Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 1.1,2
Como é bom sermos saudados por alguém! A saudação de Paulo é muito importante e traz mensagem de muita consolação. A Igreja é o povo de Deus: E o que marca esta propriedade é o fato de que Deus se relaciona com seu povo. E nesta simples saudação de Paulo nós alguns elementos particulares desta forma de Deus se relacionar com seu povo. A igreja é o povo de Deus porque...
A igreja é constituída de um povo que foi redimido por Deus. Comprado por ele por meio de Cristo. Ela é o povo peculiar de Deus em Cristo. 3. A Igreja é abençoada por Deus.
Não é Paulo que ministra ministra a graça. Não é Paulo que fornece paz. Deus é quem agracia seu povo. Deus é enche de paz seu povo. Paulo apenas expressa o desejo de que este povo seja abençoado pelo Senhor. A Igreja é constituída por aqueles sobre os quais está a graça e a paz do Senhor.
1. Deus se relaciona com a Igreja. V. 1a
Aplicação primária:
Essas palavras foram extremamente significativas para os crentes em Paulo se apresenta como “apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus”; Essas Essas palavr palavras as mostra mostram m a consci consciênc ência ia que Paulo Paulo tinha tinha de que seu ministério não provinha de particular elucidação, ou de vontade própria, mas que ele tinha sido alcançado pela graça de Deus e estava ali não falando de si mesmo, mas sob a autorização de Deus. Ele é o “apostolo” ou “enviado” de Cristo Jesus. A ordem ordem das palavras influencia influencia muito. muito. Paulo Paulo coloca coloca o termo termo Cristo Cristo à frente do nome de Jesus para mostrar que ele era o enviado não de uma pessoa qualquer, mas do Cristo, do messias, do redentor, do salvador que é Jesus. Paulo fala com a autoridade Jesus. Com a autoridade de Deus. Assim nós temos: a. A convicção de Paulo quanto à sua vocação; b. E a segurança da igreja de que está recebendo palavras de orientação que vem do próprio Deus. Assim a Igreja é o povo particular de Deus por que Deus fala com ela. A igreja é o povo de Deus e desfruta de um relacionamento pessoal com Ele. 2. A Igreja foi separada por Deus.
Paulo fala aos corações dos efésios lembrando a eles que eles eram os “santos e fiéis em Cristo Jesus”. A palavra “santo” significa no contexto geral da Escritura aquilo que foi
Éfeso. Eles eram alvo das mais diversas perseguições e pressões dos pagãos. NA cidade éfeso estava o grande templo da deusa Diana ou Ártemis, a deusa da fertilidade. Uma das grandes maravilhas do mundo antigo. Estava também alguns templos de culto ao imperador. Havia uma pluralidade religiosa muito grande e o evangelho quando chegou impactou aquela cidade. Os c rentes estavam sob perseguição. Mas Paulo mostra que Deus estava atento para aquela Igreja. Ele estava enviando palavras de orientação e consolo para ela. Mostrando que ela era uma igreja separada e mantida pelo Senhor. E também uma igreja que estava sendo abençoada com a graça e a paz do Senhor. Isso proporciona conforto para a igreja. Aplicação para nossos dias
Mas em que esta saudação pode influenciar em nossas vidas hoje? Primeiro no fato de que não estamos deixados perdidos sem orientação. Quantas vezes em meio às muitas lutas do dia-a-dia sentimos a carência, a necess necessida idade de de uma palavr palavraa amiga amiga de consol consoloo e confor conforto to?? Quant Quantas as vezes vezes precisamos de uma palavra palavra amiga que nos confronte confronte em nossos erros? erros?
Quando lemos as Escrituras temos a certeza de estarmos ouvindo a voz do próprio Deus. Porque nem Paulo nem qualquer outro autor das Escrituras escreveu sob sua própria autoridade, mas sob a autoridade de Deus.
1.
Segundo no fato de que a Igreja não é este povo de mente pequena que andam dizendo por aí. Não são desmiolados, desmiolados, loucos, fanáticos... fanáticos... são o povo separado separado por Deus. Resgatado por Ele em Cristo. Verdade que Paulo vai aprofundar ainda mais a partir deste ponto.
3.
Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 1.3-14
Na semana passada vimos algumas coisas que caracterizam a Igreja como povo de Deus. Três para para ser mais exato: 1. A igrej igrejaa é chamad chamadaa po porr Deus; Deus; 2. A igreja igreja é sant santifi ificad cadaa por Deus Deus;; 3. A igrej igrejaa é abenço abençoada ada por por Deus Deus;; Hoje, partindo deste terceiro aspecto nós vamos ver que a grande benção da Igreja está na sua redenção: V3. Paulo diz que Deus é o abençoador da igreja e que ele está sempre abençoando ela com toda sorte de bênçãos. Estas bênçãos são essencialmente espirituais e fundamentalmente concedidas por causa da ligação da da Igreja com Cristo. Cristo. Por isso essas bênçãos são colocadas no mesmo pé de igualdade (assim como) à grande benção da Igreja – Sua redenção. Esta benção está divida em três partes distintas e cada uma delas operadas por uma pessoa da trindade: trindade: a. A escolha, ou eleição ou predestinação (são termos relacionados) por parte de Deus o Pai; b. A expiação dos pecados da Igreja por meio do derramamento do sangue do Filho Jesus; c. A garantia da eterna salvação, liberdade definitiva da condenação do pecado por meio do Espírito Santo, Santo, penhor da herança; Mas toda essa ação super abençoadora de Deus em favor de sua Igreja não é
2.
Fomo Fomoss escolh escolhid idos os,, predes predesti tina nado doss pelo Deus Deus e Pai Pai “para “para louvo louvorr da glória de sua graça” – v. 6 Fomos Fomos redim redimido idoss pelo pelo sangue sangue ddoo Filho Filho Cris Cristo to “a “a fim de de sermos sermos para para louvor da sua glória” – v.12; Fomos Fomos selad selados, os, prote protegid gidos os e garant garantido idoss pelo pelo Espíri Espírito to Sant Santoo até o dia dia do nosso resgate “em louvor da sua glória” – v. 14;
Assim, o centro do ensino de Paulo, é que a Igreja é o povo de Deus que existe para glória de Deus. A Igreja não é um povo que surge do nada e vai pra lugar nenhum. Sem propósitos, sem objetivos. A igreja é o povo de Deus que existe para a glória de Deus. A Igreja não existe para construir impérios pessoais. Não existe para edificar edificar palácios e torres para si mesma. Não existe para a satisfação dos desejos daqueles que são seus lideres e muitas vezes se4 colocam como seus donos como temos visto por aí. De um modo mais particular, eu e você como crentes-igrejas que somos também também não existimos existimos para edificar nossos pequenos reinos onde pode podemos mos desfrutar das coisas que desejamos. Não existimos para nossa nossa satisfação para satisfação satisfação de Deus. A glória e satisfação dos crentes, individualmente e como Igreja, está em glorificar a Deus. Como diz Paulo em 2 Co 10.16,17: “Aquele “Aquele porém porém que se gloria, gloria, glorie-se glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aprovado quem a sim mesmo se louva, e sim aquele que é louvado por Deus”. E como diz o próprio Deus que tem muito mais autoridade que Paulo: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas; maso o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas cousas me agrado, diz o Senhor”. É na busca pela exaltação de Deus que os crentes e a igreja encontram sua própria satisfação: satisfação: “Agrada-te do Senhor e ele satisfará os desejos do teu coração.” Slm 37.4,5 Mas o que é viver para a glória de Deus? Como devo agir para glorificar a Deus? Que ações práticas tenho que desenvolver? O texto nos ensina pelo menos 3:
2. Desenvolvendo uma vida de santificação: v. 4
“Agrada-me fazer a tua vontade o Deus meu; dentro do meu coração está a tua lei.” Slm 40.8
2. A forma gloriosa pela qual ela foi formada – Eleita pelo Pai, redimida pelo Filho e selada pelo Espírito; 3. As maneiras práticas pelas quais a igreja deve glorificar a Deus: Adoração, Santificação e Adoção;
3. Sendo um agente de Adoção: v. 5
Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 1.15-23
Preste atenção nestas palavras pronunciadas por Chico Anísio: Que Deus é este que deixa que morra um menino de 18 anos, à espera de começar seu caminho na vida e deixa vivo e solto o animal que o atropelou, o débil mental que faz de um tunel uma pista de corrida e simplesmente arranca da vida um ser bonito, jovem, ansioso por começar a viver, filho de uma mãe maravilhosa, como colega, como amiga e como pessoa? Para onde Deus estava olhando quando isto aconteceu? Para onde ele olha enquanto negras magérrimas juntam areia a um pouco de água suja e dão para seus filhos na esperança de o salvar? Não é Ele que tudo sabe e que tudo vê? E como não vê o eterno inferno em que vivem judeus e palestinos por causa de dois palmos de terra? Deus é onipresente? E quando o Bruno matou ou mandou matar a mulher que lhe dera um filho e dele desejava o dinheiro suficiente para a criança sobrevier? Deus é onisciente? Então ele sabia que o Rafael teria que morrer naquele dia, naquela hora e daquele modo. Sendo assim, meus amigos eu deixo à disposição de todos a minha parte de Deus porque se Ele tem e é tantos “onis” e o mundo está como está, eu prefiro ficar sozinho. Estas palavras são palavras de quem nunca conheceu a Deus de fato. Para se prostrar ante ao Senhor é preciso conhecê-lo.
