéis solares. Estes, em razão do constante aprimoramento tecnológico, vêm apresentando um aumento constante na sua eficiência operacional. As aplicações que têm se demonstrado vantajosas são os sistemas acoplados a módulos de baterias, com controladores de carga e inversores que, por requererem pouca manutenção, são bastante convenientes e versáteis.
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Há basicamente dois tipos de equipamentos com base na energia solar muito úteis para sua casa: iä os que aquecem a água para a formação de vapor; os painéis solares, que transformam diretamente luz solar em energia elétrica por meio de células fotovoltaicas.
Com relação à eletricidade, conheça algumas das características: os painéis solares fotovoltaicos produzem eletricidade em corrente contínua, 12 volts. Só podem funcionar diretamente em aparelhos de voltagem compatível. Há no Em Israel, não se pode construir mercado alguns equipamentos que funciosem instalar, no mínimo, um sisnam em 12 volts, com corrente contínua, tema solar de aquecimento de caso das lâmpadas fluorescentes, aparelhos água. de TV, rádios, bombas d'âgua etc.; para alimentar eletrodomésticos que funcionam em corrente alternada, é preciso usar um inversor, que transforma os 12 volts de corrente contínua em 110 ou 220 alternada; Éã para alimentar equipamentos de corrente contínua de 24, 36 ou 48 volts, associa-se o número correspondente de painéis em série. Pode-se acoplar uma bateria para armazenar energia para usos posteriores. Os painéis solares de fabricação nacional são capazes de gerar energia suficiente para manter: ^àí 1 painel: mantém acesa uma lâmpada fluorescen te de 15 watts por 6 horas, ou aciona uma bomba de 12 volts para abastecer uma caixa-d'água de 1.000 litros. ^ 2 painéis: forne cem energia para uso simultâneo de iluminação, aparelho de TV e radiocomunicação. ^ 3painéis: alimen tam um a gelade ira de 150 litros. ^ 4 painéis:de forne pararural. iluminação, rádio, TV e bombeamento água cem para energia residência Com relação ao fornecimento de água aquecida, um sistema para aquecimento de 400 litros solicita, em média, quatro placas coletoras. Apesar de caro, no geral, o investimento é recuperado após três anos, com a economia obtida no consumo de energia. Após esse período, é só gozar de autonomia para o resto da sua vida! 98
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U T I LIZ A N D O E N E R G IA E Ó L IA N A SU A C A S A
A energia eólica vem sendo usada há séculos, principalmente para bombear água, como foi no caso dos moinhos de vento dos Países Baixos, que colaboraram na imemorial luta do povo holandês contra a força dos mares. Atualmente, países como os EUA (particularmente na Califórnia) e Dinamarca apresentam rápido crescimento e difusão do aproveitamento dos ventos. Nesses dois países são usadas turbinas de ven to para gerar energia para a rede elétrica local. Os custos de geração tiveram uma redução significativa desde 1985, quando situava-se em torno de 20 centavos dólardeamericano redução para de menos 4 centavosporde kw/h, dólar esperando-se americano poruma kw/h ao longo da próxima década. Em nível residencial, o comércio especializado oferece diversos modelos, todos ainda importados, adaptados a diferentes contextos e necessidades, desde os que solicitam muito espaço até os pequenos coletores, que podem ser instalados em pequenos trechos com relativa facilidade. O modelo e a finalidade a serem escolhidos constituem opção sua, mas o fornecimento do vento, eterno e renovável, é da Natureza.
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LIXO : ACERTANDO NA CESTA
0 PROBLEMA DO LIXO
Praticamente desde o primeiro momento em que surgimos no mundo, nos é ensinado que o lixo é nojento, cheira mal, é composto de coisas velhas, não desejadas, atrai bichos repulsivos, provoca doenças... e no entanto cresce ano a ano, num movimento paradoxal. Quanto mais somos seduzidos para o novo, mais velharias são produzidas; quanto mais somos seduzidos para o limpo, mais imundícies são geradas. A palavra lixo é prov eniente do latim lix, que significa cinza ou lixívia, ou do verbo lixare, que significa polir, desbastar, arrancar o supérfluo. Por conseguinte, uma vez retirado o excesso, resta definir qual o seu destino. Nas antigas civilizações, os processos de eliminação do lixo visavam basicamente afastar e cobrir os resíduos, atitude que, em razão do "perfil do lixo" então existente, era plenamente satisfatória. Tora cCo acampamento, terás íugar onde te possas retirar para as suas necessidades. Levarás no equipamento uma pá para fazer as necessidades. Jlntes de voítar, coòrirás os excrementos. Deuteronômio, 23: 13-14
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No caso da modernidade, porém, a questão conquista complexidade muito maior. As montanhas de lixo que ela criou constituem o centro de um problema sem precedentes no tocante ao monitoramento dos resíduos, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo. Atentemos calmamente para os dados expostos abaixo. O s 6 0 m ilh õ es d e b r a s ileir o s q u e f o r m a m a p o p u la ç ã o economicamente ativa do país consomem 70 quilos de embalagens por habitante, por ano. A indústria de embalagens é consumidora de 60% do plástico produzido no país, 56% do vidro, 46% do papel, 15% do aço e 12% do alumínio (CEDI, 1992). Para produzir esses materiais, é gasta um a fabulosa quantidade de energia. Uma tonelada de alumínio consome 17.600 kw/h; 1 tonelada de aço, 5.750 kw/h; 1 tonelada de plástico, 1.140 kw/hora; 1 tonelada de papel, 600 kw/h e 1 tonelada de vidro, 150 kw/h. O lixo, portanto, é um produto caríssimo! "Em 1970, oito caCorias de com bustíveis fósseis produziam uma caíoria de aíimentos. O processo de embaíagem também consome grandes quantidades deenergia: uma simpíes garrafa de Coca-Cola, descartável, necessita de 1.471 caiarias para ser emòaíada. A n t ô n io R o b e r t o G u glie lm o
Estima-se em 90.000 toneladas diárias a quantidade de lixo produzido nas cidades brasileiras. Cerca de 60% de todo o lixo é coletado, geralmente em áreas comerciais e residenciais de maior poder aquisitivo, permanecendo o restante junto às casas ou atirado nas ruas, terrenos baldios, encostas, mananciais, córreg os e rios. Nesses lugares são com uns os deslizam entos, as enchentes, os focos de doenças, cheiros pestilentos e uma paisagem infernal. Aterro sanitário: disposição dos resíduos sólidos no solo e sua cobertura por terra, numa freqüência semanal ou maior, de modo a não ocasionar prguízo ao ambiente e à saúde pública.
"íp Cerca de 3% do lixo coletado segue para aterros ditos "sanitários", que em sua ime nsa maioria não são sanitários, mas sim aterros "controlados" (também um eufemismo, pois a falta de controle é generalizada). Mais de 50% do lixo coletado entope os lixões de modo caótico.
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O crescimento mundial das cidades aumentou a quantidade e os tipos de materiais utilizados na fabricação de produtos, aumentando, por um lado, a procura de energia e de matériasprimas e, por outro lado, as montanhas de lixo produzidas diariamente. Há 30 anos, cada pessoa produzia entre 200 e 500 gramas/dia de lixo, enquanto hoje na América Latina, se estimam entre 500 e 1000 gramas por pessoa e nos países do hemisfério Norte, valores 2 a 4 vezes maiores. $?A composição do lixo também vem se alterando, de quase completamente orgânica passa a ser uma massa volumosa, diversificada, parcialmente não biodegradável e com porcentagens crescentes de materiais tóxicos e perigosos, quando não inclui materiais portadores de radioatividade (o caso do Césio de Goiânia é um dos exemplos mais conhecidos da modalidade). Jí sociedade do descartáveC desenvoCveu-se quando a energia era èarata, as matérias-primas abundantes e quando um número muito menor de pessoas do que o existente atuaímente competia peCos recursos. Mas, com suas origens em eras á passadas, os dias da sociedade do descartáveC estão contados (...). JA. sociedade do descartáveí opera segundo o princípio da oèsoCescência planejada, conceito introduzido peia indústria automoèiCística. Lester Brown
A sociedade de consumo contribuiu diretamente para a montanha de lixo que está ameaçando afogar o planeta. Desde que a humanidade surgiu no planeta, o conceito tradicional relacionado com a produção de objetos sempre esteve baseado na durabilida10 3
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de. Fazia-se uma determinada coisa para sempre. A perda desse valor pela modernidade, que admite que os objetos possam ou mesmo devam ser tratados sem qualquer Os países industrializados geram \ r e s P eitO. como s T g l E H l S fossem impor-" cerca de ^O% dos rejeitos peri tantes de um ponto de vista universal, é gosos do mundo inteiro diretamente responsável por essa situação. SOLUÇÕES GEMIS EXISTENTES PARA 0 LIXO
Muitos países compartilham, ao menos formalmente, de uma mesma concepção no que diz respeito às prioridades no direcionamento emprestado à administração e monitoramento do problema do lixo. Desse modo, com base nas metodologias existentes, procura-se prioritariamente: 4 '§3 mudança dos hábitos culturais e de consumo das pessoas, predispondo-as a adotar posturas ambientalmente mais corretas; reduçã o da produ ção de lixo na fonte, isto é, procura-se evitar ou diminuir ao máximo a geração de_resíduos; incentivar produtos e e mb alagen s reutilizáveis e/ou recicláveis; ^^reutilização direta dos materiais, como garrafas de vidro e embalagens industriais; reciclagem do lixo; N incineração do lixo; Evite produtos descartáveis: copos plásticos, garrafas de vidro sem retorno e barbeadores são poluentes. Use sacolas de pano para as compras.
^
aterro
Deste modo, enquanto as autoridades não atuam ou não resolvem a contento a questão, o cidadão comum pode contribuir para atenuar os problemas do lixo adotando um amplo leque de procedimentos.
É o que veremos a seguir. MUDANDO 0 SEU MODO DE VIDA A primeira e melhor maneira que você tem para contribuir com a diminuição do volume do lixo é simplesmente abandonando o seu modo costumeiro de vida, perdulário de energia e recursos naturais. Lembre-se de que uma casa ecológica somente existe ou se justifica quando também tornamos ecológico o nosso modo de vida. 10 4
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DIMINUINDO A GERAÇÃO DE RESÍDUOS
A diminuição da geração de resíduos na fonte é a segunda mais importante estratégia adotada para administrar a questão do lixo. Como é possível observar, esta estratégia associa-se muito intimamente com a primeira, isto é, com a mudança da nossa forma de ver e de observar o mundo. Deste modo, sua participação é de suma importância. As leis básicas do lixo Todas as atividades geram lixo, mesmo as de reutilização e reciclagem. Lixo atrai lixo. Limpeza repele lixo. Uma cidade ou uma casa limpa não é aquela que mais se limpa, mas aquela que menos se suja.
Atente pois para os procedimentos que você pode adotar.
A JU D A N D O A M A N T E R 0 M U N D O L IM P O Podemos (e devemos) cessar a produção de lixo na fonte ou, então, atenuar ou retardar ao máximo o ingresso de "lixo novo" nos depó sitos e lixões. Materiais e substâncias com o pap éis, vidros, plásticos, metais e a porção orgânica do lixo podem ser poupados, sendo o uso mais criterioso desses itens uma estratégia de importância fundamental para a preservação do meio ambiente. Produzindo menos lixo e sendo mais criterioso com as coisas, você estará ajudando a limpar o mundo.
G E R A N D O M E N O S P RO B L E M A S C O M A S E M B A L A G E N S Os alimentos industrializados são embalados nos mais diversos tipos de materiais como o vidro, papelão, plástico e o alumínio ou então, por meio de combinações, como, por exemplo, as embalagens do tipo "longa vida", compostas por alumínio, papelão e plástico. É significativa a presença das embalagens na composição do lixo. Na Comunidade Européia, representam cerca de 36% do total dos resíduos e para enfrentar o problema, alguns instrumentos têm sido utilizados pelos governos europeus. Vale a pena tomar co105
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nhecimento desses procedimentos para termos clareza do que podemos implantar no Brasil. Primeiramente, em termos fiscais, a Comunidade Européia estabeleceu uma série de impostos sobre vasilhames não retornáveis, depósito sobre vasilhames retornáveis, impostos sobre matériasprimas e isenção para matérias recicladas. Em segundo lugar, quanto aos instrumentos técnicos, adotou-se a proibição de vasilhames de PVC, criaram-se objetivos quantitativos de reutilização e programas de reciclagem de diversos materiais. Quanto aos fabricantes,dasestes passaramdos a ser responsabilizados pela solução do problema embalagens seus produtos. Com isso, procurou-se combater a estratégia adotada pelos produtores de repassar os custos ambientais para os consumidores. Os pontos de venda, na Europa, passaram a ser obrigados a receber de volta as embalagens e entregá-las imediatamente ao fabricante, sob pena de sanção legal.
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Por fim, a legislação sobre o lixo proibiu o sistema público de coletar essas embalagens. A estratégia adotada pressupõe que, ao cabo de alguns anos, haverá muito pouco rejeito no lixo, pois a maior parte dos materiais será reaproveitada. Apesar de a legislação ambiental brasileira ser muito consistente, as autoridades - para variar - zelam pouco ou quase nada quando a preocupação é o meio ambiente. O cidadão consciente pode, no entanto, adotar algumas medidas simples, porém bastante eficientes, para atenuar o problema, dentre elas: '§3 produtos superembalados são em quase todos os casos mais caros do que os produtos a granel. Economize e poupe a Natureza adquirindo a granel; prefira as embalagens recicláveis. Em geral, esses tipos de embalagens apresentam uma marca composta por setas dispostas em círculo; lem bre-se, no entanto, de que reciclável significa que a emb alagem pode ser reciclável no futuro. Se não houver algum local para absorver essa embalagem, ela se tornará lixo; dê preferência para embalagens com selos indicando a procedên cia ecologicamen te correta do produto, caso do dolphin safe, pre sent e nas latas de atum. O selo indica que se trata de produto proveniente de pesca não predatória; opte pelas marcas que informam a composição da embalagem dos seus produtos; evite adquirir produtos One Way, isto é, cujos recipientes não podem ser retornados aos locais de venda; prefira utilizar produtos com refil; no caso de produtos de origem florestal, procure pelo selo FSC, que identifica extração não predatória da matéria-prima;
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exclua incondicionalmente o isopor. Essa substância é altamente tóxica e prejudica a camada de ozônio porque possui CFC na sua com po siçã o; Resultado direto do crescimento da população que vive só, os supermercados no Brasil, a exemplo do que acontece há muito tempo no Primeiro Mundo, também passaram a comercializar produtos com embalagens menores, adequadas ao consumo solitário e individual.
não aceite que o vendedor embrulhe peixes ou a carne com jornal, tinta de impressão possui elementos químicos prejudiciais pois à suaa saúde. G E R A N D O M E N O S P RO B L E M A S C O M A S P IL H A S
As pilhas úmidas, como as baterias dos automóveis, e as pilhas secas são altamente lesivas ao ambiente. Elas contêm metais pesados, como por exemplo o chumbo, cádmio e o níquel, todos daninhos à saúde. As pilhas não devem ser encaminhadas para a coleta^pois podem contaminar o composto orgâjiico. No Brasil, uma resolução d e 1999 deterMetais pesados: metais como cobre, zinco, cádmio, niquel e
mina que os fabricantes as pilhas dos consumidores e sejamrecebam responsáveis por chumbo, comumente usados na uma destinação aceitável. Em países como indústria e que podem, se prea Alemanha e o Japão, os próprios fabrisentes em elevadas concentracantes são obrigados a coletar, reciclar ou ções, retardar ou inibir o prodar um encaminhamento ecologicamente c e s s o b io ló gic o a e r ó b io o u não impactante para artigos como pilhas. anaeróbio, e ser tóxicos para os As alternativas de que dispomos são: organismos vivos. reduzir o consumo de pilhas, usando um adaptador para corrente elétrica; ££ reutilizar, adquirindo pilhas recarreg áveis ou equ ipam en tos que operam com base em baterias solares. IM P E D IN D O A T R A N S F O R M A Ç Ã O D O P A P E L E M L IX O
Uma porcentagem superior a 20% do lixo produzido pelas casas brasileiras é constituída por uma profusão de papéis e papelões, materiais que um dia jã foram árvores. Você pode contribuir para minimizar esse problema adotando os seguintes procedimentos: 108
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$5 dar preferên cia para age ndas, cad ern os e livros fabric ados c o m p a p el r ec ic la d o ; ^ ser mais criterioso na utilização do material. Pense antes de usar qualquer folha de papel; $5 aproveitar toda fra ção de p ape l disponível; ^ reutilizar lado em branco dos papéis; reaproveitar envelopes. Nos escritórios, são bastante a p r o p r ia d o s p a r a r em es s a s in t er n a s d e d o c u m en t o s e o u t r o s usos que dispensem envelopes novos; reaproveitar ao máximo as caixas de papelão, envelopes, cartões, papel de fax e xerox, impressos em geral etc.; requisitar a retirada do seu nome das listagens de empresas que lhes Cada tonelada de papel enviam folhetos com informações inúteis reciclado evita a derrubada de e que não o interessam; lé a 30 árvores, em média. participar de programas de coleta seletiva. bata no liqüidificador e coloque a mistura
pique o papel e coloque de molho na bacia.
