PSICOTERAPIA
& RELAÇÕES
HUMANAS CARL R. ROGERS E G. MARIAN KINGET
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ÍNDICE DAS MATÉRIAS
Prólo Pr ólogo go à Edição Ediç ão Brasileira Bras ileira ................................. ................................................. ............................. ................. .... Prólo Pr ólogo go à Edição Ediçã o Francesa ................. ................................ ............................ .......................... ..................... ........ Prólogo à 2.a Edição Francesa ............................... .............................................. ........................... ................ ....
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PRIMEIRA PARTE
o MÉTODO NÃO-DIRE NÃO-DIRETIVO TIVO por por G. Marian Kinget CAPÍTU CA PÍTULO LO § § § §
I — Uma colocação do assu assunt nto o
I — Origem Orig em da noção de “ não-dir não -direçã eção” o” ............................ ..................................... ......... I I — Aparecimento da noção de “ client-cen clien t-centered” tered” ..................... I I I — Persistência da noção de “ não-direção” IV — Algumas definições sobre a idéia de não-dire não -direção ção ................
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CAPÍTULO CAPÍTU LO I I — A noção-chave
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§ § § § §
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I — A tendência à atualização .......................... ...................................... ......................... ............. I I — A Noção do eu .............................. .......................................... ................... ....... ................. ................. I I I — Noção de liberdade experiencial experiencial .......................... ......................................... ............... IV — A questão dos limites ................................... .................................................. ........................ ......... v — Uma concepção do desenvolvim desen volvimento ento humano humano ..................... ..................... .
4' 46
50 53
CAPITULO III — Problemas do autoconliecimento
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A dinâmica da personalidade ..................... ............................. ......................................... ............ 1. Uma palavra pala vra e duas significa sign ificações ções ......................... ............... .................... ................ ...... 2. O caráter carát er inconsciente da psicodinâmic psicod inâmica a ......................... ......................... 3. Compreensão Compre ensão implícita implíc ita e compreensão compree nsão explícit explí cita a de si ........
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CAPÍTULO CAPÍTULO IV — A Atmosfera Atmosfera § §
I — Técnicas Técnica s ou atitudes? atitudes? .................................. ................................................. ........................ ......... I I — Características Cara cterísticas essenciais essenciais da daatmosfera atmosfera ............ .................... A — A se g u ra n ça ............................. ............................................. ............................... ....................... ........ 1. Atitudes tutelares ............................... .............................................. ................... .... 2. Estandardização ao nível da média ..................... 3. Convit Co nvitee à dependência dependência .............................. ........................................ .......... 4. Abertura Aber tura à experiência .................................. ........................................ ...... 5. Como Com o estabelec esta belecer er a segurança interna? inter na? ............... .............. . 6. Estimular a atividade de autodeterminação .. .... 7. Facilita Fac ilitarr a emergência dos recursos ................... 8. Evitar Evit ar a inversão das forças de crescimento .. .. .. B — O ca lor ........................................................................... 1. “ Optimum” Optim um” , não “ maximum” maxim um” de calor calo r .................. .................. Pape pell do c a lo r .............................. 2. Pa ............................................. .......................... ...........
CAPÍT CA PÍTULO ULO V — O Terapeuta ^ § § g § $
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I II III IV
— A capacidade empática empá tica ................... ......... ................... ................... ..................... ................... ........ 104 — Empatia, simpatia e intuição intuição no .diagnós .diagnóstico tico ..................... 105 — Autenticidade ou acordo interno interno ....... ....... ....... ; . ........... ......... 106 — Concepção Concepção positiva e liberal libera l do homem e dasrelações das relações humanas ................... ......... ..................... ..................... ................... ................... ..................... ..................... .......... 103 V — Maturidade emocional .............................. ................................................ ............................ .......... 110 V I — Compreensão Compr eensão de si ................... ........ ................... ................... ..................... .................... ............... ..... 113
CAPÍTU CA PÍTULO LO V I — A Relação § §
^
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I — Alguns pontos de vista psicoterapêuticos psicoterapê uticos ............................ ............................ 117 I I — Estrutura e qualidades qualidades da relação psicoterapêutica ......... 120 1. Compreensão Compreen são ................... ......... ..................... .............. ... .......................... 123 2. Tolerância .............................. 130 ............................................ .............................. .................... .... 3., Respeito ... ................... ........ ..................... ..................... ..................... ................... .............. ..... 134 4. Aceitação Aceita ção ................... ......... .................... .................... ................... .................... .................. ....... 135
SEGUNDA PARTE
TEORIA E PESQUISA por Carl Rogers CAPÍ CA PÍTU TULO LO V I I — Gênese Gênese e estrutura de nos^is teorias § § §
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I — Origem da teoria teor ia no seu seu estado atual ................................. I I — Algumas atitudes e convicções fundamentais . , .................. I I I — Estrutura geral de nossas nossas teorias ........ ......... .... .......... .......... .......... ....... ..