Paulo ora e exorta aos crentes a que progridam no conhecimento de Deus. No inicio de sua oração Paulo agradece a Deus pois sabe que a igreja de Éfeso já é uma igreja que conhece a Cristo, e que está firme nele. No entanto ele não mede palavras ou expressões para reforçar a necessidade que a igreja tinha de progredir cada vez mais nesse conhecimento. São elas: (v. 17,18) que Deus vos conceda: 1. Espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele 2. Iluminados os olhos do vosso coração para saberdes... Mas Paulo não fala de um conhecimento genérico de Deus. Um conhecimento histórico. Mas de conhecimento especifico acerca de coisas concernentes à nossa salvação. E eu gostaria de meditar nessa noite com sobre a verdade de que eu e você precisamos conhecer cada mais estes aspectos da nossa salvação para que, ao contrário do Chico Anísio, não venhamos a perder de vista a grandeza de Deus e gloriosa salvação que dele recebemos. 1. A Esperança da Vocação de Deus para os crentes – v. 18
A esperança a qual Paulo se refere é quanto à salvação final dos crentes. O alvo, o premio da soberana vocação de Deus em Cristo. Os crentes de Éfeso estavam debaixo de perseguições. Era uma igreja que sofria com os ataques dos pagãos e dos judeus que ali residiam. Em Apocalipse 2 nós lemos a carta de Jesus a esta igreja mostrando que ela era uma igreja firme em meio às tribulações e perseguições. Para uma igreja em provação e lutas é preciso lembrar que Deus nos salvou e nos salvará de uma vez por todas em Cristo. É preciso lembrar que as perseguições não podem tirar dela o fato de que em Cristo ela estará segura. É disto que Paulo está falando. Willian Hendriksen afirma que: “Esta esperança está solidamente fundada nas promessas infalíveis de Deus. é a ancora da alma, arraigada no próprio trono de Deus. Consiste, pois, de uma
Ele fala das promessas de Deus em Cristo de que sua igreja, seu povo seria vitorioso e seria preservado para sempre. É uma viva esperança como diz Pedro (1.3) baseada na ressurreição de Cristo de que nem mesmo a morte poderá nos separar de Deus. É grande esperança de que nada neste mundo poderá desfazer tudo aquilo que Deus já fez para a salvação de seu povo. Toda ação soberana de Deus em escolher, redimir e selar não pode ser revertida, os crentes estão seguros. Esta é a verdadeira esperança cristã, o fim da nossa fé – a nossa salvação. Salvação de quê? Da condenação eterna. Do castigo do pecado. Estamos livres e precisamos dia após dia conhecer cada dia mais esta esperança. Queridos quando a terra treme ficamos apavorados. Quando as lutas se levantam estremecemos. Mas não há o que temer, pois “ainda que um exército se acampe contra mim não se atemorizará o meu coração; e se estourar contra mim a guerra ainda sim terei confiança” Slm 27.3. Essa confiança só pode existir para aqueles que conhecem a esperança da vocação de Deus. Que entendem que sua salvação já está realizada e que será consumada em Cristo quando ele voltar. Mas o conhecimento desta esperança é complementado por outro conhecimento. 2. A Grandeza da Herança de Deus para os crentes – v. 18
A grande herança dos santos aponta para aquela “toda sorte de benção espiritual nas regiões celestes” que Paulo faz menção no v.3. Refere-se a todos os benefícios que os crentes recebem na salvação, mas especialmente aos benefícios que eles receberão na consumação de todas as coisas. Paulo está falando da vida eterna – a gloria celestial que Deus tem preparado para os seus. É imprescindível que os crentes de Éfeso se lembrem que há a promessa de uma herança superior para eles que vai muito além, que supera em muito todo bem estar que possa ser adquirido e vivido nesta terra. Os crentes não foram chamados para este mundo. A vocação dos crentes não é para uma vida melhor neste mundo, mas para o mundo por vir.
Em Fp 1.23 Paulo fala da incomparável superioridade de partir e estar com Cristo em relação ao ficar neste mundo. Paulo tinha uma compreensão muito clara de que não há tesouro nesta terra para os que foram chamados por Deus. Paulo tinha os seus olhos fitos nos céus, na esperança de glória de Deus. Em 2 Timoteo cap. 4, vemos que ele estava em paz com a chegada dos dias em que seria oferecido como libação. Ele aguardava ansioso a chegada daquele dia. Paulo escreveu sobre a esperança da ressurreição final e da vida eterna como nenhum outro escritor do N T. Em todas as suas cartas há menção da eternidade com Deus. Para Paulo só havia uma coisa do que se tratava o cristianismo. De estar com Cristo na eternidade. Esta esperança ele transmitia a todas as igrejas a quem escrevia. É desta herança que ele está falando aos Efésios. É esta ação graciosa de Deus em nos esta maravilhosa herança que nós devemos conhecer cada dia mais. É disto que se trata o cristianismo – da ação de Deus em nos regenerar para a vida eterna com Ele. É esta a grande herança de Deus para nós. Mas nós temos uma eternidade na presença de Deus como promessa, e preferimos nos apegar as promessas de cura, vitoria financeira, bem estar social e etc... Nós como igreja de Deus, precisamos cada dia mais entender que “Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” Hb 13.14. Não podemos nos esquecer da grande herança que temos nos céus da parte de Deus para nós. Não podemos permitir que os produtos morais, sociais, materiais produzidos pelo homem roubem de nós a visão da grande da herança de Deus para nós. Como disse certa Richard Baxter: “O céu pagará todo prejuízo que possamos ter para obtê-lo, mas
E por fim, há o conhecimento não apenas da vocação de Deus, da herança de Deus, mas também do poder que de Deus. 3. A magnitude do Poder de Deus na vida dos crentes – v. 19-23
Paulo fala os crentes de Éfeso deveriam transbordar de conhecimento a cerca do poder de Deus. Porque? Porque é o pode Deus que garante que Sua Salvação é eficaz e que Sua Herança é perfeita. Os crentes de Éfeso precisavam relembrar que Deus é infinitamente mais poderoso do que qualquer força que pudesse existir, fosse ela demoníaca ou política. E para reforçar isso ele relembra que o poder de Deus exercido na vida dos crentes é o mesmo poder exercido por ele na ressurreição e na glorificação de Cristo Jesus. O Deus que tirou Cristo da morte, exerce o mesmo poder sobre a vida dos crentes. Tal é este seu poder que ela não apenas levantou Cristo de entre os mortos, mas o colocou como autoridade sobre tudo que existe e inclusive sobre a igreja. Cristo é o governante de Deus sobre a vida da igreja. E ele a governa com o mesmo poder de Deus. Em tempos de avanço cientifico, médico e tecnológico, muitas vezes somos levados a um esquecimento do poder de Deus sobre nossas vidas. Buscamos primariamente todos os recursos que os homens podem nos oferecer e depois, só depois de ver que as coisas não estão indo bem, buscamos a Deus. Precisamos conhecer mais o poder de Deus. Precisamos entender cada dia mais que Deus é capaz de muito mais do achamos que ele realmente pode. É a certeza e o conhecimento do poder de Deus que nos garante a certeza de nossa salvação. É por saber que Deus é extremamente poderoso que temos a certeza de que suas promessas quanto à nossa salvação não falharão! É por saber que Deus é extremamente poderoso que confiamos que a herança que ele tem preparado para nós é infinitamente superior a tudo que possamos conhecer ou imaginar.