/*"
triturada na bacia.
COMO FAZER PAPEL RECICLADO Ingredientes: Papeis velhos, bacia, água, liqüidificador, duas molduras, uma com tela de náilon. vire a tela e coloque sobre uma mesa mergulhe as molduras na mistura
retire a m oldura sem tela
retire a tela e deixe o papel reciclado secar sobre o jornal.
coloque um jornal sobre a mistura na tela e aperte.
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IM P E D IN D O A T R A N S F O R M A Ç Ã O D O V ID R O E M L IX O
O vidro é um nobre material inventado pelos antigos fenícios, que monopolizaram sua fabricação no Mediterrâneo durante séculos. O vidro, material sumamente respeitável por suas qualidades intrínsecas, sempre foi requisitado em todo serviço ou atividade que necessitasse de maior refinamento. Dentre muitas outras, podemos destacar as seguintes vantagens proporcionadas pelo vidro: <§3 vidro é higiênico, conservand o o aroma e o sabor dos alimentos; <5? vidro é pouco suscetível a mudanças de temperatura; vidro é transparente, permitindo observar o conte údo; <§3 vidro não deforma; <§3 vidro é retampável; vidro não gera substâncias tóxicas; vidro é mais facilmente reciclado. O mundo moderno vulgarizou o seu uso e universalizou sua difusão. Exemplo disso é que das profundezas abissais do Oceano Pacífico foi retirada uma garrafa de Coca-Cola, o que também demonstra a capacidade deste material de permanecer no ambiente sem se decompor. assinalar que8%embora a reciclagem de recipientes de vidro Vale economize apenas com relação à produção do material novo, os recipientes podem no entanto ser devolvidos e reutilizados indefinidamente. Veja o que você pode fazer para minimizar o problema: reutilizando garrafas como vasos, como recipientes para uso geral ou como potes para guardar pequenos objetos, botões, pregos etc.; encaminhando potes e frascos vazios e limpos para instituições que mantêm cursos de lapidação em vidro; dando preferência por embalagens de vidro com retorno; f5seo consumo de refrigerantes for grande na sua casa, procure comprar quantidade maiores, pois assim, além de preço melhor, você estará estimulando a circulação de frascos de vidro retornáveis; tendo de optar entre embalagens de vidro ou de plástico, não hesite: opte pelo vidro. Se estiver num bar, adquira apenas o refrigerante ou água mineral que dispuser de apresentação em vidro; <§3 participando dos programas de coleta seletiva. 11 0
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Gerando menos problemas com as fraldas Estima-se que, nos Estados Unidos, são jogados no lixo 18.000.000.000 de fraldas sujas por ano. Uma criança chega a u sar, a té ap r en d e r a ir ao b an h eiro, 1 ton elad a ou 10 0. 00 0 frald as. E stas au tên ticas mon tan h as d e frald as u sad as são d e d ifícil d eterioração sob con d ições n atu rais, p od en d o p erd u rar p or muitos anos. As f raldas de sca rtáv eis co nstituem um poderoso ag en te poluidor e de contam inação do am bien te natural. A alte rna tiva - única no caso - são as fraldas de algodão. Não é fácil, mas com o tempo você vai se acostu ma r. Lem bre -se de que as fraldas de algodão apresentam as seguintes vantagens: $ são mais b aratas; ^ s ã o reu tilizáveis in ú meras vezes; ^ s ã o mais d elicad as p ara a p ele d a crian ça.
IM P E D IN D O A T R A N S F O R M A Ç Ã O D O P L Á S T IC O E M L IX O Apesar de algumas vantagens oferecidas pelos plásticos (outras embalagens ocupariam um volume até 150% maior que o atual e seu peso aumentaria cerca de 300%, elevando o consumo de combustíveis subproduto de um recurso natural não renovável, as polêmicas que se desenvolveram contra seu uso apresentam no mínimo um consistente apanhado crítico do material. O que é o plástico? O ponto de vista de um filósofo Para Roland Barthes, o plástico foi o primeiro material a aboiir a "hierarq u ia d as su b stân cias" , p ois tu d o p od eria ser fab ricad o com ele. E mb ora os n omes comerciais sejam in sp irad os em p astores d a mitologia grega (Polistirene, Feno plaste , Polivinile, Polictilene), o plástico sem p re evocaria u m sen tid o d e coisa artificial: " N a ord em p oética d as gran d es su b stân cias, é u m material d esfavorecid o, p erd id o en tre a efu são das borrachas e a dureza plana do metal: não realiza nenhum dos verd ad eiros p rod u tos d a ord em min eral, esp u mas, fib ras. E u ma su b stân cia alterad a: seja q u al for o estad o em q u e se tran sforme, o p lástico con serva u ma ap arên cia flocosa, algo tu rvo, cremoso e en torp ecid o, uma impotência em atingir alguma vez, o liso triunfante da Natureza. Mas aquilo que mais o trai é o som que produz, simultaneamente oco e plano. O ruído que produz derrota-o, assim como as suas cores, pois parece poder fixar apenas as mais químicas: a do amarelo, do vermelho e d o verd e, só con serva o estad o agressivo, u tilizan d o-as ap en as como u m n ome, cap az d e osten tar ap en as con ceitos d e cores."
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Contra o uso do plástico, sabe-se que além de ser um subproduto de um recurso natural não renovável, o petróleo, constitui uma substância que, quando abandonada no meio natural, torna-se um poderoso poluente de difícil degradação. O plástico tem sido responsabilizado como um dos grandes fatores que contribuem com inundações, entupindo bueiros e galerias. Quando incinerado, produz dioxina, considerada uma das mais perigosas e mortais substâncias criadas pelo homem. Trata-se de uma substância ainda largamente desconhecida em termos de perigos que pode representar para a humanidade. a reciclagem, constantemente apresentada uma dasMesmo soluções para o problema dos plásticos, apresenta como problemas insolúveis, a começar pelo desinteresse das próprias grandes empresas pela reciclagem. Nos Estados Unidos, por exemplo, reciclase 1,5% do total do plástico produzido, enquanto os 98,5% são rejeitados (dados de 1995). Pelo que é possível avaliar, é fundamental minimizar o problema dos plásticos. Apoiamos este esforço: evitando os produtos fabricados com plástico e comprando similares feitos com outros materiais. Entre o plástico e o vidro, dê preferência para este último; utilizando ao máximo seus equipamentos e objetos de plástico. Evite criar lixo com esta origem, optando por embalagens mais facilmente recicláveis; evitando o uso de sacos plásticos de superm ercado. F aça suas compras com auxílio de sacolas de pano. Lembre-se de que, em países desenvolvidos como a Alemanha, quase ninguém usa sacos plásticos, apelando para a "atrasada" sacolinha de pano para as suas compras; participe dos programas de coleta seletiva. Contra as flores plásticas E limin e a p rática p ern iciosa d e " en feitar" su a casa com flores d e p lástico. S u b stitu a as d e p lástico p or flores n atu rais. P ara ob ter flores secas naturais, utilize 10 partes de farinha de milho branca e 3 de b órax e d eixe as flores n esta mistu ra p or 15 d ias. L emb re-se tamb ém d e q u e flores frescas d e h astes lon gas p od em d u rar até 3 seman as.
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Os metais, tais como o ferro, o chumbo e o alumínio, têm s ido r ecicla do s co m intens ida de na s s o cieda des indu s tr ia is desde o século xix. A partir dos anos 70, com o avanço das idéias ambientalistas, esta estratégia tem sido valorizada com mais ênfase. Países como o Japão, grande potência econômica, obtêm da reciclagem uma proporção considerável dos metais necessários para a sua indústria. Além de servir como fonte de matéria-prima, a reciclagem dos metais impede maior revolvimento da crosta e agressão aos ecossistemas pelas empresas mineração, energia que seria usada para produzir metaldenovo e impedepoupa a criação de maior quantidade de escória pelas indústrias. Finalmente, ressalve-se que a tecnologia existente consegue processar rapidamente a sucata de alumínio em metal novo. Em apenas 42 dias, a latinha do refrigerante já usada, encontrada toda amassada pelo pneu de um carro por um catador anônimo de rua, poderá voltar para suas mãos como latinha nova. No entanto, assinalem-se as situações em que o vidro pode, como no caso das embalagens de refrigerantes, ser ecologicamente mais vantajoso do que o alumínio. Não se esqueça de que o processamento do alumínio é ambientalmente muito impactante, a ponto de estas indústrias estarem sendo banidas do Primeiro Mundo, e reexportadas para o Terceiro, por conta de uma legislação "mais liberal" ou simplesmente pela conivência das autoridades.
AQUI JAZ FUSQUINHA 1966-2000
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De resto, você pode contribuir com a estratégia da reciclagem dos metais: utilizando ao máximo todo equipamento de metal; no caso do ferro e do aço, atacar continuamente todos os pontos de ferrugem; reaproveitar as latas, grandes ou pequenas. Elas são úteis para uma série de finalidades, particularmente por ocasião de reformas ou pintura da casa; quando defrontado com a possibilidade de adquirir um refrigerante em embalagem de vidro ou alumínio, opte pelo vidro; trave conhecim ento com o sucateiro da região. A remu neração pelo metal velho é baixa, mas para a Natureza é alta; optando pelo alumínio, participe das campanhas de coleta de latinhas de alumínio promovidas por entidade filantrópicas, escolas e empresas, muito freqüentes hoje em dia; participe do programa de coleta seletiva. IM P E D IN D O A T R A N S F O R M A Ç Ã O D O V E S T U Á R IO E M L IX O
Sempre que possível, opte pelo tecido de fibra natural. Compre apenas o necessário. Não fique prisioneiro de modismos e tampouco de etiquetas. A função da roupa é proteger seu corpo, confortá-lo e garantir uma boa apresentação para você. Satisfeitas essas pré-condições, o resto não tem importância. Nunca deixe de aproveitar as ofertas e liquidações. Ao m esm o tempo, esteja alerta com relação à qualidade do que é oferecido. Tome cuidado com suas peças de roupa, evitando expô-las a situações de risco. Utilize sempre uma roupa adequada à atividade que você está desempenhando. Dê preferência às etiquetas de roupas que contenham especificações sobre a matéria-prima e explicações sobre os cuidados ao lavar ou passar. Transforme seu jeans velho em uma bermuda. Reutilize a roupa do filho mais velho para o mais novo. Se a roupa desbotar, procure verificar a possibilidade de tingimento. Faça sempre que possível reparos em suas roupas. 11 4
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Mantenha sempre disponível na sua caixa de costura, uma tesoura pequena, dedal, um bom jogo de agulhas, linhas de diversos tipos e cores e vidros cheios de botões variados. ^ Se o tecido rasgar e o conserto ficar muito caro ou não ser possível, transforme-o em pano para limpeza geral. Quando de qualquer renovação do seu guarda-roupa, doe as peças que você não quer mais para uma instituição ou pessoa necessitada. IM P E D IN D O A T R A N S F O R M A Ç Ã O D A S S U A S U T IL ID A D E S D O M É S T IC A S E M L I X O Evite a transformação das suas utilidades domésticas em lixo prematuramente, estendendo, se possível, o seu prazo de validade até que esteja esgotado. Adote assim as seguintes medidas: §5 faça m anu tenç ão periódica e/ou perm anen te dos seus equipamentos; > conse rte-os semp re que possível; - no caso do seu conju nto estofado, encam inhe uma reforma. Não deixe tufos do estofamento ficarem brotando para fora (poucas anomalias são tão grotescas quanto esta). Caso não queira ou não compense, doe o conjunto para outra pessoa. Outra alternativa é doar o material para um estofador, que pode reaproveitar o material;
jogar fora um eletrodoméstico, peça de mobília ou um objeto qualquer é a última alternativa. Se você não precisa mais de um objeto, doe a alguém que possa usá-lo; - se um aparelho não pod e ser consertado, ele pode pe lo menos ser reciclado. Aparelhos desativados e doados a pequenas oficinas de consertos têm suas peças recuperadas. Quanto às geladeiras e os aparelhos de ar condicionado, que contêm substâncias nocivasdaà sua camada de ozônio, solicitam maior atenção quanto à questão destinação; U m d os mais d ep rimen tes esp etácu los d as in u n d ações d as gran d es cid ad es b rasileiras são as imagen s d os telejorn ais q u e n os mostram con ju n tos estofad os, p oltron as e colch ões b oian d o n os rios e en tu lh an d o galerias.
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conservar os seus bens não significa acumular "tralha" na sua casa. Em hipótese alguma mantenha na sua casa coisas e objetos quebrados, sem uso ou finalidade. Livre-se deles imediatamente. IM P E D I N D O A T R A N S F O R M A Ç Ã O D E Q U A L Q U E R T IP O D E SU B S T Â N C IA O U M A T E R I A L E M L IX O
Não crie lixo, nem dentro, nem fora de sua casa. Colabore com a limpeza no seu local de trabalho e nos logradouros públicos, ruas, avenidas e parques. Estando no carro, não atire papéis, pontas de cigarro, chicletes ou impressos pela janela. Jamais se dê ao luxo de desperdiçar comida. O alimento é o bem mais precioso que devemos manter na nossa casa (mesmo os restos, é possível reciclá-los como composto orgânico). As multas por gestos incivilizados como atirar coisas e objetos dos carros são muito mais altas atualmente do que no passado, levando muitos maus cidadãos a pensarem duas vezes antes de atirar lixo pela janela.
