l dJ t a-
RUBENS MAR CHI O N
edito,acn edito,a cn•
d i at
Poibda a epruçã al paal cm q uc ídia S<'n autori1,çáo crt da ed�. Os nf.o cã sujeits às eas da ei
A Eda � sá\cl pe ncú csc lvo. O Au he s fts ad es quas é rsp asm o e repsai;, jz
Csue o aUg m e ú ça m Wexb
d id a-et
RUBENS MACHON
c
ed itoracnx
Cright© 01 d A
Tds dir dra dç ad à Edito Cex (Ed Psk, L.) Mon de mp,1 dirnçáo Guav S Vl B PaflQ de txos
Lian qun Re,is B Mende
Dad lcaoa de agaçáo a ba (CIP) Mahii. R i aa : da da a x/ Ru Ma ã a 20 76p Bbgraf
BN 97885500055
Eira ia Rda éi 3 ía a 1 Tíuo
099 Aei e med \9
Íd paa mô: R�t : aidad 0 EO ' r diia Jam Pk Ru Jé E 50 -Al d !pa 003030 $ão PABX: (I J)
383 3 @< w,diorano
49
Ds medidas e do tamanho Nã a palav a mdda málca. Aç xar pu a palava nas medidas crcunstncs do alo, daad, lda inconsrtes
T aaa om gsos ssáios, qs q m savam m gaam d da d mp mdd Ia T aa om f gns pms à pa d m d (Maa Scava)
Pom nu pesa ut espi: Sa, l, Gba Dv C 10 ch. r z Mhí ln Mmm) o n icetir miha viagm plo mudfsci1a1 paavs. Cq sd.
Sumário
APRESENTAÇ Ã O.
Uma conversa rápida cm qum dese ja ca, esceve e et om mas apdez e adqa ç ão . 8 CRIVIDAD
Psar d mara dife a corar camihs nsperados 1 4 Para começo de conversa ....... 8 Origaidad E udo s faz ovo 20 Eapas bloquios Camhos e descamnhos 23 RDÇ Ã O.
Tnsfoma idas cavs m extos ees O artesaao do exo revela o estor
72
Medo de screver ma Por do qe isso é ão reagr 75 Imitação Isso todo mndo á ez (Ou quase odo mndo) 74 Escrevr sr escritor 7 Começar Isso já mo camiho adado 81 85 Rotia hábitos Para viaar, stradas Tcca Descbra o modo de zer 88 92 Tma A ida que ssta o bom txto Frs Sç Parágrao Tudo pa w1idad 94 Rascnho Sta-s à otad 94 AA Harmoia a coista do ior 9 Brieng de criação 103 Os sgrdos dos prossioais Basta aprdr usar l 3 Constrido um txto É mais áci do u parc l 58 Cocusão ara termiar a coersa 7 BBLGRAFA ..... ........ 172 OAUOR ········ · · ··-
-· 174
Apresentação. UMA CONVERSA RÁPIDA COM QUEM DESEJA CRAR, ESCREVER E EDITAR COM MAS RAIDEZ E ADEQUAÇÃO.
8
S
e você abriu este livro é poque gosa ou pecisa es ceve e fma cava. Tvez quera cona uma hisória, mas não sabe como começa Ou, anda busca que seu exo ganhe elegânci, caez e, em consequên cia eoes Seja qua o motvo você enconaá aqui ramenas pecosas paa apimora a ma como escreve Mas ana o qe é esc ciava? De fma sucnta: é a ate de expessa ieias de manei r oignal sem o anço do uga comum Mesmo emas apaene mene banais ou árdos podem se eaados de fma catva Po ouo ado, sem dedicação e cu dado emas que seiam aaenes oam-se chaos Um bom exempo, que cosu ma se contado em sala de aula paa adoescenes entediaos, é o de Ga cano Raos Antes de se ona um escito amiado naconamen
te, i prefeito de Palmeira dos Índios. Como tal, tinha de prestar contas ao goveador de Alagoas, madado relatórios auais Pois bem, eses relatórios eram verdadeiras peças literárias e de tão iteressate ram lidos ão apeas pela autoridade a quem eram dirigidos mas também reproduzidos em joais de Alagoas e até do Ro de Jaeiro. Mas você ão precisa ser um Graciliano Ramos para escrever criativamete Quer ver Na útima prova do meu curso de pós graduação, na ES, optei por responder a úica perguta cotado uma história, isto é, criado cção - eis a rma que escoi para sair do lugarcomum Deu resultado? Pela ota obtida e por ver a prova publicada em um dos maiores jorais do país, como artigo percebese que sim. O escritor criativo pesa sempre em como surpreeder o eitor, premiadoo pelo trabaho de coversar com o autor por meio da escri ta, parága po parágafo, págia por págia, até o nal da viagem, a última paavra do texto como surpreender? Basta zer uma pergunta miagrosa: "De que outro jeito eu posso er isso trabalar para coseguir uma boa resposta. Mas. será que mesmo aqueles que uca se dedicaram à escrita coseguiriam alcaçar um resultado criativo? u só aqueles agracia dos com um taleto fenomeal coseguem Tudo é uma questão de começar mater a discipia e trabalar duro até chegar ao melhor resultado Mia musa ispiradora é meu prao de etrega, disse certa ve o escritor Luis Fernado Verissimo Dei o primeiros passos a escrita ainda adolescente, quado coquistei meu primeiro prêmio iterário Daí para cá, sempre co tei com os resultados trazidos pea decisão de começar e seguir até o m em milagres Hoje ão é diete. Apeas para citar um exemplo, da primeira à útima págia deste livro i exatamete des se jeito: muito trabao De um ado, a luta sem m com as ideias e palavras, que ão aparecem ou gem antes de ser capturadas Do outro o rigor e profissionalismo da ditora propodo ovas mu danças nm, um longo trabalho para que o leitor receba o melor Como se vê, persistêcia é o ome do jogo Isso ada tem a ver com sorte ou predestiação IO
ESCRITA RATIVA
Voltando a você, leitor: o objevo deste livo é evela o segredo da ae scinante de cia e escever. Para isso apono o poencial escondi do na associação de difeentes conhecimentos e técnicas a seviço da es cria criaiva Desse modo essas páginas seão muo úteis paa quem já é escitor ou qem qe começa a escreve - sea cção o não cção Ao longo da nossa viagem você enará em conato com instumen os de cação e persasão emprestados de dientes áeas Aém da ropa ganda especiaisa na are de pesuadr com ciaividade al gmas técnicas am emprestadas do Joalismo que sabe como niném inma e se analíico Outas vieam da Liteaa geneosa em evela o tabalo dos mestes na podção de obas qe vencem o tempo. E ainda da Filosoa sábia consuoa de eexõ aempoas e de valo nivesa
RUBENS
MACHIO
t1
Lendo este livro, você vai apender agumas estratégias e tuques essenciais para ter ideias escrever e revisar/editar: • Como idar com a inspiração e a imaginação aém de tirar proveit do iprevisto dos esíuos e dos pretextos. • Como as etapas do processo criaivo conduze você para ente na busca por ua nova ideia. • O pode das anotações na descoera de assuntos e ideias paa criar e escrever • Como o encontro da segunda esposta certa dfeencia principianes e prossionais. • Por que o brainstorming, ou "tempestade de deias pooca ótimos resutados. • Coo a costa de ideias e conceitos dá vida nova a paavras e ases 12
ESCRITA RATIVA
Você também vai saber: • O medo de escrever é normal e pede uma grade coagem se guir em ene. • No incio da careira, miar os grandes auores é uma gran de viude. • Desvendar misérios e derubar mios sobre o que é escrever e ser escrtor • Começar o trabaho de escrever é meio caminho adado Ras cuhar também • Quais as rotinas e háitos dos grandes escitores • Tudo o que a deiição de um tema pode zer por você e pelo leior. • A costrução de ases e parágas cosistenes. • Como chamar a aenção despertar o iteresse provocar o dese jo e levar o leitor à ação. • Como o briefng, usado po grades agêcias de propaganda orienta a criação adequada da mensagem. • Como o substantivo ao conrário do adjetivo, rabalha a servi ço da clareza e da cosistência da mesagem. • O que é escever com estilo isto é com pesonalidade. • Como os grandes escritores usam o itmo para construir textos rejados. • O que o verbo pode fer para o enriquecmeno do texto • Como descrever narrar disserar e argumentar. • Como costruir um texo com coeênca, coesão e concisão • Como o títuo e o subtítuo podem levar o ei or para dentro do exto • O passo a passo para a costrução de um bom texto. Sem mistério Agora vá em ene! Aal, evoluir é um ato praeroso. Assuma o comado e ça muio sucesso.
RUBENS
MACHIO
t3
Criatividade PENSAR DE MANEIRA DFERENTE PARA ENCONTRAR CAMIHOS INESPERADOS.
A eme huana, ua z apa por ua nov idea 1uc a volta o su taanho ogna. Oiver Wnd Holmcs
14
riacividade é a arte de pensar d maneira di ren para nontrar a minhos ines p rdos. A sutua da deia está sondida dntro da pe dra de nossas experiênias. Capri osa, só s rvla s o anddao a artsta arediar que a eiste e avntuar-se roha adenro tirando om ano os exessos e zendo a obra enm paree O nono se coa mais fái e natural para qum tem uma mete uiosa é meio bisbilhotiro. Usei a mtora da esutua Mas também s pode afirmar que o proesso riaivo é omo pua um muro Primiro voê orre em di ção ao muro e tenta puar Se não onsegue tenta de ouro jito. Mas agora prourando a sgunda rs posa era no oeniona para a pergunta sobre omo aliar om suesso aquela empreitda e hegar do ouro ado lá onde s esonde o que proura: a ideia.
e
15
Em todas as ativiades, sempe exise o isco de você ca momen aneamene sm ideias. Nesse caso, onde encontrá-las? Embora esperada, a ieia oigina sempe apaece quando menos maginamos a tem esse hábito de ser impevisíve. E mesmo sabn do que ea vem, não a recebemos sem expementar o gosto de supesa e espano Já qe é assim, meho pepaar-se Oa, isso az peo menos uma conseqência Nosa mente, uma vez ampada po uma ideia, não seá mais a mesma Ea nos tonaá mais capacitados paa enenta os desaos que a via, sem ceimôna, despeja em nossa poa Qando desenvovemos a ciaividade, poco a pouco nos toamos pesoas dientes A mdança tende a se visível Pensamenos, palavas ações, do evea que esamos votando da ex periência de um momento pviegiado Mas aq ca um aeta: se a mente não esiver pronta paa ecebe os utos da ciaividade, não iá enxergáos, tampoco sabeá como convive com ees O ecido velho se rompeá, devido à diculdade paa spora o novo, eiminandoo como se z com as coisas que conside ramos sem tuo Em casa, na empesa, na escoa e em qaquer ambiente, gerar esu tados pode depene somene de sabe usa a criaividae só por meo dela somos capazes de enconta souçes que os meios convencionais não conseguiam ofeee, ecebendo-as adeqadamene quando sgirem Ohando paa o pasado, vemos na históa um esle de pessoas e em psa notáveis que se dcuidaam isso A mopia lhe custo um boado ca, pivandoas de boas expeiências de scso. Veja aguns exempos Em 1878, Jean Boillaud da Academia Facesa de Ciências, olhou com descaso paa o nóga de Thomas Edison e disse: "É totalmente mpossível que os nobes órgãos da a humana seam substitu ídos po um nsensve e ignóbl mea Deto da soene Univesiade de Oxd, pelos idos de 879, Easms Wison e uma amação poco bilhane: Quando a Exposição de Pais se encera, ninguém mais ouviá la em luz elética 16
ESCRITA RATIVA
Faando sobre o próprio invento, Auguste Lumire mostrou quão imitada era sua visão d futuro: O ci nema será encarado por agum tempo como uma curo sidade cintíica mas não tem turo comercia. Era março d 1956 quando ao dmonstrar sua ds crença no rock a mosa revista V-ie previu Até julho sai de moda" Da rvista Amercan Cnematogphe vio esa prvi são, em 900 O cnema sonor é uma novdade que durará ma temporada" O The New Yk es, m 939 arrscou e não acer tou: A teevisão não dará cero. As pessoas erão de car ohando sua tea e a mía americana média não tem tempo para isso" E o presidente do estúdio de ci nma 201 Cntury Fox m 1946 concordava t visão não será capaz de maner nnum mercado que conseguir após os primeiros seis meses As pessoas ogo se cansarão de olhar para uma caxa de madeira com pensada oda noite" Para trminar uma armação d 876 do Da/s Tibue paa pensar Quem dsser que um da as ruas saJão coahadas de carruagns sm cavaos dve ser inteado m asilo de oucos". ,
\•
Se aceitamos o desaio de descobrr ovas ideas é ambém por acreditarmos que transrmadas m açõs eas govrnam o mun do Nisso comngamos com o pensamento do Tupac Amaru osé Gariel Condorcanqui Ao perceber a rça de uma ideia não z cerimônia e dispara ma certeza tão simpes quanto verdadera Não há cabre que mate uma ideia". No máximo ea pode ser sienciada nos porões de uma mnte coberta de poira envehcda - os sistemas ditatoriais qu o digam odavia assim como o so que não deixa de existir apnas porqu uma uvem teimosa insiste m passar na sua RUBENS
MACHIO
17
ente, uma gande ideia silenciada jamais perderá sua rça trans madora. E, queiramos ou não, as nuvens são passageias enqanto o sol atravessa milênios PARA COMEÇO DE CONVERSA
Qudo merglhamos no trabaho riativo o melhor é começar pensando em nós mesmos Isso não é nenhm pecado Por exempo: no qe diz respeio a acessórios pessoais omo roupas e alçados, onvém preri aqeles qe o deixem à vontade Trabalhe em um espaço grande o siente para espalhar papéis. E, á que "esrever é a ate de oloar a bunda na adeira qe ao menos esse móve sea muito onrtável Na hipótese de trabalhar em asa, tenha um espaço onde possa esrever, deixar tdo á e sair, com a etea de qe vai enontar as oisas exatamene omo deixou Se possível, mantenha duas estações: uma analógica e ou ra digi tal Ccado de papéis, ápis e aneas, provoque as ideias rabisando, endo esqemas escevendo o improvável, sendo meio loo meio arisa, dá na mesma e dá resultado. Depois, quando a primeira ideia se manifestar avez por descuido, vá para o computador e utiize odos os rrsos do proessador de txtos paa apidar o diamant bruto que encontrou enquanto explorava possibilidades sem ompro misso Tente pesar qu tudo aquio pode não er nada de absudo. E vá em ente Uma vez tendo preparado o ambiente de trabalho panee o pró prio tempo e estabeleça meas - o sbconscente que gosta de mostrar serviço tem cera xação por metas isso aumena a prodtividade dele. Determine também o período em que tabalhará em um proeto ome essas e ou ras deisões e sea disiplinado paa umprilas Lembrese de que um pouo de pressão mesmo aquela auoim posta não chega a ser um mau negócio Ningém morre por isso, pelo onráio Apenas não se recomenda queer enontrar uma gran de ideia quando todo o tempo de que dispomos são esassos 30 mi nutos e estamos espremidos enre das atividades muito exigentes Progame um perodo de mais de uma hora, no qa possa dediarse 18
ESCRITA RATIVA
efetvamene ao assuno. Isso se torna ainda mas mpoate qando ema ã é scenemne cnhecid Pesqusa é uma aividade que exge tempo. Prao, invsa o abastcimen da sa mne e rene smpre Não perma qe ela seja atacada pela rrugem. Nesse sentdo vae cohecer as ecmedações de ma aoridade n assto: Whit N Schulz moso homem de vendas e pblcdade, que enre ses mao res empreendmeos ncu a cração da Unversidade de Buo ns sados ids checda po ses cursos de criavdade. Em atgo publcad Chicago Sunday Tribue, a propõe agns camihs para ser mas catvo e orgnal. Schltz adver paa de qu há um suo na cabeça de cada um de nós ago cmo uma mina de oo prta para ser explo rada Pan, se exse propósio d trnar-se prssial da escr a escreva ao menos alguma cosa odos os das. Acompanhe agumas dcas d uor • aa clita o rabah ça aoações. Nunca saa de casa sem papel e lápis, s é, alg com qe pssa omar noa de ma idea repetina. Não coe ano na memóra. • Armazee idas casskado-as pr assun E ca ier rompa o abastecimeno desse banco de dads. Paa sso srvase de eia viagens, cohecmenos obds n cao com n vas pessoas naquele me enqanto assste a uma cmpetçã a la d banc • Cre o hábto de oserar do cudadosamee. Obse ar e ab srver, agid cmo s sse a úlma vez qe aqea vsã acn eceria em sua vida. Nesse setido é idspesável desevlver a própa curosidade sobr pessas, cosas, gares prqu do pde se transrmado em matéraprma na hora de ca. • A mesmo mp, nuna se ase dsa práca que unca lha qado conversar habiese a ov o qe não dto Em ud dscbra sempe ovas nes d deas eas se es cdem nas págnas dos lvros as amzades de odo da ns assnos aparetmene mas mprváves para esse m RUBENS MACHIO
t9
• Antes de julgar, compeenda o que i dito. E, sobretudo, man tenha a mente sempre igada • Uma adveência: crie uma otina iso é dena uma hora e ugar para pensar e criar odos os dias • Lembe-se de construir gandes deias zendo cominações adaptações, modicações, amenando aqui e diminuindo ali reoganizando, inveendo as ideias que você já em. • Apenda a ze pergntas qe desenvolvam o cérebo as me hoes são o que, quem, quando on, como por que. embrese de que uma ideia razoável colocada em práica ten de a produz esultados mas satistóros que ma deia bi lhante que que muito bem guardada num coe. Tudo qe dissemos aé aq em apenas um objeivo espeitar m pncpio básico da comnicação, iso é, toa uma ideia comum capaz de povoca mdanças signicativas de comporameno em nosso ei to Isso equivale a armar que, se emos algo a dize, devemos dizêlo com paavras e imagens que zem pae do universo do púico qe desejamos aingir Portanto, não convém qe sejamos enigmáticos Anal, é mais prováve que nem mesmo a oa vonade do leito o leve a se esrçar para descorir o qe estamos qerendo dizer Ora sem repertório sciente para entrar em sntonia com o pú blco-alvo, a mensagem não seá assimilada e correremos o risco de car lando soznhos ORIGINALIDADE. E TUDO SE FAZ NOVO
Como identicar uma pessoa oigina? Basa veicar se o qe ela z tem caráe própio, pessoal, se é ago qe não i copiado e não po derá ser imtado sem que odos pecebam qe o reslado obtido nada mais é do qe ma cópia, indgna de cédio A ae de agir com oiginaidade exige uma atde ousada e co aosa se snceo consgo mesmo na ora de epressar seus pensamen tos fazendoo da maeira mas pessoal e singa possível ESCRITA RATIVA
Alguns utores considerm que a arte de escrever de maneira origi nl consiste, em úim náise n cpcidde d repet um dei com uma bodgem nov levndo o eitor a pensar e senir que quee con eúdo é totlmente nédio. Em ou ras pavrs é como se armássemos que se origin é ter a hbidade de esconder as ntes Todo o edício da teatur incuindo os clásscos, é ito prir dessa técnic. A pá ica vem de onge, portno Em Pseo na ilha, Caros Drummond de Andrde dmite que o desenvovimento d oiginlidde em etapas bem denidas Sem mui poesi e com um bo prosa ee é caro o desba: "Pimer se o poeta mit modeos célebres Úima se: o poet imita-se a si mes mo Naque ind não conqustou a originidade; nesta já a pedeu Não há mais iste elogio que 'Não é peciso ssinatur, so é de x! Espêndido seria que só se descobisse que é X pe ssinta Orginaidde é eatmente o oposo do cichê palvra epressão ou constução que perdeu o sentido peo ecesso de uso Em vez de usar cichês ntgos renoveos e cie armções orignis Aproveitando o cim sugerido por Drummond psseie po es lst de cichês e fórmus repetds um verddeiro atentado contr quque coisa que poss ser considead oiginal Depos respond você us isso com equência? Se é o cso, conroese A boa caidade começ em cs• A pergun que não quer caar• A união ç• Acender um ve Deus e outr o dibo• Ago me diz que• Ato e bom som • As vols que o mundo dá • Atirr a primeira pedr • Bom dems • Brihr pea ausência• Chovendo cnvete • Chover no molhado• Com c e o queio n mão• Como dii o outro• Conhecer como pma d mão• Criança tem cada um• Custar os ohos da car• Da boca pra r• Dç conrme a músc• Dr mão à pamóri• D murro m ponta de ca• Dr nome os bois• De cera rma• De o pvio• De qulquer modo • De vo pr RUBENS
MACHIO
21
o batente• Deixar como está para ver como é que ca• Desnecessrio dizer• Dga o que tem a dizer • Dormir no poto Ele é boa gente Em cheo no a vo Então, como é que é?• Entrar peo cano • Está brincando• Está na ponta da íngua• Está no papo• Estou he fando como amigo• Estou numa roda- viva• Eu ia mesmo te gar• Faei, está ado Indo direto ao ponto• Isoa na madeira • so deve dar para o gasto • Já se aode você quer cegar• Jogar mas ea na gueira• Jogar o verde para coher o maduro• Maar em erro io • Maria vai com as outras • Misturar aos com bugaos • Morri de medo • Na caada da note• Na or da dade• Nada como um dia de pos do ouro• Não estou no meu norma• Não quero ouvir um po • Não se ncomode comigo • Nem wdo o que reuz é ouro• Nos raços de Moreu • Nuca vou me con ormar• O tempo voa• O tiro sau pea cuatra• Onde termina isso? • Para dizer a verdade • Para encurtar a história • Para ngês ver• Para ser bem onesto • Pomo de discórdia Posso dizer uma cosa? • oso he zer uma pergunta?• Poso ser anco?• Quebrar gahos• Quem guarda em• Rinoceronte em oja de crstais • Roma não se num dia • Roupa sua se ava em casa• São coisas da vida• Segure as pontas• Só tenho duas mãos• Subu o um roão Tapar o so com uma peneira• Todo dia é dia Tudo o que sobe desce• udo tem um imi te• Uma das mãos ava a oura • Uma no cravo, outra na erradura• Vamos e vando• ender gato por ebre• erde que te quero verde• ocê é meu amgo ou é amigo da on ça?• ocê tirou as paavras da minha boca• ou ser caro com você. r
ESCRITA RATIVA
ETAPS E BLOQUEIOS. CMNHOS E DESCMNHOS
A estutura do processo criativo é mito smples. Helvéis dizia: "Uma ideia nova é üha da comparação de das coisas qe ainda não tinham sido comparadas M Scwob rçava a armação anteror ao garantir que oda constção constção é ia de escombros, escombros, e não há nada de novo neste mndo senão as a s rmas. Talvez não tivessem pensado nisso mas se eferiam à associação associação de ideias métod sistematizado por Alex Osbo Osbo no cássico livro livro p or car d ment. anipuladas com oiginaidade e sem compomisso com padrões ou convenções as coisas e os scombo a qe se eferem Helvéius e Schob tendem a produzi souções criaivas É ma pena qe qe em geral nossa no ssa crença crença na simpicidade do pocesso e na capacidade de produzr algo orgina se desça como nvem Isso se deve à endênca naa de complicar as coisas ou de acredia qe não mos premiados com o dom divno da criatividade Isso sem contar os ouros boqueios boque ios dos qais somos vítimas e que nos impedem de crar Veja o retrato ado de cada um deles. Lembre se das vezes em qu qu esteve envovdo com um o mais personagens da relação a seguir. Depoi Depoiss fuja desses monstros qe abortam ou sacricam ideias rcém-n rcém-nascda ascdass • Rotina e acomodação a coreria nossa de cada dia não nos deixa tempo disponível para ter ideas Além disso é mo mais cil sar o que já i pensado antes A lista de clichês à nossa dsposição é enorme e não para de crescer crescer • Manuenção do status há uma perna inconsciene que aparece sempre qe emos a oportunidade de sair do ugarco mum Essa voz nsistente quer saber: Po qe expermentar a nsegurança do novo? • Medo do ridículo vivemos numa sociedade socied ade qe ne nem m sem pre v com bons ohos os qe m coagem de tentar novos caminhos. Nossa cltura apenas aparentemente cacada na liberdade tende a mpossblitar dissimuadamene a ge ação de ideias em grande quantdade não só no campo da RUBENS
MACHIO
iteratura. Assm, compromete a qualdade dos resutados obtidos Ea coloca sobre nossos ombros o peso do medo Trata-se de um mcróbio capaz de nos afetar os sentdos e quanto amplca o pergo e o torna ada mas assustador e parasante. Quanto menor o medo que setimos de inovar antoo menor o pergo real O grande probema está ant est á em em nossa tendêca de acredtar mas no que tememos do que no que desejamos deseja mos vestmos de manea errada e cohemos pre juízos juíz os Sem cont contar ar que que aí sm geramos de deas as que podem bear o rdículo • Intolerâcia para com o ovo acostumados com as mes mas respostas de sempre nossos ouvdos soen dante de uma abod abodagem agem d dren renee não s os nossos nossos evdent evdente e mete. Há casos em que pensar de manera drente de ruba verdades cuja queda ea ão inimagnável quato a do ecdo Muo de Berlm A ntoerânca maa ideas e tenta justca genocídos • Imedatsmo nos meus cursos e paestras sempre que ocam ocamos os neste assunto, a grta é geral: numa úca voz os partcpantes lamentam não dispor de tempo necessáro para a pesqusa e o ama amadur durecm ecment entoo de uma dea Isso os impede impede de cohecer cohecer mais e de r além do que sera apenas o pmeiro rascuno da mensagem escrta lvez o bloqueo mais pergoso esteja no to de que não ao o processo criatvo é descoecido. descoecido. Nem sempre nos damos conta de que como quaquer outra maestação exstente na natureza a cração tamém se desenvove em etapas A gestação de uma idea guada muta semelança com a grav dez que não eage voravemete quando uma das etapas é queima da Mutladas, sem poder seguir seu cuso, dea e gravde têm um nal trágco O resultado evtável chamase aborto com os evtá ves scos para a sade ou até paa a sorevvênca da "mãe. Vamos percorer cada etapa 24
ESCRITA RATIVA
Identificação. Saber a pegunta pegunta é esta mais peo da resposta
Não eiste nenhum ema sobre o qual você não possa escrever. Nenhum Nenhu m campo da vida é iadequado. iadequa do. Orie Oriee-se e-se por suas prerêcias prerêcias e seus valores e veja como sso z dirença o que diz respeio à quali dade na do seu exo e aos resulados obdos. Se este a necessidade de enconrar uma ideia é porque em a gum lugar um problema precisa ser resolvido e as soluções coveco nais não soucionam Quando sabemos qual é a perguna a ser ia, meade da resposa á está em nossas mãos. Não mpora se emos a impressão ou a certea de que conhecemos muio do problema pela busca de resposa Consideemos que algum aspeco sobre a aturea da resposa espe rdaa anda ão i oalmee rd oalme e compreendido. É o caso de irmos irmos ainda mais ndo não nos contenarmos com respostas genéricas. Convém nvesiga iterrogar e saber com o máximo de obetividade aonde se deve chegar. Assim economiamos empo rabalho dinheiro aborrecimento ec Anes de econtrar qualquer solução para um desao devese des des cobrir por onde começar o trabalho. Compreender o cerne da quesão é o camiho mais curo para resolvê-la mehor mneira de cocluir um proeto é denir sua alidade essencial seu obeivo básico. Por ano perguese: "Qual o moivo para iniciálo? Qual é o obetivo a ser alcaçado É aqui que se esconde camuada a solução Esse será o prme prmeiro iro erreo ode vamos raba rabalhar lhar.. Já que esse é o momeo em que se dee com maior precisão o problema a ser resolvido resolvido comece colocando seu obeivo obeivo o papel Poi Poiss a la de meas claras impõe a aceiação de qualquer resultado. Diga então para o seu subconsciente o que deverá acontecer depos que en conrar a soução Para aprender mais sobre a importância de um obeivo bem defiido basta oharmos para a dimica da vida cheia de ensi namentos. Vea o caso dos homens e mulheres mais bem-sucedidos da hisória gene como Sephen King . K. Rowling denre ou tros Não por acaso, odos tham a magem de seu obeivo prnci pal firmemene impanada na mente RUBENS
MACHIO
O que é, anal, o objetivo? O exemplo a seguir ajuda-nos a enconta a resposta. Imagine um bebê É madrgada e ele está cho ando alvez com do de ouvido O objetivo da mãe não será aplica o emédio mas er com que depois de medicada, a criança sinta alívio e duma tanquiamente Donde se conclui que sentir alívio e domi tanquilamente" são os objetivos não o ato de da emédio O objeto do medicamento é a ciança não a mãe, tanto quanto o objeto de um teto é o leito, e não o que o escrito deve e Paa ilustrar de outa maneia o que acabamos de arma, o memos agoa um exemplo etraído do seto de popaganda. Se a es colhemos, é po tatarse essencialmente de uma atividade que vive da ciatividade e da edação acomodadas nos eíguos espaços de que dispõem nas páginas de joais no ádio, na teevisão nas mdias sociais etc Uma coisa é dier que devemos cria uma campana para vende camnões Esta não uma ideia bem rmulada pois lembra uma o amadoa e sem co denido no objeto E a ealidade mosta bem caramente que ideias ótimas para poblemas que não eistem ou es tão indenidos são ideias inúteis Outa mais inteligente é dier que devemos criar uma campanha a se publicada em X veícuos de comu nicação com o objetivo de vende camnões de a maca modelo tonelagem os quais têm um mercado potencial Y e serão vendidos em tal região geogáca. A conqusta desse estágio está condicionada à posse de uma propo sição clara e bem aliceçada, de pefeência epessa com muitos núme os e substantivos e poucos adjetivos. Caso cotáio, coremos o risco de trabala oas a o numa direção abotando boas ideias, at que aguém nos dga que isso não pode ser eito porque ..". Quanto mais pecisa a inrmação mais eato seá o objetivo e estaremos menos epostos a eros Em Ansiede d infação: como tar infrmação em compeesão, Ricard aul Wurman embra que quando não nos pergun tamos qual é o objetivo de nosso poeto nossas escolas tonam-se a bitráias Oa essa ansiedade gera uma sensação incômoda E ansiosos ESCRITA RATIVA
amos imagnando se não havera uma soução meho paa aquele obema. O auto ão meoa mas ecame sso ovoa uma aasação gea o poesso iatvo, que empaa Ada sgudo Wuma mos o péssimo osum d muio dessa paa o "omo quando devíamos gasa mas empo dnn do om psão o qu dsejamos z. Paa desobi esse obetvo bnque um pouo, egute às osas o qu as dsjam ser. Tlvz ssa omdação sugia ago omo sa dade mea ompometda mas tudo bm, os atistas vvem psando a da axa o qu s vzs hs gaat o ótuo d ouos. Assm se voê va prpaa uma aua eseve uma palesa ou uma ôa, mage-a omo s sse uma pessoa stada a sua et ça-h a pgunta paa aede ao que se poõ, omo voê gostaa de se dos d pota? ago omo pgua a uma aça o qu la qu se quando se. E a, tão desuba que eação sso em om o que voê dseja e ça os ajustes eessáos e sga em e . Pso que o seu pojeo de vda dsvov a pa da muação dessas gutas asta e1 e. »
Preparação. Conhecimento e poder
Estamos dae de uma das tapas qu mais osomm tmo o osso atvo. Ea é também uma das mais ádas e sossas. O p odo d prepaação em um enome pod de nos ondu ao desân mo. É que ao mesmo empo que exge tabaho dobado não mosta quaquer esultado paáv Não é o aaso que vados peo m datismo taos esudates desistam da uvesdade o pmio ao Do mesmo jeto bos músos do tuo aabam om uma aia bhate quado setem qu hes ta paêa aa te auas sobe eora Musa Oa, tudo o qu desejavam ea no pmeo mês de osevaóo omo ue po milage bha uma oquesta sfôa ave m Vena Um pego udo omeça aós a deção do pobema quado se tabaha om ça máima paa obt uma ompeesão aa a rspeto da s uação que geou a eessdade de uma dea. O abaho de epaação RUBENS
MACHIO
os traz à mete a imagem de um personagem movido a uriosidade, o explorador. Levado peo iteree ivetigacivo ee deeja aber mai sobre o que exise de novo e o que pode ou deve zer de maeira di feree. É quado oetamo o primeiro dado a repeito do ato, aida om um pé a etapa anterior a idetiação Sobretudo esse mometo, é importae mater a mete aberta. Não obtante a a de oulta aos priipais ieresado, o mu do eá edo virado de abeça para baixo. Noa reaidade vive em ostate mtação E isso transrma em imprudêia a tetação de se senir aboucamence eguro a respeito do que se apredeu em urto epaço de tempo Ese é o priipa moivo peo qua o riador pergua irma-se para obter ovo os, evita emitir opiiões e não se feha a ovos potos de visa Em mete hada ão etra moquio diria um oheido empreário do mudo eportivo Mas também ão etra mas ada Uma pergua é ieviáve: o que az om que prosso re queira amaho evovimeo? A respota é impes O eotro de uma ova ideia não aotee por aaso Ao orário é reutado de m merguho prondo o probema É óbio que em udo o que ae dessa bua em água prodas será dito ao eior Iso os transrma· ria um poor hato, em didátia O que queremo é domiar de ca rma o ato para que poamo o dar ao uxo, respoáve e prosioa de eatar aquee que nos ê, por meio da aordagem e pea rma iusitada de oar em asutos apareemee orriqueiros, sempre dirçado om taeto o oo repertório A preparação pode er direta ou ndire. No primeiro ao bus amse a iormaçõe a área peía em que a qutão etá en do rabahada Exempiado podemos pesquisar nova rmas de veder um orvee evovedoos em um ojo de paavras e de imagens de sorvete A preparação hamada ndia aotee quado bamo i rmações em ugares e situaçõe sem ehuma reação direta om o auo pese por exempo, em qanta poibiidades de oução para pequeos pobemas doméstio exitem esoddas um veho depóito de rrage e suaa. Ou de voa para a queão do sorvete, esse
28
ESCRITA RATIVA
podemos tentar encontrar respostas enre palavras e imagens igadas à ecologia, por exempo. Apenas para "brncr de como seria se sse, porque não dispomos de um breng de criação que ofereça parâmeros imagine algo do ipo "O rão, ste ano, sá mais qun. Nosso corpo sabe disso e reage Transpira muito mais. Perde e pede mais líquido A soução perfeia é um sorvete de uas Sem aquelas adições que tano prejudicam a saúde o sorete reesca enquanto nos dá os nutrientes de que mas precisamos Bom para o nosso organsmo, que se maném impo e saudáve Bom para a naure, que não so e com a reti1ada de matéria-prima para a bricação de produtos ariciais A dica mais reescane deste verão é um delicioso sorvee de utas Além de tudo uma idea orginalmene saudável De um jeito ou de outro, a competênca ontnua sendo tor deci sio io em ouras paavras, é ndamena que enhamos uma grande miaridade com todos os tos e as situações Isso implica aprender udo a rspeito do problema antes de escrever qualquer coisa sobre ee. O que não se consegue mantendose trancado enre quaro paredes não apenas aquelas eias de ijoos, mas as que orecem maior perigo, as paedes do inelecto. r
LEIA MUTO. AMENTE O REPERÓIO
A leiura nos permite passar as horas que desejarmos na companhia das pessoas mais inerssanes do mundo das letras O que nos dá a grande vanagem de pensar com a auda de alguém mais xpriente no assuno sso udo quase de graça se pensarmos no empo e tabalho inesidos pelo autor etc. na produção do que nos chega às mãos Se a redação é a manera de organizar e reorganizar o pensamento, a eitura é a ne de onde retiramos as inrmações que vão servir de matéraprma para a consrução do eo O que ca muo ineressan e e dierido quando nos aenturamos em busca de noos camnhos Sm matériaprima não adanta dispor do melhor marceneiro Ele não consegurá inenar uma linda cadeira do nada Para Wur man citado anteriormente, somos o que lemos Seja em nossa ida prossiona, seja na pessoal somos jugados pela nrmação que RUBENS
MACHIO
uilzaos. A nrção que consumos desenha a nossa perso dde, contbu pr s des que rulmos e dá co à noss vsão de undo O esctor mecno Php Roth cosuv der que qundo esava abaando a o epo todo Ro aava que essa ea uma m de mnte os crcuos conado Tatv-se de um modo de pesa em su na de rabao, enqunto descansav u pouco do que esv endo "jud vsto que bsece obsessão gob dsse Não po acaso Ee Leema aa: Sote é o que acontece quado preprção encon opotundde eura é preprção pur e smpes Os mehoes as suas especvas áeas de aução, pessoa ou proissona sabem dsso Saem e prcam drmee udndo a ente dos ócos à medd que ea em novo exo podudo num gêneo ou eslo dferene Par cada obr uma atude um busca dfeencd f de potencaar o efeo d er e qualdade do resuldo na Saer um pouco mas sore o auor e o coneo em que oba podud eva uma compeensão dsocda dos seus propóos ao escever do uso que z d ngugem do seu to de vo ec como se se, é o context que nece o prtext pr a produção do tet. ambém nesse caso o deseo de prender crcuar enre dferenes gêneros, ssocado ao eno dáro poduz óos esuados Mas é precso começar Nesse sendo, e udo o que pude ocue w bboec N a desses verdadeos cenros de culura (que ao cotráro de agu s pofecs as pessds ão desprecerm) che u v ou u sebo Esses espaços são ótos escoderos de des e uos permem que você pssee por suas paees se, necessramene dqur go ms co se encon u boa promoção, não perca oporudde de coeçr ou uer a u nbboteca Cerc do de vos erguhe neles essa prátc pode eváo mpr seu epetóo cuu, de um jeo dvetdo e compensdo. A você pecisa e muto pa ser cpa de escever Há anda, a possbldade de consuta obs em doíno púbco dspoves n nere Segundo esse esmo racocno a eua é para ene o que o eerco sco é p o corpo Não é por acso que lgumas pessos
30
ESCRITA RATIVA
dedcam um perodo do dia à letra do diconrio, ada que sso pa reça oura. Pouo mporta o tamaho da obra: um gade livro o uma fase em frma de san. Se dmostrar qalidade a trá sido sempre o rstado d mtas oras de eura e trabaho Cota-se qe um grad scritor raslro fi ovdado a scrvr o an para m rstaurat rcémagrado Alguns mutos dpos l aprsto a fase sotada Costado sobre o prço qu obrara plo srvço, o clete ão aeto o valor. "Voê gasto apeas ags mtos pra crar ma as vai obrar tudo sso?! Ao qu o scrtor rspodu "Não, ão gaste apas algs mutos eu gaste mas de 40 aos pra riar o s l g an" E flava d todo o su príodo d prparação para chegar a ssa prfrma. Mntes om msulatra m trnada poduzm mas mhor Mas ão basta apeas er É precso dgerr as palavas. Faer com qe las se tasfmem m qm as lê passem a itegar s pat môo ltural. Ess é o camho natural d qualqer almto qe germos. Por sso ão h ada melor do qu bber a ft A possbldade de dspormos do orgnal dspensanos do constrang mto d desflarmos ostetado ma smpls mtação o que são comtros sobre obras terras seão algo semehate O que ota é o "o não o "sobr. Mesmo q além dvore motes mots d ifrmações, re smos o rítas ada vai sbsttur a lera dreta de m ator. Para amar a bagagm cultural e apred com quem serv de modelo, ão devemos os ottar em lr obre Mahado d Asss por exem plo Ao cotrro Apredrmos mto mas a rspeto do q é a art d esrvr s degustarmos ada palavra do ator de Dom Cmuro oras posdads q compõm sua obra lterára Ada om relação a este assnto covém tratarmos de outro dtalh qu pla impotâca de s sgfcado m mcra ss ome. Não é dl notrar pssoas qu tratam dfents gêeros d ttos como s todos fssm guas É a massfcação da ltra m dstúrbo u ão s jstifa O motvo é o msmo qu nos va a com pedr as azõs plas quas ão usamos ropas de vo m pleo verão e vceversa RUBENS
MACHIO
31
Oeco Maria Carpaux ratou dss problma m Origens fn ao dizr qu as pssoas não sabm lr. "Apliam a um poma o msmo prosso rrado qu apliam a anúnios d jornal ou a noíias d pro paganda poíia: ontnam-s om o sndo suprfial das palavras, sm xplorar a innção daqul qu fa Confndm duas oisas qu são unas m ada palavra ada ou sria: a xprssão a intnção. Quando voê lê a nfrmação sgundo a qual o maao é um ai mal qu pua d galho m galo, sá dian d um xo dnoaivo: nl a paavra qur omuniar apnas o su snido ral rsringin do-s à infrmação dsprovida d anális t É a isso qu s propõ dalmn o oalsmo por xmpo El proura narrar ftos sm s uizar d rursos róros paa nizar s ou aqul dado o xo da objivdad, portao o ontráro disso, o txo onoaivo m sndo fgurado, o maao puou ano qu aabou qubrando a ara qu, a palavra aprsna um signifado mas onxua in rpraivo. Traa-s d um rurso sisto, uma vz qu o rfrido animal pod sar inato passar muo bm apsar das suas sripu lias do norm suso qu lvou Idnifar disinguir o qu é dnoaivo onoavo são provi dnias intignts. Mas las não são nias Oura m a vr om a prátia d traçar um guia ants d niar a liura Para dsvndar lmnos imporans do xo, an-s aos tns sguints • • • • • • • • • • • 32
Rlação ausaonsqunia Maniras omo o podr a idologa auam Ond s nonram os onios Esudosos qu traam do ma rspivas orias Exmplos naogias nlusão d fos Moivação dos aors Obivos prtndidos Fundo hisório Formas omo os fnômnos s manifstam ESCRITA RATIVA
• • • • •
Dados statsticos Problematizção O qu é sno crítico nso comum naqula mnagm Vlor dndido po utor Tndência.