CAPÍT CA PÍT ULO UL O V I I I — Definições das noções noções teóricas § I— g II — is III — § IV — § V— § VI — § V II — § V III — § IX — § X — § XI —
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Tendên Ten dência cia atualizante e noções conexas ......... .... ........... ........... .......... ....... Experiência Exper iência e noções conexas conexas ...... ....................... ......... . Noções Noções relati relativa vass à repr repres esen enta taçã ção o cons consci cien ente te ................... O “eu” e noções conexas conexas ................................................... ......................... .......................... O desacordo e noções conexa conexass ........... ........................... .............................. .... Noções Noçõ es referentes referen tes à reação à ameaça ameaça ...................... ........ Noções de de acordo e noções noções conexa conexass ........................ A consideração positiva incondi incondicional cional e noções conexa conexass .. Noção No ção de avaliação condicional ........................................ ..................... ................... Noções relativas à avaliação ................................ ........ ... Noções relativas à fonte de conhecimento conhecimento ........ ............... .
.
CAPÍTU CA PÍTU LO I X — Breve teoria da terapia terapia I.
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— Teoria Teo ria da terapia e da modificação da personalidade .. 182 A. Condições do processo terapêutico ........................ 182 B . O processo da terapia terapia ................ .................. ........................... 186 C. Efeit Ef eitos os da terapia sobre a personalidade e o com portamento .......................... .................................... 188 D. Algumas Algum as conclusões relativas rela tivas à natureza do homem 192 .
CAPÍTU CAP ÍTULO LO X — Teoria da personali personalidade dade e da dinâmica do compor tamento II.
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— Teoria Te oria da personalidade personalidade ................ ........................ ................ ............... .............. ....... 195 A. As características da criança 195 ........................... B . O desenvolvimento desenvolvim ento do eu ......................................... 197 C. A necessidade de consideração positiva ................... 198 D. Desenvolvimento da necessidade de consideração positiv pos itiva a de si ............................................................... ............................................ ................... 198
E.
III.
Desenvolvimento Desenvolvime nto de um modo de avaliação condi cional ............................... ............................. ........................................... .............. F. Desenvolvimento do desacordo entre o eu e a experiência ................................ .......................................... ..................... ..................... ............ G. Desenvolvimen Desenv olvimento to de contradições no comportamen compor tamento to H. A experiência experiência de ameaça e o processo de defesa .. I. O processo de desmoronamento e de desorganização psíquica ......................................................... ............ J. O processo de reinteg rein tegraç ração ão ..................................... — Teoria do funcionament funcionamento o ótimo da personal personalidad idadee ........
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CAPÍT CA PÍTUL ULO O X I — As relações humanas humanas
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IV
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V VI V II V III
— Teoria Teo ria da dass relações relações humana humanass ........ .............................*.. A. Condições de desenvolvimento desenvolv imento de uma relação que deteriora .......... ............................ ...................................... ........... ................ B. O processo c \ q uma relação negativa .... ................. C. Os efeitos efeito s de uma relação que se deteriora deter iora ........ D. Condições de de desenvolvimento desenv olvimento de uma relação em vias de melhoramento ........ ; .................. .............. E. O processo de uma relação que melhora ............... F. Efeitos Efe itos de uma relação positiva positiv a ......... .... ......... ......... ......... ......... ....... .. G. Esboço Esbo ço de uma lei das das relações interpessoais ........ — Teorias Teori as da dass relações familiares familiar es ................... ................... — Teoria da educaçã educação o e da aprendiz aprendizagem agem ....... ....... ............ — Teoria Te oria da direção direção de grupos grupos (Leadership) ......... ............ — Teoria Teo ria da resolução resolução de tensões tensões e de conflitos conflit os de grupos grupos A. Condições Condiç ões para resolução de con flitos flit os entre grupos B . O processo de resolução de conflitos confl itos entre entre grupos ,.
