Fichamento do texto 7.1 – Aula 3 Brasil Independente I – Marcos Napolitano Independência ou Morte! p.79-117 Mattos, Claudia Valladão, O Brado do Ipiranga – Independência Independência ou Morte!: o quadro, quadro, a academia e o projeto nacionalista nacionalista do Império.
Pedro Américo: artista mais próximo do imperador, entrou em 1855 na Academia. - Quadro Independência ou morte têm relação com o projeto imperials de construção de uma identidade/imaginário nacional; pertence ao projeto pós-Guerra do Paraguai. - Peter Burke(estudando Luís XIV): a sustentação de um regime monárquico depende do imenso teatro que ele encena a seu redor - Chegada de D. João VI: montagem de um sistema de produção simbólica que visava legitimar a nova imagem do Império português; 1816: missão Artística Francesa – projeto político-estético; É fundada a Academia Academia Imperial de Belas-artes. Belas-artes. Só em 1840, 1840, com D. Pedro II, que houve uma colaboração mais efetiva entre a academia e o governo. Educação de Pedro II em moldes europeus levou-o a questão do papel das artes na construção do imaginário nacional, concretizando-se no mecenato. - Manuel Araújo Porto-Alegre: carta de 1853 sugerindo transformações na Academia de Belas-artes: estreitamento das relações entre a produção iconográfica dela e o governo. Denota a utilidade das artes para a construção de um Estado forte no imaginário do povo brasileiro; é nomeado nomeado em 1855 diretor da academia. academia. Empreende a Reforma Reforma Pedreira no mesmo ano. - 1º contexto de produção visual associado à Pedro II(1840-1870): construção de alegorias, de inspiração barroca, que evocavam a terra tropical brasileira e símbolos tradicionais da monarquia. (Lilia Schwarz – mesclava símbolos da casa real portuguesa com elementos da paisagem local: índios, abacaxi, etc). Seguiu o modelo de Luís XIV; procurou evocar evocar a grandeza e a singularidade da nação. Lógica Lógica do nome e da presença, ou seja, legitimar o governo monárquico por meio de um ato divino.(p.90) Caracetriza o contexto nacional incluíndo atributos específicos do universo exótico dos trópicos (101) - 2º contexto de produção visual(1870-1888): visual(1870-1888): pós-guerra do Paraguai, aparece como rei guerreiro, herói (Schwarcz: “a guerra do Paraguai representa o apogeu e começo da decadência de Pedro II); o modelo adotado passa a ser do princípio da ação, narrativo. Apresentá-lo como um estadista e equivalente à Napoleão.(p.90) Quadro - sobreposição sobreposição de sentimentos patrióticos às qualidades específicas da paisagem paulista(p.101) Lógica do feito glorioso, “história dos grandes vultos”, D. Pedro I como herói. O quadro (de Pedro Américo) - Forma geométrica; o caipira com o carro de boi determina o ponto de vista do observador(olha para o alto a fim de enxergar Pedro I, o que contribui para a interpretação heróica do brado de Independência. - Cavaleiro a frente do imperador arrancando o laço vermelho e azul que simbolizava a união entre a colônia e a metrópole: esse é o eixo que forma o núcleo básico da narrativa do quadro. - A guarda do imperador surpresa: Pedro Américo caracteriza a ansiedade e a tensão que precederam a proclamação, proclamação, bem como o entusiasmo. entusiasmo. - A composição vislumbra uma estrutura piramidal de poder, a soberania nacional encontra-se associada associada à preservação de uma elite política e intelectual, liderada por um soberano decidido e forte, bem como por um exército poderoso. - Majestade de D. Pedro I confrontada com a agitação dos soldados – estrutura semelhante à Batalha de Friedland – “mito de Napoleão”, qualidade de estadista. - Estreita aproximação entre natureza história para interpretar o acontecimento histórico. -
O Lugar do Independência ou Morte! na Obra de Pedro Américo - 1873: A Batalha do Avaí – adoção de uma estrutura formal nos seus quadros de
batalha representa a adesão de Pedro Américo ao projeto nacionalista da academia; Polêmica com Vitor Meireles e A Batalha de Guararapes – confronto velado entre monarquistas e republicanos, através do vínculo entre a academia e a política imperial. A Academia defende Meireles, tentando enfraquecer a posição de Pedro dentro da instituição. O quadro de Pedro Américo foi recebido como o de um realismo brutal. Gonzaga-Duque e Angelo Agostini, dois dos principais críticos da época, recebem-no positivamente; é um quadro realizado de acordo com as convenções estéticas da academia; As diagonais definem duas posições de luta: Caxias e sua comitiva, contraposto à posição simétrica dos paraguaios. - Após a Batalha do Avaí , Pedro Américo retorna a Europa, aprofudando seus estudos estéticos, publicando em 1879 o Discurso sobre o Plágio na Literatura e na Arte . Reitera os princípios fundamentais de sua produção artística. - Esboço da Batalha de San Marino (1880): lança mão do mesmo esquema usado na Batalha do Avaí , defrontando a placidez do herói com a agitação do campo de batalha. - “Com Independência ou Morte! Pedro Américo reafirma sua adesão à política cultural do Império e mais diretamente ao projeto nacionalsita do imperador D. Pedro II, uma posição que o lançou em sérias dificuldades um ano depois, com o início da República, e que exigiu grande habilidade política do artista para ser superada.”