Deus é tão poderoso que assim como ele ressuscitou a Cristo dos mortos, ele também nos ressuscitou da condição de mortos espiritualmente. “Ele vos Deus vida estando vós mortos...” Mas isso é assunto para outro dia. Conclusão:
Chico Anísio declarou ser ateu e “desistiu” de Deus porque não pode conhecê-lo. Nós tivemos e estamos tendo hoje, a graça de conhecer mais a Deus. E não devemos para por aí. Devemos nos aprofundar cada dia mais no conhecimento deste maravilhoso Deus. Deste maravilhoso Deus que salvou e nos dá esperança de que estamos seguros em suas mãos. Deste maravilhoso Deus que tem preparado para nós uma herança incorruptível, coroa imarcescível de glória que receberemos das suas próprias mãos. Deste maravilhoso Deus que é Todo-Poderoso. Poderoso para ir muito além da nossa imaginação e compreensão. Ele ressuscitou a Cristo e nos Deus vida, como veremos na próxima oportunidade. Sigamos o conselho e oração de Paulo que é resumidamente o mesmo do profeta Oséias: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”. Que Deus nos ajude e abençoe. Vamos cantar a este maravilhoso Deus que se apresenta a nós com o cântico: “Maravilhoso”
Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 2.1-10 - Igreja: Vitrine da Graça de Deus
Vimos até aqui que a igreja existe para a glória de Deus. Foi eleita por Deus, redimida por Cristo e selada pelo Espírito para manifestar a glória da graça de Deus. Vimos também que essa igreja é chamada a conhecer cada dia mais a Deus. Conhecer: 1. A esperança da Vocação de Deus; 2. A grandeza da herança de Deus para os crentes; 3. A grandeza do poder de Deus na vida dos crentes
A morte espiritual é caracterizada por uma escravidão da vontade onde o individuo não pode fazer outra coisa a não ser satisfazer seus desejos que são guiados pelo mundo, o diabo e carne. Mortos espiritualmente são também naturalmente condenados - por natureza filhos da ira. Eles estão andando em total rebelião contra Deus. É uma ação deliberada de rejeição ao governo de Deus. Isso os torna filhos da ira. Essa ira é a ira de Deus. sobre está a plena e total ira de Deus como em Rm 1.18. Esta condição não está presente apenas em parte das pessoas, mas todos os homens estão subjugados a esta mesma condição. Todos fadados a este terrível destino. Mesmo os crentes não foram pessoas isentas desta condição. Tantos gentios, quanto judeus são pessoas que nasceram nesta mesma condição. Todos os homens, tendo ou não nascido em berço evangélico, são nascidos debaixo desta condição miserável de perdição e morte eterna. Então surge uma das palavras mais belas de toda Escritura na minha concepção: “Mas”. A partir de então, Paulo muda o foco e faz um tremendo contraste entre a condição anterior e atual dos crentes. 2º Momento: A obra poderosa da Graça de Deus na vida dos crentes – v.
Agora Paulo segue o seu raciocínio e trabalha para espor mais claramente a graça de Deus na vida da Igreja. A igreja foi criada para a gloria de Deus, pois evidencia a ação graciosa e poderosa de Deus. A igreja é a vitrine da graça de Deus. O desejo de Paulo é nos levar a refletir acerca da grandeza da graça de Deus sobre nossas vidas. E ele faz isso nos levando a pensar em três momentos na vida da vida igreja que precisam ser levados em conta: 1° Momento: O Estado Geral de todos os Homens - Morte Espiritual – v. 1-3;
Características desta morte espiritual: Vivendo sob influencia do mundo, do diabo e da carne; O individuo morto espiritualmente é alguém que não anda segundo suas
4-6;
Paulo como quem estava impulsionado por uma forte emoção dá uma reviravolta e diz, “mas Deus sendo rico em misericórdia....” “Vos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos”. Os cristãos são aqueles que como todos os homens viveram em condição miserável e total de morte. Inertes nesta condição. Incapazes de se mover em direção a Deus. Em nada eram melhores do que os outros. Estavam nivelados por baixo junto com todos os demais. Mas Deus.... A não ser pelo fato de que Deus livre e desprendidamente os redimiu por graça somente. A não ser por sua infinita misericórdia e pelo grande amor com que nos amou Deus nos deu vida!
Apenas a livre, poderosa e maravilhosa graça de Deus manifestada sobre eles para os livrar daquela terrível condição de morte. A salvação é uma obra exclusiva de Deus em que nem eu e nem você tivemos qualquer merecimento ou influência nisso. Deus por sua livre graça resgatou de modo poderosamente maravilhoso os crentes de seu antigo estado de miséria e os fez assentar em um estado de gloria por meio Jesus Cristo. Não mais filhos da ira, mas frutos da graça. E tudo isso para quê? Não para que sejamos engrandecidos, mas para que Deus seja glorificado.
3° Momento: A proclamação do objetivo da Graça: A glória de Deus – v.7-10;
Para que não houvesse qualquer duvida na mente dos Efésios de que a única razão pela qual eles estavam como igreja usufruindo o poder de Deus fosse sua graça maravilhosa, Paulo realça mais uma vez: “pela graça sois salvos” Paulo diz que somos obra da graça de Deus. Uma obra realizada claramente “para mostra nos séculos vindouros a suprema riqueza de sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus.” Não por qualquer manifestação de poder individual porque toda a ação
redentora é de alçada exclusiva de Deus. Nem a mesma a fé com a qual somos habilitados a responder ao estimulo de vida que Deus nos dá é propriamente nossa mas toda de Deus. Não para vivermos conforme nossas próprias vontades mas para viver para as boas preparadas de antemão por Deus. E agora, refeitos assim de modo tão maravilhoso, não somos mais filhos da ira destinados à condenação eterna. Somos agora “feitura” de Deus destinados a cumprir toda boa, agradável e perfeita vontade de Deus. A expressão “feitura dele” significa literalmente “obra das mãos de Deus”. O termo grego original é “poiema”, de onde vem transliterado para o português como poema. A igreja é a vitrine da graça de Deus. Os crentes são uma exposição viva da graça de Deus porque não vivem mais
Uma obra que Deus realiza com suas próprias mãos como um artesanato, obra de arte bela de Deus. Conclusão:
Hoje, dia em que o país inteiro está envolvido com coelhos e ovos de “páscoa”, nós somos chamados a voltar nossos olhos para o que de fato significou o drama do calvário. Ali, Deus estava derramando toda a ira que deveria derramar sobre nós – filhos da ira – como todos os demais homens, sobre seu Filho amado. Essa condição miserável de condenação que pesa sobre os homens em geral, foi inteiramente transformada em uma condição de vida e vida em abundancia. Não mais filhos da ira, mas poiema de Deus. Não mais odiosos pecadores, mas obra prima da nova criação de Deus. Criação feita em Cristo para uma vida totalmente nova. Para uma vida onde há liberdade da escravidão da vontade do mal e uma inclinação amorosa para a vontade de Deus, para as boas obras. Por isso não temos o direto de usurpar a gloria de Deus na redenção dos crentes. Não teremos o direito de permitir que sejam adicionados coelhos, ovos e qualquer outro símbolo pagão que nos retire os olhos da realidade da maravilhosa graça de Deus. Não temos o direito de viver preocupados com nossa promoção pessoal. Preservando sobre todas as coisas nossa satisfação pessoal. Mas a única fonte de toda e plena satisfação para o crente deve ser a graça que Deus operou em sua vida resgatando-o da morte eterna. Mas isso não vai acontecer enquanto não compreendermos a grandeza da graça de Deus em nós e como devemos viver por causa desta graça. João Calvino afirma que:
“Jamais somos devidamente sensibilizados do quanto somos devedores a Cristo, nem avaliamos suficientemente sua generosidade para conosco, até que a extrema infelicidade de nosso estado seja por ele posta a descoberto diante de nossos olhos”.