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CAPÍTULO X I I — A pesq pesqui uisa sa I — Alguns exemplos-tipo de nossos trabalhos .................. 1. O centro de avaliação avali ação ............................. ......................................... .................. ...... 2. A relação do funcionamento funciona mento nervoso nerv oso autônomo e os efeitos da Psicoterapia ............................................ 3. O efei ef eito to dos diferentes difere ntes modos de interação intera ção verbal verb al .. 4. Uma investigação investi gação da noção do eu ........................ 5. Os efeitos da terapia sobre o comportamento observável .............................. ............................................. .......................... ........... ••........ 6 As relações entre en tre a qualid qualidiad iadee da relação relaçã o terapeutacliente clie nte e os progressos progress os terapêuticos ....................... ....................... I I — Algumas pesquisas em curso ........................... .................................. ....... ....... III — Significação da pesquisa para o futuro ................ ........ .
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CAPÍTULO CAPÍTUL O X I I I — O funci funciona oname mento nto ótimo áa person personali alida dade de I — Característicasda mudanç mudança a terapêutica ótima ................ 1. Atitude aberta ante ante a ex p er iê n cia ci a ..... ...................... 2. Funcionamento existencial ......................... ......................... ............. 3. Um organismo organismo digno de confiança ............ .......... 4. A pessoa que funciona plenamente ....... ............... I I — Corolários dest desta aconcepção ....................................... . 1. Esta concepção concepção explica a experiência clínica...... clínica ...... 2. PrestaPr esta-se se a hipóteses hipóteses operacionais operacionais ......................... 3. Expli Ex plica ca certas contradições contradi ções desconcertantes desconce rtantes ......... 4. Favore Fav orece ce a atividade ativid ade criadora cria dora . ........................... 5. Afirm Afi rma a a natureza positiva posit iva do ser human humano o ............ 6. Revela Reve la o caráter ordenado mas não previsível previsív el do comportamento ....... .................. ........ ................. ................. ................ ............... ........ 7. Expl Ex plic ica a a& relações rela ções entre en tre a liberd lib erdade ade e o determin dete rminismo ismo III — Conclusão .... ................................................ .................................................................. ....................... BIBLIOGRAFIA
.......................................................... ..........
ÍNDICE REMISSIVO
255 257 25a 261 262 265 266 266 266 266 268 268 269
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p r ó l o g o A e d i ç ã o b r a s i le le i r a
PSICOTERAPIA E RELAÇÕES HUMANAS é uma obra composta de dois volumes — o primeiro em duas partes, por MARIAN KINGET e CARL ROGERS, respectivamente, abordando a terapia centrada no cliente em seu aspecto teórico. O segundo volume, de responsabilidade de KINGET, procura teorizar um caso clínico de CARL ROGERS, explorando o desen volvimento, processo e objetivos numa terapia centrada no cliente. CARL ROGERS dispensa apresentações, pois todos aqueles que se interessam por psicologia, conhecem sua reputação de fundador desta terapia. MA RIAN KINGET, de formação "rogeriana”, fez seus estudos sob a orienta ção de ROGERS, sendo profunda conhecedora de sua obra.
O que vem a ser uma terapia centrada no cliente? KINGET e o próprio ROGERS esclarecem os fundamentos desta prática terapêutica, na qual o cliente é, acima de tudo, respeitado como ser humano, e que não vai ser curado de seu mal psíquico, mas sim ajudado a se conhecer, a se ver de uma maneira mais real e não através da máscara que traz e que os outros lhe impõem. impõem . Há nesta nesta terapia uma uma preocupação de dirigir diri gir o clien te, sem, no entanto, "empurrá-lo”; orientar, sem traçar caminhos a se rem seguidos. seguidos. O cliente de ROGERS não é "paciente” "pacien te”,, no sentido em que espera espera a iniciativa partir p artir do psicólogo. psicólogo . Ele — cliente — e o terapeuta, terapeuta, estão envolvidos num mesmo processo, partilhando de uma responsabi lidade mútua. Na realidade, o termo paciente não expressa, expressa, de form a algu ma, a relação (e a filosofia) terapêutica centrada no cliente, pois acarreta uma carga de passividade que não é própria desta terapia.
