FINALIDADES
DA
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Ness Ne ssee co cont ntex exto to,, a Edu duca caçã çãoo Físi Física ca é de desa safifiad adaa a prop propic icia iarr ao alun alunoo oportunidades de: • Aprender a conhecer e a perceber, de forma permanente e contínua, seu corpo, suas limitações, na perspectiva de superá-las, e suas potencialidades, no se sent ntid idoo de de dese senv nvol olvê vê-la -las, s, de ma mane neir iraa au autô tôno noma ma e resp respon onsá sáve vel.l. • Aprender a conviver consigo, com o outro e com o meio ambiente. É por meio de vivências corporais e interações sociais éticas que o sujeito: a. ap aprrop opri riaa-sse de con onhe heccim imen ento toss sob obre re o corpo orpo e suas práti ráticcas as,, b.
desenvolve
sua
identidade;
c. aprende, gradativamente, a articular seus interesses e pontos de vista com os
dos
demais:
d. apreende o conhecimento sobre si, sobre o outro e sobre o mundo; e.
aguça
sua
curiosidade
e
seu
espírito
investigativo;
f. amplia sua capacidade de escutar e dialogar, de trabalhar em equipe, de conviver
com
o
incerto,
o
imprevisível
e
o
diferente;
g. pe perc rceb ebee-se se co como mo inte integr gran ante te resp respon onsá sáve vel,l, de depe pend nden ente te e ag agen ente te transf transform ormado adorr do me meio io amb ambien iente, te, na persp perspect ectiva iva de sua prese preserva rvação ção.. h. educa-se para o lazer. • Aprender a ser cidadão consciente, autônomo, responsável, competente, crítico,
criativo,
sensível.
• Aprender a viver plenamente sua corporeidade, de forma lúdica, tendo em vista a qualidade de vida, promoção e manutenção da saúde.
DIRETRIZES
PARA
O
ENSINO
DA
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Com base nas reflexões anteriores sobre Educação e Educação Física, nos eixo eixoss no nort rtea eado dore res, s, da dass Dire Diretri trize zess Cu Curri rricu cula lare ress Na Naci cion onais ais pa para ra o Ensi Ensino no Fundamental e das Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da
Educação Básica, iremos discutir alguns princípios que julgamos fundamentais para orientar as ações educativas e os processos de tomada de decisões dos educadores, da Educação Física nas Séries Finais do Ensino Fundamental. Assim, o compromisso com uma Educação Física voltada para a formação cidadã dos alunos deve ser orientado, sobretudo, pelas seguintes diretrizes:
•
O
corpo
concebido
na
sua
totalidade.
• A qualidade de vida como requisito para a vivência corporal plena. • •
As A
práticas
ludicidade
como
corporais essência
como da
vivência
linguagem. corporal.
• A escolarização como tempo de vivência de direitos. • A demo emocrac cracia ia co como mo fun fundamen amento to do exer exerccício ício da cid cidad adan ania ia.. • A ética e a estética como princípios norteadores da formação humana. O
corpo
concebido
na
sua
totalidade
Desde a antiguidade clássica, o homem, movido pela curiosidade de saber quem ele é, de onde ele veio e para onde vai, tem sido desafiado a conhecer a si mesmo. Ao longo da história da humanidade, a concepção dicotômica de home ho mem m, qu quee o divi divide de em du duas as dime dimens nsõe õess – co corp rpoo e alma alma -, tem tem sido sido predominante. Essa visão, concretizada nos binômio corpo e mente, pensar e fazer, intelectual e manual tem influenciado várias dimensões da vida humana
e, no caso da educação, contribuído para a fragmentação do currículo escolar em disciplinas, valorização do cognitivo em detrimento das questões afetivas e motoras, bem como para desarticulação entre teoria e prática.
A qualidade de vida como requisito para a vivência corporal plena É comum pensar a qualidade de vida apenas na perspectiva da saúde, ente en tend ndid idaa co como mo au ausê sênc ncia ia de do doen ença ça.. Entr Entret etan anto to,, a qu qual alid idad adee de vida vida,, considerada na perspectiva do corpo totalidade, é o estado de bem-estar geral dos
sujeitos,
em
todas
as
suas
dimensões.
