DOSSIÊ TÉCNICO F abric aç ão de panelas de alum í nio Vânia Maria Corrêa de Cam C am pos F undaç ão Cent C ent ro Tecnológic o de Minas Gerais Gerais CETEC
outubro 2007
DOSSIÊ TÉCNICO Sumário 1 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ............... ....................... ............... ............... ............... ............... ................ ............... ............... ............... ............... ............... ............... ............... ........... .... 2 2 TIPOS DE PANELAS......................... PANELAS ....................................................... ........................................................... .................................................... ....................... 3 2.1 Panelas de pedra sabão........................... sabão ....................................................... ........................................................ ........................................... ............... 3 2.2 Panelas de barro........................... barro ....................................................... ......................................................... ....................................................... .......................... 4 2.4 Panelas de cobre ....................................................... ........................... ......................................................... ...................................................... ......................... 5 2.5 Panelas de vidro ........................................................ ............................ ........................................................ ...................................................... .......................... 5 2.6 Panelas esmaltadas............................................ esmaltadas............... ......................................................... ........................................................ ................................. ..... 6 2.7 Panelas de aço inoxidável inoxidável ................ ....................... ............... ................ ............... ............... ............... ............... ................ ............... ............... ............ 6 2.8 Panelas de alumínio ........................................................ ............................ ......................................................... ................................................ ................... 6 3 FABRICAÇÃO DE PANELAS DE ALUMÍNIO............................... ALUMÍNIO .............................................................. ...................................... ....... 8 3.1 Matéria-prima ...................................................... ......................... ......................................................... ............................................................. ................................. 8 3.2 Processo de produção ........................................................ ............................ ........................................................ ............................................ ................ 8 3.2.1 Laminação ....................................................... ........................... ......................................................... ............................................................... .................................. 8 3.2.2 Estampagem............................................... Estampagem........................................................................... ........................................................ ........................................ ............ 9 3.2.3 Extrusão...................................... Extrusão.................................................................. ......................................................... ........................................................ ........................... 9 3.3 Designação e dimensões padrão............................ padrão ........................................................ ..................................................... ......................... 10 3.4 Espessura, diâmetro diâmetro e capacidade volumétrica......................................................... volumétrica.................................. ....................... 11 3.4.1 Espessura nominal ...................................................... .......................... ........................................................ ................................................. ..................... 11 3.4.2 Diâmetro nominal....................................... nominal.................................................................... ......................................................... ...................................... .......... 11 3.4.3 Capacidade volumétrica ....................................................... ........................... ........................................................ ........................................ ............ 12 3.5 Alças e cabos............................ cabos ......................................................... ......................................................... ........................................................ ............................ 12 3.6 Revestimento antiaderente.......................... antiaderente ....................................................... ......................................................... .................................... ........ 14 3.7 Controle de qualidade ......................................................... ............................ ......................................................... .......................................... .............. 15 3.8 Marcação e informações informações aos consumidores consumidores....... ............... ............... ............... ............... ............... ................ ............... ........... 15 CONCLUSÕES CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕ RECOMENDAÇÕES ES ............... ...................... .............. ............... ............... ............... ............... ............... ............... ............ ..... 16 REFERÊNCIAS .......................................................... ............................ ........................................................... ........................................................... .............................. 17 ANEXOS....................................................... ANEXOS......................... ........................................................... ........................................................... ............................................ .............. 18 Anexo 1 - Fornecedores.......................... Fornecedores ....................................................... ......................................................... ............................................... ................... 18 Anexo 2 - Normas Técnicas da Associação Associação Brasileira de Normas Técnicas Técnicas (ABNT)... 19
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DOSSIÊ TÉCNICO Título Fabricação de panelas de alumínio Assunto Fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal Resumo Apresenta informações sobre processos de produção de panelas de alumínio, incluindo revestimentos antiaderentes, segundo as normas técnicas da ABNT. Palavras chave Fabricação; norma técnica; normalização; panela antiaderente;panela de alumínio; panela de barro; panela de cobre ; panela de pedrão-sabão; produção Conteúdo 1 INTRODUÇÃO As primeiras panelas foram as de pedra e eram fixas. Assim, quando um grupo nômade se estabelecia em outro local, confeccionava outro utensílio. Depois vieram as panelas de cerâmica e as de bronze. Havia outras alternativas como recipientes: conchas de moluscos, carapaça da tartaruga e o bambu. Este último é usado até hoje na Indonésia. De um século para cá, as panelas são predominantemente produzidas em alumínio e aço inoxidável. Leve e barato, o alumínio é a matéria-prima de mais da metade delas. As suspeitas de que o alumínio possa ter efeitos ruins para a saúde existem desde a década de 70, mas nada foi ainda comprovado. Os revestimentos anti-aderentes também têm sido objeto de suspeitas. Se por um lado, eles impedem que o metal-base da estrutura das panelas, em geral o alumínio, migre para a comida, por outro, há hipóteses - nãoconclusivas - de que esse material em contato com o calor e com alimentos protéicos, forme compostos cancerígenos. Mas, segundo a opinião de especialistas, a fabricação de panelas no Brasil melhorou muito na última década, com o uso de novas ligas e revestimentos e mais controle sobre a toxicidade mas, ainda assim, há rumores de que existem pequenos fabricantes que usam sucatas para fundir panelas, o que pode ser extremamente perigoso para a saúde. Em 2000, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou uma norma pioneira no país, a NBR 14630, que “especifica as características mínimas para fabricação, desempenho, qualidade, segurança, fornecimento e recebimento de panelas e caçarolas de alumínio laminado, de fabricação nacional ou importadas, utilizadas no país para exposição a uma fonte de calor direta, sem pressão interna, e seus complementos para uso normal em aparelhos domésticos de cocção a gás que atendam os requisitos da NBR 13723-1, ou outras fontes de calor até o limite de 3,3 KW/h + 0,2 KW/h”.