PSICOTERAPIA E RELAÇÕES HUMANAS é um livro que se dirige não apenas a uma classe de psicólogos, ou educadores, ou conselheiros — mas ainda, a uma classe de pessoas que vivem num mundo governado por “re lações” — e relação, aqui, deve ser entendida desde seu sentido menor ao mais abrangente. Vem Ve m dar seqüência a uma linha linha de pensamento já demonstrada nas duas obras que esta mesma editora publicou: LIBER DADE PARA APRENDER de CARL ROGERS e O HOMEM E A CIÊNCIA DO HOMEM de ROGERS e COULSON Belo Horizonte, janeiro de 1975
Rachel Kopit
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PRÓLOGO A EDIÇÃO FRANCESA
O objetivo desta obra é tomar conhecido o método psicoterapêutico e a teoria da personalidade, de Carl Rogers. Resultado da colaboração entre o mestre da Psicoterapia não-diretiva e uma de suas discípulas de origem européia, o livro está adaptado es pecialmente pecialmente à finalidade a que se propõe. propõ e. Trata-s Tra ta-see de um trabalho trabalho novo e não de uma tradução de uma obra primitivamente escrita para o lei tor americano. Desnecessário apresentar aqui a personalidade e a carreira de Carl Rogers; o próprio autor nos dá, neste volume, uma autobiografia que situa seu seu sistema num contexto concreto. concre to. Quanto à profes pro fessor sora a G. Marian Kinget, após ter obtido seu doutorado na Universidade de Louvain, trans feriu-se para os Estados Unidos onde se especializou, sobretudo, em Psicoterapia não-diretiva no Centro de Rogers, na Universidade de Chicago. Há váxiots iotsii anos leciona lecio na psico ps icolog log a clínica cl ínica de orientação orien tação rogeriana rogeri ana na Mi chigan State Úniversity. A Srta. Kinget encarregou-se da primeira parte da obra que expõe o método não-diretivo, levando em conta o ambiente europeu. Na se gunda parte, o próprio Rogers nos apresenta uma nova elaboração teó rica de seu sistema e um esboço do movimento de pesquisas positivas que caracterizam sua “abordagem” clínica. Este texto foi, originalmente, redigido redig ido em inglês e a Srta. Kin get ge t assumiu assumiu a responsabilidade responsabilidade de sua sua tradução tradução para o francês, francês, em muitos momentos, momentos, difí d ifícil. cil. Apesar de sua sua longa perma permanência nência nos Estados Estados Unidos Unidos,, a Srta. Kinget Kin get preferiu prefer iu redigir, ela mesma, seu próprio texto em francês, após ter realizado uma primei ra redação inglesa com o fim de facilitar a troca de idéias entre os dois autores da obra.
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Um segundo volume completa a obra, apresentando uma exposição prática do método m étodo nã o-dir o- diret etivo ivo.. Neste segundo segundo volume, volume, a Srta. Kinget Kin get transcreve, entre outros temas, uma análise detalhada de um caso tra tado por Rogers, cujo texto foi gravado em fita. O material dos demais casos clínicos está à disposição das pessoas interessadas, que podem, para isso, se dirigir a nós. Foi em 1948, durante uma visita ao Centro de Rogers da Universi dade de Çhicago, que tive o prazer de encontrar, pela primeira vez, o pio neiro da psicoterapia psicoterapia centrada no cliente. Sua Sua maneira de abordar a personalidade e as relações humanas impressionou-me desde o primeiro momen mo mento. to. Sob muitos aspectos aspectos — ainda que não em todos — esta teo teo ria me parece concordar fundamentalmente com o que há de mais pre cioso na concepção européia e tradicional do homem, e dela retira, sem dúvida, dúvida, uma parte par te de sua sua inspiração. Isto vem justifica jus tificarr nossa nossa satisfa ção em apresentar nesta coleção Studia Pkychologica uma obra que está destinada a encontrar entre nós uma profunda repercussão. Pelo Comitê de Redação de “Studia Fsychologica”,
J. NUTT1N Professor da Universidade de Louvain
II)
PRÓLOGO PRÓLOGO À 2.* EDIÇÃO EDIÇÃO FRANCE FRANCESA SA
O texto da primeira edição deste volume foi cuidadosamente revis to e corrigido. O segundo capítulo, sobretudo, sofreu algumas correções. Porém, Porém , a exposição em si permaneceu substancialmente substancialmente inalterad inalterada. a. A aco lhida extremamente favorável dispensada à primeira edição desta obra, testemunha o especial interesse que as idéias e o método de Carl Rogers encontram atualmente na Europa.
Louvain, Louvain, I o de setembro setembro de de 19 1964.
J. N U T T I N