Qundo tm uma chv d itura dnid, o txto s rva com mas ciidd. SAIA A CAMPO. FAÇA UMA BOA COLHE D MATRA INSAO
ar não c pro num bo agmas mdida tratégcas d vm r tomada São a: • Fiq atno aprnda com a xpiência dos outros. • Já qu u objtivo é lvr o público-avo a acta u ponto d vista tud o objto d su txto m profnddad. • To comptnt pito do qu d lr • Exain o qu á dissam sobr o asunto pra não incorr m mr rptiçõ Invstgu obr tdo o qu já dcobri am a rpito do assunto • Etd ttmunho d po q provram o u txto m dxa d vr m cont o qu motivou o comportmnto do qu o contrio lh drm cota. É vlador invtga causa d uma rc par qu l sja transrmad m dão po mo d prtic d uma comunicção critiv adqud • S uma idi du cro tila d novo agora com variaçõs • Rún nrmçõ o concido ou inédio • Exprimnt xpor. • Convr com muit gnt po nvolvid com o nto tam na bggm lmntos pviívis qu nm por o dvm gnodo; qu o obrvm d long por outro ldo têm o podr d prcb o qu todo viram ma poucos nxrgrm trzndo um contúdo originl imp visto cio d rqa pr axilir no u trbalo d lr convnc contribuir RUBENS
MACHIO
• Faça pergunas. • Vá ndo no trabalho de abastecer o computador que carrega sobre pesç O mmen é de preparar o terreno • Recuse-se a car parado, lhando para ugar nenhum como quem espera por um mlagre que nã vem. John Dewey advere para a realidade sendo a qual pdemos ter os tos sem pensar mas nã podems pensar sem ter os tos Porant interrompa o rabalho somente quando tver certeza de que vasculhou em odos os cantos possíves Nesse sendo, aqu estão algumas pergunas que podemos fazer: • • • • • •
Qua a dea a ser dendda? Quas os ponos res dessa dea? Em que ambente compevo ela se enconra? Quem o pssve leor? Se r esse o caso cmo essa dea apresenada no passado? Quas são os nossos objevos?
ANOTAÇÕES. PAPEL, CEUR NÃO IMPORTA: ESCREVA NA HORA
siuações que nos rnecem maeral para gerar deas ou desa de uma posção aparecem e gem inesperadamente Alguém precsa de uma razão mas re para zer anoações medatas quando o propós to é captrálas? A orgem latna da paavra "anotar nos remete à dea de berva. Ora sso nã acnece por acaso. E é grade o númer de escrtores que antes de ncar o trabalho de redgr anotam mutas coisas E entã chega o da em que tud se resolve na mene e se transrma em text O que só acontece porque ela está muito bem abasecda de nrmações A prátca de zer antações ampa as pssibildades de criar e escrever com mas qualdade Dante da dea para um tex, de um ea ou de uma magem ela deve ser ransrmada em anotação ar mazenada num arquv, dgta ou analógc Depos, quando chega o mment de escrever um novo tex basta vistar esse reservatór de mara-prma ver o que ele guarda e utlizar que r mas adequado A
34
ESCRITA RATIVA
Se você costuma deixar ares para amanhã, eão deixe suas ideias scrias m cadro. Apeas ja da asia, aoegaadora de qe vai se lembra do que é importae sem qe isso esteja esrio em algum ugar: você ão vai resgaar todo o maeral. Por isso, aote sempre Na hora de escrever, oras deias virão. Otros os entrarão em cena Tome ota de udo isso também para que ada se perca Depois com odo esse coteúdo à disposição lre o que reamee serve para o seu ovo rabaho decida sobre o que va para o io e o qe aguarda ma ova oporidade Goe Vda! diza que escrevia algumas págnas de oas para cada romace Frases, omes descrições de persoagem Mas ele raramete votava a olhar o que regisrava No al do dia sim Vda aotava o que seria trabalhado o dia seguite Eão aoe isso omar oa coua sedo a soção porqe em sempe as deias chegam quado você quer Sobredo se é precso respeiar m croogama qado o empo corre e o prao ge. Nessas sações, a tesão aumea O camho que resa é egisrar uma deia, anda que impeita incompea. Paavras às vees desconexas Tirar o cosciee de cea e, o seu lugar colocar o imprevisíe sbcosciee Acioado paa erar em processo de icubação ele deverá provde car dentro do prazo algo sobre o qual valha a pea rabalhar Sem rçar a aeza que em seu próprio rimo é caro As aoações icorporam do o que você ecotra seja a rua prdido em agma págia nos sohos, as covrsas em todos os caos seja o reperório que já temos à disposição para cosrir um texo Isso eriquece O corário impica perda Ser escrior como se vê é rabalho em empo itegra O recurso de tomar otas pode represear ma saa ajuda para o escrior qe vive o drama às vezes omm do boqueio mtal. Assim quado uma ideia emiir os ses ampejos, capre-a imediaamete al ela é como o relâmpago qe não ca esperado. Você pode criar um documeo virtua e, se preferr, reservar um pequeo cadero para isso Se r o caso, pese em separar um cadero (ou m documeto elerôico) exclsivo para uma idea que em grade poecial Boas RUBENS
MACHIO
35
ases acabam de chegar à sua mente? Acolha uma a uma. Patricia Highsmith roteirista e escritora, aconselhava a nunca jogr r uma história com um bom eredo em mesmo em siopse. ouco importa se pesou o que é apeas um agmeto de ideia Na hora cera, e com mais equêcia do que se imagia ele levará a uma ase salvadoa. Ela observava inda que as ideias "podem ser grades ou pequenas, simples ou complexas ragmetárias ou completas, imóveis ou em movimeto. O importae é recohecê-las quado chegam Aotou MOTE UM BANCO IDEIAS E FRES
As ideias estão soltas por a. Bricahoas, escondemse ode me os esperamos e estão prontas para os surpreeder. Se não tomamos oa quado s reconhecemos, acabamos por esquecêas Ideis não param ão zem pit sop. Ideias têm asas e abomiam o sedentarismo eis porque tedem a ser atraetes Às vees, o que os chama a ateção é uma otícia de jornal ou um caso que ouvimos. Ou é sabese lá o quê A gete uca sabe como vai ser ão há dúvida de que o baco de dados que podemos monar a parir de inrmações ecotradas ao acaso, cotiua sedo um dos melhoes recursos para er acesso a um o que de outra maneira ca ria esquecido um cato da memória. Isso explica por que, ão raro, os escritores adotam um caderno de aotações ou o próprio celular, do qua ão se separam. Ro Mather trabalha com um boquiho de otas e uma canea. Bocos de layu são meio difceis de acomodar em mesas de restaurates Muito raramete a grade ideia é a primei ra que surge ele escarece. Caderno, bloco de otas o que impora é capturar a ideia o mesmo insante em que ela se distrai e revelase sem aviso prévio osso propósito é preder com a experiêcia de quem cria e es creve prossioamete Pesado isso, aqui estabelecemos o primeiro cotato, dete ouros que virão, com uma grade reeêcia o assu to Pergutado sobre o ema do próximo ivro que pretedia escrever, supostamente sobre o Oeste americao e um pistoeiro William ur roughs respode: Sim, eho pesado isso há aos e teho cetenas ESCRITA RATIVA
de páginas de aotações sobre odo o conceito do pistoleiro". Ee se refeia ao que modeamete chama1os baco de dados Portato ome noa: econtrou uma ideia? Preda-a em algum u gar, por meio de recursos aalógicos ou digitais porque nela pode estar a salvção do seu trablho literáio Lembre-se de que nossa mente sabe pouco sobe deidade, o que signica que ão é ada prudente coar no que ea dee como rea e imagiáio Anotou?
Incubação. Dê um temp para as suas futuras ideias O criador vive a avenura a qual se arrisca por camihos desco hecidos em busca de espostas que os meios covecioais o po dem oeecer de maeira satistória No sse assim como expica a agústia icômoda que os acomete quado estamos em busca de uma souo ova para um probema às vezes antigo? Jacob Riis ofereceos uma eexo que em a medida cera para compeendermos este mometo E compreendêlo é importante por que ele em o poder de os merguar em setimetos de deroa e im potência diate do problema Por supervalorizáo, há quem abadoe deitivamete a empreitada de trabalhar sobre um exto Mostrando com uma bea imagem que o esutado saisório de um trabao é apeas uo de um logo pocesso Riis tranquiiza o escri tor às poas da desistêcia e o coduz ao ecessáio recomeço Quando nada parece ajudar eu vou e oho o cortador de pedras martelando sua rocha alve cem vees sem que nem uma só rachadura apareça No en ato a cetésma primeira martlada a pedra se abre em duas e sei que no aquela a que conseguiu mas odas as que vieram ates Por sua vez Eistein o gênio acostumado a encontrar respostas que abalavam coceitos aparetemete inquestionáveis dizia algo pare cido, o que comprova a tese e recorta Peso 99 vees e ada descu bro Deixo de pensar mergulho o siêcio e a verdade me é evelada Porao enete o amiho sabedo que ele é feito de pedas e das mais perigosas ciladas O começo pode ser descito mais ou me nos assim primero procuramos odas as hipóteses para a soução do problema Logo de saída encontramos o insucesso Essa experiêcia r
RUBENS MACHIO
37
costuma er eitos eitos colaerai colaerai - uma senaçã senaçãoo de riseza, angua que beira o deepero. Tudo parec muio cono. Senimono de oados, om aquele goo amago de inrioidade Experimenamos enaçõe de fúia que vêm mirada com um ineno deejo de mandar do para o inno de deisir (Muio aendem a ese im pulso Param) É norma E por mai que a armação paeça eanha o idea é que ee eado inerior chegue ao pono máximo de de auração Decidi damene, io é o que de melhor pode aconecer nesa e do trabaho criativo. Sem ese evento a próima etapa não enconra espaço paa oare realidade Lembree de que a gavide é a imagem do proces criaivo Ea não chegaá ao quato m ane que enha pasado peo erceiro É a ei da naureza irrevogáve Se r para lar em deisncia que ea eja produiva e intei gee Deita im, de querer enconr as reposa uando recuro do consciente Ese insumeno exerce nção inermediária. Logo não i proeado paa uma are que apena o ubconsciene etá ha biitado a reaizar Esamo ando do momeno em que deixamo de penar e de agir em níve consciene Esa etapa é indispenáve poi se raa da única maneira de permiimo permiimo que o ubconsciente reaize reaize eu rabaho uma tae ao memo empo esencia e intranserve Quando colocamo o conciene para ncionar, é como e pués semos algo para cozinhar em go bando e por muio tempo Querer que oda a aividade mental aconeça omene ob a reponabilidade do conciente é desperdiçar energia Ee é óimo como coecionador de inrmaçõe, ma não eabeece aociaçõe enre ela. No meio de odo odo o baruho produido pea agiação em que e e en cona o ubconciente ubconciente não conegue mexe uma paha equer aí eá uma boa razão paa que eu mecanismo eja conhecido e respeiado Ee reaxameno que chmmo deitência é a chave que o coloca em ncionameno Sem ela noo operáio não pode agi E uma vez engeado odo o proceo enra em coapso. Porano, não perca de visa o momeno de air do níve cons ciene e coocar o ubconciene para agir Deixe que o cérebo tra so
38
ESCRITA RATIVA
balhe cão ranquiamene quano possível. Anal ee preisa desse empo pr rmenr odos ddos preendidos durne pesquis de ampo e bibiográ. Henry Dvid Thoreu, esrior disse que é apens quando esque emos udo o que aprendemos que omeçamos a saber saber Óimo esqeça momenanemene o assnto Longe de soer m derroa voê esá ançando mão de um aiude esra esraégi égiaa - reur par par vnçar om mis eiên e mehor ponri em direção o alvo Disaniese. Fça algo omo uma uma exursão menal Imagine um l gar muio gososo onde desejria esar Pense em imgens bem disanes do ambiene de rbaho rbaho - pelo menos do rabalho que esá reaiando. reaiando. Vá para a rua. Folheie revisas. Tome um banho. Faça qualquer ois que não seja preouprse om o problema em quesão. Ande. E enquano aminha prese aenção àqueles dealhes desperebidos aé o momeno. A resposa pode vir do que esá esrio na hd de m oja d músia que o no rádio, do peddo que rinça z pra a mãe da seção de paoes do supermerado da ena d novela de ma página dese livro niném sabe de onde. S6 há uma erea: ea he gará pron pra ooarse serviço. Depos de er umlado muia inrmção inrmção dê insruções ars par o seu érebro érebro quno à hor em que preisrá d resposa. s beleçaa um beleç um pazo. Se em dois dias para edigir um exo el elee será feio em dois dias. Ms se ao onrário, dispuser de penas dus horas enha a ereza de que ee esará lá em duas horas. A práia e não a eori em onrmdo isso lembrese pr pedir lgo voê pre isa anes er muio laro o qe desja eeber. Objeivo om o O o no obeivo Agumas pessos pessos nionm nionm bem b em sob pressão - ese é o meu so so Se, por exemplo disponho de 15 dis pr esrever um rigo sabe quando ee será esrio esrio e edado? xmene nos úlimos úlim os dis. ressio ndo pelo empo esasso, me subonsiene se rende e deide revelr a aquieura aquieura adeqda para o abalho mnida mni da em segredo por ele aé o úlimo prazo prazo Por onheer bem maneir maneir omo omo niono onsigo onsigo pereber o momeno em que esou enrndo em "rbalho de pro Enão omeço rabisr oiss sem ompromisso e om odo ompro os
RUBENS
MACHIO
39
misso do mundo quanto quanto ao resulado resulado a se atngido - nessas atuas, atuas, vnho d um ongo píodo d ppaação ia po mo d luas e obsvação. (E você, como abalha? Pocu dscobi a sua dnâmca e ça um acodo com la paa va poblmas d saúde) Po m, deixe o pocesso de incubação conclu o tabalho. Com a mene abea paa novas inmações e sensaçóes/iight, o unve so no s ansmaá m maéapma à sua disposição paa a ativdad cava. Quano ao subconscne el pojaá das paa o consc conscne ne no no momno ceo, ceo, o que pode aconece em qualque qualque ocasião Basa que tenha do opotundad d podulas Afnal le escve mais do u você magna E do lva a ce que a solução apacá quando meguha novamente no su abaho. Enquano doma dscansava, ciculava po ouos mundos, sua mne esava bem acodada poduva e siencosa Tdo d qu pecsa é vven ca o pocsso em oda a sua nnsdade e compltude paa coh os uos, ue smpe chegam, quando seu conscente sçandose paa escv, mas ncssa O que mpoa é qu você conheça ss pocesso e dscuba como a mas poveio de aé msmo zndo adaptaçes. Po fm, convém lemba que nada é ão gdo e inlevel s em dfenes maneas de da com o mesmo ecuso A sse popó so, embamos que cea vez pegunaam ao escio John Cheeve como abalhava O obeivo a nvsiga s colocava logo as idas no pape ou se speava pelo pocesso de incubação Cheeve spondu qu a as duas cosas acscnou qu gosava ms mo de ve os apaen apaenemen emenee sem neo se junaem junaem assocaçã assocaçãoo de deas Ilusando o depomeno Cheeve aou uma suação em que "esava snado num café lendo uma caa da ma, que conava qu uma dona d casa da viznhança stava encabçando um espeáculo nudista. Dsse que, nquano lia, poda ouvi a voz de umaa mulh nglsa epndn um epndndo do os o s fihos 'Se vocês não nã o zm so so ou aqulo até eu conta aé ês ea o ão dela. Nese momeno, concluu uma lha odopou no a lembandom do nveno e do o de que mnha muh nha pado esava em Roma Lá esava minha hsóa r
40
ESCRITA RATIVA
Se preir vá para os jornais. Eles são ótimos rnecedores de his órias, d boas araivas Uma nt muio ica, portao semp ao alcace das mãos Sobretudo procur material m odos os ugares ão apas os óbvios IDEA. TABALHE PARA FISGA O LEITOR
Encorar a grad idia "protótipo ida segudo os grgos is a glóra suprma para o arsa Ecotrar a ideia qu se direcia cati va, comov ou muda comporamos is o ue sigika scvr com adeuação No eato ideias com tamaho podr dvem ser capadas d imdiao pla câmaa tográca da ossa mt aotadas para u não s percam Para o scrior, a idia cilia o camnho na hora d concbr a ar quitetra do exo e oá-lo uma obra que se presta ao seu im útimo Para o itor, rprsta a garantia d lveza o su trabalho d cota cear com um ovo olhar sobr coisas aigas e chegar a um ia fli O ue aiás só acotece com qum desmbaca trasmado plas experiêcias do camiho Esse rsutado se mostra por mio d jalas u coocam o leior dia de ovas possibiidades as diversas áras da sua vida Portato como aquela capaha qu icetiva a doação de órgãos, doe aelas. Escrior é também prestador d serviços. No ao m odos os scriors psam assim Agus isis em o perigo de apoiarse em apas uma ou duas ideias em oda a sua obra Sia poru isso é udo d u ls dispõm? Quado uma idia chegar assim d rpt prmia u la ama dureça detro de voc Como sempre ome noas Faça leituras parale as para ncorar novos contedos Associados eles rsularão em algo oalme origia Trabalh até o poo m qu todo ess cotúdo om corpo em sua mt e core a sua orma adeuada Visualiz o qu p nd cria Ps o rmato úmo aproximado d caracteres de págias e capítulos No mais dediuse a scever com a disci plia ue o oício exig para ão acabar em rustação Esablcr RUBENS
MACHIO
4t
um úmero de páginas por dia, isso sempre z muio bem. Lembre que um rio sem margens transfrma-se em pâano e não vê o mar seu desino fna Mas as ideias às vees tm o péssimo hábio de ser arredias Co vidamnos para brincar de escondeescode quando menos estamos disposos a isso Eão para enconrálas endo com que enreguem udo o que podem, leve sua mente para passear como já disse. Vá para a rua. eia. Converse sobre qualquer coisa. E se durante esse processo a grande ideia chegar convidea a insaarse enre seu arquivo de noas. Depois untese às suas anoações e rabalhem em parceria na busca de um resultado satisfório. Surgiu uma ideia, mas ea he parece algo metasico demais para ser raduida sem o auílio de um recurso adi ciona? Tansfrmea em paábola e vea como tdo se oa mais claro. Anal voc sabe exisem dias em que camos com a impressão de que as ideias eraram em recesso por empo inderminado Isso aco ece sobreudo com aqueles que se aimenam dessa maériaprima para fzer o seu rabaho A produivdade fca reduzida a um resulado pío depois de rina has escritas chegase à conclusão melacó lica de que disso udo somente de por ceno será aproveiado Eão aproveie. E aproveie ambém para descansar e reomar o rabalo em circunsâncias mais fvoráveis alve mais relaxado Funciona se
IMAGNAÇÃO. MUITO ALÉM DA RAIAE
Imaginar. Criar imagens Etrar em conato com o idea esea ele dero ou fra da cabeça de quem escreve Criar condições para que um ovo exo se maeriaize É aravés dessa capacidade mena que represenamos obeos por meio dos senidos No eano convém lembrar que imaginação não é como pode parecer a cudade de frmar imagens da reaidade. Ao conrário, ela nos permie criar imagens que vão além da reaidade A imaginação nos presta um serviço reevae. Ela vai buscar em agum cano um cano da memória alve, o maerial que será colo cado dante da mesa e manipulado com tods as rramentas de que dispomos, irando aqui acrescenando ai aé que a reveação aconeça 42
ESCRITA RATIVA
Esteja preparado, com o caderno ao alcace da mão. Sente-se em ilêcio e pese Nuca perca uma oportuidad de pea Memo vivedo o mdo louco de hoje, em que todos o sos ivadem ole ivamete o oo cérebro ão e etege ao pâico em à presa É bem pvável que você ão depeda desse trabalo para traze o pão de cada dia Se r asim ão á prao portao Eime da caeça odas as geeralizações. ão pese de modo abstrato. Apeas relaxe e deixe a mete ivre para eguir o eu próprio camio Realidade, o etao, ão pode derbar a ciatividade. Afal, cia é voar odar iveo e volta reovado peo fesco daqea ideia iesperada. Aqui e al, desejado a coragem de um gesto de irre verêcia eise sempre um novo camiho pedido para er revelado a âsia de coduzi o viajate para ovos horizotes Acee o desao de iicia a viagem Diae de cada ova propota fete à decisão de criar e redigir um ovo eo, pene que, não por acaso, os criativos se mantêm às votas com a trigate perguta "E e? E se ao oar para a cortia qe balaça à mia fete, esa sala eu trase daí a primeira imagem para a primeira ase do meu teo sobre a Educação em paíse da perifeia? Quatas posibilidades essa imagem caa e coriqeira me oferece? Cotias abrem. Cort evelam. Cora sgerem. Cortias es codem os que deeam e maer protegido pela omisão Coria blo queam a etrada do ol. Corta mostram em motar e ecodem sem escoder. Corias impedem o olha de ve aém Cortias ciam uma barreia qe impede a visão de quem está do lado de ra Corta . Talve, a última ase do eu eo, apareça algo sugerdo que, com ela você fcha as cortias da sua reeão Um trabalo o qual cada palava procurou arir a jaea qe apotam paa a gravidade do ea da Edcação ão ditae e ão próimo Qe epera er aeo ovas perspectivas sobre um assuo ue precisa de ovos ares. Sempre embrado ue esa reovação eá uo ão mai de impe cortias ereabea, mas de poras escacarada paredes demoida. Porque omee elas poderão receber o ovo e eprgar o que tem cheiro de mofo, racafado arás de grdes curricuares que ma aprisiom do que lieam o epío d ova geaçõe Etc etc RUBENS MACHIO
D ond saiu ssa idia rpntina para mim? Inspiração Nada disso. Tdo de que prcis i da coragm de usar ma simples cor tina adqadamnt sm qalqr sto, do sndo d rgência para dar os rtoqs nas ns ivro q m prazo para votar à Edi tora (Obrigado cortina da minha sala plos bons srviços prsados a ss scriba.) IMPREVSTO. NCLUA SSO O SE OJETO
O imprvisto provoca raçõs surprndnts qu altram o sabor do txto El dá ao litor ma experiênca renovada de lr aqilo qu não di o mramnt óbvio. D um jito o d outro o imprvisto ago q pod ocorrr m plno procsso d criação Cab ao scritor dcidir, caso a caso o q zr com o novo matria Lmbro aqi o dpoimnto d Lêdo vo dando cona do qanto o scritor é m cro sntido ma criatra crul impidosa Drant m ntrro, nqanto as pssoas choram a prda soida l obsva a cna como s do ss matéra d itra tra Anal, l é um to obseador Obsrva tudo inclusiv o que parc inobsrvv. Ele oha mais qu os ouros Prre o úimo ban co porqu lh garant uma visão panorâmica sucin para não prdr nada. Iclsiv a visão da mlhr qe chora discrtmnte - conclui. Quando bm aprovitado o imprvisto pod sgnicar um xc lnt material para a gração d idias le fnciona como ma guha: ajda o go a crscr Pod nascr da nossa xpriênca emocional da vida do mndo. D um dtalh da vda pssoa alv O da nossa vida como cidadão mmbro d uma socidad nal o scritor tm acsso a aguns spaços Ai l pod dpositar sa palavra xrcr o su papl d tambm contribir para qu o mundo qu m poco mais bonio gostoso Para qum gosta d apanhar idias no ar sugridas por uma pala vra scrita apnas para inslar as otras e chamlas para a convrsa o mprvisto desmpenha um papl incrív El alimnta o procsso d crar scrvr o papl m branco o a tla do comptador agardam 44
ESCRITA RATIVA
o que também paa ós pode ser uma supesa. "Realmente é quase de cfa um enigma ou quase espear uma surpresa Eu não sei que flme vai passar, estou olhando paa a tela e ão sei qual é o flme pogama do stetizou Frnando Sabo. A eação ao mpevsto s vees, pode se tadui numa efexão a espeito do pape do escito Equanto ee esceve muita cosa lá fa acontece E então existem duas possibiidades Na pimeia o escito se pergunta se diate de ftos decisivos paa a históia da sua comunida de, exigido respostas imediaas, ugetes, escever ão é uma atividade que pode se cassicada como apenas "impotane e não essencial. Na segunda o impvisto apaece como potado de uma deia uma fma de ve, pensar e senti a eaidade paa que a sua sensibidade a fto gaf e tansfme em paavas De um jeito ou de outo, o impevisto desempeha um papel impotate na vida de quem esceve A cortna da sala, com seu movimeno de vai e vem, pode ser algo impeviso su geido um tema para o póximo abaho E, ovamnt seá sempe uma questão de oha e ve As espostas estão po a, espeando pea peguta que as evee. Mas nem todo escto se dexa ata peo impevisto em seu tra baho cativo. Muitos esistem, assumindo uma posta quase buo crática equato pesa e edige Apoiam-se numa estutua prévia que ão compota ateações. Cada um em o seu eito na hoa de ciar e esceve. Democacia é isso Auan ourado ea um caso assim. Avesso à ideia de impevisto que segudo diia desempenha pouco o escior matiha quase do sob contoe Douado lembrava que a ideia de que o personagem pesegue o auto, como a peça Seis persona g e em buca de um auto, era apenas uma brincadeia do Piadeo. Nada disso acotece de fto poque o pesoagem não pesegue o autor o pesoagem do ran delo é muito bem estutuado. Romaces bem estutuados agumen tava com uma composção e aqutetura consistentes não admitem impevistos. Igualmente não comunga com Lygia agundes Telles, que aclama "o mpevsto o acaso, a loucua RUBENS
MACHIO
45
INCIDENT. UMA RESPOSTA DSFARÇAA
Um inidece pode ser visto omo algo que inomoda, por nos tirar da segurança de um scipt fehado. Mas pode ser viso também omo ago que onrbui om o nsso trabalho Ele nos oree a opor tunidade de entrar em ontato om outros oneúdos desongelar a nossa mente e enriqueer o que ainda pode iar melhor m nidente pode ser anotado inrporado. Isso no enano só depende da nossa disposição de perseguir w ato padrão de quaidade Do senido iniial "adente so é "oorrer aonteer air so bre, evento algo que aoee o signiiado da palavra mudou paa a1 go que aontee por aaso, Inidente é o arro uja buzna aaba de soar no momento em que esrevemos Mas pode ser o avião Ou algum que nos inerrom pe om a pergunta sobre o que zer para o jantar É tudo o que a nossa riaividade onsegue apar para inluir no rabalho em se de prdução e torná-o ainda melho É ao que nada dsso aonee para enriqueer o seu trabalho Mas ninguém dsse que voê não pode se apropriar desses pequenos aonteimentos e tornar aida mehor a sua produção iterra O inidene em um pape muito imporante omo se vê Ao on trrio o exeso de uide sgni pergo para o riador que aos pou se toa previsíve prnt para morrer O otidiano quer enonrar o seu espaço no proesso de riação Tudo de que preisamos é nos permir essa nterferênia sempre bemvnda, que por vees nvade o texo e nos surpreende Perguntado sobre quando os nidenes omeçam a tmar rma Georges Simenon respondeu que na véspera do primeiro dia ele sabia o que a aonteer no primeiro aptulo. Da dia após da aptulo após aptulo desobria o que vinha em seguida Depois de niado um ro mane esrevia um aptuo por dia sem nuna perder um dia Como era um srço vioeno segundo ee omprometia-se a seguir o ritmo d romane E oluiu airmand que se por exempl ava doente durante 48 horas tinha que jogar ra os aptulos anerioes E nuna reoava àquele rmane. «
cos
46
ESCRITA RATIVA
O incdente tempera, coloca sal para reaçar o sabor de uma deia. Ee é o inesperado que o universo envia para armaza o texto em se de prepaação Nã pode ser desperdiçado Prém ele nã sala sobre a mesa O incidente apenas acontece Sem hra marcada nem ca previamente estaeecdo É nossa tare mante as antenas funcionando Capa to nv A buina que per fura o ar. O coro da crança que acorda A música que está apenas de passagem Quaquer coisa Tud o que se pde ver ouvi sentr e chega de repente. Como fez um diretr de V enquano gavava cmercial estrelado por um gaoto que na ora da sua la pronuncou que não esava no script- "geladêra Esse erro manido na versão nal como se ivesse sido pevisto contrbuiu para atrair a atençã do teespectador vende mas e de quera taer pêmios para a agência de prpaganda. Resumind: hos e uvidos aentos bc de ntas u quaquer ouro recuso pr per e na mene a pergunta que identca s cra ivos Pr que não? Eis o mehor caminho para colocar o unveso a serviço da criaçã. ESTÍMULO E PRTXO.