Assim, falar em qualidade de vida implica pensar, sobretudo, na dignidade
humana, na saúde como o estado de bem-estar biopsicossocial dos sujeitos, nas relações desses sujeitos consigo mesmos, com o outro, com os meios físico, cultural e social. Isso, por sua vez, implica levar em conta diferentes fa fato tore ress qu quee at atua uam m na nass co cond ndiç içõe õess de vida vida de dess ssas as pe pess ssoa oas, s, com omoo os cond co ndic icio iona nant ntes es da dass dime dimens nsõe õess biol biológ ógic ica, a, ps psic icol ológ ógic ica, a, so soci cial al,, cu cultu ltura rall econômica, ambiental, dentre outras.
As
práticas
corporais
como
linguagem
Este princípio se funda na premissa de que o conhecimento vivido
no
sobre
o corpo e
corpo é que nos possibilita compreender a nossa existência no
mundo, po pois is,, é po porr me meio io de dele le qu quee co cons nstru truím ímos os sign signifific icad ados os,, oc ocup upam amos os
espaços, espa ços, com comunicam unicamos, os, interagim interagimos os e nos constituím constituímos os como identidades identidades indi indivi vidu duai aiss e co cole letitiva vas. s. É, po port rtan anto to,, co com m ba base se ne ness ssee pres pressu supo post stoo qu quee concebemos
as
práticas
corporais
como
linguagem.
Várias são as concepções de linguagem. Entretanto, como queremos que nossos alunos sejam capazes de ler, interpretar e produzir diversos tipos de te text xtos os – ge gest stua uais is,, orai orais, s, es escr crititos os,, virtu virtuai aiss e ou outro tross – co com m se sens nsoo crít crític ico, o, argumentativo, de modo a compreender os limites e possibilidades de sua vivência social, entendemos que a concepção de linguagem li nguagem como enunciação constitutiva é um caminho importante.
ludicidade
como
essência
da
vivência
corporal
A ludi ludici cida dade de co como mo es essê sênc ncia ia da vivê vivênc ncia ia co corp rpor oral al do doss alun alunos os tem tem co como mo características básicas o prazer e o exercício da liberdade, os quais, por sua vez, implicam em realizar escolhas de forma autônoma, assumindo quaisquer responsabilidades
sobre
ela.
Pint Pintoo (199 (1995) 5),, a pa part rtir ir de es estu tudo doss sob obre re o clás clásssico ico Hu Huiz izin inga ga,, disc discut utee o comportamento lúdico como experiência cultural que confere sentido à ação. Consid Con sidera erando ndo a ale alegri griaa com comoo essên essência cia,, trata trata o lúd lúdico ico com comoo div divert ertime imento nto cons co nsci cien ente teme ment ntee to toma mado do co como mo nã nãoo-si sisu sudo do,, leva levado do a sé séri rioo pe pelo loss se seus us
participantes. Destacando que essa experiência absorve totalmente os que dela participa, enfatiza cinco características fundamentais da vivência lúdica, quais sejam:
A
escolarização
como
tempo
de
vivência
de
direitos
Os movimentos sociais, ao ampliarem a luta pelos direitos, criaram, dentre outros, um novo estatuto para crianças e adolescentes. Esses movimentos contribuíram, de forma significativa, para que a infância e a adolescência deixassem de ser concebidas como tempo de preparação para a vida adulta e passassem a ser entendidas como um tempo de direitos. Direitos que, garant garantido idoss no prese presente nte,, permit permitem em à crianç criançaa e ao ado adoles lescen cente te viver viver sua corporeidade e exercer a cidadania de forma plena e prazerosa.