Compre exclusivamente o que realmente necessita, optandoe sempre que possível pelas mercadorias de melhor qualidade durabilidade. U T I LIZ A N D O P R O D U T O S EC O L Ó G I C O S
O comércio oferece, nos dias de hoje, uma certa gama de produtos e serviços ecológicos residenciais, ou seja, produtos e instalações que não impactam o ambiente. Sem exceção, todos produzem pouca ou nenhuma poluição, ou então, são originários da reciclagem. Esses produtos têm sido cada vez mais requisitados pelo público "politicamente com o destino do planeta. Yale a pena correto", ressalvar preocupado que existe um forte movimento de opinião pública mundial que vem exercendo pressão constante sobre as indústrias, para que os fabricantes passem a se responsabilizar pela qualificação ambiental das mercadorias produzidas. Na pauta de produtos ecologicamente corretos, poderíamos elencar. aparelhos de energia eólica, que captam energia dos ventos; 116
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o s ex a u s t o r es eó lic o s , q u e v en t ila m o s a m b ien t es p elo d ir ec io n a m en t o d o s v en t o s , em a lg u n s c a s o s d is p en s a n d o o ar-condicionado; biodigestores adaptados para domicílios, que produzem energia e fazem a transformação da matéria orgânica em composto orgânico; impermeabilizantes fabricados a partir do óleo de mamona, passíveis de utilização inclusive em piscinas; O fim do cimento-amianto: até que enfiml R esp ald an d o u m forte con sen so já existen te n os p aíses d a C omu n id ad e E u rop éia, n o B rasil, os fab rican tes d e fib rocimen to, matéria-p rima b ásica p ara a fab ricação d e telh as e d e caixas-d agu a, estão p rep aran d ose p ara ab an d on ar o amian to, qu e rep res en ta ce rc a d e 10% d a comp osição d o material. E m su b stitu ição, p reten d e-se u tilizar u ma fib ra sin t é t i c a , o PVA, q u e já é u tilizad a n a E u rop a. O p roced imen to d ecorre d a su sp eita d e q u e as fib ras d e amian to p rovoq u em cân cer n os trab alh ad ores. A ssin ale-se tamb ém q u e mu itas cid ad es b rasileiras, p or con ta d e razões amb ien tais e d e saú d e, têm p roib id o a ven d a e/ou a u tilização d o material.
"5? produtos de madeira reflorestada, não incluindo, no caso, as madeiras lei, que com demoram décadas paraapresentam atingir o ponto de corte. Os deprodutos essa procedência um selo específico para identificação; outra tendência na indústria de mobiliário e da construção civil é usar o bambu, substituindo madeiras com ciclo vegetativo muito longo e/ou ameaçadas de extinção; telhas à base de fibra vegetal, também denominadas "telhas ecológicas", apresentadas em diversos modelos e cores. Compara-
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tivamente às telhas de material cerâmico tradicionais, as "telhas verdes" são mais interessantes porque o mod elo não sofre processo de queima, ambientalmente muito impactante. Ademais, as telhas de fibra vegetal são mais leves e apresentam um baixo nível de absorção acústica e sonora; tijolos ecológicos, assim denominados porque dispensam o processo de queima. São compostos por mistura formada por terra e por uma porcentagem pequena de cimento (em geral 10%). Depois de colocada em formas e prensada, a mistura é se ca ao sol. Há também adobes ecológicos que apresentam encaixes, para facilitar a colocação e furos para a passagem da fiação elétrica e dutos hidráulicos; se você estiver decidido a reformar ou construir uma casa nova, opte por uma técnica alternativa, a arquitetura de terra, por exemplo. Já existem, na atualidade, construtores que podem viabilizar o seu projeto; ^ existem também produtos como tintas com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis e seladoras à base de água, com mercado crescente ano a ano; utilize detergentes biodegradáveis, também denominados de "moles". Esses detergentes são suscetíveis a ataques biológicos, degradando-se muito mais rapidamente, diminuindo os efeitos poluidores sobre as massas líquidas. Em contraposição aos biodegradáveis, estão os detergentes "duros" ou "recalcitrantes", altamente resistentes aos ataques biológicos e, assim, de degradação bastante lenta e por conseguinte com maior potencial de poluição; de resto, procure optar preferencialmente pelos produtos que possuem selo ou outra indicação qualquer de origem ecologicamente correta. Prestigie igualmente as lojas ecologicame nte corretas, assim como o comércio alternativo de mobiliário, de roupas e objetos decorativos. Selo Vgrds Até o final de 1999, a proposta de implantação do Selo Verde no Brasil, d estin ad o a atestar a q u alid ad e d os p rod u tos d e con su mo q u an to aos cu id ad os com o meio amb ien te, p ressu p u n h a q u e a execu ção ficaria a cargo d e en tid ad es p rivad as, q u e cob rariam u ma taxa d e con cessão d o cert ifiça d o. O valor d a ta xa n ão seria su p erior a 0,1% d o p reço fin al d o p rod u to, e p arte d a arrecad ação seria en camin h ad a p ara p rogramas d e conservação da Natureza.
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ID E N T IF IC A N D O O "M A R K E T IN G V E R D E ' Desde os anos 80 tem se acentuado uma tendência das grandes companhias em divulgar preocupação com o meio ambiente, geralmente por meio de cuidadosas estratégias de marketing desenvolvidas a partir de contratos milionários com poderosas agências de publicidade. O procedimento decorre da preocupação da grande indústria com as críticas recebidas quanto aos impactos que promove no meio ambiente. Assim, fortunas são atualmente gastas na mídia visando criar as mais incríveis mistificações e engo dos. É o caso das transnacionais, responsáveis pela destruição da camada de ozônio, que no entanto vendem a imagem de campeãs da sua proteção; ou das que, em nome da luta contra a fome, promovem a venda de agrotóxicos condenados em razão da sua periculosidade. Essa modalidade de propaganda enganosa insere-se no que já tem sido definido como "marketing verde", modalidade da mercadologia que se dedica a "ecologizar" as empresas e também se prestando a legitimar a aplicação do rótulo "ecológico" em produtos que passam solenemente ao largo desta preocupação. Estar atento às manobras da publicidade é tanto uma forma de não comprar "gato por lebre" quanto impedir, deixando de comprar, que a farsa se perpetue. Por definição, procure verificar as informações advindas de peças publicitárias versando sobre meio ambiente, aí incluindo a propaganda dos governos. Artigos da grande imprensa, magazines e revistas especializadas constituem fontes muitíssimo mais seguras de informação. RECICLANDO RECURSOS VITAIS
Aprendem os que pessoas e objetos nascem, en velhecem e morrem, e que nesta senda, pessoas viram cadáveres e objeto s viram lixo. No entanto, se prestarmos atenção, poderemos observar que o ciclo da Natureza prossegue, nos ensinando que a morte não é o fim, mas transformação, passagem para uma nova vida. Para pessoas e coisas. O lixo, desse modo, se transforma em um novo recurso. O Fixo é a coisa certa depositada n o Fugar errado. José
Lutzemberger
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O processo de reciclagem compreende a recuperação e a conversão de materiais residuais em novos produtos, substituindo materiais virgens. Reaproveitando materiais já elaborados (como sucata de metal, papel e papelão, vidro, plástico e inclusive a parte orgânica do lixo), a reciclagem promove, por definição, a conservação dos recursos naturais, a economia de energia e preserva a capacidade dos aterros sanitários. Citando alguns metais como exemplo, no caso do alumínio, a energia necessária para a reciclagem da sucata corresponde a apenas 4% da necessária para produzi-lo a partir da bauxita, a matériaprima original. No caso do cobre, a energia requerida para a reciclagem do metal velho é de somente um décimo da usada para produzir o material original. Para o aço produzido exclusivamente de ferro velho, a economia chega a uns 47%. A reciclagem de recursos é uma atividade econômica que deve ser encarada como um elemento dentro de um conjunto de soluções integradas no manejo dos resíduos, já que nem todos os materiais são técnica ou economicamente recicláveis. No entanto, ao tornar exeqüível a redução das verdadeiras montanhas de lixo que a modernidade produz, a reciclagem constitui uma das mais inteligentes estratégias disponíveis para administrar a questão do lixo. C O N H E C E N D O A C O L E T A S E L ET IV A A coleta seletiva nada mais é do que a aplicação da reciclagem no proc esso de coleta do lixo. Trata-se, em suma, de coletar em separado os materiais que genericamente fazem parte do chamado "lixo". Com a coleta seletiva, os materiais do lixo são separados no lugar em que foram produzidos, mediante um a co ndicio na m ento dis tinto pa r a ca da rI . I .. . \ com pon en te ou grupo de com pon ent es. Cole tar seletivamente sem i . . . j N a tu ra lm ente,' a r ecicla gem do s m a temercad o e enterrar separado. J °
riais coletados possui especificidade caso a caso, sem contar que não é tudo que pode ser aproveitado por meio da coleta seletiva. Além disso, embora seja evidente que a coleta seletiva aumenta a oferta de materiais recicláveis, se não existir demanda por parte dos agentes econômicos, o processo é interrompido, os materiais abarrotam os depósitos e, por fim, são aterrados ou incinerados como rejeitos. Assim, em vez de uma coleta seletiva, o que temos é apenas "enterrar separado". 12 0
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Por essa razão, não se pode imaginar que "mercado" por si só possa resolver o problema. O serviço público pode - e, com toda certeza, deve - ajudar a alavancar o mercado comprando produtos reciclados, estabelecendo políticas fiscais de incentivo a esses produtos e taxando materiais virgens. O que a coleta seletiva reaproveita B asicamen te, os materiais reap roveitad os p ela coleta seletiva in tegram u ma d e d u as gran d es categorias: a fração seca ou a fração molhada. A mb as corresp on d em a ap roximad amen te 70% d o material mistu rad o no lixo. O resíduo final, inaproveitável, é denominado
rejeito.
RAÇÕES SECA E MO LHADA Afr agão seca, é formada exclu sivame nte por matérias inorgânicas, como o alumínio (na forma das latas vazias de refrigerantes e cervejas) vidros em geral (embalagens, resíduos e fragmentos), papel e papelão (provenientes de todo tipo de uso), todos os tipos de plásticos etc. Estima-se que no Brasil esses materiais representem cerca de 20% do peso total. A fração molhada, ou úmida, é formada por matéria orgânica, basicamente por restos de comida, podas de jardim, talos, cascas, palha, grãos recusados etc. Estima-se que no Brasil essa fração represente 50% do peso do lixo. Ao menos em princípio, a fração molhada é passível de transformação em composto orgânico. 12 1
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Os mais diversos serviços públicos e particulares do mundo utilizam-se do mesmo código de cores para identificar materiais componentes da fração seca do lixo, como papéis e papelão, metais, vidros e plásticos. O código obedece ao padrão que segue: ( f f i amarelo, cor utilizada para identificar metais, caso do alumínio, latas limpas e sucata em geral; & azul, para identificar papéis, incluindo todas as modalidades de papel e de papelão, cartolinas, jornais, revistas e embalagens; vermelho, para identificar plásticos, com o os plásticos duros, potes, sacos e garrafas; verde, para identificar os vidros, caso das garrafas, frascos, potes, cacos e recipientes em geral. O S R E J E IT O S
Como vimos, os rejeitos correspondem a substâncias que não pertencem a nenhuma das frações anteriores. Estima-se que no Brasil os rejeitos representem cerca de 30% do peso total do lixo. Correspondem a exemplos de rejeito: no caso dos escritórios, o papel carbono, papel de fax, etiquetas e fitas adesivas, fotografias, papéis plastificados, grampos e clipes. Na cozinha, os resíduos e embalagens de alimentos, copos de plástico para café, embalagen s longa vida, papel parafinado e m etalizado; banheiro, as fraldas descartáveis, o papel higiênico e o papel toalha; para qualquer outro ambiente, são considerados rejeitos: espelhos planos, louça, porcelanas, isopor, espumas, pneus, filtros de ar, cristais, lâmpadas e pilhas. 0 O D E A S P R E F E IT U R A S T Ê M F E I T O
O lixo urbano é constituído por uma grande variedade de elementos, tais como sobras de alimentos, papéis, papelão, plásticos, borrachas, tecidos, vidros e metais, que após serem acondicionados em um único saco plástico ou recipiente nas nossas casas, transformam-se numa massa heterogênea, de manejo extremamente complexo. 122
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Quando as administrações municipais resolvem aproveitar os materiais existentes no lixo, utilizam basicam ente duas me todologias: fazem a separação dos materiais posteriormente à coleta conv encion al. Em outras palavras, depois que os diversos m ateriais que compõem o lixo foram misturados e compactados, são então enviados a usinas de compostagem para serem separados. estimulam a sepa ração do lixo no local em que ele é produzido. Neste caso, identificamos ainda duas possibilidades: na primeira modalidade, o cidadão é estimulado a levar os materiais triados a um Ponto de Entrega Voluntária (PEV), composto por grandes contêiners identificados com os códigos para a fração seca. na segunda, é a própria prefeitura quem recolhe esses materiais, previamente acondicionados em separado pelos cidadãos. No entanto, apenas uma parte do lixo total tem sido objeto de reaproveitamento pelas prefeituras, alcançando cifras muito baixas. Pesquisa do Comprom isso Empresarial para a Reciclagem (Cem pre) demonstrou que apenas 4,8% em média do peso do lixo dos bairros de sete cidades brasileiras nas quais existe coleta seletiva está sendo efetivamente reciclado pelas administrações municipais. Isto pode indicar que, em muitos casos, a coleta seletiva está funcionan do c om o um serviço paralelo dentro de um a estrutura tradicional e não como uma alternativa real à coleta convencional. Muitos ambientalistas d enunciam ainda a existência de um verdadeiro lobby,
FRAÇAO SECA
LIXO ORGÂNICO
LIXO RECICLA
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formado por grandes empresas de limpeza e de incineração, para as quais interessa a manutenção do sistema em operação. A ineficácia do serviço público tem tido, no entanto, o mérito não proposital de chamar a atenção para iniciativas particulares, dos movimentos sociais e da população excluída, que terminam fazendo com poucos recursos o que as autoridades não conseguem com muito. 0 Q U E O S C A T A D O R E S T Ê M F E IT O
Enquanto os caros planejadores pagos pelo Estado conseguem, quando muito, implantar a coleta seletiva apenas em alguns exemplos isolados, setores da população de rua têm conseguido reciclar proporcionalmente muito mais. A Coopamare, Cooperativa dos Catadores Autônomos de Papel, Aparas e Materiais Reaproveitáveis Ltda., com cerca de 50 cooperados, coleta aproximadamente 100 toneladas de material reciclável por mês na cidade de São Paulo, correspondendo à mesma quantidade do coletado pelo programa da prefeitura. Como é possível concluir, a integração desses trabalhadores pode contribuir decisivamente para racionalizar a coleta seletiva nas grandes cidades brasileiras, metrópoles que em comum, comungam a difícil tarefa de administrar centenas de toneladas de resíduos produzidos todo o santo dia. Não é à toa que já existem cidades nas quais os catadores participam na separação do material juntamente com a Prefeitura. Os catadores de papel, papelão, vidro, metais e plásticos são profissionais que não têm carteira assinada, são mal reconhecidos, estão desorganizados na quase totalidade das cidades nas quais atuam e, no entanto, alimentam poderosos setores industriais com matéria-prima barata, aliviando os custos da limpeza pública com cada tonelada de materiais que retiram das ruas. Essa economia informal gera renda, empregos e otimização dos recursos públicos. Não por acaso, têm surgido propostas do serviço público em incorporar os catadores como parceiros na limpeza urbana, estabe lecend o estratégias coorden adas de trabalho e prioritariamente, programas de apoio a essa categoria profissional, estimulando suas próprias formas de organização. Portanto, incentivar a organização e a participação dos catadores de rua não é uma questão técnica, uma vez que a sua eficácia é 12 4
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comprovada. Reduz-se sim a uma questão de vontade política das autoridades das grandes metrópoles brasileiras. Transfapmands sucata em mercadoria Na Africa, diz-se que os Yorubá (etnia que vive nos atuais Benin e N igéria) p egam q u alq u er lata q u e en con tram n o ch ão, tran sformam em can ecas e correm p ara ven d ê-las n o mercad o. Fazem, p ois, u m comércio "daquilo que ninguém quer". Esse senso aguçado de aproveitamento d as op ortu n id ad es, isto é, d os rec u rso s n atu rais ou simp lesm en te d os rec urs os disponíveis, é que jus tific ari a o suce sso econôm ico des se povo, que hoje, para além de sua área de origem, formou colônias, geralmente mercan tis, d issemin ad as d o S en egal ao Z aire. Mas, in d ep en d en temen te d o asp ecto econ ômico, essa p rá tica tem u m sen tid o ecológico e social implícito.