O preexo quer dsrçar a verdadeira intençã de quem cria e escreve É um argumento ou uma raão para jusicar uma aço ou ex picar por que alguma coisa i feita desa u daquela maneia Às vezes, é o que se anuncia como mtvo mas que na verdade ocuta outra motivaçã Ser escritr é viver às vltas cm ud isso Esconder-se de s mesm enquanto se revea n text perguntado sore o que preendia comunicar cm seus quadrs um pntr moso respondeu que apenas pntava dexando o encontro dessa esposta a serviço dos ctcos. Petexto é ponto de partida nascid de um contexo nem sem pe cnsciente em busca de um text que ainda é desconhecido por que não nasceu o cntexo cria o pretexto que determna nasci men d texto Às veLes primeir a gente escreve depis descbre pr quê Era assim por exempo com o escror Fenando Sabino Primeiro o texto depois o tíulo Primeir o útimo parágra depois o prmeio Pri RUBENS
MACHIO
47
meio rodo o tabalho, depois a jusicaiva. Que deliciosa loucua é o ocio sagado de escee com ibedade! Como quase sempe aconece, as soluções ciaivas ue pocu amos uando apaecem chegam da maneia e nos momenos mais inespeados às vezes inadeuados mesmo. É ue enuano zemos as coisas coiueias que peenchem nossos dias o subconsciene coni nua abalhando na busca po uma esposa paa a nossa peguna sobe o ue e como esceve Às vezes, um livo nasce de um peueno episódio. Mas o esúulo ambém pode se enconado no pópio escio em sua viência diá ia mais do ue em evenos exeioes. Do lado de a eles podem vi das leiuas ue faemos. Não ao, os omances hisóicos sugem a pai da leia de ios de hisóia, e os de cção cieníica a pai da leiua de obas cienícas A mi ologia i um campo de inspiação paa Rubén Daío e a eiua dos cássicos da Aiguidade paa Anaole Fance Ganha dinheio é bom ue se diga, não é, em deniivo um dos mehoes esímuos paa esceve Esímuos e peeos esão nossa ene e ao nosso edo o empo odo. Basa e olhos e sensibüidade paa capá-os. Dosoievski po eem po ceveu Cme cti g o a pai de uma peuena noícia de jonal, ue dispaou sua imaginaão em cima do o e o levou a cia uma obapima. Auan Douado lembase de uma ideia sbia: ele ia pelo Lago da Caioca, no Rio de Janeio quando he veio uma ase ue ee inha lido na An , de Sócles: "Pecisamos enea os nossos moos A pai desa ase nasceu oda a ideia da Ó pra ds mrts. Esímuo é maéiapima abundane. Tudo de ue oc pecisa é esa igado: um diálogo uma imagem, uma paava uma co ualue coisa pode dispaa uma ideia paa esceve. QUEBRE PARADIGMAS. FWA DE EXEMPLOS E ODEOS DESGASTDOS
Na busca de ideias ciaivas aceie os iscos mbese de ue os e os são, na vedade, gandes opounidades opounidades de descobi caminhos A pen paece óbvia mas se não emos muio a pede o 48
ESCRITA RATIVA
que nos mpediria de aiscar uma ova saída? E quanto à desaprovação e ao acasso Como eta odos sses temors Paa reduzr esss di s e gahar oaça, pea smp screvr sob assuos que sjam do seu isse, que o procupa são coecidos por você. Boa parte das grads descobtas m dres áras acote cam po causa d um ro. Pna qu o medo d rra ta maado atos aletos "A cosa mais mportae que o Coseo Nacioal das Ats pode faz é da à me ciadoa o deo de ar. É apeas por mo do acasso e da expemetação qu apdemos e cscemos, diss o vioiista Isaac Stern, quado pestava depomeo a uma co mssão da Câmaa dos Dputados Assm para ncotar ovos caminos poduz algo evae, esea prdsposto a aadoa agos peceos queba paradigmas, pensa ivmete Mesmo quado uma idea parecer eatate boa, ão se apaixo e por a. A paixão ira a bdade impde a vsão apisoa Uma vez apaxoado abadoá-a pac uma ta quas mpossvel E uma gra de ideia, aquea que sov de to o pobma, pod s uo do abando o d muias deias que ão sigicaam a gaatia d souções adequadas A esse espito o escto ead MaJamud em um rcado spe cial. Experee a ate d caça deas, ee ecomenda a at de esiar a si própio a rabaa com a ictza Maamud erse à asiedade que oma cota de mutos esci oes quado vão começa ou teta ago ovo usca exempo m Matsse cama a ateção para o to de que até mesmo um aisa dssa staura piou quados com asiedade, quado do íco do vismo movmto d vaguada do comço do sculo X. Ess pobma acabou se rvelado soucioado Tudo idica que isso pod o ajudado a simplca o tabalo. Só nos sta pguta: por que ão apedr com qum já tou paa a stóia como um grad taento, seguido suas pgadas Portao Cora iscos 'Ouse r, emda a sctora roti isa Eudora W c ao ama qu as pssoas aastam po a uma sacoa d medos Es prcsam se descatados, atiados ao vto, s espam decoa o pocesso de escvr RUBENS
MACHIO
49
AGORA VOCÊ É O ROTEIISTA
Minha proposta é que você tome auele romance ou conto ue esá lendo e ça aí uma inervenção. Primero, considere o o de ue um dos ingredientes mas importanes para poencializar a cria tividade é o bom humor Falando à Rivsta di Floofa, em 1954, W Cerf afirmou ue na are não exisem emoções, mas apenas humor saber brncar com a formulação das perguntas; procurar soluções onde menos se espera ue elas esejam E então deie a leitura pas siva e assuma a condição ativa, zendo anoações e consruindo novos enredos para a históra em andamento Em outras palavras deie o caminho á experimentado peo escritor e saa em busca da segunda resposta cea Invente outro enue, algo ue alve nem o autor eria ma ginado Dê um novo desenvolvimento para a história alerando o desno desse ou dauee personagem Conduzaa para um nal ue ninguém esperava Esse exerício de magnação é um reino mporane e saudáve para rtaecer os múscuos da criatividade Com a vanagem de ue ao contrário das academias de ginásica ninguém precisa pagar nada por sso Você vai se surprender om o resultado Tave até descubra ue ria melhor o pael de auor Enão será a gria FL PO MÁOAS
"Palavras anigas podem adquirir novos significados A maneira mais cil de comprovar esse to é procurar palavras no vocabuláro de uma dicplna ou assunto e entar aplicálas a ouros Outro escrito, Lous Kahn costumava descrever as ruas de uma cidade como 'rios e os estacionamenos como 'portos Com isso dava a seus alunos uma perspeciva maior da cidade Usar palavras de um uadro de referência em outro produz uma nova luz e novos signi ficados É como a chuva lavando o póen no ar di urman, já ciado há pouco Quando bem escolhida, a meára leva rapidamene à com preensão dos conceios mais complexos e absraos. Basta ver ese modo 50
ESCRITA RATIVA
bem-humorado de lar sobre coisas sérias e não raro endonhas. Ape sa de se rata rata de uma bincadeira, bincadeira, a póxima póx ima seção levan levanos os mais api damete à compreensão do poder da meára. SEJA ORIGINAL. REJUVEESÇA REJU VEESÇA ATIGAS IDEIAS
Viver em absolua segurança impica sempre um risco: o da mo noona noo na Olando po ouo lado obsevamos que ser o ogn gna a é muto mais diverido. Os grandes ciadoes sabem disso e não pedem empo Quan do menos se spea lançm mão de uma ideia esquecida no passado cruzam cruz amna na com oura oura às vezes vezes muit muitoo difeen difeenee e nos apa apaec ecem em com algo nédo neressante e adequado O que conseguem com isso? Provocam nossa admração, obtêm leiores és para sas ideias Em outas paavas zem sucesso enquanto se diverem A poposta não paece seduora Se udo o que dissemos parece absrao demas demas vamos a um exem plo concreo Emboa não se ae de um exo produz sensações ão agradáveis quano os bos ivros. Eamos nos referindo ao liquidca dor Sua ciação não envolveu nada de maga Tampouco o eletodo mésico surgu por geração esponânea. O que o deu à uz i a atude de um omem om em ao pemiise o envolvimeno envolvimen o com o noo e inespead inespeado o Primero omo u u moo moorr e ma ma baedei baedeia a de boos. Aé aí nad nadaa de novo, po se s e aare aarem m de objeos exemamene coiqueiros coiqueiros e pevisíveis O que orna a sri sriaa admirá admirável vel e lucraiva é que o invenor olou para ess dois objeos com olhos dieen E arscou arscou a peguna peguna "E se eu unasse os dois Assim eergou o que muia gee olou mas não i capaz de ver alve po er er suas sua s vists boquedas po antigos antigos parad paradgmas gmas O maio isco razido por ese ogo é não da cero Um povável pejuzo nenum A reaidade sucesso po ese pemido aiscar Valeu a pea A PRIMIRA RSPOSA CRA NÃO NÃ O M A MOR GRAÇA
Busque a segnd resposa cera. A prmeira esposa que nos vem à mene paa uma perguna costuma ser pevisvel ceia quadradi RUBENS
MACHIO
51
nha e, o pior, não causa o impacto sucene para zer com c om que o leitor se denha naquea págna. Dane da pergunta "Qual é a metade de oito?, nossa tendência natural é responder "uaro Matemaicamente correta, a concluso nada ra de novo Logo não chama a anção nem se desaca na mul idão de tanas tana s infrmações infrmações dsponíveis por odos os lados As respostas seriam mais orignais se dsséssemos ds séssemos coisas como "E "3 "O "m "w "o to - o que mais mais Agora vamos ao truque Ele consse em primero mudar os ócu los, aqueles cujas lentes nos desvam do convenconal e mostram o que todos viram, mas ninguém enxergou Depois em frmular a pergunta no plural Isso sempre cra o ambiene para o surgimeno da segunda tercera, quarta quarta resposas cetas com a maor natraidade Qua a metade de oo oo - perg pergunt untaa o cria criativo tivo As resposas são por oda od a par e quer querm m vir à tona tona Basa ape ape nas que aguém seja ousado e ineigene para zer as perguntas cer as Por far nisso, recomendaríamos a taref que vem a seguir Você aceita o desao Aquecimento. Aqueciment o. Abra as a s portas para a nova dea
ara far sobre o aquecimento vamos lançar mão da metáfra Há sore nosso nosso pescoço algo semelhane sem elhane a um extraordinário com putador Todo o avço da tecnologia anda não conseguiu produzir nada parecido com o nosso cérebro ratase de um equipamento de úlima geração, disposto a render muito mais se fr usado com maior equênca e adquação Nessa se do processo crativo, seu computador está muito bem abastecdo com as mais difrenes inrmações. magine que eas esto emplhadas em quantdade sufciente para as mais inustadas experi ências udo de que precsamos agora agora é criar condições fvoráveis para que aconteça o cruamento dos dados acumulados pelo trabalo de pesuisa É isso o que vai gerar combnações fra do comum e, con sequentemente permitirá que enconremos respostas para o problema que nos aormena 52
ESCRITA RATIVA
Na maioria das vezes, vezes, uma grande ideia está escondida naquilo ue muita gente pode er viso ms não enxego iso i so é a segnda esposta cera. Ea não pode icar escondida precisa ser evelada. Como? Para ciitar o trabaho de encontrá-la pegue sua caixa de fera mentas. Encontre á m instrumento chamado brainstormn também conhecido como "tempestade de ideias Essa bincadeira séria consiste em pensar com elementos disos e criar com elementos concretos. Vamos trabalar com base no comenário de John Sculey expr expre e sidente da Apple Compuer paa quem não precisamos inventar nada porque as coisas já estão á apenas esperando para seem descobertas Tudo de que precisamos é sair e colher o que já existe. BRAINSTORMING OU "TMPESTADE D IEAS
Tratase da reunião de pessoas envovidas na busca de soução de m probema. A dierença está no método A erramenta é ecomenda da para siações em qe os padrõs convencionais d bsca revearan1 se ineicientes para encontrar uma resposta adeuada. Assim o trabalho agoa tomará outro rmo bem mais promissor ara começar criadores emitirão o máximo de opiniões sobre o tema em pauta e se aventraão po estradas até então impensáveis apontadas por uma mente ivre de qualquer juío prévio endo as sociações inusitadas. A expectativa é de que a resposta apareça como resultado desse xercício e ela semp vem O branorming nada tem de ortodoxo Tomado ra de contexto pode parecer coisa de gente ue sabe pouco a respeito do que é trabalho tra balho sério. Mas pocas brincadeiras são levadas tão a sério ou ainda qase nada é tão sério quanto essa aparente diversão. Agumas regras são imprescindíveis pra o bom andamento do bransormn. A primeira ndamenta e indispensáve é: quatidade gera qualidade Assim para qe o pocesso não seja truncado convém não coocar o jui ao lado do arisa o primeiro inibiia o segundo segundo E isso seria a more Livres da pressão do uiz icamos mais à vontade para dier que no branstormin, todas as ideis são váidas merecem ser notadas RUBENS
MACHIO
53
Mesmo aquelas que parecem mais mprováves e absurdas - mprováve, absurdo novo nesperado, drente transrmador .. Como no slgan crado por Fernando Pessoa para a CocaCola, "Prmero estranhas, de pos entranhas. É só uma qestão de tempo e de olho para se dar coa de que a proposta absurda pode razer consgo a resposta nelgene No enanto se agmos apressadamene ou ntenscamos o natural teor de censura, jogamos ra o que não se encaxa em nosso medatsmo crônco. Mas uma vez sso será a morte. Repetndo, a m de não comprometer a produtvdade, agente o medo e o jugamento prévo que inbe e às vezes a mata. Mas do que sso, não tenha receo de cometer erros Ao coráro, estmue e encorae a combnação e o aprmoramento de deas incusve as que parecem estúpdas É pouco provável que uma grande dea sobrevva às ameaças da auocensura, uma das poes armas de destrução. Para se munzar desses etos malgnos, relae e comece a brncar lteral mente com as nrmações obtdas durante a sessão de brintormin. O resultado va surpreender Epermente pegar uma palavra ao acaso e pesar nas coisas mas absurdas assocadas a ea. Force conexes nesperadas Relacone suas deas Envovase nesse trabaho de fecundação e desute da beleza do que vrá pea ene se você se dspuser a cudar elmnar os resquí cos trazdos do útero na hoa do parto. É assm quando se dá à luz uma dea Retomando: para nduzr o parto soe o assunto sobre o qua desea reetr. Depos ça uma batera de perguntas a cada etapa do trabaho ou tema: o quê? quem? como? quando? onde? por quê?- usar de manera nova? - adaptar? - amplar? - adcionar? - mul tplcar? reduzr? dmnur? dvdr? emnar? substtur? re arranjar? nverter? combnar? dexar como está? E tavez as duas mas mportates e decsvas: e se? por que não? Por m epermen te assocar duas perguntas. Ago como O que dvdr?. E então veja quantas deas novas aparecerão Depos de Alex Osborn autor do á ctado poder crdor d mn, ouro gêno ensnounos um camnho mas curto Estou flando do cneasta Ingmar Bergman que disse: Eu omo todas as 54
ESCRITA RATIVA
minhas decisões baseado em mia intuição. E jogo um dado na escuidão - isso é itição Depois, mado um exécito recupea o dado isso é itelecto" Simples e dieo, paa qem pesta atenção o oeio vale po m cso de ciatividade. Em meu tabao como cilitado teo viso pessoas coms obteem exceetes esltados ciativos com a tcica sgeida po Begma Ifelimete ossa culta os esio e os z cultiva um pe sameo altamee desivo paa a criatividade. Fomos acostmados com a ideia de que se algo é simpes, ão merece respeito Talve o compotamento sea to de ma mação eigiosa distocida Apedemos qe só o que obtido pelo camio do so imeto pode e algm vao. Paa compova a suspeita ete ma igea e obseve o compotamento das pessoas Va como as images alusivas a Jess cucicado, com ma cooa cuos espios atigem a alma coqistam muito mais ateção do qe as de Jess essscitado e glorioso Que gade cotadição! Esse paadigma é vesgo padece de miopia cônica e tem sido o picipal motivo paa qe uma lição como essa deixada peo cieasta passe despecebida. Logo pecisa ser corigido. aa avaliar o potecial cotido as palavas vamos imagia ma situação como se ela sse ea Pesemos uma pessoa que em como tae esceve m atigo o coisa paecida sem um ea pedenido Nosso pesoagem está tomado o ca da maã Enquanto se alimeta pesa e preocpase com o tabaho a se desevolvido Se maio pobema a lta de ideias Ele ão sabe po ode começa m texto que ão pode espera Deixar por cota da ispiação? Nem pe sa Aal ele um escitor, ão m aveteio qualque Apesa da aide ele sabe que seus oos estão equipados com as letes da ciatividade Po acaso, vê passeado sobe a mesa ma miga Com esço ela tenta carega ma casqiha de pão A caga maio do que pode traspoa Mas o iseto ão desis te ai evatase teta colocase novamente a camiho Repete a opeação antas vees qatas em ecessáias O impotate abastecer o migueio RUBENS
MACHIO
55
O to é corriqueiro, menos paa o nosso personagem, acos umado ao jogo da ciatividad. El obsrva tudo d ong, n um go d ie uma mordida no pão comça a reetir sobr o problma do aimnto no mundo O nqu ainda abrngn vago mas epresena uma pisa um pono d parida, o neessáro para comçar. Passa-h pla cabça o xrmo srço dspndido po rspon sáve pla aimnação da míia Vê na rmig a magm do rabaa dor, assumindo aes gramene acima de suas possiblidades Ao mmo mpo h vm à mnt o problma do transpor d alimenos Lemrase de como não estem meios sucientes para des ocar tudo o q s produz e q na sua san s ncona uma rpo agem sobre produors capazes de ncndir tonadas d amentos, ainda qe endo a consciênci de qu mhares d pessoas no msmo pas, comem o q somente os pocos aceiam como refeção Amplia o pobma chga à ára nrnacional. Envovs com a magem d pases supeaasecidos por tcnoogia, mas sem amentos, e vicversa, ambos sem possibidads de mudar o cnário E connua rexão ensiando possvis souções Pnsa nisso imagna mas alguma coisa quando s dá cona, á em na cabeça o projeo sucien pra produzr não um arigo mas um ivro Bas apns organiar as ideias e eváas para o papl É cil quando astamos o jui rpessor, ibermos o artista vcinado conra auocnsura nos prmiimos ci não? Apenas como execício num eo sem maiores prensões z a msma xprência do nosso prsonagm dixando a cabça prco r ouos cminos. O insto q srviu como m i o msmo do exmpo E ea i reveadora Sobre frmigas e moscas
A r , r N r s r , r v , r v r r r o 56
ESCRITA RATIVA
seu tamanho microscópico e da ausência completa de lvre arbítrio, sene que em algo a reaizar. Est nã realizou. Teve sua rajetória massacrada, assim cmo massacrados sã antos proetos no mun· do dos viventes Oio isso lembro que não tenho por que assumr a auoria desse crme - em coisas que a gene não sa alardeando nem mesmo em pape de rascunho, apenas cumpre a are de testemunha ocuar e narra os os a quem neressar possa Anal, tenho um nome e uma repuação a zear e devo ao mens, sugerir que a minha ilibada nunca use caixa 2 nem z mal a uma mosca seue mém m diri m r rini: rir m l léd m á qlq l q s s " r d r mi r m s rs Di m dnr sr al red ls dis q, r esrm sts im s rl É ns m ml, ilsri d n r nd s d iniir m d m r m lvr lz E por flar em roupa.
Tenho em meu armrio um número considerve de roupas ama cadas pelo tempo São peças que acohem muio bem corpo em posiço de descansar u uando o rabalho prossonal ser desenvovido em casa como de costLe depois da chegada do cnceit de home ofce, usad por prossionas independenes A ideia d executar no própro domiclo o que seria fe no escri tóio depois de uma longa viagem atravs do trânsito enluquece dor da maior cidade da Amrica do Sul realmene mas conr· tvel econômica. Elógica Sensata. Uma prtica saudvel, que bem poderia ser acessvel a odos Para repor as energias um bom prato de roupa velha iguaria Made in Mnas Geras e cm presença marcane em Sã au lo sm senhor A receita esava escondda numa pgina qualquer da minha antiga enciclopdia Dlta Larousse. Eu a encontrei por acaso, num dos meus passeios notos e de insôna em busca e ideias ureca! Feio com sobras de cae seca ou similar desada regada com cebola e temperos verdes ee servido com rinha de mandioa. não dexa dvidas quan ao de que enrega o que prmete RUBENS
MACHIO
57
almena e á praer. Mas aina nesses as em qe o sol já á sinal de que va sar em féas. Roa saa e maca "Roua eh' Uma pa que á conro à ama e regoa o orpo. Com lena, ego a hora a mnha sesa Voto já, ua. ma a ar ma aara Pra ma aara ar S a raa x ar r m í a rã abaar ra a ó mr ara ba ma rmaçã am ra aa r ma ra aa br a á a çã . E a aara arar a na a ara ? T a za ba ar ma a a ara r I rmrá zr m ma raça ar ár aa raba ara m mrár rm arar rr start a a r bra ara a ra mrara a rarma m ra m ara m r ar mm rm rara a bm ra ã m ú a a ra mar a ã a mrár r ma rá a rrêa Ara ra- m a mar aara ár Ea ã m am r á ba à a çã INSPRÇÃO? NÃO CONTE COM EL
Faa à ra úara Múzák, mr Sraky mr- raçã m rç aa E mbra m ara ara rar, r aarar a raçã ara mr a m rr E ã a a mrâa a raçã a rár sraa ma r ça mr ra m a aa maa r a ã é aa m mó ara rm a rça ó sabra a am rç a õ m mm E rç raba. 58
ESCRITA RATIVA
Paa escreve com criatividade, é pecso m inenso invesmento no desenvolvmento da écnic po meio do tbalho duo qe inc pesqsa e esceve. Esceve mio Reesceve muio mis E do isso exige disciplna oque esceve é nes de do um ofcio qe não pode depende da inspiação paa se ealiado. Senão ene imagina m conist vincado a uma míd por um conato de bho n fmando-a de qe nes semana não enegrá se exo poque fcou sem inspição pr ciáo A popósio disso o escto Luis Fenando Vessmo, counst consagado, afma: "Min musa inspiadoa é meu pzo de entega Enre os pofssionais da escta que evam o rabaho a sério a ido laia da inspação em sido exocizada Em vez de fca esperando po ea, o escior Wiiam akner não economiava pavas paa deixa cao qe segia na contamão do qe costma se ma caactestica de pincipianes De pincipianes, ee disse Menos oeane qe Savnsky ane insisia acima de qa quer cos no vaor da expeiência da obsevação e da maginação Cegava mesmo a fca indignado com essa convesa moe e afmava nda sabe a espeio de nspação: já ina ovido sobe ea mas nnc a ina viso asseveo Mas aue não é o único membo dess galeria que bomina ais cendices e em ceeza de que só o abaho áduo prod esu ados Coocndo a inspição em seu devido ga o auo Somese Magham nos advete paa o fto de qe nenm escio pofssona pode dse ao luxo de escrever só qando em vonde Segundo ee espea aé esta disposo, aé esa inspiado, é sinônimo de espera indefnidmene Maugham lembav qe o escito pofssion cri a disposção Clao qe ambém em sa nspirção mas conoa-a e domina. Dene oas eges de tbaho O pensmento de Isac Bashevis Snger sege mesm dieção Se pondo neesse por rtus e supesições ea visvel. Nem po isso deixava de proesr cona o cosme de msifc a inspiação Diza acedi sm em milges em ods s áes d vda Menos na lieaua onde inh ceea de que a únic saída é o rabho dro E compeva iônico Não é possível esceve m bo hisói RUBENS
MACHIO
59
carregando um pé de coelho no bolso". Um bloco de noas produz lhor resulado Por , Jean Coteau reage de maneira mais vigorosa e onun dene arriscando um rocadilo com jeio de deboche Recusando-se a se esender a respeio do ea sua resposa é axaiva: Não é inspira çao; ep1raçao Porano quem desea ser criaivo não deve misicar a inspração Eplicase a adverência e o cuidado de que deveos nos cercar a esse respeio A nspração é apenas u eo. No enano, alguns a raa como um m em si meso, a pono de ser pinada por indscplnados coo um oeno ágico em que anos dourados ransie ideias brlhanes a quem fechar os olhos e car ergulhado na inérca Por cona da absoluiação de um insrumeno relaivo coo esse muios são os que obê nada como reslado na hora de crar e escrever Condicionar o ao de criar à cheda graia da inspiração é prodir um bloqueio menal que em geral copromee o rabalho, paralisandoo Ao enrar por esse cainho, passamos a consider que nenhuma idea parecerá boa o suciene para ser escria nal, esare mos esperando po algo que nos chegue por eio de uma eperincia mísca e só reconheceremos como váldo o que vier denro dessa e balage. que não e Olhe o perigo desse comporameno esperamos que a prmeira solução enconrada, uo da suposa inspiração resolva muio bem o problema Resulado: coo o bo é inimigo do óimo, case eaa mene com nenhu dos dois Criaividade, como se vê não signica inspiração nem é algo in uivo ou nao Ao conrrio pode ser ensinada e aprendida, o que é moivo de aênica alegria embora isso coloque em nossas ãos a responsabildade direa pela qualidade nal do nosso rabalho (não ela não é dos anjos). Ai, desde que eseja disposo a se rçar o suciene para che gar lá ningué passará o reso da vida considerandose ncapaz de ober qualquer resulado nesa rea É só predisporse a aprender almas éc nicas e acrediar que pode ir mui o longe na carreira de inovador Trenar, reinar reina renar e reinar Quando enm considear que j z
,
.
,
ESCRITA RATIVA
o bastae, treinar mas u pouco - essa empreiada só ermina com a more. E é preciso esta muio inspirado para compra ea briga. Bem se não é na nspiação que esá nossa segurança vamos buscáa ns écncs Ese recurso nda em de mísico com a vana gem de ser inniamene mais eca A pimeira écnica simpes é ler teos cidos po prossionais que auam no mesmo ramo que você ou escolheram m gênero ie rário dênico ao seu: popagand cônic ensio etc. Vamos ima ginar aguém que precise escrever um núncio de vrjo Um bom começo seria a eiura do maior número de anúncios vareisas pu blicados em onais Isso o levara a assimar o eião pouco discreto dessas peças de comuncação Suponhamos que essa pessoa enha a tare de eigr m anúnco classicado O caminho é o mesmo: adoa como refeênca a nspração dos ouros; iso é er uma séie de anúncios classcados e aprender a lngugem elegáca que eles usm como ninguém. Como se poe ver além e simpes a rega é democáica e ve para oos os casos. sso nos eimua a dar uma sugesão práca co ecione os exos que já provarm ar eslados Leaos qunas vees pude. Depos transcrevaos aé paecer que ram escitos por você. Pee o que este e melhor em caa um acrescene su personadde e esio e produa algo inda supeio De quebra que com a auoga ticação sempe bemvina de ter mehorao ago que á esava bom. VOCÊ PODE DAR UMA FOCINHA EXTRA
Ms o trabho de escrever pode revelar surpress nem sempre agr dáveis. Não é incomum que o momeno e ornar uma ieia concreta por meio as palavras se ransrme em ma sitação de paralisia - ainda hoje se a em "dar branco O que zer quano aparece um problema ess naurea? Aé qui noss convers giou em orno d experência de muios escrores Investigamos os uques de que se uilizm pr cii a tare de escrever Com ees aprendemos técnicas e até a écnica e não erir nenhm técnica RUBENS
MACHIO
Agora chegou a sua ve. Veja mais estes exemplos. Você se ideni ca com algum dees? Descubra as circunstâncas que mas esmuam a geação de deias, de acordo com cada pessoa: • Beetoven zia ongas caminhadas, anotando enquanto andaa. • Brahms tina suas melhores ideias de manhã enquanto engraxaa as botinas. • Daid Ogy a longas camnhadas. • Enstein ocaa olino ou a Dosoieski. • Gandh costumaa tecer • Hemingway apontaa ás. • Proust só trabalaa em absouo slênco, num quaro rado de cotiça • Tom MacElingon leaa o catálogo do Image Bank. • Tomas Wolfe andaa pelas uas do Brooky à note • Willa Caher ia uma passagem da Bíblia sem obetio religoso. Faado em matéra ublcada na reista ¼cê S.A, Manoe Caos, otersta de noelas da Rede Globo de leisão mecioa algumas prácas que nunca abandona camnha a a agência bancára enen tar a la do ango numa adara das izinhanças comar ornas na banca apenas para cta alguns exempos Faz sso durane as camadas "pausas criatias. E quanto a ocê? O que ara esimua a ciatii dade e iberar seu artista neror? O escror Chrstohe Iserwood á ieu a expeiência de sentir que cotnua na redação de um liro ansrmouse numa dicul dade sem hoa para desaarecer. Mas ele tambm conhece muto a arte de se desembaraçar quando sso acontece. Sua receta simes "Pacênca Persistênca. Dexar de ado e deos oltar. Nunca me ermir car neroso. O romancsa conta que repete paa si mesmo que não há prazo; e que a oba estará termnada quando ese termnada smlesmente Acrescenta que às ees consegue a' uma dea roeosa do subcons cente dexandoo rriado ESCRITA RATIVA
Numa atitde provocativa, ca escrevendo bobagens de propósito, é qe o ubcociete eov inevr como e eivee dizendo: "Tudo bm, s idio, deixe-me arruma isso, ocli. Comdo a ide de qe net proão ão extem verdde asola, Gore Vida! vai a direção cotrára E gaa uca ter ido um boquo como critor Ants de começr a coocr as idei o pp, tomv m cfé. Aí ms vm me ecoo, diia Não apontva lápi em nda pecido M que empr lia durte uma ou das hors Vid! disse que a isso para lmpa a mee Reutv em começr trablhr e adotav o mesmo com· pormo qundo chegava a hora d paar. Cosderva q o mis ineressant na tre de escrever era observa como o o apaga o empo. Par o escrto, esa itações, ra como e três hora pae cesem r miutos E havi ainda segudo ele o eemento supe a. A ae qe o a mete mud qado parece n págia Então Vid começv a cutucáa com a cnea, descobrindo novo signi· cado. À vees ca na grgahada ao v o qe acoeci enquo orcia e terv as etença. Negócio croso coniderado tudo Nuca se chega ao m. É por so que cotio, ponho. Pa ve o que serao as prox1mas entenças qe eu ecrevere. E experici gurd emelhça com qe arada cer ve pelo ecrtor Feando Sbno. O or de gande mentecpto e en· contro mrcdo, detre oro, armo qe à veze começav ecrever como prncipiate não sab o que i dizer. Etão escrevia a pimera plavr egnd e próxim té o texto cr prono pr, nmen e saber obre o que i ecrver Nm odo gm d manir mhnt A individidde m um peso que ão pode ser ignorado. Escrever é m ude solitáia, peronsm Cd m em eu jeo. Há escritoe que segem verddeiros riuis pr inicir sgrada litugi da crição. Heny Milr cotmv começr trblhr logo apó o cfé d mnhã Seavae imedatm diae d máqia Se v q não cosgi ecrvr dii implsmnte E qu não espersse m do qe isso poqe, segdo zia questão de evidecir, não h nenhm etapa prepartóri ou coi precid ,
RUBENS
I
•
MACHIO
•
)
Miller aceditava que existe um trenamento especial que o escitor pode busca. Mas pergutava, desolado "quem o pocura? Afmava que de um jeito ou de ouro querendo ou ão odo atisa se prepaa de alguma rma Sem mecioar a palava incubação, cotava que a maor parte de do o que é escrto acotece primeiro longe da máquina de escre ve e da escrvaiha Esava covencido de que uma obra começa a se escrever os momentos calmos e silenciosos, quando está cami hado zedo a barba ou jogado uma partida ou seja o que r Ou até mesmo conversando com alguém por quem ão se ameta enhum inteesse via Enquato esamos trabalhado a mente está rabahado o problema que está em nosso íntimo, acresceta "As sim quado vamos para a máquia de escrever é apeas uma questão de transferência coclu COSTURA DE IEAS E CONCEOS. DO CAÓTCO À OREM
O que você ai ver agora é uma das eramentas que podem am pliar a eciência do bnstorming. A técica é nteressate e consiste em relacoa uma embaixo da outra as palavas-chave que com põem o problema Depos "costurase cada palavra, rmado ases aeatóras Assim: HOME
ÁRVORE LOBO
ÁGUA
"O homem passa embaixo da árvore quado vê um lobo que bebe água traquilamete Nesse instante é uma abordagem possvel Mas outra poderia se O lobo estava tranquilan1ene bebendo água quando viu um omem que passava embaixo da árvore e . Ou O obo estava embaixo da árvore quando viu o omem que passava em busca de água para beber Foi quando Essa é apeas uma ma de assocação de ideias pelo método da costua Mas podemos descobir outas utilidades para ela. Basta 64
ESCRITA RATIVA
olharmos para os problemas que povoam a área de atvdade em que nos ncontramos. Não importam as crcunstâncas dsd qu assm o perm amos, m odos os casos a "costura de deas revelará o surprndnt Apov ess cma de experêca e tabahe com algum poble ma ra, aqul qu dv sr rsovdo "aé otm. Por meo da "costura de deas palavras descoexas gaham o vos stdos, dsham staçõs ispradas trazm rspostas. Eureca! Iluminação. Supeenda-se
O grad momento, o ncoto sprado acontecu Isso explca por qu ss momento é compaado ao mpacto causado por uma lâm pada qu s aced dea: uz qu apace toando claro o que anes a apenas uma prguta dá a um escrtor do port de Vctor Hugo a sgurança para armar qu há uma cosa mas r do qu odos os xértos do mun do sso é uma dea cujo tempo chegou O momnto é de ecata mento e d cbração. Como asce uma dea? Às vees elas aparecm como ugares comus. Umbro Eco tv a ida do lvro nom da roa ao sabr da notíca de um mog que assassinado uma bbotca Sm pls assm Por que almetar o medo tr das, s eas são uma das cosas mas maravlhosas do mundo E s acassar Norma Ana d contas você aprde muo mais com sso, o que é ótmo ão eu ão stou sugerdo qu tudo na sua vda dve sr acasso. Apeas propondo que não perca de vsa o quato se pode aprender quado o nevtável aconc. A semnte qu parc morrr sob a terra é vtorosa na sua possbdade d s trasrmar árvore que dá lores utos som bra. Em alguns casos, você precsará vver a xperência dess proesso que antcede o rsultado f Como vemos dzedo, há métodos sobr onde buscar as dias d que precsamos para screver Qum nos orece mas uma grande contrbução nssa etap da camnhada é o rotrst Do CompRUBENS MACHIO
G5
rato, que escreveu o clássico Roteiro: arte e técnica de escever pa cinema e eleião. Segundo ele, "Exstem seis campos ond provavel mente encontraremos uma idea, a saber: Idea seleconada - dea verbalizada Ideia lda (r fee) dea ransrmada dea soici tada Ideia pesqusada. Ora se as deias são como aves camufadas entre as flhas do problema alguns momentos são mas propícos para encontráas Por exemplo • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
fheando jornais e revstas; vajando; passeando peas redes socias; dentro da própria correspondência vsitando lojas ohando de novos ângulos o trabalho que reala dariamente; fzendo o mesmo com outos textos publicados por dfrentes autores conversando com o públcoalvo recuperando antigas ideias ou ideas emprestadas levando o cão para passear; enquanto reaiza um trabalho manual; ouvndo uma pregação na greja; acordando no meo da noite fzendo algum exercíco; lendo sem compromisso; duante uma eunão chaa; antes de adormecer ou de se levanar da cama; indo e voltando do trabaho omando banho endo a barba ou depilandose; sentado no banhero
Portanto não espere que as ideias apaream assm do nada Dê sua parcea de contrbuição fça algma cosa em fvor desse paro ue de sea traer algo novo à lu Comece remexendo sua eperência pessoal Vascuhe bem e veja quanta cosa pode enconrar Depois organze tudo ESCRITA RATIVA
A receita vem povando su poencial até nas mos de prossionais já conagrado. Veja sta xpincia d Robto Mnna Barto, publi ctáio auo de váos livos soe o assuo dene les Cativdade em propagan, do qua xtraímos st cho: Ua v a a Nt a çã a aaa a ó (ffó) a ata va a Ota v - a açã a çã Nwsweek a ta aa al a a a aa aaça "aaaa a êa aa u t a a f a a Ea a Nã v z té. D a a aa aa taa a va çã aã aa la f N a aú (ta aava a aa va'a a aa aa a ta Nt aa aa la a éa. E ava O u t ra ê aa ata aa va va ól v r ça a aa a (aa aa N t taal tat u tr al ara aa vê. o é prciso produ todo o texto d Menna Barreto. q emos é suciene para provar qu mesmo um ojeto intil pode ga nha mpoânca ulidad qundo olhado com oho ciatio ho doados do poder ciado capa de ogana em cosmos o que antes a poco mais q o caos hos sto pro ao roto d psoas comuns como voc e ouros mihaes à espera da deciso de enxergar de manira drn o vho mundo d todos dia posse da maior variedade de nrmaõs esca usando oda a ra da mente do corao ls devem ser anados numa grande vagm plo dsconhcido sair m busca do nespedo.
RUBENS MACHIO
Elaboração. A ideia toma corpo
Recém-nascida a resposta precisa omar corpo, concetizarse num nível de detalhes mais laborado. Anal a melho ideia, quando não ealiada não é mas qe um sonho É po isso que um grande pro· jeto só ganha importância quado sai de nossa mente e vai para o pape o em outros casos quando se tansrma em obra viaduto hospita escola etc. mas isso á é outa históia A ideia i encontada está a como matéria bruta Agora ela pre cisa ser apidada, ganhar ma. Para ser consumida e proporcionar os esultados a que se propõe deve adequarse a ma inguagem que sea entendida pelas pessoas às quais se dirige. Isso signica escrever efetiva mene e a elaboração nal daqee pensameno Votemos ao ema do erço e da discplna - é peciso trabalhar duro se deseamos um esultado consistente construdo a parti da ideia enconrada. Para isso, vamos conversar com escriores experientes paa saber como lidavam com essas palavrinhas capazes de causar arrepios até em bocos de mármore O pimei a ser ouvido é William Faukner Segundo ele o escior não deve te piedade tendo olhos apenas para sua are Se r um bom escrior, declara não terá benevolência, amais permiirá qe algo o desvie do seu co: ciar e escever alkne acrescenta que o escritor em m sonho. E isso o angusia de tl rma qe a única coisa que desea é ivra se dele Enqao não az isso ão sabe o qe é ter paz Tudo o mais ca em segundo plano "honra, orgulho, decncia segurança feicidade tdo, para qe o livro sea escrito Se um escrito tiver de roubar sa mãe não hesitará concli O perodo de eaboação tem apelos e exgências Outro conseo aparentemente impopua é de Albert Colingnon Em A lgão s let, ele assme uma postura que, pelo nesperado pode casa repusa Q vr v v . a v v v v , á r Q al a v v r sa vr r . ESCRITA RATIVA
Emboa menos radicais, vale a pea le os próxmos depoimentos. Maiane Moore consideada por alguns a muhe mais impor tae da itatua norte-ameicana modea, advete para o o de qu um escrito é injusto consigo msmo quado não consgue se rigoroso om su tabalho. Parece qu há um cosenso em reação ao caminho que eva à podução de textos denitivos Vja o qu pesava Enest Hemngway pêmio Nob de Liteatua sob o qu sria o mhor trio tc tua para o aspiant a escrto: Dim iv d m i d m mdm dfí. t di d m idd d m v id i m ív t d d. P m i iti d m m. Concuindo sta tapa de ossa visita à gaeria dos grads scitores para aprender com ees a arte do texto lmbramos Garil Garca Már quez paa quem screve ea muito dici ao mesmo tempo que enten da como um pivlégio zr um taaho para satisção prpia. Márquz considrase excssvamte rgoroso consigo msmo e com os outros Não consegue tolera erros. eende a deia de que pri vilégio mesmo é ze qualquer coisa com peição Crtica os escrtores que amenam a ate da mgalomania e se cosideam o cento do univeso e a consciêca da socidade O que o autor de Cem an d li mais admira é ago bem ito "Smpe co muito contet em sabr quado estou viajado que os piotos são meores pilotos do que sou scritor, compaa.