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Essa norma diz que “todas as partes internas das panelas e caçarolas, incluindo o corpo, a tampa, revestimentos e demais componentes que entram em contato com os alimentos ou com o vapor, devem ser fabricadas com materiais atóxicos e que não alterem o sabor e o cheiro dos alimentos nele preparados”. A seguir são apresentados os vários tipos de panelas existentes no mercado brasileiro, mostrar as restrições existentes às panelas de alumínio, o processo de produção de panelas e caçarolas segundo as normas técnicas da ABNT e também informa sobre a aplicação de revestimentos antiaderentes. O documento inclui dois anexos: 1) relação de fornecedores de chapas e discos de alumínio e aplicadores de politetrafluoretileno (Teflon); 2) relação das normas técnicas brasileiras referentes a chapas de alumínio e suas ligas e à fabricação de panelas, caçarolas, panelas de pressão e seus acessórios.
2 TIPOS DE PANELAS Os nutricionistas que dizem que, quando o assunto é panela, é permitido usar qualquer tipo de utensílio – só não dá para deixar de olhar a procedência do produto e as informações sobre sua composição para que se evitem danos à saúde. A função das panelas para o preparo dos alimentos é contribuir com o sabor sem serem prejudiciais para a saúde. Por isso, o primeiro passo é conhecer a matéria-prima destes utensílios e identificar a presença de substâncias que possam ser transferidas para os alimentos quando estão sendo preparados. 2.1 Panelas de pedra sabão Tradicionalmente usadas no interior de Minas Gerais, as panelas de pedra-sabão (FIG. 1) são uma das mais antigas da história da culinária. Elas têm a vantagem da longa durabilidade, de não terem cheiro nem alterarem o sabor dos alimentos, de manterem os alimentos quentes por longo tempo e de não serem atacadas por ácidos. As panelas de pedra sabão depois de curadas, podem ser usadas sem perigo de quebrar e suportam até 1.000°C. A cura, além disso, evita a passagem do níquel, um mineral bastante tóxico, para a comida. FIGURA 1- Panela e forma de pizza em pedra-sabão Fonte: Disponível em:
. Acesso em: 20 jul.2007.
Modo de cura: Panela de pedra sabão: a) untar com óleo de cozinha por dentro e por fora; b) encher de
água e levar ao fogo deixando ferver por 30 a 40 minutos; c) deixar voltar a temperatura ambiente e repetir o processo novamente; d) lavar com água e sabão evitando o uso de produtos abrasivos; e) nos primeiros dias de uso, evitar choque térmico, como por exemplo aquecer a peça a seco e despejar líquido frio em seu interior. Forma de pizza e carne : a) untar a forma totalmente, por dentro e fora, com óleo vegetal; b)
deixá-la por duas horas no forno a uma temperatura de 200ºC; c) após este tempo, desligar o forno; d) esperar que o produto volte à temperatura ambiente e lavá-lo normalmente; e) repetir todo o processo mais uma vez e a forma estará pronta para uso. Cuidados: além dos descritos acima, nas primeiras vezes que a panela for utilizada não devem ser feitas frituras.
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2.2 Panelas de barro Nessas panelas são preparados os principais pratos típicos da culinária capixaba. As panelas de barro (FIG. 2) tiveram sua origem há mais de 400 anos nas tribos indígenas que habitavam o litoral brasileiro. A técnica utilizada pelos índios na confecção deste artefato continua praticamente inalterada no litoral do Espírito Santo. Elas se diferenciam das demais panelas feitas de argila pelo processo de produção que as torna únicas no que diz respeito ao sabor e à conservação da temperatura dos alimentos. FIGURA 2- Panela de barro capixaba Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
O processo de produção se inicia pela limpeza da argila quando são retirados os grãos de areia maiores e a matéria orgânica visível. Inicia-se então, o processo de confecção das panelas, através de uma técnica de modelagem aplicada a partir de uma bola de barro. A modelagem feita a mão utiliza como instrumentos seixos rolados (pedras de rio), casca de coco, facas e estiletes. Após totalmente modeladas, elas são colocadas ao ar livre para secagem, e depois de secas, alisadas com um seixo rolado para retirada dos grãos de areia restantes. Depois vem a etapa de queima das panelas e o tratamento de superfície, com elas ainda quentes, com o tanino retirado da casca das árvores de mangue, o que lhes dá a coloração específica. Como as panelas de pedra-sabão, as de barro também devem passar pelo processo de curação antes de ser usada pela primeira vez: a) colocar dentro da panela duas colheres de óleo de cozinha, untando toda a superfície interna da panela; b) levar a panela ao fogo; c) deixar queimar o óleo e apagar o fogo quando a fumaça começar a ficar escura. Só então a panela de barro estará pronta para ser usada por muitos e muitos anos. O contato com materiais metálicos (palha de aço e colheres metálicas) deve ser evitado para não comprometer sua vida útil. Cuidados: Se a panela de barro não for de boa qualidade, pode conter grande quantidade de metais pesados como o chumbo, o cádmio e o níquel, que são prejudiciais ao organismo. A limpeza também deve ser feita cuidadosamente, porque trata-se de material poroso: o sabão ou o detergente podem ser absorvidos. Há, ainda, outro problema: para que se evitem quebras e trincas, recomenda-se esperar a panela esfriar antes da lavagem. 2.3 Panelas de ferro Para se preparar um bom cozido de carne e de legumes nada melhor que as panela de ferro (FIG. 3), dizem os gastronomistas. A vantagem delas é que não se deformam com o calor e conservam melhor a temperatura dos alimentos, representando uma boa economia de energia. FIGURA 3 – Panela de ferro Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
Como são pesadas e se mantêm quentes por muito tempo, deve-se preferir as que têm cabo de madeira para evitar queimaduras e facilitar a manipulação dos alimentos.