Considera eração ção da divers diversida idade de cultur cultural al como como pon ponto to de partid partidaa da • Consid educação inclusiva – O reconhecimento da diversidade, além de ser a essência dos princípios da democracia e da estética, é também uma das diretrizes da educação nacional. O ensino da Educação Física considera a cultura local, regional – própria de um grupo social –, bem como a cultura univ un iver ersa sal,l, ou se seja ja,, o sa sabe berr cu cultu ltura ral,l, hist histor oric icam amen ente te ac acum umul ulad adoo co como mo patrimônio da humanidade. Por isso, é necessário dialogar com a diversidade cultural e a pluralidade de concepções de mundo posicionando-se diante das culturas em desvantagem social, compreendendo-as na sua totalidade.
• Articulação coerente entre conteúdos, métodos e recursos didáticos – É imprescindível garantir a articulação entre conteúdos e métodos de ensino, na opção didática que se fizer para que o ensino alcance os objetivos propostos. Os métodos e recursos didáticos são possibilidades de qualificar a intervenção profissional no cotidiano das aulas de Educação Física. Assim, os professores poderão utilizar, dentre outros, os seguintes recursos
didáticos e estratégias de ensino:
Avalia-se para conhecer os alunos, suas necessidades e seus interesses, para pa ra diag diagno nost stic icar ar se o alun alunoo es está tá ap apre rend nden endo do e se o prof profes esso sorr es está tá ensinando de forma adequada, para planejar o ensino – para detectar, ao longo do processo, os avanços já conquistados bem como as dificuldades que precisam ser superadas pelos professores, pelos alunos, pela instituição e pela família. Nesse cenário, a avalia liação está comprom rometida com o contínuo aprim ap rimor oram amen ento to do doss su suje jeito itoss e do proc proces esso so en ensi sino no-a -apr pren endiz dizag agem em.. O conhecimento
sobre
os
limites/dificuldades
e
as
compet com petênc ências ias/po /poten tencia cialid lidade adess dos alu alunos nos e profes professor sores es permit permitee tom tomar ar decisões que, efetivamente, possam promover o aperfeiçoamento pessoal e coletivo. Nessa lógica de avaliação, as dificuldades passam a ser ponto de partida para a superação e melhoria do desempenho.
5. Como avaliar? Coleta Coletando ndo dad dados/ os/inf inform ormaçõ ações es sob sobre re o proces processo so ens ensino ino-ap -apren rendiz dizage agem, m, utiliz uti lizand andoo div divers ersos os ins instru trume mento ntos: s: obs observ ervaç ações ões sistem sistemáti ática cass (regist (registros ros,, relatórios, fichas avaliativas), entrevistas escritas e orais (aulas dialogadas com registro), questionários, vídeos, fotos, testes, provas escritas e orais, auto-avaliação, pesquisas, debates, seminários, interpretação de desenhos, dentre outros. Cada um desses instrumentos possui especificidades quanto à sua utilização. Uma vez coletados, os dados precisam ser organizados, categorizados e analisados de forma tal que professores, alunos, escola, família possam fazer uma leitura crítica dos seus significados.
CONTEÚDO
CURRICULAR
O processo de construção coletiva desta proposta apontou para a necessidade da discussão sobre currículo como forma de embasar as decisões a ser tomadas em relação ao ensino da Educação Física. Em con conson sonânc ância ia com a LDB e os princí princípio pioss nortea norteador dores es des desta ta propos proposta, ta, curríc currículo ulo é com compre preend endido ido com comoo um con conjun junto to de exp experi eriênc ências ias organ organiza izadas das sist sistem emat atic icam amen ente te em da dada da reali realida dade de co conc ncre reta ta,, hist histor oric icam amen ente te situ situad ada, a, destinado à formação de sujeitos autônomos, capazes de intervir na realidade e transf transform ormá-l á-laa seg segund undoo a éti ética ca dem democr ocráti ática. ca. Essa Essa con conce cepçã pçãoo sup supera era a tradicional compreensão de currículo como rol de disciplinas que compõem um curso ou relação de temas que constituem uma disciplina.