Verificação. Teste a resistência da sua nova ideia Est é o mehor momto para juga uma idea. Came pois o juiz que agoa somnt agora dv entrar m ação Será qu a almt nciona? Está adquada Prstase a sol vr o probma sugerido Se o verdcto r positivo, o trabalho stá em condiçõs de seguir adiat RUBENS
MACHIO
Nesa se, a idea é colocada numa psta de prova. O que deseja mos é raá-a com o mesmo padrão de exgênca que serve de parâme ro para esar um caro cujo prmero eemplar acaba de se monado. Tlve enhamos esco dos exos diferenes ou város íuos paa o mes eo. Sobre qua eaá a esola? em sempre é fcl omar essa decsão mas este é o momeno em que alguém deverá decdir O que cona é vercar a consisênca da mensagem e a capacdade de transmir aqulo a que se propõe • • • • • •
ao púbco cero da manera cera; no momento cero; no lugar cero; pelo movo cero ando com precsão sobre o ema proposo
Para ober o resulado mas seguro aplque o teste de adequação re algumas cópias do que escreveu e dsribuaas enre pessoas re presenaivas de seu pblco-avo Ceraene elas poderão ajudá-lo, assnalando suas prerêncas. Além de honeso seja exgente consgo mesmo Escolha crícos de verdade, não amgos incapae de emtr u1a crítca Ouça os co menáros como aprendz aproveando cada paavra como uma nova oporundade de aprimorameno e descobrndo como não er Recomenda-se que do processo de vercação parcipem dos pos de pessoas: as que esão marizdas com o assuno e as que não manê nenuma gação com ee Ceque-se de gene que vve o pro blema, mas não dee de lado as que nada êm a ver com o assunto em quesão Quem sabe esa não será sua cance de amplar o leque de envolvidos que se enquadram em seu gupo de neresse? Ceque a validade da dea Comprovea ão se contene com pouo Sea eausvo verque odos os dados e possbdades. A partir das mpressões que obive e das concusões a que chegar pense na possibldade de retrabaar as deas, questonando desaan do esando novamene e acompanandoas aé o m
70
ESCRITA RATIVA
Uma vez tendo econtrado a solução criativa, é preciso aplicá-la ninguém recebe o Prêmio Nobe por er uma ideia nova, mas sim por esála e provar que ela niona. Caso ontário, omee udo de novo Reome a are de idenifcar o problema, prepararse, deiáo incubar e assim por diante, aé chegar ao resuado satisfório. Aprovação obida, inensifque o papel de guerreiro personagem que enra logo após o juiz Traalhe para ue a ideia sea ambém ado ada na práica Voê oncuiu a primeira pare de odo o rabalho. udo o que em a fzer é ransfrmar esse enconro em exo que prenda a aenção do leior e leve a resulados, não impora o que isso signia para você: vender, emocionar ensinar, mudar comportamentos, divertir e vai por aí ara as possibiidades são ilimiadas e convém saber eaamene aonde se pretende chegar com a mensagem a ser escrita
RUBENS
MACHIO
71
Redação. TRANSFORMAR IDEAS CRIAIVAS EM EXTOS EFICIENTES. O ARESANATO DO TEXO REVELA O ESCRITOR
1do o que e es viJ ou a u I ntr m t gdo obt clm pod o pmo o of Sidney Smth
72
ão existe uma fórmula mágica à disposição de qum ptene toa se escri o Basta esrç e disci plina. A disciplina é undamnta. Muitos que desstem estão apenas sndo vítima da indiscipina, ainda qe tenham todo taento do mun d Maamud ecmenda: "Escreva complete vise. Se não nciona cmece outa cosa Tavez a disci plina sja m tud mnt que decide o ogo. Po isso cmece por stabcer uma tina Dna um oráio para esceve e uto para r sudar - d preência man tendo a mesma hora do dia para cada atividad Acomodese num ugar bem ilumnado e veniado Cmo estudioso eia romances p mp paa apnde a técni ca mais do que para se emocionar Cta vez aguém quis sa qu técnica o escito Wiliam Faulkne mpgava paa scrver
N
73
El rpodu: Dexe que escit se eiqe à ciugia à aenaia, se a técn ca inteessa. Nã há m jeit mecânic e esceve nenhm ata h Um esci n seia m lc se segsse ma tea Dee aene cm ses óis es; as essas só aenem ean O bm atista aceita qe ningém é bm bastane aa lhe cnshs Pssi sema aiae Nã imta qan amie elh escit, ee qe seá- Quado or lu pa T S El l tu ud r o pro d rr o u mth r mu du o plç: ae a máqina ma ba ate e minha na a, velho es tadita, a a áis mui tscamente. Deis atigaeia e mesm, aes qe minha mlhe cmeasse a tabaha nea A atiga e mesm, ateaões mtas Mas seja a mã a máqina quan cmnh a gma csa e fôeg ma ea eem, iss signica aa mim m há egla igams as ez à ma. Descbi qe ês has ia é mais mens qe cnsig e em tems e ciaã Pss eisa qem sabe mais ae Às es e sentia ntae e cntina mas qan haa a cisa n ia segine, qe e escea es e tm naas as tês has nnca ea satisói. É mit melh aa e nsa m alma cisa cmtamen iente Err d ur um mm p d o púlo poondo nl do d dr um da S u um d d p pro mp pr r d dl u mp um o Ca oo orr o ro d lr mu dr pu O puí o Er d or p da u o ol d u dm d o lum. da m prtn do u apd om um o da maa u hom pru d uldo u uldo! Am m md d rd mpr horo omo u d propd ord d ud u pudrm 74
ESCRITA RATIVA
para ransmiir aida melhor as nossas deias. Como vem sendo mosra do, é isso que dá a ôni dese livro e o orna direne A fórmula segue quao eapas a conquisa do eor: • • • •
obr a Atenção; atrair o Iners, desperar o Do; levar à Ação.
MEDO DE ESCREVER MAL. PIOR DO QUE ISSO É NÃO REAGIR
O medo de escrever mal pode psoear o nosso projeo de redi gir. É comum ermos medo de descobrr ago sobre nós mesmos que preferíamos igorar, ou revear o que gosaríamos de maner oculo Tememos a ideia de cair no conceio dos ouros. Não queremos violar nossos próprios padrões, sempre muio elevados mas erra mos em exigir que o primero rascuho raga-nos o prêmio Nobel de Lieraura. Esses são aguns dos nasmas que nos convidam a procura oura ocupação. A leiura pode ser a soução aquio que vai zer o riua de eorcismo capaz de banir para sempre o mosro que nos apavora Jovens e eperienes escriores correm o risco de ser aormenados por medos e dúvidas. Como esses senimenos podem ser ransrma dos em a iados para escrever mehor? Se você convve com o medo de escrever exaamene porque pre csa escrever. Mas se aprender a domináo seu medo poderá se ornar uma poderosa ferramena que o ajudará a expor seus pensamenos e deseos mas prondos. Eu posso aceiar os medos como desaos que precsam ser supe rados para se alcançar um objeivo Ou enão deiáos ornaremse desculpas para adiar o raalho que poderia me levar à reaiação dos meus desjos Se car com a primeira opção enão permiirei que eles me prepa rem para os desaos que o mundo real airará em mnha direção. Se fcar com a segunda bem nese caso o medo ambém eve sua uidade RUBENS
MACHIO
75
esto mina deerminação e me impediu e merglhar em ago om o qua eu não esava suiencemne ompometido Tmém nesse aso, ogem não signa no ter medo. Ela é a deisão de possegui assim mesmo. Pense n eompensa que voê que alança quando spea ses medos Em Ofcna de escritoes, Stephen Ko nos oee m reao ineresse e enoaado: À vz u v v ió á [...] vv i nv "N V vu v v ó i z v v i v v b i vi v, i i. i vi e r v i i vi i vi iz v v z i já ii a iv vi i.
IMTAÇÃO. SSO ODO MUNDO JÁ FEZ (OU QUASE ODO MUNDO) o iníio da areia e empegada omo reso e apendiagem a imição não quaue mal oê não seá o únio se uiia desse eso paa desenfeua, enont se ppio estio ão so poos os esrioes que deam te opiado desaradamene muios de seus olgas. Apenas o nomal pono Paa o esitor pinpante a possiilidade e imita um ssio engossa e empea o seu epeio e esio. Amaia o ue ainda em ero aspeo pmitivo Isso se evea, desde ogo na seguança adqiida e no aminho que a imitação are pa que em reve voê ogue a as mueas e aminhe soino iando e produindo exos om pesonalidade p pia om um eio pessol e intansfeíve e se e de ier. José eiga diia q no inio da aeira apenas imiava ses esiores preidos os modeos que ompunham sa galeia de eslos 76
ESCRITA RATIVA
Escrevia como se sse cada um deles compondo um novo texto. Passou muto empo zendo esse execcio, que segudo e i um empo investdo com grande proveito Frequentando o ago gnáso sempre lia muito Na hoa de escever imtava os autores que ia e de quem gostava Até sugi a opotundade de pubicar alguma cosa Vadimi Nabokov questionava a prática o enato Esbravejava insiuando ue ais escritoes eram consderados de segunda categoria. Para Nabokov ees dão a impressão de serem versáteis só porue imi· am tatos ouos, desde os atgos até os contempoâneos. A origai dade arstca segundo ee em somee a si mesma para imitar Ter a coagem ecessáia para se expressa a seu modo e ao meo empo procura orietação para zê-o parece um tato contaditóro paradoxa Mas apenas outo eito de econrar o próprio estio. Imtação como aavaca: sso tcica Imitação como ma de descobr que pagiar mas fáci do que pesar, ciar escrever e editar isso atitico pode razer cosequêcas pouco agradáveis Portanto não tenha mdo da imtação na todos sabem que a ideia absoluamete orgia apenas w11a aasia udo já existu em ou o ugar e outa rma Nem mmo o escoes sagados que á mi lêios produzira odos os textos bbicos ram rigorosamente orgias A imitação abre caminos clita o crescmeno É o que revela ouro exempo de sucesso essa área as prmeias históras de Gabie Garca Máruez Segundo se comenta elas eam uma vsíve imitação de Kaa No enano coocaram o autor num camio que fez dele um dos estiisas mais admiráveis e orignais de sua poca O mesmo vale para Ato T chekov que apendeu a escrever reescrevendo histÓ· ras interas de Tostoi e Turgene. Dessa galeria zem parte tambm Somerse Maugam e Joan Didio Um e outro copiaram longos tre chos de seus escritores predletos, e aprendean sempre mas o caminho que os evaia à cosagração erária e
ESCREVER E SER ESCRITOR
Quem aa este ser a quem chamamos escrior e que com aegria ou do, e deomia como a? O que um om escritor RUBENS
MACHIO
O escrtor é alguém que domina uma écnica. Mas ela, em si mes ma, se absoluizada, eva à eza Isso aconece quando, para o autor, suas deias são mais impoanes do que ualque coisa. Inclusve, mais do qu o eto, paa quem escreve Porano, se para o escrtor a técnica se oou uma segunda naure a, porque nada ria sem ela, não é menos verdade que o domínio pleno desse recurso não o dispensa do compromisso de usar a alma, a m de que a écnica não se orne ia Senimeno, si1, para não maar a obra Senmenalismo rçado, isso nunc, para não car na peguice asera E quanto ao eslo? Ficção de quaidade comove pelo que aconece, jaais pea choradeira Isso equvale a dier que o que cona é o esilo, quando ele é colocado a serviço do maerial apresenado, e não oura coi sa. Tenha algo a die, es a primera regra para se chega a m bom esilo Oua quesão se apresenta: escever é uo de uma suposa pre desinação lierária Não ceio redesinação é algo muio re. Ao conário sou mais propenso a acrediar que somos levados por c cunsâncas acidenais, às vezes pelo prmeio êxto obdo no trabaho de ece com as palavras ambém não se raa de neuose O pocsso em mais a ver com cer a abildade de enxega cosas e desear transrmá-as em paavras para que ouros paricipem desses encontros nem sempre planeados aase do exerco de deixr um pouco a normalidade, fgir dos paadigmas, enxer ga o que antos viram, mas não eergam, e dizr o que ninguém dsse Uma prova está em Carlos Heior Cony, ue começou a escrever devido a um poblema na la ee rocava o g pelo d. Um dia, chaeado com esa siuação, pegou um pape e começou a escever com g, mos rando que sabia escrever Esava nascendo um novo escrio A vocação é obsessiva. "Comecei disse Kaherine Ae Poe, "sem nada no mudo a não ser a paxão, o deseo qe me movia esoas com essa motivação admiem a ideia de adesrameno inelecua A práica é adoada quando o assuno é prepararse muo bem para o rabalho es crever com adequação e lo é uma tare das mais diceis E o bom escrior senese de tal rma desaado uando descobe sua vocação que se vola ineirmene à busc da melho rma de eaizar seu rabaho Ana, ele desea mane lá em cima o nível de exignca consigo mesmo 78
ESCRITA RATIVA
O escritor é movido por uma vocação, parece que não emos como gir disso. Ninguém começa a escrever por acaso Assi, ee tem uma moivação que o leva a se epressar por escrito - pouco mporta se sso e causa angústia ou um prazer nenso Estamos ando de algo que em agum momeno o escritor viu ouviu ou sentu, e que agora deseja tomar a rma das palavras para chegar a outras pessoas Esse escrior é você que agora se envove na eitura dese exto porque deseja rans rmar em algo concreto o taeno lerário que se esconde á denro e pede para vir à luz É de você e de udo o que pode zer que famos da primeira à lima página dese livro Assm o ato de escrever não deve produzir no escror a sensação de erse transrmado numa espécie de deus ou coisa parecida, mas de cumprir uma are para a qual eria sido desnado Com essa cons cncia ele aende a uma vocação que o coloca em movimeno para trabalhar com as palavras Nsso age como os escriores sagrados. Em troca pela resposta convocação, experimena uma sensação de bem esar pela are cumprida No entanto, e ainda que pareça haver consenso, Georges Simenon é conundene em seu depoimento que desmisca a aividade ao lem brar que muios considera o escever uma prossão mas ee não acha que sea. menon acreda que quem não necessia ser escrtor e dspõe de meios para zer oura coisa deveria zer outra coisa. E conclui: "Escrever não é uma prossão mas uma vocação para a nelicidade. Não creio que um artista possa jamais ser i'. Iniciarse na carreira de escrior não acontece por acaso. Pouco impora o momeno em que alguém decide escrever Enconrar ideias e ransrmálas em eto requer sempre muo trabalho uma discipli na quase monásica. Observar. Ler Tabahar. O primeiro rascunho O segundo O vigésmo quino. O mundo á de ra sienciado para que o de dentro possa dizr sua palavra. O ecolhimeno Aiude eia de discplina Mara Alce Barroso revela "Realmente eu mpressione mi 1ha míia com a minha capacidade de car horas e horas com a cabeça meida nas págnas de um ivro. A quase obstinação e o desassossego aé que aquela maériaprima amor agora transrmada em exto seja publicada, enregue às mãos do etor seu verdadero e egíimo dono RUBENS
MACHIO
79
Nesse caso o taento não resolve tudo "O taleo é insignican te, diss Jams Baldwn. El lmbra qu conhc muios facassados taenosos Aém do taeno ontam também a discipna o amor a sot, mas acma d tudo, a prsstência - conclui. Todo tanto sá desperdiçado se não fr preservado e frtaecdo pea quase obsessão sso que também atende peo nome de vocação. O que conta não é tanto a abidad de screvr mas a nsistência em fzêo Bons esciores têm uma compulsão E a su modo você também pecisa tr a sua. vez pareça um tanto nesperado mas o prazer da escita pode não estar nela mesma Ele pode ser encontrado no processo mais preci samente na senda etapa do trabao o momento da revisão Poque é aí que o escrtor se coloca como artesão da paava entrando com ea num corpo a corpo uma uta que sugere a prática do ao sxua, de onde vai nascer a oba iteráia na sua meor frma. Existe o prar, sm Mas tem o lado do trabao Em gral o escrito começa porque em eito para escrever E temina porque não tm eio de parar isso é equent O prar d scver stá mais no trabalo de reescrever o materia não exste escitor mas reescror Passou baido? Então ecomndo que volt atrás e reeia: não existe escor, mas eesco.
O escritor tem praer em escever fancamente o que pensa sem censura e, meor ainda sem auocensura o carrasco que inbe a criati vidade Podr dxars nvolvr pea sdução do dsconcido ntão escreve para fcar sabendo Isso é praeroso Numa oura vsão do procsso, á qum diga qu só o prar pro porconado pelo ao sexual é compaáve à atividade literára Ou seja er e screve só vae por pazer embora a escita exia muito mais empe no Para ter uma ideia da ntensidade com que aguns autores tratam o ato de escrver eia o que disse Lêdo vo Prazer só comparáve ao sexua Só ê só screve por praer Para Fernando Sabino escrever é uma priência que não raro lva ao orgasmo ao praer fsico e o estmuo que va a sso é um ato de amor nada compaado às dores de um parto como desam aguns E ee continua afrmando que a elaboração é um ato de amor é a concepção E essa concepção segundo le é uma questão d discipina. 80
ESCRITA RATIVA
No mmeto em que ea atinge sa aturação, o ivo em, a coisa cmeça e a gente se spõe bota-se no estao e eso e quem i rabahar. Eão oê se transrma nm erái tem hras de trabalho tem de arrma sua ida e maneira qe naa conlite e tem de se organizar metocamente ara que seu tabah chege a m estao; esse traaho passa a se tabaho d homem Sin ii n i i a i à ir Pr , rr nii ngi r Sn a n ngi r a ir n i n ga i in ai nr r nn, ini gn ri rr n é nâni, é n Afn n rr n r ni graf, i, r r i ? gn1 gn rini r O i xi M é ana i ai n nó i r in m a i n infni1n n a nni n a
COMEÇAR. ISSO JÁ É MEIO CAMINHO ANDADO A ag i ia i í rn a ann n r in a ri n O ini nir i ngi é g à r n O ói: i só ir iória ne i a n nraa Or ó nnt n ri i ain a aar "in nr é nnr só n i i i O ignif n r inn ióia Inn nnar, i i raa Mai razr af rr ina ar iir ga f n iri C i rtgnia n i n ar x. O ra RUBENS
MACHIO
81
é uto de um serviço bem-ito, de enregar mais do que pensamos pr que o leico sincse reompensdo po invesir seu empo dine da noss produão ieára. De onde pode sugir um grande hsóri? De uma simples se nsisente nasida de um impulso orignado de alguma emoço cvez v ou enusismo Uma imgem mencal i o suiene para inia a oba de William Fulker. "A imgem e dos ndilhos enlmedos d linh de um menina pequen tepada numa peeira de onde ela podi ver por uma jnel o lol onde esv se relizndo o nerl de su vó e desever o que escav oneendo aos seus rmãos no hão emaixo. Faulkner nos lemb que quando expliou quem eles erm o que esvm fen do e omo as suas ças hviam se sudo de ma peebeu que ser mpossíve olo tudo quilo num onto e que eri que ser um lvro E eu me dei ona do simbolismo das ls suas de ea e ess mgem i subsiud pe d menin sem pa nem mãe desendo pelo ano da alha pra esapar do únio lar que possua no qul nun lhe hvim dado amo o ou ompeensão ele ont. Iniiar oninu sendo o gnde desao de quem se olo din e d lha de papel em brano ou do bilho da ela do omputador. Tudo pode omear por usa de um leiur do deseo de ntsir. Faando soe a maneia omo omeou a eseve van Ângeo revela que endo ele ha que i enado a onr mbém quelas hisórias náss e omeçou a esrever O exo pode surgir depois de um espéie de rmigmeno de pressenimeno da história que vai ser esit omo nara sk inesen. Ou de um pulsaão omo Nabokov desreveu O omeço esá muico mais na denião de um cea. Mas heg um momeno em tod pesquis em que é peiso omeç dese nhar o eo. Não há omo adar. depois de iniir devese oninur até que ods as possibiiddes esejam esgoadas Par sair d lergi solução esá em dar os prmeios passos vagarosos emoa deididos. Philip Roh dizi que equenemene inh de esreve em pági nas ou mais nces de onseguir um prágr que ivesse vd. udo bem dgo mim mesmo esse é o inio omee por ; esse é o primei 82
ESCRITA RATIVA
ro parágra do livro". Ao longo dos primeiros seis meses de trabaho, Roh subliava em vermeo agumas ses parágras, às vees ap as um agmeto de ase que tivesse aguma vida Depois trascrevia tudo uma pága par Um dos maiores, seão o maior iimigo do pricipiae, é a fta de coaça Com o empo o probema dimiui Mas ão desaparece toamete Os proessores d edação criativa dizem aos auos que escrevam sobre o que cohecem Mas como saer o qe você cohece aes de escrever? Escrever, porato, é saber Saber e coar Para muitos o problema é a a de tempo Soução: arrae em po Iso é essecia esse cia Todo escrito, escrito, mesmo os mais mosos e produivos, lutam a vida ieira a m de coseguir e preservar o empo para escre ver. Descoero o empo qu procura, ão se permia permia mos do que er o mais dici: a primeira versão, que ceramee será cheia de aresas desegoçada, cheia de buracos ec Mas ea sempre represea a vitória de er dado o pri primei meiro ro passo e cotar com algo para reescrever reescrever mi ves se ecessário Primeiro, é preciso er audácia e coragem para começar Quado pesamos quaas coisas aerrorizaes as pessoas são chamadas a er todos os dias ao combaer icdios deder seus direios realiar ciurgias o cérebro, dar u, dirigir a via expressa e avar jaeas de arraha-céus, parece ívoo comodisa e presuçoso ar sobre escre ver como um ao que requer coragem", embra Fracie rose, em Par ler como um scrit.
É preciso er o deseo de escrever. Caso corário, srá impossve ideticar o poo de parida e começar Não há ada para escrever. udo o que voc precisa er é se sear em ee de sua máquia de escrever e sagrar, embrou Eres Hemigway Mae o medo de ão escrever uma obraprima Comece Se everedar por um corsseso ou digressão digressão vá aé o m, e deie para para dar o poimeo a versão a. u m eio eio de começar começado Quado? Já Agora E só há um Além do empo sabese qe a maioria dos escriores vive o pro bema de idar com eraves como ansiedade, o cesor intero que z süeciar, as icerezas e o desao de ideicar uma ideia Sephe Koch recomeda ão deiar que a asiedade e os emores o deteham RUBENS
MACHIO
83
E acresena que a maioria dos escriores, ainda qe alentosos e bem suedidos passa grande pare da vida idando om o drama inerior da onança. Segndo ele, o jeio é "ransrmar a pala poerena da nereza e do medo no ouo pro da lareza e da onvição É are para uma vda oda Dominar a ansedade, eis o primeiro passo Mas é ndispensáve saber er narraivas e desenvolver m méodo para ê-o. bando ne esa ideia de qe voê nna vai erminar Esqeça as 400 páginas e escreva apenas uma por dia Quando você conlir o rabalho cará prondamene srpreso sgere John einbeck Koch Koc h sgere qe voê esreva do modo mais ivre e rápido possíve Que joge do no papel. Não pare para orrigir não reescreva nada anes de erminar. Segndo ele Reescrever drane o proesso osuma ser ma desclpa para nao prossegu Enão, é preciso deinir o coneúdo qe pode pode ser hisória o qe onhece As isórias só aconeem com quem sabe onálas lem bra lan Gurgans Um bom omeço para produr a prmeira ver são é permiir o joro de deias escrevendo sem síntese Escreva do. Despejese na página. Escreva uma primeira versão errivemene aa aoindulgene, an1renta e horamingas. Depois, ire os exessos, o mais qe pder. Pesqisando para esrever esse eto dei de ara com auores qe lam em adsrameno ineleal qando o assno é prepararse ade qadamente para a tare. Porque escrever bem é ma are das mais di feis. E o bom scrior senese de al rma desaado quando desobre sua vocação que se vola ineramene ao trabalho de buscar a melor rma de reaizar seu rabao Iso eso lando de maner á em ima o níve de eigênci eigênciaa consig consigoo mesmo, obsea Ees Hemngway Hemngway Um detalhe qe oa mio no aspeo práio do desao de ini ciar m rabalho esá no qe voê vai ler a segir. ssim que o dicioná rio Houaiss hego ao merado, inrigoume primeiramene o olme de rabalho eigido para se consrui ma obra de al maneira abran gene E enonrei nele mesmo a resposa paa a mnha pergna L pelas anas aparee a armação de qe o grpo so ma esraégia para vener o desânimo de prossegir no rabalo Ela onsisia em pre _
84
.
"
ESCRITA RATIVA
parar logo de início o verbete mas breve, ceramente a letra Z, a parte qu xigss mnos trabalho mnos tmpo da quip. Ora cocluir esse verbete lhes dara a sensação de que algo cou pronto e disposição para prosseir Imagine se tessem iniciado pea etra A! ssim como a equipe que laborou o compeete diconro diconro encontre o seu mehor recurso paa aançar Para isso não ecssário muito oge. Lmbre se do número de ezes em que ao inicia uma proa escita oien tado a responder prmeiro as questões que consideraa mais fáceis e em relação às quais se sentia seguo
ROTNA ROT NA E HÁBITOS. PARA VAJAR, NVENTE ESTRADAS Routne, em acês é uma "trilha batda cuso cosmeiro d ação E hábito que em origem o latm habts a pair do sculo XV
adquiiu o sentdo d pática costumeira. gus escritoes produiam todos os das. No nanto essa pá tica está cando cada e mais perdida no passado ivemos tempos que não os prmitem essa disposição rgular do tempo Estabeecr um horáio o paa todos os dias como Thomas Man que escrevi escreviaa dária religosamente, smpre no horário das 9h às 13h quem pode e isso? s exigncias do osso sculo ditam outras egras Cabe-nos buscar a adquação ao nosso cenáio Por ees o escrtor estabelece sua rotina. Para gi do perigo escree escre e todos os dias, a partr de um u m mtodo que o ibete da dpndn ca da boa vontade da spração sem qualqur snso de pontuaidade Sentar manter uma disposção para o econto com a deia, eis o cami ho. Isso te disponibilidade disponibilidade nterna para escre escreer. er. s possibilidades são muitas omar o ca da manhã e sentarse diat do cado ou do computador m ovas ttativas que procu ram outos camihos isita o própro iteior vascuhando o que o subconsciente produiu no príodo que lhe i concedido para zer o que sabe ão bem: revlar o que anda não havia sido perebido. Es Hmngway rlatou que quando saa trabalhado m um ivro ou o u um conto escrevia diariamente de de manhã a partir da hora em qu surgia a prmira luz quado ão tinha igm para pturbar RUBENS MACHIO
85
interromper o processo. Ele começava a trabahar e a esquentando con rm escreva La o que tinha feto no da antero e sempre parava num trecho a partir do qual saba o que ia aconecer, prossegua desse ponto Escreva até chegar a um momento em qu ainda não tndo perdido o gás podia antecpar o que vnha em seguida Então ele parava e tentava sobrevver até o dia segunte para voltar à carga Gore Vda[ contou sobre a sua rotna: "Escrevo os romances à mão em blocos de papel aarelo exatament como o crmnoso nú mero , Non. Por agum motvo, escrevo peças e ensaos a máquna A prmera versão surge muto depressa Vda nunca rea um texto aé termnar a prmeira versão, trabaho que segundo ele, sera muto desencorajador "Também porque quando você em a coisa da al na ente pela prmeira vez já esqueceu a maor parte e vê do como se sse novidade Reescrever no enano é um negóco vagaroso penoso ara mm, o prncpa prazer. Mas também é possíve não ter qualquer rotna apenas o deseo de escrever com o mnmo de lturga, sem desejar o perfecconsmo imedato que não vem Não ter horáro para escrever. rabalhar com ou sem método Onde? A escrvannha no quarto; a bbioteca; o caé tudo pode ser o espaço dea para crar e escrever E não importa quando De manhã à arde no nco da note ou madugda adentro odo tempo é tempo quando exste o propósto de começar para descobrr qual é afnal, o nal Em tudo o que mas coa é escrever quando a vontade vem dos os das para não perder o uo. Apenas alguns das da semana a m de que as deas amadureçam Sentado Rabscando em qualquer pedaço de joal, para evtar o apego ao materal e às deas. E se a dea não vem Dexa-se para depois espeando que as pala vras quem prontas para começar o dle. Chrsopher Isherwood re latu que quando jovem era absolutament nátco Escreva à mão e não supoava ver qualquer rasura no pape. Como sso aconteceu anes da nvenção do corretvos costumava raspar as paavras com uma lâmna de barbear asar o papel com a unha do poegar e escrever de novo "Era tevel! Eu desperdçava tanta energa com esses exageros dse 86
ESCRITA RATIVA
Caro que é uma grnde coie pensar no esritor omo aquele ue e levnv de mnhã e e en à u me, rii o go e reebe a uz divina pr então esreve Esrever é uma tre omo ours. Ereve-se um pouo po di, po emn por mê e, ao nl de um período de práia da disipina, emse um livro Não há um úni mneir O jeio omo rbl desde que ç isso om disipin não impor Não há mági que possa udr O truque é arrumr empo não pen gun miuo e produir Um esrior é nuso onsigo memo qundo não onsegue ser rigoroso om seu rbo Porano esreva em qulquer luga egue ouro adeo e oura aneta e simpesmente esrev Tome uma aude deniiva Se quier esrever em que er iso esrever Não exise mosfer aderno anet, mea ou ompuador idea Nesse enido, aprend a ser lex ve xperimene esrever em irunsâias e em lugare diferente: no trem no ônibu, na mes d oina, n vaand, no degu d enrada de um loja no bano raeiro do arro, na bblioe no blão de um retaurne na al de espera, n mea do ba, no aeroporto . m qualque lugr ibere o eritor e deixe que ele rbale Depois voê edi e pubia epoi Willim Fulkner embr: "Voê á deve er ouvdo lar sobre uma veh órmula egundo qual oda ração é uo de 5% de leno, e ouro 95% de disipin, abalho É iso mesmo Nd, ese repeio i mudado. Segundo ee esrever é algo deiioso Mas lembr que não há nd de mágio em udo io Nenhum esuldo ióio vi sugr sem rabaho sério deerminação Porno esa é um boa opoundde pr emr o peigo de eperr que u genda, ua mi, seus migos, professores ees e o liberem pra esrever utorindoo pr essa re Como vo be ele não o rão Ou voê inven o empo ou não podu É vid Iso no ev nturlmene um pono indipenáve diipin Ter dsiplin oedeer ao menos às pópris regrs neessáris pr ingi um obetivo, udo iso pode ser prendido desenvolvido dependendo apens da vonde pessoa l é indispensável qudo se preende ter liberdde pr i RUBENS
MACHIO
A paavra derva de disci pulus, "auno, aquee que aprende. Trata se de obediência ao conjunto de regras normas esabelecidos por de termnado gupo ou por nós mesmos Refere-se ao cumprmeno de responsabdades especcas de cada pessoa Para zer um bom exto, sobreudo quando ee deve ser eve rene, ndiscipinado, é precso ter. discipna Elaboração aresanao dscpna, empenho udo sso anda de mãos dadas. TÉCNICA. DESCUBRA O MODO DE FER
Em gera odo bom rabaho não apenas na iteratura é uto de um paneameno prévo Sem um projeto, sem um mapa, o rsco de se andar muto paa enm chegar a ugar nenhum sempre ago muio presente e ameaçador Ainda que nem todos acetem o ato de panejar a estrutua do exto que equer determnada habdade perme que o escror tenha segurança na sua caminhada. Imagine a cena: o pedreio começa a consrur a casa a partr da sua ndação mas não dispõe de uma pana, sequer em r ma de rascunho. Não estudou o terreno. Não projeou Não tomou quaquer provdênca aém de desordenada e apressadamente cavar e assenar tjolos às cegas Vcê z idea do resutado na quanto a aspectos como segurança e esética apenas para carmos em dos quesos báscos? Há algo que não se pode negar quando o assunto é planejamento de uma obra erária: a sua imporânca No mínimo ee garante que o teo na, durane a revisão não nos va obrgar a coocar atos re mendos. Com isso você ganha em termos de tempo e de nvesimento de mão de obra. Sem contar que no na das conas seu trabaho não va egir que você o reça somente porque ee cou parecido com nada ou quase sso. Um bom panejamento sempre ajuda se ee não r transrmado numa camsa de rça. Começar a escrever quando já se sabe o meo e o m da história dá segurança E não é ncomum o na surgir anes mes mo do começo. A recompensa por sso pode ser um eo que, depos de ncado escrevese a s mesmo 88
ESCRITA RATIVA
É conrado saber que odos os que consruram uma obra relevan
t pss pel msm sad. Assim, mos a cza d qu mann do sa dirção chgarmos o desino que nos movu a inicar a viagm O planjamno em como pincipal fnção d o scito liv, inclusve pa em deeminado momeno se desliga dele e seguir um umo nespedo. Mas um bom planjamno pde uma boa écnica A palavra vem do ggo téchne, qu s duz por ae" ou ciênc. É um procdi mento que em como objeivo a oenção de demnado esulado seja n ciênca na ecnologia na ate ou em qulque ou áea. Em outas paavas uma técnica é um conjuno de egas nomas uiadas como meio para chegr a ceo resulado El supõe que em siuções semehantes uma msma condua ou um mesmo pocdimeno pro duzrão o mesmo eio Como a traa-se do ordenamento de uma rma de auar ou d um conjunto de açõs A écnc requ o uso de ramns e conhecmenos asane varados os quais podem ser ano scos como intectuais Aguns escriores êm horor a palavas como plnejamento pequia, método. Vivem as coisas os os nes de escrevêlos A pincípio planejam pouco Grand pae do qu acontece no exto aconece du rae o ao mesmo da escia O lvo pode esar organzado em sua cabeça anes de começa. Ou l s dsnvolv à mdda qu scrv Dune o caminho você dá de caa com supsas com aquela as que surge do nda Tudo isso mpu o xo paa ent lvndoo pa o nal Às vees o método a écnica nada disso impota Se chegou o momeno a cianç vai nsce, qulque que seja m escolhida: paro normal d cócoas ou cesaina O impuso ou emoção podem sar po tás, a cn pode s o bisu num tblho qu s desn vove no erreno do racion Às ves, a técnic assum o comando do sonho ns qu o pr pio scritor possa er domíno sobe o aalho Po isso a ibrdade é sempe emvind A quesão como se vê é conoveida No planejmento em a possbidade de esablecer peviamen t as egas do jogo se ogado Msmo qu las sejam aleadas durn RUBENS
MACHIO
89
te o tabalho. Isso é mais equente quando se pensa no plajamento como instumno qu ofc insuçôs mínims sob a sd s peoia Se aguém og jogo, pisa de gs, aso onáio não hv gç nnum Enetano, o panejamento naa tem de absouo Nem sempre as coiss constuds mis de acodo om os pnos são as mais bem-sucedi das Ans citoes seque aceditam nsse ecuso Pem da vazão às idis ivmnt deix qu o xo s esev po si msmo O que não podemos é nega a impoânia de se eaboa um pano antes de começ a abh An qu s o pno d não te pano agum A eaboação pode aconee po meio da oganização de maneia sistêmic d um onjunto de icas paa quem pefe o sistema ma nua, ou d dados amazenados num aquivo do omputdo. Tudo povoando o sbconscinte do escito ançndo novas ues sobe odo esse matial. Ciando ondiçõs paa qu dvidmnte manipu ado, apuado, tudo esute num exto om sentido e sbo Ago apa de atai a atenção do eio mais desinteessado e pn1iihe a cteza de que valeu a pena gasa tempo naquea eitua. Seja poque ela he nsinou aguma ois, seja poque i ap de aanca dee um soiso impevisto sso, naualmene, implica esceve uma pimei ve mais uma umas antas ouas e d um tabaho pesisten de evisão que m gea nos z pens que não te m. Não existe escio o que xise é escito mb? Paa Geoge Simenon, a meo maneia d inii o omane po caminho o mistéio Semp hvi m su cabeça guns temas giando, que ss a hegada da pimver, a embança de um uga um catãopos um simpes io e so, quaque cois signi fva um ssunto passível de s tnsmado em texo O póximo psso pocua po gum pesongm qu he seviss de potgo nis m um enveope, nov noms paa suas tus psonagns extídos glmnte d ista teefnia pouava po um mp da idade onde sua histói seia ambienada De posse desse mteial tncavase p esceve po extos ias sem quaque onato humano, pesenia ou distânia o nome disso é disciplina. Jamais soube o qu ii acon no oman Apns se olocava na pe do u1
90
ESCRITA RATIVA