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Alguns estudiosos no assunto têm mostrado que não se ganha só sabor cozinhando com panelas de ferro; eles afirmam que este tipo de utensílio libera ferro e ajuda a evitar o aparecimento da anemia. Por outro lado, deve-se tomar cuidado ao lavá-las porque, quando esfregadas vigorosamente com esponja de aço, um tipo de ferrugem passa para o alimento, e depois de absorvida, oxida a gordura do corpo, favorecendo a obstrução das artérias.
2.4 Panelas de cobre O cobre é mineral conhecido desde os tempos remotos e usado há muito tempo pelo homem, inclusive para fazer as famosas panela de cobre. Na forma de tachos são as prediletas das doceiras tradicionais, que aliás não abrem mão deste utensílio, principalmente para derreter açúcar e para fazer caldas. A principal vantagem das panelas de cobre (FIG. 4) é a economia no consumo gás, pois o calor é distribuído de maneira uniforme e não só no fundo da panela, o que explica a escolha das mesmas para o preparo de doces. As panelas de cobre não só distribuem o calor como o retém por mais tempo, daí a sua indicação para as frituras e para os serviços de réchaud . Figura 4 – Panela de cobre Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2007.
O inconveniente dessas panelas é que não se deve deixar o alimento esfriar dentro delas porque o sal e os ácidos reagem com as substâncias das panelas e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas. Cuidados: Deve ser observado se há revestimento interno em estanho ou aço inox. Na falta deste, o cobre passa para o alimento e, com o tempo, o mineral se acumula no organismo. O resultado é o aparecimento de transtornos no funcionamento dos rins. Ao usar pela primeira vez uma panela de cobre deve-se remover o verniz, caso esteja presente; para isso basta mergulhá-la em água fervente e deixar até que esfrie completamente. Para deixar as panelas brilhantes, deve-se espalhar sobre elas uma pasta de farinha de trigo ou fubá (½ parte), sal (¼) e vinagre (¼) e deixar secar por uma hora. Depois, é só lavar, enxugar e passar uma flanela macia. Para o dia-a-dia deve-se utilizar detergente neutro; nada de lavar com produtos abrasivos ou esponja de aço.
2.5 Panelas de vidro São as preferidas dos profissionais de saúde, pois os resíduos químicos não são transferidos para os alimentos. Também os cozinheiros as preferem para fazer ensopados; devido à sua transparência a dosagem de líquidos fica mais fácil. O inconveniente é que elas se quebram com facilidade, principalmente devido a choque térmico.
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2.6 Panelas esmaltadas Se a questão é ter uma cozinha bonita, a melhor escolha são as panelas esmaltadas. A desvantagem destas panelas é que elas são muito sensíveis e, a qualquer atrito, o esmalte solta-se, o que não é bom para a saúde. Mas, se cuidadas adequadamente, elas não trazem nenhum prejuízo à saúde. 2.7 Panelas de aço inoxidável Assim como o vidro, o aço inoxidável está entre os materiais que recebem menos objeções para a fabricação de panelas. Para quem cuida da saúde e gosta de um alimento preparado adequadamente o melhor é optar pelas panelas de inox, recomendam os especialistas. Elas distribuem uniformemente o calor e cozinham mais rápido os alimentos, possibilitando economia de tempo e energia. Além disso, não há suspeitas de que o material possa causar mal à saúde e é de fácil limpeza. Em função da durabilidade e da resistência, as panelas em inox (FIG. 5) são consideradas o melhor “custo-benefício”. FIGURA 5 – Panelas de aço inoxidável Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
Vantagens das panelas de inox: capacidade distribuir o calor de forma uniforme; fácil limpeza; apresentam baixa rugosidade superficial; têm uma boa apresentação; resistem à elevadas temperaturas e a variações bruscas de temperatura. Não liberam substâncias tóxicas para os alimentos, a não ser que a matéria-prima seja de péssima qualidade. Neste caso são capazes de liberar níquel que é tóxico ao organismo. Cuidados: como elas conservam o calor melhor que os outros materiais deve-se tomar algum cuidado com o tempo de cocção para a comida não passar do ponto e queimar. Ao comprar panela de inox deve-se certificar de que os fundos sejam termodifusores, que permitem o calor da chama espalhar-se uniformemente. Assim o alimento cozinha por igual e não gruda no fundo da panela. 2.8 Panelas de alumínio As panelas de alumínio (FIG. 6) são as que sofrem maiores restrições dos nutricionistas e toxicologistas, pois há estudos relatando a passagem de resíduos do metal para a comida e sua rápida absorção pelo organismo, sobretudo quando dissolvido em água. Embora nenhuma doença grave tenha sido constatada por causa do seu uso, há suspeitas de que os metais migrados da panela parecem ser capazes de interferir nas células nervosas e causar doenças como o mal de Alzheimer. A situação vai se agravando à medida que a panela envelhece, pois os metais migram em maior concentração. FIGURA 6 – Panela de alumínio Fonte: Disponível em: . 20 jul. 2007.