0 Q U E V O C Ê P O D E FA Z E R
Além de, evidentemente, participar da coleta seletiva do seu bairro (se existir), podemos criar nossos próprios canais para coletar em separado ou contribuir com os sistemas já implantados. Desse modo, seria cabível: • conta tar o garrafeiro, catador, sucateiro ou aparista localiza do na vizinhança, visando encam inhar ou vender material previamente coletado e armazenado por você; outra possibilidade é doar para o catador ou garrafeiro o material que você deseja dispensar da sua casa; - participar de cam pan has institucionais prom ovidas por esco las e instituições em geral; organizar na sua empresa, escola, repartição pública ou local de trabalho um sistema de coleta seletiva; . §5 pela própria natureza do trabalho desenvolvido nos locais acima citados e em razão de tendências do mercado de material reciclável, o papel é um alvo preferencial e por ele devemos iniciar o trabalho; pvfjp participar de movime ntos sociais visando implantar ou expandir o serviço de coleta seletiva. R E C IC L A N D O P A P E L N A S U A C A S A
Caso você queira avançar no reaproveitamento do papel, indo além dos bloquinhos de anotações e outras sugestões citadas é 12 5
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possível fazer papel artesanal em casa. É uma atividade com elevado conteúdo lúdico, e, portanto, pode ser realizada conjuntamente com as crianças. Siga as instruções para reciclar papel apresentadas na página 109. R E C IC L A N D O P A P E L FO R A D A S U A C A S A
A participação do cidadão é fundamental para o sucesso da coleta seletiva. Mesm o que, para variar, a administração m unicipal da sua cidade não esteja preocupada com o município, você pode colaborar com a implantação de um esquema alternativo para incentivar a reciclagem de materiais. Nunca se esqueça de que você também é gerador de resíduos e que portanto constitui tanto parte do problema quanto da solução. Vejamos, pois, como este problema, "o nosso lixo", se equaciona na prática. Acompanhemos as modalidades que envolvem a estratégia da coleta seletiva de papel. O R G A N I Z A N D O U M P R O G R A M A L O C A L D E C O LE T A D E P A PE L
A primeira medida para um esquema de reciclagem de papel é encontrar quem queira comprar o material. Somente a aquisição de papel reciclado garante o funcionamento de sistema. Outro ponto importante é que nem todos os papéis são recicláveis. Contudo, cerca de 90% o são. Verifique: os grandes compradores de material são os sucateiros de papel velho, também chamados de aparistas. Estão geralmente organizados em associações profissionais e costumam ser listados nas listas telefônicas nos itens papel velho e sucata; os aparistas demonstram preferência por papéis brancos e formulários contínuos, que revertem em preços melhores no mercado. Recom enda-se trabalhar com um único comerciante, que retire todo o material. A freqüência de retirada é o ponto mais importante para que o sistema funcione a contento. Para conseguir sucesso na iniciativa, é necessária também muita organização. Os objetivos a serem atingidos para a coleta de papel devem ser previamente estabelecidos, obedecendo a um planejamento prévio. Cartazes, folhetos, concursos e prêmios motivam as pessoas a se engajarem na campanha permanentemente. É importante que exista, se for este o caso, um representante do 12 6
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projeto em cada andar do prédio, sala ou departamento, para orientar os colegas. A coordenação do programa deve ser feita, preferencialmente, de modo coletivo. Um comitê gestor ou um coordenador podem ser os responsáveis pela administração, devendo a priori possuir um bom trânsito junto ao pessoal da limpeza e da administração. O coordenador desempenhará um importante papel no acompanhamento da coleta, separação, estocagem e venda do papel velho, além da informação aos colegas, produção de materiais informativos e apresentação dos resultados. IM P L A N T A N D O £ M O N I T O R A N D O 0 P R O G R A M A
A informação é fundamental para a participação e motivação das pessoas. A divulgação deve ser feita antes da implantação do sistema, no dia da inauguração e durante o desenvolvimento do programa, de forma diferenciada e sempre prestando conta dos resultados. Três dados principais devem ser monitorados: taxa de participação; renda obtida com as vendas; ££ custos do programa. Dos itens citados, a manutenção da taxa de participação é particularmente importante, sendo o seu incremento a principal meta do coordenador.
CON DOM ÍN IO PARAÍSO RECICLA 10 0 % DO
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O R G A N I Z A N D O O E S PA Ç O P A R A A R M A Z E N A G E M D O P A P E L
Como os compradores de papel exigem uma quantidade mínima, capaz de lotar um veículo utilitário ou um caminhão, deve-se prever um local para a estocagem de meia tonelada de papel velho, o que significa uma sala de 12 metros quadrados. Pode-se instalar uma prensa caso haja grandes quantidades de material. Algumas características importantes do local: acesso: o local deve estar próximo de elevadores e permitir entrada e saída fácil de veículos para a retirada do material; segurança: convém manter extintores de incêndio no local; identificação: placas ou sinais devem assinalar a função específica do espaço; informação: um pequeno mural pode ser implantado visando informar o andamento do projeto. O R G A N I Z A N D O A C O L E T A D E P A PE L
A coleta de papel para reciclagem pode ser feita de vários modos: coletores sobre a mesa: uma pasta larga ou uma caixa portarevista podedesermesas; instalada sobre a mesa de cada pessoa, ou para cada grupo coletores no chão: coloca-se a caixa porta-revista ou um cesto diferenciado ao lado do cesto de lixo, com identificação clara de sua finalidade; coletor ao lado da fotocopiadora: por ser uma importante fonte de geração de papéis, a sala da fotocopiadora poderá ter um recipiente maior, diferenciado. R E G IS T RA N D O O S C U S T O S D O P R O G R A M A L O C A L
Referindo-se a um projeto no qual a solidariedade e o envolvimento com a proposta pesam mais alto, os custos no geral são muito pequenos, pressupondo no máximo: o pagamento de salário para o coordenador do projeto que, de resto, pode exercer a função gratuitamente; aquisição de equipamentos voltados para a coleta e estocagem, assim como para a produção de alguns impressos. 128
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O sistema antipoluição da China Imperial O passado é rico em lições ecológicas para o mundo atual. Não se trata d e d efen d er a existên cia d e u ma " con sciên cia amb ien tal" n a an tigü id ad e ou p rop or a " volta" d e métod os q u e h oje n ão seriam n ecessa riame n te aplicáveis na mesma escala. O homem antigo agia de acordo com ritmos n atu rais exclu sivamen te p elo fato d e estes serem fu n d amen tais p ara o fu n cion amen to d e su a econ omia, d e su as relações sociais e práticas religiosas. Na China antiga, por exemplo, foram usados métod os simp les d e reciclagem d e resíd u os, resp o n sáveis p ela saú d e d e su a numerosa população. Deve ser lembrado que para manter uma elevada concentração populacional, qualquer civilização necessita de um padrão minimamente aceitável de qualidade da água. No Império Chinês, todos os resíd u os orgân icos h u man os eram coletad os e levad os a gran d es centros de tratamento. Lá, esse material era amassado com barro e, p osteriormen te, d evolvid o às regiões d e origem n a forma d e tijolos. L evad os p ara as n ascen tes d os rios, eram p u lverizad os, d eixan d o-se o cu rso d e águ a d istrib u ir n atu ralmen te esse rico ad u b o orgân ico p ara restituir a fertilidade ao solo. Com isso, a China antiga conseguiu, em ép oca s mu ito an tigas, alimen tar com relativo su ces so u ma p op u lação d e 2 0 0 / 3 0 0 m i lh õ es d e h a b i t a n t e s e a o m e s m o t e m p o m a n t e r s e u s m a nanciais de água potável livres de boa parte da contaminação.
R E G IS T R A N D O O S B EN E F ÍC IO S D O P R O G R A M A L O C A L Quanto às possíveis vantagens, um programa de coleta seletiva de papel, mesmo na escala de pequenos grupos, promove grandes efeitos positivos, tais como: redução do volume de lixo; embora pequena, uma entrada de recursos financeiros pela venda do material; reforço do espírito de equipe; eliminação da papelada inútil nos arquivos e nas gavetas; incentivo para a entrada de receitas e de apoio às entidades assistenciais.
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UMPAN©O ECOLOGICAMENTE
Veja alguns exemplos de como com uma pequena quantidade de materiais simples podemos substituir uma série de produtos químicos complexos. ALTERNATIVAS AOS PESTICIDAS E DES&D0RI2AD0RES
É importante ressalvar, na questão dos inseticidas domésticos, que a crítica não é somente no sentido de explicitar a questão das fórmulas, que envolvem venenos potentes, muitas vezes sem o devido conhecimento da totalidade dos seus efeitos colaterais. A crítica corre também por conta da apresentação, envolvendo também os próprios aerossóis. Os aerossóis podem conter solventes orgânicos que, pelo jato do spray, podem facilmente penetrar nas mucosas do organismo humano. Os sprays dos pesticidas são particularmente perigosos porque são venenosos. Embora exista um forte movimento de substituição do clorofluorcarbono - CFC - responsável pela destruição da camada de ozônio, por propelentes à base de CO,, existem aerossóis que ainda podem contê-lo. Lembre-se sempre de que a melhor alternativa aos produtos químicos na eliminação dos insetos é e continuará a ser a limpeza. Esta deve ser pensada como sendo uma campanha permanente 13 1
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contra a sujeira, compondo-se por ofensivas periódicas e sucessivas operações de varredura e destruição dos insetos e das condições que propiciam a sua reprodução. Aerossóis ou empregos? D e n t r e a s t á t i c a s u s a d a s d e s d e m u i to t e m p o n o p a s s a d o p e l a s t r a n s n a c i o n a i s , p o d e - s e r e s g a t a r , p o r e x e m p l o , a i m a ge m q u e p r o curavam propagandear de "defensoras de posto de trabalho", pois ao p rod u zir o qu e estava m p rod u zin d o — se ja lá o q u e fo r — estariam beneficiando a população ao gerarem empregos. Já em 1975,o jornal " M o v i m e n t o " p u b l ic a v a d e c l a r a ç õ e s do v i c e - p r e s i d e n t e d a " c a m p a nha educativa do aerossol" que, procurando neutralizar a acusação d e q u e os gases d o aerossol colocavam em p erigo a vid a n a terra, argumentava: "Exatamente agora, quando a nação se esforça para sair do estado de recessão econômica, as pessoas devem se comportar com mais senso de responsabilidade em relação à indústria. A in d ú stria d o aerossol é resp on sável p or 9 b ilh ões d e d ólares d o p roduto bruto norte-americano, em empregos, bens e serviços e, além d i s s o , um q u a r t o d e m i lh ã o d e p e s s o a s d e p e n d e d e s s a s i n d ú s t r i a s p ara seu gan h a-p ão.."
Se você mantiver sua casa permanentemente limpa e isenta de resíduos orgânicos, que constituem o pasto dessa microfauna doméstica, com toda certeza a possibilidade de ser assediado por esses hóspedes indesejáveis será cortada drasticamente. Esse conselho vale como estratégia preventiva para o combate a qualquer tipo de inseto. C O M B A T E N D O A S F O R M IG A S O Para destruir formig ueiros, misture num vasilh am e pimen ta em pó, páprica, pó de café ou algumas gotas de suco de limão. Disponha a seguir o conteúdo na entrada do formigueiro. O Outra alternativa é furar o cen tro do form igueiro e de spejar amoníaco. Cubra imediatamente o formigueiro com um plástico preto ou uma lona, vedando vem os bordos. O Na trilha das formigas, coloque hortelã e bórax de lavar. Aliás, este último, misturado com partes iguais de açúcar de confeiteiro atrai e mata as formigas. O Nos armários, pendure pequenos maços de poejo ou de arruda. A fragrância contribuiu para afastá-las. 13 2
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COM BATENDO AS MO SCAS
• O Coloq ue sobre a mesa um prato com leite ou vinagre, misturado com pimenta-do-reino. Use também camomila queimada. O Um inseticida pode ser preparado utilizando-se: 0,250 ml de formol, adicionado a 0,250 ml de leite e a 0,500 ml de água. Misture bem e coloque porções em vasilhames pela casa, longe de crianças e animais domésticos. C O M B A T E N D O (S E M T R É G U A S ) A S B A R A T A S
Não resta qualquer dúvida, as baratas são o inseto mais generosamente detestado no mundo. E, independentemente do que consideremos a respeito delas, são responsáveis pela transmissão de diversas doenças. Mantenha sua casa livre de baratas, seguindo as seguintes instruções: O preventivamen te, man tenha a casa semp re limpa. Con centre todo resíduo na lata de lixo e coloque-o sistematicamente fora de sua casa; O quanto aos ralos, cubra-os com tela plástica ou então adquira ralos fechos planos, encontrados em qualquer loja de material de com construção; O o ataque direto pod e ser feito com chinelo e vassoura; O para envenená-las, misture bicarbonato de sódio com açúcar e distribua o produto pela casa em pequenos vasilhames e pratos rasos nos locais freqüentados pelas baratas;
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O vo cê também pod e utilizar uma mistura de ácido bór ico com um pouco de açúcar, dispondo a seguir em pequenos vasilhames. Tome todo o cuidado possível para manter o veneno fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. C O M B A T E N D O O S P IO L H O S Primeiramente, misture um copo de vinagre morno com duas colheres (de sopa) rasas de sal. Molhe a seguir a cabeça com a solução. Amarre um pano, úmido e morno, cobrindo a cabeça, que assim deve permanecer por quatro horas. Após a retirada do pano, lave a cabeça com água morna e sabão. Finalmente, penteie o cabelo com pente fino para retirar as lêndeas. C O M B A T E N D O O S IN S E T O S D E P LA N T A S
O Lave as folhas com água e sabão ou com a água que foi usada para lavar cebolas. O Plantar alho e cebo la no vaso afugenta alguns insetos e eivas daninhas. O Misture numa tigela de vidro com dez litros de água, os seguintes ingredientes: fumo de rolo, álcool e 250 g de sabão comum. Coloque o fumo na tigela e cubra com álcool e um pouco de água, mantendo-o coberto pela mistura por quinze dias. Engarrafe. Quando for usar o líquido, misture o sabão ralado dissolvido em água na seguinte proporção: um copo da solução para 250 gramas de sabão em dez litros de água. Abasteça então um nebulizador com a mistura e pulverize sobre as plantas. O Outra solução popular é bater no liqüidificador, em m eio litro de água, três cebolas, uma cabeça de alho, duas pimentas, uma colher de sabão. Espalhe a seguir nas plantas afetadas. C O M B A T E N D O A S P U L G A S N O S A N IM A I S
Preventivamente, mantenha sempre limpos os tapetes e os assoalhos. Use à vontade o aspirador de pó, em especial nos interstícios dos tacos e das tábuas do assoalho. Desde que sistemática e bem-feita, uma boa limpeza dos ambientes já elimina boa parte do problema. O Lave os animais com água morna e sabão ou xamp u esp ecíficos. Aplique, a seguir, uma solução de duas colheres de sopa de alecrim fervidas em um litro de água. 134
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O No caso de já existirem pulgas, um dente de alho e uma colher de sopa de levedo de cerveja misturados diariamente à comida do animal resolverão o problema. O Pó de ervas aromáticas como eucalipto, sálvia e alecrim espalhadas no corpo do animal também espantam as pulgas. O Galhos de pinheiros frescos afastam as pulgas. Coloque-os sob os móveis ou na área freqüentada pelos animais. O Em casa, use também saquinhos de tule com folhas de hortelã, mastruço, ou então ramos frescos de erva de santa-maria. O Alho e hortelã, cozidos junto com os alimentos do animal, atuam como bons vermífugos. C O M B A T E N D O A S T RA Ç A S
O Limpe cuidadosamente toda a sua casa. Dedique especial atenção para locais escuros e escondidos. É justamente nesses pontos que você encontrará maior concentração de traças. O Coloque saquinhos com serragem de cedro dentro dos armários e dos recintos visitados pelas traças. Além de combater as traças, a serragem de cedro evita cheiros e mofo. Grãos de pimenta-do-reino também ajudam. O Cascas de limão secas e alguns cravos-da-índia espalhados pelas roupas dos armários afugentam esses insetos. Muitos usam saquinhos de lavanda para esta finalidade. O Como parte da "operação de varredura", assim que detectar uma traça, apele imediatamente para a vassoura, o aspirador de pó ou, então, retire-a com auxílio de um pequeno pedaço de papel. Não permita que qualquer traça continue a decorar sua parede, dependurada em solene tranqüilidade triunfante diante do seu imobilismo. C O M B A T E N D O O S C U P IN S Os primeiros sinais de infestação são dados pelo acúmulo de pó de madeira num móvel ou em algum outro ponto da casa.