protagonista, tornando-se, ele mesmo o protagonista e enentava situações levadas ao imite, o que resulava em pelo menos duas coisas: exaustão e um novo romane. Algo de sobrenatura nessa metodolo gia? Certament não Apenas disiplina e trabalho O que o impede de zer o mesmo caminho? A técnica mais omum no seu passo a passo começa om a práti a de er anotações sem ompromisso, num ado ou em pedaços soos de pape em todo tempo e lugar um dia, a ideia aparece e, com ela o texto. Quano o esritor em uma visão inical, procura reunir o maior número de inrmações om que va tecer a sua teia literária O uso do cadeo é habitual. Há quem, diante do projeto de escrever um novo lvro ompra aguns deles Ene o primero o segundo até sentir o momento em que pode enm, dar o próximo passo. Nesse sentdo fca sempre com o binômio anaógioügital. Primeiro ano tações feitas manualmente Depois a organiação e redação por meio do edtor de texto Durante muto empo Simenon ca pensando no assunto. Pensa no próxmo trabalo ainda desorganiadamente. Fala sobre ele como algo que está em pleno andamento (não está?) Em geral, maném vá rios projetos na abeça em se de amadurecmento, enquano prosse gue na pesquisa in loco, e nos mais diferenes ambientes Pouo a pouo, organiza om muita paciênia, todo o onunto de elementos coetado aqu e ai, como quem mona um compexo que braabeça. Em gera são apenas aponamentos matéria bruta sobre a qual vai trabaar até que cegue a um texto Enquano esreve, lá ra o mundo ontinua em sua loua joada Tudo isso nterfere no seu trabaho, nem sempre de manera positiva Talve isso sea um bom motvo para a elaboração de um plano prévio um squema do texto ser construído Isso ainda que se disponha da obra esquematiada O plao garante que não averá dispersão evita inseguranças e surpesas indesejáveis, como disse Até mesmo para mu dar, é preiso er de onde partir Penúltima etapa talve a mais desaante de todas esrever a pri meira versão do texto om o ompromisso de utar contra a tentação de votar atrás a ada nova ase redigida para corrigir sso é peado Ea RUBENS
MACHIO
é feita a partir da consulta de odo o matera coletado e obedecendo a um plno prévio. Primeiro o rasunho, dpois as oreções. Os grandes escritores m esse camnho Por m, só agora, omça o posso d dição, fito a pai do prmiro xo É hoa d mudar nvrter orar sem dó nem pdade Quas smpr liminando, raamnt aresntando. r obsssão por limpar o texto eliminar os excessos é uma prática saudável Trminada ssa s, omça-s o sgundo txto, nm smp uma rprodução da pimera vrsão Com muios cores ele ca mais sucino enxuo Essa tapa fia ainda mho quando s dispõ d mpo nessáro para ue o texto passe pelo procsso natural de amadurecimento É óti mo uando o srito pod s disania tmpo suint para enxrgar o u no calor da hoa passou batido Só enão rtoma o trabalho agora não mais na ondição d arisa, riador mas d juz. Primio o ascunho depos o pomento Se o resutado nal não agrada, o mehor a er é parar mudar para algo dfeene. E então uando o txto está pronto chegou a hora d uma nova revsão um trabalho de vocabuláro pinçar subsituir palavras om sntido mramnt aproxmado paa ue dem ugar às paavras exaas Invesir no substantivo A laboração sse ao de amor, reuer dsiplina. Chega um mo mnto em u o ivo apace Hora de colocars em cma d trabalho Hora d viar opeáio da ideia da palavra. em hora pra udo. Até mesmo para as fições por u não? "Meu texto às vees é muito aborado svo srvo. A busa da palavra ida é diil é um ocio difícil É dicil escrever: é o ue eu posso dier É dicil escrever omo é dil viv, embra Lygia Fagunds lls. TEMA. A IDEIA QUE SUSTENTA O BOM TEXTO
Tema é a rsposta mais resumda possível à pguna Sobr o ue é o texto Denir o ema euivale a deni a ideia ue vai sustentar a onstrução do xo Nan Guanaes um dos publiáios brasileios mais riavos de ue se tm nocia, nsiste em ue na propaganda o elemno mais mportante é a idea E a ideia é o tem. Não só na propagand. 92
ESCRITA RATIVA
Ação aveura, suspese drama, comédia, udo requer um ema para s oa viávl omo oba de ção. Livros, pças lms, maial publicitário quaquer ipo de hisória odos êm um ema Não impoa s a ideia é zr algo om o propósio d vdr d ser diverido ou emocioae Qualquer que seja a ieção é preciso oar om uma iha máica que igu os lemeos dispesos da hisória rasrmando-a um odo com uidad, coeso A ausêia d u1 ema prévio ria uma quação que o eio d verá resolver Ele eá de descobrir a ideia sobre a qual se apoia o exo esrço do qua dev sr poupado. Não é elege agir assim com quem desia uma pae do seu empo a prcore o osso rabaho Esrevr sobre uma piua sem aes deir por exemplo que o ea da mesagem será "cor, dicua o rabalho de quem rdige falh uma idia E ão ilia m da a ar do leior sem um ea que o apoie a compesão do oeúdo Felizmee, udo pode ser rasmado em ema basa que se au oriz o ioameo da riaividade E ão xis ma qu o público rjia, o que exise é f de cuidado o raaeo do ema escolhido No eao há diudades o caiho Por xmplo esriores muio jovs, que ão ohm a si pópios equem ão sabem o qu dier e qua ema esoher para passar su rado Nsse sido e osiêcia da causa pla qual juga que vale a pea luar cilia a dição do ema Ora ssa causa ão é algo passagiro oisa de momeo Em gral, ela permae por oda a vida do escrior assu mido ouras rmas Imgie um esrior que eha a pomoção da pa a sua oso maior. Sem dúvida o ema da pa estaá presee desse ou daquele jei o, em udo o qu escrever so é o ea ecorado um dia sabese há quao mpo por qu moivos o ompahará aé a úima palavra que cooca o pape sea uma caa ou uma ese acadêmica E isso va para odo qualqur ma Nas obas d odo esrior m qu o íve de compromisso se revele om mais clareza, eoaremos eas que se repeem. A deição do ema passa pela quesão dos vaores da maeira omo o esrio ara a vida s pssoas do plo qual aredia qu RUBENS
MACHIO
vae a pea lutar. O esritor se utlza do texto e da magem para de monsrar omo pensa, sete, nterpreca essas questões São ees que o determna em úima análse Para Jorge Luís Borges, por eempo, a éta é um ema da menta E cudo nda que essa preoupação era parte da sua atureza o qu o dspnsava do trabaho de zr quaqur esrço para eonrar a dea que sea cea de seu prómo rabaho Com esse rtéro em mente, ee seeionava e organzava os eementos da sóra, transr mado-a uma arrava Como vmos por susetar a ostrução o tema a o trabaho do esror e o etedmeto da mesagem por pare do tor ooa do dane do que é o seu unverso ngusto e suas eperênas Que dea o esrtor usará para trasmitr suas emoções sua rava sua dgação seu sno? Mas o tema ambm se moda, e sso aotee à medda que o texo va sedo ostrudo O deal é que ee seja aro desde o o e assm permaneça ao ongo de todo o trabalho de rar e esrever. O maor desao está em esoher um ema que seja mente ompreeddo peo pbloavo e ao mesmo empo de l mauseo peo esrtor. Ora sso não é fá sobretudo quando a vvêa esrever é er ago eevante a der ou se exste a rejeção por detem ados assunos. Um eempo dsso é o que aonea om Hemgway que a maora das vees se esquvava de ar sobre sua mla. Nem sempre o enontro do ema aotee sem um bom raba o de garmpagem. nontrálo sgna eorar a dea, e sso pode exgr mas tabaho do que se maga Sem dea ão exse exto om quadade Ana é ea que dsgu um bom e um mau xo. Para os estores oves em gera essa care se mosra um tanto dl Uma ve que ão dspõem de um repertóro suente de ausas as quas aredtam e de outras em que não vae a pena vestr tempo e energa não eontram om dade uma dea sobre a qua raba a Falcahes uma ausa uma ndgação cavez De ovo a soução para este probema pode estar em esrever sobre ago vvdo a nfâa ou adoesêa tos ada presetes esqunhos a memóra om odas as suas oes e sabores. Quem sabe não estará esondda a a pe 94
ESCRITA RATIVA
quena grande causa a ser dendida, disrçada em acontecimentos apa renemene sem maior importância. Alguns esritores se saem bem ao ar da própia inncia que conhecem o suciente para que tomem como matéria-prima ou de a guma nasia quem sabe Pena que na maioia das vees ees abando nam o rabaho iterário depois desa experiência sem conseir repeti la com sucesso. Quando ana bater o marteo denindo que um tema pode ser aproveitado? Quem procura um critério único uma regra xa não os encontrará. O que existe é a maéria a respeito da qua se vai screer Um ema inicialmente inadequado pode se revear com grande poen cia para raduzir a mensagem que deseamos eniar ao leitor Tudo é uma questão de exercer a criatiidade iso é deixar que as idias as conexões às vezes inesperadas aconteçam e nos surpreendam. ara identica o ema comece pea anáise da estrutura da hst ria Depois erique se as escolhas feias ajudam a comunicáo Muitos escritores e produtores buscam maeia para lmes em livros e peças de eato justamente por se tatarem de nes que possuem emas mais proündos compexos sinlaes do que em muios roeiros ara enconrar o eureca!, Rache de Queioz costumava e enquan o escreia ou esperaa que a ideia aparecesse Isso podia ear horas. Ensaios crônicas antigas escitas peos portugueses por voa de 1500. Rache armou: " inguagem é riquíssima Lendo Fernão Lopes é que se pode veicar que grande lngua seria a nossa se os portugueses i vessem dado cero. Ela conssou que demorava para começar mas depois dessa primeia se tudo caminhaa a passos ápidos É como se tivesse apenas de coloca no pape um conjunto de ideias que já se encontravam cristaiadas espendo peo momeno de se converterem em ases captuos uma obra inteira. Um exto para ser de fáci compreensão não pede no tema escolhido que dee nciona apenas como acessório. Afnso Romano de San'Anna lembra que s e escohia o ema com antecedência e depois redigia a m de descobir por quais ami !hos aqua ideia o earia Lembrete: que atento para que o excesso de concenração no tema não preudique a rma Eite extremos portnto e
se
RUBENS MACHIO
FRASE. SENTENÇA. PARÁGRAFO. TUDO PELA UNIDADE O texto é o resultado de m conjnto de sentenç, também co nhecidas peo nome defae unidade qe epessa, de maneira sucnta, uma opinião, pensamento percepção. Ea tem um sentido competo epresso numa unidade mínima de comunicação Pode ser composta de ma ou de várias paavras. Jntas as ases compõem o parága. E jnos, por sa ve resulam na consução na do eto Se o texto sse ma casa os parágras seriam cada m dos seus cômodos, direnes espaços paa o convvo de deas, separados por meio de poras qe unem m e otro sem no entanto conndi-los. A orgem da paava está no gego pho "marca à margem de m eto para macar uma mdança de sentido. É um onuno de ases qe expressam um só pensamento ou uma deia centa O parágra é composto de rs partes: na Inrodução ou tópico asa! está esmida toda a ideia do texto O Deenvolvimeno cuida de expicar o tópico inicia Por m a Concuão encerra esta deia e prepara o eitor para a continuação do texto São ssas tês partes que garantem a sa coerncia Usando o recurso da inguagem cinematográca, pods dizr qu o parágra é o equivaente à mudança de ânguos de câmera. Frequen temente cada mdança de parágra representa ma igeira mudança de ponto de vista. ma das taes do parága é avançar para agum tipo de clmax, a peqena tomada de fôego qe nos leva ao parágra segunte. Detalhe nal do poo de vista de ayo da página um enorme bo co de paavs mpressas ende a asssr o leitor provocando cea sensação de asia Lembra ago trabaoso de ser enentado Por isso para que o teto qe arejado, recomendase quebra os parágas longos em dois.
RASCUNHO SINA-SE À VONDE Rascuno. Rabisco. Quaquer coisa escrita sem compromisso com o estlo Sem edição Material qe se presta ao apimoamento Sem ee qe é o incio do teto na sua vesão pri miiva, como seguir m ente? O que mehorar 96
ESCRITA RATIVA
A palavra vem do espanhol rascuio, "aranhar, isca - este ea o seu signado 1ia Depois passou a efeise a esboça, os taços iicais de uma oba. É o deieameto de quaque escto, o esboço, ou miuta Pimeio eseva o ascuho paa conhece o assunto Depois ça a evisão paa desevove ou meoa a deia eontada Não quei ma etapas, es o segedo Na edação, omo em udo o mais é sempe uma questão de o meça De posse do mateal pouco impota ual seja ele e o ível de oganação em que se eota, o esito omeça a tabalha, da o po ao seu texto. Se no meio do camiho surgirem novos elementos, eles podem se inopoados É a pat da que se omeça a a a ma uma história. Paa gaati o suesso dessa nova se eseva omo se tivesse de tiar o pai da ca ápido, paa ão pede o uo das ideias Imagi e que voe. esta om amgos, o estauate, e omeça a ota uma históa elaando algo da sua vida ou comentado um to recente Voê iteompeia a a a oda hoa e voltaia atás paa evisa o que disse? Como escto, e paa não casa o leito apenas siga em ente Depos, e só depois voê deveá vol a atás, ele evisa oigi mu da altea, cota, acesceta começa tudo de novo Depois Não euato eseve
.
.
AIDA. HARMONA NA CONQUSTA DO LEOR
Não não estamos ado da ópea de Giuseppe Vedi, muito co hecida Nosso tema é a fómula que otiu paa o bilho do espe tácuo da venda de uma deia, pouo importando seu esto iteáo ou a mdia a se utiiada Coo já zemos na pimeia parte, aqui acotece um novo em péstimo O modelo AIDA está sedo empestado do maketig mais pecisamene de uma de suas atvidades a popaganda. Tatase da pá tia de a mensagem despeta a Ateção do leito ia teesse em conhece melho o que está sendo apesentado poduzi a sensação de Desejo de posse e po m onduio à Ação de adei RUBENS
MACHIO
Ela usa técnicas modernas de comunicação. Ao longo da histó ria, mostraram-se ecientes pea capacidade de construr marcas res como a de um refigerante chamado CocaCola Isso se nos imitarmos a um exemplo muito cohecdo no âmbio restrito do paneta Terra onde fgura ere as marcas mais valiosas. Saiba um pouco mais cada um dos quatro elementos da D
Obtenha a atenção. Isso é interessante Esa é a primeira tare de um texto. Se ele não chegar a esse resul tado, pouco adiantará o número de pessoas que verão a mensagem Ela va fzer barlho, como um sino mas nngém se disporá a mudar o trajeto para saber o que esá acontecendo O problema é que as pessoas ovem alarmes a odo momento. Com tana experiência acumulada á aprenderam a relativiar seus apeos Aém disso considere qe muios leitores fheiam ornas revistas livros acessam as redes sociais sem dedicar toda a atenção ao qe está escrito Voc está fando com seres humanos que vivem a correria dos tempos modeos. A maiora das pessoas realia outras tarefs enquanto está diane da mensagem escria O índice de dispersão, motivado pelo ato nível de ruídos não apenas sonoros é muito grande. Fechado um camho temos de abrir ouro. Lançar mão de toda a nossa hablidade para despertar a atenção do eior. Usar muita imagi ação a começar pelo título e depois no texo não i por acaso que a primeira pare desta obra ocupouse do ea Criativida. A taref pode parecer mais dic do que imaginamos. eimente dispomos de muitos recursos para chamar a atenção: alar de algo inédito. • Mostrar que sa proposta realmente é inovadora e nteressante é tudo ma questão de como as psoas percebem o que voc di. • ar ao litor a certea de que ele só tem a ganhar se decidir pela coninação da leitura. • esaca uma vanagem especial 98
ESCRITA RATIVA
• Faar de coisa que mexam com seus desejos mas prondos am, você o maném prso ao teto zendoo chegr até a últma paavra esria Em tudo fça com que o eitor snta que stá caminhndo o seu lado, movdo pea mais livre opção de seguir seu racocíno ão con vincente e nteresante. Como dissemos não outra a tcnca utizada pela propaganda e todos sabemos o quanto ea funciona Ma tome cuidado: o meio não devem atrapaar os ns. Não a mensagem elaborada de ta maneira que a atenção acabe deviada para a rma Ana o que deeamos que o eitor ea atingido pelo conteúdo Os recursos para camar a aenção devem conduilo para a próima tapa atrair o interese. COMO CHAMAR A ATENÇÃO
Use de malcia para manter as pssoas endo. Sirvase de paavra que despertem emoções A teora do posicionameno sstematizada por AI Ries e Jack Trout no vro Posiionamento: como a míafz ua abeça, ndamentae no uso das emoções, a meor de todas as raões para utcar uma ação. Ao mesmo tempo use paavras e ases de gação (ganchos) nos nas e começo de entença Embora tenamos aprenddo que inicar uma ase com "mas ea nadequado convém lembrar que não eiste palavra mais rte do que ea para começar. Quse insigncante ela tem o poder de anunciar um contraste tota com o que veo antes, o que leva o lor a se preparar para a mudança Prera os parágras curtos regra é igua para a redação de sen tenças: quanto mais curtas mais fáceis são de ler e de entender Portan to, não use três paavras se uma pode resolver Sntetize u do tangeirsmo pomposo ão em vog nt tempos de go baização A meor evidência de cutura etá em demontar um repetório uciente par ar a inguagem do reptor e er comprendido por ee. Por m, use taeas e grácos quando transmitr nrmação compe e divida a propota ou a idei visuamente RUBENS MACHIO
Atraia o interesse. E povoque o desejo
O interesse la odas as ínguas. Mas a ae de araí-lo é mais dici do que parece No enano, é possvel resolver o problema Aqi esá uma chave. Usamos a paavra mágica: problema É isso mesmo as pessoas êm problemas. E o que é mais imporane é que nossa vda consise no movimeno de olver problemas. As pessoas êm necessidades e desejos que devem ser saisios, esolvidos. E se o nosso obeivo é arair o ineresse, a linguagem deve esar em sinonia na com as experiências e aiudes do leioravo bem como de seus grupos d eferência. Paa que o eo que pesuasivo rneça evidências que convençam o leior Contar com o endosso de celebridades pode se uma grande ideia Se puder ecorra a esemunhos mosando ao leior que ou ras pessoas com necessidades similares às dele aprovam sa pro posa. Ou ça comparações que evidenciem a imporância do que esá amando Se aniquiarmos o desejo, matamos a vonade de agi isto é de viver. Comparados ao número de necessidades nossos deseos são incon áveis. Sem paião não eise ação Resulado a more. Quem comprova ese pensamento é Jonahan Swi, quando a ma que " osoa esoica, que consise em supimi a necessidade su primindo o desejo e aconelhaia a corar os pés para não precisar de sapaos. Pergunase isso z sendo? Olhe em paa a palavra desejo. Obsee que ela em duas leras e. O primeiro dees remee à ideia de emoção As pessoas não enam a mão no b por quesões inelecuais mas principamene por razões emocionais. Quer azão mais re do que a emoção O segundo e a de entuiasmo Pin imagens enquao avança levando o eior a acompanháo. Isso é posicionar sua idea da maneia como deseja que ela seja percebida Como já armamos udo se resolve na mene do leior não em outra área. ndo do conceio para a páica percebemos que o que aé aqui era apenas o ao de esar em sinonia com uma mensagem agora deve ransmarse em movimeno inerior de desejo de posse IOO
ESCRITA RATIVA
Convença o leitor. Mosre que você oferece exaamene o que pren he as neessidades que ele tem aquela área espea Ana de ons sempre esperamos contar com além que nos ajude a zer o melhor e a desmpehar nossos papéis da maeira mais adquada possívl Como dizem McCah e Peraul em Marketing esenal, "alguns espeiaisas acham que uma mensagem publiitária deve aiar uma propoção únca de venda que vise a uma necessidade insatisfeia impor nte Isso pod audar a dstar uma mar - e a posiionál como especiamee ecaz em atender às neessidades do mercadoavo Ci ando um exemplo, ele lmbra qu a Wrigly desnvolveu uma série d anúncios destinados a fumantes sugerido que sua goma de mascar é boa substitut qudo não é permiido mr Esse é um exemplo irado da propaganda e que pode ser traduzido ou seja eido e apicado ao esrço d vdr por srio uma ideia ou poeto Se preende oencer lguém a respeito de alguma cos le do difecial que ea oferece e que a oa melhor do que as demais
Leve à ação. Afinal, é preciso chega lá Para aaliarmos a importância da ação asta emrar que é ea quem transrma sonhos em reaidade arranca projetos presos ao papl e os transrma em cidades Move o homem em busca de seus objei os De que seviria ao homm aumular montanhas de trigo, carão peróleo e odos os metais se tivesse a inlicidade de perder o goso pela ação isto é o deseo de se toar ada ez mais homem?, perguna ierre Teilhad de Chardi um dos mais imporaes e polêmios teó ogos que a Igreja produziu Se o pensameto ou o conhecimeno não levar à ação nada aoteeu o obetio da omuniação ão i atingido Ora, a men sagem - inrmações, os etc - deve aigir os sentidos da pessoa e ser aceia omo parte de sua estrura ognitiva Entrado na convesa McCrth e erreaut acresentam que ob er a ateção é neessário para oar os onsumidores osientes da orta da empresa Ao mesmo tempo, atrair o interesse dá à comui ação a hane de desenoler o interesse do onsumidor pelo produ RUBENS MACHIO
IOI
to ou serviço oferecido. Despertar o desejo interre no processo de vlição, e vez desenvova preferência do púbico-alvo. Por m a tare de evar à ação incui conseguir a experimentação uma etapa que pode evr à decisão de copr Independentemente do que se diga o escrever você espera que o ior núero de pessos se disponha coprr sus ideias sso nos ev acreditar na viabiidade de apicarmos as regras do mrketing um delas trnscrit há pouco esquise e desubr as neessidades insatisitas do púbico, sej ee rdo por pessos sics ou jurídicas Apee pr esss necessidades Dê as descups de que o leitor precisa para aderir à proposta embutida no reatório núncio pedido de emprego, propost de prestação de serviço, ensaio ou sej qul r o texto produzido. Mostre que aceitar sus ideis é sinônimo de decisão certa in teigente Tnquie o eitor Se ee se sentir seguro, essa eoção será transitida às outras pessoas de seu crcuo de relacionento. Estaos supondo que você se saiu bem at qui. or isso adverti os: não perca todo o trabho justo agora que está próximo do mo ento de romper a ixa da vitri. Aude o eitor a dr o passo nal: não ai pensr apenas que pode ter sus necessiddes atendidas ms gir para tor posse efetivmente. Nu pavra, experientar. Com equência emos textos que desperta o interesse do letor. Nisso ees são brianes. en que quando cegm ao sipes ente orrem desaparecem. Não die o que deve ser ito em segui da, isto , como trnsrmar aquee desejo e ção concreta A propagnda, que ntas vezes nos serve de eempo de texto cri tivo e convincente, tmb erra quando se trta de evr à ção Aqui podemos nos embrar de alguns núncios veicuados peos bancos. Co quênci omitem inrmações importntes pr o ciente sobre o que er na prática. Agindo assi eva o eitor a perder um tempo do qua não dispõem sentindo-se desrespeitdo peo nuncnte Já que estaos no assunto não custa embrar o resutdo de tudo isso a comp adi da A mensge deveria inrmar exatan1ene o que deve ser feito coo quando, onde, e o quanto ci rLzar o que prope. Dr instuçõs caras sobretudo presentndo otivos pr que ele ja depressa ESCRITA RATIVA
Wurman adverte para o to de qe estar a comnicação incu o nvio d uma mnsagm, fazr o cpor comprndê-la nrssar-s por ela e recordar se conúdo. Para ele, nenhuma outra rma de ava iar é imporant o váida. Pensado nisso, sugeimos uma lista de paavras e xprssões q podem serir como alaanca paa irálo da ércia. Uma dlas será exa amente a qe mais bem epresenta o objtivo do texto que você va escrever São eas: O Analisa O Aprsnar O Avaliar o Classica o Coltar o Compara o Comnicar o Constri o Conrasa o Crar o Crica BRIEFNG
Denr o Desobrir o Dscrver O Explicar o Fazr o Idnica o Imaginar o Ierprta O Jsicar o Listar O bsrva o
o o
o o o o o
o o o
o
rdenar rgania Prvr Provar Pula Ronhe Rlaar Rememoa Rorganiar Resolver Rsumr
DE CRIAÇÃO
Novamnt stamos no sor pblcitáio para rmxê-o. D á vamos mprestar novos concitos e buscar erramentas qe rabalharão m fvor d m txto mais criativo ntrssant cin. Msmo não stando a svço d ma agência d propaganda você pod srvis de m instrmnto iliado por la na obtnção d re stados. Tatase do briefng d ciação Assm como a miga da hisória qu contamos agumas páginas atrás não estava sobre a mesa com o propsto d axiar o scritor mas o ajdo na prodção do trabalo podmos ançar mão d ramn as ilizadas por oros seors quando as representam uma ajuda etva É s ma qesão de "ter olos de ver, como ensina o atisa plástico João Albrto ssaini RUBENS
MACHIO
I03
O bring representa um grade auxlio. Pode ser comparado à es trd que se tende à noss fente p que não orrmos o riso de nos perder na viagem. Também pode ser viso omo as mrgens do ro, que mantm águ no seu urso e ontribuem p que ee hegue o des tino, em ve de se tnsfrmar em mero alagamento Quanas gveas, quntos rquivos onheemos agdos de infrmções desonexas, que raramente serão trnsfrmadas em texto? Em gral, porque fta bring. e permite que as ações de comunicação relizadas por meio de cada exo, contribuam par que os objetivos sejam atingidos. Para que sso aonteç, devemos estr de posse de um conjunto adequado de in frmações. Siga o roeiro que proponho testado exaustão e apovado sem somr de dúvida Fato principal. Cone-me udo
Trata-se do motivo que evou voê a sentr a necessidde de esre ver o texto. Qundo está dane do dentista a prmeira providênia tomd peo cente é passare o brien m outras paavras, ee cona o pro bem e sugere possíveis souções de aordo om seu ponto de vst O dentista quer saer ao certo o que o levou até o consultório e como podeá servo Suponhos que o rneer o brin esse iente dig qe há tanos nos não f manuenção de seus dentes. O que ee acaba de dier nada mis do que o fto prinip de maneir muito resumida Pra responder adequadamente à pergunta, o cliente proura dar o máximo de inrmações. Toma o uiddo de ser o mas preciso, a fm de não comprometer o entendimento por parte do profssionl e devido a isso gerar uma prestação de serviço inadequada às suas necessidades. Ora o fto principal pon, portnto, um probema, que leva o escritor neessdade de escrever. Problema que o exo deve resove. Tudo vai ficar bem
Antes de entrr no ssunto do pono de vist externo, ve a pena gasar um empo com ee no aspecto interno, iso é, na perspetiva da pessoa que v resolvêo Nesses asos, trnquiidde eencil. IM
ESCRITA RATIVA
Quando lamos em problemas, a reação geralmnte não é das m hos. Não tmos nnhuma sipatia m ação a ls A palava lva a pensa m situações nsolúveis ustações poteniais que nos aguadam paa nos oma d assalto supndndo-os a qualqu momnto Mas, ao msmo tempo, um poblema aprece porque já estão pr sns odas as odçõs paa qu l sa sovdo A dia é oma da po outro pensado, Krishnamui, que nos tranquilza ao lembar qu s almnt ntndmos o problma a sposta vá d á qu a esposta ão esá spaada do probema Convém lmba qu o problema que o texto deve resolver ns do ft pinca, e esá dirtamnte reaionado om ee Portato, omee por dnilo laramnt Todo poblma bm sovdo é uto d uma boa dição d suas ausas do estágio m qu s nontra Fato pinipa: do d dt oblma a s solvido: volta a sentir alívio pemanente e ter vda norma Em sumo, é isso Objetivo do texto. O que o leitor deve faer?
Ao di o obetvo do xo não va a sposta "esolv o prolema Por se muito genéia ela não deimta xaene aonde s pretnd hga. Isso o impd d tr um amiho dido para váo aé lá. Nst momnto do tabalho voê não dv di o qu ptnd faze, mas o que epra que o leitor ça depois de ler sua mensagem aqu stá o grade segrdo. m outras palav é priso evidenia a manira omo spra qu o etor re-j que omportamentos qur que l mud Com sta amação dixamos lao qu voê staá lando sempre do leitor nuna de voê Hugh Makay lemba que o que d temina o susso da omuniação ão é o qu a mensagem z do pú blioavo mas o que o púbioalvo z a partir dea Segundo Maka quado nos eeimos a uma menagm podosa lamos do pod que la tm de povoa uma ação A omunicação ocor quando a audiênia algo om a msagem. A audiênia dém o pode de inteptar a mensagem m termos d omuniação, esse é o podr supmo di (A prop g a imp éu XXI Jim Aithison). RUBENS
MACHIO
Para aingir o objetivo você precsa alerar aiudes e crenças do leor, mudar o pono de visa dele em relação ao que você apresena. Sem dúvda essa are não oberá êxito a menos que sejamos espe ciaisas em gene essa categoria de seres qe se caracerza sobredo pela imprevisbiidade. É isso mesmo Precisamos saber como fnciona a cabeça e o co ração do bcho homem e er ma visão muo clara dos vedadeiros moivos qe o levam a agir A esse respeio veja o que disse a pubici ária Chrisina Carvalho Pno em paestra reaiada no jornal Flha de S.Pau, quando lava sobre o processo criaivo: "Faer criação pbliciária nos orga a esudar a alma hmana. Isso é scinane. A mehor coisa na publicidade é criar ponos de empaia etre marcs e pessoas porque ambos êm vida própria A magia dessa pone é a es sência de nossa prossão Tudo isso vae para o escritor não impora sa área de auação Ainda bem que nossa inteligêcia nos permte capar essas técnicas vencedoras- como as da propagada- e adapálas a nosso conexo pois aparenemene eas são resrias a ma área prossional disna da nossa o isso que Guenerg gêno que permiiu arediar que o nsrumeno uilizado para a bricação de vinho poderia ser adapado ao intento de imprimir texos em papel sso mudou a história que i dividida em anes e depos da invenção da imprensa se
Necessidades e desejos humanos
Emboa lando de um conexo drene do nosso a ar mação de Goehe é perinene lei é poderosa mais poderosa porém é a necessidade Olhemos para o mesmo assuno com os olhos do markeing- de um jeio ou de ouro esamos sempre realiando uma venda Na de nição de Phlip Koer em Admintçã d markn g "uma neces sidade humana é um esado de privação de aguma satisção básica. A pessoa precisa de ameno vesuáro moradia segurança ação esima e agumas ouras coisas para 'soreviver E Koer advere para to
ESCRITA RATIVA
o o de que essas necessidads não são criadas pla sociedade ou por homns d marketing, porqu simplsmnt zm par da bioogia da condção umanas. Conrm o spcialista dsjos são ncssidads mais prondas E xmplica: U úu; , P , . r n f d fr O ê a u ni vá n ua a m r . E concui lembrando que enquano as necessidades das pessoas são poucas os dsjos são muios, consatmn alrados por rças insiuições socais ais como igrejas escolas mílias empresas Rconhcemos a cincia da comunicação ao prcbr qu a s dirciona para as ncssdades dsjos do lior sja l uma pssoa ou organiação A pssoa criativa nxrga com mais ciidad as carn cas qu esão espaadas por aí como na rlação abaixo e procura ao mnos indicar o camino para atnd-las orqu sab qu pssoas mprsas desejam ao mnos Aprovear oporunidades•Brincar I er umor• Compir•Conrmars•Conquisar abrigo• aceiação•admiração•aição•aiação•ar mação•alegria•alimno• mizae•amor miliar mao I próprio•aprciação•aprovação !socia•aação•atualização•autoconança• auoesma•auoxpressão•auoidnicação• autorraização•autorrspeito•autossaisção• bla boa aparncia boa rma sica•ca samno liz•compania•conro•con cimeno • cuura deesa • desenvolvmeno pssoal diniro distção ntreenimento• RUBENS
MACHIO
I07
economa• ecênca• elogo• estima• excta ção• ma• prtencimnto a um g upo• hospta ldade• depndênca nstru ção• lberdade• melhoria fsica e mental • morada• mudança• partcipação • poder • popularidade • posses • poupança• prestígo•progresso• promoção socia 1 prssional • poteçã • ralzção • rconc mentojcomo autordade• relaxameto• rspeto• romanc • satsção I da curiosdad • saúd • segurança na velce• smpatia• socabdade• solida dade s t atus- suprioridad• tu a• abalo • Consevar os bns • Consumi • Contolar a própa vida• Coordea os outros • Dsabar • Disigu-s • Estar na moda • Evadse pscologcamete• Evtar: aborecmento • agrssão• constangimno • ctca • deprs são • dsconrto• don ça• domnação• dor! sca • dúvda• embaaço • esrço • dga• frmnto • m • medo • ofnsa • perdas • preocupação • pressão • problemas • responsa blidade• rtaação • dculo• cos • sd• sntmentos de ansiedad• tédo• tsteza• Ex brs• Eprssar a prsonaldad• nluncar • tegar-se • Pecincar • Preserar a mlia • Proteger: mla• reputa ção.• Rssr à domna ção • Sr: bom pa • bons pas cratvo • gregáo• mtado• ndvdua• únco.• oca blidad• Ter amb ção• apt• carrira pros sional• curosdade• espaço• stlo• amla• la ção• gee• dntdade la r• ldran ça• luco• ordem• orgulo• perseveran ça• pazer• propredade• sexo • tempo Ide a zer• vantagem n cmpas• varedade• vsturo ESCRITA RATIVA
Estratégia criativa. A guerra para conqustar o seu espaço na mente do se leitor Nasce da defnição dos seguintes elemenos: • públco-avo: disponha de um per dealhado dos leitors instituiçõs ou organizações qe pretende convencer com suas ideias; • concorrênca direta e indireta qando se mpnha em provar a alguém que seu ponto de visa é o mais adequado, lmbre s de qu outros ambém estarão fzendo o mesmo portanto cuidado para não incorrer na ingenuidade de acrediar que a mene do itor é um pape m branco uma área jamais dispu tada promessa que benecio o ei or vai obter por aderir ao qe você propõe? Como vimos o egoísmo nrente à naturea hmana f com qu mesmo as pssoas de bm estjam smpr pnsando m si msmas • razão da promessa: se em ago a ofrecer obviamente de vrá tr também uma boa razão para evar o litor a acitar seus argmentos. A dfnição do perl psicológico do grupo de itors-alvo prmite criar uma mensagem calizada com precisão nas mntes que pretn dmos atingir ESCAADA. NO JULGAMENO DE UMA IEA, O VAOR ESTÁ ACIMA E TUO
O q é isso? Um instrumento criado por uma das maiores agên cias de propaganda do planeta para auxliar na descoberta das verdadei ras razõs plas quais determinado público adr a uma idia, tangvl ou não Na hora de denir o obetivo da comunicação a escalada trans frma-se num lançafgutes qu conduz o criador aos tores mais mo ivadores do público-alvo Vamos exmplifcar sse conceito absrao. Aparntmnte uma mã compra determinado produo para o bebê porque aquele itm pa rec sgro de conança, apenas isso. Na verdad ela adquir o b RUBENS
MACHIO
I09
nefcio de poder cuidar melhor do bebê e, com sso senr-se uma boa mãe. Asm, não ser exgero amr que a compr do produto seá ea muio mais com base nesta última rmação do que na primeira O pocesso é inconscene Por isso não é sequer admitido pela consumidora. O mecanismo interno alojado em nossa mente bloqueia o surgimento de tal consciênca já que o comportamento é socialmente epovado po ser consideado egoísmo. Isso não se apic apenas produtos mas a ideias De um jeito ou de ouo odo leitor é um consumidor... de ide. A mda seja ela qua r, é o loca onde acontece o encontro do que o escitor oerece e a dsposição do leitor para compr, isto é, aderir quem lê um relatório decide se compra aquelas inrmações; quem lê um romance abrese, ou não, a determinada emoção. Agumas ideias o eito recus no ato não servem Ouras vão paa o seu carrnho mena, emocional, paa consumo imediato. E tem aquelas que viverão mesmo a eperiência do esquecimento. Assim quando ao apresentr ua ideia ou convidar o etor a acredta no que está sendo relatado s chnces de sucesso aumentm se o invés de rgumentar part de meros atributos houve o apelo adeuado aos valoes mais importanes para o leo. Escrever com ciaividade é lançar mão desses recursos tamém Se alguém inventou um novo e eciente recurso de persuasão por que não usá-lo? Anal, nenhum escritor que ser esquecido por descuido às vezes na segunda página ou nem isso CONCORRÊNCIA DRETA INDRE. COM QUAS IDEIAS VOCÊ ESTÁ COMPEINDO?