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Sobre isso, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), diz que a maior parte da controvérsia sobre alumínio e Alzheimer remonta às décadas de 60, 70 e um pouco na década de 80. À medida em que mais informações sobre as causas de concentração de alumínio no cérebro foram obtidas, essa hipótese foi perdendo importância na comunidade científica. Os estudos mais antigos levantaram a essa controvérsia, mas, as pesquisas nos últimos 15 anos não apóiam e afastam totalmente essa hipótese. Uma forma de determinar o que a comunidade científica acha sobre qualquer hipótese, é quantos trabalhos estão sendo publicados daquele assunto, pelos cientistas que trabalham na área. O alumínio saiu do radar nos círculos científicos. Há um grupo pequeno de pessoas que ainda trabalham com isso, mas os estudos principais sobre Alzheimer já não envolvem mais o alumínio. Um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagem - CETEA, do Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL, com o objetivo de levantar dados sobre o potencial de transferência de alumínio proveniente de panelas durante o preparo de alimentos, concluiu que o cozimento em panela de alumínio contribui com cerca de 2% do limite máximo de ingestão do metal recomendado pela Organização Mundial de Saúde - OMS - 1 mg diário de alumínio por quilo de massa corporal. A pesquisa levantou dados sobre o potencial de transferência de alumínio proveniente das panelas durante o preparo de um cardápio tipicamente brasileiro: feijão, arroz, bife, batata e molho de tomate, entre outros, pois a ingestão varia em decorrência da dieta da população e de outros fatores, como as condições de cozimento e o tipo de panela. A dissolução de alumínio identificada durante o cozimento é inferior até mesmo ao teor do metal presente naturalmente em alguns alimentos (ALUMÍNIO e saúde). Devido a essas controvérsias, há a recomendação de que se evite, nessa panela, o cozimento de alimentos com alto teor de acidez, que ativam a liberação do metal, como frutas cítricas e molhos de tomate. Recomenda-se, também, não deixar o alimento esfriar dentro de panelas de alumínio , assim como nas de cobre, porque o sal e os ácidos reagem com as substâncias das mesmas e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas. Pela mesma razão, não se deve guardar alimentos dentro dessas panelas. A limpeza deve ser feita só com buchinha e sabão para evitar a liberação do metal. Manter panelas de alumínio “como um espelho” é totalmente proibido. Há empresas que têm feito panelas com ligas de alumínio e outros metais, o que elimina os perigos (FIG. 7). Uma delas produz as chamadas 'panelas milagrosas', feitas de ferro e alumínio. Essa empresa fabrica utensílios em alumínio fundido e polido para cozinhas industriais e domésticas. Abaixo são mostrados alguns de seus produtos:
FRIGIDEIRA
CAÇAROLA
ASSADEIRA
WOKS
PICANHEIRA
FIGURA 7 – Panelas com liga de alumínio e outros metais Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
Há panelas de alumínio com revestimento interno de politetrafluoretileno (Teflon) e a grande vantagem é que elas são antiaderentes, exigindo muito pouco óleo no preparo dos alimentos, o que é ideal para a saúde. Por outro lado, entretanto, o politetrafluoretileno é um plástico que solta-se com alguma facilidade, bastando arranhá-lo com esponjas de aço, colheres e facas. Esse material não deve ser ingerido.
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3 FABRICAÇÃO DE PANELAS DE ALUMÍNIO 3.1 Matéria-prima O alumínio é a matéria-prima básica. Apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais jovem usado em escala industrial. Mesmo utilizado milênios antes de Cristo, o alumínio começou a ser produzido comercialmente há cerca de 150 anos. A bauxita é o minério mais importante para a sua produção, contendo de 35% a 55% de óxido de alumínio. Hoje, os EUA e o Canadá são os maiores produtores mundiais de alumínio, mas nenhum deles possui jazidas de bauxita em seu território, dependendo exclusivamente da importação. O Brasil tem a terceira maior reserva do minério no mundo, localizada na região amazônica, perdendo apenas para Austrália e Guiné. Além da Amazônia, o alumínio pode ser encontrado em Minas Gerais, na região de Poços de Caldas e Cataguases. A mesma norma diz que o corpo das panelas e caçarolas deve ser fabricado a partir de chapas laminadas de alumínio e suas ligas, seguindo-se as determinações das NBR 6834 (que estabelece a classificação da composição química do alumínio e suas ligas), NBR 6999 (que especifica as tolerâncias dimensionais dos produtos laminados de alumínio e suas ligas) e NBR 7556 (que especifica os requisitos para chapas planas e bobinadas de alumínio e suas ligas). A tampa pode ser fabricada com outros materiais, desde que não alterem o sabor e o cheiro dos alimentos. A composição química das chapas de alumínio e suas ligas a serem utilizadas na confecção dos corpos das panelas e caçarolas deve estar dentro das características das ligas especificadas na NBR 6834. Como a aplicação envolve alimentos, o teor máximo dos elementos berilo, arsênio e cádmio não deve exceder 0,01% cada. 3.2 Processo de produção Para a fabricação de panelas de alumínio destacam-se a laminação, a estampagem e a extrusão dentre os diversos processos de transformação do metal: 3.2.1 Laminação
FIGURA 8 – Processo de laminação Fonte:Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007
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Processo de transformação mecânica que consiste na redução da seção transversal por compressão do metal, por meio da passagem entre dois cilindros de aço ou ferro fundido com eixos paralelos que giram em torno de si mesmos. Esta seção transversal é retangular e refere-se a produtos laminados planos de alumínio e suas ligas, compreendendo desde chapas grossas com espessuras de 150mm, usadas em usinas atômicas, até folhas com espessura de 0,005mm, usadas em condensadores. Os principais tipos de produtos laminados são chapas planas ou bobinadas, folhas e discos. Esses semimanufaturados têm diversas aplicações, dentre elas, a fabricação de utensílios domésticos. 3.2.2 Estampagem Chapas e discos de alumínio são amplamente utilizados para repuxação e estampagem profunda. Nesse processo, o material é pressionado por um punção contra uma matriz, como acontece com panelas, caçarolas e latas de bebidas. FIGURA 9 – Estampagem Fonte: . Acesso em: 20 jul. 2007.