E Paulo dá um resumo dessa vida: “Naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às Alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”.
Paulo não é muito animador em seu resumo. Essa descrição poderia causar tristeza em qualquer um. “Lembre-se de como sua vida era miserável. Vocês não tinha Cristo e portanto não tinham vida. Não faziam parte do povo escolhido de Deus e portanto não qualquer expectativa de vida. Estavam sem esperança. Estava sem Deus. E no mundo, ou seja, vocês estavam realmente desolados”. Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 2.11-22 Igreja: Família de Deus.
O que você se lembra da sua infância? Se lembra algo de quando tinha 5 anos? E de quando tinha 3 anos? A capacidade de lembrar do passado não é algo comum a todas as pessoas. Alguns tem uma boa memória e se lembram de fatos de quando bem tenros. Outros, como eu, se lembram de algumas poucas coisas ou quase nenhuma delas. Assim, nós hoje louvamos a Deus pela invenção da fotografia. E especialmente pelas pessoas mais velhas que convivem conosco e que nos falam do passado, ou nos relembram de coisas da nossa infância. Como nossos pais, avós, amigos e etc. Paulo está agindo neste como uma dessas pessoas. E depois de mostrar aos Efésios e a nós, que a condição espiritual dos crentes antes de terem sido alcançados pela graça de Deus, era de morte total, agora ele lhes chama a lembrarem-se deste seu passado. Bom, eles estavam mortos espiritualmente e, por isso, mesmo insensíveis. Mas agora que estão vivos em Cristo são capazes de refletir acerca de sua situação anterior e comparar com sua situação atual. Por isso ele diz no verso 11: “Portanto, lembrai-vos de outrora...”
Mas porque Paulo é assim tão duro? É porque as lembranças do passado desolador, dão um excelente realce para a situação de graça do presente. A única maneira de compreender a grandeza da graça de Deus agindo em nossa vida é reparando na total depravação de nossa condição anterior ao encontro com Deus. Assim meus irmãos, a única maneira de entender a grandeza do privilégio de ser parte da Igreja de Deus é mostrando o quanto é desolador estar fora dela. Segundo Deus nos ensina neste texto irmãos, quem não está na Igreja está em uma situação de total desespero. Não tem vida. Não tem esperança. Não tem Deus. Está totalmente desolado. Quem não está ligado à Igreja de Deus está totalmente perdido. Mas preste atenção. Paulo não faz referencia aqui à simples membresia a uma determinada associação religiosa. Paulo não está fazendo referência ao envolvimento denominacional ou religioso de qualquer espécie. Paulo está falando de estar ligado ao Corpo de Cristo. À Igreja com I maiúsculo. E para isso é preciso estar ligado à Cristo. E isso ele segue ensinando no texto...
Paulo mostra que a razão de o povo crente de Éfeso fazer parte da igreja de Deus é Cristo. É pelo sangue de Cristo, ou seja, pelo seu sacrifício na cruz por meio do qual ele derrubou o muro de separação entre nós e Deus, entre nós e o povo da Aliança, os judeus, e nos uniu a eles constituindo um só povo. Cristo é a razão de ser da Igreja. “Porque por ele – (v.18) – temos acesso ao Pai em um Espírito”.
E é por causa de Cristo, e tão somente por causa de Cristo, que: “Já não somos estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e somos da família de Deus” (v.19). Assim queridos temos lições importantes aqui. 1.A menos que você tenha um relacionamento pessoal com Cristo e viva ligado a ele, você está fora da Igreja de Deus e por isso mesmo está sem esperança, e sem Deus no mundo. E não adianta dizer que você é membro há tantos anos, que seu pai é fundador da igreja, que sua família é crente desde antigamente, que se você e eu não estivermos em Cristo, não estamos na Igreja de Deus. Volto a afirmar que isso não significa estar ligado fisicamente a uma associação, ou instituição religiosa. Refere-se a Cristo e sua cruz. E o quanto nós entendemos o que representa seu sacrifício por nós naquele madeiro. Por isso não é também porque jogaram um pouco de água na minha cabeça quando eu era um bebê que eu sou Igreja. O Batismo Infantil não é garantia de salvação. É o compromisso assumido pelos pais, diante da igreja, por causa da Aliança que tem com Deus, de que vão ensinar seu filho nos caminhos do Senhor. Para que ele em tempo oportuno, e por causa do conhecimento e exemplo de seus pais, assuma um compromisso de estar ligado a Cristo e se relacionar com ele, em serviço humilde e adoração sincera. Assim meu jovem, não confie em sua filiação, mas assuma um compromisso com Cristo definitivamente. Entenda que o sangue derramado na cruz é para sua salvação da
Renda-se a ele ou então você, ainda que esteja freqüentando uma igreja, estará fora DA Igreja. 2. Se você está em Cristo, vivendo uma vida intima de relacionamento com ele, lembre-se que você é Igreja de Deus e portanto tem um privilégio dos maiores. Você é membro da família de Deus e isso não tem comparação. Você estava sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, Deus te reconciliou com Ele mesmo. Te ligou ao corpo de Cristo. Te deu a graça de estar vivo em Cristo e não apenas isso. Mas te deu a graça de fazer parte da família de Deus. Que alto privilégio é ser parte da Igreja de Deus. E assim como é alto o privilégio, também a grande a responsabilidade. Como Paulo diz nos versos 20-22, você está sendo preparado para a habitação de Deus no Espírito. Você está sendo edificado e deve crescer cada dia mais no seu relacionamento com Deus. Deve ser santuário dedicado ao Senhor. Deve viver de modo exclusivo para Deus, pois como diz Pedro, você é “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”, com um objetivo: “Proclamar a glória de Deus”. A Igreja é constituída do povo que estava morto em seus pecados, mas que foi ressuscitado por meio da graça de Deus em Cristo e que foi também adicionado ao corpo de Cristo sendo parte dele e vivendo como continuidade, extensão deste corpo na Terra. Assim, fazer parte da Igreja de Deus é um privilégio dos mais indescritíveis e uma responsabilidade das mais grandiosas. Concluindo:
As palavras de Deus por meio de Paulo neste texto trazem profundo alento aos que são da família de Deus.
Um fardo que é retirado por Deus mesmo por meio de Cristo se você se render a ele. Fazer parte da Igreja é algo maravilhoso. É sair da simples existência para a vida intensa e verdadeira. É sair da mediocridade para a glória de Deus. É sair do desespero para a mais rica esperança. Todo ser humano enfrenta pelo menos uma vez na vida, ou na vida toda, um vazio existencial causado pelo quem sou, donde veio, para onde vou. Fazer parte da Igreja de Deus é deixar essa vida sem rumo nem prumo, sem sentido, e viver com uma identidade segura e um destino certo – sou da família de Deus e estou indo para minha casa. Que Deus nos abençoe em nome de Jesus. Amém! Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 3.1-20 A glória da Igreja: Espelho da Glória de Deus.
mortos e uma situação extremamente degradante do ponto de vista espiritual. A razão para estarmos aqui não é outra senão a graça de Deus em Cristo por meio do qual fomos salvos pela fé que não é propriamente nossa, mas é também um dom de Deus. Além de termos sido resgatados por Deus daquele estado de morte fomos associados a Ele, feitos seu povo, por meio de Cristo, somos família de Deus. estamos em uma ligação profunda e maravilhosa com Deus – sua família. Assim vimos neste capitulo a origem da Igreja, a razão de sua existência – a graça de Deus em Cristo. No cap. 3 Paulo nos ensina que a Igreja de Deus é gloriosa. E sua glória está no fato de que, tendo sido chamada por Deus, tendo sido resgatada por Deus, e tendo sido adotada por Deus a igreja demonstra a todos, a multiforme sabedoria de Deus. A glória da Igreja é glorificar a Deus. “Por esta causa...”.