Novamente vamos tomar emprestado um eemplo tpico do setor de marketing. Ele nos judrá a compeender melho o que acabmos de dze Aqu não se trata apenas ds ideias contra s quas você va lutar e está vendendo iciclets d mrc X seu concorente não é pens o ricante V, mas o prprio hábito e todo o incentivo dado às pessoas pa que ndem a pé. O mesmo crtéio vale pr a disseminação de IIO
ESCRITA RATIVA
ideias, quer çam parte de um projeto de uma disseração, d um anúncio. Lembrando mais uma vez: você não está soziho tem mais além interessado em ncar raízes no mesmo terreno, e é possível qu o espaço esea pequeno para odos Eendeu? Logo al atrás, ávamos que odo leitor é um consumdor d ideias. Mas para quem escreve isso não é nada ranquilo Porque o mesmo leitor qu "compra uma ideia é aqu que, diariamente, é bombardeado por milhares d outras dias mehors pors ou iguais às suas A umanidade quer que ele se convença disso ou daquo rápido Todos querem um espaço na mente do etor brigam pelo seu posicionameno Ingeudade ness caso é morta Fazer de cota qe não existe ua guerra às vezes suti ravada por outros escritores é queer nrar para a hisória da criação e veicuação de ideias como u ano d Tal o Breve Daí a imporância de esar atento a uma questão ndamntal com quem você está dispuando espaço Qum é o seu concorrnt? O qu l scrior ou não faz para lvar o su litor a comprar o ivro oal, revista etc, e, mas do qu isso, as ideias qu essa mídia contém? Sobretudo em tempos de mídas sociais quando odos se oaram comunicadores, no momento em que você decid dizer o su parágra mihars já s antcparam com txtos iniros muito bem ariculados para conqustar o sucesso no mundo editorial ou apnas no contxo mprsarial - quando scrv no ambin cor porativo, para o pblico inteo ou xteo você está sendo scritor. PROMESSA. OSTRE AO SEU LEITOR NO QUE ELE DEVE ACREDITAR
É pruden retr antes de promr Mais desejável ainda é cum prir o que promtido O pesmento de JeanJacques Rousseau de vria srvirnos como alrta motivo d au toanális Sndo l o mais lnto em prometer é sempre o mais em cumprir Não impor am as mudanças que sacodem o mundo o sucesso coninuará sendo um direito daqueles que prometem ago signicativo ao consumidor e, mais imporante do que isso, cumprem Promssa, ou plus, esse é o nom do dierencial, aqulo qu srá orecido a mais ao leitor e que representará sua vantagem competitiva RUBENS
MACHIO
It1
Tcncamn, o dfrncal também é conhcido como USP. A sgl rva o concto d Unique Seling Propostion ou m poru guês oposção Únc d Venda. Há qum pra lar m roposição Emocona Únca no sntdo d vr o lior crdt qu pod vvr um xprênc úc ao consumr qu m Fl d promssa não é lr d caacríscas ou d mros ribu tos da id uma vz qu n hor d rsov probmas s pssoas bus cam souçõs travstds d doogas ou objtos Mudam s rms mas as smpr rspondm a propostas nduzds po dois motivos: gnhar o qu não tm ou vr prdr o qu possu. Rlcon os bnícos qu a ida rará ao tor a dos aspctos postivos Dstaqu s vangns qu va otr o actar o qu você propõ. a também dos spctos ngatvos. Com om gosto - vt o populsco pnt um qdro draátco raçando os prjuízos aborcmntos qu o tor rá cso s dcid po contráro su di não possu um ccrísc qu poss sr ds tacada l d algo qu as conconts possum mas sobr as qus não tomrm a incatv d r. Em trcho ctado m A propagan imprssa do século XI, May tow sug qu s você não tm ago novo a dir dv rcorrr a um oqu d novdd, "ncontrr uma nov mnir d ar sob o ssuo xporar um novo trtório mocona. Assm você s dnca sa na n, so é, poscona sua propost como ídr n cabç do to Isso sgu lnha sugr da por spcasas sgundo os quas é mhor s o prmro do qu o mlhor, ságio qu vm com o mpo Qundo a concorênca acordar para o o omar dcsão d dzr qu igua ou mlhor qu você dscobrá dsoada qu já é tard. No máxmo, consgurá sr vs como mtadora do nmro 1 nqu suno. (Qu bom qu o nmo é você!) RAZO DA PROMESSA. Ê U BO OTIVO PARA ACREIR
É a aão mas mportan qu você pod dr ao or par qu l crdi no qu sá ndo rts d um dcarção qu supo I 12
ESCRITA RATIVA
ta diretamente a promessa ia. É ela que va ser a esposável pela geração d redibildade, cão imporate quado se preede o veer alguém a espeio do que que que seja. Não basa promeer, é preiso provar OBRIGATOREDADES E LIMAÇÕES. NEM TUDO É PERMITIDO
São quaisquer resrições ou mposições que preisam se ex pliitadas. As obrigaoriedades e limiações geralmee se equadram e aegorias, omo a de aáer legal ou espaia Um eepo que aerala o oeo é a deliiação prévia do espaço dispoível para a iserção do texo a ser rado Há quem se rebele, om todo vigor, ora a preseça dese em Motivo alegado: ele mutilaria ou poderia aé mesmo maar a ria tividade do esrito Melho é deiar de lado a ideia de esbravear diate dessas duas paavras que paeem duas demas. Ao otário lemre-se de que é ela, a iiação que revela o aeo Afal quem ão sabe imitase provavelete não saberá esrever. Vivemos em u mudo feio de espaço e empo. srever u ar tigo para uma revsa ou oa oeça om o oheieo do espaço dispoíve e do pazo de erega Citamos apeas dos exemplos, as oda a mídia vive em orno disso É adaptase ou argar OS SEGREDOS DOS PROFISSIONAIS. BAST APRENDER E USAR
Substanivo. Dê preferência à palava exata
ái iê d d d i r ird u d ii dd d d ó d . E d "E vi i d d á dúid d u i. P r i? r di O r d i r d t di u u d. di r dz d i E d i e d i ve-L
RUBENS
MACHIO
It3
acoece, a jusça desva-se-á de se mo. Se a jsça desvase d seu rumo ntão as pssoas carão pdidas denro d ma con ão sm m" (Adapdo de Coco) (Txro eiad n liv Bom ses m markein g dl"eto, scit p Day i)
N mm é m ó: v d m q l g md O x q m d d mv é íd lv . E é fl bv q d l v D d vb d é mlh m v d q v . Og y G, d d hm mb q v é vd d m é dv. Um m x é d mõ x m vd m d í d q é msvl gém g d q h m q d m d v m m d l g xlê d xd x m mgm d q nd dqd d v d d- d T p dd d v x m d m x d é xmd É d d d d m m v. d mh lh g d v d d Mk w lmb q d lv v q é d lâmg âmd ms v d q gdd. m xm m é mm õ P í d d m ís l dg q vd l' md Jn hkm d Propa g an d resposta reta altamente vendeCra. I õ q mvm q dz mlh d mg m ggm q h l d ú q d g d q m d dz, vd q v é nh d d x m q z m é 114
ESCRITA RATIVA
Conscienes de que ele é a subsância, a essência da mensagem só nos res onsrir o melhor reperório. Sem e vriedde e riqez omo esoher a melhor pvr? Voltir lembra: "Uma pavr posa r do ugar esrga o pesmeno mais bonio Nosso dia a di é feio de um desle interminável de palavras sa ds sem criério Apenas pr exemplir, omemos s plvrs chei ro, "roma e "perme Um bom diionáro não hesiará em deixar lro qe há m visível difereç de signido entre es ind qe envo em era siea Tomndo ouro exemplo, podemos pergunr o qe qer dizer alguém qe discorre sobre ma chuva frte. O que é uma chuva re, an? E o qe pensar qado lemos o ouvimos armções dando ona de que deermindo gar pero ou lnge do Rio de Jneiro? Deveramos spor qe se raa de Manaus? De Nierói? Conclindo, observemos la de precisão dos boleins de me eorologi Eles insisem em armar qe eremos m di com "empo bom Nese caso pergn-se: bom pa quem ou para quê? Se lguém arma que deerminado objeo de escria é uma anea, o eior não em omo onesar a proposição A parir do momeno em que defende a ideia de qe aqe é ma cne bonia, adjeivandoa arese espaço para conesações legims Não seri de esranhar se o eior regisse à armção dizendo go como: Bem, esa é sua opi nião não a 1inha Par mim es ne é fei or m ado é possível provar qe um objeto é ma canea, já que se r de um inrmção espeí e onre Ao onrário não emos como er o mesmo em relção à presença ou à ausênci de bele por serem oneios purmene subeivos e ondiiondos specos cu!uris Como nos únios assidos s ideias e os rgmeos mis res são consrdos prir de subsnivos Eles vão direo o pono, imiandose dar inrmções plpáveis sobre o qe nim Isso s oa campeões de obeividade Redaores sbem que só ssim idei erá chane de ser cei peo pbicoalvo e qe um esio bsrao peca pel a de con sisni podendo ompromeer o resuldo do rblho. E Os RUBENS MACHIO
II5
escritoes também cultuam o bezero de ouro do estilo e são mais cilmnt sduzidos po tom litrário do qu pla scrta clara. Irs Murdoch dsse cea vz que para srmos bons escitores mos d 'matar nossos bbês: cortar algo que achamos brilhante, por não estar no contexto ou não contrbuir para o assuno" diz Rchad Wurman, no já citado Ansiedade de infrmação. Ele coniua: Ora, dveamos parar e planear nossas nstruçõs com mas eexão. Dvríamos prgunta Quais os damntos desta explcação?; Como posso transmitir certeza paa que os que seguiem as oren taçõs sabam que esão no caminho cero?; Qual a inguagem qu lhs prmitira compreder? Wurman z eferência ao to de que absurdos nos são imposos sob o disrce d inrmação. Automatcament atribumos crto peso aos dados dependendo d rm como eles nos são trasmtidos Sem parar para quesionar acreditamos star rcebendo alguma inrma ção Seu exemplo prerido para ilustrar o que diz esá nas recetas de cuinária qu rcomndam tmprar a gosto ou cozinha at car o ponto. Segundo ele, isso não diz muio. Por que se dar ao raba lho de dizê-o? As imposturas de nmação são a mariaprima da administivite", conclu. ostre númeos eatos e apresente os especcos. Em ve d di zer que uma lâmpada mais ecoômca do mundo ja desse exage o El justica a prda de crdibildad da inmação possivlmnte sua melhor part. Prra diz qu segudo tests realizados no nstituto XO, da Universidade X, ela i considerada 57% mais econômica que as lâm padas de sua categoria Com isso, esará dzedo claramente de onde vem tal irmação e que a lâmpada a mais econômca sim porm se analisada dntro da própia categoria o qu deix clao qu você não praicou a chutometria", nem pretende zer do produto mais do que ralmnt . O rsulado um texo honesto É claro que algm pode questionar se o ndice 5% não muito baixo para servi como recurso argumntativo Quao a um aspecto, estamos de acodo o mero em s não chega a ser algo expressivo. Mas, se olharmos dieito, vrmos que xist ago ralmn pssivo I 16
ESCRITA RATIVA
nssa nrmaão. Ela é xata, transparn mr rédto Assm a mas ardtar s dxar prsuadr Sando da ára das pótss tldas no xmpl vja o gra d xatdã ontd nst aún assad pblad jal O Etado de S Pau:
e de ç eei de eehei vi qe e e e cu"iculum ed de Re T / e e CRA d ee e: C ee de e ad 8000 2 Ce ad 5000 3 fd de e e e 1.450 - C e e d e de e d e eeca 750 -
alvz por sso Gabl Garía Máruz prra sar trs jrna ísts m ss txts ltrárs A ms é ss q ns lva a pnsar ad xmpl " oê dz u á ts vad no é as pssoas nã ã ardtar m o Mas s dssr u á uatrnts vnt no lns n é as pssoas proalmnt ardtarã m v Cem anos de solidão stá o dss tpo d osa srr já s srv d rra m outras págas oa ssa ra xatamnt a téna u a aó dl saa Máruz rorda d mara partlar a stóra sbr o prsagm é rdad por borboltas amarlas Quando pqun um ltrsta a à sua asa Márz aa mut rs m d a mm tr um nt m al s tmaa pdurars nos posts d lz. Lmbra q sa aó dza , da z al mm gava dxaa a asa a d brbolas Quando sava svndo sso, dsobru , s nã dssss as borboltas ram amarlas as pssas não ram ardtar. srtor n om oro to u lusra as duas armaõs a rdgr o psódo d méds, a bla, ndo para o é dmoro muto tmp para dar rdbdad Um da sau d ardm e uma mulr stmaa r laar as rpas la staa stndd s nós para sar vtaa bastant A mlr dsuta m o vto RUBENS
MACHIO
It7
para que não levasse os ençóis embora. Então Márquez descobru que, se ussse os ençóis pr Remédios, a b, e iri crescer Foi o que fez para dr credibilidade ao que relatv Para Mrque o probema par odo escritor a credbilidade Segundo ele, "qualquer pessoa pode escrever quaquer oisa, desde qe sej possível acredtar nel Resumindo: s palavras podem ser comparadas a pequenos pre gos com os quais prendemos nossas ideas É por meo delas que di rigimos as pessoas Quanto mehor as escohemos, mais satstórios são o resultados Clareza. Até para ser obscuro
Camus uma advertência: "Aqueles que escrevem de modo caro têm leitores; qees que escrevem de modo obscuro têm comentaristas Pode parecer brncadeir, mas, aind que opte por ser obscuro em seu texto, ç-o com devid clre Esse é um dos pr-requisitos essenciais par que a comunicção produa o efeio desejado s pal vrs simpes são mis honesas justmente por não dr a impressão de esconder algo suspeito. Só quem não tem nada a esconder pode lar com mnha trnsprência Ese é um bom motivo para que rimas e trocadLlhos sejm evita dos sobredo em textos inrmativos que não priviegim o aspecto lierário, apenas o tcnico ém de desviar a atenção do principal, com prometem ênci do exto O que qeremos é que pesso se lembre da mensagem, não do trocadilho Por isso eve o excesso de envovimento Não rquitete quebr cabeças nem espere que o leior sea trendo na arte de adivinhr Isso pode enretêlo e desviálo do que mis impornte Clarez é sinônimo de crediblidade, um item cad vez mas pro crdo por pessos de todos os lugres, bombrdeds dirimene por mhares de mensagens. Ciando Edwrd Tutfe, prossor de Ciênci Poltic e de Esttís tica da Unversidade de Yle, Wrman diz: "Clarez, creza, clarea Você não consee desenhr bem se não respeitr o eo Um bom I 18
ESCRITA RATIVA
tabalho de comunicação visua é como edgi bem. Caeza no de senho e complexidade a inrmação é o que cona - exaamete o oposto do mundo modeno". O joal U Tda y emba que Lee Iacocca, qando presidene da Cysle Copoation tnha um mandameno paa a boa admistra ção: Fale caro e seja beve Esceva do jeio que fla Se você ão fa assm ao escreva assm A lta de clarea ão acoece po acaso Exisem basicamene tês motivos que levam aguém a comete esse pecado" •
,
•
.n
1 esilo aniquado; 2 deseo de impessiona o eito pelo uso de paavas diceis e esutura empolada; 3 diculdade de pesar e ogai as ideias o cohecimeto do assuo em podidade é codção essencial paa o exe cício da claea É ceo que uma mensagem ma escia poduziá uma resposa erada! Potanto se você aca que o leito precisaá eer detemiada seença ou pedi algum esclaecimeo adicioal mude o eo De nada adiana uma ideia se claa e brilhae apenas para o e dato Esceve bem é ates de tudo a ate de comuica bem toma comm a deia A popósito eia ese bilete ctado po Iidoo Biks ein o livro cnicas de comuncção scrit e espoda com seguraça o que exatamente está sedo espeado de Maia. v R Q qu v v u u à , as 8 ar Ri Um texo assim leva qualque um a se setr inseguo a espeio do que deve e Sim poque rer (com s" e não com "i') ão é o mesmo que com p . À oite" reeese ao oáio em que a secetáia deve povidecia a reseva ou ao período em que o chee deseja vaja? E uma útima dvida o tem das " Da manã ou da noie E o por vo" e o obrigado" que ão apaecem no exto? Eles não am seqe emados pelo ce pouco aito aos ábtos de ci RUBENS
MACHIO
II9
vilidade em suas relações pessoas. O assunto, sem elação dreta com o ato de edigr, etra a área esoregadia das boas maeias e, por abea, compromete a comunicação. Ou seja a melhor ideia escrita da manei a mas prossona, ão poduziá o efeio desejado se ão repeitar agus padrs de onvivência. Por m, onvém lemba que pensa om aeza é tare de reda to que leva a séio o póprio oício de escever e respeita o leitor Fases construídas com aeza ão aonteem po aaso Não depedem da soe. Nascem apenas como esultado de uma boa dose de trabalho, muito empenho Ates duae e depois Adjetivo. A gordura ndesejada do texto
Não é peado usa adjetivo. Desde que o çamos como Gaciiao Ramos que se serve deste reurso paa desuda o objeto da sua esi ta e não como o prcipiate que adetva para escondê-lo com uma massa de atibutos O adjetivo debilita a inguagem É preiso gi da tentação fác, de ilar tudo para dar aes de impotânia além do que as evidêias evelam. A propósto dsso, David Abbott em A propaganda impressa d éculo X, adverte, sem ze rodeios: "ealmete, quando se vê muita babosera e palavras compicadas é para amuar a ta de uma boa e sólida dea ental'' Escrever bem é despr cada ase até que estem apeas os eleme tos esseniais Qualquer cosa dta com muitos adjetivos aaba aido o vaio Ae mesmo é dier tudo com substantvos, deixado os adje tivos para os asos de etrema ecessidade Portanto eca suas ases com pedas metais, cadeiras, mesas, animais, homes e mulheres Em outras paavras, dê cosistêna, substâa aos seus pesamentos. Paa que a comunicação se estabeleça ão é necessário imar que esava um pouco conso meio triste ou um tao desaimado É suciente dizer que estava onso, triste ou dsaimado. Em A barca de Gere, Montero Lobato lembra Nos gades mestes o adjetivo é escasso e sóbrio vai abudando pogressvamente à proporção que desemos a esala de valoes E contnua 12
ESCRITA RATIVA
Conei os adjeivos em Monaigne, Rea e Gori. Shaespeae quando q pinta um cáio (um maavloo cnáio shak piano!) diz co: "Uma uà' Tooi ó ua o adivo qando incisvamene qaica o deemna o subsavo Tenho qe o maio mal da oa iaua é o avanço do adivo. Mal sg m pob ubtaivo na a vin adivo ançam- ob l e fcam "encosados como o ncosados das eaições púbica
Voltare chama a atenção para o to de que o adjetivo é o pior nmgo do subsanvo. Fazendo coro com o pensador, Mark Twan aconseha: "Quanto ao adjetvo em caso de dúvda apague-o. O mes mo vale quano ao uso de advérbios, muos dos quas dspensáves. É provável que você já tena ouvdo uma notíca segundo a qua "José matou violenamente Maria Pergunase: é possvel pensar num assas snato motivado e executado com o maor carnho do mundo? Em udo porano, a egra é simplica, smplcar. Menos é mas. Ponto Porque se não tomamos o devido cuidado podemos crar um texto que emboa esteja ceo de palavras, é pobre de con eúdo algo paecdo com a nguagem adotada por maus polcos e seus colegas de ouras áreas. O uso do adjetvo equer prática e muta abdade Nada mas mprocedente do que a deia de que quanto mas enfeitado, mas com pleto. Na hora de decdir o eior desconado ca com um pé atás dane do exo que exagera na qualcação do objeo apresenado É que o clente espera po inrmações precsas conceos exatos nos quas possa acredta sem medo de se arrepende. O cuo do arcoris ou adjeve aguda. raa-se de uma crença epdmca a de que mas cores e nguagem mas enetada rão por si sós aumentar a compreensão Uma ára em que sso é partcuarmene nsdoso é a do nocáro esportvo que adaptou a nguagem da mátca da guerra. As equpes são aniquladas destrudas massacradas comena Wuman O adjetivo não descreve não acrescenta no sentdo de proporcio nar nrmações concretas sobre aqulo que mosra ao leto Ee apenas d o que qualquer um pode der, sem compromsso com a verdade, porque nem precsa ser exao mensurável Não prova o que às vees RUBENS
MACHIO
I2I
é improváve. Adjetivo é aparência e aparência não é udo, mais anda porque pode esconder a la grave de uma essência incapaz de se sus enar Como quando se diz que um carro é indo. Ou muito úil. "Úi em que stuações? o leior pode quesionar Ora um veículo anbio em pouca uilidade se seu proprietário anda apenas por esradas ruas e avenids numa cidade em que a chuva abundante é um fenômeno aamene viso e o lago mais próximo ca a mutos quilômeros daí. A comunicação s em razão de ser quando noada O brilho ir relevante a ea nada acrescena. Ao contrário pode sugerir que a baixa qualidade da ideia ou a la de aleno do criador eseja por rás daquele exo a pono de paa se percebido ee precisar gria muito e o az exatamente por não er algo imporane a dier Anes de superloar um exo com adjeivos ou ênses dsne cessárias embre-se da sábia adverência encontrada num para-coque de caminão: Se grito resolvesse porco não morria Use adjeivos com reserva apenas com o m de esclarecer in mar entusiasma nunca para exagerar ou rçar uma siuação que de oura maneira não se sustenaria m único to essência objeo reaidade pode er o valor de uma dezena de adjeivos. Melor do que o brilho rreevane é a perinência e a adequação. O o adjeivo é a gordura do exo e ninguém se considera mais bo nio ou mais valioso só porque em uns quilinos a mais. Ao contrário o desejo da maioria das pessoas em sido deixáos em algum regime aimenar ou livrar-se deles por meio de um bom programa de condi cionamento sico Um exto elegante e gososo de ser ido em apenas as inrmações necssárias à boa compreensão da mensagem Em ouras palavras é um exto enxuo em sua melor rma sica exibindo apenas o essencia para inrmar com careza e posicionar a ideia com objeividade na mene do leior. FALTA DE CONSISÊNC: FUJ DESSE RSC
1. O uso do adjeivo exige muita orignaidade Nos dias em que vivemos parece que do já i dio Não é ão simpes dizer 12
ESCRITA RATIVA
2
3
4
5
6
algo novo, diference, sobre o que quer que seja. Ainda em que onnu sendo seguro dr inrmções preiss onstruir argumenos res a partir da matéria-prim do sustantivo Pr um sustntivo eistem muitos djetivos e isso ger um proem sério de esolha. A possiilidades de aerco am re duzids A mrgem de erro é grnde Anal no meio de ntos detivos, qual deles é o mis adequado? Um esoha equivo d pode ter resultdos atstróos Votando ao exemplo da anec, não remos que hja outs rms de idntir sse ojeto de esrit ms tente relaio nar os adjetivos que podemos enonrr para ele. O resulado será um ist enorme de palvas um mr de tetivs no qual é muito i se aogar O adjetivo é impreiso, rngente e sujetivo Ele não trns mite um inrmção em deimitada eata, e seu signifiado gerlmente não é o mesmo pr tods s pessoas d um o interpreta segundo suas eperiênias e esla de valores Como se não ssse á ind o prolem d regionlizção um imtção que não é exusividade do djetivo, emor he pese um pouo mis O signido de um palvra pode estar muito adequado ao púio de uma região, ms não ne essrimente será proprido em our ode mesmo on teer de a plavr signifr algo oposto ou até possuir um sentdo negativo. Por m, o djeivo está sujeito às mesmas onds que aançam a mod o que to o teto etremmene pereível Um aordgem pode ar destuaiad om muito mais rapide do que se imgin nl vivemos n er d mudnç Evitr modismos no teto é sempre uma atitude inteligente
O detvo está mis sueito despreer do que o susntivo Déadas atrás, ninguém se surpreenderia so visse uma anea desrit omo um ojeto "supimp redite ess triste plvr á esteve em moda Agora, imgine-se diendo ca oisa nos dis de oje No encn to o sustntivo caneta não mudou RUBENS
MACHIO
I23
O adjetvo tem seu papel no texto Ee serve paa qualiar o que escá sendo pesencado Como t, deve ser usdo p esee e não par xgrr. m so de dúvd elmne-o Estilo. Estístca. Personadade é udo
Estlo: a plavra erta no uga erto; a ordem e o movmento que ooamos em nosss deas omo reeo de nosso neor A spdde n onstrução d fase é o prmero passo par um esto sostdo A se bem esta penetra om dade a nte gêna Cso não o sej tansma letura num eerío cedoso de de des Po sso o estlo deve ser luente avel, ms sempre om o udado de evar ntmdades que nvdm o espaço do leor e rem onstrngmentos Se o stlo r naura sco é sem artos no lugar de um autor enontamos L homem Que o dg Tolsto tado em romance, de Adol Cass Montero: "O esto nem por somba orresponde a um smpl uto da m, mas muto longe dsso a uma prtua onep ção da are e mas em gera a uma partular onepção da vdà' E onde entr o estlo? le wpre bem seu ppe quando non omo roupa feta sob medda vestndo um pensamento laro e eo de substâna Preoupdo em ontrbur para o prmoramento de edatores, um grnde jorna pulst fez uma pesqusa par nvestgr o estio omum de nguagem esrca usada nos Boetns de Oorrn Aqu estão l gums destas preosdades: O ausado oloou em peração vd d pe ou vda ao deposta sobre seu opo solução ombustíve O elemento dsparou rma de go váras vezes onta s autodades e se evadu do loal do o em desb lda arrer O meante obdo ogo após reeber vo de prsão da autordde. O autor da prát detv onfessou ter batido na p te ouvd 124
ESCRITA RATIVA
O melante uso de objetos pontagudos e cortates para daifkar a laara qu rvs o veíulo motorzado. O elemeno no desntelgênca no leto arroçável O rsado, como s vê f mprssonan Palavras xprssões qe o própro donáro á squece onstruçs rebsadas se n avam para consrr ass q provoavam o rso O objetvo provávl do "redaor era mostrar m elevado grau d ulra Uma pena E ra obdo maor êxto scrvndo d manra smpls e dra, com uma lnguagm mas próxma de nosso da a da Falando sobre tas eageros e cosas do gênero Isaac Bashevs Sin ger dz que qando m sror enta epar demas azer psologa ele á stá fra de rmo na ora em qe começa Sngr nos convda a magnar Homro explando os etos de ses herós segundo a aniga flosofa grega ou a pscologa de su empo Se sse assm, acredta nnguém lra omero "Fzment Homero só nos de as magens os fos, e é por sso qe a líada a Odiea são vvas aé o Acho qe sso se apla a oda a leratra Esrever é mas do que dspear paavras no pap Esse orro prc sa tr ma prsonadad qe o dntfqe dstnga d tdo pas sas caractríscas marcanes, ndvdas e nranseríves A slísa s opa do raado das dfrens frmas o spés d esos e dos preceos qe he dem respeo Se obeo é a are d bm esreve Para a exse uma língua normal orren o modo convenconal a parr de onde podem sr eas dstorções po ator Ela é a ênca dos dsvos no qe f esabeledo omo norma-padrão. Para T E Lawrnce, o so é a arqteura do lvro e sa oan1en aço É ua onsrução muo laborada onsne que não adme a smpcdade Nesse sentdo Lawrence omnga com Ortega y Gasse q advert: "Esrevr bm onsste em zer connuamnte pqnas erosõs na gramáca no so sabecdo, na norma vgne da ína É um ao de reblda prman onr o amben soal uma sbvrsão Na opnão de Marcel Jouhandea, o q rma o stlo é a rsa de sar eras palavras e não a solha dsta o daqua Se RUBENS
MACHIO
I25
gundo ele, esceve bem quem "esistiu às nsistenes insinuações de deermnado adjevo de uja aqueza ou voldade de mau goso desconiou a empo. O estlo poanto é o espelho da sensbldade do asta E ele ona muito mais que o conteúdo de sua oba - segundo a Psiologia, quando o de José emboa ee seja o obeo do meu omenáo flo muio mais de mim. Com o esilo aconece o mesmo. Ele evela o auto, mas do que o objeto do seu exo que é algo extero a quem eseve Sempe lembrando que, de um jeto ou de ouro odos os escrioes êm eslo emboa nem todos nvstam om ano na pesonaldade do póprio exto, deixandoo aconece de maneia mais espontânea, sem um rabalo assumdo de artesanao Assim o que é o auor de esilo nonndível senão aquee que em um jeio partular de onsru ases e usa palavas? Todo escrio em um eso omo disse mas nem odos são esi lsas ouo ato a sso Faulker por exempo advere que o asa deveria dzer as coisas o mas depessa e om a maio simpicidade pos sível Ceamente ele nega o gupo daqueles que quado erevem esão ocupados demas paa nevi no signicado das paavas e na onsrução das ases Uma vez iniciado o rabalo sua are única e ndispensáve omo esro é pem a luêa das deas para que elas se man sem na sua ma oigina com todo o escor. Ora udo isso o eva a den a manea omo va tabalha a nguagem Assm o ereno esaá pepaado paa a denição do própio eso. É quando se pode dze que a eapa nuva esá oluda é possível apla elemenos voltados para a écnica É quando ee se empena na busca po paavas exatas para expessa suas deas É quando en ee mpme o seu esio pessoa r
A boa escrita. Ela está por toda pate
Muias pessoas enaram a esra om medo ou desonança Co metem um equvoco. Consideamna o eióo miseoso de gene que cassam omo espeal Da isa zem pae o poeta o oma ESCRITA RATIVA
cisa, o joalista ou qualquer outra porção da hu1anidade ungida es pecilmente par missão de escrever credim. Não é bem assim Quem quer que se comunique com alguém uti iando papel ou outro meio que empregue plavrs é um escritor não imporando o eor do exo ue produziu Basta que ao menos uma vez enha deido um bihete na mes da coiha ou redigido um memo rando no escritório Em qualquer um dos casos, estamos diane de um escrior repito Pea posição ocupada ele enenta ainda que em pequena escala os poblemas vividos pelos prossionais das etrs Dentr as atividades básicas das quais podemos paricipar a dis ciplin de empregar a palavra para comunicar ideias é uma das mais importanes Basta lembrar que durante toda a nossa vida boa pae das inrmções é rnsmitida por meio da inguagem escrita Se redigir não é sua aribuição prossional mas na vida pessoal você se vê como um escrior isso o toa mais bem preprado para en ntr os desos de um mundo que descara o especiaista e privilegia o generlista gente que além de produir ideias também s comunica por meio da palavra Essa é uma boa razão para armar que poderíamos odos nos benecir do aperfeiçomeno de nossa comunicação escrita Apens pr iustrar ao tornar-se mehor como redator de memo randos você aumena a probabilidade de suas ideias serem posas em prática Trnsmitindo bem suas ordens seus subordinados irão reaizar cad tare com mais precisão Isso tudo é um pouco do muio que signica escrever bem
Síntese e impacto. Eles andam sempre juntos Cer vez o lóso Bise Pscl escreveu: "Minhs sincers des cupas por essa carta tão longa; se tivesse tido mais tempo eria sido bem mis curta A verdde é ue é mis dicil escrever menos do ue escrever mis, por mais que isso possa parecer contradtório No en anto não se sbe exatmente por quê ind persiste ideia de que o amanho do texo é algo vaorizado O ideal está no caminho inverso Ao sinetizr mensgem crise um idei muito mis impctnte RUBENS MACHIO
I2
Ainda há qem gast tempo dscutndo a qualdade de um texto a parr d sa xtnsão, como s o número d palavras smplsmnte dtminasse o qano le é cne adqado à soção d detrmi ado probma. Para resolver a pendenga Drayton Bird especalista em maketng drto, mx no vspro lvanando a sgt qstão: "D qanto barbante você pecsa para amarrar se pacot? Essa pegunta é um je to ntlgnt ápdo d acabar com ssa rga sm fto. Um txto, seja e qal r deve ter o tmnho necessáro paa a fção a q s propõe respeitadas as lmitaçõs naturas do vco não sndo maor nem mnor do qe o necessáro para comncar com eciênca As siuações q xgm a criação d m txo variam. Às vzs saltam de um para otro exremo. ma cosa é dscreve a complex dad d um novo comptador drnt dos dmais m dtrminados aspectos inovadores e portanto desconhecdos. Oura é xaltar o sabor de m regerane sobretdo quado s trata de uma marca mundal mente conhcida. Nada o mpede de redg um texto ogo s exste uma dmanda para sso - po exempo qando s trata screvr contos, romances, ensaos dsseraçõs etc Tdo é ma qestão de sabr de qanto ba ban você prcsa para amarrar o su pacot. Ates da pergna ntelgnemente ncômoda de Drayto Brd o lóso Fredrch Nzsch não ev d pnsar muto paa dzr "M ha ambção é der m d ass o q otro qualqur di m lvro Algm tempo dpois, rrçando a msma tse, Jlo Danas uso a obra A ate de digir paa arma qe dcl não é escever muto e sm dzr do scrvndo poco. Sgndo , a cocsão a brvdad, vudes grgas são meio camho andado paa a perção Não é o qu acontc com prncpants sgundo org Ls Borgs: níi rr, rtr n n rv i, n. tv n n tm n n inxrina C rtr ta o iia r vr n nt. 128
ESCRITA RATIVA
Ao contráio do que parece à primeir vista, "escrever é corr pa lvrs. O recdo é do poet Cros Drummond de Adrde A idei é ão simpes e óbva quao verdadeir Qundo cortmos uma pavr vlorimos s demis - não há nenhu mistéro nisso. O critério ão se apica apeas à redação Observe como os gerentes das ojs de grfe utizm recurso semelhe pr montr suas vries Germente expõem um úmero reduido de exempa res dos produos vend A mensgem que está por trás é mis ou meos es: "São produtos especiais e ecusivos ada que ustique venda por bcid como n fer livre Um bom texo é um oj de grie Tem paavras excusivas escohidas com rigor e ada ai é barato ou grauito Num primero mometo uma se pode parecer pereita ão comportando qualquer ntervenção e ão é incomum esrmos en gandos Como neste exempo: "Ee não em nenhum dinheiro A ase ca bem melhor se r submetid a um plásica e gnhar es aparêcia: "Está sem dieiro Ee é um omem muito rico cri mehor como É muito rico Há muias pessoas que usam ese méo do ganh mais eegâci a pee de "Mu gente us ese método Por im Não demorou muito para ele acaçar popularidade desejda em mais chrme assim: "Logo torouse popuar O eitor de oje em pouco tempo Ee quer saber ogo que bee co o texto que está edo he tra Pode ser um irmção imporn e resposta p um ntg quesão existencial o esclaecimeto que o cpcit pr omd de decisões ão import Este pobem pode ser muito bem resovido já a pair do títuo do teo Pr isso é importe deir com careza o posiciometo d irmção Ee os permte sber etamente a mneir como quere mos que noso púbco eend Etão podemos usr s pvrs mis adequdas pr pntr esse quadro em su mente com o maior vigor e no menor espço possvel É um equvoco pesar que qudo se r de inrmação é mis seguro ter demis do que de meos. Ou que é mehor encer o eitor de irmação do que correr o risco de êlo se sentr udibrido por ão er tido um motoado de ppéis pr ler. RUBENS
MACHIO
I29
Obsrv stas ass. Sinéicas, las ram scitas om poucas pa lavras E êm um poder exraordináro de omuniação:
y y y y •
� '
Beba-o com rspito É provável que l sja mais vho qu voê Cognac Mrte! Faça agoa Amanã pode apareer a li proibindo Lawren F Pee.