3.2.3 Extrusão Processo de transformação termomecânica no qual um tarugo de metal é reduzido em sua seção transversal quando forçado a fluir através do orifício de uma matriz (ferramenta), sob o efeito de altas pressões e temperatura. Como uma pasta de dente sendo expelida para fora de seu tubo. FIGURA 10 – Extrusão Fonte: ABAL. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
A variedade de perfis que podem ser extrudados em alumínio é praticamente ilimitada. O processo reduz custos, pois elimina operações posteriores de usinagem ou junção, e possibilita a obtenção de seções mais resistentes pela adequada eliminação de juntas frágeis e uma melhor distribuição de metal. Os semimanufaturados extrudados transformamse, entre outros, em acessórios de panelas. O alumínio apresenta uma grande vantagem que é a de ser normalmente usado sem acabamentos especiais de qualquer espécie. Para muitas aplicações, entre elas a fabricação de panelas e caçarolas, o acabamento natural do alumínio é totalmente satisfatório, tanto em aparência como em durabilidade. Os grandes fabricantes de panelas e caçarolas preparam suas próprias chapas de alumínio,
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Preparação das chapas de alumínio; Automação dos processos produtivos em suas várias etapas; Equipamentos modernos de ensaio e testes laboratoriais de resistência e atendimento às normas. FIGURA 11 – Processo produtivo das panelas de alumínio Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
Os pequenos fabricantes, em geral, contam com a possibilidade de adquirirem chapas e discos acabados para a fabricação de panelas. No anexo 1 deste Dossiê se encontram endereços de fornecedores. Há empresas que produzem discos acabados de liga de alumínio-manganês para a fabricação de panelas comuns, de pressão, frigideiras e outras. Esses discos, otimizam o processo industrial, reduzindo custos, melhorando a estampabilidade, o brilho e o acabamento do produto. A tecnologia utilizada garante boa performance na estampagem dos discos, reduzindo o índice de quebra durante o processo a praticamente zero.
FIGURA 12 – Discos e panelas Fonte: NOVELIS. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
3.3 Designação e dimensões padrão São padronizadas pela ABNT (NBR 14630:2000) as designações e dimensões padrão de panelas e caçarolas:
Designação (Número 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 (*)
TABELA 1 Panelas e caçarolas – Designação e dimensões Diâmetro Capacidade Tolerância (*) somente nominal volumétrica mínima para menos (mm) (L) (L) 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
0,8 1,1 1,5 1,9 2,7 3,6 4,6 6,0 7,5 10,0 12,0 15,0
0,1 0,1 0,3 0,4 0,6 0,7 0,9 1,0 1,0 1,5 1,5 2,0
A tolerância máxima é ilimitada, estando de acordo com o produto de cada fabricante.
Fonte: ABNT. NBR 14630: 2000. p. 3
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3.4 Espessura, diâmetro e capacidade volumétrica 3.4.1 Espessura nominal Dimensão medida no fundo da panela ou caçarola. É a média aritmética entre três medidas de espessura tomadas no fundo do corpo do utensílio, dentro de um círculo a partir do centro do fundo, com raio igual a 20 mm, conforme mostra a FIG. 13. Quando o fundo for usinado, deve-se acrescentar à medida 0,5mm.
Raio = 20mm Fundo
FIGURA 13 – Espessura nominal Fonte: ABNT. NBR14630: 2000. p. 3
3.4.2 Diâmetro nominal É o maior diâmetro medido entre dois pontos, na borda ou no fundo da panela, declarado pelo fabricante (FIG. 14). É a média entre o diâmetro interno e o diâmetro externo, que também são obtidos através da média aritmética entre duas medidas de diâmetro interno e externo, respectivamente, feitas perpendicularmente entre si. Uma das medidas deve ser feita na direção do cabo e/ou alças.
FIGURA 14 – Diâmetro nominal
Fonte: ABNT. NBR 14630: 2000. p. 4
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A variação permitida pela NBR 14630 para o diâmetro nominal é mostrada na tabela 2: TABELA 2 Variação do diâmetro nominal Espessura nominal “e” Variação do diâmetro nominal para mm mais e para menos mm e < 1,5 2 1,5 < e < 2 3 24 1,2 e Fonte: ABNT. NBR14630: 2000. p. 4
3.4.3 Capacidade volumétrica É o volume total contido pelo corpo das panelas ou caçarolas até o seu transbordamento. A capacidade volumétrica nominal é a declarada pelo fabricante. A medição consiste em obter o volume através de padrões calibrados, com a utilização de água à temperatura de 23 o C+ 2oC. O volume deve ser obtido em litros, arredondando-se a segunda casa decimal, obedecendo-se os critérios da NBR 5891 (que define regras de arredondamento na numeração decimal). A ABNT considera que panelas e caçarolas para uso doméstico devem ter capacidade volumétrica entre 0,8L, no mínimo, até 15,0L, no máximo. 3.5 Alças e cabos Conforme a NBR 14630:2000, no caso de panelas e caçarolas com volume até 5,0l, o corpo deve ser provido, no mínimo, de um cabo ou duas alças para manuseio. O cabo deve ter, no mínimo, 120mm de comprimento, medido a partir do diâmetro externo do corpo da panela, incluindo qualquer saliência ou mudança de seção entre o corpo e a extremidade do cabo. A alça deve ter um tamanho mínimo tal que suas partes externas tangenciem um retângulo de 50mm X 35mm de lado. Alças e cabos, assim como seus sistemas de fixação devem ser resistentes. As alças e cabos não podem apresentar rupturas ou trincas assim como deficiências no sistema de fixação de forma a permitir vazamentos. Em caso de afrouxamento do sistema de fixação ele deve permitir reaperto. A NBR 14630:2000 traz, no Anexo A (normativo), um método de ensaio da determinação da resistência das alças ou do cabo do corpo e de seus elementos de fixação. Como preparação, é sugerido que se coloque na panela ou caçarola uma massa correspondente a 2,25 vezes a massa do volume interno do corpo em água. Após o que, utilizar dispositivos semelhantes aos apresentados nas figuras 15 e 16, respectivamente, para panelas e caçarolas com um cabo e uma alça ou duas alças. A altura de elevação da base do corpo em relação à sua superfície deve ser de 100mm + 20mm. A fixação do cabo no corpo na haste deve ser em dois pontos, de maneira que seu eixo e o eixo do dispositivo sejam paralelos e que não exista movimento relativo entre eles, obedecendo-se as medidas indicadas na figura 15.
