Entamoeba coli -É o agente causador da Amebíase Comensal (não patogênica).
Cisto Trofozoíta Morfologia: possui forma cística e trofozoíta. Sua forma cística é caracterizada pelo formato circular que evidencia de 6 a 8 núcleos visíveis. A forma trofozoíta de todas as amebas (gênero Entamoeba sp) são de difícil diferenciação, pois todas são muito semelhantes. Elas são formadas por uma célula arredondada de bordas irregulares (emissão de pseudópodes) e um núcleo grande com cromatina irregular, que pode estar centralizado ou periférico na célula). Transmissão: fecal-oral. Ciclo evolutivo: monoxênico. Ciclo biológico: O homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. Ocorre o desencistamento, liberando os trofozoítos que reproduzem-se por divisão binária. Esses trofozoítos novamente formam os cistos, que são evacuados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando de seis a oito novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Patogenia: parasita não patogênico (comensal). Diagnóstico: realizado através da pesquisa de cistos em fezes formadas, ou de trofozoítos em fezes diarréicas. Tratamento: Amebicidas, como o Metronidazol (Flagyl®) Profilaxia: Melhoria de condições sanitárias; higiene dos alimentos e das mãos; consumo de água fervida ou filtrada; tratamento dos doentes. Entamoeba histolytica - É o agente causador da Desinteria Amebiana.
Morfologia: possui forma cística e trofozoíta. Sua forma cística é caracterizada pelo formato circular que evidencia de 1 a 4 núcleos visíveis. A forma trofozoíta é de difícil diferenciação. Elas são formadas por uma célula arredondada de bordas irregulares (emissão de pseudópodes) e um núcleo grande com cromatina irregular, que pode estar centralizado ou periférico na célula). Cisto Trofozoíta Transmissão: fecal-oral. Ciclo evolutivo: monoxênico. Ciclo biológico: O ciclo é igual ao da E. coli até a liberação dos trofozoítos. Os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, podendo chegar a outros órgãos através da circulação, especialmente ao fígado. Esses trofozoítos novamente formam os cistos, que são evacuados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando de quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Patogenia: Lise dos tecidos, formação de úlceras, apendicite e perfuração intestinal. Sintomatologia: O paciente manifesta febre, dor abdominal prolongada, diarréia com posterior disenteria (fezes com muco,
pus e sangue), distensão abdominal e flatulência. Diagnóstico: realizado através da pesquisa de cistos em fezes formadas, ou de trofozoítos em fezes diarréicas. Tratamento: Amebicidas, como o Metronidazol (Flagyl®) Profilaxia: Melhoria de condições sanitárias; higiene dos alimentos e das mãos; consumo de água fervida ou filtrada; tratamento dos doentes. Endolimax nana - É agente causador da Amebíase Comensal (não patogênica).
Morfologia: possui forma cística e trofozoíta. Sua forma cística é bem pequena, chegando a quase metade do tamanho das E. coli eE. histolytica. É caracterizada pelo formato circular ou oval que evidencia de 1 a 4 núcleos visíveis. Geralmente encontra-se mais freqüentemente as formas císticas do que as formas trofozoítas nas fezes. Cisto Cisto Cisto Transmissão: fecal-oral. Ciclo evolutivo: monoxênico. Ciclo biológico: O ciclo é igual ao da E. coli. Patogenia: parasita não patogênico (comensal). Diagnóstico: realizado através da pesquisa de cistos em fezes formadas, ou de trofozoítos em fezes diarréicas. Tratamento: Amebicidas, como o Metronidazol (Flagyl®) Profilaxia: Melhoria de condições sanitárias; higiene dos alimentos e das mãos; consumo de água fervida ou filtrada; tratamento dos doentes; Iodamoeba butschlii - É agente causador da Amebíase Comensal (não patogênica).
Morfologia: possui forma cística e trofozoíta. Sua forma cística é caracterizada pela presença de um único núcleo, e de um vacúolo de glicogênio, ambos visíveis. Geralmente encontra-se mais freqüentemente as formas císticas do que as formas trofozoítas nas fezes. Cisto Cisto Transmissão: fecal-oral. Ciclo evolutivo: monoxênico. Ciclo biológico: O ciclo é igual ao da E. coli. Patogenia: parasita não patogênico (comensal).