O que os irmãos tem achado do que tem visto na carta de Paulo aos Efésios? (Só para pensar) Apesar de apresentar algumas coisas difíceis de entender ela é uma carta maravilhosa para nós, Igreja do Senhor. Lutero disse certa vez em relação a Efésios: “Essa é uma carta que eu devia ler 50 vezes”. Tão rica, profunda, consoladora e emocionante é a carta de Éfesios! Especialmente nestes primeiros capítulos. No cap. 1 vimos que a Igreja é composta do povo que foi escolhido por Deus para glorificar a Deus. Povo que foi redimido de forma gloriosa em Cristo. E por isso mesmo deve progredir cada vez mais no conhecimento do poder de Deus em favor de si mesma. Vimos então neste capítulo a vocação da Igreja. No cap.2 vimos que a Igreja é constituída do povo que estava morto.
Paulo está preso e razão pela qual está nesta condição é o seu ministério apostólico de anunciar a graça de Deus aos gentios. Ele diz: Ler o texto v.1-10
Paulo está preso em Roma por causa da pregação do evangelho. Ele foi chamado por Deus para – v.8 – pregar o evangelho aos gentios; e manifestar a dispensação do mistério de Deus – que ele mencionou lá a trás e é Cristo. Esta pregação de Paulo foi usada por Deus para somar os gentios ao povo de Deus e derrubar a parede de separação étnica que existia mostrando que a graça de Deus não está ligada a um povo específico – os judeus – mas transcende a eles. Isso faz da Igreja a grande despenseira da multicolorida, reluzente, sabedoria de Deus.
Esta manifestação é tão ampla que não apenas aos homens, mas inclusive aos anjos (principados e potestades) é manifesta a grande graça de Deus. Anjos e não demônios porque Paulo não está falando ainda de batalha espiritual e não há nada no contexto que nos leve a entender que principados e potestades neste caso seja referência a demônios. Tendo em vista que, Pedro afirma em sua carta que o evangelho e a graça de Deus são coisas que os “anjos anelam perscrutar”, entende-se que a Igreja é maior manifestação visível da grande e variada graça de Deus. Depois da cruz é claro. Na Igreja estão presentes pessoas de todo tipo e jeito. E é incrível como Deus consegue unir tais pessoas! Somos tão diferentes uns dos outros! Temos tão pouca coisa em comum! Gostos diferentes. Jeitos diferentes. Pensamentos diferentes. Origens diferentes. Entretanto nossas diferenças não são suficientes para nos afastar uns dos outros, mas apesar delas, somos unidos. E Paulo vai tratar mais disso à frente. Por hora ele está mostrando aos efésios e a nós, que esta ação de Deus em quebrar barreiras étnicas e associar judeus e gentios é exatamente o que torna a Igreja um grande outdoor da multiforme sabedoria de Deus! A glória da Igreja está em glorificar a Deus. O que torna a Igreja uma instituição sem precedentes e sem concorrentes é a sabedoria e graça de Deus que está estampada e espelhada Nela. Mas toda essa glória existe a custo de muito sofrimento. Primeiro o sofrimento de Cristo na cruz. Depois o sofrimento dos grandes servos de Deus que, como Paulo, batalharam pela pregação do evangelho. Apesar de gloriosa, a igreja sofre. E este sofrimento não pode jamais desestimulá-la. Por esta causa, Paulo intensifica suas orações em favor da Igreja.
Paulo ora para que essa igreja seja fortalecida: a. Mediante o Espírito no homem interior – ou seja, que Igreja cresça cada vez mais em influência da parte de Deus sobre ela. b. Para que Cristo seja cada vez mais formado nela de tal modo que ela possa conhecer cada vez mais a grandeza do amor de Cristo em seu favor e possa assim se tornar mais plena do conhecimento de Deus. A Igreja apesar de sofrida é gloriosa porque nela habita o próprio Deus. O Espírito Santo habitando na Igreja faz com que ela se torne cada vez semelhante a Cristo e assim Deus se torna cada vez mais conhecido por meio da Igreja. A Igreja é gloriosa porque está ligada em Cristo e reflete a gloriosa grandeza de Deus a todos, homens e anjos. Paulo não poderia terminar de outra forma esta seção. Assim como ele começa no cap.1 v.3 louvando a Deus pela grandeza de sua operação na vida da Igreja, ele termina sua exposição da graça de Deus em favor da Igreja, exaltando a Deus. Nesta doxologia, ou, palavra de louvor, que Paulo menciona estão expressos o sentimento que deve encher todo nosso coração. 1. Reconhecimento de toda grandeza e poder de Deus que supera em muito toda nossa expectativa; A graça de Deus manifesta sobre nossas vidas é prova mais que suficiente do poder insuperável Deus. Deus nos transformou de mortos, para vivos. De criaturas em filhos. De indigentes em família Sua. Ele pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos. 2. Desejo real e sincero de que a gloria de Deus seja manifesta na Igreja e em Cristo para sempre!
não ser o desejo intenso, real e sincero de que Deus, e Cristo nosso Senhor sejam sempre exaltados em nossa vida. A nossa glória é sermos espelhos da multiforme graça e sabedoria de Deus! A nossa glória é que existimos para glorificar a Deus! Como é glorioso ser igreja de Cristo, você não acha?
“Rogo-vos pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Paulo diz que os crentes devem andar de modo Digno: 1. Adequadamente , de um modo tornando-se, em uma forma de igual valor com a coisa referida. 2. como convém, dignamente, adequadamente 3. torne-se como (pesando tanto, de igual valor) dignamente,
merecidamente.
Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 4.1-6
Quem teve a oportunidade de estudar a lição de n°10 da revista Rhêmata entendeu que a igreja de Deus não é perfeita. A Igreja é uma instituição composta por pessoas que foram altamente privilegiadas: Vocacionadas por Deus; Redimidas pela graça de Deus; Unidas a Deus; tudo isso para que a glória de Deus se tornasse manifesta de todos os homens e anjos. Quão gloriosa é a Igreja de Cristo! Mas mesmo sendo alvo de tão grande graça, a igreja é imperfeita e isso porque muitas vezes lhe falta equilíbrio. A vida cristã é uma vida de equilíbrio. É preciso haver perfeita harmonia entre o que o que Igreja recebeu e a forma como ela vive. Por esta razão, Paulo, depois de haver falado sobre a glória da vocação
O símbolo que melhor representa esta dignidade na língua romana estava presente no dia a dia do povo. Era a balança romana. Quando os pesos de ambos os pratos da balança estavam perfeitamente equilibrados havia dignidade. Assim aprendemos que o cristão deve andar de modo adequado e equilibrado. No mesmo nível. Mas de quê? Paulo diz que os crentes devem andar no mesmo nível da vocação que recebemos. Mas Paulo não lhes um simples pedido. Ele lhes “roga”. Paulo implora aos efésios que vivessem uma vida de Equilíbrio. Harmonia. E ele lhes implora baseado na sua própria experiência. Ele é o “prisioneiro no Senhor”. Paulo estava preso exatamente porque vivia uma vida de plena harmonia com a graça que recebeu de Deus. Em 1 Co 9.16 Paulo menciona como a pregação do evangelho é importante para ele. Tanto que ele se sente obrigado a isso. Não que ele fazia por obrigação, mas devido à graça que recebeu de Deus ele assim o faz. Em Fp 1.27 Paulo faz a mesma afirmação deste verso. O verdadeiro cristianismo requer de seus adeptos que ajam ou reajam de modo equivalente a grandeza de tudo aquilo que receberam. A vida cristã deve ser direcionada pela compreensão da grandeza da graça de Deus. Uma vez que se compreenda o que significa ter sido, vocacionado por Deus, redimido por Deus, salvo pela graça, unido a Deus e ao seu povo, despenseiros de Deus, devemos viver de acordo com isso. A nd do de alinha ha iz
Nós precisamos entender que a vida cristã não pode ser vivida da maneira que achamos melhor, mas deve ser vivida de acordo com a vontade Deus. De uma forma bem resumida Deus está nos dizendo por meio de Paulo: “Se vocês são crentes, vivam como crentes”.