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FIGURA 15 – Dispositivo para execução do ensaio de resistência dos cabos. Fonte: ABNT. NBR 14630: 2000. p. 6
Nas condições da FIGURA 16, deve-se levantar e abaixar o corpo da panela ou caçarola 1500 vezes, com a freqüência de 1 ciclo por minuto. No estado de repouso, o fundo da panela deve estar totalmente apoiado na superfície de apoio.
FIGURA 16 – Dispositivo para execução do ensaio de resistência das alças. Fonte: ABNT. NBR 14630: 2000. p. 6
FIGURA 17 – Detalhe do came das figuras 15 e 16. Fonte: ABNT. NBR 14630: 2000. p. 7
Além da NBR 14630:2000, que especifica os requisitos para a confecção de panelas e caçarolas, de onde foram retiradas estas informações, outra norma define requisitos para alças, cabos, poméis e sistemas de fixação e deve ser consultada: é a NBR 14876, publicada em 01/08/2002.
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3.6 Revestimento antiaderente As panelas antiaderentes são as que recebem uma camada, ou um revestimento, antiaderente. Conforme informações da PRAIMER, todos os substratos usados na fabricação de formas ou bandejas podem ser revestidos: aço carbono, aço aluminizado, aço inoxidável, flandres, assim como o alumínio e suas ligas. A descoberta de um revestimento antiaderente para panelas em 1938 chegou às cozinhas americanas na década de 60: era o teflon . Atualmente, as panelas mais modernas são denominadas de teflon II por serem revestidas com primer (substância usada para ligar o teflon ao alumínio). O novo revestimento impede que o metal passe para o alimento quando o teflon descasca.
A FIG. 18 ao lado, mostra uma composição de camadas de sua mais recente tecnologia, já usando a base em primer .
FIGURA 18 – Revestimento antiaderente Fonte: PANEX. Disponível em: . Acesso em: 20 jul.2007.
Para sua durabilidade, além de controle de qualidade da matéria-prima e do processo de revestimento, essas panelas exigem cuidados especiais de conservação. O antiaderente risca com facilidade caso as instruções de conservação não sejam seguidas corretamente. Portanto, ao fabricar panelas antiaderentes, deve-se ter o especial cuidado de anexar essas instruções ao produto. Elas podem ser lavadas normalmente na máquina, mas nunca se deve utilizar produtos abrasivos, esponjas de aço ou saponáceos. Somente utensílios de madeira ou plástico devem ser utilizados. Deve-se evitar cortar alimentos diretamente na frigideira e, após fritar, não deixá-la vazia no fogo. Deve-se evitar também que a chama incida sobre a lateral da frigideira. A panela deve estar fria para ser lavada. Recomenda-se sempre utilizar fogo brando, porque fogo alto, além de desnecessário, pode danificar o produto. Utensílios antiaderentes não devem ser utilizados no forno convencional ou no microondas. Revestimento antiaderente
O revestimento antiaderente utilizado para panelas é o politetrafluoretileno (PTFE). Teflon® é a marca registrada da DuPont que produz o material e domina o mercado nacional brasileiro. O PTFE é um polímero - espécie de plástico - cuja fórmula leva carbono e flúor. É bastante inerte e estável, não corrói, tem baixíssimo índice de atrito e não reage com outros produtos químicos. Entretanto, acima de 280º, o Teflon® deixa de ser inerte e estável. Ao bater os 342º, o material perde sua característica antiaderente e libera uma fumaça indesejável. A chama do fogão pode chegar a mil graus Celsius. Se tiver água na panela, o material se aquece até 100º. Se for óleo, chega-se a 215º. Entre outras razões, essa tem levado nutricionistas e estudiosos a desaconselhar o uso de frigideiras antiaderentes.
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Em 2006, a ABNT publicou uma norma (NBR15321) estabelecendo requisitos para avaliação do desempenho de revestimento antiaderente em utensílios domésticos de alumínio e suas ligas. Essa norma deve ser consultada caso o fabricante se decida por utilizar revestimentos antiaderentes em seus produtos. 3.7 Controle de qualidade A NBR 14630:2000 recomenda que, de cada lote deve ser retirada uma amostra de cada tamanho ou tipo de panela e/ou caçarola, conforme a TAB. 3, para controle de qualidade (inspeção), verificação das características dimensionais, determinação da resistência das alças ou do cabo do corpo e seus sistemas de fixação. Se qualquer amostra não atender às exigências da ABNT, o lote do tipo ou tamanho do utensílio representativo dessa mesma amostra deverá ser rejeitado. O tamanho do lote e o nível de aceitação devem ser considerados conforme definido na NBR5426:1985 (planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos). TABELA 3 Amostragem para inspeção
Unidades defeituosas Primeira amostragem Segunda amostragem a a o o o 1 amostragem 2 amostragem N aceitação N rejeição N aceitação No rejeição 5 5 1 2 2 3 Fonte: ABNT. NBR14630: 2000. p. 5 Número de peças constituintes
3.8 Marcação e informações aos consumidores Segundo a NBR 14630, cada panela e caçarola devem ter marcadas, de maneira clara, removível ou não, as seguintes indicações: a) Nome do fabricante ou símbolo de identificação deste; b) Designação e volume; c) Número da norma (NBR 14630). Além da marcação, recomenda-se que seja anexado ao produto final um folheto informativo das suas características e dos cuidados necessários à sua conservação. No caso de panelas em alumínio puro, é importante informar que o metal liberado é absorvido pelo organismo, por isso, deve-se evitar o cozimento, na mesma, de alimentos com alto teor de acidez, que ativam a liberação do metal. Deve-se recomendar também que não se deixe o alimento esfriar dentro da panela porque o sal e os ácidos reagem com o alumínio e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas. Pela mesma razão, não se deve guardar alimento dentro dessa panela. A limpeza deve ser feita só com buchinha e sabão para evitar a liberação do metal. As panelas com revestimento antiaderente, em especial, precisam de instruções para sua utilização. Para sua durabilidade, além de controle de qualidade da matéria-prima e do processo de revestimento, essas panelas exigem cuidados especiais de conservação. O antiaderente risca com facilidade caso as instruções de conservação não sejam seguidas corretamente. Abaixo encontra-se um modelo de folheto informativo para acompanhar panelas com revestimento antiaderente.