O Preventivamente, passe sobre a madeira óleo de lavanda diluído em álcool. O Para destruir os cupins, passe querosene puro nas áreas atacadas. Caso necessário, utilize uma seringa. 13 5
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O Caso descubra um caminho de cupins na parede ou no piso, não hesite em investigar a origem, selando ou bloqueando as vias de penetração com uma massa de cimento. C O M B A T E N D O O S P ER N I L O N G O S
O Preventivamente, elimine os focos de água parada existentes na sua casa. O Coloque óleo queimado (de automóvel) ou creolina nas poças de água dos terrenos baldios das redondezas. O Utilize telas nas janelas. O Feche as janelas antes de escurecer. O Queime pedaços de cânfora (encontradas em farmácias e casas de ervas) num pires, colocado numa posição estratégica. O Para atacar os pernilongos, use a seguinte fórmula de inseticida: 750 ml de gasolina, com 250 ml de querosene, 0,05 ml de cânfora e 15 bolinhas de naftalina. Misture e deixe em infusão por 15 dias. Pulverize com bomba de flit. C O M B A T E N D O O S IN S E T O S V O A D O R E S
O Pendure nas janelas, portas ou outros acessos, sacos plásticos ou garrafas transparentes com água. ALTERNATIVAS AOS PRODUTOS M LIMPEZA
Qualquer atividade de limpeza possui, além dos equipamentos de limpeza, dois pré-requisitos básicos: um bom abastecimento de água e um suprimento adequado de sabão. A estes dois, podemos acrescentar também a água sanitária e o álcool, essenciais quando a limpeza requer um a atuação mais asséptica, cáustica e/ou bactericida. Com relação à água, sua característica de ser um "solvente universal" por excelência, isto é, de dissolver A
água é homenag eada em
quase todas as tradições dos povos antigos. Nos rituais africanos, foi-lhe reservado um papel de destaque, como no caso da lavagem das escadarias das Igrejas da Bahia.
tudo tudo ao longo do tempo, torna ou essaquase substância de grande valor, em si mesma, co mo elemento de limpeza e purificação dos ambientes. Outro conceito importante em limpeza, atualmente um pouco esquecido em função do hábito de usar produtos químicos, é o uso de água quente q u e, 136
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acompanhada de um bom escovão de cerdas e sabão comum, realiza grandes estragos nos esquemas de reprodução dos micróbios e insetos. Note-se que o conceito de água quente na limpeza tem sido resgatado pela própria sociedade de consumo, que oferece ao público consumidor uma série de modelos de vaporizadores. Esses notáveis equipamentos, indiscutivelmente ecológicos e caros, nada mais são do que a aplicação futurista do conceito de água quente. Por fim, o sabão é outro agente de limpeza de primeira linha. O mercado disponibiliza, na atualidade, uma infinidade de saponáceos e materiais de limpeza. Opte, porém, por um sabão simples. Qualquer outro sabão será mais caro apenas por pertencer a uma marca mais conhecida, mas seu efeito higienizador será o mesmo. Os antigos fenícios produziam sabão em larga escala e foram também os grandes responsáveis pela difusão dessa notável criação em muitas regiões da Asia, Europa e Africa do Norte.
Evidentemente, você não deve abrir mão de produtos específicos, como o já citado caso da água sanitária, mas também dos limpa-fornos, do óleo de peroba, dos lustra-móveis, das ceras, das diversas apresentações das resinas, dos solventes, dos limpa-vidros, do ácido muriático etc. Com água e sabão, é possíveí (impar tudo. D it o p o r u m e m p r e ga d o m o ç a m b ic a n o a o s e u p a t r ã o b r a n c o , a c o s t u m a d o com a utilização de dezenas de itens de limpeza doméstica.
Adiante, algumas dicas para você reaproveitar seus pedaços de sabão velho, que você acredita não servirem para mais nada.
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F A Z E N D O D E T E R G E N T E C A S E IR O E S A B Ã O L Í Q U ID O P A R A P IA E L IM P E Z A E M G E R A L
Você p ode fazer seu próprio sabão líquido. A receita abaixo fornece seis litros de detergente. É um material caseiro, limpo, não poluente e quase dez vezes mais barato que o produto industrializado. Para confeccioná-lo, siga os procedimentos: O reúna dois pedaços de sabão de coco, dois limões e quatro colheres de sopa de amoníaco; O derreta o sabão, picado em um litro de água fervendo. Junte cinco litros de água fria, o suco dos limões e, por último, o amoníaco; O dissolva bem. Guarde em garrafas ou em embalagens usadas de detergente líquido. F A Z E N D O S A B Ã O N O V O P A R A L A V A R L O U Ç A C O M R E S T O S D E SA B Ã O V E L H O
O Misture os pedaços de sabão com um punhado de açúcar e vinagre. O Derreta em banho-maria, misturando bem. O Coloque num vasilhame e deixe endurecer por dois dias. ALTERNATIVAS PARA AFASTAR ODORES INCONVENIENTES
Afastar odores inconvenientes foi, muito antes da modernidade aparecer, uma preocupação de quase todas as civilizações do passado. A procura por odores raros e perfumes inebriantes foi a glória do antigo Reino de Sabá. A nossa casa não deve abrigar nenhum tipo de "humores maléficos", como se dizia antigamente. Além de proceder a uma limpeza metódica e exaustiva da casa, podemos utilizar diversos expedientes para expulsar para sempre o mau cheiro das nossas vidas.
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PERFUMANDO SUA COZINHA
O Cozinhe um pouco de açúcar mascavo com canela em fogo bem baixo. O Outra alternativa, é cozinhar cravos também em fogo baixo. O Outra é acender uma vela perfumada. D E S O D O R I ZA N D O A C O Z I N H A
O Para enfrentar o cheiro de comida queimada, ferva fatias de limão em um pouco de água; O Para afastar o cheiro de frituras, coloqu e perto do fogão um a panelinha com vinagre branco. P ara limp ar a p ele d os afazeres d o d ia-a-d ia, p od emos u sar u ma p asta de aveia e água como creme de limpeza. Colocamos no rosto e depois de seco, basta esfregar.
D E S O D O R I ZA N D O O S A M B IE N T E S E M G E R A I
O Ventile e disponha um vasilhame de boca larga nos cantos dos aposentos com cinco colheres de sopa de vinagre. O Você também pode acender uma vela perfumada ou um incenso. D E S O D O R I Z A N D O 0 C H E I R O D O S A N I M A IS D O M É S T IC O S
O Para eliminar o cheiro de urina dos animais domé sticos, borrife o local com uma solução composta de uma parte de vinagre para quatro partes de água. Contro o cocô de gato em lugares impróprios Pas se no local uma mi stura d e água e amónia. A solução se rv e ta mb ém para higienizar o local.
D E S O D O R I Z A N D O SA P A T O S E T Ê N I S
O Espalhe pelo interior do calçado uma porção generosa de bicarbonato de sódio, removendo o excesso no dia seguinte. 13 9
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D E S O D O R IZ A N D O P I N T U R A S D E P A R E D E
O Para cada cômodo, disponha meia cebola ao dia, virada para cima. COMO FAZER SAQUINHOS DE CHEIRO
A elaboração de saquinhos de cheiro ou sachets com flores, sementes ou plantas aromáticas é um costume tradicional na Europa. Esse hábito é proveniente dos países escandinavos e anglosaxões, cujos povos preparavam misturas de plantas aromáticas para prevenir afastarpessoal, maus odores. Atualmente, hábito permanece paradoenças dar ume toque agradável e de boaso vindas em qualquer local da casa. R O S A , JA S M I M E LA V A N D A : M I S TU R A N D O A R O M A S
A preparação de sachets de flores solicita, no geral, procedimentos simples. Normalmente, baseia-se na mistura de pétalas ou de outras partes das flores, com alguns ingredientes co m o fixadores e conservantes de aroma. A mistura sempre deve ser guardada em potes bem fechados e, de vez em quando, serem abertos para perfumar os ambientes. Como matéria-prima, lembre-se de que das pétalas das rosas, lavanda (ou alfazema), magnólias e jasmins emanam os perfumes mais acentuados. Para o mesmo fim também podem ser usadas, entre outras, as pétalas de cravo de cheiro, de camomila e da flor de tília. Entre as especiarias, recorre-se regularmente à canela, ao cravo, pimenta e a noz-moscada. O toque de fundo do perfume se consegue pela adição de pequenas quantidades de folhas de espécies ricas em óleos essenciais, tais como o gerânio, o louro, o pinho e o manjericão (ou maria luiza). Os óleos essenciais ajudam a prolongar o perfume da mistura e possuem ainda funções medicinais tradicionalmente conhecidas. Em cada gota de óleo essencial está contida toda a essência da flor original e, por essa razão, utilize para compor a sua mistura de flores apenas algumas gotas de cada óleo escolhido Como fixadores de perfume utiliza-se normalmente a raiz seca do lírio de Florença em pó, a resina em pó de Benjui, o óleo essencial de violeta, o óleo essencial de sândalo ou mesmo o sândalo em pó. Qualquer um desses contribui para a integração das dife14 0
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rentes fragrâncias e asseguram uma evaporação bem mais lenta da mistura. Com a mistura aromática já feita, podem então ser confeccionados saquinhos de pano, que serão pendurados em armários e gavetas, perfumando as roupas e protegendo-as de traças e outros Podemos também insetos. simplesmente deixar a mistura ao ar livre, em um prato ou jarra, dando um toque colorido, cheiroso e saudável para a sua casa. POUT-POURRI DE ROSA
Ingredientes: 450 g de pétalas de rosas - 100 g de folhas de gerânio rosa - 100 g de flores frescas de jasmim picadas- 100 g de flores frescas de lavanda picadas - uma colherzinha de tomilho 1 colherzinha de pó de raiz de lírioseca- 1e colherzinha de cravo de cheiro - 1 colherzinha de casca ralada de limão - 1/2 colherzinha de casca seca e ralada de laranja - 5 gotas de óleo de rosas - 2 gotas de óleo de jasmim. As flores devem ser frescas e passar por um processo de secagem, utilizando bórax em pó ou sílica-cristal. A seguir, misturamos todos os ingredientes com as mãos, com exceção dos óleos, que devem ser colocados gota a gota. P O U T - P O U R R I D E S Â N D A L O D O C E ( M I ST U R A Ú M ID A )
de grosa depeônia secaIngredientes: - 1 parte de2partes flor secade depétalas laranjasecas - 15 de -pó1 parte de madeira de sândalo - 2 colheres cheias de tomilho - 1 colher de bergamota seca - 1 colher de alecrim seco - 1 colher de folhas de louro trituradas e amassadas com casca seca de laranja ralada - 15 g de canela fresca - 15 g de pimenta da famaica - 40gde pó de raiz de lírio. Misturamos as flores secas com um mesmo volume de sal, de modo a encher um panela grande e bojuda, que deve ser fechada 14 1
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hermeticamente com auxílio de um pano. A seguir, guarde o recipiente num lugar escuro e arejado por duas a três semanas, período no qual, reagindo com o sal, as flores formarão uma espécie de massa bastante consistente. Abrindo a panela, misture esta massa com o auxílio de uma colher de pau para se conseguir uma suave mistura com o fixador e as especiarias. Após isso, feche hermeticamente a panela e guarde-a novamente por seis a sete semanas, para que se curtam os aromas, misturando de vez em quando o seu conteú do. Ao final do período, a mistura já estará pronta para uso e já poderemos colocá-la em pequenas vasilhas de cerâmicas para perfumar os ambientes. ALTERNATIVAS
mm
LIMPEZAS
ESPECÍFICAS
Para limpar determinados objetos ou executar tarefas específicos, dispomos de vários procedimentos alternativos. LIMPANDO 0 CARPETE
O Para limpar, utilize solução de água e vinagre branco. Para desodorizar, basta espalhar bicarbonato de sódio no carpete e depois aspirar. LIMPANDO 0 TAPETE
O Para tirar lama, fuligem ou realçar as cores, jogue sal por todo o tapete e aguarde por cerca de duas horas. Após este período, passe o aspirador. L IM P A N D O O S M Ó V E IS D O S P Ê L O S D O S A N I M A IS D O M É S TIC O S
O Os pêlos de cães e gatos ppdem ser removidos passando-se, sobre as superfícies que desejamos limpar, a mão com fita adesiva enrolada com o lado colante para fora. L IM P A N D O A S JA N E L A S
O Para retirar gordura das vidraças e deixá-las brilhantes num dia de sol, utilize, com auxílio de um borrifador, uma solução de vinagre e água. A solução serve também para a lavagem de pratos e copos. 142
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L IM P A N D O M E T A IS E L O U Ç A S S A N IT Á R IA S
O Limpe as peças do seu banheiro com um pano e sabão neutro à vontade. Para dar brilho, passe uma flanela. Evite o uso de abrasivos e de palha de aço. L IM P A N D O C E R Â M IC A S E A Z U L E JO S E M G E R A L
O Limpe as peças com um pano macio, previamente umedecido em água morna ou quente e sabão neutro. O Não use espátulas, palha de aço, vassouras de cerdas duras e muito menos produtos químicos. Os saponáceos, sodas e ácidos, além de ambientalmente agressivos, com prometem as peça s e prejudicam o rejuntamento, podendo constituir a origem de infiltrações e de vazamentos. D A N D O B R IL H O N O S M Ó V E I S
O Utilize uma solução de uma parte de suco de limão com duas partes de óleo vegetal. AMACIANDO ROU PAS EM GERAL