O que estamos aprendendo é que o conhecimento da graça de Deus manifesta sobre nós deve nos levar automaticamente a reagir de modo equivalente à grandeza da salvação que recebemos. E assim Paulo ensinar como devemos agir para viver de modo digno desta vocação. E ele aponta cinco virtudes que devemos cultivar para vivermos um cristianismo equilibrado.
1. Humildade: esta humildade provém da compreensão de que não foi por nenhum mérito pessoal que fomos unidos à igreja de Deus, mas foi exclusivamente pela graça livre e soberana de Deus que nos escolheu antes da fundação do mundo. 2. Mansidão: Está ligada à submissão. Não somos donos de nós mesmos. Fomos comprados por preço. Adquiridos pelo sangue do cordeiro e a ele devemos nossa vida e serviço. 3. Longanimidade, ou paciência: A vida cristã não é um mar de rosas. Paulo estava preso e assim como ele seus ouvintes também sofriam perseguição. É preciso ter paciência para suportar as lutas da vida cristã sem desanimar. 4. Apoio mútuo: O termo Suportar aqui é a junção de dois termos que significam literalmente “segurar através de” traduzindo melhor por oferecer suporte, carregar. Uma das formas de viver de modo digno de nossa vocação é fazendo uns com os outros o que Deus faz conosco, dar suporte, ajudar, socorrer com amor e graça. 5. Unidade: Vivermos em unidade não é uma opção. Os crentes não são convidados à unidade. Viver em unidade é algo obrigatório por força da própria natureza de Deus e da salvação que ele nos deu. O pronome “um” aparece 7 vezes dos versos 4-6. Destas sete vezes, 3 fazem referência a Deus ou à Trindade. Um Espírito; Um só Senhor; Um só Deus e Pai.
Ela é essencial. Faz parte de sua essência. E Nós devemos nos esforçar diz Paulo, e muito, para preservar esta unidade. Concluindo:
Só uma forma de a Igreja ser cada vez mais pura. E é vivendo um cristianismo equilibrado. Nós não podemos nos esquecer jamais disso. Devemos viver na prática das mesmas coisas que recebemos de Deus. Somos chamados em Cristo. A graça que recebemos como igreja é grandiosa demais. E para isso precisamos: Cultivar uma vida de humildade. Viver em submissão a Deus. Ter paciência e não desanimarmos. Oferecer suporte uns aos outros. E lutar com dedicação para vivermos em unidade. Que Deus nos abençoe.
Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus! Ef 4.7-16
Paulo falou anteriormente de equilíbrio. Os crentes que vivem para a glória de Deus, vivem de modo compatível com sua confissão de fé: Eles andam em humildade, em mansidão, em longanimidade, se apóiam mutuamente e vivem em unidade. Mas como a Igreja vai conseguir viver deste modo? Como podem os crentes viverem de modo digno da vocação? Se somos tão pecadores e falhos como vamos conseguir manter este padrão de vida? A resposta está na graça de Deus. Por sua graça Deus constituiu a Igreja de duas coisas:
Paulo afirma que Cristo concedeu graça à igreja. Essa graça foi dada mediante o cumprimento de sua obra na cruz. Depois de fundar sua Igreja Cristo subiu aos céus, mas não a deixou sem rédeas. Cristo a dotou de lideres: profetas, evangelistas, pastores e mestres. Paulo reforça que ele fez isso pessoalmente. Os líderes da Igreja são escolhidos de Cristo para isso. Cristo dotou sua igreja com líderes para aperfeiçoar os crentes. E fez isso com objetivos: a. Para o desempenho do serviço que promove crescimento espiritual; b. Para o fortalecimento da Igreja a fim de que não seja facilmente manipulável, antes seja firme doutrinariamente e cresça. Cresça: a. Em todas as coisas; E Cresça mutuamente. Assim Deus nos ensina que não deixou sua Igreja desamparada, mas a dotou com líderes escolhidos por Ele para que pudessem se esmerar por ela a fim de que ela crescesse e se tornasse forte o bastante para resistir. A graça de Deus foi concedida aos que lideram a fim de que possam se esforçar no ministério de fortalecer os crentes para resistirem aos ataques dos falsos mestres e de suas falsas doutrinas. Para que a igreja seja firme e possa viver orientada no verdadeiro cristianismo. Assim, Uma igreja que vive para a glória de Deus é uma igreja cujos líderes entendem seu papel de servir e capacitar aos crentes.
Isso nos ensina que cada irmão que faz parte da liderança desta igreja tem o papel e a responsabilidade de zelar pela vida espiritual dela. Pastor, presbíteros, diáconos, diretorias de sociedades e departamentos... cada um de nós foi escolhido por Deus para isso. Foi Deus quem nos chamou e nos dotou de habilidade para fazê-lo, de modo que pesa sobre nós a responsabilidade de zelar pela vida espiritual e desenvolvimento dos crentes que lideramos. Mas esta responsabilidade não é apenas nossa. A graça de Deus para o fortalecimento da igreja não se manifestou
Alguns usam seus cargos para construir para si currais eleitorais. Outros querem apenas satisfazer seu próprio ego: Ministério Fulano
Por isso irmãos se não há desenvolvimento espiritual numa determinada igreja local isso já não pode mais ser debitado apenas da conta dos líderes como se eles fossem os únicos responsáveis pelas dificuldades da Igreja.
E há quem ache que a igreja lhe pertence e deve ser do jeito dele.
Mas uma igreja que vive para a glória de Deus possui crentes conscientes de seu papel individual desenvolvimento de si mesmos e de sua comunidade.
de tal. Mas a igreja que vive para a glória de Deus é a igreja cujos líderes entendem seu papel de servir e capacitar aos crentes.
Líderes que entendem que devem dar sua vida pelas ovelhas, assim como o Mestre o fez. Contudo a responsabilidade de uma vida cristã digna não pode ser debitada apenas da conta do lideres. Por sua graça, Deus também constituiu a igreja... 2. De crentes dotados individual e espiritualmente. Deus também dotou a cada crente para que por meio de sua dedicação, esforço próprio e apoio mútuo pudesse também crescer em Cristo. A partir do verso 14 Paulo muda o tempo verbal de terceira pessoa do singular para primeira pessoa do plural.