Diagnóstico: realizado através da pesquisa de cistos em fezes formadas, ou de trofozoítos em fezes diarréicas. Tratamento: Amebicidas, como o Metronidazol (Flagyl®) Profilaxia: Melhoria de condições sanitárias; higiene dos alimentos e das mãos; consumo de água fervida ou filtrada; tratamento dos doentes. MALÁRIA
A malária é a principal doença endêmica do Brasil (região Amazônica, onde ocorre cerca de 99% dos casos) e uma das mais importantes doenças tropicais do mundo. Agente causador: espécies do gênero Plasmodium sp (P. vivax, P. falciparum, P. malariae e P.ovale). Agente transmissor (vetor): espécies do gênero Anopheles sp (Anopheles darlingi ), conhecidas também como pernilongo, mosquito prego ou carapanã. Reproduzem-se em águas de remansos de rios e córregos, lagoas, represas, açudes, valas, etc. Transmissão: pode acontecer através da picada do mosquito vetor infectado, através da transfusão de sangue, uso compartilhado de agulhas e/ou seringas contaminados, malária adquirida no momento do parto (congênita) e acidentes de trabalho em pessoal de laboratório ou hospital. Período de incubação: O espaço de tempo que vai da picada do mosquito infectado, até o aparecimento dos sintomas e dura, em média de 15 dias. Ciclo evolutivo: Dividido em duas fases: - Fase assexuada: acontece no HI (homem). No homem, os plasmódios chegam ao fígado através da corrente sanguínea, e passam por uma evolução inicial (multiplicação por esquizogonia). Depois de multiplicarem-se, os parasitas entram nos eritrócitos (hemáceas ou células vermelhas) do sangue circulante e continuam sua reprodução. - Fase sexuada: acontece no HD (mosquito do gênero Anopheles sp). Quando o mosquito pica um indivíduo infectado, ele ingere formas evolutivas denominadas gametócitos (femininos e masculinos), que em seu intestino se unem e formam novos protozoários. Então, quando esse mosquito se alimenta novamente de sangue humano (repasto sanguíneo), acaba transmitindo novamente as formas infectantes da doença num novo indivíduo. Quadro clínico: Caracterizado pelo “acesso malárico”, que inclui intenso calafrio seguido de febre alta, vômitos, dores de cabeça e no corpo, e intensa sudorese. Estes acessos se repetem com intervalos diferentes de tempo, de acordo com a espécie do plasmódio: Protozoário Tipo de malária Ciclo (duração) Plasmodium vivax Febre terça benigna 48 horas Plasmodium malariae Febre quartã 72 horas Plasmodium falciparum Febre terçã maligna (fatal) 24 a 48 horas
Diagnóstico laboratorial: exame parasitológico de s angue (gota-espessa ou esfregaço delgado) ou métodos sorológicos (imunofluorescência indireta, ELISA, etc...). Tratamento: Para cada espécie do plasmódio é utilizado medicamento ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequada à situação particular de cada doente. Profilaxia: Drenagem dos locais que contenham água parada (para evitar a reprodução do v etor), criação de peixes larvófagos (se alimentam de larvas dos mosquitos), uso de repelentes e de tela nas janelas, educação sanitária e o tratamento medicamentoso dos enfermos. Ainda não há vacina contra a malária. TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma das doenças de maior prevalência mundial. Com o grande aumento do número de indivíduos infectados pelo vírus da AIDS, a toxoplasmose tornou-se bem mais séria em termos de saúde pública. Agente causador: Toxoplasma gondii .Transmissão: pode acontecer através da ingestão do parasita (carne crua, mal cozida, leite, ovos contaminados), inalação de oocistos, lambedura ou perdigotos, acidente de laboratório ou congenitamente. Ciclo evolutivo: Dividido em duas fases: - Fase assexuada: acontece no HI (homem ou qualquer animal de sangue quente). No homem, os parasitas chegam ao intestino, entram nas células da mucosa intestinal e multiplicam-se. Depois de multiplicarem-se, os parasitas rompem a célula mãe, e invadem outras células para continuarem sua multiplicação (inclusive macrófagos móveis), ou ganham o meio externo através as fezes. Os parasitas, depois de sua primeira multiplicação, atingem seus os locais de tropismo (sistema nervoso, endotélio ou músculos estriados), gerando assim uma parasitemia. - Fase sexuada: acontece no HD (felinos, principalmente o gato). O gato se infecta (pela ingestão de animais portadores). No epitélio intestinal do gato, o parasita se reproduz sexuadamente, ou seja, ocorre a formação de macro e microgametócito que copulam, formando um zigoto dentro da célula intestinal. Esse zigoto se encista, e ganha o meio externo como oocisto, e a partir daí pode infectar qualquer outro animal. Patogenia: • Fase Aguda: Parasitas muito virulentos, de reprodução rápida, que rompem as células do SNC, oculares,viscerais e ganglionares. Ocorre reação inflamatória e necrose, acarretando no comprometimento dos órgãos afetados, causando distúrbios de visão, distúrbios nervosos ou cronificação. • Fase Crônica: Parasitas menos virulentos, com menor poder invasivo e reprodução mais lenta, que se instalam principalmente no SNC e ocular. Não ocorre reação inflamatória, não ocorre necrose (os cistos podem durar anos sem se romperem, permitindo assim, o desenvolvimento de defesa humoral - Acs). • Forma congênita: só ocorre a transmissão congênita se a mãe adquirir a toxoplasmose durante a gravidez. Mães soro-positivas são isentas de risco na gravidez. O quadro clínico da toxoplasmose congênita é: - 1° Trimestre: morte do feto (aborto) - 2° Trimestre: nasce com a Tétrade de Sabin (Necrose da retina e cegueira; Calcificações cerebrais; Hidrocefalia com micro ou macrocefalia; Retardamento mental) - 3° Trimestre: nasce normal, podendo ou não apresentar sinais posteriores Quadro clínico: complexo, pois a maioria dos pacientes são assintomáticos ou oligossintomáticos.
Diagnóstico laboratorial: exame parasitológico de líquidos ou exsudatos de saliva, urina, escarro, secreção lacrimal, nasal, líquido peritoneal; biópsia de fígado, baço e medula óssea; inoculação em cobaias; métodos sorológicos (Reação de Sabin Feldman, imunofluorescência indireta, ELISA, hemaglutinação, etc...). No prénatal, realiza-se o controle nos dois primeiros trimestres de gravidez, com sorologia completa. Tratamento: são utilizadas pirimetaminas e alguns corticoides. Profilaxia: Evitar alimentos mal cozidos, l avar bem frutas, verduras e legumes antes de comer, tomar cuidado com leite de vaca, ovos de galinha, acidentes laboratoriais e transplante de órgãos. No caso da forma congêntia, realizar o pré-natal para o diagnóstico precoce.