O No último enxágüe da roupa, coloque 1/2 copo de vinagre branco. A M A C I A N D O R O U P A S D E LÃ
O No último enxágüe, dissolva uma colher de chá de creme rinse de cabelo ou ainda, enxágüe as roupas em água morna com algumas colheres de sopa de glicerina. E V I T A N D O 0 M O F O E U M ID A D E
«O Para evitar ambos, guarde dentro dos armários pedaços de carvão ou de giz em recipientes furados. O Quando o mofo se manifestar, passar várias vezes um pano com água sanitária nas paredes ou nos móveis atingidos. O Você também pode utilizar uma mistura de álcool e água sanitária na proporção de 50% cada, passando com um pano nos locais atingidos. 14 3
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O Deixe as portas e janelas dos recintos atacados pelo mofo abertas durante o dia, para arejar e aquecer os ambientes. Mantenha também os móveis atacados com as portas abertas. ALTERNATIVAS PARA TIRAR MANCHAS
As manchas presentes nos objetos pertencentes à nossa casa são como uma pequena infecção de pele, que solicita acompanhamento para não proliferar ou gerar um mal pior. Estejamos, pois, sempre atentos a elas! T IR A N D O M A N C H A S D A P O R C E L A N A
O No caso de manchas recentes, esfregue metade de um limão salpicado com sal. Posteriormente, lave com água quente e sabão de coco. O Quando as manchas forem antigas, esfregue o local com uma escovinha umedecida e bicarbonato de sódio seco. A seguir, enxágüe e seque. T IR A N D O M A N C H A S D A P A R E D E
O No caso de manchas de gordura, faça uma massa composta por maisena e água na parede. Deixe então esta massa reagir e quando estiver bem seca, retire-a delicadamente. O Manchas de caneta esferográfica, de responsabilidade de crianças, podem ser removidas com uma limpeza prévia com água sanitária e, a seguir, com água. T IR A N D O M A N C H A S D O B R O N Z E
0 Remova as manchas esfregando um pano emb ebido numa solução de vinagre tinto quente. A seguir, enxágüe e deixe, preferencialmente, secar ao sol. O As manchas de oxidação, que possuem uma coloração verde bastante característica, podem ser retiradas esfregando-se primeiramente com suco de limão. Após secar, lave com água. Uma vez seco, faça um polimento com um pano umedecido em carbonato de cálcio. 144
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T IR A N D O M A N C H A S D O C O B R E
O Podemos retirar manchas do cobre com catchup. O Outra alternativa é usar um pano e mb ebido em m olho inglês. O Também podemos tirar manchas com vinagre e sal. O Finalmente, como mais uma receita caseira para o problema, pod em os fazer uma massa de fubá (ou farinha de milho), com vinagre branco e sal e passá-la nas áreas atingidas. Esperamos secar e esfregamos uma flanela para lustrar. T IR A N D O M A N C H A S D A S P IA S O Para retirar as man chas de ferrugem provoca das pelos pingos de água, passe uma massa à base de bórax e suco de limão nas áreas afetadas. T IR A N D O M A N C H A S D O S E ST O F A D O S D E P A N O
O No caso das manchas de café, esfregue lentamente uma pedra de gelo na mancha até que esta desapareça. O Para m anch as de gordura, a alternativa é jogar na hora um po uco de sal no local e escov á-lo após ter absorvido o material. O Outra alternativa é esfregar imediatamente n o local uma cebola. O Outra, ainda, é derramar álcool no local e recobri-lo, a seguir, com fubá, farinha de trigo ou talco. Escove após 24 horas. Caso a manch a persista, esfregue um pano m olhado em água quente e uma pequena proporção de detergente. T IR A N D O M A N C H A S D O S T A P E T E S
O Para manchas de esmalte, esfregue um pouco de acetona e aguarde secar. Depois, limpe com água e sabão, secando o local com um tecido macio. O Para o caso das gorduras, aplique um pouco de álcool no local e esfregue com calma. Passe a seguir um pano com água e sabão e enxugue. O Para o caso do café, aplique o método da pedra de gelo que descrevemos acima. O Para manchas provocadas por ovos, esfregue um pano embebido em detergente e água morna. 14 5
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O Para o caso do vinho, urina, sangue e refrigerantes, misture em um litro de água morna, uma colher de sabão em pó e também uma colher de vinagre. Agite o frasco até surgir uma espuma. Aplique então sobre as áreas afetadas e enxugue. O Para o caso dos doces, balas, bolos e congêneres, você pode utilizar glicerina e, posteriormente, a solução mencionada acima para o caso do vinho. T IR A N D O M A N C H A S D O S T E C ID O S
O Com o medida de âm bito geral, a iniciativa pela retirada de manchas dos tecidos deve sempre ser adotada imediatamente. A própria natureza dos tecidos faz com que as manchas possam impregnar rapidamente o tecido, comprometendo-o. O Outra medida de âmbito geral compete ao método de limpeza. Procure limpar as manchas sempre do exterior na direção do interior; O Manchas de café nas roupas podem ser removidas rapidamente, passando-se sobre o local uma pedra de gelo. Você também pode utilizar água fervente ou sabão de coco; O Manchas de caneta esferográfica podem ser removidas passando-se álcool na mancha antes da lavagem ou deixando as roupas de molho em leite cru. O Para o caso das manchas provocadas por chá, utilize água quente e sabão de coco, para o linho branco e o algodão. O Para o caso do batom, esfregue éter, álcool ou água oxigenada. O Para o caso do chocolate, apele primeiramente para o procedimento da pedra de gelo. O Outra alternativa é polvilhar a área atingida com bórax e mantê-lo por quinze minutos no tecido. Esfregue a seguir até a mancha desaparecer. Lave generosamente a seguir com água. O Para o caso do vinho tinto, retire a man cha colo cand o imediatamente no local um pouco de sal, farinha de mandioca ou polvilho. Lave-a logo a seguir com água corrente e sabão de coco. 14 6
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O Para o caso da ferrugem, esfregue sal e suco de limão nos tecidos de algodão branco, deixando-os a seguir secando ao sol. Renove várias vezes a operação enquanto o tecido estiver úmido, até perceber que a mancha está cedendo. Enxágüe a seguir na água corrente. O Outra alternativa para o caso é esfregar uma massinha de bicarbonato de sódio com suco de lima, lavando a seguir na água corrente com sabão de coco. CUIDADOS COM OS ANIMAIS Os animais foram, até bem pouco tempo, parceiros indispensáveis no cotidiano da vida dos humanos e por extensão, na própria transformação da Natureza. Na imensa maioria dos casos, os animais correspondem a seres que estão presentes nos ciclos de vida da Natureza muito antes do surgimento dos humanos na terra. A vida do homem em sociedade, nas diferentes formas assumidas ao longo da história, seria impensável sem a contribuição dos bichos. Dos animais, o homem extraiu as energias necessárias para deslocar-se, para cultivar o solo e viver melhor. Sem os animais,
nenhuma civilização ta chamado Terra. teria se firmado neste pequeno e frágil planeApesar dos benefícios trazidos para o homem, nem sempre os animais receberam a justa retribuição pelo seu esforço. Se por um lado existem comportamentos como o dos jainistas da índia, que fazem soar um sininho para afastar os insetos quando caminham pela relva, no pensamento ocidental há uma nítida desqualificação para com qualquer forma de vida não humana. 14 7
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Tais cuidados são essenciais para que a nossa convivência com os bichos seja o mais agradável - e proveitosa - possível. Qualquer que seja a espécie animal em vista para ser acolhida em seu lar, alguns cuidados são fundamentais, dentre eles: O primeiramente, n ão adquira animais silvestres. Qualquer q ue seja o pretexto - inclusive o dos cínicos, que "protegem" espécies em extinção mantendo-as em cativeiro em casas urbanas - lembrese de que a captura e a venda são a principal ameaça à existência dessas espécies; E xistem p elo men os 200 esp écies ameaçad as d e extin ção em virtu d e d o comércio ilegal d e an imais silvestres. N a d omesticação d esses an imais, comercian tes in escru p u losos lan çam mão d e exp ed ien tes como extirp ação d e d en tes, u n h as e garras, além d o dooping. A m o r t a n d a d e p rovocad a p or esse comércio ilícito é en orme, com d evastad oras con seqüências para o meio natural.
O quanto aos animais domésticos, procure adquiri-los em lojas especializadas, com credibilidade no mercado ou, então, de criadores de confiança; O na sua casa, evite o excesso de intimidade com os animais de estimação, especialmente da parte das crianças. Após ter acariciado seus animais, lave suas mãos, particularmente antes de tocar nos alimentos e executar qualquer tarefa; O um contato com os bichos pode trazer sérias conseqüências negativas, como a transmissão de doenças, denominadas zoonoses; problemas de pele, teníase, toxoplasmose, micoses, sarna e raiva fazem parte do rol de doenças transmitidas por animais domésticos; O os veterinários aconselham pouco agarramento, evitando tocar a boca do animal com a mão, não fazer uso de beijos e mantêlos o máximo possível em ambientes separados. Não permita que os animais o lambam. Mantê-los distante das camas constitui outra medida profilática muito eficiente; O todo animal doméstico deve ter lugar próprio para dormir assim como seu "enxoval" de cama, mesa e banho (almofadas, pratos, xampus e toalhas); O não permita que o seu animal doméstico tome conta da casa. Este é o melhor caminho para que você não deixe de comandar seu espaço. 14 8
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O não administre estimulantes nem use qualquer produto para animais que contenham substâncias desse tipo. Caso o seu animal esteja triste e cabisbaixo, mude a rotina da sua casa, mas não a bioquímica do cérebro do seu bichinho de estimação; O fique atento para doenças como de Foshay-Mollaret e a toxoplasmose, gatos, para anopsitacose, caso dos pássaros, e paranoa caso raiva,dos particularmente caso dos no cães; O jamais deixe de vacinar seu animal. Não se esqueça de que, se o seu animal contrair a doença, terá de ser sacrificado. As vacinas são importantes para a saúde do seu animal e também para a sua própria, pois no final das contas, com quem é que o seu animal vive? O invista perm anente men te na higiene do seu animal. Os dejetos, uma constante fonte de contaminação, devem ser prontamente retirados e os seus vestígios, eliminados. A limpeza é uma exc elen te medida profilática contra pulgas, doenças de pele, verminoses etc., e isto tanto para os animais quanto para você; O faça uma limpeza sistemática dos dejetos do seu animal, não permitindo que os excrementos se acumulem. No final das contas, sua casa não é uma fossa; O no caso do seu bicho de estimação adoecer, não hesite em encaminhá-lo a um veterinário. Você pode estar diante de um caso de doença contagiosa que poderá afetá-lo e também, à sua família. 14 9
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REFORMULANDO A FARMÁCIA
UMA SOCIEDADE DOENTE
A indústria farmacêutica tem sido objeto de críticas profundas de parte dos mais diversos segmentos da opinião pública. Isto porque torna-se cada vez difícil explicar coerentemente que, apesar de milhões de mais pílulas, drágeas e comprimidos em porcirculação, a saúde mundial continua a apresentar um dramático quadro quantitativo e qualitativo de doenças graves e perniciosas. Grande segmento de cidadãos desconfia, em seu íntimo, das reais motivações de uma indústria que, movimentando bilhões de dólares, utiliza-se de grandes aparatos de marketing para, em tese, "vender saúde". Utilizando-se de todo o tipo de expediente (inclusive dos ilícitos), para faturar alto, essa indústria seria verdadeiramente uma Farmãfia. Os sete princípios da saúde intransigente: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Saúde é um recurso pessoal finito. S aú d e n ão p od e ser comp rometid a. Saúde é mantida ou se conquista. Saúde não se vende, não tem preço e, portanto, é inegociável. S aú d e é assu n to d e corp o e men te. Nenhuma indústria pode falar em nome da sua saúde. Você é o primeiro e grande responsável pela sua saúde.
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Mas e os remédios, eles não são bons? Referindo-se a uma análise de Ivan Illich, o ecologista brasileiro Carlos Mine ressalva que, nos Estados Unidos, os remédios cuja venda mais cresce são justamente aqueles que atuam sobre o sistema nervoso central. Tais fármacos representavam, em 1974, quase 1/3 das vendas globais da indústria farmacêutica. Nos EUA, o consumo de remédios que produzem hábito ou dependência aumentou em três vezes o seu volume total entre 1962 e 1974. U ma série d e p esq u isas realizad as n a Fran ça mostram q u e u m au men to d e 10% d o n ú mero d e méd icos p or h ab itan tes p rovoca u ma red u ção d e apenas 0,3% na mortalidade da população. Em compensação, uma diminuição de 10% no consumo de lipídios (gorduras) reduz essa mesma mortalid ad e em 2,5% , ou seja , é 8 vezes mais eficien te!