Assim já não é apenas uma responsabilidade apenas da liderança da Igreja de se dedicar em cuidar da igreja e fortalecê-la contra os erros doutrinários, mas há da parte igreja uma responsabilidade mutua e individual de crescer e não se deixar levar por estes erros. Paulo destaca que a graça de Deus foi concedida a cada um e não apenas a um grupo de pessoas especiais. E para quê? “Para que seguindo a verdade em amor cresçamos em tudo” sob o governo eterno de Cristo. Agora, Cristo é a cabeça. É Ele quem de fato governa a Igreja, mas todos os membros, indistintamente e individualmente tem o dever de se apoiar mutuamente no processo de crescimento e desenvolvimento da vida cristã conforme Cristo. Cada parte é responsável e habilitada para isso – v.16. Assim Deus deu dons e responsabilidades suficientes para que o restante da Igreja a fim de que, segundo a cooperação de cada parte, de cada e
Crentes que se dedicam em: orar pelos seus líderes. Em buscar uma vida santa. Usar seus dons e talentos para edificação de seus irmãos em Cristo. Há no meio evangélico uma falsa compreensão de que a responsabilidade cristã é exclusiva dos líderes. Por isso: a. Confiamos exclusivamente ao pastor a tarefa de ler e entender a Bíblia para nós e só nos dar tudo mastigadinho no sermão de domingo. b.Confiamos exclusivamente ao conselho, aos presbíteros a tarefa de orar e visitar os crentes que estão passando necessidade. c. Confiamos exclusivamente aos diáconos a tarefa de cuidar das coisas pertencentes à igreja. d. Confiamos exclusivamente à diretoria das sociedades a responsabilidade de realizar programações que envolvam a todos. Enfim, passamos a responsabilidade que é de todos para um grupo e nos assentamos esperando ser servidos. Assim quando acontece algo que nos deixa insatisfeitos é culpa: Do pastor que não visita; Do conselho que tem visão fechada; Dos diáconos que são uns folgados; Das diretorias que não estão interessadas em ninguém... E quando estamos assim murmurando contra a Igreja nos esquecemos de que somos a Igreja e de que temos uma responsabilidade individual com ela. Em resumo: estamos dando um tiro no próprio pé! Não estou dizendo que devemos fazer vistas grossas com os erros cometidos na administração da Igreja. Estou dizendo que não devemos fazer na igreja o que fazemos com o país ou com o estado ou nossa cidade: empurramos a responsabilidade de cuidar sobre alguém não porque confiamos que ele é capaz, mas porque não queremos nós mesmos assumir isso. E quando tudo sai de um jeito que não gostamos, temos um Judas para malhar.
Uma igreja que vive para a glória de Deus possui crentes conscientes de seu papel individual no desenvolvimento de si mesmos e de sua comunidade. Conclusão:
Em sua graça maravilhosa Deus não nos deixou ao relento com uma responsabilidade imensa e sem recursos para a cumprir. Ele deu à Igreja Lideres preparados e que devem estar atentos à sua responsabilidade. Mas ele deu a todos os membros da Igreja condições de se manterem fiéis a ele por si mesmos. E todos devemos entender que somos responsáveis. Assim, a graça de Deus nos fez líderes e liderados, desenvolvendo nosso papel, entregando nossos dons para o serviço da Igreja e para que o corpo de Cristo cresça cada dia pelo auxilio mútuo vivendo cada dia mais de modo digno do evangelho de Cristo. Que Deus nos ajude. Amém!
Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus!
Você sabe o que é rotação e translação? Rotação: A rotação da Terra é o movimento giratório que a Terra realiza ao redor do seu eixo. Translação: é o movimento elíptico que a Terra realiza ao redor do Sol. Qual é a influencia deste conhecimento para nós? O fato de que: 1. O tempo de rotação da terra em torno de si mesma é de 24h. Este movimento é responsável pela existência do dia e da noite em toda superfície da Terra. 2. O tempo de translação da Terra em torno do sol é de 365 dias e algumas horas. Este movimento é responsável pela existência das estações do ano. Teoria só tem sentido se tiver função prática. Teologia só tem sentido se tiver conseqüência prática. E é isso que nós veremos a partir de agora começando por esta transição que Paulo faz da exposição doutrinária para a prática da vida cristã. “Isto portanto digo e no Senhor testifico” Este “isto” de Paulo não se refere apenas ao que ele diz nos versos anteriores, mas a tudo que ele vem falando até aqui. Diante de tudo que ele disse, ele ainda testemunha, assegura, e isso firmado no Senhor. Paulo alude a Cristo como o fundamento do que ele está para dizer. Tudo que ele falou a respeito de Deus e da Igreja somado ao seu testemunho pessoal quanto à Cristo servem de fundamento para uma atitude que os crentes devem tomar: Romper de uma vez por todas com tudo que seja referência à forma mundana de vida. E há algumas razoes para isso:
1. Verso 17-18: A vida do mundo gentio é inútil Paulo diz que os crentes não deviam imitar mais a vida dos gentios, os não crentes. E isso porque esta forma de vida está baseada “na vaidade de seus
O termo vaidade (Mataios do grego) significa à toa, sem beneficio, sem proveito, vão, inútil, infrutífero. Assim o que anda em vaidade é aquele anda em coisas sem proveito, sem beneficio, inúteis, infrutíferas. Por isso talvez uma melhor tradução do texto seria o termo “futilidade”. A Igreja de Éfeso eram composta essencialmente por gentios. Mas Paulo está falando daqueles que não foram convertidos à Cristo. Os gentios conversos, agora não são mais gentios, são o povo de Deus, família de Deus. Por isso deviam estar em contraste com os demais que não eram. Isso está relacionado com o que Jesus nos ensina em sua oração sacerdotal – os crentes estão no mundo, mas não são mais dele. Paulo mostra que este modo de vida devia ser completamente abandonado porque este modo de vida é característica de quem: 1. Tem um coração obscurecido; 2. Está alienado de Deus por ignorância; 3. Tem um coração duro; E por possuírem estas características estes homens: 1. Se tornaram insensíveis; 2. Se entregaram a dissolução para fazer todo tipo de coisas Repugnantes, nojentas, asquerosas; Éramos deste mundo. Mas uma vez convertidos a Cristo, não somos mais. As pessoas deste mundo corrompido vivem uma vida infrutífera, sem proveito. Tudo o que o mundo ensina e enfatiza não traz beneficio algum. Percebamos que Paulo não esta dizendo que a vida do mundo não seja de alguma forma agradável, mas que ela é inútil. Não acrescenta em nada. É vazia. Tola. O mundo de nossos dias vive na vaidade de seus pensamentos. As pessoas são doutrinadas a buscar coisas que vão satisfazer um prazer por um tempo, mas que não vão trazer para elas nada de produtivo. E tendo em vista que Paulo está falando de vida com Deus isto é especialmente verdadeiro do ponto de vista religioso. O modo de vida do mundo não vai favorecer em nada a nossa vida com Deus. Se a igreja é o povo de Deus chamado para glorificar a Deus, viver da
2. Verso 20-24. A vida cristã é extremamente oposta à vida do mundo
Aqui Paulo estabelece um contraste. “não foi assim que aprendeste a Cristo”. Ou seja, não foi para este tipo de coisas que os crentes foram ensinados em Cristo, ou tomaram conhecimento de Cristo, ou conheceram a Cristo. E logo em seguida Paulo confronta: “Se é que de fato o tendes ouvido e nele fostes instruídos”. Ou seja, sé que vocês estão dando ouvidos, ou obedecendo a ele e foram devidamente instruídos a isso. Este ponto me chama a atenção porque Paulo foi quem fundou a igreja de Éfeso. E ele passou, segundo Atos 19, mais de dois anos em Éfeso. Ou seja, foi Paulo que os ensinou a Cristo. Então ele esta lhes dizendo: ou ensinei vocês tudo errado, ou vocês entenderam tudo errado. Mas como Paulo é autoridade enviada por Deus, como apóstolo, seu ensino sobre Cristo é verdadeiro, por isso o problema não está no ensino, mas nos alunos. Então Paulo está dizendo: já que vocês foram bem ensinados, vocês não têm desculpa. Vocês têm que viver de forma diferente. E como deve ser esta vida: 1. Marcada por um abandono total dos desejos anteriores; 2. Marcada por uma renovação total nos desejos e vontades; 3. Marcada pela prática de novas atitudes. Atitudes iguais às de Deus que é o autor desta nova criação – em justiça e retidão que procedem da verdade. Em resumo: a vida cristã é uma vida extremamente oposta à vida que o mundo oferece. Não apenas porque a vida do mundo é vazia e fútil. Mas principalmente porque toda a obra que Deus realizou em nós nos impulsiona para isso. Aplicação:
Eu sei que sermões expositivos e doutrinários não são os mais
Isso porque pelo que vemos até aqui, todo o ensino teológico que tivemos tem uma aplicação essencialmente pratica. Tudo o que conhecemos de Deus, o conhecemos para que nossa vida seja diferente em tudo da vida dos demais seres humanos desta terra. Esta é a lição de Deus para nós: Que tendo em vista toda a operação da graça de Deus; Tendo em vista o fato de termos sido escolhidos por Deus; Termos sido tirados de uma situação de morte; Termos sido adicionados à Família de Deus; Termos recebido a graça de sermos agentes de propagação da multiforme graça de Deus; Termos sido agraciados com lideres que nos conduzem no caminho da palavra de Deus; Termos sido dotados do Espírito Santo; Tudo isso aconteceu para que eu e você deixemos para trás tudo o que é deste mundo e invistamos nossa vida totalmente no Reino de Deus e em sua vida. Viver para a glória de Deus é isso: Fundamentados em toda a experiência e ensino que temos tido da parte de Deus para nós, vivermos uma vida inteiramente diferente da vida deste mundo. Não é opção. Não é apenas conseqüência natural. É responsabilidade nossa. Somos impulsionados pela graça de Deus e por toda sua obra em nossa vida, a buscar o extremo oposto deste mundo. Não há conversa. Não há dialogo com o mundo. Não há amizade. Toda recepção amigável dos valores mundanos, é um ato de desprezo pela graça de Deus. E não no enganemos. Ninguém despreza a graça de Deus e fica impune. A partir daqui Paulo aplica este principio nos mais diversos momentos da vida. Como veremos mais adiante. Por hora sejamos impactados com o fato de que nascemos para glorificar a Deus. E para fazermos isso é preciso romper com essa vida de futilidades deste mundo e glorificarmos a Deus com uma vida totalmente nova. Igreja – Povo de Deus para a Glória de Deus!