Gnio é a habilidad d duzir o qu é ompiado a algo simpes. W Cea Manteha a América bonia. Traga um Jaguar da Euro pa Phe Bok Nós srevemos Ge e paz uma ve po smaa Revisa Time.
y y
Nós gostamo de rianças tanto quanto você av mais Pesevavos Finesse O mlhor amigo do scrito é a lata de io Isaa
\�
Sem proemas de radiador Sm radiado. Vlkswagen
B.
Sige
Afinal, o que fazer para mehorar a sa comuncação?
Na opinião do profsor Pasqual Cipo No a primira provi dncia é simplicar a iagm via odios que orm a ase longa sm objividad Ao refrr aos ecuivos o professor di qu els devem de diar diaiamente um período de mpo à leura de algo que seja de su intrss. Além d aumta a cultura gal ssa prática amplia o voaburio Assim a pssoa vai srvr xprssas ada v m lor acrscna Ele observa u no Brasil não valora a língua mal As pes soas não pocupam com a corrta costrução das ass. Volando ao aso do exeutivos em pariular rssalta qu apear de terem an tas rsposabiidads e compromissos dveriam prstar mais atção a sso Ua da vantagns ande pelo nome de "eonomia de tempo 130
ESCRITA RATIVA
Apenas para lustrar, Pasquae acrescenta que é comum as pessoas precsarm, dpois d t nvado um -ma, xplca o conúdo do texto por telene. or sua vz, Donald Weiss sugere: escreva como se flasse com um ompanheiro. Se para conversa você tem a vvacdade de uma abeha não prmta qu o oque da cana o dx com a mão ndurcda A esse propósto Davd Oglvy uma recomendação que merece ser remrada papa d propagand como é conhecdo, d que quando va escreve o anco de um automóve magna estar sentado ao lado de uma muher em um jatar estvo E a ee smpsment anota o ue dra sobre o carro à sua compahera Uma boa prátca nesse caso, é trabahar m duas tapas Na pr meia trhando o camnho poposto por Donad Wess e Davd Og v so é escrevendo nmamnte Em seguda, á num cima de edção, dando cera rmadade ao texto como recomenda Cpro Neto Ritmo. Uso restrto para profssonais
Assim como a músca um texto dv tr rtmo sto é, e dv can tar ou, em outras paavras ser agradáve de er e cl de compreender. Como conseguir al eto? Equilbrando o uso das paavas Os escritores prossonas podm não sar dendo sso por aí mas usam bascamnt ass monofásica, bináia ternáia altr nando seu uso conrme a cadnca que pretendem dar ao texto à medda que o compõem As ases monoi são as mas adequadas quando o que se pre tend é ser objtvo causar mpacto omo neste exempo: "Deus é grande (apeas uma nrmação, seguda do potona). Lembrese de quantas vees voc ouvu alguém dier, para sr concusvo ago como Não! Na campanha de conscentaço contra o estupro, a mensagem, dreta, é "Não é não Atgament um dscurso sempre ermnava com a expessão Tenho o Era tudo de que o oador prcsava para rmar qu o assunto sava ncerrado As ases bináia são deas quando osso propósto é er a passa gem d uma nrmação para outra Ou quando s pretend stabelecer RUBENS
MACHIO
I3I
compaações Ou, ainda, quando se acrescena uma nrmaço a ais em uma ase moofásica. No primeio caso, podemos dier: "Além de ecoômco o novo caro X é corável. Como se vê passaos do coceo de economia para o de conto o segudo, emos o seguine exemplo Minha pme1ra secreaa era oa; e copesaçao, essa - aqu se co para o desempenho de duas prossioais que auam na mesma área Ou, apliado a ase oofásica que nos serviu de exeplo, para que se oe biária Deus é gade e udo vê (apenas duas irmações, segudas do poonal) Como acabamos de lar em passagem aqui esá uma lisa de ex pressões de ransição •
'
,
I
_
))
•
• Adição: e, depois além disso aé e adiço ec • Conclusão porano, assim em, e resumo, cocluido ec • Consequência, causa e eito: porao eno por isso desse modo ec • Contrste e concessão: mas porém eneano odavia ao corário e vez de, aida que por ouo ado ec • Eemplicao: por exemplo, iso é, coo ec. • Ligção espcil ao lado, oe, so, à esquerda, o meio no do ec. • Ligação tempoa assi que, e seguida, aé que, quado, por i, depois ec • Rearmção ou esumo e ouras paavras, e resumo, de fo ec • Semelhança e ênfase do eso modo, igualene dessa ma ec Por im, as ases tenárias se presam a enumera e eplicar Eco nôico, oio e uio conráve assi é o ovo Ou, coo o exemplo cia, Deus é grade, udo vê e udo perdoa (ê ima ções, seguidas do ponofa. Supomos que o objeivo do redaor é escrever al ual os prossio nais do exo. Logo ele deve eviar a cosruço de ases com ais de 132
ESCRITA RATIVA
três inrmações, iso é ernárias. Aém de se lembrar de que os bons cxos são os que mancêm o equilíbrio enre as ass monofásias bi nárias e ernárias. É udo muio simple Val a pna intrrompr a liura por um insan e pratiar um pouo. Faa d ona que o propóso é onar os prinipais os em que voê seve envolvido em era manhã Talve pudesse omeçar o exo om uma ase monofásia: "Ainda estáfio. O dsperador par não ntnder nada sor o dsejo d ar mais um pouquino ene as obertas" Ma m qu voê podria iniiar om uma as binária Assim Frio e ono Tudo se mistrava naquela manã de quarta-feira. Ou ainda o omeo do xo pod ter uma ase ternária Como esa o, oo e prguiça O dia esava apenas omeando Caro qu a rdaão não dvrá er monótona Portan vit usar um únio om que soa omo a mesmie de uma rajada d metrala dora isso maa Esrvr om rimo nos protege dsse peado Ele dá musiaidade aelera e reduz aalma e agia Dá ao exo uma adênia que o oa mlódio armonioso Para isso basa usar om quilbrio os ês tipos de fase independentemene daquelas que esolheu para ser a primeira e a úlima do exo A ase monofásia é a mais indiada para o enrrameno por ser mais enfáia Seu esilo brve m exaamene o om onlusivo Tam bém nsse aso val a pena experimenar Pontuação. Engenharia a serviço do leitor
Anes que voê seja omado por quaquer snsaão esranha aí vai um aviso tranquilizador não vamos reomar as regrs gramaiais que são repeidas à exausão dde o momeno m que ainda pequnos ooamos os pés na esoa e que tentam organizar o assuno. Eviando qualqur imposião iaremos om o pensameno de Vaéry Larbaud auor de Sob a invocao d o Jônimo: A pontua ão de um esritor doado de re personalidade litrária srá pessoa e s asará em maior ou menor grau das regras xadas pelo uso orrente e peas gramátias RUBENS
MACHIO
I3
Mas uma osa é erta: a pontuação ontribu para o ritmo do texo. a omo os redatores prossionas a uzam para tomar seus esritos mas arejados sem perder a seriedade do que transmtem PONT-FIAL. SE E ABUSE
Mutos esritores demora a hegar até ele - se voê já dse cudo, proure a pora de saída fehando a ase om um pontona Nos me lores esritores, o que predomna são as ases urtas Portanto, useo à vontade nusve porque ele dá lareza à mensagem em é possíve pensar em deálo de ado sobretudo agora quando esperamos que seus textos seam musas, ompostos om o rtmo que só o uso das ases monofásias, bináras e ernáras pode dar Voê deve er notado que eas se araterzam exatamente pela rta utlização do ponona, o que toa qualquer outro omentário dspensáve, porque norreria em redundânia Resolver o problema é mas i do que paree. Basta quebrar a sentença que ou longa demas em duas ou até mesmo três, dando autonoma a ada uma deas VRGUA COHÇA O S ODER E SE BEM
Além de eegâna, a vírgula garante preisão ao texto Essas são duas das mas mportantes tares desse pequeno sinal E embora ele seja pe queno, seu uso norreto ou ra de ugar pode rar as stuações mais estranas e ndejadas, omo no aso do oa que, tendo sido onde nado reebe a segue sentença, do rei "erdoar impossível, mandar para a ra Condoída e determinada a muda a sorte do rapa a ranha salvouo om a smpl mudança da vrgula Perdoar mpossíve mandar para a ra Ou na narrativa segundo a qual ero goveado, omuni ando a revota de sua dade ao seu superor, pergunoule Devo azer go ou poupar a dade? A resposta i Fogo não, poupe a dade o enanto aidentalmene o teégra roou a vír g a e a resposta tornou e tal ogo não poupe a idade E quanto ao poo e vg la, essa vírgua om rça estendda O sinal deve ser usado om a mesma autela om que se drige um arro antigo Se o obetvo é produir ases urtas reomendase que ele sea 13
ESCRITA RATIVA
evitado mas isso não deve, nunca representar uma camisa de rça. Anal, sabemos que em aguns casos não teremos como gir desse sial de pontuação comum nos texos acadêmicos por exempo. No eanto uma ase cura não requer pono e vrgula Assim se ele i necessário pode-se energar aí a possiilidade de enugála, quem sabe ransrmandoa em duas ase. Ou opando pelo ravessão. INTEROGAÇÃO. PEGUNTOU? RESONDA
Este sina pode ser usado para efeio retórico Neste caso, funciona como uma espécie de preparação do terreno, um jeito de criar epec ativa Quando, numa conversa diemos "Sabe o que me aconteceu hoje de manã? não esperamos ecessariamente que o nterlocutor se aecipe e responda que sim ou que não O caso que acabamos de sugerir é mais comum nas comunicações verbais. De um jeio ou de ouro a regra será sempre a mesma: s pe gunou responda imediaamente Não espere que o leitor saia à procura da resposa, numa pesqusa demorada para descobrir o que você preen dia dize. Ee poderá não zêo em geral é iso o que aconece, e a a mensagem perde seu eito Iguamete m sempre convém permitir que ele tena tempo para rmular uma rposta baseado as próprias convicçes Pode ser que ea não sea eatamente a que ocê considera a mais ad euada para o caso Ora, uma ve pesadas ais paavras icarão regisradas na mene do leitor. Assim quado você cegar com a resposta que desea ser admitida como correta, encorará outra ocupado seu luga A demo ra em responder implicará a necessidade de uma consideráve dose de esrço para remover e subsituir aquilo que está se transrmando em certeza cristalizada Nesse caso lemrese de usar o poo de inerrogação apenas quado tiver certea absouta d que a resposta será aquea d que pre cisa para coniuar o que pretende dize Nuca ça ao leitor uma perguna que possa ser respondida com ão eu não quero isso O criério é caro, vae sobretudo em situaçes em que o objeivo é con vencer o eor a respeio de ago considerado muito importane RUBENS
MACHIO
I35
Pense numa conversa cujo iníco é "Você gostaria de dobar seu salário sm zr nnhum srço? S não sivrmos nganados, a rs posta será um sm. Agoa magin o ttuo de um anúncio qu com çss com a sguint prgun: Você qur comprr o novo cminhão x? Se respost r negativ o litor vraá a página sem lhe dar sequer chnc d ntra n convs. Não cri ssa opoundde Não o ajude despisá-lo com tana cidade Sja nstigane. Provoque o diálogo scohndo caminhos mais abros pomissors EXCLAMAÇÃO. NÃO TORE A PIADA MAIS SEM GAÇA
O ponto d ecmação fe muito sucesso nas décdas de 1930 a 1960. Naquele perodo nem mesmo a propaganda na qual a busca pla modrnidad é smp maior scapava Eam poucos os ttos qu não apareciam rcheados desse pontinho. Hoje le está ra de moda. Os mlhores escritos o evita a não s para csos espcais. Els descobirm que eistem outras rms de vorizar uma mensgm. Ao contrário dos principiantes, gem da enção de usar um ponto de eclamação par alerar o leitor de que esão zndo uma brincadeia ou sendo irônicos. O uso desse sinl é sintomático. Ee apont pa a fraqueza do teto Oleo com mais igor. Seu aspeco é de uma muleta um hase nali zada por uma borracha qu lh serv de supote. Na as m qu nada é orignl l erc atament sta n ção mule de uma inmação que não se susten p consisência ds palavs, pla novidad d mnsgem plo alno da construção. Produz o fito semehante ao to d eplicr um piada que, lém de ser sem gaça, i mal cond. Pens naqul chefe desagadável que na seaira alguns mi nuos ants do inal do pdient, conta um piada ruim Ele já a contou outrs vezes mas ainda ssm spr qu odos rim à vontad Qundo pecebe que não ez ano sucsso resove epicr a andota. No máimo, o qu consegu é um rpdio vdo, sconddo trás d uma risadina amare, uma mstur de jogd poltica e ndignção. Não é bem sso que sprmos como ração do or Escrevr bem é sr ESCRITA RATIVA
oiginal, mesmo quando o que se diz é apenas o óbvio. É assim, e não de ouo jeio, que se provoca o inteesse e o paze pea eitua. RETICÊNCAS E ASPAS. PARA STUAÇÕES ESPECAS
Use as reticências apenas quando interompe um pensameno, como no caso seguinte: "A minha antiga secetáia ea ineiciente; em compensação, a aua . goa veja ês exempos de uiizção oea de sinais como aspas e eticências spas O céebo é como um paraquedas Só cio na quando está abeto rJames Dewr- O sinal in ma que o pesameno do auor i tanscito iera e integamete Reticências e aspas: "[...] só nciona quando esá abeto Sirm Dewar - O sinal que vem o início, composto pea combiação de cochetes ou parênteses e eticências, avisa o eior de que, po ama razão especial a ase não i anscia integamente Reticências e aspas: O céebo é como um paaque das Só nciona[) Ou O céebo[. só nciona quado esá abeo. Sirm Da O acioíio é o mesmo do item aneio, com a dienç de que nes te caso preferiuse omiti a parte centa do pesameno de Si James Dewa po consideáa desnecessáia aos supostos popósitos em questão. Muios insistem em acedita que eicêcias aqui, uma eca maçã ai, aspas acoá deixam o texo mais te ou peo menos mais efeiado. Nada mais onge da vedade. Tudo não passa de um eercício desnecessário de pouição da mensagem, que em nada gaha com isso Sinais de potuação nada têm a ve com aquees vasihos de o de pásico que são distibuídos com mau gosto pea saa Ees não a ciados paa sevi como peças de decoação, mas de siaização organizdo um aciocínio RUBENS
MACHIO
I37
A fnção dos sinais de pontuação é orientar o leitor, que drige sus ohos paa a pista d um txto qur vtar acdnts qu pod iam se tais. Assim, imagin um ngnhiro d trânso dcidndo-s po co ocar um snal quaquer em cra squina No caso, só o z po que tem prdieção peo símbolo que orienta o moorsta para que nt à squda Acontcá com o txto ma ponado um acidnt semelhante ao ocorrido naqua esquna. A, tudo podera ser ito para qu o oca cass mas onito, mnos coocar um sina de trân sito aritraiament Traahando como escriors, mos a ngenharia das palavrs dos pnsamentos, organizandoos dando a ls uma ógica Nossa tae é orientar o leitor, não conndio ou ze com que se perca. Como spa qu motoristas pdsts crcum com sgurança por nosso texto, se e estiver ma sinaizado? Verbo. Faça acontecer
Quando prcbu qu havia chgado a hora d crar o mundo, Deus revelouse o prmeio usurio do verbo. Nos captuos iniciais do ivro do Gênsis, na Bbla, mos que Dus dss "Faça-s .. para cada cosa que desejava tonar ra. Assim, é indispnsáve usar vbos res, uma ve que es ncionam como os pegos que sustntam a ase Vrbo é ação, o qu justica o consho d mantêlo na voz ativa Vea aguns exemplos: • Preste muita atenção. • Faça isso agora • Esceva um texto mehor Essas são ases curtas com veros que motivam a ação Eas não são inrtes Faz pate de nosso taaho a criação d txos que s mo vimentem e, como ais, sejam incitados o basant para neutralizar a nércia humana 138
ESCRITA RATIVA
Históra. Leve o letor para passear Quem conta um conto aumenta um poto. Mas quem conta um coto, uma boa história, aumnta potos o coceito do litor isso é udo o que se quer. Sntindo-s graticado plo xo qu lh i orcido, pr maece por aí com a motivação que o levaá até a ltima página E crtaen, à idicação da obra para pssoas do su círculo de rlaco nameto. O que é bom é pa ser mostado No ato uca é dmais lmbrar: o litor não é bobo. Ao co tráro seu nível de eigência aumenta a cada dia E ele não perdoa a entrega de um serviço com qualidade duvidosa A nte de psquisa, o níl de criação o cuidado o aresaao na carpitaria da história tudo isso cota muito. Essa jornada comça na usca pa matériaprima a ser trabalhada Esse costuma ser, sobre tudo para escritores principiantes, o maior desao. De depende odo o começo Dee depende odo o rsto O cenário tende a se toar apa vorante portanto. Busca uma história cosiste num trabaho de merguho no seu etoo e o mais podo d si msmo para que o escodido s rv e Não xiste saída o único ito de contar uma história é contar uma históra. Smples e desaador assim. Aal de contas a sua história, aquela que se esconde em algum lugr do qual só você tem a chave sta unca i contada Até qu isso aconteça, ela será o máximo, um emrião peddo paa gahar corpo e espaço. E é de você que ela espea as condições para se ralizr. Mais do que isso convém ter conscência de que a primeira versão da naativa não vai agradar em cheio. Em gera, nem a segunda Nem a terceira Talvez nem a décima Mas ão vale gir da raia Contntarse com uma descupa por não conhecer oda a hstória a ser narrada não o evará muito loge o ofcio de scrtor. Para iiciar esse voo, você não dispõe de muita coisa aém da dis posção e da sperança esperança do verbo esperança- de que vai dar certo. Anal a sua imagnação trouxe tona algum contedo que tem potncial para toarse uma boa históia Assuma o pap de piloto RUBENS
MACHIO
I39
dessa nova ideia e alcance as alturas em termos de qualidade do texto e de realização pesoa. Stephen King lembra qe "o trabaho do scritor é consegir tirar ada osso do solo sem daniá-lo. Para isso, é preiso omeçar, mesmo qe o começo seja osco É preciso criar envovimento Chegar ao ponto de sentir que ali eiste uma históia, e qe ela tem qualidade verda de, consistência suciente para atrair, ativa o leior Um rabaho que omeça pelo começo por meio de anotações e que ermina no fa quando a narrativa já estiver impressa, pronta para circar e umprir os seus propósitos Comeei nossa conversa insistindo em ores como qualidade, vedade consistência Num primeiro momento, isso pode nos levar à ideia de qe o qe se propõe é algo inatngíve para mortais ada disso E aqui mais ma vez, experimento a aegria de derrubar mais m possve mio Onde estão as históias que vamos contar? De qe reursos so brenaturais preisamos estar mnidos paa encontrálas Resposta: eas estão ali mesmo, bem ao alcance das nossas mãos humanas Um exercício pomissor, e básico, consiste em dar uma olhada nas man chetes de joais por exemplo Esa mídia ão gaz, costuma estar echeada de narrativas, apenas esperando por um escritor que trabalhe o seu desenvovimeno Isaa Bashevis Singer di que jamais sai em busa de história le toma noas, nuna omo repóter De onde vêm suas histórias? De coi sas qe vieram até ele sem que prorasse por eas. Anota ideias para uma história, que deve ter m clmax, claro Ao se deparar com a narrativa que he i entregue sem que e esrçasse para ano, dedica se a escrevêla, porque disso consiste seu ocio de escritor Mas e não é o únio. Ricardo Linhares, roteirista da Rede Globo, segue o mesmo ca minho. Sas eerênias ionais são ivros lmes, jornais revistas a própia vida enm Considea que nos onais esão narradas his tóias vividas po pessoas reais que podem ser tansportadas com scesso para a cção João Emanel arneio, da mesma emissora em sas ntes no inema e na iteratura do séclo XIX - Balzac Guy 140
ESCRITA RATIVA
de Maupassan Dosoievsk e Vicor Hugo po exempo. É igual mente nos cássicos qu ouo sco e oeiris, Wcy Csco, gimpa seu ptóio Ingn do msmo im lh Ngão diz qu vi o m cdnho paa scua s comdes sobr o qe las gosm o qu não gosm lém d se neir um pouco ds cs que cicul em seu entono. Procur ouvir muio Por te sido jornalista especiizou-s n ar d pgun, diz Pgun ouv Gos d conhcr gn Quando va ee acescena sua paisgem pefeida é composa po pssos, mis do qu pons cseos Nd é agoa eveou o coneúdo da su uur narativa cao leto? Que m exis nisso Um ds mehos nes, se não melho, anda não i dvidmne vascuhd: você É denro de si msmo qu s scondm, tlvz, s mhos históias ind não tds Ana, ninguém o conhce mais do que você mesmo Tudo o que em z é encona hisóris com um signido emocion consisente e depois tnsfir tdo isso p o ppe lvz com o poio d um pesongem Descrição. Pnte uma magem feta de palavras
Dscição é psnação vb d obtos pssoas ugs mdin a indicção d spcos cacrísicos dnidos que vm o eio visuliz o obo d pesnção Assim, "Descve é caracizr um cena um esdo um momeno vivido ou sonhado po meio de noss pecepção sensoia e de noss mginção cidor A vsão o ao udição o oto e o pldar nossos cinco seni dos constiuem os licces d descição mm Emli A Seveino Aônio Mauo Feira do aocnio no livo Redação gmáca literau inteetaço de text. Ponto dscrev ideia dequadmente. Não dê nad por ce o não ci em suposições tão espernçoss qunto ches de perigos como a d imaginar qu o eio sbe go respeito do qu você peende dize Sem suesima-he inteigênci com ases os aisque-se pensar que ee sbe pouco ou quse nad é mis seguo RUBENS MACHIO
14
Isso nos eva a chamar a atenção para o hábito de observa. O bom observado pecebe detalhes que, usados oam o exo mais sabooso e surpreedete. A oservação pode ser dieta sto é, feita o póprio oca Tat-se de epor os pormeores mais reevates A técic icui utiiação dos setidos humos: oto o, paadr udição visão Epore-os da maeia mais ciativa evado o eitor a se ser em cotato com a eidde d qua você a mesmo que ee esteja distante dea A rma de cot um acoecimeo pode aumetr cosideravemete i tesidade do teto. A obsevação tamém pode ser indireta. Isso acotece quando usa mos a imagiação ou a memóia. Nesse cso, buscase tsmiir a sen sação de que tudo é verdadeiro. Uma nte inesgotáve de observação é eitura como á dissemos ateriomete. TIPOS DE DESCRÇÃO. IPOS E PINTURAS
• Descrição subjetiva pesso: "Stea era espigad dum moeo chado muito a de corpo. T iha as pernas e os rços mui to ogos e uma voz igeiramete ouca. Stea me briu a por, Marques Rebeo • Descrição fsia de pessoas "Iracema, a virgem dos áios de me, que tiha os caeos mais negros que a as da graúna e mais ogos que seu tahe de pameira. O vo de ati ão ea doce como o seu sorrso; bem uiha escedia o bosque como seu háito pemado. Mis rápida que ema sevagem a more virgem corri o sertão e as ms do Ipu ode cam peava sua guereia tribo, da grande nação taaara. O pé gáci e u ma roçado aisava apeas verde peúcia que vestia a terra com as primeiras águas Icema, José de Aear • Descrição psicológica de pessos Ee um homem passion esudioso e austero já edo Arte por sua md. Ea, uma jovem de rr ee chei de ecaos e egria pea de u e sorisos travessa como uma gaea ova aetuos e cheia de amor à vid O retrato ov Ed gr Aa Poe 142
ESCRITA RATIVA
• Descrção de objeos: "Óulos: instrumeno om lees que amplam os objetos discaes ou peto do obsevador e que hes pemiem uma visão ítida dos mesmos." - Douglas To • Descrção de fncionamento Para operar sua avadora distri bua a roupa uiormemente no entro da máqua. Em segui da gre o botão do seletor de íve de áa, seleoe o proga ma d lavagem apee o boão. • Descrção de ambiene Os ampos e as ávoes pareiam a da mais boitos sob a luz do sol Os pássaros aavam alegre mee equato atravessavam o éu au De epee quado a famía Otis etrou a estrada que oduia à masão Ca terville, uves esuras sugiram o éu e gralhas voaram sem paar tão gotas de huva omeçaram a air - O tasma de Catevile Osar Wide NUMERAR DSCRVR
Veja algus exempos: • Gratação de 100 mil réis Fugu há um mês mais ou meos muato laro, meio aaboado, abelos esorridos, um pouo respos fa ompassado, bigode e barba o quexo ato e ma gro di que soe do peto. Desoase que anda lá peos lados da Va de Crueiro. (Gazta da Bocaina, 1884)
• Silêio. Passopecos Sêio Cisado das galihas. Passopre os Siêio Uma poeira Mas poteiras Os urais Vultos de vaas de badado. A varada grade. Lues. Chegamos. Apear. Ooão Guimares Rosa, em Srana)
• [..] Um homem vai devaga Um ahorro vai devagar. Um buro vai devaga Devaga. as jaeas olham. (Co Dond de Ande "Cddeznha qle, c Aluma poeia)
RUBENS MACHIO
I4
Dissertação. Trate de ser convincente
Dissertação é um processo em qe o emssor expõe deas, discorre sobre determnado assunto, argmena bsca convencer o nerlocor. É sada em extos crcos eses exposção explanação e argmeação Denndo o assnto os já ctados Emía Amara, Severno Anôno e Maro Ferrera do Parocnio lembram qe "Dsserar é epor opnões, pontos de vsta, ndamentados em argumentos e racocnos baseados em nossa vvênca, nossas eras, nossas postras, nossas conclsões a respeto da vda, dos homens, de nós mesmos. Faando do pono de vsta da organção e do coneúdo a dsser tação buscar defender m prncpo, demonsrar correspondênca entre ideas e parágras, apresenar argumenos prcsos xempar, nro dzr e concr, docmentar as armações e ser rca em deas. A nrodção pode ser ncada por ma consderação geral ma ctação ma nterrogação. No desenvolvmento, evte o excesso de con junções conclsvas: poi, Lgo portano. A concusão deve apresenar, aém da recaplação dos argmenos, uma dedução própra - não se raa de reper o que do anerormene m rabalo nú para o leto, que não quer e não precsa ver do de novo. Algmas regras báscas para a boa dsseração são analsar as deas, er a aprecação de prós e contras, procrar as casas e as consequêncas. A disseração envolve elemenos como to, opnão, hpóese e argumentação • Fao é a realdade • Opinão é ma manera de pensar sobre deermnado assuno • Hpóese é ma deia suea a conrmação A dedção e a dção são nsrmenos para a busca da verdade. O racocno dedvo é o pensameno que pare do gera para o parcar como neste exemplo Todo omem é moral. ( 1) Robero é omem (2) Logo, Roberto é mortal 3 As duas prmeras proposições - 1 e 2 - camamse premsa maor e menor respecvamene A lma 3 é a conclusão Já a ndção é o pensameno que va do partcular para o gera. 14
ESCRITA RATIVA
Veja este exemplo: Na primeira noite eles se aproximam e oubam m for do nosso jrdim. E não dizemos nd Na segund noite, já não se escondem: psm as ores mtam nosso ão não dizmos nd Até qe m dia, o mais fgi dees entr sonho em noss s, roba-nos z e oneendo nosso medo ananos vo d grgn não podemos dizer nad (Euardo Alv da Costa, "No caminho, om Maakosi, em Poema)
Etapas da construção do exto. Vamos por partes Comec panejando. Assim você pode economizar disribuir me lhor o tmpo disponíl Isso é fndamnal. • O primiro paso consis na escoha do assnto sobr o qua prtnd far • Dlimi se assnto, iso é não e far tdo sobr do • Detrmin com clareza qu é o objivo do texto. • Escreva ma fase-núceo iso é que conha em si oos os lmnos do qu prtnd ordar como ma smnt qu sconde uma grand árvo Os oirisas chamam storline, síns do rsumo d hisóri conaa ago cuja extnsão em Tims Nw Roman copo 1 2 não vai além d st linhas • Eabor um pano d desnvovimno. A parir d slcion os aspcos qu dsnvolverão a fasnúceo ordnos • Escreva o desenvovimeno do eo. • Escrva a fas e concusão RUBENS
MACHIO
I45
• Revise udo. Supondo-se que escreveu como composior, leia-o em voz om os ouvidos exigenes de um mtro par pe eber flhas que ane não erm aparenes Faça com que o exo mantenha um ritmo ele deve ant Revise de novo Se puder deixe o rabalho de moho Depois ça uma nova evisão • Agor e só gora ele esá prono Argumentação e contra-argumentação. Seja consistete
Desenvolva a apidade de rmulr opiniões racioínios argu menos dierenes ou mesmo oposos Isso represen um sato de qu lidade na paidade de disserr Ese é um bom exemplo de argumenação: nenhum homem é uma iha porque po mais soliário que ele seja sempre erá guém ao seu lado, dando "aquela rça O homem nunca poderia se uma iha pois esá sempre pourndo novs oiss novas emoções sempre se envol vendo com gene nova por mais desconhecido que sea Agor vea ese uo obeivo é de ontrargumena e pereba dierença: será que realmene sempre emos guém ao nosso lado dando quel rç? nos momentos em que isso não oore? Seá que o o de procurarmos coisas novas envover-nos em novs emo ções e om novas pessoas signi neessrimente enontarmos o que procurmos? P er erez de que ez o mehor em su disseção nlisea sob os seguines ponos de visa introdução (ea apresen o tem?); ação e coneúdo; quaidde d tese; corespondênca enre ideis e paágrs; precisão dos argumenos; presenç de exemplos nexos gicos;
O
O
O
qulidade da documenação presentad/disuid; iqueza de ideias; lingem deuada; comprimeno dos parágrs e ds ses; clreza e legibiidade; sinxe ponuo e otog; conclusão mara os dierenes elemenos?) ESCRITA RATIVA
Potencializando seu conhecimento. Para atingir os sentidos
Mais do que conhecmentos, as pessoas qerem obter certezs. Assim perguntmos: o que deve contecer pr qe o texto inuencie o comportmeno do leitor? N opinião de Phiip Kote professor de Marketin nerncion na Keogg Schoo of Mgemen, mensgem compsta por inrmações, tos etc. deve tingir os senidos da pessoa. Como m dvogdo que defende o ciente e desej ganhr cusa não se limite a emitir sas opiniões sobre o o É mais segro e pru dente anexr provs qe conrmem cada ma de ss palvas em vor do cliente e contr o réu. Par isso • Faça anaogias e, se r o aso, incla ma anedota • Cone ma históri pesso Apoie ses argumentos na toridade de m especalist o conte um cse. • Cite m dado estatstico sobre a qestão presentada. • Se o simpes o de efrir-se m valor como 5 mi dóaes orn a inrmação vaga, use ma o mais reerências conhe cidas peo eior Dig, por exemplo qnos aprmenos o qntos caros poplares é possível comprar com esse dinheio. tor mis crs s ideis presentads den termos qe de otr mneir poderiam csr mentendidos. • Algums pessoas não veem citções com bons olhos ms há quem goste desse recuso comprovdamente váido. Flndo sore o uso eqente de citções em sa obr escritor Ma rinne Moore diz que pens procrva ser honest e não rou ar coiss A pegnta qe sustent tese de Moore é qe se ma coisa i di d meho maneir como se pode dzêo de rm ind melhor? Se queri dizer lgo e l gém o havi dito da maneira ideal, então ea utilizava as mesmas plavras, sem esquecer de d o crédito à pesso Moore diz: "Se você está encntdo com m ator creio que pecisri ter um imagina ção muito estrh e doenti par não quere comprtil ess sensção Algém mis deveia ler isso, não ch? RUBENS
MACHIO
I47
• • • •
Cite um evento, dê exemplos e apresente tos. Mostre ilustrações: tos desenhos etc Rera-se a nocias publcadas pela mídia. Vá buscar na istória um pano de no para sua defesa ou a desa de um de seus aspectos. • earme os conceitos apresentados • Por m não eixe de ado a rça do testemnho de alguém tavez um prossional, que goe de credibilidade junto a se púbicoalvo mesmo que não pertença ao mundo acadêmico à comunidade cienca etc
Voltando ao pensamento de Kotler sobre o camino de uma mensagem persuasiva o autor acrescenta "Para indur uma ação por meio da pesuasão em massa, essa ação deve ser vista pela pessoa como um camino para cegar a um obetivo ue ela visa E Kotler con cui Para indui u1a ação, um sistema cognitivo e moivaciona apropriado deve obter o controle do comportamento da pessoa num dado momento. Dissertar debater. Disctir. Questionar. pressar nosso ponto de vista qualquer que sea ele. Desenvolver um raciocnio argumen tos que ndamentem nossa posição. Polemiar, at, com opiniões e argumentos contrários aos nossos Estabelecer relações de causa e con sequência. Dar exemplos. Tirar concusões Apresentar um texto com organiação ógica de nossas ideias Lógica. Isso faz todo sentdo
O princpa obetivo da comunicação inluenciar o compor tamento atingir os senidos e ser aceita. Ela deve ser vista como cami no para o sistema cognitivo motivacional. Nossa maneira ocidental de pensar respeita as regras da ógica aristotica Aqui o esquema composto por tês elementos aparece na primeira colna duas premissas e uma conclusão com seus equiva lentes posicionados à sua direita 148
ESCRITA RATIVA
1 . Premissa maior 2. Premissa menor 3. Concusão
robema Comprovção Convie à ação
Itrodução Desenvolvimnto Concusão
Vamos imaginar um siuação a qu um baco deseja ar com seus cientes uais e pros pects. Ee quer oferecer-hes um ovo serviço e, mis um vez servese da estratégia "probem compro vção convite ção, gor em oura vesão consruída segundo os pricpios do raciocio dedutivo Na premissa maior ee z ree rência ao probema vivid peo ciee que o evaria compra de um novo serviço como rma de soucioná-o. Por exempo necessida de de enbiidade para o seu dinheiro disponve para invesimento. No segundo momeo, premiss menor (comprovação) pesen odas as provas segundo s quis a istiição nnceira esá apt oferecer udo o que o ciente deseja e é mais. Por m na concu são z o covie à ção, orienndoo sobre como zer em ermos práticos, para se beeficiar de udo o que e é oferecido paa que seu dineiro rend o máximo possve No primeiro prágr trvés d premiss meo, o assuno i introduzido No segundo, por meio d premiss menor o tem i desenvovido Po fim, no erceiro veio a conclusão A estrutura e seus princíios • O tíu expess o reconecieno de um necessidde ou de seo do eior. • A apenção de arumeos mostr como idei pode stis zer ess necessidde ou deseo. • A comprovação ou desenvolvimeno dos argumeos rerça ideia por meio de provs ou de miores detes dos rgu mentos presetados. • O conte à ação com que o eior se sint uoriado ou us ticado a agir segudo o convie que cbamos de aer sindo d mer conempção. RUBENS
MACHIO
149
Na opinão de Chales Dickens, oveista ingês autor de Olver Twist, "os os é que vaem. Só o tos é que são necessáios na vda já que nossa atueza est no movimeto, e o epouso competo seia equivaene à mote. Podemos anda desevove e apoda o texto pocuado cau sas que atecedem as causas apesentaas Aém disso, temos a possibi idade de ivestiga as consequências das cosequências apesentadas. Agido assim a discussão ca mais viva, mais conea, mais cooida e gaa em emos de cosstêcia. A concusão (cosequência) pode se iiciada com um dos segui tes emos: O poque O uma vez que O a medida em que
O po motivo de O po causa de O tendo em vista que etc
Narração. O que aconteceu?
Naação é a eposição de um ato mediate eao de cicustâ cias que o pecedeam acompaaam ou se seguiam a ee Recoe mos mais uma vez a Amaa, Antônio e Patocíio Naa é cota é eacoa siuações e pesoages no tempo e no espaço é pecebe o que aconteceu, o que podeia te acontecido e coa eata epati com os ouvntes ou eitoes as istóas de nossa istóia Naação e descição conndem-se muitas vezes É difíc enco ta um teto com caaceísticas totamete descitivas, bem como teiamete aaivas. Se a descição a atitude do escito é de ob sevação na naação o compotameo é ativo e icui vebos que po pocionam movmeno ao texto. A naação é o métoo mais ago e mais decisivo paa ete a aenção de Ua pessoa. Aa todo mundo gosta de ouvi uma istó ia Assim sempe que possíve apoveite a opotuiade e eça a mação de ma aativa.