Outro problema refere-se aos sistemas de distribuição de fármacos, ou seja, à rede de farmácias. Muito embora as pessoas tendam a observar o crescimento dessa rede como um sinal de "progresso", não é bem assim que devemos analisar a questão. Para começo de conversa, a maior parte das farmácias não dispõe de farmacêuticos diplomados, o que transforma esses estabelecimentos em verdadeiras "lojas de medicamentos". O próprio número de drogarias é por si só alarmante. Cidades como Rio de Janeiro e São Paulo possuem, nos dias de hoje, mais do que o dobro de farmácias por habitante do que Roma ou Paris. Muitas farmácias fazem "promoções de vendas", oferecendo "cestas básicas de remédios". É a conh ecida "empurro-terapia", que
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se acredita ter ocasionado a morte de cerca de 32 mil pessoas no Brasil apenas no período entre 1983 e 1984. A prescrição e a venda indiscriminada de antibióticos promoveu uma geração de supermicróbios. Esses seres microscópicos desenvolveram uma capa protetora resistente a vários antibióticos b a s t a n t e c o n h ec id o s , t a is c o m o a p en ic ilin a , es t r ep t o m ic in a , terramicina, sulfa e outros. Assim, temos hoje o retorno vertiginoso das infecções e supurações, fístulas, abscessos, uretrites, infecções intestinais e ginecológicas, alheios ã ação de boa parte dos antibióticos convencionais. Portambém fim, podemos que a indústria farmacêutica em crise porque colocar são os próprios princípios filosóficos está da medicina ocidental, justamente constituindo a base desta indústria, que têm sido muito questionados. Do enç as degenerativas mais generalizadas com o o câncer, do enças cardiovasculares e hipertensão são conhecidas como doenças geradas pela civilização. Distúrbios graves no equilíbrio da Natureza também têm sido responsabilizados como uma das causas de epidemias, como a da AIDS e pelo caso do Ebola, no Zaire. (Passei dois anos nas florestas Hindus e um nas africanas e jamais vi um só
macaco, serpente, inseto ou efefante osse infedz,dadoente ou a traòafharcrocodifo, para os outros ou por dinheiro. Tntreque essas criaturas Natureza, não encontrei nenhuma que fosse asmática, cancerosa, diaòética, reum ática ou vítima de ôaixa ou afta pressão sangüínea. 'Todos os povos primitivos que viviam entre efes eram tamòém relativamente efizes, antes da invasão pefos seus "cofonizadores", armados de uzis, de áfcoof, de açúcar, de choco fate e de refigião. JA única norma de vida destes povos prim itivos era: quem não sa6e se divertir não deve comer. George Ohsawa
O exercício da saúde solicita muito mais do que simples cápsulas de remédios. reivindica uma atuação conjunta em diversas esferas, a começarElepor nós mesmos. CONTANDO COM 0 PRÓPRIO CORPO
Segu ndo o m édic o hom eop ata Flávio Orsini Filho, o grande trunfo da medicina holística é o de conseguir resultados preconizando basicamente o auxílio às forças do nosso corpo, permitindo que este desenvolva as melhores armas contra os estados de doença. 15 3
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A medicina holística agrupa práticas terapêuticas como a homeopatia, antroposofia, medicina oriental e as fitoterapias, que em comum buscam equilibrar o indivíduo não só no seu interior, mas também com relação ao universo que o cerca. Desse modo, o enfoque não compreende exclusivamente o tratamento do órgão ou sistema afetado, mas, sim, a rearmonização do corpo no seu
l)m corpo transformado é um corpo que não se doôra, não se curva ante a opressão. Lori Altman
De todas as indústrias, a farmacêutica tornou-se a mais dispendiosa, poluente e patogênica. Pretendendo curar caso por caso, indivíduo por indivíduo, a medicina esconde as causas profundas das doenças, que são socioeconómicas e culturais. Pretendendo aliviar todos os sofrimentos e angústias, ela esquece que, em última análise, os indivíduos são atingidos no seu corpo e na sua psique pelo estilo de vida que lhes é imposto. Ajudando-os a suportar o que os destrói, a medicina contribui, afinal, para essa destruição. Ao contrário do conceito que costumeiramente é objeto de divulgação, não significa ausência de doenças,mas consumo de remédios ousaúde consultas periódicas a especialistas, sim algo bem mais instigante, que é o estado de bem-estar geral. Como recordam diversos posicionamentos da Organização Mundial da Saúde ( O M S ) , a saúde é um. estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente ausência de doenças e de males. Assim sendo, não será a medicina, seja ela a curativa ou a preventiva, que irá assegurar o bem-estar geral do indivíduo, mas sim a higiene e o desenvolvimento da soberania das pessoas. As pessoas devem, na realidade, questionar tudo o que as adoece, seja o escritório, a fábrica, a cidade, as relações familiares e cotidianas e, a partir desse questionamento, procurar construir um novo elenco de medidas, que poderão torná-las saudáveis e felizes. ALGUMAS m§m§ BÁSICAS DE HIGIENE FÍSICA E MENTAL
A higiene significa, num sentido amplo, regras para conservar e proteger a saúde nas diversas atividades da vida, tais como: 15 4
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<$> lavar as mãos; 0 utilizar água de boa qualidade, pura e fresca; $ fazer exercícios regulares, com disposição, alegria e proporcionais à sua capacidade; D a mesma forma q u e a vid a sed en tária é p reju d icial, exercícios mu ito esp açad os, com p ou ca con tin u id ad e e in ten sos comp rometem o coração, os mú scu los e os ossos. P rocu re man ter regu larid ad e n os exercícios, p ref eren cialm en te com um acomp an h am en to p rofission al. Ja ma is p ratiq u e exercícios q u an d o você n ão se sen tir à von tad e ou p erceb er q u e su a saú d e está frágil.
<$> respirar profundamente; <> não passar a vida sentado num local fechado; <$> adotar posturas corretas no andar, sentar e deitar; <$> ter uma alimentação saudável e equilibrada; <$> cultivar o bom humor, boas amizades e idéias positivas; $ descansar condignamente; <$> respeitar seu próprio ritmo, lembrando que, como na Natureza, possuímos períodos de ascensão, baixa e estagnação; O ritmo da Natureza aíterna descanso e tra6a(Ho. 9fa
<$> construir e/ou manter uma habitação capacitada a incorporar os seus sonhos mais profundos; deitar-se e levantar-se às mesmas horas; ao despertar, concentrar-se no significado de saúde; <$> anotar os sonhos e refletir sobre eles.. Os sonhos são mensagens do inconsciente chamando a sua atenção para algum momento de sua vida. Lembre-se de que todos os seres vivos ou objetos q u e a p a r ec em n o s s o n h o s s ã o a s p ec tos do seu Eu; <$> tomar banho todos os dias; sempre que possível andar descalço; aparar e manter limpas as suas unhas; 15 5
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<> manter limpos os seus ouvidos; <$> conservar limpas as fossas nasais; # lavar a boca antes e depois de cada refeição; <$> mastigar bem os alimentos: a digestão começa pela boca; <$> evitar o fumo, tanto o ativo como o passivo; Quanto vdl® um pulmão? Q u an d o o assu n to em q u estão é o tab agism o, a argu men taç ão econ ômica, f irmad a no q u an to gan h amos m on etaria me n te n o caso d e d eixarm os d e fu mar, é secu n d ária e falsa. Isso porque a sua vida não tem preço.
0 beber com moderação e não fazer uso de drogas; <$> transformar o estudo em uma prática cotidiana, perpassando toda a sua vida. Conhecimento traz compreensão, conforto íntimo e autoconhecimento profundo; i$) possuir uma vida mental rica; <|> disciplinar as suas emoções, ser feliz e não permitir que as circunstâncias externas influam em você; <$> possuir uma vida prazerosa, com afeto e intimidade, sensual e sexual; <$> por fim, num conflito entre o coração e o cérebro, siga o coração. FAZENDO PREPARADOS MEDICINAIS
Ao prepararmos as plantas, estamos extraindo as substâncias químicas que detêm propriedades medicinais. Grande parte do preparo envolve líquido e calor e o produto resultante é usado sobre a pele ou ingerido. P R E P A RA N D O C O M P R E SS A S
É usada principalmente em ferimentos. Para evitar infecções é bom lavar antes a planta. No caso de sangramento, podemos espremer a água do talo da bananeira que estanca a ferida. A seguir, podemos colocar folhas de saião ou de bálsamo amarradas por uma faixa. P R E P A R A N D O E X T R A T O S SIM P L E S
Um método de preparar um extrato é deixar as plantas de molho na água durante a noite. Outro método mais rápido e eficiente 15 6
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é empregar um pilão limpo. Em seguida, podemos misturar o extrato com água, se for ingerido, ou com óleo, azeite ou mel de abelha se for aplicado na pele. P R E P A R A N D O Ó L E O S F IX O S
O óleo p ode ser obtido das seme ntes de diversas plantas co mo coco, gergelim, amendoim e cacau. Um dos métodos consiste em deixar as plantas de molho em óleo por um período que pode variar, em função da finalidade requerida, de uma noite a um ano. Outro método consiste em preparar um extrato simples da planta e misturá-lo com óleo. Outro método ainda consiste no aquecimento da planta juntamente com o óleo. P R E P A R A N D O P A S TA D E A M I D O
O amido é encontrado em plantas com caules subterrâneos, tais como gengibre, taioba e cará, ou, então, retirado de plantas como arroz, mandioca e araruta. O amido pode ser misturado com água e aquecido para fazer uma mistura pastosa que é empregada, sozinha ou com outras plantas medicinais, para o tratamento de abscessos e furúnculos. P R E P A R A N D O P Ó S M E D I C IN A I S
Pode-se secar e triturar as folhas das plantas medicinais para fazer pó. P R E PA R A N D O U M A D E C O C Ç Ã O
Prepara-se uma decocção pela fervura do material desejado, raiz, caule ou folha, em água, utilizando-se preferencialmente uma panela de barro a uma de alumínio. G eralmente, o material é fervido por um período de, no máximo, 5 a 15 minutos. O tempo é importante para não se perder o princípio ativo da planta. P R E PA R A N D O U M A I N F U SÃ O
Fervemos a água e a despejamos fervendo sobre o material. Cobrimos a seguir o copo por 15 minutos. O chá sempre deve ser bebido no mesmo dia, sendo ideal para o preparo plantas aromáticas e partes delicadas, como folhas e flores. 15 7
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P R E PA R A N D O U M A T I N T U R A
Na tintura utiliza-se álcool de cereais ou neutro para extrair as substâncias medicinais. O álcool é melhor do que a água porque conserva o preparado durante muito mais tempo - um ano, em média. Nunca use álcool comum, podendo ser utilizado gin, pinga ou vinho branco. Quando desconhecemos a dose certa, podemos utilizar uma medida do material de plantas secas para cada dez medidas da bebida alcoólica. Para aquecer, utilizamos o sol, de três a sete dias. Jamais colocamos diretamente no fogo. P R E PA R A N D O X A R O P E S
Quando as plantas tiverem um gosto desagradável, o xarope pode ser uma alternativa. Preparamos uma decocção ou uma infusão com as plantas que pretendemos usar. Para cada xícara de preparado, acrescentamos duas xícaras de açúcar mascavo e fervemos a mistura até derreter o açúcar. Para conservar o xarope, devemos ferver vidro, rolhas e outros objetos. Feche bem e pingue cera líquida entre a rolha e o gargalo. O benzoato de sódio em pó é um conservante químico para xaropes. Podemos usar meia colher de chá do pó para cada xícara de xarope.
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PLANTAS U TILIZADAS NA MEDICINA ALTERNATIVA
Uma das práticas que mais caracterizam a medicina alternativa é o uso de ervas e plantas medicinais, muitas das quais descobertas e utilizadas há séculos por populações tradicionais como indígenas, caiçaras, caipiras, ribeirinhos, castanheiros etc. Grande parte dos fármacos tradicionais terminou assimilada pela farmacopéia popular, sendo ainda hoje muito apreciada por fração significativa da população, inclusive com origem urbana. Arrolamos abaixo uma listagem sucinta, representativa das principais espécies. <> Absinto: efeito estom acal e em peque nas doses, como estimulante do apetite. <$> Alcaravia: efeito estomacal, para flatulência e cólicas. <> Amêndoa-doce: utilizada como amaciante de cabelos e para atenuar peles secas. <$> Bagas de zimbro: efeito diurético e sudorífero. Indic ado também para o reumatismo e a gota. Benjoim: utilizado para combater pele oleosa. <$> Berro de água-, combate reumatismo, pedras no rim e vesícula. <> Chapéu-de-couro-, indicada para moléstias do aparelho urinário, como desintoxicante e no combate ao reumatismo. <$> Carqueja-, indicada para má digestão, azia e problemas intestinais. <$> Catuaba-, considerada como um excelente tônico, digestivo e potente afrodisíaco. <> Coentro-, efeito estomacal. <> Damiana-, utilizada para combater a debilidade e o esgotamento nervoso. <$> Funchoação estoma cal e expe ctorante . <$> Guaraná-, efeito tônico, estomacal e como estimulante do sistema nervoso. Linhaça (sementes): usadas como laxante e para o tratamento dos intestinos e vias urinárias. Malva-, indicada para casos de bronquite, laringite e indigestão. <$> Mate-, combate a fadiga e o reumatismo. <$> Melissa-, indicada para casos de desmaio, vertigens, palpitações, insónia e dor de cabeça. <$> Mutamba-, indicado para o tratamento de cabelos fracos. 15 9
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Panamá: indicada para sudorese, bronquites e tratamento de eczemas. <$> Pedra-ume: indicada para tratamento da diabete. <> Picão-branco: indicado para moléstias do fígado e intestinos. <$> Quebra-pedra: usada para mo léstias das vias urinárias. # Quina: indicada para a cura de febre s, cãibra muscular, indigestão e problemas com o ritmo cardíaco. <$> Rosa-. ação adstringente, combatendo olheiras e problemas de pele. ifasa (fruto)-, indicada para casos de inflamação intestinal e tratamento das vias urinárias. <> Sabugueiro-, ação sudorífera e expectorante. <$> Salsaparilha-, ação depurativa, combatendo o reumatismo e a gota. <$> Tília-, ação sudorífera. <$> Valeriana-, ação calmante, utilizada para o tratamento do sistema nervoso. u m MIWIM MSMCMI
M CASA
Muitos remédios tiveram, e ainda têm, origem em conhe cimen tos indígenas e em práticas populares. Para muitas doenças, o longo tempo de uso de alguns remédios provaram que eles são tão eficazes quanto os medicamentos modernos, e eventualmente, até melhores. Geralmente, são também mais baratos e menos perigosos. Lembre-se por fim de que a prática conta com o apoio de Organiza çõe s co m o a OMS - Org aniza ção M undial da Saúde - ligada à ONU .
Apesar do Brasil possuir uma das maiores floras medicinais do planeta, existem p ou cos estu d os cien tíficos ap rofu n d ad os. N o máximo, con h ece-se com certa profundidade cerca de 20% das 470 plantas mais consumidas no país.
Apesar das limitações possíveis, podemos cultivar uma farmácia em casa. Atente para os seguintes cuidados: <$> Sementes: escolha as maiores e de melhor aspecto. Estas são as melhores. Caso não encontre boas sementes no mercado, há a possibilidade de procurá-las nos jardins botânicos e hortos florestais. 160
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<$> Adubação:
preferencialm ente, deve ser feita com adubaçã o
orgânica e húmus. <$> Plantio: a maioria das ervas me dicinais po de ser cultivada em jardins ou em vasos, obedecendo às mesmas orientações do plantio de hortaliças apresentadas anteriormente. <$> Colheita: o ideal é con hec erm os à ép oca em que a planta apresenta maior concentração de princípios ativos, o que varia de espécie para espécie. Sabe-se também que esses princípios ativos são fortemente influenciados por diversos fatores, dentre os quais, insolação, clima, tipo de solo, fertilizante usado, época de plantio e de colheita. Procure pois cercar-se de uma boa literatura a respeito da flora medicinal, não só quanto à colheita, mas também quanto ao plantio e utilização.