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Fabricado por/Producido en Brasil por PANEX PRODUTOS DOMÉSTICOS LTDA. Av. Álvaro Guimarães, 1100 - 09890-003 - São Bernardo do Campo, SP - Brasil CNPJ 61.077.830/0001-01 - Indústria Brasileira - www.panex.com.br SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR Grande São Paulo: (11) 6915-4400 - Demais Localidades: 0800 195444 Caixa Postal: 080 - CEP 09910-970 INSTRUÇÕES DE USO O revestimento antiaderente NEW RESIST de sua frigideira, além da praticidade, permite um preparo mais saudável dos alimentos. Uma pitada de manteiga ou óleo pode ser usada a seu critério para dar um sabor a seu gosto. ANTES DO PRIMEIRO USO Remova todas as etiquetas. Lave sua frigideira com detergente em água morna. Seque. Utilize um pano macio ou papel toalha para passar um pouco de óleo no revestimento antiaderente NEW RESIST no interior da frigideira. Leve ao fogo baixo durante dois minutos. Deixe esfriar. Lave e seque novamente. CONSELHOS DE UTILIZAÇÃO Utilize somente utensílios de madeira ou plástico. Evite cortar alimentos diretamente na frigideira. Após fritar, não deixe sua frigideira vazia no fogo. Evite que a chama incida sobre a lateral da frigideira. Deixe sua frigideira esfriar antes de lavar. Recomendamos sempre utilizar fogo brando. Fogo alto é desnecessário e pode danificar o produto. Alterações de cor do revestimento podem acontecer com o tempo. Não utilizar no forno convencional ou no microondas. LIMPEZA Limpar é extremamente fácil: simplesmente lave em água e detergente, com uma esponja, pano ou escova não abrasiva. Nunca utilize esponjas de aço ou saponáceos. As frigideiras PANEX podem ser levadas à lava-louças, porém recomendamos refazer o procedimento de untar com óleo após 10 ciclos de lavagem. Fonte: PANEX. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007.
Conclusões e recomendações CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Empresas de grande porte dominam o segmento de fabricação de panelas e caçarolas, restando às pequenas um nicho de mercado diferenciado, que se prima pela produção artesanal e pela qualidade. O Anexo 1 contém o endereço de alguns fornecedores de chapas e discos de alumínio, assim como de aplicadores de teflon . É importante observar que existem inúmeras normas técnicas específicas em vigor para a fabricação de panelas e caçarolas de alumínio, assim como para a aplicação de antiaderentes que devem ser consultadas. Essas normas estão referenciadas no Anexo 2, que inclui, entre outras, a NBR 11823 - Utensílios domésticos metálicos - Panela de pressão de uso doméstico. Panela de pressão não foi objeto de estudo deste Dossiê, mas essa norma está incluída para alertar que existem requisitos mínimos exigíveis de segurança para fabricação de panela de pressão de uso doméstico. Além da ABNT, também o Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) se ocupa da questão da segurança de panelas de pressão de uso doméstico, sendo elas objeto de fiscalização específica. Recomenda-se a consulta ao site da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) que traz informações completas sobre processos de transformação de alumínio, entre outras. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO (ABAL) Rua Humberto I, nº 220 - 4º andar - Vila Mariana - CEP: 04018-030 - São Paulo – SP Tel.: (11) 5904-6450 - Fax: (11) 5904-6459 – E-mail: [email protected] Site: Os interessados em exportar panelas e caçarolas para outros países podem contar com o apoio da FINEP, por meio do PROGEX - Programa de Apoio Tecnológico à Exportação, que em Minas Gerais é operacionalizado pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais Copyright © - Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br
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/CETEC. O Progex possibilita a inserção competitiva de produtos mineiros em mercados previamente prospectados pela empresa interessada em realizar a exportação. O atendimento é focado na adequação tecnológica do(s) produtos(s) às exigências internacionais, a partir de um subsídio para a implantação das mudanças requeridas. Para se inscrever no Programa a empresa deve entrar em contato com o CETEC, pelo telefone (31) 3489-2349 ou pelo endereço eletrônico: [email protected]. Referências REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. O alumínio: processos de produção. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. Alumínio e saúde: dissolução do alumínio durante o cozimento de alimentos em panelas de alumínio. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2007. BOCCIA, P. Panela na fogueira. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007. CRUZ, M. A. da. Além do trivial simples. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2007. DIETA mais saudável começa pela panela. Disponível em: . Acesso em: 20 ago.2007. ESCOLHA a panela certa para a sua cozinha. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2007. GRUPO INDUSTRIAL TROFA. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2007. MANTOVANI, F. Saúde na panela. Folha de São Paulo,13/4/2006. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007. OFICINA de arte. Pedra sabão. Disponível em: . Acesso em: 20 ago.2007. OLIVEIRA, I. O segredo das panelas. Disponível em: . Acesso em: 18 jul. 2007. PANELA de barro. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2007. PANEX. Manuais. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2007. PRAIMER. Disponível em: . Acesso em: 20 jul.2007.