Vimos na semana passada que toda teoria só tem valor se tiver aspecto prático. E que por isso, Deus nos ensina por meio de Paulo que toda teologia tem um aspecto pratico em nossa vida: Romper de uma vez por todas com tudo que seja referência à forma mundana de vida. Vimos Viver para a glória de Deus é isso: Fundamentados em toda a experiência e ensino que temos tido da parte de Deus para nós, vivermos uma vida inteiramente diferente da vida deste mundo. Não é opção. Não é apenas conseqüência natural. É responsabilidade nossa. Somos impulsionados pela graça de Deus e por toda sua obra em nossa vida, a buscar o extremo oposto deste mundo. Não há conversa. Não há dialogo com o mundo. Não há amizade. Toda recepção amigável dos valores mundanos, é um ato de desprezo pela graça de Deus. E não no enganemos. E por isso mesmo, de uma maneira bem prática, Paulo nos oferece agora algumas atitudes que devemos tomar para que nos despojemos do velho homem e nos revistamos do homem segundo Deus. Para que vivamos para a Glória de Deus. Cada atitude que Paulo apresenta neste texto traz consigo uma justificativa. Uma razão pela qual devemos agir assim. São elas: 1. Praticar a verdade: v. 25
Os cristãos são Corpo de Cristo. Isto é, eles são uma unidade. Cristo não diversos corpos, mas apenas um. Esta unidade é tão profunda que nos tornamos “membros uns dos outros”. Ou seja. Assim como a Igreja é a plenitude, ou o complemento de Cristo, nós somos o complemento uns dos outros. E é exatamente por isso que nossos relacionamentos precisam ser fundamentados na verdade. É por isso que todo cristão tem que deixar a mentira. É um dever nosso que sejamos leais, verdadeiros e sinceros uns com os outros.
Por isso todo cristão tem que andar na verdade. Ser verdadeiro. Viver para a glória de Deus significa abandonar toda pratica mentirosa agir apenas em verdade. A hipocrisia, ou falsidade, é algo que precisa ficar longe das Igrejas. Não podemos deixar jamais, que a falsidade, e a mentira esteja em nosso meio. Porque isto é oposto à própria natureza da Igreja. 2. Desenvolver domínio próprio: v. 26,27
Willian Shaekespeare em um de seus poemas disse: “Depois de um você aprende que... quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel”. A ira é própria de Deus e por isso mesmo, a ira é algo próprio do ser humano por causa da imagem de Deus nele. A ira é apropriada para Deus, que é santo em todos os aspectos. Mas a ira não é apropriada ao homem. Pois ele é pecador e sua capacidade de irar-se está contaminada pelo pecado e por isso mesmo é injusta em muitos aspectos. Por isso há uma medida que podemos nos irar. Desde que ela não se torne pecaminosa. Não seja injusta. Não seja apenas algo para o meu próprio bem. Por Deus nos ensina que, se irarmos, esta ira deve ser controlada. E se não conseguimos controlar, deve ser abandonada rapidamente – não se ponha o sol... E porque devemos fazer isso? Porque se a alimentarmos estaremos dando lugar ao diabo. A ira não controlada não produz justiça, mas destruição. E tendo em vista que o diabo veio para roubar, matar e destruir, não podemos dar a ele o gostinho de nos ver divididos pela ira. 3. Trabalhar honestamente: v. 28
O curioso deste ensino não está na sua afirmação, mas na sua justificativa. Todos sabemos que roubar é algo extremamente pecaminoso e não devemos praticá-lo pois fazer isso é ferir ao próximo no seu direito de propriedade. Então, ao invés de nos apropriar indevidamente dos bens de outros,
Ao contrario do que temos aprendido no mundo por aí, não devemos trabalhar com dedicação e honestidade para sermos vitoriosos ou bem sucedidos do ponto de vista material, mas termos como socorrer os que são necessitados. Deus está nos ensinando que: Além de não devermos nos apropriar daquilo que é de outros, devemos ser generosos em compartilhar do que recebemos de nosso próprio trabalho. O cristão trabalha para si. Mas faz muito melhor, quando o faz pensando em ajudar quem precisa. 4. Abandonar todo tipo de linguagem chula: v. 29,30
Em Mt 12.34 Jesus diz que: “a boca fala do que está cheio o coração”. Considerando que a palavra “torpe” significa: podre, estragado, corrompido, depravado, asqueroso, sujo: Aqueles cujo linguajar está carregado dos chamados “palavrões” na verdade está não com a boca, mas com o coração totalmente podre, estragado... Por isso que o cristão não deve carregar nos lábios esses tipos de palavras. Ele foi lavado pelo Espírito Santo de Deus. Possui um novo coração regenerado. E é exatamente por isso que este tipo de linguajar entristece o Espírito. E “entristecer” significa “ocasionar tristeza ou pesar, afligir, atormentar”. Este tipo de linguagem atormenta o Espírito de Deus. Por isso não pode fazer parte da vida do cristão que vive para a glória de Deus. Em contraste está o tipo de linguagem que não apenas alegra o Espírito, mas edifica a todos os que ouvem ao redor. Conclusão:
Paulo conclui a sua lista recomendações fazendo um contraste. “Sede pois” – em resumo, “sejam imitadores de Deus como filhos amados”. Os cristãos são filhos de Deus pelo processo de adoção em Cristo. E como tal devem viver espelhando o mesmo comportamento do Pai e de Seu Filho legítimo – Cristo. Mas nunca jamais. O cristão deve cultivar as atitudes que próprias
E a vida do mundo: conversação torpe; palavras vãs ou chocarrices, que são aquelas famosas “brincadeiras de mal gosto”; nada disso convém aos que são chamados filhos de Deus. E em sua conclusão final Paulo dá mais uma razão para que nossa vida seja assim: Ninguém que se comporte dessa forma, tem lugar no Reino de Cristo. E “ninguém” significa “ninguém”. Ou seja, não há exceções. Ou o cristão se adapta ao modo de vida dos que são filhos de Deus Não devemos compartilhar do mesmo modo de vida dos incrédulos. Sobre eles está a ira de Deus. Ira justa porque ele são filhos da desobediência. São rebeldes. Afrontam a Deus. Nós somos chamados para viver para a gloria de Deus. E isso significa romper com o mundo, suas obras, seus desejos e comportamentos. Para que sejamos de fato parecidos com Cristo.