ESPÉCIES QUE PODEM SER CULTIVADAS EM CASA
officinalis)-. o chá de alecrim, servido bem quente, costuma cortar a gripe pela raiz, além de ser um excelente tempero para frango e carnes. É um dos principais componentes dos banhos calmantes (os chamados "banhos de sete ervas"). <$> Alecrim (Rosmarinum
0 Arruda (Ruta graveolens): diminuir a cólica intestinal, fazemos um chá (infusão) com umpara ou dois raminhos em meio litro de água. Tomar um copo duas vezes ao dia. Para combater o mau hálito, bochechamos duas a três vezes ao dia com um chá feito com dois raminhos de arruda. Em caso de sarna, feivemos folhas de arruda em um litro de água. Deixamos esfriar e lavamos as lesões, evitando que fiquem expostas ao sol. 16 1
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<$> Babosa
(Aloe vera)-, para caspa e queda de cabelo, duas vezes por semana molhe o cabelo, passe o suco da folha da babosa, espere quinze minutos, depois lave e enxágüe. Para tratar de queimadura de primeiro grau ou queimadura de sol, passe o suco da folha de babosa ou coloque um pedaço de babosa depois de tirar a película (para tirar a película, passe o pedaço no fogo). Para hemorróidas, preparamos um suco feito da seguinte maneira: tiramos a casca grossa da babosa, cortamos a parte interna e esprememos. Fazemos uma massagem suave nas hemorróidas, à noite, até para que aaliviar hemorróida desapareça. Este suco também pode ser usado a coceira causada por oxiúros ou uma inflamação do reto. (Musa paradisíaca, Musa sinensis, Mu sa sapien<$> Banana turri)-. para estancar o sangue de uma ferida, colocamos sobre ela o líquido do talo da folha da bananeira. Boldo (Coleus barbatus)-. sua infusão ou extrato é um excelente alívio para os males do fígado e do humor. <$> Calêndula (Calendula officinalis)-. a tintura e a infusão das suas folhas secas possui ação anti-séptica e cicatrizante. <$> Camomila (Matricaria chamomilla)-. para dor de barriga, gases e diarréia, preparamos uma infusão usando uma colher de chá de erva para cada copo de água. <$> Capim-limão ou Capim-santo (Cymbopogon citratus)-. sua infusão possui efeito calmante e combate a insónia, além de possuir ação analgésica e estomacal. <$> Chuchu (Sechium edule): em caso de pressão alta, preparamos o chuchu da seguinte maneira: lavamos o chuchu usando uma escovinha para tirar eventuais agrotóxicos da casca. Depois, cortamos em fatias e batemos no liqüidificador com um pouco de suco de laranja. Coámos e tomamos duas a três vezes ao dia. Constitui um ótimo diurético, enriquecendo ainda o organismo com potássio. Fazemos uma infusão com três folhas e um copo de água. Tomamos dois a três copos por dia. Ewa-cidreira (Melissa officinali): uma infusão preparada com suas folhas secas possui ação calmante e digestiva. <$> Guaco (Mikania glomerata)-. um xarope das folhas frescas ou a infusão das suas folhas secas constitui um excelente expectorante para todas as idades. 16 2
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<$> Hortelã (Menta spicata): é usado como vermífugo (salada) e digestivo (infusão). <$> Inhame (Colocasia sp): além de ótimo alimento, o inhame tem enorme valor medicinal. Ele faz uma verdadeira limpeza no organismo através da pele, dos rins e dos intestinos. O emplastro do inhame pode ser usado contra dores, feridas inflamadas, tumores e hematomas. Também ajuda a puxar espinhos, estilhaços de vidro, quistos sebáceos, furúnculos e unha encravada. <$> Maracujá (Passiflora edulis)-. a decocção das folhas constitui um renomado calmante e diminui a ansiedade, corrigindo a insónia e distúrbios nervosos. Preparamos a decocção com uma ou duas folhas para uma xícara de água. Tomamos duas a três xícaras por dia. O fruto fornece um suco bastante apreciado. Mentrasto (Ageratum conyzoides% utiliza-se a parte aérea da planta seca em infusões ou tinturas com ação analgésica e antiinflamatória. <$> Mil-folhas (Achillea millefolium): a infusão das suas flores e folhas possui ação antiinflamatória. <$> Sãlvia (Salvia officinalis): é uma planta com poder digestivo, expectorante (por meio de infusão ou da vaporização dos ambientes) e antiinflamatório (compressas). <$> Poejo CM entha pidegia): o chá de poejo é muito usado para acalmar cólicas dos bebês assim como para cortar resfriados. Também se pode mastigar a sua folha fresca, tal qual um chiclete, para sentir bem-estar nas vias respiratórias.
INDICAÇÕES DO RECEITUÁRIO CASEIRO M E D I C A N D O 0 R E U M A T IS M O , A R T R IT E T O R C E D U R A S E D O R E S M U S C U L A R E S
#> Utilizamos 1 xícara de alho em pedacinhos, outra de gengibre em pedacinhos e mais uma de pimenta amassada. Esquentamos três xícaras de óleo de coco e acrescentamos os ingredientes. Deixamos então a mistura em fogo baixo de cinco a dez minutos, retiramos do fogo e após ter esfriado, aplicamos no local e massageamos. M E D I C A N D O A D IA R R É IA
<$> Tiramos 3. casca. de uma banana verde. A seguir, cortamos a banana em rodelas finas e a deixamos secando ao sol por um dia. 163
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Trituramos o produto num pilão e guardamos o pó em vidros bem fechados. O pó de banana pode ser misturado com alimentos moles como a papa de arroz. Três folhas de cada uma das seguinte árvores: abacateiro, goiabeira e pitangueira. Acrescentamos dois copos de água e fervemos durante dez minutos. Após cada evacuação, tomamos 1 copo da solução. Além da solução, é importante beber soro preparado com uma pitada de sal e uma colher rasa de chá com açúcar. M E D I C A N D O A C O N J U N T IV IT E
$> Fervemos de água e despejamos um punhado de
Para preparar um expectorante para tosse, siga as seguintes instruções: usamos três punhados de folhas frescas de tamarindo e um gengibre de tamanho médio. Cortamos o gengibre em rodelas finas. no cima fundodasdafolhas; panela de barro Colocamos e, a seguir,asas folhas rodelasdedetamarindo gengibre em <$> acrescentamos dois copos de água. Fervemos durante trinta minutos ou até que permaneça o volume equivalente a apenas um copo de líquido. Coámos. Acrescentamos um copo de açúcar e meio copo de água. Fervemos até a mistura alcançar o ponto de um xarope grosso; apó s a m istura ter esfriado, acre scen tam os o su co de um a três limões. O xarope deve ser tomado a cada três a quatro horas. Para o adulto, a dosagem é uma colher de sobremesa, para crianças, uma colher de chá e para bebês, meia colher de chá; <> outrasocamos alternativa é fazermos fazer o xarope, algumas folhasum de xarope agrião dee agrião. tiramosPara o sumo. Misturamos uma parte de mel de abelhas com uma parte de suco de limão e batemos tudo com sumo de agrião até ficar bem misturado. A criança recebe uma colher de chá duas a três vezes ao dia; <$> um a outra alternativa ainda é p reparar um ch á de folha de guaco. <$> no caso da tosse com catarro, recorremos ao xarope (lambedor) de mamão verde. Cortamos a tampa de um mamão verde e 16 4
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tiramos as sementes. Colocamos rapadura e tampamos novamente. Deixamos no forno, em fogo baixo, até ficar marrom. Tiramos a tampa e observamos se a rapadura se desfez, pois a consistência final deve ser semelhante à do mel. MEDICANDO 0 NARIZ ENTUPIDO
<$> Prepare uma solução misturando um copo de água fria com uma colher de café. Pingue a seguir no nariz, com moderação. M E D I C A N D O G R I PE S E R E SF R IA D O S <$> Prepare um chá de alho, na proporção de um dente amassado para cada xícara de água. <$> Outra alternativa é derrete r duas colh ere s de açúc ar num a panela com dois pedaços de canela. Derramamos o líquido num copo de leite morno e acrescentamos um cálice de conhaque. Contando com os poderes do alho 0 alho é uma planta de extrema utilidade para a nossa saúde. Ele tem até p rop ried ad es an tib ióticas e mata d iversos víru s. V amos d estacar algumas das suas aplicações: <$> para estim ular o apet ite , colo camo s um den te d e alho cru picado na comida; para ba ixar a pr essã o sangüínea, comem os de um a trê s d en tes de alho cru por dia durante as refeições. O alho não produz efeitos colaterais e age d e man eira mais d u rad ou ra d o q u e ou tras su b stân cias q u e fazem b aixar a p ressão; 0 p ara ap r ess ar a cicat rizaç ão d o h erp es simp les, esfr egam os um p ouco de alho esmagado no local.
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Faça uma inalação de vapor de água quente, tomando cuidado para não se queimar. <$>
M E D I C A N D O A B R O N Q U I TE
Aquecemos fubá com água, enrolamos num lençol e colocamos sobre o peito. M E D I C A N D O A G A R G A N T A IN F L A M A D A
Podemos fazer gargarejos três vezes ao dia com chá de camomila e água morna com sal ou suco de abacaxi ou então suco de limão acrescido à água morna. <$>
MEDICANDO A DOR DE CABEÇA <$> <$>
Coloque uma bolsa de água quente na testa ou na nuca. Tome uma xícara de café. Faça um chá de capim-limão.
MEDICANDO A D OR DE DENTE
Você pode atenuar a dor, mastigando alguns cravos. Podemos também esfregar uma pasta preparada a partir de folhas de manjericão ou gengibre ralado com uma pitada de sal na gengiva próxima ao dente. M E D I C A N D O A R E S SA C A <$>
Beba bastante água, mel e suco de frutas.
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M E D I C A N D O A S Q U E IM A D U R A S D E S O L
<$> Para obter efeito cicatrizante, use a polpa da babosa, retirada diretamente da planta. Molhe o local com água fria. Cubra, a seguir, com gema de ovo ou maisena. M E D I C A N D O P E Q U E N O S C O R T ES
<> Podemos passar açúcar mascavo para estancar o sangue. M E D IC A N D O P R IS Ã O D E V E N T R E <$> Coma ameixa fresca. Caso tenha à disposição apenas ameixas secas, coloque três frutos num copo de água e beba o líquido na manhã seguinte, logo ao acordar. M E D I C A N D O P IC A D A S D E A B E LH A S E M A R IM B O N D O S
<$> Se você não for alérgico ao veneno desses insetos, retire o ferrão e passe mamão esmagado no local. <$> Uma fatia de cebola alivia a dor. M E D I C A N D O P IC A D A S D E P E R N IL O N G O S E B O R R A C H U D O S <$> Faz em os com pre ssas de g elo o u um a pasta d e água com bicarbonato. M E D IC A N D O C A S O S D E V E R M E S E D E S O L IT Á R IA E M C R IA N Ç A S
<$> Junte duas ou três colheres de chá do leite que escorre quando cortamos a fruta verde (se for possível, também podemos recorrer ao tronco da árvore). Misturar a seguir com igual quantidade de mel em um copo de água quente. Tomar a solução em jejum. Para combater a solitária, secamos sementes de abóbora ao sol.$ Damos para a criança mastigar as sementes inteiras ou então, fazemos uma moagem das sementes, começan do de manhã cedo, em jejum, e continuando o dia inteiro. Durante esse dia, a criança não deve receber nenhum outro alimento até a solitária sair. Para ajudar a sair a cabeça da solitária, sentamos a criança sobre um penico com água morna. As sementes também fazem efeito sobre outros vermes. 16 7
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M E D I C A N D O D O R E S E S TO M A C A IS
#> A compressa de gengibre alivia dores abdominais provocadas por diversos problemas como indigestão, gases, menstruação, contusão, nefrite, pedras nos rins e na vesícula, peritonite e apendicite. Não deve ser usada nos casos de hemorragia interna. Para fazer a compressa, lavamos e ralamos bem fininho cerca de 200 g de gengibre. Colocamos a seguir o gengibre ralado num pequeno saco de pano e amarramos a boca. Podemos também pôr o gengibre num pedaço de gaze, juntando as pontas e amarrando. Esquentamos três a quatro litros de água e mergulhamos o saquinho com o gengibre. A água não deve ferver, pois a fervura diminui o efeito. Colocamos também dentro da água duas toalhas pequenas e deixamos algum tempo. Retiramos a seguir uma das toalhas e torcemos bem, até não pingar. Aplicamos a toalha úmida sobre o local o mais quente possível. Quando a toalha começar a esfriar, aplicamos, do mesmo modo, a outra toalha. Devolvemos a primeira toalha para a panela. Precisamos ficar aplicando a compressa durante cerca de meia hora. FORTALECENDO OS SEUS DENTES E A SUA GENGIVA
<$> Esfregue um pouco de sal úmido dissolvido no dedo indicador nos dentes e na gengiva. Esta prática melhora a circulação sangüínea das gengivas, fortifica os dentes e suas raízes. <$> Outra altern ativa é ma stiga rm os fo lha s fresc as d e a ba cat e. Serve também para curar infeções da boca. L IM P A N D O S U A S F O S S A S N A S A I S
<$> Pingue algumas vezes por dia soro fisiológico nas suas narinas ou então faça a limpeza nasal aspirando, de um pratinho, um pouco de água levemente salgada. <> Se tiver catarro, tome um banho nasal 3 vezes por dia. Faça da seguinte forma: deite num prato um pouco de água quente, adicionando uma pitada de sal, enfie o rosto na água e aspire-a pelo nariz até que atinja as cavidades superiores da boca. <$> Uma outra maneira de fazer o banho nasal é mantendo a cabeça inclinada lateralmente, despejando pela narina de cima um pouco de água morna levemente salgada, fazendo com que saia pela outra narina. 168
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C IC A T R I Z A N D O F E R IM E N T O S
<$> Para acelerar a cicatrização de ferimentos externos, fervemos uma ou duas folhas verde-escuras grandes de confrei em um litro de água e lavamos as feridas. <$> Para ajudar na cicatrização, assim como no pós-operatório e para inflamação interna, tomamos por dia três copos de infusão das raízes, usando para tanto três pedacinhos de cinco centímetros para um litro de água. Para a cicatrização de úlcera varicosa, podemos utilizar o leite do mamão. Lave a ferida com o suco diluído em água, fazendo uma solução de uma colher de sopa do leite para cada litro de água.
EUIM&osAsenm TOMADOS NUMA
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Algumas doenças melhoram com remédios caseiros. Outras podem ser mais bem tratadas com medicamentos, e isto é verdadeiro para doenças como pneumonia, tétano, apendicite, febre tifóide, tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis etc. Nesses casos, não devemos tentar curar essas doenças apenas com remédios caseiros. Assim, na eventualidade de você necessitar recorrer a uma farmácia, faça-o; contudo, sempre adotando os seguintes cuidados: <$> não adquira remédios sem a devida indicação de um médico;
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<> certifique-se de que a farmácia dispõe de farmacêutico. Essa é uma referência e garantia de idoneidade do serviço prestado; <> combata a "empurro-terapia": recuse com firmeza a insistência do balconista da drogaria em oferecer determinado medicamento, só porque não tem o que você pediu. Lembre-se de que não necessariamente o produto oferecido terá efeito similar ao receitado pelo seu médico; 0 evite a auto-medicação. Não compre rem édios por conta própria ou por recomendação de leigos. Eles podem trazer efeitos colaterais imprevisíveis; <> guarde as receitas. As receitas podem constituir um excelente suporte para o histórico do seu estado de saúde. Guarde-as em lugar seguro; do remédio. Observe a embalagem e <$> avalie a embalagem confira as informações relativas à data de fabricação e validade; <$> verifique as indicações. Remédios para adultos não devem ser adquiridos para a medicação de crianças ou vice-versa; <$> leia atentamente a bula. Procure informar-se sobre o significado das explicações técnicas. Informe-se sobre precauções, indicações de uso, efeitos colaterais e posologia do remédio. Guarde todas as bulas dos utilizar ou que já utilizou; # mantenha os remédios remédios que em local seguro. Determine um espaço com bom isolamento térmico, fora do alcance dos animais e das crianças, para armazenar os remédios da casa.
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