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Anexos
ANEXOS
Anexo 1 - Fornecedores Discos laminados e chapas de alumínio:
NOVELIS BRASIL LTDA Av. das Nações Unidas, 12.551 - 15º andar São Paulo, SP - 04578-000 Tel.:(011) 5503-0722 - Fax.:(011) 5503-0791 Site: Chapas de alumínio:
ALCOA ALUMÍNIO S.A. Av. Nações Unidas, 12.901 - 16º and. -Torre Oeste - Brooklin Novo - 04578-000 - SP - SP Tel: (11) 0800-0159888 - Fax: (11) 5509-0356 - [email protected] Site: ALUMÍNIO HEIDORN LTDA Rua Barão de Monte Santo, 100 – Mooca - 03123-020 - São Paulo – SP Tel: (11) 6603-5500 - Fax: (11) 6603-5524 - [email protected] Site: ALUMTEK LAMINAÇÃO DE ALUMÍNIO LTDA Av. Pres. Vargas 461 - Imóvel C. Campos - 79570-000 - Aparecida do Taboado – MT Tel: (67) 3565-3705 - Fax: (67) 3565-2402 E-mail: [email protected] COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO – CBA Praça Ramos de Azevedo 254 - 3º andar – Centro - 01037-912 - São Paulo – SP Tel: (11) 3224-7000 - Fax: (11) 3331-4162 Site: LAMINAÇÃO DE METAIS CLEMENTE LTDA Rua Municipal, 212-A - Jardim Alvorada - 06612-060 - Jandira – SP Tel: (11) 4772-4772 - Fax: (11) 4619-2870 - [email protected] Site: LAMINAÇÃO DE METAIS FUNDALUMINIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Rua João Pedro Blumenthal, 301 – Cumbica - 07224-150 - Guarulhos – SP Tel: (11) 6412-2493 - Fax: (11) 6446-2400 - [email protected] Site: Aplicadores de TEFLON®, indicados pela DuPont do Brasil S.A.:
CND Revestimentos - MULTIFLON R. Antoninho Darcy Campagnollo nº 81 - B. Floresta - Caxias do Sul - RS - 95012-230 Fone / Fax: (54) 3225.2533 - [email protected] Site: PRAIMER REVESTIMENTOS Av. Continental, 251A – Compl. BR 376 – Dist. Industrial – Ponta Grossa – PR – 84001-970 Tel./Fax: (42) 3228-1003 Site:
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REALTEC REVESTIMENTOS R. Agostinho Gomes, 2193 – Ipiranga – São Paulo – SP – 04206-000 Tel: (11) 6169-9711 / (11) 6215-6649 – [email protected] Site: O CETEC não se responsabiliza pelas empresas acima indicadas, que foram retiradas de sites na Internet. Como essas, inúmeras outras podem ser contatadas para identificação das que melhor atendem às necessidades do cliente. Anexo 2 - Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6834. Alumínio e suas ligas: classificação da composição química . Rio de Janeiro: ABNT, 2006. •
Estabelece a classificação da composição química do alumínio e suas ligas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6999. Alumínio e suas ligas, produtos laminados: tolerâncias dimensionais. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. •
Especifica as tolerâncias dimensionais dos produtos laminados de alumínio e suas ligas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR7556. Alumínio e suas ligas – chapas, requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. •
Especifica os requisitos para chapas planas e bobinadas de alumínio e suas ligas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR11823. Utensílios domésticos metálicos: panela de pressão de uso doméstico. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. •
Estabelece os requisitos exigíveis de segurança para fabricação de panela de pressão de uso doméstico, com pressão interna, para ser usada em fonte externa de calor, sendo que a pressão de vapor (pressão normal de trabalho) deve estar compreendida entre 70 kPa e 120 kPa e a capacidade volumétrica do corpo não deve ser superior a 30 L.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR14630: Utensílios domésticos de alumínio e suas ligas: panelas e caçarolas. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. •
Especifica as características mínimas para fabricação, desempenho, qualidade, segurança, fornecimento e recebimento de panelas e caçarolas de alumínio laminado, de fabricação nacional ou importadas, utilizadas no país para exposição a uma fonte de calor direta, sem pressão interna, e seus complementos para uso normal em aparelhos domésticos de cocção a gás que atendam os requisitos da NBR 13723-1, ou outras fontes de calor até o limite de 3,3 KW/h ± 0,2 KW/h.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR14876. Utensílios domésticos de alumínio e suas ligas: alças, cabos, poméis e sistemas de fixação – requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. •
Especifica os requisitos para o desempenho de cabos, alças, poméis e sistemas de fixação dos utensílios domésticos de alumínio e suas ligas laminadas e/ou fundidas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR15321. Utensílios domésticos de alumínio e suas ligas: revestimento antiaderente - avaliação do desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. •
Estabelece os requisitos para a avaliação do desempenho dos revestimentos antiaderentes dos utensílios domésticos de alumínio e suas ligas.
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As normas podem ser adquiridas diretamente nos escritórios da ABNT ou on-line : Endereços dos escritórios da ABNT, disponíveis em: . Acesso em: 20 jul. 2007. Endereço para aquisição on line: . Acesso em: 20 jul. 2007. Nome do técnico responsável Vânia Maria Corrêa de Campos Nome da Instituição do SBRT responsável Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC) Data de finalização 23 out. 2007
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