CONTEÚDO
CURRICULAR
No que tange à estrutura organizacional dos conteúdos da disciplina de Educação Física ao longo da Educação Básica, a Secretaria Estadual da Educaç Educação ão def defini iniu, u, a partir partir das orient orientaçõ ações es da LDB, LDB, a est estrut rutura uraçã çãoo dos
Conteú Conteúdos dos Básico Básicoss Comuns Comuns – CBC - rele releva vant ntes es e ne nece cess ssár ário ioss ao des eseenv nvoolvim lvimeent ntoo
das
com ompe petê tênncias ias
e
hab abililid idaade dess
connsider co ideraada dass
imprescindíveis aos alunos em cada nível de ensino e que, portanto, devem ser, obrigatoriamente, ensinados em todas as escolas da rede estadual de ensino de Minas Gerais. Para enriquecer o CBC, cada escola deverá definir também os conteúdos complementares para atender às necessidades e aos interesses dos alunos,
observadas as condições da escola e as características locais e regionais da comunidade onde está inserida. • Atitudinal: conteúdos relacionados à aprendizagem de valores (princípios ou idéias éticas), atitudes (predisposições relativamente estáveis para atuar de determinada maneira) e normas (padrões ou regras de comportamento segundo determinado grupo social). Esses conteúdos são configurados por componentes cognitivos (conhecimentos e crenças), afetivos (sentimentos e
prefer preferênc ências ias)) e de con condut dutaa (ações (ações e int intenç enções ões). ). Exemp Exemplos los:: respei respeito to ao colega, cooperação, autonomia, solidariedade, adoção de hábitos saudáveis. Assim, aprende-se uma atitude quando a pessoa pensa, sente e atua de forma coerente diante uma situação concreta.
Certamente, os efeitos da globalização, ou melhor, da “ocidentalização” do mundo, percebidos pela velocidade das mensagens veiculadas pela mídia, pela explosão das novas tecnologias da informação e comunicação, pela a exac ex acer erba baçã çãoo do indi indivi vidu dual alis ismo mo e da co comp mpet etiti itivi vida dade de,, têm têm prov provoc ocad adoo mudanças no contexto social e também uma crise nas relações de trabalho. Presenciamos, ainda, uma grande parcela de trabalhadores no setor informal e o número de desempregados, em nosso país, é assustador. Além disso, convivemos com novas possibilidades de trabalho e, tem sido cada vez mais comum, encontrarmos sujeitos envolvidos em 12, 14 até16 horas de jornada por
dia.
Desse modo, tem se tornado urgente a preocupação com a qualidade de vida das pessoas, sendo que o estresse já é considerado a doença do século XXI. Nesse contexto, o lazer vem ganhando destaque e freqüentemente, tem sido foco de debates, inclusive em relação às políticas públicas. • Interesses culturais intelectuais (aqui se pode pen enssar
noss no
estu es tuddos
sobre bre
dete de term rmin inad adoo
assunto, escolinhas de esporte; escolinhas de ativid ividaade
física
e
saúde;
organização
esportiva; oficinas de papel, de artes plásticas e
de
teat teatro ro;;
bibl biblio iote tecca; poes esia ia;;
leit leituura; ra;
quad qu adri rinh nhos os;; jorn jornal; al; xa xadr drez ez;; da dama mas; s; truc truco; o; dominó;
palavras
astron ast ronom omia; ia; cul culiná inária ria;; caseiro iros;
museu;
educação
ambien iental;
especialistas...);
cruzadas;
origami;
inform inf ormáti ática; ca; hobbys consertos
caseiro iros;
bate-papos
com
• Int Intere eress sses es cul cultur turais ais sociais sociais (compe (competiç tições ões esport esp ortiva ivas; s; brinqu brinqued edos os pop popula ulares res;; cartas cartas a amig am igos os;; ba bate te pa pappos com amigos igos;; fes festas tas populares; bailes; visitas; clube da amizade; aniversários
comunitários;
datas
comemorativas; festivais de música, de dança, de teatro, de ginástica; encontros familiares; enco en cont ntro ross no co core reto to da praç praça; a; co colô lôni niaa de férias; lançamentos de vídeos, revistas, filmes; gincanas; shows; videokês; festivais de truco e outros...); Lazer
Nelson Leila
segundo
C.
Marcellino
M.S.M.
Pinto
:
(1987) (2003)
Fernando
Mascarenhas
(2001)
Christianne
L.
(2003)
Gomes