150
ESCRITA RATIVA
Perguntas universais. Todo mndo quer saber
O planejameno para uma boa comnicação não perde de vista qe ea consise em denir qem diz o que paa qem, mediante qe meios o eícos com qa oeio. Se ma pergna em rmlada traz em si a meade da resposa m caminho qe pode condzr a res posas ineessanes é ese: QUEM?
Quem são os personagens? Identica indivdos e grpos qe pos sam esar enovidos na siação, com rças recrsos o acessos espe ciais a inmações úteis, assim como pessoas qe enham ago a ganhar com a soção do problema. Pode-se começar com esas pergnas • A qem interessaria esa ideia? Qual o sexo, idade, saário/ren da tamanho da míia nacionaidade, ocpação edcação ec dessas pessoas? • Qem oma a decisão para aderi à ideia proposa? • Qem de o adere a ea? Em qe medida pode se apresena da/vendida a noos tipos de leiores? O QUÊ?
Referese ao aconecimento propriamene dio denica as coisas os oeos e arigos envolidos na siação Aém disso, apona os re qisios, dicudades, enecios, vanagens e desvanagens implicadas na práica de rmar uma soção Agns passos qe podem ajdar • Descea a ideia sumariamene • O qe a pesqisa indica como a razão "rea pea qa esse ipo de ideia é consmida? Qua desejo paricar é sais feio e como? • Qais oros ipos de ideias o proposas concorem com ea e a qe pono? RUBENS
MACHIO
I5I
• Quais são as principais vaagens e desvantagens competiivas de oss poposa? • Quis so as vages e desvatages de ossos pricipas o cos? • De qe modo é páco da essa ideia maio persolidade ompeiiv? ONDE?
T do lug em q s deseolam os os. Diz espeio lo lizações e cos do probema • Ode es ideia é mis em ei do poo de vis de áes geogáas: ual o ana? Peqeas dades o meópoes? • E pode e o eição em ovs áes? Quis seim elas? COMO?
Q sabe a mai omo s oss oeem o aom. Fla de ma, de medidas ec • Há ês fases o ilo de vida de m idia: iodção (p seação) cosoldaço e evitlizaço Qua delas esamos ata vssdo?
Onde, quando e quem peecem à iodução do exto O quê úe s dados q am o dsvovimo da mesagm O como pee soetdo o clímax da av Reseva-se o por quê p a olusão Se em vez de esceve voê peede presea vealmee suas deis ess pegnas podem espode às ecessidades d pejameno: • Soe o que vi l? • Qum seá o se pio? • Qundo iso é ql é o meho momeo? • Qua a liguagem adeqada sação e ao púico visado iso é omo l?
152
ESCRITA RATIVA
Onde vai la? • Se o aso, inlua uma úlci1a pegunta: quato desejo ga nha om isso?
•
Já que eles são mais eazes do que as palavas, aqui vão dois bos
exemplos de desrição. Um deles empesado da liteata O a ér m V r v l l m m l E l, m m l, - m la á Há mã m l Cr rí G R l má V r lm lm l , ma á m . V ê ma , f m am E mt r l ár, m m tu n é m m m E m l r l m [ ] (Jor e de Lma, Obm poéti
outo exempo vem da popaganda: Al Km nn m m rn m l N m l N m N m rq N é N Wm F B Al q é i QUADO?
onsdea o momento em que o o ooe Tabala om a noção de tempo eeese a orios, datas e opotunidades ligadas à situaão • Quão equetemente esta ideia aeita? • Quano aeia samos nos edo a tos omo ora do dia poa do ano ias oasiões espeas ente outos • Podem se iados novos momenos paa mpliar a adesão? RUBENS MACHIO
I53
POR QUÊ?
Qual é a causa dos ros? Pemite alcança uma compeensão do objeivo básico ou das azõs que povocaam dmiado vno. Coerência, coesão concsão. Você fala cosa com cosa?
A coeência é um conceio usado com efeênca a algo que é ló gico consquen m ação a um anecedne em é cone maném uma mesma linha com uma posição aneio aa a inguísica, a coência exua é o esado de um xo em que os seus componenes auam em conunos soldáios. Isso que di z que aém das enidades uiáias das ideias scundáias é possív encona um signcado globa em oo de um ema pncipal. aa que algo nha coeêcia, pecisa apesna uma sequência que dê um sendo geal e lógico ao ecepo de ma que não aa conadiçõs ou dúvidas sobe o assuno É da coeência ne palavas, ases e paágas que nasce o senido de um capíulo É da coeência ene os capíulos que sug a uidade de um livo. Coeênca ee-s àquilo qu m ógica, ou sa, um conuno de ideias que m nexo e unimidade Não po acaso um exo bem esuuado é fio d ês emnos: in odução desenvolvimeto coclão. E cona com o auxílo de pposições e onunçõs po exmplo "niciamn, "pimiamen, "aém disso, do mesmo mo do, (bem como enf11 , (ssa toma ou sa c que d'ao o acabamno coclum o abaho de macnaia, so é dão cosão ao exo ou sa el ca bem cosuado e anspia uião amonia com uma associação nima as pas compoes. Cocisão po sua ve em oigem no laim ono, sigica "s paação e paes, ene divisõs de onidere "coa coa aa vés coa m pdaços, de om iesicaivo mais aedere coa Um escio concso coa elimia as paes desnecessáias do exo, expõ as deias em poucas paavas r
,,
)
154
"
.
»
(
ESCRITA RATIVA
Título e subuo. Convide o eior para enra
As pessoas leem para se inrmar sobr o que há de novo. A rvista Reader' Digest (Seleções), considrda a pubicação mis lid do mundo, em três princípios básicos para seus títuos: • most uma vanagm ao lito; • torne essa vanagm bem evidnte • most como é cil obtê-a O títuo é o tlegram que dcid s o litor lrá o txto. Não lemos o jorn intiro Nossa decisão sobre o qu r acontc a parti das manchets. E epae não gosamos qu nos nganm. Po isso, comc com um tíuo de abetura re e um parágra em destaque Lea - que xponham os benecios imdiatos para o litor, traiam sua atnção por algum motivo. S o ttuo dcd a entrada no tto o lea é qum o conduz dnitivament paa o seu intrior Um dos maiors dsaios na escita é como iniciáo. A ta re do lea é sgar o leitor com uma ideia povocatva prndendo o a cada págr, crscentndo inrmções pouco pouco. O fea pode se cuto ou ter o tamano de um parágra. m nunca dixa d ado sse aspecto dnitivo a as mais important d um txto é a pimeira. É le que evanta o probema zndo com qu o lior diga ogo d cara, "opa, isso m in ss. O rdator pubictáio Jon Caps ensina que os títuos é que f zm os núncios ncionrm ar e os mors títuos aplm par o inteess pssoa dos itos ou hs dão notícias novas Os títuos longos com ago a dizr são mis cins qu os títuos curtos qu não dzem nada. E lembra que cada títuo em como pincipal tar parisr o eito com um promssa em que l possa acditr S consguir er um ttulo que dga muito e ao mesmo tempo sj curto tlegráco não s imprssione você pens stará no cmi1ho d peição. Para obter esse esutado rcorr o uxíio da técnic escrv uma séri d paavras qu rpesentem vanagns ofercidas pa idia paa a qu você busca a povação por part do su pbicoavo. Depois tent RUBENS
MACHIO
I55
ransmar essa sequência em ases que reraem o pincipa benefcio. Uma delas será o íuo do rabalo. As outras poderão ser aproveiadas como subulos Não é ão dici. Deixe o texto "de molho por um empo Mais arde, eome-o para olháo com olhos descansados Enão poderá opa por um dos tulos ou pea são das duas abordagens que julgou mais neressantes. Um bom ulo seleciona eiores potencias qualcados e os conduz ao exto. Po isso ele deve ser rresstvel. Recomendamos que aprenda com os onaistas o que á leu nese lvro Ao ciar uos eles procuram responder às pergunas: O Quem?
O Quando?
O quê Onde?
Por quê Como?
Anal de conas, são essas as indagações que as pessoas querem ver espondidas na maioia das siuaçes O melho uo é aquele que, embora matenha uma reação de dependência com a iusração e o eo consegue er vida própria e maner o poder de comunicação Como você desea que o leior se mova na dreção da ideia apresenada embrese de incluir verbos. Aborde o argumeno de venda do pono de visa da ideia, do usuário dos bene cios de uso da la que az ou ra da concorência ec TIPOS DE [ULOS. VOCÊ PODE SCOHR
• Novidade ou notícias: emboa conscienes de que oda no vdade, mesmo a licidade amedrona o deseo de saber das novidades é uma caacesica inerene ao ser humano É como se po uma espécie de direio adquirdo, a cada dia que ama nhecesse quiséssemos algo novo sobeudo se esse o novo nos ra alguma vanagem • fra o promessa dá um conselho uma sugesão mosa como ober alguma coisa com melhores resuados, de rma mas smples por menos dinhero, em menos empo ec 156
ESCRITA RATIVA
• Desafo ou interpelação: esse gênero provoca uma respos ta metal, muda. Ele contém um emulo apreentado em frma de perguta, de uma proposção que geralmente não passa depecebida Mas seja cauteloo Não fça como aquee publictáro que sugeru a seu cliente uma empsa ara, um slogan que dzia ago amedrontado como "Acete o desafo de voar coosco POSSIBILIDADES NA CRAÇÃO UM OM T[ULO
Agumas palavas têm um poder mágco na mete do letor. Por tao o títuo erá ma ecaz e começar com uma dela: O Como O o que
O Qual O Você
O Seu O Ete O Novo
1 Coloque uma data no títo 2 Comece cotando uma hstóra e contue a narração o texto 3 Tire proveto do sentdo de objetvdade que é prpro do jor na e escreva o ttuo em esto joalstco 4 Faça com que a mesagem se drija a cada letor dvdua mente ainda que eteja flando com mJhare dele Partcu are-a 5 Mostre ao letor o que ee perdeá caso veha a adar a decsão 6 feça infrmação de vao 7 Pense também em dar um conelho Este certamente é um do camhos mas efcaes para caregar o letor para deto do texto Afa as pesoas gotam de ouvr bons coeho en ota ouções para seus problemas 8 em uma gade dea o eitor não paará para a egunda eta pa a etura do texto 9 Ue uma paavra a chamada e pense a posbidade de m pim-la em tpo bem grande como se se sar da págna 1 Ue uma chamada em ma de tetemunho RUBENS MACHIO
I57
Pergunado sobre o momento em que criaa o íulo, Ees He mngvy disse que não o zia duane o poesso de ição d his óia O escrio eaoaa uma reação de tíulos depois de erminar o cono ou o io. Ess lisa segundo ele poda cheg a e é em deias Então ele começaa a seeção, eliminando alguns e às ees, odos. Cem ideias! Isso pee muio? Pa alguém ujo níe de exgência o leou ao pêmio Nobel de Lieatu isso e pens nomal. Uma coisa eplica a ou. SUBTÍTLO. MA QUESTÃO D CONFORTO
Ele é adequdo pa o aso de ideis ompleas Em l gns sos é mpossel resumi-las ao número imitado de palaras que um tíulo ompo. Um subuo ud esaee o senido esen ou desenoer um promessa descr um deale ec N opnião de Wumn: [ ] S ê á qu á l . a ê ê A á f ê
CONSTRUINDO UM TEXTO. É MAS FÁCL DO QUE PARECE o taa da cição do ambiene ideal paa a escia espontânea Jack Keouc di que é omo enr em nse enquno esamos on esando O escior considera que o ao de esceer é uma mediação silenciosa. Mesmo que ocê esea cem po oa Vê A doce vi á V "
158
ESCRITA RATIVA
possíve ter vsões o meo desta louura enéca grara e em puões. As vsões são obidas somee meo do slêni e a mediação" Ê sso Mara z q ra m r rav rv a; ma vla ã v r rrma Qa ara r va x, qa ã ma va rvr ara. Nã mra mahã à ar à rvr x mar ã ara mar raah Um amh ara a rã r a aa: •
aã raraã; aã - maã ma m rmr rah brainstoming; raã araã rvã raã.
Para m rmaa m. maã r a aa aa aah. Eqa rva m a l ma ta o lm q omorã ra o róxmo Sja m r mra rr rór amh a m da ma aqaa à a rala. Para m al vlv ma lã frrama amh q lam m r d rar rvr tar - lo os ceaive. Trman Ca r x1 ã mava a rvr a r ma a lara q ra úlm a Sm rfra mar raa alma a. O? Nm v amah . l l ava dad ra r r a q aa ã rrava r a hóra. Na a a raah ar ã aa q ra ar m ra . D rár a óra r r ara mm' mava. Para a mara rr a alavra vm a d am Da rma l só mam a q am r q rvm Cm xã Hy Jam, a mara ar ã alha m ár a r al a mar a rvr RUBENS
MACHIO
I59
Quando se traa de adotar ma metodologia de trabalho, os roman iscas peferem partir paa a viagem de expoação om os mais piiti vos mapas. É o aso de Fançoise Sagan, qe arma preisar omeçar a eseve para e ideias O poeso é semelhane ao que ooe om o basileio ernando Sabino e já z hisóia dede Mahado de Ais Em Htóri sem a, Mahado lemba: "Palava pua palava uma ideia tra otra, e assim se a m livro, m governo ou ma revoução alns dizem mesmo que assim é ue a nareza ompôs as suas espéies Muitos romanistas são omo os hes de expedições ietías. les onheem seus ompaheiros, sabem qe teióios irão ataves sa, mas não sabem ao ero omo será o aminho, qe aventuras irão enonar nem omo os ompanheios irão eagi quando rem pes sionados até o limie. Seque sabem se o ontinene qe esão mapean do existe no espaço ou somente em sua imaginação Relacione as informações. Pense em tudo
Tudo pode omeçar de algma oisa que voê viu ouviu o sentiu em algum momeno Uma lembança alve ou uem sabe a obseva ção asual de um rosto na mulidão. Pode partir também da obseração de uma iança uja ação o evou a pensa mais pondamene sobe determinado ema. H qem assoie ese geme a ma ísa ma guha qe viabili a o inio do eo. Conta-se que Joye Ca teria riado ma história a parti da visão do rosto enrugado de uma mulhe qe observou nm baro po alguns minutos. Louura? Não. Apenas o eeríio da libe dade de ver om olhos direntes e por isso dieniarse da mlidão ão é por aaso que algém se torna m íone da literatua ma ve despertados para um o ue nos atingiu de aguma ma entramos num procsso d mdtação. Quem o onhee muito bem e sabe de seus meandos é se sbonsiee ns hamam esse poesso de período de gesaão enqanto otos preeem denio omo inubação Esse perodo só tem hoa para omeçar Pode dua dois dias ou aguns anos. De repente o auor aorda om a hisória na abeça e a eseve apidamente to
ESCRITA RATIVA
Uma vz ness eságio de produção, relacione todas as nrmaçõs qu dvm sr dadas a lit. Faça uma ista d udo qu diz rspt à ideia principa. Para qu su trabalho rnda ms, nã s procup cm a ordm dos tópicos. Eles apenas devem sair de sua cabeça para o papel livre mnt Sã cmo móvis rirados d caminhã clcados d manra provisóra na nva casa durant uma mudança em dia de chuva quan d udo dv sr fito com rapid sm qualqur prcupação cm detahes, qu cam para depis Só assim você terá algo concreo sobre o qu rabalhar, colcar m ordem dalhar Senã como visualizr e tesar o mehor ugar para cada móve ou paavra? m nossa comparação, é sua mene que precisa sr colocada à vnad para auar quando vir a hora d scrvr
Dê uma ordem de prioridade. Do essencial para o acidenta Planj a arquttura d txto d manira que as dias infr mações posam ser apresentadas em uma ordem lógica e efcaz. Dsse modo, fcam assgurads quíbro a unidad do cnunto. Sgundo euillet "a ordem é a blza mra das coisas Aproveite o dseo natura das pssoas d estabelcer uma ordm em su mundo para mlhr comprndê-l e mdifcá-o Esabeeça uma ordm de prioridad ntre os ópicos rlacinados. Numr o tópics cmeçan d pl mais imporan esta infrmaçã sr ransfrmada no lead talv mesm no íul do to.
Escreva sem síntese O bom é amigo do ótimo "O fo de você andar e far signica que fz 99% do qu ps soas como Beethoven e Shakespare ziam. Quando vcê vê uma cisa e a descreve com uma fase, stá usand 20 bihõ d céulas cerebrais de maneira complea diz Marvn Mnsky auor de A cie ae a ente. Em uma ntrvisa à revista The Btt Lin Pernal Minsky reafrmou que odas as pessoas são criaivas mas algumas não permim qu as idias novas aform "S vcê dsea sr criativo, RUBENS MACHIO
IOI
precisa ser capaz de eprimir sua críica pelo menos por um miuto" diz Wurma. Ele la sobre rasmar-se ieiramente em artista e deixar de ado o juiz, com seu desejo icotido de julga o que ada em acabou de ascer Escev o texo rapidamente. Até oje não se inveou nada melhor para esa eapa do trabao. Mais do que isso, esceva com o mximo de velocidade e sem coreções que vião depois na oa de edia de enm se juiz A esse propósio Maupassan aconsela: Pona o peto o braco Não se preocupe com o escio Esceva quaquer cois, mes mo que seja um ixo, desde que a escia cubra o assuno. Depois você começa a va Não se peocupe em mudar as paavrs ao mesmo empo que escreve Po mais que se sina tenado disciplinese a zer isso somen quando o pimeiro rascunho esive prono O puo do go, nesa se consise em cir sem sínese escrever udo o que e vier à cabeça sem a menor peocupação de ober o melor resudo ogo de iício Bebês que ascem os cinco mess de gavidez não sobevivem são ideis imoras Aguade aé que chegue o momeo proposo pea naureza. E ainda assim não espere que recémsaído do venre maeo ele diga umas palavas a título de apreseação d s mesmo O mis imporne agoa é deixar as ideis luírem na rma orgina sem interomperlhes o rimo que deve ser celeado. Não impora o que você escreverá no iício palavras sotas a se sem seido, udo é lido esse momeo O que coa mesmo é começar com iberdade e sem amrras de enuma naureza Deixar o pensameto voa sabedo que o peço da pocrasiação é muito supe ior ao cuso de fazer enavas. Sobeudo, não se sita desecorajado po evenuai dicu dades agumas são apenas aprentes Além disso elas acotecem com todos os que um dia esolveam lar no papel Pense em escritores como Wiliam Sakespeare T. S. Elio ou Ga briel García Mrquez Nem mesmo ele poderiam criar uma ae imo al após a ou como uma coreeza ESCRITA RATIVA
Escreva a primeira paavra, a segunda a erceira e pegue go Faça sair íscas da ponta ds deds e nã pare nunca. Não caprche na lera se estive escrevend a mão nem revse enqua escreve, para eviar que a nerpção enaqueça o lx das deias Aqu, vecdade é or determinante Corra Um truque vaiosssmo: enquano escreve uma palavra e anes que isso temine pense na oura nas uras e deixe-as na pona do ápis Essa é a técnica bemsucedida, uiiada por repór teres que dispõem po exempo de dois mins para de imprviso narrar um o sem gaguejar ou rechear cada ase com né? t? e ouas quinquiarias despezveis Nossa cabeça só sabe rabaar em alta velcidade Ela é como um cmpuadr de assima poência, capa de produzr muias ideias em m mnu. Mas se nssa mão que z o papel de impessra, nã cor responder a esse dinamismo, perdendo empo cm a are de desenhar leras em vez de regisrar deias a quaidade do resuad na car seriamene cmpomeida Nã será esse o mhor argumeno cnra a idea de escrever texos em grup? Clao que sim Redação, segund mostou aé ago ra a experiência ds maiores especiaisas cnsutads é trabah soliário, indivdua A idea de abao coivo da maneira como acnece cm requência, só é defendda po esudanes preguiçosos, que nem se que êm coagem de enenar ma a de papel ou própio medo de acassar Represena uma aiude pica de gene maura e sem vonade própria coisa que no combina em nada com escrever de maneira prssiona Isso signica a more das possiidades oerecidas pea ciação em grupo Não Apenas o deseo de eimina o extremo desgaste e o baix resuado bido nessas expeiências Anal tods sabemos o quanto eas pderiam ser bem mais rcas qand vvidas adequadamene Se não queremos ou não podemos descara a produção grupa, que ea ao menos seja prduiva Não há nenhm misério em udo isso, mito meos razões paa resisências e proesos Basa dvidi o temp disponve para a edaçã em três bocos RUBENS
MACHIO
1. Eleição do redator e binstormin com a participação integra do grupo - nes se, o redaor apenas noa as ideias e o z na ordem em que elas chegam (eja o que dssemos no em "Rcone s nrmações) 2 . Trabho indiviual do redor, preimente escolhido. 3 Leu e reoques ns, nomene enolendo odo o gupo. De cero ponto de isa, o casameno é uma das meáras que mehor denem como deve ser o trabalho em grupo Ee tmbém é diido em ês blocos: 1 Noivos, cebrante e convidos atam juntos n igreja e durane fesa, se houer 2 . Apenas e tão somente o asal viaja pa a l de me Nenhuma our pesso, por mis querd que sej, os acompanh, com um dealhe: ninguém sene excluído, sobrecarregdo ou irresponse por sso odos sabem e ldam muito em com o o de que há o empo de juna e o tempo de separar En quno isso o que zem ueles que crm? Quu cois que não sej rplhr a rnquilidade dos recémcasados 3. Tdos se reencontm quando da ol do cas pr mar su ddes e ou noidades. O ue erc hoje nas escos são rablhos de redação em que pre dos habites da cidade acompnh o csl na nimidade d ua de mel. A gerção de deis nciona como uma corree Um idia px a our ue puxa oua que puxa outra e quando menos espermos o exto está prono Mas é impornte noar que sso aconece num elocidade ncríel. Se a correne r quebrd, se o processo r ine ompido um ez udo er de ser rencado Como na modgem de uma escultur exise um timing ser espeido Qundo inerrupção aconece r do tempo considerdo ecnicmene correto, massa c sec, ransrmase em pedra e não sere ms pa gnhr conoos de um obr de are 164
ESCRITA RATIVA
Partndo desse prncípo, magne um texto construído com e quete nterupçõe da corrente de dea ora para reler o que e crto até aquele mometo ora para ouvir o papte muto bem-te coado do coega ao ado egudo o qual trabalhar em grupo gca todo erem tudo ao mesmo tempo. O txto cará trucado, podedo ugerr a magem de uma es cadnha ou como acontece na maora da veze va car parecdo com cosa ehuma com um gotnho acetuado de "ubtrato de po, d e ad a. Mas sabemos que ão é ese o meor resutado. Ate, o texto devera sugerr um tobogã no qua o letor podera entar-e u to é sem precsar de um maual de struções para compreender o que era ldo Melhor ada: ao pear que ra car a letura ele já tera termado tamanha a uêca do texto. Uma vez encotrandose oado, corra voe obre o papel ou a tela Não ça tervaos Isso mpca perda de rtmo. Nuca vote para reer o que escrevu Iso ca para dpos, na hora da edção Para aumetar a potênca do motor use a técca sobre a qua já lamo: equato ecreve a paavra laranja, pene e a próxma paavra a mas adequada para exprssar seu pensamento era a paavra doce, aze, amare ou oura qualquer Só ão permta a nterpção ao r necmento de eerga Quato maor a cocentração e a veocdade mehor O papel de racunho exste para rascuhar rabcar Ele não recama não se n comoda de carrgar um texto que só você coegue er Dexe a letra bonta por conta do computador mestre na artes gráca. Ee doma muto mas o asuto do que todo ó uto. O traaho de zer etra bonta deve ser reervado ao prosoas que atuam em empresa especalzadas na confecção de paés pacas xa etc. Não pratque esa concorrêca abomáve. Gate eu pre coso tempo em atvdades como pensar, crar ter dea brlhantes e tranmta da maera ma taetoa poíve. Asm em os grades escrtore. E ão á por que não apren der com quem abe er muto bem Ao meno até que dpona RUBENS
MACHIO
IG5
de conhecmentos, habildades e experênca sucentes para pro var que estão equvocados. Só não é muto ntlgente insst em permanece na contramão antes de ter ago melor a sugerir para a comundade lteáa. Edite. Reveja Reescreva. Reescreva de novo Mais uma vez
meoes escitoes sabem que reesceve a essênca de es ceve bem. É isso que decde. Gana ou pede o jogo tudo de pende dessa se do taalo liteáo Nesse caso temos de vence um problemina na verdade dos: 1. não escreve porque assm evta-se ncore em mpeeições; 2 bate o p at o na dos tem pos paa defende a poe ilusão de que nss texto já nasceu pe eito Vedade que salvo no plano do sobenatua diclmente um escto dz logo de caa o que planejava. Somos sees uma nos Impereitos Chegar à clareza concisão coerênca tdo sso o esultado de uma se de emendos. A popósto dsso mutos acredtam que esctoes possonas não pecisam eescever. Não assim que ncona. Quanto mas cudadoso e possona mao o número de vezes em que um escrtor va mexer no próprio texo Esceve bem pocesso desses que terminam somente uma sema na antes da mssa de stmo dia Não termna nunca Inlizmente manemos uma dculdade enome de admt que nosso texto pos sa ter nascdo com mperções Falando sobre o assunto em trbalho d eti, Antone Aba la mostrouse axavo ao embrar que tornase necessário recome ça. Mas uantas vezes? Tantas quantas consdea que pode zer melor que a anteror Reundr reze não sina de mpotênca Ao contráro prova de taento Paa Aalat nem odos são capa zes de perceber o que precso retoca nem como necessáo reto ca Ele acedita que já escritor quem reconece que pode escrever melor E oncu: "ó um espíto superor eonece o que le lta.. Impona o traalo a um auto medíoce e ele não rá longe. ão somente o bom autor corge porque ee contnua a ver o que s outros não pecebem. Os
ESCRITA RATIVA
Depois de esceve o texto, pepae-se paa eescevê-lo. É isso o que Albalar quis dize. Enxge e edite o que esceveu A maioia dos ascnhos iniciais pode se cotada pela meade sem pede nenuma nmação impo ane o compomete a intenção do auto Po exemplo comece o ta bao expeimetando descata a pimea ase qem sabe o pimeo paága o efeito pode se speendente Cote esta paava, sbstitua aqea mde a odem d uma as se o caso Simpliqe Exugue ao extemo. Faça isso até sei qe suas ases estão ealmente impas isso dstnge os escitoes pos sionais Ees não senem mais a necessdade comum em algns pinci pianes, de impessiona editoes e leitoes. Descuba pontos em qe uma palava pode subsit uma ase E idenie as ases sobecaegadas aquelas que devm cmpi mui as nções ao memo tempo Cote ases ongas a pai da vígla substitidoa po um potonal e iiciado ota com o que eso. Test m paága Relia cada as E tnha a coagem de pegnase se todas as paavas cmpem alguma nção Caso co áio cote elmine os excessos. Depos veja se mesmo assim a ideia cotia inaleada Faça uma "opação peneno paa descobi se ão exstem epetições iúteis ago que possa se sbstiuído po paavas mais es e exíveis Os adetivos e advébios ão alecem o texto? Coeos Os ve bos são mais es do que os subsanivos Os vebos a vo ativa pe íveis aos vebos a voz passiva Palavas e ases cutas são mas áceis de le e entede do ue as longas Detalhes concetos são pocessados ieamene com mais cilidade do que as abstações vagas. Não te a medo de ze cotes sbsttuições Revis signica se cieioso com elação ao cotedo que vai de emia a qualdade nal da oba iteáa Isso sem estana se sgi m estágio adicional qe costuma apaece após a evisão. Tatase do implso paa ma ova oba necessáia paa discuti mais poda mee detemiado aspecto do abalo atual RUBENS
MACHIO
Como você verá a partr de agora, alguns escrtoes são mosos não só pela habldade, mas pea impedade com que cortavam paa vras e ases. Joyce ay dz: "Tabahe em cma de odo o seu lvro e corte tudo o que não pertence ao desenvovmeno emocona, à tetua do sen· meno E ames hurber conrma a tese: Uma hstóra que eu esava escrevendo i reescria 15 vees por compleo. Geoges Smenon cora adjevos advébios e todo po de paava que segundo ee está á só para er eto da vez que enconta ago assm em um dos seus romances, é para ser coado. ssa é a caracterís tca marcante de suas revsões Para Wuman uma ase cara não é acdenta. Pouqussimas saem certas na prmera vez ou mesmo na tercea O sgncado é no· avemente gdo. Sempre me surpreende o o de as pessoas acha em que os escrores prossonas aceam na primea tenava Ao contáo, nnguém rescreve mas do ue o verdadeo possonal B Whte e T hurbe, que eram scrors reescreviam oto ou nove vezes seus teos Lembre-se: você está enenando dos adversáros muto po derosos. Um é a tendênca que quase todas as ases êm de sar só um pouco erradas. O outro a ixa de aenção do eior médio que é mnma. Portano, não heste em se coocar no ugar dele e perguntese "stá perfetamente caro? Se num teto que está preparando, uma ase não z sentido paa você, o mesmo rá ocore com os ue a eem Se algo agum pedaço de nrmação de que o leor neces ste está ltando, escrevao Quando se trata de obter careza não heste em ser chato Afna, ela é um eemento ndispensáve na are de gerar compreensão. m seguda, ça como dse que Gore Vda! a termine a pr mera versão e só depos dsso releia o teto dee paa reer amanhã o que esceveu hoje relea em voz aa, do começo ao m tomando o eto pea mão e evandoo paa a ente Nada mehor para a saúde de um teto do que ca algumas horas de molho epousando sencosa 168
ESCRITA RATIVA
mene De volta ao que escreveu, sempre enconrará ago que pode ser mehorado dio com mais ineresse e vigor. Bead Maamud gaante ue os escitores que escrevem apenas um ascunho esão enganndo a si mesmos. Ele acredia que os prmei ros ascunhos são para sabe sobe o que será o romance ou o cono Já a revisão é rabahar com esse conhecimeno paa aumenar e desenvover uma idea; em outras paavas para ermá-a Maamud z uesão de lembrar que D H Lawence po exem po fe sete ou oito ascunhos de O arco-íis e acescea que o pimero rascunho de um ivo é o mais incero E quando você precsa d co ragem e da capacidade de acear o impereio aé consegui mehora. A revsão para ee é um dos verdadeios pazeres de escever. "O omens e as coisas de oje costumam ca mais níidos e verdadeios na memóra de amanhã" disse Thoreau John dos Passos ambém a um bocado de revisões Cega a revi sar alguns capítuos ses see vees Sua expeiênca em mostrado ue de vez m quando se consegue a cosa cera na primea ve Mais e quenemen e não A esse propósito Passos embra George Mooe que reescreveu omances ineiros Um pouco mais adiane voldo a ar de s mesmo on acrescena que normamene escreve aé o ponto em que o rabaho comça a pioar em ve de mehora Enão considera que ese é o momeno de parar e pubicar Crisopher Ishewood segue o mesmo camino: reescreve bas ante escrior arma que não cosuma cismar com uma coisa mas senar e reescreve o abaho ineiro Tano paa Um homem s6 como para Encontro à be do ro, escreveu rês rascunhos completos Após ze anotações em um ascunho senavase e reescrevia desde o iní cio Achava esse méodo muo meor do que acrescenar remendos e amputar pedaços É preciso repensar a coisa compeamene di a om mais equncia do que se imagina um probema dici de resover em uma ase pode ser solucionado por simples descae No enanto muos nsisem em emendar e emenda a ase problemáti ca E isso, com euência condu a uma situação ainda pior Diane do pono probemáico ça a perguna Eu preciso mesmo disso? RUBENS MACHIO
169
Em geal, a esposta seá" Não. Remova-o e veja omo o eho ga nh um nov vid. Achony Bugess evisa à medida que eve ada pága, não a ada apíulo o o livro rodo Revs o iv todo o deiaia entediado dela Enest Hemigway sempe eesea na manhã seguinte o e ho do d nteio. Qundo bv epaava tudo outa vez Dessa maneia tinha mas uma hane de oigi e eeseve quando outa pessoa datilogav A lma opotunidade onteia duante evi são das povas. Hemngway destaav o o de que ea bom te antas hanes diences E quanas ezes ele eesevia um texto? O esito diz que isso vaiava de so pa aso. Em Ades às armas, po eempo eeseveu a última página nta e ove vezes até a sisfeito. Não que houvesse agum pobema téio eoda Ea penas pa pô as palvas do eito eco. Heny Mille também dise que o meo de vezes que evsava ou modiava um teo soia muitas vaições. Um oisa ea eca: ele nuna zia qualque oeção ou evisão duate o poesso d esit. Pmeio esevia algo de quaque jeito apenas paa dispo de mate ial p abalh Deiv o teto de moho dunte agum tempo um mês ou dois e depois que baava poei etomava o abalho só que om ouos olhos. A dvetase vale Cmeçava tbalha nele om mahdinha amou Ele embava que nem sempe e ssim poque às vezes o teto j sía quase omo ee gostava. Conui é ão impoante quanto iniia. Potano, dediquese ao g nfna/. Invista na esolh d ase fnal. E p te etez de que nada esapou poue e o seu texo em voz ata. É damena pes ta ateção à sooidade das palvas. É ndamental pesa aenção à sonoidade das palvas. CONCLUSÃO. PRA TERMINAR A CONVERSA
omo voê abou de ve se iativo e eseve bem é uma ques tão de vonade e dsplna. Esses são os dois ingedienes indispesáveis pa plição da téni que apendeu 170
ESCRITA RATIVA
Você só precisa acredtar que é capaz e começar a pratcar. Lem brando o edador Paulo Frer, "A esprança qe não s z na ação não é ma espeança espeançosa. O enontro om o sesso é ago mto pessoal e deve spor o pleno uso do live-arbítro. Em minhas palestras e cursos costmo hamar a aenção para o papel do onte no proesso de aprendza do. Lembo que exste em nossa mente e coração ma fecadra qe só abe por dentro Discreta
à (Margaee Schiavinato)
RUBENS
MACHIO
I7I
Bibliografia
172
MAI, Ernília; 'NO, Seveo PTCf10, auo Feeia do. Rço · G - L·
" - lr,ã de 1;x,. São auo: Nova Clrl 199. B, Robe O cas pcam cve 3 ed São Po A Quei ior, 1994 BE Roto Menna Criav emppaanda. 4. e São lulo: umms oa 982 Fláo de oro de cnema t!viáo. a a técca d magi pebe a ua esóa Rio de anio Jorg Zah dito 2007. Eohn mozapaandfr dinhe ão Plo: Maon Boos, 1994 E Rimuno Os " d1 m gu da a de s nvs Ro Janeo: Agi, 2005 Ú0, D ti A énic verp inema e tvi e. Rio deJaneio: &toil Nrd 198 UII Robeto /hms B{k. ão Palo Cutr io Asoao 1 E itora Ai ão Palo F $I ão ao John A a da o: oenço ra furo rio Trd Rul Sá B Rio d Jeio ivizçío Blei 997 l FEI Auio Buaq No dconáro o ínga portg1a. < Ro Jneo No on 986 KH Sepen na de -r m mnual paa a d cão ad Mao as Almad; rio tção Silvan Vir São ao: WJV Man n 2008 KE, Philip dminto de mak anlis planjameno, implementaço e ontoe São Pauo Aas 993 MHY, Jom P Wiia Markei ssnâ São Pauo Ad 97 O Ê OE S So Pulo ÜEH Rog von Um 'to" u ão Plo: Culua do Aocdos, 1988. O, Ax Opor cador da me1 São Paulo: lb, 1991. RO :e >
P1r
ler omo um crto um gia p�a que gosa de lo e pa que que
cê-os. ad Mi ua X. e A. Borg Rio d Jneooge Zaha io 200 � Nieo O oo de esce rad Mai Magalena L ioste 'ao: Anga 2001 R Oto La &m da pa n São auo: Compana as Lts, 994 R A · Jck Poso1mn10. omo a mia ua e S ulo ivia on, 1987 S ln iapráico do roeiJ d 1v. So lo: Bos Nov 00 ,oan /ondepoamevo1 ão \uo: Mko Bks 199. .A ior Abi. ão 'ao \'A. O to • vo 1ão o, Comnia d ra 988 __ O rto vo 2 ão 'uo: Comania ds tra 989. Dona omo crve om fcl ão Puo vara Nobel 9)2 W Rhad S ni d i1rm omo rnfmr inmao em omnão São Pauo Cuua itoes Aoio 991
I73
O autor
174